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TG Educacao Inclusiva Mateus
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RESUMO
A presente discussão, de cunho reflexivo e teórico coloca em evidencia pontos e reflexões
historiográficas acerca da educação inclusiva e suas singularidades educacionais e a prática
docente como pilar na conjuntura sistemática do processo inclusivo de ensino, além de
problematizar e colocar em evidencia o avanço da educação especial no brasil, fator que
pressupõe reflexão necessária para o desenvolvimento de novos e eficientes métodos de inclusão
que estão relacionados a uma conjuntura abrangente no âmbito escolar e nos meios específicos
sociais, compreendendo assim um levantamento de ideias pressupostas à criar um viés prático de
quebra dos paradigmas desafiadores do dia a dia. Nesse contexto, a noção crítica da segregação
educacional incumbida na historicidade se coloca como crucial, pois, pressupõe um engajamento
basilar inicial que posteriormente se tornará em uma perspectiva dialética, que denota a busca por
melhores condições no processo inclusivo, na prática docente e também compreende a luta
desafiadora diária de se trabalhar com o que tem, embasado nas discussões teóricas e na garantia
aos direitos dos educandos estabelecida pelas leis promulgadas ao longo dos anos, para que se
faça uma educação transformadora e que atenda às necessidades dos alunos com necessidades
especiais, compreendendo assim uma pedagogia autônoma, nos moldes dialéticos das asserções de
Paulo Freire.
1 INTRODUÇÃO
compreende fatores diversos e complexos, necessitando assim de uma formação especializada como
nos diz a Lei 9394/96, LDB (lei de diretrizes e bases da educação nacional), em seu capitulo V, da
educação especial, art. 59, p. III: “professores com especialização adequada em nível médio ou
superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para
a integração desses educandos nas classes comuns; (Planalto.gov.br).
A atuação docente então compreende fatores diversos em vertentes culturais e sociais, as
quais entram em evidencia como primordiais no processo inclusivo, além claro do conhecimento
especifico e do reconhecimento das particularidades de cada um, pois na educação especial
inclusiva estão presentes os mais diversos tipos de necessidades, sejam elas físicas, intelectuais ou
até mesmo os alunos com superdotação. Esclarecendo melhor esses conceitos, a LDB, também em
seu capitulo V, da educação especial, art. 58, pressupõe que, “Entende-se por educação especial,
para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede
regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
O reconhecimento das singularidades no processo educativo inclusivo, e nesse caso com
prioridade no âmbito de uma escolar da rede regular de ensino, pressupõe os alicerces contributivos
fundamentais a prática e o desenvolvimento de uma pedagogia acolhedora. A importância de uma
estrutura escolar bem consolidada é, desde de que a educação inclusiva começou a ganhar
reconhecimento, um dos fatores imprescindíveis para que se tenha um bom retorno e se atinja as
metas de extensão dos processos ensino, e que de maneira mais viável essa educação consiga
acolher ao aluno e lhe dispor meios de condução, sustentação e educação. Todo esse processo, no
contexto histórico educacional atribui uma noção de necessidade, oriundo da compreensão do que
se entende por alteridade.
A realização desta discussão justifica-se por entendermos que a educação inclusiva, presente
nas instituições de ensino principalmente desde 1996 com a LDB que estabeleceu os princípios e
fins da educação nacional na perspectiva da educação inclusiva. Nesse contexto, essa problemática
educacional vem ganhando força cotidianamente por meio da discussão sobre a inclusão de alunos
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com necessidade educacionais especiais, e nesse contexto, essa discussão problematiza a aptidão
dos profissionais da educação em determinado âmbito escolar, assim como também uma boa
estrutura, sobretudo pra assegurar a educação nas escolas regulares como forma de promover uma
educação para todos, igualitária e justa.
Da Declaração de Salamanca (2004, p. 17), cujo princípio fundamental “[...] é de que as
escolas devem acolher todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais,
sociais, emocionais, linguísticas ou outras”, destacam-se alguns trechos, dentre outros, que afirmam
a educação inclusiva:
Atenção especial deverá ser dispensada à preparação de todos os
professores para que exerçam sua autonomia e apliquem suas
competências na adaptação dos programas de estudos e da
Pedagogia, a fim de atender às necessidades dos alunos e para
que colaborem com os especialistas e com os pais. (p. 37).
A capacitação de professores especializados deverá ser
reexaminada com vistas a lhes permitir o trabalho em diferentes
contextos e o desempenho de um papel-chave nos programas
relativos às necessidades educativas especiais. Seu núcleo
comum deve ser um método geral que abranja todos os tipos de
deficiências, antes de se especializar em uma ou várias
categorias particulares de deficiência. (p. 38).
A Declaração de Salamanca (1994) traz a educação inclusiva como a possibilidade de
“reforçar” a ideia de “educação para todos”. Nesse contexto, cada criança tem o direito fundamental
à educação e deve ter a oportunidade de conseguir e manter um nível aceitável de aprendizagem,
cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem que
lhe são próprias, inferindo os aspetos da compreensão as singularidades década aluno como alicerce
a prática docente.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), lei n. 9.394/96 (Brasil, 1996), no
capítulo III, art. 4°, inciso III, diz que é dever do estado garantir o “atendimento educacional
especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular
de ensino”.
Asseguradas as diretrizes, o que muito se discute comumente é a implementação de tais
práticas, o que na realidade é a etapa mais complexa, a LDB de 1996, fomenta e garante por lei o
direito a educação especial e inclusão educacional aqueles as necessitam. Entretanto, há uma
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discrepância entre teoria e prática que nesse contexto, que basicamente só pode ser superado com
uma revolução dentro de sala de aula no âmbito escolar, que parte desde dos atores escolares até os
próprios alunos. Conforme Freire (2014) é necessário a não negação da capacidade crítica do aluno,
pois assim, se torna possível aprender criticamente, desta forma tanto professores como educandos,
se empenham na prática da criação, instigação, se tornando inquietos, rigorosos, humildes e
persistentes.
Diante da necessidade e a consciência da realidade, professores, gestores e até mesmo os
próprios alunos precisam empreender a prática da incomodidade, capacidade crítica de negação e
busca constante por uma melhoria, e isso parte da inquietude dos atores desse processo,
implementar uma educação inclusiva de qualidade é complexo, sobretudo onde não se tem aparato
estruturais e pedagógicos, deixando a mercê da força de vontade de quem realmente quer e precisa
dessa inclusão e comtemplando a perspectiva de revolução das classes oprimidas e segregadas
historicamente. Nesse contexto, em suma, a partir de uma mentalidade revolucionária
sociointeracionista e considerando aspectos estruturais microhistoricos e particulares no âmbito de
determinada sociedade, é possível relativizar uma educação inclusiva, primeiramente com o
pressuposto humanista dos contextos culturais, sociais e educacionais e sobretudo com a superação
os desafios diários e com o intuito de levar uma educação de qualidade a todos.
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
situação vigente nessa instituição de ensino, a E.M.E.F Jorocazinho de Cima pressupõe uma
preocupação e um desafio que comumente é tido geral nas instituições públicas ribeirinhas, e nesse
contexto, de maneira geral, como comentado na fundamentação deste trabalho, é necessário um
desdobramento por parte dos profissionais e o compromisso para com a melhoria da educação
desenvolvida no âmbito da escola, esse compromisso se efetiva como complexo e pressupõe um
desafio diário em interligar as ações para compor as vertentes responsáveis por proporcionar uma
educação acolhedora com a finalidade de minimizar os paradigmas e possibilitar suficientemente a
inclusão, considerando a necessidade de cada um como pressuposto de diversidade e alicerce as
perspectivas pedagógicas da escola.
É portanto, de concordância geral que o campo inclusivo da educação tem ganhado
notoriedade com o passar dos anos, claro com merecimento, pois compreende uma contribuição
para o avanço das sociedades que concerne ao reconhecimento das especificidades de cada um e a
garantia de seus direitos. Coloco em evidencia dois pontos importantes que enveredam a finalidade
dos resultados obtidos nessa pesquisa: a importância de saber como, quando e por quê o ensino
inclusivo foi ganhando espaço e notoriedade, isso embasa um pensamento crítico inerente a
historiografia inclusiva para estruturar meios de aperfeiçoamento desta vertente educacional. Outro
ponto, é o louvável reconhecimento humanístico da diversidade como pressuposto basilar para o
avanço da sociedade, e isso infere inclusive a discussão de respeito e alteridade verificadas no
multiculturalismo e no interculturalismo.
Em suma, considerando o que foi posto em discussão nesse trabalho e o que se verificou
como resultado, é importante frisar o contribuição deste estudo para a formação conceitual de uma
mentalidade inclusiva, e isso compreende a um paradoxo importante no campo da educação, visto
que a discussão e o estudo da educação inclusiva em todas as suas vertentes com finalidades
contributivas à inserção e aperfeiçoamento deste campo educacional, compreende não só o
conhecimento cientifico acadêmico, mas também a sociedade em geral de maneira transversal
fazendo com que as necessidades de compreensão e luta por melhoria se torne mais habitual e dê
suporte a posteriores conhecimentos da educação inclusiva como ciência, cultura e campo do
conhecimento necessário a busca por igualdade e oportunidades para quem necessita.
5 CONCLUSÃO
nesse contexto, a prática inclusiva infere uma abordagem teórica e para tanto, se incumbe em
campo vasto do saber onde a reflexão crítica e os embasamentos são pressupostos para um
conhecimento imersivo de um aprendizado geral e especifico, nesse contexto, sobre a prática
docente suas implicações no âmbito escolar.
É de importância verificada o estudo e o conhecimento das vertentes educacionais
inclusivas, entretanto, vale deixar claro que no Brasil esse campo do saber educacional está longe
de abranger constante e estruturalmente os portadores de necessidades especiais, a historiografia
educacional inclusiva pressupõe avanços teóricos desde o século passado, e isso significa que há,
muitos embasamentos teóricos para estruturar uma boa educação inclusiva, com pressupostos
básicos inerente a mentalidade humanística de reconhecimento as especificidades de cada um com
base nas pesquisas e contribuições sobre o ensino especial. Entretanto, há sobretudo uma distância
muito grande entre o que é proposto e teorizado para o ensino especial e o que colocado em prática
ou na maioria das vezes nem é por falta de estrutura, o ensino no brasil assume denotações
insuficientes no que concerne a implementação prática de meios que viabilizem a educação
especial.
Nesse contexto, considerando os aspectos estruturais de uma boa educação, constato um
desafio em estabelecer um, viés ideológico e prático dentro de uma escola sem as devidas
estruturas, e isso infelizmente está inerente a questões externas ao domínio do professor por
exemplo, questões que envolvem política e igualdade de oportunidades levada as regiões mais
remotas e carentes do país, como várias regiões da Amazônia e mais especificamente,
principalmente as localidades ribeirinhas situadas no baixo Tocantins, onde o ensino sem estrutura
pedagógica basilar compromete o desenvolvimento e a implementação de melhores condições para
o ensino inclusivo.
O avanço a educação inclusiva no brasil pressupõe, em suma, algumas discussões quanto
sua regularidade, é inegável que hoje temos mais aparatos e estrutura, seja teórica ou física, para
atender melhor às necessidades de quem necessita. Porém, sobretudo, vale a reiterar que esse
avanço ainda está longe de uma educação inclusiva contemplativa no que concerne ao atendimento
as regiões mais remotas, e nesse contexto, a noção crítica de necessidade constante de
aperfeiçoamento deve estar inerente a quem pratica e faz parte desse campo do saber. O pressuposto
é de generalização dessa discussão e dessa mentalidade empática baseada na alteridade, o ensino
inclusivo deve tomar proporções ainda maiores e isso somente se dará com o levantamento
constante dessa luta por melhoria, por condições melhores de exercício do direito dos cidadãos com
necessidades especiais a educação e sua formação integral como cidadão.
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REFERÊNCIAS
BRUYNE, P. Dinâmica da Pesquisa em Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves,
1991.
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professores. 2. ed. Porto: Porto Editora, 2008.
COSTA, M. P. R.; TURCI, P. C. Inclusão Escolar na perspectiva da educação para todos de Paulo
Freire. VII Encontro da Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial. Londrina –
de 08 a 10 Novembro de 2011.
FOGAÇA, Jennifer. Educação inclusiva e formação de professores. Disponível em:
https://m.educador.brasilescola.uol.com..br/trabalho-docente/educacao-inclusiva.htm. Acesso em:
17 de setembro de 2022.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e
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NÓVOA, A. Formação de professores e profissão docente. In: NÓVOA, A. (Coord.). Os
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_________. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 2005.
PÁEZ, S. M. C. A integração em processo: da exclusão à inclusão. Escritos da criança, 6, 2001, 29-
39.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998a.