Guia Charcutaria Artesanal À Excelência
Guia Charcutaria Artesanal À Excelência
Guia Charcutaria Artesanal À Excelência
SEGURANÇA ALIMENTAR
03 E HIGIENE
FERRAMENTAS E
08 EQUIPAMENTOS BÁSICOS
19 TIPOS DE CARNES E DE
INSUMOS
PRINCIPAIS TÉCNICAS DE
33 PREPARAÇÃO
48 RECEITAS BÁSICAS
52 DEFUMAÇÃO E
MATURAÇÃO
63 COMO AVALIAR A
QUALIDADE
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direitos reservados
01
INTRODUÇÃO
02
SEGURANÇA
ALIMENTAR E HIGIENE
Higiene
Limpeza e Ventilação:
O local de trabalho deve ser mantido limpo e
arejado.
Janelas e portas devem ser equipadas com
telas para impedir a entrada de insetos.
03
SEGURANÇA
ALIMENTAR E HIGIENE
Abastecimento de Água:
É necessário um sistema de abastecimento
de água abundante e potável para o
processamento e higienização.
04
SEGURANÇA
ALIMENTAR E HIGIENE
05
SEGURANÇA
ALIMENTAR E HIGIENE
Manutenção de Equipamentos:
Equipamentos devem ser desmontados,
lavados com água quente e detergente
neutro apropriado, enxaguados com água
potável e protegidos da poeira e insetos.
06
SEGURANÇA
ALIMENTAR E HIGIENE
07
FERRAMENTAS E
EQUIPAMENTOS BÁSICOS
Afiador de Facas:
É fundamental contar com um afiador de
facas para garantir cortes precisos da
carne, assegurando que as lâminas
estejam sempre afiadas durante o
processo de corte.
08
FERRAMENTAS E
EQUIPAMENTOS BÁSICOS
Mesa de Preparo:
A mesa onde as carnes serão manipuladas
deve ser confeccionada em material
antibactericida, como o aço inoxidável.
Mesas de aspecto rústico, como as de
madeira, não são aconselháveis devido à
dificuldade de higienização desse tipo de
material.
Moedor de Carne:
Optar por um moedor de carne automático
em vez de realizar o processo manual é
preferível. Essa escolha é considerada um
dos melhores investimentos para aqueles
que buscam se tornar profissionais na área
de charcutaria.
09
FERRAMENTAS E
EQUIPAMENTOS BÁSICOS
Misturador de Carne:
Após a floculação e moagem da carne, é
indispensável utilizar um misturador de
carne na produção de embutidos. Esse
equipamento automatiza o processo de
mistura das carnes, contribuindo para a
produção eficiente de embutidos.
Seringas:
Seringas são empregadas
na charcutaria para a
injeção de tempero nos
embutidos. Esses
instrumentos são
desenvolvidos com
materiais específicos e têm
uma finalidade própria
para o tempero das carnes,
sendo também conhecidos
como injetores de
temperos. 10
FERRAMENTAS E
EQUIPAMENTOS BÁSICOS
Embutidora de Carnes:
Uma embutidora é responsável por
compactar a carne e dar a forma embutida
característica. Esse equipamento coloca a
carne já floculada, moída e misturada
dentro da tripa do embutido.
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FERRAMENTAS E
EQUIPAMENTOS BÁSICOS
Câmara Frigorífica:
Um refrigerador é essencial para
armazenar os produtos. Embora algumas
curas possam ser feitas em temperatura
ambiente, certos embutidos necessitam
de refrigeração adequada durante o
processo.
Defumador:
Para o processo de defumação de alguns
produtos da charcutaria, é necessário
contar com um defumador ou gerador de
vapor, pois alguns processos dependem
do vapor de fumaça.
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FERRAMENTAS E
EQUIPAMENTOS BÁSICOS
Material de Confecção:
Recursos como barbante, grampeador e
papel celofane são amplamente
utilizados na hora de ensacar as carnes
curadas e embutidas. Portanto, não se
esqueça dessas ferramentas, pois
desempenham um papel crucial nesse
processo.
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FERRAMENTAS E
EQUIPAMENTOS BÁSICOS
Técnicas caseiras
Moedor de Carne:
Substituição Caseira: Você pode usar um
processador de alimentos com acessório
de moagem ou até mesmo um moedor
manual para quantidades menores.
Embutidor de Tripas:
Substituição Caseira: Encher as tripas
pode ser feito usando um funil grande
acoplado a uma ponta de bico ou, para
pequenas quantidades, até mesmo um
saco de confeitar.
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FERRAMENTAS E
EQUIPAMENTOS BÁSICOS
Defumador:
Substituição Caseira: Você pode construir
um defumador improvisado em um
churrasco, grelha ou forno. Use lascas de
madeira para gerar fumaça. Lembre-se
de manter uma temperatura baixa para
evitar o cozimento excessivo.
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FERRAMENTAS E
EQUIPAMENTOS BÁSICOS
Tripas:
Substituição Caseira: Para linguiças
menores, use intestinos de animais de
açougue que foram devidamente limpos.
Para opções vegetarianas, considere o
uso de invólucros de celulose comestíveis.
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FERRAMENTAS E
EQUIPAMENTOS BÁSICOS
Câmara de Maturação/Secagem:
Substituição Caseira: Use um refrigerador
antigo ou um ambiente fresco e ventilado
para a secagem e maturação. Certifique-
se de manter a umidade controlada e use
um termômetro e higrômetro para
monitorar as condições.
Termômetro de Carne:
Substituição Caseira: Use um termômetro
de cozinha confiável para monitorar as
temperaturas ao longo do processo.
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FERRAMENTAS E
EQUIPAMENTOS BÁSICOS
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TIPOS DE CARNES E
SELEÇÃO DE INSUMOS
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TIPOS DE CARNES E
SELEÇÃO DE INSUMOS
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TIPOS DE CARNES E
SELEÇÃO DE INSUMOS
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TIPOS DE CARNES E
SELEÇÃO DE INSUMOS
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TIPOS DE CARNES E
SELEÇÃO DE INSUMOS
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TIPOS DE CARNES E
SELEÇÃO DE INSUMOS
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TIPOS DE CARNES E
SELEÇÃO DE INSUMOS
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TIPOS DE CARNES E
SELEÇÃO DE INSUMOS
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TIPOS DE CARNES E
SELEÇÃO DE INSUMOS
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TIPOS DE CARNES E
SELEÇÃO DE INSUMOS
Aditivos
Na produção de produtos à base de carne, são
empregados principalmente quatro aditivos: sal,
açúcar, emulsificantes e antioxidantes.
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TIPOS DE CARNES E
SELEÇÃO DE INSUMOS
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TIPOS DE CARNES E
SELEÇÃO DE INSUMOS
Condimentos
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É importante seguir as instruções do
fabricante do sal de cura
cuidadosamente e usar a
quantidade recomendada para
garantir a segurança alimentar. O
sal de cura é altamente concentrado
e deve ser utilizado com cautela. O
excesso de sal de cura pode ser
prejudicial à saúde. Certifique-se de
ler e entender todas as instruções e
precauções fornecidas pelo
fabricante do sal de cura antes de
utilizá-lo
PRINCIPAIS TÉCNICAS DE
PREPARAÇÃO
Moagem
Preparação da Carne:
Escolha cortes de carne fresca e de
qualidade.
Remova excessos de gordura e cartilagens.
Corte a carne em pedaços pequenos para
facilitar a alimentação no moedor.
Montagem do Moedor:
As peças essenciais do moedor são a
bandeja de alimentação, o parafuso sem-
fim, a lâmina e o disco de moagem.
Siga as instruções do fabricante para
montar o moedor corretamente.
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PRINCIPAIS TÉCNICAS DE
PREPARAÇÃO
Resfriamento Prévio:
Coloque as peças do moedor no freezer por
cerca de 30 minutos antes de começar. Isso
ajuda a manter a carne e o equipamento
frios, o que é crucial para uma moagem
eficiente.
Primeira Moagem:
Passe a carne pelos discos de moagem
mais grossos. Isso ajuda a quebrar a carne
em pedaços menores antes de atingir a
textura desejada.
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PRINCIPAIS TÉCNICAS DE
PREPARAÇÃO
Escolha da Textura:
Selecione o disco de moagem apropriado
para a textura desejada. Discos menores
produzem carne mais fina, enquanto discos
maiores resultam em uma moagem mais
grossa.
Segunda Moagem:
Passe a carne pelo moedor novamente,
usando o disco escolhido. Isso garante uma
consistência uniforme na moagem.
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PRINCIPAIS TÉCNICAS DE
PREPARAÇÃO
Bandeja de Alimentação:
Local onde você coloca a carne para ser
moída. Certifique-se de cortar a carne em
pedaços que se encaixem facilmente na
bandeja.
Parafuso Sem-fim:
Este componente puxa a carne para dentro
do moedor. Ele é alimentado manualmente
ou automaticamente, dependendo do tipo
de moedor.
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PRINCIPAIS TÉCNICAS DE
PREPARAÇÃO
Lâmina de Moagem:
A lâmina corta a carne em pedaços
menores à medida que ela é empurrada
para frente pelo parafuso sem-fim. A
velocidade e a eficiência da lâmina
influenciam diretamente a qualidade da
moagem.
Discos de Moagem:
Os discos determinam a textura da carne
moída. Discos menores produzem moagem
mais fina, enquanto discos maiores
proporcionam moagem mais grossa.
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PRINCIPAIS TÉCNICAS DE
PREPARAÇÃO
Manivela ou Motor:
Algumas versões de moedores são manuais,
onde a carne é moída girando uma
manivela. Outros são elétricos,
impulsionados por um motor.
Limpeza:
Após o uso, desmonte o moedor e limpe
todas as peças imediatamente. A higiene é
crucial para evitar contaminação.
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PRINCIPAIS TÉCNICAS DE
PREPARAÇÃO
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PRINCIPAIS TÉCNICAS DE
PREPARAÇÃO
Embutimento Manual:
Pode ser feito usando funis e um empurrador
para pressionar a carne na abertura do
invólucro. É uma técnica mais artesanal e
requer habilidade.
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PRINCIPAIS TÉCNICAS DE
PREPARAÇÃO
Embutimento Mecânico:
Utiliza uma máquina de embutir conectada
ao moedor de carne. A carne é pressionada
automaticamente para dentro do invólucro,
oferecendo maior consistência e eficiência.
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PRINCIPAIS TÉCNICAS DE
PREPARAÇÃO
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PRINCIPAIS TÉCNICAS DE
PREPARAÇÃO
Salga e cura
Preparação da Carne:
Limpe a carne de excessos de gordura e
tecidos conectivos indesejados.
Corte a carne conforme necessário para a
receita, levando em consideração a
espessura e o formato desejados.
43
PRINCIPAIS TÉCNICAS DE
PREPARAÇÃO
44
PRINCIPAIS TÉCNICAS DE
PREPARAÇÃO
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PRINCIPAIS TÉCNICAS DE
PREPARAÇÃO
Enxágue e Secagem:
Enxágue a carne para remover a mistura de
curagem. Seque completamente antes de
prosseguir para garantir uma curagem
uniforme.
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PRINCIPAIS TÉCNICAS DE
PREPARAÇÃO
Maturação (Opcional):
Alguns produtos charcutaria, como salames,
podem passar por um período de
maturação adicional para desenvolver
sabores e texturas específicas.
Armazenamento Adequado:
Guarde os produtos curados
adequadamente, seja refrigerando ou
armazenando em condições controladas,
dependendo do tipo de cura realizada.
47
Prezados leitores,
Gostaríamos de ressaltar a importância de
seguir as orientações do fabricante em relação
à quantidade de sal de cura em nossas receitas
de charcutaria. Não forneceremos uma medida
exata de sal de cura, pois as recomendações
podem variar entre diferentes fabricantes.
O sal de cura é um componente crítico para
garantir a segurança e a eficácia dos
processos de cura. Diferentes marcas podem
ter concentrações variadas de nitrito e nitrato, o
que afeta diretamente a quantidade segura a
ser utilizada.
Para evitar riscos à saúde e garantir resultados
consistentes, recomendamos seguir as
instruções específicas do sal de cura que você
escolher. Leia cuidadosamente as informações
do fabricante na embalagem e ajuste a
quantidade de acordo.
Apreciamos o comprometimento com práticas
seguras durante a preparação de charcutaria e
desejamos que suas experiências culinárias
sejam sempre deliciosas e seguras.
RECEITAS BÁSICAS
Maturação (Opcional):
Salame Colonial
Ingredientes:
Instruções:
Paio
Ingredientes:
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RECEITAS BÁSICAS
Lave e amoleça
Maturação as tripas em água morna.
(Opcional):
Moa pernil suíno e toucinho, misture com sal de
cura, alho, páprica e pimenta.
Encha as tripas, amarre e forme os paio,
evitando bolhas de ar.
Pendure para secar por 24 horas em local
fresco.
Maturação por 3 semanas em local controlado
(15°C, 75-80% de umidade).
Após a maturação, os paio estarão prontos
para consumo. Armazene na geladeira ou
congele conforme necessário.
Linguiça Blumenau
Ingredientes:
50
RECEITAS BÁSICAS
15 g de alho picado
Maturação (Opcional):
10 g de páprica defumada
5 g de pimenta calabresa
5 g de pimenta-do-reino preta
moída
Tripas naturais de porco
(previamente lavadas e
embebidas em água)
Instruções:
Maturação (Opcional):
Defumação
Escolha da Madeira:
A escolha da madeira afeta diretamente o
sabor do alimento defumado. Madeiras
frutíferas, como maçã e cerejeira, produzem
sabores mais suaves, enquanto madeiras
mais densas, como carvalho e nogueira,
proporcionam sabores intensos.
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DEFUMAÇÃO E MATURAÇÃO
Preparação do Alimento:
Antes de defumar, a carne geralmente
passa por um processo de cura para
melhorar o sabor e a preservação.
Certifique-se de que a carne esteja seca na
superfície para absorver melhor os aromas
da fumaça.
Controle da Temperatura:
Mantenha um controle preciso da
temperatura durante o processo de
defumação. Temperaturas baixas e lentas
são ideais para desenvolver sabores
profundos. Evite temperaturas muito altas
para evitar a queima da madeira.
53
DEFUMAÇÃO E MATURAÇÃO
Ajuste da Umidade:
A umidade pode afetar o resultado final.
Tente manter uma umidade relativamente
alta no início do processo para ajudar na
formação de uma camada defumada.
Posteriormente, você pode reduzir a
umidade para finalizar a defumação.
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DEFUMAÇÃO E MATURAÇÃO
55
DEFUMAÇÃO E MATURAÇÃO
Armazenamento Adequado:
Após a defumação, refrigere ou congele a
carne conforme necessário. A refrigeração é
crucial para evitar o crescimento de
bactérias.
Experimentação e Ajustes:
A prática é fundamental na defumação.
Experimente diferentes madeiras,
temperaturas e tempos para descobrir o que
funciona melhor para o seu gosto pessoal.
56
DEFUMAÇÃO E MATURAÇÃO
Maturação:
Maturação (Opcional):
A maturação refere-se ao período em que a
carne curada é deixada para desenvolver
sabores, texturas e aromas específicos. Durante
esse tempo, ocorrem reações bioquímicas que
transformam a carne, resultando em
características desejadas. A maturação pode
ocorrer em diferentes ambientes, como câmaras
de maturação controladas.
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DEFUMAÇÃO E MATURAÇÃO
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DEFUMAÇÃO E MATURAÇÃO
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DEFUMAÇÃO E MATURAÇÃO
Cura a Seco:
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DEFUMAÇÃO E MATURAÇÃO
61
DEFUMAÇÃO E MATURAÇÃO
62
COMO AVALIAR A QUALIDADE
A presença de odores
indesejados pode indicar
problemas na produção.
63
COMO AVALIAR A QUALIDADE
A aparência interna ao
realizar um corte
transversal deve ser
uniforme, sem sinais de
contaminação.
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COMO AVALIAR A QUALIDADE
Considerando a segurança
alimentar, é crucial verificar o
pH e realizar testes
microbiológicos para garantir
que o produto esteja livre de
patógenos.
Na questão de
armazenamento e
embalagem, a embalagem
deve ser hermética e
apropriada, evitando a
presença de ar, e o
armazenamento deve ser feito
em condições controladas de
temperatura e umidade.
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