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22-07-01 - Estudo Comparativo Entre As Normas Brasileira e Portuguesa de Concreto Armado
22-07-01 - Estudo Comparativo Entre As Normas Brasileira e Portuguesa de Concreto Armado
22-07-01 - Estudo Comparativo Entre As Normas Brasileira e Portuguesa de Concreto Armado
JOÃO PESSOA
2018
ADLON LEITE DE CALDAS
((
JOÃO PESSOA
2018
C145e Caldas, Adlon Leite de.
Estudo comparativo entre as normas brasileira e
portuguesa de concreto armado/ Adlon Leite de Caldas. -
João Pessoa, 2018.
97f.
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Prof. VITOR EMANUEL GRANITO PONTES
Me. pela Universidade De Coimbra
________________________________________
Profa. MARIA ANGELA PEREIRA XAVIER
Dra. pela Escola de Engenharia de São Carlos (USP)
________________________________________
Prof. BERNAR HENRIQUE GAMA BRAGA
Me. pela Universidade Federal Da Paraíba (UFPB)
AGRADECIMENTO
Agradeço primeiramente a Deus por permitir esta vitória em minha vida, pela
saúde e pelo dom da vida, e a palavra de Deus diz, faz tua parte e eu te ajudarei, e
até aqui me ajudou o senhor;
Aos meus pais Josimar Alves de Caldas e Maria Da Guia Carvalho Leite
de Caldas que sempre estiveram ao meu lado e foram meus maiores
incentivadores, agradeço;
Aos meus irmãos Adson Thiago Leite de Caldas, Aparecida Tcharlla Leite
de Caldas e Maria da Conceição Leite de Caldas que acreditaram nos meus
sonhos e foram peça vital nessa caminhada;
As minhas queridas avós Carmuniza Pires de Caldas e Joana Carvalho
Leite por me orientar pelos caminhos da vida com sua vasta experiência.
Ao meu falecido avô José Alves Sobrinho por ser o homem honesto e de
caráter.
Aos meus amigos dessa jornada meu sinceros agradecimentos, em especial
a Jefferson Nobrega de Moura e João Fortunato Vieira Neto companheiros de
todas as horas durante essa batalha, agradeço também;
A minha companheira Lays Evellyn Tomaz Oliveira por compreender e me
apoiar nas horas em que estive ausente.
A minha madrinha Esmeraldina lima Costa pelo incansável apoio;
A todos os meus professores pela paciência e dedicação em compartilhar os
seus conhecimentos, também gostaria de agradecer ao coordenador do curso o
professor Antônio Da Silva Sobrinho Júnior por acreditar na minha capacidade
como aluno e por ter repartido seu vasto conhecimento com serenidade e confiança;
Agradeço ao meu grande professor da prática, ao meu supervisor de estagio
Alfredo Neto da Cruz que me orientou e compartilhou todo o seu conhecimento
prático e teórico fazendo com que minha teoria fosse aplicada à pratica sem
dificuldades ou dúvidas a este excelente profissional só tenho a agradecer;
Por último mas não menos importante agradeço ao meu orientador o
professor mestre Vitor Emanuel Granito Pontes por suas incansáveis orientações,
apoio, motivação e por acreditar que seria possível vencer esta etapa final.
“Faça o que você pode, com o que você
tem, no lugar onde você está”
Theodore Roosevelt
RESUMO
This work presents a comparative study between the Brazilian standards, NBR 6118
Design of Reinforced Concrete Structures, and Portuguese, NPEN 1992-1 Project of
concrete structures. From the outset, a theoretical exploration of the properties of
concrete and steel was carried out and the general precepts of designing, which are
included in the Brazilian and Portuguese regulations. After this, we used data from an
isostatic beam, an armored slab in one direction and one pillar. The dimensions of
the elements suggested by the Norms were carried out. This design based on
standards was carried out, with the safety factors and calculation method suggested
by the standards. However, in the dimensioning, in general, in the dimensioned
isostatic beam, the Portuguese standard proved to be conservative, presenting a
difference of 9.5% for the positive reinforcement and 33.5% for the shear
reinforcement, in pillar the Brazilian standard was presented as the most
conservative with 28.7% in longitudinal reinforcement and 13.5% in transversal
reinforcement. In the design of the slab, the standards were practically equal,
presenting minimum differences justified by the different steel areas used.
KEY WORDS: NBR 6118, NP EN 1992-1, Reinforced Concrete, Beam, Pillar and
Slab.
.
LISTA DE FIGURA
Figura 1 – Relação entre o Ecs e a raiz quadrada da resistencia para concretos....24
Figura 2 – Relação entre o Ecs e a raiz cubica da resistencia para concretos.........24
Figura 3 – Diagrama tensão-deformação do aço......................................................26
Figura 4 – Diagrama tensão-deformação para o aço................................................28
Figura 5 – Distribuição das deformações admissíveis no estado limite último..........31
Figura 6 – Distribuição das deformações admissíveis no estado limite último..........32
Figura 7 – Equilíbrio da seção retangular de armadura simples NBR.......................33
Figura 8 – Equilíbrio da seção retangular de armadura dupla NBR..........................35
Figura 9 – Equilíbrio das forças de uma seção retangular de armadura simples
EC2.............................................................................................................................40
Figura 10 – Equilíbrio das forças de uma seção retangular com armada dupla
EC2............................................................................................................................. 41
Figura 11 – Envoltória de 1ª ordem...........................................................................44
Figura 12 – Vinculações em lajes e simplificação em viga........................................55
Figura 13 – Viga utilizada no dimensionamento........................................................61
Figura 14 – Viga utilizada no dimensionamento........................................................61
Figura 15 – Pilar utilizado no dimensionamento........................................................63
Figura 16 – laje utilizada no dimensionamento.........................................................65
Figura 17 – Modelo de cálculo da viga para o dimensionamento da laje..................65
LISTA DE GRÁFICOS
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVO
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1.1 Concreto
(CEN, 2010).
Em concordância com Camara et al. (2014), a resistência mínima do concreto
a compressão para efeito da norma Portuguesa é estabelecida em 12 Mpa, sendo
que para esta normativa é estipulado o limite máximo de resistência em 90 Mpa para
os concretos utilizados com fins estruturais.
A resistência mínima do concreto estrutural é citada pela norma Portuguesa
como sendo de 12 Mpa, utilizada para estruturas com vida útil de 50 a 100 anos.
Esta classe de concreto, porém, só é utilizada na classe de agressividade X0 o que
requer que o concreto não sofra nenhum tipo de ataque.
Os corpos de prova utilizados em Portugal são cúbicos e não podem ser
utilizados no Brasil, pois no país os corpos de provas são regulamentados, e apenas
os corpos de provas cilíndricos são permitidos. Quando o corpo de prova cúbico é
submetido ao teste de compressão é notório que reduzindo a altura do corpo de
prova, comina no aumento de resistência, por tanto o CEB-90 traz o quadro 1,
representando as resistências em corpos de provas cilíndricos e cúbicos.
onde
fck é a resistência à compressão do concreto aos 28 dias
fcm é a média da resistência à compressão do concreto.
De acordo com Appleton (2013), o módulo de elasticidade do concreto
armado varia de acordo com o módulo de elasticidade dos materiais que o
compõem, no corpo da normativa é apresentada uma forma de calcular o módulo de
elasticidade, através de uma formula, que depende basicamente da média da
resistência a compressão do concreto (fcm).
Ecm = 22[(fcm)/10]0,3 (12)
A seguir é apresentado o quadro 2, contendo o resumo das propriedades do
concreto, exigidos pela norma Brasileira e Portuguesa.
3.1.2 Aço
fazer a verificação quanto a vibrações, porém não consta esta verificação em seu
corpo (CACHIM; MORAIS,2016).
Segundo APPLETON (2013), a resistência de cálculo, assim como no Brasil a
norma Portuguesa utiliza coeficientes parciais de segurança diferencia-se apenas o
coeficiente do concreto que é de c = 1,5 e do aço s = 1,15.
Rd = Rk/m (15)
Onde:
Rd é a resistência de cálculo
Rk é a resistência característica
m coeficiente que pode assumir o valor de c ou s
As solicitações de cálculo são obtidas através das solicitações que atuam na
estrutura com um acréscimo de um coeficiente de segurança. Para ações
permanentes o coeficiente é g = 1,35, já para cargas acidentais é utilizado o q = 1,5
(CEN, 2010).
Fd = f x Fref (16)
Onde:
Fref são solicitações que atuam na estrutura.
f é o coeficiente que pode assumir o valor de g ou q
De acordo Camara et al (2015), os domínios de deformações são utilizados
para o dimensionamento das peças estruturais no estado limite último. Sendo estes
domínios apresentados na figura 6 e descritos em seguida.
Figura 6 – Distribuição das deformações admissíveis no estado limite último
3.3 Viga
Onde:
x é a distância da linha neutra até a fibra mais comprimida;
y altura da zona comprimida;
As é a área de aço da armadura longitudinal tracionada (armadura positiva);
d é a altura útil a qual corresponde ao espaço entre o centro de gravidade da
armadura tracionada, até a fibra mais comprimida do concreto;
Md é o momento fletor de cálculo
Esta condição de armadura simples só poderá ser considerada quando a
altura da zona comprimida y, for menor ou igual a ymax, que é a altura da zona
comprimida no limite que separa as situações de dimensionamento para armadura
simples e armadura dupla, assim este é obtido adotando-se o menor valor entro o
ydutil e ylim que deveram ser determinados pelas equações a seguir:
ylim = λ [εcu Es / (fyd + εcu Es)] d (17)
seção retangular com armadura dupla, que servirá para o cálculo das equações que
definiram a posição da linha neutra e as áreas de aço utilizadas na seção.
A seguir foi realizado a determinação do momento fletor que a viga teria que
suporta no limite ymax, como se estivesse sendo calculada como armadura simples,
abaixo é mostrada a equação utilizada.
Logo após foi feito o somatório das forças horizontais e os somatório dos
momentos no centro de gravidade das armadura tracionadas, assim obtém-se as
seguintes equações.
ΣF = 0 0 = αc b fcd ymax + As' 2 – As fyd (24)
Em que 2 na armadura negativa terá que ser determinado utilizando-se o diagrama tensão-
deformação do aço, para isto deve ser calculada a deformação ε2 utilizando as formulas
apresentadas a seguir.
A seguir deverá ser confrontado o valor encontrado de ε2, com o valor de εyd.
Quando o valor de ε2 ≥ εyd, deve adotar a equação a seguir.
2 = fyd (27)
Caso contrário e ε2 < εyd , então deve-se utilizar a equação abaixo.
2 = ε2 Es (28)
QUADRO 5: Taxas mínimas da armadura de flexão ρmin (%) para seção retangular.
Onde:
Ac é a área da seção da viga.
ρmin é a taxa mínima de armadura.
Segundo Bastos (2015), A armadura máxima tem como intuito que a seção
apresente uma boa ductilidade. Dessa forma, garante-se que a seção da viga não
tenha uma ruptura abrupta. Em função disso, a norma limita que a soma das
armaduras positivas e negativas tenham uma área total não superior a 4% da área
total da seção da viga, dessa forma a equação da área de aço máxima é:
As,max = 0,04 Ac (33)
Para que a ruptura ocorra no domínio 2 ou 3 a linha neutra (x) deverá ser
menor ou igual a xb, sendo a linha neutra obtida pela equação a seguir:
x = As fy / b c (47)
Então se verificado que a condição x ≤ xb foi atendida a ruptura da seção ocorrerá
entre os domínios 2 e 3. Caso a condição não seja atendida, deverá se calcular a
profundidade da linha neutra por outra equação mostrada abaixo, pois a ruptura
dessa seção se dará no domínio 4.
x = -As Es u + (As Es u (As Es u + 4 b d c)) / (2 b c) (48)
De posse do valor da profundidade da altura útil é possível determinar o momento
último resistente pela equação adiante.
40
Mu = b x (d - 0,5 x) c (49)
Figura 10 – Equilíbrio das forças de uma seção retangular com armada dupla EC2
Sendo o equilíbrio da seção feito pela somatória das forças horizontais e a somatória
dos momentos:
ΣF = 0, 0 = fc + fs2 - fs1 (55)
ΣMAs1 =0, Msd = fcd b x (d - x) + 2 As2 (d – d2) (56)
Tomando que s2≥yd logo tem-se que:
s2 = fyd (58)
Caso contrario
s2 = s E (59)
Assim, as equações para o cálculo da área de aço das armadura positiva e negativa
podem ser simplificadas em:
As2 = (Msd - fcd b x (d - x)) / (2 (d – d2)) (60)
42
Onde:
= (∫ c y dA) x / (∫ c dA) (61)
= (∫Ac c dA) fcd / b x (62)
Área de aço positiva:
As1 = fcd b x / 2 As2 (63)
Para se obter o momento resistente por esta formula, a condição de que x ≤ 0,62d
para aço S500 e x ≤ 0,67d para o aço S400
3.4 Pilar
= le / i (75)
Sendo:
le o comprimento do pilar;
i o raio de giração mínimo da seção transversal.
1 = [25 + 12,5 (e1 / h)] / αb (76)
Onde:
αb para pilares biapoiados e sem carga transversal, varia entre 0,4 e 1;
h é a altura da seção transversal do pilar, medida no plano da estrutura em estudo.
e1 é o valor da excentricidade de primeira ordem.
A norma limita que o valor do índice de esbeltez limite (1) esteja no intervalo de 35 e
90
3.5 Laje
.
Fonte: adaptado de Bastos,2015
Sabendo-se dessas simplificações em vigas e os tipos de vinculação nos
apoios é possivelmente montar um quadro contendo as fórmulas para a obtenção
dos momento fletores e as reações de apoio, que será apresentado no quadro 8.
QUADRO 8: Momento máximo e reações de apoio para laje armada em uma
direção.
As lajes armadas em duas direções são calculadas também por faixa unitária,
porém com momentos aplicados nas duas direções, não havendo a predominância
de uma direção sobre a outra. Neste caso, deverão ser dispostas armaduras
longitudinais principais de flexão nas duas direções, respeitando ainda as
disposições de armadura construtivas presentes na norma (CACHIN; MORAIS,
2016).
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.2 Pilar
4.3 Laje
Dessa forma é possível notar que algumas área de aço se igualaram como a
tracionada do momento negativo ficando 4,02 cm²/m de área de aço em ambas as
normas, em alguns casos aumentando esta diferença como na armadura
comprimida que teve esta diferença elevada de 27,6% para 32,1%. Já no caso da
armadura de distribuição a diferença houve apenas uma redução saindo de 31%
para 7,7%.
68
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
16 15.71 15.71
14.7
14 13.31
12
10.05
10 9.48
8 7.04
6.3
6
4
2.25 2.35 2.35
1.86
2
0
DIMENSIONAMENTO DIMENSIONAMENTO DETALHAMENTO NBR DETALHAMENTO NPEN
NBR 6118:2014 NPEN 1992-1:2010 6118:2014 1992-1:2010
Fonte: Autor
35.0%
33.5%
30.0% 30.0%
25.0%
20.0%
17.3%
15.0%
9.5%
10.0%
5.0%
0.0% 0.0%
0.0%
DIFERENÇA (%) DO DIMENSIONAMENTO DIFERENÇA (%) DO DETALHAMENTO
Fonte: Autor
5.2 Pilar
7
6.28
6
5.05
5 4.71
4 3.6
3.27 3.27
2.83 2.83
3
0
NBR 6118:2014 DO NPEN 1992-1:2010 DO NBR 6118:2014 DO NPEN 1992-1:2010 DO
DIMENSIONAMENTO DIMENSIONAMENTO DETALHAMENTO DETALHAMENTO
Fonte: Autor
30.0%
28.7%
25.0% 25.0%
20.0%
10.0%
5.0%
0.0%
DIFERENÇA (%) DO DIMENSIONAMENTO DIFERENÇA (%) DO DETALHAMENTO
LONGTUDINAL TRANSVERSAL
Fonte: Autor
5.3 Laje
A laje utilizada nessa seção apresenta dimensões de 4,60 m por 2,10m e uma
espessura de 15 cm, esta laje é armada na direção no sentido do menor vão, tanto
na norma Brasileira como na norma Portuguesa. Porém, no sentido do maior vão é
adotada uma armadura de distribuição. No cálculo da laje, foi levada em
consideração a classe de agressividade II, resistência de 25 MPa para o concreto e
500 MPa para o aço. Realizando o dimensionamento como abordado na subseção
73
3.5, foi possível montar dois gráficos. No gráfico 5 estão os resultados obtidos para o
momento positivo e no gráfico 7 para o momento negativo.
0.5
0
NBR 6118:2014 DO NPEN 1992-1:2010 DO NBR 6118:2014 DO NPEN 1992-1:2010 DO
DIMENSIONAMENTO DIMENSIONAMENTO DETALHAMENTO DETALHAMENTO
Fonte: Autor
No gráfico 5 é fácil ver que a norma Brasileira utilizou a armadura mínima já que
tanto a armadura positiva quando a negativa utilizam o mesmo valor, sendo que o
modelo da viga foi calculada como seção retangular simplesmente armada. Logo, é
notório que na área de aço mínima, a norma supracitada é mais conservadora já que
no dimensionamento, que se encontra no apêndice A, se mostra que a área de aço
obtida no cálculo é de 2,19 cm², portanto, igual ao valor encontrado pela norma
estrangeira. Pode-se afirmar que, neste caso, a norma nacional se torna mais
cautelosa por conta da sua área de aço mínima. Já na armadura de distribuição, a
área de aço é menor pela norma Brasileira, pois esta tem que atender aos critérios
apresentados na subseção 3.5 e na norma Portuguesa tem-se que atender aos 20%
da armadura principal ou a armadura mínima. Os resultados estão apresentados no
gráfico 6.
74
35.0%
32.1%
31.0%
30.0%
27.6%
25.0%
20.0%
15.0%
9.2%
10.0% 7.7%
5.0% 2.7%
0.0%
DIFERENÇA (%) DO DIMENSIONAMENTO DIFERENÇA (%) DO DETALHAMENTO
Fonte: Autor
É possível perceber que ocorre uma diferença da área de aço na armadura positiva
do dimensionamento, como explicado anteriormente. Já no detalhamento, esta
diferença é explicada pela desigualdade entre os tamanhos das bitolas, já que no
Brasil é utilizado o diâmetro de 6,3 mm e em Portugal 6 mm. Como visto
anteriormente, a armadura negativa pela norma Portuguesa terá um melhor
desempenho quando comparada à norma Brasileira, saindo de 27,6% no
dimensionamento para 32,1% no detalhamento, ocorrendo este acréscimo pelo
mesmo motivo que a porcentagem da armadura positiva não zerou. Na armadura de
distribuição, como já explicado, no dimensionamento notou-se uma diferença de
31%. Já no detalhamento, ocorre uma diminuição para 7,7%, sendo esta justificado
pela diferença no cálculo da área de aço da armadura de distribuição, e também por
ocorrer o mesmo caso da armadura positiva e negativa com relação à bitola.
Portanto, conclui-se que a norma Portuguesa se sobressai nas armaduras positiva e
negativa, e a Brasileira apresenta melhor desempenho na área de aço da armadura
de distribuição, para o momento positivo.
75
4.5
3.5
3
2.49
2.5 2.25
2 1.69 1.69
1.63 1.63 1.56
1.5 1.125
0.5
0
NBR 6118:2014 DO NPEN 1992-1:2010 DO NBR 6118:2014 DO NPEN 1992-1:2010 DO
DIMENSIONAMENTO DIMENSIONAMENTO DETALHAMENTO DETALHAMENTO
Fonte: Autor
Como pode ser notado no gráfico 7, as áreas de aço positiva 3,94 cm²/m
encontradas na NBR 6118:2014 e 3,97 cm²/m na NPEN1992-1:2010, apresentam
uma diferença de apenas 0,03 cm²/m. Pode-se afirmar que as norma apresentam o
mesmo desempenho na área de aço da armadura positiva. Isto é confirmado no
detalhamento, onde as áreas de aço positiva se igualaram com um valor de 4,02
cm²/m. Já para armadura mínima, utilizada na armadura negativa, é notório que a
NPEN1992-1:2010 apresenta um melhor desempenho, apresentando um área de
aço menor que a NBR 6118:2014, sendo esta diferença também observada no
detalhamento, com aumento na diferença entre as áreas de aço. Isso se dá pelos
mesmos motivos explicados anteriormente para os gráficos 5 e 6. Na armadura de
distribuição a diferença na área de aço é dada pelo método de cálculo, porém, no
detalhamento, elas praticamente se igualaram, apresentando uma diferença de
apenas 0,13 cm²/m. A NBR 6118:2014 ainda apresenta o menor área de aço mesmo
após o detalhamento. Os resultados são apresentados no gráfico 8.
76
35.0%
32.1%
31.0%
30.0%
27.6%
25.0%
20.0%
15.0%
10.0% 7.7%
5.0%
0.8%
0.0%
0.0%
DIFERENÇA (%) DO DIMENSIONAMENTO DIFERENÇA (%) DO DETALHAMENTO
Fonte: Autor
6 Conclusão
REFERENCIAS
ARAÚJO, José Milton. Curso de concreto armado. 4. ed. Rio Grande: Dunas,
2014. 303 p. v. 1.
COSTA, António et al. ESTRUTURAS DE BETÃO II. 2014. 203 p. NOTAS DE AULA
(Engenharia Civil)- técnico lisboa, Lisboa, 2014. Disponível em:
<http://www.civil.ist.utl.pt/~cristina/bape2/documents/Folhas%20EBII-2014.pdf>.
Acesso em: 26 nov. 2018.
BASTOS, PAULO SÉRGIO DOS SANTOS. Flexão normal simples - vigas. 2015.
80 p. NOTAS DE AULA (Engenharia Civil)- UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA,
Bauru, 2014. Disponível em:
<http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto1/Introducao.pdf>. Acesso em: 23 nov.
2018.