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Alfabetização e Letramento
Alfabetização e Letramento
Alfabetização e Letramento
e Letramento
Material Teórico
Alfabetização e Letramento
Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
Alfabetização e Letramento
• Alfabetização e Letramento
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Nesta Unidade, o nosso tema será: “Alfabetização e Letramento”,
na qual apresentaremos seus conceitos, um pouco da história do
surgimento do termo “Letramento” e a importância de entendermos
seu significado no processo de ensino e aprendizagem das crianças e
até mesmo dos adultos. Também iremos contextualizar resumidamente
como a Alfabetização aparece nos índices de pesquisa em nosso país.
· Então, para iniciarmos, acesse o material teórico e depois faça as
atividades propostas no ambiente.
ORIENTAÇÕES
Para um bom aproveitamento do Curso, leia o material teórico atentamente
antes de realizar as atividades. É importante, também, respeitar os prazos
estabelecidos no Cronograma.
UNIDADE Alfabetização e Letramento
Contextualização
Para começarmos a Unidade, que tal refletirmos um pouco? Vamos ler a citação
de Paulo Freire sobre ser analfabeto ou não:
Será que podemos considerar analfabeto aquele que não sabe ler e escrever? E
aquele que não sabe ler e escrever, mas faz uso das práticas sociais, consideramos
analfabeto ou não?
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Alfabetização e Letramento
Nesta Unidade, estudaremos os conceitos a respeito dos termos
“Alfabetização” e “Letramento”. Vamos conhecer um pouco da história da
Alfabetização, de como surge o Letramento, o porquê da importância desse termo
para os pesquisadores e, principalmente, para os professores alfabetizadores.
Temos:
· Letrado – Do latim literratu; versado em letras; erudito; indivíduo letrado;
literato;
· Iletrado – Do latim illiteratu; que ou aquele que não tem conhecimento
literário; ilteratu; analfabeto ou quase analfabeto.
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UNIDADE Alfabetização e Letramento
Quando pontuamos esses termos pelo dicionário, temos uma visualização e uma
ideia dos significados, facilitando nossa compreensão no processo de inserção da
palavra Letramento no mundo da Educação. E também percebemos a diferença
entre alfabetizar e letrar.
O segundo momento vai dos séculos XVI e XVIII até a década de 1960. Nesse
período, começam a criar novos métodos sintéticos e analíticos e já nessa época
foram criadas as cartilhas.
O terceiro período tem início por volta da década de 1980, tendo como
divulgação a teoria da Psicogênese da língua escrita.
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Como podemos verificar na pesquisa, o percentual da população alfabetizada
funcionalmente foi de 61% em 2001 e em 2011 a porcentagem foi de 73%, ou
seja, para cada quatro brasileiros, apenas um domina plenamente as habilidades
de leitura e escrita. O resultado da pesquisa aponta que o avanço se dá pela
“universalização do acesso à Escola e do aumento do número de anos de estudo.”
Outro ponto importante revelado pelo INAF são os níveis de alfabetismo, que
são divididos em quatro:
1. Analfabetos: não são capazes de realizar nem mesmo tarefas simples em
relação à leitura;
2. Alfabetizados rudimentares: conseguem identificar pequenas informações
em textos curtos e também leem e escrevem números que utilizam no
cotidiano;
3. Alfabetizados básicos: têm capacidade de leitura e compreendem textos
de média extensão, leem números e resolvem operações simples e têm noção
de proporcionalidade;
4. Alfabetizados plenos: conseguem ler textos longos, analisam, interpretam,
relacionam, fazem inferências e diferenciam fato de opinião. Resolvem
problemas com porcentagem, proporções e cálculos; também conseguem
interpretar tabelas, mapas e gráficos.
Continuando!
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UNIDADE Alfabetização e Letramento
Para Magda Soares, com a palavra literacy, implicitamente está inserida a ideia
de que
A escrita traz consequências sociais, culturais, políticas, econômicas,
cognitivas, linguísticas, quer para o grupo social em que seja introduzido,
quer para o indivíduo que aprenda a usá-la. Em outras palavras: do ponto
de vista individual, o aprender a ler e escrever – alfabetizar-se, deixar
de ser analfabeto, tornar-se alfabetizado, adquirir a “tecnologia” do ler
e escrever e envolver-se nas práticas sociais de leitura e de escrita (...)
(SOARES, 2001, p. 17-8).
Outro ponto interessante é que uma determinada pessoa pode ser analfabeta,
ou seja, não saber ler e escrever, mas poderá ser considerada letrada.
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Magda Soares exemplifica muito bem essa questão em seu livro “Letramento:
um tema em três gêneros” e não podemos deixar de citar o trecho em que ela
explica sobre a criança que não sabe ler e escrever, mas que pode ser considerada
letrada.
A autora afirma:
Da mesma forma, a criança que ainda não se alfabetizou, mas já folheia
livros, finge lê-los, brinca de escrever, ouve histórias que lhe são lidas,
está rodeada de material escrito e percebe seu uso e função, essa criança
é ainda “analfabeta”, porque não aprendeu a ler e a escrever, mas já
penetrou no mundo do Letramento, já é de certa forma, letrada (SOARES,
2011, p. 24).
Portanto, o Letramento pode ter vários níveis e isso irá depender dos estudos e
pesquisas que já pensam em como medir esses níveis. Mas, o importante é termos
clareza do significado desse termo, que cada vez mais está presente entre nossos
pesquisadores, teóricos, professores e profissionais da área.
de uma habilidade,
Letramento é diversão
o tempo, os artistas da TV
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UNIDADE Alfabetização e Letramento
um bilhete de amor,
de velhos amigos.
é rir e chorar
É um atlas do mundo,
Letramento é, sobretudo,
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Por isso é necessário engajamento por parte dos profissionais da área da
Educação, porque, sem dúvida, esses educadores e pesquisadores são os primeiros
que precisam entender, compreender e, o principal, fazer uso da Alfabetização
e do Letramento de maneira coerente, que possa levar os educandos também
à compreensão do uso da leitura e da escrita no seu dia a dia, ou seja, em suas
práticas sociais.
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UNIDADE Alfabetização e Letramento
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Alfabetização - Telma Weisz (1ª parte)
Acesse o link a seguir para saber mais sobre Alfabetização:
https://youtu.be/2wK9lw2cehI
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Referências
FERNANDES, Maria. Os segredos da Alfabetização. São Paulo: Cortez, 2008.
VALE, Maria José. Paulo Freire, educar para transformar: almanaque histórico.
São Paulo: Mercado Cultural, 2005.
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