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Livro Cenáculos 2019 de Oração Missionária.18 de Junho

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CENÁCULOS DE ORAÇÃO MISSIONÁRIA

Crescer no Amor
Seguir Jesus em Família

CENÁCULOS DE ORAÇÃO MISSIONÁRIA


CENÁCULOS DE ORAÇÃO MISSIONÁRIA

Crescer no Amor
Seguir Jesus em Família

Em família,
«Vivamos para o Senhor,
Caminhando à luz da Fé
Animados na esperança,
Unidos na Caridade»

ALÉM- MAR
Título: Cenáculos de Oração Missionária

Crescer no Amor
Seguir Jesus em Família

Coordenador: P.e José Francisco de Matos Dias

Colaboradores: Liliane Mendonça, Claudino F. Gomes, Dário Balula, Valentim Rodrigues,


Alcides Ferreira, Clara Prista, Arminda Gomes, Francisco Dias, Teresa Lúcio,
Victor Dias, Joaquim Pereira, Susana Vilas Boas

Capa: .....
Siglas (não incluem os livros bíblicos)
AL A Alegria do Amor – Amoris Laetitia (Exortação do Papa Francisco.
19.03.2016)

CEP Conferência Episcopal dos Bispos de Portugal

CEP – Para um rosto... CARTA PASTORAL DOS BISPOS DE PORTUGAL «COMO EU VOS FIZ,
FAZEI VÓS TAMBÉM» Para um rosto missionário da Igreja em Portugal.
Fátima, 17 de Junho de 2010
CEP – Todos... “TODOS, TUDO E SEMPRE EM MISSÃO” - Nota Pastoral da Conferência
Episcopal Portuguesa (CEP) para o Ano Missionário e o Mês
Missionário Extraordinário. Fátima. 20 de maio de 2018.

COM Cenáculos de Oração Missionária

E Escritos de S. Daniel Comboni

EG A Alegria do Evangelho – Evangelii Gaudium (Exortação Apostólica do


Papa Francisco. 24.11.2013)

GE Alegrai-vos e Exultai – Gaudete et Exsultate (Exortação Apostólica do


Papa Francisco. 19.03.2018)
Crescer no Amor
Seguir Jesus em Família

Carta aos Cenáculos Missionários

Queridas discípulas e discípulos de Jesus no Cenáculo de Oração Missionária

Tendes na mão o segundo guião dos encontros de oração missionária centrado na família,
comunidade de amor e vida que tem Jesus como seu Centro (Mt 18, 2.5), Ele, o «Filho muito
amado» (cf. Mt 17, 5), o «Menino» que está ao colo de Deus como nós, seus «pequeninos», ao
colo d’Ele e por Ele protegidos (Mc 10, 16).

Dessa Presença de Jesus no meio da família, Presença capaz de restituir-nos ao ponto onde
tudo ganha consistência na harmonia de todas as partes, deriva a «alegria do amor» da família,
amor consagrado no sacramento do Matrimónio e que irradia esplendor e consolação à sua
volta. Quanto a si, a Igreja encontra a sua alegria na beleza das famílias santas e missionárias
(cf. Papa Francisco – GE, 142).

Como o primeiro, este segundo livro, quer dar às famílias - através dos seus membros que
participam nos COM - «a possibilidade de aprofundar a sua reflexão e a sua partilha sobre... o
ensinamento contido na Exortação Apostólica A Alegria do Amor (AL). Com efeito, esta
Exortação contém a Palavra de Deus e mostra os caminhos da graça de Cristo, Irmão e Bom
Pastor, para salvar e revitalizar as famílias de hoje, nas complexas situações em que se
encontram. Os ensinamentos do Papa, acolhidos com inteligência e abertura mental e afetiva,
ajudarão as famílias a tornarem-se mais no que já são por vocação e pela graça recebida no
Batismo e no Matrimónio: pequenas igrejas domésticas, que têm Cristo Jesus como Centro e
as outras famílias e o mundo como Missão.

Usai, pois, este livro com atenta estima. Contém apenas alguns textos. Procurai ler toda a
Exortação e aproveitar dos imensos tesouros que ela encerra.

Para quem é e para que serve este livro?

Este livro é para ser usado nos Cenáculos de Oração Missionária.

As famílias, porém, têm nele um ótimo instrumento também para a oração familiar. Em fins de
2017, uma mãe de família de perto de Oeiras, médica, propôs aos filhos adolescentes e jovens
usarem uma vez por mês, na oração familiar, o nosso primeiro livro A Alegria do Amor na
Família. Contou-me, logo a seguir, a surpresa e a alegria daqueles jovens. ‘Adoraram’ poder
dialogar com abertura e franqueza sobre situações, realidades e dúvidas do seu quotidiano e
pegar nelas na sua oração simples de família reunida no Nome de Jesus.

Que muitas outras façam como eles. Não deixarão certamente de fazer própria a experiência
desta família e de outras que, de há anos a esta parte, vivem como FAMÍLIA-CENÁCULO
MISSIONÁRIO.

A seu tempo, o Papa S. João Paulo II encorajou a Igreja a dar impulso a um grande movimento
de evangelização das famílias pelas famílias e com as famílias. Os Cenáculo Missionários
Familiares, cujo número tem necessariamente que crescer, ao intensificarem a renovação das
famílias pelo seu empenho na missão, são um meio providencial para responder a essa
vontade de Jesus expressa pelo seu santo servo, o Papa.

Grupos eclesiais da mais diversa índole podem também fazer proveitoso uso deste livrinho, ao
tratarem de renovar e fortalecer a consciência missionária dos Grupos e Movimentos
Paroquiais. Com efeito, o desafio maior que as Igrejas locais atualmente enfrentam não é mais
renovar a catequese, animar a liturgia ou reforçar o empenho social. Essas dimensões têm sido
cuidadas e há uma razoável sensibilidade para elas. O que, em grande medida falta nas
comunidades (a começar por algum clero!) é a consciência do significado, da importância e da
imensa urgência e necessidade do primeiro anúncio de Jesus Cristo. Em 17 de junho de 2010,
os Bispos de Portugal1, afirmavam com energia que «a Igreja local... deve ter o seu centro na
comunicação da fé e no primeiro anúncio (de Jesus Cristo) como sinal da sua fecundidade e
fidelidade à sua própria origem e nascimento histórico» (Para um rosto..., n. 16).

Papa e Bispos constatam que ainda se faz pouco. As paróquias, os grupos e movimentos ainda
precisam de crescer em vigor e criatividade missionários.

Por isso, no embalo da iniciativa do Papa Francisco de fazer do mês de Outubro de 2019 um «Mês
Missionário Extraordinário», os Bispos instituíram para Portugal «um Ano Missionário em todas as
nossas Dioceses, de outubro de 2018 a outubro de 2019»2.

Pretendem que todos, «como discípulos missionários», entremos «decididamente com todas as
forças nos processos constantes de renovação missionária, pois, hoje, cada terra e cada
dimensão humana são terra de missão à espera do anúncio do Evangelho».

Para isso, apelam de novo a que façamos surgir «“Grupos Missionários Paroquiais (GMP),
laboratórios missionários, células paroquiais de evangelização que, em consonância com as Obras
Missionárias Pontifícias e os Centros de animação missionária dos Institutos Missionários, possam
fazer com que a missão universal ganhe corpo em todos os âmbitos da pastoral e da vida cristã”,
que nos animem a ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho,
numa missão total que deve envolver Todos, Tudo e Sempre» (CEP - Todos... n. 8 – Ver, aqui, em
Anexo 1).

Os CENÁCULOS DE ORAÇÃO MISSIONÁRIA-CENÁCULOS MISSIONÁRIOS são um tipo desses


«laboratórios» de missão, como já há muito tempo, reconheceu e solenemente afirmou o
Papa S. João Paulo II: «Os Cenáculos de Oração Missionária... são um meio significativo de
animação e renovação da espiritualidade missionária» 3. E acrescentou: «A oração deve tornar-
se também hoje cada vez mais no primeiro e fundamental meio de ação missionária na Igreja.
Por isso, exprimo o meu vivo apreço pela preciosa obra desenvolvida neste campo pelos
Cenáculos de Oração Missionária (...). Desejo que esta válida iniciativa pastoral se continue a
difundir nas paróquias, em harmonia com as outras atividades pastorais, dando vigor à
consciência missionária de todos os batizados»4.

1
CEP - CARTA PASTORAL DOS BISPOS DE PORTUGAL «COMO EU VOS FIZ, FAZEI VÓS TAMBÉM» Para um rosto
missionário da Igreja em Portugal. Fátima, 17 de Junho de 2010
2
“TODOS, TUDO E SEMPRE EM MISSÃO” - Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) para o Ano
Missionário e o Mês Missionário Extraordinário. Fátima, 20 de maio de 2018.
3
S. JOÃO PAULO II – Homilia, no Rito de Beatificação de Daniel Comboni e Guido Monforti.17.03.1996 - «"Levar a
humanidade à luz da vida eterna ": o ideal de Daniel Comboni continua hoje no apostolado dos seus filhos e das suas filhas
espirituais (...) A incondicionada confiança que ele teve na força poderosa da oração (cf. Escritos, N. 2324) tem uma valiosa
expressão nos "Cenáculos de oração missionária ", que estão a surgir em numerosas paróquias e constituem um significativo
instrumento de animação e de renovação da espiritualidade missionária». Ver in http://w2.vatican.va/content/john-paul-
ii/it/homilies/1996/documents/hf_jp-ii_hom_19960317_beatificazioni.html
4
Mensagem de João Paulo II aos Missionários Combonianos para a Missa de ação de graças, em S. Pedro, na
Beatificação de Daniel Comboni, 18.03.1996, n. 2), in http://w2.vatican.va/content/john-paul-
Tendo em conta a nossa história de movimento laical missionário com mais de 30 anos, os
Bispos e os Párocos podem contar com o nosso empenho missionário na formação, na oração,
na animação missionária na própria comunidade e em comunidades vizinhas e na saída em
missão5.

Na sua simplicidade, este livro pode ajudar os COM, as Famílias, os Grupos Paroquiais e todos
os que o queiram utilizar a aumentarem o vigor da consciência e do empenho missionário.

O TEMA DESTE LIVRO: O AMOR NA FAMÍLIA

Com este subsídio, os Cenáculos Missionários aprofundam em grupo o conhecimento, a


partilha, a oração e o trabalho apostólico à luz dos ensinamentos do Papa Francisco no longo e
rico capítulo IV da Exortação Apostólica A Alegria do Amor.

Ao intitular este capítulo «O amor no Matrimónio», o Santo Padre pretende «estimular o


crescimento, a consolidação e o aprofundamento do amor conjugal e familiar», de modo a
«encorajar um caminho de fidelidade e doação recíproca» (n. 89).

O Núcleo de Animação e Coordenação Nacional dos COM considerou muito útil os Cenáculos
absorverem e difundirem o perfume precioso do conhecimento de Jesus (2Cor 2, 14-16) e das
Suas virtudes, aprofundando comunitariamente este valioso texto. No dizer de Santa Teresa de
Lisieux, as virtudes de Jesus difundem a fragrância trinitária e fraterna da Sua vida no meio de
nós: «atrai-me a Ti e correremos no rasto dos teus perfumes: os perfumes de Jesus são as Suas
virtudes». Em cada encontro, com a ajuda do Papa Francisco, o Cenáculo Missionário
contemplará Jesus e saboreará a vida cristã, envolvida no perfume específico de alguma das
Suas virtudes. Confiamos que seu fruto maduro e perfumado seja que, em família, «Vivamos
para o Senhor, /Caminhando à luz da Fé, /Animados na Esperança, /Unidos na Caridade» 6.

Fraternamente, na Caridade Missionária do Coração Trespassado de Jesus

O Núcleo de Animação e Coordenação Nacional dos COM em Portugal

ii/it/messages/pont_messages/1996/documents/hf_jp-ii_mes_19960318_comboniani.html
5
CEP – “TODOS, TUDO E SEMPRE EM MISSÃO”, n. 9: «De outubro de 2018 a outubro de 2019, façamos todos –
bispos, padres, diáconos, consagrados e consagradas, adultos, jovens, adolescentes, crianças – a experiência da
missão. Sair. Irmos até uma outra paróquia, uma outra diocese, um outro país em missão, para sentirmos que
somos chamados por vocação a sermos universais, ou seja, a termos responsabilidade não só sobre a nossa
comunidade, mas sobre o mundo inteiro».
6
Hino de Laudes da terça-feira do Tempo Comum, in Liturgia das Horas.
Para vós, Animadoras e Animadores de um COM
O CENÁCULO MISSIONÁRIO,
ao serviço da «fraternidade e comunhão» missionária da Diocese e da Paróquia
O carisma - Os Cenáculos de Oração Missionária, que dirigis, são um movimento eclesial
missionário. Vivem e agem na comunhão da Igreja-Missão, em conformidade com o carisma
que receberam do Coração Aberto de Cristo Bom Pastor, pela intercessão de S. Daniel
Comboni: dedicar a vida à missão de implorar, testemunhar e anunciar a misericórdia do Pai e
a alegria do encontro com Jesus «a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões, sem
demora, sem repugnâncias e sem medo» (EG, 23), e de um modo especial e mais urgente «a
quem ficou caído à beira do caminho» (EG, 46) e «aos pobres e aos doentes (...) desprezados e
esquecidos» (EG, 48).
Os Cenáculos olham muito para o exemplo dos Missionários santos. Os seus carismas, que
embelezam a Igreja inteira, são estímulo e modelo de vida e empenho missionário.
Na harmonia eclesial - Caros Animadores e Animadoras, na Igreja-Missão (Comunidade
enviada a toda a hora a testemunhar e anunciar Jesus Cristo), os Cenáculos Missionários são e
sentem-se co-responsáveis com os seus pastores na resposta criativa ao urgente «desafio de
(difundir na Paróquia) uma espiritualidade missionária». É a trabalhar em harmonia com os
Pastores que sois capazes de, com o Espírito Santo, «renovar, sacudir, impelir a Igreja (local)
numa decidida saída para fora de si mesma, a fim de evangelizar todos os povos» (EG, 78-80.
261).

Os Cenáculos Missionários são, uns com os outros, a nível paroquial, diocesano, nacional e
internacional uma «rede de fraternidade para o Senhor e o Evangelho» 7.
Compete-vos a vós, Animadores e Animadoras, fazer com que o vosso COM (mesmo o que se
reúne numa casa de família), trabalhe em «rede de fraternidade para o Senhor e o Evangelho»
com o Bispo, o Pároco e os outros grupos e movimentos.
Com a ajuda dos COM espalhados nas várias áreas geográfico-humanas da paróquia e de todos
os seus membros, felizes por sermos todos «em Cristo um só corpo e um só espírito» 8, a
Comunidade torna-se efetivamente toda missionária 9.

De que maneira contribuem para isso os COM?


1º - Pela oração missionária intensa e contínua10 - Em obediência à sua inspiração fundacional,
os Cenáculos são, antes de mais, Cenáculos de Oração Missionária, oração como a de S. Daniel
Comboni, inspirada pelo Espírito que impulsiona e orienta a Missão. Ele faz a oração surgir das
vidas, factos, desafios e urgências da Missão e leva-lhe os frutos da oração eclesial: a fé e luz, a
força e o entusiasmo, a esperança, a paciência e a perseverança, a alegria e a criatividade do
amor disponível até ao martírio...
Os COM estão convencidos, como o Papa Francisco de que, na sua missão, «a Igreja não pode
dispensar o pulmão da oração» (EG, 262), pois esta é e tem que se tornar sempre cada vez
mais na primeira forma de evangelizar, como nos recorda o Papa S. João Paulo II. Os COM são
chamados, na Igreja, a garantir, pela oração, a súplica e a oferta eucarística de si mesmos, o
Dom do Espírito Santo, para que as pessoas do mundo inteiro se encontrem com Jesus Cristo e
O aceitem como seu Salvador e Salvador da Igreja, das Religiões e do Mundo.

7
CEP – Carta Pastoral Para um Rosto Missionário... n. 15
8
Missal Romano - Liturgia da Missa – Oração Eucarística III
9
Cf. Conferência Episcopal Portuguesa/CEP – Carta Pastoral «Como Eu vos fiz, fazei vós também – Para um rosto
missionário da Igreja em Portugal, n. 15.16.17.
10
Veja, neste livro, no Anexo 1, a Nota Pastoral Todos..., n. 3 e 6.
Animadores e Animadoras, incentivai, por favor, a oração missionária intensa e frequente nos
vossos COM e, por meio deles, nas vossas Paróquias e noutras Comunidades.
Para que a igreja esteja cada vez mais toda em oração missionária, fundai e organizai novos
COM nas localidades e bairro da vossa paróquia.
2º - Leitura de testemunhos missionários – A Leitura Missionária é feita regularmente nos
COM. Por ela, chegam à sua consciência as situações concretas atuais das «Igrejas espalhadas
pelo mundo», da vida dos missionários e missionárias em toda a Terra, o testemunho dos
santos, dos mártires da missão e os crentes que testemunham a fé no dia-a-dia.
Os Animadores e Animadoras divulguem as Revistas Missionárias, façam exposições, chamem
missionárias e missionários, colaborem com outros grupos e nomeadamente com os da
Catequese, inclusive a de adultos, para que a Comunidade esteja o mais informada possível da
atualidade da Missão cristã, no mundo.
Nos COM, em exercício de corresponsabilidade eclesial, lêem-se e comentam-se com atenção
filial os grandes documentos ‘missionários’ do Papa e dos nossos Bispos 11.
3º - «Formação bíblica, catequética, espiritual e teológica sobre a missão» 12.
Neste campo, caros Animadores e Animadoras, já algo se faz, mas muito está por fazer. Para
evitar que os COM fiquem ao nível «intimista e individualista» (EG, 262) de estéreis grupos de
devoções, pedimo-vos que frequenteis os Retiros Missionários, Encontros de Formação e
convívios organizados pelos COM, a Diocese, as Obras Missionárias Pontifícias e os Institutos
Missionários e insistais para que todos os membros dos COM participem também.
4º - Caridade missionária – Exercei-a: em oferecer e dedicar o tempo e a vida na oração e
na vocação missionária como casados, solteiros e consagrados, e também na «ajuda material
para o imenso trabalho da evangelização e da formação cristã nas Igrejas mais necessitadas» 13.
Além do que, neste campo, fazeis na Paróquia, contribuís para os Projetos Missionários em
todo o mundo através das ofertas feitas no vosso encontro do COM. Estas, reunidas no
Ofertório da Missa do Encontro Nacional dos COM, no 1º de Maio de cada ano, são
prontamente enviadas aos seus destinos de Missão previamente anunciados.
Os COM, de mãos dadas com o Pároco e o Bispo
Os COM são, na Paróquia, um lugar privilegiado para refletir, orar e agir, unidos numa só
mente e num só coração, guiados pelo Espírito Santo.
Caras Animadoras e Animadores, quando pegais neste livro, na Bíblia e numa revista
missionária, para preparar e guiar o encontro do Cenáculo Missionário, reforçai a vossa
consciência de que cumpris uma missão eclesial e não meramente individual. Estais em
Comunhão com o Papa e os Bispos. Saibam-no bem os membros do Cenáculo, o Pároco e toda
a Paróquia: «evangelizar nunca é para ninguém (nem para nenhum grupo) um ato individual e
isolado, mas profundamente eclesial» (CEP, Para um rosto... n. 15).
Exultai de alegria por serdes filhas e filhos da Igreja, no Cenáculo primordial que o Pai nos abre,
no Coração de Jesus Bom Pastor. D’Ele recebeis o dom da «fraternidade e comunhão»
missionária, que vos confia, na Igreja, a grande vocação e missão da oração e do anúncio
missionário para bem da sociedade: «sois depositários de um bem que humaniza, que ajuda a
levar uma vida nova» (EG n. 264).
Que estes encontros, com a ajuda deste livro, nos ajudem a transformar os nossos corações
num sentir, orar e agir cada vez mais próximo do de Jesus.

O Núcleo de Animação e Coordenação Nacional dos COM em Portugal


11
Por isso, no Anexo 1 deste livro, encontrais a Mensagem do Papa para o Dia Mundial das Missões de 2018 e a
Nota Pastoral dos Bispos de Portugal “TODOS, TUDO E SEMPRE EM MISSÃO”. É uma leitura complementar que
podeis ler depois da leitura oferecida no Guião de cada mês sobre o amor em família.
12
CEP - Nota Pastoral “Todos...”, n. 6. Ver no Anexo 1 deste livro.
13
CEP – Nota Pastoral “Todos...”, n. 6. Ver no Anexo 1 deste livro.
OS CENÁCULOS DE ORAÇÃO MISSIONÁRIA

BREVE APRESENTAÇÃO

1. IDENTIDADE ECLESIAL E BÍBLICA

O que são? - Os Cenáculos de Oração Missionária ou Cenáculos Missionários são um


movimento eclesial missionário, nascido em 1987, em Aradas - Aveiro e inspirado no carisma e
na espiritualidade de S. Daniel Comboni.

No tecido social, apresentam-se como pequenos grupos locais (de vizinhos), ligados em
”rede de fraternidade para o Senhor e para o Evangelho” 14, em arcos cada vez mais amplos,
dentro da comunhão missionária que é a Igreja.

Para que são? –Os Cenáculos Missionários são células da Igreja, na comunidade local. Em
comunhão com o párocoe o Conselho Pastoral Paroquial, são co-responsáveis na missão
de comunicar a fé e realizar o primeiro anúncio de Jesus. Na sua Comunidade ,
comungam dos seus dinamismos de saída em direção aos batizados arrefecidos na fé e aos “que
não creem, não adoram, não esperam e não amam”(cf. EG, 48-49). Fortalecem assim a alma
missionária das comunidades cristãs e tanto mais fecundos serão quanto mais os seus membros
crescerem em santidade cheia de alegria missionária (EG,23) e de arrojo apostólico.

Em que modelos bíblicos se inspiram?

a) O seu modelo bíblico fundamental é o Cenáculo de Jerusalém. Nele, os discípulos e


discípulas reuniam-se com Jesus antes e depois da Páscoa. Depois da Ascensão, reuniam-se
assiduamente e num só coração com Maria, a Mãe de Jesus. Sob o seu ministério, faziam
memória de Jesus e oravam intensamente para receberem o Espírito Santo, com cuja força
partiram em Missão até aos confins da Terra. Olhando para Jesus e para Maria nos seus
relacionamentos com os Discípulos e as Discípulas, os membros dos COM sabem como viver, orar
e trabalhar na missão que receberam.

Os COM, enquanto «pequenos cenáculos de apóstolos» (Cf. Daniel Comboni – Regra de


1971, in Escritos 2648) de hoje, mini-comunidades fraternas nascidas para garantir o dom do
Espírito à missão, serão uma esperança para a Igreja, na medida em que, neles, forem visíveis os
sinais do Espírito de Deus. O primeiro desses sinais é a caridade, na humildade recíproca, trave
mestra da harmonia da comunhão fraterna.

b) Os COM reveem-se também nas primeiras comunidades cristãs que, em contexto de


perseguição, ao contemplarem o Coração Trespassado do Crucificado, encontravam força para a
sua entrega e conduzirem a esse Coração os filhos e filhas de Deus dispersos.

Comboni convidava todos – homens e mulheres - a trabalhar na missão. Os COM, que


bebem o seu carisma fundacional no de S. Daniel Comboni através dos Institutos a que ele
deu nascimento, querem transmitir aos seus membros e ao redor, a mesma paixão
missionária que habitava o seu coração.

2. Organização dos COM

2.1. Cada Cenáculo tem um Núcleo de Animação e Coordenação constituído por: Animador,
Vice-Animador, Tesoureiro e Secretário. Compete-lhes: criar iniciativas de formação e incentivar a
participação de todos os membros nos encontros suscitados pelo instituto missionário-animador

14
CEP – Para um rosto... n. 15
e nas iniciativas de formação; manter a coesão do grupo e serem (particularmente na pessoa do
Animador/Animadora) o elo de ligação com o pároco e o Conselho Paroquial Pastoral, assim como
com o missionário animador; preparar e guiar os encontros; organizar e distribuir os trabalhos;
decidir sobre o destino a dar ao dinheiro do Cenáculo, tendo em conta as indicações do Núcleo
de Coordenação Nacional; fazer a ata de cada reunião.

2.2. Núcleo de Animação e Coordenação de Zona, constituído por leigos e Sacerdotes ou


missionários empenhados nos COM. Compete-lhes: auxiliar e formar, visitar e encorajar os COM
da sua área; coordenar encontros e iniciativas formativas comuns a nível da região; ajudar a
resolver conflitos.

2.3. Núcleo de Animação e Coordenação Nacional (Núcleo Nacional): É constituído por um


missionário e missionária de cada comunidade à volta de cuja área pastoral se constituem os
COM e por dois Animadores leigos dos COM de cada Zona. Reúne três vezes por ano. Verifica a
situação missionária de todos os COM; convoca e prepara o Encontro Nacional dos COM
(habitualmente no 1º de maio de cada ano); decide os projetos missionários a apoiar; publica
mensalmente o Boletim dos Cenáculos de Oração Missionária.

2.3.1 - Deste Núcleo forma-se a Equipa Permanente constituída pela


Coordenadora/Coordenador Nacional, o Sacerdote Assistente, o Secretário e o Tesoureiro.
Compete-lhes manter a visão atualizada sobre o Movimento; na pessoa da Coordenadora/ do
Coordenador Nacional, convoca e preside às reuniões do Núcleo Nacional; mantém as relações
com os Superiores Maiores dos Institutos que se empenham no Movimento dos COM e com os
Bispos. O Tesoureiro recebe o produto do Ofertório Nacional e outras ofertas que os COM locais
vão enviando; paga as despesas feitas, particularmente a produção e envio do Boletim dos COM
e guarda um fundo de maneio, de acordo com as decisões do Núcleo Nacional; envia, por
intermédio dos Institutos Missionários, o contributos dos COM para os Projetos Missionários
aprovados.

2.3.2 – Encontro Nacional dos COM – Os COM têm o seu Encontro Nacional anual,
habitualmente, no 1º de maio. Compete ao Núcleo Nacional determinar cada ano a data e o
local.

Todos os COM são convidados a participar e a convidar outras pessoas, para que a sensibilidade
missionária e a prática da oração missionária comunitária se estendam nas Comunidades
Cristãs.

O Encontro Nacional dos COM, em clima de alegria missionária, desenvolve as dimensões de


oração, formação, eucaristia, partilha das ofertas que os membros dos COM de todo o País
foram fazendo ao longo do ano e convívio fraterno.

2.4. Encontros do COM local

Cada COM decide quantas reuniões faz por mês (variando entre encontros semanais a mensais),
com duração de uma hora a hora e meia.

O local do encontro poderá ser a casa de uma família (recomendado) ou outro lugar, à escolha do
grupo. É dado ao Pároco conhecimento do local de reunião de cada Cenáculo.

3. Participar na missão da Igreja: escutar, orar e agir


Os encontros de oração propostos pelos COM têm três momentos principais: ESCUTAR, ORAR e AGIR.

1.° - ESCUTAR comporta:

- A leitura bíblica, para ouvir o Pai, Jesus, o Bom Pastor de Coração Compassivo, e o Espírito Santo.
Deixar que o Espírito Santo nos transmita o amor e a sensibilidade do Pai pelos nossos irmãos,
manifestada nos gestos, na vida e na doação total de Jesus.

- A leitura missionária, para ouvir os testemunhos dos santos, dos mártires da missão e dos
confessores atuais da fé, que são expressão das Igrejas espalhadas pelo mundo. Ouvir e
sintonizar com eles, com os bispos, os missionários, o gemido dos povos, dos oprimidos e
explorados, dos sem fé... A leitura missionária ajuda a olhar e ouvir as pessoas e realidades
que estão à nossa volta...

- O diálogo a partir das leituras, para desenvolvermos a capacidade de nos escutarmos, ao ouvir
as irmãs e irmãos do COM.

2.° - ORAR - Depois de ler, ouvir e comentar, elevamos ao Pai com Cristo, por Cristo e unidos a
Cristo, as situações, reivindicações e os clamores das pessoas e dos povos por liberdade,
dignidade e paz. Há que treinar com perseverança a oração bíblica e a oração ‘histórica’, a que
parte dos acontecimentos e desafios do mundo e deles faz tema do diálogo de amizade e de
súplica com e perante o Senhor. É oração comprometida com o Reino de Deus em gestação no
mundo e em nós. «A súplica, ensina o Papa Francisco, é expressão do coração que confia em Deus,
pois sabe que, sozinho, não consegue... A intercessão (em que pedimos o bem para outros)
expressa o compromisso fraterno, quando somos capazes de incorporar nela a vida deles, as suas
angústias mais inquietantes e os seus melhores sonhos». O intercessor «é o amigo dos seus
irmãos, aquele que reza muito pelo povo» (EG n.154)

A oração dos COM é comunitária. É feita nos encontros do Cenáculo Missionário. Tem a sua fonte
e o seu ponto mais alto na participação consciente e ativa na Eucaristia.

Como grupos de animação missionária da Comunidade, cada COM propõe ao Pároco iniciativas de
oração e celebração propriamente missionárias para toda a comunidade ou para sectores dela,
como grupos de catequese, oração missionária em lares, em famílias em que há algum doente ou
uma celebração familiar festiva...

Os COM também promovem a oração pessoal: a meditação (leitura orante) da Bíblia, em adoração
e contemplação; o Rosário de Nossa Senhora com intenções missionárias deduzidas das situações
missionárias atuais conhecidas pela leitura missionária ou pela comunicação social; a adoração
eucarística e as outras formas de oração aprovadas pela Igreja. Em toda a sua oração, os membros
dos COM, têm presentes as situações do mundo, de modo a implorarem sem cessar o Dom do
Espírito Santo, que renova o coração da Humanidade e a sua Casa comum.

3.° - AGIR significa que o Cenáculo Missionário se põe em ação, através de gestos e atividades
concretas, em direção ao ambiente e para ajudar ao longe.

Estas atividades são de tipo social, de proximidade com os necessitados e de evangelização


explícita. Num caso e noutro, o Cenáculo sai para a rua, ao encontro das pessoas: «Saiamos,
saiamos para oferecer a todos a vida de Cristo (...) Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e
enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade
(...) Lá fora, há uma multidão faminta e Jesus repete-nos sem cessar: “Dai-lhes vós mesmos de
comer.” (Mc 6, 37)». (cf. EG n. 49).
Os membros do COM recebem uma formação essencial para a evangelização de rua e nas casas,
que deve tornar-se uma forma normal de evangelizarem. Valem as indicações do Papa Francisco:
“Há que chegar a todos sem exceção (...), mas sobretudo aos pobres e aos doentes, àqueles que
muitas vezes são desprezados e esquecidos (cf. Lc 14, 14; EG n. 48). Na evangelização realizada
pelo Cenáculo, há que ter sempre em conta as orientações e estímulos dados pelo Papa Francisco
na Alegria do Evangelho n. 119-121.

4. ESPIRITUALIDADE DOS COM: LINHAS GERAIS

Os COM bebem da fonte da espiritualidade missionária da Igreja, moldada no carisma de S. Daniel


Comboni e de outros fundadores e santos missionários, e assimilada e reinterpretada por leigos e
em comunidades de leigos evangelizadores, no hoje do mundo e da Igreja.

Esta espiritualidade missionária contém e desenvolve uma mística, isto é, uma forma de união
com o Coração de Cristo no Espírito Santo e de assimilação das Suas atitudes. Deste modo, o
cristão pode atuar com motivações fortes, profundamente bíblicas e evangélicas15; torna-se
presença luminosa de Jesus Salvador (cf. Mt 5, 14-16), ao mesmo tempo que partilha e atualiza,
de forma única e nova, a vivência dos santos missionários. «Tu, diz o Papa Francisco 16, precisas
de conhecer a totalidade da tua vida como uma missão. Tenta fazê-lo, escutando a Deus na
oração e identificando os sinais que ele te dá. Pede sempre ao Espírito Santo, o que espera de
ti em cada momento da tua vida e em cada opção que tenhas de tomar, para discernir o lugar
que isso ocupa na tua missão, e permite-lhe plasmar em ti aquele mistério pessoal que possa
refletir Jesus Cristo no mundo de hoje» (GE, n. 23)

A espiritualidade dos COM condensa-se na união vital com o Coração Misericordioso de Jesus
Bom Pastor que, na fé, esperança e amor, vive a abertura filial ao Pai e a solícita atenção e
dedicação ao mundo amado por Deus.

4. 1. A abertura filial ao Pai, na docilidade ao Espírito Santo

A Bíblia indica o caminho a seguir para renovar a animação missionária e a


espiritualidade apostólica dos COM e das paróquias. O cristão missionário é alguém que vai
anunciando aquilo que recebeu de Deus. Para isso, precisa de encontrar tempo e espaço para
- na leitura orante da Bíblia a sós e em grupo - ouvir o Espírito, que o faz acolher e
sintonizar com a Palavra e deixar-se transformar por ela (cf. Mc 4, 32).

Os COM leem e meditam a Palavra, a partir da perspetiva do Coração de Jesus. Partilham-


na, rezam-na, praticam-na, anunciam-na também «salgada» (Mt 5, 13; Mc 9, 49-50) com
muitas cruzes 17. Os discípulos missionários dos COM, não fugirão ao sofrimento necessário
para a sua missão. Para alimentar esta disponibilidade, terão «sempre os olhos fixos no
Senhor Crucificado, amando-O ternamente e procurando entender cada vez melhor o que
significa um Deus morto na cruz para a salvação das pessoas» 18.

Como ler a Bíblia, nos COM – Inspiramo-nos no método da leitura popular da Bíblia.
Resumidamente: No momento da leitura bíblica:

1- Um leitor (ou mais leitores, se o texto for longo) faz a leitura. Todos escutam e
acompanham nas suas Bíblias (ou escutam simplesmente com atenção);

15
O Papa Francisco desenvolve muito bem as «motivações para um renovado impulso missionário» na Exortação
Apostólica A Alegria do Evangelho, c. V- Evangelizadores com Espírito. Recomendamos a leitura.
16
Exortação Apostólica Alegrai-vos e Exultai (GE).
17
DANIEL COMBONI – Escritos – «Os santos tiveram toda a espécie de sofrimentos: até e pode medir a grandeza e a
elevação da sua santidade pelo tamanho e quantidade das cruzes e dores que suportaram» n. 5075.
18
IDEM – Escritos, n. 2721.
2- Torna-se a fazer a leitura por outras Bíblias dos presentes, por causa das traduções
diferentes;
3- Todos ficam em silêncio durante 2 ou 3 minutos. Nesse tempo, cada um repassa o texto.
Procura entender o que diz o texto em si mesmo. Vê o contexto e o ambiente, as pessoas, o
que fazem, dizem, sentem, como agem e reagem. Foca atenção em Jesus e nos seus gestos e
palavras. Procura o versículo, a frase ou a palavra que para si tem particular importância. Aqui,
o Animador pede que cada um/a como Jesus entendia e sentia no Seu íntimo o que nós agora
lemos...
4- O Animador pede que cada um/a diga a Palavra que escolheu. Cada um enuncia o número
do versículo e lê-o (ou diz a frase ou palavra que recorda), sem acrescentar nenhum comentário
pessoal: é a partilha da Palavra.
5- A seguir, o Animador pede para se ler de novo a leitura uma vez.
6- Ficam todos em silêncio e procuram: o que é que o Senhor me diz, para a minha vida, no
versículo que antes escolhi e partilhei? – Trata-se de ver em que é que o Senhor me exorta,
encoraja, corrige, esclarece, etc... para me deixar converter e transformar e mudar o ambiente.
7- A pedido do Animador, cada um partilha o que viu no momento anterior. Fala em 1ª pessoa
(eu, me, mim...).
Em seguida, o Animador encoraja o Cenáculo a analisar os factos da vida com esta Palavra de
Deus e ver como Deus diz a Sua Palavra para fortalecer a vida, no nosso ambiente19
8- Depois de todos os que desejaram, terminaram a partilha, lê-se o comentário explicativo
proposto no Guião.
Aqui, o Animador pode lançar ao Cenáculo a pergunta sempre necessária: como é que Jesus
sentia no Seu Coração esta situação que acabamos de meditar e partilhar?
9- Quando for o momento da oração espontânea, cada um/a pega de novo no «seu» versículo
e responde a esta pergunta: «o que digo eu ao Senhor com este versículo, esta Palavra que me
deu, para a minha vida? Como falo com Jesus do que Ele sentiu e agiu e como eu preciso de sentir
e agir como Ele?». E, usando as palavras do versículo escolhido e anteriormente partilhado,
partilha agora a sua oração com verdade e humildade, deixando-se guiar pelo Espírito Santo:
oração de agradecimento, súplica, intercessão, louvor, arrependimento e perdão, etc.
Por essa via, e porque «a Palavra tem em si mesma a força para transformar a vida» (GE n.
156), chegam a sintonizar com o sentir, o viver e o orar de Jesus, e a imitar a oferta de Si
mesmo, que Ele atua sem cessar, na Eucaristia.
A oferta de si mesmo, com Jesus, ao Pai, e a oração apostólica.
«Trata-se de nos oferecermos a Ele que nos antecipa, de Lhe oferecermos as nossas
capacidades, o nosso esforço, a nossa luta contra o mal e a nossa criatividade, para que o Seu

19
CARLOS MESTERS e FRANCISCO OROFINO - Ao ler a Bíblia, o povo das Comunidades traz consigo a sua própria
história e tem nos olhos os problemas que vem da realidade dura da sua vida. A Bíblia aparece como um espelho, 
sím-bolo (Heb 9,9; 11,19), daquilo que ele mesmo vive hoje. Estabelece-se, assim, uma ligação profunda entre Bíblia
e vida (...) É uma leitura de fé muito semelhante à leitura que faziam as comunidades dos primeiros cristãos (At
1,16-20; 2,29-35; 4,24-31) e os Santos Padres nos primeiros séculos das igrejas. A partir desta nova ligação entre
Bíblia e vida, os pobres fazem a descoberta,  a maior de todas: “Se Deus esteve com aquele povo no passado, então
Ele está também connosco nesta luta que fazemos para nos libertar. Ele escuta também o nosso clamor!” (cf. Ex
2,24; 3,7). Assim vai nascendo, impercetivelmente uma nova experiência de Deus e da vida (...) uma visão global da
Bíblia que envolva(e) os próprios leitores e leitoras e que esteja (está) ligada com a situação concreta das suas vidas.
Lendo assim a Bíblia, produz-se uma iluminação mútua entre Bíblia e vida. O sentido e o alcance da Bíblia aparecem
e se enriquecem à luz do que se vive e sofre na vida, e vice-versa (in Sobre a Leitura Popular da Bíblia I Parte. Centro
de Estudos Bíblicos - CEBI. https://cebi.org.br/2007/10/14/sobre-leitura-popular-da-biblia-parte-i/).
dom gratuito cresça e se desenvolva em nós: «Por isso vos exorto, irmãos, pela misericórdia de
Deus, a oferecerdes os vossos corpos como sacrifício vivo, santo, agradável a Deus» (GE n. 56).
A Eucaristia, celebrada, adorada e vivida, é o centro do fogo vital e apostólico dos COM. «O
encontro com Jesus nas Escrituras conduz-nos à Eucaristia, lembra o Papa Francisco. Lá, o Único
Absoluto recebe a maior adoração que se Lhe pode tributar neste mundo, porque é o próprio
Cristo que se oferece. E quando o recebemos na Comunhão, renovamos a nossa aliança com Ele
e consentimos-lhe que realize cada vez mais a sua obra transformadora» (GE n. 157).

Oferecer-nos com Cristo ao Pai como Grupo/Cenáculo e pessoalmente, na Eucaristia e na


oração quotidiana de entrega do dia, faz de nós discípulos missionários seus, que se colocam
inteiramente ao Seu dispor para todo o serviço aos irmãos, ao perto e ao longe e O tornam
presente em qualquer lugar ou circunstância em que se encontrarem.

Cada membro do Cenáculo Missionário, além da Missa Dominical, a que nunca pode faltar,
segundo o mandamento de Deus e da Igreja, procura participar na Eucaristia também durante a
semana. Cada COM procurará marcar um dia da semana, no qual todos os que não estão
impedidos participarão na Santa Missa segundo as intenções da evangelização do Mundo, da
Paz, da União dos Cristãs, etc.

A adoração eucarística pessoal e em grupo, assim como dar sentido missionário à adoração
paroquial, é empenho habitual dos COM.

Tudo isso conduz a uma adesão crescente ao Evangelho, na Igreja e na sociedade, e ao


seguimento corajoso de Jesus. É aí que ressoam os apelos do Espírito Santo, que os membros do
COM invocam, juntamente com Maria e com as santas e os santos missionários.

Sabemos que, «do ponto de vista da evangelização, não servem as propostas místicas
desprovidas de um vigoroso compromisso social e missionário... A Igreja não pode dispensar o
pulmão da oração... Ao mesmo tempo, há que rejeitar a tentação de uma espiritualidade
intimista e individualista (...) desculpa para evitar dedicar a vida à missão», refugiando-se «em
alguma falsa espiritualidade» (EG, 262). Por isso, os COM vivem também uma empenhada
atenção ao mundo que os rodeia.

4. 2- Fraterna e empenhada atenção ao mundo:

«Quando paramos diante de Jesus Crucificado, reconhecemos todo o seu amor que nos
dignifica e sustenta, mas nesse mesmo momento, se não formos cegos, começamos a
perceber que esse olhar de Jesus se alonga e se dirige, cheio de afeto e ardor, a todo o Seu
povo. Assim, descobrimos que Ele quer servir-se de nós para chegar mais perto do seu povo
amado. Toma-nos do meio do povo e envia-nos ao povo, de modo que a nossa identidade
não se compreende sem esta pertença. O próprio Jesus é o modelo desta opção evangélica
que nos introduz no coração do povo.... Fascinados por este modelo, queremos inserir-nos a
fundo na sociedade, partilhamos a vida com todos, ouvimos as suas preocupações,
colaboramos material e espiritualmente nas suas necessidades, alegramo-nos com os que
estão alegres, choramos com os que choram e comprometemo-nos na construção de um
mundo novo, lado a lado com os outros... como uma opção pessoal que nos enche de alegria
e nos dá uma identidade» (EG, 268-269).

A Igreja aspira a transformar o mundo com a proclamação do Evangelho do amor, «que


ilumina sem cessar um mundo às escuras e nos dá a coragem de viver e agir, e (...) deste modo,
fazer entrar a luz de Deus no mundo» (Bento XVI – Enc. Deus caritas est, 39 ). Na verdade, o
mundo é destinatário da missão de Jesus, na envolvência do Reino de Deus. Urge conhecer
essa envolvência e comprometer-se nela. Urge conhecer as raízes do mal que torna infelizes
as pessoas e estraga o mundo, como Jesus as conhece, e imitar a Sua solicitude, para as
erradicar.

Ler em grupo as revistas missionárias - O modo habitual de contactar, em grupo, com as


situações e os desafios do mundo e de conhecer os atos dos apóstolos de hoje, são as
revistas missionárias.

Já S. Paulo gostava de manter as comunidades informadas sobre como decorria o seu


trabalho e o dos seus companheiros na «corrida do Evangelho»: os êxitos e as resistências
dos judeus e dos pagãos, as crises e os sofrimentos da missão. O motivo da abundante
comunicação era claro: «Quero que saibais...» (Fil 1,12-14; 2Cor 1, 7-11); «Não queremos
deixar-vos no desconhecimento do perigo que corremos...» (Col 4, 7-9).

Assim, as comunidades ficavam mais firmes na fé e mais fortes no empenho missionário, na


comunhão entre si e com as comunidades onde se encontrava o Apóstolo. E despoletava-se um
processo muito lindo de cooperação, cujo ato primeiro era a oração comunitária (Ef 6, 19-20.21-22;
Col 4, 3-4). Arminda Gomes, coordenadora dos COM: «Nos COM – diz - tornamo-nos sensíveis
às situações do mundo e tomamos iniciativas para lhes respondermos».

3. COMPROMISSOS E ACTIVIDADES
Escreve o Papa Francisco: «Invoco o Espírito Santo: peço-lhe que venha renovar, sacudir,
impelir a Igreja numa decidida saída para fora de si mesma, a fim de evangelizar...» (EG, 261).
Os COM querem-se deixar assim mobilizar pelo Espírito Santo.
A atividade principal, que constitui também o compromisso conscientemente assumido por
cada membro dos Cenáculos, é a oração missionária, através da participação assídua nos
encontros do COM.
Como já vimos, a oração gera outras ações no meio ambiente e alhures. Por isso, o COM
organiza ou participa também noutras iniciativas.
- fundar novos COM e acompanhá-los nos seus primeiros tempos de caminhada;
- evangelização no lugar de residência. O Cenáculo de Oração Missionária evangelizará
privilegiando outros espaços que não o templo, por exemplo: periodicamente, e depois de se
prepararem adequadamente, dedicar duas horas ao encontro pessoal de evangelização nas casas
e/ou nas ruas;
- criar e sustentar, nas escolas, nas famílias e nos grupos eclesiais, um clima vocacional de
abertura à missão, perto e longe; encorajar e apoiar vocações missionárias femininas e
masculinas, seja para a vida toda, por tempos mais breves;
- colaborar com os missionários e missionárias em ações de animação missionária;
- organizar vigílias missionárias;
- colaborar no Mês Missionário (Outubro);
- escrever aos missionários;
- fazer oração missionária com doentes e idosos;
- manter uma presença amiga junto dos que perderam a fé e dos não cristãos, como
testemunhas e anunciadores de Jesus;
- difundir a imprensa missionária;
- introduzir a oração missionária nas famílias; colocar intenções missionárias na missa
paroquial; colaborar nas celebrações ecuménicas;
- participar em iniciativas nacionais ou locais pela justiça, paz, dignificação e defesa dos oprimidos
ou empobrecidos e do ambiente.
Crescer no Amor
Seguir Jesus em Família

ENCONTROS MENSAIS DE ORAÇÃO


I

AMOR É... PACIÊNCIA

1- Acolhimento

Preparar a sala do encontro com velas, o globo e a Bíblia e acolher os elementos do


grupo à medida que chegam.

2 – Introdução

Anim. – Irmãs e irmãos, reunimo-nos aqui, em comunhão com todos os Cenáculos


Missionários. A nossa comum vocação e missão é: Manter o nosso olhar na
Misericórdia do Coração de Jesus Bom Pastor e invocar, juntos e sem cessar, o dom do
Espírito Santo para o povo de Deus, para as religiões e para o mundo; oferecer ao Pai,
por Cristo, a nossa vida e viver ao serviço da comunhão. Hoje, pedimos para que todas
as famílias sejam pacientes e sejam Santuário onde se possa gerar Amor e Vida.

2.1 - Canto

2.2 - Saudação

Anim.– Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Todos – Ámen!

Anim.- A graça e a paz de Deus, nosso Pai, pelo Coração aberto de Cristo, fonte do
Espírito Santo, estejam convosco.

Todos - Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

3- Invocação do Espírito sobre o Cenáculo (Podem cantá-la ou usar oração do Anexo 2-A)

Anim.- Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!


Anim.- Abri os nossos ouvidos, iluminai a nossa inteligência e uni-nos num só coração e
numa só alma.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!


Anim.- Dai-nos o olhar e o sentir de Cristo, Bom Pastor, por cada pessoa e pelo mundo.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!


Anim.- Mostrai-nos a Vossa vontade e dai-nos a força para a cumprir com prontidão e
generosidade.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!

3.1 - Oração inicial

Ó Pai, Tu que és Amor e Misericórdia, que tens compaixão de todos, pois tudo podes,
julgas com bondade e nos governas com grande indulgência, faz-nos viver segundo a
Tua vontade o amor verdadeiro nas famílias, onde a paciência, qualidade do Deus da
Aliança, reforce os laços familiares permitindo um sentido de profunda compaixão de
um pelo outro, que leva a aceitar o outro como parte deste mundo. Por Cristo N. S.

Todos - Ámen.

4 – Da Exortação Apostólica “A Alegria do Amor”


91. A primeira palavra usada (por S. Paulo, no Hino do Amor) é «macrothymei»... O
sentido encontra-se no Antigo Testamento onde se diz que Deus é «lento para a ira»
(Nm 14,18; cf. Ex 34,6).Uma pessoa mostra-se paciente quando não se deixa levar
pelos impulsos interiores e evita agredir. A paciência é uma qualidade de Deus da
Aliança que convida a imitá-l’O também na vida familiar. Os textos onde Paulo usa este
termo devem ser lidos à luz do Livro da Sabedoria (cf. 11,23; 12,2.15-18), ao mesmo
tempo que se louva a moderação de Deus para dar tempo ao arrependimento, insiste-
se no seu poder que se manifesta quando atua com misericórdia. A paciência de Deus
é exercício da misericórdia de Deus para com o pecador e manifesta o verdadeiro
poder.

92. Ter paciência não é deixar que nos maltratem permanentemente, nem tolerar
agressões físicas, ou permitir que nos tratem como objetos. O problema surge quando
exigimos que as relações sejam idílicas, ou que as pessoas sejam perfeitas, ou quando
nos colocamos no centro à espera que se cumpra unicamente a nossa vontade. Então
tudo nos impacienta, tudo nos leva a reagir com agressividade. Se não cultivarmos a
paciência, encontraremos sempre desculpas para responder com ira, acabando por
nos tornar pessoas que não sabem conviver, antissociais incapazes de dominar os
impulsos, e a família tornar-se-á um campo de batalha. Por isso a Palavra de Deus
exorta-nos: «toda a espécie de azedume, raiva, ira, gritaria e injúria se retire de vós,
juntamente com toda a maldade.» (Ef 4,31) Esta paciência reforça-se quando
reconheço que o outro, assim como é, também tem direito a viver comigo nesta terra.
Não importa se é um estorvo para mim, se altera os meus planos, se me molesta com
o seu modo de ser ou com as suas ideias, se não é em tudo como eu esperava. O amor
possui sempre um sentido de profunda compaixão, que leva a aceitar o outro como
parte deste mundo, mesmo quando age de modo diferente daquilo que eu desejaria.

4.1 - Silêncio

4.2 - Ressonância da Exortação

4.3 - Pistas para o diálogo:


- Como vivemos o nosso amor conjugal? Temos consciência que o relacionamento do
casal pode, por vezes, levá-los à agressividade, a atitudes como a ira?

- Qual a atitude a tomar? - - Temos consciência de que com paciência podemos fazer
desaparecer o azedume, ira, gritaria e injúria, reconhecendo o outro como é,
tornando-nos compassivos e bondosos?

5 - Leitura Bíblica – Efésios 4, 31

5.1 - Silêncio

5.2 - Ressonância da Palavra

5.3 - Pistas para o diálogo:

- Na relação interpessoal entre marido e esposa, poderás pôr em prática alguma


recomendação feita neste texto?

- Em família e com o teu próximo procuras viver segundo estes procedimentos?

5.4 - Comentário:

Devemos colocar-nos no contexto do “princípio” bíblico, no qual a verdade revelada


sobre o homem como “imagem e semelhança de Deus” constitui a base de toda a
antropologia cristã. “Deus criou o homem à Sua imagem; à imagem de Deus o criou,
homem e mulher os criou” (Gen 1,27) Esta imagem e semelhança com Deus é essencial
para o homem: o homem e a mulher transmitem-na como esposos e pais, aos seus
descendentes: “Sede fecundos e multiplicai-vos, povoai a terra; submetei-a” (Gen1,28)
Noutra descrição da criação do homem – homem e mulher, (Gen 2,18-25) fala da
instituição por parte de Deus, do matrimónio no contexto da criação do homem e
mulher como condição indispensável para a transmissão de vida às novas gerações dos
homens, à qual o matrimónio e o amor conjugal são, por sua natureza, ordenados:
sede fecundos e multiplicai-vos, povoai a terra.

Também na Carta aos Efésios o apóstolo Paulo desenvolve a imagem do Esposo-Esposa


Ef 5, 21. O amor verdadeiro é caracterizado por São Paulo, no chamado hino à
caridade (1Cor 13,4-7) No matrimónio e relação entre os esposos, também na relação
com o próximo, (Ef 4, 25-31) o apóstolo Paulo instrui as suas Comunidades para que
cada um diga a verdade, pois somos membros uns dos outros. Que seja o Espírito
Santo a conduzir as famílias com humildade, bondade, amor e paciência para que
perdoemos uns aos outros, como Deus nos perdoou em Cristo.

6- Preces:

-Com o coração cheio de gratidão rezemos a Deus nosso Pai, dizendo:

Senhor ensinai-nos a ser verdadeiros uns para com os outros.


- Para que o Espírito Santo ajude os casais a terem paciência no cumprimento da sua
missão, oremos:

- Dai Senhor aos vossos fiéis, espírito de oração para que em todas as circunstâncias
possamos dar graças e louvar, oremos:

- Para que cada um se dispa da mentira e diga sempre a verdade ao seu próximo pois
somos membros uns dos outros, oremos:

- Senhor que nos criastes à vossa imagem e semelhança, ensinai-nos a olhar sempre
para os outros com o vosso amor fazendo desaparecer toda a maldade e tornando-nos
bondosos e compassivos, oremos:

Outras orações espontâneas…

6.1 - Pai Nosso...

7 - Oração pelo mundo (Podem ver também algum dos formulários em Anexo 2- B)

(Nota: Este n. 7 poderá ser deixado, se as intenções, nas Preces, forem globais).

Anim.- Senhor, Vós sois grande e misericordioso, digno de louvor em tudo o que
fazeis.

Todos - Digno de louvor e de glória para sempre e em todos os povos!

Anim.- Do Coração aberto do Vosso Filho Jesus, enviastes o Espírito Santo, que renova
os corações e o mundo!

Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra!

Anim.- Ele é o Espírito de Amor, que nos reúne como família de Jesus e faz de nós um
só coração e uma só alma, no testemunho e no serviço do Evangelho!

Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra!

Anim.- Pedimos o Vosso Espírito para os que Vos reconhecem como Pai e a Cristo
como Senhor e também para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos
amam!

Todos - Sim, ó Pai, em nome de Jesus, mandai o Vosso Espírito e renovai a Terra. Só
Vós sois Santo! Só Vós sois o Senhor! Só Vós sois o Altíssimo, louvado e adorado em
toda a Terra, com o Vosso Filho, no Espírito Santo. Ámen!

8 - Entrega do Cenáculo
Anim.- Reunidos com Maria, para implorar o dom do Espírito Santo para a Igreja e para
o mundo, entreguemo-nos a Jesus e confiemos-lhe os Cenáculos.

Todos - Senhor Jesus, pelas mãos de Maria, Mãe e Educadora dos Apóstolos, junto
com as missionárias e os missionários santos, nós Vos confiamos os Cenáculos de
Oração Missionária.

Anim.- Fazei deles fogueiras do Vosso Espírito, no seio da Igreja. Palpite neles o amor
filial e apostólico do Vosso Coração de Bom Pastor.

Todos- Inflamai-nos a todos com as labaredas do Espírito, que jorra do Vosso


Coração aberto, crucificado e ressuscitado, presente na Eucaristia. Fazei que, juntos,
comuniquemos amor, fé e esperança, à nossa volta e até aos confins do mundo.

Anim.- Uni-nos a Vós e dai-nos o Espírito, que faça de nós uma oferenda permanente
ao Pai.

Todos - Fazei-nos crescer convosco, na obediência ao Pai. Dai-nos um coração


semelhante ao Vosso. Fazei de nós pessoas disponíveis para todo o serviço a Vós e
aos irmãos, particularmente aos mais carenciados de amor, de esperança e de
evangelização.

9- Leitura da Ata anterior, ofertório e avisos

10- Compromissos

Revisão do compromisso anterior - Cada um narra como o realizou

Sugestão do novo compromisso -Evitar e rezar por todas as situações de azedume,


raiva, ira, gritaria, injúria e maldade nas situações familiares.

11- Oração conclusiva:

Cântico do Amor

Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos,


se não tiver amor, sou como um bronze que soa 
ou um címbalo que retine.
Ainda que eu tenha o dom da profecia
e conheça todos os mistérios e toda a ciência, 
ainda que eu tenha tão grande fé que transporte montanhas, 
se não tiver amor, nada sou.
Ainda que eu distribua todos os meus bens 
e entregue o meu corpo para ser queimado,
se não tiver amor, de nada me aproveita. 

O amor é paciente, /o amor é prestável,


não é invejoso,/não é arrogante nem orgulhoso,
nada faz de inconveniente, /não procura o seu próprio interesse,
não se irrita nem guarda ressentimento.
Não se alegra com a injustiça,/mas rejubila com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê,/tudo espera, tudo suporta.

O amor jamais passará.


Agora permanecem estas três coisas:
a fé, a esperança e o amor; /mas a maior de todas é o amor.

11.1 - Canto

12 - Bênção e despedida

Anim.- Por intercessão de Nossa Senhora, Rainha das Missões e Estrela da


Evangelização, abençoe-nos Deus todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo.

Todos - Amén.

Anim.- Vamos em paz e que o Senhor, com Maria, Sua Mãe, nos acompanhe.

Todos – Graças a Deus.


II
QUEM AMA PÕE-SE AO SERVIÇO

1- Acolhimento
Preparar a sala do encontro com velas, o globo e a Bíblia e, se possível, imagem da
Sagrada Família. Acolher os elementos do grupo à medida que chegam.

2 – Introdução

Anim. – Irmãs e irmãos, reunimo-nos aqui, em comunhão com todos os Cenáculos


Missionários. A nossa comum vocação e missão é: Manter o nosso olhar na
Misericórdia do Coração de Jesus Bom Pastor e invocar, juntos e sem cessar, o dom do
Espírito Santo para o povo de Deus, para as religiões e para o mundo; oferecer ao Pai,
por Cristo, a nossa vida e viver ao serviço da comunhão de uns com os outros.

2.1 - Canto

2.2 – Saudação

Anim. – Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.


Todos – Ámen!
Anim.- A graça e a paz de Deus, nosso Pai, pelo Coração aberto de Cristo, fonte do
Espírito Santo, estejam convosco.
Todos - Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo

3- Invocação do Espírito sobre o Cenáculo (Podem cantá-la ou usar oração do Anexo 2-A)

Anim.- Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!


Anim.- Abri os nossos ouvidos, iluminai a nossa inteligência e uni-nos num só coração e
numa só alma.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!


Anim.- Dai-nos o olhar e o sentir de Cristo, Bom Pastor, por cada pessoa e pelo mundo.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!

Anim.- Mostrai-nos a Vossa vontade e dai-nos a força para a cumprir com prontidão e
generosidade.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!


3.1 - Oração inicial
Oremos, irmãos,
Senhor Pai Santo, nós vos louvamos e bendizemos por nos reunirdes hoje aqui. Era
assim que, outrora, se reuniam os Apóstolos com Maria, no Cenáculo. Nós Vos
oferecemos esta nossa oração. Pelo vosso Filho Jesus, nosso Irmão e Bom Pastor
Trespassado, derramai o Espírito Santo sobre a Igreja e todos os cristãos. Assim o
vosso Nome seja santificado no mundo, e todos os homens e mulheres possam
conhecer-Vos e aceitar-Vos como Pai. Ámen.
Todos - Ámen

4 – Da Exortação Apostólica “A Alegria do Amor”

93. No Hino do Amor da 1Cor 13, 4, vem «a palavra Khrestéuetai (é serviçal) – a única
vez que aparece em toda a Bíblia –, que deriva de Khrestós (pessoa boa, que mostra a
sua bondade nas ações). Paulo pretende esclarecer que a «paciência», nomeada em
primeiro lugar, não é uma postura totalmente passiva, mas há-de ser acompanhada
por uma atividade, uma reação dinâmica e criativa perante os outros. Indica que o
amor beneficia e promove os outros. Por isso, traduz-se como «prestável».

94. No conjunto do texto, vê-se que Paulo quer insistir que o amor não é apenas um
sentimento, mas deve ser entendido no sentido que o verbo «amar» tem em hebraico:
«fazer o bem». Como dizia Santo Inácio de Loyola, «o amor deve ser colocado mais nas
obras do que nas palavras». Assim poderá mostrar toda a sua fecundidade,
permitindo-nos experimentar a felicidade de dar, a nobreza e grandeza de doar-se
superabundantemente, sem calcular nem reclamar pagamento, mas apenas pelo
prazer de dar e servir.

4.1 - Silêncio
4.2 - Ressonância da Exortação
4.3 - Pistas para o diálogo:
- Como consideras perante o texto uma pessoa boa? Como devemos proceder com os
outros no nosso amor para com eles, só com boas palavras, ou boas ações? O que
consideras boas ações?
- Para ti a felicidade é dar e servir os outros sem reclamar qualquer coisa em troca?
Comenta o que se tem passado contigo?

5 - Leitura Bíblica – João 13, 1 - 17


5.1 - Silêncio
5.2 - Ressonância da Palavra
5.3 - Pistas para o diálogo:
- O que significa para ti, a atitude de Jesus em lavar os pés aos seus discípulos?
Jesus veio ao Mundo para servir ou ser servido?
- Quando Jesus chegou junto de Simão Pedro, qual foi a resposta que este deu? E o
que disse Pedro? Para ti o que quer dizer a seguinte frase do evangelho: “Na verdade,
dei-vos exemplo para que, assim como Eu fiz, vós façais também” (Jo 13, 15).

5.4 - Comentário:
Jesus com o gesto que teve com os seus discípulos em lhes lavar os pés, quis dar o
exemplo, como devemos amar e servir os nossos irmãos, não só com palavras, mas
com o gesto das boas ações.
O discípulo de Jesus deve cultivar um amor que dá, que é altruísta, um amor que não
procura os seus interesses. Jesus amou sempre os seus discípulos mesmo sabendo que
um deles o trairia, outro o negaria e todos o abandonariam na cruz. O amor sempre
esteve presente nos seus relacionamentos, palavras e atitudes, suportando, tolerando,
e perdoando.

Antes de os deixar, Jesus expressou o seu amor de forma extraordinária e assim


revelou para todas as gerações de cristãos que o fundamento da vida e do serviço no
reino de Deus é o amor genuíno.
Porque o amor é ação, vamos agir em vez de esperar que outros ajam!
Porque o amor é humilde, vamos agir sem desejar aplausos!
Porque o amor é altruísta, vamos agir sem esperar recompensa!

6- Preces:

Cada um apresente as suas intenções, preces, louvores e/ou agradecimentos de modo


espontâneo.

6.1 - Pai Nosso...

7 - Oração pelo mundo (Podem ver também algum dos formulários em Anexo 2- B, C)

Anim.- Senhor, Vós sois grande e misericordioso, digno de louvor em tudo o que
fazeis.

Todos - Digno de louvor e de glória para sempre e em todos os povos!

Anim.- Do Coração aberto do Vosso Filho Jesus, enviastes o Espírito Santo, que renova
os corações e o mundo!

Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra!

Anim.- Ele é o Espírito de Amor, que nos reúne como família de Jesus e faz de nós um
só coração e uma só alma, no testemunho e no serviço do Evangelho!

Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra!


Anim.- Pedimos o Vosso Espírito para os que Vos reconhecem como Pai e a Cristo
como Senhor e também para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos
amam!

Todos - Sim, ó Pai, em nome de Jesus, mandai o Vosso Espírito e renovai a Terra. Só
Vós sois Santo! Só Vós sois o Senhor! Só Vós sois o Altíssimo, louvado e adorado em
toda a Terra, com o Vosso Filho, no Espírito Santo. Ámen!

8 - Entrega do Cenáculo

Anim.- Reunidos com Maria, para implorar o dom do Espírito Santo para a Igreja e para
o mundo, entreguemo-nos a Jesus e confiemos-lhe os Cenáculos.
Todos - Senhor Jesus, pelas mãos de Maria, Mãe e Educadora dos Apóstolos, junto
com as missionárias e os missionários santos, nós Vos confiamos os Cenáculos de
Oração Missionária.
Anim.- Uni-nos a Vós e dai-nos o Espírito, que faça de nós uma oferenda permanente
ao Pai.
Todos - Fazei-nos crescer convosco, na obediência ao Pai. Dai-nos um coração
semelhante ao Vosso. Fazei de nós pessoas disponíveis para todo o serviço a Vós e
aos irmãos, particularmente aos mais carenciados de amor, de esperança e de
evangelização.

9- Leitura da Ata anterior, ofertório e avisos


 
10- Compromissos
Revisão do compromisso anterior - Cada um narra como o realizou
Sugestão do novo compromisso – Ao longo deste mês, em família, ter
espontaneamente gestos de serviço.

11- Oração conclusiva:

Senhor, ajudai-nos a colocar as nossas capacidades ao serviço da nossa família com


ânimo, responsabilidade e serenidade. Que sejamos sempre generosos em servir.
Todos - Ámen.

11.1 - Canto

12 - Bênção e despedida
Anim.- Por intercessão de Nossa Senhora, Rainha das Missões e Estrela da
Evangelização, abençoe-nos Deus todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo.
Todos - Amén.
Anim.- Vamos em paz e que o Senhor, com Maria, Sua Mãe, nos acompanhe.
Todos – Graças a Deus.
III
QUEM AMA, VENCE A INVEJA

1. Acolhimento
Preparar a sala do encontro com velas, Bíblia e acolher os elementos do grupo à
medida que chegam.
2. Introdução

Anim. - Irmãs e irmãos, reunimo-nos aqui, em comunhão com todos os Cenáculos


Missionários. A nossa comum vocação e missão é: Manter o nosso olhar na
Misericórdia do Coração de Jesus Bom Pastor e invocar, juntos e sem cessar, o dom do
Espírito Santo para o povo de Deus, para as religiões e para o mundo; oferecer ao Pai,
por Cristo, a nossa vida e viver ao serviço da comunhão uns com os outros, procurando
vencer, com a ajuda do mesmo Espírito Santo, todas as formas de inveja que
enfraquecem o Corpo de Cristo, que é a Igreja.

2.1 Canto
2.2- Saudação
Anim. – Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Todos– Ámen!
Anim.- A graça e a paz de Deus, nosso Pai, pelo Coração aberto de Cristo, fonte do
Espírito Santo e origem do amor esponsal, estejam convosco.
Todos - Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

3 - Invocação do Espírito sobre o Cenáculo (Podem cantá-la ou usar oração do Anexo 2-A)
Anim.- Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!
Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!
Anim.- Abri os nossos ouvidos, iluminai a nossa inteligência e uni-nos num só coração e
numa só alma, membros da grande Família dos filhos de Deus.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!


Anim.- Dai-nos o olhar e o sentir de Cristo, Bom Pastor, por cada pessoa e pelo mundo.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!

Anim.- Mostrai-nos a Vossa vontade e dai-nos a força para a cumprir com prontidão e
generosidade.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!


3.1 - Oração inicial
A inveja é um mal que está presente na vida familiar, na vida social e na comunidade
cristã, inclusive entre os seus líderes. Peçamos a Deus Pai que sonde os nossos
corações e, se no nosso íntimo existe a inveja, supliquemos-lhe que nos leve a trilhar
o caminho da alegria e do gozo pela felicidade e pelo sucesso do nosso próximo. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho que é Deus convosco na unidade do Espírito
Santo. Ámen.

4 – Da Exortação Apostólica “A Alegria do Amor”

95. No Hino do Amor de 1Cor 13,4 rejeita-se, como contrária ao amor, uma atitude
expressa como zeloi (ciúme ou inveja). Significa que, no amor, não há lugar para sentir
desgosto pelo bem do outro (cf. At 7, 9; 17, 5). A inveja é uma tristeza pelo bem alheio,
demonstrando que não nos interessa a felicidade dos outros, porque estamos
concentrados exclusivamente no nosso bem-estar. Enquanto o amor nos faz sair de
nós mesmos, a inveja leva a centrar-nos em nós próprios. O verdadeiro amor aprecia
os sucessos alheios, não os sente como uma ameaça, libertando-se do sabor amargo
da inveja. Aceita que cada um tenha dons distintos e caminhos diferentes na vida; e,
consequentemente, procura descobrir o seu próprio caminho para ser feliz, deixando
que os outros encontrem o deles.

96. Em última análise, trata-se de cumprir o que pedem os dois últimos mandamentos
da Lei de Deus: «Não desejarás a casa do teu próximo. Não desejarás a mulher do teu
próximo, o seu servo, a sua serva, o seu boi, o seu burro, e tudo o que é do teu
próximo» (Ex 20, 17). O amor leva-nos a uma apreciação sincera de cada ser humano,
reconhecendo o seu direito à felicidade. Amo aquela pessoa, vejo-a com o olhar de
Deus Pai, que nos dá tudo «para nosso usufruto» (1Tim 6, 17), e consequentemente
aceito, no meu íntimo, que ela possa usufruir dum momento bom. Entretanto esta
mesma raiz do amor leva-me a rejeitar a injustiça de alguns terem muito e outros não
terem nada, ou induz-me a procurar que os próprios descartáveis da sociedade
possam viver um pouco de alegria. Mas isto não é inveja; são anseios de equidade.

4.1 - Silêncio
4.2 - Ressonância
4.3 - Pistas para o diálogo
- Que dizes de a inveja consistir em “sentir tristeza pelo bem alheio”, e manifestar
desinteresse pela “felicidade dos outros”?
- Já alguma vez experimentaste esses sentimentos? Se sim, que resultados obtiveste?
- Segundo o texto do Papa, em que medida a inveja é uma ameaça ao amor fraterno?
5 - Leitura Bíblica – Mt 20, 20-28
5.1 Silêncio
5.2 - Ressonância da Palavra
5.3 - Pistas para o diálogo
- Em que é que este evangelho reflete bem o nosso tema: “Quem, ama, vence a
inveja”?.
- Porque é que para Jesus o serviço gratuito é mais importante do que “fazer-se
grande” ou querer “ser o primeiro”?

5.4- Comentário

Na verdade, como nos diz o Papa Francisco na sua Exortação Apostólica “A Alegria do
Amor (n. 95), a inveja é a tristeza sentida diante do bem do outro. Mas não é uma
tristeza qualquer. De um modo geral, as nossas tristezas são causadas por um mal:
pode ser um acidente, um fracasso, uma doença, a perda de uma pessoa querida, etc.
A inveja, pelo contrário, é causada por um bem, um bem alheio, que nós consideramos
como um mal, simplesmente porque não o temos.

Quase todos os bens alheios podem ser motivo de inveja. Podemos ficar tristes pelo
que os outros são... Podemos ficar tristes pelo que os outros têm... Podemos ficar
tristes por verificar que os outros são mais queridos... E podemos ficar tristes por
causa da felicidade que os outros demonstram e que nós não experimentamos.

Se conseguíssemos eliminar do nosso coração a inveja, seríamos muito mais felizes, os


nossos olhos se abririam, e passaríamos a descobrir inúmeras riquezas da vida, do
mundo e dos outros que, agora, a inveja nos impede de perceber e desfrutar.

Santo Agostinho (353-430) disse o seguinte: “a inveja é o pecado diabólico por


excelência”. E referia-se a ela como “o caruncho da alma que tudo rói e reduz a pó”.
Também São João Crisóstomo (348-407) mostra bem o perigo da inveja para a vida
cristã: “Nós nos combatemos mutuamente e é a inveja que nos arma uns contra os
outros.”

No texto evangélico (Mt 20, 20-28), vemos que a ambição dos dois irmãos, “filhos de
Zebedeu”, e a explosão de inveja dos outros dez discípulos, deram a Jesus a
oportunidade para expor uma das lições mais belas do Evangelho: o espírito de
serviço. Por outras palavras, Jesus diz-lhes: “Não se comparem, para ver se um é mais
do que o outro; não se deixem arrastar pela inveja; pelo contrário, a verdadeira
ambição deve ser a de servir os outros. Só assim encontrarão a verdadeira felicidade”.
De facto, servir é caminhar no sentido contrário ao egocentrismo e à inveja; é esforçar-
se com generosidade em colaborar com o bem e a alegria dos outros. Já S. Paulo dizia
aos cristãos de Corinto: “O amor...não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso…”
(1Co 13, 4). Quem ama deseja o bem do outro e partilha da sua felicidade. É o que nos
diz o Santo Padre no número acima citado: “O verdadeiro amor aprecia os sucessos
alheios, não os sente como uma ameaça, libertando-se do sabor amargo da inveja”.
Leitura Complementar (à decisão do COM) – “Todos, Tudo e Sempre em Missão”, n. 1 (ver
aqui, em Anexo 1).

6. Preces
- Senhor Jesus, concede-nos a graça de sermos livres deste veneno que é a inveja. Vem
em auxílio das nossas fraquezas e fragilidades. Oremos.

- Senhor Jesus, entregamos-te de todo o coração os momentos em que


experimentamos o sentimento de inveja, quer em relação com os demais quer com os
bens materiais. Liberta-nos de todas as raízes da inveja. Oremos.

- Vem, Espírito Santo de Deus, dá-nos um coração puro e simples, que se alegra com
aquilo que somos e que temos. Abre os nossos olhos para as riquezas que possuímos.
Oremos.

- Deus Pai de bondade, não permitas que os teus filhos e filhas semeiem o veneno da
inveja no coração do mundo e da Igreja fomentando a intriga, a maledicência, a
rivalidade, o ódio entre os irmãos. Oremos.

Outras preces espontâneas…

6.1 - Pai Nosso

7 - Oração pelo mundo (Podem ver também algum dos formulários em Anexo 2- B, C)

Anim.- Senhor, Vós sois grande e misericordioso, digno de louvor em tudo o que
fazeis.

Todos - Digno de louvor e de glória para sempre e em todos os povos!

Anim.- Do Coração aberto do Vosso Filho Jesus, enviastes o Espírito Santo, que renova
os corações e o mundo!

Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra! (cantado)

Anim.- Ele é o Espírito de Amor, que nos reúne como família de Jesus e faz de nós um
só coração e uma só alma, no testemunho e no serviço do Evangelho!

Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra!

Anim.- Pedimos o Vosso Espírito para os que Vos reconhecem como Pai e a Cristo
como Senhor e também para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos
amam!

Todos - Sim, ó Pai, em nome de Jesus, mandai o Vosso Espírito e renovai a Terra. Só
Vós sois Santo! Só Vós sois o Senhor! Só Vós sois o Altíssimo, louvado e adorado em
toda a Terra, com o Vosso Filho, no Espírito Santo. Ámen!

8 - Entrega do Cenáculo
Anim.- Reunidos com Maria, para implorar o dom do Espírito Santo para a Igreja e para
o mundo, entreguemo-nos a Jesus e confiemos-lhe os Cenáculos.

Todos - Senhor Jesus, pelas mãos de Maria, Mãe e Educadora dos Apóstolos, junto
com as missionárias e os missionários santos, nós Vos confiamos os Cenáculos de
Oração Missionária.

Anim.- Fazei deles fogueiras do Vosso Espírito, no seio da Igreja. Palpite neles o amor
filial e apostólico do Vosso Coração de Bom Pastor.

Todos- Inflamai-nos a todos com as labaredas do Espírito, que jorra do Vosso


Coração aberto, crucificado e ressuscitado, presente na Eucaristia. Fazei que, juntos,
comuniquemos amor, fé e esperança, à nossa volta e até aos confins do mundo.

Anim.- Uni-nos a Vós e dai-nos o Espírito, que faça de nós uma oferenda permanente
ao Pai.

Todos - Fazei-nos crescer convosco, na obediência ao Pai. Dai-nos um coração


semelhante ao Vosso. Fazei de nós pessoas disponíveis para todo o serviço a Vós e
aos irmãos, particularmente aos mais carenciados de amor, de esperança e de
evangelização.

9 - Leitura da Ata anterior, ofertório e avisos

10 - Compromissos

Revisão do compromisso anterior - Cada um narra como o realizou

Sugestão do novo compromisso:

Durante este mês, procuremos agradecer a Deus pelas coisas boas que Ele nos tem dado a nós
e aos outros.

11- Oração conclusiva


Senhor Jesus, dá-nos um amor grande e sincero, um amor que não se feche em si mesmo mas
que vá ao encontro dos outros, e saiba apreciar cada ser humano, reconhecendo o seu direito
à felicidade. Tu que és Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
Todos - Ámen.

11.1 – Canto (ver também Anexo 3 – Cânticos)

12 - Bênção e despedida
Anim.- Por intercessão de Nossa Senhora, Estrela da Evangelização, abençoe-nos Deus
todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo.

Todos - Ámen.

Anim.- Vamos em paz e que o Senhor, com Maria, Sua Mãe, nos acompanhe.

Todos – Graças a Deus.


IV

QUEM AMA, DOMINA A ARROGÂNCIA E O ORGULHO

1- Acolhimento

Preparar a sala do encontro com velas, o globo e a Bíblia e acolher os elementos do


grupo à medida que chegam.

2 – Introdução

Anim. – Irmãs e irmãos, reunimo-nos aqui, em comunhão com todos os Cenáculos


Missionários. A nossa comum vocação e missão é: Manter o nosso olhar na
Misericórdia do Coração de Jesus Bom Pastor e invocar, juntos e sem cessar, o dom do
Espírito Santo para o povo de Deus, para as religiões e para o mundo; oferecer ao Pai,
por Cristo, a nossa vida e viver ao serviço da comunhão. Assim, as várias formas de
arrogância e orgulho serão vencidas pelo espírito de fraternidade, sinal dos
verdadeiros discípulos de Jesus Cristo.

2.1 - Canto

2.2 - Saudação

Anim. – Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Todos – Ámen!

Anim.- A graça e a paz de Deus, nosso Pai, pelo Coração aberto de Cristo, fonte do
Espírito Santo, estejam convosco.

Todos - Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo

3- Invocação do Espírito sobre o Cenáculo (Podem cantá-la ou usar oração do Anexo 2-A)

Anim.- Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!


Anim.- Abri os nossos ouvidos, iluminai a nossa inteligência e uni-nos num só coração e
numa só alma.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!


Anim.- Dai-nos o olhar e o sentir de Cristo, Bom Pastor, por cada pessoa e pelo mundo.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!


Anim.- Mostrai-nos a Vossa vontade e dai-nos a força para a cumprir com prontidão e
generosidade.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!

3.1 - Oração inicial

Deus, Pai de toda a bondade e misericórdia, que quereis que todos os vossos filhos e
filhas vivam em verdadeira harmonia, purificai, Vos pedimos os nossos corações dos
maus sentimentos de orgulho e arrogância, para que as nossas famílias experimentem
a alegria de serem autênticas ‘igrejas domésticas’. Por Nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Todos - Ámen.

4 – Da Exortação Apostólica “A Alegria do Amor”


97. O Papa Francisco, ao apresentar como uma família vive, animada pelo amor (1Cor
13, 4), indica também algumas atitudes negativas, que é preciso evitar. Hoje, mostra
que o amor não é ‘gabarolas’. «O termo perpereuetai (usado por S. Paulo) indica
vanglória, desejo de se mostrar superior para impressionar os outros com atitude
pedante e um pouco agressiva. Quem ama não só evita falar muito de si mesmo, mas,
porque está centrado nos outros, sabe manter-se no seu lugar sem pretender estar no
centro. A palavra seguinte – physioutai – é muito semelhante, indicando que o amor
não é arrogante. Literalmente afirma que não se «engrandece» diante dos outros; mas
indica algo de mais subtil. Não se trata apenas duma obsessão por mostrar as próprias
qualidades; é pior: perde-se o sentido da realidade, a pessoa considera-se maior do
que é, porque se crê mais «espiritual» ou «sábia». Paulo usa este verbo noutras
ocasiões, para dizer, por exemplo, que «a ciência incha», ao passo que «a caridade
edifica» (1Cor 8, 1). ... O que nos faz grandes é o amor que compreende, cuida, integra,
está atento aos fracos.

98. É importante que os cristãos vivam isto no seu modo de tratar os familiares pouco
formados na fé, frágeis ou menos firmes nas suas convicções. Às vezes, dá-se o
contrário: as pessoas que, no seio da família, se consideram mais desenvolvidas,
tornam-se arrogantes insuportáveis. ... Para poder compreender, desculpar ou servir
os outros de coração, é indispensável curar o orgulho e cultivar a humildade. Jesus
lembrava aos seus discípulos que, no mundo do poder, cada um procura dominar o
outro, e acrescentava: «não seja assim entre vós» (Mt 20, 26). A lógica do amor cristão
não é a de quem se considera superior aos outros e precisa de fazer-lhes sentir o seu
poder, mas a de «quem no meio de vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo» (Mt
20, 27). Vale também para a família o seguinte conselho: «Revesti-vos todos de
humildade no trato uns com os outros, porque Deus opõe-se aos soberbos, mas dá a
sua graça aos humildes» (1Ped 5, 5).

4.1 - Silêncio
4.2 - Ressonância da Exortação

4.3 - Pistas para o diálogo:

- Podes identificar sinais de arrogância e orgulho no nosso mundo de hoje? Na Igreja?


Nas famílias e em nós mesmos?

- Como se poderiam combater e eliminar estas atitudes?

5 - Leitura Bíblica – Lucas 18, 9-14

5.1 - Silêncio

5.2 - Ressonância da Palavra


5.3 - Pistas para o diálogo

- Na sua oração, em que é que o fariseu peca? Porque é que a sua oração não foi
aceite por Deus?

- O que é que achas que o publicano tem de bom? Porque é que ele foi atendido na
sua oração?

5.4 - Comentário:

Na nossa vida diária, palavras, gestos e ações têm muita importância nas nossas
relações com os outros em geral, e com os membros da família em particular. Elas
contudo são consequência e expressão de uma ‘atitude’ que parte do fundo do ser de
cada um de nós – do coração. E é a atitude que vem do interior, do coração que motiva
o nosso agir, tanto a nível de palavras como de atos. Muitas vezes não temos bem
consciência disso.
Com o orgulho e a arrogância é o mesmo: a sua origem está no interior, no coração ‘de
pedra’, no nosso ‘ego’ dilatado, egoísta e ‘não batizado nem Cristificado’. As ações
concretas no dia-a-dia podem até ser iguais, ou pelo menos parecidas, entre o humilde
e o orgulhoso, mas a atitude com que elas são feitas é que é bem diferente.
É o caso do evangelho de hoje entre o fariseu e o publicano. Os dois foram ao
Templo… os dois foram rezar… mas a atitude com que o fizeram é que os diferencia… e
as palavras usadas manifestam esta diferença que existe entre os dois.
Ninguém gosta de ser chamado orgulhoso… ninguém gosta de ser chamado
arrogante… no entanto isto é uma realidade comum à maior parte dos seres humanos,
embora em graus diferentes. É mais fácil reconhecer este pecado diante de Deus do
que diante dos nossos irmãos e irmãs; é um pouco como o que acontece na Eucaristia,
quando rezamos a confissão: reconhecemos diante de Deus que pecámos por
‘pensamentos, palavras, atos e omissões’, mas se alguém nos aponta algum desses
pecados a nossa tendência é defendermo-nos. É a nossa humanidade, ou pelo menos
aquela parte ainda não batizada nem convertida que vem à flor da pele.
A conversão a Jesus Cristo inicia-se no nosso interior, no coração, na nossa atitude
global de vida. No encontro autêntico com Cristo, na oração verdadeira, o orgulhoso
vai-se transformando (aos poucos!) em humilde, e o arrogante em pessoa que se põe
ao serviço aos outros, seguindo o exemplo de Cristo que veio “para servir e não para
ser servido”. O orgulho está bem entranhado dentro de nós, e precisa sempre de ser
enfrentado com a humildade, com uma vontade firme de viver para servir a Cristo e
aos outros. Temos sempre de estar vigilantes para colocar Cristo no centro e evitar a
inclinação de nos colocarmos a nós mesmos; evitar toda a tentação de
autorreferencialidade em que caiu o fariseu, e adotar uma atitude e comportamento
de humildade como o publicano.

Leitura Complementar (à decisão do COM) – “Todos, Tudo e Sempre em Missão”, n. 2 (ver


aqui, em Anexo 1).

6- Preces: (Podem ver também algum dos formulários em Anexo 2- B, C)

Elevemos ao Senhor as nossas preces com confiança, fé e humildade, dizendo: ouvi-


nos Senhor

- Dá-nos, Senhor, a graça de uma conversão contínua de coração para que as nossas
palavras e ações sejam para amar e servir os outros. Oremos

- Te pedimos Senhor por todas as famílias para que se tornem verdadeiros lares de
amor, de misericórdia e de entreajuda. Oremos

- Pelas famílias em especial dificuldade para que encontrem em Cristo a verdadeira


força para a ultrapassar. Oremos

- Por toda a Igreja para que se torne sempre e cada vez mais testemunha de uma
comunidade onde reine a humildade e o espírito de serviço para com todos.

Outras orações espontâneas

6.1 - Pai Nosso...

7 - Oração pelo mundo (Podem ver também algum dos formulários em Anexo 2- B, C)

Anim.- Senhor, Vós sois grande e misericordioso, digno de louvor em tudo o que
fazeis.

Todos - Digno de louvor e de glória para sempre e em todos os povos!

Anim.- Do Coração aberto do Vosso Filho Jesus, enviastes o Espírito Santo, que renova
os corações e o mundo!

Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra!

Anim.- Ele é o Espírito de Amor, que nos reúne como família de Jesus e faz de nós um
só coração e uma só alma, no testemunho e no serviço do Evangelho!

Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra!


Anim.- Pedimos o Vosso Espírito para os que Vos reconhecem como Pai e a Cristo
como Senhor e também para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos
amam!

Todos - Sim, ó Pai, em nome de Jesus, mandai o Vosso Espírito e renovai a Terra. Só
Vós sois Santo! Só Vós sois o Senhor! Só Vós sois o Altíssimo, louvado e adorado em
toda a Terra, com o Vosso Filho, no Espírito Santo. Ámen!

8 - Entrega do Cenáculo

Anim.- Reunidos com Maria, para implorar o dom do Espírito Santo para a Igreja e para
o mundo, entreguemo-nos a Jesus e confiemos-lhe os Cenáculos.

Todos - Senhor Jesus, pelas mãos de Maria, Mãe e Educadora dos Apóstolos, junto
com as missionárias e os missionários santos, nós Vos confiamos os Cenáculos de
Oração Missionária.

Anim.- Fazei deles fogueiras do Vosso Espírito, no seio da Igreja. Palpite neles o amor
filial e apostólico do Vosso Coração de Bom Pastor.

Todos- Inflamai-nos a todos com as labaredas do Espírito, que jorra do Vosso


Coração aberto, crucificado e ressuscitado, presente na Eucaristia. Fazei que, juntos,
comuniquemos amor, fé e esperança, à nossa volta e até aos confins do mundo.

Anim.- Uni-nos a Vós e dai-nos o Espírito, que faça de nós uma oferenda permanente
ao Pai.

Todos - Fazei-nos crescer convosco, na obediência ao Pai. Dai-nos um coração


semelhante ao Vosso. Fazei de nós pessoas disponíveis para todo o serviço a Vós e
aos irmãos, particularmente aos mais carenciados de amor, de esperança e de
evangelização.

9- Leitura da Ata anterior, ofertório e avisos

10- Compromissos

Revisão do compromisso anterior - Cada um narra como o realizou

Sugestão do novo compromisso – Neste mês, procurarei falar menos de mim mesmo,
centrando a minha conversa nas qualidades e dons daqueles que vivem ao meu lado e
concretamente referindo o que me alegra ver neles ou nelas.

11- Oração conclusiva:


Deus, Pai de misericórdia e bondade, concedei-nos a graça de uma contínua
purificação para que a nossa vida concreta seja um espelho de Cristo, que é manso e
humilde de coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo que é Deus convosco na unidade
do Espírito Santo. Ámen.

11.1 - Canto

12 - Bênção e despedida

Anim.- Por intercessão de Nossa Senhora, Rainha das Missões e Estrela da


Evangelização, abençoe-nos Deus todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo.

Todos - Amén.

Anim.- Vamos em paz e que o Senhor, com Maria, Sua Mãe, nos acompanhe.

Todos – Graças a Deus.


V
NO BÁSICO DA CONVIVÊNCIA: SER AMÁVEIS

1- Acolhimento

Preparar a sala do encontro com velas, o globo e a Bíblia e acolher os elementos do


grupo à medida que chegam.

2 – Saudação e Introdução

Animador/a – Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Todos – Ámen!

Animador(a) – Sede bem-vindas, queridas irmãs e irmãos.


Todos - Louvamos, bendizemos e damos graças ao Coração de Jesus Bom Pastor, por
nos reunir hoje como seu Cenáculo de Oração Missionária.

Animador (a) - Como o Cenáculo de Jerusalém, também o nosso é uma pequena


comunidade apostólica. Unidos num só coração e numa só alma à volta de Maria, Mãe
da Igreja em atitude de saída, queremos viver a nossa vocação missionária na oração
pelos missionários, pelo mundo e pelas famílias, no anúncio do evangelho à nossa
volta e no serviço fraterno.
Todos - Bendito seja o Coração do Bom Pastor, que nos chama, no Cenáculo, a
sermos cada vez mais empenhadamente discípulas e discípulos missionários.

Animador (a) – A Carta de São Paulo ao Coríntios tem-nos ajudado a conhecer e a


apreciar melhor a beleza do projeto de Deus para as famílias. No Cenáculo, podemos
aprender e pôr logo em prática atitudes, palavras e gestos que tornam o nosso
relacionamento mais suave e agradável. Hoje, vamos conhecer melhor a virtude da
amabilidade. Ao voltar para casa, enchê-la-emos do seu suave perfume.
Todos - Deus é Amor. Quem vive do Amor, não age rudemente, não atua de forma
inconveniente, não se mostra duro no trato. Antes, é amável nas suas atitudes e
palavras.

3- Invocação do Espírito sobre o Cenáculo (Podem cantá-la ou usar oração do Anexo 2-A)

Anim.- Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!


Anim.- Abri os nossos ouvidos, iluminai a nossa inteligência, purificai os nossos
sentidos e uni-nos num só coração e numa só alma.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!


Anim.- Mostrai-nos o que quereis de nós, discípulos missionários de Jesus neste
Cenáculo e dai-nos a força para o realizarmos com prontidão e generosidade.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e fortalecei o coração dos vossos fiéis!


Anim.- Dai a cada um de nós o olhar amável e o sentir compreensivo de Jesus, os
gestos generosos e pacientes e a linguagem estimulante do Bom Pastor.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e renovai o coração dos vossos fiéis!

3.1 - Oração inicial


Animador (a) - Oremos
Ó Pai de Jesus e nosso Pai, reunimo-nos aqui para conhecer e acolher o vosso plano de
transformação das famílias pelo amor verdadeiro. Em Seu nome, enviai-nos o Espírito
Santo, o vosso amor trinitário, que circule entre nós e nos encha do perfume da Vossa
suave amabilidade. Nós Vo-lo pedimos em Nome de Jesus, Vosso Filho e nosso Irmão
infinitamente amável.
Todos - Bendito seja Deus, que, pelo Espírito Santo nos torna capazes de dizer
palavras de incentivo, que reconfortam, fortalecem, consolam, estimulam. Ámen.

4 – Da Exortação Apostólica “A Alegria do Amor”


99. Amar é também tornar-se amável. Isto é, o amor não age rudemente, não atua de
forma inconveniente, não se mostra duro no trato. Os seus modos, as suas palavras, os
seus gestos são agradáveis; não são ásperos, nem rígidos. Detesta fazer sofrer os
outros. A cortesia «é uma escola de sensibilidade e altruísmo», que exige que a pessoa
«cultive a sua mente e os seus sentidos, aprenda a ouvir, a falar e, em certos
momentos, a calar». Ser amável (...) faz parte das exigências irrenunciáveis do amor,
por isso «todo o ser humano está obrigado a ser afável com aqueles que o rodeiam».
Diariamente «entrar na vida do outro, mesmo quando faz parte da nossa existência,
exige a delicadeza duma atitude não invasiva, que renova a confiança e o respeito. (...)
E quanto mais íntimo e profundo for o amor, tanto mais exigirá o respeito pela
liberdade e a capacidade de esperar que o outro abra a porta do seu coração».

100. A fim de se predispor para um verdadeiro encontro com o outro, requer-se um


olhar amável pousado nele. Isto não é possível quando reina um pessimismo que põe
em evidência os defeitos e erros alheios. Um olhar amável faz com que nos
detenhamos menos nos limites do outro, podendo assim tolerá-lo e unirmo-nos num
projeto comum, apesar de sermos diferentes. O amor amável gera vínculos, cultiva
laços, cria novas redes de integração (...). A pessoa que ama é capaz de dizer palavras
de incentivo, que reconfortam, fortalecem, consolam, estimulam. Jesus dizia às
pessoas: «Filho, tem confiança!» (Mt 9, 2). «Grande é a tua fé!» (Mt 15, 28). «Levanta-
te!» (Mc 5, 41). «Vai em paz» (Lc 7, 50). «Não temais!» (Mt 14, 27). Na família, é
preciso aprender esta linguagem amável de Jesus.

4.1 - Silêncio e reflexão – Cada um relê em silêncio, procurando entender e ver na sua
vida e na sua família.

Partilha sobre a palavra do Papa - Em duas ou três rodadas, cada um lê, agora em voz
alta, uma ou outra frase mais significativa. Sem comentários.
4.2 – Cântico:

Amar como Jesus amou (P. Zezinho) - Ver em Anexo 3 - Cânticos

4.3 – Leitura bíblica – Memória da Palavra de Deus


Animador – Procuremos agora, entre nós, recordar e contar alguma história ou palavra
ou gesto de Jesus ou do Novo Testamento, que ajude a ver como Jesus, os Apóstolos,
os cristãos das comunidades da Bíblia procuravam viver a amabilidade.
Temos um momento de silêncio, para recordarmos. Depois, cada um dirá o que
recorda (Todos procuram, em silêncio. Depois, guiados pelo Animador):
 Cada um diz. Os outros escutam.
 A seguir, comentam, em diálogo, as diversas citações da Palavra recordadas.
No entanto (e só se ninguém tiver dito nada...), podem ler, por exemplo: Jo 21, 15-19.
4.4 – Comentário
Animador - Jesus não se vinga de Pedro pelo mal que este Lhe fez com a traição.
Antes, ajuda-o com amabilidade, a sentir tristeza pelo mal que fez, perdoa-lhe, confia
nele e entrega-lhe a responsabilidade de guiar e animar a Sua Igreja. Realmente, Jesus
não se deixou vencer pelo mal, mas venceu o mal com o bem. No Seu comportamento,
Jesus mostra-nos o feitio de Deus e como nós havemos de fazer também.
É isso que o Santo Padre Francisco sublinha, na Exortação Apostólica ‘Alegrai-vos e
Exultai’. Ouçamos.

Leitor 1 - N. 113: São Paulo convidava os cristãos de Roma a não pagarem a ninguém o
mal com o mal (Rom 12, 17), a não fazer justiça por conta própria (ver 12, 19.21). Esta
atitude não é sinal de fraqueza, mas da verdadeira força, porque o próprio Deus «é
paciente e grande em poder» (Naum 1, 3). Assim nos adverte a Palavra de Deus: «toda
a espécie de azedume, raiva, ira, gritaria e injúria desapareça de vós, juntamente com
toda a maldade» (Ef 4, 31).
Todos – Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem.

Leitor 2 - N. 114. É preciso lutar e estar atentos às nossas inclinações agressivas e


egocêntricas, para não deixar que ganhem raízes: «se vos irardes, não pequeis; que o
sol não se ponha sobre o vosso ressentimento» (Ef 4, 26). Quando há circunstâncias
que nos acabrunham, sempre podemos recorrer à âncora da súplica, que nos leva a
ficar de novo nas mãos de Deus e junto da fonte da paz (cf. Flp 4, 6-7).
Todos – Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem.

4.5 - Ressonância da Palavra (silêncio)


4.6 Diálogo
- Quais as atitudes ou linguagens que exprimem amabilidade?
- A que ‘coisa’ nos aconselha o Papa a «recorrer», se, apesar dos nossos esforços, as
coisas em nós e à nossa volta se complicam e a mansidão não resolve ou se torna
difícil?

Leitura Complementar (à decisão do COM) – “Todos, Tudo e Sempre em Missão”, n. 3 (ver


aqui, em Anexo 1).

5- Preces:
Animador - A partir das leituras, dos nossos comentários e experiências, cada um/a
faça livremente uma ou mais invocações pela Igreja e as Missões, pelo mundo, por si
mesmo/a e sua família, etc.
A cada prece, pedimos, todos juntos:
Todos - Jesus, manso e humilde, misericordioso e forte de Coração, fazei o nosso
coração semelhante ao Vosso.

5.1 - Pai Nosso...

7 - Oração pelo mundo (Podem ver também algum dos formulários em Anexo 2- B, C)

Anim.- Senhor, Vós sois grande e misericordioso, digno de louvor em tudo o que
fazeis.

Todos - Digno de louvor e de glória para sempre e em todos os povos!

Anim.- Do Coração aberto do Vosso Filho Jesus, enviastes o Espírito Santo, que renova
os corações e o mundo!

Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra!

Anim.- Ele é o Espírito de Amor, que nos reúne como família de Jesus e faz de nós um
só coração e uma só alma, no testemunho e no serviço do Evangelho!

Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra!

Anim.- Pedimos o Vosso Espírito para os que Vos reconhecem como Pai e a Cristo
como Senhor e também para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos
amam!

Todos - Sim, ó Pai, em nome de Jesus, mandai o Vosso Espírito e renovai a Terra. Só
Vós sois Santo! Só Vós sois o Senhor! Só Vós sois o Altíssimo, louvado e adorado em
toda a Terra, com o Vosso Filho, no Espírito Santo. Ámen!

8 - Entrega do Cenáculo

Anim.- Reunidos com Maria, para implorar o dom do Espírito Santo para a Igreja e para
o mundo, entreguemo-nos a Jesus e confiemos-lhe os Cenáculos.

Todos - Senhor Jesus, pelas mãos de Maria, Mãe e Educadora dos Apóstolos, junto
com as missionárias e os missionários santos, nós Vos confiamos os Cenáculos de
Oração Missionária.
Anim.- Atraí-os a Vós e mergulhai-os no abismo do vosso Coração Misericordioso.

Todos- Transformai-os em comunidades de Mulheres e Homens semelhantes a Vós.


Anim.- No Vosso amor de Filho e Enviado do Pai; na fortaleza, amabilidade e
delicadeza do Vosso Coração de nosso Irmão e Bom Pastor...
Todos -... Envolvei-os na labareda que jorra do Vosso Coração Trespassado e lançai-
os para todos os cenários da Missão, no mundo...
Anim. -... Com o olhar amavelmente pousado nos irmãos e nas irmãs, perseverantes
na oferenda eucarística de si e na intercessão ao Pai, dedicados...
Todos-... De maneira particular aos mais carenciados de amor e dignidade, de
esperança e do Vosso Evangelho.

9 - Leitura da Ata anterior, ofertório e avisos

10 - Compromissos

Revisão do compromisso anterior - Cada um narra como o realizou

Sugestão do novo compromisso – Estar atento para evitar críticas e palavras que
fazem desanimar; e aumentar as que louvam, aprovam, animam. Fazer por anotar as
vezes em que falhámos e as vezes em que vencemos o mal com o bem. E dar graças...

11- Oração conclusiva - Salmo 133


Todos - Vejam como é bom e agradável que os irmãos vivam unidos!
É como óleo perfumado derramado sobre a cabeça,
A escorrer pela barba, a barba de Aarão, a escorrer até à orla das suas vestes.
É suave como o orvalho do monte Hérmon, que escorre sobre as montanhas de Sião.
É ali que o SENHOR dá a sua bênção, a vida para sempre.

11.1 - Canto

12 - Bênção e despedida

Anim.- Por intercessão de Nossa Senhora, Mãe Educadora amável das famílias,
abençoe-nos Deus todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo.

Todos - Amén.

Anim.- Vamos em paz e que o Senhor, com Maria, nos acompanhe.

Todos – Graças a Deus.


VI

O AMOR NÃO PROCURA O SEU PRÓPRIO INTERESSE

1 - Acolhimento
Preparar a sala do encontro com velas, o globo, a Bíblia e a Exortação Apostólica "A Alegria do
Amor" e acolher os elementos do grupo à medida que chegam.
2 - Introdução

Animador(a) - Irmãs e irmãos, de novo reunidos, em comunhão com todos os cenáculos,


oferecemos a Deus Pai este nosso encontro de oração, desejando que ele nos traga mais força
e vigor para cumprirmos a nossa missão de mostrar Cristo ao mundo.

Hoje, com a ajuda do Espírito Santo, queremos descobrir caminhos para que cada um de nós
encontre a alegria de se dar aos outros, sem esperar nada em troca.

2.1 - Canto
2.2 - Saudação
Animador(a) - Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Todos - Ámen.
Animador(a) - A graça e a paz de Deus, nosso Pai, pelo Coração aberto de Cristo, fonte do
Espírito Santo, estejam convosco.
Todos - Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

3 - Invocação do Espírito sobre o Cenáculo


Animador(a) - Vinde, Espírito Santo, e enche-nos o coração de Amor!
Todos - Vinde, Espírito Santo, e enche-nos o coração de Amor!
Animador(a) - Iluminai a nossa inteligência para entender a gratuidade do Amor de Deus e
enchei o nosso coração de generosidade, para amar sem esperar contrapartida.
Todos - Vinde, Espírito Santo, e enche-nos o coração de Amor!
Animador(a) - Dai-nos o olhar e o sentir de Cristo, Bom Pastor, para que conheçamos cada vez
melhor o Pai e a Seu Amor infinito.
Todos - Vinde, Espírito Santo, e enche-nos o coração de Amor!
Animador(a) - Fazei-nos vossas testemunhas para que reine nas famílias a justiça, a paz a
solidariedade e o amor.
Todos - Vinde, Espírito Santo, e enche-nos o coração de Amor!

3.1 - Oração inicial


Pai Misericordioso, que a todos amas, sem excluir ninguém, orienta-nos para que possamos
descobrir e experimentar, como Zaqueu, a alegria de receber teu Filho Jesus na nossa vida e,
renovados pelo seu amor, saibamos ser transmissores da tua Salvação.
Todos - Ámen.
4 – Da Exortação Apostólica do Papa Francisco A Alegria do Amor

101. Como se diz muitas vezes, para amar os outros, é preciso primeiro amar-se a si
mesmo. Todavia este hino à caridade afirma que o amor «não procura o seu próprio
interesse», ou «não procura o que é seu». Esta expressão aparece ainda noutro texto:
«Não tenha cada um em vista os próprios interesses, mas todos e cada um exatamente
os interesses dos outros» (Flp 2, 4). Perante uma afirmação assim clara da Sagrada
Escritura, deve-se evitar de dar prioridade ao amor a si mesmo, como se fosse mais
nobre do que o dom de si aos outros. Uma certa prioridade do amor a si mesmo só se
pode entender como condição psicológica, pois uma pessoa que seja incapaz de se
amar a si mesma sente dificuldade em amar os outros: «Para quem será bom aquele
que é mau para si mesmo? (...) Não há pior do que aquele que é avaro para si mesmo»
(Sir 14, 5-6).

102. Mas o próprio Tomás de Aquino explicou «ser mais próprio da caridade querer
amar do que querer ser amado», e que de facto «as mães, que são as que mais amam,
procuram mais amar do que ser amadas». Por isso, o amor pode superar a justiça e
transbordar gratuitamente «sem nada esperar em troca» (Lc 6, 35), até chegar ao
amor maior que é «dar a vida» pelos outros (Jo 15, 13). Mas será possível um
desprendimento assim, que permite dar gratuitamente e dar até ao fim? Sem dúvida,
porque é o que pede o Evangelho: «Recebestes de graça, dai de graça» (Mt 10, 8).

4.1 - Silêncio
4.2 - Ressonância da Exortação
4.3 - Pistas para o diálogo em grupo
– Vivo voltado para os outros, ou só me preocupo com as minhas coisas?
– Costumo dar do meu tempo? Fico à espera de recompensa?

5 - Leitura Bíblica: Evangelho de Lucas 19, 1-10


5.1 - Silêncio
5.2 - Ressonância da Palavra
5.3 - Pistas para o diálogo
– Como é o meu desejo de ver Jesus, de O conhecer?
– Deixo-me levar pelo que os outros dizem de mim?
– Como é que acolho os que têm comportamentos socialmente inaceitáveis?
5.4 – Comentário
Apesar de rico e importante, Zaqueu não se sentia amado. Todos se afastavam dele, o que
provocava um grande vazio na sua vida. Por isso ele “procurava ver Jesus” e correu para O
encontrar.
E para conseguir esse encontro, Zaqueu teve de vencer a sua baixa estatura, de vencer a
vergonha de se expor ao ridículo, subindo à árvore e de vencer as críticas e insultos da
multidão.
Jesus quer aproximar-se da vida de cada um de nós e propõe-nos HOJE que façamos o mesmo
caminho que Zaqueu:
- desprendermo-nos dos juízos que fazemos de nós mesmos, porque não nos sentimos à
altura, e aceitarmo-nos como somos. Para Jesus, ninguém é inferior, ninguém é insignificante;
- desprendermo-nos da vergonha incapacitante que nos paralisa, fruto das nossas fraquezas e
dificuldades que nos levam ao pecado e à infelicidade. Temos de arriscar um SIM a Jesus, com
todo o nosso entusiasmo e segui-lo com generosidade;
- desprendermo-nos da «multidão» de preconceitos, de situações que nos têm afastado de
Jesus. Habituados ao amor do mundo, esquecemo-nos que o olhar de Jesus ultrapassa todos
os defeitos e vê a pessoa, imagem e semelhança de Deus, que, sem egoísmos ou
ressentimentos, rejeita o ódio entre os povos.
HOJE, Jesus também chama por cada um de nós e diz: Desce depressa, pois hoje tenho de ficar
em tua casa. O Senhor quer agir nas nossas vidas – nos estudos, no trabalho, em casa, nas
amizades, nos afetos, nos projetos e nos sonhos. Tenhamos a coragem de arriscar um SIM
incondicional e contagiemos o mundo com a alegria que recebemos gratuitamente de Deus.

Leitura Complementar (à decisão do COM) – “Todos, Tudo e Sempre em Missão”, n. 4 (ver


aqui, em Anexo 1).

6 - Preces

- Jesus não desiste de fazer a todos o mesmo desafio que a Zaqueu. Peçamos a Deus
que nos ajude a deixarmo-nos seduzir pelo olhar de Jesus e a manifestar, com alegria,
a nossa adesão ao seu convite, dizendo:

Todos - Entra, Senhor, na minha casa


- Dá-nos, Senhor, a energia e a imaginação para nunca nos faltar a vontade de Te ver,
Te encontrar e dizer:
- Não permitas, Senhor, que as nossas fraquezas, as nossas “multidões” de
preconceitos nos impeçam de escutar tudo o que tens para dizer a cada um de nós e
nos levem a dizer:
- Faz-nos, Senhor, puros de coração, torna-nos desprendidos das coisas mundanas e
capazes de as partilhar, para que a nossa resposta seja sincera quando dizemos:
- Outras orações espontâneas...
- A humanidade sente o mesmo vazio que sentia Zaqueu... Ó Deus nosso Pai, envia o
Teu Espírito de Amor, que nos reúna como família de Jesus e faça de nós um só
coração e uma só alma, no testemunho e no serviço do Evangelho. Ajuda-nos, Senhor
a mostrar a todos a alegria de receber Jesus na sua vida, para que também eles
possam dizer:
6.1 - Pai Nosso

7 - Oração pelo mundo (Podem ver também algum dos formulários em Anexo 2- B, C)

Anim.- Senhor, Vós sois grande e misericordioso, digno de louvor em tudo o que fazeis.

Todos - Digno de louvor e de glória para sempre e em todos os povos!

Anim.- Do Coração aberto do Vosso Filho Jesus, enviastes o Espírito Santo, que renova os
corações e o mundo!

Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra!

Anim.- Ele é o Espírito de Amor, que nos reúne como família de Jesus e faz de nós um só
coração e uma só alma, no testemunho e no serviço do Evangelho!

Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra!

Anim.- Pedimos o Vosso Espírito para os que Vos reconhecem como Pai e a Cristo como
Senhor e também para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam!

Todos - Sim, ó Pai, em nome de Jesus, mandai o Vosso Espírito e renovai a Terra. Só Vós sois
Santo! Só Vós sois o Senhor! Só Vós sois o Altíssimo, louvado e adorado em toda a Terra,
com o Vosso Filho, no Espírito Santo. Ámen!

8 - Entrega do Cenáculo
Anim.- Reunidos com Maria, para implorar o dom do Espírito Santo para a Igreja e para o
mundo, entreguemo-nos a Jesus e confiemos-lhe os Cenáculos.
Todos - Senhor Jesus, pelas mãos de Maria, Mãe e Educadora dos Apóstolos, junto com as
missionárias e os missionários santos, nós Vos confiamos os Cenáculos de Oração
Missionária.
Fazei-nos crescer convosco, na obediência ao Pai. Dai-nos um coração semelhante ao Vosso.
Fazei de nós pessoas disponíveis para todo o serviço a Vós e aos irmãos, particularmente aos
mais carenciados de amor, de esperança e de evangelização.

9- Leitura da Ata anterior, ofertório e avisos


10- Compromissos
Revisão do compromisso anterior - Cada um narra como o realizou
Sugestão do novo compromisso - Olhemos à nossa volta, no nosso dia-a-dia e, descubramos
alguém que precisa de ser acolhido sem preconceitos, sem julgamentos. Dediquemos-lhe
algum do nosso tempo e tentemos mostrar-lhe o amor gratuito de Jesus .
11- Oração conclusiva:
Senhor Jesus, que vieste salvar o que estava perdido, desce a nossa casa. Enche-nos de alegria
e faz-nos tomar consciência do dom gratuito que é a salvação.
Hoje, precisamos de acolher-te na nossa casa! Hoje, queremos receber-te na nossa casa! Vem,
Senhor Jesus.
Reconhecemos a nossa pequenez, as nossas misérias e fraquezas, mas, hoje, Te pedimos que
pares, entres e, com o teu olhar de misericórdia, olhes dentro da nossa casa e nos ajudes a
limpá-la, a purificá-la, a expulsar tudo o que impede que permaneças connosco.
Entra, Senhor, no nosso coração, na nossa vida, para que também cada um de nós possa
escutar a tua voz que diz: Hoje, a Salvação entrou nesta casa.

11.1 - Canto
12 - Bênção e despedida
Anim.- Por intercessão de Nossa Senhora, Esposa fiel e Santa, abençoe-nos Deus todo-
poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo.
Todos - Ámen.

Anim.- Vamos em paz e que o Senhor, com Maria, Sua Mãe, nos acompanhe.

Todos – Graças a Deus.


VII
QUEM AMA, DIZ «NÃO» À VIOLÊNCIA

1- Acolhimento
Preparar a sala do encontro com velas, o globo e a Bíblia e acolher os elementos do
grupo.

2 – Introdução
Anim. – Irmãs e irmãos, estamos aqui, neste dia, em comunhão com todos os
cenáculos, que têm a nossa mesma vocação e missão de viver em comunhão uns com
os outros e orar para que todas as famílias sejam espaço de paz e harmonia.

- Canto

- Saudação
Anim. – Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Todos – Ámen!
Anim. - A graça e a paz de Deus, nosso Pai, pelo Coração aberto de Cristo, fonte do
Espírito Santo, estejam convosco.
Todos - Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

3- Invocação do Espírito sobre o Cenáculo (Podem cantá-la ou usar oração do Anexo 2-A)

Anim.- Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!


Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!

Anim.- Abri os nossos ouvidos, iluminai a nossa inteligência e uni-nos num só coração e
numa só alma.
Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!

Anim.- Dai-nos o olhar e o sentir de Cristo, Bom Pastor, por cada pessoa e pelo mundo.
Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!

Anim.- Mostrai-nos a Vossa vontade e dai-nos a força para a cumprir com prontidão e
generosidade.
Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!

3.1 - Oração inicial


Senhor, ajuda-nos a perceber quando estamos a perder a calma e ensina-nos a ficar
em silêncio, quando as tempestades das palavras arriscam ofuscar o equilíbrio da paz
no nosso lar.
Que, confiando em Ti, recuperemos a serenidade e, por meio do diálogo, possam
todas as famílias estar unidas no amor.
Ámen.

4 – Da Exortação Apostólica “A Alegria do Amor”


103. Se a primeira expressão do hino do Amor (1Cor 13) nos convidava à paciência,
que evita reagir bruscamente perante as fraquezas ou erros dos outros, agora aparece
outra palavra – paroksúnetai – que diz respeito a uma reação interior de indignação
provocada por algo exterior. Trata-se de uma violência interna, uma irritação recôndita
que nos põe à defesa perante os outros, como se fossem inimigos molestos a evitar.
Alimentar esta agressividade íntima, de nada aproveita. Serve apenas para nos
adoentar, acabando por nos isolar. A indignação é saudável, quando nos leva a reagir
perante uma grave injustiça; mas é prejudicial, quando tende a impregnar todas as
nossas atitudes para com os outros.

104. O Evangelho convida a olhar primeiro a trave na própria vista (cf. Mt 7, 5), e nós,
cristãos, não podemos ignorar o convite constante da Palavra de Deus para não se
alimentar a ira: «Não te deixes vencer pelo mal» (Rom 12, 21); «não nos cansemos de
fazer o bem» (Gal 6, 9). Uma coisa é sentir a força da agressividade que irrompe, e
outra é consentir nela, deixar que se torne uma atitude permanente: «Se vos irardes,
não pequeis; que o sol não se ponha sobre o vosso ressentimento» (Ef 4, 26). Por isso,
nunca se deve terminar o dia sem fazer as pazes na família. «E como devo fazer as
pazes? Ajoelhar-me?» - Não! Para restabelecer a harmonia familiar basta um pequeno
gesto, uma coisa de nada. É suficiente uma carícia, sem palavras. Mas nunca permitais
que o dia em família termine sem fazer as pazes. A reação interior perante uma
moléstia que os outros nos causam, deveria ser, antes de mais nada, abençoar no
coração, desejar o bem do outro, pedir a Deus que o liberte e cure. «Respondei com
palavras de bênção, pois a isto fostes chamados: a herdar uma bênção» (1Ped 3, 9). Se
tivermos de lutar contra um mal, façamo-lo; mas digamos sempre «não» à violência
interior.

- Silêncio / Ressonância da Exortação.


- Pistas para o diálogo em grupo:
- Como fazes para que o dia em família nunca termine sem fazer as pazes?
- Há algum membro da tua família perante o qual mais facilmente perdes a paz
interior? Segundo o Papa, como podes curar-te disso?

5 - Leitura Bíblica – Carta aos Romanos 12, 16-21

- Silêncio / Ressonância da Palavra / Partilha espontânea

- Pistas para o diálogo:


- S. Paulo diz-nos para não fazermos justiça por nós mesmos. Encontra razões que o
justifiquem.
- Perdoar a quem nos ofendeu é sinal de fraqueza ou de força? Porquê?

- Comentário:
“Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem.” Esta é a dificuldade,
mas também a característica que nos distingue enquanto cristãos: fazer o bem em
qualquer circunstância, mesmo a quem nos faz mal.
São Paulo recorda-nos que devemos viver em harmonia e sem sermos vingativos,
tendo confiança na justiça divina (por muito que nos pareça que esta tarde ou não seja
como desejaríamos).
A primeira coisa a fazer quando sentimos que estamos a ser injustiçados ou que
alguém nos desestabiliza ao ponto de nos provocar ira ou mesmo atos agressivos é
rezar por essa pessoa, pedindo que Deus a ilumine. Dessa forma, damos o primeiro
passo para a resolução da situação. Até porque a “raiva é um veneno que nós
tomamos à espera que o outro morra.” Assim, o rezar pelos nossos inimigos começa a
curar o nosso coração. O passo seguinte é ser misericordioso, fazendo todos os gestos
que estão ao nosso alcance que possam ajudar aquela pessoa que nos magoa.
Convém recordar que só usa de violência quem não tem mais argumentos, ou seja, é
necessário argumentar e manter o diálogo, mas para isso é indispensável ouvir o
outro.

Leitura Complementar (à decisão do COM) – “Todos, Tudo e Sempre em Missão”, n. 5 (ver


aqui, em Anexo 1).

6- Preces:
Senhor, trazei aos nossos lares a harmonia e que cada elemento aprenda a controlar a
sua raiva ou irritação, oremos:
- Senhor, dai a paz aos nossos lares.
- Que a ordem, o respeito mútuo, a alegria e a fé, estejam sempre presentes nas
nossas famílias, oremos:
- Que os pais não se irritem com os filhos ao ponto de os tornar agressivos e
desanimados, mas que saibam corrigi-los com amor, conduzindo-os ao amor de Deus,
oremos:
- Que todos os membros da família sejam respeitados e valorizados nas suas
diferenças, vivendo o amor incondicional, oremos:
- Pelas vítimas de violência doméstica, para que consigam recuperar das sequelas
físicas e psicológicas dos maus tratos e pelos agressores, para que reconheçam os seus
erros, sejam capazes de pedir perdão e de mudar os seus comportamentos, oremos:

Outras orações espontâneas

6.1 - Pai Nosso...

7 - Oração pelo mundo (Podem ver também algum dos formulários em Anexo 2- B, C)
Anim.- Senhor, Vós sois grande e misericordioso, digno de louvor em tudo o que fazeis.
Todos - Digno de louvor e de glória para sempre e em todos os povos!
Anim.- Do Coração aberto do Vosso Filho Jesus, enviastes o Espírito Santo, que renova
os corações e o mundo!
Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra!
Anim.- Ele é o Espírito de Amor, que nos reúne como família de Jesus e faz de nós um
só coração e uma só alma, no testemunho e no serviço do Evangelho!
Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra!
Anim.- Pedimos o Vosso Espírito para os que Vos reconhecem como Pai e a Cristo
como Senhor e também para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos
amam!
Todos - Sim, ó Pai, em nome de Jesus, mandai o Vosso Espírito e renovai a Terra. Só
Vós sois Santo! Só Vós sois o Senhor! Só Vós sois o Altíssimo, louvado e adorado em
toda a Terra, com o Vosso Filho, no Espírito Santo. Ámen!

8 - Entrega do Cenáculo

Anim.- Reunidos com Maria, para implorar o dom do Espírito Santo para a Igreja e para
o mundo, entreguemo-nos a Jesus e confiemos-lhe os Cenáculos.

Todos - Senhor Jesus, pelas mãos de Maria, Mãe e Educadora dos Apóstolos, junto
com as missionárias e os missionários santos, nós Vos confiamos os Cenáculos de
Oração Missionária.

Anim.- Fazei deles fogueiras do Vosso Espírito, no seio da Igreja. Palpite neles o amor
filial e apostólico do Vosso Coração de Bom Pastor.

Todos- Inflamai-nos a todos com as labaredas do Espírito, que jorra do Vosso


Coração aberto, crucificado e ressuscitado, presente na Eucaristia. Fazei que, juntos,
comuniquemos amor, fé e esperança, à nossa volta e até aos confins do mundo.

Anim.- Uni-nos a Vós e dai-nos o Espírito, que faça de nós uma oferenda permanente
ao Pai.

Todos - Fazei-nos crescer convosco, na obediência ao Pai. Dai-nos um coração


semelhante ao Vosso. Fazei de nós pessoas disponíveis para todo o serviço a Vós e
aos irmãos, particularmente aos mais carenciados de amor, de esperança e de
evangelização.

9- Leitura da Ata anterior, ofertório e avisos.

10- Compromissos
- Revisão do compromisso anterior- Cada um narra como o realizou.

- Sugestão do novo compromisso - Rezar pelos nossos inimigos, isto é, pelas pessoas
que nos magoam. Promover a paz nas famílias, servindo de intermediário para
reconciliar familiares.

11- Oração conclusiva

Senhor, pedimos-Te que reine nas nossas famílias a confiança, a fidelidade, o respeito
mútuo e a harmonia, para que o amor se fortifique e nos una cada vez mais. Que todos
os conflitos sejam facilmente ultrapassados. Abençoai, Senhor,hoje e sempre os
nossos lares. Amém!

- Canto

12 - Bênção e despedida
Anim.- Por intercessão de Nossa Senhora, Rainha das Missões e Estrela da
Evangelização, abençoe-nos Deus todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo.
Todos - Amén.

Anim.- Vamos em paz e que o Senhor, com Maria, Sua Mãe, nos acompanhe.
Todos - Graças a Deus.
VIII

QUEM AMA, SABE DESCULPAR

1- Acolhimento

Preparar a sala do encontro com velas, o globo, imagem com a família, a Bíblia.
Acolher os elementos do grupo à medida que chegam.

2 – Introdução

Anim. – Irmãs e irmãos, reunimo-nos aqui, em comunhão com todos os Cenáculos


Missionários. A nossa comum vocação e missão é: Manter o nosso olhar na
Misericórdia do Coração de Jesus Bom Pastor e invocar, juntos e sem cessar, o dom do
Espírito Santo para o povo de Deus, para as religiões e para o mundo; oferecer ao Pai,
por Cristo, a nossa vida e viver ao serviço da comunhão, desenvolvendo nos nossos
corações a atitude de perdoar sempre.

2.1 – Canto

2.2 - Saudação

Anim. – Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Todos – Ámen!

Anim.- A graça e a paz de Deus, nosso Pai, pelo Coração aberto de Cristo, fonte do
Espírito Santo, estejam convosco.

Todos - Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

3- Invocação do Espírito sobre o Cenáculo (Podem cantá-la ou usar oração do Anexo 2-A)
Anim.- Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!
Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!
Anim.- Abri os nossos ouvidos, iluminai a nossa inteligência e uni-nos num só coração e
numa só alma.
Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!
Anim.- Dai-nos o olhar e o sentir de Cristo, Bom Pastor, por cada pessoa e pelo mundo.
Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!
Anim.- Mostrai-nos a Vossa vontade e dai-nos a força para a cumprir com prontidão e
generosidade.
Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!

3.1 - Oração inicial


Senhor, que sejamos sempre capazes de pedir perdão e de perdoar. Que nas famílias
haja compreensão para ouvir o outro e perceber o seu ponto de vista e assim a família
se possa enriquecer pelo recíproco acolhimento da diversidade.

Todos - Ámen

4 – Da Exortação Apostólica “A Alegria do Amor”


112. No Hino do Amor, diz-se que o amor «tudo desculpa – panta stéguei». É diferente
de «não ter em conta o mal», porque este termo tem a ver com o uso da língua; pode
significar «guardar silêncio» a propósito do mal que possa haver noutra pessoa.
Implica limitar o juízo, conter a inclinação para se emitir uma condenação dura e
implacável: «Não condeneis e não sereis condenados» (Lc 6, 37). Embora isto vá contra
o uso que habitualmente fazemos da língua, a Palavra de Deus pede-nos: «Não faleis
mal uns dos outros, irmãos» (Tg 4, 11). Deter-se a danificar a imagem do outro é uma
maneira de reforçar a própria, de descarregar ressentimentos e invejas, sem se
importar com o dano causado. Muitas vezes esquece-se que a difamação pode ser um
grande pecado, uma grave ofensa a Deus, quando afeta seriamente a boa fama dos
outros, causando-lhes danos muito difíceis de reparar. Por isso a Palavra de Deus se
mostra tão dura com a língua... Se «com ela amaldiçoamos os homens, feitos à
semelhança de Deus» (Tg 3, 9), o amor faz o contrário, defendendo a imagem dos
outros e com uma delicadeza tal que leva mesmo a preservar a boa fama dos inimigos.

113. Os esposos, que se amam e se pertencem, falam bem um do outro, procuram


mostrar mais o lado bom do cônjuge do que as suas fraquezas e erros. Em todo o caso,
guardam silêncio para não danificar a sua imagem. Mas não é apenas um gesto
externo, brota duma atitude interior. Também não é a ingenuidade de quem pretende
não ver as dificuldades e os pontos fracos do outro, mas a perspetiva ampla de quem
coloca estas fraquezas e erros no seu contexto; lembra-se de que estes defeitos
constituem apenas uma parte, não são a totalidade do ser do outro: um facto
desagradável no relacionamento não é a totalidade desse relacionamento. Assim é
possível aceitar, com simplicidade, que todos somos uma complexa combinação de
luzes e sombras. O outro não é apenas aquilo que me incomoda; é muito mais do que
isso. E, pela mesma razão, não lhe exijo que seja perfeito o seu amor para o apreciar:
ama-me como é e como pode, com os seus limites, mas o facto de o seu amor ser
imperfeito não significa que seja falso ou que não seja real. É real, mas limitado e
terreno. Por isso, se eu lhe exigir demais, de alguma maneira mo fará saber, pois não
poderá nem aceitará desempenhar o papel dum ser divino nem estar ao serviço de
todas as minhas necessidades. O amor convive com a imperfeição, desculpa-a e sabe
guardar silêncio perante os limites do ser amado.

4.1 - Silêncio

4.2 - Ressonância da Exortação


4.3 - Pistas para o diálogo:
- O que é para ti mais difícil de desculpar?
- Tentas encontrar desculpas ou críticas para o comportamento do outro?
- Costumas pedir desculpa ou perdão? Em que situações?
5 - Leitura Bíblica – Mateus 18, 21-35

5.1 - Silêncio

5.2 - Ressonância da Palavra

5.3 - Pistas para o diálogo:

- Já te sentiste verdadeiramente perdoado? Já perdoaste verdadeiramente?

5.4 - Comentário:

Da audiência geral do Papa Francisco de 4 de Novembro de 2015: “A família é uma


grande escola de preparação para o dom e para o perdão recíproco, sem o qual
nenhum amor pode ser duradouro. Sem se doar e sem se perdoar, o amor não
subsiste, não perdura. Na oração que Ele mesmo nos ensinou — ou seja, o Pai-Nosso
— Jesus leva-nos a pedir ao Pai: «Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós
perdoamos a quem nos tem ofendido». E no fim comenta: «Porque se perdoardes aos
homens as suas ofensas, o vosso Pai celeste também vos perdoará. Mas se não
perdoardes aos homens, também o vosso Pai vos não perdoará a vós» (Mt 6, 12.14-
15). Não se pode viver sem se perdoar, ou pelo menos não se pode viver bem,
especialmente em família.
Todos os dias cometemos injustiças uns contra os outros. Então, o que se nos pede é
que curemos imediatamente as feridas que causamos uns aos outros. Se esperarmos
demais, tudo se tornará mais difícil. E existe um segredo simples para curar as feridas e
para resolver as acusações. É este: não deixar que o dia termine sem pedir perdão,
sem fazer as pazes entre marido e esposa, entre pais e filhos, entre irmãos e irmãs…
Entre nora e sogra! Se aprendermos imediatamente a pedir e a dar o perdão recíproco,
as feridas curam-se, o matrimónio fortalece-se e a família torna-se um lar cada vez
mais sólido, que resiste aos abalos das nossas pequenas e grandes maldades. Para isto
não é necessário pronunciar um grande discurso; basta uma carícia. Nunca termineis o
dia em guerra!
Se aprendermos a viver assim em família, façamo-lo também fora, onde quer que nos
encontremos. Muitos — inclusive entre os cristãos — pensam que isto é um exagero.
Dizem: sim, são palavras bonitas, mas é impossível pô-las em prática. Ora, graças a
Deus não é assim. De facto, é precisamente ao receber o perdão de Deus que, por
nossa vez, somos capazes de perdoar aos outros. Por isso, Jesus faz-nos repetir estas
palavras cada vez que recitamos a oração do Pai-Nosso, isto é, todos os dias. E é
indispensável que, numa sociedade muitas vezes impiedosa, existam lugares, como a
família, onde nós aprendemos a perdoar-nos uns aos outros.
O Sínodo sobre a Família reavivou a nossa esperança também nisto: a capacidade de
perdoar e de se perdoar faz parte da vocação e da missão da família. A prática do
perdão não só salva as famílias da divisão, mas torna-as também capazes de ajudar a
sociedade a ser menos malvada e menos cruel. Sim, cada gesto de perdão repara a
casa das fendas e solidifica as suas paredes.”

Leitura Complementar (à decisão do COM) – “Todos, Tudo e Sempre em Missão”, n. 6


(ver aqui, em Anexo 1).
6- Preces:
- Senhor, pedimos perdão pelas vezes que contribuímos na nossa família, para que não
haja paz, amor e compreensão:
- Perdão Senhor!
- Por todas as agressões físicas ou verbais que fazemos aos nossos, pelas ofensas e
pelas mentiras:
- Pela falta de compreensão e acolhimento, por toda a indiferença no nosso
tratamento em família:
- Pelas nossas atitudes extremadas que levam os outros a pecar contra nós e contra Ti.

Outras orações espontâneas…

6.1 - Pai Nosso...

7 - Oração pelo mundo (Podem ver também algum dos formulários em Anexo 2- B, C)

Anim.- Senhor, Vós sois grande e misericordioso, digno de louvor em tudo o que
fazeis.

Todos - Digno de louvor e de glória para sempre e em todos os povos!

Anim.- Do Coração aberto do Vosso Filho Jesus, enviastes o Espírito Santo, que renova
os corações e o mundo!

Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra!

Anim.- Ele é o Espírito de Amor, que nos reúne como família de Jesus e faz de nós um
só coração e uma só alma, capazes de pedir perdão e de perdoar, dando testemunho
do Evangelho da Paz!

Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra!

Anim.- Pedimos o Vosso Espírito para os que Vos reconhecem como Pai e a Cristo
como Senhor e também para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos
amam!

Todos - Sim, ó Pai, em nome de Jesus, mandai o Vosso Espírito e renovai a Terra. Só
Vós sois Santo! Só Vós sois o Senhor! Só Vós sois o Altíssimo, louvado e adorado em
toda a Terra, com o Vosso Filho, no Espírito Santo. Ámen!

8 - Entrega do Cenáculo

Anim.- Reunidos com Maria, para implorar o dom do Espírito Santo para a Igreja e para
o mundo, entreguemo-nos a Jesus e confiemos-lhe os Cenáculos.

Todos - Senhor Jesus, pelas mãos de Maria, Mãe e Educadora dos Apóstolos, junto
com as missionárias e os missionários santos, nós Vos confiamos os Cenáculos de
Oração Missionária.
Anim.- Fazei deles fogueiras do Vosso Espírito, no seio da Igreja. Palpite neles o amor
filial e apostólico do Vosso Coração de Bom Pastor.

Todos- Inflamai-nos a todos com as labaredas do Espírito, que jorra do Vosso


Coração aberto, crucificado e ressuscitado, presente na Eucaristia. Fazei que, juntos,
comuniquemos amor, fé e esperança, à nossa volta e até aos confins do mundo.

Anim.- Uni-nos a Vós e dai-nos o vosso Espírito, que faça de nós uma oferenda
permanente ao Pai.

Todos - Fazei-nos crescer convosco, na obediência ao Pai. Dai-nos um coração


semelhante ao Vosso. Fazei de nós pessoas disponíveis para todo o serviço a Vós e
aos irmãos, particularmente aos mais carenciados de amor, de esperança e de
evangelização.

9- Leitura da Ata anterior, ofertório e avisos

10- Compromissos

Revisão do compromisso anterior - Cada um narra como o realizou

Sugestão do novo compromisso - Perdoar as situações difíceis e pedir perdão.

11- Oração conclusiva:

Pai querido, sempre pronto a perdoar e a ter compaixão, fazei das nossas casas lugares
onde não mora a amargura, porque vós nos abençoais, onde não mora a mágoa,
porque, ao recebermos o vosso perdão, somos capazes de perdoar aos outros. Pai
Bom e Misericordioso, que estais connosco junto com Jesus, possa o perdão de cada
um de nós contribuir para sermos uma família feliz, hoje e sempre.

Todos - Ámen.

11.1 – Canto

12 - Bênção e despedida

Anim.- Por intercessão de Nossa Senhora, Estrela da Evangelização, abençoe-nos Deus


todo-poderoso, o Pai e o Filho e o Espírito Santo.

Todos - Amén.

Anim.- Vamos na Paz e que o Senhor, com Maria, Mãe da Reconciliação, nos
acompanhe.

Todos – Graças a Deus.


IX

QUEM AMA, ALEGRA-SE COM OS OUTROS

1- Acolhimento

Preparar a sala do encontro com velas, o globo e a Bíblia, fotos de pessoas em bom
relacionamento. Acolher os elementos do grupo à medida que chegam.

2 – Introdução

Anim. – Irmãs e irmãos, reunimo-nos aqui, em comunhão com todos os Cenáculos


Missionários. A nossa comum vocação e missão é: Manter o nosso olhar na
Misericórdia do Coração de Jesus Bom Pastor e invocar, juntos e sem cessar, o dom do
Espírito Santo para o povo de Deus, para as religiões e para o mundo; oferecer ao Pai,
por Cristo, a nossa vida e viver ao serviço da comunhão na presença da Alegria de Deus
na nossa vida.

2.1 – Canto

2.2 - Saudação

Anim. – Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Todos – Ámen!

Anim.- A graça e a paz de Deus, nosso Pai, pelo Coração aberto de Cristo, fonte do
Espírito Santo, estejam convosco.

Todos - Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

3- Invocação do Espírito sobre o Cenáculo (Podem cantá-la ou usar oração do Anexo 2-A)

Anim.- Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!


Anim.- Abri os nossos ouvidos, iluminai a nossa inteligência e uni-nos num só coração e
numa só alma.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!


Anim.- Dai-nos o olhar e o sentir de Cristo, Bom Pastor, por cada pessoa e pelo mundo.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!

Anim.- Mostrai-nos a Vossa vontade e dai-nos a força para a cumprir com prontidão e
generosidade.
Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!

3.1 - Oração inicial

Senhor Jesus que dás a Tua alegria a todos aqueles que Te procuram, concede-nos a
graça de nos libertarmos de tudo quanto nos possa afastar de Ti e dos nossos irmãos.
Permite que o amor e a alegria reinem nos nossos corações! Tu que, no Espírito Santo,
és a alegria do Pai e nossa para sempre.

Todos - Ámen

4 – Da Exortação Apostólica “A Alegria do Amor”

109. No Hino do Amor, que encontramos na 1ª Carta de S. Paulo aos cristãos de


Corinto (cap. 13, 6), a expressão khairei epi teadikía (alegra-se com a injustiça) indica
algo de negativo arraigado no segredo do coração da pessoa. É a atitude venenosa de
quem, ao ver feita a alguém uma injustiça, se alegra. A frase é completada pela
seguinte que o diz de forma positiva: sunkhairei te alétheia (rejubila com a verdade).
Por outras palavras, alegra-se com o bem do outro, quando se reconhece a sua
dignidade, quando se apreciam as suas capacidades e as suas boas obras. Isto é
impossível para quem sente a necessidade de estar sempre a comparar-se ou a
competir, inclusive com o próprio cônjuge, até ao ponto de se alegrar secretamente
com os seus fracassos.

110. Quando uma pessoa que ama pode fazer algo de bom pelo outro, ou quando vê
que a vida está a correr bem ao outro, vive isso com alegria e, assim, dá glória a Deus,
porque «Deus ama quem dá com alegria» (2Cor 9,7). Nosso Senhor aprecia de modo
especial quem se alegra com a felicidade do outro. Se não alimentamos a nossa
capacidade de rejubilar com o bem do outro, e nos concentramos sobretudo nas
nossas necessidades, condenamo-nos a viver com pouca alegria, porque - como disse
Jesus - «a felicidade está mais em dar do que em receber» (AT 20, 35). A família deve
ser sempre o lugar onde uma pessoa que consegue algo de bom na vida, sabe que ali
se vão congratular com ela.

4.1 - Silêncio

4.2 - Ressonância da Exortação

4.3 - Pistas para o diálogo:

- Acredito que o amor é uma fonte de alegria?

- Fico feliz com o bem dos outros, ou alegro-me com os seus fracassos?

- Agradeço e louvo a Deus pelas boas coisas que acontecem na minha família?
Congratulo-me com o sucesso de qualquer membro familiar e felicito-o por isso?
5 - Leitura Bíblica – Carta de S. Paulo aos Filipenses 4, 4-9

5.1 - Silêncio

5.2 - Ressonância da Palavra

5.3 - Pistas para o diálogo:


- Donde vem a alegria pelo bem do outro? – Alguma vez te alegraste com o mal que
faziam ao outro?
- Sinto e transmito aos que, de uma forma ou outra, fazem parte da minha vida, a
alegria pelo bem que lhes é reconhecido?

5.4 - Comentário:
"Onde está a verdadeira fonte da alegria?"
“Alegrai-vos sempre no Senhor. Novamente vos digo: alegrai-vos. “

A verdadeira alegria, a Alegria cristã vem de sintonizarmos no nosso íntimo com a


alegria que a outra pessoa sente, ao ver que se lhe reconhece o bem que faz ou fez. A
fonte da verdadeira alegria está na sintonia com a justiça e a verdade. E nasce na
relação sincera e profunda que temos com Jesus. O encontro com Jesus é sempre
origem de grande alegria pelo bem do outro. Aliás, Jesus mostra nas Suas atitudes a
maneira de ser do Pai. Como diz o Profeta Sofonias, o próprio «Deus, que está no meio
de ti salvando-te com poder, dará saltos (dançará) de alegria por ti, com amor
renovado» (Sof 3, 17).
Quem segue Cristo não pode ser feliz se os outros não o forem também: a felicidade
deve ser partilhada na família e fora dela. Vivamos sempre com Jesus, e a Alegria que é
fruto do divino Espírito Santo fará sempre parte da nossa vida. Sempre que ajudamos
alguém de forma desinteressada sentimos sempre grande alegria, pois «a felicidade
está mais em dar do que em receber» (At 20, 35) e «Deus ama quem dá com alegria»
(2 Cor 9,7).

Leitura Complementar (à decisão do COM) – “Todos, Tudo e Sempre em Missão”, n. 7 (ver


aqui, em Anexo 1).

6- Preces:

Com humildade e confiança apresentemos ao Senhor Jesus, fonte da verdadeira


Alegria, as nossas preces, dizendo:

Todos: Senhor Jesus, dá-nos a Tua Alegria!

- Concede-nos Senhor a graça de sermos portadores da Tua Alegria na nossa família e


com todos os que fazem parte da nossa vida.

-Para que em todas as famílias se viva o verdadeiro sentido da união, de respeito e de


solidariedade nos momentos bons e nos momentos menos bons.
-Ensina-nos, Senhor, a amar e a perdoar.

- Senhor Jesus dá-nos um coração bom para partilharmos da alegria de quem está feliz.

Outras orações espontâneas…

6.1 - Pai Nosso...

7 - Oração pelo mundo (Podem ver também algum dos formulários em Anexo 2- B, C)

Anim.- Senhor, Vós sois grande e misericordioso, digno de louvor em tudo o que
fazeis.

Todos - Digno de louvor e de glória para sempre e em todos os povos!

Anim.- Do Coração aberto do Vosso Filho Jesus, enviastes o Espírito Santo, que renova
os corações e o mundo!

Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra!

Anim.- Ele é o Espírito de Amor, que nos reúne como família de Jesus e faz de nós um
só coração e uma só alma, no testemunho e no serviço do Evangelho!

Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra!

Anim.- Pedimos o Vosso Espírito para os que Vos reconhecem como Pai e a Cristo
como Senhor e também para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos
amam!

Todos - Sim, ó Pai, em nome de Jesus, mandai o Vosso Espírito e renovai a Terra. Só
Vós sois Santo! Só Vós sois o Senhor! Só Vós sois o Altíssimo, louvado e adorado em
toda a Terra, com o Vosso Filho, no Espírito Santo. Ámen!

8 - Entrega do Cenáculo

Anim.- Reunidos com Maria, para implorar o dom do Espírito Santo para a Igreja e para
o mundo, entreguemo-nos a Jesus e confiemos-lhe os Cenáculos.

Todos - Senhor Jesus, pelas mãos de Maria, Mãe e Educadora dos Apóstolos, junto
com as missionárias e os missionários santos, nós Vos confiamos os Cenáculos de
Oração Missionária.

Anim.- Fazei deles fogueiras do Vosso Espírito, no seio da Igreja. Palpite neles o amor
filial e apostólico do Vosso Coração de Bom Pastor.

Todos- Inflamai-nos a todos com as labaredas do Espírito, que jorra do Vosso


Coração aberto, crucificado e ressuscitado, presente na Eucaristia. Fazei que, juntos,
comuniquemos amor, fé e esperança, à nossa volta e até aos confins do mundo.
Anim.- Uni-nos a Vós e dai-nos o Espírito, que faça de nós uma oferenda permanente
ao Pai.

Todos - Fazei-nos crescer convosco, na obediência ao Pai. Dai-nos um coração


semelhante ao Vosso. Fazei de nós pessoas disponíveis para todo o serviço a Vós e
aos irmãos, particularmente aos mais carenciados de amor, de esperança e de
evangelização.

9- Leitura da Ata anterior, ofertório e avisos

 10- Compromissos

Revisão do compromisso anterior - Cada um narra como o realizou

Sugestão do novo compromisso - Vamos ser lâmpadas acesas da Alegria de Jesus no


meio em que nos encontramos. Como, em concreto? Para com quem?

11- Oração conclusiva (pode ser dita em forma litânica: o Guia/Animador diz a 1ª
parte de cada frase, o Cenáculo, a 2ª. E assim por diante):

Senhor!
Fazei de mim/ um instrumento da Vossa Paz
Onde houver ódio, /que eu leve o Amor.
Onde houver ofensa /que eu leve o Perdão.
Onde houver discórdia, /que eu leve a União.
Onde houver dúvida, /que eu leve a Fé.
Onde houver erro, /que eu leve a Verdade.
Onde houver desespero, /que eu leve a Esperança.
Onde houver trevas, /que eu leve a Luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais /consolar que ser consolado;
Compreender /que ser compreendido;
Amar /que ser amado;
Pois é dando /que se recebe; É perdoando, /que se é perdoado;
(Todos) E é morrendo, que se vive para a vida eterna. (S. Francisco de Assis)

11.1 – Canto

12 - Bênção e despedida

Anim.- Por intercessão de Nossa Senhora, Alegria do Povo de Deus, abençoe-nos o Pai,
pelo Filho, no Espírito Santo.

Todos - Amén.

Anim.- Vamos na Paz e levemos a Paz.

Todos –Graças a Deus.


X

QUEM AMA, SABE CONFIAR

1- Acolhimento

Preparar a sala do encontro com uma vela (símbolo da unidade do amor que é Luz), o
globo (universalidade do Amor), a Bíblia, um coração (pode ser feito em cartolina
vermelha) com duas alianças em cima e acolher os elementos do grupo à medida que
chegam.

2 – Introdução

Anim. – Irmãs e irmãos, estamos aqui, em comunhão com todos os cenáculos, que têm
a nossa mesma vocação e missão. Hoje queremos confiar-nos ao Amor de Deus, um
amor que se incarna nas nossas vidas. Nesse sentido, temos aqui uma única vela acesa,
símbolo da unidade do Amor – o Amor que é Luz nas nossas vidas. O globo expressa a
universalidade deste Amor que nos vem da Palavra de Deus. Hoje queremos renovar a
nossa aliança de amor com Deus e com toda a humanidade. Uma aliança que não nos
prende nem limita, antes, nos torna verdadeiramente livres no Amor.

2.1 – Canto
Dá-nos um coração, grande para amar.
Dá-nos um coração, forte para lutar…

2.2 - Saudação

Anim. – Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Todos – Ámen!

Anim.- A graça e a paz de Deus, nosso Pai, pelo Coração aberto de Cristo, fonte do
Espírito Santo, estejam convosco.

Todos - Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

3- Invocação do Espírito sobre o Cenáculo (Podem cantá-la ou usar oração do Anexo 2-A)

Anim.- Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração de amor e fidelidade!

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o nosso coração de amor!


Anim.- Abri os nossos ouvidos, iluminai a nossa inteligência e uni-nos num só coração e
numa só alma, na certeza que sem Ti nada podemos fazer.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o nosso coração de amor!


Anim.- Dai-nos o olhar e o sentir de Cristo, Bom Pastor, por cada pessoa e pelo mundo,
ajudando-nos a manter-nos firmes na fé que em Ti tudo podemos.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o nosso coração de amor!

Anim.- Mostrai-nos a Vossa vontade e dai-nos a confiança e a força para a cumprir


com prontidão e generosidade.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o nosso coração de amor!

3.1 - Oração inicial

Senhor, nosso Pai, A Alegria do Amor apela à nossa confiança em Ti e nos irmãos, à
nossa perseverança no Amor e à vivência deste amor em total liberdade e
disponibilidade de serviço. Alerta-nos para o sentido mais profundo da vivência da
confiança no seio familiar. Ajuda-nos a viver este amor para lá do matrimónio, ou seja,
na comunidade, em verdadeira unidade conTigo e com os outros. Por Cristo Nosso
Senhor.

Todos - Ámen.

4 – Da Exortação Apostólica “A Alegria do Amor”


114. No Hino do Amor, que encontramos na 1ª Carta aos Coríntios (cap. 13, 7) S. Paulo
diz que, quem ama, «”Panta pisteuei – tudo crê”. Pelo contexto, deve-se entender esta
«fé» no sentido comum de «confiança». Não se trata apenas de não suspeitar que o
outro esteja a mentir ou a enganar; esta confiança básica reconhece a luz acesa por
Deus, que se esconde por detrás da escuridão, ou a brasa ainda acesa sob as cinzas.

115. É precisamente esta confiança que torna possível uma relação em liberdade. Não
é necessário controlar o outro, seguir minuciosamente os seus passos, para evitar que
fuja dos meus braços. O amor confia, deixa em liberdade, renuncia a controlar tudo, a
possuir, a dominar. Esta liberdade, que possibilita espaços de autonomia, abertura ao
mundo e novas experiências, consente que a relação se enriqueça e não se transforme
numa endogamia1 sem horizontes. Assim, ao reencontrar-se, os cônjuges podem viver
a alegria de partilhar o que receberam e aprenderam fora do circuito familiar. Ao
mesmo tempo torna possível a sinceridade e a transparência, porque uma pessoa,
quando sabe que os outros confiam nela e apreciam a bondade basilar do seu ser,
mostra-se como é, sem dissimulações. Pelo contrário, quando alguém sabe que
sempre suspeitam dele, julgam-no sem compaixão e não o amam incondicionalmente,
preferirá guardar os seus segredos, esconder as suas quedas e fraquezas, fingir o que
não é. Concluindo, uma família, onde reina uma confiança sólida, carinhosa e, suceda o
que suceder, sempre se volta a confiar, permite o florescimento da verdadeira
identidade dos seus membros, fazendo com que se rejeite espontaneamente o
engano, a falsidade e a mentira.»
Endogamia é «o costume social que prescreve o casamento entre indivíduos do mesmo grupo social
ou subgrupo» (in Dicionário inFormal on line). O Papa encoraja os cônjuges a não se fecharem num
circuito fechado em si mesmos ou só no próprio «circuito familiar» .

4.1 - Silêncio
4.2 - Ressonância da Exortação

4.3 - Pistas para o diálogo:


- Nas nossas famílias e nos grupos em que estamos inseridos, que olhar temos sobre os
outros?
- Quando surgem mal-entendidos e ofensas, como tratamos aquele que errou? Trata-
se de uma correção fraterna, ou, antes, de um ataque de condenação?
- Quando nos sentimos feridos ou ofendidos, como reagimos?

5 - Leitura Bíblica – Gal 6,1-9

5.1 - Silêncio

5.2 - Ressonância da Palavra

5.3 - Pistas para o diálogo:


- Até que ponto nos sentimos responsáveis pelos nossos irmãos? Se tudo corre bem,
apressamo-nos a dizer o quanto colaboramos para que assim fosse, mas… e se corre
mal?
- Assumimos como nossos os sofrimentos que irrompem na vida do nosso irmão?
- Somos capazes de aprender do amor incondicional de Deus e amar sem medida ou
cansamo-nos e somos vencidos pelo mal e pela ofensa?

5.4 - Comentário:
A Exortação Apostólica A Alegria do Amor desafia-nos para uma atitude de confiança
em Deus e nos irmãos. Ela é um apelo à nossa perseverança no Amor e à vivência
deste amor tendo por único exemplo Jesus Cristo.
Por seu turno, a Carta de S. Paulo aos Gálatas apresenta-nos maneiras concretas de
viver esta relação de amor e confiança com Deus e com os irmãos: através da correção
fraterna (ao invés da ira); do não se julgar melhor do que os outros; do amar o outro
carregando, com ele, os seus sofrimentos e angústias; e, a exemplo de Jesus Cristo, de
nunca desistir de amar o outro, com todas as implicações que possa ter esse amor.

Leitura Complementar (à decisão do COM) – “Todos, Tudo e Sempre em Missão”, n. 8


(ver aqui, em Anexo 1).

6- Preces:
-Cientes da nossa fraqueza e da nossa incapacidade de amar como Deus nos ama,
peçamos ao Pai, dizendo:
Todos: Senhor, ensina-nos e ajuda-nos a saber confiar!

- Senhor, muitas vezes, somos incapazes de olhar os outros sem os julgar e sem pensar
mal deles. Ajuda-nos a confiar que Tu continuas a atuar nos seus corações e a vê-los
como Teus filhos e nossos irmãos.

- Senhor, Tu queres precisar de nós para manifestares o Teu Amor a todos quantos,
por muitas circunstâncias, estão afastados de Ti. Senhor, faz-nos dignos da confiança
que depositas em nós.
- Senhor, ajuda-nos a reconhecer as nossas fragilidades para que não nos cansemos de
fazer o bem; na confiança que, a seu tempo colheremos os frutos da perseverança do
nosso amor.

-Senhor, pedimos-Te pelas nossas famílias. Sejam sempre lugar de respeito e


confiança, alimentadas pelo Amor que Tu nos dás. Possa cada um de nós ser um
elemento de confiança e fraternidade no seio do nosso lar.

-Senhor, pedimos-Te pelo mundo inteiro. Ajuda-nos a não deixar esmorecer a nossa
Esperança e a nossa confiança nesta humanidade que, apesar de frágil, continua a ser
reflexo da Tua imagem.

Outras orações espontâneas…

6.1 - Pai Nosso...

7 - Oração pelo mundo (Podem ver também algum dos formulários em Anexo 2- B, C)

Anim.- Senhor, Vós sois grande e misericordioso, digno de louvor em tudo o que
fazeis.

Todos - Digno de louvor e de glória para sempre e em todos os povos!

Anim.- Do Coração aberto do Vosso Filho Jesus, enviastes o Espírito Santo, que renova
os corações e o mundo!

Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra!

Anim.- Ele é o Espírito de Amor, que nos reúne como família de Jesus e faz de nós um
só coração e uma só alma, no testemunho e no serviço do Evangelho!

Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra!

Anim.- Pedimos o Vosso Espírito para os que Vos reconhecem como Pai e a Cristo
como Senhor e também para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos
amam!

Todos - Sim, ó Pai, em nome de Jesus, mandai o Vosso Espírito e renovai a Terra. Só
Vós sois Santo! Só Vós sois o Senhor! Só Vós sois o Altíssimo, louvado e adorado em
toda a Terra, com o Vosso Filho, no Espírito Santo. Ámen!

8 - Entrega do Cenáculo

Anim.- Reunidos com Maria, para implorar o dom do Espírito Santo para a Igreja e para
o mundo, entreguemo-nos a Jesus e confiemos-lhe os Cenáculos.
Todos - Senhor Jesus, pelas mãos de Maria, Mãe e Educadora dos Apóstolos, junto
com as missionárias e os missionários santos, nós Vos confiamos os Cenáculos de
Oração Missionária.

Anim.- Fazei deles fogueiras do Vosso Espírito, no seio da Igreja. Palpite neles o amor
filial e apostólico do Vosso Coração de Bom Pastor.

Todos- Inflamai-nos a todos com as labaredas do Espírito, que jorra do Vosso


Coração aberto, crucificado e ressuscitado, presente na Eucaristia. Fazei que, juntos,
comuniquemos amor, fé e esperança, à nossa volta e até aos confins do mundo.

Anim.- Uni-nos a Vós e dai-nos o Espírito, que faça de nós uma oferenda permanente
ao Pai.

Todos - Fazei-nos crescer convosco, na obediência ao Pai. Dai-nos um coração


semelhante ao Vosso. Fazei de nós pessoas disponíveis para todo o serviço a Vós e
aos irmãos, particularmente aos mais carenciados de amor, de esperança e de
evangelização.

9- Leitura da Ata anterior, ofertório e avisos

 10- Compromissos

Revisão do compromisso anterior - Cada um narra como o realizou

Sugestão do novo compromisso - Até ao próximo encontro, rezar diariamente, pela


unidade da própria família e por aqueles que nos ofendem e/ou ofendem a
humanidade.

11- Oração conclusiva:

Deus, nosso Pai, Tu desejas que toda a humanidade se salve. Desperta em nós a força
do Teu Amor e a confiança de que Tu terás sempre a última palavra. Faz de nós
verdadeiros mediadores do Teu perdão e da Tua caridade para que, também nós,
possamos ser capazes de acolher o Teu amor e o amor dos nossos irmãos. Isto te
pedimos por Cristo nosso Senhor.

Todos - Ámen.

11.1 – Canto

12 - Bênção e despedida

Anim.- Por intercessão de Nossa Senhora e S. José, que sempre confiaram um no


outro, abençoe-nos Deus todo-poderoso, o Pai, Filho e Espírito Santo.
Todos - Amén.

Anim.- Vamos na Paz e que o Senhor nos acompanhe.

Todos – Graças a Deus.


XI

QUEM AMA, SABE ESPERAR

1- Acolhimento

Preparar a sala do encontro com velas, o globo, imagem com a Sagrada Família, a
Bíblia e acolher os elementos do grupo à medida que chegam.

2 – Introdução
Anim. – Irmãs e irmãos, reunimo-nos aqui, em comunhão com todos os Cenáculos
Missionários. A nossa comum vocação e missão é: Manter o nosso olhar na Misericórdia do
Coração de Jesus Bom Pastor e invocar, juntos e sem cessar, o dom do Espírito Santo para o
povo de Deus, para as religiões e para o mundo; oferecer ao Pai, por Cristo, a nossa vida e
viver ao serviço da comunhão. Hoje, pedimos ao Senhor o dom de saber esperar: permitir a
cada membro da família fazer a sua caminhada, sem impor as minhas ideias ou que eles
pensem como eu.

2.1 – Canto
Nada te perturbe, nada te espante. Quem a Deus tem, nada lhe falta.
Nada te perturbe, nada te espante. Só Deus basta!

2.2 - Saudação

Anim. – Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Todos – Ámen!

Anim.- A graça e a paz de Deus, nosso Pai, pelo Coração aberto de Cristo, fonte do
Espírito Santo, estejam convosco.

Todos - Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

3- Invocação do Espírito sobre o Cenáculo (Podem cantá-la ou usar oração do Anexo 2-A)

Anim.- Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!


Anim.- Abri os nossos ouvidos, iluminai a nossa inteligência e uni-nos num só coração e
numa só alma.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!


Anim.- Dai-nos o olhar e o sentir de Cristo, Bom Pastor, por cada pessoa e pelo mundo.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!


Anim.- Mostrai-nos a Vossa vontade e dai-nos a força para a cumprir com prontidão e
generosidade.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!

3.1 - Oração inicial

Senhor, que nos criaste de um modo único e singular, não nos querendo obra de uma
fábrica em série; ensina-me a aceitar e a saber caminhar com os outros membros da
minha família que são diferentes uns dos outros. Que eu possa ser nela uma pessoa
que favorece a aceitação mútua, trabalhando pelo bem-estar de todos e de cada um.

Todos – Ámen.

4 – Da Exortação Apostólica “A Alegria do Amor”


116. No Hino do Amor da 1ª Carta aos Coríntios (13, 7), S. Paulo afirma que «O Amor
Panta elpízei: não desespera do futuro. Ligado à palavra anterior («tudo crê, em tudo
tem confiança»), indica a esperança de quem sabe que o outro pode mudar; sempre
espera que seja possível um amadurecimento, um inesperado surto de beleza, que as
potencialidades mais recônditas do seu ser germinem algum dia. Não significa que,
nesta vida, tudo vai mudar; implica aceitar que nem tudo aconteça como se deseja,
mas talvez Deus escreva direito por linhas tortas e saiba tirar algum bem dos males
que não se conseguem vencer nesta terra.

117. Aqui aparece a esperança no seu sentido pleno, porque inclui a certeza duma vida
para além da morte. Aquela pessoa, com todas as suas fraquezas, é chamada à
plenitude do Céu: lá, completamente transformada pela ressurreição de Cristo,
cessarão de existir as suas fraquezas, trevas e patologias; lá, o verdadeiro ser daquela
pessoa resplandecerá com toda a sua potência de bem e beleza. Isto permite-nos, no
meio das moléstias desta terra, contemplar aquela pessoa com um olhar sobrenatural,
à luz da esperança, e aguardar aquela plenitude que, embora hoje não seja visível, há-
de receber um dia no Reino celeste.

4.1 - Silêncio

4.2 - Ressonância da Exortação

4.3 - Pistas para o diálogo:


- "Cada pessoa é um mistério" é uma afirmação que se ouve com frequência. Mantenho a
esperança de quem sabe que o outro membro da minha família pode mudar?
- O Papa diz: «Aquela pessoa, com todas as suas fraquezas, é chamada à plenitude do Céu» -
Que sinto em mim, ao ouvir essa palavra?

5 - Leitura Bíblica – Lc.2, 25-31

5.1 - Silêncio
5.2 - Ressonância da Palavra

5.3 - Pistas para o diálogo:

- "De promessas está o mundo cheio". Poder-se-á dizer o mesmo deste texto de S.
Lucas que ouvimos? Por quê?

- Que promessa foi feita a Simeão?

- Recebeu alguma comunicação especial para ir ao Templo?

5.4 - Comentário:

Cada pessoa é um mistério tão grande, inesgotável e insondável que não é possível eu
poder dizer: "Já a conheço totalmente! No máximo - para ser honesto e realista - devo
afirmar: "Eu esforcei-me, fiz o que podia e sabia e, no entanto, o mistério permanece
e, seria desastroso, para não dizer fatal, querer eliminá-la etiquetando a pessoa, não
permitindo que ela e eu façamos o nosso caminho e ela me traga surpresas e
novidades no dia-a-dia. A realidade é bem diferente daquilo que eu esperava e a
conclusão a que devo chegar é: quanto mais o/a conheço, mais misterioso/a ele/a se
me apresenta. É por isso que o amor é uma constante aventura! Nunca esqueçamos,
porém, que - "quem espera tudo alcança!".

Leitura Complementar (à decisão do COM) – “Todos, Tudo e Sempre em Missão”, n. 9


(ver aqui, em Anexo 1).

6- Preces:

Com confiança, elevemos as nossas preces ao Senhor, dizendo,

- Senhor, ouvi as nossas orações!

- Pelas vezes que fui demasiado precipitado(a) e duro(a) em julgar os outros,

- Pelas vezes em que não soube dar tempo ao tempo, como o agricultor que semeia e,
depois, espera que a semente venha a dar o seu fruto,

- Senhor, faz de cada um de nós, pessoas de esperança, que sabem aguarda, tardos em
julgar e atentos a escutar cada irmão e irmã,

- Pelos que se sentem incompreendidos por aqueles que vivem ao meu lado no dia-a-
dia,

Outras orações espontâneas…

6.1 - Pai Nosso...

7 - Oração pelo mundo (Podem ver também algum dos formulários em Anexo 2- B, C)
Anim.- Senhor, Vós sois grande e misericordioso, digno de louvor em tudo o que fazeis.

Todos - Digno de louvor e de glória para sempre e em todos os povos!

Anim.- Do Coração aberto do Vosso Filho Jesus, enviastes o Espírito Santo, que renova
os corações e o mundo!

Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra!

Anim.- Ele é o Espírito de Amor, que nos reúne como família de Jesus e faz de nós um
só coração e uma só alma, no testemunho e no serviço do Evangelho!

Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra!

Anim.- Pedimos o Vosso Espírito para os que Vos reconhecem como Pai e a Cristo
como Senhor e também para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos
amam!

Todos - Sim, ó Pai, em nome de Jesus, mandai o Vosso Espírito e renovai a Terra. Só
Vós sois Santo! Só Vós sois o Senhor! Só Vós sois o Altíssimo, louvado e adorado em
toda a Terra, com o Vosso Filho, no Espírito Santo. Ámen!

8 - Entrega do Cenáculo

Anim.- Reunidos com Maria, para implorar o dom do Espírito Santo para a Igreja e para
o mundo, entreguemo-nos a Jesus e confiemos-lhe os Cenáculos.

Todos - Senhor Jesus, pelas mãos de Maria, Mãe e Educadora dos Apóstolos, junto
com as missionárias e os missionários santos, nós Vos confiamos os Cenáculos de
Oração Missionária.

Anim.- Fazei deles fogueiras do Vosso Espírito, no seio da Igreja. Palpite neles o amor
filial e apostólico do Vosso Coração de Bom Pastor.

Todos- Inflamai-nos a todos com as labaredas do Espírito, que jorra do Vosso


Coração aberto, crucificado e ressuscitado, presente na Eucaristia. Fazei que, juntos,
comuniquemos amor, fé e esperança, à nossa volta e até aos confins do mundo.

Anim.- Uni-nos a Vós e dai-nos o Espírito, que faça de nós uma oferenda permanente
ao Pai.

Todos - Fazei-nos crescer convosco, na obediência ao Pai. Dai-nos um coração


semelhante ao Vosso. Fazei de nós pessoas disponíveis para todo o serviço a Vós e
aos irmãos, particularmente aos mais carenciados de amor, de esperança e de
evangelização.

9- Leitura da Ata anterior, ofertório e avisos


10- Compromissos

Revisão do compromisso anterior - Cada um narra como o realizou

Sugestão do novo compromisso - Ver com que membro da família sou mais
impaciente. Tentarei ser mais condescendente com ele.

11- Oração conclusiva:

Salmo 37 (36),1-8
1
Não te enfades por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a
iniquidade.
2
Pois em breve murcharão como a relva, e secarão como a erva verde.
3
Confia no Senhor e faze o bem; assim habitarás na terra, e te alimentarás em
segurança.
4
Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração.
5
Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará.
6
E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu direito como o meio-dia.
7
Descansa no Senhor, e espera nele; não te enfades por causa daquele que prospera
em seu caminho, por causa do homem que executa maus desígnios.
8
Deixa a ira, e abandona o furor; não te enfades, pois isso só leva à prática do mal.

11.1 – Canto
Abençoa, Senhor, as famílias (P. Zezinho). Ver em Anexo 3 - Cânticos

12 - Bênção e despedida

Anim.- Por intercessão de Nossa Senhora, Rainha das Missões e Estrela da


Evangelização, abençoe-nos Deus todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo.

Todos - Amén.

Anim.- Vamos em paz e que o Senhor, com Maria, Sua Mãe, nos acompanhe.

Todos – Graças a Deus.


XII

QUEM AMA, SUPORTA TUDO

1- Acolhimento

Preparar a sala do encontro com velas, o globo, imagem colocar uma imagem de
pessoas em diálogo e oração, a Bíblia e acolher os elementos do grupo à medida que
chegam.

2 – Introdução

Anim. – Irmãs e irmãos, reunimo-nos aqui, em comunhão com todos os Cenáculos


Missionários. A nossa comum vocação e missão é: Manter o nosso olhar na Misericórdia do
Coração de Jesus Bom Pastor e invocar, juntos e sem cessar, o dom do Espírito Santo para o
povo de Deus, para as religiões e para o mundo; oferecer ao Pai, por Cristo, a nossa vida e
viver ao serviço da comunhão e pedimos ao Senhor pelas famílias do mundo inteiro, para que
pela oração sejam fortalecidas e perseverantes na fé para melhor suportarem com amor as
adversidades com que se deparam no dia-a-dia da vida.

2.1 – Canto

2.2 - Saudação

Anim. – Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Todos – Ámen!

Anim.- A graça e a paz de Deus, nosso Pai, pelo Coração aberto de Cristo, fonte do
Espírito Santo, estejam convosco.

Todos - Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

3- Invocação do Espírito sobre o Cenáculo (Podem cantá-la ou usar oração do Anexo 2-A)

Anim.- Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!


Anim.- Abri os nossos ouvidos, iluminai a nossa inteligência e uni-nos num só coração e
numa só alma.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!


Anim.- Dai-nos o olhar e o sentir de Cristo, Bom Pastor, por cada pessoa e pelo mundo.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!


Anim.- Mostrai-nos a Vossa vontade e dai-nos a força para a cumprir com prontidão e
generosidade.

Todos - Vinde, Espírito Santo, e enchei o coração dos vossos fiéis!

3.1 - Oração inicial

Senhor, o Teu amor por nós é grande, dá-nos o Dom do Amor, da Fortaleza e da
Sabedoria para que nos momentos menos bons, sejam eles quais forem, saibamos
compreender e amar o outro, da mesma forma que Cristo nos amou e aceitou tal
como somos, a fim de que, no final, todos sejamos Um, n’Ele, para a Vossa gloria. Pelo
mesmo Cristo, Nosso Senhor.

Todos – Ámen.

4 – Da Exortação Apostólica “A Alegria do Amor”

118. No Hino do amor da 1ª Carta aos Coríntios, que durante este ano vimos
meditando e aplicando ao nosso viver, S. Paulo diz (13, 7) que, a pessoa que é
conduzida pelo amor «Panta hypoménei. Significa que suporta, com espírito positivo,
todas as contrariedades. É manter-se firme no meio dum ambiente hostil. Não consiste
apenas em tolerar algumas coisas molestas, mas é algo de mais amplo: uma resistência
dinâmica e constante, capaz de superar qualquer desafio. É amor que apesar de tudo
não desiste, mesmo que todo o contexto convide a outra coisa. Manifesta uma dose
de heroísmo tenaz, de força contra qualquer corrente negativa, uma opção pelo bem
que nada pode derrubar. Isto lembra-me Martin Luther King, quando reafirmava a
opção pelo amor fraterno, mesmo nomeio das piores perseguições e humilhações: «A
pessoa que mais te odeia, tem algo de bom nela; mesmo a nação que mais odeia, tem
algo de bom nela; mesmo a raça que mais odeia, tem algo de bom nela. E, quando
chegas ao ponto de fixar o rosto de cada ser humano e, bem no fundo dele, vês o que
a religião chama a “imagem de Deus”, começas, não obstante tudo, a amá-lo. Não
importa o que faça, lá vês a imagem de Deus. Há um elemento de bondade de que
nunca poderás livrar-te. (...) Outra forma de amares o teu inimigo é esta: quando surge
a oportunidade de derrotares o teu inimigo, aquele é o momento em que deves
decidir não o fazer. (...) Quando te elevas ao nível do amor, da sua grande beleza e
poder, a única coisa que procuras derrotar são os sistemas malignos. Às pessoas que
caíram na armadilha deste sistema, tu ama-las, mas procuras derrotar o sistema. (...)
Ódio por ódio só intensifica a existência do ódio e do mal no universo. Se eu te bato e
tu me bates, e eu te devolvo a pancada e tu me devolves a pancada, e assim por
diante… obviamente continua-se até ao infinito; simplesmente nunca termina. Nalgum
ponto, alguém deve ter um pouco de bom senso, e esta é a pessoa forte. A pessoa
forte é aquela que pode quebrar a cadeia do ódio, a cadeia do mal. (...) Alguém deve
ter bastante fé e moralidade para a quebrar e injetar dentro da própria estrutura do
universo o elemento forte e poderoso do amor».

119. Na vida familiar, é preciso cultivar esta força do amor, que permite lutar contra o
mal que a ameaça. O amor não se deixa dominar pelo ressentimento, o desprezo das
pessoas, o desejo de se lamentar ou vingar de alguma coisa. O ideal cristão,
nomeadamente na família, é amor que apesar de tudo não desiste. Deixa-me
maravilhado, por exemplo, a atitude das pessoas que, para se proteger da violência
física, tiveram de separar-se do seu cônjuge e todavia, pela caridade conjugal que sabe
ultrapassar os sentimentos, foram capazes de procurar o seu bem, mesmo através de
terceiros, em momentos de doença, tribulação ou dificuldade. Isto também é amor
que apesar de tudo não desiste.

4.1 – Silêncio

4.2 - Ressonância da Exortação

4.3 - Pistas para o diálogo:

- Aceito com serenidade e compreensão as contrariedades da vida, no casal e na


família?

- Quando as coisas correm mal, desisto de amar ou trabalho no amor para quebrar a
corrente do ódio?

5 - Leitura Bíblica – Rom 15, 1-7

5.1 - Silêncio

5.2 - Ressonância da Palavra

5.3 - Pistas para o diálogo:

- E eu? Qual a minha reação, quando alguém está desanimado e perdeu a sua
autoestima? Suporto e ajudo a levantar com amor ou fico indiferente?

- Tento fazer aquilo que mais me agrada e é mais confortável? Ou tento compreender,
e através da oração ser perseverante para que Deus me conceda força e espírito de
união?

5.4 - Comentário:

É verdade que o Amor tudo suporta, nos momentos de dificuldade seja ela qual for,
doença, falta de trabalho ou até a personalidade própria da pessoa, etc. É nesses
momentos que sentimos que a força é Dom gratuito de Deus que é Amor. É d’Ele que
nos vem esse amor que nos faz ser compreensivos, tolerantes e essencialmente nos
leva a nos colocarmos ao lado do outro sem mágoa nem ressentimento e sempre com
esperança. É verdade que isso se vai adquirindo através do exercício da oração diária
acompanhada da Palavra de Deus que nos ajuda e vai moldando o coração ao jeito de
Jesus. Vamos sendo mais humildes e aceitando com amor as dificuldades que se
apresentam na vida, na família. Pensar que Jesus nos ama tanto e nos aceita tal como
somos, isso nos fortalece para que o desânimo não se apodere do nosso coração e seja
para nós motivo e falta de esperança. Muitas vezes o sofrimento causado pelas
adversidades que a vida nos traz ajuda-nos a perceber que não estamos sós porque o
Amor que Deus tem por cada um é maior que o problema seja ele qual for. Então
quando partilhamos esse espírito de união e compreensão, a Família torna-se uma
escola que transmite valores e Amor que vence todo o mal.

Leitura Complementar (à decisão do COM) – “Todos, Tudo e Sempre em Missão”, n. 10


(ver aqui, em Anexo 1).

6- Preces:

Com o coração cheio de amor e gratidão, rezemos a Deus nosso Pai e Criador, dizendo:

Senhor ensina-nos a amar

- Senhor, que nas famílias se aprenda a ser generosos e disponíveis e prestar atenção
às necessidades e às emoções dos outros, dizendo:

- Senhor, que nas famílias não haja mágoa nem ressentimento, mas sim perdão,
dizendo:

- Senhor, que nos criastes para sermos felizes através do amor, livra-nos de toda a
espécie de egoísmo nas nossas relações familiares, dizendo:

Outras orações espontâneas…

6.1 - Pai Nosso...

7 - Oração pelo mundo (Podem ver também algum dos formulários em Anexo 2- B, C)

Anim.- Senhor, Vós sois grande e misericordioso, digno de louvor em tudo o que
fazeis.

Todos - Digno de louvor e de glória para sempre e em todos os povos!

Anim.- Do Coração aberto do Vosso Filho Jesus, enviastes o Espírito Santo, que renova
os corações e o mundo!

Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra!

Anim.- Ele é o Espírito de Amor, que nos reúne como família de Jesus e faz de nós um
só coração e uma só alma, no testemunho e no serviço do Evangelho!

Todos - Mandai, Senhor, o Vosso Espírito e renovai a Terra!

Anim.- Pedimos o Vosso Espírito para os que Vos reconhecem como Pai e a Cristo
como Senhor e também para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos
amam!

Todos - Sim, ó Pai, em nome de Jesus, mandai o Vosso Espírito e renovai a Terra. Só
Vós sois Santo! Só Vós sois o Senhor! Só Vós sois o Altíssimo, louvado e adorado em
toda a Terra, com o Vosso Filho, no Espírito Santo. Ámen!
8 - Entrega do Cenáculo

Anim.- Reunidos com Maria, para implorar o dom do Espírito Santo para a Igreja e para
o mundo, entreguemo-nos a Jesus e confiemos-lhe os Cenáculos.

Todos - Senhor Jesus, pelas mãos de Maria, Mãe e Educadora dos Apóstolos, junto
com as missionárias e os missionários santos, nós Vos confiamos os Cenáculos de
Oração Missionária.

Anim.- Fazei deles fogueiras do Vosso Espírito, no seio da Igreja. Palpite neles o amor
filial e apostólico do Vosso Coração de Bom Pastor.

Todos - Inflamai-nos a todos com as labaredas do Espírito, que jorra do Vosso


Coração aberto, crucificado e ressuscitado, presente na Eucaristia. Fazei que, juntos,
comuniquemos amor, fé e esperança, à nossa volta e até aos confins do mundo.

Anim.- Uni-nos a Vós e dai-nos o Espírito, que faça de nós uma oferenda permanente
ao Pai.

Todos - Fazei-nos crescer convosco, na obediência ao Pai. Dai-nos um coração


semelhante ao Vosso. Fazei de nós pessoas disponíveis para todo o serviço a Vós e
aos irmãos, particularmente aos mais carenciados de amor, de esperança e de
evangelização.

9- Leitura da Ata anterior, ofertório e avisos

 10- Compromissos

Revisão do compromisso anterior - Cada um narra como o realizou

Sugestão do novo compromisso -Ao longo deste mês, acolher as dificuldades com
paciência, serenidade e amor, pedindo ao Senhor que nos dê um coração manso e
humilde semelhante ao Seu.

11- Oração conclusiva:

Senhor, que nos convidas a suportar as dificuldades que nos vão surgindo no dia-a-dia,
ajuda-nos a acolher o Teu Espírito de Amor e Mansidão para que assim possamos ser
homem e mulher construtores de uma Família feliz, tendo como modelo a Família de
Nazaré.

Todos - Ámen.

11.1 – Canto: Maria de Nazaré

12 - Bênção e despedida
Anim.- Por intercessão de Nossa Senhora, Rainha das Missões e Estrela da
Evangelização, abençoe-nos Deus todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo.

Todos - Amén.

Anim.- Vamos em paz e que o Senhor, com Maria, Sua Mãe, nos acompanhe.

Todos – Graças a Deus.


ANEXOS
Anexo 1 NOTA PASTORAL DA CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA (CEP) para o
Ano Missionário de 2018-2019 e o Mês Missionário Extraordinário de
outubro de 2019

Anexo 2 ORAÇÕES

Anexo 3 CÂNTICOS

ANEXO 1
“TODOS, TUDO E SEMPRE EM MISSÃO”
Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa para o Ano Missionário e o Mês
Missionário Extraordinário
1. Por motivo do centenário da Carta Apostólica Maximum Illud, de 30 de novembro de 1919,
do Papa Bento XV, o Papa Francisco declarou o mês de outubro de 2019 “Mês Missionário
Extraordinário”, tendo como objetivo despertar para uma maior consciência da missão e
retomar com novo impulso a transformação missionária da vida e da pastoral.

Em união com o Santo Padre, queremos celebrar esse centenário apelando a um maior vigor
missionário em todas as dioceses, paróquias, comunidades e grupos eclesiais, desde os adultos
aos jovens e crianças.

Acolhendo com alegria a proposta do Papa Francisco de um Mês Missionário Extraordinário para
toda a Igreja, nós, Bispos portugueses, propomo-nos ir mais longe e celebraremos esse mês como
etapa final de um Ano Missionário em todas as nossas Dioceses, de outubro de 2018 a outubro de
2019.

Encontro pessoal com Jesus Cristo

2. Desde o início do seu pontificado, o Papa Francisco tem convidado todo o cristão, em
qualquer lugar e situação, a renovar o seu encontro pessoal com Jesus Cristo, a tomar a
decisão de se deixar encontrar por Ele e a procurá-l’O dia-a-dia, sem cessar. Repetidas vezes,
no seguimento dos seus antecessores, tem lembrado que a ação missionária é o “paradigma
de toda a obra da Igreja”. Assim sendo, não podemos ficar tranquilos, em espera passiva: é
necessário passar de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente
missionária.

Com o “sonho missionário de chegar a todos”, o Santo Padre tem incentivado a ir às periferias,
a ir até junto dos pobres, convidando os jovens a “fazer ruído”, a não “ficarem no sofá” a
verem a vida a passar. Convida a Igreja a não ficar entre si sem correr riscos, mas ter a
coragem de ser uma Igreja viva, acolhedora, dos excluídos e dos estrangeiros.
3. No centro desta iniciativa, que envolve a Igreja universal, estão a oração, o testemunho e a
reflexão sobre a centralidade da missão como estado permanente do envio para a primeira
evangelização (Mt 28,19). Trata-se de colocar a missão de Jesus no coração da própria Igreja,
transformando-a em critério para medir a eficácia das estruturas, os resultados do trabalho, a
fecundidade dos seus ministros e a alegria que são capazes de suscitar, porque sem alegria não
se atrai ninguém.

Em estado permanente de Missão

4. A preocupação que tinha Bento XV há quase cem anos, e que o documento conciliar Ad
gentes nos recorda há mais de cinquenta anos, permanece plenamente atual. Lembrando as
palavras de São João Paulo II, “a missão de Cristo Redentor, confiada à Igreja, está ainda longe
do seu pleno cumprimento. Uma visão de conjunto da humanidade mostra que tal missão está
ainda no começo, e devemos empenhar-nos com todas as forças no seu serviço… A missão
renova a Igreja, revigora a sua fé e identidade, dá-lhe novo entusiasmo e novas motivações. É
dando a fé que ela se fortalece! A nova evangelização dos povos cristãos há de encontrar
também inspiração e apoio no empenho pela missão universal”. Só assim nos constituímos em
“estado permanente de missão em todas as regiões da Terra”.

5. Se Bento XV convidava “cada um a pensar que deve ser como que a alma da sua missão”, o
Papa Francisco diz que é tarefa diária de cada um “levar o Evangelho às pessoas com quem se
encontra, porque o anúncio do Evangelho, Jesus Cristo, é o anúncio essencial, o mais belo,
mais importante, mais atraente e, ao mesmo tempo, o mais necessário” (EG 127).

Como discípulos missionários, devemos entrar decididamente com todas as forças nos
processos constantes de renovação missionária, pois, hoje, cada terra e cada dimensão
humana são terra de missão à espera do anúncio do Evangelho.

Viver a Missão

6. O Papa Francisco indica quatro dimensões para prepararmos e vivermos o Mês Missionário
Extraordinário de outubro de 2019:

 - Encontro pessoal com Jesus Cristo vivo na sua Igreja: Eucaristia, Palavra de Deus,
oração pessoal e comunitária.
 - Testemunho: os santos, os mártires da missão e os confessores da fé, que são
expressão das Igrejas espalhadas pelo mundo.
 - Formação: bíblica, catequética, espiritual e teológica sobre a missão.
 - Caridade missionária: ajuda material para o imenso trabalho da evangelização e da
formação cristã nas Igrejas mais necessitadas.
Estas dimensões de oração, reflexão e ação propostas pelo Santo Padre, assim como o tema
do Dia Mundial das Missões em 2019 – “Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no
mundo” – estarão presentes nas várias iniciativas diocesanas ao longo de todo o Ano
Missionário, sempre centrados na Palavra e na Eucaristia: “partilhar a Palavra e celebrar juntos
a Eucaristia torna-nos mais irmãos e vai-nos transformando pouco a pouco em comunidade
santa e missionária”.

7. A missão dada por Jesus aos seus discípulos é impressionante: uma missão ampla “por todo
o mundo” (Mc 16,15), “a todas as gentes” (Mt 28,19), eficaz nos “sinais” que a acompanham
(Mc 16,17), profunda e alegre, que só pode realizar-se desde a experiência do Ressuscitado e a
sua colaboração confirmada (Mc 16,20). Do encontro com a Pessoa de Jesus Cristo nasce a
Missão que não se baseia em ideias nem em territórios, mas “parte do coração” e dirige-se ao
coração, uma vez que são “os corações os verdadeiros destinatários da atividade missionária
do Povo de Deus”.

8. As iniciativas e atividades de cooperação missionária são dirigidas e coordenadas em toda a


parte, por mandato do Sumo Pontífice, pela Congregação para a Evangelização dos Povos.
Contudo, cabe às Igrejas locais, quer a nível nacional, através das Comissões Episcopais das
Missões, quer a nível diocesano, na pessoa do próprio Bispo, tarefas semelhantes. A
Congregação para a Evangelização dos Povos serve-se, em cada país, das quatro Obras
Missionárias Pontifícias (OMP) [Propagação da Fé, Infância Missionária, São Pedro Apóstolo,
União Missionária], que sendo as Obras do Papa, são-no também do Episcopado e de todo o
Povo de Deus, devendo dar-se-lhes, com todo o direito, o primeiro lugar.

É por isso que apelamos uma vez mais para que em todas as nossas dioceses surjam “Centros
Missionários Diocesanos (CMD) e Grupos Missionários Paroquiais (GMP), laboratórios missionários,
células paroquiais de evangelização que, em consonância com as OMP e os Centros de animação
missionária dos Institutos Missionários, possam fazer com que a missão universal ganhe corpo em
todos os âmbitos da pastoral e da vida cristã”, que nos animem a ter a coragem de alcançar todas
as periferias que precisam da luz do Evangelho, numa missão total que deve envolver Todos, Tudo
e Sempre.

Renovação missionária

9. Ao longo deste Ano Missionário, de outubro de 2018 a outubro de 2019, façamos todos –
bispos, padres, diáconos, consagrados e consagradas, adultos, jovens, adolescentes, crianças –
a experiência da missão. Sair. Irmos até uma outra paróquia, uma outra diocese, um outro país
em missão, para sentirmos que somos chamados por vocação a sermos universais, ou seja, a
termos responsabilidade não só sobre a nossa comunidade, mas sobre o mundo inteiro.

Paulo VI interpela-nos a “conservar o fervor do espírito e a suave e reconfortante alegria de


evangelizar, mesmo quando for preciso semear com lágrimas… É que o mundo do nosso
tempo que procura, ora na angústia, ora com esperança, quer receber a Boa Nova dos lábios,
não de evangelizadores tristes e desencorajados, impacientes ou ansiosos, mas sim de
discípulos missionários do Evangelho cuja vida irradie fervor, pois foram quem recebeu
primeiro em si a alegria de Cristo, e são aqueles que aceitaram arriscar a sua própria vida para
que o reino seja anunciado e a Igreja seja implantada no meio do mundo”.

Não esqueçamos as novas gerações e o mundo dos jovens, que nos chamam a construir uma
pastoral missionária “para” e “a partir” dos jovens. No contacto direto com eles, com as suas
esperanças e frustrações, anseios e contradições, tristezas e alegrias, anunciemos as boas
notícias da parte de Deus. Nesse contacto, à imagem do Senhor Jesus, “o missionário não se
irrita, não desanima, não despreza nem trata com dureza… mas a todos procura atrair com
bondade até aos braços de Cristo, o Bom Pastor” (MI 43).

10. Que este Ano Missionário se torne uma ocasião de graça, intensa e fecunda, de modo que
desperte o entusiasmo missionário. E que este jamais nos seja roubado! Nesse entusiasmo, a
formação missionária deve perpassar toda a nossa catequese e as escolas de leigos, e ser
inserida nos currículos dos Seminários e das Faculdades de Teologia.
Celebremos este Ano Missionário “sob a proteção de Maria, para que sejamos no mundo
sentinelas da madrugada que sabem contemplar o verdadeiro rosto de Jesus Salvador, aquele
que brilhou na Páscoa, e descobrir novamente o rosto jovem e belo da Igreja, que brilha
quando é missionária, acolhedora, livre, fiel, pobre de meios e rica no amor”.
Fátima, 20 de maio de 2018, Solenidade do Pentecostes
ANEXO 2 - ORAÇÕES

OFERECIMENTO DAS OBRAS DO DIA

Ofereço-Vos, ó meu Deus,


em união com o santíssimo Coração de Jesus
e por meio do Coração Imaculado de Maria,
as orações, os trabalhos, as alegrias e os sofrimentos deste dia,
em reparação de todas as ofensas e por todas as intenções
pelas quais o mesmo divino Coração está continuamente intercedendo
e sacrificando-se nos nossos altares.
Eu Vo-los ofereço, de modo particular,
pelas intenções do Apostolado da Oração neste mês e neste dia.

A) ORAÇÕES AO ESPÍRITO SANTO

1. Espírito de Deus
* Espírito de Deus,
Enviai dos céus um raio da vossa luz!
Vinde, Pai dos pobres, dai aos corações vossos sete dons.
* Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde!
No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem.
Sem a luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele.
* Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente.
Dobrai o que é duro, guiai no escuro, o frio aquecei.
Dai à vossa Igreja, que espera e deseja, vossos sete dons
* Dai em prémio ao forte uma santa morte, alegria eterna!
Enchei, luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós!

2. Vem, Criador Espírito de Deus

* Vem, criador Espírito de Deus, visita o coração dos teus fiéis


E com a graça do alto os purifica.
* Paráclito do Pai, Consolador, sê para nós a fonte de água viva,
O fogo do amor e a unção celeste.
* Nos sete dons que descem sobre o mundo,
Nas línguas que proclamam o Evangelho,
Realiza a promessa de Deus Pai.
* Ilumina, Senhor, a nossa mente, acende em nós a tua caridade,
Infunde em nosso peito a fortaleza.
* Livra-nos das ciladas do inimigo, dá-nos a tua paz, e evitaremos
Perigos e incertezas no caminho.
* Dá-nos a conhecer o amor do Pai e o coração de Cristo nos revela,
Espírito de ambos procedente.
* Louvemos a Deus Pai e a seu Filho,
Dêmos glória ao Espírito Paráclito,
Agora e pelos séculos sem fim. Ámen (Da Liturgia das Horas)

3. Oração a pedir os Dons do Espírito Santo


* Vinde, Espírito Divino, Celeste Consolador,
E realizai nas almas as obras do vosso amor.
* Vinde, Espírito Divino, com o dom da Sapiência,
Ensinar a distinguir a verdade da aparência.
* Vinde, Espírito Divino, vinde ao nosso coração,
A mostrar-nos o caminho que conduz à salvação.
* Vinde, Espírito Divino, com o dom da Fortaleza,
Fazer crescer nossa fé com invencível firmeza.
* Dai certeza aos nossos passos, luz aos nossos pensamentos,
Para que sejam conformes com os vossos mandamentos.
* Para que todos unidos no fogo da caridade
Sejamos irmãos, agora e por toda a eternidade. Ámen.

B) Orações Universais (pelo mundo e a Igreja-Missão) inspiradas na Liturgia20


1. Das I Vésperas de Pentecostes

Anim. - Celebremos alegremente a glória de Deus, que deu aos Apóstolos, aos Discípulos e
Discípulas a plenitude do Espírito Santo; e, cheios de fé e entusiasmo, supliquemos dizendo:
Todos - Enviai, Senhor, o vosso Espírito e renovai a face da terra.

Anim. - Vós que no princípio criastes o céu e a terra, e ao chegar a plenitude dos tempos
renovastes todas as coisas por meio de Jesus Cristo,
Todos - Renovai, pelo vosso Espírito, a face da terra e conduzi os homens à salvação.

Anim. - Vós que infundistes o sopro de vida no rosto de Adão,


Todos - Enviai o vosso Espírito à Igreja, para que, vivificada e rejuvenescida, comunique a
vossa vida ao mundo.

Anim. - Iluminai todos os homens com a luz do vosso Espírito e dissipai as trevas do nosso
tempo,
Todos - Para que o ódio se converta em amor, o sofrimento em alegria e a guerra em paz.

Anim. - Fecundai o mundo com a água viva do Espírito, que brota do coração de Cristo,
Todos - E livrai a nossa terra de todo o mal.

Anim. - Vós que conduzis os homens à vida eterna por meio do Espírito Santo,
Todos - Dignai-Vos levar, pelo mesmo Espírito, os nossos irmãos defuntos à alegria eterna da
vossa presença.

Anim. - Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do
vosso amor,
Todos - Vós que congregastes os povos de todas as línguas na confissão duma só fé.

2. Das Laudes de Pentecostes

20
NB – Extraídas da Liturgia das Horas, edição do SNL on line (com algumas alterações)
Anim. - Oremos a Cristo Senhor, que pelo Espírito Santo nos reuniu na sua Igreja, e digamos
com fé:
Todos - Renovai, Senhor, a face da terra.

Anim. - Senhor Jesus, que, levantado na cruz, fizestes brotar do vosso lado uma fonte de água
viva,
Todos - Enviai-nos o vosso Espírito de vida eterna.

Anim. - Vós que do Céu fizestes descer sobre os discípulos o Dom do Pai,
Todos - Enviai o vosso Espírito para criar um mundo novo.

Anim. - Vós que destes aos Apóstolos o poder de perdoar os pecados,


Todos- Enviai o vosso Espírito para reconciliar e salvar todos os homens.

Anim. - Vós que prometestes o Espírito Santo para nos ensinar toda a verdade e recordar tudo
o que nos dissestes,
Todos - Enviai-nos o mesmo Espírito para que ilumine a nossa fé.

Anim. - Vós que nos prometestes o Espírito da verdade para nos dar testemunho de Vós,
Todos - Enviai-nos o mesmo Espírito, para que faça de nós testemunhas fiéis da vossa
verdade.

Anim. - Deus do universo, que no mistério do Pentecostes santificais a Igreja dispersa entre
todos os povos e nações,
TODOS - derramai sobre a terra os dons do Espírito Santo,

Anim. - De modo que também hoje...


TODOS -... Se renovem nos corações dos fiéis os prodígios realizados nos primórdios da
pregação do Evangelho.

3. Das II Vésperas de Pentecostes

Anim. - Oremos a Deus Pai, que por Jesus Cristo reuniu a sua Igreja; e digamos com alegria:
Todos - Enviai, Senhor, à Igreja o vosso Espírito Santo.

Anim. - Fazei que todos os cristãos, unidos num só Batismo e no mesmo Espírito,
Todos - Sejam um só coração e uma só alma.

Anim. - Vós que enchestes todo o universo com o vosso Espírito,


Todos - fazei que os homens construam um mundo novo de justiça e paz.

Anim. - Senhor, Pai de todos os homens, que quereis reunir na confissão da mesma fé todos os
vossos filhos dispersos,
Todos - Iluminai a terra inteira com a graça do Espírito Santo.

Anim. - Vós que renovais todas as coisas pelo vosso Espírito,


Todos - Concedei a saúde aos enfermos, a consolação aos tristes e a salvação a todos os
homens.

Anim. - Vós que pelo Espírito Santo ressuscitastes o vosso Filho de entre os mortos,
Todos - Dai a vida eterna aos nossos irmãos defuntos.
Anim. – Pai, Jesus disse: Não sois vós que falais. O Espírito do vosso Pai falará em vós.
Todos - Aumentai a nossa fé e acendei em nós a luz do Espírito Santo.

C) DAS FAMÍLIAS, NAS FAMÍLIAS, PELAS FAMÍLIAS,


1. Do Papa Bento XVI 21
Ó Deus, na Sagrada Família deixastes-nos um modelo perfeito de vida familiar vivida na fé e na
obediência à Vossa vontade. Ajudai-nos a ser exemplo de fé e amor aos Vossos mandamentos.
Socorrei-nos na nossa missão de transmitir a fé aos nossos filhos.
Abri o seu coração para que cresça neles a semente da fé que receberam no batismo.
Fortalecei a fé dos nossos jovens, para que cresçam no conhecimento de Jesus.
Aumentai o amor e a fidelidade em todos os casais, especialmente naqueles que passam por
momentos de sofrimento ou dificuldade. Unidos com José e Maria, pedimo-Vos por Jesus
Cristo vosso Filho, nosso Senhor. Ámen.

2. Oração à Sagrada Família22


Jesus, Maria e José,
em Vós contemplamos o esplendor do verdadeiro amor.
Confiantes, a Vós nos consagramos.
Sagrada Família de Nazaré, tornai também as nossas famílias
lugares de comunhão e cenáculos de oração,
autênticas escolas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas.
Sagrada Família de Nazaré, que nunca mais haja nas famílias
episódios de violência, de fechamento e divisão;
e quem tiver sido ferido ou escandalizado
seja rapidamente consolado e curado.
Sagrada Família de Nazaré, fazei que todos nos tornemos conscientes
do carácter sagrado e inviolável da família,
da sua beleza no projeto de Deus.
Jesus, Maria e José,
ouvi-nos e acolhei a nossa súplica. Amém.
3. Oração pela família23
Senhor, nós vos louvamos pela nossa família e agradecemos a vossa presença no nosso lar.
Iluminai-nos para que sejamos capazes de assumir o nosso compromisso de fé na Igreja e de
participar da vida da nossa comunidade.
Ensinai-nos a viver a vossa palavra e o Vosso mandamento de Amor, a exemplo da FAMÍLIA DE
NAZARÉ. Concedei-nos a capacidade de compreendermos as nossas diferenças de idade, de
sexo, de caráter, para nos ajudarmos mutuamente, perdoarmos os nossos erros e vivermos em
harmonia.
 Dai-nos, Senhor, saúde, trabalho e um lar onde possamos viver felizes. Ensinai-nos a partilhar
o que temos com os mais necessitados e empobrecidos, e dai-nos a graça de aceitar com fé e
serenidade a doença e a morte quando se aproximem de nossa família.
Ajudai-nos a respeitar e incentivar a vocação dos nossos filhos quando os quiserdes chamar a
Vosso serviço. Que na nossa família reine a confiança, a fidelidade, o respeito mútuo, para que
21
www.obradoespiritosanto.com
22
Papa Francisco: Em A Alegria do Amor, fim.
23
https://www.encontrocomcristo.com.br/oracao-pela-familia/
o amor se fortifique e nos una cada vez mais. Permanecei na nossa família, Senhor, e abençoai
o nosso lar hoje e sempre. Amém!

4. Oração da família: Senhor, nosso Pai24


1- Senhor, nosso Pai, Tu quiseste que o Teu Filho
nascesse e crescesse no seio de uma família como as outras.
Assim, ao longo de uma vida simples,
Ele aprendeu, pouco a pouco, de José e de Maria
a tornar Se adulto e a descobrir a sua missão.
2- Por isso, Senhor, nosso Pai, nós Te pedimos que as famílias de hoje
sejam fortes, estáveis e vivam em harmonia.
Que cada um atinja o pleno desenvolvimento
na alegria de estar juntos, até ao perdão.
3- Que elas escutem todos os apelos vindos de fora.
Pai, tu que és todo Ternura, concede às famílias feridas pela doença,
o luto, a divisão ou a rotura, a coragem de continuarem a crescer
e a esperar em Ti, sem nunca perderem a confiança um no outro.
4- Que cada família acolha o Teu Espírito
e, dia após dia, d’Ele receba a inspiração.
Isto é vital para a Igreja. Isto é vital para o mundo.

5. Oração para pedir a paz na família25


* Meu Jesus, os profetas Vos anunciaram como o Príncipe da Paz.
Os anjos anunciaram paz aos homens, 
por ocasião do vosso nascimento. 
Morrestes na cruz para consolidar a paz 
entre Deus e os homens. 
"A paz esteja convosco!", 
dissestes aos Apóstolos, no dia da ressurreição. 
Aos mesmos Apóstolos ordenastes: 
"Quando entrardes em alguma casa, 
dizei: a paz esteja nesta casa".
* Senhor, fazei entrar a paz em nossa família. 
Que haja união, compreensão e amor.
* Dai-me, especialmente a mim, 
o espírito de humildade e paciência 
para com a minha esposa (ou esposo), 
amor e carinho para com meus pais e sogros, 
dedicação aos meus filhos e bondade 
para com todos em casa. 
* Fazei que os irmãos se tratem como verdadeiros irmãos.
Ajudai-nos a conservar a paz na família 
para merecermos a paz definitiva no céu. Ámen.

6. Magnificat (Lc 1, 46-55)

24
Card. Dannels, in http://www.paroquias.org/oracoes/?o=223
25
http://www.paroquias.org/oracoes/?o=223
46
A minha alma glorifica o Senhor
47
e o meu espírito exulta em Deus, meu Salvador.
48
Porque pôs os olhos na humildade da sua serva.
De hoje em diante, me chamarão bem-aventurada todas as gerações.
49
O Todo-poderoso fez em mim maravilhas.
Santo é o seu nome.
50
A sua misericórdia se estende de geração em geração 
sobre aqueles que o temem.
51
Manifestou o poder do seu braço
e dispersou os soberbos.
52
Derrubou os poderosos de seus tronos
e exaltou os humildes.
53
Aos famintos encheu de bens
e aos ricos despediu de mãos vazias.
54
Acolheu a Israel, seu servo, 
lembrado da sua misericórdia, 
55
como tinha prometido a nossos pais,
a Abraão e à sua descendência, para sempre.
Glória ao Pai...

7. Salmos
Salmo 112 (113)

Louvai, servos do Senhor * louvai o nome do Senhor.


Bendito seja o nome do Senhor, * agora e para sempre.
Desde o nascer ao pôr-do-sol, * seja louvado o nome do Senhor
O Senhor domina sobre todos os povos; * a sua glória está acima dos céus.
Quem se compara ao Senhor nosso Deus, * que tem o seu trono nas alturas
E Se inclina lá do alto, * a olhar o céu e a terra?
Levanta do pó o indigente * e tira o pobre da miséria,
Para o fazer sentar com os grandes, * Com os grandes do seu povo;
E no lar transforma a estéril * em ditosa mãe de família.
Glória ao Pai...

Salmo 146 (147)


1 Louvai o Senhor, porque é bom cantar, * é agradável e justo celebrar o seu louvor.
2 O Senhor edificou Jerusalém, * congregou os dispersos de Israel.
3 Sarou os corações dilacerados * e ligou as suas feridas.
4 Fixou o número das estrelas * e deu a cada uma o seu nome.
5Grande é o nosso Deus e todo-poderoso, * é sem limites a sua sabedoria.
6 O Senhor conforta os humildes * e abate os ímpios até ao chão.
7 Cantai ao Senhor em ação de graças, * com a cítara cantai ao nosso Deus.
8 Ele cobre de nuvens o céu, * faz cair a chuva sobre a terra.
Faz germinar a erva nos montes * e as plantas que servem ao homem.
9 Dá alimento aos animais * e às aves o que Lhe pedem.
10 Não é o vigor do cavalo que Lhe agrada, * nem a força do homem.
11 Agradam ao Senhor aqueles que O temem * e confiam na sua bondade.
Glória ao Pai...
ANEXO 3 – CÂNTICOS
1. HINO DOS CENÁCULOS MISSIONÁRIOS (Paginador: inserir a pauta da música do
HINO – ver ficheiro do livro precedente)

2. AMAR COMO JESUS AMOU (Padre Zezinho)


1. Um dia uma criança me parou
Olhou-me nos meus olhos a sorrir
Caneta e papel na sua mão
Tarefa escolar para cumprir
E perguntou no meio de um sorriso
O que é preciso para ser feliz?
Ref. Amar como Jesus amou
Sonhar como Jesus sonhou
Pensar como Jesus pensou
Viver como Jesus viveu
Sentir o que Jesus sentia
Sorrir como Jesus sorria
E ao chegar ao fim do dia
Eu sei que dormiria muito mais feliz
2. Ouvindo o que eu falei ela me olhou
E disse que era lindo o que eu falei
Pediu que eu repetisse, por favor
Mas não dissesse tudo de uma vez
E perguntou de novo num sorriso
O que é preciso para ser feliz? – Ref.
3. Depois que eu terminei de repetir
Seus olhos não saíram do papel
Toquei no seu rostinho e a sorrir
Pedi que ao transmitir fosse fiel
E ela deu-me um beijo demorado
E ao meu lado foi dizendo assim: - Ref.

3. DÁ-NOS UM CORAÇÃO (A. Espinosa)


Dá-nos um coração, grande para amar.
Dá-nos um coração, forte para lutar.

1. Homens novos criadores da história, / construtores da nova humanidade,


homens novos que vivem a existência, / como risco de um longo caminhar!

2. Homens novos lutando em esperança, / caminhantes sedentos de verdade,


homens novos sem freios nem cadeias, / homens livres que exigem liberdade!

3. Homens novos amando sem fronteiras, / não havendo mais raça nem lugar,
homens novos ao lado dos mais pobres, / partilhando com eles teto e pão!

4. ORAÇÃO PELA FAMÍLIA (Cântico do Padre Zezinho)


1. Que nenhuma família comece em qualquer de repente
Que nenhuma família termine por falta de amor
Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente
E que nada no mundo separe um casal sonhador!

Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte


Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois
Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte
Que eles vivam do ontem, do hoje em função de um depois
Que a família comece e termine sabendo onde vai
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor
E que os filhos conheçam a força que brota do amor!
Abençoa, Senhor, as famílias! Amém!
Abençoa, Senhor, a minha também (2x)
2. Que marido e mulher tenham força de amar sem medida
Que ninguém vá dormir sem pedir ou sem dar seu perdão
Que as crianças aprendam no colo, o sentido da vida
Que a família celebre a partilha do abraço e do pão!
Que marido e mulher não se traiam, nem traiam seus filhos
Que o ciúme não mate a certeza do amor entre os dois
Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho
Seja a firme esperança de um céu aqui mesmo e depois
Que a família comece e termine sabendo onde vai
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor
E que os filhos conheçam a força que brota do amor!
Abençoa, Senhor, as famílias! Amém!
Abençoa, Senhor, a minha também (2x)

5. MARIA DE NAZARÉ (Padre Zezinho)


Maria de Nazaré, Maria me cativou
Fez mais forte a minha fé
E por filho me adotou
Às vezes eu paro e fico a pensar
E sem perceber, me vejo a rezar
E meu coração se põe a cantar
Pra Virgem de Nazaré.
Menina que Deus amou e escolheu
Pra mãe de Jesus, o Filho de Deus
Maria que o povo inteiro elegeu
Senhora e Mãe do Céu
Ref. Avé Maria, Avé Maria, Avé Maria, Mãe de Jesus!

Maria que eu quero bem, Maria do puro amor


Igual a você, ninguém
Mãe pura do meu Senhor
Em cada mulher que a terra criou
Um traço de Deus Maria deixou
Um sonho de Mãe Maria plantou
Pro mundo encontrar a paz
Maria que fez o Cristo falar, Maria que fez Jesus caminhar
Maria que só viveu pra seu Deus
Maria do povo meu. Ref.
CASAS DE REFERÊNCIA DOS COM

Zona Norte
Missionários Combonianos - Famalicão

Rua Frei Bartolomeu dos Mártires, 1695

4760 - 037 V. N. FAMALICÃO

Telefone: 252 322 436

famalicao@combonianos.pt

Missionários Combonianos - Maia

Rua Augusto Simões, 108

4470 - 147 MAIA

Telefone: 229 448 317

maia@combonianos.pt

Instituto Secular Missionárias Combonianas - Porto

R. Belém, 362

4300-067 PORTO

Telefone: 225026153

Zona Centro
Missionárias Reparadoras do Coração de Jesus - Águeda

Rua Dr. Correia de Miranda, 27

3750-755 TRAVASSÔ

Telefone: 234229238

Missionários Combonianos - Viseu

Rua Pedro Álvares Cabral, 301

3504-521 VISEU

Telefone: 232 422834

viseu@combonianos.pt

Irmãs Missionárias Combonianas - Viseu

Rua Daniel Comboni,122

Bairro de Sta. Eugénia

3500-031 VISEU

Telefone: 232 424 502

Missionários Combonianos - Calvão

ESTRADA NACIONAL 109, CASA n. 224

3840-061 CALVÃO VGS

Telefone: 234 783 391


calvao@combonianos.pt

Leigos Missionários Combonianos

leigos.combonianos@gmail.com

Zona Sul
Missionários Combonianos - Santarém

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2005 - 438 SANTARÉM

Telefone 243 351 331

santarem@combonianos.pt

Missionários Combonianos - Lisboa

Calçada Eng.º Miguel Pais, 9

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Missionários Combonianos -Camarate

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2680-124 CAMARATE

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MEMBROS DO NÚCLEO NACIONAL DE COORDENAÇÃO DOS COM

Liliane Vélia Mendonça

P. Claudino Ferreira Gomes

Alcides Ferreira

P. José Francisco Dias

Ir. Zélia Maria Rosa Esteves

Arminda Ferreira Gomes

Clara Prista

Maria Ascensão Pereira

P. Dário Balula Chaves

Ir. Valentim Rodrigues

Olinda Coelho

P. Alberto Vieira

P. José Tavares

P. Victor Dias
Índice .....
Última página da capa: Foto: Logotipo dos COM (em selo de água,
sob o texto ou à parte do texto?).

Texto: «Os "Cenáculos de oração missionária” (...) constituem um significativo instrumento de


animação e de renovação da espiritualidade missionária» (S. JOÃO PAULO II – Homilia).

A incansável obra missionária (de Daniel Comboni) era sustentada pela oração, que ele
apresentava como o primeiro meio de evangelização e de animação missionária (...).
A oração deve-se tornar também hoje cada vez mais o primeiro e fundamental meio de ação
missionária, na Igreja. Por isso, exprimo o meu vivo apreço pela preciosa obra realizada neste
campo pelos “Cenáculos de oração missionária” (...). Desejo que esta válida iniciativa pastoral
se continue a difundir nas paróquias, em harmonia com as outras atividades pastorais, a dar
vigor à consciência missionária de todos os batizados» (S. JOÃO PAULO II – Mensagem).

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