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2 - Alinny Bernardo - Síntese Sobre Neoliberalismo, Globalização e Educação

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UNESPAR - Universidade Estadual Do Paraná.

Aluna: Alinny Bernardo de Oliveira


Turma e Curso: 2° ano de pedagogia - vespertino.

SÍNTESE SOBRE NEOLIBERALISMO, GLOBALIZAÇÃO E EDUCAÇÃO

Neoliberalismo: O liberalismo é uma corrente de pensamento político,


econômico e social que emergiu com força durante a Idade Moderna,
particularmente nos séculos XVII e XVIII. Este movimento ganhou destaque na
Europa, especialmente na França e na Inglaterra, em um contexto em que o
absolutismo reinava, com poder centralizado nas mãos dos monarcas e uma
sociedade estamental rigidamente hierarquizada. Filósofos como John Locke e
Adam Smith foram pioneiros ao defender o Iluminismo, promovendo ideias que
exaltavam a razão e a ciência como as principais guias para a organização da
sociedade, em detrimento das tradições e das crenças religiosas. Eles criticavam
o mercantilismo e a interferência do Estado na economia, defendendo a
igualdade perante a lei, além das liberdades individuais, incluindo a liberdade
econômica.
Com o passar dos séculos, o liberalismo se consolidou como uma força
transformadora, especialmente com a Revolução Industrial e a ascensão do
capitalismo como sistema econômico dominante. Contudo, a fragilidade desse
modelo ficou evidente com a "Grande Depressão" de 1929, um dos eventos
econômicos mais catastróficos do século XX. A quebra da Bolsa de Valores de
Nova York provocou uma profunda crise econômica global, resultando em
falências em massa, desemprego e grande instabilidade nos mercados. Esse
colapso desafiou a crença na "mão invisível" do mercado autorregulador,
proposta por Adam Smith, e fez com que governos ao redor do mundo
reconsiderassem o papel do Estado na economia.
A solução encontrada para enfrentar essa crise foi o Keynesianismo,
desenvolvido pelo economista britânico John Maynard Keynes. Em oposição às
políticas liberais tradicionais, o Keynesianismo propunha uma intervenção ativa
do Estado na economia para estimular a demanda e mitigar os efeitos das crises
cíclicas do capitalismo. No Brasil, essas políticas foram implementadas em
diferentes momentos, sendo o governo de Getúlio Vargas um exemplo notável,
onde o aumento dos investimentos públicos e a criação de empresas estatais
foram estratégias fundamentais para modernizar a infraestrutura do país e
promover o desenvolvimento econômico.
Por outro lado, o neoliberalismo, que emergiu na segunda metade do século XX,
representou uma reação às políticas keynesianas e ao modelo do Estado de
bem-estar social que dominou grande parte do mundo ocidental no período pós-
Segunda Guerra Mundial. O neoliberalismo, influenciado por pensadores como
Friedrich Hayek e Milton Friedman, propunha um retorno aos princípios do
liberalismo clássico, mas com uma ênfase renovada na desregulamentação,
privatização e redução da intervenção estatal na economia. Essa doutrina
ganhou força a partir dos anos 1970, quando desequilíbrios econômicos e crises
no modelo keynesiano suscitaram debates sobre a necessidade de reformular o
papel do Estado nas economias de mercado.
No Brasil, o neoliberalismo começou a se consolidar após o Consenso de
Washington, um conjunto de políticas econômicas propostas para países
emergentes, que incluíam a abertura econômica, a liberalização comercial e a
privatização de empresas estatais. Durante o governo de Fernando Collor (1990-
1992), essas políticas foram introduzidas com vigor, levando à
internacionalização da economia brasileira e à privatização de importantes
empresas, como a Embraer. O processo se aprofundou durante o governo de
Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), especialmente com o Plano Real de
1994, que estabilizou a economia brasileira e controlou a inflação. No entanto,
essas medidas também trouxeram desafios, como o aumento da concorrência
para as indústrias nacionais, a entrada de empresas estrangeiras e as críticas
relacionadas ao aumento da desigualdade social e à redução do acesso a
serviços públicos essenciais.

Globalização e Educação

Globalização: A globalização é um fenômeno multifacetado que transformou o


mundo em um sistema interconectado de fluxos de capitais, bens, pessoas e
informações. Suas raízes podem ser traçadas até o período das Grandes
Navegações, quando as potências europeias estabeleceram novas rotas
comerciais, expandiram seus territórios e consolidaram o comércio internacional.
Entretanto, a globalização contemporânea, que ganhou força a partir da década
de 1990, é marcada por uma profunda integração econômica, facilitada pelo
avanço das tecnologias de informação e comunicação, como a Internet e as
redes sociais, que revolucionaram a maneira como as pessoas interagem e
fazem negócios.
No Brasil, o processo de globalização se intensificou no final do século XX, com
a entrada de empresas multinacionais, a modernização do setor agrícola e a
aceleração da industrialização. Durante os governos de Collor e FHC, medidas
neoliberais foram adotadas para abrir a economia aos investimentos
estrangeiros e privatizar setores estratégicos, integrando o país de forma mais
intensa à economia global. Esse processo trouxe benefícios, como a
modernização da infraestrutura e o aumento da competitividade, mas também
gerou contradições socioeconômicas, como o aumento da desigualdade e a
vulnerabilidade às crises internacionais.
Educação: A globalização também impactou profundamente a educação. Nos
anos 1990, o governo brasileiro, alinhado com as políticas neoliberais,
implementou diversas reformas educacionais. A promulgação da nova Lei de
Diretrizes e Bases (LDB) em 1996 foi um marco, estabelecendo diretrizes para
todos os níveis de ensino, promovendo a descentralização administrativa e a
autonomia das instituições educacionais. Programas como o Bolsa Escola, o
Programa de Aceleração da Aprendizagem e o “Acorda Brasil! Tá na hora da
escola” foram introduzidos para garantir o acesso e a permanência dos alunos
nas escolas.
A modernização do sistema educacional também incluiu a adoção de tecnologias
de informação e comunicação, que passaram a ser vistas como ferramentas
essenciais para o ensino e a aprendizagem em um mundo globalizado.
Entretanto, a implementação dessas reformas encontrou resistência por parte de
muitos educadores, que criticaram tanto os objetivos quanto as estratégias
adotadas

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