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Aula 01 - O Eletrocardiograma Básico

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Curso de Eletrocardiograma

Prof.ª Tatiana Assad


Aula 01 – 03.03.2021

o Não depende de modulação do sistema


O ELETROCARDIOGRAMA BÁSICO
nervoso – é uma capacidade intrínseca do
coração
INTRODUÇÃO
o Em condições fisiológicas esse estimulo será
 O ECG é a forma que tem de captar o estímulo desencadeado pelo Nó Sinoatrial
elétrico que sai do coração  O Nó Sinoatrial fica na parede do átrio direito, aonde
o No momento em que coloca o eletrodo no entra a Veia Cava Superior
tórax, ele tem a capacidade de detectar esse  Do Nó Sinoatrial, partem feixes que se comunicam
estímulo que está sendo produzido no com o Nó Átrio-ventricular
coração  O Nó Átrio-ventricular fica na porção membranosa do
 O ECG tem um padrão normal, mas ele também septo interatrial
permite variações de pessoa para pessoa (o que o Dessa comunicação, sai um outro feixe que
também é normal; são variações normais por conta leva o estímulo para o Átrio Esquerdo
do tórax do paciente) –  Do Nó A-V sai o Feixe de His, que se divide em ramos
o Indivíduo magro – de onde sai o estímulo até direito e esquerdo que se subdividem e terminam
onde está o eletrodo é um caminho curto = nas Fibras de Purkinje
onda X  O sistema de condução cardíaco não é neurônio – são
o Indivíduo obeso – interface maior de onde células musculares cardíacas especializadas em
sai o estímulo e de onde ele é captado = condução
onda Y
Normalmente, a atividade elétrica funciona assim: começa no
COMO FUNCIONA O SISTEMA ELÉTRICO DO Nó Sinoatrial, se distribui para os átrios com despolarização,
atinge o Nó A-V, Feixe de His, ramos do Feixe de His e atinge
CORAÇÃO
os ventrículos no processo de despolarização dos ventrículos

Seguido ao estímulo elétrico tem o estímulo mecânico –


primeiro chega o estímulo elétrico nos átrios, aí eles contraem,
depois chega o estímulo elétrico nos ventrículos e eles
contraem e mandam o sangue para a circulação

COMO CAPTAR A ATIVIDADE ELÉTRICA

 Em vias normais, tem o Nó Sinoatrial que é capaz de


disparar o estímulo elétrico de uma forma  Onda P – capta a despolarização atrial
automática o Depois disso tem um tempo para esse
o Se o coração estiver em uma bandeja pra ser estímulo descer pelo Feixe de His e seus
transplantado, ele tem a capacidade ramos e despolarizar os ventrículos
automática de gerar esse estímulo elétrico e (Intervalo PR)
o coração irá contrair  Complexo QRS – marca no ECG a despolarização
ventricular

Marina Cavalcante Chini


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 Ao sair da fase de despolarização ventricular, tem que O PAPEL DO ELETROCAR DIOGRAMA


haver a repolarização dessas células – voltar as cargas
para o normal  Tem quadrados maiores e menores
 A repolarização do átrio acontece logo em seguida à  Cada quadrado maior do eletro é composto
sua despolarização, porém, isso acontece ao mesmo 5mmx5mm = são 5 quadradinhos menores na
tempo em que ocorre a despolarização do ventrículo horizontal e 5 quadradinhos menores na vertical
e como a massa dos átrios é menor, não é possível  Cada quadradinho menor tem 1mm
ver essa inscrição no ECG
QUADRADINHO MENOR = 1mmx1mm
o Logo, é captada apenas a repolarização
ventricular QUADRADO MAIOR = 5mmx5mm
 Onda T – onda de repolarização ventricular

RESUMO – LINHA HORIZONTAL – TEMPO

Onda P – despolarização atrial

Complexo QRS – despolarização ventricular

Onda T – repolarização ventricular (fase rápida)

Segmento ST – repolarização ventricular (fase de platô)

Intervalo QT – despolarização e repolarização dos ventrículos


(vai da Onda Q até a Onda T)
 Ao colocar o ECG para rodar, existe uma velocidade
Intervalo PR – tempo entre o começo da despolarização atrial para a impressão e essa velocidade é 25mm em cada
e o começo da despolarização ventricular segundo – 25mm/s (no eletro N = normal)
o Olhar em cima se esta N = 25
O SISTEMA CARTESIANO  Se em 1 segundo tem 25mm correndo, cada 1mm
representa no tempo 1/25 s  0,04 segundos ou
40ms

Ou seja, na linha horizontal, cada quadradinho pequeno


corresponde a 40 ms (0,04 segundos)

LINHA VERTICAL – AMPLITUDE

 Tem que ter um padrão normal e suas variantes para


poder IDENTIFICAR algum erro no ECG
 O ECG vem em um papel quadriculado que tem uma
marcação de voltagem (amplitude) ou de tempo

Linha vertical – mostra a AMPLITUDE das ondas (eixo das  Na linha vertical, 1mm corresponde a 0,1 mV
ordenadas); vê a quantidade de carga elétrica, e mede-se em o Isso acontece porque quando tem um
voltagem milivolts (mV) padrão normal, mostra que tem 1 mV que
corresponde a 10 quadradinhos
Linha horizontal – mostra o TEMPO (eixo das abcissas); vê
o Isso pode ser visto no canto do ECG
quando tempo o processo demora para acontecer e mede-se
em milissegundos (ms) Então, cada quadradinho pequeno corresponde a 0,1 mV

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DERIVAÇÕES ELETROCARDIOGRÁFICAS  Ao colocar o eletro e colocar as 4 derivações


periféricas – derivações dos dois membros superiores
e inferiores
o O eletrodo que fica nos braços (ombros) vê
o que acontece lado a lado; assim como o
dos membros inferiores
 Dois eletrodos, em combinação entre eles, montam
um campo de visão chamado de PLANO FRONTAL
o No momento em que coloca os 4 eletrodos,
eles se organizam 2 a 2 e cada um deles
mostra o que está acontecendo no plano
frontal do coração
 As ondas positivas e negativas existem porque  As derivações PRÉ-CORDIAIS verão o coração e uma
depende do sentido da corrente elétrica secção transversal
 Se tiver a mudança de polo (ele é negativo e fica
positivo na despolarização) no interior da célula vindo Então, temos uma derivação que vê o coração de forma
pelas células do coração em direção ao eletrodo, o FRONTAL e uma derivação de vê no corte TRANSVERSAL –
eletrodo capta isso como uma onda positiva formando 2 eixos de visão

Todo impulso que vier em direção ao eletrodo será POSITIVO


DERIVAÇÕES DO PLANO FRONTAL (PERIFÉRICAS)
Se o impulso estiver ‘fugindo’ do eletrodo será captado como
NEGATIVO

POR QUE EXISTEM 12 DERIVAÕES NO ECG?

 Isso ocorre porque cada uma está colocada em um


ponto diferente do tórax
 O coração está no centro do tórax com a ponta para
a esquerda, só que a forma de olhar o coração
depende de onde estiver os eletrodos
o Ou seja, o ECG é capaz de dizer qual
atividade elétrica está acontecendo em cada
parte do coração
 Então, as derivações eletrocardiográficas existem  Com os eletrodos periféricos nos dois ombros e nos
para que tenha uma imagem mais tridimensional do membros inferiores formam-se D1, D2 e D3
coração com o ECG  Essas derivações combinam –
o D1 – ombro direito para ombro esquerdo =
AS DERIVAÇÕES derivação do ombro esquerdo, pois a ponta
positiva dela está no ombro esquerdo
 Então, se tiver uma atividade
elétrica que acompanha o sentido
da direita para a esquerda, estará
no mesmo sentido da derivação,
logo, no ECG D1 será POSITIVO

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o D2 e D3 – combinação de ombro direito com  Fazem o corte transversal do coração – V1, V2, V3,
o membro inferior e ombro esquerdo com o V4, V5, V6 (+ V7 e V8)
membro inferior  Pode-se rodar o eletro inteiro para o lado direito, mas
 Essas derivações apontam para as únicas derivações que tem importância clínica para
baixo – logo, tudo o que acontecer ver o lado direito do coração são V3R e V4R
no coração e obedecer o mesmo o Então, acaba rodando apenas o 3º e 4º
sentido das derivações vai ser visto eletrodo
como POSITIVO
 Além disso, é possível identificar outras derivações
que partem do centro para fora, elas veem o coração
de uma forma central para fora – aVR, aVL e aVF
o aVR – centro para ombro direito
o aVL – centro para ombro esquerdo
o aVF – centro para os pés (cima-baixo)

Logo, D1 e aVL apontam para o OMBRO ESQUERDO – então,


se tiver atividade elétrica próxima disso, quem melhor vê a
parede lateral alta do VE são essas duas derivações

aVF, D2 E D3 – tudo o que tiver na parede inferior do coração


é visto melhor nessas derivações
 V1 e V2 = ficam ao lado do esterno, no 4º espaço
intercostal do lado direto e esquerdo
 V4 – linha hemi-clavicular no 5º espaço intercostal
 V3 – fica entre V2 e V4 (meio do caminho)
 V5 e V6 – linha axilar anterior e média no 5º espaço
intercostal
 V7 e V8 – linha axilar posterior e dorso no 5º espaço
intercostal
 V3R e V4R – igual ao V3 e V4 mas do lado direito
o V4 no 5º espaço intercostal
o V3 no meio do caminho
Ou seja, o PLANO FRONTAL serve para dar uma imagem
bidimensional envolvendo um misto dos 4 eletrodos OBS – de V1 a V6 observa-se o VENTRÍCULO ESQUERDO; V7 e
periféricos (dois nos membros superiores e dois nos membros V8 observa-se o DORSO do VE e V3R e V4R observa-se o
inferiores) formando essas derivações frontais (D1, D2, D3, VENTRÍCULO DIREITO
aVR, aVL e aVF)
 O padrão do eletro é rodar de V1 a V6 – então, tem
12 derivações (6 frontais e 6 pré-cordiais)
DERIVAÇÕES DO PLANO PRÉ-CORDIAL (TRANSVERSO)
o Se quiser ver o dorso, tira o eletrodo de V5 e
V6 e coloca em V7 e V8
o Se quiser ver lado direito tira de V3 e V4 e
coloca do lado direito (V3R e V4R)

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RESUMO DAS DERIVAÇÕE S

 aVR – derivação sempre NEGATIVA


 Com as derivações frontais e pré-cordiais, pretende-
o Isso porque o eixo de despolarização do
se ‘tirar uma foto do coração’ para enxergar a
coração sai do lado direito para o lado
atividade elétrica de várias posições diferentes
esquerdo e de cima para baixo, então, como
o aVR é a única derivação de ombro direito e
o aVR aponta para o ombro direito, ele vê a
serve mais para controle (para saber se
atividade elétrica fugindo dele = logo, ele
colocou os eletrodos no lugar certo)
será visto como NEGATIVO (Complexo QRS
o aVL e D1 – são as derivações que apontam
negativo)
para ombro esquerdo e permitem a
o Se ela estiver POSITIVA é porque o
visualização da parede lateral alta do
examinador colocou algum eletrodo
coração
ERRADO – não tem como QRS ser positivo
o D2, D3 e aVF – apontam para a parede
em aVR
inferior do coração

OBS – as derivações FRONTAIS dão o eixo elétrico do coração RELAÇÃO ENTRE O LOCAL DO INFA RTO E A
ARTÉRIA COMPROMETIDA
 Então, deve ir da direita para a esquerda e de cima
para baixo
 Ao somar o plano frontal com o transverso/horizontal
gera uma imagem melhor do coração – ou seja, junta
as 6 derivações frontais e as 6 pré-cordiais
 Gera uma imagem quase tridimensional do coração

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EIXO ELÉTRICO DO CORAÇÃO

 A DA (A. Descendente Anterior) irriga a parede  O Eixo Elétrico do Coração mostra para onde a carga
septal, a parede anterior e um pouco da parede elétrica está indo
lateral o O normal é ser direita-esquerda e cima-
 A A. Coronária Direita irriga os nós, o ventrículo baixo
direito e a parede inferior do coração o Se D1 está positivo é porque acompanha ele
 A A. Circunflexa irriga a parede lateral do coração – ou seja, da direita para a esquerda
o Se aVF é positivo é porque está indo de cima
Então, quando tem alteração na parede lateral alta, a para baixo
derivação que está mais próxima e enxerga isso de melhor  Então, o eixo normal do coração tem D1 e AVF
maneira é D1 e aVL positivo
Ou seja – A grosso modo, se tiver D1 e aVF estiverem positivo está tudo
bem, pois o impulso vai da direita para a esquerda e de cima
 D1 e aVL – apontam para o ombro esquerdo;
para baixo  NÃO tem desvio de eixo, logo, atividade elétrica
enxergam a parede lateral alta (DA)
normal
 V3 e V4 – parede anterior (DA)
 V5 e v6 – parede lateral (CX) (DA)
 V5 e V6 – parede lateral (CX) (DA)
 D2, D3 e aVF – vê a parede inferior do coração (CD)

RESUMO DAS RELAÇÕES

 Descendente anterior (DA) –


o Septo interventricular
o Parede anterior (livre)
o Parede lateral
o Feixe de Hiss
 Coronária direita –
o Parede inferior ou diafragmática
o Pode irrigar a parede dorsal (70%)
o Nó Sinoatrial
o Nó Atrio-Ventricular
 Circunflexa –  O plano frontal consegue mapear o coração de 30 em
o Parede lateral 30 graus – D1, D2 e D3 + aVR, aVL e aVL
o Pode irrigar a parede posterior (30%) o O eixo de despolarização gira ao redor de 60
graus porque vai do Nó Sinoatrial até a ponta
 Se obedece D1 e aVF = eixo normal (tem que estar
dentro desse quadrante)
o De -30 à +90 graus; ou de 0 a +120 graus

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AS ONDAS DO ELETROCARDIOGRAMA  Onda T – parte que mostra a repolarização do


ventrículo
 Esse intervalo entre terminar a Onda S e começar a
Onda T chama de Segmento ST – entre o fim da
despolarização e começo da repolarização ventricular

A ANÁLISE DO ECG NORMAL

 Despolarização atrial – faz a inscrição da Onda P e em


seguida tem a contração atrial; mostra a atividade do
átrio na despolarização
 Despolarização ventricular – faz a inscrição do
Complexo QRS ONDA P
 Repolarização ventricular – faz a inscrição da Onda T
 Despolarização dos átrios
 Positiva na maioria das derivações – menos na aVR
o Vem da direita para a esquerda e de cima
para baixo
 Normalmente tem uma altura de até 2,5mm (2
quadradinhos e meio) = 0,25 mV de amplitude
 Duração de até 0,1 segundos = 100 ms (2,5
quadradinhos x 40 ms)
 A onda P é melhor avaliada em D2 e em V1 –
o Pois é onde está mais próximo dessa
despolarização do AD e AE
o Porém, em V1 ela é bifásica = positiva e
negativa porque ela tem uma fase de chegar
em V1 e depois ela ‘sai’
 Tudo que acontecer até chegar no Nó A-V chama de
Altura – 0,25 mV
Onda P – toda a atividade elétrica que começou no
Nó Sinoatrial, despolarizou o AE e o AD e bateu no Nó Duração – até 100 ms
A-V
 Ao começar a despolarização do ventrículo começa Melhor avaliada – D2 e V1
o Complexo QRS – por meio dos ramos direito e
esquerdo do Feixe de Hiss INTERVALO PR
 Esse pedaço entre o começo da Onda P e o começo
 Vai do início da Onda P ao início do Complexo QRS
do Complexo QRS chama de Intervalo PR – passa
 Não tem amplitude pra ele, pois é um intervalo de
dentro do Nó A-V e dentro do Feixe de Hiss, antes de
TEMPO
começar a despolarização do ventrículo com os
ramos  O tempo padrão é de 120 ms a 200 ms – de 3 a 5
o Logo, se tiver alteração no Intervalo PR quadradinhos
mostra algo dentro do Nó A-V ou no Feixe de Duração – 120 a 200 ms
Hiss

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SEGMENTO PR OBS – De V1 até V6 a Onde R cresce em tamanho, ficando com


maior amplitude em V5 e cai um pouco em V6; e com a Onda
 NÃO é medido S é ao contrário, ela é maior em V1, V2 e V3 e praticamente
não existe em V5 e V6
COMPLEXO QRS
 Então, vale entender que a Onda R cresce e a Onda S
 O vetor dele é de cima para baixo e da direita para a reduz – pois está saindo da direita-esquerda, cima-
esquerda
baixo
 Então, ele é positivo na maioria das derivações, o V1 e v2 está mais em cima, então vê o
MENOS em aVR impulso passar e sair
o Quando vai em direção a V5 e V6 – chega
NOME DAS ONDAS DO COMPLEXO QRS muito mais impulso do que sai, então tem
 Onda Q – é a primeira onda negativa antes da onda positiva e praticamente não tem a
primeira onda positiva (Onda R) onda negativa
 Onda R – é a onda positiva o Se tiver mais onda positiva do que negativa
 Onda S – é segunda onda negativa depois da Onda R = complexo positivo, e se for mais onda
negativa do que positiva = complexo
negativo
 Duração do complexo QRS – vai começo do complexo
até o final dele sem envolver o segmento ST
o NÃO pode durar mais do que 120 ms (3
quadradinhos)
o O padrão é até 100 ms, então de 100 a 120
ms é a tolerância
o Se for > 120 ms é sinal de que tem alguma
coisa errada (Ex: bloqueio de ramo)
Imagem: 2 – NÃO tem a Onda Q (apenas RS); 3 – NÃO tem a
 Onda Q – se tiver mais de 3mm de profundidade e
Onda R como referência, então chama de Complexo QS
0,03 segundos de duração = 0,3 mV e 30 ms =
PATOLÓGICA
O COMPLEXO QRS NAS DERIVAÇÕES PRÉ-CORDIAIS o Então, quando mais profunda for a Onda Q,
 Nas derivações pré-cordiais – a Onda R é a onda de mais patológica era será
potencial elétrico do coração, então, quanto mais
Duração Complexo QRS – de 100 a 120 ms
músculo tiver para produzir voltagem maior é a sua
amplitude da Onda R
Duração Onda Q – até 30 ms

Amplitude Onda Q – até 0,3 mV

SEGMENTO ST

 NÃO se mede
 Interessa se ele está para cima ou para baixo
 A linha de base do eletro é o intervalo PR

 Em V1 e V2 – o eletrodo vê o impulso chegando e


depois saindo, então, a fase POSITIVA é MENOR e a
fase NEGATIVA é MAIOR

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 Se estiver para cima tem um SUPRA DESNÍVEL DE PASSOS DE ANÁLISE DO ECG


SEGMENTO ST
 Se estiver para baixo tem um INFRA DESNÍVEL DE 1. Verificar se o tempo e a amplitude estão normais –
SEGMENTO ST o 25 mm/segundo
o 0,1 mV = 1mm
ONDA T 2. Verificar se aVR é NEGATIVO (normal – os eletrodos
foram colocados corretamente)
 Sempre é positiva na maior parte das derivações e 3. Depois, verificar se D1 e aVF estão POSITIVOS
tem uma fase assimétrica lenta e descendente rápida (normal) – dentro do quadrante normal do eixo de
 Normalmente acompanha o QRS – se for positivo ela despolarização, indica que NÃO tem desvio de eixo
será e se for negativo ela será 4. Por fim, deve-se verificar cada onda –
 O que importa e o que diferencia do infarto é o fato o Onda P em D2 – deve ter até 2,5mmx2,5mm
dela subir lento e descer rápido (0,25mV e 100 ms)
o Ou seja, se tiver onda simétrica é o Onda P em V1 – deve ser bifásica
PATOLÓGICO o Intervalo PR – de 120 a 200 ms
o Complexo QRS – ver se tem de 100 a 120 ms
INTERVALO QT (sendo ideal 100 ms)
 Vai do início do Complexo QRS até a Onda T  Onda R – cresce até V5 e V6
 Onda S – decrescendo até V6
 Calculado por fórmulas
o Onda T – deve ter uma fase ascendente lenta
 Muda com a FC, com o sexo e não pode estar alterado
e descendente rápida e ser positiva na
– se ele estiver alterado indica predisposição à
maioria das derivações
ARRITIMIA
5. E para terminar fazer a conta da FC –
o Pegar um Complexo QRS que está bem em
COMO CONTAR A FREQUÊNCIA CARDÍACA
cima da risca
o 1500/intervalo RR (em quadradinhos)

 Para calcular deve-se achar um complexo QRS que


está exatamente em cima do quadrado grande (mais
exato)
 Calculado pela velocidade de corrida padrão do ECG
 Fórmulas para o cálculo –
o 1500 dividido por distância RR (em número
de quadradinhos) = 1500/intervalo RR (em
quadrados)
o Outra fórmula que pode ser usada:
60.000/intervalo RR (em ms)

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