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1. Introdução...................................................................... 3
2. Componentes............................................................... 3
3. Funções.......................................................................... 7
4. Formação e crescimento.......................................... 7
5. Tipos..............................................................................11
Referências bibliográficas .........................................27
TECIDO CARTILAGINOSO 3
1. INTRODUÇÃO 2. COMPONENTES
O tecido cartilaginoso, ou cartilagem, O sufixo – blasto indica que a célula
é um tipo especializado de tecido está em crescimento ou secretando
conjuntivo que possui uma matriz matriz extracelular ativamente, en-
extracelular firme e flexível, resisten- quanto o sufixo – cito indica que a cé-
te a tensões mecânicas. Este tecido lula diferenciada, em baixa atividade
possui células especializadas – con- de síntese.
droblastos – que secretam a matriz Os condroblastos são células alon-
extracelular na qual, posteriormente, gadas, com pequenas projeções que
ficam presas e passam a ser chama- aumentam sua superfície, facilitando
das de condrócitos. As cavidades da as trocas com o meio. Apresentam
matriz, ocupadas pelos condrócitos, núcleo grande, com nucléolo proemi-
são chamadas de lacunas, podendo nente e citoplasma basófilo, devido
conter uma ou mais células. ao retículo endoplasmático rugoso
desenvolvido para a síntese das pro-
CONCEITO! O tecido cartilaginoso é teínas da matriz. Apresenta também
um tipo de tecido conjuntivo formados um aparelho de Golgi desenvolvi-
por dois tipos de células, condroblastos
do, numerosas mitocôndrias e uma
e condrócitos e uma abundante matriz
extracelular. abundância de vesículas de secreção.
Os condrócitos são mais esféricos,
mas a sua superfície também é irre-
gular. Exibem núcleo ovoide, predo-
HORA DA REVISÃOQ minantemente eucromático. Os con-
A denominação “tecido conjuntivo” cor-
drócitos ativos na produção da matriz
responde a um grupo de diversos teci- extracelular exibem áreas de basofilia
dos com variadas funções, geralmente citoplasmática, que representam o
associados a interação entre outros te- retículo endoplasmático rugoso bem
cidos, conferindo-lhes sustentação. O
tecido conjuntivo compreende um te- desenvolvido para a síntese proteica,
cido tradicionalmente conhecido como bem como áreas claras, que repre-
“tecido conjuntivo propriamente dito” e sentam o grande complexo de Golgi.
um amplo grupo de “ tecidos conjunti-
vos especiais” – adiposo, cartilaginoso,
Há poucas mitocôndrias, o que refle-
ósseo, sanguíneo e hematopoiético. De te a obtenção de energia a partir da
modo geral, são originários de células do glicólise anaeróbica. Nas células mais
mesênquima embrionário e apresentam velhas e menos ativas, o complexo
uma matriz extracelular abundante.
de Golgi é menor; as áreas claras de
citoplasma, quando evidentes, indi-
cam geralmente locais de gotículas
TECIDO CARTILAGINOSO 4
Condrócito
Lacuna
Matriz extracelular
Condroblasto
Pericôndrio
Superfície irregular
Em crescimento Células esféricas
Elevada atividade
Núcleo grande Células Maduros
metabólica
Basofilia
Gotículas
RER desenvolvido Mais velhos de lipídeos e/
ou reservas de
Síntese proteica glicogênio
Produção da matriz
COMPONENTES
DO TECIDO Poucas mitocôndrias
extracelular
CARTILAGINOSO
Fibrilas
Pericôndrio Matriz extracelular
colágenas do tipo II
Células similares
Componentes Proteoglicanos
a fibroblastos
Fibrosa externa
Celular interna
Nutrição oxigenação e
Ácido hialurônico
eliminação de resíduos
TECIDO CARTILAGINOSO 7
FUNÇÕES
DO TECIDO
CARTILAGINOSO
Figura 2. Histogênese da cartilagem hialina, a partir do mesênquima. A – Mesênquima. B - Multiplicação das células
mesenquimais. C – Produção da matriz fazendo os condroblastos se afastarem. D – A multiplicação mitótica dá origem
aos grupos isógenos de condrócitos. Fonte: L.C.JUNQUEIRA; CARNEIRO, José. Histologia Básica: Texto e Atlas. 12.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ltda, 2013
PROCESSO DA CONDROGÊNESE
Células mesenquimais
MESÊNQUIMA Multiplicação das células
tornam-se arredondas e
(tecido embrionário) mesenquimais
perdem seus prolongamentos
As células se afastam
Síntese de
umas das outras e ficam CONDROBLASTOS
matriz extracelular
aprisionadas na matriz
Formação de
CONDRÓCITOS
grupos isógenos
Cartilagem articular
Osso
Disco epifisário
Medula
Osso
CRESCIMENTO
Crescimento Crescimento
DO TECIDO
aposicional intersticial
CARTILAGINOSO
Diferenciação das
Ocorre apenas nas
células do pericôndrio
primeiras fases da vida
em condroblastos
CARTILAGEM
CARTILAGEM
HIALINA
HIALINA CARTILAGEM
CARTILAGEM
ELÁSTICA
ELÁSTICA FIBROCA
FIBRO
Pericôndrio
Pericôndrio Pericôndrio
Pericôndrio
Matriz
Matriz
interterritorial
interterritorial Condrócitos
Condrócitos
Matriz
Matriz
territorial
territorial Fibras
Fibras
elásticas
elásticas
Lacunas
Lacunas
sem
sem
condrócitos
condrócitos
Grupo
Grupo
isógeno
isógeno
Condrócitos
Condrócitos
emem
lacunas
lacunas
FIBROCARTILAGEM
icôndrio
Cartilagem hialina
A cartilagem hialina, um tecido de to-
ndrócitos Condrócito nalidade cinza-azulada e de aspecto
as elásticas semitransparente e flexível, é o tipo
Fibras colágenas de cartilagem mais comum do corpo.
É encontrada no nariz e na laringe,
nas extremidades anteriores das cos-
telas, onde se articulam com o ester-
no, nos anéis da traqueia e dos brô-
nquios, e nas superfícies articulares,
Figura 4. Tipos de cartilagem. Fonte: GARTNER, Leslie das articulações móveis do corpo. Ela
P.; HIATT, James. L.. Tratado de Histologia em Cores. 3. proporciona uma superfície da baixo
ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007
atrito, participa na lubrificação das
articulações sinoviais e distribui as
TECIDO CARTILAGINOSO 12
SAIBA MAIS!
Apesar de o colágeno do tipo II ser o mais predominante na matriz extracelular da cartilagem
hialina, outros tipos de colágeno também estão presentes no tecido. O colágeno do tipo IX
facilita a interação das fibrilas com as moléculas de proteoglicanos da matriz e regula a es-
pessura das fibrilas; e o colágeno do tipo X organiza as fibrilas colágenas em uma rede hexa-
gonal tridimensional, o que é crucial para o exercício de sua função mecânica. Além disso, o
colágeno do tipo VI é encontrado principalmente na periferia dos condrócitos, onde auxilia na
fixação dessas células à estruturas da matriz.
TECIDO CARTILAGINOSO 13
Ácido
Fibra de hialurônico
colágeno
tipo II
Ácido
hialurônico
Proteína de
ligação
Proteoglicano
Cerne
proteico
Colágeno tipo II
Sulfato de
condroitina
Figura 8. Representação esquemática da organização molecular da matriz da cartilagem hialina. Fonte: L.C.JUNQUEI-
RA; CARNEIRO, José. Histologia Básica: Texto e Atlas. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ltda, 2013
TECIDO CARTILAGINOSO 15
HORA DA REVISÃO!
A substância fundamental corresponde a uma matriz
gelatina hidratada, na qual as fibras e as células estão
imersas. É composta em parte por um líquido chama-
do fluido tissular ou plasma intersticial, derivado do
plasma sanguíneo e de mesma composição; porém a
água presente na substância fundamental não é água
liquida, mas está sob a forma de água de solvatação. A
esse meio aquoso somam-se glicosaminoglicanos, pro-
teoglicanos e glicoproteínas multiadesivas que atuam
como componentes estruturais da matriz extracelular.
SAIBA MAIS!
Nas cartilagens articulares, ocorrem alterações transitórias e regionais no conteúdo de água
durante o movimento articular e quando a articulação está sujeita a pressão. O elevado grau
de hidratação e o movimento da água possibilitam que a matriz cartilaginosa responda a
cargas variáveis de pressão e contribui para a capacidade que a cartilagem tem de sustentar
peso.
Grupo
isógeno
Gotículas
de lipídeos
Retículo endoplasmático
rugoso
Glicogênio
Matriz
capsular
Fibrilas de
colágeno do
tipo VI
SAIBA MAIS!
Calcificação. A cartilagem hialina está sujeita a sofrer calcificação, um processo em que cris-
tas de fosfato de cálcio são inseridos na matriz cartilaginosa, em três situações:
• Na porção da cartilagem articular em
MATRIZ ÓSSEA
contato com o tecido ósseo em crescimen-
DEPOSITADA
to e os ossos do indivíduo adulto;
• Na cartilagem em que está prestes a ser
ESPÍCULA DE MATRIZ
CALCIFICADA
MEDULA
ÓSSEA substituída por ossos (ossificação endo-
condral) durante o período de crescimento
do indivíduo;
• No adulto, como parte do processo de
ZONA DE CALCIFICAÇÃO
envelhecimento.
CARTILAGEM
HIALINA DA MATRIZ E MORTE DOS
CONDRÓCITOS
Fibrilas de
Proteoglicanos
Pobre em colágeno colágeno tipo II
Aspecto
Rica em colágeno Matriz interterritorial Regiões da matriz
semitransparente
CARTILAGEM
Pobre em HIALINA
Cápsula pericelular Tipo mais
proteoglicanos Funções
comum no corpo
Fibrilas colágenas
do tipo VI Lubrificação das
articulações sinoviais Onde encontrar
Discos epifisiários
Nariz
Molde cartilaginoso
dos ossos Laringe
Extremidades
anteriores da costela
Anéis da traqueia
e brônquios
Superfícies articulares
TECIDO CARTILAGINOSO 19
Cartilagem elástica
SE LIGA! Com HE, as fibras elásticas
A cartilagem elástica está presente no
são refráteis e eosinófilas; com resorci-
pavilhão auricular (orelha), na tubas na-fucsina, coram-se em violeta escuro;
auditivas, e em peças da cartilagem da com orceína, coram-se em marrom, e,
laringe (como a epiglote e as cartila- com hematoxilina de Verhoeff, em preto.
gens cuneiformes). Basicamente, sua
estrutura é semelhante à cartilagem
hialina, porém inclui, além das fibrilas
de colágeno (principalmente do tipo II),
uma abundante rede de fibras elásti-
cas, contínuas com as do pericôndrio,
de delicadas a grosseiras, ramificadas,
interpostas entre feixes de fibrilas de
colágeno, que lhes dá uma flexibilida-
de muito maior. Devido à presença ele-
vada da elastina, quando examinada a
fresco, a cartilagem elástica apresenta
uma cor mais amarelada e mais opa-
ca do que a cartilagem hialina. Essas
fibras elásticas são mais bem vistas
em cortes com colorações especiais,
como a resorcina-fucsina e a orceína.
Cartilagens
cuneiformes
Presença de elastina
Pavilhão auricular
CARTILAGEM
Cor amarelada a fresco Onde encontrar
ELÁSTICA
SAIBA MAIS!
Discos intervertebrais. Interpostos entre as coberturas de cartilagem hialina da superfície
articular de vértebras sucessivas, cada disco contém um centro gelatinoso – núcleo pulposo
– composto de células derivadas da notocorda. Grande parte do núcleo pulposo é circundada
pelo anel fibroso, uma estrutura circular formada por camadas de fibrocartilagem cujas fibras
de colágeno do tipo I apresentam-se verticalmente entre as cartilagens hialinas das duas
vértebras. O anel fibroso dá resistência contra forças de tração, enquanto o núcleo pulposo
resiste a forças de compressão.
Discos intervertebrais
Sínfise púbica
Intermediário
entre tecido conjuntivo ATM
denso e cartilagem
Influência em sua hialina
composição Joelho
Resistência a compressão
Onde encontrar Tendões e ligamentos
e cisalhamento
FIBROCARTILAGEM
Condrócitos alinhados Elevada quantidade
em fileiras paralelas de fibras colágenas
Acidofilia
Não apresenta Escassa substância
pericôndrio fundamental
SAIBA MAIS!
Reparo da cartilagem. A cartilagem é capaz de tolerar um estresse intenso e repetitivo consi-
derável. No entanto, quando danificada, manifesta incapacidade notável de cicatrização, até
mesmo em lesões mais simples. Tal fato se deve à natureza avascular da cartilagem, à imo-
bilidade dos condrócitos e à capacidade limitada de proliferação dos condrócitos maduros.
Pode ocorrer alguma reparação, mas apenas quando a lesão envolve somente o pericôndrio.
Nesse caso, a reparação resulta da atividade de células progenitoras pluripotentes localizada
no pericôndrio e envolve principalmente a produção de tecido conjuntivo denso.
Suporte de
tecidos moles
Firme e flexível
Revestimento de Produção da matriz
superfícies articulares extracelular
Tipo + comum
Formação e crescimento
de ossos longos Células Condroblastos
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
http://www.ufrgs.br/biologiacelularatlas/nucleo.htm
https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/ossificacao-endocondral/
http://projetos.unioeste.br/projetos/microscopio/index.php?option=com_phocagallery&-
view=category&id=40&Itemid=120
PAWLINA, Wojciech. Ross Histologia: Texto e Atlas. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koo-
gan Ltda, 2016
GARTNER, Leslie P.; HIATT, James. L.. Tratado de Histologia em Cores. 3. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2007
L.C.JUNQUEIRA; CARNEIRO, José. Histologia Básica: Texto e Atlas. 12. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan Ltda, 2013
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