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Relatorio Clinica Adulto Sara

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1

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA MARANHÃO -


UNIFACEMA
CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM PSICOLOGIA
CLINICA DE ADULTOS
PROF. ESP. WINTHNEY PAULA SOUZA OLIVEIRA

SARA BEATRIZ MORAIS MEDEIROS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM


PSICOLOGIA CLÍNICA DE ADULTOS

CAXIAS- MA
2022
2

SARA BEATRIZ MORAIS MEDEIROS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM


PSICOLOGIA CLÍNICA DE ADULTOS

Relatório de Estágio apresentado ao Centro


Universitário de Ciências e Tecnologia do
Maranhão - UniFacema como requisito
avaliativo para disciplina de Estágio Curricular
Supervisionado em Psicologia Clínica em
Adultos. Profa. Supervisora: Winthney Paula
Souza Oliveira

CAXIAS – MA
2022
3

TERMO DE RESPONSABILIDADE

Eu, Sara Beatriz Morais Medeiros, portador(a) da carteira de identidade nº


043490852011-1, inscrita no CPF sob o nº 609542333-36, residente e
domiciliada na cidade de Caxias-Ma, no endereço Rua São Pedro nº 1443, Bairro
Seriema.

Declaro que minha experiência prática na disciplina Estágio Supervisionado em


Clínica Adulto se deu a partir de um estudo de caso fictício por uma das seguintes
razões: ausências, faltas injustificadas do paciente; dificuldade para substituir um
paciente desistente ao longo do percurso ou ainda morosidade da minha parte
para comunicar as dificuldades em contactar paciente, conciliar horários e
participar das práticas reais e necessárias para o cumprimento da disciplina, o
que acarretou na necessidade de um planejamento específico que pudesse
proporcionar experiência, atividades, práticas, intervenções clínica a partir de um
caso fictício sob supervisão da professora e psicóloga Winthney Paula Souza
Oliveira.

Nada mais, firmo o presente.

Acadêmico Estagiário (a) de Psicologia pelo UNIFACEMA

Estágio em Clínica Adulto


4

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..............................................................................5

2 DISCUSSÕES DO CASO .............................................................6

2.1 CASO FICTÍCIO – Y.B.R .............................................................6

2.2 FORMULAÇÃO DO CASO .........................................................8

3 PLANO DE TRATAMENTO ..........................................................11

4 CONCLUSÃO ................................................................................12

REFERÊNCIAS
5

1.INTRODUÇÃO
O estágio Supervisionado em Psicologia Clínica de Adultos deu início
em 13 de setembro de 2022, pautado nas orientações atribuições metodológicas
propostas pelo Centro Universitário de Ciências Tecnologia do Maranhão –
UniFacema, no que se discerne o estágio especifico para esses indivíduos, vale
ressaltar que esse é de grande importância profissional para o acadêmico.
Conforme Oliveira (2013) o principal objetivo do atendimento clínico
adulto não é somente alinhar a teoria e a prática, uma vez que a busca desse
público pelos serviços psicológicos tem sido cada vez mais constantes,
especialmente nos serviços de clinica escola, o que tem servido de para
contribuir com a qualidade da saúde mental nessa população que muitas vezes
buscam atendimento somente em última estância.
Com isso o estágio foi de forma presencial na Clínica escola da
UNIFACEMA, e como também em casos fictícios quando não apresentava
demandas reais, ou desistências no atendimentos por variáveis sem controle,
como feriados, a falta, desinteresse e entre outras, onde a atividade realizada foi
o atendimento em psicologia. Vale salientar que todos os procedimentos foram
realizados sob supervisão semanal da Profa. Esp. Winthney Paula Souza
Oliveira, de forma alternada com a preceptora da disciplina a Psicóloga Andressa
Lobão.
Na linha de pensamento de Dutra (2015), o mesmo relata que o
atendimento psicológico é o espaço onde qualquer indivíduo procura um
profissional de psicologia para realizar o atendimento, o principal objetivo dessa
prática é baseado na acolhida e escuta do paciente, onde se busca trazer
problemas emergentes que possam dificultar o desenvolvimento psicossocial do
sujeito. As principal queixa atendida foi Transtorno Dissociativo de Identidade
(TDI)
Desta forma o estágio supervisionado tem como objetivo a promoção
da vivência do acadêmico no contexto clínico, com a perspectiva de que o
mesmo construa conhecimentos e habilidades necessárias ao exercício
profissional da psicologia, com isso o presente relatório busca mostrar o
alinhamento da teoria com a prática e apresentam também em seu corpo a
proposta de discussão do caso abordado com finalidade de detalhar todas as
ações realizadas durante o estágio.
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2. DISCUSSÕES DO CASO
2.1 CASO FICTÍCIO – Y.B.R
Y.B.R, do sexo feminino, 40 anos de idade, nordestina, solteira, profissional da
educação, evangélica e com experiência prévia em terapia. Chegou ao
atendimento psicológico com diagnóstico de Transtorno Depressivo e fazendo
uso de medicação prescrita pelo psiquiatra. Durante a avaliação inicial,
anamnese, Y.B.R referiu sentir um vazio, para ela sua vida não fazia sentido e
preferia morrer a continuar vivendo dessa forma. Ela negligencia os próprios
ganhos e conquistas atribuindo suas vitórias como sorte ou acaso. Afirma possuir
muitos esquecimentos e por vezes, não recorda de como chegou em casa, de
compras realizadas ou mesmo de conversas com outras pessoas.
Em um outro atendimento Y.B.R chegou bastante introspectiva, permaneceu
calada por metade do tempo de sessão e referiu que sua família diz que ela é
louca por buscar cuidados em saúde mental e que tudo isso era falta de Deus, o
“diabo agindo na vida dela”. Ela mencionou ter tido uma infância difícil, com
muitas agressões, humilhações e sofrimentos, mas que ainda não estava pronta
para contar o que havia acontecido.
Y.B.R estava distante, olhar vazio, expressão de tristeza e postura tensa, em um
determinado momento durante o atendimento começou a hiperventilar, as mãos
visivelmente trêmulas e suadas, pediu um copo d’agua, sua expressão ficou
tomada por raiva, seus punhos estavam cerrados e encarava o (a) psicólogo(a)
de modo intimidador e com um tom de voz agressivo disse que era inútil esses
atendimentos, que nada na vida dela iria mudar. Que estava cansada dessa vida
e que todas as pessoas eram más. Relatou um desentendimento em seu
trabalho que acarretou em sua demissão, disse não possuir muita paciência e
que não leva desaforo para casa e que frequentemente se envolvia em situações
complicadas com as pessoas do trabalho. Disse que estava com tanto ódio que
podia matar a pessoa com quem discutiu, esganando com as próprias mãos, que
pensou em adquirir uma catana para acabar com a vida dessa mulher que foi a
culpada por ela perder o emprego.
Y.B.R referiu ouvir vozes, o que levantou uma hipótese diagnóstica e um pedido
de uma reavaliação psiquiátrica. Alguns fragmentos de suas falas: “eu tenho ódio
deles, queria que todos estivessem mortos, um deles se suicidou, bem feito,
merecia morrer mesmo, mas ainda vejo outros”. Ao ser questionada sobre o que
7

falava Y.B.R disse que foi algo muito grave que havia acontecido em sua
infância, mas que ainda não conseguia falar e logo questionou “Você tem vozes
na sua cabeça? Eu tenho várias vozes, elas não param e me deixam confusa,
eu quero ir embora, não quero mais ficar aqui” e assim o atendimento finalizou.
Em um outro atendimento Y.B.R foi confrontada sobre o que havia acontecido
em sua infância e relutou para responder até que disse “eu me lembro de cada
um deles, foram várias vezes, eu não tinha como pedir ajuda, ninguém
acreditaria em mim”, permaneceu calada e pediu para que o (a) psicólogo (a)
não insistisse ou voltasse a perguntar. Sua expressão era de ódio, lágrimas
escorriam em seu rosto, seu tom de voz estava agressivo e ela relatou que não
gostava de chorar, chorar era sinal de fraqueza e ela não era fraca. Logo disse,
que não estava sozinha havia outras Y.B.R dentro dela e que tudo isso era
confuso, as vozes não paravam em sua cabeça, elas conversavam entre si,
havia homens, mulheres e criança e cada uma aparecia de modo involuntário,
sem que ela tivesse controle ou domínio da situação. Ao ser questionada como
era viver com as vozes, Y.B.R referiu que sofria muito e que sentia dificuldade
para viver assim e que tudo isso tinha sido o motivo dela ter perdido o emprego,
que as vezes, era difícil responder até mesmo um questionário ou prova, pois
cada uma tinha uma opinião.
Y.B.R ao ver brinquedos na sala, utilizados com um paciente anterior, referiu
querer brincar e assim permaneceu parte do tempo de atendimento com um
semblante suave, voz tranquila e muito concentrada em seu ofício de brincar, até
que em um determinando momento Y.B.R disse que R.B estava precisando
brincar que já fazia algum tempo que ela cobrava isso de Y.B.R, ela afirmou que
R.B tinha apenas 5 anos de idade e que ela não estava conseguindo dar a
atenção que ela merecia ultimamente e Y.B.R, seguiu dando idade e nomes
distintos às outras “vozes de sua cabeça”. Durante o atendimento, decidiu contar
o que havia acontecido em sua infância, ela foi vítima de abuso sexual infantil no
contexto extrafamiliar, por adultos, idosos e outros adolescentes do seu bairro,
por várias vezes. Y.B.R se sentia culpada por tudo o que aconteceu, tinha nojo
de si, nunca havia contado para ninguém sobre esse acontecimento. Se sentia
mal, pois por diversas vezes, recebeu brinquedos em troca do ato, brinquedos
que seus pais não podiam oferecer. Y.B.R disse que os pais sempre trabalharam
muito, teve uma infância difícil e cheia de agressões verbais e físicas. Os abusos
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iniciaram aos 5 anos de idade e cessaram por volta dos 10/11 anos quando ela
começou a compreender do que se tratava. Y.B.R disse que B.Y “uma das vozes
de sua cabeça” (sic) gostaria de aparecer no atendimento para conversar. B.Y
relatou os medos de Y.B.R, a infância difícil, as repetições de violência
vivenciadas e ambas compartilhavam as lembranças. B.Y era áspera, ríspida
com um tom de voz grosseiro, referiu gostar de assistir filmes violentos, interesse
em vídeos de sexo com cadáveres e que assistia a filmes verídicos de punições
bárbaras (como decapitação, esquartejamento e outros conteúdos violentos)
contra criminosos, em especial abusadores infantis. Essas informações foram
elucidativas para se chegar ao diagnóstico adequado de Y.B.R

2.2 FORMULAÇÃO DO CASO

Nome da Paciente: Y.B.R


Idade: 40 anos
Fatores de Vulnerabilidade: A ausência dos pais e o baixo nível
socioeconômico dos mesmos.
Experiências Tardias: Ato de brincar.
Histórico de vida relevante: Infância difícil, com muitas agressões verbais e
físicas, humilhações e sofrimentos. Foi vítima de abuso sexual infantil no contexto
extrafamiliar, por adultos, idosos e outros adolescentes do seu bairro, por várias
vezes. Os abusos iniciaram aos 5 anos de idade e cessaram por volta dos 10/11 anos
quando ela começou a compreender do que se tratava.
Formulação Cultural: Evangélica, solteira, nordestina.
Crenças/regras e pressupostos: Crença Central de Desvalor, pois
negligencia os próprios ganhos e conquistas atribuindo suas vitórias como
sorte ou acaso.
Gatilhos: situações de conflito com colegas de trabalho, situações que lhe
causa raiva ou tristeza.
Modificadores: Comorbidade com transtornos mentais e a demora em obter o
tratamento adequado.
Fatores precipitantes/Incidentes Críticos: Agressões físicas ou verbais e
traumas.
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Objetivos de Tratamento
Metas de tratamento: técnicas de observação e descrição do comportamento
e reações do afeto, testes psicológicos com objetivo de ajudar a paciente a
identificar o seu problema, mudar os seus comportamentos.
Obstáculos ao Tratamento: Instabilidade e falta de autocontrole da paciente,
o não apoio da família.
Pontos Fortes: Um ponto forte é que a paciente busca ajuda psicológica, para
assim encontrar em diagnostico correto. Como recursos: podem ser usados
Definição das Dificuldades
Pensamentos: pensamento suicida, pensamento de que nada na vida dela iria
mudar, que todas as pessoas eram más.
Emoções: Tristeza, raiva, estresse.
Comportamentos: muitas vezes agressivo e ameaçador.
Reações Fisiológicas: Muitos esquecimentos, hiperventilação, mãos
visivelmente trêmulas e suadas.
Hipóteses diagnósticas de Y.B.R
A Hipótese Diagnostica apresentada é de Transtorno Dissociativo, que
segundo o DSM-V, são caracterizados por perturbação e/ou descontinuidade da
integração normal de consciência, memória, identidade, emoção, percepção,
representação corporal, controle motor e comportamento. Os sintomas
dissociativos podem potencialmente perturbar todas as áreas do funcionamento
psicológico. No caso da Y.B.R trago como hipótese o transtorno dissociativo de
identidade, que causa amnésia dissociativa, transtorno de
despersonalização/desrealização.
Deste modo Gulisz (2022) aborda que os transtornos dissociativos envolvem
problemas de memória, identidade, emoção, percepção, comportamento e senso
de si, ou seja os sintomas dissociativos são capazes de perturbar muitas áreas do
funcionamento mental. Eles incluem a experiência do sentimento de estar fora do
corpo e perda de memória.
O chamado TDI (transtorno dissociativo de identidade) é uma distúrbio grave
que afeta a memória, o comportamento, as emoções e a identidade, onde a falta
de conexão com a verdadeira personalidade de uma pessoa leva a processos
psicológicos dissociativos (KIM, 2016; CARDEÑA; CARLSON, 2011). Este é um
fenômeno multifacetado que vai desde estados de transe, amnésia, articulações
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dissociativas, micção e alterações de memória até referências ao 'eu' de


identidades diferentes e conflitantes, como os chamados transtornos de
dissociação de identidade (DUNKER, 2017; FARIA, 2019). O TDI geralmente
ocorre em pessoas que sofreram traumas na infância ou estresse avassalador
(FARIA, 2019).
Com isso o diagnóstico psicológico é definido por um procedimento clínico
que inclui um conjunto codificado de princípios teóricos, métodos e técnicas
investigativas. Tais conjuntos estão relacionados tanto à personalidade individual
quanto à função cognitiva (ARAÚJO, 2007). O diagnóstico psicológico é
relativamente novo, Isso tem sido visto como ``uma situação em que um psicólogo
aplica um teste a alguém e acompanha nesse sentido'' (OCAMPO; ARZENO;
PICCOLO, 2005). Atualmente, Ocampo et al. (2005) externa que a psicologia, ao
refinar um ideal abrangente e auspicioso que privilegia a entrevista clínica em
detrimento da simples anamnese descritiva, além das relações de
transferência/contratransferência e degeneração envolvendo fluxo ao final do
processo, regulou o processo diagnóstico. e diagnóstico futuro (esperado).

Critérios Diagnósticos
A. Ruptura da identidade caracterizada pela presença de dois ou mais estados
de personalidade distintos, descrita em algumas culturas como uma experiência
de possessão. A ruptura na identidade envolve descontinuidade acentuada no
senso de si mesmo e de domínio das próprias ações, acompanhada por
alterações relacionadas no afeto, no comportamento, na consciência, na
memória, na percepção, na cognição e/ou no funcionamento sensório-motor.
Esses sinais e sintomas podem ser observados por outros ou relatados pelo
indivíduo.
B. Lacunas recorrentes na recordação de eventos cotidianos, informações
pessoais importantes e/ou eventos traumáticos que são incompatíveis com o
esquecimento comum.
C. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo e prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do
indivíduo.
D. A perturbação não é parte normal de uma prática religiosa ou cultural
amplamente aceita.
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3. PLANO DE TRATAMENTO
PRIMEIRO ATENDIMENTO
É feito uma anamnese para colher mais informações relevantes sobre a
demanda da paciente, para assim, investigar quando as vozes e outras
personalidades surgiram. Conhecer melhor cada personalidade, pois elas
surgem como mecanismo de defesa da paciente. No mais, ainda pode-se
abordar mais sofre quadro depressivo de Y.R.B.

SEGUNDO ATENDIMENTO
Nesse segundo momento, trabalhamos ainda em cima dessas
personalidades, focando na infância da paciente, pois relembrar a infância pode
trazer mais recordações que consequentemente pode nos fornecer
conhecimento sobre a origem de determinadas personalidades da paciente. Se
a paciente não se sentir a vontade em falar sobre a infância podemos focar em
conhecer melhor cada personalidade e suas identidades. Podendo propor para
Y.R.B que na semana seguinte como “dever de casa” traga para o atendimento
uma espécie de retrato falado de cada uma de suas personalidades, para assim
associarmos cada uma delas e traçarmos uma estratégia para as unifica-las.

TERCEIRO ATENDIMENTO
No terceiro momento, focaríamos em conhecer as personalidades
retratadas e saber quando surgiu cada uma delas, e se houve algum
acontecimento específico que a trouxe. Entraríamos também no contexto familiar
da paciente para entender a relação da paciente com os membros de sua família,
em especial os pais e como essa relação afeta na vida da mesma.

QUARTO ATENDIMENTO
No presente momento, iniciamos a psicoeducação sobre a TCC ,
apresentando a paciente como identificar seus estados emocionais, para melhor
explorar os sentimentos relacionados a violência sofrida. Podendo então,
entender os pensamentos disfuncionais e as crenças. Importante falar dobre
12

uma rede de apoio para auxiliar no tratamento, desta forma podendo fortalecer
o vínculo da mesma com a família.

QUINTO ATENDIMENTO
No quinto encontro, trabalhamos as percepções que a paciente tem de si
mesma, assim como essa se ver, poderia ser utilizada a dinâmica do espelho.
Frente a um espelho a paciente poderia dizer o que ela ver, a partir disso, será
pedido para que a paciente descreva como ela consegue se enxergar. Com
essa dinâmica, pode-se investigar como a paciente se sente em relação a sua
vida, seu self. Pode-se verificar como está esta reagindo frente ao plano de
atendimento.

SEXTO ATENDIMENTO
Nesse atendimento, recomendamos uma nova avaliação com psiquiatra
para a confirmação da hipótese diagnóstica, propondo uma nova análise do
quadro da paciente, para assim traçar um plano terapêutico que surta efeito, e
mudanças significativas na vida da mesma.

SÉTIMO ATENDIMENTO
Depois de conhecermos de forma mais detalhada como se deu o
surgimento das personalidades, trabalhamos com técnicas que ajudem a unificar
tais personalidade. Tentando fazer com que Y.R.B tenha um maior autocontrole.
Trabalhamos a tristeza, raiva, culpa carregados por Y.R.B, buscando entender
de onde vem cada um deles, para melhor desenvolvimento dos futuros
atendimentos.

OITAVO ATENDIMENTO
Buscamos aqui, uma reestruturação cognitiva da paciente, com o intuito
de unificar essas personalidades trabalhamos então com atividades que
trouxessem a melhora da memória, raciocínio, percepção, que muitas vezes são
afetados pelo TDI. Analisamos através das sessões anteriores como andam o
processo terapêutico de Y.R.B, se as sessões estão realmente surtindo algum
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efeito na vida da mesma, o que precisa ser trabalhado para melhor


resolubilidade.

HIPÓTESES:
- A pode resistir ao tratamentos a ponto de desistir da terapia;
- As sessões podem seguir caminhos diferentes dos expostos, a partir
disso, novos planos poderão ser traçados para melhor atender as
necessidades da paciente.
- Podem ser necessário mais atendimentos para um melhor
desenvolvimento do curso do tratamento.

4. CONCLUSÃO
Pode-se, então, concluir que a psicoterapia é de extrema relevância para a
saúde mental dos indivíduos, uma vez que trabalha de forma diretiva, com eficácia e
rapidez na identificação das demandas, pois possui uma característica de avaliação
detalhada. Também foi possível identificar a partir do estudo de caso exposto, que
o Transtorno Dissociativo de Identidade é uma condição muito complexa e muitas
vezes o manejo no tratamento é difícil, por isso a necessidade de uma intervenção
psicofarmacológica.

Com isso existe a necessidade de identificar corretamente a sintomatologia


específica voltada aos transtornos dissociativos, bem como todas as formas de
transtorno de estresse pós-traumático, com o intuito de selecionar e
disponibilizar as estratégias terapêuticas mais adequadas.

Um estágio tem como objetivo alinhar o conhecimento teórico ao prático,


baseado nisso, o estágio supervisionado em Clínica de Adultos possui a mesma
finalidade, uma vez que os estagiários tiveram a possibilidade de se colocar na
figura de psicólogos, caracterizando as demanda, aplicando técnicas e recursos
psicoterapêuticos.
Desta maneira conclui-se que o estágio foi de grande relevância para o
desenvolvimento de características próprias de atendimentos, e mesmo em meio
as intercorrências a supervisão foi atuante junto aos estagiários, no que se refere
a orientações e contribuição para a formação dos futuros psicólogos.
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REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Maria de Fátima. Estratégias de diagnostico y evalluacion


psicologica. Psicologia: teoria e prática, v. 9, n. 2, p. 126-141, 2007.

ARZENO. OCAMPO. PICCOLO O USO DE INSTRUMENTOS DE


ENTREVISTA E TÉCNICAS PROJETIVAS NO PSICODIAGNÓSTICO
CLÍNICO. Psicologia e Saúde em debate, v. 8, n. 1, p. 273-290, 2005.

CARDEÑA, Etzel; KRIPPNER, Stanley; POWERS, S. M. The Etiologies of


Dissociation. Broken Images, Broken Selves. 2011.

CARLSON, Eve B.; ARMSTRONG, Judith. The diagnosis and assessment of


dissociative disorders. 2011.

DUNKER, Christian Ingo Lenz; BELLONI, Luiza. Sim, é possível ter 23


personalidades: explicamos o Transtorno Dissociativo de Identidade. 2017.
DUTRA, E. Plantão Psicológico no Pronto-Socorro de um Hospital Geral no
RN. Resumo. In: Anais do IX Simpósio de Pesquisa e Intercâmbio
CientíficoAnpepp, 2004, Águas de Lindóia-SP, p. 266-267.

EDITION, Fifth et al. Diagnostic and statistical manual of mental disorders. Am


Psychiatric Assoc, v. 21, n. 21, p. 591-643, 2014.

FARIA, Marcello de A. O Teste de Pfister e o transtorno dissociativo de


identidade. Avaliação psicológica, v. 7, n. 3, p. 359-370, 2019.

GULISZ, Isabele Cristine; DE MELLO VIEIRA, Fabiano. Um Estudo de Revisão


Sobre o Transtorno Dissociativo de Identidade: Características e Direções de
Tratamento. Revista PsicoFAE: Pluralidades em Saúde Mental, v. 11, n. 1,
p. 71-82, 2022.
15

KIM, Ilbin; KIM, Daeho; JUNG, Hyun-Jin. Dissociative identity disorders in


Korea: two recent cases. Psychiatry investigation, v. 13, n. 2, p. 250, 2016.

OLIVEIRA, M. S, et al. Clientela adulta de serviço psicológico: características


clínicas e sociodemográficas. Psicol. teor. prat. [online]. 2013, vol.15, n.2, pp.
192-202. ISSN 1516-3687.

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