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Pré Projeto Cinema
Pré Projeto Cinema
Pré Projeto Cinema
Vigia de Nazaré
2022
Enoque Barros Barbosa Brito
Silvano Coelho Campos
Vigia de Nazaré
2022
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO...........................................................................................
2.JUSTIFICATIVA.........................................................................................
3.OBJETIVO..................................................................................................
3.1. Objetivos Específicos..............................................................................
4. PROBLEMÁTICA......................................................................................
5. QUESTÕES NORTEADORAS..................................................................
6. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.....................................................................
7. METODOLOGIA........................................................................................
8. CRONOGRAMA........................................................................................
9. REFERÊNCIAS.........................................................................................
INTRODUÇÃO
Vigia de Nazaré, cidade localizada no nordeste paraense as margens do rio
Guajará Mirim, a aproximadamente 100 km da capital paraense, tem como principal
atividade econômica a pesca. Por se tratar de uma cidade Amazonida, a cultura está
intrinsecamente ligada às raízes indígenas. Porém com a mistura da cultura europeia e
africana, os costumes foram se moldando conforme essas ligações ao longo da sua
história.
<(RETIRAR? Colocar a localização geográfica da cidade >refenciar na nota de
rodapé> pode ser o site da prefeitura) A população vigiense tem seus vínculos na
Religião católica e nos seus patrimônios culturais, entre os quais muitos ligam-se ao lazer,
à sociabilidade do povo. Muitos empreendimentos surgiram como recinto para propiciar
a diversão na cidade. Um desses lugares que servia como local de entretenimento à
população era o Cine Monark.
Este projeto intitulado, CINE MONARK: Cotidiano do cinema na cidade de Vigia
(1964 – 1985), vem na perspectiva de pesquisar a importância do Cine Monark à
sociedade vigiense. A priori o cinema foi construído por volta da década de 1960 para servir
como uma opção de lazer e sociabilidade aos cidadãos vigienses. Ressaltando que os
anos que servirão de baliza à pesquisa é o período de funcionamento do cinema, ou seja,
1964 (mil novecentos e sessenta e quatro) trata-se do ano em que o local começou a
funcionar no município, já o ano de 1985 (mil novecentos e oitenta e cinco) refere-se ao
ano que o estabelecimento encerrou as suas atividades.1 O local foi além da mera
exibição de fitas cinematográficas que certamente tiveram grande importância para o
devido funcionamento. Destaca-se também outras finalidades do estabelecimento que
serviu como palco para outras apresentações culturais, como por exemplo, show de
ilusionismo,cordões de pássaros, Bois-bumbás e shows de cantores. Segundo o escritor
e historiador Paulo Cordeiro no jornal “O Cínco de Agosto”2, em 1964, surgiu o cinema
1
Ressalta-se que essas datas ainda são estipuladas pelos pesquisadores com base em algumas
entrevistas realizadas e pelo jornal: Os cinemas da Vigia. O Cinco de Agosto, Vigia de Nazaré – Pará, p.
04, outubro de 2010. Essas datas poderão ser alteradas no decorrer da pesquisa.
2
Obra pesquisada: Os cinemas da Vigia. O Cinco de Agosto, Vigia de Nazaré – Pará, p. 04, outubro de
2010.
em Vigia: “o Mine Monark”, que é o objeto desta pesquisa. O empreendimento funcionava
na esquina da atual Av. Dr. Marcionilo Alves com Barão de Guajará. Era propriedade de
José Sousa Silva (conhecido por “Castanhal”).
Alguns que compuseram parte da história do Cine Monark: Srº José Sousa Silva
85 anos, (conhecido por “Castanhal”), foi quem construiu o cinema, Srº Arlindo 76
anos, trabalhou desde faxineiro até chegar ao posto de gerente do cinema, Srº Luiz
Gonzaga 66 anos, era o locutor do cinema, fazia chamadas quando chegavam novos
filmes e trabalhava com o som do cinema, Srº Edilson Manssum 66 anos, ex dono do
cinema, trabalhou como porteiro e também participou de apresentações teatrais no
palco do cinema, Srº Juraci 77 anos, (cobrinha),se apresentou como participante de
um Boi-Bumbá.
3SOUZA, A. P. De: depoimento. [07 de setembro, 2021]. Entrevista concedida a Enoque Barros Barbosa
Brito e Silvano Coelho Campos.
SILVA, L. G. S: depoimento. [14 de setembro, 2021]. Entrevista concedida a Enoque Barros Barbosa
Brito e Silvano Coelho Campos.
MANSSUM, E. L: depoimento. [30 de novembro, 2021]. Entrevista concedida a Enoque Barros Barbosa
Brito.
JUSTIFICATIVA
OBJETIVOS
➢ Analisar as contribuições do Cine Monark para o cotidiano na cidade de Vigia.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
➢ Desvelar os eventos que ocorriam no Cine Monark e a relação do cotidiano dos
vigienses;
➢ Compreender os motivos que levaram o fim do Cine Monark e seus
desdobramentos para o cotidiano dos moradores;
➢ Reconstituir o passado do cinema afim de evidenciar a importância dele à época
como espaço cultural e à memória dos vigienses;
PROBLEMÁTICA
Como o cinema que funcionou na cidade contribuiu para âmbitos de sociabilidade
e entretenimento aos cidadãos vigienses?
QUESTÕES NORTEADORAS
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
[...] ela contribui para formar pessoas cujas opiniões sejam mais livres,
que sejam capazes de submeter informações com que são
bombardeadas a uma análise lúcidas, mais capazes de agir com
conhecimento da causa, menos enredados nas malhas de uma ideologia
(FÉLIX, 1998.p.63).
Entre uma e outra data, 1964 e 1985, o Brasil passou por um turbilhão de
acontecimentos que, em grande parte, nos definem até hoje e ainda
provocam muito debate. A economia cresceu, alçando o país ao oitavo PIB
mundial. Mas, igualmente, cresceram a desigualdade e a violência social,
alimentadas em boa parte pela violência do Estado. A vida cultural passou
por um processo de mercantilização, o que não impediu o florescimento de
uma rica cultura de esquerda, crítica ao regime. Os movimentos sociais,
vigiados e reprimidos conforme a lógica da “segurança nacional”, não
desapareceram. Muito pelo contrário, tornaram-se mais diversos e
complexos, expressão de uma sociedade que não ficou completamente
passiva diante do autoritarismo (NAPOLITANO, 2014, p. 10-11).
Conforme o autor citado, no período a ser pesquisado o Brasil foi palco de algumas
dicotomias como por exemplo, o crescimento da economia do país e em oposição a esse
fato a disparada da desigualdade social. Por conseguinte, é nesse contexto que o Cine
Monark, objeto da pesquisa, está envolto.
Nota-se então posteriormente o sucesso das salas de cinema aonde iam sendo
construídos, pois o cinema “encantava” a todos. No que tange ao objeto da pesquisa,
esse mesmo sentimento também estava presente nos telespectadores do Cine Monark,
conforme mostra o resultado de algumas entrevistas que já foram realizadas. Neste
sentido:
5
No artigo publicado na revista: O olho da história, o autor explora as origens do cinema em
terras paraenses.
Por conseguinte, o espaço que outrora abrigou o cinema na cidade, ficou
internalizado na memória dos seus frequentadores mais assíduos e dos seus antigos
funcionários. Assim sendo, a relevância do Cine Monark como um espaço de memória
merece ser debatida, mas para isso é extremamente importante o debate teórico com o
historiador da Escola dos Annales, Jacques Le Goff:
METODOLOGIA
[...] a história oral pode dar grande contribuição para o resgate da memória
nacional, mostrando-se um método bastante promissor para a realização
de pesquisa em diferentes áreas. É preciso preservar a memória física e
espacial, como também descobrir e valorizar a memória do homem. A
memória de um pode ser a memória de muitos, possibilitando a evidência
dos fatos coletivos (THOMPSON, 1992: 17).
INÍCIO DO PROJETO
X
COLETA DE FONTES
X
ESCRITA TEXTUAL
REDAÇÃO FINAL
ENTREGA DO PROJETO
Depois do nome REFERÊNCIA colocar FONTES>link do Youtube da música -- As
entrevista citadas no pré-projeto – depois vem a Bibliografia que é a referencia colocada
abaixo)
REFERÊNCIA
ALBERTI, Verena. Manual de História Oral. 3ª ed. Rio de Janeiro: FGV, 2005.
BOSI, Ecléa. Memória e sociedade. Lembranças de velhos. Ed. Cia das Letras, 1998.
BURKE, Peter. A escrita da História: novas perspectivas / Peter Burke (org.); trad.
de Magda Lopes - São Paulo: Editora UNESP. 1992.
CARNEIRO, Eva Dayna Felix. Belém entre filmes e fitas: a experiência do cinema,
do cotidiano das salas às representações sociais nos anos de 1920 / Eva Dayna
Felix Carneiro; orientadora, Franciane Gama Lacerda, co-orientadora Maria de Nazaré
Sarges. 2011.
CHARTIER, Roger. A história cultural entre práticas e representações. Lisboa: Difel,
1990.
CORDEIRO, Paulo. Bois-Bumbá, Cordões de Pássaros e de Bichos no Município
da Vigia. Paulo Cordeiro. Cidade da Vigia Pa/2016. Edição do Autor. 2016.
CORDEIRO, Paulo. História da Vigia: economia, escravidão e elite agrária (1652-
1854), 1. ed. Ananindeua, PA: Cabana, 2021.
CORDEIRO, Paulo. Os cinemas da Vigia. O Cinco de Agosto, Vigia de Nazaré – Pará,
p. 04, outubro de 2010.
FERRO, Marc. Cinema e História. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
MEIHY, José Carlos Sebe; HOLANDA, Fabíola. 2. Ed. 4ª reimpressão. São Paulo:
Contexto, 2015.
NAPOLITANO, Marcos. Cinema: experiência cultural e escolar. Caderno de cinema
doprofessor, p. 10, 2009.
NAPOLITANO, Marcos. 1964: História do Regime Militar Brasileiro / Marcos
Napolitano. – São Paulo: Contexto, 2014.
NORA, Pierre. Entre Memória e História: A problemática dos Lugares. Projeto
História, São Paulo, v. 10, p. 7-28, dez./1993.
RIDENTI, Marcelo. Cultura e política: os anos 1960- 1970 e sua herança. In:
FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucília de Almeida Neves. (Orgs.) O Brasil
Republicano O tempo do regime autoritário: ditadura militar e
redemocratização Quarta República (1964-1985) – 1. ed. – Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2019., vol. 4.
PAUL, Thompson. A voz do passado: história oral / Paul Thompson; tradução Lólio
Lourenço de Oliveira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.