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MANUAL TCC 12a CLASSE PDF
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Coordenação da Disciplina:
Eng.º JOAQUIM BARROS MACOSSO
Junho de 2020
I
II
III
IV
I.NOÇÕES DA RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS
I.1.Objectivo Geral
Visa dar uma visão geral sobre o estudo da resistência dos materiais e suas hipóteses
básicas, fornecer conhecimentos básicos das propriedades mecânicas de sólidos reais,
visando utilizalos em projectos.
I.2.Objectivo específico
Querse com isto dizer que, as estruturas das construções e peças de máquinas nunca são
absolutamente rígidas, tendem a deformarse por acção de cargas à que são submetidas,
sob pena de houver ruptura quando não têm dimensões e proporções adequadas, isto é,
devem ter dimensões e proporções adequadas para suportarem esforços aos eles impostos.
A força representa a acção de um corpo sobre outro; é uma grandeza vectorial que
aplicado à um corpo, tende a imprimirlhe velocidade ou deslocamento ou ainda deforma
lo, e é caracterizada pela sua intensidade (peso ou magnitude), direcção, sentido e o
ponto de aplicação ou de atuação.
Consiste em achar a resultante das forças que actuam no mesmo plano, quer seja na
direcção do eixo x, ou na direcção do eixo y, do referencial cartesiano.
I.4.3.1.Composição de Forças
A figura abaixo, representa a composição de três forças, F1, F2, e F3, actuando na
direcção do eixo x. Onde os valores das forças F1 e F2 são positivas por deslocaremse
no sentido positivo do eixo x, ao passo que a F3 é negativa por deslocarse no sentido
oposto ou negativo do eixo x.
Logo a composição deste sistema de forças é representado pela sua resultante, ou seja,
F1+F2F3.
Resolução:
a sua resultante consistirá na decomposição desta força F, tanto no eixo x (Fx), quanto no
eixo y (Fy). Pela definição de um triângulo o seno de um dado ângulo é representado
pelo lado oposto dividido pela hipotenusa (F), logo: = , Isolando o pelo
Por outro lado, o cosseno de um dado ângulo é representado pelo lado adjacente (de
baixo) dividido pela hipotenusa (F), logo: = , Isolando o pelo sistema
= 1 ⟹ = 60º 50 ⟹ = 25 .
= 1 ⇒ = 60º 50 ⇒ = 43.3 .
Exercício proposto
Determinar a Resultante das duas forças P e Q que agem sobre o parafuso A, e faça o
equilíbrio do sistema.
I.6.1.Tracção
Ocorre quando duas forças agem no sentido oposto tendendo alongar um elemento na
linha da sua aplicação.
I.6.2.Compressão
I.6.3.Flexão
Ocorre quando um elemento tende resistir a duas forças que agem proximas e paralelas
em sentidos opostos, tendendo produzir um efeito de corte entre suas secções transversais.
As tensões desenvolvidas internamente que resistem a tendência do corte, são
denominadas por tensões de cisalhamento ou tensões tangenciais.
I.6.6.Flambagem ou curvatura
As acções destas forças mediante a sua forma de atuar nos elementos construtivos são chamadas de
solicitações que criam as tensões, que são forças internas que ocorrem nos elementos construtivos. Assim
distinguese:
a) Solicitações de forças a compressão;
b) Solicitações de forças a tracção;
c) Solicitações de forças a flexão;
d) Solicitações de forças a torção;
e) Solicitações de forças a corte ou cisalhamento;
f) Solicitações de forças a flambagem ou curvatura.
c. Cargas distribuídas: São aquelas que atuam em uma área com dimensões na mesma
ordem de grandeza da estrutura. As cargas distribuídas sobre vigas são cargas por unidade
de comprimento, podendo ser uniformes ou variáveis.
a. Permanentes: Atuam durante toda ou quase toda a vida útil de uma estrutura.
Exemplo: Peso próprio de uma laje, de uma viga ou de um pilar, peso de uma parede
sobre uma viga ou sobre uma laje, peso de uma laje sobre vigas ou de vigas sobre
pilares…
As cargas distribuídas sobre vigas são cargas por unidade de comprimento. Estas cargas,
uniformes ou variáveis, podem ser representadas por uma carga concentrada equivalente
(R), cujo valor corresponde à área formada pela figura que representa a carga distribuída
e é aplicada em seu centro de gravidade (CG).
×
Triangular: O valor da carga equivalente é a área do triângulo, ou seja, = e
× ×
é aplicada no centro de gravidade: = e = .
Para o estudo do equilíbrio dos corpos rígidos não bastam apenas conhecer as forças
externas que agem sobre ele, mas também é necessário conhecer como este corpo rígido
está apoiado daí a necessidade de estudar os apoios ou vínculos.
Os apoios ou vínculos são elementos que restringem movimentos das estruturas.
I.8.1. Classificação dos apoios
Os apoios são classificados em:
a. Apoio móvel:
Impede movimento na direcção normal (perpendicular) ao plano do apoio;
Permite movimento na direcção paralela ao plano do apoio;
Permite a rotação.
b. Apoio fixo:
Impede movimento na direcção normal ao plano do apoio;
Impede movimento na direcção paralela ao plano do apoio;
Permite a rotação.
c. Engastamento ou Encastramento:
Impede movimento na direcção normal ao plano do apoio;
Impede movimento na direcção paralela ao plano do apoio;
Impede a rotação.
∑ =0;∑ =0;∑ =0
As estruturas isostáticas são aquelas cujo número de reações de apoio ou vínculos é igual
ao número de equações fornecidas pelas condições de equilíbrio da Estática.
No exemplo da estrutura da figura, as incógnitas são três: (RA, HA para o apoio fixo A
e RB para o apoio móvel). Esta estrutura está fixa; suas incógnitas podem ser resolvidas
somente pelas equações fundamentais da Estática.
b. Estruturas hiperestáticas
(RA, HA e MA: para o apoio A e RB para o apoio B). Neste caso, as equações
fundamentais da Estática não são suficientes para resolver as equações de equilíbrio. São
necessárias outras condições relativas ao comportamento da estrutura, como, por exemplo
a sua deformabilidade para determinar todas as incógnitas.
Estruturas hipostáticas são aquelas cujo número de reações de apoio ou vínculos é inferior
ao número de equações fornecidas pelas condições de equilíbrio da Estática.
A figura acima ilustra uma estrutura hipostática. As incógnitas são duas: RA e RB. Esta
estrutura não possui restrição a movimentos horizontais.
d. Em balanço
Reações externas ou vinculares são os esforços que os vínculos devem desenvolver para
manter em equilíbrio estático uma estrutura, considerada como um corpo rígido e
indeformável.
Procedimento:
∑ =0;∑ =0;∑ =0
3. As cargas distribuídas devem ser substituídas por suas respectivas resultantes (este
artifício é válido somente para o cálculo das reações externas).
4. Como escolhemos direções de referência (x e y), as cargas que não estiverem
nestas direções devem ser decompostas, ou seja, substituídas por um sistema
equivalente.
5. Resolvido o sistema de equações, reação negativa deve ter o seu sentido invertido.
a. Procedimento de cálculo:
3. Usar o método de corte de seções em cada um destes trechos, adotando como posição
genérica desta secção a variável x, que valerá dentro dos limites dos trechos;
4. Supõese em cada seção cortada o aparecimento das solicitações previstas, que devem
ser arbitradas com o sentido convencionado positivo;
∑ =0⇛ = 0;
∑ =0⇛ − + =0⇛ = ;
∑ =0⇛ − =0⇛ =
X
0 0
X
a
L − ( − )=0
X V
0
2
L/2 0
L
−
2
.
∑ =0⇛ − . + . . =0⇛ = −
= − = ⇛ = ⇛ =
2 2 2
X M
0 0
L/2 .
8
L 0
δ: Alongamento ou encurtamento
Interpretação do Diagrama
I.12.2.Lei de Hooke
Esta propriedade do material, pela qual ele tende a retornar à forma original é
denominada elasticidade.
Quando a barra volta completamente à sua forma original, dizse que o material é
perfeitamente elástico; mas se o retorno não for total, o material é parcialmente
elástico. Neste último caso, a deformação que permanece depois da retirada da carga é
denominada deformação permanente.
A lei de HOOKE é válida para a fase elástica dos materiais. Por este motivo, quaisquer
que sejam os carregamentos ou solicitações sobre o material, vale a superposição de
efeitos, ou seja, podese avaliar o efeito de cada solicitação sobre o material e depois
somálos.
A tabela abaixo, mostra alguns valores do módulo de elasticidade (E), o seu valor é igual
sob compressão ou sob tração são iguais.
I.13.1.Introdução
Essas forças produzem deslocamentos nos diversos pontos do eixo da viga dando origem
a tensões internas.
Observa que, a parte central da viga está sujeita somente ao momento flector M=P.a, sem
esforço cortante. Neste trecho dizse que a solicitação é de flexão pura.
Nas seções da viga onde atuam simultaneamente o momento flector e força cortante diz
se que há flexão simples.
Isso provoca uma tensão de tracção de um lado da viga e uma tensão de compressão do
outro lado. (obs.: Na flexão, há sempre um lado sujeito à tracção e outro à compressão. A
tensão de flexão é proporcional à distância relativamente ao eixo neutro). As tensões
máximas ocorrem na parte de baixo e na parte de cima da viga.
A acção do Momento Fletor faz com que o eixo da viga se curve, permanecendo as
secções transversais mm e pq planas e normais ao eixo longitudinal.
= ; =
Elementos de Dimensionamento
.
Essa tensão é dada pela seguinte expressão: = , Onde:
.
: á : é .
.
=
.
.
Essa tensão é dada pela seguinte expressão: = , Onde:
.
: á : é .
.
=
.
II.1.Introdução
Os solos estão presentes em várias etapas ou tipos de construções, algumas delas são
fundações de obras civis, compactação de solos, estabilização de solos, estabilidade de
taludes, erosões, drenagens e túneis. Sendo assim, o solo se torna um componente
indispensável para obras de engenharia civil e é imprescindível que se conheça o seu
comportamento nas mais diversas situações.
A mecânica dos solos é uma disciplina da Engenharia Civil que procura prever o
comportamento de maciços terrosos quando sujeitos a solicitações provocadas, por
exemplo, por obras de engenharia.
Os solos têm sua origem na decomposição das rochas que formavam inicialmente a crosta
terrestre. Esta decomposição ocorre devido a agentes físicos e químicos chamados de
agentes de intemperismo.
As variações de temperatura;
A água ao congelar e degelar;
O vento ao fazer variar a umidade do solo;
A presença da fauna e da flora.
A acção do intemperismo, responsável pela formação do solo, pode ser física
(desagregação física por acção da temperatura, do calor, por actividade química) ou
química (decomposição química por oxidação, carbonatação, hidratação). A
Além dos agentes de intemperismo, existem também os agentes erosivos que se diferem
do primeiro por serem capazes de transportar o material desagregado. De um modo geral,
o principal agente erosivo é a água que atua na forma de chuva, rio, lagos, oceanos e
geleiras. Nos climas áridos, como por exemplo nos desertos, o principal agente causador
de erosão é o vento que dá origem à erosão eólica.
II.3.1.Solos residuais: são os que permanecem no local da rocha de origem (rocha mãe),
observandose uma gradual transição da superfície até a rocha. Para que ocorram os solos
residuais, é necessário que a velocidade de decomposição de rocha seja maior que a
velocidade de remoção pelos agentes externos.
O solo é composto por partículas sólidas que apresentam vazios entre si. Estes vazios
podem estar preenchidos por água e/ou ar. Assim, temos 3 fases:
= + ; = + ; = + + = + .
Definese a umidade (h) de um solo como sendo a razão entre o peso da água contida num
certo volume de solo e o peso da parte sólida existente neste mesmo volume, expressa em
percentagem.
ℎ% = × 100
= 1− 2e = 2–
Observação: Na natureza não existem solos com teor de umidade igual a zero. Esta
condição é apenas obtida em laboratório, mesmo assim, após um determinado período
exposto ao tempo, a amostra irá absorver a umidade do ar.
Por definição é a relação entre o peso total (Pt) e o volume total (Vt). A umidade h é
diferente de zero.
É a relação entre o peso das partículas sólidas (Ps) e o volume total (Vt). A umidade (ℎ =
0) da amostra é retirada.
É a relação entre o peso das partículas sólidas (Ps) e o volume das partículas sólidas (Vs).
É a relação entre o volume de vazios (Vv) e o volume das partículas sólidas (Vs).
= .
%= × 100
É a relação entre o peso específico das partículas sólidas ( ) e o peso específico da água
( ).
= = =
1,0
II.5.1. Introdução
Para os solos que apresentam certa percentagem da fração fina (silte e argila), não basta
a granulometria para caracterizá los. São necessários outros parâmetros tais como: forma
das partículas, a composição mineralógica e química e as suas propriedades plásticas que
estão intimamente relacionados com o teor de umidade.
II.5.2.Limites de Consistência
No início do século XX, um químico sueco Albert Atterberg, realizou pesquisas sobre as
propriedades dos solos finos (consistência). Segundo ele, os solos finos apresentam
variações de estado de consistência em função do teor de umidade. Isto é, os solos
apresentam características de consistência diferentes conforme os teores de umidade que
possuem. Há teores de umidade limite que foram definidos como limites de consistência
ou limites de Atterberg.
A consistência do solo varia com o teor de umidade (Figura 5.1.), podendo estar em um
dos estados:
Figura 5.1. Variação da consistência do solo com a umidade ( Fonte: GONÇALVES, Heloisa – Mecânica dos
solos e fundações, 2014)
Figura 5.2.Estados de Consistência (Fonte: CAPUTO, H.P – Mecânica dos solos e suas aplicações, 6ª Edição,
Vol.1)
Observação: Os limites de Atterberg, Servem para comparar (ou medir) a quantidade d'água com
os padrões do comportamento do solo na engenharia.
É a quantidade de umidade do solo no qual o solo muda do estado líquido para o estado
plástico, ou seja, perde a sua capacidade de fluir.
Procedimento de Ensaio
Figura 5.4.Ensaio de Limite de Liquidez (Fonte: GONÇALVES, Heloisa – Mecânica dos solos e fundações, 2014)
Figura 5.5. Antes do ensaio (Fonte: CAPUTO, H.P – Mecânica dos solos e suas aplicações, 6ª Edição, Vol.1)
Por definição, o limite de liquidez (LL) do solo é o teor de umidade para o qual
a ranhura se fecha com 25 golpes, no aparelho de Casagrande.
Figura 5.7. Depois do ensaio (Fonte: CAPUTO, H.P – Mecânica dos solos e suas aplicações, 6ª Edição, Vol.1)
O limite de plasticidade (LP) é o valor da umidade que limita o estado plástico do estado
semisólido. É obtido moldandose cilindros de solo (Fig. 5.7) e rolandoos sobre uma
placa de vidro fosco com a mão até que comece a fissurar com 3mm de diâmetro.
Figura 5.8.Ensaio para determinação do limite de plasticidade (Fonte: GONÇALVES, Heloisa – Mecânica dos
solos e fundações, 2014).
Este índice determina o caráter de plasticidade de um solo, assim, quando maior o “IP”,
tanto mais plástico será o solo. Sabe se, ainda, que as argilas são tanto mais
compressíveis quanto maior for o IP.
−ℎ
=
= , Onde:
h: umidade natural
É a razão da diferença entre os volumes inicial (Vo) e final (Vf) após a secagem da
amostra, para o volume inicial (Vo), expressa em percentagem:
= ( − )/
6.1.Introdução
Classificação genética geral: A classificação genética dos solos pode ser quanto a sua
origem, conforme apresentado anteriormente. Essa classificação tem um grande valor
esclarecedor, mas não é tecnicamente utilizável, pois não permite uma correlação entres
as classes e suas propriedades geotécnicas.
Para além das classificações acima referidos, os dois principais sistemas de classificação
são: o Sistema Unificado de Classificação (Unified Classification System U. S. C.),
oriundo do Airfield Classification System (A.C.), idealizado por A. Casagrande e a
Classificação do H.R.B. (Highway Research Board), originária da classificação do
Public Roads Administration.
Em linhas gerais, os solos são classificados, neste sistema, em três grandes grupos:
a) Solos grossos: aqueles cujo diâmetro da maioria absoluta dos grãos é maior
que 0,074 mm (mais que 50% em peso, dos seus grãos, são retidos na peneira n°
200).
b) Solos finos: aqueles cujo diâmetro da maioria absoluta dos grãos é menor
arenosos com pequenas quantidades de material fino (silte ou argila) . Estes solos
são designados da seguinte maneira:
não plásticos.
sibilidade (LL < 50 ) ou alta compressibilidade (LL > 50) . São designados da
seguinte forma:
em função dos índices. O que distingue um solo A4 de um solo A24 é apenas a
porcentagem de finos. São semelhantes aos solos A1, porém menos graduados, ou são
mais susceptíveis às variações de volume decorrentes de mudanças no teor de
umidade.
A26 e A27 contêm materiais semelhantes aos dos solos A24 e A25, exceto a