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JVA - Exclusão Digital
JVA - Exclusão Digital
JVA - Exclusão Digital
João V. de Alencar
Abstract. This article investigates the digital divide in its broadest sense,
assessing its multifaceted nature and exploring its ramifications in today's
society. The causes of digital exclusion and access to technology will be
examined. The concept of a persistent problem is also explored in depth,
discussing its impact on education, health and social equity over the years.
Finally, a holistic approach is proposed to address this critical challenge,
emphasizing the importance of collaboration between governments, industry
stakeholders and civil society to ensure equitable digital inclusion and an
inclusive global network.
1. Introdução
De acordo com Jan Van Dijk (2000), uma das primeiras aparições públicas de algo
similar ao termo “exclusão digital” ocorreu no do jornal Los Angeles Times, em 1996,
onde os colunistas Jonathan Webber e Amy Harmon desenvolveram sobre o tópico em
seu artigo “Daily Life's Digital Divide”. O texto descreve, ainda que primitivamente, a
gritante diferença entre aqueles envolvidos na área de TI e os que não interagiam com
esta nos Estados Unidos. Com o passar do tempo e evolução da complexidade do
discurso acerca da exclusão digital, a questão passou a ser tratada com um olhar mais
amplo e universal, por exemplo no influente Digital Divide: Civic Engagement,
Information Poverty, and the Internet Worldwide da cientista política Pippa Norris
(2001), que também levou em conta a importância da consideração do status de
desenvolvimento de nações, a desigualdade social e a diferença de métodos de interação
comunitária entre cada indivíduo.
Com tal consciência sobre a gravidade desta condição e seu crescimento, houve
uma grande preocupação e significante massa de estudo e projetos criados a fim de a
endereçar, começando no início até meados dos anos 2000, como caracteriza Van Dijk
(2006). Exemplos notáveis da época incluíram a Cúpula Mundial sobre a Sociedade da
Informação da ONU, nos anos 2003 e 2005 e a Gates Library Initiative da Gates
Foundation, criada em 2002. Entretanto, as emergentes ramificações de causas para o
problema no começo da década seguinte revelaram que o mesmo estava longe de ser
completamente compreendido.
3. Observações recentes
No progresso da década seguinte, com o boom das redes sociais e consequentemente
mais facilidade estatística de medida global, o estudo quantitativo da exclusão digital
ganhou grande aceleração. Novas subformas do fenômeno, como o termo “Facebook
Divide” termo cunhado por Alan Yung (2007), usado para denominar ao uso e impacto
do Facebook na sociedade, exploraram novos elementos a serem explorados – como o
capital social, nesse caso. Outros exemplos observados na época de 2010 são a exclusão
digital por meio de sinal de internet móvel, colateral da popularização de smartphones,
e a exclusão de educação digital, vigorosamente documentada durante a pandemia de
COVID-19.
Referências bibliográficas
BOHLIN, E.; SRINUAN, C. Understanding the digital divide: A literature survey and
ways forward. In: 22nd European Regional Conference of the International
Telecommunications Society (ITS2011), 2011, Budapeste. Proceedings of the 22nd
European Regional Conference of the International Telecommunications Society
(ITS2011): Innovative ICT Applications - Emerging Regulatory, Economic and
Policy Issues, 18 - 21 set. 2011. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/254460217_Understanding_the_digital_divide
_A_literature_survey_and_ways_forward. Acesso em: 28 set. 2023.
HARMON, A.; WEBBER, J. Daily Life’s Digital Divide. Los Angeles Times, Los
Angeles, 3 jul. 1996.
YUNG, A. From Digital Divide to Facebook Divide. Nova Déli: Jaipuria Institute of
Management, v. 3, n. 1, p. 1, jan.-jun. 2017. Disponível em:
https://ssrn.com/abstract=2983729. Acesso em: 28 set. 2023.