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E1 F2 Roteiro Experimental Gravitação

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FÍSICA EXPERIMENTAL II

Gravitação e Astronomia

EXPERIMENTO 4

Engenharia Elétrica
Versão 2: FEV/2019

1
OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Estudar as Leis básicas da gravitação, as Leis de Kepler e obter um valor experimental


para a massa do Planeta Júpiter;

OBJETIVO ESPECÍFICO

Ø Determinar o período orbital dos satélites do planeta Júpiter por videoanálise;


Ø Determinar a distância orbital dos satélites de Júpiter;
Ø Exercitar códigos da linguagem de programação Python;

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A gravitação se divide em fases históricas de conhecimento. Somente a partir de Isaac


Newton, a ciência ocidental obtém uma ferramenta precisa de medição e predição de
fenômenos em escalas astronômicas. Muitos anos depois de Newton, já no século XX,
Albert Einstein formulou a teoria da relatividade que, agora, daria conta de uma maior
diversidade de fenômenos gravitacionais. Nesta longa estrada epistemológica, diversas
leis empíricas foram determinadas, deslumbrando novos insights de no conhecimento
científico.

Todos os planetas se movem em órbitas elípticas tendo o sol como seu foco. Em
verdade, esta propriedade se manifesta de forma consistente também nos objetos que
orbitam estes planetas. Esta propriedade é, na verdade, uma manifestação da lei de
atração proporcional ao inverso do quadrado da distância, evidenciada pela Gravitação
newtoniana, através de:

&' &(
𝐹# = 𝐺 )(
(1)

2
Onde, Fg é a força gravitacional expressa em Newtons, M1 e M2 são as massas das
partículas, em quilograma, r é a distância entre elas, em metros, e G é uma constante,
conhecida como constante gravitacional, cujo valor é 6,67x10-11 N.m²/kg².

Figura 1- Demonstração da Lei de Kepler para o período dos planetas em função de suas
distâncias ao sol.

LEIS DE KEPLER

Desprezando a ideia inicial do movimento uniforme, Kepler considerou pequenas


variações na velocidade de um planeta quando este se move em torno do sol, fazendo
a sua primeira grande descoberta. Verificou que uma linha tirada do sol ao planeta
descreve áreas iguais em tempos iguais. Esta descoberta ficou conhecida como a
segunda lei de Kepler.

A partir de sua primeira descoberta, Kepler abandonou a construção de movimentos


planetários com órbitas circulares e recomeçou as tentativas com órbitas ovais,
conseguindo um dos seus resultados mais importantes, a chamada primeira lei.
Verificou que cada planeta move-se numa órbita elíptica, estando o sol num dos focos.
O raio R de uma órbita é definido como a média aritmética entre a maior e a menor
distância do Sol ao planeta. Como as órbitas planetárias não são muito diferentes de
círculos, a precisão da medição do raio em qualquer ponto da órbita bastará para fins
didáticos

Posteriormente a este fato, Kepler continuou a sua busca, tentando encontrar uma
relação entre o tamanho da órbita de um planeta e o seu período. Após muito estudo,

3
concluiu que para todos os planetas, a razão entre o cubo do raio da órbita e o quadrado
do período é a mesma. Uma vez calculada esta razão, a regularidade era flagrante, como
pode ser observado na Tabela 1. A constância da razão R³/T² é a chamada terceira lei de
Kepler.

Tabela 1 – Valores para terceira lei de


Kepler.

As três leis que Kepler enunciou em seus trabalhos são:

Ø Primeira lei: Cada planeta se move em órbita elíptica, tendo o sol como foco;
Ø Segunda lei: O raio vetor ligando o Sol a um dado planeta varre áreas iguais em
tempos iguais;
Ø Terceira lei: A razão entre o quadrado do período de revolução de um planeta e
o cubo do semi-eixo maior de sua órbita é a mesma para todos os planetas.
Chamando K essa constante, a terceira lei pode ser escrita:


=K. (2)

É possível obter uma expressão para a lei de kepler a partir da própria gravitação, isso
nos permite estabelecer uma relação mais completa e determinar a constante (K) da eq.
2 diretamente de variáveis físicas. A equação 3 indica que a constante está relacionada
a massa (M). Para a órbita dos planetas, M é a massa do sol. Para a orbita dos satélites
de júpiter, M representa a massa do planeta júpiter.

*² /0(
= (3)
,³ 1&

4
ASTRONOMIA E A ENGENHARIA ELÉTRICA – POSICONAMENTO DE PLACAS
FOTOVOLTAICAS

O correto posicionamento de placas solares fotovoltaicas é essencial para um bom


aproveitamento da incidência solar em determinada região. Ao instalar um sistema
solar, diversas características devem ser consideradas. O angulo posicionamento das
placas influencia diretamente a produção de energia em determinada instalação.

A posição geográfica no planeta Terra, influencia diretamente a incidência solar. No


hemisfério norte, em geral, é recomendável a colocação destas placas com face virada
para o sul. Por outro lado placas solares no hemisfério sul devem ser direcionadas
preferencialmente para o norte. Características muito especificas de cada localidade
devem, no entanto, ser analisadas para um correto posicionamento.

Figura 3 – Movimento solar ilustrado para região do hemisfério norte.

Figura 3 – Analemma: Movimento solar aparente (mesmo horário) realizado ao longo do ano.

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VIDEOANÁLISE E ASTRONOMIA

Além de realizar a análise de vídeo, o software Tracker pode abrir uma série de imagens
numeradas sequencialmente como um vídeo e rastrear automaticamente o movimento
de objetos de vídeo. No seu navegador da biblioteca, encontram-se dois arquivos zip
com instruções de laboratório, uma série de imagens estáticas para a realização de dois
experimentos: medição da taxa de rotação solar (medir e analisar o movimento de
manchas solares) e a medição do dia sideral (medir e analisar as estrelas em movimento
próximas ao Polaris). Estes modelos são utilizados para incorporar técnicas de análise
computacional e de vídeo na astronomia introdutória.

Figura 3 – Marcação da órbita de Io no Tracker.

6
CÓDIGO PYTHON – BASE

Recomendamos a instalar a distribuição ANACONDA em:


https://www.anaconda.com/download/

Ø Recomenda-se o uso do IDE Jupyter1

Principais Bibliotecas2 para uso cientifico do Python:

è Matplotlib (https://matplotlib.org/) para gráficos;


è Scipy (https://www.scipy.org/) para variadas funções científicas;
è Numpy (http://www.numpy.org/) para variadas funções matemáticas;

GRÁFICO SIMPLES EM PYTHON:

O gráfico acima foi gerado a partidas da lista [1,2,3,4] no eixo X e da lista [10,20,30,40]
no eixo Y. Observe que as listas (ou vetores) no Python tem a sintaxe delimitada por
colhetes. plt é um simplificado da função pyplot, da biblioteca matplotlib. O comando
plt. é obrigatório para chamar a função plot.

1
Já incluso no pacote Anaconda.
2
Matplotlib, Numpy, Scipy são bibliotecas já instaladas junto ao Anaconda.

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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
PARTE 1

MATERIAIS UTILIZADOS

• Vídeo astronômico com satélite de Júpiter;


• Simulador computacional Stellarium;
• Computador com Tracker;
• Telescópio para observação de Júpiter e suas luas;

DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL

- Utilizar um vídeo astronômico com o movimento orbital das luas de júpiter;


- Utilize o Diâmetro do Planeta como referência de tamanho (bastão de calibração) e
determine o raio médio (utilize a fita de medição) para a órbita de cada um dos 4
satélites galileanos.
- Através do rastreamento, obtenha o gráfico r(t) para o satélite que estiver rastreando.
- Obtenha os gráficos x(t) e y(t);
- Determine o período de cada um dos satélites observando os picos de distância da
órbita;
- Faça uma tabela com os valores do período (T) e do raio médio (a) e determine a razão
T² /R³ para cada um dos casos.
- Utilize a equação 3 para calcular a massa do planeta júpiter através de cada medida
do satélite. Compare estes valores;
- Utilize os quatro valores calculados anteriormente para calcular o valor médio da
massa M do planeta Júpiter3;

CUIDADOS!

*Utilizar no Tracker o ponto de massa de Júpiter como referencial para as coordenadas


(coordenadas> ponto de referência> seleciona o ponto que representa Júpiter)

PERGUNTAS E DISCUSSÃO

3
O valor teórico aceito para a massa de júpiter é: (M=1.89813±0.00019)×1027 kg.

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1. O valor encontrado para o raio médio dos satélites se aproxima dos
valores teóricos? Discuta.
2. Em relação a órbita das luas, foi possível observar particularidades no
movimento de cada uma?
3. Os períodos encontrados foram os valores previstos na literatura?
4. A razão calculada com os dados pela videoanálise apresenta constância?
5. Os valores encontrados para a massa/ massa média de Júpiter
apresentam uniformidade? Compare com o valor de referência.
6. Interprete o gráfico de r(t), onde r é o raio médio da órbita.
7. Tente interpretar os gráficos de x(t) e y(t), onde r é o raio médio da
órbita.
8. Discorra sobre a importância da astronomia e sua integração com o
ensino da física
9. Faça sugestões de como esse roteiro poderia ser abordado, apontando
dificuldades e novas ideias para aprimoramento.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
PARTE 2
DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL

- Utilizar um vídeo indicado e analisar a orbita solar das localizações indicadas;

PERGUNTAS E DISCUSSÃO

1. Discuta o movimento solar como visto do observador terrestre;


2. Discuta a influência do movimento solar para a distribuição de radiação e
energia no planeta;
3. Discuta o posicionamento ideal para sistemas que captam a energia
solar;

9
Figura 4 – Analemma solar para a posição de Paulo Afonso, Bahia.

Figura 4 – Analemma solar para a posição de São Paulo, SP.

EM CASO DE DÚVIDAS NO EXPERIMENTO OU ANÁLISE DE DADOS NO


TRACKER, ACESSE A VIDEOAULA NO LINK:

https://youtu.be/jbhVgbu9Cjs
Vídeo com órbita de luas de júpiter:
https://youtu.be/vzlxWd-CG2Q
Vídeo com observação de movimento solar da terra:
https://youtu.be/QK4GA5997ss

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