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Modelo Atomico Quântico PDF

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INTRODUÇÃO

No final do século XIX ocorreu uma grande reviravolta no que se


acreditava ser o comportamento das partículas que constituem o átomo. Essa
revolução teve como ponto de partida a teoria de quantização proposta por
Max Planck. Neste período o átomo de Dalton já havia sido contestado devido
a descoberta do elétron. Vários problemas estavam sendo discutidos e até
então, não tinham solução segundo as teorias conhecidas. Dentre estes
problemas, cita-se a radiação do corpo negro, efeito fotoelétrico, espectro
atômico e estrutura atômica. Neste momento surge uma nova ciência aplicada
ao átomo que, de certo modo, se consolidou através de vários confrontos ao
entendimento da física da época para vários pesquisadores. Assim, é de
particular importância, o conhecimento da história da evolução dos modelos
atômicos até se chegar no MODELO ATÔMICO QUÂNTICO, o modelo atual.

O MODELO ATÔMICO ATUAL


O modelo atômico atual resulta do aprimoramento de modelos elaborados
ao longo do século XIX e XX. Admite que um átomo possui núcleo em torno do
qual movimentam-se os elétrons. Tal movimento não pode ser completamente
descrito, uma vez que as trajetórias dos elétrons são indeterminadas. Contudo,
é possível calcular a probabilidade de encontrar os elétrons em setores
determinados em torno do núcleo atômico. O átomo é atualmente entendido
como um sistema quântico: os elétrons do átomo possuem valores discretos de
energia. A resolução da equação de Schrödinger para um átomo tem como
resultados os possíveis valores de energia e as funções de onda que
representam os correspondes estados eletrônicos. Costuma-se caracterizar
abreviadamente um estado eletrônico pelo conjunto de números quânticos
constitutivo de sua expressão matemática.

O ÁTOMO QUÂNTICO
O desenvolvimento de uma teoria atômica que explicasse a origem da luz
(energia) emitida ou absorvida pelos átomos foi um grande desafio para muitos
físicos no início do século passado.
Primeiramente, Bohr trabalhou no Laboratório Cavendish, em Cambridge,
com Joseph J. Thomson (1856-1940). Em seguida, com Ernest Rutherford
(1871-1937), em Manchester, onde analisou os resultados recentes dos
experimentos sobre as colisões de partículas alfa (núcleos de átomos de hélio)
contra folhas finas de ouro e que levaram Rutherford, em abril de 1911, a
propor a existência do núcleo atômico, de carga positiva, circundado por
elétrons (negativos).
No entanto, esse modelo contrariava as leis do eletromagnetismo
clássico. Segundo essa teoria, elétrons em movimento acelerado emitiriam luz
e, com isso, colapsariam contra o núcleo em uma fração de segundo, o que
comprometeria a própria existência do átomo.

Espectroscopia atômica

Outro problema com o modelo de Rutherford: ele não permitia explicar a


forma como os átomos devolviam ao meio a luz que incidia sobre eles. Com a
ajuda de um espectroscópio, aparelho cujo cerne é um prisma, a luz irradiada
pelos átomos aparecia na forma de raias (linhas paralelas) com cores
(frequências) variadas. O conjunto dessas raias é denominado espectro
atômico e é característico para cada átomo.
O espectro atômico mais simples – já conhecido à época – é o do gás de
hidrogênio, que tem cinco conjuntos (séries) de raias. Aquelas que estão na
região da luz visível foram determinadas, pela primeira vez, em 1853, pelo
físico sueco Anders Ångström (1814-1874).
Com base nessas medidas, o matemático suíço Johann Balmer (1825-
1898) obteve uma fórmula, em 1885, que determinava a frequência de cada
uma das raias em função de números inteiros. Três anos depois, de forma
independente, o físico sueco Johannes Rydberg (1854-1919) encontrou
fórmula parecida, para obter a cor das raias dos chamados metais alcalinos
(lítio, sódio, potássio e rubídio).Em 1908, uma regra geral para determinar
todas as séries espectrais descobertas empiricamente para o hidrogênio foi
estabelecida pelo físico suíço Walter Ritz (1878-1909).
No entanto, o entendimento do significado dessas fórmulas, bem como
das cores e da descontinuidade das raias, teria que esperar um
desenvolvimento-chave: um modelo atômico mais elaborado que o de
Rutherford.
O modelo de Bohr

A grande contribuição de Bohr se deu quando ele notou que poderia


estender para o átomo a hipótese elaborada, em 1900, pelo físico alemão Max
Planck (1858-1947): na natureza, a energia é gerada e absorvida em diminutos
pacotes – e não de forma contínua. Cada um desses pacotes é
denominado quantum – daí, o termo teoria quântica.
Para Bohr, essa percepção ocorreu após ele tomar conhecimento da
fórmula de Balmer. “Assim que vi a fórmula de Balmer, tudo ficou claro para
mim”, disse.
Isso permitiu que ele desenvolvesse um modelo que dava conta da
estabilidade do átomo e era capaz de prever as séries espectrais observadas
para o átomo de hidrogênio, determinando, assim, a origem das séries já
conhecidas experimentalmente.

REFERÊNCIAS
1- Silva, B. P. L. J.; Cunha, Melo B. M., PARA COMPREENDER O MODELO
ATÔMICO QUÂNTICO. Disponível em:
http://www.quimica.ufpr.br/eduquim/eneq2008/resumos/R0298-1.pdf. Acesso
em: 23/02/2021.

2 – ROCHA, M. F. J.; MORENO, M. R. R., O ÁTOMO QUÂNTICO.


Universidade Federal da Bahia. Disponível em:
https://cienciahoje.org.br/artigo/o-atomo-quantico/. Acesso em: 23/02/2021.

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