Science">
Nothing Special   »   [go: up one dir, main page]

Resumo - O Que É Semiótica

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 13

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS


COLEGIADO DE DIREITO

EMANOEL DE SOUZA NÁZARO

RUSUMO DO LIVRO “O QUE É SEMIÓTICA”

ILHÉUS-BAHIA
2021
EMANOEL DE SOUZA NÁZARO

RESUMO DO LIVRO “O QUE É SEMIÓTICA”

Trabalho solicitado pela professora da


disciplina Redação Jurídica (LTA549) do
Curso de Bacharelado em Direito na
Universidade Estadual de Santa Cruz
(UESC).
Trabalho de domínio de produção de
fundamentos do conhecimento semiótico.
Orientador (a): Professora Mestre Raildes
Pereira Santos.

ILHÉUS-BAHIA
2021
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................. 1
1 PRIMEIROS PASSOS PARA SEMIÓTICA .................................................. 1
2 O LEGADO DE CS PIERCE ........................................................................ 2
3 PARA SE LER O MUNDO COMO LINGUAGEM......................................... 3
4 ABRIR AS JANELAS: OLHAR PARA O MUNDO ....................................... 4
5 PARA SE TECER A MALHA DOS SIGNOS................................................ 4
5.1 Definição de signo ..................................................................................... 5
5.2 Classificação dos signos........................................................................... 6
5.2.1 SIGNO EM SI MESMO................................................................................. 6
5.2.2 SIGNO E OBJETO DINÂMICO .................................................................... 7
5.2.3 SIGNO E INTERPRETANTE ........................................................................ 8
5.3 Enfim ........................................................................................................... 8
6 OUTRAS FONTES E CAMINHOS ............................................................... 9
7 CONCLUSÃO .............................................................................................. 9
REFERÊNCIAS.......................................................................................... 10
INTRODUÇÃO

O presente trabalho intenta levar à comunidade acadêmica um resumo didático


do livro “O que é Semiótica” ([200?]) da professora brasileira Lúcia Santaella.
A Semiótica é uma ciência que ainda está nas fases primárias de seu
desenvolvimento e dissertar sobre suas origens e aspectos basilares é de
fundamental importância para o contexto de pesquisa e conhecimento científico, já
que a proposta dessa nova ciência é contribuir também para o progresso linguístico
do conhecimento.
Ao escrever sua obra, Santaella dispõe-se a trazer ao contexto nacional
discussões já iniciadas em outros lugares do mundo, nas próprias palavras dela: “Por
que haveremos nós de cruzar os braços, ficando à espera dos restos de sopa científica
que os outros poderão, porventura, nos deixar de sobra?” (SANTAELLA, pg. 1,
[200?]). Diante disso e em função do caráter complexo do conhecimento semiótico, o
livro de Lúcia acabou tornando-se robusto e cheio de exemplos minuciosos - com o
fim de elucidar plenamente sobre o que seja a tal nova ciência –, consequentemente
possibilitou a criação de barreiras para a curiosidade de jovens pesquisadores acerca
do conteúdo, não permitindo assim um afloramento das discussões sobre a Semiótica.
É nesse cenário que se insere o presente resumo que não possui todo o
rebuscamento teórico da professora, levando-se em conta que, visa influir
positivamente no objetivo dela de “não cruzar os braços e esperar os restos da sopa
científica” no Brasil, ou seja, se quer tornar o tema mais fácil de assimilação para que
os debates sobre o assuntos sejam “mais aclamados e constantes”.
A metodologia utilizada para elaboração desse trabalho foi a análise
bibliográfica, que se ateve ao livro de Santaella, para não descaracterizar o tipo textual
resumo.
A estruturação aqui utilizada é inspirada nas grandes divisões colocadas por
Lúcia, salvo algumas novidades (e.g. o tópico “5.2.1. SIGNO EM SI MESMO”) que
foram postas simplesmente para assegurar a abordagem didática do texto.

1 PRIMEIROS PASSOS PARA SEMIÓTICA

1
A Semiótica é uma ciência em construção e pode ser inicialmente
compreendida por meio de uma conceituação etimológica: a palavra possui origem do
termo grego semeion que pode ser traduzido como signo, isto é, semiótica é a “ciência
dos signos”. Entretanto, não se trata de signos astrológicos, mas sim linguísticos.
Diante disso, surge o questionamento: seria a Semiótica o mesmo que a Linguística?
A resposta para essa questão é complexa, mas é possível sintetizá-la na delimitação
da Linguística ao estudo das linguagens e signos verbais, enquanto a Semiótica
debruça-se sobre “ [...] todas as linguagens possíveis, ou seja, que tem por objetivo o
exame dos modos de constituição de todo e qualquer fenômeno como fenômeno de
produção de significação e de sentido” (SANTAELLA, pg. 2, [200?]). É importante
distinguir ainda linguagem de língua, onde essa pode ser compreendida como o
português, o inglês e o espanhol, por exemplo, enquanto aquela é qualquer
“acontecimento” ao qual se atribui sentido, como por exemplo, a linguagem dos
ventos, a música, as expressões faciais e as passagens das estações – fenômenos
que podem ser interpretados com significação e sentido.

2 O LEGADO DE CS PIERCE

Como ciência a Semiótica possui uma origem peculiar, teve quase que um
início simultâneo em três regiões distintas do globo, a saber: União Soviética, Europa
e nos Estados Unidos. No norte da América, seu desenvolvimento é centrado na figura
do cientista Charles Sanders Pierce (1839-1914). Para resumir, ele pode ser
associado à clássica figura renascentista, porque dedicou-se em inúmeras áreas do
conhecimento, desde a Química (sua área de formação) até a dramaturgia, não
obstante o grande fio condutor de sua vida intelectual foi a Lógica e, talvez, por isso
ele desejou compreender o método de raciocínio – a lógica – de tantas ciências. Esse
seu fio condutor o fez ter uma vida difícil, com poucas oportunidades para lecionar e
reconhecimento póstumo pelas suas contribuições.
A priori, apesar do seu conhecimento vasto em diversos temas, Charles
afirmava que sua intenção não era outra, exceto a Semiótica, isto é, uma análise da
linguagem, do sentido – da lógica – daquilo que observava. Segundo Lúcia Santaella
([200?]), ele foi o responsável por desenvolver uma Filosofia Científica da Linguagem.

2
3 PARA SE LER O MUNDO COMO LINGUAGEM

Charles Pierce desenvolveu uma importante categorização das ciências que


auxiliam na compreensão posicional da Semiótica em sua teoria geral. Segundo o
pensador existem:
1) Ciências de descoberta: como a Matemática, Filosofia, a Ideoscopia
(ciências especiais) e a Semiótica.
2) Ciências da digestão; e
3) Ciências aplicadas.
As ciências da descoberta são caracterizadas sobretudo pelo seu aspecto de
observação dos objetos a serem analisados.
Além dessa catalogação, é mister compreender também a estrutura do
pensamento filosófico peirceano. Em sua obra “O que é Semiótica” ([200?]), Santaella
apresenta a seguinte estruturação do pensamento de Sanders:
“I – Fenomenologia
II – Ciências Normativas
1 – Estética
2 – Ética
3 – Semiótica ou Lógica
1.1 – Gramática pura
1.2 – Ética
1.3 – Retórica pura
III – Metafísica”.
De forma suscinta, a Fenomenologia é a base do sistema proposto por Pierce,
ela é responsável por observar os fenômenos e postular sobre suas características,
propondo também categorias universais das experiências e pensamentos. Em
segunda instância, as ciências normativas distinguem seus objetos naquilo que deve
ou não ocorrer, a Estética cuida do que deve ser ou não admirado, a Ética é a ciência
da conduta e a Semiótica ou Lógica a responsável pela descrição e classificação de
todos os signos logicamente possíveis – “o estudo do sentido das coisas”. Por fim, a
Metafísica empenha-se em distinguir realidade e real – é uma espécie de
conhecimento ontológico.

3
4 ABRIR AS JANELAS: OLHAR PARA O MUNDO

Como já exposto, a Fenomenologia é o fundamento do pensamento pierciano,


portanto para conhecer-se propriamente as análises semióticas desse cientista é
necessário compreender solidamente sua visão fenomenológica do mundo.
A priori, já que se entende por Fenomenologia o estudo dos fenômenos, é
mister entender o que Pierce entende por fenômeno. Ele acreditava que tudo o que
aparece é fenômeno, tanto fisicamente (o canto dos pássaros, por exemplo) quanto
imaterialmente (e.g. pensamentos e sonhos), e é dever da Fenomenologia classificar
todos eles de maneira elementar e universal. Para o americano, ao desenvolver as
categorias deve-se considerar como os objetos são concebidos – se apresentam - na
consciência. Partindo desse ponto, ele postulou três categorias que considerou
válidas, após exames empíricos, tanto para catalogar “questões do pensamento”
como “questões da natureza”, consequentemente tratam-se de categorias universais:
1) Qualidade ou Primeiridade: correspondente ao acaso, quando o
fenômeno se apresenta como uma espécie de incógnita – não se sabe o que ele
realmente é (têm-se somente a primeira impressão sobre algo);
2) Relação/Reação ou Secundidade: quando diante do aparecimento do
fenômeno observa-se alguma interação e/ou ação dele com outra coisa.
3) Representação/Mediação ou Terceiridade: ocorre nos momentos em
que se constitui um hábito a partir dos outros processos (primeira impressão e
interação com o fenômeno). Nesta camada, os seres humanos atribuem
sentido/interpretam o acontecido.
É importante analisar as categorias de Pierce e sua relação interna por meio
de fatos concretos, por exemplo: vê-se o azul (primeiridade: primeira impressão),
depois observa-se que esse azul está num lugar específico e presente que é o céu
(secundidade: interação com o que percebe-se), posteriormente elaborasse uma
síntese intelectual de que o céu é azul (terceiridade: atribuição de sentido e
interpretação).

5 PARA SE TECER A MALHA DOS SIGNOS

4
Para Charles Sandres Pierce, assim como a Fenomenologia deveria fazer
classificações gerais e universais, a Semiótica possuía um papel semelhante: o de
“configurar conceitos sígnicos tão gerais que pudessem servir de alicerce a qualquer
ciência aplicada” (SANTAELLA, p. 11, [200?]).
Pierce objetivava fornecer bases lógicas para as construções científicas,
porque todas elas eram, enquanto parte da produção intelectual humana, linguísticas,
portanto necessitavam da Semiótica. Vale ressaltar, que a nova ciência proposta por
Charles não substituiria as demais, mas sim auxiliaria ativamente na produção de seus
estudos.

5.1 Definição de signo

Ainda antes da ampla divulgação das descobertas biológicas da comunicação


entre as células ou dos avanços tecnológicos que conduziram o mundo à
comunicação entre máquinas – cibernética -, Pierce tinha uma proposta um tanto
inusitada para época: produzir um conceito de signo sem ter de se referir estritamente
à razão humana. Em seu tempo, tal proposição era um tanto absurda, porque nem se
imaginava a existência de linguagem em relações não humanas – como as
apresentadas no início do parágrafo -, então seria possível conceituar signo dessa
forma?
Charles conseguiu elaborar não só um, mas vários conceitos de signo em sua
vasta obra intelectual. Em linhas gerais, pode-se entender que signo é algo que
representa outra coisa: o objeto. Portanto, ele não é o objeto em si, nem passa uma
ideia absoluta deste, todavia o representa de modo a remeter à ideia dele, ou seja, se
é mostrado a alguém a fotografia de uma casa ou simplesmente a palavra casa é dita,
a pessoa terá uma ideia representativa do objeto – não será propriamente a casa tal
qual ela é, mas a representação remeterá à ela.
É interessante ainda falar que para Pierce, na mente do intérprete haverá um
signo que traduzirá o primeiro apresentado: a foto de uma casa (primeiro signo) é
entendida como foto de uma casa na mente do interprete (segundo signo que é
“tradutor do primeiro”) – caso não houvesse essa “tradução” uma foto de casa poderia
ser interpretada como algo comestível.

5
Em conclusão, deve-se apresentar alguns elementos ligados ao conceito
pierciano de signo, sendo que eles serão explicados utilizando o exemplo da fotografia
de uma casa:
1) Objeto dinâmico e objeto imediato: são, respectivamente, a primeira
impressão do signo apresentado (no caso, a mera aparência da foto) e aquilo que o
signo tenta representar pelos critérios de semelhança (a casa em si que foi
fotografada)
2) Interpretante imediato e interpretante dinâmico (intérprete): numa mente
qualquer a fotografia da casa poderia produzir uma ampla gama de interpretações
denominadas interpretantes imediatas (por exemplo, interpretações concretas ou
pensamentos infinitos sobre aquilo que se vê), enquanto que interpretante dinâmico
está ligado ao pensamento – interpretação – específica produzida na mente do
intérprete (e.g. ele pode focar na análise das cores e o formato da casa).
3) Interpretante em si: É o modo como uma mente qualquer, em
determinadas condições, reagiria ao signo (casa produzirá outros signos da mesma
espécie: domicílio e residência, por exemplo, na maioria das pessoas).

5.2 Classificação dos signos

Além de conceituar o signo e seus elementos, Pierce também desenvolveu dez


divisões triádicas (de três em três) dos tipos possíveis de signos, sendo que elas
podem se combinar e formas 64 classes, sem excluir a possibilidade lógica de 59049
tipos diferentes de signos. Decerto, Charles não chegou a explorar todos os pontos
de sua teoria, entretanto três de suas categorias tricotômicas recebem importante
destaque, sendo elas o signo em relação:
1) Com ele mesmo;
2) Com seu objeto dinâmico;
3) Com o interpretante.

5.2.1 SIGNO EM SI MESMO

6
Para Sanders, tomando-se o signo relacionado consigo mesmo no seu modo
de se apresentar/de ser, ele pode apresentar três facetas:
1) Quali-signo: quando se mostra como pura qualidade (exemplo: uma tela
de cinema que durante algum tempo é simplesmente a projeção de uma cor vermelha,
há apenas a qualidade momentânea de ser ou não vermelha);
2) Sin-signo: apresenta-se como um existente;
3) Legi-signo: manifesta-se como uma lei ou convenção de uma ideia geral
(e.g. quando se fala a palavra “mulher” não se remete à uma qualidade simples –
como uma cor -, nem necessariamente a uma mulher física – existente -, mas sim à
ideia geral e convencionada do termo).

5.2.2 SIGNO E OBJETO DINÂMICO

Ao relacionar-se com o objeto dinâmico, o signo pode ser classificado como:


1) Ícone: quando não existe um objeto específico que se faz menção. A
ideia de ícone relaciona-se com a de quali-signo, na medida em que há referência a
uma pura qualidade que prescinde de um objeto referencial, só há uma ideia pura e
simples (como a cor projetada que não necessita expressar nada – “só é uma cor
aparecendo”);
2) Índice: no momento em que um signo possui referência com o universo
o qual faz parte diz-se que ele é índice. Claramente, há uma ligação semântica entre
o conceito de Charles e a ideia habitual de índice – espécie de sumário: apresentação
sintética das partes de um todo - portanto, quando se pensa, por exemplo, na flor
chamada “onze-horas” remete-se ao fato de ela só se abrir nesse horário e onze horas
é uma convenção de tempo desenvolvida pelo homem a partir da análise do
movimento do sol. Isto é, chamar a flor de “onze-horas” é fazê-la índice (indicação
sintética) de um todo amplo ao qual refere-se. Existe compatibilidade com o conceito
de sin-signo já que há um caso de existência concreta do objeto em relação ao meio
que compõe.
3) Símbolo: relaciona-se com a noção de legi-signo e ocorre quando há
uma lei geral e abstrata que não possui um objeto específico – semelhante ao ícone -
, mas sim objetos gerais. Torna-se clara a compreensão e distinção de símbolo com

7
o ícone quando se pensa na palavra “estrela”: o signo apresentado não remete à
“estrela A” ou “estrela B” – nenhum objeto específico -, porém há a expressão de uma
ideia geral de estrela – “objeto amplo/não delimitável” -.

5.2.3 SIGNO E INTERPRETANTE

As classificações de Pierce supra apresentadas relacionam-se entre si e com


esta última de modo respectivo à ordem (1, 2 e 3, ou na linguagem do norte-
americano: primeiridade, secundidade e terceiridade). Neste último tópico, cabe dizer
que quanto ao interpretante - o sentido que será atribuído ao signo -, pode-se ter:
1) Rema: hipótese levantada pelo signo. Sinteticamente, já que o ícone ao
ser quali-signo não faz referência a um objeto específico, pode-se apenas inferir
semelhança entre o que é apresentado e algum objeto concreto. Por exemplo, quando
se veem nuvens no céu, sabe-se que elas não comunicam necessariamente nenhuma
ideia de objeto específico, entretanto é comum dizer coisas como “aquela nuvem
parece um carro”, “aquela outra parece uma casa”, etc, isto comprova que diante de
quali-signos o interpretante/sentido é hipotético.
2) Dicente: é a simples constatação da existência de relação entre o signo
com o todo ao qual faz parte. Com certeza, é viável retornar-se ao exemplo da flor
“onze-horas”, no qual a confirmação da relação do nome dela com o universo que
compõe mostra que há um caso de interpretante dicente e confirma sua existência
concreta – sin-signo.
3) Argumento: o sentido do signo neste caso é a ideia geral a qual ele se
refere.

5.3 Enfim

Concluindo, cabe reafirmar que Pierce não pôde explorar todas as variações
de sua própria teoria, mas possibilitou, por meio de seu empenho nas pesquisas e
teorizações, o desenvolvimento da Semiótica.

8
6 OUTRAS FONTES E CAMINHOS

Além do destacado pensamento do norte-americano, é mister ainda falar


brevemente das origens soviética (sobretudo com dois importantes filólogos A. N.
Viesse-Iovski e AA. Potiebniá) e europeia (com o linguísta F. de Saussare) da
Semiótica.
A priori, Viesse-Iovski e Potiebniá propunham uma teoria que interligasse os
estágios de desenvolvimento da sociedade com a língua. A partir disso,
desenvolveram-se experiências e estudos semióticos na União Soviética,
principalmente voltados à relação entre a linguagem das artes e a científica.
A posteriori, os principais destaques do pensamento de Saussare são
primeiramente, a sua percepção da estrutura da língua (isto é, a língua é composta
por elementos que se relacionam e cuja identificação de um só é possível porque este,
como parte constituinte do sistema, está em oposição a todos os outros – por exemplo:
a letra “f” do alfabeto utilizado no Brasil só é entendida como “f”, porque é
compreendida como parte do alfabeto e está em oposição a todas as outras letras que
o constituem – “f” não é “a”, nem “b”, “j” ou “k”, “f” é “f”) e segundamente, o seu
postulado que diferenciou língua de fala, já que a língua é o conjunto geral de
convenções sem a qual não se pode comunicar nada, enquanto a fala é simplesmente
uma fração oral da língua (e.g. se uma pessoa que não fala português chega ao Brasil,
tem fome e para pedir comida apresenta-se a pessoas na rua, mostra uma expressão
facial de aflição e aponta insistentemente para barriga, a convenção nocional da
mensagem será apreendida, mesmo sem se falar uma palavra).

7 CONCLUSÃO

No decorrer deste estudo, observou-se a complexidade e importância da


Semiótica, sobretudo nos espectros apresentados do pensamento do cientista norte-
americano Charles Sanders Pierce. Além disso, tornou-se explícita a imensurável
contribuição da professora Lúcia Santaella ao redigir a obra “O que é Semiótica”
([200?]), que mesmo diante de suas limitações foi basilar na introdução do
pensamento semiótico no Brasil e agora, o presente resumo veio para “tornar mais
9
atraente” essa nova ciência e influenciar jovens pesquisadores no caminho de inéditas
descobertas nessa seara ainda pouco explorada.
Por meio da metodologia empregada foi possível desenvolver um texto sintético
e didático - tal qual almejava-se na proposta do trabalho -, sendo que esse mérito é
fruto do empenho de Santaella ao ser cuidadosa na escolha de inúmeras analogias e
diferentes formas de explicar os mesmo conceitos em seu livro, portanto após
finalizada a leitura deste resumo e acreditando estar instigada a curiosidade do leitor
e desejo por aprofundamento no conhecimento semiótico, indica-se a apreciação de
“O que é Semiótica” ([200?]) em sua inteireza, com paciência, atenção e num processo
de ruminação constante.

REFERÊNCIAS
SANTAELLA, Lúcia. O que é Semiótica. Editora brasiliense. [200?].

10

Você também pode gostar