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Omaterialismohistorico Livro
Omaterialismohistorico Livro
Omaterialismohistorico Livro
SIQUEIRA
Professora da Faculdade de Educação da Universidade
Federal da Bahia (FACED/UFBA) e Coordenadora do
Laboratório de Estudos e Pesquisas Marxistas
(LEMARX/UFBA)
FRANCISCO PEREIRA
Professor e Membro do Laboratório de Estudos e
Pesquisas Marxistas (LEMARX/UFBA)
O MATERIALISMO HISTÓRICO
Salvador-BA, 2019
Laboratório de Estudos e Pesquisas Marxistas
(LeMarx/FACED/UFBA)
Título: O Materialismo Histórico
Autores: Sandra M. M. Siqueira e Francisco Pereira
LeMarx/FACED/UFBA
Salvador, novembro de 2019.
Capa: Dielson Costa
Em homenagem à Friedrich Engels, fundador do
socialismo científico, junto com Marx, e grande
combatente da causa do proletariado.
Dando-se conta de que o antigo materialismo era
inconsequente, incompleto e unilateral, Marx conclui que
era necessário “por a ciência da sociedade de acordo (...)
com a base materialista, e reconstruir esta ciência
apoiando-se nesta base”. Se, de um modo geral, o
materialismo explica a consciência pelo ser e não o
inverso, esta doutrina, aplicada à sociedade humana,
exigia que se explicasse a consciência social pelo ser
social. (V. I. Lênin, As três fontes e as três partes
constitutivas do marxismo).
SUMÁRIO
1. Apresentação ..............................................................................................08
3. Conclusões ..................................................................................................65
4. Bibliografia ..................................................................................................67
Criadores do Materialismo Histórico
1. Apresentação
2. O Materialismo Histórico
1
Para além das obras de Marx e Engels citadas neste ponto, sobre o Materialismo Histórico cf.
também: PLEKHANOV, Guiorgui. A concepção materialista da história. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1990; O papel do indivíduo na história. São Paulo: Expressão Popular, 2008; Os
princípios fundamentais do marxismo. São Paulo: Hucitec, 1989; MEHRING, Franz. Karl Marx:
a história de sua vida. São Paulo: Sundermann, 2013; O materialismo histórico. Lisboa:
Antídoto, 1977; LÊNIN, V.I. As três fontes e as três partes constitutivas do marxismo. São
Paulo: Global, 1979; Cadernos Filosóficos: Hegel. São Paulo: Boitempo, 2018; Materialismo e
Empiriocriticismo. Lisboa: Edições Avante, 1982; Sobre o significado do materialismo militante.
In: LUKÁCS, Gyorgy. Materialismo e dialética: crise teórica das ciências da natureza. Brasília:
Editora Kiron, 2011; TROTSKY, Leon. Em defesa do marxismo. São Paulo: Sundermann, 2011;
O ABC do materialismo dialético. In: Política. São Paulo: Ática, 1981; Noventa anos do
Manifesto Comunista. In: MARX, Karl e ENGELS, Friedich. Manifesto Comunista. São Paulo:
Boitempo,1998; O marxismo de nossa época. In: TROTSKY, Leon. O Imperialismo e a crise
econômica mundial. São Paulo: Sundermann, 2008; Questões do modo de vida. São Paulo:
Sundermann, 2009; Trotski e Darwin. Escritos de Trotski sobre a teoria da evolução, dialética e
marxismo. Brasília: Editora Kiron, 2012; BUKHARIN, Nicolai. Tratado de Materialismo Histórico.
Centro do Livro Brasileiro, s/d; RIAZANOV, David. Marx e Engels e a história do movimento
operário. São Paulo: Global, 1984; GRAMSCI, Antônio. Concepção dialética da história. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 1991; LUKÁCS, Georg. O Jovem Marx e Outros Textos
Filosóficos. Rio de Janeiro: UFRJ, 2007; A falsa e a verdadeira ontologia de Hegel. São Paulo:
Ciências Humanas, 1979; Os princípios ontológicos fundamentais de Marx. São Paulo:
Ciências Humanas, 1979; Ensaios sobre literatura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1965;
Introdução a uma estética marxista. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968; Prolegômenos
para uma Ontologia do Ser Social. São Paulo: Boitempo, 2010; História e Consciência de
Classe: estudos de dialética marxista. Porto: Publicações Escorpião, 1974; Para uma ontologia
do ser social. São Paulo: Boitempo, 2012; KORCH, Karl. Marxismo e filosofia. Rio de Janeiro:
Ed. UFRJ, 2008; BOTTIGELLI, Émile. A gênese do socialismo científico. São Paulo:
Mandacaru, 1974; MACLELLAN, David. Karl Marx: vida e pensamento. Petrópolis: Vozes,
1990; As ideias de Engels. São Paulo: Editora Cultrix, 1977; LAPINE, Nicolai. O jovem Marx.
Lisboa: Caminho, 1983; CORNU, Auguste. Carlos Marx; Federico Engels: del idealismo al
materialismo historico. Buenos Aires: Editoriales Platina, 1965.
11
2
MARX, Karl. Para a crítica da economia política. São Paulo: Abril Cultural, 1982, p. 26.
12
3
Cf. PLEKHANOV, Guirgui. O papel do indivíduo na História. São Paulo: Expressão Popular,
2008.
4
A burguesia soube, é claro, apoiar-se nas críticas dos pensadores materialistas e dos
cientistas às concepções e dogmas da Igreja, para avançar na sua organização e combate ao
domínio da nobreza feudal e do clero e abrir, portanto, as portas para conquistas políticas e
econômicas, até criar as condições para dirigir as revoluções democrático-burguesas, como
foram as revoluções na Inglaterra e França, tomando o poder do Estado, amparada no
chamado Terceiro Estado (camponeses, artesãos, operários), consolidando o seu domínio de
classe, construindo o seu Estado burguês e desenvolvendo as relações econômicas
capitalistas.
15
5
Idem, pp. 23-24.
16
6
Uma vez mais, as seguintes obras: MARX, Karl. Crítica da Filosofia do Direito de Hegel. São
Paulo: Boitempo, 2005; Introdução à crítica da filosofia do direito de Hegel. In: MARX, Karl.
Crítica da Filosofia do Direito de Hegel. São Paulo: Boitempo, 2005; A questão judaica. São
Paulo: Boitempo, 2010; Manuscritos Econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2006, Glosas
Críticas Marginais ao artigo “O rei da Prússia e a reforma social”, de um prussiano . São Paulo:
Expressão Popular, 2010; ENGELS, Friedrich. Esboço de uma crítica da economia política. In:
ENGELS, Friedrich. Política. São Paulo: Ática, 1981.
7
Cf. LENIN, V. I. As três fontes e as três partes constitutivas do marxismo. São Paulo: Global,
1979, p. 11-16.
18
10
MARX, Karl. Crítica da Filosofia do Direito de Hegel. São Paulo: Boitempo, 2005, p. 30-32 e
74.
11
Cf. MARX, Karl. Manuscritos Econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2006.
20
12
MARX, Karl. Glosas Críticas Marginais ao artigo “O rei da Prússia e a reforma social”, de um
prussiano. São Paulo: Expressão Popular, 2010; ENGELS, Friedrich. A situação da classe
trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: Boitempo, 2007.
13
MARX, Karl. Prefácio à Para a Crítica da Economia Política. São Paulo: Abril Cultural, 1982,
p. 25.
14
Cf. MARX, Karl. Prefácio à Para a Crítica da Economia Política. São Paulo: Abril Cultural,
1982, p. 25.
15
Cf. MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A sagrada família. São Paulo: Boitempo, 2003; A
ideologia alemã. São Paulo: Expressão Popular, 2009; ENGELS, Friedrich. A situação da
classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: Boitempo, 2007; MARX, Karl. Teses sobre
Feuerbach. In: MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. São Paulo: Boitempo,
2002; Carta a Annenkov. In: MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Obras Escolhidas. Lisboa:
Edições Avante!, 1982; Miséria da Filosofia: resposta à filosofia da miséria do senhor
Proudhon. São Paulo: Centauro, 2003.
21
16
Cf. MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A sagrada família. São Paulo: Boitempo, 2003, p. 65.
17
Idem, p. 65-66.
22
Como tal, a própria essência humana perde, com Marx, qualquer caráter
de imutabilidade, de algo dado de uma vez para sempre, e se converte em
produto das condições histórico-sociais de cada época do desenvolvimento da
humanidade. Para ele, “a essência humana não é uma abstração intrínseca ao
indivíduo isolado. Em sua realidade, ela é o conjunto das relações sociais”. 19
Nesse caso, não há qualquer coisa de imutável, de absoluto, de definitivo
na história, na sociedade e no conhecimento. Em se tratando das ideias, do
conhecimento, das formas de consciências sociais, estas não só têm como
base, fundamento, cimento, as condições materiais de existência social, como
devem ter a própria realidade histórico-social como critério de sua objetividade.
Em A Ideologia Alemã – obra escrita em 1845-1846, publicada somente
no século XX na Rússia soviética - o caráter histórico-social das ideias, do
conhecimento, das formas de consciência social e sua relação com as
condições materiais de existência social ganham uma formulação mais
sistemática. A nova concepção materialista da história não deduz a realidade
18
Idem, pp. 119-120.
19
Idem, p. 121.
23
da teoria, mas a teoria da realidade social. Ou, nas palavras dos fundadores do
marxismo, a teoria não “desce do céu à terra”, mas sobe
20
MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. São Paulo: Boitempo, 2002, p. 31.
21
Idem, p. 31.
22
Idem, p. 23-24.
24
23
Idem, p. 32.
24
MARX, Karl. Carta a Annenkov. In: MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Obras Escolhidas.
Lisboa: Edições Avante!, 1982, p. 549.
25
MARX, Karl. Introdução. In: MARX, Karl. Para a Crítica da Economia Política. São Paulo:
Abril Cultural, 1982, p. 18.
26
MARX, Karl. Carta a Annenkov. In: MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Obras Escolhidas.
Lisboa: Edições Avante!, 1982, p. 551.
25
categorias da razão pura e, de outro lado, os homens e a sua vida prática, que
é, segundo ele, a aplicação dessas categorias”.27
Marx observa, que tal como acontece com os teóricos da Economia
Política burguesa, o pensador francês
27
Idem, p. 553.
28
Idem, p. 349-550.
29
Cf. MARX, Karl. A Miséria da Filosofia. São Paulo: Centauro, 2003, p. 98.
26
30
MARX, Karl. Introdução à Crítica da filosofia do direito de Hegel. In: MARX, Karl. Crítica da
Filosofia do Direito de Hegel. São Paulo: Boitempo, 2005, p. 151.
31
Idem, p. 155. É conhecida a seguinte passagem: “Assim como a filosofia encontra as armas
materiais no proletariado, assim o proletariado tem as suas armas intelectuais na filosofia”.
(Idem, p. 156).
28
proletariado como uma classe ativa, capaz de se organizar para lutar pelas
suas reivindicações e pela transformação radical da sociedade existente. 32
Engels diz em A situação da classe trabalhadora na Inglaterra, a propósito
do estado de coisas vivenciado pelo proletariado, que os trabalhadores são
capazes de “sair dessa situação que os embrutece, criar para si uma existência
melhor e mais humana e, para isso, devem lutar contra os interesses da
burguesia enquanto tal, que consistem precisamente na exploração dos
operários”.33
Em A Sagrada Família, Marx e Engels argumentam:
Marx estabelece, por outro lado, um critério mais objetivo para a aferição
da conformidade do pensamento com a realidade em movimento, ao dizer que
“Toda a vida real é essencialmente prática. Todos os mistérios que conduzem
a teoria ao misticismo encontram sua solução racional na prática humana e na
compreensão dessa prática”.36 Portanto,
35
Idem, p. 119.
36
Idem, p. 121.
37
Idem, p. 119-120.
38
Idem, p. 120.
39
MARX, Karl. Teses sobre Feuerbach. In: MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A ideologia
alemã. São Paulo: Boitempo, 2002, p. 126.
30
40
MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. São Paulo: Expressão Popular, 2009,
p. 36.
41
MARX, Karl. O 18 Brumário e Cartas a Kugelmann. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977, p. 17.
31
Conclui em seguida:
45
Cf. MARX, Karl. Para a Crítica da Economia Política. São Paulo: Abril Cultural, 1982, pp. 3-4.
46
Idem, p. 4.
37
Sem partilhar das ilusões de cada época, bem como das concepções
idealistas da história e da sociedade humana, a concepção materialista da
história não precisa partir de elementos ideais, forjados de maneira a priori,
mas da própria realidade social, econômica e política, em transformação e
eivada de contradições. Por isso, os fundadores do socialismo científico dizem
que o Materialismo Histórico parte
50
Idem, pp. 24.
40
51
Idem, p. 40.
52
Idem, p. 24.
41
53
Idem, ibidem.
54
Cf. MARX, Karl. Para a Crítica da Economia Política. São Paulo: Abril Cultural, 1982, p. 46.
42
55
MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã. São Paulo: Expressão Popular, 2008,
p. 30.
56
MARX, Karl. Carta a V. Annenkov. In: MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Obras Escolhidas.
Lisboa: Edições Avante, 1982, pp. 544-545.
43
60
MARX, Karl e ENGELS. Friedrich. Cartas Filosóficas e Outros Escritos. São Paulo: Grijalbo,
1977, p. 32.
61
Idem, p. 34.
45
64
Não à toa, surgem no seio da classe dominante - ou são cooptados no seio de outras
classes – indivíduos não só identificados com as relações sociais, econômicas e políticas
dominante, mas que, por sua condição de representantes ideológicos da classe dominante,
“dominam também como pensadores, como produtores de ideias, regulam a produção e a
distribuição de ideias do seu tempo; que, portanto, as suas ideais são as ideias dominantes da
época”. Por força da divisão social do trabalho, em particular a divisão entre trabalho manual e
intelectual, no seio das sociedades divididas em classes sociais, foram se formando os
intelectuais da classe dominante, responsáveis pela produção de ideias e a legitimação
ideológica da sociedade existente. Como afiram Marx e Engels: “no seio dessa classe uma
parte surge como os pensadores dessa classe (os ativos ideólogos criadores de conceitos da
mesma, os quais fazem da elaboração da ilusão dessa classe sobre si própria a sua principal
fone de sustento)” (Idem, p. 67-68).
65
Idem, p. 69.
48
66
MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. São Paulo: Civilização Brasileira, L. 1, v.
1, 2002, pp. 22-23.
49
67
MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã. São Paulo: Expressão Popular, 2008,
p. 56.
51
71
Cf. ENGELS, Friedrich. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo:
Boitempo, 2007, pp. 48-50.
53
72
CF. MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. O Manifesto Comunista. São Paulo: Boitempo, 1998,
p. 45.
73
Idem, ibidem.
54
74
MARX, Karl. Para a Crítica da Economia Política. São Paulo: Abril Cultural, 1982, pp. 45-46.
75
Idem, p. 451.
55
76
ENGELS, Friedrich. Princípios do comunismo. In: MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. O
Manifesto do Partido Comunista. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011, p. 87-88.
77
MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. São Paulo: Civilização Brasileira, L. 1, v.
I, 2002, p. 877.
57
78
Cf. MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Cartas Filosóficas e Outros Escritos. São Paulo:
Grijalbo, 1977, p. 25.
58
79
Cf. ENGELS, Friedrich. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo:
Boitempo, 2007.
80
Em 1888, Engels acrescentou a seguinte nota à edição inglesa de O Manifesto Comunista:
“Isto é toda história escrita. A pré-História, a organização social anterior à história escrita, era
desconhecida em 1847. Mais tarde, Haxthausen (August von, 1792-1866) descobriu a
propriedade comum da terra na Rússia, Maurer (Georg Ludwig von) mostrou ter sido essa a
base social da qual as tribos teutônicas derivaram historicamente e, pouco a pouco, verificou-
se que a comunidade rural era a forma primitiva da sociedade, desde a Índia até a Irlanda. A
organização interna dessa sociedade comunista primitiva foi desvendada, em sua forma típica,
pela descoberta de Morgan (Lewis Henry, 1818-81) da verdadeira natureza de gens e de sua
relação com a tribo. Após a dissolução dessas comunidades primitivas, a sociedade passou a
dividir-se em classes distintas”. Cf. MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. O Manifesto do Partido
Comunista. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011, p. 40.
81
MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. O Manifesto do Partido Comunista. Petrópolis, RJ: Vozes,
2011, p. 40.
59
82
Idem, p. 39.
83
Cf. MARX, Karl. A luta de classes na França: 1848-1850. São Paulo: Centelha, 1975, p. 178.
84
Idem, p. 71-72.
60
85
Cf. especialmente, MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. O Manifesto Comunista. São Paulo:
Boitempo, 1998; Lutas de classes na Alemanha. São Paulo: Boitempo, 2010; Lutas de classes
na Rússia. São Paulo: Boitempo, 2010; MARX , Karl. A luta de classes na França: 1848-1850.
São Paulo: Centelha, 1975; O 18 Brumário e Cartas a Kugelmann. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1977; A guerra civil na França. São Paulo: Boitempo, 2011; ENGELS, Friedrich. .
61
86
Cf. PLEKHANOV, Guiorgui. A concepção materialista da história. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1990; O papel do indivíduo na história. São Paulo: Expressão Popular, 2008; Os
princípios fundamentais do marxismo. São Paulo: Hucitec, 1989.
62
que faz uma análise muito importante das sociedades pré-capitalistas à luz do
materialismo histórico, além de textos como O Socialismo e as Igrejas.87
Nos últimos anos da Segunda Internacional e primeiros da Terceira
Internacional, destacaram, sobretudo, as obras de V. I. Lênin, Leon Trotsky,
Nicolai Bukharin e David Riazanov, que deram grandes contribuições ao
debate sobre a dialética materialista e ao Materialismo Histórico. De Lênin,
podemos citar Materialismo e Empiriocriticismo, Cadernos Filosóficos, além da
síntese do pensamento de Marx e Engels presente em As três fontes e as três
partes constitutivas do marxismo.88 De Trotsky, podemos realçar as seguintes
obras: Em defesa do marxismo, O ABC do materialismo dialético, O marxismo
de nossa época, Noventa anos do Manifesto Comunista, Questões do modo de
vida, e os textos sobre filosofia e ciência publicados sob o título Trotski e
Darwin. Escritos de Trotski sobre a teoria da evolução, dialética e marxismo.
De Bukharin, podemos citar A Teoria do Materialismo Histórico e O Marxismo e
o Pensamento Moderno. De Riazanov, é preciso destacar Marx e Engels e a
história do movimento operário.89
Outros autores da maior relevância para o estudo da dialética materialista
e para o Materialismo Histórico foram Antônio Gramsci, Georg Lukács e Karl
Korch. De Gramsci podemos mencionar obras como Concepção dialética da
história; de Lukács, destacam-se O Jovem Marx e Outros Textos Filosóficos, A
falsa e a verdadeira ontologia de Hegel, Os princípios ontológicos
fundamentais de Marx, Ensaios sobre Literatura, Introdução a uma estética
marxista, Prolegômenos para uma Ontologia do Ser Social, História e
87
KAUTSKY, Karl. A origem do cristianismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010;
MEHRING, Franz. O materialismo histórico. Lisboa: Antídoto, 1977; Karl Marx: a história de sua
vida. São Paulo: Boitempo, 2013; LUXEMBURGO, Rosa. A sociedade comunista primitiva e
sua dissolução. São Paulo: Edições ISKRA, 2015.
88
Cf. LÊNIN, V.I. As três fontes e as três partes constitutivas do marxismo. São Paulo: Global,
1979; Cadernos Filosóficos: Hegel. São Paulo: Boitempo, 2018; Materialismo e
Empiriocriticismo. Lisboa: Edições Avante, 1982; Sobre o significado do materialismo militante.
In: LUKÁCS, Gyorgy. Materialismo e dialética: crise teórica das ciências da natureza. Brasília:
Editora Kiron, 2011.
89
TROTSKY, Leon. Em defesa do marxismo. São Paulo: Sundermann, 2011; O ABC do
materialismo dialético. In: Política. São Paulo: Ática, 1981; Noventa anos do Manifesto
Comunista. In: MARX, Karl e ENGELS, Friedich. Manifesto Comunista. São Paulo:
Boitempo,1998; O marxismo de nossa época. In: TROTSKY, Leon. O Imperialismo e a crise
econômica mundial. São Paulo: Sundermann, 2008; Questões do modo de vida. São Paulo:
Sundermann, 2009; Trotski e Darwin. Escritos de Trotski sobre a teoria da evolução, dialética e
marxismo. Brasília: Editora Kiron, 2012; BUKHARIN, Nicolai. Tratado de Materialismo Histórico.
Centro do Livro Brasileiro, s/d; RIAZANOV, David. Marx e Engels e a história do movimento
operário. São Paulo: Global, 1984.
63
92
Cf. LÖWY, Michael. A Teoria da Revolução no Jovem Marx. São Paulo: Boitempo, 2012; As
aventuras de Karl Marx contra o Barão de Münchhausen: marxismo e positivismo na sociologia
do conhecimento. São Paulo: Cortez, 1994; Ideologias e Ciência Social: elementos para uma
análise marxista. São Paulo: Cortez, 1993; WOODS, Alan e GRANT, Ted. Razão e Revolução.
São Paulo: Luta de Classes, 2007; WOOD, Ellen Meiksins (org.). Em defesa da História:
marxismo e pós-modernismo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999; FOSTER, John Bellamy. A
ecologia de Marx: materialismo e natureza. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005;
SHANIN, Teodor. Marx tardio e a via russa: Marx e as periferias do capitalismo. São Paulo:
Expressão Popular, 2017; COHEN, Gerald A. A teoria da história de Karl Marx. São Paulo:
Editora Unicamp, 2013; WOOD, Ellen Meiksins. Democracia contra capitalismo: a renovação
do materialismo histórico. São Paulo: Boitempo, 2010; THOMPSON, E. P. A miséria da teoria
ou Um Planetário de Erros: Uma crítica ao pensamento de Althusser. Rio de Janeiro. Zahar
Editores, 1981; HOBSBAWM, Eric. Sobre a história. São Paulo: Companhia das Letras, 2013;
ANDERSON, Perry. Considerações sobre o marxismo ocidental/Nas trilhas do materialismo
histórico. São Paulo: Boitempo, 2004; CHEPTULIN, A. A dialética materialista: categorias e leis
da dialética. São Paulo: Alfa-Ômega, 1982; KOPNIN, Pável Vassilievith. A dialética como lógica
e teoria do conhecimento. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
65
3. Conclusões
4. Bibliografia