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Estrutura Sugerida P Tcc-I Arq 22-08-2007

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1 Diferenças entre Projeto de Pesquisa e Trabalho de Conclusão

de Curso
Antes de avançar em esclarecimentos, vale lembrar que a denominação Monografia
aplica-se a trabalhos de pós-graduação, na graduação usa-se o termo Trabalho de
Conclusão de Curso. Por isso TCC.
Ao iniciar a disciplina TCC I – arquitetura, solicitou-se a elaboração de um Projeto
de Pesquisa. Trata-se de documento no qual apresenta-se o planejamento para a
pesquisa que irá resultar no Trabalho de Conclusão de Curso.
O trabalho de conclusão difere do projeto de pesquisa em vários aspectos, mas
principalmente por tratar-se do trabalho concluído e não de planejamento. Observa-se a
ausência, por exemplo, do tópico cronograma.
2 Estrutura geral do Trabalho de Conclusão de Curso
De forma semelhante ao projeto de pesquisa, o trabalho de conclusão de curso é
estruturado em elementos, sendo esses elementos constituídos de diversos tópicos. Cita-se aqui
alguns tópicos, havendo outros a incluir, conforme particularidades do trabalho e autor:
ELEMENTOS EXTERNOS
− Capa / Lombada.
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
− Folha de rosto;
− Termo de aprovação;
− Dedicatória;
− Agradecimentos;
− Sumário;
− Lista de ilustrações;
− Lista de abreviaturas, Siglas e Símbolos;
− Resumo.
ELEMENTOS TEXTUAIS
− Texto:
− Introdução;
− Desenvolvimento ou corpo;
− Conclusão.
ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO
− Citações;
− Notas de rodapé;
− Ilustrações:
− Tabelas;
− Quadros;
− Figuras.
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
− Glossário;
− Referências;
− Apêndices e anexos.
Importante: deve-se ter em mente que a estrutura sugerida visa o ordenamento das idéias
trabalhadas no documento, não se trata de uma seqüência de atividades para a elaboração
desse documento. Certamente muitas atividades/etapas do trabalho ocorrerão em paralelo,
apesar de apresentadas segundo uma seqüência didática!!!!!
Das bibliografias para auxílio à formatação de trabalhos acadêmicos, uma das mais
indicadas no Brasil é a coleção Normas para Apresentação de Trabalhos, da UFPR. Como
segunda indicação cita-se o Cadernos Metodológicos, da UNOCHAPECÓ.
A seguir explica-se brevemente os elementos e alguns de seus tópicos.
3 Elementos pré-textuais
Resumo
Segundo... O resumo é uma apresentação geral e concisa do texto, apontando as questões
mais importantes.
Observa-se sobre o resumo:
1. Precede o texto, possui entrelinha menor e é apresentado em folha distinta;
2. É redigido em um único parágrafo;
3. Pode ser composto por diversas frases (e não apenas uma);
4. Não deve ser dividido em tópicos ou títulos;
5. Em trabalhos de conclusão de curso deve possuir, no máximo, 250 palavras;
6. Evitar o uso de citações bibliográficas;
7. Ressaltar objetivos, métodos, resultados e conclusões;
8. Localizar a pesquisa no tempo e espaço.

4 Elementos textuais
Diversas são as formatações sugeridas para monografias acadêmicas, porém, no
contexto da arquitetura, parece adequar-se a proposta explanada a seguir.

4.1 Texto
Segundo a série Normas para apresentação de trabalhos científicos, da UFPR,
“texto é a parte do trabalho em que o assunto é apresentado e desenvolvido. Pode ser
dividido em seções ou capítulos e subseções. Cada seção primária deve iniciar em folha
própria” (UFPR, p. 27, 2002).

4.1.1 Introdução ou Considerações Iniciais (Capítulo 1)


Deste capítulo constituem vários tópicos, introdutórios do assunto a ser explorado.
Aconselha-se iniciar-se por um texto de contextualização (ou introdutório), onde o aluno
localiza o assunto no tempo e no espaço, introduzindo a problemática que será construída e mais
precisamente apresentada no tópico “problema”.

Tema
Por tema, pode-se entender a nomeação do assunto abordado. Por exemplo:
- Museu da Colonização do Extremo Oeste Catarinense;
- Habitação de Interesse Social na Vila Betinho;
- Centro de Convenções em Dionísio Cerqueira.
Quando da apresentação de um projeto de pesquisa, é apresentado em um tópico
a parte. No caso de trabalho monográfico, basta enunciá-lo, sob a forma de título do
trabalho.

Motivação Pessoal
Como o próprio título informa, este tópico, facultativo, informa ao leitor os porquês
do envolvimento do aluno com o assunto. Deve ser breve e pouco emotivo. Dentre os
motivos normalmente citados, encontramos: curiosidade e vontade de preencher uma
lacuna na formação acadêmica, experiências extra-universitárias profissionais ou
amadoras, vinculação com o histórico familiar do aluno...

Problema
Conforme já expresso no projeto de pesquisa, caberá a este tópico breve
introdução, concluindo com a formulação de questionamento, evidenciando-se a busca
por uma resposta, no caso, sob a forma de uma proposta arquitetônica preliminar. Ex.
- Qual a conformação arquitetônica adequada para o Museu da Colonização do Extremo
Oeste?
- Como responder arquitetonicamente à dinâmica dos programas em Habitação Social?
Em outras áreas do conhecimento, normalmente, o tópico seguinte seria a hipótese,
resposta provisória para o problema. Esta hipótese seria verificada ao longo do trabalho,
concluindo-se pela sua validade ou refutamento.

Hipótese
Ocorre que em uma monografia na área de arquitetura a hipótese consiste em uma
proposta arquitetônica específica para o contexto analisado, necessariamente construída
a partir de criteriosa análise, o que praticamente inviabiliza apresentá-la de início, antes
da coleta e análise dos dados. Assim, parte-se diretamente do problema para a
justificativa.
Alguns autores poderão, no entanto, optar por apresentar uma hipótese com o
intuito de balizar a fase de pesquisa. Esta hipótese, porém, deve ser expressa de forma
superficial, apenas como partido arquitetônico (SILVA, 1998).

Objetivos
Este tópico pode ser dividido em dois, objetivo geral e objetivos específicos. O
primeiro refere-se à intenção central do trabalho, enquanto que o segundo a metas
importantes para se atingir a intenção central. Também pode-se ter como objetivos
específicos intenções práticas para o trabalho acadêmico em um contexto maior que
aquele abordado. Lembre-se: os objetivos devem iniciar por verbo; os objetivos
específicos são facultativos.

Justificativa
Este tópico deve esclarecer ao leitor a importância do trabalho, sua contribuição
para a sociedade, estudantes e profissionais. Deve ser direto, neste aspecto diferindo da
introdução e da motivação pessoal do aluno.

Estrutura
Este tópico visa substituir o item metodologia, presente no projeto de pesquisa. Pr
metodologia, entende-se os passos e métodos propostos para se dar cabo da pesquisa.
Por estrutura do trabalho, entende-se a descrição da organização do trabalho. A maneira
como os assuntos foram dispostos, ordenados, explicitando-se sua relação seqüencial.
Quanto a essa disposição, deve ser cuidadosamente estudada, de forma a conduzir ao
fechamento do trabalho sem pressa, com método.
Lembra-se que as conclusões terão momentos certos para serem apontadas. Não
misture dados e experimentos com conclusões, sob pena de se chegar ao final repetindo
partes do texto.
4.2 Desenvolvimento ou Corpo
“O desenvolvimento ou corpo, como parte principal e mais extensa do trabalho,
visa expor o assunto e demonstrar as principais idéias. É, em essência, a fundamentação
lógica do trabalho” (UFPR, p. 29, 2002).
Não existe uma estrutura única para o corpo do trabalho. Ela dependerá das
especificidades da área ou particularidades da pesquisa.
Sugere-se, a seguir, partes importantes para o corpo do trabalho de conclusão de
curso em arquitetura, mas que não necessariamente deverão ser apresentadas na ordem
sugerida.

4.2.1 Revisão de Literatura (Capítulo 2)


Também denominada Fundamentação Teórica.
Trata-se de apanhado geral de conhecimentos produzidos sobre o tema
investigado, ou que, de alguma forma, contribuam para a definição do partido
arquitetônico (posteriormente).
Este capítulo tem por objetivo, fazer um resgate, através da literatura disponível, do
que se escreveu a respeito do objeto arquitetônico estudado. Verificando em que contexto
está ocorrendo a produção arquitetônica contemporânea.
Observa-se sobre a revisão de literatura:
− trata-se de elemento essencial no trabalho de conclusão de curso;
− permite ao autor mostrar o grau de conhecimento que possui a respeito do tema;
− deve limitar-se às contribuições mais importantes, que realmente influenciaram discussões e
projetos arquitetônicos;
− deverão figurar nesta etapa os principais autores no tema, assim como os principais
pensamentos que nortearão o desenvolvimento da proposta de projeto arquitetônico;
− a escolha dos autores e pensamentos deverá ser crítica, visando construção de embasamento
teórico;
− nenhum partido arquitetônico conseqüente nasce do nada, toda proposta está diretamente
vinculada a idéias, conhecimentos, valores e experiências anteriores.

Exemplos:
1) Caso o tema seja Centro Cívico Municipal:
Sugere-se iniciar pela definição desse tipo de espaço, apontando sua função. Pode-
se apresentar como evoluiu ao longo da história, apontando exemplos. O aluno também
poderá investigar quais arquitetos, teóricos ou não, mais influenciaram projetos nesta
área. Quais pensamentos estavam ligados a esses projetos. Também poderão ser
mencionadas idéias não contempladas por projeto algum.
Pode-se discutir a importância desse espaço no meio urbano, sua localização, sua
necessidade. É melhor um centro ou optar pela descentralização?
Como esse espaço se configura em outras culturas? Outros sistemas de governo?
Possivelmente, para o tema mencionado, surjam projetos de arquitetos fortemente
vinculados a ideologias e correntes arquitetônicas: poder-se-ia citar Albert Speer,
vinculado ao nazismo e à corrente neoclássica, Le Corbusier ligado às idéias
democráticas e ao estilo internacional... a discussão a respeito do antagonismo teórico
entre estes e outros autores, refletida nos projetos, poderia conduzir a um caminho para a
proposta a ser desenvolvida.
2) Caso o tema seja uma igreja católica:
É interessante apresentar um brevíssimo histórico dessa religião.
Após, recomenda-se apresentar a evolução, ao longo dos tempos, desse tipo de
tempo, até os dias atuais.
Também é necessário mencionar os valores simbólicos que repercutem no edifício:
tais como posição do altar, da porta de acesso principal, “via sacra”, campanário...
Provavelmente esse tipo de edificação também sofre influência de ideologias: talvez
a simplicidade, a ostentação...

4.2.2 Estudo de Casos (Capítulo 3)


Os estudos de caso poderão aparecer antes ou depois da proposição do programa,
dependendo das características do estudo.
Em muitas situações, a realização do estudo de projetos ou edificações (casos) antes
da proposição do programa será interessante, pois poderá contribuir para proposição de
espaços não pensados até então, porém necessários.
Em outras situações, quando a tipologia geral da edificação é bastante óbvia,
pode-se realizar o estudo de casos após a definição de um programa preliminar.
Quando não se tem segurança da tipologia arquitetônica que melhor se presta à
solução, ou mesmo quando há diversos terrenos possíveis, pode ser mais interessante
fazer os estudos de caso após a proposição do programa, sendo que este poderá ser
alterado em função dos casos analisados. Como exemplo, cita-se o caso em que trata-se
de habitação de interesse social. Digamos que há opções de terrenos na periferia, onde a
tipologia mais viável seria a habitação unifamiliar, e terrenos no centro urbano, onde se
viabilizaria a edificação multifamiliar em 4 pavimentos. Os casos as serem analisados
dependerão da definição da solução que melhor serve ao problema.
De forma geral, podemos ter dois tipos de obras e projetos a serem analisados:
com problema e/ou programa bastante parecidos; ou com algum aspecto de interesse.

Com problemas bastante parecidos (programas, terrenos, clima...)


Aconselha-se a análise de ao menos três obras ou projetos. Não basta a simples
exposição do projeto ou obra, acompanhada de textos de revistas.
É necessário que se justifique a escolha e se faça realmente uma análise. Deverão
aparecer, assim, no mínimo três questões para cada estudo de caso:
- pertinência ao problema analisado: onde se justificará a escolha daquele caso;
- aspectos positivos: onde se indicará as soluções adotadas e aspectos como originalidade,
correção, qualidade...
- aspectos negativos: diz-se que arquitetura é “a escolha do menor mal”. Para cada estudo
de caso apontado, deverão constar as questões que não foram plenamente resolvidas e
seus porquês.

Com um ou mais aspectos interessantes, com potencial para contribuir para a


construção da solução arquitetônica buscada.
De forma semelhante ao item anterior, os projetos e obras que aparecerem nesta
parte da monografia deverão ser justificados, constando-se os aspectos positivos e as
implicações negativas da solução.
Exemplo:
Tratando-se o tema de igreja, seria fácil justificar a inclusão da análise de um
ginásio de esportes, pelos grande vãos desse tipo de edifício, algo presente também em
igrejas. Poder-se-ia citar qualidades do sistema estrutural adotado, mas não se deixaria
de fazer referências a problemas existentes relativos à solução, como necessidade de
manutenção constante, alto custo de construção, complexidade das fundações...

4.2.3 Caracterização do problema (Capítulo 4)


Esta etapa constituiria a de Levantamento e Análise de Dados em trabalhos de
conclusão de curso em outras áreas.
É composta por extensa reunião de informações, todas úteis de alguma maneira
para a avaliação do problema e proposição de uma solução arquitetônica. Trata-se da
reunião das variáveis que atuam sobre a questão arquitetônica a ser resolvida.
Usualmente, inicia-se com um breve histórico do sítio, município, cidade... (visto
que o histórico do tema provavelmente terá aparecido na revisão histórica). Quando
trata-se de ampliação ou revitalização de um edifício, é nesta etapa que o aluno deverá
descrever os motivos de sua construção, como se deu a obra, materiais utilizados, data
de inauguração, como foi utilizado, motivos do abandono e da deterioração...
É também neste capítulo que deve-se apresentar estudos para dimensionamento da
demanda para a qual será realizada proposta.

Dimensionamento da demanda
Através de ferramentas diversas, neste tópico, o autor buscará mostrar a existência
real da demanda por uma intervenção arquitetônica. Entre outras, cita-se as seguintes
ferramentas de pesquisa:
− questionários;
− dados de sensos populacionais;
− entrevistas;
− avaliação de espaços existentes...
Caberá ao aluno reunir dados que permitam propor um programa arquitetônico.
Poderá utilizar-se de entrevistas, avaliação estatística ou apoio bibliográfico. Deverá
estimar o número de usuários (considerando moradores, funcionários e/ou clientes...) e,
em função destes, verificar a quantidade de ambientes/espaços necessários e suas
dimensões.

Proposição do Programa
Em função dos dados levantados, deve-se apresentar estimativa dos
espaços/edificações necessários, assim como suas características.
Observa-se que deve-se demonstrar conhecimento da organização espacial
necessária. O que pode ser feito apresentando-se organogramas e fluxogramas, ou
meios que permitam visualização prévia da organização dos espaços/edificações.

Dimensionamento arquitetônico
Confirmada e dimensionada a demanda, com base no programa, é momento de
traduzir essa demanda para espaços dimensionados.
- o pré-dimensionamento deve atender requisitos mínimos de funcionalidade e conforto;
- espaços diferentes pressupõem necessidades diferentes: iluminação, aberturas,
revestimentos diferenciados...
Com o programa arquitetônico e dimensionamentos definidos, será possível (se for o caso)
determinar qual o terreno que melhor atende as exigências verificadas.

Análise de terrenos
Levantamento e análise de dados dos terrenos.
Caso o objetivo seja o projeto de uma nova edificação, deve-se levantar os
possíveis terrenos (com curvas de nível, dimensões, orientação, arborização...), ruas
adjacentes, comércio e usos das edificações próximas.
Seguem alguns aspectos a serem analisados:
− entorno (arquitetura do entorno, caracterização da região ou bairro...);
− topografia;
− cobertura vegetal;
− infra-estrutura urbana;
− condicionantes legais;
− viabilidade econômica;
− condicionantes ambientais;
− edificações existentes;
− aspectos históricos do lugar.
Após a apresentação de todos os possíveis terrenos deve-se apresentar uma síntese
permitindo a avaliação de qual a melhor opção para a solução da demanda existente.

Levantamentos e análise de dados referente ao tema


É cada vez maior o volume de normas, leis, convenções, etc. Assim, é necessário
fazer um apanhado daquelas pertinentes ao tipo de projeto a ser lançado.

4.2.4 Proposta (Capítulo 5)


Considerando que o autor possui prática de projeto (adquirida nas aulas de projeto
arquitetônico), conhecimento teórico a respeito do tema abordado, que conhece as
principais discussões produzidas, que tem domínio sobre seu problema específico
(...local, clima, programa específicos) e que também analisou soluções para problemas
semelhantes, espera-se que consiga informar ao leitor quais serão as linhas gerais da
solução arquitetônica que desenvolverá na próxima e conclusiva etapa do curso de
graduação. Para tanto, nesta etapa, sugere-se que apresente suas intenções sob a
seguinte forma:
- Memorial descritivo;
- Memorial justificativo;
- Proposta arquitetônica preliminar.
Memorial descritivo
Constitui-se de descrição sucinta do partido geral da proposta. Dimensões gerais,
setorização, acessos de pedestres e veículos, orientação, número de pavimentos...

Memorial Justificativo
Neste tópico o aluno deverá apresentar as idéias gerais que conduzirão a proposta
a ser elaborada. São vários os caminhos possíveis, cada um com seus próprios porquês.
Exemplo:
Caso esteja trabalhando com um Centro Cívico, poderá falar da necessidade de
contemplar questões como o pensamento democrático e a participação popular, que por
sua vez repercutirão em edificações localizadas em lugar servido (ou que possa vir a ser)
por meios de transporte, acessíveis para todos os cidadãos, ou seja, livres de escadas ou
obstáculos aos deficientes, com entradas e aberturas amplas, expondo os serviços ali
realizados.
Nesse mesmo espírito, uma câmara de vereadores poderia conter amplo auditório,
prevendo presença da população nas tomadas de decisões, ao contrário de pequenas
salas de reuniões enclausuradas.
Caso o aluno manifeste preocupação com eficiência energética e preservação do
meio ambiente, poderá prever o uso de iluminação natural, aquecimento solar, captação
de águas pluviais etc.
Caso considere a necessidade da obra gerar renda para a cidade, poderá optar
pelo uso de materiais fabricados ali, mão-de-obra local, tecnologias acessíveis etc.
As idéias apresentadas do memorial justificativo serão norteadoras do
desenvolvimento do projeto, tomando forma somente nas próximas etapas do trabalho.
O memorial será a expressão da filosofia de projeto, dos princípios do trabalho
apresentado.
É no memorial que justifica-se o partido arquitetônico (descrição geral da proposta
a ser representada graficamente). Quais os motivos das tipologias adotadas (horizontal,
vertical, escalonada...)? ou da relação entre edifícios (organização radial, linear...)? da
forma de ocupação do terreno (minimizada, linear...)? da localização de estacionamentos
(subsolo, térreo...)? do funcionamento das circulações (circulares, lineares...) e acessos
(veículos, pedestres, serviços...)? da orientação (vistas, insolação, construções
vizinhas...)?
Também deve-se justificar as tecnologias e estratégias bioclimáticas adotadas, entre
outros aspectos.

Proposta Arquitetônica Preliminar


Nesta etapa, sem grande pormenorização, informa-se, sob forma gráfica
predominantemente, como a solução trata as limitações contextuais e os objetivos
definidos no programa. Mostra-se como se ocupará o terreno, considerando-se o clima,
acessos, construções vizinhas, vegetação existente... Localiza-se as edificações e áreas
não edificadas, como estacionamentos, jardins etc, tanto no plano horizontal como no
vertical.
Também é desejável que se aponte os sistemas estruturais que serão adotados e
como se enfrentará questões como insolação, declividades acentuadas, acessibilidade
etc.
Por tratar-se de uma representação com fins didáticos, cores e hachuras são bem
vindas, se bem empregadas. Seu uso facilita a percepção do ordenamento (estrutura)
espacial proposto (hierarquia entre espaços/construções, funcionamento das
circulações...).
Aconselha-se que o grau de definição não ultrapasse o recomendado para estudos
preliminares, mantendo a representação, embora considerando proporções e escalas
corretas, sob a forma de croquis. As escala empregadas, obviamente, dependerão das
dimensões a serem representadas.

4.3 Conclusão

4.3.1 Considerações finais (Capítulo 6)


Finalmente, o aluno fará a discussão de fechamento do trabalho. Nela, poderá
retomar brevemente a problemática percebida, a filosofia que norteou seu trabalho e as
soluções apresentadas.
Deverá verificar o atendimento dos objetivos traçados e problemas decorrentes das
decisões tomadas. Esses problemas deverão ser ponderados sob a visão do todo,
mostrando-se que não são de grande relevância em comparação aos benefícios do
projeto.
Por fim, poderá indicar outros temas, relacionados com as idéias de seu trabalho,
que poderão ser desenvolvidos nos próximos semestres, possivelmente aprofundando
questões.

5 Elementos Pós-Textuais

5.1.1 Glossário (opcional)


Segundo ...UFPR, “glossário é a relação, em ordem alfabética, de palavras ou
expressões de uso restrito ou sentido obscuro, acompanhadas das respectivas definições
(...). O glossário deve aparecer depois do texto e antes das referências.”

5.1.2 Referências
Trata-se de uma lista, em ordem alfabética, dos documentos citados pelo autor no
texto.
Alerta-se para que não apareçam entre as referências documentos de suporte do
tipo: dicionários ou normas para apresentação de trabalhos,
Difere de bibliografia, que trata-se de uma lista de documentos de determinado
assunto ou autor. Esta pode aparecer no projeto de pesquisa listando as obras a serem
consultadas.
Lembra-se que não se numera o tópico referências.
5.1.3 Apêndices
Por apêndices, entende-se dados importantes para o trabalho, utilizadas pelo
autor, de sua autoria, porém não inclusas no corpo. Podemos colocar em apêndices
tabelas volumosas, questionários e respostas, dados levantados...
Observa-se que não se numera o tópico apêndice. Porém, cada sub-item deve ser
numerado:
APÊNDICE 1
APÊNDICE 2
...

5.1.4 Anexos
Por anexos entende-se elementos importantes para o entendimento do trabalho,
mas que não são de autoria do aluno e volumosos demais para serem inseridos no corpo
do trabalho. Podemos inserir como anexos resultados de pesquisas de outros autores,
dados fornecidos por institutos...
Observa-se que não se numera o tópico anexos. Porém, cada sub-item deve ser
numerado:
ANEXO 1
ANEXO 2
...

Referências
SILVA, Elvan. Uma introdução ao projeto arquitetônico. 2. ed. rev. e ampl. Porto
Alegre : Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1998.
UFPR, Normas para Apresentação de documentos científicos, 2 (Teses, dissertações,
monografias e trabalhos acadêmicos). Editora UFPR. Curitiba, 2002.

Bibliografias recomendas
http://www.cneccapivari.br/npcc/images/modelo_projeto.pdf (em 20/02/2007).
COMAS, Carlos Eduardo. Projeto arquitetônico: disciplina em crise, disciplina em
renovação. São Paulo: Projeto, 1986.
SERRA, G. G. . Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo - Guia prático para o trabalho
de pesquisadores em pós-graduação. 1ª. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo - Editora Mandarim, 2006. v. 1. 256 p.
SILVA, Elvan. Uma introdução ao projeto arquitetônico. 2. ed. rev. e ampl. Porto
Alegre : Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1998.
UFPR, Normas para Apresentação de documentos científicos, 2 (Teses, dissertações,
monografias e trabalhos acadêmicos). Editora UFPR. Curitiba, 2002.

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