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Automedicação e Covid 19

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CARTA

LETTER

Automedicação e uso indiscriminado de


medicamentos durante a pandemia
da COVID-19

Self-medication and indiscriminate use of


medicines during the COVID-19 pandemic

Automedicación y uso indiscriminado de José Romério Rabelo Melo 1,2


medicamentos en la pandemia COVID-19 Elisabeth Carmen Duarte 3
Marcelo Vogler de Moraes 2
Karen Fleck 2
Paulo Sérgio Dourado Arrais 1

doi: 10.1590/0102-311X00053221

Machado & Marcon 1 abordaram um tema muito importante e que merece atenção da comunidade 1 Departamento de Farmácia,
Universidade Federal do
científica: a automedicação em um cenário de pandemia e com circulação maciça de informações
Ceará, Fortaleza, Brasil.
relacionadas a intervenções terapêuticas medicamentosas. 2 Agência Nacional de

Nosso estudo não tratou diretamente do tema automedicação, pois os casos pesquisados são, na Vigilância Sanitária,
grande maioria, oriundos de pacientes internados em hospitais e o sistema de informação usado – Brasília, Brasil.
3 Faculdade de Medicina,
VigiMed (http://antigo.anvisa.gov.br/vigimed) – não permite, em situações isoladas, discriminar se Universidade de Brasília,
o uso do medicamento foi feito por prescrição ou por automedicação. Ainda assim, vale lembrar que Brasília, Brasil.
a grande maioria dos medicamentos envolvidos nas reações adversas a medicamentos (RAMs) foi
Correspondence
prescrita por médicos durante a internação, o que exclui a automedicação. Ainda assim, agradecemos J. R. R. Melo
muito a oportunidade de esclarecer e debater o tema com base nas reflexões dos autores da carta. Programa de Pós-graduação
“Infodemia” é o termo associado ao compartilhamento excessivo de informações não homogenea- em Ciências Farmacêuticas,
Departamento de Farmácia,
mente acuradas, em resposta a uma situação aguda como a atual pandemia, e amplificado pelos efi-
Universidade Federal do
cientes e múltiplos meios de divulgação e pelo medo coletivo 2,3. Entre as suas consequências podemos Ceará.
citar a dificuldade em triar fontes idôneas, a amplificação de rumores e a desinformação, a manipula- Rua Coronel Alves Teixeira
s/n, Fortaleza, CE
ção de informações com diferentes interesses, o consumo em massa e rápido de notícias falsas, tanto
60130-000, Brasil.
pela população quanto por profissionais de saúde 2,3. Como exemplo, podemos lembrar a ampla divul- romerio.pgcf@gmail.com
gação de matérias relacionadas às diferentes formas de tratamento da COVID-19 durante a vigência
desta pandemia, embora sem requisitos mínimos científicos de segurança, eficácia ou efetividade 4,5.
Como resultado observamos estímulo coletivo ao uso irracional/irresponsável de medicamentos, seja
atendendo a prescrições médicas por vezes não baseadas em evidências ou a automedicação.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) 6, automedicação é a seleção e o uso de medica-
mentos (incluindo chás e produtos tradicionais) por pessoas para tratar doenças autodiagnosticadas
ou sintomas. A automedicação é um fenômeno bastante discutido na cultura médico-farmacêutica e
não é uma prática restrita ao Brasil, mas uma preocupação global pois afeta um número grande de
países 7,8. A automedicação pode ser vista como um elemento do autocuidado 6, mas quando inade-
quada, tais como o uso abusivo de medicamentos (polimedicação) e o uso de medicamentos off-label,
pode ter como consequências o uso irracional de medicamentos, efeitos indesejáveis, enfermidades
iatrogênicas e mascaramento de doenças evolutivas, além da ampliação de custos para o paciente e
para o sistema de saúde 9.

Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença


Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodu-
ção em qualquer meio, sem restrições, desde que o trabalho original seja
corretamente citado. Cad. Saúde Pública 2021; 37(4):e00053221
2 Melo JRR et al.

Durante a pandemia de COVID-19, o padrão de consumo de medicamentos no Brasil chamou


a atenção. Estava no centro dessa questão o denominado “tratamento precoce” ou “kit-covid”: uma
combinação de medicamentos sem evidências científicas conclusivas para o uso com essa finalidade,
que inclui a hidroxicloroquina ou cloroquina, associada à azitromicina, à ivermectina e à nitazoxani-
da, além dos suplementos de zinco e das vitaminas C e D. A prescrição e o uso desses medicamentos
off-label para tratar ou prevenir a COVID-19 recebeu contornos de grande credibilidade, quando o
“tratamento precoce” e o “kit-covid” foram divulgados e o seu uso incentivado amplamente nas mídias
sociais (WhatsApp, Facebook e Instagram) por profissionais médicos 5,10, autoridades públicas 11 e nas
páginas oficiais de Internet de Secretarias de Saúde 12,13,14,15, Ministério da Saúde e Governo Federal
do Brasil 16,17.
Nesse contexto, é claro que entender a automedicação como problema imputado somente aos
consumidores desses medicamentos é um equívoco. Existem múltiplos condicionantes e muitos
outros atores envolvidos promovendo a prática de uma automedicação estimulada pela mídia e auto-
ridades. De todo modo, o resultado no Brasil foi uma avalanche de informações, medo e incertezas,
contribuindo com uma corrida sem precedentes para os balcões das farmácias 18. As vendas aumenta-
ram de forma considerável! Como exemplo, a ivermectina que apresentou um tremendo incremento
nas vendas, passando de R$ 44 milhões em 2019 para R$ 409 milhões em 2020, com alta de 829% 19.
Após o expressivo aumento nas vendas, a farmacêutica estadunidense Merck Sharp & Dohme, res-
ponsável pelo desenvolvimento da ivermectina, veio a público afirmar que, até o momento, os dados
disponíveis não suportam a segurança e eficácia da droga contra a COVID-19 20. Nessa mesma linha, a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Rede CoVida (do Centro de Integração de Dados
e Conhecimentos para Saúde – Cidacs/Fiocruz) publicaram uma nota técnica alertando a população
sobre o risco do uso indevido da ivermectina para o tratamento da COVID-19 21,22.
A hidroxicloroquina e a cloroquina também tiveram suas receitas aumentadas de R$ 55 milhões
em 2019 para R$ 91,6 milhões em 2020. A azitromicina também teve suas vendas aquecidas. Segundo
a base de dados do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) 23, esse
fármaco apresentou um aumento de 30,8% nas vendas no período da pandemia, passando de pouco
mais de 12 milhões de caixas vendidas em 2019 para mais de 16 milhões de caixas vendidas em 2020.
Segundo levantamento do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) 19, esses
medicamentos utilizados na pandemia representaram uma movimentação dos caixas das empresas
farmacêuticas nacionais próxima a R$ 500 milhões em 2020.
Em decorrência do aumento das vendas desses medicamentos, que pode ser considerado um proxy
do consumo, cresce também as anomalias derivadas deles, tais como a automedicação, a resistência
bacteriana e as reações adversas.
Os autores fizeram uma consulta às bases de dados de RAM no antigo sistema de notificação de
RAM da Anvisa (Notivisa) no período de 2009 a 2018, e foram identificados somente 19 casos suspei-
tos de RAM associados à ivermectina em 10 anos, e em apenas nove meses de 2020, no atual sistema
VigiMed, já foram notificadas 25 RAM relacionadas a esse fármaco, com os usuários apresentando
náuseas, diarreias, dores abdominais, sonolências, tonturas e pruridos.
Com novas análises realizadas com os dados das notificações de suspeitas de RAM em pacientes
com COVID-19, atualizadas até dezembro de 2020, foi possível verificar que a partir de setembro de
2020 houve uma redução importante no registro dos medicamentos hidroxicloroquina e cloroquina
no banco de dados em pacientes internados por COVID-19, seja como suspeito de RAM ou de uso
concomitante. Por outro lado, pesquisas mostraram um aumento de vendas no varejo desses medica-
mentos no mesmo período 18,19,24. Esses achados permitem levantar a hipótese de incremento relativo
do uso desses medicamentos no ambiente ambulatorial, onde os usuários raramente são monitorados
para a identificação de alterações cardíacas, frequentemente associadas ao uso desses fármacos, como
descrito em nosso artigo, o que representa um risco adicional. Devido à pouca participação de noti-
ficações de RAM pelas farmácias privadas e comunitárias do SUS, a captação de RAM representadas
pelo uso ambulatorial fica prejudicada.
Vale destacar novamente que até o momento os principais fármacos que compõem o “tratamento
precoce” não têm nenhuma comprovação científica de eficácia ou efetividade clínica, e sua segurança
é ainda duvidosa para tratar ou prevenir a COVID-19 21,25. A última atualização das potenciais tera-
pias para a COVID-19, baseada em revisões sistemáticas rápidas, publicada em 19 de fevereiro de

Cad. Saúde Pública 2021; 37(4):e00053221


CARTA ÀS EDITORAS 3

2021 pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), mostrou que não existe evidência de que
a azitromicina, hidroxicloroquina e cloroquina reduzam a mortalidade, a ventilação mecânica ou o
tempo de resolução dos sintomas. De fato, os autores argumentam que esses dois últimos fármacos
podem estar associados a um aumento de RAM grave, como foi evidenciado também no nosso estudo,
e um provável incremento da mortalidade nos pacientes tratados 25. Ainda segundo esse documento,
a ivermectina, a nitazoxanida, as vitaminas C, D e zinco, que completam o “kit-covid”, também regis-
tram muitas incertezas quanto aos seus benefícios e apresentam danos potenciais, sendo fundamental
mais pesquisas sobre o tema 25.
As pesquisas que identificam o aumento das vendas desses medicamentos revelam o potencial do
consumo durante a fase mais crítica da pandemia no Brasil. Podemos supor que, pelo menos parte
desse excesso de consumo tenha ocorrido por automedicação, visto que no Brasil 79% das pessoas
com mais de 16 anos admitem tomar medicamentos sem prescrição médica 26. Embora a automedi-
cação responsável teoricamente possa ser benéfica em uma situação como uma pandemia, permitindo
que os pacientes se tornem responsáveis e adquiram confiança para gerenciar a sua saúde, essa prática
efetuada de forma inadequada e baseada em fontes de informação pouco confiáveis apresenta sérios
riscos à saúde.
Carecemos ainda de previsão sobre o controle da COVID-19. É provável que o SARS-CoV-2 se
mantenha por longo período causando epidemias no mundo 27,28. Sendo assim, é imperativo que as
autoridades sanitárias, lideradas pelo Ministério da Saúde, intensifiquem e promovam as medidas
sabidamente efetivas para o controle da doença: vacinação, distanciamento social, uso de máscaras
e protocolos de higiene sanitários. Mas igualmente é urgente que implementem estratégias para
informar a população sobre o uso adequado de medicamentos e que sejam aplicadas as medidas regu-
latórias cabíveis para impedir a automedicação inadequada e a publicidade de medicamentos com
indicação para a COVID-19, sem a devida segurança e eficácia comprovadas.

Colaboradores Informações adicionais

J. R. R. Melo redigiu o texto e aprovou a versão final ORCID: José Romério Rabelo Melo (0000-0001-
a ser publicada. E. C. Duarte, M. V. Moraes, K. Fleck 8307-1362); Elisabeth Carmen Duarte (0000-0002-
e P. S. D. Arrais revisaram criticamente o texto e 4502-8467); Marcelo Vogler de Moraes (0000-
aprovaram a versão final a ser publicada. 0001-7496-6084); Karen Fleck (0000-0002-4236-
1002); Paulo Sérgio Dourado Arrais (0000-0001-
9148-5063).

Cad. Saúde Pública 2021; 37(4):e00053221


4 Melo JRR et al.

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quantidade em detrimento da qualidade das nas. SES-AM auxilia Prefeitura de Manaus
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2. Organização Pan-Americana da Saúde. En- php?id=5559 (acessado em 26/Fev/2021).
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g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noti anvisa-emite-nota-de-esclarecimento-sobre-
cia/2021/01/15/bolsonaro-insiste-em-trata ivermectina (acessado em 26/Fev/2021).
mento-precoce-sem-comprovacao-contra-a- 21. Rede CoVida. Nota Técnica 06: ivermecti-
covid-estudos-mostram-que-nao-ha-preven na não deve ser indicada para tratamento de
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rus. AgoraRN 2020; 6 jun. https://agorarn.
com.br/geral/secretaria-de-saude-de-natal-
recomenda-usar-ivermectina-para-prevenir-
e-tratar-coronavirus-saiba-como/.

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Medicamentos Industrializados Sujeitos à Es- Pesquisa – Automedicação no Brasil (2018).
crituração no SNGPC. https://dados.gov.br/ https://www.ictq.com.br/pesquisa-do-ictq/
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zados-sngpc (acessado em 28/Fev/2021). (acessado em 27/Fev/2021).
23. Plataforma registra aumento de mais de 26. Cientista-chefe da OMS: Covid-19 pode de-
1.800% nas vendas de Ivermectina e alerta morar 5 anos para ser controlada. Jovem Pan
para riscos de automedicação. Saúde Deba- 2020; 14 mai. https://jovempan.com.br/noti-
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noticias/plataforma-registra-aumento-de- 27. Garcia R. Cientista afirma que população
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paho.org/bitstream/handle/10665.2/52719/ rus-24650757.
PAHOIMSEIHCOVID-19200030_eng.pdf
(acessado em 13/Fev/2021).

Recebido em 28/Fev/2021
Aprovado em 04/Mar/2021

Cad. Saúde Pública 2021; 37(4):e00053221

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