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Psicologia Da Aprendizagem e Desenvolvimento
Psicologia Da Aprendizagem e Desenvolvimento
Psicologia Da Aprendizagem e Desenvolvimento
Atividade 1
A inteligência Piaget é adaptativa e para ele inteligência significa capacidade de lidar de forma cada
vez mais flexível com contexto social, ou seja, de acordo com a faixa etária da criança experiência e
desenvolvimento da criança ela vai conseguir lidar com as questões do ambiente de forma mais
flexível por isso adaptativo.
Esse processo de desenvolvimento se da pela interação do sujeito com o ambiente então uma outra
característica importante da teoria piagetiana entender que o sujeito é ativo ele não absorve o
conhecimento ele constrói o conhecimento a partir da sua interação com o meio.
O conceito básico da teoria dele que é equilibração.
Todo o desenvolvimento da aprendizagem está relacionada com o sujeito e ambiente, aspectos
naturais e sociais e que o processo da inteligência é adaptativo e no qual leva-se em consideração a
assimilação e acomodação para que possa então transformar as estruturas mentais.
A construção do conhecimento envolve um tipo de aprendizagem, pois nem toda
aprendizagem pode ser dita cognitiva, havendo aquelas apenas imitativas, condicionadas ou
reativas. A aprendizagem cognitiva é um processo que envolve fatores próprios do
pensamento, sendo peculiar ao ser humano e constituiu um recorte muito comum nas análises da
Epistemologia Genética. Esta aprendizagem surge como consequência da atividade operacional,
pois “uma operação é assim a essência do conhecimento; é uma ação interiorizada que
modifica o objeto de conhecimento”
Quando Piaget afirma sua preocupação com o estudo de problemas do conhecimento,
enfaticamente inclusive, muitas vezes pode levar o leitor à falsa impressão de que somente
este foi seu enfoque. É preciso que se faça uma leitura extensa, principalmente levando-se em conta
que Piaget escreveu durante toda a sua longa vida. Em entrevista publicada, Piaget afirma que:
“Interessei-me por problemas do conhecimento na medida em que podem ser abordados
cientificamente.” (BRINGUIER, 1977, p.21).
A busca de uma resposta científica foi constante em suas investigações, dando-lhe um rigor e
uma coerência que sustentam a teoria.
Ao longo destes anos todos, sempre com o intuito de melhor entender a teoria de Piaget e
descobrir possibilidades de contribuições no campo da aprendizagem, muitas são as análises
realizadas. Consideramos tudo isto importante, principalmente porque “a partir de sua preocupação
com a origem e o processo do conhecimento, Piaget desenvolveu o modelo da inteligência,
conhecido por todos nós, numa tentativa de melhor explicar como esta funciona.” (LINS, 1996,
p. 245). É neste modelo da inteligência que se concentra a contribuição fundamental da teoria de
Piaget quanto ao aspecto cognitivo. Não nos cabe aqui um detalhamento deste modelo da
inteligência, mas apenas a ele nos referimos, lembrando a antiga questão provocada pelos
testes de QI como fotografias da inteligência. Piaget apresenta a inteligência de forma
dinâmica, estruturada e flexível, capaz de se desenvolver não só segundo formas específicas,
identificadas em períodos, mas numa outra direção, voltar-se para infinitas possibilidades. Pode-se
argumentar que há limites nesta perspectiva piagetiana, pois na realidade os estudos sobre
a inteligência continuam inconclusos.
A Teoria de Piaget e o aspecto Afetivo Este é outro campo relativamente desconhecido dentre os
estudos de Piaget, principalmente porque ele próprio, repetidamente, afirmou que sua área de
interesse fundamental era o conhecimento, ao mesmo tempo em que sempre se
autodenominou um epistemólogo (BRINGUIER, 1977, p.79). Por isso, destacarmos as idéias de
Piaget referentes à afetividade pode até parecer estranho para alguns dos seus leitores. No
entanto, Piaget não só escreveu um importante livro sobre o desenvolvimento da afetividade,
como respondeu sobre se esta teria algum lugar em seus estudos, dizendo que: “É totalmente
evidente que para a inteligência funcionar, faz-se necessário um motor que é o afetivo. Nunca se
conseguirá resolver um problema se o problema não é de seu interesse.
Atividade 3
Entendemos que a relação entre desenvolvimento e aprendizagem é uma questão central para a prática
pedagógica, sobretudo porque nos remete às questões relacionadas a o que ensinar (os conteúdos), como
ensinar (o modo de organizar o ensino) e porque ensinar (a finalidade da educação escolar).
Uma das importâncias em se estudar o processo de desenvolvimento humano está justamente em sua relação
com a aprendizagem. As teorias sobre o desenvolvimento humano, através de suas explicações sobre o
que se desenvolve no homem e como se desenvolve, delimitam as possibilidades da aprendizagem, ou seja,
avaliam se ela pode ou não interferir nesse desenvolvimento e – sobretudo – como ela pode nele interferir.
Nessa perspectiva, o desenvolvimento refere-se, de maneira geral, às mudanças que ocorrem ao longo
do ciclo de vida de um indivíduo. O estudo do desenvolvimento humano está voltado, entre outras coisas,
para explicar os fatores que influenciam ou que determinam as mudanças no comportamento do indivíduo
ao longo do tempo.
Nesse sentido, e ainda que não explicitamente, as teorias pedagógicas e as práticas educativas que se dão na
concreticidade das salas de aula estão fundamentadas por uma concepção de desenvolvimento humano,
isto é, têm por referência alguma explicação sobre as possibilidades de vir a ser do homem.
É nessa medida que podemos afirmar que as teorias sobre o desenvolvimento humano possuem uma
implicação prática na formação do próprio homem.
Temos como exemplo algumas divergências nas relações entre desenvolvimento e aprendizagem em Piaget e
Vygotsky. Ambos são considerados teóricos interacionistas, mas o primeiro compreende que é necessário o
desenvolvimento de determinados aspectos cognitivos para que, com a interação, a criança venha a aprender
características condizentes com seu estágio de desenvolvimento, focando na gênese do conhecimento (daí a
terminologia Epistemologia Genética). Para ele, determinados aspectos devem ser trabalhados em determinadas
faixas etárias (apesar de tal característica não se dar de forma engessada) (PILLET & ROSSATO, 2015).
Vygotsky, por sua vez, compreende que a aprendizagem “puxa” o desenvolvimento (para ele, aprender é se
desenvolver), ou seja, com a interação, a pessoa irá desenvolvendo diferentes aspectos. Assim, este autor busca
um trabalho focando em aspectos que o aprendente ainda não realiza sozinho, mas que com auxílio consegue
aprender (o que caracteriza o que se denomina de aprendizagem prospectiva) (PILLET & ROSSATO, 2015)..
Vigotski é um dos autores que analisa as concepções de desenvolvimento e aprendizagem subjacentes a
algumas teorias psicológicas de sua época e suas possíveis implicações educacionais. O autor divide as
teorias que explicam a relação entre desenvolvimento e aprendizagem em três categorias fundamentais
– a concepção inatista, a concepção empirista/ambientalista e a concepção dualista – reconhece que,
nessas concepções, há uma compreensão maturacionista do desenvolvimento e critica tais abordagens:
Segundo essas teorias, a aprendizagem é um processo puramente exterior, paralelo, decerta forma, ao
processo de desenvolvimento da criança, mas que não participa ativamente neste e não o modifica
absolutamente: a aprendizagem utiliza os resultados do desenvolvimento, em vez de se adiantar ao seu curso
e de mudar a sua direção (Vigotski, 1988, p.103)
Esse autor não só analisou tais teorias como também as criticou, principalmente no que se refere às suas
implicações pedagógicas. Segundo tais teorias, a escola só pode fazer seu trabalho depois que a criança
atingir determinado nível de maturação:
O desenvolvimento deve atingir uma determinada etapa, com a consequente maturação de determinadas
funções, antes de a escola fazer a criança adquirir determinados conhecimentos e hábitos. O curso do
desenvolvimento precede sempre o da aprendizagem. A aprendizagem segue o desenvolvimento. Semelhante
concepção não permite sequer colocar o problema o papel que podem desempenhar, no
desenvolvimento, a aprendizagem e a maturação das funções ativadas no curso da aprendizagem. O
desenvolvimento e a maturação dessas funções representam um pressuposto, e não um resultado da
aprendizagem (VIGOTSKI, 1988, p. 104).
Quando se propõe desenvolver práticas interventivas, então, há a necessidade de ser cauteloso com os métodos,
pois, por mais que aparentemente não exista influência, utilizar bases epistemológicas diferentes ao mesmo
tempo pode confundir as intervenções, tendo em vista que visões diferentes, algumas vezes inclusive
contraditórias, possuem propostas metodológicas também diferentes, o que implica diretamente nas formas de
intervenção (MELO et al., 2020).
Referências
PILETTI, N.: ROSSATO, S.M. Psicologia da Aprendizagem: da teoria do condicionamento ao construtivismo.
1ª ed. 4ª tiragem. São Paulo: Editora Contexto; 2015. Piletti N, Rossato SM. Psicologia da Aprendizagem: da
teoria do condicionamento ao construtivismo. 1ª ed. 4ª tiragem. São Paulo: Editora Contexto; 2015.
MELO, J. F. de; SILVA, G. M. de F.; BOMFIM. Z. Á. da C.; SOUSA, I. C.; JÚNIOR, L. R. F. Teoria histórico-cultural -
contribuições para a prática psicopedagógica. In: Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia. Artigo de Revisão
- Ano 2020 - Volume 37 - Edição 114. Disponível em:<https://www.revistapsicopedagogia.com.br/detalhes/649/teoria-
historico-cultural---contribuicoes-para-a-pratica-psicopedagogica>. Acesso em: 17 jan de 2023.
Atividade 4