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Filosofia Contemporânea II
Filosofia Contemporânea II
Filosofia Contemporânea II
Bergson não chega a discutir se a liberdade existe ou não, mas sim que devemos
pensar em como ela funciona. A primeira vista esta parece uma ideia indeterminista,
mas na realidade Bergson é um grande crítico do indeterminismo, assim como do
próprio determinismo. Para melhor compreender isso o texto será separado em três
pontos.
Determinismo X Indeterminismo
O determinismo defende que não existe liberdade, que todas as ações tomadas
por um individuo são pré-determinadas Parte do principio da causalidade, que certas
causas sempre levarão ao mesmo efeito. De certa forma o determinismo tem uma visão
mecanicista das ações e pensamentos.
Aqui já é possível colocar uma critica que Bergson faz a essa causalidade.
Então mesmo que defendendo ideias opostas, para Bergson ambos os lados,
erram em seu princípio, ter uma visão mecanicista sobre ações e pensamento humanos:
Conceito de Duração
É por durar que um filme emociona, porque seu tempo se soma ao de quem
assiste, os modificando. Chora-se porque a música se acumula em quem a ouve, nota
por nota, uma atrás da outra, mas no fim todas juntas, em uma coisa só. O presente faz
uma bola de neve consigo mesmo enquanto avança, essa bola de neve que cresce
continuamente é o que chamamos de duração.
Como dito anteriormente, para Bergson, todas as explicações sobre liberdade são
invalidas, pois nascem de um misto mal elaborado entre duração e extensão. Este
problema vale para explicações aparentemente opostas como determinismo e
indeterminismo. No qual ele não concorda com nenhuma das correntes.
A ideia de liberdade não deve ser colocada sobre viés mecanicistas, não pode ser
representada no espaço, a liberdade é interna, logo não pode ser quantizada, deve ser
vista como qualitativa. Colocando a liberdade de forma quantitativa perde-se o que é
mais essencial, que a liberdade está sempre num processo, ela não é uma coisa estática,
é um movimento dinâmico.
Ou seja, para Bergson, somos livres quando somos nós mesmos. Isso mostra o
quanto ele foi contra as ideias defendidas na sua época, pois enquanto discutiam se a
liberdade existia ou não, Bergson foi além ao dizer que esta existe e esta é
completamente subjetiva. Não podendo ser analisada, apenas vivida.
Conclusão