Psychology">
Nothing Special   »   [go: up one dir, main page]

INTRODUÇÃO A PSICANÁLISE 03-Consciente, Inconsciente e Pré-Consciente

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 12

Consciente, Inconsciente e

Pré-consciente
Professora Andréa Pinheiro Bonfante
Mestre e Doutoranda em Psicanálise, Saúde e Sociedade
INCONSCIENTE
O que é Inconsciente Freudiano

Ele não seria a parte mais profunda da consciência, nem a que possui
menos lógica, mas uma outra estrutura que se distingue da consciência.
A questão do inconsciente é abordada por Freud principalmente nos
livros “Psicopatologia da vida cotidiana” (1901) e “A Interpretação dos
sonhos”(1900).
Digamos que ele seja a nossa “caixinha de pandora”, onde os conteúdos
mais preciosos estejam guardados e para acessá-los é necessário que o
sujeito passe por uma experiência, onde o acesso se dá via sonhos,
chistes e atos falhos.
Muitas vezes Freud utiliza esse termo para se referir a qualquer
conteúdo que se encontre fora da consciência. Outras vezes,
ainda, refere-se ao inconsciente não para tratar dele em si, mas
de sua função enquanto estado mental: é nele que se encontram
as forças sublimadas por algum agente repressor, que as impede
de chegar ao nível da consciência.

Para ele, é nos pequenos erros, confusões, esquecimentos ou


omissões que acontecem em nosso dia a dia que se expressa o
inconsciente. Esses pequenos erros são uma forma de exprimir
opiniões ou verdades que a razão consciente não permite. Dessa
forma, a intenção do indivíduo veste um disfarce de acidente.
O que é inconsciente para Lacan
O francês Jacques Lacan promoveu em meados do século XX uma retomada da perspectiva
freudiana. Retomada porque esta se encontrava deixada de lado pela psicanálise daquele
momento. À concepção do antecessor ele acrescenta a linguagem como aspecto fundamental
para a existência do inconsciente.
Sua contribuição se baseia principalmente na obra de Ferdinand de Saussure, um linguista e
filósofo francês que teve como principal avanço a ideia de signo linguístico. Segundo ele, o
signo linguístico seria composto por dois elementos independentes, o significado e o
significante. O signo não se formaria a partir da união entre um nome (significado) e uma coisa
(significante), mas entre um conceito e uma imagem. Segundo Lacan, assim funcionaria
também o inconsciente.

O autor ainda coloca que nos fenômenos chamados de lacunares(nessa hiância) – que são os
sonhos ou aquelas confusões do dia a dia já citadas – o sujeito consciente se sente atropelado
pelo sujeito do inconsciente, que se impõe.
Exemplos
São exemplos de expressões do inconsciente os sonhos.
O mesmo vale para ato de trocar o nome de alguém ou
soltar alguma palavra descontextualizada. Coisas que
fazemos sem perceber. Além disso, quando fazemos algo
que parece não ser do nosso feitio, ou não corresponder
com nossa forma de agir, também temos uma expressão
do inconsciente que se impõe.

Mas porque reprimimos essas forças?

o sofrimento é o que reprime algum conteúdo. Nossa mente visa sempre a


autoconservação.
Por isso afasta do consciente qualquer conteúdo que leve a uma dor
profunda, que coloque em risco a vida do indivíduo. Esses conteúdos, no
entanto, não podem ser mantidos completamente reprimidos, se
expressando por meio daquelas ações já citadas, algo escapa, algo vaza.
A importância é incontestável

Entender o que é o inconsciente sempre foi um


desafio na psicanálise. Cada autor e grande
psicanalista contribuíram para essa questão com
suas teorias e pensamentos.
De certo, existem algumas divergências, entre os
principais teóricos, nos seus modos de entender e
estudar esse elemento. Porém, é correto afirmar
que o entendimento do inconsciente, e seus
desdobramentos, são a base inicial do estudo
psicanalítico.
O mundo por trás do inconsciente

Nosso conhecimento sobre nossos próprios inconscientes


é muito vago. Apesar dele ser capaz de influenciar e
determinar ações, pensamentos e outras atitudes.
Tudo, ou boa parte, do que fica armazenado nessa parte a
qual não temos acesso, nesse mundo secreto, pode ser
alcançado através da psicanálise e do estudo do mesmo.

Entender o que acontece no inconsciente, permite ao


paciente tratar problemas, traumas, defesas que o ele
poderia nem saber possuir.
Inconsciente
Ele representa não só a maior fatia de nossa mente, mas também,
para Freud, a mais importante. Quase todas as memórias que
acreditamos estarem perdidas para sempre, todos os nomes
esquecidos, os sentimentos e medos que conseguimos, de alguma
forma, ignorar… todos esses elementos se encontram em nosso
inconsciente. Isso mesmo: desde a mais tenra infância, os primeiros
amigos, as primeiras compreensões: tudo está guardado.
Mas seria possível acessá-lo? Seria possível reviver essas
lembranças? Acessar essas lembranças é possível. Não em sua
totalidade, mas de algumas fatias. Esse acesso acontece muitas
vezes através dos sonhos, dos atos falhos e da terapia psicanalítica.
É também no inconsciente que se encontram
sublimadas as chamadas pulsões de vida e de morte,
que seriam aqueles elementos intrínsecos a todo ser
humano como o impulso sexual ou o impulso destrutivo.
Como a vida em sociedade exige que determinados
comportamentos e desejos sejam reprimidos, eles são
aprisionados no inconsciente.
O inconsciente é regido pelas próprias leis, além de ser
atemporal: não existem as noções de tempo e espaço
nesse nível psíquico, ou seja, o inconsciente não
identifica cronologia nos fatos, nas experiências ou nas
memórias. É ele, também, o principal responsável pela
formação da nossa personalidade.
Pré-consciente

O pré-consciente é muitas vezes chamado de “subconsciente”, mas é


importante destacar que Freud não utilizava esse termo. O pré-consciente se
refere àqueles conteúdos que podem facilmente chegar ao consciente, mas que
lá não permanecem. São, principalmente, informações sobre as quais não
pensamos constantemente, mas que são necessárias para que o consciente
realize suas funções.
Nosso endereço, o segundo nome, nome dos amigos, telefones, algumas coisas
das quais gostamos – como a nossa comida preferida –, acontecimentos
recentes e assim por diante. É importante lembrar ainda que, apesar de se
chamar Pré-consciente, esse nível mental pertence ao inconsciente. Podemos
pensar no pré-consciente como uma peneira que fica entre o inconsciente e o
consciente, filtrando as informações que passarão de um nível ao outro.
Consciente

O nível consciente nada mais é do que tudo aquilo do que estamos


conscientes no momento, no agora. Ele corresponderia à menor
parte da mente humana. Nele está tudo aquilo que podemos
perceber e acessar de forma intencional. Outro aspecto importante é
que o consciente funciona de acordo com as regras sociais,
respeitando tempo e espaço. Isso significa que é por meio dele que
se dá a nossa relação com o mundo externo.
O consciente seria, portanto, a nossa capacidade de perceber e
controlar o nosso conteúdo mental. Apenas aquela parte de nosso
conteúdo mental presente no nível consciente é que pode ser
percebida e controlada por nós.
Fim.

Muito obrigada pela atenção!

Professora Andréa Pinheiro

Até um próximo encontro.

ANDRÉA PINHEIRO
(24)99316-8982

Você também pode gostar