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Apostila Psimama

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Informações valiosas para o dia a dia com crianças de 0 a 6 anos!

Apostila
Semana
PsiMama
Resumos dos sete dias da
Semana PsiMama para que
você possa consultar, rever
e compartilhar com sua
rede de apoio!

Nanda Perim
Olá! Primeiro de tudo gostaria de
me apresentar para você! Me
chamo Fernanda Perim, mas prefiro
que me chamem de Nanda! Sou
psicóloga, educadora parental e
também integrativa de sono infantil.
Comecei essa minha jornada
estudando puerpério e
amamentação, depois
comportamento e sono, e ao
compartilhar meus aprendizados, e
vi que muitos pais e mães se
sentiam perdidos. Então percebi o
quão benéfico seria que
entendessem algumas informações
básicas, mas muito valiosas, sobre
infância, desenvolvimento e sono,
que pudessem tornar os dias com
filhos menos estressantes e mais
leves.
Assim, comecei a escrever, e
conforme eu ia organizando meus
aprendizados, fui organizados de
forma didática as informações
incríveis que eu aprendi. Uni
inúmeros autores e linhas teóricas, e
fui construindo um método meu,
que pratico em casa e ensino nas
minhas redes sociais e também em
forma de cursos.

Durante a Semana PsiMama, peguei


os temas mais pedidos e as
perguntas mais frequentes, e
organizei em cinco dias de lives.
Aqui, nessa Apostila, você vai
encontrar um resumo de cada uma
delas! Fique à vontade para
compartilhar com quem quiser! ^^
DIA 1: Como ensinar CONSEQUÊNCIAS
sem uso de CASTIGOS

Castigos não educam. Segundo a Disciplina Positiva, o resultado


mais comum dos castigos é a criança ressentir, retaliar, rebelar ou
recuar, seja em forma de dissimulação ou de baixa auto-estima.
Quando o foco do adulto é a punição, raramente ele lembra de
ensinar os porquês das coisas, ou focar na solução para resolver
os desafios, e acaba apenas medindo forças com essa criança.
Quando, ao invés, conseguimos entender que erros são
oportunidades de aprendizado, e que não existe aprendizado sem
erro, começamos então a entender que crianças vão mesmo
errar, e muito. Que isso faz parte da infância! E que a melhor
forma de responder à esses erros é ensinar como se faz diferente
ao invés de querer punir a criança por não saber fazer certo. Os
adultos precisam entender que, muitas das vezes, eles acreditam
que a criança entendeu, mas para ela a informação ainda está
confusa e as interpretações INFANTIS dela ainda precisam de
mais explicações para entender o certo do errado.
As consequências naturais, então, se tornam parte natural do
aprendizado, porque a natureza está em ação no entorno dessa
criança. Não estamos falando de castigar a criança, estamos
falando de permitir que ela experimente o mundo com sua
supervisão mas sem tanta intervenção sua. Por exemplo, quando
a criança sai pra brincar no inverno e você avisa "leve um casaco,
está frio lá fora" e ela se recusa a levar. Então ela sai, começa a
brincar e naturalmente sente frio. Não é você que está fazendo ela
sentir frio, mas sim a própria natureza. Ela então precisa parar de
brincar, voltar dentro de casa e pegar um casaco. Considerando
que as crianças aprendem com 1) repetição e 2) ação, é muito
provável que essa experiência tenha sido um aprendizado maior
do que de um adulto dando sermão sobre a importância de levar
um casaco.
DIA 1: Como ensinar CONSEQUÊNCIAS
sem uso de CASTIGOS

Como crianças aprendem na repetição, pode ser que esse episódio


do casaco precise acontecer algumas vezes para que então
finalmente essa criança leve o casaco de primeira.
A outra forma de consequência é a lógica. Uma consequência
lógica, por exemplo, é uma criança jogar um briquedo no chão, ele
quebrar e ela ficar com um briquedo quebrado pra brincar. Ou, por
exemplo, a criança não emprestar algo pro amigo e por
consequência o amigo não querer emprestar de volta algo pra ele.
As consequências lógicas não são castigos, elas são apenas uma
consequência dentro de uma lógica universal. Se você diz "se não
descer do sofá vai ficar sem sobremesa" não é uma consequência
lógica, é um castigo, porque não há qualquer relação. As
consequências lógicas são relacionadas, respeitosas, razoáveis e
também avisadas com antecedência. Supondo que você queira
tirar o brinquedo da criança antes que ela o quebre, já que está
jogando no chão. Seria, então, avisar com atecedência "eu não
quero que você quebre esse brinquedo, então se você ficar
jogando ele no chão eu vou precisar tirar ele de você para que não
quebre. Assim que você decidir por brincar com ele sem quebrar, te
devolvo." Avisou antes, é razoável, é respeitoso agir assim e
também é relacionado - você tira o brinquedo porque não quer
que quebre, mas não tira se a criança parar de arriscar quebrá-lo.
Razoável, porque você não está dizendo 'você vai ficar sem esse
brinquedo uma semana!". Isso não seria razoável e seria mais
semelhante à uma vingança do que uma consequência.
O castigo vem para manipular a criança, enquanto a consequência
é uma forma da criança entender o funcionamento do mundo, é
respeitoso e feito com carinho. Tome muito cuidado!! Muitos
adultos usam nomes bonitinhos para castigos, como 'perda de
privilégio' e pintam de consequência quando não o é!
DIA 2: 5 passos para ir para
creches/escolas sem sofrimento
Quando pequenas, as crianças precisam de muito tempo para
entender, elaborar e aceitar transições e mudanças. Isso acontece
porque, além da criança ainda estar aprendendo que as coisas
continuam existindo enquanto ela não as vê, por exemplo, a mãe
que foi ao trabalho; ela também tem um apego muito grande com
cada atividade em que se encontra. Tirar uma criança, por
exemplo, do banho para dormir - na cabecinha dela - é uma
mudança muito grande e brusca, e ela precisa de tempo para
entender isso. O mesmo acontece para sair de casa: ela precisa ser
avisada com antecedência, precisa de preparar pra isso, precisa
que você converse muito e explique que vão sair e pra onde vão
com tempo hábil para que ela entenda, elabore e aceite. Portanto,
para ir para creches/escolas sem sofrimento, vamos seguir 5
passos:
1) Avisar que dia é aquele logo pela manhã- a criança não tem
ainda um calendário mental, e para ela ainda é muito difícil de
entender se hoje é segunda, dia que mamãe e papai trabalham, ou
sábado, que eles ficam o dia todinho comigo.
2) Avise que daqui a pouco tem escola e coloque o uniforme onde
ela possa ver- assim ela tem tempo para processar e aceitar que
daqui a pouco tem aula, tem que colocar uniforme, etc
3) Continue avisando, e então coloque o uniforme de forma
divertida, avisando da saída como algo empolgante- a entonação
e a diversão podem fazer toda diferença. Aqui vale lembrar todas
as coisas divertidas e pessoas legais que vão encontrar lá!
4) Ao sair de casa, reforce ao longo do caminho pra onde vão e o
que vão encontrar lá- vale também relembrar a rotina no lugar e
que horas você vem buscar (exemplo: depois do lanche venho te
buscar!)
5) Na escola, lembre-se que a criança precisa elaborar e
aceitar- e principalmente no começo, isso pode demorar. É como
@psimamaa
DIA 2: 5 passos para ir para
creches/escolas sem sofrimento
se a criança estivesse entrando numa piscina de água fria! Ela
precisa ir se acostumando com a temperatura da água, e se
aquece no seu corpo enquanto isso. Se você entrega ela chorando
e vai embora, é como se você jogasse ela na água gelada. Na
próxima vez, ela terá ainda mais medo daquele lugar, e menos
confiança em você perto 'da água'. Você pode abraçar ela, entrar
junto, esperar ela se ambientar, pedir um beijo e ir embora. Se esse
processo estiver muito difícil, pode ser que
1) você precise fazer adaptação dela na escola de novo
2) você precise que a rotina antes de ir pra escola, com os avisos,
seja mais rídiga, porque ela pode - por algum motivo- ainda não
estar tão preparada ao chegar. Sinal de que precisamos preparar
melhor a criança até chegar lá!

@psimamaa
DIA 3: Como substituir o NÃO na
criação dos nosso filhos.
Quando usamos o 'não' a todo tempo, banalizamos. Se você fala
'não' toda hora, a criança pode estar chegando ao ponto de
sequer ouvir esse não mais! O não passa despercebido, ou não é
considerado importante, porque é banalmente ouvido a todo
momento. Ao passo que, ao substituir o não, quando finalmente o
usamos, ele tem mais poder, ele chama atenção e a criança então
da mais importância e valor para essa palavra. Confia mais nela,
quando finalmente é usada! Outra mudança que acontece ao
usarmos o 'não' é a nossa expectativa, enquanto adultos. Quando
usamos o 'não', esperamos que a criança obedeça
imediatamente. Mas a criança não aprende assim, crianças
aprendem com ação e repetição. Isso significa que você teria que
repetir inúmeras vezes o não! Quando mudamos nosso olhar e
substituimos essa negação constante, também mudamos nossa
expectativa sobre a compreesão da criança. Passamos a
entender, através da substituição, que o 'não' mascara nossa
necessidade de ensinar para as crianças o porquê de não poder
cada coisa. E então passamos a entender que quando gritamos
'não' estamos assustando a criança muito mais do que ensinando
qualquer coisa. Além disso, outra coisa importante acontece:
aumentamos a curiosidade da criança sobre aquilo que não pode.
Fazemos ela, exploradora nata que é, ter ainda mais vontade de
fazer o que negamos. Ela se torna instintivamente ainda mais
interessada naquilo que proibimos! Curioso, não? Além de não ser
efetivo, o 'não' ainda piora, e muito, nossa situação!
Então, como substituir?
1) Prevenção - enquanto a criança for nova demais pra nossa
explicação, podemos prevenir até que tenha idade para
compreender melhor. Por exemplo, tirar do alcance da criança não
é deixar DE educar, mas sim deixar PARA educar na idade certa!
Dependendo da idade, um combinado anterior pode ajudar muito!

@psimamaa
DIA 3: Como substituir o NÃO na
criação dos nosso filhos.
2) Distração: muitas vezes a criança, ainda muito nova, não vai dar
conta de algumas situações. Como um bebê de dois anos vendo
um parque lindo e cheio de bolinhas que ela não pode entrar, sem
qualquer aviso anterior. Isso pra ela é desesperador! Você distrair
a criança é escolher duas batalhas, e investir sua energia e tempo
de forma mais positiva. Não é na hora que a criança está
frustrada, atacada, desesperada de vontade de brincar naquele
parquinho, que você vai ensinar alguma coisa. Desista disso! Com
raiva, brava e chorando a criança não aprende nada! É hora de
distrair, acalmar ela, e deixar para ensinar quando ela estiver em
condições de aprender ao te escutar.
3) Substituição: você pode, por exemplo, dar uma alternativa para
essa criança, entregar algo que ela possa, dar uma possibilidade
para ela, que sozinha - ainda pequena e imatura- não consiguirá
decidir sozinha. Ajude-a com opções possíveis!
4) Supervisão: ao invés de negar pra crianças coisas, como pegar
num copo de vidro ou subir uma escada, você pode ensinar pra ela
como fazer essas coisas da forma mais segura possível (assim
deixam de ser riscos no dia a dia da criança) e então supervisionar
até que ela mate sua curiosidade. Supondo que você tenha
objetos de decoração que podem quebrar, um dia pare e
supervisione enquanto a criança explora, cheira, aperta e mexe
com cuidado até sua curiosidade sanar. Quando isso acontece, a
criança perde o interesse naquilo, e então busca outra coisa pra
explorar. Além disso, ela sente sua confiança nela, se sente capaz e
aprende uma nova habilidade, para devagar ao longo do tempo e
da prática, se torne uma coisa a menos para você se preocupar.

@psimamaa
DIA 4: Como entender
personalidades
Nunca vi um homem preguiçoso;
A reflexão que trago para você: quais rótulos você
já vi um homem que nunca corria
trouxe de sua infância? Eu era a de 'gênio difícil' que
enquanto eu o observava, e já vi

um homem que às vezes dormia


'não tinha amigos'. Na live, muitos falaram coisas
entre o almoço e o jantar, e ficava
como: 'a brava', 'a chorona', 'a difícil', 'a carente'. No
em casa em dia de chuva; entanto, ao olharmos com as lentes da 'necessidade
mas ele não era preguiçoso. por trás do comportamento', entendendo que a
Antes que você me chame de louca, disciplina tradicional não dá espaço para suprir as
pense: ele era preguiçoso ou necessidades emocionais das crianças, podemos
apenas fazia coisas que rotulamos de “preguiçosas”?
dizer que muitas vezes esses rótulos apenas
Nunca vi uma criança burra;
revelam necessidades grandes que esses adultos
já vi criança que às vezes fazia
tiveram enquanto crianças, que difilmente foram
coisas que eu não compreendia,

ou as fazia de um jeito que eu não planejara;


supridas. Mais do que isso, esses rótulos também
já vi criança que não conhecia
dizem das expectativas desses adultos, pois quando
as mesmas coisas que eu; chamamos alguém de chorona estamos dizendo na
mas não era uma criança burra. verdade 'alguém que chora mais do que eu
Antes de chamá-la de burra, esperava'. Esses rótulos, ao se colocarem enquanto
pense: era uma criança ou característica da criança, tiram do adulto a
apenas sabia coisas diferentes das que você sabia?
responsabilidade sobre as demandas que esses
Procurei quanto pude,
comportamentos revelam. Ou seja, não é o adulto
mas nunca vi um cozinheiro.
que precisa lidar com as tristezas que aquela
Já vi alguém que combinava

ingredientes que depois comíamos,


criança vive, mas ela que poderia estar feliz mas
umas pessoa que acendia o fogo
chora por ser chorona. Esse mesmo adulto poderia
e cuidava do fogão que cozinhava a carne. facilmente procurar em qual 'temperamento' essa
Vi todas essas coisas, mas não vi cozinheiro. criança se encaixa, e a partir de suas percepções
Diga-me o que vê: colocá-la em mais uma caixinha de definições. E
você está vendo um cozinheiro ou alguém para que esse adulto faria isso? O que deseja ele ao
fazendo coisas que chamamos de cozinhar?
buscar entre temperamentos a que defina sua
O que alguns chamam de preguiçoso
criança? Não digo que não existem nem que
outros chamam de cansado ou tranqüilo;
existem, a reflexão aqui está em outro ponto de
o que alguns de nós chamamos de burro

para outros é apenas um saber diferente.


vista: ao invés de buscar dar nomes para o que sua
Então cheguei à conclusão
criança 'é' ou deixa de ser, sugiro que se concentre
de que evitaremos toda confusão em enteder o porquê de sua criança estar assim.
se não misturarmos o que podemos ver Observar sua criança, contextualizar sua vida e
com o que é nossa opinião. buscar compreender quais demandas esse estado
E, por isso mesmo, também quero dizer te comunica. O poema de Ruth Bebermeyer ao lado
que sei que esta é apenas minha opinião.
exemplifica bem o que quero dizer :)
Ruth Bebermeyer

@psimamaa
DIA 6: Como lidar com
agressividade na infância
A agressividade faz parte da primeira infância, uma vez que é
parte do instinto de sobrevivência protegendo essas crianças dos
aparentes perigos que a rodeiam. Frente ao perigo, nosso corpo
aciona nossas reações mais primitivas, colocando a criança para
fugir ou atacar. Muitas crianças acabam por aprender a atacar,
bater, morder, e isso é parte do aprendizado. No entanto, quando
acontece de forma excessiva pode significar que essa
agressividade se tornou uma forma de comunicação, ou a única
forma de se colocar ou, até mesmo, um medo constante do
mundo. Enquanto uma agressividade comum, primária, será
lidada pelos pais conforme ensinamos aqui, uma agressividade
excessiva, transtornada, deve ser avaliada e acompanhada de
forma presencial com um profissional qualificado. Como
diferenciar? Uma coisa é a criança ter episódios, vamos dizer, duas
vezes por semana por exemplo. Podemos, claro, avaliar se essa
criança está com medos e por que age assim, mas não é o
comportamento padrão e diário dela, apesar de acontecer com
certa frequência, não atrapalha sua vida e convívio social. Já a
agressividade secundária, excessiva, diária, atrapalha o dia a dia e
convivio social da criança, atrapalhando inclusive a estar com
parentes e em lugares específicos. Se trata de um transtorno na
vida da criança e dos adultos e precisamos com muito carinho
prestar ajudar pra essa criança que está pedindo socorro e precisa
de ajuda para retomar sua vida e ter uma convivência harmoniosa
com as pessoas.
Lembrando do cérebro na palma da mão, quando sentimos raiva o
nosso dinossauro interior sai da jaula, só bate, morde e grita, não
fala português nem raciocina. Precisamos aprender a prender o
dinossauro de volta na jaula, e assim retomar nosso raciocínio e
calma.

@psimamaa
Imagens retiradas do Livro DINO DAVISSAURO
DIA 6: Como lidar com
agressividade na infância
5 passos para lidar com a agressividade/raiva:
1) Manter sua calma- coloque seu dinossauro na jaula antes de ir
cuidar do dinossauro da criança
2) Ajudar a criança a se acalmar- a alfabetização emocional
depende do aprendizado que os próprios pais trazem sobre suas
próprias emoções. Ao saber o que te acalma, descubra então com
a criança o que acalma ela. Pode ser abraço, cantar, contar,
dançar, esperar um tempinho.. teste tudo até descobrir o que
funciona! Cada um de nós tem uma coisinha que nos ajudar a
acalmar, e parte da alfabetização emocional é descobrir e que
funciona pra si.
3) Contextualizar: de onde vem essa raiva? É muito comum que a
crise de raiva venha de um acumulo e não tanto da situação que a
fez estourar. Quando a criança estiver calma, buque saber o que
aconteceu. Vale entender os motivos que a criança te da, e
também analisar todo o contexto que pode ter levado até lá. 
4) Ensinar e focar-  legitime o sentimento da criança, ensine
formas melhores de lidar com aquela situação específica e então
foque na solução da questão. Um dia meu caçula Gael teve uma
crise de raiva, e quando se acalmou me disse que queria atenção
do irmão e não estava conseguindo. Eu então expliquei que ele
poderia pedir claramente ao invés de formas indiretas, e o ensinei
que a melhor forma de conseguir algo é pedindo. Ele pediu a
atenção do irmão, que negou, porque estava ocupado. Ai então
trabalhamos juntos formas de lidar com a raiva de não ser
atendido, aprendendo a lidar com a frustração nessas etapas. A
última etapa- solucionar- ele disse "Théo, que horas você pode me
dar atenção?" E o irmão disse "agorinha, já estou acabando" e
então ele ficou sorrindo sentado esperando sua atenção chegar!❤

@psimamaa
Imagens retiradas do Livro DINO DAVISSAURO
DIA 7: Como ensinar a criança a
DIVIDIR
Crianças são seres naturalmente empáticos. Você caiu perto de
uma criança? Ela vai até você, pergunta se você está bem, te ajuda
a levantar. Se você chora ela te acolhe, pergunta se você está
triste, às vezes chora junto com você. Então por que um ser tão
empático teria tanta dificuldade de dividir? Por alguns motivos
principais:
1) Quando o brinquedo é um objeto de apego, de transição, e essa
criança se sente mais segura com ele.
2)Quando o brinquedo ainda é uma curiosidade a ser descoberta,
e seu instinto explorador fala mais alto que sua empatia. Como um
adulto que não quer emprestar seu smatphone novo.
3)Através do exemplo. Os adultos não deixam que ela mexa em
muitas coisas, e ela aprende a negar para o outro o que pode.
4) Egocentrismo inerente à infância: na primeira infância,
principalmente a partir dos dois anos e quando começa a
verbalizar, ela está aprendendo quem é, do que gosta, está
descobrindo o 'eu' e, principalmente, o 'meu', e então precisa
negar o outro para descobrir de si.

Mas se essas coisas fazem parte da infância, devo esperar passar?


Não. O ideal é que você entenda essas limitações, que compreenda
que esse aprendizado levará tempo, e também que precisará de
repetição e ação para que aprendam.

Qual a melhor forma de ensinar a dividir? Através da empatia ❤


Reforçar esse padrão empático natural da criança, e mostrar pra
ela quando alguém empresta pra ela como ela fica feliz, e como é
gostoso sentir assim. Então reforce a importância que teve pra ela,
e que ela pode fazer isso por alguém também, emprestando os
briquedos dela. Quando ela ficar triste que alguém não emprestou,
fazer o mesmo movimento para que ela perceba a tristeza,
perceba como é sentir isso, e o porquê de não ser legal
@psimamaa
DIA 7: Como ensinar a criança a
DIVIDIR
perceba como é sentir isso, e o porquê de não ser legal. Ai então
reforçamos porque não fazer isso com o amigo, para que não se
sinta assim, para que se sinta feliz, e relembre como é bom sentir
isso.
Não é interessante que a gente obrigue a criança a emprestar,
mas sim que a gente ensine o que empresta significa, para
acalmar o coração dela, para deixá-la mais à vontade com a ideia.
Por exemplo, que emprestar significa pegar de volta depois, que
emprestar significa que o amigo não pode quebrar, que emprestar
significa que ainda é seu, e que volta pra casa com você. Assim, ao
invés de forçar e tornar a relação com aquele amigo mais hostil,
aproveitamos a oportunidade para ensinar conceitos e
habilidades de vida que a criança levará consigo para a vida
adulta.

@psimamaa
Dia 8: Como lidar com a 'birra'

1) Como falamos anteriormente, o termo 'birra' desconsidera todo


um contexto importante, que precisamos compreender não só
para solucionar a questão, como também para prevenir próximos
episódios semelhantes. Muitas vezes, inúmeros são os aspectos
que nós adultos controlamos do que acumulou na criança até
transbordar em uma crise ou explosão. Fome, sono, necessidade
de atenção, demandas específicas, etc. Contei na live da vez que
fiquei chamando meu filho muito tempo da porta de casa porque
precisávamos sair pra escola, e ele atrasando. Quando comecei a
insistir e sentir raiva, me ascendeu uma luz: eu provavelmente
estava deixando alguma coisa passar. Foi ai que fui até ele, e
percebi que ele estava tentando fechar o estojo para colocar na
bolsa. Ele precisava de ajuda, de explicação, precisava de mim.
Ajudei e em dois segundos estavámos de saída. Quem sabe
lembrando disso, numa próxima oportunidade eu vá até ele ao
invés de dar o primeiro grito. Quem sabe eu converse com ele
ensine que me chame e peça ajuda. De qualquer forma, se eu
tivesse ficado na porta gritando, sem dúvidas ele teria em algum
ponto feito o que muitos chamam de 'birra'. Mas, por que? Porque
para ele fechar o estojo era importante, para ele conseguir fechar
sozinho também era. Porque gritando da porta estou
desconsiderando tudo isso, e porque com seu neocórtex em
desenvolvimento e sistema límbico em treinamento, ele ainda não
tem a clareza e a desenvoltura necessárias para ter consciência do
que precisa, de como se manter calmo, de como lidar com a
frustração que foi não conseguir fechar o estojo enquanto alguém
grita da porta. Quem sabe, ao gritar da porta,  a primeira 'birra' na
verdade foi minha, de querer que ele me obedecesse de imediato e
aparecesse na porta, que considerasse meus sentimentos e minha
pressa. Quem sabe nem eu tive toda essa clareza que muitas vezes
exigimos das crianças, em desenvolvimento.

@psimamaa
Dia 8: Como lidar com a 'birra'
2)Para lidar com a 'birra' precisamos antes de tudo identificar e
saber lidar com nossa própria. Nós é que espelhamos como nossos
filhos se comportarão, então precisamos primeiro aprender a lidar
com a 'birra' que temos em nós mesmos. Aprendermos a lidar
como gostaríamos que a criança lidasse.
3) Os quatro passos para lidar com a 'birra' da criança são cíclicos

ENTENDER

RESOLVER PREVENIR

AGIR

Entender: compreender que a criança ainda não tem controle de


suas emoções, que não entende o mundo como você, que não
segue a lógica dos pensamentos como você imagina. Respeitar as
limitações dessa criança e compreender que ela precisará de
tempo para conseguir organizar e administrar melhor suas
emoções.
Prevenir: Precisamos considerar a criança, conversar com ela, dar
tempo, e permitir que ela mesma consiga prevenir suas grandes
explosões através da informação. Quando for muito nova, vale
entender que dentro dessas limitações, precisamos de 'escolher
nossas batalhas', e que isso não é 'deixar de educar' a criança, mas
sim ter a sabedoria de educá-la sobre certos temas quando estiver
madura para aprender.
Agir: acolher, acalmar, e esperar a onda da explosão passar,
usando ferramentas que auxiliam no aprendizado da
administração - aprendido no Desafio PsiMama

@psimamaa
Dia 8: Como lidar com a 'birra'
Resolver: focar na solução da questão ao invés das consequências.
E então analisar e entender o que poderia ter sido feito para que
fosse prevenido ou bem administrado, para uma próxima
oportunidade.

Todos esses conhecimentos e ferramentas são parte importante e


fundamental no Desafio PsiMama.

DESAFIO PSIMAMA
Uma proposta em que vamos aprender a lidar com todos esses
desafios aqui mencionados de forma prática e eficaz, ensinando
informações importantes e também ferramentas tranformadoras
que te guiam nesses processos, facilitando o seu dia a dia com
filhos. Além de aprender essas informações de forma
extremamente prática e didática, você tem participa de um grupo
comigo, onde você consegue tirar suas dúvidas, além da consulta
online em grupo em que esclarecemos qualquer questão que tenha
ficado pendente. Ao final do Desafio PsiMama você não só
conhece, como também entende e, principalmente, domina 20
ferramentas fantásticas. Assim, a cada novo desafio no seu dia a
dia com filhos, você terá um leque de opções de ferramentas que
você não só sabe qual aplicar, mas também como! Dia após dia, os
resultados do hábito dessas ferramentas traz algumas certezas
deliciosas: a de que sabemos o que estamos fazendo, que não
tenha desafio que não saberemos lidar.. e a de que estamos no
caminho certo!! Sabendo o que estamos fazendo, intencional e
conscientemente decidido cada novo passo! E ai tudo fica mais
leve, você fica mais tranquilo e os desafios começam a te parecer
pequenos, menos importantes. Porque quando você vê a criança
de forma diferente, você vê uma criança diferente! Vem comigo!!

@psimamaa

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