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Curiosidades Escatológicas - Perguntas e Respostas

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev.

Jair Alves

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

Editor: Jair Alves


Capa: J. Alves
Edição: 1ª de 2018
Diagramação: PCA - Edições
Blog: sub-ebd.blogspot.com
Distribuição: Subsídios Dominical
E-mail: projetosbiblicos@live.com

É proibido disponibilizar esta obra para downloads em sites, blogs,


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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

Sumário
Apresentação ................................................................................................................................ 4
Capítulo 1 – SOBRE A ESCATOLOGIA ............................................................................................. 5
Capítulo 2 - SOBRE O ARREBATAMENTO DA IGREJA .................................................................... 9
Capítulo 3 – SOBRE O TRIBUNAL DE CRISTO ............................................................................... 14
Capítulo 4 – SOBRE AS BODAS DO CORDEIRO ............................................................................ 16
Capítulo 5 - SOBRE O ANTICRISTO............................................................................................... 19
Capítulo 6 – GRANDE TRIBULAÇÃO ............................................................................................. 21
Capítulo 7 - SOBRE O MILÊNIO .................................................................................................... 25
Capítulo 8 - SOBRE A VOLTA TRIUNFAL DE JESUS ....................................................................... 28
Capítulo 9 - SOBRE O JUÍZO FINAL .............................................................................................. 32
Capítulo 10 - SOBRE A MORTE .................................................................................................... 34
Capítulo 11 - SOBRE AS RESSURREIÇÕES .................................................................................... 37
Capítulo 12 - SOBRE OS ÍMPIOS .................................................................................................. 41
Capítulo 13 - SOBRE O INFERNO ................................................................................................. 42
Capítulo 14 - SOBRE O CÉU ......................................................................................................... 45
Capítulo 15 - SOBRE A NOVA JERUSALÉM................................................................................... 50
Capítulo 16 - SOBRE O JUÍZO FINAL ............................................................................................ 52
Capítulo 17 - SOBRE A ETERNIDADE............................................................................................ 54
Capítulo 18 - SOBRE O PRÉ-MILENISMO ..................................................................................... 59
Conclusão .................................................................................................................................... 63
Bibliografia .................................................................................................................................. 64

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

Apresentação
Neste estudo veremos as principais perguntas e respostas escatológicas,
envolvendo os mais variados assuntos de interesse dos crentes fieis a Palavra
de Deus.

As perguntas foram respondidas com comentários explicativos e com base


bíblica e teológica. Com esta obra em mãos, o leitor (a) poderá buscar
respostas escatológicas para as indagações de outras pessoas e até mesmo
para as suas próprias perguntas.

Esta é uma obra indicada para quem tem curiosidades sobre a morte, o céu, o
inferno e outros assuntos como arrebatamento, a Grande Tribulação, Tribunal
de Cristo, Bodas do Cordeiro e a nova Jerusalém.

Organizei as perguntas por assunto a fim de que seja uma ferramenta de


consulta prática para quem desejar responder perguntas escatológicas.

Ev. Jair Alves – Editor.

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

Capítulo 1 – SOBRE A ESCATOLOGIA

1) O que significa escatologia?


Definição nominal. Do grego escathos, últimas coisas + logia, discurso
racional.
Etimologicamente, escatologia significa: estudo das Últimas Coisas.
Definição real. A Escatologia Bíblica é o estudo sistemático, ordenado e
logicamente disposto dos temas relacionados aos últimos acontecimentos
Universal.

2) Quais são os principais objetivos da Escatologia Bíblica?


1. Mostrar o que está prestes a acontecer. Assim o evangelista João
encerra o Apocalipse: “Estas palavras são fiéis e verdadeiras. O Senhor, o
Deus dos santos profetas, enviou o seu anjo, para mostrar aos seus
servos as coisas que em breve hão de acontecer” (Ap 22.6).
✓ Preparar o crente para encontrar-se com Deus. “E
qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo,
como também ele é puro” (1 Jo 3.3).
✓ Tranquilizar o povo de Deus quanto aos últimos
acontecimentos. “Não se turbe o vosso coração; credes em
Deus, crede também em mim. Na casa de meu pai há muitas
moradas: se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou
preparar-vos lugar” (Jo 14.1,2).
✓ Alertar a todos que o noivo está chegando. “E o Espírito
e a esposa dizem: Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede
venha; e quem quiser tome de graça da água da vida. Aquele que
testifica estas coisas diz: Certamente, cedo venho. Amém! Ora,
vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.17,20).

3) Quais são as principais escolas escatológicas?


São quatro:
Futurista, Histórica, Preterista e Simbolista.

1. Futurista.
Essa interpretação Sem dúvida é a mais adequada à realidade das
profecias sobre os últimos tempos. Essa corrente, porém, subdivide-se
em:

a) Pré-tribulacionista.

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Esta corrente afirma que o Senhor Jesus arrebatará sua Igreja antes da
Tribulação de sete anos (Jo 14.1-3; 1 Ts 4-5). Segundo Tim Lahaye,
aqueles que "interpretam a Bíblia literalmente encontram razões fortes
para crer que o arrebatamento será pré-tribulacional". O ensino a
respeito do arrebatamento é uma doutrina fundamental, porém, o povo
de Deus não precisa estar dividido quanto a tal assunto. O importante é
que Jesus voltará para buscar a sua Igreja.

É importante ressaltar que a corrente pré-tribulacionista está mais de


acordo com o livro de Apocalipse (Ap 4.1-2). Para os pré-tribulacionistas
os crentes serão guardados da Tribulação.

Segundo esta corrente o propósito da Tribulação não é preparar a Igreja


para estar com Cristo, mas, preparar Israel para a restauração do plano
de Deus.

b) Pré-milenista.
Essa corrente conclui que a Vinda de Cristo ocorrerá antes do milênio,
quando Cristo virá reinar sobre a Terra. Grandes partes dos cristãos do
primeiro século eram pré-milenistas. Segundo o pastor Claudionor de
Andrade "tal posicionamento foi duramente combatido por Orígenes que,
influenciado pela filosofia grega, passou a ensinar que o Milênio nada
mais era que uma referência alegórica à ação do Evangelho na vida das
nações".

c) Midi-tribulacionistas.
Os miditribulacionistas entendem que a Igreja será arrebatada no meio
da Tribulação.

d) Pós-tribulacionistas.
Os póst-ribulacionistas pregam que a Igreja vai passar pela Grande
Tribulação. No entanto, esse ensino não tem base sólida na Palavra de
Deus. Jesus disse à igreja de Filadélfia, que representa a igreja fiel, que
iria guardá-la "da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo,
para tentar os que habitam na terra" (Ap 3.10). A Igreja não estará mais
na Terra quando começar a Grande Tribulação. Paulo ensina que
devemos "[...] esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos
mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura" (1 Ts 1.10).

2. Histórica.
Considera que o Apocalipse é um livro histórico, cujos fatos já se
cumpriram na sua maior parte. Mas tal entendimento não corresponde à
realidade bíblica.

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3. Preterista.
Os preteristas entendem que o Apocalipse já se cumpriu totalmente na
época do Império Romano, incluindo a destruição de Jerusalém, no ano
70 a.C. Entretanto, as profecias bíblicas sobre os fins dos tempos indicam
que diversos eventos escatológicos ainda não se cumpriram, como o
Arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.17), a Grande Tribulação ou "a hora da
tentação que há de vir sobre todo o mundo" (Ap 3.10), a Vinda de Cristo
em glória (Mt 16.27) e o milênio (Ap 20.2-5).

4. Simbolista.
É também chamada de interpretação idealista ou espiritualista. Tudo é
"espiritualizado", simbólico; nada é histórico, mas apenas uma alegoria
da luta entre o bem e o mal. Nessa linha de pensamento, há o ensino
amilenista, segundo o qual não haverá um período literal de mil anos
para o reinado de Cristo.

Ensinam que a Igreja está vivendo um milênio simbólico, mas as


referências que indicam que o milênio será literal são muitas (Ap 20.2-5;
Hc 2.14).

Há os pós-milenistas que pregam que Jesus só voltará depois do milênio.


Os textos bíblicos, porém, indicam uma ordem diferente dos
acontecimentos escatológicos. A ressurreição dos mortos salvos ocorrerá
na vinda de Cristo (1 Ts 4.13-17). A volta de Jesus é tão literal quanto o
foi a sua Ascensão (At 1.9,11).

4) Qual o conteúdo da Escatologia do Novo Testamento?


✓ O arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.13-17);
✓ O aparecimento do Anticristo (2 Ts 2.1-12);
✓ A grande tribulação (Mt 24.15-28);
✓ O reino milenial de Cristo (Ap 20.1-6);
✓ O julgamento final (Ap 20.11-15);
✓ A inauguração do perfeito e eterno estado, tendo a Nova
Jerusalém como capital (Ap 21.1-27).

5) Quais são os quatro tipos de Escatologia?


Há quatro outros tipos de escatologia, segundo nos apresenta
o Dicionário Teológico (CPAD):

1- Escatologia consistente.
Termo nascido com Albert Schweitzer, segundo o qual as ações e a
doutrina de Cristo tinham um caráter essencialmente escatológico. Não
resta dúvida, pois, de que o Senhor Jesus haja se preocupado em

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ensinar aos discípulos as doutrinas das últimas coisas. Todavia, sua


preocupação básica era a salvação do ser humano. Ele também jamais
deixou de se referir à vida prática e sofrida do homem.
Seus ensinos, por conseguinte, não foram deformados por qualquer
ênfase exagerada. “Nele, cada conselho de Deus teve o seu devido
lugar”.

2- Escatologia idealista.
Corrente doutrinária que relaciona a escatologia bíblica às verdades
infinitas. Os que defendem tal posicionamento, alegam que a doutrina
das últimas coisas não terá qualquer efeito prático sobre a história da
humanidade. Relegam-na, pois, à condição de mera utopia.
Mas, o que dirão eles, por exemplo, acerca das profecias já cumpridas?
Será que estas não referendam as que estão por se cumprirem? Não
nos esqueçamos, pois, ser a profecia a essência da Bíblia. Se
descrermos daquela, não poderemos crer nesta”.

3- Escatologia individual.
Estudo das últimas coisas que dizem respeito exclusivamente ao
indivíduo, tratando de sua morte, estado intermediário, ressurreição e
destino eterno. Neste contexto, nenhuma abordagem é feita, quer a
Israel, quer a Igreja”.

4- Escatologia realizada.
Ponto de vista defendido por C. H. Dodd, segundo o qual as previsões
escatológicas das Sagradas Escrituras foram todas cumpridas nos
tempos bíblicos. Atualmente, portanto, já não nos resta nenhuma
expectativa profética, de acordo com o que ensina Dodd.
Gostaríamos, porém, que ele nos respondesse as seguintes perguntas:
• A Segunda vinda de Cristo já foi realizada?
• A grande tribulação já é história?
• O julgamento final já foi consumado?

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Capítulo 2 - SOBRE O ARREBATAMENTO DA


IGREJA

1) Arrebatamento e Vinda Gloriosa de Jesus significam a


mesma coisa?

ARREBATAMENTO VINDA GLORIOSA


Jesus vem e permanece nos ares Jesus vem e pisa na terra (Zc 14.4)
(1 Ts 4.16,17)
Jesus vem buscar os santos (1Ts Ele vem com os santos (1Ts 3.13;
4.16,17) Jd 14)
Cristo recebe a Esposa Ele vem com a Esposa
Jesus vem de forma inesperada e Os sinais predizem o evento (Mt
iminente 24.4-29)
Haverá um tempo de bênçãos e Haverá um tempo de destruição e
consolo (1Ts 4.18) juízos (2 Ts 2.8-12)
Vinculam-se os crentes (Jo 14.1-3;
Vincula-se a nação de Israel a as
1Co 15.51-55; 1Ts 4.13-18) nações gentias (Mt 24.1-25,461
Num abrir e fechar de olhos, só os
O Senhor Jesus será visto por todo
salvos verão a Cristo (1Co 15.52)o mundo (Mt 24.27; Ap 1.7)
Começa a Grande Tribulação Tem início a dispensação do
Milênio
Cristo vem como a resplandecente Cristo vem como o sol da justiça
estrela da manhã (Ap 22.16) (Ml 4.2)

2) Qual o significado do Arrebatamento?

A versão latina da Bíblia (Vulgata), feita por Jerônimo em 382 a 404 d.C.,
traduziu o grego harpadzô pela palavra raptus (raptar), da qual deriva
“o termo Arrebatamento”.
“(Pronúncia: har-pad-zô). Harpadzô é um verbo grego que significa tomar
para si. Arrancar para cima. Agarrar com força.
As 5 ocorrências do original Harpadzô
1- MATEUS 13.19
2- ATOS 8.39
3- 2 CORÍNTIOS 12.2,4
4- 1TESSALONESES 4.17
5- APOCALIPSE 12.5
➢ ARREBATAMENTO NO SENTIDO BÍBLICO

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Será a trasladação dos crentes, tanto vivos como falecidos, para estarem
na presença de Cristo, nos ares, como Paulo explica em 1Ts 4.13-18.
A partir daí, sermos levados por Jesus para as moradas do Pai (Jo14. 1-
3; Fp 3.20,21).
Em suma. Arrebatamento será o rapto, o levantamento, a ascensão, a
trasladação dos salvos, com corpos transformados e glorificados, quando
a trombeta de Deus soar (1Ts 4.16) — esse ressoar não se destina ao
povo em geral, mas apenas aos mortos em Cristo e à Igreja militante.
Será a grande convocação dos remidos do Senhor. Outro propósito
maravilhoso do Arrebatamento será a transformação sobrenatural dos
salvos vivos; estes não experimentarão a morte física.

➢ AS DUAS FASES DA VINDA DE JESUS


Em 1Ts 4.13-18, a Bíblia nós fala da vinda de Jesus e que o encontro dos
arrebatados com Jesus, será nos ares. Isto é Ele não vai ticar a terra.
Já Em Mateus 24.30, Zacarias 14.4,5 e Apocalipse 1.7, falam de Jesus
vindo de forma visível e descendo a terra, lá no Monte das Oliveiras, de
onde ascendeu.
Como entender essas duas vindas distintas?
Na verdade, trata-se apenas de uma vinda com duas fases diferentes.
Nos estudos proféticos, a vinda do Senhor é uma só, porém, manifesta
EM DUAS FASES DISTINTAS.
➢ SEIS OBSERVAÇÕES SOBRE O ARREBATAMENTO, QUE É A
PRIMEIRA FASE.
PRIMEIRA OBSERVAÇÃO: Nesta fase Jesus vem e não toca a terra,
pois o encontro com os salvos será nos ares.
“Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente
com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos
sempre com o Senhor” (1Ts 4.17).

SEGUNDA OBSERVAÇÃO: Nesta fase Jesus arrebatará a sua igreja de


maneira muito rápida, de maneira invisível para o mundo. O mundo
saberá depois, quando notar a ausência, a falta, o desaparecimento de
milhões de Cristãos.

“Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta;


porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós
seremos transformados (1Co 15.52)”.

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TERCEIRA OBSERVAÇÃO: Nesta fase não se pode prever o dia e a


hora, é uma vinda iminente.

“Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do
homem há de vir” (Mt 25.13).

QUARTA OBSERVAÇÃO: Nesta fase o Senhor vem para os seus santos


(I Ts 4.16b, 17a).

QUINTA OBSERVAÇÃO: Nesta fase é o próprio Senhor Quem reúne os


Seus santos (1 Ts 4.15-18; 2 Ts 2.1).
“Muitas tarefas são delegadas aos seres celestiais, mas não será nenhum
anjo, arcanjo, querubim ou serafim que virão nos buscar; “porque o
mesmo Senhor descerá do céu” (I Ts 4.16). Nosso Salvador virá
pessoalmente buscar a Sua Igreja, Sua Noiva (W. J. Watterson)”.

SEXTA OBSERVAÇÃO: Nesta fase Jesus não volta num cavalo branco.
Entenda que a volta de Cristo no cavalo branco já se refere à segunda
fase da volta de Cristo (Ap19. 11-16).

Vejamos algumas expressões usadas para se referi a esta


primeira fase.
1) A vinda do Senhor (1Ts 4.15);
2) Arrebatados (1Ts 4.17);
3) Encontrar os Senhor nos ares (1Ts 4.17).
Enquanto que a segunda fase se refere à vinda de Jesus em glória.
“Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e
então dará a cada um segundo as suas obras (Mateus 16.27)”.
Nesta segunda fase Ele se apresentará com REI DOS REIS E SENHOR
DOS SENHORES (Ap 19.16).
AS DIFERENÇAS ENTRE AS DUAS FASES DA VINDA DE
JESUS
Na primeira fase Jesus virá para os seus (Jo14. 3), e na Segunda fase
com os seus (Zc 14.5b; 1Ts 3.13; Jd v.14).
A primeira fase é o arrebatamento da Igreja. Na primeira fase Ele virá
como o Noivo para a sua Igreja.
A segunda fase é a volta de Cristo em glória; é a sua revelação pública;
sua manifestação ou aparecimento visível a Israel e às demais nações.

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➢ A VINDA DE JESUS NOS ARES E A VINDA DE JESUS NO


MONTE DAS OLIVEIRAS
Em 1Ts 4.17, fala de Jesus vindo até os ares.
Já em Zacarias (14.4) fala de Jesus vindo e tocando o monte das
Oliveiras. Estes textos estão se contradizendo? Não!

Estão falando de duas fases distintas.


Na primeira fase Jesus virá como Noivo para sua igreja. Já na segunda
fase, Ele virá como Juiz e Rei no monte das Oliveiras, para julgar as
nações e estabelecer o seu reino milenar.
CONTRASTES ENTRE A PRIMEIRA FASE E A SEGUNDA
Através da observação de contrastes entre algumas passagens
escatológicas, notamos claramente as distinções das duas fases da vinda
de Jesus.

❖ VEJAMOS

1) João 14.3 x Colossenses 3.4.

“E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei
para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também (Jo
14.3)”.

“Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós


vos manifestareis com ele em glória (Cl 3.4)”.
Na primeira passagem (Jo 14.3) Jesus promete vir na terra buscar o
seu povo que está aqui na terra. Então, aqui, Jesus vem PARA os seus.

No segundo texto (Cl 3.4) a Palavra nos declara que quando Jesus
vier, nós viremos com Ele.
Então, aqui Ele vem COM os seus. Ora, para Jesus vir COM os seus, Ele
primeiro virá PARA os seus, para levá-los para Si.

2) 1 Coríntios 15.52 x Mateus 24.30

“Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta;


porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós
seremos transformados (1Co 15.52)”.

“Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos


da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as
nuvens do céu, com poder e grande glória (Mt 24.30)”.

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OBSERVA-SE que na primeira passagem (1Co 15. 52), Jesus vem


num momento, e levará os seus para o céu.

Já na segunda passagem bíblica (Mt 24.30), Jesus ao voltar, será


visto por todos os povos da terra.
Essa fase de sua vinda será precedida do “sinal do Filho do homem”.
Então, essa segunda fase será algo lento: bem diferente da primeira fase
(Lições Bíblicas, maturidade cristã, 3° trimestre, 18 de agosto de 1985,
CPAD).

As observações indicam duas fases distintas ou tudo não passam de uma


grande contradição bíblica. Eu prefiro acreditar nos contrastes, pois estão
cristalinos.

3) Quem participará do Arrebatamento?

Todos os mortos, salvos por Cristo, serão trazidos pelo Senhor


(ressuscitarão) e serão arrebatados. Todos os servos fiéis de Jesus que
estiverem vivos serão transformados pelo poder de Deus e serão
arrebatados juntamente com os que ressuscitaram. Os ímpios, de uma
forma geral, não participarão deste evento glorioso (Ap 21.8; 22.15).

4) O que pensa As Assembleias de Deus no Brasil Sobre a


Segunda Vinda de Cristo?

CREMOS, professamos e ensinamos que a Segunda Vinda de Cristo é um


evento a ser realizado em duas fases. A primeira é o arrebatamento da
Igreja antes da Grande Tribulação (1Ts 1.10; 5.9), momento este em que
"nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados" (1 Ts 4.17); a
segunda fase é a sua vinda em glória depois da Grande Tribulação e
visível aos olhos humanos: "Eis que vem com as nuvens, e todo olho o
verá, até os mesmos que 0 traspassaram; e todas as tribos da terra se
lamentarão sobre ele. Sim! Amém!” (Ap 1.7). Nessa vinda gloriosa, Jesus
retornará com os santos arrebatados da terra: "na vinda de nosso Senhor
Jesus Cristo, com todos os seus santos" (1 Ts 3.13).

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Capítulo 3 – SOBRE O TRIBUNAL DE CRISTO

1) O que é o tribunal de Cristo?

É um local onde a vida e as obras do crente serão examinadas. O


Tribunal de Cristo (gr.: bema) é o trono ou o pódio onde todos devemos
comparecer, “para que cada um receba segundo o que tiver feito por
meio do corpo, ou bem ou mal” (2 Co 5.10).

O vocábulo grego traduzido por “tribunal” no Novo Testamento é “bema”,


cujo significado literal é “passo”, representando “uma medida pequena”.
A expressão em Atos 7.5 “bema podos” traduzido por “julgarei” é no
grego “o espaço de um pé”, referindo-se à plataforma oficial de onde se
proferia discursos (At 12.21), juízos e sentenças (Jo 19.13), ou onde o
réu comparecia (At 25.6). Portanto, a palavra se refere ao “tribunal” ou a
um “trono de julgamento”.

O Novo Testamento menciona três tipos de tribunais: humano (1 Co 4.3),


de Cristo e de Deus (2 Co 5.10; Rm 14.10), bem como cinco categorias
de julgamentos: das nações (Mt 25.31-40), de Israel (Ez 20.34-38; Ml
3.2-5), dos crentes nos céus (2 Co 5.10), dos anjos (1 Co 6.3; 2 Pe 2.4;
Jd v.6) e do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15). Neste último, serão
julgados todos os homens não inscritos no Livro da Vida (Ap 20.12,15).
Após o julgamento, o destino ou estado final destes são identificados
como “fogo e tormento eterno” (Mt 25.41,46) e, “segunda morte” (Ap
21.8).

2) O que será julgado no Tribunal de Cristo?

Neste tribunal serão julgadas as obras dos salvos que foram praticadas
na Terra, a fim de que recebam, ou não, o galardão (Ap 22.12).
Em 2 Coríntios 5.10, Paulo fala sobre o julgamento de todos os crentes:
'Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que
cada um receba segundo tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal'.

3) Quais são as principais recompensas para os que tiverem


suas obras aprovadas por Cristo?

O Novo Testamento apresenta várias recompensas, mas destaca algumas


relativas às atividades especiais. O próprio Senhor Jesus, Juiz desse
tribunal, é quem fará a entrega dos prêmios, galardões, recompensas
(2Co 9.6). Ele declara a João, na ilha de Patmos, dizendo: “O meu
galardão está comigo para dar a cada um segundo as suas obras” (Ap

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22.12). O apóstolo Paulo declara, também, que todo crente receberá o


seu louvor (elogio) da parte de Deus (1Co 4.5).

1) A coroa da vitória (1Co 9.25).


A vida cristã se constitui numa batalha espiritual contra três inimigos
terríveis: a carne, o mundo e o Diabo. Esta coroa é denominada,
também, como coroa incorruptível, porque se refere à conquista do
domínio do crente sobre o velho homem.

2) A coroa de gozo (1Ts 2.19; Fp 4.1).


A palavra gozo significa prazer, alegria, satisfação. Uma das atividades
cristãs que mais satisfazem o coração do crente é o ganhar almas. Isto
é, praticar o evangelismo pessoal e ganhar pessoas para o reino de
Deus. Na busca do gozo nesta vida, nada é comparável ao de salvar
almas para Cristo, livrando-as da perdição eterna. Por isso, quem
ganha almas, sábio é (Pv 11.30; Dn 12.3).

3) A coroa da justiça (2Tm 4.7,8).


É o prêmio dos fiéis, dos batalhadores da fé, dos combatentes do
Senhor, os quais vencendo tudo esperam a Sua vinda.

4) A coroa da vida (Ap 2.10; Tg 1.12).


Não se trata da simples vida que temos aqui. Essa coroa é um prêmio
especial porque implica conquista de um tipo de vida superior à vida
terrena, ou à simples vida espiritual, como a tem os anjos. É a
modalidade de vida conquistada mediante a obra expiatória de Cristo
Jesus — a vida eterna. E o galardão da fidelidade do crente.

5) A coroa de glória (1 Pe 5.2-4).


Certos eruditos na Bíblia entendem que esta coroa é o galardão dos
ministros fiéis que promoveram o reino de Deus na Terra, sem esperar
recompensa material.

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Capítulo 4 – SOBRE AS BODAS DO CORDEIRO

1) O que significa bodas em apocalipse 19.9?

O termo “bodas” vem do grego “gamos”, e refere-se à festa de


casamento, as solenidades nupciais.
Em apocalipse 19. 7,9 é traduzido como Bodas (Ap 19.7; Mt 10.25).

2) O que será as bodas de apocalipse 19.9?

Antes de respondermos à pergunta em questão, precisamos entender


que o Novo Testamento descreve o povo de Deus como sendo a noiva de
Cristo (2 Co 11.2; Ef 5.23-32; Jo 3.29).

Daí a relevância de João usar a linguagem figurada de um casamento,


conhecida no NT, para comunicar a intimidade de amor e compromisso
entre Deus e seu povo (Ap 19.7,9).

Encontro, que durará para sempre, da Igreja com o seu Senhor. Será a
festa de casamento da Igreja com Cristo; União esta que nunca se
acabará. "E assim, estaremos para sempre com o Senhor" (1Ts. 4.17).

3) Quando acontecerão as bodas de apocalipse 19.9?

As Bodas do Cordeiro dar-se-ão após o arrebatamento da Igreja e ao


Tribunal de Cristo (Ap. 19.7,8 e 2Ts. 2.1). E são celebradas no céu antes
do retorno de Cristo.

Após a celebração da ceia das Bodas, Jesus “descerá” para o sombrio


vale do Armagedom (Ap 19.11), a fim de terminar com aquela grande
guerra e a seguir, estabelecer seu reino milenar (Escatologia: O estudo
das últimas coisas).

4) O que quer dizer a expressão “A CEIA DAS BODAS (Ap


19.9)?

- John MacArthur intende que trata-se de uma refeição simbólica.

- O saudoso pastor Severino Pedro, afirmou que a celebração da ceia


terá lugar somente no final das bodas (sete anos depois do
arrebatamento) [Escatologia: O estudo das últimas coisas].

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

5) Quem são os convidados para as bodas no Céu?


Os convidados são Israel salvo da Grande Tribulação e os santos do
Antigo Testamento (Dn 12.1-3; Is 26.19-21). Observe que os santos do
Antigo Testamento não são a noiva, mas os convidados do Noivo (Jo
3.29).

6) Quantas Bodas Escatológica encontramos na bíblia?


Encontramos duas bodas.
1) A bíblia fala das bodas no céu (Ap 19.7). Esta se refere à Igreja e
o Cordeiro (Ap 19.7-9). Nestas bodas somente a Igreja e seus convidados
participarão.
2) A bíblia fala das bodas na Terra (Mt 22.1-14; Lc 14.16-24; Mt
25.1-13). Na terra, as bodas envolvem Israel e o Cordeiro. A ceia das
bodas da terra (Mt 25.10; Lc 12.37) ocorre depois do retorno de Cristo,
no início do Milênio.

7) Por que a Bíblia descreve a Igreja como uma noiva que


aguarda as bodas?

Porque se trata do relacionamento mais íntimo e duradouro, de


acordo com os padrões bíblicos. A Noiva, pura e santa, aguarda
com paciência, alegria e esperança, a consumação deste
casamento na segunda vinda de nosso Senhor (Ap 17.7-9; 21.9).

A NOIVA DO CORDEIRO

Na história bíblica a mulher comprometida em noivado era chamada de


ESPOSA e, apesar de não estar unida fisicamente ao noivo, ela estava
obrigada à mesma fidelidade como se estivesse casada (Gn 29.21; Dt
22.23,24; Mt 1.18,19).

A igreja está comprometida com o Noivo Jesus, e nas BODAS DO


CORDEIRO, se regozijará na presença do cordeiro, no céu (Ap 19.7,21. 9;
22.17).

A expressão NOIVA DO CORDEIRO aparece em apocalipses 19.6-9, e em


apocalipse 21.2,9 e 10, como dois usos distintos.

1- EM APOCALIPSE 19.6-9 (Almeida Atualizada):


LÊ: v. 7: “Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória; porque são
chegadas as bodas do cordeiro, e já a sua noiva se preparou” (ARA).

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

- A Noiva do Cordeiro, neste trecho, se refere à igreja arrebatada.

A noiva sendo apresentada como futura esposa (vv. 6-8), representa a


igreja do Novo Testamento (Jo 14.3; 1Ts 4.13-17; Ef 5.22).
- Na presente era, a Igreja, é a noiva de Cristo (2Co 11.2; Ef 5.22); Após
o arrebatamento, ela é contemplada como sendo a “esposa, a mulher do
Cordeiro” (Ap 19.7; 22.17).

- De acordo com Jimmy Swaggart (bíblia do Expositor), a GRANDE


MULTIDÃO de Apocalipse 19.6, corresponde a todos os crentes que
viveram, desde Abel até o último que for salvo na Grande Tribulação.

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

Capítulo 5 - SOBRE O ANTICRISTO

1. Quem será o anticristo?

1) Ele será uma pessoa cruel como uma fera (Ap 13.2). Ele será um
homem, visto que será morto por Cristo no Armagedom (2Ts 2.8; Dn
7.11; 8.25; Is 11.4; Ap 19.11-21).

2) Ele terá poderes miraculosos recebidos de Satanás (2Ts 2.9; Dn


8.24; 11.37-39; Ap 13.2,11, 18; 16.13-16; 19.20; Mt 24.24).

3) Títulos do anticristo
1- O homem de pecado e o filho da perdição (2Ts 2.2)
2- Anticristo (2Jo 2.18)
3- A besta que sobe do Mar (Ap13. 1)
4- A besta de cor escarlate (Ap 17.3)

A) O anticristo em relação a Deus.


- Ele se oporá a Deus (2Ts 2.4)
- Ele se colocará acima de Deus (2Ts 2.4)
- Ele aceitará adoração (2Ts 2.4; Ap 13.8)
- Ele reivindicará ser Deus (2Ts 2.4)

B) O anticristo em relação ao mundo.


- Ele será uma grande ilusão e uma grande mentira (2Ts 2.11,12; Dn8.
10-14, 25; 11.39).
- Ele aparecerá na tribulação como um grande líder mundial e será a
suposta solução para os problemas políticos, financeiros e religiosos.
- Ele assumirá o controle monetário mundial (Ap 13.7)
- Ela fará obrigará a todos a terem uma maraca ou na testa ou na mão
direita (Ap 13.16).
- Quem não tiver este sinal não poderá comprara e nem vender nada (Ap
13.17).
- Quem não aceitar o sinal da besta será procurado para ser morto (Ap
13.15).

C) O anticristo em relação a Israel.


Na Grande Tribulação ele profanará o templo reconstruído em Jerusalém
e será cultuado no futuro templo judaico (2Ts 2.4; Dn 8.10-14,23-27; Dn
9.27; Dn 12.1-7; Mt 24.15-21; Ap 11.1,2).

D) principais eventos relacionados ao anticristo.

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

Imediatamente após a consumação da segunda vinda do Senhor Jesus e


o arrebatamento dos salvos, de acordo com as profecias bíblicas, terá
início o Dia do Senhor (Sf 1.15; Am 5.18-20; 2 Pe 3.10-13). Precisamente
nesta ocasião, aparecerá o Anticristo para cumprir um papel
importantíssimo, descrito no panorama profético dos dias finais. Esses
dias serão os piores na vida do ser humano, ainda que nos primeiros
quarenta e dois meses tudo pareça transcorrer dentro da normalidade
(Ap 13.5b).

VEJAMOS ALGUNS EVENTOS RELACIONADOS AO ANTICRISTO:

• Manifestar-se-á no começo do Dia do Senhor (2 Ts 2.1-3).


• Ascenderá ao poder, oferecendo paz e prosperidade a todos (Ap 6.2).
• Firmará e selará publicamente um pacto de paz com Israel (Dn 9.27).
• Na metade do seu governo, haverá uma morte violenta (Dn 11.45; Ap
13.3).
• Descerá ao abismo e dele emergirá, mais tarde (Ap 17.8).
• Receberá vida após ser curado (Ap 13.11-14).
• O mundo inteiro, maravilhado, o seguirá (Ap 13.3).
• Governará o mundo nos aspectos político, religioso e econômico (Ap
13.4-8,16-18).
• Pronunciará grandes blasfémias contra Deus (Dn 7.8; Ap 13.6).
• Será controlado totalmente pelo diabo (Ap 13.2-5).
• Matará publicamente as duas testemunhas (Ap 11.7).
• Perseguira furiosamente o povo judeu (Dn 7.21,25; Ap 12.6).
• Convocará todas as nações para conquistar Jerusalém (Zc 12.1,2; 14.1-
3. Ap 16.16; 19.19).
• Invadirá Israel e profanará o templo reconstruído (Dn 9.27; 11.41;
12.11; Mt 24.15; Ap 11.2).
• Assentar-se-á no templo para ser adorado como Deus (2 Ts 2.4; Ap
13.4-8).
• Será proclamado como divino com grandes sinais e prodígios (2Ts 2.9-
12).
• Lutará contra Cristo na segunda fase da Sua vinda, na campanha
militar do Armagedom. Será derrotado totalmente com todos os seus
exércitos e forças malignas (Ap 19.19).
• Será lançado vivo no lago de fogo ardente (Dn 7.11; Ap 19.20). Boa
aula!

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

Capítulo 6 – SOBRE A GRANDE TRIBULAÇÃO

1. O que é a Grande Tribulação?

Segundo o Dicionário de Profecia Bíblica, a Grande Tribulação é um


"período de aflição e angústias incomuns que terá início após o
arrebatamento da Igreja. Deus, o justo Juiz, estará enviando sobre o
mundo o seu juízo" (Is 13.11). Este período de aflição e angústias terá a
duração de sete anos (Dn 9.27 a -” semana de anos"). Ela ocorrerá, entre
o arrebatamento da Igreja e a vinda de Jesus em Glória (segunda fase,
para reinar).

Jesus alertou seus discípulos de que os últimos dias, aqueles


imediatamente anteriores à sua segunda vinda, iriam compor o período
de tempo mais tenebroso e traumático do que qualquer outro na história
humana (Mt 24.21).

A Grande Tribulação recebe as seguintes denominações na Bíblia


Sagrada:

✓ Dia do Senhor. “O grande dia do Senhor está perto, está


perto, e se apressa muito a voz do dia do Senhor; amargamente
clamará ali o homem poderoso” (Sf 1.14).

✓ Dia da Angústia de Jacó. “Ah! Porque aquele dia é tão


grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia
para Jacó; ele, porém, será salvo dela” (Jr 30.7).

✓ Ira do Cordeiro. “E os reis da terra, e os grandes, e os


ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo servo, e todo livre se
esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas e diziam
aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos do rosto
daquele que está assentado sobre o trono e da ira do Cordeiro,
porque é vindo o grande Dia da sua ira; e quem poderá subsistir?”
(Ap 6.15-17).

2) Quanto tempo durará a Grande Tribulação?

Segundo as profecias bíblicas, a Tribulação durará sete anos — período


conhecido como a última das 70 Semanas Proféticas de Daniel (Dn 9.24;
12.1).

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

O período da Grande Tribulação será dividido em duas partes de três


anos e meio cada uma:

• a primeira etapa de três anos e meio — tempo, e tempos, e metade


de um tempo (Dn 7.25; Ap 12.14); equivale a quarenta e dois meses (Ap
11.2; 13.5); igualmente a mil duzentos e sessenta dias (Ap 12.6) — é
chamada na Bíblia de Tribulação e abrange os capítulos 6—9 do
Apocalipse.

A primeira etapa da semana será marcada pelo reinado absoluto do


Anticristo que, assentado no Santo Templo em Jerusalém, será aceito
tanto pelos judeus quanto pelos gentios. Aqueles, tê-lo-ão como o seu
messias; estes, como o seu salvador. Essas duas metades da semana
profética de Dn 9.27 são mencionadas diversas vezes em Ap 11.2,3;
12.6,14; 13.5.

• a segunda etapa é denominada, no texto bíblico, de a Grande


Tribulação e terá a mesma duração que a primeira (três anos e meio).
Esta será a pior e mais terrível época na história da humanidade; depois
dela, outra não será testemunhada por olhos humanos.

A Segunda etapa será ocupada pela Grande Tribulação propriamente


dita: “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes
sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está
grávida; e de modo nenhum escaparão” (1 Ts 5.3).

3) A Igreja passará pela Grande Tribulação?

A Igreja não é comunidade de salvos em Jesus Cristo. A Palavra de Deus


afirma que esta comunidade não passará pela Grande Tribulação:” [...] e
esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber,
Jesus, que nos livra da ira futura" (1 Ts 1.10). João, no Apocalipse,
registrou o livramento da igreja de Filadélfia, um exemplo de Igreja que
será arrebatada:

"Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei


da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os
que habitam na terra" (Ap 3.10; Is 57.1). Esta promessa é para todas as
Igrejas do Senhor (Ap 3.13,22).

Devemos entender claramente que a natureza da Grande Tribulação é


"ira" divina (Ap 6.16,17; 11.18; 14.19; 15.1,7; 16.1,19; l Ts 1.9,10; 5.9;
Sf 1.15,18) e "julgamento" divino (AP 14.7; 15.4; 16.5-7; 19.2).

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

Sabemos que nosso abençoado Senhor suportou a ira e o julgamento de


Deus em nosso lugar; portanto, nós, que estamos Nele, "não seremos
julgados".
E de acordo com 1 Tessalonicenses 5.9 é: "Porque Deus não nos
destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor
Jesus Cristo".
Ira para quem estiver na Grande Tribulação, mas salvação para nós no
arrebatamento.

4) Quem São os 144 mil de Apocalipse 14.1?

Os 144 mil não são a Igreja. O texto bíblico declara apenas que eles são
servos do nosso Deus que devem ser assinalados (Ap 7.3). Serão
pessoas, descendentes da linhagem natural de Abraão (Gn 12.2), sendo
12 mil de cada tribo (Ap 7.4).

Eles são incontaminados (virgens); irrepreensíveis; e servem a Deus no


período mais sombrio da História (Ap 14.3; 17.1-3) como proclamadores
do evangelho do Reino (Mt 24.14).

5) Haverá salvação neste período?

O livro do Apocalipse mostra dois grupos distintos de salvos: os israelitas


e os gentios (Ap 7.4-14). Isto significa que, apesar da oposição do
Anticristo, a Bíblia continuará a ser divulgada em escala mundial.
Enganam-se, portanto, os que afirmam que, após o arrebatamento da
Igreja, as Sagradas Escrituras perderão a sua inspiração sobrenatural e
única. Tal ensinamento não conta com qualquer respaldo bíblico. Afirma
o profeta Isaías: “Seca-se a erva, e caem as flores, mas a palavra de
nosso Deus subsiste eternamente” (Is 40.8).

6) Quem Serão as Duas Bestas do Apocalipse?

1. O Anticristo, a primeira besta (Ap 13.1)


Depois da pessoa bendita do Senhor Jesus Cristo, o personagem mais
conhecido e citado nos círculos teológicos, no cenário apocalíptico, é o
Anticristo.

Durante sete anos da Grande Tribulação, o Anticristo será o grande líder


mundial. Na primeira parte da última semana profética de Daniel — nos

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

primeiros três anos e meio —, ele fascinará o mundo. A grande maioria


dos habitantes da terra o adorará como um salvador mundial (Ap 13.4).

➢ As principais atividades do Anticristo

No fim dos tempos, a primeira besta:


- será o maior e mais eficiente agente do diabo (Ap 13.2); governará o
mundo nos aspectos políticos, econômicos e religiosos, durante três anos
e meio (Ap 13.4-8; 16-18);

- firmará um tratado de paz com Israel na primeira parte da semana


profética (Dn 9.27) — este será rompido, levando-o a declarar guerra à
nação (Ap 13.4-8; 16-18); perseguirá implacavelmente os judeus (Dn
7.21,25; Ap12.6);

- matará as duas testemunhas (Ap 11.7);


convocará todas as nações a atacar e conquistar Jerusalém, com 200
milhões de soldados (Zc 12.1,2; 14.1-3; Ap16.16; 19.16,19);
após invadir e profanar o templo israelita, proclamar-se-á um deus (2 Ts
2.4);

- lutará contra o Senhor Jesus no seu regresso à terra (Ap 19.19);


na campanha militar do Armagedom, sofrerá uma derrota pública,
esmagadora e total (Ap 19.20);

- depois de derrotado, será lançado no lago ardente de fogo e enxofre


(Ap 19.19,20).

➢ O Falso Profeta, a segunda besta (Ap 13.11)


Este personagem completa a trindade satânica, formada pelo dragão
(antideus); pela primeira besta (Anticristo); e pela segunda besta (o Falso
Profeta, o antiespírito santo).

Com falsa aparência de cordeiro e linguagem de dragão (Ap 13.11), por


meio de falsos sinais, o Falso Profeta enganará o mundo — os que não
têm o selo do Cordeiro —, conduzindo- o à idolatria (Ap 10.14; 13.12,13;
20.4). Além disso, ele marcará os seguidores da primeira besta com o
número 666 (Ap 13.14-18; 19.20) — esse sinal é mais que um símbolo
econômico, antes, trata-se de uma insígnia que separará os que servem e
adoram a Jesus dos que adoram e servem ao Anticristo (Ap 13.16,17); os
marcados receberão a perdição eterna e a separação de Deus (Ap 14.9-
11; 16.2).

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

Capítulo 7 - SOBRE O MILÊNIO

1) O que significa o milênio?

"A palavra 'milênio' vem dos termos latinos mille ('mil') e annum (’ano'). A
palavra grega Chilias, que também significa ’mil', aparece por seis vezes
em Apocalipse 20, definindo a duração do Reino de Cristo antes da
destruição do velho céu e da velha terra.
O Milênio será um período literal de mil anos. "E o Senhor será rei sobre
toda a terra; naquele dia, um será o Senhor, e um será o seu nome" (Zc
14.9).

2) Onde será a capital do Milênio?

No Reino Milenial, Jerusalém será a capital espiritual e política do mundo


(Is 2.1-3; 60.3). As nações terão de reconhecer o valor de Jerusalém, sob
pena de sofrerem sérias consequências (Zc 14.16,17).

3) Quando será o milênio?

O Milênio terá início logo após a Grande Tribulação, quando Nosso


Senhor Jesus Cristo, na companhia de todos os seus santos, houver
aniquilado o dragão, o falso profeta e a besta (Ap 19.11-21). O Milênio,
por conseguinte, dar-se-á, logicamente, depois do arrebatamento da
Igreja.

4) Quem estará no Milênio com Cristo?

Estarão na terra, durante o Milênio, o povo de Israel e os gentios que


houverem sobrevivido à Grande Tribulação e ao juízo das nações (Mt
25.31-41). A Igreja estará, juntamente com Cristo, regendo o mundo.
Afinal, dele recebemos esta promessa (Ap 2.26,27).

Não sabemos exatamente em que lugar encontrar-se-á a Igreja durante


o Milênio: se no céu ou se entre a terra e o céu. De uma coisa temos
absoluta certeza: com os nossos corpos já glorificados, estaremos
reinando juntamente com Jesus. Aleluia! Onde estará o rei, aí também
estará o seu reino e os seus súditos. Os maravilhosos detalhes desse
evento encontram-se de posse do Rei dos reis.

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

5) Existirão outros tipos de corpos no Milênio, além dos


glorificados (1 Co 15.51-53; Hb 11.35; Ap 20.5,6)?

R. Segundo Harold Willmington (2015, p. 572), a resposta é sim, e esses


serão os corpos não glorificados dos que sobreviveram ao cataclismo da
Grande Tribulação; dos crentes judeus (Mt 25.10); dos crentes gentios
(Mt 25.34) e o dos filhos que nascerão durante o Milênio (Zc 8.5).

6) Mas, quanto aos que morrerem no período do Milênio (Is


65.20), em que momento ressuscitarão e terão seus corpos
transformados?
Sabemos que, antes do Juízo Final, todos os mortos hão de ressuscitar.
Porém, a ressurreição dos salvos que morreram durante o Milênio não
deve ser entendida como uma “terceira ressurreição”. Afinal, a Palavra de
Deus só apresenta a “primeira” (que abrange, grosso modo, os mortos
em Cristo, por ocasião do Arrebatamento, e os mártires da Grande
Tribulação), e a “segunda”, mencionada claramente como uma
ressurreição para a condenação (Jo 5.29b; Ap 20.5,6).
Considerando que o texto de Apocalipse 20 não menciona uma “terceira
ressurreição”, é possível que os santos mortos durante o Milênio
ressuscitem às vésperas do juízo do Trono Branco (vv. 12,13), mas não
para comparecerem diante do Justo Juiz na qualidade de réus. Afinal,
nenhuma condenação há para quem recebe ao Senhor Jesus Cristo e
nEle permanece (cf. Jo 5.24; Rm 8.1,38,39). Não nos esqueçamos de
que, no Juízo Final, o livro da vida, no qual estão os nomes de todos os
salvos, também será aberto (Ap 20.12).

7) Quando serão transformados os salvos que


permanecerem vivos até ao fim do Milênio?
Em Apocalipse 21, vemos a descrição de um novo Céu e uma nova Terra,
onde não haverá mais espaço para carne e sangue (I Co 15.50). A partir
deste fato, podemos afirmar que, logo após o Juízo Final, todos os que
estiverem com Cristo já terão sido transformados, mas não está revelado
o momento deste pormenor.
No Arrebatamento da Igreja, logo após a ressurreição dos mortos em
Cristo, haverá a transformação dos santos que estiverem vivos (I Ts
4.16,17; I Co 15.51,52). Seguindo-se essa mesma lógica, e considerando
que os salvos mortos durante o Milênio ressuscitarão antes do Juízo Final
(Ap 20.12), é provável que, nesse mesmo instante, ocorra a
transformação dos fiéis que permanecerem vivos durante o Milênio.

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

Há muitos outros fatos escatológicos difíceis para os quais não temos


respostas precisas à luz da Bíblia. Isso ocorre porque Deus somente
revelou o que lhe aprouve (Rm 8.10; 1 Pe 5.1). Deixemos, pois, “as
coisas encobertas” para o Senhor e fiquemos com “as reveladas” (Dt
29.29).

8) O que acontecerá a Satanás no início do Milênio?

Ele será aprisionado no abismo por um anjo, que o colocará em uma


grande cadeia, isto é, em um local tenebroso, que limitará sua esfera de
ação e influência maligna (Ap 20.1-3).

Depois de terminado o período do Milênio, Satanás será solto para provar


os que nasceram durante o Milênio e que ainda não tiveram oportunidade
de ter sua fé provada, diante das tentações malignas (1 Pe 1.7). Ele
enganará as nações e elas não se renderão a Cristo.

9) Qual será a segunda e definitiva prisão de Satanás?

Pela segunda vez. Deus vai mandar seus mensageiros poderosos prender
"o Dragão", “a antiga serpente" (Ap 20.2), que estava no "abismo" (Ap
20.3): ”E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e
enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão
atormentados para todo o sempre" (Ap 20.10).

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

Capítulo 8 - SOBRE A VOLTA TRIUNFAL DE


JESUS
O que isto significa? E quando se dará tal evento? Qual a relação entre o
arrebatamento da Igreja e o retorno glorioso de Cristo? Tratam-se do
mesmo evento?

1) O que é a volta triunfal de Cristo?


É o glorioso retorno de Cristo que, juntamente com a sua Igreja, virá
instaurar, neste mundo, o Reino de Deus, de conformidade com o que
predisseram os profetas, os apóstolos e o próprio Cristo (Is 9.6; Dn 7.13;
Mt 6.10).

2) Como se dará o retorno triunfal de Cristo?


Como vimos acima, na primeira fase de sua segunda vinda, retornará o
Senhor Jesus para buscar a sua Igreja; e, na segunda, terá por objetivo
derrotar o sistema mundano do Anticristo, a fim de implantar, na terra, o
Reino dos Céus. Assim o autor do Apocalipse viu o triunfal retorno de
Nosso Senhor.
3) quando se dará a volta triunfal de Cristo?

Enquanto estivermos nos céus, participando das bodas do Cordeiro e, de


suas mãos, recebendo os galardões a que farão jus os trabalhos que
realizamos em prol do Reino de Deus, estará a terra vivendo a
Septuagésima Semana de Daniel que, profeticamente, terá a duração de
sete anos, e pode assim ser dividida:
➢ A primeira metade da semana, cuja duração será de três
anos e meio, será ocupada pelo governo do Anticristo.
➢ A segunda metade da semana, que terá a mesma duração
da primeira, caracterizar-se-á pela Grande Tribulação.
Por conseguinte, a Septuagésima Semana de Daniel terá, ao todo, a
duração de sete anos (Dn 9.27). Logo: a volta triunfal de Cristo, que se
fará acompanhar por sua Igreja, ocorrerá sete anos após o
arrebatamento. O termo original traduzido por “semana” em Daniel 9.27
é literalmente “setenário”, isto é, sete anos.

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

4) Quais os objetivos da volta triunfal de Cristo?


De acordo com o que podemos depreender dos vários textos proféticos,
tanto do Antigo quanto do Novo Testamento, estes são os principais
objetivos da volta triunfal de Nosso Senhor Jesus Cristo:
1. Punir os ímpios.
“Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos, para fazer juízo
contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas
obras de impiedade que impiamente cometeram e por todas as duras
palavras que ímpios pecadores disseram contra ele” (Jd vv.14,15).
2. Socorrer Israel.
Zacarias, antevendo a angústia de Israel durante a Grande Tribulação,
mostra de que forma o Senhor intervirá em favor de seu povo: “Eis que
vem o dia do SENHOR, em que os teus despojos se repartirão no meio de
ti. Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e
a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres,
forçadas; e metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o resto do povo
não será expulso da cidade.
E o SENHOR sairá e pelejará contra estas nações, como pelejou no dia da
batalha. E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras,
que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras
será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um
vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a
outra metade dele, para o sul” (Zc 14.1-4).
3. Levar Israel à conversão nacional.
No exato momento em que o Senhor Jesus estiver intervindo em favor
dos israelitas, estes, de imediato, haverão de reconhecê-lo como o seu
Messias. É o que profetiza Zacarias: “E o SENHOR primeiramente salvará
as tendas de Judá, para que a glória da casa de Davi e a glória dos
habitantes de Jerusalém não sejam exaltadas acima de Judá. Naquele
dia, o SENHOR amparará os habitantes de Jerusalém; e o que dentre eles
tropeçar, naquele dia, será como Davi, e a casa de Davi será como Deus,
como o anjo do SENHOR diante deles. E acontecerá, naquele dia, que
procurarei destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém. E sobre
a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito
de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e o
prantearão como quem pranteia por um unigênito; e chorarão
amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito”

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

(Zc 12.7-10). Trata-se, como vemos aqui, de uma operação do Espírito


Santo.
4. Derrotar as forças do Anticristo e implantar o Milênio.
“E vi descer do céu um anjo que tinha a chave do abismo e uma grande
cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o
diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o
encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as nações, até
que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um
pouco de tempo.
E vi tronos; e assentaram-se sobre eles aqueles a quem foi dado o poder
de julgar. E vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho
de Jesus e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua
imagem, e não receberam o sinal na testa nem na mão; e viveram e
reinaram com Cristo durante mil anos” (Ap 20.1-4).

Estará você entre os que acompanharão o Senhor Jesus em seu triunfal


retorno à terra para derrotar Satanás e instaurar, aqui, o Milênio? Eis a
promessa que encontramos em sua Palavra:

“Se sofrermos, também com ele reinaremos; se o


negarmos, também ele nos negará” (2 Tm 2.12).
“Que tipo de pessoas temos que ser? Pedro diz que devemos viver ‘de
maneira santa e piedosa, esperando o dia de Deus e apressando-vos para
a vinda do Dia de Deus’ (2 Pe 3.11-12). A espera do futuro não é
permissão para viver irresponsavelmente no presente. Aguardemos com
expectativa o dia da vinda do Senhor.
Muitos de nós não temos problema em esperar, ou, eu deveria dizer que
esperar é o problema? Estamos aguardando, mas não cheios de
expectativa. Esquecemo-nos de perscrutar, investigando seu retorno.
Temos tanta paciência que nos acomodamos. Estamos satisfeitos.
Raramente atentamos para os sinais e mais raramente ainda vamos ao
templo. Não permitimos que o Espírito Santo altere nossa agenda, mude
nossos planos e nos conduza à adoração a fim de vermos Jesus.
O Senhor Jesus está falando aos que o esperam, mas não vigiam o
suficiente: ‘Quanto ao dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus
nem o Filho, senão somente o Pai. Portanto, vigiem, porque vocês
precisam estar preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em
que vocês menos esperam’ (Mt 24.36,42,44).

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

Simeão é o exemplo de alguém que aguarda com expectativa (Lc 2.25).


Pacientemente vigiando. No entanto, uma paciência que não perde a
vigilância e uma vigilância que não perde a paciência”.

5) Quais são os sinais relativos à volta de Cristo?

Vejamos algumas categorias de sinais proféticos que aconteceram e


estão acontecendo.

1) Sinais sociais (Mt 24.36 – 39);


2) Sinais Naturais (Mt 24.7 – Terremotos);
3) Sinais políticos (Mt 24.6ª, 7b);
4) Sinais morais (2Tm 3.1-5);
5) Sinais religiosos (Mt 24.24);
6) Sinais científicos (Dn12.4);
7) Sinais espirituais (Mt 24.24);
8) Apostasias (2 Ts 2.3).

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

Capítulo 9 - SOBRE O JUÍZO FINAL

1) O que será o juízo final?

Será o Juízo de Deus sobre os ímpios e suas impiedades, em todos os


tempos e lugares.
De acordo com a Bíblia, o Juízo Final (do Trono Branco) ocorrerá logo
após a segunda prisão de Satanás, nos eventos finais após o Milênio (Ap
20.7, 10), depois de este ter enganado mais uma vez as nações (Ap
20.11).

2) Quem será o Juiz?

O Pai é o Supremo Juiz, porém Ele confiou ao seu filho Unigênito, Jesus
Cristo, toda a autoridade no céu e na Terra (Jo 5.22,27). Por meio de
Jesus será exercido o julgamento, pois Ele será o Supremo Juiz,
assentado no Trono Branco, no Juízo Final (Jo 5.22, 27; Ap 20.11).

Segundo o pastor Claudionor de Andrade, "para assisti-lo no tribunal,


Jesus terá ao seu lado a Igreja Glorificada" (1 Co 6.2,3). Jesus,
juntamente com sua Igreja "há de julgar os vivos e os mortos na sua
vinda e no seu Reino" (2 Tm 4.1b; Sl 9.8).

3) Quem será julgado no juízo final?

1) Primeiro serão julgados todos os que, desde Caim, amam e praticam


a iniquidade. Estes, se não se arrependerem de seus pecados, vão
enfrentar o Juízo Divino;

2) Também serão julgados todos os que estiverem vivos naquela ocasião;

3) Todos os salvos que tiveram morrido durante o Milênio (Dn 12.2);

4) Os anjos caídos, que se rebelaram contra Deus, também terão de


comparecer ao julgamento para receber o seu castigo (Jd 6).

5) Também vão prestar contas a Deus todos os falsos profetas, os falsos


obreiros e pseudopastores que afastaram as pessoas e as impediram de
conhecer o Filho de Deus. Ali estarão também todos os governantes,
magistrados, juízes e políticos que aprovaram leis contra os princípios
divinos, leis que perverteram o direito dos pobres, dos órfãos e das
viúvas. Vivos ou mortos, estes não escaparão do tribunal divino.

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

4) Quando se dará o Juízo Final?

O Juízo Final (do Trono Branco) ocorrerá logo após a segunda prisão de
Satanás, nos eventos finais após o Milênio (Ap 20.7,10), depois de este
ter enganado mais uma vez as nações (Ap 20.11).

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Capítulo 10 - SOBRE A MORTE

1) De quantos tipos de Morte a bíblia fala?


A Bíblia fala de três tipos distintos de mortes: física, espiritual e eterna.

1. Morte física.
O texto que melhor elucida esta morte é 2Sm 14.14, que diz: “Porque
certamente morreremos e seremos como águas derramadas na terra,
que não se ajuntam mais”. O que acontece com o corpo morto quando
é sepultado? Depois de alguns dias, terá se desfeito e esvaído como
águas derramadas na terra. E isso que a morte física acarreta
literalmente.

2. Morte espiritual.
Este tipo tem dois sentidos na perspectiva bíblica: negativo e positivo.
No sentido negativo, a morte pode ser identificada pela expressão
bíblica “morte no pecado”. E um estado de separação da comunhão
com Deus. Significa estar debaixo do pecado, sob o seu domínio (Ef
2.1,5). O seu efeito é presente e futuro. No presente, refere-se a uma
condição temporal de quem está separado da vida de Deus (Ef 4.18).
No futuro, refere-se ao estado de eterna separação de Deus, o que
acontecerá no Juízo Final (Mt 25.46).

No sentido positivo é a morte espiritual experimentada pelo crente em


relação ao mundo. Isto é: a sua pena do pecado foi cancelada e, agora
vive livre do domínio do pecado (Rm 6.14). Quanto ao futuro, o cristão
autêntico terá a vida eterna. Ou seja: a redenção do corpo do pecado
(Ap 21.27; 22.15).

3. Morte eterna.
É chamada a segunda morte, porque a primeira é física (Ap 2.11).
Identificada como punição do pecado (Rm 6.23). Também denominada
castigo eterno. E a eterna separação da presença de Deus — a
impossibilidade de arrependimento e perdão (Mt 25.46). Os ímpios,
depois de julgados, receberão a punição da rejeição que fizeram à
graça de Deus e, serão lançados no Geena (Lago de Fogo) (Ap
20.14,15; Mt 5.22,29, 30; 23.14,15 33). Restringe-se apenas aos
ímpios (At 24.15). Esse tipo de morte tem sido alvo de falsas teorias
que rejeitam o ensino real da Bíblia.

2) O que é o estado intermediário?

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Biblicamente, o Estado Intermediário é um modo de existir entre a


morte física e a ressurreição final do corpo sepultado. No Antigo
Testamento, esse lugar é identificado como Sheol (no hebraico), e no
Novo Testamento como Hades (no grego). Os dois termos dizem
respeito ao reino da morte (Sl 18.5; 2 Sm 22.5,6). É um lugar
espiritual em que as almas e espíritos dos mortos habitam fixamente
até que seus corpos sejam ressuscitados, para a vida eterna ou para a
perdição eterna. E o estado das almas e espíritos, fora dos seus
corpos, aguardando o tempo em que terão de comparecer perante
Deus.

Segundo Jesus descreveu esse lugar, o rico e Lázaro participam de


uma conversação no Sheol-Hades, estando apenas em lados diferentes
(Lc 16.19-31). O apóstolo Paulo descreve-o, no que tange aos salvos,
como um lugar de comunhão com o Senhor (2Co 5.6-9; Fp 1.23). A
Bíblia denomina-o como um “lugar de consolação”, “seio de Abraão”
ou “Paraíso” (Lc 16.22,25; 2Co 12.2-4). Se fosse um lugar neutro para
as almas e espíritos dos mortos, não haveria razão para Jesus
identificá-lo com os nomes que deu. Da mesma forma, “o lugar de
tormento” não teria razão de ser, se não houvesse consciência naquele
lugar. Rejeita-se segundo a Bíblia, a teoria de que o Sheol-Hades é um
lugar de repouso inconsciente. A Bíblia fala dos crentes falecidos como
“os que dormem no Senhor” (1Co 15.6; 1Ts 4.13), e isto não refere-se
a uma forma de dormir inconsciente, mas de repouso, de descanso. As
atividades existentes no Sheol-Hades não implicam que os mortos
possam sair daquele lugar, mas que estão retidos até a ressurreição de
seus corpos para apresentarem-se perante o Senhor (Lc 16.19-31;
23.43; At 7.59).

3) Para onde iam as pessoas que morriam antes da


crucificação de Cristo?
Alguns estudantes da Bíblia consideram que, antes de Jesus morrer, as
almas de todos os homens desceram para uma habitação localizada em
algum lugar na terra conhecido como Hades, no Novo Testamento, ou
Sheol, no Antigo Testamento. Originalmente, havia duas sessões do
Hades, uma para os salvos e outra para os perdidos. A seção dos salvos
é, às vezes, chamada de paraíso e, outras vezes, chamada de seio de
Abraão (Lc 16.22; 23.43).
O nome da seção dos não salvos não é mencionado, somente a
designação geral do Hades. Em Lucas 16.19-31, o Salvador faz o relato
de um pobre crente, que morreu e foi para a parte do Hades relativa aos

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salvos, e de um descrente rico, que morreu e foi para a seção dos não
salvos.
A Scofield Bible sugere que, na época de Sua morte e ressurreição, nosso
Senhor desceu ao Hades, retirou os salvos até aquele tempo e liderou
uma entrada espiritualmente triunfal no paraíso (Ef 4.8-10).
Em seu livro, Revelation, o falecido Dr. Donald Barnhouse apoia esta
visão:
“Quando Ele ascendeu ao alto, Ele esvaziou o Hades e levou os salvos
diretamente ao paraíso. O cativeiro foi levado cativo. [...] Desse
momento em diante, não há mais nenhuma separação para aqueles que
acreditam em Cristo. As portas do inferno nunca mais prevalecerão
contra qualquer cristão (Mt 16.18)”.

4) Para onde vão as pessoas que morrem agora?


O estado dos mortos não salvos permaneceu (e permanece) imutável
após a cruz. Eles continuam no Hades, esperando o último julgamento do
grande trono branco (Ap 20.11-15).
Isso significa que o homem rico e perdido ainda está no Hades, sendo
acompanhado por Judas, Herodes, Nero, Hitler etc., e continuará lá até
depois do milênio e da ressurreição dos injustos (Ap 20.5).
Mas, uma mudança gloriosa ocorreu acerca do estado dos que dormem
em Jesus (At 7.55,59, 60; 2 Co 5.8; Fp 1.21,23). Portanto, de acordo
com esses versículos, juntamente com outros crentes que se foram,
Estêvão e Paulo estão no paraíso com Cristo agora. Nas Escrituras, Paulo
refere-se a esse lugar como terceiro céu (veja 2 Co 12.1-4).

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Capítulo 11 - SOBRE AS RESSURREIÇÕES

1) Quais são as principais ressurreições ensinadas na bíblia?


São duas ressurreições (Jo 5.28,29; Dn 12.2; Ap 20.4,5)
João 5. 28,29:
28 Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que
estão nos sepulcros ouvirão a sua voz.
29 E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os
que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.

Em termos gerias as ressurreições são classificadas em duas. Como


vimos no texto lido (Jo 5.28,29). A ressurreição para a vida, a qual se
refere a dos justos. E a ressurreição da condenação, a qual se refere a
dos ímpios.
A PRIMEIRA RESSURREIÇÃO

Apocalipse 20. 4,5:


Vi tronos em que se assentaram aqueles a quem havia sido dada
autoridade para julgar. Vi as almas dos que foram decapitados por causa
do testemunho de Jesus e da Palavra de Deus. Eles não tinham adorado
a besta nem a sua imagem, e não tinham recebido a sua marca na testa
nem nas mãos. Eles ressuscitaram e reinaram com Cristo durante mil
anos (NVI).
V. 5: Esta é a primeira ressurreição (NVI).

VAMOS COMPREENDER ESTA PRIMEIRA RESSURREIÇÃO


Esta primeira ressurreição é a dos salvos, desde o período de ADÃO até
os santos do período do Milênio.
A referida ressurreição trata-se de tornar à vida para nunca mais morrer.
✓ VEJAMOS JESUS COMO PRIMÍCIAS da PRIMEIRA
RESSURREIÇÃO
O corpo de Jesus foi às primícias desta primeira ressurreição. Isto quer
dizer que Jesus foi o primeiro a ressuscitar de forma permanente. É isto
que o Apóstolo Paulo ensina em 1 Coríntios 15. 1 – 23.
OS INCLUSOS NA PRIMEIRA RESSURREIÇÃO
1- Foi Jesus como primícias - 1Coríntios 15. 1 – 23.

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2- Os salvos que ressuscitarão no período do Arrebatamento – 1Ts 4.16


3- Os salvos no período da Grande Tribulação e que, naquela ocasião
serão mortos por causa de sua fidelidade a Palavra de Deus (Ap 6.9-11;
7.9-17).
4- Também estão inclusos na primeira ressurreição, as duas testemunhas
de Jesus, as quais ficarão três dias e meio mortos em praça pública, em
alguma ocasião, dentre os últimos três anos e meio da grande Tribulação
(Ap 11.1-11).
➢ SÍNTESE
Divide-se em três fases distintas.
A primeira fase refere-se à ressurreição de Cristo e de muitos santos do
Antigo Testamento, identificados como as “primícias dos mortos” (1Co
15.20; Mt 27.52,53); Jesus e aqueles santos ressurretos são o primeiro
molho de trigo colhido (Lv 23.10-12; 1Co 15.23). Jesus foi o grão de trigo
que caiu na terra, morreu, e produziu muito fruto (Jo 12.24). Isto é:
aquele grupo de pessoas de Mt 27.52,53 foi a primícia, o primeiro molho.

A segunda fase refere-se à ressurreição dos mortos em Cristo na era


neotestamentária, a qual se efetuará no chamamento especial por
ocasião da volta do Senhor Jesus sobre as nuvens (1Co 15.51,52; 1Ts
4.14-17).
A terceira fase da primeira ressurreição refere-se àqueles mortos no
período da Grande Tribulação, os quais são chamados de “mártires da
Grande Tribulação”. Refere-se ao restolho da ceifa, isto é, as respigas da
colheita (Ap 6.9-11; 7.9-17; 14.1-5; 20.4,5).
OBSERVAÇÃO
De acordo com o que já vimos até aqui, devo observar que a primeira
ressurreição trata-se de ek nekron, isto é, dentre os mortos, como está
escrito em Filipenses 3. 10-15.
Isto significa que a primeira ressurreição não é a de todos os mortos, e
sim, apenas dos servos de Deus que tornarão a vida para nunca mais
morrerem.
A SEGUNDA RESSURREIÇÃO (Dn 12.3; Ap 20.5,6; 20.11-15)
A segunda ressurreição é a que envolve todos os ímpios desde Adão até
o Milênio.

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Também nesta segunda ressurreição estão inclusos os que morreram


durante o Milênio. Os ímpios ressuscitarão com corpos imortais, para
serem atormentados para sempre no Lago de Fogo eterno (Jo 5.28,29;
1Co 15.21,34-50; Ap 14.9-12; 19.20; 20.11-15).
Esta ressurreição só acontecerá após o Milênio, no juízo final (Ap 20.5,6;
Ap 20.11-15).
DETALHE DA PRIMEIRA RESSURREIÇÃO EM RELAÇÃO À SEGUNDA
RESSURREIÇÃO
Na primeira ressurreição se nota fases distintas.
Exemplos.
A ressurreição no período do arrebatamento da Igreja e a ressurreição
dos crentes que morrerão na Grande Tribulação.
Porém, em ralação a segunda ressurreição não existe fases. Ou
seja, todos os ímpios ressuscitarão somente depois do milênio para
serem julgados e sentenciados no Juízo do Grande trono Branco.
Exemplo.
Quem morrer em pecado neste exato momento terá seu espírito
aprisionado no Hades (Lc 16.19-31), onde aguardará em tormentos o dia
do juízo final para ter seu corpo ressuscitado para ser julgado e
condenado ao lago de fogo eterno (Ap 20.5,6; Ap 20.11-15).
Quem já faleceu em pecado, independente de quantos anos passados, o
processo é o mesmo. Seu corpo somente ressuscitará após o milênio.

2) Quais são os cinco aspectos da ressurreição?

1. A ressurreição será seletiva, mas não discriminativa.


A salvação é oferecida a todos de igual modo. Deus não seleciona
raça, nação, tribo ou classe social para a salvação. Porém, a
ressurreição será seletiva em relação aos que fazem parte da primeira
e os da segunda. Ela é seletiva quanto ao modo como se processará.

2. A ressurreição será universal.


O caráter geral da ressurreição é universal, porque justos e injustos
hão de ressuscitar (Jo 5.28,29; At 24.14,15). Nesse sentido a Bíblia
descreve esse fato como a “ressurreição dos mortos”, que tem um
caráter geral.

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3. A ressurreição será dupla.


Porque se trata da distinção dos justos e a dos ímpios (Jo 5.29; Dn
12.2; Ap 20.4,5). Os justos participarão da primeira ressurreição. Os
ímpios participarão da segunda ressurreição (Ap 20.13-15).

4. A ressurreição será literal e corporal.


Jesus confirmou a doutrina da ressurreição literal e corporal (Jo
5.25,28, 29). Jesus ressuscitou corporalmente, por isso, o seu corpo
ressurreto, mesmo estando revestido de espiritualidade, podia ser
tocado e visto (Lc 24.39; At 1.9-11). Quando a Bíblia fala de “corpo
espiritual” não anula a realidade da ressurreição de um corpo material,
porque o mesmo será revestido de um corpo espiritual (1Co 15.42).

5. A ressurreição é obra da Trindade divina.


Há uma relação triuna na obra da ressurreição. Há textos bíblicos que
atribuem a ressurreição a Deus, sem especificar qual pessoa da
Trindade (Mt 22.29; 2Co 1.9). Algumas vezes, a obra da ressurreição é
atribuída ao Filho Jesus (Jo 5.21,25, 28,29; 6.38-40, 44,54; 1Ts 4.16).
Outras vezes, temos a mesma obra atribuída ao Espírito Santo (Rm
8.11). Não há divisão, nem competição entre as três pessoas da
Trindade.

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Capítulo 12 - SOBRE OS ÍMPIOS

1) Qual será o destino dos ímpios?

A Bíblia descreve o destino final dos ímpios como algo terrível e que vai
além de toda a imaginação. São as 'trevas exteriores', onde haverá choro
e ranger de dentes por causa da frustração e do remorso ocasionados
pela ira de Deus (Mt 22.13; 25.30).

Os ímpios ressuscitarão para "vergonha e desprezo eterno" (Dn 12.2).


Seu destino final é o lago de fogo (Ap 20.15), onde "haverá pranto e
ranger de dentes" (Mt 22.13).

Ali os ímpios desfrutarão da companhia do Diabo, do Anticristo e do Falso


Profeta (Ap 20.10; 21.8). Atualmente, muitos ímpios ficam impunes, mas
no inferno estes receberão o castigo eterno por tudo o que fizeram de
mal (2 Ts 1.9).

2) Como será o processo da ressurreição dos ímpios?

Quanto à ressurreição o processo será o mesmo que o dos justos. Seus


corpos terão todas as partículas físicas reunidas e transformadas em
corpos espirituais, mas sem qualquer glória. À semelhança dos justos
no Hades, as almas e espíritos se unirão aos seus corpos sepultados para
serem julgados por suas obras (Ap 20.12; Dn 12.2). Nenhuma glória,
nenhuma beleza, mas totalmente inglório, para que sejam prestadas as
contas perante o Supremo Juiz (Hb 4.13; Rm 2.5,6; Hb 9.27).

Na verdade, os ímpios ressuscitarão para uma “segunda morte”, Ap 21.8.


Essa “segunda morte” não significa aniquilamento, mas banimento da
presença de Deus (2Ts 1.9). Esse banimento implica que todos os ímpios
serão lançados no Geena, chamado “Lago de Fogo” (Mt 25.41,46), que
arde continuamente com fogo inapagável — o tormento eterno (Ap
14.10,11).

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Capítulo 13 - SOBRE O INFERNO

1) Por que o inferno existe?


✓ A justiça de Deus exige um inferno.
Além de afirmações diretas, as Escrituras oferecem motivos para a
existência do inferno. Uma delas é que a justiça exige a existência do
inferno, e Deus é justo (Rm 2). Ele é tão puro e imaculado que não pode
olhar para o pecado (Hc1. 13). Deus não faz acepção de pessoas,
porque, para com Deus, não há acepção de pessoas (Rm 2.11). Como
declarou Abraão: Não faria justiça o Juiz de toda a terra? (Gn 18.25).
O Salmo 73 é um representante das passagens que ensinam que nem
toda justiça é cumprida nesta vida. O perverso sempre parece prosperar
(SI 73.3). Portanto, a existência de um lugar de punição para os ímpios,
após esta vida, é necessário para manter a justiça de Deus. Certamente,
não haveria justiça verdadeira se não existisse um lugar de punição para
as almas dementes de Stalin e Hitler, que iniciaram o impiedoso massacre
de milhões de pessoas. A justiça de Deus exige que exista um inferno.
✓ O amor de Deus exige um inferno.
A Bíblia afirma que Deus é amor (1 Jo 4.16). Mas o amor não pode agir
coercivamente, apenas persuasivamente. Um Deus de amor não pode
forçar as pessoas a amá-lo. Paulo fala de coisas que são feitas
deliberadamente em vez de compulsivamente (2 Co 9.7). O amor forçado
não é amor, é violação.
Sendo assim, os que não escolhem amar a Deus devem poder não amá-
lo. Os que não desejam estar com Ele podem ser separados dele. O
inferno permite a separação de Deus.
✓ A dignidade humana exige um inferno.
Como Deus não pode forçar as pessoas a irem para o céu contra a sua
vontade, a livre escolha do homem exige o inferno. [...] Conforme disse
Lewis: “Há apenas dois tipos de pessoas no final: os que dizem para
Deus: ‘seja feita a Tua vontade’; e aqueles para quem, no final, Deus diz:
‘seja feita a tua vontade’” (Screwtape Letters, 69).

2) Quem estará no inferno?


1. Satanás (Rm 16.20; Ap 20.10).
2. O anticristo (2 Ts 2.8).
3. O falso profeta (Ap 19.20).

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4. Os anjos caídos (2 Pe 2.4).


5. Todos os não salvos (Ap 20.15). Após o milênio, todos os não salvos
que morreram serão ressuscitados do Hades para aparecer no
julgamento do grande trono branco (isso é afirmado claramente em Ap
20.11-15). Eles serão jogados no inferno Geena para sempre.

3) A palavra inferno vem do grego “Geena”, esta palavra


aparece na bíblia?
Geena é uma palavra do Novo Testamento com um plano de fundo do
Antigo Testamento. Ela é encontrada 12 vezes no Novo Testamento, em
grego; sendo que, dessas vezes, 11 foram ditas pelo próprio Salvador (Mt
5.22,29, 30; 10.28; 18.9; Mc 9.43,45, 47; Lc 12.5; Tg 3; 6). Em cada
ocasião, ela foi traduzida como inferno.
Uma breve etimologia da palavra Geena será útil aqui.
No Antigo Testamento, um perverso rei israelita chamado Acaz
abandonou a adoração a Jeová e seguiu o deus maligno Moloque. O rei
chegou ao ponto de sacrificar os próprios filhos, no fogo, como ofertas de
holocausto a esse abominável ídolo (veja 2 Rs 23.10; 2 Cr 28.1-4).
Isso tudo aconteceu em um estreito e profundo vale chamado vale de
Hinom, ao sul de Jerusalém. Ele tinha esse nome por causa dos seus
donos, os filhos de Hinom.
Essa terrível prática foi interrompida no reino do reverente rei Josias, mas
o vale de Hinom continuou sendo usado como depósito de lixo e de
impurezas da cidade de Jerusalém.
O profeta Jeremias também escreve sobre o vale de Hinom e de Tofete
(Jr 7.31-33).
Walter Price analisa parte da localização histórica de Tofete:
Tofete, provavelmente, era a região sul de Jerusalém onde os três vales
se encontravam. [...] Esses três vales convergiam no ponto em que a
antiga Israel oferecia sacrifícios ao deus amonita Moloque (2 Cr 28.3;
33.6). Era a localização do campo de Aceldam também (Mt 27.7,8; At
1.18,19). O tal- mude coloca a boca do inferno nesse local.
Os árabes também chamam essa parte mais baixa do vale de Hinom de
vale do inferno, onde encontra-se com o Quidrom, no Tofete. Nos dias de
Jesus, o depósito de lixo da cidade era nele. A luta entre judeus e
romanos terminou nele, em 70 d.C. Aproximadamente, 600 mil corpos de
judeus, mortos na defesa de Jerusalém contra os romanos, foram levados
pela Porta do Monturo para serem enterrados no Tofete. (The Corning
Antichrist. Moody Press, 1974. p. 202,203)

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

Como um só, portanto, combinando o significado do Antigo Testamento e


do Novo Testamento, ele lhe descreveu um lugar de imundice e
sofrimento, fumaça e dor, fogo e morte. Essa é, então, a palavra que o
Espírito Santo escolheu para empregar e descrever o destino final dos
não salvos. Com tudo isso em mente, somos impelidos à assustadora
conclusão de que o inferno Geena é o lugar derradeiro de Deus para
descarregar e queimar todos os não salvos e os anjos apóstatas.

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

Capítulo 14 - SOBRE O CÉU

1) O que é o céu?
O apóstolo Paulo relatou uma experiência, na qual foi arrebatado ao
‘terceiro céu’ (também identificado como o ‘paraíso’, (2 Co 12.2,4).

Sua ideia de três incluía:

(1) O primeiro era a região, onde voam os pássaros (Jó 35.11). O céu
atmosférico que circunda o globo terrestre (Dn 7.13; Os 2.18);

(2) O segundo é o espaço onde orbitam o Sol, a Lua e as estrelas (Gn


1.8). O céu estrelado (Gn 1.14-18); e

(3) O terceiro céu, onde fica o trono de Deus, o que é a atual moradia
de todos os que morreram em Cristo (2 Co 5.8; Fp 1.23). É do céu que a
Nova Jerusalém há de descer em direção à Nova Terra, onde estarão
para sempre os redimidos do Senhor (Ap 21).

Designações para a palavra céu.


[Do hb. shamayim: do gr. oitranus; do lat. coeluni] Habitação de Deus e
morada dos justos.

Além de sua concepção espacial, o céu (ou céus) pode ser considerado,
também, como o estado inefável daqueles que dormiram em Cristo (Ap
14.13).

➢ Nas Sagradas Escrituras, o céu é conhecido pelas seguintes


designações:
Reino (Mt 25.34; Tg 2.5: 2 Pe 1.11),
Paraíso (Lc 23.43; Ap 2.7),
Herança (1 Pe 1.4),
Cidade (Hb 11.10).

O céu é o lugar onde Deus e o Cordeiro reinam no seu trono, cercados


pela corte de seres celestiais (4.1 - 5.14; 22.1).

O céu é um lugar real, onde existe uma cidade (Hb11. 16) de descaso
(Hb 4.3 – 5, 8 – 11), gozo (Ap 19.4 – 7).

➢ Os céus na discrição do Antigo Testamento.

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

No Antigo Testamento, os céus, além de se referirem ao céu criado por


Deus, são também os “altos céus” (“céu dos céus”, 1Rs 8.27), onde Deus
habita (Êx 24.9-12; 1Rs 8.30), onde está o seu trono (1Rs 22.19; Sl 80.1;
103.19) e o lugar de onde ele julga (1Rs 8.32), bem como age em favor
de seu povo (Sl 102.19-21). Lá, haverá vida eterna (Mc 10.30; Jo 3.16).

➢ Os céus nos ensinamentos de Jesus.

No ensino de Jesus, o “céu” é o lugar onde os fiéis serão recompensados


(Mt 5.12; 6.20; 13.43) e terão o seu lar (Jo 14.2,3). Lá, haverá vida
eterna (Mc 10.30; Jo 3.16).

➢ Os céus nos ensinamentos de Paulo.

Na descrição paulina, o céu é o local em que o “corpo da nossa


humilhação” se “transformará” para ser “semelhante ao corpo da sua
glória” (Fp 3.20,21; 1Co 15.42-44,50-54), e onde nós teremos “uma casa
eterna [...] não feita por mãos humanas” (2Co 5.1).

➢ Os céus no livro de Hebreus.

Em Hebreus, o céu é o lugar em que Jesus está “à direita de Deus”


(1.3,13; 8.1; 10.12,13; 12.2) e onde foi exaltado (7.26), o lugar em que
“tabernáculo maior e mais perfeito” (9.11) e “a cidade que tem
fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e construtor” (11.10; 11.16,
“uma pátria melhor, isto é, a celestial”), aguardam o povo de Deus.

Portanto, ele é o “reino que não pode ser abalado” (12.28), que tem “a
posse de algo melhor e permanente” (10.34).

O céu é tanto um lugar (Jo 14.2.3) quanto um estado onde predominam


a santidade (Hb 12.14; Ap 21.27), a felicidade (SI 16.11), a glória (2 Tm
2.11), O repouso e a segurança (Hb 4.10. 11).

2) Quando o crente chegar ao Céu irá reconhecer parentes e


irmãos em Cristo?

Resposta: A resposta é SIM.


Dentre muitos outros textos que afirmam esta verdade,
citaremos:
Vejamos três situações que nos levar ter certeza de que reconheceremos
uns aos outros no céu.

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

1- "Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugar


à mesa, com Abraão, Isaque e Jacó no reino, dos céus" (Mt 8.11).
Argumento: Abraão, Isaque e Jacó estarão em pessoa no reino dos
céus e serão por nós reconhecidos.
2- "E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com Ele" (Mt 17.3).
Argumento: Moisés e Elias foram reconhecidos no monte da
transfiguração pelos apóstolos.
3- "E quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos
declarou: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó;
Ele não é Deus de mortos, e, sim, de vivos", Mt 22.31-33.
Argumento: Deus não é Deus de mortos, mas de vivos, o que indica
que estaremos no Céu em nossos corpos glorificados. Ressurreição
significa reviver o mesmo corpo, embora glorificado.
4- "No Hades ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe
Abraão e Lázaro no seu seio", Lc 16.23.
Argumento: O rico reconheceu Abraão e Lázaro. Se não nos
reconhecêssemos no Céu, isto seria para nós contraproducentes, pois o
que almejamos é vermo-nos na Glória.
Se no Céu houvesse inconsciência do passado, parece-nos que pouco
adiantaria estar ali. O grandioso, o sublime é estarmos ali conhecendo o
plano de Deus e vendo o cumprimento dele.
Lá, sem dúvida, haveremos de conhecer em pessoa todos os heróis da fé
que hoje conhecemos pela Bíblia.
Lá veremos os nossos irmãos junto aos quais lutamos neste mundo a boa
peleja da fé. No céu, haverá conhecimento intuitivo, pois nossa mente
estará redimida das limitações impostas pelo pecado.
Nota. Intuitivo significa, neste caso, Conhecimento de modo direto e
instantâneo, sem a utilização de deduções ou classificações
caracterizadas por conceitos.

3) As crianças vão para o céu por quer são inocentes?

Ao contrário da opinião popular, as crianças não estarão no céu porque


são inocentes. Paulo ensinou claramente que as crianças nascem sob a
condenação do pecado de Adão (Romanos 5.12). Na verdade, isso se
deve ao fato de que elas nascem pecadoras que experimentam morte.

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O ser humano tem dentro de si uma natureza pecadora. O Salmista nos


informa o seguinte: “Reconheço que sou pecador desde o meu
nascimento. Sim, desde que me concebeu minha mãe (Salmos 51.5 -
KJA)”.

As crianças irão para o céu porque Deus credita o pecado delas a Cristo,
e, porque elas são muito pequenas para crer, a exigência de fé pessoal é
posta de lado. Não sabemos em que idade elas têm de prestar contas
pessoalmente. É impossível sugerir uma idade, uma vez que esta pode
variar dependendo da capacidade e desenvolvimento mentais da criança.
Diversos antropólogos e sociólogos calcularam que 40% de todos os
humanos que nasceram nunca viveram para celebrar o décimo oitavo
aniversário. Eles foram mortos por doença, guerra, fome etc. O que
acontece com a alma de todos esses pequenos? Vários versículos deixam
claro que eles vão para Jesus (veja 2 Sm 12.23; Mt 18.1-6,10; 19.14; Lc
18.15- 17).

4) Que idade teremos no céu?

Tomás de Aqui- no acreditava (com base em Ef 4.13) que o corpo


humano terá um desenvolvimento equivalente a 30 anos de idade, que
era a idade do Cristo ressurreto, em Sua maturidade humana plena.
Portanto, os mais novos e os mais velhos serão ressuscitados e terão a
forma que possuíam aos 30 anos ou que teriam se tivessem chegado aos
30 anos.

É claro que isso é pura especulação. Nós realmente não sabemos, mas
não é completamente ilógico concluir que, independentemente da idade,
todo crente desfrutará do céu fisicamente, espiritualmente, socialmente e
intelectualmente ao máximo.

5) Quais elementos estarão ausentes e quais elementos


estarão presentes no céu?

➢ Elementos ausentes no céu.

1. Não haverá mar (Ap 21.1).


2. Não haverá lágrimas, dor ou morte (1 Co 15.54-57; Ap 21.4).
3. Não haverá insegurança ou noite (Ap 21.25).
4. Não haverá pecado (Ap 21.27).
5. Não haverá doença nem maldição (Ap 22.2).
6. Não haverá oposição satânica (Ap 20.10).

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7. Não haverá sede, fome ou calor excessivo (Ap 7.16).


8. Não haverá condenação (Jo 5.24).
9. Não haverá corrupção (1 Co 15.54; 1 Pe 1.4).

➢ Elementos presentes no céu.


1. Glória (Jo 17.24; Rm 8.18; Ap 21.23).
2. Beleza (SI 50.2).
3. Luz divina (Is 60.1-3,19,20; Ap 21.23,24).
4. Unidade (Ef 1.10).
5. Alegria (SI 16.11).
6. Justiça (2 Pe 3.13).

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Capítulo 15 - SOBRE A NOVA JERUSALÉM

1) O que é a Nova Jerusalém?


A Nova Jerusalém, também conhecida como a Jerusalém Celeste, é o
lugar que nos preparou o Senhor, para que, na consumação de todas as
coisas, estejamos eternamente com Ele. É descrita ainda, pelo próprio
Senhor, como a casa de meu Pai, onde há muitas moradas (Jo 14.1-4).
Isto significa que há lugar para todos os que vierem a recebê-lo como o
seu único e suficiente Salvador.
➢ A localização da Nova Jerusalém.
Acha-se esta cidade muito além do espaço sideral, num lugar jamais
imaginado pela mente humana. Neste exato momento, enquanto
ansiamos pela chegada do Cordeiro, a Nova Jerusalém, lindamente
ataviada, aguarda a chegada do Esposo que, juntamente com a Igreja,
adentrará os seus limites, levando os céus e a terra, conforme cantamos
no hino três da Harpa Cristã, a ser a mesma grei. É o que podemos
adiantar, por enquanto, acerca da localização da Nova Jerusalém.
Quando lá estivermos; viremos a conhecê-la detalhadamente.

➢ Suas dimensões.
A cidade forma um cubo perfeito numa alusão ao Santo dos santos do
Tabernáculo. Suas dimensões chefiam a 12 mil estádios (Ap 21.16) que,
de conformidade com as medidas atuais, equivalem a 2.260 km². Isso,
em medidas terrenas. As medidas celestes estão do outro lado; não são
aprendidas aqui. Concluímos que a cidade toda formará um perfeito
santuário, no qual o Senhor será sublime e eternamente glorificado pelos
redimidos de todas as eras da História Sagrada.
Quão grande é uma cidade desse tamanho? A Terra tem,
aproximadamente, 310 milhões de Km2 de hidrosfera e 155 milhões de
Km2 de litosfera. Se formos multiplicar as dimensões da nova Jerusalém,
chegaríamos aos Km3 da cidade, impressionantes 10 bilhões
aproximadamente. Esse resultado é 14 vezes o valor da superfície de
toda a Terra, incluindo terra e água.
➢ Seu aspecto.
A beleza da cidade é singularmente indescritível. Utilizando-se da
limitação e das imperfeições da linguagem humana, embora inspirado por
Deus, João assim descreve-nos a Ditosa Cidade: “E veio um dos sete

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anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas e falou
comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro. E
levou-me em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a grande
cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu. E tinha a glória de
Deus.
A sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de
jaspe, como o cristal resplandecente. E tinha um grande e alto muro com
doze portas, e, nas portas, doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que
são os nomes das doze tribos de Israel. Da banda do levante, tinha três
portas; da banda do norte, três portas; da banda do sul, três portas; da
banda do poente, três portas. E o muro da cidade tinha doze
fundamentos e, neles, os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. E
aquele que falava comigo tinha uma cana de ouro para medir a cidade, e
as suas portas, e o seu muro” (Ap 21.9-15).
➢ A Bíblia usa diferentes nomes para referir-se à cidade.
1. Nova Jerusalém (Ap 3.12; 21.2).
2. A Cidade Santa (Ap 21.2; 22.19).
3. A Jerusalém celestial (Hb 11.16; 12.22).
4. Monte Sião (Hb 12.22).
5. A noiva, a esposa do Cordeiro (Ap
21.9).
6. Paraíso (Ap 2.7).

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Capítulo 16 - SOBRE O JUÍZO FINAL

1) O que será o Juízo Final?


Julgamento final e universal que terá lugar, segundo o programa divino,
na consumação de todas as coisas (1 Co 15.24; Ap 20.10,11).
O Juízo Final também é conhecido como o Grande Trono Branco.

2) Quem será o Juiz?

Embora seja o Pai o Supremo Juiz.


Ele confiou toda a autoridade judicial ao Filho (Jo 5.22.27; At 10.42:
17.31; 2 Tm 4.1). E, para assisti-lo no tribunal Jesus terá ao seu lado a
Igreja Glorificada (1 Co 6.2.3).

3) Quem será julgado?

1) Todos os que, desde Caim porfiaram em suas injustiças, pecados e


rebeliões contra Deus (Jo 5.29: At 24.15).
2) Todos os que estiverem vivos naquela ocasião.
3) Todos os salvos que tiverem morrido durante o Milênio (Dn 12.2).
4) Os anjos caídos também serão convocados para receber o seu castigo
(Jd 6; 2 Pe 2.4).

4) Qual a base judicial?

Os livros de Deus onde se acham registradas todas as obras dos homens,


desde o início do mundo até aquela data (Ap 20.11).

5) Qual a sentença?
Os que não forem achados no Livro da Vida, serão lançados no lago de
fogo, que é a segunda morte. O pior castigo, porém, será a eterna
separação de Deus.

Assim o Apocalipse descreve o Juízo Final:


Έ vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja
presença fugiram a terra e o céu; e não foi achado lugar para eles. E vi
os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns
livros; e abriu- se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram
julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas
obras. O mar entregou os mortos que nele havia; e a morte e o além
entregaram os mortos que neles havia; e foram julgados, cada um

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segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de


fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E todo aquele que não foi
achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo” (Ap 20.11-
15).

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Capítulo 17 - SOBRE A ETERNIDADE

1) O que significa a expressão Destino Eterno?


[Do francês destin, sorte, sina + aeternu, que dura para sempre] Estado
de perene retribuição a ser imposto pelo Supremo Juiz à raça humana de
acordo com a posição adotada por cada uma diante das exigências e
reivindicações do Evangelho de Cristo (Mt 28.18.19).
Para os justos, o Reino dos Céus; e para os injustos, o eterno suplício (Ap
21.7.8).
Não há meios-termos nem purgatórios. A justiça de Deus não admite
casuísmos ou recursos.
Se não recebermos a Cristo, agora, como o Salvador e Senhor de nossas
vidas, no além seremos julgados por Ele. E por Ele seremos lançados ao
lago de fogo: "E irão eles para o castigo eterno" (Mt 25.46).
Mas se o recebermos, entramos de posse imediata das eternas bem-
aventuranças: "Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a
minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não
entra em juízo, mas já passou da morte para a vida" (Jo 5.24).

2) O que é o Castigo Eterno?

É a penalidade a ser infligida, na consumação dos séculos, aos que


rejeitam a graça de Deus e resistem ao chamamento do Evangelho (Mc
9,47,48).
A penalidade eterna constituir-se-á num fogo inextinguível (Mc 9.43) que
arderá para sempre nas trevas exteriores (Mt 8.12).
A isto chama a Bíblia lago de fogo; um lugar onde o verme não morre
(Mc 9.48), onde há choro e ranger de dentes (Lc 13.28) e onde os
impenitentes serão atormentados com singulares açoites (Lc 12.47; Ap
21.8).
Muitos são os teólogos que não aceitam a ideia do castigo eterno. Acham
que, na consumação dos séculos, Deus acabará por perdoar a todos ou,
na pior das hipóteses, extinguirá os ímpios para sempre.
Um estudioso das Escrituras, porém, afirmou com rara propriedade:

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Se qualquer coisa menos que a punição eterna for devida em vista do


pecado, que necessidade havia de um sacrifício infinito para livrar do
castigo?

Jesus derramaria seu precioso sangue para livrar-nos


das consequências de nossa culpa, se tais consequências
fossem apenas temporárias?
3) O que é o Fogo eterno?
[Do grego pur tó aiónion] Castigo que o Supremo Juiz reservou para
punir a rebelião levada a efeito pelo diabo e seus anjos (Mt 25.41).
O fogo eterno, conhecido também como o lago de fogo, ou trevas
exteriores, será caracterizado por um tormento indescritível e real, capaz
de provocar os mais horríveis choros e as mais insuportáveis dores (Mt
22.13).
Sua função não é destruir, mas atormentar os impenitentes (Mc 9.44).
Ali, não há quem não ranja os dentes.
De Mateus 25.41, depreende-se que Deus não criou o fogo eterno para
neste lançar o homem, e sim o diabo. Mas por causa de sua
impenitência, milhões de seres humanos serão condenados ao lago de
fogo.

4) O que é o Lago de fogo?


Do gr. límnen tou purós] Lugar de tormentos e eternos suplícios
preparados por Deus, para nele lançar o diabo e seus anjos (Mt 25.41).
Ocorrências do termo n bíblia
O termo aparece seis vezes nas Sagradas Escrituras. Em todas as
ocorrências o Espírito Santo deixa bem claro que o lago de fogo não é
ficção, nem mero estado psicológico. Trata-se de um lugar real (Ap
20.10).
Embora preparado originalmente para o diabo e seus anjos, no lago de
fogo serão lançados também os ímpios - de Caim ao último dos
adversários de Deus.
Quando do Juízo Final, ali já estarão o Anticristo e o Falso Profeta (Ap
19.20).

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

O lago de fogo é conhecido também como trevas exteriores e tormento


eterno.
Pois na consumação de todas as coisas, o diabo, juntamente com seus
adoradores, serão lançados a bilhões de anos luz da presença do Santo
Deus.

Pode haver algo mais doloroso do que a separação do Deus Eterno e


Amoroso?
No lago de fogo, os ímpios rangerão os dentes pelos séculos dos séculos.

Esta é a segunda morte!


Não se pode confundir o lago de fogo com o inferno. Este acha-se
localizado no interior da terra. Pelo menos é o que se depreende de
várias passagens bíblicas (Pv 15.24). Aquele, todavia, encontra-se nas
trevas exteriores. E um lugar tão terrível que será um inferno até para o
próprio inferno.

5) Qual o significado de Vida Eterna?


[Do gr. zoén aiónion] Existência que se seguirá à ressurreição, não
podendo mais ser limitada nem pelo tempo nem pelo espaço (Lc 20.30-
36).
Suprema bem-aventurança dos santos. Galardão dos galardões! E a
comunicação plena da vida de Deus à nossa vida.
Não é apenas quantitativa: é, sobretudo, qualitativa.
Representa o maior dos anseios do ser humano: estar permanentemente
ao lado de Deus.
1) A vida eterna foi prometida por Cristo a todos os que o
aceitam: Έ todo o que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai,
ou mãe, ou filhos, ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes
tanto, e herdará a vida eterna” (Mt 19.29).
2) A vida eterna será outorgada como prêmio aos justos: "E irão...
os justos para a vida eterna" (Mt 25.46).
3) A vida eterna é o resultado do grande amor de Deus: “Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para
que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo
3.16).
4) A vida eterna é a grande preocupação do ser humano: “Ora, ao
sair para se pôr a caminho, correu para ele um homem, o qual se

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

ajoelhou diante dele e lhe perguntou: Bom Mestre, que hei de fazer para
herdar a vida eterna?" (Jo 10.17).
No além, embora os ímpios estejam imunes à morte, sua existência não é
chamada vida eterna, mas eterno tormento.
A vida só é possível ao lado de Cristo. Longe dEle, até a existência é
morte.
A vida eterna não pode ser adquirida pelos homens, mas lhes é conferida
como uma dádiva em resposta à fé (Jo 3.15,16; 1 Jo 5.11; Rm 6.23), e
torna-se uma fonte perpétua de poder e refrigério (Jo 4.14).
A vida eterna é a vitalidade que Deus concede à alma humana no
momento da conversão pessoal a Cristo.
A vida eterna é mediada por Cristo (1 Jo 5.11). Ela permite ao crente
entrar diretamente na presença de Deus por ocasião da morte, e
desfrutar a eterna alegria do céu. Seu oposto é a morte eterna, ou a
separação de Deus (2 Ts 1.9).

6) Fim dos Temos é a mesma coisa que fim do Mundo?


[Do gr. eschatou ton chrónon] Período que marca a última etapa do
plano de Deus em relação aos seres humanos.
Esta era considerada pré-escatológica teve início com os sinais preditos
pelo Senhor Jesus em seu sermão profético (Mt 24).
Sinais estes que, todos os dias cumprem-se de maneira insofismável.

Como ignorá-los?
Segundo a Bíblia, o auge do fim dos tempos dar-se-á com o
arrebatamento da Igreja. E a partir daí que todo o programa escatológico
de Deus há de se desenrolar.
Alerta!
Não se pode confundir o fim dos tempos com o fim do mundo. Este só
acontecerá após o Juízo Final, quando Deus fará novas todas as coisas.
O fim dos tempos, por seu turno, limitar-se-á a marcar o término da
atual dispensação para dar lugar ao Dia do Senhor, que será seguido pelo
Milênio.

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

Fim do mundo - Doutrina segundo a qual o mundo como o conhecemos


está reservado à destruição a fim de que dê lugar a uma nova ordem da
criação divina.

O fim do mundo há de ocorrer logo após o Juízo Final


Veja: (2 Pe 3.7-13).

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Capítulo 18 - SOBRE O PRÉ-MILENISMO

1) O que é e qual a importância do Pré-Milenismo?

Pré-milenismo é a crença de que Cristo retornará fisicamente à Terra


(At 1.6-11; Ap 1.7), estabelecerá seu trono em Jerusalém (Mateus 19:28)
e reinará sobre toda a Terra por mil anos (Ap 20.1-6).
Já o Amilenismo (não-milênio) nega o reinado futuro literal de Cristo e
afirma que Cristo está reinando sobre o mundo espiritual.
O Pós-milenismo, por sua vez, sustenta que Cristo voltará à Terra
depois que a Igreja trazer o Reino, cristianizando progressivamente o
mundo antes da Volta de Cristo.
Há muitos argumentos a favor do Pré-milenismo. Ao contrário dos
pontos de vista opostos, o pré-milenismo é baseado em um uso
consistente da interpretação literal histórico-gramatical de passagens
proféticas das Escrituras. Há muitas boas razões para acreditar em um
reinado de mil anos literal, de Cristo.
Primeiro, sem o Milênio, parece que Deus perdeu a batalha na
História.
Deus começou a História da Humanidade através da criação de seres
humanos em um paraíso literal (Gn 1-2). Havia árvores, plantas, animais
e rios (Gn 2). Esse paraíso tinha uma localização geográfica específica
sobre a Terra, junto aos rios Tigre e Eufrates (Iraque). Ali, não havia
pecado, o mal ou quem sofre-se.
Os nossos primeiros pais, Adão e Eva, viviam em um ambiente físico
perfeito. Mas, esse paraíso foi perdido pelo pecado. Sendo tentados pelo
Diabo, Adão e Eva comeram o fruto proibido (Gn 2.16-17), trazendo dor,
sofrimento e morte para si mesmo (Gn 3.14-19) e sobre toda a
humanidade (Rm 5.12; Rm 8.18-25). Eles foram expulsos do Paraíso, que
foi fechado e guardado por um anjo (Gn 3.24). Então, aparentemente, o
tentador vencera, pois ele trouxe a morte, os seus resultados e seu medo
sobre a humanidade (Hb 2.14).
Se o Paraíso perdido nunca é recuperado, então, eventualmente, Deus é
o perdedor e Satanás, o vencedor. Se a morte física não é revertida pela
ressurreição física (Jo 5.28-29), então Satanás vence ao final (Hb 2.14). E
se um paraíso literal não é restaurado, então Deus perdeu o que Ele
criou. Mas, Deus é onipotente (Ap 19.6) e, obviamente, não perde.
Portanto, deve haver um Paraíso literal recuperado, como vemos na visão
pré-milenista da História.

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

Além do mais, a Bíblia diz que Deus vai recuperar o paraíso que foi
perdido. Ele o fará por uma ressurreição literal (1Co 15.12-19; Lc 24.39-
43) e pelo reinado literal na Terra de Cristo, o último Adão.
Ele reinará e a morte será total e realmente derrotada (1Co 15.24-27).
Mas, isso não será até o final do Milénio (Ap 20.4-6) e o início do Novo
Céu e da Nova Terra a qual se refere João e onde Deus enxugará toda
lágrima e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem mais
dor, "porque as primeiras coisas passaram" (Ap 21.4 ). Portanto, apenas
em um reinado literal de Cristo na Terra, como o Milénio será, haverá o
verdadeiro paraíso restaurado.
Em segundo lugar, sem Milênio a História não tem clímax.
E amplamente reconhecido que uma visão linear " da História (na qual a
História avança em direção a um objetivo final) é o resultado da
revelação judaico-cristã.
A História pertence a Deus. Ele a tem planejado e ela está se movendo
(Dn 2.7) em direção ao seu fim (Eschaton). E sem um Milénio literal e
histórico na Terra, não há um fim real à História. De acordo com uma
visão tradicional amilenista, a história humana apenas para, mas nunca
chega a um clímax. Ela simplesmente termina e, então, o estado eterno
começa. No entanto, na visão pré-milenista, o Milénio não é o primeiro
capítulo da eternidade, é o último capítulo do tempo. E o momento em
que, pelo Reino de Cristo, o pecado, o sofrimento e a morte serão
finalmente superados.
Então virá o fim, quando Ele entregar o reino a Deus Pai, depois de
ter subjugado todo domínio, autoridade e poder (1Co 15.24-25). Cristo,
porém, só faz isso por meio de Seu Reino milenar, que termina na
ressurreição final (Ap 20.5). Assim, sem um Milénio literal, não há o fim
real da História.
Em terceiro lugar, sem o Milênio, Deus iria quebrar sua promessa
incondicional da Terra Prometida a Abraão.
Deus prometeu a terra de Canaã para Abraão e seus descendentes para
sempre. Essa terra cobre todo oeste do Rio Jordão, do Egito ao Iraque
(Gn 15.18; 17.8; 13.15). Deus selou essa promessa com um sacrifício
feito por Abrão sob a orientação divina (Gn 15.9-18).
A Bíblia declara que "os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis" (Rm
11.29). As promessas de Deus não dependem de nossa fé, mas da Sua
fidelidade. Pois, "se formos infiéis, Ele permanece fiel, pois não pode
negar a si mesmo" (2Tm 2.13).

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Curiosidades Escatológicas – Editor: Ev. Jair Alves

A promessa de Deus era imutável. Ele jurou por si mesmo, e Ele não
pode mentir (Hb 6.13-18). Mas, essa promessa da terra de Abraão nunca
foi plenamente cumprida. No entanto, segundo a Bíblia, ela ainda será
cumprida (Mt 19.28; At 1.6-8; Rm 11), no futuro, no reinado de mil anos
de Cristo (Ap 20.1-6). Mesmo após os dias de Josué (Js 21.43), a
promessa da terra ainda estava no futuro (Jr 11.5; Am 9.14-15). Sem um
cumprimento nacional e literal, como o Milénio, Deus teria quebrado uma
aliança incondicional, o que é impossível (Hb 6.17-18).
Em quarto lugar, sem o Milênio, Deus iria quebrar uma promessa
incondicional sobre o Trono de Davi.
Deus prometeu a Davi que ele e seus descendentes reinariam sobre o
Trono de Israel para sempre. Ele declarou que "o seu trono será
estabelecido para sempre" (2Sm 7.12-16). Essa foi uma promessa
incondicional para Davi e seus descendentes, como vemos em Salmos
89.28-37. No entanto, nenhum descendente de Davi está agora, nem
esteve nos últimos 2.500 anos, reinando no Trono em Jerusalém
literalmente. Mas, Deus prometeu que Jesus Cristo, descendente de Davi,
iria fazê-lo no futuro (Mt 19.28). Essa promessa incondicional e eterna
ainda não foi cumprida literalmente.
Sem o Retorno de Cristo e Seu perpétuo Reino, Deus teria quebrado essa
promessa incondicional. Mas, Deus não pode quebrá-la (Rm 11.29).
Portanto, deve ainda haver um reino messiânico literal de Cristo na Terra,
como está prometido no Milénio (Ap 20.1-6).
Em quinto lugar, só o Pré-milenismo emprega uma hermenêutica
consistente.
Para negar o Pré-milenismo, é preciso negar uma aplicação coerente da
interpretação literal histórico-gramatical da Bíblia.
Em sexto lugar, o Pré-rnile-nismo aumenta a urgência de evangelismo.
Não é por acaso que muitos dos movimentos e grandes missionários
modernos (William Carey, David Livings-ton e Adoniron Judson), e dos
grandes esforços evangelísticos e grandes evangelistas da História da
Igreja (John Wesley, Billy Sunday, D. L. Moody e Billy Graham) eram Pré-
milenistas.

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Em sétimo lugar, o Pré-milenismo adiciona um incentivo à


santidade.
Não é que não há outros incentivos para a piedade, mas certamente a
expectativa de um Arrebatamento iminente acrescenta. O verdadeiro
crente não quer ser pego em pecado, quando Jesus retornar. Os
apóstolos João (1Jo 3.2-3), Paulo (Tt 2.14) e Pedro falaram sobre isso
(2Pe 3.10,11).

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Conclusão
Concluo ressaltando o que diz a Declaração de Fé das Assembleias de
Deus em relação a escatologia: “CREMOS , professamos e ensinamos que
existe um mundo vindouro para os salvos e para os condenados e que,
depois do Milênio, virá o Juízo Final, conhecido como o Grande Trono
Branco: "E vi um grande trono branco" (Ap 20.11). Após esse
julgamento, virão o novo céu e a nova terra e a Nova Jerusalém”.

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Bibliografia

• ALVES, Jair – Apontamentos Escatológicos, 2016


• Apontamentos de Obras de Pr. Norman Geisler
• Declaração de Fé das Assembleias de Deus, 1ª Edição de
2018 – CGADB
• Lições Bíblicas Adultos, 1° Trimestre de 2016 – CPAD
• Lições Bíblicas Jovens e Adultos, 3° Trimestre de 1998 –
CPAD
• Lições Bíblicas Jovens e Adultos, 4° Trimestre de 2014 –
CPAD
• Lições da Palavra de Deus Jovens e Adultos, Ano 14, n° 53 –
Central Gospel
• LUCADO, M. Quando Cristo voltar: O começo da melhor
parte. RJ: CPAD, 1999, p.34-5
• WILLMINGTON, Harold L. Guia de Wllmington para a Bíblia:
Um ensino bíblico completo, Vol. 2 – 1ª Edição de 2015 –
Editora Central Gospel.
• www.sub-ebd.blogspot.com

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