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Livro-Depressão - Causas, Consequências e Tratamento - Izaias Claro

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A prevalência e gravidade da depressão que afeta pessoas em

qualquer fase da vida, encarnados e desencarnados. Examina suas


causas, consequências e tratamento, visando minimizar as aflições
de pacientes e familiares. Fala direto aos corações aflitos, os
mecanismos para se alcançar a cura, o comportamento do
depressivo e a contribuição do Espiritismo e dos Bons Espíritos no
tratamento.
Prefácio

Cristo-Jesus,
em
Seu
Indimensional
Amor,
veio
ao
encontro
de
todos
nós,
Seus
irmãos
menores,
com
o
Divino
propósito
de
auxiliar-nos
na
ascensão
espiritual
que
devemos
realizar.
Afável,
expressou-se
assim:
no mundo tereis aflições..., prevenindo-nos
quanto
às
lutas
que
seriam
travadas
até
que
alcançás-semos
o
ponto
culminante
de
nossa
evolução.
Não

exceção
para
esta
regra:
todos
os
que
nos
encontramos
vinculados
ao
Orbe
terreno,
padecemos
aflições.
Isto não significa, porém,
como se verá oportunamente, que estejamos todos no estado de depressão
propriamente dito.
Considerando
a
complexidade
da
vida
moderna,
suas
lutas
e
incertezas,
muito
natural
não
se
conseguir
manter
um
estado
psíquico
positivo
inalterável;
compreensível
que
vez
ou
outra
apresentemos
algumas
tristezas,
mágoas,
aborrecimentos
que,
num
certo
grau
e,
desde
que passageiro este estado,
não
pode
ser
qualificado
de
depressão
clínica.
E,
em
muitas
situações,
sobretudo
nas
especialmente
traumáticas,
chega
a
ser
normal
o
cair em
depressão,
não
se
podendo
esperar
mesmo,
em
tal
conjuntura,
outra
reação.
Diz
o
Dr.
John
Bowlby:
a tristeza é uma reação normal e saudável a
qualquer infortúnio. (28)
...................................
Se
chega a ser normal o cair em depressão, em
algumas
situações,
isto,
de
modo
algum,
justifica
que
o
ser
permaneça
indefinidamente
nesse
estado,
devendo,
com
toda
a
diligência,
esforçar-se
por
recuperar
o
quanto antes
o
anterior
estado
emocional
de
alegria,
de
segurança
íntima,
de
entusiasmo...

duas
décadas
tenho
convivido
intensamente
com
pessoas
depressivas,
sensibilizando-me
profundamente
com
as
situações
por
elas
experimentadas.
Favorecido
pelo
conhecimento
da
Doutrina
Espírita,
e
percebendo
o
quanto
esta
Doutrina
pode
beneficiar
efetivamente
as
criaturas
em
aflições,
senti
o
desejo
de
elaborar
este
trabalho
que,
na
sua
singeleza,
guarda
o
despretensioso
objetivo
de
contribuir.
Induvidosamente,
imensa
é
a
cooperação
da
Doutrina
Espírita
também
neste
campo,
o
das
enfermidades emocionais/espirituais.
Restaurando
o
pensamento
puro
de
Jesus,
o
Espiritismo,
em
linguagem
atual,
demonstra
a
origem,
a
natureza
e
a
destinação
dos
Espíritos,
demonstrando
pela
mediunidade
bem
orientada
e
conduzida,
que
a
alma,
que
preexistia
em
relação
ao
corpo
em
formação
na
cavidade
uterina,
sobreviverá
à
morte,
retornando
ao
mundo
espiritual,
onde
se
encontrava
antes
deste
último
mergulho
no
corpo.
Com
esta
certeza,
a
Vida
assume
sua
real
dimensão,
enquanto
a
criatura
adquire
mais
profunda
e
verdadeira
compreensão
das
coisas.
Comprovando
a
imortalidade
da
alma
e
apresentando-a
não
mais
como
uma
esperança,
mas
como
uma
realidade,
a
Doutrina
dos
Espíritos
muito
contribui
para
a
compreensão
e
aceitação
dinâmica
do
sofrimento,
bem
estruturando
a
criatura
para
o
enfrentamento
de
todas
as
situações
afligentes.
Com
o
Espiritismo,
constatamos
que
os
Espíritos,
aqueles
que
verdadeira
e
sabiamente
nos
amam
e
se
devotam
em
nosso
favor
(portanto,
os
Bons),
acompanham-nos,
assistem-nos
e
nos
fortalecem
para
o
êxito
imprescindível.
E
eles,
amorosos
sempre,
valem-se
de
muitas
e
variadas
técnicas
para
prodigalizar-nos
o
bem
de
que
necessitamos.
....................................
Apresento,
a
partir
das
linhas
próximas,
alguns
estudos
e
reflexões
a
respeito
deste
tema,
ainda
atual:
a
depressão.
Rogo,
humildemente,
a
compreensão
generosa
dos
doutos
e
acadêmicos.
Não
é
intenção
minha
excluir
ou
desconsiderar
a
Ciência
Psicológica,
que
vem
contribuindo
eficazmente
no
trato
das
aflições
humanas.
Somente
desejo
oferecer
uma
modesta
contribuição
à
luz
do
Espiritismo-Cristão.
Os
lapsos,
assim
o
espero,
hão
de
ser
relevados
pelos
nossos
sábios
e
doutos
irmãos,
compreendendo
que
abordo
o
tema
especialmente
pela
ótica
do
coração,
tocado
pelo
sincero
desejo
de
servir
desinteressadamente...
Ofereço
o
humilde
esforço
aos
aflitos,
destinatários
deste
investimento,
que
é
resultado
de
vários
anos
de
estudos
e
de
pesquisas
silenciosas,
no
recolhimento
de
muitas
noites
e
dias,
e
no
trato
com
as
superlativas
dores
humanas.
Alma
querida!
Guardo
a
convicção
da
singeleza
do
trabalho.
Tenha
a
certeza
de
que
foi
pensando
em
você
e
em
suas
aflições,
que
me
animei
a
realizá-lo.
Que
ele
ajude
de
algum
modo!
-
é
a
sentida
oração,
recompensa
máxima
a
que
aspira
O AUTOR
Capítulo
I.
Primeiras
anotações

Sumário: doença de todos os tempos; quantos são os depres-sivos? Quem


poderá contrair depressão? Quanto tempo poderá durar uma depressão? A
mulher e a depressão; o que é depressão? Graus da depressão; perfil
comportamental do depressivo; contribuição do Espiritismo e dos Bons
Espíritos.

doença de todos os tempos

A
depressão
é
uma
doença
somente
dos
nossos
tempos?
Não.
A
depressão
é
uma
doença
tão
antiga
quanto
o
homem.
Se
percorrermos
as
páginas
da
história
encontraremos,
em
todas
as
épocas,
irmãos
nossos
apresentando
um
comportamento
típico
dos
depressivos.
À
luz
da
reencarnação,
nós
poderemos
ser
os
depressivos
da
história,
ora
mergulhados
em
um
novo
corpo,
para
uma
nova
experiência,
em
busca
da
libertação
definitiva,
como,
aliás,
consta
expressamente
da
questão
132
de
O
Livro
dos
Espíritos.
Jó,
um
dos
tantos
personagens
bíblicos,
é
dos
exemplos
mais
clássicos.
Possuindo
esposa,
filhos
e
empregados,
bem
como
amigos
e
respeitabilidade,
e
muitos
bens
materiais,
como,
bois,
jumentos,
ovelhas,
camelos,
numa
certa
quadra
de
sua
existência,
perdeu-os
praticamente
a
todos.
Além
dessa
perda
(que
pode
ser
uma
das
causas
da
depressão),

ainda
enfrentou
adversidades,
enfermidades
e
incontáveis
aflições.
Conta
a
história
deste
personagem
que
ele,
tendo
resistido
por
um
certo
período,
termina
por
abater-se,
caindo
em
profunda
depressão,
amaldiçoando
a
vida
e
desejando
a
morte,
conduta
esta,
como
se
verá,
em
capítulo
próprio
(V:
consequências),
muito
comum
entre
os
portadores
de
tal
enfermidade.
No
capítulo
três
de
seu
livro,
versículos
20
a
22,

chega
a
exclamar:
porque se dá luz ao miserável, e vida aos amargurados de ânimo, que esperam a
morte, e ela não vem: e cavam em procura dela mais do que de tesouros ocultos;
que de alegria saltam, e exultam, achando a sepultura? (1).
Também
no
colégio
apostólico
de
Jesus
encontraremos
dois
personagens
que
apresentaram,
em
algumas
circunstâncias,
um
comportamento
tipicamente
depressivo.
São
eles:
Pedro
e
Judas
Iscariotes.
Pedro,
como
narram
as
Escrituras,
negou
que
conhecesse
a
pessoa
do
Mestre,
quando
este
era
julgado.
Este
apóstolo
apresenta
uma
outra
causa
de
depressão,
qual
seja,
o
sentimento de culpa
em
face
do
erro
praticado,
negando
que
conhecesse
o
Amigo.
Mateus,
narrando
o
episódio,
comenta
a
atitude
de
Pedro:
e,
saindo dali, chorou amargamente. (1a)
Isolar-se
e
chorar
amargamente, comumente,
é
típico
de
depressivo.
Judas,
por
sua
vez,
ainda
segundo
as
narrativas
evangélicas,
teria
vendido o Amigo. Em
decorrência
do
erro
(mesma
causa
de
Pedro),
que
o
levou
ao
remorso,
Judas
apresenta
uma
das
mais
graves
consequências
da
depressão:
o
suicídio,
como
narrado
por
Mateus.
(1b)
Sendo
uma
doença
de
todos
os
tempos,
a
depressão
está
presente
nos
dias
atuais,
podendo-se
afirmar
que
são
muitos
os
depressivos
célebres
e
somam-se,
aos
milhões,
os
doentes
que
jazem
no
anonimato.
São
tantos
os
depressivos
nos
tempos
hodiernos,
que
chegam
alguns
a
afirmar
ser
a
depressão
a doença do século.

quantos são os depressivos?

Algumas
estatísticas
referem
que
algo
em
torno
de
10%
da
população
mundial
seriam
de
depressivos.
Outras
estatísticas
referem
que
pelo
menos
15%
da
população
mundial,
em
um
momento
qualquer
de
suas
vidas,
poderão
contrair
este
mal.
O
Espírito
Joanna
de
Ângelis,
pela
psicografia
de
Divaldo
Pereira
Franco,
assevera
que
a
Humanidade
possui
pelo
menos
100
milhões
padecendo
da
enfermidade
de
que
estamos
tratando.
Se
considerarmos
as
populações
encarnada
e
desencarnada, chegaremos
a
um
número
ainda
mais
grandioso.
A
Espiritualidade
Superior
assevera
que
a
Terra
possui,
ao
todo
(nos
dois
planos),
uma
população
muito
superior
a
vinte
bilhões
de
espíritos.
Fazendo-se
uma
projeção
das
estatísticas,
que
envolva
os
encarnados
e
os
desencarnados,
conclui-se
que
o
número
de
depressivos
alcança
cifras
alarmantes.
Isto,
porque
a
alma
poderá
prosseguir
enferma
após
a
desencarnação
(ou
morte).

quem poderá contrair depressão?


Pessoas
de
todas
e
quaisquer
condições,
em
princípio,
podem
contrair
tal
moléstia.
Esta
enfermidade
pode,
assim,
afetar
crianças,
adolescentes,
jovens,
pessoas
na
madureza
da
vida
e
também
idosas.
Pode,
outrossim,
afetar
ricos
e
pobres,
cultos
e
ignorantes,
encarnados
e
desencarnados,
brancos,
negros,
amarelos,
em
suma,
filhos
de
todas
as
nações.
Deste
modo,
pessoa
alguma,
em
princípio,
seja
qual
for
a
sua
condição,
está
livre
de
padecer
deste
terrível
mal.

quanto tempo poderá durar uma depressão?

A
depressão
pode
perdurar
por
toda
a
encarnação
e
acompanhar
o
espírito
desencarnado
no
seu
retorno
ao
mundo
espiritual,
sendo
possível,
ainda,
que
o
espírito
desencarnado
e
com
depressão
retorne
para
uma
nova
experiência
na
Terra,
trazendo
consigo
a
enfermidade.
Demonstrando
que
a
depressão
pode
acompanhar
o
espírito
por
um
longo
período,
vale
a
pena
ilustrar
com
uma
história,
aqui
resumida,
narrada
por
Divaldo
Pereira
Franco
em
uma
de
suas
notáveis
conferências.
Um
homem,
casado,
veio
a
se
apaixonar,
profundamente,
por
uma
jovem
vendedora de ilusões,
que
frequentava
a
noite
de
Buenos
Aires.
Embora
devotado
à
esposa,
por
algum
tempo
manteve
esse
relacionamento
afetivo-sexual
com
a
jovem,
até
que
circunstâncias
várias
constrangeram-na
à
busca
de
uma
ruptura.
Com
este
propósito,
a
jovem
enceta
uma
longa
viagem
saindo
do
seu
próprio
país.
Todas
as
noites
(sempre
às
quartas-feiras)
em
que
ambos
se
encontravam,
por
meses
consecutivos,
o
personagem
de
nossa
história
ia
regularmente
à
casa
noturna,
na
esperança,
sempre
frustrada,
de
reencontrar
sua
amada.
À
medida
em
que
o
tempo
passava
e
a
jovem
não
retornava,
ele
entrou
em
profunda
depressão,
adoecendo
rapidamente
e
definhando-se
ao
ponto
de
desencarnar
prematuramente.
A
jovem,
posteriormente,
retorna
a
Buenos
Aires
e
vem
a
saber
do
falecimento
de
seu
amado.
Buscando
uma
reação
e
uma
readaptação
à
nova
situação,
ela
trava
contato
com
o
Espiritismo.
Converte-se
a
esta
Doutrina
e
se
transforma
sobremaneira,
sendo
adotada
por
um
casal
ilustre
e
respeitável
da
Argentina.
Anos
mais
tarde,

perfeitamente
reintegrada
à
conduta
ética,
ela
vem
a
se
apaixonar
por
um
rapaz,
casando-se
com
ele.
Não
muitos
anos
mais
tarde,
ela
ganha
seu
primeiro
filho,
um
lindo
e
triste
menino.
Este
menino,
inobstante
todo
o
empenho
dos
pais
amorosos
e
dos
avós
devotados,
era
uma
criança
invariavelmente
triste,
raramente
se
alegrando
em
profundidade.
Era
o
amado
de
outrora
que
retornava
pelos
laços
sacrossantos
da
paternidade,
incapaz
que
fora
de
permanecer
por
mais
tempo
no
mundo
espiritual.
Como
desejasse
e
necessitasse
reencarnar
para
a
busca
do
reequilíbrio,
como
da
retomada
do
vínculo
afetivo,
agora
com
o
objetivo
de
sublimação,
ele
retorna,
não
se
tendo
ainda
recuperado
da
depressão
que
o
levara
à
desencarnação,
reencarnando
deprimido.
Joanna
de
Ângelis
informa
a
Divaldo
que
o
garoto
não
resistirá
muitos
anos
no
corpo,
que
desencarnará
relativamente
jovem,
em
consequência
da
depressão
alimentada
intensamente
nos
últimos
anos,
somando-se
os
períodos
da
encarnação
anterior,
de
desencarnado
e
outra
vez
encarnado.
Nota-se,
pois,
que
a
depressão
é
um
estado
emocional
que
pode
acompanhar
o
ser
onde
quer
que
ele
se
encontre,
no
corpo
ou
fora
dele,
podendo-se
reencarnar
com
depressão
após
ter
desencarnado
neste
estado.
Por
fim,
registre-se
que
os
estudiosos
afirmam
que
se
uma
tristeza
profunda
perdurar
por
duas
semanas,
sem
indício
de
recuperação,

poderá
ser
diagnosticada
como
sendo
uma
depressão
clínica.

a mulher e a depressão

Sexo,
idade,
condição
cultural,
condição
social
e
ou
condição
econômica,
por
si
sós,
não
isentam
pessoa
alguma
da
aflição
ora
examinada.
A
mulher,
porém,
está
muito
mais
exposta
a
esta
enfermidade.
As
pesquisas
revelam
que
as
taxas
de
depressão
para
as
mulheres
são
maiores
do
que
para
os
homens.
Antecipando-me
ao
capítulo
que
trata
especificamente
das
causas
(IV),
indago:
E
quais
as
causas
que
levam
a
mulher
a
ficar
mais
exposta
do
que
o
homem?
Pode-se
dizer
que

causas
biológicas,
causas
psicológicas
e
causas
psicossociais-econômicas-espirituais,
que
respondem
a
esta
questão.
A
mulher,
periodicamente
(ciclo
mensal),
apresenta
uma
situação
orgânica
que
lhe
é
peculiar,
podendo
tal
ocorrência
conduzi-la
a
um
estado
depressivo.
É
a
também
chamada
TPM
(tensão
pré-menstrual...).
Com
a
menopausa,
poderá
a
mulher
ficar
exposta
à
depressão,
especialmente
a
mulher
de
uma só atividade, isto
é,
aquela
que
durante
toda
a
sua
vida
ou
em
boa
parte
dela
fixou-se
somente
no
marido,
nos
filhos,
na
casa.
Com
as
dificuldades
e
desencantos
domésticos,
perdendo
a
capacidade
de
procriação
(função
essencial,
para
esse
tipo
de
mulher),
desiludida
e
cansada,
sem
motivações
outras
para
viver,
a
mulher,
com
alguma
facilidade,
poderá
deprimir-se.
Anote-se
que
nesse
período,
comumente,
os
filhos
saem
de
casa,
vão-se,
adicionando
um
sentimento de
perda
muito
grande.
Os
estudiosos
lembram
que
as
mulheres
têm
tendência
a
remoer
sentimentos,
introvertidas
ou
oprimidas
que
são,
o
que
também
contribui
para
este
índice
maior.
Costumo
dizer
que
a
mulher,
sobretudo
na
intimidade
doméstica,
acaba
sendo
uma
espécie
de
antena parabólica,
captando
tudo
quanto
se
passa
ao
derredor,
envolvendo
marido,
filhos
e
demais
familiares.
Absorvendo
os
problemas
de
todos,
sobrecarrega-se
(estresse),
terminando
por
deprimir-se.
É
tão
dramática
a
situação
que
muitas
terminam
a
existência
de
forma
extremamente
neurótica,
irrealizadas,
inclusive
sexualmente.
As
pesquisas
referem
que
trinta
por
cento
das
mulheres
fingem orgasmo!
Os
homens,
saindo
e
expondo-se
mais,
disfarçariam
o
estado
íntimo,
ocultando-o
ou
extravasando-o
de
várias
formas,
algumas
falsas
e
equivocadas,
como,
por
exemplo,
o
álcool,
o
cigarro,
tóxicos
outros,
o
sexo
desregrado,
o
jogo,
os
companheiros...
As
mulheres,
sobretudo
em
países
pobres,
sofrem
limitações
profissionais,
econômico-financeiras
e
limitações
de
poder,
o
que
as
tornam
dependentes,
muitas
vezes
humilhadas,
levando-as
a
uma
crise
de
autoestima
muito
grande,
de
consequência
arrastando-as
à
depressão.
Consoante
observações
feitas
em
todos
esses
anos
de
atendimento
aos
aflitos,
e
também
de
acordo
com
os
estudos
elaborados,
estas
são
algumas
das
tantas
causas
que
desencadeiam
a
depressão
na
mulher:
(29)

maus-tratos
ou
agressões
físicas
e
psicológicas;

os
salários
menores;

ocupar-se
com
uma

tarefa
(mulher
que
somente
se
ocupa
da
casa
e
ou
da
família);

o
complexo
de
inferioridade;

o
abuso
sexual;

o
tédio;

os
conflitos
domésticos;

a
inveja
(quer
o
dinheiro,
o
status
e
a
segurança
do
homem);

o
excesso
de
consumismo
que
leva
à
escassez;

o
estresse;

a
rejeição
do
próprio
corpo;

a
sensação
de
abandono;

a
carência
afetiva;

a
preocupação
excessiva
com
tudo;

a
ansiedade;

a
competição
dos
tempos
atuais;

o
perfeccionismo;

a
velhice;

o
pensar
que
sofre
demais...

o que é depressão?

Em
poucas
palavras:
depressão
é
uma
tristeza
profunda
e
prolongada.
Aurélio
Buarque
de
Holanda
Ferreira
define
depressão
como
sendo
“...
abaixamento
de
nível,
resultante
de
pressão
ou
de
peso;
baixa
de
terreno
ou
ainda,
abatimento
moral
ou
físico,
letargia”.
(22)
Os
aspectos
ou
significados
apresentados
pelo
ilustre
dicionarista
servem,
admiravelmente,
ao
estudo
proposto,
embora
o
objetivo
seja
o
determo-nos
no
último
referido,
aquele
que
caracteriza
o
estado
moral
de
abatimento,
de
tristeza.
Realmente,
quando
uma
mente
se
apresenta
em
estado
de
depressão,
assemelha-se
ela
a
um
terreno
cujo
abaixamento
de
nível,
formando
um
buraco,
enseja
o
acúmulo
de
miasmas
pestilenciais,
detritos,
impurezas,
-
lixo!!!
-
numa
palavra,
dando
surgimento
aos
mais
variados
problemas
de
saúde,
de
desequilíbrio.
O
doutor
Willian
Stiron,
professor-clínico
adjunto
de
psiquiatria
da
Universidade
de
Chicago,
nos
Estados
Unidos,
observa
o
seguinte:
A neblina cinzenta do horror induzido pela depressão assume a qualidade da
dor física mas - adverte
ele
-
não é uma dor imediatamente identificável como
a de um osso quebrado.
E
complementa
o
estudioso,
afirmando:
...talvez seja melhor dizer que o desespero... acaba por se assemelhar ao
diabólico desconforto de estar aprisionado num aposento superaquecido. E
como não sopra brisa nesse caldeirão, como não há saída desse confinamento
sufocante - acrescenta
ele
-
é inteiramente natural que a vítima comece a
pensar incessantemente no esquecimento. (2)
Resumindo
o
conceito,
poderíamos
dizer
o
seguinte:
depressão
é
um
estado
de
espírito
de
melancolia,
tristeza
ou
desespero.
A
intensidade
e
a
duração
deste
estado
dependem
da
personalidade,
dos
fatores
que
desencadeiem
o
processo
e
da
situação
atual
da
vida
do
paciente.

graus da depressão

A
depressão
apresenta
sempre
a
mesma
intensidade
e
ou
duração?
Não.
Como

dito
no
item
anterior,
a
intensidade
e
a
duração
deste
estado
dependem
da
personalidade,
dos
fatores
que
desencadeiem
o
processo
e
da
situação
atual
da
vida
do
paciente.
A
depressão,
deste
modo,
apresenta
ou
pode
apresentar
vários
graus
ou
níveis.
Todo
depressivo,
pelo
menos
esta
é
a
regra
geral,
apresenta-se
triste;
mas,
nem
toda
pessoa
triste
está
clinicamente
depressiva.
Disse
Jesus:
no mundo tereis aflições...
Não

exceção
para
esta
regra:
todos
nós
padecemos
aflições,
o
que
não
significa
que
todos
estejamos
no
estado
de
depressão
propriamente
dito.
Considerando
a
complexidade
da
vida
moderna,
suas
lutas
e
incertezas,
muito
natural
não
se
conseguir
manter
um
estado
psíquico
positivo
inalterável;
compreensível
que
vez
ou
outra
apresentemos
algumas
tristezas,
mágoas,
aborrecimentos
que,
num
certo
grau
e,
desde
que passageiro este estado,
não
pode
ser
qualificado
de
depressão
clínica.
E,
em
muitas
situações,
sobretudo
nas
especialmente
traumáticas,
chega
a
ser
normal
o
cair em
depressão,
não
se
podendo
esperar
mesmo,
em
tal
conjuntura,
outra
reação.
Diz
o
Dr.
John
Bowlby:
a tristeza é uma reação normal e saudável a
qualquer infortúnio. (28)
Duas
expressões
um
tanto
antigas,
e
bastante
incorporadas
ao
linguajar
do
brasileiro,
definem
bem
este
estado
aflitivo
da
alma.
Quando
alguém
se
apresenta
triste,
comumente
se
diz
que
ele
está
na
fossa,
ou
ainda,
de
baixo astral.
Este
quadro
da
fossa
ou
baixo astral - se
passageiro
-,
não
chega
a
ser
uma
depressão
patológica
e
é,
repito,
muito
natural
nos
dias
atuais,
de
tanto
aturdimento.
Hodiernamente,
uma
outra
expressão
veio
incorporar-se
ao
palavreado
popular
para
definir
a
fossa;
diz-se,
então,
que
a
pessoa
está
deprê
e
alguns
até
se
sentem
na moda
e
com
status,
usando
esta
curiosa
expressão,
dizendo,
satisfeitos:...
Ah! Eu estou deprê! E você, também está
deprê?
A
depressão
perdura
por
semanas,
meses
ou
até
anos,
se
não
tratada
convenientemente
(já
vimos
que
pode
perdurar
por
toda
uma
encarnação).
Uma
fossa
ou
qualquer
contrariedade
não
dura
mais
que
alguns
momentos
ou
horas
e
basta
um
fato
positivo
para
que
a
pessoa
se
sinta
novamente
disposta,
alegre
e
motivada
para
o
enfrentamento
da
luta.
Observo,
porém,
que
o
dicionarista
Aurélio,

citado,
considera
sinônimas
as
expressões
fossa
e
depressão.
Interessante
anotar
que
pode
haver
uma
ligação
entre
a
melancolia,
a
baixa
autoestima,
a
falta
de
atividade
e
a
introversão
do
comportamento
depressivo
de
um
lado,
e
a
exaltação,
a
mania
de
grandeza,
a
loquacidade
e
a
agitação
do
comportamento
maníaco,
de
outro.
Esta
alternância
entre
altos
e
baixos
do
comportamento,
podem
bem
caracterizar
a
chamada
Psicose Maníaco-Depressiva (transtorno
é
a
expressão
mais
utilizada
presentemente)
ou
a
depressão
bipolar.
Também
este
aspecto
do
comportamento
deve
merecer
atento
acompanhamento.
Somente
para
concluir
este
tópico,
lembro
que
a
chamada
tristeza de
domingo
e
a
melancolia
comum
em
algumas
pessoas
nos
períodos
do
outono
e
inverno
ou
em
dias
chuvosos,
quando
diminui
o
tempo
de
luz
solar
e
o
dia
fica
mais
curto,
não
são
consideradas
depressão
no
seu
sentido
técnico,
científico.

perfil comportamental do depressivo

Você,
talvez,
esteja
perguntando:
como identificar os sinais característicos
da depressão ou do depressivo ou, noutras palavras, - como se comporta alguém,
vítima de depressão?
Menciono,
para
você,
a
seguir,
desdobrando-os
ao
máximo,
quinze
sinais
ou
características,
que
podem
estar
presentes
no
depressivo.
Evidente
que
não

necessidade
de
que
os
quinze
sinais
estejam
presentes,
para
que
a
depressão
seja
considerada
como
tal;
alguns
sinais,
os
mais
graves
e
importantes,
principalmente,

bastarão
para
que
se
identifique
o
depressivo.
São
estas
as
características
que
comumente
estão
presentes
no
enfermo:

Aparência
triste
e
abatida;

Os
movimentos
se
tornam
mais
lentos,
diminui
a
gesticulação
que
acompanha
a
fala
e
o
andar;

A
pessoa
fala
pouco
e
o
tom
de
voz
é
baixo;
tem
poucos
assuntos
para
conversar;

Preocupações
constantes
com
doenças
físicas;

Perda
ou
ganho
significativo
de
peso,
fora
de
períodos
de
dieta.
Ou,
ainda,
aumento
ou
diminuição
de
apetite,
quase
todos
os
dias.
Frise-se,
porém,
que
portadores
de
graves
enfermidades
poderão
perder
peso
sem
que
estejam
com
depressão,
o
mesmo
podendo
ocorrer
com
as
crianças
que,
em
determinados
períodos,
apresentam
alguma
incapacidade
de
aumentar
o
peso;

A
pessoa
passa
muitas
horas
por
dia
sentada
ou
deitada;

Redução
marcante
de
interesse
ou
prazer
em
todas
ou
quase
todas
as
atividades
a
maior
parte
do
dia,
quase
todos
os
dias.
Nas
crianças
e
nos
adolescentes,
este
comportamento
depressivo
poderá
apresentar-
se
como
uma
irritação
constante,
permanente;

O
deprimido
não
reconhece
que
está
deprimido;

A
pessoa
não
tem
capacidade
de
recuperar
sozinha
as
atividades
normais,
daí
a
importância
do
apoio
e
da
compreensão
da
família,
dos
amigos,
do
apoio
do
profissional
especializado,
do
Centro
Espírita
e
de
outras
Instituições
mais;

Insônia
ou
hipersônia;
dificuldade
grande
para
dormir,
ou
o
oposto:
excesso
de
sono,
quase
todos
os
dias;

Fadiga
ou
perda
de
energia
quase
todos
os
dias;

Sensações
de
desvalorização
ou
culpa
excessiva
ou
inadequada,
exagerada.
A
pessoa
se
sente
sem
valia
alguma,
e
passa
a
nutrir
este
tipo
de
sentimento;

Diminuição
da
capacidade
de
pensar
ou
de
se
concentrar
ou,
ainda,
indecisão,
quase
todos
os
dias;
Por
último,
este
sinal
que
serve
para
identificarmos
o
portador
de
depressão:

Vontade
de
morrer
(pensamentos
de
morte).
Ou,
ainda,
pensamentos
em
torno
do
suicídio,
ideias
suicidas
recorrentes
(que
surgem,
que
desaparecem
e
que
ressurgem
na
mente
da
pessoa).
Tentativa
de
suicídio
também
serve
para
identificar
o
depressivo.
Aos
que
leem
estas
páginas,
lembro
que
não
basta
sentir
-
é
bom
que
se
frise
-
um
ou
mais
sintomas
para
se
concluir,
apressadamente,
que
a
pessoa
esteja
com
depressão.
Baseado
nos
estudiosos,
e
nas
observações
longamente
elaboradas
no
atendimento
aos
sofredores,
posso
dizer
que
a
depressão
começa
a
ser
identificada
quando
o
quadro,
ou
estes
sinais
aqui
mencionados,
se
mantém
por,
pelo
menos,
algumas
semanas,
sem
o
que
não
se
poderá,
ainda,
falar
em
depressão
patológica.
Assim,
além
de
cuidadoso
exame
do
caso,
verificar
sempre
se
os
sinais
observados
não
são
reflexos
de
doenças
orgânicas,
sem
que
a
alma
tenha
sido
realmente
afetada.
De
qualquer
maneira,
os
sinais
relacionados
são
um
sério
indício
de
depressão

instalada
ou
em
vias
de
instalar-se.
Também
pode
ocorrer
que
a
pessoa
apresente
um
ou
outro
distúrbio
e
esteja
com
depressão,
sem
que
o
comportamento
depressivo
(ostensivo)
se
tenha
verificado.

contribuição do Espiritismo e dos Bons Espíritos

Desejo
demonstrar,
em
todo
o
livro,
a
excelente
contribuição
e
auxílio
que
o
Espiritismo
e
os
Bons
Espíritos
podem
dar
a
propósito
do
tema.
E
por
quê?
Allan
Kardec,
o
insigne
Codificador
do
Espiritismo,
sobre
esta
Doutrina,
escreveu:
O Espiritismo é a ciência nova que vem revelar aos homens, por meio de
provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas
relações com o mundo corpóreo. Ele no-lo mostra, não mais como coisa
sobrenatural, porém, ao contrário, como uma das forças vivas e sem cessar
atuantes da Natureza, como a fonte de uma imensidade de fenômenos até hoje
incompreendidos e, por isso, relegados para o domínio do fantástico e do
maravilhoso. É a essas relações que o Cristo alude em muitas circunstâncias e
dai vem que muito do que ele disse permaneceu ininteligível ou falsamente
interpretado. O Espiritismo é a chave com o auxílio da qual tudo se explica de
modo fácil. (3)
Restaurando
o
pensamento
puro
de
Jesus,
o
Espiritismo,
em
linguagem
atual,
demonstra
a
origem,
a
natureza
e
a
destinação
dos
Espíritos,
demonstrando
pela
mediunidade
bem
orientada
e
conduzida,
que
a
alma,
que
preexistia
em
relação
ao
corpo
em
formação
na
cavidade
uterina,
sobreviverá
à
morte,
retornando
ao
mundo
espiritual,
onde
se
encontrava
antes
deste
último
mergulho
no
corpo.
Com
esta
certeza,
a
Vida
adquire
sua
real
dimensão,
enquanto
a
criatura
adquire
mais
profunda
e
verdadeira
compreensão
das
coisas.
O
Espiritismo
é,
sem
contestação,
a
Doutrina
ressurrecta
de
Jesus.
Em
sua
inolvidável
passagem
pela
Terra,
consciente
das
limitações
humanas,
Jesus
sabia
que
os
homens
não
seriam
capazes
de
compreender
plenamente
sua
Doutrina,
ou,
caso
a
compreendessem,
não
teriam
forças
para
mantê-la
em
sua
pureza
primitiva.
Por
esta
razão,
Ele
prometeu
que
oportunamente
enviaria
o
Consolador,
Consolador
este
que
haveria
de
recordar-nos
tudo
quanto
Ele
houvera
dito,
desdobrando
um
tanto
mais
Sua
mensagem,
ensinando-nos
muitas
outras
coisas.
A
criatura
humana,
no
século
XIX,
é
agradavelmente
surpreendida
com
a
Terceira
grande
Revelação
para
o
mundo
ocidental,
qual
seja,
a
Doutrina
elaborada
pelos
Espíritos.
No
Espiritismo,
o
ser
encontra
o
Cristianismo
do
Cristo,
sem
adulterações,
sem
inserções
indébitas
e
ou
prejudiciais.
Com
a
Doutrina
Espírita
tem-se
a
certeza de
que
as
Leis
de
Justiça
e
de
Causa
e
Efeito
acompanham
a
criatura
no
corpo
e
fora
dele,
nesta
e
nas
próximas
encarnações;
que
a
morte
não
elimina
de
imediato
os
problemas
não
superados
enquanto
no
corpo,
e que é a alma - muito
especialmente
-
quem se apresentará depressiva ou não.
Comprovando
a
imortalidade
da
alma
e
apresentando-a
não
mais
como
uma
esperança,
mas
como
uma
realidade,
a
Doutrina
dos
Espíritos
muito
contribui
para
a
compreensão
e
aceitação
dinâmica
do
sofrimento,
bem
estruturando
a
criatura
para
o
enfrentamento
de
todas
as
situações
afligentes.
Os
Espíritos,
aqueles
que
verdadeira
e
sabiamente
nos
amam
e
se
devotam
em
nosso
favor
(portanto,
os
Bons),
acompanham-nos,
assistem-nos
e
nos
fortalecem
para
o
êxito
imprescindível.
E
eles,
amorosos
sempre,
valem-se
de
muitas
e
variadas
técnicas
para
prodigalizar-nos
o
bem
de
que
necessitamos.
Todo
deprimido,
portanto,
encontrará
no
Espiritismo
e
nos
Bons
Espíritos,
excelente
concurso
à
recuperação
da
saúde
e
da
alegria.
Nos
capítulos
subsequentes,
retornarei
a
todos
estes
aspectos.
Capítulo
II.
Uma
síntese
da
Doutrina
Espírita

O
homem,
no
conceito
espírita

Sumário: uma síntese da Doutrina Espírita; o homem, no conceito espírita.

uma síntese da Doutrina Espírita

No
capítulo
anterior
falou-se
algo
a
respeito
da
excelente
contribuição
que
a
Doutrina
dos
Espíritos

a
propósito
do
tema
depressão.
Creio
ser
oportuno
apresentar
um
resumo
do
Espiritismo
sobre
o
qual
se
apoia
todo
o
conjunto
desta
obra.
Allan
Kardec,
em
O Livro dos
Espíritos,
que
é
a
obra
que
contém
a
síntese
da
Doutrina,
em
sua
Introdução,
item
VI,
traz
uma
sinopse
que
vale
a
pena
ser
anotada
aqui.
Eis
o
resumo
que
nos
é
oferecido
pelo
sábio
Codificador
:

Deus é eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo
e bom.

Criou o Universo, que abrange todos os seres animados e inanimados,
materiais e imateriais.

Os seres materiais constituem o mundo visível ou corpóreo, e os seres
imateriais, o mundo invisível ou espírita, isto é, dos Espíritos.

O mundo espírita é o mundo normal, primitivo, eterno, preexistente e
sobrevivente a tudo.

O mundo corporal é secundário; poderia deixar de existir, ou não ter
jamais existido, sem que por isso se alterasse a essência do mundo espírita.

Os Espíritos revestem temporariamente um invólucro material perecível,
cuja destruição pela morte lhes restitui a liberdade.

Entre as diferentes espécies de seres corpóreos, Deus escolheu a espécie
humana para a encarnação dos Espíritos que chegaram a certo grau de
desenvolvimento, dando-lhe superioridade moral e intelectual sobre as outras.

A alma é um Espírito encarnado, sendo o corpo apenas o seu envoltório.

Há no homem três coisas: 1º, o corpo ou ser material análogo aos animais e
animado pelo mesmo princípio vital; 2º, a alma ou ser imaterial, Espírito
encarnado no corpo; 3º, o laço que prende a alma ao corpo, princípio
intermediário entre a matéria e o Espírito.

Tem assim o homem duas naturezas: pelo corpo, participa da natureza dos
animais, cujos instintos lhe são comuns; pela alma, participa da natureza dos
Espíritos.

O laço ou perispírito, que prende ao corpo o Espírito, é uma espécie de
envoltório semimaterial. A morte é a destruição do invólucro mais grosseiro. O
Espírito conserva o segundo, que lhe constitui um corpo etéreo, invisível para
nós no estado normal, porém que pode tornar-se acidentalmente visível e
mesmo tangível, como sucede no fenômeno das aparições.

O Espírito não é, pois, um ser abstrato, indefinido, só possível de conceber-
se pelo pensamento. É um ser real, circunscrito, que, em certos casos, se torna
apreciável pela vista, pelo ouvido e pelo tato.

Os Espíritos pertencem a diferentes classes e não são iguais, nem em poder,
nem em inteligência, nem em saber, nem em moralidade. Os da primeira ordem
são os Espíritos superiores, que se distinguem dos outros pela sua perfeição,
seus conhecimentos, sua proximidade de Deus, pela pureza de seus sentimentos
e por seu amor do bem: são os anjos ou puros Espíritos. Os das outras classes se
acham cada vez mais distanciados dessa perfeição, mostrando-se os das
categorias inferiores, na sua maioria, eivados das nossas paixões: o ódio, a
inveja, o ciúme, o orgulho, etc. Comprazem-se no mal. Há também, entre os
inferiores, os que não são nem muito bons nem muito maus, antes
perturbadores e enredadores, do que perversos. A malícia e as inconsequências
parecem ser o que neles predomina. São os Espíritos estúrdios ou levianos.

Os Espíritos não ocupam perpetuamente a mesma categoria. Todos se
melhoram passando pelos diferentes graus da hierarquia espírita. Esta melhora
se efetua por meio da encarnação, que é imposta a uns como expiação, a outros
como missão. A vida material é uma prova que lhes cumpre sofrer
repetidamente, até que hajam atingido a absoluta perfeição moral.

Deixando o corpo, a alma volve ao mundo dos Espíritos, donde saíra, para
passar por nova existência material, após um lapso de tempo mais ou menos
longo, durante o qual permanece em estado de Espírito errante.

Tendo o Espírito que passar por muitas encarnações, segue-se que todos
nós temos tido muitas existências e que teremos ainda outras, mais ou menos
aperfeiçoadas, quer na Terra, quer em outros mundos.

A encarnação dos Espíritos se dá sempre na espécie huma-na; seria erro
acreditar-se que a alma ou Espírito possa encarnar no corpo de um animal.

As diferentes existências corpóreas do Espírito são sempre progressivas e
nunca regressivas; mas, a rapidez do seu progresso depende dos esforços que
faça para chegar à perfeição.

As qualidades da alma são as do Espírito que está encarnado em nós;
assim, o homem de bem é a encarnação de um bom Espírito, o homem perverso
a de um Espírito impuro.

A alma possuía sua individualidade antes de encarnar; conserva-a depois
de se haver separado do corpo.

Na sua volta ao mundo dos Espíritos, encontra ela todos aqueles que
conhecera na Terra, e todas as suas existências anteriores se lhe desenham na
memória, com a lembrança de todo o bem e de todo mal que fez.

O Espírito encarnado se acha sob a influência da matéria; o homem que
vence esta influência, pela elevação e depuração de sua alma, se aproxima dos
bons Espíritos, em cuja companhia um dia estará. Aquele que se deixa dominar
pelas más paixões, e põe todas as suas alegrias na satisfação dos apetites
grosseiros, se aproxima dos Espíritos impuros, dando preponderância à sua
natureza animal.

Os Espíritos encarnados habitam os diferentes globos do Universo.

Os não encarnados ou errantes não ocupam uma região determinada e
circunscrita; estão por toda a parte no espaço e ao nosso lado, vendo-nos e
acotovelando-nos de contínuo. É toda uma população invisível, a mover-se em
torno de nós.

Os Espíritos exercem incessante ação sobre o mundo moral e mesmo sobre
o mundo físico. Atuam sobre a matéria e sobre o pensamento e constituem uma
das potências da Natureza, causa eficiente de uma multidão de fenômenos até
então inexplicados ou mal explicados e que não encontram explicação racional
senão no Espiritismo.

As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos
nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a
suportá-las com coragem e resignação. Os maus nos impelem para o mal: é-lhes
um gozo ver-nos sucumbir e assemelhar-nos a eles.

As comunicações dos Espíritos com os homens são ocultas ou ostensivas. As
ocultas se verificam pela influência boa ou má que exercem sobre nós, à nossa
revelia. Cabe ao nosso juízo discernir as boas das más inspirações. As
comunicações ostensivas se dão por meio da escrita, da palavra ou de outras
manifestações materiais, quase sempre pelos médiuns que lhes servem de
instrumentos.

Os Espíritos se manifestam espontaneamente ou mediante evocação.

Podem evocar-se todos os Espíritos: os que animaram homens obscuros,
como os das personagens mais ilustres, seja qual for a época em que tenham
vivido; os de nossos parentes, amigos, ou inimigos, e obter-se deles, por
comunicações escritas ou verbais, conselhos, informações sobre a situação em
que se encontram no Além, sobre o que pensam a nosso respeito, assim como as
revelações que lhes sejam permitidas fazer-nos.

Os Espíritos são atraídos na razão da simpatia que lhes inspire a natureza
moral do meio que os evoca. Os Espíritos superiores se comprazem nas reuniões
sérias, onde predominam o amor do bem e o desejo sincero, por parte dos que
as compõem, de se instruírem e melhorarem. A presença deles afasta os
Espíritos inferiores que, inversamente, encontram livre acesso e podem obrar
com toda a liberdade entre pessoas frívolas ou impelidas unicamente pela
curiosidade e onde quer que existam maus instintos. Longe de se obterem bons
conselhos, ou informações úteis, deles só se devem esperar futilidades, mentiras,
gracejos de mau gosto, ou mistificações, pois que muitas vezes tomam nomes
venerados, a fim de melhor induzirem ao erro.

Distinguir os bons dos maus Espíritos é extremamente fácil. Os Espíritos
superiores usam constantemente de linguagem digna, nobre, repassada da mais
alta moralidade, escoimada de qualquer paixão inferior; a mais pura sabedoria
lhes transparece dos conselhos, que objetivam sempre o nosso melhoramento e
o bem da Humanidade. A dos Espíritos inferiores, ao contrário, é
inconsequente, amiúde trivial e até grosseira. Se, por vezes, dizem alguma coisa
boa e verdadeira, muito mais vezes dizem falsidades e absurdos, por malícia ou
ignorância. Zombam da credulidade dos homens e se divertem à custa dos que
os interrogam, lisonjeando-lhes a vaidade, alimentando-lhes os desejos com
falazes esperanças. Em resumo, as comunicações sérias, na mais ampla acepção
do termo, só são dadas nos centros sérios, onde reine íntima comunhão de
pensamentos, tendo em vista o bem.

A moral dos Espíritos superiores se resume, como a do Cristo, nesta
máxima evangélica: Fazer aos outros o que quereríamos que os outros nos
fizessem, isto é, fazer o bem e não o mal. Neste princípio encontra o homem
uma regra universal de proceder, mesmo para as suas menores ações.

Ensinam-nos que o egoísmo, o orgulho, a sensualidade são paixões que nos
aproximam da natureza animal, prendendo-nos à matéria; que o homem que,
já neste mundo, se desliga da matéria, desprezando as futilidades mundanas e
amando o próximo, se avizinha da natureza espiritual; que cada um deve
tornar-se útil, de acordo com as faculdades e os meios que Deus lhe pôs nas
mãos para experimentá-lo; que o Forte e o Poderoso devem amparo e proteção
ao Fraco, porquanto transgride a Lei de Deus aquele que abusa da força e do
poder para oprimir o seu semelhante. Ensinam, finalmente, que, no mundo dos
Espíritos, nada podendo estar oculto, o hipócrita será desmascarado e
patenteadas todas as suas torpezas; que a presença inevitável, e de todos os
instantes, daqueles para com quem houvermos procedido mal constitui um dos
castigos que nos estão reservados; que ao estado de inferioridade e
superioridade dos Espíritos correspondem penas e gozos desconhecidos na
Terra.

Mas, ensinam também não haver faltas irremissíveis, que a expiação não
possa apagar. Meio de conseguí-lo encontra o homem nas diferentes existências
que lhe permitem avançar, conformemente aos seus desejos e esforços, na senda
do progresso, para a perfeição, que é o seu destino final. (4)
Pelo
que
se
observa
do
resumo,
são
estes
alguns
dos
princípios
básicos
da
Doutrina:

Deus;

Espírito
ou
Alma;

Preexistência
da
Alma
em
relação
à
concepção;

Imortalidade
da
Alma;

Comunicabilidade
dos
Espíritos;

Reencarnação;

Pluralidade
dos
Mundos
Habitados;

Lei
de
Causa
e
Efeito
ou
de
Ação
e
Reação;

Lei
de
Justiça,
Amor
e
Caridade;

Lei
do
Progresso;

Perispírito...
Kardec,
como
homem
de
ciência,
teve
o
cuidado
de
estabelecer
com
clareza
o
sentido
de
determinadas
palavras,
com
isto
evitando-se
os
prejuízos
decorrentes
de
uma

interpretação.
Assim,
repetindo
o
mestre
de
Lyon,
fica convencionado que chamaremos alma ao princípio
espiritual quando encarnado, e chamaremos espírito quando este mesmo princípio
encontrar-se desencarnado.

o homem, no conceito espírita

O
homem,
no
conceito
espírita,
apresenta
contornos
não
encontrados
no
pensamento
materialista.
Para
o
materialismo
o
espírito não é mais que uma forma de atividade da
matéria que, em determinada fase de sua evolução, de forma simples para
outras mais complexas, adquiriu consciência...
(5)
Não
desconheço
que
para
a
psicologia
organicista,
ainda
presa
à
visão
materialista,
o
ser
humano
é
composto
somente
de
matéria,
não
possuindo
alma
ou
espírito.
Para
os
defensores
deste
pensamento,
a
depressão
seria
algo
relacionado,
em
parte,
com
o
organismo
da
pessoa
enferma,
e,
de
outra
parte,
com
a
influência
do
meio
a
que
ela
foi
levada
a
viver.
Pelo
que
se
pôde
perceber
do
resumo
apresentado
por
Kardec,
o
homem
é
composto
destes
elementos:

Corpo;

Biossoma
ou
fluido
vital;

Perispírito;

Espírito.
Existe
ou
não
o
Espírito
ou
Alma?
Para
aquele
que
não
acredita
na
sua
existência
esta
obra
se
tornará
pueril.
A
existência
do
Espírito,
porém,
está,
hoje,
comprovada
cientificamente.
Não
somente
as
religiões
afirmam
a
sua
existência,
como,
também,
os
pesquisadores
e
cientistas,
isentos
de
preconceitos,
conseguem
demonstrar
a
sua
realidade.
O
Espírito,
presentemente,
deixa
de
ser
assunto
exclusivo
de
teólogos
e
pastores,
religiosos
e
filósofos,
para
se
tornar
algo
perfeitamente
demonstrável
em
laboratório.
Veja-se,
neste
sentido,
a
extraordinária
contribuição
dos
chamados
transcomunicadores
que,
através
de
gravadores,
telefones,
fax,
fotos,
filmagens,
computadores
e
outros
recursos
mais,
gravam
as
vozes
dos
Espíritos,
sons
outros
e
imagens
do
mundo
espiritual.
A
Física
vem
falando
abertamente
nos
chamados
universos paralelos.
A
Mediunidade,
em
todos
os
tempos,
através
de
suas
variadas
manifestações,
tais
como
a
vidência,
a
audiência,
a
psicografia,
a
psicofonia,
a
xenoglossia,
vem
demonstrando
e
documentando
a
existência
da
alma,
a
sua
sobrevivência
à
morte
e
consequente
comunicabilidade
com
os
homens.
As
materializações
ocorridas
em
todas
as
épocas
corroboram
as
afirmativas
feitas
por
teólogos
e
pesquisadores
isentos
de
paixão,
verdadeiros
sacerdotes
que,
pela
intuição,
e
pela
comprovação,
guardaram
sempre
a
certeza
da
existência
da
alma.
Mesmo
a
Psicologia
Transpessoal
aceita,
defende
e
comprova,
com
segurança,
a
existência
do
princípio
espiritual
na
criatura.
Ao
estabelecer
contato
com
os
Espíritos,
Kardec
perguntou:
Que é o
Espírito?
Recebeu
esta
resposta:
O princípio inteligente do Universo. (4a)
Também
indagou
mais
adiante:
Que é a alma?
E
obteve
o
seguinte:
um Espírito encarnado. (4b)
Temos,
pois,
o
que

se
registrou

pouco:
a
Alma
é
um
espírito
encarnado,
sendo
o
Espírito
uma
alma
desencarnada.
O
sábio
Léon
Denis,
em
sua
respeitável
obra
Depois da Morte,
anotou:
O estudo do Universo conduz-nos ao estudo da alma, à investigação do
princípio que nos anima e dirige-nos os atos.
Já o dissemos: a inteligência não pode provir da matéria. A Fisiologia
ensina-nos que as diferentes partes do corpo humano renovam-se em um lapso
de tempo que não vai além de alguns meses. Sob a ação de duas grandes
correntes vitais, produz-se em nós uma troca perpétua de moléculas. Aquelas
que desaparecem do organismo são substituídas, uma a uma, por outras,
provenientes da alimentação. Desde as substâncias moles do cérebro até as
partes mais duras da estrutura óssea, tudo em nosso ser físico está submetido a
contínuas mutações. O corpo dissolve-se, e, numerosas vezes durante a vida,
reforma-se. Entretanto, apesar dessas transformações constantes, através das
modificações do corpo material, ficamos sempre a mesma pessoa. A matéria do
cérebro pode renovar-se, mas o pensamento é sempre idêntico a si mesmo, e
com ele subsiste a memória, a recordação de um passado de que não participou
o corpo atual. Há, pois, em nós um princípio distinto da matéria, uma força
indivisível que persiste e se mantém entre essas perpétuas substituições.
Sabemos que, por si mesma, não pode a matéria organizar-se e produzir a
vida. Desprovida de unidade, ela desagrega-se e divide-se ao infinito. Em nós,
ao contrário, todas as faculdades, todas as potências intelectuais e morais
grupam-se em uma unidade central que as abraça, liga, e esclarece, e esta
unidade é a consciência, a personalidade, o Eu, ou, por outra, a Alma. (06)
A
Alma,
ou
Espírito,
possui
vários
atributos.
Dentre
eles:

Pensamento;

Sentimento;

Livre-arbítrio;

Memória;

Vontade.
O
Espírito
tem
por
destino
a
perfeição
relativa.
Para
alcançar
esta
meta,
vale-se
ele
do
esforço,
do
estudo,
do
trabalho,
do
desenvolvimento
de
todas
as
suas
potencialidades,
empenhando-se
pelo
despertar
e
crescimento
do
seu
Cristo interno,
o
que
faz
através
de
várias
etapas
evolutivas
ou
reencarnações.
Leiamos
juntos
esta
interessante
questão
do

mencionado
O Livro
dos Espíritos:
O Espírito, propriamente dito, nenhuma cobertura tem, ou, como
pretendem alguns, está sempre envolto numa substância qualquer?
Envolve-o uma substância, vaporosa para os teus olhos, mas ainda bastante
grosseira para nós; assaz vaporosa, entretanto, para poder elevar-se na
atmosfera e transportar-se aonde queira.
Envolvendo o gérmen de um fruto, há o perisperma; do mesmo modo, uma
substância que, por comparação, se pode chamar perispírito, serve de envoltório
ao Espírito propriamente dito. (4c)
Assim,
pode-se
concluir
que
o
Espírito,
quando
na
Terra,
apresenta-
se
envolto
pelo
perispírito
e
pelo
corpo
orgânico.
Pela
morte,
desfaz-se
o
Espírito
da
vestimenta
orgânica,
mantendo-se
vivo
e
envolto
por
este
corpo
semimaterial,
que
lhe
permite
entrar
em
contato
com
os
homens.
Esse
corpo
espiritual
permanece
com
o
Espírito
durante
todo
o
tempo.
Desencarnado,
conservá-lo-á
enquanto
no
mundo
espiritual
e,
ao
retornar
para
uma
nova
encarnação
e
em
um
outro
corpo
especialmente
preparado
para
ele,
o
Espírito
trará
consigo
a
vestimenta
perispiritual.
A
memória
não
é
algo
simplesmente
orgânico.
Além
de
ser
um
dos
atributos
do
Espírito,
apresenta-se
também
presente
no
perispírito.
O
perispírito
é,
por
conseguinte,
o
repositório
natural
de
todas
as
experiências
e
conquistas
amealhadas
pelo
Espírito,
constituindo-lhe
uma
forma
de
arquivo.
Quando
o
Espírito
reencarna
traz
consigo,
de
forma
latente,
todas
as
lembranças
das
suas
vidas
anteriores,
lembranças
essas
que
poderão
ser
evocadas
em
circunstâncias
especiais.
Se
a
memória
estivesse
radicada
somente
no
cérebro
físico,
nada
sobreviveria
à
morte.
No
perispírito,
portanto,
encontraremos
os
registros
de
todas
as
experiências
vividas,
tendo
ele,
dentre
outras,
a
função
de
conservar
as
aquisições.
Gabriel
Delanne,
em
sua
obra
A Reencarnação, escreve
o
seguinte:
A alma humana está associada a uma substância infinitamente sutil, à qual
Allan Kardec deu o nome de perispírito. Esse corpo espiritual existe durante a
vida e sobrevive à morte. É ele o molde no qual a matéria física se incorpora,
ou, mais exatamente, o plano ideal que contém as leis organogênicas do ser
humano. O perispírito está ligado ao corpo por intermédio do sistema nervoso;
toda sensação, que abala a massa nervosa, desprende essa espécie de energia, à
qual se deram os mais diversos nomes: fluido nervoso, fluido magnético, força
ectênica, força psíquica, força biológica... Essa energia age sobre o perispírito,
para comunicar-lhe o movimento vibratório particular, segundo o território
nervoso que foi excitado (vibração visual, auditiva, táctil, muscular, etc.), de
maneira que a atenção da alma seja acordada e que se produza o fenômeno da
percepção; desde esse momento, essa vibração faz parte, para sempre, do
organismo perispiritual, porque, em virtude da lei da conservação da energia,
ela é indestrutível. Sem dúvida, poderá desaparecer do campo da consciência,
mas, como vimos, persiste inalterada nas profundezas dessa memória latente a
que hoje se chama inconsciente. Foram as experiências espíritas que
estabeleceram a certeza absoluta desse corpo espiritual, que se torna visível
durante o desdobramento do ser humano e que demonstra a sua persistência
depois da morte, pelas aparições, e, sobretudo, pelas materializações.
Porque o perispírito é indestrutível, conservamos, depois da morte, a
integridade de todas as nossas aquisições terrestres, e a memória acorda, então,
completa, nos seres suficientemente evolvidos, por maneira que podemos
abraçar o panorama de nossa passada existência. (7)
Djalma
Motta
Argollo,
por
sua
vez,
assim
se
expressa:
O perispírito é o veículo onde são gravados os resultados do processo
evolutivo do homem, isto é, o fruto das interações dos seres com o meio
ambiente em sua globalidade. As experiências existenciais, repetidas ad
nauseam, são nele fixadas como reflexos condicionados psicossomáticos,
tornando-se substratos condutores dos processos mentais e fisiológicos.
E
prossegue
o
mesmo
autor:
Através dos estudos mediúnicos contemporâneos, bem como das reflexões de
notáveis pesquisadores e pensadores espiritistas de ontem e de hoje,
constatamos que as atividades do perispírito abrangem, inclusive, a dimensão
psicológica sendo não só responsável pelo controle do automatismo fisiológico,
mas sediando igualmente o registro dos fatos de ordem psíquica, como a
memória, os inconscientes passado e atual, enfim, todos os fenômenos mentais.
Isso porque o perispírito se organiza em diversos níveis de energia, que se
responsabilizam pelos matizes da manifestação físiopsicológica dos indivíduos.
Como, porém, o perispírito é um complexo orgânico, o verdadeiro responsável
pela existência e funcionamento do ser é o Princípio Inteligente, ou Espírito
propriamente dito, Centelha Divina, Raio Consciente do Pensamento de Deus.
(8)
No
desdobramento
da
obra,
voltarei
aos
tópicos
Espírito
e
Perispírito,
associando-os
ao
tema
examinado.
Por
enquanto,
que
fique
este
registro:
sobretudo
o
Espírito
é
quem
efetivamente
poderá
cair
em
depressão,
por
consequência
e
por
extensão
podendo
afetar
o
perispírito
e
o
corpo
orgânico.
Quando
se
analisa
a
questão
da
prevenção
ou
cura
da
depressão,
imperioso
o
atendimento
à
essência
espiritual
do
ser
e
ao
seu
veículo
perispiritual,
sob
pena
de
se
abordar
a
questão
de
forma
míope
e
superficial,
incompleta
portanto.
Não
se
desconsidera
a
influência
do
corpo
sobre
a
mente
ou
Espírito
e
bem
pode
dar-se
que
um
problema
fisiológico
apresente
reflexos
no
psiquismo,
todavia,
mesmo
nas
chamadas
causas orgânicas da depressão, o
atendimento
ao
Espírito
é
de
capital
importância
para
o
tratamento.
O
Espírito
André
Luiz,
estudando
o
Homem
de
acordo
com
o
Espiritismo
estabelece
que
ele
é
composto
de:

Corpo;

Fluido
vital
individualizado
ou
biossoma;

Psicossoma;

Corpo
mental;

Espírito.
Djalma
Motta
Argollo,
a
seu
turno,
assim

a
composição
do
Homem:

Espírito;

Níveis
energéticos
supra
mentais;

Nível
mental
que
se
divide
em
superconsciente,
consciente
e
subconsciente;

Psicossoma
ou
perispírito;

Biossoma
ou
duplo;

Corpo.
Jorge
Andréa
dos
Santos,
médico
e
também
renomado
escritor
espírita,
entende
ser
o
Homem
composto
de:

Inconsciente
Puro
ou
Espírito;

Inconsciente
Passado
ou
Arcaico;

Inconsciente
Atual;

Corpo
Mental;

Perispírito
ou
Psicossoma;

Duplo
Etérico;

Corpo
Físico.
(8a)
Porque
foge
ao
escopo
da
obra,
não
comentarei
sobre
todos
estes
aspectos.
No
capítulo
seguinte,
porque
mais
intimamente
ligado
ao
assunto,
aborda-se
sobre
a
intimidade da casa mental.
Capítulo
III.
Na
intimidade
da
casa
mental

Sumário: subconsciente, consciente e superconsciente; subconsciente: um


arquivo; fixação no passado; consciente: comando atual; fixação no presente;
somos o que pensamos ser.

subconsciente, consciente e superconsciente

André
Luiz,
em
sua
Obra
No Mundo Maior (09)
faz
comentários
excelentes
sobre
a
Casa Mental,
dizendo
que
possuímos
apenas
um
cérebro,
que
se
divide
em
três
regiões
distintas,
quais
sejam,
o
subconsciente,
o
consciente
e
o
superconsciente.
Ele
compara
a
Casa Mental
a
um
castelo
constituído
de
três
andares.
No
primeiro
andar,
está
situado
o
subconsciente;
no
segundo,
o
consciente;
e,
no
terceiro
andar,
encontra-se
o
superconsciente.
No
sistema
nervoso,
diz
o
querido
médico
espiritual,
temos
o
cérebro
inicial,
ou
subconsciente.
O
subconsciente
representa
e
ou
contém:

O
repositório
dos
movimentos
instintivos;

O
porão
da
individualidade;

O
arquivo
das
experiências;

O
registro
dos
menores
fatos
da
vida;

A
residência
dos
nossos
impulsos
automáticos;

O
sumário
vivo
dos
serviços
realizados;

O
hábito
e
o
automatismo,
que
moram
nele;

Representa
e
contém
o
passado,
desta
e
das
anteriores
reencarnações.
O
consciente,
prossegue
explicando
André
Luiz,
localiza-se
na
região
do
córtex
motor
e
também
na
zona
intermediária
entre
os
lobos
frontais
e
os
nervos.
O
consciente
consubstancia:

As
energias
motoras
para
as
manifestações
imprescindíveis
no
atual
momento
evolutivo
do
nosso
modo
de
ser;

Representa
o
domicílio
das
conquistas
atuais;

Nele
se
erguem
e
consolidam
as
qualidades
nobres
que
estamos
edificando;

Nele
residem
o
esforço
e
a
vontade;

Representa
o
presente.
No
terceiro
andar
desse
castelo,
localiza-se
o
superconsciente, que
se
encontra
nos
planos
dos
lobos
frontais;
superconsciente
este,
ainda,
silencioso
para
a
investigação
científica
do
mundo,
que:

Guarda
materiais
de
ordem
sublime,
que
a
criatura
humana
conquistará
gradualmente;

Representa
a
parte
mais
nobre
do
nosso
organismo
divino
em
evolução;

Representa
a
casa
das
noções
superiores,
indicando
as
eminências
que
nos
cumpre
atingir;

Nele,
demoram-se
o
ideal
e
a
meta
superior
a
ser
alcançada;

Representa
o
futuro.

subconsciente: um arquivo

Como

anotado,
o
subconsciente
representa
o
porão
da
individualidade,
o
arquivo
das
experiências
e
o
registro
dos
menores
fatos
da
vida.
Estes
aspectos
são
de
fundamental
importância
para
a
compreensão
do
tema
depressão
e
dos
motivos
pelos
quais
muitas
das
criaturas
humanas,
nossas
irmãs,
sofrem
deste
terrível
mal.
O
depressivo,
em
regra,
é
alguém
que
através
do
tempo
vem
arquivando
experiências
negativas,
sendo
oportuno
dizer
que
nesse
arquivo
todas
as
informações
são
ali
colocadas,
ou
seja,
o
subconsciente
registra
tanto
os
maiores
quanto
os
menores
fatos
da
vida,
mas
não
somente
os
fatos
como,
também,
as
emoções
sentidas
quando
da
vivência
desses
fatos.
Pode-se
comparar
o
subconsciente
a
uma
chapa
fotográfica,
que
registra
fielmente
o
quadro,
ou,
também,
pode-se
compará-lo
a
uma
fita
magnética
que
registra
com
autenticidade
o
que
nela
é
gravado
ou
projetado.
Pode-se,
ainda,
comparar
o
subconsciente
a
um
quarto
de
despejo,
muitas
vezes
um
quarto
escuro
repleto
de
miasmas
pestilenciais,
de
lixo
de
variada
condição
e
procedência.
Os
computadores
hodiernos
dão-nos
uma
ideia
excelente
de
como
funciona
a
Casa
Mental.
Estes
aparelhos
possuem
a
capacidade
de
armazenar
muitos
dados,
armazenamento
este
que
se

através
de
uma
palavra/chave,
de
uma
letra
que
possa
facilitar
o
acesso
ao
arquivo.
Novos
arquivos
podem
ser
inseridos,
sem
prejuízo
dos
que

se
encontram,
respeitada
a
capacidade
de
armazenamento
da
máquina.
Assim
também
se

com
a
casa
mental.
A
cada
momento,
novos
arquivos
estão
sendo
elaborados
preservando
a
criatura
os
que

foram
objeto
de
armazenamento,
com
a
diferença
fundamental
de
que
a
casa
mental
possui
uma
capacidade
infinitamente
maior
de
registro
das
situações
e
emoções.
Essas
informações,
ou
esses
fatos
e
sentimentos
arquivados
são,
num
primeiro
momento,
registrados
pelo
consciente;
depois,
descem
para
esse
porão.
Os
pensamentos,
as
ideias,
os
conceitos,
os
fatos
arquivados
e
registrados
vão
formando
o
caráter
da
pessoa,
elaborando
o
seu
modo
de
ver,
de
sentir,
de
proceder;
em
uma
palavra,
a
sua
personalidade.
Para
reforçar
tudo
quanto
estamos
estudando,
e
para
que
você
tenha
uma
ideia
da
impressionante
capacidade
de
registro
do
subconsciente,
anoto,
para
as
suas
reflexões,
duas
situações
trazidas
pelo
inesquecível
Carlos
Toledo
Rizzini,
uma
delas
extraída
da
obra
de
André
Luiz:
Certa mulher nova não só sentia dor no curso do ato genésico como também
tinha verdadeiro horror ao mesmo; e, além disso, acordava costumeiramente de
madrugada com cólicas abdominais; sintomas, portanto, físicos e psíquicos, aos
quais se deve ajuntar uma infecção vaginal crônica rebelde ao tratamento
ginecológico.
A regressão de memória semiconsciente, conservando a lembrança posterior
dos fatos evocados, revelou que em existência bem anterior (numa “civilização
primitiva”), em seguida ao adultério, o marido mandou prendê-la em jaula
baixa, onde só cabia acocorada; tal posição determinou-lhe, então fortes e
contínuas dores no ventre. Dias depois, por ordem dele, um médico seccionou-
lhe o clitóris, sentindo, na ocasião, rápida dor lancinante; era seu intuito usá-la
sexualmente sem que ela pudesse corresponder. E assim foi anulada a atividade
erótica. Em vida subsequente, descreve-se como jovem meretriz que atravessa
triste episódio; apaixonada por certo homem, este, alcançando o próprio
orgasmo, a deixa no momento em que ia atingindo o clímax; ofende-a, então,
gravemente com palavras pesadas. Confusa e frustrada, cai do alto da escada e
é deixada sem socorro até morrer. Desta experiência procede sua desconfiança
dos homens e da anterior o pavor das relações carnais; as dores são ainda
sequelas da gaiola baixa e da operação cruenta; A vaginite, complicação do ato
cirúrgico séptico.
Vejam. Coisas muito antigas e ainda em vigor! É que por detrás delas há um
erro moral (sobre
isto
conversaremos
nos
capítulos
seguintes), já
profligado em os Dez Mandamentos! Mas, muita gente assoalha que os tempos
mudaram e que o mundo é diferente... O passado gravado nas profundezas das
almas não sabe disso e emerge sob a forma de distúrbios psicossomáticos e de
sintomas neuróticos! Tal mulher - nossa irmã não mais errada do que somos em
geral - curou-se inteiramente: esgotaram-se-lhe os débitos mediante os
sofrimentos que enfrentou até 1970, digamos. E, naturalmente, mudou a sua
condição íntima, do mesmo passo.
É bom recordar que André Luiz conta a estória de dois espíritos bastante
aprimorados que, não obstante, permaneciam no plano inferior. Querendo
saber porque não conseguiam ascender, a análise do passado de ambos revelou
que, cinco séculos antes, haviam lançado dois companheiros muralha abaixo,
liquidando-os sumariamente. Tiveram que renascer, como pilotos de prova,
para dar a vida pelo progresso da aviação, caindo no devido tempo... Consultem
Ação e Reação, obra em que o querido instrutor menciona casos de débitos
pendentes há mais de 1.000 anos, confirmando os achados da regressão de
memória... (10).
Do
meu
trabalho
no
atendimento
fraterno
a
depressivos,
recordo-
me
de
uma
experiência
vivida
por
uma
certa
irmã,
que
ilustra
bem
a
fiel
capacidade
de
registro
do
subconsciente
que,
se
não
atendido
convenientemente,
através
dos
anos
passa
a
governar
nossa
vida.
A
irmã,
informada
de
que
poderia
conversar
comigo
em
particular,
no
objetivo
de
buscar
respostas
e
possíveis
orientações
para
o
seu
caso,
veio
até
o
gabinete
de
atendimento.
Estava
com
depressão
e
este
quadro
se
devia
a
ressentimentos
arquivados
desde

muito,
como
posteriormente
se
pôde
perceber.
No
diálogo,
para
minha
estranheza,
dava
ela
a
impressão
de
que
tudo
estava
bem
em
sua
vida,
o
que
tornava
inexplicável
aquele
estado
depressivo.
Indagada
sobre
sua
saúde
orgânica,
seu
casamento,
seus
filhos
e
as
várias
situações
possíveis,
informava
ela
que
tudo
corria
bem.
Intuído,
comecei
a
insistir
no
tópico
casamento.
E
perguntei-lhe,
dentre
outras
coisas:
a
senhora
ama
seu
marido?
seu
marido
a
ama?
o
relacionamento
de
ambos
é
bom?
ele
a
trata
com
respeito
e
carinho?
ele
a
ofende
ou
a
agride?
-
ao
que
respondia
ela:
Eu amo meu marido! Meu marido me ama! O nosso relacionamento é
excelente! Ele me respeita e é carinhoso comigo, não raro me cercando de
mimos e convidando-me para jantares e passeios! (que
ela
nunca
aceitava!)
Meu marido não me ofende e não me agride!
Como
no
presente
(consciente)
daquela
irmã
tudo
parecia
fluir
bem,
necessitando
aprofundar
um
pouco
mais
para
detectar
a
causa
daquela
evidente
depressão,
perguntei-lhe
então:
como
foi
o
relacionamento
de
ambos
no
início do casamento?
A
mulher,
colhida
talvez
de
surpresa
pela
pergunta,
desorganizou-se
ainda
mais
emocionalmente.
Muito
nervosa
e
agitada,
com
a
face
agora
alterada,
num
rictus de amargura e dor,
começou
a
dizer:
Ah! Pelo amor de Deus! Não me faça lembrar esse triste e doloroso passado!
O início de meu casamento foi terrível, muito difícil! Meu marido era muito
violento e agressivo, não poucas vezes ferindo-me moral e fisicamente! Só eu sei
o quanto tive que suportar para não ver a ruína completa do casamento!...
E
por
muito
tempo,
abrindo
as
comportas
do
subconsciente,
com
as
lembranças
emergindo
para
o
consciente,
a
nossa
irmã
entregou-se
às
confidências
amargas,
narrando
detalhes
que
jaziam
no
porão
das
recordações.
Por
fim,
ela
admitiu
que
trazia
mágoas
não
superadas

mais
de
30
anos
(!),
sendo
esta
a
causa
profunda
de
sua
depressão.
O
marido
se
modificara
para
melhor;
ela,
porém,
ainda
o
não
perdoara
pela
conduta
da
juventude
distante,
e
agora
não
desejava
(subconscientemente
ou
inconscientemente)
dar-lhe
o
perdão
e
a
possibilidade
de
serem
felizes.
A
irmã
foi
orientada
quanto
à
excelência
do
amor
e
do
perdão,
dispôs-se
a
colaborar
e
hoje
vive
realmente feliz
com
o
marido,
superadas
as
dificuldades
que
jaziam
arquivadas.

fixação no passado

O
depressivo,
em
regra,
é
alguém
que
traz
a
mente
fixada
no
passado
triste
e
sombrio,
comprazendo-se
em
recordar
as
experiências
menos
felizes,
as
situações
que
mais
o
afligiram.
Mas,
na
hipótese
de
você
estar
com
depressão,
pergunto-lhe:
por
que
se
fixará
somente
no
lado
pior,
aquele
que
o
descontentou?
por que a eleição da amargura, em detrimento
dos júbilos?
Ninguém, no mundo, que passe incólume às experiências alegres como às
tristes. (13)
Assim,
alma
irmã,
na
hipótese
de
estar
enferma,
procure
se
libertar
da
amargura,
da
queixa
e
do
pessimismo,
recordando
as
horas
boas
e
revivendo-as,
o
que
lhe
dará
estímulo
e
forças
para
prosseguir.
Fixar-se
no
passado
é
desperdício
da
oportunidade
presente,
com
comprometimento
do
futuro.
O
homem
é
as
suas
memórias,
o
somatório
das
experiências
que
se
lhe
armazenam
no
inconsciente,
estabelecendo
as
linhas
do
seu
comportamento
moral,
social,
educacional.
Essas memórias constituem-lhe o que convém e o que não é lícito realizar.
Concorrem para a libertação ou a submissão aos códigos estabelecidos, que
propõem o correto e o errado, o moral, o legal, o conveniente e o prejudicial.
(14)

consciente: comando atual


Como
escreveu
Germano
de
Novais,
o consciente lúcido como cristal é
uma semente boa. O subconsciente é a terra fértil, apta para receber a semente.
O consciente comanda. O subconsciente é como a terra que não sabe se a
semente é de boa ou má ou até de péssima qualidade. O subconsciente também
não distingue se o pensamento que acolhe é bom ou mau, positivo ou negativo,
otimista ou pessimista. A função da terra é fazer nascer o que nela se deposita,
como a função do subconsciente é desenvolver os pensamentos e sentimentos que
nele penetram. Se colocamos na terra um grão de abóbora vai nascer um pé de
abóbora. Se semeamos uma pequenina semente de mostarda brotará um pé de
mostarda. Se pusermos um grão de milho nascerá um pé de milho. Assim
acontece com a mente humana. Quando plantamos um pensamento de amor no
subconsciente, brotam atitudes impregnadas de amor. Quando plantamos
pensamentos de angústia e preocupação, pode até nascer uma úlcera gástrica...
A função da mente consciente é pensar, dirigir, plantar ideias certas na época
certa. A função do subconsciente é fazer brotar ou realizar o que a mente
consciente lhe ordenou ou entregou. O pensamento é uma grande energia, uma
semente poderosa. A mente consciente a emite e transmite ao subconsciente,
que é seu receptor. (11)
Consideremos o subconsciente como parte do inconsciente, que pode aflorar
à consciência, com os seus conteúdos, alterando o comportamento do indivíduo.
Ele é o arquivo próximo das experiências, portanto, automático, destituído de
raciocínio, estático, mantendo fortes vinculações com a personalidade do ser. É
ele que se manifesta nos sonhos, nos distúrbios neuróticos, nos lapsos orais e de
escrita - atos falhos - tornando-se, depois de Freud e seus discípulos, mais tarde
dissidentes, Jung e Adler, responsável também pela conduta moral e social.
Os pensamentos e atos - logo após arquivados no subconsciente -
programam as atitudes das pessoas. Assim, quando se toma conhecimento de tal
possibilidade, elege-se quais aqueles que devem ser acionados - no campo moral
e social - para organizar ou reprogramar a existência. (12)

fixação no presente

Não
poucas
criaturas,
malbaratando
o
presente
e
não
investindo
no
futuro,
gastam-se
e
desgastam-se
na
posocupação.
A
posocupação
é
ocupação
vã,
porque
retém
a
mente
fixada
em
algo

ocorrido
no
pretérito
e
que
poderia
estar
superado.
É
uma
atitude
típica
do
depressivo
que
se
compraz,
de
maneira
enfermiça,
em
fixar-se
nas
experiências
negativas
transatas,
desperdiçando
tempo,
energia
e
oportunidade.
De
outras
vezes,
o
ser
desgasta-se
numa
atitude
de
preocupação.
Preocupar-se,
como
o
indica
a
própria
palavra,
é
o
ocupar-se
antes
com
a
ocorrência
que
imagina
ocorrerá
mais
tarde.
Com
isto
a
pessoa
ocupa-se
pelo
menos
duas
vezes,
antes
da
ocorrência
e
enquanto
ela
se
dá.
Na
hipótese
de
posocupar-se
com
o
problema,
a
criatura
terá
se
ocupado
três
vezes,
isto
é,
antes,
durante
e
depois.
Pensar
e
refletir
com
serenidade
e
confiança
na
problemática,
é
positivo
e
necessário.
Preocupar-se
em
excesso
é
inútil
e
nada
de
bom
acrescenta.
O
ideal,
para
a
existência
humana,
é
a
criatura
procurar
viver
sem
tristeza
pelo
passado
e
sem
ansiedade
negativa
pelo
futuro,
num
interminável
e
abençoado
presente,
vivendo
cada
instante,
totalmente,
não
se
preocupando
de
maneira
estéril
com
o
que
virá,
e
também
não
se
posocupando
com
o
que
de
negativo
sucedeu.
A
hora
é
agora.
Como
ensina
velha
canção,
quem sabe faz a hora, não espera acontecer...
Emmanuel,
pelas
mãos
queridas
de
Francisco
Cândido
Xavier,
assevera
que
hoje é o dia mais importante de nossas vidas; nem
o
ontem,
que

vivemos
com
suas
experiências,
nem
o
amanhã
que
poderá
surgir
modificado...

somos o que pensamos ser

O
subconsciente
está
para
a
alma,
como
o
quarto
de
despejo
para
a
dona
de
casa,
ou
como
as
gavetas
de
um
arquivo
para
o
executivo
ou
outro
profissional.
O
nosso
passado,
desta
e
de
outras
encarnações,
todas
as
nossas
conquistas,
experiências
e
emoções
estão
arquivadas
nesse
subconsciente,
nesse
arquivo,
interferindo
de
maneira
decisiva
no
que
somos
presentemente.
Portanto,
somos
hoje,
no
momento
em
que
nos
ocupamos
com
a
leitura
desta
obra,
o
que
fizemos
de
nós
nos
séculos
passados
e
na
existência
atual.
Eu
sou
o
que
me
fiz,
através
das
múltiplas
encarnações,
experiências,
vivências
e
emoções.
E
o
pensamento,
como
artífice,
está
na
base
dessa
longa
realização.
A
matéria
inerte,
as
plantas,
os
insetos,
as
aves
e
os
animais
estão
submetidos
a
um
determinismo
absoluto.
Os
últimos,
não
mantém
um
pensamento
contínuo,
não
deliberam
conscientemente,
sendo
necessário
que
as
leis
da
natureza
e
inteligências
outras
se
ocupem
deles,
de
modo
a
terem
providas
as
suas
necessidades.
Os
insetos,
as
aves
e
os
animais
podem,
pelo
automatismo
da
espécie,
realizar
determinadas
coisas,
mas
dentro
de
limites
extremamente
acanhados.
Conseguem
locomover-se
de
um
lugar
para
outro,
caçar, procriar,
podendo
até,
pelo
condicionamento,
construir
o
seu
habitat.
É
o
homem,
porém,
e
somente
o
homem,
o
ser
que
tem
capacidade
de
realizar-se
a
si
mesmo.
Consequentemente,
somos
hoje
o
que
fizemos
de
nós.
O
hoje
representa
o
futuro
de
um
passado
próximo
ou
remoto

vivido
por
nós,
quando
idealizamos
e
realizamos
o
que
somos.
No
amanhã da
alma,
seremos
o
que
nos
dispusermos
a
ser,
conquista
esta
que
principia
no
pensamento.
Nesse
dia,
defrontar-nos-
emos
com
a
nossa
realidade
própria.
Isto
se
dá,
porque

estamos
no
estágio
do
pensamento
contínuo,
uma
conquista
do
espírito
imortal.
Os
insetos,
as
aves
e
os
animais
pensam,
mas
de
maneira
descontínua
ou
intermitente,
o
que
não
lhes
permite
grandes
realizações.
O
homem
pensa
sempre,
salvo
nos
casos
de
psicopatologias
graves
em
que,
pelo
desarranjo
do
cérebro,
ou
pela
perturbação
do
espírito
encarnado,
não
consiga
manter
um
pensamento
contínuo.
Mas,
feita
a
ressalva
das
psicopatologias
graves,
o
homem
comum,
mesmo
o
ignorante,
o
inculto,
o
selvagem,
o
bárbaro,
como
os
homens
mais
cultos
e
civilizados
estão
sempre
pensando.
Com
o
Espiritismo
temos
condições
de
compreender
bem
isto,
porque
a
alma
é
um
ser
distinto
do
corpo,
que
sobrevive
à
morte.
Mesmo
quando
se

o
sono
fisiológico,
a
alma,
que
vive
sempre,
emancipa-se
do
corpo
e
continua
pensando
e
realizando.
Oportunamente,
alguém
escreveu:
há uma tendência muito gran-de de
materializar-se aquilo em que a pessoa pensa continuamente...
Disse
outrem:
imaginar é criar,
ainda
que
seja
uma
criação
fugaz,
momentânea.
Considerando
que
ninguém
vive
sem
pensar,
conclui-se
que
o
pensamento,
pela
sua
capacidade
criadora,
tem
sido
o
responsável
pela
nossa
desgraça
como,
também,
pela
nossa
ventura.
Poderíamos
fazer
uma
projeção
para
o
exterior
e
culpar
circunstâncias,
pessoas
e
ou
ocorrências,
no
entanto,
o
pensamento
está
na
base
da
felicidade
ou
da
infelicidade
individual
ou
coletiva,
porque
as
ocorrências
de
fora
poderão
encontrar
o
anteparo
do
pensamento
correto,
do
pensamento
saudável,
do
pensamento
positivo,
e
a
pessoa
conservar-se
relativamente
bem
intimamente
conquanto
as
adversidades
exteriores.
O
depressivo
é
alguém
que,
insistentemente,
e
de
maneira
enfermiça,
se
compraz
em
pensar
no
que
é
negativo,
prejudicial.
O
pensamento
negativo,
longamente
acalentado, termina
por
conduzi-lo
à
tristeza
profunda...
Capítulo
IV.
Causas

Sumário:
o próprio depressivo; imaturidade psicológica; comportamento
materialista; sentimento de perda; ressentimento; sentimento de culpa;
obsessão; outras causas: psicossociais, psicoafetivas, socioeconômicas,
enfermidades orgânicas, substâncias entorpecentes, alcoolismo e psicológico-
espirituais.

o próprio depressivo

Fatores
externos
e
orgânicos,
certamente,
poderão
concorrer
decisivamente
para
que
alguém
sofra
de
depressão.
Todavia,
este
ou
aquele
fator
concorrerá
mais ou
menos,
dependendo
do
estado de espírito
em
que
se
encontra
a
criatura.
Tanto
é
assim,
que
a
mesma
circunstância
ou
ocorrência
que
arrasta
alguém
à
depressão,
em
outro
poderá
produzir
um
efeito
menor
ou
nenhum
efeito.
O
que
afeta
a
um
nem
sempre
afetará
necessariamente
a
outrem,
o
que
demonstra
que
é
o
próprio
depressivo
ou
Espírito
o
primeiro
fator
decisivo
para
que
ele
venha
ou
não
a
cair
em
depressão.
Alguns
exemplos:
Há pessoas que detestam a solidão, afirmando que esta lhes produz
depressão e angústia, sensação de abandono e de infelicidade.
Outras, no entanto, buscam-na como terapia indispensável ao refazimento
das forças exauridas, caminho seguro para o reexame de atitudes, para a
reflexão em torno dos acontecimentos da vida.
A solidão, todavia, não é boa nem má. Os valores dela defluentes são
sentidos de acordo com o estado de espírito de cada ser.
O silêncio produz em alguns indivíduos melancolia e medo. Parece sugerir-
lhes um abismo apavorante, ameaçador.
Em outras pessoas, faculta a paz, o processo de readaptação ao equilíbrio,
abrindo espaço para o autoconhecimento.
O silêncio, no entanto, não é positivo ou negativo. Conforme o estado íntimo
de cada um, ele propicia o que se faz necessário à paz, à alegria.
Muitos homens se atiram afanosamente pela conquista do dinheiro, nele
colocando todas as aspirações da vida como sendo a meta única a alcançar.
Fazem-se, até mesmo, onzenários.
Inúmeros outros, todavia, não lhe dão maior valor, desperdi-çando-o com
frivolidade, esbanjando-o sem consideração. Terminam, desse modo, na
estroinice, na miséria econômica.
O dinheiro, entretanto, não é essencial ou secundário na vida. Vale pelo que
pode adquirir e segundo a consideração de que se reveste transitoriamente.
(14a)
Assim,
observa-se
que
a
condição
íntima
do
Espírito,
em
princípio,
é
que
determinará
se
isto
ou
aquilo
o
arrastará
ou
não
ao
estado
de
tristeza.
Pergunta-se,
então:
porque
tão
grande
quantidade
de
depressivos
na
Terra?
Joanna
de
Ângelis
responde
a
esta
indagação,
dizendo:
Expressiva maioria de indivíduos somente acalenta ideias negativas, lucubra
pessimismo, agasalha mal-estares. Como resultado, enfraquecem-se-lhe as
resistências morais, debilitam-se-lhe os valores espirituais e alimenta-se da
próprio insânia.
(15)
Sem
dúvida,
aflições
de
natureza
vária
poderão
ocorrer
na
vida
do
indivíduo,
marcando-o
consideravelmente.
No
entanto,
dependendo
da
estrutura
íntima
da
criatura,
ela,
ou
não
se
permitirá
influenciar
pela
ocorrência,
ou,
se
por
ela
influenciada,
saberá
conduzir-se
de
modo
a
não
permitir
estados
emocionais
mais
graves
ou
danosos.
Incontestavelmente,
a
depressão
tem
a
sua
matriz
ou
gênese
no
Espírito.
Se desejarmos examinar as causas psicológicas, genéticas e orgânicas, bem
estudadas pelas ciências que se encarregam de penetrar o problema, temos que
levar em conta o Espírito imortal, gerador dos quadros emocionais e físicos de
que necessita, para crescer na direção de Deus.
A depressão instala-se, a pouco e pouco, porque as correntes psíquicas
desconexas que a desencadeiam, desarticulam, vagaro-samente, o equilíbrio
mental.
Quando irrompe, exteriorizando-se, dominadora, suas raízes estão fixadas
nos painéis da alma rebelde ou receosa de prosseguir nos compromissos
redentores abraçados. (16)
Todos os males que infelicitam o homem procedem do Espírito que ele é, no
qual se encontram estruturadas as conquistas e as quedas, no largo mecanismo
da evolução inevitável.
(16a)
Da alma procedem as realizações edificantes e os processos degenerativos
que se exteriorizam no corpo.
(16b)
O
depressivo,
pelo
que
ficou
exposto,
ao
mesmo
tempo
em
que
examinará
as
causas
outras
para
o
seu
abatimento
moral,
examinará
a
si
mesmo,
seu
estado
de
alma,
sua
estrutura
íntima,
sua
capacitação
para
o
enfrentamento
da
vida,
porque,
fundamentalmente,
nele
se
encontra
a
causa
primeira
da
moléstia
e
o
fator
preponderante
para
a
cura.

imaturidade psicológica

Muitos se admiram de que na Terra haja tanta maldade e tantas paixões


grosseiras, tantas misérias e enfermidades de toda natureza, e daí concluem que
a espécie humana bem triste coisa é. Provém esse juízo do acanhado ponto de
vista em que se colocam os que o emitem e que lhes dá uma falsa ideia do
conjunto. Deve-se considerar que na Terra não está a Humanidade toda, mas
apenas uma pequena fração da Humanidade. Com efeito, a espécie humana
abrange todos os seres dotados de razão que povoam os inúmeros orbes do
Universo.
(3a)
Em
capítulo
anterior
(o
de
número
II),
apresentou-se
uma
síntese
do
ensino
do
Espiritismo,
quando
se
pôde
ver
que
a
vida
não
está
toda
na
Terra
e
que
a
pluralidade
dos
mundos
habitados
é
um
dos
princípios
básicos
desta
Doutrina.
Pois
bem.
Aprendemos,
com
a
Doutrina
dos
Espíritos
que,
tendo
como
referência
a
Terra,
pode-se
dizer
que

mundos
inferiores
e
mundos
superiores
a
ela,
sendo
que
o
nosso
planeta
é
habitado,
em
sua
grande
maioria,
por
espíritos
muito
próximos
da
animalidade
ancestral.
A
angelitude
ou
a
plenitude
espiritual
estão
ainda
muito
distantes
de
expressiva
percentagem
dos
espíritos
vinculados
ao
Orbe.
Consoante
uma
das
classificações
da
ciência
psicológica,
pode-se
dizer
que
a
maioria
da
humanidade
é
composta
por
criaturas
que
estagiam,
por
enquanto,
na
chamada
consciência de sono.
São,
no
dizer
de
Joanna
de
Ângelis,
os
homens
fisiológicos,
vivendo
exclusivamente
para
o
atendimento
das
necessidades
orgânicas.
São,
segundo
outra
definição,
criaturas
subdiafragmáticas,
ou
seja,
criaturas
que
objetivam
tão
somente
o
atendimento
das
necessidades
do
estômago
e
do
sexo.
Pelo
exposto,
percebe-se
que
a
humanidade
vinculada
à
Terra
é
composta
de
seres
sem
uma
grande
estrutura
psicológica,
sendo,
antes,
seres
imediatistas
e
ou
utilitaristas,
vivendo
para
as
necessidades
orgânicas/materiais
do
hoje e
do
agora sem
nenhuma
ou
pouca
cogitação
filosófico-religiosa,
desatentas
dos
aspectos
espirituais
da
vida,
sem
se
ocuparem
com
o
aspecto
imortalista
da
alma,
consequentemente
sem
valores
morais
e
espirituais
para
o
enfrentamento
de
variadas
situações.
Sendo
imatura
psicologicamente,
a
criatura
tornar-se-á
egoísta
e,
em
sendo
egoísta,
tornar-se-á
uma
pessoa
exigente,
ingrata
e
rebelde,
sobretudo
quando
contrariada
em
suas
paixões
infantis.
Agirá,
pois,
semelhantemente
às
crianças
caprichosas.
Com
semelhante
comportamento,
as
enfermidades psicológicas se
instalarão
por
força
de
consequência.
O
imaturo
psicológico
é
alguém
que
apresenta
grande
preocupação
com
a
máscara
da
virtude,
ocultando,
pela
aparência
envernizada,
a
realidade
íntima.
Comporta-se
de
maneira
desequilibrada
e
excêntrica,
sendo
ainda
instável.
Dominado
pela
instabilidade,
o
imaturo
apresenta
um
comportamento
alternado,
em que o júbilo e a tristeza, a
confiança e a suspeita, o amor e a animosidade se confundem... (e
assim
elabora) estados de instabilidade, de desdita, (que
o
conduzirão) a
enfermidades emocionais que são somatizadas, reaparecendo na área orgânica
com caráter destruidor.
(15a)
E
o
que
acontece
aos
imaturos
psicológicos?
Sem resistências morais para enfrentar as vicissitudes naturais do processo
evolutivo, tais pessoas deixam-se consumir pela revolta ou sucumbem sob o
peso da depressão e da amargura. (17)

comportamento materialista

Toda
e
qualquer
criatura
humana,
por
menos
dotada
seja
de
inteligência,
sabedoria
e
cultura,
vive
em
função
de
algo
ou
de
alguém,
não
sendo
possível
conceber
esta
mesma
criatura
sem
algumas
metas
que
possam
justificar
o
seu
esforço,
o
seu
trabalho,
a
sua
luta...
Assim,
todos
nós
possuímos
uma
determinada
escala
de
valores,
através
da
qual
elegemos
o
que
consideramos
essencial
ou
secundário.
A
formação
dessa
escala
de
valores
dependerá
da
ótica
em
que
se
coloca
a
criatura
humana.
Dependendo
do
ponto
de
vista
que
adote,
terá
ela
este
ou
aquele
interesse,
esta
ou
aquela
motivação
para
viver.

fiz
referência
aos
homens
fisiológicos,
àqueles
que
por
enquanto
se
encontram
em
uma
consciência de sono.
Nestes,
há uma total ausência de
idealismo e as atividades do ser estão reduzidas, praticamente aos
automatismos de natureza fisiológica: manifestações instintivas, respiração,
assimilação sem o real conhecimento das ocorrências. O indivíduo dorme, come,
procria, ausente dos procedimentos da lógica, da razão. Poderíamos denominar
este como um estado de sono sem sonhos.
(18)
Como
consequência
da
influência
desse
estado
evolutivo,
encontramos
no
mundo
uma
cultura
materialista,
que
prima
pela
massificação,
levando
a
criatura
a
ficar
com
sua
identidade
desnaturada.
Massificado
e
com
a
sua
identidade
desnaturada,
viverá assim
o
homem:
sem
objetivos
nobres;
aferrado
a
metas
imediatas;
preocupado
com
as
necessidades
comuns;
acomodado
aos
padrões
absorventes
do
cotidiano;
sem
encontrar
solução
para
os
estados
conflitivos
da
personalidade,
tornando-se
um
homem-vazio,
sem
viver
as
emoções
que
dão
beleza
e
significado
à
dignidade
de
ser
consciente;
agrupar-se-á
com
outros
que
sofrem
da
mesma
enfermidade;
comprazer-se-á
com
conversações
banais
e
promíscuas...
O
homem-vazio não consegue amar, porque não aprendeu a viver esta
faculdade, base do comportamento de ser livre. Adaptou-se a ser amado ou
disputado, sem preocupação de retribuir.
Os homens-vazios
disputam homenagens e guerreiam-se entre sorrisos, no
desfile do luxo e do exibicionismo, nos quais escondem os conflitos, quando
assim o fazem, e as profundas necessidades afetivas.
Tal conduta leva-os à melancolia e à depressão, ou a lamentáveis estados de
irritabilidade, de mau humor, que os tornam rudes, insuportáveis na
intimidade, embora considerados sociáveis e educados.
Essa ambiguidade no comportamento culmina com a instalação de neuroses
que se agravam, desestruturando-os a médio prazo.
O homem acumula vácuo, porque se sente impotente para alcançar
plenitude.
Acostumando-se à competição nos negócios, nos relacionamentos espera ser
o primeiro, o mais considerado. Se o logra, esvazia-se, de imediato. Quando não
o consegue, frustra-se, perdendo-se da mesma forma.
(19)
...................................
A
Cruz do Cristo,
com
suas
traves
horizontal
e
vertical,
é
portadora
de
muitas
mensagens,
algumas
evidentes
e
outras
mais
sutis.
Parece-me
que
dentre
tantas
mensagens
silenciosas da
Cruz,
encontramos
também
esta:
A
trave
horizontal
bem
pode
representar
os
interesses
materiais
da
criatura
humana,
enquanto
que
a
trave
vertical
pode
representar
os
interesses
espirituais
ou
eternos
da
alma.
Isto
significa
que
o
homem
precisará
dar
maior
ênfase
aos
interesses
da
alma
imortal
-
a
trave
vertical
que
aponta
para
o
alto
-,
com
menor
ênfase
para
os
interesses
da
vida
material
-
a
trave
menor,
a
horizontal.
Quando
o
ser
inverte
sua
escala
de
valores,
atribuindo
à
vida
material
importância
maior,
é
como
se
ele
construísse
uma
cruz
com
a
trave
horizontal
maior,
de
consequência,
colocando
em
tamanho
menor
a
trave
perpendicular.
Com
isto,
o
ser
sofrerá
instabilidade
porque
a
trave
menor,
a
perpendicular,
não
dará
equilíbrio
suficiente
à
trave
horizontal
longa.
Se
se
considerar
a
necessidade
de
enterrar-se
uma
parte
da

diminuída
trave
vertical,
caso
seja
a
cruz
plantada no
chão,
a
trave
horizontal
ficará
colada
ao
solo,
com
isto
levando
a
criatura
a
fixar-se
unicamente
nos
interesses
imediatistas.
Não
deve
a
criatura
desconsiderar
seus
deveres
perante
o
corpo,
a
família,
o
trabalho,
o
estudo
e
a
sociedade
-
a
trave
horizontal.
Todavia,
desprezar
os
interesses
espirituais
e
eternos
-
a
trave
vertical
-
é
grave,
o
que
lhe
acarretará
perturbação
íntima
e
desestruturação
emocional.

sentimento de perda

Em
todos
estes
anos
de
atendimento
às
dores
humanas,
a
quantas
situações
de
perdas
importantes pude
atender!
Quantas
outras
vieram
ao
meu
conhecimento!
Dentre
tantas,
recordo-me
especialmente
de
uma.
Desejando
aproveitar
o
final
de
semana
prolongado,
a
família,
composta
pelo
casal
e
três
filhos,
saiu
para
um
passeio.
Em
plena
viagem,
de
maneira
imprevista,
vê-se
a
família
envolvida
em
lamentável
acidente.
Dias
depois,
ao
despertar
da
coma
profunda,
a
mulher
solicitou
a
presença
do
marido.
Para
sua
dolorosa
surpresa,
veio
a
saber
que
ele
desencarnara
no
acidente.
Buscando
atender
às
justas
ânsias
do
coração,
solicitou
ela,
então,
a
presença
da
filha
mais
velha,
vindo
a
saber
que
também
ela
desencarnara
no
mesmo
acidente.
Desejou,
então,
ver
a
segunda
filha
e,
para
sua
surpresa
dolorosa,
recebeu
a
informação
de
que
ela
também desencarnara.
Por
fim,
restava-lhe
uma
esperança:
a
de
ver
o
filho
caçula.
E,
mais
uma
vez,
a
sua
resistência
foi
posta
à
prova:
também o
menino
desencarnara
no
acidente!!!
Compreensível
que
esta
esposa
e
mãe,
em
tão
dolorosa
conjuntura,
caísse em
profunda
depressão.
...................................
O
sentimento
de
perda
é,
induvidosamente,
uma
das
causas
mais
frequentes
e
mais
marcantes
da
depressão.
E
quais
são
os
tipos
de
perda
que
poderemos
experimentar?
Ou,
perguntando
de
outro
modo,
perda do quê poderá
levar-nos
à
depressão?
Como

afirmado
alhures,
todos
possuímos
uma
escala
de
valores
e,
dependendo
do
que
for
mais
ou
menos
importante
para
a
pessoa
nesta
escala
de
valores,
caso
venha
a
perder
o
que
considera
essencial,
tal
criatura
poderá
contrair
depressão.
Deste
modo,
e
em
princípio,
qualquer
situação
de
perda
poderá
concorrer
para
a
depressão,
dependendo
da
importância
que
o
ser
atribua
à
coisa perdida
ou
à
situação
ou,
ainda,
à
pessoa.
Uma
criança,
que
venha
a
perder
uma
boneca
ou
uma
bola,
na
hipótese
de
um
ou
de
outro
brinquedo
ser-lhe
de
vital
importância
dentro
de
sua
escala
de
valores,
poderá
experimentar
profunda
e
prolongada
tristeza
por
aquela
perda.
Considerando
isto,
também
à
luz
da
reencarnação,
pode-se
imaginar
quantas
perdas os
nossos
espíritos
não
vêm
experimentando
ou
acumulando
ao
longo
dos
milênios...
Quantos
espíritos
reencarnam

trazendo,
no
profundo
do
subconsciente,
perdas significativas,
concorrendo
para
uma
tristeza
profunda
desde
a
mais
tenra
idade.
Quantos
não
são
os
espíritos
que
sentem
profunda
saudade
ou
melancolia
por
terem
deixado
à
distância,
no
mundo
espiritual,
afetos
muito
queridos,
constrangidos
pela
necessidade
à
reencarnação.
Somem-se
às
perdas
deste
passado
mais
recuado,
as
muitas
perdas
da
atual
existência,
desde
a
perda
do
aconchego
do
útero,
do
colo
e
seio
maternos
para
o
irmão
mais
jovem
até
perdas
mais
expressivas,
e
isto
em
todas
as
fases
da
existência
humana,
culminando
na
velhice!
Dentre
tantas
situações,
lembremos
que
a
pessoa
poderá,
então,
contrair
depressão
pela
perda:

em
face
da
morte
de
alguém
muito
querido,
como
por
exemplo
um
cônjuge,
um
filho,
o
pai,
a
mãe,
um
amigo,
um
namorado...;

da
saúde;

da
coragem;

do
entusiasmo;

de
objetos;

de
pessoas
outras;

de
status
social,
econômico,
financeiro;

diante
da
separação
entre
cônjuges
ou
divórcio;

de
filhos
que
partem
para
cidades
distantes;

de
amigos
e
familiares
que
se
mudam;

da
infância;

da
vida
simples;

do
emprego;

de
algum
fator
que
concorria
para
a
segurança;

da
crença,
que
em
dado
momento

não
satisfaz;

da
juventude;

da
madureza,
quando
a
pessoa
aproxima-se
da
velhice
(e
na
própria
velhice,
quando
a
pessoa
pressente
o
fim próximo);

da
oportunidade
na
edificação
da
felicidade.
Ocorre
com
muitos
o
sentimento
de
perda
até por
terem
malbaratado
as
anteriores
oportunidades
de
serem
felizes.
Isto
mesmo,
pessoas
infelizes
hoje,
por
não
terem
aproveitado
o
ontem da
existência
para
a
construção
da
felicidade!
Sim,
porque,
como
anotado
por
Joanna
de
Ângelis,
há quem estabeleça
em qual idade irá ser feliz, perdendo todas as ensanchas de sê-lo a cada
momento. Mais tarde, passará a sofrer de neurose depressiva, em razão de não
a haver fruído suficientemente, deixando-se consumir pelo conflito de que já
não pode desfrutar o que perdeu ou não dispor mais de forças para repetir a
façanha...
Acumula, então, recordações tristes e nega-se a novas alegrias, anulando os
valores que possui, enquanto desenvolve conflitos cada vez mais destrutivos.
..................................
Em
parte,
a
depressão
pelo
sentimento
de
perda,
decorre
do apego.
E
quais
são
as
causas
do
apego?
Não
esgotando
o
rol
das
causas
desencadeadoras
do
apego,
digo
que
este
é
consequência:

do
sentimento
de
posse;

da
fragilidade
humana;

da
dependência,
que
leva
alguém
a
ter
necessidade dos
outros,
das
coisas,
das
circunstâncias
que
o
envolvem,
de
tudo;

da
insegurança,
em
face
das
incertezas
da
vida;

do
imediatismo,
levando
a
criatura
a
fixar-se
nos
interesses
materiais
que
lhe
constituem
a
razão
única
do
existir;

da
dúvida
ou
da
negação
da
imortalidade
da
alma,
conduzindo
a
pessoa
a
um
excessivo
apego
ao
corpo
e
a
tudo
quanto
a
ele
se
refere;

das
vinculações
espirituais
e
afetivas
que
a
pessoa
desenvolveu
em
outras
vidas
e
vem
desenvolvendo
na
presente
encarnação,
o
que
pode
ocorrer
desde
o
ventre
materno,
em
plena
gestação;

dos
muitos
perigos
que
todos
enfrentamos
na
travessia
carnal;

dos
medos,
inclusive
o
da
separação
ou
perda;

da
educação,
no
meio
social
em
que
a
pessoa
foi
levada
a
viver;

do
orgulho;

do
egoísmo,
condicionando
a
pessoa
a
viver
centrada em
si
mesma...
..................................
O
sentimento
de
perda,
como

mencionado,
também
pode
decorrer
de
duas
condições
da
alma,
muito
presentes
nas
causas
da
infelicidade
humana,
a
saber:
o
egoísmo
e
o
orgulho.
O
egoísmo
leva
a
criatura
a
fixar-se
em
si
somente,
a
querer
todas
as
vantagens
e
benefícios
exclusivamente
para
si,
ou
primeiramente
para
si,
sem
qualquer
cogitação
para
com
as
necessidades
do
próximo.
Os
egoístas
colocam
a
felicidade
no
que
possuem
ou
detém
e,
diante
da
perda ou
da
simples
possibilidade
de
perder
o
objeto
amado,
são
arrastados
à
desesperação.
O
orgulho,
por
sua
vez,
desperta
na
pessoa
um
amor-próprio
exacerbado,
levando-a
a
considerar-se
mais
do
que
é
efetivamente
e,
desconsiderando
os
semelhantes,
pensa
que
estes
devam
viver
em
função
de
seus
caprichos
e
vontades.
O
egoísmo
desperta
nas
criaturas
o
apego
às
pessoas,
aos
bens
materiais,
às
coisas,
às
situações.
O
egoísta
apega-se
e
o apego responde-lhe pela instabilidade emocional,
trabalhando-lhe a ganância, a soberba e a ilusão da posse, que concede a falsa
impressão de situar-se acima do seu próximo.
O orgulho
-
no
homem
invigilante
ou
imaturo
-,
intoxica-o, levando-o a
pressuposição de credenciado pela vida a ocupar uma situação privilegiada e
ser alguém especial, merecedor de homenagens e honrarias, em detrimento dos
demais.
Qualquer ocorrência que se apresente contraditória a esses engodos gerados
pelo ego insano, e as emoções perturbadoras se lhe instalam (no
egoísta
e
no
orgulhoso), proporcionando desequilíbrios de largo porte... (14b)
O apego às posses, sob o disfarce da necessidade de segurança, é dos mais
temíveis adversários do indivíduo, porque responde pelo medo da perda, pela
sistemática desconfiança em relação aos amigos e conhecidos, por fim pela
insatisfação que sempre se instala em quem possui, atormentado pelo desejo
infrene de ampliar os recursos.
(19a)
Deste
modo,
compreende-se
que
o
orgulho
e
o
egoísmo
geram
o
sentimento
de
posse
e
o
apego.
Dominada
por
estes
sentimentos,
havendo
a
perda
do
objeto
ou
ser
possuído,
a
pessoa
poderá,
sem
estrutura
íntima,
padecer
de
depressão.
A
posse
e
o
apego,
portanto,
geram
um
elo
de
escravidão,
porque
a
pessoa
termina
possuída por
aquilo
que
julga
possuir.
Allan
Kardec,
oportunamente,
perguntou
aos
Espíritos
respon-
sáveis
pela
Codificação:
Dentre os vícios, qual o que se pode considerar radical?
Temo-lo dito muitas vezes: o egoísmo. Daí deriva todo o mal. Estudai todos
os vícios - e
muitas
enfermidades
da
alma,
acrescento
-
e vereis que no
fundo de todos há egoísmo. Por mais que lhes deis combate, não chegareis a
extirpá-los, enquanto não atacardes o mal pela raiz, enquanto não lhe
houverdes destruído a causa. Tendam, pois, todos os esforços para esse efeito,
porquanto aí é que está a verdadeira chaga da sociedade. Quem quiser, desde
esta vida, ir aproximando-se da perfeição moral, deve expurgar o seu coração
de todo sentimento de egoísmo, visto ser o egoísmo incompatível com a justiça, o
amor e a caridade. Ele neutraliza todas as outras qualidades. (4d)
Quando
se
diz
que
o
egoísmo
está
na
raiz
do
sentimento
de
posse
e
ou
de
perda,
não
se
pretende
dizer
que
a
pessoa
seja
maldosamente
egoísta.
Não!
O
que
se
deseja
enfatizar
é
que
à
medida
em
que
o
ser
trabalhar
sua
estrutura
íntima
para
amar
mais
e
ocupar-se
da
felicidade
alheia
quanto
se
ocupa
com
a
própria,
menos
escravo
de
suas
paixões
e
mais
livre
dos
seus
caprichos,
menos
se
apegará
ele
de
forma
negativa
a
pessoas,
bens
materiais,
coisas e
situações.
Porém,
se

perdas
oriundas
do
egoísmo
mais
exacerbado,
outras
perdas
existem
que
decorrem
de
outros
fatores,
sobre
os
quais
precisa
haver
uma
compreensão
mais
ampla
da
alma
humana.
Como
na
história
narrada
no
início
deste
tópico,
não
se
pode
dizer
que
a
dor
profunda
de
nossa
irmã,
envolvida
em
um
grave
acidente
que
ceifou
a
vida
de
quatro
preciosos
afetos,
tenha
sido
gerada
por
um
egoísmo
enfermiço.
Evidentemente,
não
se
poderá
atribuir,
a
essa
irmã,
a
qualidade
de
egoísta.
Não!
O
raciocínio
de

pouco,
referindo-se
ao
egoísmo,
aplica-
se
às
situações
que
sob
uma
análise
mais
profunda
da
vida,
não
deveriam
arrastar
criatura
alguma
à
depressão.

perdas e
perdas.
Perdas
importantes,
sem
dúvida,
por
mais
desprendida
seja
a
pessoa,
não
deixarão
de
expô-la
a
dores
agudas.
..................................
Em
ocorrendo
uma
perda,
dependendo
de
sua
natureza
e
do
estado
emocional
em
que
se
encontra,
a
pessoa
poderá
sentir
estas
aflições:

Dor
da
separação;

Dificuldade
de
readaptação
à
situação
nova,
muitas
vezes
sem
disposição
íntima
ou
interesse
nessa
readaptação;

Insegurança;

Saudade;

Desespero,
não
acreditando
(ou
mesmo
desconhecendo)
que
a
Vida
ainda
lhe
proporcionará
coisas
boas
e
positivas;

Raiva;

Ódio;

Morte
(quantas
pessoas,
inclusive
crianças,
que
não
sobrevivem
muito
tempo
após
perdas
importantes!);

Apatia;

Trauma;

Saúde
alterada;

Solidão;

Depressão...

ressentimento

Facies congesta,
era
ela
a
expressão
da
própria
dor.
Seu
aspecto
exterior,
os
olhos
tristes,
cabelos
desgrenhados,
roupa
mal
cuidada,
tudo
falava de
sua
imensa
dor,
do
seu
desencanto
com
a
vida,
com
as
pessoas.
Atendida,
mal
se
contendo
na
cadeira,
em
tom
desesperado,
disse-
me
ela:
Meu filho, pelo amor de Deus, ajude-me! Eu não suporto mais! A prosseguir
assim, enlouquecerei!
Profundamente
sensibilizado,
tocado
por
aquele
quadro
melancólico,
procurei
ouvir
a
interlocutora
evitando
interrompê-la,
e
com
isto
ensejando-lhe
o
desabafo,
a
catarse,
o
alívio.
Percebendo
minha
intenção,
valendo-se
da
oportunidade
longamente
acalentada,
prosseguiu
a
triste mulher:
Estou casada há 45 anos (!) e há 45 anos venho suportando sofrimentos
terríveis. Na primeira semana de nosso casamento, quando meu marido e eu
estávamos a cuidar dos porcos (viviam
e
trabalhavam
na
zona
rural), para
minha surpresa e dor, apontando-me uma espingarda, obrigou-me ele, sob a
ameaça de morte, a deitar-me na lama e a desnudar-me. Nua, e agora
chafurdada na lama, possuiu-me ele sexualmente, estuprando-me ali mesmo.
Finda a breve relação sexual, levantando-se, sempre de arma em punho
apontada para a minha cabeça, ele passou a me ofender gravemente, dizendo:
fosse você uma mulher honesta, jamais permitiria a relação sexual nesta
situação! Sua...
Esta, porém -
prosseguiu
nossa
personagem
-, não foi a única vez que o
estupro cruel ocorreu. Nestes 45 anos, em vezes incontáveis, a cena vem se
repetindo. Ora no chiqueiro, ora no piso frio da casa modesta, ora em meio às
plantações, sempre me apontando uma arma e obrigando-me a despir-me, ele
me possui sexualmente, matando em mim a alegria, o encanto, a esperança.
Nunca soube o que é realização sexual, jamais pude sentir qualquer emoção,
qualquer prazer. Sempre lhe sugeri que fizesse um tratamento psicológico, que
fosse ao médico, que se medicasse... Tudo em vão, porém. Surdo, e indiferente
às minhas sugestões, prossegue ele violentando-me, o que consegue graças a sua
personalidade truculenta e às ameaças exercidas sempre com a arma em
punho...
E
finalizando,
num
apelo
veemente
e
triste:
Doutor, pelo amor de Deus, ajude-me!
Impossível
não
se
emocionar,
não
se
enternecer
diante
daquela
tão
dolorosa
conjuntura,
porque
a
mulher,
narrando
a
sua
história,
chorava
convulsivamente,
descontroladamente.
Saindo
de
onde
me
encontrava,
procurei
aproximar-me
dela,
acalmá-la
de
algum
modo,
ofertando-lhe
um
copo
de
água,
dizendo-lhe
algumas
ternas
palavras
que
pudessem
aplacar
aquele
incêndio
devorador,
sensibilizando-se
ela
com
a
ajuda
que
recebia.
Conversamos
longamente
naquela
tarde,
que
jamais
esquecerei...
..................................
O
ressentimento
é
uma
das
causas
mais
frequentes
da
depressão.
A
Humanidade,
no
estágio
em
que
se
encontra,
é
maciçamente
composta
de
criaturas
extremamente
fragilizadas
em
si
mesmas,
ainda
desestruturadas
do
ponto
de
vista
emocional,
psicológico
e
ou
espiritual.
No
que
respeita
ao
perdão,
talvez
possamos
classificar
a
Humanidade
em
três
grandes
grupos:
o
primeiro,
composto
pelas
criaturas
que,
sendo
ofendidas,
não
perdoam
nunca.
O
segundo,
composto
por
pessoas
que,
em
sendo
ofendidas,
se
não
conseguem
desculpar
num
primeiro
momento,
logram
perdoar
depois.
E,
por
fim,
o
terceiro
grupo
composto
de
seres
indenes
às
ofensas,
às
provocações,
que
as
não
magoam
mais,
não
se
permitindo
influenciar
ou
ferir
pelas
ocorrências
de
fora.
Pelos
muitos
conflitos
existentes,
pode-se
constatar
que
a
Humanidade,
por
enquanto,
apresenta
um
número
muito
pequeno
de
pessoas
que

conseguem
se
sobrepor
às
injunções
de
fora,
estruturadas
que
se
encontram
por
dentro.
A
Humanidade,
em
sua
grande
maioria,
é
constituída
de
pessoas
que,
sentindo-se
ofendidas,
não
perdoam
jamais,
ou
por
pessoas
que,
ofendidas,
conseguem
perdoar,
ainda
que
com
grandes
dificuldades.
..................................
Devemos
reconhecer,
com
sinceridade,
que
no
atual
estágio
evolutivo
das
criaturas,
é
muito
difícil
a
concessão
da
misericórdia
aos
agressores.
E
situações
há,
como
a
vivida
pela
personagem
da
história
narrada,
em
que
será
humanamente
difícil
a
pessoa
não
se
ressentir.
Afirma
o
Espírito
Emmanuel
que
o perdão sincero é filho espontâneo do
amor.
(31)
Compreende-se,
deste
modo,
a
dificuldade
de
conceder-se
o
perdão
para
uma
expressiva
parcela
da
Humanidade.
É
que
o
perdão
estará
na
dependência
do
amor.
Quem
ainda
não
ama,
como
irá
perdoar?
..................................
O
ressentido
é
alguém
inseguro,
que
aceita os
petardos
da
ignorância
ou
da
maldade
alheia,
que
se
permite
influenciar
por
observações
infelizes,
por
palavras
azedas,
por
discussões
desgastantes,
revoltando-
se
contra
as
pessoas
e
contra
as
situações
que
não
correspondam
às
suas
expectativas.
Alguns
ressentem-se
até
mesmo
com
a
Vida,
com
Deus.
O
ressentido
é
alguém
que
se
deixa
mortificar
(destruir-se,
matar-se,
torturar-se)
pela
ocorrência
infeliz.
A
expressão
ressentimento lembra
o
verbo
ressentir,
que
significa
sentir
novamente,
o
que
equivale
a
dizer
que
o
ressentido
é
alguém
que
se
compraz,
de
maneira
mórbida,
em
ruminar
(remoer)
o
acontecimento
desagradável.
Vendo-se
envolvido
por
uma
situação
que
considera
infeliz,
permitindo-se
sensibilizar
pela
ocorrência,
o
ressentido
fixa
o
quadro
na
mente
e
passa
a
alimentar
e
realimentar
os
sentimentos
da
mágoa
e
ou
da
raiva,
vitalizando-os
e
revitalizando-os.
O
ressentido,
portanto,
difere
do
outro agressor
pela
característica
de
optar
por
arquivar
a
mágoa
ou
a
raiva
que
passou
a
nutrir,
isto
é,
enquanto
um
opta
por
exteriorizar
a
sua
agressividade,
o
ressentido
prefere
recalcar
o
sentimento
negativo
que
alimenta,
sentindo
uma,
duas
ou
muitas
vezes
a
mesma
dor,
a
mesma
mágoa,
a
mesma
tristeza,
a
mesma
amargura...
Considerando
a
característica
do
ressentido
de
realimentar
a
raiva,
pode-se
criar
um
neologismo
em
substituição
ao
ressentir,
dizendo-se,
então,
a
expressão
milsentir,
ou
seja,
a
pessoa
sentirá mil vezes
a
mesma
dor,
a
mesma
mágoa.

não
ouvimos
pessoas
dizendo
que
fariam
isto ou
aquilo (matar,
estuprar,
caluniar,
etc.)
contra fulano,
mil
vezes,
se
possível
fosse?
E
neste
milsentir, inclui-se,
não
raras
vezes,
as
muitas
mágoas
e
ódios
acumulados
desde
outras
encarnações,
a
lembrança
parcial
ou
mesmo
completa
do
negativo
sucedido
no
ontem do
ser
que,
reencarnando
e
reencontrando
o
desafeto
de
outrora,
deixa-se
comburir
pelo
incêndio
do
passado...
que
ainda
não
passou...
..................................
Considere-se
que
o
ressentimento
é,
antes
de
tudo,
um
problema,
uma
característica
do
próprio
ressentido.
Ou
seja,
ele
se
ressente
com
as
situações,
mais
por
ser
ainda
como
é,
e
menos
pelo
que
lhe
sucedeu.
Tanto
é
assim
que
o
ressentido
vive
a
se
ressentir
com
tudo
e
com
todos.
Por
não
possuir,
ainda,
uma
ideal
estrutura
psicológica,
o
ressentido,
fragilizado
em
si
mesmo,
se
permite
influenciar
pelo
que
lhe
sucede
de
desagradável.
Isto
ocorre,
porque
a
reação
da
criatura
humana
é
de
acordo
com
o
seu
nível
de
consciência,
com
o
seu
grau
de
estruturação,
é
consentânea
ao
estado
emocional
em
que
se
encontra.
Como
leciona
Joanna
de
Ângelis,
cada um age de acordo com as suas resistências e
conquistas.
Estando
o
ser
em
estágio
inferior
de
evolução,
dominado
pela
predominância
da
natureza
animal,
deixa-se
ele
arrastar
ou
envolver
pelas
ciladas,
pelo
competitivismo,
pelo
atrevimento
dos
mais
ousados.
E,
dominado
pela
animalidade
ancestral,
permite
ele
que
a
revolta
se
vitalize,
se
revitalize
ante
a
agressão
sofrida,
não
compreendendo
que
os
episódios
conflitivos
e
as
dificuldades
fazem
parte
do
relacionamento
interpessoal,
por
falta
de
maturação
psicológica
das
criaturas,
e
porque
as
criaturas
ainda
não
se
aperceberam
da
importância
de
aplicarem
uma
transação psicológica em
termos
de
bem-
estar
para
todos.
Fiquemos
com
o
magistério
sempre
excelente
de
Joanna
de
Ângelis:
A raiva não extravasada ou liberada no mesmo nível da agressão recebida
torna-se cruel adversário do indivíduo, tomando a forma hostil de
ressentimento.
Herança das experiências mal suportadas, o ressentimento inconsciente
encontra-se encravado no cerne do ser, ramificando-se em expressões variadas
e da mesma qualidade perturbadora. Ressuma sempre na condição de
melancolia ou como frustração e desinteresse pela existência física, em
mecanismo de culpa que não logra superar.
O ressentido agasalha sentimentos de antipatia, que se converte em
animosidade crescente, sempre cultivada com satisfação, à medida que lhe
concede área emocional para o desenvolvimento.
O ressentimento tisna a razão, perturba a óptica pela qual se observam os
acontecimentos, enquistando-se como força destrutiva que, não conseguindo
atingir aquele que lhe deu origem, fere o ser no qual se apoia.
(12a)

sentimento de culpa

Terminada
a
palestra,
formou-se
em
torno
de
mim
um
grupo
de
companheiros
simpáticos
e
gentis,
que
me
cumprimentavam
pelo
tema
e
pela
exposição.
Enquanto
conversava
com
o
grupo
que
se
formara
espontaneamente,
percebi
que
nas
proximidades
encontrava-se
uma
senhora
aparentando
ser
septuagenária,
de
aspecto
cansado
e
triste,
muito
triste.
Com
a
alma
dorida,
humildemente,
disse-me
ela:
Filho, esperei este momento com o objetivo de conhecê-lo de mais perto e
falar-lhe um pouco. Não sei porque, mas sinto que posso confiar-lhe um
segredo. Um segredo que me acompanha há longos e difíceis cinquenta anos.
Um segredo que nunca transferi a outrem, por achar que deveria guardá-lo
comigo, assim não correndo riscos...
A
aparência
da
mulher
era
de
profundo
abatimento
físico
e
moral.
Discretamente,
ela
chorava...
E,
ali
mesmo,
sintetizando
quanto
pode,
narrou
ela
a
sua
história:
Tinha eu 22 anos quando, depois de ter conhecido um certo rapaz,
apaixonei-me. Apaixonamo-nos. Vieram o namoro e o noivado. Com o noivado,
vieram os aprestos para o casamento, a maior intimidade, a alegria de quem
breve estaria realizando um sonho longamente acalentado. No clima de
confiança que se estabeleceu, entreguei-me. Com a entrega, tempos depois,
percebi que me encontrava grávida.
E
prosseguiu
a
irmã
desditosa:
Percebendo que me encontrava grávida, na primeira oportunidade levei o
fato ao conhecimento de meu noivo. Em breves semanas estaríamos realizando
o nosso consórcio matrimonial. Para minha surpresa dolorosa, porém, teve ele
uma reação dura, cruel, inesperada. Disse-me, no ato, liminarmente, que o
noivado estava rompido, que ele não mais se casaria comigo. E por que ? -
Indaguei. E ouvi a sua resposta:
Não sei se fui efetivamente o primeiro a manter conjunção carnal com você, e
mesmo tenha sido eu o primeiro, quem me garante que esta criança seja
realmente minha? Quem me garante que depois de nossa intimidade maior você
não teve experiência com outro ou outros rapazes? Eu, na dúvida, não posso
assumir a paternidade deste filho, que pode não ser meu...
Ele, então, retirando a aliança, devolveu-ma, foi embora, não mais
retornando. Nunca mais o vi...
... Assim abandonada pelo noivo amado, restava-me uma alternativa: contar
com a compreensão e amparo dos pais. Observe o amigo - disse
a
mulher -
que isto se deu na década de 40, quando os costumes e a educação eram muito
rígidos, extremamente severos. Mas, como chegar nos pais e narrar-lhes o
sucedido? Meus pais eram de uma formação religiosa intransigente e,
conhecendo-os, sabia que a possibilidade, de neles encontrar guarida, era muito
remota. Optei por não confidenciar-lhes, receosa de represálias duras que eu
não suportaria diante da minha fragilidade, na juventude distante...
... Sem alternativas outras, optei pelo aborto. Abortei. Mas ao matar o
menino -
era
um
menino
-, nunca mais fui a mesma. No momento em que
expulsava a criança de meu ventre, dei-me conta que expulsava também, para
sempre, a alegria e a paz da minha mente, da minha vida.
Faz cinquenta (!) anos que abortei e há cinquenta anos não sou feliz.
Carrego o fardo pesado do arrependimento, do sentimento de culpa. Choro
todos os dias, dominada por esta amargura que não cede, que não passa. Nunca
falei sobre isto com nenhuma outra pessoa; você é a primeira a quem ouso
entregar este meu segredo, triste e doloroso segredo...
..................................
Sugeri
à
irmã
que,
valendo-se
de
uma
fita
magnética
(de
áudio),
gravasse
toda
a
sua
narrativa,
enviando-me
a
fita
para
que
eu
pudesse,
posteriormente,
valendo-me
do
mesmo
recurso,
ou
seja,
de
uma
fita,
mandar-lhe
uma
mensagem
que
pudesse
permanecer
com
ela
pelo
tempo
necessário
ou
pelo
tempo
que
o
seu
critério
estabelecesse.
E
foi
o
que
a
irmã
fez.
Dias
depois,
recebi
sua
fita
e
ripostei-lhe
através
do
mesmo
recurso,
nascendo
entre
nós
uma
amizade
perene,
um
carinho
que
as
palavras
não
traduzem.
Na
fita,
acrescentou
ela
outros
dados
de
sua
vida,
informando
que
nunca
se
casara...
..................................
Deus,
em
Suas
infinitas
sabedoria,
bondade
e
justiça,
desde
toda
a
eternidade,
estabeleceu
leis
que
regem
tanto
o
mundo
material
quanto
o
mundo
moral.
Da
mesma
forma
que
as
células,
os
corpos
e
o
universo
são
regidos
por
leis
próprias,
também
a
alma
está
submetida
a
leis
definidas
que
estabelecem
diretrizes
seguras.
As
leis
morais,
necessárias
para
o
Espírito,
estão
insculpidas
na
consciência.
A
consciência,
numa
formosa
e
oportuna
mensagem
de
Vinícius,
pode
ser
comparada
a
um
espelho.
Expressa-se
ele
desta
forma:
Assim como o espelho reflete o nosso exterior, a consciência reflete o nosso
interior. Vemos através dela a imagem perfeita de nossa alma, como no espelho
a imagem real do nosso rosto. O espelho dá conta de nossa fisionomia, de nosso
semblante, de nossa forma.
A consciência nos revela o espírito, o caráter, os sentimentos mais íntimos e
recônditos.
Ambos - espelho e consciência - se prestam ao mesmo fim: compor as linhas
da harmonia, reparar os senões, corrigir, embelezar - o espelho, ao corpo, a
consciência, ao espírito. Ambos tem a mesma função: refletir com justiça,
pondo, diante de nosso próprio critério, o aspecto, a figura exata do nosso físico
e do nosso moral, a forma externa e a interna do nosso ser.
(20)
A consciência encontra-se no homem em todos os estágios do seu processo
evolutivo...
Nas faixas primárias manifesta-se como lampejos de discernimento, que o
propelem para a conquista de degraus e patamares mais elevados.
Mais tarde, à medida que a razão se desenvolve, a capacidade de consciência
se dilata, podendo ser vítima dos mecanismos escapistas da astúcia e do
intelecto, que a adormecem, lesam-na ou intoxicam-na com os vapores
perniciosos da frieza emocional.
Somente quando o indivíduo vence as etapas primárias, e as experiências se
fazem mais significativas, mediante a compreensão do sentido elevado da vida, é
que ela se manifesta com plenitude e passa a comandar o direcionamento da
existência, revelando-se vitoriosa.
A consciência é o árbitro interno, que se encarrega de estabelecer as
diretrizes de segurança para a vida.
(21)
Quando
o
ser
possui
a
sua
consciência
mais
ou
menos
desperta,
lúcida,
possuindo
agora
uma
compreensão
mais
dilatada
da
vida,
de
sua
finalidade,
e
de
quais
são
os
seus
deveres
para
com
ela,
sempre
quando
se
equivoca
a
consciência
grita,
chamando-lhe
a
atenção
para
o
sucedido,
concitando-o
ao
arrependimento
e
à
reparação.
..................................
A
criatura
erra
por
ignorância
ou
por
fraqueza
moral.
Enquanto
ignorante,
o
ser
agirá
mais
ou
menos
arrastado
por
impulsos
primários,
encontrando
no
erro
a
oportunidade
de
aquisição
de
conhecimento,
de
experiência,
de
discernimento,
de
lucidez.
E,
mesmo
quando
adquire
um
certo
conhecimento,
enquanto
permanecer
moralmente
débil,
o
ser
poderá
persistir
no
erro,
quando,
então,
através
da
dor
superlativa
que
advirá
da
conduta
equivocada,
desenvolverá
ampla
experiência.
Através
das
dores
que
se
seguirão
aos
erros
sucessivos,
fixará
o
aprendizado
para
sempre.
Perceberá
que
a
dor
é
consequência
da
atitude
infeliz
e
que
dele
unicamente
depende,
pela
conduta
melhor,
fazer
que
a
dor
cesse.
..................................
Quando
a
consciência
principia
a
lucilar,
a
criatura
que
erra
vê-se
arrastada
para
vários
estados
emocionais
e
espirituais
negativos.
Pode
ela
tornar-se
apática,
angustiada,
apresentando
a
ferida
profunda
do
engano,
ulcerações
dolorosas
na
alma,
desenvolvendo,
muitas
vezes,
a
autocomiseração,
a
piedade
de
si
mesma...
A angústia - por
sua
vez
-, entorpece os centros mentais do discernimento e
desarticula os mecanismos nervosos, transformando-se em fator positivo de
alienações. Afeta o psiquismo, o corpo e a vida, enfermando o espírito. (13a)
Quem
erra
tende
a
tornar-se
escravo
do
gravame
praticado.
Se
se
dispusesse,
pelo
trabalho
e
pela
melhoria
íntima,
a
reparar
o
equívoco,
certamente
evitaria
tal
escravidão.
Por
desinformação
ou
fraqueza,
porém,
prefere a
autoflagelação
estéril
no
remorso
inútil.
A
educação
religiosa
equivocada
do
passado
ensinou
a
pessoa
a
ser
excessivamente
rigorosa
consigo
mesma.
E
enquanto
a
consciência
for
excessivamente
severa
no
julgamento
de
si
mesma,
fará
um
esforço
no
sentido
de
exigir rudes reparações em relação ao erro praticado (21a), não
se
permitindo
a
alegria
por
achar-se
indigna
dela.
Mesmo
sofrendo,
ser-lhe-ia
possível
a
recuperação
mais
rápida,
se
outra
fosse
a
sua
compreensão
da
Vida
e
do
erro.
..................................
Na psicogênese profunda das alienações mentais encontra-se a consciência
de culpa, geradora dos tormentos que se apresentam como processos de
reedificação, recompondo os painéis do dever mediante os dolorosos
mecanismos da desordem mental.
O desarranjo dos equipamentos psíquicos proporciona ao espírito
sofrimentos insuspeitáveis, como forma rigorosa de apaziguamento da
consciência.
Sendo o homem o autor da sua realidade moral, através da conduta que se
permite no curso das existências corporais, em cada etapa elabora o método de
crescimento interior pelo que realiza.
Quando delinque, insculpe a fogo no seu arcabouço profundo os meios
reparadores, particularmente na área mental.
Ignoradas as ações infelizes que a justiça humana não alcança, a consciência,
que sabe, desarticula os complexos mecanismos da razão em desequilíbrio, que
somente a dor expungitiva recomporá.
No quadro das alienações mentais, seja nas psicopatologias conhecidas e
academicamente estudadas ou nas graves obsessões, é a consciência culpada que
faculta a instalação do mal, que se exterioriza de maneira rigorosa em processo
de reajustamento e reequilíbrio. (21b)
E
mais:
Com a consciência culpada, sofrendo os gravames que lhe dilaceram a
alegria íntima, imprime nas células os elementos que as desconectam,
propiciando, em largo prazo, o desencadeamento dessa psicose que domina uma
centena de milhões de criaturas na atualidade. (16c)

obsessão

Depois
de
percorrer
vários
gabinetes
especializados,
valendo-se
de
medicação
alopata
e
de
antidepressivos,
como
de
orientações
psicológicas,
profundamente
amargurada
e
com
ideias
suicidas,
a
irmã
procurou-nos
na
Comunidade
Espírita
Joanna
de
Ângelis
(Osvaldo
Cruz,
interior
de
São
Paulo)
onde,
mercê
da
Bondade
Divina,
desenvolve-se
um
trabalho
de
atendimento
a
enfermos
espirituais
de
variada
condição,
alguns
em
estados
obsessivos
e
depressivos
dos
mais
comprometedores.
É
um
trabalho
realizado
aos
domingos,
a
partir
das
19:00
horas.
A
irmã
nos
buscou,
dizendo
que
seria
aquela
a
sua
última alternativa
(Deus
é,
para
muitos,
a
última alternativa,
quando
deveria
ser
a
Única ou
a
Primeira).
Se
não
obtivesse
êxito
naquele
tentame,
segundo
asseverava,
restar-lhe-ia
a
saída do
suicídio
(esclareça-se
que
suicídio
não
é
saída,
é
entrada em
dores
maiores).
Convenientemente
atendida
e
encaminhada
ao
departamento
próprio,
por
semanas
sucessivas,
submeteu-se
ela
a
um
tratamento
essencialmente
espírita,
com
sugestões
à
relaxação,
técnicas
de
controle
mental,
passes,
água
fluida
e
orientação
espiritual
oriunda
de
veneranda
entidade
que
nos
tem
honrado
sobremaneira
a
tarefa
modesta.
Ao
mesmo
tempo
em
que
a
irmã
encarnada
vinha
sendo
atendida
nas
suas
necessidades,
duas
entidades
desencarnadas,
que
se
vinculavam
ao
quadro,
eram
igualmente
atendidas
em
nosso
trabalho
mediúnico,
realizado
em
um
outro
dia
da
semana
(sem
a
presença
dos
enfermos
encarnados).
Recordo-me
bem
das
experiências
vividas
com
os
personagens
desse
caso.
O
princípio
daquele
processo
obsessivo
datava
de
1910.
A
irmã
comprometeu-se
com
duas
outras
personalidades,
à
época
também
encarnadas.
Os
três
desencarnaram
a
seu
tempo
e
a
pugna
prosseguiu
desdobrando-se
para
além
da
morte.
A
irmã
reencarnou,
permanecendo
as
duas
outras
na
erraticidade.
A
entidade
mais
fragilizada
acabou
sendo
obsidiada
e
explorada
pela
outra,
que
comandava
o
processo
obsessivo
em
relação
à
encarnada.
Isto
é,
uma
entidade
desencarnada
mais
perversa,
explorando
a
fragilidade
de
uma
outra
entidade
desencarnada,
constrangia-a
a
explorar
psíquica
e
fisicamente
a
nossa
irmã,
outra
vez
no
corpo.
As
duas
entidades,
dominadas
por
sentimentos
de
ódio
e
de
ressentimento,
encontrando-se
desencarnadas,
tiveram
mais
ampla
liberdade
de
ação
obsessiva.
No
trabalho
mediúnico,
atendeu-se
a
ambos
os
espíritos,
o
explorado-explorador
e
o
explorador
que,
possuindo
grande
ascendência,
explorava
duas
vítimas,
uma
encarnada
e
outra
desencarnada.
Os
espíritos
foram
convenientemente
atendidos,
e
com
o
tempo
entraram
em
uma
outra
faixa
vibratória
e
espiritual,
liberando
a
vítima
encarnada.
Esta,
por
sua
vez,
esforçando-se
também,
pôde
superar
o
processo
obsessivo
e
a
depressão
daí
decorrente,
porque
trazia
ela
no
porão
subconsciencial
um
profundo
sentimento
de
culpa
por
crime
não
resgatado
na
encarnação
anterior.
Hoje,
plenamente
restabelecida
e
harmonizada,
a
irmã
prossegue
tranquila,
segura
e
feliz.
..................................
Em
nossas
tarefas
espíritas
temos
atendido,
igualmente,
muitos
outros
casos
de
obsessão
redundando
em
depressão,
envolvendo
afetos,
ligações
espirituais
decorrentes de sentimentos originariamente bons.
Estou
me
referindo
a
esses
muitos
casos
de
depressão
que
são
consequências
da
influência
perniciosa e
prolongada
de
parentes
ou
amigos
que,
embora
desencarnados,
prosseguem
afinizados
e
sintonizados
com
aqueles
que
permaneceram
na
crosta,
quando
não,
os
encarnados,
melancólicos
pela
partida
do
ente
querido
pela
desencarnação,
alcançam-nos
com
seus
estados
mentais
deprimentes,
afligindo-os
grandemente.
A
saudade,
sentimento
compreensível
ante
perdas
importantes,
se
não
atendida
corretamente
ou
mantida
sob
certos
limites,
termina
por
estabelecer
um
elo
de
ligação
profunda,
culminando
por
obsidiar o
ente
cuja
lembrança
está
sendo
cultuada
de
maneira
enfermiça.
..................................
Afinal,
o
que
é
obsessão?
Se girarmos o dial de um rádio ao longo da escala numérica de frequência,
apanharemos cada estação conforme o número indicativo do tipo de onda, não
será mau repisar. Parando a agulha em 1400, captaremos a Rádio Rio de
Janeiro, isto é, neste ponto da escala estabeleceremos sintonia com o
comprimento de onda desta emissora (ou com a sua frequência). É o que se
passa entre o homem e o espírito. Nossas “vibrações”, provenientes dos nossos
pensamentos, sentimentos, aspirações, defeitos, vícios, etc., atraem e permitem a
aproximação de espíritos semelhantes, que possam sintonizar conosco. No caso
de homens e espíritos, a sintonia, ao invés de física como no rádio, baseia-se na
semelhança de nível moral. Podemos ser influenciados, e nossa conduta
modificada, pelas sugestões de espíritos bons ou (pelo comum) maus. Estes
aproveitam a fraqueza humana, decorrente das nossas imperfeições, para levar-
nos a falir, na mesma medida em que eles próprios faliram antes, muitos tendo
a intenção de sustentar nossos defeitos e vícios objetivando prolongar o império
do mal sobre a crosta planetária. (10a)
O
Espiritismo,
demonstrando,
pela
comprovação
no
laboratório
mediúnico,
que
a
vida
prossegue
para
além
do
túmulo,
demonstra,
igualmente,
que
a
desencarnação
não
apresenta
ou
não
representa
uma
mudança
substancial
para
o
espírito,
que
prossegue
por
algum
tempo
(tempo
variável)
tal
qual
se
fez
enquanto
encarnado.
Desencarnando
em
condição
lamentável,
o
espírito,
ainda
ignorante
e
por
consequência
mau,
compraz-se
em
inquietar,
inspirar
desespero,
conduzir
a
estados
afligentes,
em
um
intercâmbio
psíquico
constante.
E
isto
se

porque
o
pensamento,
tanto
do
espírito
encarnado
como
do
desencarnado,
se
irradia
e
transita
por
faixas
específicas
e,
irradiando-se
o
pensamento,
pelas
leis
de
afinidade
e
sintonia,
atrairá
respostas
equivalentes.
Nossas
mentes,
ou
melhor,
as
mentes
encarnadas
buscam
as
mentes
desencarnadas,
como
também
estas,
as
desencarnadas,
com
frequência,
buscam
as
mentes
dos
encarnados,
umas
e
outras
podendo
desenvolver
induções
mentais
depressivas.
Importante
observar,
pois,
que
ninguém
está
a
sós
no
Universo,
repleto
de
ondas
e
raios,
que
se
propagam
ao
Infinito.
O
encarnado,
muitas
vezes
abalado
por
problemas,
ou
fragilizado
por
imperfeições
morais,
faculta
a
sintonia
com
espíritos
perturbadores
e
ou
vingativos,
que
se
homiziam
nos
campos
psíquicos,
arrastando-o
a
estados
deprimentes.
O
encarnado,
por
invigilância
ou
imaturidade,
através
dos
pensamentos
mórbidos,
vitaliza
o
agente
perturbador,
esquecido
de
que

mentes
maldosas
interessadas
no
seu
fracasso
e
que
quanto
mais
deprimir-se,
por
este
ou
aquele
fator,
mais
forte
se
fará
o
cerco.
A
obsessão
pode
dar-se:

Entre
espíritos
desencarnados;

Entre
espíritos
encarnados;

De
encarnados
para
desencarnados;

De
desencarnados
para
encarnados;

Em
forma
de
auto-obsessão,
quando
o
encarnado
ou
desencarnado,
em
uma
atitude
infeliz,
estaciona
indefinidamente
na
fixação
mental
inferior.
Poder-se-ia,
ainda,
dizer
da
obsessão
através
da
contaminação fluídica,
quando
o
ser
se
deixa
influenciar
pelos
fluidos
perniciosos
do
meio
ambiente,
fluidos
deletérios
oriundos
dos
circunstantes
que
vão
formando,
pelas
emanações
pestilenciais,
uma
atmosfera
espiritual
enfermiça.
Enquanto
é
influenciado
pelas
emanações
dos
outros,
o
ser
contribui,
por
sua
vez,
com
seus
fluidos
deletérios,
para
a
perturbação
dos
que
o
rodeiam,
numa
terrível
reciprocidade.
Na
obsessão entre vivos, comumente, pessoas ligadas por sentimentos
enfermiços ou necessidades neuróticas criam laços de dependência que chegam
a uma como perseguição do outro. Mães supersolícitas, dominadas pelo impulso
de domínio, tanto andam atrás de um filho que este acaba não raro quase
manietado; de cinco em cinco minutos chamam-no para saber “se está tudo
bem”... Pessoas dominadoras e pessoas morbidamente dependentes mantém
relações que não discrepam daquelas existentes entre obsessor e obsedado; o
ciúme compulsivo não foge disso e assim por diante.
(10b)
..................................
Segundo
o
respeitável
Carlos
Toledo
Rizzini,
a
obsessão
pode
ser:

intencional
ou
ativa;

inconsciente
ou
passiva,
sem
intenção.
Na
obsessão
intencional,
o malfeitor, às vezes há bastante tempo, observa
a futura vítima aguardando um momento favorável para aproximar-se dela e
influí-la prejudicialmente. Não quer ser acintoso e percebido. Fá-lo quando a
invigilância momentânea abre uma entrada nas defesas pessoais. Sem causa
aparente, o sujeito começa a experimentar depressão mental e dificuldades
súbitas: não consegue ficar alegre, está tristonho e cheio de apreensões, enche-se
de irritação surda e pensamentos deprimentes, não pode ler assuntos
edificantes, nem orar, julga-se vítima, etc. Daí podem surgir desavenças,
fracassos e aborrecimentos variados. Tudo passa em seguida, deixando o
indivíduo a lastimar-se por suas atitudes “incompreensíveis”... Quando
começar a ficar azedo sem motivo patente, cuidado com a obsessão sutil,
momentânea.
(10c)
Também
a
obsessão
poderá
dar-se
por
vingança
ou
desforço
pessoal,
quando
o
obsessor
pretende
“fazer
justiça
pelas
próprias
mãos”.
É a
grande causa de obsessão e da pior espécie. Aquele que foi vítima
aparentemente frágil e indefesa, uma vez posto em liberdade pela morte do
corpo físico, na maioria dos casos empreende severa perseguição contra o
antigo carrasco. Pode durar mais de uma vida, criando uma cadeia de erros. O
próprio “justiceiro” sofre muito com a situação e o encarniçamento contra o seu
inimigo não lhe traz a alegria que esperava colher. (10d)
Na
obsessão
inconsciente
ou
passiva,
sem
intenção,

troca de
pensamentos, sentimentos e emoções transviados e desordenados, entre
encarnados e desencarnados afins. Vibrações de ódio, ressentimento, mágoa,
desânimo, maledicência, etc., unem os espíritos de ambos os planos. Não há
intenção maléfica, pois, os desencarnados são geralmente parentes e amigos
cuja consciência está embotada e que pertencem ao mesmo nível mental. (10e)
Carlos
Toledo
Rizzini,
ainda
comenta
sobre
os
espíritos
inconscientes
da
sua
condição,
descrevendo-lhes
o
perfil:
confusão
mental, consciência obnubilada, escuridão, dores físicas, cansaço, apatia,
desatenção dos circunstantes, falta de maturação ou objetivo. Unem-se ao
paciente por afinidade, buscando inconscientemente uma companhia, com a
qual sentem-se confortados, etc. Resulta a obsessão passiva, por osmose. (10f)
O
mesmo
autor
ainda
se
refere
aos
espíritos
que
não
visam
a
prejudicar
a
pessoa,
antes
a
declaram
ente
querido.
E
comenta:
sabem o
que fazem, mas estão mal orientados em face da ignorância e/ou sentimentos
possessivos que os impregnam: uns querem continuar ao lado de amigos e
parentes, outros “trazer para o lado de cá” pessoas que estimam, alguns
“ajudar” entes queridos, etc. (10g)
..................................
E
quais
são
os
efeitos
da
obsessão?
Estes:

a
razão
declina;

a
vontade
enfraquece;

os
sentimentos
deterioram-se;

os
hábitos
mudam;

instabilidade
emocional;

choro;

raiva;

riso;

ansiedade;

fúria;

sentimentos
de
culpa;

apatia...
Muitos obsedados acomodam-se à influência dos seus obsessores e acabam
até gostando dela. Quando acontece serem estes afastados, ficam inquietos,
angustiados, e atraem-nos vigorosamente de novo! O obsessor, não sendo um
inimigo encarniçado que quer perder sua vítima o mais depressa possível,
alimenta suas ilusões, desejos, hábitos, vícios, o que lhes causa prazer... O resto
pouca importância passa a ter para eles: a alienação do eu, a restrição mental.
Tal será um dos mais sérios obstáculos ao tratamento. (10h)
A
obsessão,
como

pouco
mencionado,
pode
conduzir
a
pessoa
à
apatia.
A
apatia,
por
sua
vez,
pode
ser
brecha à
obsessão.

outras causas

Psicossociais:
Nenhuma
criatura
humana
seria
capaz
de
sobreviver
em
clima
absoluto
de
isolamento,
até
porque
tal
isolamento
absoluto
traria
consequências
funestas
para
quem
o
tentasse,
comprometendo,
inclusive,
sua
saúde
mental.
O
homem
é
um
ser
naturalmente social.
Necessita
dos
outros
para
sobreviver
e
manter-se
sadio.
O
bem
viver
em
sociedade,
porém,
requer
do
ser
um
esforço
muito
grande
de
compreensão,
de
adaptação
e
de
cooperação.
Influencia
o
meio
e
é
por
ele
influenciado.
Vivendo
em
um
planeta
como
o
nosso,
onde
tantos
conflitos
eclodem,
interferindo
na
economia
emocional
da
pessoa,
compreensível
que
as
pressões
de
variada
ordem
contribuam
para
as
perturbações
do
indivíduo.
Deste
modo,
razoável
admitir
que
uma
pessoa,
sobretudo
quando
não
suficientemente
estruturada
em
si
mesma,
ficando
mais
exposta
e
mais
vulnerável
à
influência
do
meio,
possa
cair
em
depressão
por
força
destas
circunstâncias
todas.
Psicoafetivas:
Como
consequência
do
relacionamento
social
mencionado
no
tópico
anterior,
sucederá
que
alguns
conflitos
serão
praticamente
inevitáveis.
Nem
sempre
a
criatura
conseguirá
uma
convivência
harmônica,
saudável
e
produtiva
com
o
seu
semelhante,
expondo-se
a
dificuldades
constantes
no
relacionamento
interpessoal,
especialmente
com
aquelas
pessoas
que
venham
a
fazer
parte
do
seu
pequeno
mundo.
Essas
dificuldades
de
entrosamento,
sobretudo
com
as
pessoas
de
convivência
mais
íntima
e
ou
próxima,
sem
dúvida,
podem
concorrer
para
uma
depressão.
Com
as
dificuldades
próprias,
ampliadas
pelas
dificuldades
do
mais
próximo,
a
pessoa,
vulnerável,
estará
exposta
a
grandes
riscos.
Quantos
desencantos
e
frustrações
na
vida
doméstica!
Quantos
conflitos
de
opiniões!
Quantas
ofensas,
indelicadezas,
desatenções
e
humilhações!
Quanta
sobrecarga
de
problemas!
Quantas
enfermidades
no
lar
e
fora
dele,
no
círculo
de
amigos!
Quantas
amputações emocionais
traumáticas,
nas
separações
dolorosas!
Socioeconômicas:
No
momento
em
que
este
livro
é
elaborado,
as
estatísticas
referem
que
mais
de
um
bilhão
de
criaturas
vivem
em
condições
subumanas,
não
obtendo
emprego
ou,
quando
empregadas,
não
percebendo os
valores
mínimos
indispensáveis
à
própria
e
à
manutenção
da
família.
As
mesmas
estatísticas
referem
que
algo
em
torno
de
um
bilhão
e
trezentos
milhões
de
seres
sobrevivem com
a
média
de
um
dólar
por
dia,
sendo
obrigadas
a
atender
a
todas as
necessidades
com
semelhante
recurso.
Evidente
que,
faltando
tanto para
tanta gente,
com
a
miséria
estabelecendo
seu
império,
a
depressão
será
quase
inevitável
para
essas
criaturas
todas.
Como
ser
feliz
vendo-se
privado
do
necessário?
como
ser
feliz
vendo
a
família
morrer à
mingua?
como
ser
feliz
vendo
os
filhos
privados
do
atendimento
das
necessidades
básicas?
como
ser
realmente
feliz,
estando-se
impossibilitado
de
atender
aos
afetos
enfermos?
Assim,
o
ver-se
privado
do
necessário
para
a
manutenção
digna
da
existência
é,
sem
contestação
possível,
causa
importante
de
depressão.
O
egoísmo
é,
pois,
causa
de
depressão,
na
medida
em
que
provoca
desníveis
graves
e
enseja
a
exploração
do
fraco
pelo
forte...
Enfermidades orgânicas:
Como
se
verá
no
capítulo
Consequências,
a
depressão,
comprometendo
o
sistema
imunológico
da
pessoa,
pode
concorrer
decisivamente
para
a
eclosão
de
enfermidades
orgânicas.
É
inegável,
porém,
que
uma
enfermidade
orgânica
poderá
concorrer
decisivamente
para
o
surgimento
de
uma
depressão.
Como
ou
por
que
isto
ocorreria?
A
chamada
medicina holística entende
que

necessidade
de
um
razoável
equilíbrio
entre
os
vários
aspectos
da
pessoa,
para
que
se
possa
dizer
estar
ela
gozando
de
efetiva
saúde.
Assim,
saudável
seria
todo
aquele
que
orgânica,
emocional
e
espiritualmente
estivesse
bem.
Não
se
apresentando
bem
em
um
dos
departamentos citados,
não
se
poderá
dizer
que
a
pessoa
esteja
gozando
de
saúde.
Holística vem
do
grego
Holikós,
que
significa
universal.
Isto
é,
todo
o
universo da
criatura
necessita
estar
bem,
para
que
se
diga
que
ela
efetivamente está
bem.
Compreensível
que
alguém,
padecendo
de
alguma
enfermidade
orgânica,
sem
resistências
espirituais/emocionais
para
o
enfrentamento,
se
deixe
abater
pela
ocorrência.
A
alma
poderá
não
se
sentir
feliz
em
um
corpo
enfermo,
o
que
é
também
compreensível
em
face
do
atual
estágio
evolutivo
da
humanidade.
Tenho
atendido
muitos
irmãos
nossos
que,
apresentando
uma
doença
grave
(câncer,
por
exemplo),
caíram
em
depressão
profunda.
Sem
compreender
a
dor
e
a
sua
finalidade,
a
alma
poderá
se
permitir
abatimento,
deprimindo-se.
Somente
a
pessoa
que

conseguiu
uma
certa
estrutura
poderia
enfrentar
bem
um
situação
de
enfermidade
orgânica,
sem
adicionar
aflições
outras.
Substâncias entorpecentes:
Causa
muito
frequente
de
depressão,
especialmente
entre
os
jovens.
Basta
ver
o
comportamento
psicológico
da
juventude
abatida
pelos
estupefacientes,
para
logo
constatar-se
os
muitos
malefícios
de
tal
dependência.
Sabe-se
dos
danos
profundos
que
tais
substâncias
produzem
no
organismo
do
dependente.
Organicamente
abatido,
a
alma
ainda
mais
facilmente
se
deprimirá.
Mesmo
que
o
corpo
resista
por
um
certo
período,
a
pessoa,
sentindo-se
vencida,
não
encontrando
forças
para
a
superação
do
quadro,
emocionalmente
debilitada
e
insegura,
poderá
deprimir-se
gravemente.
Alcoolismo:
Tudo
quanto
se
disse
no
tópico
anterior,
tem
aqui
inteira
aplicabilidade,
até
porque
o
álcool
é,
sem
dúvida
alguma,
uma
droga,
cuja
ingestão
traz
enormes
prejuízos
à
pessoa,
à
família
e
à
comunidade.
Se
é
verdade
que
o
deprimido
poderá
tornar-se
um
alcoólatra,
como
também
um
dependente
de
substâncias
outras,
não
menos
verdade
é
que
a
viciação
alcoólica
poderá
descambar
para
uma
depressão,
seja
pelos
danos
causados
ao
organismo
seja
pelos
danos
causados
ao
emocional.
E

quem
pretenda
afogar
seus
problemas
no
vício,
agravando-os
portanto.
Psicológicas/espirituais:
Sabe
você,
amigo
leitor,
que
esta
obra
procura
um
perfil
nitidamente
espírita-cristão,
não
havendo
o
propósito
de
abordar
tanto
a
questão
sob
a
ótica
da
Ciência
Psicológica,
embora
não
se
desdenhe
o
valor
da
contribuição
acadêmica.
Assim,
TUDO AQUILO QUE CONTRIBUA PARA CONSUMIR E DESGASTAR
A CRIATURA HUMANA, na
ótica
da
Doutrina
Espírita,
em
princípio,
poderá
ser
considerado
causa
de
depressão.
A
seguir,
apresentamos
outras
causas
igualmente
relevantes,
algumas
das
quais
aceitas
pela
Academia.
Para
que
a
obra
não
se
torne
fastidiosa,
aborda-se,
também
este
tópico
de
maneira
sucinta,
objetiva,
sempre
na
esperança
de
auxiliar
os
sofredores
da
estrada
redentora.
Este
binômio,
psicológicas/espirituais,
para
nós
e
neste
contexto,
tem
uma
aplicação
bastante
ampla.
Segundo
a
visão
espírita-cristã,
parte
das
depressões
tem

a
sua
causa
primeira.
Cada
criatura
humana
encontra-se
em
um
determinado
estágio
evolutivo,
com
uma
escala
de
valores
e
com
uma
estrutura
compatíveis
com
a
condição
em
que
se
encontra.
Deste
modo,
compreensível
que
uma
pessoa
se
permita
deprimir
por
uma
circunstância
que
a
outra
em
nada
afetaria.
Para
uma
compreensão
profunda
das
aflições
humanas,
imperioso
que
o
observador
se
coloque
no
lugar
e
situação
do
aflito.
Sem
essa
atitude,
como
conseguirá
auxiliá-lo
com
eficiência,
bondade
e
amor?
Assim,
vamos
encontrar
criaturas
padecendo
de
depressão
em
virtude
de:

agasalhar
e
cultivar
uma
tristeza
contínua,
às
vezes
inexplicável;

alimentar
uma
amargura
perseverante;

possuir
uma
rebeldia
sistemática;

problemas
de
procedência
vária,
mesmo
os
naturais;

aflições
que
se
agigantam;

aflições
não
corrigidas;

tudo
o
que
a
consome;

mil
pequenas
injunções;

dores;

saudades;

erros
não
corrigidos;

pressões
socioemocionais;

influência
do
grupo
familiar;

auto-obsessão
ou
fixação
mental;

insatisfação
perseverante;

remoer
pensamentos
e
sentimentos
negativos;

outros
estranhos
estados
d’alma;

indisposição
íntima,
ou
desânimo;

pessimismo;

estados
negativos
ou
alterados
de
comportamento;

mau
humor
sistemático;

desencantos
e
frustrações;

abusos
sexuais;

rotina
ou
tédio;

estresse;

medo;

ansiedade;

rejeição...
Capítulo
V.
Consequências

Sumário: comprometimento do sistema imunológico; enfermidades


orgânicas; suicídio; fator destrutivo da mente e da personalidade; tragédias
várias.

comprometimento do sistema imunológico

Os
efeitos
de
uma
depressão
poderão
ser
extremamente
devastadores
para
o
seu
portador,
como
também
para
aqueles
que
façam
parte
de
seu
universo.
Digo
que
os
efeitos
poderão
ser
extremamente
devastadores,
considerando
que
a
depressão
possui
graus
variados,
como
se
mencionou
no
capítulo
primeiro,
como
também
porque
os
efeitos
ficarão
sempre
mais
ou
menos
dependentes
da
personalidade
do
depressivo
e
dos
fatores
que
terão
desencadeado
o
mal,
como
também
do
momento
por
ele
vivido.
No
entanto,
se
delicada
a
conjuntura
vivida
pelo
enfermo
e
se
grave
o
grau
da
doença,
sem
dúvida
que
as
consequências
poderão
ser
funestas.
..................................
Aprendemos
com
a
Ciência Médica
que
o
nosso
organismo,
fruto
de
conquistas
multimilenárias,
possui
um
avançado
e
eficiente
sistema
de
autodefesa,
que
objetiva
preservá-lo
e
ou
defendê-lo
dos
ataques
externos
e
internos,
sem
o
que
a
vida
ficaria
grandemente
comprometida.
Sabe-se,
com
o
Espiritismo,
que
todo
o
cosmo
orgânico
é
regido
pela
alma.
O
estado
emocional
interfere
diretamente
neste
sistema
de
autodefesa
do
organismo.
Enfermando
o
espírito,
as
forças
orgânicas
ficarão
desguarnecidas,
vulneráveis,
expostas
aos
invasores
microbianos,
pela
perda
ou
comprometimento
desse
sistema
que
as
protege.

enfermidades orgânicas

Enfermando
o
espírito,
como

mencionado,
as
forças
orgânicas,
sem
resistências
e
com
as
defesas
comprometidas,
serão
dominadas
pelos
invasores.
Vencidas
as
resistências
orgânicas,
o
corpo
terminará
por
enfermar-se,
também.
Por
esta
razão,
um
depressivo,
sobretudo
se
grave
o
seu
estado,
poderá
vir
a
sofrer,
dentre
outros
males,
estes:
distúrbios
digestivos;
úlceras
(estômago
e
duodeno);
disritmia
cardíaca;
problemas
hepáticos;
disfunções
intestinais;
manifestações
cancerígenas;
estados
degenerativos
graves;
infecções
lamentáveis;
alergias;
oscilação
de
pressão;
comprometimento
do
metabolismo
em
geral;
agravamento
dos
problemas

existentes;
e,
finalmente,
profundo
desgaste.
Ocorrerá,
ou
poderá
ocorrer,
com
o
depressivo,
a
chamada
somatização, isto
é,
os
distúrbios
emocionais/espirituais
terminarão
por
se
projetar
no
universo
orgânico.
Quando
isto
ocorrer,
não
será
suficiente
o
tratamento
orgânico
(cuidando-se
somente
dos
efeitos),
sendo
necessário,
sobretudo,
socorrer
a
alma,
assim
eliminando
a
causa
desencadeadora
do
efeito.
Conhecida
e
querida
atriz
da
televisão
brasileira,
em
matéria
que
versava
sobre
depressão,
narra
que
passou
a
padecer
desta
enfermidade
pelo
sentimento
de
perda,
oriundo
da
morte
de
seu
amado
genitor.
Tinha
com
ele
um
relacionamento
maravilhoso
e,
vendo-o
partir,
extremamente
apegada
que
era,
e
dominada
pelo
sentimento
referido,
deixou-se
arrastar
para
um
grave
estado
de
depressão.
Posteriormente,
percebendo
mudanças
substanciais
no
próprio
organismo,
feitos
os
exame
de
praxe,
surpreendida,
dolorosamente
surpreendida,
veio
a
saber
que
estava
com
câncer,
enfermidade
esta
decorrente
do
comprometimento
do
sistema
imunológico,
afetado
pela
depressão.
A
paciente
entregou-se
afanosamente
ao
tratamento
do
problema
emocional,
vindo
a
curar-se.
Obtida
a
cura
do
estado
emocional
enfermiço,
terminou
ela
por
igualmente
curar
o
câncer
de
que
era
portadora.
Este
fato,
verdadeiro,
ilustra
bem
como
uma
mente
desequilibrada
e
doente
pode
comprometer
de
maneira
severa
todo
o
cosmo
orgânico,
confirmando
as
pesquisas
modernas,
segundo
as
quais,
a
saúde
do
ser
depende
do
emocional,
do
espiritual
e
do
fisiológico.
Encontraremos
na
obra
do
Dr.
Marco
Aurélio
Dias
da
Silva,
excelente
capítulo
tratando
das
doenças
psicossomáticas,
isto
é,
doenças
do
corpo
geradas
por
um
estado
enfermiço
da
mente.
Para
esse
estudioso,
todas
as doenças são psicossomáticas, inclusive as infecciosas. Anota
ele:
Em que pese a noção, já antiga, do papel dos estados emocionais na gênese
das doenças, durante séculos, e mesmo até Freud, admitia-se que, com a exceção
dos males congênitos e hereditários, as doenças eram causadas por agentes
externos, isto é: vinham de fora para dentro. O advento da psicanálise, todavia,
e sua progressiva aceitação revolucionaram esse conceito e introduziram um
novo: o de que, em algumas doenças, os males do corpo constituíam uma mera
expressão dos males do espírito, ou seja, provinham de dentro da pessoa.
As primeiras doenças rotuladas de psicossomáticas e ainda hoje citadas
como “doenças clássicas ou maiores” incluem a úlcera, a asma brônquica, a
hipertensão arterial, a enxaqueca e a artrite reumatoide. Esse universo logo se
ampliou, de tal sorte que, já em 1976, Rees listava uma vasta relação do que
chamou de “distúrbios psicossomáticos mais comuns”. Por sua vez, Jhoor,
relacionou vários sintomas físicos resultantes da angústia, relatando a
percentagem nos quais os encontrou e estabelecendo as diferenças entre os
sexos.
A observação - prossegue
o
autor
-
deixa claro que a amplitude do
universo dos distúrbios psicossomáticos passou a abranger doenças em todos os
órgãos. Sendo assim, a ideia de que “toda a doença é psicossomática” passou a
conquistar um número cada vez maior de adeptos e a ganhar contornos de
verdade científica... (30d)

suicídio

Induvidosamente,
é
esta
a
consequência
mais
terrível
da
depressão:
o
suicídio.
Quando
ele
ocorre,
deixa
marcas
profundas,
dificilmente
superáveis,
nos
familiares
e
amigos.
Estes,
atravessarão
largo
período
da
existência
se
perguntando:
o que aconteceu para que ele/ela fizesse isto? e agora, o que
será de nosso ente querido? como ficaremos nós, sem a sua presença amada e com
esta profunda dor? onde e como teremos falhado para com ele/ela?...
O
suicídio,
consoante
magistério
da
Doutrina
Espírita,
pode
ser
direto/indireto,
ou
consciente/inconsciente.
O
suicídio
direto
ou
consciente,
como
a
própria
expressão
o
indica,
é
aquele
em
que
a
pessoa,
deliberadamente,
decide
por
eliminar
a
própria
vida,
o
que
faz
através
de
uma
irreversível
autoagressão,
sem
tempo
e
meios
para
retroceder
no
gesto.
Ouvi,
certa
vez,
de
um
psicólogo
amigo,
que
o
depressivo
nem
sempre
guarda
o
propósito
deliberado
de
pôr
fim
à
própria
vida.
Em
realidade,
pressionado
pelos
fatores
afligentes,
deseja
o
enfermo
pôr
fim
à
dor
que
o
vem
dilacerando.
Fosse
possível
a
ele
-
segundo
a
sua
ótica
-
eliminar
a
problemática
afligente
e
certamente
envidaria
esforços
para
superá-la,
preservando
a
vida.
O
suicida,
portanto,
não
crê
ou
não
vislumbra
saída
para
o
seu
problema,
e
assim,
dominado
por
desesperação
que
considera
invencível,
elimina
a
vida
orgânica,
imaginando,
com
isto,
livrar-se
da
dor.
Terrível
e
lamentável
engano,
este.
O
suicida,
como
no-lo
demonstra
a
Doutrina
Espírita,
pela
mediunidade
bem
orientada,
não
somente
não
supera
a
problemática
angustiante
como
a
terá
agravada,
no
além-
túmulo,
pelo
recrudescer
das
dores,
vendo-se
arremessado
a
situação
muito
mais
dolorosa,
que
dele
exigirá
esforço
ingente
de
superação
nas
próximas
encarnações.
Isto,
agravado
pelos
sofrimentos
dos
que
permaneceram
à
retaguarda,
em
horrenda
situação.
Suicídio
indireto/inconsciente,
como
facilmente
se
compreende,
é
aquele
em
que
a
morte
não
é
buscada
deliberadamente,
num
gesto
precipitado,
irreversível.
A
pessoa,
dominada
por
uma
tristeza
longamente
agasalhada
(para
nos
referirmos
somente
à
depressão),
a
pouco
e
pouco
vai
se
abatendo,
entregando-se
ao
desalento,
consumindo
as
forças
psíquicas
e
físicas,
até
que
o
corpo,
perdidas
todas
as
resistências,
não
mais
permite
que
a
alma
nele
se
mantenha,
expulsando-
a
da
vida.
Nessa
morte emocional,
a
pessoa
se
nega
a
viver.
A
tristeza
longamente
agasalhada,
a
mágoa
conservada,
a
rebeldia
sistemática,
a
irritação
constante,
o
desespero
irrefreado,
dentre
outros
estados
emocionais
mórbidos,
podem
ser
considerados
suicídios
indiretos/inconscientes,
cujos
efeitos,
no
além-túmulo,
serão
danosos
para
o
espírito.
Este,
se
não
superada
a
aflição
enquanto
no
corpo,
prosseguirá
desditoso
além
da
vida
física,
podendo
assim
permanecer
na
erraticidade
e
até
reencarnar
trazendo,
no
bojo
subconsciencial,
a
depressão
não
superada.
Recorde-se
da
história
narrada
por
Divaldo
Pereira
Franco
(capítulo
I).
A
depressão,
portanto,
pode
ser
comparada
a
um
suicídio psicológico,
que
se

pela
ausência
de
valor
moral
para
o
enfrentamento
das
vicissitudes.
O
depressivo
não
faz
a
opção
por
si
mesmo,
optando
pela
derrocada
e
vendo
no
fracasso
algo
natural
ou
inevitável.

fator destrutivo da mente e personalidade

A
depressão,
além
das
consequências
graves
que

se
abordou,
traz
ainda
várias
outras,
a
saber:

Desarticula
o
equilíbrio
mental;

Provoca
angústia;

Desperta
fobias;

Produz
perturbações
do
comportamento;

Leva
o
ser
a
reações
impertinentes;

Causa
insucessos
afetivos,
financeiros
e
sociais;

Compromete
de
forma
severa
a
autoestima,
com
o
que
a
criatura
se
sente
desvalorizada
e
se
autodestrói
pela
conduta
mórbida;

Suscita
aflições
alienantes;

Arrasta
a
criatura
à
auto-obsessão;

Desencadeia
obsessões
infelizes.
Se
a
obsessão
pode
dar
causa
à
depressão,
esta,
a
seu
turno,
pode
dar
causa
à
obsessão.
Espíritos
perturbadores,
vingativos
ou
necessitados
de
variada
procedência,
podem
se
homiziar
nos
campos
psíquicos
do
ser,
abalado
pelas
próprias
descargas
mentais
perniciosas.

Pode
produzir
loucura;
Loucura
esta
que
muitas
vezes
principia
na
aflição
mal
suportada,
quando
a
pessoa
se
deixa
consumir
pela
queixa,
pela
rebeldia
sistemática,
culminando
por
desgastar-se
no
comportamento
psicótico.

Arrasta
à
apatia.
Apatia
significa
insensibilidade,
indiferença,
indolência
e
ou
falta
de
energia.
O
apático
é
uma
pessoa
triste,
acabrunhada,
solitária,
e
sente-se
abandonada,
desestimulada,
escravizada
à
rotina,
pensando
que
nada
vale
a
pena.
Por
sua
vez,
são
graves
os
efeitos
da
apatia,
podendo:

Produzir
doenças
orgânicas.
Pelo
relaxamento
do
espírito,
o
corpo
fica
entregue
a
si
mesmo
e
aos
ataques
microbianos;

Retardar
o
progresso
individual
e
coletivo,
conduzindo
sua
vítima
à
acomodação,
à
rotina
neurotizante;

Provocar
a
morte
da
esperança,
do
trabalho;

Suscitar
auto-obsessão;

Arrastar
à
autopiedade;

Produzir
desânimo,
cujos
efeitos
são
dos
mais
deletérios.
Desanimada,
a
pessoa:

torna-se
mais
sensível
à
advertência;

fica
mais
exposta
ao
melindre;

é
mais
suscetível
à
mágoa;

foge
à
realidade;

entorpece
a
mente
e
o
corpo;

nega
oportunidade
de
libertação
a
si
mesma,
tombando
sob
a
influência
dos
vapores
mefíticos;

desiste
da
luta;

é
arrastada
ao
fracasso;

estará
exposta
a
males
outros
ainda
não
catalogados
pela
Ciência;

tragédias várias

A
depressão,
ainda,
em
muitos
padecentes,
é
responsável
por
estas
situações:

Solidão
mórbida
daqueles
que
preferem
fugir
para
o
isolamento
emocional;

Domínio
dos
receios
íntimos.
Receio
de
novas
agressões,
de
contato
com
novas
pessoas...;

Sentimento
de
injustiça,
que
passam
a
nutrir.
Como
na
experiência
vivida
por
certa
mãe
sofrida
que,
sem
segura
informação
e
formação
religiosas,
revoltou-se
contra
a
Vida
e
Deus,
achando-se
vítima
de
injustiça,
pela
desencarnação
da
filha
aos
44
anos
de
idade;

Cansaço.
Os
depressivos
sentem-se
cansados
da
batalha diária;

Indiferença
ao
amor.
Os
depressivos
cerram
a
porta
do
coração
à
solidariedade;

Mágoa
facilmente
instalada.
A
mágoa,
a
seu
turno,
traz
consequências
danosas
para
a
criatura,
a
saber:

desgasta
o
corpo;

desgasta
a
organização
psíquica;

envenena
o
pensamento;

impede
o
recebimento
dos
socorros;

torna
a
pessoa
impiedosa,
rancorosa;

provoca
desespero;

exala
amargura;

exala
desconforto;

expulsa
as
pessoas
que
desejam
auxiliar;

gera
mau
humor
e
azedume;

expele
cargas
vibratórias
negativas;

produz
enfermidades
várias;

realiza
contágio
pestilento.
Assim
como
o
câncer,
provoca
metástase
no
grupo
social;

gera
epidemias
como
a
maledicência,
o
ódio,
a
queixa;

ameaça
a
organização
social.
Vejam-se
os
ódios
e
os
ressentimentos
que
dominam
comunidades
e
povos
inteiros!

Comprometimento
do
desempenho
geral:
familiar,
profissional,
afetivo,
social
e
até
sexual.
Para
ilustrar
como
a
depressão
é
responsável
por
tragédias
várias
na
vida
de
muitas
criaturas,
anoto
para
você
uma
reportagem
onde
Helena
Andrade
e
Silva
narra
ter
perdido
o
emprego
e
o
marido,
e
engordado
40
quilos,
além
de
sofrer
preconceito
da
própria
família.
Diz
textualmente
a
reportagem:
‘Sofro preconceito da família.’
A depressão fez Helena Andrade e Silva, 36, ex-assessora de imprensa,
perder emprego, marido, engordar 40 quilos e tentar quatro vezes o suicídio.
Depois de tentar vários tipos de tratamento, inclusive alguns nada
ortodoxos, como eletrochoque, Helena diz que não tem nenhuma perspectiva de
vida.
“Já experimentei todos os remédios e até hoje tomo as drogas mais
modernas que existem no mercado. Mas meu caso é extremo e acho que nem a
psiquiatria sabe mais o que fazer comigo”, afirma Helena.
Em 1992, na esperança de se curar da depressão, que, na ocasião, julgava ser
algo apenas passageiro, Helena chegou a fazer sozinha uma viagem de cinco
meses pela Europa - realizando um antigo sonho de sua juventude.
Ela gastou U$$ 60 mil na viagem e voltou com os mesmos problemas na
bagagem.
“Cheguei a ficar dias trancada num quarto de hotel da Suíça só comendo
chocolate”, diz ela.
Helena teve sua primeira crise depressiva há cinco anos. Ela diz que não
sofreu nenhum grande trauma na ocasião nem passou por alguma experiência
triste que pudesse ser encarada como a detonadora da doença.
Helena conta que começou a se sentir sem vontade de fazer nada sem
nenhum motivo aparente.
Sua depressão chegou a tal ponto que ela parou de ir ao escritório em que
trabalhava.
O detalhe assustador era que seu escritório era em casa e ela não tinha
vontade nem de levantar da cama e ir à sala ao lado.
Até hoje, o que mais a irrita é que muitas pessoas acham que depressão não
é doença e gostam de dar “palpites de cura”.
“Ninguém acha que a depressão é doença só porque ela não faz sangrar.
Sofro preconceito até da minha família”, diz Helena.
“Tenho amigas que acham que, se eu sair de casa para fazer compras num
shopping ou fizer uma boa dieta, vou melhorar. Esse tipo de visão da doença me
magoa muito.” (33)
Encontramos,
ainda,
no
mesmo
periódico:
As doenças psiquiátricas e neurológicas, que são responsáveis por apenas
1,4% das mortes no mundo, provocam 28% dos casos de incapacitação no
globo.
Cinco das dez doenças ou acidentes que mais causam alguma forma de
incapacitação no mundo são de origem psiquiátrica.
Os dados fazem parte do trabalho da OMS, Harvard e Banco Mundial, que
usou estatísticas globais do ano de 1990.
Por não figurarem na lista das dez principais causas de morte no mundo, as
doenças psiquiátricas têm, no jargão dos especialistas em epidemiologia, um
“peso oculto” sobre as pessoas, que, muitas vezes, é negligenciado pelas
autoridades de saúde.
“Infelizmente, os problemas psiquiátricos ainda são vistos como coisa
menor. Muitos médicos não sabem diagnosticá-los e têm até preconceito contra
os especialistas da área,” afirmou a psiquiatra Doris Hupfeld Moreno, do
Gruda (Grupo de Doenças Afetivas), que trata de pacientes com depressão no
Hospital das Clínicas de São Paulo.
Causa número um de incapacitação, a depressão é responsável por 10% dos
casos do mundo. Segundo a psiquiatra Doris, a depressão aumenta de 3 a 4
vezes a incidência de mortes provocadas por outras doenças...
Capítulo
VI.
Cura

Sumário:
cure-se a si mesmo (o próprio depressivo); torne-se maduro
emocionalmente (imaturidade psicológica); espiritualize-se (comportamento
materialista); desapegue-se (sentimento de perda); perdoe sempre
(ressentimento); perdoe-se e recomece (sentimento de culpa); liberte-se
(obsessão); cura para as causas diversas (outras causas); recomendações outras
para a cura: higienize-se mentalmente; polarize o pensamento; confie em Deus;
confie em Jesus; ore fervorosamente; ame sempre; busque o Espiritismo;
encontre um Centro Espírita; ampare-se na família; tenha bons e estruturados
amigos; trabalhe e transpire também; vigie sempre; compreenda e trabalhe a
dor; cultive alegria íntima; seja racional.

cure-se a si mesmo (o próprio depressivo)

Alma
irmã!
Não
fique
transferindo
a
responsabilidade
integral,
pelo
que
lhe
sucede,
aos
outros
ou
às
circunstâncias.
Aceite
esta
verdade:
em
você
está
a
causa
principal
de
sua
depressão.
Convença-se
de
que
é
a
sua
condição
íntima
que
determinará
se
isto
ou
aquilo
a
arrastará
ou
não
ao
estado
de
tristeza.
É
por
este
motivo
que
as
pessoas
tendem
a
se
comportar
de
forma
diferente
diante
de
uma
mesma
ocorrência.
Se
você
compreender
e
aceitar
esse
fato,
mais
facilmente
conseguirá
curar-se
a
si
mesma.
Enquanto
permanecer
na
atitude
imatura
ou
comodista
de
transferir
para
o
exterior
(aos
outros
ou
às
circunstâncias)
a
responsabilidade
exclusiva
pelo
que
lhe
sucede,
sua
melhora
demorará
a
chegar,
porque,
não
detectada/reconhecida
a
causa
profunda,
você
ficará
na
periferia,
na
superfície
do
problema.
..................................
Cure-se
a
si
mesma.
Se
você
é
a
responsável
primeira
pelas
suas
dificuldades
íntimas,
isto
significa
que
em
si
mesma
estarão
os
recursos
para
a
autocura.
Você
pode
e
deve
ser
o
seu
melhor
médico.
..................................
Estruture-se
intimamente,
capacitando-se
para
o
enfrentamento
das
adversidades,
não
se
permitindo
abalar
tanto
com
as
ocorrências.
Assuma
o
propósito
de
esforçar-se
por
manter
sua
saúde
integral:
a
do
corpo,
a
das
emoções
e
a
da
alma.
..................................
Não
condicione
a
fruição
de
alguma
felicidade
à
cessação
completa
do
sofrimento.
Isto
pode
ser
prejudicial
à
sua
paz,
em
face
da
possibilidade
de
o
sofrimento
prolongar-se
indefinidamente,
o
que
indefinidamente
retardaria
o
gozo
da
alegria.
Sem
dúvida,
aflições
muitas
podem
estar
assoberbando
a
sua
vida,
mas
você
não
está
obrigada
a
submeter-se
a
elas.
Antes,
deve
sobrepor-se-lhes.
..................................
Reconheça,
então,
que
as
aflições
existem
e
que
a
sua
fragilidade
íntima
concorre
para
o
abatimento
moral.
Faça,
porém,
o
propósito
de
resistir
quanto
possível
às
pressões
sobre
a
sua
mente
e
sobre
a
sua
vida.
Se
você
não
se
sobrepuser
ao
meio, este
poderá
dominá-la
totalmente.
Vença-se
a
si
mesma,
superando-se
e
vencendo
o
meio
adverso.
..................................
Para
que
você
se
ajude
com
eficiência,
realize
o
seu
autodescobrimento.
Ou
seja,
autoexamine-se
para
tentar
perceber
onde
estão
os
seus
pontos
fracos
e
o
que
a
deprime.
Com
isto,
você
poderá
estabelecer
um
programa
de
recuperação
íntima,
tornando-se
forte
nos
pontos
fracos
e
dominando
os
fatores
que
a
afligem.
..................................
Seja
humilde
e
decidida
na
busca
do
autodescobrimento.
A
humildade
a
ajudará
a
desnudar-se
diante
de
si
mesma,
sem
autopiedade.
A
decisão
será
fator
importante
para
que
você
não
desanime
nessa
realização.
Para
que
a
pessoa
se
autoconheça,
faz-se
necessário
um
esforço
perseverante,
contínuo.
..................................
Com
o
autoconhecimento,
você
conseguirá
penetrar
no
inconsciente
profundo,
o
que
ensejará
a
eliminação
da
ou
das
causas
que
a
vem
afligindo.
O
autodescobrimento
ensejará
o
controle
dos
impulsos
e
dos
hábitos
perniciosos.
Com
esse
controle
virá
o
equilíbrio
entre
o
Eu
interior
e
o
eu
exterior,
quando
não
a
supremacia
do
primeiro
sobre
o
segundo.
Sem
a
conscientização
de
si
mesma,
você
não
conseguirá
se
ajudar
e
ajudar
as
circunstâncias
que
a
rodeiam.
Com
o
autodescobrimento,
você
terá
o
autocontrole,
assim
controlando
os
pensamentos
e
as
emoções,
de
consequência
conseguindo
um
controle
expressivo
das
situações
que
a
atormentam.
..................................
Discipline-se
no
sentido
de
encontrar
tempo
e
local
adequados
para
a
busca
do
autoconhecimento.
É
importante
que
você
aprenda
a
estar
consigo mesma, sem
o
atropelo
dos
compromissos
e
sem
a
balbúrdia
que
caracteriza
a
vida
hodierna.
Estando
em
sua própria companhia,
será
possível
realizar
uma
viagem
para
o
seu
interior,
o
que
ensejará
o
autoexame
necessário.
Com
isto,
você
obterá
seguro
conhecimento
de
si
mesma.
Encontrando
tempo
e
o
local
mais
conveniente
e
agradável,
procure
deitar-se
comodamente,
relaxando
mente
e
corpo.
Se
possível,
ouvindo
uma
música
que
favoreça
o
recolhimento.
Se
não
nesse
momento,
após
a
reflexão
e
o
autoexame,
anote
em
uma
folha
de
papel
as
questões
que
a
vem
afligindo
e,
principalmente,
as
deliberações
e
providências
que
poderão
e
deverão
ser
tomadas
para
a
reconquista
da
sua
tranquilidade.
Se
possível,
diariamente,
realize
uma
sessão
de
relaxamento.
Se
tiver
dificuldade
em
realizá-la
peça
ajuda
e
orientação
sobre
a
melhor
técnica
de
fazê-lo.
Busque,
no
esforço
de
autorrelaxação,
a
intimidade
com
Deus,
Jesus,
os
Bons
Espíritos
e
com
você
mesma.
A
inspiração
virá,
auxiliando-a
em
suas
necessidades.
A
inspiração
é
recurso
valioso,
que
criatura
alguma
pode
desconsiderar.
Aprenda
a
se
ocupar
com
as
situações
afligentes,
e
não
a
se
preocupar.
Preocupar-se
é
estressar-se
inutilmente.
Ocupar-se
é
buscar
e
encontrar
soluções
para
as
dificuldades
existentes.
..................................
Aproveite
bem
o
momento
atual,
sem
dúvida
o
mais
importante
para
a
sua
vida.
No
capítulo
III
(na
intimidade
da
casa
mental)
teve
você
oportunidade
de
verificar
que
o
consciente
representa
o
domicílio
das
conquistas
atuais
e
que
nele
se
erguem
e
consolidam
as
qualidades
nobres
que
estamos
edificando.
Esforce-se
e
aplique
sua
vontade,
com
a
energia
máxima,
na
obtenção
da
alegria.
Como

mencionado,
e
segundo
o
Espírito
Emmanuel,
hoje é o dia mais importante da sua vida...
A vontade tem que ser orientada mediante a disciplina mental, trabalhada
com exercícios de meditação, através de pensamentos elevados, de forma que
gerem condicionamento novo, estabelecendo hábito diferente do comum.
(23)
..................................
Você
traz
imensos
recursos
na
sua
alma,
que
aguardam
oportunidade
de
desenvolvimento.
Também
no
capítulo
III,
pôde
você
constatar
que
no
superconsciente
guarda
a
pessoa
materiais
de
ordem
sublime,
noções
superiores,
onde
estão
o
ideal
nobre
e
as
metas
elevadas
que
nos
cumpre
alcançar.
Invista
no
presente,
de
olhos
postos
nesse
futuro,
quando
você,
livre
definitivamente
do
passado,
será
alguém
autorrealizada
e
feliz.
..................................
Quanto
possível,
auxilie
os
outros
a
auxiliar
você.

pessoas
interessadas
em
ajudá-la.
Descubra-as
e
ajude-as
a
ajudar
você.
..................................
Motive-se.
A
alegria,
que
você
conquistará,
merece
todo
o
seu
investimento.
..................................
Aproveite
bem
o
tempo.
Não
o
desperdice
no
cultivo
da
tristeza
sistemática.
O
mau
uso
do
tempo
é
responsável
por
muitas
aflições.
..................................
Alma
querida!
Autossugestione-se
positivamente,
dizendo:
Serei senhora de mim mesma e das circunstâncias que me rodeiam. Agora
que constato ser eu a responsável primeira pelo que de ruim me vem sucedendo,
esforçar-me-ei para um autodomínio mais acentuado, estruturando-me de tal
modo que as situações adversas não me levem a um abatimento moral
profundo. Sempre quando a dor chegar, lembrar-me-ei de minhas
possibilidades íntimas e tudo farei para não sucumbir diante das adversidades.
Sou filha de Deus e sei que posso e devo contar com a Sua ajuda. Com a ajuda
de Deus, tudo posso vencer, tanto a mim mesma quanto as ocorrências
inditosas. n’Ele encontrarei sempre a inspiração e as forças de que necessito...
torne-se maduro emocionalmente (imaturidade psicológica)

Alma
irmã!
Se
você
ainda
não
encontrou
oportunidade
ou
razão
para
meditar
em
torno
da
reencarnação,
este
é
um
momento
para
fazê-lo.
Somente
através
desta
lei da Natureza
conseguirá
você
entender
as
desigualdades
que
caracterizam
as
criaturas
humanas
encarnadas
na
Terra.
Sem
a
reencarnação,
como
seria
possível
explicar
racionalmente
a
perversidade
e
a
bondade,
a
sabedoria
e
a
estultície,
a
inteligência
e
a
ignorância,
a
justiça
e
a
injustiça,
a
saúde
e
a
doença,
e
todos
os
contrastes
que
observamos?
Sendo
Deus
justo,
entenda
que
Ele
não
faria
distinção
alguma
entre
os
seus
filhos,
aos
quais
ama
com
a
mesma
solicitude.
Com
a
reencarnação,
você
compreenderá
porque
nos
defrontamos
com
pessoas
de
variadas
condições
emocionais
e
espirituais.
As
de
melhor
condição
são
as
que
se fizeram a si mesmas
através
dos
séculos
sucessivos,
nas
várias
encarnações.
Os
menos
preparados
do
ponto
de
vista
emocional/espiritual,
são
as
almas
mais jovens, que
ainda
não
tiveram
as
mesmas
oportunidades
nos
séculos
transatos,
ou
são
aquelas
que
não
souberam
ou
não
quiseram
aproveitar
bem
as
oportunidades.
Os
espíritos
mais
antigos,
ou
os
que
melhor
aproveitaram
as
oportunidades,
estruturando-se,
são
aqueles
que
agora,
defrontados
pelas
dificuldades,
sentem
em
si
mesmos
que
reúnem
condições
para
vencer,
e
entregam-se
corajosamente
ao
trabalho
que
lhes
propiciará
a
plenitude.
Os
menos
evoluídos
ou
menos
experientes,
sendo
mais
imaturos,
desarvoram-se
diante
das
ocorrências.
Com
um
baixo
nível
de
autocontrolabilidade
e
de
controlabilidade
das
ocorrências,
afligem-se,
desesperam-se,
perdendo-se
no
emaranhado
das
situações.
Sem
maturidade
psicológica,
de
conteúdo
mental
infantil,
tornam-se
instáveis
e
se
deixam
consumir
pela
revolta,
pela
amargura
e
pela
depressão,
sucumbidos
ao
peso
das
aflições.
O ser humano é o mais alto e nobre investimento da vida, momento
grandioso do processo evolutivo que, para atingir a sua culminância, atravessa
diferentes fases que lhe permitem a estruturação psicológica, seu
amadurecimento, sua individuação, conforme Jung.
Ao atingir a idade adulta deve estar em condições de viver as suas
responsabilidades e os desafios existenciais. É comum, no entanto, perceber-se
que o desenvolvimento fisiológico raramente faz-se acompanhar do seu
correspondente emocional, o que se transforma em conflito, quando um aspecto
não é identificado com o outro. Em tal caso, o período infantil alonga-se e
predomina, fazendo-se característica de uma personalidade instável,
atormentada, insegura, depressiva ou agressiva, ocultando-se sob vários
mecanismos perturbadores. (24)
A
maturidade
psicológica
poderá
ser
alcançada
através
do
autostudo,
que
permitirá
a
eleição
do
que
convém
e
do
que
não
convém
ser
mantido
na
intimidade
da
Casa
Mental,
esforçando-se
por
eliminar
dela
tudo
o
que
for
prejudicial.
..................................
Procure
verificar
a
qual
das
categorias
evolutivas
você
pertence.
Observe
se
você
está
ainda
na
chamada
consciência
de
sono,
se
é
uma
criatura
fisiológica,
subdiafragmática,
de
conduta
imediatista
ou
utilitarista,
vivendo
para
as
necessidades
do
hoje
e
do
agora
sem
nenhuma
ou
pouca
cogitação
filosófico-religiosa.
Esteja
certa
de
que
o
ocupar-se
com
as
questões
puramente
materiais,
conduta
típica
do
imaturo,
responde
por
várias
das
aflições
que
você
vem
experimentando.
Se
o
seu
é
um
perfil
imediatista,
você
pode
estar
se
pautando
pelo
egoísmo
exacerbado,
tornando-se
uma
pessoa
exigente,
ingrata
ou
rebelde.
..................................
Assuma
o
compromisso
de
superar
as
emoções
infantis,
assenhoreando-se
de
sua
consciência,
dominando
sua
vida
e
crescendo
na
direção
da
emoções
salutares
e
libertadoras.
Avançando
assim,
você
conquistará
o
amadurecimento
emocional,
portanto,
o
domínio
próprio
e
o
domínio
das
situações,
vivendo
tranquila
e
feliz.
..................................
Evite
aturdir-se
diante
das
ocorrências.
Surgindo
os
problemas,
examine-os
com
serenidade,
objetivando
vislumbrar
a
ou
as
possíveis
soluções.
A
aflição
pela
aflição,
simplesmente,
não
resolverá
problema
algum.
..................................
Busque
a
convivência
com
pessoas
mais
sábias
e
mais
bem
preparadas
do
ponto
de
vista
cultural,
emocional
e
espiritual,
com
elas
realizando
tarefas
e
diálogos
esclarecedores
e
estruturadores.
..................................
Desenvolva
o
gosto
pela
boa
leitura.
Você
encontrará
bons
amigos
nos
bons
livros
e
eles
muito
a
auxiliarão
no
autoconhecimento
e
na
libertação
desejada.
..................................
Alma
querida!
Autoajude-se
pela
sugestão,
dizendo:
A cada dia que passo tenho conseguido dominar-me e vencer minhas inclinações
para o abatimento e a tristeza. Sinto em mim, emanadas de Mais Alto, forças
poderosas que me predispõem para a vitória. Sou um espírito imortal, que já
amealhei muitas experiências, e sinto que posso tomar o controle da minha vida,
estabelecendo um programa para o meu crescimento. Devo deixar, e estou deixando
para trás, todas as coisas do meu período infantil. Enfrentarei, a partir de agora, as
ocorrências com determinação, com vontade, com a certeza de que reúno em mim
amplas condições para vencer. Deus está comigo e me auxiliará, como me vem
auxiliando, desde sempre, na conquista suprema da minha estrutura íntima e da
minha felicidade...

espiritualize-se (comportamento materialista)

A psicologia sociológica do passado recomendava a posse como forma de


segurança. A felicidade era medida em razão dos haveres acumulados e a
tranquilidade se apresentava como sendo a falta de preocupação em relação ao
presente como ao futuro.
Aguardar uma velhice descansada, sem problemas financeiros, impunha-se
como a grande meta a conquistar.
A escala de valores mantinha como patamar mais elevado a fortuna
endinheirada, como se a vida se restringisse a negócios, à compra e venda de
coisas, de favores, de posições.
Mesmo as religiões, preconizando a renúncia ao mundo e aos bens terrenos,
reverenciavam os poderosos, os ricos, enquanto se adornavam de requintes, e
seus templos se transformavam em verdadeiros bazares, palácios e museus
frios, nos quais a solidariedade e o amor passavam desconhecidos.
(5a)
Este
comportamento
essencialmente
materialista
do
ser,
voltado
para
as
questões
imediatistas,
é
um
dos
responsáveis,
como

visto,
pelas
depressões.
..................................
Alma
irmã!
Observe
qual
tem
sido
sua
escala
de
valores.
É
esta
escala
de
valores
que
a
leva
a
eleger
o
que
será
considerado
essencial
ou
secundário.
Se
sua
escala
de
valores
está
centrada
nas
questões
materiais,
toda
a
sua
vida
estará,
por
força
de
consequência,
centrada
nos
problemas
imediatos,
em
detrimento
das
questões
espirituais.
Ocorre
que
esse
comportamento
pragmático
contribui
decisivamente
para
a
perturbação
espiritual,
considerando
que
a
alma
estará
desatendida
nas
suas
necessidades
básicas.
Disse
Jesus:
não só de pão viverá o homem, mas também de toda a palavra
de Deus,
com
isto
demonstrando
que
a
criatura

de
atender
às
necessidades
orgânicas
como
também
às
necessidades
espirituais.
Decorre,
dessa
desatenção
à
alma,
muitas
das
aflições
experimentadas
pelo
ser.
Porque
nossa
alma,
se
não
atendida
em
suas
necessidades
fundamentais,
padecerá
fome
e
sede
de
conhecimento,
de
fé,
de
bons
sentimentos
(paz,
alegria,
forças...),
isto
levando
a
um
distanciamento
ou
desnivelamento
entre
o
corpo
e
a
vida
espiritual.
..................................
Recorde-se
das
considerações
feitas
em
torno
da
Cruz
do
Cristo.
Você
não
pode
deixar,
bem
compreendo,
de
atender
às
suas
necessidades
orgânicas,
como,
também,
às
necessidades
daqueles
que
porventura
dependam
do
seu
esforço.
Mas
isto
não
pode
constituir-se
em
impedimento
que
inviabilize
a
busca
de
sua
espiritualização,
de
sua
cristificação, simbolizada
pela
trave
vertical
da
Cruz
do
Mestre.
A
alma
não
se
satisfaz
e
não
se
plenifica
com
o

atendimento
das
necessidades
imediatas
da
vida
orgânica.
..................................
Espiritualize-se,
espiritualizando
sua
escala
de
valores,
assim
colocando,
em
primeiro
plano,
os
interesses
da
alma
imortal.
Com
essa
nova
escala
de
valores,
centrada
nos
interesses
imortais
do
espírito,
você
conseguirá
fixar-se
melhor
no
crescimento
espiritual
que
deve
realizar.
Com
uma
nova
escala
de
valores,
você
conseguirá
transformar
o
quadro
das
suas
aspirações,
considerando
a
realidade
eterna.
Adquirirá
o
conhecimento
e
o
respeito
aos
mecanismos
de
funcionamento
da
Vida,
alterando
substancialmente
o
modo
de
pensar
e
de
ser.
Com
essa
transformação,
você
conseguirá
sobrepor
o
espírito
ao
corpo
e
elaborará
um
programa
de
comportamento
ideal.
Você
não
necessitará
desconsiderar
seus
deveres
perante
o
corpo,
a
família,
o
trabalho,
o
lazer,
o
estudo
e
a
sociedade
-
a
trave
horizontal.
Todavia,
desprezar
os
interesses
espirituais
e
eternos
-
a
trave
vertical
-
é
conduta
grave
e
danosa.
..................................
Observe
se
sua
conduta
não
tem
sido
caracterizada
pela
busca
sistemática
das
questões
materiais.
Caso
isto
esteja
ocorrendo,
fique
certa
de
que
o
vazio,
a
frustração
e
o
tédio,
logo
estarão
dominando
a
sua
vida.
Assim
compreendendo,
assuma
com
você
mesma
o
compromisso
de
buscar
o
atendimento
das
questões
espirituais
com
igual
ou
maior
denodo
que
tem
sido
utilizado
na
satisfação
dos
interesses
imediatistas.
Com
a
alma
atendida,
pacificada
e
segura,
as
questões
materiais
não
a
acabrunharão
tanto,
e
certamente
você
não
sucumbirá
diante
dos
revezes
da
vida.
Renove,
pois,
seus
conceitos,
buscando
o
que
é
essencial.
..................................
Persiga
um
ideal
nobilitante
e
entregue-se
a
ele.
Sua
existência
adquirirá
um
sentido
novo.
..................................
Alma
querida!
Se
você
reconhecer
que
tem
procedência
as
observações
ora
formuladas,
autossugestione-se,
dizendo:
Reconheço que tenho adotado um comportamento eminentemente materialista,
centrado nas questões imediatistas da existência carnal. Reconheço ser esta a causa
do grande vazio, do tédio que venho experimentando em minha alma. A partir deste
momento, porém, buscarei atender primeiro as necessidades de meu espírito
imortal, estruturando-o e municiando-o com o conhecimento e os sentimentos
positivos e elevados de que necessita. Planejarei melhor minha existência, com
preponderância dos valores eternos, e tudo farei para alterar para melhor a minha
escala de valores e consequentemente a minha conduta em face da vida. Sou filha de
Deus e devo caminhar ao Seu encontro, o que me ensejará a plenificação, a saúde, a
alegria, a paz...
desapegue-se dos bens transitórios (sentimento de perda)

Alma
irmã!
Peço
a
você
retornar
ao
capítulo
onde
se
examinou
a
perda
como
sendo
uma
das
causas
da
depressão.
Nesse
capítulo,
tivemos
oportunidade
de
verificar
a
perda
de
quais
bens
poderá
levar
a
criatura
à
depressão,
como,
também,
quais
são
as
causas
mais
comuns
do
apego
e
quais
as
demais
consequências
-
sempre
dolorosas
-
da
perda.
Vimos
que
a
perda
de
qualquer
bem
ou
valor
que
tenha
significação
para
a
pessoa,
poderá
arrastá-la
à
depressão.
Assim,
poderão
ocorrer
perdas:
em
face
da
morte
de
alguém
muito
querido,
da
saúde,
de
objetos,
de
status
social,
pela
separação
entre
cônjuges,
de
filhos,
de
amigos,
do
emprego...
Vimos,
em
resumo,
que
o
apego
é
consequência:
do
sentimento
de
posse,
da
fragilidade,
da
dependência,
da
insegurança,
do
imediatismo,
da
dúvida
ou
da
negação
da
imortalidade,
das
vinculações
espirituais
e
afetivas,
dos
muitos
perigos
que
todos
enfrentamos
na
travessia
carnal...
Com
a
perda,
virão:
a
dor
da
separação,
a
dificuldade
da
readaptação
à
situação
nova,
a
insegurança,
a
saudade,
o
desespero,
o
ódio,
a
morte,
a
apatia...
Digo
isto,
porque
não
poucas
pessoas,
desconhecendo
o
tema
e
desconhecendo
que
as
perdas
acumuladas
podem
concorrer
para
um
abatimento
futuro,
muitas
vezes
não
conseguem
fazer
conscientemente
uma
associação
entre
a
tristeza
do
momento
e
a
perda
ocorrida.
..................................
Com
a
desencarnação,
a
alma
será
constrangida
a
abandonar
tudo
quanto
se
relacione
ao
corpo.
Nada
do
que
tenha
relação
com
a
vida
orgânica
acompanhará
o
ser
no
seu
retorno
à
Pátria
Espiritual.
Buda,
em
sua
excelente
sabedoria,

comentava
a
respeito
da
impermanência
de
tudo
quanto
se
refere
ao
corpo.
As
coisas
não
são
nossas
propriedades
definitivas,
considerando
que
nos
não
acompanharão
para
além
da
morte.
Em
verdade,
não
somos
possuidores,
mas
meros
detentores.
Tive
oportunidade,
enquanto
elaborava
este
trabalho,
de
acompanhar
uma
cerimônia
de
casamento
religioso.
E,
concluindo
o
ritual,
o
sacerdote
formulou
aquela
frase
bem
conhecida:
considero-os
marido e mulher, até que a morte os separe.
E,
atento,
constatei
que
o
sacerdote,
no
ato
mesmo
do
casamento,

anuncia
e
antecipa,
aos
noivos,
que
eles
ficarão
viúvos,
ao
dizer:
até que a morte os separe.
Note-se
que
os
noivos
não
se
casam
enganados.

sabem
que,
muito
provavelmente
(esta
é
a
regra),
não
deverão
chegar
juntos
ao
túmulo.
Ora,
isto
se

no
casamento
e
nas
situações
outras
de
um
modo
geral.
O
desapego
aos
bens
e
valores
transitórios
trará
efeitos
muito
positivos
à
sua
vida,
dentre
eles
permitindo-lhe
apegar-se
aos
bens
imperecíveis
da
alma.
..................................
Se
a
sua
depressão
tiver
alguma
relação
com
a
perda
de
algo
ou
alguém
que
você
considere
importante,
imprescindível,
procure
perceber
com
clareza
tal
situação.
Enquanto
não
se
detectar
a
causa
com
segurança,
não
se
tem
como
erradicá-la.
..................................
Observe
em
que
consiste
a
sua
escala
de
valores,
as
suas
motivações
para
viver.
Se
a
sua
mente
estiver
fixada
nos
valores
transitórios,
denotando
excessivo
apego,
saiba
que
você
pode
ser
uma
candidata
em
potencial
à
depressão
pelo
sentimento
de
perda.
Isto,
por
considerar
que,
fatalmente,
será
constrangida
a
tudo
abandonar,
se
não
durante
a
existência
carnal,
certamente
quando
se
der
a
desencarnação.
Não
se
esqueça,
portanto,
de
que
a
qualquer
momento,
pela
desencarnação,
pela
enfermidade,
pela
aposentadoria,
ou
por
outros
fatores,
você
poderá
estar
sem
a
posse
do
que
até
então
constituía
a
sua
razão
de
viver.
..................................
Trabalhe
desde

o
seu
sentimento
de
posse.
Quanto
menos
sentimento
de
posse,
menos
apego,
menos
abatimento
em
face
de
uma
eventual
perda.
Fundamental,
para
a
sua
felicidade,
que
você
tenha
sempre
na
lembrança
esta
verdade
irrefutável,
qual
seja,
a
de
que
as
coisas
não
nos
pertencem
em
definitivo.
Assim
entendendo,
quanto
possível
evite
o
sentimento
de
posse
ao
deter
este
ou
aquele
bem,
procurando
não
se
escravizar
a
ele.
Não
condicione
a
sua
felicidade
à
manutenção
definitiva
desse
bem.
..................................
Exercite
a
renúncia,
assim
se
antecipando
à
perda
inevitável
dos
bens
que
não
poderão
permanecer
indefinidamente
com
você.
..................................
Reflita
sempre
na
transitoriedade
da
posse
dos
bens
materiais.
Busque
a
posse
dos
valores
espirituais,
os
únicos
reais,
que
acompanharão
sempre
a
sua
alma,
mesmo
depois
da
desencarnação.
..................................
Esforce-se
por
sair
do
casulo
do
egocentrismo,
libertando-se
das
amarras
negativas
do
apego.
..................................
Não
se
retenha
nos
anseios
tormentosos
do
sentimento.
Compreenda
que
a
vida
impõe
mudanças
constantes
e
que
não
nos
será
possível
reter
tudo
e
todos
sempre
sob
nosso
controle.
Compreenda
que
os
companheiros,
como
os
beneficiários
de
nossas
ações
positivas,
talvez
não
possam
ficar
ou
seguir
conosco
até
o
termo
de
nossa
jornada...
ou
acompanhar-nos
de
imediato
além
dela...
..................................
Assim,
se
você
sofreu
alguma
perda
expressiva,
ouso
ainda
recomendar:
Prossiga
confiando
na
Vida;
Permaneça
confiando
em
Deus;
Confie
mais
em
você;
Prossiga
confiando
no
amor,
no
bem...
Não
se
fixe
indefinidamente
no
passado.
Se
devêssemos
viver
sempre
olhando
para
trás,
a
Natureza
teria
posto
um
ou
mais
olhos
em
nossa
nuca
para
que
nunca
perdêssemos
de
vista
o
sucedido
anteriormente.
Os
nossos
veículos
automotores
são
servidos
por
vidros
retrovisores,
no
entanto,
esses
retrovisores
apenas
servem
para
orientar
o
motorista
que,
caso
pretenda
atingir
o
destino
que
o
aguarda,
deve
dirigir
para
a
frente.
Assim,
a
alma
não
deve
andar
de
marcha à ré;
Deve,
sim,
marchar
para
a frente e para o Alto!
..................................
Esforce-se
por
encontrar
novas
motivações,
novos
amigos,
novas
conquistas...
Se
a
sua
perda
for
oriunda
de
uma
separação
ou
divórcio,
mantendo-
se
fiel
aos
compromissos
anteriormente
assumidos,
especialmente
na
hipótese
de
existirem
filhos,
pense
na
possibilidade
de
refazer-se
afetivamente.
Ninguém
está
proibido,
diante
de
uma
experiência
malograda,
de
tentar
outra
vez.
Porém,
que
essa
busca,
caso
ocorra,
se

de
maneira
tranquila,
para
que
você
não
se
deixe
levar
pela
ansiedade
mórbida
na
eleição
do
novo
companheiro/companheira.
Evite entrega precipitada,
para
que
você
não
venha
novamente
a
ferir-se
diante
de
perdas
nessa
área
tão
importante
da
existência.
Se
não
lhe
for
possível
retomar,
reconquistar
ou
reorganizar-se
no
atual
contexto
de
sua
vida,
transfira
para
depois
o
não
logrado
agora.
Certamente,
conduzindo-se
bem
no
momento
que
passa
você
será
recompensada
após
a
desencarnação,
estabelecendo
novos
elos,
novas
emulações
para
a
vida.
..................................
Neste
convívio
com
as
muitas
dores
humanas,
não
desconheço
haver
perdas
muito
severas,
que
afligem
sobremaneira
a
alma.
No
capítulo
referente
às
causas,
relatei
sobre
a
perda
suportada
por
aquela
irmã,
cujos
marido
e
filhos
desencarnaram
todos
em
um
mesmo
acidente.
Compreendo
que,
em
tal
conjuntura,
é
quase
impossível
a
pessoa
não
se
deprimir.
A
Doutrina
Espírita
demonstra
a
imortalidade
da
alma
e
a
comunicabilidade
dela
com
os
que
permaneceram
no
corpo,
contribuindo
grandemente
para
o
esclarecimento
e
o
consolo
das
criaturas
que
padeceram
perdas
importantes.
Posso
asseverar
a
você
que
tenho
mantido
contato
com
meus
afetos
desencarnados
através
da
mediunidade
segura,
o
que
me

esta
condição
de
garantir-lhe
que
os
seus
afetos
igualmente
vivem
e
que
poderão
a
qualquer
momento
se
manifestar/comunicar.
Tal
manifestação/comunicação
ocorrerá
não
somente
no
trabalho
mediúnico.
Será
possível
que
você
reveja
seus
amores
através
do
sono,
quando
a
alma
se
liberta
parcialmente
do
corpo
e
retoma
a
vida
espiritual
por
algumas
horas.
E
mesmo
aquele
que
desencarnou,
passado
o
período
de
readaptação
no
mundo
espiritual,
poderá
vir
vê-
la,
tocá-la,
auxiliá-la
de
muitas
formas,
como,
por
exemplo,
pela
intuição,
pela
inspiração,
pelos
sonhos...
Diminuindo
a
sensação
de
perda
com
a
certeza
da
sobrevivência
dos
seus
afetos,
o
seu
nível
de
alegria,
de
motivação,
de
forças,
estará
naturalmente
melhorando.
Deus é Amor,
na
definição
de
João,
o
Evangelista.
E,
sendo
Ele
Amor,
claro
está
que
não
nos
imporia
um
sofrimento
eterno
na
eterna
separação
dos
nossos
afetos.
..................................
Se
a
sua
perda
decorre
da
desencarnação
de
alguém
muito
especial,
fixando-se
na
imortalidade,
você
encontrará
arrimo
e
esperança
para
os
dias
difíceis.
Fixe-se
sempre,
portanto,
na
imortalidade
da
alma.
Compreenda
e
aceite
esta
verdade:
a
alma
vive
sempre.
A
morte
nada
mais
é
que
uma
porta
que
se
abre
na
direção
da
vida
espiritual.
Os
nossos
afetos,
que
se
nos
anteciparam
na
viagem
de
volta
ao
Mundo
Espiritual,
vivem
e
nos
aguardam,
conservando
inalterados
os
sentimentos
acalentados
quando
no
corpo
carnal.
Na
hipótese
de
você
ter
experimentado
essa
perda,
pela
desencarnação
de
alguém
muito
querido,
vencendo
algum
preconceito
religioso
que
ainda
eventualmente
possua,
dirija-se
a
um
Centro
Espírita
organizado
em
bases
seguras,
e
ali
você
travará
contato
com
excelente
literatura,
com
companheiros
abnegados
e
preparados,
que
saberão
pô-la
em
contato
com
as
verdades
espirituais,
inclusive
com
a
possibilidade
de
obter
informes
a
respeito
do
ente
querido
desencarnado.
Mas,
cautela
também
neste
particular,
para
que
você,
levada
pela
tristeza
ou
desespero,
não
seja
traída
na
sua
boa-fé.
Informe-se
e
procure
um
Centro
realmente
Espírita,
evitando
equívocos
lamentáveis.
Alimente
a
certeza
da
vida
após
a
morte.
Com
esta
certeza,
você
verá
desaparecer
ou
atenuar
o
sentimento
de
perda,
constatando,
feliz,
que
não
ocorreu
perda
definitiva
como
se
supunha,
mas
que,
em
realidade,
operou-se
tão
somente
uma
separação
física,
e
ainda

momentânea.
Não
duvide
de
Deus,
não
duvide
da
Vida.
Assim
fazendo,
com
a
certeza
da
sobrevivência,
a
sua
dor
será
grandemente
atenuada.
..................................
Alma
querida!
Diga
com
convicção,
autoajudando-se:
Reverei minha atual escala de valores, procurando perceber quais têm sido as
minhas motivações para viver. Procurarei não me fixar em demasia nos valores
transitórios, que fatalmente serei constrangida a abandonar. Fixarei os meus
interesses na Vida Imperecível do Espírito!
Estou de passagem pela vida terrena. A qualquer momento poderei experimentar
mudanças radicais em minha existência. Assim, viverei de modo a não me escravizar
aos fatores externos, sempre transitórios. Terei sempre na memória que os bens
materiais, de natureza efêmera, passarão. Continuarei investindo na aquisição dos
valores eternos, fixado sempre na imortalidade da alma. E se vier a experimentar
uma perda importante, fixada sempre na perenidade da vida, conservarei
serenidade e esperança, filhas da minha irrestrita confiança em Deus!
E
diga
mais:
Eu creio sincera e profundamente em Deus, na Vida, no Amor, na Imortalidade
da alma. Sei e sinto que os meus afetos desencarnados vivem e que a eles me
reunirei quando, por minha vez, for constrangida a abandonar o casulo carnal,
retomando o convívio interrompido, prosseguindo feliz e motivada. Tudo farei por
atenuar o vazio e a saudade, trabalhando incansavelmente pela felicidade de todos,
no fiel cumprimento dos meus deveres!
Informada de que a morte não mata a vida, viverei de modo a merecer o
reencontro com os meus amores que me precederam, pela desencarnação, na
viagem de volta ao mundo espiritual. Guardarei inabalável confiança na Vida e em
mim mesma, seguindo adiante. Com isto, sinto e sei que conseguirei superar todas
as perdas que tenha experimentado até então...

perdoe sempre (ressentimento)

Mágoa,
segundo
os
léxicos,
pode
ser
definida
como
mancha ou nódoa
proveniente de contusão; desgosto, amargura, pesar, tristeza, sentimento ou
impressão desagradável causada por ofensa ou desconsideração... (22a)
O
magoado,
portanto,
é
alguém
que
apresenta
manchas
ou
nódoas,
demonstrando
estar
contundido,
machucado.
O
magoado,
como
o
indica
o
conceito
acima,
é
alguém
que
se
deixou
impressionar,
marcar,
por
algum
acontecimento
que
considera
desagradável.
Logo
se
percebe
da
inconveniência
e
dos
perigos
de
acalentar-se,
por
tempo
indefinido,
tal
mancha
ou
impressão...
No
capítulo
sobre
as
consequências
pôde-se
observar
quão
danosos
são
os
malefícios
da
mágoa.
A
mágoa
desgasta
o
corpo
e
a
mente,
envenena
o
ser,
torna
a
pessoa
impiedosa,
rancorosa,
amargurada
e
provoca
desespero.
O
magoado,
invariavelmente,
é
alguém
transportando
mau
humor,
azedume,
cargas
vibratórias
negativas,
com
frequência
entregando-se
à
maledicência,
à
queixa,
ao
ódio...
Conclusão:
aquele
que
acumula
ressentimento
é
alguém
que
transporta
corrosivo,
que
termina
por
consumi-lo,
afetando-o
grandemente.
Pode
ocorrer
que
o
magoado
venha
a
perturbar,
de
algum
modo,
a
pessoa
sobre
a
qual
concentra
a
sua
animosidade.
Mas,
isto
poderá
não
acontecer
se
a
pessoa,
contra
a
qual
se
alimenta
ressentimento,
elevar-
se
a
um
nível
onde
os
petardos
mefíticos
não
terão
acesso.
O
magoado,
consciente
ou
inconscientemente,
trazendo
consigo
hostilidade reprimida, pretende
desforrar-se
daquele
que
o
feriu,
deixando-se
arrastar
para
estados
mentais
negativos.
Com
tal
conduta,
este
resultado
é
absolutamente
certo:
o
magoado
sempre
será
vitimado
por
si
mesmo,
trabalhando
contra
a
sua
própria
felicidade.
Ao
permitir
o
acúmulo
de
miasmas
odientos,
o
ressentido
assemelha-se
ao
soldado
que
voltasse
as
armas
contra
a
sua
própria
cidadela,
envenenando-se
e
autodestruindo-se
por
conta
própria.
A
substância
tóxica
colocada
em
um
frasco,
como
é
compreensível,
impregnará
esse
frasco
muito
antes
de
afetar
corpos
outros.
O
ressentido
demonstra
estar
no
mesmo
nível
moral
do
seu
agressor.
Diferencia-se
deste
na
manifestação
da
cólera
ou
do
ódio.
Enquanto
um
se
permite
extravasar
toda
a
condição
íntima,
entregando-se
inerme
à
cólera,
o
outro
a
conserva
na
sua
intimidade,
passando
a
nutrir
uma
hostilidade reprimida.
Esta
hostilidade reprimida,
conservada
longamente,
porém,
terminará
por
perturbar
a
saúde
de
seu
portador,
podendo
expô-lo
a
situações
as
mais
perigosas,
posto
que
a
qualquer
momento
essa
hostilidade
reprimida
poderá
explodir
em
uma
crise
de
consequências
imprevisíveis.
Com
a
Psicologia,
aprende-se
que
a
pessoa
ressentida
é
dotada
de
um
perfil
que
a
propende
para
o
ressentimento.
Tal
pessoa
tem
uma
enfermiça
inclinação
para
deixar-se
abalar
por
tudo
quanto
lhe
suceda
de
desagradável,
vivendo
às
turras
(em
contenda,
birra)
com
todos
ou
com
quase
todos
por
questões
de
somenos
importância.
Este
perfil
tanto
pode
ser
fruto
da
personalidade
trabalhada
na
presente
experiência
carnal,
como
também
pode
dar-se
que
o
espírito

traga
de
suas
encarnações
anteriores
a
propensão
para
a
mágoa.
É
possível
que
esse
espírito
tenha
ocupado
posições
de
relevo,
de
dominação,
quando
exacerbou
a
sua
vaidade,
o
seu
orgulho,
a
sua
prepotência.
Agora,
permitindo
que
esses
sentimentos
negativos
emerjam
do
porão
subconsciencial,
ele
se
melindra
por
quaisquer
motivos.
A
pessoa
muito
suscetível
é
aquela
que
se
atribui
uma
importância
exagerada,
superestimando-se
e
subestimando
os
demais.
Assim
agindo,
não
suportará
qualquer
expressão,
gesto,
palavra
ou
conduta
que
possa
atingi-la
de
algum
modo.
É
sempre
e
muito
vulnerável.
O
Doutor
Allan
Worsley,
em
linguagem
simples,
tornando
acessível
o
entendimento
da
Ciência
Psicológica,
em
sua
obra
Vença o Medo e a
Depressão,
escreve:
O ressentimento é causa de mais doenças e sofrimentos do que qualquer
outra coisa do meu conhecimento.
Algumas pessoas têm, naturalmente, um temperamento ressentido: trata-se
dos resmungões, dos tipos ranzinzas e dos briguentos. Em outros, o
ressentimento está profundamente escondido sob um exterior jovial. As pessoas
deste tipo, nas quais o ressentimento é de todo subconsciente, não o
reconhecem; tampouco sabem que ele é a causa de muitas de suas dificuldades.
Hoje em dia sabe-se que o ressentimento e outros elementos psicológicos
estão na raiz de muitas doenças físicas bem como psicológicas.
Médicos e cirurgiões sem orientação psicológica estão agora começando a
ver que os elementos psicológicos estão presentes em muitas das doenças que
não respondem a tratamento médico. Quanto a mim, só posso mencionar minha
própria experiência, em conjunto com a de muitos de meus colegas
psicoterapeutas: uma notável melhoria nos sintomas de doenças orgânicas se
instala enquanto o paciente está sendo submetido a um tratamento dos nervos.
Muitos eczemas incuráveis, por exemplo, desaparecerão após a erradicação de
ressentimentos subconscientes. (25)
..................................
Alma
irmã!
É
extremamente
negativo
e
prejudicial
a
você:
1.
Entregar-se às
emoções; 2. permitir que as emoções o governem. Isto conduz mais tarde à
histeria e às doenças nervosas; 3. repisar o incidente que deu origem à emoção;
4. cultivar o ressentimento contra as pessoas que o aborreceram; 5.
pensar que
o ressentimento é realmente devido àquela pessoa ou incidente. (25a)
..................................
O
perdão
lhe
proporcionará
imensos
benefícios.
Elimine
a
mágoa
que
a
vem
infelicitando.
Você
perceberá
a
vantagem
de
ter
sido
aquela
que
se
deixou
conduzir
pelo
amor,
pela
compaixão,
pela
piedade,
pela
compreensão...
O perdão para as faltas alheias luariza a paisagem íntima, clareando as
sombras da angústia insistente que bloqueia a alegria de viver, produzindo
sofrimentos injustificáveis.
Cerrada a porta de uma afeição, agredido por um amigo ou desconhecido,
deve-se sempre seguir adiante no rumo das outras, das inúmeras portas abertas
que nos aguardam, e da compreensão fraternal para com o revel, considerando-
o um enfermo ignorante do mal que o consome...
(32)
Perdoe
o
algoz
de
sua
alegria.
E
faça
mais:
auxilie-o
na
cura
de
seus
desvios
psicológicos
e
espirituais.
Quem
assim
age,
está
adicionando
ao
perdão
o
amor,
sublimando-se
definitivamente.
Aquele
que
auxilia
o
seu
algoz,
depois
de
tê-lo
perdoado,
evidencia
um
superior
estágio
de
espiritualização.
..................................
Conscientize-se
da
inconveniência
de
preservar,
na
sua
casa
mental,
o
ressentimento
que
aos
poucos
minará
suas
energias,
destruindo-lhe
a
alegria,
a
esperança,
a
fortaleza
moral...
Não
se
iluda:
não
é
possível
preservar
a
mágoa
e
ser
feliz
a
um

tempo.
Você
necessitará
escolher
entre
o
conservar
o
sentimento
negativo
e
ser
infeliz,
ou
expulsar
de
sua
vida
esses
sentimentos
mórbidos
e
reconquistar
a
alegria,
a
disposição
para
viver.
Por
mais
lhe
doa
esta
verdade,
não
posso
deixar
de
dizê-la:
todo
aquele
que
se
permite
impregnar
e
conduzir
pela
mágoa
é
tão
infeliz
e
ou
tão
inferior
quanto
aqueloutro
que
o
ofendeu
ou
magoou.
Se
você
se
encontra
no
mesmo
nível
do
outro,
perde
todo
o
direito
de
criticá-lo,
de
exigir
dele
um
comportamento
melhor.
Se
você
não
age
corretamente,
como
exigir
que
o
outro
o
faça?
Demonstre
que
você
está
em
um
patamar
superior
(não
por
orgulho,
evidentemente),
compreendendo
e
desculpando
o
agressor.
Esta
atitude,
certamente,
beneficiará
a
criatura
perdoada,
mas,
muito
especialmente,
será
você
a
maior
beneficiária,
como
o
maior
beneficiário
será
o
frasco
que
venha
a
conter
um
perfume
raro.

asseverava
Krhisna:
o homem de bem deve tombar sob os golpes dos
maus como a árvore do sândalo que, ao ser abatida, perfuma o machado que a
destruiu!
..................................
Observe
a
qual
grupo
você
pertence:
se
ao
grupo
dos
que
se
sentem
ofendidos
e
não
perdoam
nunca,
se
ao
grupo
dos
que
se
sentem
ofendidos
e
perdoam,
ou
se
você

se
encontra
no
estágio
de
não
mais
ser
atingida
pelo
petardo
da
maldade
alheia,
não
necessitando,
pois,
perdoar...
Se
você
está
no
primeiro
degrau,
esforce-se
por
alcançar
o
segundo,
aquele
em
que
a
pessoa,
sentindo-se
atingida,
empenha-se
por
compreender
e
desculpar.
Se
você
está
neste
patamar,
de
se
sentir
agredida
e
perdoar,
envide
esforços
para
elevar-se
a
nível
ainda
melhor,
não
mais
sendo
atingida
pela
maldade
alheia.
Para
isto,
mister
haja
empenho
para
a
estruturação
intima,
enriquecendo
a
mente
de
informações
e
sentimentos
positivos
a
respeito
de
tudo
e
de
todos,
de
modo
a
edificar
uma
redoma
que
a
protegerá
das
arremetidas
dos
maus.
Para
que
você
se
estruture,
necessário
trabalhar
para
que
ocorra
a
predominância
do
espírito
sobre
a
matéria,
da
natureza espiritual
sobre
a
natureza animal.
..................................
Você
poderá
estar
pensando
que
é
muito
difícil
perdoar
sempre.
E
eu
sei
que
em
muitas
ocasiões
não
é
nada
tão
simples
ou
tão
fácil
de
conduzir-se
superiormente,
mas,
como
dito
no
parágrafo
anterior,
faça
empenho,
esforce-se,
até
conseguir
perdoar
com
naturalidade,
com
espontaneidade.
Nesse
esforço
de
perdoar
o
outro,
trabalhe
sua
mente
no
sentido
de
fixar
o
lado
melhor
dele.
Considere
que
o
agressor
é
alguém
tão
infeliz
ou
perturbado
em
si
mesmo
que
não
necessita
do
seu
ódio,
da
sua
mágoa.
..................................
Com
o
Espiritismo,
entenda
que
o
perdão
não
implica
no
desaparecimento
da
falta
cometida
pelo
seu
agressor.
Ele
continuará
devedor
à
frente
da
Lei
e
será
chamado
a
contas
oportunamente.
Que
você
não
se
transforme
em
juiz em causa própria,
porque
isto
poderia
arrastá-la
a
uma
vingança,
o
que
seria
altamente
danoso
para
o
outro
e
para
você.
Vingança
não
é
justiça.
Tenha
em
mente
que
o
seu
agressor
pode
estar
enfermo
e,
por
esta
razão,
age
de
maneira
equivocada.
Ele
não
fugirá
de
si
mesmo
e
das
consequências
de
seus
atos,
não
se
fazendo
mister
que
você
chame
a
si
a
tarefa,
ingrata
e
estúpida,
de
justiçá-lo.
Se
o
seu
agressor
se
encontra
enfermo,
está
necessitado
de
algum
tratamento
psicológico,
psiquiátrico
ou
espiritual.
Como
na
experiência
dolorosa
vivida
pela
irmã,
cuja
narrativa
consta
das
primeiras
linhas
quando
se
falou
a
respeito
do
ressentimento
como
causa
da
depressão.
Um
homem
que
vem,
cruelmente,
estuprando
a
própria
esposa,
convenhamos,
é
um
doente
grave,
necessitado
de
tratamento
especializado,
inclusive
espiritual.
..................................
Estude-se
para
melhor
se
conhecer.
É
bem
possível
que
o
seu
ressentimento
tenha
por
causa primeira
o
seu
próprio
perfil
psicológico.
O ressentimento está sempre na mente, e não no incidente que o provoca,
leciona
o
Dr.
Allan
Worsley,
que
prossegue
dizendo:
Dois homens contemplam um quadro. Um deles vê beleza, outro feiura. No
entanto, o quadro é o mesmo! Assim também acontece com o cinema da vida
que diariamente passa diante de nossos olhos.
À medida que aprendemos a ver psicologicamente a nós próprios, assim
também nos capacitamos a readaptarmo-nos aos homens e às coisas. Livramo-
nos, por exemplo, da vaidade e da autoimportância ou egoísmo, assim
diminuindo em nós a tendência para nos ofendermos com ninharias... (25b)
..................................
Reaja
à
tentativa
de
alojamento
da
mágoa
na
sua
casa
mental.
A
mágoa
poderá
instalar-se
de
forma
tão
arraigada
que
você
poderá,
de
futuro,
ter
grande
dificuldade
de
expulsá-la
de
sua
vida,
especialmente
as
mágoas
mais
antigas
e
as
mais
profundas.
Lembre-se:
se
você
está
magoada,
você
também
é
uma
enferma
exigindo
tratamento.
Ocupe-se
primeiro
de
sua
doença
para
depois
ocupar-se
com
a
doença
do
seu
agressor.
É
esta
a
recomendação
evangélica,
segundo
a
qual
devemos
tirar
a
trave
do
nosso
olho
para
depois
cuidarmos
de
tirar
o
cisco
do
olho
do
próximo...
..................................
Procure
enriquecer-se
de
luz,
não
mergulhando
o
coração
na
sombra
dos
ressentimentos.
..................................
Não
permita
que
o
outro
perceba
que
a
sua
maldade
a
atingiu.
..................................
Poupe-se
do
desgaste
que
a
mágoa
provoca.
Faça
isto
por
amor
e
respeito
a
si
mesma,
a
Deus,
a
Vida...
..................................
Seja
você
aquela
que
perdoa
e
auxilia,
amando
o
seu
enfermo-
agressor.
A cura do ressentimento é sinônimo de aprender a perdoar, o que abrange
uma mudança de atitude em face da vida; no entanto é esse um preço que
algumas pessoas não estão dispostas a pagar em retribuição da saúde e
felicidade.
Não basta o paciente aprender a controlar o ressentimento, ou purgá-lo do
coração.
O problema é aprender a amar ativamente. (25c)
..................................
Alma
querida!
Ajude-se,
pensando
assim:
Tenho para com tudo e todos um grande e elevado sentimento de boa vontade e
amor. Dominada por esse grande amor, que a tudo abrange, envolvo a todos os
meus irmãos em carinho, compreensão e tolerância. Se alguém, em um momento
infeliz, vier a agir mal em relação a mim, não reagirei. Manter-me-ei serena,
amável e perdoadora, certa de que a crise passará. Esforçar-me-ei no sentido de
estruturar-me psicológica e espiritualmente, assim não ficando tão vulnerável às
ocorrências do cotidiano. Eu me amo e estendo este amor a todas as criaturas de
Deus! Amando e perdoando, sinto-me livre de todos os sentimentos negativos,
podendo prosseguir tranquila e feliz...

perdoe-se e recomece (sentimento de culpa)

No
capítulo
II,
onde
se
apresentou
uma
síntese
da
Doutrina
Espírita,
anotamos
que
os Espíritos pertencem a diferentes classes e não são iguais,
nem em poder, nem em inteligência, nem em saber, nem em moralidade.
Estas
diferentes
classes
existem
não
por
um
capricho
ou
equívoco
Divino.
Não.
Deus
criou-nos
iguais,
a
todos
concedendo
as
mesmas
possibilidades
e
destinação
futura.
Todos
nós,
sem
exceção,
nas
noites imemoriais do tempo, fomos
criados
simples e ignorantes, isto é, sem saber. (4e)
Através
das
reencarnações
incontáveis
temos
realizado
o
progresso
que
nos
caracteriza
presentemente.
À
medida
em
que
avançamos
na
senda
da
evolução,
ingressando
na
faixa
humana,
gradativamente,
fomos
adquirindo
consciência de nós mesmos
e
conquistando
o
livre-arbítrio.
Pelo
livre-arbítrio,
o
ser
conquista
a
possibilidade
de
elaborar
o
seu
próprio
destino.
Semelhante
possibilidade
está
associada
a
uma
outra
Lei
Divina,
qual
seja,
a
de
Ação e Reação ou
Causa e Efeito.
Toda
ação
desencadeia
uma
reação,
ou,
a
cada
efeito
corresponde
uma
causa.
Quando
a
criatura
age
equivocadamente
(ação/causa)
colhe
ela
as
consequências
(reação/efeito)
em
forma
de
sofrimento.
Quando
se
conduz
com
acerto
(ação/causa)
experimenta
felicidade
(reação/efeito).
Pelo
exposto,
pode-se
perceber
que
tanto
o
erro,
quanto
o
acerto,
através
das
consequências
danosas
ou
felicitadoras,
têm
por
finalidade
proporcionar-nos
experiência,
discernimento,
crescimento
e
progresso.
Como
consta
do
capítulo
II,

mencionado,
os Espíritos não ocupam
perpetuamente a mesma categoria. Todos se melhoram passando pelos
diferentes graus da hierarquia espírita. Esta melhora se efetua por meio da
encarnação, que é imposta a uns como expiação
(para
os
que
se
equivocaram
no
passado
e
possuem
débitos
a
ressarcir),
a outros como missão (para
os
que

se
melhoraram
e
reúnem
condições
de
algo
positivo
realizar).
A
vida material é uma prova que lhes cumpre sofrer repetidamente, até que
hajam atingido a absoluta perfeição moral (4).
..................................
O
erro
é
excelente
método
de
aprendizado.
Admir
Ramos
recomenda
que
aprendamos
a
vencer
através
dos
fracassos,
assim
se
expressando:
Qual será o motivo pelo qual, ao considerarmos duas pessoas que passaram
pelas mesmas dificuldades e derrotas, a uma chamamos de “experiente”
enquanto que a outra classificamos como “fracassada”?
A diferença reside no fato de que a primeira fez uso dos fracassos de forma a
aprender com cada um deles, ao passo que a segunda deixou-se sucumbir ante
as derrotas e passou a fugir das situações que a derrotaram.
No primeiro caso temos alguém que recebeu custosas mas preciosas lições
dos erros cometidos.
No segundo caso, um indivíduo que, em vez de lições, só extraiu medo e
frustração de seus insucessos.
No entanto, dificilmente terá existido algum grande homem cuja vida não
tenha sido marcada pelos insucessos. Tais homens subiram sobre os fracassos
em lugar de se deixar soterrar por eles.
Na verdade, o fracasso é algo perfeitamente comum em nossa existência. A
maneira de reagir a ele, no entanto, é que decidirá nossa caminhada.
O fracasso deve ser aceito como natural; jamais, porém, a situação de
“fracassado”.
Uma das piores consequências de se aceitar a situação de fracassado é evitar
nossas tentativas. Às vezes as grandes vitórias só vem após repetidos fracassos.
Assim foi que Edison só conseguiu fabricar sua primeira lâmpada elétrica após
experimentar cerca de 5.000 diferentes materiais.
A qualidade depende muito da quantidade. Quanto maior número de
experiências fizermos em determinado setor, tanto maiores oportunidades
teremos de conseguir grandes feitos.
Qualquer pessoa decidida a vencer tem que enfrentar o fato de que, algumas
vezes, fracassará. No entanto, como escreveu Maxwell Maltz, “Um passo na
direção errada é melhor do que ficar ‘no lugar’ a vida inteira”. O mesmo autor
acrescenta: “Você faz erros. Os erros não fazem você”.
Por isso, você não pode imaginar a si mesmo como sendo “um fracassado”
mas, simplesmente, admitir que fracassou uma ou outra vez, o que não quer
dizer que continuará fracassando indefinidamente.
(26)
No
mesmo
sentido,
o
magistério
de
Joanna
de
Ângelis:
A vida são as incessantes oportunidades que surgem pela frente, jamais os
insucessos que ocorreram no passado.
Assim, libertar-se do acontecimento negativo, qual madeira podre que se
arremessa nas águas do rio do esquecimento, é atitude de saudável sabedoria.
Tal comportamento credencia o homem a ser perdoado pelo seu irmão, que
o libera do pagamento dos seus momentos infelizes, não irradiando contra ele
pensamentos destrutivos - ideias anestesiantes - que sempre são assimilados pelo
fenômeno da sintonia através da consciência de culpa.
Quando alguém se liberta do lixo mental, acumulado pela ignorância e pela
futilidade, começa o seu restabelecimento espiritual, e toda uma atividade nova
se lhe apresenta favorável, abrindo-lhe espaço para a saúde.
Nesse grupo de tentames edificantes está o autoperdão.
Considerando a própria fragilidade, o indivíduo deve conceder-se a
oportunidade de reparar os males praticados, reabilitando-se perante si mesmo
e perante aqueles a quem haja prejudicado.
A perfeita consciência do autoperdão não se apoia em mecanismos de falsa
tolerância para com os próprios erros, que seria negligência moral, conivência e
imaturidade, antes representa uma clara identificação de crescimento mental e
moral, que propicia direcionamento correto dos atos para a saúde pessoal e
geral.
O arrependimento, puro e simples, se não acompanhado da ação
reparadora, é tão inócuo e prejudicial quanto a falta dele.
Assim, o complexo de culpa é igualmente danoso, porque não soluciona o mal
praticado, sendo, ademais, responsável pelo agravamento dos seus maus
resultados.
O autoperdão compreende a posição mental correta a respeito do erro e a
satisfação íntima ante a possibilidade de interromper o curso dos males
causados, como arrancar-lhes as raízes encravadas em quem lhes padece a
constrição...
(32b)
..................................
Alma
irmã!
Todos
nós
cometemos
equívocos.
Se
você
aceitar
humildemente
a
fragilidade
própria,
terá
mais
facilidade
para
reerguer-se
dos
escombros
e
reencetar
a
marcha
ascencional,
avançando
para
a
frente.
O
orgulhoso,
atribuindo-se
valor
exagerado,
tem
maior
dificuldade
de
administrar
o
próprio
fracasso,
perdendo
a
oportunidade
de
aprender
e
melhorar
com
ele.
..................................
Deus
ama
você
e
vem
lhe
proporcionando
muitas
alternativas
de
recuperação
íntima.
Cada
minuto
que
passa,
cada
novo
dia,
cada
nova
experiência,
representam
excelentes
perspectivas
de
refazimento
e
de
reconstrução.
Deus
perdoa,
dando-lhe
tempo
e
concedendo-lhe
oportunidades
e
meios
para
o
resgate,
para
a
libertação.
Em
Sua
Justiça
Perfeita,
Deus
não
poderia
isentar-nos
graciosamente
das
responsabilidades
consequentes
de
nossas
faltas,
no
entanto,
em
Sua
Misericórdia
e
Amor,
cria
mecanismos
e
ensejos
à
reparação
e
reajuste.
Ao
invés
de
condenar-
nos
ao
fogo do inferno eternamente (como
preconizam
as
religiões
ultrapassadas),
pela
reencarnação
e
pelas
expiação
e
reparação
estabelece
Ele
os
meios
de
alcançarmos
a
tranquilidade
perdida
pela
conduta
equivocada.
Afirma
o
Iluminado
Espírito
Emmanuel
que
a reencarnação é o perdão
de Deus.
..................................
Procure
examinar
a
própria
consciência.
Este
exame
necessita,
porém,
ser
realizado
com
serenidade
e
sinceridade.
Com
a
serenidade,
você
examinará
a
consciência
própria
sem
os
rigores
que
somente
perturbam.
Com
a
sinceridade,
você
evitará
a
postura
de
justificar
indevidamente
o
equívoco
eventualmente
praticado.
..................................
Não
anestesie
a
consciência,
se
a
sua
depressão
tiver
como
causa
fundamental
o
sentimento
de
culpa.
Anestesia,
consoante
os
léxicos,
significa
perda
total
ou
parcial
da
sensibilidade.
Perda
da
sensibilidade,
porém,
não
significa
a
cura
do
mal.
Se
a
sua
consciência
está
gritando,
chamando-lhe
a
atenção
para
a
conduta
infeliz,
ouça-a
com
a
serenidade
e
a
sinceridade
mencionadas
no
parágrafo
anterior.
..................................
Não
oculte
aos
próprios
olhos
a
falta
cometida
Evite
aplaudir
o
gesto
equivocado,
explicando-o
em
demasia
e
justificando-o
indefinidamente.
Se
laborar
alguma
circunstância
atenuante
em
seu
favor,
melhor.
Ela
o
auxiliará
oportunamente.
Com
circunstância
atenuante,
ou
sem
ela,
todavia,
a
recomendação
é
a
de
seguir
adiante.
..................................
Corrija-se
o
quanto
antes
e
adote
o
reto
caminho
tão
logo
possa,
nele
perseverando.
Evite
insistir
no
erro.
Erro
repetido
é
sofrimento
ampliado.
..................................
Se
o
equívoco
praticado
se
deu
por
ignorância,
agora
você
está
mais
experiente
e
mais
preparada
para
a
Vida.
Agradeça
e
aproveite
a
oportunidade
de
aprender.
Entenda
que,
com
a
conduta
infeliz
proporcionando
sofrimento,
você
está
aprendendo
como
agir
melhor
a
fim
de
colher
felicidade.
Se
o
erro
se
deu
em
virtude
da
fragilidade
ainda
tão
comum
em
nossas
vidas,
você
sairá
mais
forte
da
experiência,
mais
bem
informada
de
como
conduzir-se
em
outras
situações.
Muitas
vezes,
o
erro
é
repetido
até
a
fixação
definitiva
do
aprendizado.
Pode
ocorrer
de
a
pessoas
não
terem
errado
o
suficiente
para
a
imprescindível
aquisição
expressiva
de
experiência
e
discernimento.
Mesmo
que
a
conduta
infeliz
se
tenha
dado
por
fraqueza
ou
acomodação,
portanto,
ainda

procure
reagir
ou
agir
positivamente,
fortalecendo-se
de
modo
a
poupar-se
de
dores
maiores
no
futuro.
Fixe
o
ensinamento
evangélico
de
que
quem
erra
com
conhecimento
de
causa
fatalmente
colhe
resultados
mais
severos.
Mais se pedirá a quem mais for
dado... Muito se pedirá a quem muito for dado!
..................................
Lembre-se
sempre:
Remoer
acontecimento
infeliz,
não
ajuda.
Fixar-se
no
remorso
estéril,
não
aproveita.
Prender-se
no
arrependimento
somente,
não
basta
para
a
solução
da
problemática
afligente.
Estacionar
na
culpa
indefinidamente,
nada
acrescenta
de
útil
e
positivo.
A
autoflagelação
para
nada
serve.
A
autopiedade
não
equaciona
problema
algum.
Você
não
é
uma
condenada irremissível,
uma
criatura
indigna
de
merecer
novas
oportunidades
de
refazimento,
de
libertação.
No
capítulo
I,
comentou-se
algo
a
respeito
dos
apóstolos
Pedro
e
Judas.
Vimos
que
ambos,
em
determinadas
circunstâncias,
cometeram
erro
grave.
O
primeiro,
negando
que
conhecesse
Jesus.
O
segundo,
vendendo
o
Amigo.
Pedro,
reajustando-se
emocionalmente,
recuperou-se
do
equívoco
e
transformou-se
em
um
dos
maiores
sustentáculos
da
Causa
Cristã.
Judas,
mais
fragilizado
que
o
companheiro
do
Colégio
Apostólico,
não
encontrando
em
si
mesmo
forças
para
a
necessária
recuperação
moral,
optou por
suicidar-se.
Inspire-se
no
excelente
exemplo
de
Pedro
e
entregue-se
ao
labor
da
recuperação
íntima.
..................................
Perdoe-se.
Guarde
estas
recomendações
em
sua
mente:
Sem que te acomodes à própria fraqueza, usa também de indulgência para
contigo.
Não fiques remoendo o acontecimento no qual malograste, nem vitalizes o
erro através da sua incessante recordação.
Descobrindo-te em gravame, reconsidera a situação, examinando com
serenidade o que aconteceu, e regulariza a ocorrência.
És discípulo da vida em constante crescimento.
Cada degrau conquistado se torna patamar para novo logro.
Se te contentas, estacionando, perdes oportunidades excelentes de libertação.
Se te deprimes e te amarguras porque erraste, igualmente atrasas a marcha.
Aceitando os teus limites e perdoando-te os erros, mais facilmente treinarás
o perdão em referência aos demais.
Quando acertes, avança, eliminando receios.
Quando erres, perdoa-te e arrebenta as algemas com a retaguarda,
prosseguindo.
O homem que ama, a si mesmo se ama, tolerando-se e estimulando-se a
novos e constantes cometimentos, cada vez mais amplos e audaciosos no bem.
(27)
..................................
Reerga-se.
Você
tem
condições
para
isto.
Não
fique
indefinidamente
na
baixada
onde
você
se
tenha
arrojado.
Permanecer
em
depressão
implicará
em:
perda
de
tempo
e
de
oportunidade,
paralisia,
apatia,
fixação
mental,
ódio,
obsessão,
correndo
o
risco
de
cair
ainda
mais
no
precipício
da
consciência
ultrajada,
da
loucura,
com
o
consequente
comprometimento
da
autoestima,
podendo
melancolicamente
arrastar-se
ao
suicídio,
direto
ou
indireto.
..................................
Agradeça
a
Deus
por
tantos
valores
e
bênçãos
que
você
possui.
Aproveite
todas
essas
oportunidades,
resgatando
e
crescendo.
..................................
Ame-se
e
perdoe-se,
procurando:
compreender-se,
tolerar-se,
perdoar
a
quem
tenha
contribuído
de
algum
modo
para
a
sua
queda.
..................................
Recomece
outra
vez.
Joanna
de
Ângelis,
ensina:
Sempre há que se começar a viver de novo.
Uma decepção que parece matar as aspirações superiores; um insucesso que
se afigura como um desastre total; um ser querido que morreu e deixou uma
lacuna impreenchível; uma enfermidade cruel que esfacelou as resistências; um
vício que, por pouco, não conduziu à loucura; um prejuízo financeiro que
anulou todas as futuras aparentes possibilidades; uma traição que poderia ter-
te levado ao suicídio, são apenas motivos para recomeçar de novo e nunca para
se desistir de lutar.
Não houvesse esses fenômenos negativos na convivência humana, no atual
estágio de desenvolvimento das criaturas, e os estímulos para o progresso e a
libertação seriam menores.
Colhido nas malhas de qualquer imprevisto ou já esperado problema
aterrador, tem calma e medita, ao invés de te deixares arrastar pela convulsão
que se irá estabelecer. Refugia-te na oração, a fim de ganhares força e
inspiração divina.
Como tudo passa, isto também passará, e, quando tal acontecer, faze teu
recomeço, a princípio, com cautela, parcimonioso, até que te reintegres
novamente na ação plenificadora.
Teu recomeço é síndrome de próxima felicidade. (27a)
..................................
Faça
mais
em
favor
de
sua
própria
felicidade:
Recompense
a
atitude
infeliz
com
a
realização
de
muitas
atitudes
felizes,
certa
de
que
o amor cobre a multidão dos pecados.
Auxilie
a
quantos
puder,
como
puder.
Ore,
pedindo
forças
para
reerguer-se
e
recomeçar.
Humildemente
reconheça
que
você
é
uma
criatura
falível,
ainda
inexperiente
e
insegura,
necessitada
de
lutas
para
a
fixação
do
aprendizado.
Elabore
um
programa
de
recuperação
intima
e
dê-se
à
sua
materialização.
Dê-se
nova
oportunidade,
na
hipótese
de
encontrar-se
dominada
pelo
sentimento
de
culpa.
Permita-se
essa
oportunidade,
ainda
que
os
outros,
por
enquanto,
não
consigam
entendê-la
ou
ajudá-la.
Supere
a
culpa
e
insista
na
conduta
correta.
Levante-se.
E
levante-se
quantas
vezes
forem
necessárias.
Eu
disse
quantas vezes forem necessárias.
Memorize
este
maravilhoso
pensamento
atribuído
a
Confúcio:
a
honra não consiste em não cair nunca, mas em levantar-se todas as vezes que
cair.
Seja
otimista
e
avance
para
a
frente
e
para
o
alto.
Fixe
este
pensamento
de
Marden:
o pessimista senta-se e lastima; o otimista levanta e age. E
também
este
outro: se choras por ter perdido o Sol, as lágrimas não te
permitirão ver as estrelas...
Envide
esforços
para
diminuir
a
quantidade
e
a
profundidade das
quedas
futuras,
até
que
você,
não
errando
mais
gravemente,
não
venha
a
ultrajar
a
consciência
e
turbar
sua
alegria.
Esqueça
o
insucesso.
No
corpo,
todos
erramos.
A
recordação
do
erro
não
aproveita.
Porque
fixar-se
no
passado
negativo,
se
nesse
mesmo
passado
você
sorriu,
realizou
e
amou?
Fixe
o
seu
lado melhor.
Tenha
em
mente
o
brocardo
popular:
águas passadas não movem
moinhos...
Não
espere
a
próxima
encarnação
para
renascer
do
erro.
Não.
Você
pode
renascer
agora
e
se
se
dispuser
a
isto,
desde

começará
a
fruir
alguma
alegria.
..................................
Alma
querida!
Diga,
então,
autoajudando-se:
Deus me ama intensamente. A Vida me ama intensamente. Eu também me amo
intensamente e, dominada por este Grande Amor, levantar-me-ei de onde me
encontro e buscarei a escalada ascensional, a fim de progredir na direção em que
devo. Eu me perdoo e me concedo nova oportunidade. Com humildade, suportarei
as consequências das minhas faltas pretéritas, mas não me permitirei deixar
dominar pelo remorso estéril, que somente perturba e não auxilia. Trabalharei
minha alma de modo a fortalecê-la para o futuro, evitando a repetição dos erros e
dos acidentes. Estou destinada à perfeição, ao progresso, à alegria, à paz, e sinto
que estas bênçãos me invadem e me plenificam, à medida em que me oriento pela
reta conduta...

liberte-se (obsessão)

Estamos
informados
a
respeito
da
constituição
profunda
do
homem,
que
não
é
composto
somente
de
matéria.
O
Espírito
é
o
principal
componente
do
ser,
preexiste
em
relação
ao
berço,
preside
a
todo
o
fenômeno
da
vida
biológica
e
sobreviverá
ao
decesso
celular.
Com
o
Espiritismo,
igualmente

aprendemos
que,
com
a
morte,
a
alma
prossegue
tal
qual
se
fez
a
si
mesma,
sem
mudança
substancial,
preservando
a
sua
individualidade,
que
nunca
perde,
e
sua
personalidade,
que
não
se
modificará
de
imediato,
após
a
desencarnação.
A
alma
retorna
ao
mundo
espiritual
levando
consigo
todas
as
suas
qualidades,
más
e
boas.
Também
é
do
nosso
conhecimento
que
o
Espírito,
quando
encarnado,
não
fica
circunscrito
totalmente
ao
corpo,
irradiando-se
para
além
das
fronteiras
carnais,
estabelecendo
contato
com
outros
espíritos,
encarnados
ou
desencarnados,
havendo
entre
eles
a
comunicação
pelo
pensamento,
influenciando-se
reciprocamente.
Os
bons
espíritos,
que
somente
pensam
e
sentem
o
bem,
influenciam
positivamente,
enquanto
que
os
espíritos
ainda
perversos,
infelizes
ou
ignorantes,
vibrando
na
faixa
que
lhes
é
característica,
causam
impressões
desagradáveis
e
negativas,
podendo
até
levar-nos,
dependendo
do
grau
de
influenciação,
à
enfermidade
e
à
loucura.
Consignou-se,
no
capítulo
alusivo
às
causas,
que
certas
obsessões
se
dão
por
ódio,
pelo
sentimento
de
vingança
ou
outro
sentimento
perverso.
Os
espíritos,
que
se
sentiram
prejudicados
por
nós,
nesta
encarnação
ou
em
outras
anteriores,
poderão
afligir-nos,
através
de
uma
influência
perniciosa
e
prolongada.
A
obsessão,
no
entanto,
não
ocorre
somente
por
sentimentos
perversos.
Todo
aquele
que,
aflito,
aflige
contínua e longamente
outrem,
poderá
ser
considerado
um
obsessor,
ainda
que
involuntário.
Deste
modo,
o
aflito,
que
se
torna
causa de
aflição,
mesmo
daquele
a
quem
diz
amar
e
pensa
cultuar
com
a
sua
saudade
mal
compreendida
e
mal
administrada,
ainda
que
não
seja
este
o
seu
propósito,
estará
se
transformando
em
agente perturbador
do
ser
amado.
Esta
situação
última
é
muito
comum
em
casos
de
perda
pela
morte
de
um
ente
querido:
aquele/aquela
que
permaneceu
no
corpo,
irresignado
e
desestruturado
em
si
mesmo,
avassalado
por
imensa
saudade,
passa
a
sofrer
terrivelmente, enviando mensagens negativas de desesperação ou revolta
àquele/àquela que
partiu,
assim
obsidiando-o/a
e
obsidiando-se.
Também
pode
ocorrer
o
contrário:
o
ente
querido
desencarnado,
inadaptado
e
profundamente
saudoso
no
mundo
espiritual,
não
se
tendo
ainda
desprendido
suficientemente
dos
laços
que
o
retém
no
antigo
lar
ou
nos
ambientes
de
sua
preferência,
passa
a
incomodar
aqueles
a
quem
ama.
Inconformado
com
a
mudança
imposta
pela
morte
e
sem
vontade
ou
sem
preparo
para
realizar
o
que
se
espera
de
todo
aquele
que
se
veja
livre
das
amarras
carnais,
pode
optar
por
permanecer
próximo
daqueles
a
quem
estima,
influenciando-os
negativamente,
a
pretexto
de
cultuar
sua
memória.
..................................
Alma
irmã!
Se
você,
fazendo
uma
análise,
perceber
que
a
obsessão
pode
estar
na
raiz
de
sua
depressão,
procure
corajosamente
libertar-se
de
tal
influência,
que
poderá
adquirir
contornos
extremamente
severos
e
trazer
consequências
profundamente
lamentáveis.
..................................
Se
você
agiu
mal,
perdoe-se
e
se
recupere
agindo
bem,
restaurando
o
equilíbrio
comprometido
com
seu
comportamento.
Se
for
possível,
e
faça
tudo
para
que
tal
ocorra,
reconcilie-se
o
mais
depressa
possível
com
o
seu
adversário.
(a
recomendação
é
de
Jesus).
Desculpe-se
e
demonstre
a
sinceridade
de
seu
coração,
evidenciando
o
propósito
de
regeneração
e
resgate,
quitando
o
débito.
Se
a
pessoa
(ou
espirito)
que
se
considera
ofendida
não
a
desculpar,
preferindo
manter-se
acorrentada
à
magoa
e
ao
ódio
estéreis,
não
lamente.
Se
ela
perdoá-la,
será
melhor
para
todos.
Em
não
obtendo
a
compreensão
justa
daquele/daquela
que
se
arvora
em
juiz em causa própria,
procure
você
seguir
o
seu
caminho,
sem
olhar
para
trás
e
procurando
não
repetir
o
equívoco
que
gerou
a
ruptura.
..................................
Se
você
perdeu
um
amigo
ou
algum
outro
afeto
especial
pela
desencarnação
e
percebe
que
a
depressão
tem

a
sua
causa,
muito
cuidado.
Não
se
esqueça:
o
seu
pensamento
negativo
alcança
o
ser
cuja
ausência
você
chora,
e
neste
repercutirá
o
seu
estado
emocional.
Se
você
chora
a
partida
de
alguém,
aprenda
a
trabalhar
melhor
a
sua
dor
e
a
sua
saudade,
convertendo-as
em
pensamentos
bons,
de
esperança
e
de
arrimo
para
aquele
ou
aquela
que
a
tenha
precedido
na
morte.
Também
pela
oração
você
ajudará
o
seu
morto
querido,
emulando-o
ao
desprendimento
e
suscitando
nele
a
disposição
de
adaptar-se
à
vida
nova,
fazendo-o
compreender
que
a
separação
é
temporária
e
aparente,
porque
Deus,
em
Sua
Infinita
Bondade,
não
nos
ensinaria
o
amor
e
não
nos
colocaria
ao
lado
de
afetos
especiais
para
depois,
cruelmente,
condenar-nos
a
uma
separação
eterna
e
irremediável.
..................................
A
obsessão
pode
dar-se
também
entre
encarnados.
Se
você
vive
em
um
meio
adverso,
composto
de
mentes
perturbadas
ou
tristes,
saiba
que
está
exposta
a
se
ver
contaminada
a
qualquer
momento.
Se
o
pensamento
de
um
encarnado
pode
atingir
um
não
encarnado,
com
toda
a
certeza
poderá
também
alcançar
um
outro
encarnado.
Isto
é
muito
frequente
no
ambiente
doméstico
ou
no
ambiente
de
trabalho,
onde
as
pessoas
convivem
durante
várias
horas
do
dia
e
por
muitos
anos...
Com
tal
convivência,
onde
e
quando
as
criaturas
não
mais
ocultam
o
seu
real
estado
íntimo,
extravasando-o
pela
palavra,
pelo
olhar,
por
um
gesto
e
até
mesmo
por
uma
irradiação
silenciosa,
considerando
a
capacidade
de
expansão
do
Espírito,
a
pessoa
poderá,
convivendo
com
um
deprimido,
deprimir-se
também.
Ou,
se
for
você
a
deprimida
e
o
outro
não
souber
se
proteger,
este
terminará
por
enfermar-se,
também
pelo
processo
da
chamada
contaminação fluídica.
Você
influencia
o
meio
em
que
vive,
como
o
meio
a
influencia.
Estruture-se
de
tal
modo
que
possa
influenciar
positivamente
o
meio.
Assim
estruturada,
o
meio
-
se
negativo
-
não
a
influenciará
negativamente.
Se
a
sua
condição
íntima
é
de
infelicidade,
em
um
meio
realmente
equilibrado
você
poderá
beneficiar-se
grandemente
dele,
se
se
dispuser
a
agir
com
boa
vontade.
Por
esta
razão,
o
deprimido
necessita
buscar
meios
adequados
à
sua
recuperação,
para
não
se
debilitar
ainda
mais.
Infelizmente,
o
que
se
vê,
em
regra,
é
o
contrário:
o
deprimido
busca
a
companhia
do
deprimido,
e
ambos,
nesta
mútua
influenciação
nefasta,
mais
se
deprimem...
..................................
Peço
a
você
guardar
esta
informação:
o
seu
pensamento,
como
o
de
todas
as
demais
criaturas,
se
irradia
e
busca
ondas
mentais
equivalentes,
afinizando-se
e
sintonizando-se
com
elas,
influenciando-
as
e
sendo
por
elas
influenciada.
Se
a
sua
onda
mental
for
boa,
você
terá
boas
afinidade
e
sintonia,
felicitando-se.
Se
sua
irradiação
for
negativa,
afinizará
e
sintonizará
com
onda
negativa
equivalente,
sobrecarregando-se
com
essa
vibração
que
você,
por
invigilância,
imaturidade
ou
prazer
mórbido,
atraiu
para
si.
Aprenda
a
cuidar
de
sua
mente
e
somente
pense
no
que
é
bom
e
belo,
não
se
comprazendo
na
alimentação
de
pensamentos
negativos.
Como
você

sabe,
somos o que pensamos ser.
Estando
intimamente
bem,
e
percebendo
que
pensamentos
negativos
a
estão
assediando,
procure
interromper
esse
fluxo,
não
afinizando
e
não
sintonizando
com
as
telepatias
deprimentes.
Estando
intimamente
mal,
corrija
tal
postura
e
busque
a
afinidade
e
a
sintonia
de
melhor
padrão
vibratório.
..................................
O
obsessor,
encarnado
ou
desencarnado,
explora
as
suas
melhores
energias
fisiológicas,
emocionais
e
espirituais,
levando-a
à
debilitação,
arrastando-a
à
prostração
e
à
depressão.
Deste
modo,
em
seu
próprio
benefício,
e
a
beneficio
daqueles
espíritos
infelizes
que
por
quaisquer
motivos
a
estejam
assediando,
estabeleça
um
bom
padrão
mental
e
persevere
nele,
de
modo
a
curar
ou
a
impedir
a
obsessão,
sempre
perniciosa
e
de
efeitos
imprevisíveis.
Curando
ou
evitando
a
obsessão,
você
estará
a
caminho
de
uma
vida
mental
mais
saudável,
mais
indene
às
influências
perniciosas
do
meio
em
que
vive.
..................................
Alma
querida!
Autoajude-se,
pensando:
Tenho certeza de que a morte não mata a vida. Os meus amores, que se me
anteciparam na desencarnação, prosseguem vivendo, como eu viverei após a minha
partida. Consolo-me diante desta separação temporária e, amparada na irrestrita
confiança em Deus, procurarei auxiliar os afetos que me precederam, enviando-lhes
pensamentos de resignação, paciência e coragem. Ajudando-os e ajudando-me na
recuperação íntima, mais facilmente poderemos nos comunicar pelo pensamento e
mais facilmente nos reuniremos mais tarde. Transformarei minha saudade em
serviço de amor ao próximo, transformando este serviço em bênçãos para os meus
amores, como para mim. Irei ao encontro de dores mais doídas que as minhas,
confortando-me enquanto busco confortar corações outros.
Perdoo sinceramente aos meus adversários, envolvendo-os em sentimento de boa
vontade e amor. Eles são tão infelizes que não necessitam de minha mágoa ou de
meu ódio. Se lhes fiz algum mal, arrependo-me e esforçar-me-ei para que o resgate
se dê o quanto antes.
Prosseguirei trabalhando minha transformação íntima, progredindo sempre.
Assim agindo, sei que me colocarei tão alto que os petardos da maldade alheia não
me atingirão.
Pensando, sentindo e agindo positivamente, positivamente influenciarei o meio
em que me encontro. Assim, o ambiente negativo não conseguirá me influenciar.
Enviando a todos mensagens positivas, estas retornarão a mim, beneficiando-me
grandemente...

cura para as causas diversas (outras causas)

Vimos
no
capítulo
alusivo
às
causas
que,
em
princípio,
todos
os
fatores
que
contribuem
para
consumir
e
desgastar
a
pessoa,
podem
concorrer
para
a
depressão.
Deste
modo,
necessitamos
adotar
uma
postura
positiva
e
valorosa
em
todos
os
momentos
e
circunstâncias,
não
somente
para
prevenir
como
também
para
curar
a
tristeza
que
se
tenha
instalado
em
nossa
casa
mental.
Se
todos
os
fatores
negativos
podem
concorrer
para
a
depressão,
todas as atitudes e providências positivas podem concorrer para a prevenção ou
cura.
..................................
Alma
irmã!
Não
despreze
um
problema
considerado
pequeno.
Procure
superá-lo
o
quanto
antes,
impedindo
seu
crescimento.
Não
se
esqueça:
em
princípio,
tudo pode
dar
causa
à
depressão.
O
oceano
gigantesco
é
feito
de
gotas
minúsculas.
Uma
grande
tristeza
pode
ser
consequência
da
soma
de
muitas
pequenas
tristezas
não
superadas.
Pessoas

que,
tentando
justificar
uma
conduta
infeliz,
afirmam:
foi
a gota d’água! Ao
que
acrescento
sempre:
se
o
pote
não
estivesse
cheio,
certamente
que
a gota
não
teria
transbordado.
A
culpa, pois,
não
é
da
gota, mas
daquele
que
permitiu
que
o
pote
fosse
se
enchendo,
sem
tomar
as
providências
devidas...
..................................
Trabalhe
e
viva,
não
se
permitindo
abater
ou
influenciar
de
maneira
importante
pelas
situações
desagradáveis,
comuns
na
vida
de
todos
nós.
Se
é
compreensível
que
todos
tenhamos
aflições,
isto
não
justifica
que
a
todas
elas
nos
entreguemos
sem
esforço
de
superação.
..................................
Não
se
permita
corroer
ou
submeter
pelas
pressões
e
apertos
impostos
pela
sociedade
ainda egoísta.
Seja
forte
o
bastante
para
impor-
se
aos
fatores
constringentes.
Não
culpe
somente
o
meio.
Sempre
é
possível
opor-se-lhe
resistência.
Não
fosse
assim,
nenhuma
criatura
seria
responsável
pelo
que
viesse
a
fazer,
sendo-lhe
permitido,
então,
transferir
à
sociedade
a
responsabilidade
por
tudo
quanto
lhe
sucede.
..................................
Evite
as
crises
de
relacionamento.
Supere
as
crises
existentes
e
as
passadas.
..................................
Semeie
simpatia.
A
simpatia
irradiada
retornará
a
você
em
bênçãos.
..................................
Procure
não
se
revoltar
contra
as
carências
e
dificuldades
econômicas,
ou
outras.
A
queixa
pura
e
simples
não
resolve.
A
crise
somente
poderá
ser
superada
através
do
trabalho
e
do
esforço
perseverantes.
Diante
das
dificuldades
existentes,
busque
a
criatividade.
Simplifique
a
vida.
Continue
trabalhando,
ajustando-se
aos
seus
rendimentos
e
possibilidades.
Procure
distinguir
entre
o
supérfluo
e
o
necessário.
Aquele
somente
perturba
a
vida,
estressando
desnecessariamente
a
criatura.
..................................
Porfie
sempre,
não
esmorecendo
jamais.
Feito
o
máximo
ao
seu
alcance,
espere
pelos
resultados
positivos.
..................................
Procure
a
causa
profunda
de
sua
enfermidade
orgânica.
Se
semelhante
causa
estiver
em
sua
conduta,
esforce-se
por
eliminar
o
que
venha
contribuindo
para
o
seu
desequilíbrio.
Faça
tudo
o
que
for
eticamente
possível
para
obter
a
cura.
Se
obtida
a
cura,
alegre-se
e
procure
estabelecer
regras
melhores
de
comportamento,
evitando
novas
quedas
na
enfermidade.
Se,
esgotadas
todas
as
possibilidades
ao
seu
alcance,
você
não
obtiver
a
cura,
adeque-se
à
situação
e
extraia
da
doença
o
melhor
proveito.
São
muitas
as
pessoas
que
conseguem
realizar
grandes
coisas,
mesmo
padecendo
moléstias
graves.
Empenhe-se
para
não
permitir
que
o
problema
físico
se
torne
um
grave
problema
emocional-espiritual.
Se
sobrevier
a
desencarnação,
não
se
desespere.
A
vida
prossegue.
Não

morte
ou
separação
definitiva.
Volveremos
a
ver-nos...
..................................
A
droga
estupefaciente
não
cura.
A
substância
entorpecente
somente
agrava
os
males.
A
dependência,
a
enfermidade,
a
morte,
o
sofrimento
para
si
e
para
os
outros
são
algumas
das
consequências
do
consumo
de
tais
produtos.
..................................
Se
você
intentar
a
cura
da
depressão
através
do
álcool,
não

não
curará
a
enfermidade
psicológica,
como
contrairá
um
outro
mal.
Você
estará
depressiva
e
alcoólatra,
com
a
situação
grandemente
complicada.
..................................
Trabalhe
por
alcançar
o
amadurecimento
psicológico,
o
que
lhe
permitirá
encarar
a
situação
difícil
e
vencê-la.
Não

problema
que
dure
para
sempre.
Mantenha-se
no
dever,
fazendo
o
melhor,
até
que
a
problemática
seja
superada.
..................................
Examine
a
sua
escala
de
valores.
Ajuste-a
de
tal
modo
que
você
se
condicione
a
fixar-se
no
que
é
positivo
e
espiritualizante,
não
se
consumindo
por
objetivos
infantis
ou
imediatistas,
que
não
plenificam.
..................................
Observe
os
seus
conteúdos
mentais,
sentimentos,
hábitos,
e
renove-
se
espiritualmente.
Crescendo
intimamente,
os
problemas
exteriores
diminuirão
proporcionalmente.
Se
você
se
colocar
sob
o
problema,
adquirirá
ele
um
tamanho
exagerado.
Porém,
se
você
conseguir
se
colocar
muito
acima,
verá
que
ele
não
tem
a
expressão
imaginada.
Quanto mais alto você se
colocar, menor se tornará a aflição à sua visão!
A
saúde
psicológica
responde
por
uma
vida
mental
harmonizada
e
feliz.
Nunca
alimente
o
negativo,
o
destrutivo.
Renove-se
e
cresça,
estruturando-se.
A
maturidade
emocional
franqueará
acesso
ao
êxito
e
à
conquista
de
si
mesmo.
..................................
Jamais
se
entregue
ao
desânimo.
Resista
corajosamente
até
à
vitória.
Diante
das
investidas
dos
sofrimentos,
reaja
com
vigor.
Como
vencer
sem
luta?
A
batalha
é
que
condecora
o
militar
valente.
Não
se
detenha.
Com
esforço
mental
e
ações
programadas,
você
pode
curar
a
apatia,
sempre
danosa.
Sobreponha
a
sua
vontade
a
todas
as
situações.
..................................
Não
se
fixe
somente
no
momento
que
passa
e
no
ambiente
em
que
você
se
encontra.
Procure
ver
e
seguir
além...
..................................
Acredite:
o
bem
é
antídoto
para
o
mal.
Realizando
aquele,
este
perderá
seu
império.
..................................
Alma
querida!
Autoajude-se,
afirmando
confiantemente:
Posso e quero sobrepor-me a todas as injunções dolorosas. As dificuldades
objetivam exercitar-me para o crescimento íntimo que devo realizar. Superando os
revezes, avanço melhor e mais segura, experimentando a alegria que a vitória
enseja. Olharei sempre as ocorrências, mesmo as mais difíceis, como estímulo para
a autorrealização. Se no passado, quando menos experiente e capaz, pude superar
os desafios, agora, mais preparada e madura, ser-me-á possível superar
igualmente...
Recomendações
outras
para
a
cura

higienize-se mentalmente

O
depressivo,
como

visto
no
capítulo
próprio,
é
alguém
que
traz
a
sua
casa mental
sobrecarregada
de
pensamentos
e
sentimentos
negativos,
que
terminam
por
minar-lhe
as
resistências
fisiológicas
e
espirituais.
Para
a
reconquista
da
saúde psicológica e espiritual,
importante
que
se
realize
a
higienização
íntima,
eliminando
da
casa
mental
tudo
o
que
for
prejudicial.
A
importância
do
pensamento
para
todos
os
aspectos
da
vida,
também
para
o
orgânico,
é
fato
tranquilamente
aceito
pela
Ciência.
O
pensamento
correto
está
na
base
da
saúde
integral
da
pessoa.
..................................
Alma
irmã!
Varra
o
lixo
do
subconsciente
e
do
consciente.
Apague
e
supere
o
passado.
Assim
como
se
pode
apagar
um
arquivo
da
memória
do
computador,
também
é
possível
apagar
as
memórias
negativas do
subconsciente,
nele
realizando
novos
e
positivos
registros.
A
permanência
do
lixo
mental
trará
prejuízos
consideráveis
à
sua
vida,
à
sua
felicidade.
..................................
Os
atletas
conquistam
a
melhor
condição
física
pelo
exercício
continuado.
Exercite-se
continuamente
também,
na
busca
da
assepsia
interior.
Treine
novas
e
positivas
maneiras
de
pensar.
Reeduque
a
sua
mente,
que
adquiriu
hábitos
viciosos
ao
longo
dos
milênios.
Dirija
a
sua
mente.
Com
isto,
você
evitará
acidentes.
Resguarde-se
das
construções
mentais
perniciosas.
A
maior
prejudicada
será
você.
..................................
Não
arquive
tristezas,
ressentimentos,
inseguranças...
Abandone
o
que
não
pode
fazê-la
feliz.
Libere-se
da
autocompaixão.
Não
se
prenda
aos
sentimentos
tormentosos.
..................................
Alma
querida!
Autoajude-se,
afirmando:
Sou senhora de minha casa mental. Assim como me sinto bem vivendo em
ambientes assepsiados e cuidando da higiene corporal, a alma também se sente
melhor, se livre das sujidades emocionais e espirituais. Cuidarei melhor para trazer
minha casa mental sempre limpa e livre dos miasmas pestilenciais das emoções
infelizes...

polarize o pensamento

O
passo
seguinte
à
higienização
do
pensamento,
varrido
o
lixo
mental,
será
o
depressivo
adotar
a
técnica
que
pode
ser
chamada
de
polarização do pensamento.
Polarizar,
no
sentido
aqui
pretendido,
significa
concentrar ou
concentrar-se para um determinado objetivo. (22b)
Como
escreve
o
Doutor
Allan
Worsley,
se analisarmos cuidadosamente
os nossos pensamentos, notaremos que eles podem ser classificados em pares
contrários. Por exemplo:

Positivo Negativo

Amor Ódio

Boa
vontade Ressentimento

Coragem Medo

Felicidade Depressão

Entusiasmo Desinteresse

Contentamento Descontentamento
Autoconfiança Falta
de
confiança

Certeza Dúvida

Confiança
no
sucesso Medo
do
fracasso

Altruísmo Egoísmo

Pureza Impureza

e assim por diante. É um exercício útil acrescentar mais contrários, e anotar


os que se nos aplicam. Faça o balanço da soma total, e verifique se, no tocante a
protótipos, o seu é positiva ou negativamente orientado. (25d)
O
deprimido
é
alguém
que,
ao
longo
do
tempo,
optou por
pensar
e
fixar
pensamentos,
sentimentos
e
experiências
negativos.
Por
isto,
terminou
abatido
moralmente.
Se
no
passado
tivesse
ele
optado
pelos
aspectos
positivos
das
situações
e
pessoas,
hoje outro
seria
o
seu
estado
emocional.
Seria,
então,
uma
pessoa
realizada
e
feliz.
Uma
das
técnicas
para
a
cura
da
depressão
consiste,
pois,
na
substituição
de
um
pensamento
negativo
por
outro
positivo.
Insistindo
nesta
técnica,
gradativamente
o
depressivo
conseguirá
imprimir
características
diferentes
na
paisagem mental, recobrando
o
bom
ânimo
e
vivendo
de
maneira
produtiva.
Com
a
substituição
do
pensamento
ou
do
sentimento,
evidentemente,
algumas
situações
desagradáveis
não
desaparecerão
de
todo.
Não.
Na
Terra,
não
é
possível
a
felicidade
completa.
Porém,
com
esta
técnica,
o
ser
conseguirá
fixar-se
no
positivo
e
atenuará
grandemente
as
eventuais
aflições
que
venha
sofrer,
reduzindo-as
à
sua
real
dimensão,
quando
não
conseguir
erradicá-las
totalmente.
..................................
Alma
irmã!
Após
varrer
o
lixo
emocional,
higienizando
a
sua
casa
mental,
agora
limpa
e
vazia,
procure
colocar
novos
pensamentos,
sentimentos
e
propósitos.
Lembre-se
que
o
superconsciente
possui
preciosos
recursos,
que
aguardam
desenvolvimento.
Como
vimos
no
capítulo
que
trata
da
casa
mental,
no
superconsciente
guardamos
materiais
de
ordem
sublime,
representando
a
parte
mais
nobre
do
nosso
organismo
divino
em
evolução.
Nele,
em
potencial,
a
criatura
traz
a
bondade,
o
amor,
o
belo,
o
divino,
e
outros
recursos
que,
se
trabalhados
por
superior
investimento,
proporcionarão
ao
ser
a
sua
plenitude
espiritual.
Invista
na
conquista
do
Eu
Superior,
deixando
para
sempre
o
ego
que
somente
infelicita
e
perturba.
..................................
Eleja
o
bem
e
mantenha-se
nele,
procurando
evitar
as
alternâncias
que
produzem
instabilidade
emocional/espiritual.
Fixe
as
emoções
positivas,
os
acontecimentos
agradáveis,
os
momentos
de
júbilo,
os
instantes
de
realização
nobre...
..................................
Sente-se e faça uma imagem daquilo que realmente gostaria de ser. Que seja
em alto nível. Pense nisso, em vez de deixar vaguearem
seus pensamentos.
Continue ininterruptamente a acrescentar detalhes à imagem, até que ela fique
bem clara e perfeita.
Esta imagem será uma poderosa lente mental, e servirá para concentrar a
energia mental desviada. Ela ajudará a focalizar na ponta de um alfinete as
forças anteriormente desperdiçadas com aspirações sem objetivo e sonhos
ociosos.
Sua poderosa dinâmica o elevará ao reino das realizações.
Todos os grandes homens e mulheres da História tiveram semelhante ideal.
Esse foi o segredo do seu bom êxito.
Grande parte da depressão e do mau humor é simplesmente o resultado de
um modo negativo de pensar; de uma perspectiva negativa da vida.
É possível remediá-lo mediante a educação mental, mediante a polarização
do próprio pensamento, que a seu tempo transformará o protótipo pessimista e
negativo num protótipo animado e positivo. (25e)
..................................
Treine
novas
maneiras
de
pensar.
Pensando
corretamente,
você
sentirá,
agirá
e
viverá
corretamente.
Porque
quem
pensa
bem,
sente
bem,
fala
bem,
age
bem,
produz
bem
e
ora
bem...

se
disse
que
toda
a
nossa
vida
passa
necessariamente
pelo
pensamento.
Assim,
o
pensar bem
vai
refletir
em
todas
as
situações
da
existência.
Essa
transição
do
negativo
para
o
positivo
poderá
ser
demorada
e
complexa,
pela
falta
de
disciplina
mental,
exigindo
tempo
e
esforço
contínuo.
Porém,
se
nos
não
dispusermos
à
conquista,
permaneceremos
estacionários.
Entenda
que
você
é
o
que
se
fez
através
do
pensamento.
Será,
a
partir
de
agora,
o
que
vier
a
pensar
insistentemente.
Você
tem
amplas
possibilidades
de
mudança.
..................................
Alma
querida!
Autoajude-se,
mentalizando:
Em mim possuo recursos grandiosos, que aguardam investimento e
desenvolvimento. Somente fixarei o meu lado positivo, esforçando-me com valor
para superar minhas limitações e dificuldades emocionais. Mesmo diante das
adversidades, manterei uma postura corajosa e confiante, não me permitindo
abatimento avassalador. Optarei por pensar e sentir o bem, felicitando-me...

confie em Deus

Vimos,
no
capítulo
II,
que
Deus é eterno, imutável, imaterial, único,
onipotente, soberanamente justo e bom, e
que
criou o Universo, que abrange
todos os seres animados e inanimados, materiais e imateriais.
O
Universo
(que
tudo
abrange),
é
regido
por
leis
eternas,
justas,
sábias
e
amorosas.
Há em tudo uma ordem divina. Embora não a detectes, ei-
la manifesta em tudo, expressando a sua origem no Criador. (27b)
Seres

que
não
creem
na
existência
de
Deus.
Outros

que,
crendo,
não
extraem
desta
crença
todos
os
benefícios
possíveis.
Outros
há,
finalmente,
que
creem
e
se
felicitam,
beneficiando-se
desta
Presença.
Os
últimos
não
entram
em
depressão
profunda,
porque
encontram
em
Deus
e
em
si
mesmos,
as
forças
necessárias
ao
enfrentamento
das
dificuldades.
Os
primeiros,
os
incrédulos
e
os
crentes frágeis,
sem
forças
e
sem
inspiração
superior,
sucumbem
diante
das
adversidades.
Um
pensador
do
século
XVIII
afirmou,
com
tristeza:
o homem perdeu
o endereço de Deus...
Na
perda do endereço de Deus,
reside
a
causa
de
todos
os
males
terrenos.
A
criatura
humana
é
infeliz,
porque
entregue
a
si
mesma
e
às
cogitações
de
ordem
inferior,
escravizada
aos
objetivos
puramente
materiais.
O
querido
médico
espiritual
André
Luiz,
pelas
santificadas mãos
de
Francisco
Cândido
Xavier,
que
iluminou
o
século
XX,
escreveu
em
seu
livro
Agenda
Cristã:
não te esqueças de que Deus é o tema central de nossas
vidas...
E,
porque
perdemos
o
endereço e
nos
esquecemos
de
que
Deus
é
o
centro
de
tudo,
encontramo-nos
infelizes.
A
existência
de
Deus
se
comprova
por
um
axioma
de
nossas
ciências,
expresso
na
seguinte
Lei:
a cada ação corresponde uma reação; a cada ação
inteligente corresponde uma reação inteligente. Literalmente,
é
o
que
encontramos
em
O
Livro
dos
Espíritos:
Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus? Num axioma que
aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o
que não é obra do homem e a vossas razão responderá. E
Kardec
acrescenta:
para crer-se em Deus, basta se lance o olhar sobre as obras da Criação. O
Universo existe, logo tem uma causa. Duvidar da existência de Deus é negar que
todo efeito tem uma causa e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.
(4f)
Em
resposta
à
pergunta
que é Deus? - formulada
pelo
Codificador
do
Espiritismo
-
os
Espíritos
disseram:
Deus é a inteligência suprema, causa
primária de todas as coisas. (4g)
Jesus,
em
preciosa
síntese,
deu
extraordinária
definição
de
Deus,
chamando-o
simplesmente
de
Pai!
Emmanuel
nos
sugere,
também
pela
psicografia
do
amado
Francisco
Cândido
Xavier,
que
nos
não
ocupemos
em
penetrar
o
mistério de Deus,
contentando-nos,
por
enquanto,
em
chamá-Lo,
como
Jesus
o
fez,
de
Pai.
O
depressivo,
pelo
que
temos
observado,
é
alguém
que
anda
e
vive
descuidado de
Deus,
não
se
fixando
n’Ele
e
deixando-se
vencer
pelas
muitas
pressões,
de
fora
ou
de
dentro
de
si
mesmo.
.....................................
Alma
irmã!
A
depressão
patológica
é
enfermidade
grave.
Se
você
padece
desse
mal,
sabe
quão
doloroso
é
o
quadro.
Desejo
dizer-lhe,
neste
momento,
que
Deus
é
o
melhor
remédio
para
o
seu
mal.
Quando
padecemos
de
enfermidades
que
não
apresentam
gravidade,
uma
medicação
suave resolve
a
problemática.
Quando
a
enfermidade
é
grave,
o
tratamento

de
se
revestir
de
cuidados
mais
acentuados.
Não
será
qualquer
medicação
que
atenderá
à
necessidade.
Certa
madrugada,
quando
eu
retornava
de
uma
palestra
no
estado
do
Paraná,
percebi
a
presença
de
um
amigo
espiritual
muito
querido.
Em
determinado
momento,
compartilhando ele
de
minhas
meditações
em
torno
do
tema
depressão,
carinhosamente
sussurrou-me
ele:
para um
grande mal como a depressão, somente um remédio que esteja à altura dele. E
esse Grande Remédio... é Deus!
.....................................
Convença-se
de
que
a

é
requisito
fundamental
para
a
sua
cura.
Cientificamente
vem
se
comprovando
os
benefícios
que
a
confiança
em
Deus
proporciona
ao
corpo,
às
emoções
e
à
alma.
A
confiança
irrestrita
em
Deus
fortalece
o
ser,
dá-lhe
autoconfiança,
gera
otimismo,
emula
ao
avanço
e
renova
as
esperanças...
Jamais
duvide
da
existência,
do
amor
e
da
providência
de
Deus.
Confie
sempre
n’Ele,
e
não
somente
quando
tudo
está
segundo
a
sua
vontade.
Confie
sempre,
haja
o
que
houver.
O
maior
sofrimento
que
alguém
pode
vir
a
experimentar
está
na
descrença,
na
falta
de
confiança.
Exercite
a
fé,
programando
um
roteiro
mental
através
da
polarização,
feita
a
assepsia
mental.
Em
outras
palavras:
realize
a
higiene
da
mente,
eleja
pensamentos
e
sentimentos
positivos
e
exercite-se
no
fixá-los.
Também
a

é
algo
que
se
pode
conquistar
pelo
esforço.
................................
Deus
é
Infinitamente
Maior
que
todos
os
seus
problemas.
Ele
tudo
pode,
tudo pode...
Entregue-se,
certa
de
que
Ele
prossegue
sendo
o
Pai
Amoroso
e
Bom.
Penetre-se
d’Ele.
Mantenha
o
pensamento
ligado
a
Deus.
Ele
está
em
todos
os
lugares.
Sinta-O
ao
seu
lado
agora,
permeando-se
d’Ele,
deixando
que
Ele
a
abençoe
e
refrigere,
seguindo
avante
sempre.
Assim
agindo,
você
estará
estruturada
para
vencer-se
e
vencer
os
desafios
e
dificuldades
da
imaturidade
psicológica,
do
comportamento
materialista,
do
sentimento
de
perda,
do
ressentimento,
do
sentimento
de
culpa,
da
obsessão
e
das
demais
causas
que
concorrem
para
a
depressão.
Se
a
sua
mente
está
cheia
de...pressão,
logo
você
poderá
estar
com
depressão. Para
que
a
sua
mente
não
fique
sobrecarregada
de pressão
e
com
depressão, busque
Deus.
Com
Ele,
o
ser
fica
depressa...são!
Deus,
sempre indulgente, é refúgio seguro, onde o consolo se expande,
tranquilizando aquele que busca albergue. (27c)
................................
Alma
querida!
Autoajude-se,
afirmando:
O Senhor é o meu Pastor e nada me faltará!
Tudo posso n’Aquele que me fortalece!
Se Deus estiver comigo quem poderá estar contra mim?

confie em Jesus

A
Doutrina
Espírita
nos
ensina
que
Jesus
é
o
Administrador
Maior
do
planeta,
constituindo-se
no
Melhor
Amigo
da
Humanidade.
Ele
é
o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir
de guia e modelo. (4h)
Cristo,
em
verdade,
não
é
o
nome
d’Este
Espírito,
mas
sua
condição.
Explicando:
Ele,
através
dos
milênios
incontáveis,
chegou
à
excelente
condição
de
chamar a
si
a
responsabilidade
pela
administração
deste
orbe,
o
que
vem
fazendo
amorosa
e
eficientemente
desde
a
primeira hora.
Por
amor,
e
desincumbindo-se
do
dever
espontaneamente
aceito,
oportunamente
veio
ter
conosco,
encarnando-Se
entre
nós,
quando
recebeu
o
nome
de
Jesus.
Jesus,
pois,
foi
o
nome
dado
a
Este
Espírito
que
é
um
Cristo,
pela
condição
evolutiva
alcançada.
Como
escreve
Joanna
de
Ângelis,
Jesus, superando todos os limites do
conhecimento, fez-se o biótipo do Homem Integral, por haver desenvolvido
todas as aptidões herdadas de Deus, na condição de ser mais perfeito de que se
tem notícia. (5b)
Cristo-Jesus,
pois,
não
é
Deus.
Como
nós
outros,
é
Filho de Deus.
Também
não
é,
como
pretendem
alguns,
simples chefe de organização
religiosa...
Em
realidade,
sendo
o
Cristo
planetário,
o
Modelo
e
Guia, alcança
Ele
uma
importância
vital
para
todas
as
criaturas
vinculadas
a
este
orbe.
Podemos
e
devemos
tê-lo
em
conta
de
Amigo,
Irmão,
Companheiro,
Mestre
e
Médico
das
nossas
almas.
É,
por
extensão,
o
Maior Psicoterapeuta
de
que
se
tem
notícia...
O
Evangelho,
trazido
pelo
Cristo,
ainda
não
foi
explorado
corretamente
pelas
criaturas.
Os
homens
não
perceberam,
ainda,
que
Sua
mensagem
tem
um
profundo
conteúdo
médico-psicológico,
constituindo-se
em
roteiro
seguro
para
a
aquisição
e
manutenção
da
saúde
integral.
Quando
o
Mestre
recomenda
o
amor,
o
perdão,
a
confiança
em
Deus,
a
conduta
ética,
não
está
Ele
ministrando
preceitos
de
natureza
mística.
Não.
Em
verdade,
toda
a
sua
pregação
representa
técnicas
eficientes
para
a
autorrealização
do
ser,
que
somente
se
plenificará
ao
espiritualizar-se,
autoamando-se
e
devotando-se
ao
amor
do
próximo.
..................................
Alma
irmã!
Se
as
suas
horas
são
de
dores
e
de
aflições,
confie-se
a
Jesus.
Ele
não
se
encontra
no
Céu,
desinteressado
das
lutas
que
nos
dizem
respeito.
Na
condição
de
Amigo
Leal
e
sempre
Bondoso,
Jesus
é
a
Presença
certa
e
constante.
Habitue-se
a
pensar
n’Ele,
a
entregar-se-Lhe
confiantemente,
recordando
de
Sua
promessa
de
que
não nos deixaria sozinhos...
Quando
Jesus
efetivamente
penetra
a
nossa
intimidade,
a
amargura,
a
soledade
e
a
sensação
de
abandono
desaparecem.
................................
Alma
querida!
No
tópico
seguinte,
você
encontrará
a
sugestão
da
oração,
que
é
o
interfone
através
do
qual
poderá
entrar
em
contato
com
Este
Amigo
Divino!

ore fervorosamente

Façamos
um
paralelo
entre arar e orar:
Arar
significa
abrir
sulcos,
permitindo
que
a
semente
penetre
a
intimidade
do
solo.
Orar,
por
sua
vez,
significa
abrir
sulcos
na
intimidade
da
alma
e
do
coração,
para
que
as
sementes
da
esperança,
da
coragem
e
da
força
possam
neles
penetrar.
Orar
não
é
o
mesmo
que
repetir
mecanicamente
as
palavras
que
venham
a
compor
a
prece.
Ora, aquele
que
sente o
que
diz
ou
pensa,
procurando refletir no
conteúdo
das
palavras
ou
pensamentos
enunciados,
permitindo
que
elas/eles
o
auxiliem
com
eficiência,
despertando
e
acentuando
os
sentimentos
bons.
A
oração,
quando
dita
com
o
coração,
conforta
e
reanima.
Por
seu
intermédio,
entramos
em
contato
com
Deus,
com
Jesus
e
com
os
Amigos
Espirituais.
Também
por
seu
intermédio,
conseguimos
estabelecer
ligação direta com
os
afetos
desencarnados,
assim
diminuindo
a
distância
e
aplacando
as
saudades,
minimizando
os
tormentos
e
ajudando-os
na
readaptação
à
vida
nova.
A
prece
confiante
ajuda
sempre.
A
oração
estimula
as
potencialidades
que
jazem
no
superconsciente,
predispondo
o
ser
ao
crescimento
interior,
portanto,
à
superação
da
problemática
afligente.
..................................
Alma
irmã!
Se
você
está
dominada
pela
tristeza
profunda,
abra-se
ao
doce
refrigério
da
oração.
Ore,
se
em
sofrimento,
e
este
diminuirá
de
intensidade,
se
não
cessar
totalmente.
Busque
o
silêncio,
a
noite
estrelada,
a
meditação,
a
solidão
com
o
objetivo
de
reflexão,
de
autoencontro,
de
renovação.
Quando
orar,
evite
as
repetições
de
palavras
vazias
que
não
auxiliem
com
eficiência.
Jesus
orava
e
você
pode
e
precisa
orar
também.
Ore
sempre,
vencendo
todas
as
aflições.
..................................
Alma
querida!
Autoajude-se,
assim
orando:
Senhor!
Dominada pelas tribulações, permiti que o abatimento me arrastasse a esta
tristeza profunda!
Reconquistando a confiança em Ti, em Jesus e na Espiritualidade Superior,
abro-me ao doce e poderoso influxo de Teu Amor!
Vem ter comigo, penetra-me, domina-me e plenifica-me!
Fortalece-me para os embates da existência carnal! Dá que eu possa, Contigo,
vencer-me e a todas as aflições do caminho redentor!
Por Teu auxílio, obrigada Senhor...

ame sempre

O
amor
sublimado
é
medicação
em
nossas
feridas
morais
e
emocionais.
O
amor,
no
sentido
aqui
proposto,
pode
ser
definido
como
um estado
de espírito, que se caracterizaria por tal sensação de quietude interior e
satisfação consigo próprio que transbordaria para uma atitude otimista e
desarmada perante a vida e as outras pessoas. Amar aos outros e à vida é, pois,
mera consequência do amor a si mesmo. (30)
Se
estivermos
enfermos,
orgânica
ou
espiritualmente,
o
amor
pode
ser
a
vacina
ideal
para
o
combate
às
aflições
que
experimentemos.
Como

mencionado
anteriormente,
quando
Jesus
recomendou-nos
o
autoamor
e
o
amor
ao
próximo,
prescreveu-nos
Ele
um
conselho
de
natureza
médica e psicológica.
..................................
Alma
irmã!
Ame-se
intensamente.
A
autoestima
é
fundamental
para
a
sua
felicidade.
O
amor
que
você
venha
a
sentir
por
si
mesma
será
a
medida
do
amor
ao
próximo,
considerando
que
não
se

o
que
se
não
possui
e
que
não
se
sente
o
que
se
desconhece.
Amar-se,
no
sentido
aqui
desejado,
não
é
o
mesmo
que
ser egoísta.
Não.
Como
escreve
o
Dr.
Marco
Aurélio
Dias
da
Silva,
o comportamento
egoísta tem muito, mas muito mesmo, a ver com uma torturante sensação de
insegurança e fragilidade interior. Somente aqueles interiormente fortes
conseguem, de fato, ser gentis e desprendidos. O egoísmo relaciona-se
diretamente com a imaturidade emocional, assemelhando-se ao comportamento
da criancinha, que vê e sente o mundo como girando a seu redor e existindo
para e em função dela. (30a)
Amar-se,
em
verdade,
significa
ter cuidados consigo próprio, defender
seus interesses legítimos, (isto) é normal e desejável. A questão é quando se
extrapolam os limites dessa “normalidade” e se passa a ter um comportamento
egoísta no sentido doentio e condenável da palavra. Como em quase todo
fenômeno ligado ao comportamento humano, não é fácil estabelecer esse limite
com precisão. Para Gikovate, o que caracterizaria o egoísmo doentio e nocivo
seria seu componente arbitrário, isto é, o indivíduo se arrogaria mais direitos
que os outros e, por conseguinte, não os respeitaria. E assim procederia,
achando natural e justo, dada a sua visão da vida e do mundo voltada
fundamentalmente para si mesmo.
(30b)
..................................
O
amor,
bem
compreendido
e
bem
sentido,
proporcionará
a
você
amadurecimento
psicológico.
Os que atingem esse patamar de crescimento
ou dele se aproximam passam a extrair genuíno prazer do amor que
transmitem às outras pessoas e, sem ter premeditado, passam a vivenciar um
doce ciclo vicioso onde, quanto mais se amam e amam aos outros, mais amor
recebem de volta e mais ainda ficam amando a si e aos outros...
(30c)
Amando-se
e
amando
o
próximo,
você
perdoará
a
si
mesma
e
a
ele,
relacionando-se
bem
consigo
e
com
todos.
Não
sofrerá
desgastes
desnecessários
e
enfrentará
todas
as
aflições,
superando
as
consequências
negativas
dos
equívocos.
Amando-se,
você
melhorará
seu
sistema
imunológico
e
contribuirá
para
a
cura
possível
das
chagas
orgânicas,
resignando-se
de
forma
dinâmica
ante
as
enfermidades
incuráveis,
preservando
a
mente
e
a
personalidade.
Amando-se,
você
estará
habilitada
a
melhor
administrar
as
tragédias,
que
serão
motivos
de
crescimento
e
conquista
de
paz.
.................................
Ame
seu
irmão.
Você
evitará
ou
curará,
com
tal
atitude,
a
obsessão
que
porventura
se
tenha
instalado.
..................................
Não
se
feche
em
si
mesma.

ao
encontro
das
dores
maiores
que
as
suas,
que
permanecem
aguardando
alguma
contribuição.
O
bem
ao
próximo
é
bem
para
você
mesma.
Constitui-se
em
uma
Lei
Divina,
Universal:
é
dando
que
se
recebe...
Porém,
faça
o
bem
pelo
bem,
com
desinteresse.
A
Lei
sabe
cuidar
de
você...
Substitua
os
pensamentos
depressivos
pelo
sentimento
da
caridade.
Procure
transmitir
emoções
gratas
a
quantos
estejam
à
sua
volta.
Não
apenas
doe
coisas
no
auxílio
ao
próximo.
Doe-se
também,
doando
o
que
você
possui
de
melhor
no
âmago
do
coração.
Preencha
o
vazio
interior
com
ação
positiva
a
benefício
de
alguém.
Estabeleça
um
ideal
e
esforce-se
por
concretizá-lo.
Faça
a
sua
parte,
mínima
que
seja.
..................................
Alma
querida!
Pense
assim,
autoajudando-se:
Eu amo a Deus!
Eu amo a Vida!
Eu me amo!
Eu amo o próximo!
Sempre conduzida pelo amor, seguirei adiante. O amor, dominando-me
totalmente, dá sentido à minha vida e forças para buscar a vitória sobre todas as
dores...
busque o Espiritismo

Depois
de
algo
comentar
a
respeito
de
Moisés
e
Jesus,
Carlos
Toledo
Rizzini
anota
relativamente
ao
Espiritismo:
Em plena Era Científica, desponta a terceira revelação, que recebeu o nome
de Espiritismo, dado pelo seu codificador, Allan Kardec, que o lança em 1857,
no O Livro dos Espíritos. Já não se trata de um ensino pessoal, como os dois
anteriores
(Moisés
e
Jesus).
É uma revelação científica, porque se baseia na
experimentação para demonstrar a realidade espiritual, e coletiva, porquanto
reúne ensinamentos de fontes variadas. Instrutores do Mundo Espiritual
vieram em massa comunicar tais ensinamentos por meio de pessoas dotadas da
faculdade dita mediunidade. Kardec foi sobretudo o organizador, selecionador e
analista do amplo material de evidências e dados que ele próprio obteve e que
outros lhe entregaram. Nada criou - transmitiu, o que, aliás, Jesus afirmou ter
feito em relação a Deus. Tinha uma visão muito nítida das coisas e grande
habilidade para lidar com assuntos espirituais, cuja essência logo apreendia.
Pode-se afirmar que o Espiritismo é o Cristianismo ajustado à mentalidade
moderna. Tem ele a missão de pôr à disposição do homem atual uma
demonstração da base e uma explicação da doutrina do Evangelho. Nele, Deus é
o Pai, Jesus é o Mestre e os homens são irmãos; O homem é um espírito
encarnado num mundo material objetivando a evolução para níveis mais altos,
até Deus. Apresenta-se o Espiritismo como uma fé racional, isto é, dotada de
conteúdo intelectual: deseja exame daquilo que ensina e não tem interesse na fé
sem discernimento. Sua autoridade é racional e impõe-se espontaneamente, pelo
valor que possui, em infundir nos adeptos a necessidade de renovar-se
interiormente.
Muitos são os caminhos para a transformação do espírito. Contudo, dentro
de cada um deles estão os princípios evangélicos ou o caminho não conduzirá a
Deus. O Espiritismo é apenas a via adequada ao homem culto de hoje, quando
nele eclodiu o desejo de progredir além do plano terreno grosseiro. (10i)
O
Espiritismo
é
recurso
valioso
para
a
prevenção
ou
cura
da
depressão.
Restaurando
o
pensamento
puro
de
Jesus,
o
Espiritismo
se
torna
uma
Doutrina
de
estruturação,
de
libertação.
O
Espiritismo
ensina
de
onde
viemos,
porque
nos
encontramos
na
Terra,
porque
sofremos
e
para
onde
vamos
após
a
morte.
Este
conhecimento
é
básico
para
a
felicidade
humana.
Sem
tais
informações,
a
alma
aturde-se
diante
das
situações
afligentes,
entregando-se
ao
abatimento
moral.
A
Doutrina
Espírita,
quando
penetra
o
ser:
Trabalha
os
seus
valores
eternos,
equipando-o
para
o
enfrentamento
das
lutas
e
para
o
êxito;
Suscita
uma
nova
escala
de
valores;
Aprende-se
a
fixar-se
na
imortalidade
da
alma,
com
aproveitamento
da
oportunidade;
Realiza-se
a
terapia
do
Espírito
que,
como
vimos,
é
a
causa
primeira
da
depressão.
..................................
Alma
irmã!
Com
o
Espiritismo,
bem
compreendido
e
sobretudo
bem
sentido,
você:
Reprogramará
os
valores
da
vida;
Alterará
o
comportamento
em
profundidade;
Trabalhará
a
indiferença,
a
soberba,
o
ódio,
o
ciúme,
a
falta
de
finalidade
aplicada
à
existência,
o
esquecimento
e
desrespeito
às
divinas
e
às
humanas
leis;
Alterará
a
postura
íntima;
Obterá
melhor
saúde
orgânica
e
psicológica;
Eliminará
o
egoísmo,
o
orgulho,
a
ansiedade,
a
ira,
o
medo,
o
ódio,
a
luxúria...
que
são
raios
destrutivos
das
células
como,
também,
da
alegria;
Dispor-se
à
remoção
da
causa
profunda
do
distúrbio,
eliminando
seus
efeitos
negativos.
..................................
Alma
querida!
A
bibliografia
espírita
é
muito
rica.
Nos
livros
você
encontrará
excelentes
recursos
e
técnicas
de
autossuperação
como,
também,
de
superação
das
dificuldades.

encontre um Centro Espírita

Alma
irmã!
Procure
e
encontre
um
Centro
Espírita
corretamente
estruturado.
Dirigentes, auxiliares e frequentadores de um Centro Espírita bem organizado
sabem que a Obra de Kardec é um monumento científico, filosófico e religioso
de estrutura dinâmica, não estática, mas cujo desenvolvimento exige estudos e
pesquisas do maior rigor metodológico, realizadas com humildade, bom senso,
respeito à Doutrina e condições culturais superiores. Opiniões pessoais, palpites
de pessoas pretensiosas, livros mediúnicos ou não de conteúdo mistificador,
cheios de absurdos ridículos - seja o autor quem for - não têm nenhum valor
para um verdadeiro Centro Espírita. (34)
No
Centro
Espírita,
você
terá
a
um

tempo:

hospital,
escola,
templo,
lar
e
oficina.

a
assistência
necessária.
Sendo
um
hospital de
almas,
ele
a
auxiliará
efetivamente
nas
suas
enfermidades;

o
passe,
que
auxilia
poderosamente
na
reconquista
da
saúde
orgânica,
no
reequilíbrio
das
emoções
e
na
restauração
do
perispírito
eventualmente
lesado;

a
água
fluida,
que
igualmente
contribui
para
a
reconquista
da
saúde
integral;

a
palestra
esclarecedora
e
libertadora.
Sendo
uma
escola,
ele
ensinará
lições
preciosas
sobre
a
Vida,
sua
finalidade...;

amplas
possibilidades
de
estruturação
íntima,
com
aquisição
de
novos
conceitos
e
valores,
reprogramando
sua
vida;

contato
com
a
Verdade,
estudando-a
em
Obras
confiáveis,
inspiradas
pela
Espiritualidade
Superior;

oportunidade
de
reencontrar
Deus,
Jesus
e
a
Espiritualidade
Superior.
Sendo
templo,
ele
auxiliará
na
reconquista
da
confiança
nEles
e
em
si
mesma;

a
oração,
com
ela
aprendendo
a
haurir
em
Deus,
em
Jesus
e
na
Espiritualidade
Superior
as
forças
e
inspirações
necessárias;

ensejo
de
travar
contato
com
os
Benfeitores
Espirituais,
sempre
generosos
e
prontos
a
auxiliar
em
nosso
crescimento
íntimo;

campo
imenso
e
propício
à
extensão
dos
laços
fraternais,
no
amor
ao
próximo,
nele
encontrando
o
lar de
bênçãos;

renovadas
possibilidades
de
crescimento
íntimo,
sublimando-se
e
cristificando-se,
na
autodoação
a
benefício
dos
que
virão
empós.
Sendo
oficina,
ensejará,
o
Centro
Espírita,
amplas
oportunidades
de
realização
no
bem.
...................................
Alma
querida!
Na
hipótese
de
você
não
conhecer
um
bem orientado Centro
Espírita,
informe-se
com
alguém
de
sua
confiança.
Ao
travar
contato
com
a
Casa
Espírita,
procure
permanecer
nela
por
tempo
razoável,
dando-se
a
oportunidade
de
bem
conhecer
o
Espiritismo.
Não
tenha
pressa
de
afastar-se
dela,
após
a
conquista
da
saúde,
da
estrutura
íntima,
da
esperança...
ampare-se na família

O
jovem
encontrava-se
amargurado
e
abatido...
Vinha
de
uma
perda importante
e
trazia
a
alma
alanceada,
receosa
do
futuro...
Em
uma
certa
noite,
encontrava-se
ele
em
um
ambiente
destinado
à
concentração
de
jovens.
Algo
absorto,
olhava
a
tudo
e
a
todos
sem
ver
nada nem ninguém.
Recolhido
em
si
mesmo,
contemplava
a
própria
dor.
Algo
especialmente
marcante
lhe
sucederia,
porém,
naquela
noite.
Em
dado
momento,
seus
olhos
cruzam com
outros
olhos,
que
o
magnetizam
de
imediato.
A
chama
íntima
reaviva-se
e
a
intuição
segreda
ao
seu
coração
que
aquela
jovem
-
belíssima
jovem!
-
estava
reservada
para
a
sua
alma...
Conheceram-se
ou
reconheceram-se!
Falaram-se
pela
primeira
vez
nesta
encarnação!
E,
desde
então,
os
fatos
cuidaram
de
confirmar
a
intuição
primeira:
aquela
singular
mulher
faria
parte
da
vida
daquele
rapaz...
Casaram-se
e
tiveram
três
filhos,
e
muitos,
muitos
outros
pelo
coração...
O
nome
desta
jovem?
-
É...
Joana,
minha
companheira
de
muitos
anos.
Mulher
extraordinária
por
suas
virtudes
peregrinas.
Devotada
e
abnegada,
tem-se
constituído
em
exemplo
e
inspiração
para
muitas
vidas.
Nas
muitas
crises
(sempre
comuns
na
vida
de
todos
nós)
ela
tem
sido
uma
alavanca
de
sustentação,
um hino de amor...
..................................
Alma
irmã!
A
família
pode
ser
compreendida
ou
definida
como
sendo
a
reunião
de
espíritos,
que
se
buscam
na
Terra
para,
através
dos
reencontros,
mutuamente
se
auxiliarem
na
ascensão
espiritual.
Se
você
estiver
bem,
ajude
quanto
puder
os
seus
familiares
enfermos,
compreendendo
que
depressão
patológica
é
moléstia
severa,
não
lhe
sendo
permitido
omitir-se,
sob
pena
de
cometer
falta
grave
e
expor-se
ao
remorso.
Se
você
estiver
enferma,
peça
ajuda
com
toda
a
humildade.
Essa
ajuda,
evidentemente,
será
buscada
junto
aos
familiares
que
estejam
em
melhores
condições,
portanto,
com
possibilidades
de
auxiliar.
Não
reclame
de
sua
família,
entendendo
que,
à
luz
da
reencarnação,
da
lei
de
causa
e
efeito
e
da
Justiça
Divina,
você
está
no
lugar
certo,
com
as
pessoas
certas,
nas
circunstâncias
certas...
Aprenda
a
valorizar
este
precioso
e
sagrado
patrimônio,
que
é
a
família.
Sem
ela,
você
perderia
excelente
campo
de
trabalho
e
de
realização.
..................................
No
momento
em
que
estas
páginas
são
elaboradas,
com
emoção
e
gratidão
profundas,
recordo-me
de
minha
família.
Sem
ela,
reconheço
que
não
seria
o
que
sou
e
não
estaria
onde
estou.
Meus
pais
(Sebastião
e
Maria),

desencarnados,
muito
me
auxiliaram
em
todas
as
fases
de
minha
existência.
Deram-me
a
vida
física
e
o
amor
nunca
faltou,
sobejando
sempre.
Ensinaram-me,
desde
cedo,
a
amar
a
Deus
e
a
Jesus,
encaminhando-
me
para
a
Igreja,
onde
aprendi
a
orar,
cantar
e
agradecer,
preparando-
me
para
os
embates
da
vida...
É
verdade
que
nem
sempre
correspondi
às
expectativas
de
meus
pais,
mas
nem
por
isto
eles
me
abandonaram
ou
desprezaram.
Fiéis
a
Deus,
desincumbiram-se
totalmente
dos
deveres
abraçados...
Hoje,
domiciliados
no
Mundo
Espiritual,
prosseguem
meus
pais
e
meus
amigos,
sempre
devotados.
Não
poucas
vezes
sinto-os
comigo,
no
auxílio
de
que
reconheço
necessitar...
O
mesmo
posso
dizer
dos
filhos
(Jordhana,
Morgana
e
Izaias
Júnior)
e
dos
meus
nove
irmãos,
bem
como
de
todos
os
demais
afetos
que
compõem
o
clã
que
tenho
a
felicidade
de
integrar.
Nunca
me
faltaram
com
o
carinho
e
o
perdão,
ensejando-me,
em
todas
as
quedas,
reiteradas
oportunidades
de
recomeço.
A
todos
eles,
a
homenagem
singela
do
meu
coração
reconhecido.
..................................
Alma
querida!
Se
a
sua
família
não
puder
ajudar,
procure
valer-se
dos
bons
e
estruturados
amigos.

tenha bons e estruturados amigos

Porque
procurar
ajuda
de
amigos
ou
de
pessoas
outras?
Porque,
dependendo
do
grau
da
depressão,
o
depressivo
não
conseguirá
sair
sozinho
da
situação
dolorosa
em
que
se
encontra.
Um
bom
e
estruturado
amigo
sempre
pode
ajudar.
.....................................
Alma
irmã!
Lembre-se
que
o
próprio
Jesus
não
desprezou
a
ajuda
de
Simão,
o
cireneu,
que
se
dispôs
a
auxiliá-Lo
no
transporte
da
cruz.
Seja
amiga
de
quem
sofre,
procurando
não
trair
a
sua
confiança.
Aquele
que
sofre

tem
motivos
suficientes
para
afligir-se,
não
sendo
justo
acrescentar-lhe
o
da
traição
ou
da
decepção.
Se
você
estiver
necessitada,
procure
alguém
confiável
para
dialogar.
Conte-lhe
o
que
se
passa
na
sua
vida
e,
se
ele/ela
sugerir-lhe
providências
positivas,
acate-as
em
seu
benefício.
Insisto:
abra-se
a
quem
for
digno/digna
de
sua
confiança.
Aumente
o
círculo
de
companheiros/companheiras.
A
solidão
mórbida,
traduzindo
fuga,
somente
agrava.
.....................................
Faça
para
o
depressivo,
todo
o
bem
que
puder.
Como
a
irmã
e
amiga
da
pequena grande história
que
segue:
A
jovem
encontrava-se
grandemente
aturdida.
Surpreendida
por
uma
situação
imprevista,
apresentava-se
abatida
moralmente.
Uma
alma
nobre
e
boa,
devotada
até
ao
esquecimento
de
si
mesma,
informada
do
quanto
se
passava
com
a
jovem
amiga,
foi-lhe
ao
encontro.
Encontrando-a
e
dispondo-se
a
ajudar,
acomodou-se
ao
leito,
aconchegando
ao
colo
generoso
a
cabeça
atormentada
da
adolescente,
que
chorava...
A
nobre
alma,
candidamente,
entremeava
expressões
carinhosas
e
ternas
carícias,
acenando
com
esperanças
novas.
Não
resistindo
a
este
magnetismo impregnado de amor, a
jovem
aquietou-se,
reconquistando
a
serenidade
e
dispondo-se
a
prosseguir
no
esforço
de
autossuperação...
Não

tristeza
que
resista
ao
iluminado
e
santo
influxo
do
amor
verdadeiro.
Sempre
que
você
puder
ajudar
não
deixe
de
o
fazer.
..................................
Alma
querida!
Neste
passo,
permito-me
outro
parêntese
para
recordar
todos
os
maravilhosos
amigos
que
a
Vida
me
concedeu.
São
tantos,
que
não
seria
possível
nominar
a
todos.
Também
eles
muito
me
auxiliaram,
estimulando-me
ao
crescimento
e
tolerando-me
as
deficiências.
Perpassam,
pela
minha
lembrança,
os
amigos
antigos
e
recentes,
velhos
e
moços,
ricos
e
pobres,
de
longe
e
de
perto,
os
encarnados
e
os
não
encarnados,
os
de
Osvaldo
Cruz
e
de
Andradina,
do
movimento
espírita
e
de
outras
Doutrinas...
Em
todos,
encontrei
sempre
inspiração
para
a
vida
e
eles
muito
contribuíram
para
a
minha
formação.
Em
situações
extremamente
difíceis,
quando
me
faltaram
as
forças
próprias,
neles
encontrei
arrimo
para
seguir
avante,
levantando-me
e
recomeçando
outra
vez...

trabalhe e transpire também

Alma
irmã!
Saia
de
si
mesma.
Não
se
enclausure.
Saia
do
ambiente
fechado.
Movimente-se.
Faça
caminhadas.
Respire
ar
puro.
Transforme
a
energia
mental,
gasta
na
fixação
da
tristeza,
em
energia
muscular:
a
depressão
sairá
pelos
poros.
A
suorterapia
é
também
excelente
técnica
de
cura
da
depressão.
Tenha
contato
com
a
terra,
cuidando
de
um
jardim,
de
uma
horta,
de
um
pomar.
A
terra,
com
sua
energia
positiva,
pode
restituir-lhe
a
saúde
perdida
e
o
amor
pela
vida.
Busque
intimidade
com
a
Natureza,
saturada
de
energias
balsâmicas
e
curativas.
...................................
Alma
querida!
Entenda
que
o
trabalho
é
terapia
e
é
Vida.
Veja
o
que
sucede
aos
que
se
aposentam
sem
a
elaboração
de
novas
metas
para
esse
período
da
existência
física.
Evite
a
hora
vazia,
que
produz
grandes
prejuízos
na
economia
moral
das
criaturas.
Diminua
as
atividades,
se
preciso
for,
mas
nunca
escolha
a
ociosidade
como
forma
de
viver.
Trabalhe,
também,
pela
alegria
de
estar
produzindo,
de
ser
útil,
e
não
somente
em
busca
de
recompensa
financeira.
Trabalhe,
portanto,
com
desinteresse,
contribuindo
eficazmente
para
um
mundo
melhor.
Reaja
à
depressão,
trabalhando
sem
autopiedade
nem
acomodação
preguiçosa...
vigie sempre

Jesus
recomendou-nos:
vigiai
e
orai
para
não
cairdes
em
tentação...
Tentação
é
palavra
que
pode
comportar
muitos
sentidos.
No
que
se
refere
à
depressão,
tentação pode
ser
entendida
como
tudo
aquilo que venha comprometer nossa alegria,
arrastando-nos
ao
sofrimento.
Hoje,
se
corporalmente
entre
nós,
Jesus
provavelmente
assim
se
expressasse:
vigiai e orai para não cairdes em... depressão!
...................................
Alma
irmã!
À
semelhança
do
amor,
quando
Jesus
recomendou
vigilância,
estabeleceu
Ele
uma
orientação
de
conteúdo prático,
não
místico.
Queria
o
Mestre
dizer-nos
que
vigiássemos
as
entradas
das
informações
que
recebemos,
representadas
pelos
nossos
sentidos
físicos
e
espirituais,
como,
também,
que
vigiássemos
as
nascentes
do
coração
(mente),
com
o
que
conseguiríamos
evitar
ou
dominar
o
negativo.
A
criatura
humana
necessita,
pois,
de
vigiar
os
olhos,
os
ouvidos,
o
tato
e
todos
os
demais
sentidos,
porque
grande
parte
das
impressões
arquivadas
no
subconsciente
adentram
pela
casa
mental
através
dessas
portas
ou
janelas.
Se
permitirmos
o
ingresso
de
tudo
o
que
for
prejudicial,
o
subconsciente
arquivará
e
devolver-nos-á
exatamente
o
material
arquivado.
Vigiando
as
entradas
e
as
nascentes
do
coração,
a
pessoa
conseguirá
impedir
o
ingresso
dos
maus
inquilinos,
também
conseguindo
despejar
aqueles
que

se
tenham
instalado.
................................
Alma
querida!
Eleja
quais
impressões
de
fora
poderão
ingressar
na
intimidade
de
sua
casa
mental.
Como
o
guarda noturno
trabalha
para
evitar
a
entrada
de
ladrões/inimigos
no
ambiente
que
defende,
também
a
alma
necessita
de
cuidar
para
não
permitir
o
ingresso
de
adversários
de
sua
paz
na
intimidade
da
casa
mental.
Policie
a
palavra.
Não
reclame,
não
calunie,
não
injurie...
compreenda e trabalhe a dor

Escreve
Vinícius:
A dor é uma necessidade em orbes como este onde nos encontramos. Ela é,
na vida do Espírito, o que o fertilizante é na vida da planta. Os homens, como as
árvores, não devem ocupar neste mundo um lugar inutilmente. É da lei que as
árvores e homens produzam frutos, cada um segundo sua espécie e natureza.
Quando a árvore se torna estéril, o agricultor recorre aos processos
aconselhados ao caso: abre sulcos em volta do seu tronco e aduba a terra ao
redor. Quando o Espírito estaciona na senda de evolução, mostrando-se
negligente e relapso no dever que lhe assiste de produzir frutos de
aperfeiçoamento moral e de desenvolvimento intelectual, vem o aguilhão da dor
despertá-lo. É assim que os abúlicos, os comodistas impenitentes, os preguiçosos
e os cínicos são chamados a postos e forçados a assumirem atitudes definidas e
positivas nas lutas da vida.
A Humanidade terrena é composta de elementos retardatários. Daí se
explica porque a dor é patrimônio comum a todos os homens. As lutas, as
dificuldades e o sofrimento nos assediam por todos os lados e nos salteiam a
cada passo no carreiro da presente existência. Debalde procuramos fugir às
suas investidas. O momento chega em que nos vemos forçados a enfrentar
obstáculos e a resolvê-los; a aceitar as lutas e a vencê-las; a encarar a dor face a
face e suportá-la.
E de tudo isso resulta um bem. Após as refregas e as dores, o Espírito sente-
se mais capaz e menos egoísta, mais corajoso e menos indolente. Ao concurso da
dor devemos, pois, grande parte do nosso progresso intelectual e moral. (20a)
Aprendemos
com
o
Espiritismo
que
a
dor
não
representa
uma
desgraça
para
a
alma.
No
sofrimento,
tem
ela
um
poderoso
auxílio
para
a
sua
redenção.
Nesse
sentido,
escreve
Emmanuel:
No trabalho de nossa redenção individual ou coletiva, a dor é sempre o
elemento amigo e indispensável. E a redenção de um Espírito encarnado, na
Terra, consiste no resgate de todas as suas dívidas, com a consequente aquisição
de valores morais passíveis de serem conquistados nas lutas planetárias,
situação essa que eleva a personalidade espiritual a novos e mais sublimes
horizontes na vida do Infinito. (31a)
Interessante que apresentemos a diferença entre provação e expiação: a
provação é a luta que ensina ao discípulo rebelde e preguiçoso a estrada do
trabalho e da edificação espiritual. A expiação é a pena imposta ao malfeitor
que comete um crime. (31b)
..................................
O
deprimido
é
alguém
que,
inexperiente
e
fragilizado
em
si
mesmo,
permitiu-se
e
vem
se
permitindo
abater
pelas
dores.
Ainda
não
possui
estrutura
suficiente
para
debelar
a
crise
e
permanecer
alegre
e
em
paz.
Em
sua
miopia espiritual,
de
regra,
o
depressivo
não
se

conta
de
que
não
é
o
único
a
sofrer.
E
quando
percebe
que
outros
também
estão
sofrendo,
passa
a
pensar
que
ninguém sofre tanto quanto ele.
Enfermo
e
fragilizado,
dá-se
a
comentários
infelizes,
queixando-se
e
malbaratando
a
oportunidade
de
recuperação
íntima.
Dominado
pela
falsa
piedade
de
si
mesmo,
não
deseja
a
cura,
embora
muitas
vezes
afirme
o
contrário...
..................................
Alma
irmã!
Acredite:
a
dor
encontra-se
em
toda
parte.
Você
não
é
a
única
a
sofrer,
e
pessoas

que
sofrem
muito
mais.
Diante
dos
muitos
sofrimentos
que
esteja
padecendo,
procure:
a
resignação
dinâmica,
abençoar
a
todos,
agradecer
à
Vida,
rejubilar-se
e
sorrir,
meditar,
aprender,
corrigir,
crescer,
avançar,
libertar-se...
Recomenda-nos
o
Evangelho
Segundo
o
Espiritismo,
quando
orienta
o
ser
a
respeito
da
melhor
postura
diante
da
dor:
Quando vos advenha uma causa de sofrimento ou de contrariedade,
sobreponde-vos a ela, e, quando houverdes conseguido dominar os ímpetos da
impaciência, da cólera, ou do desespero, dizei, de vós para convosco, cheio de
justa satisfação: “Fui o mais forte.”
Bem-aventurados os aflitos pode então traduzir-se assim: Bem-aventurados
os que têm ocasião de provar sua fé, sua firmeza, sua perseverança e sua
submissão à vontade de Deus, porque terão centuplicada a alegria que lhes falta
na Terra, porque depois do labor virá o repouso...
(3b)
E
recomenda
mais
a
preciosa
Obra
referida:
Lembrai-vos de que, durante o vosso degredo na Terra, tendes de
desempenhar uma missão de que não suspeitais, quer dedicando-vos à vossa
família, quer cumprindo as diversas obrigações que Deus vos confiou. Se, no
curso desse degredo-provação, exonerando-vos dos vossos encargos, sobre vós
desabarem os cuidados, as inquietações e tribulações, sede fortes e corajosos
para os suportar. Afrontai-os resolutos. Duram pouco e vos conduzirão à
companhia dos amigos por quem chorais e que, jubilosos por ver-vos de novo
entre eles, vos estenderão os braços, a fim de guiar-vos a uma região inacessível
às aflições da Terra...
(3c)
..................................
Quando
a
dor
chegar,
procure
mantê-la
em
sua
real
dimensão,
não
a
ampliando,
desnecessariamente,
com
o
seu
desespero.
Também,
em
O
Evangelho,
encontraremos
a
sábia
recomendação:
Não vos aflijais, pois, quando sofrerdes... (3d)
O
não afligir-se quando o sofrimento advém, significa
que
a
criatura
não
deve
adicionar sofrimento ao sofrimento. Se
certas
aflições
são
inevitáveis,
outras
são
evitáveis.
Evitável
é
todo
sofrimento
que
adicionamos,
por
fragilidade
íntima,
ao
sofrimento
inevitável.
Como
leciona
Joanna
de
Ângelis,
inspirada
nas
preciosas
lições
de
Buda:
O sofrimento do sofrimento é resultado das aflições que ele mesmo
proporciona.
A dor macera os sentimentos, desencoraja as estruturas psicológicas frágeis,
infelicita, leva a conclusões falsas e estimula os estados de exaltação emocional
ou de depressão conforme a estrutura íntima de cada vítima... (32a)
..................................
Jerônimo
Mendonça
Ribeiro
é
um
dos
exemplos
mais
extraordinários
que
tive
a
honra
de
conhecer
e
privar
de
sua
companhia
e
amizade.
Desde
a
tenra
idade,
começou
a
padecer
dores
atrozes,
em
virtude
de
uma
artrite
reumatoide
deformante,
que
haveria
de
acompanhá-lo
até
a
desencarnação.
Mineiro,
de
Ituiutaba,
jamais
se
permitiu
abater
moralmente
pelo
sofrimento
físico.
Tetraplégico,
cego,
cardiopata
e
trazendo
dores
terríveis,
percorreu,
com
sua
cama
ortopédica,
vários
estados
do
Brasil
e
centenas
de
cidades,
a
todos
levando
o
Evangelho
do
Cristo
à
luz
da
Doutrina
Espírita,
cantando
e
encantando,
pelo
exemplo
lecionando
confiança
em
Deus,
certeza
da
imortalidade,
alegria
íntima
e
entusiasmo
permanente
no
amor
ao
próximo,
que
traduziu
de
muitas
formas.
Jerônimo
Mendonça
Ribeiro,
pelas
mãos
dos
muitos
amigos
que
o
auxiliavam,
escreveu
vários
livros
e
gravou
discos
e
fitas.
Fundou
dois
centros
espíritas
(um
na
zona
rural),
uma
gráfica
e
uma
creche
que
atende
centenas
de
crianças.
Ele
jamais
saía
de
sua
cama,
que
era
também
sua
tribuna.
Nessa
cama,
sempre
imobilizado,
permaneceu
por
trinta
anos
(!),
até
a
desencarnação.
Hoje,
na
Espiritualidade,
Jerônimo
prossegue
o
trabalhador
resoluto
e
amigo
devotado,
sendo
percebido
e
visto
em
muitos
lugares,
em
todos
eles
inspirando
companheiros,
levantando
almas
caídas,
sempre
cantando as
belezas
do
Consolador Prometido...
..................................
Alma
querida!
Talvez
não
possamos,
por
enquanto,
ser
e
fazer
como
Jerônimo,
conhecido,
quando
encarnado,
como
O Gigante Deitado.
Podemos,
no
entanto,
tentar
e
tentar,
sem
nunca
esmorecer.
O
amor,
a

e
o
trabalho
contínuos
nos
conduzirão
à
fortaleza
de
ânimo
e
à
vitória
sobre
todas
as
dores...

cultive alegria íntima

Problemas?
Todos
os
possuímos...
Mas,
quem
é
tão
infeliz
ao
ponto
de
não
possuir
alegrias?
Se
tivermos
olhos de ver,
constataremos
que
possuímos
muito
mais
motivos
e
momentos
de
alegria
do
que
de
tristeza.
E
aqueles,
os
momentos
de
alegria,
devem
ter
prevalência
sobre
os
outros,
de
tristeza,
de
desencanto.
..................................
A
tristeza
cansa,
abate,
mata.
A
tristeza
tudo
dificulta.
Não
é
através
dela,
certamente,
que
se
resolvem
as
dificuldades.
A
alegria
produz
benefícios
consideráveis
para
o
corpo,
para
as
emoções
e
para
a
alma,
contribuindo
para
a
cura
do
estresse,
da
tristeza
e
de
outros
males...
A
alegria
gerará:
otimismo,
estímulos,
forças
de
resistência
para
os
desafios...
..................................
Alma
irmã!
Para
que
você
conquiste
a
alegria
verdadeira
e
definitiva:
Adote
uma
conduta
sempre
digna
em
relação
a
tudo
e
a
todos;
Execute
bem
e
fielmente
os
seus
deveres;
Tenha
uma
visão
positiva
da
vida;
Transforme
as
situações
difíceis
em
situações
agradáveis
ou
amenas;
Fixe
na
mente
os
momentos
bons
e
os
sentimentos
generosos;
Busque
a
convivência
com
pessoas
alegres;
Cultive
ao
máximo
a
alegria,
procurando
bons
ambientes,
bons
programas,
boas
companhias,
sempre
de
conformidade
com
a
ética
divina;
Viva
experiências
que
auxiliem
na
recuperação
do
seu
bom
humor;
Entusiasme-se;
Faça
o
próximo
alegre.
Isto
alegrará
você
também.
André
Luiz,
em
seu
livro
Respostas
da
Vida,
escreve
que
a alegria é a única doação que você
pode fazer sem possuir nenhuma; (35)
Espalhe
bem-estar;
Realize
tudo
com
alegria,
sem
o
fardo
pesado
e
desagradável
do
mau
humor;
Abra
janelas
para
a
penetração
da
luz;
Não
se
oriente
pelas
frustrações;
..................................
Alma
querida!
Entenda
que
alegria
é
também
a
presença
de
Deus
no
coração.
Mantenha-se
sempre
ligada
a
Ele,
não
permitindo
que
o
êxito
a
distraia
e
nem
que
o
erro
ou
o
fracasso
magoe
e
derrube
a
sua
alma
na
depressão;
Não
aguarde
a
cessação
completa
do
sofrimento
para
experimentar
alegria.
O
momento
é
agora.
Frua-o,
a
benefício
seu
e
de
todos
quantos
convivem
com
você...

seja racional

A
pessoa
que
cria
fantasias
vive
nas
nuvens,
podendo
precipitar-se
no
abismo
do
desencanto
a
qualquer
momento.
O
depressivo,
não
poucas
vezes,
passou
a
experimentar
o
abatimento
em
consequência
de
falsas
perspectivas
em
torno
de
pessoas
ou
situações.
Atribuiu-lhes
qualidades
que
não
possuíam
e,
quando
surpreendido
pela
realidade,
deixou-se
abater
e
amolentar,
caminhando
com
o
fardo
desagradável
da
decepção,
perdendo
o
encanto
pela
vida
e
a
confiança
nas
demais
pessoas...
..................................
Alma
irmã!
Se
você
está
deprimida
ou
alterada
emocionalmente:
Procure
sair
do
aturdimento
que
a
infelicita.
Os
acontecimentos
desagradáveis
não
merecem o
seu
sofrimento;
Recupere
a
tranquilidade.
A
calma
nunca
atrapalha.
O
nervosismo
e
a
precipitação
jamais
ajudam;
Examine
o
problema
com
serenidade.
Isto
auxiliará
você
no
encontro
das
soluções;
Não
discuta
por
discutir.
Com
o
diálogo,
você
buscará
soluções
para
o
passado,
o
presente
e
o
futuro
que
a
aguarda;
Não
fuja
da
realidade.
A
atitude
sensata,
racional,
dará
a
você
amplas
condições
de
superar
o
momento
difícil;
Evite
a
utopia;
Preserve-se
dos
imaturos.
Ame-os
e
auxilie-os,
não
se
permitindo,
porém,
influenciar
tanto
por
eles;
Elimine
o
sonho de
mudar
o
mundo
sem
mudar
a
si
mesma.
Mude-se
e
assim
contribuirá
para
o
mundo
melhor;
Conquiste-se
antes
de
conquistar
coisas
e
pessoas;
Não
se
distraia
com
o
êxito;
Não
se
abata
pelo
insucesso;
Cuidado:
quando
as
fantasias
passam,
a
depressão
chega;
Acabe
com
a
ilusão,
antes
que
a
ilusão
acabe
com
você;
Não
transfira
suas
carências
para
o
outro.
Ele
talvez
não
esteja,
nesse
momento,
em
condições
de
ajudá-la.
Em
tópico
próprio,
recomendou-
se
a
procura
de
um
bom
e
estruturado
amigo.
Isto,
porém,
não
significa
que
se
deva
despejar, sobre
ele,
toda
a
problemática...
...................................
Alma
querida!
Em
Deus,
você
encontrará
as
diretrizes
corretas
para
a
sua
vida,
como
as
bases
de
sustentação
para
todas
as
horas
e
circunstâncias.
Construa
sua
casa mental
sobre
a
rocha
da
consciência
lúcida
e
responsável
e
não
sobre
a
areia
movediça
das
paixões
inferiores,
que
atordoam
e
infelicitam,
deixando,
após
a
sua
passagem,
marcas
profundas
de
desengano
e
depressão.
Breve
página
à
mulher

Seja
você
a
primeira
pessoa
a
se
amar;
Ame
seu
corpo,
com
suas
peculiaridades;
Respeite
o
seu
organismo.
Ele
é
templo
da
Vida;
Existindo
problemas
orgânicos
ou
hormonais,
procure
um
médico.
Você
tem
direito
à
saúde
e
a
merece;
Procure
enriquecer
a
sua
vida,
possuindo
muitas
motivações
para
viver.
Ser
mulher
de uma só atividade pode
ser
muito
prejudicial;
Se
você
vier
a
perder
ou
não
possuir
a
condição
de
gerar
filhos,
não
se
aflija.

muita
gente
sofrida
esperando
auxílio.
Seja
mãe
dos
sofredores,
adotando-os pelo
coração;
Não
fique
remoendo
sentimentos
negativos.
Liberte-se
deles.
Cuide
de
sua
casa
mental
como
você
cuida
de
sua
residência
e
de
sua
família;
Não
chame
a
si
a
responsabilidade
exclusiva
por
tudo
que
acontece
na
sua
família.
Se
não
é
correto
omitir-se,
também
não
é
justo
sobrecarregar-se
tanto.
Os
outros
não
têm
o
direito
de
colocar
sobre
os
seus
ombros
as
responsabilidades
que
lhes
pertencem.
Eduque-os
neste
sentido;
Sem
trair
seus
deveres
domésticos,
dedique-se
a
outras
tarefas,
inclusive
remuneradas,
se
for
possível
e
se
houver
conveniência
ou
necessidade;
Não
ocorrendo
a
situação
do
parágrafo
anterior,
busque
tarefas
outras
que
ocupem
parte
do
seu
tempo,
e
permitam
o
seu
enriquecimento
intimo;
Não
faça
de
sua
casa
a
sua
cadeia.
Fiel
sempre
às
suas
obrigações,
encontre
bons
motivos
para
se
ocupar.
A
ação
beneficente
é
das
melhores
soluções/terapias
para
as
suas
dores;
Se
casada,
ame
seu
marido.
Se
mãe,
ame
seus
filhos.
Como
eles
são.
Se
ainda
não
são
o
que
devem
ser,
ajude-os
a
se
tornarem
melhores.
Você
pode
ter
sido
colocada
em
um
meio
para
que,
com
sua
ação
e
seu
exemplo,
venha
a
ajudar
espíritos
mais
necessitados;
Sofrendo
violência,
moral
ou
física,
procure
ajuda
(quanto
possível,
sem
ódio
nem
mágoa)
para
você
e
o
seu
agressor.
Essa
ajuda
poderá
ser
encontrada
no
médico,
no
psicólogo,
no
psicanalista,
no
psiquiatra,
no
Promotor
de
Justiça
e
em
outros
profissionais
e
pessoas
que
estejam
em
condições
de
auxiliá-la.
Não

porque
suportar
humilhações
e
violências
indefinidamente,
se
se
possui
ao
alcance
meios
para
o
auxílio
a
todos.
Pode
ser
que
o
seu
algoz
esteja
doente;
Contente-se
com
sua
profissão
e
sua
remuneração,
caso
trabalhe.
Se
for
possível
conquistar
progressos,
melhor.
Se
não,
resigne-se,
recordando
que

muitas
mulheres
que
gostariam
de
estar
no
seu
lugar.
O
valor
pessoal
independe
do
salário,
da
tarefa
desempenhada
e
da
posição
social
que
se
ostente;
Você
não
é
nem
superior
nem
inferior
a
ninguém.
Cada
um
de
nós
tem
o
seu
valor
próprio.
Procure
sempre
superar
a
si
mesma,
os
seus
limites,
sendo
cada
dia
melhor
do
que
o
foi
no
anterior;
Não
se
submeta
aos
abusos
sexuais.
Toda
violência
ao
seu
corpo
é
violência
contra
a
sua
alma.
Não
existe
amor
sem
ética,
sem
respeito;
O
amor
ao
próximo,
através
de
ações
positivas,
dará
renovada
motivação
para
a
sua
vida.
Ele
é
o
melhor
antídoto
para
o
tédio;
Quando
e
quanto
possível,
evite
os
conflitos
domésticos.
Que
eles
não
ocorram
por
sua
culpa.
E
se
você
vier
a
errar,
desculpe-se
e
recomece.
Se
o
erro
for
dos
outros,
desculpe-os
e
auxilie-os
a
igualmente
recomeçarem;
Não
inveje
seu
marido,
se
casada.
Inspire-se
no
seu
bom
exemplo
e
faça
o
seu
melhor;
Adote
uma
vida
simples.
Evite
gastos
supérfluos,
desnecessários.
O
consumismo
não
cura
depressão;
Tenha
método
e
ritmo
na
sua
vida.
Jesus
ensinou
que
basta a cada dia
o seu mal;
Programe-se,
não
se
estressando
sem
necessidade.
Trabalhe
sempre,
mas
sempre
com
inteligência.
O
trabalho
é
lei
da
vida
e
você
trabalhará
eternamente.
Fazer
tudo
hoje
não
resolve
para
sempre,
porque
amanhã
você
terá
mais
o
que
fazer.
Não
deixe
para
amanhã
a
tarefa
de
hoje,
mas
não
intente
fazer
hoje
a
tarefa
que
será
mais
bem
executada
amanhã...;
Você
é
linda.
Você
é
única
no
Universo.
Não
existe
outra
igual.
Aprenda
a
gostar
de
si,
para
que
os
outros
façam
o
mesmo;
Você
não
está
só,
como
pensa.

muita
gente
que
lhe
tem
carinho.
Seja
solidária
com
os
solitários,
e
você
nunca
estará
sozinha;
Se
os
seus
afetos
desencarnaram,
saiba
que
eles
vivem.
Não

morte.
Eles
esperam
por
você
e
lhe
devotam
o
mesmo
sentimento
de
outrora;
Ame
a
todos,
sempre.
Assim
você
atenderá
a
sua
carência;
Atenda
a
todos
os
seus
deveres,
diligentemente.
Porém,
não
se
sobrecarregue
sem
necessidade.
Preocupar-se,
somente
produz
cansaço
e
desânimo.
Ocupe-se,
buscando
inspiração
e
providências
para
a
solução
almejada;
Aja
com
tranquilidade.
Viva
com
calma;
Confie
em
você.
Tenha
segurança
intima;
Não
se
atormente
pelo
amanhã.
Alcance-o
vencendo,
passo
a
passo,
as
dificuldades.
A
ansiedade
mórbida
não
trará
a
você
as
alegrias
esperadas;
Não
se
permita
consumir
pelo
competitivismo
da
sobrevivência.
Trabalhe,
estude,
cresça,
ame,
e
você
verá
atendidas
todas
as
suas
necessidades;
Lembre-se
de
que
Deus
não
a
esquece;
Progrida
sempre.
Não
deixe,
porém,
corroer-se
por
ideias
de
perfeccionismo.
Pessoa
muito
exigente
é
pessoa
neurótica,
intolerante,
de
trato
difícil,
desagradável;
Não
fique
presa
indefinidamente
ao
passado,
fazendo
interminável
inventário
das
dores
e
dos
desencantos,
como
das
perdas
e
dos
erros
cometidos.
Viva
positivamente
o
presente,
como
se
não
tivesse
passado
negativo;
Não
tenha
medo
da
velhice.
A
vida
tem
encantos
em
todas
as
fases
da
existência
humana.
Descubra-os
quando
chegar
essa
fase,
mantendo-se
jovial,
solidária,
cooperativa
e
otimista.
A
vida
prossegue,
e
os
que
se
amam
não
se
separam
para
sempre,
mesmo
quando
advém
a
morte
do
corpo,
que
é
transformação
libertadora...;
Não
pense
que
você
seja
a
única
pessoa
a
sofrer.
Todos
sofremos
e

pessoas
que
sofrem
muito
mais;
Lembre-se
do
extraordinário
exemplo
de
Maria de Nazaré,
a
mãe
de
Jesus,
também
nossa
mãe.
Sempre
fiel
a
Deus,
cumpriu
todos
os
seus
deveres
ante
a
família,
o
mundo
e
sua
consciência.
Suportou
com
estoicismo
todo
o
processo
arbitrário
que
vitimou
Jesus,
acompanhando-O
em
todos
os
lances
dolorosos
da
crucificação
e
da
morte.
Inspire-se
nessa
Alma
Belíssima
e
Pura.
Quando
as
forças
lhe
faltarem,
busque-A
em
oração
confiante
e
esperançosa.
O
auxílio
não
tardará
a
chegar.
Prossiga
confiante
e
serena.
Esforce-se
sempre.
A
vitória
coroará
sua
vida...
Vinte
anos
depois...
(duas
orações)

No
prefácio do
livro
Sementeira de Bênçãos, narrei
uma
experiência
por
mim
vivida
no
dia
10
de
abril
de
1978,
quando
me
preparava
para
as
duas
últimas
etapas
do
concurso
do
Ministério
Público.
Chegando
à
Praça
da
Sé,
em
São
Paulo,
por
volta
das
12h
20,
embora

época)
vinculado
ao
protestantismo,
desejoso
de
encontrar
ambiente
propício
à
oração,
entrei
na
famosa
e
respeitável
Catedral.
O
silêncio
e
a
quietude
espiritual
reinantes
nesse
sagrado
Templo
ensejaram-me
as
condições
necessárias
à
comunhão
com
o
Alto.
Sentei-me
tranquilamente.
Passados
alguns
minutos,
obedecendo
ao
antigo
hábito,
ajoelhei-me.
E
pus-me
a
orar,
sentida
e
confiantemente:
Senhor!
Como tu sabes, desde há muito venho me preparando para este difícil e rigoroso
concurso. Superadas as fases iniciais, dentro de instantes enfrentarei as etapas
faltantes.
Sabes que muito estudei, preparando-me quanto possível para este momento.
Não te pedirei seja eu aprovado no concurso. Tu conheces o que me está
reservado e o que melhor me convém. Rogo-te, isto sim, a bênção da serenidade a
fim de que eu possa produzir o máximo ao meu alcance; a tranquilidade necessária
para que a minha mente, livre das tensões que soem ocorrer nestas experiências,
responda com a desenvoltura desejável, exteriorizando com segurança os conceitos
aprendidos...
Senhor!
Não te faço nenhuma promessa, visto que tudo quanto possuo foste tu quem mo
deste. E, em Tua Magnificência e Grandeza, que poderia eu conceder-Te?
Se te aprouveres seja eu aprovado neste concurso, se for esta a tua vontade,
digo-te: jamais cogitarei de promoção pessoal, de obtenção de postos que me
possam destacar no cenário dos homens, com esquecimento das necessidades dos
meus irmãos de Humanidade. Não, Senhor! - farei do meu cargo uma oportunidade
de auxiliar o próximo mais necessitado, amparando-o no soerguimento, servindo-o
com esquecimento de mim mesmo!
Senhor!
Não se trata de uma promessa, este programa traçado. Não! é um
COMPROMISSO sagrado do coração, a cuja execução procurarei me aplicar todos
os dias da minha vida!
Obrigado, Senhor, por me teres ouvido!
Passados
40
minutos,
afastei-me
resoluto
e
sereno
em
direção
ao
desafio
que
me
aguardava...
..................................
Passaram-se
exatos
20
anos
desde
o
dia
10
de
abril
de
1978.
Hoje,
quando
grafo
as
últimas
linhas
deste
trabalho,
estamos
em
10
de
abril
de
1998,
sexta-feira
santa!
São
10h
25.
Joana
e
os
filhos
Jordhana,
Morgana,
Izaias
Júnior
e
o
neto
(ou
neta?)
que
breve
chegará
(Jordhana
encontra-se
grávida),
estão
em
Osvaldo
Cruz.
Por
minha
vez,
na
companhia
do
amigo
Angelo
Luiz
Belchior
Antonini,
que
muito
me
ajudou
na
elaboração
deste
livro,
encontro-me
em
Andradina,
na
intimidade
do
apartamento
em
que
resido.
Os
anos
perpassam
pela
minha
memória
e,
comovido,
observo
a
longa estrada percorrida.
Reconheço
que
não
tem
faltado
boa
vontade
para
o
fiel
cumprimento
do
compromisso
assumido

vinte
anos,
no
sentido
de
amar
e
servir
o
próximo
mais
necessitado.
Agora,
sou
espírita
e
vinculado
muito
especialmente
à
Comunidade
Espírita
Joanna
de
Ângelis,
que
fundamos
em
Osvaldo
Cruz.
Findando
este
escorço
sobre
Depressão,
na
esperança
de
ter
feito
o
máximo
ao
meu
alcance,
permito-me
concluir
a
tarefa
em
oração,
dizendo:
Senhor!
São passados vinte anos!
Agradeço-te, Autor da Vida, por todas as bênçãos amealhadas neste período!
Foram tantas e tão grandiosas que não poderiam ser agora arroladas, sob pena de
elaborar uma prece interminável, pelas bênçãos intermináveis que me deste!
É verdade, Senhor, que não faltaram as lutas, as dificuldades, as quedas, os
erros! Mas, inobstante as muitas nuvens borrascosas da aflição, sempre me foi dado
perceber, para além delas, o Sol do Teu Amor a brilhar, dando-me segurança e
clareando os caminhos que deveria percorrer!
Tuas mãos sempre estiveram estendidas, soerguendo-me em todas as vezes que
dElas necessitei!
Tu mandaste ao meu encontro muitos corações aturdidos e desesperançados! A
todos procurei amar e auxiliar, no entanto, humildemente reconheço que, na
fragilidade que ainda me caracteriza, deixei passar a oportunidade de semear o bem
e de auxiliar a todos quanto devia!
Perdoa-me pelas muitas faltas cometidas em desfavor do próximo e de mim
mesmo! Abençoa ainda mais aqueles a quem eu, mesmo em Teu Nome, não fui capaz
de abençoar!
Se for possível, pela Tua Misericórdia, concede-me outros anos mais de vida e
oportunidades repetidas de agir no bem!
Repito hoje, vinte anos depois, a prece-compromisso:
Se Te aprouveres permaneça eu no corpo, sendo esta a Tua Vontade, digo-te
outra vez: jamais cogitarei de promoção pessoal, de obtenção de postos que me
possam destacar no cenário dos homens, com esquecimento das necessidades dos
meus irmãos de Humanidade. Não, Senhor! - farei de todas as possibilidades ao
meu alcance, oportunidades de auxiliar o próximo mais necessitado, amparando-o
no soerguimento, servindo-o com esquecimento de mim mesmo!
Transforma este livro, pelo Teu Infinito Amor, em bênçãos para todos os que
venham a debruçar-se sobre ele, auxiliando-os, e aos seus, na superação de si
mesmos e das lutas redentoras!
Obrigado, Senhor, por me teres ouvido!
..................................
Amigos
leitores:
Nome
e
endereço
para
correspondência:
Izaias
Claro
Caixa
Postal:
134
CEP
-
17700-000
Osvaldo
Cruz/SP

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