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A Educação Física Inclusiva No Ambiente Escolar em Centenário - TO

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INCLUSIVE PHYSICAL EDUCATION IN THE CENTENAR-TO SCHOOL

ENVIRONMENT

Ruhena Kelber Abrão


UFT
kelberabrao@gmail.com

Ida Costa Brito


UFT
idabrito@gmail.com

INTRODUÇÃO
Nas experiências vivenciadas durante as disciplinas na graduação sobre
inclusão no curso de Educação Física, bem como as práticas e experiências em sala,
ao longo da trajetória acadêmica, observa-se professores com diferentes posturas no
que diz respeito à educação inclusiva na área curricular, principalmente em minha
cidade natal, Centenário no Tocantins. É perceptível que há àqueles professores que
resistem ao processo de inclusão em sala de aula, muitas vezes por terem temor do
desconhecido, do diferente, do insucesso por não ter experiência ou não ser
preparado durante seus estudos acadêmicos para desenvolver um trabalho
pedagógico com a inclusão (ABRÃO e SOUZA, 2012).
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Quando mencionamos inclusão escolar sempre surgem vários
questionamentos a respeito do assunto, questões essas que a autora Mantoan (2003)
relata em livro Inclusão Escolar. De acordo com a autora voltada
para a cidadania global, plena, livre de preconceitos e que reconhece e valoriza as
). A educação inclusiva não utiliza práticas de ensino
especificas para a deficiência, cada aluno aprende em um limite de tempo, o professor
tem que levar em conta os limites de cada sujeito, bem como tentar explorar as
possibilidades de cada um.
Segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação
Básica (DNEEEB), o processo educacional escolar é definido por
Uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais
especiais, organizadas institucionalmente para apoiar, complementar,
suplementar e em alguns casos substituir os serviços educacionais comuns
de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das
potencialidades (2001, p.69).
Diante disto faz-se necessário que os professores adotem práticas
pedagógicas que proporcionem uma aprendizagem significativa, estando atento às
possibilidades de cada aluno, pois de acordo com a Constituição Federal (Brasil,
1988), e as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9.394/96 (Brasil 1996),

todos e que as pessoas com necessidades especiais devem ter atendimento


educacional preferencialmente na rede regular de ensino, garantindo atendimento
edu
Visando assim atender todos os alunos que tenham necessidades, bem como garantir
um aprendizado significativo, assim como tentar compreender como acontece a
inclusão dos alunos com deficiência nas aulas de educação física foi realizada uma
pesquisa bibliográfica para depois entrar na pesquisa de campo.

e alguma forma uma


aprendizagem. Ao se tratar de pessoas com deficiência são vários os caminhos a
serem seguidos para compreender as.
Atualmente o grande desafio da educação inclusiva brasileira é a implantação
de uma educação de qualidade e com a organização de escolas que atendam a todos
os alunos sem que haja qualquer tipo de discriminação ou preconceito e que
reconheçam as diferenças nos fatores de risco, contribuindo então, no processo
educacional. Mantoan (2005) afirma que:
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A escola tem que ser o reflexo da vida do lado de fora. O grande ganho, para
todos, é viver a experiência da diferença. Se os estudantes não passam por
isso na infância, mais tarde terão muita dificuldade de vencer os preconceitos.
A inclusão possibilita aos que são discriminados pela deficiência, pela classe
social ou pela cor que, por direito, ocupem o seu espaço na sociedade. Se
isso não ocorrer, essas pessoas serão sempre dependentes e terão uma vida
cidadã pela metade. Você não pode ter um lugar no mundo sem considerar o
do outro, valorizando o que ele é e o que ele pode ser (MANTOAN, 2005,
p.21).
Para tanto, buscamos, nesse trabalho, analisar como ocorre a inclusão dos
alunos com deficiência, nas aulas de Educação Física em Centenário, um município
no interior do estado do Tocantins que fica, aproximadamente, 310 km da capital,
Palmas, a partir da pergunta como estão sendo realizadas as aulas de Educação
Física para os alunos com deficiência em Centenário/TO?
Desde o início de minha graduação, em 2015, meu olhar, enquanto futura
professora de Educação Física, versa questões relativas as deficiências e a inclusão
aguçavam o meu olhar enquanto pesquisadora. Logo no primeiro semestre da
graduação, na disciplina de Jogos, o professor responsável pela disciplina, um dia, fez
uma abordagem envolvendo envelopes pregados em baixo das carteiras contendo em
alguns algumas deficiências. Cegueira, surdez, mobilidade reduzida, cadeirante,
alguns transtornos e algumas síndromes.
Junto com alunos do curso de pedagogia do nono semestre que realizavam a
disciplina de Educação Especial e Inclusiva, pude ter a minha primeira vivência neste
universo. Lembro que alguns de meus colegas choraram neste dia, aos quais ficaram
desconfortáveis com o tratamento que outros colegas tiveram (o objetivo era,
incialmente, excluir os colegas com deficiências, tentando retratar o que, de forma
inconsciente, muitas vezes, fizemos ou ainda fazemos em nossas práticas
pedagógicas).
Diante destes argumentos, todas as disciplinas que abordaram de forma
direta ou indireta a Educação Especial, bem como a inclusão chamaram minha
atenção. Tal fato me fez pensar no município a qual nasci, Centenário, uma cidade
pequena com quase três mil habitantes no interior do estado.
Por ser uma cidade muito pequena, infelizmente há poucos profissionais
formados atuando em suas respectivas áreas, quando remetidos à educação especial,
educação inclusiva ou atendimento educacional especializado, infelizmente esse
número fica ainda menor. Nesse sentido, em minhas vivências, como estudante nesta
cidade, nunca consegui perceber essa inclusão nas aulas práticas e teóricas e assim

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foi algo que me motivou a escrever a respeito desse tema e a aprimorar meus estudos,
pois pretendo verificar se nas escolas as quais fui aluna houve mudanças e como esta
acontecendo, ou não, a inclusão de alunos com deficiência nas aulas de Educação
Física.

METODOLOGIA
Os procedimentos metodológicos que foram adotados envolveram a observação
dos espaços escolares tais como corredores, banheiros, observações de sala de aula,
quadra de esporte, interação no ambiente escolar, pesquisa documental de uma
unidade escolar, bem como a pesquisa bibliográfica a respeito do tema abordado. De
acordo com Severino (2002, p. 77):
A pesquisa bibliográfica tem por objetivo a descrição e a classificação dos
livros e documentos similares, segundo critérios, tais como autor, gênero
literário, conteúdo temático, data e etc. Dessa técnica resultam repertórios,
boletins, catálogos bibliográficos. E é a eles que se deve recorrer quando se
visa elaborar a bibliografia especial referente ao tema do trabalho. Fala-se de
bibliografia especial porque a escolha das obras deve ser criteriosa, retendo
apenas aquelas que interessem especificamente ao assunto tratado.

No que tange à pesquisa bibliográfica, foram consultados livros, revistas e artigos


em periódicos especializados, bem como a pesquisa empírica, pois refere-se também
a um Estudo de Caso, na qual as unidades a serem analisadas foram duas escolas
no município de Centenário/TO. Para embasar este primeiro passo da pesquisa
bibliográfica nos baseamos em Cervo e Bervian (2002, p.65) quando os mesmos
mencionam que:
A pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências
teóricas publicadas em documentos. Pode ser realizada independentemente
ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Ambos os casos
buscam conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do
passado existentes sobre um determinado assunto, tema ou problema.
Desta forma, a pesquisa se realiza mediante um processo no qual se buscam
informações para responder questionamentos e cada investigação feita, permite um
pensar reflexivo a respeito do assunto que nos intriga e nos motiva a querer aprimorar
as práticas docentes.
Para tanto, realizamos observações nas duas escolas do município de
Centenário/TO, perfazendo 8 horas de observação em cada unidade escolar,
buscando ver se há aluno alunos com deficiências inseridos no contexto escolar, bem
como, se as Unidades Escolares estão adaptadas e se há acessibilidade de alunos
com deficiências.

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A inclusão no contexto escolar
A Constituição Brasileira garante a todos o acesso à escola, atendendo ao que
a lei prescreve, não podendo excluir nenhum aluno em razão de sua origem, raça,
sexo, cor, idade, deficiência ou ausência de quaisquer outras condições que o
discrimine (ABRÃO E SOUZA, 2012).
Pelo o artigo 208, inciso III, a constituição de 1988, é assegurado o Atendimento
Educacional Especializado aos alunos com deficiência, em todos os níveis de ensino
escolar, sendo oferecido de preferência, nas escolas comuns (BRASIL, 1988).
De acordo com a Constituição Federal (BRASIL, 1988), a escolarização de
todos os alunos é da competência da educação comum e a educação especial
completa a formação educacional de alguns, Além da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDBEN) (BRASIL, 1996), o Estatuto da Criança e do
Adolescente ECA, Lei Nº 8.069/90 no artigo 55, reforça os dispositivos relativos à
matrícula obrigatória de alunos na rede regular de ensino como obrigação dos pais ou
responsáveis.
Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo
prazo, de natureza física, mental ou sensorial que, em interação com diversas
barreiras, podem ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na
sociedade (ODEH, 2000).
Contudo, mesmo com a participação restringida, o acesso desses alunos a
escola é uma realidade em nosso país. De acordo com o Censo Escolar/MEC/INEP
há uma evolução no número de matrículas na última década, fato este evidenciado
com a implementação do Atendimento Educacional Especializado (AEE), a qual tem
como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de
acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos,
considerando suas necessidades específicas.
As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado
diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas
à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos
alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela (RIBEIRO,
2003). Segundo as palavras do autor este atendimento educacional especializado é
organizado para auxiliar o desempenho dos alunos, sendo obrigatória a oferta dos
sistemas de ensino.

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Para atuar na educação especial, o professor deve ter como base da sua
formação, inicial e continuada, conhecimentos gerais para o exercício da docência e
conhecimentos específicos da área. Os sistemas de ensino devem organizar as
condições de acesso aos espaços, aos recursos pedagógicos e à comunicação que
favoreçam a promoção da aprendizagem e a valorização das diferenças, de forma a
atender as necessidades educacionais de todos os alunos. A acessibilidade deve ser
assegurada mediante a eliminação de barreiras arquitetônicas, urbanísticas, na
edificação incluindo instalações, equipamentos e mobiliários e nos transportes
escolares, bem como as barreiras nas comunicações e informações (ABRÃO E
SOUZA, 2012).
No entanto, mesmo com uma perspectiva conceitual que aponte para a
organização de sistemas educacionais inclusivos, que garanta o acesso de todos os
alunos e os apoios necessários para sua participação e aprendizagem, as políticas
implementadas pelos sistemas de ensino não alcançaram esse objetivo.
Em 2007, a Secretaria Nacional de Educação Especial SEESP, do ministério
da Educação se posicionou em relação aos problemas que dificultavam a
compreensão da educação especial na perspectiva da inclusão escolar. Em
05/07/2007 um grupo de trabalho foi instituído pelo Senhor Ministro da Educação para
rever e sistematizar uma nova política, que desejavam a concretização do direito pleno
à educação de todos os cidadãos brasileiros sem discriminação.
Em razão disso, a nova Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva constitui um marco na educação Inclusiva, no qual os seguintes
objetivos devem orientar os sistemas de ensino: A presença transversal da Educação
Especial, da Educação Infantil ao Ensino Superior; O Serviço de Atendimento
Educacional Especializado AEE nas escolas comuns, o qual assegura o acesso a
continuidade da formação escolar e a participação dos alunos até os níveis mais
elevados de ensino; A formação de professores para oferecer a AEE; A acessibilidade
urbanística e arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, nos transportes, na
comunicação e na informação; A articulação intersetorial das políticas públicas e a
participação da família e da comunidade (ABRÃO E SOUZA, 2012).
O diferencial dessa política é a atualidade de suas de suas concepções
educacionais e o respeito ao direito indisponível de todos os alunos à educação
escolar, como dispõe a Constituição Federal de 1988. O direito ao ensino regular

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possibilita às crianças com necessidades especiais, o desenvolvimento de funções
cognitivas e sociais, que dão resultados significativos. Neste processo de
aprendizagem, estão envolvidos, professores e alunos com necessidades educativas
especiais (ABRÃO E SOUZA, 2012).
Todas as escolas brasileiras têm a obrigatoriedade de acolher, pois todo
brasileiro tem direito a educação. A abertura das escolas para as diferenças é,
principalmente, uma decorrência da legislação, com base na mesma, de políticas
públicas, implica em uma mudança nos processos de ensino e aprendizagem. É
importante que se reflita políticas públicas para professores e alunos, se tratando de
educação inclusiva (ABRÃO E SOUZA, 2012).
No que se refere às pessoas com necessidades especiais, infelizmente, nem
sempre foi o de aceitação das desigualdades. A partir de 1986 houve a substituição
de pessoas portadoras de deficiência, bem como de excepcionais, específica das
classes especiais, para pessoas com necessidades educativas especiais. As pessoas
com necessidades educativas especiais passam a ser vistas como cidadãs, com
direitos e deveres de participação na sociedade, trilhou um caminho que, em uma fase
inicial foi eminentemente assistencial, até chegar ao que hoje se denomina de
educação inclusiva (ODEH, 2000).
Verifica-se atualmente que tornou-se uma realidade, nas escolas,
principalmente as da rede pública de ensino, alunos com deficiência. É importante
registrar que isto proporciona grandes benefícios a este grupo da população. Outro
fato que vale a pena destacar é que em uma sala de aula, que conforme a Estratégia
de Matricula do Estado do Tocantins, a turma deve possuir até 40 alunos matriculados,
porém, onde há de dois à três alunos com necessidades educacionais especiais, a
turma ficará com um quantitativo de 23 alunos matriculados e se houver comprovação
de laudo médico de múltiplas necessidades, tem direito a um professor auxiliar em
sala de aula. De certa forma, isto é um avanço em relação ao passado, quando um
aluno com deficiência ficava apenas no fundo da sala de aula isolado ou em algum
outro canto da sala (CERQUEIRA, 2017). Ter assegurado uma política afirmativa em
nosso Estado, é, sem dúvida, um ganho para a educação de nossa população.
Para tanto, A Educação Especial, segundo as leis do Estado do Tocantins
O Conselho Estadual de Educação do Tocantins, segundo a Resolução nº. 1,
de 14 de janeiro de 2010, no uso das atribuições a ele conferidas pelo inciso
V do Art. 10 da Lei Federal nº. 9.394, de 20/12/96, resolve:

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Art. 1º. O Atendimento Educacional Especializado AEE, no Sistema
Estadual de Ensino, reger-se-á por esta Resolução.
Parágrafo único - Considera-se Atendimento Educacional Especializado o
conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos
organizados institucionalmente. Considera-se público alvo do AEE: alunos
com deficiência, aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza
física, intelectual, mental e sensorial. Consideram-se recursos de
acessibilidade na educação àqueles que asseguram condições de acesso ao
currículo para os alunos com deficiência ou mobilidade reduzida
(TOCANTINS, 2010, p. 14).

Vejamos o que assegura este documento:


O projeto pedagógico da escola de Ensino Regular deve institucionalizar a
oferta do AEE prevendo na sua organização: sala de recursos
multifuncionais: espaço físico, mobiliário materiais didáticos, recursos
pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos; alem de
professores para o exercício da docência do AEE, outros profissionais da
educação, como: tradutor/intérprete, instrutor de Língua Brasileira de Sinais,
guia-intérprete e outros.

:
I identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos,
de acessibilidade e estratégias, considerando as necessidades específicas
dos alunos público-alvo da Educação Especial;
II elaborar e executar plano de Atendimento Educacional Especializado,
avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de
acessibilidade;
III organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de
recursos multifuncionais;
IV ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades
funcionais dos alunos, promovendo autonomia e participação;
V estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum,
utilizando estratégias que promovam a participação dos alunos em todas as
atividades escolares (TOCANTINS, 2010, p. 15).

Nesse sentido, para que de fato o processo de inclusão de concretize, é


necessário que o corpo docente este preparado para lidar com esse tipo de alunado,
no qual cada sujeito é único nas suas particularidades. Na Lei de Diretrizes e Bases
na Educação Nacional (LDBEN), de 1996, mais especificamente o artigo 59, inciso III
menciona que os sistemas de ensino devem assegurar aos educandos com

ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular


capacitados para a integração des
1996, p. 44). Porém, infelizmente, muitas vezes, isso não é verificado, conforme afirma
Bueno (1999, p. 56), quando menciona que:
De um lado, os professores do ensino regular não possuem nenhum preparo
pedagógico para trabalhar com crianças que apresentem deficiências
evidentes e, por outro, grande parte dos professores do ensino especial tem
muito pouco a contribuir com o trabalho pedagógico desenvolvido no ensino

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regular, na medida em que têm construído sua competência nas dificuldades
específicas do alunado que atendem.

No entanto, ainda que a inclusão de alunos com necessidades educacionais


seja garantida pela legislação brasileira, na escola regular, sua efetivação ainda não
é uma realidade concreta devido à falta instrução que todos professores aos quais
deveriam ter em sua formação inicial, isto é, graduação. Sendo assim, percebe-se,
que a inclusão de alunos nas escolas possibilita diversas mudanças, como, por
exemplo, na linguagem, na postura do professor, na metodologia de ensino, na forma
de avaliar, nas atividades físicas, pois para Silva e Retondo (2008), o aluno precisa
ser atendido de forma que possa construir competências dentro de sua especificidade.
Acredita-se, que pensar em inclusão escolar significa levar em consideração
uma metodologia de ensino que vise a aprendizagem dando as mesmas
possibilidades físicas e teóricas, trabalhando não apenas de forma igualitária, mas
colocando em prática principalmente a equidade, como é nitidamente expressa na
Legislação brasileira (QUIXABEIRA, et al, 2018).
Em uma análise documental, a respeito dos avanços das políticas públicas
sobre pessoas com algum tipo de deficiência observou-se que:
A estrutura das sociedades, desde os seus primórdios, sempre inabilitou os
portadores de deficiência, marginalizando-os e privando-os de liberdade.
Essas pessoas, sem respeito, sem atendimento, sem direitos, sempre foram
alvo de atitudes preconceituosas e ações impiedosas. A literatura clássica e
a história do homem refletem esse pensar discriminatório, pois é mais fácil
prestar atenção aos impedimentos e às aparências do que aos potenciais e
capacidades de tais pessoas. Nos últimos anos, ações isoladas de
educadores e de pais têm promovido e implementado a inclusão, nas escolas,
de pessoas com algum tipo de deficiência ou necessidade especial, visando
resgatar o respeito humano e a dignidade, no sentido de possibilitar o pleno
desenvolvimento e o acesso a todos os recursos da sociedade por parte
desse segmento (MARTINS, 2012, p.23).

Historicamente as práticas sociais referentes as pessoas com deficiência


sofreram diversas modificações. Com o surgimento da instituição, como por exemplo,
as Santas Casas de Misericórdia, gera-se uma segregação, atendimento excludente,
pois o público que não se enquadrava dentro de um padrão dito normal aceito pela
sociedade ficava isolado nestas instituições, impedido de frequentar, muitas vezes,
espaços comuns como, por exemplo, escola ou igreja (JANNUZZI, 2004).

A importância da acessibilidade e inclusão de deficientes físicos nas escolas


A pessoa com deficiência deve ter direito à igualdade de oportunidades
assegurada. De acordo com a Lei de Diretrizes Básicas da Educação Nacional
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LDBEN, (BRASIL, 1996) deve começar ainda na escola, a partir do contato com
práticas e metodologias que garantam a acessibilidade.
Em outras palavras pode se dizer que é preciso preparo por parte dos educadores
e profissionais envolvidos na gestão escolar. Apesar da importância desse tema,
muitos lugares ainda não contam com as adaptações necessárias para atender
públicos tão diversificados. Nesse sentido, é importante buscar melhorias o quanto
antes para que a inclusão escolar se torne uma realidade comum. Conforme a
legislação abaixo, acessibilidade é a:
Possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e
autonomia, de espaços mobiliários, equipamentos urbanos, edificações,
transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e
tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público,
de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na
zona rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida
(BRASIL,2015, p.46).
Portanto, devemos fazer com que a escola consiga acolher crianças com algum
tipo de deficiência, visando o acesso à educação e minimizando os impactos
causados por diferentes condições. Buscando com que essas escolas tenham:
Formação de qualidade; Garantia de bem-estar físico e mental; Integração entre
alunos, pais e professores; Participação do indivíduo na sociedade; Adequar os
espaços da escola; Adotar itens que favoreçam a rotina do aluno; Utilizar
equipamentos adaptados para o lazer e esportes; Mudar as formas de abordagem;
Conhecer o estado geral do aluno; Procurar ajuda de diferentes profissionais; Envolver
a família na rotina escolar.
Acessibilidade e Inclusão são termas bastante usuais e estão nos argumentos
de todos os cidadãos. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),
(9050/94), acessibilidade é poder e conseguir utilizar, com segurança e autonomia, as
edificações, o espaço, o mobiliário e o equipamento urbano. O acesso ao espaço
físico urbano deve refletir o respeito que todo cidadão, deficiente ou não, merece das
políticas públicas. Garantir a dignidade humana constitui-se na construção da
cidadania.
Sem a possibilidade física de ir e vir, as demais prerrogativas, como educação,
saúde, trabalho, são impossíveis de serem exercidas. Cabe a Administração Pública
atender as necessidades especiais dessas pessoas, adaptando ruas e logradouros
para sua melhor locomoção, eliminando barreiras arquitetônicas, adaptando o seu
local de trabalho e/ou estudo, além de melhorar a oferta de serviço de transporte,

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indispensável na vida cotidiana. E assim podemos dizer que a acessibilidade é a porta
de entrada no que se refere inclusão, haja vista que sem acesso aos diversos
ambientes, não existe inclusão.
Não existe nada de muito novo em termos de acessibilidade a espaços
públicos. Quase todos os países têm legislação e conhecimento sobre a
forma como devem ser construídos e adaptados os locais e equipamentos
públicos (nomeadamente escolas) de forma a serem acessíveis. A
acessibilidade física, a sinalética, a circulação e a segurança podem, hoje,
ser facilmente uma realidade se sim, se as suas regras forem cumpridas
(RODRIGUES, 2008, p. 33).

São necessários novos projetos de arquitetura para adequar as escolas, para


que possam receber com qualidade os alunos com deficiência física. Por exemplo,
projetos que visem rampas, pisos, portas alargadas, sanitários e elevadores
adaptados, dentre outros. Deve-se adquirir consciência, de que todas as pessoas são
diferentes, bem como suas limitações e suas capacidades de superação.
Pesquisas da Organização Latino-Americana de Saúde revelam que o índice
de deficiência no Brasil é maior do que o de outros países de terceiro mundo, sendo
as causas de deficiência mais comuns as epidemias, a subnutrição, a falta de
saneamento básico, de prevenção, entre outras (MENDONÇA, 2002). Apesar de
muito se falar em inclusão social, ainda são poucas as pessoas com deficiência que
usufruem dos benefícios primários, por mais simples que pareça como a aquisição de
uma cadeira de rodas, por exemplo, ou acesso ao uso de transporte.
Apesar da Declaração de Salamanca e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
garantir a necessidade de preparação para os trabalhadores da educação, o que
ocorre na formação dos docentes está muito distante da prática pedagógica, não
capacitando com qualidade esses profissionais para trabalhar com a diversidade
(BRASIL, 1994; BRASIL, 1996).
Como desenvolver a Educação Inclusiva dentro de uma realidade social que
exclui boa parte população, por questões socioeconômicas e se propõe a incluir
alunos com deficiência que, historicamente, foram excluídos do sistema comum
regular de ensino? Houve então uma nova concepção, caracterizando-se a atitude de
educação e reabilitação como um novo modelo educacional. Entretanto, coexistia
ainda a marginalização por parte dos sistemas educacionais que não ofereciam
condições adequadas para atender as necessidades desses alunos e atingir a
eficiência no âmbito escolar.

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Para o Ministério da Educação/ Secretaria da Educação Especial (2006), é
importante demonstrar que a deficiência deve ser considerada como uma diferença
que faz parte da diversidade e não pode ser negad
ração de Salamanca, para
promover uma Educação Inclusiva, os sistemas educacionais d
diferenças humanas são normais e que a aprendizagem deve se adaptar às
necessidades das crianças ao invés de se adaptar a criança a assunções
preconceb
(BRASIL, 1994; BRASIL, 2006).
As leis garantem o direito ao atendimento a pessoas com deficiência, mas
percebe-se que as escolas públicas ainda apresentam características de acesso
precário. Pode-se observar que a arquitetura não foi projetada para a diversidade, em
um contexto inclusivo.
Para tanto, torna-se essencial, inicialmente, conceituar a acessibilidade,
esclarecendo sua importância nos dias atuais. No qual acessibilidade é conforme o
Decreto nº 5.296/2004, Artº 8º. Inciso I:
Condição para utilização, com segurança e autonomia total ou assistida, dos
espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços
de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e
informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida
(BRASIL, 2004, p.45).
Desta forma, com uma sociedade mais participativa que nos encontramos com
a acessibilidade, um dos fatores importantes do processo inclusivo, instituindo um
desafio a ser superado, pois são muitas as complexidades e barreiras arquitetônicas,
ou não, encontradas nas práticas pedagógicas das escolas, sejam elas públicas ou
privadas.
Desse modo, perece-se que os professores e outros profissionais vinculados à
educação enfrentam o desafio da inclusão no espaço escolar. Fato este que
compreendemos que não deveria ser assim, pois essa etapa de adequação à essa
nossa realidade já deveria ter sido superada. Nesse sentido salientamos que as
escolas devem estar adaptadas às necessidades de todos os alunos que precisam
dessas adequações, mesmo que, por vezes, estes sejam a minoria dentro das
escolas. Para que ocorra essas adequações, devemos ter nítido o conceito de
acessibilidade que conforme Lei Nº 10.098 de 19 de dezembro de 2000,
institui normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade
das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Assim a inclusão e a
-se ao processo de educar-ensinar, no
107
mesmo grupo, a crianças com e sem necessidades educativas especiais,
durante uma parte o
(BRASIL, 1994, p. 18).
Em relação ao espaço escolar, pode-se dizer que em meio a inúmeros
elementos em que a escola necessita para se ajustar e receber os alunos com
deficiência a adequação do meio físico está entre as fundamentais, uma vez que irá
possibilitar o acesso de todos ao meio educativo. A diversidade está presente entre
todos os alunos matriculados nas instituições de ensino em todo o país, desafiando a
sociedade de uma forma geral a um maior empenho com o processo inclusivo
(ABRÃO e SOUZA, 2012).
Considera-se que a diversidade presente nas escolas exige compromisso,
colaboração e responsabilidade tanto por parte dos professores, quanto da família e
de toda a comunidade escolar, contribuindo, desta forma, para um melhor
atendimento possível aos alunos com necessidades educativas especiais.

Inclusão nas escolas de Centenário


Neste item abordamos a inclusão escolar nas redes educacionais de
Centenário/TO. O referido Município está situado no interior do estado a 322 km da
capital. Segundo o IBGE (Censo 2010), a história do Município é marcada a partir da
década de 60, quando Centenário era somente uma fazenda em consequência da
quantidade de famílias lá existentes, alguns moradores começaram a reivindicar
melhorias para um futuro povoado.
Dessa forma, a fazenda passa ser um povoado por muitos anos e só conquista
s o desmembramento do
Município de Itacajá/TO, passando assim a ter autonomia políti
(IBGE,2010). Atualmente, o município possui 2.566 habitantes, apenas duas Escolas,
sendo elas públicas. Uma no âmbito Estadual e a outra no Municipal, bem como uma
única Unidade de Saúde.
Sua economia é baseada na atividade agrícola, com o plantio e colheita da
agricultura de subsistência. Sem grandes comércios e indústrias a população depende
muito do poder público em relação a empregos, sendo inseridos em cargos públicos
efetivos e por contratos.
A Rede educacional em Centenário, conta com a atuação de duas escolas
públicas uma no âmbito estadual e outra no municipal. Uma destas é a Escola
Municipal Gustavo Costa, que foi criada ainda quando o município era um povoado

108
no ano de 1985, e reconhecida no dia 10 de março de 1986 pela Câmara Municipal
de Itacajá, então Estado de Goiás, pela Lei nº 021/86 permanecendo até os dias
atuais, esta oferece o Ensino Fundamental completo , com as séries do 1º ao 9º ano.
Possui 01 diretora licenciada em normal superior com pós-graduação em educação
infantil, 06 professores normalistas com pós-graduação em áreas variadas, 08
professores normalista que não tem pós-graduação, 01 professor de Educação Física
licenciado, 02 coordenadoras uma normalista e uma pedagoga com o total de 17
professores, e 305 alunos.
A outra escola do município denominada Colégio Estadual Otoniel
Cavalcante de Jesus, foi inaugurada alguns anos depois, com o município já
emancipado, em 1994, criado pela Lei 862/96 e denominada pela Lei 671 de 16 de
maio de 1994, e a partir de então implantados os cursos do Pré-Escolar até curso
Médio Básico, com uma equipe preocupada em realizar de forma coerente e
responsável as atividades escolares.
A Unidade Escolar possui 01 Diretora licenciada em Letras e Pós-Graduada em
Coordenação Pedagógica; 08 professores do Ensino Fundamental e Ensino Médio,
sendo 03 licenciados em Normal Superior, 01 em Matemática, 01 em Letras, 01 em
Ciências, 02 em Pedagogia; 01 Coordenadora Pedagógica, licenciada em Pedagogia;
02 Coordenadores de Programas e Projetos sendo 01 licenciada em Pedagogia e 01
licenciada em Normal Superior, e possui 137 alunos matriculados e o objetivo destas
é atender toda a população residente no município incluindo crianças, adolescentes,
jovens e adultos.
Dessa forma, a fim de abordar com total clareza o assunto deste capítulo, existe
a necessidade de diferenciar o significado de inclusão e integração. Afirma- a
inclusão diz respeito à aceitação e participação de todos no contexto social e está
voltado principalmente às pessoas com deficiências, físicas ou mentais. Para que
esse princípio passe a vigorar na sociedade, a escola deve ser a primeira a adotá-lo
(GILSON BRUM, 1999, p.45).
Já a palavra, ou melhor, o conceito de integração é o processo no qual é
permitido que pessoas com deficiências possam participar da escola do jeito que ela
está organizada. De forma prática, o sujeito não tem um espaço reservado para ele,
este pode ocupar qualquer espaço que queira, pois o mesmo está todo adaptado às
suas necessidades.

109
De acordo com a revista Educadores do Saber (2010, p. 28) sobre a inclusão e
a sala de aula, a mesma cita que:
Disposição, boa vontade e determinação para quebrar conceitos antigos são
alguns requisitos necessários para os professores tornarem sua classe
inclusiva. Na disciplina de educação física, esse princípio traz um grande
benefício para todos os alunos, mesmo para os que não têm deficiências.
Isso porque a grande parte deles se descobre capaz de praticar atos
solidários e cooperativos, aumentando sua tolerância e compreensão em
relação aos outros, o que é muito importante, ainda mais na nossa sociedade,
altamente competitiva. Deve haver preocupação também com alunos que
tenham uma deficiência orgânica e técnica. O número de crianças obesas,
exemplificando, é enorme e a segregação nas aulas de educação física se
torna evidente se as atividades tiverem um objetivo competitivo, se vencer for
mais importante que tudo. É preciso criar nos alunos o gosto pelo trabalho
solidário e cooperativo, realizando atividades em que possam demonstrar o
conhecimento aprendido em outras aulas ou em outras situações fora da
escola e auxiliar seus colegas com ou sem deficiência.
É importante ressaltar que tanto a escola quanto o professor de Educação
Física também estejam preparados para receber estes alunos, possuindo um olhar
atento às especificidades de cada sujeito, para então, desenvolver a autoestima de
cada um destes, ao passo que este possa obter conhecimentos satisfatórios em sala
de aula, que o indivíduo participe ativamente das atividades propostos, e,
principalmente, não se sinta discriminado, tenha autonomia e sinta-se parte da sala
de aula, bem como tenha o domínio de habilidades necessárias para a sua vida
estudantil.
Vale observar que o componente curricular Educação Física contempla
múltiplos conhecimentos produzidos e usufruídos pela sociedade a respeito do corpo
e do movimento, sendo esta uma prática de intervenção que tematiza as
manifestações da nossa cultura corporal de movimento com uma intenção
pedagógica, buscando fundamentar-se em conhecimentos científicos, oferecidos
pelas abordagens dos diferentes componentes curriculares (ABRÃO e BAYSDORF,
2014).
No entanto, muito antes de se tornar uma disciplina do currículo escolar, a
Educação Física já fazia parte da vida humana como fator essencial para
sobrevivência, pois, historicamente, o primata dependia de suas habilidades físicas e
motoras para ir em busca de seu alimento por meio da caça e pesca. Para Bracht
(1997) o período supracitado denominado de pré-histórico, o homem dependia de
algumas capacidades motoras para sobreviver, tais como a velocidade, força e
resistência.

110
Além disso, pelo fato de serem nômades percorriam, isto é, caminhavam por
longas distâncias e, de certa forma, deviam, certamente, lutar, correr e saltar
(elementos básicos da motricidade) sendo assim, bastante ativos fisicamente. Ainda
para o autor, foi na Grécia antiga, a sociedade mais ativa fisicamente, a exemplo da
ginastica, (arte do corpo nu), com o intuito de desenvolver corpos saudáveis e
preparados para a guerra, ou seja, treinar gladiadores (BRACHT, 1997).
Segundo Bracht (1997), o surgimento da Educação Física, posto ao seu -
objetivo de construir corpos saudáveis e dóceis que se adaptassem a produção e ao
nacionalismo considera que a prática de atividades físicas no âmbito escolar, bem
como a constituição da Educação Física, somente teve início nos séculos XVIII e XIX,
influenciadas pela medicina e militarismo. Tais influências desenvolveram à Educação
Física de uma forma mecanicista, pautada em normas e valores corporais sem o viés
reflexivo. Nesse sentindo, considera que a atividade física da forma como
conhecemos hoje (jogos, danças, ginásticas, lutas, esportes) surge no início do século
XIX na Europa.

Resultado e discussões
Na pesquisa de campo feita em novembro de 2018 observou-se nas aulas de
Educação Física em Centenário na escola estadual, que não existe professor de
Educação Física formado para receber tanto alunos com deficiência quanto sem, e há
poucos espaços adaptados para receber esses alunos são poucos.
Já na escola municipal existem mais espaços, e, atualmente, há um único
profissional graduado em educação física. Sendo para este profissional é um desafio.
Durante as observações pude notar que as dificuldades são grandes, mas que o
profissional busca, da melhor maneira possível, adaptar as aulas para esses alunos,
além de procurar inclui-los para que não se sintam excluídos no processo educacional,
pois apesar de ser formado há 11 anos, cada aula ministrada é um desafio frente ao
processo educacional.
Neste sentido, acreditamos que apesar da escola estadual não está preparada
para receber esses alunos, a escola municipal pensa no processo de inclusão escolar,
levando em consideração uma metodologia de ensino que vise a aprendizagem dando
as mesmas possibilidades físicas e teóricas, trabalhando de uma forma igualitária para
todos que estejam matriculados na unidade.

111
É fundamental enfatizarmos as possíveis mudanças necessárias que devem
ocorrer na estrutura física e nos recursos pedagógicos das escolas estadual e
municipal de Centenário no interior do Estado do Tocantins que atende alunos com
deficiência física destacando a acessibilidade do espaço escolar como facilitador ao
acesso de um aluno com deficiência com múltiplas dificuldades de ensino e
aprendizagem.
Ressalta-se que dentro da legalidade, existe a Lei nº 10.098/00 (BRASIL,
2000), enfatizando que todas as escolas devem promover espaço acessível,
adequando os espaços que atendam à diversidade humana e eliminando as barreiras
arquitetônicas. Igualmente foi promulgado o Decreto nº 5.296/04 que institui normas
gerais e critérios básicos para o acesso da acessibilidade das pessoas com deficiência
ou com mobilidade reduzida e dá outras providências.
Neste sentido, acredita-se que uma das Unidades Escolares em estudo, tem
procurado contribuir para que o aluno com deficiência possua o acesso aos
departamentos, deixando nítido o posicionamento das escolas quanto o direito à
acessibilidade deste aluno. Para tanto, conforme as fotos abaixo podemos analisar as
escolas:

Fotografia 1: Entrada da escola estadual

ES
SS

Fonte: Diário de Campo, novembro de 2018.

Tendo por base a imagem a cima, notamos que não há rampas de acesso para
cadeirantes no pátio da escola estadual em Centenário. Batista e Mantoan (2007)
abordam que é preciso que as escolas fiquem preparadas para receber todos os
alunos. A escola tem que adotar e produzir excelentes práticas, modificar seu
entendimento, analisar sua função, para que cada um venha respeitar as diferenças.
112
E para que possa acontecer de fato uma inclusão de qualidade, é necessário
um ambiente adequado para o aluno com deficiência. Segundo Schirmer et al (2007,
p.106) a acessibilidade espacial significa
Poder chegar a algum lugar com conforto e independência, entender a
organização e as relações espaciais que este lugar estabelece, e participar
das atividades que ali ocorrem fazendo uso dos equipamentos disponíveis.
Para um aluno ir até sua escola, situada no centro da cidade, é possível
chegar através de automóvel, de ônibus ou a pé. No caso de um cadeirante,
o percurso deve ser acessível (com rampas nos passeios e na entrada do
edifício, dimensões adequadas, travessias seguras, etc.).
Nesse sentindo, a entrada da escola estadual não possui uma rampa de acesso
permitindo que cadeirantes, ou pessoas como mobilidade reduzida dos membros
inferiores adentrar no ambiente escolar sem precisar do auxílio de uma pessoa. Em
seguida, ainda analisando os espaços da unidade escolar, podemos verificar
conforme a foto abaixo que não a espaços adaptados.

Fotografia 2: banheiros da escola estadual

Fonte: Diário de Campo, novembro de 2018.

A conquista da autonomia é importante para o desenvolvimento físico e


psicológico das pessoas com deficiência e traz benefícios como o aperfeiçoamento
das habilidades pessoais, sociais e profissionais, além da melhora da autoestima
(ABRÃO & DUARTE, 2017). Desta forma, tendo por base a imagem acima, no
banheiro escola estadual há espaço adaptado para uma pessoa em cadeira de rodas
entrar, porém não existe barra ferro para apoio/acesso ao vaso sanitário.

113
Fotografia 3: sala de aula da escola estadual

Fonte: Diário de Campo, novembro de 2018.

A imagem acima é de uma das salas de aula do colégio estadual, e, a partir


das observações, é importante o professor descobrir algo inovador que poderá
transformar sua prática na sala de aula. Para que isso aconteça é preciso procurar
avaliar as concepções que são desenvolvidas com alunos com deficiência e os
conteúdos que ainda serão desenvolvidos.
Para Batista e Mantoan (2007) a escola tem que proporcionar categorias e livre-
arbítrio para que o aluno com deficiência possa produzir e determinar seu
conhecimento no quadro de expediente mental que é disponível, podendo ser agente
competente para construir definição e saberes. O Aluno com deficiência física, assim
como qualquer outro aluno necessita ampliar a sua capacidade criadora.

Fotografia 4: pátio da escola estadual

Fonte: Diário de Campo, novembro de 2018.

114
A foto é referente a Quadra Colégio Estadual. No entanto, não existem
atividades adaptadas nas aulas de Educação Física para pessoas com deficiência. O
professor apenas leciona atividades rítmicas e desportivas somente enfocando as
pessoas sem deficiência. Na quadra não há rampas para acesso. E atualmente não
estão acontecendo atividades neste espaço pela falta de profissionais.
Percebe-se que a educação inclusiva é essencial para que os estudantes e
professores aprendam a dar oportunidades para os alunos com deficiência física e até
mesmo qualquer outra deficiência para participarem do processo de ensino e
aprendizagem. Eles também devem participar do que estudam, de maneira alguma
podem ficar ausente da sua pesquisa, pois com sua participação só tem a contribuir e
a enriquecer seu estudo. Em relação à educação inclusiva o aluno é livre para
concretizar o seu próprio conteúdo escolar. Nesse sentido, Batista e Mantoan (2007,
p. 17) descrevem que:
Na concepção inclusiva, a adaptação ao conteúdo escolar é realizada pelo
próprio aluno e testemunha a sua emancipação intelectual. Essa
emancipação é consequência do processo de autorregulação da
aprendizagem, em que o aluno assimila o novo conhecimento, de acordo
com suas possibilidades de incorporá-lo ao que já conhece.
Logo abaixo notamos que na escola municipal a realidade é um pouco
diferente.

Fotografia 5: banheiro da escola municipal

Fonte: Diário de Campo, novembro de 2018.

De acordo com a observação feita nestes espaços notamos que os banheiros


estão adaptados. Além das portas, que na outra escola não havia, há, também as

115
barras de ferro para apoio aos sanitários. Desta forma, permitindo que os estudantes
tenham autonomia em uma atividade rotineira comum a todos.
E a Educação Física, tem como um dos objetivos, incluir e oportunizar a
todos os sujeitos, o desenvolvimento de suas potencialidades de forma democrática
e não seletiva, como é vista, infelizmente, em grande parte dos seus elementos da
cultura corporal (GORGATTI e COSTA, 2005).
Para que isso ocorra, da melhor maneira possível, os autores supracitados,
destinados a importância de selecionar na Educação Física Adaptada, atividades
apropriadas, que desenvolvam as habilidades através de um espaço/ambiente
estimulador, bem como encorajador que prime à auto superação, favorecendo assim,
a o processo de ensino aprendizagem.

Fotografia 6: pátio da escola municipal

Fonte: Diário de Campo, novembro de 2018.

Na escola municipal de Centenário, existem rampas de acesso no pátio, e os


bebedouros estão de altura adaptada as pessoas em cadeira de rodas. Em uma
perspectiva filosófica e ideológica, a inclusão é a crença de que todos têm direito de
participar ativamente da sociedade escolar, contribuindo de alguma forma para o seu
desenvolvimento, além de ser uma estratégia que aparece para quebrar barreiras
cristalizadas em torno de grupos preconceituosos e de professores que apresentam
um relato e uma prática claramente descompromissada com o paradigma da inclusão
(ABRÃO & DUARTE, 2017).
A construção de uma educação verdadeiramente inclusiva pode ser
caracterizada como uma grande utopia por parte dos educadores, das pessoas com
116
deficiência e dos seus familiares, que devem estar todos comprometidos com uma
educação de qualidade. No entanto, faz-se necessário que se produzam propostas
com efeitos reais no processo de inclusão, que alcancem de forma pragmática o fazer
pedagógico com vistas à inclusão. Dessa forma, é possível que mesmo estas
propostas utópicas tenham grande potencial de gerar futuras práticas, no sentido de
ajudar efetivamente o processo de transformação das instituições educacionais
(BRASIL, 2017).

Fotografia 7: pátio da escola municipal quadra esportiva

Fonte: Diário de Campo, novembro de 2018.

Analisando a fotografia, notamos que há rampas para o pátio, porém uma


cadeira de rodas, por exemplo, não chega até a quadra, pois grande parte do trajeto
é de areia.
Vale refletir que todos os alunos devem ter uma ampla participação no âmbito
educacional. Todas as instituições inclusivas necessitam que todos os funcionários da
própria, de modo geral venham contribuir com a participação ativa de alunos com
deficiência.
Os professores poderiam fazer o uso da educação inclusiva de forma
adequada, para que as atividades aplicadas por ele venham serem atraentes
importantes e convenientes para que as crianças com deficiência e sem deficiência
venham ter mais interesse pelo conteúdo. O professor não pode promover um ensino
variado e nem só para alguns alunos. Ele tem que organizar múltiplas atividades para
todos os alunos, sendo eles com deficiência ou não, para executar conteúdos. Nesse
sentido Batista e Mantoan (2007, p. 17) ressaltam que:

117
O professor na perspectiva da educação inclusiva, não ministra um

seus alunos (com e sem deficiência mental) ao trabalhar um mesmo


conteúdo curricular.
Nesse sentido, a técnica de atuação escolar inclusiva gera auxilio em meio aos
alunos e a sua importância de poder lecionar em uma turma é, de fato, atuar com um
grande número de alunos e com diversas probabilidades de poder supri-lo. Quando
acontece a seção de divisão de uma turma, os alunos com deficiência mental têm a
capacidade de juntar com colegas. Batista e Mantoan (2007, p. 18) afirmam que:
A prática escolar inclusiva provoca necessariamente a cooperação entre
todos os alunos e o reconhecimento de que ensinar uma turma é, na
verdade, trabalhar com um grande grupo e com todas as possibilidades
de subdividi-lo. Dessa forma, nas subdivisões de uma turma, os alunos
com deficiência mental podem aderir a qualquer grupo de colegas, sem
formar um grupo a parte, constituído apenas de alunos com deficiência
e/ou problemas na aprendizagem.
Desta forma, segundo os pensamentos de Batista e Mantoan (2007, p. 18-19):
Para conseguir trabalhar dentro de uma proposta educacional inclusiva, o
professor comum precisa contar com o respaldo de uma direção escolar
e de especialistas (orientadores, supervisores educacionais e outros), que
adotam um modo de gestão escolar, verdadeiramente participativa e
descentralizada. Muitas vezes o professor tem idéias novas para colocar
em ação em sua sala de aula, mas não é bem recebido pelos colegas e
pelos demais membros da escola, devido ao descompasso entre o que
esta propondo e o que a escola tem o hábito de fazer para o mesmo fim.
Batista e Mantoan (2007) destacam que o professor que trabalha com crianças
com deficiência e sem deficiência pode modificar as atividades em relação à sugestão
de preparação de textos, a concretização de pesquisas em livro didático, revista,
jornal, redes sociais, interpretação de textos e dentre outras. Portanto, o estudante
com deficiência e os estudantes sem deficiência podem sugerir qual a melhor
atividade de se realizar e as que mais lhe interessam. A escolha da atividade não
poder ser feita somente pelo professor, os alunos também podem dar suas opiniões
e preferências. Tem professor que na prática aplica dois tipos de atividades, para
alunos sem deficiência a atividade tem um grau mais complexo e para alunos com
deficiência é mais fácil, em muitas das vezes acontece de o professor aplicar
atividades que não tem relação com que foi explicado para a turma.
Batista
discriminatórias é um verdadeiro desafio, que implica em inovações na forma de o

transforma atos que envolvem discriminação que é basicamente uma grande


provocação, que dar a entender novidades na maneira do professor e também alunos
a analisarem e considerarem a técnica de conhecimento.

118
Fotografia 8: sala de aula da escola municipal

Fonte: Diário de Campo, novembro de 2018.

Por meio das observações, notamos algumas reformas nas instalações de


acessibilidade para atender as dificuldades das diferentes faixas etárias nas escolas
de Centenário. Porém não há espaços alternativos para trabalhos diferenciados como
dança, lutas ginásticas e atletismo e as demais práticas da cultura corporal do
movimento humano.
Podemos observar que os espaços adaptados foram adequados por
insistências das leis que obrigam a ter esses espaços. Houve a possibilidade de
perceber que muitas adaptações foram realizadas, mas que é preciso, também, que
os recursos e serviços adaptados a eles estão garantidos por Lei e as dificuldades
deparadas no ambiente escolar não devem ser motivo de exclusão desses alunos.
Com a observação dos espaços, a escola municipal é a que mais disponibiliza
espaços para alunos com deficiência, e que tem um profissional de educação física
formado, já na escola estadual esses espaços são bastante limitados e atualmente
não existe professor de Educação Física e profissionais preparados para receber
esses alunos, o que preocupa esta pesquisadora.
A Educação Física, tem como um de seus objetivos, incluir e oportunizar a
todos os sujeitos, o desenvolvimento de suas potencialidades de forma democrática
e não seletiva, como é vista, infelizmente, em grande parte dos seus elementos da
cultura corporal (GORGATTI e COSTA, 2005).
Para que isso ocorra, da melhor maneira possível, os autores supracitados,
destinados a importância de selecionar na Educação Física Adaptada, atividades

119
apropriadas, que desenvolvam as habilidades através de um espaço/ambiente
estimulador, bem como encorajador, que prime à auto superação, favorecendo assim,
ao processo de ensino aprendizagem.
No que tange ainda sobre escolas inclusivas, Odeh (2000), apontam que como
fundamentais características o respeitar, o aceitar e o acreditar na potencialidade de
cada aluno com deficiência, não apenas os alunos com deficiência física, mas sim
para todos, possibilitando assim uma educação de qualidade e sem preconceitos, no
qual o aluno é inserido no contexto escolar de forma significativa.

CONSIDERAÇÕES
Certamente, já melhoramos muito no que tange à educação inclusiva e a
acessibilidade, bem como a sua aplicabilidade no contexto educacional. Se formos
considerar a trajetória do passado com a atual conjuntura, podemos notar que certo
tempo atrás, o aluno com deficiência física era afastado da sociedade. O mesmo não
recebia um ensino adequado e, tão pouco, participava de eventos escolares ou outros.
Nos dias de hoje, o aluno possui um tratamento, algumas vezes, igualitário tanto nas
instituições de ensino quanto na vida social, pois os seus direitos são garantidos tanto
na LDBEN quanto na Declaração Universal de Direitos Humanos, Direitos da Criança,
Declaração de Salamanca dentre outros documentos oficiais.
No decorrer desta pesquisa, pudemos notar a necessidade de perceber que a
função do professor de educação física na escola é atender todas as diferenças
existentes na escola estando estes preparados ou não. O docente deve estimular a
participação do aluno com deficiência nas aulas para que ele desenvolva suas
capacidades perceptivas, afetivas, de integração e de inclusão social favorecendo,
isto é favorecendo sua autonomia e sua independência.
Acreditamos que pensar a inclusão do deficiente físico signifique considerar um
processo de ensino e aprendizagem que busque dar as mesmas oportunidades de
vivência, de experiência a todos os alunos, colocando-os em uma mesma condição
de aprendizagem. Portanto, é indispensável que haja uma inclusão de verdade, no
qual a escola esteja organizada tanto fisicamente quanto em recursos pedagógicos e
que aperfeiçoe cidadãos sem preconceitos, tendo ciência que todos possuem direitos
e deveres iguais, e são dignos de respeito. A mobilidade pode ser reduzida em vários
momentos de nossas vidas, seja pela idade avançada, acidente, uma perna quebrada,

120
pelo cansaço, ou por alguma doença. Nesse sentindo, é interessante pensarmos que
todos nós estamos sujeitos a não conseguir nos deslocar em determinados momentos
da vida.
Para o professor alcançar um bom resultado em meio de uma atuação inclusiva
é preciso ter o apoio de toda equipe da escola e profissionais que possam abraçar
uma maneira de gestão escolar, sendo totalmente participativa e tendo mais
compromisso. Às vezes acontece de o professor ter múltiplas ideias para colocar em
prática no âmbito da sala de aula, porém não é aceito pelo outro colega de serviço.
De acordo com as leituras realizadas em relação à deficiência física, nota-se
que um dos focos relacionados ao trabalho do professor e o conteúdo e o como
trabalhar com esses alunos. Desta forma, conclui-se que o processo de inclusão ainda
necessita de maiores conhecimentos e adequações, pois um lugar que haja estrutura,
todos conseguem aproveitar, seja criança, jovem ou adulto. A escola é apenas um
destes espaços, pois a carência de conhecimento prático para os educadores
formados em educação física é grande. A Inclusão escolar de alunos deficientes ainda
continua em processo lento de transformação e aceitação pela sociedade, precisando
ainda melhorar muito para garantir a qualidade de ensino e aprendizagem que tanto
se almeja e fala em nosso país.

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