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Sebenta de Didáctica Geral - Guedes Mechisso
Sebenta de Didáctica Geral - Guedes Mechisso
Sebenta de Didáctica Geral - Guedes Mechisso
Delegação de Massinga
Docente:
Maputo
2011
Delegação de Massinga
Maputo
2011
Conteúdo Página
A presente sebenta foi elaborada a pensar nos estudantes da Universidade Pedagógica, dos
diferentes cursos que tem nos seus planos curriculares, a cadeira de Didáctica Geral e
especialmente aos da UP-Massinga.
A disciplina ter por finalidade dotar o estudante das seguintes competências: Entender os
conceitos e categorias didácticas; Lidar com a mudança face às exigências do ensino; Construir
práticas pedagógicas e curriculares inovadoras; Questionar as práticas de ensino-aprendizagem;
Reflectir sobre as possibilidades de inovação da prática pedagógica. Para a consecussão destas
compentências, gradualmente terão por compreender o significado de Didáctica e seu objecto de
estudo; Explicar e interlacionar as categorias didácticas; Relacionar a Didáctica com as ciências
da educação; Relacionar os níveis de planificação do processo de ensino-aprendizagem;
Conceituar a aula como forma de organização do processo de ensino-aprendizagem; Distinguir
as principais etapas de aula; Classificar as variantes metódicas básicas; Desenvolver as técnicas
de ensino-aprendizagem; Classificar os meios/recursos auxiliares de ensino-aprendizagem.
O quadro Teórico para a sua construção foi multidisciplinar: Pedagogia e Psicologia,
Avaliação Educacional e Curricular, Teoria e Desenvolvimento Curricular.
A metodologia usada para a elaboração do mesmo foi a consulta bibliográfica.
A Universidade Pedagógica como instituição de formação para a docência, vem
expandindo o ensino superior por todo o país, alargando o seu raio de actuação até o distrito,
como forma de garantir mais formação de professores, em paralelo com a qualidade de ensino,
porém, em alguns dos pontos em que a nossa Universidade se implantou, deparou com a falta de
bibliografia, como é o caso de Massinga, daí a necessidade de produzir o presente manual como
resposta a falta de bibliografia, condição importante para uma formação de qualidade.
Sendo impossivel falar no verdadeiro sentido da palavra qualidade de ensino sem falar da
formação dos seus fazedores, espera-se que o mesmo venha acrescentar e trazer outro dinamismo
na formação de professores
Formas de organização/cooperação e
técnicas de dinâmica de grupo
Procedimentos de ensino-aprendizagem
VI. Os meios e recursos de Significado de meios/recursos de ensino-
ensino-aprendizagem aprendizagem 6 6
Classificação de meio
Total 48 42
1.1. Educação
A Educação existe desde que existiu o primeiro Homem. Ninguém escapa a educação, na
rua, em casa, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos, todos nós, nos envolvemos com
ela, para saber, para fazer, para ser ou conviver. A escola não é o único lugar em que ela
acontece e nem o professor profissional não é o único praticante.
c) Educação informal – refere-se a aquela que é fornecida por grupos sociais, através de
experiências não intencionalmente organizadas. Pode definir-se como tudo o que
aprendemos mais ou menos espontaneamente a partir do meio em que vivemos, das
pessoas com quem nos relacionamos informalmente, dos livros, da televisão, família,
bairro, clube, amigos, da multiplicidade de experiências que vivemos quotidianamente
com mais ou menos intencionalidade em relação ao seu potencial de aprendizagem.
1.8.1 Pedagogia
A Pedagogia tem como objecto de estudo o fenómeno educativo ou seja, a educacão, e
surge da sistematização da educação. O que significa que a educação existe desde a existencia do
Primeiro Homem e a Pedagógia a partir da cientificidade da educação.
A palavra Pedagogia, etimologicamente, provem do grego (Pais/Paidós = Criança;
Agein= Conduzir e Logos=Tratado/Ciência).
Na Grécia Antiga, eram chamados Pedagogos, os escravos que acompanhavam as crianças
a escola. Como escravo, ele era submisso a criança, mas tinha que fazer valer a sua autoridade
quando necessário, por este motivo, desenvolveram grande Habilidade no trato de crianças.
Instrução Educação
Teorias
NIVAGARA (2008)
Algumas formas práticas para assegurar a unidade entre instrução e educação no PEA:
a) Aproveitamento das potencialidades educativas do conteúdo a ser mediado: Todo
conteúdo de ensino tem em maior ou menor grau, potencialidades educativas.
Ex: Na aula de Português, para além da interpretação de texto em estudo, o professor
pode explorar como forma de educar o aluno, a moral da história.
O professor ao ensinar seus alunos desenvolve neles atitudes, convicções, hábitos, para
além, de levá-los a assimilação de conhecimentos e desenvolvimento de capacidades e
habilidades. Este é o propósito educativo e instrutivo do PEA, o que faz com que tenhamos como
recomendação fundamental que o professor, de qualquer disciplina e com base em qualquer que
seja o conteúdo, deve assumir como sua obrigação profissional educar os alunos, não se
limitando apenas a mediação de conteúdos a serem assimilados simplesmente como
conhecimentos. Para o efeito, o professor deverá fazer recurso das potencialidades educativas do
conteúdo e, na base deste, ao planificar as suas aulas deve incorporar objectivos educativos (do
saber ser e estar, ou seja, do domínio afectivo) e instrutivos (do saber e saber fazer, isto é,
respectivamente dos domínios cognitivo e psicomotor).
Fonte: http://janaina-pedagogia.blogspot
Psicologia Sociologia
Matemática Filosofia
Didáctica Geral
Economia
Elementos ou
Categorias que
Meios asseguram a Conteúdos
funcionalidade do PEA
Métodos Objectivos
Niquice (2003)
1. Defina Didáctica.
2. Qual é a origem e o significado da palavra Didáctica?
3. Qual é a relação entre Didáctica e Pedagogia?
4. Objecto de estudo da Didáctica Geral?
5. Diferença entre Didáctica Geral e Especifica.
6. Relação entre Didactica Geral e outras ciências.
7. Apresenta e explica as características básicas do PEA.
A apresentação de uma aula ou conjunto de aulas requer uma estruturação didáctica, etapas
ou passos que estabelecem a sequencia de ensino de acordo com a matéria ensinada,
caracteristicas de grupo de alunos, de cada aluno e situações didácticas especificas, a estas eapas
ou passos, que chamamos de Funções Didácticas.
Funções didácticas ou etapas de uma aula:
· Introdução e Motivação;
· Mediação e Assimilação;
· Domínio e Consolidação;
· Controle e Avaliação.
Nova
Exigência
Acção condutora
Mechisso (2008)
3.1. Conceito:
Segundo PILETTI (1989:62), Planificação de Ensino é uma actividade que consiste em
traduzir em termos mais concretos e operacionais, o que o professor fará na sala de aulas, para
conduzir os alunos a alcançar objectivos propostos.
É a previsão inteligente e bem calculada de todas as etapas do trabalho educacional que
envolvem as atividades docentes e discentes, de modo a tornar o ensino seguro e eficiente.
( MATTOS, 1971:140).
Aluno Ambiente
· Escolar
· Aspirações
· Comunitário
· Necessidades
· Frustrações
· Possibilidade
s
Sondagem
Diagnóstico
PILETTI (1989:64)
Resumindo, uma boa planificação de ensino deve ter as seguintes características: Ser
elaborada em função das necessidades e das realidades apresentadas pelos alunos; Ser flexível,
isto é, deve dar margem a possível reajustamento sem quebrar sua unidade e continuidade; O
plano pode ser alterado quando for necessário; Ser claro e preciso, isto é, os enunciados devem
apresentar indicações bem exactas e sugestões bem concretas para o trabalho a ser realizado; Ser
elaborado em íntima correlação com os objectivos visados; Ser elaborado tendo em conta as
condições reais e imediatas do local, tempo e recursos disponíveis.
A planificação das actividades de ensino é importante pois, promove a eficiência do
ensino, garante maior segurança na direcção de ensino, garante economia de tempo e energia,
contribui para a realização dos objectivos visados e evita a rotina e a improvisação.
Após o primeiro passo para a elaboração do plano que é a selecção do tema na unidade
temática, traça-se os objectivos da aula.
5.1. Conceito:
Meio de Ensino é qualquer recurso físico utilizado no contexto de um método ou técnica
de ensino a fim de auxiliar o professor a transmitir a mensagem e o educando a mais
eficientemente realizar a aprendizagem” ( NERÍCI, 1989:99).
São todos os meios e recursos materiais utilizados pelo professor ou alunos para organizar
e conduzir o ensino e aprendizagem. Os equipamentos usados na sala (quadro, giz), são meios
gerais possíveis de serem usados em todas as matérias. É importante que os professores saibam e
dominem os meios.
Professor
Comunidade
Meios/recursos
materiais
PILETTI (1989:152)
Móveis e · Quadro
Equipamentos de · Carteiras e Mesas do Professor
Sala · Armário
· Modelos Didácticos
Reproduções e · Modelos de Sistema Solar
Imitações · Olho, Coração Desmontável
Aparelhos, Aparelhagens
para Experiências e · Microscópio
· Aparelhos de Vídeo e
Reprodução
Mediação
MECHISSO (2009)
5.3.1. Importância
· Apresentar eequemas, resumos, quadros sinóticos;
· Registar dados;
· Visualizar ideias através de desenhos;
· Transcrever e resolver exercicios;
· Apresentar graficamente os tópicos complexos e abstratos;
Deve se ter em mente que o quadro é o recurso de visualização do conteúdo que está sendo
exposto, portanto a organização de ideias de modo que estas sejam intuitivas, é indispensável
para o correcto processo de aprendizagem.
Guedes B. Mechisso, Docente da UP-Massinga, Didáctica Geral 29
a) Vantagens
· É facilmemte encontrado;
· Pode ser utilizado facilmente: não exige habilidades especiais, nem
equipamentos despendiosos;
· Facilita a correcção e alteração nos assuntos apresentados;
· Torna possível a participação efectiva da classe: os alunos devem escrever na
lousa;
· É um recurso económico.
6.1.Conceito:
A palavra Método provém do latim, Methodus que por sua vez, tem origem no grego, das
palavras Meta (Meta=Meta) e Hodos (Hodos=Caminho). Logo, Método quer dizer caminho
para chegar a um determinado lugar.
Segundo Neríci, Método de ensino ou didáctico é o conjunto de procedimentos lógica e
psicologicamente ordenados, de que se vale o professor, para levar o educando a elaborar
conhecimentos, a adquirir técnicas ou habilidades e a incorporar atitudes e ideias.
Métodos de ensino são um conjunto de acções, passos, condições externas e
procedimentos utilizados intencionalmente pelo professor para dirigir e estimular o processo de
ensino em função da aprendizagem dos alunos. O conceito mais simples de Método é o caminho
para atingir um objectivo. LIBÂNEO (1994:150).
Características Básicas
Algumas formas
Potencialidades
a) Exigências Mentais:
· Conhecimentos Existenciais (Enumera, Defina, Menciona, Indique quando? Qual? O
que é? O que? Como se Chama?);
· Compreensão;
· Análise e Síntese.
b) Redacção:
Questões Objectivas – são aquelas que aparecem sob forma de pergunta e resposta.
· Escolha Múltipla;
· Preenchimento de Espaços Vazios;
· Verdadeiro/Falso;
· Sim/Não;
· Correspondência.
As respostas são claras, menos tempo na correcção, exige que os alunos leiam bem as
perguntas.
Desvantagem:
Questões Subjectivas - são aquelas cujas respostas dão liberdade ao aluno de expor seus
pontos de vista.
Vantagens:
· Permite a Criatividade;
· Desenvolvem a Análise e Síntese;
· Desenvolvem a Escrita.
Desvantagens:
· Subjectividade na Correcção;
· Mais tempo na Correcção.
· Planificação da avaliação;
· Obtenção da informação;
· Formulação dos juiso de valor;
· Tomada de decisões.
Concluíndo, sem a avaliação jamais o professor poderá acompanhar a evolução dos alunos,
bem como a eficácia do seu trabalho na sala de aula.
A Promoção Semi-Automática tem sido percebida por alguns professores como apenas o
“deixar passar o Aluno”. E não perceberem em que condições deve o aluno passar. Esta
concepção, mostra em si, que este professor não consegue interpretá-las e não está em condições
de operacionalizá-las. Dai que para ele, o currículo é mau.
A forma de avaliar a qualidade do currículo do Ensino Básico, através das Promoções
Semi-Automáticas, por parte da sociedade e alguns professores é reduzir o currículo a plano ou
programa de ensino. O currículo precisa ser percebido no seu todo, desde a interpretação do seu
significado ou fundamento que o sustenta, assim como, prover-se condições adequadas para sua
aplicação, de modo que cumpram com o seu verdadeiro papel e tenhamos um ensino de
qualidade coexistindo com este sistema de avaliação.
Segundo INDE (2003:29), assentam-se fundamentalmente numa avaliação
predominantemente formativa, onde o Processo de Ensino-Aprendizagem está centrado no aluno.
As promoções semi-automáticas resumem-se na pedagogia inclusiva e diferenciada. O que
quer dizer que a tarefa do professor é atender a todos os alunos e a cada um, conhecer o nível de
cada aluno, suas particularidades, potencialidades e acima de tudo dificuldades e garanta a
progressão do aluno, tendo este alcançado os objectivos propostos.
Com as promoções semi-automáticas, não quer dizer que os alunos não são retidos quando
não possuem capacidades para a classe seguinte.
Os casos de repetição, poderão se verificar nos casos em que o professor, o director da
escola e os pais/encarregados de educação cheguem à conclusão que a criança, apesar de todo o
esforço desencadeado, não atingiu as competências.
Para que os professores, sejam capazes de interpretar as inovações da reforma curricular,
deve-se criar condições de trabalho adequadas para o trabalho do professor, como por exemplo a
redução de turmas numerosas de modo que o professor possa atender a todos e a cada um, assim
como, deve-se criar incentivos para compensar o árduo esforço aplicado em levar o aluno, a
Segundo Pacheco (2001: 66), Design pode significar tanto o planeamento curricular como
a programação e a planificação didáctica e que num modelo tecnológico correspondem a
momentos diferentes, com participantes que tem competências bem diversas.
Para responder questão acima, é preciso analisar o currículo nos 3 textos ou âmbitos de
tomada de decisão, nos quais se apresentam os respectivos autores:
Avaliação Curricular
O design do curriculo percorre fases distintas, desde a concepção, passando pela
realização e por fim a avalição, que para PACHECO (2009), citando (STUFFLEBEAM E
SKINFIELD, 1999:183), “A avaliação é o processo de identificar, obter e proporcionar
informação útil e descritiva acerca do valor e do mérito das metas, da planificação, da realização
e do impacto de um determinado objecto, com o fim de servir de guia para a tomada de decisões,
solucionar problemas de responsabilidade e promover a compreensão dos fenómenos
implicados”, com as seguintes funções da avaliação: Pedagógica, Social, Controlo, Crítica,
Diagnóstica, Prognóstica, Formativa, Sumativa.
4. A diferença entre Didáctica Geral e Didáctica Específica é que a Didáctica Geral estuda os
princípios, as normas e técnicas que devem regular qualquer tipo de ensino, para
qualquer tipo de aluno, portanto, a Didáctica Geral nos dá uma visão geral da actividade
docente, enquanto que a Didáctica Específica estuda aspectos científicos de uma
determinada disciplina ou faixa de escolaridade. Ex: Didáctica de Biologia, Geografia,
Quimica.
5. Não é correcto definirmos a actividade de Ensinar como transmitir conheciment os, pois,
esta forma de defini-la veda a participação do aluno no processo de construção de
conheciment o porque não é bilateral. Definir ensinar como transmitir conhecimentos é
um conceito tradicional, poís, a actividade de ensinar deve ser vista como criar condições
favoraveis para a aprendizagem do aluno (Psicológicas, Materiais e Didácticas).
5.a) Correm o risco de instruir, isto é, dotar altamente o aluno de conheciment os científicos
(saber, saber fazer) mas que o mesmo não tenha a componente educativa (saber ser e
estar).
6. a) Aula de Geografia
No final da aula, o aluno deve ser capaz de:
· Explicar a constituição da atmosfera (cognitivo);
· Proteger a camada de ozono (afectivo);
· Desenhar a estrutura vertical da atmosfera (psicomotor).
7. Sim, foi correcto ter usado a exposição, poís, apesar deste método ser alvo de
críticas por previlegiar maior actividade por parte do professor, o mesmo tem suas
vantagens e dependendo das características do conteúdo pode ser mais vantajoso que os
outros métodos. Para o exemplo colocado, trata-se de um conteúdo complexo e que
requere uma demonstração ou ilustração, uma exposição.
9.a) A diferença entre método e técnica de ensino é que o método é mais amplo que
a técnica, isto é, o Método de ensino no seu desenvolvimento pode lançar mão a uma série
de técnicas para a efectivação dos objectivos e a técnica portanto será o recurso usado
pelo professor na efectivação dos propositos do método. Importa esclarecer que todos os
métodos podem assumir o papel de técnica, ao mesmo tempo que as técnicas podem
assumir o papel de método, dependendo da amplitude que assumem, ao ser orientada a
na prendizagem do aluno.
17. A. V
B. V
C. F
18. A. F F. V
B. F G.V
C. V H.V
D. V
E. V