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Apostila Gestao Escolar Funsat

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CURSO GESTÃO ESCOLAR

Módulo: Administração, Supervisão e Organização Escolar


Polo: Funsat
Professora: Simone Alves Corrêa

APRESENTAÇÃO

Para exercício de sua função com qualidade, a Escola precisa contar não só com
professores capacitados, mas também com gestores que a compreendam nas suas
relações com o contexto social e que sejam capazes de articular com competência os
sujeitos, os recursos físicos e financeiros e a comunidade escolar para o alcance de
objetivos educacionais.
Nessa perspectiva, o módulo de Organização Escolar capacita os participantes
para atuarem de forma eficiente na administração, supervisão ou orientação escolar,
levando em conta, além de aspectos administrativos e financeiros, aspectos políticos,
pedagógicos, culturais e sociais que envolvem o processo educacional.
Objetivos:
 Formar educadores para atuação competente na gestão escolar, nos termos do
artigo 64 da LDB (Lei 9.394/96);
 Subsidiar a formação profissional como gestor/educador;
 Capacitar para análise de políticas educacionais e seus reflexos na Escola;
 Estimular a pesquisa no desvelamento de problemas da gestão escolar.
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1. Novas Realidades Sociais, as reformas educativas, a organização e a gestão


das escolas
As atuais políticas educacionais e organizacionais devem ser compreendidas no
quadro mais amplo das transformações econômicas, políticas, culturais e geográficas
que caracterizam o mundo contemporâneo. As reformas educativas que foram
executadas nos últimos vinte anos, em vários países da Europa e da América, coincidem
com a recomposição do sistema capitalista mundial, o qual incentiva um processo de
reestruturação global da economia regido pela doutrina neoliberal. Analistas críticos do
neoliberalismo identificam três de seus traços distintivos: mudanças nos processos de
produção associadas a avanços científicos e tecnológicos, superioridade do livre
funcionamento do mercado na regulação da economia e redução do papel do Estado.
Esses traços afetam a educação de várias formas. A propriedade da educação nos
programas educacionais dos países industrializados situa-se no quadro das políticas de
ajuste e de estabilização defendidas, no âmbito europeu, pela Organização de
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e, no âmbito mundial, pelo Banco
Mundial, sobretudo. Postula-se que o desenvolvimento econômico, alimentado pelo
desenvolvimento técnico científico, garante, por si só, o desenvolvimento social.
Decorre então a principal crítica ao neoliberalismo; sua orientação: sua orientação
economicista e tecnocrata, desconsiderando as implicações sociais humanas no
desenvolvimento econômico, gerando problemas como desemprego, fome e miséria, os
quais alargam o contingente de excluídos, e ampliando as desigualdades entre países,
classe e grupos sociais. Além disso, ressaltam-se os problemas globais que atingem
todos os países, como a devastação ambiental, o desequilíbrio ecológico, o esgotamento
dos recursos naturais e os problemas atmosféricos.
Paralelamente, a associação entre a ciência e a Técnica acaba por proporcionar
mudanças drásticas no processo de produção e condições de vida de trabalho em todos
os setores da atividade humana. O conhecimento e a informação passam a constituir
força produtiva direta, afetando o desenvolvimento econômico. Por isso, os países
industrializados precisaram sair na frente para rever o lugar das instituições
encarregadas de produzir conhecimento e informação. A reforma dos sistemas
educativos torna-se prioridade, e, desde então, vêm sendo formuladas as estratégias de
reforma que, na maioria dos países, giram em torno de quatro pontos: o currículo
nacional, a profissionalização dos professores, a gestão educacional e avaliação
institucional. Esses pontos estão inter-relacionados: a política educacional orienta-se
pela política curricular, que necessita de professores para ser viabilizada em uma
estrutura organizacional adequadamente regulada e gerida, com suporte da avaliação
institucional.
As reformas educativas constituíram uma tendência internacional, decorrente de
necessidades e exigências geradas pela reorganização produtiva no âmbito das
instituições capitalistas. Essas reformas expressam uma tendência nos seguintes termos:
novos tempos requerem nova qualidade educativa, implicando mudança nos currículos,
na gestão educacional, na avaliação dos sistemas e na profissionalização dos
professores. Com esses temas amplos, os sistemas e as políticas educacionais
introduzem estratégias como descentralização, autonomia das escolas, reorganização
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curricular, novas formas de gestão e direção das escolas, novas tarefas e


responsabilidades do professorado.
A educação no Brasil também se inseriu nesse quadro de transformações. No
governo de Fernando Henrique Cardoso foram estabelecidas metas pontuais:
descentralização da administração das verbas federais, elaboração do currículo básico
nacional, educação à distância, avaliação das escolas, incentivo à formação de
professores, parâmetros de qualidade para livro didático, entre outras. Essas ações
acompanham tendências internacionais de alinhamento à política econômica neoliberal
e as orientações dos organismos internacionais.
Nesse contexto ocorreu à elaboração e promulgação da LDB (Lei 9.394/96), Plano
Nacional de Educação (PNE), das Diretrizes Curriculares, normas e resoluções do
Conselho Nacional de Educação (CNE).

2. A educação escolar no contexto das transformações da sociedade


contemporânea
Como instituição social educativa, a escola vem sendo questionada acerca de seu
papel ante as transformações econômicas, políticas, sociais e culturais do mundo
contemporâneo. Elas decorrem, sobretudo, dos avanços tecnológicos, da reestruturação
do sistema de produção e desenvolvimento, da compreensão do papel do Estado, das
modificações nele operadas e das mudanças no sistema financeiro, na organização do
trabalho e nos hábitos de consumo. Esse conjunto de transformações está sendo
chamado, em geral, de globalização.
Os acontecimentos do mundo atual afetam a educação escolar de várias maneiras.
Vejamos algumas:
a) Exigem um novo tipo de trabalhador, ou seja, mais flexível e polivalente, o que
provoca certa valorização da educação formadora de novas habilidades
cognitivas e de competências sociais e pessoais;
b) Levam o capitalismo a estabelecer, para a escola, finalidades mais compatíveis
com os interesses do mercado;
c) Modificam os objetivos e as prioridades da escola;
d) Produzem modificações nos interesses, nas necessidades e nos valores
escolares;
e) Forçam a escola a mudar suas práticas por causa do avanço tecnológico dos
meios de comunicação e da introdução da informática;
f) Induzem alteração na atitude do professor e no trabalho docente, uma vez que
os meios de comunicação e os demais recursos tecnológicos são muito
motivadores.
A tensão em que a escola se encontra, no entanto, não significa seu fim como
instituição social educativa ou o início de um processo de desescolarização da
sociedade. Indica, antes o início de um processo de reestruturação dos sistemas
educativos e da instituição tal como a conhecemos. A escola de hoje precisa não apenas
conviver com outras modalidades de educação não formal, informal e profissional, mas
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também articular-se e integrar-se a elas, a fim de formar cidadãos mais preparados e


qualificados para um novo tempo. Para isso, o ensino escolar deve contribuir para:
a) Formar indivíduos capazes de pensar e de aprender permanentemente
(capacitação permanente) em um contexto de avanço das tecnologias de
produção, de modificação da organização do trabalho, das relações contratuais
capital-trabalho e dos tipos de emprego;
b) Prover formação global que constitua um patamar para atender à necessidade
de maior e melhor qualificação profissional, de preparação tecnológica e de
desenvolvimento de atitudes e disposições para a vida numa sociedade técnico-
informal;
c) Desenvolver conhecimentos, capacidades e qualidades para o exercício
autônomo, consciente e crítico da cidadania;
d) Formar cidadãos éticos e solidários.
Pensar o papel da escola nos dias atuais implica, portanto, levar em conta questões
sumamente relevantes.
3. A escola na LDB: princípios, organização e funcionamento
Em seus diferentes níveis, as instituições de ensino classificam-se, de acordo com
a Lei 9.394/96 (Brasil, 1996), em públicas e privadas.
As Instituições de ensino privadas enquadram-se em quatro categorias:
particulares, comunitárias, confessionais e filantrópicas. As particulares são aquelas
instituídas por uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas de direito privado que não
incluem em sua mantenedora representantes da comunidade, como as comunitárias,
nem atendem a quaisquer orientações religiosas ou ideológicas específicas, como as
confessionais, nem são filantrópicas, isto é, escolas que sobrevivem com doações de
pessoas ou grupos.
A nova LDB atribui às escolas a possibilidade de reclassificar os alunos de acordo
com as normas curriculares gerais, o que vale também para os transferidos de escolas
nacionais e para alunos estrangeiros.
Respeitadas as normas nacionais e as do sistema de ensino, as escolas têm, de
acordo com o artigo 12, a incumbência de:
I. Elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II. Administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
III. Assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aulas estabelecidas;
IV. Velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V. Prover meios para recuperação dos alunos de menor rendimento;
VI. Articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração
da sociedade com as escolas;
VII. Informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos,
bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica.
As instituições de ensino devem adaptar seus estatutos e regimentos ao que
dispões a nova LDB e às normas do sistema de ensino a que pertencem. Todavia, um
dos aspectos da nova lei da educação que mais alteraram a vida das escolas foi a
definição dos 200 dias letivos, em substituição aos 180 anteriores.
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4. Os programas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação


O fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) foi criado em
novembro de 1968 e está vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
A finalidade da autarquia é captar recursos financeiros para projetos educacionais
e de assistência ao estudante. A maior parte dos recursos do FNDE provém do Salário-
Educação, com o qual todas as empresas estão sujeitas a contribuir.
Alguns programas:
 Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE);
 Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE);
 Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE);
 Programa Nacional do Livro Didático (PNLD);
 Programa Nacional Saúde Escolar (PNSE);
 Programa Nacional de Transporte Escolar (PNTE)

Projetos recursos federais:


 Programa Mais Educação;
 Programa Escola Aberta;
 Projeto Escola Sustentável;
 Projeto Ensino Médio Inovador.

Recursos Estaduais:
 PDE;
 Merenda Escolar.

5. O sistema de organização e de gestão da escola: teoria e prática


Organizar significa dispor de forma ordenada, dar uma estrutura, planejar uma
ação e prover as condições necessárias para realiza-las. Assim, organização escolar
refere-se aos princípios e procedimentos relacionados à ação de planejar o trabalho da
escola, racionalizar o uso de recursos (materiais, financeiros, intelectuais) e coordenar e
avaliar o trabalho das pessoas, tendo em vista a consecução dos objetos.
Desde 1988, com a Constituição Federal, a educação no Brasil vem sofrendo
grandes mudanças. Isso porque o currículo, organização do conhecimento escolar está
associado a vários fatores, tais como: políticas públicas, desigualdades sociais, ligações
internacionais, financiamentos.
Se entendermos que o currículo é organização do conhecimento escolar, podemos
dizer que, segundo Alice Casimiro Lopes, “o currículo é o coração de um
empreendimento educacional e nenhuma política ou reforma educacional pode ter
sucesso se não colocar o currículo no seu centro.” Nesse sentido, fica evidente a
importância do currículo e ao mesmo tempo a sua obrigatoriedade para as unidades
escolares que devem seguir as orientações oficiais.
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Contudo, se as reformas curriculares ficam a cargo do governo central, as escolas,


em muitas situações, ficam limitadas a implementar, de forma adequada as suas
orientações. Portanto, segundo Alice Casimiro Lopes,
“o currículo oficial, com isso, assume um enfoque, sobretudo
prescritivo. Por vezes o meio educacional se mostra refém dessa
armadilha e se envolve no seguinte debate: os dirigentes questionam
as escolas por não seguirem devidamente as políticas oficiais, e os
educadores criticam o governo por produzir políticas que as escolas
não conseguem implantar.”

A Constituição Federal de 1988, bem como a Lei de Diretrizes e Base da


Educação Nacional deixa claro que é incumbência da União estabelecer em parceria
com os estados, municípios e Distrito Federal, competências e diretrizes que nortearão
os currículos e conteúdos mínimos, para a educação infantil, fundamental e ensino
médio, com o objetivo de garantir a formação básica comum.
Essa organização do currículo se tornou necessária porque houve uma
escolarização em massa e, portanto foi precisou-se de uma padronização do
conhecimento a ser ensinado. Ou seja, os conteúdos deveriam ser iguais para todos.
Apesar de estar estabelecido que, mesmo com a padronização seriam garantidos
os valores culturais, artísticos, nacionais e regionais, a organização do currículo nas
unidades escolares acabou atingindo um caráter fragmentado e hierárquico, ou seja,
cada disciplina é ensinada separadamente e as que são consideradas de maior
importância perante as outras possuem uma carga horária maior para a explanação do
conteúdo escolar.
Diante do contexto, a escola, que é um espaço de relação cultural, acabou por
preservar uma tradição monocultural, sendo muito mais cômodo com a homogeneização
e padronização. Contudo, com as transformações sociais do último século, a escola,
segundo Antônio Flávio Barbosa Moreira, “a escola está sendo chamada a lidar com a
pluralidade de culturas, reconhecer os diferentes sujeitos socioculturais presentes em
seu contexto, abrir espaços para a manifestação e valorização das diferenças.” No
entanto, o grande desafio a que a escola está sendo chamada é dar espaços as diferenças,
a diversidade e o cruzamento de culturas.
Fazer um currículo com tais perspectivas não é tarefa fácil, depende de o corpo
docente estar preparado, assumindo novas posturas, novos planejamentos, novos
conteúdos, novas estratégias, novos saberes.
Além do currículo formal, temos também nas unidades escolares o chamado
currículo oculto, sendo assim chamado por não aparecer no planejamento escolar,
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contudo é grande importância para a formação humana dos alunos no processo ensino-
aprendizagem. O currículo oculto acontece através de um conjunto de práticas constante
de relação com a formação de identidades individuais e sociais que surgem no meio
social e escolar.
A figura a seguir mostra a cultura organizacional como ponto de ligação com
áreas de atuação da organização e da gestão escolar.

6. Equipe Gestora
 Diretor;
 Secretário;
 Coordenador;
 Presidente do Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar (CDCE)
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7. Desenvolvimento profissional (formação continuada)


Esta área de atuação refere-se ao aprimoramento profissional do pessoal docente,
técnico e administrativo no próprio contexto do trabalho. Atualmente, o
desenvolvimento profissional não se restringe mais ao mero treinamento. A ideia que é
própria da escola é lugar de formação profissional, por ser sobretudo nela, no contexto
de trabalho, que os professores e demais funcionário podem reconstruir suas práticas, o
que resulta em mudanças pessoais e profissionais.

A Sala de Educador será substituído pelo NDPE (Núcleo de Desenvolvimento


Profissional na Escola)
 PEIP – Projetos de Estudo e Intervenções Pedagógicas;
 PROFTAAE – Projeto de Formação Contínua dos Profissionais Técnicos e
Apoio Administrativos Educacionais.
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8. As concepções de organização e gestão escolar

9. Projeto Político Pedagógico


O Projeto Político Pedagógico é o planejamento maior da instituição que norteia
as ações pedagógicas, financeiro e administrativo de cada comunidade escolar e que,
Segundo Vasconcelos, pode ser entendido como a sistematização, nunca definitiva, de
um processo de Planejamento Participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza na
caminhada que define claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar.
Apesar de a comunidade escolar ouvir falar do Projeto Político Pedagógico,
poucos sabem o seu conceito e seus objetivos. Isso porque ainda existem diretores que
tomam suas decisões atuam de forma autoritária impedindo que haja uma gestão
participativa. Mudar essa cultura não é tarefa fácil, no entanto, o Projeto Político
Pedagógico não é resultado somente da equipe gestora.
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Diante desse contexto, é imprescindível esclarecer aos atores da comunidade


escolar o que de fato é o Projeto Político Pedagógico e sua importância, bem como
tornar possível uma cultura de gestão democrática e participativa onde a escola deve ser
vista como espaço de deliberação coletiva dos sujeitos escolares. O processo de
elaboração do Projeto Político Pedagógico é fundamental porque envolve todos que
atuam na escola, pois, segundo Marta Leandro da Silva, isso da a sensação de
envolvimento com a instituição escolar.
A tarefa de mobilizar a comunidade escolar em torno da Construção de seu
Projeto Político-Pedagógico não é fácil, porém podemos usar momentos como: reuniões
pedagógicas, conselho de classe e sala de educador como veículo de mobilização e
momento de reflexão para a construção do PPP. Outros mecanismos de divulgação
também podem ser usados, como: panfletos, jornais e rádio escola. Não esquecendo
também da importância do Conselho Deliberativo que possuem representantes de todos
os segmentos da comunidade escolar e que é importantíssimo para mobilizar a
comunidade para as reflexões e viabilizar estratégias para a construção coletiva do
Projeto Político Pedagógico.
Com base nos vídeos assistido, apesar das dificuldades de mobilização para a
construção do PPP de forma coletiva, ele deve ser inicializado com parcerias com
aqueles que estão comprometidos com a educação, com aqueles que estão insatisfeitos
com o trabalho da escola e com aqueles que querem fazer um trabalho melhor na escola.
Lembrando também que um trabalho só é bom quando é coletivo, resultado de uma
reflexão política sobre a prática pedagógica. O que estamos fazendo? O que
pretendemos fazer e como unidos podemos fazer alguma coisa? Ou seja, escola, família,
comunidade.
De acordo com Marta Leandra da Silva,
A ideia de planejamento acompanha o homem em seu próprio
processo de humanização uma vez que o ato de planejar está
associado à organização de uma determinada ação. Desse
modo, cabe dizer que, como prática humana, o planejamento é
anterior à ideia de escola.

Diante desse contexto, podemos claramente compreender a importância de um


planejamento para a comunidade escolar denominado Projeto Político Pedagógico,
plano global da escola. Nesse sentido, as ações educativas previstas no Planejamento
Escolar devem ser articuladas e integradas ao Projeto Político Pedagógico da escola.
Esse Planejamento tem como objetivo essencial a melhoria do processo ensino-
aprendizagem e a garantia de uma escola de qualidade.
O papel do coordenador pedagógico diante a elaboração do planejamento escolar
é fundamental porque ele assume um papel de articulador entre seus pares, é aquele que,
segundo Marta Leandra da Silva
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Pode contribuir para relações mais respeitosas e democráticas


na escola. Ou seja, desenvolver a cultura da gestão democrática
e participativa significa ter a escola como espaço de deliberação
coletiva dos sujeitos escolares, ou seja, todos que pertencem à
comunidade escolar: pais, professores, alunos, funcionários e
gestores.

Assumir esse papel de articulador não é tarefa fácil para o coordenador


pedagógico. O mesmo encontra muita resistência, principalmente por parte de seus
pares porque já o rotularam como chefe, como alguém que os punirá caso não
“obedeçam as ordens”, portanto, ainda é bastante difícil provocar um diálogo franco e
participativo tendo como foco a discussão e reflexão para a conquista de uma escola
qualidade.

ORGANOGRAMA BÁSICO DA ESCOLA

10. Áreas de atuação da organização e da gestão escolar para melhor


aprendizagem dos alunos
Entendemos por áreas de atuação as atividades básicas que identificam uma
instituição escolar e asseguram seu funcionamento, tendo em vista a melhor
aprendizagem dos alunos. Conforme temos assinado, as atividades e as formas de
organização de gestão da escola podem favorecer ou prejudicar o alcance dos objetivos
pedagógicos. Por essa razão, as áreas de ação ou de atividades são organizadas e geridas
para dar apoio pedagógico ao trabalho escolar, especialmente naquilo que auxilia os
professores em seu exercício profissional na escola e na sala de aula.
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Sugerimos seis áreas de atuação da organização e da gestão da escola:


a) O planejamento e o projeto pedagógico-curricular;
b) A organização e o desenvolvimento do currículo;
c) A organização e o desenvolvimento do ensino;
d) As práticas de gestão técnico-administrativas e pedagógico-curriculares;
e) O Desenvolvimento profissional;
f) A avaliação institucional e da aprendizagem.
Essas áreas de atuação estão articuladas entre si, formando três blocos: o primeiro,
de áreas vinculadas às finalidades da escola (projeto, currículo, ensino); o segundo,
daquelas relacionadas aos meios (práticas de gestão e desenvolvimento profissional); o
último, o da avaliação, envolvendo todas as demais áreas, incluindo os objetivos e os
resultados. Permeando os três blocos, a cultura organizacional (ou comunidade de
aprendizagem), constitui o espaço físico, psicológico e social em que todas essas áreas
se realizam, mediando o papel agregador que podem ter o diretor da escola e a
coordenação pedagógica (atuando pelas práticas de gestão). A figura abaixo mostra a
inter-relação entre as seis áreas.
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Tais áreas de atuação são, a nosso ver, fatores determinantes da eficácia escolar e
da melhoria dos processos de ensino aprendizagem.
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Análise dos vídeos:

 Conselho Escolar e Educação com Qualidade Social (Gestão Democrática).


Parte1. Autor: Ministério de Educação. TV Escola- Salto para o Futuro.
 Conselho Escolar e Educação com Qualidade Social (Gestão Democrática).
Parte2. Autor: Ministério de Educação. TV Escola- Salto para o Futuro.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CURY, Carlos Roberto Jamil. A Educação Básica no Brasil.


DALLA NORA, Giseli e Maria Arlinda da Silva. O papel do Coordenador
Pedagógico no Estado de Mato Grosso: reflexões do cotidiano escolar. Voces y
Silencios: Revista Latinoamericana de Educación, Vol. 6, No. 2, 114-124.
LIBÂNEO, José Carlos, Oliveira; João Ferreira de; Toschi, Mirza Seabra. Educação
escolar: políticas, estrutura e organização. 9ª edição. – São Paulo: Cortez, 2010.
LOPES, Alice Casimiro. Políticas curriculares: continuidade ou mudança de
rumos?
MOREIRA, Antonio Flavio Barbosa e CANDAU, Vera Maria. Educação escolar e
cultura(s): construindo caminhos.
Diretrizes políticas globais e relações políticas locais em educação. Currículo sem
Fronteira, v. 1, n.o 2, p. 99-116, dez. Disponível em: www.curriculosemfronteiras.com.
Acesso em: 10 ago. 2003
http://site.seduc.mt.gov.br/cdce/
http://www.seduc.mt.gov.br/Paginas/Orienta%C3%A7%C3%B5es-para-Gestores.aspx

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