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Zalino
Zalino
Zalino
Não funcionou bem assim porque cada país, à medida do possível, buscava
produzir e vender bens industriais, pois estes agregam maior valor ao
resultado do comércio. Para tanto, protegiam-se contra a concorrência por
meio de tarifas elevadas e outros mecanismos, enquanto procuravam acessar o
mercado dos outros, às vezes à força, como ocorreu quando a Inglaterra
declarou guerra à China para obrigá-la a comprar o ópio produzido na Índia,
uma de suas colônias. Todas as potências que disputavam mercados e colônias
no século 19 foram protecionistas, destacando-se os EUA, que enfrentavam
cada crise econômica elevando as tarifas externas para limitar suas
importações. Mesmo assim, o comércio mundial cresceu muito no final desse
século. Porém, devido ao fortalecimento e às demandas dos mercados
internos, e não à liberalização das barreiras ao comércio. Apesar do discurso
liberal, na prática o “livre-comércio” não existia.
Embora a tarifa média de bens industriais se reduzisse de 40% para quase 4%,
entre 1948 e 1979, e o comércio mundial tivesse praticamente quintuplicado,
o Gatt e sua sucessora dificilmente podem ser considerados instrumentos de
promoção do livre comércio. Em primeiro lugar, a dimensão e a velocidade da
redução tarifária, bem como os bens envolvidos, eram negociadas nas rodadas
do Gatt, em que os países industrializados – particularmente EUA, União
Européia, Japão e Canadá, também conhecidos como “O Quadrilátero”, ou
“Quad” – tiveram hegemonia desde o início e as regras foram definidas de
acordo com seus interesses.
Comércio justo
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