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Introdução A Biblioteconomia e Arquivologia
Introdução A Biblioteconomia e Arquivologia
Introdução A Biblioteconomia e Arquivologia
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3
1 BIBLIOTECONOMIA .......................................................................... 4
11 BIBLIOGRAFIA ................................................................................ 57
INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
1 BIBLIOTECONOMIA
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consultoria, organização de arquivos e de documentação particulares, ensino e
pesquisa, podendo atuar como analista da informação, como gestor de serviços
de informação e também na área de normalização.
Segundo Le Coadic (2004), A expressão "biblioteconomia" é formada pela
combinação de duas palavras: biblioteca e economia no sentido de organização,
administração e gestão.
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profissão até o início do Séc. XIX, quando começaram a se desenvolver as
tendências democráticas, com a valorização das práticas igualitárias. Com a
propagação das bibliotecas públicas, no Séc. XIX, fundamentada na filosofia de
educação como direito de todos.
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Criar, pesquisar e consumir informação.
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(incluindo os softwares potentes e amigáveis, com ergonomicidade) e, por outro
lado, o volume de conteúdos brasileiros.
Partindo da constatação que a sociedade se organiza em torno de uma
cultura, que é uma maneira de ver o mundo, através de um conjunto de ideias
implícitas e explícitas. O conceito de identidade cultural impõe-se.
Quanto a conceituação de Biblioteconomia, um dos primeiros conceitos
dela é emitido pela ALA, definindo-a como uma área voltada para a aplicação
prática de princípios e normas a criação, organização e administração de
bibliotecas.
Parece ser mais pertinente o conceito de Buonocore (1963), que define a
Biblioteconomia como a área que se destina ao estudo dos princípios racionais
para realizar, com a maior eficácia e o menor esforço possível, os fins específicos
das bibliotecas.
Para o autor, a Biblioteconomia se subdividia em duas subáreas: a técnica
e a administrativa. A primeira preocupava-se com a seleção, a aquisição, a
catalogação, a classificação e a ordenação das obras nas bibliotecas; a segunda,
com o local, a arquitetura, o mobiliário, o pessoal, o uso, o regulamento, os
recursos financeiros, tudo isso para que a biblioteca pudesse atender aos seus
usuários com eficiência.
Esse conceito é complementado por Targino (2006), à luz do Séc. XXI,
como: a área do conhecimento que se ocupa com a organização e a
administração das bibliotecas e outras unidades de informação, além da seleção,
aquisição, organização e disseminação de publicações sob diferentes suportes
físicos.
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Dentro das propriedades materiais encontram-se as coleções dos
documentos e os equipamentos especializados; as propriedades
organizacionais referem-se às medidas administrativas e de pessoal; e as
propriedades intelectuais referem-se aos sistemas, tais como, o sistema de
classificação, as regras de catalogação e as políticas de seleção.
Oliveira (2005) aponta que o paradigma da Biblioteconomia que considera
a biblioteca como instituição social se apoia em seu papel de “fio condutor” entre
os indivíduos e o conhecimento que eles necessitam. Sob esse prisma, a função
mais importante da biblioteca é possibilitar o uso de sua coleção de documentos
a um dado público e, para isso, são desenvolvidas atividades de aquisição,
organização, tratamento e disseminação desses documentos, utilizando-se
técnicas apropriadas e pessoal qualificado.
A autora ressalta que a aceitação deste paradigma é prejudicada por duas
grandes questões: a primeira refere-se à preocupação primária com o
armazenamento e a conservação dos acervos, considerando o suporte do
documento mais importante do que o seu conteúdo.
A segunda questão relaciona-se com a valorização secundária ao
atendimento aos usuários, os quais deveriam se constituir no foco principal das
atividades realizadas. Para se compatibilizar com o cunho social da área, estes
deveriam fazer parte integrante das discussões relativas ao planejamento e
avaliação de todos os produtos e serviços oferecidos.
As discussões a respeito dessa fragilidade no paradigma da área de
Biblioteconomia aliadas às necessidades cada vez mais prementes dos
usuários, em obter informações relevantes, no menor tempo possível apontaram
para a necessidade de criação de uma nova área do conhecimento que
priorizasse o atendimento ao usuário em suas necessidades informacionais;
nesse contexto, surge a CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO.
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Valorizar a produção e difusão de registros informacionais de todo tipo em
língua portuguesa, como forma de promover o autoconhecimento e autoestima
do povo brasileiro.
Propiciar o registro das expressões culturais, artísticas, religiosas e científicas,
em qualquer mídia, também em línguas indígenas, assim como nas dos povos
africanos e de outras nacionalidades que contribuíram para a nossa formação
social, visando preservar e manter vivas as origens da nação brasileira, em
seus aspectos multiétnicos e multiculturais.
Facultar a produção e o uso de conteúdos que reflitam os interesses de regiões
menos desenvolvidas, de áreas periféricas e rurais, como forma de reduzir as
disparidades regionais.
Dar oportunidade às minorias étnicas, sociais e políticas para o registro e
difusão de suas manifestações e ideias, como forma de diminuir as
desigualdades sociais.
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Apoio e promoção de atividades e projetos visando a organizar, reforçar e
circular a informação documental, tanto em sua vertente erudita quanto na
popular.
Implementação de uma “midiateca virtual” suscetível de apoiar o ensino –
desde a rede primária até a universidade – e a pesquisa, oferecendo recursos
adaptados à resolução de problemas gerados em todos os setores da vida
social e científica.
4 HABILIDADES DO BIBLIOTECÁRIO
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talvez ninguém, nem os entendidos em organização, indicassem a ciência
organizacional. E, no entanto, foi o desenvolvimento desta ciência que
possibilitou o fortalecimento de cada atividade, cognitiva e operacional, a um
nível desconhecido em todas as épocas anteriores da história, dentro e fora dos
locais de trabalho.
Milhões de homens e mulheres na prática cotidiana, milhares de
especialistas em suas profissões, partindo das grandes descobertas de Taylor e
Ford, revolucionaram o modo com que os seres humanos organizam seus
próprios recursos e aumentam seu rendimento.
Foi o management, a gestão, que introduziu as novas tecnologias nos
locais de trabalho, nas casas, nas diversões. Foi o management que criou as
empresas rede, as multinacionais, os distritos industriais, a globalização da
economia, dos gostos, do consumo.
O conceito de gestão da informação envolve novas e velhas diretrizes
conhecidas pelos bibliotecários. O seu principal objetivo é moldar (harness) os
recursos informacionais da organização e as suas capacidades de informação
para ensiná-la a aprender e adaptar-se às mudanças ambientais.
A criação da informação, aquisição, armazenamento, análise e uso, provêm
a estrutura intelectual que dá suporte ao crescimento e desenvolvimento de uma
organização inteligente adaptada às exigências e novidades da ambiência.
Conceitualmente a gestão da informação é um conjunto de seis processos
distintos, mas inter-relacionados: identificação de necessidades informacionais,
aquisição de informação, organização e armazenagem da informação,
desenvolvimento de produtos informacionais e serviços, distribuição da
informação, e uso da informação. Este processo é cíclico e deve ser
realimentado constantemente (Gestão ambiental em gestão da informação)
(CHOO, 1998, p.198-199).
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Que a informação deve ser movimentada e comunicada.
A informação é algo que flui dentro de um sistema.
A informação é algo divisível dentro de unidades feitas em partes num sistema.
O processo é modelado em termos de fluxo da informação entre dois pontos
através de um canal (MIKSA, 1992).
O processo pressupõe a existência de tecnologia apropriada, que hoje está
nas redes.
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bibliográficas e de informação, os consórcios, as cooperativas, as parcerias, a
terceirização, os grupos de compras e as bibliotecas híbridas.
6 INTELECTUAL DA INFORMAÇÃO
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por meio da aplicação do conhecimento e, especialmente, da análise lógica e
sistemática. A chave não é a eletrônica, mas sim a ciência cognitiva.
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Neste contexto a busca informacional é um processo de construção de
novos conhecimentos e entendimentos para adicional valor para as atividades
de uma empresa, ou atividade de um indivíduo (KUHLTHAU, 1999).
Pode ainda o information broker especializar-se em selecionar informação
personalizada para clientes/usuários com perfil de demanda específico para
pesquisa e/ou especialidades em assuntos de ponta.
Este tipo de atividade difere da tradicional disseminação seletiva da
informação no sentido que busca informação em todos os suportes
informacionais e não apenas os bibliográficos, mas também notícias, gráficos,
percentuais, indicadores, etc., todo o tipo de dados aos quais pode-se agregar
valor para transformá-lo em informação e conhecimento para o cliente.
O conhecimento de seu cliente é central para um bom serviço
personalizado. Na abordagem de marketing, não é apenas preciso conhecer as
necessidades informacionais, mas antecipar-se a elas, surpreender e encantar
o seu usuário com informação bem selecionada e com valor agregado.
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(refere-se à habilidade do serviço oferecido ser compatível com as necessidades
do usuário em seu ambiente de trabalho), economia de tempo e economia de
custo (TAYLOR, 1986).
No que se refere à informação, a agregação de valor excede os métodos
tradicionais de consulta, pesquisa e disponibilização de informação aos usuários
das também tradicionais bibliotecas. As atividades dos bibliotecários podem
incluir: treinamento, consultoria e atendimento a consultas dos usuários sobre
seleção de fontes de informação; desenvolvimento de estratégias de
pesquisa/busca; e avaliação da informação.
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7 A BIBLIOTECONOMIA NO BRASIL
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Tanto em um estado como no outro, a preocupação existente à época era
com a necessidade de resolver questões internas (pessoal não capacitado à
frente dessas bibliotecas), muito mais do que formar pessoal para atuar em
qualquer tipo de biblioteca (Id.).
O Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB) considera que a
Biblioteconomia, como área do conhecimento, só passou a existir, no Brasil, a
partir de 1911, quando MANUEL CÍCERO PEREGRINO DA SILVA, diretor da
Biblioteca Nacional, oficializou a criação do primeiro Curso de Biblioteconomia
do Brasil, primeiro também da América do Sul e 3º no mundo.
Esse curso começou a funcionar somente em 1915, na própria Biblioteca
Nacional, onde continuou durante anos até se transformar, em 1979, no atual
curso da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
Até o início da década de 1930, a Biblioteconomia brasileira sofre a
influência do modelo humanista da École Nationale des Chartes, contando com
profissionais escritores, historiadores, literatos, pessoas cultas, em geral.
Fundamentado no Curso Elementar de Biblioteconomia, ministrado no
Colégio Mackenzie, em 1936, é criada por RUBENS BORBA DE MORAES a
primeira escola de Biblioteconomia, que funcionou inicialmente junto ao
Departamento de Cultura de São Paulo, sendo depois incorporada à Escola de
Sociologia e Política da mesma cidade, seguindo a orientação estritamente
americana, influenciada pelo 1º curso dos Estados Unidos da Columbia
University – mais voltada para as técnicas biblioteconômicas. O surgimento de
novos cursos no País se dá a partir da organização, por Borba de Moraes, de
um Curso de Atualização Profissional, na Escola recém-criada, e os profissionais
aí formados, ao retornarem aos seus Estados, começaram a criar novas
oportunidades de ensino de Biblioteconomia, especialmente nas Universidades
Federais.
A década de 1940 se constitui em um cenário de desenvolvimento das
modernas técnicas biblioteconômicas, no Brasil. Contribuíram para esse fato:
a) a atuação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP),
com a abertura de concursos especializados, os quais criaram novos postos de
trabalho na área;
b) a reforma da Biblioteca Nacional, que concorreu para a elevação do nível
de conhecimento dos futuros profissionais;
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c) a oportunidade de aperfeiçoamento de técnicos brasileiros nas
universidades americanas e;
d) a criação de um serviço nacional de catalogação cooperativa: SERVIÇO
DE INTERCÂMBIO DE CATALOGAÇÃO (SIC), pelo Dasp, a exemplo do
existente na Biblioteca do Congresso Americano (PORTAL DO CONSELHO,
2009)
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de inúmeras bibliotecas nos órgãos públicos, especialmente federais,
incentivando o aumento de candidatos aos Cursos de Biblioteconomia.
A década de 1960 é relevante, também, pela instituição do Primeiro
Currículo Mínimo para os cursos de Biblioteconomia, em 16 de novembro de
1962, o que desencadeou o processo de regulamentação da profissão. Foi
promulgada a Lei n° 4.084/62, de 30/06/1962 e, depois, o Decreto n° 56.725, de
18/08/1965, fato que ocorreu em virtude de esforços de bibliotecárias, como
LAURA GARCIA MORENO RUSSO, que, com persistência e coragem, vinham
trabalhando em prol da regulamentação da profissão, há vários anos.
Também em 1962 foi criado o Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB),
órgão responsável pela fiscalização do exercício profissional, resguardando-o
para os bibliotecários de formação; sua oficialização só ocorreu em 1966.
Dados de 2009 apontam que a classe bibliotecária já se encontra
consolidada em todo o país, sendo representada por cerca de 30.000
bibliotecários, inscritos nos 15 Conselhos Regionais de Biblioteconomia,
distribuídos por todo o País.
No entanto, mesmo com esse número significativo de profissionais, ainda
existem postos de trabalho que não são ocupados por bibliotecários, como é o
caso das bibliotecas escolares e o das bibliotecas públicas, nos quais se
reconhece a atuação de leigos.
Visando modificar esse cenário, a Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (CAPES), por meio da Universidade Aberta do Brasil
(UAB) e com a parceria do CFB, está desenhando a proposta pedagógica de um
curso de graduação em Biblioteconomia, para ser oferecido na modalidade à
distância, cujo início está previsto ainda em 2010.
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importantes das organizações ou empresas. Mas o fato de que este profissional
possui as habilidades que são muito necessárias para efetivamente adquirir,
organizar e distribuir informação, as organizações (inteligentes) não podem se
dar ao luxo de prescindir de sua contribuição e participação em atividades
estratégicas (CHOO, 1998, p.215).
Os bibliotecários, especialistas em informação, devem quebrar essas
barreiras e refazer/inovar as suas funções na empresa, agir de forma mais
agressiva antecipando-se às necessidades e fornecendo informações para a
organização se conhecer melhor e à sua ambiência.
Devem ser também os primeiros a fazerem uso de modernas tecnologias
de informação e de software informacional que facilite a recuperação e
disseminação da informação. A sua função globalizada é a de estabelecer
conexões com aqueles que detêm a informação, e os que as querem
(DAVENPORT & PRUSAK, 1993, p.408)
22
8.3 O bibliotecário inteligente
23
Utiliza-se de métodos como a informetria e a bibliometria, técnicas como a
de Delphus, benchmarking, cenários, e outras, com o objetivo de assegurar um
melhor posicionamento no ambiente. Nas indústrias e no setor produtivo este
melhor posicionamento significará vantagem competitiva frente aos
concorrentes.
Em organizações não governamentais ou ainda, sem fins lucrativos, a
inteligência competitiva assume um papel mais próximo à inteligência
cooperativa, fazendo jus ao objetivo dessas organizações, qual seja, o
desenvolvimento de trabalhos voltados para o bem público. Algumas destas
entidades atuam nas áreas de informação e educação, outras são operacionais
e se envolvem com projetos técnicos na área do desenvolvimento, sem nenhum
objetivo de geração de lucros.
As bibliotecas, que são tradicionalmente organizações sem fins lucrativos,
se inserem nesta categoria e devem utilizar a inteligência competitiva e/ou
cooperativa para se posicionarem com alguma vantagem no mercado,
aproximando-se de forma mais personalizada de seu cliente/usuário, ocupando
um espaço, que está cada vez mais tomado por empresas privadas e comerciais.
O que se espera hoje do bibliotecário é a criação e gerenciamento de
informações e oferta de serviços e produtos com valor agregado e em tempo
real. Suas atividades baseiam-se hoje em acervos fixos e dados, informações,
sons e imagens contidos em bases de dados e nos estoques informacionais
digitalizados e disponíveis em redes e na Internet.
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empresário, no contexto da Sociedade da Informação. Espera-se dele também
uma atitude de vigilância com o bem (informacional) público e com o
desenvolvimento e disseminação dos conteúdos informacionais através das
redes.
Percebe-se, na Sociedade da Informação, que a atividade informacional
está presente em todos os ambientes organizacionais e não apenas nas
bibliotecas, abrindo campo para inúmeras profissões da informação, mas com
um core comum, o ciclo informacional.
Finalizando, os perfis profissionais que podem ser detectados hoje, incluem
muitas características do profissional tradicional, mas também muitos outras que
emergem das inúmeras possibilidades que as modernas tecnologias, as redes,
a web, e a Internet têm propiciado, em especial o que tange à recuperação da
informação e ao atendimento personalizado aos usuários, bem como as
modernas teorias de gestão e trabalho com a informação.
Para delinear esse quadro, vamos nos reportar ao Brasil Império, quando
pela primeira vez transparece a importância da instituição arquivística para
depósito e custódia da primeira Lei Maior do país, assim explicitada no art. 70:
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raízes históricas originam-se no Arquivo Nacional, nos idos de 1911, onde se
encontram referências aos primeiros cursos especializados lá organizados.
Na criação do Curso de Diplomática, entre outras disciplinas a serem
ministradas, constava “regras de classificação” (FERREIRA, 1973). O interesse
pelo ensino formal voltado especificamente para a área remonta à década de
1920 e, mais precisamente, vincula-se a Alcides Bezerra, diretor do Arquivo
Nacional (de 1922 a 1938), que propõe a criação de um curso técnico para a
habilitação dos funcionários da instituição com base no Decreto nº 15.596, de 2
de agosto de 1922.
Esse texto legal criou o Museu Histórico Nacional e aprovou seu
regulamento, dispondo nos arts. 55 e 56 sobre a criação de curso técnico visando
habilitar, entre outros, os candidatos ao cargo de amanuense do Arquivo
Nacional, estabelecendo duração e disciplinas que integrariam o curso, e
delegando as respectivas responsabilidades e competências ao órgão para
ministrá-la, isto é, Museu Histórico Nacional, Biblioteca Nacional e Arquivo
Nacional.
Alcides Bezerra, grande defensor e incentivador do curso de formação em
arquivo, demonstrando sensibilidade para a temática, além de ampla visão como
educador, propôs, em 1930, nos dizeres do conselheiro Vicente Sobriño Porto,
relator do parecer que fixa o currículo mínimo do curso de arquivo,
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Diante dos fatos relatados, consideramos o período das décadas de 1920
e 1930 o primeiro marco da história da formação arquivística no Brasil. Passadas
algumas décadas, novos cursos são criados.
No final dos anos 1950, na administração do então diretor do Arquivo
Nacional, José Honório Rodrigues, é aprovado o novo Regimento do Arquivo
Nacional, através do Decreto nº 44.862, de 21 de novembro de 1958, que
estabelece no art. 31: “À Seção de Cursos do Arquivo Nacional cumpre organizar
e manter os cursos de formação do pessoal especializado em arquivos e
pesquisadores de história”, passando a se realizarem com maior regularidade a
partir de 1960.
A convite do então diretor do Arquivo Nacional, que demonstrou
preocupação com a situação dos documentos custodiados pela instituição, vem
ao Brasil o arquivista francês Henri Bouiller de Branche, com a missão de
estabelecer um diagnóstico da real situação e das condições em que se
encontrava o acervo do Arquivo Nacional.
A reorganização do acervo dentro dos princípios arquivísticos que
norteavam a área implicava mão de obra qualificada. Assim, visando dotar os
servidores da instituição de condições para efetuar o trabalho de reorganização
do acervo, é retomado o projeto de criação de cursos de formação em arquivo
no Arquivo Nacional, ministrados por Henri Bouiller de Branche.
Entendemos que esse novo período de cursos, iniciado por José Honório
Rodrigues, constitui o segundo marco da história da formação arquivística no
Brasil.
A partir desse momento, tem início, mesmo que vagarosamente, um
processo de consolidação de um novo saber na arquivologia brasileira, ainda
que com uma proposta técnica fundamentada nas teorias da época, transmitidas
nos cursos e na literatura pertinente, propiciando a expansão do conhecimento
na área.
A vinda de especialistas do Arquivo Nacional da França é fundamental
para a formação de arquivistas brasileiros, e a meta é alcançada, entre outras
atividades então desenvolvidas, com o estabelecimento de programas de
capacitação e disseminação de literatura especializada nessa área do
conhecimento e também com a tradução de literatura estrangeira, por iniciativa
do próprio Arquivo Nacional.
27
Todo esse movimento de base vai culminar na década de 1970 com o que
poderíamos considerar o boom da arquivologia no Brasil, quando o ensino com
uma característica técnica começa a esboçar, mesmo de forma embrionária, um
caráter científico. A responsabilidade pela formação dos recursos humanos na
área passa para a academia, e assim temos o ensino da graduação em
arquivologia no âmbito universitário.
No ano de 1972, através do Parecer nº 212/72, o Conselho Federal de
Educação, órgão vinculado ao Ministério de Educação, autoriza a criação do
Curso de Arquivo, em nível superior, dando início ao processo de
desenvolvimento do Curso de Graduação em Arquivologia.
Em cumprimento à recomendação do I CBA, realizado na cidade do Rio
de Janeiro no mês de outubro de 1972, que estabelece “que seja fixado o
currículo mínimo do Curso Superior de Arquivo” (Anais..., 1979, p. 561), a AAB
encaminha, por meio de seu presidente, ao Conselho Federal de Educação
Câmara de Ensino Superior, o Projeto de Currículo Mínimo para o Curso
Superior de Arquivo, constituindo-se no Processo nº 1845/72 daquele órgão
(BOTTINO, 1994). Reunidos em 7 de março de 1974,
(...) exatamente dois anos após ter sido aprovada a criação de curso
superior de Arquivo no país [...], o Conselho Federal de Educação do
Ministério da Educação e Cultura complementou sua atuação em
benefício de toda a classe dos arquivistas, oferecendo o currículo
mínimo, que irá orientar e disciplinar a formação dos futuros
profissionais brasileiros (ARQUIVO & ADMINISTRAÇÃO, abr. 1974).
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científicos; a existência de um programa de formação específica; a
reunião do grupo em torno de associação profissional com vistas à
promoção de metas comuns e ao fortalecimento de sua identidade
profissional, e ao estabelecimento de normas e valores, ou seja, um
código de ética (COUTURE, DUCHARME e ROUSSEAU, 1988).
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A regulamentação da profissão de arquivista.
30
10 I CONGRESSO BRASILEIRO DE ARQUIVOLOGIA – 1972
31
Nota do Departamento Geral de Documentação da Secretaria e Administração
do governo do Estado da Guanabara sobre o sistema de documentação e os
arquivos.
Estudo da história contemporânea.
Os arquivos na recriação da história.
Os arquivos e a história municipal.
Comunicações sobre artes visuais, literatura e história.
A experiência paranaense no levantamento de arquivos.
O Arquivo Histórico do Museu Imperial a serviço da pesquisa no campo da
história.
A importância do arquivo e levantamento de documentos históricos no estado
da Guanabara.
Arquivos municipais do estado do Rio de Janeiro.
A microfilmagem a serviço da administração fiscal.
O arquivo e o computador.
Pastas especiais para arquivamento de listagens de computadores
eletrônicos.
Microfilmagem de documentos.
Microfilmagem: avaliação, seleção e preparo da documentação.
O microfilme no arquivo.
Microfilmagem: planejamento e implantação de sistemas.
O arquivo como elemento de comunicação.
Terminologia arquivística.
Projeto Pandora.
Projeto Musa.
Participação dos arquivos na ação cultural.
Programas de “Slides” do sistema de arquivo e microfilmagem de Furnas
Elétricas S.A.
Administração e controle da produção documental em função da pesquisa.
Operação Arquivos I: Projeto Rondon (Costa e Souza; Paes, 1973:25-26).
32
Arquivo médico.
Recursos humanos: treinamento de pessoal no arquivo médico; Arquivo
médico.
Matrícula de pacientes.
Classificação de doenças em psiquiatria.
Planejamento do arquivo médico.
Padronização do Same.
Padronização do prontuário médico.
A microfilmagem aplicada ao arquivo médico.
O prontuário médico e as novas dinâmicas do cuidado do paciente.
Contribuição e demonstração prática do uso de computadores.
Funcionalidade e dinâmica do arquivo médico na integração paciente médico
doença.
Pastas especiais para arquivamento de listagens de computadores
eletrônicos.
Serviço de Arquivo Médico e Estatística: seu entrosamento no hospital.
Serviço de Arquivo Médico e Estatística do Hospital Santa Maria da Real e
Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência do Rio de Janeiro.
Serviço de Arquivo Médico: sua importância.
Importância do prontuário médico.
Codificações de doenças e operações.
Arquivamento do prontuário médico pelo sistema alfanumérico.
Internação de doentes no Hospital Geral.
Tipos de fichários e arquivos de um hospital.
Aplicação de computadores em hospital: resumo de uma experiência.
Avaliação do profissional e do hospital.
Registro e elaboração de dados estatísticos.
Prontuários médicos: componentes.
Levantamento das necessidades nacionais.
Aspectos legais do prontuário.
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Prontuários médicos e INPS; Regimento Interno do Serviço de Documentação
Médica do Hospital Estadual Souza Aguiar (Costa e Souza; Paes, 1973:26-
27).
34
Sendo a questão terminológica importante para seu desenvolvimento,
eram necessários estudos para sua definição e utilização, o que esboçava certo
anseio por uma arquivologia científica, fortalecido também pela discussão
relativa à formação acadêmica.
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As 20 recomendações aprovadas (as plenárias dos congressos
aprovavam recomendações que deveriam ser encaminhadas pela AAB a
autoridades e órgãos competentes):
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11. Que seja estudada a criação de um sistema nacional de informação de
toda a documentação histórica do Brasil, com base na efetivação do Catálogo
Coletivo de Arquivos Brasileiros, atribuição do Arquivo Nacional;
12. Que os dispositivos preconizados pela medicina preventiva e higiene do
trabalho sejam rigorosamente observados nos arquivos;
13. Que o governo do Distrito Federal promova a instalação do Arquivo Público
de Brasília;
14. Que o Poder Executivo da União estabeleça a custódia centralizada dos
arquivos em desuso em vários órgãos da administração federal sediada em
Brasília, para isso erigindo ali nova sede do Arquivo Nacional, a fim de abrigar
o conjunto dos arquivos dos Três Poderes, patrimônio cultural e histórico do
país, sem prejuízo da permanência do atual no Rio de Janeiro;
15. Que sejam revistos os níveis de remuneração dos cargos atinentes aos
trabalhos de arquivo, tornando-se compatíveis com a importância das tarefas
que lhes são atribuídas;
16. Que se estabeleçam normas que regulamentem a instalação e o
funcionamento de Serviços de Arquivo Médico e Estatística, nos hospitais
brasileiros;
17. Que se uniformizem a coleta e apuração de dados de estatística médica e
administrativa dos Serviços de Arquivo Médico e Estatística dos hospitais
brasileiros, com o objetivo de proporcionar dados informativos que possibilitem
as melhorias da assistência médica no país;
18. Que se adotem medidas que visem aperfeiçoar os recursos humanos
necessários ao funcionamento dos serviços de arquivo médico do país;
19. Que se crie, no Serviço Público e Privado, a carreira de Técnico de Arquivo
Médico e Estatística;
20. Que a Associação dos Arquivistas Brasileiros, em colaboração com a
Associação Brasileira de Normas Técnicas, elabore projeto de norma fixando
a terminologia arquivística (COSTA e SOUZA; PAES, 1973).
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Criação do Sistema Nacional de Arquivos (SINAR), tendo o Arquivo Nacional
como órgão central do sistema.
Fixação do currículo mínimo pelo Ministério de Educação para formação de
nível superior.
Importância dos arquivos.
Questões relativas à avaliação de documentos com a definição de critérios,
bem como o perfil dos integrantes das comissões de avaliação.
Alerta às autoridades, tanto públicas quanto privadas, sobre a necessidade de
preservação de acervo arquivístico.
Alteração do projeto do Código de Processo Civil, visando à preservação de
processos judiciais.
Microfilmagem de acervos.
Instalações adequadas dos arquivos.
Elaboração do Catálogo Coletivo de Arquivos Brasileiros.
Aplicação suficiente de recursos financeiros e humanos nos arquivos.
Criação do arquivo público de Brasília.
Instalação, em Brasília, do arquivo intermediário, com a finalidade de
armazenar o acervo arquivístico proveniente dos poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário.
Melhoria salarial para os profissionais.
Normalização da terminologia arquivística brasileira.
Pleito relativo ao Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (Same), bem como
sua regulamentação, a normalização da coleta e da análise dos dados, a
capacitação do pessoal que atua no setor, além da criação do cargo de técnico
de arquivo médico.
38
Representando uma vitória da categoria, sua criação ocorrerá
efetivamente através do Decreto nº 82.308, de 25 de setembro de 1978, ou seja,
seis anos após seu pleito no I CBA. Posteriormente, esse decreto foi revisado e
alguns anos mais tarde revogado pelo Decreto nº 1.173, de 29 de junho de 1994.
Passados oito anos é assinado o Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de
2002, em substituição ao anterior, cujo texto dispõe “sobre a competência,
organização e funcionamento do Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ) e
do Sistema Nacional de Arquivos (SINAR) e dá outras providências”.
A segunda recomendação pede a fixação do currículo mínimo do curso
de graduação em arquivologia junto ao MEC para que se pudesse investir na
criação de cursos de formação nas universidades, uma vez que o curso
ministrado pelo Arquivo Nacional já tinha mandato universitário obtido no ano de
1972, conforme visto anteriormente.
Passados dois anos, em 13 de maio de 1974, o Conselho Federal de
Educação, por meio da Resolução nº 28, fixa o currículo mínimo do curso de
graduação. A terceira recomendação espera que as autoridades sejam alertadas
sobre a importância dos arquivos como instrumento para o desenvolvimento
nacional.
Na ocasião em que pela primeira vez a comunidade de profissionais de
arquivo se reunia para propor e reivindicar meios para o desenvolvimento da
área, a conscientização da importância dos mesmos por parte de
administradores e autoridades em geral era condição sine qua non para seu
progresso.
A quarta recomendação diz respeito à sistematização dos critérios de
avaliação de documentos oficiais. A trajetória para se alcançar esse objetivo teve
início com a criação, em 1995, da Câmara Técnica de Avaliação de Documentos,
integrante do Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ), cuja finalidade, entre
outras, é a de propor critérios de avaliação de documentos.
Essa reivindicação, objeto do I (1972) CBA e endossada pelos
participantes dos II (1974) e do III (1976) CBA, começa a vigorar a partir da
aprovação da Resolução nº 4, de 28 de março de 1996, do Conselho Nacional
de Arquivos, quando já havia passado um longo período desde a aprovação da
recomendação no I CBA, ou seja, 24 anos. Posteriormente, foi revogada pela
Resolução nº 14, de 24 de outubro de 2001, que:
39
(...) dispõe sobre o Código de Classificação de Documentos de Arquivo
para a Administração Pública: Atividades-Meio, a ser adotado como um
modelo para os arquivos correntes dos órgãos e entidades integrantes
do Sistema Nacional de Arquivos (SINAR), e aprova os prazos de
guarda e a destinação de documentos estabelecidos na Tabela Básica
de Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo Relativos
às Atividades-Meio da Administração Pública (CONSELHO
NACIONAL DE ARQUIVOS, 2001).
40
nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002, e cujo capítulo V trata especificamente da
declaração de interesse público e social de arquivos privados.
41
os arquivos foi aprovada no I (1972), no V (1982) e também no XIII CBA, não
integrando o rol de reivindicações dos outros CBA.
A partir da criação do SINAR, em 1978, o Arquivo Nacional passa a ser o
órgão central do sistema, sendo, portanto, responsável pelo estabelecimento de
uma política de arquivo voltada para os acervos arquivísticos da administração
federal direta e indireta, conforme preconiza a décima recomendação.
Os congressistas, interessados na criação de um sistema nacional de
informação da documentação histórica brasileira, aprovam a recomendação nº
11. A reunião dessas informações dar-se-ia através da elaboração de um
catálogo coletivo dos arquivos brasileiros.
Decorridos quase trinta anos, a concretização do catálogo reunindo
informações sobre os arquivos brasileiros ocorreu no ano de 2001, com a
elaboração do Censo de Arquivos Brasileiros: públicos e privados, cuja finalidade
foi a de reunir informações, tanto qualitativas quanto quantitativas, sobre os
arquivos brasileiros e seus acervos.
No que concerne ao interesse pela reunião de dados relativos às
instituições arquivísticas no Brasil, pleito da recomendação nº 11, vale fazer um
corte em nossa apresentação sobre o I (1972) CBA e, numa rápida retrospectiva
histórica, lembrar outras iniciativas a respeito.
Nas décadas de 1980 e 1990 foram efetuados cadastros de instituições e
acervos de âmbito local e regional, de determinada esfera governamental ou
sobre tema específico, como, por exemplo, o Cadastro Nacional de Arquivos
Federais, v. 1, relativo ao Rio de Janeiro e Brasília, elaborado pelo Arquivo
Nacional.
É importante assinalar que, ao final da Mesa-redonda Nacional de
Arquivos, entre as recomendações aprovadas estavam as de “implementar um
censo de arquivos brasileiros, envolvendo o conjunto de arquivos públicos e
privados, prevendo sua aplicação nas capitais e sua interiorização” e
“estabelecer e consolidar uma Rede Nacional de Informações Arquivísticas”
(1999).
Entretanto, cabe lembrar que, em 1972, como vimos, já se pleiteava essa
ação. O conteúdo da 12ª recomendação reflete a preocupação dos
congressistas em relação à saúde, ao bem-estar e às condições de higiene no
42
ambiente de trabalho nos arquivos, solicitando a adoção de medidas que visem
à melhoria das condições de trabalho.
Infelizmente, nossa vivência na área mostrou que medidas apregoadas
pela medicina preventiva e higiene do trabalho não foram adotadas nos arquivos.
Outro pleito dos congressistas, sintetizado na recomendação nº 13, foi a
criação do Arquivo Público do Distrito Federal, o que, efetivamente, ocorre em
14 de março de 1985, através do Decreto nº 8.530.
Preocupados com a dispersão e consequente perda da documentação da
administração pública federal, a comunidade arquivística reivindica a “custódia
centralizada dos arquivos em desuso em vários órgãos da administração federal
sediada em Brasília”, de acordo com a recomendação nº 14.
E, finalmente, em 15 de outubro de 1975, através da Portaria nº 600 B-
MJ, é incluído no Regimento do Arquivo Nacional a Divisão de Pré-Arquivo, cujo
objetivo é armazenar a documentação dos órgãos do serviço público federal
sediados em Brasília.
Nesse ano é criada a Coordenação Regional do Arquivo Nacional no
Distrito Federal (COREG), concebida originalmente com o objetivo de ser um
depósito intermediário dos órgãos do Poder Executivo, isto é, um espaço para a
guarda dos documentos administrativos de caráter provisório os quais, após
avaliação, passam para a guarda permanente da Coordenação.
A décima quinta recomendação reivindica a melhoria dos níveis de
remuneração dos profissionais que atuam nos arquivos para que sejam
compatíveis com o grau de importância das atividades exercidas.
Apesar do interesse manifestado no evento em torno da discussão sobre
arquivos médicos, foram aprovadas apenas quatro recomendações dedicadas à
questão (recomendações nº 16, 17, 18 e 19). Entre elas, destacamos a de
número 16, que propõe a normalização de procedimentos dos Serviços de
Arquivo Médico e Estatística (SAME).
A deliberação sobre a matéria ocorreu quase duas décadas após o
congresso, em 1989, ocasião em que o Conselho Federal de Medicina aprova a
Resolução CFM nº 1.331, posteriormente revogada pela Resolução CFM nº
1.639/2002, que aprova as “normas técnicas para uso de sistema informatizado
para a guarda e manuseio do prontuário médico”.
43
No entanto, a primeira iniciativa voltada para os arquivos médicos
proveniente efetivamente de entidade arquivística ocorreu no CONARQ com a
criação da Câmara Setorial sobre Arquivos Médicos, em 16 de dezembro de
2002, com o objetivo de estudar e propor medidas adequadas ao setor.
Finalmente, o Conselho Nacional de Arquivos aprova a Resolução nº 22, de 30
de junho de 2005, que “dispõe sobre as diretrizes para a avaliação de
documentos em instituições de saúde”.
A normalização da terminologia arquivística, outro tema debatido no
evento, foi objeto da vigésima recomendação. Passados três anos, em maio de
1975, a AAB cria o Comitê de Terminologia Arquivística, visando dar
continuidade e contribuir para a sistematização do trabalho iniciado por um grupo
de profissionais designado pela AAB, e cujo resultado foi apresentado no I (1972)
CBA.
Entre outros profissionais, o comitê contou com a participação de Marilena
Leite Paes, também designada como representante brasileira para integrar o
Comitê de Terminologia da Associação Latino-Americana de Arquivos (ALA),
que tinha por finalidade elaborar um vocabulário uniforme a ser encaminhado ao
Conselho Internacional de Arquivos (CIA), a fim de integrar um glossário
multilíngue.
Buscando a interação entre a Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) e a AAB com o intuito de normalizar a terminologia arquivística, um dos
elementos fundamentais para a atribuição de caráter científico à área que
começava a se estabelecer no âmbito acadêmico, foi instalada em março de
1980 a comissão CE-14:04.01 – Comissão de Estudo de Terminologia
Arquivística.
Esse trabalho é fruto da integração da ABNT ao Projeto de Normatização
e estabelecimento de diretrizes básicas na área de arquivos, desenvolvido pela
Unesco através do Programa Geral de Informação.
Foram constituídos três grupos de trabalho (GT), cada qual estudando um
tema específico no âmbito da arquivística visando à padronização de critérios,
ou seja, GT para Terminologia em Língua Portuguesa; GT sobre Controle e
Arranjo de Documentos; e GT para Elaboração de Critérios de Avaliação de
Documentos.
44
Em agosto de 1982 é divulgado o 1º Projeto de Norma e, finalmente, em
1986, é aprovada a NBR no 9.578, sobre Terminologia Arquivística. No próximo
capítulo, abordaremos o II CBA.
Depois houveram ainda outros congressos de arquivologia no Brasil,
conforme se demonstra a seguir:
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS
45
informações de grande relevância para a nossa área, contribuindo para compor
a história da Arquivologia brasileira.
Precisamos envidar esforços a fim de que o produto dos encontros,
seminários e eventos em geral sejam preservados, principalmente numa época
em que temos a tecnologia digital à disposição, facilitando assim o
armazenamento e a disseminação da informação, sobretudo minimizando
custos.
Para que o evento pudesse alcançar um público maior em um país de
dimensões continentais como o Brasil, era preciso que se diversificassem os
locais de realização dos congressos.
No período abordado, nem todas as regiões brasileiras foram
contempladas, havendo maior concentração de ocorrências na Região Sudeste
(61,6%), seguida da Região Nordeste (23,1%) e das regiões Centro-Oeste e Sul
(7,7% cada).
O maior número de congressos ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, que
sediou o I, do III ao VI e o XI CBA, fato que se explica devido à localização da
sede da AAB, promotora dos eventos e polo aglutinador das discussões, e
também por abrigar dois cursos de graduação em Arquivologia. A Região Sul
realizará somente o IX CBA, no ano de 1992, mesmo tendo um curso de
graduação em Arquivologia em funcionamento desde 1977.
Dois anos antes de sediar o curso de graduação em Arquivologia, Brasília
organiza o evento, numa época de muita discussão política, quando se aprova a
nova Constituição brasileira. Já a Região Nordeste ficou polarizada pelos
estados da Bahia, com dois eventos, e da Paraíba, com um.
Ao longo da análise observamos que a academia, através dos cursos
superiores em Arquivologia, influenciará a concepção do desenho dos
congressos, sobretudo quando esses passam a abrigar os seminários de ensino,
pesquisa e extensão.
Nas conferências apresentadas nas sessões plenárias, vários temas
foram contemplados, a saber:
Acesso à informação.
Administração de documentos.
46
Arquivos administrativos, históricos, de ciência e tecnologia, empresariais,
estaduais, de informática, médicos, municipais, de imprensa.
Avaliação de documentos.
Conservação e restauração de documentos.
Construção de arquivos.
Cooperação internacional.
Formação acadêmica.
Funções do arquivista.
Gestão da informação, gestão de arquivos, as interfaces da arquivologia.
Microfilmagem nos arquivos.
Normalização nos arquivos.
Política nacional de arquivos.
Políticas públicas, preservação de documentos.
Profissão de arquivista.
Tecnologia da informação.
Teoria das três idades.
Terminologia arquivística.
Usuários de arquivo.
47
É interessante notar que este último congresso inclui um seminário com o
mesmo tema, o I Seminário Brasileiro de Preservação e Restauração de
Documentos, em que surge pela primeira vez a terminologia preservação.
48
“computador” no I CBA e “automação de arquivos” ou “arquivos informáticos” nos
demais em nosso trabalho será “informática” e microfilmagem, ambas inseridas
no universo das novas tecnologias da informação.
Note-se que, até o IV CBA, em relação às novas tecnologias da
informação, predominavam palestras sobre microfilmagem, totalizando 14, e
sobre informática, do V ao XIII CBA temos 56 palestras sobre informática e
nenhuma sobre microfilmagem, deixando transparecer que a utilização da
microfilmagem nos arquivos começava a ceder espaço para a informática.
A seguir vamos nos direcionar para as questões relativas às
recomendações aprovadas nos 13 CBA.
A partir dos dados apresentados, algumas questões podem ser
levantadas, como veremos a seguir. Muitas recomendações eram reiteradas
uma ou mais vezes nos congressos subsequentes pelo fato de ainda não terem
sido implantadas.
No que se refere aos temas das recomendações, foram priorizados, no
curso dos eventos, os seguintes assuntos:
49
Construção de arquivos dentro das condições adequadas.
Implantação de cursos profissionalizantes.
Elaboração do dicionário de arquivística.
Criação de sindicato.
Ampliação da produção cientifica na área.
Gestão de documentos eletrônicos no Poder Judiciário.
Gestão dos arquivos correntes.
Interação entre os profissionais da informação.
Normalização da terminologia arquivística.
Normalização da transcrição paleográfica.
Microfilmagem de documentos.
Política de preservação do patrimônio documental.
Recursos humanos, materiais e financeiros para os arquivos.
Uso de tecnologia nos arquivos, entre outros.
50
é aprovada a Resolução nº 22, que dispõe sobre as diretrizes para avaliação de
documentos em instituições de saúde.
Outro tema de recomendação relevante diz respeito à formação
acadêmica do profissional envolvendo questões relativas ao ensino, pesquisa,
extensão e demais discussões pertinentes.
Do total de 13 congressos, somente o V (1982) e o VII (1988) não
aprovaram recomendações ligadas à referida temática. Recomendações
voltadas para tecnologia da informação, arquivo e informática permearam o
universo de recomendações dos congressos seguintes: II, III, IV, VI, VIII, XII e
XIII.
As recomendações também sinalizaram sobre a conscientização e
importância dos arquivos com o objetivo de alertar as administrações públicas e
privadas sobre seu papel no desenvolvimento nacional, técnico-científico, social,
econômico, cultural etc.
Interessante notar que recomendações com esse teor foram aprovadas
do I ao IV CBA e posteriormente no VI CBA.
No período de 1986 até 2000, quando há um hiato na referida demanda,
será que os arquivos conquistaram uma posição de destaque com o devido
reconhecimento de sua importância na sociedade que justificasse a não
retomada do tema nos congressos que se sucederam.
Observamos na última década a promoção de concursos públicos para o
cargo de arquivista, mesmo estando aquém das reais necessidades, além de
iniciativas de inclusão de itens relativos à arquivística integrando o conteúdo
programático de concursos para o provimento de outros cargos que não o de
arquivista.
Note-se que mesmo tendo sido proferidas várias palestras sobre
determinado tema, nem sempre eram aprovadas recomendações a respeito,
como, por exemplo, o I CBA, que tem quatro palestras sobre computadores e
arquivos e nenhuma recomendação aprovada, e o tema microfilmagem, com
seis palestras e apenas uma recomendação voltada para a temática.
Os 13 congressos realizados no período de 1972 a 2000 deixaram um
saldo de 195 recomendações aprovadas, perfazendo uma média de 15 por
congresso.
51
O CBA que mais aprovou recomendações foi o VI: Convém chamar a
atenção para o fato de que, entre esse conjunto, 15 foram reapresentadas, pois
já haviam sido aprovadas nos congressos anteriores (I, II, III, IV e V). Em
segundo lugar, veio o XII CBA (1998), com 21 recomendações, e a seguir, o I
(1972) e o III (1976), com 20 recomendações cada.
Do total de recomendações, 35,8% foram reiteradas em outros
congressos, das quais 47,14% se concretizaram. Não foram reiteradas em
outros congressos 125 recomendações, ou seja, 64,1%, sendo que desse total
se concretizaram 46,4%.
Do conjunto de 195 recomendações aprovadas nas plenárias, somente
46,7% se concretizaram, um número regular para uma área que estava se
firmando na época.
Desse total, 54,9% se concretizou no período máximo de cinco anos após
sua aprovação no respectivo congresso. No período de cinco a 10 anos de
realização dos congressos conseguimos concretizar 15,3% de recomendações,
percentual pouco expressivo.
Na sequência, 13,1% de recomendações se concretizaram no período de
dez a quinze anos pós-congresso; 3,2% no período de quinze a vinte anos e
13,1% passados mais de vinte anos de cada congresso. Evidentemente esta
última referência se aplica somente até o IX CBA, em 1992.
Baseados nesse critério, o congresso que realizou, proporcionalmente, o
maior número de recomendações foi o VIII (1990) CBA, realizado em Salvador,
com 62,5% de aprovação, seguido do I (1972), IX (1992) e X (1994) CBA, com
60% das recomendações realizadas.
Entretanto, se o parâmetro para quantificarmos o percentual de
recomendações concretizadas se fixar na quantidade de recomendações
realizadas conjugado com o prazo de até cinco anos, pós-realização do CBA,
veremos que o que apresentou melhor desempenho foi o X (1994), na cidade de
São Paulo, com 100% das recomendações realizadas no período de até cinco
anos de sua aprovação, seguido do IX (1992), na cidade de Santa Maria, que
totalizou 66,66% de suas recomendações aprovadas.
Na década de 1990, a comunidade arquivística lutava para a aprovação
da lei de arquivos, o que ocorre em 1991, fato que contribui para o
desenvolvimento da arquivologia no Brasil, juntamente com a regulamentação
52
do CONARQ, que congrega no conselho representantes dos mais diversos
segmentos da comunidade arquivística, trazendo um reforço às demandas do
grupo e investindo na revisão e criação de legislação arquivística.
Impulsionados por esses fatores, nesse período teremos a ampliação do
número de recomendações que se concretizam. Não podemos esquecer que no
final da década de 1990 e na década de 2000 foram criados mais cursos de
graduação em Arquivologia no país, totalizando 16 instituições de ensino
superior mantenedoras de curso de graduação.
Esse período, sinalizado pela manutenção de novos cursos no âmbito da
academia. Em relação à produção e discussão do conhecimento, sua atuação
ainda está aquém das necessidades, pois, se queremos desenvolver a área, é
preciso produzir pesquisas cujos resultados contribuam para o fortalecimento
desse saber.
Não podemos nos esquecer do fato de que atualmente estamos
vivenciando um momento de incentivo à qualificação docente, em contrapartida
os resultados devem ser obtidos. E quanto à mobilização e força da academia
na mudança dos rumos e obtenção de resultados realmente positivos, como, por
exemplo, o movimento para concretização de ações importantes já reivindicadas
há muito tempo pelo grupo, cremos, salvo melhor juízo, que ela não vem
alcançando seus objetivos como deveria.
Outro fator de relevância e que merece uma reflexão é o papel das
associações de arquivistas. Até o final da década de 1990, a AAB era a única
associação de arquivistas existente no país.
Ela se mobilizou e lutou pelo desenvolvimento da área, sendo a
responsável por inúmeros ganhos, como por exemplo aprovação do currículo
mínimo do curso de graduação em Arquivologia, regulamentação da profissão,
realização dos congressos, edição de material bibliográfico específico da área,
entre outras ações.
Mas os tempos mudam, cada vez mais é necessária uma maior
participação da comunidade na obtenção de resultados positivos, é preciso que
ela esteja unida, e se fortalecendo. Havia a necessidade da criação de um maior
número de associações de arquivistas, o que ocorreu a partir do ano 2000.
Mas, em vez de convergirem as forças em prol do bem comum da classe,
houve uma dispersão. As ações se dizimaram, prova disso foi a organização de
53
congressos nacionais de arquivologia. Realização de novos eventos são bem-
vindas, mas não se pode dispersar forças. Ações pioneiras e que deram certo
deveriam continuar ainda mais fortalecidas com maior participação da
comunidade, pois vitórias importantes tendem a se enfraquecer.
No período de 1972 até o ano 2000, quando foram realizados os 13
congressos aqui analisados, o resultado obtido foi importante, o que pode ser
constatado na quantidade de ações realizadas a partir das demandas advindas
dos congressos. Do universo de recomendações realizadas, 75,8% ocorreram
nesse período.
Podemos considerar esse fato bastante relevante, demonstrando
empenho e participação da comunidade na obtenção do que considera
importante para sua área de atuação se estabelecermos essa relação com a
quantidade de recomendações concretizadas.
Entretanto, se tomarmos por base o total de recomendações aprovadas,
teremos somente 35,3% de realizações nesse período de vinte e oito anos,
percentual muito baixo, não configurando, no nosso entendimento, uma efetiva
mobilização, participação e força da comunidade arquivística.
Um significativo legado dos congressos, entre muitos, foi o lançamento do
número zero da revista Arquivo & Administração, no I CBA, que, além de ser
pioneira, se tornou um importante veículo disseminador na área.
Mesmo tendo passado por momentos de dificuldade quando teve sua
periodicidade regular interrompida, graças ao idealismo, espírito empreendedor
e arrojo das diretorias da AAB que se seguiram foi possível a retomada de sua
publicação.
54
para lidar com as novas questões apresentadas, realizar troca de experiências,
difusão de resultados etc.
No decorrer da pesquisa e, pontualmente, na análise do papel
representado pela comunidade arquivística em prol da defesa da implementação
de ações visando à concretização das recomendações, pode-se observar que
muitos pleitos foram apresentados como propostas inovadoras, mas que na
realidade já haviam sido objeto de discussão em outros congressos, e muitos
deles não se realizaram.
É fato que os congressos produziram uma grande quantidade de
recomendações, como pudemos constatar ao longo deste trabalho. Além disso,
muitas dessas recomendações não foram colocadas em prática de imediato, e
muitas vezes nunca se concretizam. Nesse sentido, cabe lembrar as palavras do
renomado arquivista e professor Aurélio Tanodi, que afirma:
56
Estas são algumas questões que apresento aos leitores para uma análise
conjunta, unindo forças, e, longe de apontar falhas, para trabalhar em prol de
uma reflexão apurada a fim de detectarmos os pontos frágeis que precisam ser
revistos para traçarmos caminhos para um novo cenário da arquivologia,
conectado com as necessidades e demandas do terceiro milênio.
Nosso objetivo foi o de esboçar um quadro que possa contribuir para uma
análise da arquivologia brasileira nesse período, de preservar os registros da
arquivologia no Brasil relativos aos 13 Congressos Brasileiros de Arquivologia,
levantar informações e arrolar as respectivas fontes, de tal modo que possa
servir de subsídio para outros estudos e pesquisas na área arquivística.
12 BIBLIOGRAFIA
57
ARRUDA, B. de S. Bibliotecas: os enormes resultados obtidos na América
do Norte. Correio Paulistano, São Paulo, 20 maio, 1928.
58
CASTRO, Astrea de Moraes e. Arquivo no Brasil e na Europa. Rio de Janeiro:
Arquivo Nacional, 1973.
59
FÓRUM NACIONAL DE DIRETORES DE ARQUIVOS PÚBLICOS ESTADUAIS,
1992, Santa Maria. Moções e recomendações. Acervo da AAB: Rio de
Janeiro, 1992. xerox. 1p.
60
OLIVEIRA, M. de (Coord.). Ciência da Informação e Biblioteconomia: novos
conteúdos e espaços de atuação. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 2005.
61