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Aula Ideal e o Professor Ideal para Leccionação Da Disciplina Específica Do Curso de Biologia

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Introducao

Ao longo dos anos vêm ocorrendo muitas inovações na área da educação, inserir as metodologias
ativas que podem tornar um diferencial, de modo que sejam evitadas aulas monótonas e
desestimulantes para os alunos. 

Objectivos

Geral

Estudar Aula ideal e o Professor Ideal Para leccionação da Disciplina específica do Curso de Biologia

Especifico

 Identificar os desafios para um bom professor;


 Mencionar a importância dos métodos centrados no aluno
 Descrever a aprendizagem cooperativa
 Explicar a planificação de uma aula activa

 Elucidar à planificação duma aula da disciplina específica do curso exemplo para 8ª,
9ª, 10a,11ª e 12ª Classe.

Metodologia
Aula ideal e o Professor Ideal Para leccionação da Disciplina específica do Curso de
Biologia

Desafio para um bom professor

Para que o professor seja bom é necessario que tenha em conta com os seguintes
desafios:

a) Saber relacionar-se com os seus alunos;


b) Ter em conta com o tempo para atividades pessoais do professor;
c) Ter dominio na sua area de formacao;
d) Ter valores morais e sociais;
e) Lidar com diferentes perfis ao longo de toda trajetória profissional;
f) Identificar, compreender e reparar as dificuldades encontradas pelos alunos;
g) Realizar atividades diversas.
a) Relacao do aluno e professor

A relação entre professores e alunos é um dos aspectos fundamentais do processo de


ensino e aprendizagem, não havendo como desvincular a importância do papel do professor
em integrar a vida escolar dos alunos ao cotidiano vivenciado por eles, proporcionando-lhes
aprender de forma efetiva. Portanto, a aprendizagem é resultante das ações do sujeito com a
interação entre o meio social em que ele se encontra (DELIZOICOV, 2002).

MONTEIRO (2011), há uma relação horizontal por meio do diálogo entre o


educador e os educandos, ambos se posicionando como sujeitos do ato de conhecimento. A
total identificação com o povo é o critério de bom relacionamento, pois sem isso a relação
pedagógica perderia consistência. Toda relação de autoridade é eliminada, uma vez que
inviabilizaria o trabalho de conscientização, de aproximação de consciências. Existe uma
não-diretividade, entretanto, não da maneira como Rogers dizia (se ausentando), mas que
permanece vigilante para assegurar ao grupo um espaço mais humano para dizer sua palavra,
para se expressar sem se neutralizar.

b) Tempo para atividades pessoais do professor

Segundo DELIZOICOV (2002), O professor deve buscar formas de melhorar a


gestão do tempo é essencial para que o professor não tenha que abrir mão da sua qualidade
de vida e equilíbrio.
c) Dominio na sua area de formacao

FRANÇA (2011, p. 14), Atuação do professor deve favorecer uma aprendizagem


crítica e transformadora, fundamentada em conceitos inovadores. E não somente
centralizada em conceitos que caracterizam a educação tradicional e conservadora.

d) Ter valores morais e sociais

Para FRANÇA (2011, p. 14): “as exigências da sociedade atual indica a necessidade
de um novo modelo de professor, muito embora, historicamente, bastasse possuir certo
conhecimento formal para se assumir a função de ensinar’’, as mudanças sofridas pela
sociedade exige uma ressignificação do papel docente, o que por muitas vezes faz com que o
professor seja interpretado como o principal instrumento da formação escolar e cidadã,
tornando-se necessários os debates que incidem sobre a reflexão das possíveis
transformações no contexto de formação e atuação dos docentes.

A atuação dos professores de Biologia, da mesma forma dos demais, constitui-se de


saberes e práticas que não se resumem apenas ao domínio do conteúdo, das teorias, dos
conceitos e dos procedimentos disseminados no espaço escolar

A formação do professor de Biologia deve estar alicerçada no sentindo amplo de


‘saber’ e ‘saber fazer’. TARDIF (2007, p. 36) afirma que o saber docente: “[...] se constitui
em um ‘saber plural’, formado pelo amálgama mais ou menos coerente de saberes oriundos
da formação profissional e de saberes curriculares: experienciais e disciplinares”.

e) Lidar com diferentes perfis ao longo de toda trajetória profissional

O professor deve ser capaz de lidar com alunos de variados estilos:

 Desinteressados,
 Desmotivados,
 Despreocupados,
 Irresponsáveis,
 Tímidos,
 Distraídos,
 Impacientes etc.
Cabendo a ele a possibilidade de mediar, criar condições, facilitar a ação do aluno em
aprender, ao veicular um conhecimento como seu porta-voz (DELIZOICOV, 2002).

Por outro, o professor deve ser capaz de, saber instigar a curiosidade de cada um dos
alunos ao longo de toda sua trajetória profissional e motivá-los, respeitando as
particularidades de cada um, para que suas turmas tenham maior engajamento na realização
de atividades e maior participação durante as aulas (DELIZOICOV; 2002).

f) Identificar, compreender e reparar as dificuldades encontradas pelos alunos

De forma a ser um bom guia na busca pelo conhecimento, o professor deve saber
identificar, compreender e auxiliar seus alunos em relação às suas dificuldades, pois elas
representam grandes desmotivadores e contribuem para o baixo rendimento escolar. Assim,
saber exatamente onde os alunos estão com problemas, facilita no direcionamento e na
realização de intervenções pedagógicas e, consequentemente, no aprimoramento do processo
pedagógico (DELIZOICOV 2002)

g) Realizar atividades diversas

DELIZOICOV (2002), cada aluno é único e apresenta competências e dificuldades


específicas. O educador também deve lecionar os conteúdos a serem passados por meio de
atividades variadas, atendendo às necessidades de todos.

Pensando além do desenvolvimento cognitivo dos alunos, também é fundamental que


o professor proponha atividades para trabalhar as competências socioemocionaisem sala de
aula. Essas competências são tão importantes que inclusive são previstas pela Base Nacional
Comum Curricular (BNCC), que defende a formação integral do aluno (DELIZOICOV,
2002)

Os métodos centrados no aluno

Características do metodo centrados no aluno


Este baseado em actividades e experiencias da criança;

Por fim este é baseado em função das necessidades e interesses dos alunos.
Vantagens
 Personalização, significado e motivação intrínseca;

 Progresso da autonomia.
Limitações
 Desleixo de objectivos comuns, função social do educando ou da transmissão duma
herança cultural comum;

 Necessita muito de tempo e muitos recursos didácticos;

 Risco de cair em experiencias desconexas e sem sentido.

A aprendizagem cooperativa
Na perspectiva do FIRMIANO (2011), a aprendizagem cooperativa é definida como
um conjunto de técnicas de ensino em que os alunos trabalham em pequenos grupos e se
ajudam mutuamente, discutindo a resolução de problemas facilitando a compreensão do
conteúdo.
FIRMIANO (2011), essa estratégia permiti aos estudantes interagirem com os
colegas e com o professor, possibilita também o ganho de autonomia e de responsabilidade
para tomar decisões no desenvolver das actividades em sala de aula.
Vantagens do método cooperativo

 Estimula e desenvolve habilidades sociais;


 Cria um sistema de apoio social mais forte;
 Encoraja a responsabilidade pelo outro;
 Encoraja os estudantes a se preocupar uns com os outros;
 Desenvolve a liderança;
 Eleva a auto-estima;
 A ansiedade em testes e na sala de aula é reduzida;
 Cria uma relação positiva entre alunos e professores;
 Estabelece elevadas expectativas;
 Estimula o pensamento crítico e ajuda os alunos a clarificar as idéias através do
diálogo; Desenvolve a competência de comunicação oral;
 Melhora a recordação dos conteúdos;
 Cria um ambiente activo e investigativo.

Elementos Essenciais da Aprendizagem Cooperativa


Segundo, Johnson & Johnson (1999 a) para que a aprendizagem seja cooperativa é
necessário que se verifiquem as seguintes características específicas que não atuam
isoladamente, mas são interdependentes:

 Interdependência positiva;
 Responsabilidade individual;
 Interacção frente a frente permitindo o desenvolvimento de competências sociais;
 Desenvolvimento de competências interpessoais e grupais;
 Avaliação do processo do trabalho da célula de modo a melhorar o funcionamento do
mesmo.

Interdependência positiva

A interdependência positiva caracteriza-se por um sentido de dependência mútua que


se cria entre os alunos da célula e que pode conseguir-se através da implementação de
estratégias específicas de realização, onde se incluem a divisão de tarefas de diferenciação
de papéis, atribuição de recompensas, estabelecimento de objectivos comuns para todo a
célula e realização de um único produto (MARREIROS, 2001)

JOHNSON & JOHNSON (1999 a), referem ainda que a interdependência positiva
cria um compromisso com o sucesso de outras pessoas, para além do seu próprio sucesso, o
qual é a base da aprendizagem cooperativa. Referem ainda os mesmos autores que, sem
interdependência positiva, não há cooperação.

JOHNSON & JOHNSON (1994) refere, que a interdependência positiva só se


verifica quando os estudantes tiverem a convicção de que navegam no mesmo barco e que se
salvam juntos ou se afundam juntos.

Assim, há uma interdependência positiva quando todos os estudantes da célula se


sentem co-responsáveis pela aprendizagem de todos.

Modalidades de interdependência positiva

De acordo com PUJOLÁS (2001) há cinco modalidades de interdependência


principais que passamos a referir:

I. A interdependência positiva de finalidades;


II. A interdependência positiva de recompensa/celebração;
III. A interdependência de tarefas;
IV. A interdependência de recursos;
V. A interdependência de papéis.

A interdependência de finalidades - ocorre quando todos os membros trabalham para


um fim comum, os estudantes estão conscientes que só alcançam os seus objectivos se, e
somente se, todos os membros da célula também conseguirem os seus.

A atribuição de recompensas ou a celebração de um êxito alcançado pelas células


de aprendizagem - cooperativa constitui um incentivo, aumenta o entusiasmo e a
autoconfiança de cada um e da célula aumentando a motivação para novas aprendizagens.

A interdependência de tarefas - ocorre quando os estudantes de uma mesma célula se


organizam para concretizarem uma tarefa que lhes foi atribuída como, por exemplo, resolver
um problema ou preparar determinado tema.

A interdependência de tarefas está de alguma forma ligada à interdependência de


recursos. Cada membro da célula possui apenas uma parte dos recursos, informação ou
materiais necessários à realização de uma determinada tarefa.

Por fim a interdependência de papéis - existe quando cada elemento tem um papel que
está dependente dos outros, de tal modo que, para que a célula consiga atingir os seus
objectivos, é necessário que cada elemento da célula desempenhe, com responsabilidade e
eficácia, o papel que lhe foi atribuído.

Responsabilidade individual

A responsabilidade individual implica que cada estudante da célula seja avaliado e


que a célula saiba que a sua avaliação é o resultado dessas avaliações individuais. A
finalidade das células de Aprendizagem Cooperativa é que os estudantes aprendam juntos
para, posteriormente, poderem desempenhar sozinhos as tarefas que lhe são propostas
(JOHNSON & JOHNSON 1999 a).

PUJOLÁS (2001) considera que uma das finalidades da Aprendizagem Cooperativa


é permitir que cada um dos membros da célula se torne uma pessoa mais sólida e coerente
nos seus direitos e deveres. Assim, o compromisso individual na aprendizagem é a chave
para assegurar que todos os membros da célula saiam fortalecidos.

Interacção frente a frente permitindo o desenvolvimento de competências sociais


Caracteriza-se por manter os alunos numa situação física permitindo que cada um
esteja frente a frente com os outros e assim, os diferentes estudantes se encorajem e facilitem
os esforços de cada um de modo a alcançarem os esforços da célula (MARREIROS, 2001).

A este propósito, JOHNSON & JOHNSON (1999 a) consideram que algumas


actividades cognitivas e interpessoais só podem realizar-se quando cada educando promove
a aprendizagem dos seus companheiros, explicando verbalmente como resolver os
problemas (falar ajuda a pensar) ao analisar conceitos que estão sendo aprendidos, ou ainda
ensinar o que sabe aos seus companheiros.

Desenvolvimento de competências interpessoais e grupais

Consiste em ensinar aos estudantes algumas competências sociais e grupais. Os


estudantes como necessitam de aprender os conteúdos académicos, também necessitam de
aprender as competências sociais necessárias para funcionar como parte de uma célula
cooperativa.

PUJOLÁS (2001) considera que para que cada educando seja responsável pela tarefa
que lhe foi atribuída deve utilizar e desenvolver correctamente um conjunto de competências
sociais de modo que:

 Todos os estudantes se conheçam e confiem uns nos outros;


 Dentro da célula haja um diálogo aberto, directo;
 Todos os estudantes da célula respeitem as diferenças individuais e se apoiem uns
aos outros;
 Resolvam de forma construtiva os eventuais conflitos que surjam dentro da célula.

Avaliação do processo do trabalho da célula de modo a melhorar o funcionamento do


mesmo.

JOHNSON & JOHNSON (1999 a), referem que esta avaliação ocorre quando os
estudantes da célula analisam em que medida os objectivos da célula estão sendo
alcançados, tendo em conta as regras definidas. Devem ainda determinar quais as atitudes
positivas e negativas e quais as condutas que a célula deve manter ou modificar.

A este propósito PUJOLÁS (2001) considera que esta avaliação deve ser feita de
forma sistemática e periódica permitindo a célula reflectir sobre o seu funcionamento,
garantindo assim que todos os membros recebam o feedback sobre o seu desempenho e,
portanto, cada estudante tenha oportunidade de se afirmar em alguns comportamentos e
modificar outros.

A planificação de uma aula activa


Segundo ANDRADE (2020), trata-se, de um documento elaborado pelo professor
para definir qual o tema da aula, o seu objetivo, o que será ensinado, a metodologia a ser
utilizada e a avaliação para analisar se ocorreu a assimilação do que foi ensinado, dentre
outros aspectos.

ANDRADE (2020), com a elaboracao de um bom plano de aula com metodologia


ativa pode gerar mais resultados e motivação também para o professor.  Para a sua
elaboracao é necessario seguir os seguintes passos: 

I. Escolha um tema

Qualquer aula precisa de um tema ou conteúdo principal a ser tratado em sala de aula. Vale
ressaltar que ele também deve fazer relação com o conteúdo pedagógico escolar. 

II. Defina os objetivos

Neste item, o professor responde a perguntas como:

 O que você quer ensinar aos alunos abordando determinado assunto?


 Qual intenção você deseja alcançar com a sua aula? 

Dessa forma, será mais fácil de pontuar os objetivos do seu plano de aula com
metodologia ativa. 

III. Defina o tempo

Estipular o tempo ou a duração da aula é outro fator que também deve constar no plano
de aula com metodologia ativa, para que o professor não se perca em meio aos conteúdos a
serem passados em sala de aula.

IV. Escolha dos recursos 

Nessa parte, é importante que o professor verifique com antecedência quais são os
recursos disponíveis na escola ou quais alternativas você terá acesso ao aplicar seu
planejamento.
No entanto, a escolha da metodologia ativa que será aplicada influencia, diretamente, no
uso desses materiais, visto que ela pode demandar aplicações diferentes. 

V. Escolha a metodologia ativa

A escolha da metodologia ativa precisa acompanhar os objetivos de aprendizagem


pretendidos, assim como a demanda dos seus alunos. 

Vale lembrar que é possível optar pela utilização de mais de uma metodologia ativa para
abordar o mesmo conteúdo, possibilitando seu uso em conjunto. 

VI. Relacione o plano de aula com a BNCC 

É importante realacionar o plano de aula com a BNCC para identificar quais habilidades
devem ser trabalhadas com os alunos e pode ajudar  a direcionar o seu plano de aula, a partir
da escolha da metodologia ativa e do objetivo da sua aula.

VII. Avalie

Tendo aplicado o plano de aula com metodologia ativa, chega o momento de avaliar.
Através da avaliação escolar é possível identificar se os objetivos foram alcançados e se os
alunos se engajaram. 

Aqui, é fundamental que o professor faça uma recapitulação de tudo que aconteceu
durante as aulas. Você pode anotar os imprevistos, os comentários dos alunos, se foi
satisfatório ou se deve propor novas alternativas de ensino. 

Essa prática faz com que o professor evolua como profissional e melhore sua didática e a
sua prática ao longo do tempo.

Planificação duma aula da disciplina de biologia exemplo para 8ª, 9ª classe

Planificacao duma aula da Disciplina de biologia exemplo da , 10,11ª Classe

Planificacao duma aula da Disciplina de biologia exemplo para , 12ª Classe


Bibiliografia

ANDRADE Sabrina. Dicas de como elaborar um plano de aula com metodologia ativa para
aplicar com os alunos Minas Gerais, 2020. Disponivel em
https://educacao.imaginie.com.br/plano-de-aula-com-metodologia-ativa/ acessado no dia
11/09/2021

DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A.; PERNAMBUCO, M. M. Ensino de ciências:


fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez. 2002, 112 p.

FIRMIANO E. Pereira. Programa de Educação em Células Cooperativas – PRECE.


Aprendizagem Cooperativa na Sala de Aula. São paulo 2011

FRANÇA, M. S. L. M. O professor leitor: histórias de formação. In: Professor em formação:


a escola como lugar de pesquisa. Fortaleza: SEDUC. 2011, 162 p.

JOHNSON, David. W.; JOHNSON, Roger. T.; SMIT, KarL A. A Aprendizagem


Cooperativa Retorna as Faculdades. Disponível em <http://unjobs.org/authors/roger-t.-
johnson> . acessado no dia 11/09/2021.

MONTEIRO Mario Destro. Didática Geral . São Paulo, 2011

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 8ª ed. Petrópolis: Vozes, 2007. 32


p.
WEISZ

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