Psychology">
Inteligencia 2
Inteligencia 2
Inteligencia 2
INTELIGÊNCIA
INTELIGÊNCIA
2. Conceito de Inteligência
STERNBERG & KAUFMAN (1998) afirmam que a inteligência é um conceito construído
socialmente: as culturas consideram “inteligentes” quaisquer atributos que possibilitem o
sucesso nessas sociedades.
Exemplo: Numa zona rural como na serra da Gorongosa a inteligência pode consistir em
compreender as qualidades medicinais das plantas nativas; Numa sala de aula, a inteligência
pode ser um desempenho superior em tarefas cognitivas. Por tanto, a inteligência é a
habilidade de aprender a partir da experiência, solucionar problemas e usar o conhecimento
para se adaptar a novas situações. No campo das pesquisas, inteligência é aquilo que os testes
de inteligência medem.
Charles Spearman (1863 -1945) acreditava que temos uma inteligência geral (muitas vezes
abreviada com o g). Ele supunha que as pessoas muitas vezes possuem habilidades especiais
que se destacam. Spearman ajudou a desenvolver a análise factorial, um procedimento
estatístico que identifica agrupamentos de itens relacionados. Ele notou que aqueles que
obtêm pontuação alta em uma área, como inteligência verbal, tipicamente têm pontuações
maiores que a média em outras, como habilidade espacial ou de raciocínio. Spearman
acreditava que um conjunto de competências comum, o factor g, estaria subjacente a todo
comportamento inteligente, desde navegar pelo mar até sobressair-se nos estudos.
A ideia de uma capacidade mental geral expressa por uma única pontuação de inteligência foi
controversa na época de Spearman, e assim permanece na actualidade. Um de seus primeiros
opositores foi L. L. Thurstone (1887 -1955). Thurstone aplicou 56 diferentes testes e
identificou matematicamente sete agrupamentos de habilidades mentais primárias (fluência
verbal, compreensão verbal, habilidade espacial, velocidade perceptiva, habilidade numérica,
raciocínio indutivo e memória).
Thurstone não classificou os participantes em uma única escala de aptidão geral. Porém,
quando outros pesquisadores estudaram os perfis das pessoas que ele havia testado,
detectaram uma tendência persistente: aquelas que se sobressaíam em um dos sete
agrupamentos em geral tinham bons resultados nos outros. Assim, concluíram os
pesquisadores, ainda havia alguma evidência de um factor g.
Pode-se, então, equiparar as habilidades mentais às físicas. O atletismo não é uma modalidade
apenas, mas várias. A habilidade de correr em alta velocidade é distinta da força necessária
para levantar pesos, por sua vez distinta da coordenação entre olhos e mãos requerida para se
arremessar uma bola em um alvo. Um campeão de levantamento de pesos raramente tem o
potencial para ser um habilidoso esquiador. Mesmo assim, ainda há alguma tendência para
que coisas boas venham no mesmo pacote — para que a velocidade de corrida e a precisão de
arremesso se correlacionem, graças à habilidade atlética geral. O mesmo ocorre com a
inteligência. Inúmeras habilidades distintas tendem a se agrupar e se cor relacionar o
suficiente para definir um pequeno factor de inteligência geral.
SATOSHI KANAZAWA (2004) argumenta que a inteligência geral evoluiu como uma forma
de inteligência que auxilia a resolução de novos problemas — como impedir que um incêndio
se alastre, encontrar alimento durante um período de seca, reunir-se a seu grupo do outro lado
de um rio transbordando. Problemas mais comuns — como casar, ler o rosto de um estranho
ou encontrar o caminho de volta para o acampamento — requerem um tipo diferente de
inteligência.
Gardner Howard Gardner vê a inteligência como habilidades múltiplas que vêm em pacotes.
Ele encontra evidências para essa visão em estudos sobre pessoas com habilidades diminuídas
ou excepcionais. Danos cerebrais, por exemplo, podem destruir uma habilidade, mas deixar
outras intactas. Além disso, uma pessoa com a síndrome de savant, muitas vezes obtêm uma
pontuação baixa em testes de inteligência mas têm genialidade em outras áreas (TREFFERT
E WALLACE, 2002). Algumas praticamente não têm habilidade linguística, embora sejam
capazes de calcular números com a rapidez e a exatidão de uma calculadora eletrônica ou de
identificar de forma quase instantânea o dia da semana que corresponde a qualquer data na
história ou ainda de criar incríveis obras de arte ou performances musicais (MILLER, 1999).
Cerca de 4 a cada 5 pessoas portadores da síndrome de savant são homens, e muitas também
apresentam autismo, um distúrbio do desenvolvimento.
Síndrome de savant uma condição na qual uma pessoa por um lado limitada em
habilidade mental apresenta uma excepcional competência específica, tal como em
cálculos ou desenho.
Se alguém é bom (ou ruim) em contar histórias, resolver testes matemáticos, circular
por um terreno desconhecido, aprender uma canção nova, destacar-se em um novo
jogo que exija destreza, entender os outros ou entender a si mesmo simplesmente não
se sabe se qualidades (ou deficiências) comparáveis serão encontradas em outras
áreas.
Robert Sternberg (1985,1999, 2003) concorda que o sucesso envolve mais do que a
inteligência tradicional. E concorda também com a ideia de múltiplas inteligências de
Gardner. No entanto, propõe uma teoria triárquica, de três, e não oito inteligências:
4. Inteligência e Criatividade
4.Motivação intrínseca é ser movido mais pelo interesse, pela satisfação e pelo desafio do
que por pressões externas (Amabile & Hennessey, 1992). Pessoas criativas concentram -se
menos em motivadores extrínsecos — cumprir prazos, impressionar os outros ou ganhar
dinheiro — do que no prazer e no estímulo do trabalho em si. Quando perguntado sobre como
solucionava problemas científicos tão difíceis, Isaac Newton supostamente respondeu:
“Pensando neles o tempo todo.” Wiles concordou: “Eu estava tão obcecado por esse
problema que durante oito anos pensei nele o tempo todo — desde que acordava de manhã até
ir dormir à noite” (Singh e Riber, 1997 ).
5. Um ambiente criativo: desperta, apoia e refina ideias criativas. Ambientes que promovem
a criatividade muitas vezes favorecem a contemplação. Após resolver um problema que levou
à vacina contra a poliomielite enquanto estava em um monastério, Jonas Salk criou o Instituto
Salk para proporcionar espaços de contemplação onde os cientistas pudessem trabalhar sem
interrupção (STERNBERG, 2006 ).
Ele desenvolveu um teste que avalia quatro componentes da inteligência emocional, que são
as habilidades para:
Estudos mais recentes que medem directamente o volume do cérebro por meio de imagens de
ressonância magnética de fato revelam correlações de cerca de +0,33 entre o tamanho do
cérebro (ajustado ao tamanho do corpo) e a pontuação de inteligência (CAREY, 2007).
Ademais, à medida que os adultos envelhecem, o tamanho do cérebro e a pontuação em testes
de inteligência não-verbal caem em conjunto (BIGLER et al., 1995).
Assim, uma criança média, cujas idades mentais e crono lógica são as mesmas, tem QI de
100. No entanto, uma criança de 8 anos que responde às questões como uma de 10 anos típica
o faria tem QI de 125.
5. A Dinâmica da Inteligência
5.1. Grau de estabilidade das pontuações de inteligência ao longo da vida
Síndrome de Down uma condição de retardo e distúrbios físicos associados causada por uma
cópia extra do cromossoma 21.
5.4. O Extremo Superior
Em um famoso projecto iniciado em 1921, Lewis Terman estudou mais de 1.500 estudantes
californianos com QI acima de 135. Ao contrário da noção popular de que crianças
intelectualmente talentosas muitas vezes são desajustadas por viverem “em um mundo
diferente” do de seus pares sem talentos especiais, os sujeitos com escores altos de Terman,
como os de estudos posteriores, eram saudáveis, bem ajustados, e tinham êxito académico
incomum (Lubinski e Ben- bow, 2 0 0 6 ; Stanley, 1 9 9 7 ). Quando reestudadas ao longo das
sete décadas seguintes, a maioria das pessoas no grupo de Terman havia alcançado altos
níveis de instrução (Austin et al., 2 0 0 2 ; Holahan e Sears, 1 9 9 5 ). Entre elas estavam
muitos médicos, advogados, professores, cientistas e escritores, mas nenhum ganhador do
Prêmio Nobel.
Pessoas que têm os mesmos genes compartilham também habilidades mentais comparáveis.
Para apoiar a contribuição genética à inteligência, pesquisadores citam três conjuntos de
descobertas:
O estudo dessas intervenções precoces indica que fornecer um ambiente “enriquecido” pode
“dar a seu filho um intelecto superior”, Embora a malnutrição, a privação sensorial e o
isolamento social possam retardar o desenvolvimento normal do cérebro, não há receita
ambiental para transformar rapidamente uma criança normal em um génio. Todo bebe deveria
ter uma exposição normal a estímulos visuais, sonoros e de fala.
7. Conclusão
Feito o trabalho conclui que a inteligência é um conceito construído socialmente e as culturas
consideram “inteligentes” quaisquer atributos que possibilitem o sucesso nessas sociedades.
Existem argumentos a favor e contra a visão da inteligência como uma habilidade mental
geral, um dos defensores é o Charles Spearman que acreditava que temos uma inteligência
geral que muitas vezes abreviada com o g.
8. Referências bibliográficas