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Esperança para Sua Família

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Esperança para o Casal – Semana da Família 2010

– Esperança para as Famílias


Publicado pela IASD em 15 de maio de 2010 em Família.

“Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.”
Gênesis 2:24

Introdução

I – Tudo Perfeito

É difícil para nós entendermos uma realidade completa de perfeição. Isso se dá porque nunca,
nenhum de nós, excetuando nossos primeiros pais, vivenciou sequer algo parecido. Imagine um
mundo sem flores murchas, sem frutas estragadas, sem lixo para reciclar. Imagine um
mundo sem nenhum mal entendido, sem decepções, sem cansaço. O mundo ideal que sonhamos, é
real para Deus.
E foi real para Adão e Eva. Isso e muito mais era a realidade da nossa raça. Fomos criados para esse
tipo de lugar. Isto é percebido pela declaração do próprio Deus em Gênesis 1: 31 “Viu Deus tudo
quanto fizera, e eis que era muito bom”. Tudo era muito bom, tudo era perfeito.
Talvez por isso nunca tenhamos nos acostumado com este lugar escuro. Não conseguimos nos
conformar com apenas migalhas de alegria, queremos ser felizes.
Viver a vida a dois em sua plenitude, como tão sonhado e planejado no início deste mundo.
Pode imaginar um casamento perfeito no qual o amor era apenas o resultado de existirem?
Adão e Eva não discutiam a relação, porque não havia erros, nem mágoas, não existia decepção, nem
mal entendidos, tudo era como Deus sonhara: relacionamentos perfeitos, sorrisos perfeitos, amor
perfeito. Verdadeiramente eles se completavam. Um era para o outro a melhor companhia do
universo. Eram diferentes, mas iguais ao mesmo
tempo. Originados das mãos perfeitas de um Criador de amor, o relacionamento desse primeiro casal
era assim: perfeito. E assim deveria continuar sendo.

II – Nada Perfeito

Eles erraram, pecaram diante de Deus. Preferiram acreditar em um animal a ter fé na palavra de
Deus. Que contraste existe entre nossa origem e a consequência de uma escolha! Hoje, cada vez
mais, os passos desatentos de pessoas que buscam mais a felicidade própria do que o bem-estar de
quem se ama, nos afastam dos sonhos originais de Deus para o casamento. Parece
que nada mais faz sentido. Lares desfeitos, casamentos infelizes. Maridos conformados com um
relacionamento recheado de mentira e indiferença, esposas tristes beirando a depressão sem saber o
que fazer.

Nada perfeito

Conheci um casal para o qual a sátira era o elemento máximo no casamento. Um procurava expor o
outro, evidenciando os defeitos e erros do cônjuge. Entraram nesse ciclo vicioso e agora sequer
percebem o caminho de autodestruição por onde caminham. O resultado é um emocional abalado,
fragilizado, com feridas que dificilmente cicatrizarão. Marcas doloridas que permanecerão cravadas
na história de cada um. Nada perfeito. São mágoas, vergonhas e feridas difíceis de cicatrizar.

II – Esperança Perfeita

Em meio a tudo isso, está você e seu cônjuge. Cada uma com suas marcas.
Eu não sei quem é você nem por que está aqui. Não conheço sua história de vida, nem suas lutas.
Não sei com que espírito está aqui: se está feliz e esperançoso ou se está frio e duro como o gelo.
Mas eu preciso lhe falar uma coisa.
Não importa quem é você, nem o que faz. Não importa se tem muito ou pouco dinheiro. A verdade é
uma só: Jesus pode mudar você. E se Deus mudar você, Ele mudará sua casa, sua família. Deus
devolverá os sonhos esquecidos e perdidos. O amor que um dia uniu vocês voltará a existir
plenamente de maneira ainda melhor.
Talvez alguém aqui esteja tão machucado que não consiga acreditar na possibilidade de mudança.
Não consiga ver espaço em seu relacionamento para um milagre.
Mas quero lembrá-lo que milagres são presentes divinos.
O meu Deus, o seu Deus é o Deus do impossível, e Ele tem poder para realizar em nossa vida o que
ninguém espera. O que ninguém acredita.
Se você sente que é impossível restabelecer o seu casamento, quero lhe apresentar nesta semana o
Homem que escolheu realizar seu primeiro milagre em uma festa de casamento. Quero lhe
apresentar o Deus que escolheu o casamento para ser uma das instituições mais importantes e
perpétuas da Terra! Acredite amigo (a), Deus pode
fazer o que você julga impossível. Dê uma chance a Deus, só uma. Deus não precisa mais do que
uma chance para fazer da sua casa um lar!

Ele é a única esperança para seu casamento.

Um Lar de Esperança – Semana da Família 2010


– Esperança para as Famílias
Publicado pela IASD  em 16 de maio de 2010 em Família.

Então da costela que o senhor Deus tomou do homem, formou a mulher e a trouxe ao homem.
Gênesis 2:22

Introdução

Certa vez um amigo me falou sobre os três “Ds” do casamento. O primeiro “D” refere-se ao fato de
que Deus determinou o casamento. Não é bom que o homem esteja só. O segundo “D” a que Deus
definiu o casamento: Monogâmico, heterossexual e vitalício. E o terceiro “D”
a que Deus defendeu o casamento. O que Deus uniu que não separe o homem. Encontramos nesses
três “Ds” o idealizador do que hoje chamamos de casamento. Perceba que esta instituição tem
origem celeste e assim ela não pode estar errada. O problema que hoje se vê é que embora todos
saibam que Deus criou o casamento, de maneira geral, ele não anda tão bem quanto poderia estar.
Quatro em cada dez casamentos acabam em divórcio.
E dos seis restantes, uma pesquisa revelou que cerca de 80% não podem declarar-se satisfeitos com
o casamento.
Mas se tudo saiu da mente de Deus, se foi Deus quem determinou, definiu e defendeu o casamento,
então por que tão poucas pessoas são felizes nele? Acredito que você saiba a resposta. Tudo que
Deus criou nós manchamos com o pecado. Pode ter certeza, se algo não dá certo é porque tem a mão
humana em algum momento do processo.
Entenda, se o casamento é ideia de Deus, então o casamento é algo muito mais relacionado com o
espírito do que com a carne. O casamento é antes de tudo uma experiência espiritual, depois
emocional e só então carnal.
Geralmente a ordem é invertida e aquilo que deveria ser uma benção, passa a ser uma maldição.
Todas as vezes que invertermos o que é prioritário no casamento, ele estará fadado ao fracasso.
Ao longo do meu ministério nunca aconselhei um casal que mantivesse o hábito do culto familiar
diário e ainda assim desejasse se separar, nunca mesmo. Isto para mim é muito claro. Se o casamento
foi criado por Deus, e se ele é antes de tudo uma experiência espiritual, então eu tenho que estar
espiritualmente saudável para que haja sucesso. Qualquer pessoa longe de Deus será um rascunho do
que poderia ser em Suas mãos, qualquer casamento sem Deus será desastroso.
Assim, o problema do seu casamento não é a falta de comunicação, não é a traição, não é a
violência, nem a indiferença. Todas essas coisas são o resultado de um problema maior. Seu
problema é estar longe de Deus. E cada segundo sem Deus é uma chance para o inimigo dEle entrar
na sua casa, na sua vida e destruir tudo o que você construiu com tanto esforço.
Existem casamentos completamente destruídos para os quais qualquer um de nós diria que o melhor
seria a separação, mas que decididos a darem uma chance para Deus obtiveram um final diferente e
feliz. Vejam, eles não deram mais uma chance a eles mesmos, isso eles já haviam feito inúmeras
vezes, mas sem sucesso. Porém, quando de fato deram uma chance ao autor do casamento, tudo
mudou.
É simples. Se você precisa restaurar algo que estragou, como uma escultura, uma pintura, ou mesmo
um carro, o ideal é que você faça com quem o fez ou fabricou. Se seu casamento, hoje, vive em
crise, quero dizer que esta semana foi criada no coração de Deus para que você conseguisse enxergar
que o seu caso, a sua história, seu casamento tem solução. Mas também só tem um caminho: Deus.
Não há outro, não há outra saída. Por isso é que você precisa estudar a Bíblia. É por isso que hoje
não quero que faça nenhuma promessa de
melhora, de mudança de comportamento, a não ser um posicionamento espiritual. Não estou falando
de uma religião específica, de frequentar uma igreja, não estou dizendo para você se batizar em
alguma denominação.
Estou falando de dar uma chance ao criador do casamento. Nunca vi qualquer casal que tenha
verdadeiramente buscado a Deus se separar.
Vamos agora nos aprofundar nos três “Ds” tão importantes para a compreensão do casamento.

1. Deus Determinou o casamento

Você pode viver solteiro e feliz? Claro que pode, mas tem um preço para isso. Não terá a
cumplicidade experimentada apenas por aqueles que são casados. Quem é casado sabe, nenhum
outro relacionamento pode substituir com precisão o casamento. Nenhuma amizade, nenhum
animalzinho de estimação, nem mesmo a relação com nossos filhos é capaz de substituir o
relacionamento com nosso cônjuge. Ainda assim, alguém pode ser feliz?
Pode, volto a afirmar, mas tem um preço a pagar. Infelizmente o que se percebe é que muitas
pessoas querem ter a liberdade de uma vida de solteiro com os privilégios de uma vida de casado.
Assim, não têm compromisso com ninguém e vivem de forma libertina, enquanto podem. É uma
forma de viver, mas não é a forma nem o plano de Deus, então com certeza não conduzirá ninguém à
felicidade.
Assim, ainda acredito que o melhor mesmo é seguirmos a vontade de Deus. E o que Deus quer para
minha e para a sua vida é que casemos. Mas a melhor forma de ter um casamento feliz é escolhendo
bem. Quando começamos algo bem, temos chances maiores de terminarmos
bem. Por isso perceba que tudo o que envolve casamento é espiritual. Você tem dois caminhos para
escolher saber com quem vai se casar: ou você confia em sua percepção, desejos pessoais e lógica,
ou deixa Deus lhe mostrar a pessoa certa.
Querido, entenda uma coisa: ou Deus será o primeiro e o melhor em sua vida ou Ele ocupará um
honroso décimo lugar. Você pode escolher ser o dono do seu nariz, você pode decidir o que quiser,
você pode casar com quem quiser. É direito seu, mas nunca, nunca culpe a Deus
por suas decisões.
Nos cultos de oração, nas igrejas, tenho acompanhado verdadeiros dramas de mulheres que sofrem
por causa dos maridos. Perguntam-se por que Deus permitiu que a vida delas se transformasse em
uma desgraça. Oram para que os maridos venham à igreja, se convertam e que tudo mude. Aqui
quero lembrar-lhe de uma coisa: não foi Deus quem entrou no altar e na frente de um juiz de paz ou
de um líder religioso e disse “sim”. Foi você. Então não culpe a Deus por você estar sofrendo. Aceite
a verdade.
Você pode ter tido a certeza que era da vontade de Deus que se casasse com este homem ou mulher.
Mas então por que não é feliz? Ou você entendeu errado e quis acreditar em algo que não era
verdadeiro, ou no meio do caminho algo aconteceu e hoje você está triste, sem forças para voltar a
ser feliz.

2. Deus definiu o casamento

A sociedade moderna e pós-moderna tenta redesenhar as relações humanas. Há um esforço


monumental por parte de liberais, sociólogos e filósofos para questionar tudo que está
convencionado. Sobretudo se algo vem da religião. Tentam provar que sabemos o caminho para
a felicidade e que podemos ser quem desejamos. A filosofia corrente de que “o que importa é o bem
estar”, joga por terra a valorização do que é certo ou errado. Quando Deus definiu o casamento, Ele
o fez com conhecimento de causa. Ele nos criou e sabe como funcionamos. Deus definiu da seguinte
forma: o casamento é monogâmico. Ou seja, eu e você devemos ter apenas uma esposa ou um
esposo. Não nos foi facultado o direito de casarmos com várias mulheres ou homens ao mesmo
tempo. O que é uma benção. Já imaginou você amiga, com dois homens dentro de uma mesma casa?
Um só já dá trabalho para uma vida inteira, imagine dois. Nas sociedades onde a poligamia é
permitida vemos muitas injustiças sociais, desrespeito aos direitos das mulheres, machismo extremo
e muita violência familiar. Realmente Deus é bom e sabe o que é melhor para cada um de nós.
Deus também definiu o casamento como heterossexual. Ou seja, Deus nada tem a ver com as
passeatas gays ao redor do mundo. Deus ama cada homossexual, mas biblicamente a
homossexualidade é condenada.
Deus criou Eva para Adão e não outro Adão para Adão.
Entende? O casamento na mente de Deus não era entre duas mulheres, ou entre dois homens, mas
entre um homem e uma mulher. A procriação só é possível com a junção de um homem e uma
mulher, fora disso é impossível.
Infelizmente este pecado, como tantos outros, se tornou comum e aceitável. Nunca, nenhum pecado
deveria ser aceitável, muito menos este que mina tão profundamente a sociedade e os planos
originais de Deus para nós. Cada casamento homossexual é uma afronta direta aos planos de Deus, é
rebeldia diante do criador. Simpatizar com essa prática nos torna cúmplices dessa rebeldia. Expõe-
nos ao pecado e fragiliza nossa ética moral.
O absurdo do pecado chega a tal ponto que, hoje, você sofre preconceito se não aceita tal prática.
Temos que ter cuidado com o que falamos e com o que escrevemos porque podemos ser presos por
preconceito. Mas conceitos prévios são a base de muitas sociedades. Para dar um exemplo, vamos
para o campo do Direito. Ali há uma máxima que diz: “Todo mundo é inocente até que se prove o
contrário”. Isto é um conceito prévio do direito civil. O cristianismo não é homofóbico, nem
preconceituoso em seus valores, mas todos eles estão muito bem definidos. A Bíblia é um livro
normativo e um código de ética. Ela nos aponta nossa conduta em todos os aspectos da vida.
Outra definição de Deus para o casamento é que ele deve ser vitalício. Ou seja, para a vida toda.
Tenho uma notícia sobre este tópico. Deus não estava mentindo quando afirmou isto. Quando Deus
diz que o casamento é para a vida toda, é exatamente isso que Ele quer dizer.
Para a vida toda. Não importa se seu casamento não vai bem; é para a vida toda. Não importa se
você não ama mais; é para a vida toda. Não importa se você está gostando de outra pessoa; é para a
vida toda.
Um dia desses recebi um telefonema no meu escritório. Não conhecia a mulher, mas ela se
identificou e contou seu caso. Aqui a chamarei de Claudia. A história da Claudia era triste como
tantas outras que já ouvi. Ela, sozinha no mundo, com um “salário de fome” resolveu casar
para sair da miséria. Casou com o primeiro pretendente que apareceu. Nos primeiros anos de
casamento tudo foi muito bom. Só que agora ela descobriu que não ama mais seu marido, aliás, disse
que nunca o amou de verdade, que o casamento foi uma fuga para poder sobreviver.
Hoje, cinco anos mais madura, com um bom emprego e salário, quer se separar. Ela dizia ao
telefone: Quero ser feliz Pastor, será que Deus quer que eu viva infeliz o resto da minha vida? Na
época eu era muito nova, estava com medo, não entendia nada. Terei que pagar por um erro da
juventude por toda a vida? Eu não tinha ninguém para me orientar, ninguém para me aconselhar.
Pastor, Deus tem que me dar mais uma chance, vou morrer pastor, quero ter um verdadeiro amor na
minha vida!
Enquanto ouvia esta mulher, não pude deixar de lembrar de uma história que ouvi de um ancião de
igreja há vários anos. Ele era um rapaz inteligente, capaz, bem — sucedido casado com uma jovem
nas mesmas condições. Ele me ligou, pediu para ir a minha casa e no
meu escritório me descreveu seu drama. Ele dizia: O meu problema é que não a amo mais,
simplesmente não a amo mais. Já tentamos de tudo. Fizemos outras duas luas de mel, terapia de
casal, já me aconselhei com pastores, já conversamos por horas a fio. Ele é inteligente, bonita,
simpática, tem tudo o que um homem gostaria que a esposa tivesse. Mas meu problema é que não a
amo mais.
Não consigo amar, quero, mas não dá pastor. E por causa de um erro terei que ser infeliz o resto da
minha vida? É isso que a Bíblia me apresenta? Não há exceções Pastor? Ficarei eu infeliz e ela
infeliz o resto de nossas vidas por termos dado um passo errado?
Você consegue perceber que nestes dois casos eles estavam centrados e preocupados com eles
próprios e com a questão emocional? Em nenhum dos casos eles estavam verdadeiramente
interessados no que Deus queria.
Entraram em um plano de Deus (o casamento), mas não queriam seguir este plano e ainda assim
queriam ser felizes. Querido, o casamento é v-i-t-a-l-i-c-i-o. Não importa se não ama mais, busque a
Deus e volte a amar. Deus é a fonte da felicidade, então recorra a Ele, busque, chore, implore. Deus
está pronto para salvar o seu casamento.
E como o casamento é algo espiritual, você só o salvará espiritualmente.
Deus defendeu o casamento Quando Jesus esteve aqui na Terra foi arguido a respeito do divórcio.
Perceba que este é um assunto que em
todas as eras chamou a atenção de todos. Como Jesus era revolucionário em muitas áreas, talvez
alguém quisesse uma palavra de liberalidade de Cristo quanto à questão do divórcio e novo
casamento. No capítulo 19 de Mateus, Jesus aborda essa questão com a firmeza de sempre. No verso
6 ele diz: “Assim já não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus juntou que não
separe o homem.”
Em um momento difícil, no qual os fariseus eram a própria interpretação da lei, aparece Jesus
mostrando mais uma vez que casamento é para a vida toda. Nos textos seguintes, em Mateus, Jesus
proíbe o homem de
repudiar sua mulher. Lembre-se que Jesus disse isso em uma sociedade muito mais machista que a
nossa. Com certeza desagradou a muita gente. Mas o fato foi um só.
Jesus defendeu o seu casamento. E sabe de quem Jesus o defendeu? De você mesmo. Deus conhece
sua realidade, Ele sabe quão difícil é para você permanecer casado com este homem ou com esta
mulher, mas Ele também sabe que você tentou a exaustão de maneira errada. Vou exemplificar. Se
eu precisar serrar uma árvore, de nada adiantará pegar uma faca de passar margarina no pão e tentar
serrar. Ficarei ali por horas, dias, talvez anos e ainda assim a árvore não será serrada. O problema
não é minha intenção, que é verdadeira. A questão não é o
tempo que gasto na intenção. O problema é que eu sei o que tenho que fazer, estou fazendo, estou
investindo tempo, esforço, estou me dedicando, mas faço de maneira equivocada. Eu preciso fazer a
coisa certa do jeito certo, entende? Experimente pegar a ferramenta certa e você verá que é possível
cortar a árvore.
Assim, se você quer de fato ser feliz no casamento, use a ferramenta certa. Lembre-se, o casamento é
antes de tudo uma experiência espiritual. Assim, para salvar seu lar, sua família, seus filhos, seu
casamento, só há um caminho: Deus!

Passos práticos para este caminho

Primeiro Passo

Faça culto familiar todos os dias com todos da casa. Esse culto deve ser breve, não deve tomar muito
tempo de ninguém, mas precisa ser constante. Não deixe de fazê-lo mesmo que surjam
compromissos de última hora, que estejam atrasados, que não estejam com vontade, mesmo que seja
cedo, que seja tarde, que esteja frio, que esteja calor, mesmo que esteja claro, que esteja escuro.
Todos
têm que se reunir como família para pedir a Deus uns pelos outros, agradecer pelas alegrias e
vitórias. Este momento é fundamental para quem quer ter a presença de Deus no lar.

Segundo Passo

O culto em família não substitui a sua devoção pessoal. Sua entrega a Deus todos os dias é
fundamental para você ser guiado pelo Espírito de Deus. Assim, todos os dias reserve tempo para a
leitura da Bíblia e para a oração. Nesses momentos abra seu coração a Deus, diga-
lhe de suas lutas, seus problemas, suas tentações, faça de Deus seu melhor amigo e você verá a
transformação na sua vida!

Terceiro Passo

Dedique tempo para sua esposa e filhos. Qualidade de tempo é importante, mas a quantidade
também é. Não adianta passar cinco maravilhosos minutos com sua família. Gaste tempo, invista
nisso. Visite parques, vá a museus, programe uma viagem, faça uma atividade conjunta como montar
um quebra-cabeça de mil peças com toda a família. Vá ao Zoológico, faça um passeio de bicicleta,
assista a um bom filme com a sua esposa e deixe que ela escolha o título. Muitas são as atividades
para você valorizar e amar sua família.

Conclusão

Muitos são os passos para uma caminhada, coloquei aqui apenas os três primeiros para você começar
a andar nesta que é a jornada mais feliz de todas. Acredite, seu casamento, seu lar, sua família têm
salvação. Eu não conheço você, não sei quais são seus problemas, mas eu sei que o esposo ou a
esposa que crê santifica o lar. Sei que pais que buscam a Deus salvam seus filhos. Sei que filhos
tementes a Deus abençoam seus pais. Sua família pode ser como uma daquelas de propaganda, todos
felizes brincando com um lindo cachorrinho, basta você tentar cortar a árvore do jeito certo!

Esperança para os Filhos – Semana da Família


2010 – Esperança para as Famílias
Publicado pela IASD  em 17 de maio de 2010 em Família.

Os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre do Seu galardão. Salmo 127:3

Introdução

Todos os dias quando acordo, dou o desjejum para meu filho mais velho. E depois de todas as
recomendações, beijos e abraço, meu filho me segura pelo braço e diz: Não quero que você vá
trabalhar hoje! Esta é uma das frases mais duras que meu filho já me disse até hoje. Vejo em seus
olhinhos o desejo de que eu fique e brinque com ele. Sei que quando estou com ele dou vida a seus
brinquedos, que com o pai tudo é mais seguro e mais emocionante. Vejo a carência de um menino de
4 anos que quer descobrir o mundo ao lado do seu “herói”. Quando estou com ele, sou bombardeado
de perguntas das quais a maioria eu não tenho sequer ideia de como responder. Esses dias ele me
perguntou por que o avião voa se é tão grande e pesado. Depois me perguntou por que a gente
afunda na água, depois perguntou para onde é que a água da privada vai, depois quis saber como eu
conseguia ser tão corajoso para matar mosquitos.

Sei da minha importância na vida dele, por isso quando ele pede para eu não ir trabalhar tenho
vontade de largar tudo e ficar no mundo dele, sem dúvida um mundo melhor, mais puro e mais
genuíno. Mas não dá, você e eu sabemos que não dá. O máximo que consigo fazer é tentar dar a ele
mais alguns poucos minutos e depois, com o coração partido, o deixo no seu lindo mundinho e vou
para minha rotina de sempre.

É muito bom saber que meu Pai Celeste não precisa trabalhar e me deixar com meu mundinho. Meu
Pai do Céu tem todo o tempo do universo para ficar comigo, para dar vida aos meus projetos, para
me orientar em meus devaneios românticos sobre esta vida. Meu Pai é meu exemplo maior de como
ser pai. Não tenho a menor pretensão de alcançá-lo, mas Ele é a minha direção, meu norte. Afinal
Ele não precisa ir trabalhar e me deixar.

Gostei muito da história que li de Tom Skinner, um conferencista muito requisitado. Certa vez,
recebera um convite de um amigo para falar em um evento dentro de uma semana. Normalmente tais
eventos são programados com meses de antecedência. Tom olhou a agenda e disse:
– Sinto muito. Tenho um encontro marcado com minha filha nesse dia.
O amigo insistiu:
– Oh! Então você estaria disponível naquele dia. Precisamos de você Tom. Dependemos de você.
Seria possível você fazer isso por nós?
– Creio que você não entendeu – replicou Tom. Tenho um encontro marcado com minha filha e não
posso rompê-lo.
Depois de mais duas ou três tentativas, a partir de ângulos diferentes, o amigo desistiu. O
interessante é que eles queriam o Tom porque o conferencista que eles realmente desejavam havia
cancelado no último momento. Portanto, seu amigo estava perfeitamente preparado para sacrificar o
relacionamento de Tom com sua filha sobre a necessidade urgente.

Tom Skinner foi forte o suficiente para priorizar o prioritário na sua vida. Ele teve condições de
fazer o que era certo mesmo sob muita pressão do amigo. Existe uma coisa que devemos ter sempre
em mente. O certo é sempre melhor que o errado. Acredite nisso. O certo é sempre melhor que o
errado. Ainda mais quando o assunto é educação de filhos.

Certa vez estava assistindo a um programa da TV sobre animais de estimação. O programa era
voltado para a escolha do cachorrinho certo para cada perfil de cliente. Você sabe, existem muitas de
raças. Tem para todo gosto e tipo. Cachorros que custam 50 reais e outros que ultrapassam 3 mil
reais. Cada raça inspira um cuidado diferente. Uns podem morar fora de casa, num quintal ou canil,
outros não. Uns precisam de cuidados especiais com os olhos, outros precisam de atenção com os
pelos, e assim vai. Mas o que me chamou a atenção é que o especialista disse ao final:
– Todos os cachorros dão muito trabalho, com exceção de um: o cachorrinho de pelúcia. Então se
você não quer trabalho já sabe: compre um bom cachorrinho de pelúcia!
Ele disse isso porque o pedido é sempre o mesmo: “Quero um cachorro que não dê muito trabalho”.
Segundo o especialista, impossível.

Você sabe o que vou dizer agora, não sabe? Se você quer um filho que não de trabalho, compre uma
boneca. Todos os filhos dão muito trabalho, mas muito trabalho mesmo. Mas também proporcionam
para nós os momentos mais encantadores da nossa vida! Portanto assuma, se você quer ter filhos ou
se você os tem, vai ter trabalho. Sua vida vai mudar, muitas coisas que você gosta de fazer terá que
deixá-las momentaneamente. Mas uma coisa eu garanto, todo esforço pessoal é pequeno diante da
alegria que um filho bem educado proporciona.

Desenvolvimento

Você pode ainda não ser pai, mas todos nós somos filhos. Seus pais podem ser um exemplo, uma
inspiração ou uma decepção. Não importa. Se seu vôo é de águia, não importa de qual ninho você
veio. Tenho percebido muita gente responsabilizar os pais pelo fracasso na própria vida. Lembram-
se da falta de afeto, das correções injustas e muitas vezes sem sentido. Lembram-se dos abusos, das
falhas, da falta de amor.

Quero dizer uma coisa para você, hoje, meu amigo. Nenhum pai aqui, nenhuma mãe é perfeita.
Nossos pais com certeza erraram conosco. Uns mais, outros menos. Uns acertaram mais, outros se
quer tentaram não errar. E em função disso, temos uma geração traumatizada, sofrida, enchendo as
clinicas de psicologia e os consultórios psiquiátricos. Essa é a nossa realidade, nossa verdade mais
dura.

A sociedade obrigou, por causa da sobrevivência, as mães a saírem de casa em busca do pão. Os
pais, quando não estão divorciados, pouco ficam em casa. E quando estão, pouco ou nenhum preparo
possuem para educar filhos emocionalmente equilibrados.

Diagnóstico duro, triste, mas muito real da nossa sociedade pós-moderna. E aqui, quero deixar uma
coisa clara: este não é o propósito de Deus para você, nem para mim, nem para nossos filhos. Outra
coisa muito importante é que seus filhos não precisam de um padrão de vida, eles precisam de você.
Eles não precisam de tênis novos e de marca, eles precisam de você. Eles não precisam saber inglês,
natação ou ir à excursão do colégio, eles precisam de você. Mais do que isso, eles não querem
qualidade de tempo apenas, eles querem quantidade de tempo também. De nada adiantará cinco
maravilhosos minutos com seus filhos. Quando falamos de tempo, precisamos nos lembrar da
qualidade e da quantidade despendida aos nossos queridos.
Nesta vida é fácil perceber que as pessoas de uma maneira geral têm expectativas em relação a Deus.
Querem que Deus seja o “socorro bem presente na angústia”, querem que Deus seja misericordioso
consigo e justo com os outros, esperam proteção 24 horas, alimentação, sucesso, prosperidade, fama,
aumento de salário, reconhecimento, status, carros, casas. E isso, só para citar algumas das
expectativas que temos em relação a Deus.

Mas já parou para pensar que Deus também tem expectativas em relação a nós? Isso mesmo, Deus
também espera algumas coisas de você. Hoje vou me deter a uma grande expectativa de Deus em
relação a nós. Refiro-me à educação dos nossos filhos. Nada é mais valioso para Deus do que a vida
humana, absolutamente nada. E se Deus deu-lhe a condição de ser pai ou mãe, então é porque Ele
está lhe dando o presente mais valioso do Céu, a maior de todas as honras. Ele está lhe dando a
herança do Céu. Todos nós sabemos que quanto maior o privilégio, maior a responsabilidade. Deus
espera muito de você como pai, como mãe. Lembre-se que um dia teremos que prestar contas a Deus
de nossos filhos.

1. Seja o exemplo

Ninguém deve influenciar mais os filhos do que os pais. Se algo ou alguém exerce uma influencia
maior, este algo está errado e precisa ser corrigido. No livro O que os Homens Gostariam que suas
Esposas Soubessem, relembrei uma das cenas mais emocionantes do esporte envolvendo o exemplo
de um pai.

“Foi uma cena tocante quando Michael Jordan jogou-se no chão, escondeu o rosto entre as mãos e
soluçou diante da rede nacional de televisão. O Chicago Bulls havia acabado de ganhar seu quarto
campeonato em seis anos na NBA.”

Por que então, Michael Jordan, provavelmente o maior atleta de nossa geração, estava chorando?
Seriam lágrimas de alegria pela conquista? Seria liberação da pressão de toda a neurose dos meios de
comunicação? Não, era dia dos Pais.

Para entender estas lágrimas, precisamos voltar três anos antes, quando James, pai de Michael
Jordan, foi assassinado numa história que ocupou as manchetes em todos os lugares. Não muito
tempo depois, Jordan abandonou abruptamente o basquete, tendo uma rápida incursão no beisebol.
Depois voltou de maneira triunfal ao basquete. O súbito abandono de Michael Jordan das quadras, só
tem uma única explicação. A morte do pai. E seu retorno, foi motivado pelo amor que tinha ao pai
que sempre fora seu amigo, herói, mentor e exemplo.

Pouco antes do início do jogo final, Jordan refletia sobre a possibilidade de ganhar o campeonato no
dia dos pais: “Seria muito gratificante, um tributo a meu pai e à motivação que ele sempre
demonstrou. Embora ele não esteja mais conosco, faz parte da minha motivação diária, sair e fazer
com que ele se orgulhe de mim.”

Assim, lá estava ele estendido no chão, talvez o maior atleta de nossa geração jogado no chão
lembrando-se do seu pai, seu exemplo e motivação.

2. Não tenha medo de dizer não, mesmo que seja um milhão de vezes.

Uma ramificação da psicologia moderna, há alguns anos, tentou mostrar que nossos filhos ouvem
muito mais vezes a palavra “não” do que a palavra “sim”. E que isso é prejudicial. Eles afirmavam
que desta maneira estaríamos formando uma geração insegura e sem espírito de empreendimento.

Graças a Deus essa corrente está cada vez mais em desuso e em descrédito. Se estivessem certos, o
próprio Deus estaria errado porque dos 10 mandamentos, 8 começam com a palavra “não”.

Dizer “não” a um filho é uma das mais belas formas de amar. Por conta do grande amor que
sentimos por nossos filhos, nossa vontade é dizer “sim” para todas as coisas que nos pedem, mas isto
não seria a melhor forma de educá-los e nem de protegê-los. Como pai, já perdi as contas de quantas
vezes tive que dizer “não” para meus filhos, mas uma coisa posso lhe assegurar, todas as vezes que
disse um “não” para o meu filho, foi para o seu bem. Nunca disse um “não” pensando no meu
próprio bem-estar, e sim no dele. Muitas coisas minha filhinha de um ano não entende. Esses dias ela
derrubou a açucareiro e derramou um pouco de açúcar no chão da cozinha. Enquanto fui pegar o
pano e a vassoura para limpar eu a vi lambendo o chão. Imediatamente a levantei e não deixei mais
que fizesse aquilo. Obviamente ela começou a chorar. Acho que ela não entendeu nada. Aquilo era a
coisa mais deliciosa que ela já experimentara e agora o pai dela, que diz que a ama, simplesmente a
impede de usufruir daquele sabor tão gostoso? Mas espere um pouco. Se eu a amo e ela está feliz,
não deveria eu estar feliz? A resposta é: não necessariamente.

Eu amo minha filha, quero o melhor para ela, e porque sei mais das coisas, sei que açúcar para uma
garotinha de um ano não é o melhor alimento, ainda mais caído no chão. Ela pode não entender, mas
como eu entendo, tenho a obrigação de dizer “não” mesmo que ela chore uma tarde inteira.

É exatamente isso que Deus faz conosco. Ele sabe mais, então mesmo que Ele diga “não” para uma
coisa aparentemente gostosa, entenda. Ele quer o melhor para você e sempre dirá “não”, mesmo que
seja um milhão de vezes. Os “nãos” dos pais, os “nãos” de Deus são bênçãos disfarçadas. Os “sins”
irresponsáveis são caminhos mais fáceis, atalhos que levarão você e seus filhos a sofrimentos
grandes no futuro. Então pai, diga não, se necessário, um milhão de vezes.

3. Lembre-se, é seu filho.

Deveríamos ter um outdoor bem na frente da nossa casa com a seguinte escrita: Lembre-se ele é seu
filho (a). Ou seja, ele não pediu para nascer, ele não tem culpa dos sentimentos que você abriga em
relação à vida ou as pessoas.

Quando um casamento se torna penoso, marido e mulher não são os únicos a sofrer – os filhos
também sofrem. Num estudo com 63 crianças de pré-escola, as que haviam crescido em lares com
hostilidade conjugal, comparadas a outras crianças estudadas, apresentaram níveis elevados de
hormônios do estresse em forma crônica. Essa pesquisa acompanhou tais crianças até os 15 anos de
idade e descobriram que as que foram expostas a brigas dos pais, palavras de impaciência, e desleixo
afetivo, sofriam muito mais de depressão e sentimentos de rejeição e apresentavam comportamento
problemático, além de baixo rendimento escolar e reprovação.

Se você tiver que discutir a relação, o faça com calma e longe dos seus filhos, nunca discuta na
frente deles. Lembre-se, desde um pouco menos de 2 anos eles já entendem tudo. Assim, não
converse sobre a educação dele(s) em sua frente. Não permita que eles o vejam estressado. Não tente
resolver problemas pesados junto deles. Tudo nesta vida tem o seu momento. Devemos pedir
sabedoria do Céu para moldá-los segundo o caráter de Deus.

Conclusão

Todo filho tem o direito de não ver os pais brigando, de ter nos pais um exemplo de vida, de caráter
e de amor. Todo filho tem o direito de ser disciplinado, corrigido e orientado. Todo filho tem direito
ao colo, ao afeto e carinho. Todo filho tem o direito a esperança de dias melhores para seu futuro.
Todo filho tem direto a ter um lar ao invés de uma casa. Todo filho tem o direito de acreditar que um
dia poderá ter um lar feliz. Todo filho tem o direito de brincar de esconde-esconde com o pai quando
ele volta do trabalho. Assegure os direitos dos seus filhos e com certeza o seu Pai assegurará dias
lindos na eternidade para você e sua família!

Esperança nas Diferenças – Semana da Família


2010 – Esperança para as Famílias
Publicado pela IASD em 18 de maio de 2010 em Família.

Pois como a mulher proveio do homem, assim também o homem nasce da mulher, mas tudo vem
de Deus. I Coríntios 11:12

Introdução

Acho que é desnecessário dizer a vocês que homem e mulher são diferentes. Vou fazer uma
pergunta: Alguém aqui não sabe, ou melhor, não sabia que os homens são diferentes das mulheres?
É claro que não. Todos nós estamos cansados de saber disso. Também, depois da enxurrada de livros
sobre este tema no mercado literário… As livrarias se apinharam de livros sobre relacionamento.
Durante meses ficaram na lista dos mais vendidos no Brasil e no mundo. É claro que nenhum de nós
precisaria de um livro desses para entender que somos diferentes. Basta uma rápida olhadela e
pronto. Já vimos tudo. Somos diferentes. Nossa fisionomia é diferente, nossa voz é diferente, nossa
pele é diferente, nossas intenções e vontades são diferentes, nossos gostos são diferentes, nossa
maneira de ver as coisas é diferente. Nossos hormônios são diferentes, nosso jeito de sentar é
diferente… tudo é diferente.

Então alguém pode me explicar o que está acontecendo? Se todos sabemos que somos diferentes, por
que as pessoas estão se separando e justificando o divórcio pela incompatibilidade de gênios? Hora,
quando você casou já não sabia que era diferente? Então por que casou? É comum ouvirmos ex-
casais dizendo que se separaram por esse motivo: incompatibilidade de gênios. Amigo, o casamento
é a arte de compatibilizar os gênios, os temperamentos, o nosso histórico de vida. Assim, quando
casamos somos todos incompatíveis. Temos no casamento uma grande oportunidade para ajustarmos
as coisas. Aperfeiçoarmos-nos um para o outro. Se o indivíduo se separa por este motivo, tenho que
dizer que nunca poderia ter casado e não poderá casar de novo nunca mais, pois sempre encontrará
alguém inteiramente incompatível.

Hoje veremos que as diferenças não são de todo ruim. Algumas podem abalar nosso relacionamento,
mas outras podem nos unir e nos completar, podem até melhorar quem somos.

Diferenças Diferentes

Veja só uma diferença recorrente em quase todos os casais. Imaginemos que o “casal engravidou”. A
mulher está preocupada com a decoração do quarto do bebê e homem com o dinheiro que vai gastar
e que não tem. Já reparou que muitas vezes a gente decora o quarto do bebê mais por causa dos
amigos e parentes do que pelo bebê? A gente quer ver no olho e na reação das pessoas a surpresa de
um lindo quartinho com mimos e milhares de coisas desnecessárias que encantam e deixam o quarto
simplesmente celestial! Chega uma hora que não tem jeito, tudo isso vai virar estresse. Eu me refiro
à hora do berço. O casal tem que escolher um berço. Bom, existem milhares de modelos de berços
no mundo. Uns mais caros e outros mais baratos. Imagine um berço de 400 reais e outro de 250.
Quem quer o berço de 400 reais? O homem ou a mulher? E quem quer o berço de 250 reais? Exato.
O homem. Agora outra pergunta: Qual é o berço que vai para casa? É claro, o de 400 reais.

Outra diferença. Eu descobri que quando um homem senta na frente do guarda- – roupa e diz que
não tem roupa, ele está dizendo que não tem roupa passada. A mulher quando senta na frente do
guarda-roupa e diz que não tem roupa, está dizendo que não tem roupa nova. A mulher é única
mesmo. Ela consegue ficar comentando por 2 horas sobre uma festa de casamento que ela ficou
apenas meia hora! Detalhista, observadora, atenta a tudo e a todos. É por isso que as grandes
corporações estão contratando mais mulheres que homens. É que elas têm a visão “glocal” do
mundo: que é a visão específica e geral ao mesmo tempo. Elas conseguem ver o todo e o detalhe, e
realizam com destreza várias coisas ao mesmo tempo. Isso lhes dá uma certa vantagem no final. O
homem não. Homem tem que ter foco. Ele quer concentração, calma para poder produzir. Já a
mulher, antes de sair para o mercado de trabalho já brilhava em suas 1001 habilidades. Cuidava das
crianças (e não eram poucas), fazia o almoço, lavava roupa, limpava a casa, e ainda estava linda para
o marido. E o homem? Só trabalhava. Ponto. Realmente somos diferentes. Por exemplo: A mulher é
o único ser da Terra que sabe a diferença entre o bege, o creme, e o marfim. Ninguém mais na Terra
sabe esta diferença, mas as mulheres sabem!

Realmente somos diferentes. Deus nos fez diferentes. E sabe de uma coisa? Muito melhor assim!
Querido, Deus nos criou diferentes para nos completarmos, para entendermos que nunca seremos
completos um sem o outro. Um é mais racional outro é mais emocional e um tem que aprender com
o outro. Os homens têm facilidades para algumas coisas, as mulheres para outras. Um tem o que o
outro não tem e necessita. Assim, é no mínimo inteligente de nossa parte celebrar as diferenças, ao
invés de apenas suportá-las. Então: Viva a diferença!

Como vimos, existe a diferença boa, que surpreende e que completa. Mas existe também a diferença
que fere, atrapalha, machuca e pode até destruir um casamento:

1. Jugo Desigual.

Esta pode ser uma diferença que venha a atrapalhar muito o casal. Quando homem e mulher
possuem fé diferente é possível prever problemas à vista. Imagine uma judia e um mulçumano
casados. Este vai orar 4 vezes ao dia virado para Meca. Aquela orará voltada para Jerusalém. Um vai
guardar o sábado como dia do senhor. O outro irá guardar a sexta-feira. Ele terá em Maomé o grande
e o último dos profetas. Ela ainda estará esperando o messias. Como educariam os filhos?Até
quando conseguiram viver bons momentos crendo em coisas tão opostas?

Na Bíblia, todas as vezes que existe o jugo desigual ele vem acompanhado de grandes problemas,
tanto para as pessoas envolvidas como para o povo de Israel. Acho que é por isso que a Bíblia não
recomenda o casamento entre pessoas com religiões diferentes. Já sei o que você está pensando: É,
mais eu já vi duas pessoas que eram de religiões diferentes viverem bem, com respeito e felicidade, e
até mudarem de religião por causa do cônjuge! Eu sei de tudo isso, mas garanto a você, para cada
caso feliz que você me mostrar eu mostro 10 que deram errado. Ou seja, o risco é muito grande. E
como casamento é umas das coisas mais sérias e santas deste mundo, acho que não é nenhum pouco
prudente arriscar .

2. Interesses e Objetivos opostos.

Vou exemplificar. O homem sonha em ser pai, mas a mulher quer se realizar profissionalmente e não
deseja filhos. Diferente das outras mulheres, ela tem certeza que não se realizará como mãe, mas
sonha em ter dois doutorados e viajar o mundo inteiro. Ele sonha em ter um casalzinho de filhos, e
sente que isso também seria bom para sua esposa.

Outro exemplo: Um é diurno e o outro é noturno. Um acorda com as galinhas, 5h30 da manhã já está
em pé e bem disposto, seja em férias, feriado ou final de semana. Mas em compensação quer estar
no máximo às 9h30 na cama. O outro odeia acordar cedo e ir dormir cedo. Na verdade, suas
melhores ideias, seu melhor índice de produtividade é a noite. Isto é um baita problemão, que pode
gerar mais problemas.

3. Temperamentos diferentes controlados pelo Espírito.

Alguns têm a personalidade extremamente forte. Aonde quer que estejam isso fica claro para todos.
Temperamentos marcantes muitas vezes são uma qualidade, sobretudo no trabalho. Mas
infelizmente isso não é 100% verdade quando o assunto é relacionamento.

Temos que aprender a ceder, e a entender de uma vez por todas que estar certo nem sempre resolve a
questão. Existem pessoas que sempre estão certas, mas para provar isso, ferem, machucam e
magoam pessoas que amam. De que adianta provar que se está certo se perdermos o coração dessas
pessoas?
Em qualquer relacionamento temos que aprender a ceder. Em primeiro lugar: Não somos donos da
verdade. Em segundo lugar: As pessoas são mais importantes que as coisas ou os conceitos. Em
terceiro lugar: Quando você cede, você está amadurecendo como pessoa no mundo dos
relacionamentos.

Diferenças que aproximam

Mas existem diferenças que nos aproximam. Diferenças que nos complementam e nos tornam
melhores. Conheço um casal diferente. Ela quem paga as contas, quem dirige, quem assume a
responsabilidade da educação dos filhos, quem cuida do orçamento, da manutenção do carro…
enfim, é ela quem lidera. Estranho? Para mim não. Os dois são muito felizes juntos. Tem
temperamentos diferentes, são o oposto na personalidade, mas vivem muito bem. Isso se dá por uma
única razão: um completa o outro. Um “fala pelos cotovelos”, o outro é quietinho. Um é mais
impulsivo, o outro é mais calmo e comedido. Um é mais desbocado, o outro é sensível e se preocupa
com os outros.
Não sei que tipo de diferença existe entre você e seu cônjuge. Talvez um se realize com esportes
radicais e o outro adore jogar bocha no final de semana com os aposentados do bairro; talvez um
prefira o doce e o outro salgado. Talvez um ame praia e o outro não suporte areia no pé. Não
importa, existem milhares de diferenças que são contornáveis e até complementares, mas isso
dependerá de sua inteligência emocional e espiritual.

E neste ponto gostaria que você entendesse. Para poder ter equilíbrio, para saber agir, para conseguir
se controlar, ou mesmo para mudar, se for o caso, você precisa de íntima relação com Deus.

Esta postura equilibrada, serena, que pode salvar seu casamento, não é fruto de autocontrole, leitura
de livros sobre casais, ou terapia, apesar de todas essas ações serem muito válidas. Mas para
transformação genuína é necessário algo mais profundo, mais intenso, que exigirá muito de você. E
embora seja difícil, sempre será possível. Basta crer. Basta buscar ao senhor Jesus de todo o coração
e de toda a alma. É isto que Deuteronômio 4: 29 diz: “Então dali buscarás ao senhor teu Deus, e o
acharás, quando buscares de todo teu coração e de toda a tua alma”.

Lembre-se, o casamento é antes de tudo uma experiência espiritual. Assim você terá o que sempre
sonhou, um relacionamento de amor verdadeiro e fortalecido para resistir aos pequenos e grandes
abalos do dia-a-dia. Não existe casamento que não tenha solução. Por pior que seja a sua situação
hoje, por mais desacreditado que você esteja, ou por mais que as marcas doloridas por palavras ou
atos impensados pareçam eternas, Deus pode reverter toda e qualquer situação ruim, em benção. Isso
é milagre, e somente Ele pode fazer.

O que percebo é que muitas vezes é mais confortável e menos desgastante pôr um fim em tudo, do
que espremer a ferida até que todo o pus tenha ido embora. Alguns preferem amputar o braço, acham
que será melhor, menos traumático, mais eficaz. Mas não é amigo, toda separação deixa cicatrizes
profundas em ambos.

Toda esta semana especial foi idealizada para mostrar a você que com Cristo as coisas funcionam.
Tudo pode mudar quando estamos nas mãos de Deus. O Senhor Jesus hoje olha para você e diz:
Querido (a), é possível! Sem Jesus, realmente, não dá mais, mas com Deus meu amigo, eu garanto
para você, dá! Com Deus as coisas mudam, as pessoas mudam, inclusive eu e você.

É por isso que hoje eu apelo a todos os casais aqui a estudarem a Bíblia juntos. Os casados de muito
ou de pouco tempo. Os jovens e os experientes. Não importa sua religião, não importa como está seu
casamento hoje. Dê uma chance para Jesus. Deixe Ele entrar na sua vida, na sua casa, no seu lar. O
casamento é, para muitos, o jeito que Deus arrumou de nos salvar. A forma como Deus, através do
outro, nos burilará. O seu casamento pode fazer de você uma pessoa melhor, mais pura, mais
honesta, mais espiritual, mais verdadeira, mais correta. Acredite, tudo é possível para aquele que crê
no Senhor Jesus.
Um Balde de Esperança – Semana da Família
2010 – Esperança para as Famílias
Publicado pela IASD em 19 de maio de 2010 em Família.

Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convém; todas as coisas são lícitas, mas nem
todas edificam. I Coríntios 10:23

Introdução

A teoria do balde e/ou da concha já foi estudada e aplicada por milhões de pessoas em todo o mundo
ao longo do último meio século. Quem a conhece acha inspiradora! Quando soube desta teoria
resolvi colocá-la em prática. E não é que deu certo! Acredito na sua aplicabilidade para as relações
humanas mais distintas, mas creio ainda mais quando ela é aplicada no âmbito familiar.

Tudo começou com a guerra da Coréia. O major médico William Mayer teve a oportunidade de
estudar 1000 prisioneiros de guerra que haviam sofrido tortura psicológica.
Na Coréia do Norte, nos campos de concentração, não havia grades, arames farpados, nem guardas
armados, e ainda assim nenhuma tentativa de rebelião ou fuga foi feita. E o pior, por que tantos
soldados morreram naqueles campos de concentração? O índice de morte chegou a extraordinários
38%. O mais alto da história americana.
Aos sobreviventes, quando libertados, ofereceram-lhes oportunidade de ligar para seus familiares,
mas pouquíssimos fizeram. Quando voltaram para os EUA não mantiveram nenhum vínculo de
amizade com outros companheiros de cativeiro.
Não era incomum ver um soldado com olhos desesperados entrar em uma cabana e depois de dois
dias aparecer enrolado em um cobertor morto.
Os soldados apelidaram isso de “desistite” os médicos colocaram o jargão de “prostração”.
Eles usavam a pior “arma” possível. A destruição emocional pela negatividade.

Métodos Usados

DELAÇÃO – Cigarros, bebidas e favores para quem delatasse amigos – ninguém era castigado. Uns
contra os outros. Desta maneira era vantagem delatar o companheiro. Ninguém era castigado, nem o
que delatou (ao contrário recebia agrados), nem o que queria fugir. Assim, uns se isolavam dos
outros.

AUTOCRÍTICA – psicoterapia de corrupção em grupo. Em cada sessão, os homens tinham de ir à


frente e confessar tudo o que tivessem feito de ruim e todas as boas coisas que poderiam ter feito e
não fizeram.

RUPTURA DA LEALDADE PARA COM OS LÍDERES E A PÁTRIA – Coronel ou soldado, todos


eram tratados iguais. Estimulavam o desrespeito entre os prisioneiros e a quebra da hierarquia.
“Você aqui é só mais um prisioneiro!” – diziam os soldados para os oficiais presos. Os soldados não
se preocupavam mais uns com os outros.

INVIABILIZAÇÀO DE QUALQUER APOIO EMOCIONAL POSITIVO – Eles filtravam todas as


cartas da família. Só repassavam notícias como a morte de alguém, o abandono da mulher, e até
contas vencidas. Tudo para humilhar e trabalhar a exaustão à negatividade.

Os norte-coreanos induziram os americanos a uma espécie de isolamento emocional e psicológico


como nunca houve.
Impressionados com esses estudos, o PhD Don Clifton e seus colegas resolveram estudar outro lado
desta equação tenebrosa: será que o impacto da positividade pode ser tão forte quanto o da
negatividade?
Assim, quatro milhões de pessoas foram estudadas em 10 mil unidades de negócios. O estudo
chegou a conclusões impressionantes. Estima-se que o prejuízo causado por baixa autoestima e
pessoas insatisfeitas em empresas chega a um trilhão de dólares. O que representa 10% do PIB
norte-americano.
No entanto, essa pesquisa apresentou o crescimento acima da média americana em empresas que
valorizam seus funcionários.
Há quase meio século, esse psiquiatra com outros amigos criaram o reforço positivo, a terapia
positiva, o positivismo emocional. Todo o tratamento baseia-se em enaltecer o que está bom e certo
na vida das pessoas. Elogiar, sinceramente, sempre que puder. Para ilustrar, Donald Clifton
estabeleceu a analogia do balde.
Para ele, todos têm um balde invisível e uma concha invisível. Sempre que você elogia alguém ou
faz um bem a alguém você vai enchendo seu balde e o balde da outra pessoa. E cada vez que você
critica ou fala mal de alguém você está esvaziando o balde de alguém e o seu próprio.
A proposta dele é que enchamos os baldes uns dos outros para sermos felizes. Em suas pesquisas ele
indica que em um dia nós deveríamos elogiar entre cinco e oito pessoas. Acredito que esta teoria
pode muito bem ser aplicada em sua máxima intensidade com a nossa família. Como você tem
tratado sua família? Tem enchido ou esvaziado o balde de seu cônjuge e de seus filhos? Você
sempre tem uma palavra de apreço, de reconhecimento, ou você é temido porque só sabe criticar,
cobrar e nada mais…
É interessante notar que todas as vezes que você elogia alguém não está apenas enchendo o balde
dela, mas o seu também. Se você quiser ser uma pessoa melhor, mais completa, mais segura, não
tenha medo de elogiar as pessoas ao seu redor.
Veja, a proposta não é você ser fingido e elogiar o que você não gosta, mas você sinceramente
observar o que pode ser elogiado. Por exemplo, ao invés de você ficar indignado porque seu filho
tirou 7,0 na prova e ficar bravo perguntando onde estão os 3,0 pontos que faltaram para completar
10,00, elogie pelos 7,0 pontos alcançados e o estimule a alcançar os outros três da próxima vez! Ao
invés de criticá-lo por sempre ir mal em matemática, por que não o elogia por sempre ir bem em
história?
Ao invés de falar mal do sermão ou do pregador, por que não vê algo bom e comenta isso com os
filhos à mesa? Elogie sua esposa. Sua beleza, sua paciência, a comida que faz, o sorriso que tem, a
forma como educa as crianças, o profissionalismo dela. Existem milhares de coisas para você
elogiar. E não se surpreenda se você começar a se sentir melhor, mais leve, mais alegre, com um
humor melhor.
Aqueles que têm a capacidade de elogiar conseguem viver com alegria os três “Cs” do casamento.
Creio muito neles porque conseguem sintetizar o caminho para vivermos com mais plenitude.

1. Carinho

Ser carinhoso em atos, em gestos, em palavras com todos da sua casa. Nada de usar o sarcasmo ou a
ironia. No meu e no seu lar essas coisas não podem e não devem entrar. Seja simples no falar,
sempre com ternura. Controle seu temperamento, seu estresse, seu cansaço. Você deve saber que se
costuma praticamente todos os dias chegar em casa com a cabeça estourando, sem vontade de fazer
nada a não ser dormir e se você está sempre estressado, isso é porque você não está administrando
corretamente seu tempo e trabalho; e é que claro sua família vai sofrer.

Todos sabemos quão importante é o carinho para com as pessoas que amamos. Mas a vida tem
“batido” tanto em nós que não conseguimos mais ser quem de fato somos. Chegamos em casa “só o
bagaço”. O melhor de nós ficou com os clientes, com os chefes, com os colegas do trabalho, com
desconhecidos! Mas uma coisa eu posso assegurar a você: este não é o plano de Deus para você,
nem para mim. Ser carinhoso é saber administrar o tempo que temos, para podermos priorizar o que
de fato é importante. Nunca vi alguém no leito de morte se arrepender por não ter ficado mais tempo
no escritório ou no trabalho. Parece que só na hora da morte conseguimos ver as coisas com clareza.
Então amigo não espere a notícia de uma doença em fase terminal para fazer o que é certo. Seja
carinhoso hoje, agora. Seus filhos esperam por isso, seus pais esperam por isso, seu marido, sua
esposa, todos esperam…

Amigo, dê carinho o tempo todo a todo instante. De que adianta ser um disciplinador sem amor? De
que adianta bronzeador em lugar que sempre chove? De que adianta a música se não se pode ouvir?
De que adianta um pai ou uma mãe se não se pode ouvir deles declarações de amor? Se não se
recebe beijos, se não dá para sentar no colo e pedir carinho, proteção? De que adianta ter esposa sem
carinho, marido sem carinho?

Talvez ao olhar sua família hoje, com todo tipo de desentendimento e frustração, você não consiga
se sentir à vontade em dar carinho. Talvez olhando para as coisas ao seu redor você não se sinta
inspirado para ser romântico e carinhoso. Porém tenho certeza que no passado você teve motivos
para estar carinhoso e romântico. Seu passado é sua história. Sugiro que em algum momento você e
seu cônjuge separem um tempo e fotos do casamento, de férias, de lua de mel, etc. Vejam como
vocês se amavam e eram felizes naqueles momentos. Fica mais fácil perceber que é possível sim, ser
feliz com a pessoa que você escolheu. Pense nisso e faça isso.

2. Companheirismo

Ser companheiro é ser amigo, é ser cúmplice. É você se importar com os sentimentos e com as
vontades da pessoa que você ama. É estabelecer programas juntos, é buscar soluções para os
problemas da casa e para os problemas pessoais também. É viver um para o outro o tempo todo,
mesmo que não estejam fisicamente juntos. É poder contar um com o outro em todo o tempo.

Um casamento sem companheirismo tira do relacionamento a sua parte mais pura, mais inocente,
mais genuína. Não sei se você pode dizer que seu marido, sua esposa é seu melhor amigo ou amiga.
Mas assim deveria ser. Ninguém deve saber mais de você do que seu cônjuge. Com ele não precisa
haver segredos, não precisa ter medo de se expor ou se preocupar com aparências.

Lembro-me da história de um conhecido, Pedro. Ele era um homem totalmente formal. Muito
sistemático, deixava claro quem ele era logo no primeiro contato. Quando ele namorava Mariana,
isso a encantava. Ele era pontualíssimo, suas roupas impecavelmente passadas, seus óculos sempre
muito limpos. Até sua carteira era organizada. Ela pensava que se casasse com aquele homem nunca
teria que pegar seus sapatos fora do lugar, nem recolher a toalha de banho de cima da cama.

Por fim, depois de um ano de namoro e noivado eles se casaram. Mas aquilo que era uma qualidade
no namoro passou a ser um pesadelo no casamento. Ela descobriu que ele era muito mais organizado
do que ela e extremamente exigente. Simplesmente, com 3 anos de casada ela estava exausta e sem
forças para ser o que seu marido esperava.

O Pedro que em três anos de casamento nunca havia desarrumado nada sem que arrumasse depois,
exigia da Mariana que ela fizesse o mesmo, pois ele não admitia coisas como louça na pia, pó em
qualquer lugar, roupas mal dobradas ou passadas.

Quando conversavam sobre essas coisas ele dizia: Você sabia que eu era assim quando casou
comigo, até me elogiava, agora quer que eu mude? Eu sou assim, sempre fui assim e você tem que
me aceitar como eu sou. A Mariana respondia: Então você também tem que me aceitar do jeito que
eu sou. Eu não sou como você e não vou mudar também.

O impasse ficava nesta situação. Você acha que neste caso existe clima para companheirismo? Claro
que não. O companheirismo só tem espaço quando aceitamos as diferenças. Até mais que isso, não
se trata apenas de aceitar, mas celebrar as diferenças, como já vimos. É um admirar o que o outro
tem que o primeiro não tem.

Seja companheiro (a), se interesse pelo que o outro se interessa. Seu marido gosta de futebol? Então
se interesse por isso um pouco, ele ficará feliz. Sua mulher gosta de crochê? Bem… então, então…
vá ver futebol. Mas não deixe de ser amigo, chame-a para fazer crochê assistindo com você alguma
coisa na TV. Comentem alguma coisa que viram, uma notícia que saiu, falem dos sentimentos, de
como aquela notícia mudou ou pode mudar a vida de vocês, mas conversem, dialoguem. Você nunca
será um amigo (a) se não conversar, se não houver bate-papo.
3. Comunhão

Estes são os 3 “Cs” do casamento. Carinho, Companheirismo, e Comunhão. O casamento é uma


experiência espiritual. Não existe casamento feliz sem Deus. Não importa quem você me apresente,
pode ser um casal de ateus que morem juntos realizando a última lua de mel da vida deles depois 55
anos de casamento. Não acredito que tenham sido felizes e fiéis. Vou te explicar o por quê. Para
serem felizes, eles precisaram de amor e o nosso amor pelo cônjuge é o reflexo ou a reverberação do
amor de Deus. Sem Deus não há a menor possibilidade de nos amarmos verdadeiramente. Ele é a
única fonte do amor. Assim, como vou amar se eu não produzo amor, apenas repasso o amor que
recebo de Deus?

Você nunca vai saber o que é de fato amar, enquanto não buscar ao Senhor Jesus na sua vida. Não há
como ser feliz sem comunhão com Deus, seria algo impossível. É como querer tomar água sem
molhar a garganta, impossível. Só existe uma fonte da verdadeira paixão, felicidade e amor. Ela
reside em Deus e só nEle.

Você nunca terá o casamento que sempre sonhou sem estar perto de Deus. Por isso, eleja em sua
casa um espaço para a oração, para cantar e realizar o culto em família. E aí meu amigo, pode ter a
certeza que com carinho, companheirismo e comunhão as coisas andam no rumo certo.

Conclusão

Como está seu balde amigo? Cheio ou vazio? Tem dado carinho, está sendo um companheiro e tem
tido sua comunhão com Deus junto de sua família? Então pode ter certeza que seu balde está
transbordando! Este sermão pode ser sintetizado em uma única palavra. MUDE. Você sabe o que
tem de fazer, então faça. Aja como você deveria ter agido há muito tempo e salve seus filhos, salve
seu cônjuge, salve-se, salve sua qualidade de vida.
Durante esta semana Deus está gritando com você, dizendo: Acorde! Sua família está sendo
destruída, faça alguma coisa. Deus está expectante por poder ajudar você, mas você precisa querer,
precisa concordar que Deus entre na sua vida e faça a diferença. Então MUDE.

Um Amor de Esperança – Semana da Família


2010 – Esperança para as Famílias
Publicado pela IASD em 20 de maio de 2010 em Família.

O amor é paciente, é benigno. O amor não inveja, não se vangloria, não se ensoberbece. I
Coríntios 13:4

Introdução

Ponto Contrário

Corria o ano de 1929. Local: Estádio Rose Bowl. Aquele fora o ano mais equilibrado da história do
futebol americano. Os Estados Unidos pararam, o país inteiro queria saber o resultado. Quem seria o
grande campeão daquele ano? Melhor ataque contra melhor defesa, tudo muito equilibrado. Quando
estes dois times chegaram à grande final, todos os ingressos foram vendidos em questão de horas.
No dia da final, milhares de pessoas esperaram por horas antes dos portões abrirem ao redor do
estádio. Quando os portões foram abertos, em 30 minutos, todos os lugares foram tomados. Vastas
fileiras de policiais separavam as torcidas. Cores diferentes, gritos constantes e cada vez mais altos
mostravam a paixão daqueles torcedores. Esses gritos podiam ser ouvidos a dez quadras de distância.
Pela primeira vez na história os dois times entraram ao mesmo tempo em campo. Fogos de artifício
foram lançados ao céu que se coloriu como nunca. Toda aquela nação queria saber quem seria o
grande campeão daquele ano.
No primeiro lance da partida chutaram a bola e ela caiu nos braços do jogador Roy Ringo. Não teve
dúvidas. Correu tudo que pôde com velocidade e agilidade que impressionaram a todos no estádio. E
o improvável aconteceu: no primeiro lance do jogo, Roy Ringo conseguiu fazer um Touchdown (o
ponto no futebol americano). A torcida foi ao delírio! Ele tirou o capacete, jogou a bola no chão e
começou a bater no peito comemorando o feito. Mas qual não foi sua surpresa ao perceber que quem
comemorava era a torcida contrária. Seus amigos estavam todos cabisbaixos e então ele entendeu.
Na grande final de todos os tempos da história do futebol americano ele fizera um ponto contrário.
A primeira etapa do jogo acabou e todos desceram ao vestiário. Silêncio sepulcral; ninguém falava
nada. Todos tristes e sem ânimo. O silêncio só foi quebrado pelo treinador, que disse: “O mesmo
time que terminou o primeiro tempo volta para o campo”. Neste momento, Roy Ringo ergue a
cabeça e diz: “De jeito nenhum! O senhor não entendeu, treinador, eu acabei com meu time, destruí
os sonhos de todos nós aqui. Podem se passar cem anos e sempre se lembrarão do que fiz. Não tenho
coragem de subir, minha carreira acabou aqui!” A história diz que, com o clima tenso e denso, o
treinador abaixou-se no nível do jogador e disse: “Filho, o jogo ainda não acabou. Volte para o
campo e realize a maior partida da sua vida!” Os jornais da época se encarregaram de contar o final
da história. Roy Ringo confiou em seu treinador, voltou ao campo, fez três touchdowns a favor do
seu time e eles se consagraram campeões!

Ponto Certo

Na vida a gente faz alguns pontos contrários. Corremos para o lado errado e nos envergonhamos de
nós mesmos. Alguns aqui, hoje, podem estar pensando que tudo acabou, que o casamento não tem
jeito, que é impossível mudar, que é um acumulador de fracassos. Talvez ao olhar o passado
encontre vergonha e não consiga erguer a cabeça para seguir em frente. Mas a resposta do “nosso
Treinador” é sempre a mesma: “Filho, volte para o campo. O jogo ainda não terminou. Realize a
melhor partida de sua vida!” Ainda há tempo, o jogo ainda não acabou. O “Treinador maior” está
olhando nos seus olhos e dizendo: “Eu acredito em você, mesmo que ninguém acredite. Mesmo que
você não acredite. Eu creio.”
Sabe por que Ele crê em você e em mim? Porque Deus não nos trata por aquilo que somos, mas por
aquilo que poderemos ser em Suas mãos. Deus não chamou Davi pelo que era, mas por aquilo que
seria. Não chamou Saulo por sua inteligência, mas por aquilo que ele poderia ser entregando-se de
coração. Não chamou Pedro por causa do seu temperamento, mas a despeito dele. O Salmo 103 diz
que “… Deus não nos tratou segundo nossos pecados e nem nos retribuiu conforme nossas
iniquidades…” Ele nos trata como santos embora sejamos pecadores por uma única razão: Ele nos
ama! Pense bem: por que trocar o céu por uma carpintaria? Por que não destruir Adão assim que ele
pecou? Por que tirar Ló daquela cidade? Por que procurar Pedro depois que ressuscitou? Por que
abrir o mar? Por que se entregar? Por que morrer? Por que sangrar? A razão é uma só: o amor.
Jesus disse em Mateus 24 que no final dos tempos, ou seja, em nossos dias, o amor se esfriaria de
quase todos. Mas isso não se aplica ao amor de Deus porque Deus é amor. Sabe por que o amor
jamais acaba? Porque Deus é amor e Deus não acaba. Aliás, o cristianismo é a única religião do
mundo que define seu Deus em apenas uma única palavra: amor. Quando a Bíblia diz que o perfeito
amor lança fora o medo está dizendo que Deus lança fora o medo. Biblicamente é fácil perceber que
as palavras “Deus” e “amor” são intercambiáveis. Todas as vezes que encontramos a palavra “Deus”
na Bíblia podemos trocar por “amor” e veremos que o sentido continua o mesmo.
A Bíblia está cheia de orientações a respeito do amor porque ela é o Livro do Amor. A maior
declaração de amor do mundo está ali em João 3:16:
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito para que todo aquele que
nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16
Veja a razão:
Por que: a maior resposta
Deus: o maior ser
Amou: o maior sentimento
O mundo: o maior espaço físico
De tal maneira: o maior modo
Que deu: o maior ato
Seu único filho: o maior presente
Para que todo aquele: a maior abrangência
Que nele crê: a maior confiança
Não pereça: o maior castigo
Mas tenha: a maior posse
A vida eterna: a maior recompensa

Você percebe que o tema central de toda a Bíblia é o amor? Que o verso mais importante de toda a
Bíblia é esse que acabamos de ler? A Bíblia nada mais é que a narrativa da história de um
“Treinador” olhando para nós e dizendo incansavelmente: “o jogo ainda não acabou”. Sabe por que
o jogo ainda não acabou na nossa vida, às vezes cheia de pecados, de feridas e amputações? Porque
o “Treinador” ama demais. Ele nos amou tanto que nos criou mesmo sabendo que pecaríamos e que
por causa do nosso pecado teria que morrer em nosso lugar. Enquanto Jesus formava Adão com o
barro, sabia que receberia cuspe no rosto, que seria chicoteado, espancado, humilhado, satirizado,
traído. Quando criou este mundo Ele já sabia onde ficaria o Getsêmani. Quando criou as árvores
sabia que de uma delas seria feito o madeiro da vergonha e da separação do Pai. Quando criou a vida
humana sabia que perderia a dEle. Então a pergunta continua: Por que nos criou? Por que nos fez? A
resposta é: pelo AMOR. O amor que Ele tem por nós é maior que o amor que Ele teve por sua
própria existência como Deus. Este amor é incomparável, incondicional e incompreensível. Não o
merecemos, mas por Sua graça o aceitamos.
Pare para pensar se esta não é a história mais absurda que você já ouviu. A história de um Deus se
humilhar e morrer por criaturas inferiores a Si. Pode ser absurdo, mas é real. Houve um período na
história da humanidade no qual, se alguém lhe perguntasse onde está Deus, você poderia apontar
para a barriga de uma camponesa e dizer: Deus está ali dentro. Este é o milagre do amor, vai além de
nossa compreensão.
Sabe, eu tenho dois filhos. Não trocaria a vida deles por nenhuma pessoa no mundo, aliás, eu não
trocaria a vida deles pela vida de todas as pessoas do mundo juntas. Mas Deus fez exatamente isto:
entregou o objeto supremo do Seu amor, Seu filho, Seu único filho.
Já reparou que o amor extrapola a justiça? Veja bem, não existe nenhuma sociedade no mundo que
permita morte substitutiva. Por exemplo: se eu morar num país onde exista pena de morte e cometer
um erro tão grande que a sociedade entenda que eu não mereço mais viver, não posso me apresentar
diante da corte e pedir para minha mãe ou irmão morrer em meu lugar. Em nenhuma sociedade do
mundo isso é permitido. E sabe por que não é permitido? Porque não é justo. Quando cometo um
erro eu tenho que pagar por ele.
O lindo da história é que no Céu o amor extrapolou a justiça e o impensável aconteceu. Jesus morreu
no meu e no seu lugar. Morte substitutiva, vicária. Morte para Um, salvação para milhões de
milhões. Um sacrifício gigante para Cristo? Sim. Mas a maior dor ficou no coração do Pai. Ele é
Deus, poderia acabar com a agonia do filho por pensamento. Poderia destruir os demônios e todos os
algozes de Jesus. Mas por amor a nós deixou Seu filho sozinho no madeiro. Jesus deveria morrer a
morte eterna nos livrando dela para sempre.

Ponto Final

Um dia desses tive que viajar e ficar dez dias fora de casa. Esses, talvez, sejam os dias mais tristes
para mim. Separar-me da minha esposa e dos meus filhos é algo necessário, mas muito doloroso.
Meu filho mais velho sempre foi muito apegado a mim. E quando tenho que viajar, febres
misteriosas acontecem, comportamentos estranhos surgem. Sei o quanto nos amamos e sei como é
difícil nos separarmos, então sempre digo a ele: “Filho, o pai tem que viajar. Vamos ficar milhares
de quilômetros distantes, mas nada pode nos separar, sabe por quê? Porque eu amo você e vou
voltar. Porque onde você está é onde eu quero estar!”
Não é exatamente isso que eu e você encontramos na Bíblia? Jesus, em amor, dizendo: “… para que
onde eu estiver estejais vós também…” Assim como a distância de uma viagem não pode me separar
do meu filho, também nada pode nos separar do amor do Pai que está em Cristo Jesus nosso Senhor.
O amor de Deus é realmente o centro de tudo na Bíblia. Lembra-se destes versos?
“A palavra de Deus diz: a ninguém nada devais a não ser o amor.”
“Fazei todas as coisas com amor.”
“Jesus diz de um novo mandamento, que nos amemos uns aos outros.”
“O maior mandamento é amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmo.”
“Deus nos amou primeiro.”
“Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida nem anjos, nem principados, nem
potestades, nem o presente, nem o porvir, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra criatura
poderá nos separar do amor que está em Cristo Jesus o nosso Senhor.”

O objetivo do cristianismo não é transformar pessoas em pessoas que creem, mas em pessoas que
amam. Por quê? Porque Deus é amor! Um amor que percorre as maiores distâncias, supera as
maiores barreiras, multiplica o pouco, vai ao lodo e traz o lírio. Quero lembrar a você que o Céu
entregou o que tinha de melhor por nós. Nada, absolutamente nada em todo universo infinito tinha
mais valor que a vida do próprio Criador. Não pôde e nunca poderá existir expressão maior de amor.
Esta Terra surgiu como resultado do amor e terminará em amor.
O primeiro livro da série Conflito dos Séculos, Patriarcas e Profetas, começa assim: “Deus é amor.
Sua natureza, Sua lei, são amor. Assim sempre foi e sempre será… Toda manifestação de poder
criador é uma expressão de amor infinito”. E o último livro dessa série, O Grande Conflito, termina
assim: “O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O universo inteiro está
purificado. Uma única palpitação de harmonioso júbilo vibra por toda a vasta criação. Daquele que
tudo criou emanam vida, luz e alegria por todos os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo
átomo até o maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza gozo,
declaram que Deus é amor.” Assim começou, assim terminará. O amor resolveu.
No Éden fizemos nosso primeiro ponto contrário. Ali envergonhamos nosso Treinador. Corremos
para o lado errado e fomos humilhados diante de todo o universo expectante. A diferença é que
quem voltou para o campo foi Outro jogador. Jesus voltou para o campo em nosso lugar e venceu
por nós. Ele venceu o adversário e foi perfeito em cada jogada. Aceitou nossa vergonha e nos deu o
troféu de campeões.
Hoje, eu e você podemos andar de cabeça erguida, certos de que “somos mais que vencedores por
meio daquele que nos amou!”
O amor é a base única do casamento. E este amor é apenas reflexo de um amor muito maior, mais
intenso, constante e incondicional que encontramos nas escrituras. Este amor precisa nos motivar,
nos inspirar e até nos constranger. Amar não é sacrifício, não é se esforçar para amar, é
simplesmente deixar que este amor tão grande chegue em nós e seja retransmitido ao nosso cônjuge
e aos nosso filhos. Já reparou que Deus sempre usou a família como forma de transmitir seu amor?
Deus sempre tem interferido na história humana usando famílias para o bem comum da humanidade,
como os exemplos:
Para a administração ecologicamente sustentável, convidou a família Adão e Eva, que infelizmente
falhou.
Noé com a família, a Bíblia diz “divinamente avisado das coisas que ainda não se viam temeu, e,
para a salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi herdeiro da
justiça que segundo a fé” (Hb 11:7), cumpriu a missão.
Abraão com Sara também sendo chamados por Deus para cumprirem a missão da vida e da bênção
continuada para todas as gerações do povo de Deus, combateram o bom combate.
Deus também escolheu José e Maria para encarnar o Verbo, Jesus o Senhor dos senhores. E por
intermédio dessa família, beneficiando todo o gênero humano, o Verbo se fez carne entre os homens
e hoje o Espírito Santo na composição da Igreja sela os que creem em Jesus para o dia da redenção
(Ef 1:13), mantém entre nós o ministério da consolação.
Deus sempre escolhe famílias para determinadas missões, e toda a composição familiar, pais e filhos
são responsáveis em conjunto e individualmente pelo bom desempenho para que os reais e nobres
objetivos sejam alcançados. Dentro desta visão, qual o desafio para a nossa família? Para onde tem
caminhado sua família? O que ela tem feito como grupo para cumprir a vontade de Deus na sua
existência?

A Esperança Nunca Perde a Graça – Semana da


Família 2010 – Esperança para as Famílias
Publicado pela IASD  em 21 de maio de 2010 em Família.

Exorto, pois, antes de tudo, que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por
todos os homens. I Timóteo 2:1
Introdução

Quando a gente é criança tudo tem graça! As piadas mais antigas são novas! Todos os amigos têm
valores não determinados por sua condição social ou beleza natural. Tudo tem cheiro de novo, de
belo. Olhamos para a vida com os olhos da pureza e isso nos enche de energia e sonhos!

Lembro-me quando eu e meu irmão, ainda crianças, nos empolgávamos com as histórias de nossa
fértil imaginação. De todos os brinquedos, o que nos deixava mais felizes era um bonequinho que
recebia o nome de Playmobil. Naquele natal havíamos ganhado a edição “Bombeiros” e você já pode
imaginar… nós queríamos mais realidade para as ações do nossos heróis!

Primeiramente colocamos fogo em um pedaço de guardanapo, mas o fogo acabou antes mesmo de
enchermos os baldinhos dos bonequinhos com água. O fogo no guardanapo acabava muito rápido!
Foi então que a brilhante ideia surgiu. “Vamos pôr fogo no sexto de roupa suja!” Pensamos:
“Tiramos a roupa e pronto, é só atear fogo!” Assim fizemos e quando já havia uma altura
considerável de labaredas chamamos nosso “Corpo de Bombeiros”. Confesso que eles não deram
conta do trabalho. Tão pouco eu e meu irmão. Nessa hora não há outra coisa a fazer: “MÃÃÃEEE!”
Ela veio e resolveu tudo. Inclusive pôs um freio em nossa fértil imaginação. Fomos muito bem
disciplinados!

Foi a primeira vez, pelo que me lembro, que algo perdeu a graça para mim. Já ouviu essa frase antes:
“Perdeu a graça”. Não sei se você concorda comigo, mas quanto mais velhos vamos ficando, parece
que mais as coisas vão perdendo a graça. Salomão mesmo no livro de Eclesiastes faz uma ode às
coisas sem graça desta vida.

O fato é que desde que o pecado entrou neste mundo tudo que era bom (Gên. 1:31) perdeu a graça.
Pode imaginar Jesus? De que valia um Jardim lindo, cheio dos mais variados matizes, cores e
tonalidades sem Adão e Eva ali dentro? Não tinha graça, não tem graça.

Jesus não considerou o Céu um lugar agradável enquanto nós estávamos aqui neste mundo caído e
sujo. Jesus perdeu toda a alegria. Nada mais parecia fazer Jesus feliz. Satanás arrancara dEle o que
Ele tinha de mais valioso. Parte da alegria do Céu fora arrancada. Havia uma sombra no coração do
Pai.

Nossa consciência de que algo muito profundo está errado ganha dimensões incalculáveis com o
passar do tempo. A maturidade não nos esconde a miséria na qual vivemos. Ao contrário, vai
focando e deixando mais nítido este mundo desbotado.

Nunca compreenderemos a intensidade da dor causada no coração de Deus quando viu Adão com
aquele fruto na mão. Ele sofreu por antecipação. Sabia que com a decisão humana Ele ficaria muito
tempo sem nos ver (Êx. 33:20).
Há seis mil anos Deus tem tido saudades de você e de mim. E quer saber? A cada dia que passa fico
com mais saudade de Jesus. Não quero ficar aqui, quero voltar pra casa. Está perdendo a graça, já
perdeu a graça.

Esses dias pesquisando descobri uma situação interessante. Um Pastor no Sri Lanka relatou que
havia reunido alguns amigos hindus para um chá e pediu-lhes que falassem da esperança que tinham.
Descobriu que, não somente eles tinham grande dificuldade em compreender o que ele estava
pedindo, mas também que a língua Tâmil não tinha uma palavra correlata a “esperança”. Não há
nada comparável ao conceito de esperança nas grandes religiões do oriente. Isso pode ser comum a
nós, mas este conceito de esperança nos foi dado, por Deus, através do povo de Israel.

Ainda tem sido a Volta de Jesus a sua bendita esperança? Esse é o maior de todos os seus desejos?
Ou virou, no seu coração, apenas mais uma doutrina Bíblica sem muito significado? Posso estar
enganado, mas tenho visto ao longo de meu ministério, que de tanto se pregar sobre a volta de Jesus
o assunto, às vezes, parece um pouco desgastado. Talvez isso se dê pelo fato de não atentarmos com
cuidado para o conselho de Paulo.

Na primeira carta que Paulo escreveu a Timóteo, o mais evangelista dos apóstolos escreveu no
primeiro verso do capítulo dois. “Exorto, pois, antes de tudo, que se façam suas orações, intercessões
e ações de graças por todos os homens…”

Gosto desse verso, gosto como o apostolo Paulo o começa: “Antes de Tudo”. No grego a expressão é
“Próton Pantom”. Pesquisando descobri que na língua original ela tem três dimensões que podem ser
consideradas rapidamente aqui.

Dimensão Temporal
Dimensão Motivacional
Dimensão Qualitativa

TEMPORAL

É a realidade do tempo. É a coisa “número um” que deve ser feita. Assim como, comumente, a
primeira coisa que fazemos ao acordar é abrir os olhos, Paulo está dizendo que antes de qualquer
atividade, física ou mental, devemos buscar a Deus. Depois vêm todas as outras coisas. Jesus já
havia apresentado esse conceito quando disse: “Buscai em Primeiro Lugar o reino de Deus e Sua
justiça e todas as outras coisas vos serão acrescentadas.” Na nossa vida, o primeiro lugar deve
pertencer a Deus. Não importa se estamos atrasados ou indispostos, primeiro vem Deus!

MOTIVACIONAL

Mais importante que todo o mais. Nada pode ser mais significativo para você e para mim do que
buscarmos nosso Senhor em espírito e graça. A importância disso é de vida ou de morte na vida
cristã. Um dia sem buscar a Cristo pode determinar muita coisa na vida cristã, inclusive a renuncia
da fé. Embora a realidade se imponha diante de nós e sejamos cheios de responsabilidades, nada
pode ser mais importante em nosso viver do que nossas orações ao Senhor!

QUALITATIVA

Melhor do que todo o mais. Nada pode dar mais prazer ao ser humano do que entrar em contato com
o seu Criador. Conversar com Deus é o melhor privilégio que um pecador pode almejar. Buscá-Lo
não deve ser uma obrigação diária, mas o momento mais feliz do dia. É melhor que qualquer coisa.
Aqueles que ainda não descobriram isso devem fazê-lo o quanto antes, pois não há prazer maior do
que servir a Cristo.

Almejar a Volta de Cristo deve ser nosso “Próton Patom”. Antes de tudo, querer ver Jesus voltar.
Trabalhar na Missão que cristo nos deixou deve ser nossa maior alegria. Isso mesmo, levar o
evangelho a toda nação, tribo, língua e povo (Mat. 28:19). É hora de abrirmos mão dos prazeres
deste mundo e buscarmos verdadeiramente ao Senhor. Quando isso acontecer, vamos
desesperadamente felizes pregar essa grande mensagem que temos, o Evangelho Eterno.

Não dá mais para ficarmos aqui. Já perdeu toda a graça, é hora de voltarmos pra casa. Voltarmos
para o Lar.

Para isso precisamos focar mais no porquê da missão. Não estamos na missão por estarmos. Há uma
razão, clara e altamente recompensadora – a Volta de Cristo e então nosso retorno ao Lar.

No calvário Jesus inventou uma palavra: GRAÇA. E essa é a melhor definição de Céu que eu já
ouvi. “O céu é a terra da graça”. É pra lá que estamos indo! Eu, você nosso cônjuge, nossos filhos, as
pessoas que nós amamos.
Vou dizer outra coisa para você. O Céu não será o mesmo sem nossa família lá. E agora, me dirijo a
você marido. Somos sacerdotes do lar, é nosso dever guardar e incentivar a parte espiritual de nossa
família. É nossa total responsabilidade cuidar daquilo que Deus nos confiou. Antes de qualquer
coisa, devemos buscar a Deus. Fazer dEle o primeiro e o melhor em nossa vida. Depois disso você
sabe, a prioridade máxima é a família, e então as outras coisas. É assim no plano de Deus, é assim no
único plano que dá certo para qualquer vida.

Este mundo perdeu a graça, nada mais nos traz plenitude. Nossa família não está segura aqui. Esta
Terra é a Terra do inimigo, não somos bem-vindos por aqui. Por isso tanto sofrimento, tanta dor. O
príncipe deste mundo odeia seus filhos, tem ódio do seu esposo. Não dá mais para ficarmos por aqui.
Antes de qualquer coisa aguardemos e nos preparemos para a Volta de Jesus!

A Esperança que Compreende – Semana da


Família 2010 – Esperança para as Famílias
Publicado pela IASD em 22 de maio de 2010 em Família.

Eu, a sabedoria, habito com a prudência; eu possuo conhecimento e discrição. Provérbios 8:12

Introdução

Alguma vez você já tentou se comunicar com uma pessoa de outro país cujo idioma você não
domina? A cena é muito cômica, pois existe, no diálogo, mais gesticulação do que fala. Mas acredito
que mesmo com a barreira do idioma, é possível se comunicar se verdadeiramente é o que se quer.

Não importa a situação, nem as dificuldades encontradas. Quando duas pessoas querem se
comunicar elas irão se comunicar. Pode ser por mímica, por desenho, sinais de fumaça, sei lá, mas
elas vão se comunicar.

E este é o primeiro ponto que quero abordar hoje. Para comunicar-se é preciso querer. Existem
milhares de casais que estão à beira de um divórcio, mas existem outros milhares que não vão se
separar, porém aceitaram uma vida matrimonial medíocre. Contentaram-se com pouco por não ter
forças, ou por não saber lutar pelo casamento dos sonhos. Alguns se lembram dos tempos de noivado
quase com tristeza, porque olham para o hoje e sofrem por não terem conseguido tornar realidade o
casamento dos seus sonhos.

Todos os casais, quando decidem casar, sonham em ser o casal mais feliz da Terra. O namoro e o
noivado parecem prenunciar o final feliz tão esperado por cada um de nós. Mas a realidade
infelizmente insiste em dizer que estávamos equivocados. No entanto amigos, quero dizer que é
possível sim ser tão feliz no casamento quanto você era no dia do seu noivado!

Nos anos que antecederam seu casamento, tudo era melhor e mais bonito porque um era para o outro
absolutamente tudo. Vocês tinham planos em comum, tinha cumplicidade, tudo o que um fazia o
outro saía correndo para partilhar. E hoje, o que lhe aflige? Por que as coisas não são mais assim? O
que acabou primeiro, o amor, a comunicação ou ambos?

Quero introduzir o sermão de hoje dizendo que não importa o que aconteceu no seu casamento. Se
existiu mentira, traição, agressão verbal, indiferença, ou ainda se vocês já optaram pelo não-perdão.
Não importa quão complexo seja seu caso. Se vocês quiserem, Deus restaura qualquer situação.
Mesmo que seu vaso tenha se despedaçado em mil pedaços Deus tem condições de reunir cada
caquinho e montar um vaso ainda mais bonito do que era antes, mas para isso vocês têm que querer.

Oração
Para compreender é preciso ter coragem

Para compreender é preciso ter coragem! Alguns terão dificuldades em concordar com essa frase
porque julgam ser fácil abrir-se. Mas a rigor, trata-se de uma abertura superficial. As pessoas estão
acostumadas a “curar câncer com band-aid”. Superficialidade é nosso “prato predileto”. Quando o
assunto é comunicação, nossa tendência é falar sobre notícias, acontecimentos, passar informações, e
às vezes emitir nossas opiniões. Mas abrir-se de verdade, falar dos nossos sentimentos, dos nossos
medos, das nossas vontades é muito mais difícil.

Mas uma coisa é certa: quando se quer, se comunica. Lembro-me de uma antiga história que conheci
sendo verdadeira. Na segunda grande guerra dois inimigos se encontraram fora do campo de batalha,
ambos estavam fugindo como desertores, com medo e apavorados com os horrores da guerra. Um
era alemão e o outro russo. Quando inadvertidamente um viu o outro a poucos passos, os dois
demonstraram muito mais medo do que raiva ou ódio. Depois de alguns momentos um deles teve
uma ideia e tirou da mochila uma Bíblia. Para sua surpresa, o outro também pegou uma Bíblia. Os
dois não falavam uma única palavra para se comunicar. Apesar de falarem em línguas diferentes, os
dois começavam a se entender. Eram dois cristãos com medo de tudo aquilo. Quando eles estavam
um pouco mais a vontade, um deles teve outra ideia e mostrou um texto bíblico. Era Êxodo 20: 9-11.
O outro começou a chorar e abriu sua Bíblia na mesma passagem e estava toda sublinhada. Os dois
eram observadores do sábado. A história termina dizendo que ambos conseguiram sobreviver para
contar a história.

Quando ouvi essa história pela primeira vez, fiquei pensando: Quando a gente quer, a gente se
comunica. Não tem jeito, a comunicação é algo que passa pela vontade. Os personagens da história,
sem falar uma única palavra, conseguiram se comunicar de uma maneira extraordinária, e ainda
ajudaram e cuidaram um do outro. Entende o que quero dizer? Quando a gente quer, a gente se
comunica. Tudo depende do que realmente queremos, do que realmente desejamos.

É impressionante ver como existem muitos casais que simplesmente não se compreendem de
verdade. Vemos famílias notáveis, cultas, inteligentes que sequer percebem que lhes falta algo na
vida. Vivem uma vida sonsa, sem graça, sem paixão ou amor verdadeiro.

A maioria dos pares entrou na vida conjugal com um ideal muito belo no casamento. Muitos fizeram
cursos de noivos, outros leram vários livros sobre relacionamento, buscaram ajuda, fizeram mais de
uma lua de mel. Mas quantos, depois de dezenas de anos juntos podem dizer que tiveram um
casamento que atingisse as expectativas do noivado? Infelizmente bem poucos.

E é claro, toda pessoa frustrada em suas esperanças tem a tendência natural de lançar sobre o outro a
responsabilidade desse fracasso: A culpa é do outro! Isso é mais fácil do que investigar a própria
falha. Para não assumir a responsabilidade, cada um acusa o outro: o caráter do cônjuge, a saúde
psíquica, seus defeitos, sua família, sua educação, etc. Todas estas questões são de máxima
importância. É por isso que escolher bem é o primeiro passo para um casamento feliz. Mas mesmo
com uma escolha não tão acertada é possível ser feliz! O que importa é construir juntos a felicidade
conjugal.

Quando Deus instituiu o matrimônio disse: “Já não serão dois, mas uma só carne.” Ser um significa
não ter segredos para com o outro, nada oculto, nada em secreto. Unidade em todos os aspectos da
vida. Por exemplo: olhem hoje para seus filhos, deem uma boa olhada. Tentem enxergar além do
corpo, vejam a alma, o caráter, os sonhos. Vejam no que ou em quem seus filhos estão se
transformando, ou se transformaram. Eles são reflexos de vocês e de seu casamento também. O jeito
como você trata seu cônjuge, será bastante influenciador quando formarem seu próprio lar. Isso
também influenciará seus netos, bisnetos. O que você constrói ou destrói hoje, pode influenciar o
futuro de muita gente que você ama.

Esses dias li a história de um médico que sequer sabia o nome do cachorro que sua mulher tinha.
Trabalhava muito. Muitos plantões, muita dedicação no trabalho. Em casa quase não falava e quando
falava era grosseiro. Sua esposa sofria muito, mas não conseguia promover qualquer diálogo
substancial. Também se sentia culpada porque julgava que o silencio do marido e sua grosseria era
por causa do estresse do trabalho. Sentia que deveria compreender, mas era infeliz. Um dia, tendo
ido ao trabalho dele, ela foi tratada da mesma forma, com palavras rápidas e secas. Quando
interrompido por uma enfermeira que lhe trazia um telefone, ele começou a falar alegre, bem-
humorado, cheio de ideias. Nem parecia seu marido. Você pode imaginar como esta mulher se
sentiu? Em depressão começou terapia com um psiquiatra amigo da família, que ao perceber toda a
situação sugeriu ao marido que a tratasse com maior atenção. Eles deveriam passar mais tempo
juntos, ir ao cinema pelo menos uma vez por semana. E assim foi. Todas as terças-feiras ele a levava
ao cinema. Não conversavam nem na ida, nem na volta. Apenas assistiam ao filme. Acha que isso
resolveu o problema dela? Não. Mas o dele havia sido resolvido, agora sim ele se sentia um bom
marido! Todas as terças-feiras eles tinham um programa para fazer juntos. Que tipo de filme você
acha que ele escolhia? Isto mesmo! Filmes de guerras, lutas e muito sangue.

Deus espera mais de você e de seu casamento, seu cônjuge espera mais do que uma hora em frente à
televisão assistindo a um jornal. Entende por que muitos casais eram mais felizes na época do
namoro do que no casamento? Nós permitimos, aos poucos, que tudo o que nos unia e nos fazia
felizes se acabasse. Não conversamos mais, não passeamos mais, não namoramos mais, deixamos
nosso romantismo de lado. Aí é claro que tudo esfria e perde a cor. Existem casais que não falam
sobre nada. Passam, às vezes, semanas sem se falar. Isso cria uma atmosfera horrível dentro de casa.

Para compreender é preciso amar

Entre o amor e a compreensão existe um vinculo tão estreito que nunca se sabe quando termina um e
começa o outro, qual é a raiz e qual é o fruto. Quem ama compreende e quem compreende ama.
Quem se sente compreendido se sente amado, e quem se sente amado confia em ser compreendido.

É muito necessário que uma pessoa se sinta amada para poder contar algum segredo. Ela não pode
ter medo de ser rejeitada, abandonada ou julgada.

O medo do julgamento talvez seja o maior impasse para alguém conseguir se comunicar. Este é um
temor universal e muito maior do que se possa imaginar. E é verdade que muitos casais julgam-se
mutuamente. Um julgamento responde outro resultando numa cadeia diabólica e destruidora. Cada
um, para se defender do ataque do outro, denuncia em seu coração ou em voz alta a falta do outro e
assim entram em um ciclo vicioso e de completa destruição.

É comum ouvirmos casais se acusando por um não compreender o outro, mas lembre-se de que
quando digo que não posso compreender estou dizendo: Não posso compreender que meu esposo
seja diferente de mim, que sinta, pense ou processe de modo diferente do meu. E isto precisa ficar
claro para todos nós. Somos de fato diferentes com já vimos esta semana. Se não assumirmos isso e
usarmos em nosso benefício, vamos sofrer muito. Clareza de comunicação, compreensão, aceitação,
resiliência são atitudes fundamentais para quem quer ter um casamento satisfatório.

Todas as vezes que amamos alguém, isso é dom de Deus. Todas as vezes que você tem compaixão
por alguém, todas as vezes que você se importa com alguém, é reflexo do amor de Deus. Assim, não
há a menor possibilidade de você e eu amarmos alguém sem refletirmos a Deus. O indivíduo pode
ser ateu, descrer de tudo e de todos, mas se ama alguém é Deus nele. Porque Deus é amor. Assim
meu amigo e minha amiga, como podem imaginar um casamento feliz sem a fonte do amor que é
Deus? Já abordamos esse aspecto durante a semana, mas torno à carga porque é fundamental. Sem
Deus na nossa vida, qualquer empreendimento é empreendimento de risco. Qualquer relação é
relação de risco. Não dá para imaginarmos a felicidade longe de Deus, porque ela (a felicidade)
reside nEle.

Conclusão
Durante toda esta semana estivemos apresentando um único caminho para você restaurar ou
melhorar seu casamento. É o único caminho também para quem quer escolher certo o companheiro
ou companheira. Busque Aquele que lhe entende e conhece. Ele viu você nascer, Ele conhece seus
sentimentos e pensamentos, Ele conhece seus segredos, Ele conhece sua história de vida e como
chegou até aqui hoje. Sabe das suas lutas e decisões. Ele sabe no que e porque você errou. Ele
também conhece seus acertos, suas mentiras, suas verdades. Ele pode fazer por você o que ninguém
mais pode. Ele sabe, Ele ouve, Ele vê.

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