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Material Complementar
Material Complementar
Material Complementar
Planejamento e os
erros Básicos no
Planejamento,
Ensino e estrutura
de aula do ballet
infantil
Os Vilões do
Ensino da Dança
Infantil
De acordo com o dicionário, vilão é um personagem que traz consigo a representação
da maldade numa narrativa, que tem ações vis, abjetas, buscando prejudicar alguém.
Muitas vezes os vilões vem disfarçados de bonzinhos, com um sorriso bonito, parecendo
que vão ajudar, e às vezes a mocinha fica muito tempo acreditando no vilão sem nem
mesmo saber, que ele está ali boicotando ela.
Você já deve ter visto isso em muitas histórias. E acredite, isso também acontece na
dança!
Na dança, existem alguns vilões, algumas coisas que a gente acredita que vão nos
ajudar, ou que é assim que se deve fazer, mas que na verdade não permitem com que
você tenha as suas alunas vidradas nas suas aulas, aprendendo efetivamente a técnica
da dança.
Criamos alguns modelos mentais, do que achamos que é ensinar dança, e assim caimos
dentro da sala de aula, com um amor imenso pela dança, querendo o melhor para
nossas crianças, nos esforçando ao máximo para darmos as melhores aulas, mas sem
sabermos efetivamente como fazer isso. Fica tudo na técnica do tentativa e erro. As
vezes dá certo e às vezes não dá.
Eu também já passei por isso, e levei muitos anos estudando e colocando em prática,
pra entender tudo isso que eu vou te mostrar aqui, e que funcionou pra mim e pra
centenas de professoras.
Vamos lá!
Imitação e Nome dos Passos
Ensinar dança, dar aula de dança não mostrar uns passos para a aluna repetir, ou ficar
dançando e a aluna imitando você. Ou ainda querer que a criança fique decorando
nomenclaturas que pra ela não fazem o menor sentido.
E o que é se comunicar? É expressar ideias, opiniões, a grosso modo, é levar pra outros
contextos e saber colocar na hora e no lugar certo as palavras. Não é repetir palavras ou
frases prontas descontextualizadas.
O mesmo acontece, com a dança. Se a criança só imita, se ela só repete, ela não consegue
levar para outros contextos, aquele passo, ou os pré requisitos daquele passo, ou mesmo
manter a postura, o alinhamento.
Pra que haja aprendizagem efetiva, é necessário passar por diversas etapas, por
intervenções adequadas, interações, que veremos ao longo dessa semana.
Então, o que nos faz pensar, que deixar as crianças sentadas para uma a uma percorrer
um circuito vai ser motivador? É que normalmente pensamos no circuito e não nas
crianças sentadas, mas o que temos na maior parte do tempo, são crianças sentadas, ou
pelo menos que nós esperamos que fiquem sentadas.
Controle Funções
Inibitório Executivas
Lobo Frontal
Como vimos ai, o controle inibitório, é uma função executiva, que só vai atingir o seu
ápice maturacional no início da vida adulta. E é por isso que é tão difícil pra criança ficar
sentada esperando. E quando isso é exigido dela, por períodos mais longos, ou ela não
consegue ou ela acha muito chata, pois o cérebro precisa fazer um esforço enorme,
desta forma ela nem se motiva e nem aprende.
Agora, vamos pensar na criança que esta fazendo o circuito, pois é, para esses também
não é bom. Embora essa criança esteja em movimento, existe uma outra função
executiva que é a Memória de Trabalho. A memória de trabalho é aquela memória do
passo a passo do que temos que fazer, e sendo uma FE, também só vai amadurecer
mais tarde. Isso quer dizer que quando você dá um monte de comandos para a criança
fazer num circuito enorme cheio de coisas, ela não consegue lembrar, e assim o cérebro
dela também precisa fazer um esforço gigantesco e acaba se desmotivando.
Virar os "pés para fora"
é a rotação externa da
En dehors: articulação coxo femoral;
O en dehors é uma posição anti natural. Portanto, acreditar que já nas primeiras
aulas deve-se " virar os pés das crianças para fora", é outro equivoco sem tamanho.
A criança precisa ter muita consciencia do corpo, conseguir manter esse corpo
alinhado, para só depois trabalhar o en dehors.
Dentro / fora
Aberto / fechado
USAR INDISCRIMINADAMENTE
NÃO USAR
SEM PROPÓSITO CLARO
A Instrução Explicita é uma maneira de ensinar habilidades ou conceitos às alunas usando uma
instrução direta e estruturada, isso ajuda a aprender os passos, modelando e esclarecendo para
as bailarinas como iniciar e ter sucesso na execução daquele passo/movimento, e dar-lhes
tempo com estratégias estimulativas para praticar.
Há menos carga na memória de trabalho, e a memória de trabalho faz parte das nossas FE, que
só vai amadurecer na adolescência. E a instrução explicita divide o aprendizado em partes
menores, aliviando essa carga cognitiva, quando os recursos cerebrais das bailarinas precisam
processar várias informações, e isso libera memória de trabalho o que é importante para a
aprendizagem de novas habilidades.
Menor carga da
Memória de
Trabalho
liberando memória
de trabalho
novas
aprendizagens/
habilidades
"Ah! As pessoas não valorizam a dança"
Ficar sentado se lamentando não leva ninguém a lugar nenhum. Você já deve ter
escutado isso milhares de vezes, e essa "crença", te limita de ter não só alunas mas
també pais motivados, engajados e valorizando o seu trabalho e a dança.
É muito importante que tenhamos real conhecimento, de tudo que a dança proporciona
e auxilia no desenvolvimento de uma criança. Para assim, sairmos daquele clichê tão
conhecido: que a dança trabalha postura, coordenação motora, flexibilidade, ritmo,
lateralidade... sim, a dança trabalha tudo isso, mas é muito mais do que isso.
AULA 2
Quem é Jeviane Dubois?
V am os lá!
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