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Violência Contra A Mulher
Violência Contra A Mulher
Violência Contra A Mulher
FACULDADE DE PSICOLOGIA
Rio de Janeiro
2022
MARIA LUIZA FERREIRA LIMA
Rio de Janeiro
2022
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
A violência contra a mulher é um assunto muito discutido ainda nos dias de hoje.
Apesar de vivermos uma era tecnológica e liberal, as mulheres ainda precisam medir
as palavras, as roupas e o modo de agir perante uma sociedade atrasada e
patriarcal. No texto apresentado a seguir, serão abordadas a história, as causas e as
consequências da violência contra a mulher, a qual ainda aflige nos dias de hoje. O
texto busca refletir sobre o tema e o que podemos fazer para melhorar um pouco
essa situação.
Esse problema que ainda nos aterroriza é apenas um reflexo de uma sociedade
atrasada e ruim. Antes de falar sobre nossos problemas de hoje, vamos voltar um
pouco no passado e nos lembrar das raízes e da nossa colonização. Quando em
1500 os portugueses chegaram às nossas terras e roubaram a cultura, liberdade e
modo de viver, eles impuseram os seus costumes e sistemas sendo um deles o
patriarcado que já era muito comum em toda a Europa, tendo seu nascimento com a
escravidão e a Igreja Católica. (BRASIL ESCOLA, 2022). Nessa época da história, a
mulher era vista como fraca, uma pessoa que era dominada por suas emoções e
que não tinha capacidade de pensar, nem de ter suas próprias opiniões. Além disso,
o chefe de família tinha domínio não só apenas sobre seus escravos, mas também
nas mulheres da casa, ou seja, nas esposas e filhas. Esse sistema permitia aos
homens de terem relações sexuais com suas esposas sem sua vontade por ser
considerada uma obrigação da mulher e uma necessidade masculina, o que nos
leva até ressaltar que é muito comum nos dias de hoje ouvirmos que o homem não
consegue “se segurar” porque essa é a sua natureza. Esse fato é uma forma de
banalizar o estupro, a traição e falta de respeito com o corpo e o psicológico da
mulher.
foram criadas nessa mesma fase da história. O corpo da mulher sendo uma
propriedade do marido, os trabalhos domésticos e a falta de liberdade que a mulher
tinha, os deveres que eram impostos – como o fato de casar antes dos 30 e de gerar
filhos – e das diversas outras obrigações que foram dadas pelo simples fato de ser
mulher. Se pararmos para pensar, até hoje esses problemas assombram em
pequenos pensamentos como o de se sentir na obrigação de ter um namorado ou
de se vestir adequadamente para os homens não assediarem. Todos esses
acontecimentos são as raízes de toda essa violência contra a mulher, onde o sexo
feminino é visto como alvo.
O conservadorismo nos fez acreditar que precisamos sempre ter alguém para as
mulheres se sentirem amadas pelo sexo masculino, onde esse sentimento não
acontece do nada: ele é fruto de uma maneira de viver e de uma imposição do
cristianismo no nosso país. Esse sentimento de dependência afetiva faz muitas
mulheres aceitarem serem vítimas de violência por acharem que é melhor do que
viver sozinha. Essa violência vem disfarçada de cuidado, proteção e desculpas para
tal comportamento. Muitos homens sabem desse poder que possuem sobre as
emoções de uma mulher e acabam se aproveitando para atingir seu corpo e
psicológico, usando a justificativa de que não conseguem controlar a raiva e nem
seus desejos. Outra causa para esse acontecimento terrível é a liberdade de
expressão: mulheres sendo proibidas de ser quem são, de falarem o que pensam e
que quando discordam de qualquer coisa apanham ou sofrem agressões verbais de
seus namorados ou maridos.
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Como se pode perceber, a violência contra a mulher não é apenas uma agressão,
mas uma afronta às mulheres que precisam lidar com isso todos os dias. A cada
manhã uma notícia nova de que uma mulher foi agredida de alguma forma, gerando
revolta e tristeza em saber que em pleno século XXI ainda precisamos enfrentar
essa questão totalmente atrasada e inaceitável. Alguns casos como o da Elisa
Samúdio e o jogador de futebol Bruno, que mesmo depois dessa tragédia, ainda
recebeu inúmeros convites para jogar, provando o quão machista podemos ser
mesmo depois de um acontecimento desses. Os anos se passaram e com eles a
mulher conquistou seu espaço na sociedade, mas que mesmo assim a cada dia é
ela precisar lutar por isso, pela liberdade e direito de fazer o que quiser,
independentemente do que pensem. Tentaram de todas as formas calar a voz da
mulher, fazendo acreditar que é melhor assim.
3 CONCLUSÃO
Portanto, o que as mulheres podem fazer para combater isso todos os dias é jamais
aceitar que são culpadas de tais situações e nunca acreditar que merecem viver
isso, pois não é verdade. A sociedade vai tentar diminuir, mas a mulher é mais forte
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que imagina e merece ser tratada com dignidade e respeito, e, acima de tudo,
agradecer a quem veio antes, lutando por coisas simples que temos direito hoje.
REFERÊNCIAS
FOUCAULT, M. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. 27. ed. Petrópolis,
RJ: Vozes, 1987. 288 p.
NÃO se cale. Governo do Estado do Mato Grosso do Sul, 2022. Disponível em:
https://www.naosecale.ms.gov.br/ Acesso em: 18 jun. 2022.