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Guia Básico Da Astronomia Amadora - Revista Galileu - Revista

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Guia básico da astronomia amadora

O céu é para todos: reunimos 20 dicas para você dar os primeiros


passos

16 min de
leitura

André Jorge de Oliveira


15 Mar 2017 - 18h15 Atualizado em 15 Mar 2017 - 19h15

(Foto: THOMÁS ARTHUZI)

Graças a Carl Sagan, a astronomia chegou de modo didático no lar de milhares de


pessoas ao redor do mundo. Leia nosso especial sobre a vida do mestre, clicando
aqui. Inspirada nele, a GALILEU criou este guia que dá um panorama geral do que
você precisa fazer e conhecer para dar os primeiros passos.

Mas antes de começar a ler as dicas numeradas abaixo, decore os nomes


das coordenadas astronômicas usadas para determinar a posição dos astros.
Astrônomos não dizem, por exemplo, “olhe para cima”. Dizem “olhe para o zênite”.
Leia também:
+ "Papai foi um homem de real decência e caráter", diz filho de Carl Sagan
+ "A resposta para os mistérios profundos pode ser simplesmente: 'Não
sabemos'", diz filha de Sagan

(Ilustração: Marcus Penna)

Zênite
Ponto do céu acima da cabeça do observador

Nadir
Ponto do céu na direção oposta à do zênite
Eclíptica
Círculo imaginário que representa a trajetória aparente do Sol e dos planetas na esfera
celeste durante o ano.

SISTEMA EQUATORIAL CELESTE


Usado no mundo todo. Suas duas coordenadas, ascensão reta (ar) e declinação (dec),
têm a mesma função que a latitude e a longitude no globo terrestre: a combinação das
duas é o "endereço" do astro na esfera celeste. Mede-se a ar em horas (de 0h a 24h) e
a dec em graus (Equador equivale a 0°, o Polo Sul, a -90°, e o Polo Norte, a +90°).

(Ilustração: Marcus Penna)

Ascensão Reta
Medida sobre o plano do Equador Celeste. A origem é no Ponto Vernal, que marca a
posição do Sol no equinócio de primavera do Hemisfério Norte, enquanto a extremidade
encontra-se localizada na vertical do astro.
Declinação
É perpendicular ao Equador Celeste (grande círculo imaginário que projeta a Linha do
Equador da Terra na esfera celeste). Medida sobre a vertical do astro, com origem no
equador e extremidade no próprio astro.

MAPA CELESTE
Veja acima as constelações do Hemisfério Sul. Astrônomos do Norte invejam a riqueza
de nossos céus, com visão privilegiada da Via Láctea.

(Ilustração: Marcus Penna)

MOVIMENTO DIURNO DOS ASTROS


Ao longo do dia, todos os astros percorrem no céu arcos paralelos ao Equador em torno
do eixo terrestre, no sentido leste-oeste (oposto ao da rotação da Terra). Note como os
arcos mudam bastante de acordo com a latitude do observador no planeta.
(Ilustração: Marcus Penna)

Observador no equador
Todas as estrelas nascem e se põem (intervalo de 12 horas) em arcos perpendiculares
ao horizonte. Constelações dos dois hemisférios visíveis no céu ao longo do ano.

(Ilustração: Marcus Penna)


Nos polos
Nenhuma estrela nasce ou se põe: elas permanecem 24 horas visíveis. Descrevem
círculos paralelos ao horizonte e as estrelas do outro hemisfério não aparecem nunca.

(Ilustração: Marcus Penna)

Em latitude intermediária
Certas estrelas nascem e se põem. Algumas ficam 24 horas acima do horizonte; outras,
abaixo. Percorrem arcos no céu com certa inclinação em relação ao horizonte.

DICA Nº 1 - APRENDA A USAR UM PLANISFÉRIO


Nosso planeta orbita o Sol como um pião prestes a tombar, e é por isso que não vemos
sempre as mesmas estrelas. A inclinação de 23,5° no eixo de rotação da Terra não
apenas cria as estações do ano como também faz diferentes regiões cósmicas
transitarem acima de nossas cabeças. “Escorpião é uma constelação típica do nosso
inverno, enquanto Órion aparece no verão”, diz Maria de Fátima Saraiva, astrofísica que
adora planisférios.

O instrumento é um mapa personalizável do céu que sempre mostra as estrelas com


precisão pois se adapta ao movimento do planeta, adequando-se à época do ano e à
localização do observador. Nada mais é do que uma projeção plana da esfera celeste
com os dias e meses marcados ao redor.

Mas a mágica só acontece ao sobrepor uma máscara com a latitude (distância em


graus até a Linha do Equador) de sua cidade, que marque as horas do dia e delimite a
janela de céu visível para você. Afinal, a noite estrelada que se observa em Belém do
Pará é bem diferente da de Porto Alegre. “Quem mora no Equador vê a mesma
quantidade de céu dos hemisférios Sul e Norte”, explica Saraiva.
Saraiva coordenou na UFRGS o projeto de um planisfério para cada região do
Brasil. Neste link, é possível imprimir os mapas e as máscaras e conferir as instruções
de montagem. “Montando o instrumento, cria-se uma relação afetiva com ele.”

DICA Nº 2 - COMO OBSERVAR SATÉLITES A OLHO NU

Na década de 1990, a Motorola criou uma constelação (sim, o termo é este mesmo) de
66 satélites para fornecer sinal de celular em todo o planeta. Só que uma década antes
do iPhone, quase ninguém tinha celular — o projeto Iridium fracassou no mercado. Não
na astronomia. Quando passam no ângulo certo, esses satélites refletem tanta luz solar
que se tornam um dos objetos mais brilhantes do céu noturno, com brilho quase duas
vezes mais intenso que o de Vênus.

“Em termos de distância espacial, eles estão muito próximos de nós”, afirma o
astrônomo Marcelo De Cicco, pesquisador do Inmetro. Grandes objetos metálicos como
a ISS e o Hubble também podem ser avistados a olho nu. O brilho não oscila como o
das estrelas e lembra um pouco o de um avião, mas sem as luzes coloridas. “Eles
aparecem como uma bolinha de brilho estável em trajetória retilínea.” Informe-se sobre
a passagem de todos esses satélites pelos céus de sua cidade no site Heavens Above.
O Spot the Station, da NASA, monitora a ISS.
DICA Nº 3 - O QUE SÃO AS SUPERLUAS

Gloriosas imperfeições estão por toda parte no delicado arranjo da mecânica celeste.
Um exemplo é o que ocorre cerca de seis vezes ao ano pelo fato de a órbita da Lua em
torno da Terra ser levemente elíptica, e não um círculo perfeito: há momentos em que
ela está mais perto que a distância média de 384 mil quilômetros.

Quando coincide com a Lua Cheia ou com a Lua Nova, temos, no jargão astronômico,
uma “lua do perigeu-sizígia”. São as famosas superluas. Nessas ocasiões, a Lua Cheia
tem um diâmetro aparente 14% maior e um brilho 30% mais intenso do que teria no
ponto mais distante. “Claro que impressiona mais quando é Cheia, mas a Nova também
é importante”, diz o astrônomo Roberto Costa, do IAG-USP. “Ambas provocam marés
mais altas, o que pode ser relevante para as atividades dos pescadores.” Superluas são
bons momentos para levar o binóculo a um lugar alto e escuro para admirar as crateras
lunares.
(Ilustração: Marcus Penna)

DICA Nº 4 - LOCALIZE OS ASTROS NO CÉU

O Star chart é um dos apps mais famosos para explorar o céu noturno e descobrir o
nome dos astros em realidade aumentada. Todas as 88 constelações e os oito planetas
do Sistema Solar estão incluídos no catálogo, que conta com 120 mil estrelas de
ambos os hemisférios, além de 110 objetos de céu profundo. Avance ou volte 10 mil
anos no tempo. Ative o modo noturno para que a vista não fique ofuscada.

DICA Nº 5 - IDENTIFIQUE ESTRELAS NOTÁVEIS


(Ilustração: Marcus Penna)

Sirius
Constelação: Cão Maior
Distância: 8,6 anos-luz
Magnitude aparente: -1,46
Ascensão reta: 6h 45m 9s
Declinação: -16° 42' 58"

(Ilustração: Marcus Penna)

Canopus
Constelação: Carina
Distância: 313 anos-luz
Magnitude aparente: -0,72
Ascensão reta: 6h 23m 57s
Declinação: -52° 41' 45"
(Ilustração: Marcus Penna)

Alpha Centauri
Constelação: Centauro
Distância: 4,3 anos-luz
Magnitude aparente: -0,27
Ascensão reta: 14h 39m 37s
Declinação: -60° 50' 2''

(Ilustração: Marcus Penna)

Antares
Constelação: Escorpião
Distância: 520 anos-luz
Magnitude aparente: 0,96
Ascensão reta: 16h 29m 24s
Declinação: -26° 25' 55''

DICA Nº 6 – BINÓCULOS OU TELESCÓPIOS?

Adquirir produtos astronômicos no Brasil é missão quase impossível. “Enquanto no


exterior com us$ 300 se compra um belo instrumento, aqui ele sai por R$ 3 mil”, diz
Marcelo De Cicco. O jeito é pedir para alguém trazer dos eua, ou recorrer ao mercado
de usados. As principais lojas são de e-commerce, como a Casa do Astrônomo e a
Astroshop, representante de duas marcas conceituadas: Celestron e Orion.

Recomendam-se binóculos aos iniciantes, mas De Cicco diz que lunetas ou telescópios
com qualidade ótica e abertura entre 70 mm e 150 mm também são uma boa. Mas não
mais do que isso. “Se o entusiasta investe em equipamento avançado sem conhecer o
céu, acaba tendo a impressão de que a astronomia é chata e difícil.” Contra isso, ele
tem uma dica infalível: começar pelo charme do planeta dos anéis. “O primeiro Saturno
a gente nunca esquece — é uma gracinha.”

Bem-acabado e com entrada para tripé, o Binóculo Celestron Upclose é ideal para observar a Lua,
aglomerados estelares, galáxias e também nebulosas. Prático e potente, o Telescópio Orion
Skyscanner possui suporte giratório para apoiar em mesas. Estude detalhes do relevo lunar e os
planetas
Binóculo Celestron Upclose 10X50 • Ampliação: 10 vezes • Abertura: 50 mm • Peso:
765 g • Campo de visão angular: 6,8° • R$ 389,20 • gerilu.com.br

Telescópio Orion Skyscanner 100 mm • Tipo: Refletor • Ampliação: 40x-200x Abertura:


100 mm • Peso: 2,8 kg • Distância focal: 400 mm • US$ 300/R$ 1.026 • optcorp.com

SEM PICARETAGEM
Aberturas e ampliações realistas para fugir de ciladas

DICA Nº 7 - COMO ESCOLHER SEU INSTRUMENTO

Binóculos
“Binos” para os íntimos, são ótimos para se familiarizar com as estrelas. O mais
indicado para iniciar é o modelo com ampliação de 7 vezes e abertura de 50 mm (7x50),
que permite observações incríveis da Lua, de galáxias e de aglomerados estelares.
Como o tremor dos braços é um problema, invista em um bom tripé.

Telescópio
Não caia no conto das ampliações milagrosas de 500 ou mil vezes: costumam ser má-fé
ou ótica duvidosa que gerará aberrações cromáticas e deformações. Evite lunetas com
abertura de 50 ou 60 mm. “Não dá para ver nada, só a Lua e a vizinha”, brinca Julio
Lobo, do Observatório Municipal de Campinas.

DICA Nº 8 - PARA ONDE APONTAR AS LENTES

Galileu Galilei ergueu a pequena luneta com 30 mm de abertura em direção às estrelas


em 1609 — e mudou para sempre nosso entendimento. Notou crateras na Lua e
concluiu que ela não era perfeita como as coisas do céu deveriam ser. Estudando
Vênus e Júpiter, fez descobertas contrárias à tradição geocêntrica. “Essas observações
podem ser repetidas com qualquer pequeno telescópio de 50 mm e ampliação de 20x”,
diz Roberto Costa.
(Ilustração: Marcus Penna)

Luas de Júpiter
As quatro maiores luas de Júpiter pareciam meras estrelinhas na luneta de Galileu. Mas
observações sistemáticas revelaram que Io, Calisto, Ganímedes e Europa orbitavam o
gigante gasoso. O geocentrismo ia perdendo sentido. Encontrá-las é uma experiência
emocionante, possível até com binóculos.

Fases de Vênus
Descobrir que Vênus tinha fases como a Lua foi um choque para a Europa seiscentista.
“É impossível explicar isso supondo que o Sol gira em torno da Terra”, afirma Costa. O
fenômeno ocorre pois a órbita venusiana é mais interna: conforme a posição, vemos o
disco de Vênus iluminado ou sombreado.

DICA Nº 9 - TENHA SEU PRÓPRIO PLANETÁRIO

O Stellarium é o programa dos sonhos para qualquer um que ame astronomia. Com
código aberto, mostra um céu tão realista que tem sido usado em planetários. Conta
com catálogo de 600 mil estrelas e zoom poderoso para “viajar” até os astros, que têm
fichas técnicas. Aplique datas passadas ou futuras e explore céus de outros lugares do
Sistema Solar. “Programe a hora em que vai ver o céu e imprima para poder estudar as
estrelas mais brilhantes e as constelações usando uma pequena lanterna com filtro
vermelho, para não ofuscar a visão”, sugere o astrônomo Julio Lobo.
DICA Nº 10 – OBSERVE NEBULOSAS

Nuvens interestelares de poeira e gás ionizado, as nebulosas estão entre os objetos


mais interessantes para observar — e o céu do Hemisfério Sul abriga espécimes
notáveis. Um dos destaques é a nebulosa escura do Saco de Carvão, formada por
moléculas e grandes grãos de poeira que bloqueiam a luz que vem de trás. Daí o
negror. Próxima à constelação do Cruzeiro do Sul, é facilmente visível a olho nu ou com
instrumentos de baixa ampliação. Outra prata da casa é a nebulosa de Carina, berçário
de aglomerados estelares que iluminam o material ao redor.

“Por apresentar estrutura versátil, é um belo objeto a ser observado com binóculos, mas
através de telescópios apresenta características ainda mais belas”, diz Marcelo De
Cicco. Aproveite o verão para contemplar outro esplendor, pouco abaixo das Três
Marias: a Grande Nebulosa de Órion. Visível a olho nu, é um objeto famoso. “Permite
que se usem ampliações mais altas, mesmo com aberturas pequenas.”

(Ilustração: Marcus Penna)

Saco de carvão
Constelação: Cruzeiro do Sul
Distância: 600 anos-luz
Ascensão reta: 12h 50m 0s
Declinação: -62° 30' 0''

(Ilustração: Marcus Penna)

Carina (NGC 3372)


Constelação: Carina
Distância: 7,5 mil anos-luz
Ascensão reta: 10h 45m 8s
Declinação: -59° 52' 4''
(Ilustração: Marcus Penna)

Órion (M42)
Constelação: Órion
Distância: 1,5 mil anos-luz
Ascensão reta: 5h 35m 17s
Declinação: -5° 23' 28'''

DICA Nº 11 - ENCONTRE CÉUS ESCUROS

As luzes das cidades impedem que 62% dos brasileiros contemplem a Via Láctea.
Pouca coisa além dos astros mais brilhantes como Vênus e a estrela Sirius são visíveis
em lugares como São Paulo. “Um bom local para contemplar o céu precisa ser alto,
longe de áreas urbanas e de parques industriais com atmosfera poluída”, destaca Saulo
Gargaglioni, especialista do Laboratório Nacional de Astrofísica que também indica
noites de inverno e sem luar. Estudos apontam que a poluição luminosa ainda prejudica
o metabolismo de animais e vegetais.

CINCO ESTRELAS
Cidades brasileiras que se destacam pelo céu estrelado
(Ilustração: Marcus Penna)
O LADO SOMBRIO DA FORÇA
Postes ineficientes projetam luz para todos os lados, agravam a poluição luminosa e
desperdiçam energia

(Ilustração: Marcus Penna)

DICA Nº 12 - VEJA UMA ESTRELA CADENTE


Chuvas da meteoros são formadas quando a Terra cruza com detritos de cometas ou de
asteroides: eles viram estrelas cadentes ao entrar na atmosfera. “Pegue um chocolate
quente, um cobertor, ligue o som e aprecie o céu”, sugere De Cicco.

As chuvas de meteoros mais intensas no Brasil em 2017

DICA Nº 13 – CONTEMPLE GALÁXIAS

Ver uma galáxia é emocionante. A vizinha Andrômeda aparece como um pontinho


esfumaçado nos céus do Norte, ao contrário das Nuvens de Magalhães, vistas só do
Hemisfério Sul. “São pequenos satélites da Via Láctea e têm mais ou menos o tamanho
da Lua Cheia, pois estão relativamente próximas”, diz Roberto Costa. Aberturas de 80
mm revelam detalhes como a Nebulosa da Tarântula.
(Ilustração: Marcus Penna)

Grande Nuvem
Constelação: Dourado
Estrelas: 30 bilhões
Distância: 163 mil anos-luz
Magnitude: 0,9
Ascensão reta: 5h 23m 34s
Declinação: -69° 45’ 22”

(Ilustração: Marcus Penna)

Pequena Nuvem
Constelação: Tucana
Estrelas: 3 bilhões
Distância: 200 mil anos-luz
Magnitude: 2,7
Ascensão reta: 0h 52m 44s
Declinação: −72° 49' 43''”

DICA Nº 14 - MEÇA A POLUIÇÃO LUMINOSA


O Dark Sky Meter utiliza a câmera do celular para avaliar a qualidade do céu noturno,
indicando os objetos visíveis naquele grau de poluição luminosa e quantificando quão
poluído está o firmamento. Oferece a possibilidade de enviar os dados para a
International Dark--Sky Association, órgão que luta no mundo todo pela preservação da
noite escura e estrelada.

DICA Nº 15 – ENXERGUE MAIS LONGE

Montagem equatorial inclusa otimiza a observação de objetos de céu profundo ou do


Sistema Solar. Revestimento especial transmite até 97,4% da luz, gerando imagens
mais nítidas
Binóculo Orion Giant View 25x100 • Ampliação: 25 vezes • Abertura: 100 mm • Peso:
4,5 kg • Campo de visão angular: 2,5° • R$ 4.370 • casadoastronomo.com.br

Telescópio Celestron Omni Xlt 150 • Tipo: Refrator • Ampliação: 30x-354x • Abertura:
150 mm • Peso: 22,4 kg • Distância focal: 750 mm • US$ 2.250,09/R$ 7.698,49 •
bhphotovideo.com

DICA Nº 16 - VISITE OBSERVATÓRIOS E PLANETÁRIOS

(Ilustração: Gregory Sujkowski)

AL
Observatório Genival Leite Lima
Av. Fernandes Lima, s/nº, Maceió
Terças, quintas e sábados, 19h30 às 22h
Gratuito

AP
Planetário Móvel Maywaka
Museu Sacaca — Av. Feliciano Coelho, 1.509, Macapá
Sábados, 14h às 17h
Gratuito

BA
Observatório Antares
UEFS — R. da Barra, 925, Feira de Santana
Terças e quintas, 18h às 21h
Gratuito

CE
Planetário Rubens de Azevedo
Centro Dragão do Mar — R. Dragão do Mar, 81, Fortaleza
Sextas a domingos, sessões às 18h e 19h
R$ 10

DF
Observatório da UnB
Fazenda Água Limpa, Vargem Bonita, Quadra 17, Brasília
Segunda a sábado, 8h às 18h (agendamento)
Gratuito

GO
Planetário da UFG
UFG — Av. Contorno, 900, Goiânia
Aos domingos, às 15h30 e 17h
R$ 6

MA
Planetário Móvel da Secti
Itinerante
Informações: planetario@secti.ma.gov.br
Gratuito

MS
Clube de Astronomia Carl Sagan
Casa da Ciência UFMS — Cidade Universitária, Campo Grande
Sextas, 19h. Infos: cacarlsagan@gmail.com
Gratuito
MG
Observatório do Pico dos Dias
Laboratório Nacional de Astrofísica — Bom Sucesso, Brazópolis
Agendamento: gcapistrano@lna.br
Gratuito

PA
Centro de Ciências e Planetário do Pará
UEPA — Av. Augusto Montenegro, Km 3, Belém
Sábados, às 16h e 17h
R$ 5

PB
Planetário da FUNESC
R. Abdias Gomes de Almeida, 800, João Pessoa
Sábados e domingos, às 17h
R$ 4

PR
Observatório Prof. Leonel Moro
Bairro rural de Juruquí, Campo Magro
Primeiros sábados dos meses, 20h às 23h
Gratuito

PE
Observatório do Alto da Sé
Rua Bispo Coutinho, s/nº, Olinda
Terças a domingos, 16h às 20h
Gratuito

RJ
Observatório do Valongo
UFRJ — Ladeira Pedro Antônio, 43, Rio de Janeiro
Quartas, 18h às 21h
Gratuito
Planetário da Gávea
R. Vice-Governador Rubens Berardo, 100, Rio de Janeiro
Sábados, domingos e feriados,
14h30 às 17h
R$ 26

RN
Planetário de Parnamirim
Pq. Aluízio Alves — Av. Castor Vieira Régis, s/nº, Parnamirim
Sábados, às 15h30 e 17h
R$ 4

RS
Observatório da UFRGS
Av. Osvaldo Aranha, s/nº, Porto Alegre
Terças e quintas, 19h às 22h
Gratuito

RR
Planetário Móvel da UFRR
Itinerante
Informações: posfisica@ufrr.br
Gratuito

SC
Observatório da UFSC
Campus Reitor João David Ferreira Lima, s/nº, Florianópolis
Quartas, a partir de 19h
Gratuito

SE
Planetário da CCTECA
Pq. da Sementeira — Av. Oviêdo Teixeira, 51, Aracaju
Terças a sextas, 9h às 12h e 14h às 17h / Sábados e domingos, 14h às 17h
Gratuito
SP
Observatório Municipal Jean Nicolini
Estr. do Capricórnio, s/nº, Campinas
Domingos, 17h às 21h
R$ 4

Planetário Prof. Aristóteles Orsini


Parque Ibirapuera, São Paulo
Sábados, domingos e feriados, sessões às 10h, 12h, 15h e 17h
Gratuito

DICA Nº 17 - ADMIRE AGLOMERADOS ESTELARES

Estrelas socializam como humanos. Os aglomerados podem ser abertos, como a


colorida Caixa de Joias, ou globulares, como Omega Centauri, o maior da Via Láctea,
que mais parece um vespeiro. São bem observados a olho nu, com binóculos de 10x50
ou telescópios refratores com abertura de 75 mm a 100 mm e ampliação de 30 a 50
vezes. “Ampliações de 80x ou mais, com aberturas acima de 100 mm, podem ser
experimentadas em noites ótimas”, diz Marcelo de Cicco.

(Ilustração: Marcus Penna)

Caixas de joias
Constelação: Cruzeiro do Sul
Estrelas: 100
Distância: 6,4 mil anos-luz
Magnitude: 4,2
Ascensão reta: 12h 53m 42s
Declinação: −60° 22' 0''
(Ilustração: Marcus Penna)

Omega Centauri
Constelação: Centauro
Estrelas: 10 milhões
Distância: 15,8 mil anos-luz
Magnitude: 3,9
Ascensão reta: 13h 26m 47s
Declinação: −47° 28' 46''

DICA Nº 18 - KIT BÁSICO DE ASTROFOTOGRAFIA

Canon EOS REBEL T5 + lente 18-55 mm • Resolução: 18 MP • ISO: 100-6.400 • R$


2.499,99 • loja.canon.com.br

Lente 200 mm f/2.8 • R$ 3.299,99 • loja.canon.com.br


Lente 50 MM F/1.8 • R$ 499,99 • loja.canon.com.br

Tripé Greika WT3710 • Capacidade: 2,5 kg • Peso: 1,1 kg • Altura: 0,55-1,38 m R$


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Vixen Polarie Star Tracker • Capacidade: 3,1 kg • Peso: 0,6 kg (sem pilhas) •
Dimensões: 95x137x58 mm Bateria: 2 pilhas AA • US$ 1.024/R$ 3.503,66 •
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DICA Nº 19 – COMO FOTOGRAFAR O COSMO

A astrofotografia é uma arte encantadora, pois promove uma conexão profunda com o
universo (veja relato do astrofotógrafo Kiko Fairbairn nas próximas páginas). Mais
versáteis, lentes fotográficas são indicadas a iniciantes: fotografar com telescópios
exige prática. Grandes-angulares abaixo de 50 mm são boas para compor paisagens
com a Via Láctea. Fairbairn sugere iso alto (entre 640 e 3.200), diafragma bem aberto
(de 2.8 a 6.3), foco no infinito e uma regra para o tempo de exposição: divida a distância
focal da lente por 400. Mas como fotos da Lua já exigem outra configuração, o jeito é
pesquisar. Invista em controle de disparo remoto e montagem equatorial.

DICA Nº 20 - O MELHOR DO CÉU EM 2017

11 de fevereiro - Eclipse parcial da Lua


A Lua passa pela penumbra da Terra e fica escurecida. Visível em todo o Brasil — pico
ocorre por volta das 22h40.
5 de maio - Pico Eta Aquarídeas
Uma das principais chuvas de meteoros do Hemisfério Sul. De madrugada, podem
surgir até 60 meteoros por hora.

5 de agosto - Eclipse total do Sol


Visível nos Estados Unidos e parcialmente no Brasil (exceto nas regiões Sul e Sudeste),
com pico por volta das 15h30.

13 de novembro - Conjunção planetária


Antes do amanhecer, Vênus e Júpiter estarão muito próximos um do outro no céu
(0,3°). Olhe para o leste por volta das 5h40.

5 de dezembro - Superlua
Única do ano, não será das melhores: fica cheia 17 horas antes da máxima
aproximação (distância de 357,4 mil km).

Fontes: "Sistemas de Coordenadas" — Depto. de Astronomia da UFRGS (Kepler


Oliveira Filho & Maria de Fátima Saraiva; Mapa: Hoshifuru; “Planisférios para o Brasil”
— Instituto de Física da UFRGS (coordenação de Maria de Fátima Saraiva); “The 26
Brightest Stars” (Chris Dolan); Banco de dados astronômicos Simbad; Tabela de
ampliação e abertura — Marcelo De Cicco; Constelações — “The Constellations” (IAU);
valores de entrega e impostos do telescópio calculados pela loja OPT Telescopes para
SP; cotação do dólar em 16/11 (R$ 3,42);“The New World Atlas of Artificial Night Sky
Brightness” (Science Advances), LNA; Cidades e chuvas de meteoros: Marcelo de
Cicco (Exoss Citizen Science) e ON; Sites dos produtos, valores de entrega e impostos
calculados pela loja B&H para SP; cotação do dólar em 16/11 (R$ 3,42)

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