O Livro Obscuro Do Descobrimento - Marcos Costa
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apontava ao poente. Pouco tempo depois,
Marcos Costa
do descobrimento do Brasil.
al
Cabral foi parte de uma grande aventura,
esso
Marcos
acer
DO
Científica, à Reforma Protestante, ao
Mercantilismo e ao surgimento do
DO
VR
Capitalismo – no caso do Brasil, um modelo
Marcos Costa
leya.com.br
ISBN 978-85-7734-690-5
Obscuro_capa_15.5x22.8cm.indd 1
10/30/19 12:04 PM
Balzac
Leonardo da Vinci
SUMÁRIO
Os ratos de Caffa 11
O cavaleiro de pedra 40
A tomada de Constantinopla 50
A maçã da Terra 55
De d. João II a Maquiavel 60
comercial no século XV 66
Notas 334
OS RATOS DE CAFFA
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europeus só foram possíveis depois de anos de
investigação e prospecção de novos mercados. Os
comerciantes e financistas não eram amadores – muito
tempo antes de a bomba explodir, eles já pressentiam
que algo estava prestes a ocorrer no Oriente. As notícias
se avolumavam a cada viagem. Em matéria de negócios,
a vida é muito dinâmica, as inovações surgem
constantemente e mudanças bruscas ocorrem em
questão de horas, quiçá minutos, de modo que a grande
roda da fortuna gira seus dentes e o que parecia
enraizado torna-se volátil – como diz Karl Marx: “Tudo
que é sólido se desmancha no ar.”6
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O livro obscuro do descobrimento do Brasil
O INFANTE D. HENRIQUE E
A ESCOLA DE SAGRES
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O CAVALEIRO DE PEDRA
O cavaleiro de pedra
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A TOMADA DE CONSTANTINOPLA
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Essa inversão vai fazer com que cada vez mais, a partir
de 1453, o temido oceano Atlântico fosse submetido a
verdadeiras varreduras.
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A MAÇÃ DA TERRA
A maçã da Terra
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DE D. JOÃO II A MAQUIAVEL
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De d. João II a Maquiavel
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mil exemplares.
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“infiéis” mouros.
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É aqui que entra uma questão que até hoje gera debates
caloro-sos. Terá sido Cristóvão Colombo um desses
agentes infiltrados na Espanha por d. João II justamente
para confundi-los?
NO CAMINHO DO PARAÍSO
Com esse poder nas mãos ele parte para a ação direta.
Seu projeto pessoal era expulsar todos os judeus e
muçulmanos da Espanha e a sua insistência, nesse
sentido, com os reis causava imensa saia justa, pois a
comunidade judaica espanhola era a que mais pagava
impostos ao erário espanhol e também a que mais
contribuía com doações para as guerras de conquista dos
territórios mouros. A Espanha vinha de grandes
bancarrotas internas. Por outro lado, havia a necessidade
de capitalização para as navegações que estavam no
horizonte da Coroa espanhola. O saque às riquezas e às
propriedades de mouros e de judeus capitalizou o erário
do Estado e a Igreja. Já que não era possível expulsá-los,
Torquemada passa a exigir dos judeus a conversão ao
cristianismo, e é sobre os “convertidos” – ou sobre
aqueles que simulavam estar convertidos, mas que
mantinham em segredo os ritos judaicos – que ele vai
concentrar toda a sua perseguição.
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“Cristóvão Colombo.
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João II, casara-se com Isabel, a filha mais velha dos reis
católicos da Espanha, Fernando e Isabel, o que lhe
colocou como consorte A misteriosa morte de d. João II
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na sucessão do trono da Espanha e também uniu os
tronos de Espanha e Portugal, uma vez que Afonso era
herdeiro do trono de Portugal. Com a misteriosa morte de
Afonso, d. João II, já no leito de morte, colocou em
testamento o cunhado d. Manuel como sucessor no
trono. D. Manuel casa-se, por fim, com Isabel, a viúva de
Afonso, e inicia uma aproximação com o reino da
Espanha nos moldes que os reis católicos desejavam.
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A MISTERIOSA VIAGEM DE PEDRO
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Desse modo, com esses imensos problemas internos –
que, aliás, serão a tônica de toda a queda do império
português –, a realidade foi aos poucos se impondo sobre
o sonho do enriquecimento e as longas viagens foram
tornando a rota para as Índias cada vez mais onerosa e
contraproducente.
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OS VERDADEIROS DESCOBRIDORES
GARCIA E MAGALHÃES
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O PÊNDULO DA MORTE
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essa ameaça Martim Afonso teria empreendido essa
primeira viagem ao Brasil? Ou o território teria
permanecido completamente abandonado, como
indicava ao rei que o fizesse o seu vedor da fazenda,
conde de Castanheira? Não por acaso, essa viagem é
considerada também o ponto de partida da produção em
larga escala de açúcar no Brasil, dado que já em 1533 se
montou um dos primeiros engenhos no país, em São
Vicente, tendo como proprietário, além de Martim
Afonso, o holandês Johan van Hielst, ou João Veniste, que
mais tarde se associaria a Erasmos Schetz. Engenho
cujas ruínas podem ser visitadas até os dias de hoje
naquela cidade. Não se tratava, portanto de uma viagem
de exploração, como as anteriores, mas uma viagem de
povoamento, tanto que vieram na armada de Martim
Afonso famílias inteiras.
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Jamais saberemos.
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O motivo?
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Esse era o motivo oficial, mas por trás disso havia outras
razões menos altruístas. Inevitavelmente, parte era
desviada e proporcionou a abastança de grande número
de famílias.
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ele mesmo e não à sua descendência, não incluindo nós
todos [. .]
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O livro obscuro do descobrimento do Brasil
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DO BRASIL: O GOVERNO-GERAL
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capitães destas partes merecem muita honra e mercê de
V. Alteza, e mais que todos Duarte Coelho, sobre que
largamente tenho escrito a V.A., mas não deixar de ir V.A.
às suas terras parece-me grande desserviço de Deus, de
Vossa consciência e danificamento de vossas rendas.”13
Em outra carta, de julho de 1553, depois de ter
percorrido as capitanias “de baixo”, Tomé de Sousa volta
a insistir com o rei e manifestar seu pesar em não poder,
junto com a Companhia de Jesus, tomar posse da
capitania de Duarte Coelho. Diz ele “que a justiça de V.A.
entre em Pernambuco e em todas as capitanias desta
costa e de outra maneira não se deve tratar da fazenda
que V.A. tiver nas ditas capitanias, nem menos da justiça
que se faz”.14 Esse embate mostra uma espécie de
mosaico de poder que existia no Brasil e que envolvia
jesuítas, o rei, o Governo-geral e os donatários.
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NA NOVA LUSITÂNIA
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ALQUÍMICO DE EL ESCORIAL