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Bronho JL - Dissertação Mestrado - Dez 2020
Bronho JL - Dissertação Mestrado - Dez 2020
Bronho JL - Dissertação Mestrado - Dez 2020
Curitiba, 2020
JEFERSON LUIZ BRONHOLO
Curitiba, 2020
Bronholo, Jeferson Luiz,
Durability and service life of concrete structures in general, and those large
constructions, such as dams and hydroelectric power plants, depend on the applied
materials, conditions of concrete placing as well as the exposure environment. It is
widely discussed by specialists precautions related to aggregates due to their potential
to promote AAR, and specially ASR when they come into contact with moisture and
alkalis from cement (sodium and potassium) leading to an expansive reaction.
Furthermore, other chemical deterioration processes can be generated, such as
delayed ettringite formation (DEF), which can occur isolated or coupled with AAR in
concrete. DEF is associated by high curing temperatures, usually above 60 °C, or even
by cement heat hydration, when in contact with water and sulfate ions, usually coming
from cement. As general consequences for the structure affected by those reactions
(isolated or coupled attack), there are the development and growth of internal products
that cause progressive tensions and cracks, leading concrete to deterioration. For the
study of attacks by AAR (ASR) and DEF, isolated and coupled, cylindric and prismatic
specimens of mortars and concretes were cast at the laboratory with two types of
Portland cements, a pozzolanic cement (CP IV 32), with fly ashes, and a high early
strength cement (CP V ARI), and in two situations: with and without and high curing
temperature 85 °C). Non-destructive essays (ultrasound and electrical resistivity),
mechanical tests, microstructural analyses and expansion evaluation were considered
in the experimental program. The higher expansion results achieved 0.3% for mortar
bars and 0.4% for concrete prisms, at 365 days, on average. Moreover, important
decreases in the compressive strength and modulus of elasticity, of the order of 20%
and 35% respectively, were observed in the coupled DEF + AAR attack, indicating that
both isolated and combined attack produce harmful effects on the concrete structures,
as observed by microstructural analyses, with the formation of massive ettringite and
microcracks at early ages as well as the presence of ASR gel. Furthermore, the
research provided with success specific experimental methodologies for the
investigation of mentioned pathologies that can contribute to the development of
technical standards applied to the characterization and prevention of DEF, isolated, or
coupled with ASR.
Al Alumínio
Al(OH)3 Hidróxido de alumínio
Au Ouro
Ca Cálcio
Cl Cloro
C-S-H Silicato de cálcio hidratado
Fe Ferro
Fe2+ Íon ferro, ferroso
H Hidrogênio
H+ Íon ácido
H2O Água
H2SO4 Ácido sulfúrico
K Potássio
Na Sódio
Na2Oeq Equivalente alcalino (Na2Oeq = Na2O + 0,658K2O)
Na2SO4 Tenardita
O Oxigênio
S Enxofre
Si Silício
SiO2 Dióxido de silício
Al2O3 Óxido de alumínio - alumina
CaO Óxido de cálcio
CO2 Dióxido de carbono
CaCO3 Carbonato de cálcio ou calcita
Ca(OH)2 Hidróxido de cálcio, portlandita (CH)
C2S Silicato dicálcico
C3A Aluminato tricálcico
C3S Silicato tricálcico
C4AF Ferroaluminato tetracálcico
C2AF Ferroaluminato dicálcico
CaSO4 Sulfato de cálcio anidro
Fe2O Óxido de ferro
K2O Óxido de potássio
MgO Óxido de magnésio
Mg(OH)2 Hidróxido de magnésio - brucita
M-S-H Silicato de magnésio hidrato
Na2O Óxido de sódio
NaSO4 Sulfato de sódio
Q Quartzo
SO3 Trióxido de enxofre, sulfato, anidro sulfúrico
SO42- Ânions sulfato
SiO2 Dióxido de silício
20
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTO
1.3 OBJETIVOS
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
1.4 JUSTIFICATIVA
Segundo Mehta e Monteiro (2014), entre vários outros autores (BICZOK, 1972;
MEHTA et al., 2014; POSSAN, 2010; LARRARD et al., 2010; MIZUMOTO, 2009;
CASCUDO, 2009), podem ser desencadeadas no concreto deteriorações e perda de
suas propriedades a partir de reações químicas consequentes da ação da água,
reações com seus constituintes, por dissolução química, neutralização e arraste ou
lixiviação de material da estrutura. Em decorrência, podem-se citar, os mecanismos
de troca iônica, como na desdolomitização, os processos de neutralização como a
carbonatação, as formações de sais, como de Friehdel, por ataques de íons cloreto,
e o consequente abaixamento do pH local, que desestabiliza o meio, facilitando a sua
degradação continuada.
FLUXOGRAMA 2.1– Principais tipos de reações químicas que favorecem a deterioração de concreto
de cimento Portland.
A B
Biczok (1972), Collepardi (2003), entre outros autores, atribuíram o termo ESA
quando a fonte é a água externa ou o solo e penetra nas estruturas em serviço,
geralmente, em concretos com alta taxa de permeabilidade, localizados em ambientes
úmidos, favorecendo a difusão do sulfato na fase aquosa dos poros capilares.
O ESA gerado por uma solução de sulfato de magnésio, forma uma camada de
brucita (hidróxido de magnésio), sendo que a penetração da solução ocorre por
difusão através de sua superfície. Na medida que o ataque avança, são formados
produtos como o gesso e a etringita na pasta sob a superfície, ocasionando expansão
e a perda de resistência mecânica. As expansões causam fissuras superficiais
possibilitando a penetração da solução de sulfato de magnésio. Tais fatos favorecem
a descalcificação do silicato hidratado de cálcio (C-S-H), pela substituição de íons de
cálcio pelos íons de magnésio. O produto dessa reação de substituição é um silicato
de magnésio hidrato (M-S-H), associado à perda de características cimentícias
(MEHTA e MONTEIRO, 2014).
A gipsita pode ser encontrada na natureza, a maioria dos solos contém sulfato
na forma de gipsita (CaSO4.2H2O), normalmente de 0,01 a 0,05% expresso como
SO42-, quantidade considerada inofensiva para o concreto, no caso de um ataque
externo. Já a deterioração da pasta de cimento Portland endurecida pela formação de
gipsita por ISA se dá, inicialmente, pela redução do pH e pela perda da rigidez e
resistência, seguida pela expansão e fissuração, transformando o concreto em uma
massa pastosa e não coesiva (MEHTA e MONTEIRO, 2014).
𝐶𝑎6 𝐴𝑙2 . 𝑆3 𝑂18 . 32𝐻2 𝑂 + 3𝑆𝑂4 2− + 6𝐻+ → 6𝐶𝑎𝑆𝑂4 . 2𝐻2 𝑂 + 2𝐴𝑙(𝑂𝐻)3 + 20𝐻2 𝑂
EQUAÇÃO 1
Etringita Íon sulfato Gipsita
O processo de oxidação dos sulfetos gera ácido sulfúrico e, com ele, a liberação
do íon ácido H+, que ao ser liberado durante a preparação do concreto, pode tornar a
água de amassamento ácida. Dessa forma, além do ISA, o ácido sulfúrico gerado
pode promover o ataque das fases hidratadas, como o hidróxido de cálcio, silicatos
de cálcio e carbonato de cálcio, resultando na dissolução da pasta de cimento do
concreto (NEVILLE, 1997).
Segundo Gomides et. al. (2005), a superfície específica dos grãos é o principal
fator interveniente na oxidação dos sulfetos e, pelos seus resultados, quanto maior a
superfície específica, mais rápido pode ser o processo de alteração e de
desenvolvimento das reações expansivas no interior do concreto.
Dos íons sulfatos com o hidróxido de cálcio livre e/ou o C-S-H, formando a gipsita
(CaSO4.2H2O);
De gesso e dos aluminatos hidratados de cálcio com o monosulfato hidratado,
formando a etringita (3CaO.Al2O3.3CaSO4.32H2O); e a
Da gipsita e do carbonato de cálcio com o C-S-H, formando a taumasita
(CaCO3.CaSiO3.CaSO4.15H2O).
Definição
A DEF pode ser definida como uma reação química que ocorre em compósitos
à base de cimento Portland, levando-o à deterioração antecipada. É caracterizada
pela expansão gerada internamente à pasta cimentícia devido à formação da etringita
tardia, geralmente, devido a processos de cura térmica inicial com temperaturas acima
de 60 °C, levando o concreto à fissuração e comprometendo a durabilidade da
estrutura atacada (MELO, 2010). A DEF também pode ocorrer por meio da geração
elevada de calor no interior do concreto, a partir de reações químicas, quando um
cimento desenvolve elevado calor de hidratação, altos consumos de aglomerante
cimentício, entre outros (HASPARYK; KUPERMAN, 2019).
Em relação às reações de hidratação do cimento, Collepardi (2003), citou que
a formação de etringita leva aos processos de expansão, porém, não
necessariamente qualquer expansão relacionada à formação de etringita está ligada
a ataque por sulfatos. A formação de etringita nas primeiras horas da moldagem de
concretos, ainda, no estado plástico, não apresenta expansões prejudiciais, e
relaciona-se às reações para a regulagem do tempo de endurecimento da pasta
cimentícia (gesso e substâncias anidras). Outra aplicação benéfica para a etringita
está relacionada aos cimentos expansivos, utilizados no desenvolvimento de
concretos para a compensação de esforços de contração, onde a etringita é formada
nos primeiros dias e está distribuída de maneira homogênea.
Ainda, a respeito das reações químicas por DEF, Collepardi (2003) indicou que
são geradas expansões heterogêneas no concreto endurecido, de maneira não
uniforme e localizada, ocorrendo depois de meses ou anos após a concretagem,
associada a um ataque prejudicial por sulfatos. Os resultados danosos são perdas de
35
FIGURA 2.2 – Micrografia, por MEV, de um concreto de cimento Portland, representando a DEF.
Etringita
Agregado graúdo
Com base na relação entre o anidro sulfúrico e a alumina, pode-se inferir que
para cimentos com maior quantidade de SO3, existe a potencialidade para a formação
da etringita. Caso o teor maior verificado seja de Al2O3, a formação do monossulfato
é favorecida. Estas proporções químicas evidenciam a importância do estudo dos
cimentos como medida preventiva em relação à formação de DEF (MELO, 2010).
Uma característica da etringita quando avaliada por DRX, são os picos de baixo
ângulo, como de 0,973 nm (1010) e de 0,561 nm, plano (1120). A sua identificação
não é simples, pois sua cristalinidade pode ser alterada no processo de moagem para
a preparação da amostra, além de ser difícil a identificação dos picos após secagem
38
ou aquecimento, haja vista que perde água com facilidade (a partir de 50 °C),
tendendo a possuir nestes casos, características amorfas (TAYLOR, 1997).
Outro parâmetro importante para o estudo da DEF foi apresentado por Zhang
et al. (2002), o qual citou que os CPs curados em ambiente úmido podem apresentar
variação de massa de 5%, com cinética similar à expansão, quando em condições
normais, esta variação não passaria de 2%.
FIGURA 2.3 – Desenho esquemático dos fatores condicionantes para DEF em estruturas de
concreto e argamassas de cimento Portland.
Fatores influentes
Vários autores como Ghorab et al. (1981); Heinz et al. (1986) e Taylor et al.
(2001), confirmaram que para a formação da DEF em concretos e argamassas foram
necessários, pelo menos, temperaturas internas superiores a 70 °C, por um período
suficiente para a decomposição da etringita primária e, posteriormente, seu
resfriamento, mantidos, em cura úmida ou ciclos intermitentes contínuos de molhagem
e secagem.
Leklou et al. (2016), atribuem a redução das expansões por DEF, quando
adicionados teores de pozolana (na faixa de 20% a 30%) às misturas cimentícias, à
quantidade de (Al2O3) nas cinzas, que geralmente são maiores que no cimento,
levando à redução da relação (SO3/Al2O3), diminuindo assim a capacidade de
adsorção de sulfato pelo C-S-H e o grau do potencial de reação para a DEF. Na
mesma linha, Ramlochan et al. (2003), atribui a eficiência para controlar as expansões,
aos teores de (Al2O3) existentes nas adições.
Ocorrências de DEF
FIGURA 2.5 – Elementos estruturais em contato constante com a água atacados por DEF.
(a) (b)
FONTE: Godart et al. (2013).
Ceary (2007), avaliou em seu estudo oito pontes no estado de Maryland nos
Estados Unidos, confirmando a presença de DEF em todos os elementos, não
submetidos a cura térmica, sendo que somente em quatro existiam evidências visuais
tipo mapa. O autor identificou também trechos com características visuais diferentes
em uma mesma ponte, conforme representado na FIGURA 2.6. Em (a), um local com
poucas evidências dos ataques expansivos, em (b), um trecho da mesma obra, porém
com muitas fissuras e evidência de produtos neoformados.
(a) (b)
FONTE: Ceary (2007).
tipo III, com relação (SO3/Al2O3), de 0,96; e tipo V, com uma relação de 0,76, com
areia natural à base de sílica (com densidade específica de 2,66 e módulo de finura
de 2,43). A relação a/c foi de 0,50 e de areia/cimento de 2,75. O tempo de estudo foi
até próximo de 500 dias. Pelos resultados obtidos, os autores inferiram que a DEF
danificou todas as argamassas em estudo.
Definição
A RAA é definida por reação química que ocorre no interior das estruturas de
concreto, ocasionada pela interação entre os hidróxidos alcalinos, provenientes na
maioria dos casos do cimento Portland utilizado, os minerais contendo sílica reativa
existente nos agregados e a presença de umidade. O produto da reação formado é
um gel alcalino instável que na presença de umidade expande, gera tensões internas
e consequentes fissurações, trincas bem como deslocamentos nos elementos
concretados (HASPARYK, 2005).
FIGURA 2.7 – Desenho ilustrativo dos fatores condicionantes para RAA (RAS).
Agregados reativos
Umidade - concreto
São vários os fatores influentes para a ocorrência da RAA, que podem atuar
isolados ou em conjunto, fato este que atribui características distintas para cada
49
a ser lenta, todos os álcalis existentes podem contribuir para a expansão (POOLE,
1992; GLASSER, 1992; HASPARYK, 2011).
A NBR 15577-1 (ABNT, 2018), define para efeito da contribuição na RAS, além
da sílica reativa, os álcalis como o sódio e o potássio provenientes de fonte interna ou
externa aos concretos e argamassas, que em contato com água, são solubilizáveis,
independentemente, se de maneira imediata ou ao longo do tempo. Fato também
citado por Bérubé e Fournier (2004), a respeito da possível contribuição de álcalis às
misturas de fontes que não sejam os aglomerantes, como o ingresso de umidade ou
água alcalina.
Casos de RAA
avanço das escavações, bem como por estarem em contato com água, uma vez que
os álcalis estão disponíveis nos aglomerantes (HASPARYK, 1999).
FIGURA 2.11 – Pilar Vertedouro – Barragem Furnas. FIGURA 2.12 - Pilar Vertedouro – Porto Colômbia.
FIGURA 2.14 – Imagens de dois blocos de fundação, em concreto de cimento Portland, em local não
identificado pelo autor, na região de Recife-PE, atacados por RAA.
Normatização
80 °C, com o controle da variação do comprimento por 30 dias, por meio de relógios
comparadores e de barras de referência.
Tanto a NBR 15577 (2018) quanto pesquisadores como Thomas et al. (2006)
e Sanchez et al. (2008), indicam o método dos prismas de concreto, citado
anteriormente, compatível com o preconizado pela ASTM C1293 (2020), como o mais
confiável para representar as condições de campo quanto a potencialidade reativa
para RAA dos agregados utilizados em concreto, se comparado ao método acelerado
em barras de argamassa. Neste contexto, pode-se citar também a ASTM C1778
(2020), que trata de um guia orientativo a respeito da potencialidade reativa de
agregados (RAA) na produção de concreto.
FIGURA 2.15 – Fissuras por ataque combinado – FIGURA 2.16 – Fissuras por ataque
DEF e RAA – Brasil. combinado – DEF e RAA – Portugal.
FONTE: Hasparyk e Kuperman (2019). FONTE: Fernandes et al. (2008) apud Hasparyk
e Kuperman (2019).
Blanco et al. (2019), em estudo referente às manifestações patológicas em
barragens, citaram casos onde foram constatadas evidências de degradação devido
às reações químicas expansivas no interior do concreto. A seguir serão retratados
dois dos casos onde foram diagnosticados ataques combinados.
FIGURA 2.17 – Vista geral à jusante da FIGURA 2.18 – Fissuras por ataque
barragem – indícios de produtos neoformados. combinado – Galeria da barragem.
FIGURA 2.19 – Vista geral à jusante – Fissuras FIGURA 2.20 – Fissuras observadas nas
horizontais no vertedouro. paredes dos diques da barragem.
O fato anterior foi reforçado por Diamond (1996), citando que a formação de
DEF foi favorecida pela existência de fissuras prévias no concreto, induzidas por
vários fatores, como a RAA, o congelamento ou a retração.
No Brasil, Schovanz (2019), que aplicou mais recentemente o ensaio SDT para
a DEF, mostrou que os seus resultados indicaram boa relação com as expansões
ocorridas pelo ataque químico ao longo do tempo. Fato que pode ser atribuído à
sensibilidade do método frente a fragilização do concreto em decorrência da DEF.
Como resultados, utilizando CP V ARI, o SDI variou de 0,40, aos 28 dias, para 1,86,
aos 252 dias, e o índice de deformação plástica, PDI, foi de 0,01 a 0,27,
respectivamente, pelos quais a autora inferiu maior efeito DEF e RAA para este tipo
de cimento na dosagem. Já, para o cimento CP IV, a variação nas mesmas datas foi
de 0,27 para 0,24, no SDI e de 0,06 a 0,01, no PDI, ou seja, mostrando haver uma
possível menor degradação com este tipo de cimento, no mesmo período.
3 PROGRAMA EXPERIMENTAL
3.1 MATERIAIS
Cimentos
Agregado miúdo
Agregados graúdos
abrasão Los Angeles (ABNT NBR NM 53, 2009; ABNT NBR NM 46, 2003; ABNT NBR
7809, 2019; ABNT NBR NM 51, 2001).
FIGURA 3.2 – Resultados do ensaio de expansão, ao longo de 30 dias, dos agregados estudados.
Expansibilidade x Tempo
0,600
Potencialmente reativo
Expansibilidade (%)
0,300
0,200
0,100
0,000
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
Tempo (dias)
Aditivo químico
3.2 DOSAGEM
Para a definição das características dos traços utilizados nesta pesquisa, como
consumo de cimento por metro cúbico e relação água/cimento, tomou-se como base
os trabalhos de Melo (2010) e Schovanz (2019). Assim, foram dosados traços de
concreto em laboratório, conforme apresentado na TABELA 3.8, com as mesmas
características entre si, onde foram fixados os consumos de cimento e agregados
por m³, relação água/cimento, teor de argamassa e porcentagem de aditivo químico
plastificante, variando-se somente o módulo de finura das misturas.
FIGURA 3.3 – Fotos ilustrativas dos momentos de dosagem dos CPs: (a) determinação do
abatimento; (b) moldagem de CPs de concreto.
(a) (b)
FIGURA 3.4 – Fotos ilustrativas dos CPs, sendo (a) após moldagem; (b) com filme plástico.
(a) (b)
Foram realizados, nesta pesquisa, dois tipos de cura para os CPs cilíndricos e
prismáticos de argamassas e concretos, sendo executados em CPs distintos, para a
avaliação dos ataques químicos individuais e/ou combinados.
O segundo tipo de cura, identificado como “cura térmica”, foi elaborado com
base na literatura (KCHAKECH et al., 2016; RASHIDI et al., 2017; DAYARATHNE,
2013 e SCHOVANZ, 2019). Esta cura consistiu na elevação da temperatura, em
ambiente controlado, dos CPs de concreto e argamassa, antes do atingimento do seu
tempo de fim de pega, até um patamar especificado, permanecendo neste por um
período até o resfriamento a 38 °C, quando também foram armazenados em tanques
com água, de maneira análoga à cura convencional citada. Estão ilustradas na
FIGURA 3.5 e em tópicos, detalhadamente, as etapas referentes à cura térmica,
apresentadas na sequência.
FIGURA 3.5 – Processo de cura térmica aplicada aos CPs desenvolvidos no processo de
identificação de DEF e RAA.
Na FIGURA 3.6, estão mostrados os tanques utilizados para a cura imersa dos
CPs a 38 °C, além de um desenho esquemático da disposição no interior de um deles.
79
FIGURA 3.6 – Fotos ilustrativas do tanque de cura CP’s de concreto (a); esquema da disposição no
tanque (b); e tanque de cura para prismas de argamassa (c).
Como a água dos tanques de cura não possuía agentes para o aumento de sua
alcalinidade, e esse fato poderia propiciar processos de lixiviação pela liberação do
hidróxido de cálcio dos CPs, foi realizado ao longo do tempo de cura o monitoramento
do pH da solução a 38 °C por meio de um pHmetro. Na FIGURA 3.7 estão
apresentados os resultados do pH ao longo do tempo, sendo todos mantidos entre as
faixas de 12,0 e 13,5. A FIGURA 3.7 também ilustra a linha correspondente à
referência, sendo o valor de pH da água no início do processo (7,3).
FIGURA 3.7 – Gráfico resultante das medidas de pH dos tanques de cura dos corpos de
prova ao longo do tempo de sua exposição.
END
𝐿
𝑉= EQUAÇÃO 5
𝑡
Onde:
FIGURA 3.9 – Foto ilustrativa em um dos momentos de leitura de ultrassom em CPs de concreto.
A avaliação consistiu no contato superficial dos CPs por quatro sondas, das
quais duas delas (das extremidades), aplicam uma corrente elétrica e a diferença de
potencial foi medida entre as demais sondas internas. O método baseia-se no princípio
dos quatro eletrodos de Wenner, apresentado pela ASTM G 57 (2012), porém utiliza-
se de forma adaptada para o concreto, haja vista que ainda não existe norma
publicada para tal fim. O princípio de funcionamento é o mesmo, sendo o
posicionamento de quatro eletrodos de metal em linha reta, igualmente separados,
onde a aplicação da corrente é realizada nas extremidades, porém, para o concreto
existem equipamentos comerciais, com eletrodos separados por distâncias fixas,
sendo o resultado apresentado de forma direta em seu leitor após o acionamento para
liberação das correntes de leitura.
FIGURA 3.11 – Foto ilustrativa de uma das leituras da resistividade elétrica em corpos de prova das
amostras submetidas aos processos de formação e de caracterização da DEF e RAA ao longo do
tempo.
COMPORTAMENTO FÍSICO
cálculo da expansão foi feito conforme a EQUAÇÃO 6, para cada prisma, sendo ao
final calculada a média das expansões.
(𝐿𝑖− 𝐿0 )
𝐸𝑙 = 𝑥 100 EQUAÇÃO 6
𝐿𝑛
Onde:
FIGURA 3.12 – Fotos ilustrativas dos prismas de concreto (a), relógio comparador (b), Leitura de
expansão argamassa (c).
A variação de massa foi realizada a cada leitura de expansão dos prismas, com
o intuito de avaliar o incremento em relação a determinação inicial, fazendo uso de
uma balança digital, devidamente calibrada, com resolução de 0,01 g.
Tomou-se como base a NBR 15577-6 (ABNT, 2018), que recomenda que as
leituras de expansão sejam realizadas em um período inferior a 2 minutos contados a
partir da remoção dos prismas do recipiente, por mais que na referida norma o
processo de cura seja distinto ao utilizado na pesquisa (ambiente úmido ao invés de
saturado). Os três CPs de cada condição foram acomodados sobre uma bancada, um
a um, após cada leitura de expansão. Sequencialmente, as determinações de massa
foram realizadas, secando as superfícies com uso de pano úmido do primeiro prisma
lido, posteriormente o segundo e o terceiro, retornando ao tanque a 38 °C, após a
anotação de cada valor apresentado na balança.
(𝑀𝑖 − 𝑀0 )
𝑉𝑚 = 𝑥 100 EQUAÇÃO 7
𝑀0
Onde:
Para os ensaios mecânicos, foram moldados quatro CPs cilíndricos por idade,
sejam de argamassa ou concreto, para que após as avaliações END, pudesse ser
determinada a resistência à compressão uniaxial em um CP, cujo resultado serviu de
parâmetro para três determinações do módulo de elasticidade, com posterior ruptura
mecânica, obtendo-se desta maneira por idade de controle, quatro resultados
referentes à compressão e três ao módulo.
𝐹
𝑓𝑐 = EQUAÇÃO 8
𝐴
89
Onde:
𝜎 𝑏 − 0,5
𝐸𝑐𝑖 = 𝑥 10−3 EQUAÇÃO 9
𝜀𝑏 − 𝜀𝑎
Onde:
MICROESTRUTURA
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 END
ULTRASSOM
4.1.1.1 Argamassa
Da FIGURA 4.1 à FIGURA 4.3 estão apresentados os resultados dos ensaios
para a determinação da velocidade de ondas ultrassônicas, em CPs de argamassa.
96
FIGURA 4.1 – Velocidade de ondas ultrassônicas dos CPs de argamassa – RAA isolada.
Velocidade (m/s)
4900
4700
4500
4300
4100
3900
3700
3500
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
FIGURA 4.2 – Velocidade de ondas ultrassônicas dos CPs de argamassa – DEF isolada.
4900
4700
4500
4300
4100
3900
3700
3500
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
FIGURA 4.3 – Velocidade de ondas ultrassônicas dos CPs de argamassa – DEF + RAA.
5100
4900
4700
4500
4300
4100
3900
3700
3500
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
4.1.1.2 Concreto
FIGURA 4.4 – Velocidade de ondas ultrassônicas dos CPs de concreto – RAA isolada.
4900
4700
4500
4300
4100
3900
3700
3500
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
FIGURA 4.5 – Velocidade de ondas ultrassônicas dos CPs de concreto – DEF isolada.
4900
4700
4500
4300
4100
3900
3700
3500
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
FIGURA 4.6 – Velocidade de ondas ultrassônicas dos CPs de concreto – DEF + RAA.
4900
4700
4500
4300
4100
3900
3700
3500
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
de controle desta pesquisa, que foi de 365 dias. Pela análise desses parâmetros,
segundo as recomendações da NBR 8802 (ABNT, 2019), os concretos estudados
foram enquadrados em qualidade excelente (> 4500 m/s). Entretanto, os resultados
obtidos por meio dos demais estudos desta pesquisa foram considerados diferentes
dessa classificação, conforme foi discutido mais adiante. Resultados similares foram
obtidos por Capraro et al. (2017), em concretos com diferentes teores de SO3,
avaliados entre as idades de 84 a 360 dias, em que a velocidade de ondas
ultrassônicas permaneceu estável por todo o período, entre 4800 a 5200 m/s,
independente do ataque submetido.
RESISTIVIDADE ELÉTRICA
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
70
60
50
40
30
20
10
0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
Uma variação significativa dos dados foi obtida com relação ao tipo de cimento
utilizado. Para os concretos com CP IV, os resultados médios foram cerca de 6 a 7
vezes superiores aos com CP V, pelo que se considerou ter ocorrido uma reação
pozolânica, a qual eliminou parte dos íons, provavelmente de cálcio, e contribuiu para
o preenchimento de poros e vazios do concreto. Este fato também foi observado por
Santor et al. (2012), que atribuiu a ocorrência de alterações na microestrutura da
pasta, com o refinamento dos poros, devido à presença de adição no aglomerante.
EXPANSÃO LINEAR
4.1.3.1 Argamassa
0,10
RAA isolada - AGR - CPV RAA isolada - AGR - CPIV
0,09
REF - AGN - CPV REF - AGN - CPIV
0,08
0,07
0,06
Expansão (%)
0,05
0,04
0,03
0,02
0,02
0,01
0,00
-0,01
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360 380
Tempo (dias)
0,10
DEF isolada - AGN - CPV - Térmica DEF isolada - AGN - CPIV - Térmica
0,09
0,08 REF - AGN - CPV REF - AGN - CPIV
0,07
Expansão (%)
0,06
0,05
0,04 0,04
0,03
0,02
0,02
0,01
0,00
-0,01
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360 380
Tempo (dias)
101
RAA + DEF - AGR - CPV - Térmica RAA + DEF - AGR - CPIV - Térmica
0,34
REF - AGN - CPV REF - AGN - CPIV
0,30 0,30
0,26
0,22
Expansão (%)
0,18
0,14
0,10
0,06
0,02 0,01
-0,02
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360 380
Tempo (dias)
Uma hipótese adicional, mas que não foi confirmada nos estudos, uma vez que
se trabalhou com os procedimentos similares tanto nas reações isoladas quanto
combinadas, está relacionada a uma possível lixiviação iônica ocorrida pela imersão
dos corpos de prova em solução aquosa, em conjunto com a mais elevada
temperatura do ensaio, conforme reportado na literatura (THOMAS et al., 2006;
COUTO, 2008; SANCHEZ et al., 2010; ASTM C 1293, 2020; RILEM TC 106-3, 2000).
103
4.1.3.2 Concreto
Apesar dos ensaios não seguirem, em sua totalidade, a metodologia citada pela
NBR 15577-6 (ABNT, 2018), principalmente, quanto ao fracionamento dos agregados
e condições de cura, foi considerado o limite de expansão estipulado pela referida
norma para a RAA aos 365 dias de idade, sendo 0,04%, para servir unicamente de
parâmetro orientativo. Vale ressaltar que o referido limite a um ano é válido para as
misturas utilizando o cimento CP V, visto que para o CP IV, a idade de avaliação passa
a ser 2 anos.
0,30
Expansão (%)
0,20
0,10
0,06
0,02
0,00
-0,10
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360 380
Tempo (dias)
0,20
0,10
0,00 0,02
-0,10
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360 380
Tempo (dias)
104
0,30
Expansão (%)
0,20
0,10
0,03
0,00
-0,10
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360 380
Tempo (dias)
(2014). Também, Figueira et al. (2019), atribuiu ao efeito dos produtos pozolânicos
gerados no interior do concreto ou da captura dos íons cálcio disponíveis no meio pelo
uso de CP IV.
VARIAÇÃO DE MASSA
4.1.4.1 Argamassa
Da FIGURA 4.16 à FIGURA 4.23 estão apresentados os resultados da variação
de massa, em conjunto com as expansões dos CPs, ao longo do seu tempo de
exposição.
106
0,80
0,07 0,70
0,06 0,60
0,05
0,50
0,04
0,03 0,40
0,02 0,30
0,02
0,01 0,20
0,00 0,10
-0,01 0,00
0 31 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
FIGURA 4.18 – Argamassa - Expansão x Variação de massa x Tempo - RAA isolada – CP IV.
0,07 0,70
0,06 0,53
0,60
0,05
0,50
0,04
0,03 0,40
0,01 0,30
0,02
0,01 0,20
0,00 0,10
-0,01 0,00
0 31 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
107
FIGURA 4.20 – Argamassa - Expansão x Variação de massa x Tempo -DEF isolada - CP IV – Térmica.
0,07 0,70
0,06 0,60
0,05
0,50
0,04
0,03 0,40
0,02 0,02 0,30
0,01 0,20
0,00 0,10
-0,01 0,00
0 31 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
FIGURA 4.21 – Argamassa - Expansão x Variação de massa x Tempo -DEF isolada - CP V – Térmica.
FIGURA 4.22 – Argamassa - Expansão x Variação de massa x Tempo - RAA + DEF - CP IV – Térmica.
FIGURA 4.23 – Argamassa - Expansão x Variação de massa x Tempo - RAA + DEF - CP V – Térmica.
0,26 0,70
0,30
0,22 0,60
0,18 0,50
0,14 0,40
0,10 0,30
0,06 0,20
0,02 0,10
-0,02 0,00
0 31 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idades (dias)
Para os concretos com o CP IV, nas condições REF, RAA isolada e DEF+RAA,
o valor médio observado foi de (0,62 ± 0,1) %. Já, a condição DEF isolada, apresentou
maior variação de massa, de 0,86%, valor alinhado com a mesma condição da
amostra com o CP V, com valor de 0,87%.
4.1.4.2 Concreto
0,07 0,70
0,06 0,60
0,05
0,50
0,04
0,03 0,40
0,22 0,30
0,02
0,01 0,20
0,00 0,10
0,00
-0,01 0,00
0 31 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
110
FIGURA 4.26 – Concreto - Expansão x Variação de massa x Tempo - RAA isolada – CP IV.
Variação de massa( %)
0,08 0,80
Expansão média (%)
0,07 0,70
0,06 0,60
0,05
0,50
0,04
0,03 0,24 0,40
0,02 0,30
0,01 0,20
0,00 0,02 0,10
-0,01 0,00
0 31 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
0,07 0,70
0,06 0,60
0,05 0,06 0,50
0,04
0,03 0,40
0,02 0,30
0,01 0,20
0,00 0,10
-0,01 0,00
0 31 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
111
FIGURA 4.28 – Concreto - Expansão x Variação de massa x Tempo - DEF isolada - CP IV – Térmica.
FIGURA 4.29 – Concreto - Expansão x Variação de massa x Tempo - DEF isolada - CP V – Térmica.
1,00
0,30
0,98 0,80
0,20
0,60
0,10
0,40
0,00 0,20
-0,10 0,00
0 31 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
FIGURA 4.30 – Concreto - Expansão x Variação de massa x Tempo – DEF + RAA - CP IV – Térmica.
0,07 0,70
0,06 0,60
0,05 0,38 0,50
0,04
0,03 0,40
0,02 0,30
0,03
0,01 0,20
0,00 0,10
-0,01 0,00
0 31 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
112
FIGURA 4.31 – Concreto - Expansão x Variação de massa x Tempo – DEF + RAA - CP V – Térmica.
0,20 0,80
0,60
0,10
0,40
0,00 0,20
-0,10 0,00
0 31 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
Para os concretos com o CP IV, nas condições REF, RAA isolada, DEF isolada
e DEF+RAA, o valor médio observado foi de (0,32 ± 0,1) %, mostrando
comportamentos similares para todas as condições até os 365 dias de idade.
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
4.2.1.1 Argamassa
Da FIGURA 4.32 até a FIGURA 4.34 estão apresentados os resultados de
resistência à compressão dos CPs de argamassa.
30
20
10
0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
30
20
10
0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
30
20
10
0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
114
4.2.1.2 Concreto
30
20
10
0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
40
30
20
10
0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
116
MÓDULO DE ELASTICIDADE
4.2.2.1 Argamassa
30
20
10
0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
30
20
10
0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
20
10
0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
119
4.2.2.2 Concreto
GPa
30
20
10
0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
20
10
0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
20
10
0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
dados, com exceção à idade de 365 dias, na condição RAA isolada, onde foi
identificado o crescimento da propriedade na referida data.
Para a condição RAA isolada com CP V (FIGURA 4.41), foi verificada redução
do módulo de elasticidade ao longo do tempo, dos 28 aos 365 dias, apresentando
decréscimo de 10% (de 29,3 para 26,5 GPa). Os dados individuais foram analisados
quanto à sua variância, e apresentaram diferença significativa.
FIGURA 4.44 – Relação entre módulo de elasticidade e resistência à compressão, argamassa – RAA.
Isolada.
50 60
Compressão (MPa)
Módulo(GPa) 50
40
40
30
30
20
20
10 10
0 0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
FIGURA 4.45 – Relação entre módulo de elasticidade e resistência à compressão, argamassa – DEF
isolada.
50 60
Compressão (MPa)
50
Módulo(GPa)
40
40
30
30
20
20
10 10
0 0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
FIGURA 4.46 – Relação entre módulo de elasticidade e resistência à compressão, argamassa – DEF
+ RAA.
50
Módulo(GPa)
50
40
40
30
30
20
20
10 10
0 0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
123
FIGURA 4.47 – Resistência à compressão versus módulo de elasticidade, argamassa – DEF + RAA.
70
60
Módulo(GPa)
50
40
30
20
10
0
25 30 35 40 45 50 55 60
Compressão (MPa)
Na FIGURA 4.44, para a condição RAA isolada, foi verificada uma estabilidade
entre as curvas, conforme comentado anteriormente. Já, para a condição DEF isolada,
FIGURA 4.45, foi possível notar uma redução do módulo a partir de 3 meses, porém,
como também já comentado, após a realização das análises de variâncias entre os
dados, os resultados mostraram não possuir diferenças quanto à sua variação entre
28 e 365 dias. Caso similar foi visualizado na FIGURA 4.46 para as argamassas na
condição DEF+RAA. Na FIGURA 4.47 são demonstrados os mesmos resultados
apresentados anteriormente para DEF+RAA, porém, cruzando os resultados de
resistência à compressão com os de módulo de elasticidade. Esse tipo de gráfico
permite reforçar a estabilidade dos valores de módulo de elasticidade mesmo com a
evolução da resistência à compressão, conforme comentado anteriormente.
Para apoiar essa hipótese, cita-se Hasparyk (2011) e Sanchez et al. (2017)
para o caso de RAA, Shovanz (2019) para a DEF e Martin et al. (2017) para as reações
combinadas. Todos os pesquisadores citados mostraram reduções nas propriedades
mecânicas, principalmente, no módulo de elasticidade, quando as reações expansivas
atingiram valores de expansão (acima de 1,0%), correlacionados com a existência das
tensões internas. Para o caso das argamassas, a máxima expansão obtida até a data
de controle (1 ano), foi de 0,30%.
FIGURA 4.48 – Relação entre módulo de elasticidade e resistência à compressão, concreto – RAA
isolada.
60 70
60
Compressão (MPa)
50
Módulo(GPa)
50
40
40
30
30
20
20
10 10
0 0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
FIGURA 4.49 – Relação entre módulo de elasticidade e resistência à compressão, concreto – DEF
isolada.
60 70
Compressão (MPa)
50 60
Módulo(GPa)
50
40
40
30
30
20
20
10 10
0 0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
125
FIGURA 4.50 – Relação entre módulo de elasticidade e resistência à compressão, concreto – DEF +
RAA.
60 70
Compressão (MPa)
50 60
Módulo(GPa) 50
40
40
30
30
20
20
10 10
0 0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
FIGURA 4.51 – Resistência à compressão versus módulo de elasticidade, concreto – DEF + RAA.
70
60
Módulo(GPa)
50
40
30
20
10
0
25 30 35 40 45 50 55 60
Compressão (MPa)
Onde:
Salienta-se que a curva teórica citada pela norma, refere-se a concretos na idade de
28 dias.
FIGURA 4.52 – Relação entre módulo e compressão, NBR 6118 – RAA isolada.
30 30
20 20
10 10
0 0
10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55
Resistência à compressão (MPa) Resistência à compressão (MPa)
(a) (b)
FIGURA 4.53 – Relação entre módulo e compressão, NBR 6118 – DEF isolada.
DEF isolada - AGN - CPV - Térmica DEF isolada - AGN - CPIV - Térmica
Módulo de elasticidade (GPa)
50 50
Módulo de elasticidade (GPa)
30 30
20 20
10 10
0 0
10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55
Resistência à compressão (MPa) Resistência à compressão (MPa)
(a) (b)
FIGURA 4.54 – Relação entre módulo e compressão, NBR 6118 – DEF + RAA.
RAA + DEF - AGR - CPV - Térmica RAA + DEF - AGR - CPIV - Térmica
Módulo de elasticidade (GPa)
50 50
Módulo de elasticidade (GPa)
30 30
20 20
10 10
0 0
10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55
Resistência à compressão (MPa) Resistência à compressão (MPa)
(a) (b)
Com base nos resultados obtidos, foi possível observar que praticamente todos
os valores permaneceram abaixo da curva estimada.
128
FIGURA 4.55 – Relação entre módulo estático e módulo dinâmico, argamassa – RAA isolada.
Módulo estático - RAA isolada CPIV Módulo dinâmico - RAA isolada CPIV
Módulo estático RAA isolada CPV Módulo dinâmico - RAA isolada CPV
60 60
Módulo dinâmico (GPa)
Módulo estático (GPa)
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
129
FIGURA 4.56 – Relação entre módulo estático e módulo dinâmico, argamassa – DEF isolada.
Módulo estático - DEF isolada CPIV Módulo dinâmico - DEF isolada CPIV
Módulo estático DEF isolada CPV Módulo dinâmico - DEF isolada CPV
60 60
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
FIGURA 4.57 – Relação entre módulo estático e módulo dinâmico, argamassa – DEF + RAA.
Módulo estático - DEF + RAA CPIV Módulo dinâmico - DEF + RAA CPIV
Módulo estático DEF + RAA CPV Módulo dinâmico - DEF isolada CPV
60 60
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
FIGURA 4.58 – Relação entre módulo estático e módulo dinâmico, concreto – RAA isolada.
Módulo estático - RAA isolada CPV Módulo dinâmico - RAA isolada CPV
Módulo estático - RAA isolada CPIV Módulo dinâmico - RAA isolada CPIV
60 60
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
FIGURA 4.59 – Relação entre módulo estático e módulo dinâmico, concreto – DEF isolada.
Módulo estático - DEF isolada CPV Módulo dinâmico - DEF isolada CPV
Módulo estático - DEF isolada CPIV Módulo dinâmico - DEF isolada CPIV
60 60
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
FIGURA 4.60 – Relação entre módulo estático e módulo dinâmico, concreto – DEF + RAA.
Módulo estático - DEF + RAA CPV Módulo dinâmico - DEF + RAA CPV
Módulo estático - DEF + RAA CPIV Módulo dinâmico - DEF + RAA CPIV
60 60
Módulo dinâmico (GPa)
Módulo estático (GPa)
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 366
Idade (dias)
Para a condição RAA isolada com CP V (FIGURA 4.58), foi verificada a redução
do módulo de elasticidade estático ao longo do tempo, dos 28 aos 365 dias,
apresentando decréscimo de 10%. Já, para o módulo dinâmico, os valores não
apresentaram variação, conforme análise estatística (ANOVA). Este resultado
corrobora com os apresentados por Amine et al. (2017), que constataram a diminuição
do módulo dinâmico a partir de expansões de (0,10%) a (0,20%). Neste caso, a
expansão aos 365 dias foi menor, de 0,06%.
Para a condição DEF isolada (FIGURA 4.59), que apresentou aos 365 dias
expansão de 0,37%, o módulo estático teve redução de 23% (dos 28 aos 365 dias).
Já, para o módulo de elasticidade dinâmico, foi verificada uma menor redução, de 3%,
e pela análise por ANOVA, essa redução foi considerada não-significativa entre as
idades citadas.
Para a condição DEF+RAA (FIGURA 4.60), que apresentou aos 365 dias
expansão de 0,43%, o módulo estático teve redução de 33% (dos 28 aos 365 dias).
Para o módulo dinâmico, a redução foi de 12% para a mesma condição e idade.
FIGURA 4.61 – Módulo dinâmico versus módulo estático, concreto – DEF + RAA.
50
45
Módulo dinâmico(GPa)
Amine et al. (2017), afirmaram que o módulo dinâmico de concreto não tratado
termicamente foi ligeiramente maior do que os concretos tratados termicamente e,
para os concretos não-expansíveis (sem reações expansivas), a resposta do módulo
dinâmico mostrou um aumento mais lento. Resultados similares a esta pesquisa,
tomando como base a idade de 365 dias para o CP V, a condição RAA isolada (sem
cura térmica), apresentou módulo dinâmico de 48,0 GPa, a DEF isolada, 43,0 GPa e
a DEF+RAA, 40,5 GPa.
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
Os resultados de resistência à tração foram realizados somente para os CPs
de concreto. Da FIGURA 4.62 à FIGURA 4.64 se encontram apresentados os
resultados médios de resistência à tração obtidos. Para essa propriedade, os ensaios
ocorreram apenas até 270 dias
133
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274
Idade (dias)
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
1 32 60 91 121 152 182 213 244 274
Idade (dias)
uma redução de 13% para DEF isolada e dos 91 dias aos 270 de 7% para DEF+RAA,
com resultados finais de 4,20 MPa, 3,40 MPa e 3,90 MPa, respectivamente.
FIGURA 4.65 – Resistências à tração e à compressão: (a) RAA isolada; (b) DEF isolada; (c)
RAA+DEF.
Tração (MPa)
Ttração (MPa)
Tração (MPa)
5 5 5
4 4 4
3 3 3
2 2 2
1 1 1
0 0 0
30 40 50 60 30 40 50 60 30 40 50 60
Compressão (MPa) Compressão (MPa) Compressão (MPa)
Análise visual
Na FIGURA 4.66 está mostrada uma análise visual das argamassas aos 365
dias, sendo uma verificação importante para validar os resultados obtidos pelas
técnicas microscópicas e ensaios físicos e mecânicos. Em (a e b) foram apresentadas
as condições RAA isolada com CP IV e CP V, respectivamente. Para ambos, foram
visualizados na data final de controle, poucos poros preenchidos com material
esbranquiçado, que remetem aos produtos de reação. Na FIGURA 4.66 (c), está
ilustrada a condição DEF isolada com CP IV, onde perceberam-se poros vazios,
praticamente, sem poros preenchidos. Já, em (d), referente a DEF com CP V, foi
observada a grande quantidade de material esbranquiçado no interior dos poros, pelo
que se pode inferir pelas neoformações visualizadas em grande volume nas
micrografias. Comportamento similar ao visualizado para a DEF isolada, foi verificado
para a condição DEF+RAA. Em (e), referente à mistura com CP IV, foram constatados
poros preenchidos em quantidade reduzida, ao ser comparado com a imagem (f), que
mostrou a mesma condição com CP V.
136
(a) Argamassa – RAA isolada CP IV - 365d (b) Argamassa – RAA isolada CP V - 365d
(c) Argamassa – DEF isolada CP IV - 365d (d) Argamassa – DEF isolada CP V - 365d
(a) Concreto – RAA isolada CP IV - 365d (b) Concreto – RAA isolada CP V - 365d
(c) Concreto – DEF isolada CP IV - 365d (d) Concreto – DEF isolada CP V - 365d
4.3 MICROESTRUTURA
MEV/EDS - Concreto
Na FIGURA 4.68 (a) e (b) referem-se à condição de estudo DEF isolada com
CP V, aos 28 dias, onde verificou-se a presença de cristais aciculares da etringita
primária e placas de hidróxido de cálcio – CH. Na FIGURA 4.68 (c) está apresentado
um poro, aos 3 meses de idade, parcialmente preenchido com etringita comprimida, a
qual também está cristalizada em direção à pasta, com início de microfissuração
radial. Aos 6 meses de idades, já foi possível verificar a formação de etringita massiva
espalhada pela matriz, como ilustrado na FIGURA 4.68 (d). Aos 12 meses, foi
evidenciada a etringita massiva por toda a matriz cimentícia, inclusive na interface
entre a pasta e o agregado, como apresentam as FIGURA 4.68 (e, f). Em (g), está
apresentado em espectro referente à etringita observada na FIGURA 4.68 (e).
140
CH
AG
(g)
AG
CH
(d) (e)
Registros das micrografias referentes ao concreto com CP V, na condição
DEF+RAA estão mostrados na FIGURA 4.72. Na FIGURA 4.72 (a), contemplando as
análises de 1 mês, está mostrado um poro com cristais aciculares finos, também,
similares aos da etringita primária, bem como algumas placas de hidróxido de cálcio,
ambos oriundos, provavelmente, dos processos de hidratação dos compostos
cimentícios. Por outro lado, aos 3 meses de idade, conforme indicado na FIGURA 4.72
(b), a etringita massiva passou a ser identificada, com fissuras radiais ao poro do
concreto, indicando, já nesta idade, a presença de reações químicas expansivas. Na
FIGURA 4.72 (c) está apresentado um poro totalmente preenchido por etringita
massiva (confirmada em microanálise por EDS), além da presença de microfissuração
na base do poro (ver seta), aos 6 meses de idade. Em (d), nesta mesma idade, está
mostrada uma micrografia com a presença de cristais de etringita tanto na matriz
cimentícia como na superfície do agregado, e, principalmente, de microfissuras. Na
idade de 1 ano (FIGURA 4.72 (e; f), além da etringita secundária, foram ainda
observados alguns géis procedentes da RAA, podendo-se inferir que nessa idade a
reação conjugada passou a existir (DEF+RAA). Em (g), está apresentado espectro
144
referente ao gel de RAA identificado na FIGURA 4.72 (e) e em (h), cristais de etringita
observados na FIGURA 4.72 (f).
GEL ETRINGITA
(g) (h)
de poro como na matriz, próximo a uma partícula de agregado (AG). Nas FIGURA
4.73 (e-f) nas micrografias obtidas nas análises aos 12 meses indicaram poros
preenchidos de deposições de cristais aciculares, além da presença de etringita
massiva na matriz. Produtos da RAA não foram observados nessa condição, até a
idade de 1 ano.
AG
TABELA 4.1 – Síntese geral dos resultados obtidos por MEV/EDS - Concretos.
Idade (meses)
Concreto
1 3 6 12
Etringita N.O N.O N.O N.O
REF - CP V
Gel N.O N.O N.O N.O
Etringita N.O N.O N.O N.O
REF - CP IV
Gel N.O N.O N.O N.O
RAA isolada CP V Gel N.O N.O N.O +
RAA isolada CP IV Gel N.O N.O N.O N.O
DEF isolada CP V Etringita N.O + ++ +++
DEF isolada CP IV Etringita N.O + + ++
Etringita N.O ++ +++ +++
DEF+RAA CP V
Gel N.O N.O N.O +
Etringita N.O + ++ ++
DEF+RAA CP IV
Gel N.O N.O N.O N.O
MEV/EDS – Argamassa
As FIGURA 4.74 (a), (b) e (c) referem-se à condição de estudo DEF isolada
com o CP V. Em (a) está apresentada a formação de etringita massiva espalhada pela
matriz, em (b), a etringita massiva preenchendo um poro, com fissuras radiais,
indicando nesta idade a presença de reações químicas expansivas atreladas à DEF.
Em (c), percebe-se a presença de etringita massiva na interface pasta/agregado (AG),
além de alguns pontos fragilizados na matriz. Em (d), está apresentado um espectro
referente à etringita massiva observada no poro da FIGURA 4.74 (b), característico
em proporção e elementos químicos ao da etringita.
147
AG
(d)
Nas FIGURA 4.75 (a), (b) e (c) referem-se à condição de estudo DEF isolada
com CP IV, aos 12 meses de idade. Em (a) é possível identificar neoformações
espalhadas na matriz cimentícia fragilizada, já, em (b), poros quase totalmente
preenchidos por neoformações de etringita, e com início de microfissuras radiais. Em
(c), observaram-se cristais de etringita na matriz cimentícia e no contato entre a pasta
e o agregado. Em (d), está apresentado espectro referente à etringita observada no
poro da FIGURA 4.75 (b).
148
AG
(d)
As FIGURA 4.76 (a), (b) e (c) referem-se à condição de estudo RAA isolada
com CP V, aos 12 meses de idade. Em (a) e (b) foi possível identificar poros
parcialmente preenchidos com produtos de hidratação do cimento e em (c) o contato
entre agregado e pasta, mas, não foi possível identificar até 1 ano de idade indícios
da formação da RAA em argamassa.
AG
As FIGURA 4.77 (a), (b) e (c) referem-se à condição de estudo RAA isolada
com CP IV, aos 12 meses de idade. Em (a) está apresentado um poro parcialmente
preenchido, por produtos normais da hidratação do cimento. A micrografia (b) mostrou
poros praticamente vazios e, em (c), uma zona de transição preservada, na qual
também não foram verificados indícios da RAA até a data avaliada. Assim, como
citado para o concreto estudado na mesma combinação, a ausência desta reação
está, provavelmente, condicionada à presença da cinza volante e o seu efeito
pozolânico e mitigador já conhecido.
AG
(d)
As FIGURA 4.79 (a), (b) e (c) referem-se à condição de estudo DEF+RAA com
CP IV, aos 12 meses de idade. Nas FIGURA 4.79 (a e b) está mostrada uma matriz
cimentícia íntegra, com a possível presença de monosulfoaluminato, corroborada
pelas microanálises realizadas por EDS (d). Na micrografia (c), percebeu-se um poro
parcialmente preenchido com cristais aciculares de etringita, além de formações
pontuais de etringita em outro poro da região de análise. Pode-se inferir que até a
idade 1 ano, não foram constatadas formações expressivas que remetam às reações
químicas expansivas deletérias nas argamassas avaliadas na condição DEF+RAA
com CP IV. Em (e), está apresentado um espectro referente à etringita observada no
poro da FIGURA 4.79 (c).
151
(d) (e)
TABELA 4.2 – Síntese geral dos resultados obtidos por MEV/EDS – Argamassas.
Idade (meses)
Argamassa
1 3 6 12
Etringita N.O N.O N.O N.O
REF - CP V
Gel N.O N.O N.O N.O
Etringita N.O N.O N.O N.O
REF - CP IV
Gel N.O N.O N.O N.O
RAA isolada CP V Gel N.O N.O N.O N.O
RAA isolada CP IV Gel N.O N.O N.O N.O
DEF isolada CP V Etringita N.O + ++ +++
DEF isolada CP IV Etringita N.O N.O + ++
Etringita N.O + ++ +++
DEF+RAA CP V
Gel N.O N.O N.O N.O
Etringita N.O N.O + +
DEF+RAA CP IV
Gel N.O N.O N.O N.O
(c) DEF isolada - 270 dias (d) DEF + RAA – 270 dias
(e) DEF isolada – 365 dias (f) DEF + RAA – 365 dias
155
Neste item, estão apresentadas algumas das principais correlações que foram
observadas entre os resultados obtidos, em argamassas e concretos, bem como
discussões que corroboraram quanto à existência ou não de reações deletérias nos
corpos de prova submetidos ao programa experimental desta pesquisa, até 365 dias
de idade.
Com base nos resultados obtidos nesta pesquisa, é possível propor um método
adaptado em laboratório que pode identificar a potencial ocorrência da DEF de
maneira isolada ou conjunta com a RAA (DEF+RAA). A seguir, são apresentados os
processos propostos para a cura de corpos de prova de concreto ou argamassa,
destinados a este fim, bem como para o protocolo de monitoramento em ambiente de
exposição específico.
5 CONCLUSÕES
velocidade ultrassônica não foi aplicável ao estudo dos ataques. O mesmo ocorreu
para a resistividade elétrica dos concretos. Os resultados se mantiveram constantes,
sem variações significativas. A única diferença ocorreu entre os cimentos; para os
concretos com CP IV, os resultados médios foram cerca de 6 a 7 vezes superiores
aos com CP V. Esse comportamento pode ser explicado pelo efeito pozolânico da
cinza volante, que eliminou parte dos íons disponíveis na solução dos poros e
contribuiu para o seu preenchimento, aumentando assim a resistividade elétrica dos
compósitos.
Foi possível, a partir do módulo de elasticidade dinâmico calculado com dados
do ultrassom, utilizando coeficiente de Poisson fixo de 0,2, avaliar a sua coerência ao
ser comparado com o módulo de elasticidade estático dos ensaios. Desta forma, foram
identificadas reduções nos valores por ambas as técnicas, embora em escalas
distintas. O módulo de elasticidade estático representou em relação ao módulo
dinâmico dos concretos com o CP V, cerca de 43% a 55% nas condições atacadas,
enquanto, na condição de referência, essa relação é superior, da ordem de 57%. Já
com o CP IV as relações são maiores, entre 67% e 78%.
As avaliações microscópicas por MEV/EDS foram fundamentais para o
entendimento dos comportamentos físico e mecânico dos corpos de prova ensaiados.
Foi possível verificar a incidência de produtos neoformados originados pelos ataques
ao longo do tempo. Formações de etringita tardia foram confirmadas e, em idades
mais avançadas, a presença da etringita na forma comprimida além de microfissuras,
em especial nas condições DEF isolada e DEF+RAA com o CP V. Essas formações
justificam os comportamentos expansivos observados bem como os reflexos
negativos nas propriedades mecânicas. Na presença do CP IV, as formações também
foram observadas, porém em menor proporção. No que diz respeito à RAA, somente
nos concretos o gel foi verificado, tanto no ataque isolado como no conjugado
(RAA+DEF), confirmando os comportamentos físicos e mecânicos verificados. As
análises por DRX não se mostraram aplicáveis na identificação da etringita nas idades
iniciais; apenas a partir de 270 dias esse composto passou a ser identificado.
Com base na avaliação dos resultados obtidos nesta pesquisa, foram propostas
novas hipóteses de avaliação e, consequentemente, novas linhas de estudo, de
maneira a complementar os resultados já obtidos com esse trabalho.
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179
APÊNDICE A
APÊNDICE B
A areia de cava natural foi ensaiada de acordo com a NBR 15577-4 (ABNT
(2018)), obtendo os resultados de expansão apresentados no QUADRO B1 e FIGURA
B1.
APÊNDICE C
A areia de cava natural foi ensaiada de acordo com a NBR NM 248 (ABNT,
2003), para a determinação do diâmetro máximo característico e o módulo de finura,
obtendo os resultados apresentados no QUADRO C1 e FIGURA C1.
Módulo de Finura: 2,72 M.F. = soma das % ret. acum. em peneiras de série normal ÷ 100
D.M.C. (mm): 4,8 mm D.M.C. = Peneria (mm) com % ret. acumulada ≤ 5%
FONTE: Lactec (2019).
10
Porcentagem Retida Acumulada (% )
20
30
40
50
60
Peneiras (mm)
NBR 7211/2009 - Agregados para concreto FONTE:- Especificação:
Lactec (2019).
NOTAS:
1 - O módulo de finura da zona ótima varia de 2,20 a 2,90;
2 - O módulo de finura da zona utilizável inferior varia de 1,55 a 2,20;
3 - O módulo de finura da zona utilizável superior varia de 2,90 a 3,50;
4 - Podem ser utilizados como agregado miúdo para concreto materiais com distribuição granulométrica diferente
das zonas estabelecidas no gráfico acima, desde que estudos prévios de dosagem comprovem sua aplicabilidade.
182
Amostra 1 Amostra 2
Massa seca (g) 1064,6 1246,5
Massa SSS (g) 1077,4 1262,0
Absorção 1,20% 1,24%
Absorção Média 1,2%
FONTE: Lactec (2019).
Já para a determinação da massa específica SSS, massa específica seca e
massa específica média, a areia de cava natural foi analisada conforme a NBR NM 52
(ABNT, 2009), obtendo os resultados apresentados no QUADRO C3.
Amostra 1 Amostra 2
Massa específica SSS (g/cm³) 2,56 2,56
Massa específica Seca (g/cm³) 2,53 2,54
Massa específica (g/cm³) 2,60 2,60
Massa específica média 2,60 g/cm³
FONTE: Lactec (2019).
183
APÊNDICE D
APÊNDICE E
APÊNDICE F
Expansibilidade x Tempo
0,600
1.1026.18 Limite aos 30 dias (0,19 %)
Expansibilidade (%)
0,500
0,400
0,300
0,200
0,100
0,000
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
Tempo (dias)
APÊNDICE G
Expansibilidade x Tempo
0,600
1.1027.18 Limite aos 30 dias (0,19 %)
Expansibilidade (%)
0,500
0,400
0,300
0,200
0,100
0,000
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
Tempo (dias)
APÊNDICE H
70
60
50
40
30
20
10
0
Peneiras (mm)
limites para caracterização de brita 9,5/25. Pelo resultado obtido, é possível verificar
que o agregado possui graduação pouco inferior à classificação granulométrica citada.
APÊNDICE I
Curva FIGURA
Granulométrica do granulométrica
I1 – Curva Agregado - NBR 7211/09 - Brita
– Agregado 9,5/25
reativo.
100
90
80
Retida Acum ulada (%)
70
60
50
40
30
20
10
0
Peneiras (mm)
APÊNDICE J
APÊNDICE K
idades REF - AGN - CPV Tukey Fonte Entre Dentro Total idades REF - AGN - CPIV Tukey Fonte Entre Dentro Total
idades RAA isolada - AGR - CPV Tukey Fonte Entre Dentro Total idades RAA isolada - AGR - CPIV Tukey Fonte Entre Dentro Total
DEF isolada - AGN - CPV - Fonte Entre Dentro Total DEF isolada - AGN - CPIV Fonte Entre Dentro Total
idades Tukey idades Tukey
Térmica SQ 33636 37710 71346 - Térmica SQ 175019 19522 194541
28 4542 4587 4706 4598 REF gl 4 15 19 28 4435 4435 4435 4377 REF gl 4 15 19
91 4621 4626 4599 4641 NS MQ 8409 2514 91 4236 4332 4337 4312 S MQ 43755 1301,5
180 4623 4585 4526 4550 NS F 3,3448 180 4467 4467 4488 4425 NS F 33,62
270 4594 4735 4655 4669 NS valor-P 0,038 270 4551 4558 4490 4500 S valor-P 3E-07
360 4615 4508 4525 4532 NS F crítico 3,0556 360 4569 4614 4601 4525 S F crítico 3,0556
RAA + DEF - AGR - CPV - Fonte Entre Dentro Total RAA + DEF - AGR - CPIV - Fonte Entre Dentro Total
idades Tukey idades Tukey
Térmica SQ 263598 57146 320744 Térmica SQ 314572 25900 340472
28 4785 4691 4777 4699 REF gl 4 15 19 28 4515 4498 4405 4512 REF gl 4 15 19
91 4699 4656 4508 4479 S MQ 65900 3809,7 91 4648 4625 4591 4588 S MQ 78643 1726,7
180 4465 4439 4458 4478 S F 17,298 180 4732 4680 4728 4651 S F 45,546
270 4528 4418 4563 4512 S valor-P 2E-05 270 4811 4823 4811 4710 S valor-P 3E-08
360 4383 4389 4435 4431 S F crítico 3,0556 360 4832 4793 4847 4855 S F crítico 3,0556
DEF isolada - AGN - CPV - Fonte Entre Dentro Total DEF isolada - AGN - CPIV Fonte Entre Dentro Total
idades Tukey idades Tukey
Térmica SQ 22,899 1,0311 23,93 - Térmica SQ 4536,2 736,48 5272,7
28 9,6 9,7 9,7 9,7 REF gl 4 15 19 28 99,2 98,5 121,3 115,4 REF gl 4 15 19
91 8,5 9,0 9,0 8,7 S MQ 5,7246 0,0687 91 75,5 82,6 91,1 79,3 S MQ 1134,1 49,099
180 7,5 6,9 6,7 6,8 S F 83,282 180 73,3 73,7 67,6 60,3 S F 23,097
270 7,8 7,5 7,9 7,6 S valor-P 5E-10 270 71,8 63,4 69,1 61,7 S valor-P 3E-06
360 7,0 6,5 7,1 7,2 S F crítico 3,0556 360 86,6 87,7 84,4 81,8 S F crítico 3,0556
RAA + DEF - AGR - CPV - Fonte Entre Dentro Total RAA + DEF - AGR - CPIV - Fonte Entre Dentro Total
idades Tukey idades Tukey
Térmica SQ 28,663 2,4092 31,072 Térmica SQ 550,18 184,73 734,91
28 9,6 8,8 9,4 10,5 REF gl 4 15 19 28 65,2 67,0 62,7 65,5 REF gl 4 15 19
91 6,2 6,4 6,1 6,4 S MQ 7,1657 0,1606 91 58,3 61,9 57,9 58,8 NS MQ 137,55 12,315
180 6,9 7,6 7,1 7,0 S F 44,615 180 72,1 69,6 70,6 62,8 NS F 11,169
270 6,7 6,5 6,3 6,2 S valor-P 4E-08 270 62,6 62,4 61,2 51,2 NS valor-P 0,0002
360 7,1 6,4 7,1 7,1 S F crítico 3,0556 360 76,9 71,0 70,9 71,6 NS F crítico 3,0556
idades REF - AGN - CPV Tukey Fonte Entre Dentro Total idades REF - AGN - CPIV Tukey Fonte Entre Dentro Total
idades REF - AGN - CPV Tukey Fonte Entre Dentro Total idades REF - AGN - CPIV Tukey Fonte Entre Dentro Total
idades REF - AGN - CPV Tukey Fonte Entre Dentro Total idades REF - AGN - CPIV Tukey Fonte Entre Dentro Total
idades REF - AGN - CPV Tukey Fonte Entre Dentro Total idades REF - AGN - CPIV Tukey Fonte Entre Dentro Total
idades REF - AGN - CPV Tukey Fonte Entre Dentro Total idades REF - AGN - CPIV Tukey Fonte Entre Dentro Total
SQ 12,552 4,6585 17,21 SQ 15,195 9,8516 25,047
28 30,7 30,6 30,8 REF 28 32,1 31,9 32,3 REF
gl 4 10 14 gl 4 10 14
91 33,5 31,9 33,6 S 91 33,3 32,8 33,2 NS
MQ 3,138 0,4658 MQ 3,7987 0,9852
180 30,7 31,3 30,9 NS F 6,7361 180 33,6 35,6 32,6 NS F 3,856
270 32,7 32,6 32,8 S valor-P 0,0068 270 35,8 35,3 32,8 NS valor-P 0,038
360 31,0 33,0 30,9 NS F crítico 3,478 360 34,7 35,0 34,7 S F crítico 3,478
205
idades REF - AGN - CPV Tukey Fonte Entre Dentro Total idades REF - AGN - CPIV Tukey Fonte Entre Dentro Total
idades REF - AGN - CPV Tukey Fonte Entre Dentro Total idades REF - AGN - CPIV Tukey Fonte Entre Dentro Total
SQ 65,955 6,4936 72,448 SQ 193,92 8,7733 202,69
28 41,8 43,1 42,9 42,0 REF 28 40,2 40,4 41,0 40,5 REF
gl 4 15 19 gl 4 15 19
91 45,6 46,2 45,6 46,2 S 91 43,1 44,3 45,0 45,3 S
MQ 16,489 0,4329 MQ 48,479 0,5849
180 45,7 45,4 46,6 44,0 S F 38,089 180 47,9 49,3 49,3 50,5 S F 82,886
270 46,2 46,6 46,9 46,3 S valor-P 1E-07 270 46,8 48,1 47,8 48,6 S valor-P 5E-10
360 47,2 48,3 48,6 48,0 S F crítico 3,0556 360 47,0 47,3 48,0 47,0 S F crítico 3,0556
idades REF - AGN - CPV Tukey Fonte Entre Dentro Total idades REF - AGN - CPIV Tukey Fonte Entre Dentro Total
idades RAA isolada - AGR - CPV Tukey Fonte Entre Dentro Total idades RAA isolada - AGR - CPIV Tukey Fonte Entre Dentro Total
idades REF - AGN - CPV Tukey Fonte Entre Dentro Total idades REF - AGN - CPIV Tukey Fonte Entre Dentro Total
idades REF - AGN - CPV Tukey Fonte Entre Dentro Total idades REF - AGN - CPIV Tukey Fonte Entre Dentro Total
DEF isolada - Fonte Entre Dentro Total DEF isolada - Fonte Entre Dentro Total
idades AGN - CPV - Tukey SQ 0,2704 0,087 0,3574 idades AGN - CPIV - Tukey SQ 0,5149 0,0616 0,5766
Térmica gl 2 3 5 Térmica gl 2 3 5
28 3,34 3,01 REF MQ 0,1352 0,029 28 3,72 4,05 REF MQ 0,2575 0,0206
F 4,6647 F 12,528
91 3,24 3,07 NS valor-P 0,12 91 4,21 4,09 NS valor-P 0,035
270 2,81 2,62 NS F crítico 9,5521 270 3,44 3,44 NS F crítico 9,5521
RAA + DEF - Fonte Entre Dentro Total RAA + DEF - Fonte Entre Dentro Total
idades AGR - CPV - Tukey SQ 1,283 0,1619 1,4449 idades AGR - CPIV - Tukey SQ 0,139 0,7907 0,9297
Térmica gl 2 3 5 Térmica gl 2 3 5
28 3,23 3,43 REF MQ 0,6415 0,0539 28 3,69 4,20 REF MQ 0,0695 0,2636
F 11,891 F 0,2638
91 3,63 3,22 NS valor-P 0,0375 91 4,03 4,45 NS valor-P 0,7843
270 2,23 2,57 NS F crítico 9,5521 270 4,43 3,36 NS F crítico 9,5521
210
APÊNDICE L
(a) Argamassa DEF isolada com CP IV – 91 dias (b) Argamassa DEF isolada com CP V – 91 dias
(c) Argamassa DEF isolada com CP IV – 270 dias (d) Argamassa DEF isolada com CP V – 270 dias
(e) Argamassa DEF isolada com CP IV – 365 dias (f) Argamassa DEF isolada com CP V – 365 dias
211
(g) Argamassa DEF+RAA com CP IV – 91 dias (h) Argamassa DEF+RAA com CP V – 91 dias
(i) Argamassa DEF+RAA com CP IV – 270 dias (j) Argamassa DEF isolada com CP V – 270 dias
(k) Argamassa DEF+RAA com CP IV – 365 dias (l) Argamassa DEF isolada com CP V – 365 dias
212
(m) Concreto DEF isolada com CP IV – 91 dias (n) Concreto DEF isolada com CP IV – 270 dias
(o) Concreto DEF isolada com CP IV – 365 dias (p) Concreto DEF+RAA com CP IV – 91 dias
(q) Concreto DEF+RAA com CP IV – 270 dias (r) Concreto DEF+RAA com CP IV – 365 dias