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NBR 12118 - 2010

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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 12118
Quarta edição
23.06.2010

Válida a partir de
23.07.2010

Blocos vazados de concreto simples para


alvenaria — Métodos de ensaio
Hollow concrete blocks for concrete masonry – Test methods
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

ICS 91.100.30 ISBN 978-85-07-02139-1

Número de referência
ABNT NBR 12118:2007
12 páginas

©ABNT 2010

Impresso por: PETROBRAS


ABNT NBR 12118:2010
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

© ABNT 2010
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida
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Sumário Página

Prefácio.......................................................................................................................................................................iv
1 Objetivo ..........................................................................................................................................................1
2 Referências normativas ................................................................................................................................1
3 Definições.......................................................................................................................................................1
4 Análise dimensional ......................................................................................................................................2
4.1 Aparelhagem ..................................................................................................................................................2
4.2 Execução de ensaio ......................................................................................................................................2
4.2.1 Largura, comprimento e altura.....................................................................................................................2
4.2.2 Espessura mínima das paredes...................................................................................................................2
4.2.3 Dimensões dos furos ....................................................................................................................................2
4.2.4 Raio das mísulas ...........................................................................................................................................3
4.3 Resultados .....................................................................................................................................................3
5 Absorção de água e área líquida .................................................................................................................4
5.1 Aparelhagem ..................................................................................................................................................4
5.2 Execução de ensaio ......................................................................................................................................4
5.2.1 Determinação da absorção de água ............................................................................................................4
5.2.2 Ensaio para determinação da área líquida .................................................................................................5
5.3 Resultados .....................................................................................................................................................5
5.3.1 Absorção de água..........................................................................................................................................5
5.3.2 Área líquida ....................................................................................................................................................6
6 Resistência à compressão ...........................................................................................................................6
6.1 Aparelhagem ..................................................................................................................................................6
6.2 Execução do ensaio ......................................................................................................................................7
6.2.1 Corpos-de-prova............................................................................................................................................7
6.2.2 Dimensões......................................................................................................................................................7
6.2.3 Posição dos corpos-de-prova ......................................................................................................................7
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6.3 Resultados .....................................................................................................................................................7


7 Retração por secagem ..................................................................................................................................8
7.1 Aparelhagem ..................................................................................................................................................8
7.1.1 Instrumentos de medida ...............................................................................................................................8
7.1.2 Comparador ...................................................................................................................................................8
7.1.3 Apoios das bases de medida .......................................................................................................................8
7.1.4 Estufa para secagem.....................................................................................................................................8
7.1.5 Câmara de resfriamento................................................................................................................................9
7.1.6 Tanque de imersão ........................................................................................................................................9
7.1.7 Balança ...........................................................................................................................................................9
7.2 Execução de ensaio ......................................................................................................................................9
7.2.1 Preparação dos corpos-de-prova ................................................................................................................9
7.2.2 Preparo da aparelhagem e colocação dos apoios das bases de medida .............................................10
7.2.3 Procedimento da medida ............................................................................................................................10
7.3 Resultados ...................................................................................................................................................11
7.3.1 Cálculo de retração .....................................................................................................................................11
7.3.2 Apresentação dos resultados ....................................................................................................................11

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias (ABNT/CEET), são elaboradas por
Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores,
consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretivas ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns
dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 12118 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados (ABNT/CB-18),
pela Comissão de Estudo de Blocos de Concreto (CE-18:600.04). O Projeto circulou em Consulta Nacional
conforme Edital nº 04, de 03.04.2006, com o número de Projeto ABNT NBR 12118. O seu Projeto de Emenda 1
de 2007 circulou em Consulta Nacional conforme edital nº 09, no período de 21.08.2007 a 20.09.2007,
com o número de Projeto de Emenda ABNT NBR 12118. O seu Projeto de Emenda 1 de 2010 circulou em
Consulta Nacional conforme edital nº 03, de 16.03.2010 a 14.05.2010, com o número de Projeto de Emenda
ABNT NBR 12118.

Esta quarta edição incorporada a Emenda 1 de 23.06.2010 e cancela e substitui a edição anterior
(ABNT 12118:2007).
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Blocos vazados de concreto simples para alvenaria — Métodos de ensaio

1 Objetivo
Esta Norma especifica métodos de ensaio para análise dimensional e determinação da absorção de água, da área
líquida, da resistência à compressão e da retração por secagem, em blocos vazados de concreto simples para
alvenaria.

2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições
para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está
sujeita à revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de
se usarem adição mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor
em um dado momento.

ABNT NBR 6136:2006 – Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Requisitos

ABNT NBR 15261:2005 – Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação da
variação dimensional (retração ou expansão linear)

ABNT NBR NM ISO 7500-1:2004 – Materiais metálicos – Calibração de máquinas de ensaio estático uniaxial –
Parte 1: Máquinas de ensaio de tração/compressão – Calibração do sistema de medição da força
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3 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:

3.1 análise dimensional: Verificação das dimensões do corpo-de-prova, tais como a largura, comprimento,
altura, espessura das paredes, dimensões dos furos e raio das mísulas.

3.2 absorção: Relação entre a massa de água contida no bloco saturado e a massa do bloco seco em estufa
até constância de massa, expressa em porcentagem.

3.3 área bruta: Área da seção perpendicular aos eixos dos furos, sem desconto das áreas dos vazios.

3.4 área líquida: Área média da seção perpendicular aos eixos dos furos, descontadas as áreas médias dos
vazios.

3.5 resistência à compressão: Relação entre a carga de ruptura e a área bruta do corpo-de-prova, quando
submetido ao ensaio de compressão axial.

3.6 retração por secagem: Variações da dimensão longitudinal do corpo-de-prova devido à secagem a partir
de uma condição saturada até uma condição de equilíbrio dimensional e de massa, sob condições de secagem
acelerada padronizadas.

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4 Análise dimensional

4.1 Aparelhagem

Escala metálica calibrada com resolução de pelo menos 1 mm e comprimento adequado à dimensão máxima do
corpo-de-prova.

4.2 Execução de ensaio

4.2.1 Largura, comprimento e altura

Para cada dimensão do corpo-de-prova devem ser realizadas pelo menos três determinações em pontos distintos
de cada face, com resolução de 1 mm (ver figura 1).

Todas as leituras devem ser expressas em milímetros

Espessura de
parede “e ”

altura

comprimento
largura

Figura 1 — Dimensões nos blocos de concreto


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4.2.2 Espessura mínima das paredes

Devem ser realizadas duas determinações em cada parede longitudinal do bloco e uma determinação em cada
parede transversal, tomadas na face de menor espessura (face inferior no momento do assentamento), com
aproximação de 1 mm (figura 1).

A espessura mínima das paredes deve ser a média das medidas das paredes tomadas no ponto mais estreito,
sendo separadas em longitudinal e transversal.

Todas as leituras devem ser expressas em milímetros.

4.2.3 Dimensões dos furos

Devem ser realizadas duas determinações no centro aproximado de cada furo do bloco, sendo uma na direção
longitudinal do bloco e outra na direção transversal, tomada na face de maior espessura (face superior
no momento do assentamento), com aproximação de 1 mm (figura 2).

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Figura 2 — Dimensões dos furos

4.2.4 Raio das mísulas

Traçar um eixo transversal sobre o(s) septo(s) central(is). Devem ser realizadas determinações em cada mísula,
referentes ao(s) septo(s) central(is), com centro tomado no encontro da face externa da parede longitudinal com
o eixo transversal do bloco, tomadas na face de menor espessura (face inferior no momento do assentamento),
com aproximação de 1 mm (figura 2).

Todas as leituras devem ser expressas em milímetros.


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Figura 3 — Dimensões da mísula

4.3 Resultados

No relatório de ensaio deve constar o seguinte:

! o lote dos corpos-de-prova, sempre que declarado;

! as dimensões nominais, expressas como a média das determinações executadas para a largura (b) e a
altura (h) e o comprimento (l), em milímetros;

! a área bruta (Ab), calculada com o valor médio das dimensões totais da seção de trabalho do corpo-de-prova,
sem desconto das áreas de furos ou reentrâncias, em milímetros quadrados, sendo:

Ab = b l

! a espessura mínima da parede longitudinal (el), expressa como a média das medidas das paredes
longitudinais, em milímetros;

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! a espessura equivalente mínima (eEq), expressa como a soma das espessuras de todas as paredes
transversais dos blocos (et, em milímetros), dividida pelo comprimento nominal do bloco (l, em metros), dada
em milímetros por metro:

eEq # "e t

lnom

! raio das mísulas de acomodação (rmis), expresso individualmente, em milímetros;

! classificação e avaliação da conformidade das determinações segundo a classe da amostra, conforme


ABNT NBR 6136.

5 Absorção de água e área líquida

5.1 Aparelhagem

Para determinação da absorção de água, é necessária a seguinte aparelhagem:

a) balança com resolução mínima de 10 g e capacidade mínima 20 000 g;

b) estufa com capacidade para manter temperatura no intervalo de (110 $ 5)°C.

Para determinação da área líquida, é necessária uma balança hidrostática com resolução mínima de 10 g, não
apresentando diferenças maiores do que 0,5% da capacidade nominal. A balança de 5.1-a) pode ser usada com
as adaptações necessárias, desde que atenda a estes requisitos.

5.2 Execução de ensaio

5.2.1 Determinação da absorção de água


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5.2.1.1 Secagem

Após serem recebidos, os corpos-de-prova devem permanecer no ambiente do laboratório por um período de 24 h,
sendo então pesados e anotada sua massa como m3. Após esse período, devem ser tomadas as seguintes
providências:

a) levar os corpos-de-prova à estufa, elevar a temperatura a (110 ± 5)°C e mantê-los nessa condição por 24 h;

b) determinar a massa do corpo-de-prova após o período de 24 h, anotar o valor encontrado e colocá-lo


novamente na estufa por 2 h, sendo admissível que o corpo-de-prova permaneça no máximo 10 min fora da
estufa durante a medida de sua massa;

c) repetir a operação descrita em 5.2.1.1-b a cada 2 h (considerada a leitura realizada após as primeiras 24 h),
até que em duas determinações sucessivas não se registre para o corpo-de-prova diferença de massa
superior a 0,5% em relação ao valor anterior, anotando-se então a sua massa seca m1.

5.2.1.2 Saturação

Para se verificar a saturação, devem ser tomadas as seguintes providências:

a) após resfriados naturalmente (em contato com o ar) à temperatura ambiente, imergir os corpos-de-prova em
água à temperatura de (23 $ 5)°C, por 24 h;

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b) pesar cada corpo-de-prova na condição de saturado com superfície seca, que é obtida drenando o
corpo-de-prova sobre uma tela de 9,5 mm ou mais de abertura de malha por 60 s; remover, então, a água
superficial visível com um pano seco. Anotar o valor encontrado e mergulhar o corpo-de-prova novamente em
água;

c) repetir a operação descrita em 5.2.1.2-b a cada 2 h (considerada a leitura realizada após as primeiras 24 h),
até que em duas determinações sucessivas não se registre para o corpo-de-prova diferença de massa
superior a 0,5% em relação ao valor anterior, anotando-se então a sua massa saturada m2.

5.2.2 Ensaio para determinação da área líquida

Esta determinação pode ser executada sempre que todas as seções paralelas à seção de trabalho puderem ser
admitidas iguais e constantes.

5.2.2.1 Dimensões

O valor de cada dimensão do corpo-de-prova é o resultado da média de pelo menos três determinações
executadas em pontos distintos na face com a parede de menor espessura, sendo realizada uma determinação
em cada extremidade e uma no meio do corpo-de-prova, com aproximação de 1 mm.

5.2.2.2 Massa aparente

O corpo-de-prova, após saturado conforme 5.2.1, deve ter sua massa determinada quando imerso em água à
temperatura de (23 $ 5°C), por meio de balança hidrostática, sendo o valor encontrado denominado massa
aparente m4.

5.3 Resultados

5.3.1 Absorção de água

No relatório de ensaio deve constar o seguinte:


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a) o valor da absorção de água de cada corpo-de-prova, expresso em porcentagem, calculado pela fórmula:

m2 & m1
a# % 100
m1

onde:

a é a absorção total, em porcentagem;

m1 é a massa do corpo-de-prova seco em estufa, em gramas;

m2 é a massa do corpo-de-prova saturado, em gramas;

b) a média dos resultados individuais;

c) o lote e a idade dos corpos-de-prova, sempre que declarados;

d) a avaliação da conformidade dos resultados em relação aos requisitos, conforme ABNT NBR 6136.

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5.3.2 Área líquida

No relatório de ensaio deve constar o seguinte:

a) a área líquida de cada corpo-de-prova, em milímetros quadrados, calculada segundo a expressão:

m2 & m 4
Aliq # 1 000
h'

onde:

Aliq é a área líquida, em milímetros quadrados;

m2 é a massa do corpo-de-prova saturado, em gramas;

m4 é a massa aparente do corpo-de-prova, em gramas;

h é a altura média do corpo-de-prova, medida na direção perpendicular à seção de trabalho, determinada


conforme 4.2, em milímetros;

' é a massa específica da água utilizada no ensaio, em gramas por centímetro cúbico;

b) a média dos resultados individuais;

c) o lote e a idade dos corpos-de-prova, sempre que declarados.

6 Resistência à compressão

6.1 Aparelhagem

Para execução do ensaio é necessária uma prensa que atenda às seguintes condições:
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a) ser equipada com dois pratos de apoio, de aço, um dos quais articulado, que atuem na face superior do
corpo-de-prova;

NOTA Quando as dimensões dos pratos de apoio não forem suficientes para cobrir o corpo-de-prova, uma placa do aço
(ver alínea b) pode ser colocada entre os pratos e o corpo-de-prova.

b) as superfícies planas e rígidas dos pratos e placas de apoio não devem apresentar desníveis superiores
a 8 x 10-2 mm para cada 4 x 102 mm;

c) as placas monolíticas de aço devem ter espessura de no mínimo:


! 50 mm para cargas até 1 000 kN;

! 75 mm para cargas até 2 000 kN;

! 100 mm para cargas até 3 000 kN.

d) a máquina de ensaio deve atender aos requisitos da ABNT NBR NM 7500-1 e pertencer à classe II, no
mínimo;

e) possuir instrumentos que permitam a medida e a leitura de carga máxima com aproximação
de $ 2%;

f) ser provida de dispositivo que assegure distribuição uniforme dos esforços ao corpo-de-prova e ser capaz de
transmitir a carga do modo progressivo e sem choques.

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6.2 Execução do ensaio

6.2.1 Corpos-de-prova

6.2.1.1 Da amostra recebida pelo laboratório devem ser separados os blocos que vão constituir os corpos-de-
prova, conforme a ABNT NBR 6136, ensaiados secos ao ar, de acordo com esta Norma.

6.2.1.2 Para esse fim, procede-se da seguinte forma:

a) para a regularização das faces de trabalho dos corpos-de-prova, devem ser utilizadas pastas ou argamassas
capazes de resistir às tensões do ensaio. As faces dos corpos-de-prova também podem ser regularizadas por
meio de uma retífica adequada;

g) a pasta deve ser colocada sobre o molde de capeamento, cuja superfície não deve se afastar do
plano mais que 8 x 10-2 para cada 4 x 102 mm, previamente untado com leve camada de óleo;

! esta superfície deve ser suficientemente rígida e estar apoiada de modo a evitar deformações visíveis
durante a operação de capeamento;

! comprime-se a superfície a ser capeada de encontro à pasta ou argamassa, obrigando que as faces
laterais do bloco fiquem perpendiculares à referida superfície, com tolerância máxima de $ 5°;

! o capeamento deve apresentar-se plano e uniforme no momento do ensaio, não sendo permitidos
remendos;

h) a espessura média do capeamento não deve exceder 3 mm.

6.2.2 Dimensões

6.2.2.1 A área bruta do corpo-de-prova deve ser calculada com o valor médio das dimensões totais da seção
de trabalho do corpo-de-prova, sem desconto das áreas de furos ou reentrâncias, determinada segundo a seção 4.
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6.2.3 Posição dos corpos-de-prova

6.2.3.1 Todos os corpos-de-prova devem ser ensaiados de modo que a carga seja aplicada na direção do
esforço que o bloco deve suportar durante o seu emprego.

6.2.3.2 O corpo-de-prova deve ser colocado na prensa de modo que o seu centro de gravidade esteja no eixo
de carga dos pratos da prensa.

6.2.3.3 Os comandos da prensa devem ser controlados de forma que a tensão aplicada, calculada em relação
à área bruta, se eleve progressivamente à razão de (0,05 ± 0,01) MPa/s ou (5 ± 1) N/cm2/s ou 0,5 kgf/cm2/s.

6.3 Resultados

No relatório de ensaio devem constar:

a) o valor médio de cada uma das dimensões reais da seção de trabalho dos blocos (largura, b, e comprimento, l),
em milímetros;

b) o lote e a idade dos corpos-de-prova, sempre que declarados;

c) o valor da carga máxima referente a cada corpo-de-prova ensaiado, em newtons;

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d) o valor da resistência à compressão para cada corpo-de-prova, obtido dividindo-se a carga máxima
em newtons, observada durante o ensaio, pela área bruta dos blocos em milímetros quadrados, em décimo
de unidade, expressa em megapascals;

e) o valor da resistência característica à compressão da amostra, segundo ABNT NBR 6136, em megapascals;

f) a classificação e a avaliação da conformidade do resultado segundo a classe da amostra, conforme


ABNT NBR 6136.

7 Retração por secagem

7.1 Aparelhagem

7.1.1 Instrumentos de medida

Os instrumentos para medida da retração por secagem devem ser projetados para proporcionar as condições
prescritas a seguir:

! meios de contato com o corpo-de-prova que assegurem medidas reprodutíveis de comprimento em bases de
medida, de preferência com (300 $ 10) mm, mas nunca menores que 150 mm;

! dispositivo de medida que permita leituras diretas de variação de comprimento correspondentes a


deformações específicas de no mínimo 10-5 mm/mm;

! amplitude suficiente de medidas para permitir pequenas variações nos comprimentos das bases de medida
(sugere-se um curso de 5 mm a 8 mm quando as bases de medida são cuidadosamente instaladas);

! meios para aferir regularmente o instrumento de medida com base em um padrão ou referência.
Uma barra-padrão de referência deve ser fornecida pelo fabricante do instrumento. Recomenda-se o uso de
barras de invar ou material de coeficiente de dilatação térmica comparável. É permitido o uso de uma barra de
aço comum, desde que sejam feitas correções devidas a variações de temperatura. A barra de referência
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deve ser protegida de correntes de ar e mantida em uma caixa de madeira, a não ser quando usada nas
aferições periódicas.

7.1.2 Comparador

O instrumento para medida de prismas de argamassa descrito na ABNT ABNT NBR 15261 pode ser usado para
corpos-de-prova que não possam acomodar bases de medida de 300 mm, com ponteiras adequadas aos seus
apoios. Este comparador é desejável para a medida do corpo-de-prova, de topo a topo.

Uma barra-padrão de referência deve ser fornecida pelo fabricante do instrumento para aferir regularmente o
instrumento de medida com base em um padrão ou referência, atentando ao formato dos encaixes.

7.1.3 Apoios das bases de medida

Os apoios das bases de medida devem ser do tipo cônico e pontual, feitos de metal resistente à corrosão.
Para uso dos instrumentos descritos em 7.1.1, os apoios das bases de medida devem ter de 5 mm a 13 mm de
largura e (6 $ 3) mm de espessura, permitindo o apoio pontual. Para uso do comparador especificado em 7.1.2,
os apoios originais devem ser trocados por apoios que possibilitem o correto encaixe nessas bases de medida.

7.1.4 Estufa para secagem

Estufa capaz de manter a temperatura constante e uniforme de (50 $ 5)°C, tendo um volume capaz de acomodar
pelo menos três corpos-de-prova de blocos inteiros.

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7.1.4.1 Entre os corpos-de-prova e as paredes da estufa deve haver uma distância mínima de 25 mm.

7.1.4.2 O uso de aquecimento por combustão de gás ou outros produtos orgânicos é vedado, uma vez que a
presença de CO2 ou água pode influenciar as características de secagem dos produtos de hidratação do cimento
Portland. Permite-se o aquecimento elétrico.

7.1.4.3 A estufa deve estar provida de meios para secar os corpos-de-prova para uma condição de equilíbrio
com umidade relativa de (17 $ 3)%. Para tanto, deve-se usar CaCl2 em flocos.

NOTA O ar circunvizinho a uma solução saturada de CaCl2 a 50° tem umidade relativa da ordem de 17%. Devem ser
2 3
usadas bandejas para expor uma superfície de solução de pelo menos 5 800 cm /m de volume da estufa. As bandejas devem
conter cloreto de cálcio suficiente, de modo que estejam garantidamente saturadas com cristais do sal aflorado à superfície, e
devem ser periodicamente agitadas (a cada 24 h, ou menos) para evitar a formação de crostas ou agregações.

7.1.4.4 A estufa deve ter circulação de ar moderada em torno dos corpos-de-prova e do agente de secagem.

7.1.5 Câmara de resfriamento

Ambiente ou recipiente com fechamento hermético e com capacidade compatível com a da estufa e que permita
o resfriamento dos corpos-de-prova até a temperatura de (23 + 1)°C, sem que haja ganho de umidade.

7.1.6 Tanque de imersão

Recipiente capaz de conter os corpos-de-prova completamente imersos em água à temperatura de (23 $ 1)°C.

7.1.7 Balança

Deve estar calibrada e ter resolução de 0,1% da massa do menor corpo-de-prova ensaiado.

7.2 Execução de ensaio

7.2.1 Preparação dos corpos-de-prova


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7.2.1.1 Os corpos-de-prova devem ser blocos inteiros ou prismas compostos de partes das paredes externas
dos blocos, desde que sejam cortados longitudinalmente, a seco, de ambas as faces dos blocos vazados, com
pelo menos 350 mm de comprimento, conforme figura 4. Blocos que anteriormente ao ensaio tenham sido
submetidos a temperaturas acima de 65°C não podem ser usados, a não ser que essas temperaturas sejam parte
das condições normais de cura dos blocos que deseja representar.

7.2.1.2 O número de corpos-de-prova mínimo por condição é de três blocos inteiros ou seis prismas extraídos,
dois de cada um dos três blocos a ensaiar.

7.2.1.3 Os prismas extraídos devem ter pelo menos 100 mm de altura e ter preferencialmente o comprimento
igual ao da parede do bloco, tolerando-se um comprimento mínimo igual a 250 mm.

Plano de corte do
corpo-de-prova

Figura 4 — Plano de corte para os prismas

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7.2.2 Preparo da aparelhagem e colocação dos apoios das bases de medida

No caso de se usar blocos inteiros, deve-se colocar as bases de medida em cavidades sobre ou próximas aos
eixos das duas faces longitudinais externas do bloco, centralizadas e paralelas à direção longitudinal.
Usar brocas ligeiramente mais finas que o diâmetro dos apoios das bases de medida. A profundidade das
cavidades deve ser tal que o apoio da base de medida se destaque aproximadamente 2,5 mm da superfície da face.

O agente cimentante deve ser pasta de cimento Portland ou outro agente alternativo que tenha se mostrado
satisfatório em ensaios de imersão e secagem alternados nas condições do ensaio. Depois da colocação do
material cimentante na cavidade, deve-se inserir o apoio da base de medida devidamente seguro em uma
barra-referência, onde deve permanecer preso até o final da cura do agente cimentante.

Pode ser dispensável a realização das cavidades, desde que colem os apoios das bases adequadamente e com
resinas apropriadas, de modo que estas não se descolem nas operações de molhagem, secagem e medida.

7.2.3 Procedimento da medida

7.2.3.1 Mergulhar os corpos-de-prova em água a (23 $ 1)°C, por 48 h.

7.2.3.2 Ajustar o instrumento de medida, utilizando a barra-padrão de referência. Obter a leitura inicial do
comprimento do corpo-de-prova. Tomar a leitura inicial, na saturação, com o corpo-de-prova posicionado no tanque
de água, de modo que a linha da base de medida esteja aproximadamente no nível da superfície, para evitar erro
devido ao resfriamento por evaporação. A leitura deve ser acompanhada pela aferição, utilizando a barra de
referência com as devidas correções, caso necessárias. No caso da medida topo a topo, o corpo-de-prova deve ser
retirado da água e devem-se secar apenas as pastilhas de topo com um pano macio. Em seguida posiciona-se o
corpo-de-prova molhado no comparador, devendo ser adotada a mesma face de referência para todas as leituras.
O procedimento deve ser realizado dentro de um período de 15 s. Antes da leitura, ajustar o instrumento de
medida, utilizando a barra-padrão de referência.

7.2.3.3 Obter a massa do corpo-de-prova saturado com superfície seca. Esta condição é obtida drenando o
corpo-de-prova sobre uma tela de 9,5 mm ou mais de abertura da malha durante 1 min, removendo-se então a
água superficial visível com um pano seco.
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7.2.3.4 Armazenar os corpos-de-prova para secagem na estufa descrita em 7.1.4. Os corpos-de-prova devem
ser colocados na estufa dentro de um período de até 48 h após terem sido retirados da água. Durante este
período, devem ser armazenados em ambiente com temperatura de (24 ± 8)°C e umidade relativa inferior a 80%.
Para assegurar uniformidade de secagem, os corpos-de-prova devem sofrer rotações e devem ser colocados em
posições diferentes dentro da estufa cada vez que as leituras forem tomadas. Após cinco dias de secagem,
incluindo o período inicial de até 48 h em que ficaram armazenados ao ar, remover os corpos-de-prova e resfriá-los
até (23 ± 1)°C, utilizando a câmara de resfriamento descrita em 7.1.5. Após o resfriamento, obter a leitura do
comprimento e a massa do corpo-de-prova, além da leitura do comprimento da barra-padrão de referência.

7.2.3.5 Retornar os corpos-de-prova à estufa para um segundo período de secagem. A duração deste
período de secagem e dos subseqüentes deve ser de 48 h. Em seguida ao segundo período, repetir o
resfriamento, leituras de comprimentos e determinações de massa, especificados em 7.2.3.4.

7.2.3.6 Continuar os períodos de 48 h de secagem na estufa, seguidos de determinações de comprimento e


massa, até que seja atingida uma condição de equilíbrio, isto é, a variação média do comprimento atinja 0,002%,
ou menos, e a perda de massa em 48 h de secagem seja 0,2%, ou menos, comparada à última determinação
antecedente, num período de seis dias ou mais. É permitida a determinação gráfica da condição de equilíbrio
segundo o critério de variação menor que 0,002%, em um intervalo de seis dias, conforme exemplifica a figura 5.

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NOTAS
1 O intervalo CD é de 6 dias na escala de tempo e 0,002% na escala de retração.
2 O ponto D define o valor da retração de equilíbrio.

Figura 5 — Método gráfico para determinar a retração de equilíbrio

7.3 Resultados

7.3.1 Cálculo de retração

7.3.1.1 Calcular a retração por secagem como uma porcentagem do comprimento médio das bases de
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medida, como mostrado a seguir:

S = (L/G) 100

onde:

S é a retração linear por secagem, em porcentagem;

L é a variação média da dimensão do corpo-de-prova, entre a condição saturada e o ponto de constância


de massa ou de comprimento, conforme 7.2.3.6;

G é o comprimento médio das bases de medida do corpo-de-prova.

7.3.2 Apresentação dos resultados

Na apresentação dos resultados deve constar o seguinte:

a) identificação do tipo do produto e número de corpos-de-prova para cada condição de ensaio;

b) origem dos corpos-de-prova;

c) informações sobre os agregados, cimento e métodos de produção empregados no produto;

d) condições de cura e secagem anteriores ao ensaio;

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e) período total de secagem antes de cada medida de comprimento;

f) idade dos corpos-de-prova no início do ensaio de retração;

g) massa dos corpos-de-prova como recebidos, saturados e nos momentos das leituras de retração, incluindo-se
o equilíbrio;

h) retração linear por secagem total da saturação a cada leitura de comprimento, incluindo-se o comprimento
medido no equilíbrio;

i) qualquer outra informação julgada pertinente;

j) avaliação da conformidade dos resultados em relação aos requisitos, conforme ABNT NBR 6136.
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