Profaeparasito 2
Profaeparasito 2
Profaeparasito 2
• Organização celular
Existem seres vivos de tamanhos e formas muito variadas. Mas
somente os seres vivos, com exceção dos vírus, são formados por uni-
dades fundamentais denominadas células - tão pequeninas que não são
Inorgânicos (i = não; orgânico =
organismo) - substâncias não vistas a olho nu, mas através do microscópio.
exclusivas dos seres vivos, tam- Os organismos formados por uma só célula são chamados
bém encontradas nos seres
brutos ou inanimados. unicelulares, tais como as amebas, giardias e bactérias, também conhe-
cidos como microrganismos. Concentram numa só célula todas as suas
funções; assim, uma ameba é uma só célula e ao mesmo tempo um ser
completo, capaz de promover sua nutrição, crescimento e reprodução.
Porém, a maioria dos seres vivos são formados por milhares de
Microscópio - instrumento for- células, motivo pelo qual são denominados pluricelulares ou
mado por um sistema de lentes multicelulares, como as plantas e os animais.
e uma fonte de luz, capaz de
aumentar a imagem de um
objeto cerca de 1 500 vezes,
sem prejudicar sua nitidez. • Ciclo vital
A maioria dos organismos vivos nascem, alimentam-se, crescem, desen-
volvem-se, reproduzem-se e morrem – o que denominamos como ciclo vital.
• Sensibilidade e irritabilidade
A capacidade de reagir de diferentes maneiras a um mesmo tipo
Biologia (bios = vida; logos =
de estímulo é chamada de sensibilidade. Só os animais apresentam essa estudo) é a ciência que estuda
característica, porque possuem sistema nervoso. os seres vivos e suas manifesta-
ções vitais.
A irritabilidade, por sua vez, é própria de todos os seres vivos.
Caracteriza sua capacidade de responder ou reagir a estímulos ou a mo-
dificações do ambiente, tais como luz, temperatura, força da gravidade,
pressão, etc.
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cionam e qual o grau de parentesco existente entre eles. Assim sen-
do, procura-se agrupá-los e organizá-los segundo alguns critérios pre-
viamente definidos.
Isto é fácil de imaginar. Podemos comparar o processo de classi- Classificação - é o processo de
ficação com, por exemplo, a tarefa de organizar peças de vários jogos agrupar os seres vivos com
base em suas semelhanças.
de quebra-cabeça, todas juntas e misturadas.
Morfologia - é o estudo das
Os seres vivos podem ser agrupados de acordo com suas seme- formas e estruturas que os or-
lhanças morfológicas, formas de alimentação, locomoção, reprodução, ganismos podem apresentar.
ciclo de vida, etc.
Os maiores grupos resultantes do processo de evolução são os
reinos. Cada reino divide-se em grupos menores, chamados filos, os quais,
por sua vez, subdividem-se em subfilos. Os filos e subfilos agrupam as
classes, que reúnem as ordens, que agrupam as famílias, que reúnem os gêneros.
Por fim, os organismos mais intimamente aparentados são A taxonomia é o ramo da Biolo-
agrupados em uma mesma espécie. gia que trata da classificação e
nomenclatura dos seres vivos.
Atualmente, existem cinco reinos: Monera, Protista, Fungi, Plantae
e Animalia.
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2.3 Formas de associação entre os
seres vivos
Como já vimos, na natureza todos os seres vivos estão intima-
mente ligados e relacionados em estreita interdependência.
Lembram-se da cadeia alimentar? Ela nos mostrou claramente
como isso é verdade.
As relações entre os seres vivos visam, na maioria das vezes, a dois
aspectos: obtenção de alimentos e de proteção.
Na cadeia alimentar os seres vivos estão ligados pelo alimento. Há
transferência de energia entre eles, que por sua vez estão também trocando
energia e matéria com o ambiente, ligados ao ar, água, luz solar, etc.
Imaginemos um bairro de nossa cidade. Nele existem animais
domésticos (cães, gatos), aves (pássaros, galinhas), insetos, várias espécies
de plantas, seres humanos, etc. - e não podemos esquecer daqueles que
não enxergamos: as bactérias, os vírus e os protozoários. Todos à procura
de, no mínimo, alimento e proteção em um mesmo ambiente.
Não é difícil imaginar que essa convivência nem sempre será muito
boa, não é mesmo?
Como são muitos, e de espécies diferentes, convivendo em um
mesmo lugar e relacionando-se, interagem e criam vários tipos de
associação. Essas associações podem ser de duas formas: positivas ou
harmônicas e negativas ou desarmônicas.
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3- INFECÇÕES PARASITÁRIAS
E A TRANSMISSÃO DOS
AGENTES INFECCIOSOS
Hospedeiro
Vetor
plo, o simples gesto de lavar bem as mãos, após o contato com qualquer
objeto contaminado, após usar o vaso sanitário e, obrigatoriamente, an-
tes das refeições, pode representar grande ajuda nesse controle.
3.1.1 Hospedeiro
Na cadeia de transmissão, o hospedeiro pode ser o homem ou um
animal, sempre exposto ao parasito ou ao vetor transmissor, quando for
o caso.
Na relação parasito-hospedeiro, este pode comportar-se como um
portador são (sem sintomas aparentes) ou como um indivíduo doente
(com sintomas), porém ambos são capazes de transmitir a parasitose.
O hospedeiro pode ser chamado de intermediário quando os
parasitos nele existentes se reproduzem de forma assexuada; e de defi-
nitivo quando os parasitos nele alojados se reproduzem de modo sexuado.
A Taenia solium, por exemplo, precisa, na sua cadeia de transmissão, de
um hospedeiro definitivo, o homem, e de um intermediário, o porco.
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3.5 Dinâmica da transmissão das
infecções parasitárias e doenças
transmissíveis
As infecções e doenças transmissíveis podem ser transmitidas de
forma direta ou indireta.
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Transmissão horizontal
Transmissão vertical