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06 - Relação de Subordinação

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Livro Eletrônico

Aula 06

Português p/ TJ-AM (Todos os Cargos) Com Videoaulas - Pós-Edital

Décio Terror Filho

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Décio Terror Filho
Aula 06

Relações de subordinação entre orações e entre termos


da oração. Emprego dos sinais de pontuação.
Sumário
1 – Princípios gramaticais .................................................................................................. 2
2 – Período composto por subordinação substantiva ......................................................... 2
3 - Período composto por subordinação adjetiva ............................................................. 14
1 – A pontuação e a classificação das orações adjetivas................................................................ 17
2 - As orações reduzidas e desenvolvidas ....................................................................................... 19
4 – Período composto por subordinação adverbial
177523 .......................................................... 42
1 – Valores das orações suvbordinadas adverbiais ........................................................................ 43
4.1.1 Causais ................................................................................................................................................................... 43
4.1.2 Consecutivas .......................................................................................................................................................... 44
4.1.3 Condicionais........................................................................................................................................................... 45
4.1.4 Concessivas ............................................................................................................................................................ 46
4.1.5 Comparativas ......................................................................................................................................................... 47
4.1.6 Conformativas ....................................................................................................................................................... 47
4.1.7 Proporcionais ......................................................................................................................................................... 48
4.1.8 Finais ...................................................................................................................................................................... 49
4.1.9 Temporais .............................................................................................................................................................. 49

5 – O que devo tomar nota como mais importante? ........................................................ 97


6 – Lista de questões........................................................................................................ 98
7 – Gabarito ................................................................................................................... 140

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1 – PRINCÍPIOS GRAMATICAIS
Olá, pessoal!
Reconhecemos, na aula passada, a coordenação entre as orações. Tudo com vistas à
pontuação e à troca de conectivos, alvo da banca CESPE.
Também em aula anterior, falamos dos termos da oração. Devemos perceber que sujeito,
objeto direto, objeto indireto e complemento nominal são termos eminentemente substantivos.
Isso quer dizer que seus núcleos devem ser substantivos ou palavras de valor substantivo. Os termos
predicativo e aposto podem ter núcleos substantivos ou adjetivos, mas cabe agora falarmos apenas
de seu valor substantivo.
Por exemplo, “isso” é um pronome. Por possuir valor substantivo, pode ocupar as funções
sintáticas faladas anteriormente. Veja:
Isso é lindo. (Isso = sujeito)
Vi isso. (isso = OD)
Sei disso. (disso = OI)
Sou obediente a isso. (a isso = CN)
Ela é isso. (isso = predicativo)
Só quero uma coisa: isso. (isso = aposto)
Um macete para sabermos se a palavra tem valor substantivo é trocá-la pelo pronome
demonstrativo substantivo “ISSO”. Não é sempre que dá certo com o aposto, mas ele tem uma
estrutura bem característica.
E por que isso é importante?
Quando os termos sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo
e aposto (de valor substantivo) recebem um verbo, transformam-se numa oração subordinada
substantiva.

2 – PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO SUBSTANTIVA


Com base nas frases abaixo, observe os termos em negrito e suas funções sintáticas. Quando
o termo recebe um verbo, vira uma oração.
Veja:

Era indispensável teu regresso.


1 VL + predicativo (sujeito simples)
período simples (oração absoluta)

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Era indispensável que tu regressasses.


VL + predicativo Suj + VI
2
oração principal oração subordinada substantiva
subjetiva
período composto

Era indispensável tu regressares.


3 VL + predicativo Suj + VI
oração principal oração subordinada substantiva subjetiva (reduzida de
infinitivo)
período composto

Na frase 1, temos apenas uma oração (período simples), pois há apenas um verbo: “Era”. Esse
verbo é de ligação, seguido do predicativo “indispensável” e o sujeito “teu regresso”.
Na frase 2, o então sujeito “teu regresso” recebeu um verbo e foi modificado para “que tu
regressasses”. Assim, há duas orações (período composto). Note que esta oração recentemente
formada não produz sentido sozinha; por isso a chamamos de subordinada. Ela é considerada
substantiva por ter sido gerada de um termo substantivo. Para se reforçar isso, podemos trocá-la
pelo pronome “isso”. Veja: Isso era indispensável. O pronome “isso” continua na função de sujeito,
então a oração sublinhada terá a função de sujeito da oração principal.
Note que a oração subordinada substantiva será sempre o termo que falta na oração
principal. Confirme isso na frase 2: na oração principal só há verbo de ligação e predicativo, falta o
sujeito, que é toda a oração posterior. Esta oração é chamada de desenvolvida, pois possui
conjunção (integrante “que”) e o verbo está conjugado em tempo e modo verbal (regressasses).
Na frase 3, a oração sublinhada perdeu a conjunção integrante “que” e isso fez com que
reduzíssemos a quantidade de vocábulos da oração. Assim, o verbo que se encontrava conjugado
passou a uma forma infinitiva. Por esse motivo, dizemos que a oração sublinhada na frase é reduzida
de infinitivo.
Essa denominação completa você não precisa decorar, basta entender o processo, a
estrutura. A banca CESPE não pergunta o nome, mas quer saber o emprego disso.
Seguem agora outras estruturas em que o termo, ao receber o verbo, passa a ser uma oração
subordinada substantiva.
Veja:
Na ata da reunião constava a presença deles. (Isso constava na ata da reunião)
adjunto adverbial de lugar + VI + sujeito

Na ata da reunião constava que eles estavam presentes. (Isso constava...)


oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva

Na ata da reunião constava eles estarem presentes. (Isso constava...)


oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo

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Foi anunciado o debate deles. (Isso foi anunciado)


locução verbal + sujeito

Foi anunciado que eles debateriam. (Isso foi anunciado)


oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva

Foi anunciado eles debaterem. (Isso foi anunciado)


oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo
As orações subordinadas substantivas subjetivas são também denominadas de sujeito
oracional. Vale lembrar que o verbo da oração principal que tem como sujeito a oração subordinada
substantiva subjetiva deve ficar sempre na terceira pessoa do singular. Assim, mesmo que haja
vocábulos no plural no sujeito oracional, a oração principal permanecerá com o verbo no singular.
Veja que os verbos “constava” e “Foi anunciado” não se flexionaram no plural, mesmo o sujeito
oracional possuindo vocábulos no plural.
Agora veremos o complemento verbal direto. Perceba a seguir que, nas orações principais,
os verbos possuem sujeito, são transitivos diretos e necessitam de um complemento, o qual será
toda a oração posterior.

Economistas previram um aumento no desemprego. (Economistas previram isso.)


sujeito + VTD + objeto direto

Economistas previram que o desemprego aumentaria. (Economistas previram isso.)


oração principal + oração subordinada substantiva objetiva direta

Economistas previram aumentar o desemprego. (Economistas previram isso.)


oração principal + oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo
Mas cabe uma peculiaridade da oração subordinada substantiva objetiva direta. Nas frases
interrogativas indiretas, as orações subordinadas substantivas objetivas diretas podem ser
introduzidas pela conjunção subordinada integrante “se” e por pronomes ou advérbios
interrogativos:
Ninguém sabe se ela aceitará a proposta.
Ninguém sabe como ela aceitará a proposta.
Ninguém sabe quando ela aceitará a proposta.
Ninguém sabe onde ela aceitará a proposta.
Ninguém sabe qual é a proposta.
Ninguém sabe quanto é a proposta.
Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados auxiliares causativos) e ver, sentir, ouvir,
perceber (chamados auxiliares sensitivos) ocorre uma forma peculiar de oração subordinada
substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo:
Deixe-me repousar. Mandei-os sair. Ouvi-o gritar.
Nesses três últimos casos, as orações destacadas são todas objetivas diretas reduzidas de
infinitivo e, o que é mais interessante, os pronomes oblíquos átonos atuam todos como sujeitos dos
infinitivos verbais e são conhecidos por sujeito acusativo. Essa é a única situação da língua

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portuguesa em que um pronome oblíquo pode atuar como sujeito. Para perceber melhor o que
ocorre, convém transformar as orações reduzidas em desenvolvidas:
Deixe que eu repouse.
Mandei que eles saíssem.
Ouvi que ele gritava.
É bom esclarecer que os verbos causativos e sensitivos não formam locução verbal, porque
fazem parte de orações distintas, formando um período composto.
Agora, passemos às orações com função de objeto indireto e complemento nominal. Se o
objeto indireto e o complemento nominal (os quais são termos iniciados por preposição) recebem o
verbo, naturalmente vão continuar com a preposição antecedendo-os.
Teus amigos confiam em tua vitória. (Teus amigos confiam nisso.)
sujeito + VTI + objeto indireto
Teus amigos confiam em que tu vencerás. (Teus amigos confiam nisso.)
oração principal + oração subordinada substantiva objetiva indireta
Teus amigos confiam em venceres. (Teus amigos confiam nisso.)
oração principal + oração subordinada substantiva objetiva indireta reduzida de infinitivo
Perceba que, na completiva nominal, não é o verbo que exige o complemento, é o nome.
Teus pais estavam certos de tua volta. (Teus pais estavam certos disso.)
sujeito + VL + predicativo + complemento nominal
Teus pais estavam certos de que tu voltarias. (Teus pais estavam certos disso.)
oração principal + oração subordinada substantiva completiva nominal
Teus pais estavam certos de voltares. (Teus pais estavam certos disso.)
oração principal + oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo
Note que a oração predicativa transmite a característica do sujeito.
Nossa maior preocupação era a chuva. (Nossa maior preocupação era isso)
sujeito + VL + predicativo
Nossa maior preocupação era que chovesse. (Nossa maior preocupação era isso)
oração principal + oração subordinada substantiva predicativa
Nossa maior preocupação era chover. (Nossa maior preocupação era isso)
oração principal + oração subordinada substantiva predicativa reduzida de infinitivo
Todas as orações até aqui elencadas puderam ser substituídas pela palavra “ISSO”. Apenas a
oração apositiva não transmite coerência com essa troca; porém, observe que a banca não cobra o
nome, mas pergunta se os dois pontos marcam o início de um aposto ou se marcam o início de um
esclarecimento, desenvolvimento de uma palavra anterior. Veja:
Todos defendiam esta ideia: a desapropriação do prédio.
sujeito + VTD + objeto direto + aposto
Todos defendiam esta ideia: que o prédio fosse desapropriado.
oração principal + oração subordinada substantiva apositiva

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Todos defendiam esta ideia: o prédio ser desapropriado.


oração principal + oração subordinada substantiva apositiva reduzida de infinitivo

Agora que já vimos todas as orações substantivas, vem a pergunta: Por que temos de
identificar esse tipo de oração? Porque...
a) excetuando o aposto, vimos que esses termos substantivos não são separados por vírgula,
portanto também não podemos separar a oração subordinada substantiva de sua oração
principal por vírgula;
b) quando esse tipo de oração tiver a função de sujeito, objeto direto e predicativo, não deve
haver uso de preposição antecedendo-os;
c) a conjunção que as inicia é chamada de integrante (que, se), a qual não possui valor
semântico, nem função sintática;
d) quando houver oração subordinada substantiva subjetiva (sujeito oracional), o verbo da
oração principal sempre ficará na terceira pessoa do singular.

Outra coisa importante!!!


A conjunção integrante “que” geralmente expressa certeza:
Diga que começou o trabalho.
A conjunção integrante “se” geralmente expressa dúvida:
Diga se começou o trabalho.

1. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: Mas é difícil dizer se a maior turbulência depende de uma crise moral (de
uma diminuição da crença em princípios fundamentais) ou de outras causas, econômicas,
sociais, políticas, culturais ou até mesmo biológicas.
Todo o trecho subsequente ao termo “difícil” (linha 1) funciona como complemento desse
termo.
Comentário: Na oração principal “é difícil”, há o verbo de ligação “é” e o predicativo “difícil”. Assim,
falta o sujeito, que é a oração posterior “dizer”. Como podemos trocar a oração substantiva pela
palavra “isso” para ficar mais fácil perceber seu valor, temos a seguinte estrutura: isso é difícil.
Note que o verbo “dizer” é transitivo direto e toda a estrutura posterior “se a maior
turbulência depende de uma crise moral (de uma diminuição da crença em princípios fundamentais)
ou de outras causas, econômicas, sociais, políticas, culturais ou até mesmo biológicas” é uma oração

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subordinada substantiva objetiva direta, a qual funciona como complemento do verbo “dizer”, e não
do adjetivo “difícil”.
Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E

2. (CESPE / CGE CE Auditor de Controle Interno 2019)


Fragmento do texto: Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma
igrejinha velha, um resto de praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras,
invadidas pelo mato, incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era
custoso acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
No texto, o sujeito da oração “Era custoso” (linha 4) é
a) o segmento “acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes” (linhas 4 e 5).
b) o trecho “alguém naquele cemitério de gigantes” (linhas 4 e 5).
c) o termo “custoso” (linha 4).
d) classificado como indeterminado.
e) oculto e se refere ao período “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (linhas 3 e 4).
Comentário: A estrutura da questão anterior é a mesma desta, pois, na oração principal “Era
custoso”, há o verbo de ligação “Era” e o predicativo “custoso”. Assim, falta o sujeito, que é a oração
posterior “acreditar”. Como podemos trocar a oração substantiva pela palavra “isso” para ficar mais
fácil perceber seu valor, temos a seguinte estrutura: isso era custoso.
Note que o verbo “acreditar” é transitivo direto e toda a estrutura posterior “que morasse
alguém naquele cemitério de gigantes” é uma oração subordinada substantiva objetiva direta, a qual
funciona como complemento do verbo “acreditar”.
Assim, entendemos que a alternativa (A) é a correta, pois o verbo “acreditar” é o sujeito
oracional e é estendido pela oração subordinada substantiva objetiva direta “que morasse alguém
naquele cemitério de gigantes”.
A alternativa (B) está errada, pois “alguém” é sujeito do verbo “morasse” e “naquele
cemitério de gigantes” é o adjunto adverbial de lugar.
A alternativa (C) está errada, pois “custoso” é o predicativo.
As alternativas (D) e (E) estão erradas, pois o sujeito está determinado e é aquele que se
encontra na alternativa (A).
Observação: Vemos os tipos de sujeito oculto e indeterminado na aula de concordância.
Gabarito: A

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3. (CESPE / PM AL Soldado 2018)


Fragmento do texto: As mesmas causas explicam por que parece tão fácil outros afirmarem-
se como seus tutores.
Seriam preservadas a correção e a coesão do texto caso fosse inserida uma vírgula
imediatamente após “explicam” (linha 1).
Comentário: No período, o termo “As mesmas causas” é o sujeito, o verbo “explicam” é transitivo
direto e a oração “por que parece tão fácil” é subordinada substantiva objetiva direta (As mesmas
causas explicam isso). Como sabemos que não cabe vírgula entre oração principal e oração
subordinada substantiva, a afirmação está errada.
Observação: Note que a expressão interrogativa “por que” se encontra numa das estruturas
peculiares da oração subordinada substantiva objetiva direta. Ela se encontra numa frase
interrogativa indireta. Note também que a preposição “por” não ocorre por exigência do verbo
“explicam”, mas porque a expressão “por que” é uma locução causal.
Gabarito: E

4. (CESPE / PC SE Delegado 2018)


Fragmento do texto: Para que a atuação policial ocorra dentro dos parâmetros democráticos,
é essencial que haja a implementação de um modelo de policiamento que corresponda aos
preceitos constitucionais, promovendo-se o equilíbrio entre os pressupostos de liberdade e
segurança.
A oração “que haja a implementação de um modelo de policiamento” (ℓ. 2) tem a função de
qualificar o adjetivo que a antecede: “essencial” (ℓ.2).
Comentário: Primeiramente, notamos que uma oração que caracteriza um substantivo é adjetiva, a
qual é vista adiante em nossa aula. Assim, já há um primeiro erro. Além disso, a questão afirma que
haveria uma caracterização de um adjetivo, o que não pode ocorrer, pois um adjetivo pode ser
modificado por um advérbio, transmitindo-lhe circunstância, o que aqui também não ocorreu.
Na realidade, o verbo “é” é de ligação e “essencial” é o predicativo. Assim, falta na oração
principal o sujeito. Por isso, a oração “que haja a implementação de um modelo de policiamento” é
subordinada substantiva subjetiva.
Note que podemos trocar a oração substantiva por “isso”: Isso é essencial.
Portanto, um sujeito não tem o papel de caracterizar e a afirmação está errada.
Gabarito: E

5. (CESPE / TCE MG Analista de Controle Externo 2018)


Fragmento do texto: Descobrir a gota ocasional da verdade no meio de um grande oceano de
confusão e mistificação requer vigilância, dedicação e coragem. Mas, se não praticarmos esses
hábitos rigorosos de pensar, não poderemos ter esperança de solucionar os problemas
verdadeiramente sérios que enfrentamos.

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No texto, em “não poderemos ter esperança de solucionar os problemas verdadeiramente


sérios”, o trecho “de solucionar os problemas verdadeiramente sérios”
a) exprime uma circunstância de modo para “poderemos ter”.
b) exprime uma circunstância de modo para “ter esperança”.
c) completa o sentido do termo abstrato “esperança”.
d) completa o sentido da expressão “poderemos ter”.
e) exprime uma circunstância de finalidade para “ter esperança”.
Comentário: O substantivo abstrato “esperança” rege a preposição “de” e a oração “de solucionar
os problemas verdadeiramente sérios” é subordinada substantiva completiva nominal reduzida de
infinitivo.
Assim como, nos termos da oração, o complemento nominal completa o sentido de um
substantivo abstrato, a oração completiva nominal também completa o sentido do substantivo
abstrato “esperança” e a alternativa (C) é a correta.
As alternativas (A), (B) e (E) estão erradas, pois quem transmite circunstância é a estrutura
adverbial.
A alternativa (D) está errada, pois oração que completa o sentido de verbo é objetiva direta
ou indireta.
Gabarito: C

6. (CESPE / EBSERH Técnico – 2018)


Fragmento do texto: Essa mudança drástica não deixou o organismo humano ileso. Estudos
mostram que o açúcar, por alterar alguns tecidos humanos durante a fase de crescimento,
pode ser o responsável por problemas que vão de miopia e acne até o câncer.
A colocação de uma vírgula logo após a forma verbal “mostram” (linha 2) prejudicaria a
correção gramatical do texto.
Comentário: O verbo “mostram” é transitivo direto e a oração “que o açúcar (...) pode ser o
responsável por problemas” é subordinada substantiva objetiva direta, a qual não pode ser separada
de sua principal por vírgula. Assim, realmente a vírgula prejudicaria a correção gramatical e a
afirmação está correta.
Gabarito: C

7. (CESPE / ABIN Agente de Inteligência – 2018)


Fragmento do texto: Cabe à inteligência tratar fundamentalmente da produção de
conhecimentos com o objetivo específico de auxiliar o usuário a tomar decisões de maneira
mais fundamentada.
As orações “de auxiliar o usuário” (linha 2) e “a tomar decisões de maneira mais
fundamentada” (linhas 2 e 3) exercem a função de complemento do nome “objetivo” (linha 2).

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Comentário: A oração “de auxiliar o usuário” é subordinada substantiva completiva nominal e


completa o sentido do substantivo “objetivo”. Porém, a oração “a tomar decisões de maneira mais
fundamentada” é subordinada substantiva objetiva indireta e completa o sentido do verbo
“auxiliar”.
Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E

8. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: Em linhas gerais, pode-se afirmar que os direitos civis igualam os
indivíduos pela possibilidade legal de terem liberdades comuns. Os direitos políticos garantem
aos indivíduos igualdade de participação na escolha do governo. Os direitos sociais definem
um mínimo de igualdade, considerando-se a desigualdade econômica e de oportunidades.
Responder a esse modelo de forma integrada e aproximar as expectativas do cidadão da
realidade social parece ser o desafio das democracias de massa para obter legitimidade.
No último período do parágrafo, o trecho “ser o desafio das democracias de massa para obter
legitimidade”, formado por duas orações coordenadas entre si, exerce a função sintática de
sujeito da forma verbal “parece”.
Comentário: Primeiramente, já podemos notar o erro na afirmação, tendo em vista que “para obter
legitimidade” não é estrutura coordenada, mas subordinada. O valor da preposição “para” será visto
adiante.
Depois, podemos notar que a estrutura “Responder a esse modelo de forma integrada e
aproximar as expectativas do cidadão da realidade social” é constituída de duas orações
subordinadas substantivas reduzidas de infinitivo e se encontram coordenadas entre si. Elas são o
sujeito da locução verbal de ligação “parece ser”. Assim, a expressão “o desafio das democracias de
massa” é o predicativo do sujeito.
Por tudo isso, a afirmação está errada.
Gabarito: E

9. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: A efetiva transparência do administrador público não se resume à
publicidade dos gastos. É necessário que as suas contas sejam analisadas à luz da estrita
legalidade, visto que, enquanto o administrador privado pode fazer tudo o que não seja
proibido em lei, o administrador público somente pode fazer aquilo que a lei expressamente
autorize.
A oração “que as suas contas sejam analisadas à luz da estrita legalidade” (linhas 2 e 3) exerce
a função de complemento do adjetivo “necessário” (linha 2).
Comentário: Na oração principal, o verbo “É” é de ligação, “necessário” é o predicativo e “que as
suas contas sejam analisadas à luz da estrita legalidade” é uma oração subordinada substantiva
subjetiva. Assim, tal oração não é complemento e a afirmação está errada.

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Gabarito: E

10. (CESPE / TRE BA Analista – 2017)


Fragmento do texto: É possível deixar o voto em branco; para isso, basta apertar a tecla branca.
A oração “apertar a tecla branca” exerce, no período em que ocorre, a função de complemento
da forma verbal “basta”.
Comentário: O complemento verbal é o objeto direto ou indireto, e nunca o sujeito. Como o verbo
“basta” é intransitivo e a oração “apertar a tecla branca” é subordinada substantiva subjetiva, a
afirmação está errada.
Gabarito: E

11. (CESPE / ICMBIO Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: O arquiteto por trás da iniciativa, Jan Gehl, acreditava que os espaços
urbanos deveriam servir para a interação social. Na época, foi criticado pela imprensa e por
comerciantes, que ponderavam que as pessoas não passariam muito tempo ao ar livre em uma
capital gélida. Erraram. As vendas triplicaram, e a rua de pedestres foi ocupada pelos
moradores.
Nas sequências “acreditava que os espaços urbanos” (linhas 1 e 2) e “ponderavam que as
pessoas não passariam” (linhas 3 e 4), o “que” introduz complementos oracionais para as
formas verbais “acreditava” e “ponderavam”.
Comentário: Sabemos que as orações subordinadas substantivas objetivas diretas, objetivas
indiretas são empregadas para completarem o sentido de verbos. Além disso, as orações
subordinadas substantivas completivas nominais são empregadas para completarem o sentido de
nomes.
Justamente isso é cobrado nesta questão. Quando se afirma que a conjunção integrante
“que” inicia complementos oracionais para as formas verbais transitivas diretas “acreditava” e
“ponderavam”, isso significa que devemos perceber se essas orações são substantivas objetivas
diretas.
O verbo “acreditava” tem como núcleo do sujeito “arquiteto” e como objeto direto a oração
“que os espaços urbanos deveriam servir para a interação social”.
O verbo “ponderavam” tem como sujeito o pronome relativo “que”, o qual retoma o
substantivo “comerciantes” e, possivelmente, o substantivo “imprensa”, e como objeto direto a
oração “que as pessoas não passariam muito tempo ao ar livre em uma capital gélida”:
O arquiteto por trás da iniciativa, Jan Gehl, acreditava que os espaços urbanos deveriam servir para
a interação social. Na época, foi criticado pela imprensa e por comerciantes, que ponderavam que
as pessoas não passariam muito tempo ao ar livre em uma capital gélida.
Assim, a afirmativa está correta.
Gabarito: C

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12. (CESPE / TJ SE Analista – 2014)


Fragmento do texto: No entanto, junto com esse crescimento do mundo virtual, aumentaram
também o cometimento de crimes e outros desconfortos que levaram à criação de leis que
criminalizam determinadas práticas no uso da Internet, tais como invasão a sítios e roubo de
senhas. Devido ao aumento dos problemas motivados pela digitalização das relações pessoais,
comerciais e governamentais, surgiu a necessidade de se regulamentar o uso da Internet.
O termo “de senhas” (linha 4) e a oração “de se regulamentar o uso da Internet” (linhas 6 e 7)
complementam o sentido de nomes substantivos.
Comentário: Sabemos que o termo que completa o sentido de substantivos é o complemento
nominal. Note que o substantivo “roubo” exige o complemento nominal “de senhas” e o substantivo
“necessidade” exige a oração subordinada substantiva completiva nominal “de se regulamentar o
uso da Internet” (necessidade disso).
Assim, a afirmação está correta.
Gabarito: C

13. (CESPE / FUB Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: A academia não pode estar voltada apenas para seu público interno. É
muito importante que as informações sejam divulgadas e não permaneçam circulando em um
grupo fechado, até para que haja crescimento da própria comunidade científica.
As orações “que as informações sejam divulgadas e não permaneçam circulando em um grupo
fechado” (linhas 2 e 3), ligadas entre si por uma relação de coordenação, exercem a função de
complemento do nome “importante” (linha 2).
Comentário: Deve-se notar que o complemento de um nome deve ser o complemento nominal.
Assim, devemos observar se essas duas orações coordenadas são subordinadas substantivas
completivas nominais.
Analisando o período, verifica-se que o verbo “É” é de ligação, “importante” é o predicativo
do sujeito e as orações “que as informações sejam divulgadas” e “não permaneçam circulando em
um grupo fechado” são subordinadas substantivas subjetivas e estão coordenadas entre si (isso é
muito importante). Veja:
É muito importante que as informações sejam divulgadas e não permaneçam circulando em um
grupo fechado...
Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E

14. (CESPE / Tribunal de Contas TO nível superior – 2009)


Fragmento do texto: É fácil, hoje em dia, confundir as limitações crescentes impostas ao
Estado-nação com a construção de um espaço de livre circulação dos indivíduos, promovido
pelo movimento desembaraçado de mercadorias e capitais.

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O trecho “confundir as limitações crescentes impostas ao Estado-nação com a construção de


um espaço de livre circulação dos indivíduos, promovido pelo movimento desembaraçado de
mercadorias e capitais” exerce a função sintática de sujeito.
Comentário: A oração principal “É fácil, hoje em dia,” é constituída de verbo de ligação “É”,
predicativo “fácil” e adjunto adverbial de tempo “hoje em dia”. Na sequência, ocorreu a oração
subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo.
Gabarito: C

15. (CESPE / MPU Analista – 2013)


Fragmento do texto: A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos
desiguais na medida em que se desigualam.
A oração “quinhoar desigualmente aos desiguais na medida em que se desigualam” (linhas 1 e
2) exerce a função de complemento indireto da forma verbal “consiste” (linha 1).
Comentário: O verbo “consiste” é transitivo indireto e a oração “quinhoar desigualmente aos
desiguais” é subordinada substantiva objetiva indireta. Tal oração é estendida pela expressão “na
medida em que se desigualam”. Assim, toda a estrutura pode ser entendida como complemento
indireto da forma verbal “consiste”. Note que podemos substituir toda a estrutura pela palavra
“isso”: “A regra da igualdade não consiste senão nisso”.
Gabarito: C

16. (CESPE / TRE ES nível médio – 2011)


Fragmento de texto: No Brasil, a tradição política no tocante à representação gira em torno de
três ideias fundamentais. A primeira é a do mandato livre e independente, isto é, os
representantes, ao serem eleitos, não têm nenhuma obrigação, necessariamente, para com as
reivindicações e os interesses de seus eleitores. O representante deve exercer seu papel com
base no exercício autônomo de sua atividade, na medida em que é ele quem tem a capacidade
de discernimento para deliberar sobre os verdadeiros interesses dos seus constituintes. A
segunda ideia é a de que os representantes devem exprimir interesses gerais, e não interesses
locais ou regionais.
Em “A segunda ideia é a de que” (linha 8), o “a” que precede “de que” poderia ser retirado,
sem acarretar prejuízo à correção gramatical, ao passo que, em “A primeira é a do” (linha 2), o
“a” que precede “do” não poderia ser retirado, visto que substitui a palavra “ideias” (linha 2).
Comentário: Nas duas ocorrências, o substantivo “ideia” está subentendido após o artigo “a”. O uso
desses artigos é obrigatório para que realmente o substantivo fique subentendido nas duas orações
e exija complemento nominal e oração subordinada substantiva completiva nominal,
respectivamente.

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Por isso, a afirmativa está errada.


A primeira é a (ideia) do mandato livre e independente...
sujeito + VL + predicativo + complemento nominal
A segunda ideia é a (ideia) de que os representantes devem exprimir interesses gerais...
sujeito + VL + predicativo oração subordinada substantiva completiva nominal

oração principal

Gabarito: E

17. (CESPE / Assembleia Legislativa ES nível superior – 2011)


Fragmento de texto: Não interessa que os especialistas se irritem porque Maquiavel não foi
maquiavélico; o fato é que ele, como Platão, deixou uma marca no imaginário social.
A expressão de realce “é que” (linha 2) poderia ser retirada sem prejuízo para o sentido e a
correção gramatical do período em que ela se insere.
Comentário: Note que a expressão “é que” não é empregada como realce, ela não pode ser retirada,
por ser constituída de verbo de ligação e a conjunção integrante que inicia a oração subordinada
substantiva predicativa. Veja:
...o fato é que ele, como Platão, deixou uma marca no imaginário social...
sujeito + VL + oração subordinada substantiva predicativa
Gabarito: E

3 - PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO ADJETIVA


Vimos, no início da aula, os termos da oração e as orações subordinadas substantivas, que
provêm da maioria destes termos. Agora veremos as orações subordinadas adjetivas.
As orações subordinadas adjetivas têm esse nome porque equivalem a um adjetivo. Em
termos sintáticos, essas orações exercem a função que normalmente cabe a um adjetivo (a de um
adjunto adnominal ou aposto explicativo). O adjunto adnominal é termo do qual ainda não falamos,
mas nos basta entender o seguinte: todo termo da oração possui no mínimo um vocábulo, o qual
chamamos de núcleo. Por vezes, esse núcleo vem antecipado ou seguido de outros vocábulos de
valor adjetivo, os quais passam à função de adjunto adnominal.
Perceba isso no exemplo abaixo. O objeto direto é o termo “gente mentirosa”. O núcleo é o
substantivo “gente” e o adjunto adnominal é “mentirosa”, o qual serve para caracterizar o núcleo.

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Detesto gente mentirosa.


VTD núcleo Adj. Adn.
do OD
objeto direto
período simples

Detesto gente que mente.


oração principal Or Sub Adjetiva
período composto

Na primeira construção, o adjetivo “mentirosa” é adjunto adnominal, o qual caracteriza o


núcleo do objeto direto “gente”. Ao se inserir um verbo nesta função adjetiva, naturalmente haverá
uma oração de mesmo valor. Por isso passa a ser uma oração subordinada adjetiva.
A conexão entre a oração subordinada adjetiva e a oração principal é feita pelo pronome
relativo que. Esse vocábulo não pode ser confundido com a conjunção integrante “que”, vista
anteriormente, a qual inicia uma oração subordinada substantiva. Portanto vamos às formas de se
evitar o erro:

1. Detesto mentiras. 2. Detesto gente mentirosa.


1. Detesto que mintam. 2. Detesto gente que mente.

a) O vocábulo “mentiras” é um substantivo. a) O vocábulo “mentirosa” é um adjetivo.


Quando é substituído por verbo, passa a fazer Quando é substituído por um verbo, passa a
parte de uma oração subordinada substantiva. fazer parte de uma oração adjetiva.
b) “mentiras” é núcleo do objeto direto do b) “mentirosa” é adjunto adnominal e restringe
verbo “Detesto”, por isso “que mintam” é o núcleo do objeto direto.
oração subordinada substantiva objetiva direta c) Não há coesão em se substituir a oração “que
da oração principal “Detesto”. mente” pelo vocábulo “isso”. Veja: Detesto
c) O vocábulo “que” é uma conjunção gente isso. Por isso não é oração substantiva. O
integrante e toda a oração a partir desse segundo passo é substituir o “que” por “o qual”
vocábulo pode ser substituída pelo vocábulo e suas variações, para confirmar se é pronome
“isso”, para a confirmação de ser oração relativo iniciando oração adjetiva. Veja: Detesto
substantiva. (Detesto isso.) gente a qual mente.

No período “Detesto gente que mente”, desenvolvem-se duas ideias, relacionadas à palavra
“gente”: a primeira é a de que eu a detesto e a segunda a de que ela mente. Assim:
Detesto gente. Gente mente.
VTD + OD Suj + VI

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Entendendo-se que o vocábulo “gente” está se repetindo desnecessariamente, pode-se


inserir no lugar desse vocábulo repetido o pronome relativo “que” ou “a qual”. “Gente” está na
função de sujeito, então o pronome “que” ou “a qual” também ocupa a função de sujeito. Veja:

Detesto gente.Gente mente.


Detesto gente que mente.
Detesto gente a qual mente.

sujeito
Visando ao que pode ser exigido pela banca CESPE, muitas vezes se vê questão que pede para
substituir um vocábulo por outro, permanecendo o sentido e a gramaticalidade. Neste caso, se a
banca pedisse para substituirmos “gente” por “pessoas”, permaneceria a semântica, mesmo um
estando no singular e o outro no plural. Mas essa substituição implicaria mudança na concordância
do verbo “mente”, que deveria flexionar-se no plural, haja vista que o pronome relativo “que” é
sujeito e retomaria “pessoas”. Assim:

Detesto pessoas que mentem.


VTD + objeto direto Suj + V. intransitivo
oração principal oração Sub Adjetiva
Outras vezes a banca CESPE cobra simplesmente a atenção voltada ao contexto para
identificar o referente. Por exemplo:
1. Conheci o dono daquela empresa de cosméticos que demitiu duzentos funcionários.
2. Conheci o dono daquela empresa de cosméticos que exportou para a Europa.
3. Conheci o dono daquela empresa de cosméticos que embelezam as mulheres.
Na frase 1, o pronome relativo “que” retomou o substantivo “dono”, pois se entende que
quem demite é o “dono”; na frase 2, foi retomado o substantivo “empresa”, pois é mais adequado
dizer que a exportação é feita pela “empresa” e não pelo “dono”. Na frase 3, a concordância é feita
no plural, porque o pronome relativo retomou “cosméticos”, que também está no plural. Isso é
muito cobrado na prova. Muita atenção.
Uma forma de isso ficar mais claro é substituir o pronome “que” pelo pronome relativo “o
qual” e suas variações, típica questão do CESPE. Assim, na frase 1 seria “o qual”, na 2 “a qual” e na
3 “os quais”.
Não veremos nesta aula quais são os pronomes relativos e suas funções sintáticas. Isso será
visto na aula de regência verbal e nominal. Vamos trabalhar agora a pontuação nestas orações.

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1 – A PONTUAÇÃO E A CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES ADJETIVAS

Para entendermos a pontuação referente a termos adjetivos, é necessário sabermos a


diferença entre dois tipos de adjetivo.
Adjetivo explicativo: é aquele que denota qualidade essencial do ser, característica inerente,
ou seja, qualidade que não pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, todo homem é mortal,
todo fogo é quente, todo leite é branco, então mortal, quente e branco são adjetivos explicativos,
em relação a homem, fogo e leite.
Adjetivo restritivo: é o adjetivo que denota qualidade adicionada ao ser, ou seja, qualidade
que pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, nem todo homem é inteligente, nem todo fogo
é alto, nem todo leite é enriquecido, então inteligente, alto e enriquecido são adjetivos restritivos,
em relação a homem, fogo e leite.

mortal quente branco explicativo


homem fogo leite
inteligente alto enriquecido restritivo
Quando o adjetivo estiver imediatamente após o substantivo qualificado por ele, teremos o
seguinte: se ele for adjetivo explicativo, deverá estar entre vírgulas e funcionará sintaticamente
como aposto explicativo; se for adjetivo restritivo, não poderá estar entre vírgulas e funcionará como
adjunto adnominal. Por exemplo: “O homem, mortal, age como um ser imortal.” Nessa frase, mortal
é adjetivo explicativo, pois indica uma qualidade essencial do substantivo, por isso está entre vírgulas
e sua função sintática é a de aposto explicativo. Já na frase “O homem inteligente lê mais.”,
inteligente é adjetivo restritivo, pois se entende que nem todo homem lê muito, por isso não está
entre vírgulas e sua função sintática é a de adjunto adnominal.
Assim, o adjetivo pode ter o valor restritivo (especifica o sentido do termo antecedente,
individualizando-o) e explicativo (realça um detalhe ou amplifica características básicas sobre o
antecedente, que já se encontra suficientemente definido). Como aprofundamento disso, vejamos
o adjetivo “inteligente”.
1. O homem, inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos.
2. O homem inteligente não joga lixo no chão.
Na frase 1, esse adjetivo possui valor básico do homem: ser pensante, que raciocina. Essa é a
condição básica para que ele possa ter a capacidade cognitiva e então através dos séculos ter a
possibilidade de isso ser ampliado. Esse adjetivo está entre vírgulas para marcar o valor explicativo
e com isso há a função sintática de aposto explicativo.
Na frase 2, esse mesmo adjetivo possui valor semântico diferente, pois se sabe que nem todos
os homens deixam de jogar o lixo no chão. Então esse não é um princípio só do poder de raciocínio,
mas da virtude, da educação. Assim, inteligente, neste caso, é o homem educado. Como sabemos
que nem todos são educados, há certamente um valor restritivo. Por isso esse vocábulo não está
separado por vírgulas e cumpre a função sintática de adjunto adnominal.

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Portanto, se o aposto explicativo recebe um verbo, tornar-se-á uma oração subordinada


adjetiva explicativa. Se o adjunto adnominal recebe um verbo, tornar-se-á oração subordinada
adjetiva restritiva. O uso de vírgula continua da mesma forma que nos termos da oração ditos
anteriormente. Veja:

Portanto, dependendo do uso da vírgula numa oração adjetiva, haverá mudança de sentido.
Em determinados momentos, a vírgula poderá ser inserida ou retirada, isso fará com que a oração
mude o sentido, mas não quer dizer que haverá incoerência com os argumentos do texto. Exemplo:
Angélica, encontrei seu irmão que mora em Paris.
Angélica, encontrei seu irmão, que mora em Paris.
Uma forma prática de se enxergar melhor a restrição é subentendendo a expressão somente
aquele que.
Assim, no primeiro período, observa-se que somente o irmão de Angélica o qual mora em
Paris foi encontrado por mim, os outros irmãos dela não foram citados no contexto. Portanto, sem
vírgulas, entende-se que ela tem mais de um irmão.
Já no segundo período, entende-se que a característica básica de irmão de Angélica é ser
morador de Paris, pois ele é o único irmão. Veja outros:
O curso possui oitocentos alunos que farão a prova da OAB.
O curso possui oitocentos alunos, que farão a prova da OAB.

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No primeiro período, entende-se que somente oitocentos alunos do curso farão a prova da
OAB, os outros não. Então o curso possui mais de oitocentos alunos. No segundo período, percebe-
se que todo o efetivo discente do curso fará a prova da OAB. E sua totalidade é de oitocentos alunos.
Escolha a joia de que goste. Escolha a joia, de que gosta.
No primeiro período, alguém foi convidado a escolher uma joia ainda não apreciada,
conhecida pela felizarda. A joia da qual gostar poderá ser escolhida. Ao passo que, no segundo
período, a pessoa presenteada já conhecia a joia e já gostava dela, por isso passou a haver a
característica explicativa.
Outro ponto importante. Se o aposto explicativo pode ser separado por vírgulas, travessões
e parênteses; o mesmo vai ocorrer com a oração subordinada adjetiva explicativa.

2 - AS ORAÇÕES REDUZIDAS E DESENVOLVIDAS

Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo conjugado em modo
e tempo verbal, as orações subordinadas adjetivas são chamadas de desenvolvidas. Além delas,
existem as orações subordinadas adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo
(podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais
(infinitivo, gerúndio ou particípio).
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida
pelo pronome relativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo. No
segundo, há uma oração subordinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu
verbo está no infinitivo.

18. (CESPE / SLU DF Analista de Gestão 2019)


Fragmento do texto: Ao ar livre, as pilhas, que alcançam um metro de altura, refletem os raios
de sol de forma difusa e provocam um incessante piscar de olhos. Por trás delas, um corredor
estreito, formado por antigos decodificadores de televisão a cabo, se esconde sob uma poeira
fina que sobe do chão.
A supressão da vírgula empregada logo após o vocábulo “estreito” (ℓ. 3) alteraria os sentidos
originais do texto, mas manteria sua correção gramatical.
Comentário: A oração “formado por antigos decodificadores de televisão a cabo” é subordinada
adjetiva explicativa e está intercalada por duas vírgulas. Assim, a exclusão apenas da primeira torna
a estrutura sintática errada gramaticalmente.
Assim, a afirmação está errada.

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Gabarito: E

19. (CESPE / SLU DF Analista de Gestão 2019)


Fragmento do texto: Há cerca de um ano, Adílson vive com os cerca de 600 reais que ganha
por mês coletando, separando e revendendo sobras de computadores, que recebem o nome
de e-lixo. Todos os meses, ele transforma 20 toneladas de sucata eletrônica em quilos e quilos
de alumínio, ferro, cobre, plástico e até mesmo ouro.
O elemento “que”, em “que recebem o nome de e-lixo” (ℓ. 2 e 3), retoma o termo “sobras de
computadores” (ℓ.3).
Comentário: Entendemos do trecho que sobras de computadores recebem o nome de e-lixo. Assim,
realmente o pronome relativo “que” retoma “sobras de computadores” e a afirmação está correta.
Gabarito: C

20. (CESPE / PGE PE Assistente de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: Passávamos férias na fazenda da Jureia, que ficava na região de lindas
propriedades cafeeiras. Íamos de automóvel até Barra do Piraí, onde pegávamos um carro de
boi. Lembro-me do aboio do condutor, a pé, ao lado dos animais, com uma vara: “Xô,
Marinheiro! Vâmu, Teimoso!”.
A retirada da vírgula empregada na linha 1 alteraria os sentidos originais do primeiro período
do texto.
Comentário: A oração “que ficava na região de lindas propriedades cafeeiras” é precedida do
vocábulo “que”, o qual retoma “fazenda da Jureia” e pode ser substituído por “a qual”. Assim, temos
certeza de que tal oração é subordinada adjetiva. Como ela está precedida de vírgula, é explicativa.
Dessa forma, se retirarmos a vírgula, tal oração muda o sentido para restritiva.
Assim, a afirmação está correta.
Gabarito: C

21. (CESPE / SEFAZ RS Auditor Fiscal 2019)


Fragmento do texto: O ICMS, adotado no país, é o único caso no mundo de imposto que,
embora se pareça com o IVA, não é administrado pelo governo federal — o que dá aos estados
total autonomia para administrar, cobrar e gastar os recursos dele originados.
No texto, o emprego de vírgulas para isolar as expressões “adotado no país” (linha 1) e “embora
se pareça com o IVA” (linha 2) é
a) facultativo em ambas as expressões.
b) obrigatório apenas na primeira expressão.
c) apenas uma escolha estilística do autor.
d) justificado por regras distintas de pontuação.

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e) necessário devido ao deslocamento dessas expressões dentro do período.


Comentário: Deve-se dar especial atenção ao uso da dupla vírgula. A oração “adotado no país” é
subordinada adjetiva explicativa reduzida de particípio e pode ser desenvolvida da seguinte forma:
que é adotado no país.
Tal oração deve, obrigatoriamente, ficar entre vírgulas, mas também pode ser separada por
travessões ou parênteses.
A oração “embora se pareça com IVA” é subordinada adverbial concessiva e se encontra
intercalada, por isso deve ser separada por vírgulas.
Assim, o emprego de vírgulas é obrigatório e justificado por regras distintas de pontuação,
tendo em vista que a primeira oração é explicativa e a segunda é subordinada adverbial.
Portanto, a alternativa correta é (D).
Gabarito: D

22. (CESPE / PRF Policial Rodoviário Federal 2019)


Fragmento do texto: Dispor de tanta luz assim, porém, tem um custo ambiental muito alto,
avisam os cientistas. Nos humanos, o excesso de luz urbana que se infiltra no ambiente no qual
dormimos pode reduzir drasticamente os níveis de melatonina, que regula o nosso ciclo de
sono-vigília.
A correção gramatical do texto seria mantida, mas seu sentido seria alterado, caso o trecho
“que se infiltra no ambiente no qual dormimos” (ℓ. 2 e 3) fosse isolado por vírgulas.
Comentário: A oração “que se infiltra no ambiente” é subordinada adjetiva restritiva. Ao inserirmos
a dupla vírgula, tal oração passa a explicativa.
Analisando o texto, sem a dupla vírgula, podemos compreender que há um excesso de luz
que se infiltra no ambiente e outro que não se infiltra, justamente pelo valor restritivo dessa oração.
Ao colocar a dupla vírgula, podemos entender que todo e qualquer excesso de luz urbana se
infiltra no ambiente no qual dormimos.
Portanto, a afirmação está correta.
Gabarito: C

23. (CESPE / MPU Técnico 2018)


Fragmento do texto: A visão etnocêntrica caminha na contramão do processo de integração
global decorrente da modernização dos meios de comunicação como a Internet, pois é
sinônimo de estranheza e de falta de tolerância.
A inserção de uma vírgula após “global” (linha 2) alteraria os sentidos originais do texto, mas
não sua correção gramatical.
Comentário: No texto, o termo “decorrente da modernização dos meios de comunicação como a
Internet” é um adjunto adnominal, por apresentar valor restritivo. Com a inserção da vírgula,

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passamos a um sentido explicativo (aposto explicativo). Assim, muda-se o sentido, mas se preserva
a correção gramatical, por isso a afirmação está correta. Compare:
A visão etnocêntrica caminha na contramão do processo de integração global decorrente da
modernização dos meios de comunicação como a Internet, pois é sinônimo de estranheza e de falta
de tolerância.
A visão etnocêntrica caminha na contramão do processo de integração global, decorrente da
modernização dos meios de comunicação como a Internet, pois é sinônimo de estranheza e de falta
de tolerância.
Gabarito: C

24. (CESPE / Polícia Federal Perito Criminal 2018)


Fragmento do texto: As séries da TV retratam incorretamente os cientistas forenses,
mostrando-os como se tivessem tempo de sobra para todos os casos. Os programas mostram
diversos detetives, técnicos e cientistas dedicando toda sua atenção a uma investigação.
A substituição da forma verbal “dedicando” (linha 3) por que dedicam manteria os sentidos
originais do texto.
Comentário: A oração “dedicando toda sua atenção a uma investigação” é subordinada adjetiva
restritiva reduzida de gerúndio e a questão pede para a transformarmos em desenvolvida. Assim,
basta observar o tempo verbal da oração principal para notar se cabe o presente do indicativo
“dedicam”. Como a oração principal apresenta também um verbo no presente do indicativo
(“mostram”), a reescrita está de acordo com os sentidos originais. Compare:
Os programas mostram diversos detetives, técnicos e cientistas dedicando toda sua atenção a uma
investigação.
Os programas mostram diversos detetives, técnicos e cientistas que dedicam toda sua atenção a
uma investigação.
Gabarito: C

25. (CESPE / TCE MG Analista de Controle Externo 2018)


Um esforço combinado que vise transmitir a todos os cidadãos a ciência — por meio de rádio,
TV, cinema, jornais, livros, programas de computadores, parques temáticos, salas de aula —
deve pautar-se em quatro razões principais. (...)
A ciência nos alerta contra os perigos introduzidos por tecnologias que alteram o mundo,
especialmente o meio ambiente de que nossas vidas dependem. (...)
A longo prazo, a maior dádiva da ciência talvez seja nos ensinar, de um modo ainda não
superado por nenhum outro empenho humano, alguma coisa sobre nosso contexto cósmico,
sobre o ponto do espaço e do tempo em que estamos, e sobre quem nós somos. (...)
Os valores da ciência e os da democracia são concordantes, em muitos casos indistinguíveis.
(...)

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Tanto a ciência quanto a democracia encorajam opiniões não convencionais e debate vigoroso.
Ambas requerem raciocínio adequado, argumentos coerentes, padrões rigorosos de evidência
e honestidade.
A correção gramatical do texto seria mantida, ainda que seu sentido fosse alterado, caso se
inserisse uma vírgula logo após
a) “combinado” (ℓ.1).
b) “ambiente” (ℓ.5).
c) “superado” (ℓ.7).
d) “democracia” (ℓ.9).
e) “Ambas” (ℓ.11)
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a oração intercalada “que vise transmitir a todos os
cidadãos a ciência — por meio de rádio, TV, cinema, jornais, livros, programas de computadores,
parques temáticos, salas de aula —” é subordinada adjetiva restritiva. Ao inserirmos uma vírgula no
seu início, devemos também inserir uma vírgula após. Porém, isso não foi mencionado na
alternativa. Assim, haveria erro gramatical inserir uma vírgula após “combinado”.
A alternativa (B) é a correta, pois a oração “de que nossas vidas dependem” é subordinada
adjetiva restritiva. A inserção de uma vírgula muda o sentido para explicativo, mas mantém a
correção gramatical.
A alternativa (C) está errada, pois “superado” é um particípio e “por nenhum outro empenho
humano” é o agente da passiva, o qual não pode ser precedido de vírgula.
As alternativas (D) e (E) estão erradas, pois não cabe vírgula entre o sujeito e o predicado.
Gabarito: B

26. (CESPE / STJ Analista Judiciário – 2018)


Fragmento do texto: Frise-se que foi a partir das formulações de Cícero que a compreensão de
dignidade ficou desvinculada da posição social. O filósofo conferiu à dignidade da pessoa
humana um sentido mais amplo ligado à natureza humana: todos estão sujeitos às mesmas
leis da natureza, que proíbem que uns prejudiquem aos outros.
Seria mantido o sentido do texto caso o trecho “que proíbem que uns prejudiquem aos outros”
(linhas 4 e 5) fosse reescrito da seguinte forma: o que impossibilita que uns e outros se
prejudiquem.
Comentário: No trecho original, percebemos que o pronome relativo “que” retoma o substantivo
“leis”. Assim, entendemos que as leis da natureza proíbem que uns prejudiquem aos outros.
Porém, com a troca, o pronome relativo “que” passa a retomar o pronome demonstrativo
“o”, o qual retoma toda a ação anterior, ou seja: o fato de todos estarem sujeitos às mesmas leis da
natureza.
Assim, a afirmação está errada.

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Gabarito: E

27. (CESPE / STM Analista Judiciário – 2018)


Fragmento do texto: Esse rapaz que, em Deodoro, quis matar a ex-noiva e suicidou-se em
seguida é um sintoma da revivescência de um sentimento que parecia ter morrido no coração
dos homens: o domínio sobre a mulher. Há outros casos. (...)
Caso se isolasse por vírgulas o trecho “que, em Deodoro, quis matar a ex-noiva e suicidou-se
em seguida” (linhas 1 e 2), seria pertinente inferir que o autor se referisse a um rapaz já
anteriormente mencionado, ou conhecido do interlocutor.
Comentário: A oração “que, em Deodoro, quis matar a ex-noiva e suicidou-se em seguida” é
subordinada restritiva por não estar separada por vírgulas. Assim, entendemos do texto original que
foi feita referência a um rapaz não conhecido, isto é, fala-se de alguém que se enquadraria na
situação de matar a ex-noiva e suicidar-se em seguida, não havendo referência a uma pessoa
conhecida, mas que se enquadrasse nisso.
Ao inserirmos as vírgulas, a oração passaria a ter sentido explicativo, tal explicação seria a
característica básica desse rapaz, supostamente já conhecido por tal característica ou relacionado
anteriormente no texto.
Gabarito: C

28. (CESPE / STM Técnico Judiciário – 2018)


Fragmento do texto: Narração é diferente de narrativa, uma vez que mantém algo da ideia de
acompanhar os fatos à medida que eles acontecem. A narrativa é uma totalidade de
acontecimentos encadeados, uma espécie de soma final, e está presente em tudo: na sequência
de entrada, prato principal e sobremesa de um jantar; em mitos, romances, contos, novelas,
peças, poemas; no Curriculum vitae; na história dos nossos corpos; nas notícias; em relatórios
médicos; em conversas, desenhos, sonhos, filmes, fábulas, fotografias.
Sem prejuízo à correção gramatical e aos sentidos originais do texto, o termo “encadeados”
(linha 3) poderia ser substituído pela oração que se encadeiam.
Comentário: Note que “encadeados” é um adjetivo restritivo, o qual cumpre a função de adjunto
adnominal. A questão apenas queria que você observasse a possibilidade da inserção do verbo, com
os devidos ajustes, para a transformação em oração subordinada adjetiva restritiva.
Assim, a afirmação está correta.
Gabarito: C

29. (CESPE / TCE PB Auditor de Contas Públicas – 2018)


Fragmentos do texto: Há também quem caracterize a história como uma ciência da mudança
no tempo, e quase ninguém aponta sua genuína capacidade de reiteração. (...)

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Além disso, se ao longo do tempo se destacam as alterações cumulativas de fatos e


ocorrências, não é difícil notar, também, a presença de problemas estruturais que permanecem
como que inalterados e assim se repetem, vergonhosamente, na nossa história nacional. (...)
Nessa lista seria possível mencionar os racismos, o feminicídio, a corrupção, a homofobia e
o patrimonialismo.
Desigualdade não é uma contingência nem um acidente qualquer, tampouco uma
decorrência natural e mutável de um processo que não nos diz respeito. (...)
Quando se trata de enfrentar a desigualdade, não há saída fácil ou receita de bolo. Prefiro
apostar nos alertas que nós mesmos somos capazes de identificar.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso se inserisse uma vírgula
logo após
a) “alertas” (ℓ.14).
b) “também” (ℓ.1).
c) “tempo” (ℓ.4).
d) “lista” (ℓ.8).
e) “processo” (ℓ.11).
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a oração “que nós mesmos somos capazes de
identificar” é subordinada adjetiva restritiva, a qual delimita o sentido do substantivo “alertas”. Ao
inserirmos a vírgula, passamos a um sentido explicativo. Assim, preserva-se a correção gramatical,
mas muda-se o sentido.
A alternativa (B) está errada, pois “também” é um advérbio intercalado, o qual pode receber
duas vírgulas, não apenas uma. Assim, a inserção de uma vírgula após o advérbio “também”
implicaria erro gramatical.
A alternativa (C) está errada, pois “ao longo do tempo” é uma locução adverbial intercalada,
a qual pode receber duas vírgulas, não apenas uma. Assim, a inserção de uma vírgula após “tempo”
implicaria erro gramatical.
A alternativa (D) é a correta, pois a expressão “Nesta lista” é um adjunto adverbial antecipado,
por isso pode receber vírgula sem mudança de sentido.
A alternativa (E) está errada, pois a oração “que não nos diz respeito” é subordinada adjetiva
restritiva, a qual delimita o sentido do substantivo “processo”. Ao inserirmos a vírgula, passamos a
um sentido explicativo. Assim, preserva-se a correção gramatical, mas muda-se o sentido.
Gabarito: D

30. (CESPE / TCE PB Agente de documentação – 2018)


Fragmentos do texto: No espaço aberto da cidade, no refúgio da biblioteca, na magnitude do
livro e na humildade dos objetos mais simples, a escrita teve como missão conjurar contra a
fatalidade da perda. (...)

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O excesso de escrita, que multiplica os textos inúteis e abafa o pensamento sob o acúmulo
de discursos, foi considerado um perigo tão grande quanto seu contrário. Embora fosse temido,
o apagamento era necessário, assim como o esquecimento também o é para a memória. Nem
todos os escritos foram destinados a se tornar arquivos cuja proteção os defenderia da
imprevisibilidade da história. Alguns foram traçados sobre suportes que permitiam escrever,
apagar e depois escrever de novo.
Seria mantida a correção gramatical do texto, embora com alteração do sentido original, caso
se inserisse uma vírgula logo após a palavra
a) “grande” (ℓ.6).
b) “como” (ℓ.7).
c) “arquivos” (ℓ.8).
d) “missão” (ℓ.3).
e) “inúteis” (ℓ.4).
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois “quanto seu contrário” é estrutura subordinada
adverbial comparativa, a qual pode ser precedida de vírgula, sem alteração de sentido.
A alternativa (B) está errada, pois a locução conjuntiva subordinativa “assim como” não
permite ser seguida de vírgula.
A alternativa (C) é a correta, pois a oração “cuja proteção os defenderia da imprevisibilidade
da história” é subordinada adjetiva restritiva, a qual delimita o sentido do substantivo “arquivos”.
Ao inserirmos a vírgula, passamos a um sentido explicativo. Assim, preserva-se a correção
gramatical, mas muda-se o sentido.
A alternativa (D) está errada, pois a expressão “como missão” é intercalada, por isso pode
receber duas vírgulas, e não apenas uma.
A alternativa (E) está errada, pois a conjunção “e” une duas orações coordenadas de mesmo
sujeito. Assim, não cabe vírgula antes de tal conjunção.
Gabarito: C

31. (CESPE / CGM João Pessoa PB Técnico – 2018)


Fragmento do texto: O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção? Se a regra transgredida
não causa prejuízo, temos o “jeitinho” positivo e, direi eu, ético. Por exemplo: estou na fila;
chega uma pessoa precisando pagar sua conta que vence naquele dia e pede para passar na
frente. Não há o que reclamar dessa forma de “jeitinho”.
A palavra “que” (linha 4) retoma o termo que a antecede e relaciona duas orações no período.
Comentário: A palavra “que”, na linha 4, é um pronome relativo, o qual retoma o substantivo
“conta” e inicia duas orações subordinadas adjetivas restritivas coordenadas entre si: “que vence
naquele dia” e “pede”.

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Assim, realmente o retoma o termo que a antecede, relaciona duas orações no período e por
isso a afirmação está correta.
Gabarito: C

32. (CESPE / CGM João Pessoa PB Técnico – 2018)

Os termos “antiéticas”, “ilegais” e “combatidas” qualificam a palavra “práticas”.


Comentário: Note que o substantivo “práticas” está sendo qualificado pelos adjetivos “antiéticas”,
“ilegais” e também pela oração subordinada adjetiva explicativa “que devem, sim, ser combatidas”.
Note que o erro da afirmação foi mencionar “combatidas” como uma possível adjetivo,
quando na verdade é o verbo principal da locução verbal da voz passiva “devem ser combatidas”.
Assim, não é “combatidas” que caracteriza “práticas”, mas toda a oração “que devem, sim, ser
combatidas”.
Gabarito: E

33. (CESPE / PC MA Delegado – 2018)


Fragmento do texto: “Porém, o sentido do discurso, a ideologia que o alimenta, precisa
impregná-lo de palavras e conceitos que anunciem os valores humanos que decantam a paz,
que lhe proclamam e promovem”
O pronome “que” possui o mesmo antecedente nas três ocorrências no trecho “precisa
impregná-lo de palavras e conceitos que anunciem os valores humanos que decantam a paz,
que lhe proclamam e promovem”.
Comentário: O primeiro pronome relativo “que” retoma “palavras e conceitos”, o segundo e o
terceiro pronomes relativos “que” retomam “valores humanos”.
Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E

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34. (CESPE / PC MA Escrivão – 2018)


Fragmento do texto: O desastre, que completou um ano no último dia 28 de novembro, matou
71 pessoas, em sua maior parte atletas do time brasileiro da Chapecoense.
O sentido seria preservado caso as vírgulas que sucedem as palavras “desastre” (linha 1) e
“novembro” (linha 2) fossem suprimidas.
Comentário: A oração subordinada adjetiva “que completou um ano no último dia 28 de novembro”
é explicativa por estar separada por duas vírgulas. Ao excluirmos as vírgulas, passamos a uma oração
subordinada adjetiva restritiva. Assim, o sentido muda obrigatoriamente e a afirmação está errada.
Gabarito: E

35. (CESPE / PC MA Escrivão – 2018)


Fragmento do texto: O desastre, que completou um ano no último dia 28 de novembro, matou
71 pessoas, em sua maior parte atletas do time brasileiro da Chapecoense.
A substituição do termo “que” (linha 1) por o qual prejudicaria a correção gramatical do texto.
Comentário: Como o pronome relativo “que” retoma o substantivo masculino “desastre”, pode ser
substituído por “o qual”, mantendo-se a correção e o sentido.
Já que a questão afirmou haver prejuízo da correção gramatical, está errada.
Gabarito: E

36. (CESPE / TRT 7ª R Analista Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: Na mídia em geral, nos discursos políticos, em mensagens publicitárias,
na fala de diferentes atores sociais, enfim, nos diversos contextos em que a comunicação se faz
presente, deparamo-nos repetidas vezes com a palavra cidadania.(...)
O fenômeno é mundial, afeta, de modos e em graus distintos, todas as sociedades e aponta
para uma democratização progressiva e sustentada das repúblicas. (...)
Em suma, reconhecer a centralidade que assumiu a discussão sobre direitos ajuda a entender
a atual onipresença da palavra cidadania. Mas avançar na elucidação desse fenômeno impõe
perceber que, ao lado da valorização dos direitos, se desenvolve igualmente a certeza de que o
caminho para efetivá-los é a mobilização pública do sentimento de justiça, e não a ativação de
métodos personalistas de acesso a eles.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso se isolasse por vírgulas
a) o trecho “avançar na elucidação desse fenômeno” (linhas 9 e 10).
b) o trecho “que assumiu a discussão sobre direitos” (linha 8).
c) a expressão “repetidas vezes” (linha 4).
d) a palavra “sustentada” (linha 6).
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida
de infinitivo “avançar na elucidação desse fenômeno” não pode ser separada por vírgula.

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A alternativa (B) está errada, pois a oração “que assumiu a discussão sobre direitos” é
subordinada adjetiva restritiva. Se recebesse vírgula, passaria a explicativa. Assim, haveria mudança
de sentido.
A alternativa (C) é a correta, pois o adjunto adverbial intercalado “repetidas vezes” pode ser
separado por dupla vírgula.
A alternativa (D) está errada, pois o termo “progressiva e sustentada” é o adjunto adnominal
composto de “democratização”. Assim, há um valor restritivo. Com a inserção de vírgulas, haveria
mudança de sentido. Além disso, não cabe a separação por vírgulas apenas do último núcleo, por
constituírem um só termo sintático.
Gabarito: C

37. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: É consensual que uma administração pública moderna, orientada por
princípios de racionalidade, deve iniciar o seu controle na própria atuação de seus agentes
públicos.
A supressão das vírgulas que isolam o trecho “orientada por princípios de racionalidade” (linha
2) alteraria o sentido original do período em que esse trecho se insere.
Comentário: A oração “orientada por princípios de racionalidade” é subordinada adjetiva reduzida
de particípio. Como está isolada por vírgulas, é explicativa. Se houver a exclusão das vírgulas, isso
altera o sentido para restrição.
Assim, a afirmação está correta.
Gabarito: C

38. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: A Constituição de 1988 contém uma norma que protege os animais,
independentemente de sua origem ou classificação. Porém, a proteção que lhes é garantida
baseia-se em um argumento puramente utilitarista: os animais são protegidos com a finalidade
de garantir um hábitat saudável às atuais e futuras gerações humanas.
A oração “que protege os animais” (linhas 1 e 2) delimita o sentido do termo “norma” (linha
1).
Comentário: A oração “que protege os animais” é subordinada adjetiva. Como não está separada
por vírgulas, é restritiva. O valor restritivo é justamente aquele que delimita o sentido do substantivo
a que se refere. Por isso, a afirmação está correta.
Gabarito: C

39. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: Desprovidos de valor próprio e de relevância jurídica no direito penal, os
animais são tema de direito civil. Ainda são estudados na atualidade brasileira, sob a influência
do direito romano, como simples coisas semoventes, como se desprovidos fossem da

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capacidade de sentir dor ou apego. Em jurisprudência majoritária, são apenas objetos que
possuem a capacidade de se mover e que podem proporcionar lucros aos seus proprietários.
A inserção de uma vírgula imediatamente após “objetos” (linha 5) manteria a correção
gramatical e o sentido original do período.
Comentário: A oração “que possuem a capacidade” é subordinada adjetiva. Como não está separada
por vírgulas, é restritiva. Logicamente, se houvesse inserção de vírgula antes dessa oração, haveria
mudança de sentido para explicação. Por isso, a afirmação está errada.
Gabarito: E

40. (CESPE / PC GO Superior – 2016)


Fragmento do texto: Além disso, há uma questão relacionada à possibilidade do estado de
dependência do crime: a probabilidade de se cometerem crimes no presente está relacionada
à quantidade de crimes que já se cometeram.
A oração “que já se cometeram” (linhas 3 e 4)
a) equivale, sintática e semanticamente, a que foi cometida.
b) está coordenada à expressão “quantidade de crimes” (linha 3).
c) explica o termo “crimes” (linha 3).
d) complementa o substantivo “quantidade” (linha 3).
e) restringe o sentido do termo “crimes” (linha 3).
Comentário: Quando uma oração adjetiva não é precedida de vírgula, é de natureza restritiva.
Assim, a oração subordinada adjetiva “que já se cometeram” restringe o substantivo “crimes”, isto
é, o termo a que ela se refere.
Assim, a alternativa correta é a (E).
A alternativa (A) está errada, pois deve haver a flexão no masculino e plural: que foram
cometidos.
A alternativa (B) está errada, pois não há relação de coordenação, mas de subordinação
adjetiva.
A alternativa (C) está errada, pois não há explicação, mas restrição.
A alternativa (D) está errada, pois uma oração adjetiva não complementa termo, ela o
caracteriza. Além disso, o termo caracterizado é “crimes”, e não “quantidade”.
Gabarito: E

41. (CESPE / TCE PA Superior – 2016)


Fragmento do texto: As audiências públicas integram o perfil dos Estados democráticos de
direito, modelados pelo constitucionalismo europeu do pós-guerra, segundo o qual o poder
político não apenas emana do povo, sendo em nome dele exercido, mas comporta a
participação direta do povo.

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É por meio dessas audiências que o responsável pela decisão tem acesso às diversas
opiniões sobre a matéria debatida e abre a oportunidade para as pessoas que irão sofrer os
reflexos da deliberação se manifestarem antes de seu desfecho.
A oração “que irão sofrer os reflexos da deliberação” (linha 7) é indispensável ao sentido do
período, pois delimita a referência de “pessoas” (linha 7).
Comentário: Primeiramente, devemos notar que a oração “que irão sofrer os reflexos da
deliberação” é subordinada adjetiva e se refere ao substantivo “pessoas”.
Essa oração adjetiva é indispensável no período, pois traduz um valor de restrição ao
substantivo “pessoas”.
A banca quis apenas nos testar sobre nosso conhecimento a respeito da diferença entre a
explicação (expressão que basicamente confirma a anterior), por isso é elemento normalmente
dispensável no segmento.
Já a restrição deve ser mantida, haja vista a delimitação de sentido do substantivo anterior.
Portanto, a afirmação está correta.
Gabarito: C

42. (CESPE / FUB Superior – 2016)


Fragmento do texto: Em 1875, quando estava decidindo se dedicaria a vida à matemática ou
à física, um jovem alemão chamado Max Planck foi fortemente aconselhado a não escolher a
física, porque os grandes avanços já haviam sido realizados. Garantiram-lhe que o século
vindouro seria de consolidação e refinamento, não de revolução. Planck não deu ouvidos.
É facultativo o emprego das vírgulas que isolam, no texto, o trecho “quando estava decidindo
se dedicaria a vida à matemática ou à física” (21 e 22).
Comentário: A oração “quando estava decidindo se dedicaria a vida à matemática ou à física” está
intercalada e deve se manter separada por vírgulas.
Primeiro há o adjunto adverbial de tempo “Em 1875”. Na sequência, ocorre a oração
subordinada adjetiva explicativa “quando estava decidindo se dedicaria a vida à matemática ou à
física”.
Perceba que “quando” é um pronome relativo neste contexto, haja vista que retoma a
expressão anterior. Compare:
Em 1875, quando estava decidindo se dedicaria a vida à matemática ou à física, um jovem alemão
chamado Max Planck foi fortemente aconselhado...
Em 1875, período em que estava decidindo se dedicaria a vida à matemática ou à física, um jovem
alemão chamado Max Planck foi fortemente aconselhado...
Dessa forma, a dupla vírgula é obrigatória e a afirmação está errada.
Gabarito: E

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43. (CESPE / CGE PI Auditor – 2015)


Fragmento do texto: Aceito o convite, ele me leva a um restaurante que, apesar de simpático,
me pareceu um pouco estranho.
No trecho “ele me leva a um restaurante que, apesar de simpático, me pareceu um pouco
estranho”, o elemento “que” introduz oração de natureza restritiva, intercalada por estrutura
de valor adverbial.
Comentário: Vimos que, quando uma oração adjetiva não é precedida de vírgula, ela é de natureza
restritiva. Assim, a primeira parte da afirmação está correta.
Além disso, a expressão “apesar disso” é um adjunto adverbial concessivo, o qual se encontra
intercalado e separado por vírgulas. Dessa forma, também a segunda parte da afirmação está
correta.
Gabarito: C

44. (CESPE / CGE PI Auditor – 2015)


Fragmento do texto: Nem todas serão interessantes, não raras serão aborrecidas, mas, se o
dono tiver cuidado, pode extrair uma dúzia delas que mereçam sair cá fora.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso se inserisse uma vírgula
logo após o termo “delas”.
Comentário: Podemos perceber que a palavra “que”, mencionada na questão, é um pronome
relativo. Prova disso é que podemos substituir “que” por “as quais”. Veja:
...pode extrair uma dúzia delas que mereçam sair cá fora.
...pode extrair uma dúzia delas as quais mereçam sair cá fora.
Assim, temos certeza de que há oração subordinada adjetiva restritiva. Uma vírgula colocada
antes certamente mudaria o sentido para explicativa. Dessa forma, houve erro na afirmação.
Gabarito: E

45. (CESPE / MPU Técnico – 2015)


Fragmento do texto: O histórico dos crimes cibernéticos, por sua vez, remonta à década de 70,
quando, pela primeira vez, foi definido o termo hacker, como sendo aquele indivíduo que,
dotado de conhecimentos técnicos, promove a invasão de sistemas operacionais privados e a
difusão de pragas virtuais.
A oração “que, dotado (...) pragas virtuais” é de natureza restritiva.
Comentário: A oração “que (...) promove a invasão de sistemas operacionais privados e a difusão de
pragas virtuais” é subordinada adjetiva, pois podemos trocar a palavra “que” pela expressão “o
qual”. Assim, confirmamos realmente a oração adjetiva. Como ela não está precedida de vírgula,
temos certeza de que ela tem valor restritivo. Assim, a afirmativa está correta.
Gabarito: C

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46. (CESPE / MPU Técnico – 2015)


Fragmento do texto: Posteriormente, na década de 70, foi criado o protocolo Internet, que
permitiu a comunicação entre os seus poucos usuários até então, uma vez que ela ainda estava
restrita aos centros de pesquisa dos Estados Unidos da América.
As vírgulas empregadas nas linhas 2 e 3 isolam oração de natureza condicional.
Comentário: A oração “que permitiu a comunicação entre os seus poucos usuários até então” é
subordinada adjetiva, pois podemos trocar a palavra “que” pela expressão “o qual”. Assim, sabemos
que a oração não tem valor condicional, mas adjetivo. Como tal oração é precedida de vírgula, tem
valor adjetivo explicativo.
Gabarito: E

47. (CESPE / SECTI DF Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: É comum, inclusive, a falta de clareza a respeito dos objetivos e produtos
de cada unidade administrativa ou prestadora de serviços. Portanto, para se reproduzir a
racionalidade microeconômica, devem ser definidos critérios e criados mecanismos que sejam
coerentes com a realidade do setor público.
No período compreendido entre as linhas 3 e 5, a supressão da expressão “que sejam” não
prejudicaria a correção gramatical nem os sentidos do texto.
Comentário; Para compreendermos bem o pedido da questão, vamos inserir o período original e em
seguida a reescrita da forma como pede a questão.
Período original:
Portanto, para se reproduzir a racionalidade microeconômica, devem ser definidos critérios e criados
mecanismos que sejam coerentes com a realidade do setor público.
Reescrita:
Portanto, para se reproduzir a racionalidade microeconômica, devem ser definidos critérios e criados
mecanismos coerentes com a realidade do setor público.
Lendo os períodos, percebemos que não há prejuízo gramatical, pois simplesmente houve a
troca de uma base oracional adjetiva por uma base adjetiva. Assim, a afirmação está correta.
Gabarito: C

48. (CESPE / Câmara Deputados Analista Legislativo – 2014)


Fragmento do texto: O calor intenso derreteu a neve nas pistas, forçou o cancelamento de
treinos e prejudicou competições. Por trás dessa surpresa, um velho conhecido: o aquecimento
global, fenômeno responsável por mudanças climáticas intensas que têm afetado o planeta no
último século e que pôde ser notado em anomalias frequentes nessa última temporada de
inverno no Hemisfério Norte e de verão, no Sul.
As orações “que têm afetado” (linha 4) e “que pôde ser notado” (linha 5) referem-se a
“aquecimento global” (linha 3).

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Comentário: Para que as orações subordinadas adjetivas refiram-se a um termo, o pronome relativo
deve retomá-lo. Na oração “que têm afetado”, o pronome relativo “que” retoma “mudanças
climáticas”. Já, na oração “que pôde ser notado em anomalias frequentes”, o pronome relativo “que”
retoma “aquecimento global”.
“...o aquecimento global, fenômeno responsável por mudanças climáticas intensas que têm afetado
o planeta no último século e que pôde ser notado em anomalias frequentes...”
Assim, os referentes são diferentes e a afirmação está errada.
Gabarito: E

49. (CESPE / ICMBIO Nível médio – 2014)


Fragmento do texto: As palavras estampadas na bandeira nacional poderiam receber o
complemento de um adjetivo, diante do arcabouço de ideias e discussões que tratam do futuro
do planeta.
Na linha 3, o elemento “que” tem a função de restringir o sentido das expressões que o
antecedem, a saber, “ideias” e “discussões”.
Comentário: Vimos que, quando uma oração adjetiva não for precedida de vírgula, ela terá a função
de restringir o sentido do termo anterior. Assim, a primeira parte da afirmação está correta.
Além disso, o pronome relativo “que” retoma os substantivos “ideias” e “discussões”, pois
podemos entender que ideias e discussões tratam do futuro do planeta. Dessa forma, também a
segunda parte da afirmação está correta.
Gabarito: C

50. (CESPE / Câmara dos Deputados Analista Legislativo – 2014)


Fragmento do texto: Ao vender Sochi como sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, o
presidente russo Vladimir Putin prometeu uma experiência única: turistas e atletas poderiam
esquiar nas montanhas, onde é muito frio, e mergulhar em piscinas abertas de hotéis, onde o
clima é mais ameno, no mesmo dia. Sochi é famosa como estância de veraneio de milionários
russos. Pelo fato de o clima na região ser subtropical, a temperatura prevista para a Olimpíada
já estava no limite do aceitável para a prática de esportes na neve: no inverno, é esperada a
média de 6 °C na altura do mar Negro, que banha o litoral.
As orações “onde é muito frio” (linha 3) e “que banha o litoral” (linhas 8 e 9) têm natureza
explicativa, o que justifica o fato de estarem isoladas por vírgulas.
Comentário: Primeiro, devemos ter certeza de que as duas orações são subordinadas adjetivas. A
oração “onde é muito frio” é iniciada pelo pronome relativo “onde”, o qual será estudado nas aulas
posteriores. Chegamos a essa conclusão, porque podemos substituir “onde” por “em que” ou “nas
quais”. Além disso, a oração “que banha o litoral” é iniciada pelo pronome relativo “que”. Chegamos
a essa conclusão, porque podemos substituir “que” por “o qual”.
Como temos certeza de que há orações subordinadas adjetivas, as vírgulas marcam natureza
explicativa.

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Gabarito: C

51. (CESPE / Câmara dos Deputados Técnico Legislativo – 2014)

No segundo quadrinho, a retirada da vírgula logo após “felicidade” modificaria a relação


semântica e sintática entre essa palavra e o trecho “a qual é meu direito inalienável” e afetaria
a coerência da argumentação.
Comentário: A oração “a qual é meu direito inalienável, de acordo com a nossa Constituição” é
subordinada adjetiva explicativa, porque está precedida de vírgula. Assim, a retirada da vírgula
obrigatoriamente faz mudar o sentido e a relação sintática, pois deixaríamos o valor explicativo e
teríamos o restritivo. Com a mudança do valor semântico, muda-se o nome da oração, por isso
também há mudança sintática.
Além disso, com a vírgula, entendemos que toda e qualquer felicidade é direito inalienável de
acordo com a Constituição. Ao retirarmos a vírgula, passaremos ao sentido de que nem toda
felicidade é direito inalienável previsto na CF. Notadamente, o contexto não permite interpretar que
poderia haver uma felicidade permitida e outra não. Assim, a retirada da vírgula transmite
incoerência nos argumentos do texto.
Gabarito: C

52. (CESPE / SECTI DF Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: O que realmente é o servidor público? Segundo Maria Sylvia Zanella di
Pietro, servidor público é expressão empregada ora em sentido amplo, para designar todas as
pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às entidades da administração pública
indireta, com vínculo empregatício, ora em sentido menos amplo, que exclui os que prestam
serviços às entidades com personalidade jurídica de direito privado.
Em “ora em sentido menos amplo, que exclui os que prestam serviços às entidades com
personalidade jurídica de direito privado” (linhas 5 e 6), a vírgula empregada após o vocábulo
“amplo” é necessária para isolar oração adjetiva explicativa.
Comentário: A oração “que exclui os” é subordinada adjetiva. Como está precedida de vírgula, tem
valor explicativo. Assim, a afirmação está correta.
Gabarito: C

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53. (CESPE / ANS nível médio – 2013)


Fragmento do texto:
1 O seu controle é difícil, porque o inseto é muito versátil na escolha dos criadouros onde
deposita seus ovos, que são extremamente resistentes, podendo sobreviver vários meses até
que a chegada de água propicie a incubação. Uma vez imersos, os ovos desenvolvem-se
rapidamente em larvas, que dão origem às pupas, das quais surge o adulto.
5 O único modo possível de se evitar a transmissão da dengue é a eliminação do mosquito
transmissor da doença, combatendo-se os focos de acúmulo de água — locais que propiciam
sua criação.
As orações “que são extremamente resistentes” (linhas 2 e 3) e “que propiciam sua criação”
(linha 9), embora sejam introduzidas pelo mesmo pronome relativo, denotam sentido
explicativo e restritivo, respectivamente.
Comentário: Como falamos anteriormente, a oração subordinada adjetiva explicativa deve ser
separada por vírgula(s), como é o caso da oração “que são extremamente resistentes”. Veja:
O seu controle é difícil, porque o inseto é muito versátil na escolha dos criadouros onde
deposita seus ovos, que são extremamente resistentes, podendo sobreviver vários meses até que a
chegada de água propicie a incubação.
Já a oração subordinada adjetiva restritiva não pode ser separada por vírgula, como é o caso
da oração “que propiciam sua criação”. Veja:
O único modo possível de se evitar a transmissão da dengue é a eliminação do mosquito
transmissor da doença, combatendo-se os focos de acúmulo de água — locais que propiciam sua
criação.
Assim, a afirmativa está correta.
Gabarito: C

54. (CESPE / CNJ Analista Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: Como afirma Foucault, a verdade jurídica é uma relação construída a
partir de um paradigma de poder social que manipula o instrumental legal, de um poder-saber
que estrutura discursos de dominação.
As orações “que manipula o instrumental legal” (linhas 2 e 3) e “que estrutura discursos de
dominação” (linha 3) têm sentido restritivo, isto é, especificam os termos a que se referem —
“poder social” (linha 2) e “poder-saber” (linha 3), respectivamente.
Comentário: Primeiro é necessário assegurar que as orações em destaque são adjetivas. Para isso,
devemos substituir os vocábulos “que” por “o qual” porque as expressões masculinas e singulares
“poder social” e “um poder-saber” estão sendo retomadas, respectivamente. Veja:
Como afirma Foucault, a verdade jurídica é uma relação construída a partir de um paradigma de
poder social o qual manipula o instrumental legal, de um poder-saber o qual estrutura discursos de
dominação.

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Tendo certeza de que as orações são realmente adjetivas e não estando precedidas de vírgula,
elas são adjetivas restritivas e a questão está correta.
Gabarito: C

55. (CESPE / MTE Auditor-Fiscal do Trabalho – 2013)


Fragmento do texto: No que toca às pessoas com deficiência, é possível afirmar que o viés
assistencialista e caridosamente excludente que orientava as ações governamentais tem sido
substituído por programas de efetiva inclusão, que visam formar cidadãos sujeitos do próprio
destino, e não mais meros beneficiários de políticas de assistência social.
A inserção de vírgulas imediatamente antes e depois da oração “que orientava as ações
governamentais” (linhas 2 e 3) manteria a correção gramatical, mas alteraria o sentido do
período.
Comentário: Primeiro, é sempre bom assegurar que a oração em destaque é realmente adjetiva.
Para isso, devemos substituir o vocábulo “que” por “o qual”, porque o substantivo “viés” está sendo
retomado. Dessa forma, passamos a ter certeza de que o vocábulo “que” realmente é um pronome
relativo e inicia uma oração subordinada adjetiva. Veja:
No que toca às pessoas com deficiência, é possível afirmar que o viés assistencialista e caridosamente
excludente o qual orientava as ações governamentais tem sido substituído por programas de efetiva
inclusão, que visam formar cidadãos sujeitos do próprio destino, e não mais meros beneficiários de
políticas de assistência social.
Tendo a certeza de que realmente há oração adjetiva e percebendo que tal oração não é
precedida de vírgula, sabemos que ela tem valor restritivo. Assim, ao inserirmos dupla vírgula, a
oração obrigatoriamente mudaria o sentido para explicação. Por isso a afirmativa está correta.
Gabarito: C

56. (CESPE / CNJ Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: Jogadores de futebol de diversos times entraram em campo em prol do
programa “Pai Presente”, nos jogos do Campeonato Nacional em apoio à campanha que visa
reduzir o número de pessoas que não possuem o nome do pai em sua certidão de nascimento.
A oração subordinada “que não possuem o nome do pai em sua certidão de nascimento”
(linhas 3 e 4) não é antecedida por vírgula porque tem natureza restritiva.
Comentário: Primeiro é necessário assegurar que a oração em destaque é adjetiva. Para isso,
devemos substituir o vocábulo “que” por “as quais”, porque o substantivo “pessoas” está sendo
retomado. Dessa forma, passamos a ter certeza de que o vocábulo “que” realmente é um pronome
relativo e inicia uma oração subordinada adjetiva. Veja:
Jogadores de futebol de diversos times entraram em campo em prol do programa “Pai Presente”,
nos jogos do Campeonato Nacional em apoio à campanha que visa reduzir o número de pessoas as
quais não possuem o nome do pai em sua certidão de nascimento.

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Tendo a certeza de que realmente há oração adjetiva e percebendo que tal oração não é
precedida de vírgula, sabemos que ela tem valor restritivo, como afirmado na questão.
Gabarito: C

57. (CESPE / TRE MS Analista Judiciário – 2013)


Para chegar a uma explicação melhor, precisamos resolver o que chamo de o paradoxo da
democracia, que consiste na disseminação da democracia pelo mundo, ao mesmo tempo em
que, nas democracias maduras, supostamente copiadas pelo resto do mundo, há uma desilusão
generalizada com os processos democráticos.
Dado o seu caráter adverbial, a oração “Para chegar a uma explicação melhor” (linha 1) poderia
ser corretamente deslocada para logo após o trecho “precisamos resolver o que chamo de o
paradoxo da democracia” (linhas 1 e 2).
Comentário: Sabemos que a oração subordinada adverbial pode ser deslocada. Neste caso, a oração
“Para chegar a uma explicação melhor” é subordinada adverbial de finalidade e se encontra
antecipada, por isso a vírgula é obrigatória. Naturalmente, tal oração poderia se posicionar após a
oração principal; mas, neste contexto, o problema é a oração subordinada adjetiva explicativa “que
consiste na disseminação da democracia pelo mundo”. Veja que, no texto, o pronome relativo “que”
retoma a expressão “o paradoxo da democracia”. Com o deslocamento da oração adverbial, o
pronome relativo “que” passaria a retomar a expressão “explicação melhor”, o que causaria
incoerência nos argumentos do texto. Veja:
Para chegar a uma explicação melhor, precisamos resolver o que chamo de o paradoxo da democracia, que
consiste na disseminação da democracia pelo mundo...
Precisamos resolver o que chamo de o paradoxo da democracia, para chegar a uma explicação melhor, que
consiste na disseminação da democracia pelo mundo...
Gabarito: E

58. (CESPE / SEGER ES Analista do Executivo – 2013)


Assinale a opção em que foram empregados corretamente os sinais de pontuação.
a) As pessoas, que dão valor, apenas, ao lado material da vida, não sabem, o que de valor há
na vida.
b) Propõem-se situações semelhantes às do cotidiano nas quais o estudante terá a
experiência, próxima da realidade, com que irá deparar-se.
c) A riqueza de um povo se revela por sua cultura pois, por meio dela podem-se perceber os
valores que fundamentam as práticas de uma comunidade.
d) Os artefatos produzidos, têm seu valor econômico, mas é preciso também, levar em
consideração seu valor simbólico.
e) De fato, enfrentaremos uma situação constrangedora, que será difícil de ser contornada;
contamos, pois, com a colaboração de todos para superarmos este desafio.

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Comentário: A alternativa (A) está errada, pois não pode haver vírgula entre o verbo “sabem” e o
objeto direto “o”. A oração “que dão valor, apenas, ao lado material da vida” tem valor restritivo,
pois sabemos que nem todas as pessoas dão valor apenas ao lado material da vida. Assim, devemos
retirar a dupla vírgula que intercala essa oração. Admite-se dupla vírgula para intercalar o advérbio
“apenas”. Veja a correção:
As pessoas que dão valor, apenas, ao lado material da vida não sabem o que de valor há na vida.
A alternativa (B) está errada, pois a expressão “próxima da realidade” é um adjunto
adnominal, termo que não admite ser separado por vírgula. Veja a correção:
Propõem-se situações semelhantes às do cotidiano nas quais o estudante terá a experiência próxima
da realidade com que irá deparar-se.
A alternativa (C) está errada, pois o adjunto adverbial intercalado “por meio dela” não pode
receber apenas uma vírgula. Como podemos entender tal termo como de pequena extensão,
podemos inserir mais uma vírgula a fim de intercalar esse termo ou excluir a vírgula que o antecede.
Veja:
A riqueza de um povo se revela por sua cultura pois, por meio dela, podem-se perceber os valores
que fundamentam as práticas de uma comunidade.
ou
A riqueza de um povo se revela por sua cultura pois por meio dela podem-se perceber os valores que
fundamentam as práticas de uma comunidade.
A alternativa (D) está errada, pois não pode haver vírgula entre o sujeito e o verbo. O advérbio
“também” está intercalado e não pode receber apenas uma vírgula: ou recebe duas, ou não recebe
nenhuma.
Os artefatos produzidos têm seu valor econômico, mas é preciso, também, levar em consideração
seu valor simbólico.
ou
Os artefatos produzidos têm seu valor econômico, mas é preciso também levar em consideração seu
valor simbólico.
A alternativa (E) é a correta. A expressão “De fato” é um adjunto adverbial de afirmação,
certeza. Como tal termo é de pequena extensão, a vírgula é facultativa. A oração “que será difícil de
ser contornada” é subordinada adjetiva. Como se encontra precedida de vírgula, tem valor
explicativo. A conjunção “pois”, por estar deslocada e entre vírgulas, tem valor conclusivo. Tendo
em vista a oração “contamos, pois, com a colaboração de todos” possuir duas vírgulas, percebemos
o uso estilístico do ponto e vírgula, a fim de transmitir mais clareza.
De fato, enfrentaremos uma situação constrangedora, que será difícil de ser contornada; contamos,
pois, com a colaboração de todos para superarmos este desafio.
Gabarito: E

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59. (CESPE / ANS nível Superior – 2013)


Fragmento do texto: Quando isso ocorre, os clientes que já haviam contratado o serviço
continuam no direito de usá-lo, mas a operadora não pode aceitar novos beneficiários nesses
planos.
O segmento “que já haviam contratado o serviço” (linhas 1 e 2) tem natureza restritiva.
Comentário: Como a oração subordinada adjetiva “que já haviam contratado o serviço” está
intercalada, mas não se encontra entre vírgulas, ela tem valor restritivo. Assim, a afirmativa está
correta.
Gabarito: C

60. (CESPE / PRF nível Superior – 2013)


Fragmento do texto: Torceram também para que a versão que inculpou o pai e a madrasta
fosse verdadeira.
Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido do texto, a oração “que inculpou o pai e a
madrasta” poderia ser isolada por vírgulas, sendo a opção pelo emprego desse sinal de
pontuação uma questão de estilo apenas.
Comentário: Como a oração subordinada adjetiva “que inculpou o pai e a madrasta” está
intercalada, mas não se encontra entre vírgulas, ela tem valor restritivo. Ao inserirmos dupla vírgula,
tal oração muda o sentido de restrição para explicação. Assim, uma suposta inserção do sinal de
pontuação neste caso não seria apenas por estilo, mas por intenção de mudar o sentido. Dessa
forma, a afirmativa está errada.
Gabarito: E

61. (CESPE / ANS nível médio – 2013)


Fragmento do texto: O grupo técnico — composto por representantes de operadoras,
beneficiários, órgãos de defesa do consumidor, entre outros — estudou o tema e levou em
consideração inúmeras publicações disponíveis que dão suporte à proposta feita pela ANS.
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir os travessões (linhas 1 e 2) por
vírgulas ou parênteses.
Comentário: A expressão intercalada “composto por representantes de operadoras, beneficiários,
órgãos de defesa do consumidor, entre outros” é um exemplo de oração subordinada adjetiva
explicativa reduzida de particípio Perceba que o vocábulo “composto” é o particípio do verbo
“compor”.
Como esta é uma oração subordinada adjetiva explicativa intercalada, ela pode ficar separada por
vírgulas, travessões ou parênteses. Assim, a afirmativa está corretíssima.
Gabarito: C

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62. (CESPE / Polícia Civil CE Inspetor – 2012)


Fragmento de texto: E considerar outras formas de soberania que respondam melhor a um
mundo caracterizado ao mesmo tempo pela desigualdade e pela diversidade.
Na linha 2, caso se insira, antes de “caracterizado”, o segmento que é, será necessário, para a
manutenção da correção gramatical e do sentido do período, o emprego de vírgula após
“mundo”.
Comentário: A oração “caracterizado ao mesmo tempo pela desigualdade e pela diversidade” é
subordinada adjetiva restritiva reduzida de particípio. O autor pode optar em desenvolvê-la
inserindo o pronome relativo “que” e o verbo “é”:
...um mundo que é caracterizado ao mesmo tempo pela desigualdade e pela diversidade
O erro está na exigência do uso da vírgula. Neste caso, a oração passaria a explicativa,
perdendo, assim, o sentido original (que era restritivo).
Gabarito: E

Recapitulando...
Até agora, vimos os termos básicos da oração e entendemos que não se pode separá-los por
vírgula. Vimos também que o sujeito, OD e predicativo não são antecipados por preposição. Além
disso, estudamos o vocativo e o aposto tendo em vista a sua pontuação.
Em seguida, vimos que o termo adjetivo pode ter dois valores semânticos (restrição e
explicação). Quando esses termos recebem verbo, naturalmente viram orações adjetivas.
Agora falta falarmos dos termos adverbiais, principalmente no que diz respeito ao sentido e
à pontuação. Quando o adjunto adverbial recebe um verbo, transforma-se em oração subordinada
adverbial.

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4 – PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO ADVERBIAL


vírgula
facultativa

O candidato passou no concurso, devido ao seu esforço no estudo.


VTI objeto indireto adjunto adverbial de causa
sujeito predicado verbal
período simples

vírgula
facultativa

O candidato passou no concurso, porque se esforçou no estudo.


VTI objeto indireto VTI + objeto indireto
sujeito predicado verbal predicado verbal
oração principal oração subordinada adverbial causal
período composto
Tanto o adjunto adverbial quanto a oração adverbial podem deslocar-se para o início ou para
o meio da estrutura principal. E, com isso, a vírgula será empregada conforme foi visto nos adjuntos
adverbiais de grande extensão. Assim, via de regra, a oração subordinada adverbial, quando
posposta à oração principal, será iniciada por vírgula facultativamente. Mas, se for antecipada ou
intercalada, receberá vírgula ou vírgulas obrigatoriamente.
Antecipando a estrutura adverbial...
vírgula
obrigatória

Devido ao seu esforço no estudo, o candidato passou no concurso


adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto
sujeito
predicado verbal
período simples

vírgula
obrigatória

Porque se esforçou no estudo, o candidato passou no concurso


VTI + objeto indireto VTI objeto indireto
predicado verbal sujeito predicado verbal
oração subordinada adverbial causal oração principal
período composto

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Agora, intercalando...
vírgulas obrigatórias

O candidato, devido ao seu esforço no estudo, passou no concurso.


adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto
sujeito predicado verbal
período simples

vírgulas obrigatórias

O candidato, porque se esforçou no estudo, passou no concurso


VTI
+ objeto indireto VTI objeto indireto
sujeito predicado verbal predicado verbal
oração subordinada adverbial causal
oração principal
período composto

Assim como foi visto nas orações substantivas e adjetivas, as orações podem ser reduzidas.
Isso ocorre porque a conjunção é excluída e o verbo deixa de ser conjugado em modo e tempo verbal
e passa a uma das formas nominais: infinitivo, gerúndio, particípio.
Por se esforçar muito nos estudos, o candidato passou no concurso.
oração subordinada adverbial causal reduzida de infinitivo+ oração principal

1 – VALORES DAS ORAÇÕES SUVBORDINADAS ADVERBIAIS

Vários são os valores circunstanciais das orações subordinadas adverbais. Eles basicamente
se dividem em 9.
4.1.1 Causais
Exprimem causa, motivo, razão. Esta oração faz parte da estrutura causa-consequência, em
que a origem ocorre temporalmente antes. E a consequência, por ser o resultado, ocorre depois. As
principais conjunções causais são: porque, pois, que, como (quando a oração adverbial estiver
antecipada), já que, visto que, desde que, uma vez que, porquanto, na medida em que, que, etc:
A mulher gritou porque teve medo.
Como fazia frio, fechou as janelas.
Já que me pediram, vou continuar.
Uma vez que desfruta de bons pensamentos, realiza boas atitudes.
Observações:

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I - A conjunção se também pode transmitir valor de causa a orações que funcionam como
base ou ponto de partida de um raciocínio, em construções como:
Se o estudo é o princípio do concurseiro, é imprescindível a organização de seu
material de estudo.
Se ele não estudou, por que está chateado por não ter passado no concurso?
Note que podemos trocar a conjunção “se” por “como”, “já que”, por exemplo:
Como o estudo é o princípio do concurseiro, é imprescindível a organização de seu
material de estudo.
Já que ele não estudou, por que está chateado por não ter passado no concurso?
II - Vimos na aula anterior que as conjunções porque, porquanto e pois podem ser
coordenativas explicativas. Nesta, percebemos que elas também podem ser causais. A banca CESPE
não pergunta qual é a diferença entre elas, apenas pede a troca das conjunções.

4.1.2 Consecutivas
Na relação causa-consequência, o processo verbal da consequência ocorre após o da causa,
e suas conjunções exprimem um efeito, um resultado e aparecem de duas formas:
I - conjunção “que” precedida de “tal”, “tão”, “tanto”, “tamanho”:
Fazia tanto frio que meus dedos congelavam.
Tal foi seu entusiasmo que todos o seguiram.
Nesta estrutura, os intensificadores tal, tamanho, tão, tanto podem ficar subentendidos.
Bebia que caía pelas ruas. (bebia tanto...)
II – locuções conjuntivas “de maneira que”, “de jeito que”, “de ordem que”, “de sorte que”,
“de modo que”, etc:
Ontem estive doente, de sorte que não pude ir ao trabalho.
“As notícias de casa eram boas, de maneira que pude prolongar minha viagem.”
(Domingos Paschoal Cegalla)
III – locução conjuntiva “sem que”, e a conjunção “que”, seguida de negação.
Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine sem que a queira comprar.
Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine, que não a queira comprar.
Perceba que, na primeira estrutura, a preposição sem tem valor de negação; na segunda, sua
ausência é substituída pelo advérbio de negação “não”.

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4.1.3 Condicionais

Nesta relação de condição, hipótese, é muito cobrada a correlação de modo e tempo verbal.
Veja:
verbo no futuro do presente
verbo no futuro do subjuntivo
do indicativo
Se o candidato estudar bastante, passará no concurso.

condição no futuro resultado provável no futuro


oração subordinada adverbial condicional oração principal

verbo no futuro do pretérito


verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo
do indicativo
Se o candidato estudasse bastante, passaria no concurso.

condição no passado resultado improvável no futuro


oração subordinada adverbial condicional oração principal

verbo no futuro do presente


verbo no presente do subjuntivo
do indicativo
Caso o candidato estude bastante, passará no concurso.

condição no presente resultado provável no futuro


oração subordinada adverbial condicional oração principal

Se uma condição é expressa no futuro ou presente, há condições de cumpri-la; por isso o


resultado expresso na oração principal é provável. Não há certeza de o candidato ser aprovado, mas
há grande possibilidade. Já numa condição expressa no passado, não há condições de cumpri-la; por
isso o resultado expresso na oração principal é pouco provável, ou mesmo improvável. A banca
CESPE normalmente pede para substituir as conjunções ou os verbos. Portanto, deve-se atentar
quanto à correlação destes tempos verbais.
Algumas vezes, por motivo de ênfase e reforço motivacional, o autor do texto troca o tempo
verbal da oração principal de futuro do presente para presente do indicativo e futuro do pretérito
para pretérito imperfeito do indicativo. Veja a diferença:
Se o candidato estudar, passa no concurso.
Se o candidato estudasse, passava no concurso.
Não há erro nestas substituições, há apenas ênfase.

Além das conjunções condicionais se e caso, há também as locuções conjuntivas contanto


que, desde que, salvo se, sem que (=se não), a não ser que, a menos que, dado que.
Comprarei o carro desde que não seja caro.
Não sairás daqui, sem que termine o estudo.

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Poderão ganhar o campeonato, salvo se acontecer algum imprevisto.


“A carinha podia ser de chinesa, fossem os olhos mais enviesados.” (Raquel de Queirós)
Note a última construção. A conjunção condicional fica subentendida, e com isso é
imprescindível entender a correlação verbal para que não haja dúvida neste valor semântico.
As locuções conjuntivas condicionais desde que, dado que, uma vez que podem ser
confundidas com as causais. Para não ficar com dúvida, verifique que os verbos nas orações
condicionais ficam no modo subjuntivo, enquanto os das orações causais ficam no modo indicativo.
Compare esses exemplos nos respectivos valores adverbiais vistos anteriormente.
É encontrada também a forma reduzida:
Conhecendo os alunos, o professor não os teria punido. (reduzida de gerúndio)

4.1.4 Concessivas
Exprimem um fato que se concede, que se admite, em oposição ao da oração principal. As
conjunções são: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda quando, mesmo quando,
posto que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado
que, sem que (=embora não).
Gostava de Matemática, embora tivesse dificuldades com cálculos.
Por incrível que pareça, eles não conheciam ‘pen-drive’.
Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas afirmações. (Domingos
Paschoal Cegalla)
Dado que soubesse, não dirigia à noite.
Por mais que gritasse, não me ouviram.
Nem que a gente quisesse, conseguiria esquecer. (Otto Lara Resende)
Assim como ocorreu nas orações substantivas (vistas nesta aula), as adverbiais também
podem ser reduzidas. Por isso deve-se tomar muito cuidado quando a banca pedir a substituição de
conjunção ou locução conjuntiva por preposição ou locução prepositiva.
Veja:
Embora chegasse cedo, não conseguiu lugar para sentar-se.
Ao se substituir a conjunção embora pela preposição mesmo, o verbo é obrigado a sair da
forma conjugada em modo e tempo verbal para a forma nominal gerúndio. Isso fará com que esta
oração seja reduzida de gerúndio:
Mesmo chegando cedo, não conseguiu lugar para sentar-se.
Se fosse substituída pela locução prepositiva “apesar de”, a oração seria reduzida de
infinitivo:
Apesar de chegar cedo, não conseguiu lugar para sentar-se.
Assim, cuidado com as substituições pedidas na prova.

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4.1.5 Comparativas

Representam o segundo termo de uma comparação e se expressam de três formas, com as


conjunções como, (tal) qual, tal e qual, assim como, (tal) como, (tão ou tanto) como, (mais) que ou
do que, (menos) que ou do que, tanto quanto, que nem, feito (=como, do mesmo modo que), o mesmo
que (=como):
I – com verbo expresso:
A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro.
Como a flor se abre ao sol, assim minha alma se abriu à luz daquele olhar.
A praia é tal qual você descreveu. (tal como)
II – com o predicado ou verbo subentendido:
A luz é mais veloz do que o som. (do que o som é)
O leopardo é tão ágil quanto a onça. (quanto a onça é)
Ele corre feito uma gazela.
Nas estruturas comparativas de superioridade e inferioridade (com verbos expressos ou não),
a palavra “do” é opcional.
Cantava mais do que trabalhava. Com verbo expresso.
Cantava mais que trabalhava.

Os mais magros correm mais do que os mais cheinhos. Verbo


Os mais magros correm mais que os mais cheinhos. subentendido
III – como comparação hipotética (uso da conjunção se):
O homem parou perplexo, como se esperasse um guia.

4.1.6 Conformativas

Exprimem acordo ou conformidade de um fato com outro. Suas conjunções são: como,
conforme, segundo, consoante. Geralmente é usado para reforçar argumento. A oração principal é
a declaração feita pelo autor e a oração subordinada adverbial conformativa é a base de sustentação
do argumento, muito marcado por leis, regulamentos, fala de especialistas, etc. Esse valor adverbial
é vastamente explorado como argumento de autoridade:
Como disse o prefeito, o IPTU vai subir 5% este ano.
“Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi contar.” (Machado de Assis)
Conforme prevê o artigo 37 da CF, o serviço público é impessoal.
Consoante opinam alguns, a história se repete.

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4.1.7 Proporcionais

Iniciam ideia de proporção, com as locuções conjuntivas à proporção que, à medida que, ao
passo que, quanto mais ... tanto mais, quanto mais ... tanto menos, quanto mais ... tanto menos,
quanto menos ... tanto mais, quanto mais ... mais, quanto menos ... menos, tanto ... quanto (como).
Os alunos respondiam, à medida que eram chamados.
À proporção que subiam a montanha, o ar ia ficando rarefeito.
O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai diminuindo.
Tanto gostava de um quanto aborrecia o outro.
Não são corretas as locuções à medida em que, na medida que, a medida que, com valor de
proporção, cabendo apenas à medida que. Outro detalhe, não há crase em locuções conjuntivas de
outro valor, somente há nas proporcionais: “à medida que” e “à proporção que”.
Vimos que a locução conjuntiva “na medida em que” é causal. Ela pode também fazer parte
de estrutura oracional adjetiva.
Compare todos:
“À medida que os anos passam, as minhas possibilidades diminuem.”
oração subordinada adverbial proporcional + oração principal
"O Brasil exportou mais na medida em que a indústria e a pecuária estão fortalecidas."
oração principal + oração subordinada adverbial causal
“A expansão da lavoura algodoeira não pôde produzir-se em São Paulo na
oração principal
mesma medida em que se produziu noutras terras.”
+ oração subordinada adjetiva restritiva
Então, cuidado quando se pedir a substituição das estruturas “à medida que” e “na medida
em que”, pois definitivamente elas não têm o mesmo sentido.
Observação: A locução conjuntiva ao passo que também deve receber especial atenção, pois
pode agregar três valores semânticos distintos. Ela possui valor de tempo concomitante e se estende
à proporção (que também possui a concomitância temporal) e à oposição (pois também pode
agregar, além do valor de tempo concomitante, o de adversidade):
Subordinada adverbial proporcional:
“Pequenos cogumelos, ao passo que devoram os tecidos dos insetos, semeiam os seus esporos
mortais.” (= à proporção que)
Subordinada adverbial temporal:
Ela dormia, ao passo que o professor dissertava. (= enquanto)
Coordenativa adversativa:
É feia, ao passo que a irmã é bonita. (= mas)

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Deve-se entender, antes de tudo, que esta locução conjuntiva transmite tempo concomitante
e, dependendo do contexto, transmite os outros dois valores semânticos. Perceba que a proporção
se dá com uma ideia de evolução temporal, os processos verbais vão se acumulando, progredindo
temporalmente, de forma diferente dos outros valores semânticos.

4.1.8 Finais

Indicam finalidade, objetivo, com as locuções conjuntivas: para que, a fim de que, que (= para
que), porque (= para que):
Afastou-se depressa, para que não o víssemos.
Viemos aqui a fim de que realizássemos um acordo.
“Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis)
“Fez tudo porque eu não obtivesse bons resultados.”
Muito utilizada é a forma reduzida de infinitivo:
Suportou todo tipo de humilhação para obter o visto americano.

4.1.9 Temporais

Indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na oração principal, podendo ser um
tempo geral, concomitante, antes ou depois de um referente. Suas conjunções: quando, enquanto,
logo que, mal (= logo que), sempre que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora
que, ao mesmo tempo que, toda vez que.
Não fale enquanto come.
Mal você saiu, ela chegou.
Só voltou a jogar quando se sentiu bem.
Assim que chegou, foi para a cozinha.

A forma reduzida também é muito utilizada:


Terminada a festa, todos foram embora.

63. (CESPE / CGE CE Auditor de Controle Interno 2019)


Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha, um
resto de praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato,
incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que
morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
O único sinal de vida vinha de um bar aberto. Duas mesas de madeira na frente, um
caminhão, um homem e uma mulher na boleia ouvindo música, entre abraços, beijos e carícias

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ousadas. Mais desolado e triste que Juazeiro do Norte aquele povoado, muito mais. Em
Juazeiro tinha gente, a cidade era viva. E no meio daquele povo todo sempre se encontrava
uma alma boa como a de sua mãe, uma moça bonita, um amigo animado. Candeia era morta.
Samuel ao menos ficou um pouco feliz por ouvir a música do caminhoneiro. Quase sorriu.
O esboço de alegria durou até aparecer pela porta mal pintada de azul uma mulher
assombrosa, praguejando com uma vassoura na mão e mandando desligar aquela música
maldita. O caminhoneiro a chamou pelo nome:
— Cadê o café, Helenice? Deixa de praguejar, coisa-ruim!
Pela mesma porta saiu uma moça, bem jovem, com uma garrafa térmica vermelha e duas
canecas. Foi e voltou com rapidez, agora trazendo dois pratos, quatro pães pequenos, duas
bananas cozidas e um pote de margarina.
Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos do texto, poderia ser inserida uma vírgula
logo após
a) “construções” (linha 2).
b) “música” (linha 11).
c) “azul” (linha 12).
d) “porta” (linha 16).
e) “triste” (linha 7).
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois não cabe vírgula entre o sujeito “Algumas
construções” e o predicado “nem sequer tinham telhado”.
A alternativa (B) está errada, pois não vírgula entre o núcleo do objeto direto “música” e seu
adjunto adnominal “do caminhoneiro”.
A alternativa (C) está errada, pois não cabe apenas uma vírgula fechando o adjunto adverbial
intercalado de grande extensão “pela porta mal pintada de azul”. Deve haver outra vírgula iniciando-
o. Veja:
O esboço de alegria durou até aparecer, pela porta mal pintada de azul, uma mulher assombrosa...
A alternativa (D) é a correta, pois o adjunto adverbial “Pela mesma porta” está antecipado e
admite ser seguido de vírgula. Veja:
Pela mesma porta, saiu uma moça...
A alternativa (E) está errada, pois não cabe vírgula separando a expressão comparativa
“mais...que”. Veja na ordem direta para ficar mais claro:
Aquele povoado era mais desolado e triste que Juazeiro do Norte...
Gabarito: D

64. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: A própria palavra “crise” é bem mais a expressão de um movimento do
espírito que de um juízo fundado em argumentos extraídos da razão ou da experiência.

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Os sentidos e a correção gramatical do texto seriam mantidos se fosse inserido o vocábulo do


imediatamente após a palavra “espírito” (linha 2).
Comentário: A expressão comparativa de superioridade “mais...que” admite que a inserção da
palavra “do” seja facultativa:
A própria palavra “crise” é bem mais a expressão de um movimento do espírito que de um juízo
fundado em argumentos extraídos da razão ou da experiência.
A própria palavra “crise” é bem mais a expressão de um movimento do espírito do que de um juízo
fundado em argumentos extraídos da razão ou da experiência.
Assim, a afirmação está correta.
Gabarito: C

65. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: Se observarmos bem, essas ondas longas da história, como as chamava
Braudel, tornaram-se cada vez mais curtas.
O sentido original e a correção gramatical do texto seriam mantidos se a palavra “como” (linha
1) fosse substituída por conforme.
Comentário: No contexto, entendemos que essas ondas longas da história tornaram-se cada vez
mais curtas, conforme/segundo/consoante as chamava Braudel.
Assim, temos certeza de que cabe valor de conformidade e a afirmação está correta.
Gabarito: C

66. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: Que fique claro: não tenho nenhuma intenção de difamar ou condenar o
passado para absolver o presente, nem de deplorar o presente para louvar os bons tempos
antigos.
No período em que se inserem, os trechos “para absolver o presente” (linha 2) e “para louvar
os bons tempos antigos” (linhas 2 e 3) exprimem finalidades.
Comentário: A preposição “para”, nas duas ocorrências, pode ser substituída por “a fim de”, “com
o objetivo de”. Assim, temos certeza de que realmente há o valor de finalidade e a afirmação está
correta.
Gabarito: C

67. (CESPE / SEFAZ RS Auditor Fiscal 2019)


Fragmento do texto: Por outro lado, se o Estado reduzisse a tributação de determinado setor
da economia, os custos desse setor diminuiriam, o que possibilitaria a queda dos preços de
seus produtos e poderia gerar um crescimento das vendas.
No texto, a oração “se o Estado reduzisse a tributação de determinado setor da economia” (ℓ.
1 e 2) apresenta, no período em que se insere, noção de

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a) concessão, uma vez que representa uma exceção às regras de tributação do país.
b) explicação, uma vez que esclarece uma ação que diminuiria os custos do referido setor.
c) proporcionalidade, uma vez que os custos do referido setor diminuiriam à medida que se
diminuísse a tributação.
d) tempo, uma vez que a diminuição dos custos do referido setor ocorreria somente após a
redução da tributação sobre ele.
e) condição, uma vez que a diminuição dos custos do referido setor dependeria da redução da
tributação sobre ele.
Comentário: Note que a conjunção “se” pode ser substituída por “caso”, por isso temos certeza de
que a oração “se o Estado reduzisse a tributação de determinado setor da economia” é subordinada
adverbial condicional.
Assim, por eliminação, temos certeza de que a alternativa (E) é a correta.
Gabarito: E

68. (CESPE / PRF Policial Rodoviário Federal 2019)


Fragmento do texto: Os processos de produção dos objetos que nos cercam movimentam
relações diversas entre os indivíduos, assim como a organização do trabalho alterou-se
bastante entre diferentes sociedades e momentos da história.
Com o emprego da expressão “assim como” (ℓ.2), estabelece-se uma relação de comparação
entre ideias expressas no período.
Comentário: Entendemos do texto que os processos de produção dos objetos que nos cercam
movimentam relações diversas entre os indivíduos, da mesma forma como a organização do
trabalho alterou-se bastante entre diferentes sociedades e momentos da história.
Assim, notamos que cabe o valor de comparação e a afirmação está correta.
Gabarito: C

69. (CESPE / PRF Policial Rodoviário Federal 2019)


Fragmento do texto: Se prestarmos atenção à nossa volta, perceberemos que quase tudo que
vemos existe em razão de atividades do trabalho humano. Os processos de produção dos
objetos que nos cercam movimentam relações diversas entre os indivíduos, assim como a
organização do trabalho alterou-se bastante entre diferentes sociedades e momentos da
história.
Seriam mantidos os sentidos do texto caso o primeiro período do segundo parágrafo fosse
assim reescrito: Quando prestamos atenção a nossa volta, percebemos que quase tudo que
vemos existe pelas atividades do trabalho humano.
Comentário: Naturalmente você percebeu que a conjunção “Se” é subordinativa adverbial
condicional. Ao substituirmos pela conjunção “Quando”, o sentido muda para tempo. Assim, a
afirmação está errada.

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Gabarito: E

70. (CESPE / SLU DF Analista de Gestão 2019)


Fragmento do texto: Se aceitamos que, de segunda a sexta-feira, os dias são úteis, devemos
necessariamente aceitar que sábado e domingo são dias inúteis. É inútil, portanto: ir ao cinema
e ao teatro, fazer piquenique no parque com os filhos, almoçar com a família, tomar cerveja
com os amigos, ler um livro, passar a madrugada acordado vendo séries.
O segmento “Se aceitamos que, de segunda a sexta-feira, os dias são úteis” (ℓ. 1) expressa uma
hipótese real, ou seja, expressa um fato existente.
Comentário: Primeiro, houve a afirmação de que “aceitamos que, de segunda a sexta-feira, os dias
são úteis”. Isso é uma realidade, uma verdade, concorda?
Assim, entendemos que há uma realidade, ou seja, um fato existente.
A hipótese real é a mesma que utilizamos na lógica argumentativa, em que a base do
raciocínio está na oração com os dados reais, verdadeiros: se A, então B.
Se aceitamos que, de segunda a sexta-feira, os dias são úteis, devemos necessariamente aceitar que
sábado e domingo são dias inúteis.
Assim, o segmento B só tem valor de verdade, porque o segmento A também o tem.
Mas acredito que você possa ter ficado na dúvida, porque a palavra hipótese pode nos
conduzir a erro, porque seria um paradoxo dizermos hipótese (suposição) real (fato).
Porém, devemos entender que a palavra hipótese originalmente apresenta valor de
“suposição”, “conjectura”, “acontecimento incerto”, “eventualidade”.
Com base na conjectura, tal palavra passou a ser utilizada na filosofia como proposição que
admite um fundamento, um princípio, do qual se pode deduzir um conjunto dado de proposições:
Se A, então B. É justamente esta a hipótese real. E é justamente este vocábulo “Se” que apresenta
originalmente um valor de condição e secundariamente um valor de causa. Confirme:
Se aceitamos que, de segunda a sexta-feira, os dias são úteis, devemos necessariamente aceitar que
sábado e domingo são dias inúteis.
Já que aceitamos que, de segunda a sexta-feira, os dias são úteis, devemos necessariamente aceitar
que sábado e domingo são dias inúteis.
Portanto, a afirmação está correta.
Gabarito: C

71. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)


Fragmento do texto: O fato de ele necessitar da ajuda do educador, como ocorre em qualquer
relação pedagógica, não significa dever a ajuda do educador anular a sua criatividade e a sua
responsabilidade na construção de sua linguagem escrita e na leitura desta linguagem.
O trecho “como ocorre em qualquer relação pedagógica” (linhas 1 e 2) foi apresentado entre
vírgulas pelo fato de se tratar de uma oração intercalada.

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Comentário: Como a oração “como ocorre em qualquer relação pedagógica” é adverbial e está
intercalada, isto é, encontra-se no meio da principal, as vírgulas são obrigatórias e a afirmação está
correta.
Gabarito: C

72. (CESPE / PC MA Escrivão – 2018)


Fragmento do texto: Segundo Santos, os canais de denúncia para coibir corrupção nas
corporações já recebem queixas de assédio e ajudam a identificar eventuais predadores. Para
ele, “o anonimato ajuda, já que as pessoas se sentem mais protegidas para falar”.
No texto, a correção gramatical e o sentido do trecho ‘O anonimato ajuda, já que as pessoas se
sentem mais protegidas para falar’ (linhas 3 e 4) seriam preservados caso se substituísse o
termo “já que” por
a) a fim de que.
b) ainda que.
c) contanto que.
d) uma vez que.
e) logo que.
Comentário: A locução conjuntiva “já que” é subordinativa adverbial causal, por isso pode ser
substituída por “uma vez que”, também causal, e a alternativa correta é a (D).
A locução conjuntiva “a fim de que” tem valor de finalidade, “ainda que” tem valor adverbial
concessivo, “contanto que” tem valor condicional, “logo que” tem valor adverbial temporal.
Gabarito: D

73. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)


Fragmento do texto: Era Borjalino Ferraz e perdeu o primeiro emprego na Prefeitura de
Macajuba por coisas de pontuação. Certa vez, o diretor do Serviço de Obras chamou o
amanuense para uma conversa de fim de expediente. E aconselhativo:
— Seu Borjalino, tenha cuidado com as vírgulas.
Desse jeito, o amigo acaba com o estoque e a comarca não tem dinheiro para comprar
vírgulas novas. Fez outros ofícios, semeou vírgulas empenadas por todos os lados e foi
despedido. Como era sujeito de brio, tomou aulas de gramática, de modo a colocar as vírgulas
em seus devidos lugares.
Na linha 8, a conjunção “Como” introduz uma comparação.
Comentário: Nesse contexto, a conjunção “Como” pode ser substituída por “Já que”, “Uma vez que”,
por transmitir valor de causa, e não de comparação.
Gabarito: E

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74. (CESPE / TCM BA Auditor de Controle Externo – 2018)


Fragmento do texto: Nesse caso, o escândalo provém de uma ausência de lógica: a greve é
escandalosa porque incomoda precisamente aqueles a quem ela não diz respeito.
Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto, se o trecho “porque incomoda”
(linha 2) fosse substituído por
a) porquanto incomoda.
b) à medida que incomoda.
c) a par de incomodar.
d) consoante incomode.
e) uma vez que incomode.
Comentário: A conjunção “porque” é subordinativa adverbial causal. O mesmo ocorre com a
conjunção “porquanto”, por isso a alternativa (A) é a correta.
Note que a locução conjuntiva “uma vez que” só pode ter valor causal quando o verbo nesta
oração estiver flexionado no modo indicativo. Como “incomode” se encontra no presente do
subjuntivo, tal locução tem valor adverbial condicional.
Gabarito: A

75. (CESPE / MPU Analista 2018)


Fragmento do texto: Os mecanismos que reproduzem as desigualdades devem ser revelados
de forma que se possibilite seu enfrentamento pela sociedade civil por meio da cidadania ativa,
buscando-se o aprofundamento da democracia e a garantia da justiça de gênero, da igualdade
racial e dos direitos humanos.
A introdução de uma vírgula imediatamente após a palavra “revelados” (linha 1) manteria a
correção gramatical do texto.
Comentário: A oração “de forma que se possibilite seu enfrentamento pela sociedade civil por meio
da cidadania ativa” é iniciada pela locução conjuntiva consecutiva “de forma que”. Assim, cabe
vírgula para separar a oração principal da oração subordinada adverbial consecutiva,
respectivamente. Tal vírgula é facultativa, tendo em vista a oração subordinada adverbial se
encontrar após a oração principal.
Gabarito: C

76. (CESPE / MPU Técnico 2018)


Fragmento do texto: As medidas previstas visam garantir o gozo dos direitos humanos e das
liberdades fundamentais das mulheres, em igualdade de condições com os homens, além de
buscar alterar os padrões socioculturais de conduta e suprimir todas as formas de tráfico de
mulheres e exploração da prostituição feminina.
A substituição de “e suprimir” (linha 3) por ao suprimir não comprometeria a correção
gramatical do período, mas alteraria seu sentido original.

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Comentário: A oração “e suprimir todas as formas de tráfico de mulheres e exploração da


prostituição feminina” apresenta a conjunção coordenativa aditiva “e”. Ao trocarmos “e suprimir”
por “ao suprimir”, passamos a uma oração subordinada adverbial temporal reduzida de infinitivo.
Assim, mantém-se a correção, mas naturalmente o sentido muda de adição para tempo. Compare:
As medidas previstas visam garantir o gozo dos direitos humanos e das liberdades fundamentais das
mulheres, em igualdade de condições com os homens, além de buscar alterar os padrões
socioculturais de conduta e suprimir todas as formas de tráfico de mulheres e exploração da
prostituição feminina.
As medidas previstas visam garantir o gozo dos direitos humanos e das liberdades fundamentais das
mulheres, em igualdade de condições com os homens, além de buscar alterar os padrões
socioculturais de conduta ao suprimir todas as formas de tráfico de mulheres e exploração da
prostituição feminina.
Por tudo isso, a afirmação está correta.
Gabarito: C

77. (CESPE / IHBDF Técnico de Enfermagem – 2018)


Fragmento do texto: Servir a Deus significava, para ela, cuidar dos enfermos, e especialmente
dos enfermos hospitalizados. Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e eram tão
perigosos (por causa da sujeira, do risco de infecção) que os ricos preferiam tratar-se em casa.
O trecho “que os ricos preferiam tratar-se em casa” (linha 4) expressa uma consequência do
que se afirma nas duas orações imediatamente anteriores, no mesmo período.
Comentário: Note que no período “Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e eram tão
perigosos (por causa da sujeira, do risco de infecção) que os ricos preferiam tratar-se em casa.”
ocorre a expressão correlativa “tão...que”. Note que a primeira oração (“os hospitais curavam tão
pouco”) é coordenada com a posterior (“eram tão perigosos”) e em seguida há a conjunção
consecutiva “que”, iniciando a oração subordinada adverbial consecutiva “que os ricos preferiam”.
Portanto, a afirmação está correta.
Gabarito: C

78. (CESPE / MPU Técnico 2018)


Fragmento do texto: Se a cultura, no que tange a valores e visões de mundo, é fundamental
para nossa constituição enquanto indivíduos (servindo-nos como parâmetro para nosso
comportamento moral, por exemplo), limitarmo-nos a ela, desconhecendo ou depreciando as
demais culturas de povos ou grupos dos quais não fazemos parte, pode nos levar a uma visão
estreita das dimensões da vida humana.
Na linha 3, a correção do texto seria prejudicada caso a vírgula empregada logo após o
parêntese fosse substituída por ponto e vírgula.
Comentário: Para termos uma ideia mais clara do trecho, vamos inserir apenas as ideias mais
importantes, sem intercalação:

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Se a cultura (...) é fundamental para nossa constituição enquanto indivíduos (...), limitarmo-nos a ela
(...) pode nos levar a uma visão estreita das dimensões da vida humana.
Assim, entendemos que a oração “Se a cultura (...) é fundamental para nossa constituição
enquanto indivíduos” é subordinada adverbial condicional e a oração “limitarmo-nos a ela” é a
principal. Dessa forma, a vírgula antes da oração principal é obrigatória.
Como sabemos que o sinal de ponto e vírgula só pode ser empregado para separar segmentos
coordenados, não cabe ponto e vírgula para separar a oração subordinada de sua principal.
Como a questão afirmou que essa substituição de pontuação geraria prejuízo gramatical, a
está correta.
Gabarito: C

79. (CESPE / IHBDF Técnico de Enfermagem – 2018)


Fragmento do texto: Servir a Deus significava, para ela, cuidar dos enfermos, e especialmente
dos enfermos hospitalizados. Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e eram tão
perigosos (por causa da sujeira, do risco de infecção) que os ricos preferiam tratar-se em casa.
O trecho “que os ricos preferiam tratar-se em casa” (linha 4) expressa uma consequência do
que se afirma nas duas orações imediatamente anteriores, no mesmo período.
Comentário: Note que no período “Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e eram tão
perigosos (por causa da sujeira, do risco de infecção) que os ricos preferiam tratar-se em casa.”
ocorre a expressão correlativa “tão...que”. Note que a primeira oração (“os hospitais curavam tão
pouco”) é coordenada com a posterior (“eram tão perigosos”) e em seguida há a conjunção
consecutiva “que”, iniciando a oração subordinada adverbial consecutiva “que os ricos preferiam”.
Portanto, a afirmação está correta.
Gabarito: C

80. (CESPE / PM AL Soldado 2018)


Fragmento do texto: Também os olhos, que só armazenam as imagens do que já fora, doem.
A dor vem de afastadas distâncias, sepultados tempos, inconvenientes lugares, inseguros
futuros. Não se chora pelo amanhã. Só se salga a carne morta. No princípio, se um de nós caía,
a dor doía ligeiro. Um beijo seu curava a cabeça batida na terra, o dedo espremido na dobradiça
da porta, o pé tropeçado no degrau da escada, o braço torcido no galho da árvore.
No trecho “se um de nós caía, a dor doía ligeiro” (linhas 3 e 4), a substituição de “se” por caso
não prejudicaria a correção gramatical do texto.
Comentário: A substituição da conjunção condicional “se” pela conjunção de mesmo valor
semântico “caso” forçaria o emprego do pretérito imperfeito do subjuntivo “caísse” e naturalmente
o futuro do pretérito do indicativo “doeria”. Compare:
No princípio, se um de nós caía, a dor doía ligeiro.
No princípio, caso um de nós caísse, a dor doeria ligeiro.

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Assim, a afirmação está errada.


Gabarito: E

81. (CESPE / Polícia Federal Escrivão 2018)


Fragmento do texto: Punem-se as agressões, mas, por meio delas, as agressividades, as
violações e, ao mesmo tempo, as perversões, os assassinatos que são, também, impulsos e
desejos. Dir-se-ia que não são eles que são julgados; se são invocados, é para explicar os fatos
a serem julgados e determinar até que ponto a vontade do réu estava envolvida no crime. As
sombras que se escondem por trás dos elementos da causa é que são, na realidade, julgadas e
punidas.
Sem prejuízo para o sentido original e a correção gramatical do texto, a oração “se são
invocados” (linha 3) poderia ser deslocada para logo após a palavra “crime” (linha 4), desde
que estivesse isolada por vírgulas.
Comentário: A expressão “se...é” é enfática e notamos isso porque podemos excluí-la
permanecendo a coerência e a correção gramatical:
...são invocados para explicar os fatos a serem julgados e determinar até que ponto a vontade do
réu estava envolvida no crime.
Agora, com a mudança de posição do trecho “se são invocados” para o final do período,
haveria incoerência, pois os elementos de coesão feririam a estrutura sintática, além de não caber
dupla vírgula, tendo em vista que o trecho finaliza o período. Veja:
... é para explicar os fatos a serem julgados e determinar até que ponto a vontade do réu estava
envolvida no crime, se são invocados,.
O ideal seria a troca de “se” por “que” e a exclusão das vírgula. Assim, mantém-se a correção,
mas mudaríamos o sentido para certeza de algo:
... é para explicar os fatos a serem julgados e determinar até que ponto a vontade do réu estava
envolvida no crime que são invocados.
Por tudo isso, notamos que a afirmação está errada.
Gabarito: E

82. (CESPE / EBSERH Administrador – 2018)


Fragmento do texto: Certamente que essa pólvora terá toda ela emprego útil; mas, se ela é
indispensável para certos fins industriais, convinha que se averiguassem bem as causas das
explosões, se são acidentais ou propositais, a fim de que fossem removidas na medida do
possível. Isso, porém, é que não se tem dado e creio que até hoje não têm as autoridades
chegado a resultados positivos.
O trecho “se são acidentais ou propositais” (linha 3) exprime uma condição sobre a ideia
expressa na oração anterior.

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Comentário: Note que, neste contexto, não conseguimos trocar a conjunção “se” por “caso” (com o
devido ajuste do verbo), pois o segmento “se são acidentais ou propositais” não tem valor
condicional.
Na realidade, tal segmento explicita o substantivo “causas”. Dessa forma, poderíamos até
inserir a expressão explicativa “isto é”:
...convinha que se averiguassem bem as causas das explosões, isto é, se são acidentais ou
propositais...
Gabarito: E

83. (CESPE / EBSERH Administrador – 2018)


Fragmento do texto: Entretanto, é sabido que certas pólvoras, submetidas a dadas condições,
explodem espontaneamente, e tem sido essa a explicação para uma série de acidentes
bastante dolorosos, a começar pelo do Maine, na baía de Havana, sem esquecer também o do
Aquidabã.
A inserção de caso fossem imediatamente antes do termo “submetidas” (linha 1) explicitaria o
sentido condicional do trecho “submetidas a dadas condições” (linhas 1 e 2) sem que houvesse
prejuízo para a correção gramatical do texto.
Comentário: A oração “submetidas a dadas condições” é subordinada adverbial condicional
reduzida de particípio e a questão quer que nós a transformemos em desenvolvida, por isso pediu
que inseríssemos a conjunção “caso” e o verbo conjugado em modo e tempo verbal “fossem”.
O problema é que a oração principal apresenta verbo no presente do indicativo “explodem”
e a oração anterior a ela também: “é”. Assim, não cabe o pretérito imperfeito do subjuntivo
“fossem”, mas o presente do subjuntivo “sejam”:
Entretanto, é sabido que certas pólvoras, caso sejam submetidas a dadas condições, explodem
espontaneamente, e tem sido essa a explicação para uma série de acidentes bastante dolorosos...
Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E

84. (CESPE / EBSERH Administrador – 2018)


Fragmento do texto: Certamente que essa pólvora terá toda ela emprego útil; mas, se ela é
indispensável para certos fins industriais, convinha que se averiguassem bem as causas das
explosões, se são acidentais ou propositais, a fim de que fossem removidas na medida do
possível. Isso, porém, é que não se tem dado e creio que até hoje não têm as autoridades
chegado a resultados positivos.
O trecho “se são acidentais ou propositais” (linha 3) exprime uma condição sobre a ideia
expressa na oração anterior.
Comentário: Note que, neste contexto, não conseguimos trocar a conjunção “se” por “caso” (com o
devido ajuste do verbo), pois o segmento “se são acidentais ou propositais” não tem valor
condicional.

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Na realidade, tal segmento explicita o substantivo “causas”. Dessa forma, poderíamos até
inserir a expressão explicativa “isto é”:
...convinha que se averiguassem bem as causas das explosões, isto é, se são acidentais ou
propositais...
Gabarito: E

85. (CESPE / EBSERH Administrador – 2018)


Fragmento do texto: Entretanto, é sabido que certas pólvoras, submetidas a dadas condições,
explodem espontaneamente, e tem sido essa a explicação para uma série de acidentes
bastante dolorosos, a começar pelo do Maine, na baía de Havana, sem esquecer também o do
Aquidabã.
A inserção de caso fossem imediatamente antes do termo “submetidas” (linha 1) explicitaria o
sentido condicional do trecho “submetidas a dadas condições” (linhas 1 e 2) sem que houvesse
prejuízo para a correção gramatical do texto.
Comentário: A oração “submetidas a dadas condições” é subordinada adverbial condicional
reduzida de particípio e a questão quer que nós a transformemos em desenvolvida, por isso pediu
que inseríssemos a conjunção “caso” e o verbo conjugado em modo e tempo verbal “fossem”.
O problema é que a oração principal apresenta verbo no presente do indicativo “explodem”
e a oração anterior a ela também: “é”. Assim, não cabe o pretérito imperfeito do subjuntivo
“fossem”, mas o presente do subjuntivo “sejam”:
Entretanto, é sabido que certas pólvoras, caso sejam submetidas a dadas condições, explodem
espontaneamente, e tem sido essa a explicação para uma série de acidentes bastante dolorosos...
Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E

86. (CESPE / IPHAN Nível médio – 2018)


Fragmento do texto: Ainda que circunscritas a determinados limites, essas ações de
resistência, aparentemente insignificantes, colocam em movimento as relações e podem
alterar a realidade de uma ordem imposta ou dominante, em um jogo vivido cotidiana e mais
ou menos silenciosamente.
A expressão “Ainda que” (ℓ.1) poderia ser substituída por Embora, sem prejuízo das relações
de coesão e dos sentidos originais do texto.
Comentário: A locução conjuntiva “Ainda que” tem valor adverbial concessivo, por isso pode ser
substituída pela conjunção de mesmo valor “embora”. Assim, a afirmação está correta.
Gabarito: C

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87. (CESPE / STM Analista Judiciário – 2018)


Fragmento do texto: Não sou de choro fácil, mas um composto orgânico cujas moléculas
contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e o funcionamento de todos
os seres vivos me comove. Cromossomas me animam, ribossomas me espantam. A divisão
celular não me deixa dormir, e olha que eu moro bem no meio das montanhas. De vez em
quando vejo passarem os aviões, mas isso nunca acontece de madrugada — a noite se
guarda toda para o infinito silêncio.
A substituição da expressão “e olha que eu moro bem no meio das montanhas” (linha 5) por
embora eu more entre montanhas manteria a coerência do trecho no qual se insere, mas
alteraria seu nível de formalidade.
Comentário: A expressão “e olha que” inicia, contextualmente, uma noção de contraste com a
informação anterior, por isso cabe a substituição desta pela conjunção adverbial concessiva
“embora” com os devidos ajustes. Note que o verbo “moro”, que se encontrava no presente do
indicativo, passa obrigatoriamente para o presente do subjuntivo “more”. Naturalmente você
também percebeu que morar no meio das montanhas é o mesmo que morar entre montanhas.
Por tudo isso, a afirmação está correta.
Gabarito: C

88. (CESPE / TCE PB Agente de documentação – 2018)


No texto, as relações sintático-semânticas do período “Embora fosse temido, o apagamento
era necessário, assim como o esquecimento também o é para a memória” seriam preservadas
caso a conjunção “Embora” fosse substituída por
a) Por conseguinte.
b) Ainda que.
c) Consoante.
d) Desde que.
e) Uma vez que.
Comentário: A conjunção “Embora” é subordinada adverbial concessiva, por isso pode ser
substituída pela locução conjuntiva “Ainda que”.
O conectivo “Por conseguinte” é coordenativo conclusivo, “Consoante” é conjunção
subordinativa de conformidade, “Desde que” é locução conjuntiva condicional, causal ou temporal,
e “uma vez que” é locução causal ou condicional.
Gabarito: B

89. (CESPE / PC SE Delegado 2018)


Fragmento do texto: A existência da polícia se justifica pela imprescindibilidade dessa agência
de segurança para a viabilidade do poder de coerção estatal. Em outras palavras, como atestam
clássicos do pensamento político, a sua ausência culminaria na impossibilidade de manutenção

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de relações pacificadas. Devido a seu protagonismo e sua importância na organização e


garantia da reprodução das normas legais, o Estado democrático não pode abdicar dessa
instituição.
Na linha 3, o termo “como” estabelece uma comparação de igualdade entre o que se afirma
no primeiro período do texto e a informação presente na oração “a sua ausência culminaria na
impossibilidade de manutenção de relações pacificadas” (ℓ. 3 e 4).
Comentário: A oração “como atestam clássicos do pensamento político” é subordinada adverbial
conformativa e, para confirmar, podemos trocar a conjunção “como” por “conforme”, “segundo”,
“consoante”. Assim, não cabe a noção de comparação e a afirmação está errada.
Gabarito: E

90. (CESPE / TCM BA Auditor de Controle Externo – 2018)


Fragmento do texto: Ainda existem pessoas para as quais a greve é um “escândalo”: isto é,
não só um erro, uma desordem ou um delito, mas também um crime moral, uma ação
intolerável que perturba a própria natureza. “Inadmissível”, “escandalosa”, “revoltante”, dizem
alguns leitores do Figaro, comentando uma greve recente. Para dizer a verdade, trata-se de
uma linguagem do tempo da Restauração, que exprime a sua mentalidade profunda. É a época
em que a burguesia, que assumira o poder havia pouco tempo, executa uma espécie de junção
entre a moral e a natureza, oferecendo a uma a garantia da outra. Temendo-se a
naturalização da moral, moraliza-se a natureza; finge-se confundir a ordem política e a ordem
natural, e decreta-se imoral tudo o que conteste as leis estruturais da sociedade que se quer
defender. Para os prefeitos de Carlos X, assim como para os leitores do Figaro de hoje, a greve
constitui, em primeiro lugar, um desafio às prescrições da razão moralizada: “fazer greve é
zombar de todos nós”, isto é, mais do que infringir uma legalidade cívica, é infringir uma
legalidade “natural”, atentar contra o bom senso, misto de moral e lógica, fundamento
filosófico da sociedade burguesa.
Nesse caso, o escândalo provém de uma ausência de lógica: a greve é escandalosa porque
incomoda precisamente aqueles a quem ela não diz respeito. É a razão que sofre e se revolta:
a causalidade direta, mecânica, essa causalidade é perturbada; o efeito se dispersa
incompreensivelmente longe da causa, escapa-lhe, o que é intolerável e chocante. Ao contrário
do que se poderia pensar sobre os sonhos da burguesia, essa classe tem uma concepção
tirânica, infinitamente suscetível, da causalidade: o fundamento da moral que professa não é
de modo algum mágico, mas, sim, racional. Simplesmente, trata-se de uma racionalidade
linear, estreita, fundada, por assim dizer, numa correspondência numérica entre as causas e os
efeitos. O que falta a essa racionalidade é, evidentemente, a ideia das funções complexas, a
imaginação de um desdobramento longínquo dos determinismos, de uma solidariedade entre
os acontecimentos, que a tradição materialista sistematizou sob o nome de totalidade.
Assinale a opção que apresenta trecho do texto que expressa uma ideia de comparação.
a) “mas também um crime moral” (linhas 2 e 3)
b) “mais do que infringir uma legalidade cívica” (linha 15)

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c) “a quem ela não diz respeito” (linha 19)


d) “o que é intolerável e chocante” (linha 22)
e) “que a tradição materialista sistematizou sob o nome de totalidade” (linhas 30 e 31)
Comentário: A alternativa (B) é a correta, pois há a expressão correlativa comparativa de
superioridade “mais do que”.
Gabarito: B

91. (CESPE / SEFAZ RS Auditor – 2018)


Fragmento do texto: Quem me lê poderá objetar que basta a gente passar os olhos pelo jornal
desta manhã para verificar que o mundo nunca teve tantas e tão dramáticas porteiras como
em nossos dias... Mas que importa? Um dia as porteiras hão de cair, ou alguém as derrubará.
“Para erguer outras ainda mais terríveis” — replicará o leitor cético. Ora, amigo, precisamos
ter na vida um mínimo de otimismo e esperança para poder ir até ao fim da picada. Você não
concorda? Ô mundo velho sem porteira!
Em relação ao trecho “ou alguém as derrubará” (linhas 3 e 4) no texto, a oração ‘Para erguer
outras ainda mais terríveis’ (linha 4) transmite uma ideia de
a) conformidade.
b) condição.
c) causa.
d) proporção.
e) propósito.
Comentário: A preposição “Para” tem valor de finalidade. Como não há tal palavra dentre as
alternativas, o vocábulo que se aproxima desse sentido é “propósito”. Assim, a alternativa correta é
a (E).
Gabarito: E

92. (CESPE / IFF Assistente de Educação 2018)


Fragmento do texto: Assim, é comum que pais com baixa escolaridade lutem para que os filhos
tenham acesso a um ensino de qualidade, sem reivindicar para si mesmos o direito que lhes foi
violado.
A oração “para que os filhos tenham acesso a um ensino de qualidade” (ℓ. 1 e 2) expressa
circunstância de
a) finalidade.
b) causa.
c) modo.
d) proporção.

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e) concessão.
Comentário: A locução conjuntiva “para que” transmite valor de finalidade, por isso a alternativa (A)
é a correta.
Gabarito: A

93. (CESPE / IFF Superior 2018)


Fragmento do texto: Volto aos “Cangaceiros” e desde logo tudo o que vi e senti se refugia no
fundo da sensibilidade, para que a narrativa corra, como em leito de rio que a estiagem secara,
mas que as águas novas enchem, outra vez, de correntezas.
A locução conjuntiva “para que” (linha 2) introduz uma consequência do trecho “desde logo
tudo o que vi e senti se refugia no fundo da sensibilidade” (linhas 1 e 2).
Comentário: A locução conjuntiva “para que” transmite um valor de finalidade, e não de
consequência. Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E

94. (CESPE / EMAP Cargos de nível médio 2018)


Fragmento do texto: A crescente internacionalização da economia, decorrente,
principalmente, da redução de barreiras ao comércio mundial, da maior velocidade das
inovações tecnológicas e dos grandes avanços nas comunicações, tem exigido mudanças
efetivas na atuação do comércio internacional.
A abordagem desse tipo de comércio, inevitavelmente, passa pela concorrência, visto que
é por meio da garantia e da possibilidade de entrar no mercado internacional, de estabelecer
permanência ou de engendrar saída, que se consubstancia a plena expansão das atividades
comerciais e se alcança o resultado último dessa interatuação: o preço eficiente dos bens e
serviços.
A oração introduzida pela locução “visto que” (linhas 5 e 6) explica o porquê de ser necessário
considerar a concorrência na abordagem do comércio internacional.
Comentário: A locução conjuntiva “visto que” é causal e naturalmente expressa o motivo de algo.
Neste caso, o motivo de ser necessário considerar a concorrência na abordagem do comércio
internacional, pois o texto afirma que a abordagem desse tipo de comércio (comércio internacional),
inevitavelmente, passa pela concorrência.
Assim, a afirmação está correta.
Gabarito: C

95. (CESPE / MP PI Analista 2018)


Fragmento do texto: Por duas razões: em primeiro lugar, porque constitui uma prova tão forte
que não há necessidade de acrescentar outras, nem de entrar na difícil e duvidosa
combinatória dos indícios; a confissão, desde que seja devidamente feita, quase exime o
acusador de fornecer outras provas (em todo o caso, as mais difíceis); em segundo, a única

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maneira para que esse procedimento perca toda a sua autoridade unívoca e para que se torne
uma vitória efetivamente obtida sobre o acusado, a única maneira para que a verdade exerça
todo o seu poder, é que o criminoso assuma o seu próprio crime e assine aquilo que foi sábia
e obscuramente construído pela investigação.
O trecho “que não há (...) indícios” (linhas 2 e 3) exprime uma noção de consequência.
Comentário: A conjunção “que” é precedida do intensificador “tão” (tão forte que). Assim, a oração
“que não há necessidade” é subordinada adverbial consecutiva e ela é estendida pelas orações
subordinadas substantivas completivas nominais reduzidas de infinitivo e coordenadas entre si “de
acrescentar outras” e “nem de entrar na difícil e duvidosa combinatória dos indícios”.
Assim, a afirmação está correta.
Gabarito: C

96. (CESPE / IPHAN Nível médio – 2018)


Fragmento do texto: A criança sempre foi vista como símbolo do futuro, como parte de um
discurso ancorado tanto na retórica ufanista do texto político quanto no discurso cristão,
responsável pela defesa de uma imagem de inocência infantil. Pautado pelo princípio
teleológico do tempo, o presente irá atuar nesses discursos como instrumento de mediação
para que se conserve a lição do passado como intocável e permanente.
Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos originais do texto, o trecho “para que se
conserve a lição do passado como intocável e permanente” (ℓ. 5) poderia ser reescrito da
seguinte forma: afim de conservar, intocável e permanentemente, a lição do passado.
Comentário: A questão pede a reescrita de uma oração subordinada adverbial de finalidade
desenvolvida para uma reduzida, porém notamos que a locução prepositiva de finalidade é “a fim
de”, e não “afim”. Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E

97. (CESPE / EBSERH Técnico – 2018)


Fragmento do texto: Naquele período, além dos incentivos ao casamento e à reprodução, vigia
uma legislação que proibia o uso de métodos contraceptivos e o aborto: o Decreto Federal n.º
20.291, de 1932, que vedava a prática médica que tivesse por fim impedir a concepção ou
interromper a gestação, e a Lei das Contravenções Penais, sancionada em 1941, que proibia
“anunciar processo, substância ou objeto destinado a provocar o aborto ou evitar a gravidez”.
A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados caso o trecho “que tivesse por
fim impedir a concepção” (linhas 3 e 4) fosse assim reescrito: adotada afim de impedir a
concepção.
Comentário: A expressão “que tivesse”, ao ser substituída por “adotada”, deixa de transmitir uma
suposição para transmitir um fato, algo já praticado. Assim, há mudança de sentido original. Além
disso, a locução prepositiva de valor de finalidade é “a fim de”, e não “afim de”.
Assim, a afirmação está errada.

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Gabarito: E

98. (CESPE / ABIN Oficial de Inteligência – 2018)


Fragmento do texto: A máquina replicava os rotores do sistema alemão e tentava reproduzir
diferentes combinações de posições dos rotores para testar possíveis soluções.
No trecho “para testar possíveis soluções” (linhas 2 e 3), o emprego da preposição “para”, além
de contribuir para a coesão sequencial do texto, introduz, no período, uma ideia de finalidade.
Comentário: Podemos trocar a preposição “para” por “a fim de”, “com o intuito de”. Assim,
entendemos o valor de finalidade e a firmação está correta.
Gabarito: C

99. (CESPE / CGM João Pessoa PB Técnico – 2018)

No trecho “Tentar subornar o guarda para evitar multas”, a oração “para evitar multas”
expressa a causa, o motivo que leva alguém a cometer suborno.
Comentário: Podemos trocar a preposição “para” por “a fim de”, “com o intuito de”. Assim,
entendemos o valor de finalidade, e não de causa.
Por isso, a afirmação está errada.
Gabarito: E

100. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)


Fragmento do texto: O estado de São Paulo realiza o chamado “dia D” da vacinação contra a
febre amarela em 54 cidades da Grande São Paulo, do Vale do Paraíba e da Baixada Santista.
O governo do estado pretende imunizar 9,2 milhões de pessoas. Para se vacinar, as pessoas
devem apresentar documento de identidade e carteiras do SUS e de vacinação.
Em “Para se vacinar, as pessoas precisam de documento de identidade e carteiras do SUS e de
vacinação” (linhas 4 e 5), a preposição “Para” exerce o papel de conectivo e introduz uma
oração que expressa finalidade.
Comentário: Podemos trocar a preposição “para” por “a fim de”, “com o intuito de”. Assim,
entendemos o valor de finalidade e a afirmação está correta.

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Gabarito: C

101. (CESPE / SEFAZ RS Auditor – 2018)


Fragmento do texto: Quem me lê poderá objetar que basta a gente passar os olhos pelo jornal
desta manhã para verificar que o mundo nunca teve tantas e tão dramáticas porteiras como
em nossos dias... Mas que importa? Um dia as porteiras hão de cair, ou alguém as derrubará.
“Para erguer outras ainda mais terríveis” — replicará o leitor cético. Ora, amigo, precisamos
ter na vida um mínimo de otimismo e esperança para poder ir até ao fim da picada. Você não
concorda? Ô mundo velho sem porteira!
Em relação ao trecho “ou alguém as derrubará” (linha 4) no texto, a oração ‘Para erguer outras
ainda mais terríveis’ (linhas 4 e 5) transmite uma ideia de
a) conformidade.
b) condição.
c) causa.
d) proporção.
e) propósito.
Comentário: A preposição “Para” tem valor de finalidade. Como não há tal palavra dentre as
alternativas, o vocábulo que se aproxima desse sentido é “propósito”. Assim, a alternativa correta é
a (E).
Gabarito: E

102. (CESPE / IFF Cargos de nível superior – 2018)


Fragmento do texto: Além de participar das oficinas, é preciso ter dedicação. A pedagoga
acrescenta que a maioria dos alunos é composta por adultos, que, diferentemente das crianças,
têm maior capacidade de concentração ao estudar em casa. Apesar das exigências, o método
de ensino permite que o aluno organize seu próprio horário de estudos e concilie a graduação
com um emprego.
No texto a oração “ao estudar em casa” (linha 3) tem sentido equivalente ao da oração
A ao passo que estudam em casa.
B ainda que estudem em casa.
C quando estudam em casa.
D porque estudam em casa.
E por estudarem em casa.
Comentário: Pelo contexto, conseguimos entender um valor temporal na oração “ao estudar em
casa”, isto é, “quando estuda em casa”.
Assim, a alternativa (C) é a correta.

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Note que “ao passo que” transmite noção de proporção ou adversidade; “ainda que”
transmite noção adverbial concessiva; “porque” e “por” transmitem circunstância de causa.
Gabarito: C

103. (CESPE / ABIN Oficial de Inteligência – 2018)


Fragmento do texto: Após espiões poloneses terem roubado uma cópia da máquina, Turing e
o campeão de xadrez Gordon Welchman construíram uma réplica da Enigma na base militar de
Bletchey Park.
A vírgula logo após o termo “máquina” (linha 2) poderia ser eliminada sem prejuízo para a
correção gramatical do período no qual ela aparece.
Comentário: A vírgula separa a oração subordinada adverbial temporal reduzida de infinitivo e
antecipada “Após espiões poloneses terem roubado uma cópia da máquina”. Assim, tal vírgula é
obrigatória e a afirmação está errada.
Gabarito: E

104. (CESPE / IHBDF Técnico de Enfermagem – 2018)


Fragmento do texto: Surpresas fazem parte da rotina de um socorrista. Quando um chamado
chega via 192, as informações nem sempre vêm de acordo com a real situação.
O elemento “Quando” (linha 2) introduz no texto uma oração condicional, podendo ser
substituído por Se.
Comentário: A conjunção “Quando” traduz um valor adverbial temporal, e não condicional. Note
que não há uma suposição ou condição, mas tempo.
Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E

105. (CESPE / PC MA Escrivão – 2018)


O ano de 2017 foi o mais seguro da história da aviação comercial, de acordo com a
organização holandesa Aviation Safety Network (ASN). Foram dez acidentes — nenhum deles
envolvendo linhas comerciais regulares —, com 79 mortos, 44 entre passageiros e tripulantes
e outras 35 pessoas que estavam em terra.
Em 2016, foram registrados 16 acidentes, com 303 vítimas fatais, e o último episódio, com
um avião de passageiros de maiores proporções: a queda do Avro RJ85, operado pela empresa
LaMia, próximo de Medellín, na Colômbia. O desastre, que completou um ano no último dia 28
de novembro, matou 71 pessoas, em sua maior parte atletas do time brasileiro da
Chapecoense.
“Desde 1997 a média de acidentes tem caído de forma contínua e persistente”, disse o
presidente da ASN, destacando os esforços da Organização Internacional da Aviação Civil e da
Fundação de Segurança no Voo para melhorar os padrões de segurança da indústria de aviação.

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A pontuação empregada no texto permaneceria correta se,


I no primeiro parágrafo, o segundo travessão fosse eliminado.
II na linha 1, fosse inserida vírgula logo após “2017”.
III na linha 12, fosse inserida vírgula logo após ‘1997’.
IV na linha 13, a vírgula logo após ‘persistente’ fosse eliminada.
Assinale a opção correta.
a) Nenhum item está certo.
b) Apenas o item III está certo.
c) Apenas o item IV está certo.
d) Apenas os itens I e II estão certos.
e) Todos os itens estão certos.
Comentário: A primeira afirmação está errada, pois os travessões sinalizam a intercalação do
comentário à parte do autor “nenhum deles envolvendo linhas comerciais regulares”, por isso não
podem ser excluídos. Assim, já eliminamos as alternativas (D) e (E).
A segunda afirmação está errada, pois não cabe vírgula entre o sujeito “O ano de 2017” e o
verbo “foi”.
A terceira afirmação está correta, pois “Desde 1997” é um adjunto adverbial temporal
antecipado, por isso pode ser separado por vírgula. Com base nisso, podemos eliminar as
alternativas (A) e (C), restando a (B) como a correta.
Note que a quarta afirmação está errada, pois a vírgula após “persistente” destaca a voz do
narrador, dentro de um discurso direto. Assim, tal vírgula é obrigatória.
Gabarito: B

106. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário Taquígrafo – 2017)


Fragmento do texto: A linguagem ideal seria aquela em que cada palavra designasse apenas
uma coisa, correspondesse a uma só ideia ou conceito, tivesse um só sentido. Como tal não
ocorre em nenhuma língua conhecida, as palavras são, por natureza, enganosas, porque
polissêmicas ou plurivalentes.
Isoladas de contexto ou situação, as palavras quase nada significam de maneira precisa,
inequívoca (Ogden e Richards são radicais: “as palavras nada significam por si mesmas”): “...o
que determina o valor da palavra é o contexto, o qual, a despeito da variedade de sentidos de
que a palavra seja suscetível, lhe impõe um valor ‘singular’; é o contexto também que a liberta
de todas as representações passadas, nela acumuladas pela memória, e que lhe atribui um
valor ‘atual’”.
O vocábulo “Como” (linha 3) introduz no segundo período uma ideia de comparação.

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Comentário: Podemos trocar a conjunção “como” por “já que”, “uma vez que”, “porque”. Assim,
notamos que há valor causal, e não de comparação. Portanto a afirmação está errada.
Gabarito: E

107. CESPE / TRE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: A ética e a cidadania não se desvinculam da questão dos princípios da
ação do Estado e da moralidade administrativa, uma vez que, por mais alargados que pareçam
os direitos e as esferas individuais — as quais parecem ser extremamente flexíveis nos atuais
contextos —, urge que sejam regulamentadas as vinculações estreitas que existem entre
esferas individuais e esferas coletivas, pressupondo-se, assim, níveis de avanço no campo do
progresso moral da sociedade.
No texto, a locução “uma vez que” (linha 2) introduz no período em que ocorre uma ideia de
a) causa.
b) consequência.
c) conclusão.
d) finalidade.
e) condição.
Comentário: A locução conjuntiva “uma vez que” basicamente por ter dois valores adverbiais:
a) Pode transmitir condição, quando podemos substituir tal locução por “caso”. Além disso, o verbo
deve se encontrar no modo subjuntivo:
Uma vez que você estude, passará no concurso.
Caso você estude, passará no concurso.
b) Pode transmitir causa, quando podemos substituir por “já que”, “porque”. Além disso, o verbo
deve se encontrar no modo indicativo:
Uma vez que você estudou, passou no concurso.
Já que você estudou, passou no concurso.
Dessa forma, fica fácil observar que a locução conjuntiva neste contexto tem valor causal e a
alternativa (A) é a correta.
Gabarito: A

108. (CESPE / TRE BA Analista – 2017)


Fragmento do texto: Gregos que enriqueceram como comerciantes e armadores não eram
iguais àqueles que possuíam a propriedade da terra e do conhecimento, de modo que não
reuniam os critérios para uma igual participação na formulação das leis.
Seriam mantidos a correção gramatical e o sentido original do texto caso a expressão “de modo
que” (linha 3) fosse substituída por

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a) enfim.
b) logo.
c) de sorte que.
d) desde que.
e) a fim de que.
Comentário: A locução conjuntiva subordinada adverbial “de modo que” tem valor consecutivo e
pode ser substituída pela locução de mesmo valor semântico “de sorte que”. Assim, a alternativa (C)
é a correta.
Gabarito: C

109. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário Taquígrafo – 2017)


Fragmento do texto: O espaço urbano foi organizado de sorte a favorecer as operações de
circulação, compra e venda de mercadorias; e, ao mesmo tempo, nele se oferece ao consumo
uma diversidade de localizações, paisagens, topografias físicas e simbólicas que são de
diferentes modos incorporadas à dinâmica mercantil. Hoje, podemos talvez acrescentar que a
cidade se torna o lugar do consumismo e do consumismo de lugar.
A locução “de sorte a” (linha 1) introduz a consequência decorrente do modo como o espaço
urbano foi organizado, de acordo com o texto.
Comentário: A locução conjuntiva “de sorte que” inicia uma oração subordinada adverbial
consecutiva desenvolvida, a locução prepositiva “de sorte a” inicia uma oração subordinada
adverbial consecutiva reduzida de infinitivo. Assim, realmente tal locução inicia uma consequência
e a afirmação está correta.
Gabarito: C

110. (CESPE / CBM AL Combatente – 2017)


Fragmento do texto: Quem quer que tenha tido ocasião de visitar os museus de Hiroshima e
Nagasaki não pode deixar de refletir com apreensão sobre o destino da humanidade e da
civilização, tal como as conhecemos, caso ocorra uma confrontação entre potências
possuidoras de armamento atômico.
Os sentidos do texto seriam preservados se o termo “caso” (linha 3) fosse substituído por ainda
que.
Comentário: A conjunção “caso” é condicional. Assim, não cabe a substituição pela locução
conjuntiva “ainda que”, a qual tem valor adverbial concessivo.
Portanto, a afirmação está errada.
Gabarito: E

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111. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: A Constituição de 1988 contém uma norma que protege os animais,
independentemente de sua origem ou classificação. Porém, a proteção que lhes é garantida
baseia-se em um argumento puramente utilitarista: os animais são protegidos com a finalidade
de garantir um hábitat saudável às atuais e futuras gerações humanas.
Desprovidos de valor próprio e de relevância jurídica no direito penal, os animais são tema
de direito civil. Ainda são estudados na atualidade brasileira, sob a influência do direito romano,
como simples coisas semoventes, como se desprovidos fossem da capacidade de sentir dor ou
apego. Em jurisprudência majoritária, são apenas objetos que possuem a capacidade de se
mover e que podem proporcionar lucros aos seus proprietários.
A oração “Desprovidos de valor próprio e de relevância jurídica no direito penal” (linha 6)
introduz no período uma ideia de concessão, razão por que poderia ser corretamente
introduzida por Embora, feito o devido ajuste na inicial maiúscula da palavra “Desprovidos”.
Comentário: Pode-se entender um valor de causa entre “Desprovidos de valor próprio e de
relevância jurídica no direito penal” e “os animais são tema de direito civil”, e não de concessão,
como sugere a afirmação com a conjunção “Embora”.
Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E

112. (CESPE / SEEDF nível superior – 2017)


Fragmento do texto: As críticas à extrema confiança que demos à ciência como forma única de
conhecimento são muitas e espalham-se em diversas frentes. Embora não possamos
desconsiderar o avanço científico a que os últimos séculos assistiram — as revoluções
consideráveis no campo da medicina, da física, da química e das próprias ciências sociais e
humanas —, essa ciência capitalista, androcêntrica e colonial não tem conseguido dar conta de
resolver o problema que ela própria ajudou a construir.
O conectivo “Embora” (linha 3) introduz no período em que ocorre uma ideia de concessão.
Comentário: A conjunção “Embora” sempre terá valor adverbial concessivo. Assim, a afirmação está
correta.
Gabarito: C

113. (CESPE / TRE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: A ética e a cidadania não se desvinculam da questão dos princípios da
ação do Estado e da moralidade administrativa, uma vez que, por mais alargados que pareçam
os direitos e as esferas individuais — as quais parecem ser extremamente flexíveis nos atuais
contextos —, urge que sejam regulamentadas as vinculações estreitas que existem entre
esferas individuais e esferas coletivas, pressupondo-se, assim, níveis de avanço no campo do
progresso moral da sociedade.

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A correção gramatical do texto seria mantida caso fosse suprimida a vírgula empregada
imediatamente após o travessão na linha 4.
Comentário: O que se encontra entre travessões é uma oração subordinada adjetiva explicativa. Tal
oração é uma extensão da oração subordinada adverbial concessiva intercalada “por mais alargados
que pareçam os direitos e as esferas individuais”. Assim, tal estrutura adverbial intercalada deve
permanecer com suas duas vírgulas. Confirme:
A ética e a cidadania não se desvinculam da questão dos princípios da ação do Estado e da
moralidade administrativa, uma vez que, por mais alargados que pareçam os direitos e as esferas
individuais — as quais parecem ser extremamente flexíveis nos atuais contextos —, urge que sejam
regulamentadas as vinculações estreitas que existem entre esferas individuais e esferas coletivas,
pressupondo-se, assim, níveis de avanço no campo do progresso moral da sociedade.
Dessa forma, a afirmação está errada. ==2b573==

Gabarito: E

114. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)


Fragmento do texto: A experimentação é característica dos processos de aquisição de
conhecimentos. Ao adquirir a escrita, a criança testa hipóteses já construídas acerca desse
sistema. Pode-se pensar então que, mesmo antes de entrar para a escola, o aprendiz, graças
às práticas de letramento às quais está exposto cotidianamente, já construiu suas hipóteses no
que diz respeito à segmentação da escrita. No entanto, ao testá-las, o que se lhe apresenta é a
dúvida sobre o lugar em que espaços devem ser inseridos na escrita. Para a resolução desse
problema, é necessário que o aprendiz cumpra a complexa tarefa de compreender o que é uma
palavra.
O emprego das vírgulas no terceiro período do texto justifica-se pela mesma regra de
pontuação.
Comentário: A afirmação está correta, pois as duplas vírgulas ocorreram por separarem estruturas
adverbiais intercaladas. Veja:
Pode-se pensar então que, mesmo antes de entrar para a escola, o aprendiz, graças às práticas de
letramento às quais está exposto cotidianamente, já construiu suas hipóteses no que diz respeito à
segmentação da escrita.
Gabarito: C

115. (CESPE / PJC MT Delegado – 2017)


Fragmento do texto: Mais valeria que a vida atravessasse as páginas da Lei Maior a se traduzir
em palavras que fossem apenas a revelação da justiça. Quando os descaminhos não
conduzirem a isso, competirá ao homem transformar a lei na vida mais digna para que a
convivência política seja mais fecunda e humana.
Sem prejuízo para a coerência e para a correção gramatical do texto, a conjunção “Quando”
(linha 3) poderia ser substituída por

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a) Se.
b) Caso.
c) À medida que.
d) Mesmo se.
e) Apesar de.
Comentário: A conjunção “Quando” tem valor natural de tempo e, secundariamente, admite-se o
valor condicional. Mas sempre devemos analisar o contexto.
Neste contexto, o resultado de “não conduzirem a isso” é o futuro do indicativo “competirá”.
Assim, notamos o valor de condição.
Observando as alternativas, certamente você notou que não cabe concessão, como “apesar
de” ou “mesmo se”.
Além disso, não cabe o valor de proporção, como em “à medida que”.
Assim, resta o valor condicional e note que as alternativas (A) e (B) apresentam tal valor.
Porém, devemos notar que o verbo “conduzirem” no futuro do subjuntivo, o que é admitido pela
conjunção “se”, mas não pela conjunção “caso”. Assim, a alternativa correta é a (A).
Gabarito: A

116. (CESPE / TRE TO Técnico – 2017)


Fragmento do texto: Somente em um sistema de democracia indireta ou representativa
existem partidos políticos. A democracia indireta ou representativa, segundo Kelsen, é aquela
em que a função legislativa é exercida por um parlamento eleito pelo povo, e as funções
administrativa e judiciária são exercidas por funcionários igualmente escolhidos por um
eleitorado. Dessa forma, um governo é representativo quando os seus funcionários, durante a
ocupação do poder, refletem a vontade do eleitorado e são responsáveis para com este.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso a expressão “quando”
(linha 6) fosse substituída por
a) conquanto.
b) à medida que.
c) enquanto.
d) se.
e) bem como.
Comentário: Nós notamos que a conjunção “quando” pode traduzir um valor temporal e
condicional. Assim, devemos ter cuidado com o contexto para saber a diferença.
Como se trata de uma questão com resposta por alternativa, devemos eliminar as erradas.
Note que não cabe no contexto o valor concessivo de “conquanto”, nem proporcional de “à medida
que”, muito menos o de adição de “bem como”.

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Assim, sobraram justamente as conjunções “enquanto” (temporal) e “se” (condicional).


Entendemos do contexto que um governo é representativo numa determinada situação, isto
é, se satisfizer determinada condição: se os seus funcionários, durante a ocupação do poder, refletem
a vontade do eleitorado e são responsáveis para com este.
Atente agora na substituição pela conjunção temporal “enquanto”. Tal palavra tira a noção
condicional e transmite a ideia de tempo concomitante, o que muda o sentido. Confronte as três
formas e me diga o que achou?
Dessa forma, um governo é representativo quando os seus funcionários, durante a ocupação do
poder, refletem a vontade do eleitorado e são responsáveis para com este.
Dessa forma, um governo é representativo enquanto os seus funcionários, durante a ocupação do
poder, refletem a vontade do eleitorado e são responsáveis para com este.
Dessa forma, um governo é representativo se os seus funcionários, durante a ocupação do poder,
refletem a vontade do eleitorado e são responsáveis para com este.
Não se quer dizer no contexto que um governo é representativo somente no momento em
que os seus funcionários, durante a ocupação do poder, refletem a vontade do eleitorado e são
responsáveis para com este, mas na condição de eles, durante a ocupação do poder, refletirem a
vontade do eleitorado e serem responsáveis para com este.
Assim, notamos o valor condicional e a alternativa correta é a (D).
Gabarito: D

117. (CESPE / TRE BA Analista – 2017)


Fragmento do texto: Desde que a urna eletrônica foi adotada em todo o território brasileiro,
votar passou a ser uma atividade relativamente simples. Diante da urna, o eleitor pode seguir
quatro caminhos diferentes. É possível deixar o voto em branco; para isso, basta apertar a tecla
branca.
No período que inicia o texto, a locução “Desde que” (linha 1) introduz uma ideia de
a) proporcionalidade.
b) tempo.
c) causa.
d) consequência.
e) condição.
Comentário: Pelo contexto, podemos entender que a locução conjuntiva “desde que” pode ser
substituída por “desde quando”. Assim, tem valor temporal e a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

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118. (CESPE / TRE BA Analista – 2017)


Desde que a urna eletrônica foi adotada em todo o território brasileiro, votar passou a ser
uma atividade relativamente simples. Diante da urna, o eleitor pode seguir quatro caminhos
diferentes. É possível deixar o voto em branco; para isso, basta apertar a tecla branca. A
segunda opção é digitar um número que não corresponda a nenhum dos candidatos ou
partidos e, com isso, anular o voto. A terceira opção é digitar o número de um partido e votar
“na legenda”. Por fim, é possível escolher um candidato específico digitando-se o seu número.
Até meados da década de 90 do século XX, ainda na era da cédula de papel, a apuração
geralmente era feita em ginásios esportivos e durava muitos dias. As pessoas que tiveram a
oportunidade de ver uma dessas apurações devem se lembrar das fases da contagem de votos.
Inicialmente, os votos em branco eram carimbados para evitar que eles fossem preenchidos
de maneira fraudulenta durante o cômputo. Os votos nulos eram separados em uma pilha
específica. Depois de contados os votos, os boletins de cada urna eram preenchidos, enviados
para níveis superiores de apuração e totalizados. Hoje os poderosos computadores da justiça
eleitoral em Brasília são capazes de proclamar, em poucas horas, quais foram, entre os
milhares de candidatos, os eleitos.
Prejudicaria a correção gramatical e o sentido original do texto a inserção de uma vírgula logo
após
a) “adotada” (linha 1).
b) “opção” (linha 4).
c) “específico” (linha 7).
d) “carimbados” (linha 13).
e) “Hoje” (linha 17).
Comentário: Na alternativa (A), a inserção da vírgula após “adotada” é possível, tendo em vista que
isso faria com que o adjunto adverbial intercalado ficasse entre duas vírgulas. Confirme:
Desde que a urna eletrônica foi adotada, em todo o território brasileiro, votar passou a ser uma
atividade relativamente simples.
A alternativa (B) é a que deve ser marcada, tendo em vista que não pode haver vírgula entre
o sujeito “A segunda opção” e o verbo “é”.
Na alternativa (C), a inserção da vírgula ocorre tendo em vista que a oração subordinada
reduzida de gerúndio deve ser precedida de vírgula. Confirme:
Por fim, é possível escolher um candidato específico, digitando-se o seu número.
Na alternativa (D), a inserção da vírgula ocorre para separar a oração subordinada adverbial
de finalidade, que se encontra após a oração principal. Confirme:
Inicialmente, os votos em branco eram carimbados, para evitar que eles fossem preenchidos de
maneira fraudulenta durante o cômputo.

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Na alternativa (E), a inserção da vírgula ocorre para separar o adjunto adverbial de tempo
“Hoje”. Confirme:
Hoje, os poderosos computadores da justiça eleitoral em Brasília são capazes de proclamar, em
poucas horas, quais foram, entre os milhares de candidatos, os eleitos.
Gabarito: B

119. (CESPE / SEEDF nível superior – 2017)


Fragmento do texto: Um estudo coordenado pela Fundação Getúlio Vargas aponta que,
enquanto 80% dos professores de educação infantil da rede pública do país têm nível superior
completo, 65,6% dos docentes dessa mesma etapa na rede privada têm igual escolaridade.
A correção gramatical do texto seria mantida caso a vírgula empregada logo depois de “que”
(linha 2) fosse suprimida.
Comentário: A oração “enquanto 80% dos professores de educação infantil da rede pública do país
têm nível superior completo” é subordinada adverbial intercalada e deve permanecer entre duas
vírgulas. Assim, não cabe a supressão da primeira, por isso a afirmação está errada.
Gabarito: E

120. (CESPE / TRE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: Acompanhando essa tendência, a área educacional, em especial a da
educação profissional, tem multiplicado os sentidos e usos da palavra competência. Por
exemplo, ao se discutir uma proposta educacional baseada em competências, é importante
especificar o conceito de competência adotado e a forma como ele é utilizado para se discutir
o modelo pedagógico decorrente.
No texto, a oração “ao se discutir uma proposta educacional baseada em competências” (linhas
3 e 4) exprime, no período em que ocorre, uma ideia de
a) finalidade.
b) conclusão.
c) causa.
d) consequência.
e) tempo.
Comentário: Note que podemos inserir nesta oração a conjunção temporal “quando”. Compare:
Por exemplo, ao se discutir uma proposta educacional baseada em competências, é importante
especificar o conceito de competência adotado e a forma como ele é utilizado para se discutir o
modelo pedagógico decorrente.
Por exemplo, quando se discute uma proposta educacional baseada em competências, é importante
especificar o conceito de competência adotado e a forma como ele é utilizado para se discutir o
modelo pedagógico decorrente.

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Assim, a alternativa (E) é a correta.


Gabarito: E

121. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário Taquígrafo – 2017)


Fragmento do texto: A linguagem ideal seria aquela em que cada palavra designasse apenas
uma coisa, correspondesse a uma só ideia ou conceito, tivesse um só sentido. Como tal não
ocorre em nenhuma língua conhecida, as palavras são, por natureza, enganosas, porque
polissêmicas ou plurivalentes.
Isoladas de contexto ou situação, as palavras quase nada significam de maneira precisa,
inequívoca (Ogden e Richards são radicais: “as palavras nada significam por si mesmas”): “...o
que determina o valor da palavra é o contexto, o qual, a despeito da variedade de sentidos de
que a palavra seja suscetível, lhe impõe um valor ‘singular’; é o contexto também que a liberta
de todas as representações passadas, nela acumuladas pela memória, e que lhe atribui um
valor ‘atual’”.
A palavra “Isoladas” (linha 4) introduz uma oração reduzida que, no texto, apresenta valor
condicional.
Comentário: Veja como aqui neste contexto podemos entender um valor temporal ou condicional
nesta oração reduzida de particípio. Podemos entender que, quando estão isoladas de contexto ou
situação, as palavras quase nada significam de maneira precisa, inequívoca...; mas também podemos
entender que, se estiverem isoladas de contexto ou situação, as palavras quase nada significarão de
maneira precisa, inequívoca...
Só um detalhe: pela noção de hipótese apresentada no primeiro período, principalmente pela
combinação dos verbos “seria”, “designasse” e “correspondesse”, o valor condicional da oração
reduzida é mais forte.
Resumindo, a afirmação está correta.
Gabarito: C

122. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário Taquígrafo – 2017)


Fragmento do texto: A linguagem — seja ela oral ou escrita, seja mímica ou semafórica — é
um sistema de símbolos, signos ou signos-símbolos, voluntariamente produzidos e
convencionalmente aceitos, mediante o qual o ser humano se comunica com seus semelhantes,
expressando suas ideias, sentimentos ou desejos.
Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, a vírgula inserida logo após “semelhantes”
(linha 4) poderia ser suprimida.
Comentário: Apesar de a NGB não adotar uma possível 10ª circunstância das orações adverbiais, a
modal, notamos que a oração subordinada adverbial “expressando suas ideias, sentimentos ou
desejos” tem valor de modo, isto é, o modo como o ser humano se comunica com seus semelhantes
é expressando suas ideias, sentimentos ou desejos.
Como há uma oração adverbial após uma oração principal, a vírgula é facultativa.

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Assim, a afirmação está correta.


Gabarito: C

123. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: A preocupação do filósofo era levar as pessoas, por meio do
autoconhecimento, à sabedoria e à prática do bem. Para o filósofo grego, o papel do educador
é, portanto, o de ajudar o discípulo a caminhar nesse sentido, despertando sua cooperação para
que ele consiga, por si próprio, iluminar sua inteligência e sua consciência.
O trecho “para que ele consiga, por si próprio, iluminar sua inteligência e sua consciência”
(linha 4) expressa uma condição em relação à oração “despertando sua cooperação” (linha 4).
Comentário: A locução conjuntiva “para que” só pode ter valor de finalidade, nunca de condição.
Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E

124. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomata – 2017)


Fragmento do texto: Eu gostava de notar a adoração pela violência que as suas almas pacíficas
tinham, e a facilidade com que explicavam tudo e apresentavam remédios. Embora mais moço
que ele, várias vezes cheguei a sorrir aos seus entusiasmos.
A conjunção “Embora” (linha 3) pode ser substituída por Posto que, mantendo-se o sentido e
a correção gramatical do texto.
Comentário: A conjunção “Embora” só pode ter valor adverbial concessivo. A locução conjuntiva
“Posto que” também só pode ter valor adverbial concessivo. Assim, a troca de uma pela outra
preserva o sentido e a correção gramatical.
Gabarito: C

125. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomata – 2017)


Fragmento do texto: Pelo fato de ter remontado na tradução dos Salmos à poesia bíblica,
embora nada tenha de pré-romântico ele foi considerado mais ou menos precursor a partir do
decênio de 1830; mas é inexplicável que os românticos nunca tenham mencionado a Carta, que
poderia, na perspectiva deles, ser lida como verdadeiro manifesto modernizador.
A substituição da conjunção “embora” (linha 2) pela conjunção conquanto prejudicaria o
sentido original do texto.
Comentário: A conjunção “Embora” só pode ter valor adverbial concessivo. A conjunção
“conquanto” também só pode ter valor adverbial concessivo. Assim, a troca de uma pela outra
preserva o sentido e a correção gramatical. Como a questão afirmou que haveria prejuízo, está
errada.
Gabarito: E

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126. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomata – 2017)


Fragmento do texto: No plano cultural, satiriza a tirania da herança greco-latina e aspira a
algo diferente, que não formula, sendo porém significativo que enquanto menciona Homero
como exemplo de poeta desligado do real, fechado num mundo factício, louve um moderno,
Cervantes, que assim privilegia como autor de obra-prima mais adequada ao tempo, e que de
mais a mais reforça o seu propósito na Carta, por ser ela própria uma sátira contra costumes e
convenções cediças.
A substituição da oração relativa “que não formula” (linha 2) por embora não a formule
manteria o sentido original do texto e sua correção gramatical, desde que fossem mantidas as
vírgulas que isolam referida oração.
Comentário; A oração “que não formula” é subordinada adjetiva explicativa. Com a substituição por
uma oração iniciada pela conjunção subordinada adverbial concessiva “embora”, certamente haverá
mudança de sentido. Assim, a afirmação da questão está errada.
Gabarito: E

127. (CESPE / Prefeitura de São Luís - MA Técnico – 2017)


Fragmento do texto: Tinha chegado o tempo da colheita, era uma manhã risonha, e bela, como
o rosto de um infante, entretanto eu tinha um peso enorme no coração. Sim, eu estava triste, e
não sabia a que atribuir minha tristeza. Era a primeira vez que me afligia tão incompreensível
pesar.
No texto, o trecho “como o rosto de um infante” (linha 2) introduz uma ideia de
a) comparação.
b) contraste.
c) adição.
d) compensação.
e) intensidade.
Comentário: A conjunção “como” é comparativa e podemos inserir o verbo “era” que normalmente
fica subentendido. Veja:
Tinha chegado o tempo da colheita, era uma manhã risonha, e bela, como era o rosto de um infante,
entretanto eu tinha um peso enorme no coração.
Assim, a alternativa (A) é a correta.
Gabarito: A

128. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: As últimas décadas registraram o ressurgimento do campo do
conhecimento denominado políticas públicas, assim como das instituições, das regras e dos
modelos que regem sua decisão, elaboração, implementação e avaliação. A política pública
enquanto área de conhecimento e disciplina acadêmica surgiu nos Estados Unidos da América

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(EUA), em um rompimento com a tradição europeia de estudos e pesquisas nessa área, que se
concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas instituições do que na produção
dos governos.
A oração “que se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas instituições do
que na produção dos governos” (linhas 6 a 8) introduz, no período em que ocorre, além de uma
explicação sobre “estudos e pesquisas nessa área” (linha 6), uma comparação.
Comentário: Note que a oração “que se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas
instituições do que na produção dos governos” é subordinada adjetiva explicativa, pois é iniciada
com o pronome relativo “que” e precedida de vírgula. Assim, realmente ela transmite explicação.
Além disso, dentro desta oração, há um trecho comparativo aumentativo, por meio da
expressão “mais...do que”: “mais na análise sobre o Estado e suas instituições do que na produção
dos governos”.
Assim, sabemos que a afirmação está correta.
Gabarito: C

129. (CESPE / TRE BA Técnico – 2017)


Em sua definição, o voto em branco é aquele que não se dirige a nenhum candidato entre
os que disputam as eleições. São considerados, portanto, votos estéreis, porque não produzem
frutos. Os votos nulos, por sua vez, são aqueles que, somados aos votos em branco, compõem
a categoria dos votos estéreis, inválidos ou, como denominou o Tribunal Superior Eleitoral,
votos apolíticos. Logo, os votos em branco e os nulos são votos que, a princípio, não produzem
resultado nem influenciam no resultado do pleito.
Ao comparecer às urnas no dia das eleições, o eleitor que apresentar voto em branco ou
nulo pode fazê-lo por diversas razões. Esses motivos podem embasar tanto a postura dos que
votam em branco quanto a dos que votam nulo, pois o resultado final é o mesmo: invalidar o
voto. Assim sendo,
não é razoável diferenciar o voto em branco do voto nulo. Deve-se considerar a essência do
ato, a sua real motivação, que é a invalidação. É evidente que não se sabe, ao certo, a razão
que motiva cada eleitor a votar em branco ou nulo; entretanto, em ambos os casos, não há
dúvida quanto à invalidade do voto por ele dado.
Acerca do papel das conjunções na organização argumentativa do texto, julgue os itens
subsequentes.
I A conjunção “porque” (linha 3) combina duas orações que mantêm entre si uma relação
de causalidade.
II A conjunção “como” (linha 5) indica uma comparação entre as afirmações das orações por
ela conectadas.
III A conjunção “Logo” (linha 6) introduz um período que explica o raciocínio apresentado em
períodos anteriores.

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IV A conjunção “entretanto” (linha 15) estabelece relação de contraposição entre os


conteúdos das orações por ela combinadas.
Estão certos apenas os itens
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
Comentário; A afirmação I está correta, pois a conjunção “porque” inicia a oração subordinada
adverbial causal “porque não produzem frutos”. Assim, a oração principal “São considerados (...)
votos estéreis” transmite, contextualmente, o valor de consequência. Dessa forma, houve uma
relação de consequência/causa, isto é, relação de causalidade entre as duas orações.
A afirmação II está errada, pois a conjunção “como”, neste contexto, tem valor adverbial de
conformidade. Veja que podemos trocar tal conjunção por “conforme”:
...compõem a categoria dos votos estéreis, inválidos ou, como denominou o Tribunal Superior
Eleitoral...
...compõem a categoria dos votos estéreis, inválidos ou, conforme denominou o Tribunal Superior
Eleitoral...
...compõem a categoria dos votos estéreis, inválidos ou, segundo denominou o Tribunal Superior
Eleitoral...
A afirmação III está errada, pois a palavra “logo”, como conjunção, só pode ter valor
coordenativo conclusivo, nunca explicativo.
A afirmação IV está correta, pois a conjunção “entretanto” só pode ter valor coordenativo
adversativo, isto é, estabelece relação de contraposição entre os conteúdos das orações por ela
combinadas.
Assim, a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

130. (CESPE / TRE PE Analista – 2017)


Seriam mantidas a correção gramatical e o sentido original do texto, caso, no trecho “Como
lembra Marilena Chaui, a cidadania se define pelos princípios da democracia, significando
necessariamente conquista e consolidação social e política”,
a) fosse inserida uma vírgula logo após “significando”.
b) a vírgula empregada logo após “democracia” fosse substituída por ponto e vírgula.
c) o trecho “pelos princípios da democracia” fosse isolado por vírgulas.
d) o vocábulo “necessariamente” fosse isolado por vírgulas.

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e) fosse suprimida a vírgula empregada logo após “Chaui”.


Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o advérbio “necessariamente” está intercalado. Por
ser um adjunto adverbial intercalado de pequena extensão, pode ser separado por dupla vírgula, ou
não será separado por nenhuma. Não cabe apenas uma vírgula. Dessa forma, eliminamos esta
alternativa e percebemos que a alternativa (D) é a correta.
A alternativa (B) está errada, pois oração reduzida de gerúndio é subordinada. Por isso não
pode ser separada por ponto e vírgula. Lembre-se de que empregamos ponto e vírgula para separar
expressões ou orações coordenadas.
A alternativa (C) está errada, pois a expressão “pelos princípios da democracia” é o agente da
passiva, o qual não pode ser separado por vírgulas.
A alternativa (E) está errada, pois a oração subordinada adverbial de conformidade “Como
lembra Marilena Chaui” está antecipada, por isso deve ser separada por vírgula.
Gabarito: D

131. (CESPE / TRE TO Técnico – 2017)


Fragmento do texto: Assim, o conceito de eleição implica que sejam reconhecidos os eleitores
e que eles sejam contemplados com alternativas, que possam escolher uma entre várias
propostas (ou representantes) designadas para resolver determinados problemas públicos. A
existência de alternativas torna-se, portanto, uma condição necessária para que a eleição seja
genuinamente democrática.
No texto, a oração “para resolver determinados problemas públicos” (linha 4) exprime a ideia
de
a) concessão.
b) consequência.
c) comparação.
d) conformidade.
e) finalidade.
Comentário: A preposição “para” pode ser substituída por “a fim de”. Assim, há valor adverbial de
finalidade e a alternativa (E) é a correta.
Gabarito: E

132. (CESPE / PC GO Delegado – 2017)


Fragmento do texto: Para combater o compartilhamento de fotos íntimas por terceiros, são
necessárias ações preventivas, afirma a advogada. Jovens e adolescentes devem ser educados,
de forma que tenham dimensão do problema que a divulgação desse tipo de imagem pode
acarretar.
No texto, a oração “Para combater o compartilhamento de fotos íntimas por terceiros” (linhas
1 e 2) expressa ideia de

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a) finalidade.
b) explicação.
c) consequência.
d) conformidade.
e) causa.
Comentário: A preposição “para” inicia a oração subordinada adverbial de finalidade “Para
combater o compartilhamento de fotos íntimas por terceiros”. Assim, a alternativa (A) é a correta.
Gabarito: A

133. (CESPE / TCE PA Superior – 2016)


Fragmento do texto: Quer dizer também que o ex-prefeito continua sujeito a todas as sanções
previstas para aqueles que não prestam contas. Por essa razão, é necessário que haja a
separação das contas — que devem, inclusive, ser processadas em autos distintos — quando
ocorrer de o cargo de prefeito ser ocupado por mais de uma pessoa durante o exercício
financeiro. Nesse caso, cada um será responsável pelo período em que ocupou o cargo.
A expressão “Por essa razão” (linhas 2 e 3) introduz no parágrafo em que ocorre uma ideia de
finalidade.
Comentário: Veja que podemos substituir a expressão “por essa razão” por “por causa disso”,
“devido a isso”. Assim, entendemos o valor de causa, e não de finalidade. Portanto, a afirmação está
errada.
Gabarito: E

134. (CESPE / TCE PA Superior – 2016)


Fragmento do texto: Examinando-se a situação financeira dos estados que preparam sua
versão da lei de responsabilidade fiscal, fica difícil aceitar a argumentação. Desde maio de
2000, quando entrou em vigor a LRF, esses estados, como os demais, estão sujeitos a regras
precisas para a gestão do dinheiro público, para a criação de despesas e, em particular, para
os gastos com pessoal. Por que, tendo descumprido algumas dessas regras, estariam
interessados em torná-las ainda mais rigorosas?
Não foi a lei que não funcionou, mas os responsáveis pelo dinheiro público que, por alguma
razão, não a cumpriram. De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigorosa, se nem nas
condições atuais esses responsáveis estão sendo capazes de cumpri-la? O problema não está
na lei.
A conjunção “se” (linha 8) introduz uma oração interpretada como a condição para tornar a
LRF mais rigorosa.
Comentário; Veja que não há valor de condição, mas de causa, haja vista que podemos substituir a
conjunção “se” por “já que”. Veja:

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De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigorosa, se nem nas condições atuais esses responsáveis
estão sendo capazes de cumpri-la?
De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigorosa, já que nem nas condições atuais esses
responsáveis estão sendo capazes de cumpri-la?
Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E

135. (CESPE / FUB Superior – 2016)


Fragmento do texto: Se uma coisa podia ser oscilada, acelerada, perturbada, destilada,
combinada, pesada ou gaseificada, eles o fizeram, e no processo produziram um corpo de leis
universais tão importantes e majestosas que ainda tendemos a escrevê-las com maiúsculas:
Teoria do Campo Eletromagnético da Luz, a Lei das Proporções Recíprocas de Richter, a Lei dos
Gases de Charles, a Lei dos Volumes de Combinação, a Lei de Zeroth, o Conceito de Valência, a
Lei das Ações das Massas e um sem-número de outras. O mundo inteiro clangorava e silvava
com o maquinário e os instrumentos produzidos por sua engenhosidade. Muitas pessoas cultas
acreditavam que não restava muito para a ciência fazer.
A palavra “que” (linha 3) introduz no texto uma ideia de consequência.
Comentário: A palavra “que” está correlacionada com o advérbio “tão”, formando a expressão
correlativa “tão...que”. Assim, a conjunção “que” inicia a oração subordinada adverbial consecutiva
“que ainda tendemos a escrevê-las com maiúsculas”.
Dessa forma, a afirmação está correta.
Gabarito: C

136. (CESPE / FUNPRESP Assistente – 2016)


Fragmento do texto: Senti como se estivesse nascendo naquele momento. Uma vida nova,
passada a limpo, me esperava em direção a um Norte mais nítido, a uma morte mais próxima
e sem alternativa. Mas aquela casa me protegia, e dentro dela uma mulher se esforçava por
me fazer feliz. Aquelas folhas de papel me esperavam também, intocadas, e era minha
obrigação escurecê-las de ideias, histórias, sortilégios capazes, talvez, de fazer alguém parar
no seu cotidiano e se pôr a sonhar.
A oração “por me fazer feliz” (linha 4) expressa uma ideia de finalidade.
Comentário: Sabemos que normalmente a preposição “por” transmite a ideia de causa. Mas sempre
devemos responder à questão observando o contexto em que o segmento é empregado.
Entendemos do trecho que alguém se esforçava para fazer outra pessoa feliz. Note que
podemos trocar a preposição “por” pela preposição “para” e não há diferença de sentido.
À época da prova, muitos questionaram sobre o suposto valor causal dessa preposição “por”.
Mas veja bem o contexto:

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O texto não teve a intenção de afirmar que alguém se esforçava porque fazia alguém feliz.
Note que primeiro há um esforço. Com base nesse esforço é que a pessoa ficava feliz. Assim, não
cabe ao trecho “por me fazer feliz” ser a causa, a origem da ação. Cabe, então, o valor de finalidade.
Assim, realmente, a afirmação está correta, pois a preposição “por”, neste contexto, tem
sentido de finalidade.
Gabarito: C

137. (CESPE / MPU Técnico – 2015)


Fragmento do texto: Posteriormente, na década de 70, foi criado o protocolo Internet, que
permitiu a comunicação entre os seus poucos usuários até então, uma vez que ela ainda estava
restrita aos centros de pesquisa dos Estados Unidos da América.
Mantêm-se a correção gramatical e o sentido original do período ao se substituir a expressão
“uma vez que” por qualquer um dos seguintes termos: porque, já que, pois, por conseguinte.
Comentário: A locução conjuntiva “uma vez que” é causal e naturalmente pode ser substituída por
“porque”, “já que” e “pois”, mas a locução conjuntiva “por conseguinte” é coordenativa conclusiva,
por isso não pode substituir aquela locução. Dessa forma, a afirmativa está errada.
Gabarito: E

138. (CESPE / STJ Analista Judiciário – 2015)


Fragmento do texto: Com a justiça privada, o tipo de pena ou sanção deixou de ser uma
surpresa para seu destinatário, e não mais correspondia a todo e qualquer ato que o ofendido
pretendesse; ao contrário, a punição do ofensor passou a sofrer os limites da extensão e da
intensidade do dano causado. Obviamente, isso quer dizer que, se o dano fosse físico, a
retaliação também o seria; por outro lado, fosse a ofensa apenas moral, não poderia ser de
outra natureza o ato do h ofendido contra o originário ofensor.
Do ponto de vista sintático, as vírgulas que isolam a frase “se o dano fosse físico” (linha 4) são
de emprego facultativo, razão por que a correção do texto seria preservada caso se
eliminassem ambas ou se apenas uma delas — seja a primeira, seja a segunda — fosse
eliminada.
Comentário: A oração “se o dano fosse físico” é subordinada adverbial condicional e está
intercalada. Assim, a dupla vírgula é obrigatória e nenhuma delas pode ser excluída.
Gabarito: E

139. (CESPE / DEPEN Superior – 2015)


Fragmento do texto: O projeto transforma a leitura em uma extensão da produção de trabalho
intelectual, que já caracterizava a remição de pena por dias de estudo. Os detentos têm acesso
a mais de cem livros comprados pelo governo e, a partir dessa seleção, eles têm de vinte e um
a trinta dias para ler um livro e escrever uma resenha que, se adequada aos parâmetros da lei,
como circunscrição ao tema e estética, subtraem quatro dias da pena.

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A correção gramatical do texto seria mantida caso a vírgula logo após o termo “que” (linha 4)
fosse eliminada.
Comentário: A oração “se adequada aos parâmetros da lei” é subordinada adverbial condicional e
está intercalada. Assim, a dupla vírgula é obrigatória, por isso a vírgula que antecede tal oração não
pode ser excluída.
Gabarito: E

140. (CESPE / MEC Nível Superior – 2015)


Fragmento do texto: Não se trata apenas de que não conseguimos respirar na água, mas de
que não suportaríamos as pressões. Como a água é cerca de 1.300 vezes mais pesada que o ar,
as pressões aumentam rapidamente à medida que se desce ― o equivalente a uma atmosfera
para cada dez metros de profundidade. Em terra, se você subisse em uma construção de 150
metros ― a catedral de Colônia ou o monumento de Washington, digamos ―, a mudança de
pressão, de tão pequena, seria imperceptível. No entanto, à mesma profundidade na água, suas
veias se contrairiam e seus pulmões se comprimiriam até ficar do tamanho de uma lata de
refrigerante.
Na linha 6, o emprego da vírgula após o travessão é Facultativo.
Comentário: A oração “se você subisse em uma construção de 150 metros” é subordinada adverbial
condicional e está intercalada. Ela é seguida de um comentário do autor (― a catedral de Colônia ou
o monumento de Washington, digamos ―), o qual fica entre travessões e está exemplificando “uma
construção de 150 metros”. Assim, entendemos que tal comentário se encontra dentro da oração
adverbial intercalada. Por isso, a vírgula após o travessão é obrigatória. Na realidade, ela está
separando toda a informação adverbial e seu comentário da oração principal.
Por isso, a vírgula após o travessão é obrigatória.
Gabarito: E

141. (CESPE / MPU Analista – 2015)


Fragmento do texto: A concentração do poder em um só órgão ou pessoa viria sempre em
detrimento do exercício da liberdade. É que, como observou Montesquieu, “todo homem que
tem poder tende a abusar dele; ele vai até onde encontra limites.
A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas, caso a vírgula empregada
logo após o vocábulo “que” fosse eliminada.
Comentário: A vírgula após o “que”, na realidade, inicia uma estrutura adverbial intercalada, a qual
é a oração subordinada adverbial de conformidade “como observou Montesquieu”. Assim, tanto a
vírgula que inicia quanto a que finaliza são obrigatórias, fazendo com que a afirmativa da questão
seja errada.
Gabarito: E

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142. (CESPE / FUB Analista de Tecnologia da Informação – 2015)


Fragmento do texto: O interesse pela sustentabilidade fortalece-se na medida em que a
sociedade se dá conta dos limites do modelo de desenvolvimento dependente de recursos não
renováveis, no contexto de mudança paulatina dos anseios da sociedade, da busca de
segurança energética e de novas possibilidades de produção.
Sem prejuízo à correção gramatical e ao sentido original do texto, a expressão “na medida em
que” (linha 2) poderia ser substituída por à medida que.
Comentário: A locução conjuntiva “na medida em que” só pode ter valor adverbial causal. Já a
locução conjuntiva “à medida que” só pode ter valor adverbial proporcional. Assim, a substituição
implicaria mudança do sentido. Por isso, a afirmativa está errada.
Gabarito: E

143. (CESPE / MPOG ENAP Nível superior – 2015)


Fragmento do texto: As mudanças políticas, sociais e culturais, nos últimos vinte anos, fizeram-
se sentir no âmbito do direito administrativo e, mais especificamente, na forma de administrar
a coisa pública. Diante dessa nova realidade, para atender às necessidades fundamentais da
sociedade de forma eficaz e com o menor custo possível, a administração pública precisou
aperfeiçoar sua atuação, afastando-se da administração burocrática e adotando uma
administração gerencial.
As vírgulas empregadas nas linhas 4 e 5 isolam segmento de natureza adverbial: “para atender
(...) custo possível”.
Comentário: A oração “para atender às necessidades fundamentais da sociedade de forma eficaz e
com o menor custo possível” é subordinada adverbial de finalidade e está intercalada. Por isso, a
dupla vírgula foi empregada e a afirmativa está correta.
Gabarito: C

144. (CESPE / TRE GO Técnico-Judiciário – 2015)


Fragmento do texto: Naquela época, o voto não era universal: para participar do processo
eleitoral, requeriam-se 200 mil réis de renda líquida anual comprovada.
Caso a vírgula que sucede o vocábulo “eleitoral” (linha 2) fosse suprimida, o sentido do texto
seria preservado, mas não a sua correção gramatical.
Comentário: A oração “para participar do processo eleitoral” é subordinada adverbial de finalidade
e está antecipada. Por isso, a dupla vírgula foi empregada e a afirmativa está correta.
Gabarito: C

145. (CESPE / MEC 2014 Nível superior – 2015)


Fragmento do texto: O aumento do número de alunos no ensino integral é atribuído ao
Programa Mais Educação, criado pelo Ministério da Educação para incentivar as secretarias

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estaduais e municipais de educação, com a transferência de recursos federais, a oferecer a


educação integral.
O termo “para” (linha 2) introduz ideia de finalidade e poderia ser substituído, sem prejuízo
para a correção gramatical e o sentido original do texto, por afim de.
Comentário: A preposição “para” tem valor adverbial de finalidade, por isso pode ser substituída
pela locução prepositiva “a fim de”. Assim, o erro da afirmação foi a grafia “afim”.
Gabarito: E

146. (CESPE / Câmara dos Deputados Analista Legislativo – 2014)


Fragmento do texto: No ambiente virtual, combinações de usuário e senha funcionam para dar
acesso a emails, celulares, redes sociais e cadastros em lojas online. Lidamos com tantas
combinações desse tipo, que já se fala de uma nova categoria de estresse: a “fadiga de senhas”.
A oração introduzida pela conjunção “que” (linha 3) expressa ideia de consequência em relação
à oração anterior, à qual se subordina.
Comentário: A oração “que já se fala de uma nova categoria de estresse: a ‘fadiga de senhas’” é
iniciada pela conjunção consecutiva “que”. Note que a oração principal “Lidamos com tantas
combinações desse tipo” possui o vocábulo “tantas”, o que reforça a estrutura I, vista na teoria.
Assim, a afirmação está correta.
Gabarito: C

147. (CESPE / ICMBIO Nível médio – 2014)


Fragmento do texto: As palavras estampadas na bandeira nacional poderiam receber o
complemento de um adjetivo, diante do arcabouço de ideias e discussões que tratam do futuro
do planeta. A depender da contribuição de especialistas em desenvolvimento sustentável da
Universidade de Brasília, o lema de 1889, inspirado nos conceitos positivistas do francês
Augusto Comte, teria a seguinte redação: “Ordem e um Novo Progresso”.
Na linha 3, a substituição da expressão “A depender” por Se dependesse não comprometeria
nem a sintaxe nem o sentido do período de que faz parte.
Comentário: Esta questão cobra a possibilidade de transformação da oração reduzida de infinitivo
em oração desenvolvida.
Primeiramente, devemos realizar a substituição e verificar o contexto. Veja:
Se dependesse da contribuição de especialistas em desenvolvimento sustentável da Universidade de
Brasília, o lema de 1889, inspirado nos conceitos positivistas do francês Augusto Comte, teria a
seguinte redação: “Ordem e um Novo Progresso”.
Assim, percebemos que o contexto admite o valor condicional. Além disso, é importante
notar a relação entre os tempos verbais pretérito imperfeito do subjuntivo (“dependesse”) e futuro
do pretérito do indicativo (“teria”), conforme observamos na teoria.
Assim, a substituição está correta.

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Gabarito: C

148. (CESPE / Câmara dos Deputados Técnico Legislativo – 2014)

No segundo quadrinho, a fala de Calvin é introduzida por uma oração condicional, ponto de
partida para o raciocínio de Calvin, que pode ser assim esquematizado: Se A, então B.
Comentário: A oração “Se os ignorantes é que são felizes” é iniciada pela conjunção condicional “Se”.
Note que tal oração possui a expressão expletiva ou de realce “é que”. O restante do segmento
“então esta aula é uma tentativa deliberada de sua parte de privar-me da felicidade” é o resultado
do raciocínio basilar, condicional. Assim, podemos entender o esquema “Se A, então B”, o que
demonstra que a afirmação está correta.
Gabarito: C

149. (CESPE / CEF Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: Após a viagem, Táriq teria mandado gravar, em moedas comemorativas,
uma linha sinuosa, em forma de um esse maiúsculo (S), representando o longo e tortuoso
caminho percorrido para alcançar o continente europeu. Mandou colocar, no sentido vertical,
duas colunas paralelas, cortando essa linha sinuosa. As colunas representavam as Colunas de
Hércules e significavam força, poder e a perseverança da empreitada. O símbolo, gravado nas
moedas, difundiu-se e passou a ser reconhecido mundialmente como cifrão, representação
gráfica do dinheiro.
A oração “cortando essa linha sinuosa” (linha 5) tem valor temporal no contexto em que
ocorre.
Comentário: Você não precisa saber especificamente o valor da oração, o que importa é perceber
se tal oração reduzida mantém ou não o valor temporal, neste contexto.
Para isso, devemos observar se ela, neste contexto, admitiria conjunções, como “quando”,
“enquanto” etc.
Veja que não se entende no texto que Táriq mandou colocar duas colunas paralelas, quando
cortavam essa linha, ou enquanto cortavam essa linha. Isso já mostra que a afirmação está errada.
Na realidade, a oração reduzida de gerúndio “cortando essa linha sinuosa” pode ter valor
contextual de característica do substantivo “colunas” (Mandou colocar, no sentido vertical, duas

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colunas paralelas, que cortassem essa linha sinuosa) ou até um valor adverbial de finalidade:
Mandou colocar, no sentido vertical, duas colunas paralelas, para que cortassem essa linha sinuosa.
Gabarito: E

150. (CESPE / TRE MS Técnico Judiciário – 2013)


Um sistema eleitoral pode prever condições legítimas a serem preenchidas pelo cidadão para
se tornar eleitor, desde que não sejam discriminatórias ou levem em consideração valores
pessoais.
A expressão “desde que” (linha 2) poderia ser corretamente substituída por com a condição
de que.
Comentário: A locução conjuntiva “desde que”, neste contexto, tem valor adverbial condicional.
Note o verbo no presente do subjuntivo “sejam”. Assim, a locução conjuntiva “desde que” pode ser
substituída pela expressão “com a condição de que”. Compare:
Um sistema eleitoral pode prever condições legítimas a serem preenchidas pelo cidadão para se
tornar eleitor, desde que não sejam discriminatórias ou levem em consideração valores pessoais.
Um sistema eleitoral pode prever condições legítimas a serem preenchidas pelo cidadão para se
tornar eleitor, com a condição de que não sejam discriminatórias ou levem em consideração valores
pessoais.
Gabarito: C

151. (CESPE / MPU Analista – 2013)


Fragmento do texto: Essa blasfêmia contra a razão e a fé, contra a civilização e a humanidade,
é a filosofia da miséria; executada, não faria senão inaugurar a organização da miséria.
Não haveria prejuízo para o sentido original nem para a correção gramatical do texto caso se
inserisse quando ou se for imediatamente antes de “executada”.
Comentário: Pode-se entender no particípio antecipado “executada” um valor adverbial
condicional. Assim, caberia a conjunção “se” ou “quando”. Veja:
Essa blasfêmia contra a razão e a fé, contra a civilização e a humanidade, é a filosofia da miséria; se
executada, não faria senão inaugurar a organização da miséria.
Essa blasfêmia contra a razão e a fé, contra a civilização e a humanidade, é a filosofia da miséria;
quando executada, não faria senão inaugurar a organização da miséria.
O problema é que a questão inseriu um verbo no futuro do subjuntivo (“for”). Tal palavra força que
o verbo da oração principal se flexione no futuro do presente (“fará”). Como há o futuro do pretérito
do indicativo “faria”, o único tempo que caberia junto à conjunção “se” seria “fosse”. Veja:
Essa blasfêmia contra a razão e a fé, contra a civilização e a humanidade, é a filosofia da miséria; se
fosse executada, não faria senão inaugurar a organização da miséria.
Assim, a questão está errada.

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Gabarito: E

152. (CESPE / TRE MS Analista Judiciário – 2013)


Em linhas gerais, o texto da Lei da Ficha Limpa prevê que, para ficar impedido de concorrer a
um cargo público eletivo, basta que o candidato tenha sido condenado por um órgão colegiado,
ainda que ele esteja com recursos em tramitação, caso muito comum, por exemplo, em
condenações de tribunais eleitorais.
No texto, a expressão “ainda que” (linha 3) tem sentido equivalente ao da expressão desde
que
Comentário: A locução conjuntiva “ainda que” tem valor adverbial concessivo; já a locução
conjuntiva “desde que” pode ter valor adverbial causal, condicional ou temporal. Assim, tais
conectivos não têm sentido equivalente e a afirmativa está errada.
Gabarito: E

153. (CESPE / PRF Nível superior – 2013)


Fragmento do texto: Se toda morte violenta, ou súbita, nos deixa frente a frente com o real
traumático, busca-se a possibilidade de inscrever o acontecido em uma narrativa, ainda que
terrível, capaz de produzir sentido para o que não tem tamanho nem nunca terá, o que não tem
conserto nem nunca terá, o que não faz sentido.
A substituição da expressão “ainda que terrível” (linha 3) por senão que terrível preservaria a
correção gramatical e o sentido original do texto.
Comentário: A locução conjuntiva “ainda que” tem valor adverbial concessivo, o qual poderia ser
preservado com a expressão “mesmo que”, “embora”. O vocábulo “senão” não transmite valor
adverbial concessivo, por isso a afirmativa está errada.
Gabarito: E

154. (CESPE / TRE MS Analista Judiciário (banca CESPE)


1 Especialmente no que comunica o papel da justiça eleitoral ao princípio da autenticidade
eleitoral, cabe a ela garantir que prevaleça a vontade do eleitor. Entenda-se: não lhe é cabível
exigir ou orientar escolhas melhores, ou escolhas ideais, apenas fazer valer a escolha
expressada legitimamente pelo eleitor no resultado das urnas. Assim, embora louvável o 5
esforço, não lhe cabe primar por “votos de qualidade”, apenas pelos votos legitimamente
conquistados.
O que macula o processo e a formação da vontade não são os critérios utilizados pelo
eleitor (por mais absurdos, subjetivos ou incoerentes que sejam), mas, sim, o falseamento de
sua vontade. Embora por vezes seja atraente o discurso de que uma das funções da justiça 10
eleitoral seria incentivar o eleitor a melhor escolher seus candidatos, a utilizar-se de critérios
objetivos e a não levar em conta elementos menores que o interesse público, este não é o seu
papel.

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O mesmo motivo justifica o emprego de vírgula logo depois de “esforço” (linha 5) e de


“candidatos” (linha 10).
Comentário: A afirmativa está errada, pois não há o mesmo motivo no emprego das vírgulas. A
vírgula após “esforço” é a segunda da intercalação da estrutura adverbial concessiva “embora
louvável o esforço”; já a vírgula após “candidatos” separa orações enumeradas. Tais orações
enumeradas são subordinadas substantivas objetivas indiretas reduzidas de infinitivo. Compare:
Assim, embora louvável o esforço, não lhe cabe primar por “votos de qualidade”, apenas pelos votos
legitimamente conquistados.
ou
Embora por vezes seja atraente o discurso de que uma das funções da justiça eleitoral seria incentivar
o eleitor a melhor escolher seus candidatos, a utilizar-se de critérios objetivos e a não levar em conta
elementos menores que o interesse público, este não é o seu papel.
Gabarito: E

155. (CESPE / MTE Auditor-Fiscal do Trabalho – 2013)


Fragmento do texto: Embora as conquistas obtidas a partir da Revolução Francesa tenham
possibilitado a consolidação da concepção de cidadania, elas não foram suficientes para que
essa condição se verificasse na prática.
Dada a relação de concessão estabelecida entre as duas primeiras orações do texto, a palavra
“Embora” (linha 1) poderia, sem prejuízo do sentido ou da correção gramatical do texto, ser
substituída por Conquanto.
Comentário: Como a conjunção “Conquanto” também possui valor adverbial concessivo, como a
conjunção “Embora”, pode haver a substituição, sem prejuízo do sentido ou da correção gramatical
do texto.
Gabarito: C

156. (CESPE / CNJ Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: O CNJ e os demais órgãos do Judiciário estão mobilizados para acelerar
os julgamentos dos casos de violência contra as mulheres e para promover a correta aplicação
da Lei Maria da Penha. Outra campanha que mobilizou o Judiciário brasileiro em torno da
cultura da paz e do diálogo na resolução de conflitos foi a da 7.ª edição da Semana Nacional
de Conciliação.
Nas linhas 2 e 3, as duas ocorrências de “para” conferem às orações em que ocorrem relações
sintáticas diferentes.
Comentário: A preposição “para”, nos dois casos, inicia orações subordinadas adverbiais de
finalidade, as quais se encontram coordenadas entre si por adição. Dessa forma, tais orações não
possuem relações sintáticas diferentes, elas possuem a mesma função sintática. Assim, a afirmativa
está errada.
Gabarito: E

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157. (CESPE / Polícia Civil CE Inspetor – 2012)


Fragmento de texto: O cientista político Phillippe Schmitter argumentou que, embora a
situação europeia seja singular, seu progresso para além do Estado nacional tem uma
pertinência mais genérica, pois “o contexto contemporâneo favorece sistematicamente a
transformação dos Estados em confederatii, condominii ou federatii, numa variedade de
contextos”.
O conector “pois” (linha 3) introduz ideia de consequência no trecho em que ocorre.
Comentário: A conjunção “pois” tem valor adverbial causal, e não de consequência.
Gabarito: E

158. (CESPE / MPE PI Superior – 2012)


Fragmento do texto: No Brasil, o desafio envolve muitas variáveis, desde o número crescente
da frota de veículos e a precariedade dos transportes públicos até o comportamento dos
motoristas ao volante. Enquanto os especialistas analisam o assunto na tentativa de apontar
soluções para o problema, o Psicólogos do Trânsito, um grupo de jovens paulistanos, decidiu
levar bom humor à rua, mostrando que um simples gesto pode melhorar o caos do trânsito.
A conjunção “Enquanto” (linha 3) introduz oração de valor consecutivo.
Comentário: Vimos as conjunções adverbiais consecutivas. Elas transmitem valor de consequência.
Já a conjunção “Enquanto” transmite o valor de tempo.
Gabarito: E

159. CESPE / EBC Nível Médio – 2011)


Fragmento de texto: Por princípio, todo o sistema de comunicação deveria ser público, uma vez
que a sua missão é prestar um serviço público. Nesse sentido, poderiam até variar as formas de
financiamento, mas o controle deve ser da sociedade.
Seria mantida a relação sintático-semântica entre as orações que compõem o terceiro período
do texto ao se substituir “uma vez que” (R.9) por qualquer um dos termos a seguir: porque,
porquanto, já que, visto que, conquanto.
Comentário: A locução conjuntiva “uma vez que” inicia a oração subordinada adverbial causal. Os
conectivos “porque”, “porquanto”, “já que” e “visto que” preservam o valor causal; mas a conjunção
“conquanto” tem valor adverbial concessivo, o qual será visto adiante. Assim, a afirmativa está
errada.
Gabarito: E

160. (CESPE / Assembleia Legislativa ES Procurador – 2011)


No Brasil, as denúncias de corrupção têm sido divulgadas pela grande mídia como se
fossem uma característica do agrupamento político que está no poder. Tudo se passa como se
pessoas de caráter duvidoso se aproveitassem do Estado em favor de seus interesses pessoais
e grupais.

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Essa forma de veicular denúncias e indícios reafirma muitos dos mitos acerca do fenômeno
da corrupção. Podem-se inventariar alguns: a colonização portuguesa, que seria
essencialmente patrimonialista, em contraposição ao “poder local” e ao “espírito de
comunidade” da tradição anglo-saxã; a cultura brasileira, com seu universo miscigenado, tão
criticado por perspectivas eugenistas do início do século XX, e sua “amoralidade macunaímica”,
que não teria, mesmo após a independência e a República, conseguido separar o público do
privado; a disjunção entre elites políticas e sociedade, como se as primeiras não fossem reflexo,
direto e(ou) indireto, da última; a ausência de uma base educacional formal sólida como
explicação para comportamentos não republicanos; por fim, a ausência e(ou) fragilidade de leis
e de instituições capazes de fiscalizar, controlar e punir os casos de malversação dos recursos
públicos, como se o país fosse “terra de ninguém”.
No segundo parágrafo, o emprego de ponto e vírgula justifica-se por marcar a intercalação das
orações que descrevem cada mito.
Comentário: É certo que esses elementos enumerados após os dois-pontos caracterizam e
descrevem alguns dos mitos. Cada elemento é separado por ponto e vírgula, haja vista as divisões
internas.
Porém, a questão está errada, porque os pontos e vírgulas não separam orações (que devem
ter base no verbo), mas termos da oração (“a colonização portuguesa”, “a cultura brasileira”, “a
disjunção entre elites políticas e sociedade”, “a ausência de uma base educacional formal sólida” e
“a ausência e(ou) fragilidade de leis e de instituições”).
Esses termos coordenados fazem parte do aposto enumerativo, o qual internamente possui
algumas orações explicativas e adverbiais.
Gabarito: E

161. (CESPE) / TRE ES Técnico – 2011)


Fragmento de texto: Era a elite intelectual e política do Brasil, composta de magistrados,
membros do clero, fazendeiros, senhores de engenho, altos funcionários, militares e
professores. Desse grupo, sairiam mais tarde 33 senadores, 28 ministros de Estado, dezoito
presidentes de província, sete membros do primeiro conselho de Estado e quatro regentes do
Império.
No trecho “Era a elite intelectual (...) quatro regentes do Império”, a organização dos
elementos estruturais indica o predomínio da coordenação.
Comentário: Perceba que predomina neste excerto a enumeração, a junção de substantivos e
adjetivos. Por isso entendemos esses termos como compostos ou coordenados. A banca cobra este
assunto com estas palavras: coordenação, termos compostos ou enumeração. Muitas vezes explora
o uso da vírgula entre eles. Por tudo isso, a questão está correta.
Gabarito: C

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162. (CESPE / INCA nível superior – 2010)


Fragmento do texto: Ao estabelecer a obrigatoriedade na realização dos exames pré-
admissional, periódico e demissional do trabalhador, criou recursos médico-periciais voltados
à identificação do nexo da causalidade entre os danos sofridos e a ocupação desempenhada.
A vírgula logo depois de “trabalhador” é opcional e sua retirada preservaria a correção
gramatical do texto, pois os três termos da enumeração que ela tem função de marcar já estão
separados pela conjunção “e”: “exames pré-admissional, periódico e demissional do
trabalhador”.
Comentário: A vírgula após “trabalhador” é obrigatória, por haver a antecipação da oração
subordinada adverbial causal (ou temporal) reduzida de infinitivo “Ao estabelecer a obrigatoriedade
na realização dos exames pré-admissional, periódico e demissional do trabalhador”. Os três termos
enumerados não interferem no motivo desta vírgula.
Gabarito: E

163. (CESPE / Médico perito INSS nível superior – 2009)


Julgue a frase quanto à correção gramatical: O povo por estar insatisfeito com o “bota-abaixo”
e influenciado pela imprensa se revoltou contra a vacina.
Comentário: Há orações subordinadas adverbiais causais reduzidas de infinitivo e estão
coordenadas entre si com a conjunção “e”. Como essas orações estão intercaladas à oração principal
“O povo se revoltou contra a vacina”, deve haver vírgula após o substantivo “povo” e depois de
“imprensa.”
Gabarito: E

164. (CESPE / Agente educacional ES nível médio – 2010)


Fragmento do texto: A China foi o caso mais marcante de superação da crise de 2008, porque
conseguiu crescer 8,7% no ano passado, enquanto o resto do mundo patinhava.
O termo “enquanto” pode, sem prejuízo para a correção gramatical e sem alterar as
informações originais do período, ser substituído por ao passo que.
Comentário: A conjunção “enquanto” traduz valor de tempo concomitante, da mesma forma que a
locução conjuntiva “ao passo que”. Por isso elas podem ser substituídas uma pela outra sem alterar
a informação original. Perceba que, para não haver problema de entendimento pelo candidato, a
banca evitou afirmar valor semântico original, ela preferiu informações originais, pois não importa
se continua sendo temporal ou se transformaria em proporcional; o que importa é que a ideia de
concomitância foi preservada.
Gabarito: C

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165. (CESPE / Caixa Econômica Federal nível médio – 2010)


Fragmento do texto: “O mercado brasileiro está fervilhando. Enquanto as nossas vendas
ficaram estáveis em alguns países, no Brasil elas subiram 30% em 2009”, completa o espanhol.
O vocábulo “Enquanto”, por expressar uma ideia de proporcionalidade, poderia ser substituído
por À medida que, mantendo-se o sentido original do texto.
Comentário: A conjunção “enquanto” não expressa proporção, ela traduz valor de tempo
concomitante, o que poderia também ocorrer com as conjunções de proporção. Porém, há de se
perceber que a proporção (diferente da temporal) necessita da evolução temporal (cada elemento
vai realizando algo a seu tempo e isso se traduz em uma evolução), mas isso não ocorreu neste
contexto, pois foi dito que “as nossas vendas ficaram estáveis”. Isso quer dizer que uma não traduziu
resultado para a outra.
Gabarito: E

5 – O QUE DEVO TOMAR NOTA COMO MAIS IMPORTANTE?

• Não se pode separar oração subordinada substantiva da principal por vírgula.


• O pronome relativo “que” pode ser substituído por “o qual” e suas variações.
• As vírgulas nos termos adverbiais.
• Principais conjunções subordinativas adverbiais e seus valores semânticos
1) Causais: porque, pois, que, como (quando a oração adverbial estiver antecipada), já que,
visto que, desde que, uma vez que, porquanto, na medida em que, que, etc:
2) Consecutivas: I - conjunção que precedida de tal, tão, tanto, tamanho.
II – locuções conjuntivas de maneira que, de jeito que, de ordem que, de sorte que, de
modo que, etc:
3) Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (=se não), a não ser
que, a menos que, dado que.
4) Concessivas: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda quando, mesmo
quando, posto que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que, em que pese, nem que,
dado que, sem que (=embora não).
5) Comparativas: como, (tal) qual, tal e qual, assim como, (tal) como, (tão ou tanto) como,
(mais) que ou do que, (menos) que ou do que, tanto quanto, que nem, feito (=como, do mesmo modo
que), o mesmo que (=como):
6) Conformativas: como, conforme, segundo, consoante.

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7) Proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais ... tanto mais,
quanto mais ... tanto menos, quanto menos ... tanto menos, quanto menos ... tanto mais, quanto
mais ... mais, quanto menos ... menos, tanto ... quanto (como).
8) Finais: para que, a fim de que, que (= para que), porque (= para que):
9) Temporais: quando, enquanto, logo que, mal(= logo que), sempre que, assim que,
desde que, antes que, depois que, até que, agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que.

6 – LISTA DE QUESTÕES

1. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: Mas é difícil dizer se a maior turbulência depende de uma crise moral (de
uma diminuição da crença em princípios fundamentais) ou de outras causas, econômicas,
sociais, políticas, culturais ou até mesmo biológicas.
Todo o trecho subsequente ao termo “difícil” (linha 1) funciona como complemento desse
termo.
2. (CESPE / CGE CE Auditor de Controle Interno 2019)
Fragmento do texto: Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma
igrejinha velha, um resto de praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras,
invadidas pelo mato, incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era
custoso acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
No texto, o sujeito da oração “Era custoso” (linha 4) é
a) o segmento “acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes” (linhas 4 e 5).
b) o trecho “alguém naquele cemitério de gigantes” (linhas 4 e 5).
c) o termo “custoso” (linha 4).
d) classificado como indeterminado.
e) oculto e se refere ao período “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (linhas 3 e 4).
3. (CESPE / PM AL Soldado 2018)
Fragmento do texto: As mesmas causas explicam por que parece tão fácil outros afirmarem-
se como seus tutores.
Seriam preservadas a correção e a coesão do texto caso fosse inserida uma vírgula
imediatamente após “explicam” (linha 1).

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4. (CESPE / PC SE Delegado 2018)


Fragmento do texto: Para que a atuação policial ocorra dentro dos parâmetros democráticos,
é essencial que haja a implementação de um modelo de policiamento que corresponda aos
preceitos constitucionais, promovendo-se o equilíbrio entre os pressupostos de liberdade e
segurança.
A oração “que haja a implementação de um modelo de policiamento” (ℓ. 2) tem a função de
qualificar o adjetivo que a antecede: “essencial” (ℓ.2).
5. (CESPE / TCE MG Analista de Controle Externo 2018)
Fragmento do texto: Descobrir a gota ocasional da verdade no meio de um grande oceano de
confusão e mistificação requer vigilância, dedicação e coragem. Mas, se não praticarmos esses
hábitos rigorosos de pensar, não poderemos ter esperança de solucionar os problemas
verdadeiramente sérios que enfrentamos.
No texto, em “não poderemos ter esperança de solucionar os problemas verdadeiramente
sérios”, o trecho “de solucionar os problemas verdadeiramente sérios”
a) exprime uma circunstância de modo para “poderemos ter”.
b) exprime uma circunstância de modo para “ter esperança”.
c) completa o sentido do termo abstrato “esperança”.
d) completa o sentido da expressão “poderemos ter”.
e) exprime uma circunstância de finalidade para “ter esperança”.
6. (CESPE / EBSERH Técnico – 2018)
Fragmento do texto: Essa mudança drástica não deixou o organismo humano ileso. Estudos
mostram que o açúcar, por alterar alguns tecidos humanos durante a fase de crescimento,
pode ser o responsável por problemas que vão de miopia e acne até o câncer.
A colocação de uma vírgula logo após a forma verbal “mostram” (linha 2) prejudicaria a
correção gramatical do texto.
7. (CESPE / ABIN Agente de Inteligência – 2018)
Fragmento do texto: Cabe à inteligência tratar fundamentalmente da produção de
conhecimentos com o objetivo específico de auxiliar o usuário a tomar decisões de maneira
mais fundamentada.
As orações “de auxiliar o usuário” (linha 2) e “a tomar decisões de maneira mais
fundamentada” (linhas 2 e 3) exercem a função de complemento do nome “objetivo” (linha 2).
8. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)
Fragmento do texto: Em linhas gerais, pode-se afirmar que os direitos civis igualam os
indivíduos pela possibilidade legal de terem liberdades comuns. Os direitos políticos garantem
aos indivíduos igualdade de participação na escolha do governo. Os direitos sociais definem
um mínimo de igualdade, considerando-se a desigualdade econômica e de oportunidades.

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Responder a esse modelo de forma integrada e aproximar as expectativas do cidadão da


realidade social parece ser o desafio das democracias de massa para obter legitimidade.
No último período do parágrafo, o trecho “ser o desafio das democracias de massa para obter
legitimidade”, formado por duas orações coordenadas entre si, exerce a função sintática de
sujeito da forma verbal “parece”.
9. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)
Fragmento do texto: A efetiva transparência do administrador público não se resume à
publicidade dos gastos. É necessário que as suas contas sejam analisadas à luz da estrita
legalidade, visto que, enquanto o administrador privado pode fazer tudo o que não seja
proibido em lei, o administrador público somente pode fazer aquilo que a lei expressamente
autorize.
A oração “que as suas contas sejam analisadas à luz da estrita legalidade” (linhas 2 e 3) exerce
a função de complemento do adjetivo “necessário” (linha 2).
10. (CESPE / TRE BA Analista – 2017)
Fragmento do texto: É possível deixar o voto em branco; para isso, basta apertar a tecla branca.
A oração “apertar a tecla branca” exerce, no período em que ocorre, a função de complemento
da forma verbal “basta”.

11. (CESPE / ICMBIO Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: O arquiteto por trás da iniciativa, Jan Gehl, acreditava que os espaços
urbanos deveriam servir para a interação social. Na época, foi criticado pela imprensa e por
comerciantes, que ponderavam que as pessoas não passariam muito tempo ao ar livre em uma
capital gélida. Erraram. As vendas triplicaram, e a rua de pedestres foi ocupada pelos
moradores.
Nas sequências “acreditava que os espaços urbanos” (linhas 1 e 2) e “ponderavam que as
pessoas não passariam” (linhas 3 e 4), o “que” introduz complementos oracionais para as
formas verbais “acreditava” e “ponderavam”.
12. (CESPE / TJ SE Analista – 2014)
Fragmento do texto: No entanto, junto com esse crescimento do mundo virtual, aumentaram
também o cometimento de crimes e outros desconfortos que levaram à criação de leis que
criminalizam determinadas práticas no uso da Internet, tais como invasão a sítios e roubo de
senhas. Devido ao aumento dos problemas motivados pela digitalização das relações pessoais,
comerciais e governamentais, surgiu a necessidade de se regulamentar o uso da Internet.
O termo “de senhas” (linha 4) e a oração “de se regulamentar o uso da Internet” (linhas 6 e 7)
complementam o sentido de nomes substantivos.

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13. (CESPE / FUB Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: A academia não pode estar voltada apenas para seu público interno. É
muito importante que as informações sejam divulgadas e não permaneçam circulando em um
grupo fechado, até para que haja crescimento da própria comunidade científica.
As orações “que as informações sejam divulgadas e não permaneçam circulando em um grupo
fechado” (linhas 2 e 3), ligadas entre si por uma relação de coordenação, exercem a função de
complemento do nome “importante” (linha 2).
14. (CESPE / Tribunal de Contas TO nível superior – 2009)
Fragmento do texto: É fácil, hoje em dia, confundir as limitações crescentes impostas ao
Estado-nação com a construção de um espaço de livre circulação dos indivíduos, promovido
pelo movimento desembaraçado de mercadorias e capitais.
O trecho “confundir as limitações crescentes impostas ao Estado-nação com a construção de
um espaço de livre circulação dos indivíduos, promovido pelo movimento desembaraçado de
mercadorias e capitais” exerce a função sintática de sujeito.
15. (CESPE / MPU Analista – 2013)
Fragmento do texto: A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos
desiguais na medida em que se desigualam.
A oração “quinhoar desigualmente aos desiguais na medida em que se desigualam” (linhas 1 e
2) exerce a função de complemento indireto da forma verbal “consiste” (linha 1).
16. (CESPE / TRE ES nível médio – 2011)
Fragmento de texto: No Brasil, a tradição política no tocante à representação gira em torno de
três ideias fundamentais. A primeira é a do mandato livre e independente, isto é, os
representantes, ao serem eleitos, não têm nenhuma obrigação, necessariamente, para com as
reivindicações e os interesses de seus eleitores. O representante deve exercer seu papel com
base no exercício autônomo de sua atividade, na medida em que é ele quem tem a capacidade
de discernimento para deliberar sobre os verdadeiros interesses dos seus constituintes. A
segunda ideia é a de que os representantes devem exprimir interesses gerais, e não interesses
locais ou regionais.
Em “A segunda ideia é a de que” (linha 8), o “a” que precede “de que” poderia ser retirado,
sem acarretar prejuízo à correção gramatical, ao passo que, em “A primeira é a do” (linha 2), o
“a” que precede “do” não poderia ser retirado, visto que substitui a palavra “ideias” (linha 2).
17. (CESPE / Assembleia Legislativa ES nível superior – 2011)
Fragmento de texto: Não interessa que os especialistas se irritem porque Maquiavel não foi
maquiavélico; o fato é que ele, como Platão, deixou uma marca no imaginário social.
A expressão de realce “é que” (linha 2) poderia ser retirada sem prejuízo para o sentido e a
correção gramatical do período em que ela se insere.

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18. (CESPE / SLU DF Analista de Gestão 2019)


Fragmento do texto: Ao ar livre, as pilhas, que alcançam um metro de altura, refletem os raios
de sol de forma difusa e provocam um incessante piscar de olhos. Por trás delas, um corredor
estreito, formado por antigos decodificadores de televisão a cabo, se esconde sob uma poeira
fina que sobe do chão.
A supressão da vírgula empregada logo após o vocábulo “estreito” (ℓ. 3) alteraria os sentidos
originais do texto, mas manteria sua correção gramatical.
19. (CESPE / SLU DF Analista de Gestão 2019)
Fragmento do texto: Há cerca de um ano, Adílson vive com os cerca de 600 reais que ganha
por mês coletando, separando e revendendo sobras de computadores, que recebem o nome
de e-lixo. Todos os meses, ele transforma 20 toneladas de sucata eletrônica em quilos e quilos
de alumínio, ferro, cobre, plástico e até mesmo ouro.
O elemento “que”, em “que recebem o nome de e-lixo” (ℓ. 2 e 3), retoma o termo “sobras de
computadores” (ℓ.3).
20. (CESPE / PGE PE Assistente de Procuradoria 2019)
Fragmento do texto: Passávamos férias na fazenda da Jureia, que ficava na região de lindas
propriedades cafeeiras. Íamos de automóvel até Barra do Piraí, onde pegávamos um carro de
boi. Lembro-me do aboio do condutor, a pé, ao lado dos animais, com uma vara: “Xô,
Marinheiro! Vâmu, Teimoso!”.
A retirada da vírgula empregada na linha 1 alteraria os sentidos originais do primeiro período
do texto.
21. (CESPE / SEFAZ RS Auditor Fiscal 2019)
Fragmento do texto: O ICMS, adotado no país, é o único caso no mundo de imposto que,
embora se pareça com o IVA, não é administrado pelo governo federal — o que dá aos estados
total autonomia para administrar, cobrar e gastar os recursos dele originados.
No texto, o emprego de vírgulas para isolar as expressões “adotado no país” (linha 1) e “embora
se pareça com o IVA” (linha 2) é
a) facultativo em ambas as expressões.
b) obrigatório apenas na primeira expressão.
c) apenas uma escolha estilística do autor.
d) justificado por regras distintas de pontuação.
e) necessário devido ao deslocamento dessas expressões dentro do período.
22. (CESPE / PRF Policial Rodoviário Federal 2019)
Fragmento do texto: Dispor de tanta luz assim, porém, tem um custo ambiental muito alto,
avisam os cientistas. Nos humanos, o excesso de luz urbana que se infiltra no ambiente no qual
dormimos pode reduzir drasticamente os níveis de melatonina, que regula o nosso ciclo de
sono-vigília.

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A correção gramatical do texto seria mantida, mas seu sentido seria alterado, caso o trecho
“que se infiltra no ambiente no qual dormimos” (ℓ. 2 e 3) fosse isolado por vírgulas.
23. (CESPE / MPU Técnico 2018)
Fragmento do texto: A visão etnocêntrica caminha na contramão do processo de integração
global decorrente da modernização dos meios de comunicação como a Internet, pois é
sinônimo de estranheza e de falta de tolerância.
A inserção de uma vírgula após “global” (linha 2) alteraria os sentidos originais do texto, mas
não sua correção gramatical.
24. (CESPE / Polícia Federal Perito Criminal 2018)
Fragmento do texto: As séries da TV retratam incorretamente os cientistas forenses,
mostrando-os como se tivessem tempo de sobra para todos os casos. Os programas mostram
diversos detetives, técnicos e cientistas dedicando toda sua atenção a uma investigação.
A substituição da forma verbal “dedicando” (linha 3) por que dedicam manteria os sentidos
originais do texto.
25. (CESPE / TCE MG Analista de Controle Externo 2018)
Um esforço combinado que vise transmitir a todos os cidadãos a ciência — por meio de rádio,
TV, cinema, jornais, livros, programas de computadores, parques temáticos, salas de aula —
deve pautar-se em quatro razões principais. (...)
A ciência nos alerta contra os perigos introduzidos por tecnologias que alteram o mundo,
especialmente o meio ambiente de que nossas vidas dependem. (...)
A longo prazo, a maior dádiva da ciência talvez seja nos ensinar, de um modo ainda não
superado por nenhum outro empenho humano, alguma coisa sobre nosso contexto cósmico,
sobre o ponto do espaço e do tempo em que estamos, e sobre quem nós somos. (...)
Os valores da ciência e os da democracia são concordantes, em muitos casos indistinguíveis.
(...)
Tanto a ciência quanto a democracia encorajam opiniões não convencionais e debate vigoroso.
Ambas requerem raciocínio adequado, argumentos coerentes, padrões rigorosos de evidência
e honestidade.
A correção gramatical do texto seria mantida, ainda que seu sentido fosse alterado, caso se
inserisse uma vírgula logo após
a) “combinado” (ℓ.1).
b) “ambiente” (ℓ.5).
c) “superado” (ℓ.7).
d) “democracia” (ℓ.9).
e) “Ambas” (ℓ.11)

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26. (CESPE / STJ Analista Judiciário – 2018)


Fragmento do texto: Frise-se que foi a partir das formulações de Cícero que a compreensão de
dignidade ficou desvinculada da posição social. O filósofo conferiu à dignidade da pessoa
humana um sentido mais amplo ligado à natureza humana: todos estão sujeitos às mesmas
leis da natureza, que proíbem que uns prejudiquem aos outros.
Seria mantido o sentido do texto caso o trecho “que proíbem que uns prejudiquem aos outros”
(linhas 4 e 5) fosse reescrito da seguinte forma: o que impossibilita que uns e outros se
prejudiquem.
27. (CESPE / STM Analista Judiciário – 2018)
Fragmento do texto: Esse rapaz que, em Deodoro, quis matar a ex-noiva e suicidou-se em
seguida é um sintoma da revivescência de um sentimento que parecia ter morrido no coração
dos homens: o domínio sobre a mulher. Há outros casos. (...)
Caso se isolasse por vírgulas o trecho “que, em Deodoro, quis matar a ex-noiva e suicidou-se
em seguida” (linhas 1 e 2), seria pertinente inferir que o autor se referisse a um rapaz já
anteriormente mencionado, ou conhecido do interlocutor.
28. (CESPE / STM Técnico Judiciário – 2018)
Fragmento do texto: Narração é diferente de narrativa, uma vez que mantém algo da ideia de
acompanhar os fatos à medida que eles acontecem. A narrativa é uma totalidade de
acontecimentos encadeados, uma espécie de soma final, e está presente em tudo: na sequência
de entrada, prato principal e sobremesa de um jantar; em mitos, romances, contos, novelas,
peças, poemas; no Curriculum vitae; na história dos nossos corpos; nas notícias; em relatórios
médicos; em conversas, desenhos, sonhos, filmes, fábulas, fotografias.
Sem prejuízo à correção gramatical e aos sentidos originais do texto, o termo “encadeados”
(linha 3) poderia ser substituído pela oração que se encadeiam.
29. (CESPE / TCE PB Auditor de Contas Públicas – 2018)
Fragmentos do texto: Há também quem caracterize a história como uma ciência da mudança
no tempo, e quase ninguém aponta sua genuína capacidade de reiteração. (...)
Além disso, se ao longo do tempo se destacam as alterações cumulativas de fatos e
ocorrências, não é difícil notar, também, a presença de problemas estruturais que permanecem
como que inalterados e assim se repetem, vergonhosamente, na nossa história nacional. (...)
Nessa lista seria possível mencionar os racismos, o feminicídio, a corrupção, a homofobia e
o patrimonialismo.
Desigualdade não é uma contingência nem um acidente qualquer, tampouco uma
decorrência natural e mutável de um processo que não nos diz respeito. (...)
Quando se trata de enfrentar a desigualdade, não há saída fácil ou receita de bolo. Prefiro
apostar nos alertas que nós mesmos somos capazes de identificar.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso se inserisse uma vírgula
logo após

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a) “alertas” (ℓ.14).
b) “também” (ℓ.1).
c) “tempo” (ℓ.4).
d) “lista” (ℓ.8).
e) “processo” (ℓ.11).
30. (CESPE / TCE PB Agente de documentação – 2018)
Fragmentos do texto: No espaço aberto da cidade, no refúgio da biblioteca, na magnitude do
livro e na humildade dos objetos mais simples, a escrita teve como missão conjurar contra a
fatalidade da perda. (...)
O excesso de escrita, que multiplica os textos inúteis e abafa o pensamento sob o acúmulo
de discursos, foi considerado um perigo tão grande quanto seu contrário. Embora fosse temido,
o apagamento era necessário, assim como o esquecimento também o é para a memória. Nem
todos os escritos foram destinados a se tornar arquivos cuja proteção os defenderia da
imprevisibilidade da história. Alguns foram traçados sobre suportes que permitiam escrever,
apagar e depois escrever de novo.
Seria mantida a correção gramatical do texto, embora com alteração do sentido original, caso
se inserisse uma vírgula logo após a palavra
a) “grande” (ℓ.6).
b) “como” (ℓ.7).
c) “arquivos” (ℓ.8).
d) “missão” (ℓ.3).
e) “inúteis” (ℓ.4).
31. (CESPE / CGM João Pessoa PB Técnico – 2018)
Fragmento do texto: O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção? Se a regra transgredida
não causa prejuízo, temos o “jeitinho” positivo e, direi eu, ético. Por exemplo: estou na fila;
chega uma pessoa precisando pagar sua conta que vence naquele dia e pede para passar na
frente. Não há o que reclamar dessa forma de “jeitinho”.
A palavra “que” (linha 4) retoma o termo que a antecede e relaciona duas orações no período.

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32. (CESPE / CGM João Pessoa PB Técnico – 2018)

Os termos “antiéticas”, “ilegais” e “combatidas” qualificam a palavra “práticas”.


33. (CESPE / PC MA Delegado – 2018)
Fragmento do texto: “Porém, o sentido do discurso, a ideologia que o alimenta, precisa
impregná-lo de palavras e conceitos que anunciem os valores humanos que decantam a paz,
que lhe proclamam e promovem”
O pronome “que” possui o mesmo antecedente nas três ocorrências no trecho “precisa
impregná-lo de palavras e conceitos que anunciem os valores humanos que decantam a paz,
que lhe proclamam e promovem”.
34. (CESPE / PC MA Escrivão – 2018)
Fragmento do texto: O desastre, que completou um ano no último dia 28 de novembro, matou
71 pessoas, em sua maior parte atletas do time brasileiro da Chapecoense.
O sentido seria preservado caso as vírgulas que sucedem as palavras “desastre” (linha 1) e
“novembro” (linha 2) fossem suprimidas.
35. (CESPE / PC MA Escrivão – 2018)
Fragmento do texto: O desastre, que completou um ano no último dia 28 de novembro, matou
71 pessoas, em sua maior parte atletas do time brasileiro da Chapecoense.
A substituição do termo “que” (linha 1) por o qual prejudicaria a correção gramatical do texto.
36. (CESPE / TRT 7ª R Analista Judiciário – 2017)
Fragmento do texto: Na mídia em geral, nos discursos políticos, em mensagens publicitárias,
na fala de diferentes atores sociais, enfim, nos diversos contextos em que a comunicação se faz
presente, deparamo-nos repetidas vezes com a palavra cidadania.(...)
O fenômeno é mundial, afeta, de modos e em graus distintos, todas as sociedades e aponta
para uma democratização progressiva e sustentada das repúblicas. (...)

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Em suma, reconhecer a centralidade que assumiu a discussão sobre direitos ajuda a entender
a atual onipresença da palavra cidadania. Mas avançar na elucidação desse fenômeno impõe
perceber que, ao lado da valorização dos direitos, se desenvolve igualmente a certeza de que o
caminho para efetivá-los é a mobilização pública do sentimento de justiça, e não a ativação de
métodos personalistas de acesso a eles.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso se isolasse por vírgulas
a) o trecho “avançar na elucidação desse fenômeno” (linhas 9 e 10).
b) o trecho “que assumiu a discussão sobre direitos” (linha 8).
c) a expressão “repetidas vezes” (linha 4).
d) a palavra “sustentada” (linha 6).
37. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)
Fragmento do texto: É consensual que uma administração pública moderna, orientada por
princípios de racionalidade, deve iniciar o seu controle na própria atuação de seus agentes
públicos.
A supressão das vírgulas que isolam o trecho “orientada por princípios de racionalidade” (linha
2) alteraria o sentido original do período em que esse trecho se insere.
38. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário – 2017)
Fragmento do texto: A Constituição de 1988 contém uma norma que protege os animais,
independentemente de sua origem ou classificação. Porém, a proteção que lhes é garantida
baseia-se em um argumento puramente utilitarista: os animais são protegidos com a finalidade
de garantir um hábitat saudável às atuais e futuras gerações humanas.
A oração “que protege os animais” (linhas 1 e 2) delimita o sentido do termo “norma” (linha
1).
39. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário – 2017)
Fragmento do texto: Desprovidos de valor próprio e de relevância jurídica no direito penal, os
animais são tema de direito civil. Ainda são estudados na atualidade brasileira, sob a influência
do direito romano, como simples coisas semoventes, como se desprovidos fossem da
capacidade de sentir dor ou apego. Em jurisprudência majoritária, são apenas objetos que
possuem a capacidade de se mover e que podem proporcionar lucros aos seus proprietários.
A inserção de uma vírgula imediatamente após “objetos” (linha 5) manteria a correção
gramatical e o sentido original do período.
40. (CESPE / PC GO Superior – 2016)
Fragmento do texto: Além disso, há uma questão relacionada à possibilidade do estado de
dependência do crime: a probabilidade de se cometerem crimes no presente está relacionada
à quantidade de crimes que já se cometeram.
A oração “que já se cometeram” (linhas 3 e 4)
a) equivale, sintática e semanticamente, a que foi cometida.

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b) está coordenada à expressão “quantidade de crimes” (linha 3).


c) explica o termo “crimes” (linha 3).
d) complementa o substantivo “quantidade” (linha 3).
e) restringe o sentido do termo “crimes” (linha 3).
41. (CESPE / TCE PA Superior – 2016)
Fragmento do texto: As audiências públicas integram o perfil dos Estados democráticos de
direito, modelados pelo constitucionalismo europeu do pós-guerra, segundo o qual o poder
político não apenas emana do povo, sendo em nome dele exercido, mas comporta a
participação direta do povo.
É por meio dessas audiências que o responsável pela decisão tem acesso às diversas
opiniões sobre a matéria debatida e abre a oportunidade para as pessoas que irão sofrer os
reflexos da deliberação se manifestarem antes de seu desfecho.
A oração “que irão sofrer os reflexos da deliberação” (linha 7) é indispensável ao sentido do
período, pois delimita a referência de “pessoas” (linha 7).
42. (CESPE / FUB Superior – 2016)
Fragmento do texto: Em 1875, quando estava decidindo se dedicaria a vida à matemática ou
à física, um jovem alemão chamado Max Planck foi fortemente aconselhado a não escolher a
física, porque os grandes avanços já haviam sido realizados. Garantiram-lhe que o século
vindouro seria de consolidação e refinamento, não de revolução. Planck não deu ouvidos.
É facultativo o emprego das vírgulas que isolam, no texto, o trecho “quando estava decidindo
se dedicaria a vida à matemática ou à física” (21 e 22).

43. (CESPE / CGE PI Auditor – 2015)


Fragmento do texto: Aceito o convite, ele me leva a um restaurante que, apesar de simpático,
me pareceu um pouco estranho.
No trecho “ele me leva a um restaurante que, apesar de simpático, me pareceu um pouco
estranho”, o elemento “que” introduz oração de natureza restritiva, intercalada por estrutura
de valor adverbial.
44. (CESPE / CGE PI Auditor – 2015)
Fragmento do texto: Nem todas serão interessantes, não raras serão aborrecidas, mas, se o
dono tiver cuidado, pode extrair uma dúzia delas que mereçam sair cá fora.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso se inserisse uma vírgula
logo após o termo “delas”.
45. (CESPE / MPU Técnico – 2015)
Fragmento do texto: O histórico dos crimes cibernéticos, por sua vez, remonta à década de 70,
quando, pela primeira vez, foi definido o termo hacker, como sendo aquele indivíduo que,

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dotado de conhecimentos técnicos, promove a invasão de sistemas operacionais privados e a


difusão de pragas virtuais.
A oração “que, dotado (...) pragas virtuais” é de natureza restritiva.
46. (CESPE / MPU Técnico – 2015)
Fragmento do texto: Posteriormente, na década de 70, foi criado o protocolo Internet, que
permitiu a comunicação entre os seus poucos usuários até então, uma vez que ela ainda estava
restrita aos centros de pesquisa dos Estados Unidos da América.
As vírgulas empregadas nas linhas 2 e 3 isolam oração de natureza condicional.
47. (CESPE / SECTI DF Nível superior – 2014)
Fragmento do texto: É comum, inclusive, a falta de clareza a respeito dos objetivos e produtos
de cada unidade administrativa ou prestadora de serviços. Portanto, para se reproduzir a
racionalidade microeconômica, devem ser definidos critérios e criados mecanismos que sejam
coerentes com a realidade do setor público.
No período compreendido entre as linhas 3 e 5, a supressão da expressão “que sejam” não
prejudicaria a correção gramatical nem os sentidos do texto.
48. (CESPE / Câmara Deputados Analista Legislativo – 2014)
Fragmento do texto: O calor intenso derreteu a neve nas pistas, forçou o cancelamento de
treinos e prejudicou competições. Por trás dessa surpresa, um velho conhecido: o aquecimento
global, fenômeno responsável por mudanças climáticas intensas que têm afetado o planeta no
último século e que pôde ser notado em anomalias frequentes nessa última temporada de
inverno no Hemisfério Norte e de verão, no Sul.
As orações “que têm afetado” (linha 4) e “que pôde ser notado” (linha 5) referem-se a
“aquecimento global” (linha 3).
49. (CESPE / ICMBIO Nível médio – 2014)
Fragmento do texto: As palavras estampadas na bandeira nacional poderiam receber o
complemento de um adjetivo, diante do arcabouço de ideias e discussões que tratam do futuro
do planeta.
Na linha 3, o elemento “que” tem a função de restringir o sentido das expressões que o
antecedem, a saber, “ideias” e “discussões”.
50. (CESPE / Câmara dos Deputados Analista Legislativo – 2014)
Fragmento do texto: Ao vender Sochi como sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, o
presidente russo Vladimir Putin prometeu uma experiência única: turistas e atletas poderiam
esquiar nas montanhas, onde é muito frio, e mergulhar em piscinas abertas de hotéis, onde o
clima é mais ameno, no mesmo dia. Sochi é famosa como estância de veraneio de milionários
russos. Pelo fato de o clima na região ser subtropical, a temperatura prevista para a Olimpíada
já estava no limite do aceitável para a prática de esportes na neve: no inverno, é esperada a
média de 6 °C na altura do mar Negro, que banha o litoral.

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As orações “onde é muito frio” (linha 3) e “que banha o litoral” (linhas 8 e 9) têm natureza
explicativa, o que justifica o fato de estarem isoladas por vírgulas.
51. (CESPE / Câmara dos Deputados Técnico Legislativo – 2014)

No segundo quadrinho, a retirada da vírgula logo após “felicidade” modificaria a relação


semântica e sintática entre essa palavra e o trecho “a qual é meu direito inalienável” e afetaria
a coerência da argumentação.
52. (CESPE / SECTI DF Nível superior – 2014)
Fragmento do texto: O que realmente é o servidor público? Segundo Maria Sylvia Zanella di
Pietro, servidor público é expressão empregada ora em sentido amplo, para designar todas as
pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às entidades da administração pública
indireta, com vínculo empregatício, ora em sentido menos amplo, que exclui os que prestam
serviços às entidades com personalidade jurídica de direito privado.
Em “ora em sentido menos amplo, que exclui os que prestam serviços às entidades com
personalidade jurídica de direito privado” (linhas 5 e 6), a vírgula empregada após o vocábulo
“amplo” é necessária para isolar oração adjetiva explicativa.
53. (CESPE / ANS nível médio – 2013)
Fragmento do texto:
1 O seu controle é difícil, porque o inseto é muito versátil na escolha dos criadouros onde
deposita seus ovos, que são extremamente resistentes, podendo sobreviver vários meses até
que a chegada de água propicie a incubação. Uma vez imersos, os ovos desenvolvem-se
rapidamente em larvas, que dão origem às pupas, das quais surge o adulto.
5 O único modo possível de se evitar a transmissão da dengue é a eliminação do mosquito
transmissor da doença, combatendo-se os focos de acúmulo de água — locais que propiciam
sua criação.
As orações “que são extremamente resistentes” (linhas 2 e 3) e “que propiciam sua criação”
(linha 9), embora sejam introduzidas pelo mesmo pronome relativo, denotam sentido
explicativo e restritivo, respectivamente.

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54. (CESPE / CNJ Analista Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: Como afirma Foucault, a verdade jurídica é uma relação construída a
partir de um paradigma de poder social que manipula o instrumental legal, de um poder-saber
que estrutura discursos de dominação.
As orações “que manipula o instrumental legal” (linhas 2 e 3) e “que estrutura discursos de
dominação” (linha 3) têm sentido restritivo, isto é, especificam os termos a que se referem —
“poder social” (linha 2) e “poder-saber” (linha 3), respectivamente.
55. (CESPE / MTE Auditor-Fiscal do Trabalho – 2013)
Fragmento do texto: No que toca às pessoas com deficiência, é possível afirmar que o viés
assistencialista e caridosamente excludente que orientava as ações governamentais tem sido
substituído por programas de efetiva inclusão, que visam formar cidadãos sujeitos do próprio
destino, e não mais meros beneficiários de políticas de assistência social.
A inserção de vírgulas imediatamente antes e depois da oração “que orientava as ações
governamentais” (linhas 2 e 3) manteria a correção gramatical, mas alteraria o sentido do
período.
56. (CESPE / CNJ Técnico Judiciário – 2013)
Fragmento do texto: Jogadores de futebol de diversos times entraram em campo em prol do
programa “Pai Presente”, nos jogos do Campeonato Nacional em apoio à campanha que visa
reduzir o número de pessoas que não possuem o nome do pai em sua certidão de nascimento.
A oração subordinada “que não possuem o nome do pai em sua certidão de nascimento”
(linhas 3 e 4) não é antecedida por vírgula porque tem natureza restritiva.
57. (CESPE / TRE MS Analista Judiciário – 2013)
Para chegar a uma explicação melhor, precisamos resolver o que chamo de o paradoxo da
democracia, que consiste na disseminação da democracia pelo mundo, ao mesmo tempo em
que, nas democracias maduras, supostamente copiadas pelo resto do mundo, há uma desilusão
generalizada com os processos democráticos.
Dado o seu caráter adverbial, a oração “Para chegar a uma explicação melhor” (linha 1) poderia
ser corretamente deslocada para logo após o trecho “precisamos resolver o que chamo de o
paradoxo da democracia” (linhas 1 e 2).
58. (CESPE / SEGER ES Analista do Executivo – 2013)
Assinale a opção em que foram empregados corretamente os sinais de pontuação.
a) As pessoas, que dão valor, apenas, ao lado material da vida, não sabem, o que de valor há
na vida.
b) Propõem-se situações semelhantes às do cotidiano nas quais o estudante terá a
experiência, próxima da realidade, com que irá deparar-se.
c) A riqueza de um povo se revela por sua cultura pois, por meio dela podem-se perceber os
valores que fundamentam as práticas de uma comunidade.

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d) Os artefatos produzidos, têm seu valor econômico, mas é preciso também, levar em
consideração seu valor simbólico.
e) De fato, enfrentaremos uma situação constrangedora, que será difícil de ser contornada;
contamos, pois, com a colaboração de todos para superarmos este desafio.
59. (CESPE / ANS nível Superior – 2013)
Fragmento do texto: Quando isso ocorre, os clientes que já haviam contratado o serviço
continuam no direito de usá-lo, mas a operadora não pode aceitar novos beneficiários nesses
planos.
O segmento “que já haviam contratado o serviço” (linhas 1 e 2) tem natureza restritiva.
60. (CESPE / PRF nível Superior – 2013)
Fragmento do texto: Torceram também para que a versão que inculpou o pai e a madrasta
fosse verdadeira.
Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido do texto, a oração “que inculpou o pai e a
madrasta” poderia ser isolada por vírgulas, sendo a opção pelo emprego desse sinal de
pontuação uma questão de estilo apenas.
61. (CESPE / ANS nível médio – 2013)
Fragmento do texto: O grupo técnico — composto por representantes de operadoras,
beneficiários, órgãos de defesa do consumidor, entre outros — estudou o tema e levou em
consideração inúmeras publicações disponíveis que dão suporte à proposta feita pela ANS.
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir os travessões (linhas 1 e 2) por
vírgulas ou parênteses.
62. (CESPE / Polícia Civil CE Inspetor – 2012)
Fragmento de texto: E considerar outras formas de soberania que respondam melhor a um
mundo caracterizado ao mesmo tempo pela desigualdade e pela diversidade.
Na linha 2, caso se insira, antes de “caracterizado”, o segmento que é, será necessário, para a
manutenção da correção gramatical e do sentido do período, o emprego de vírgula após
“mundo”.
63. (CESPE / CGE CE Auditor de Controle Interno 2019)
Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha, um
resto de praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato,
incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que
morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
O único sinal de vida vinha de um bar aberto. Duas mesas de madeira na frente, um
caminhão, um homem e uma mulher na boleia ouvindo música, entre abraços, beijos e carícias
ousadas. Mais desolado e triste que Juazeiro do Norte aquele povoado, muito mais. Em
Juazeiro tinha gente, a cidade era viva. E no meio daquele povo todo sempre se encontrava
uma alma boa como a de sua mãe, uma moça bonita, um amigo animado. Candeia era morta.

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Samuel ao menos ficou um pouco feliz por ouvir a música do caminhoneiro. Quase sorriu.
O esboço de alegria durou até aparecer pela porta mal pintada de azul uma mulher
assombrosa, praguejando com uma vassoura na mão e mandando desligar aquela música
maldita. O caminhoneiro a chamou pelo nome:
— Cadê o café, Helenice? Deixa de praguejar, coisa-ruim!
Pela mesma porta saiu uma moça, bem jovem, com uma garrafa térmica vermelha e duas
canecas. Foi e voltou com rapidez, agora trazendo dois pratos, quatro pães pequenos, duas
bananas cozidas e um pote de margarina.
Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos do texto, poderia ser inserida uma vírgula
logo após
a) “construções” (linha 2).
b) “música” (linha 11).
c) “azul” (linha 12).
d) “porta” (linha 16).
e) “triste” (linha 7).
64. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)
Fragmento do texto: A própria palavra “crise” é bem mais a expressão de um movimento do
espírito que de um juízo fundado em argumentos extraídos da razão ou da experiência.
Os sentidos e a correção gramatical do texto seriam mantidos se fosse inserido o vocábulo do
imediatamente após a palavra “espírito” (linha 2).
65. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)
Fragmento do texto: Se observarmos bem, essas ondas longas da história, como as chamava
Braudel, tornaram-se cada vez mais curtas.
O sentido original e a correção gramatical do texto seriam mantidos se a palavra “como” (linha
1) fosse substituída por conforme.
66. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)
Fragmento do texto: Que fique claro: não tenho nenhuma intenção de difamar ou condenar o
passado para absolver o presente, nem de deplorar o presente para louvar os bons tempos
antigos.
No período em que se inserem, os trechos “para absolver o presente” (linha 2) e “para louvar
os bons tempos antigos” (linhas 2 e 3) exprimem finalidades.
67. (CESPE / SEFAZ RS Auditor Fiscal 2019)
Fragmento do texto: Por outro lado, se o Estado reduzisse a tributação de determinado setor
da economia, os custos desse setor diminuiriam, o que possibilitaria a queda dos preços de
seus produtos e poderia gerar um crescimento das vendas.
No texto, a oração “se o Estado reduzisse a tributação de determinado setor da economia” (ℓ.
1 e 2) apresenta, no período em que se insere, noção de

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a) concessão, uma vez que representa uma exceção às regras de tributação do país.
b) explicação, uma vez que esclarece uma ação que diminuiria os custos do referido setor.
c) proporcionalidade, uma vez que os custos do referido setor diminuiriam à medida que se
diminuísse a tributação.
d) tempo, uma vez que a diminuição dos custos do referido setor ocorreria somente após a
redução da tributação sobre ele.
e) condição, uma vez que a diminuição dos custos do referido setor dependeria da redução da
tributação sobre ele.
68. (CESPE / PRF Policial Rodoviário Federal 2019)
Fragmento do texto: Os processos de produção dos objetos que nos cercam movimentam
relações diversas entre os indivíduos, assim como a organização do trabalho alterou-se
bastante entre diferentes sociedades e momentos da história.
Com o emprego da expressão “assim como” (ℓ.2), estabelece-se uma relação de comparação
entre ideias expressas no período.
69. (CESPE / PRF Policial Rodoviário Federal 2019)
Fragmento do texto: Se prestarmos atenção à nossa volta, perceberemos que quase tudo que
vemos existe em razão de atividades do trabalho humano. Os processos de produção dos
objetos que nos cercam movimentam relações diversas entre os indivíduos, assim como a
organização do trabalho alterou-se bastante entre diferentes sociedades e momentos da
história.
Seriam mantidos os sentidos do texto caso o primeiro período do segundo parágrafo fosse
assim reescrito: Quando prestamos atenção a nossa volta, percebemos que quase tudo que
vemos existe pelas atividades do trabalho humano.
70. (CESPE / SLU DF Analista de Gestão 2019)
Fragmento do texto: Se aceitamos que, de segunda a sexta-feira, os dias são úteis, devemos
necessariamente aceitar que sábado e domingo são dias inúteis. É inútil, portanto: ir ao cinema
e ao teatro, fazer piquenique no parque com os filhos, almoçar com a família, tomar cerveja
com os amigos, ler um livro, passar a madrugada acordado vendo séries.
O segmento “Se aceitamos que, de segunda a sexta-feira, os dias são úteis” (ℓ. 1) expressa uma
hipótese real, ou seja, expressa um fato existente.
71. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)
Fragmento do texto: O fato de ele necessitar da ajuda do educador, como ocorre em qualquer
relação pedagógica, não significa dever a ajuda do educador anular a sua criatividade e a sua
responsabilidade na construção de sua linguagem escrita e na leitura desta linguagem.
O trecho “como ocorre em qualquer relação pedagógica” (linhas 1 e 2) foi apresentado entre
vírgulas pelo fato de se tratar de uma oração intercalada.

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72. (CESPE / PC MA Escrivão – 2018)


Fragmento do texto: Segundo Santos, os canais de denúncia para coibir corrupção nas
corporações já recebem queixas de assédio e ajudam a identificar eventuais predadores. Para
ele, “o anonimato ajuda, já que as pessoas se sentem mais protegidas para falar”.
No texto, a correção gramatical e o sentido do trecho ‘O anonimato ajuda, já que as pessoas se
sentem mais protegidas para falar’ (linhas 3 e 4) seriam preservados caso se substituísse o
termo “já que” por
a) a fim de que.
b) ainda que.
c) contanto que.
d) uma vez que.
e) logo que.
73. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)
Fragmento do texto: Era Borjalino Ferraz e perdeu o primeiro emprego na Prefeitura de
Macajuba por coisas de pontuação. Certa vez, o diretor do Serviço de Obras chamou o
amanuense para uma conversa de fim de expediente. E aconselhativo:
— Seu Borjalino, tenha cuidado com as vírgulas.
Desse jeito, o amigo acaba com o estoque e a comarca não tem dinheiro para comprar
vírgulas novas. Fez outros ofícios, semeou vírgulas empenadas por todos os lados e foi
despedido. Como era sujeito de brio, tomou aulas de gramática, de modo a colocar as vírgulas
em seus devidos lugares.
Na linha 8, a conjunção “Como” introduz uma comparação.
74. (CESPE / TCM BA Auditor de Controle Externo – 2018)
Fragmento do texto: Nesse caso, o escândalo provém de uma ausência de lógica: a greve é
escandalosa porque incomoda precisamente aqueles a quem ela não diz respeito.
Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto, se o trecho “porque incomoda”
(linha 2) fosse substituído por
a) porquanto incomoda.
b) à medida que incomoda.
c) a par de incomodar.
d) consoante incomode.
e) uma vez que incomode.
75. (CESPE / MPU Analista 2018)
Fragmento do texto: Os mecanismos que reproduzem as desigualdades devem ser revelados
de forma que se possibilite seu enfrentamento pela sociedade civil por meio da cidadania ativa,

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buscando-se o aprofundamento da democracia e a garantia da justiça de gênero, da igualdade


racial e dos direitos humanos.
A introdução de uma vírgula imediatamente após a palavra “revelados” (linha 1) manteria a
correção gramatical do texto.
76. (CESPE / MPU Técnico 2018)
Fragmento do texto: As medidas previstas visam garantir o gozo dos direitos humanos e das
liberdades fundamentais das mulheres, em igualdade de condições com os homens, além de
buscar alterar os padrões socioculturais de conduta e suprimir todas as formas de tráfico de
mulheres e exploração da prostituição feminina.
A substituição de “e suprimir” (linha 3) por ao suprimir não comprometeria a correção
gramatical do período, mas alteraria seu sentido original.
77. (CESPE / IHBDF Técnico de Enfermagem – 2018)
Fragmento do texto: Servir a Deus significava, para ela, cuidar dos enfermos, e especialmente
dos enfermos hospitalizados. Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e eram tão
perigosos (por causa da sujeira, do risco de infecção) que os ricos preferiam tratar-se em casa.
O trecho “que os ricos preferiam tratar-se em casa” (linha 4) expressa uma consequência do
que se afirma nas duas orações imediatamente anteriores, no mesmo período.
78. (CESPE / MPU Técnico 2018)
Fragmento do texto: Se a cultura, no que tange a valores e visões de mundo, é fundamental
para nossa constituição enquanto indivíduos (servindo-nos como parâmetro para nosso
comportamento moral, por exemplo), limitarmo-nos a ela, desconhecendo ou depreciando as
demais culturas de povos ou grupos dos quais não fazemos parte, pode nos levar a uma visão
estreita das dimensões da vida humana.
Na linha 3, a correção do texto seria prejudicada caso a vírgula empregada logo após o
parêntese fosse substituída por ponto e vírgula.
79. (CESPE / IHBDF Técnico de Enfermagem – 2018)
Fragmento do texto: Servir a Deus significava, para ela, cuidar dos enfermos, e especialmente
dos enfermos hospitalizados. Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e eram tão
perigosos (por causa da sujeira, do risco de infecção) que os ricos preferiam tratar-se em casa.
O trecho “que os ricos preferiam tratar-se em casa” (linha 4) expressa uma consequência do
que se afirma nas duas orações imediatamente anteriores, no mesmo período.
80. (CESPE / PM AL Soldado 2018)
Fragmento do texto: Também os olhos, que só armazenam as imagens do que já fora, doem.
A dor vem de afastadas distâncias, sepultados tempos, inconvenientes lugares, inseguros
futuros. Não se chora pelo amanhã. Só se salga a carne morta. No princípio, se um de nós caía,
a dor doía ligeiro. Um beijo seu curava a cabeça batida na terra, o dedo espremido na dobradiça
da porta, o pé tropeçado no degrau da escada, o braço torcido no galho da árvore.

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No trecho “se um de nós caía, a dor doía ligeiro” (linhas 3 e 4), a substituição de “se” por caso
não prejudicaria a correção gramatical do texto.
81. (CESPE / Polícia Federal Escrivão 2018)
Fragmento do texto: Punem-se as agressões, mas, por meio delas, as agressividades, as
violações e, ao mesmo tempo, as perversões, os assassinatos que são, também, impulsos e
desejos. Dir-se-ia que não são eles que são julgados; se são invocados, é para explicar os fatos
a serem julgados e determinar até que ponto a vontade do réu estava envolvida no crime. As
sombras que se escondem por trás dos elementos da causa é que são, na realidade, julgadas e
punidas.
Sem prejuízo para o sentido original e a correção gramatical do texto, a oração “se são
invocados” (linha 3) poderia ser deslocada para logo após a palavra “crime” (linha 4), desde
que estivesse isolada por vírgulas.
82. (CESPE / EBSERH Administrador – 2018)
Fragmento do texto: Certamente que essa pólvora terá toda ela emprego útil; mas, se ela é
indispensável para certos fins industriais, convinha que se averiguassem bem as causas das
explosões, se são acidentais ou propositais, a fim de que fossem removidas na medida do
possível. Isso, porém, é que não se tem dado e creio que até hoje não têm as autoridades
chegado a resultados positivos.
O trecho “se são acidentais ou propositais” (linha 3) exprime uma condição sobre a ideia
expressa na oração anterior.
83. (CESPE / EBSERH Administrador – 2018)
Fragmento do texto: Entretanto, é sabido que certas pólvoras, submetidas a dadas condições,
explodem espontaneamente, e tem sido essa a explicação para uma série de acidentes
bastante dolorosos, a começar pelo do Maine, na baía de Havana, sem esquecer também o do
Aquidabã.
A inserção de caso fossem imediatamente antes do termo “submetidas” (linha 1) explicitaria o
sentido condicional do trecho “submetidas a dadas condições” (linhas 1 e 2) sem que houvesse
prejuízo para a correção gramatical do texto.
84. (CESPE / EBSERH Administrador – 2018)
Fragmento do texto: Certamente que essa pólvora terá toda ela emprego útil; mas, se ela é
indispensável para certos fins industriais, convinha que se averiguassem bem as causas das
explosões, se são acidentais ou propositais, a fim de que fossem removidas na medida do
possível. Isso, porém, é que não se tem dado e creio que até hoje não têm as autoridades
chegado a resultados positivos.
O trecho “se são acidentais ou propositais” (linha 3) exprime uma condição sobre a ideia
expressa na oração anterior.

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85. (CESPE / EBSERH Administrador – 2018)


Fragmento do texto: Entretanto, é sabido que certas pólvoras, submetidas a dadas condições,
explodem espontaneamente, e tem sido essa a explicação para uma série de acidentes
bastante dolorosos, a começar pelo do Maine, na baía de Havana, sem esquecer também o do
Aquidabã.
A inserção de caso fossem imediatamente antes do termo “submetidas” (linha 1) explicitaria o
sentido condicional do trecho “submetidas a dadas condições” (linhas 1 e 2) sem que houvesse
prejuízo para a correção gramatical do texto.
86. (CESPE / IPHAN Nível médio – 2018)
Fragmento do texto: Ainda que circunscritas a determinados limites, essas ações de
resistência, aparentemente insignificantes, colocam em movimento as relações e podem
alterar a realidade de uma ordem imposta ou dominante, em um jogo vivido cotidiana e mais
ou menos silenciosamente.
A expressão “Ainda que” (ℓ.1) poderia ser substituída por Embora, sem prejuízo das relações
de coesão e dos sentidos originais do texto.
87. (CESPE / STM Analista Judiciário – 2018)
Fragmento do texto: Não sou de choro fácil, mas um composto orgânico cujas moléculas
contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e o funcionamento de todos
os seres vivos me comove. Cromossomas me animam, ribossomas me espantam. A divisão
celular não me deixa dormir, e olha que eu moro bem no meio das montanhas. De vez em
quando vejo passarem os aviões, mas isso nunca acontece de madrugada — a noite se
guarda toda para o infinito silêncio.
A substituição da expressão “e olha que eu moro bem no meio das montanhas” (linha 5) por
embora eu more entre montanhas manteria a coerência do trecho no qual se insere, mas
alteraria seu nível de formalidade.
88. (CESPE / TCE PB Agente de documentação – 2018)
No texto, as relações sintático-semânticas do período “Embora fosse temido, o apagamento
era necessário, assim como o esquecimento também o é para a memória” seriam preservadas
caso a conjunção “Embora” fosse substituída por
a) Por conseguinte.
b) Ainda que.
c) Consoante.
d) Desde que.
e) Uma vez que.
89. (CESPE / PC SE Delegado 2018)
Fragmento do texto: A existência da polícia se justifica pela imprescindibilidade dessa agência
de segurança para a viabilidade do poder de coerção estatal. Em outras palavras, como atestam

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clássicos do pensamento político, a sua ausência culminaria na impossibilidade de manutenção


de relações pacificadas. Devido a seu protagonismo e sua importância na organização e
garantia da reprodução das normas legais, o Estado democrático não pode abdicar dessa
instituição.
Na linha 3, o termo “como” estabelece uma comparação de igualdade entre o que se afirma
no primeiro período do texto e a informação presente na oração “a sua ausência culminaria na
impossibilidade de manutenção de relações pacificadas” (ℓ. 3 e 4).
90. (CESPE / TCM BA Auditor de Controle Externo – 2018)
Fragmento do texto: Ainda existem pessoas para as quais a greve é um “escândalo”: isto é,
não só um erro, uma desordem ou um delito, mas também um crime moral, uma ação
intolerável que perturba a própria natureza. “Inadmissível”, “escandalosa”, “revoltante”, dizem
alguns leitores do Figaro, comentando uma greve recente. Para dizer a verdade, trata-se de
uma linguagem do tempo da Restauração, que exprime a sua mentalidade profunda. É a época
em que a burguesia, que assumira o poder havia pouco tempo, executa uma espécie de junção
entre a moral e a natureza, oferecendo a uma a garantia da outra. Temendo-se a
naturalização da moral, moraliza-se a natureza; finge-se confundir a ordem política e a ordem
natural, e decreta-se imoral tudo o que conteste as leis estruturais da sociedade que se quer
defender. Para os prefeitos de Carlos X, assim como para os leitores do Figaro de hoje, a greve
constitui, em primeiro lugar, um desafio às prescrições da razão moralizada: “fazer greve é
zombar de todos nós”, isto é, mais do que infringir uma legalidade cívica, é infringir uma
legalidade “natural”, atentar contra o bom senso, misto de moral e lógica, fundamento
filosófico da sociedade burguesa.
Nesse caso, o escândalo provém de uma ausência de lógica: a greve é escandalosa porque
incomoda precisamente aqueles a quem ela não diz respeito. É a razão que sofre e se revolta:
a causalidade direta, mecânica, essa causalidade é perturbada; o efeito se dispersa
incompreensivelmente longe da causa, escapa-lhe, o que é intolerável e chocante. Ao contrário
do que se poderia pensar sobre os sonhos da burguesia, essa classe tem uma concepção
tirânica, infinitamente suscetível, da causalidade: o fundamento da moral que professa não é
de modo algum mágico, mas, sim, racional. Simplesmente, trata-se de uma racionalidade
linear, estreita, fundada, por assim dizer, numa correspondência numérica entre as causas e os
efeitos. O que falta a essa racionalidade é, evidentemente, a ideia das funções complexas, a
imaginação de um desdobramento longínquo dos determinismos, de uma solidariedade entre
os acontecimentos, que a tradição materialista sistematizou sob o nome de totalidade.
Assinale a opção que apresenta trecho do texto que expressa uma ideia de comparação.
a) “mas também um crime moral” (linhas 2 e 3)
b) “mais do que infringir uma legalidade cívica” (linha 15)
c) “a quem ela não diz respeito” (linha 19)
d) “o que é intolerável e chocante” (linha 22)
e) “que a tradição materialista sistematizou sob o nome de totalidade” (linhas 30 e 31)

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91. (CESPE / SEFAZ RS Auditor – 2018)


Fragmento do texto: Quem me lê poderá objetar que basta a gente passar os olhos pelo jornal
desta manhã para verificar que o mundo nunca teve tantas e tão dramáticas porteiras como
em nossos dias... Mas que importa? Um dia as porteiras hão de cair, ou alguém as derrubará.
“Para erguer outras ainda mais terríveis” — replicará o leitor cético. Ora, amigo, precisamos
ter na vida um mínimo de otimismo e esperança para poder ir até ao fim da picada. Você não
concorda? Ô mundo velho sem porteira!
Em relação ao trecho “ou alguém as derrubará” (linhas 3 e 4) no texto, a oração ‘Para erguer
outras ainda mais terríveis’ (linha 4) transmite uma ideia de
a) conformidade.
b) condição.
c) causa.
d) proporção.
e) propósito.
92. (CESPE / IFF Assistente de Educação 2018)
Fragmento do texto: Assim, é comum que pais com baixa escolaridade lutem para que os filhos
tenham acesso a um ensino de qualidade, sem reivindicar para si mesmos o direito que lhes foi
violado.
A oração “para que os filhos tenham acesso a um ensino de qualidade” (ℓ. 1 e 2) expressa
circunstância de
a) finalidade.
b) causa.
c) modo.
d) proporção.
e) concessão.
93. (CESPE / IFF Superior 2018)
Fragmento do texto: Volto aos “Cangaceiros” e desde logo tudo o que vi e senti se refugia no
fundo da sensibilidade, para que a narrativa corra, como em leito de rio que a estiagem secara,
mas que as águas novas enchem, outra vez, de correntezas.
A locução conjuntiva “para que” (linha 2) introduz uma consequência do trecho “desde logo
tudo o que vi e senti se refugia no fundo da sensibilidade” (linhas 1 e 2).
94. (CESPE / EMAP Cargos de nível médio 2018)
Fragmento do texto: A crescente internacionalização da economia, decorrente,
principalmente, da redução de barreiras ao comércio mundial, da maior velocidade das
inovações tecnológicas e dos grandes avanços nas comunicações, tem exigido mudanças
efetivas na atuação do comércio internacional.

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A abordagem desse tipo de comércio, inevitavelmente, passa pela concorrência, visto que
é por meio da garantia e da possibilidade de entrar no mercado internacional, de estabelecer
permanência ou de engendrar saída, que se consubstancia a plena expansão das atividades
comerciais e se alcança o resultado último dessa interatuação: o preço eficiente dos bens e
serviços.
A oração introduzida pela locução “visto que” (linhas 5 e 6) explica o porquê de ser necessário
considerar a concorrência na abordagem do comércio internacional.
95. (CESPE / MP PI Analista 2018)
Fragmento do texto: Por duas razões: em primeiro lugar, porque constitui uma prova tão forte
que não há necessidade de acrescentar outras, nem de entrar na difícil e duvidosa
combinatória dos indícios; a confissão, desde que seja devidamente feita, quase exime o
acusador de fornecer outras provas (em todo o caso, as mais difíceis); em segundo, a única
maneira para que esse procedimento perca toda a sua autoridade unívoca e para que se torne
uma vitória efetivamente obtida sobre o acusado, a única maneira para que a verdade exerça
todo o seu poder, é que o criminoso assuma o seu próprio crime e assine aquilo que foi sábia
e obscuramente construído pela investigação.
O trecho “que não há (...) indícios” (linhas 2 e 3) exprime uma noção de consequência.
96. (CESPE / IPHAN Nível médio – 2018)
Fragmento do texto: A criança sempre foi vista como símbolo do futuro, como parte de um
discurso ancorado tanto na retórica ufanista do texto político quanto no discurso cristão,
responsável pela defesa de uma imagem de inocência infantil. Pautado pelo princípio
teleológico do tempo, o presente irá atuar nesses discursos como instrumento de mediação
para que se conserve a lição do passado como intocável e permanente.
Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos originais do texto, o trecho “para que se
conserve a lição do passado como intocável e permanente” (ℓ. 5) poderia ser reescrito da
seguinte forma: afim de conservar, intocável e permanentemente, a lição do passado.
97. (CESPE / EBSERH Técnico – 2018)
Fragmento do texto: Naquele período, além dos incentivos ao casamento e à reprodução, vigia
uma legislação que proibia o uso de métodos contraceptivos e o aborto: o Decreto Federal n.º
20.291, de 1932, que vedava a prática médica que tivesse por fim impedir a concepção ou
interromper a gestação, e a Lei das Contravenções Penais, sancionada em 1941, que proibia
“anunciar processo, substância ou objeto destinado a provocar o aborto ou evitar a gravidez”.
A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados caso o trecho “que tivesse por
fim impedir a concepção” (linhas 3 e 4) fosse assim reescrito: adotada afim de impedir a
concepção.
98. (CESPE / ABIN Oficial de Inteligência – 2018)
Fragmento do texto: A máquina replicava os rotores do sistema alemão e tentava reproduzir
diferentes combinações de posições dos rotores para testar possíveis soluções.

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No trecho “para testar possíveis soluções” (linhas 2 e 3), o emprego da preposição “para”, além
de contribuir para a coesão sequencial do texto, introduz, no período, uma ideia de finalidade.
99. (CESPE / CGM João Pessoa PB Técnico – 2018)

No trecho “Tentar subornar o guarda para evitar multas”, a oração “para evitar multas”
expressa a causa, o motivo que leva alguém a cometer suborno.
100. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)
Fragmento do texto: O estado de São Paulo realiza o chamado “dia D” da vacinação contra a
febre amarela em 54 cidades da Grande São Paulo, do Vale do Paraíba e da Baixada Santista.
O governo do estado pretende imunizar 9,2 milhões de pessoas. Para se vacinar, as pessoas
devem apresentar documento de identidade e carteiras do SUS e de vacinação.
Em “Para se vacinar, as pessoas precisam de documento de identidade e carteiras do SUS e de
vacinação” (linhas 4 e 5), a preposição “Para” exerce o papel de conectivo e introduz uma
oração que expressa finalidade.
101. (CESPE / SEFAZ RS Auditor – 2018)
Fragmento do texto: Quem me lê poderá objetar que basta a gente passar os olhos pelo jornal
desta manhã para verificar que o mundo nunca teve tantas e tão dramáticas porteiras como
em nossos dias... Mas que importa? Um dia as porteiras hão de cair, ou alguém as derrubará.
“Para erguer outras ainda mais terríveis” — replicará o leitor cético. Ora, amigo, precisamos
ter na vida um mínimo de otimismo e esperança para poder ir até ao fim da picada. Você não
concorda? Ô mundo velho sem porteira!
Em relação ao trecho “ou alguém as derrubará” (linha 4) no texto, a oração ‘Para erguer outras
ainda mais terríveis’ (linhas 4 e 5) transmite uma ideia de
a) conformidade.
b) condição.
c) causa.
d) proporção.
e) propósito.

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102. (CESPE / IFF Cargos de nível superior – 2018)


Fragmento do texto: Além de participar das oficinas, é preciso ter dedicação. A pedagoga
acrescenta que a maioria dos alunos é composta por adultos, que, diferentemente das crianças,
têm maior capacidade de concentração ao estudar em casa. Apesar das exigências, o método
de ensino permite que o aluno organize seu próprio horário de estudos e concilie a graduação
com um emprego.
No texto a oração “ao estudar em casa” (linha 3) tem sentido equivalente ao da oração
A ao passo que estudam em casa.
B ainda que estudem em casa.
C quando estudam em casa.
D porque estudam em casa.
E por estudarem em casa.
103. (CESPE / ABIN Oficial de Inteligência – 2018)
Fragmento do texto: Após espiões poloneses terem roubado uma cópia da máquina, Turing e
o campeão de xadrez Gordon Welchman construíram uma réplica da Enigma na base militar de
Bletchey Park.
A vírgula logo após o termo “máquina” (linha 2) poderia ser eliminada sem prejuízo para a
correção gramatical do período no qual ela aparece.

104. (CESPE / IHBDF Técnico de Enfermagem – 2018)


Fragmento do texto: Surpresas fazem parte da rotina de um socorrista. Quando um chamado
chega via 192, as informações nem sempre vêm de acordo com a real situação.
O elemento “Quando” (linha 2) introduz no texto uma oração condicional, podendo ser
substituído por Se.
105. (CESPE / PC MA Escrivão – 2018)
O ano de 2017 foi o mais seguro da história da aviação comercial, de acordo com a
organização holandesa Aviation Safety Network (ASN). Foram dez acidentes — nenhum deles
envolvendo linhas comerciais regulares —, com 79 mortos, 44 entre passageiros e tripulantes
e outras 35 pessoas que estavam em terra.
Em 2016, foram registrados 16 acidentes, com 303 vítimas fatais, e o último episódio, com
um avião de passageiros de maiores proporções: a queda do Avro RJ85, operado pela empresa
LaMia, próximo de Medellín, na Colômbia. O desastre, que completou um ano no último dia 28
de novembro, matou 71 pessoas, em sua maior parte atletas do time brasileiro da
Chapecoense.
“Desde 1997 a média de acidentes tem caído de forma contínua e persistente”, disse o
presidente da ASN, destacando os esforços da Organização Internacional da Aviação Civil e da
Fundação de Segurança no Voo para melhorar os padrões de segurança da indústria de aviação.

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A pontuação empregada no texto permaneceria correta se,


I no primeiro parágrafo, o segundo travessão fosse eliminado.
II na linha 1, fosse inserida vírgula logo após “2017”.
III na linha 12, fosse inserida vírgula logo após ‘1997’.
IV na linha 13, a vírgula logo após ‘persistente’ fosse eliminada.
Assinale a opção correta.
a) Nenhum item está certo.
b) Apenas o item III está certo.
c) Apenas o item IV está certo.
d) Apenas os itens I e II estão certos.
e) Todos os itens estão certos.
106. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário Taquígrafo – 2017)
Fragmento do texto: A linguagem ideal seria aquela em que cada palavra designasse apenas
uma coisa, correspondesse a uma só ideia ou conceito, tivesse um só sentido. Como tal não
ocorre em nenhuma língua conhecida, as palavras são, por natureza, enganosas, porque
polissêmicas ou plurivalentes.
Isoladas de contexto ou situação, as palavras quase nada significam de maneira precisa,
inequívoca (Ogden e Richards são radicais: “as palavras nada significam por si mesmas”): “...o
que determina o valor da palavra é o contexto, o qual, a despeito da variedade de sentidos de
que a palavra seja suscetível, lhe impõe um valor ‘singular’; é o contexto também que a liberta
de todas as representações passadas, nela acumuladas pela memória, e que lhe atribui um
valor ‘atual’”.
O vocábulo “Como” (linha 3) introduz no segundo período uma ideia de comparação.
107. CESPE / TRE PE Analista – 2017)
Fragmento do texto: A ética e a cidadania não se desvinculam da questão dos princípios da
ação do Estado e da moralidade administrativa, uma vez que, por mais alargados que pareçam
os direitos e as esferas individuais — as quais parecem ser extremamente flexíveis nos atuais
contextos —, urge que sejam regulamentadas as vinculações estreitas que existem entre
esferas individuais e esferas coletivas, pressupondo-se, assim, níveis de avanço no campo do
progresso moral da sociedade.
No texto, a locução “uma vez que” (linha 2) introduz no período em que ocorre uma ideia de
a) causa.
b) consequência.
c) conclusão.
d) finalidade.

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e) condição.
108. (CESPE / TRE BA Analista – 2017)
Fragmento do texto: Gregos que enriqueceram como comerciantes e armadores não eram
iguais àqueles que possuíam a propriedade da terra e do conhecimento, de modo que não
reuniam os critérios para uma igual participação na formulação das leis.
Seriam mantidos a correção gramatical e o sentido original do texto caso a expressão “de modo
que” (linha 3) fosse substituída por
a) enfim.
b) logo.
c) de sorte que.
d) desde que.
e) a fim de que.
109. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário Taquígrafo – 2017)
Fragmento do texto: O espaço urbano foi organizado de sorte a favorecer as operações de
circulação, compra e venda de mercadorias; e, ao mesmo tempo, nele se oferece ao consumo
uma diversidade de localizações, paisagens, topografias físicas e simbólicas que são de
diferentes modos incorporadas à dinâmica mercantil. Hoje, podemos talvez acrescentar que a
cidade se torna o lugar do consumismo e do consumismo de lugar.
A locução “de sorte a” (linha 1) introduz a consequência decorrente do modo como o espaço
urbano foi organizado, de acordo com o texto.
110. (CESPE / CBM AL Combatente – 2017)
Fragmento do texto: Quem quer que tenha tido ocasião de visitar os museus de Hiroshima e
Nagasaki não pode deixar de refletir com apreensão sobre o destino da humanidade e da
civilização, tal como as conhecemos, caso ocorra uma confrontação entre potências
possuidoras de armamento atômico.
Os sentidos do texto seriam preservados se o termo “caso” (linha 3) fosse substituído por ainda
que.
111. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário – 2017)
Fragmento do texto: A Constituição de 1988 contém uma norma que protege os animais,
independentemente de sua origem ou classificação. Porém, a proteção que lhes é garantida
baseia-se em um argumento puramente utilitarista: os animais são protegidos com a finalidade
de garantir um hábitat saudável às atuais e futuras gerações humanas.
Desprovidos de valor próprio e de relevância jurídica no direito penal, os animais são tema
de direito civil. Ainda são estudados na atualidade brasileira, sob a influência do direito romano,
como simples coisas semoventes, como se desprovidos fossem da capacidade de sentir dor ou
apego. Em jurisprudência majoritária, são apenas objetos que possuem a capacidade de se
mover e que podem proporcionar lucros aos seus proprietários.

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A oração “Desprovidos de valor próprio e de relevância jurídica no direito penal” (linha 6)


introduz no período uma ideia de concessão, razão por que poderia ser corretamente
introduzida por Embora, feito o devido ajuste na inicial maiúscula da palavra “Desprovidos”.
112. (CESPE / SEEDF nível superior – 2017)
Fragmento do texto: As críticas à extrema confiança que demos à ciência como forma única de
conhecimento são muitas e espalham-se em diversas frentes. Embora não possamos
desconsiderar o avanço científico a que os últimos séculos assistiram — as revoluções
consideráveis no campo da medicina, da física, da química e das próprias ciências sociais e
humanas —, essa ciência capitalista, androcêntrica e colonial não tem conseguido dar conta de
resolver o problema que ela própria ajudou a construir.
O conectivo “Embora” (linha 3) introduz no período em que ocorre uma ideia de concessão.
113. (CESPE / TRE PE Analista – 2017)
Fragmento do texto: A ética e a cidadania não se desvinculam da questão dos princípios da
ação do Estado e da moralidade administrativa, uma vez que, por mais alargados que pareçam
os direitos e as esferas individuais — as quais parecem ser extremamente flexíveis nos atuais
contextos —, urge que sejam regulamentadas as vinculações estreitas que existem entre
esferas individuais e esferas coletivas, pressupondo-se, assim, níveis de avanço no campo do
progresso moral da sociedade.
A correção gramatical do texto seria mantida caso fosse suprimida a vírgula empregada
imediatamente após o travessão na linha 4.
114. (CESPE / SEEDF Professor – 2017)
Fragmento do texto: A experimentação é característica dos processos de aquisição de
conhecimentos. Ao adquirir a escrita, a criança testa hipóteses já construídas acerca desse
sistema. Pode-se pensar então que, mesmo antes de entrar para a escola, o aprendiz, graças
às práticas de letramento às quais está exposto cotidianamente, já construiu suas hipóteses no
que diz respeito à segmentação da escrita. No entanto, ao testá-las, o que se lhe apresenta é a
dúvida sobre o lugar em que espaços devem ser inseridos na escrita. Para a resolução desse
problema, é necessário que o aprendiz cumpra a complexa tarefa de compreender o que é uma
palavra.
O emprego das vírgulas no terceiro período do texto justifica-se pela mesma regra de
pontuação.
115. (CESPE / PJC MT Delegado – 2017)
Fragmento do texto: Mais valeria que a vida atravessasse as páginas da Lei Maior a se traduzir
em palavras que fossem apenas a revelação da justiça. Quando os descaminhos não
conduzirem a isso, competirá ao homem transformar a lei na vida mais digna para que a
convivência política seja mais fecunda e humana.
Sem prejuízo para a coerência e para a correção gramatical do texto, a conjunção “Quando”
(linha 3) poderia ser substituída por

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a) Se.
b) Caso.
c) À medida que.
d) Mesmo se.
e) Apesar de.
116. (CESPE / TRE TO Técnico – 2017)
Fragmento do texto: Somente em um sistema de democracia indireta ou representativa
existem partidos políticos. A democracia indireta ou representativa, segundo Kelsen, é aquela
em que a função legislativa é exercida por um parlamento eleito pelo povo, e as funções
administrativa e judiciária são exercidas por funcionários igualmente escolhidos por um
eleitorado. Dessa forma, um governo é representativo quando os seus funcionários, durante a
ocupação do poder, refletem a vontade do eleitorado e são responsáveis para com este.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso a expressão “quando”
(linha 6) fosse substituída por
a) conquanto.
b) à medida que.
c) enquanto.
d) se.
e) bem como.
117. (CESPE / TRE BA Analista – 2017)
Fragmento do texto: Desde que a urna eletrônica foi adotada em todo o território brasileiro,
votar passou a ser uma atividade relativamente simples. Diante da urna, o eleitor pode seguir
quatro caminhos diferentes. É possível deixar o voto em branco; para isso, basta apertar a tecla
branca.
No período que inicia o texto, a locução “Desde que” (linha 1) introduz uma ideia de
a) proporcionalidade.
b) tempo.
c) causa.
d) consequência.
e) condição.
118. (CESPE / TRE BA Analista – 2017)
Desde que a urna eletrônica foi adotada em todo o território brasileiro, votar passou a ser
uma atividade relativamente simples. Diante da urna, o eleitor pode seguir quatro caminhos
diferentes. É possível deixar o voto em branco; para isso, basta apertar a tecla branca. A
segunda opção é digitar um número que não corresponda a nenhum dos candidatos ou

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partidos e, com isso, anular o voto. A terceira opção é digitar o número de um partido e votar
“na legenda”. Por fim, é possível escolher um candidato específico digitando-se o seu número.
Até meados da década de 90 do século XX, ainda na era da cédula de papel, a apuração
geralmente era feita em ginásios esportivos e durava muitos dias. As pessoas que tiveram a
oportunidade de ver uma dessas apurações devem se lembrar das fases da contagem de votos.
Inicialmente, os votos em branco eram carimbados para evitar que eles fossem preenchidos
de maneira fraudulenta durante o cômputo. Os votos nulos eram separados em uma pilha
específica. Depois de contados os votos, os boletins de cada urna eram preenchidos, enviados
para níveis superiores de apuração e totalizados. Hoje os poderosos computadores da justiça
eleitoral em Brasília são capazes de proclamar, em poucas horas, quais foram, entre os
milhares de candidatos, os eleitos.
Prejudicaria a correção gramatical e o sentido original do texto a inserção de uma vírgula logo
após
a) “adotada” (linha 1).
b) “opção” (linha 4).
c) “específico” (linha 7).
d) “carimbados” (linha 13).
e) “Hoje” (linha 17).
119. (CESPE / SEEDF nível superior – 2017)
Fragmento do texto: Um estudo coordenado pela Fundação Getúlio Vargas aponta que,
enquanto 80% dos professores de educação infantil da rede pública do país têm nível superior
completo, 65,6% dos docentes dessa mesma etapa na rede privada têm igual escolaridade.
A correção gramatical do texto seria mantida caso a vírgula empregada logo depois de “que”
(linha 2) fosse suprimida.
120. (CESPE / TRE PE Analista – 2017)
Fragmento do texto: Acompanhando essa tendência, a área educacional, em especial a da
educação profissional, tem multiplicado os sentidos e usos da palavra competência. Por
exemplo, ao se discutir uma proposta educacional baseada em competências, é importante
especificar o conceito de competência adotado e a forma como ele é utilizado para se discutir
o modelo pedagógico decorrente.
No texto, a oração “ao se discutir uma proposta educacional baseada em competências” (linhas
3 e 4) exprime, no período em que ocorre, uma ideia de
a) finalidade.
b) conclusão.
c) causa.
d) consequência.
e) tempo.

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121. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário Taquígrafo – 2017)


Fragmento do texto: A linguagem ideal seria aquela em que cada palavra designasse apenas
uma coisa, correspondesse a uma só ideia ou conceito, tivesse um só sentido. Como tal não
ocorre em nenhuma língua conhecida, as palavras são, por natureza, enganosas, porque
polissêmicas ou plurivalentes.
Isoladas de contexto ou situação, as palavras quase nada significam de maneira precisa,
inequívoca (Ogden e Richards são radicais: “as palavras nada significam por si mesmas”): “...o
que determina o valor da palavra é o contexto, o qual, a despeito da variedade de sentidos de
que a palavra seja suscetível, lhe impõe um valor ‘singular’; é o contexto também que a liberta
de todas as representações passadas, nela acumuladas pela memória, e que lhe atribui um
valor ‘atual’”.
A palavra “Isoladas” (linha 4) introduz uma oração reduzida que, no texto, apresenta valor
condicional.
122. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário Taquígrafo – 2017)
Fragmento do texto: A linguagem — seja ela oral ou escrita, seja mímica ou semafórica — é
um sistema de símbolos, signos ou signos-símbolos, voluntariamente produzidos e
convencionalmente aceitos, mediante o qual o ser humano se comunica com seus semelhantes,
expressando suas ideias, sentimentos ou desejos.
Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, a vírgula inserida logo após “semelhantes”
(linha 4) poderia ser suprimida.
123. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário – 2017)
Fragmento do texto: A preocupação do filósofo era levar as pessoas, por meio do
autoconhecimento, à sabedoria e à prática do bem. Para o filósofo grego, o papel do educador
é, portanto, o de ajudar o discípulo a caminhar nesse sentido, despertando sua cooperação para
que ele consiga, por si próprio, iluminar sua inteligência e sua consciência.
O trecho “para que ele consiga, por si próprio, iluminar sua inteligência e sua consciência”
(linha 4) expressa uma condição em relação à oração “despertando sua cooperação” (linha 4).
124. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomata – 2017)
Fragmento do texto: Eu gostava de notar a adoração pela violência que as suas almas pacíficas
tinham, e a facilidade com que explicavam tudo e apresentavam remédios. Embora mais moço
que ele, várias vezes cheguei a sorrir aos seus entusiasmos.
A conjunção “Embora” (linha 3) pode ser substituída por Posto que, mantendo-se o sentido e
a correção gramatical do texto.
125. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomata – 2017)
Fragmento do texto: Pelo fato de ter remontado na tradução dos Salmos à poesia bíblica,
embora nada tenha de pré-romântico ele foi considerado mais ou menos precursor a partir do
decênio de 1830; mas é inexplicável que os românticos nunca tenham mencionado a Carta, que
poderia, na perspectiva deles, ser lida como verdadeiro manifesto modernizador.

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A substituição da conjunção “embora” (linha 2) pela conjunção conquanto prejudicaria o


sentido original do texto.
126. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomata – 2017)
Fragmento do texto: No plano cultural, satiriza a tirania da herança greco-latina e aspira a
algo diferente, que não formula, sendo porém significativo que enquanto menciona Homero
como exemplo de poeta desligado do real, fechado num mundo factício, louve um moderno,
Cervantes, que assim privilegia como autor de obra-prima mais adequada ao tempo, e que de
mais a mais reforça o seu propósito na Carta, por ser ela própria uma sátira contra costumes e
convenções cediças.
A substituição da oração relativa “que não formula” (linha 2) por embora não a formule
manteria o sentido original do texto e sua correção gramatical, desde que fossem mantidas as
vírgulas que isolam referida oração.
127. (CESPE / Prefeitura de São Luís - MA Técnico – 2017)
Fragmento do texto: Tinha chegado o tempo da colheita, era uma manhã risonha, e bela, como
o rosto de um infante, entretanto eu tinha um peso enorme no coração. Sim, eu estava triste, e
não sabia a que atribuir minha tristeza. Era a primeira vez que me afligia tão incompreensível
pesar.
No texto, o trecho “como o rosto de um infante” (linha 2) introduz uma ideia de
a) comparação.
b) contraste.
c) adição.
d) compensação.
e) intensidade.
128. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)
Fragmento do texto: As últimas décadas registraram o ressurgimento do campo do
conhecimento denominado políticas públicas, assim como das instituições, das regras e dos
modelos que regem sua decisão, elaboração, implementação e avaliação. A política pública
enquanto área de conhecimento e disciplina acadêmica surgiu nos Estados Unidos da América
(EUA), em um rompimento com a tradição europeia de estudos e pesquisas nessa área, que se
concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas instituições do que na produção
dos governos.
A oração “que se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas instituições do
que na produção dos governos” (linhas 6 a 8) introduz, no período em que ocorre, além de uma
explicação sobre “estudos e pesquisas nessa área” (linha 6), uma comparação.
129. (CESPE / TRE BA Técnico – 2017)
Em sua definição, o voto em branco é aquele que não se dirige a nenhum candidato entre
os que disputam as eleições. São considerados, portanto, votos estéreis, porque não produzem

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frutos. Os votos nulos, por sua vez, são aqueles que, somados aos votos em branco, compõem
a categoria dos votos estéreis, inválidos ou, como denominou o Tribunal Superior Eleitoral,
votos apolíticos. Logo, os votos em branco e os nulos são votos que, a princípio, não produzem
resultado nem influenciam no resultado do pleito.
Ao comparecer às urnas no dia das eleições, o eleitor que apresentar voto em branco ou
nulo pode fazê-lo por diversas razões. Esses motivos podem embasar tanto a postura dos que
votam em branco quanto a dos que votam nulo, pois o resultado final é o mesmo: invalidar o
voto. Assim sendo,
não é razoável diferenciar o voto em branco do voto nulo. Deve-se considerar a essência do
ato, a sua real motivação, que é a invalidação. É evidente que não se sabe, ao certo, a razão
que motiva cada eleitor a votar em branco ou nulo; entretanto, em ambos os casos, não há
dúvida quanto à invalidade do voto por ele dado.
Acerca do papel das conjunções na organização argumentativa do texto, julgue os itens
subsequentes.
I A conjunção “porque” (linha 3) combina duas orações que mantêm entre si uma relação
de causalidade.
II A conjunção “como” (linha 5) indica uma comparação entre as afirmações das orações por
ela conectadas.
III A conjunção “Logo” (linha 6) introduz um período que explica o raciocínio apresentado em
períodos anteriores.
IV A conjunção “entretanto” (linha 15) estabelece relação de contraposição entre os
conteúdos das orações por ela combinadas.
Estão certos apenas os itens
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
130. (CESPE / TRE PE Analista – 2017)
Seriam mantidas a correção gramatical e o sentido original do texto, caso, no trecho “Como
lembra Marilena Chaui, a cidadania se define pelos princípios da democracia, significando
necessariamente conquista e consolidação social e política”,
a) fosse inserida uma vírgula logo após “significando”.
b) a vírgula empregada logo após “democracia” fosse substituída por ponto e vírgula.
c) o trecho “pelos princípios da democracia” fosse isolado por vírgulas.
d) o vocábulo “necessariamente” fosse isolado por vírgulas.

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e) fosse suprimida a vírgula empregada logo após “Chaui”.


131. (CESPE / TRE TO Técnico – 2017)
Fragmento do texto: Assim, o conceito de eleição implica que sejam reconhecidos os eleitores
e que eles sejam contemplados com alternativas, que possam escolher uma entre várias
propostas (ou representantes) designadas para resolver determinados problemas públicos. A
existência de alternativas torna-se, portanto, uma condição necessária para que a eleição seja
genuinamente democrática.
No texto, a oração “para resolver determinados problemas públicos” (linha 4) exprime a ideia
de
a) concessão.
b) consequência.
c) comparação.
d) conformidade.
e) finalidade.
132. (CESPE / PC GO Delegado – 2017)
Fragmento do texto: Para combater o compartilhamento de fotos íntimas por terceiros, são
necessárias ações preventivas, afirma a advogada. Jovens e adolescentes devem ser educados,
de forma que tenham dimensão do problema que a divulgação desse tipo de imagem pode
acarretar.
No texto, a oração “Para combater o compartilhamento de fotos íntimas por terceiros” (linhas
1 e 2) expressa ideia de
a) finalidade.
b) explicação.
c) consequência.
d) conformidade.
e) causa.
133. (CESPE / TCE PA Superior – 2016)
Fragmento do texto: Quer dizer também que o ex-prefeito continua sujeito a todas as sanções
previstas para aqueles que não prestam contas. Por essa razão, é necessário que haja a
separação das contas — que devem, inclusive, ser processadas em autos distintos — quando
ocorrer de o cargo de prefeito ser ocupado por mais de uma pessoa durante o exercício
financeiro. Nesse caso, cada um será responsável pelo período em que ocupou o cargo.
A expressão “Por essa razão” (linhas 2 e 3) introduz no parágrafo em que ocorre uma ideia de
finalidade.

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134. (CESPE / TCE PA Superior – 2016)


Fragmento do texto: Examinando-se a situação financeira dos estados que preparam sua
versão da lei de responsabilidade fiscal, fica difícil aceitar a argumentação. Desde maio de
2000, quando entrou em vigor a LRF, esses estados, como os demais, estão sujeitos a regras
precisas para a gestão do dinheiro público, para a criação de despesas e, em particular, para
os gastos com pessoal. Por que, tendo descumprido algumas dessas regras, estariam
interessados em torná-las ainda mais rigorosas?
Não foi a lei que não funcionou, mas os responsáveis pelo dinheiro público que, por alguma
razão, não a cumpriram. De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigorosa, se nem nas
condições atuais esses responsáveis estão sendo capazes de cumpri-la? O problema não está
na lei.
A conjunção “se” (linha 8) introduz uma oração interpretada como a condição para tornar a
LRF mais rigorosa.
135. (CESPE / FUB Superior – 2016)
Fragmento do texto: Se uma coisa podia ser oscilada, acelerada, perturbada, destilada,
combinada, pesada ou gaseificada, eles o fizeram, e no processo produziram um corpo de leis
universais tão importantes e majestosas que ainda tendemos a escrevê-las com maiúsculas:
Teoria do Campo Eletromagnético da Luz, a Lei das Proporções Recíprocas de Richter, a Lei dos
Gases de Charles, a Lei dos Volumes de Combinação, a Lei de Zeroth, o Conceito de Valência, a
Lei das Ações das Massas e um sem-número de outras. O mundo inteiro clangorava e silvava
com o maquinário e os instrumentos produzidos por sua engenhosidade. Muitas pessoas cultas
acreditavam que não restava muito para a ciência fazer.
A palavra “que” (linha 3) introduz no texto uma ideia de consequência.
136. (CESPE / FUNPRESP Assistente – 2016)
Fragmento do texto: Senti como se estivesse nascendo naquele momento. Uma vida nova,
passada a limpo, me esperava em direção a um Norte mais nítido, a uma morte mais próxima
e sem alternativa. Mas aquela casa me protegia, e dentro dela uma mulher se esforçava por
me fazer feliz. Aquelas folhas de papel me esperavam também, intocadas, e era minha
obrigação escurecê-las de ideias, histórias, sortilégios capazes, talvez, de fazer alguém parar
no seu cotidiano e se pôr a sonhar.
A oração “por me fazer feliz” (linha 4) expressa uma ideia de finalidade.
137. (CESPE / MPU Técnico – 2015)
Fragmento do texto: Posteriormente, na década de 70, foi criado o protocolo Internet, que
permitiu a comunicação entre os seus poucos usuários até então, uma vez que ela ainda estava
restrita aos centros de pesquisa dos Estados Unidos da América.
Mantêm-se a correção gramatical e o sentido original do período ao se substituir a expressão
“uma vez que” por qualquer um dos seguintes termos: porque, já que, pois, por conseguinte.

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138. (CESPE / STJ Analista Judiciário – 2015)


Fragmento do texto: Com a justiça privada, o tipo de pena ou sanção deixou de ser uma
surpresa para seu destinatário, e não mais correspondia a todo e qualquer ato que o ofendido
pretendesse; ao contrário, a punição do ofensor passou a sofrer os limites da extensão e da
intensidade do dano causado. Obviamente, isso quer dizer que, se o dano fosse físico, a
retaliação também o seria; por outro lado, fosse a ofensa apenas moral, não poderia ser de
outra natureza o ato do h ofendido contra o originário ofensor.
Do ponto de vista sintático, as vírgulas que isolam a frase “se o dano fosse físico” (linha 4) são
de emprego facultativo, razão por que a correção do texto seria preservada caso se
eliminassem ambas ou se apenas uma delas — seja a primeira, seja a segunda — fosse
eliminada.
139. (CESPE / DEPEN Superior – 2015)
Fragmento do texto: O projeto transforma a leitura em uma extensão da produção de trabalho
intelectual, que já caracterizava a remição de pena por dias de estudo. Os detentos têm acesso
a mais de cem livros comprados pelo governo e, a partir dessa seleção, eles têm de vinte e um
a trinta dias para ler um livro e escrever uma resenha que, se adequada aos parâmetros da lei,
como circunscrição ao tema e estética, subtraem quatro dias da pena.
A correção gramatical do texto seria mantida caso a vírgula logo após o termo “que” (linha 4)
fosse eliminada.
140. (CESPE / MEC Nível Superior – 2015)
Fragmento do texto: Não se trata apenas de que não conseguimos respirar na água, mas de
que não suportaríamos as pressões. Como a água é cerca de 1.300 vezes mais pesada que o ar,
as pressões aumentam rapidamente à medida que se desce ― o equivalente a uma atmosfera
para cada dez metros de profundidade. Em terra, se você subisse em uma construção de 150
metros ― a catedral de Colônia ou o monumento de Washington, digamos ―, a mudança de
pressão, de tão pequena, seria imperceptível. No entanto, à mesma profundidade na água, suas
veias se contrairiam e seus pulmões se comprimiriam até ficar do tamanho de uma lata de
refrigerante.
Na linha 6, o emprego da vírgula após o travessão é Facultativo.
141. (CESPE / MPU Analista – 2015)
Fragmento do texto: A concentração do poder em um só órgão ou pessoa viria sempre em
detrimento do exercício da liberdade. É que, como observou Montesquieu, “todo homem que
tem poder tende a abusar dele; ele vai até onde encontra limites.
A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas, caso a vírgula empregada
logo após o vocábulo “que” fosse eliminada.
142. (CESPE / FUB Analista de Tecnologia da Informação – 2015)
Fragmento do texto: O interesse pela sustentabilidade fortalece-se na medida em que a
sociedade se dá conta dos limites do modelo de desenvolvimento dependente de recursos não

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renováveis, no contexto de mudança paulatina dos anseios da sociedade, da busca de


segurança energética e de novas possibilidades de produção.
Sem prejuízo à correção gramatical e ao sentido original do texto, a expressão “na medida em
que” (linha 2) poderia ser substituída por à medida que.
143. (CESPE / MPOG ENAP Nível superior – 2015)
Fragmento do texto: As mudanças políticas, sociais e culturais, nos últimos vinte anos, fizeram-
se sentir no âmbito do direito administrativo e, mais especificamente, na forma de administrar
a coisa pública. Diante dessa nova realidade, para atender às necessidades fundamentais da
sociedade de forma eficaz e com o menor custo possível, a administração pública precisou
aperfeiçoar sua atuação, afastando-se da administração burocrática e adotando uma
administração gerencial.
As vírgulas empregadas nas linhas 4 e 5 isolam segmento de natureza adverbial: “para atender
(...) custo possível”.
144. (CESPE / TRE GO Técnico-Judiciário – 2015)
Fragmento do texto: Naquela época, o voto não era universal: para participar do processo
eleitoral, requeriam-se 200 mil réis de renda líquida anual comprovada.
Caso a vírgula que sucede o vocábulo “eleitoral” (linha 2) fosse suprimida, o sentido do texto
seria preservado, mas não a sua correção gramatical.
145. (CESPE / MEC 2014 Nível superior – 2015)
Fragmento do texto: O aumento do número de alunos no ensino integral é atribuído ao
Programa Mais Educação, criado pelo Ministério da Educação para incentivar as secretarias
estaduais e municipais de educação, com a transferência de recursos federais, a oferecer a
educação integral.
O termo “para” (linha 2) introduz ideia de finalidade e poderia ser substituído, sem prejuízo
para a correção gramatical e o sentido original do texto, por afim de.
146. (CESPE / Câmara dos Deputados Analista Legislativo – 2014)
Fragmento do texto: No ambiente virtual, combinações de usuário e senha funcionam para dar
acesso a emails, celulares, redes sociais e cadastros em lojas online. Lidamos com tantas
combinações desse tipo, que já se fala de uma nova categoria de estresse: a “fadiga de senhas”.
A oração introduzida pela conjunção “que” (linha 3) expressa ideia de consequência em relação
à oração anterior, à qual se subordina.
147. (CESPE / ICMBIO Nível médio – 2014)
Fragmento do texto: As palavras estampadas na bandeira nacional poderiam receber o
complemento de um adjetivo, diante do arcabouço de ideias e discussões que tratam do futuro
do planeta. A depender da contribuição de especialistas em desenvolvimento sustentável da
Universidade de Brasília, o lema de 1889, inspirado nos conceitos positivistas do francês
Augusto Comte, teria a seguinte redação: “Ordem e um Novo Progresso”.

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Na linha 3, a substituição da expressão “A depender” por Se dependesse não comprometeria


nem a sintaxe nem o sentido do período de que faz parte.
148. (CESPE / Câmara dos Deputados Técnico Legislativo – 2014)

No segundo quadrinho, a fala de Calvin é introduzida por uma oração condicional, ponto de
partida para o raciocínio de Calvin, que pode ser assim esquematizado: Se A, então B.
149. (CESPE / CEF Nível superior – 2014)
Fragmento do texto: Após a viagem, Táriq teria mandado gravar, em moedas comemorativas,
uma linha sinuosa, em forma de um esse maiúsculo (S), representando o longo e tortuoso
caminho percorrido para alcançar o continente europeu. Mandou colocar, no sentido vertical,
duas colunas paralelas, cortando essa linha sinuosa. As colunas representavam as Colunas de
Hércules e significavam força, poder e a perseverança da empreitada. O símbolo, gravado nas
moedas, difundiu-se e passou a ser reconhecido mundialmente como cifrão, representação
gráfica do dinheiro.
A oração “cortando essa linha sinuosa” (linha 5) tem valor temporal no contexto em que
ocorre.
150. (CESPE / TRE MS Técnico Judiciário – 2013)
Um sistema eleitoral pode prever condições legítimas a serem preenchidas pelo cidadão para
se tornar eleitor, desde que não sejam discriminatórias ou levem em consideração valores
pessoais.
A expressão “desde que” (linha 2) poderia ser corretamente substituída por com a condição
de que.
151. (CESPE / MPU Analista – 2013)
Fragmento do texto: Essa blasfêmia contra a razão e a fé, contra a civilização e a humanidade,
é a filosofia da miséria; executada, não faria senão inaugurar a organização da miséria.
Não haveria prejuízo para o sentido original nem para a correção gramatical do texto caso se
inserisse quando ou se for imediatamente antes de “executada”.

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152. (CESPE / TRE MS Analista Judiciário – 2013)


Em linhas gerais, o texto da Lei da Ficha Limpa prevê que, para ficar impedido de concorrer a
um cargo público eletivo, basta que o candidato tenha sido condenado por um órgão colegiado,
ainda que ele esteja com recursos em tramitação, caso muito comum, por exemplo, em
condenações de tribunais eleitorais.
No texto, a expressão “ainda que” (linha 3) tem sentido equivalente ao da expressão desde
que
153. (CESPE / PRF Nível superior – 2013)
Fragmento do texto: Se toda morte violenta, ou súbita, nos deixa frente a frente com o real
traumático, busca-se a possibilidade de inscrever o acontecido em uma narrativa, ainda que
terrível, capaz de produzir sentido para o que não tem tamanho nem nunca terá, o que não tem
conserto nem nunca terá, o que não faz sentido.
A substituição da expressão “ainda que terrível” (linha 3) por senão que terrível preservaria a
correção gramatical e o sentido original do texto.
154. (CESPE / TRE MS Analista Judiciário (banca CESPE)
1 Especialmente no que comunica o papel da justiça eleitoral ao princípio da autenticidade
eleitoral, cabe a ela garantir que prevaleça a vontade do eleitor. Entenda-se: não lhe é cabível
exigir ou orientar escolhas melhores, ou escolhas ideais, apenas fazer valer a escolha
expressada legitimamente pelo eleitor no resultado das urnas. Assim, embora louvável o 5
esforço, não lhe cabe primar por “votos de qualidade”, apenas pelos votos legitimamente
conquistados.
O que macula o processo e a formação da vontade não são os critérios utilizados pelo
eleitor (por mais absurdos, subjetivos ou incoerentes que sejam), mas, sim, o falseamento de
sua vontade. Embora por vezes seja atraente o discurso de que uma das funções da justiça 10
eleitoral seria incentivar o eleitor a melhor escolher seus candidatos, a utilizar-se de critérios
objetivos e a não levar em conta elementos menores que o interesse público, este não é o seu
papel.
O mesmo motivo justifica o emprego de vírgula logo depois de “esforço” (linha 5) e de
“candidatos” (linha 10).
155. (CESPE / MTE Auditor-Fiscal do Trabalho – 2013)
Fragmento do texto: Embora as conquistas obtidas a partir da Revolução Francesa tenham
possibilitado a consolidação da concepção de cidadania, elas não foram suficientes para que
essa condição se verificasse na prática.
Dada a relação de concessão estabelecida entre as duas primeiras orações do texto, a palavra
“Embora” (linha 1) poderia, sem prejuízo do sentido ou da correção gramatical do texto, ser
substituída por Conquanto.

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156. (CESPE / CNJ Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: O CNJ e os demais órgãos do Judiciário estão mobilizados para acelerar
os julgamentos dos casos de violência contra as mulheres e para promover a correta aplicação
da Lei Maria da Penha. Outra campanha que mobilizou o Judiciário brasileiro em torno da
cultura da paz e do diálogo na resolução de conflitos foi a da 7.ª edição da Semana Nacional
de Conciliação.
Nas linhas 2 e 3, as duas ocorrências de “para” conferem às orações em que ocorrem relações
sintáticas diferentes.
157. (CESPE / Polícia Civil CE Inspetor – 2012)
Fragmento de texto: O cientista político Phillippe Schmitter argumentou que, embora a
situação europeia seja singular, seu progresso para além do Estado nacional tem uma
pertinência mais genérica, pois “o contexto contemporâneo favorece sistematicamente a
transformação dos Estados em confederatii, condominii ou federatii, numa variedade de
contextos”.
O conector “pois” (linha 3) introduz ideia de consequência no trecho em que ocorre.
158. (CESPE / MPE PI Superior – 2012)
Fragmento do texto: No Brasil, o desafio envolve muitas variáveis, desde o número crescente
da frota de veículos e a precariedade dos transportes públicos até o comportamento dos
motoristas ao volante. Enquanto os especialistas analisam o assunto na tentativa de apontar
soluções para o problema, o Psicólogos do Trânsito, um grupo de jovens paulistanos, decidiu
levar bom humor à rua, mostrando que um simples gesto pode melhorar o caos do trânsito.
A conjunção “Enquanto” (linha 3) introduz oração de valor consecutivo.
159. CESPE / EBC Nível Médio – 2011)
Fragmento de texto: Por princípio, todo o sistema de comunicação deveria ser público, uma vez
que a sua missão é prestar um serviço público. Nesse sentido, poderiam até variar as formas de
financiamento, mas o controle deve ser da sociedade.
Seria mantida a relação sintático-semântica entre as orações que compõem o terceiro período
do texto ao se substituir “uma vez que” (R.9) por qualquer um dos termos a seguir: porque,
porquanto, já que, visto que, conquanto.
160. (CESPE / Assembleia Legislativa ES Procurador – 2011)
No Brasil, as denúncias de corrupção têm sido divulgadas pela grande mídia como se
fossem uma característica do agrupamento político que está no poder. Tudo se passa como se
pessoas de caráter duvidoso se aproveitassem do Estado em favor de seus interesses pessoais
e grupais.
Essa forma de veicular denúncias e indícios reafirma muitos dos mitos acerca do fenômeno
da corrupção. Podem-se inventariar alguns: a colonização portuguesa, que seria
essencialmente patrimonialista, em contraposição ao “poder local” e ao “espírito de
comunidade” da tradição anglo-saxã; a cultura brasileira, com seu universo miscigenado, tão

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criticado por perspectivas eugenistas do início do século XX, e sua “amoralidade macunaímica”,
que não teria, mesmo após a independência e a República, conseguido separar o público do
privado; a disjunção entre elites políticas e sociedade, como se as primeiras não fossem reflexo,
direto e(ou) indireto, da última; a ausência de uma base educacional formal sólida como
explicação para comportamentos não republicanos; por fim, a ausência e(ou) fragilidade de leis
e de instituições capazes de fiscalizar, controlar e punir os casos de malversação dos recursos
públicos, como se o país fosse “terra de ninguém”.
No segundo parágrafo, o emprego de ponto e vírgula justifica-se por marcar a intercalação das
orações que descrevem cada mito.
161. (CESPE) / TRE ES Técnico – 2011)
Fragmento de texto: Era a elite intelectual e política do Brasil, composta de magistrados,
membros do clero, fazendeiros, senhores de engenho, altos funcionários, militares e
professores. Desse grupo, sairiam mais tarde 33 senadores, 28 ministros de Estado, dezoito
presidentes de província, sete membros do primeiro conselho de Estado e quatro regentes do
Império.
No trecho “Era a elite intelectual (...) quatro regentes do Império”, a organização dos
elementos estruturais indica o predomínio da coordenação.
162. (CESPE / INCA nível superior – 2010)
Fragmento do texto: Ao estabelecer a obrigatoriedade na realização dos exames pré-
admissional, periódico e demissional do trabalhador, criou recursos médico-periciais voltados
à identificação do nexo da causalidade entre os danos sofridos e a ocupação desempenhada.
A vírgula logo depois de “trabalhador” é opcional e sua retirada preservaria a correção
gramatical do texto, pois os três termos da enumeração que ela tem função de marcar já estão
separados pela conjunção “e”: “exames pré-admissional, periódico e demissional do
trabalhador”.
163. (CESPE / Médico perito INSS nível superior – 2009)
Julgue a frase quanto à correção gramatical: O povo por estar insatisfeito com o “bota-abaixo”
e influenciado pela imprensa se revoltou contra a vacina.
164. (CESPE / Agente educacional ES nível médio – 2010)
Fragmento do texto: A China foi o caso mais marcante de superação da crise de 2008, porque
conseguiu crescer 8,7% no ano passado, enquanto o resto do mundo patinhava.
O termo “enquanto” pode, sem prejuízo para a correção gramatical e sem alterar as
informações originais do período, ser substituído por ao passo que.
165. (CESPE / Caixa Econômica Federal nível médio – 2010)
Fragmento do texto: “O mercado brasileiro está fervilhando. Enquanto as nossas vendas
ficaram estáveis em alguns países, no Brasil elas subiram 30% em 2009”, completa o espanhol.
O vocábulo “Enquanto”, por expressar uma ideia de proporcionalidade, poderia ser substituído
por À medida que, mantendo-se o sentido original do texto.

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7 – GABARITO

1. E 34. E 67. E 100. C 133. A


2. A 35. E 68. C 101. E 134. E
3. E 36. C 69. E 102. C 135. C
4. E 37. C 70. C 103. E 136. C
5. C 38. C 71. C 104. E 137. E
6. C 39. E 72. D 105. B 138. E
7. E 40. E 73. E 106. E 139. E
8. E 41. C 74. A 107. A 140. E
9. E 42. E 75. C 108. C 141. E
10. E 43. C 76. C 109. C 142. E
11. C 44. E 77. C 110. E 143. C
12. C 45. C 78. C 111. E 144. C
13. E 46. E 79. C 112. C 145. E
14. C 47. C 80. E 113. E 146. C
15. C 48. E 81. E 114. C 147. C
16. E 49. C 82. E 115. A 148. C
17. E 50. C 83. E 116. D 149. E
18. E 51. C 84. E 117. B 150. C
19. C 52. C 85. E 118. B 151. E
20. C 53. C 86. C 119. E 152. E
21. D 54. C 87. C 120. E 153. E
22. C 55. C 88. B 121. C 154. E
23. C 56. C 89. E 122. C 155. C
24. C 57. E 90. B 123. E 156. E
25. B 58. E 91. E 124. C 157. E
26. E 59. C 92. A 125. E 158. E
27. C 60. E 93. E 126. E 159. E
28. C 61. C 94. C 127. A 160. E
29. D 62. E 95. C 128. C 161. C
30. C 63. D 96. E 129. B 162. E
31. C 64. C 97. E 130. D 163. E
32. E 65. C 98. C 131. E 164. C
33. E 66. C 99. E 132. A 165. E

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