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Teorias Personalidade Freud e Erikson
Teorias Personalidade Freud e Erikson
Teorias Personalidade Freud e Erikson
São teorias que afirmam que o comportamento é resultado de forcas psicológicas que
actuam dentro do indivíduo, geralmente fora da consciência.
a) Livre associação;
b) Analise dos sonhos;
c) Analise dos actos falhos;
d) Analise dos chistes.
Os chistes são “gracejos” pelos quais sentimos prazer. São situações aparentemente
tolas que geram prazer, como as brincadeiras e piadas. A palavra chiste é uma espécie
de válvula de escape de nosso inconsciente, que o utiliza para dizer, em tom de
brincadeira, aquilo que verdadeiramente pensa. Freud acreditava que utilizar o humor e
a ironia no dia-a-dia, deixava o quotidiano mais leve e a realidade mais tolerável. É isto
que o chiste possibilita quando conecta arbitrariamente, através de uma associação
verbal, duas ideias contrárias ou sem sentido aparente.
Freud descreveu sua teoria ao longo de 24 obras. Essas obras apresentam a evolução
do pensamento freudiano e a ampliação dos conceitos. O caso mais exemplar é a
descrição da pulsao de morte na obra “ Alem do principio do prazer”.
A motivação é vista por Freud como uma busca hedonista de dar vazão a energia
psíquica acumulada. Essa energia psíquica é limitada e visa de regra, não consegue
suprir simultaneamente as necessidades humanas de forma satisfatória. Essa energia
provem das pulsoes, a sexual e a agressiva, e motivam para a constante busca do
prazer.
1) Consciente;
2) Pré-consciente e;
3) Inconsciente.
O inconsciente diz respeito aos fenómenos e conteúdos que não são conscientes e
somente sob circunstâncias muito especiais podem tornar-se. Assim, para Freud,
apenas uma pequena parte de nossos pensamentos e emoções são perceptíveis e
tempo todo, alguns estão no nível pré-conscientes e a maioria dos nossos fenómenos
intra-psiquicos é inconsciente. Essa função de depósito de pensamentos, emoções e
desejos, é necessária, pois esses conteúdos causariam medo e ansiedade ao indivíduo
caso fossem conscientes.
I. O Id
II. O Ego e;
III. O Super-ego.
Ele funciona segundo o princípio do prazer, ou seja, busca sempre o que produz prazer
e evita o que é aversivo. Não faz planos, não espera, busca uma solucao imediata para
as tensões, não aceita frustrações e não conhece inibição. De acordo com Freud a
energia psíquica é de natureza inconsciente e está armazenada no Id. Essa energia é de
natureza sexual (libido) e não tem objecto. De acordo com a teoria psicanalítica o Id é a
parte mais antiga do aparelho psíquico, do ponto de vista topológico, o Id é
reservatório de toda energia psíquica. Ele ignora a realidade, os princípios lógicos e
racionais tais como o tempo e a causalidade entre eventos. Dessa forma, diz-se que o Id
trabalha através do princípio primário.
Ego desenvolve-se a partir do Id com objectivo de permitir que seus impulsos sejam
eficientes, ou seja, levando em conta o mundo externo: é chamado princípio da
realidade. É esse principio que introduz a razão, o panejamento e a espera ao
comportamento humano: a satisfação da pulsoes é retardada ate o momento em que a
realidade permita satisfações com um máximo de prazer e um mínimo de
consequências negativas. A principal função do Ego é buscar uma harmonização
inicialmente entre os desejos do Id e a realidade e posteriormente, entre esses e as
exigências do Super-ego.
Nessa fase a criança vivencia prazer e dor através da satisfação (ou frustração) de
pulsoes orais, ou seja, pela boca. Essa satisfação se da independentemente da
satisfação da fome. Assim, a sucção da criança no seio da mãe tem uma função ligada
ao prazer, alem de servirem de alimentação. Ao ser confrontada com frustrações a
criança é obrigada a desenvolver mecanismos para lidar com tais frustrações.
Esses mecanismos são a base da futura personalidade da pessoa. A fixação nessa fase
causa a depressão. O principal processo na fase oral é a criação da ligação entre mãe e
filho.
Nessa fase, segundo Freud a satisfação das pulsoes se dirige ao ânus, ao controle da
tensão intestinal. Nessa fase a criança tem que aprender a controlar sua defecação, e
dessa forma, deve aprender a lidar com a frustração do desejo de satisfazer suas
necessidades imediatamente. Como na fase oral, também os mecanismos
desenvolvidos nesta fase influenciam o desenvolvimento da personalidade. A fixação
nessa fase ocasiona a neurose obsessivo-compulsiva (anancástica).
Esta fase se caracteriza pela importância da presença (ou, nas meninas, da ausência) do
falo ou pénis, nessa fase prazer e desprazer então assim, centrados na região genital.
As dificuldades dessa fase estão ligadas ao direccionamento da pulsao sexual ou
libidinosa ao progenitor do sexo oposto e aos problemas resultantes. A resolução
desse conflito está relacionada ao complexo de Édipo e á identificação como
progenitor de mesmo sexo.
Complexo de Édipo quando o menino apaixona-se pela mãe e tem rivalidade com o pai
e no caso da menina forma-se o complexo de Electra onde a menina apaixona-se pelo
pai e tem rivalidades com a mãe.
Depois da agitação dos primeiros anos de vida segue-se uma fase mais tranquila que se
estende ate a puberdade. Nessa fase as fantasias e impulsos sexuais são reprimidos,
tornando-se secundários, e o desenvolvimento cognitivo e a assimilação de valores e
normas sociais se tornam a actividade principal da criança, continuando o
desenvolvimento do Ego e do Super-ego.
a. Carácter oral
b. Carácter anal
É caracterizado por três (3) traços que são: Ordem, Parcimónia (económico) e
Teimosia.
c. Carácter fálico
d. Carácter genital
3.2.4.Mecanismos de Defesa
Mecanismos de defesa são mecanismos inconscientes que se encarregam de minimizar
as consciências de um evento demasiado intenso, para que o indivíduo possa seguir
funcionando normalmente.
O Ego muitas vezes não consegue lidar com as demandas do Id e com as cobranças do
Super-ego. Assim, surgem os mecanismos de defesa, que são defesa bem sucedida
contra a ansiedade, pois ele diminui a tensão. Destaca-se que os mecanismos de defesa
contra a ansiedade podem ser encontrados em indivíduos saudáveis, porem quando
estão fortemente associados e trazem dificuldades sociais caracterizam-se enquanto
neuroses.
Teoria Psicossocial
Erikson (2000) propõe uma concepção de desenvolvimento em oito estágios
psicossociais, perspectivados por sua vez em oito idades que decorrem desde o
nascimento até à morte. Cada estágio é atravessado então por uma crise psicossocial
entre uma vertente positiva e uma negativa, não sendo necessário perspectivar o
termo crise com dramatismo, visto o mesmo servir para designar um ponto decisivo e
necessário, um momento crucial, quando o desenvolvimento tem de optar por uma ou
outra direcção, escolher este ou aquele rumo, mobilizando recursos de crescimento,
recuperação e nova diferenciação. (Erikson, Apud, Manuela Monteiro & Milice Ribeiro
dos Santos, 2001).
O núcleo de cada estágio é uma crise básica, que existe não só durante aquele estágio
específico, nesse será mais proeminente, mas também nos posteriores a nível de
consequências, tendo raízes prévias nos anteriores.
Para Erikson, em cada um dos 8 estágios temos de lidar bem ou mal com uma crise.
Nesta idade a criança vai aprender o que é ter ou não confiança, esta está muito
relacionada com a relação entre o bebé e a mãe. A confiança básica é demonstrada
pelo bebé na capacidade de dormir de forma pacífica, alimentar-se confortavelmente e
de excretar de forma relaxada e esta expectativa proporciona o inicio da nossa
identidade do ego e que se lembrava de ter formado esse vínculo de confiança com a
mãe.
Durante Fase muscular anal corresponde a fase anal de Freud a criança vai aprender
quais os seus privilégios, obrigações e limitações. Há por ela, uma necessidade de auto-
controle e de aceitação do controle por parte das outras pessoas, desenvolvendo-se
um senso de autonomia.
Nesta fase a criança encontra-se nitidamente mais avançada e mais organizada tanto a
nível físico como mental. É a capacidade de planejar as suas tarefas e metas a atingir
que a define como autónoma e por consequência a introduz nesta etapa.
No entanto este estágio define-se também como perigoso, pois a criança busca
exaustivamente e de uma forma entusiasta atingir as suas metas que implicam
fantasias genitais e o uso de meios agressivos a manipulativos para alcançar a essas
metas.
«O propósito, então, é a coragem de imaginar e buscar metas valorizadas não inibidas pela
derrota das fantasias infantis, pela culpa e pelo medo cortante da punição». (Erikson,
Apud., Calvin S. Hall; Lindzey Gardner; John B. Campbell, 2000)
Também neste estágio existe um perigo eminente que se caracteriza pelo sentimento
de inferioridade aquando da sua incapacidade de dominância das tarefas que lhe são
propostas pelos pais ou professor.
5º Coesão da Identidade Versus Confusão de papéis (12 a 18 anos)
É a fase na qual temos que enfrentar e resolver a crise da nossa identidade básica do
ego, formamos a nossa auto imagem, integração de ideias sobre nós mesmos e o que
os outros pensam sobre nós.
Identidade do ego
A auto imagem formada durante a adolescência que integra as nossas ideias quanto ao
que somos e ao que queremos ser.
A crise de Identidade
«[…] uma mudança decisiva, um momento agudo de desequilíbrio. A noção está portanto
associada às noções da continuidade ou da descontinuidade do desenvolvimento, e à
própria validação do conteúdo dos estádios». (Roland Doron; François Parot, 2001:
p.196)
Considera o inicio da fase adulta uma etapa mais prolongada do que as outras
extendendo se do ffinal da adolescência ate aproximadamente 35 anos
Este estágio caracteriza-se pelo facto de pela primeira vez o indivíduo poder desfrutar
de uma genitalidade sexual verdadeira, mutuamente com o alvo do seu amor.
«Os jovens adultos estão preparados e dispostos a unir a sua identidade a outras pessoas.
Eles buscam relacionamentos de intimidade, parceria e associação, e estão preparados
para desenvolver as forças necessárias para cumprir esses cumprimentos, ainda que para
isso tenham de fazer sacrifícios». (Calvin S. Hall; Gardner Lindzey; John B. Campbell,
2000)
Nesta etapa da vida a questão que se coloca é «Teve a minha vida sentido ou falhei?».
Esta última idade ocorre frequentemente a partir dos 60 anos. A forca básica associada
a essa fase final do desenvolvimento é a sabedoria, que é derivada da integridade do
ego, é expressa na preocupação desprendida com o todo da vida.
Erikson pensava que nem todos fossem bem sucedidos na obtenção de esperança,
objectivos, sabedoria e outras virtudes. Apresentou uma imagem optimista da natureza
humana, nos temos a capacidade de atingir forcas básicas, solucionar cada conflito de
maneira positiva e dirigir conscientemente o nosso crescimento. Não somos vítimas de
forcas biológicas ou experiencias da infância e somos mais influenciados pela
aprendizagem e pelas interacções sociais.
Confusão de identidade
Erikson considera que a sintomas psicológicos que não podem ser explicados pela
teoria freudiana os quais estão aparentemente relacionadas a um censo de alienação
das tradições culturais e resultavam numa falta de imagem ou identidade clara da self.
Esse fenómeno, que ele inicialmente denominou confusão de identidade, era
semelhante ao problema que observava entre os veteranos emocionalmente
perturbados.
Pontos Chaves
Com Erikson o conceito de Ego emerge com uma concepção ampliada, na qual assume
novas dimensões, sendo considerado criativo devido à sua versatilidade para resolver
os diferentes acontecimentos em cada estágio.
O panorama ocupado pela teoria eriksoniana despoletou por parte dos críticos várias
reacções, os quais apologizavam que a mesma não tinha em igual linha de conta as
raparigas, assim como, o facto de dar mais ênfase à infância do que a fase adulta.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Barros, A. ,Estratégia Concursos, psicologia INSS, 2013.