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Desenvolvimento Infantil - Terceira Infância

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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E

DAS MISSÕES

URI - CAMPUS DE ERECHIM

LUCAS COLLA

TRABALHO DE PSICOLOGIA DA INFÂNCIA

ERECHIM, OUTUBRO DE 2013

1
LUCAS COLLA

O DESENVOLVIMENTO INFANTIL DE 7 A 11 ANOS DE IDADE

Trabalho da disciplina de Psicologia


da Infância, Curso de Psicologia,
Departamento de Ciências Humanas
da Universidade Regional Integrada
do Alto Uruguai e das Missões –
Campus de Erechim.

Profe: Mª Eluisa Bordin Schmidt

ERECHIM, OUTUBRO DE 2013

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SUMÁRIO

1. Registro de Observação............................................................................04
2. Pano de Fundo............................................................................................06
3. Estágios Do Desenvolvimento Infantil Segundo Erik Erikson......................07
4. Estágios Do Desenvolvimento Infantil Segundo Wallon...............................08
5. Estágios Do Desenvolvimento Infantil Segundo Piaget...............................09
6. Estágios Do Desenvolvimento Infantil Segundo Kohlberg...........................10
7. Estágios Do Desenvolvimento Infantil Segundo Sigmund Freud.................10
8. Estágios Do Desenvolvimento Infantil Segundo Arnol Gesell......................10
9. Conclusão/Autoavaliação..........................................................................12
10. Bibliografia..................................................................................................13

3
REGISTRO DE OBSERVAÇÃO

1. Registro propriamente dito:


S está sentada na mesa infantil colorindo um desenho de castelo em seu
caderno.
1. S coloca a mão esquerda no estojo de cor rosa e retira um apontador
2. S introduz o lápis no apontador fazendo movimentos circulares para
apontar o lápis de cor marrom que está na sua mão direita
3. S retira o lápis marrom do apontador/ 3.1Coloca o apontador sobre a
mesa
4. S recomeça a pintar o desenho em seu caderno
5. S para de pintar o desenho em seu caderno
6. S puxa a manga do casaco do braço direito
7. S limpa a folha do caderno com a manga do braço esquerdo
8. S volta a pintar o desenho no caderno
9. S para de colorir o desenho do caderno/ 9.1 Observa o individuo que
entrou no estabelecimento
10. S ajeita sua postura na cadeira
11. S volta a colorir o desenho no caderno
12. S vira o caderno em sentido horário. Deixando-o em posição vertical
13. S para de colorir o desenho/ 13.1 Observa a ponta do lápis marrom
que está na sua mão direita
14. S fricciona seu olho/ 14.1 Coloca o lápis que está em sua mão direita
de volta sobre a mesa
15. S pega com sua mão direita o lápis prata que está sobre a mesa.
16. S pinta o desenho com cuidado para não ultrapassar os traços do
desenho
17. S coloca a mão dentro do estojo vermelho.
18. S retira um lápis de cor amarela do estojo vermelho
19. S coloca o lápis amarelo sobre a mesa
20. S observa a mãe.
21. M se aproxima de S.
22. M entrega folhas em branco para S./ 21.1 S olha em direção a M
23. S levanta o braço direito em direção a M./ 23.1 Pega as folhas em
branco da mão de M
24. S coloca as folhas em branco sobre a mesa/ 25.1 S agradece M
25. S pega com a mão direita o lápis de cor verde que está sobre a mesa
26. S recomeça a colorir seu desenho no caderno/ 26.1 Suspira
27. S mexe no cabelo com a mão esquerda
28. S segura a borda da mesa com sua mão esquerda e a aproxima de
seu corpo
29. S para de colorir o desenho no caderno/ 29.1 Observa o observador
30. S arruma sua postura na cadeira
31. S mexe no caderno com sua mão esquerda.
32. S passa a mão esquerda na boca
33. S coça o nariz com sua mão esquerda

4
34. Se coloca a mão no estojo de cor rosa/ 34.1 Retira uma caneta do
estojo
35. S escreve com a caneta na folha do caderno.
36. S para de escrever com a caneta/ 36.1 Observa os lápis de cor sobre
a mesa
37. S volta a escrever e faz linhas horizontais na folha do caderno
38. S inclina sua cabeça sobre o caderno
39. S levanta o braço esquerdo
40. S abaixa o braço esquerdo e coloca o braço sobre a mesa
41. S segura o caderno com a mão esquerda/ 41.1 Rabisca o papel com
a caneta
42. S interrompe a escrita
43. S coloca a caneta sobre a mesa
44. S coloca a mão dentro do estojo rosa./ 44.1 Retira um lápis de
escrever do estojo rosa
45. S pega o apontador que está sobre a mesa
46. S aponta introduz o lápis de escrever no apontador/ 45.5 Observa o
ambiente
47. S cruza as pernas
48. S retira do lápis do apontador/ 48.1 Coloca o apontador e o lápis
sobre a mesa
49. S coça a testa com a mão direita/ 47.1 Derruba um lápis de cor no
chão do seu lado direito
50. S inclina o corpo para o lado direito e com o braço direito retira o
lápis do chão
51. S coloca o lápis que retirou do chão sobre a mesa
52. S coça o olho com a mão esquerda/ 50.1 Com a mão direita pega um
lápis de cor que está sobre a mesa
53. S coça a bochecha com a mão direita/ 51.1 Franze a testa
54. S volta a colorir seu desenho no caderno/ 52.1 Coloca a mão sobre o
caderno
55. S para de pintar/53.1 Observa o desenho
56. S troca de lápis de cor que está usando por um que está sobre a
mesa
57. S levanta-se e dirige-se a T que está atrás do balcão, solicitando
uma borracha.
58. T responde que levará a borracha até a mesa onde S está sentada
59. S retorna para sua mesa
60. S senta-se na cadeira que está ao lado da mesa
61. S pega com as mãos as folhas de papel sobre a mesa./ 61.1
Colocam as folhas de papel no chão, do seu lado esquerdo
62. S pega o lápis de cor prata que está sobre a mesa
63. S volta a colorir o desenho que está no caderno/ 63.1 Coça o nariz
com a mão esquerda
64. M se aproxima de S com uma borracha na sua mão esquerda
65. S pega a borracha de M com a mão direita/ 65.1 Agradece a M
66. S coloca a borracha sobre a mesa
67. S recomeça a colorir o desenho no caderno
68. S coloca o lápis de cor que está usando sobre a mesa
69. S pega a borracha que está sobre a mesa com a mão direita

5
70. S apaga um rabisco na folha de papel/ 70.1 Derruba um lápis no seu
lado esquerdo
71. S para de pintar/ 71.1 Observa a folha de seu caderno
72. S inclina o corpo para o lado esquerdo, estendendo a mão esquerda
e pegando o lápis que se encontra no chão
73. S volta para sua posição ereta na cadeira
74. S coloca sua mão esquerda na borda da mesa, cerrando os dedos e
puxando a mesa rente a seu corpo/74.1 Coloca sua perna esquerda
sobre sua perna direita
75. S chama M/75.1 S recomeça a colorir o desenho em seu caderno
76. S diz “oi” para uma mulher que entra no estabelecimento
77. S sorri
78. S volta a colorir o desenho no seu caderno
79. S chama M novamente
80. S diz para M que terminou de pintar.
81. S cruza os braços sobre a mesa

PANO DE FUNDO

A respectiva criança observada possui sete anos de idade e está matriculada


em escola, cursando o ensino fundamental, apresentando exatamente sete
anos de idade. De acordo com conceitos do desenvolvimento físico e cognitivo,
esta criança se enquadra na perspectiva da terceira infância.

O ciclo vital do desenvolvimento humano no terceiro período de vida do


indivíduo ocorre na idade de aproximadamente 6 a 12 anos. Neste período de
crescimento, as crianças necessitam de cuidados especiais em relação a boa
alimentação, sendo esta uma fase escolar e sociável, onde o indivíduo começa
a interagir em seu meio adquirindo novas descobertas, elevando seu nível
cognitivo e intelectual. O desenvolvimento físico neste período é mais lento que
nos períodos anteriores, no qual o desenvolvimento motor permite uma
amplitude maior nas atividades desenvolvidas pelas crianças.

As diferenças das habilidades entre meninos e meninas aumentam à medida


que se aproximam da puberdade. A memória é aperfeiçoada na terceira
infância. A compreensão das crianças de síntese se torna mais complexas, sua
forma de autoconceito à noção de realidade são bem desenvolvidos neste
período de vida. A criança necessita de uma família afetuosa e muito bem
estruturada que serve como suporte para as necessidades físicas tanto quanto
cognitivas do seu desenvolvimento.

O desempenho escolar das crianças nesta fase possui total ligação ao meio
social no qual elas se encontram inseridas, sendo que os pais por sua vez,
devem estimular as habilidades a serem desenvolvidas por seus filhos em
âmbito cognitivo e intelectual. As influências socioeconômicas, os

6
relacionamentos familiares favoráveis às experiências de aprendizagem, o
número reduzido de fatores de riscos e as experiências compensadoras
também tem papel preponderante sobre o desenvolvimento das crianças em
sala de aula.

ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL SEGUNDO


ERIK ERIKSON

Erikson afirma que a identidade do indivíduo não está formada até o final da
adolescência, passando a desenvolver-se durante vários estágios da vida,
cada estágio centrado em um dilema denominado por Erikson como
Psicossociais, desde o nascimento até a velhice. Nesta visão há exatamente
oito estágios propostos por Erikson, ao qual usaremos o 4° estágio com a
denominação de Diligência versus Inferioridade.

 Diligência versus Inferioridade

Trata-se neste estágio do controle da atividade, tanto física como intelectual, no


sentido de equilibrá-la às regras do método de aprendizado formal, já que o
principal contato social se dá na escola ou em outro meio de convívio mais
amplo do que o familiar.

Com a educação formal, além do desempenho das funções intelectuais, a


criança aprende o que é valorizado no mundo adulto, e tenta se adaptar a ele.
Aprende desta forma a valorizar e até mesmo, reconhece que podem existir
recompensas em longo prazo de suas atitudes atuais, surgindo, portanto, um
interesse pelo futuro.

Nesta fase, começam os interesses por instrumentos de trabalho, pois,


trabalho remete à questão da competência. A criança nesta idade sente que
adquiriu competência ao dedicar-se e concluir alguma tarefa, e sente que
adquiriu habilidade se tal tarefa foi realizada satisfatoriamente. Este prazer de
realização é o que dá forças para o ego não regredir nem se sentir inferior. Se
falhas seguidas ocorrerem, seja por falta de ajuda ou por excesso de exigência,
o ego pode se sentir levemente inferior e regredir, retornando às fantasias da
fase anterior ou simplesmente entrando em inércia.

Além disso, a criança agora precisa de uma forma ideal, ou seja, regulada e
metódica, para canalizar sua energia psíquica. Ela encontra esta forma no
trabalho/estudo, que lhe dá a sensação de conquista e de ordem.

7
“A competência, então, é o livre exercício da destreza e da inteligência na
conclusão de tarefas, não prejudicado pela inferioridade infantil”.
(Erikson, Apud., Calvin S. Hall; Lindzey Gardner; John B. Campbell, 2000:
p.172)

Com sete anos de idade S está na primeira sério do ensino fundamental, já


ingressada na educação formal infantil apresentando habilidades culturais
básicas e escolares. Desta forma, podemos observar com clareza na
observação de (S) o seu cuidado ao colorir o desenho em seu caderno de aula,
sempre demonstrando atenção para não ultrapassar os traços que formam o
desenho, manuseando seus lápis de cor, apontador, borracha entre outros
materiais que compõe sua atividade de forma a apresentar habilidades no uso
destes instrumentos. Neste estágio psicossocial no qual a criança tem
competência ao realizar determinada tarefa, tanto quanto dedicar-se e concluir
a mesma com satisfação, pode-se observar claramente no momento em que o
sujeito (S) fala para sua mãe (M) que finalizou sua tarefa de colorir, ficando
explicito sua satisfação ao término de sua atividade escolar concluída após o
direcionamento de sua atenção para aquele momento específico. Estas
habilidades sobre instrumentos e satisfação na conclusão de atividades são
características desta fase no qual a criança absorve novas habilidades e passa
assim a criar entendimento e concepção de que podem existir recompensas
satisfatórias no término de atividades ou por atitudes demonstradas por ela.

ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL SEGUNDO WALLON

Na teoria Walloniana há cinco respectivas fases do desenvolvimento infantil,


cada qual em uma respectiva idade com predominância afetiva e cognitiva. É
importante salientar que as emoções para Wallon, têm papel preponderante no
desenvolvimento do indivíduo. É por meio delas que o indivíduo exterioriza
seus desejos e suas vontades. As transformações fisiológicas de uma criança
revelam traços importantes de caráter e personalidade. Segundo Heloysa
Dantas, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, estudiosa
da obra de Wallon há mais 20 anos "A emoção é altamente orgânica, altera a
respiração, os batimentos cardíacos e até o tônus muscular, tem momentos de
tensão e distensão que ajudam o ser humano a se conhecer", explica.

“[...] As emoções, são a exteriorização da afetividade. Nelas que


assentam os exercícios gregários, que são uma forma primitiva de
comunhão e de comunidade. As relações que elas tornam possíveis
afinam os seus meios de expressão, e fazem deles instrumentos de
sociabilidade cada vez mais especializados.” (Wallon, 1995, p. 143)

8
Das cinco fases descritas por Wallon, usaremos de forma específica a 4°fase
denominada por ele de Categorial.

A fase categorial abrange dos seis aos onze anos da vida da criança. Wallon
denomina que nesta fase a criança passa a ter maior domínio do universo
simbólico. Dessa forma, ela consegue se dirigir a objetos que não estejam
necessariamente presentes, operando e pensando sobre eles usando apenas a
representação. Os progressos intelectuais dirigem o interesse da criança para
as coisas, para o conhecimento, conquista do mundo exterior.

Desta forma Wallon nos coloca a importância dos progressos intelectuais e


sociais nesta fase para a formação do autoconhecimento da criança tanto
quanto sua conquista de mundo exterior, características estas presentes no
sujeito (S) observado por frequentar o ensino regular, apresentar atenção
contínua nas ações ocorridas no ambiente em que estava presente, em sua
atividade que estava realizando e em sua afetividade ao se dirigir a mãe (M) ou
a tia (T) ao solicitar uma borracha e também ao cumprimentar uma mulher que
havia entrado no estabelecimento, apresentando demonstrações de afeto e
representações simbólicas. Os processos intelectuais ficam da mesma forma
explícitos no âmbito de colorir o desenho em seu caderno como também no
manuseio dos materiais utilizados com sua cautela e foco.

ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL SEGUNDO PIAGET

Aproximadamente na idade de sete anos, as crianças entram em um novo


estágio de desenvolvimento cognitivo chamado de: Operações Concretas. As
crianças são menos egocêntricas e podem usar o pensamento (operações
mentais) para resolver problemas concretos (reais). Desta forma as crianças
podem pensar logicamente porque podem levar em conta vários aspectos de
uma situação ao invés de focalizar apenas um. Segundo Piaget, as crianças
nesse estágio ainda estão limitadas a pensar sobre situações do aqui e agora,
não tendo a capacidade de pensar hipoteticamente. Por operações Piaget
queria expressar fazer relação com poderosos esquemas internos abstratos, tal
como reversibilidade, adição, subtração, multiplicação, divisão e seriação;
sendo todas elas importantes no nos blocos construtores de um pensamento
lógico.

Os avanços nas habilidades cognitivas são perceptuais ao ponto de que as


crianças podem realizar diversas tarefas em um nível mais elevado, tendo
melhor compreensão da conservação, da diferença entre aparência e
realidade, e dos relacionamentos entre os objetos; elas são mais eficientes
com números; e são mais capazes de distinguir fantasias da realidade.

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ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL SEGUNDO KOHLBERG

Lawrence Kohlber elaborou uma série de dilemas morais para avaliar o nível de
raciocínio moral de uma pessoa nos quais se dividem em seis estágios de
raciocínio moral. O Nível 1: Pré-convencional abrange a idade de 4 a 10 anos.
A ênfase neste nível é o controle externo. Os padrões são os dos outros e são
observados para evitar punição ou obter recompensas; sendo que este nível se
subdivide em dois estágios.

O primeiro estágio diz respeito a Orientação em relação a punição e à


obediência. As crianças desta forma obedecem as regras dos outros para
evitar punição, ignoram os motivos ou atos e concentram-se em sua
manifestação concreta ou em suas consequências.

O segundo estágio é chamado Propósito instrumental e troca. Neste estágio as


crianças agem em conformidade com as regras, independentemente de seus
interesses próprios e da consideração pelo que os outros podem fazer por elas
em retribuição, examinando a situação em termos de suas necessidades.

ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL SEGUNDO SIGMUND


FREUD

Por volta dos seis anos de idade, segundo Freud, a criança entra no período da
Latência. Neste período existem duas características principais: a primeira é
que vai acontecer uma repressão da sexualidade infantil, com uma amnésia
relativa às experiências anteriores, e a segunda característica desta fase
consiste no fato de que se estrutura um Reforço Das Aquisições Do Ego,
propiciando a sublimação das pulsões; comumente na escolarização e em
atividades esportivas, assim como na formação de aspirações morais, estéticas
e sociais. Este período é considerado como sendo aquele que consolida a
formação do caráter no individuo.

ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL SEGUNDO ARNOL


GESELL

Para compreendermos como ocorre a fase de desenvolvimento ao sete anos,


temos que compreender em parte sua teoria anterior. Segundo a teoria
geselliana aos seis anos surge um período de tensão, de crise, de conflito fruto
de transformações tanto a nível fisiológico (segunda dentição, o que acarreta
maior risco às doenças, e o desenvolvimento a nível neuromuscular) com o
nível psicológico, fazendo com que a criança passe a ter novas sensações e

10
motivações, novos impulsos, trazendo consigo maior impulsividade e
agressividade; e ambiguidade face às alternativas opostas.

Após este estágio, ocorre o ingresso no estágio de sete anos ao qual ocorre a
diminuição da impulsividade e aumento de comportamentos de concentração
mental e capacidade de interiorização. Há também aumento de condutas
internas, ou seja, pensamentos, o que traduz um esforço de compreensão e
assimilação do mundo exterior. Esta assimilação é, no entanto, ainda feita à
base da intuição, ou seja, daquilo que a criança sente face às situações. O
exercício de suas capacidades de compreensão do mundo exterior mostra os
progressos na capacidade de raciocínio, levando a uma maior tomada de
consciência de si e dos outros.

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CONCLUSÃO / AUTOAVALIAÇÃO

Ao findar este trabalho de descrição e aprofundamento na temática do


desenvolvimento humano na terceira infância, podemos obter com maior
clareza a co-relação entre teoria e prática bem como os conceitos que
envolvem cada indivíduo observado.

Ao partir da busca das mais variadas fontes de autores que tem papel
importante sobre a conceituação dos processos da terceira infância, podemos
compreender que fatores ambientais, congnitivos, fisiológicos e individuais são
de extrema importância para o desenvolvimento nesta fase. Uma criança que
possui uma família que dê suporte e supra suas necessidades básicas como
no caso do sujeito (S) observado, obtém melhores desempenhos no
desenvolvimento desta fase de sua vida; mostrando nesta perspectiva que uma
família com um certo nível de organização e estrutra é de supra importância
nesta fase bem como uma escola no qual a criança possa desenvolver suas
habilidade intelectuais.

A gama de comportamentos observados em (S) pode ser compreendido melhor


ao passo de que podemos fazer relações com a escola em que estuda, os
comportamentos apresentados no local que estava presente, os
comportamentos ao se dirigir a mãe (M) e a tia; como também em pequenos
detalhes como o colorir o desenho em seu caderno, observar o ambiente, nos
dando pistas da compreensão destas contingências através da teoria
propriamente dita. É importante salientar que esta observação não abrage
todos os aspectos citados acima por alguns autores, mostrando a importância
de se observar e analisar uma criança em seus diversos ambientes sejam eles:
escolar, familiar, de lazer entre tantos outros que possam proporcionar uma
ampla visão e comparação de teorias abordadas.

Percebemos também que o olhar no momento da observação é de extrema


importância já que, apartir dele, podemos obter grandes avanços e
comparações sobre a complexidade a cerca do desenvolvimento do sujeito. A
prática imbuída da teoria nos faz obter maior compreensão dos processos que
estamos desenvolvendo, bem como o papel da psicologia nesta áreas a cerca
de seu esclarecimento e maior compreesão. Buscar sempre ligações entre os
conceitos e teorias adquiridos no âmbito da graduação tanto quanto a prática e
o saber-fazer, aos poucos nos aprimoram como instrumentos de trabalho e
aguçam características das quais ainda se apresentam como constructos,
tendo sempre em mente a individualidade de cada ser humano bem como suas
características em comum referente a mesma idade ou sexo e diferenças
sócio-ambientais.

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BIBLIOGRAFIA

PAPALIA, D. E., OLDS S. W. O mundo da criança. São Paulo: Markon Books,


1998

______. Desenvolvimento humano Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

BEE H. A criança em desenvolvimento. Porto Alegre: Artmed, 2003

ABAÕES L. C. Psicologia da educação II.


Disponível em:
<http://pt.scribd.com/doc/61324265/44/Estagios%C2%A0do%C2%A0desenvolv
imento%C2%A0infantil%C2%A0segundo%C2%A0Wallon.> Acesso em: 17 out.
2013

BORGES, M. I. P. Introdução a psicologia do desenvolvimento. Jornal de


Psicologia Porto: 1997

Zimerman D. E. Fundamentos psicanalíticos: teoria, técnica e clínica –


uma abordagem didática. Porto Alegre: Artmed, 1999

PACHECO, I. C., PRANDINI, R. C. A. R Henri Wallon:Psicologia E


Educação. São Paulo: Loyola, 2001

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