Apostila Curso de Interpretação Do Desenho Infantil
Apostila Curso de Interpretação Do Desenho Infantil
Apostila Curso de Interpretação Do Desenho Infantil
Desenho Infantil
Karina Fonseca
Introdução
Linha do tempo
Figuras para colorir ou folhas brancas
Premissas básicas sobre o desenho
Sobre os elementos para desenhar:
Tipos de papeis
Tipos de lápis
Dimensões, traços, formas, linhas e traços
Orientação espacial
Cores
O desenho e as estações do ano
Outros materiais que também são usados para se fazer desenho
Repetição do mesmo tema ou a diversidade de temas
Desenvolvimento infantil
Estágios do desenvolvimento de Jean Piaget
Estágios psicossexuais de Freud
Psicomotricidade
Desenvolvimento da linguagem
Desenvolvimento do grafismo infantil
Surgimento da figura humana
Sobre os elementos dentro do desenho: A casa, a chaminé, a janela, o sol, a lua,
as estrelas, as nuvens, a chuva, os animais, veículos, barcos, ...
Vamos praticar?
Como fazer a aplicação do desenho
Como fazer o inquérito do desenho
Como fazer a análise
Técnicas projetivas, um olhar psicopedagógico
Vínculo escolar: Par educativo, eu com meus companheiros, a planta da sala de aula
Vínculo familiar: A planta da minha casa, os quatro momentos do dia, família educativa
Linha do tempo
As crianças desenham há muitos séculos, porém nessa época as crianças eram
vistas como imperfeitas ou inferiores em relação aos adultos, assim, não foram
registrados ou preservados esses desenhos. Desenhos de adultos também não
eram importantes, somente quando eram feitos por artistas famosos ou
amadores que consideravam que tinham talento.
Já no século XVIII, o filósofo e educador Jean Jacques Rousseau (1712-1778)
via a infância como uma fase importante do desenvolvimento, pois ela
direcionava a criança a fase adulta (nessa época não existia a adolescência,
depois da infância já se era adulto!). Pois segundo Rousseau “a criança é uma
criança, não um adulto”. Mostrando que a criança era diferente do adulto em seu
modo de pensar, agir, de resolver problemas e esses modos não são inferiores,
somente diferentes.
Já no século XIX, começa-se o interesse pelo desenho infantil. Segundo
Maureen Cox, em seu livro O desenho da criança, ela relata:
O estudo do desenho infantil começou a cerca de cem anos. Num dia
chuvoso da década de 1880 ou pelo menos assim se conta – um italiano
de nome Corrado Ricci correu buscando abrigo em uma viela coberta –
Enquanto esperava a chuva amainar, uns rabiscos na parede atraíram
sua atenção. Viu alguns desenhos encantadores e um tanto desajeitados
que qualquer pessoa reconheceria como feitos por mão infantil. Intrigado
pelos desenhos, Ricci começou a cogitar o que haveria de tão especial
neles que as tornava tão diferentes da arte convencional dos adultos.
Assim começou o seu interesse e estudo da arte infantil. Embora não
tenha sido a primeira pessoa a levar a sério o assunto, foi seu livreto “A
arte das crianças pequenas” publicado em 1887, que deflagrou o
interesse pelo desenho infantil. (COX, 2012, pg.2)
Tipos de lápis
Como se sabe, o lápis é um dos primeiros materiais que pensamos quando
falamos em desenho, por ele estar mais a mão e por ele dar cor (apesar de
algumas crianças não gostarem de colorir, mas gostam de desenhar, gostam de
realizar desenhos acromáticos)
Para crianças pequenas, dê preferência aos gizes de cera grossos, passando
posteriormente para os triangulares em seguida aos mais finos. Como a criança
Tipos do papel
A escolha do papel é tão importante quanto a escolha do lápis.
É interessante ter diferentes formatos, tamanhos, espessuras e texturas, para
que a criança possa escolher.
FORMATO
Formato pequeno: Indica introversão e concentração, não ocupa
todo o espaço disponível, por muitas vezes pode lhe faltar confiança, é
fácil de satisfazer, pois suas necessidades são restritas. Mas essas
indicações dependerão de outras determinações, como por exemplo, o
traço, a pressão.
Formato médio: Mostra adaptação e flexibilidade, tem facilidade em
ocupar seu lugar no grupo.
Formato grande: Socialmente capaz de realizar coisas importantes,
confia em si.
Orientação espacial
Ao desenhar a criança pode utilizar qualquer espaço d folha, superior, inferior, a
esquerda, a direito, ao centro ou a folha toda.
A- Superior: Representa a cabeça, imaginação, curiosidade, intelecto,
desejo de descobrir coisas novas
B- Inferior: Necessidades físicas, materiais
C- Centro: Momento atual, aberta ao que ocorre ao seu redor, não vive
ansiedades e tensões, relacionado à criança
D- Esquerda: Pensamentos relativos ao passado, inibição, controle
emocional
E- Direita: Pensamentos relativos ao futuro, extroversão, procure de
satisfação imediata, criança visionária
A-SUPERIOR
B- INFERIOR
Segurança Compensação
Tons suaves de azul, verde Vermelho, laranja, amarelo
Comportamento adequado Criança exigente, quer chamar a
atenção
TRAÇOS
Transmitem informações sobre o espírito da criança, rapidez, rebeldia,
tranquilidade.
Traço contínuo: desliza sobre o papel sem interrupção, linhas
precisas que expressam espírito dócil, em harmonia. Criança que respeita
seu ambiente, busca o bem-estar físico
Traço manchado ou cortado: Oposto ao contínuo. A criança
começa, para e recomeça (movimento inicial impulsivo, para, pois
percebe que não era aquilo e depois recomeça na direção desejada).
Indecisão em relação as mudanças, uma instabilidade.
Traço obliquo: Um traço lançado ao céu, como um foguete. A
criança sabe o que está fazendo, o que decidirá esse traço será pressão
(quanto maior, mais raiva). Se for normal, simboliza a criança
descarregando sua energia de forma agradável e harmônica
Pressão no papel: Ao realizar um traço, a criança pode fazê-lo com
força ou bem fraquinho. Boa pressão, simboliza vontade e entusiasmo ao
desenhar. Quanto mais forte, mostra mais agressividade e já uma pressão
superficial, mostra-se distante, sem convicção ou cansaço físico
FORMAS
Dentro de seu traçado podem existir formas e não só linhas. As formas são
interpretadas universalmente.
Cores
A maior parte dos desenhos que vemos das crianças são coloridos, apesar de
algumas não gostarem de colorir, somente de desenhar com lápis nº 2
(desenhos acromáticos)
Essas cores muitas vezes auxiliam na interpretação, mostrando um todo, desses
desenhos, com pontos negativos ou positivos.
As vezes uma cor colocada em uma folha de papel não mostra nenhum
desequilíbrio na criança, o importante ao olhar o desenho é ver que informações,
que mensagem, as pistas que a criança nos transmite.
Figura: Mostra as diferentes formas de traços e cores, em relação ao desenho e as estações do ano
Fonte: polilaqualidade.blogspot.com
Outros materiais que também são usados para se fazer desenho ou auxiliá-
los
O lápis e o papel são os principais instrumentos quando se fala em desenho,
mas existem outros materiais que também estão presentes em um desenho, ou
para desenhar ou para auxiliar nesse processo de estimulação da criatividade.
Os materiais sempre deverão ajustar-se as necessidades da criança.
Durante a fase da garatuja, por exemplo, a criança deve utilizar materiais em que
elas experimentem as sensações e estimulem a livre expressão. Argila,
massinha de modelar, materiais com diferentes texturas, cores e formas,
intensificam essas sensações corporais. Lembrando que o lápis de madeira
ainda não é um material apropriado para crianças muito pequenas.
Quanto menor a criança, maior deve ser o papel e o giz de cera grosso é o mais
adequado.
Fonte: www.tintasvalle.com.br
MODELAGEM
Forma de arte para auxiliar estimulação da criatividade. Materiais utilizados são
as argilas, barro, massinha de modelar, massinha de areia, areia.
Figura: Massinha de modelar Figura: Argila
Desenvolvimento infantil
De acordo com RAPPAPORT (1981), são as mudanças físicas, psicológicas e
cognitivas que ocorrem no decorrer da vida da criança, explicando como e
porque acontecem alguns comportamentos e como eles emergem para
adolescência e a vida adulta.
Dessa forma, o desenvolvimento não é algo isolado, ele está atrelado a cada
função cerebral, seja ela cognitiva, conativa, motora, onde uma precisa da outra
para que o indivíduo se desenvolva de forma global.
Abaixo estão listados fases ou estágios, cognitivo de Jean Piaget, psicossexual
de Freud, psicomotor, da linguagem de do grafismo, para que se possa observar
a relação entre eles, entre a idade, entre o comportamento e como nos mostra
como o desenvolvimento acontece.
Psicomotricidade
Idade Desenvolvimento Psicomotor
0 a 06 meses - Hipotonia da coluna
- Hipertonia dos membros
- Reflexo de preensão
- Controle motor
- Sustenta a cabeça e membros
06 a 12 - Arrasta
meses - Senta-se
- Engatinha
- Hipertonia da coluna
- Preensão cúbito palmar
Desenvolvimento da linguagem
Idade Desenvolvimento da Linguagem
0 a 6 meses 0 a 2 meses
- Grito, choro ao nascer
2 a 3 meses
- Conhece e utiliza os sons que o ser humano emite
4 a 5 meses
- Sons guturais. Ex.: som de sucção que o bebê faz ao
mamar
- Balbucio, emissão de algumas sílabas repetidas
6 a 12 meses Período pré-linguístico
6 a 10 meses
- Lalações (emitem sons ainda incompreensíveis)
- Início da compreensão de palavras simples. Ex.: papai,
mamãe
Período linguístico
10 12 meses
- Usa gestos significativos. Ex.: Dá tchau
- Primeiras palavras faladas
1 a 2 anos Fase da dominação
12 a 15 meses
- Pode nomear imagens
- Associa duas palavras
Vamos praticar?
Agora que já conhecem alguns elementos e seus significados iremos observar
alguns desenhos e tentar decifrá-los. Lembre-se, isso é apenas um exercício
para praticar, pois para tirarmos algumas conclusões é importante ver a criança
realizando o desenho, conhecer sua história de vida.
Fonte: jardinsinfanciaaeaugustolouro.blogspot.com
Par educativo
Nome Idade Vínculo Autor objetivo
Par 6 a 7 Escolar Malvina Oris e Explorar os vínculos
Educativo anos Maria Luisa S. de aprendizagem
de Ocampo
Como realizar:
Fonte: blog.psiqueasy.com.br
Como realizar:
Fonte: albertinopsicopedagogo.blogspot.com
Como realizar:
Como realizar:
Solicitar a criança que desenhe a sua casa como se estivesse a vendo de cima,
a planta de sua casa
Perguntas que devem ser feitas após o desenho pronto:
Me diga, como é a sua casa?
Onde vocês fazem as refeições? Vocês comem juntos?
O que fazem quando todos estão juntos?
Onde você estuda? E com quem você estuda?
Há um lugar reservado para os estudos?
Onde fica seu quarto?
Quem o escolheu para você?
Você pode arrumá-lo, organizá-lo como quiser?
Como realizar:
O entrevistador dobrará a folha em quatro partes iguais e pede que a criança
faça o mesmo com a folha dela.
O entrevistador dia a ela que gostaria que ela desenhasse quatro momentos do
seu dia (desde o momento que levanta até a hora de se deitar)
Perguntas que devem ser feitas após os desenhos prontos:
Conte-me sobre seus desenhos
Se necessário, peça-lhe detalhes
Escreva o que acontece em cada cena
Antes da análise, deve-se observar:
Se o desenho é realizado na sequência do dia (espaço-temporal)
Existem detalhes, ela é criativa?
Usa os quadrantes para situações consideradas importantes (como
aprendizagem, por exemplo)
Analisar: (baseado no livro “Técnicas projetivas” de Jorge Visca (2008)
Que pessoas estão na cena
Locais escolhidos
Família educativa
Nome Idade Vínculo Autor objetivo
Família 6 a 7 familiar Desconhecido Explorar os vínculos
Educativa anos de aprendizagem com
os membros da família
Como realizar:
Solicitar a criança que desenhe sua família e coloque o que cada um sabe fazer
Perguntas que devem ser feitas após o desenho pronto:
Quem são essas pessoas?
Qual o nome e a idade delas?
O que cada um está fazendo?
O que eles sabem fazer, eles ensinam a alguém? Como?
Qual título você daria a ele?
Gostaria que escrevesse algo sobre ele para mim
Antes da análise, deve-se observar:
O tamanho as pessoas, dos personagens a atividade que estão
realizando, localização na folha, objetivos e participação na atividade e o
relato sobre o desenho
Analisar: (baseado no livro “Técnicas projetivas” de Jorge Visca (2008)
Posição dos personagens
Os objetos
A idade e sexo dos personagens
Minhas férias
Nome Idade Vínculo Autor objetivo
Minhas férias 6 a 7 Consigo Desconhecido Explorar as atividades
anos mesmo realizadas no período
de férias
Como realizar:
Solicitar a criança que desenhe algo que fez nas férias. Utilizando os materiais
sobre a mesa (papel, lápis preto, borracha)
Perguntas que devem ser feitas após o desenho pronto:
Como realizar:
Solicitar a criança que desenhe aquilo que mais gosta
Perguntas que devem ser feitas após o desenho pronto:
Conte-me seu desenho
O que acontece na cena
Quando isso aconteceu
Perguntas complementares, se necessário
Analisar: (baseado no livro “Técnicas projetivas” de Jorge Visca (2008)
Apagar o desenho e modificar a cena
Apagar objetos, mas não mudar a cena
Contexto espacial e temporal
Coerência no relato
O desenho em episódios
Nome Idade Vínculo Autor objetivo
Desenho em A partir Consigo Desconhecido Observar os vínculos
episódios de 4 mesmo de aprendizagem com
anos o tempo, espaço e
causalidade
Como realizar:
O entrevistador dobra a folha ao meio e diz: Um (a) menino (a) tem o dia todo
para ele (a). Você irá desenhar o que esse (a) menino (a) desde a hora que
acorda, sai de casa até a hora que retorna
Perguntas que devem ser feitas após o desenho pronto:
Conte-me seu desenho
Que título você quer dar ao seu desenho
Analisar: (baseado no livro “Técnicas projetivas” de Jorge Visca (2008)
Tempo
Espaço
Quando se trabalha com uma criança que sofreu abuso, é muito importante o
acolhimento, a escuta e atividades que proporcionem que a criança se expresse,
como desenhos, uma pintura. Se a criança for muito pequena, dê uma folha para
que possa rabiscar e tome nota do que achar relevante. Atividades sobre os
sentimentos também são necessárias nesse momento, pois há uma confusão,
um turbilhão de pensamentos que a criança não compreende, como por
exemplo, “como uma pessoa que diz que me ama, pode fazer mal para mim?”
Nem todo o desenho de uma criança que sofreu abuso terá figuras fálicas. Muitas
lhe mostrarão tristeza e angústia, cores carregadas, uma história triste. Então é
preciso muita atenção.
Cuidado também com o contrário, dependendo do traçado da criança uma figura
pode parecer fálica, mas conta uma história normal e rotineira da criança.
Nunca esqueça de olhar o lado detrás da folha, crianças ao desenharem
familiares abusadores, acham que os precisam desenhar, mas não os querem
próximo a outros membros da família e o desenham do outro lado da olha, como
um sinal de distanciamento.
Jogo do rabisco
O jogo do rabisco foi criado por Donald Winnicott (1971), para ser utilizado em
contextos terapêuticos. Um jogo bem simples, necessitando apenas de papel e
lápis. Com a tentativa de estabelecer uma comunicação com sentimentos e
pensamentos que são para a criança difíceis de conversar.
A instrução que é dada ao paciente: Desenhe livremente a partir do rabisco feito
por mim. Na sequência é o paciente quem faz o rabisco e o terapeuta realiza o
desenho. De acordo com LAWRENCE (2005), a criança tem que estar a brincar,
senão os resultados não serão satisfatórios. O jogo é iniciado pelo terapeuta,
para que ele mostre a criança como se faz.
O desenho e a fantasia
Em seu livro, Descobrindo crianças, a autora americana Violet Oaklander, com
PhD em psicologia nas áreas de aconselhamento matrimonial, familiar e infantil,
nos mostra como a criança realiza desenhos sobre suas vivências através de
fantasias.
Através da fantasia podemos nos divertir junto com a criança e também descobrir
qual é o processo dela. Geralmente o seu processo de fantasia (a forma como
faz e se move no mundo fantasioso) é o mesmo que o seu processo de vida.
Podemos penetrar nos recantos mais íntimos do ser da criança por meio da
fantasia. Podemos trazer à luz aquilo que é mantido oculto ou que ela evita, e
podemos também descobrir o que se passa na vida da criança a partir da
perspectiva dela própria. Por estas razões encorajamos a fantasia e a utilizamos
como instrumento terapêutico. (Oaklander, 1980, pg. 25)
Fantasia do Lugar
Quando tiver acabado, abra os olhos e estará de novo nesta sala. Quando você abrir
os olhos, quero que pegue um pouco de lápis e papel e desenhe o seu lugar”
Fonte: adaptado pela autora, baseado na obra de Violet Oaklander (1980, pg. 17 e 18)
Lembrando que uma fantasia deve ser contada com tom de fantasia e observar
em dar pausas para que as crianças tenham tempo de visualizar o que está
sendo contado.
Agora uma curtinha
“Finja que você está percebendo alguma coisa engraçada nas suas costas. De
repente você nota que tem asas crescendo! Como é que você se sente com
essas asas em suas costas? ... Tente mexer as asas e veja como é... Agora
Fonte: adaptado pela autora, baseado na obra de Violet Oaklander (1980, pg.28)
Deixei por último a minha preferida e a primeira que aprendi (no estágio da
faculdade, me foi apresentado esse livro por minha supervisora e mentora,
professora Iris Baquero).
Essa fantasia está no livro da Violet, mas ela retirou do livro Torna-se pessoa,
de John Stevens.
Fantasia da Roseira
Feche os olhos e entrem em seu espaço, imagine que você é uma roseira.
Que tipo de roseira você é?
Você é uma roseira grande? Pequena? Alta? Baixa?
Você tem flores? De que tipos são? Não precisam necessariamente ser rosas
DE que cor são suas flores?
Você tem muitas flores ou só um pouquinho?
As suas flores estão totalmente abertas ou fechadas? Tem brotos? Tem
folhas?
Como são seus galhos e suas raízes? Ou talvez você nem tenha raízes, se
tem como são? Longas, curtas, retas, enroladas, elas são profundas?
Você possui espinhos?
Onde você está? Num quintal? Num parque, no deserto, numa cidade? No
meio do oceano?
Você está plantado num vaso ou cresce no chão? Na terra ou no cimento?
Há outras flores, plantas ou animais ao seu redor? Ou você cresce sozinha?
Há algo em torno de você, uma cerca?
Você se parece com uma roseira ou com outra coisa?
Como é ser uma roseira?
Quem toma conta de você?
Como está o clima para você nesse momento?
Quando estiver pronto, abra os olhos, pegue uma folha em branco e lápis de
cor e desenhe sua roseira para mim e conte-me como ela é!
Fonte: adaptado pela autora, baseado na obra de Violet Oaklander (1980, pg.47)
O menininho
Um dia um menino partiu para a escola. Ele era ainda bem pequeno, e a escola
era bem grande. Porém, quando o menino descobriu que podia chegar à sua
sala entrando diretamente pela porta do pátio, ficou contente. E a escola
já não parecia mais tão grande.
Uma manhã, quando o menino já estava na escola há um certo tempo, a
professora disse:
– Hoje nós vamos fazer um desenho.
Ele gostava de desenhar. Sabia fazer desenhos de todos os tipos: leões, e
tigres, galinhas e vacas, trens e navios... Pegou sua caixa de lápis de cor e
O gato da escola
Dicas de livros