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PAVIMENTAÇAO
PAVIMENTAÇAO
PAVIMENTAÇAO
Amanda Revorêdo
% Por cento
°C Graus célsius
cm Centímetros
CP Cimento Portland
PR Paraná
s Segundos
SP São Paulo
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
1.2 Objetivos ............................................................................................................ 12
1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................. 12
1.2.2 Objetivos específicos..................................................................................... 13
1.3 Estrutura da Monografia ................................................................................... 13
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 68
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 71
11
1 INTRODUÇÃO
1.2 Objetivos
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Yonder e Witczak apud Balbo (2007) ilustram muito bem o modo como os
esforços aplicados sobre o pavimento flexível são distribuídos para o subleito. No
pavimento flexível, as tensões são mais concentradas nas proximidades do local
onde a carga é aplicada, conforme pode ser visto na Figura 1.
16
Ainda conforme Senço (2007), a solução para evitar esses impasses seria a
utilização do mesmo espaço físico da camada a ser restaurada, através do recorte
da camada antiga e reposição de uma nova. Dessa forma, é possível reaproveitar ou
não o material fresado.
São diversos os aditivos estabilizadores que podem ser utilizados, sejam eles
em forma líquida ou seca. A ARRA (2001) cita alguns, como cloreto de cálcio,
cloreto de magnésio, cal (hidratada ou virgem), cinzas volantes (tipo C ou F), pó do
forno de cimento (CKD) ou pó do forno de cal (LKD), cimento Portland (seco ou em
pasta), emulsão de asfalto (normal, alto-flutuante, polímero), asfalto espumado ou
expandido, e combinações de dois ou mais desses aditivos.
h) A8 – Drenagem: se o local não for bem drenado e não for possível instalar
a drenagem, é contraindicado o uso da reciclagem.
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Materiais
Figura 6 – (a) Recicladora responsável pela coleta do (b) material na RSC – 153
(a) (b)
Fonte: Da autora (2018).
Figura 9 – Material coletado na RSC – 436 (a) revestimento asfáltico e (b) BGS
(a) (b)
Fonte: Da autora (2018).
3.2 Métodos
A caracterização dos materiais foi realizada a partir de dois ensaios, que são
análise granulométrica e teor de ligante asfáltico, descritas a seguir.
Figura 10 – Estrutura do aparelho (a) extrator por refluxo e (b) material da primeira
coleta pronto para iniciar ensaio
(a) (b)
Fonte: Da autora (2018).
A triagem do material para este ensaio ocorreu de duas formas distintas. Uma
vez que o material proveniente da coleta 1 foi triturado em uma única camada, foi
realizada uma seleção visual de torrões de revestimento asfáltico, aproximadamente
1,2 kg. E para a coleta 2, separou-se uma amostra de 1 kg do revestimento asfáltico,
já que este apresenta os materiais separados.
3.2.2 Compactação
O molde foi pesado vazio, ou seja, sem material e, mais uma vez, após cada
moldagem, para que fosse possível definir os parâmetros. Na sequência, ele foi
desmoldado e foram retiradas amostras de material das camadas centrais, que
foram colocadas em cápsulas (de massa conhecida), pesadas e levadas à estufa
com temperatura de 110 ºC ± 5ºC. Depois da secagem, as amostras foram pesadas
novamente.
Fedrigo (2015) sugere que a utilização de teores de cimento seja de até 4%,
já que esse teor propicia elevada resistência e rigidez. Através dos ensaios, o autor
percebeu que o emprego mais elevado de teores aumenta significativamente a
resistência contra água, mas isso pode agravar os efeitos da retração por secagem,
aumentando o custo da obra.
Figura 12 – Contorno de RCS com 7 dias de cura para as misturas contendo BGS
A norma também delimita que sejam moldados pelo menos três corpos de
prova para cada mistura analisada e para cada tempo de cura, que serão de 3 e 7
dias. Logo, para cada ensaio, foram moldados 36 corpos de prova, conforme Tabela
4, totalizando para os dois ensaios 72 corpos de prova.
Além disso, a cura dos corpos de prova foi realizada em câmara úmida, cuja
temperatura era próxima aos 23ºC e a umidade relativa maior do que 90%. As
rupturas dos corpos de prova foram realizadas em prensa hidráulica, conforme a
Figura 13.
51
(a) (b)
Fonte: Da autora (2018).
2011) (Argamassa e concreto), onde a carga para ensaios de RCD é de 0,05 MPa/s
+/- 0,02 MPa/s e não como consta na norma de solos.
(1)
(2)
53
(3)
(4)
Onde:
F – Carga de ruptura, em N;
4.2 Compactação
essa for verídica, o teor de fresado na mistura da coleta 1 seria inferior a 20%, já que
foi adicionado 30% em massa de material virgem.
Na Tabela 7, também são taxados os valores dos corpos de prova que não
atenderam ao critério de validação. A partir dos valores considerados válidos foram
calculados a RCS média, o desvio padrão e o coeficiente de variação para cada
cimento e tempo de cura de 3 dias e 7 dias.
IV 32 apresentou RCS média aos 3 dias de cura de 1,49 MPa e para os 7 dias de
cura o valor de 1,46 MPa, o que representa um decréscimo de aproximadamente
1,36%. Por fim, a mistura com o CP V ARI apresentou RCS média aos 3 dias de
1,00 MPa, e de 1,76 MPa para 7 dias de cura, o que representa um aumento um
pouco superior a 76%.
(Continuação)
Desvio
Resistências Resistência Coeficiente de
Cimento Idade Padrão
(MPa) Média (MPa) variação (%)
(MPa)
0,19
3 DIAS 0,24 0,22 0,0216 10,00
0,22
CP IV 32
0,20
7 DIAS 0,20 0,20 0,0027 1,33
0,20
0,16
3 DIAS 0,15 0,15 0,0056 3,63
0,16
CP V ARI
0,33
7 DIAS 0,29 0,31 0,0229 7,37
0,31
Fonte: Da autora (2018).
Por meio do Gráfico 11, é possível observar a RCD média dos resultados
alcançados para cada tipo de cimento conforme o tempo de cura, de 3 dias e 7 dias,
para as misturas da coleta 2. Apenas o corpo de prova composto por CP II F 32, que
atingiu 0,31 MPa, apresentou valor de RCD média superior ao exigido pela norma
167 (DNIT, 2013a), que especifica o valor mínimo, aos 7 dias de cura, de 0,25 MPa.
Assim como nos valores de RCS para a coleta 1, os CPs constituídos pelo CP
II F 32 apresentaram resultados superiores ao CP IV 32, como era de se esperar. No
entanto, o CP V ARI, que se esperava que tivesse resistência mais alta, também
apresentou menor resistência que o CP II F 32.
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dois tipos de cimento para os 3 dias de cura, no entanto, os superou aos 7 dias de
cura.
5 CONCLUSÃO
Entende-se que o objetivo dessa pesquisa foi plenamente atingido, visto que
o objetivo geral era analisar, por meio de ensaios laboratoriais, a resistência de
mistura recicladas para diferentes tipos de cimento Portland, atendendo também aos
objetivos específicos propostos.
O valor mínimo da RCS de acordo com a norma DNIT-ES 167 (DNIT, 2013)
não foi atingindo, desse modo, não foi possível validar o método de dosagem
sugerido por Fedrigo et al. (2017), pois os resultados de resistência à compressão
simples deram abaixo do esperado. No entanto, atingiu-se a resistência à tração por
compressão diametral mínima estipulada na norma DNIT-ES 167 (DNIT,2013a).
Salienta-se que o método de dosagem de Fedrigo et al. (2017), para a RCD, não foi
comparada nesta pesquisa, pois o mesmo foi elaborado de forma distinta, conforme
explicado no Item 3.2.3.
REFERÊNCIAS
TORRES, Maria João Robalo Galante. Efeito da água e de ciclos de gelo e degelo
no comportamento de misturas recicladas a semi-quente. 2009. 137 f.
Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade da Beira Interior,
Covilhã, Portugal, 2009. Disponível em:
<http://ubibliorum.ubi.pt/handle/10400.6/3526>. Acesso em: 8 out. 2017.