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Semana 1 Lista
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PARTE 1 – TESTES::
1. (Unesp 2019) O dia em que o capitão-mor Pedro Álvares Cabral levantou a cruz [...] era a 3 de maio, quando se
celebra a invenção da Santa Cruz em que Cristo Nosso Redentor morreu por nós, e por esta causa pôs nome à terra
que se encontrava descoberta de Santa Cruz e por este nome foi conhecida muitos anos. Porém, como o demônio
com o sinal da cruz perdeu todo o domínio que tinha sobre os homens, receando perder também o muito que tinha
em os desta terra, trabalhou que se esquecesse o primeiro nome e lhe ficasse o de Brasil, por causa de um pau
assim chamado de cor abrasada e vermelha com que tingem panos [...].
(Frei Vicente do Salvador, 1627. Apud Laura de Mello e Souza. O Diabo e a Terra de Santa Cruz, 1986. Adaptado.)
O texto revela que:
a) a Igreja católica defendeu a prática do extrativismo durante o processo de conquista e colonização do Brasil.
b) um esforço amplo de salvação dos povos nativos do Brasil orientou as ações dos mercadores portugueses.
c) os nomes atribuídos pelos colonizadores às terras do Novo Mundo sempre respeitaram motivações e princípios
religiosos.
d) o objetivo primordial da colonização portuguesa do Brasil foi impedir o avanço do protestantismo nas terras do
Novo Mundo.
e) uma visão mística da colonização acompanhou a exploração dos recursos naturais existentes nas terras
conquistadas.
2. (Mackenzie 2018) “(...) Neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente dum monte, mui
alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos: ao monte alto o
capitão pôs o nome – o Monte Pascoal, e à terra – a Terra de Vera Cruz.”
CAMINHA, Pero Vaz de. “Carta. In: Freitas a el -rei D. Manuel. In FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de
história. Lisboa: Plátano, 1986. V. II, p. 99-100.
O texto acima é parte da carta do escrivão, Pero Vaz de Caminha, tripulante a bordo da armada de Pedro Álvarez
Cabral, ao rei português D. Manuel, narrando o descobrimento do Brasil. Essa expedição marítima pode ser
entendida no contexto socioeconômico da época, como uma:
a) tentativa de obtenção de novas terras, no continente europeu, para ceder aos nobres portugueses,
empobrecidos pelo declínio do feudalismo, verificado durante todo o século XIV.
b) consolidação do poder da Igreja junto às Monarquias ibéricas, interessada tanto em reprimir o avanço
mulçumano no Mediterrâneo, quanto em cristianizar os indígenas do Novo Continente.
c) busca por ouro e prata no litoral americano, para suprir a escassez de metais preciosos na Europa, o que
prejudicava a continuidade do comércio com o Oriente.
d) conquista do litoral brasileiro e sua ocupação, garantindo que a coroa portuguesa tomasse posse dos territórios a
ela concedidos, pelo Tratado de Tordesilhas, em 1494.
e) tomada oficial das terras garantidas a Portugal, pelo acordo de Tordesilhas, e o controle exclusivo português da
rota atlântica, dando-lhes acesso ao lucrativo comércio de especiarias.
3. (Unesp 2018) Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de
colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e da ocidentalização de todo
um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da globalização.
A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se desenvolveu
um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do continente americano: caos e esbanjamento,
incompetência e desperdício, indiferença, massacres e epidemias. A experiência serviu pelo menos de lição à coroa
espanhola, que tentou praticar no resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e
de exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones, assim
como a instalação de uma rede administrativa densa e o envio de funcionários zelosos, que evitaram a repetição da
catástrofe antilhana.
(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999. Adaptado.)