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Farmacoeconomia e Farmacoepidemiologia Na Gestão de Recursos em Saúde
Farmacoeconomia e Farmacoepidemiologia Na Gestão de Recursos em Saúde
Farmacoeconomia e Farmacoepidemiologia Na Gestão de Recursos em Saúde
Farmacoeconomia e farmacoepidemiologia na
gestão de recursos em saúde: primeiros resultados
de uma revisão integrativa
Ellen Cristina Alves de PAULA(1)
Samara Jamile MENDES(1)
(1)
Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo – USP, São Paulo, SP, Brasil.
Resumo
A farmacoeconomia é a junção da descrição e análise comparativa dos custos
com os desfechos terapêuticos de um tratamento medicamentoso, produto em
saúde ou serviço em saúde, visando a otimização de recursos financeiros, sem
prejudicar a qualidade de vida e o tratamento ao paciente. Tem como definição
segundo a diretriz metodológica do ministério da saúde sobre avaliações
econômicas de tecnologias em saúde: “[...] Conjunto de atividades dedicadas, de
modo geral, à análise econômica no campo da Assistência Farmacêutica, como a
gestão de serviços farmacêuticos, a avaliação da prática profissional e a avaliação
econômica de medicamento e, de modo específico, à descrição e à análise dos
custos e das consequências da farmacoterapia para o paciente, o sistema de
saúde e a sociedade [...]”. Em países subdesenvolvidos e/ou em desenvolvimento,
como é o caso do Brasil, há recursos limitados para implementação de novas
tecnologias, sendo assim, o uso da farmacoeconomia se torna um fator muito
Recebido: 28 jan 2019 importante pois permite reduzir custos garantindo a utilização de um serviço com
Aceito: 10 fev 2019 qualidade, podendo também contribuir com o uso racional de medicamentos. As
Autor de
avaliações farmacoeconômicas mais antigas utilizavam apenas critérios de
correspondência: eficácia e segurança, porém com o aumento dos custos e das restrições
13ellen@gmail.com orçamentárias dos sistemas de saúde, se fez necessário adotar alguns critérios
não somente clínicos e de segurança como também econômicos e de dados pós
Conflito de interesses:
Os autores declaram não
comercialização do produto, como a farmacovigilância, que subsidiem a tomada
haver nenhum interesse de decisão a respeito da incorporação/inclusão racional de novas tecnologias.
profissional ou pessoal Este tipo de análise passou a ser denominada Avaliação de Tecnologias em Saúde
que possa gerar conflito
– ATS. Os dados farmacoepidemiológicos, principalmente os de
de interesses em relação
a este manuscrito.
farmacovigilância, estão incorporados nos estudos farmacoeconômicos, e a sua
utilização garante o melhor aproveitamento dos tratamentos avaliados assim
como dos recursos disponíveis, visando sempre a assistência com qualidade, dos
pacientes. Os estudos de reações adversas a medicamentos na farmacoeconomia
sugerem que os governos gastam quantias consideráveis do orçamento com o
manejo desses eventos que poderiam ter sido evitados com trabalhos de
prevenção. Segundo as Diretrizes Nacionais para a Vigilância de eventos adversos
e queixas técnicas de produtos sob Vigilância Sanitária de 2005, foram
registradas cerca de 21.500 internações (59 internações/dia) devidas a problemas
associados ao uso de medicamentos (PRM), totalizando um custo aproximado de
oito milhões e trezentos mil reais (R$ 8.300.000,00). Em relação a mortalidade, o
1 https://doi.org/10.14295/jmphc.v11iSup.941 J Manag Prim Health Care, 2019;11 Supl 1:e27s
Resumo Expandido