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Etica de Platao
Etica de Platao
Etica de Platao
UNIVERSIDADE LICUNGO
Delfina da Graça
Cesar Quimbra Cesar
Ética de Platão
QUELIMANE
2021
1ºgrupo
Delfina da Graça
Cesar Quimbra Cesar
Ética de Platão
QUELIMANE
2021
Índice
INTRODUÇÃO................................................................................................................................3
OBJECTIVOS..................................................................................................................................4
Geral.................................................................................................................................................4
Específicos........................................................................................................................................4
Metodologia......................................................................................................................................4
ÉTICA DE PLATÃO.......................................................................................................................5
OBRAS.............................................................................................................................................5
Ética de Platão..................................................................................................................................6
O Pensamento de Platão.................................................................................................................12
CONCLUSÃO................................................................................................................................14
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICA.............................................................................................15
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INTRODUÇÃO
OBJECTIVOS
Geral
Compreender a Ética de Platão
Específicos
Identificar as principais teorias da ética do Platão
Descrever a Ética do Platão num todo
Descrever a contribuição do pensamento da ética do Platão
Metodologia
Para, (GERHARDT & SILVEIRA, 2009) metodologia é a sucessão de passos pelos quais se
descobrem novas relações entre fenómenos que interessam um determinado ramo científico ou
aspectos ainda não revelados de uma realidade, identificados através de procedimentos
indispensáveis e que vão auxiliar no alcance dos objectivos pretendidos. O presente trabalho, foi
efectuado tendo como base: levantamento bibliográfico e Pesquisa na Internet, com intuito de
pesquisar fontes de informação sobre o tema em estudo e aprofundar um problema de pesquisa,
considerando o conhecimento já existente.
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ÉTICA DE PLATÃO
OBRAS
A maior parte dos escritos de Platão é composta pelos diálogos socráticos, em que o seu mestre,
Sócrates, é a figura central. Em geral, os diálogos falam sobre um determinado tema, mas sem
grandes delimitações ou especificações, podendo falar sobre outros assuntos.
Temos conhecimento, hoje, de 35 diálogos deixados por Platão. Abaixo, estão listados os
principais textos e suas características gerais:
Apologia de Sócrates: escrito após a morte de Sócrates, o texto narra os últimos
momentos do mestre de Platão, quando foi acusado de corrupção da juventude de Atenas,
julgado e condenado à morte.
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Láques, ou da coragem: o livro traz uma nova concepção de coragem ao cidadão grego,
antes habituado à concepção heroica relacionada a Aquiles e Ulisses, por exemplo. Agora,
a concepção de heroísmo ganha uma conotação de ação moralmente equilibrada e justa.
Hípias menor: diálogo em que são tratadas as noções de verdade, mentira e justiça.
Hípias maior: nesse texto, Platão expõe as suas concepções sobre o belo e as artes.
Górgias: livro que fala sobre a Retórica, tomando como interlocutores principais Sócrates
e o sofista Górgias.
Fédon: diálogo em que Platão expõe a sua concepção de alma, de reencarnação e assuntos
em relação à constituição metafísica do homem.
O Banquete: nesse livro, Platão utiliza a figura de Sócrates para falar sobre o bem e o
amor ideal.
Ética de Platão
Platão propõe uma ética transcendente, dado que o fundamento de sua proposta ética não é a
realidade empírica do mundo, nem mesmo as condutas humanas ou as relações humanas, mas
sim o mundo inteligível. O filósofo centra suas indagações na Ideia perfeita, boa e justa que
organiza a sociedade e dirige a conduta humana. As Ideias formam a realidade platônica e são os
modelos segundo os quais os homens tem seus valores, leis, moral. Conforme o conhecimento
das ideias, das essências, o homem obtém os princípios éticos que governam o mundo social.
O uso reto da razão é entendido como o meio de alcançar os valores verdadeiros que devem ser
seguidos pelos homens. No mito da caverna, o filósofo expõe a condição de ignorância na qual se
encontra o homem ao lidar com o conhecimento das aparências. Somente pelo conhecimento
racional o homem pode elevar-se até as Ideias, até o Ser e conhecer a verdade das coisas. Isto se
dá através do método dialético, o qual elimina as aparências e encontra as essências, a verdade no
conhecimento das coisas. Este método filosófico tem por finalidade libertar os homens da
ignorância e levá-los ao conhecimento de ideia em ideia, até alcançar o conhecimento da Ideia
Suprema: o Bem. As outras ideias participam desta e devem sua existência a esta.
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O Bem ilumina o ser com verdade, permitindo que seja conhecido, assim como o Sol ilumina os
objetos e permite que sejam vistos – nota-se aqui a analogia entre Bem e Sol apresentada no mito
da caverna. Existem diversas ideias e é devido à participação nestas, mesmo que enquanto cópia
imperfeita, que se fez possível o mundo sensível. Ao contemplar a ideia do Bem, o homem passa
a sofrer as exigências do Ser, isto é, suas ações devem ser pautadas conforme a ideia
contemplada.
A alma humana – de suma relevância para a ética platônica- é tripartite, isto é, forma-se pela
inteligência, pela irascibilidade e pela concupiscência. Tal como as partes da cidade ideal, cada
uma das partes da alma possui suas funções específicas que não podem ser exercidas por
nenhuma das outras partes. Cada uma das partes da cidade e, por analogia, cada uma das partes
da alma, possui uma função própria a qual pode ser executada com excelência ou não, e, ao
executá-la com excelência, sua virtude própria é exercida.
A virtude é definida, pois, como capacidade de realizar a tarefa que lhe é inerente. No caso do
governante da cidade e da alma racional, a virtude inerente aos mesmos é a sabedoria; no caso
dos guerreiros e da parte irascível da alma, a virtude que lhes é própria é a coragem; por fim, no
caso da parte concupiscente da alma e dos produtores de bens da cidade, a virtude própria é
temperança. Dada a posição de cada classe, pode-se definir a justiça como cada parte fazendo o
que lhe compete, conforme suas aptidões. Portanto, ao estabelecer uma relação de analogia entre
a sociedade e indivíduo, Platão define o conceito de justiça – o qual seria também concebido
como princípio de equilíbrio do indivíduo e da sociedade – e o liga ao conceito de virtude.
O sentimento de justiça é, pois, a virtude maior cujo valor ético guia as condutas dos homens.
Para que esta virtude seja alcançada, o homem deve buscar o bem em si mesmo, porque ele
realiza o ideal de justiça, tanto com relação ao bem individual quanto social.
A ética platônica ocupa-se com o correto modo de agir e sua relação com o alcance da
felicidade. Contudo, o discurso ético apresentado na República acerca da felicidade relaciona esta
com o conceito de justiça. O problema da justiça enquadra-se no âmbito político, o qual tem
estreita relação com o campo da ética: é deste modo que surge a tese central de que só o justo é
feliz. No diálogo República, buscando a constituição da cidade ideal, surge o problema cerne
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acerca da definição da justiça para que se pudesse, posteriormente, definir o que é a justiça tanto
no indivíduo quanto no Estado. Há, pois, um paralelo entre Estado e indivíduo a fim de que se
encontre a definição de justiça.
Para Platão, a sociedade seria como algo orgânico e bem integrado, como uma unidade
construída por vários elementos independentes, embora integrados. A cidade forma-se por três
classes, como já apontamos, e cada classe possui sua função específica. Deve-se notar que tais
funções são determinadas conforme as aptidões naturais de cada membro da cidade. O objetivo
desta divisão é mostrar com mais clareza como ocorre o mesmo na alma humana. A finalidade da
cidade justa e boa é, então, propiciar a felicidade do indivíduo ao viabilizar a prática de suas
virtudes, de suas aptidões específicas.
As ideias – das quais se originam as cópias sensíveis – são, pois, existentes em si e por si, são
realidades universais, eternas, imutáveis. Por tais motivos, são os modelos a serem seguidos, são
paradigmas para a construção da cidade ideal e para a educação moral, política e espiritual do
homem. Além do mais, são ordenadoras do cosmos.
Fica evidente que a proposta de Platão liga-se, principalmente, às ideias de Justiça e do Bem –
este último é o supremo valor que sustenta a justiça com relação à organização política e à
conduta individual. O equilíbrio entre as três partes componentes da alma e da cidade gera
equilíbrio, harmonia e leva à felicidade. Assim, Platão busca por definições gerais, universais,
imutáveis, eternas, existentes por si mesmas: as Ideias. Como veremos adiante, tal busca é oposta
à busca aristotélica pela virtude ligada à aplicabilidade desta.
certas dúvidas, de certos questionamentos, não sendo obtido conhecimento seguro acerca do
objeto investigado. Esses diálogos têm como protagonista Sócrates que, diferentemente dos pré-
socráticos, irá dar grande atenção ao homem enquanto objeto de estudo, sobretudo no que diz
respeito à Ética.
quem desconhecesse como agir bem. Uma razão bem cultivada conduziria o agente às acções
moralmente boas. Educar bem o agente, do ponto de vista ético, pressuporia fazê-lo ter acesso.
A prática de tais exercícios o teria deixado com os ombros largos, daí a suposta origem do
apelido. Seu suposto nome seria Arístocles, que é pouco divulgado, motivo de ser quase
desconhecido aos leitores comuns. Para Watanabe (2002), outra dificuldade, no que se refere à
vida de Platão é o ano de seu nascimento. Há divergência entre os biógrafos se seria 427 ou 428
a.C. Há, ainda, biógrafos que afirmam que poderia não ser nenhuma das datas, isso devido a
multiplicidade de calendários e a uma possível manipulação da data de nascimento, fazendo com
que esta coincidisse com a comemoração envolvendo o deus Apolo, para dar a Platão origem
divina.
Segundo Watanabe (2002), o que se tem por certo é de que Platão nasceu não muito tempo após a
morte de Péricles, governante de Atenas entre 460 e 429 a.C., portanto quando a democracia já
havia sido consolidada em Atenas, cidade natal de Platão. Além de participar da democracia,
como membro da aristocracia, pode usufruir da Scholé, ou seja, estar livre das obrigações civis
para se dedicar ao conhecimento. Discípulo de Sócrates, herdou do mestre a busca pela verdade
através do diálogo. No seu “tempo livre” tinha como discussão do momento a tentativa de
explicação do universo por meios naturais, não mais por ação divina. Esta era a meta dos
chamados pré-socráticos, que buscavam descobrir a arché, ou seja, o princípio organizador da
natureza. “Nessa época histórica, a preocupação maior era entender a realidade, o mundo (o
cosmos) em sua totalidade” (RIBEIRO, 1988, p. 21). Segundo Ribeiro (1988), os pensadores que
se propuseram a esse empreendimento se dividiam entre aqueles que estavam atentos à
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Do confronto entre Parmênides e Heráclito, Platão tira a base de sua filosofia que é a teoria do
Mundo das Ideias e o Mundo Sensível.1 Segundo Platão, o Mundo Sensível é mera cópia do
Mundo das Ideias. É no Mundo Sensível que estão as mudanças, por ele atingimos no máximo a
opinião, jamais o conhecimento ou a verdade. No Mundo das Ideias é que se encontra a essência
das coisas, por isso, é este que deve ser almejado quando se busca a verdade e seus equivalentes
na política, na moral e no conhecimento, ou seja, em tudo que é importante, ao menos para o
ateniense. Apesar da forte influência de Heráclito e Parmênides na filosofia de Platão, o seu
mestre maior foi Sócrates. Mesmo não tendo deixado nenhum legado escrito e sua própria
existência ser questionada, Sócrates tornou-se um dos nomes mais expressivos da filosofia,
graças, principalmente, a Platão e Xenofonte, principais biógrafos de Sócrates.
Outra coisa que incomodava os líderes políticos de Atenas era a contrariedade que Sócrates
apresentava quanto à democracia ateniense. Segundo o filósofo, pela democracia abria-se espaço
para governantes despreparados, passíveis de cometerem distorções nos valores que guiariam seu
governo.
A harmonia proposta por Platão passa, necessariamente, pela divisão de funções que são
distribuídas a partir de um critério pré-estabelecido de formação e seleção. As três funções
básicas estariam voltadas para a produção, defesa e governo. A cidade idealizada por ele, além da
divisão das funções regimentalmente estabelecida, não faria distinção entre homens e mulheres:
não há emprego concernente à administração da cidade que pertença à mulher enquanto mulher,
ou ao homem enquanto homem, ao contrário, as aptidões naturais se distribuem igualmente entre
os dois sexos” (PLATÃO, 1973, p. 14). Colocar a mulher em condição de igualdade com o
homem, para aquela época é no mínimo surpreendente.
A partir dos dados apresentados e somando-se a eles o fato de que Platão defendia uma sociedade
destituída da propriedade privada, a questão que se faz é: quem conseguiria governar e manter a
harmonia e a justiça em uma cidade tão distinta da vivenciada pelo próprio Platão? É neste
cenário que entra a figura do filósofo-rei. Por ter tido uma formação mais apurada e completa,
este teria as condições mínimas para governar a República. Refém de seu mestre, Platão se
apropria da ideia socrática de que o conhecimento leva à virtude, e a expressão máxima da
virtude é a justiça. Se a meta desta nova cidade é manter a harmonia pela prática da justiça,
ninguém estaria mais preparado para cumprir este papel do que o filósofo, pois das três categorias
básicas, é ele quem melhor foi preparado para e no conhecimento.
O Pensamento de Platão
Para que você entenda o que o filósofo entendia como ética, é importante mencionar primeiro
outro das suas ideias. Platão afirmava que a alma humana era divisível em três partes. Uma delas
é racional, a qual nos faz buscar o conhecimento. Outra delas é irascível, sendo a responsável
pela produção de emoções. A terceira parte é apetitiva e está relacionada a busca do prazer.
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Porque Platão entendia que uma pessoa só pode tomar decisões corretas quando a parte racional
da sua alma falar mais alto. No fundo, todos nós sabemos disso, normalmente quando nós somos
guiados pelas nossas emoções ou pelo nosso desejo de sentir prazer, nós acabamos sendo
precipitados e inconsequentes.
Além disso, precisamos entender que com relação à ética para Platão, ela tem a finalidade de
levar o homem a se voltar para o bem. Em outras palavras, o ser humano deveria buscar aquilo
que engrandece a sua alma e abrir mão das coisas materiais ou dos prazeres. Interessante não?
Dessa forma, podemos afirmar que, para Platão, o indivíduo ético é aquele que é capaz de
governar a si mesmo. Ou seja, é aquele que exercita a sua habilidade de autocontrole.
Platão é considerado um filósofo que viveu no limiar do pensamento antigo com o pensamento
político moderno. Mas ele não falava somente sobre política e era capaz de abordar os mais
diferentes temas com a mesma desenvoltura, como o amor por exemplo. Sua obra é um dos
legados mais importantes do conhecimento humano, onde ele falava de amor, de ética, política,
metafísica e sobre a teoria do conhecimento.
Quase toda sua obra é conhecida, e somente um dos textos onde ele fala sobre o Bem, está
perdido. Ele costumava escrever em forma de diálogo, onde se misturavam mitos poéticos com
pensamentos totalmente racionais.
Um dos pensamentos mais conhecidos de Platão é sobre o espírito humano. Segundo ele, a alma
estaria aprisionada em uma caverna, se isolando da verdadeira realidade. Para ele tudo nascia, se
desenvolvia e morria. Mas o ser humano precisa transcender o seu ser físico e admirar a esfera
inteligível, o principal objetivo dos seres humanos. Muito do pensamento de Platão influencia o
pensamento atual. Ele defendia por exemplo, que a mulher tivesse a mesma educação que o
homem recebe. Ele também acreditava que a ciência seria fruto da inteligência humana e do
amor.
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CONCLUSÃO
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICA
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Nova Cultural, 2000.
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PROTA, Leonardo. Universidade, ética e poder. Revista de Filosofia Crítica, Paraná, v. 1, n. 2,
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REALE, Giovanni e ANTISERI, Dario. História da filosofia: filosofia pagã e antiga. Trad. Ivo
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RIBEIRO, Jorge Cláudio. Platão: ousar a utopia. 1. ed. São Paulo: FTD, 1988. (Coleção Prazer
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RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1982.
SALINAS, Walmir Ruis. Poder, ética, cidadania e o inferno de Dante. In: III EPCT, 2008,
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WATANABE, Lygia Araújo. Platão por mitos e hipóteses. 1. ed. São Paulo: moderna, 1995.
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WEBER, Max. Sobre a universidade: o poder do estado e a dignidade da profissão acadêmica.
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v. 1).