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Avoz Da Fatima 1922 1930 Otimizados

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Ano I LEIRIA., 18 de Outu.bro clc 1.0.22 N.

0 1

(COM AP.I?.O''V AçÀO ECLESXASTICA)


Diroo-tor, 'Proprio-torlo o Editor .A.dmlnl,s-trador: PAOOE M. PEf?F.IRA DA SILVA
DOUTOR MANUEL MARQUES D0S SANTOS REDACçÀo E ADMtNISTRAçAo
RU.A D- NUNO .A:.LV.ARES PERE:r.R:A
Composto e impresso nu Imprensa Comercial, a Sé - Leiria (BEATO NU~O DE SANTA J\I\RIA)


Beato Nuno de Santa Maria ma hora, no dia treze dos meses se-

H que "imos (D. Nuno Hlnares Perelra)


guintes, alé Outubro. Nesses seis
méses a concorrencia de devotos e
curiosos ao locai das apparic,:0es fol
augmenfando consideravelmente de
SoLLICITADo desde a primeira hora mes para mes. Segundo os calculos
a
a prestar Voz da Fatima, na mais mais exactos, estiveram presentes
larga medida possivel, o concurso da trinta mii pessoas em treze de Setem-
mlnha alias humilde e despretenciosa bro e cerca de setenta mii em treze
collabora.;ào, nào posso deixar de de Outubro. Durante a~ appariç~es
acceder a tào honroso convite, ji esfabelecia-se entre a Visào e a Lu-
pela gentileza e captivante insisten- cia um dialogo, em que aquella fazia
cia com que me é feito, ja porque a inocente pastorinha diversos pedi-
assim m'o impòe a indole particular dos e promessas. Disse entre outras
desta revista que sem duvida vem cousas, que recomendasse a todos
preencher uma verdadeira lacuna e a recitaç~o do terço e o arrependi-
quf.' tào querida deve ser de todos mento dos pecados para applacar a
os pvrlugul:'zes que amam entranha- justiça divina e suspender castigos
damt:nte a Egreja e a Patria. imminentes, communlcou um -se-
Ninguem ignora hoje no nosso grcdo e pediu que se erlgisse uma
paiz que, ha precisamente 5 annos, capella em sua honra.
urna sèrie de acontecimentos de todo Signaes extraordinarios no ceu e
o ponto extraordinarios e por em- phenomenos meteorologicos de ori-
quanfo inexplicaveis se desenrolou gem desconhecida attrahiam as atten-
em piena serra d'Ayre, a pouco mais çòes da multidao ernquanto durava
de dois kìlometros da aldeia da Fa- o colloquio my.sterioso, merecendo
tima, num locai conhecido pela de- especfal referencla urna densa e for-
signacao popular de •Cova da lria• mosa nuvem branca que envolvia a
e situado a beira da estrada, que azinheira e as creanças e que s6 a
a
liga Villa Nova d'Ourern historica certa distancia se tornava visive!.
villa da Batalha e it pittoresca e g1a- Entre as promessas ou prophecias
ciC1<1a cidade do Liz. ha urna a que se nao pode negar um
Nn dia treze de Maio de 1917, valor excepcional, porque da parte
tres creanças, Lucia de Jesus, Fran- da Visào 1inha evidentemente por
cisco Marto e Jacinta Marto, respecti- objeclivo demonstrar a realidade das
vamente de dez, nove e sete anos apparlç0es e o seu caracter sobrena-
de edade, andavam apasc~ntando um Enando o loc11l da Co~a da Ha no anti- tural. •
rebanho de ovelhas, quando, bora a go Condado de Ourem, de D. Nuno Alvares
Pere1r<1, e preci.samente naquele logar onde A VisAo, logo nas prìmeiras appa-
do melo-db solar, depois de rezarem elle, segun 1o a traJ1çiin, estcve n or~r nas riç0es, annunclou que no dia treze
em commurn o terço <lo Rosario, vespe ras da bHdlh ~ d.: Aljubarrota, tl11nJo- de Outubro havla de operar um ml-
corno costumavam fazer, lhes apare- se 01 p·incip1<es fenomeno, na occasi5o cm lagre para que toda a gente acredl·
quc Roma trntava de.elevar o Santo Con<les-
ceu de repente sobre uma peyuena t 1vt:I é, honras <los Rltares e sendo elle a tasse que era realmente a Senhora
azinheira um vulto de donzella de figura mais grandiosa ùd nossa h1stor1a, jul- do Rosario, corno ella se intitulou
celestial beleza. ,A Appariçào, diz o gamo-1 nosso dever pagar-lhe este pequoà!ni- nesse mesmo dia, que se dignava ap-
auctor deste arllgo no seu livro 0s no tributo, implorando b.:nçaos para a nos- parecer mais urna vez em terras de
sa Patria, que r tambcm é a su~, e para a
episodios maravi/hosos de Fdtima, nossa rev1sta , Portugal afim de tyodigalisar graças
parecia nào tér mais de dezoito an- e bençàos a todos os que a ella re-
11os de edade. O vestido era de urna tado por uma cruz de ouro, um lindo corressem.
alvura purissima de neve, ass,m co- rosario, cujas cor:tas, brancas de ar- E de facto nesse dia entre todos
rno o manto, orlado de ouro, que mloho, pareciam perolas. De lodo o assaz memoravel, ahora do meio-
lht: cobria a cabeça e a maior parte seu vulro, circundado de um esplen- dia astronomico, depois do colloquio
do corpo. O rosto, lle 11111a 1101),eza dor m 1is brilhante que o ùo sol, ir-- habitual, em presença de urna mul-
d~ linhas lrreprehcn!-1vr.l e qu~ ti11ha radiavam feixes de IÙ1, especial111en- tidòo i1111umeravel composta de pes-
um :iao sei qué <.h ::,,o brtinatu,al e te do rosto, de uma formosura "1m- soas de todas as classes e condiç0es
divino, aprese11tava-M· serc;w e ~rave possivel de descrever e supenor a sociaes e procedentes de todos <1s
e c·w10 que toldadu Je uma leve qualquer beleza humana•. pontos do palz, cujns sentimentos ~
sombra de tristeza. Das maos, juntas A Appariç!\o pediu as
creanças traduziam, constltuindo por issò mes-
a ~ltura do peito, penJia-lhe, rema- que voltasscm aquelle sitio, A mes- · mo a mais authentica e tégitima re-
..
'
· V oz· dn. Fé.tima

presentaç!o nacional, um phenome- contraproducente a effectivaçilo dos trocinio de Nossa Senhora do Ro-
no estranho, um successo inaudito, seus planos machiavelicos, que pre- sario da FAtima, mas ignoram-se cir-
um prodigio tao estupendo que ja- tendem em vào cohonestar com o cunstancias e pormenores que seria
mals se apagara da memoria dos que pretexto de que as manifestaçOes da conveniente recolher e registar.
a elle tiveram a dita de assistir, se Fatima revelam ou peto menos si- D'aqui se deprehende qual seja a
realisou no logar onde, segundo tra- gnificam o que quer que seja de hos- missao da presente revista. Ella esta
diçOes respeitaveis, o Santo Condes- til as institulçoes vigentes. Nada mais natura1mente destinada a constituir
tavel, que a Egreja nesse anno ele- absurdo nem mais pueril do que tao um centro permanente de recepçào e
vava as honras dos altares, esteve ridiculo pretexto. Toda a gente sa- transmissao de noticias e informa-
orando na vespera da batalha de Al- be que essas manifestaçoes sao de çoes, propondo-se inserir nas suas
jubarrota. - cO sol, corno disse um indole puramente religiosa, nao ten- colunas tudo aquilio que se relaclo-
grande diario, tremeu, o sol teve do havido jamais a minima perturba- nar com o caso da FAtima e fòr jul-
nunca vistos movimentos bruscos f6- çao da ordem publica, a mais ligeira gado <iigno de archivar-se.
ra de todas as leis cosmicas•, o sol nota discordante, um acto menos O unico desejo, o anhelo ardente,
girou vertiginosamente sobre o seu correcto ou menos deferente, seja a suprema aspiraçiio de todos os re-
eixo corno a mais bella roda de fo- para quem fOr. dactores desta revista é descobrir a
go de artificio que se possa lmagi- A auctoridade ecclesiastica duran- verdade, onde quer que se encon-
nar, revestindo successivamente to- te quatro annos manteve-se inque- tre e seja ella qual fOr.
das as cOres do arco-iris e projectan- brantavelmente numa attitude de be- Esta publicaç~o é, pois, um cam-
do em todos os sentidos feixes de nevola expectativa, resistindo a ins- po aberto a todas as pessoas since-
lul de um effeito surprehendente. E tantes sollìcitaçòes de toda a ordem ras e bern intencionadas, quaesquer
este pheaomeno, astronomico ou me- que, aliAs com o maior respeito e na que sejam as suas crenças religiosas
teorologico, que os apparelhos dos melhor das intençoes, lhe eram fei- e as suas opinioes politicas, que
observatorios nilo registaram, repe- tas pelo elemer,to popular e por en- queiram contrihuir com o seu esfor-
tiu-se por tres vezes distinctas, du- tidades categorlsadas, das opinioes ço para o estudo do magno proble-
rando no seu conjuncto cerca de politicas mais divcrgentes, para in- ma de Fatima e para o apuramento
dez mlnutos. tervir num pleito de tanta importan- definitivo da verdade.
A nova de acontimentos tao ma- cia, ja em si mesmo, ja pelas suas Acceita por isso e agradece a sua
ravilhosos foi logo transmitttlda pela consequencias, e decìùi-lo com o collaboraçao, se com ella se digna-
imprensa de grande circulaçilo a to- dictame seguro e incontrastavel do rem honra-la.
dos os angulos do paiz e pelo tele- seu sagrado e venerando maglsterio. E creio interpretar cabalmente o
grapho até aos confins do mundo. Ha meses, porém, julgou chegado o sentir daquelles que, numa epocha
Desde entào a torrente caudalosa momento opportuno de quebrar o eriçada de tantas e tao graves diffi-
das multidoes fem se despenhado seu silencio e fé -lo com urna pru- culdades para a imprensa periodica,
ininterruptamente sobre aquella es- dencia e sabedoria admiravel de que se abalançaram a ernpreza arrojada
tancia privilegiada. A fama de curas s6 a E~teja conhece o segredo, au- e quasi herolca de lrazer a publico
assombrosas de vlctlrnas de toda a ctorisando o culto publicu de Nossa esta revista perfilhando, ao concluir
sorte de enfermidades, de conver- Senhora na Cova da lrla, mas reser- o meu primeiro artigo, as palavras .
sOes admiravels de impios e des- vando-se o juizo definitivo sobre o que passo a transcrever, de um gran-
crentes de todas as classes sociaes, caracter das appariçocs e a origem de pensador francés da actualidade,
da morte tragica de creaturas des- e natureza dos phenornenos astrono- Gaetan Bernoville. e Dirigimo-nos, es-
valradas pelo sectarlsmo anti-reli- micos e meteorologicos alli succedi- crcve o illustre director da magnifica
gioso que a pretexto das appariçoes dos desde treze de Maio até treze revista litteraria catholica Les lettres,
ousaram blasphemar da Virgem bem- de Outubro de 1917, assirn corno nao s6mente aos catholicos, mas a
dita, concorreu poderosamente para das curas extraordinarias atribuidas todos os espiritos reflectidos e a to-
engrossar cada vez mais essa torren- a intercessfo de Nossa Senhora do dos os coraçoes generosos, aos ver-
te, provocando manifestaçòes de fé Rosario da Fatima.· Ao rnesmo tem- dadeiros patrlotas, aos verdadeiros
e piedade em nada inferiores As dos po nomeava urna commissao incum- trabalhadores. que sabern com que
mais celebres sanctuarios consagra- bida de proceder a um longo e rigo- duro labor é feita em todos os domi-
dos a augusta Màe de Deus e dos roso inquerito e de elaborar um re- nios a investigaçao da verdade, a to-
bomens. latorio fundamentado depois de ou- dos os homens inlelligentes, a todos
D'ora avante nada seni capaz de vir o depoimento de testemunhas fi- quantos ousam pensar. S6 recusamos
deter a marcha vlctoriosa da formida- dedignas e a opinlao de peritos ido- collaborar com os imbecls, com os se-
vel vaga humana que, num vae-vem neos e notaveis pelo seu criterio, in- ctarios, com os arrivistas, com aquel-
continuo, se precipita em catadupas telligencia e saber. les que prejudicam urna causa por
gigantescas sobre os cumes aridos e estupidez ou fanatismo e com aquel-
escalvados da serra d' Ayre. • les que della se servem em vez de a
As potencias infernaes, utilisando Tal é, em traços largos, a historia servirem. A vida é muito curta para
corno instrumentos cegos e incons- dos acontecirnentos maravilhooios da que nos reslgnemos a perder tempo
cientes alguns raros indivlduos de Fatima. em conversaçnes inuteis ou em ne-
urna inferioridade menta! incompati- Faz hoje precisamente cinco annos gociaçòes estereis, mas sempre que
vel com o progresso e a civilisaçào que se deu a sexta e ultima appari- encontramos urna personalidade de
moderna, teem envidado os malores çao. Durante esse largo periodo de valor, um pensamento forte e pro-
esforços e lançado mao de todos os tempo verificaram-se factos, episo- bo, urna vontade recta, urna alma
meios, ainda os mais ignobeis, para dios e lncidentes dignos da attençao que quer dar-se a alguma cousa de
obstar A repetiçào dessas scenas su- e do exame inteligente de todo o prestavel, detemo-nos para discutir.
bllmes e commoventes que atfestam homem culto e estudioso. De v arios para aprender ou para amar.•
krecusavelmente a pujante vitalidade pontos do continente portugués e
religiosa de um povo inteiro. até do extrangeiro, da Hespanha, da --VISCONOE
-NO-f A, DE MONTELLO
Cumpre-me ndvertir os meus
Em Fevereiro do corrente anno França, da lnglaterra e do Brazil benevolos e prundos leitores, e faço-o ho·
um grupo de .. • infelizes, que Nos- afluem centenas de cartas pedind~ je de urna vez por todas, de que submetto
sa Senhora ainda ha de converter, informaçoes e esclarecimentos relafi- inteirameote ao juizo da Santa Egreja, co-
destruiu com bombas de dinamite vos as appariçoes e as curas consi- rno é indeclmavel dever de um catholico,
a capellinha erigida pela piedade po- deradas miraculosas. Nota-se urna
todos .~s artigos que publicar OP.sta revista,
pular em commemoraçllo das apari- anciedade geral em todo o paiz pelo e de um modo especial tudo qu 11to se re-
çOes. Por vezes a auctoridade civil, conhecimento exacto e completo de
ludibriada por essas pessoas tcm ferir ds appariçoes e curas da Ft\tlma, cujo
tudo o que se passa na Lourdes por-
prestado, embora sempre de mi von- caracter sobrenatural, se por ventura e
tugu@sa e de tudo o que a ella diz
tade em vlrtude do ridiculo a que teem, s6 ao magisterio ecclesiastico assista
respeito. Por outro lado falla-se va-
se expOe esgrlmlndo contra moinhos auctoridade e competencia para apreciar e
gamente de um sem numero de cu-
reconhecer.
de vento, um concurso valioso mas ras extraordinarias atribuidas ao pa- , V.de M.
Voz dn. Fatima
ta especie as leis mathematicas e geo- verdadeiros milagres taes corno: as
PROVISAO metr1cas : repugna um circulo qua-
drado, corno repugna que a intelli-
curas rapidas de lesoes organicas, ou
a resurreiçao de um morto, etc .••
JOSÉ ALVES CORREIA DA
SILVA, POR GRAçA DE DEUs E
gencia fique i ndiferente perante a
evidencia percebida. • ••
DA SANTA St, BISPO DA DIOCESE Mas ao lado d'essas leis necessarias A Santa Igreja tem sido sempre
DE LEIRIA: e essenciaes ha a considerar as leis d'urna grande exigencia na verifica-
phisicas cujo caracter é contingente, çao dos milagres.-O sabio Pontifice
Aos QUE ESTA JlllOSSA PnoVISAO VJREM:
SAUD&, PAZ E BP.:NçA.o EM JESUS CHRIS• tsto é, nao repugna supor a s_ua nao Bcnto XIV escreveu um livro cheio
T0 1 Nosso SJ>:NHOR 11: SALVADOR: existencia, mudança ou mod1ficaçao de regras admiraveis introduzidas no
por imposiçao d'ordem superior. novo Direico Canonico-para guiar o
ENTRE todas as provas com que
Nosso Senhor Jesus Christo demons-
Todas as maravilhas da industria
humana consistem precisamente em
theologo na discussao do caracter so-
brenatural dos factos apontados corno
modificar as leis da natureza, domi- miraculosos.
trou a divindade da sua missao sobre E' conhecida a historia d'um se-
a _terra estao em primeiro legar os na-hs ou dirigir o seu curso.
Pode o homem desviar as aguas nhor ingle5.t protcsta_nte, que, de pas-
m1lagres. Imrierou aos ventos e as ~agem em ltoma, fo1 apresentado ao
tempestades ( ); dominou as ondas do d'um rio, utilisa-las para a produçao
d'energia electrica que nos da luz, 1llustrè Cardeal Lambertini, mais tar-
mar ('); resuscitou mortos (3); curou de Papa. O protestante sp.resentava
lepr6sos ('); deu vista a cegos (5); ou- calor, movimento .•• Sendo assim,
porque niio admitir que a interven- duvidas sobre os milagres. O Cardeal
vido aos surdos (6); fala aos mudos mostra-lhe um processo de ca,nonisa-
(7); andar aos paraliticos (8); spelando çao d'uma vontade infinitamente supe-
rior qual é a de Deus, possa tambem çao. O senhor ingles leu e estudou
frequentemente para esses prodigios, attentamente este processo, e volùndo
a fim de justificar a sua doutrina (9). produzìr efeitos muito superiores?
Por outro lado, o milagre, que é a restituì-lo, declarou: - «se todos os
A Santa lgreja tem sido tambem milagres fossem verificados corno cs-
favorecida com milsgres. A sua ra- urna man1fcstaçao do poder de Deus,
concorre para o esplendor.da sua glo- tes, nada se poderia objectar.» «Pois
pida expansao apessr de tantos obs- be;n, respondcu o Cardcal, a S;rnta
taculos, a sua estabilidade quando tu- ria e bondu.de, vin:io te~temunhar
algu ma vt:rdadc ou prece1to que o I3reja nao julga essas provas suffi-
do muda no meio do mundo, a sua c1entes» .••
resistencia :is perseguiç6es ero que ha Senhor quer fazer acreditar ou pra-
(Continua)
todo3 os requintcs da ferocidade, os ticar pela creatura
eilcitos admiraveis produzidos pela E' certo que o Senhor desdobra
sua acçao socia I, a constancia dos mar- continuamente diante de n6s as ma-
tyres através dos mais atrozes suppli-
cios-a \ém dos milagre-, e appariçoes
extraordinarias pelos seus apostolos
ravilhas da sua Omnipotencia e Sa-
bedoria. - V cmos a Deus na luz dos
astros que rohm sobre nossas cabe-
Em Lourdes
e pelos seus sar.tos - sao outras tan- ços, na terra quc se revolve debaixo Desde 1890 a 1914 estiveram em
t~s ~r~vas da sua origem e assisten- dos nossos pé-,, nas ondas q ue se agi- Lourdes no bureau das verificaçoes
c1a divinas. tam no abysmo dos mares, no raio 6.983 medicos, tendo-se verificado
O milagre, de si raro, é um signal que fende os esrnços, no sol que :1os nesse tempo 4.445 milagres. ,
sensivel excedendo, ab:.oluta e relati- alumia, na arvorc ~igantesca da fio- A estes e aos realisados antes e
vamente, as forças da natureza visi- resta e na humildc fior dos valles ... depois daquelas datas temos a acres-'
ve) ou invisivel - nao podendo, por Os Ceus e a terra cantam a gloria centar os deste anno, alguns dos
consequencia, ser atribuido senao a de Deus, diz D,ivid (11). quaes foram presenceados por pere-
Deus. . Mas cs&as maravilhas do mundo, gl1nos portuguez~s. •
Por 1:xemplo: a constancia dos mar- por serem communs, nao nos como- Entre outras curas foram verlflca-
tyres em todos os seculos e edadcs é vem corno os factos extraordinarios das oficialmente a de Magdalena
superior as leis monies; a ressurrei- chamados milagres. Rouxel, de vinte e sete annos, ataca-
çiio d'um morto deroga as leis da or- E niio ~e diga que o milagre trans- da de tuberculose pulmonar de que
dem phisica, assim como as prophe- torna a ordem da natureza e da scien- ficou completamente curada, a de
cias sobre os futuros livres e contin- cia - uma tal objt!cçao nao pode Margarida Mortel, de Saint Raphael
gentes nao se explicam pelas leis in- oppor-se.', porquanto d'um lado o mi- (Varo), que sofria de peritonite tu-
telectuaes. lagre é muito raro, d'outro lado acres- berculosa e que se sentiu curada du-
Para que um facto da ordem phi- ce que as mod1ficaçot!s, introduzidas rante a procissAo de 22 de agosto e
sica, moral ou intelectu~I seja mira- no munda materiai, nao lhe altera- depois de ter recebido os ultimos
culoso-nao basta ter a Deus por au- ram a face nem impossibilitaram as sacramentos em virfude da gravida-
ctor. Nao sao milagres, no sentido ri- investigaçocs scientificas - Nao s6 os de do seu estado.
g.oroso da palavra, a creaçao dv mun- homens mas tamb~m os elementos Registou se tambem a cura de
do, a creaçiio das almas ou ainda os da naturezo, d'outro lado, t~m iotro- Santina Oatl, de Bergamo (Italia) que
efeitos sobrenaturaes dos Sacramen- duzido no mundo materiai muito ha dez annos sofria de peritonite tu-
tos, porque todos estes factos-embo- mais mudanças do que todos os mi- berculosa. Ap6s o banho sentiu-sé
ra produzidos dircctamente por Deus lajres do christianismo - e comtudo subitamente curada.
-sao phenomenos naturaes, nao ex- nao destruiram as leis naturaes. Fol muito comentada a abjuraçao
e baptlsmo dum instruido judeu que
•••
cedendo a ordem natural.
N'uma palavra o mìlagre ha de foi a Lourdes procurar motlvos de
distinguir-se de taf maneira das forças Se é certo que o campo dos co- zombarla contra a religiAo e acabou
da natureza cre:.tda que ao presencia- nhecimentos humanos é muito res- por se converter.
lo, .possamos ~izer corno os t:i:gypcios tricto, se é certo que estamos muito E ••• assim vae Nossa Senhora
a vista dos m1lagres de Moysés-estd longe de conhecer todas as leis qoe a continuando a espalhar as suas gra-
aqui o dedo de Deus I (10). Sabedoria infinita impoz as crea.turas ças e misericordias I

•••
-tambem nao é menos verdade que
conhecemos as forças geraes da na-
E podera Deu, ir contra a!\ leis infi- tureza relativamente a certos efeitos
nitament~ sabias que impoz aos sercs?
Ha . le1s1 fundadas sobre u propria
mecanicos, chimicos, organicos, vi- Pedido
taes, sensitivos, intellectuaes . •• Se ha O Zz. nio proprietario dos terreno: da '
cssenc1a ctas cou~as - e, corno taes, factos extraordinarios cujo caracter
imutaveis, absolutas, as quaes o pro- sobrcnatural pode ser de tàl maneira Cova da lrìa, dssejando manaar tubo·
prio 0cus nao pode abrogar. Sa.o des- oh.scuro que é difìcil demonstra-lo - rt.sar os mesmos terrenos , Julgando
ha outros cuja sobrenaturalidade é gae ,: arvor,s melhoru e mais ateli
(•l Mare. IV, 39.-(ll) Mat. VIII, i3-i7.- tao manifesta que rasoavelmente nao
(3) Mat. IX, 18-i6.-(4l Lue. XVII, 17-19.- para ali serio as oliveira:, ac,ita r1co-
(5) Jodn. IX; Mare. VH, 3:i-47. - (6) Mat. p6dem deixar de admittir-se corno 1hectdaz:rw1t, gualgo:er oferta d'agaelas
XI, 5. - (7) Mar. VII, 3i-47. - 18) Mat. IX,
1-7.-:9) Joen, X, 37.-(10) Ex. VIIT, 19. (11) Ps. XVII, 2. 4rvo111 para plantafào.
Voz dt'l; Fat.ima.

O .Rosàrio frei Pio ver-lhe as maos do que por devoçiio


e amor a Jesus Sacramentado se
aproximam da Sagrada Mesa. A sua
O més d'outubro foi consagrado curiosidade oao tarda a converter-se
por S. S. Leào XIU a devoçào do Um homem a quem o amor de 0eus em mistico fervor. Muit0s incrédulos,
Santo Rosario a cuja recitaç~o inci- produz clcatrlzes, tocados da candura daquele homcm
tou o povo christao em c~rca de donde todos oa dlas brota sangue. extraordinario tem pcdido a c0nfis-
urna duzia de enciclicas. Elle mesmo, Urna vlda que se conserva sem que sao. Frei Pio nao consente q ue lhe
apesar da multiplicidade das suas tirem foto8rafias, posto que !ho te-
occupaçòes, o recitava todos os dias. os medlcos saibam explicar corno.
nham pe:i1do dc mii mandras, ser-
Hoje nao ha catollco algurn digno Um organismo que resiste vindo-sc de mii estrarngemas.
de tal nome que se julgue dispensa- a 60 graus de temperatura. A sua exiatencia, a conservaçAo
do de trazer sempre comsigo e de Prodiglos que admlram, e factos que da sua vida parece-me ser um c:m-
recitar o seu terço. despertam curlosidade e Interesse tinuo milagre. Pois corno :::xplicar na-
E para avaliarmos quanto esta de- turalmente quc um homcm conti-
a
voçào agrada Santissima Virgern e Multo interessante e edificafiva a nue vivendo com ((sessenta graus dc
é eficaz para obterrnos a sua pro- biografia d'este frade capuchinho, que temperatura?,.
teçoo basta considerar que apare- actualmente vive num convento da Que horror!
cendo ern Lourdes, escolheu, corno sua orJem, perto da aldeia de S. Os médicos nao sao capazes de ex-
na Fatima, urna creança que trazia e Jo!o, da cidade de Foggia, antigo plicar o facto, q ue se torna ai nda de
rezava o terço. reino de Napoles, na Italia. mais dificil cxplicaçao, se considerar-
U, corno ca, Nossa Senhora trazia Copiamos do Correio de Coimbra, mos que, em virtude dessa alta tem-
o Rosario pendente do braço, nao transcripto do Diario do Minho de peratura, F'rei Pio esta sujeito a urna
se retirando nas dezoito apariçòes 25 de julho ultimo: transpiraçao abundantissima que o
de Lourdes, senào depois de Bernar- debilita enormemente.
dete ter terminado a recitaçào do «Frei Pio é né! vcrdade um ho- Ha muitas curas extraordinarias,
terço. mem cxtraordinario. B.1~ta dizer que factos de bilocaçao, d escoberta dos
Ca, ha ainda a particularidade de o tem as rnaos chagadas, corno as do segredos da alma.
ultimo dia dos factos extraordlnarios pr6prio Jesus Cristo e q ue foi favore- A 20 de Setcmbro de 19t8, ao
ser em outubro - mes do Rosario e cido por Oeus com essas chagas mi- sair do coro desaparcceu dc entre a
numa freguezia e numa Oiocese, on- racu losas, corno o serafico fundador comunidade.
de a maioria das familias reza o da ordcm a que pcrtence, o doce Surprccndidos os religiosos, seus
terçl'.l em commum. «poverello» dc Assis. compao hciros, procuraram-no porto·
O Rosario é, na verdade, uma de- Muito poucos tem sido ps favorc- da a parte e dcpois de muito traba-
voçao encantadora. cidos pela ventura rara de beijar lho foram encontr~-lo desfalecido e
Do primeiro ao ultimo misterio essas maos de cbagas miraculosas. Eu com as chagas miraculosas impres-
Jançamos urna vista d'olhos sobre tive essa ventura. Assbti a missa dc sas no corpo, a carne viva, o sangue
toda a vida do Salvador e da San- Frei Pio, contemplei-o durante bas- fresco. Eram mais pequenas do que
tissima Virgem de quem aprendemos tante tempo, folei-lh~ •.. e a minha hojc e tinham um cheiro muito pro-
a necessidade e valor da explaçào e impressao é tamanha e a emoçao que nunciado a rosai, qui! ainda conscr-
11ofrimento, da humildade, da castida- senti foi tao violenta e tao agradavcl vam.
de, e de todas as outras virtudes. ao mesmo tempo que nao !jci como Sao muitos ùS prodigios que se
Cada Avé Maria é um hynno, sem- cxteriorizar o meu contentamento. contam de Frei Pio.
pre repetido e sempre novo, de Sau- Um dia foi a aldeia de S. Joao e
daçào, Amor e Agradecimento aster~ Quem é Frei Pio curou um doente que os médicos ti-
nuras d'aquela MAe Santissima. Nao ha naquele homcm nada que nhc1m d eclarado perdido. lsto sem
Que o nilo esqueçamos n6s, que uao impressione. As fulas, as manei- sair do convento ou deixar de assis-
o nao esqueça este IJOSSO Portugal, ras, o seu porte, a sua mi~sa ... ah ! tir com os religiosos seus companhl!i-
a terra de Santa Maria, que Eia ha sobretudo ve-lo no a ltar, oforecendo ros aos actos da comunidade.
de mais urna vez salvar. o Santo Sacrificio ... cnca nca, hipno- Duas v1:zes passou da sacristia ao
tisa. l)a vontadc de ficar ali sempre. confessionario duma maneira invisi-
Uma tossczinha séca e aguda, que vel. E' frequente descobrir as cons-
ATENçAO part;!Ce dcspedaçar-lhe o peito, acomc-
te-6 com frequ~nc1a. Ap1a1r disso
ciéncias dos que se: lhe confessam,
antes de ouvi-los dc c.onfissao».
A comlsoAo canon~ca en- qua~i codas a~ ma_nh1is vai ao con-
oarregada de estudar oa fos~iomirio . D1z missa com o fervor
acontecimentos da Fati-
dum sei-afim. Todo:s os assistentl!S
cl1orarn, quando ele celebra. Quando
Voz da Fatima
ma pede encareoidamen- distribue a Sagrada Comunhao pro- Esta revistasinha, cujo primeiro
te a todaa •• peaa6a• qua cura cobrir as maos com a alva, para numero hoje aparece e que se des-
a lnformem de tudo quan- que oao vejam as chagas. Estas siio tina a registar os acontecimentos da
a teda a largura da mao pdo lado da Fatima, sera publicada no dia treze
to aouberem1 queP • fa- de cada m~s e destrlbulda gratuita-
palma e do tamanho dum t<duro es-
vor.1 quer contra elle•, di• panhol» pelo lado contrario. Tem men te aos peregrinos que ahi forem
rigindo-ae em oa~rta ou eguais chagas nos pés. As • piantasi) nesses dias, esperando-se que os que
pe-,;eoalmente, ao Rev.m0 intdramcnt<: chagadas e por cima a receberem contribuirao com qual-
Promotor da Fé, Dr. Ma• chagos em forma de moedas, que quer donativo para as despezas do
lembram duas rosas. Tcm tambem papel e impressa.o.
nuel Marques doa Santo•, Para este fim se abre desde ja
duas chagas no peico, sobrc o coraçao.
Seminario de Lelria. Todos os dias mana san_gue de todas neste logar uma subscrlpç4o ficando
elus. Tet:m a cor rosa ml!ito viva e com direito a receber a Voz da Fd·
11 ti mento reltgtoso da Cova da Irfa ex11lam um dc:licadis~imo aroma. S6 tima pelo correlo os que nos envia-
para dizcr missa é q ue as de~obre. rem dez mii réis (dez escudos).
(Fttlma) F6ra dés&e acto oculta-as com umas um anonimo • . • • . . 500$000 réis
No dia 13 do ultimo m@s reatlzou- luvas. Para vcr-lbas u~um muitos do Dr. M. Marques dos
se, como de coi;tume, a peregrinaçào C5tatanema dc ajudar lhe a misssa. E' Santos . . .••.•.• 10$000 >
aquele locai havendo Missa c11mpal pr0cc~o. posto cm pratica por m~t_OS p_e M. Pereira da Silva I0SOO0 »
e sermào prégado pelo Rev. Cados e1,tr.10ge1ros, o q uc ren~c ~o sacnstao P.e Augusto Maia •.• I0SOOO •
----........ A. Pereira Gens, paroco de Our~m. uma conta calada, pois disputa-se a
custa de apreciuveis gorgetas a .h?nra
p_e Manuel do Carmo
Ooes . .•• • ••• . . 101000 >
Apesar da Missa i:.er bastante tarde,
commungaram, ainda assim, cérca de de ajudar a missa ao santo rellgtoso. p_e Joaquim José Car-
trin ,~ pessoas. Muitos ha ainda que mais para valho ••••• • •• • • 10$000 >
Ano I LEIRIA, l.S de Novem.bro de 1.9~2 N .
o o
-

(OOM APROVAç.À.O EOLESIASTIOA)


Director~ Proprietario e Edi-tor Admlnilla'trador: PADRE M. PEREIRA DA SILVA
DOUTOR MANUEL MARQUES 00S SANTOS REDACçAO E ADIIHNISTRAçAO
'.RU.A D. NUNO .ALVA'.RES PEREIRA
Composto e impresso na Imprensa Comercial, a Sé - Leiria (Bl':ATO NUNO DE SANTA MARIA)

onze horas quando nos apeamos jun- a parte aflue gente a cada momento.
5 annos depois to da egreja parochial.
Em torno d'ella o espectaculo é
imponente. LA dentro realiza-se a fes-
De vez em quando urn, novo grupo
de peregrlnos vem occupar o seu pos-
to junto da capella.
ta do Sagrado Coraçao de Jesus, fes- Todas as provinclas de Portugal,
Atvoreceu o dia 13 de Outubro ta sobremodo sympathica e commo- desde o Minho e Traz-os-Montes até
de 1922, polvilhado da luz de ouro vente a que da um realce e encanto ao Alemtejo e Algarve, se acham aqui
do sol e embalsamado com suaves extrAordinario a solemnidade da prl- representadas, nesta grandiosa e in-
fragrancias, corno um dia formoso meira communhao das creanças. comparavel homenagem nacional de
entre os mais formosos do Outono, Urna multidao compacta enchia lit- amor e rnconhecimento ~ Virgem do
sem urna nuvem a empannar o bri- teralmente o vasto e antiquissimo Rosario. La veem os peregrinos do
lho do ceu e sem urna brisa agreste templo e apinhava-se na rua proximo Porto e os de Lisboa, estes muito
a fustigar a terra. Os sinos da capi- das portas, irnpedindo o ace.esso. mais uumerosos do que aquelles. A
tal acabavam de tanger compassa- Mais de quarenta missas ~e tinhani chu-.a cahe agora com violencia, mas
damente as nove horas. Na estaçao celebrado alli naquela manha. A' mis- ninguem se retira.
do Rocio numerosos peregrinos so- sa solemne comungaram cerca de tres
bem apressadamente para o comboio Pelo contrarlo, a immensa mote
da lìnha 4, que esta prestes a partir. mii e duzentas pessoas lncluindo as humana engrossava cada vez mais.
creanças. No largo terreiro adjacente Muitos peregrlnos rezam o terço em
Entre elles destacam-se algumas das a egreja veem-se dezenas e dezenas
fi~uras mais distinctas do laicado ca- grupos, alternadamente e em voz alta.
tholico : professores, medicos, advo- Urna nobre senhora de Faro volta-se
gados e jornallstas. Ouve-se o sitvo para o irmao, conego da Sé daquella
estridente da locomotiva e o com- cldade, e com os olhos marejados de
boio poe-se em movimento. Nas es- lagrimas diz-lhe: • Este espectaculo
taçoes do percurso surgem de vez impressiona-me e commove-me pro-
em quando grupos de peregrinos ou fondamente.> Subito, -0uve-se o som
peregrinos isolados. Em Santarem a argentino de urna campainha. E' o si ..
1otaçao do nosso compartimento esta gnal de que a missa campai vae co•
completa. Em Torres Novas apeiam-. meçar. Celebra-a o vigarìo da vara
se muitos peregrlnos que no dia se- de Ourem. Um sacerdote de Lisboa
guinte de madrugada partirao em j sobe a um pulpito improvisado e com
trens, camions e automoveis para a voz sonora e vibrante profere duran-
terra do mytterlo e do prodigio. Pro- te o Introito os artigos do Credo que
seguimos a nossa vlagem. Oepois de o povo repete com calor e enthusias-
longa demora no Entroncamento, o , mo, numa sentlda e tocante proflssAo
combolo recomeça a sua marcha e · OS TRES VIDENTES DA FATIMA de fé. Em seguida principia a reclta-
as duas horas e mela apeamo-nos çAo do terço. J4 nAo sllo grupos iso-
em Chiio de Maçlls. Um carro, que FRANCISCO, LUCIA E JACINTA lados que rezam. E' a oraçAo unisona
aguardava a nossa chegada, conduz- da multidllo, o rumor fremente de una
de vehicutos. Cumprimentamos varlos verdadelro oceano d'almas. SAo de-
nos rapidamente a Ourem. No dia amigos e conhecidos que vao appa-
immediato, ap6s a missa e o petit zenas de milhares de boccas que er-
recendo de todos os lados. A chuva guem as suas vozes para o Cau fun-
dlieuner, seguimos para a Fatima,
atravez da serra. Durante a noite ti-
começa de novo a cahh, miudinha e dlndo-as numa prece collectiva a glo-
impertinente! Querendo observar tu- riosa Rainha do Rosario. Ouve-se d~
nha cbovldo bastante. A'quela hora, do minuclosamente, dirigimo-nos a
p~>rém, nem urna gotta d'agua cabla novo o som da campalnha. E' o toque
pé para a Cova da lria. Pela estrada, de Sanctus. A oraç~o torna-se ainda
do ceu, onde corriam velozes algu-
num percurso de dois kilometros e mais intensa e fervorosa. E' que se-
mas nuvens que por vezes ensom-
melo, circularn milhares de pessoas approxlma o momento angusto e so-
brayam o _sol. Quando, ja proximo de num vaevem continuo.
FAtima av1stamoa a estrada que liga Jemne da consagraçAo. Jesus, o rei
Vjlla Nova d'Ourem aquella povoa- Tres quartos d'hora depois avista- do Ceu e da Terra, esta prestes at
çao, ficamos ijgradavelmente surpre- mos do meio da estrada o logar, que, descef sobre o attar, a voz portentosa--
hendidos e sol)remanelra encantados segundo os pastorinhos da vislln, fni do ungido do ~enhor. Logo que Il
com o ~ imiravel acenario que se de- consagrado pela presença da Virgem campainha annuncia a realisaçao do
sénrolava deante dos nossos qthos. Santissima. Urna enorme vaga hum a- grande my·derio do amor de Oeus, •
Sublam a estr~da, numa extensllo na, de muitos milhares de pessoas, multi.làci, no .-,rdor da sua fé, curva-sé
de multos kilometros, inumeros vehi- rodeia a capella commemorativa das revi>r:: 111e , l.joelha e adora o Verbo
culos de todas as especles e de todos appartç0es, wnl-destrnlda pelo ne- humqnado, occulto aos olhos do cor-
os tamanbos replectos de gente. Eram fando attentado de Março. De toda ro i,.oh o Vl'u dGS especles eucharis-
Voz da Fathna
ticas. Do alto do pulpito resoam as
invocaçOes que o sacerdote profere,
· 0s tres videntes da F~tima Repetiçao do phenomeno solar
repetindo tres vezes cada urna d'el- Francisco, Lucia e Jaclnta de 1917?
las. Lucia de Jesus, a mais velha das
Senhor, n6s Vos amamos. tres creanças privilegiadas, tinha, na No dia 13 de Outubro ~ltimo, em
Senhor, n6s Vos pdoramos. epocha das appariçoes, dez annos Fatima, no logar das appariçoes, du-
Senhor, n6s esperamos em V6s. de edade, feitos em 22 de Março. rante a ultima parte da missa cam-
Senhor, curae os nossos enfermos. Foram seus paes Antonio dos San- pai, algµmas mulheres e raparigas
Sagrado Coraçao de Jesus, tende tos, fallecido em 1918, e Maria Rosa do povo que estavam perto de n6s
piedade de n6s. dos Santos. Tem um irmao e quatro nao faziam senao olhar para o sol e
Hosanna, hosanna, hosanna ao fi- irmàs, todos mais velhos do que ella. proromper em exclamaçoes de su rpre-
lbo de David. Fez a su.a primeira communhào aos za que traduziam a profunda commo-
O' Maria, saude dos enfermos, ro- oito anos. Esta actualmente num col- çiio ~e . q~e se ac~a va/Il possuidas.
gae por n6s. legio a educar, com acquiescencla e A princ1p10, nada d1ssemos e ab<.tive-
Nossa Senhora do Rosario, aben- satisfacçao da familia e a expensas . mo-nos, propositadamente, de olhar
çoae o nosso Portugal. de urna generosa senhora, que por para o sol. Trata-se, pcnsamos n6s
Ap6s as invocaçòes canta-se o lo- eia se interessou. E' a verdadeira de uma illusa.o de creaturas simple;
cante e Adoremus in aeternum San- protagonista das appariçòes, pois s6 e ingenuas ou de um pheoomeno
ctissimum Sacramentum.> Resada a a ella se dignou fallar a Senhora vulgar de auto-suggestao. Desejam
ladainha de Nossa Senhora, ministra- mysteriosa. ver e por isso mesmo j u lgam ver o
se a Sagrada Communha6. Mais de Francisco Marto e Jacinta de Jesus que quer que seja de extraordinario
duzentas pessoas, num fervor de ex- Marto eram primos da Lucia e ti- no firmamento. Ao começar a prati-
tase, recebem em seus peitos a Jesus nham aquelle nove annos e esta se- ca, as exclamaçoes redobraram de in-
Hostia. O cantico popular e Bemdito te annos de edade. 0s paes chamam- tensidade a ponto de nao se podcr ou-
e louvado seja o Santissimo Sacra- se Francisco Marto e Jacinta de Je- vir o que o orador dizia. Perdemos
mento da Eucharistia,> é repetidas sus Marto e moram, assim corno a entiio um pouco a serenidade, volta-
vezes cantado por um còro a que a mae da Lucia, no logarejo de Aljus- mo-nos para as pessoas que em gran-
multidào responde alternadamente. trel, que fica situado a ce~ca de um de numero olhavam commovidas para
,fructo do ventre sagrado da Virgem kilometro da egreja paroclual de Fa- o ceu e dissemos bruscamente: <eOlhem
purissima Santa 1\i1aria. • Ha quem tima, a esquerda da estrada que con- muito embora, mas façam favor de
veja signaes extraordinarios no ceu. duz a Cova da lria. A Jacinta via a se c~lar e de!xar ouvir o prégador».
Terminada a Missa, sobe ao pulpito Appariç§o e ouvia distinctamente as V1mos entao urna 5enhora de Lis-
o rev. dr. Francisco Cruz, de Lisboa. palavras que ella pronunciava diri- boa, nossa conhecida, que nao poden-
Pronuncia algumas palavras, singelas
e desataviadas, mas que penetram
a
gindo-se Lucia, mas nuoca lhe fal- do conter por mais tempo a commo-
lou nem tao pouco a Apt>ariçao lhe -çao deixou cahir as lagrimas copiosa-
suavementt:, até ao fundo dos cora- dirigiu a palavra. O Francisco s6 via mente e volveu-nos um olhar que tra-
çòes. E' um santo que esta fallando. A a Appariçao, nao ouvindo nuoca o duzia a pena que lhe causavam a
sua figura emaciada e ascetica, o seu
ar acolhedor e calmo, de uncçao e
a
que ella dizia Lucia, apesar de se nossa i ndifferença e rudeza. Apesar
encontrar a mesma dlstancia e de <lisso, fitamo-la com um ar severo,
suavidade angelica, a fama das suas gozar dum excellente ouvido. As pretendendo significar-lhe dessa forma
iocomparaveis e assombrosas virtudes duas innocentes creanças ja nao per- que tanto maior era a sua responsa-
s6 por si, valem bem um longo e sub- tencem a este mundo .• bilidade pelas affirm~oes que impli-
stancioso sermào. Francisco Marto adoeceu no dia citamente fazia quanto a sua elevada
Durante cerca de meia hora discor- 23 de Oezembro de 1918 com um cultura intellectual e educaçiio reli-
re com eloquencia apostolica sobre a ataque de bronco-pneumonia e mor- gio5a aprimorada excediam a da po-
devoçao a Virgem do Rosario e en- reu no dia 5 de Abrll do anno se- bre gente do povo, que imaginava ver
carece a necessidade da oraçao e da guiate, depois de se ter confessado signais extraordinarios onde quando
penitencia. Concluida a pratica, mui- e de ter recebido o Sagrado Viatico muito haveria meros e!leitos de luz,
tos peregrinos retiram. Mas a maior com os mais edificantes sentimentos mais apparenres do que reaes.
parte delles tem dif~culdade em ar- de piedade. Os seus restos mortaes D'ahi a momentos, 04tra senhora,
rancar-se daquelle cantinho do Ceu repousam em campa rasa no humil- que estava ao nosso !ado e que até
.que seduz e fascina as almas e pren- de cemiterio parochial de Fatima. entao troçara de todos os que assegu•
de e captiva os coraçòes. Jacinta de Jesus Marto, caMu de ravam esrar vendo signaes mysterio-
Sao talve;z quarenta mii pessoas. cama a 23 de Dezembro de 1918, sos no ceu, olhou para o sol e, de.
Distribuem-se gratuitamente milhares atacada egualmente pela morttfera pois, voltando-ie para os circunstan-
de estampas de Nossa Senhora do pandemia que entao grassava por tes, disse num tom serio e grave: «Mas,
Rosario e de exemplares da e Voz da todo o mundo. realmente, ve-se agora o que querque
Fatima> que sao acolhidos com alvo- Essa doença tao longa e tao cruel seja de extraordinario.» Decidimo-nos
roço e proourados anciosamente. 0s foi um verdadelro martyrio para a en:ao a olhar de relance .para o ceu
treos, camions e automoveis vao par- pobre creança, que expiava no seu e, com grande surpreza e estupefac-
lindo pouco a p<,uco. · corpo innocente os peccados alheios. çao, vimos deante dos nossos olhos o
AB primeiras sombras da noite des- Morreu em LisbOa, no hospital de phe,1omenode 13 de Outubrode 1917
cem sobre a Serra. Somente alguns D. Estephania, no dia 2U de Ft:verei- embora com menor intcnsidade e du-
rarQs grupos dQ pessoas dos arredo- ro de 1920, tendo-se confessado e rante menos tempo e sem as explo-
res ~e conservam ainda em oraçào commungado varias vezes durante a soes lurninosas desse dia. Arrepende-
IUJmilde e piedosa junto do padrao doença. Affirmou que Nossa Senho- mo-nos de ter sido tao severo e tao
commemorativo dos sucessos mara- ra lhe tinha apparecido por duas ve- rude para com o proximo.
vilhosos. Entretanto ao longe, nas es- zes dias antes, fazendo-lhe varias Concluidos os actos religiosos, tra-
tr~das e pelo,' atalhos da montanha, revelaçoes, condemnando os exage- çamos discretamente impressoes s@-
Gs peregrinos que regressam aos seus ros do luxo e as modas indecentes bre os signaes do ceu . .::om amigos
lares, depois de urna viagem longin- e declarando que o peccado que le- n~sos e outros peregrtnos conheci•
qua e incoramoda, vao murmurando vava mais almas ao inferno era o dos, que nos pareciam pouco acessi-
as auas preces ou entoando os seus peccado da carne. Os seus despojos veis as influ<;_ncias da suggestao e da
canticos reli,ziosos com a alma a tras- mortaes foram encerrados em caixao auto-sugsestao.
bordar de urna alegria que nao é des- de chumbo e transportados pelo ca- Muitos affirmavam ter visto os si-
te mundo e acariciando a fagueira minho de ferro, para o cerniterio de gnaes, outros negavam, accrescentan~
eaperaoça de voltarem brevemente Villa Neva d'Ourem. dt> estes, quasi todos, que nao haviam
a.quelle centro incemparavel de de- olhado para o sol. No dia se~uime,
v.oçao e de amor a Virgem, onde fl-
caram presos para se111pre os seus co-
··----------- V. de M.
To<las as grandezas <la terra, todos os
progressos mater1aes 1 toda·;i as pom1;>as do
na estaçao de Chiio de Maças, um
dos espiritos mais cultos de Portugal,
com (ar~a folha de serviços a causa
raçòes pledosoli e agradecidos •••
mundo s6 valem quando ser'fem de pedes- da Egre1a e da Patrla1 affirmou-n01
VISOONDE O~ MONTELLO tal para d'elle se Yer melltor o Ceu. tèr visto durante a m1ss11, um ph~
•I
nomeno inteiramente identico ao de dindo a V. o favor de o publlcar
1917, conforme o descreveram os
jornaes daquelle tempo. Dias depois
quando lhe fòr possivel. Na ocaslllo PROVISAO
em que o meu sobrinho esteve doen-
leinos em A Epocha de 16 de Outu- te apparecia no semanario catholico JOSÉ ALVES CORREIA DA
bro, numa chronica do ·enviado es- A Ouarda urna série de artigos em SILV A, POR GRAçA DE DEUS E
pecial daquelle diario a Fatima, umas que se narravam alguns milagres DA SANTA s~,
B1sro DA n,ocEse
allusé5es desprimorosas para os que atribuidos a
intercessao da mesma DE LEIRIA:
<leclaravam ter visto coisas estranhas, Senhora da Fatima e cuja leitura me Aos QUE ESTA NOSSA PROVIS~\O VIREM:
phcnomenos indcscriptiveis. Suppu- suggeriu a idéa de recorre_r a San~s- SAUDE, rAZ E BENçAo EM Je:sus CttRIS·
I
TO, Nosso SENHOR E SALVADOR:
nha o jornalista que esses phenome- sima Virgem sob essa invocaçao,
nos eram productos de suggestao ou promettendo enviar a V. a descripçao ( Contiuuaçiio)
de crcndice ignorante, affirmava que do facto, se Ella se t1ignasse ouvir- T ODAS estas generalidades sobre o miln-
tinha olhado o sol e nao tinha visto me. Ja ha mais tempo devia .ter cum- Etre vem o proposito do muito que se tem
nada e concluira, dizendo que <rnao prido este meu dever, mas ignorava dito e até escripto sobre certos factos pas-
acreditava nessas cousas estranhas sados na Cova da Iria, freguesia da Fatima,
para onde havia de remetter a carta. vi~airaria e concelho d'Ourem.
nesses ~henomenos indescriptiveis qu~ Justamente agora tive conhecimen~o Nao é nem pode ser indiforente a acçiio
alguns 1ngenuos de boa vontade jul- do livro publicado por V., com o t1- pastora! que fomos chamado~ a desempe-
gavam ter visto». tulo: Os episodios maravilhosos da nhar nesta diocese de Leiria qualquer facto
No dia seguinte recebemos do nos- que se ligue com o culto da 'nossa Santa
Fdtima e nelle vejo a maneìra de me Religiiio.
so illustre interlocutor da estaciio dirigir a V. - Pedindo mii desculpas Mais ou menos todos os dia,, mas espe•
de Chao de Maças, escripta da ~ua da minha ousadia. subscrevo-me com cialmente no dia 13 de cada me~, ha na
casa do Alemtejo, urna carta vibran- toda a considt:raçào de V., etc. Fatima grande concorrencia de pe~soas
te de indignaçao em que lamentava vindas de toda a parte, pessoas de todns as
as cxpressoes do reporter de A Epo- D. Maria do Carmo da Camara cotegorias socii1is que vlio ahi orar e agra -
( Belmo,zte),. decer a Senhora do Rosario beneficios que,
cha. por seu intermedio, tèm recebido.
Quando acabamos de ler esta carta, Segue o documento a que se re- Conta-se que no an'.' de 1917 houve alli
escrtpta por urna g_rande figura da fere a carta que preced'e: uma serie de phenomenos presenciados
por milhares de pessoas de todos a~ clas~es
nossa terra, nota ve! pelo seu caracter, -.Oraça alcaflçada por intercessào da sociedade e anunciados com bastante
pelo. seu saber e pelas suas virtudes, de Nossa Senlzora do Rosario da antecedencia por umas creancinhas rudes
sent1mo~ sinceros e vivos remorsos Fatima. - Em prùzcipios de Maio e simples a quem, diziam, a Senhora npa-
do nesso procedimento para com os recera e fìzera certas recomendaço~s.
de 1919 tinha um sobritzlto grave- DJhi em <lionte nao mais deixou de ha-
pobres filhos do povo, de cuja ~im- mellte cnfermo. Era de compleiçào ver concorrendo.
plicidade dcsdenhavamos, a semelhan- bastante /roca e, tendo jd 13 mezes, DJs tres creaoças que se diziam favore-
.ça do phariseu do Evangelho, negan- cida~ pela Apariçao, faleceram duas antes
do• corno o dito reporter, mas com aituia !lii.o tùzha dente nenltum. Ora!l- da nossa critrada nesta Diocese.
maior respoosabilidade do que elle des eram as mùllzas apprelzensòes e Interrogamos varias vezes a unica sobre-
o med;co 11ào ti!lha duvidas sobre a vivcnte.
o quc os outros diziam ver, ma~ qu~ A sua narraçao e as suas resrostas suo
n6s ainda nao viamos... gravidade do seu estado. Qae jazer
nesta a/Jliçào? Invocar Maria San- simrles e sinceras-nt:las niio Ji:scobrimos
V. M. tissùna do intimo d'alma para que
nada contra a fé e moral. Poderia exercer
11quela creanç.i, hoje de 14 anos, urna 11~-
ifltcrcedesse por mim junto de seu flucncia tal que explicasse a concorrenc1a
Hs curas da \!atima Divino Fillzo e dispensasse a sua
matemat protecçfio ao itmocentinlio.
do povo ? D1sporio ella de tal prestigio
ressoal que alli arrestasse aquelas mn~sas
humanns 'f l :nror-se-ia pi:las sua'S qualiJa-
Abrimos neste segundo numero da Tinha collhecimento da protecç/J.o da des rre.:oces a pomo de fazer com•ergir
Voz da Fdtima urna nova secçào su- Santissima Vireem sob a ùzvocaçào para junto d'eli1 tantos milhares de res-
bordinada a epigraphe «As curas da de Nossa Senhora da Fatima peto soaa?
Fatimac, em que todos os mezes relato publicado no jornat e.A Ouar- Niio é provnvel-tratando-se de urna
crennça sem instruçao de especie alguma
iremos publicando, dentro dos limi- da>. Com este novo titulo çz invo- e d'urna rudimentarissima educaçao.
tes compativeis com a estreiteza do quei e, tendo collocado sob o traves• Demais a mais a pequena saiu da terra,
jornal, a descripçao de curas inte- seiro da creança uma porçào de ter- nuoca p,ais la &{)areceu - e nao ob,tante o
ressantes de que temos conhecimen- ra do logar das appariçòes, consta- rovo acorre ainJa em maior numero :i
Cova J1:1 Iria.
to e de outras que os nossos presa- tei que, logo depois, sem iflcommo- Explic1ra ror ventura este ~j11nt11mento o
dos leitores se dignarem communi- do, l/ze appareceu o primeiro deflte, apr.rnvel e pitoresco do locai? Nao. E' um
car-nos, desejando que o façam sem- e o segundo justamente no dia treze s1tio ermo, vuJgar, sem arhorisaçao, sem
pre com a maior somma possivel de de Maio, allniversario da primeira agua, longe do caminho de f.:rro, p1rd1.to
nas dobras d'urna serra, desp1Jo Je todos
esclarecimentos, pormenores e indi- appariçiio. O seu estado geral me- os atractivos naturaes.
caçoes uteis para o estudo conscien- llwrou e a de11tiçào continuou a fa- Ira o povo por causa da Capela ? As
cioso do facto respectivo. zer-se bem. Assitn fui /evada a re- pessoas devotas tinham editicado alh uma •
C~mo s6 a Santa Egreja tem au- co!llzeccr que mais urna vez a glorio- pequena ermida, tao pequenina que oem
se podia celebrar a Santa Missa dentro
ctoradade e competencia pa'ta reco- sa Mae de Deu.s por este facto, que d'ella.
nhecer a sobrenaturalidade de qual- considero miraculoso, manifestou a No mes de fevereiro d'e1te ano, un~ in-
quer cura extraordinaria, é claro que !Ua proteccào a quem assim a invo- felize5 cuja ma acçiio a Virgem Sanmsima
submettemos inteiramente ao seu perdoe, foram I:\ de noit e e com bombas dc
ca, para que desappareçam as duvi- dinamite destruiram-na, lançanJo.Jhe cm
juizo as afirmaçoes e apreciaçoes das que se leva.ntam sobre a realt- seguida o foso.
q~e neste logar se fizerem, estando dade da sua appariçt!o em Fdtima. Aconselhumos a 9ue nao se recdificas,e
d1spostos, corno· filhos submissos a Fiz promessa de, sendo ouvtda a mi- - niio so na previsao de novos a ten tados,
repudia~ tudo o que ella por vent~ra rzha préce, tomar publica a narra- mas tambem porque queriamos exr,t:rimen-
tar os mo11vos que levam idi tanunho ajun-
achar d1gno de censura no qué aqui çilo que acabo de fazer, · pois crelo, tamcnto de povo .
.se escrever. emqua,zto a Eereia 1lilo disse, o coll- Poii bem. Lo11ge de diminuir, a multiJiio
Toda a COFrespondencia relativa a trario, que mais uma vez em Fdti- é de cad.i vei: rn .us nutn~roSJ,
.esta secçao deve ser enviada ~o di- ma a Santissima Virgem veto a ter- •••
re mo da Voz da Frt,·,,.,,.
.rector " ,,.,.,.,
o ex •m<> e ra escolher sitio ond~ um novo san- A Allctor1d.ide eclesiastica tem-se man-
v. sr. Dr. Manuel Marques dos ctuario lhe seja dedicado, para que tiJo na cxpeccntiva. O Rev. Clero Jesdc •
Santos-Leiria. setts fithos saibam ser fervorosos no princi~io absteve-se de tomar parte em
Do nosso volumoso dossier sObre cumprimento dos seus deveres dt qualquer manifestaçao: ap:nas uluma'Tlent~ 1
permitlmos que houvesse la urna Missa re-
as curas de Fatima, extrahimos hoje christàos e caminlzar pela estrada da sada e sermio nos dias de granJe concor-
os documentos que em seguida trans- virtude, que é a que conduz d possi- rencia popular.
crevemos e que os amigos do nosso vel felicidade neste valle de lag-rimas A Aucroridede civil tem emprtgado to-
jornal certamente hìio de Jer com e a verdadeira e eterna felicidade do do~ os meios-inclusivé as penegu1çou,
muito agrado. prisoes e nmeaça, da 1od11 11 ordem pua
Ceu. acabar com o movimento reh~ioso nequele
cQuinta d'OttJ-Correio d'Orta - D. Maria do Carrflo da Camara logar. Todos esso~ esforços tém ~ido infru-
••• _Sr. Visconde de Montello-Junto (Belmonte)-Quirzt.1. a'Otta, 22-X/ tife ros. E nini;nem podera 1dìrrunr q_uc a'
env10 a V. a descripçao dum mila- Auctorid11dl' eccJeqi~scica imrulwine a fé
-921.» OMI Ap~rl<;C>-s n:u1to pelo con trùri,, . E111
.ire de Nossa Senhora da Fatima, pe- V. de M. vista dc quanto acabamos dc ur,or, par~·
• I
!
, .

.. Woz da Fé:thnn.
ce-nos ser nossa ohrigaçao estudar e man. campanha- pois é um santo e salu-
dar estudar es te caso, e organisar o proces- seus_ :leitos; a~lm o exige a nossa
so ~egunJo a1 leis canonicas. tar pensamento arar pelos mortos grat1dao, que nao p6de ser indiferen-
Para este efeico oomeamos a seguiate par4 qu.e sejam livres tle seu.s peca- te aos queixumes d'aqueles que no
Comissao: dos. Tal era a crença na dlìcacia do munda sumamente se interessaram
Rev. Joao Quaresma, Vigario Gera! da sacrificio, da oraçiio e das obras boas
Diocese. po_r ~6s; assi m o e~ige o nesso pro-
Rev. Faustino José Jacinto Ferreira, P.rior para suffragar as almas dos mortos. prio 111tercsse que, JUnto de Deus, te-
do Olivai e V1Etario da Vara de Ourem.
• ra os methores defensores nas almas
Rev. Dr. Manuel Marques dos Santos, que libertarmos por nossos sufragios.
Professor do Seminario. Nosso Senhor Jesus Christo, lon-
Rev. Dr. Joaquim Coelho Pereira, Prior ge de reprovar esta crença- confir- A. M.
da Batalha. mou-a e recomendou-a. Os A posto-
Rev. Dr. Manuel Nunes F'ormigao Junior,
Professor do Seminario Patriarchal, com
auctorisaçao de S. Em.cin.
los prégaram zelosarnente e encare-
ceram esta devoçao. Ajuntae-vos di- Voz da Fatima
Rev. Joaquim Ferreira Gonçalves das Ne- zem as Constituiçoes l\.postoi'icas, DespeHa.
ves, Prior de Santa Catharina da Serra.
Rev. Agostinho Marques Ferreira, Paro- nos cemiterios, fazei a leitura dos Composiçao, impressao e
cho da Fati11Ja. livros sa[!rados, cantae Psalmos em papel de 6:000 exempla-
Esca Comm1ssiio agregar4 a si ou propo- honra dos martires e de todos os res do 1.0 numero..•.. 220:000
rli a nomeaçfo de ptritos (c. 2088, § 3; 2113 santos, e tambem por vossos irmtios
§ I e 2). Ctic/Jés e outras despeza~ 43:900
Nomeamos o Rev. Dr. Manuel Marq,ues qae morretam no Senhor - e ofjere-
cei depois a Eucaristia. Soma.• 263:900
dos Santos promotor da Fé, o qual recebe-
Subscripçao
r4, segundo as regras do Direito, o depoi-
mento de tes temunhas quanto possivel ocu-
Jares (c. 2040).

Esta devoçao atravessou todos os Transporte••..•••• 550:000
Para euxilier o R. Promotor da Fé no- seculos e fixou-se em todos os pai- Augusto Reis.•..•..•• 5:000
meamos corno notnrio, o R. Manuel Perei- zes. O culto dos mortos mereceu a Dr. Luiz d'Oliveira.••.. 15:000
ra da Silva, Professor do Sem1nArio. Anonimo.•...•••••••
Ordenamos a toJos os fieis da nossa Dio- todos os povos o mais carinhoso aco- 10:000
cese (c. 2023-2025) e pedimos aos de Dio- lhimento. Fundaram-se irmandades e Dr. A. F. Carneiro Pacheco 20:000
ceses extrenhas que deem conta de tudo contrarias de socorro as bemditas Al- D. Emilia Neves•...... 10:000
quanto souberem quer a favor 9uer contra mas do Purgatorio, instituirarn-se le- Padre Jacinto A. Lopes•• 10:000
as apariçoes ou facto11 extraordmarios que D. Filomena Miranda ••• 10:000
lhes digam respeico, e testifiquem especlal- gados pios e anniversarios, multipli·
mente se nellas houve ou ha qualquer ex- caram-se as devoçoes, e os Surnmos Anonimo ••••....••• 4:400
ploraçao, supcrstiçiio, doutrinas ou cousas Pontifices e Prelados da Santa Jgreja P.e M. Marques Ferreira 10:000
dcpr1mentes para a nossa Santa Religiiio. nao se cançaram de exhortar os fieis D. Joaquina A. Pinto Ba-
Qualquer dos membros da Comiss!io fica ptista .......•..••
auctorisado a receber nomes dos 9ue dc- a applicaçao dos suffragios pelos mor- 10:000
vem ou querem depor, os quaes serao cha- tos. E os fieis acudiram sollicitamen- Um grupo de seminarlstas
maJos na devida alturo. te a voz dos seus Pastores. E' bem de Vìseu . . • • . . . . . • 10:000
A primeira
•••
lei d11 historia,afirmava o
tocante o costume das ementas em D. José Maria de Figuei-
redo da Camara (Bel-
que todos os domingos sao le~bra-
grande Papa Lelio Xlll, é nunca dizer fal-
sidades; a segunda é ounca recear dizer a
das a piedadé das familias as almas monte) . • . • . . . . • . • 10:000
nrdade. das suas obrigaçoes. Pelas ridentes Oiberto F. dos Santos .• 10:000
A lgreja tem sede de verdade, porque foi aldeias do Minho é frequente encon- D. Maria da Conceiçllo
fundada por Aquelle que dis$e: 11Eu sou a trar, a borda dos caminhos, uns pe- Alves de Matos .•••. 10:000
verdade.... quenos nichos de pedra, cobertos com Manuel Antonio Lopes •• 10:000
Por isso, se os factos, passados na Fati- Anonimo ..••..••.•• 7:500
ma, que se apontam corno sobrenaturaes, a sombra d'um secular castanheiro
slio verdadeiros, agradeçamos a Nosso Se- nos quaes por baixo d'urna pintura re- D. Maria Eduarda Vas-
nhor que se dignou mandar•nos viaitar por presentando o Purgatorio se le o co- ques da Cunha •.•... 10:000
sua Santissima Mlie pare augmentar a nos- movido brado: «O' v6s que ides pas- D. Laura de Avelar e Silva J0:000
sa fé e corrigir os nossos costumes;-se siio sando, lembrae-vos de n6s que esta- D. Leonor de Constancio 12:000
falsos, conveniente é que se descubra a sua
falsidade. mos penandon. E o carninhante apro- Padre Joào F. Quaresma 10:000
Nos tempos de duvida e desorganisa5ao veitando a sombra benefica para repou- Padre J. F. Oonçalves das
que atravessamos, é de tal importancia JUI• sar, ora pelos seus queridos defunto3• Neves . .......... . 10:000
garmo-nos e estar de posse da verdede que e deixa urna pequena esmola no ni-
esta conscienc1a basta para resistir a todas D. Anna Corrente Soares l 0:000
as cootraried&des e ,encer todos os obsta- chosinho. Aqui na Extremadura é Condessa de Mendia..• 10:000
culos. deveras impressionante ouvir o e/a- Padre Augusto José da
A duTida enerva e mata; a verdade ale,n- mor das Santas Almas, que os ra-
• ta e vivifica.
Trindade.....••..• 10:000
A verdade é a grande força que a Igreja
pazes dos diffcrentes logares das pa- D. Maria d' Apresentaçào
tem possuido tempre e ninguem lh'a tira. roquias vao entoando de porta em D. Oonçalves ..•..• 20:000
Podem armar contra ella perseguiç6es e porta, n'uma romagern enternecedo- Padre Manuel Ant6nio
fazer correr rios de sansue; podem arran• ra, colhendo esmolas para mandarem da Concelçao •••••• 10:000
car lhe os bens materiaes e reduzi-Ja 4 rezar missas pela~ Almas. D. Magdatena R. Mendes
mendicidadc;-escarnece-la e ludibri,-la. A
. • de Matos ••••••.•• 10.000

..
lgreja, de posse da verdade, fica de pé no
meio do tumulo dos seus perseguidores. HOJC, •• D. Luiza Magdalena d' Al·
" Os cuidados absorventes do comer- buquerque.•••••••• J0:000
Continuemos a invocar a Virgem Mae cio e do industrialismo, a sede de en- D. Maria Julla Marques
do Céo, sejamos exectos no cumpr1mento riquecer e a ancia de subir na escala Ferreira . ........•• 5:000
dos nossos Jeveres christiios, sejamoa ca- socia!, iriio arrcfecer o culto dos mor- Manuel Ribeiro da Silva 10:000
tholico1 de palavras e de obras, eapalhemos
a Oraçlio do S. Rosario e esperemos Pf.lo tos? lançar no esquecimento as Al- D. Amelia L. Mendonça 10:000
Juizo da Santa lgreja, certos de quc esto mas que soffrem no fògo do Purga- D. Aurora Barbara Char-
serà o echo do Juizo de Deus. torio? ters d' A. Lopes Vieira 10:000
Esta nossa Provisao sera lido em todu Conservemos lntacto o thezouro dc Padre Candido Mala •.• 10:000
as ign:jas e capellas da Nossa Diocese para
que d'ella todo1 tomem perfeito conheci- devoçao que recebemos de nossos paes D. Carolina Isaura Lopes
mento. e leguemo-lo aos nossos vindouros. Card oso•••••..••• 6:000
LeiriB, 3 de Maio, dia d.L Jnvençiio da As Almas .do Purgatorio so(lrem O. Albertina Cardoso ••• 2:000
Santa Cruz, de ,9,,. la tormentos inauditos. O fògo que D. Maria Joana Patricio • 10:000
t JOSE, BJSPO DE lEIRIA as abraza nao é menos intenso. no José d'Oliveira Dias .••. 15:000
dizer de alguns theologos, que o do
Inferno, com a diflerença s6 de ser
-----
Soma. • • • • 931:900
l'\EZ DAS AtJY\AS tempor11rio e temperado pela espe- O nosso jornal é distrlbuldo gra-
Judas Machabeu, ap6s um combn- rança segurà da libertaçio d'aquele tuitamente nos dias 13 de cada mès
te em que pereceram os seus solda- tenebroso carcere. na Fatima.
dos, mandou fazer um peditorio e • Quem envlar a esta redacçao a
coviou para Jerusalem as esmola, Socorrer as Almas do Purgatorior quantla de dez mli réis tera diretto
colhidas, afim de se offerecer ~m sa- Assim o exige a gloria de Deus, a ser-lhe enviad:1 A Voz da Fdtima:.
crificio pelos soldados mortos cm que no Ceu ternamente aguarda os pelo correlo durante um anno.
LEIRIA, 18 de Dezembro do 1.922 N.0 S
.Ano I

(COM APROV Aç.A.O ECLESIASTICA)


Director, Proprietario e Editor Admlnistrador: PADRE M. PEl?EIRA DA SILVA
REDACçAO E ADMl!'ltSTRAçAO
DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS
EU.AD- N"UN"O ALVA:RES l?EREIR.A
Composto e impresso na Im r rensa Comercial, é Sé - Leiria (BEATO NUNO DE SANTA MARIA)

se~re, e que no dia 13 de Outubro

13 de Novembro lhes dirla um segredo. Esta voz cor-


reu logo pelos logarrjos em redor
mas ninguem podia acreditar, pare-
Na f6rma dos mcses anteriores,
realizou -se tambem no passado dia cendo quasi impossivel que a Vir-
treze de Novembro, na Cova da Iria, gem baixasse dos céus a terra e
a costumada commemoraçào mensal viesse aparecer a tres rudes crian-
religiosa dos acontecimentos mara- ças nas chas asperas e aren6sas da
vilhosos da Fatima. O ceu conservou- Serra d' Aire. E' chegado o dia 13
se sempre limpo de nuvens e o sol de Junho e eu desejoso por saber o
dardej ou sem cessar os seus raios que se passa encaminho- me para o
vivissimos que distribuiam prodiga- locai afim de me certificar do que
mente por toda a\ natureza luz e ca- ha de verdade.
lor. Eram 11 e a/ 4 quando chego t dita
A,o meio dia e meia hora, pouco Cova e encontro ali na espectativa
mais ou menos, principiou a missa umas 12 pessòas. Dirijo-me a alguem
que foi celebrada pelo rev. Joaquim e pergunto: Entao onde estao essas
Ferreira Gonçalves das Neves, Prior crianças que v~em aqui N. Sr. 8 ? e
de Santa Catharina da Serra. Duran- urna voz me responde: espére que
te a missa rezou-se o terço, entoan- ainda nao é tarde. Pasgados momen-
do-se alguns canticos piedosos por tos eis, af veem elas, acompanhadas
LUCIA Dè JESUS, PROTAGONISTA DAS APARiçOES dum pequeno grupo. Ajoelham-se-
occasiào da cornmunhào. Receberam I
devotamente o Pao dos Anjos algu- junto da celebre azinheirinha e4>rin-
m~s dezenas de pess0as. Depois da Durante os actos religiosos a mul- cipiam a rezar o terço. Conto as pes-
missa o Rev. Dr. Manoel Marques tid au guardou o maior silencio e re- sòas e vejo que estào presentes umas
dos Santos, professor no Seminario colhimento, ouvindo-se apenas o 40. Terminada a Jadainha a Lucia
de Leiria e director da «Voz da Fci- murmurio cadenciado das oraçòes di2: «la vem Eia> e manda ajoelhar.
ti!f18>, a convite do rev. parocho su- recita,fas em comum. i\ntes e depois Principia interrogando e respondendo
bao ao pulpito e proferiu, de impro- da 1111::ssa a multidào maravilhada ro- a algue.m que os meus olhos nào véem I
v~so, urna locante allocuçao, em que deou o poço, de muitos metros de nem os ouvidos ouvem. E' a segun-
d1scorreu sobre a necessidade da pe- profundidade, ha pouco concluido, da apari<,,ào e mais urna vez ali aflrma
nitenc!a para obter a salvaçi'io eter- que a agua limpida da nascente, re- perante o reduzido numero de espe-
na, fnsando que por penitencia se bentando ultimamente com força, em ctadores-porque ainda se lhe nao
devia entender sobretudo o arrepen- seguida as primeiras chuvas do Ou- p6de chamar crentes que Eia lhe
dimento dos peccados, a confissao tono, encheu completamente, a pon- esta dizendo que vem ali todos os
sacramentai e a conformidade com a to de tra~bnrdar. A's quatro horas da mezes e que a 13 de Outubro sera a
vontade de Oeus em todas as tri- tarde raros eram os devotos que ain- ultima vez e entào dira um segredo.
bulac;òes da vida. Fòram distribui- da se encontravam junto da capéla A Lucia volve o olhar através do
dos muitos exemplares do segundo comemorativa das apariçoes, rezando espaço corno que a acompanhar com
numero da «Voz da FAtima>, que as suas ultirnas préces e fazendo as a vista alguem que se eleva e corno
do mesmo modo que o primeiro nu- suas saudosas despedidas a gloriosa estasiada vai indicando o rumo que
mero, despertou, corno era natural, Rainha Jo Santo Rosario. eia leva até se perder no Infinito. Eu
0 como descrente quero negar mesmo
érnalor interesse. Estavam presentes

------------
e rea ,te mii pessòas, vindas na sua VISCONDE DE MONTELLO até tudo que estou vendo mas con-
gra nd e rnaioria, das povoaçòes visi- templando a atmosféra vejo que tudo
nhas. O concurso de fieis ao locai se encontra turvado. Parece que duas
d~s appariçòes neste dia foi muito • « ••• Sr. Promo tor da Fé correntes de ar opostas se veem en-
'1aminuto, se o compararmos com o Em maio de 1917 · correu um boa- contrar ali levanta11do urna nuvem de
do~ outro~ méses, por motivos bas- to qui: H~s cli , . is - pastores de poeira. O tempo escurece e parece-
tan e Qbv,os : a commemoraçao do gado r,t" lo r •c· t.rnd •l o terço em m~ estar ouvin 10 uin trovào sub-ter-
m~s precedente que attrahiu innume- c0ro r,,1. itin da , ·01,a u:i lria, fregue- ranN). Sinto 4ue a temperatura é qua-
ras o~c:"0~s que nào poderiam voltar zia d.: F,itinw , lh~!t 1in!J·a aparecido si sobren::itural e tenho medo de es-
C?m fadhdade logo no mes imme- uma senhora vesti la de branco di- tar aJi. Regresso a casa pensando em
diato,. a ctrcunstancia de nào passar zendo lhes que nào tivessem medo tal k,10meno e cogitando urna ma-
o anniversario de nenhuma appari- que erJ N. 5e11hora do Rosario; que nein <le u intr<:pretM. Minha mlle
~lio, "' g·a 1de intensidade ùos traba- vies-~em ali tod!'S os me,zes no dia perp•.nta-me o que vi, ao que respon-
Jhos agricolas nesta epocha, etc. 13 rczm o terço que lhes apareceria do que nao sei, mas ten!10 a certeza
'
t
." Voz da, Fé.t-,in:1n,
~---~---~------,-------~---------------------------
'
que, embora haja misterio, nào vem das chuvas porque os que havia peça e mande pedir por mim, que ali
a ser bom. Nao quero crer e condeno eram poucos para as precisòes. Eu nào tenho quem o faça.
em toda a parte tal apariçào. No dia entào peguei num inutilizado e dan- Esse pedido fol feito pelo reveren-
13 de Junho ha muito mais concor- do-lhe um concerto servlu para um e do paroco de Santa Catarina parece-
rencia. ao outro emprestei o meu, indo sem me que em dia de Nata! A missa das
Oao-se os mesmos fenomenos que ele, . chegando tambem todo a escor- Almas.'Do mundo n~o posso esperar
no mez passado. A fama alastra e rer. nada e entao vem-me a imaginaçào
agora o locai é um dos grandes cen- Chega-se o momento da apari.;ao tudo que se passou nessa Cova ben-
tros frequentados por pess0as de to- e passa-se o que todo o mundo sabe. dita, dessa Virgem que disse ser a
das as classes. O sol gira em torno de si mesmo e Consoladora dos afl itos.
Em 1~ de Agosto aumenta o povo todos que se encontravam molhados Bem s~ que tenho de morrer mas
e quem contem;,la a Cova, que forma aparecem enxutos corno fui eu um é triste nào ter a consolaçao de ver
urna bacia, dos pequenos montes ou deles. Apareceu um sr. de Leiria a nesse momento cruciante e transe do-
outeiros 'que a cercam vè um espeta- distribuir ilustraçòes com os retratos loroso, em volta de meu Ieito, quem
culo tocante. das tr~s crianças e de N. Senhora, en- ore e de conforto. Entào animado com
Oe toda a parte chegam peregrinos carregando-me dum maço apezar de urna grande fé peço a Nossa Senho-
entoando descantes sentindo nos vi- me nào conhecer. ra do Rosario da Fatima que, se pos-
ver umas horas felizes. Jà passa da Odi para o futuro encontra-se ali sivel fòsse eu ainda poder um dia ir
hora e as crianças nào aparecem; o sempre um movimento de vai-vem de a minha terra ver minha familia, faria
povo espera impaciente quando corre gente dominada pela fé: uns pedindo urna festa em sua h oora e mandaria
urna voz pnr cima daquela massa de favores e oulros agradecendo graças prégar um sermlio, indo ao locai rezar
povo que o sr. administrador de Ou- concedidas. Vem a gripe pneumonica um terço. No dia seguinte ja Mo ti-
rem as tinha \evado. Ouvem-se pro- que assolou o paiz e ai acorrem os nha febre e passados dois dias esta-
testos e quando vào começar a de- crentes formando procissòes nas suas va completamente curado dos pul-
bandar ouve-se uma gritaria e4Jlma terras, indo através das serras peJce- mòes. Aos medicos parecia um son ho,
onda de cabeças voi ve se para o ceu gulhentas e das charnecas desertas, al- quando me julgavam morto aparecia-
afirmando cada um o que esta vendo. tas horas da nolte, debaixo dos mlio- lhes curado. Poi a medicina? Nào
Eu entào olho para o ceu e vejo as res vendavais pedir a essa Virgem con- porque n~o tomei remedios .. Entà~
nuvens m11dando de còres e correndo soladora dos af11tos, proteçào e mi- urna pneumonia e febre a 40 grnus
em diversos sentidos. sericordia. A fé vai aumentando e de cura-se em trez dias, e por acaso? J a
O dia 13 de Setembro amanheceu toda a parte se ouvem afamar os mi- escaparia alguem operado do estoma-
scm uma nuvem no horizonte. Um lagres. go que fosse atacade por urna pneu-
sol abrazador nos faz procurar a som- monia? Que responda quem souber.
Eu, apesar de tudo continuava a
a
bra. A Lucia reza o terço hora ln-
descrer, seguindo a prudencia da
Poderào dizer que melhorava da
dicada. Segue-se a conversaçào com mesma forma, mas corno tenho a cer-
Santa Egreja.
a dita Senhora e assim que dii: la vai teza que so escapei por melo dum
eia, o sol escurece a pontos de se Havia 12 anos que eu padecla do grande milagre e da grande fé com
ver a lua e as estrelas que circundam estòmago; vomitava tudo que comia. que me apeguei com N. Senhora, hei-
o firmamento. O calòr dimlnue e urna Consulto os melhores medicos com de dizer isto sempre e em toda a par-
aragem nos vem mimosear a fronte. a esperança de me curar por meio da te, custe o que c.ustar. Essa promessa
Entào vet.m -se la muito em cima cor- medicina, mas debalde o faço • Es- mandei encarregar o sr. prior de San-
tando os ares do Oriente para o Oci- tou desenganado mas restam-me ain- ta Catarina de a cumprir assim corno
dente uns corpos muito pequeninos da os hospitais de Lisb0a corno unico prégou o sermào em acçào de graças
brancos corno a neve. Ha quem afir- recurso. Dirijo-mc ao hospital de S. na dita festa na pequena ermida da
rne serem pombas mas ve-se perfel- José, sou observado pelo sr. dr. Da- Chainça em Setembro de 1919. A
tamente que nào sào aves. Na encos- mas Mora, director do Banco do mes- Cova da lria é para mim um cantinho
ta do lado do nascente estava o re- mo hospital. Como o meu estado fòs- do Céu a quem devo a vida .•• Des-
ven!hdo Padre sr. Joaquim Ferreira se pouco satisfat6rio o mesmo sr. culpe V. o tempo que inutilmente lhe
Gonçalves das Neves, paroco de San- mandou -me baixar ao hospital do tomei. Sou um humilde cat61ico que
ta Catarina da Serra, e eu corno vejo Destèrro onde me operou a 18 de De- vejo na religiao que professo o unico
que talvez esteja olhando sem ver zembro de 1917 tendo corno ajudan- pedestal onde o mundo se firma. S.
nada, dirijo-me a ele e pergunto lhe tes (ainda que nào me recorde bem) de V. m. 10 a.10 ven. 0 r e obg.0 .-lnacio
o que ve, respondendo-me que nào os srs. drs. Hermano Medeiros e Bai~ Ant6nio Marques, de 26 anos de ida-
ve nada. lndico-lhe urna 1irecçao e bino do Règo. Oevldo ao muito frio de, natural da Chainça, freguesia de
imediatamente disse que jà esta ven- constipei-n1e e, fòsse por isso ou por Santa Catarina, filho de José Antonio
do. Passado o fenomeno. voJ encon- outra causa, no dia seguinte estava Nùvo (falecido) e de Josefa Marques,
trar o mesmo senhor de joelhos pe- ardendo em febre e com urna pneu- residente em Lisb0a, Rua dos Herois
dindo o terço. Parece-me ser este o monia. de Kionga, 43.
primeiro ministro da Egreja que re- E' chamado o médico de serviço e,
Aos 23 de Novembro de 1922.
zou em cornum naquele recinto bem- depois de me observar bem, diz que
dito. estou irremediavelrnente perdido. Te- lnacio Antonio Marques
O dia 13 de Outubro acorda corno nho os pulm0es ambos atacados; a empregado nos Correios»
um dia de oesada invernia, embora a febre esta sempre acima de 40 graus.
eh uva cala· com lentidào. Durante to- Mandam me aplicar ventosas umas
da a manhll chove sem cessar. Os ca-
minhos e estradas vào repletos de
ap6s outras, mas era preciso tornar
remédios que combacessem a febre e
lnformacoes uteis
g~nte que vindas de longes terras nào isso é impossivel porque no estoma- As pess0as que quizerem ir a Fa-
faziam conta que chovesse ern virtu· go nào p6de entrar nada. A opera- tima utilisando a locomoçao ferro-
de de haver muito;i mezes que nem çào era das mais melindrosas e por viaria, p6dem tornar bilhete para as
urna plnga cail. Chegados ao locai conseguinte s6 podia esperar a mor- estaç0es de Leiria, Torres Novas ou
1am acendendo fogueiras até que se te. Estava quasi sempre variado mas, CMo de Maçàs, devendo partir na
apruximasse a hora. nos pequenos intervalos que tinha vespera do dia em que desejem fa-
Ao loi:ar da Ch·:1ioça, que dista urna lucidez, pensava na minha situaçao e fazer a visita ao locai das appariçòes.
legoa, fòram ficar rnuitas pess0as en- via que era critica. Vejo que m0rro Em todas as tr@s estaçòes de cami-
tre elas dois senhores, um sr. F·~rrel- num hospital sem o conforto que os nho de ferro ha carros de carreira,
ra, de Lelria e outro de ao pé das ministros durna religiAo levam as al- respectivamente para Leiria, Torrea
Caldas, que dizt!m . u o tdre e dr. No mas n;is negras e a:ribuladas horas; Novas e Vila Nova d'Ourem, mas ape-
dia st!guinte, com ll ctwvesse muito e a
sem v~r cabeceira do meu leito urna nas na de Leiria se encontram sem-
nào estando acostum ,dns ao n~or do màe, lrmàos, irmàs, pess0as de fami~ pre logares disponiveis em grande
tempo, nào podiam seguir viagem de- lia e amigos que me animem e forta- numero. Tambem s6 naquella cidade
mais nào tendo com que se resguar- leçam. Antes que baixe ao covai dum existem hoteis com todo o conforto
dar da agua. cerniterio quero ainda escrever a mi- moderno, corno o Hotel Llz, o Hotel
Niio havia quem emprestasse guar- nha màe dizendo-lhe que m0rro, que Centrai e o Hotel Marques, havendo
I • I
Voz da Fatima
ainda muitas casas particulares que tas, pelas do nosso querido Portugal da, ficando Elle a sentir, operar e vi-
recebem hospedes. Uma comissao e de todo o mando. ver por n6s.
permanente presidida pelo ex.mo Co- Aquele lol[ar é d' oraçiio e peniten- Até agora nada perdeu, pois, de
mendador Joào Cortez da Silva Cu- cia. Mais nada. Seu Amor.
rado, encarrega-se obsequiosamente Em vista do que, determino o se• E' por n6s, que agora vivemos, que
de ~o_rnecer esclarecimentos e prestar guinte: Elle esta ainda na Santa Eucaristia on-
aux11to aos peregrinos afim de conse- 1. 0 Nào é permitido o uso de fo· de ja nao estaria se a tivesse lnstitui-
guirem alojamentos e transportes sem guetes na Cova d'/ria. No caso de do s6 para outros tempos ou outras
correrem o risco de ser victimas de algum devoto ter I eito a promessa pessOas.
odiosas especulaçoes. de os lançar, auctoriso V. Rev.C'4 ou E' certo que todos n6s acreditamos
Os reverendos dr. Manuel Marques outro sacerdote, no exercicio das suas na sua presença e no seu AmOr na
dos Santos, no Seminario, e dr. Se- ordens, a commuta-la, revertendo a Santa Eucaristia, mas o que é tam-
bastiao Brites, na Sé, darào aos pe- esmola a favor do culto a Nossa Se· bem verdade, é que procedemos, até
regrinos as indicaçoes que lhes solli- nhora. os melhores, corno se Elle ali nao es-
citarem. 2. 0 Niio é permitida a venda de tivesse.
Em Torres Novas e em Vita Nova vinho ou outras bebidas alcoolicas Nào temos, ordinariamente, para
de Ourem tambem se p6dem obter, naquelle logar. O abuso do vin.ho é com Elle nem mesmo as delicadesas
com relativa facilidade, meios de trans- in/etizmente causa de mu.itas profa- que as pessòas bem educadas costu•
porte para Fatima. Lembram nos, en- naçòes e muitas desordens. Nào pos- mam ter para com todos.
tre outras, as alquilarias de Espada e so permitir qae o culto a Nossa Se- Um extranho e desconhecido para
de Francisco Fernandes em Villa No- nhora seja ocasiào de pecados. muitos, que somos capazes de passar
va d'Ourem e dos irmaos lzidros em Elltarrego V. Rev. c,a , como Paro- junto d'urna igreja onde esta e nem
Torres Novas. Em 13 de Maio e em cho d'essa freguezia, de zelar pelo sequer pensamos nelle.
13 de Outubro costuma haver, todos cu.mprimmto exacto d' estas determi-
os annos, carreiras de camions de naçòes, e, no caso de niio ser obede· Quao longe estamos, pois, d'aquel-
Torres Novas e de Leirla. cido, o que nào espero, prohibo a ce- le espirito de verdadeira fé e amor
lebraçiio da Santa Missa naqu.elle que nos devia animar.
De Torres Novas o preço de cada
Jugar tem sido, até hoje, de dez es- logar, sob pena de suspensào ao Santa Margarida Maria, por exem-
cudos o maximo, ida e volta, sendo Presbytero que ousar faze-lo. plo, dizla: «Tenho um desejo tao
necessario reservar logares com algu- V. Rev.c•a lerd este oficio na igre- grande da Sagrada Comunbào que se
mas semanas de antecedencia. ja parochial, de forma que d' elle o fOsse necessario andar descalça por
0s outros meios de transporte para povo tome boa noticia para ser cum- um caminho de brazas, parece-me
esses dias teem igualmente ere ser prlda. que nada me custaria em comparaçao
alugados muito tempo antes. De Tor- Deus Ouarde a V. Rev.c,a do que sofreria com a privaçao d'es-
res Novas para a f atima um trem para te bem. Nào ha coisa nenhJma que
quatro ou cinco pessòas, ida e volta leiria, 18 de novembro de 1922. me possa dar alegria senslvel senao
no mesmo dia, nào custa menos de este pào de amor; e depois de o re-
sessenta escuùos. Em occasiòes de
Rev."' 0 Sr. ceber fico corno que anìquilada dean-
pouca concorrencia obteem-se alo-
Paroclzo da Fatima te do meu Deus, mas com alegria tao
grande que, algumas vezes, durante
jamentos ero Torres Novas no Hotel
Madeira e em Villa Nova d'Ourem no
t JOSÈ, Bispo de Leiria a acçào de graças, todo o meu inte-
Hotel Espada e na Hospedaria Cen-
trai de Maria Joanna e irmà.
.. rior esta num silencio e respeito pro-
fundo, para ouvlr a voz d'aquelle que
Alguns peregrinos do norte do paiz A Eucaristia e o Natal é todo o contentamento da mlnha al-
ma.
teem alugado carros em Thomar, on-
de as alquilarias sao numerosas e es- Nas vesperas da Comunhlio sentia-
Vae-se afinal comprehendendo que me abismada num tAo profundo si-
tao bem providos de materiai e de
gado, para os irem esperar a estaçao
nao ha verdadeira vida christa sem a lencio que nao podia fatar senao éi
Eucaristia. força, pela grandeza da acçao que ia
de Chao de Maçàs a chegada do
lmpossivel a piedade sem a Comu- fazer, e depols de a ter feito a minha
comboio da madrugada do dia 13 e
nhao frequente. Assim o viio enten-
<:Onduzirem-nos a mesma estaçào a
dendo as almas que por toda a par-
vontade era nao beber, nem corner,
nem ver, nem falar, tanta consolaç:Io
ftm de tomare111 o comboio da noite.
Em Fatima so com difflculdades e
te desabrocham em ancias d'urna vi- e paz eu sentia. Escondia-me enUlo
por favor se conseguir! hospedagem
da espiritual intensa. quanto podia, para aprender a amar
-em casas particulares, de bons cam-
Urna grande seara loura, apta para o meu soberano bem, que tanto me
ponezes, que nào p6dem proporcio-
a ce1fa, esperando apenas operarios apertava para que lhe tornasse amor
nar cornmodidades de especie algu- se ostenta no grande campo da lgre- por amor.•
ma aos seus hospedes. ja. Para N. Senhor na Eucaristia de-
Nesta tudo gira em volta da Santa vem convergir, portanto, todas as de-
A distancia da estaçào a villa de Eucaristia, que é o eixo ou o centro
Torres Novas é de 7 kilometros, da voçOes.
deste radioso systemc1 solar das al-
vita a Fatima cinco leguas atravez da Na Fatima, corno em Lourdes, é
mas.
serra e oito leguas por Villa Nova Elle que deve ser o objecto principal
Como Jesus mesmo diz no Santo
d'Ourem, de Chao de Maças a Villa das nossas atençoes e do nosso cul-
Evangelho, nao nos deixou orflios
Nova d'Ourem doze kllometros, de subindo ao Céu no dia da Ascenç4o.
to!
Villa Nova d'Ourem A Fatima doze Ficou realmente presente na Santa Oraças a Deus j~ ha na nossa Olo-
kllometros e finalmente de Leiria a Eucaristia. cese de Leiria fregueslas onde as Co-
FatimJ quatro leguas. Quando passa nas nossas procis- munhOes asceodem a c@rca de ses-
sòes é Elle o mesmo que passava pe- senta mii por anno, o que di urna
média de mais de mii por semana.
Para se 'Cnmprir las ruas das cidaqes.e pelos caminhos
das aldeias da Palestina, nada tendo
perdldo o seu coraçdo do Amor e
Ao R. Paroco de urna freguesia das
mais pequenas da Diocese temos as
compaixao por todos. vezes perguntado: Quantas Comu-
Rev.m0 Sr.
Nos tronos das nossas lgrejas é nhOes teve hoje? Poucas, responde
Cltt[!tJU. ao meu cotllzecimen.to que Elle que da audiencla as suas crea- elle, s6 49 I
,no dia 13 do corrente se l,znç,'lram turas. Nos nossos sacrarios é Elle que Comecemos, pois neste més, urna
foguetes na Cova d' /ria e até lzavia as e<ipera, desiluJidas e batidas das vida m1is intensamente Eucaristica e
!;/nh.a para vender no mesm'.J taca/ I ventanias da vida e do pecado. No assim festejariamos cond1gnadamente
Se permiti o culto naquelte logar, altar é Elle que se i111:nola medianei- o Nata!. Na Santa Comunh:Io tere-
f oi com o mani!estaçào d'amor e re- ro entre a justiça de Deus t as nos- mos a fellcldade de estreitar no nos-
paraçào a N iJssa Senhora, cujo au- sas iniquidades. so peito Jesus Menino realmente pre-
xilio precisamos de rogar, Jazendo Na Santa Comunhào é Elle que se sente como outrora nos braços de sua
penitencia pelas nossas proprias fai- déi a n6s para que vivamos a Sua Vi- Santissima Màe.
A presença real de Jesns na SS. nor contradiçao, nao obstante as per-

Encharistia conflrmada pela


~untas quc lhes eram feitas,-tudo
Jsto prova d'um modo cluro e eviden-
Voz da Fatima
te a certeza do que declarnvam. De-
Despez1&
Historia mais o fructo d'essa missao foi abun- Transporte do n. 0 anterior
Composiçao, impressao e
263:900 •
dantissimo corno nuoca, o que esta a
O menino Jesus na Hoatia mostrar a realidade do facto narrado papel de 2:000 exemplares
que alias era a crença immemoravel do n.0 2 . . . . . . • • • . • . . 100:000
Em 1903, os padres Redemptoris- Outras despezas . . . . . . . 69:970
tas d'Astorga foram dar urna missiio dos habitantes d'aquella parochia.
na parochia de S. Martinho de Mon- Soma .. - 424:870
zanc:da, arcebispado de Trives. Hav ia SubaoripçAo
poucas esp<:.ranças de resultado, e o
desanimo chegou a apoderar-se dos O sacerdote Trans porte • . . . . . . .
D. Maria da Nazareth d' A I-
melda e Silva ...... .
931 :900

Padres missionarios. Com o Jim de 10:000


conseguir urna grande assistencia de D. Maria da Conceiçao Ri-
fieis, annunciaram, para a tarde do ..• Sublime, mas tcmivel situa- beiro . . . . . . . . . . • . .. 10:000
dia 20 d'abril, uma illuminaçao ex- çao a do sacerdote, vivendo no meio D. Leonor Manuel (Ata-
traordinaria, na ocasiao do exercicio do mundo e nao sendo d'cste mun- laya) ....•...•••.• 10:000
chamado de reparaçao. Foi entao que do ! • , . - Extranho aos negocios Antonio I. Yicente ....• 2:500
N. Senhor se d1gnou mostrar um raio do seculo, ao qual com tudo mil la- José Bernardo .....•• , 10.000
de sua infinita bondade. ~os o ligam .. ... - Obrigado a ver Dr. J. Gago da Camarn .• 10:000
Durante a exposiçao solemne do em cada fam1ha a sua propria, sem D. Maria José Tinoco Bor-
SS. Sacramento, dez fieis que assis- pertencer a nenhuma ... Devendo- ges .............• 10:000
tiam, d'entre elles o parocho, rapazes se a todos, sem direito de se recusar D. Maria Teresa Moura
e raparigas, de 6 a 19 annos, viram a ninguem ... - Chamado a curar Pinheiro.......•••• 10:000
que a Santa Hostia se converteu e nos outros as chagas que elle deve P.e A. Santos Alves .... 10:000
transformou n'um formoso menino ignorar em si mesmo ... - Nao P.• Raphael Jacinto ....• lù:000
de um ou dois annos, vestido d'urna pedindo a seus semclhantes seniio D. Carolina da Silva Cor-
tunica. bran_ca. Um d'elles notou que que lhe façam conheccr oc; seus so- rela de Lacerda Mendes
o menrno tJnha as maos crguidas so· trimentos, para lhes deixar os seus Mimoso .•. , ...•. •. 10:000
bre o pcito e o rosto respla ndecente prazeres ... - Sempre prom_pto a D. Estephania Maria da
de raios mais vivos do quc a luz de abrir M desgraçado um coraçao que Silva Correia de Lacerda
cem velas, gue compunham a illumi- elle tem de ter _fechado as paixoes ..• Mendes . . . . • . . . . . . 10:000
naçao; sete viram-no com physiono- - PrC1mpto a 1r onde o seu rninis- Dr. fose Catarino da Si Iva
mia sorridente, os braços estendidos, terio o chama, feliz da solidao que a Garcez .•. ........• 10:000
a face C 0$ maos tao brancas que O sua vocaçao lhe creou ... - Indo Conego Francisco Maria
comparorom com a cor do papt[ que dos homens a Deus para lhe oferecer Felix ............• 10:(10()
tÌI b .. m deantc de si para prestar de-
as suas oraçoes e de Deus para o D. Matilde Guerra Sam-
claraçoes no decurso da informaçao; h~mem para lhe anunciar o per- paio ...•.•......• 10:000
um s6 viu o corpo do menino, vesti- dao ... -· Conservando-se assim en- D. Maria Julia Sampaio
do tambem de tunica branca, sem po- tre o tempo e a eternidadc, o pé so- Caldas Frazao ..... . 10:000
dtr chcgar a ver- os braços e a face, bre a terra onde cumpre a sua mis- Dr. José Alexandre Caldas
aresar da attençao com que olhava. sao, a foce voltada para o ceu d'onde Frazao •.....•... • 10:000
O rarocho, que <:stava de capa, ajoe- lhe veem a luz e a força ! ... D. Maria da Piedade Paiva 10:ùOO
lhado no degrau do altar, comtem- Cùmo c;sta vocaç-iio do padre é su- D. Luiza Stadlin . . . . . . • 10:000
plcu-o durante 20 minutos, vendo os blime ! Como ella é temivel para a D. Maria Salomé Dias Er-
rés e as maos do menino com bura- fraqueza hum&-11a e quanto é digno mida .•..•.••• . ..• 10:000
cos e seu coreçao descoberto a presen- da nossa sympathia e dos nossos res- D. Maria do Ceu Jgnacio
tava urna abertura notavel, d'onde peitos .iquele, que fiel a0 chamamento B. Morgado (mensa!) 5:000
lhc parecia ver sa1r grossas gottas de ae Otus a accc1ta com humildade ! O Esmolas colhidas no dia 13 23:000
sangue. Urna mulher de 43 annos 8 sact:rdote é o homem cujo coraçao Conego F. A. Sequeira •. 12:000
dias depois, assegurava ter visto 'na comprehcndcu o Coraçi:io de Jesus e Anonimo .....•..•.• 6:000
custodia, durante meia hora, quando que. a seu excmplo, se sacrifica pela P,e Miguel Jorge .•.••• 10:000
os Pedres estavam a collocar a cruz salvaçao dos homens' ..• E, em viiita P,e Francisco Pereira .•• 15:000
que costumam deixar nas aldeias co- d'isto quem lhe paga a divida de rc- Joào dos Santos Pereira 20:000
rno recordaçao da Missao, um meni- conhedmento a que tem tantos di- Monsenhor A. M. dos San-
no muito formoso, vestido de tunica reitos ? tos Portugal ... , ..• 10:000
branca com grandes flores de cor en- Porque elle nada pcde, sera isso Dr. Gonçalo d' A. Garreth 10:000
carnada; é a undecima pessoa que dis- razao para esquecer esse servo de D. Maria das Dores Ta-
se ter sido javortcida pela visao. Deus que, tlle tambem, pode ter os vares de Souza •••.• 10:000
Estas informaçoes encontram-se seus sofri~entos, suas_ fraquezas, Julio de Moraes •.•.•.. 10:000
n'utna carta do dr. T. del Barrio, pu- suas tentaçoes e suas msrezas ? •.• D. Elvira Pereira da Silva 2:500
blicada na lolfzpora del Sanctuorlo As cruzcs da sua vida sao o dobro lgnacio Antonio Marques 5:000
d'agosto dc 1903 ' das dos outros ! . . . Nao acurdemos P.e Jo4o Lopes Oomes .. 10:000
O auctor d'eHa carta foi o encar- a cokra divina esquecendo os seus Francisco Telles d' Andra-
regado pt:lo arcebh,po da diocesse para Christos. - Tenhamos deante de de Ratto ..•.•.•• • • 10:000
colh<.r es declaraçocs sobre este facto Deus o merito é a gloria de ter Leonardo Reis Baiao .•. 2:500
dlbaix~ de j~ramtnto, e rode obser~ ajudado esses paes da:. nossas almas D. Maria Rosa Cunhal .• 10:000
var a s1mpllc1dade e sincl rida de das nos seus tra~ttl~C>s e nas suas provas, Antonio Marques Oidio 10:000
pessoas fa vorecidas com a vista do pro- de os ter ass1st1db nas suas necessi- A. Rodrigues Pintasilgo 10:000
diij i~. Du e.s ~e~ternunhas, sendo urna dades, afim de que a nossa ingrati- Julio Gonçalves Ramos .. 10:000
o JUIZ munic1pal, arnbas t!ìcolhidas dao e as nossas friezall os nao for- Joaquim Dlas Aroso •... 10:000
pelo P?VO para attes_tar e assignar as cem a a ba ndonar a n0ssa porta, sa• Manuel T. de Carvalho.• 10:000
sobr~d1tas dccla raçoes, assc:v<. raram cudindo o po de seus pés. D. Clotilde Raposo de
~ob iuremento que as condiçoc.;s mo- Sous1 d' Alte. . . . . . . . 10:000
rals dc todos _e de cada um d<•s que D. Maria Yeiga d'l\raujo. 10:000
depc~crum, ass11n ccmo a c11 (;umstan- O nosso jornal é dic;frihui do gra- D. Maria do Carmo Ra-
cia de ter<:m presencicdo ~imultanea- tuitamente nos dias 13 de cada m~s poso de Sousa d'Alte.. 10:000
mentc o prcdigio, retirando-se para na Fatima. D. Maria Carlota dc Mat-
suas casas por carninhos differentes e Quem envlar a esta red acç,n a tos Mancellos d' Arai:tao. 10.000
para aldeias difitrrntes; a alcgria e se- quantia de de.l mii rei.:; tNa dueito P.e Augusto da Sllva ..• 10:000
aurar.ça cc m que elles declaravam o a ser- lhe enviada A Vvz da ratima D. Celeste Maria de :::,ouza 1O:OOQ
ciue rffirmaram ter visto, sem a me- pelo correlo durante um ano. Soma • • • l.4'05:400
,,
_ _!!!ll!!!!!!!_ _ _ _ _ _ _ _...._ _ _ _ _ _ _!11!!1!111!!!!. . . . . . . . .- - - - - - - - ~ - -- . . - - . : - - ' ~ -

Ano I LEIRIA, 18 de Janeiro de 1.023

(COl\'.I APROVAçÀ.O ECLESIASTICA)


DJroc1:or, Proprie-tarlo e E(litor A.dmlni•trnùor: PADRE M. PE!lEIRA DA SILVA
DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS REDACçAO E ADMINISTRAçAO
RU.A :O- NUNO ALV.ARES PEREIRA
Compos to e impresso na Tmprensa Comercial, é Sé - Leiria (BEATO NtJ,,o DE: SANTA MARIA)

automovel que nos esperava na es-

13 de Dezembro trada e que, atravez da serra, nos


conduziu a Torres Novas, e dalli, de-
a
pois de jantar, estaçao do Entron-
camento, onde tontamos o rapido
Como nos m~ses precedentes, rea- Porto· LisbOa das nove horas e trinta
I lisou se tambem no dia 13 de De- e clnco minutos da noite.
zembro, na Cova da !ria, a 'comme-
morac.;:Io religiosa dos acontecimen- VtSCONDE DE MONTELO
tos dl· Fatima .. Celebrou o santo sa-
crificio da Missa o rev. Augusto de
Tornae-vos e permanecei Anjos.
Suusa Maia, secretario de Sua Excel-
Peregrinar corno Anjo nesta terra
lencia Reverendissima o Senhor Bis-
coberta de p6 e nào ser ·manchado
po dc Lciria, que subiu ao altar im-
provisado em frente da capéla das de sua iòiundicie, passar por cima
a
appcirìçoes uma hora da tarde (hora de carvòes cm brasa sem se queimar,
officiai). Pouia computar-se em cer- atravessar por entre espadas sem se •
ca de mli pcssOas a assistencia que vulnerar, quanto isto é magnifico
nc:'i.,e momento se comprimla em tor- quanto lsto é desejavel I '
no da ara do sacrificio. Pertenciam a
LUCIA DE JESUS E SUA FAMILIA
todas as classes sociaes, mas eram na
sua grande maioria humildes filhos Caracter das peregrinacoes
do povo. Faz-se silencio profundo, thema a invocaçào e Auxilio dos
qu.• se mantem durante toda a missa chrisH!os• da Ladainha Lauretana. a Fatima
e _todus ,1j oelharn na terra fria e hu- Um dos pontos mais notaveis e mais
mI .la. ,\ 111ult1dào cheia de profundo intercssan tes do seu discurso foi sem A peregrinaçào a Fatima no dia
!eSflCi!o pela sanlidade do logar e duvida aquelle em que demonstrou 13 de cada mes reveste um caracter
1mmersa rm piedosissimo recolhi- que a ignorancIa da doutrina chris- intelramente especial, nao se asse-
rnento, eleva sem cessar as suas pre- t~. mesmo nas pessOas mais intelli- melhando de modo nenhum éis ro-
ces fervorosas para o Ceu. O rev. gentes e mais cultas, era a causa mais marias e cirios que hoje se fazem em
José do Espirilo Santo, parocho do frequente ùo aIheismo pratico e da muitos santuarios do nosso paiz e
Regucngo do Fétal, s6be ao pulpito indifferença ern materia de religiao. que redundam por via de regra em
e C\ .neç,1 a recitar o terço do rosa- Ap6s as cerimonias religiosas, urna desprestlgio da religiao e prejuizo
rio, i.1l 1ernadam~11te com o povo, que grande parte da multidào dirigiu-se das almas.
intem mpc cspun taneamente as suas para junto do pOço recentemente • Os cirios pagaos do sul e as ro-
devoçòl!s paniculares para orar em aberto na rocha viva, cerca de qua- marlas protanadas do norte nào téem
commum. Ao offt>rtorio a recitaçào renta metros em frente da fachada da nada 'de analogo nas outras naçoes,
do ter~o é suspensa por alguns mo- capéla. 9- immenso reservatorio estA constituindo um triste e vergonhoso
mento:; a um signal do rev. parocho cheio d agua, a trasbordar, exacta- monopolio do nosso Portugal nos
de Fatima qu e, junto do altar, con- mente corno no dia 13 do mes ante- ultimos tempos. Essas manifestaçOes
vida es pessòt1s que desejam receber rior. Muitas pessoas enchem com apparentemente rellgiosas sào muì-
o Pào dos Anjos a levantar a mao o liquido cristallino :iumerosos reci- tas vezes sirnples pretextos para di-
ao alto, para se saber o numero de pientes de varias f6rmas e tamanhos. vertimentos e folguedos improprios
part:cuh1s que é preciso consagrar. Sào ja quatro horas da tarde. O de christàos que o nao sejam àpe-
A communhllo, emquanto o cele- povo começa a dispersar. Distribuem- nas de nome. Nào raro dao ensejo
brante destribue a Sagraùa Eucharis- se pelos peregridos centenas de exem- a scenas repugnantes de embrlaguez
tla, o povo cntt>a em cOro o 13emdito plares do terceiro numero da e VOZ e devassidllo e originam inìmizades,
esse cantico t~o christa.o tào portu~ DA FATl~IA• desordens e alé assassinatos. Sao
&uès e tào popular que ~ossos paes Alguns fieis narram commovlda- lnnegavelmente symptomas lamenta-
nos legaram corno preciosa herança mente, num tom dc sinceridade ir- veis de accentuacia e profunda deca-
e que tào sentidàmente traduz a de- recusavel e em termos de urna sin- dencia sob o ponto de vista religiose.
voc;ào da alma nacional ao Augus- gelez.i encantadora, as graças espi- que a feiçào piedosa e grave das pe-
tissimo Sacramento dos nossos alta- rituaes extraordinarias e as curas regrinaçOes de origem recente te•~
res. Terminada a missa e resadas as maravilhosas com que dizem ter si- procurado deter na sua marcha gra-
ultimas oraç01:s 1 o rev. prior do Re- do favorecldos pela misericordiosa duul e progressiva. A E~H:ja tinha
~uengo do f eta! prégou um subs- Raìnha do Rosario, sob a, invocaçao tudo 11 lucrar e nada a perder com o
tanciu~o sermao, que durou quasi de Nsssa Senhora de Fatima. desaparecimento definitivo da maior
Jres quart"s a'hora, tornando para A's cinco horas &ubiamoa para o parte dessas romagens assim òesna-

\
Voz da. Fé.timn.

turadas e desviadas do seu fim pri- ganda desta superstlçao avisamos as de /ulho. Fez-se tudo quanto/o/ pos·
mitivo. pessOas sinceramente relìgiosas que sivel para a salvar. /invia 4 médi-
Mas em Fatima, a terra cto myste- receberem a tal ora~o, a que lhe cos a bordo, I fra11cés que é do pro-
rio e do prodigio, ja nào sucede a nào liguem a menor importancla, de- prio vapor e.Canada,• I Italiano que
mesma cousa. vendo rasga-la e nao a propagar, so era destinado para a colonia Ita-
• A tembrança sempre viva das ap-
pariçOes e dos successos maravllho-
pois, com os efeitos superstlciosos
de premio ou castigo que lhe atri-
liana, e 2 médicos portu[lueses, 1
era empregado para a colo1zia por-
sos de que aquela terra é theatro, a buem, ou é fruto de pessOas igno- tuguesa o outro viajava para a f'lro-
atmospbera saturada de sobrenatu- a
rantes, que s6 mal fazem verdadei- vidence para os seus interesses. Esta
ral que alli se respira, o temor reli- ra piedade, ou, talvez até de perver- pobre criança piorava cgda vez mais,·
gioso que insensivelruente se apode- sas que queiram arnesquinhar a pro- até_que os 4 médicos fizeram juflta
ra de todos os que se approximam pria pledade. ma,s qae uma vez; e o rcsultado foi
do centro das maiores manifestaçOes Toda a cautela, pois, é pouca. que nao podia viver. /da pobre crian-
periodlcas coltectivas de Indole reli- ça nem /alava, nem conliecia 1zirt-
giosa que registam os annaes de Por-
Nlio imaginamos nunca todo o bem guem nem dava sinals de vida. Os
tugal lmpedem a explosAo das pai-
que fazemos quando f azemos bem. pais estavam como doidos; e al! pa-
xòes humanas e conservam a dlstan- recia-me que o poi clzeeou a querer
cia aquelles que por ventura sejam atirar-se ao mar qua11do soube que
tentados a visitar o locai das appa-
riçoes sem sentimentos de piedade Hs curas da f utima a fllha ia morrer e ser deitada ao
mar. 7iveram que o agarrar. Como
ou pelo menos de respelto. Por isso tinha eu essa aeua pedi ao medico
os peregrinos durante a viagem en- Temos hoje o grande prazer espi- se dava licença que a menina bebes-
tregam-se 11 oraçào, entoam canticos ritual de proporcionar aos numero- se um l!Olinho de cada vez. Ele res-
em honra da Virgem ou guardam sos amigos da Voz da Fatima a lei- po11dea-me, pode taze-lo, mas pode
um silencio r<:lativo que nào exctue tura de uma carta em que se narra crer que esta condenada.
a vivacidade natural e innocente de com encantadora singeleza uma cu- NIJ.o passa desta 11oite. A'manhil ,
gente moça e a alegria sa das con- ra sobremodo interessante atribulda nl!o verti. a luz do dia. E todos os 4
scienclas sem macula. a poderosa intercessAo de Nossa Se- medicos dlsseram-me o mesmo. Jma-
A'-ai 10 horas da manha ha,na egre- nhora do Rosario da Fatima. Trata- gine, Senhor doutor, qu.1nto rezei
ja parochial de Fatima missa, com- se duma creança gravemente enfer- que N. S. de Fatima desse vida a
munhao geral e bençllo do Santissi- ma, em perlgo de morte imminente e essa pobre inocente, cujos pais esta-
mo, a que os peregrinos devem dili- julgada por quatro médicos irreme- vam com/J doldos, fora de si. Metta
genclar assistir. diavelm~nte perdida, que principiou do vel-os que resolvi a rezar multo
O sitio das appariçoes fica appro- a melhorar e se restabeleceu de todo pela pobre criança I Com certeza
ximadamente a dois kilometros e depois de lhe terem sido ministradas eUs tambem rezavam. muito I So vis-
meio da egreja parochial. algumas gotas d'agua da Fonte que to I Nào é possivel descrever a qae
Quando a concorrencia é mais rebentou no locai das appariçOes. se passava a bordo com a anci"da-
mumerosa e a auctoridade civil nào Esta carta foi endereçada em Novem- de entre as Senlwras pela paure
se tembra de por embargos, organi- bro passado ao ex.mo sr. dr. Eurico criancinha. E todos com midv qhe
sa-se um:1 tocante e vistosa procis- Lisbòa, dlstincto médico ophtalmo- f icavamos de quarentena se a menl-
- sào que sahe do vasto e antiquissimo logista da capitai, que se dignou per- na morresse a bordo e fosse deitada
a
templo em direcçao Cova da lria. mlttir a sua inserçào no presente nu- ao mar. Para finalisar dieo-llle que
a
Alli, ao meio dia solar, hora sotem- mero da Voz da Fatima. Em nome na notte que a morte vin/la roabar
ne do contacto mysterioso entre o da dlrecçfto deste jornal agradecemos os pals da sua fillza querida, del-
Ceu e a terra durante as appariçOes, t reconhecldamente ao ilustre e bene- llze a agua, e eraças a Deu.s ntlo
celebra-se, sempre que o tempo o merito homem de sciencia tao pe- morrea mas começou a mostrar me-
perrnltte, uma missa resada, em que nhorante gentileza, que constltue lhoras e Jelizmente desembarcou pa-
se ministra a Santissima Eucharistia, mais uma prova do seu grande inte- ra continuar o seu tratame11to no
havendo em seguida sermao, que resse e da sua nuoca desmentida de- hospital de Providmce.
costuma ser prégado nos dias mais dicaçao pela obra de Nossa Senhora Como sempre tornei interesse neste
solemnes e de maior concurso de do Rosario da Fatima. caso, escrevi aos pais para dar al-
povo por um dos. mais dislinctos or- Publicamos a carta com a redaçao, guma noticia a respetto dessa men.l-
namentos do pulpito. orthographia e pontuaçao da sua pie- na. Vinlta noticias satisjatorlas atl
• Como a egreja da freguesia esta dosa auctora que, sendo de nacio- que ha uns 2 mezes que eta jd est4
a beira da estrada que conduz ao nalidade ingleza, se exprime nao obs- boa de todo.
local das appariçòes, os peregrinos tante na lingua de Camoes com urna Prometl de escrever a V. Ex. pa-
ainda que nlio se esteja realisando facilldade muito rara em subdltos de ra a publicaçilo corno sei que o Se-
AenhtJm acto do culto oostumam lou- Sua Magestade Britannica. nhor doutor é bom Catolico e tem
vavetmente suspender por instantes. E' do teor segulnte: grande devoçiio a N. S. de Fdtima.
naquela altura a sua marcha para fa- Nào mando publicar os nome&
zerem urna breve vjsita a Jesus Sa- •2 West Il()»Ah Stret New York porque os pais nem sabem que escre-
cramentado. Citv N. Y . U. S. America 5-11-1922 vo ao sr. doutor. Peço que me des-
V. DE M: Ex. mn Senhor Doator culpe se for incomodo.
Como flz uma promessa de pabli- Sem mriis assunto
A pureza comunica ao espirito es- car uma cura se reallzasse, venho de V. Ex.a M. 10 obg.da
tabllldade, A alma harmonia de afe- por este melo pedir a V. Ex.• a Ji- ( Miss) M. C. BARRES
ctos, é1 fronte serena alegria, aos neza de o Jazer.
othos suave e claro brllho.•. Sou inglesa, tenho vivido em Lis- P. S. So depols de tomar a aeua
boa 11 anos, mas como tenho Jamilia de N. S. de Fatima que a menina
em Nova York, resolvi viver com começou d melhorar. Com toda a cer-
e/es. Antes de sair de llsboa pedi a teza f ol um ml/agre.
Sllfel"sti~!'lo umll mulhersinha que I desse sitio Peço descutpa dos borròes e erros
De vez em quando o correlo traz de N. S. de Ftitima que me mandas- mas estou com pressa.-Barres.•
a esta ou aquela pessOa, tida por se de Id uma pouca de aima, o que ~I. J!! V.
piedosa, um postai ou carta em que eta multo prontamente fez: e iunta-
se recnmenda, ou antes se m11nda mente um pouco da mesma terra. Nosso Seohor a Santa Catarina de
resar uma certa oraçiio e espalha-la Ddxei Jisboa no dia 20 de /ulho Sena a proposito da Santa Con1U-
por um determinado numero de pes- passado. Cheguei a Nova Yo,k no nhao: «se tu filha tlveres aces 1 urna
sOas; e se assim nao fizer lhe ha de dia 1 de Aeosto no vapor ,Canada... candela e todo o mundo cIIegar a
1 suceder alguma desgraça corno a um ffav/a a bordo ama pequenlta cu- acender luz nela nao repartiri:ts a
pai que peto niio fazer lhe morreu /os p11is s6o da Syria mas bons Ca- tuz e o fogo sem se diminuir? E nao
urna fllha unica. tholicos. A pequenita adoeceu co,N- a te parece que levarla mais luz n que
Como agora recrudesceu a propa- febre typhold desde o dia 23 o• 24 trouxesse urna vela e um clrlo mélior?•
. ~a~t~i~m~a~----------- - - ..
-------------------'-..........;V:...!o~z~~d~n,~~F:_
de 6o leguas. O Tejo saiu do seu lei-
Como se regenera urna pa- TEB8EJIIOTOS EJD PDBTD&Hl to, alagando os campos.
roquia ~iio hou ve s6 o. de 1755 corno
No mar a agitaçao foi tal que mui-
tos navios foram a pique.
mutta gente podera Julgar.
A vos. o Sacerdotes Pela nota que a seguir publicamos Tambem soffreram muito S11nta·
(Moloch I,-6) se vera. que o nosso paiz tem sido rem, ~lmeirim, Azambuja e outras
por varins vezes provado por tremo- povoaçoes.
. O Santo Cura d' Ars pode ser con- . Em TSS r (28 de janeiro) parccia em
.s1derado coma modélo dos padres res de terra ns vezes bastante violen-
tos. Lrsboil que o ar estava em fogo. Cho-
Apostolos da Eucharistia. ve? agun da cor de sangue e sobre-
Um dia urna pessoa extranha ~ A 29 dc fevcreiro do anno 309 hou-
ve um espantoso terremoto em Por• ve1~ um terremoto, em que cairam
Ars veio confessar-se ao Santo Este mais dc 200 casas e morreram mais
obteye d'ella, nao sem alguma ·resis- tugal, cujos c0eitos destruidores se de 2:000 pessoas.
te~cia, que commungaria todos os pro~unciaram em todo o paiz, sendo
sentrdo em quasi toda a Europa. Em 7 de Junho de 1575 houve no•
quinze d1as. vo abalo.
Um pouco mais tarde decidiu-a a Em 382 houvc outro que se sentiu
em quasi todo o mundo, principal· Em 22 de Julho dc 1597 caiu em
faz~l-o todos os oito dias e depois Lisboa uma grande parte do Monte
mu1tas vezes por semaaa. mente nos nossas possess6es ultrama-
rinas; muitas ilh ls fòram submergi- de Santa Cathilrina. Este monte era
Como ella se queixasse de ser s6 eminente ao Tcjo no mcsmo sitio cm
.a Santa Mesa oa sua paroquia, Mon- das, das quais ain:ia hoje se veem quc existe hoje a igreja parochial do
senhor Vianney diz-lhe: e Prometei- algumas emincncias em frente do Ca- mcsmo nome. Naquelle locai havia
me ganhar alguma de vossas amigas bo de S. Viccnte.
r 10 moradas de casas, formando trcs
a vossa causa.• Em 1033 (z9 de junho) succedeu
a um cclipse do sol um grande ter- grandes ruas e um caes de pcdra a
A coisa parecia difficil. Contudo borda do rio. A's 1 1 horas da noite
a zeladora conseguiu e depois de remoto no nosso paiz, seguindo-se-
lhe esterilidadc e fome. daquele dra o monte oscillou e sub-
~lgumd tempo levava ao seu director mergiu-sc arrnstando todas aquell:is
ua s e suas amigas que tinha con- Em 1309 (22 de fevereiro) houvc
um grande terromoto em Portu ooal ' ruas, que dcsaparcceram num mo-
qu 1Sfa~o. O Santo diz-lhes: « Dou- mento.
vos seas mezes. Voltareis depois mas quc se propagou a toda a Europa,
s~ndo os cstragos causados propor- ~ao ha memorias que provcm ter
cada urna ha-de trazer duas ou tres hav1do tremar de terra nessa ocasiao.
pessoas resolvidas a commungar ao c1onaes n extcnsao da propJgaçao.
llouve outro c:m 21 de setembro Siio muitas, porém, as opinio~s o fa.
rnenos em cada domingo.• vor daquelle phenomeno.
Oeclara_ram a empresa impossivel de 1318.
. Em g de dezembro de 1320 repe- . E_m 7 de agosto do mcsmo ano, na.
mas ao hm de seis mezes voltaram rr_be1ra de Alc,intara (em Lisboa) rcu-
doze: 8 paroquia estava transforma- tlram-sc trcs vezes os abalos no es-
paço de tres horas; o primeiro foi niram-se com grande ruido dois mon-
da e O paroco veio pessoalmente a t_es quc estavam separados, subindo
Ars para agradecer ao servo de Deus. grande, o segundo maior, e o tercei-
ro tao violento, que se estendeu a to- 60 palmos um v.ille que os dividia
_Qual é o paroco (e até muitos
d~ a Europ:1, causando enorme pa- ficando C:ite dep'lis excedenJo em 3d
leigos) que nào possa imitar este y,almo» os reforidos montes que an-
,e~emplo? nico.
. Em IJH houvc um terremoto em tes o dominavam.
L1sbo11, ,1uc dcstruiu a capclla m6r Em 15913 (8 de j ulho) tremeu a
Certe lntereaaante da Sé, mnndada _levanrar por D. terra cm Lisbò~ com tanta violenci::1,
Sr. Director da cVoz da Fatima> A~on_so IV; arru1naram-se muitos quc ~ gente ca,a po~ terra, e as casas
ed1~c10s e morreu muita gente, tremram, fazenda ca1r os moveis. Re-
. Um devoto da Senhora do Rosa- pctiu-sc mais vezes com curto inter-
110 da Fatima, nao mandando o co- Em 13,5 houve dois, e qualquer
dellcs importante: um em 11 de Ju- vallo de tempo e com igual energia.
nçao por nào poder, envia todavia o
pequ~no 6bulo de 20$00 (que vai nh0, outro cm 4 de agosto. Ambos Neste anc, principiou em Lisbò \ n
J~nto) pedfndo a V. a flneza de en- foram prcceJidos de sécas enormcs. pc'ltc, quc durou 5 annos, matando
v1ar um numero da e Voz da Fatima» Em 24 ~e agosto de 1356 tremeu 80:000 pesi;oas.
durante um ano a A. H. R. _ Caixa todo o 1:1110 durante um quarto de Em 16:.,9 houve muitos fortes trc-
postal 453-Rio de Janeiro. hora_, e tao f~rtemente, que os sinos moc:cs de terra, mas i;ern perigo; o
Como relato, tenho a satisfaçao de tanij•am p~r s! mcs1'!1os; a capella-m6r pamco era .enorme e constant.:·, niio
p~rticipar a Redacçào de que V. é da Sé de LbbòJ abriu-sc, c·1iram mui- houve, porem, estragos.
d1gno director, que ja mares em f6ra tas casas, e as que resistiram de pé Em 1722 (27 de dezembro) houve
em pieno Allantico,-llha da Madei- ficaram arruin11dissimas. Durante es- no Algarvc um violento tremnr de
ra, Càmara de Lobos,-a intercessào te anno repetiram-se os abalos varias terra, quc, apesar da sua pouca du-
• earinho~a da 5enhora da Fatima se
vezes nao s6 cm Pormgal, mas em ra_çao, causou muit?s _estragos. Em
fez sentir: lkspunha e outros paizcs. Este terre- Villa Nova de Port1mao fìcarnm nr•
Trata-se dum pobre pescador que, moto foi muito semelhant(! ao que ruinadas a igrcja do Collegio da Com-
.andando havia um mes na pesca do soff1cu o n~sso pJiz em 153 t e 1755 • panhin, a igreja e convento dos Ca-
.atum, nào tlnha ganho um ceitil. Em 1356 houve um que durou 30 puchos. Em Tavira cairam 27 mo-
Esse pescador por signal era meu segundos, sem causar estragos. O mes• radns de c11sas, ficd ndo as resta ntes
Pae.-A esposa em casa, chela de mo acontcceu em 1395. arruinadas. Em Faro cairam muitas
penuria, prometeu 10$00 a Senhora Em 1504 reinand_o em Portugal D. casas e o torre da C11theJral. Em
da f .itima se nesse dia o ma rido que Manuel, houve vanos abalos violen- Loulé fìcou destruido o convento dos
est~va no mar, ganhasse 50$00. Nào ~issi!]1o~, q~e subverteram povoaçoes Capuchos. O ca,;tello de CastromJrim
sena milagre, mas a coincidéncia de mtcrras e l1Zeram andar toda a gente soffreu mu1tos estragos.
nesse dia (era no més de Dezembro fugida pelos campos.
Este. tremor de terra plrece ter si•
1 ransacio) ter éle ganho nao 50$00 Em 7 dc janc1ro de 1531 começa
a sentir-se grandes tremorec, de ter- do dev1do a urna erupça.o submarina •
ma_s 7os_oo, s6 ao v61o se deve atri- ra em todo o reino, ~ne obrigara_m entre Faro e T3vira; attribue-se a cste
buir, pois o meu Pai contando ja os os moradorèS das vrlas e cidades logo subcerreneo ao facto de c;e verem
seus 50 ~nos nuoca ganhou tanto em janeiro e Dczl!mbro as arvores
num s6 dia I Tenho presente a carta a ~air p.:1rJ ~s campos. Em Lisbòa
fo1 ma1or u rmpres.,io, e Jiz-5e que cobertas de foth 1s e flòres, e pouc•
em que me relntaram o facto e, para depor<i colher11m--;~ frutos sazonados
mawr prova, terlam ja recebido nes- nos seus arredorl!s se subvcrteram
m oJ lt:t'i P<> vottçoes. corno no mcz dc: junho.
sa redaçAo (a nllo ser que fasse di- No di I in ,io mesmo mez foi tao D1.:p1.. is ù'cste furiuidavel ab1lo cu-
rigida ao Rev. 010 Paroco da Fat,ma) a viùlcnto o sbalo, que lançou a terra jos cll..:itns fmam mu1tissimo desa;tro-
esmoJa em cumprimento da graça mu1to:!I palacios, 1grcjas e mai., de l>QS1 i;epuiu-5e um p::riodo de repouso
.()btida. _1:?00 . cas~s, dt:ixanJo as restnntcs paru 11ortugal.
••• 6-1-~23 De V. etc. 1ohab1tave1s e matsndo grande nu- Ch~·~ou fi nall!lentc o anno dc 1755,
cUm devoto da Virgem mcr:> dc pe~.,a.1s. quc tau f~tal fo, par., o O<J,;s, 1 p .lll I!
Senhora da Fatima•. Este abalo propagou-se por mais p;iru m u1to:. oulros, exccdcnJ0 po-
_._ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ___
Voz ___;,..:.;....:::..:..;..=::::.=...
da Fé.1:illl& _ _ _ _ __ _ _ _ _ __

rém todos os limites os dcsastrcs que te comovidos com as minhas palavras.


aqui succdcram. VIDH IHTJBMB BE JESOS GJIBISTO -que eu lhes apreseotava com o cos•
Desde cntao outros abalos de terra Foi descobccto ha pouco pelo Pa- tumado zelo e fcrvor-louvavam o
tecm sidos sentidos mas nenhurn de dre Pedro Bergamaschi1 director es- meu Pae por este me tcr mandado a
tanta intensidadc e serios dcsastres piritual no seminario ae Montefia:>- elles. P<Xii muito por estcs ao meu Ji-
como o de z3 de·abril dc 1904. cone (em Italia), num convento de vino Pae para que fossero iluminados
------·-----'-"--
A verdiiclCira pureza é tambem a
benedictin11s da mesma cidade, um
manuscripto da abadessa ~Iaria Ce-
e conhecessem a verdade que eu lhes
pregava. E efectivam1::nte muitos ere-
luz do teu corpo. Eia comunica-lhe cilia Baii, que ali viveu a partir de ram em mim.
um certo esplendor, reveste-a de di- 1731,onde se relata avida interna de Terminada a predica, quando esta-
Jesus Christo e de S. José, dirada por va com os meus apostolos conhecidos
gnidade e beleza e lmprime-lhe um de Lazaro, vendo este a nossa ne-
caracler celestial indescriptivel, que Elle mcsmo a referida serva de Deus.
se salienta admiravelmente sobretudo Estao publicados dois volumes (quc cessidade de alimento mc pediu que
em oposiçlio ao vicio aviltante e abo- tcmos presente) em italiano rcfcrcn- fos5e a sua casa com el !es. Reptl tnn-
rninavel. tes ti vida interna de Je~us Christo do-se indigno de reccbcr-me cm sua
tanto na. sua vida particular como casa, ganhou no entanto nnimo para
publica, andando a tratar-:;c da pu- convidar-me vendo a neccssidade que
Voz da Fatima blicaçfio do volume sobre a vida de
S. Jo~é. Ao lèl-os corno quc vamos
tinha. Aceitei o convite que com. tan·
ta humildade me fez .
Deapezae Caminhei com os meus apostolos
Transporte • . • . . . • . • . 424:870
st!guindo o fio de todos os pensamcn-
tos do Salvador e sentimos as pulsa- para casa de Lazaro, onde estava
N. 0 3 (na tipografia). . • . 112:50ù Marta sua i._::na a espernr-mc e fui
Outras despezas . • . . . . .26:000 çoes do seu Coraçao adora vcl.
Parccendo-nos que poucos leitorcs por ela recebido cortezmente e co/Tl
Soma •. 563:370 do nosso jornalzinho terao conheci- grande amor.
SubaoripçClo mento do assumpto e quc ncles ha- Olhei para Marta com vulto sere-
Dr. J. Coelho Pereira ... 10:000 veni urna n.1tural e justific,\da curio- no e olhos compa~ivos, a qual ape-
O. Maria Carolina Men- sidude e interesse dc conhecer o con- nas me viu ficou ferida do mcu amor
donça . .. .. . .•• . ..• tc.uJo das rcferiJas rcvelaçifos, comc- e com toda a cortezia mc lntroduziu
10:000 em sua casa com os mcus apostolos.
D. Luiza Vadre Santa çarcrnos hoje n traduzir para nqui al-
Marta (Andaluz) . .. .. 10:000 guns capitulos a principiar pdo que . Conhecendo a neces!">ida.Ue que cu
O. Maria José de Lemos diz rc:1peito a convcn,iio Je Santa Ma- tmha ~ os meus Apostolos prcparou-
Queiroz. . . . .. . . . . . 10:000 ria Mngdalena para quem foi dita a nos alimento com toda a solidtude.
D. Emilia Fernandes Mar- prirncirn vez, ao quc parecc, a tocan- Antes de comermos fiz um breve
tins d~ Carvatho •.... 15:000 te e consolaJorn parabola do Filho discurso sobre a:. grand<:zas do meu
Dr. Emico Lisbòa . . .. . . 20:000 Prodigo. divino Pae para infiamar 110 r;cu amor
D. Cawlina Pinto Men- c-Na Bethania- Gom lazaro e toda a gente quc ali cstava e para nu-
Marta (voi. 11. pag 332)-Tinha mui- gment,tr em ~lana a ùcvoçao e té
donça .. ' • ...... . . . 10:000 para com a minha pessoa.
D. Atberllna Julia da Sil- to n peno a !\alvaçao daquelns almas
15:000 • quc cu jJ. via que tao bcm :;e apro- Com este discurso ficnram todos
veira Atbuquerque..•• in{hrn1dos em amor para com o meu
O. Marin Antonia Caldas veitariam du minh ;l preg3çfo e da
Fraz:io Plnto da Cruz •.• 10:000 · graça. divi.no Pae e para comigo e cu fiquci
20:000 Por i~so dirigi-me com O!\ meus muno consolado pda boa vontade que
Joào Sabino Caldas ...• eocontrava nos meus ouvintes, prin-
O. Maria da Graça Duarte apo~tolos para Bethania, para prégétr
12:000 onde residla Marta, senllora multo cipalme:,te Marta e seu irmao Lnza-
Santos....•.... .•• ro, o qual foi depois meu querido e
Dr. Weiss d'Oliveira ..• 10:000 prif1cipal e devota , com l azaro seu amado discipulo. P. (Conun(u)
D. Maria Bagulho fer- irm(lo.
nandes . . .......••• 10.000 Tinh;t tambcm muito a pcito a
Franl'isco Lehcastre . ..• 10:000 convcr~uo de Madalena, sua irrna, que Argumento deeisi'VO
Alvaro Sergio Rosa Mela 10:000 era multo petadora e escandalosa.
Esm olas colhid.ts no dia Ntio habitava por!m com elles mas . Monsenhor Falliza, vig1rio aposto-
13 dc llezembro.. .. . 47:350 residia num lugar que lite pertencia lico da Noruega, conta esta interes-
p,e M•guel Ribeiro de Mi- m'Jo multo lo11ge de Bethariia, para santissima entrevista:
rand:t...•.. . .• • •.• 10:000 poJer, com mais hb.:rdaJ1;; viver a No começo da nossa fu ndaçlio cm
p,e \hel Alves de Pinho 10:000 seu copricho e ia muitas vezes a /e- Tromsoé, veiu ter commigo um pro-
O. Alzjr a Vieira ...• . •• . 10:000 rusalem para fazer presa dalmas, ~cstan_te desta cidade e pergu ntou-me
Jo::i., Severino Gago da de que o demorlio se servia para Ja- 11 que1ma roupa:
c:unara...•.. . .. .. 10:000 zer cair a ittcautajuventude nos seus -Padre, ainda ha papa?
Ag11s1inho Marlinho Vieira 10:000 laços. -Clara que ha, meu amigo, aio-
D. iAntoui ,, Bispo Auxiliar 0cscjava o meu Coraçao quc esta da ha um papa em Roma. A Igrcja
de Coimbra .... . ..• 10:000 pccadora pubi ica vi esse depressa no Chatùlica nuoca esteve sem chcfe.
D. Macia de Jesus Oriol arrt:pendimcnto e por isso andava, -Pois, entao, inscreva-me jd no
Pena . .....•.•.. . • 10:000 como um vea<lo sequioso, pela sua r6l dos catholicos.
P.• Antonio dos Santos 10:000 salvaç;io. -Com muito gosto; mos, porque
D. Octavia Marini Garcia 10:000 Caminhei portanto p:tra Bethania torna urna resoluçiio tao repentina?
Ig~acio Antonio Marques 2:500 onde i't tinha chegado a fama du mi- -Nada mais facil de entcnder. Lu-
Jerunimo Sampalo ....• 10:000 nha prcgaçao e onde ;\1arta e Lazaro thero, fu ndador da no'isa religiuo,
C< ,me Fcrreira de Castro 10:000 dcsejavam muito vcr-me e conneccr- disse: e l~u serei a morte do p,1pa».
M.iria Ribau . ... . ••.• 10:000 rne. Entrando, pois, naquela terra com Ora, se hoje, passados tn:s seculos e
Um devoto de N. A. ( A. os mcus apostolos onde cheg:.imoo; meio, ainda ha papa, Luthcro men.
H. R.) .•...... ... .• 20:000 muito cançados e atlictos cm v1rtude tiu, e Dcus niio csco_lheu para tun lar
D. Matilde Barreto...• . 10:000 da lon~a viagem, orci ao Pac e lhe ou reformar a Igre1a «um mentiro-
D. Margarlda Manoel Pin- pedi pela convcrsao daqucle povo e so11 .
to Coelbo ... , . . . • • 10:000 nlgum alimento para os mcus apos- Portanto, a obra de Luthtro n:io
Francisco de Paiva Boleo 5:000 tolos qui:! estavam muito ncccs,itudos vale nada e nao serve p.1rn a salvuçao
P. 0 M. J. Rosa Nascimento 10:000 porcontìnuos sofrimcntos e trnbalhos. Je minha alma . Volto por isso a lgrc-
Promcteu-me o Pac quc atcndcria as ja que Luthcro nao devia tcr traido
O nouo jornal sora deatrlbuldo minhas ;;urlicas, corno fc2. e abandonndo-a Egreju quc tem um
1ratultamente na Fatima nos dlaa 13 Prcguci ali, onde dcpois da minha papa.
fle cada més. entrada ~e tinha juntu j.i muitu gen- Era cl 1ro e logico. O born protc~-
Ouem t.nvlar a e1ta redacçao a te para ver-mc e ouvir-rnc e onde cs- tantc fez-se catholico. Com elle voi•
quantla de du mli réis tera diretto a tavu mmbem Lazaro. Ficaram todos tou a verdadeira fé t°'la a sua farni-
atr-lt.o Uiviatia a VOZ DA FATIMA, admirndos da minlu divina subedo- lia e forma hojc o esc6l da parochi~
iuranto um anno. ria e cclcsti11l doutrina e interiormen- dc Tromsoé.
Ano I LEIRIA, 13 de Fevereiro de 1.023 N.0 5

(CO.l.\tJ: -~Pfl0'1'" ., A()ÀO ECLESIASTICA)


Director, Proprietario e E<lit.o1.· .A.dtnlulstrado~·: PADRE M. PEREIRA DA SILVA
DOUTOR .MANUEL MARQUES DOS SANTOS REDACçAo E ADMrNtSTRAçAO
RUA D- NUNO ALVARES :PEREIRA
Composto e imprtsso na Tmprensa Comercial, li Sé_ Leiria (B&ATO Nl'NO DE SANTA MARIA)

de Fatima. E' quasi meio dia e mela


13 de Janeiro hora.
A partir daquelle ponto, nos tres
A chuva que cahiu abundante e kilometros de estrada que a inda nos
benefica nos dias que precederam resta percorrer, os peregrinos retar-
immc,.1iatamente o dia 13 de Janeiro datarios sào mais numerosos. Passa-
fez desistir muitos fieis, sobretudo os mos junto do pae do Francisco e da
que t>ram de terras distantes, de le- Jacinta, os dois videntes que morre-
var a tffdto a piedosa romagem que ram victimas da epidemia bronco-
tinham projectado para esse dia. Tam- pneumonica de 1918. Da estrada
b~m nos hesit.imos mais de urna vez avistamos o locai das appariçOes.
perante o sacrificio que a peregrina- Cerca de duas mii pessOas rodeiam
çao a Fatima debaixo de chuva re- a capella commemorativa das appari-
presentava e s6 na vespera, ao ver- çoes que, bastante damnificada pelo
mos o tempo melhorar e o sol brilhar attentado dynamitista de Março do
num ceu sem nuvens, cortamos por anno passado, tinha sido restaurnda ,
todas as hesltaçOes e tomamos defi- depois do dia 13 de Dezembro ulti-
nitivamente a resoluçào de partir. E mo. A' J hora officiai principia a san- ~
nào ficariamos bem com a nossa cons- ta missa, rezada pelo rev. parocho de
ciencia se nao fizessemos o que o Fatima.
nosso coraçào nos pedia. Quem ao Ao mesmo tempo s6be ao pulpito
menos uma vez foi a Fatima e se em- o rev. parocho de Ourem, enicla logo
bebeu oa atmosphera que alli se res- F,tchad,t d,1 historica egreja da Graça a recitaçao do terço em commum. A
pira, quer em dia de grandes mani- de Sa11tarem multiùào, atenta e devota, ora co.-:1
festaçOes, corno em 13 de Maio e em onde repousam os dtspojos do i11sig11e fervor. A' elevaçào, interrompe-se a
13 de Outubro, quer mesmo em dia descohridor Pedro Alvares Cabrai reza do terço, fazem-se as invocaçoes
de diminuta concorrencia, corno du- de Lourdes e em seguida canta-se o
rante os meses frios e chuvosos do Salutaris. As préces sublimes do
inverno, sente a necessidade irrepri- de home11s e mulheres que se diri- Psa/terio de Maria continuam a ele-
m1vel e quasi o dever de la voltar no gem, a pé ou a cavallo, para a Fati- var-se para o Ceu. Entretanto de to-
dia 13 de cada m~s. por maiores que ma. A's onze horas e mela transpu- dos os pontos vem accorrendo novos
sejam os incommodos que tenha de nhamos a orla do planalto de Bolei- peregrinos. Approxima-se o momento
soffrer, se obrigaçòes imperiosas nao ros. Dahi em diante a estrada ja nao solemne da communhào. O respeito>
a
obstam realisaçao de ta.o consola- é tao ingreme e tao accidentada. o sllencio e o recolhimento toroam-
dora viagem. Um rapaz dos seus quinze annos, se ainda mais profundos. Dezenas de
fol, pois, em face da dupla pers- vestido decentemente, approxima-se fieis de ambos os sexos preparam-se
pectiva de satisfazermos urna doce do nosso carro, pedalando na sua para alimentar as suas almas com o
aspiraçAo da nossa alma e de empre• bycicleta. Terminara como n6s a as• Pào dos Anjos. Começa a distribuir-
hendermos de novo a peregrlnaçao a censao da serra e estava offegante e se a Sagrada Eucharistia.
f atima em condlçòes favoraveis de exhausto de cansaço. Discretamente A multidao, em unisono, entòa o '
tempo que tomamoa o comboio da iRterpellado acerca do objectivo da popular e commovente -.Bemdito e
manM do dia 12 em direcçào a Tor- sua viagem feita em condiçOes Ulo louvado seja•. E n'uma interrupçlio
res f':'ovas, onde jantamos e donde incommodas, respondeu que tinha rapida, o ministro do Altissimo, com
segu1mos a noite para o Pedrogam. vlndo de Lisbòa na vespera e seguia urna voz sentida e brilhante, reftete
Oalli partimos as dez horas da ma- em direcçào a Fatima a fim de lr bus- do alto do pulpito, as bellas e pie-
nha d~ dia seguinte, depois de auvir- car agua a fonte das appariçOes para dosas invocaçOes de Lourdes: ,Se-
mos missa, para a Fatima, atravessan- seu pae que se achava gravemente nhor, n6s vos amamosl Senhor, n6s
do a serra <1' Ayre. O dia estava es- enfermo. Eram iObremodo comrnove- Vos auoramosl V6s sois Jesus Cbris-
plendido. Nào se divisava urna nu- doras a fé religiosa e a piedade fi- to, o Filho de Deus vivo!
vem no firmamento, nlio soprava a • lial que o levavam a emprehender V6s sois a resurrelçlio e a vldol
mals ligeira brisa, e o sol, diffundindo uma vlagem tao longa e tao fatigan- Senhor, se quizerdes, V6s podels
thesouros de luz acariciadora, aque• te oa esperança de proporcionar re- curar-mt.:I Senhor, dizei uma s6 pala-
eia o ambiente communlcando-lhe medio ou lenitivo aos males .dt es- vra e eu serel salvo! Jesus, filho de
urna temperatura s6 propria dos dias tremeci<.lo auctor dos sews dias. David, tende piedade de n6sf.
Jepidos da Primavera e do Outomno. En{retanto atravessimos o Balrro, Termlnada a missa, o rev. parocbo
De vez em quando encontramos a Amoreira, Bolelros e Montello e de Ourem principia o sermlio tornan-
aa aublda da serra pequenos rancllos cheg~mos ao pé da egreja parochlal do para thtma as palavras Dominare
Voz dn. Fé."tiD'.ln.

nos tll et Fillns tuus do livro dos Luiza parecla n~o dar por isso,
Juizes, c. vm, v. 22. Palla das virtu- 88 HPPBBIODES DE LOU~DES nao tendo feito nada para suspender
des da Santissima Virgem, do presti- I esta marcha vertiginosa para a rui-
gio que Ella exerce sòbre as nossas Bernadette ma • .Por outro lado os filhos tinham-
almas, da necessidade que temos de se tornado numerosos em poucos an-
a imitar. Conclue declarando ter pré- · Lourdes é urna pequena cidade
nos. O mais velho, uma menina, nas-
gado o sermào em acçao de graças dos Altos Pyreneus, graciosamente
ceu a 7 de Janeiro de 1844 e receb~u
por um beneficio extraordinario que reclinada num oasis de verdura, em
torno duma vetusta fortaleza que da no di'a seguinte no baptismo o nome
um fiel presente obteve da poderosa predestinado de Bernadette, ou filha
Rainha do Ceu. encosta da montanha parece querer
de S. Bernardo. Fol madrinha sua tia
Depois do sermllo retira-se a maior despenhar-se sobre ella e esmaga-la
Bernarda. Ella foi acolhida com ale-
parte dos peregrinos, ficando apenas com o peso formidavel da sua mole
gria, porque a casa estava ainùa pros-
alguns grupos de devotos a rezar jun- gigantesca.
pera, realisando-se urna grande festa
to da capella ou a encher reciplentes Ao longe, na direcçao do Occiden-
no moinho por motivo de tào fausto
com agua da fonte maravilhosa alé te, avista-se a flecha aeria da Basilica
acontecimento. Seis meses mais tar-
que, proferlndo uma ultima préce e que semelha um dedo esguio apon-
de Luiza conheceu que D~us a havia
dizendo um adeus derradeiro a
for- tando para o Ceu.
A egreja, branca corno neve e as- abençoado de novo e teve de deixar
mosa imagem da Virgem do Rosario, de amamentar a filha. Urna mulher
se pòem tambem a caminho das suas sente no fianco de enormes rochedos,
é ja por si uma appariçao que enche de Bartrés-aldeia que ficava muito
terras, cheios de saudade dos mo- perto de Lourdes- Maria Aravant,
mentos ditosos passados naquele ver- de alegria e esperança quem a con-
que perdera pouco antes um filhinho
dadeiro cantinho do Paraiso. templa illuminado pela fé.
Encanto e maravilha para os olhos, de pou cas semanas, tomou conta da
é-o ainda mais para a alma que se Bernadette e levou-a comsigo para a
VtSCONDE DE MONTELLO sua terra.
lembra de que dalli, daquelle logar
bemdito, a Mie de Deus viu esta Depoìs de a ter conservado em seu
formosa paisagem, esta natureza des- poder durante quinze méscs, a ama
restituiu-a avida de familia, mas de-
Oprojecto dos sanctuarios lumbrante, as ondas azuladas do Oa-
ve e todas estas alegres montanhas, dicou sempre grande affeiç"io a esta
polvilhadas de luz. As collinas que menina que ella alimentara com o
servem de moldura a pequena cidade seu leite.
A piedade dos fieis deseja arden- e a tantas recordaçòes formam os ul- Bernardette era de compleiçào de-
temente levantar no locai das appa- timos contrafortes dos Pyrineus que bil, de sau:ie enfermiça e estava ja
riçòes um monumento grandioso em veem expirar na planicie. tllas ja nao atacada de asthma que bastante a
honra da Augusta Mae de Oeus. teem a rigidez nem a aspereza da ca- opprimia. Crises de tosse frequentes
O projecto acolhido com mais en- deia de montanhas, descendo em sua- sacudiam e devastavam o seu peque-
thusiasmo é o dà construcçilo de um ve declive e arredonclando os seus nino e delicado peito, e os paes, que
templo no cimo do outeiro que do- cabeços maravilhosamente entrelaça- começavam a sentir as angusHas da
mina a Cova da lria, no sltio onde os dos. miseria, careciam dos melos neces-
videntes dlzem ter-se dado a primel- O Oave de Pau curva-se e f6rma sarlos para lhe proporcionar urna ali-
ra appariçào, e de quatorze capellas quasi um semi-circulo para ir oscu- mentaçào substancial que era incom-
ladeando urna avenida que conduza lar a base do velho castello e rece- pativel com os seus humildes recur-
da estrada districtal até ao templo- ber a leste o ribeiro de Lapaca, de- sos. A ruina da casa consumava-se
monumento. Este sera dedicado a pois corre em linha recta e passa ra- pouco a pouco. Em 1855 Francisco
coroaçao de Nossa Senhora e as ca- pidamente em frente da montanha das Soubirous nao podendo pagar a ren-
pellas aos outros mysterios do Rosa- Espeluncas, assim chamadas por cau- da do moinho do Boly teve de ceder
rio. sa das numerosas cavernas abertas o logar a outro mais diligente. Entao
Para cstas obras era absolutamen- nos seus fl 1ncos. Outrora chegava alugou no bairro de Lapaca um ca-
te ìndlspensavel encontrar agua. Mas até muito perto da gruta de Massa- sebre, para onde foi morar com os
num raio de muitos kilometros nllo bielle, que rtava sòbre a margem dì· seus seis filhos. Pessoalmente a sua
apparece agua na Fatima senllo em reita no mesmo sitio em que o canal situaçllo agravou-se tambem. Dahi em
pequena quantidade e proveniente da do Savy, misturado com o rib.eiro diante viu-se obrigado a trabalhar a
chuva recolhida em charcos e ci~ter- de Merlasse, que se despenha da col- dias, expiando assim duramente a sua
nas. Por isso urna comissào de ha- lina, vinha perder-se nas suas aguas lamentavel imprevidencia. Mas a po-
bitantes daquella povoaçao tomou a limpidas e transparentes. breza tornou-se ainda maior e attin-
iniciafiva de mandar proceder a son- O Lapaca fazia trabalhar varios giu taes proporçoes que elle teve de
dagens nos lerrenos adjacentes ca-a moinhos, entre os quaes o moinho se refugiar na antiga casa de deten-
pella commemorativa das appariçoes. de Bolv·, que estava sendo explorado çao, chamada o carcere e situada na
A prlmeira sondagem foi feita em havi.1 muito t mpo pela hmilia Cas- rua dos Pequenos Fossos. Esta casa
9 de Novembro de 1921, depois da térot. Ern 1841 o chefe desta famllia, deshabitada que ninguem querla por
prirnelra missa campai, a distancia de Justino Castérot, falleceu, deixando causa das tristes recordaç0es que evo~
quarenta metros da capella. Tendo quatro filhas e um fil ho, Joao Maria. cava, pertencìa a André Sajous, pa-
começado os trabalhos de manhA, ao A mais velha, Bernarda, era casada rente de Luiza. Esta circunstancia
meio dia ja todos os operarios sacia- com um honrado operario de Lour- animou Francisco a pedi-la para ha-
vam a sède com a agua que forrou des, a segunda, Luiza, que tinha de- bltar; foi-lhe cedlda gratuitamente e
abundante da rocha viva. Nos ultimos zaseis annos, resolveu mudar de es- nella ìnstallou-se com sua infeliz fa-
méses de verlio a agua quasi desap- tad1> para explorar o moinho. Esco- milia. Era urna habitaçào escura e in-
pareceu, depois que recomeçaram os lheu para seu marido Francisco Sou- salubre feita para os presos. Assim a
trabalhos destinado~ a tornar maior birou'\, jovcm moleiro, que nao tinha pobre Bernadette conheceu ainda
a capacidade do poço, vendo se ape- outra tortuna senlio os seus braços. muito nova o que quer que seja das
nas lacrlmejar urna das paredes. Em O casamento realizou-se na egreja angustias e das privaç~es da gruta
princlpiod de Novembro de 1922, parochlal dc Lourdes a 9 de Janeiro de Belem.
concluidas as obrns do poço, que tem de 1843. Todavia os paes tinham continua-
agora muitos metros de profuod1 ia- Tendn-the a Providencia dado por do a ser pess0as honradas, christAos
,de, a agua limpida da nascente, re- esposa urna donzella que possuia al- cumpridores dos seus deveres e con-
bentando com força, em 8e~uida 4s guns bens dc fortuna, Soubirous jul- formavam-se nobremente com ;\ sua
1rimelras chuvas do Outomno, en- gou-se rico e tornou-se desculdado dolorosa situaçao, niio acusando 11in-
cheu completamente o vasto resf rv a- no J?Overno da casa. Indolente por guem e atribuindo unlcame,,te 1 si
torio, corno tlveram occasi/io de ve- natureza, vigiando mal o fabrico, for- proprios, a lnfollcìdade do SP.u viver.
llflcar os nurnerosos fiels que em 13 nece11do quasi s6 farinhas defeituo- Franclsco entregava-se agorn com
desse m!s vlsitaram o togar das ap- sas e, para mais, pouco aff.lvel e In- ardor ao f rnbalho e, vendn a filha
,ariç0es. sinuante, perdeu muito depressa a mais velba doente, abatida e tiritan-
V. DE M. sua clientela. do de frio, querla que ella vestisse
Voz da Fatini.a
com mais agasalho do que as outras; urna graça alcauçada pela agua que
em vez das papas de milho que cons- eu de la trouxe em maio.
tituiam a refeiçlio da familia, compra.
va-lhe bom pao de trigo e até um
AS GURAS DA fAIIMA Um vizinho meu com urna pneu-
monia dupla desenganado pelo Sr.
pouco de vinho em que a mae tinha Carta do Exmo Sr. D. José Maria de Pt- Dr. Leal, da Lourinha, estava na ul-
o cuidado de deitar umas colheres tima, ja tinha afliçao na gart:?anta.
de assucar. Estas preferencias, por guelredo Cabrai da Camara (Belmonte) A pobre mae ji lhe nào queria dar
mais justificadas que fOssem, eram a « ••• Sr. Com os rneus respeitosos remedlo algum porque o seu filho es-
causa de pequeninas invejas e des- curnprimentos, vou apresentar a V. o tava prompto. Eu disse-lhe que era
peitos que na ausencia dos paes se relatorio, que talvez se nao possa cha- bom dar-lho porque emquanto havia
traduziam por verdadeiras persegui- mar milagre, mas que foi um grande vida havia esperança.
çòes. A h umilde e encantadora crean· favor e uma grande graça que N. Se- Oepois vi tudo tào aflito por cau-
ça, dotada de urna doçura e mansi- nhora fez a urn men conterraneo que sa do fil ho que estava prestes a par-
dlio sem egual, deixava ordinaria- aqui habita em Otta, que tem ido tir d'este vale de lagrimas e falei com
mente as irmas e ao irmaosinho o seu muitas vezes a Cova da lria e pro- a madrinha do doente e disse-lhe que
quinhao privilegiado e sobretudo nao pagado muito aqui a devoçao a N. se tivessem fé verdadeira lhe dava
se queixava nuoca ao pae. Senhora do Rosario da Fatima. Se· urna gotinha da agua de Nossa Se-
(Versiio do fr ançezl gue o relatorio feito por elle e que nhora. Responderam-me logo que
para aqui copio ipsis verbis: • sim. Vim a minha casa e levei a agua
A QUAl~ESMA a madrinha e tia d'elle que foi logo
e Dia 12 de julho de 1922. Indo eu
a Fatima torci um pé dando urna dar-lh'a. O doente bebeu e respon-
A Qaaresma, commemorando os deu que aquela agua era beota, que
quarenta ~ias e quarenta noites que grande queda sobre uns pedregulhos antes queria da da fonte que a gente
Jesus Chnsto, em seguida ao seu ba- no caminho para Vlla Nova d'Ourem gasta.
ptlsmo no Jordlio, passara no deserto, onde cheguei em muletas para as Naturalmente extranhou o gOsto.
abr~~nos um periodo de penitencia, quais apropriei uns paus que me em- Disse eu A madrinha que logo que o
punhcaçao e preparaçao para a festa prestaram. doente bebesse agua, resasse tres
da Paschoa. Segundo S. Jeronymo, o No dia · seguinte, 13, dirigi-me pa- Avé Marias a Nossa Senhora com
numero 40 anda associado a idea de ra a Cova da lria onde apareceu N. multa devoçilo e eu vim para minha
pena e afflicçao. Durante quarenta dias Senhora do Rosario minha madrinha,
e pedindo-lhe que me melhorasse, dei casa e comecel a fazer urna novena a
e quarenta noites cairam as chuvas Santa Rita de Cacla por intençao da
do diluvio, durante quarenta annos um banho ao pé na agua do poço, Senhora do Rosario da Fatima e se
peregrinou o povo hebreu pelo de- achando rapidas melhoras. Comecel o doente melhorasse mandar dizer
serto, em castigo de sua ingratid~o. logo a andar sem muletas. Poucos
momentos depois chega a imagem de urna Missa a Nossa Senhora.
Quarenta dias esteve o propheta Eze- N~o sei se a mande dizer ou se
quiel, por ordem do Senhor, deitado N. Scnhora do Rosario em procissào
e nesta occasiào voltando a banhar
mande o dinheiro para a Fatima .••
sObre o seu lado direito, para figurar etc.
um cerco, que havia de ser seguido o pé fìquei quasi bom. Oepois de Estrada (Athouguia da Baleia).
da ruina de Jerusalem. agradecer a N. Senhora segui para
A Quaresma offerece-nos um meio Vila Nova d'Ourem onde entrei sem Celeste Maria de Souza•
~fficaz para aplacarmos a colera de muletas, o que causou a admiraçao de
Deus e purificarmos as nossas almas. muitas centenas de pessOas que me
O principio da penitencia verda- viram ... /osé Ramal/to.•
deira esta no coraçao. Recordemos os SE JREDITBSSEJIIOS Dlii PDUGO •••
exemplos do Fllho prodigo, da Pec- Outra carta (da Ex.ma Sr. Dona
8
Que admiravel é o systema solar!
cadora, do publicano Zacheu e de S. Laura de Avelar e Silva, da Quinta O sol é o scu centro. Em voltJ delle
Pedro. Partlndo porém do coraçao, da Commenda-Alcanhoes): gravitam oito grandc:s planetas e cm
sob o impulso da graça, a penitencla volta destes giram varios satl!lites.
ha de traduzir-se em actos exteriores c21 d'Outubro. Atravessando os orbitas plan1:tarias,
-0e abstlnencia e mortificaçao, a exem- ... Sr. os cometas percorrem o espaço em
plo de Jesus Christo e conforme os . . . Sornos umas crentes e apaixo- di versas direcçoes .
preceitos da Egreja. Assim corno sob nadas da Fatima, pois tendo recorri- O sol tcm em volume 1.40+:82!
o nome de Jeju.m a E2reja compre- do ja por duas vezes em grandes vezcs maior que o da terra. A sua
henJe todas as obras de mortificaçào afliçoes a N. Senhora da Fatima, fo. distancia desta é de 38 milhoes dc le•
chr1sta, tambem ~ob o nome de ora· mos de pronto socorridas. Urna vez guas e a dos outros planetas que gi•
çao abrange todos os piedosos exer- quando de doença grave de urna so- ram em volta ddle, varia entrc 1;
cicios com que o christilo se dirige a brinhinha, que mal começou a tornar milhoes (Mercurio) e 1:147 mtlhoes
Deus. A frequencia mais assidua do a agu I vinda <la Fatima começou sen. de leguas (Neptumo). Este ph1neta
templo, a assistencia ao santo Sacri- tintlo consideraveis melhoras e ja foi gasta cerca de 164 annos e m ·1 > a
ficio, as leituras piedosas, a medita- no dia 13 a Fatima a agradecer a dar urna volta a roda do sol Urirno,
çào das grandes verdades da salva- Nossa !:>t:nhora o tel-a curado. 84 annos; Saturno, 29 annos; Jupiter
çào e dos soirlmentos do Redemptor, De outra vez, fez precisamente no 1 1 an nos, etc.
o exame de consciencia, assistencla no dia 13 etneo annos, quando nos O espaço que o systema solar oc•
as prégaçoes, a recepçilo dos sacra- dirigiamos para Fatima estivemos cupa no ce':1 é de 7 milhoes de l,'.g-uas.
me11tos da Penitencia e da Eucharls- prestes a ser victimas de um grave E, todav1a, o nosso mundo é ape·
tia,-els os principais meios de san- desastre de automovel, invocamos nas um ponto no espaço, uma uniJa.
tificaçào compr<'ht'11didos na Of.u;Ao. logo Nossa Senhora do Rosario da de no complexo dos mundos.
N I tempo da Quaresma, n chtistao Fatima e Immediatamente ficamos sai· O telescopio revela-nos que cada
unir-se- ha, logo le~de que despertar, vas. estrela é o centro de outros sy.;temas;
é1 s1ota Egreja, que começa os psal- Todos os que vi ram o que se pas- e existem milhoes de estrelas!
mos de Laudes pM estas palavras do sou e as pessOas que teem passado ao A distancia e as dimeosO:!S destes
Rei-Propheta: Tende compaix4o de locai. e sabem o perigo imtn~nte em milhoès de muodos espantam a nas-
.plim, o Dtus, seeundo a vo~sa eran- que estivemos, do unanimes em di· sa imaginaçao!
de misericordia. - M/c;u, re mel, zer que s6 por milagre escapé\mos. A luz percorre 77:000 legua ... c.1da
Deus, secundum maellam miserlcor- Ja vé V •. • que nào podemos del" segu ndo e todnb o alpha 1-'. Cen-
diam 7uam. xar de ser devotos de Nossa Senho- taur,;, qut é o mais proximo 110~,
ra da Fatima!• ga:.tou trez anno~ e oito mc1. ira
Atina! n6s s6 trau.~formamos o fazer ,h~gar 11té n65 a sua lut ~ es-
munda, na medid1 ecn que nos trans- • ... Sr. trella pol.ir ~lstou 55 annos. 1\ .~,.m-1is
formamos a n6, mesmos. Para que remotas, vis1veb :i p ossos ol!w-., : m-
o fogo 1,e propaguc, é preciso que ele Pedindo mii desculpas de me tor- pr1:1r11ra1.1 .2:j1Jo or;rnos!
~rda em n6s. Com um1 candeta apa· nar tao maçadora vou pedlr a V .•• if comtuJo, :it ., ~unJos in ,l ~ra·
,Bada nao se accnde outra. que publique Ra Voz dt1 Fdtlma mais veis, I-rnçaJo:; 11 0 ,,;:;p.1ço com u n I ce-
Voz de. Fatima
-
leriJade tao prodigiosa e com direc- Nao seria comovente ouvi-lo cntoa -
ç,ocs tao diversas fo rmam um acordo
e hnrmonia assombrosa !
do pclos peregrinos de F.itima?
Nao traduz ele melhor quc tantos
-V oz da ·Fatima
Despezas
Como n6s somos pequeninosl outros o pcdido de auxilio a :\Iac de Transporte . . . . .. o • 563:370 ·
Deus, auxilio de que hojc mais quc Com o n. 0 4 (tipografia) 130:000
nunca nccessitamos? Outrai; despezas (selos
T odos que se dizem cristao~ sao sio- Qualgu er que scja o acolhim ento
ceros com eles mesmos? E' cristao etc.) . , • . . . . • • .• 21:000
quc V. f1ça ao meu modcsto traba-
quc. m nao vive cristamentc? A l>Ua lho, terei sempre a consolaçfio de tcr Soma . .. 7 14:370
profìssao publica dc fé nao sera uma querido contribuir para avivar a dc- Subscripçao
cspécie dc hipocrisia, pois dcsmentem voçao a N. S. de Fatima, a Qual crcio (Continuaçao)
com a vida o que professam com a dever ja gro.ças preciosas. Dr. Weiss d'Oliveira
1toc.,? ... Com a maior consideraçao. (2. 8 vez) . . . . . . . . 10:000
Se o nosso catolicismo fosse desta Colhidas no dia 13 de
ra~a, seria e;Léril,-como flores arti- De V. etc. janeiro . . . . . • . . .
fic1ars que nao chegam a produzir se- /. D. de Sousa Aroso D. Maria d'A__presenta-
m ente. çao David Gonçalves 10:000
Traz,se as vezes o catolicismo nas D. Carolina da Concci-
atitud<:s, corno urna fior rara ao pei- ceiçao Silva . . •••• S:000
to-porquc é elegante. Clama-se, e Manuel Lucio d' Andrade 2:Soo
com razao, contra a falta de libcrda- D. Laura Teixeira C or•
des rcligiosas, mas nao se usam as Avé, Estrela do mar, reia Branco . . . . . • 10:000
que se tém, indo por exemplo a Mis- O' santa Mile de Deus, Manuel Joaquirn d'Oli-
sa ... lmaculada Virgem, veira . . . • . . . . . • 10:000
Dcus é muito santo, pa ra ser um Feliz porta dos ceus. D r . Francisco Falcao •• 10:000
objccto de adorno. Quem ere n El e, D. Ang.:lica Pereira .•. 10:000
rende-se, Lhe todo. Pela fé e rista da.- Do arclzanio Oabriel O. ~1ariimna Augusta
se um passo fatai que nos lança na Tu ltas aceitado o Ave: Chaves . • . . . . . . . 10:000
•.• Vida Extraordindria. Quem vive 1rocalldo de Eva o nome D. Maria da C onceiçao
cm Deus, n5o mai,; vive cm si. A Por outro mais suave, Norberto . . . . . . . . 10:000
Vida divina e a vida banaL excluem- D. Maria do Gloria Ma-
Aos reus desata os vinculos, galhaes Freire Caeiro
se. Concede aos cegos luz, da Matta . . . . . • • 15:ooo
Dissipa os nossos males. P.• Francisco Maria da
Fé em Deus Impetra bens a flux. Silva . . . . . . . . • . . 10:000
Via-se, ha tempo, um rapasinho Co1zfirma-1tos rza paz, D. Maria Jose Caldeira
sentado a beira da estrada em frentc O' Mae, mostra que és milel Marques . . . . . . . . S;ooo
dum britador de pedra. Se-llos refuf!io e amparo Joao Taveira Sarmento 5:ooo
-O' rapaz, grita o cantoneiro, ja Na senda ardua do bem. D. Balbina Alvarez Ru-
t~ disse que niio te ponhas ~deante b nos de Domin~uez .. 10:000
de mim que podes levar com algum Por tl as nossas preces D. Eliza Coelho l\larques co:ooo
estilhaço de pedra. Se digne de aceitar D. Clementina Maria
-E' que eu, disse o rapaz, queria Teu Fillzo, que por ,ios Reis e Silva . . . • . . 10:000
vér isso que vocemcce traz ao pesco-- Se quiz sacrificar. P.e Antonio Carreira
ço. Para quc traz esse dinheiro ao Bonifacio . . • . . . . • 10:000
pcscoço, tio Joao? 0' Virgem Sillf!Ular, D. Maria do Carmo
-!sto nao é dinheiro, homem. E' Da culpa nos isenta. Pessoa . . . . . . . . • 10,000
urna mcdalha que trago para que O amor da castidade, D. Casimira da Luz Fon-
Dc,;us me ajude e me defenda, meu Da paz ern nos aumenta . seca . .. . . . . . . . . 10,000
rapaz. D. Agueda Rosa Gomes 10:000
-Meu rae esta sempre a dizer que
Que emfim junto de Ti Antonio Antunes Mota co:ooo
nao ha Deus e quc tudo isso é uma Modelo de humildade, P. e Antonio Carreira Po-
Alegres nos cantemos ças . . . . . • ..••• 10:000
historia. /esus na eternidade.
-Sim? Elle diz isso? D. Izabel Virginia Ribei-
E apanhando um calhau da-o ao Ao Padre stja gloria, ro da Costa . . . • . . • 10:000
rapaz dizendo-lhe: torna, leva esta pe· P. e Joaquim Duarte Ale-
Oloria a Cllristo tambem, xandre . . . . . • . . . • 10:000
dra a teu pae e diz-lhe que faça ou• · O/orla ao 'Spirito Santo,
tra corno ella. D. Ignacia de Moura
I'or todo o sempre, Amen. Coutlnho da Silveira
J. D. de Sousa Aroso Montenegro •. : ..• 10:000
«Matosinhos, 4 de Fevereiro de Firmiano José Alves .. , 10:000
1923. (Com a aprovnçio do Ex .mo Rev.•• Scnhor Bla- D. Rosa lsabel Vasconcc-
... Sr. po dc Leh la). los Galvio Baptista .• 10:000

Se V. julgar que a traduçao que


envio do belo cantico Ave, Maris
I
. Dr. Joiio Mendes de Vas-
concelos . . . • • . . . . 50:000
ESPERANDO O CELI ... D. Celeste Maria de Souza 2:Soo
Stella, é digno de figurar n!'.ls colunas Um anonimo •.•.••. 2:500
da « Voz da Fatima», dar-me-ha nis- Urna s6 coisa me acalma, urna s6
mc sustem: é a Comunhao, 0eus faz. Antonia da Conceiçao .• 2:Soo
10 muita honra.
Ja tem sido cantado na egreja ma- me sentir que é o soberano Consola-
triz da minha terra, e espero que, dor, o unico apoio duma alma doente. AVISO
graças a boa Yontade de um eclesias- Ah! sem isto que i ria acontecer. So teem diretto a receber durante
tico meu amigo, se tornara breve- Que fazcr dum coraçiio desolado e am ano pelo correlo a VOZ DA FA-
niente popular nesta vila. bastante fraco para se escJpar a todo TIMA aa peH6as que noa envlarem a.
E' entol)ndo cste cantico liturgico o momento para ascrea tu ras? Se Deus quantla de dez mli réla. Nào maoda-
que os pescadorc1 brct6es que vao o nao guarda esta perdido. lAOI fazer cobraRça pelo correlo.
para a lslandia ou para a Terra No- Comprehcndo o desesl,c ro scm a Alguna subscrlptorea H teem quel-
YP levantam ferro : dcsfraldam as Comrnunh:io: mas com e la, com esta xado de nào receberem o jornal. Nio
yelas, dcpois duma procissao e da ben- divina assistcncia tudo muda em n6s. é nossa a culpa pola que temoa feito
çio lançada pelo paroco, dc cima do Ne.o soffremos menos mas liofircmos a expedlçào com todo o culdado. Vol-
cels. Nio seria belo ver o mesmo cos- christamente; sofre-se em Deus e por taremos a envlar 01 numeros publl-
t-um.e introduzido em Portugal, paiz Deus; sofre-1,e amando, o quc adoça cadoa b pess6as que o deaejarem e
de marinheir0& e terra de Santa Ma- tudo ••• esperando o Ceu. noa avlaarem de que nilo reoeberarn,
aia? EUOENE 8E GueRIN a prlmelra remeaaa.
Ano I LEIRIA, 1a d a M a rço de 102 3 N.0 6

(COM API?.OVAç.ÀO ECLES I ASTICA)


I
Director, Proprie tario e E ditor .A.dtninil!;'trndor: P \ DRE M. P Ef?EIRA DA S ILVA
DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS REDACçAO E A llMJXlST RAçAO
RU.A :o_ NUNO A LV.ARES l?EREIR.A
, Composto e impresso na' fmprensa Comercial, d Sd - (BEATO NUNO DE SANTA MARIA)

LEIRIA'.J .... Vista parcin l


a
.la de 'Fe'lereirò a maior parte, para assistir
campai.
missa

Um peregrino de Castello Branco


ticos piedosos e emocionantes do
costume. A' elevaçiio fizeram-se: as
invocaçOes de Lourdes. A sagrada
chegado na vespera a
tarde, movido communhao fol distribult1a a m$is de
O dia 13 de Fevereiro amanheceu por espirito de penltencia, tlnba feito cincoenta •pessOas. No fim 1da missa
rlsonho e esplendldo, embora sensi- junto da capella uma desconfortavel o rev. parocho da Fatima, annunciou
velmente frio, porque durante a not- cama de matto, onde passara a noite que nào havia sermào, aproveitando
te cahira urna forte camada de geada ao frio e ao relento. o ensejo para fazer diversos avisos e
que ensopava ainda os campos e os A missa que foi celebrada pelo rev. recommendaçòes e pronunciar qua-
caminhos. dr. Manuel Nunes Formigiio, profes• si sem , o pretender, . urna sentida e
A's oito horas o sol brilhava com commovente allocuç!o , sobre a San·
vivo fulgor no , horlsonte distante,
tornando o ambiente tepido e agra-
davel como num dos dias mais ame-
sor do Seminario de Santarem, co-,
meçou ao melo dia e meia hora.
Estavam presentes cerca de duas
tissima Virgem, e a virtude 1da peni-
tencia ~e mortlflcaçao chrlsta,11 Entre
as admoestaçOes que fez, urna das
,
mii pessOas, numero igual ao do dia
nos e formosos da primavera. No treze de Janeiro. A attençao, o reco- mais importantes dizla respelto A
firmamento I nao se exergava urna lhlmento e o fervor da asslstencia venda de ,artigos de toda e qualquer
unica nuvem e apenas uma leve ara- commovlam e edificavam profunda- n;ttureza dentro do recinto sagrado.
gem agitava brandamente e a espa- mente. O rev. parocho da Fatima, E' absolutarn ente prohìblda toda a
çoa as folhas mais altas das arvores logo que o celebrante proferiu as especie de commercio naquelle lo•
da montanha. primeiras palavras do santo sacrifìcio, cal, corno repelidas vezes tem sido-
Toda a manht'l numerosos ,eregri- . começou a recitar o terço alternada· notificado aos fieis peh, auctorldade
nos accorreram ao locai da$ appari- mente com o povo. ., ecclesiastica, de vi va voz e por escrl-:-
ç~es, retirando uns depols de satis- Essa recitaç~o foi interrompida por pto. Oepois do sermao multos pere·
felta a sua devoçao, ficando outros, varlas vezes para se cantarem os can• grlnos vao prover-se de agua da fon-

..

V oz da Fa:t.inia
-
te maravilhosa, a cuja influencia sa- pletamente curada, nao me tendo e a mim vinham-me impulsos de me
lutar se atribuem curas extraordina- reapparecido a dor e a mancha até ajoelhar junto della.
rias. Outros procurarn lugares apro- hoje. Quando ella voltava da egreja, on-
prlados, longe do recinto das appari- Para rnaior gloria e louvores a de cotnmungava, sentia em mim urna
çòes, para cornerem tranquillamente Nossa Senhora de Fatima e regosijo atmosphera mais suave, mais serena;
os seus farneis. Alguns, formando dos seus fieis, peço a V. a fineza da nessc dia tornava-se mais risonha .••
grupos, ouvem com attençào e inte- publicaçào desta cura milagrosa. Parecia um anjo.
resse o relato de prodigios que se di- Apresentaodo os meus cumpri- Quando me prodigalisava cuida-
zem devidos a intercessao de Nossa mentos, subscrevo-me de V., etc. dos, quando me pensava as minhas
Senhora do Rosario da Fatima. feridas, era urna irmà de caridade.
Mas urna grande multidllo estacio- Laura Proença Fortes Fernattdes de Estou certo de que mais de urna
na alnda" por muito tempo em frente Barros vez a fiz soffrer; ella, porém nuoca
da capella commemorativa das appa- Avenlda da Republica, 83 - Lis- m'o deu a entender.
riçòes erguendo ao Ceu as suas su- bOa. E assim durante seis annos dessa
plicas ou offi:!recendo os seus ex-vo- préyaçào, que me compenetrava e,
tos. Algumas pessòas, em cumpri- e... Sr.-Em outubro p. p., um m2u grado meu, grandeme11te me foi
mento de promessas, dirigem-ee de jornaleiro tevc em um dos pés urna transformando, senti-me emfim to-
joelhos para a capella ou andam em enfermidade. A necessidade de ga- rnado de desejo de amar a Deus,
torno della urna ou mais vezes, tam- nhar o pào para sua pobre familia o aquelle Deus que minha mulher ama-
bem de joelhos. obrigou a trabalhar, mal podendo du- va, que lhe inspirava a d~dicaçào
A e Voz da Fatima> que se distri- rante 9 semanas, ao firn das quaes que eu muito precisava e as virtudes
bue com profusao e gratuitame:1te, é foi forçado a ficar de cama. Aplicou- que faziam o encanto da minha vida.
procurada e lida com a avidez do se-lhe sòbre a ferida um pouco d'al- Nào podia comprehender bem o
costume. goclào embebido na preciosa agua. que se passava em mim; mas um dia
A's cinco horas da tarde raros sào No dia, seguinte, febre, inchaçào, em que ella acabava de commun~ar,
os fieis que ainda se conservam na ingua, tudo tinha desaparecido e da instantaneamente, scm previa refle-
Cova da lria fazenda as ultimas des- ferida ap~ua!I restava a cicatriz pro- xùo, abri para ella os braços e lhe
pedidas a Virgem do Rosario e pre- duzida pela lancerai Toda a povoa- di:;se: «Joanna, leva-me ao teu con-
parando-se para iniciar sem dernora a çao de Geraldes, concelho de Peni- fessor>.
viagern de regresso, sempre cheia dc che, sao testemunhas da prodigiosa Tranquilla e serena com os olhos
gratas recordaçòes e impregnada cura que tanto tem contribuido para rasos de lagrimas, abraçou- me dizen-
sempre da mais profunda saudade. aumentar a fé a este bom povo. Hon- do: «Bem sabia que tu me havias de
ra e Gloria a N. S. Virgem da Fati- ùar um dia esta consolaçào. Tenilo
V!SCONDE DE MONTELLO ma. -X.> pedido tanto por ti. Obrigada I
(Das Palhetas de auro)

Hs cnras da Fatima Mulher christa


, •• Sr. Vlsconde de Montello. Encontraram-se um dia dois ami-
BS HPPHQIOOES DE L008DES
Il
Lisb0a, 9 de Fevereiro de 1923. gos, dois velhos amigos de regi-
mento. Era dia de festa, e um delles Bernardetta
Venho communicar a V. o que vinha da egreja, onde tinlta commun-
comigo se passou referente a cura, gado. O inverno de 1855 foi rigoroso em
que considero milagrosa, duma com- - Como é, observou-lhe o cama- extremo. Logo no principio dessa
plicaçllo de phlebite. rada, que tendo sido, corno eu, edu- quadra do anno a tia Bernarda, que
Em Mato do anno passado, ao cado em acampamento, vaes agora a era, corno dissemos, madrinha de ba-
levantar-me do leito, convalescente commungar assim, muitas vezcs na ptis1no, levou-a para sua casa e ahi
dessa doença, cujo tratamento de- se mana? a teve durante sete ou oito méses,
rnorou cerca de dois mezes, appare- -Como? E' muito simples e cu- tratando-a com bondade e prodigali-
ceu-me urna mancha dolorosa na co- rioso. sando-lhe cuidados ihtelligentes e ca-
xa da perna doente, dizendo os me- Converteu-me um prégador, que rinhosos corno se ella f0sse sua pro-
dlcos ser motivada pela inflamma- nuoca me disse urna palavra de rell- pria filha. Oepois a creança voltou
çao duma vela. giàu - minha mulher. para a miserrima habitaçào da rua
Essa inflammaçao manteve-se ape- Ella era piedosa. E eu, que desde dos Pequenos Fossos, onde recome-
sar de um tratamento culdadoso e solteiro, desde o principio a amava. çou a sua vida de privaçè>es. Toda-
repouso absoluto. Tendo diminuido respei tava sua fé, ainda que nào via encontrava alli a sua querida mlle
de coloraçao, tentei novamente le- pensasse corno ella. Quando moc;a que a educava no temor de Deus e
vantar-me, mas, todas as vezes que fa zia parte de todas as congregaç6es o séu bom pae que trabalhava com
andava, a d0r na veia reapparecla e da sua parochia e assignava-se cPi- a maior diligencia para sustentar os
a lnframmaçtlo augmentava. Cont1- lha de Maria.> Estas duas palavri- seus seis filhos.
nuei1assim mais de utn mez, com al- nhas faziam-me sorrir1 mas, nào sel Alli respirava urna atmosphera de
ternalivas de movimento e repouso porque, mio lh'o levava a mal. religlao, de coragem e de piedade
for<,;ado. Mais Iarde deu~se toda a mim, tranquilla. I ,
Os médicos f0ratn de opinlao que mas fic1ndo o que era: piedosa, reli• Todas as noites depois de urna cela
este estado se manteria durante me- a
giosa, assidua egreja; e nuoca no- frugai, fazia-se a oraçào em comum
zes, cllzendo urn delles, considerado' tei que a piedade a prejudicasse no e depois, segundo con tam os visinhosJ
unanimemente ·urna sumldade médl· • menor dos seus deveres. , , h toe ouvia--se uma voz fresca e pura que
ca, que a doença e o tratamento se- Raramente me falava de Deus, recitava a Ave-Maria; era a de Ber..
\ riam t muito, prolongados e 4ue seria mas eu lia no rosto o pensamento: nadette que tinha ja entoaçòes pene..
tatvei r necessaria mais tarde a ex- e, quando por habito inveterado, eu trantes e dir-se-hia a voz dum anjo.)
tr~cçio d~ssa veia. deixava escapar alguma blasphemia,t que vinha amenisar as trietezas do
Nào ven<lo mt!lhorar o meu esta- via-a empallidecer. Alguma$ vezes ~arcere. Aos domingos o pae e a
do, recorri che1a de fé a Nossa Se- mesmo uma lagrima furtiva lhe corria, màe assistiam aos actos religiosos na
nhora de F~tima e ao deitar-me ba- pela h1ct!, mas em breve retornava o egreja parochial, onde se dirlgiam
nhel a m 1ncha c im agua do locai sorris!j e se mostrava sempre dedi- conduzindo os filhos pela mao ou le•
das appariç0es que me ti11h11 sido cada , nl!i tS ainda talvez que antes. vando ao collo aquelles que ainda
cedlda por pess0a das rt!laç0es du• Nunc11 me dizia que eu tinha felto mal podiana andar por seu pé. Na-
ma amiga minha. mal, mali eu lia-lh'o no rosto., , u P aschoa ajoelhavam-se a1Rbos 4 me-
Com grande alegrla no dia se- a
Quando mlnha vista orava, pela za eucharistlca para receber o Deu5";
guinte verifiquei que estava multo a
manhii e noite, e nunca deixou de que santilica e consoli, que eQsina
melhor e passados dois dlas com- o fazer, suas feiçoes se illuminavam; o valor e o objectivo da vida e que
Voz dAi Fé.th:na.
'fejuvenesce perpetuamente a fé, a canto e dizia-lhe: cVae-te embora, estA fechada a chave, e além disto,
coragem e as almas. Ah nunca has-de ser senào urna to:1- dentro ha umas cortinas, e Jesus ain-
Era pois urna familia christà que ta e uma ignorante!• Bernadette fi· da fica por detraz dellas.
Deus abençoava porque era amado cava cheia de confusào, mas nào se -Papa, insisliu a pequena, eu que-
por ella, um santuario de piedade affligia nem amuava. As palavras de ria v!r a Jesus.
em que a Virgem sem macula esco- Maria Aravant penetravam talvez O ministro procurou entreter a
l~la de~de jA um coraçao innocentis- mais fundo do que ella suppunha: pequena, mostrando-lhe outras cou-
s~mo, d1gno de se tornar um dia seu sem duvida o Espirito Santo realisa- sas na igrej:i, até que por fim condu-
Vtdente e seu apostolo. Durante o va a sua obra neste espirito emmi- zlo-a para f6ra da porta. •
verao de 1857 Maria Aravant, preci- nentemente recto em que se compra- Passeando pela cldade, a mcnina,
-sando duma pastorinha para apascen• zia, a piedade para com a Virgem de quando em quando, perguntava
tar o seu rebanho, pediu Bernardette augmentava e avigorava-se cada vez por Jesus. Oadas algumas voltas, o
que ella nunca tinha perdido de vis- mais nessa alma innocente e ella con- pae entrou com ella num templo pro-
ta, e esta sentiu-se feliz em voltar a solava-se da memoria ingrata que vi- testante.
~artrés para junto daquella que con- nha desfiando com amor as contas Ahi a criança relanceou a vista
Slderava corno sua segunda màe. do terçosinho que comprehendia tào por todos os lados e nào vendo lam-
0s paes deixaram-na com tristeza bem no intimo do seu coraçfto. J)ada alguma perguntou:
p~rtir, mas era urna bòca de menos a Todavia Maria Aravant, no intuito -Papi, porque é que nllo est.i
a lamentar e . ~ miseria o briga os po- • de tranquillisar a consciencia, foi tcr aqui lampada?
bres aos mais duros sacrificios do com o parocho de Bartrés para lhe -Porque ... porque aqui nilo es-
coraçào. fallar da creança e da sua primeira fa Jesus, respondeu-lhe timidamente
. Em Bartrés nao passou desperce- communMo. O virtuoso sacerdote o ministro.
bid~. Todos estimavam essa pastori- acolheu com benevolencia as suas Entào, nada mais houve. A menina
nha t~o m~iga, sempre sorridente, de J>,ropostas e deu-lhe alguns conse- sonhou muilas vezes, e alto, naquel-
r~ st0 alluminando por dois olhos can- lhos, mas os seus dias rie serviço na la noite, fallando de Jesus. Durante
d1dos e puros. freguczia estavam contados, porque o dia seguinte, com frequencia, re-
Esta creança t/Io modesta, que pro- tinha sollicitado e obtitlo a sua ad- petla que queria v~r a Jesus. !sto
curava esquivar-se as vistas do mun- missào entrc os Benedictinos. produziu tal abato no animo dos paes,
do, era singularmente attrahente e Disse, pois, a sua parochiana: que estes terminaram por abraçar a
11inguem a deixava passar sem lhe -E' possivel que Bartrés fique du- rellgiao catholica, e com ella a po-
diriglr uma palavra de interesse affe- rante algum tempo sem parocho, e breza, porque, com a sua conversào,
cluoso, a que ella correspondla com por isso convido-a a mandar Berna- o ministro perdeu urna renda de mil
urna timida amabilidade que augmen- dette para casa da f:irnilia. Recom- libras anuaes.
tava ainda mais o encanto da sua mende-a da minha parte ao clero de
pess0a. Um dia em que conduzia o Lourdes que a preparara para a pri-
seu rebanho para os planaltos de mcira communhào.
chibata na mito, cncontrou o par~cho
e ~~udou-o com urna graça, urna sim-
Este alvitre foi posto em prAtica.
E assim nos primeiros dias de Janei-
A AlEGBIA
pltcadad.e e um respeito que muito ro de 1858 a humildc creança deixn- •Se tiveres a alcgria no coraç:fo, o
rn1press1011aram o venerando pastor va Bartrés e entrava de novo na po- tcu cspirito sera mais lucido, o teu
d'almas. bre casa da rua dos Peqaenos Fos- pens~mc1~to mai~ bc1:n definido, n tua
Elle voltou-se para traz afim de a sos. 1mag111açuo mais viva, n tua nlmn
observar com attençao emquanto se Todos pensavam que ella era com- mais serena, as tuas disposiçi5es mo-
afastava e depois disse ao professor pletamente ignorante das cousas dc rais mais elevadas, a tua communi-
que o acompanhava, o senhor Bar- Deus corno o era das cousas da vi- caçao com os outros mais amavel, a
lbet: da; mas, aos olhos do Ceu, corno ern tua saudc mais solida, a tua picdade
-Se o retrato que o meu espirito grande, bella e adeantada em graçal mnis terna, :t tu,l virtudc mais pron-
f6rma das creanças de La Salette é Comtudo ignorava na sua slmpli- ta ao sacrificio.
exacto, esta pastorinha deve parecer- cidade que Deus e a Santissima Vir- M. Carton de \Vi art afirma os di-
.se bastante com ellas. gem, a quem rogava com tanta de- reitos d aleKria-A' alegria e nao
E comtudo a virtuosa menina nao voçào, podiam ter designios particu- s6mente a «alegrias» passageirn'l e
possuia nenhum desses dons da in- lares de misericordia e de gloria so- intermitcntes. Qucr para cada um de
telligencia que deslumbram nas crean- bre ella, creatura tao pequena e tào no:;uma alegria que se confonda com
ças cujo esplrlto acorda lançando desprovida de tudo. Deus prepara- a nossa existencia, que seja para n6s
claròes encantadores. va-se para exaltar esta humilde rilha uma boa companheira de todos os
do povo. dias e dc todas as horas.
Tlnha falta de memoria e compre-
hendia com difficuldade, pelo menos (Versìio do francez) Saber encontrar a vcrJ:ideira ale-
na apparencia, as licçòes de doulri- gria 6 o que se ignora no nosso tem-
na que Maria Aravant lhe dava todas po. A vcrdudeira alegria nao se ven•
~s tardes. Ora esta boa mulher nao de nas lojas èia moda, e a vida ainda
Jgnorava que a humilde pastorlnha se ·cscurece mais dcpois dos fogos de
tinha quatorze annos completos e palhn do prnzer.
que ~assara a edade em que devia No~ procuramos a nossa alegrfa
trr feato a s11~ primeira communhao. muito longc ou muito cm\ bai:to,
Mas a creança parecia nào ter mais quando ela esta em n6s menos. Seja-
de , tez a11nos, e por isso é que sein mos alegrcs. ~A' f8rça de dcsejar e
duv1Ja se haviam preoccupado mui- querer a salegrta ac:.1ba-sc por conquis.
.to pouco com ella até na catechese ta-la.n Temos afliçoes? Mas se o bom
onde era relegat1a· para os ultimos lo: humor dos outro~ dissipa muitas ve•
gares. Maria. Aravant reparava, tanto zes as sombras do nosso coraçao, por-
quanto p<,ss,vet, este esquecimento e quc niio ha·de o nosso proprio bom
q_ue,xava-se de que os seus esforços humor fazer. o mesmo efcito? N~ste
fo ,~m coroados dc 'resultados tào cttmpo, corno em muitos outros, o
po:,cos ·. nimadores. poèlcr da nossa vontade é maior do
quc ncSs julgamos». ·
-Bero-t1lelte linha cabeç1 dura «Quem nos impedc todas as ma-
di · e ell mais tarde, alias sem n~: nhis, de convidarmos a nossa alma
nh11111a H.:11r,f1ra. Por mais quc n para a aleRria, e de lhc fazer o di&-•.
petisse as minhas licçoes nada con curso que forinmos aqueles que qui•
seguia e era necessario recomeçar ze~scmos animar e \ còn\Olaa? Bem
toctos os dias. A's vezes nào podia deitada!l as c:;ontas, niio seni avida trio
deixar. c!e i111pacienlar-me e, despei~ rica ern argumt:ncos p,1rn 11 nlcgria
tada, atirava com o livro para um corno em motivos dc dor? .•• •
Voz da Fé.UDlR
«Se procuramos a alegria muito as maos ao pescoço e afuga-o para - -
)onge de n6s, tambem a procuramos
mu1to baixo. A alegria quer o ar das
lhe tirar a moeda que lhe restava.
E feito isto seguiu o seu caminho
Voz da Fatima ~

alturas. A verdadeira alegria s6 fio- asso blando, corno se nada f òsse com oe,pesaa
iesce a uma certa altura. Nao se en- elle •••
contra nem na lama dos prazeres
grossdros, nem sob o duro rochèdo ••• Transporte ••.•.••••• 7 q:370-
cfo egois.mo.» Quem ha ahi que se nao horrorise Impressao do n. 0 5 ••••• 136:500-
M. Carton de "\Viart diz-nos onde com semelhan!e crime?I E.' assim que Outras despezas •...•.• ,. 18:100
eia desabrocha, onde se escondem «os se pagam os beneficios daquelle ho- Soma ••
- - --
ninhos dc alegres pensamentos», no mem generoso, que tendo sete moe-
cumprimento dos deveres humildes, das, s6 reserva urna para si e até es- SubsoripçAo
na bencv9lcncia para com os sercs e sa l'ha tirami
as coisas, no desejo dc tornar os ou· Pois beml Talvez tu que me !es, (Coninuaçiio)
tros felizes e na satisfaçao de o con- sejas bem mais criminoso do que es-
!eguir, no sentimento da natureza, se homeml Eu?l Diras tu, horrorisa- D. Berta Delgado .•..•. 10:000
nas boas leituras e nas bòas cançoes, dol Sim, tu, tu proprio! Todo aquelle Esmolas colhidas no dia 13
no amor do lar e nas tcrnuras da fa- que profana o domingo, o dia do des- de fovereiro na Fatima • 18:800
milia. canso, é semelhante aquelle pobre P. Manuel Pereira d'Oli-
Mais alto! A verdadeira alegria avarento e assassino. Deus na sua veira ...••.•.•..•• 10:000
ainda esta mais alto, num cume on- infinita Bondade, deu-nos seis dlas, Joaquirn Augusto Lacerda 5:000
de as Hòrcs nunca murcham: est.i na para n6s trabalharmos, para ganhar• D. Maria da Gloria Pcrei-
felicidade da crença. E' quando cre- mos a nassa vida honradamente - e ra . . . . . . . . . . . . . . . 10:000
mos que timelhor gozamos as peque- reservou para si apenas um-o do· D. Maria Olimpia de Bor-
nas felicidode!l, e que suportamos mingo-o dia do Senhor, para n6s gia Saa ved ra ••••.•. 5:000
mais facilmente as peiores tribula- o servlrmos. E que fazemos n6s? Até José da Fonseca Castel-
çoes». Ila homens quc trabalham esse dia lhe roubamos, até esse que- Branco .......•••• 10:000
sempre de bom humor, e que e:-tiio remos para n6sl Nunca tinhas.pensa- D. Maria Amalia Capclo
constantemente iluminados dum sor- do nlsso? Pois bem: Pensa a sério Franco Cunha Matos.• 10:000
riso interior: a sua alma sempre igual, nisso. Dr. Rau\ de. Magnlhaes •• 10:ooe>
sempre radiante, tcm a serenidadc dos Nfio queiras ser ladrlio de Deus, D. Luiza Ribeiro da Cunhu 10:000
grandcs lagos. e assassino de tua alma; e faze o D. Henrique de .Mustera .• 20:000

Qual é pois o seu s~gredo? , Eles proposito firme de nuoca mais pro- D. Herminia V. da Costa. 10:000
vivem > numa conversaçao muda mas fanares o domingo, occupando-te ern D. ~1.aria José d' Almeida
permanente com o além. 0 seu cora- trabalhos servis. E' o terceiro manda· Telles •....•....•• IO:ooo
çao esta cm r-az porque o seu cspirito mento de Deus: - Ouardar domirt- D. M. d' Assumpçao Lucas 10:000

estd em Dcus. gos e f estas de guardai • Condcssa de Sabugosa ... 1 10:000


Condessa de S. Lourenço 10:ù0O
(De A Ulliiio)
PAULINO DA"' CRUZ D. Izabel de Mello Almada ' 10:ooQ
. D. Maria Amelia Ortig:io
de Mello .•..•....•
D.· Cordalia Duarte Go-
10:000
PIO PBBTIDO EJII PEQDENIHOS mcs da Silva ..•..•• l0:ooo
• < D. Laura Fernundcs de
• Barro::;•.••.... , ..• 10:000
O pobre avarento Foi, ha pouco, editado pela Livra- D. Teresa Ferrcira , Mar-
ria Moderna do Porto, a traduçào do ques . . . . . . . . • • .. • 10:000
• Catrilnhava certa noite por uma es- lìvro do benedictino Dom Gaspar Le· P. Manuel Marques Com-
irada um viandante que parecia rico fevre que nao temos duviùa dc re- bina .........•... 19:000
e abastado. comendar aos nossos leilores. A Ji.. P. José Alves Duarte .•• 10:000
Encontrou no caminho um mendi- Manuel F. de Mello .••• 10:000
go anùrajoso, cheio de fome e de can- turgia, corno todos sabem, é o culto
oflcial da Santa lgreja. Nào é apenas D. i\Iaria Cletnentina Al-
çaço, que se lhe dirlgiu a pedir-lhe vcs Pcixoto ....••.• Jo:ooo
um conjunto de cerimonias mais ou
uma esmolinha pelo amor de Deus. menos impressionantes. D. Ignes Baptista Tavarcs 10:000
Condoeu-se o passageiro, da pe- Antonio Fragoso .•.•.. 10:000
Cada urna das cerimonias a que
nuria do mendigo e num rasgo de assistimos nos nossos templos, tem D. Cat.1rina Reverenda .• , 2:000
generosidade disse-lhe: urna slgnificaçao, urna historia e en• Anonitnas •.....••.. · 10:000
-AmiEol 7 odo o meu dinluiro s4o sino. D. Maria das Neves Va- I •
sete moedas de oiro. E' quanto me Para tlrarmos das cerimonias que rela Teoto,iio .•.•.• 10:000
resta para completar a vial{em. Mas praticamos ou vamos praticar, o de- D. Irene Rosa . . . . . • . , 10:000
usando de economia, talvez me che- vido fruto é preciso entende-las. D. Amelia C. da Fonseca. 10:000
gae ama moeda para as despezas in- E' o fim a que visa o livro do au- D. 1\1. C. da S. N..... 10:000
dispensaveis. Aqui tem as sels moe- ctor da Liturgia. Esmolas avulsas . . . . . • 2:700
das restantes1 dou-lhasl Que Deus o D. Joana de Jesus Ricardo l 0:000,
faça felizl Felizmente ha hoje em todos os P. Francisco A. da Sil'Va
Oesfez-se o pobce em àgradeci- palzes urna grande tendencia para Valente ..••.•...• ro:ooo
mentos, mas andados alguns passos, estes estudos que para muitos chrls· D. Maria Izabel Henriques 10:000
entrou com elle o demonio da avare• taos eram completamente desconhe- D. Bela Azevedo Ferreira 10:000-
za a aegredar-lhe: dos e constituem, portanto, uma ver- Francisco de Freitas Cor-
Seis moedas/ E' bem iJoml Nanca dadeira descoberta. 1 . reia . . : . . . . . . . . . . 10:000
tu imaginaste que podias vir a te.r A liturgia procura «restaurar em P. Julio Antonio do Vale 10:000
tanto dinheiro/ E se o passageiro te Christo> a sociedade, glorificando. a D. Maria Carolina I<~ontes 10:000
tivesse dado a outra fica,ias com st· Deus pelo exercicio digno e conscien- D. ì\Iarla das Dòres Pinto
te/ Sttel Era a eonta certa/ E dt· te do culto oficial que Jhe é devido e Montenegro •.•.•••• 10:000-
mais para que a. precisa elle? Tu sanctlflcando o chrlstao pela partici-
11odias ir atraz delle, tirar-lita/ Se paçao actlva e consclente nas ,santas
cerlmonlas da lgreja, ..
---- -
~lJe resistisse matava-lo e era cousa O nos3o jornal é dlstribuldo gra-
aeabadal A estrada estti deserta/ Por isso, di.ala Pio X, que a litur· tuitamente nos dias 13 de cada (Tlés
Nin.[!uem vii Sete moedasl f;ra a con- gla é a origem primaria e indispensa- na Fatima.
ta urtai ARdt1/ Maos d obra antes vel do verdadelro esplrito chrlstilo. Quem enviar a esta redacçllo a
qut tompa o dia/ Recommendamos, pois, esta obra quantia de dez mlt réis ter4 diretto
Meu dito meu feitol Vae-se o pe- esperando della optlmos beneficios, a ser-lhe enviada a Voz da Fatima
4iote atraz do passagelro, lança-lhe para os devotos de Maria Santisslma. pelo correio durante um anno.
'I'
Ano I LEIRIA,. 18 de Abr.il de "1028 , N.0 7

(COM .AP.ROV Aç.ÀO ECLESIASTICA)


~
Director, Proprie-tarlo e Edit.or Admini•t.ro.dor: PADRE M. PEflElRA DA SILVA
DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS REDAcçfo E ADMINISTRAçfo
RU .A. D. NUNO ALV.A.BES J?EREI:R.A.
Composto e impresso oa Jmpreosa Comercial, a Sé - Leiria ( BEATO NUNQ !)E SANTA MAR IA)

A N0SSA SENHORA DA
(N.0 1) (Letra e musica por um devoto do Santo Rosario)
I:'\

PIANO
E

CANTO
)
Voz da? ~"a-timR I
... HYMNO nhora do Rozario de Fatima, pen- vehiculos para a terra do mysterio e
sando que, se elas merecessem a do prodigio, cujo nome milhòes de

ANossa Seu~ora ~a fofima


aprovaçào de S. Ex.• Rev.m•, pode- portugueses pronunclam hoje, exul-
riam ser publicadas na e Voz da tando de jubilo, corno urna dulcis-
Fatima> e levadas pelas vozes dos sima esperança de perdlio e corno
N.0 1 nossos peregrinos até aos pés da urna promessa fagueira de paz.
Por um devoto do Santo Rosario Santissima Virgem do Rozario, que, Ao meio dia o sitio das appariçoes~
la no ceu, vela por èste pobre Por- visto ao longe, do alto da estrada
1 tugal. districtal, apresenta urna mancha ne-
Sobri os braços da azlnh1ira, Nlio pretendo honras. O meu fim gra de cabeças humanas em torno
tu vtast,, 6 Màs Cl1m1nta, unico é contribuir, no que posso, do singelo padrlio que a piedade dos
que é bem pouco, para a honra e fiels alli erigira em memoria dos epi-
visitar a lusa gente gl6ria d' Aquela que, esquecendo as sodios maravilhosos de I 917.
de guem ls a Padroelra, nossas muitas ingratidOes, se dignou Devem estar presentes cerca de
CORO descer as terras de Fatima para nos mii e quinhentas pessoas. Meia hora
dizer, a n6s, portugueses, pela boca depois principiou a missa campar,
Avi I Avi I Màt de Deus ! dos tres inocentes pastorinhos, que qu~ é cetebrada pelo rev. Manuel
Avi! Cantam filhos teas f fizessemos penltencia e oraçào. Marques Combina, parocho do Arra-
2 Desejo, pois, e peço-o, que V. ocul- bai. Durante o santo sacrificio reza-se
Fol na Cova da !ria, te o meu nome e a minha morada. o terço, entoam-se canticos e fazem-
Desde 1895 que, por conselho du- se as invocaçoes de Lourdes, corno
quando o Terço Te rezavam, ma santa religiosa de S. José de nos meses anteriores. Nào ha sermào.
quando os sinos convidavam Cluny, tornei por minha devoçao Ap6s a missa, a assistencia começa a
a orar - ira msio-dia. especial, a Nossa Senhora, a devo- debandar. Mas muitos peregrinos fi-
çao do Santo Rozario. Por duas ve- cam ainda por longo tempo, ou reci-
CORO zes, na minha vlda, chamei, em pe- tando as suas oraçOes em frcnte da
3 rìgo de morrer, pela Virgem do Ro- linda estatua da Virgem do Ros~r1o,
gus d1scsste la dos Cius zarlo. A morte fugiu de mlm, espa- collocada numa extremidade do altar
a /alar aos pastorinhos, vorida. improvisado, ou rodeando a fonte da
• Como nao hei de ser um dev°'o agua maravilhosa e recolhendo por-
tnnocentu, pobr,sinhos, de Fatima? I çòes della em recipientes de todos
Mà, de Fatima, Màe de D,us. Eu estou pronto a contribuir com os feilios e tamanhos.
CORO o necessario para a publlcaçào do Alguns fieis oferecem os seus ex-
4 que mando, podendo tratar aqui, se votos. O s~xto nwmero da e Voz da
preciso fOr, da impressao da musica, Fatima> é distribuido com profusllo.
Penit,ncia e oraçào, se S. Ex.• Rev.ma o Sr. Bispo a jul- Ouvimos fallar vagamente de pere-
s, nzssu lhes pediai, gar merecedora da sua aprovacào. grinos vindos de terras distantes,
do Bozario gu, trazias Com a mais subida consideraçào entre elles urna senhora do Porto.
mab pedi.sta a da1'çào. me subscrevo Sem nos delermos por mais rempo,
De V. etc. corno era nosso ardente desejo, tor-
CORO namos a ocupar o nosso lugar no
5
22-2-923. X
trem que nos tinha transportado ~
S,ja, pois, o Santo Terço, Fatima.
do Clu gu'rlda oraçào,
luna e viva a devoçào 13 DE MARCO Tr~s dias depois recebiamos de
um amigo nosso do Porto um postai
datado do dia 15, do qual tomamos
ga, T, 0!1rte o luso berço, Dia explendido de sol. O ceu terso a liberdade de transcrever o seguinte:
CORO e diaphano, de uo1 formoso azul claro, cEscrevo- lhe sob a mais profunda
sem urna nuvem sequer a ofuscar-lhe impressllo causada pelo milagre ante-
6 o brilho suavissimo, confirmou urna hontem realisad o na Fatima. Ja sabe?
E Tu Mde, 6 Mà, de Deas, vez mais as tradiçè)es seculares do Assistiu? Foi urna verdadeira ressur-
ga, v1ncsst1 a Serpi, o Mal, ceu incoruparavel de Portugal. reiçào. A miraculada é daqul; mora
salva, ampara Portagal, A viraçao fresca do norie, cicia na Rua da Egreja de Cedofeìta, 1J.
brandamente nos vales e nas encostas
viDdo a t,rra, ou la dos c,us, da montanha, cingindo a espaços
Uma maravilha I
Os médicos tinham afflrmado que
CORO num amplexo ligeiro e quasi imper- ella estava perdida, pois o cancro no
7 ceptivel as copas verdejantes dos colon tinha j-i ramificaçoes medonhas
o
JJo Bozdrio Virgem Pura, pinheiros esguios e das ramudas car- e nllo puderam sequer começar a
valhelras. As avesinhas, saltitando operaç~o. Como descrever a impres-
Md, de Fatima, Màe gu'rtda, de arvore em arvore e de ramo em sao de tal prodigio? . • . •
Tu ur,is por toda a vida, ramo abeira dos caminhos, ou cru-
Visconde de Montello
.nassa paz, no.ssa ventura. zando os ares em ba:1dos rumorosos,
chilreavam alegremente saudando o
Outubro d1 1922,
(Com aprov1çiio eclesiostica)
apparecimento do astro-rei e os mara-
vllhosos esplendores da ma11ha. Dir- Commissao de inqnerito
se-ia que a primavera, a mais bella A comissao canonic'\ de inquerito
Nao é menos interessante a se- quadra do anno, saudosa deste for- aos acontecimentos de Fatima, no-
guinte carta do autor do Hymno : moso j ardim, afagado pelas brisas do mcada por Sua Excelencia Reveren-
mar, viera algumas sem:rnas mais dissima o Senh )r Bispo dc Lei ria, tem
e ••• Sr. cedo para dolrar a paysagem com as renlisado periodicamente as 1,uas ses-
Por duas vezes estive no ver:Io suas graças e com os seus encantos socs, continuando com o maior zelo e
passado em Loudes, e, sempre que feericos e deslumbrantes. sollicitude os trabalhos d.t import.to-
•>uvia cantar o Avé I ou orava, sen- E na verdade a mole gigantesca da te e deLicada missao de que foi incum·
tla-me transportado a
Falima, que serra d' Ayre, que subimos vagarosa- bidn, no intuito supremo de apurar
tanto dest'jo ver elevada a
categoria mente nessa manhli polvilhada de a verdade, qualquer que ella sej1t.
da Lourdes Portugue.ia. luz, oferece aos olhos extasiados um J<:ntre outras deltberaçocs na ul-
Numa tarde, ouvindo os canticos espectaculo soberbo de magestade e tima scssao, -realisaJu no dia ci neo do
e as preces dos percgrinos franceses, de belleza indiscritiveis. Pela estrada, corrente niez, resolvcu convidar no-
cu, que nem de pé quebrado sou vindos dos pootos rn:iis distantes e vamente e com o mais vivo empe-
poeta, e que muito pouca musica dlvergentes, os peregrinos, chelos de nho por intermedio da «Voz da Fa-
sei, puz-me a escrever as quadras e um<t alegria sli e tranquilla, que se tima. todas as pesso.1s que quc1rnm
as notas simples que junto a esta, refl~cte nos seus rostos, dirigem-se depor, a favor ou contra, ~obre tudo
dedicadas e oferecidas a Nossa Se- l entamente em todas as espécies de quanto se relacione com os aconteci-
Voz da Fé.-tima.
mentos de Fatima, a communica-lo meio do sacramento da penltencia. -Jesua, Fllho de Davld, tende
com a possiyel brevidadc, de viva voz Em Fatima nAo lhes é possivel con- pledade de nos I
ou por esento, a qualquer dos mem- fessarem-se por fatta de sacerdotes -Parce Domine, parce populo tuo,
bros da referida com issao. disponiveis para os attender. Os das ne in aeternum lrascaris nobis (can-
_Para utilidade dos interessados pu- regioes mais pr6ximas ouvirao a tado).
blicam-se a seguir os nomes e as re- santa missa nas suas freguesias antes -Oh I 0eus vinde em noaso auxl-
sidencias dos mesmos: de iniciare,u a vlagem. Os de longe llo, vlnde depressa socorrer-nos I
Reverendissimos Padres Joao Qua- poderào assistir a ella natguma das -Senhor, aquele a quem amata
resma, Dr. Manoel Marques dos San- povoaçoes por onde passarem. eata doente I \
tos e Manoel Pereira da Silva, no Se- Sabemos que para comodidade dos -Senhor, fazel que eu veja I
minario de Leiria; Dr. Joaquim Coe- peregrinos haver4 missa e comunhao -Senhor, fazel que eu ande I
lho Pereira na Batalha e Manoel Nu- em Leiria, na Sé Catedral, as sete -Senhor, fazel que eu ouça l
nes F~rmigao Junior em Santarem; horas, em Torres Novas, na egreja -Ma:e do Salvador, rogae por n6s I
Faustino José Jacinto Ferreira, no de Sao Thiago, as seis horas, em -Saude dos enfermos, rogae por
Oli_val (Vila_ Nova de Ourem), Joa- Villa Nova de Ourem, na egreja pa- misi
qu1m Ferretra Gonçalves das Neves, rochial, as sete e as dez horas, em A' comunhao: «Senhor, eu nào sou
e_m Santa Catharina da Serra; Agos- Fatima, na egreja parochlal, tambem digno que vds entreis em minha mo-
ltnho Marques Ferreira, na Fatima. as sete -e dez horas e na capella do rada, mas dizei uma so palavra e
lugar de Boleiros desta ultima fre- minlza atma sera salva.> (Tr~s vezes,
guesia, logo depois do nascer do sol. rezado e cantado).

Apere~rit1o~òo ~e Moio Na Cova da Iria a missa de commu- O <Bemdlto e Jouvado seja o San-
nhao geral principiar! ao meio-dia e tissimo Sacramento da Eucharistia,
meia hora, sendo acompanhada a fructo do ventre saerado da Virgem
Como tem succedido nos annos canticos popttlarcs e seguida de ser- Purissima, Santa Maria•. Depois
anteriores, a peregrlnaçao do dia mào pelo rev. dr. Santos Farinha, da comunhllo as invocaç0es a Nossa
treze do pr6ximo m~s de Maio ha-de prior de Santa Izabel, de Lisboa. Senhora:
constituir um acto de fé ao mesmo -Bemdlta seja a Santa e lmacu-
te~po singelo e comovedor, em que lada Concelçào da Bemaventurada
mais urna vez se revelara o grande
fundo de sa e solida religiosidade
Preces e canticos collectivos Vlrgem Maria, Mae de 0aus I
-Nossa Senhora do Rosario, rogai
d3 bella alma portuguesa. Segundo dos peregrinos durante a por n6s I (3 vezes).
a crença geral, baseada em factos que -Mlnha Ma& Santissima, tsnde
sào do dominio publico e que pare- missa na Cova da lria pledade de n6s I (3 vezes).
cem ce~tos e incontestaveis, passa Antes da missa o Credo de Lour- -Nossa Senhora do Rosario, dal•
nesse dia o sexto anniversario da des. Emquanto o celebrante se para- nos saude por am'lr e para gl6rla da
primeira appariçao da Santissima menta o Satvt, tzobre Padroeira. Santissima Trlndada I (3 vezes).
Virgem aos lnnocentes pastorinhos Durante a missa o terço do rosario. -- Nossa Senhora do Rosario, con-
de Aljustrel, Lucia, Francisco e Ja- Depois de cada mysterio a jacula- vertei os pecadores I (3 vezes).
cinta. toria dos videntes, ji appn;ivada pela -Saude dos enfermos, rogae por
Oesde Maio de 1Q17 alé hoje que auctorldaùe eccleslAstica: Meu Jesus nòs. (3 vezes).
scenas indescritiveis da mais viva e perdoai-nos, livrai-nos do /of!o d~ ' -Socorro dos doentes, rogae por
profunda devoçao a augusta Padroel- inferno e allivlai as atmas do Purga- nòs I (3 vezes).
ra de Portugal se teem desenrotado torio, especiatmellte as mais abando- -0' Maria. conceblda sem pacAdo,
no cume da serra d' Ayre I Centenas nadas•. rogae por nh que recorremos a Vòs t
de milhares de pessoas de todas as A' consagraçao da hostia : Eu vos (3 vezes).
classes e condiçoes sociaes alli accor- adoro, Santissimo Corpo, Saneue, -Nosaa Senhora do Rosario, sal-
rem de todos os pontos do nosso Alma e Divindade de Nosso Senhor vae-nos e salvae Portugal I
paiz, fazendo de um planalto arido e
escatvado da Extremadura o malor
fesus Christo, tào real e perfetta- -=-
Avé-Marias e oraçoes finaes.
mente como estaes no Céu.> Ao le-
centro de devoçao do universo a vantar da Hostia: <Meu Stllhor e O Hymno de Fatima, n. 0 t.
gloriosa Màe de Deus, depois da meu Deus•. A' consagraçao do Calix: Sermao, Hymno n.0 3 e Qlleremos
estancia privllegiada de Lourdes. «Eu vos adoro, preciosissimoSangue, Deus.
Quanto é grato e consolador cons- Corpo, Alma e Divilldade de Nosso
tatar a orifém e o respeito admiraveis NOTA-As jaculat6rias acima men-
Senhor /esus Christo, tào real e per- cionadas sllo as tlnicas que por or-
que reinarn nesses actos colectivos teitamente como estaes no Ceu•. Ao
de piedade, espontaneos e despre- levantar do Calix:. cMeu sen!lOr e dem da autorldade ecleslastlca devem
te!'~iosos, em que jamais houve a ser recitadas publicamente na Cova
meu Deus >. Logo em seguida as da lria e além das indulg~nclas que
minima nota discordante, em que invocaçoes:
nuoca se verificou o mais ligeiro -Senhor, nos Vos adoramos f lhes estllo anexas pela autorldade
incidente desagradavel I A Santa apostolica, concede o sr. Blspo de
-Senhor, nos temos conflança em Leiria 50 dlas a quem la as recitar.
Egreja, sempre prudenie e reservada V6sl
em assuntos de tamanha gravtdade, -Senhor, n6& Voa amamos I
alnda nào se proounciou acerca da
naturesa dos sucessos maravilhosos de
• -Hoaanna, Hoaaanna ao Fllho de
0avld I Avisos aos peregrinos
Fatima. Entretanto ella nao prohibe -
1
Bemdlto eeja O que vem em Recommenda-se com o mais vivo
.que naquelle lugar se tribute a Nossa nome do Senhor I empenho aos peregrlnos de cada
Senhora do Rosario o culto que lhe -Vos aols Je1us· Chrlsto, Fifho de grupo que, sempre que seja posst•
é devido e que os seus filhos lhe Deus vivo I vel, entrem todos )untos na Cova da
prestam em tantos e tao celebres -Voa sola o meu Senhor o o meu lria, conservando-se asslrn durante
sanctuarlos da nossa querida Patria Oeus t os actos do culto, e que para o re-
e do mundo inteiro que lhe sào espe- -Adoremus in aeternum SandiJ- gresso se reunam de novo proxlrno
cialmente dedicados. No corrente an- simum Sacramentum. (Canlado). da capella comemoratlva das appa•
no, corno em 1920 o dia treze de -Senhor, cremos em Vos, m111 rlç0es, sahindo formados do locai e
~ aio occç~re num 'domingo. Esta augmtintal :i nossa fé. entoando canticos ou rezando o ter-
cucunstanc1a fellz contribuir.i sem -Vo snls 11 resurrelç!o e a vida ! ço. Para se manter a b0a ordem que
duvi<la em larga escala para tornar -Salvai-noa, Jeaus, alias pere- é mister, todos os peregrino&, i,obre-
m~is numerosa e imponente a pere- cemas I · tudo ducante a missa e o sermao,
,truv\çao nactonal, que revestira um -Senhor, se o qulzerdes, podela devem acatar promptamente as lns-
brUho e um encanto verdadeiramente curar· m0 I / trucç0es e avlsos que f0rern feitos
excepcionaes. -Senhor, dfnl so uma palavra e pelo sacerJote que esliver no pulpi-
Conforme é costume, os peregrinos terel curado I to. Os meios de transporte, q1:alqucr
partirào de suas terras depois de se - -Jeaus, f llho de Maria, , tende que seja a sua natureza, fica rilo col-
terem reconcil1ado com Deus pòr -pledade do mlru I ·, • ., locados a uma distancict conveniente


No~ da Fathn.Jt.
da capella para nao difficultarem o acquisiçao desta ou daquela virtude, caç!o produzida naturalmente por
transito nem perturbarem de qual· a conversao de tal ou tal pessOa, etc., tal manifestaçao de piedade, seriam
quer f6rma os actos religiosos. etc., lembrando-se de que a vinda a incalculayeis as graças de toda a es-
Recorda-se mais urna vez a prg- Fatima tem sido para muitos occa- pecie descidas do Ceu, sòbre cada
hibiçao formai, feita pelo Senhor siao propicia para receberem assig- urn de n6s e sObre a nossa querida
Bispo ~e Leiria e archivada pela nalados favores e o principio de mui- Patria.
e Voz da Fatima> num dos seus pri- tas conversoes. A Virgem Santissima Inutil sera recomendar a caridade
. meiros numeros, de se vender seja o apparecendo em Fatima, constitui para com os doentes. Estes, pela sua
que fOr, corno objectos de piedade, ahi o seu throno de misericordias, e situaçào, devem ser objecto de to-
comestiveis e bebidas nas proximi- em Fatima corno ern menhuma outra dos os cuìdados e disvelos de todos
dades do locai das appariçoes. E' parte, a nào ser em Lourdes, parece os que os .acompanham.
egualmente defeso corner ou beber comprazer-se em receber as homena- Além das oraçoes fervorosas que
no mesmo recinto, cumprindo aos gens dos que vào sauda-la, recom- por elles devem fazer-se durante a
peregrinos escolher os pontos mais pensando-os sempre com generosi- viagem e no locai das appariçoes,
afastados para esse fim. Sendo o lo- dade. cumpre aos peregrinos saos coadju-
cai em torno da capela destinado Todos os exercicios constantes do va-los em todas as circunstaocias,
exclusivamente a oraçao, é para de- programa, devem pois, ser seguidos ja incutindo-lbes confiança e resi-
sejar que se guarde sempre alli, mes- a risca e com a maxima pontualidade gnaçao, ja ajudando a transporta-los,
mo f6ra dos actos religiosos collecti- por todos os peregrinos, e nào basta- ja preservaodo-os do sol ou da chu-
vos, a maior compostura, silencio e ra assistir a elles materialmente ou va. A caridade, quando é ve.rdadeira,
respeito, evitando-se a todo o custo por mera curiosidade; é preciso que é indus\riosa e nao deixara de sug-
conversas desnecessarias ou ruido- durante a peregrinaçao assista a to- gerir a cada um, e em cada clrcuns-
sas e outros actos improprios da dos os actos. tancia, o modo mais efficaz de a pOr
santidadc daquella estancia privile- As graças que vamos solicitar exi- em pratica.
glada. gem dos peregrinos:
1. 0 Espirlto de oraçllo. - E' a
-

oraçao um dos meios mais efficazes " 0s acontecimentos de Fatima 11


Recomendaçoes geraes ao nosso alcance para alcançar os Com este titulo sahira brevemente
Flm daa peregrlnaçiJes - As pere-
favores do ceu; é o supplemento in- a luz da publicidade um novo opus-
dispensavel da nossa fraqueza por- culo devido a penna do nosso pre-
a
grinaçoes f atima sao essencialmen- que, se sem ella nada nos é possi- sado collaborador sr. Visconde de
te actos de fé, e, corno tais, teem por vel, com ella serernos poderosos. Montello. Em dlversos capitulos, to-
fim alcançar de Deus, por intercessao 2. 0 -Esplrlto ds peni •encia. dos de um interesse f6ra do vulgar,
de Nossa Senhora do Rosario a sau- Foi a penitencia bbjecto duma re- o seu autor refere epis6dios e notas
de da alma e a do corpo. Sao, alem commeodaçào especial de Nossa s~- inéditas, merecendo registo especial
d'isso, outras tantas occasiOes favora- nhora, como foi dito acirna; é portan- aquelle em que narra sucintamente
, veis para exterlorisar os nossos sen- to com esse espirito que devem ac- a
vinte e cinco curas atribuidas inter-
timentos christaos, e tributar a Deus ceitar se as privaç5es, as fadigas, os cessao de Nossa Senhora de Fatima.
e a Sua Mae Santissima as homena- incommodos da viagem, as deficien- Sabemos que o sr. Visconde de Mon-
gens que lhes silo devidas. E' por- cias do alojamento, ou quaesquer ou- tello esta preparando a segunda
tanto com espirito de fé que se deve tras contrariedades que possam so- ediçao, revista e consideravelment~
emprehender urna peregrinaçao a Fa- brevir. aumentada, do seu livro e Os epis6-
tima. 3.0 -Esplrito de carldade.-A ca- dios maravllhosos de Fatima •, cuja '
t.0 - Antes de tudo deve perdir-se ridade é a rainha das virludes; de- primeira ediçao, actualmente exgo-
a Deus a satide das almas. vera pois presidir a todos os actos tada, bastante concorreu para levar
Foi essa a intençao da Santissima praticados em Fatima pelos peregri- ao longe, no paiz e no extrangelro,
Virgem, quando apparecendo aos hu- nos. Deve o nosso procedimento ser o conhecimento do mysterioso caso
rnìldes pastorinhos da serra d' Ayre, motivo de edificaçào para todos, na- de Fatima.
lhes recomendou que orassem pela cionaes e estrangeiros, porque, além O folheto e 0s acontecimentos de
convers~o dos peccadores e declarou de ser urna prégaçào viva, sera ao a
Fatima > sera posto disposiçào do
que todos deviam fazer penitencia. rnesmo tempo um meio excelente ptiblico no dia treze do pr6xlmo m~s
2.0 - A par da saude das almas, para favorecer a piedade e o reco- de Maio, custando cada exemplar
deve-se pedir tambem a cura, ou, lhlmento, tào nccessarlos nestes dias um escudo e sendo o produto liquido
pelo menos, as melhoras dos doentes da peregrinaçào, para attrahir as ben- da venda destinado na sua totalidade
que acompanham a peregrlnaçllo, e çaos de Deus. , para a obra de Nossa Senhora de
a de todos quantos, desejando acom- Façamos pois, a nossa peregrinaçào, FUlma.
panha-la, o nào puderem fazer por com as melhores disposiçoes: ..... urna . '
qualquer motivo. \ t
Devem, portanto, todos os peregri-
fe viva, que nos tornara propicia a
misericordia divina, pureza de cons-
ciencia, procurando devéras a amiza-
V.oz •da 'Fatima
nos alhear-se por completo de tudo Oeapeza•
, quanto possa dlstrahi-los destes ple- de de Deus, espirito de mortificaçào
Transporte do n.0 anterior 868:970
dosos fins, procurando, pela piedade e e de penitencia,como reparaçao das
pelos exercicios proprios da peregri- faltas commettidas e preservativo Jmpressao do n., 6. • • • . 86:000
naçno, alcançar do Ceu, por lnter- para as futuras, sempre possiveis, 20 resmas de papel • • • • 907:200
rnedio da Virgem do Rosario, o maior tudo acompanhado da crecepçao di- Outras cJespezas • • • • • • 35:200
numero de graças e$pirituaes e te_m- gna e frequente • do Augusto Sa- Soma • • 1.897:370
poraes. cramento da Eucharistia. Subscripçilo
Além dos dois fins acima enumera- Animados com este esplrito, pode-
(Continua~lio)
{ado!I, nào devem esquecer-se outraa temos apresentar-nos no locai das
Jnteqçoe~ nào menos importantes, appariçOes a pedir confiadamente as O. Conceiçao Alcantara • • 10:000
taes comò: o Sumo Pontìfice, o triun- graças oecessarias que de tao louge Manuel Lucio Andrade•. • 3:000
-pho e a liberdade da Egreja, Q vimOi buscar, sem receio de vermos D. Heloisa Moraes Neves 10:000
augmento da fé sobretudo em Portu- confundida a nossa esperança. O. Cecilia M. Ribeiro •. • 10:000
gal, as difficuldades da hora presente, Um sem numero de factos nos D. Maria Olimpia de B.
o desenvolvimento da boa imprensa comprova a realidade e abundancia Saavedra (2.a vez) • •• • 5:000
e das ~obras soclais, ais vocaçòes das graças obtidas petos peregrinos Antonio lgnacio Vicente
eccleslastlcàs, etc. etc. , quti veem a Fatima, animados des- (2 • vez) •••••• •• • • 2:500
A todas -estas intençOes de intere!!; tes piedosos sentimentos. Manuel Gomes Gaspar • • 10:000
se geral podem e devem ainda 01 O fructo da nossa peregrinaçao Manuel Maria dos Santos. 10:000
peregrlnos accrescentar outras de or- dependera, sem duvida alguma, das D . Francisca Santos •••• 10:000
dem particular ou pessoal, taes como: disposlçoes de cada peregrino. Se D. Maria José de Vascoo-
a de conhecer a propria vocaçào, ou todos, sem excepçAo fossero embe- celos e S. d'Albergarla
c,a devere$ do proprio estado, f bidos deste espirito, 4lém da edifi- · de Napoles Rapozo • • .. 10;000-
Ano I LEIRIA, 13 d4' Maio de 1.023

(OOM APROV AçÀO EOLESI.ASTIOA)


Dlrec-to:1.·, Propriei.arlo e Ed.i-tor .A.dmtn.lM-tro.dor: PADRE M. PEREIRA DA SILVA
REDACç>.o E AD)flNlSTRAçAO
DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS
RUA D. J::.::J"UJ::.::J"O ALVARES l?ERE:IRA
Composto e impres~o na Jmpreosa Comercial, li s, - Leiria (BEATO NUNO DE SANTA MARIA)

. DE fflTil\lIA.
(A NOSSA SENHOR.A DO ROSARIO)

Ilettt1&. do Viseoode de 1Y.[oote11o 1Y.[usiea do maesti:ro P.e Sabino Petreitra

e.Mb.~ >

.
••
-..
2 Voz dÀ, Fé;thnn,

s .
Htmno de rutima Aos Rev. os Sacerdotes ~extra- trevas para fins desconhecidos, no
nosso espirito ia-se radicando cada
'
(A Nossa Senhora do Rosario) nhos a Diocese de Leiria vez mais a convicçào de que a FAti-
ma era o locai destinado pela Rainha
do Ceu, Padroeira de Portugal, pa-
Lettra do Vlsconde de Montello Emquanto nilo determinar doutra
ra theatro de novos prodigios, da sua
f6rma, concedo aos Rev. Sacerdotes
lnstca do maestro Padre Sabino Paullno extranhos a esta Diocese, durante os bondade e misericordia. P~r esse
Perelra a
dias da sua peregrinaçào Fatima, motivo resolvemos partir com alguns
licença para celebrar e jurisdiçào pa- dlas de antecedencia, tornando no
ra confessar conforme os poderes dia 10 o comboio, que nos conduziu a
Bm transpo1t1s de amor s ds gaso, que tenham nas suas Oioceses. Chào de Maçàs, estaçao do caminho
das ctdadss, da serra e do val, Oevem vlr munldos com os seus de ferro mais proxima da que talvez
documentos que os Rev. Parochos venha a ser considerada, por mercé
todo am povo aqai v,m prsssuroso, de Oeus, a Lourdes ou a La Salette
vosso povo ltel -POR'IUGAL. teem o direito e dever de exigir e
.. CORO
examinar•
Quando algum Rev. Sacerdote d'es-
portuguesa. Urna charrete transpor-
tou-nos a Vita Nova d'Ourem, donde,
ta ou d'outra Olocese, tiver devoçào depois de havermos trocado impres-
Oh, qu, bellos os nossos d1sttnos : de celebrar a S. Missa no dia 13 por sòes com o Rev.0 Parocho daquela
ver a Dsus, tace a /ace, s,m vea I ocasiao da peregrinaçào, avisara o villa, sobre os acontecimentos que
N6s g1memos na terra p'regrlnos, Rev. Parocho da Fatima que o atten- motivam a nossa viagem, seguimos
zzossa patria qu1rida i o Ciu. dera, nao havendo 011ho compromis- para a Fatima onde nos apeamos as
so ou inconveniente. 11 horas da noite, dirigindo-nos
2 Immediatamente para o logar de Mon-
Leiria, 1 de Maio de 1923. telo, a dois kilometros de distancia.
Aqui vimos, 6 doce Marta,
temos preitos render-vos de amor, t JOSÉ, 8ISPO DE LEIRIA No dia seguinte de manhà propu-
zemo-nos ir interrogar novamen te os
suspirando, de noit, e de dia, videntes a Aljustrel, onde residem, a
relrtgirto na magua e na dor.
CORO
/\VISO tres kilometros de Montello. Anteir
disso, porém interrogamos Manuel
Oonçalves Junior, de 30 annos de
3 S. Ex.eia Rev. 1110 o Senhor Bis- idade, casado, homem intelligente e
Agai vtmos, com alma contrita, po de f..seiria atendendo a grande dotado de muito bom senso e de fa-
.supplicar ao divino Jesas quantidade de pessoas que dese- culdades invulgares de observaçao •
jam receber a S. Comunhao no -=-
o p61dào para a culpa maldita, Depoimento de Manuel
zntl thesouros de grafa e de luz. dia 13 d'este m~s de Maio em
N. Senhora da Fatima, sendo Gonqalves Junior
CORO muito penoso ficarem até tarde Sào do teor seguinte as perguntas
4 em jejum depois de passarem a qùe lhe fizemos e as respectivas res-
O romeiro debalde procura noite em viagem, concede que se postas:
1ntr1 os homens a paz descobrir, - Os paes das creanças de Aljus-
celebre, as 9 horas da manhtl, a trel que se dizem favorecidas com
zzossas almas s6 acham ventura Santa Missa no mesmo locai e se appariçoes de Nossa Senhora teem
ness, vosso tào meigo sortir. distribua a qualquer hora a S. b0a fama, sao gente honrada e de
CORO Communhao aos fieis que se apre- bons costumes ?
5 sentarem devidamente prepara- - Os paes do Francisco e da Ja-
cinta sào pess0as muito boas, pro-
Quando zugs a procella da vida dos.
, nas ondas nos busca tragar, Antes do sermlio, sera o s. Sa- fundamente religiosos e respeitados
e estimados por todos. O pae tem fa-
.sois am ins, 6 V1rg1m gaerida, cramento exposto e no fim dada ma de ser o homem mais serio do
1ols a m1stica estrella do mar. a bençlio aos doentes, que terao logar. E' incapaz de enganar alguem.
Ioga, reservado, e a todos os pre- O pae da Lucia frequenta pouco a
CORO sentes. egreja. Nào é, porém, de maus senti-
mentos. A mae é urna mulher hones-
6 Todas as pessoas que nesse ta, religiosa e amante do trabalho.
Hoje , s1mpre rezando o rosa,io, dia se dirigem aquele locai pro- - O que pensam os habitantes da
1ssas contas - esleras de luz, curem ir com o maior recolhi- Fé\tima a respeito do que as crean-
,era doce 1st, nosso fadtirio, mento e espirito de penitencia. ças dizem? Nào as acreditam? Teem-
Que Nossa Senhora alivie os nas por mentirosas? Ou julgam·nas
.r11ào l1ves 1spinhos s craz. vlctimas de urna allucinaçao?
CORO nossos queridos doentes e salve - A principio o povo nào queria
7 o nosso pobre Portugal I a
ir Cova da lria. Ninguem acredita-
va nas creanças. Em trezt! de Junho,
Qrum nos dera, na e:.rtrsma agonia, dia da segunda appariçlio, havia fes-
1aess1 patto, sacrario d1 amor, Nas vesperas do Milagre ta na egreja da freguesia em honra
de Santo Antonio. Na Cova da Irta
a pobr1 alma 1xhalar, 6 Maria,
)unto a Cruz , na paz do Senhor l
(Il de Outubro de 1917) estavam apenas, a hora da appari-
Convencido da sinceridade absolu- çao, sessenta pess0as. Os pais de
COROFINAL ta das tres creanças. que disseram Francisco e de Jacinta tinham Ido de
ter visto cinco vezes Nossa Senhora manhil cedo para Porto de Moz !
Oh, salva,-nos da ,terna dtsdita, no locai denomlnado Cova da [ria, feira chamada dos treze, com o fim de
para amar-vos faz,t-nos vtv,r; da freguesia da Fatima, concelho de comprar bois, e regressaram ja de nol-
116s qa,r,mos, Ratnha b1md1ta, Vila Nova d'Ourem, e ter ella decla- te. Na sua ausencia a casa encheu-
11r lt1ll a J,sas ou morr,rI J rado que no dia 13 de Outubro havia se-lhes de gente que queria ver as
de fazer que todo o povo acredltasse creanças e fazer-thes perguntas. Pre-
no seu appareclmento, voltamos pe- sentemente urna grande parte do po-
"\T a~ da Fatima ,, la terceira vez Aquela povoaçào. Em- vo julga que as creanças fallam ver-
(SubaorlQào) bora receassem9s que as creanças dade. Pela minha parte estou con-
Por fatta de espaço niio ffirttm publicadas fossem victlmas f de urna allucinaçllo, vencido disso.
em abril toJas as quantìas até entiio rece- hypothese que alias tudo nos faz re- -Nos dias das Appariçoes tem
bidas, o que tambi:m niio podemos fazer pudlar, ou que os acontecimentos ex- havido signaes extraordinarios ? Ha
ne~te numc:ro. Esperamos que em Junho
sejam puh.hcaJos toJas as recebidas e as traordinarios que alti se realisavam muitas pess0as que afirmem te-les
q1.1e se reccherem ,até entiio. fossem provocados pelo espirito das visto?
I
Voz da Fé.tbn.a 3

-Os signaes fòram muitos. Em - E' prima, porque meu marido é Concluido este Interrogatorio con•
.Agosto quasi todos os que estavam irmào da mae delles. vid!mos quatro individos dignos de
presentes viram esses signaes. Urna - Como soube que Nossa Senho- todo o crédito a assistir corno teste-
nuvem baixou até a carrasqueira. ra appareceu a sua filha da primeira munhas ao interrogatorio da Lucia:
Em Julho notava-se o mesmo. Nào vez? Foi ella que lh'o contou? Anastacio da Thereza, Gonçalves da
havia poeira no locai. A nuvem em- - Tive conhecimento desse facto Silva, Manoel Henriques, todos de
poou os ares que pareciam ennevoa- pela familia das outras creanças, por- Aljustrel, e Francisco Rodrigues, da
dos. que a Lucia a principio guardou se- Moita do Martinho. Immediatamente
- Houve mais algum signal? gredo e até cbegou a aconselhar os demos principio a inquiriçAo da vi-
-Viam-se no ceu, proximo do sol, companheiros a nao dizerem nada deate.
umas nuvens brancas que se torna- com receio de que lhes ralhassem. Interrogatorio de Lucia
ram successivamente vermelhas vivas S6 depois de ìnterrogada por mim é
(c0r de sangue), c0r de rosa e ama- que disse o que tinha visto. Disseste-me ha dias que Nossa
rellas. O povo tornava-se desta ulti- - Nunca reprehendeu sua filha Senhora queria que o dinheiro offe-
ma c0r. A luz do sol deminuiu bas- a
por ter Ido Cova da lria? Deu-lhe recido pelo povo f0sse !evado para
tante de intensidade. Sentiu-se tam- sempre inteira liberdade de lair no a egreja da freguesia em dois ando-
res. Como é que se arranjam os an-
bem um rumor de origem desconhe- dia 13 de cada mes ?
clda em Julho e em Agosto. -Nuoca a prohibi de ir a esse si- dores e quando é que elles devem
- Suspeita-se de alguem que te- tio. Umas vezes perguntava-the se ser levados para a egreja?
nha induzido as creanças a represen- queria ir, eia respondia affirmativa- - Os andores compram-se com o
tar urna comedia? mente, outras vezes ella mesma di- dlnheiro oferecido e serào levados
- Nào, nem isso é verosimil. zia que ìria se eu lhe désse licen- para a egreja nas festas da Senhora
-Tem vindo muita gente de f6ra ça. do Rosario.
vèr as creanças e fallar com ellas? - As tres crednças costumam ir sò- - Sabes com certeza em que si-
- Tem vindo innumeras pessòas sinhas · ao locai l1as appariçoes ou fio é que Nossa Senhora deseja que
de toda a parte. vao acompanhadas de outras crean- seja edificada urna capella em sua
- Ellas acceitam o dinheiro que ças? honra?
lhes queìram dar? - Vào s6s. Quasi sempre vao -Nào sel ao certo, mas jutgo que
- Teem acceitado qualquef cou- tambem outras creanças, mas acom- quer a capela na Cova da lria.
.sa, quando teimam muito com ellas, panhadas dos paes e ficam ao pé - O que é que Ella disse que ha-
mas nào acceitam por sua vontade. delles, nao se juntando com a Lucia via de fazer para que todo o povo
- As familias sào pobres? Vivem e os primos della. acreditasse que ella appareceu ?
do seu trabalho? Teem propriedades? - As creanças guardavam gado, - Disse que havia de fazer um
- Nào sao pobres. Sao até abas- nao é verdade? A quem é que esse milagre.
tadas. E se a familia da Lucia nào o gado pertencia? - Quando foi que ella diske isso?
é mais, isso é devido a circuns- - A Lucia guardava um pequeno - Disse-o umas poucas de vezes,
tancia de o pae ser pouco activo, rebanho de ovelhas e os primos ou- mas s6 urna vez, na occasiao da pri-
descurando assim o amanho das suas tro. Pertenciam os rebanhos as res- meira appariçào, é que lhe fiz a per-
propriedades. pectivas familias. A's vezes juntavam gunta.
- Ha na Fatima pess0as que te- o gado, mas unicamente porque que- - Nao tens medo que o povo te •
nham estado ao pé das creanças du- riam. As ovelhas que a Lucia guar- faça mal se niio vir nada de extraor-
rante as apparlçoe~? dava, ja as vendi. dinario nesse dia?
- Em Julho estiveram ao pé dellas - Como é que as creanças teem - Nao tenho medo menhum.
Jacinto d' Almeida Lopes, do logar da ido vestidas ? - Sentes dentro de ti alguma coi-
Amoreira e Manoel d'Oliveira, des- - Da primelra vez 1am mal arran- sa, alguma força que te areaste para
te de Montello. jadas, corno andam quasi sempre os a Cova da lria no dia 13 de cada
- O que faz Lucia durante o pastores. Das outras vezes, no dia mès?
tempo da appariçào? 13 de caqa m~s, vao vestidas de fa. - Sinto vontade de la ir e ficava
- Rt!sa o terço. Quando se dirige to ctaro e levam um lenço branco triste se nao f òsse.
A ~enhora, falla alto. Eu proprio a na cabeça. - Viste alguma vez a Senhora
ouv1 em junho, porque estava proxi- - Consta-me que possue um li- benzer-se, rezar, ou desfiar as contas
mo. Algumas pess0as aHirmam que vro intitulado Missa.o abreviada e do Rosario?
• ouvem o som das respostas. que as vezes o I~ a seus filhos. E' -Nào vi •
-O locai das appariçoes é muito verdade? - Mandou-te rezar?
frequentado tambem nos outros dias - E' verdade; possuo esse livro e - Mandou-me rezar umas poucas
por pess0as piedosas ou por curio- tenho-o lido a meus filhos. de vezes.
10s? - Leu a historia da appariçao de -Disse-te que rezasses pela con-
- E' muito frequentado. sobretu- La Salette deante da Lucia e de ou- versAo dos peccadores?
do aos l>omingos. A maior concor- tras creanças ? - N§o disse; mandou-me s6 rezar
rencia é a noite. Vao alti muitas pes- - S6 deante da Lucia e dos ou- a nossa Senhora do Ros!rio para que
sOas, de perto e de longe, e mais tros meus filhos. acabasse a guerra.
ainda de f6ra da freguesia. Rezam o - A Lucia fallava as vezes na his- - Viste os signaes que as outras
terço e ent0am canticos em honra da toria de La Salette, mostrando de pess0as dizem ter visto, corno urna
Virgem. qualquer modo que essa historia estrella, rozas a despregarem do ves•
Terminado este interrogatorio, pu- tinha produzido grande impressAo no tido da Senhora, etc. ?
zemo-nos a caminho de Aljusfel e, seu espirito? - Nilo vi a estrella nem outros
cbegado aquelle togar, dirigimo-nos - Nunca lhe ouvi dizer nada a signaes extraordinarios.
imm~cliatamente a casa de Lucia. Es- esse respeito, se bem me recordo. - Ouviste algum rumor, trovao ott
tava junto da sua habitaçào dando - Quando as creanças fòram pre- tremor de terra?
aervenlia a um pedreiro que concer- sas pelo administrador de Vita Nova - Nuoca ouvi.
tava ~ telhado. Logo que nos viu, d'Ourem, foi alguem reclamar que as - Sabes tér.
cumpC1mentou- nos respeitosamente. restituisse aos paes? .- Nao sei."
A màe appareceu no mesmo instante - Um irmAo do Francisco e da - Andas a aprender a lèr?
e accedeu d<t melhor vontade ao i,e- Jacinta foi fallar com ellas a casa do - Nào and(). <
dido de nos deixar interrogar nova- administrador. A senhora do admi- - Como cumpres entao a ordem
mente a rilha. Primeiro, porém, fize- nistrador perguntou se ia buscar as que a senhora te deu n'esse senti•
mos-lhe algumas perguntas. creanças, ao que elle respondeu ne- , do.
'
---
Oepoimentca da m:le
gativamente. Foi o proprio adminis-
a
trndor que as veio trazer F attma.
- I •••••••••••
- Quando dizes ao povo que
-Tem vindo muita gente v~r sua ajoelhe e rcze, é a Senhora que
da Lucia manda que o di gas?
fllha?
- Sua filha é parente do Francis- - Tem vindo muita gente quasi - Nao é a Senhora que manda,
co e da Jacinta? todos os dias. sou eu que quero.
4 Voz da Fé.tima

- Sempre que ella apparece, tu - Se o povo soubesse o segredo, Algum tempo depois procurou o
ajoelhas. ficava triste ? dr. Vicente Pedro Dias, que, tendo-a
- A's vezes fico de pé, outras ve- - Ficava. observado e constatado a existencia
zes ajoelho-me. - Como tlnha a Senhora as maos? de hemoptises a aconselhou a mudar
- Quando falla, a sua voz é doce - Tinha-as erguidas. de ares, saindo de Lisboa. Por duas
e agradavel ? -Sempre erguidas? vezes passou urna temporada na terra
-E'. -A's vezes voltava as palmas da sua naturalidade, regressando um
- Que edade parece ter a Senho- para o ceu. a
pouco melhor capitai, mas peorando
ra? - A Senhora disse em Malo que algumas semanas mais tarde e da
- Parece ter uns quinze annos. querla que fOssem a Cova da lria segunda vez çonsideravelrnente, tor-
- De que cOr é o cadeado do maia vezes? nando-se o seu estado mais grave
Rosario? - Disse que queria que fOssemos do que nuoca. Na esperança de que
- E'branco. la durante seis méses, de mes a m~s, mudando de médico e de tratamento
-E a do cruclfixo? até que em Outubro dissesse o que obteria as melhoras que tanto dese-
- O crucifixo tambem é branco. querla. java, procurou no seu consutt6rio da
- O veu cobre a testa da Senho- - Ella tem na cabeça algum res- Rua do Alecrim o dr. Antonio Au-
ra? plendor? gusto Fernandes, o qual diligenciou
- Nao cobre, vc-se-lhe bem a tes- - Te111. interna-la no sanat6rio de Portalegre,
ta. - Podes olhar bem para o rosto ? o que nao conseguiu por nào haver
- O esplendor que a envolve ~ - Nao _posso, porque faz mal aos vaga naquella occasiao, Indo por esse
bonito? olhos. motivo a enferma provisoriamente
- E' mais bonito que a luz do sol - Ouviste sempre bem o que a para o pavilh5o de tuberculosos n.•
e multo brllhante. Senhora disse? 5 do hdspital do Rego, no Campo
- A Senhora nuoca te saudou -Da ultima vez nlio ouvi tudo por Grande. Nào podia, comtudo, resl-
oom a cabeça ou com as màos ? causa do barulho que o povo fazia. gnar-se a ficar no hospital, isolada
-Nuoca. Segue-se a inquiriçào do Francis- da familia, no meio de pcssoas desco-
- Nuoca se sorriu para ti? co. nhecidas. A cama que lhe dttslinaram
- Tambem nao. -~-- tinha o numero 13. Esta circtrnstància
- Costuma olhar ~ara o povo? Interrogatorio do afli~iu-a tanto que chegou a dizer a
- Nuoca a vi olhar para elle. Francisco enfermeira q,ue preferia morrer aos
-Ouves as conversas, rumores e pés da cama a deilar-se nella·. A sua
gritos do povo durante o tempo em - Que idade é que tens ? afliçao torrou-se ainda maior quando,
que estas vendo a Senhora? - Tenho nove annos feitoi. por indiscriçao de uma empre~ada,
- Nao ouço. - S6 ves a senhora ou ouves soube que estav..i tuberculosa. I tsis-
- A Senhora ped'iu-te em Maio tambem o que Ella diz. tiu por isso com o m·tis vivo empe-
que volt~sses todos os mesès até - S6 a vejo, olio ouço nada que nho para qt:e, sem demMa, Il e fOsse
Outubro a Cova da Iria? Ella dlz. dada alta, pois desejava ir morrer nos
- Disse que voltassemos la de - Tem algum clarao em volta da braços da m~,e. Ao mesmo tempo
mes a mes, durante seis mezes, no cabeça? escreveu ao marido e a nrndrinha de
dta 13. -Tem. casamento, O. Berta Ouimaraes de
- Ouviste ler a tua mae o livro -Podes olhar bem para a cara de- Carvalho (Chancellelros), moradora
chamado Missiio abreviada, onde se la? no mesmo prédio da Avenida das
conta a historia da appariçao de Nos- -Posso olhar, mas pouco, por Còrtes, 2.0 andar, pedindo que a
sa Senhora a urna menina ? causa. da luz. tirassem do hospital, porque. corno
- Ouvl. - Tem alguns enfeites no vestido? ella se expressava, ni'io podia la estar \
- Pensavas muitas vezes nessa - Tem uns cordOes de ouro. de maneira nenhuma.
historia e faltavas della a outras - De qu'! cOr é o crucifixo do Ro- Antes da sua entrada no pavilhllo,
creanças? sario? a madrinha dera lhe um frasca com
-Nao pensava nessa historia nem - Tambem é branco. agua de Lourdes e outro, mais p&-
a contei a ninguem. -O povo flcava triste se soubease queno, com agua de FAtima. A doen-
Conclulda esta inquirlçlio, diri,:i- o segredo? te ji tinha ouvido f 1llar de Nossa
mo-l'les a casa das outras duas crean- - Ficava. Y. de M. Scnhora de Fatima, mas nao sabla
ças, procedendo alli a sua inquiri- que a Virgem Santissim:i havia appa- •
çao, na presença do pae e de algu- recido alll e que mu1tas curas extraor-
Rtas das lm1as. Cura de D. Thereza de Jesus a
dinarias eram atribuidas sua lnter-
Interrogamos primeiro a Jacinta.
Martins cessao. No pr6prio dia em que en-
--- D. Thereza de Jesus Martina, de
trou no hospltal, logo que teve co-
nhecimento de que estava tubercu-
Interrogatorio da Jaolnta 19 annos de edade, casada com losa e nao simplesmente fraca, corno
• Antonio Coelho Lucas, empregado até entào julgara, sentiu urna tao
- A Senhora recommendou que
rezassem o terço ? publico, moradora na Avenida das granlife conliança em Nossa Senhora
- Recomendou. COrtes, 111, 4.0 , E., Ll!boa, come- de Fatima, que se poz a Invoca-la
-Quando? çou a sentir-se muito fraca, trcs me- debulhada em lagrimas e prometteu
- Quando appareceu pela prlmei- ses depois do seu casamento, cele~ que, se ella houvesse por bem cura- 11
ra-vez. 1 brado a 3 de Dezembro de 1921 na la, faria urna peregrinaçao ao seu
- Oltviste tambem o segredo ou fregucsia de A-dos-Cunhados, con- sanctuario, oferecendo nessa ocasiào
foi s6 a Lucia que o ouviu ? celho de Torres Vedras, onde nasceu duas velas de cera da sua altura e
- Eu tambem ouvi. e vivla com sua familia e donde percorrendo de joelhos a dlstAncia
- Quando o ouviste? nesse rnesmo dia retirou para a ca- que Jhe tosse posslvel até junto da
- Da segunda vez, no dia de pitai. sua veneranda Imagcm. Todos os
Santo Antonio. Receando causar inquietaçao ao dias renovava as suas supplicas cada
- Esse segredo é para serem ri- marido, nao lhe quiz a principio dizer vez com mais fervo!', recitando o
cos. nada acerca do seu estado de saude, terço do Rosario e tornando desde o
- Nao é. mas, corno algum tempo depois del- prlineiro dia algumas gottoo de agua
- E' para serem bons e felizes ? tasse sangue em abundancia pela da fonte da Cova da lria. Entretanto
-E'. E' para bem de todos trcs. boca, apressou-se a pO-lo ao corrente o marldo e a madrlnha responderam-
-E' para lrem para o Ceu? do que se passava. De accordo com lhe, procurando convencè-la de que
, -Nào é. elle fol consultar o sr. dr. Cassiano para seu bem devia continuar no
- Nào podes rev&lar o segredo ? Neves, que reconhecendo a sua ex- hospital. No quarto dia apoderou-se
- Nào posso. trema fraqueza e verificando que o do seu esplrito uma trisleza tào pro-
- Porque? pulreào direito estava affectado, lhe funda que, apesar da opiniao con-
- Poque a Senhorn disse que n~o recommendou urna alimentaçào subs- traria do marido e da maddnha, pe-
isses:cmos o segrede a 1i1guem. t-ancial e um rcpouso absoluto. .
diu novamente alta ao médico, .que
Voz da Fé.tiJ:na 5

se recusou a dar-lha, observando fornecido. Ap6s dois meses e melo vir, administrando-the o sacramento da
que ella nao se achava em estado de de permanencia na terra, regressou a Extrema-Uncçiio. O estado da en(erma era
considerado quasi desesperado. Durante
ir para casa. Lisboa. Foi no dia 17 de Outubro. todo o dia esteve gemendo continuamente
Chorou porém, e insistiu tanto Nesse dia, antes de partir, tomou urna aem ver nem ouvir e sem responder 611
,ara que lhe fizessem a vontade que colher de ~gua de f Atima que lhe per~untas que lhe faziam. 0s olhos ti•
lhe permittiram sahir. deram umas senhoras do seu conhe- depressa se lhe eovidraçavam, como recu-
peravam a sua limpidez habitual. O dr,
Sem avisar a familla, encaminhou- cimento. Foi a ultima vez que bebeu Figueiredo Valente, que a veio ver pela
se logo em direcçao a um electrico, dessa Agua. A 25 do mesmo mès a
prime1ra vez na quaru-feir'I no1te, julgan- •
para o qual subiu com muita dificut- voltou ao consult6rio do dr. Fernan- do rcconhecer alguns dos symptomas da
dade. Se nao fora a caridade de al- des para que elle examinasse o seu meningite, ordenou quc sem demora
fizesse uma punçao nR coluna vcrteltral
s•
iUns passageiros, teria cahido de- estado. Ao vè-la na sua presença, constatando a analyse do liquido extraid;
iamparada no chào, exhausta de for- tao differente do que era, forte, g6rda, a existencia de umd infecçao nas m~ninges,
ças. c6rada e apparentando urna saude proveniente do microbio do sarampo. A
puncçiio realisou-se 1h cinco horas da tarda
Tendo-se apeado ao pé da porta esplendida, o illustre clinico nlio e foi foita pelo dr. Romao Fcrreirn Loff'.
àa rua, subiu a muito custo e muito poude reprirnir um movimento de A noite immediata fo, horrivel, tendo •
devagar as escadas. Em casa estava surpreza. Observou-a com toda a diagnoHice t!e meningite sido comrrovade
a sogra aue, vendo-a naquelle esta- attençlio e minuciosidade e por fim pelos gemidos e Rritos carncteri~ticos desaa
afec~ao que duraram toda a noite. No dia
do, extremamente magra, fraquissima declarou que, tendo-a julgado per- se~umte, primeira sexca feira de Marçe,
e com urna pallldez cadaverica, desa- dida, a achava a~era completamente dedicada ao Sagrado Coraçiio de Jesus,
tou a chorar. curada, o que reputava ine,:plicavel, cuja imagem tinha sido enthronisade no lar
A' noite chegou o marido que ficou quer se considerasse o estado deses- desta familia cri~t5, foi chamaJo o co.1fes-
consternado ao ve la tào mal e a perado da enferma, quer se conside- sor de ca,;a para admini~trar o sacrnment•
da Penitencia a enferma, o que nao lhe foi
quem disse que, sabendo que estava rasse a rapidez corno se tinha effe- pos~ivel, porque elh n em sequt! r o reco-
tube~culos~ e completamente perdida, ctuado a cura. nheceu. A baronesa dc Alm eirim, tia pater-
dese1ava Ir morrer junto da mae. Attestado médlco
Quatro dias depois partiu para a
terra da sua naturalidade. Alli conti- Antonio Augusto Fernandes, médi-
co pela Faculdade de Medicina do
Porto:
Attesto que a sr.a D. 7hereza de
/esus Martùzs, de 19 amzos de idade,
natural de A-dos-lunhadoi, conul/zo
de 1orres Vedras, foi por mim m-
tada em /unilo e Jallzo de 1922, de
tuberclllose pulmo11ar, com hemoptl-
ses, febre vesperal, emmagrecimento,
suores nocturnos; hojt nilo Sllbsis-
tem sitzais clinicos d(Jssa doe11ça.
E por ser verdade passo o presente
que assigllo e }uro por minha ho1tra.
Lisboa, 15 de /a,ieiro de 1923.
(a) Antonio Augusto Fernandes
(Segue o reconhecimento)
V.de M.

/
Cura da menina Maria Amalia Me11ina Maria Amuha Canav11rro

Canavarro na dil mcnina e senhor-1 de acri~ola<los


sentimen1os rtd1~1osos, ped1u ao re,p1::1t.ivel
Maria Amalio do Amara) Je Pa~~o~ de sacerJutt.-, quJmlo eHc ~e Je~ped111 , que
Sous:: Canavarro, qut: completara 13 annos I ohtiv, sso Je pesso11 conhccidu 111.cu.na por-
de ~dade no dia 13 do pr<h1mo mé:i de çao de agua Je LourJe~ r,ua a dar a hcber
Julh o , fi •ha do dr. Joao de Pa.-0 soi: de Sousn a sobrinha, poi~ cm cas:i f'ii nito ha via dessa
Canav.rro e ùe IJ. Amalia do Amara) Ca - algua, qu e ahé, costumavqm ter
brai d-, Sou5n CanJvarro, ja fallecida, na tu- El le nssim o promeneu, d izen,lo que,.
rai e morndora em Santareni, mas v1vcnJo logo que a alcunça~~e, se ùnrìR rrl'ssa em
accidentalmente elll l.isboa, na Traveha vir trazE-la aquella fam1lta, que com tan1a.
D. Thereza de Jesus Martin~
I dc Santa Gertrud es, n.• 6, foi assistir na pena sua via 1rnmers11 na mator affi1çiio e
iiexta feira, :23 ùe F-!verr.iro, a solemne angusti 1. Ali;unrn, hora~ mAi5 t arde appa-
nuou a rezar a Nossa Senhora de proc1ssfo do Senhor dos P,usos na egrcja rcceu uma senhoro das relBçoc:s dn fJmiliir.
Fatima e a ingerir algumas gottas de da Graça, e pesar de ~en1ir <lesde pela m11- quc1 informada pelo referiùo eccles1utico
agua da fonte do locai das appari- nhii um le•e incumoùo de sa(1de de que dc tudo quanto se t!Atavn pas,ando e do
çOes. n5o se queixou logo com receio de que a pediilo da baroner:a, Sll olf~reccrn P"ra\ir
nlio deixas,em sair e a que de prin~ipio pesso:ilmente lew1r niio sò at\un de Lour-
Logo quc: bebia um golinho de niio lii;:ou nenhuma irnportnneiu. No dia des, corno tamb~m terra do: Flittma e uma
agua e fazia as suas oraçòes, as pon- seKumte, porém, o thcrmometro acur:iva a lasca do t ronco da n ~inheira t: m qu ,., se•
tadas de que soffria desappareciam cx1sten..;ia do alguma febre, tendo st,lo por gun,lo o dero1 nento doq v11l entes de Alj1.:s•
e sse motivo prevc.niJo o médico da fJm11ia, trel, Nossa Sen h or11 Jo Rosario pou,av11 os
coma que nor e,canto e senlia-se ~ccs pé!I virginois dur,inte as Mppar1çoe1.
dr. Antonio Pcr"ira Cabra1, que, acbnnJo-
alliviada, satisfelta e bem disposta. -se um pouco adocntado e n.io podeoJo por Na occ,1siiio em que chegou e ~a senhora
Nuoca deixou de rezar o terço, o is~o visH.ir a enftrm1 nesse ùta, rc:comcn- esuvnm fazenoo um,1 .:onfc:rencrn o méJico
q~e fazia duas e tr~s vczes em alguns dou que lhe fìzessem o rne,mo trntamento o:uiHente e os Jrs. FigueìreJo Volente er
d1as. U.n mès depois estava comple- que hav1a pre.scrirto p1ra os irmiis, as qu,11s Sim6es Ferreira. A opiniio unanime do•
toJas rec en tt:mentu tinham uJo sarampo. trcs di~tinctos cltnico~ depo1s de eum1-
tamente cur::ulu. De dia para dia, A doença lél seguindo com rt:gulariùaJe o narem attentamente o estado d,, enferma
desde que coml!çou a beber a agua • seu cur~o, quando ci neo J1as depo1~. quarta foi quc el!11 se achav,1 pcrdiJa scm r"medio.
de Fatima, quando ainda estava no fe1ra, \'Ìnte e oito, o e~ta Jp da enftr1 n11 se Dehnldc se ttnha lançado mao do todos
Pavilhào, o sangue que deitava pela nmm1vou de rep ~nte, sobr~vindo-lhe li noi- os recursos da ~.:iencia e nJdo maii e,a
te u,na espccie de Je~mato, de cara.:ter possivel e:tpcrimcn1ar rura salv~r a eofer-
bocco tra menos abundante. Oito profundamente a--~u~wdor. Pa ssou todR a ma. A haroneso. r:o auge da a1fl cc.io, fu
a
dlas depr,is de ter chegado terra da noitc muit<> mal. N 1 .:iuint&-feira de mnnh5 nm1 promes·,a A Nossa S,mhora ue Fatima
sua naturalidade, o fluxo de sangue foi presa de um 8 taque violent1s~11nrr. A p,1ra ohter Ja ~ .. a m1serìcordia um milagre
cara e as m:ios torn,1r1 m-«e roxu, os olhos em r.. vor J11 sobnnha querida. A, creddH
acabou e a febre passou -llie quasi tmb3ciHram-se, ti.:ando toùa~ as pes5oa~ choravam conv11•srn1ence. A~ irm5s d .1 en•
de todo. Ao cabo i de trés sernanas, que r ·)de11vem o lc1to da pobre mt:nìna tc:rm.1, ,\lar111 <111 Conceiçiio, Mario l. uiza,
as pontali.iti t,nham desaparccldo. p!,,na:neut~ convenciJns de que eram eh,•- lz.ibt!I ~ Jria e Mari:i do Ca rmo, 10,la ~ mais
~ 1d,1s ,n ~"U~ ultim')• mom,mto". C:du•u va nQv11-. d,, que e!lu, cx,,·p to II rr1 1 .. r , -tue
Prec:isament~ ncssa occasiào exgo- 1mmen , d<', \'è-111 ~' tfrer 11n10 . O coad1utor vai fazer 1,1 JJtor;: nnnn•, niio f,1zi ,., ,utro1
tara-t-,.! a p~q11~r.,1 prnvi~fio de a~ua d..i frt:g ·1 ·zin i.le S,nt, Tiabel, que foi n1Ju- co•Jsa sen:io 11e11-11 Har, 11110 ,1 .111 : iJde
1

de Fatima, que a 1119drinha lhe tinha Ùildo ch.i,n;.r com llrcen.:ia, apressou-se a in.lu,cntivel, d~ pcsseas que se crur.a ,•.i•
6 Voz da Fatima

nos corredores, se a Amalinh11 j:i tinha


morrnlo.
Logo que os mé,licos, tcrminaJa a con-
A peregrinaçao nacional conforto para as suas terriveis enfer-
midades !
ferencia, :ie despeJiram e retiraram, as crea- (\3 de \\laio de \9~~) Salvé, Fatima, formoso oasis do
das foram aquecer agua para misturar com deserto da vida, jardim pcrfumado
a terrd do locai dus arpariçoJs. A haroneza pelas . brisas do Ceu, terra sagrada e
niio quiz 1ntenc1onalmento: urilisar-se da Dia 13 de Maio de 1922 !
agua de Lourdes, para que n cura da so- Que deliciosas re,ordaçoes nao sus- bemd1ta, onde cada rochedo assigna-
brinh a, a verifìcar-,e, corno espereva, cons- cita esta d ata memoravel nas almas la um prodigio e cada yedra é teste-
titui ~sc urna rrova cvidenlo da origem so- crentes e piedosas de um paiz inteiro ! munha de urna bençao da augusta
brendtural Jos acontt.cimentos maravilho- Virgem do Rosario!
sos de Fa11ma. Eutreran 10 foi collocada n Cinco annos sao passados depois gue,
Jasc.. do tronco da azinhcira na mao da segunùo o testemunho de tres inno- Salvé, _Fatima, mii vezes salvé I
enferma, qu.: nao a senua n1:m unhJ fò rças _cen tts creanças, a augusta e gloriosa
para a sustentar. Rainha do Ceu se di~nou apparecer
*
Ha pouco mais de um anno, em 6
Uma d,1~ pe•soa5 que lhe a5sisuam na
doe:iç,1 exrlicou o que era esse ohjecro e pela primeirn vez na cumeada da de Março de 1922, as horas mortas
peJm lite que o acce1111~~c A menino ouviu serra d'Ayre para derramar graças da noite, a ordeira e pacifica popula-
a exrh.:açao e o pcd1do e tentou fechar a dc predilccçao sobre o povo que a çao de Fatima acordava sobresaltada
miio, o qm: con$eguiu, s,•JluranJo assim a havla cscolhido corno sua Padroeira. com o echo formidavel da explosao
reliquiu da az10he1ra. Momento~ dcpo1s a
tia perguntou-lhe se qucrh tom,1r urna Fatima! E' para esta terra bemdi- de quatro bombas de dynamite, col-
colhl·r dc llgun com terra de Fatima, r,is- ta, para o seu imponente sanctuario, locadas por maos criminosas de secta•
ponJcndo lbe elio :,ffirmativomt:nle so com gue tcm por pavimento a mon.tanha, rios facciosos e intolerantes no inte•
a cah~ça porque r.inda niio podio fallar. por parcdes o horisonte e por cupula rior da modesta ermida que a pieda-
Fc>1 pre ... 1so intr0Juz1r-lhe a égun pelos
canto s da bocca, porque lhe e ra impo ssivel a abobada celeste, para a sua singela de P?Pular tinha erguido na <<Cova
abr1-la. Tendo lhe umo pessoa de lam11ia capellinha, que maos sacrilegas ou- da lna» corno padrao commemorati-
recom menJnrJo que dissess.: a jaculatoria saram tocar, para a sua fonte mara- vo das appariçocs. A ooticia do he-
aN"os,n Senhor:i dc Flltima, rogae por mim», vilhosa, manancial perenne de curas diondo e sacrilego attentarlo voou
proforiu-a com vivu piedaJe, mas fozendo
um enorme esforço A pouco e pouco, po- extraordinarias, é para e')te verdadei- com a rapidcz do relampago de um
rém, li mediJa que reJ)et1a a riedosa 1nvo- ro cantinho do Paraiso que no dia extremo ao outro do paiz e provo-
caçiio, o c~forço que 1::mpre~avu para n de hoje se volvem, de todos os pon- cou em todas as almas bem forma-
pronunciar ia d1minuindo. l)epois diz1a es· tos dc Portugal, os olhos e os cora- das um sentimento unanime di! in-
ponraneamente e frequentes vezes com çoes de centenas de milhares de fieis !
urna fé e um fervor tiio do intimo da alma dignaçao e de protesto, pondo mais
que comoviam a, pessoas pr.:sentes a pon- Nesta horo solemne entre as mais urna vez em destague essa pittores-
to de lhes arrancq r Jaµrimas. nNos~a Se solemnes, nuo ha cidade por mais re- ca aldeia graciosamente alcandorada
nh ora de Faunu, soccorrei-me, socorre1- mota e csquecida, nao ha aldeia, ain- num dos contrafortes da serra d'Ay-
me IQ Pnss111Jos pou..:os m111utos começou a
fallar. Mudou o boccado do tronco da azi- da a mais hnmilde e ignorada, onde re, onde ha cinco annos se deram
oh e1ra de urna Jas miios J):tra a outra. A' ao menos alguns labios nao suspi- acontccimentos maravilhosos gue ja-
tard, re,onhe.:.:u o confotso r qui: tinha rem, tremulos de commoçao, o no- mais se apagarao da m~moria dos
vinJo suber do seu estoid o, fìcando mu1to me dulcissimo dc Fatima, onde se• homens.
cont en,e pc,r lhe ter ouvi lo &ffirmar que
nao se es4ucceria dc rezar pela sua cura. quer alguns coraçot!s nao palpitem Toda a imprensa se referiu com
Nessa mesma tar<le mteressava-se jli por de jubilo t! cnthusiasmo ao evocar o pa lavras de viva reprovaçiio a esse
tuJo quanto se d1z1n em torno della, e no suave e mystico encanto que este no- attentado cujo echo se repercutiu nas
dia St:!!Utnte, de manha, conversava sem me encerra. duas casas do parlamento, tendo o
cuato 01:m c1111saço e a luz d~ sol nao a
a
incomod avo, ass1m corno, noite, n enhu ma Ainda ha bem pouco tempo Fati- governo promettido pela voz do mi-
impres ; ao d1::sngrad11ve l lhe causava a Juz ma era apenas urna insignifi..:ante e nistro das colonias castigar os seus·
das LimpoJ,1s d~crricns. A~ melhora, ac- quasi desconhcci<la povoaçao, perdi- auctores com todo o rigor das leis e
centuav;im ~e cada vez mais de bora para da na serra d'Ayre, occulta cntre sem contemplaçoes de cspecie algu-
bora. No. domingo, logo de manha ce.io, o
méJko .1s,1,tente, que durnnte as tres ul- rnassas gigante,;cas de montanhas co- ma. No dia 13 do mec;mo ml!s, por
timas noi tes unha dorm1do em casa da bertas de soutos de carvalheiras e iniciativa do rev. Parocho, realisou-
enft:rmo, exammou-a detiù11mcnte e ar,res- pinheiraes. se em Fatima urna solemne procis-
sou-se a de !arar, com sUrJ)reza e alegria E comtudo hoje, de u m extremo sao de desaggravo. Quatro a cinco
qut: mRI poJ1.i reJ)rtm1r, que ella estava ao outro de Portugal, milhocs devo- mii pessoas acompanharam o mages-
complet • mt:nte l,vre dc perigo.
Arczar Ju nRturun e trav1Jade da Joen- zes a proclamam a terra privilegiada toso c"rtejo desde a e8reja parochial
ça, a menina n:.io sofre de amnesia nem entre as terras onde as almas atribu- até ao logar das appanç6es num per-
ficou com qualquer outro dcfeao. ladus, os coraçoes doloridos e os cor- curso de cerca de tres quilometros.
Actualmcn te, onze de Abnl, apresenta
um u~pecro excellcnte e esta bdstante
pos martyrisados vao buscar luz e Nesse locai deviam ja estar naquelle
outrn.l.i . conforto, alegria e paz, remedio ou le- momento mais de seis mii pessoas.
D !\de n tarde ùe sexta feir1 1 dois <le nitivo para as suas maguas. para as Num altar improvisado crn frcnte da
Março, tcin m,mifi:stn<lo I tlr1r1s vezes o seu suas angustias, para os seus incom• capel la, celebrou-se urna missa cam-
•ivo desl jo de ir d ra1im.i, dizendo que niio portaveis so!lrimentos ph ysicos ou mo- pai, durante a qual a multidao ajoe•
quer qut: ningul'm lht: pJgue o b1lhete do
caminho dt: ferro, poi, o ha de pa~ar a sua ra es. Effectivamente a outrora igno- lhada rezou, com recolhimento e fer-
çust~, com o producto do seu tr11balho .•• rada Fatima é hoje o mais bello cen- vor, o terço do Rosario. Era sobre-
La ira df•ctiv.11ne111e n piedo~n menina, tro de devoçao a Nossa Senhora no maneira tocante o cspcctaculo daquel•
no d111 tr~ze Je l\ta10, a es~a terra privile- nosso paiz e um dos maiores do mun- la immensa multidao, de maos pos•
giatla do Ceu, niio no comboio, mas de
automovt:I, juntamente com sua familia, do. tas e orando, em que se viam pes-
afim ùe agraùeccr a augu~ta Virgem do A' voz augusta da Ma.e de Deus, soas de todas as classes e condiçoes
Rosllr10 a cura euraordint\ria de que foi que se. dignou apparecer a trez hu- sociaes. Foi urna grandiosa e sentida
objecto. mildes pastorinhos, centcnas de mi- mirnifestaçiio de fé e piedade, que
Atteetado médioo lhares de peregrinos e visitantes acor- niio teria revestido tamanho brilho e
Antonio Parreira Cabrai, médico cirur- rem dc toda a parte em ondas im- imponencia, se nao fora o repugnan-
giiio pela Umversidade de Coimbra, dee/a- petuosas com um cnthusiasmo que te e execrando attentado.
ro que trate, a menar ,\.Jar,a Amal,a Ama- recorda o dus Cruzadas e perante:: o Mas a piedade dos catholicos, of-
ral Cabrai de S011sa Ca11avarro, de menin- santuario commemorativo das appari- fendidos no mais intimo, mais deli-
gite, consec11t1va a sarampo, diagnostico
et>njirmado pela a11alyse do liquido cephalo- çoes deslilam cheios de respeito e ve- cado e mais respeitavel dos seus sen-
-racl11d1ano. Esteve a doente em euado de neraçao e com as almas a trasbordar timentos, niio ficava pienamente sa-
c:ama absoluto e chegou a ser o pro,:_110s1ico, da mais intima e nMis pura alegria. tisfeita com cste acto solemnissimo
o ma,s carrepado puss,vel. Apds 48 horas
,e therapeuttca mtensrva, desapparueram
•s symptomas mais alarma11tes e a conva-
Como sao simulta neamente como-
venuis e grandioc;os na o:ua incompa·
de desaggravo.
Expontaneamente, sem convites,
/esceni;a decorreu sem complrcaçoes. A sua rave! simplicidade cc;ses cortejos in- sem pieparativos de especie alguma,
Fd v,va em que Nossa Senhora de Fatima terminavt:is quc circulam naqutlla um movimento nacional de fé e re-
a melhoraria depressa, por certo foi pode- immensa esplanada, cntoando os lou- paraçiio &omeça a esboçar-se, torna
roso a11x1l1ar 11a raprde1 da convalescença.
O gu~ por ser verd,1de attesto e assig110..- vores da Virgcm do H.o~ar io ! vulto e cresce desmesuradamente de
Lishoa, 27 ae Abril de 1923. Que cspectaculo ~urprchendente dia para dia até se con verter em 1$
no~ oferc:ce a multidijo immensa dos de Maio na mais extraordinaria e si-
(a) Antonio Parreira Cahral abandonaùos da scienci!l hu,nanu que gnificativa manifestaçao religiosa dos
Segue o reconliecimento. V. de M, alli va.o buscar remedio, lenitivo ou ultim1...; tempos em Portugal.
Voz iln Fatin,n, 7

Desejando presenciar essa scena de se punha ja cm marcha para a «Co- a chuva cessara de cahir. Meia hora
focomparavel belleza esse espectacu- va da Iria,. E' uma visao de paraiso depois começa a mis"a campai cele·
lo assomb_roso e emp~lgante que por que encanta e commove até as fibras brada num altar improvisado junto
t~do_s os trtulos devia revestir a gran- mais intimas da alma. O governa- das ruinas da ci1pella pelo rev. Agos-
d10s1dade de uma authentica apotheo- dor civil de Santarem tentara impe- tinho Marques Ferreira, parocho de
se, t~mamos o comboio que parte da dir a todo o custo o cortejo religioso Fatima.
estaçao do Rocio as seis horas e cin- quc classificava de «parada das for- O astro-rei brilhava em pieno ze-
<?enta aiinutos da tarde. Eram qua- ças reaccionarias dt: todo o paiz>. Fe- nith, cortejado de nuvens diaphana!t
si onze horas da noi te quando chega- lizmente o administrador do concc- e de urna alvura purissima de neve.
mos_a Torres ~ ovas . No hotel daquel- lho nurna atitude digna e correcta e O silencio incomparavel doc; momen•
la pittoresca villa extremcnha ja nao sobremodo prestigiosa para as Insti- tos solemnes, é profondo. Depois to-
h~via entao um unico quarto dispo- tuiçoi::s, houve por bt:m nao cumprir da aquella mole immensa de povo
!)Ivel. yateu-nos _nessa contingencia as ordens do governador civil, que ajoelha, reza e canta. A' elevaçao
1mprev1sta a gent1leza captivante de por sectarismo éstreito e odiento nao todos curvam a cabeça e ao Sanctus
um _médic'.> nosso amigo quc provi- hesitava em commetter um inqualifi- e ao Aetzus Deis todos ferem o pe1-
denc1almente encontramos e quc com cavel abuso de auctoridade. O presi- to testemunhando assim o ardor da
a fidalga hospitalidade tradicional em dente do ministerio, entrevistado por sua crença, espontaneamente e sern
sua familia nos ollereceu em sua ca- um jornalista catholico, affirmou dc respeitos humanos. Urn c~ro immen-
sa ppusada e gasalhado que acceita- um modo pcremptorio que o gover- so entoa o «Bemdito~. Centos de
mos gostosamente. Durante toda a no nao tinha prohrbido a peregrina- fieis recebcm o Pao dos Anjn, de
noite passaram sem cessar grupos de çao a Fatima. maos postas e orando com fervor.
peregnnos que, pelos caminhos as- E t:ffoctivamente, cm que soffriam Veem-se muitos olhos marejados de
peros e pedrcgosos da serra se diri- as Instituiçé5es ou cm que perigavc1 a lagrimas. Um effiuvio do nito, um
giam par: a r~atima. No dia 'seguinte Republica com aquella romagem pie- sopro divino parece perpassar atra-
de manha hav,a na historica villa um dosa? A procissao proseguia lenta· vez das almas. Dir-se-ia que se res-
movimento desusado s6 comparavel mente a sua marcha ovante cm de- pira alti a largos haustos urna atmos-
com o dos dias mai~ fostivos do an- manda do sitio das appariçocs. De phera sarurada de sobrenatural.
no. Nas esquinas das ruas estao affi- todas as estradas, caminhos e vere- Julgamo-nos por momentO'ì em
x_ados cxcmplares de um pasquim in- das contimh a chegnr gente, vinda Lourdes, nas margens do Gave, jun•
t1tulado A Comedla de Fatima e de de peno e de longc, quc avança sob to da gruta de Massabielle a assrstir a
um m anifesto em rcsposta subordi- a, chuva, de cabcça dcscobena. Ao missa, ou na esplanada do Ro,ario
nado .8 epi~raphe Uma especutaçtio mcio dia, a chcgada da procisslio, o durante a procic;sao do Santissimo
.reaccionaria. E' . m~is um episodio espectacu lo tornou-sc soberbr), unico, Sacramento. Tcrminada a missa o
eloquentc:me:ne s1gn1ficativo da eter- i ndiscri pti vel. distinto orador sagrodo rev, dr. José
na lucta cntre o b\.!m e o mal. Segundo o calculo de officiais do Pedro Ferreira, sobe ao pulpito e
Ccnt~nas de peregrinos visitavam estado-maior, pessoas compt:tentes e disstrta sobre a F~ e a devoçao li
as cgreias, assistiam as missas, com- desapaixonadas, que estavam pre- Virgem, no m~io do mai._ re'-peitoso
munga vam e, ap6s a acçao de ora- sentes e com quem fallamos, o tota! silencio. apesnr de, corno elle pro-
ças, encaminhavam-se pora a p~aça daquele oceano humano devia ser prio disse no p rincipio do sermao,
atulhadn . de camions , camionetes, au- superior a sessenta mii pessoas niio podl!r ,er ouvido sequer por
tomovt:1s, trcns e outros vehiculos, Ccclesiasticos, titul11res, magistra- urna decima parte da ac;sistencia. De
afim de occuparem os logares que dos, parlamemares, officiacs, profes- novo se organi,a a procis'lao para o
lhes esta v.im reservados. Os trens par- sores dos mais importantes estabele- regresso. Nel!• se incorporaram pes-
tiram primeiro, tornando a direcçao cimentos de ensino, medicos, ad vo- soas de todas as cla'lc;es e condi ,oes
òe Pedrogam e subindo lentamente a gados, jornalistas;, grandes proprieta- socia es.
estra~a da serra, pittoresca em ex- rios do Norte, da Extremodura, das Rez:i-se o terço e entoam-se can-
trem?, mas bastante ingreme. Pouco duas Beiras e do Alemtejo, senho- ticos, corno no ida.
depo1s das 01to horas poem-se em an- ras da primeira nobreza de Portu- Em torno da {onte que brotcu pro-
damento os camions e automoveis gal, caminhavam numa promis.:mda- ximo da capella, em N ovembro, pou-
fiUe, por nfio podercm atravessar a de altamente commevedora, irmnna - co dcpois da prirncira mi-;,a campai,
serra_, teem de fazer um percurso dos pela mesm:i Fé e pelos mesmos vecm se r,umeroso,; peregrinos bc-
quasi tres vezes mais longo dando a sentiroentos, la-:10 a lado de homens hendo agua ou enchendo com ella
volta por Villa Nova dìo'urem. O e mulheres da mais humdde condi- rre1pientcs de todos os feitios e ta-
automovel q ue nos tra nsporta adian- çao sodai, de pobres e rudes mas manhos que guardam relig1osamcnte
ta-se a todos os outros. Duas horas dignos e honrados habitantes das al- e lcvam para suas ca'las . Junto da
mais tarde, depois dc contemplarmos deias e do" campos. r"»,e lla derrocada pelas bombac; cx-
por momentos o historico castello de Eram dois rios de gente que iam plo , ivas, ricos, rcm.:d11dos e pobres
Ourcm, de que foi titular o Santo juntar as suas .:iguac; caudalosas e as offerecern o~ seus donativo,; pira a
Condestavel D. Nuno Alvares Perei- suas vagas gig1ntcscas naquella vas- conscrucçao do projl!ctJd0 sanctunrio
ra, subiamos com a velocidade de tissim1 bacia cingida de collinas e em hon ra dc Nossa Senhora do Ro-
quarent~ kilometros a hora, a linda outeiros. sario o~ grupos viio-se Jis .. olvendo
e magnifica estrada que conduz di- Em torno da capella dezenas de pouco o pouco. Sa0 cinco horas da
rectamente a Fatima. Era constante milhares de pec;soos aguardavam an- tarde. O nos'-O automovel conduz-
o transito de vi.:h:culos de toda a es- ciosamente a chegada do colossal e nos a Torres Nova, e dilli, depois
pccie, dcsde os automoveis luxuosos imponentisc;imo cortejo de · j:mtar, a estaçfo do Entronca-
até aos carros das fJinas agricolas e Resplandecendo de uma formo-.u- mento, onde as nove horas e trinta
as carroças mais ordinarias. Ranchos ra soberanamente ideai, a veneranda e cinco minuto'I tomamo" o rapido
de homens e mulhcres de todas as imagem de N1)Sia Senhora de Fati- Porto L1sb8a, levando comnosco a
edade!. ~ conclic,:oes seguiam a pé pa· ma, precedida de irmandades, j6•1ens recorùacao imperecivel de tant:ic; sce-
ra ~ Fatima, rezando o terço do H.o- catholicos, anjos, virgen'i, cruzes, ci - nas de uma belleza e m'lgestade su-
sano ou entoando canticos sagrados. rios e bandt:1rac;, é levada num an- prcmas e a sau fade ineff 1vel daquel-
Na vespera c durante tod ,, a manha dor aos hombros dc aristocratas da les logares bemditos, em que a alma
ch_ovcu _semp~c, cum pcq uenas inter- mai, alta linhagem e de humildes fi . se sente liberta dos llames do corpo,
m1ucnc1as. l~st,J1no-; ja no alto da lhos do povo. Entre a ass1stencia mais ICJnge da terra, mais perto de
s~rra, donde se dcsfructa um linJis- vèern-~e duac; mulhcres vestidas de Oeus ...
s1mo. panorai:na. Paramos junto da V. de M.
cgreia parochtal, guc anda em obras,
as qur11:<; ~e vao realisandc, muito
prcto que se t!)rnam alvo da atten-
ç5o e curiosi tace sympathica dòs
peregrinos: r-.ao Maria Rosa, miie da
------·------
FA
A VOZ O~ rtMI\ é dlstribulda
lentamente- p,)r folta dc recurios. Lucia, a protagonista das appariçoes, gratuitamente nos diaa 13 de cada mAI
EntnLno·,, ouvirnos missn e com- que ec;ta <;endo educada 11um colle- a
n1 Fà!lma . Ot1ern envlar r&di'cçào a
mungamos, T ornado al~um alirncn· gio d,> norte, e Olymp,a d Jesus, quanti Il" 1t-:?2 111II I òi!l, tiara d1ri-lto
to, encorponimn-nos na rwoci,-sao, mae dus seus co-v1 lente-;, Francisco a roct-iJo la 11elo corrolu du1 anM um
,que entrctanto se ti nha or1r,\i,;sado
o
e e J acimha, j:1 falkcidos. Entrctnnto ana ;.
s Voz da. Fa;tir:nR

Se temos a nossa consciencia em p11z e -Senhor, nòa Vos amamos I


13 de ilbril estemos ja em ~raça de Deus, cumpre nos
diligenciar ser melhores de dia para dia.
Se temos a desgraça de estar em pecca-
-Hosanna, Hossanna ao fllho de
Davld I
No dia 13 de Ahril ultimo no locai ora do mortai, devemos confessar-nos 'ICll) Je- - Bemdlto seja O que vem em-
celebre a hist6rico a que o povo na sua morn, porque niio sobernos se Deus havera nome do Senhor I
Jinguagem singela chama pros11icamente por hem conceder-nos mais um dia ou mais
tlesde tempos immemoria1s, Cova da lr1a, urna hore de vida. E' isio precisamt.lnte que -Vos sois Jesus Christo, Fllho de
realisou-se, piec.Josa e sent1damente, a com- Nossa Senhorn deseja. Muiu,s peregrinos Deus vivo I
memoraçao mensal Jas arrariçoes Je 1917. veem aqui aJ«r11dccer beneficios rt:cet:.ido§. -Vòs sois o meu Senhor e o meu,
Celebrou a m,~sa campai, que princ1piou Mas niio basta. Devcmos quercr e procurar Deus I
ao meio dia solar, o rcv. Manuel Vicenti; ser cada vez mais perfe11os.
Caetano, rarocho da fregue, ia Jas Lapas, A paegrmnçao a Fatima ofio é urna via- -Adoremas in aeternum Sanctis-
~oncelho de Torres Novas, acolycaJo pelo gem- de recn:io. O seu objecr1vo é a nossa simum Sacramentum. (Cantado).
rev, A~ostmho Marques Ferre1ra, parocho conver~ao ou o nosso maior aperf<'tçoa- -Senhor, cra1t1os em Vòs, mas
de Fa1ima. roento mora!. Para isso é mister trìlhar o augmental a nossa fé.
Dur.,nre toda a manha os peregrinos oc- cammho recto traçado pelos dez preccitos -Vòs soh, a resurreiçào e a vida !
corrcr,m em grane.le numero ao locai das do Decalogo que se cifram em dois : amar
appari~oe~, que estava rodeado de nume- a Deus sobre todas as cou~.,s e amar o -Salval-nos, Josus, alias pere-
rosos vchi..:ulos de varias especies. Quando proximo corno a nòs me;imo~. E, se alguem cemos I
principiou a missa, 11chavam-se preseotes tiver a infoltciJade de peccar gravemente, -Senhor, se o quizerdes, podels
4:Erca de duas mii pessoas. Densas nuvens recorra a oraçao, arrependa-st: do .seu pec- curar-me I
corriam oo firmamento, mas 96 depois da cado e f. ça uma confìssao bem feita, pro-
communhiio começou a cahir urna chuva pondo firmemente nunca mais peccar Pe- -Senhor, dizel so urna palavra 1
muito miuùinhn que niio incommodava çamos a Nossa Senhora auxilio contra as aerei curado I
ninguem. tentaçoes, contra as nossas ma~ tenJenc1as, -Jesus, Filho de Maria, tende
Duranre a mi~sa, no forma Jo costume, contra os ataques do demonio, <lo muodo piedade de mim I
rezou-se o terço, fìzeram-se as commoven- e da carne e 11eremos venccdores.
tes invoceçoe• Je Lourdes e ti communhao, Digamos-lhe que queremos s11lvar a nos- -Jesus, Filho do David, tendt
q~e durou dez minutos, cantou-se o Bem- sa alma, env1Jemos todos os esforços para pledada de nòs I
4110. o conseguir e ella nuo nos Ahendonarll. -Parce Domine, parce popu.to tuo,
O sermao, préRado pelo nv. dr. Manuel Deus creou-nos hvre~. podemos abusar
Marques dos Santos, professor no Semi- da no~,a hberd11de1 e me~mo aquelles que ne in aetern.um irascaris nobls (can-
nério de Leiria, versou sohre a pnrébc,la obuverom 11raçns assinal,1ùa, podem per- tado).
evanF?éhca dri figue1ra esteri!. Depois dc der se. A tura que temos de su~tent11r é -Oh I Deus vlnde em nosso auxl-
expòr a paràbola, o orndor phsou a exph- por v 'ZCS bastante violenta. Para nos SJl- llo, vinde depressa socorrer-nos I
ca-l11 numa hnguagem clara e acct1ssivel a_o varmos, pois, é mister que o queiramos a
audit6r10 composto ne sua grande ma1ono valer, e s6 encao é que tt1rem'>s o direito -Senhor, aquele a quem amala
èe gente do povo. O mundo, di<1se elle, é de contar com a ~raço de Dtus e com a esta doente I
o campo r nos somo5 as fi~ueirus. prorecçiio de Nossa Senhor~. Praza ao Céu -Senhor, fazal que eu veja I
Muuas vezes produz1mo! maus fr~tos, o que to<.los os que se cncootram al(Ora aqu1 -Senhor, f zei que eu ando I
que é ainda peor do qt.e nao produz1r ne- presentes tenham a ventura Je se tornarem -Senhor, fazei que eu ouça I
nhun'l. O agricultor que m1erc~d~ por n?s a encontrar um dia reunidos no Céu.
no Céu junto de Deus é a §anttss1111a V1r- O J1Hmto orador conclu1u o sermiio -Màe do Salvarlor, rogae por nos r
gem. !>urphu-lhes que_ n_no nos a~raoque annun.:iando que o unha prégaùo em cum- -Saudo dos enfermos, rogae por
do mundo para nos prec1p11ar no inforno. primento de urna promcs$a fe1tu por urna n6s1
Sendo Ma: Jc Dc:us humanaJo por nosso pie,losa miie de fam11ia que alcança1·~ por
Jtmor, é tamhem nossa Miie desde a fncar- mterceh iio ,le Nossa Senhor1 de Fétima
A' comunhào: cSenhor, eu nii.o s01t
naçiio e ~ohretudo desJe o Calvério e, co- uma ~raç, assignalada pora um filho muito digno que vcfs entreis em minha mo•
mo Jeseja nrJentementc a nos ,11 feliciùade, queriJo. rada, ma,s dizei uma so palavra •
pede a seu Divine, Filho que nos deixe esrar Lo~o depois do sermao começou a cho- minha alma sera salva.• (Tres vezes,
mais tempo s6bre a terra para nos arrepen- ver torrenc1almcnt<', o que foz debandar rezado e c,antado).
dermos dos no~so~ peccRdos e assim poder- mai~ depres~a a enorir.e multidlio de pere-
mos salvar Rs nossas alma,. Ao <.lescjo da grino~ qu.: c~cacioni.van, junco da .:apclla O cBemdito e touvado srja o San-
nosba felicidadc em Nossa ::ienhorn corres- reundo as suo:; or.icoes ou roJeavem a tissimo Sacr,zmento da Eucharistia,
ponJe em 001 um desejo egual. Mas tis fonte maravilhosa para fazert:m prov1slio f ructo do ventre sagrado da Vireem.
vezcs, ohcecaJo~ pela!'! pai,coe!>, julgamos da àgua salutar que rorrou com :1bunJ11ncia
Purissima, Santa Maria>. Depols
ver e pret.:mfomos achar a felicidarlc onde do chiio arido da serra depois da primeira
ella olio cxistt:. N1fo a t:ncontrarc.mos nunca missa campo!. da comunhào as invocaçues a Nossa
nos prazere~, nas honras e nas riquc:zas da V1sco11dc de Montello Senhora:
terra, ncn, n,1 sausfeç;io das nossas incli- -Bemdlta seja a Santa e lmacu-
naço~s pervcrsas A nosM verdadeìra feli- lada Concelçào da Bemaventurada
cidade c<,nsiste cm sermos hons, e seremos
bon, se cumprirmos fit:lmcnte os manJo- Preces e canticos collectivos Vlrgem Maria, Mae dé Deu;s I
mentos J.t lei d~ Deus e da Egreja e os -Nossa Senhora do Rosario, rogai
deve, es do pr6prio estado. Jamai~, porém, dos peregrinos durante a por nos I (3 vezes). I
teremos ·urna feliciJade comrleu seniio no -Minha Màa Santissima, tonde
Céu.
Por i•so muitilS vezes, quando pedimo~ li
missa na Cova da tria pledade da nos I (3 vezes).
Sanu,sima V1r,.cern que nos conceda os ben~ Antes dn missa o Credo de Lour- -Nosu , tinhora do Rosario, dal·
da terra, como, por exemplo, a s:wde, ella des. Emquanto o celebrante se para- nos saude por amor e para gloria da
nao RtlenJe es OOS~llll suppJicas. Qu~m Santissima Trindadfl I (3 vezes).
sabe se, f,:O,ando sauJe, nao ahus1riamos menta o Salvi, nobre Padroeira.
4iella par.i offc-nder .i l)cus, trnmgredindo a Durante a missa o terço do rosario. -Nossa St nhora do Rosario, con-·
sua s1mt11 101? Mas, embora no-s niio dis- Oepois de cada mysterio a jacula- vertei os pecartoros I (3 vezes).
penst: a g-, ça ,1u"' l'Tlplorarno~, Ji-no;1 ou-
t6ria dos videntes, ja approvada pela -Saude dos cnfHrmos, rogae por·
cra emd I m ... lhor. mcomparnvelmcnte mais nòa. (3 veze::.).
util p.ira n6s, corno, por exemplo, aos auctortdade ecclesiastica : Meu ]esus,
doente~ a re,11,;naçao chr1sta e a piena con- perdoai-nos, tivrai-nos do jogo do -Socorro dos doentes, rogae por
formid11de com o vol'ltade de Deus no meio inferno e attiviai as atmas do Purga- nòa I (3vezes).
dos seus s, ffnn1entos.
torio, especialmente as mais abando· -0' Marì:t, concebida sem pocado,
Elh1 est:\ llt'mpre intercedendo por n6s rogae por nòs que rttcorrernu a Vòs t
J!&ra ~uspcnder o brc1ço da jusuça de seu nadas>,
Divino Filho. A' consagraçao da hostia: Eu vos (3 vezes).
N5o r.iro, ,·.-nJo os abusos que 01 ho- adoro, Santissimo Corpo, Sangue, -Nossa Senhora do Rosario, sai•
mens commettem e a re~istenc1a que fazem
Alma e Divindade de Nosso Senhor vae-noa e salvae Portugal I
js sues inspiraçoes, c.Jigna-se Jescer a terra, -=-
para commun1car os seus segredo, a po- /esus C/zristo, tào real e perfetta-
bres, hurnih.le~ e innvcentes creaturinhas, mente coma estaes no Céu.• Ao le- Avé-MariJs e oraçoes finaes.
conio em Lo Sulette, em Lourdes e talvu vantar da Hostia: cMeu Senhor e Hymnos dc N. Senhora da Fatima.
umbern em Fatima.
meu Deus•. >\' consagraçào do Calix: Sermao, Hy,nnos e Queremos Deu.5.
Ello vem oté nos par.i nos intimar a dei-
urmos e sendd do mal e o pensarmos a «Eu vos adoro, preciosissimo San[!ue, NOTA-As j 1culal6rias acima men-
sério no negoc10 mais importante da nossa Corpo, Alma e Divindade de Nosso
vida,. que é a salvaçao eterna. Aqui, como Sen/zor /esus Christo, tào real e per- cionadas sav s u.1icas que por or-
em Lourde,, a todos recommeoda que fa.
çam peniten~i.t e que rezem o terço pela teitam.ente como estaes no Ceu•. Ao dem da autori•fadc eclesiastica devefll
coaver~iio .lo, reccadores. è.Ila quer, pois, levantar do Calix: cMeu. senhor e ser recitadas publicamente na Cova
.obretud~1 a no~s.i emenda, o nosso bem meu Dezts •. Logo ern seguida as da lrla e além das indulgencias que
e1piri1ual, a oo!•s :,alvaçiio. E' esse o Sm invucaçoes:
411ue tem em vin, <' é es~e tambem o fim -Senhor, nos Vos adoramos I lhes estlio anexas pela autoridacie
que aqu1 nos traz. Devemos qnerer ser
melhores do quc somos para agradarmos -Senhor, m'>s temoa conflanqa em apostolica, concede o sr. Bispo de
4:1d1 vez mais li Augusta Rainb.a do Céu. Vqa l Leirii 50 dlaa a quem lt as reci.@1..-

I
.
Ano I LEIRIA, de Junho de 1.028 N.0 9

(COM APROV A<;,À.O ECLESIASTICA)


Dlrec-tor, P:a.·oprie-tarlo e Editor A.d1alu.i1il-t:a.•ndor: PADRE M. PEREIRA DA SILVA
DOITTOR MANUEL l\~ARQUI~S bOS SANTOS REDACçAO E ADMINISTRA9AO
B U" A :O. NUNO .ALV AB.ESC,.l?ERE:IB..A
Compos to e impresso na fmpren,a Comerci~l. ~ Sé - I e1r i11 / BEATO NWN O DE $AN TA MA RIA)

.,
Hymno a Nossa Senhora do Rosario de Fatima

..

ff Màe!
Voz da Fé;thna

A' Virgem Nossa Senhora procissao da egreja parochial para a

_da F~tima Apere~rino~òo nocionol capellinha commemorativa da'S appa-


riçoe11. lndecisos durante alguns mi-
nutos, porgue se affirmava com insis-
HYMNO (13 de Maio de 1Q23) . tencia que a auctoridade civil nao
Selt, alegres, lindos cantos permittia manifcataçoes religiosas de
Mais um dia admiravel de trium- qualquer · natureza, os peregrinos
Nossa amor 4 Mie de Deus I pho e de gloria ficara para sempre avançam cheios de fé e de conftança
Para, ouvir qs no.rsos prantos reghitado em lettras de ouro n0s fas· para a C"wa da Iria. Percorridos
Eia « n6s baizou do.r Ceru 'f tos divinamente bellos e incompa- quasi tres k ilé.metros, desfructa-se ii'a
raveis de Fatima I Outra pagina bri- estrada um panorama sobremaneira
CORO lhanttssima se escreveu etil earacteres grandioso e deslumbrante. Mais de
Mie I 6 Mti, Cdeitial, indeleveis no livro eacaMtador dos cem mii pessOas estao reunidas em
Salva, lalra P«tagal l epìs6dios mar-avilhosos da Lourdes torno do padrao commemorativo dn
portuguesa I Neste dia asaigMlado appariçoes ou dispersas por todo o
2 faz precisamente seis annos que te- vasto amphitheatro circunjacente for-
JJea-t, ezn Fatima, Seah1r1, ve logar a primelra Appariçao. Ain- mado pela Cova da lria. Varios ami-
da nlio se apagou nem jamais se gos nossos que assistiram as mais
Meigo sol de l'ortugal apagara da mem6ria daqueles ~ue, notaveis e irnponentes manifestaçoltS
Aureo trino, que apriznor, n'esse anne, tiveram a dita de pre- religiosas e civic~s do estrangeir-o
O tBK rosto virfinal ! senciar o signal de Deus, predito pe- nos ultimos tempos confessa-vam es-
CORO l(i)S videntes, a furida impressao que tupefactos que nuoca tinham vista
• elle produziu cm tao grande Rumcro urna multidào tao numerosà e um
3 de almas dtslumbradas por tamanha espectaculo tào magestoso e tao
E vieste pressurosa, maravilha I commovente. E' quasi meio-dia, bora
Desde entao essa pequena nesga officiai.
Qriando as culp1s eram zn1is de terra, consagrada pela presença
Ssavisar, Mie carinhos«, Um s11cerdote esta distribuindo a
da Virgem Santissima, augusta Pa- Sagrada Communhao. A's nove horas
Nossas pentu, aejsos ai.r f droeira da nossa Patria, tornou-se tinha havido na capellinha urna missa
CORO um iman p6dernso, em torno do rezada pelo rev. P.e Joao Nunes
qual gravitam centenas de Dlilhares Fèneira, de Terres Novas, e a partir
4 de coraç~es que elle attrahe num daquella hora ministrava-se ininter-
E c,zn bals1.rno aeleste crescendo formidavel e com um im- ruptamente o Pile dos Anjos aos
Brn tsus sons divinfl voz, pulso irresistlvel. fieis previamente preparados pela
A's criang,u tu disieste Dia 13 do Malo de 1923 I confissao sacramel)tal. Qesde a ma-
Havia mèses que, na previslio de drugada que na egreja da freguezia,
Nos lalassem _logo a n6s. urna concorrencia superior a dos onde se celebravam numerosas mis-
CORO outros annos no mesmo dia, muitas sas, haviam commungado milhares
pessoas tinham alugado meios de de pessOas, que receavam olio podèr
5 transporte para as conduzirem a faze-lo no locai das appariçoes. p&r
SÌ/a a Patria um santflflril ! Fatima. As garages e as alquilarias fatta de fòrças para se conservarem
Peniteacia j6. Iazei I de Santarem, Thamar, Torres Novas, em jejum até tào tarde eu pela diffi-
Beze a'Virgem o BosliriD Leiria e outras povo_açoes lmportan- culàade do accesso ao altar ou por
tes da Extremadura iam sendo to- nao se celebrarem missas merce da
J?it a rii• 1 l11sa grei. madas de assalto, sobretudo ea pri· prohibiçào possivel das auctoridade'J
CORO . melra quinzena de J\\aio. Na vespera civis. Camions, automoveis, vehicu-
tudo fazia prever que o dia treze los de toda a especic despejam in-
6 seria um dia cxplcndldo de Prima- cessantemente milhares de fieis no
S6 assim a lusa t1rr1 vera. JA entao accorriam em grande vHto recinto que circunda a capella.
Sair6. de tata mtl f numero rcpresentantes de todas as E' melo-dia e mcia bora. Ouve-se e
E ha de emR.rn vencer I g11rra provincias de Portugal que ~e dirlgiam toque de urna sineta. Começa a mis-
por todas as estradas camlnhos e sa campai, subindo ao altar o dr.
Bos abismoi Portugal atalhos para o cu111e da serra d' Ayrc. Manuel Marques dos Santos, profes-
· CORO Duraate toda a notte passavam iaces- sor do Seminario de Leirla.
7 . santemente ranchos dc bomens e O momeato é dos mais solemnes.
mulberea do povo, a pé ou a cavallo, Um frémlto sobrenatural percorre a.
Salvi, illvl, vlrgem 1Jel1 1 rezando o terço cm voz alta ou en- multidao immensa. Do alto do pul-
Nos11 lrme protec1ia I toando canticos em bonra da Virgem . pito Mons. Preitas de B!rros recita
IJas t,us lusai meig1 Estrèla do Rosario. o Credo acompanhado pelo pov9.
No meio do silencio e solidào da Sao mais de cem mii bOccas de por- ·
hdroeira da 111.rio I noite era consoladar em extremo tugu@scs que proclamam sem respei- ·
CORO assistir a esse cspcctaculo cmocio-- to11 humanos, a face do paiz inteire
Coimbra, uovembro de t ~22. nante dc fé e picdadc, que ac desèn- e em nome delle, a sua fé em Oeus
rolava atravcz dos caminbos aspcros e nas verdades augustas da revelaçao
J. M. TEIXElRA NEVl!S e pedregosos da montaoba. No dia christà. Prosegue a missa, ao mesmo
seguiate de manhA o moviD1e1to de tempo que se reza devotamente o
VOZ DA FATIMA camions, automoveis, trens e outros
carros intensificava-se de urna f6rma -
terço do Rosario. A' elevaçao fazem- ·
se as lnvocaçoes de Lourdes. lmplo-
Esta Peviata é distPlbul- verdadeiramente assombrosa. ram-se graças para todos, saud~. para
da gPat•itaMente nos llias Ap6s urna longa vìa1cm felta com os ènfermos presèntes, ..salvaçào para
13 de oada m6s na Cova da ·a veloeidade dc quarenta kilometros a Patria querida•. Pr6ximo do altar
l•i•, acei,anllo-se nò en- ._ a bora, eis-nos chegados ao cume da urna senhora - gravemente enferma1
tante qualq•eP donativo serra, junto da egreja pargcbial de que s6 a' muito custo poude ser
oom que cada 11m quei•• Fatima. E' inAumeravcl a multidAo conduzida até la atravez da,s ondas
expontaneamente a u xi - que se agglomera cm torno della e compactas de povo, deixa transpa-
liaP-noa. no largo terreiro f1Ue lhe fica conti- reccr no seu rosta, illuminado pela
Sé tePa diPeito a •ece- guo. Por . toda a parte se vèem os Fé, e transfigurado pela resignaçao
be• a VOZ DA FATIMA pe- mais variados meios de transporte crista, que lhe faz affiorar um sorriso-
lo correio 1 durante I an- ouma profusao e promiscuidade ln- e
a0s labios, o longo cruciante ·mar· .
no, quem se aubsc,reveP descriptiveis. Pr<>palam-se boatos aa• tyrio dos seus horrorosos sofrimentos.
00111 o minino de dez mii 9As desagradaveis, que correm de Um cancro lhc .devora implacavel-
Péia~ Nilo fazemea cobran• bocca em bOcca. Diz-11c que e gover- mente as entra~has e o seu corpo
••• pelo correlo. nader eivil de Santarcra prehiaia a emaciaào por urna longa agonia jt

- ~~ - -

·<""•~-....- - - - ~ - - - - - - - - · - ~ - - - - - - - - --·
Voz da Fatir:na
a 11ao é mais que um esqueteto ambu- sobre a sua alma e jutgou que ia - Irmandades, Confrarias, Centros ""
a- 1ante. Vemo-ta pallida, desfallecida, morrer. Mas de repe11te os soffrimen- do Apostolado da Oraçào, Filhas de
1i- prestes a cahir por terra, exausta de tos desappareceraRt corno que por Maria, Juventudes Catholicas, grupos
s- forças. A mae, que esta ao tado della encanto e urna suavldade immensa, de peregrinos organlsados fazem as
[o - chorando em silencio corno a estatua um bem estar nunca experimentado, suas despedidas a Virgem do Rosa·
le muda do soffdmento e da esperança, um conforto indennivel se apoderou rio, rezando e cantando oraçoes e
)S ampara-a carinhosamente. Subito ou- de todo o seY ser. Sahe da eapella canticos privatives, dando assim pie•
;a vimos a pobre mar,tyr exclamar num exultando de alegria, radiante de fe- HO desafogo a sua devoçao para conr
,s espasmo que corta o coraçao. «Meu licidade. Caminha com firmeza e de- a Augusta Rainha do Rosario.
la E>eus, nao posso mais I> semeuaço e. nao sente o mais ligeiro Sao scenas de urna belleza ineffa-
·a Entretanto a multidao continua a ine9mrnodo. Momentos depeis ajoe- vel e de um encanto supremo que
e orar com fervor. Dir-se-ia (!fUe quer lha no chao da esplanada, passando eotevam e arroubam a alma de quem:
n fazer violencia ao Céu, obrJgando a despercebida atravez da multidao qus as contempla, fazenda raiar a espe-
li miseric6rdia de Deus a operar prQdi- ignora p@r completo o drama ad1Ri- rança fagueira de dias mais felizes e
Q gios. rave1- que se esta desenrolando. O eloriesos para uma Patria onde assim
·- «Senher, se quizerdes, podeis cu- seu coraçAo trasberàa de gozo e ven- se ere e ama a Deus, m1de se reza e
rar-me I Seahor, aquelle a quem tura e nao sabe corno traduzir os canta corno se reza e canta em Fatima~
amais esta doente I Senhor, diz-ei mu sentimentils de gratitlao de que esta Vi:mmde de Mon(ello
s6 patavra e serei salvo I Saude dos cheio para €om a Deus da Eucharis-
enfcrmas, r0gai por n6s ! Nossa Se- tia e para com sua Ma.e Santissima.
nhora do. llesario, dae-nos sawde pti>r
amor o para gl6ria da Santissima
S6be de um salto para o automovet
que a tinha transportado a Fatima e
A peregrinacao de Santarem
jrindade I> · faz a viagem de re2resso sem expe- Enke as numer•sas peregrinaçoes
E as quebratlas da montanha reper- rimentar a menor fadiga. E' extraor- que . de diYersos pontos do paiz ac-
cutem la ao longe o echo desti2ls dinario, quasi insaciavel, o seu appe- correram a Fatima no dia treze de
préces ardentes, destas supplica& tite. Mai~ ultimo merece espe<::ial referen..
l muitas vezes renovadas, destes gri- Re!')elle com um sorriso de desdem 1ia a peregrinaçao daquella impor•
g tos dilacerantes que partem dos mais o leite que lhe off1recem e come tante cidade extremenha. Composta
l profundes recessos da alma humana soffregamente e com abundancia do de mais de duzentas pessòas de to-
impulsionada pela crença e pela pie- farne! dos seus companheiros lite . · das as classes e condiçoes sociais e
dade eh rista .. viagem cuja surpreza excede toelos organisada nos moldes das de Lo.ur- _
E' agora o communio. Muitas pes- òs limites. Tendo chegado a easa des, ella destacou-se entre as outras
s~as recebem a Jesus Sacramentado, deita-se bera disposta e ella . que, pela fidelidade com que executou o
emquanto se canta o pathetico e Se- havia muitos meses, mal pod-ia pas- seu bem elaborado programma, pela
nhor nao sou digno > e o singelo sar alguns instantes pelo somno, compostura e gravidade do seu por•
mas commovente «Btmdito e lou- dorme profundamente durante toda te, pelo aroma de piedade que res•
vado seja». Termi,nada a miasa s6be a noite. No dia seguinte principia a cendia de todos os seus actos religio-
ao pulpito o rev. dr. Sant&s Farinha, fazer a sua vida de todos os dias sos individuaes e collectivos e pela
que reconhecendo num retance de antes da terrivel enfermidade que a belleza incomparavel das suas préces
othos a impossibilidade de se fazer prostrara no leito. Passeia pelas ruas e canticos privativos. O seu distinc-
ouvir por tao numeroso audit6ri0, o da sua cidade natal e é o assombro tivo, que consistia numa linda meda-
maior talvez que jamais rodeou urna de quantos a veem. Oito dias depois tha estrellada que tinha no anverso a
tribuna partuguésa, renuncia a pré- vai a egreja assistir a urna missa em effigie do Sagrado Coraçao de Jesus
gar um sermao e, num rasgo de elo- acçao de graças. Aquella bOa familia e no reverso a de Mossa Senhora do
quencia sagrada, interpretando os que vivia ha .tanto tempo immersa Carmo e estava presa a um elegante
votos da alma nacional alli tao bella- na maior consternaçàò, nao sabe co- taço de fitinhas de còres branca e
mente representada, dirige urna série rno manifestar o seu reconhecimento vermelha - as cores do brazao dc,
de invocaçOes sentidissimas a glo- ao Deus de bondade que, por inter- Santo Contestavel, que foi conde de
riosa Padroeira da Naçao. · cessào da Santissima Virgem, lhe Ourem - atrahia a attençiio .de todas
O orador acabou de fallar. restituiu urna pessOa muito amatla as pessOas fazendo flxar nelle detida-
Vai-se dar a bençao com o San• que se julgava irremediavetmente mente os seus olhares maravllhados..
tissimo Sacramento. perdida. Apenas um vago reeeio, Os peregrinos scalabitanos utilisa-
A Hostia lmmaculada, exposta tatvez sem fundamento posslvel, con- ram-se de varios meios de transpor--
num artistico e formosissimo osten- serva suspensos os animos menos te, seguindo uns, cerca de metade,
sorio, offerta de um piedoao joalbel- entbusiastas obrigando-os a guardar directamente para Fatima na m1dru--
ro da capitai, faz cahir de joelbos a a prudente reserva que a Egreja- gada do dia treze em camionettes e
multidao immensa, que adora profun- sabiameRte aconselha em casos desta automoveis particulares e de aluguer
damente o seu Senbor e seu Deus. natureza. da cidade, dos arredores e até da ca•,
Canta-se o hymno litur&ico 7 flntum Trata-se na reatidade de urna cura pital, e indo os outros peruoitar a
ergo. Recltada a oraçao final, o aace_r- instaetanea, completa e definitiva? Torres Novas, para onde partiram no
dote offkiante torna nas suas maos Terao desapparecido totalmente as comboio das nove e trinta e cinco
-sagradas a custodia reluzente e traça causas do mal? E' um caso de cura mioutoa da noite. Os pereirinos que
com ella urna cruz targa e demorada . mllagrosa evidente e iucontestavel? constituiam este 2rupo assistiram ,nc,
.sobre aquetle vasto mar de cabeças Teem a palavra sOb11e tao momen- dia 1eguinte a urna missa rezada na
humanas. Depois recolhe-se ao iote- toso problema a sciencia médica e o egreja parochial de S. Thiaio, a qual
·1,ioJ,: da capella afim de encerrar o tempo, em face de cujos depoimentos comnaungaram muitos, a maior parte
Santissimo no Tabernacut0. -~ · a E~reja pronnunciar4 o seu vere- delles; reservando-se os outros para
SOa entao um grito de angustia. dittum seguro e inappetavel. o faier em Fatima durante a missa
E' a enferma de que acima fallamos Mas voltemos a Fatima. campai, tendo-se todos confessade
que quer receber a bençao espec_ial Muitos fieis todeiam a fonte mara- pàra esse fim nos dias precedentes..
-de Jesus-Hostia e tenta romper por vilhosa, retirando dèlla milhares de Meia bora depoi1 de terminada a
entre a multidao para ae dirigir ao litros .da agua._ missa, 4s sete e meia, occupavam 95
-interi9r da capella. C0m grande diffi- Outros, em maior numero, conser- seus logares nos eam.ions e carro• ·
.culdade conseguimos novamenteafas- · vam-se junt-0 da capetla, cumprindo previamente contractados na villa pa-
tar os fieis e abrir passagem a pobre promessas, rezando as suas oraçòes ra os conduzlr a FaUma e que eata• .
senhera que amparada por algumas ou entoando canticos. cionavam na praça publica. A viagem
amigas dedicadas entra no sanctuarlo. Mas a maior parte dos peregrinos de ida fez-se sem nenhum incideate
Nesse momento, corno ja estivesse dispersam-se pelos arredores para desagradavel, seguindo os camioM
encerrado o Santissimo e lhe na0 tornar algum alimento ou assaltam os pela estrada de Vìlla Nova d'Ourem
.pudesse ser dada a tllo desejada ben- vehiculos de todas as especies que e tornando os carros um caminho
çao particular, as dòres, corno ·ella estacionam na estrada e nas imme- ingreme, inacts~ivel aos camionsr
tlepois contou, redctbraram de inten- diaçòes afim de se prepararem para mas incomp;_; :: ,,imente mais curior
sldade, uma angustia mortai descea • regresso. Numerosas associaçòes atravez da se:,~. P.. viagem por Vilfa ·
Voz de. Fatillla.

Nova d'Ourem fol verdadelramente res e pela cura dos enfermos, sup- Manuel Higino Vieira • • • • , 10:000
deJiciosa e encantadora. A tempera- plicando com um empenho muito Manllel Duarte Siln. . . . . . 10:000
D. Maria dos Prueres Je Mene-
tura era bastante amena e o vento particular a misericordia de Jesus Sa- zes e Castro de Gou,ed Osorio
soprava muito brandamente. Urna cramentado e a intercessào da Vir- Pereira de Melo. • . . • • • 10:000
bora ap6s a parfida os peregrinos fi. gem Santissima para a grande en- Padre Marceliano Natlirio • . • 5:ooo
cam agradavelmente surpreheJJdidos ferma da sua peregrlnaçào, D. Maria Filipe Correia. • . • • • . • • 2:500
D. Maria Joanna Correia • . • • 2:500-
ao verem, proximo do logar do Ou- de Jesus Figueiredo, do grupo das Padre Manuel Jac:ob SarJinba. . 10:000
teiro, numa peQuena emlnencia bel-a Filhas de Maria. D. Guithermina de Jesus Cabrita 10:000
ra da estrada, em frente de urna pit- Terminada a missa e o sermào, Conde,sa de Margaride • • . • 10:000·
toresca capelinha. a veneranda lma- afastam-se para longe afim de restau- Padre Francisco d~ Assis Ferrei-
ra • . . . . . . . . • • . . 10:000
gem de Nossa Senhora de Lourdes, rar as· forças com os seus farneis, Antonio da Silva F nria . • . • 10:000
resplandecente de luz e de beleza aos voltam ao locai a despedir-se da Vir- Inacio Antonio Marques (3.• vez) 2:500
raios vivissimos do sol num formoso gem cantando com tnlhusiasmo o Daniel d'Ohveir11 . . • . . . . 10:000
ceu sem nuvens. Hora e meia mais hymno da Fatima e, retomando de- D. Maria Paula Bentes • • . . . 10:000
D. Maria Amalia de Azevedo
tarde ja se enxcrgam os vetustos e pois os seus logares nos vehiculos Coutinho . . • . . . . . • 1<0:000
famosos castalos de Ourem, alcando- que os tinham trazido aquella estan- D. Florencia dos Anjos Godinho 10:000
rados na crista l1e um monte altissi- cla privilegiada, regressam uns a Sa11- D. Maria do Carmo Forjao de
mo, sobrnncelro a Villa Nova. Atra- tarem e outros a Torres Novas, aon- Gusmio. • • . . . . • . • • 10:000
Antonio Luiz Fernandes . . . . 5:000-
vessada esta linda e hospitaleira po- de chegam as oito horas da noite, Frandsco José Victorino Gomes 10:000
voaçào, entra-se logo na magnifica partindo para Santarem no comboio D. Maria José Leite . , . . • . . 5:oov
estrada districtal, recentemente cons- da madrugada. Dòces e perduraveis Mortinho Pinto . . . . . . . . . 2:Soo
truida, que liga Villa Nova d'Ourem sào as recordaçòes que trouxeram da Antonia Valente de AlmciJa . . 2:500
D. Emilia Pizarro de Portocar-
a
a Fatima, Regue11go do Fétal e his- sua piedosa romagem, abundante em rero. . . . . . .... 10:000
torica villa da Balalha. fructos espirituaes. 1'odos deseiam Padre Antonio José Rodrigues . 10:000
ardentemente que se faça em breve Dr. Antonio J. Victorino da Sti-
Sao ainda mais doze kilometros a va Coelho . • . • . . . . . . •
urna nova peregrinaçào desta cidade 10:000
·percorrer, além dos dois e meio que l\lanuel Antunes Mota . . • . . . 10:000
medeiarn eotre Fatima e a Joeal das a terra do mysterio e do prodigio e D. Altee Barbosa . • . . . . . . 15:ooo
appari, òes. A estrada vae atulhada neste desejo sao acompanhados por Anthero Pacheco da Silva Mo-
innumeros scalabitaoos que, merce de reira . . . • . . . . . . . • • • 20:000
de lés a lés com geni~ a pé, a caval- D. Deodata Am elia Malato ••. 10:000
lo, em carroças, treos, automovels, varias circuostancias, nào tiveram a Antonio Prates Ribeiro Teles • 10:000
eamions, ouma palavra, em vehiculos ventura de se incorporar na grande Alfredo de Magalhiies Soares •. 5:ooo
.de todes as especies. E' um especta- homenagem nacional de treze de Faustino da Costa, . . . . . . . 10:000
ouJo inleressa11te e profundamente Maio findo a Nossa Senhora da Fa- D. Gertrudes Pinto Serrano . .• 10:000
tima. D. Maria Albertin3 lima da Silva 10:000
commovedor. A's onze horas e mela Francisco Sampaao Barbosa . . 10:000
aviMa-se de bem perto a egreja paro- V. de M. D. Maria Barbara Simoes . . . • 10:000
chial de Fatima. Junto della compri- Madame Miranda Vrana . • . . • 10:000
lJ. Julia de Almeida . . . . . . • 10:000
me- se uma multidào enorme. Dalli
até ao locc1l das appariçòes avança-
se com toda a precauçao por entre
Voz da Fatima Pad. Joaquim Rodri~uos More,ra
D. Corina Ferreira Fonte& . . . •
D. Maria Luiza Vilhena Coutinho
10:òoo
10:000
Deapezas D. Carolina da P1edade Salva Vil-
10:000
ondas compactas de povo, que se
encamioha lentamente para a Cova Transporte do n,0 7 , •.. • 1.897:370
lél11 . , . . • . . . , , . . . .• 20:000
lmpressao do n.• 7 • . . . . . . D. Amelia Martios . . . • . . • • zo:QOo
da Iria. La se divisa a pouco mais lmpresslio, etc , do n.• 8 . • . •
95:ooo
568:ooo D. Emilia Belo Brito Chaves . . 10:000
de cem passos o padrao commemo- 20 resmes de pspel. . . . • . 1.013:200 Ric:aTdo Cardoso de Almeida •• 10:000
rativo dos acontecimentos maravllho- Outras dupezu • . • • . . • . 20·.so D. Mdria Margarida de Campos
Casais . . • . . • . . . . • • • 10:000
101, completamente restaurado e ac- Somma . • • . . . . Padre Augu~to Jo~é dà Trindade
3 6o~:020
crescido de um alpendre ampio e co- 12 . • vez) • . • . , . . . . . . • 5:ooo
modo, mas singelo, sob o qual se Subscrlqfto D. Maria Aurélia Perez Abranc:hes 10:000
ergue o altar, em que mais urna vu (Cùnlinuaçiio do o.0 7) Esmolas varias . . . . • • • . • • 39:400
D. Maria José Lopes . . . . •. JO:ooo
seréi lmmolada a Hostia Sacrosanta. Padre Horacio Fernandes Biu . , D. Francisca Ferreira • . • • . • 10:000
10:000
.Estào ch~gando numerosas peregri- D. Henriqueta do Rosario Coolho D. Rosa da Gloria Rebimbas • • • 10:000
nac;Oes de varios pontos de Portu- Pereira • . . . • • • • • . • 10:000 D@ Maria José Lei ras. • • . • . • 2:500
gal, com os seus trttjos, dlsfinctivos Dr. Tomas Gabriel Ribeiro . • • 10:000 De Piedade Pinheir6a • • • . • • 2:500
e canticos caracteristicos. Talvez D. VirgiRia d'Assumpçao Alacha- O. Gloria de Jesus Rebimbas .• 10:000
do • • , . · • • • • • • • • 10:000 D. Rosa Errulfa da Costa •••• ro:ooo
mais de cem mii pessòas se encon- José Antonio Gonçalves d'Aze,. Antonio C•l'llilo Pinto • . . • . • 3:ooo
trem ja reunidas aquela bora no vas- vedo •• • • • • • • • • ., • 10:000 Varias esmolaa (D. Celeste) . • . 4:000
tissimo recinto da Cova da lria. A Um an6oimo, devoto de N. Sr.•. 100:ouo D. Jzabel d'Almeida Ja Costa Pc·
Esmc.las colhidas np dia 13 de ret.ra . . • • • . • . • • • • • • 10:000
peregrinacao de Santarem reorganisa Março . . . , . • . . . . • D, Cesaltina Rollo Saloma. • • •
a
aa suas fileiras, tornando logar fren- D. Maria do Carmo Bacellar. • •
21:800
10:000 D. Maria Anna Velie& Rollo . . •
10: 000-
l0:ooo
te as piedosas filhas de Maria, e pòe- D. Maria Emilia de Aragao da Francisco Mendes . . . • . • . • 10:oop
se gravemente em marcha em dire- Costa Lacerda . . • • • • • 10:000 Antonio d'Oliveira Cueiro . • . 10:000
Jo~d Augusto de Mello Cabrai. •
a
cçlo capella, rezando aa suas ora- Padre Luiz Caetano Portella • .
En~enheiro Antonio Torres . •
10:000
10:000 Padre Antonio Maria d05 Santos
l0!000
çOes e entoaodo os seus canticos D. Maria da Assumpçiio Ribeiro CamP,o• . • . . • . . • • • • . • 10:000
privatlvos. Precisamente no momen- de Avelar • . . . • • • • • 10:000 D. Em1lta Guimariias • . . • • • 10:000
to em que chega aquelle locai pro- ~ilva Braaa . • · . . . • 10:000 D. Maria José Carvalho Pi,iheiro
Jolio dos Sentos Pereira • ,o:ooo e Almeida ••. . . . . . . . . 10:000
duz-se um phenomeno atmospherlco, D. Emilia Ribeiro da SilYil • • • 10:000 D. Maria Judico Bic:tor Bustortf
cuja causa é completa111ente deaco- Domingoa Oias . • . , . • , • 10:000 Silva . . • • . • . • . , • ••• 10:000
aheclda e que é constatado por ml- Dr. Gualdino de Quelroz • • . • 10:000 Baroneu de Samora Correia . • 10:000
lhares de pesst">as de todas as cate- Padre Joiio da Cruz Prata . • • 10:000 D. EvC'dia da Luz d'Almeida e 10:000
O. Maria José Ventura Lourenço 10:000 N'apoles • • . . . . . . • • . • 10:000
1orias, muitas das quaes insuspeitas Padre Rodrigo Luiz Tavares. . , o~lubel do Mello Falcilo Tri~oso
e absolutamente lnacesslvels sug-a Por intermédio de Franc:isca do
10: 000
Siqueira •• . • • . • • • . • • ro:ooo
gestio : veem-se cahir do ceu s0bre Jesu1. . . . . . . . . . . . . 2:500 D. Mariano• Pioto de Sonral .• 10:000
o grupo das filhas de Maria I.nume- Por interméJio de Domingas D. Maria Jzabel Saldanha Olivei-
Loj-a • • • . • • • • . 2:500 ra e Souza . . • • • • . • • . • 10:000
ro• fl6cos, brancos como neve, de Varias eamolu • • • ,., • • •• 10:000 D. Afonso d'Albuquerquo •••• 10:000
4ilferentea tamanbos,. que exciram a D. Mary Carroll • • • , • • • 10:000 D. ~aria da Conceiçlo Pereira de
admfraç:lo dos circunstantes,. e se D. Anna dc Souu L11r1 • • • • 10:000 ( .ima Caupers • • • • • • • • • ,o:ooo
deafazem corno que por encanto a Manuel Teixcira Pinto . • • • 10:000 D. Amelia das Dores • • • . • • • 10:000
D. <,uilhermiaa de Jeaus Alberto D. Luiza Cabrai • . • • • . • . • 10:000
~quena altura por cima das suaa Gom•• • • . • . . • . • . • 10:000 José Auguuo Falcio • • • • • • • 10:000
cabeças. Oa peregrklos • de Santarem D. Clara Maria Ribeiro Telles • 10:000 Padre Manu1:I Lopes Correia • • 10: 000
to111am parte nas oraçGes e caatlcos Esmolas do dia 13 de Abril, •• 4i:55• Carlo• Alberto da Costa Rcis. . 11 :ooe
colleclivos, associando-se de alma e Leo11udo dos Reis Baiiio. • • • 10:000 Dr. Henrlquo Queiro1 do Ataydo
D. Maria Constaoça Albuquer- e Letnoa . . . . . . . • . • 12:000
coraçJo b lntencaes da graade pe- ~e • • • • . . ' .• ,. .• 1e:ooo Padre Joiio Chryao.stpcae 6oin49
regrinaçfto nacionaf. Oram eapeclal- D. Carolina da C•DCeiçao Silva d'Almeida • . . . • • . • • 10 :000
eente pela con.venlo dH p«c&de- (2..• Yea).. • • • • • • • • • • 5:ooo n. Maria Jos6 Costeira . •..•• 10:odo
Ano I N.• 18

(OOM A PR.OVAçAO ECLESIASTIOA)


Dlreo"tor, Proprietario e Editor AdU1lnillil-trado1~: PADRE M. PEREIRA DA SlLVA
DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS REDACçA6 E ADMINISTRAçAO
BU.A D- N'UN'O ALVARES PEBE:IB.A.
Composto e imrresso na Imprensa Comercial, a Sé - Leiria (BEATO NUNO DE SANTA MARIA)

recendo dominado por urna gran-


13 DE JUNHO de confiança na bondade <.le Ma-
ria Santissima e por uma resigna-
a
çào completa vontade divina.
Todos os annos neste dia se rea- Do lado da epistola urna fi-
lisa na egreja parochial de Fatima gura distlncta de fidalgo, rodeado
11rna festa solemne em honra do glo- de toda a sua familia, esta senta-
rioso thaumaturgo Santo Antonio de do numa cadeira, proximo do al-
LisbOa. Depois que a peregrinaçào tar. Mudo e paralitico, por effeito
mensal a Cova da lria começou a de urna congestào cerebral, que
fazer-se com mais regularidade, rnui- o acommetteu em trinla e um de
tas pessOas tiveram o receio de que Janeiro ulllmo, esse ill ustre litular
ell_a empannasse de algum modo o veio expressamente da provincia
bnlho dessa festividade, desviando do Minho, de automovel, pedir
grande numero de fieis da séde da A Santissima Vlrgem a sua cura
parochia. A experiencia dos ullimos ou a conformidade com a vonta-
annos, e t!specialmente o que succe- de de Oeus na grave tribulaç&o
deu no dia 13 de Junho findo, pro- que o afflige. Junto delle est!o o
'Vararna Sdciedade que semelhante seu confessor, um venerando sa-
1eceio nao tinha fundamento plausi- cerdote de mais de mela edade,
Yel. Todavia, para nào se desdobrar e o seu dedicado médico assis-
e> concurso de fieis entre a festa da tente, tao notavel pelo seu saber
egreja e a commemoraçao da Cova corno pelo fervor da sua crença.
da lria, no que havia vantagem para A piedade e resignaçao do nobre
\ todos, era muito para desejar que a Conde de M., inutilisado pela des-
festa fOsse transferida para o Domin- graça em piena força da vida, edi-
go seguiate, o que, em nada, segtin- fica e commove todos os presen-
• do parece, prejudicaria as solemni- tes, que oram fervorosamente por
clades em honra do grande santo por- elle e pelo enfermo seu vislnho
tuguez, honra da nossa Patria e glo- do lado do Evangelho.
ria do Catholicismo. A circunstancia Algumas senhoras, em contra-
da coincidencia da festa de Santo rio das recommendaçòes da Ap·
Antonio com a commemoraçao das pariçao aos vide:1tes que profli-
appariçòes e o assombroso concurso gam o luxo exaggerado e as mo-
de peregrinos no dia treze de Maio das immoraes, ostentam lamen-
j Cova da lria faziam suppOr a toda tavelmente os braços nus e os
a ~ente que o numero de fiels que ~&inha Santa lz&bel vestidos decotados. Nào se com-
hav1am de visitar aquelle locai em Uma das padroeiras da cidade dc Leiria e que foi prehende que pessòas que se pre-
1reze de Junho seria bastante dimi- muito devota de Nossa Senhora da Conçeiçiio, zam de chrlstas sejam escrnas de J
11uto, nào excedendo o dos outros cerca dc cinco seculo~ 11ntes da defìniçiio dogma- modas indecentes, ~scandaljsando os
dia~ treze, com excepç!o de treze de tica deste mistcrio fiels, profanando o logar santo, des-
.Ma10 e treze de Outubro. Mas, con- gostaodo a Santissima Virgem. Quem
tra a expectativa geral, n!o aconte- tao presentes c@rca de quarenta mii sabe se a presença de pessOas tào
ceu assim. esquecidas dos deveres que a mo-
pessòas. O silencio, a compostura e
Ja na vespera a tarde tlnham che- devoçao da assistencia commovem e destia impOe a todos, impede a maior
gado innum~ros peregrinos que pas- encantam. No recinto fechado em effusào das graças do Senhor s6bre
2iaram a no11e em oraçào junto da torno do allar encontram-se os doen- os enfermos presentes I
cap~lla commemorativa das appari- tes. Dois delles chamam as attençOes Praza a Deus que todas as seoho-
ç~es. No dia treze as dez horas o dos circumstantes. Do lado do Evan- a
ras que vao Fatima e a quem de-
1ev. dr. Marques dos Santos celebrou gelho, um homi?m com a apparencla certo s6 move a fé e o desejo de
a primelra missa, dando a Sagrada de muito novo, typo de antigo mili- a
agradar M!e de Deus se compene-
Cornmunhao a multas centenas de tar, denunciado pelo seu largo capo- trem das suas obrigaçOes sob o pon-
P~sOas. Ao meio dia solar princi- te azulado de botOes amarellos, esta to de vista do vestuarlo, nuoca tra-
p1ou a segunda missa, resada pelo sentado num pequeno banco, ao la- jando, nem alll nem em qualquer ou-
rev. Manuel Marques Combina, prlor do da irma que, carinhosamente, o tra parte, senao em harmonla com as
do Arrabal. · regras mais severas da moral christll.
ampara. No seu rosto pallido e des- ·
No pulpito o dr. Marques dos San- figurado, descobrem-se vestiglos de Entretanto continua a santa missa.
tos faz as lnvocaçOes do costume, re- Jongos e profundos soffrlmentos. Re- Innumeras pessòas se approximam
J)etidas em coro pela multidio. E&- sava com recolhimento e fervor, pa- da mèsa da Eucharistia. O "Bemdlto•
J J
, 7 oz de. Fatima
cantade peto povo durante a com- irmac;, Julia da Encarnaç5o Franco, nao quiz. Lcvantou-sc pela prìmeira
munhilo é de um effeito surprehen- que ficou durante urna noitc a acom- vez no dia de Reis e nuncJ m,tis tor-
dente. Ter111i111ada a missa, canta- se panha-la, n:commcndou-lhe quc in- nou a carna.
o «Tantum ergo> e da-se a bençào vocasse Nossa Senhor,1 de Fatima, As ci rcumsta ncias cm que a cura
com o Santissimo Sacramento, pri- tanto mais quc nao podh t-imar os se realisou produ7.iram no cspirito
meiro a todos os fieis e depois a ca- rem<>dios, que lhc provocav:1m vomi - das pesso 1s de fami li 1 e do$ a1nigos
da um dos doentes. Nesse momento tos. A doente promcttcu cnt:io ir cm e conhec1d,Js a convicça > dc gue foi
repete-se o interessante phenomeno · peregrinaçao a Fatima e dar 11ma es- dl!vida a um verd 1foiro mii qr", ro-
atmospherico do mes anterior no mola para as obr 8"- do ~nnctu,1rio se bustccendo .'.\Ì~1d 1 111 llS CSS 1C()OvicçaO
meio de exclamaçOes e gritos de' sur- alcnF1çac;se a sua cun . o facto di.! nrnhum I nt1tra p1.!sso1 da
preza e commoçào de muitas das Na m~nha stguìntc nm:i visinha e cas:1 ter ti lo v iriola. Quando cl la se
pessOas presentes que olham para o amiga, D. Marh Franci,;ci Fiup·il,ii, lev.tntou, adotcu1 ,, p 1e, qt11.! nifo ti·
ceu e para o sol. de nacionalidade ilalinna, quc tinlu nha qucdùo v ,c.:11111-s, O mdico,
No fim da Rlissa s6be ao pulnito cm 1917 obtido uma grundc grnç,1 quc fo1 lng,) maml>1.l11 eh 1m,lr, disse
o rev. Da~id das Neves, que failou por intermedio dc No~sà • cnlur:1 de qu", k 1do luv1 lo h.:Xll! . ,.,
1s cm cHa '
sentidamente da devoçào da Virgem Fatima, vendo as irm:i"> con~tern hias com certcz:l cn,n b ·x1g·1s o CJlll! elle
- e do odio cego e incansavel dos ini- a chorar e n5o nconhcccnJo a <:n· tinlu. ,\t,,._ dc Lcto nil} foi scn:in um
migos de Deus a todas as manìfes- ferma ~ue, complctamenk dc fì~ura- ligciro incommodo ck s:iu le de que
taçoes de caracter religioso. da, parcciu umn ch5ga d o~ ré- à c.1- em brl.!vc se I csl , od .!.:c11
Ao concluir o sermào, annunciou beça, dominadtt por urn.1 compdixfo A c:nft:nn.1 tni a F,itim1 pel t pri-
que o tinha prég;ido em acçào de profonda fa uma promèSsa tl N1 ,s1 meira v~z depJis J,, docnç I no dia
graças por urn a cura maravilhosa de Scnbora dc Fatima e prcguntou a 13 d.: Agosto do mr.:smo annn, a fim
que tinha sido objecto a pessòa que docnte se 1150 qucria tom :tr rrgu,1 com dc agradecer a No-.;.,'.\ ~cnhora a sua
. 'Jh'o havia encomendado. terra on locai Jas ,1ppa1 iço~s, ''-'~ pnn· cura. Antcs aa cioc nc.t tinh::i la iJo
Oepois do serma.o, os peregriuos dcndo ella affirmativamc11tc, pcln quc trcs vc7.cs: cm 13 dc ~etcmbro de
cumprem as suas promessas, adqui- foi logo u :.ua casa preparnr css:1 tni5- 1917, ein 13 d~ dutubro do rnesmo
rem exemplares da VOZ DA FATI- tura . anno e em 13 dc Sctcmbro dc H)r8.
MA, retiram -se para longe afim de A enforma, que nao cm c;1paz de Rezou no di-t 13 de Ag11sto d~· iq20
comerem os seus farneis, vao buscar tornar os rcmcdi ,)s que lhe tinham juntn d I e pdl.1 comc111mor tiva ·Jas
agua a fonte maravilhosa ou conser- sido rcceitaJo~, poudc bcber a agua e appai iço ·s, Ondt: Cntrou, tT) ,IS com di-
vam-se de j oelhos ao pé da capella logo em segu ida adormc:ceu. fìculdaJi!, ni.io se podend l d morar
rezando devotamente as suas ora- E-,sc somno foi mais prolongado muito Jcntro della por causà da
çòes e fazendo as suas despedidas <J.ue os outros que costumava dormir. grande concorrcncia de p•wo Desde
a augusta Vlrgem do Rosario. Quando acordou, horas depois, a gar- eotao tcm sempre gosado d1: bò1 sau.-
ganta estava dcsinchada e limpa. de. Esta forte e nutri:ia e o seu as~
VISCONDE DE. MONTELLO Mesmo antes de tornar algum ali- pecto é cxccllente.
mento, a doente teve a impn:ssao de V. de M.

Hs curas da fa urna que podia engulir, e rc:conhccc:ido


isso, poz-se a chorar de o legna., disse
que se scntia melhor eque Nossa Se- Em acçao de graças
Maria da Ascensao Franco, de 18 nhora a tinha curado.
Por determinaçfio do medico, des- I D. Therezo de Jesus ritnrtins e M.1e
annos de edade, natural de Leiria,
filha de Alfredo Ignacio Franco e de dt: tcrça-fcira a noite, tornava banho Maria Amalia do Amaral de Passos
l>. Maria da Concdçno Franco, ja duas vezes ·por dia. Nesse dia come- de Souza Canavar ro, dc cujas curas
follccida, adoeceu gravemente com çaram a de1tar terra de Fatima na sobrcmaneira adrnir:1vt!is a. VOZ DA
bexigas negras no dia zo de Dezem- agua do banho. FATl.\1 \ ins1::riu no penultimo nu-
bro de 1919. Grassava entao pela ci- O medico tinha dito na quinta-fci- mero re!otos pormenori:-;:idos, for•in
dade a epidt!mia da variala. No anno ra que ella oa sexta-ftira e sabbado no dia treze de \laio a Fatima afìm
anterior tinha estado ern perigo de havia de estar pc!or. Na sexta-fcira a de agradecer a Nossa Sen bora os fa- ,
vida com um ataque de bronco-pneu- noite a irma Hi!rminia da Conceiçao vores extraordinJrios quc se tinha
monia, chegando a correr o boato do Franco preguntou ao medico, duran- dignado dispensar-lhes quando, pc:r•
seu fallecimento. Nesae dia, que era te a vi!ita, se nao lhe parecia quc as didas humanamente tod 1s as espe-
um sabb&do, sentindo-se mal dispos- bexigas ja estavam a seccar. O me- ranças, a Ella recorreram corno Mae
ta, nao sahiu de casa. A' noite, de- dico replicou: «Isso seria seccar de- de misericordia e Saude dos enfer•
pois de tornar o cha com a familia, pressa de mais; é impossiveln. mos.
deitou-se tranquilla, suppondo tra- Era precisamente nesse dia que As duos felizes privile~iadas da San-
tar-se de um incomrnodo leve e pas• ellas deviam principiar a sahir. Ma- tissima Virgem, encontraram-se por
sageiro, embora o thermometro ac- nifestou por isso o receio de que cs- acaso na egreja parochial de Fatima,.
cusasse 39 graus de febre. No dia se- tivessem a recolher. pouco depois da sua chegada, e ahi,.
guinte quiz ir a missa, mas nao pou- No sabbado de manhii ao exarni- reconhecendo-se urna a outra, por in·
de. Resolveu-se mandar chamar o nar a enferma ficou muito admira- termedio de pessòe.s amigas, abraça•
médico, dr. Antonio Julio Telles de do, declarando que realmente as be- ram-se commovidamente e fizeram
Sampa10 Rio, que nao tardou a vir. xigas ja começavam a seccar. E con- em commum a sua primeira acçiio
A principio nio conheceu a natureza tudo ella estava completamente pre- de graças.
da doença. Voltou nos dois dias se- ta, tendo o medico affirmado quc O. Thereza, a antiga tuberculosa,.
gui ntes de manhi e, neste ultimo dia, nuoca tinha visto urna camada co- hoje comp,letamente cunida, quc nio-
poude ja constatar com segurança rno aquella . Nesse mesmo sabbado logramos descobrir entre a multidio
que se tratava dc um caso de variola. jii poude ter-se de pé na banheira. immensa, teve a satisfaçao indizivel
No 111esmo dia a tarde a enferma re- Nos dias antecedentes chorava com dc cumprir a promessa que fizera de
ccbeu a visita do dr. José Coelho Pe- dores nos pés, tendo as irmas gronde ir de joclhos até junto da veneranda
reira em vez da do dr. Sampaio Rio, trabalho para lhc dar o banho. Imagem da augusta Virgem do Ro-
qwe t:Ye tic retirar urgentemente pa- Urna visinha, vendo-a na con\'a· sario. Com cxtrema dilfìculdade con-
n Coimbra. lcscença, disse as irmas que nao de- scguiu romper atravez da massa com•
~ Durante os quatro dias immedia- viam d1zer que ella tinha tido bexi- pacta de fieis e ja dcbaixo do pavilhiio
· tos o cstado da doente aggravou-se gas negras, porque nao estava desfi- ao pé da espella, viu, com grande
-considcravclmentc. Na noite de quin• gurada,. corno o nao esta agora. surpreza e alegria, aquellas senhoras-
ta para sexta-feira produziu-se a ob~ Essa visinha nuoca a tinha visto suas conhecidas que lh~ tìnham for-
trucçi0 d• nariz c da garganta, o durante a doença. Pcdiu-se muito a necido a ultima porçao dc ogua de
que lhc causava grande incommodo. Nossa Senhora que nao permittisse Fatima que bebera durante a sua
Nao podia fechar a bocca e a gar- o contagio e ningucm o teve. A en- doença.
ganta cstava extraordinariamente in· ferma foi rnelhorando de dia para O marido, quc ficara retido no lei-
chada. dia. Esteve de cama s6 quinze dias e to com um forte ataque de «grippe,,,
Vendo·a tao affiicta, urna de suas nao se levantou mais cedo porque nao conser.tiu que, para lhc a5s1:,tir-
Votr. da Fé.-thna
ceram-se para ir apanh:ir ramos sl-
na . d?ença,, cor:no desejava, a esposa
d~s1stuse da p1edosa rom agem, ad-
As appariçoes de Lourdes cos nas margcns do G avc.
d1ando o cumprimento da sua pro- -Nao, disse a mae, o tempo etta
Ili mau e poderiam cahir no Gave.
messa.
_!)ep?is da missn campai e do scr- A Gruta - A primelra apparlçào: J oana Abadie, visinha e amiga dcl:-
mao uvcmos o prazer de follar de- li de Fevereiro de 1858 las, devia fazer parte do grupo; fol
rnorada~nte com a menina Maria por em casa o irmao'.';inho que eMa
Amalia Ca:1avarro, aquella ditosa Para comprehe nder melhor ac, ap- guarda•a e pediu licença a mae para
crcança atacada dc meningite cero- parid5es. convem formar primeiro acompa~har as duas raparigui~has.
bro-espinhnl e dcsenganada dos me- uma ideia exacta dos sitios vizinhos Dcpois voltou. A senhora Soub1rous
dicos, que Nossa Senhora dc Fatima eia G• uta, porque a topographia mu- recusavn-se ainda a d ix1-las partir,
sa lvou, ~egund_o a cxpresslio do illus- dou posteriormente. mas, vendo que eram tres, acabou
tre medico assistente dr. Parreira Ca- Qu'.lndo se sahia de Lourdes na por dar o scu consentimento.
bro!. 1~compa11 hwam-na seu pac, o direcçao de oeste, atravessava se o Tomam pel11 rua que co nduz ao
dr. Joao dc P,1'-sos dc Souza Cana- Gave ror umn ponte estreira, a Pon- cemiterio, porque alh se procedia
var:~, suas tlns, a b1roncza dc Al- te Vcl ha, . <l'onde, a direita, se de- muitas vèzes a descarga de lenha e
memm (D. Luizu) e D. Maria Xavier senrol va um par,ornrua grncio~o so- poJiam as'iirn re~pignr cav!h"os aban-
dc Passci> de ~ ouza Canavarro, e sua • bre o prado do Savy, pertencente don:iJo,;. ~las. por infelidJade nao
frma mais volha, Maria da Concci- ao senhor de L'l Fitte. O G ave de encontrara m nada di: '1provc1tar-se.
çao Cana varro. Pau arqueava-sc como que para o Dirigem-se e ,tao para a Ponte Ve-
O a~p1.:cto da venturosa mcnina é abraçnr e banhavam-no varios canaes 1ha e seguem o caminho da Flores-
o de uma pc;)5ÒJ s:1uJavel e robusta, que se dest acavam do I io. O pri11ci• ta, deixan ~1o a direitn o p r:id o do ~e·
respirando ,iJ.1 e akgria, cm piena pal era o canal do S avy, engr..,sado nhor de La Fitte cingido pela faixa
iloresccncin da primavera da mocida- pelo Merlasse, atravez do qual se azul do Gavc.
d~. Ninguem c,usaria hojc dizcr, ao elevava o mo inho do senhor de Lit De repente d esviam-se para o ca•
ve-la, q11c roucos mczcs antcs tivLra F1tte. Ec;te ca nal é quasi parallelo nal do Savy, que atrave-;sam pas-
urna doença t:io grave ç de tao fu- ao cam111ho que se segue ao p:irtir sando pelo moinho e e ntram no pra-
ncstas consequenci<ts corno a menin- da Ponte Vclh.-i e que se chama o do. Acham se a,s1m numa tlha for-
gite, cuj1s victìmas por via dc rcgra cammho da Florc.,.ta de Subercar- mada pelo Gav.:: a J 1re 1ta e pelo ca-
rnorn:m ou ficam para sempre insa- nére A estrada pcdregosa subia aqui nal a esquerda. Seguem o canal. Al-
navelmente dcfdtuosas. Na ditosa fi- e acola rasgada na encosta, por cima gumas arvor es linham sido cortadas
lha da h1storica e gloriosa terra de das rochas em que se erguc h,1je a recentemente Procuram lenha, ao
Santa I~ia. n~o _subsistem vesti~ios, basilica de L ourdes. e se se qu1zes- • longo da margem 11 té ao sit10 em
por m~1s 111s1g01fìcantes que se1am, se dcsccr a gruta de Massab1elle, que o canal dcsagua no Gave, quasi
d11 tcmvel enfermidade que a levou as em frente da gruta de Ma--!.ab1elle.
' portas da morte. Tendo,lhe n6s per-
muito perto do Gave, era p reciso
contornar essas rochas e deslisar a Pareceu-lhes avistar lenha sècca ao
gu n tado corno se achava de saude, dire1ta sobre o declive abru pto até a pé da gruta, mas para cheg- r até la
respondeu-nos que se sentia perfeita- margem onde vinham mo rer ao; on era mister atrave~sar o canal do Sa-
mente bcm e rndiante d e contenta- das e,;quecidas pela corrente. Entao vy. As aguas eram muito bnixas,
m e nto e dc fdicidade. A sua alma ficava-se em f f"llte auma gruta n'l· porque o moinho niio t rabal'1ava,-
cnternecida tra!>bordava dc g ratidao turai de onzc metros de largo por mas, corno • succedia no inverno, as
para com a augusta Virgem Mae de oìto metros de fundo, scmelhante a aguas estavam muito fnas. Berna•
Deus, cujos olhares m a ternacs sem urna pequena egreja. Ella era impo- dette, sabendo que era enfcrmiçJ e
duvida se compraziam naquella in- nente ~om as suas scmbras negras e lembrando-se, sem duvida, das rc-
nocencia virgina l, tao cheia de en- myster1osas 1 os seus recortes de mar· commendaçoes de sua mae, niio ou•
canto no fervor do seu intenso e pro- more e, pendentes em volta, os seus sava entrar no canal
fondo recolhimento e da sua sincera amplos cortinados de pedra cm de- As companhei rlis nifo tiveram os
e ardente piedade. • sordem. F:ste sitio selvatico era pro- mesmos cscrupulos.
Cumprida religiosamente a pro• picio a solidao e a prece. Contava m- «Joanna Abadie e minha irma. me-
messa, feita no principio da conva- se lendas terriveis que recordavam a nos pregu1çosas do quc eu, conu'9el-
lescença, de ir a Fatima testemunhar presença e as grandes façanhas do la, tiraram o" tamancos e pussaram \
o seu reconhecimento a Nossa Se- demonio no meio desta natureza con- o ribeiro. T odavia qua ndo -;e encon-
-nhor:i do Rosario o seu coraçiio sen- vulsionada, nestes logarcs cheios de traram do outro Jado, puzeram-se 11
te immensa pena de se apartar daquel• terror. queixar se de frio e ba,xaram-se para
-le logar bcmdito, onde as almas pu• Na abobada, uma abertura, se- aquecer os pés. Tudo isto fozia au-
ras experimentam emoçoes divinas, melhante a uma chaminé inclmada, gmentar os meus rece1os, e eu reco-
.e s6 descança e soccga quando o pae atravessava o macisso de pedras e nhecia que, se entrasse na agua, a.
extremoso lhe promette leva-la de terminava numa especie de arco ogi- minha asthma iria atacar-me de no·
novo a Fatima no dia treze de Julho va) por onde penetrava a h,1z. Em vo. Entiio pedi a Joanna Abn i1e, que
<:orrente, em que passa o decimo ter- frente deste arco cstava um rocheào era mais crescida e mais forte do
cei ro anniversario da virtuosa e an- quadrangular enorme, d'onde pen- que eu, que viesse passar-me as cos-
o!elica menina. diam divcrsas plantas, entre as q1:1aes tas.
V. de M. Rumcrosas roseiras bravas. -Oh ! Palavra d'honra que neo o
Apcs:tr da mole do rochcdo, o ar- farcii respende1,1 Joanna, tu és urna
co ficava em parte visiYel. Algumas creatura enfadonha e cheia de mimo;
\IOZ DA FATIMA destillaçoe!i, provenientes das chtJ-
vas, coavam sob a abobada, mas nao
se nao quizcres passar. fica onde es-
tas.
havia nenhuma fonte conhccida, a As duas rapariguinhas afastaram.--
Eato reviata é dl•tribul- nao ser uro crntrco de agua Iodosa, se pois, apanharam lenha debaixo da
,da llPatuitamente noa dia• ao nivei do Gave, a que ningucm gruta e seguiram o Gave s em se
13 de oada mOa na Cova da prestava attençao, porque parecia preoccup,arem mais com Bernadette,
IPia, aceitando-se no en- resultar das innundaçoes do rio. 0s que, certamente ao ver-sc s6sinha, te-
-tanto qualquer donativo rochcdos e::cteriores a oeste cstavam ve medo, porque, accrescenta: Quarr...
oom que cada um quelr• egualmente humidos na epocha das do e stive s6, deitei algumas pedras
expontaneamente a u xi - chuvas. no leito do ribeiro para s8bre ellas
,-llar-no•. Na quinta-feira gorda, 11 de feve- par os pés, mas isso nao mc servitr
So teré diPeito • reoe- reiro de 1858, pela uma hora da tar- de nada. Eu tive entao de me deci-
•lter a VOZ DA FATIMA pe- de, fa zia frio, o tempo estava triste, dir a deixar oc, meus tamancos e a
· lo oorreio, durante I an- e ja niio bavia lenha na pobre habi- atravessar o canal, como haviam fei•
no, quem se aubacrever taçao. Luiza S oubirous disse-o as to Joanna e minha irma T111ha co-
Dom o minino de dez mii suas duas filhas, BernarJete e l\laria. m eçado a ti! ,1r ., pri111eira meia quan-
-Péis. NAo fazemoa oobran- Ella parecia estar muito pes:irosa dJ) de repente. ouv1 t1m gr1nde rui-
·••• pelo corraio. com isso. As duas crennças offorc· c!o semelhantc a um rumor de tern•
-
pestade. Olhei li d:reita, li csqucrda,
Voz da R~:dma
D. Eugenia Braamcamp So- D. Marcelina Cameira. • • 10:000
para as arvores da marp:em, nada bral (Belmonte). : • • • 10:000 Rosa de Jesus Cascaes. • • 10:000
hulia ! Julguei ter-me enganado. Con- D. Maria Helena Alves . • 10:000 Maria Apolinaria Godinho . 10:000
tinuava a descalçar me, quando um D. Cecilia Wanzeller de Cas- Maria Ismenia Ruela e Cyrne 10:000 '
novo ruido, semelhanre ao primeiro, tro Pereira. . . . • • , 10:000 .Maria do Carmo Tavares de
se fez ainda ouvir. Oh ! entao tive Dr. Manuel Cruz Junior •• 10:000 Souza Cyrnc. • . • • • 10:000
medo e puz-me logo em pé, Nao po- Condessa de Tarouca • • • 10:000 Rosa Antonia Valente d'Al-
dia articular polavra e nao sabia o D. Maria das D. Freitas • • 10:000 meida (2.• vez) • • . • . 2:500
que ha via de pc.osar, quando, ao vol- D. Maria José Brazao • • • 10:000 Francisco de Jesus Manço(2.•
tar a cabeça para o lado da gruta, D. Maria Rodrigues Maciei- vez). • . . . • • . . • 2:500
vi numa daq abe1 tures do rochedQ ra • . . . . . . . . 15:000 Maria José Leiras ('2 a vez) . 2:500
uma serça, uma s6, a 8J?lter-se corno D. Joaquina Sancho Silva • 10 :000 Piedade Bunheiroa (2.• vez). 2:500
~e o vento soprasse com violencia. Baroneza de Almeirim (D. Maria de Jesus Piroa. • • • 2 :500
Quasi ao me~mo tempo sahiu do in- Luiza) • . • . . . . . 10:000 Laura d'Oliveira • • • • • 2:500
terior da g, uta urna nuvem cor de M. 1c Anna Maria da Costa Esmolas de Pardelhas • • • 24:000
ouro, e pouco depois urna Scnhora, Moraes • . . . • • • • 10:000
joven e bella, corno eu nuoca tinha D. Maria Barbara Clemente
visto outra egual, veio collocar-se li D. Ermelinda Simoes • • •
10:000
10:000 Agradecendo urna graca
f!Dtrada da abt:rtura, por cima da Carlos Balthezar de Vi!hena Encontrando-me em grande tribu-
sarça. Ao mesmo tempo olhou para Barboi;a • • . . • • . 10:000 laçào, recorri cheia de fé a Santissi-
mim, sorriu-me e fez-me signal para D. Candida Martins Pita. • 10:000 ma Virgem da Fatima, que se dignou
{1Uc me approximasse, corno se ella D. Carmen Satrustegni de ouvir a minha humilde supplica. E'"
lasse minha mae. O medo tinha-se Padilla • • • • . • • 10:000 pois com satisfaçào que cumpro a
dissipado, mas parecia-me que ja nao D. Maria Luiza H. R. Freire minha promessa, remettendo essa pe-
sabiaonde estava. [sfregava os olhos, de Almeida Rodrigues • • 5:000 quenina offerta para o seu culto e
fechava-os e ahria-os, mas a Senhora Joaquim Alves Martins • • 10:000 pedindo a publicaçao duma graça 'na
estava sempre la, continuando a sor- P. 0 Augusto José Vieira . • 10:000 VOZ DA FATIMA.
rir-se para m1m e fazendo-me com- D. Gertrude~ M. Fernandes. 10:000 Recolhimenlo de S. Christovam
prehender que eu nifo me engai:iav~. D. Marionna Baccllar . . . 10:000 em 5 de Maio de 1923. '
Sem ter consciencìa do que faz1a, t1- Viscondessa de Treixedo • 10:000
rci o terço do bolso e puz-me de joe- Dona Marianna de Queiroz
Luiza Stadlin
lbos. A Senhora fez um signal de Athayde. . •.. 10:000
I approvaçao com a cabeça e tomou •
nas maos um terço que trazìa no
D. Maria Leonor de Freitas 10:000 "Os acontecimentos ùC Fatima,,
Joao Braz Scrrador . • 5:000
braço dircito. Quando quiz começar Com este titulo es1a . ublicado um
o terço e levar a mao a resta, o bra-
D. Maria Joanna Correia. 3:000
novo opusculo devido a penna do
Antonio Camilo Pinto (2.8
ço ticou-me corno que paralysado e nosso presado collaborador sr. Vis•
vez). . . . . . . 2:000
nao foi senao depOl!-l que a Senhor-a conde de Montello. Em diversos ca-
fez o s1gnal da Cruz que cu pude p,e Eurico do Nascimento pitulos, todos de um i111cresse f6ra
fazer corno ella. A Seohora deixou- Lacerda Pires . . . . l I :500 do vulgar, o seu auctor refere epis6-
me rezar s6sinha; fazia, é verdade, Manuel Rodrigues Valentim 10:000 dios e notas inéditas, me1ecendo re-
pass~r entre os dedos as co11tas do J. d'Oliveira Dias (de varias gisto especial aquelle em que narra ,
seu terço, mas nao era senao no fim esmolas). 5:000 sucintamente vinte e cinco curas atri-
dc cada dezena que ella dizia comi- D. Emilia de Mello Falcao buidas a intercessàc, de Nossa Se-
go: Gloria Patri et F11io et Spiritui Trigoso. . ..... 10:000 nhora de Fatima. Sabemos que o sr.
Sancto,. P.e Virginio Lopes Tavares 10:000 Visconde de Montello esta preparan-
Anonima (l\1. do C.). . • • 10:00~ do a 2.3 ediçào, revista e consadera-
(Continua) V. de M. José Ferna ndes d' A Jmeida • 10:000 _velmente aumentaJa, do !)eu livro
l\lanuel Antunes Tcijal. . . 20:000 «Os epis6dios maravilhosos de Fati•
Olimpio lJuarte Alves. . . 10:oco ma>, cuja 1.8 ediçào, actuulmente
Voz da Fatima P.' José Lourenço dos San-
tos Pa Irin has. . . • 10:000
exgotada, bastante concorreu para
l evar ao longe, no paaz e no extran-
Despeza& D. Bertha ~lachado • • 10:000 geiro, o acontecimento do my:sterio--
Francisco d' Assis Paulo • • 3:000 so caso de Félima.
Transporte • • • • 3.604:Mo
Irnpressao do n.0 9 • 120:000
Condessa d' Azambuja • • . 10:000 O folheto «Os acontecimentos de
Outras despczas • • 38:8oo P.' Lino da Conceiçao Torres 10:000 a
Fatima« esta venda na redacçào da
Madame Deligand. . • • • 10:000 VOZ DA FATIMA, custan<lo cada
Somma . • 3.757:820 D. Lucrecia Duarte de Jesus 10:000 exemplar dez tostòes, seodo o pro-
Subscripçllo
D. Ermelinda Reis Faria. 10:000 d ucto da venda destinado na sua to-
José Fernandes Potes • • • 10:000 taUdade para a obra de Nossa Se-
(Continuaçao) nhora de f atima.
Condessa do Bom6m • • • 10:000
Maria das Dores Fernandes D. Maria das D. Ferro Silva 10:000
D. Maria Proença Fortts San•
Rendeiro . • • • . • •
Domingos Valente de Almei-
~500
guinetti • . • • • • • • ro:ooo Casos ou acasos?
da • • • • • • • • • • D. Jùstina Tcixcira • • • • 10:000 O primeiro é a conversao de um
Gracinda de Jesus da Silva D. Maria Emilia Macedo Ro- pastor protestante que presenciando
Luiza &tevt:s . • • • • • sa • • . • • • • • 10:000 o esplendor do recente congresso
Esmolas colhidas na praça D. Bea:riz Buxo Pinheiro • 10:000 eucbaristico no Rio de Janeiro, ex·
de Pardelhas. • . • • • 25:000 Joao Maria do Vale oe Souza clama o seguinte:
D. Lcocadia Henriques. • • ,o:ooo de Menezes Mexia. • . • 10:000 cNil.o I possivel que /sto se/a um'
Josefa de Jesus • • • • • • 6:000 D. Cecilia Correia da Costa. 10:000 simp/.es symbolo: eu crelo na presen- .
D. Maria Pedroso. . • • • 5:000 Joao Augusto dos Reis. • • 10:000 ça REAL I>
D. Maria Martiniano da Costa 10:000 Gregorio d:l Cruz Sardinha 15:000 O outro é o facto de um dos clu-·
P.• Sabjno Paulino Pereira. ro:ooo D. Maria do Ceu Pinto de /es da famosa AsssociaçAo Christan
P.• Francisco da Silva Geada 10:000 A breu e Lima • • . • . 10:000 de Moços (Protestantes). Este infellz .
P.• Manuel Duarte • • • • 10:000 D. Maria da Purificaçao da tinha organisado entre os seus, uma
D. Julia Maria Galvio • • • 10:000 Silva Pinto Abreu. . . • 10:000 contra-manlfestaçao para o dia da
D. Michaela Caroço • • • • 10:000 D. Maria da Graça d'Abreu planejada procissilo eucharlstica. Na
D. Filomena do Espi rito San- Fonseca. . • . • . . • 10:000 hora da sublime apotheose <le Jesus
to da Veiga Moniz • • • 10:000 D Maria da Natividade de Hostia, o cadaver do tal che/e era le-
D. Berta de Carvalho: Gui- 10:000 Assis Teixeira • • . • • 10:000 vado para o cemiterio/... Tinha mor-
maracs • • • • 10:000 D. Maria da Gloria d'Abreu rido na vespera da planeada procis-
D. Marianna Vilar 10:000 de Lima e Fonseca • • • 10:000 s6o.
Ano I 1.028 N.0 11.

(OOM AP.ROVAçÀO ECLESCA.ST-ICA)


Dlreot:or, Prop1.·1e-tarlo e Editor.• Adnilnlstrndor: PADRE M. PE? EIRA DA SILVA
DOUTOll MANUEL MARQUES DOS SANTOS REDACçAo E ADMINtSTRAçfo
RU.A D- N'UN'O ALV.ARES PEREIR.A
Composto e impres~o na lm r rcnsa Corr erciel, Il Si - Lciriu ( BEA T O NUNO D E SANTA M~ RIAI

I I
l';, .J
mo de costume, se a ·isso nAo hou-
vesse obstado motivo de força rnalor.
Ao meio-dia solar, annunclada pelo
Mais urna vez e na forma do cos- toque repelldb de uma slneta, come-
tume se reaUsou na Cova da tria, ça a stgunda missa, :que é celebrada
em 13 de Julho fine.lo, a comemo- pelo rev. Jo:;é do Espirito Santo, pa~ ti
raçAo mensal dos acontecimentos m"! rocho do Reguengo do Fetal. Do ,,
ravUhosos de F~fima. O concurso de allo do pulpito o f rev. Dr. Manuel .>
fi~ls fol assas m~meroso, mas, corno!;, Marques dos Sanws reza o terço at.. 1
ah~s era de esperar, nao alfingiu as i ternad;mieo1e co,ù o povo. fazendo
proporç0es extraordinarlas dos gran- depoìs da elevaçio e da communbA.o
d~s dias. Segundo calculos appro- as invocnç0ts habiluais ,epelldas •em
.x,mados, deviam ter visitado naquel- còro pela assistencla. A•atençio e o
1e dia o tocai das appariçOes tr@s recolhimento dos fiels sào profuodas.
...

\
J oJ · J Voz de. Fathna 1 J..aJ o.a

...., Termlnada a missa e rezadas as era a grande prova da verdade da medlcos que os tratam, attestados
oraçòes finals, canta-se o Tantum fé e, posto que actualmente nao se- tào completos e t!lo minuciosos quan- 1•
ergo. O officiante, recltada a ultima ja tao necessario, nao é menos util A to possivel, datados, e reconhecidos
oraçAo, dA a bençao geral com o S. nossa intelligencia; e a experiencia por um notario, para os entregarem
Sacramento A multidlio ajoelhada. demonstra o poder com que elle rea- oportunamente A commissào de in-
Em seguida dA a bençao particu- nima e consola a nossa fé. querito.
lar a cada um dos enfermos presen- Observemos no emtanto que, por Depois de curados deverao fazer-
tes, que jazem dentro do recinto fe- mais numerosos e incessantes que se observar pelos mesmos medicbs
chado em torno do altar. Emquanto sejam os milagres de Lourdes, nao e,por outros que testifiq uem a sua
se realisa este acto tao piedoso e se deve esquecer que alli, como em cura. Doutra f6rm a essas curas, por
commovente repetem-se as invoca- todos os santuarlos de Nossa Senho- mais extraordinarias que pareçam nào
çòes e implora-se com fervor a cura ra, o milagre nào é e nào p6de ser p6 iem ser reronhecions oficialmente
dos doentes. Pouco depois urna se- senào a excepçao. como miracuhsas, com prejuiw da
nhora de edade avançada, gravemen- Quem diz mila~re, diz intervençao gt()rl'l de Nossa Senhora e do bem
te enfl.!rma, é transport.11la para o extraorJinana da omnipotencia divi· das alm·Is. t1
seu carro. Seis senhoras levam aos na nas cousas humanas. Seria, p ois, <Do opusculo nO, aconteciinentos Jle Fa-
hombros a maca em que ella est.i ridiculo imaginar que basta beber ltm a11 ),
estendida numa immobilidade abso- uns golos u'agua da gruta de Lour-
luta. Stlcnl'iosa e comovida, a multi- des, ou fazer urna novenA ou mesmo
dào, chcia de respelto e compai xao, ir em ro m·1ria a gruta milagrnsa pa·
a
abre alas sua passagem. ra ser infallivelmentc livre duma en-:.
Sòb • ~otàn no pulpito o rev. An- fermitladt>. Julia Al}g11sto ria Barros, casado,
tonio Rodri gue:; Conde, ahnde de A confiança na lmm2_culada Con- comercianIe, tle 45'"tlnos de idade,
Paramos, <lioccse do Porto. Durante ceiçilo nuoca poileri ser as~az gran- n1tural e residente na vita do Porto,
mais de meia hora o dislinto orador de, assaz completa; mas é preciso ò11 llha tle Santa Maria ( i\.çores), ten-
prende constantem,•nt~ as atençoes que essa confiança sej;i sempre do- do clndo um:1 queda desastrosa de
do auditorio com a sua palavra minada por um profundo .im6r da que resultou o completo deslocamen-
fluente, de urna eloquencia sobria e vontacte de Deus e pela submissào to da articulaçào do cotovelo esquer-
m ascula. mais absoluta as vi,1s ocullas pelas do, no di1 da r~sta do Sagrado Cora-
· Ne,sc momento ouve-se um li~ei- quais nos dirige a Divina Providen- çao de Jesus, do corrente ano, e co-
ro murmurio promptamente sufoca- cia. Sempre, - ;itentae bem nisto I rn o ha mezes nào ha medico nesta
do pelo respeito devido a santiJade - semprl! a M ae de Misericordia ilha, recorreu a um homem perito
do logar. Muitas pess0as, voltadas ouve e deft:!re as nossas suplicas, destes tratamentos que lhe declarou
para o sol, asseguram que se renova mas ella, defere a seu moùo, n~o ao ser a deslocaçAo de dificil e morosa
deante dos seus olhos maravilhados nosso; attende-as divinamente, con- cura.
o estranho fen6meno atmospherico cedendo- nos o que é melhnr, mais Aflito entao e movitlo de grande
dos dois m~ses anterlores. a
util nossa santificaçào. O sofrimen- fé, suplicou, no dia seguinte ao do
Ap6-, o sermào encontramos a me- to é muitas vezes a graça das graças acontecìmento, a Nossa Senhora do
nina Maria Amalia Canavarro, cuja e o mais real de todos os bens. Se Rosario de Fatima que o curasse,
cura admiravel foi pormenorisada- a Virgem Santissima nem sempre friccionando a parte doenft! com agua
mentc relatada no numero oito da julga conveniente curar os males do que lhe f0ra oferecida obsequiosa-
«VOZ DA FATIMA•. Acompanha- nosso corpo,-nào duvideis I-Ella mente pela ex.ma senhora D . Maria
vam-na seus pais e irmas. Felicita- nos alcança e nos concede as gra- da Encarnaçào O1ma Reis Pereira,
mo-la pelo seu decimo terceiro anni- ças da resi ~nacào, da fé viva, mais natural da cidade de Leiria e actual-
versario natallcio, que ella quiz pas- uteis mii vezes do que todas as • mente residente nesta ilha, que cm
sar junto da virgem bemdita, a cuja curas. Abrll ultimo a trouxera, quando da
inter.cessào materna! atribue a sua Vamos, pois, A Virgem Immacula- sua visita ao locai dos extraordina-
cura verdadeiramente assombrosa. da de Lourdes com estes sentimen- rlos acontecimentos.
Junto da fonte aglomera-se enor- tos elevados, unicos dignos de cora- Neste mesmo dia começou a sen-
me mullidllo que estéi fazendo a sua ç0es christàos, e, porque nào fomos tir alivios, ficando completamente cu-
provisAo de agua. favorecidos, com,> outros. com a gra- rado 110 fim de olto dias - o que a
O decimo numero da cVOZ D.\ ça dum mllagre, nlio sejamos dema- todos causou grande admlraçào, pois
FATI MA• é distribuido profusa- sladamente simples supondo inutil acidentes semelhantes, em geral le-.
mente. Sllo quatro horas da tarde. essa novena, essa applicaçào da agua vam quarenta e mais dias de trata-
Muitos peregrinos retiram-se e ou- da gruta, essa confiança no poder da mento alé completa curai
tros preparam-se para o regresso. O Vlrgem, essa longa e penosa roma· Em virtude deste facto, que repu-
movimento de vehiculos na estrada ria, que nào fol coroada duma cura ta miraculoso, fez v6to de o publi-
-é Intenso. ardentemente pedida e impaciente• car na Voz da. Fdtinza, rendend~
Urna hora mais tarde, no tocai das men!e esperada. a
graças Santissima Virgem de o ter
-apparlçGea, apenas se véem alguns O que é f6ra de duvlda é que esculado nas suas préces.
pequenoJ grupos de devotos que re- nunca se implora em vllo a Santissi- -=-
zam conf fervor no gozo de um s1- ma MAe de Oeus e que jamais pode- Poi-me entregue esta exposlçlo,
lenclo e socego que difficilmente se derA haver excesso em recorrer ao que é expresslo da verdade e por
encontram quando ae estj em con- seu coraçAo maternal.,. Isso a remeto.
tacto com as grandes multid0es, mes- Até aqul mons. de Ségur. Vila do Porto, 10 de Julho de 1923
mo nos logares mais venerandos e Como o mllagre é urna intervençio
mais favorecldos com as graças do extraordlnarla da Providencia e Oeus, Elpidio Perelra
Ceu. fazendo·o e abrindo a!!slm urna ex- Notario
cepçao b lels da natureza, tem em
vista um fim de ordem moral, con- D. Anna Nobre Coata da Sllva, (rua
das Praças 60 t.0 O. - Llsb0a), por'
Pr~paraçao para as curas vem que o enfermo, que o pretenda
obter em seu favor, se prepare para occasUlo da sua peregrinaçao ai Pdti•
e Na presença deste brllhante con- elle, afim de ter matores probabillda- ma em malo ultimo declarou que vl-
junto de mllagrea, accumulados, por des de ser atendido. Por Isso Impor- nha agradecer a N. Senhora a se-
asslm dlzer, uns s()bre os outros, e ta recomendar que os doentes que guinte graça:
cuja evldencla se lmp0e , b()a fé v!o 4 Fétima ou que em suas casas Ha cerca de trez annos deu urna
mais vulgar, alegremo,nos por ser- imploram o auxilio de Nossa Senho- grande pancada em um peito, pro-
mos fllhos da Santa Egreja Catholl- ra de Flitlma, além de receberem os vlndo dahl dois caroços de tal sorte
ca, que Oeu1 nlo cessa de visitar, e santos sacramentos da conftssAo e que o medico dr. Francisco d'Oli· '
a qual continua a dar o testemunho da communhffo com as devldas dls- veira Uuzes, temencfo um cancro,
mandou ir a c!oente a ·urn especialls-
divino por excelencìa, o testemunho posiçòes e de orarem e fazerem orar
<fo milagre. pela sua lotençAo as pess()as piedo- ta (Jr. Antonio Pereira Reis) que, a
Nos primetros tempos, o milagre sas das suas relaçòes, obtenham dos experimentar, aconselhou durante oi-
----~=~------
l • , 1 , r
to dias uns parches de agua quente pecados. Tem-se notado que em tanto, disse ella, diriglndo-se b suat
pelo tempo de seis horas. certas fabrlcas e outros meios sem duas companbeiras, emquanto enxu•
A doente nada disto fez. Tendo- rellgiAo, as blasphemias, pragas e gava os pés i - a agua do canal nlo
se confessado e comungado come- lmprecaçOes, diminuem desde o dia esU tào fria corno a julgavels.
.çou urna novena a N. Senhora do em que muitas pessOas resolveram - E's muito feliz, responderam
Rosario da Fatima e tomou meia co- compensar assim a injuria feita a ellas, se nllo a achas fria; em 061
lber . das de ché, d'agua da Fatima. Deus. essa agua produziu outro effeito.
Senttu nesta occasiào o corpo corno E' que o demonio vè que perde Atam em feixes os ramos seccos e
que dormente e d'ahi a dias estava
curada.
quando uma so blasphemla vae sus- cavacos que tinham juntado e s6bem
cilar muitos actos de ttmor. Ora o a rampa de Massabielle para retoma•
Joaqulm dos Santos Camponès de demonio que é tendeiro, digo, bom rem o caminho da floresta e volta-
negociante, nao esla para perder. rem ~ cidade.
44 annos, dos Cardosos, fregu~zia
da CaranRuejeira, declarou no dia
.24 d'é.ibril ultimo, n t presença dos
--=--------·-----
As appariçoes de Lourdes
Bernadette esla toda dnmlnada pe-
la appariçào, parece- lhe estar a
-la de novo, nào pode desviar della
ve·
Rev. Priores da Barreira e das C6r-
o seu pensamento e comtudo prefe-
tes, que sua mulher Rosaria de Jesus IV
ria calac-se. Mas nàv rMe ileix r de
tivera durante trez semanas urn 1U•
m6r em um pé e- temendo ter de re- A creança nòo ·sabia · quetn era. fazer sta pergunta as comp àti~ iras:
a
correr inlervencao cirurgiça; lavou, aquelii Senhora, 11Ias, se tivessc urna - N§o notastes nada 11a Qrt!la?
intelliE?encia mr1is viva e penetrante, - 1 ào, '1izem eflas, 1n-is porque
a conselho dc urna yi~1l111a, a parte
doente com agua da Patima e i.len- te-16-,a <tdivìnhado.an ref\ectir nessa nos p~rgunlas is~o? '
tr~ de trez dias estava compietamen-
simples r,artfculartdade. - Por nada ! accrescenta ella, affe-
te . curacla, de que todos fiéaram Com <·ffeito Mana Santissima nào ctan llo in6iffcrença.
ad~iradas po,s esperaviin que pa-a podia recitar ~nao i!S ultimas pala- Nào conseguiu, porém, c1ominar
vras de todas as ora(oes do t erço e por muII0 tempo a comtt10(ào e guar-
dec1mento dur&sse dot ou trez me-
zes. por isso 111o univa com Bèrn adelle. dar o seu doce sèprédo. t\ntes de ,, .che-
--- ----·~ O Padre Nosso é a oraçao dn ter- gar a casa approxIma-se d e sua irmc:a.
::I:

• ... Sr. Director da VOZ DA ra ao Pae que esta no Ceu ; Maria e confia-lho ao ou vido sob a prq_mes-
FATIMA. Santissima nào devia, pois, reza -la, sa de nào dizer nada.
Reconhecidarnente :l{!radeço o fa- ella que ja nào é da terra e que ji Mas tooa a tarde pensri n:i f,Hmo-
vor de publicar na VOZ DA FATI- nac, tem nada a pedir, porque possue sa Senhora, na felicidade 1neffavel
MA o ·seguinte: a plenitude da felicidade. que experimentava em ve -In corno
,"1aria do Carmo, de 30 mezes de A A vi-Maria glorifica-a, nao con- no Ceu os santos v~em a Dl'us. E oa
edade, filha de Bernardino Correia e vinha porlanto, que ella propria repe- verdade ella tinha sido fitvorecida
de Eugenia c1e Jezus - residentes em lisse as palavras do Anjo e de Santa com a graça de um extase. Depois
Carvalhal d' Aroeira, Concei ho de lzabel tào lisongeiras para si, nem da ceia frugai, recHou -se, como su-
Torres Novas, adoeceu no dia 12 de tào pouco aquellas cm que a Egreja cedia todos os dias, a oraçào Ila nol•

Julho, com um tifo, peorando dia a a proclama Mfie de Deus e d1~pen- te em familia. Falando tle Deus, re•
dia, achando· se quasi moribunda no sadora de tooas as graças cagora e zando A Santissima Virgem, a lt>m•
diii 18. Os Av6s, venJo sua netìnha na hora da morie.• Se conservava brança da appariçiio voltou lhe mais
a morrer, neste meEmo dia (18) re- o terço • no seu braço direito,. era viva, com aquella angustia que aper-
correram à valiosa Proteçào de Nos- paro anirnJr a creança, torna- la feliz ta o coraç.'io ao pensarmos numa pes-
sa Senhora da Fatima a quem fize- com o seu olhar que traduzia ineffa- sOa que amamos ardentemente e que
ram varias promessas, e eis que no velmente urna approvaçào e nào para acaba de nos deixu. Ella perturbou-
dia 20 de manhà encontram a crean- dizer, ella que esta no Ceu, as pala- se e poz-se a chorar.
ça milagrosamente quasi boa, poden- vras da terra, nem para se engran- - Que é que tu tens? perguntou·
do ja tornar um caldo de farinha as- decer a si propria. Mas o seu rosto lhe a mae. Maria responde11 t'm seu
sentada na cama I transfigurava-se no firn de cada de- lugar e, como as explicaçòes que for-
Graças ao valioso auxilio de nos- zena quando repetia com Bernadette neceu eram incompletas, ella propria
sa Senhora da Fatima, a creança me- o Olo,ia Patri, que é o cantico do as deu minuciosamente, descreven-
lhorou consideravelmente, encontran- reconhecimento e da adoraçào, o do a sua felicidade, corno a appari· '
do-se no dia 22 ja completamente cantico da eternidade. çAo lhe tinha sorrido e feito s11;!nal
bOa embora um pouco fraquinha I Quando acabon a recitaçao do ter- para que es1ivesse tranquilla e c,,n.
ço, a Senhora tornou a entrar no In• tente e com que fervor havia recita-
De V. etc. terior do rochedo e a nuvem de ouro do o seu terço, de joelhos, separada
Domineos Fra11clsco desappareceu com eia. A creança tra- della pelo pequeno ribeiro.
zia consigo o terço, sem o que nào - Sao illusOes, disse-lhe a mlle.
Carvalbaf, 24 de Julho de 1923 terla sido objecto desse celeste favor. por sua vez tambern inquieta e per-
Deixou-se ficar por muito tempo turbada. Afasta todas essas ideias da
no logar onde tinha gozado de uma tua cabeça e sobretudo nào voltes a
Ouando se ouve blasphemar vlsAo t4o delìciosa, ja nào via nada Massa bielle. •
e comtudo olhava sempre, de joelhos e N6s fomos deitar-nos, contog
ou praguejar com os olhos fixos na abertura escu- mais tarde a vidente, mas eu nào pu·-
ra que alnda havia pouco era tào de dormir. A figura tào bOa e uto
Urna pratlca que' n!o é òòva mas branca, tao gloriosa.- Joanna Abba- gracloaa da Senbora voltava- me sem
que esh\ pouco espalhada, sendo die e Maria voltaram entào, depois cessar 4 m'!moria e, por mais que me .
contudo muito eficaz para reparar e de terem percorrldo as margens do , lembrasse do que mtnha mile tinha'
fazer. cessar a blasphemla e pragaa, Oave em busca de lénha, e. quando dito - que eram illusOes, nìo podfa •
>Consiste em fazer um acto de amor a viram de joelhos, troçaram della, crer que me fivesse enganado.•
de Deus quando ouvimos na rua ou d1riglndo· lhe palavras desagradaveis. Como podla ella illudir-se? _
.(}Ualquer outra parte o nome de Deus Perguntaram lhe se queria acom- N!o tlnha jt1lgado ver: , tinha visto.
proferldo grosseiramente. panM-las ou se P.referia ientregar-se A Santissima Virgem fiavl~-~e BP.O-.
Um grande numero de vezes 110 a pritìcas de beata falsa. Ella tomou derado completamente 1 da sua alm..!,
os trabalhadores, os humildès, os
que sofrem, qù'e insullain aquele que
imediatamente urna resoluçào: ir ao can.dlda e recfa so com othar para
Beu encontro atravessando o ribeiro ella e fazendo um aceno de approva•
é o ieu melhor amigo. Rezemos por afim de nào parecer que se separava çllo com a cabeça, quando puxo·~
estes pobres cegos: ofereçamos por,· dellas, 1 embora dessa forma corresse pelo seu terço. _
elles um aclo de amòr. e o risco de ter frio, Era um pensamen- A vtdente revla a lncomparavel Se-
Obteremos assim dois resultados. to de caridade que a guiava. nh<m1, que a contempli:lva qu<in,1/, et-
O primeiro sera reparar imediatamen- 1
Entrou, pois, nn agua e ~eotiu-a la rt·zava, sem rezar com cl111, ex e--
te por urna homenagem contraria, o ,morna corno a agua de lavar a lou- pto a,1 Ot ,ria. Patri. l~ecor ,rtv3 se
1
a
ultrage feito magestade infinita. O ça.11 ., I.la mnil,1 .:iuc ti11htt e~1u,111:cdJ s,,t,
~egundo é fazer cessar estes grandes - Nào havia razao para gritardes o pé uc vento, e nao pensavi.i 11èm
-
11a sarça ardente, nem n& vento de - Disse que se emenda~se a gen- - Dlase hoje que era a
Senltofa
Pentecoste8, estando U1i, pouco lns• te, que nao offendesse a Nosso Se- do Roaario.
truida nestes mysterios, mas a ima- nhor, que estava muito offendidò, Disse que querla que fOsse I~ mui-
gem e-splendida desta Senhora t~o que rezasse o terço e pedisse a Nos- ta gente de toda a parte?
1'ela no meio da sua nuvem de ouro so Senhor perdllo dos nossbs peca- - Nao mandou la ir ninguem.
impunha-se a
sun alma que tinha fi- dos, que a guerra ac3baria hoje e - Viste os signaes no sol? "
cado Immersa no deslumbramento do que esperassemos os nossos solda- • a
- Vi. VI-o andar roda.
extase. Esta Senhòra, porém, olio lhe e! ::>s muito breve. • - Viste tambem signaes na carJ
tinha dito nada. Quern era ella? Ber- - Disse mais alguma coisa? ral>queira?
nadette nem ~equer o perguntava a - Disse tambem que queria que ,_ Nlio vi.
si propria, loda entregue como es~a- lhc.dizeisem uma capella na Cova da - Quando era a Senhora mais bo-
va a sua felicidade e convencida de Iria. nita, u'esta ou das outras vezes ?
que sendo tào bella, tilo attraente, - Com que dinheiro se ha-de edi- -O mesmo.
nao podia deixar de ser absoluta- ficar a capellu? j - Até onde lhe descia o vestido?
mente bOa. - Julgo que com o que la se jun- - Até mais baixo que o meio da
V. deM. tar. perna.
- Disse alguma coisa a respeito - De que cOr era o vestido de
Dia 13 de Ontnbre de 1917 dos nossos solJados mertos na
guerra?
Nossa Senhora ao pé do sol?
- O manto era azul e o vestido
Depois da appariç/IfJ, ds 7 horas da - Nao fallou u'elles. branco.
noite, em casa da faml/ia do Fran- - Disse- te que avisasses o povo - E o de nosso Senbor, de S. )o-
cisco e da ]acinta para que olhasse para o sol? sé e do Menino?
- Nào Glisse. - O de S. José era encarnado e o
interrogatorio da Lucia - Disse que queria que o povo fi- de Nosso Senhor e do Menino pen-
-Nossa Senhora tornou a apare- zesse penitencla? so que tambem eram encamados.
cer hoje na Cova da Iria? -Disse. - Quando foi que perguntaste a
-Tornou. - Empre~ou a patavra penitencia? Senhora o que é que fazia para que
-Estava vestida corno das outras -Nilo. Disse que resassemos o o povo acreditasse que era Ella que
vezes? terço e nos emendassemos dos nos- te apparecla?
-Estava vestida do mesmo modo. sos pecados e pedissemos perdào a - Perguntei- lhe umas poucas de
-Apareceram tambem S. José e o Nosso Senhor, mas nao falou em pe- vezes; a primeira vez que perguntei
Menino Jesus? nitencia. cuido que foi em Junho.
-Apareceram. - Quando te disse o segredo?
-Quando foi que começou o sig- - Parece-me que foi da eegunda
-Apareceu mais alguem? nal no sol? Foi depo,s da Senhora
-Appareceu tambun Nosso Se-
nhor abençoando o povo e a Senho-
desapparecer?
-Foi. -------·-----
vez.

ra de dois t1aipes.
-Que que,e~ dizer com isso - A
-Viste vir a Senhora?
-Vi.
Voz da Fatima
Senhora de dois uaipes? - D'onde vinha Ella? Oespezas
-Apparereu a Senhorn vestlda co- -Do nascente.
rno a Senhora das OOres, mas sem Transporte ..•..•..•. 3:757:820
-E das outras vezes? lm pressao do n.0 10 .. , . 120:000
e6pada no pelto, e a senhora vesti- - Das mais vezes nào olhei.
da, nilo sti corno, mas parece me Outras despezas..•••.. 36:000
- Viste-la ir-se embora?
que era a Senhora do Carmo. -Vi. Subeorip9ilo
-Vleram lodos ao mcsmo tempo, -Para onde? (Continuaçiio)
nilo é verdade l -Para o nascente. O. Maria Amalia de Men-
-Nào; p11111riro vi a Senhora do -Como dcsanareceu? donça f atcào •••..••• 10:000
Rosari o, S. José e o .Menino, depoi~ - Pouco a pouco. P.' Antonio Correia ferrei-
a Senhora d ,1s Dòres e por fim a Se- -O quc dl!sopareceu primeiro? ra da Motta .....•..• 20:000
nhora que mc pareceu ser a ::,enho- -Foi a cabci;u. Oepois o corpo. Justiniano da Luz Fuze!a .. 10:000
ra do Carmo. A ultima coui;ia que vi roram e•~ pés. O. Zulmira de Jesus Stiva • 10:000
-O meniuo Jesus tstava em pé -Quand,> se fai cmbora, ia recuan- Or. Joao de Passos de Sou-
ou ao collo di! S. José? do ou voltou as cost.is ao povo? za Canavarro .•••.•.• 20:000
-Estava ao rollo de S. ) osé. - Ja com as costas voltadas para D. Maria Augusta Ribeiro • 10:000
-O Menino era crescido? o povo. D. Anna Frazao Telhada .. 10:000
-Era pequenino. -Levou muito tempo a desappa- D. Teresa Leal Barros fra-
- Que idade parecia ter? recer? zao ••. .•• .• • .••.•• 10:0IJO
-Era para a/Ji de um ano. -Oostou pouco tempQ. P.c Antonio Lulz Carneiro
-Porque ùisseste que a Senho- -Estava envolvida it'algum cla- da Silva . .••••• , •••• 10:000
ra, urna das vezes, te pareceu estar rào? D. Maria dos Anjos de Ma-.,
vestida como a Se:ihora do Carrno?
-Porquu tinha umas cousas na
-Veio no meio de um resplendor. tos •.....•. · • • · · .. • I0:000
O'esta vez lamb'èm ce ava. De quan- Rosaria Saldida ...• , •.. 10:000
mno. do em vet tinlla ile esfregar os olhos. O. Maria Ml rtlns Pr-oeoça
- Appareceram por cima da car- -Nossa Sentiora tornara a appa- 10:000
rasqueira? recer?
- Nlo i appareceram ao pé do sol,
depola de ter desapareclde a Senho- -NAo faço conta que torne a
ra dc pt da carrasqueira. apparecer, nào me disse nada.
-Nossa Senhor estava em pé? -Nao tens tençao de voltar a Co-
-S6 o vi da cintura para cima. va da I ria no dia 13?
-Quanto tempo durou a apparl- -Nilo tenho.
çlo na carrasquelr!l? O suflclente - A Senhora n4o farli mais mila-
para rezar o terço!? r
gres? NAo curar A enfermos?
- Nilo chegava, parece-me. -Nào sei.
- E no sol as fiauras que viste de· - NAo lhe fizeste nenhun, pedido ?
moraram-se multo tempo? - Eu dlsse·lbe hoje que tinha va-
-Pouco tempo. rlos pedidos a despachar e Ella dis-
-A Senhora disse-te quem era? se que despachava uns. outros nao. ra. • • • • • • . • • . • • · • •
- Nao dtsse quando os despa· O. Maria Paes Morelra •.•
- Disse que era a Senhora do Ro- O. Maria Magdalena de LI-
11do. chava? ma e Lemos ••••••••• 10:000
-NAo disse. ,
- Perguntaste-lhe o que querla? O. Margarlda Sllva do Nas·
-Perguntel. - Sob que invocaçlio querla que
ae liusse a capdla na Cova da lria 1 clmeato • , •••••••••• 10:009
- E o que dlue Ella?
AnoI LEJRI.A• de ioga N.• 19'

- J
(COM AJ>ROVAçAO ECLESIASTIOA)
Dtrec'tor. Proprietario e Editor Admlni111tradors PADRE M. PEREIRA DA SJLVA
DOUTOR MANUEL MAHQUES DOS ~ANTOS u:oAcçAo E ADMtNJSTllAçl.o
RUA D. N'UNO ALVARES PERE:I:R.A.
C.omposto e 1mrres~o na Jmrrensa Comerc111l, Il Sé - Lr,na (BIUTO Ml.DIO DI: SANTA MARIA)

tros medlcos e a confirmaçao do


13 DE AGOSTO tempo para darmos oportunarnente
aos nossos leitores um rel,:1to mais
preciso e mais completo deste caso
Mais urna vez, na manha do dia tào interessante.
13 de Agosto nos puzemos a caml- ]unto da fonte estào centeoas de
nbo de Fatima, arravez da serra pessOas bebeAdo agua e enchendo
d' i\yce. O dia era um alegre e for- com ella varlos reciplentes.
moso dta de verào, sem urna nuvem Oistribuem-se gratuitamente alguns
a embaciar o azul purissimo do ceu, milhsres de exemptares da e VOZ
mcts a atmosfera, aquecida a urna DA FATIMA•.
ali:, tt'lllJWratura por um sol &brasa- Sao quatro horas da tarde. 0s pe-
d'lr, a,tt l!uhava a respiraçào e fazia regrlnos vao retirando pouco a pou-
tra11'¼pi1ar copiosantenfe pes!>Oas-- e co para os seus lares distantes. Uma
animni~. As c11pas das arvores da hora depols, no tocai das appariçOes
mon ta11ha estavam numa imobilida- apenas se v~<'m atguns raròs devotos
de abst,luta, nào se Hndo bulir se- rezando tranqulla e piedosamente
quer uma folha. Pela e1,frada, longa deante da imagem da Virgem do
e ingrerne, encontravamos de vez em Rosario
quandu grupm, de peregrinos a pé VJSCONOE DE MONTELLO
ou a cavalo. Ao meio dia e mela ho-
ra cheg&mos ao locai das appariçòes.
ApE>. at do calor excesslvo que fazia,
a mullidao que tte aglomerava em
torno da capela era enorme. Exce- T,n~o comtçad > a puhhcar-~e JP,b os
dia a do mez anterlor e podla ser Sendo o dia 19 .:lo corrente dedica-
au,picios J'e11c eximio porlUfluci, mod~lo
avali~da sem exaggero em quatro do pela 11:grl'ja Catoilca ao culto de
d~ patriota e de Santo, é ainù11, com os
mii almas. A missa das nove lloras S. Januario, 0<1turaJ dc Napolc:s, Bis-
olhus n. ,ua l>an.Jeira, no stu exomplo, na
tinha sido celebrada peto rev. Pe- devo~iio e No~'ia Senhora flUc? a Vo; da Fà- po dc Benevcnte em Italia, nao vcm
reira Oens, parocho de Ourem. A tim11 linda o primt:iro anno, di ,posta a en- t6ra de proposito refcrir aqui, neste
missa do melo dia foi rezada pelo lr11r antrcpiJaroente no aegundo. m~, o milagre que todos os annos
rev. Manoet Vicente Caetano, paro- em Napoles se repcte duas vezt:S em
etio das Lapas. As lnvocaçOe& do prei,ença de milhares de pe5soa~, e
costume f6ram feitas pelo rev. dr. Esta senbora depojs da beoçfto do que todos podcm verifìcnr. S. Janu11-
Mano1.;I Marques dos Saotos, profes- Santissimo, jA nào parecfa a mesma rio dcpois Jo seu martirio foi se-
sor oo Seminario de Leiria. Foi pessOa, dando aos que a acompanha- pultado em PozzuoH., Conser;vam,se
distribuida a sagrada commuohao a vam u impressao de ter passado su- desJe entao duas retlomns com rf'li-
grande numero de fieis. ., bHameu1e por urna transformaçao fe- quias sua~. Urna grande, redonda,
Dcpois da missa cantou-se o Tan- llz e maravllhosa. Encontr~mo, ta no contenao cerca dc--;onça e mcia de
tµm ergo e deu-se a bençao com o i:louringo seguinte e nào puc).tmos urt111 su~tancia e:.cura e conglllada
S~nltssimo. Seguiu-se o sermllo que conttr urna txclamaçào de surpreza scmclhantc 10 &lingue scco, descolèldo 1
f(H prégado ptlo rev. dr. Antonio ao vé-la tào d,h:rt!nte do gue era, enchcndo dois terços do vaso. A ou-
Valente dd Ponseca abl:5ade 1Ie Ce- cb1n m ttspech• excele,~te, r9t,lp nu- trJt mcoor, ovai, com dois pequenos
dofeita, na cidade lo P.or o. Fattou r,idorei luvement~ c6rado, em o ar • corro~ quc parecem pequenas pqr-
mais ue nteia hora sobre as gtorias e dc can_aço e ,1bat1me11to gu~ ante- çoes dc terra u csponja eml>ebida
prerògatavas da Santissima Vlrgem, i1mmen1e manlfe!>lava. Se~u11do nos no saogu~ do martyr. €om c&fa se-
encarecèndo as vantagens <ia" devo- declamu, senria-se btm \1ispo~ta, dor- gunda rcdoma nuoca se deu o mila-
çllo para com Ella. Muitos òoentes mi a nocmalmente toc1as &s noites e grc. -
assistiram a missa e receoeram a tornava as suas rt:feÌçOes coni bas- Urna picdosa mulher ~ue conserva-
bençào. No regresso slguns delles
d_lzi:.im sentir alivios dos seus pade-
tante appetite, ao contrario do que
1tucedia antes da sua ida a Fatima.
va esse san~uc, recolhidò pelos scus
parentcs no mcsmo dia Jo martyrio,

c1mentos. Durante a missa, chamava l'frata-se ape11as de alhvio!ll P.a~sagei- aò passar diante da casa della a pro-
a attençao dQs peregrìnos pelo ·seu ro& ou de urna cura definitiva? Sa- cis!>aO quc traosportav.1 o corpo de S.
extraordinario emmagreclmento e pe- bemos que um medico distincto, que Januario de Pozzuoli a Napoles, pelo
la sua palldez cadaverica urna se- c,bservou attentament~ a enrerma de• fim do quorto scculo, otli:nccu ao
nhora ainda nova, cuja docnça os pois do seu regre:,so de f .i1ima, nào B1spo D.,Sev~rn o singuè d6 mortyr.
medlcos tinham diagnostlcado dt: tu- lhe encontrou simptomas da antiga E, no npprox1m,1r-se i.io co ·po, o san-
berculose. doença. Aguardamos o parecer dou-
.
aue liqucfez-se repentinamente.
·- b
Vos da F6tb11a
Foi a primeira 'fez que se realiz:ou
o milagre.
Em 1086 a fama do milagre da Ji.
euras d8 f atima-- -- me sempre presentes na memorta.
Pouco a pouco acHtumel-me a ou-

quefacçao do sangue ja andna espa- Zepll1rlno Rodrigue,, do logar da vi las no fundo do coraçao. Pare-
lhdda por toda a parte. Eatrada, freeuezia da Athouiuia da ceram-me maia tarde d0c~s e leves
I ntre muitos outros, Ea~as S1l'fio Balela, tinha urna peroa em e1tado de tal maneira que me puz .i re.zar
o terco.
Picc"Jnmini, depois Pio II, em 1-4-50 deploravel.
01 dr1. Farla e Leal, da Lourinhà, Hoje creio, iou feliz na minha fé
Joao 8.tptista Fulgoaio, doge de Gen~ e pratico com prazer os d · vere, da
v.i, cm 1478, Roberto Gaguin, cm cJae1ar1m a falar na nece11ldade de ,, reli~IJo .
I 495, dao noucia do mli agre. lh'a amputar. Oepola ·da applicaçao
r.m 1;08, n• re1oado de Carlos I[ de um parche de •eua com terra de
Palima, a perna appareceu curada
E' a eata devoçao para com Ma-
ria que eu devo a mrnha conversào•.
<le Anjou, u reJomas fonun herme•
ticamt.nte fcchaJas, sdladaa e coll<,ea. dum dia para o outro.
das nu111a cup:-uli.l dc:: prata. -Jn••lna d1 J11ua Patrlcla, de As app ,• iço ~s de Ltmrdes
Todos os anos, a 19 dc sctembro e 70 anoa de edade, cuada com Joa-
na 1 • dominga de maio, di~s do mar- qulm Francisco Barbtlro, do logar V
tyno e da tni:1lad<1çao das reliquias, o da Cbainça, freguezia de Santa Cata- Se,-and11 appariçào: Domiflf!O 16 de
sarrguc torn.1 a liqucfazer-sc, Yerii- rina da Serra, tioha deade creanca Fevertlro - A auaa Bema •
. canJo-se o milagrc cm todos os diu uma feriqa de cuacter herpefìco,
d~s 01ca,as. O sangue ora cresce, ora que realatia a todoa os remedios. cEu nào pude do, mir, dizia Berna-
d1m1nue, ora fc:rvc, ora f6rma muita Conaul:ou debalde varioi mf>d1coi- e, dette. E no iHa .eguinte, sexta feira.
cspuma. 4,

l•.i5, corno conta o facto o insus-


por cooselho deares, tomou algumas
veie1 os banhos da Azeuhit, perto
f 12 de feverriro, urna lristeza pro-
funda ae apoue ruu eta sua alma. Tl-
pe1to A kx,rndrc Dumas nas suas No- da eataçiio da Amieira, aem experi nha comtemphdo o ceu e achava- se
a~ora sobre a terra. A mtk, que a
. vas lmpressoes de Vi11gem.: atentar melhoras, antes sgravando se
« A p1 IUlt.11 u cousa q uc: fìzcmos foi o mal cada vez mais. O marido <1 fh vIu chela de rntlancholia, t'Xtrema-
irmo!S ajodhar, e foi-nos apresentada cto por ver a mulher em eatado rao mente preocup,t1ta, numa atltude de
u_ma cedoma, quc bdjamos, e depois lamentavel, lembrou-se de recorrer 1,trande t110fr1m"nto intimo, chamou-a
v11110::i o sangue secco e pegado as pa- a No11a Senhora de Fatima, o que de parte e tenn,u ccrnvencè la de
redes fez com a mais viva fé e profunda 411e tinha l'ido (ibjt>cto de u1n--t es•
Tinha-sc realizado o milagre. To- confiança, e, tendo ido ;io locai ctas pecie de allul·in11çào 011, lmbora se
<los st pr, ci pi tam para o altar, e ncSs apparlçOes, trouxe de la urna pouca tratasse de umd v1sào verdadeira
-'=Om os outros De noyo nos foi apre- de terra que misturnu com agua. .\ havia toda a rasào para a conside:
sentada a redoma para beijar, mas, de mulher poi a mistura urna vez so rar suspeita, porque Satanaz transfi-
coalhado quc esta.a antes, o sangue iobre a ferida e a perna ficou logo gura-se mul!as vezes em anjo de
ti nhJ•se derrt:tido completamente. Era inatsntaneamente curada. luz. Em confirmaçào desta doutrina
a mesma redoma, o padre nio a ti- lolé Francisco Barb,lro, filho contou muitas scenas de que as ro-
1.11ha seijurado senio para dal-a a bei- de Joaquim Francisco Barbelro, do chas de Massabielle haviam sido-
j~r a oum~s, e ninguem a _!10ba per- loear da Chainc;a, fregut-zia ne Sant1t theatro. Bernadt!tte nao respondla~
dtdo de YJsta. A IJquef.cçao realiza- Catharina da Serra, ~orna de ft'brt's maa é cla,o que nao se dava por
ra-se no momento em que a redoma e aoltura de ventre havia cinco me- convencida. Nilo, aquela sarça agita-
estava sohrc o altar e emquanto o zea sem encontrar rernedio na medi da pelo vento, aquela ouvtm de ou-
padre, a uns dez passos della, se oc• clna a que por varias vezes recnrrt'u. ro, aquela &enhnra nào eram illusoes_
cupava cm acalmar o tumulto. Em- Tendo perdldo toda él co11fia11ça nu~ Tinha visto brm. - Oiziana-lhe que
qutrnto a duvida ergue a cabt!ça para recuraos humanos, vollou ~e p,1r.t era talvez uma victimo de urna illu-
negar, e a sciencia a voz para cootra- No11a Senhora de Faumd, pmmc- l>SO do demonio. Como seria possi-
dizer, t:is o que ha, cis o que se fat, tendo, assim com o a l(U/l f ,oniha, que vel? I Essa l'ìenhora sorridente, tlo
~m r!)i!>terio, sem trocas, sem su~ 1e ella tosse servida cura-lo, lriam pledosa, tendo nas màos um terço
t1tu1çoi:s, els o que se executa a Yis- todoe em procl111lo, reiando o rosa- de contas brancatJ, repetindo com os
ta de toJos. A philosoia do secule rio, de aua casa até i Cova da Irta, seus olhoa ctle11es dirlgidos para o
i:a chimica moderna perdcram alli distante cinco quilometroa, e. logo alto o Olorl• Patri, nlo havia de
seus argumtntos. St. se pretende que principiaBSem os trabalhos para ser senào Satanaz? I Na pobre meni-
-que isso seja um segredo dos cone- a conatruçlo do Sanctuarlo projec- oa tudo repugnava a esta ldeia. Sa-
gos do thesouro, conserndo dwe tado, o pae e seua quatro filhos tanaz é o pae da mentira; ha aempre
o quarto scculo até no.~, responde- preatariam a 1ua cooperaçio duran- nelle o que quer que seja de antlpa-
fflOft que i~ nio é possi,cl: antes, te u111 dia nesaes trabalho1. Depois thlco, pois traz em si o sello da
tal tìdelidade em manter o tegredo deHa promeH1 começou a sentlr-1e maldlçAo eterna. Sem duvida nAo
seria IDclis pom:ntosa do que o mee- meibor e hoje eata completamente era o demonio que ella tlnha vlato-
mo militgru. curado. naquella apparlçAo em que tudo
No cotanto continuara a hner al• era para a !nocente m~nlna belleza,.
mai que fecham os olhos Il eviden• harmonia e bondade.
eia e continuem a nio crcr na di· Por isso o st>u d.-sejo era voltar l
'Vindttde da religiio Catholica. Oruta; ella Insinuava-o, mas nlo <>IP
Que oao se posaa repetir emquan- Um rico rroprietarlo afaatado das Hva precisar a aua vontade. A mie
to ~ n<Ss o <\ue dii o Evange!ho na pratica& crlstls, f6ra convldado para fingla nlo compreender nada e11
parabola do neo avarento q~ la do J•ntar em urna reunlao de edeliasU- mostrava-ee 1b1olutameotP. cootra-
1ofer~o, ee<fia !1m milagre para quc cos. ria a e11e projecto. A 1cxta-fella
9eUs 1rmao9 nao f&sem ter aquele Durante a refelçlo velo a falar-te e o sabbado p11saram-se neatas
logar de tormentos: U tcem os sa• de reltglAo. Este homem aproveltou aprehen~, oestas perplexldadeL
cerdotes e os propbetas. Se oe nio a oca1i10 para fazer aos coavivas No Domingo, 24 de Peverelr4iJ, uma
cr@em tambem nio acreditarao num esta franca mas lastimavel cooftsslo: voz lnterior, ao mesmo tempo sua~
morto resuscttado. -Eu quererla ter fé, dlase elle, mu e poderosa, dlzia-lhe:
oem crele nem poaso crer. -•Volta a Massabielle f• Nio ou-
O Cardial Arceblepo de Boston -Pois bem, reze o terço. sando fallar oisso a aua mie, ella
impoz a todos os sacerdotes q•e to- Tres anoa mais tarde este sacerdo- abrlu-se com sua lrmA Maria. Esta
das as famillas cathoUcas asaigaem te recebeu a 1egulnte carta: expoz o desejo de Bernadette A mie
um jornal catholico. Disse o Cardlal • Lembra-se que ha tres anos numa que respond~u com uma recusa for-
de Bc,stnn: é tao necessario como uma sociedade de eclesiastlcos de que fa. mai e categorica. Joana Abadie velo
egrejlJ. A sua mais larga propagan- zleis parte, eu disse que nllo tlnba em auxlllo daa duas lrmb e lnslstlu.
da é tanto o dever de cada sacerdo- M e tlnba pena de a nào ter? v. A mae perseverou inabalavel na sua
te corno o é de crear escolas e man· rev ... deu-me esta resposta: cPols obstinaçAo. Estava arrependida de
te-fas. Ambas as cousas sao para o bem, reze o terço. ter detxado sahlr a filha na quinta-
mesm,, fim: a ,propagaçao e defesa Eatas palavras: reze o terço qtte felra anterior, nao queria exp0-1~ a
das maxunas e principio& cathellcoa. eu entAo achei descabidas, estava111- novas e perigosas commoç0es.
Entretanto a vlzAo cbamava sem-
pre a creança. De repente a aeoho-
ta Soubirou se1tlu•se lmpellda para
te ftxos na ogiva negra por cima das
ro1eiraa que o inverno despojou da
sua verdura; ellet v~m o que quer
Ila de lenge ...
outra ordem de Jdelaa. Talvez f0111e que seja que 01 dcleita immenso, «Cathollc Ml11sion, Shiuhlng (West
melhor deixar ir Bernadette. Ella porque ella eatt immovcl corno se Rl,er), China, 29 de Ju11ho de H~23.
~om oerteza nAo verta Qada mala e Ji oao pertencc11e a terra, e na sua Ex.•• e Rev.•0 Sr. Blspo:
voltarla <Jesen:1nad1, ao p1110 que, testa, em todas u suas feiçOe1, dls-
se fiCtise, conseryarla a obaetllo do ttncue-ae o reDexo vivo duma luz A ovelhioha que hoje de longc,
teu sonho. Continuando II raparl- invlaivel que u ilumina. Ja nao ~ 111u1to looge, fata ao seu Pa/;for, é
auinhas a lasistlr com ella, reapon- uma filha da terra, maa sim um anjo tambcm do redll de V. Ex.• Rev.•11•
deu- lhes com vi,acidade e num to111 que estA resando. Pertence, com cldto, a restituida
de impilciencia afim de disfuçar o As donzellaa de joelhoa, nlo dlvl- Dioceae de Leiria, o ob~curo m111sio-
.seu proprio embaraço: sando nada por cima da aarça onde narlo da China, que h1 ji>, cA dn ex-
-Poia bem I v!o-se t! e nlo me a plcdosa vidente comtempla cousaa trtnao oriente, toma a liberdad~ de
41uebrem mais a c,beça. Eatejam de tlo bellas, volvem os aeus olhare1 escrever a V. Ex• Rev ••.
volta, o mais tardar, a bora daa ves- para ella e, vendo-a tao calma, no Quantaa saudades con-.ervo ainda
peras; sooao, ja sabem o que aa seu tranqoillo esplendor, com o atu de NoiSa Scnhora da Ajuda, VCRtra-
espera. roato iosplrado, o 11eu olhar arrcba- da na Pusa1em (Yieira), 11 sl,mbra
Se Bernadette tinha estado calada, tado fixo num ponto radioso que a de cujo Sanctuarlo eu passei os pri-
sua irma Marìa havla fallado. Por atrahe corno um imam com urna ex- meiros aonos da mlnha i11fancia I
isao no domin20 de manhll urna prcsaao de felicidade ao2ellca, sao Quantas aaudades ainda da linda
,duzia de 111eoioas, cntre as quais dominadas pelas cmoçOe1 mais dl- cidade de Leiria e irbretudo do de-
Joana Abadie e Marta Hlllot, tlnham- versas. Umas estfio cheias de terror, votiSBimo Sancruario de Nossa Se-
Jhe drto: ~e ror permitldo a Berna- as outras choram ou prorompem em nhora da Encarnaç!IQ, que eu tantas
.dette voltar a Massabielle, acompa- soluços e urna delas pronuncia es- vezea viaitei, quando em Leiria pre-
llhA· 1:\- hemos I Concedida a deseja- estas palavras entre lagrimas: parando 01 meua primeiros exames
da liceaça, Bernadette ve!te-se a -Oh t se Bernadette f011e morrer f para entrar no Seminario I
pressa, mas nào é de modo nenhum Era a palavra dos judeu11 ao pé E com quanta consola~ào viE:itaria
no seu vestuario que ella penaa. A do alnal pedlodo que Oeu1 oAo se hoje os beoedictos cerws de Patima,
.mìsterio~a aenhora da Oruta perpas- lhea mostrasse, com receio dc que onde Noasa Senbora ~e dignou ma-
sa pela sua imaglnaçAo e a feliz me- essa vista os fizesse morrer. nlfHlar mais unaa vez a sua miseri-
nina antegoza a11 alegrias desta se- Ne88e momento urna pedra arre- cordlo1issima piedade para com o
1uoda e deliciosa entrevlata. Toda- messada ·do alto da collina bate na noaso bom povo portuguez que lhe
vla ocorrem-lhe de novo as palavras rocha d'onde salta para o Oave. A1 fol sempre tlo querldo I
de sua mlie: Se fOsse o demonio ? f donzellas nssustadas fo2em chciaa Como teslemunho de amor e obu-
"Ella comunicou as suas ancledades de terror e tornam a subir a enc()jf• lo de saudade, permitta me V. Ex.•
as suas j uvens companhelras que lhe ta pedregoza, soltando gritos de an- enviar lncluao urna Letra de 14 Li-
respondem: - Pois bem I 1c fOr o gustia. Por cima ellas avlstam, na brae, offerecida a Nossa Senhora de
demonio, deitar-lhe-i1 agua benta e estrada da floresta. Joana A badie e f Atima, para ajudar a extens~o do
elle fugira t as suas cootpanhelras qut- acabavam seu bemdito culto cm P~tima, ou no
Dirige-se, poia, ~ egr~j•, enche cte checar, bath1m as palmu e rlam a logar das appariçOes, ou para ajodar
um frasquinho oa pia da 4eua benta bandeira, det1pre,zadas dc, auato que H de11pezas da ·foiba e Voz da PAU-
~ entrega- o a Maria Hclllot. Oepois, tlnham pregac1o és SUH amigas do ma•, que sili ae dlstribue, ou parte a
cheia de conflança, par.te com Maria primeiro grupo. urna coisa parte a outra, corno V.
~ cinco ou seis menloa,, emquanto Bernadette continuava a sua con- Ex.• julgar mala opportuno.
Joana Abadie espera para ,e pOr em templaçao; nAo tlnha perct>bìdo cou- Peço a Noasa Senbora da PAttma
marcha que as suas outras compa- sa alguma do que se p1111ava. se dlgne tomar debalxo da sua ma-
nbeiras tenham acabado dc fazer a ternai protecçAo a este seu humilde
Joiktte. (Continua) V• .ae M.
eervo e a et1ta misailo de Shluhlng e
Com o primetro grupo retoma o apressar a conversAo da China e em
camiobo de quinta-fetra, alcança a especlal a dos cinco milhOes de geo-
Porta Velha e segue pela estrada
<la floresta. Descem depols até Mas-
O pecado tloa, que esta ml11Ao alnda conta.
Pedindo tambem a bençlJo e espe-
~abiele. Bernadette cbega ao pé da «Ofende-se tanto a Deus. dizla o clal protecçlo de V. Ex.• para mlm e
gruta do lado diretto, em frente da santo cura d'Ars, que 1eriamo1 tenta- para a mlnha ml111lo, e beijando com.
sarça, olha para cima e multo com- dos a pedlr o ftm do mundo. Se summo respetto o sagrado aoel, hu-
movida, sobretudo multo alegte, ex- nio bouvesse por uma parte e por mlldemente me 1ubscrevo, desterrada
dama com urna ,oz que e fellclda- outra algumas almas bòas para re- ovelbinba de V. Ex.1 Rcv.ma
de dc que esh\ possulda faz estreme- pousar o coraçAo e consolar os
(:er: P.• AntDDld Dlnu Htnrl(laes
olhos de tanto mal que se v~ e ou-
-U esté ella I ••• U est, ella I ••• ve, nAo podla a gente aturar-se nes-
Maria Helllot aproxlma-ae de Ber-
nadette, entrega-lbe o ftasce que
ta vlda.
................................ O sofrimeoto cristio
tlnha levado conslgo e dlz-lhe: De-
Mor.ro de nausea nesta pobre ter-
o. lolo Il, rei de P0ttugal, pa-
pressa, detta-lhe agua benta t ra encorajar a.m dos seua favorltos
A creaoça obedece, atlra com lor- ra; mloba alma est4 em triateza mor- doente a tomar um remedlo que
~ a agua beuta na dlrecçlo da sar- tai. Os meu1 ouvido1 86 011vem lhe repugoava, bebeu prlmelro eUe
4-a e radiante exclama! coisaa peoosas e que me amarguram proprio uma parte e aproxlmando
o coraçlo.
-Ella Dio se mostra desconten-
te, pelo contra,lo aprova com a ca- ................................ depols o resto da bt>ca do doeote
dlz-lhe: Eu, vosso rei, aem eatar
beça e, sorrl para n6s todas I Em que passa elle (o sacerdote) deente, por amor de v6s e para VOB
Nestas palavraa de urna simpllcl- a ylda? Em vér a Deus ofendldo. dar o exemplo, suportel o amargor
dade 11dmlravel e commovente vibra Sempre o seu santo nome btas- desta bebida e v6s, por amor de
um accento de verdade tao augesti- pheRJado t sempre os seus manda- mlm, reeusarels tomar o resto?
vo que oem ama so das q11e se mentos vlolados t Aht Senhor, repllcou o doente, ~-
acham presentee duvlda de que ella Sempre o seu amor ultrajado t pois de um tal acto de condescen-
-esteja vendo a Senhora. Muito im• O padre nao v~ senio isto ••• dencia de Vossa Magestade eu be·
pressionadas e satlafeltas de que a Est! sempre com S. Pedro no berla tudo. Alnda (1ue {Ossc veneno.
visao Jhes sorrla, pOem-se de joelhos pretorio de Pl1atos, tem sempre dean- Ora, depois que Jesus bebeu prl-
em bemi-clrculo em volta da vidente. te dos seus olhos nosso Senhor in- meiro por amor de n6s, o callx amar-
D'ahi a poucos momentos Berna- sultado, desprezado, escarnecldo, co- go das humilhaçO~s e ùo ,;ofrimento,
.dette entra vislvelruente em extase. berto de oprobrios. U ns cospem-lhe quem de n6s se recusar,i :1 sofrer o
Os seus .olioa es1~0 ardenjemen- oo rosto, outros dào-lhe bofetadas ••• ser desprezaJo por amòr d'elle?
ti,&s o·1110 eruufiu D. Alttra Sata1V1 Dtnfs ·cft ~n~ -
Yòns~oa. . . . . . . . . . . . 10$00(),
O no11So dl,lno Me,tre prea••ea D. Maria da Conceiç!o Ma-
ila Cruz: delra. • • • . . • . . . . . • • IOSOOO
1 • • p•d111ela, padecendo rtsie- Transporte .........• l .913:820 D. Ludovlna Neves. .... . lOSOOU
aado os malores tormentoa: D. Albertina Dias VH. .. . 10$000
l•pressao do n.• 11. ••• 126:000
2.• a hamild11d1, consentlodo ca D. Albertina de Azambuja
Outras de1pe211 .•..•. 44:500
1er tralado como o 111al1 vii • o ~errelra •••••••••••• 10$000
peior do~ homen&: 1 Somma •....•...•.• 4084:320 P.' Francisco Joaqulm da
,3.0 a doçura e a man,ld4o, orao- Sabscrlpqao Rocha •••• • ••••.•.• t0SOOO
4o pelos "t>us algozes: Elpidio Pereira (1 semestrca). 5SOOO
-4.0 a pobreza: est4 despojado de (Contlnuaçilo)
Antonio Jgnacio Vicente (3.1
tudo, nao tem sequer com qne ce- vez) . . • . . • • . . . . . . • 2$500
brir a nudez do seu corpo nem oude
Joaqulm Maria Quintao La-
ReS . . . . . . • . . . . . . . . 10:000 Ayres Oomes •••••••..• 10$000
reclinar a cabcça: Maria de Jesus Leal Go-
JoAo da Silva Franco. • • . • 10:000
5 ° a mortificaç4o: no seu corpo Alexandre SimOes. . . . . • • 10:000 mes•••••••••••••.• 3$000
nllo ha fibra que nào sofra horrivel- D. Maria julia de Souza • • 10:000 JoAo Caetano •••••••••• 3$000
mentt; todos 011 1teus sentidos e po- Jo!o Nunes de Mattos. . . . 10:000 b. Maria de Caatro Crespo
tenclas sao atormentados. Frazao.•...•.••.... 10$000
Dr. Jorge Oodinho • . • 20 francos
Estas liçoes dlvlnas devem aprcn- Conego Manuel Fernandes D. Maria Celeate de 0II-
dé- las todos os que se honram com Nogueira. . . . . • • • . . • • 5:QOO velra Montelro do Ama-
o nome de cristAos, lsto é, di'sclpulos Dr. Antonio GcHcia Ribeiro ral . • • • • • . • • • • . • . • 1OSOOO
do Cruxlficado. de Vasconcelos. • . • • • • 10:09() D. Oervula de Andrade
Quem nao a111a o sofrimento, a D. Julla Morelra Ouimaraes 12S500 Costa • • • • • • • • • • • • • 10$000
pc,breza e a bumildadc, nao é perfet- P.• Manuel Mato1 Sllva. • • 10$000
D. Prancisca Heoriqueta
to dlsclpulo de Christo. •Q•e,. fUJ.. 6arrelros de Torres Cor- Dr. Oomingues Mégrc. • • • 10$000
zer ser mtu diJclpu/o ,ug'lle·Jt u si dovil ••.• •. ••• • ••• tOSOOO D. Leopoldina Barata Feio
mesmo, tome a $Ua cruz e slga-m1•. AntoRio Nogueira ••.••• 5$000 da f onseca Sarai va • • • • JOSOOO
Custa ouvlr tào duras p.tlavr.-11?
D. Mana ua P1eùade Paiva 10$000 D. Laura da Conceiçào Mar-
Maib custara ouvir aquell'outras: D. Mana da Conceiç~o Ta- ti ns. . • . • . . . . • . . . . • l 0$000
e/de maldiloJ, para o toeo etemo. vares Lopes . , .•••••• 10$000 D. Maria Fraocisca de Bri·
D. Maria da Conceiçao Pon- to Neto•••••••••••• 10$000
Em 1921 havia nos Estados Unl- seca Monteiro ••• , ••• 10$000 P." Domingos Oonçalves•• lOSOOO
dos da América do Norie 18.104 304 D. Maria · ·H1nrìqueta de Antonio Marques da Costa • 10$000
cat611cos e nas col6nias 10 043:344. Leal Sampa10 •••..•• lOSOOO O. Maria S. da Sitva Lobo. 10SOOO
~6 nésse ano fundaram-se 204 t>.
Palmira dos Anjos Re- D. Maria Helena Oarcez
novas pa164uias. belo ~l·bOl?to •....••• 10$000 Pinto Basto ••.•.•..• 10$000
D. L11do v111a do Cachopo • IOSOOO 1~arla Angelica Correia .•• 10$000
D. Ouilhcrmina Vaz da ~il- P.e Antonio Joaqulm da Ma-
Sem iu,m oomtiat~r nin- va . ..••...• . ••..• l0SOOO ta ...•....•••..... lOSOOO
guem .sera coroado ' Ventura José de Campos •• tOSOOO Feliciano Alves.. • • • • • • • iOSOOO
Maria Augusta Rndrigues • t0SOOO .P.1 Francisco Braz das Ne-
Santa Catharlna de Senna fol um Maria Augusta Rodrigues • 2S500 ves. . . . . . . . . . • • . . . 10$000
dia persegu1da por pensamentos ver- Manuel Jusé Pereira ..•• 5$000 D. Izab~l das Virtudes Mar-
gonhoso& cujo ataque importuno ator-
mentava a sua alma tao pura. Nosso
Leonardo Ft'rnandes Sardo 1otooo tlns. • . . • . . . . • . ••. 10$000
Jo:ié Hl'.'rdeHO .•....... 2$500 P.' Antonio Diniz Henri-
Senhor se lhe manifestou e com a ·s enedlcta d'Oliveira Lelras. 2$500 ques • • • • • . • • • • • • • 477$000
aua presença dlssipou a teotacilo, Donativos varlos de Parde-
1:.tuao ella queixanlfo- se amorosa- lhas ••.•.••.•••••• 32S500 JI. B. - A oferta de J4 Libras do
mente diz : Senhor, onde estavels D. Teresa do Amaral .••. JOSOOO reverendo Henriques, S. J. missio-
v6s quando a minha alma fol assal- D. Celes.te da Silva Ribas•• )0$000 nario na China, que muito agrade-
tada por tào horrendas hnaginaçOes? Barreto dc Oonçatves •••• 10$000 cemos, fol cambiada em òioheiro
-Minha fllha, responcteu o Salva- Condessa Casal Ribeiro••• portuguès rendendo 1.477$000. S.
dor, estava no vosso coraçl0- 1g1000
Como podieis v6s, Jesus, replfcou
· D. Laura Cabrai...•.. ·•• 1 sooo ex.• rev.m• o sr. Blspo de Leiri~ des-
D. Maria Adelaide Pessa- tinou desta importancia 1 000$000
a santa, habilar no 111eio de peosa- nha •••••••.••••••• 10$000 para o culto dé N. Senhora e 477S
mentos tao horrlvels? Pedro M. da Silva Lou- para ajuda das despezas da e VOZ
Eu era testemunh9, ajuntou o di- reoço . • . • . • • • . • . • • IOSOOO DA PATIMA•.
vino Mestre, dos vossos combates D. Maria Menùonça ••••• 10$000 Pedimos aos nossos leitores e de-
e observava com complaceocla a Antonio José Valente •.•. lOSOOO votos de Nossa Senhora nào se es-
generosldade das vossas luctas. Antonio Canas••.••.•.. lOS000 queçam de re2ar pela conversao
E desde entao uma paz inefaveJ D. Margarida de Lemos dos lnfleis e especialmente pelos da
jnundou a alma de Catharina. · • Magalmit:s .•..•..•.• l0SOO0 mlssao de Shiu-Hing, na China.
Pac10 analogo se conta na vida de - Josefa de jesus. . , ..... . 5$000
Santo Antl\o. A tentaçao, quando se .. Miss Marte Harney.••• . • 10$000
Jhe resista, é ocasiao de merito. Duarte Neves;: .••. , •••• 101000
P.' Antonio Eernandes Duar•
Bemdlta seja a dorizela que tem te . • . . . • . • . . . . . . • • J0S000 .
vivido longe do mundo : sem se P.e Antonio Mendes Sai• Eata rewiata é cUstr.lbul- ·
maocbar. Suave e facll é o seu gueiro. • • ••••.••.• "ioiooo da gratuitamente no• dia• .
13 de oada mita1n• Cova da
eOno: ao despertar, a sua oraçao D. Maria HenriQueta lnfan-
é pura corno a gota de orvalho Ce da Ca111ara Taborda .• 10$000 lri•, aoeitando-ae no en-
na rosa aberta, e essa reza é resi- D. Aurora Vaz Clemente tanto qualqueP- donativo
gnaçao de cada dia. Aceita a po- .Marques da Cruz ••••• 10$000 oom que oada um queira
breza sem se lamentar ~ poe de- Dr. Augusto Mendes ..... 10$000 expontaneamenta a u xi-·
per-si limites a seus inocentes de- D. Estamarinda Augusta Ma- llar-noa.
sejos. E' simples nos seus g0stos, deira. • • • • • . . . • • • • • t 0S000 So tera dlpeito • reoe--
a modestia é o seu enfeite mais P.' José de Ceiça. . . . . . . 10$000 ber a 1 VOZ DA FATIMA pe-
beJo, a humildade é toda a sua D. Maria Candida Carnpos lo correio, durante I an-
scicncia ..• Os seus suspiros che- Camilo • . • • • • • • • • • • I0S000 no, quem •• ' aubsorever
gam ao céu, porque sempre cami- Engenheiro Miguel dos San- com o minino de dez mli
nha na presença de Deus. - Ousta- tos e S11 va. . • . • • . • . • 10SOO0 réis. NAo faze111os cobran-
~o Drouineau. D. Laura de Jesus Costa • • 10$000 v•• pelo oorrelo.
Ano II N.0 18
-,
;
'

(COM APROVA(JÀ.O ECl.... 14"JSIASTICA)


Director, Proprie-tarlo e Editor Admlnl•-C:rndor: PAD~E M. PEREIRA DA SILVA
DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS REDACçAo E .AoM1N1sTuçlo
:RU.A D. NUNO ALVA.BES PEBÈXBA.
Composto e impresso na Jmprensa Comercial, , Sii - Leiria (BEATO N~o t>S SANTA MAlltA)

13 de Setembro .-....----,-----.---.~~
,.
a Fatima sejam sempre
vazadas nos moldes des-
ta peregrinaçào mod<J
lar e auimadas do mes-
No dia 13 do més proximn findo, mo espirito, pois s6 as-
no locai das appariçOes, realisou se, sim p6dem dar gloria a
com a solemnidnd~ do costu,ue, a co- Oeus, honrar a Santissi-
memoraçào festiva dos acontecimen-
ma Virgem, promover a
tos maravilhosos da FAtima.
edificaçào dos fiels e-
O fii mamento apresentou-se logo
u su fruir inapreciaveis
de manhil tnste e nublado, ameaçan-
do chuva. beneficlos de ordem es-
plri tual.
A's nove horas, pouco mais ou
menos, o rev. Abel Ventura do Ceu Durante as duas mls-
Faria, ex-parocho de Celça, celebrou sas rezaram-se as ora-
a primeira missa. A segunda missa çOes do costume, fize-
começtiu ao meio-dia e mela hora r a m • se as lnvocaçOes
sendo rezada pelo rev. Francisco pelos enfermos e can-
Braz das Neves, actual parocho da- taram-se os cantlcos do-
quela freguezia. A concorrencia, qua- programa officiai.
si tao numerosa corno no més ante- A Sagrada Commu-
rior era todavia mais selecta, ven- nhao foi minlstrada a al-
do-se muitas pessOas de elevada iumas centenas de fieis.
condiçào soci al. Entre a asslstencia Depois da segunda mis-
destacava-se um grupo de cérca de sa cantou-se o Tanfllm
quarenta meninas, entre os ollo e os treo e dtu-se a ben-
quinze anos de idade, alunas de çao com o Santissimo
um dos mais conceituados colegios Sacramento. Em seguida
de proviucia. Com os seus lindos e subiu ao pulpito o rev..
visto"ios uniformes e com o encanto doutor Manuel Marques
da sua mociJade, cheia de pìedade dos Santos, que disser-
ardente e comunicativa nota assaz tou larga e proficiente-
. . '
caracterisflca na mancha negra da- mente sObre a ora~4o,
quella Immensa multidào, vinham sua necessidade e ef,ca-
prostrM se aos pés da Virgem Sautis- cia e disposlçOes para a
slma e prestar lhe o tributo sentido tornar fructuosa. Frisou
da sua ftrna afeiçao e do seu vivo de um modo partlcular
e profu11do reconhecimento. Todas que as pessOas que oram
recebera m o pào dos Anjos e com e nAo obteem despacho
tal dt?vo,ao e recolhimento o fizeram para as suas supplicas
que pareci;un ser, nào simples crea- ou nào oram em estado
tura:,, humanas, mas anjos abrazados de graça, ou pedem col-
de amor de Deus. sas prejudiciais ou lnu-
. 9utr~ facto que causou agradabi- teis para a sua salvaçao
hs~ima 1n_1pressao em todos os pere- Oll nào oram corno de-
gnnos fo, a parte activa que tomou

j
vem orar; isto é, com hu-
nas _sole~inidades religlosas urna pe- m i Id a d e, confiança e
regnnaçao de Peniche, composta de perscverança.
c~rca de setenta pessòas e presidi- No fim do sermao, in-
da pelo respectivo parocho. Admira- numeros fieis viram re-
velmente bem organisada, salientan- urna compostura modelar propria de prod uzlr-se os phenomenos atmos-
, do-se pela sua piedade fervorosa christaos compenetrados do signifi- phericos dos mezes precedentes, o
cantando os canficos da missa e o~ cado desta palavra, essa peregrina- que os impressionou e commoveu
canticos privativos com entusiasmo çao, juntamente com o Colegio a que sobremaneira, nomeadamente os pe-
e. urna perfeiçao inexcedivel, reu- acima nos referirnos, imp,imiua so- regrinos de Peniche, que pela pri-
mndo-se em torno do seu riquissi- lemnidade deste dia um cunho de meira vez presenciavam acontecimen-
mo estandarte em que se via um extraordinaria e comevedora belleza tos Ulo extraordinarios.
formoso quadro da lmmaculada Con- espiritual. A' elevaçào da segunda missa, as
ceiçao, apresentando-se sempre com Praza a Deus que as peregrinaçòes nuvens rasgaram-se e o sol no ze-

"
e () r• ,. "~1.-=- I (
V oz da Fatima - ~-;u.

nlth appareceu em todo o seu es- samente vestidas entre os outros çAo que a Santissima Vlrgem tinba
plendor, attrahlndo 01 olharea da as- fiels, mostrando despudoradamente ensinado aos tres vldentes, porque
slstencla, que nao notou nessa oca- aos olhos de todos essa carne por elle nunca se esquecla de a rezar. E
siAo nada de extraordinario na at- causa da qual /oi retalhado, cuspl· quando a pobre mulher se lamenta-
mosphera ou no firmamento. do, sujo e exposto a ml o Corpo San• va de que nllo raro a omittia por
Pouco depois das cinco horas j4 tissimo de Nosso Senlzor I lapso de memoria, ponderava-lhe
poucos fieis se enconfravam no lo- Que ninguem se iluda a si mesmo que a podia rezar mesmo quando
cai das .appariçOes. Multos dos que nem pretenda iludir os outros com fOsse pelos caminhos. Uma vez por
partlam acalentavam, sem duvida, a os aspectos externos de devoçAo, se outra queixava-se sentidamente de
suave e faguelra esperança de voltar I~ dentro e na parte exterior nao que nào sabia offerecer o terço co-
Aqueles logares bemditos no proximo houver o proposito de vencer esta mo multa gente tinha a felicidade
dia treze de · Outubro, setimo anni- onda de corrupçao e l1e sensualidade de saber, o que lhe causava bastante
versario da ultima appariçao e dia que alaga o mun<to, pois é esta a penna.
de peregrinaçAo nacional. nossa principal doenca individuai e Apesar de nunca mais ter tido
V. de M. da nossa querida Patria em geral. satlde, de quando em quando dava
E' este fim e nào outro que visam um pequeno passeio, chegando a ir
as manifestaçOes sobrenaturaes. a
alé Cova da lria.

Hs · peregrinacoes ,. Quando alguem asseverava que


havia de melhorar, a sua resposta
etVoz da Fatima» ~. era logo um nào ptoferido co m um
Chamamos a atençao dos l eitores ar misterioso e num tom que impres-
Com este numero entra no 2.• an-
para a sua im portancia quando f eitas sionava extraordinariamente. Como
no o nosso jornalzinho de que se fez
com aquelle espirito de penileocia e um dia sua madrinha, Theresa de Je-
no 1. 0 anno urna tira,zem total de
expiaçào que as deve animar sus, promettesse, em presença delle,
mais de 60:000 ~xemplares.
O primeiro passo que o peregrino pesa lo a trigo se Nossa Senhora o
-Nao se faz cobrança pelo correio
~m a dar é saldar as suas co=itas nt>m ha obrig;içl!o de mandar o jor-
melhorasse, declarou de um modo
com Oeus no trlbuoal da penìtencia peremptorio que era inutil fazer essa
n11I a Quem enviar quantia inferior a
para que nào aconteça que a sua rJez mii réis. promessa, porque jamais alcançaria
presenca na peregrina çiio, em vez No fintanto o jornal é distribuido a graça da sua cura. Pot:tsuia urna
de chamar as graças e mise ri cordia grntult11 mente na F4tima nos dias de consciencia bastante delicada, ape-
~e Oeus as afaste, prejudicando os peregrinaçào em 13 de cada mez. sar da sua pouca ldade e de haver
outros peregrinos e a si me:.mo, des- recebido urna for maçào religi osa mul-
perdiçando urna graça e ocasiao que to deficiente e rudimentar.
talvez oào volte.
Removidos estes obstaculos a al-
Morte de Francisco Marta

Urna vez que o aconselhavam a
levar as ovelhas confiadas a sua
ma, ainda debilitada e apenas con-· Francisco Mario, primo de ~ucia guarda pela orla das propriedades da
valescente de doenca tao grave, sen- de Jesus, a protagonista das apparl- madrinha que decerto o nào levarla
te naturalmente fome daqu ele Pao çOes adoeceu gravemente no dia 23 a mal, nao quiz fazc -lo sem licença
que alimenta e sustem as almas na de Dezembro de 1918, atacado da della, por julgar que isso seria um
vlrtude. • terrivel epidemia bronco- pneumoni- roubo. No dia 2 de Abril a famllia,
Na Fatima, corno em Lourdes, a ca que entao passava em todo o achando- o peor de snuJe, mandou-o
d evo c;ao a Nossa Seuhora é sobre1u- • mondo. Nessa data todas as r,essOas a
recolher cama e ch amou e, parocho
do o ram,nho para chegarmos ao da sua familia estavam de cama ferl- para o confessar. N ào ti nha ainda
AmOr de Jesus na santa Eucaristia. das pelo ftagE>llo, a t:· xcepçao do feito a prirdQra communhao e recea-
E' por ucasil\o das peregrinaçOes pae. Este e algumas vizinhas carido- va por isso que nau lhe f6she permi-
e nas procis~OeM do Santissim o Sa- ~as, trata vam desvelnd amente dos tido receber N osso ~enhor. Grande,
cramenlO que em Lourdes se tem rea- enft'rmos , ( nvidando todos os esfor- extraordinaria alé, foi, pois, a sua ale-
llzallO o maior numero de milagres, ços para que naJ a lhes falta:,se. Ou- gria, quando o parocho lhe prome-
um dos quaes, os peregrinos po,ru- rnnre c~rca de quinu dias a inocen- teu trazer no dia seguinte de manha
gu~zes puderam presenciar no dia te creanca ficou retida no leito com o Sagrado Viatic0. Na véspt-ra pediu
J6 .de setembro ultimo, esperando a força da doença, segundo a expres- a mae que o deixasse esta, em jejum
n6s publicar no numero d e novem- sao Ja màe, levantando se nos prin at.é essa hora, pedido a que ella ac-
bro a fotogravura da miraculada. cipi os de J:meiro, num estado de cedeu sem relucta11cia, assegurando
Foi a bençào do Santissimo que grande fraqueza que, longe de dimi- que nào lhe daria nada a tomar de-
no mez de maio na Fatima obteve a nuir, foi pelo con trMio augmentan- pois da meia noite.
cura instantAnea uma filha de Maria do de dia pera dia. Urna vez,. durar1- Quando cheguu <1 parocho com o
da peregrinaçào de Santarem. te as appari<;Oes. tendo a Lucia per- Santissimo Sacramento, quiz sentar-
a
FGl chegada desta peregrinaçao jluntado a misteriosa Senhora que se na cama para se con fessar e com-
que se deram novamente signaes • lhe fallava, se ella e a Jacinta iriam rnungar, o que nao lhe fc,i consen-
maravilhosos, que dum modo especial para o Ceu, e obtendo ,esposta af. tido. Ficou ra diante de contentamen-
se repetiram principalmente em se- firmativa, fez identica pergunla a to por ter recebido pela primeira vez
tembro, no regresso da pP.regrinaçào cérca do Francisco, respondendo a no seu peito o pao dos Anjos e,
de Peniche, quando os peregrinos j4 \'11!;ào que rnmbem lhe calwria tama- quando o parocho se retirou, pergun-
estavam nos camlons. nha ventura, mas que primeiro ha- tou a mae se nào t'o rnaria a com-
Os peregrlnos aproveitarao a via- via de rez11r muitas veze~ o terço. mungar, ao que ella retorquiu que o
gem para resarem o terco e entoa- Desde esse momento alé que adoe- nao sabia. Durante o resto do dia
rem canticos a Nossa Mae Santissi- ceu, o ditoso vidente nunca mais pedlu de tempos a tempos agua e
ma, procurando cada um comunicar deixou passar um dia sem oferecer lei te.
aos outros urna terna e maior devo- essa singela homenagem a Rainha A' noite pareceu aggravM-se aio-
çao para com Ella e desejus ardente-a do Ceu. Depois que se levantou da da mais o seu estado rnas, pergun-
de a imitar, principalmente . na mo- cama, nao sentindo as vezes forças tando- lhe a mae corno se sentia, dis-
destia, guarda dos sentidos e, enfim, para re zar o terço inteiro, dizi a tris- se que n~o estava peor e que nào
na castidade e santidade da vlda. a
temente mAe que nào podta rezar lhe doia nada.
Nao faz sentido que pessOa~ que se senao metade. A bOa mulher obser- No dia seguinte, sexta- feira, 5 de
dizem e querem ser christas procureru vava- lhe que, se lhe custasse pronun- Abril, pelas dez horas da manhà,
aliar a devocao a Nossa Senhora ci ar as palavras da Oraçao Oominl- sem agonia, sem um gemido, sem
com urna vlda inteiramente sensual. cal e da Saudacào Angelica, di~ses- um ai, e corH um ligeiro sorriso a
E' necessario nào ter senso, havcr ae essas orPçOes s6 com o pensa- flOr dos labi~, a alma daquele anjo
mesmo perdido o uso da raz~o para mento, que Nossa Senhora lhe acei- da terra desprendia-se suavemente
que algumas senhoras (é infelizmen- t;uia o seu obsequio co m o mesmo dos frageis liames do corpo e voava
te necessario repeti-lo) condescen- arrado. para o seio de Oeus. Contava dez
dendo com a anlmalidade de certos Recomendava frequentemente a annos, nove mezes e vinte e quatro
costumes, se apresentem escandalo- mlie que nào se esquecesse da ora· dias de edade, pois tinha nascido
no dia t 1 de Junho de 1908, és dez -Jeaua, fllho de Davld, te1d1
horas da noite. pledade de n61 I
As suas ultimas palavras fOram -Parce Domine, parce populo tuo,
para a madrinha, a quem pediu, al- ne tn aetemum lrascaris nobls (can- Novamente lembramo•
guns instantes antes de soltar o ul- tado). • prohibl9•0 de vendeP
timo suspiro, quando a viu assomar -Oh I Deua vlnde em nono auxl-
a porta, que o abençoasse e lhe per- llo, vlnde depresea aocorrer-noa I quaaaquer objeotoa, de
doasse os desgOstos que por ventura -Senhor, aque!e a quem amala aaraoter Peligioao ou nao,
Jhe tivesse dado.
0s seus despojos mortaes, fragil
eata doente I em volta do looal da• •P••
-Senhor, fazel que eu veja ! rl9Ge••
involucro ,te urna alma predestinada, - Senhor, f azel que eu ande I P•atioam uma mii ao980
repousam em campa rasa e ignorada -Senhor, fazel que eu ouça I
no humilde cemiterio parochial de -M4e do Salvador, rogae por n61 I •• peea6aa qua deaobe•
Fatima. v. de M. -Saude doa enfermos, rogae por deoem • eate intimaq:lo
nosl da autoridade Ecleaiaatl•
Processo eanonlco sobre os acon- A' comunhllo: •Senhor, eu ntlo sou aa que, logo que aeja'po••
teclmentos da Fatima digno que vos entreis em mlnha mo-
rada, mas dizei uma so palavra e
elvel, sera conatrangld•
Ja começaram as investigaçOes e min/ia alma serd salva,. (Tr~s vezes,
• •epellr, meamo pela
interrogatorios sobre estes aconteci- rezado e cantado). forqa, eatee abu•o•.
mentos, esperando a comissào, num
periodo guauto possivel curio, ter
concluido o. processo, que tem, por
sua naturLza, de ser mais lento do
O e Bemdito e louvado seja o San-
tissimo Sacranièttto da Eucharistla,
J1ucto do ventre saerado da Vlrgem
Purissima, Santa Maria». Depois
-Seria conveniente· que
o• peregrino• colooaesem
longa, onda nao pe·rtur•
-
9ue m_ultos fiE'is desejam, nada os da comunhao as invocaçòes a Nossa Item o culto, oa animai•
nnped1ndo no entanto de tributarem Senhora: qua o• tPanaportam a
.a Virgem ac; suas homenagens. - Bemdlta seja a Santa e lmacu- Fa\tlma.
-----··------
Preces e canticos collectivos
lada Concelçàn da Bemaventurada
Virgr,m Mari&, Màe de Deus I
• -Nossa Senhora do Rosario, rogai
No mez do Rosario
d11s pèregr1nos durante a por nos I (3 vezes).
-Nossa St1nhora do Rosario dal-
missa na Cova da Irfa nos 1aude por amor e para gloria da Promessas aos devotos do Rosario
Antes da missa o Credo de Lour- Santfa11lma Trlndade I (3 vezes).
-des. Emqu11nto o celebrante se para- cA Rarnha do Ceu assegurou ao B~ato
-Nossa Senhora do Rosario, con- Alano da Rocha que o Rosario ... era uo1a
menta o Salvé, nobre Padroeira vertei os pecadorea I (3 vezes). fonte de salvaçlio para os povos . •.•
Duran·te a missa o terço do rosario: -Saut.le dos tinfermos, rogae por (B•eviarium Domi11 , VIII Sépt.)
Depois de cada mysterio a jacula- nos I (3 vezes).
t6rla dos vi Jentes. ja apprnvada pela -Socorro doa doentes, rogae por Passada a época esplendorosa de
auctorillade eccl~siastica: Meu /esus, nos I (3 vezes). S. Domingos, começou a resfriar pou•
perdoai-nos, livrai-nos do fogo do -O' Maria, noncebìda sem pecado, co a pouco a devota influencia do
ifl/erno e aliivini as almas do Purga- rogae por nòs qua recorrem ,s a Vò, I Rosario. Por isso, dois seculos de-
tori,>, especiatmente as mais abando- (3 vezes). pois, segundo reza a chronica domi-
nadlls•. -Nm1sa Senhora do Rosario, sal- a
nicana, aprouve Santissima Virgem
A' Cliii~ ,gr u;ào da hostia: Eu vos vae- nos e salvae Portugal I revelar-se novamente para fazer re-
adoro, ::,,a,itissimo Corpo, Sangue, Tantum ereo e bençao do Santis- surgir a devoçilo ao seu Rosario, ser•
Alma ,. Devifldude di Nossa Senhor simo. vindo se entào do santo domlnico
/esus Utristo, ttio real e perfeita- Sermào, Hymnos e Queremos Deus. Alano da Rocha. Le- se, pois, em va•
mente corno estaes no Clu •. Ao lc- rias tradiçOes que, em 1460, a San-
vant .. r da Hostia: e Meu SenllOr e
NOT A - As jaculat6rias acima men- tissima Virgem appareceu a este san-
cionadas sao as unicas que por or-
meu Deus•. \' consagra~ào do Ca lix: to dominicano, lançou- lhe ao pesco-
dem da au1oridadt! eclesiastica devem ço um Rosario de perolas e disse-
«Eu vos 11doro preciosissimo Sanque, ser recitadas publicamente na Cova
Corpo, Alma e Divindade de Nosso lhe o seguinte:
da lria e, além das indulgèncias que e Meu fil ho, conheces perfeitamen-
Sellhor /esu.s Christo, tiio real e per- lhes estao anexas pela autoridade
fettamente ,omo estaes no Céu•. Ao te a antiga devoçào do meu ifosarlo,
apostolica, coucede o sr. Bispo de prégacla e difundida pelo teu Patriar-
JeVdlll r do Calix: «Meu Senllor e
meu Deu.s•. Logo em seguida as
invoca1,òt!s:
-se,.hor, nòs Vos adoramos 1
------------
Leiria 50 dia~ a quem la as recitar.

As obras da f at,ma
ca e meu servo Domingus e pelos
religiosos seus filhos espiiituais e
teus irmàos. Pois este exerc1cio nos
-Sn,hor, nos temos conftança em Estao quasi concluidas as obras é extremamente agradavel, a meu
V6a ! do poço, tanque ou fonte de Nossa filho e a Mim, e é santamente utilis-
-Senho, , 110s Vos a1Ramos I Senhora eque tem cèrca de quinhen- simo aos fleis. Quando o meu servo
-Hoiminna, Hoasanna ao fllho de tas pipas de agua, podendo levar Domlngos começou a pré~ar o meu
David I cérca de oovecentas. Rosario em Italia, França, He11panha
- Bnmdito seJa O que vem em Em volta fez se um muro circular e noutras reglOes, fnl tal a rl'forma
11ome do Senbor I encimado por um tanque tambem do mundo, que parecia haverem se
-Vo11 sola Jesus Cbristo, filho de circular d'onde sae a agua por quin- transformado os homens terrenos em
Deua vivo I ze torneiras, tantas quantos os mis- espiritos angelicos, ou que os An-
-Vòs aola o meu Senhor e o meu terios do Rosario. jo!I teriam descido do Ceu a habilar
Deusl O tanque, que corresponde ao si- na terra. Os herejes convertiam-se
-Adoremus in aeternum Sanctis- fio onde teve logar a primeira apa- marnvilhosamente aos milhares e os
.simum Sacranwztum. (Cantado). riçào, colocado no centro da proje- cat61icos anciavam ardentissimamen-
-Senhor, cremus em Vos, maa ctada avenlda, fica infeiramente ve- te o martirio em defeza da fé. Ora•
augmental a nosaa fé. dado por uma abobada que servira / ças a esta insigne devoçào, renova•
-vo~ sols a resurreiçào e a v;da I de pedeslal a urna grande eslatua de ram-se as esmolas, fundaram -se hos-
-Salvai- nos, Jesus, alias pere- NMsa Senhora. pltai's e edificaram- se templos. A
cemos I Uma bomba, escondida €01 um santidade dos fiels, o desprezo do
-Senhor, se o qulzerdss, pi dela dos lados da pMede, elevar~ a agua rnundo, a autoridade do Pontlfice, a
curar ma! para o lan4ue exterior. justiça dos Princlpes, a paz dos po·
-SanhQr, dlzel so ums p:i lavra e fl'>r >'m j .i d~dos de empreitada os vos e a honestidade òas famihas, tu•
· aerei r.urado I mu,os d e vedaçao dos terrcnos e do entào florescia prodigios;;mente.
-Jesui1, Fllho do Mitria, tende feito o p r< jccto de uma casa que - Ninguem, pois, era considerado
pledade de mini I tào nece:1~a1ia se torna. verdadeiro christào, se nl\o th esse

'•

Voz da F4time
e recitasse o meu Rosario. Inclusiva-
mente os operarlos nunca lançavam
mAo de suas ocupaçOes antes de of-
Voz da fatima D. Maria Hercutano Sales.
P.e Agostìnho Gomes • • • •
JOSOOO-
10$000
José d'Oliveira Dlas • • • • • 15$000
ferecerem em minha honra este tri- De•p•z•• D. Maria da ConceiçAo Ro-
buto e a Oeus este sacrificio. Tal Transporte. • • • • • • • • • .( 084:3~0 drlgues Fialho • • • • • • • 20$000
er.a a grande reputaçào do santo Ro- Jmpressàc, do n.0 12••.• 126:000 José Pereira Manso Junior. JOSOOO
urlo que para mim nilo havia nem Papel (20 resmas) ••••• 1.223:800 Luzia de Jesus Manso • • • • J0$000
ha culto mais agradavel, depois do Outras despezas •••••• 49:500 D. Magda ena da SUva Rego 1OSOOO
grande sacrificio da missa. - P.11 Candido Augusto Lopes 10$000
-Ora eu desejo imenso a salva- Somma •••••••• 5.483:620 D. Maria Eduarda Vasques
~o e o bem de todos os fleis, e po- SubaoriqAo C. Lencastre (2.0 anno) • 10$000
dem todos obter facilmente esta gra-
(Continuaçllo)
ça por mtio desta devoçfto tào agra-
davel, a mim e a meu divino filho.
Eu quero, poit', que ella se restaure
Dr. Joaqulm Tavares de
Araujo e Castro • • • • • • t0SOOO
Presenca de Deus
novamente na Egreja para consola- Manuel José Conde. • • • • • 10$000 Um dos meios mais seguros de
ç!o dum grande numero d'almas. De jornais e percentagem augmentar a pledade é o exercicio
Ser4s tu quèm agora pr~garA o meu na venda de estampas da presença de Oeus.
Rosario, exhortando todos os fieis a (O. Maria das DOrea) • ••• 223S0OO Quando diante de S. Francisco de
recita-lo ùevotamente. Afervora e José Oomes. • • • • • • • • • • 20$000 Salles se fatava em grand~s edificios,-
anima -os religiosos da tua ordem a Manuel Maria da Silva Por- em pintura, musica, caça, aves, plan-
... fazer o mesmo e eu autorisarei a rio ........•.••... tOSOOO tas, em jardlns ou nores, de tudo is-
vos~a doutrina e a vossa prégaçllo D. Maria dos Anjos Tava- to elle tirava outros tantos motlvos
com numerosos prodlglos. res Portugal. •••••••• 10$000 de elevaçilo para o seu esplrito.
-A todos aqueles que recitarem O. Maria José Marques Viei- Se lhe mostravam bellas plantas,
o meu Psalterio ou Rosario prometo ra. . . • • . • • • . • • . • . • J0SQOO dizia: cN6s somos um campo que
a mlnha especialissima protecçAo. · José Capela ..•••••••• lOSOOO Oeus cultiva>. Se se falava de edifl-
Pacifico Martins•.••••.. 10SOOO cios : cN6s somos um edificio feito
-Sera o Rosario urna arma poten-
Antonio Rodrigues •••.•• 10$000 por Deus>. Se via um templo magni-
tissima contra o inferno: extinguira
P.• Gonçalo Alves •..••• JOSOOO fico e muito aceiado, exclamava :
as vlcios, destruira o peccatlo e ven- e N6s somos o templo de Deus vivo;
ceri as heresias. Commendador Joào Curado. 15$000
-Todos aqueles que se me reco- Manuel Paços ••••.•••• IOSOUO que as nossas almas estejam tambem
P.t Manuel Carreira Poças. 10$000 assim ornadas de virtudes I>
mendarem por intermedio do meu
D. Angelica de Matos Fer- A' vista de flOres perguntava :
Rosario jamais se condenarAo eterna-
nandes Potes ••••.••. 10$0ù0 cQuando é que as nossas flOres da-
mente.
Commendador Antonio Coe- r:lo fructos ? •
- Quem recitar devotamente o Em presenca de bellas pintu(as di-
,neu Rosario, meditando os seus san- lho da Sii va Villas Boas. 10$000
P.• Joaquim Oonçalves Mar- zia:
tos mlsterios, sera !sento de grandes «Nao ha nada mais bello que urna
perigos, nào morrera de morte repen- galhau .•••••••••.•• t0SOOO
D. Adt-lcdde Martins Ber- alma feita A imagem de Deus>.
tina; mas converter-se.M, se fòr pe- Atravessando um jardim reflectia :
cador, augmentara em graça, se fOr nard •...••••.••..• lOSOOO
O. Anna de Portugal Lobo «Oh 1 quando sert que o jardim da
justo, e todos se tornarào dignos da nossa alma estara semeado de fiOres
gloria eterna. Trigueiros •.•••••••• 20$000
D. Maria Julia Marques Fer- e chelo de fructos ? quando estara
-Os verdadeiros devotos do meu limpo e podado ? quando estara elle
Rosario nAo morrerào sem Sacra- reira (2.a vez). • • • • • • • 10$000
D. Vivila Pinto de Souza e fechado para tudo que desagrade ao
mentos. jardi:1eiro celeste?•
-As almas devotas do meu Rosa- Castro. • • . • • • • • • • • • 1OSOOO
Francisco Pinto. • • • • • • . 10$000 A' vista de urna fonte, observava:
rio serAo, depois da morte, livres do «Quando teremos nos nossos cora-
Purgatorio. O. Maria Fernanda de Car-
valho . . • • • • • • • • . • . toSOOO çOes fontes de aguas Yivas, corren-
-0s verdadeiros filhos do meu do para a vida eterna ? Até quando
Monsenhor Carlog Costa, 15 francos
Rosario gozarào duma subida gloria deixaremos n6s a fonte da vida por
Condessa da Arrochela • • • 15SOGO
110 Ceu. fohtes do mal ? •
D. Amalia Nunes Ribeiro. • 15$000
-O que me pedirem por meio do D. Maria Rosa Soares . • • 30$000 A' vista dum bello vale, exclamava:
meu Rosario eu de boamente obterel. e As aguas correm por ahi : é assim
O. Joaquina Quelroz Ribel-
-Os que propagarem o meu Ro- ro • • . . • • . • • • • • . .. 10$000 que as aguas da graça correm .as
aario serào socorridos por mim em D. Maria das Dores Ferro almas humildes, deixando sécos os
todas as suas necessldades. da Silva (2.0 anno) •••• luSOOO clmos dos montes, isto é, as almas
-A devoçao com o meu Rosario D. ,\1argarida d'Almeida ••• JOSOOO soberbas•.
i URI poderoso signal de predestina- Or. Eurico Lisbòa (2.0 anno). 20$000 Vendo urna montanha :• Que to-
çao. (De extratos de P.e Antonio p,e Joaquim da Rocha Ro- das as montanhas e collinas bemdi-
Vieira e outros). Dizem as chronicas drigues (2.0 anno) ••••• 10$000 gam o Senhor I>
que o bemaventurado Alano foi de- D. Maria Henriqueta Leal Se via arvores: e Toda a arvore
pois um flel instrumento das deter- Sampaio (2.0 anno) ••.• JOSOOO que nao der bom fructo sera corta•
minaçOes de Maria Santissima. Quin- D. Emilia Leite Castro.••• 10$000 da e lançada ao fògo•.
ze annos consagrou a pOr em exe- D. Maria da Nobrega Pi- A' vista de. um rio: <Quando ca-
cuçào aquelas instruçOes divinas, mente}••••••••••..• 10$000 minharemos n6s para Oeus corno as
sempre abrazado num santo fervor, D. Carolina Carneiro· Per, y. 10$000 aguas para o mar?•
agente de prodigios estupendos e D. Maria Ribeiro da Silva . 10$000 Comtemplando um lago: Oh I meu
com um exito maravllhoso. E o Ro- Condessa de Margaride (2.0 Deus, livrae-me do lago do abismo
, ,ario attingiu novamente o seu anti- anno) • • • • • • • • • • • .• 10$000 de miseria em que eu estou>.
go esptendor. O. Maria de Jesus d'Orio! Assim via o santo bispo de Geno-
Confiados esperançosamente nas Pena (2.0 anno) •••• . •• 10$000 va Oeus em todas as coisas e todas
Jeronimo Sampaio (2. 0 an- as coisas em Deus, ou melhor, nAo
consoladoras promessas da Virgem
do Rosario, acolheramo•nos, corno diz no) ••...••...•... lOSOOO via senao urna coisa, que é Deus.
Ldo Xlii, debaixo da protecçào di- Jullo Oonçalves Ramos (2. 0
vina de Maria Santissima e procure- anno) •••••••••• . •. lOSOOO nCre~ce pelo mundo a onda suja em que
mos amar cada vez mais a devoçào D. Maria da Apresentaçao as almas se afogam. Na noite da agonia,
do seu Rosario, que os nossos ante- D. Gonçalves •.•••••• 40$000 Jesus viu tudo isso e sobretudo (eram as
passados seguiam, nllo s6 corno re- Antonio Martins Morgado • lOSOOO fézes do Calix) que a sua Paixao seria inu-
medio sempre prompto para os seus P.• Mauuel Fernandes•••• 10$000 til para commover certas almas I Porque a
mafes, mas corno ornamento da sua Donativo de Maria Pereira maior parte dos christiios vive como se
piedade christà•. Soares •••••••••••• 25$000 Nosso Senhor niio tivesse morrido por nos!•


Ano I I Novetnbro de 1928

(OOM APROVAç.ÀO EOL~SIASTIOA)


Director, Proprie-tarlo e Editor AdmlnlM"trndor; PADRE M. PEPEIRA DA SILVA
DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS R.EDACçAO E ADMtNISTitAçAO
:R'U'.A D. N'UNO .A.LV.ARES PE:RE:t:R.A:.
Composto o impresso na Jmprensa Comercial, , S4 - l.eiria fBiUTO NlJNO DF. SANTA MA~A)

,r, ,v ) •

APere~riuo~ao Noèionol'
' I

lJ-·d'Ontubro de 1923
Mais urna vez, entre as fragas e
alcantis da serra d' Ayre, na charne-
ca Mida e monotona de Fatima ae
reuniram, no dia 13 de Outubro fin.
do, dezenas de mllhares de fiels, que
das oito provinclas de Portugal, des•
de o Minho ao Algarve, fOram de-
pòr o tributo sentido do seu amor
filial e do seu vivo reconheclmento
aos pés da augusta e gloriosa Vir·
gem do Rosario.
Passava nesse dia o sexto anni-
versa rlo da sexta e ultima appariç!o
da Rai nha do Ceu aos humildts e
innocentes pa11torinhos de Aljustref,
Lucia, Francisco e Jacinta. O tempo, .
que havia cérca de trés semanas se
conservava esplendido, verdadeira-
mente prlmaveril, mudou de subito.
O di;1 amaF1heceu triste e tempés-
tuoso. Durante a noite chovera tor-
renclalmente. A partida estava mar-
eada para as sels horas e mela.
Tinhamos de oercorrer de automo-
vel cèrca de 100 kilometros. Jnlcia--
mos a nossa longa viagem no melo
de um temporal desfelto. O estado
das estradas do sul do palz, e sobre-
tudo das estradas da Extremadura i
o mais lasttmoso que se pode imagi-
.nar. Nestas condiç0es, sobremaneira
aggrava_das pela chuva torrenclal, que
converha as estradas em fameiros e
a~ covas largas e profundas em char-
cC!s e IagOas, a viagem, posto que
feata em _automovel, n~o podia dei:xar
de constttuir um verdadeiro sacrificio.
Ma_s era decerto lncomparavelmente
m~sor a penitencla que faziam tantos
malhares de pess0as, de todas as
classes e condiç0es socials e de to-
cfos ~s edades, que, a pé, a cavano,
de btcyclete, em ebarrttts carroças
trens, camlons e camionettes pass~
Yfllm constaotemente ao nosso lado Sorqr B:nigzia, da Ccngraga;ào da Ntadef/mm ( Alsacia) da L~agras (Alto Mar• ·"
~)mo numa fita clnematographica, ~ • ns), .so6rcndo de ta!J~rcalose prilmonar ,zn 1&tado agado,
1am fJcando para traz, fatigadas da •& I •
lon~ viagem e molhadas, a maior foi c1ir4da 1.u1 Lourdes duranti a proctssdo do Santi$slmo Sacram4nta zao dia 16
iarte delas, ~té a medulla dos ossos.
ouco depots das dei ilorff, de111i- de Setembro ds 1923, por ocasiào da p1ragrlna,da nacloztal portagu,z4
~ l•
Dado por uma e•oçAe suav1ssI111, t-

,
I .1-';
csoi or> ' Voz d;., Fétlma :rrr r-.r
t ~~

que lnsensivelmeote se apoderou da


nossa alma, pisavamos o solo sagra-
cramento, dada pela prlmeira vez no
tocai das apparlç0es depoia da se·
-_.cura instantaneaauma:..::..-;...:,.
do da Fatima. A multldao que se
comprimia em torno do padrao com-
gunda nùssa campai. Esta ditosa fl•
lha de Maria da peregrloaçAo de
{ phtysica g&lopante (i .
memonitivo dos aucessos maravilho- Santarem ia agradecer A Santissima
110s era ji enorme. Muitos peregrlnos,
chega,1os de vesperi,, tinham passa-
Vlrgem a graça da sua cura maravl-
lhosa, que tamanha sensaçao produ-
r No dia 16 do m~~ de Setembro
\ ultimo, ~or occasUlo da estada em
'l
do a noite dentro da espella ou de- zlu em toda a zona ribatejana e que Lourdes da peregrlnaçlfo nacional
balxa do alpendr.e que cobre o altar delxou assombradas todas as pess0as portugueza, reali1mu-se urna cura as-
das missas campaes e o recinto fe- que conheclam de perto o estado da 11ombrosa, que impressionou profun-
' chado adjacente. De toda a parte e fellz privileglada da Virgem do Rc,. damente as dezenas de milhares de
a cada momento amuem peregrinos sarlo. Junto de n6s passam duas mu- peregrinos presentes.
que se despenham corno urna torren- lheres, tipo de camponezas, de as- Trata-se de Sornr Bentgn~, òe 28 ~
te humana na vasta bacia formada
pelo loc11I das appariç0ea. Entretanto
pecto humilde, trajando de tuto rigo-
roso, com as quaes tcocsmos algu-
anos de. edade, da CongreP,açilo das
lrm!s de Nlederbronn, (B11ixo -Rhe- ?.:
I
comt-ça a prime1ra missa campai, mas palavras. SAo as ma.es dos vl- no), oo seculo Odilla Dille11schneider,
annunciada aos fieis pero toque de dentes. A mae da Lucia diz-nos que residente ~a casa que .aquelbs religìo•j;,. ..
um;i slnt-ta. O silencin torna se pro- , a filha, de quem pedimos notiçias, 11as possu,am em Langres ( ~lto M'6r-
fu ,, h1 ., , unrned1açèks da capella. fhe escreve com regularidade, tentto ne), no numero 15, da rua Bnuillére.
o..
lit:1::1 rezam ,devotamente se ainda ultimamente recebido csrta del- O Or. Brocard, ciee, Lanjlres, seu
gurndu nm a 111aior attençao as ce- la, e esta de perfeita saude. D'ahi a médico assistente, cojn at~stado dia-
rimt,111'A s do Santo Sacrificio, cujo pouco vemos o dr. Pequito Rebello, goosticava a do~nça ne tuber<:ulose
celt>brdnte a maior p:ute nlo logra a quem perguntamoa por UJD rapàzi- pulmonar em f6rma ;iourh1, nppoz-se
ver mau grado seu. A' communhào, nho do OavUio, gravemente enfermo, terminantemente ~ sua partìda para a
• cente11as de pessOas aproximam-se que urna das manas daquele distin- cidade da Virgem, declarando que
da Sagrada Meza. Quando acaba a cto escriptor ca(itativamente levara a ella n~o voltaria com :vfda.
missa, ~ multidao que inunda aquel- Lourdes na ultima peregrinaç!o e Mas a sua confìança e a da Supe-
Je vasto amphiteatro é mais numero- agora levava a Fatima para 1ollcltar riora, que a quiz acompanhar, no po-
sa t! mais compacta do que nunca. a sua cura d' Aquela que com rado der de Deus e na interct'ssao de Nos-
Ao meio dia officiai a Cova da lria é chamada a Saude dos enfermos. sa Senhora poude mal~ que o criterìo
assemelha se a um imenso lago hu- Momentos depois encontramos aquel- humano da obediencla estrlcta 4~
mano, de f6rma clrcular, em que de· la benemerita senhora e a mae do prescrip,ofs \.l,1 l)ciem~·a mé1Hca.
-saguasse, pelos ,Hversos pontos da doentinho que nos disseram que el- Em Marçv fo ànnn • I.o
corrente appa..

sua cìrcunferencl~. urn sem numero le ja se encontrava na capella junto receram 011 p11m~1rot: ,;ymP.romas d9
de rius caudalosos. Hombro él hom- dos outros enfermos. mal q11e a b, eve tr ..:ho !-l' havb de
bro com a gente humilde do povo Era meio-dia e mela hors quando desenvolver com un,a rapid• z fulmi- 1
veem-se passar a cada instante mui- começou a segunda missa campai nante, colocandQ a' à i por (as da mor_ ....,,...-=::::,,-
tas das fil(uraa de malor relevo do celebrada pelo r~v. Braz das Neves, te. Entre ourrqs, fò ram a prirwipto
nosso palz. parocho de Ceiça, de cuja morte, na fadiga prolongada, l\,sse e suores no-
A11tigos mlnistros, senadores e de- puj,rnça da vida, acabamos de ter cturnos.
putados, illustre& represeotantes do noricia e que encomendamos As ora- Consultadu pr:la epfrrm: , '/, dr. Bro-
clero, individualidades em destaque çoes dos leitores. card aconselhuu lhe \l • ri>eouso 110
na politica, nas finanças, no com- Reza·se o terço e fazem -se as in- campo. Tendo obtido al(!1Jmas melho-
mercio, na indu11trla e na agrlcultura, vocaç0es do costume. A communhao ras voltou para él comnnidaàe em
officlais superlores do exercito e da dura cèrca de mela hor1:1. Oepois da Abrll. Entretanto a fraqt:l•i ·:t reappare- 1
armac1a, lentes das Unlversidades, missa canta·se o tantum erEo e dA- ceu e Soror Benlll ·, aentiu ;\S forças
médicos, advogados·e jornallstas, coo- se a bençao com o Santissimo Sa- diminurrem rapid, ,·•ntt! emquanto os
decorados da grande guerra e nu- cramento aos enfermos e ao povo. symptom.ls pulm1 ares -.e a~grava-
merosos elementos da mais antiga e Em 11~gulda s6be ao pulpito o rev. vam ,le u·m modo <Xl é1 1r, fi11ario.
mais alla nobreza de Portugal forma- conego Francisco Sequeira, da Sé Ern ~gostc, k:vt· df' re.:• ,q1t>r a cama.
vam, juntarnente com o elemento po- Calhedral de Portalegre, que falta N o dia 1 de St-1emb .,, 1r.mneraru-
pular, urna amalgama admiravt!I e s0bre a devoçilo a Nossa Senhora. ra e,Jevou se 1-t~1tor ) '""~ lll t• u1i:, nttin-
encantadora, que s6 o Christianismo Ap6s o sermào ouvimos grande ginJ11 C Uflrapttf I 11I 42 !,!f:tUS, al
é capaz de produzlr, urna compre- numero de pessòas ~ffirmar que ti·
tardt". ,
hensao bem justa da legenda - liber- nham visto os phenornenos extraor- O Dr. Bwcàrd ,fag1n11>IH'ot• enfao
dade, egualdade e fraternldade. dinanos do costume. Em volta do a doeni_:a de ~1hty-:k,1 at1 u.fa ou galCil•
Cumprlmentamoa um médlco, nos- pan re
tanque da ~gua maravilho1a, que 1
so amigo, que viera de Lisb0a com poucos dias depois da primelra ml•· Trnusportaram a enf~ rÌ11:1., 0Pste es-
a famiha no seu automovel e cutos sa campai brotou da rocha viva pre· tado & Loun.l t<S e·m df\W rie um col-
fllhos tlnham tido a ventura de fazer clsamente no sitto onde se deu a chào, A viagetp J\ 1 rm t:xtremo dolo- '
a sua prlmeira communhAo em Fati- roi,:1; a religioi:i41, rt·v~ durnnte ella
I ma .
primeira Appariçlio, estaciona urna
multldao enorme, que recolhe em
syncopes qua&I ç 111U11 Uaij. Toroou:se
No melo da conversa chama a milhares de recipientes a limpha i11d1spensavel, pare lhe c1111servar 8
nossa atençio para urna nobre e vida, mulliplicar ai; i11jt'l'1·01:s de ether
pura e dlaphana que sahe por qulo-
virtuosa senhora da capitai que com ze tornelras. e de oleo campho1ad11 Sornr BentgnaJ
o marido, engenhelro distintissimo, estavc1 moribu11da.
Muitos peregrlnos curnprem pro- Em Bordeus este,~~ quasi m, r1go-
se ~ncontrava a uns trinta pasaos de messas. Falla- se vaeamente de al-
dlstancla. nia; o Conego Laure :1t, nrfipreste de
gumas curas, or,eradas durante a Langres, que com alg1Jmas pesi-0aa
- c.'
a miraculada da pblebite, dlz bençAo de Jesus-Hostia. piedosas a acompauhava, deu-lhe a
elle. ,
1 Silo mais de quatro horas. Oe pe- santa absolviçao.
-Aquella senhora que nos dlrlglu regrlnos vào retirando pouco a pou• ... A' sua chegada a Lourdes no dia
a carta publlcada ntl numero sels da co. Prepararno-nos tambem para o 15 de Setembro, tinba a apparencla
VOZ IJA PATIMA? perguntamos regresso. de urna moribunda. As suffocaçOea
n6s. A chuva cessare de cahlr. Subl- eraR1 cada' vez m tis numerosas e as
-Exacta111eftte, conclulu o nosso mos para o nosso automovel e par- sy,,copes ~rolonga<las fazi~m temer a
interlocutor. l timos com o coraçAo· dominado pe- ca<la iost~r11e um desenlace fatai.
Pouco antes deste curto dialogo la magua dc termos de nos afastar a
Apos uma fireve ·vii-ila Oruta a en-
ilnhamos fallado com O. Marl11 Au- tao depressa daquelles logares bem- ferma conseivou -se rfeitada todo •
gusta Figuelredo, que no dia 13 de ditos, cuja recordaçAo saudosa fica dia. No domingo, 16, o seu estade
MAio do corrente anno fòra instan- tndelevelmente impressa no mais In- era desesperado.t.foi-lhe admlnistra-
taneamente Cllrada de um cancro du- timo da nossa alma. da a Extrema Uncçào. A's dez horas..
rante a bença.o com o Santissimo Sa- V. de M. aproveitando um curto momento de
. Voz da Eatime
lueidez, anmoribunda manlfestou ro panbelra•lnseparavel, que se c:x>nser-. nenbu01 signat stethocoplco. A re~
<tesejo de ser transportada a Oruta. vava a cabec~lqt, murmura-lhe ao..! piraçAo era absolutamente normai.
Flzeram-lhe a vontade e ella alll fi- ouvido algumas palavras que nAo Oepois deste segundo exame, •
cou, quasi completamente inerte, até consegulmos ouvlr. Ella volta-se logo unanimidade dos médicos, com ex•
~s quatro horas d.a tarde. Durante para a Superiora e dli-lhe com sim- cepçAo de um a6, adoptou, em ses•
esse tempo apenaa poude engullr com pllcidade: « Vous ètes exaucée !• En· "¼ s1lo, as conclus0es segulntes;
grande (llfficulcfide, algumn gottaab tào a Superiora abraça-a eff u1lva.. e 1.•- Soror Be:ilgna foi realmen•
da agua mlraculoSLi 1, 1 mente, num transporte de jubllo e de te atacada de tubercu.lose pulrnonar
la principiar a proclssllo eucaristi- reconhecimento. em /6rma aEdt!a ;
ca ; conduziram por Isso a religiosa 1 Um dos digoltarios eccleslastlcos •2 ° - Foi completamente curada
para a praça do Rosario. Em torno que faziam parte do cortejo pergunta , desta ctoença entre o dia 15 e o dla
della rezava-se com fervor. 1 Superiora se a enfermn esta curada. 4 17 de Setembro de 1923 ;
Na esplaoada em frente da Egreja obtendo corno respo,ta um slgnal cl.• - Em raz1lo da &ua rapidex,
do Rosario os doentes, em numero affirmatlvo com a cabeça. esta cura é contraria a todos os da-
superior a 60Q, sao collocados pelos Esta scena admiravel, de que a doa da sciencia e da medicina•.
..i,rancandiers em duas filas intermina• nossa penn~ n&o é cepaz de dar ae- A miracutada assistiu a sessìl.o e
veis. Por traz dos doentes agglome• quer urna palliqa ldeia, passou-se o6s vimo-la sentada ao pé dos m~
ra-se urna multidAo immensa de pe· . com urna rapldez assombrosQ, Mons. dlcos com um aspecto de g11u11e t~o
regrinos de differentes naciooalidades " Boutry péra um tstante, preso de perfelta que nos lrnpressionou deve-
~ de to<las as classes e condiç0es so- commoçao, continuando loio e con- ras. Momentos depots era ,11fix<1dn A
ciae&. Estavam presente& na tn-'a qua- cluìndo a benç!o dos enfermos, porta do Bureau o respectivo br,le-
si totalidade os peregrlnos das pere- Cantado o tantum. erEo e dada a tlm médico, em que se constatava a
grinaç5es naclonal portugueza, nacio- benç.lio geral, a reli&iosa ~ rodeada cura completa de Soror Benigna,
nal hollcindeza e diocesaoos de Metz de innumeras pess0as..,~ue querem que nao podia aer de modo nenhum
e Puy. Sao cerca de 1 quarenta 1 mii o ve..Ja e fallar com ell11. nil r t atribuida , acçllo norrnal das forças
,pessòas. A procissao organisada juo-,1 Os brancardlers fazcm a hait com niuuraea• .
to da Oruta approxima•se da espla~s as bretel/es para a livrarem daa con- V. deM.
.nada depoìs de ter percorrido as ton- sequencias do enthuslasmo da mulU-
gas ave(lidas dos jardins do Sanctua- dao e conduzem-na assim escoltada
rio. Milhares de homens veem é fren- +
te, cada um com urna vela ac~aa na
para o Hospital de Nossa Senhora
das OOres. Milhares de peregrino& de
Notas e impressoes
mao, e vAo postar-se em linha, una varias nacionalidades, que a seguem - De uma carta dirl&ida ao admi-
atraz. dos outros, no atrio do Rosario, num delirio de commoçao e regosljo, nlstrador da • V61. da Fatima, por um
<. ·iel-.a o Sa,Hissimo Sacramento, caotam o Maenlflcat e acclamam a sacerdGte ilustrado e piedoso acerca
coi .n.:do debaixo do pallio numa a miraculada. da pcreerhrnçno de Coimbra no dia
eusroJia riquisslma por Mons. Bou- A agonisante de ha poucoa instan• 13 de Outubro findo, transcrevernos
t,y, Bispo de Puy. Sacerdotes de va- tes, diz agora que tem fome. Come oa st>guintts periodos: •Ainrt, se
rhts oacionèlidaoea fazem as commo- com magnifico appetite ovos, sopas, nao t1pagaram as lmpres!!0es agrnda-
ventes invocaç0es de Lourdes nas galinha e pao. Passou urna noite es· blll1simn da nossa pereg rin::1çao,
suas linguas respectivas, implorando plendida. Nao sente febre, a respira- spesar da contrarledade da chuva.
a cura dos doentes. çao é normai, o rosta esta i' anima- Parece que até csta mesma contrarie-
Procede-se a beoçao dos enfermos, do com as c0res da saude. No dia dade cotribulu para afervorar mais a
que con,eça pelo lado esquerdo. Atraz seguinte pela manh§ é conduzida ao devoçAo de todos, que viram nella
da umbella, que durante a beoçao Bureau des Constatations Médicales. um convlte de Nossa Senhora a re·
substitue o pallio, seguem varios di- E'·lhe feito longo e mioucioso exame nltencla. P.ara M.aio todos querem
gnitarios eccles.iaatlcos, entre 9-s quais por um jury verdadeiramente interna voltar e muitos mais mostram egual
-0s Senhores Arcebispos de Evora e clonai. composto dos drs. Smets, de desejo. Vai mandar se fazer uma ban-
de Villa Real e Bispo de Beja. Na Utrecht (Hollanda), Parreira Cabrai, deira p~ra essa pereerlnaç~o.
nossa qualidade de brancardier auxl· de Lisb0a (Portugal), Stouffs, de Hoje celebrou se na egreja do Sal-
liar dos enfermos portuguezes conse- Bruxellas (Belg\ca), Buchaoam, de vador urna mtua em acçao de graçaa I •
guimos tornar logar, por especial de- Londres, ( lnglaterra ), Meytr, de pelo Miz e-x1to <it!sta primt'irn pere-
ferencia, atraz dos venerandos Prela- Troisfontaines. (f rança) e Bussi~res, grinnça... t,.,vencJo cauticos, pdtjca
.dos P1lrtuguezes, no pequenino cor- de Limoges, (França). O dr. Mar- e communMc, geral.
1ejo que acompanha Jesus Hos:ia. chand, presidente do Boureau, tele- Algu1u1 doa oouos doentes r.xpe-
Mal irn.iginavamos nesse momento grafou ao dr. Brocard, solllcitando- rimentaram 1,~n11lvels mellwrns e urna
que iamos mais urna vez ser testemu- lhe informaç0es complementarea 10- creadita de ir.rvir, que era dadit como
nba de um graode milagre eucharis- bre o estado exacto do apparelho res- tuberculosa, c,~"se curada. Se .se con-
tico. O cortejo avançava lentamente piratorio na occasiAo da partida de firmar a cura, informare!.,
no melo das suplìcas, das lagrimas Soror Benigna para Lourdes. - A peree,lnaçao de Coitnbra es..
-de c.otT_lmoçao e dos soluços a custo Entretanto o presidente do Bureau tava ltlOdelarmente orf:anisada r.raçaa
repnm1dos dos enfermos e daa lovo- convocou urna nova reunilio médlc1 ao criterio intelligente e aos t> , forço1
caç0es feitas por um sacerdote e re- para o dia seguiQte é1s trez horas da incansavels da benemerita commissae
pettdas em coro pela multi<tfto. tarde. Nessa sessa9, em que se leu a que a levou ..1 efelto. Compu nha-se
Term1oada a benç§o da primeira respoi-ta do dr. Brocard, fol feito i de cérca de trezeotas pess0as ~ ecci~
fila de ,doentes, o cortejò atravessa a religiosa um novo exame por outro siasticos, senhoraa, commerciantes,.
esplnuada e começa•se a beti~o da jury lnternaclonal de rnédicos com~ industriais, estudantes, etc; que par-
'Segunda fila. Aben~oados alguos en- posto doa drs. Buckem, de Maeatrlcht tiraro da·formou cidade do Mondege
ferm11ti! a Sagrada Custodia encontra- (Hollanda), Parreira Cabrai, de L11bOa no dia 13 ,, duis boras dn mactruga•
se t:tll f, ~nte de Soror Beni~na que (Portucal), Mite Roasl, de Mllao (Ita- da, em liete e•mlons, no melo da mail
e st11 vn oe,tP1da na sua maca. • lia), Legrand, de Montréal, (Canada), edificante fratemtdade chrlstA. .
Momt-n<o unico e lnolvldavel f Gourand, de Nantes (Praoça), e Au- No dia 17 a commtssao oraanlsa• '
Qu~111lo , foos. Boutry traç1 s0bre ella fraz, de Morlaix (França). dora mandou celebrar na egreja de
o s1gnal l.ia c,uz com a Sa~rada Cus- Importa notar que a fellz religiosa Salvador umi missa em acçAo de gra•
fodia, ~vemos a eoferrqa soerJ?uer-se tinha subldo na vespera ao Calvario çu pelo fcliz ex:lto desta prlrnelra pe•
no seu grabato de d(')r adorar II Hos-- de Lourdes e tioha Ido nesse dia de rearlnaçAo, pelaa melhorss alcançadu
tia Sacrosante, sorrir ~e com um sor- manhl\ ~s Grutas de Bétharram, 1e111 por alguoa doa acus doentes e pel~
riso de ù1effavel alegrh,, o rosto illu- experimentar nen~um incommodo, ,,,u«rre, c:omo dlziam· os peregrlnos,
minar- se-lhe de um fule6r que nAo quando, alnda no domingo a tarde, de ninguem ter sentido o menor ID•
parecia deste mundo e depols, doml- agonisava na sua maca. commodo de sau(le, ·ao contrarlo do
nada por urna .commoçao enorme, Pelo exame médloo verlflcou-ae que c0Rt11m11 succeder a ouem se mo•
descahir liluavemente s0bre a maca e o desapareclmento completo dos sym- lha até , meò11lla dos O}~qs.
prorornper em lagrimas e soluços. A ptomas putmonares em menos de -Em L~ina, aJuventude ~~ tholica,
Superiora, $oror Ponci~na, sua com- quarenta horas. Nlo se encoatrou a Associaclo do:s Calxeiro , n A-ifeJII•
blefa Ueiriensè (elub) 'e o Oremlo n amlgo, escrevélJ'l U\e 'a preguntar sé o Q conttnuou rezanda;t"a'sslstlndo recÒ'lltl
Littefa,io~e Recrutfvò pu2eram gen-'Q facto era verdadt!iro. obtendo a ae-- lh.ida e piedosa ao Santo Sacrificio da~
tllmente as salas das suas sédé8 é dls- gointe resposta que se dignou com:.i ".> Mfjsa. i 'l tr ci:>\f
posl<. ao do:s peregrinos, que, sem es~ u munioar- nos e que ouitamos transère- .~.i"f/"'······~- e • •• , ........ ~P-~,~
se ( ffetecimenlo, tetlant de pernoitar, ver por co11st1tulr um alto e oobre Este facto, , a affluencta espsntè:rsa?L
em granue numero, nos bancos das exemplo de espitito de fé -e de ,esl- lncal4ulil vel, dè t peregrinos ao locai,..
pra\as e do, jardins por nao haver gnaçilo chri1ta: •lnfelltmeote nao é da Patlma, é o que prhhelro nos' im-
quitrtos devolutos nos hotets· nem verdadelra a noticia que recebeu : - pressiorfa e nos ch6ca I Alguem dé>
ou1ras casas que os pt.dessem alb'et• ~ nao foi miraculado o meu net<>. Oeu$ a
n0sro Jado que asslstiu concorrert-
gar · nao me fulgou dlgno de tao grande ela enorme de pessOas que a apotheò-
Ern Lelria e em Torres Novas faml- grai;a. Pois st:ria retumbaote o mlla~P tie do sol dado desconhecido levou A
lias de todas as classes dispensaram gre, ~e ae tlvesse dado, e metter-se-iii I. Batalha, calcula em multo mals de
aos peregrinos, que alll affluiram em pèlos olhos dentto ao mais incredulo. qoatro vezes a que desta vez se deu
numero de multos milhares na sua Por todas as ras0es tlve immensa pe- a Fatima I E' urna ~ousa assombrosa f
pai., agem para FMima, toda a sorte na de que se, nao désse. Curvo-me; E nlio ha alti um divertimento uma
de a11ençòes e carlnhos, recolliendo- bemdigo o Senhor : maa nao posso cutiosJdade artistica, r1ada, ibsolula-
os e fornecendo- lhes roupas e aque- ser superior a um grande sentimento mente nada que nao seja aquella
cfmentos. de trlsteza I Grande fraqueza mlnha, immensa mole ilo gente rezando em
- A comissao organlsadora da pe- nllò ha duvida. Oeus, porém, m'a volta duma imagem humllde. Alem
regtinaçao de Coimbra ènviou para perdoara, vendo a minha resignaçllo.• :> disso é de notar o recolhlmento, o
Leiria o seguinte agradecimento para Aquelle nosso amlgo fez preceder respelto, o sllenclo que reina por en-
ser publicado nos jornaes daquela ci- a sua commurrlcaç{lo do breve màs tre aquellè mar de gente, a ausencla-
dacie: e A commissgo organisadora edificante commentario que segut: de qualquer nota discordante de
da peregrlnaca:o de Coimbra i Fatima e A humildadè do signatàrlo des- qualQuer conf!icto ou barulho,' oao,
no dia 13 do corrente agradece pe- tas linhas contunde-me alnda mais obstante alfi se nào ve; quatque, auc-
nhoradamente as pess0as caridosas do que a sua fé. • tortdadt, nem um shnples soldado da-
de Leiria o agasalho e conforto que -De um interessante e bem redi- guarda republicana I l

t~o espontanea e desinteressadarneo- gido artlgo publicado em editorial Assim, pois. e para terminar esta~
te prestaram aos nossos peregrinos no numero de 19 de Outubro do slmples e desatavladas liohas escrip-
oferecendo lhes tf as suas roupas, en- JORNAL DA BElRA com o titulo de tas ao correr da penna : a impres:ii\o
xugando as que levavam e acudindo «Nossa Senhora de Féitima• e o sub- > que dalli trouxe - sparte o phenome-
com aquecimentos e ourros genero- titulo de clmpress0es dum peregrino• no extraordinorlo que alll vi e que
sos serviços aQs que se encontravam transcrevemos com a devida vénia por raz0és bem comprtheosiveis m\o,
completamente enchatcados pela chu- os pt!riodos que seguem: procuro discutir por emquanto-é de
va que tiveram de suportar nos ea- e A certa altura, o dia até en tllo que Fatima constitui ja presentemen-
mions durante seis horas consecuti- enublado, de ceu pardacento e escu- te o primeiro logar de per~grin;.1,,ao-
vas A todos protesta a sua profuo- ro, começou de aclarar. Na esperan- piedosa de todo o nosso paiz. •<.
da gratid4o, nao fazenda agradeci- ça duma nova repetlçAo do pheno- Pot certo nao se encontra em par-
men tos directos a cada familia, de no solar, ja por varias vezes alli cons- te alguma, i exc~pçao de Lourdes,.
per si, por Ignorar os nomes de mui- tatado, a maior parte da gente olha• urna tilo enorme massa de fieis par-
tas dessa! pessOas caritativas•. Ta o ceu, procurando ver o sol atra- ticipando, no maior recolhimento e
Na manhA do dia 13 o vasto tem- vez das nuvens, agora mais diapha- dtvoçao, das solemnidades religio-
plo da Sé, de Lelria achava•se reple- nas. sas celebradas em hor1ra da Ma~
to de fieis. A's missas allt cetebradas Ouve-se um vago murmurio de de Deus t
assistlram os peregrinos com a mais admiracao.
viva fé, aproximando se qu~si todos Olho o ceu no ponto em que o sol
da Sagraòa Meza. Durante a missa começava de surgir. As nuvens. ja
de Sua Exceltencia Reverendissima tenues, transpareotes, corrlam pelo
o Senhor 8f3po de Lelria canfou a ceu vertiginosamente. E num dado
Juventude Cathollca de LlsbOa al- momento o sol começava de appa-
guns canticos apropriados ao acto, recer corno urn globo alanrajado, eu- Transpotte. • • . . • • • • • 5:48l:fi2l)
commungando a e~sa missa os pere- ja citcumferencia, toda num circulo lmpressllo do n.0 13 (15:000
grinos de Coimbra. de luz, estranha, talvez azul electrlco, exèmplares) • • • • • • • • • 230:000
O numero de automnveis e cami- girava vertiginosamente sObre si mes- Papel d'impressao • • • • • 2:260:()(X)
ons que no dia 13 de Outubro e~ti- ma. O phenomeno dura apenas uns Outras desr,ezas • • • • • • • 34·000
veram em F~tima foi superior a tre- segundos. De novo o sol 6esapare•
zentos. Houve quem tivesse a pacl- ce, t!spalhiindo se entao por todo o Soma. • • • • • • • • • • 8:0ù7:62Ò
encia de os contar nm por um. ceu pequenas ouvens còr de rosa
Subao,-1980
" O numero dos outros vehiculos, que vao desaparecendo no borisonte.
de todas as especles, feitlos e tama- Este estranho phenomeno solar que (Contlnuaçao)
nhos, era incalculavt!I, devendo orçar j~ mais tlnha constatado, vi-o alli em
por multos milhares. Entre os auto- piena posse do meu espirlto, livre O. Mula da Apresenta~o
movels via-se um que tinha vindo de toda e qualquer impressao ner• da Costa Perelra ••••• toSOOO
dtrectamente de Hespanha com al- vosa. Nao procuro explica.Jo de P,0 José Maria de Almeida. 10$000
guns peregrlnos daquelle paiz. quatquer f6rma. Assevero apenas que Or. Joaqulm Coelho Perelra
- O tanque da agua ma'ravllhosa elle se deu, com testemunho de ou- (2. 0 anno) ••••••••••• JOSOOO
que brotou da rocha viva depois da tras pess0as conhecidas do nosso D. Margarida Ventura Rui-
J>rimelra missa campai no sitio da melo, a quem elle nilo pass,ou des- vo Ferreira •••••••••• 10$000
primeira appàriçAo esta quasi concJui- percebldo. Seria um phenomeno vi- D. Julia Pinheiro da Costa • 1osooo·
do. Catcula·se e,n seiscentas plpas a sual causado pela lùz solar na nossa O. Antonio, Bispo Auxiliar
ae Colmbra (2.0 anno)••• tOSCOO
quantldade de agua que o tanque retina ? Seria o facto - porque o
contém actualmente. O deposito su- é - um phenomeno atmosphertco O. Anna da Silva Barreto • 10$000
pérlor, para onde a agua é levada locai, tenfporarlo e ocasional ? Dr. Leonardo de Mello Fal-
por melo de urna bomba aspirante Ser4 um slgnal de Deus? cio Trigoso ••••••••• 25SOOO
fem a capacldade de dezassels pf pas A todas estas preguntas que a mim O. Maria da Cruz Narciso
Porfirio ............ . IOSOOd
e est~ divldldo em qui nze comparti- mesmo ffi e com os meus compa-
anentos a que correspoudtm ou.trae O. Jgnes Baptista Tavarea • 10$000
tantas tornelras~
1,; - Tèndo corrido a nova da cura
nheiros discuti em troca de lmprea-
a~es, eu flco sem responder. O que é
absolutameote certo, porque foi um
Manuel Mes411ita Ribeiro
_ da Silva (2.• anno) •••• IOSOOO-
extraordinaria <le urna creeAça, neta facto indubltavel, é que o phenome- Antonio Carvalbo Xavler .• lOSOOO
de um médJco tao illustre pelo fervor nO' se deu e eu e outros o veriflcll- P.• Aueusto José da Trin-
da sua piedade corno pelo aaber, um reos. udo (2.• anno) •••• -- • 15$000 .
dltUoctQ a'1-.:ogado,. nosso oomum Oepoia delle a massa doa creato- ....
A.no LEIRIA. 18 de Dezembro de 1.0.28

(COM APROVAçAO ECLESIASTIOA)


Dlreot:or, Proprlet;arlo e EdJtor Admlnl•t;radori PADRE M. PEPEJRA DA SILVA
DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS REDACçAo R ADlUNISTuçlo
RUA. D. N'UNO ALVA.BES PEBE:IBA.
Composto e im presso na Jmprensa Comercial, 4 Sii - 1.eiria {BEATO NUNO DE SANTA MA1'-1A)

13 d8 Novembrci
Na vespera chovera torrencialmen-
te, sobrctudo a noite.
O dia 13 porém, amanheceu sem
chuva, posto que o ceu, antes do
nascer do sol, se conservasse com-
pletamente nublado. Atravessamos
mais uma vez a serra d' Ayre, sob os
raios acariciadores do astro-rei, que
de vez em quando espreitava por
entre as nuvens. Ja passava do meio
dia e meia hora quando chegamos a
vista do locai dati appariçOes. Preci-
samente no momento em que des-,
clamos da estrada para nos dirigir-
a
mos capella comemorativa dos su-
cess6s maravilhosos ouvia-se o to-
que da slneta que anunciava o ini- Esoadorio e Sentnar10 ds Nossa Senhora da Enoarnaoao em Letrta
clo da segunda missa campai. Cele-
brou-a o rev. Antonio dos Santos Neste Santuur10 houvo anLigamente milaf(res retumbantcs e aqui vinhem peregrinos de perto
de Counbra, Mooti:mor-o-Velho e outros sit1os d1stantes e ainda hoje é de grande dcT01io
Alves, parocho das C6rtes. A multl-
tidao que se acumula em torno da Anjos al~umas centenas de fiels que, das appariçOes parecia cahlr uma
capella e se ester;de até proximo da préviamt nte con{essados nas suas chuva copiosa de f16c0a brancos co-
fonte, é enorme. O numero de pere- terra~, de bOa vontade fizeram o sa- rno fl6ccu de neve, que se dleslpa-
grinos que neste dia acorreram a crificio ,ie estar até tao tarde em je- vam quasi por um cncanto a poucoa
PAtima excedt> alguns mllhares o jum n~1ural para terem a consolaçao metros do s6Io.
do mesmo dia e mes do anno passa- de l ,,mmun~ar naquella estancla prl- Um llfficlal auperlor do nos~o ext:r-
do. A chuva torrencial da vespera, vile~la , p1: lc1 Ralnha do Ceu. clto, que nos campos de batalha da
tornando lmpraticavels as estradas e Ac.ib, 10 u Augusto Sacrificio dos Fiandre, hc,nrara aobremaneira o ro..
caminhos da serra, nao fizera desa• nossn~ ,ihares, s6be ao pulpito o r"v. me portuguez, nAo p«'dia conter a
olmar os verdadeiros devotos da Vlr- José do Espirito Santo, parocho do sua admiraçào por tudo o que ae es--
gem do Rosario, que a tantos aacri- Regueng< òo Fétal, que du1ante très t,va passando na atmosphera e no
ficlos se sujelfaram para lhe presta- quartos de hora falla sòbre· as glo- firmamento, exclamando por flm: e In-
rem o testemunho do seu amor e do rlas d1 ::,<1,utis:ilma Vlrgem. Quasi no cooteatavetmente ha aqui o que quer
seu r('conheclmento no logar em que ftm do i.,t-rmAo a multid~o, que aesde que seja que excede as forças ds oa-
se dlguou apparecer para derrama, e •Sa, tlU"• <tebaide procurara des- tureza e nos deixJ entrever 4e um
com profusào as suas graças i:iObre c,,brlr 11· ,, mamento qualquer si- mocto bcm sensivel o poder lnAatto
os tìlhos de Portug&I. gn&l exti 1, ,1 jinario, eotbuslasm&· se de Oeus I•
Durante as òuas mlssas, (a primel- e prorc.,mpt' em exclat'llaçOes de adml- Esta phrase era a syntbese do pl!n-
ra fòra celebruda ptlo rev. Augusto rai_.Ao ao contemplar os phenomenos sar e du sentir dos milhares de pcs-
de Souza_ Mala, secretarlo do sr. Bis- dos mczes precedentes que se repe- !Oas preaentu, entre as quaes se
po de Leirla), o rev. Dr. Marques dos tem neq~e momento. Os olhos po- contavam multas pertenceotes ~s clas-
Santo!!, no melo de um silencio abso- diam fixctr St! no sol sem esforço e se& mais cultas da sociedade.
luto, reza o terço alternadamente com sem lncmnmodo. O disco solar pare- O pré~ador conclue o sermlo, la•
a asslstencht, cujo rervor Impressio- ceu girar :;Obre o seu eix,', :iemrlhan- terrompldo por mamentus, d«>vido 4
na t. commove devera,. A' elevaçAo te a urna roda d~ fOgo 1i1.• nruficio, di~t. ~cçào do auctuorio prtv, ndo
fazem-se as invocaçOes de Lourdes mas sem projectar feixes di' luz e de pt.'los phenomenos extraord111arios.
que s6bem até junto de Jesus--Hostl~ chammas de cOrcs v 1uienadas como Sao cerca de duas horas e mela. Al-
como ~ritos dilacerantea de almas em 13 de Outubro de 1917. guns peregrinos, homens, mulheres
que soffrem ou que lmploram leniti- As nuvens tornaram-se successi- e creanças, cumprem promessas, an-
vo e conforto para o soffrlmcnk> dos vamente azues, encarnadas, roxas, dando de joelhos repetldJs vezes em
outros.
verdea e amarellas, retlectlndo-se es- torno da ~r,.lla. A multid4o abre-
Emquanto se admlnlatrava a Sa- SH cOres nas nuvens que toldavam lhes passagem facilltaado o cumprl-
aiada Cot'llmunhao, canta-se o •Bem- em varlos pootos o horisonte dlstan- meato dos seus piedosos encargos.
dft••· Recebe• uste ila • Pi• (ts tt. A• lllffllle t~•P• s•tue o locai Jnte a k>ate 11aravi~1a ce11ten9!

I
J

1
de pes.011 bebem agua ou fazem
larga provisAo delta afim de a teva-
rem para suas casas. SAo quatro ho-
Hs curas da l'atima Peço que me desculpe eata tlo
longa conversa e acceite os meu$
cumprlmen tos.
ras. Devldamente autorlsados publica- Sara Mudat•
Oa peregrlnoa teem debandado mos a seguinte carta, que os leito-
pouco a pouco, eut... aura
res do nosso jornal decerto acha-
Na estrada ja se v!em poucos trens
rAo, corno n6s, Interessantissima:
e um ou outro automovel. Seguimos D. Maria dos Anjos de Matosp
dlrectamente para Torres Novas e cLeça, 10-Xl-923. Presidente da Associaçao das Filhas
nessa mesma noite tomamos na es- de Maria de Pard~lhas (Murtoza)
taçao do Entroncamento o rapido a
Pela primeira vez fui Cova da veio no dia 13 de Julho a FAtima
Porto- LlsbOa, regressando ao nosso lria em 13 de Setembro, mais em pedir a Nossa Senhora a cura de
lar distante com a alma impregnada passeio e curiosldade de que por urna ferida em um pé, que multo a
do mystico e suave perfume que se de,oçao - mas fiquei infinitamente fazia soffer.
evota incessantemente, mas sobretu- impressionada pela fé simples e pro-
Na Fatima lavou a ferida e quan-
do no dia 13 de cada més, da atmos- funda dos mais humlldes aos mais
do no dia se2uinte cerca das oito 'i
phera sobrenatural e divina da en- poderosos e das cerimonias ao mes-
horas da ma11ha se descalçou a prl-
mo tempo humildes e grandiosas I
cantadora e mysterlosa f atima. meira vez na presença de Maria Jo- ~
Nao preciso de mais milagres do
V. de M. sé Marques e Maria do Rosario Nu
que esse que leva essa onda de po-
nes, da mesma terra, estava curadal
vo a esse canto arido e quasi deser-
to de Portugal numa s6 ancia de A' volta da Fat,ma veio pela Ba-
PREVENCAO orar, pedir ou louvar nossa Senhora,
aonde elles julgam que Ella desces-
tatha podendo ali e em Leiria subir
e descer as escadas sem incomojo.
se à terra para melhor nos ouvlr e D'urna carta enviada a,
Voz da F.itl-
s esmolas para Nossa animar I E porque nlio teria Ella fei- ma• copiamos o seguinte: e Nao pos-
so mandar attestado sObre a ferida
to essa graça a Portugal tllo desgra-
Senhora do Rosario da Fatima çado se Ella o fez em Lourdes? da mloha perna porque dt'sta vez
Se nada houvesse em Fatima, aon- nllo cheiou a ser vista pelo médico.
Somo• lnformado• de
que • • .. I•• pess6se teem
a i do III xplorad•• pedlndo•
de nada atrae, porque iriam esses
peregrinos cada vez mais numero-
Se eu soubesse que o queriam pu-
blicar nada me custaria mostrai a
a-!>• lh e• eamola• para o sos? E corno explicar aquella mis- a
antes de ir Fatima.
culto de No••• Senhora teriosa e poetica religiosidade que ' Passados os sete mezes de sofrt:
. d f'I Fàtlma e e••••
laa niio teem chegado ao
eemo- nos envolve, inonda a nossa alma e
nos faz cahir ali na terra barrenta e
mènto da perna e st>m que esta ci-
catrlzasse é que eu me rl'sol vi • ir ao
orar, horas e horas, humildea e cheios Porto consultar um especiatista, .ma&'
•eu deatino. durante a vlagem Uve este presenti-
A deaf.a qatez dum lara- de fé ? E t!o chelos de fé que dese-
jàmos voltar em Outubro por devo- mento: e se eu em vez do médico
plo fol • ponto de pedir
uma eemola ao Santo P•• ç:io no sacrificio da peregrinaçAo de a a
fOsse Fatima? Oi!lse-o Maria RQ-
dre I ••• Coimbra. lnfelizmente como nào ia- sa, que era quem me Rcompirnht!va.
Como a arte de Poub"r mos independentes tlvemos a magua E!ta disse que seria mt>llior. Ei1, por-
esté muito apurada, faze- de ficar em Leiria. que no dia 13 de Julho ali fornos a,
moa oa aoguintea awl&oll 1 Que oossa Senhora acelte esse esse lugar santo que tanta unçao in-
sacrificio depois de urna noile de terior da 4 nossa alma.
1.0 • • e•mol•• •6 dewem chuva torrenclt1l I No11sa Senhora ja
• ~ • entreguee é• peaa6ae 110s fez um grande milagre;. é esse o
que • • Pec bem dentro fim da minha carta e tambem a as·
do alpendl!e que e•t6 em signatura da e Voz da Fatima, para
volta da c11pella, ao Rew. a qual eovio junto 10:000 rél11. Oese-
P1·fo~ , da Fatima GU na java que os jornai& vie!lsem desde
o. dndnietrzq.lo da VOZ DA Outubro passado. Alguem desejava
FATIMA em Lei ..ia. muito po~suir os 12 primeirc,s (ainda •
existem? ).
De certo V. Reverencia quer sa-
ber o milagre. O meu irmAo mais
novo Oscar esteve ha aonos 11 mor-
te com urna infecçao e durante 10
mezes esteve r,u m martyno I Mas :, '- lH,10!
Oeus con·cedeu nos mais esse gran- Dcixa vjr ti minh'alma atribuladn l
de milagre Je n salvar. Em Sc·tPm-''j Um rai() deJsa ti/urea, nrdente la~;n
bro pasoado depois d~ grandes do-
res aguth1s na f;.1ce esquerda e dols
Qlttàe 1i sem cessar tmana a flux,
tumores nos dentes e depois desles 1 O' do'2e Coraçdo (Ja lmmaculada I
tirados e as dbres passadas, mani-
festou-se um _principio de infecçào Meus passos firmà na som(Jria es-
na narina e~quérda. Assustado foi a
trar,a
urn especialista 'que lhe receitou pul~ Por onde arrosto da amarRur,. a
verisaçoes e recomendou que nada c,uz
_4 . 0 A voz DA
FATIMA é deitasse na narln.a esquerda, mas que E, como ao nauta a bussola conduz, •
lhe parecia ser j t um pouco tarde e Le-,a-me salvo d praia suspirtJda.
diatribuida gratuitamen- ter de fater urna puncçao. Como
tP, e a& e,emolaa qua oa l • .J1l
nesse tempo costum11 caçar um mez leva-me ao porto, d patria da ven-R
seufJ tomadorea qubierem
na Serra portiu e 14 tomou as pul- tUTtl• JI
dar, sao p111ra o cu1to de
vèrisàçOes que 1111da fizeram. Ao es- Do Amor, do Bem d fonte eterno~t
Noaaa Sanhora.
crever-me receoso do futuro, man- pura·"
5. 0 E' prohibido vender del- lhe agua de PAtima. A's noites, \
Cf1A ei!iq'u~r nbjetos dentro depols de urna p •qurna oraçào, dei-, Na rnals segura barra - o teu pcH..t, r.
fio t4!r,•onos deati ttted os tava urna cc,lher5 ntl', dagua nit na-
Escuta a prece, Coraçtlo bemdtfò,
ue SsntuQrio e, portanto, a
rina e.squerda e terc.e,ra flcou cu-
Qae a ti elevo - doloroso erito
J

oo C:ieis devem repelir rado I Louvado seja Deus e sua M!e


q11emqucr que so apre- Maria Santissima I Em Maio viemos Dum petto o/lieto e /arto de sofrer l
&9nte nesse logar a wen- todos a2radecer a Nossa Senhora
cle-loa. da fétlma t
• 2
....,.

Voz do. F.étlma


ha algum tivro com a notlcia das
apparlçOes e acontecimentos de fii.·
AVISO
.
Fé que cura
tima desde o principio, era favor en-
vlar-mo.•
So teem direito a receber a
da Pitlma • pelo correlo, as pessou
cV01,

que previamente tlverem mandado


De urna nobre senhora do Porto,
Doze leguas a pé , redacçAo o minimo de dez mii rets.
tlio distinta pela sua cultura invulgar De urna carta de um peregrino de A expediçAo do jornal p6de derno•
<omo pela sua viva fé religiosa e Thomar, nobre pelo sangue e peto rar alguos dias, depois dos dias 13.
acrisoladas virtudes chrlst!s, recebe. talento, de urna cultura f6ra do vul· Ultimamente tem-se distribuldo gra-
mos urna carta de que extrahimos gar, christAo fervoroso e chefe de fa- tuitamente neste dia na Fatima rér-
os seguintes f>eriodos: - «Peço so- mllia modelo, transcrevemos o tre- ca de 4:000 exemplares.
bretudo, as oraçOes a Nossa Senho- cho seguinte: - ,Conto ir a pé no
ra da Fafima, a quem prometti ir dia treze a Patima e, corno ja posso
agradecer a mlnha cura se ella se
dignar livrar- me da terri;el doença
andar com certo desembaraço, se na
ocasiAo nao estiver peior, quero ver
Voz da Fatima
que ha dez annos me traz quasi de st faço o trajecto a pé daqui para Deepezaa
todo inutilisada. la. N4o fiz promessa ateuma, ir,as Transporte. • • • • . • • • • 8.007:620
Os médicos da terra oAo me cu- gostava de poder offerecer a Nossa lmpresslio do n.• 1-4.•••
ram - consultei quinze, - e Lour- Senhora, no dia treze, a meza da (10:000 exemplares) • • 180:000
des, aonde fui ha uns annos J~ de- communMo, o incomodo que por Tran~porte de papel. • • • 1OI :000
pois de muito doente, tambem nao certo causar~ tao grande cam,nhada, Outras despesas . • . • • • . • 51 :00(!
me curou. Estou a ver que Nossa sobretudo a quem, corno eu, ji\ ha Somma • • • • • • • 8.339;620
Sentiora quer curar-me em Portug.al. trez ou quatro ano, quaal nAo anda
Deus permitn que slm l Se a medici- a pé.» SubeoriçAo
na anti· cathollca disser que foi a fé (Continuaçào)
Saudades de Fatima
que me curou, eu saberei g_ritar bem
~lto que, se a fé me curasse eu de- De urna carta de urna filha de Ma- P.e Manuel J. da Rosa do
via ter vindo curada de Lourdes, ria de f>ardelhas (Murtosa), que em Nascime:ito (2.9 anno) . 10Soot
quanJo ha annos la fui. Os médicos treze de Julho foi favorecida com P.t José Luiz da Rocha (dois
incredulos acertam e nao acertam urna cura extraordinaria de que nou- annos). . . • . . . 2osooo
afirmando que a fé cura ; sim, a Fé tro lugar fatemos o relato, transcre- Antonio Cardoso Leal (dols
dom de Oeus, tudo cons~gue do Co- vemos os periodos que seguem jcer- annos) . • . • • . . . 20$000
raç:' io de Deus, que esta prompto a ca da peregrinaçao loca! de treze de Donatlvos varios e jornaes.
.dar tudo aquelles que d'Elle recebe- Novembro: - cChegaram todos com avulsos • . • . . . . . . . • 269SOOO
ram o dom de sabee confiar.• saudade immensa e anciosos por D . Joaquina Almada d'O-
O processo canonico voltar brevemente a esse lo2ar bem- liveira • . • . • . • • . • . • . 10$000 •
dito para saborear de novo a com- D. Maria Amelia Almadll
Urna ilustre e virtuosissima senho- moçao que alli se experimenta e go- Albuquerque. . . . . . . . • 10$000
ra de Vizeu escreve-nos o seguinte: sar uma vez mais a paz santa e sua- D. Maria José Ouimaraes
<Seguimos com o maior interesse vlssima que i;e sente n'alma nos mo- Pestana Leal (2.1 anno}. . toSOOO
e fervorosa expectativa os aconteci- mentos d1tosos que alli se passam. D Maria de S. José Pesta-
mi-ntos de Fatima. Que a decisao Durante a vlagem rezamos o terço na da Sllva • . • . . . . • 10lfl00
UltJma olio se faça esperar para alti- em coro no comboio e nlnguem ou- M.18e Maria Magdalena Ou-
vi,., Jas almas I sou dizer nada. V~ se que o povo es- dlnot Larcher Marlins
. Tu io quanto se relaciona com Fa- ta sequioso da plllavra de Oeu,. Pra- Nunes . . . • . • • . • . . . . tOSOOO
tima é muito favor comunici-lo.• za ao Senhor que dentro em pouco José SimOes Pedro (2 °
Portugal se torne o Portugal doutr6- anno) . . . • . . . 1?(500
Notlclas de curas O. Maulde Barreto (2. 0 an.,). I 0$100
ra n-a sua fé.»
Cit11mos a seguir alguns periodos Jo~o Carh.1s de L Mvath ,
<le_ um& carta de um excelente pece- Maravllhas de Deua Reis r Silva. . • • • • . . • • l0$1 1uo
grmo cte Alcanena, muito ,entusiasta Transcrevemos os segulntes pe- O. Te,esa da Co nt:e1çào
~eia causa de Nossa ~enhora de Fa- rloaos .te urna carta de um pit>doeo Xavìt'r Ramr\s Netc1 . . • 10!000
1,ma : - •Tive tambem o grande pra- peregri no de ~ernarhe do Bomjar- D. Rosaliii da t ;;imara. . • • 10$0f' O
Zt'r de conheçer e fallar com a gran- dim, d a tada d e treze de N ovt-mbro : D. Margarida Vic torino Cos-
d ... mir~culada de Maio passado, a - e Em tre7.e de outubro fui com ml-
ta • . • . . • • • • • • • . • • lOSfìOO
q_ue rn f1 z no tar a ìm pprtancia que te- nha fam i lia a
fa!im;i agradecer a o. Maria Eu gPnia Matos
n a urna entrevistd ('tn f6rma e com Nossa !,e,•hora do Rosario alg11ns Madeira Co~t,1..•...•• 1osnoo
e)art!za que se publicéls5e 110 jornal- grnrrdes hvores q11e se dignou fa- tgnado Seguro Saraiva .•. 10~0• 0
s111ho de fatim«J, aromp:inhado de zer no~. Ffq ue, rr J f1111 da nit>11 !e e 1- O. Maria José dos Santos.. lOSQOO
Plt• 1togPavura . • A m1rn çulacta dif;se- canta11,: com 1udn n qut> <,hst'.PJei • •• D. Anna Co rrela . • • . •• 10$000
m~ que is:,o nao Jepe ndia d ella mas MaravilhéiS de Dt!t1s I Qutm me dera D Maria O ertrud es• . • ... 10$000
d I comi ssio ~11oni ci\. Tenho nota- estar !ll pis prrn:;im , ctes::è 51tlo prive- Fra1\lc Robersto'r1 .••••.•• 1osono
do que o povo esta avid o de notl- ligiado e poder i r Il todoS os n1eìek I» O. (jrfglda' l1e Nazareth Da·
ci as de,1a natur~za, procurando em
c ada num ero e11c1)ntrar noticias q ue
.
Pensando em Fàtima , ' )
milio . • . . • . . . . • . . • 10\000
D. Marianna de Jesus Bo-
o ~ensibillsem, e.o mo o f~rcfm as pu- De unn carta de outra filha de nifacio . . . . . . . • . . . . • l OSOOO
bl1~adas no numero de Maio. Eu Mari{!. de rardelhas (Mu, tosa) ex- O. Mari .. da t.::0nce1çào C'a-
c r~ to piamen t~ q ue a. felii priveligia- tractiimos as seguin1cs linhas : - «O marale . . • . . . . • . . . . . l 0~()00
~Ja da P<'rl·_gri,~ç.io de Santarem es- que fo i a peregri,11,i:ao do d ta treze Erne~to Ferrel/11 d,~ C'o:-t::i. . 10$000
ta completamen te cu ri da. pois o seu dc Novt-mbro? ()e via ter sido um l D. Maria da C 111çei<;ào Ber-
a~pecto, a _sua · cf,r, ~gilidacte e vida espectaorlo muito booi ré, I Que dò- qu6 d' A1iuiar T eves. . • • lOS(l()()
ey fim, d f't x a m t ss..t impressào a Cl ' S lngrim as de commoi;:20 derramcl D. f nma Còrdt!Ìro .\ fai;as. . 101000
q ut'm tem O prozer de lh e fallar.. l
0
ao &n t'io dia lembcando· me do que ù. Gullherrnin a de Jesus
O ph!!non1000 so!ar .'.!Qu~lla hnrn !- e esta va p1-, ssando Pm Alberto Onme's ... ..•• lOSOOO
1
Fatimr; I Nhu sei q u~ u,y ,teri o:-a in- O. Aclel' il1& Bra·rn,ramp de
De um car tfio dc urn a sentio ra ilus- fluenc h , xe1ct F~tlma PfU m·r,hfl al- M ellu B<ci hr r ( nhral) • • ,osobo
t~c e pirdo~a de C (111deix~ : - , Es- ma, qut 1:/io ha um ~6 <JJii -t !I) 4ue .Mgr. 4 !1hi1, tk.fl~
I '~
tivi! t·m PWma no dl:i treze. Fiquei mio pL•n :;c, naqud!a ~~1i111c1: h t' tncii- San1 0;; J,)1:11g al {2.0 ..: •11 ) IO! ' 00
~ iH&vtl /iada coni o ·qu e vi. O sol l,", e nrto ouço r\llll Ca prvr. urqu f•S• D r. W , i• '$ •'.l'Ol1ve1n1 (2." J
.ipparect!r P,O~ aquell;i f6rma é um Sf!. nomi:' du!w, ..imo St'm q_u~ '> meu l¼nno) . . . . . . • • • . . . : . :l1,i~1ilO
Vt!cùa.Jciro mll:igre l fat.e espectacu- coraçào ~e e,nusiasme e oxult.! de P..c Jos& l f, nt1d n à' U livti rit. 10$000
]~ causou me uma tao grande emo- alegria. • · D. Cor-:::, ntil~ .· ni;da ,lt!
çao Quc aiuda n4o tstou em mìm I Se Carval!10 • . • . • • • . . • . 20$.000
------------- ~

Augusto ArauJo de Carvalho 10$000 José de Palva Bobela Mata. 12$500 D. Maria dos Prazeres de
D. José M. F. da Camara Dr.Jaclnto Gago da Camara M. e Castro de o. Oso-
lOSOOO (2. 0 anno) .....•.•.• 10$000 rio Pereira de Mello . . . 10$000
(Belmonte) 2.0 ano ••.••• D. Maria Benedita de Me-
Maria Tavares .•..•••.• tOSOOO Francisco Teles d'Andrade
Rato (2. 0 anno) .•••.. 10$000 nezes Leite de s. Correla
Franclsca de Jesus Mança d' Almada . . . . . . . . . . l 0$000
(J.• vez) .• ••. . • • •... 5SOOO P.e Antonio Jacintho Va-
Maria das O0res Fernandes lente ..•.•..••.••.. 10$000 O. Carolina da SII va Correia
2$500 Anonimo (Tabua) ..•.•• 10$000 de Lacerda M. Mimoso . 10$000
(2.a vez). ..•.....•••
Mar Jo Ceu Cavadas ..• 5SOOO Francisco de Paìva Boleo • 10$000 D. Estefania Maria da Silva
Manuel José Fernandes Ren- Joao Luiz Andrade ..•.. , 10$000 Correla de Lacerda Men-
5$000 D. Gertrudes da Silva Nu- des . • . . • • . . . . . . . . 10$tJOC,
deiro. . . . . . . . . . . . . .
Maria José teiras •...... 5$000 nes. •...... . •..•.. I0S0OO p _e Antonio Rodrlg1o1es Pe-
Piedade Bunheir0a (3.• vez) 5$000 D. Maria Teresa Maura Pi- reira . . . . . . . • . . . . . 1osooo
Rosa Antonia Valente d'Al- nheire (2.0 anno) ....• lOSOOO Adolfo Ferreira . . • . . . . . l 0$000
meida ....••. . .•... 5$000 O. Joaquina da Conceiçllo Caetano Morelra . : . • • . • l 0$000
Laura de Oliveira (2.• vez). 2$500 Ribeiro .... , •.. · .•. tOSCOO D. Cecilia Ribeiro . . . . . . I 0$000
Maria de Jesus Pir0a.••.• 2$500 Percentagem em venda de D. Maria Magdalena Ama-
Oracinda da Silva Trinta estampas (donativo duma ra! . . • . • • • • • • • • • . 1osooo
(2.• vez)...•..•.•..• 5SOOO pessoa de Coimbra).... 83SOOO D. Maria Magdalena Ama•
D. Maria josé Leite •.•..• 5$000 D. Maria Amelia de Pina de ral • . . • . . . . . . . . • . 10$000
D. Maria das O0res Tava- Portugal•• , ..••...•• 10$000 D. Maria do Carmo Rocba. 10$000
res de Sousa (2.0 anno) • 10$000 D. Carolina Augusta Mo- O. Elvira Serranho Lima
D. Maria Candido Teles •• 20$000 reira Range! ••..•.••. 10$000 Montelro . . . • . . . . . • 10$000
Antonio Carvalho Xavier .. 10$000 D. Rita do Sacramento Mou- Capit~o Antonio d' Aguiar
Antonio Marques da Costa. lOSUOO saco Alçada ...•••.•• Loureiro. . . . . . . . . • • 10$000
15$000 p,e Alberto Pereira Cardoso 10$000
O. Josefa de Barros Catn0es 10$000 Anonima do Porto .... 5$000
Joao Manuel Gouvela Hor- D. Emilia Ncvcs d'Oliveira J. D. de Sousa Azoso (2.0
tas ••....... , . . • • • IOSOOO (2. 0 anno) ••.•......•• 10$000 anno). . . . . . • . • . . • • 10$000'
Antonio Valerlo Tavares da P.e ]ayme José Ferreira .. 10$300 P .e Manuel Pereira . . . . . 10$000
Silva ...........•.• 10$000 D. Saturnlna Meirelles Bar- D. Maria das Neves Vare-
Joao Machaùo Callado ... 10$000 riga . ••..• : .......• 10$000 la Teotonio. . • . . . . • . 10$00(]
f>.e Joao Marques Carita .• 10$000 D. Olinda Godìnho Reis .• 10$000 D. Leonor Manuel (Atalaya)
D. José Alexandre Carlos Dr. Josè Peixoto Torres de (2. 0 anno) . . . . . . . . . 10$00()'
Trincao .........•.• 10$000 Carvalho .......... . 10$000 D Teresa de Mello e Cas-
Maria dos Santos Bruno .. 5$000 Dr. Joaquim Torrelra de tro de Vilhena . . . . . . • l 0$000
Maria Oiniz Henriques e ir- D. Beatriz de Jesus Fernan-
mil Joaquina .....••.. 10$000
Sousa . . . . . . . . . . . . . 1osooo des Vaz Conte! . . . . • • l OSOOU
D. Jovita Duque ....... . 5$000 p ,e Francisco Pereira. . • .
Antonio Henriques Parto .• 10$000 Anonimo de Lisboa .•.•. 10$000 14$700
Jgnacio de Moura Coutinho p,e Antonio Fernandes . . . 1osooo
da Silveira Montenegro D. Basaliza dos Santos Va- Manuel Viegas Facada . . . l OSOOt>
lerio . •... . .. • .. . . . 10$000 Domingos Dias (2.0 anno). .
{2.0 anno) •..•..•.•• 10$000 10$000-
Manuel Lourenço dos San- D. Maria Anna Correia Bran- p,e Eurico do Nascimento
CO • , , , • , • • • , •• , , • 10$000
tos . ......•....... 10$000 Lacerda Pires . . . . . . . 10$000
D. Luiza Stadlim (2.0 anno) 10$000 Joaquim Ribeiro Telles (2.0 Antonio lgnacio Perelra
O. Maria do Socorro Paiva. 10$000
anno) . . . . . . . . . . . . . 10$000 dos Santos • . . . . . . . . 10S000
D. Francisca Julia Mergu- D. Marianna Grave Descal- D. Sara Mudat • • • • • . . . I 0$000
lhào. .•..........•. lOSOOO ço. . . . . • . . . . . • . . . • 10$000 De jornaes (Carrascos e Al-
D. Rita Trindade Santos •• 10$000 De Leonor d' Almeida Cou- canena) . . • . . • . • • . • 13$150
Oelfim Marques de Carva- tinho e Lemos (Seixo) • 10$000 D. Deodata Amelia Malato. l0S00O
1110. • . . • • • • • . • • • • • 10$000 P.e Francisco Quaresma (2. 0 D. Anna Corrente Soares. . 10$000
D. Filomena Augusta Pinto anno) . . . . . . . . . . . . . 10$000 D. Maria do Nascimento
Dias . ............ . 10$000 D. Candida Sanches • • • . • 10$000 Pelouro Coelho • • • . . . 10$000
D. Maria Pereira de Lacer- Dr. Joaqulm Mendes. • • . . 10$000 D. Maria Rosa Cunhal (2.•
da de Penai va •••• • •• 10$000 D. Celeste Maria de Sousa anno). . . • • • • . • • 20$000
D . .\lbertina d'Artagett Mat- (2.0 anno) . . • • . . . . . • 10$000 o. Alzlra da Gloria Calado. J9lOOO
ta e D. St ra Mudat •••• IOSOOO D. Joaquina Alves PIAto Jolo Severino Gago da
o. Maria j, !oé Manl11s Con- Baptlsta (2 ° anno) • • . . 10$i00 Camara • • • • • • • . 1osooo
treir a~ Bandeira .••••• JOSOOO Manoel ]osé Fernandes D. Rosa Vasconcellos Bap..
D. Maria Joanna Patricio •• 10$000 Rendelro . • . . . . . . . . • 5$000 Usta. . , . . • . , . . . . 10S00O-
D. Amelia Lopes de Men- fnfrozlna Tavares da Silva. 5$000 Donatl voa vario&. • . • • • 72$800
donça (2.0 anno) •• ·• •.• 10$000 Maria Luiza Esteves. . . . . 7S500 D. Clotilde Raposo de Sou-
No,berto de Carvalho •••• 10$000 De jornaes etc. (Pardelhas). 13SS00O :z:a d'Alle Ruy Vaz de
O. Natlvidude do Castello D. Laura Avelar e Silva Siquelra • , • • • • • • • t 0$000
Silva . . .. . . . . . • . . . . 5SOOO (2.0 anno). . . . . . • . • . 20$000 D. Maria da Concelc;Ao Al-
D. Mati11 <lo Carmo Men- o. Lec,nQl oe Avelar e Sii- cantara Matheus • • • . • 11 1000
t1,,1,ça N"1u1cs da Silva .. 10$000 va (2 ° anno) . . • . . . . 20$000 D. Maria da Concelçfto do
)0101,in, Mn 1a Soelro de D. MAria de Avelar e Sil- Carmo Perrelra. • • • • • 10$000
Bdtn . . . • . • ••••• 10$000 va (2 ° anno), • . . . • . . 2osooo Dr. Gonçalo d' AImelda Gar-
O. B~na Mttitl(•s Bocellas • 10$000 Dr. Maooel José de Sousa. 10Sooo rett (2. 0 anno) • • • • • • 20SOOfl
D• .M,11 i;i J H;ona de Lemos Marianna Saldida. . . . . . • 10$000 Luiz Maria Braz . • • • • • t 0$000
S"nt'J;_,go Pereira de La- Anna da Assumpçao Vi dal. 10$000 D. Afonso d:Albuquerque • l osooo
10$000
ce1rt.J a • • • • • • • • • • • • • D. Maria do Carmo Pessoa
O. itaria Nobre Sim0es ••• 10$000 José da Ponseca Caslcl-
Branco. • . . . . . . . . . • 10$000 (2.0 armo) . • • • • • • . l 0$000
D. Ma1ict Simplicio ..... .. 10$000 O. Maria da Natividade da D. Pranclsca Torres Car-
D. P.rmelluda da Costa Al· C c. A. Sampaio e Mello l 0$0-00 doso . • . • . . . . • • • J0$000
ltmao (2.0 anno).•.••• 20$000 D. Rita dc Jeaus Diaa Cos-
D. France!ln,. Pereira ••.• 10$000 Alberto Tarujo Nunes Cor-
rela. . . • • • . . . . . . . • 10$800 ta. • . . • . • • • • • . . 1osooo
Condes~.. de Mendia (2.• ]osé de Matos Dias •••.. 10$000
anno) ............ . 10,000 D. Maria Franclsca Ras-
quilho . . • . . . • • . . . . 1oseoo l:>. Maria fernandes de Car•
Dr. Tcm~s Oabrlel Ribei- valho Mala Leal ••••• 10$000
ro (2.0 anno) •••••.•• 10$000 D. Maria lgn~s Ruqullho . 10$000
D. Ia.n~ Naacimcnto . . . . l0Sooo P.• Jos~ Oomes da Costa. tOSOOù
D. Mari~ de Lourdes d'Oli- D. ~1aria Lufza d' Ahneida. 10$00()'
veira Soares Van:z:eller •• 10$000 Maaact Oaspar Fernandes. 10$00~
Ano I I ' t LEIRIA, 18 de Janeiro de 1.024 , N.0 16

- ,.
(COM APROVAOAO ECLESIASTIOA)
-
Dlreo-tor, Proprietario e Editor AdJDlnia,;rtrndor: PADRE M. PEREIRA DA SILVA
DOUTOR MANUEL MARQUES. DOS SANTOS REDAcçAo E ADMINISTuçAo ·
BU.A. D. N"UN"O .ALV.A.BES PEBEI:R.A
Composto e impresso na Imprensa Comercial, a S4 - Leiria (BEATO NUNO DE SANTA MA~A)

I
nariamente a multidllo assombrada. exemplar da minha assignatura, para
13 de Dezembro f
Em torno da fonte maravHhosa
circulavam constantemente os pere-
propaganda.
Bastava ser o jornal e Voz da Fi-
'

grinos que bebiam e recolhiam em tima> dedicado a Nossa Senhora do


No locai das Appariçoes, reali!ou- recipientes de todas as formas e ta- Rosario para eu (que nada valho)
se no dia treze do mes de Dezembro manhos a éigua que corrla abundan- trabalhar um pouco em honra de
findo, com a solemnidade do costu- te e limpida de qulnze torneiras. A's Maria Santissima sob aquelle tltuto,
me, a festiva commemoraç!o mensal cinco horas da tarde, hora a que de cujo Rosario sou devotissimo,
dos aconteclmentos maravilhosos de , inici.jmos a viagem de regresso atra- pois ha muitos anos, desde Setem-
Fatima. vez da serra. eram jj bastante raros bro de 1900 que rezo, diariamente,
O dia amanheceu eaplendldo. N§o os devotos que ainda se encontra- por v6to os quinze mysterios do
se divisava urna unica nuvem no vam rezando as suas ultimas préces Rosario, isto é, 1 os trés terços, que
azul diaphano do firmamento. junto da branca estatua da Virgem s6 um terço desoe creança o rezava
De madrugada a neve cahira com do Rosario, em que o esculptor Fan- junto com meus queridos Paes na
abundancia, cobrindo com o seu zeres, de Braga, traduzindo em obra capella da nossa casa. Assim, pois.
manto alviultente os valles e as en- da arte humana a visao dos pastori- fico inteiramente ao dispor de V. e,
costas da serra. O frio era glaciaJ, nhos de Aljustrel, soube imprimir se bem que é certo que nada valho,
apesar da hora adeantada a que par- um reflexo visive! da magestade so- no entanto com a melhor das vonta-
timos de trem por nao ter appare- berana, do encanto celestial e da be- des farei o que puder.•
cido o automovel que nos devia leza imcomparavel da augusta Mae
transportar. A «Voz da Fatima• e o Santuario
de Deus.
Chegamos a Cova da Iria a urna V. de M. Do mesmo ilustre e piedoso signa-
bora e meia da tarde. Tinhamo-nos tarlo slio as palavras que seguem
apeado ha poucos momentos, quan- acerca do nosso modesto jornalsinho
do ouvimos o toque, tres vezes re-
petido, de urna campainha. Era o
"Hs Nouldades,, e do projectado santuario comme-
morativo das appariçòes. «A Voz da
anuncio do Domine non sum dlgnus Fatima•, devido aos maravilhosos
da segunda missa campai. Celebra- Ssndo a tmprensa catholica absola- acontecimentos que se teem dado
va-a o rev. parocho de Santa Catha- tament, necessaria noJ nossos tempos em Fatima com a appariç!o de Ma-
rina da ·serra, havendo celebrado a e te12do começado a pabltcar•se ,m Lis- ria Santissima e de que é o porta-
pnmeira o rev. dr. Manoel Marques bòa am novo Jornal "As Novidad,s » voz, é um jornalsinho muito querido,.
dos Santos, professor no Seminarlo muito apreciado, muito lido e que
de Leiria. Oirigimo-nos sem demora
gue se apresenta disposto a seguir 4 lis- se encontra em todas as casas de
para o largo terreiro em frente da ca 4.f instrucçòes da Santa SI , do famillas ilustres, nAo s6 em LisbOa,.
capellct, ja ocupado por urna grande Eptscopado portagals, recom,ndamos a corno em multas terras da provincia,
multldao de fieis, que se conserva- saa lettura e auinatura , agradacamos que eu conheço e sao das nossas
vam em silencio e de cabeça desco- todo o aazilio ga, lhe possam presta,. relaçòes. Assim se V. concordar, da-
berta. Assistiam ! missa c~rca de rei um exemplar do mesmo a pes-
duai. mii pessOas. Aproximaram-se Letrta, Z da Janairo ds 1924 sOas que nAo tenham melos para pa- .
gar a assignatura e tambem a algu-
da Sa~rada Mesa alguma! dezenas
de peregrtnos que préviamente se
t Josl, Bisp, de Leiria mas pessòas que sejam descrentes,.
baviam confessac1o. para deste modo, suavemente, !endo
Cantaram--se com fervoroso en-
thusiasmo, os canticos do costume.
Depols da missa cantou se o 1 a,i-
Notas e impressoes o jornal e vendo o assombroso mo-
vimento de Fé que se presenceia
no dia treze de cada mes, um dia
tum ergo e deu-se a bençao do San- Devo1,1t11 do Rosario alcançarem de Maria Santissima a I

tissimo Sacramento. prlmeiro aos graça de se converterem. Eu fiquel


enfermos collocados dentro do re- Transcrevemos os seguintes perto- maravilhadù quando fui A Fatima em 1
cinto exterlor da capella e em se- dos de uma interessante carta dirigi- treze de Maio ultimo na peregrina• •
guida a todos os fiels. Por fim subiu da ao aùministrador da «Voz da Fti-
tlma• por um nosso amigo da capitai
~~ -
ao pulpito o rev. dr. Marques dos Ent ontrava-me no extrangeiro ha- '
Santos, que falou durante mela hora que a nobreza da sua llnhagem do via oito annos e estava ancioso de
aObre a necessidade e excetlencias mais puro sangue azul, Allla os de- regressar, s6 para lr a Fatima. Che- ,
da virtude da castidade. llcados sentlmentos de urna alma guel a LisbOa a vinte e tres de Mar- •
Nao se observaram desta vez oa profundamente crente e pledosa : ço ultimo e em treze de Malo se-
signais myaterlosos que nos m@ses - e Com a maior honra e com mul- guiate pude ir aquella estancla ben-
anteriores tlnham apparecido na at- to interesse acceito o offerecimento dita, logo que os meus affazeres m'o
mosphera e no firmamento, impres- de alguns exemplares da e Voz da permlttiram. Espero em Deus que
sionando e commovendo extraordl- Féitima:t que deseja envlar com o multo brevemente se possa ver em
Voz da Fatima

> F~tima um grandioso sanctuario co- Mas n§o se trata agora de definir com carlnho mafernal o povo que
rno em Lourdes, mas é certo que a se ha milagre ou nao, deixemos isso desde o seu berço a escothera por
autorldade eclesiastica em casos co- a quem de diretto e slgam os cren- Padroeira e que primeiro que todos
rno o das appariçoes de Lourdes, o tes a voz da Egreja, aguardem os teve um culto enthusiasta pela Sua
de la Sallete e este de Fatima pro- sabios as conclusoes da sciencia; mais querida prf'rogativa, a Sua Im,-
cede sempre com muita prudencla e entretanto a imprensa averigue do maculada Conceiçao. A dòce Pa-
morosamente e assim nao se p6de que se passa e Informe, dizendo s6 droeira de Portu~al tem vindo sem-
prever sequer quando principiar! a a verdade, sem mldo de desagradar pre em nosso auxilio nos transes
construçao dum saoctuario em Fati- a quemquer que seja. • mais afflitivos da nossa historia, e a
ma em honra de Nossa Senhora do Em seguida o nosso presado col- Sua poderosissima lntercessào tem
Santo Rosario». léga, pondo as suas columnas é\ dls- , desviado de n6s tantas e tantas ve-
poslç!o de quem deseje contradi-, zes o braco da D!vina Justiça prom-
Alnda a ,Voz da Fatima, ta-lo, faz um breve relato das çir- pto a castigar- n11s.
De um nosso amlgo de LisbOa, al- cunstanclas da doença e da cura de Portugal ultimamente tem acumu-
ma chela de enthusiasmo pela cau- D. Maria Augusta Figueiredo, de lado crimes sobre crimes, esqueceu
sa de Oeus e da Egreja, recebemos Santarem, 41ue sofria horrorosamen- o Deus que o fizera ~rande, e ba-
urna bella carta de que transcrevemos te, havia trés an oos. de um tumor niu-0 das suas leis, das 1'Uas escolas
algumas phrases: «Rogo a V. a fineza de caracter suspeifo, segundo a ex- e das suas familias. A ira do Senhor
do me dizer quaes as condiçoes em pressao do attestado do seu médico cahiu sObre n6s e o duro castigo nos
que se p6de adquirir o optimo men- anistente, e que se, curou instantà- tem mostrado que a Justiça de Deus
sario e Voz da Fatima•. Li hoje o n.0 neamente no dia 13 de Maio ultimo nllo dorme.
14 e ignorava a existencia de tAo precisamente no momento da ben- Mas no meio da nossa noite tene-
bOa leitura. çAo com o Santissimo Sacramento brosa, urna Aurora suavissima raiou.
Deve ter um exito retumbante em dada pela primeira vez no locai das Essa Aurora radiosa e bella raiou
todo o pais tao bella publicaç4o. To- appariçOes depois da missa campai. em terra sagrada entre todas, na ter-
rno a liberdade de lembrar a V. a A «Voz da Fatima• ocupou-st no ra sagrada da patria.
convenniencia de a enviar aos reve- numero de Junho deste caso t xtraor- Foi perto de Aljubarrota, de Alco-
rendos parochos de LisbOa. Vendida dlnario que tanta sensaçao fa. em baça, da Batalha; foi no condarlo de
avulso seria um sucesso. Para Cal- todo o distrlto de Santarem, onde a Ourem, pertencente 4 mais bella e
das era de toda a vantagem enviar feliz privilegiada da Santissima Vlr- pura incarnaçào do heroe de Portu-
alguns exemplares de diversos nu- gem é multo conhecida. gal, O. Nuno Alvares Perelra, aquelle
merosa P.» que hoje a Sauta Egreja nos manda
V. de M.
invocar corno o Beato Nuno de San-
El-rei Pap!o ta Maria. Fol n'esse torra:o abençoa-
O numero 51 do semanario inde-
pendente cZezere» de Ferreira do
Zezere, publlca sob esta epigraphe a
·r.atiffla-- t
do que tres humildes pasforinhos di-
zem que desceu a Virgem Santissima
para mais urna vez nos mostrar o Seu
proposito dos acontecimentos de AmOr Maternal.
Fatima um judlcioso e bem elabora- E' <lo numero 109. de N')vembro E Portugal acorreu pressuroso ao
do artigo editoria! de que nao resis- dc 1922, da excelcnte r, \'ista da chamameoto da sua lmmaculada Pa-
capiul «Raia de Luz• o J rimOToso
timos a tentaçllo de transladar com ortigo que a seguir tran,, vcmos droelra, e no dia 13 de Outubro eu
a devlda vénla para as calumnas do com 8 devida véni.1 C cu, rubli- vi na Freguezia de Fatima a m~ltidao
nosso mensario o segulnte trecho: caçao honra sobrem11ne1r.1 ., :o; co- comprimir-se n'um recinto pequeno
« Oizia Aristoteles que ha poucos lumnas do nosso modest;> m~n- de mais para tanta gente accorrlda .
sario. ,
homens llvres; quasi todos sao es- Devido sem duvida li 1wnn,, bem de todo o paiz. Desde a vespera que
cravos das palxOes - uns do orgu- aparada de urna 11lu~tr~ ~ p1edosa trinta padres reconclliavam com Deus
•ho, outros do prazer e a maior par- senhora e cscript<> co r, \IVO ,. pro- almas que lhes vinham pedir a santa
te do mMo. fundo untimento, tao chr ,tao ~ absolvlçào, e essas almas, formando
tio portugue~, nlio p,mJeu o 1eu
O mais medroso de todos os ani- interesse e a sua opportunidade e clrculoa roda do sacerdote que le•
mais é... o homem, - o homem tcmos a ccneza Je qut' i com o vava o Santo Ciborio, ajoelhavana
tjotado de lnteligencla e vontade! •• maior prazer espintual que os nos- naquela manhff, para receberem a Je-
Por mMo o homem diz o que nllo soq lcitores fario a leiturs desse sus Sacramentado. E d'ali a pouco
cnc.ntador mimo litcrarìo.
•ente; por mèdo o homem fdz o que ja nem assim se conseguaa dar a Com•
fhe repugna; por mMo sujelfa-se o Primeiro que tudo declaro que em munhAo. O sacerdote ji atravessa-va .
homeru a todos os preconceltos e tudo o que vou escrever nAo quero simplesmente pelo meio dos fiei!, que
avilta-se até ao embuste. de modo nenhum anticipar o julga- ntm ajoelhar podiam, e mesmo de pé
A meotira é companheira insepa- mento da Santa Egreja sObre o que recebiam a Jesus, que tantas deliclas
tavel dessa doença da vontade - o dlzem ter-se passado em Fatima. encoofra nas nossas pobres e miseras
m!~o. Oizla Clcero que a cliberdade N'isto corno em tudo o mala, sub- almas.
tònslste em viver para a verdade.• metto-me completamente e com todo E na mi!lsa campai Ra Cova da lrià
p medroso, renunclanllo .t liberdade o coraçAo as decisoes da Santa Egre- no logar mesmo onde dizem ter sldo
Il maia bella prerogativa do homem, ja, unica mestra das nossas lnteligen- a Appariçào, debalxo duma chuva
torna-se escravo da mentlra. O me- clas e das nossas atmas. continua, a Communhao durou meta
droao mente sempre - mente com N4o venho contar aqul o que jA é hora, ao som do nosso tio catholleo
•• palavras, mente com as obras e conhecido de todo Portugal, mas so- e ta:o portugués Bemdito. E com que
tr~ mente com o ailencio. mente relatar as minhas humlldea fé, com que respeito, com que fervor
• A mentlra do silenclo 6 mais com- impressOes sObre o que vi em Fatima os flels, ricos e pobres, mulheres e
ntum ~o qu~ os leitores Julgam. Quan- no dia 13 de Outubro passado. Nuo- homens, iam receber a Divina Eucha-
6-s co,sas calam os ;ornaes com 111.l- ca em Portugal se vira espectaculo ristla.
do.~~ deaagradar aos seus leitoresf••• de M e de piedade fio commovedor, Oh I Mae de Deus e Mae nossa,
veiam, o que ae passa no oosso nunca me sentira num ambiente Uio nAo fO<Jte V6s quem nos déste Jesus
d strlto. eobrenatural, corno o que vi e aenfl pela primeira vez, em Belern, a casa
Concorrem anualmente ao logar n'esse dia em Fatima. Como os noa- do Pio? oao eoJs V6s sempre quera
cfe fAti~a - uma charneca de di- aos coraçOes se vao affeiçoando a nas noesas CommunhOes, nos dats
ffclP accesso - ceatenaa de mllha- esse sltlo outr'ora completamente a Jesus, o Pào da Vida?
rea de pessOas que afirmam pasaa- desconhecido e que hoje. I' no Inti- Nao' é esse o Vosso unico desejo,
re11-se ali colsas extraordinarias. mo da nossa alma, chamamos baixl- dar-t10s Jesus, p;ira sermo1 todos de
•. lsta nAo é um facto banal, e oa nho a Lourdes Portuguez. Elle? Porfugal an,tsva ha multo lon-
1oraaes que tantas columnas enchem Portugal sempre tem sldo filho di· ge da mésa encharlstica, e perecla de
cfe' banalldades, nao se lbe referem, tecto de Nossa Senhora, e tem tlm· fome. V6s vieste e levaste-o A'que1è
11ada averiguam, nada dizem. Porqué? brado em Lhe dar as provas mala que é o alimento divino dos lndivi-
N4o acredltam os nossos colégas nos ternas do aeu amòr fUial. E Maria duos e da sociedade.
mllagres da F~tima?
.
Santl11im1 tem sempre prote2ido
:,
E v!de, M!e da Divina Mlsericor•
Voz da Fé.-tinia

<lia, com que fé e amOr Portugal res- Mas tambem Vos prometemos, 6
pondeu ao Vosso convlfe I Refuglo dos peccadores, que nAo es-
Véde corno se ora em Féitimat queceremos a penltencia. Todos pec-
O Vosso Rosario era rezado por to- camos, todos offendemos o Vosso
dos os grupos e que de ìnilhares de Divino filho. Temos que expiar por
Ave-Marias ali se devem ter rezado n6s e pelos nossos irmAos. Todes descem entao para a Gruta, coa
n'aquele dia! Ellas sublam das nos- Em desaggravo de tantos peccados tando umas o que viram e man1fe~tando o
sas almas para o Coraçao lmmacula- que se comettem contra o Coraçno receio de que Bernardette succumba é sua
do de Maria ; todos Lhe confiavam as Santissimo do Vosso Divino Filho, piedosa emoçiio, ficanùo os outras por sua
vez sérias e inquietas.
suas dOres e as suas esperanças, e, n6s offerecemos o sacrifidio e a mor- Bernadette estava ùe joelhos, no mesmo
qual Mae carinhosa, a todos ouvia, a tificaçào. Queremos lèvar urna vlda logar, sem as ver nem ouv1r, com o~ !leus
todos confortava, a todos abençoava. christa a valer, urna vida casta, mo- olhos expressivos fixos na direcçuo do pe-
Todos queriam tocar e beijar a lin- desta e humllde, em opposiçffo ao quena abertura ogiv11l negra, por cime da,
rose1ras brava,. Ellas opproximam-se, cha•
da lmagem da Vlrgem, e vi 111 urna paganismo que por ahi campela e mam-na pelo seu nome, prodigc1lisam lhe
scena commovedora : urna creanclnha tenta corromper a nossa raça. p11lavras effectuosas, tocam-lhe, puum na
ao c6lo do pae, enchendo de beijos E entffo n6s seremos de novo o pelos vestidos. A pequen a permanece in~•n·
e de caricias a Nossa Senhora, dizen- povo querido de Jesus e de Maria, sivel, e o aeu rosto apresenta O!! vestiKios,
o cunho de uma felicidadc ineffavel Se niio
do-lhe o feliz pae: a terra do Santissimo Sacramento, e responùe é porque esta morta ou porque
,Tens razao, filha, foi Ella que te terra de Santa Maria I vae morrer I E poem-se a chorar, quando
curou,> M.C. P. vEem vir ao seu encontro a miie e a 1rmii de
Santa inocencia, que tens todos os Nicolou, o moleiro do moinho de Savy Es•
tas acorreram aos seus gr1tos dt! aAicçao
privilegios deante de Deus ! Resplan-
decias n'essa creancinha do povo, co- A' Virgem de F~tima que tomaram por gritos de soccorro. A~ pe•
quenas, silencio~as e sérias, mostram-lbes
Bernaddette sempre em extase. Esta!I duas
rno n'outra, filha de titulares, essa,
ainda doentinha, nos braços da mae,
• mulberes, cheias ùe respeito corno se es~-
Senhora do Rosario, vessem na presença de uma santa, approll:I•
que orava corno as mnes christAs sa• Que te dignaste vir mam-se devagarinho, fa 1 m1-lhe, tentatn
bem orar, abria a boquinha innocen- Em coraçoes lnocentes chamé la a ai ; mas ella ni'io ve senao o Se-
te e bebia agua da chuva. nhora quo absorve toda a sua ettençiio, t~
Esp'ranças lnf1uir dos os seus sentiùos. Como tradì la ao sen•
Tinham-lhe dito que a de Nossa timento das cousas exter1ore~, trré la desse
Senhora a havla de curar, e ella na- Do teu celeste manto, extase, arranca-la a essa v1slio que a c11ptl-
turalmente pensava que a que vinha Teu manto alvinltente, v11 ? A miie Nic<>lau deixa entao o grupo du
do ceu era com certeza agua que Ma- A' sombra acolhe e ajunta pequenas, e corre ao moinho, donde volta
immediatamente com o filho de vinte e oito
ria lhe envlaval A portuguésa gente; annos de edade. Este cheg•, com uma ex-
Como esta simplicidade deve agra- presslio de troça nas feiço1:s, julgando en•
dar a Nossa Senhora I Como Lhe de- Para que um brado unisono contrar urna rapariguinha que quer tornar-
vem ter agradado as ingenuas pro- De amòr e de carinho, -se Interessante com os seus ataques de
messas, offertas de coraçOes gratos De gratldffo rebOe nervos ou com partidu engraçaùas. Mna
quando se acha em frente da creança, recua
4s suas gcaças I Eu bem sei que em Do Algarve até ao Minho, com urna especie de veneraçiio, corno se
Portugal se abusa um pouco das pro- ellr. proprio nves,e visto a appariç~o e, d•
messas e que alguns n'isso fazem No dia em que o teu povo, braços cruzados, contempla por muuo tem•
Erguendo ovante a cruz, po Bc:rnardette. •
.. conslstir a sua unica rellgiao.
Mas estas eram as promessas sa- Retome ledo a senda -Nunca, disse elle mais tarde, um espee-
taculo tiio impressionante se tinha apresen•
hidas do coraçno simples do povo. Que lhe traçou Jesus. tado tl minha vista.
Davam a Virgem o que tinham: 14 Por mais que discorresse, parecìa-me qu•
estavam amontoadas deante da sua Juremos ante o altar nifo era digno de tocar nessa creança.
Do humilde santuario Era aquelle re$pe1to que se coniiagra in-
lmagem aquellas promessas tao por- vencivelmente a todu as pessoas e a tod11s
tuguesas: o olro, que enfeita as nos- De cada coraçào
as cousas de Deus.
sas lindas mulheres, as arrecadas, os f azer um relicario Instado, contudo, por sua miie, agarra·•
-cordoes, os annels I E ao lasio as of- De amor a nossa Mlle, com precauçlio e poe-na em pé, Jiligeociaa•
Senhora do Rosario I do fazE la caminhar. Pega-lhe por um bra--
fertM mais modestas, bOlos e até um ço, 11 mlie pelo outro, e ella cammha effei•
prato d'uvas, as nossas ta:o bélas Outubro 1923. tlvamente para o moinho do S11•y, mas 9'.
uva~ I J. D. d1 Sousa Ar,so seus olhos fixam um ente my~t,mo-10 qu~ S4I
Outras mulheres do povo quize- conserva em frente e um pouco por cuna
della. Poem-lh-e a miio deante dos olho•,
ram unir a penitencia éis suas préces obrigam-na a baixar a cobeça, mas ella re•
.e, paclentes na sua fé, percorriam OLHAR PARf\ O ALTO toma sempre II mesma autude, é ,;empro
a
de 1oelhos o caminho roda da ca- attrahida por e1sa vi,ao e,tranha que a fpa
sorr1r e quo os outros niio veem. Quanl!o
.pella que mllos sacrilegas deatruiram, Emquanto estudamos as sclencias
chega, porém, ao moinho, volta a SI e rell•
aem se ìmportare111 nem da chuva, ou tratamos dos negocios d'este mun- dqulre a con~ciencia das cousas dt vid;t;
nem das pedras, nem dos outros fi- do nào percamos a Deus de vista. entao a sua phys1onomia entristece-se; o
els que quasi as plsavam. Eram bem Q celebre Ampére, que por sua gran- que ella contemplava era tao bello, tiio c..,.
as descendentes dos antigos portu- de sciencla, fol nomeado inspector lestial, e o quo a rodeia agora é tiio vulgati
E' o lodo depois do ouro, a pobrezi depOis
guèses, raça de crentes e de fortes, da Unlversldade, escrevla no gula da da riqueza e dos esplendores da storia I Jn-
que oravam e sofrlam. sua vida: terroganf'na ; c:la repete o que J& contou,
E fol Nossa Senhora que noa veto ,Meu Deus, o que sAo todas essas por-1ue é a me,ma appariçao, a mesma Se-
-recommendar em Fatima a oraçlo e eclenclas, todos esses raciocinlos, to- nhorl\:
•Ella tem o nspecto de uma jovem de de-
a penifencia. Ella aaslm o pedlu aoI das essas deacobertas do genio, todaa saseis ou desasete annos. Enverga um y9s-
pastorinhos da Cova da hia, e n6s essas concepçOes que o mundo ad- tido branco, apertado a cintura por uma ft-
queremos ser liels aQ Seu en1Jna- mira e de que se alimenta tao Avida- ta azul, que deslisa Ao longo do vestido.
atento. mente a curiosldade ? I Tem sobre a cabe~a um veu egualmente
branco, que mal de1xa entre•er os cabelk>s
Sim, n61 Vo-lo prometemos, 6 Vlr- Na verdade, nada, senllo puras val- e que de~cobre em aeguida para tru a\~
gem do Santissimo Rosario, nOs va- dades.•• ebo1xo da cintura. Os pés estio mb, mllt
moa rezar com fervor, com de,oçAo Estuda as coisas d'este mundo maa cobertos pelas ultimas prégas do vestido;'
a oraçllo q\Je os vossos làbioa puri•· nAo a1 olhes senffo com um olho e excc?pto na n:tremiùade, onde brilha em
cada 111'11 delles urna rosa amarella. Do bra-
slmos nos pedlram: o Terço. Nos 01 que o outro esteja sempre fixo na ço direito pende-lhe um terço de contas
Portuguéses que tanto gostamoa de luz eterna. braoc&s com uma cadeia tic ouro resplaa..-
renfeltar os Vossos altares com as ro- Escuta os sabiol', mas s6 com um dect>nte corno as duu rosa, dos pé ...
aas llndas dos nossos jardlns, quere- ouvido e que o outro esteja sempre Emquanto ella repc:te aa suas confMen-
cias, com a aegurançJ tranquilla ,le ultla
,nos ainda coroar-vos com aa rosas prompto a ouvlr as dOces melodlas pessoa que viu, e que es1a vendo_ainda,
e,ptrituals do Vosso Rosario. O Ro- do Amlgo Celeste. 11~ companheires dispersam -se pela cìdad!~
Hrio é a devoçao mais slmples e Escreve com urna mllo, mas que a contando as '11as emoç6es.
profunda que podemos utiar, unlndo outra esteja bem segura ao manto Maria, 110 entrar eni casa, prorompe eia
scluços, sem r,od~r fallir; as laKrt ,,as, a
n'ella a oraça:o vocal e a oraçAo de Deus como urna creança se agar- oprressii? Jo espi rito sulf.>.:am-oa.
mental; rttemo-lo pois com fervor. ra ao vestido de aeu pae>, , A miie recéia que teuha ~ucceJido alau-
...
Voz da Fatima .1
ma desgraça e dirige-so a toda a pressa pa- jam tocadas pela presença de um po- Subacri9ilo
ra a Gruta. der sobrenatural e creiam nelle.
Pèlo caminho en.::ontra duas outru mu- (Continuaçao)
lhercs que a tranqu11isam : .. Nao acooteceu Em volta do santuario de Lour-
nada ,le Jesagradavel a. cr~nça, que esta
a descansa:.: no moioho do Savy, d1zem el-
des a cura dos enfermos do corpo
nao' é tudo: Ao contacto desses afor-
'
Agosti:tho Tomaz Correla • 10$000
Jas. Maria dos Santos Bruno
Estuga o pas~o e, a meJida que avança, tunados logares faz-se uma real trai:is- (2.• vez)••••••.•••••
augm enta a sua irritdçiio, o seu d_escooten- formaçao das almas. 5$000
p,e Manuel Marques Com-
tomento por Bernardette haver te1mado em Que espectaculo o de todos esses bina (2.0 anno) •••••••
voltor ti grutu , apezar de se ter_ opos!o a enfermos estendidos em um leito ha tOSOOO
isso durnnte muito tempo. Ella tlnha dtto : De jornaes e percentagem
Se nli9 vultari.les li hora das vesperas, sa- mcses e annos I A arte impotente li- de estampas (Pardelhas) •
beis o q11e vos espcr.i I I) A colera ruge na mita-se a condernna-tos, sem nenhu.- 791000
O. America Bebiana Correia. 10$000
aua alma e, corno é violenta, entretem-se ma esperança a urna mobllisaçao O. Auròra Barr~to Hen-
na resoluçuo de applicar castigo severo. continua e completa. Reconheceu
Ell,1 entra no moinho com uma vara na riques ••••...•••••• 10$000
mao e vai direita a sua filh11 : para sempre toda a irnpoteacia dos Anonima (França) ••••.••
- Entun, minh,, granJe marora, exclama seus esforços. Quando os moribun• 15$000
O. Maria Cariata de Mattos
ella, tu qucres que sejomos objecto de mo- dos, cuja vida perdida est! pres_tes a Mancellos d' Aragao ( 2. 0
fa ùe tollaS 11~ pess6as que nos conhecem ? extinguir-se, se pòem a caminho,
Vem agora para ca com os teus ares sera- anno) ••••••••••••• 10$000
phicos e com as tuas hi~torias da Senhora quando os mUtilados nos seus can- O. Maria Julia Caldas Fra-
apparecida, que eu te en~inarei I • • çados e de~organisados carros, to- zlio (2.0 anno) •••••••
Prcpara-.sc para lhe bater, mas a mole1ra mam o carninho dos Pirineus, supor- l0S000
segura-lhc o brnço: . _ O. Maria do Carmo Landal. 10$000
tam com urna coragem herolca todas Baronesa d' Almeirim (D.
- ~Quc fazei~? diz-lhe ella com v1vac1dade;.
as fadigas, fodas as faltas de como-
Que fez a vossa filh:i para que a trate1s
a,s1m ? I!' um anjo e um anjo do Ceu que didade, todos os choques de urna
Luiza) (2. 0 anno) ••••••
O. Maria Luiza d'Azevedo
1osooo·
teoJes nell.1, ficoe-o sabendo I longa viagem. Serra. . • • • . • . • • • • • • 10$000
Niio esqueceret nunca o que ella era na Nem urna queixa se escapa de
Cru~I . Joao Sabino Caldas (2.0
A mie encontra-se entiio com Lu1za Sou• seus tabios, nem urna recrirninaçào anno) ••••••••••.•• , 20$000
birous, quc, profundamen_te emocionada, se se levanta de seu peito ofegante sus- D. Maria Antonio Caldas
deixa cahir numa cade1ra, reconhecenùo tenta-os e transporta-os a Esperança. Frazlio Pinto da Cruz • • 10$000
que a moleirn te"!, razao: Bernadette nao é Que decepçao, que desespero se
çulpada por,1ue nao part1u para a Gruta se- D. Maria Iria Veiga Monlz. IOSOOO
nno depoiJ <le nlcançar licença e quem sabe esses infortunados nao obteem a rea- O. Maria Carolina Mendon-
se Deus niio tem a respeito daqu_ella crean- lisaçao de seu ardente desejo t Se o& ça (2. 0 anno) • • • • • • • • 10$000
ça d es:gnios que ella nao conhece? Atravez seus membros nào conseguem recu-
das lngnmas contempla a fllha e o pranto D. Teresa de Jesus ferreira
perar o seu vigor e agilidade; se as Marques • • • • • • • . • . . 1OSOOO
reJobra. Nao comprehen.ie o qua se passai
.Mas, tendo-se desvanec~Jo por compl1;_to a dòres nao veem a cessar; se as suas D. Alda Rifa Rodrigues de
sua coler11, coma Bcrnadett~ pela mao e chagas nao tapa~ I •• Oliveira. • • • • • • • • . • • JOSOOO
juntu diri,;em se para o cammho que con· Pois bern 6 prod1g10 - nada
duzia ~ cidade, a mae enxugando os olhos e Oonativos varios • • . • • • • 64$800
a filhu voltando-se dc vez em quando r.ara d'isto acontece I José Augusto Falcào (2.0
contemplar :unùa esses logares bemdìtos Desde que tomaram contacto com anno) • • . • • • • • . • • • • 1USOOO
onde fo1 tao foliz. ,., a cidade da préce, desde que levan- D. Maria ]osé de Vascon.
Quem ern n Appariçao _? ~ernadett1 _nao tararn seus olhares para a estatua
o s,1bia melbor que da pnme1ra vez. Tin~a cellos e Sousa Amado
rezado tinha olhaJo sem interrogar, nao branca de Nossa Senhora, desde que d'Alberga ria de Napoles
perten;en<lo j.i a si propria, ou antes nlio tornararn o seu primeiro banho na Raposo (2. 0 anno) • • • • • 10$000
pensanJo em pedir nada. Era sempre a piscina, estào transformados t
mesm;\ Senhora, tao bella, tao boa, que ~be Carlos Alberto da Costa
aorria ~ a quem dava todo o s~u co~açao, Ja nao é o ternar de nao serem ou- Rels • • • • • • • • • • • • • • 12$500
sem p.:n1ar ,:m reservar para s1 a mais p~· vldos, de vér suas suplicas lneficazes D. lsmenia Leite de S. Bar-
quenJ parcella, corno nao pensava em d~vt· que é o princlpal objecto do seu pen- bosa • • • • • • • • • . • • • • 1OSOOO
dar. Ape:nas Jesta vez st: tinha estabelec1do samento, é a sua submissAo completa
uma cena f, .n1haridade e a crc:anç_a torna· D. Amelia Maria Torres
va-se mdr. ou~ada, porque se senua como A vontade de Deus. Santos Nunes da Silva. • 18$150
que infinitamente arnada. Nem um, repito-o, volta desespe- P.e Manuel Antonio da Con-
V. de M. rado t ceiç~o (2. 0 anno)..••.• 10$000
Mais ainda I Vivendo no meio dos D. Henriqueta do Rosario
sofnmentos dos outros, pensa-se Coelho Perelra (2.0 anno) 10$000
RS CU~AS quasi sempre, em Lourdes, que se é Dr. Welss d'OJlveira (3.0
privilegiado ern comparaçAo da quin- anno) ••••••••••• , • 20$000
tissencia de mlserias fisicas de que Condessa de Tarouca •••• 10$000
Em Lcurdes e... em Fatima se esta rodeado. E' esse sentimento D. Alzlra Vieira (2.0 anno) • 1osooo
que provoca esse outro mi/agre per- P.e Belarmi no d' Atmeid.a
De um interesante livro aparecldo manentt da Resignaçào. Perreira •••••••••••• 10$000
ha r,ouco do Dr. A. Marchand, vlce- Todos os doentes, que sem serem O. Cecilia Correla Costa
president~ da secretaria das verifica- curados, retomam o caminho da vol- (2.0 anno) •••••••••• IOSOOO
çOes médicas de Lourdes, vamos tra- ta, Jevam comsigo, pelo menos, o re- O. Jsaura Oonçalves Alves
duzir o que segue e que egualmente conforto que consola e a esperança Mathoso •..••••.••• 10$000
se i,plica aos acontecimentos da Fa- que os sustem. O. Saturnlna Meirelles•••• 20$000
tlma: p,e Jaclntho Antonio Lopes
Ernfim, é frequente que de seus (2.0 anno) •.•••••••• 10$000
cNao é somente com o fim de con- labios descorados saia a segulnte
ioJar os sofrimentos da sua creatura oraçl\o: •Senhor, nao me curels a D. Maria Luisa Paes Men-
que Oeus permite a cura dos enfer- mim t Offereço vos os meus sofri- des. . ••..• · · · · • · • · 10$000
mentos e a minha vlda por aquelles O. Ludovina Neves (2.0
mo~ . anno) .••••••••••• 10sooo·
Se asslm fòsse porque é que a V1r- que e~tao mais doentes que eu, pela
Maria Emilia dos Santo$
gem de Massabielle obteria a cura cura daquelles que sofrem mais que
tOSOOO
·----....-----
apenas de alguns raros privileglados? Cardla Vieira •••••••••
eu.•
Por muito grande que seja este nu· O. Elvira Barbosa Vieira •• JOSOOO
mero o que é elle ~m comparaç:Io O. Joanna Lucas Trlncao•• 10$000
da ìmmensid~de de m,serias e de en- Voz da ·patirna D. Raia Ouarte Ribeiro•••
D. Maria de Setpa Pimentel
lOSOOO
20$000
fermidades do genero humano?
NAo t Oeus tem outros fins mais Deepeza Abel Augusto Ribeiro •••• 21$000
altos I O seu fim fazendo os Mila- O. Palmira Serra Alves ••• 10$000
Transporte • • • • • • • • 8.339:620 O. Jzabel Virginia Ribeiro
eres de Lourdes é p0r o sobrenatu- Im~ress~o do n.0 15
ral em evidencia, é afirmar o seu In- da Costa ••••••••• · • lOSOOO
(10:000 exempJares} • • 180:000
Unito Poder.
Maria quer que as multid0es vejam
Outras despezas•••••••_ _36:000
P.e Vlcente Martins Tornixa 10$000-
D. Maria ]osé Soares d' Al- .
o milagre em Lourdes para quc se- Somma •••••••••• 8.555:620 bergarla • ., •••••••••• 10$000
r
d.> ; ~ o~r
A.no I I I:.EIRI:A:, 1:9 de Feverciro de 1.024 -
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i,. .,

(COM APROVA.O.A.O ECLESIASTICA)


Direo1:or, Proprio-torlo e Editor Admlnls-t::nc.lor: PADRE M. PEREIRA DA SILVA
4
DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS ' REO,\.CçA0 .E AOMlNISTRAçAO
:B.UA. :O- NUNO .ALVARES PEBE:ISA
Composto e impresso na Jmpren~a Comercial, d Sé - Leiria (&EATO NONO DE SANTA MAna)

dosa, ao retirar o médico : e o caso é


13 de Janeiro i
que Nossa Senhora da Fatima vai ti-
rando a freguezia aos médlcos, e que
elles niio podem gostar nada d'is~
Foi-nos enviada a seguinfe carta,
.. A's dez e meia estavamos na Fa- que pedlmos venia para publicar: so I ... , Calcule a graça que todas
tima espP.rando, dentro do automovel, lhe encontramos, principalmente P.Of
que cessasse a chuva, que sobretudo « 13-1-924, b 3 da tarde. ella nao ser de muitas graças•••
de madrugada fOra torrencial. Venho sob a maior commoçlto dar-
Como de costume tinhamos reza- E. M.•
lhe parte duma grande graça conce-
do em commum o Santo Rosario, dida por Nossa Senhora da Fatima,
parando um pouco no fim de cada ca Nossa Santissima Mlle do Roza-
terço para trocarmo~ impressòes.
De outra carta que nos foi dirigi-
rio>, a esta humilde filha. da copiamos o seguiate:
De Lei riaasC6rtes e Reguengo do Nao sei se lhe cheguei a mandar -i

Fé!al, estrad~ çiuasi intranzitavel. De- dizer que duas injecçOes que me de- • Quando estava a escrever esta
po1s, la no alto, um f rlo que enrege- ram, (urna em cada braço), se me in- • carta ful iòterromplda pela Francisca
lava. .e fectaram a ponto de me incharem os de Jesus Mança que me pedi& para
Em volta da capellnha apenas qua- braços, ter dOres horrJveis, e depols particlpar a V. Rev. a cura duma
tra ou cinco. pessOas. • 1 de muitos dias de marlyrio e sem na- filha de Maria da Murtosa I
O vento e a chuva n§o permitiram da poder fazer, de cama, com febre e Creio que é menina nova •••
que se celebrasse no altar exterior comptetamen1e inutilizada dos dols Sofrla dum tumor no peito e con-
em frente da capelinha commemora- braços, declara o médtco que dois sultando os médicos mandar'am- lhe
1iva das Apa1içòe!. dias depols, voltaria para m'os lance- fazer urna operaçao I Pedlu urna pou-
Penswa-se em ir celebrar a egreja tar r ••• Tendo eu verdadeiro horror ca de agua de FAtima e principfou l
parochlal, (lUando alguem tembrou a lanceta, com tal fé me apeguei com urna novena, feita do segulnte modo:
que recentemente tinha sido construi- Nossa Senhora da Fatima, que dei- tornava urna colhtrsinha a'agua e
do um altar dentro da capéla. tando sobre os braç_os urna pouca da retirava-se ao seu quarto a rezar o
sua agua e colocando ao mesmo tem- terço, isto por espaço de 9 dlas. So..
E~qu~nto t~do se preparava para
po a sua medalha, rezando nes'sa frla muitas dOres e agora n~o as tem
a prrmerra .\trssa, que foi celebrada
pelo Rev. 1\lauuel Per'rlra da Silva ' occaslào trez Avé-Marias e urna Sal- e pode trabalhar. A mae vendo isto
administ,ador u~ e Yoz da Fatima•, i~
vé-Rainha, fiquei completamente cu- levou·a ao médico e este verlficou
rada I Passados que fòram os dols que nada tinha, havendo desapareci-
cbeganll? b«stant~ gente por quem
se destritiuiram ainua ceréa de qu- dias marcados pelo médrco, volta etle, do o tumor I ! I
tro mli ext!mplares ci'este jorQal. . e. e depoi8 de tudo prepararlo para a Tenclono procurar a menlna e fa-
operaçllo, qual é o seu espanto, ven- . tar com a màe. Pedem' que stja pu-
A segunJa Missa foi celebrada p~ do que nada tinha a fazer I bllcado na , Voz da Fatima•.
lo Rev. Dr Mapuel Nunes Formigao Sorrindo diz: •mas, tnioha senhorait Depois infortnarei do que souber•.
de Santarcm. 1 '
os seus braços estao curados, o pus · Tudo isto vae melhor expllcado
Houve algumas dezenas de comu- eliminou- se e a unica couàa que me noutra carta de 26 de Janeiro.
nhoes, impedindo u chuva que ou- resta a fazer é dar-lhe os meus para-
tras pes!'lOas chègassem a tempo es- Dii esta: •
bens•. E attribulndò· fudo ao meu
pera~ùn fozel-o ainua na eg,eja pa- · terrivel nervoso. voltando-se para mi- e Logo que receb1 1a sua carta fui
roqu1a1. , 1 S\ • \ nha filtia, sua sogra 'h uma senhora a casa da pequena curada.
Vtmùs lc1g11rrrn3 Je 1 c 'mmoçAo em ingleza minha amlga, 1~ue esta'vam: J! a tlnha proèurado no dia 2.
a_lguns. olhos. Fez as pledosas e sen- diz: «os nervos desta senhora sito de E'•urna s~nta menlna, ntha de Ma-
hdas uìvocaçOes dò costume o Rev. tal ordem que s6 o susto, a curou>. ria, tendo de idade 23 annos.
Dr. M'ttnuel Marques clos Santos, Todas nos sorrimos, e se nada do 1 E' muito simples, nào tem a mi-
qu~ levt? de terminar mais cedo o ser- que sentimos dlssemos, fol porque, nima maldaìle. Confessa-se, com-
mào por ~au5a <la chuvn. Apartlimo- sendo ele muito~Oa pesOa, nao nos munga e costura, mas com urna shn•
n.os oep,;~s, saudosos, d'aquela estan- parere que creta muito nas graças plicidade t'tlorme I
cia bem .,!f;i mas nào sem, jé de cten-· que a Nossa Mae Santissima por ve- Nào sab~ ùiz< r ha que tempoa ti· 1
tro do automovel' que nòs conduzla Zl!S concede aos peccadores, mas pela nha o tumor no pe,10. S6 ilepoi~ que
cantarmo~ comm,1vidamente as noS-: m1nh~ parte n!lo perde pela espera, a m!le lhe percetieu o t5raço parall-
sas dt:spedief,,"'é nossa que:ida MAe pois, e n occasl!o opportuna lhe alrei sado é que observou o· estado em
do Ceu, dize,,Jo: ' , tudo que agora t!lo religiosamente que ella estava.
., I l" ,
.
guard~l no meu coraçao. · fol COfii\Olrnr o 1prlmelro médico e
De iVO!ì me,aparto, 6 M1ie t Pa.rece-lhe que fiz oem ou mal? este aconsclhou- ltie urna op\~raçJo.
Adeu~. adeutf, r:\faria,
No ceu, no ce.u. no ceu,.
Agora delxe que lhe diga urna fra- 'Folao segnnào e mandou-a para
se cheia de graça da tal senhora in- banhos do mar. Fol ao terceiro que •
.Eu Vos verei um dia J gle:ia, catbolica praticante e mul pie- lhe dcu um remedio para.ella tornar,
..... Voz da Fatima.
(e do unturas ao peito), isto por urna transformaçao da alma, sao re- Julieta For~t foi curada da sua
espaço de 15 dias. Sentia muitas dO- pentinamente sacudidos pelo espec.. tisica em ultimo grau; o médico pro-
res e muitas picadelas. Tornasse o re- taculo de Fé ardente e sao subita- nuociou os seus votos religiosos nos
medio, parando 15 dias e depois, se mente arrastados por estc ambiente Padres Redemptoristas, e o eogenhei-
nao obtivesse melhoras tinha de fa- particular que tem principio em vol- ro converteu-se ao catholicismo.
zer a operaçào. ta dos factos sobrcnaturais, na préce No curso do verao de 1920, eu via
Nest~ meio tempo tomou a agua comum e nas imploraçoes da multi- entrar na secrctaria das verificaçoes
nove d1as e rezava o terço, prin- dao? o senhor X . . • membro distincto
cipiando o tumor a diminuir, a Quantos, subitamente, esquecem da sociedade de Paris.
faltarem- lhe as dOres, e ja pode tra.. todo o seu possado e suas antigas la acompaohado de sua mulher e
balhar. A familia esta convencida convicçoes para se torm1rem bons de sua filh1. Esta ultima, encanta-
que foi N. Senhora que a curou. 0iz christaos, fie1s depois as praticas reli- dora creança dc doze anos, de f6r-
a màe que quando a encontrou nes- giosas? mas agradaveis e regulares, dotada
ae estado foi em Outubro passado, Urna tarde, cerca das nove horas, de uma inteligeocia pouco comrnum,
nos primeiros dias. Foi em Novem- na ocasiiio dc urna importante pere• apresentando todas as apparencias
bro que tomou a agua da Fatima. grinaçao, um sacerdote safa da Egre- duma boa saude, era afl1gida por um
Hoje mesmo mandaram dizer urna ja do Rosario. A' entracla foi abor- strabismo dos mais acentuados, que
missa a N. Senhora, e prometem ir dado por um homem ainda jovcm desfigurava completamente o seu be-
A Fatima com a pequena. e disttncto, tornado por urna visivcl lo roseo. De olhos lacrimosos, a se-
A màe dlz que foi N. Senhora comoçao, quc lhe pediu o ouvisse de nhora X ... expunha me a profun-
quem a curou. confissao. d:i pena que lhe causava, 11ss1m co-
M. D. T. S.• Os numerosos confossionarios es- rno a seu marido, a enfermtdade
tavam tomados; as confidencias de- tao desgraciosa de sua filha.
Obraa da Fétima viam ser longas, afirmava o peniten- Um e outro, cheios de confiança e
te, pois que ha via vinte annos, depois de fé vinham implorar de N. Senho-
Devldo ao inverno nao se teem po- da sua primeira communhao, que se ra ~e Leurdes na sua augustia, nao
dldo continuar as obras, mas sabemos nao tinha aproximado do Tribunal duv1dando de que suas préces seriam
que vao recomeçar P.Or estes dias. da Penitencia, atendidas.
Logo q ue as palavras de pe::rdiio Tres dias depois reccbia eu nova-
deram a paz a esta alma de boa von- meote a visita da fam1lia X ..•
H cura das almas tade, o feliz perdoado, se laoçou de-
bulhado em lagrimas, ao pescoço do
•Doutor dizia-mc a mae consola-
da, fizemos todos tres o sacrificio
Em Lourdes, assim corno em Fati- sacerdote. da cura da m1nha fil ha :
m a, as maravilhn!i palpaveis e visi- <tComo eu sou feliz ! - exclama- No fim de contas a sua enfermida-
veis, de ordem phisica, sao nada cm va elle - o desejo de receber o per- de nao nos causa, tanto a ella corno
comparaçao dos efoitos de ordem mo- dao das minhas faltas, sem que eu a n6s que fomos acumulados de bens
ra I produzidos pelo benefico ambien• disso tivesse consciencia, se apode- terrcstres, seniio urna simples belis-
te de oraçoes e pelo excmplo conta- rou de mim repentinamente., cadura no nosso amor propno.
gioso da caridade sob todas as formas. «Meu Padre - acrescentava elle, E o que é isso ao pé de tantos hor- •
Em Lourdes reina, sem restricçao, a - faça-me ainda outro favor: acom- riveis sofrimentos, de tao repelentes
verdadcira Fraternidade; em Lour- panhe-me até junto da minha boa enfermidades, de quc, desde que che-
des tecm realisaçao as aspiraçoes mais mae qu:: nao acreditara se nao vier gamos, temos o espectaculo em vol-
cgualitarias. comigo testemunhar a graça que ta de n6s? Que a Santissima V1rgem
Os exemplos da solidariedade mais me acaba de ser concedida., nGs conserve a nossa prova ; que el-
manifesta e maior sao dadas conti- Evidentemente que, se nos collo· la venha em auxilio de nossos irmaos
nuamente por todos, bran.cardiers camos no ponto de vista scientifico, dcsht:rdados pelos qua1s unimos as
enft:rmciros e enfermeiras, tanto da~ é a curabilidade do incuravel, é o nossas oraç6es I,
piscinas corno dos hospitais. Com «milagre, que constitue a caracte-
risticu de Lourdes.
una abnegaçlio digna dc todos os elo-
8Ìos 1..s~ueccm as suas proprias ncccs-
sidadcs e o seu proprio. cançaço para
Mas se nos colocamos no ponto de
vista religioso e se observamos as
Hs contas de 5. Pedro
se consagrarcm gratuitamcntte aos multidòes em oraçau, a piedade edif- Rev. 1110 Senhor Prlor:
interesses e cuidados de seus irmlios ficante que se manifesta em toda
a parte, as curas sobrenaturais nao Conslnta V. Rev. que Jhe /aie com
docntt:li e desherdados. franqueza.
Em Lourdes é o pobre e o desgra- sao senao urna das partes de um
~abe quanto sou dedicada d nos-
çado quc siio senhores. 0esde a sua coojuncto em que todu as manifes-
taçoes da vida espiritual e da fé chris- sa Jreguesla eque nao eosto de /al·
chcgada à cidadc de Maria encon• tar d missa, 4 desobrlga, etc. Mas,
tram asilos comfortaveis onde se ta simultaneamente se manifcstam.•• sinceramente, parece-,n,e que os pe-,
abriguem, cuidados afoctuosos para Boissarie cita o exemplo <laquelle
jovem bospede de Villep1nce que re- dltorlos vtlo sendo demais . • .
as suas cnfcrmidades, rcconforto e E' para u.ma enfiada de Jrman-
consolaçao para os seus sofrimentos. cebcu um dia a visita dum médico
da capitai que acompaohava seu ir- dades, para o seminario, a pensllo
Os sacrificios oferecidos para con- do Pdroco, a quota do cape/do, é
solaçiio de outros, a mutua aft:içao mao, um engenheiro de religiao pro- para os oltmlles /amintos, d/nheiro
nivada pela mesma fé e pelc1s mes• testante. Este dr. que tioha dado gran-
dcs provas de car,doso interesse pela de S. Pedro, clero pobre, etc.
mas aspiraçéi.!s, dao ao desherdado Quasi ntlo nos deixam um dia
da vida a pac1encia e resignaçao per• pobre tisica J ulieta Forét - era es-
se o nome da desgraçada crcança - ti- tranqulles.
feita,. Eis, pois, mais um milagrc: E creta V. Rev. que nao sou s6
em Lourdes n.lio hd dezesperados I nha sido extremamcnte tocado por
esta simpatia. Alguns dias depois c:lla eu a pensar oisim.
Alt:tn disto, quem poderi contar Ou.tras pessoas, e das mais ami-
as voltas para lJeus obudas por actos escrevia a urna bemfeitora e expri-
EOS da nossa eenia, me teem dito
inccssantes e atrahentcs de caridosa mia-se assim: ·
e.Espcro que a Santissima Vir- que eostarlam, ao menos uma vez
picdade e pda atmosphera cspec1al por outra, de resar em paz numa
de fé e piedadc ? gem me querer~ curar! Se eu cievcs--
1
se continuar doente teria urna pena eg-rria sem receio de ser importa•
Que diter das conYc:rsot:s de que nadas e distrahidas por ptditorlos
rect:bcmos as vezts as confidcnc,as inconsola,·èl: tont•do Caria tfe b8a
vontade o sacrificio da rainha aaude, importunos.
e daquelu ~ue se ignoram e por is- Nilo nu levi Y, Rev. a mal este
s,;i t,c; ni• publicaram ? de tudo, pela conYer5ao do ac:nhor X.,
o protestante de qne cu rceebi a yj. d1sabafo •
. QuantO'l h.~mem, lc:vJdo..; por cu• De V. Rev.
m,-;tdade as margcns do GaYe pelos sita.,
parochlana multo dedicada e respei•
acasos dc urna viagem pela t~rna e Um tnl sacrificio Yoluntario rece-
perseverante solicitude' de uma mae bcu a ~ua recompcnsa. tosa
Nossa Senhora de Lourdes atten-
Alice Maria
ou. de uma esposa, quantos homeni,,
o menoa prcprrrad•s potii,el para deu os 4~•a 4'i piedosa rapariga. Eram 8 11:>ras quando o sr. Prior
Voz dn. Fatim.a
recebeu das m!ios do sacristào o so- menos. Dava todos os mezes para o za mundana quando devia fatar com
brescrito lilaz com sinete sobre la- culto •• , para festas ••• energia apostolica e sobrenatural. ~
ere prateado. - Dois mil e qulnhentos ••• gente rlca, por exemplo, acreditou
Começava bem aquele dia corno - E tambem dava todos os anos sempre, graças ao silencio de V.
alias quasi todos. Era, logo de ma- para o Seminario ! ... Rev.•, que podia gastar contos e con•
11hà, a arreliasinha inevltavel. - Dez tostoes. tos de réls em superfluidades, ao rnes-
Leu, tornou a ler ••• e fez um - Perdao, senhor S. Pedro, este mo tempo que para as Obras da pa-
exame de consciencia. anno quinze tost0es. roquia dava uma contribuicao de mi-
Sim ••• de facto havia muitos pe- - Tem razlio; mas cinco eram seria. E quem sofre as consequenclas
<litorios. doutra pessòa. do silencio de V. Rev.•? Os seus pa-
Mas que remedio? - E' verdade ••• roquianos. E sai-lhes caro. Ainda ha
E' certo que todos vivem com di- - A qui é sempre verdade I poucos dias eu mandei para o Pur-
flculdades ••• A carestia da vida ••• - Mas eu dava a todos os pedi- gatorio urna paroqulana a quem V.
Na verdade ••• torios. Rev.• multas vezes fatava e a quem
- Clnco tost0es. considerava urna paroquiana modelar.
Mas a Igreja tambem a sentia, a
- E dava para o dinhelro de S. Modelar 7 Pois esta no Purgatorio•
.carestia da victa. Eram cada vez mais
os pobres. As despezas do culto au- Pedro, para a Propagaçao da Fé, e - A Senhora D. Alice Maria?
rnentavam sempre. Depois o apelo para a Catequese ••• Dava sempre, -Essa mesma. E V. Rev.4 val
instante do Prelado que nao tem re- sempre t ••• fazer•lhe companhia, e, natunlntente
~ursos para sustentar os seminaristas. - S. Pedro olhava·a por cima dos com alguns anos a mais. Responsabi-
E tudo, tudo ••• oculos, emquanto eia falava ••• fa- lidades de pastor•••
Enfim, far-se-li o que f0r possivel,
monologava o sr. Prior, cauteloso. E'
tava. De subito. atalhou :
- E sabe, quanto dava, ao todo, •
Com efelto, o sr. Prlor la encon-
preciso contentar toda a gente. Ha cada anno? trou a sua paroquiana no Purgato-
-Nunca fiz a conta •••
,de encontrar-se maneira de deixar rio.
-Fi-la eu.
que as boas parochianas rezem na Contente é que eia nao estava, nao.
- Urna bruta qua11tia, niio é ver-
igreja sem que se lhes espie o fervor - Sr. Prior, é por sua culpa.
<ia oraçào ••• e sem que lhes seja dade, meu bom senhor S. Pedro? 1 - Minha Senhora, tambem eu di-
forçoso alargar os cordòes a bolsa, 1. - Oito mii réls, moeda actual.
-S6 isso 7
go: é por sua culpa.
.,, -Ou aliviar a carteirinha gentil ••• - l\tas eu nao sabia. V. Rev.• tt-
Nào ha duvlda; isto de ser paroco é - Nem um centavo a mais. nha obrigaçao de me dizer qual era
um descanço I ••• - Pois parecia- me que era maior o meu dever.
Ora sucedeu que oito dias depois quantia ..• - Nao me atrevia, minha Senhora.
..a Sr.4 D. Alice Maria apanhou urna - Parece sempre • Lembra-se da sua ultima carta?
i;ripe das_ peiores e tao mli que a - Mas nao haverA engano ?
- Ah I Se eu tlvesse s.. bido.••
Sr.8 D. Alice Maria morreu. - Aqui ni\o ha enganos. Devias
- Se eu tlvesse mais coragem.
ter dado, pelo menos dez vezes
. Num abrir e fechar de olhos, prin- mais. • •
<:1palmente num fechar de olhos, es-
- Meu Deus, com a vida tlio ca- '
E, emquanto tais sucessos se pas-
1ava deante de S. Pedro. savam Id em cima, ca em baixo, no
ra I •••
- Meu bom S. Pedro, sou eu a quarto de cama da Senhora D. Alice.,
Alice Maria. -Nem sempre te lembraste da ca-
restia da vlda. Recordas~te do que Maria os fellzes herdeiros de S. Exce-
- Ah 1 ••• Slm ••• déste pelo teu ultimo vestldo ? E de lencia esvasiavam o cofre forte, abar-
- Ha dois dias ainda eu fui ! quanto gastaste em praias, combolos rotando de acçOes de Bancos, de
Jgreja .•.
automoveis e mil outras bugigangas obrigaçOes de Companhias, de papeis
- Ah I Sim ••• slm ••• inutels no ultimo anno? Tenho aqul de todos os matizes representando
-O meu Prior conhece-me mui• a conta •.. valores de todas as especles; inven-
io ?em. Mesmo é ele que hoje diz - Meu bom Senhor S. Pedro I Faz· tarlavam os massos de notas do B ·1-
Ji missa de corpo presente ••• me tremer de medo .•• co atados havia multos anos, par.i c1II
Vai multa gente ao meu enterro ••• - E com raza.o I arrumados inutels, estereis.
S. Pedro, indiferente e frio, folhea- - Mas que quer dizer com isso? - Meu caro, b0as massas, heln?
,ya o seu grande Uvro de registo, -Que tem um logar no Pureatorio. Eu ben:i o dizla •••
aquele livro em que se escreve tudo -Meu Deus I Senhor I Senhor I ... - Eu tambem sabia que eia as ti-
.o que n6s por c4 fszemos e dliemos. - N~o é aquele que implora Se- nba••• Mas tanto •.•
E emquanto Ila deixou escapar, nbor I Senhor I que entrarA no Rei no
por entre dentes, certas palavras dos Ceus, mas o que ouve a palavra (/mitado de P11mRE L'ERMlTE)
que davam calafrios. de Oeus e a guarda. ,
- Alice Maria, multo 'senlimental:
• .
.pledade exterior, superficial, s6 ao
de cima ••• pouca vida interior. Ora chegando o Sr. Prlor a sua ca- AVISO
Em casa pouca vigllancia s0bre a
sa, quasi sem folego para a confessar,
contraiu por contagio a mesma doen- ~
Sabemo• qua alguma•
educaçao dos filhos e vida dos crea-
ça e de tal forma que em poucos dlas peaa6aa andam po.. v •·
dos. Um certo numero de colsas mal
ieitas e nunca reparadas ••• V;ilda-
passou d'esta para melhor. ria• parte• wendeado teflf•
Coube-lbe a vez de comparecer qo• e eutroa obJeotos re•
de • • • nAo é ma pessOa • • • mas
deante de S. Pedro, que estava com · lfgioaoa diz~ndo 9ue os
urna lingua um tanto comprlda.
Em certa altura carregou as so- cara de caso. O Porteiro olhava-o de vendem por. oonta de No••
brancelhas. sobrecenho franzido.
- Fortuna importante. -Ao que parece, as colsaa nDo •• Senhor• de Fatima,
iam mal la pela freauesla. Mas a'lul quando aflnal é pa .. aont•
...1 E S. Pedro olhou filo a preten-
~ente ao Paralso. as aparenclas valem pouco. V. Reve- p ..oprl•• .
rencla é responsavel pelos seus paro- Eatamoe oflolalmente
- E as Obras paroqulais? quianos•••
- Oh, meu bom senhor S. Pedro, - Eu era muito culdadoso com a • auto•laadoa· • d e o I • r • P
eu dava para todas as Obras I ••• catequese e com a homilia. qua nenhum• P•••6• aats
-Quanto?
- E' l:erto; ca estA: «enslnava com enoarl'!egada da tazer tal•
- O mais que eu podla I' .•. zelo a doutrina. • •
- Quanto? inslstlu o antlgo Pes-
wendo••
-Visitava, amparava, socorrla os
cador. pobres. • • •
- Nao sei ••• Nao me lembro••• -Tambem é verdade. Mas V. Re•.• .1
Estou toda a tremer ••• Mas eu era fraco com os pnroqulanoa: nAo Na poesia publlcada no penulthn•
-dava sempre e para todas aa Obras ! ' se atre via R dizer•lhes com f ranque- iqumero deste jornal onde se lé -ço,:_{l-
Para todas. Na vespera de cahlr za os sacrlflclos que tinham de im- çòes inno&ente8 deve l~r-se &oraçtld
.doente paau~i sete recibos, nada pOr-ee. V. Rev. 1 falava Ct>tn delicade· ; incertos•
• ,
Voz dn.;

Hos extraulados Voz da fatima,


Manuel Duarte Silva (2. 0
anno) • . • • . • . . . • • • • JOS0OO
Antonio Alberto (ignora•se
Ahi petos meiados de a~sto ulti- Deepezas a morada) • . . . . . • • . • 10$000
mo noticiaram os jornaes em, laco- Cosme Ferreira de Castro
nicos telegramas o desastre sucedi- Transporte ..•••.• 1 • • • 8:555:620 (2. 0 anno) . . • . . . • • . • 10$000
do a peregrinos, entre os quaes .vin- Impressào do n.0 16. • • • 200:000 Manuel Lucio de Andrade
te e quatro hol,rndezes, que em ca- Outras despezas ••.••. • , 40:UOO (2. 0 anno) . . • . . . • . . . 10$0'.)()
mion voltavam de Gavarnie a Lour- . Somma. • . . . .,... . 8:795 620 P.e José, da Amoreira, An-
des. t , tonio Monteiro e outros. 15SOOO •
Perto de Saint- Sauveur e nao SubaoPìçilo t Dr. Antonio Farla Carneiro
longe da ponte de Napoleon, onde (Contlnuaçào) J Pacheco (2. 0 anno) . . . • 20$000
a estrada é estreita e o declive mul- D. Amelia Augusta de Jesus
to grande, um movimento rapido do Oonativos (Carrascos).... 15SOOO e Sii va Oarcia..... ·. . • 10$000
volante, com que o chaufear quiz D. Maria Celeste de Seabra D. Romana Caldas Pereira
evitar o atropelamcnto de uma mu- Fabiào....•...•..•. 10$000 da Silva. . . . . • . . . . . • 10$000
Jber, fnz l'ecuar com violencia o ca- D. Maria José da Silva ... 12$000 D. Maria Amelia Capelo
mion e este precipitou-se com todos P. 0 Antonio Cesar de Gou- Franco Cunha Mattos . • 10$000 •
os passageiros pur urna ribanceira veia I Valente••..••... 10$000 Antonio B. Figueiredo Nu-
de setcnta metros de alto, D. Maria Teresa da Silva nés de Carvalho . . • . . . 10$000;
Os peregrinos holandezts marre- Passos...••.•.....• 10$000 D. Maria do Rosario Mar-
ram todos hcando horrivelmente des- D. Maria Olivia de Santo ttns. • . • . . • • . . . . • . • 10$000
figurndos. Alguns dos outros passa- Antonio Netto ....•.. 10$000 Antonio Antunes Mota . • • 10$000
geiros que escaparam ii morte, fica- D. Ophelia da Veiga Motta 10$000 D. Cesarina da Piedade. . • 10$000
ram em estado gravissimo. Passados D. Anna de Campos Oodi- Joaquim Alves Marllns . . • 10$000
os primeiros momentos da triste im- nho ••........•... 20$000 D. Maria Primitiva Castro • 10S00O
pressào causada pelo desastre, ·come- Narciso Marttns Ribeiro.•. JOSOOO Marianno Lemos ... ...,. 10$000
çaram as averiguaçòes a respetto das D. Margarida L. d' Atmeida. 20$000 D. Maria José Amaclo de
vtctimas e o que se apurou foi que D. Maria da Boa Hora San- Abreu Amorim Pessoa·. • 10$000
os taes peregrinos hola11dezes eram tos Bernardes : ..•.... 10$000 O. Maria Luiza Rodrigues • 15$000
quasi todos protestanteJ e faziam D. Maria da Conceiçilo Al· P. 0 Antonio dos S11ntos Al-
parte de um grupo de excurslonistas cantara Matheus •...•. IOSOOO ves (2.0 anno) .....•. ! 10$000
organisado pela agencia Klerck, da D. Marl!3 Aurora Vlegas.•• tOSOOO Paiva, lrmao & C.• . • . . . . 20$000
cldade de Dordrecht na Holanda, Joao Lourenço Oomes dos Seraflm da Cruz Vieira • . • t 0$000
crea·da para enviar de vez em quan- Santos.•..•.....••. 10$000 O. Maria Irene Themudo
do passeantes a Lourdes, onde fariam D. Maria Clara Rodrlgues Figueira de Andrade No-
o centro das suas alegres excurs0es Monteiro , ..•..• , ... 10$000 gueira . . . . . • . . . . • . • 20$000
petos Pyrineu$. O chefe deste grupo, D. Berta Métyer Machado D. Oenerosa Fa!'lnha • . • . 12$000
que tambem motreu, era o mesmo (2. 0 anno) . •.• ..•... 10$000 D. Maximiana Vleira. . . • . 10$000
Kte,k fundador da agencl~,~redactor- D. Maria da Graça Ouarte Joào Lopes Laranjeiro. . • • 10$000
chefe do jornal «O Protestante,. Santos..•..•.•.. . .. 12$000 D. Josefa Carolina de Mat-
~ora o objecto prlnci~>al ilas pole- D. Marlna Augusta Chaves 12$000 tos Chaves. . . . . . • . • . 10$000
micas do jornalista Kle1k era o cul- D. Elisa Coetho Marques D. Mafia òa Conceiçào V.
to de N. Scnhora. No ut1imo numero j (2.0 anno) •••••....• 15$000 ! Franco. . . . • . • • . . . . . 10$000
do seu jòrnal fizera Inserir Ull) artigo O. Maria da Purificaç4o flJ D. Maria do Carmo da Ro-
perfido contra os factos sobrenatu- Godinho ...• •.•. ... 10$000 cl'la . . . . . . • . . . . . • . • 15$000
raes de Lourdes termiriando por dl- Antonio da Costa Mèlicias D. Maria Miranda Fragoso. 10$00)
zer que «néles s6 poi':le ter confian- ' (2.0 anno) .........• 10$000 D. Anna Fernandest Poi es
ça quem possua uma ' fé ingenua ou D. Livia d' Almeida Baltazar 10$000 Oiào . • . . • . . • . . . • . . 20$000
uma alma d~ cortlça., • O. Virginia Mendes de Sou• D. \I aria Christlna, Capello
.i lav ia uns mezes que o redactor sa e Sìlva ..•......• 20$000 Franco ..... J . . . . . . 10$000
em chefe, KletK, vinha ariunclan"<to D. Manuela Sobral Alvares. 10$000 D. Margarida Manuel Plnto
no seu jornal que dentro em pouco ' D. Maria José d' AImelda Coelho (2.0 anno) • • . • • toS00O
apareç~rlam no jornal protestante de Teles . . .......... . 10$00<} A11tonio Coetl1o da Rocha • r 10$000 •
que etre era secretarfo, dlz o jornal p_e Antonio Carreira Boni.: D. Ermelinda Coelho da
holandez • De Ttjd,, artigos para facio (2.0 anno)....•.. Rocha ........•.••• t0SOOO :t
combarer as cura, de Lourdes. Pelo D. Luiza Barrei,os Salema. D. Btlgida de Sousa Sam-
que mc consta, d(z o citado jornal, D. Flavia Rltbuça •.••••• paio ... , .•••..•..• l0SOOO
f0ra elle para esse 'fim a Lourdes on- D. Maria Adelatde de Re.. O. Maria do Carmo Raposo b
dé pa,sou uns cinoo dfas da S'egun- de Sousa d' Alte •••••• 5$000
da semana de agosto, Nessa mesma E, B. O. A. C. 8. (Angra). 20$000 ,
semana fitera annunciar O"'seu pro- Joaquim Augusto de Lacer• I

posito no aeu j()rnal, em arUgo feito da .••. ·· r. , , • , · . · · 5$000


antes da partida. b I D, Maria d' Ascençao Bar-
• lmpediu-o a morte. ros de Mello •.• 1. • .. • • • 1OSOOO
A mao que devia retomar a pena o. Amelia Perelra Couti- J

contra o culto de N. Sentiora ficou nho. . . . • . . • . • . . . . 10$0001


hirta pela --morte. f oi chamaifo com o. Maria de Jesus Gorilo
c,s excursionistas que o acompanba- Henriques de Brlto Per•
vam, ao tribuna! de Deus.» nandes .•...••. ..• 10$000
O. Maria Adelia de Freitas
O noJso Jorna~•inho é (2.8 vez) . . . . . . . . . . . 2$500 Torres. . •••••... - • J0SOOO
Manuel F, de l\tello (2. 0 ,_
deatrib11lilo"gr'ilultamen•
te n,_ Fétlma noe dlaa 13
De jornaes (Alcanena).••• 29$500:,
D. Carolina da Conceiçilo . anno) .......... - · • 10$000 '
de ooda mie. So team di- Silva • ....•.••.... 10$000 P.0 Joào Lopes Gomes (2. 0
reito a re ebel-o aelo cor, Manuel A'ntouio Lopes (2. 0 , anno) •• • · · . · • , · · · • 10$000
Pelo, d11r111nte um ano, oa anno) •• . I..• . ... . .• .10sooo P.0 Antonio Carrelra Poças
quo tivP.rem ~nandado dez D. Màrla ila Coucelç:io Al• e D. Delfina de Jesus Ve-
11111 réi • ves de Mattos (2. 0 anno) JOSOOO nancio (2.0 anno) ••..• toSOOO
S•tif,faremos goatoaa- D. Maria das- Mercés Bian- D, Beatriz Rodrigues Vieira
111e nte quelqueP. Peclama- chi Coelho da Rocha •• • 10$000 (2. 0 anno) • • · · • · · · ·. • 10$000
ofto qua os leltorea enten- Francisco de Lencastre (2.0 D. Maria da Conceiç~o :tos-
dam neaeesario fazer-no• anno) ............. . 10$000 cano Tinoco . • . • • • • · 10$000

"
Ano II LEIRIA, 18 de Março de 1.0.24 N.0 18
-,Q

(OOM APROVAO.ÀO ECLESIASTIO:A)


"Director, Proprle'éoi•lo e Editor Adnalnlstrador: PADRE M. PEREJRA DA SILVA
DOUTOR MANUEL MARQUES D0S SANTOS REDACçAO 2 'ADMlNISTRAçAO
B.U.A D. N'UNO ALV.ARES PEREJ::RA
Composto e impresso na Jmprensa Comercial, a Sé - Leiria (BEATO NUNO DE SANT.l MAMA)

o tumOr, ficando a creança a ir todos Sacerdote para a preparar. Na terra


13 de Fevereiro os dias a casa do médico. Passados
uns quinze dias, corno a mae da
creança tlvesse acanhamento de daY
ja nAo tinham mais a quc:m recorrer.
Em virtude disto a irma da doente.
chamada Palmira, vae ao quarto e
Como sucede quasi sempre na tanto incomodo ao médico, pede-lhe dlz-lhe :,Alzira, vamos rezar a Nossa
quadra invernosa que ora decorre e licença para d'ahi em diante fazer o Senhora de Féitima e Ella te curara.
muitas vezes até na primavera e no curativo em casa ao que elle annuiu. Principiando a rezar, a tia da doente,
estio, o dia da peregrlnaçao mensal Isto' deu-se n'uma sexta-feira. Maria dos Anjos Tavares, dl:r a Pal-
a FAlima foi tambem neste m@s um No sabbado a seguir a m:Je da mira : estas a rezar mas ainda n!o
dia de chuva abundante e continua creança vae para lhe fazer o curativo lhe deste agua de Fitlma a bebcr.
e de furiosa ventania. e, quando tira a mexa, rebenta o san- Esta levanta-se, vem a 'mlnha casa e
Apezar dessa centrarledade a con• gue em abundancia. pede-me urna pouca d'agua. Chega-
correncla ao locai das apparlçOes foi Como tivesse pouco animo para da a casa a familia opOe-se a que a
lncomparavelmente mais numerosa lato, chama a creada, mas esta nega- doente beba a agua fria porque p6-
que em egual dia do m@s anterlor. se a fazel-o pelo mesmo motivo. Foi de fazer•lhe mal.
E_m torno da .capelin_ha .eriglda pela n'esta occasillo que ella eat~o, cheia Nisto a Palmira pousa a agua em
p1edade dos fiels compnmia•se urna de fé e confian,a Invoca Nossa Se- cima duma meza, ajoelha e pede com
rnultldAo enorme, que se podia com- nhora n'esfes termos: Oh I Vireem muita fé e confiança a Nossa Setlho•
putar sem exaggero em duas mii do Ros4rio de F4tima, dae-me cora- ra a cura de sua irmil dlzendo : Oh/
pessOas. Celebrou a primelra missa gem para curar o meu filho ou entllo Virgem, mostrae aqui o vosso poder
as onze horas, o rev. José do Espiri~ curae-o Vos. Poe o algodao na ferida e da a agua a doente a btber, Oh t
to Santo, Péiroco do Reguengo do para vedar o sangue e a ligadura e, milaere I Mal bebe a agua a docnte
F~tal, e a segunda missa, ao meio deixa ficar. No dia seguinte, que era volta-se para a tia e diz : O' madrl-
dia, o rev. Carlos Antunes Pereira domingo, diz ao marido: O' Francis- nha ntlo sei o que slnto dentro eni
Oens, Péroco de Ourem. co, se tu quizesses ias curar o meni- mim I ,
, Depois da ultima missa, o rev. Pa- no. Este recusa- se pelo facto de nffo As affllçOes do coraç!o, o mau ha-
roco do Reguengo subiu ao pulpito ter coragem. A mae enlao re9este- se lito e a incbaçllo desapareceram !me-
e durante cerca de meia bora fallou de coragem e ttiz: Vem e! meu fil ho diatamente.
sObre os peccados capitaes. • que ..,Nossa Senhora hacte dar-me a Passados uns motm!nto1 peraunta-
Durante as duas missas rezou-se coragem precisa para te curar. Desa- lhe a irmll: ,entilo, Alzlra, a agua de
o terço e cantaram-se os cantico• do ta a llgadura e, qual nao é o seu es· Nossa Senhora fez-te bem ?• Ao que
costume. panto quando v@ que a creança esta- ella respondeu : cAi, Palmira, eatou
Por fim cantou-se o 7antam ,reo va completamente curada e até do curada, nada tenho f,.
e deu se a bençlio com o Santissimo proprio algodao tlnha desapau.:cldo Els Rev.m0 Senhor o facto tal qual
Sacramento. todo o sangue que bavla ensopado. mo contou a propria Irma da mira•
V. de M. A mae nao cessa de dizer isto a culada, Junto envio um atestado, que:
quem encontra. assim 1e R6de chamar, do proprio
Agora vamos ao outro milagre ope- Sacerdote que a fai preparar. Nao
Hs curas
(
da f aUma
~----
rado ha dlas.
Alzlra dos Anjos Sebolào deu é\
s6 élle, como, eu e mais pesaOas es-
tamos confusas com ~ste prodigio,
I)ois 00.110s luz no dia dezolto do corrente urna , da nossa t4o querida Mae do ceu.
creança encontrando-ee n"essa acca-'" Para a oulra carta enviar-lhe•el
• Pardélhas, 3.3.924, urna outra cura; nao o faço hoje por•
sUlo bem. Passados, porém, tres dias
e • • • •• Aeora vamos ao assum- aparece multo inchada em· todo o que nllo me é possivel fallar com a
pto que mais nos preocupa e mais corpo e com especialldade no ventre. pessOa que obteve a graça.»
alegra o coraçao dos que sao crentes Chamam o médico e este diz que é4 Maria dos Anjos de Mattos.»
e devotos da Santissima Virgem. Fui urna lnfecçao no utero e declara a
fallar com a mae da creança que Nos- doente perdida, recomendando fa- a Rev.mo Sr.
sa Senhora curou e ella com toda a milla que a mandem prepar:ic r.:u!l a Numa grandE' afliçao, recorri a N~ ,
sua alegria pela graça obtida, contou- ultima vla2em. Chegou a ter ouaren- Sei.h()ra do Rob. rio da fjtlma, e ful
me o segulnte: No mez de novembro to graus de febre, a ser acommertida ouvida sem dem,Ha. '
passado, a creança aparece-lhe com de ataques, ter muita affliçilo rio cora- Em agradeclmento, envlo 10:000
um grande lnchaço debalxo do quei- çilo e a' exhalar pela bOca um mau
11;0, pergunta Acreança ae lhe doe, ao
p~ra ajuda daa despezas do seu cui•
hallto. to.
que eata respondeu negativamente. Emflm, toda ella deltava um chel- AngE>llna t:.;ope1 Perelra
Vae com ella ao médJco e este diJ- 10 lnsuportavel. O médico mancia re-
Jbe depols de verificar: I alla tam~, tlrar-lhe a creança é dlz : aqÙl sd lhe De certo os nossos querldos lelto•
.Jr/a. pdd1 valtr alaum aantlnho. res terao prazer em ler a segulnte
l?az.Ibe o curativo tancecando-lhe fol a'esta occaalllo que chamam o carta:
h Voz da Fa-time, r

e Graçaa e Louvores sejam sempre Lela tomo puder e perdOe ,tud9 -;. seu culto fervoroso no sltio em que
.> a
dadas a Deus e Santissima Virgem breve escreverei com mais vagar. Ella se dìgnou apparecer, è.onf6rme
do Rosario, nossa ternlssima màe da
Coimbra 25 • 1 - 924 as afflrmàçòes dos bumildes e inq-
Fatjma I cente~ pastorlnhos de Aljustrel. Ao
Mais urna graça coocedida por
Emilia Oulmard.es melo ,dia oflcfal principia a primeira
Missa o rev. Manuel Perelra da Sii- t
'i!
Nossa Senhora da Fatima a esta sua
va, secretario da Camara Eclesiasti-
humilllssima filha e aos seus. Na se-
gunda feira passada, appareceu qua-
si de repente, meu netinho Luiz
13 de Janeiro ca de Leirla. E' celebrada dentro da
capella por nllo consentir o mail r
.,. Maria com urna febre terrivel e a Por causa da gréve dos
correios deixou de ser pu-
tempo a sua celebraçao ao ar livre J
na f6rma do costume. Durante a mis-
pernita direita muitissimo incbada
até ao joelhito : passou urna noite blicado em fevcreiro este sa relna um silt!ncio absoluto entre-
terri vel, em delirio e queixando-se artigo de que nao queremos cortado apenas pelo murmurio das
de muitas dòres. Apesar de ter s6 privar os nossos leitores. préces rezadas por grande numero
14 meses é multo vivo, j~ diz algu- de assistentes em voz quasi imper-
mas palavras, e muito bem chama O dia 12 de Janeiro, semelhante ceptivel. A certa altura, po rém, um
pela mae, pae e ~v6. A' màe mrnca ~os outros dias dessa sernaoa, sem homem do povo começa a recitar o
largava, e quando se via peor cha- vento e sem fria, explendido de so1 terço do Rosario em vo-z alta, alter-
mava pelo pae e por mim, e apenas com pequenos farrapos de nando com elle muitos dos circuns-
nuvens a empanàr de longe em lon· tantes. O agudo sibilar do vento, o
Logo de manha chamou~se o mé- ge o azul dfaphano do firmamento, brando ciclar das pr~ces, 'o cavo ru-
dico, que declarou ser um Jleimi!o, parecia um formoso e tépido dia de morejar das arvores, o cahir inces-
que tinha para 3 ou 4 dias, e passa- sante da cbuva, o fli lencio- impres-
dos elles teria de ser aberto. OOres
Março precursor da primavera pco-
xima. Nada fazia prever, a nao ser o sionante èia multldfo, tudo convida
que eram horrivels, mas que nada a alma a recolher-se dentro de si
ponteiro fiel de um velho barometro,
lhe podla fazer, até que estivesse em o medonho vendaval que se havia mesma e a elevar os seus oensa-
condiçòes de ser Jancetado. Nessa de desencadeat sObre toda a terra rnentos e os seus afectos para o Ceu.
noite o menino piorou e n6s, eu, a extremenha desde as prlmeiras horas- Parece sentir-se um sOpro sobreoa-
mae e a sua creada particùlar, recor- do dia seguinte. Chegaramos na ves- tural e divino perpassar junto de
remos a Virgem Santissima, para o pera a tarde a Torre.s Novas, onde 1'16S.
curar, livrando-o de tao horrivel mal. Os anjos, invisivelmente prostra-
alugamos urn carro para 001 trans-
Ao deitar-lhe as papas, fOram ellas portar a Fatima. Ficou assente q~e a dos deante da Hostia pura e sem
cobertas com a milagrosa agua da partida se efectuasse b olto horas mancha em que Oeus, a voz do sa-
Fatima e coloquei-lhe eu urna meda- da manhà. A essa hora a chuva ca- a
cerdote, acaba de descer terra, jttn•
lha de Nossa Senhora ao peitinho, tam as suas adoraçOes i1s daquellall
hia torrencial e continua, inundando
depois de lh'a ter dado a beijar, e almas humildes e sas do bom po110
as ruas e as praças, em que se viam
rezamos juntos 3 Avé-Marias, urna raros transeuntes apressados, e o ceu, das nossas aldeias que o simoult.
salvé-rainha e clembrai-vos 6 puris- de sobrecenho carregado, parecia devastador da lmpiedade e do vicio
sima Vtrgem Maria ••• • flndas aa ameaçar- nos com um dia lnteiro de felizmente ainda nao logrou esterlll-
nossas oraç6es e suplicas deltamos
rigoroso Inverno. A vla2em atra- sar para a Pé e para as virtudes que
o menino que mais tranqullo pasaou vez da serra fòi sobremaneira t/iste flzeram grandes. os nossos antepas-
a noite. sados. Dezenas de pessOas iecebem
e penosa, mas durotf pouco mais de
SObre a madrugada todas fomos a
tres horas~ graças boa raça dos ca- nos seus pertos a Jesus Sacramenta--
descaoçar e qual foi o meu espanto vallos escolhidos que puxavam o do. Termina a missa. A multida,o.
quando as 9 boras da manhff a crea- carro. Eram c~rca de onze horas e engrossa cada vez mais, comprimin-
da entra no meu quarto trazendo o meia quando chegamos a vista do do-se debalxo do tetheiro. Ao meio
menino ao collo, que deitando os locai das apparlçOes. dia solar começa a segunda missa.,
bracinhos para mim sorrlndo e bei- O vento, n9 cume da serra, dir-se- tambem dentro da capella. Celebra-a
jando-me, me pedlu biachas (bola- hla redobrar de lntensidade, sacu- o rev. dr. Manuel Ntrnes Formlgliq~
chas) cousa que elle do fazia ha dlndo com vlolencla as copas dos professor no Seminarlo Patrlarchal.
dia& I Esteve perto de mela hora a pinheiros altos e esgulos e a rama- EstAo presentes algumas centenas de
brincar commigo e ouvindo no quar- gem das azinheiras rachitlcas e eo- peregrioos 1 a malor patte dos qua~
to os paes a fallar, deltou-ae ao fezadas. A chuva, fustlgaodo sem a
a&sistem missa sob u·m a chuva tor--
a
cbffo, e agarrado mllo da creada e pledade os rOstos, que os cbapeus renclal, mal abrigados pelos seus.
a um guarda aol, que encontrou no impedidos de se abrlr devldo 4 vlo- enormes chapeus.
meu quarto, 14 foi a mancar, coita- lencla do vento nao podìam defen- O rev. dr. Marques dos Santos, ao
dlnho, até perta delle1. P6de bem der, C-l!hia sem interrupçlo inundan- princlpl-ar o santo sacrificio, inicia ._
calcular a alegria de n6a todas, reco- do a Cova da Irta, e cooverfendo-a recitaçao, alternadamente com o po-
nheèendo a graça que I noasa mlle num lamaçal immenso. A'quella bora, v-0, do terço do Rosario.
de misericordia, a Vireem Santissi- contra o costume de tantos annos, A' elevaçiio fazem-se as ternas e
ma da Fatima noa tlnha concedldo eram multo poucas, apeoas algumas patheticas lnvocaçOes de Lou1de~.
melborando o nosso 1m6r p-equenl· dezenas, as pessOu que se encon- Algumas sennoras presente~ pouco
no l Tenho realmente erandé pe- travam junto do padrfto commemo- habituadD&- a presenciar semelbantU
sar que o nito conheça, nAo é por rativo da& appulç6ea, abrreada.s sob espectacu1os de té e piedade, chorB}n
ser meu neto, mas é um ve-rdad,eiro o telhelro recentemente construido de commoçao. Dletrlbue-se o P~o
amòr. De bora a bora, de momento em frente delle. dos Ani os a mais algumas dezeoas
a momento, n6s vlamo1 o pequeni- Soubemos depots que, metcè do de pessòas. O Btmdito é can(ado p(>r
no melborar; chega o médico para o mau tempo, muitoa pereartoos tioham todos com enthusiasmo e uncça'p. ·
ver, e a unica coisa que p6de dizer de&lstido da vlagem e outros, que Termlnado o S~nto sacrificio canta--
é q•e ••• nada tinha a fazer, (poJs cbegaram a lnlcii1 la, tlnham renun- se G 7antam er{lo e da-se a bençAo .
estava completamente curado t •••) clado a leva-la a c"bo, alojando-te com o Santissimo. Ap6s a bença~. a
A alegria Ila-se nos noasos rostos, durante o percurso em casa de faml- rnultidao, chela de enthuslasmo, can-
e o médico rematou dlzendo: ,as 11,as aml2as e conbecldas até que o ta em c6ro o hlmoo Qaere,nos Dèus.
creaoças sao assim, tao depre5ì~o es- tempo melboraue para rc&resHrera cujas notàs vibrawtes e marciaes ~e
t:lo • morrer, corno est!o cur11das.• as suas terras e aos seus lare6. repetcutem ao longe e ao largo com,o
Mas a6s as 3, que bem conheciam06 Entretanto, pou~o a pouco, 'Ilo um protesto vehemente e sentldo dE)
-0 milagre de Nossa Senbora, dava- cbegando, de dlvern• partea, 1,rupos- Pt>rtu_gal chrlsUlo contra a revivisce,f1-,.
mo& ,ln~imamente ~raça~ a virgem do de pereerioos que, p,ocedentes de eia d0 fanatismo mussulmane nos tn-
ianhs11mo Rosario. E11 aqui, muito povoaçOes vlt1inhas ou mais anlsno- fellzes sectarios dos nossos tempQ.S~
a correr e em duas palavraa mal dl- sos do que os outros, ousarartt arras- que repettm com um furor cego_·e.
t1s, a grande graça que noa conce- tar com as furlas do vendaval para selv1:tge111 o ,cr! ou morres• dos d,e ·
tleu o milagre d1 Vfrcem do S1nt1s- irem prestar i augusta Virgem dG f ensores do -cre1ce11te. _
sf mo Rosario da FAtima. ~
. "' Rosario II homenagem plwosa do S6b~ depols ae pulpite e rev • .~r......

Voz da ~a-time.

.Marque dos Santos que durante cér- da Regoa, alma enthuslasta e de rija ram o meu pesar. Nosso Senhor mè
.ca de vinte minutos entretem a atten- tempera, sempre aberta a todos os accceite o sacrificio I Bem do coraca•
·d o do auditorio sObre a devoçfto a sentimentos nobres e generosos e pro- felicito V. pela grande consolaçao qut
Santissima Virgem e a communhao fundamente dedicada a todas as obras decerto teve de ver reunidos na Fé-
frequente corno melos efficacissimos a
que visam gloria de Deus e ao bem tima tantos milhares de crentes, pro-
de adquirir e conservar a angelica da Patria, recebemos urna carta de fundamente commovidos, prestando
virtude da castidade. que extractamos estes periodos :-«A a mais respeltosa homenagem de f6
Por fim rezam-se algumas oraç~es freguezia de S. José de Oodim quer a
e devoçao Santissima Virgem. Urna
em commum por diversas necessida- tambem contribuir para a obra de Fa- das minhas primas que vive em T. •
des, especialmente pelos enfermos tima, obra que nao é locai mas nacio- me tinha convidado com muita insis-
presentes e ausentes e pelos pecca- nal e de que todos os portuguezes se tencia para ir passar uns dias con,
dores, e aquellas centenas de pere- devem orgulhar. Deus haja por bem a
ella e acompanha la Fatima no dia
grinos dispersam-se e desapparecem coroar de exito os esforços de todos 13 escreveu-me logo depois enthu-
,corno por encauto para voltarem de- os que tabalham para tao gloriosa siasmadisslma. Diz ter muita pena qut
certo mais vczes aquela estancia bem· empreza e Nossa Senhora de Fatima eu nffo pudesse lr, pois esta conven-
dita impulsionadas pelo fluido miste- abençòe a nossa querida Patria.> cida de que em Portugal talvez nA•
rioso e sobreoatural que attrahe irre- se fizesse até agora urna tào grandio·
sistivelmente a Fatima as almas se- Oa aconteclmentoa de Fatima sa manlfestaçao de fé.
dentas de verdade, de justiça e de Extraordinariamente grande, sobre-
paz. De urna senhora de Vizeu, tao dis- tudo por ser tfto simples e exponta-
tincta pela sua linhagem corno pelas nea I
V. de M.
suas virtudes, que presenclou o phe-
nomeno solar de 13 de Outubro de Bemdlto seja Deus por tudo e a

Jfotas· e impressoes 1917 e que desde entao nao tem ces-


sado de fazer v6tos ao Ceu para que
sua Santissima MAe continue a inter-
ceder pelo nosso pobre Portugal e
por tantos infelizes que a nl\o conhe•
a Santa Egreja se pronuncie favora-
O phenomeno solar de 1917 velmente acerca dos acontecimentos cem e por isso a nao amam e offen-
de Fatima, recebemos urna longa e dem tanto a Deus I Estou convencl-
Recebemos a seguinte carta: da de que entre n6s ha alncia multe
interessante carta de que tomamos a
Salvaterra de Magos, 3 de Janeiro
.de 1924. .
• • • Sr. Visconde de Montello.
.
Jiberdade de transcrever o trecho que
segl)e: cN~o faz ideia de corno fica-
mos encantados com o pequeno opus-
_
.;,:_ _..; __________
mais ignorancia do que maldade.»
V. dt M .
Por ter lido o livro escripto por V· culo referente a Fttima, de tao que-
a respeito dos eplsodios maravllho-
-sos de Fatima, cumpre-me partlcipar-
rida lembrança. Para prova fazla-nos
multo fav.or enviar dez exemplares
Deante do Santissimo Sacra-
lhe que tambem Uve a ventura de mais Rara dlslribuirmos por pessOas
piedosas. Oxala Nossa Senhora faça
mento exposto
presenciar os acontecimentos assom-
brosos do dia 13 de Outubro de 1917. milagres e converta esta terra de es- Devemos honrar o Santissimo Sa-
~heguel na vespera a aldeia de fa. plnbos e abrolhos em jardim viçoso cramento exposto com o malor res-
bm.\ onde pernoitel. No dia segulnte e encantador. Por demai11 temos so- peito. •
fui a casa das creanças com quem fa- frldo as terriveis emanaçOes deste Deus quer ser adorado tanto pete
1ei, principalmente com a mais velha pantano ha annos a esta parte. Sal- corpo corno pela alma ; tem direi•
a Lucia, que me disse que Nossa Se~ ve-nos Deus I Seja comnosco a Sso- to a homenagem do homem to-
nhora }be ~pparecia meia bora depois tlsslma Virgem 1 nossa Medianeira f • do. E' por isso que ha um cullo ex-
do_ me,o dia, bora solar. Dirigi-me de· terlor, sensivel, animado pelo culte
.-poIs para a Cova da lria, mas, corno A peregrlnaçào oaclonal interior da caridade. Emquanto ao
.chuvesse, m?lbei-me, voltando logo Posto que seja bastante tarde para respetto exterior1 em parte alguma
para a alde1a onde me enchuguei. o fazer, n~o reaistimos ao de11ejo de é mais necessario que no culto da
Quando faltavam uns vinte e clnco archivar nesta scccAo um formoslssi- Exposiçào, é a santa Iareja que o
minutos para a bora aonunclada, parti mo trecho de urna carta que oos cs- manda. Ella quer que Nosso Senbor
p_ara o locai das appariçOes. Na occa- creveu urna Santa e veneranda se- esteja la, no seu throno, absorvende
s1ao em que cheguei, parou a chuva, nhora da Capitai, illustre e beneme- todos os ·nossos pensamento'ì. Ella
mas o ceu conservava-se carregado rita entre as mais lllustres e beoeme- quer que no altar nao haja estatuas.
.e escuro. A atmosphera tornou-se rltas, écerca da erande pereerlnaçao rellquias, para nao afastarem o ado-
.amarella no locai em que estavam as naclonal de J3 de Malo 4e 1922. Tra- rador do pei,samento de Nosso Se-
.creariças e as cabeças dos milbares duzindo os mai, nobreli e elevaJos nhor e para que o culto esteja con-
de pessOas presentes pareciam cober- sentlmentos chrlstao11, coostltue na centrado na sua PessOa odoravel-
tas com lenços de c~res amarellas sua comrnovedore 1lmpllcldade um J>rescreve os ornamentos e as de-
roxa e azut. Urna columna de fumo: precioso mimo litterario, de que se coraçoes mais maEnificas. N!io bastai
qu~ se assemelbava a urna nuvem, evota o perfume ,uavissimo da mais a simples gemeflexao, é necessarie,
pairava no referido locai, su biodo tres terna e acrlsolada piedade, e que a prostraçAo com ambos os j<;>elhos
a quatro metros acima do s61o. Este os nossos prcsados leitores saberao para saudar o Rei divino no seu
phenomeno repetiu-se por mais de apreciar devidamente. E' do teor se- throno.
;fres vezes, c~eio eu. Olhel depois pa- gulnte: Compenetremo-001, pois, da litur.-~
ra o ceu e v1 o sol, que parecia urna -,Recebl em tempo competente o ala da Santa lireja e que o nosst>
roda de fOgo, romper as nuvens e postai e a carta de V. que muitlssl- exterior em presença do Santissime
<:orrer em direcçAo {l terra. As nuvens mo apreciei e me peohoraram cm ex- Sacramento exposto exprlma a mais
tmham-~e rasgqdo de repente e vla- tremo. Espero que V. recebesse o.te- profunda reverencia.
·.Se perfettamente o sol que nllo feria legramma que lhe mandel, logo que Anles de tudo iUardcmos uma gru•
a vista. ' recebi a carta de V. a tempo de dJs- de restrva, urna eraode modestia noi
Vi pelo meòos passar pela parte de pOr do automovel, que com tanta dl- olhos. NAo quero no entanto dlzér
~ima. do sol duas nuvens que eram ficuldade coos.eguiu arranjar para pOr que estejamos conitantemente de
11tumrnadas pelo sol, o qual correu é ml1Jba disp05lçAn cm favor de quem olhos fechados; nao, e111 presença
a
~egunda vez em dlrecçao terra. Fol mais feliz do «.ue eu pudesse fa.zer de Nos.so Senhor expo&to é melhl'>r
ts~o que os meus olhos viram. Desta parc.e d8 piedoaa e erandiosa perei?ri- olhar.
minha carta faça V. o uso que enten- naçAo a FatlLM t ~lve lmmens.1 pena rorque expOe a Egrej:i a N'os\O
der. · de nAo pooer ossistir a P.$Sa filo to· Senhor ro thruno? Po,que toma ~1-
De V. etc. cante e tnponente manlfe6ta.;lio ae la os i;tu$ mP.lhores ornamento.s? De
Manuel da Costa Ptrtlra fè••• que servirla Iu<lo bsu -.e ella nin
As notlcias que tenho recebido das quizcs.'ie que olli.ts$emos e que n~a
ifit1111a, obra aaclenal pessòas que t1,eram a grande conso- se, visstmo~ delles p1ua nos elevar-
a
laçlio de ir no dla 13 f Atlma e as mo~ para Nosso Se.Pl1Cì1?
De 11aa illustre e pledosa scalloJa que leio 101 J•rt1aK mais augmenta-
.
De 41oe serviri~ cult,ca!· O toore • ~
throno se n!io fòsse para melhor o · Ninguem irta perturbal•os, nem . • Como a creaila se aprestava a conduzi-Ja,
podermos vlr? mesmo um ministro. a egreja, o pae se interpoz dizendo :
- Serei eu quem daqui avaote te coodu-
Porque revestlrla esse bom Salva- ' Ora a adoraçao, que é a audiencia zirei ti Missa porque o Menino Jesus rece-
dor apparenclas exteriores, sensiveis, de Nosso Senhor, a entrevista com beu II tua carta.
que se pudessem vér? Fol a fim que as nossas almas tilo desejada pelo
se possa dizer: eu vejo o meu Oeus seu amor, mereceréi menos culdados
atravez desta nuvem; sua face estéi
desfigurado mas é Elle com certeza
que lls audiencias privadas dos Reis
d'este mundo?
.V oz da f; ati~a~
que la est4. Tudo isso diria que a nossa fé é Deapeza&
• bem fraca. Pratiquemos, pois, perfet-
I

Transporte ••••• , • , • 8:795S620


Mas-colsa admiravel 1- este cul- tamente o culto do respeito exterior Jmpressao do n. 0 17 ..• 200$000
to exterior nfio distrae a alma adora- nos olhos, no porte e no nosso silen- Varias.••.••••••••• 80$00()
dora. Por isso eu vos digo: olhai o cio. Bem basta o que as nossas Ado-
raç0es teem de sofrer da nos!!a frie- Somma • • • • • • • 9:075$62(}
Santissimo Sacramento, o altar, as
velas, aa f!0res e tirae de tudo isto za è da inconstancia da nossa ima- Subaorlç:lo
um bom pensamento, diz o P.• Ey- ginaçllo.
(Continuaçao)
mard, apostolo da Santa Eucharistia. Se o nosso coraçilo é urna ruina,
um deserto, honremos ao menos a D. Maria José Assis Oomes
E' lsto tao natural que para o nao Coutlnho . • • . • • • • • • • 10$000
fazer seria necessario violencia. Nosso Senhor pelo porte exterior
afim de chegarmos ao conveniente D. Maria Eduarda Vasques
A aùordçao é um culto de expan- da Cunha Lencasfre (3. 0
sao. Asslrn corno a chama, sae do porte interior.
anno) ••••••••••••• 10$000
f6co e nao permanece 14. De jornaes Oosefa de Jesus) 21$000
Mas o qae distrairia e seria urna Urna Carta ao Menino Jesus D. Maria Ferro Lobo •••• 10$000
falta de respeito para com o Santis- (CONTO) D. Ouilhermìna de Jesus
simo Sacramento era que em vez de Ivone tem sete annqs, esta no seu quar· Alberto Oomes (2. 0 anno) 10$000
olharmos o altar nos puzessemos a tinho na vespera de Nata!, um verdudeiro D. Maria Martiniano da Cos-
observar os fieis, a contar os que ninho, a ultima obra da •pobre marna.,, ta (2.0 anno) . • • • • • • • JOSOOO
entram' e saem, a examinar as toilet- Es1a para se deitar com a ajuda Je Miet- D. Maria de Borgia Saave-
te, sua aia.
tee. Tudo isso seria absurdo e ridl- -Di1.e-me Miete, o Menino Jesus sera ca• dra (2. 0 anno) .••••••• 10$000
culo, para nllo dizer coisa peor. Ser- paz de lér a minha carta? P.e Virginio Lopes Tavares 10$000
vl-vos, pois, dos olhos para ir a Nos- -Com certeza, meu anjo. O Menino Je- Viscondessa de Sanches de
so Senhor e nuoca contra Elle. sus sabe muito. Baena .........•.•• l0SOOO
-Sabe mais que a irma Santa Comba?
• -Poi~ é claro, minha ruenina, mais sabio Januario Miranda .•••••• lOSOOO
que a irma Santa Comba. O Menino Jesus O. Sebastiana Nogueira ••• 10$000
Dlgo-vos tambem: Conservae sem- sebe tu<lo. • • tudo. D. Maria da Pledade San-
pre um porte grave e recolhido dean- -Entiio elle sabe ciuco papé niio reza ... tos •.••.••.••...•• 10$000
te de Nosso Senhor exposto. que nio vao A missa?
-Ai s:ibe sim, mìnha queriJa e isto lhe Julla da Encarnaçao Mar-
Ficai de joelhos todo o tempo que causa muìta pena. ques .••••••..••••• 10$000
puderdes e se vos sentardes nao to- -E parece-te que elle mc concederli o Domingas Fetnandes ••••• t0S00O
meis uma atltude mole e negligen- que lhe vou pedir?
Maria das Oores Fernandes
te. Ha certos modos de estar que - E' claro que creio .•. Vamos, depres-
s~ para a cama •.. que te arrefecem os pe· (3.• • vez) ...•••••••• ssooo
nao ficariam bem em um salao. Com smhos. Domingas Valente de Al-
ccrteza ninguem em urna sociedade Ivone colloca pomposamente, bcm ao meida (2.8 vez) •• • •••• 5S00Q
distlnct;i se permitirla curvar as per- canto da ch~miné duas pequeninas botmhas Benedicta d'Oliveira Horfa
nas, encostar-se na cadeira, sob pe· brancas. Depois em urna dellas, pl5e ..• uro
bilhete. Imagmae que ella o anno passado, (3.• vez) •.•••••••.• 5S00O
na <le passar por pess0a grosseira em egual dia, ttr'lha resolvi6lo conservar-se P.t Francisco Antonio da
e m~I educada. Nilo faleis nuoca na acor<li.da até a meia notte p11ra ver o Me- . Silva Valente (2. 0 anno). t0SOOO
egreja n'em vos importeis com nln- nino Je1u, e ped1r-lhe que convertesse o Percentagem na venda de
guem. l)eante do rei seria ma edu- papi\~ Mas, apesar. de toùos estes e forços,
ve1u o somno e o Menino Jesu• passou sem terços jornaes avulsos etc.
cac;lio inquietar- se a tratar com os ella vcr, (Pardélhc1i-)...••••••• 77S500
cr~ados. Tal pessoa merecia que se Est1.1 ano com medo de adormecc:r .. U· Percentagem em terços etc.
Jhe perguntasse: para que veio ca?. creveu ao Menino Ju,us. Ella sabe pouco
escrevor e i~to lhe custou mu1to mas ao (Mafra) ••.•.••••••• 52S500
Portanto, deante do Santissimo meno!! agora poc.ie dormir dei.cançada. D. Alzlra Costa •.•••••• IOSOOO
Sacramento. nem amigos, nem nego• Acola, do outro lado, no :ieu gc1bine1e1 o Manuel Coelho de Sousa. . lOSOOO
clos, nem recados a receber, nada, doutor asta disposto a trubnlhar, 1 Antonio Machado Fagunde, 10$000
por que estaes deante de Deus. To• A ve,pi:ra de Nata! é para elle um dia
corno qualquer outro. Esta muito agarrado D. Oertrudes Maria Fer-
da a vossa ocupaçlio deve ser ado- aos bens terrestres para pensar nas emo- nandes.• . •••••••••• JOS000-
rar Nossa Senhor e escutar a sua di· ç5es desta maravilhosa 1101te. D. Maria Rosa Atha'yde ••• 10$000
vina P.alavra. Por outro lodo a escola de medicina des- Condessa de Margaride (3. 0
Mas, dlrtis, se me perguntam at- truiu-lhe todo o sentimento religioso. O dr. anno) .•••••.•••••• 20$000
X ... é abertamente descrente,
gurna coisa? NAo respondais quatro Esra noite corno de conume, foi depor, D. Maria dos Remedlos de
vezes por urna nem dlgaes mesmo: aotes <le se Jeitar, um granJe beijo na fron Moura Abrànches da Sii va tOSOOO
caqul t nilo se fata•; é muito comprl- te da sua filhmha ac.iormecida. Madame Marguetlte Leguln 10$000
do; . se é necessario respondei por Nao sei corno, ao passar pela chaminé,
viu a• botinbas einJa vasias porque o Divi- P.~ Antonio Maria dos San-
um simples sirn ou nao dito em voz no Menino teve tanto que tazer esta noite tos Campos (2.0 anno) •• t0SOOO
balxa. I la u111a maneira de falar em que olio poude contentar toda a gente ao p,e Manuel Perelra de Oli-
voz batxa que ji por si é urna bOa · mesmo tempo. Curioso por1 este costume veira. • ••.••••••••• t0SOOO
que elle tinha, aproxima-se, tome at boti•
Jiçào Se se tratar de pessòa sObre
nhas e por acaso deixa cair a carta do Me-, P.' José Maria d' Alrnelda
quem tenhaes auctoridade é vosso nino Jesus. Abre-a. Oh I corno ella é tocan- Oeraldes ••••••••••• tOSOOO·
dever impOr·lhe energicamente sl- to I Ouvia•a : •Quuido Menino Jesu!I, diai11 , Donativos varios (Athou-
lenclo. Ivone, v6s sabeis que eu nio tenho ro.i~i guia) •••••••••••••• t tSOOO
• porque 1J6s a levaste p1r~ o vosso par.1!10
ainùR qu,, eu tenhR mu1t~ pena dc: a nao D. Maria José e D. Anna
Se tlvessemos mais respetto e com- tornar a ver; eu tenho ainJa um p::pa, mas de Mencze!! Alarcao •• ?0$000
preendessemos melhor o que con- parece que elle nao vos ama corno devia. D. Crl!qéench Fernandes
Elle niio vae A mi,•11. t:11< ui'Io rezil. Dias ,fa Cruz •••••••• tOSOOO
vém. nunca teriamos coragem de ti· Coovertei-o, vos que so,s tlio bo,··, tio
rar alguem da sua comtemplaçao e D. lgnl:!s Cabrai Nunes Ba
bom I
farlamos todo o posslvel para a nao Vo~sa amiguinha quo muito vos ama rata. • •·. '. . . . . . . • • . • 101000
dlstratr. 1 Jvone• • José Vaz Barros ••••• , •• 10$000
O que se farla no mundo se urna P. S.-Quitr11Jo vir<les a mioha marna cli· D. Jovlta Ferreira Rosario
pessOa f6sse admltlda em audlencla
••i-lhe que eu a abraço muito. de Sousa Vtna2re •.••• 10sooo,
real e sObre tudo se se aoubesse que No dia 1eguinte ao• leYBntar-se
Ivone D. Henrlqueta Ferrelra da
o reJ deseja conversar com elle? acb.ou uma bella bone~ na ,hamin~. Sltva. . •• ., ••.••.•.• 10$000
Ano II LEIRIA, 18 de Abril de 1.024 N.0 19
V-

(OOM APROVAç.A.O ECLESIASTICA)


Director~ Proprie-tarlo e Edl-tor A.dnllnl•"trador: PADRE M. PEf?ElRA DA SILVA
DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS REDACçAO E ADMINlSTRAçAO
:RU.A D- NUNO ALV.ABES PEBEIRA
Composto e imprt's~o na Jmpren~a Comercial, a S4 - Leiria (BEATO NUNO DE SANTA MAR-IA)

· 13 de Março res da « Voz da Fatima•, que eram


procurados com avldez.
Junto da fonte que brotou preci-
e quasi se me tornava ja imposslvel •
a alimentaçao. Passaram-se quasi
quatro anos sem que eu experimen-
samente no locai, onde, segundo a tasse inc6modo de maior, mas agora,
Outro dia de verdadeiro e rigoro- affirmaçao constante dos humildes e em principio~ de fevereiro, voltar:>m-
sa inverno, justamente corno nos innocentes pastorinhos de Aljustrel, me novamente as d0res no estc ma-
dois primeiros mèses do corrente a Virgem Santissima se dignou ap- go e nas costaiil, no lado direito,
anno, ~oi o dia 13 de Março. A chu- parecer-lhes pela primeira vez, en- com muito maior intensidade. A
va c~hm abundante e por vezes tor- contram-se inumeros peregrinos que principio quiz ocultar a meus pais
renc1al desde pela manha até noi-a esperam pacientemente a sua vez de o meu sofrimento para a~sim evitar
te, inundando as estradas e tornan- encherem os recipientes que trazem a vinda do médico e nfo me v~r
do em. m.uitos p_omos assaz perigoso consigo. Alguns fieis cumprem edi- forçada a tornar medicamentos. Co-
e quasi 11nposs1vel o transito de to- ficantemente as promessas que fize· mo o sofrimento nao diminuisse, antes
do O genero de vehiculos. ram. A chuva que durante as mlssas se f0sse agravando, e a alimenta-
Apezar do mau tempo, porém foi cessara de cahir volta de novo a fus- çao e o movimento f òssem para
bastante elevado o munero de p~re- tigar os rostos e a ensopar os fatos. mim motivo de novas d0res, bem
grinos que acorreram a Fatima no Varìos peregrinos tinham vlndo de depressa veiu a minha fdmilia no
intuito de prestar os seus cultos fer- longe a pé, uns por esplrlto de pe- conhecimcnto do que se passava e
voros?s a Augustissima Virgem do a
nltencia, outros devido impossibi· tive de consultar o médico. fate pres-
Rosari?. Quando princlpiou a segun- lidade de arranjar aultima hora creveu-me urna diéta rigorosa, man-
da missa campai estavam presentes meios de transporte. dou-me estar s6 a leite durante al-
cèrca de duas mii e qui hentas pes-
sOas. Alguns automo v1 I:\ e um gran-
Todos, porém, se mostravam ate-
gres e satisfeitos e, momentos de-
guns dlas, receltou-me um medica- ·
mento e acabou por dizer- me que

de nu111~ro d<! <'arrns estaçionavam pois, quando, isolados ou em gru- na-o obedecendo as dOres ;i esre tra:
na est raita e no8 teueoos adjacentes. pos, regressavam aos seus lares dis- tamento, teria de recorrcr a um espe-
Ci2uaodo cl~egamo~, ia principiar a tantes, era sobremodo edificante a cialista. ~egui A risca as ordens do
segunda missa. A prnueira tinha si- simplicidade com que multos dlziam médico mas nilo co n· i ,ui melhorar.
,, do celebrada as dt-z horns pelo rev. que valia bem a pena andar leguas Desanimada com este lnsucesso 1 eu
Antonio Correia ft:rrdra da Motta, a pé e sofrer as lnclemencias do supunha-me ja no mesmo estado que
coadjutor da freguezì:;i das Merc~s tempo para vir passar umas horas em 1920 me forçou a ser operada.
de Llsbòa. A senu,Hta missa fol ce-: de paz suavisslma e de inolvidavel Aflrcta por m~ v~r sofrer tanto.
lebrad.a pelo rev. Manuel Marques encanto no locai cinco vezes consa• mlnha ma.e ap~lava pira o Ceu e
~ombrna, parocho (~e Airabal (Lei-
ria). Durante esta missa rezou-se o
!trço em commum e fizeram-se as
mvocaç0es do costume.
oha_....
dos_;__________
gradu pela presença da gloriosa Ral-
Anjos.
V. de M.
constante11tente me aconselhava a to-
rnar a a2ua de Nossa ~enhora de-
Fatima, pois tinha grande esperança
de que eu f0:-se cur1da. ~em revclar
A's duas missas commungaram
~lgumas centenas de pess0as sendo Hs curas'da f atima I
a ninguem o que fazia, fui tomand(>
por duas vezes a a1ua, mas nllo e..-.
bem viva a minha fé porque, da pri•
sobremaneira commovente a' pieda-
de com que todas, de mAos postas e Murtosa- Pard~lhas, 25/3, 924. meira vez, tornei a agua quente, e,
e profondamente recolhidas, se apro- da segunda, nao a engoli sem prf-
Rev.•0 Senhor meiramente a aquecer um pouco na
xlmaram da Sagrada Mésa.
Venho trazer a V. R.• urna noticia b0ca. Nao senti melhoras, pois era
No _firn da segunda missa fez-se a
exposu:ao a bòcca do Sacrario e consoladora para ser publicada na tao pouca a minha confianc;a em Noa•
caotado pela multidAo o Tantu,;,, "Voz da Fatima•. Trata-se de uma sa Senhora I Era )usto, pois, que a
ere~, deu·se a beoçao com o San- cura que obtive por intercessAo de Santissima Virgem me provasse I
tissimo Sacramento. Nossa Senhora, e quero leva-la ao Como a minha mae ignorava o .
conhecimento de todos os leitores que eu j4 tinha feJk>, tostava cada
Em ~eguida subiu ao pulpito o da • Voz• e de todos os que amam vez mais e veiu contar- me a cura da
rev. Ou1lherme da Silva Oliveira, pa- a Nossa Mae do Ceu, a fim de que Alzlra Sebolao, relatada no ul:irno
rocho da Folgosa, concelbo da Maia se reconheça mais urna ve2 que oun- numero da ,Voz•,quetemsido o as-
Porto, . que durante cerca de mei~ ca por Ella é desamparado quem re- sembro de toda a gente I Fiquei en-
hora iallou s0bre o culto de Nossa clamar o seu socorro. t~o convencida de que a minha pou-
Senhora, explicando a significaçao
Permita-me, pois, que eu faça a , ca fé era um obstaculo A minhn cu-
s~mbolica das cinco lettras do noi.e aarraçao do facto. ra, e decidi -me a tornar a a~ua fria
ae Maria : ~màe, amor, rainha hn· Em 16 de setembro de 1920 tive
maculada e avé•. ' como fez aquela miraculada. Rez ' i a
de sujeitar-me a ùma operaçào no Avé Maria, bebi um pequeno c;dice
Ap?s o sermao distribuiram-se estomago, porque vinha desde ha da agua santa e pedi, bem do fundo
gratuitamente milbares de exempla· muito tempo sofrendo horrivelmente d'alma, A minha MAe Celeste que •
Voz da Fatima
me curasse se fOsse essa a sua von- anos a todos nos enéantou e impres- de Amor a esse Deus acuito, que
tade. Desde esse momento principiel sionou o seu fervor e recolhimento I do fundo do seu tabernaculo me vé
a sentir alivios. Durante a noite, ba- Nossa Senhora quiz conceder a sua passar e me 11egue sempre com o seu
nhada em lagrimas eu pedia a Nos- protecçao a quem com tanto am6r olhar, amoroso.
sa Senhora que completasse a sua recebera a Seu Filhinho Jesus no Se tenho de ir passear 1dirigir-me-
obrn, e fazia o v6to de ir ao logar coraçaol Assim a nossa bOa Mtie hei de preferencia a urna egreja. Te-
onde Ella apareceu e ahi recitar de do Céu lhe continue e aos irmlozitos, nho de escolber casa escolherei a que
joelhos , o meu terço. Foi ouvida ~ a sua protecç~o pela vida f e, r a estlver mais perto ou mais a vista da
rninha suplica que era feita ja entao e lhes conserve as alminhas bran- casa de Deus.
com tanta fé I Nossa Senhora curou- cas corno no dia da sua 1.• Comu- Tenho de emprehcnder urna via-
me I Bemdita seja Ella ! Tornei a nhao. gem ou tornar 1:esoluçoes importan-
agua no dia 29 de fevereiro; e, desde PerdOe-me V. Ex.• este incomo- tes, irei a egreja pedir a Jesus que
o dia 1 até ao dia 25 de março ern do, que por Nossa Senhora lhe dou, me abençoe e, o que é muito impor-
que escrevo, nilo tenho tido o mais etc•••• • tante, comungarei.
leve sofrimento; sinto- me completa- Quando chegar a urna cidade ou
mente bem; continuo com as mi- Obtiveram graças que veem agra-
decer a Nossa Senhora do Rosario: aldeia trafarei primeiro de ir fazer
nhas ocupaçoes habituais e tomo urna vi&itinha a Jesus Christo no seu
agora com apetite as refeiçoes que - D. Anna de Portugal L. de Vas-
santuario. Ao partir i rei fazer-lhe as
eram para mim motivos de tanto so- concelos Tri~oso, de Alcains (Beira
Baixa), que estando muito doeate minhas despedldas, pedir a sua ben-
frirnento. çào e que me guarde.
Aqui tem, Rev. Sr., o que comigo recorreu a N. S. da Fatima e envia
50:000 rs. para o seu culto. Nestas visitas quotidianas far e I
se passou e que eu desejo tenha principalmente os seguintes actos:
grande publicidade para honra de - Josefa de Jesus Marques, de
Adoraçlio profunda, contrlçAo dos
Nossa Senhora de Fatima. Tenho a Rio de Mel, que ha muitos annos pa-
meus pecados, confiança no coraçào
honra de pcrtencer aPia Uniao das decia de hidropezia, tendo de passar
a maior parte do anno na cama. de meu Salvador e Amor, em nome
Fllhas de Maria, de que sou um dos de todas as creaturas, em uniào com
m1!mbros mais novos e mais humil- Tendo recebido urna estarnpa de
Nossa Senhora e um terço que um Maria Imaculada, com os anjos e san-
des, e para isso considero tambem tos. Acçao de graças pela instituiçào
corno mais urna graça especlal para peregrino que em julho foi a t.• vez
d'este augusto sacramento e por to-
a nossa Associaçao este favor que a f atima, lhe trouxe, pediu a sua
cura com tanta instancia que agora das as minh~s comunhoes passadas,
me conceùeu a nossa Mlie do Ceu. reparaçao de todas as minhas infideli-
ja faz quasi todos os serviços domes-
Com os meus respeitosos cumpri- ticos e espera ir agradecer a Nossa dades e ingratldoes dos homens, co-
rnentos, sou de V. R.• Mt.0 Att. v.ra Senhora logo que tenha meios.
munMo esplritual, ofereclmento de
mlm rncsmo e das minhas acçoes, en-
Maria /ost lopes da Silva Costelra - Maria Luiza, casada, do mesmo
logar, tendo urna grande inflarnaçllo tretenimentos com Nosso Se oh or
nos olhos, muitas névoas e dOres contando-lhe as minhas penas e di-
De urna nossa ex.in• assignante de ficwldades cm vez de ir queixar-me
Cabeçudos (Vila Nova de Famali- lembrou se de pedir a um peregrino
umas 20 gOtas de agua da Fatima, e desabafar junto das creaturas.
Cfio) recebemos a seeuinte carta:
cCumprimentando mui respeitosa- que aplicou aos olhos, estando com-
pletamente curada. Se puder ira em
mente a V., peço llcença para narrar
urna graça de N. Senhora de Fati-
ma, que para sua honra e gloria nao
Malo a Fatima entregando nessa
occasUio cem escudos para as obras
5antos
deve ficar ignorada. da futura egreja. Porque olio? Podemoa e devemos
Tenho µma sobrinhita pequena - D. Dolorosa da Costa Andrade, sei-o.
que tem sofrido multo de febres io- da freguesia de Carnicaes (Tranco- Podemos. Aflnal o que é um San-
testinais por vezes multo graves, so), que no dia 22 de setembro ulti- to? Ou melhor o que era elle quan-
cbeeando a lnspirar~nos aerios cul- mo teve um grande ataque que du- do vi via ne11te mundo?
dados. Costumam ser bastante de- rou mais de quatro horas. O marido Os Santos eram umas pobres al-
moradas e a penultima, no ano pas- recorreu a Nossa Senbora e passada mas corno n6s. Por os vermos agora
sado, durou- lhe talvez mais de doJs meia bora começou a doente a dar com urna corOa de gloria facilmente
mezes, delxando-a multo abatlda e signaes de vida. Veio em 13 de outu- imagìo3mos que elica eram de natu-
enfraque<:lda. E' por Isso que, quan- bro ultimo A Fatima agradecer a Nos- reza dlferente da nossa.
do em Janeiro ultimo a peGfuenina sa Senhora. Nada d'isso! Eram corno n6s filhos
Maria Thereza flcou de cama com - Amelia Duarte da fceeuesla daa de AdAo; tlnham defeitos corno n6s
mais urna infecçao Intestina!, todos Torres, que tendo um panaricio, em e alguns até pecaram maia que n6s.
nos alarrnamos e com ra?ao. Eatava risco de ter de sofrer urna operaçao, Pedre, Paulo, Ma&dalena, Agostinho, •
a pequeoina doente, i~ ha 8 dias em Jnvocou Nossa Senhora da Fatima Margarida de Cortona cairam no pe-
rlgor060 tratamento Imposto pelò de que ja tinha urna fotografia. Ten- cado; Francisco d' Asais, Francisco
médico, muita febre e grande fastlo do collocado terra e agua da Fatima Xavier, Francisco de Sales, Luiz de
eja multo fraquinha. A's tardes quan- na parte doente, acor(!ou com o de- Oonzaga, tinham defeitos corno n6s.
do a temperatura ae eleYava tinha de rebentado, estendo COOJpletamen- A unica dlferença, mas a grande
m1tltas dOrea num ouvitio, de que te curado e sem defeito. difcrença que exlate entre um santo
tambem jé 1ofria, qae a nao deixa- e u111 pecador ~ que 0 pecador per-
vam dormir, nem t!o pouco aoce- rnanece no seu pecado e o Santo &ae
aar. Apllcaram-te vario, renaedioa
Visitas ao Santissimo Sacra- d'cUe; é que o pecador cede facil-
111as ne11hum conseguiu acal111al-a.
Pei enUlo qua ateuem, que e1tava
mento mente as auas mAs inelioaçoes e e
Sao1o rul1tc-lhe.
junto da dotntielta, chela de f~ em Cada dia, tento quaato poHivel, Ora ,e os Santo, do céu fOram o
N. S. eas Oèr1ts de F!tima, dlNe: farei unaa Ylalta ao 111eu amavel Sal- que eu sou, porque n!o "rei eu o
e tu vaea urar jt I • E 111ol11and0 vador. que cllea &Ao?
11.ma boll1ha de alged~o aa agaa
milaerosa de f jtJma, iutroduziu-a
Nunca passarei perto de u,na qre-
ja aern entrar, a nlo ser qae II cir-

Urna outra lllusfio ~ que oés pea-
ne ouvido d• ooaso peq.ea.lno amor, cuustuclas o oao permlt1111. &amos qu~ oa Santos aAo de.-ìam fQ.
que adormeceu imedlatara•11te, para Se 0 temp• urge, demora-111e- 2er o que 1161 1omo1 ebri&adas a fa-
s6 acordar no dia 1e,ui11te 1e11 dO- bei apeoas um instante para atiorar zer.
res, se111 febr1, 1cm alrnptomaa da aquefle que ali babita, diz-lhe-hel que A' força de H Yenao1 revesti4'>,
infecça.o e coa o apetite rccuperadot o aao e lhe pedlrel e sua craça e a d'ouro e purpura, j forr,a de verj]~
E' ia"etravtl ~ue foi No11a Senbora 11a beqllo. U111a creança ofio paua- a corOa na 1ua fronte e QUVlrmos
qucna cueu a Marta ThcreJlob. A rkl deute da casa de 1eu pae tea contaar os HU& 1nt1aire1, i11111iaHlH
peqoe1h11 lrer1 lta me1.&1, caa dola U1e du· •m 1l1HI de ,ffeiçAo. t1Ut o, "a'lt06 er«m creaturu apllte,
irmaozHIII04ì fambem pequeoo1, a Se do pH6~ entrar na egreja fa- de Uffla yida eo•pl1ta111entc extra.r-
sua t.• CN111kl• e, tenda •PIHI i •tu cerati• •• ade •• W • tliurla.
, rli •• ,
Voz dn. Fatima

Assim, por exemplo, se tivesseis O pae sorrlndo friamente diz: e E o da desse g6so. Se lhe contraria esse deae-
vivido na G'ilileia no tempo de Hero- premio em hi&toria, em arithmética, jo, que afinal ùe conta~ é tlio razoavel, fi-
ficar4 muito triste e talvei adoeça.
des terieis talvez encontrado alguma em gramatica? S!io estes, meu filho, -Entao, exclamou a miie, descobrindo a
vez um pobre carpinteiro, que depois os premios que te tornarlio feliz e verdadeira razao, as senhoras querem fazer
de ter trabalbado todo o dia, de fer- util no futuro; o de cathecismo nlio de minhn filha um alvo de troçal
ramenta As costas, voltava para jun- te serve para os exames nem te abri- -N6s? A seohora faz-nos uma injuria
imaginando semelhante cousal Niio insisti-
to de sua esposa, que Ihe tinha jA rA oenbum futuro na vida .• ,> mos, mas deixe que sempre lhe digamos,
preparada a ceia. Era S. José que A creança, desgostol!a, calou-se ao deixtl -la, quc contrahe urna grave res-
voltava para junto da Santissima Vir- por uns instante,. Depois, corno que ponsabilidade. Quanto a o6s, em verdade,
gem. Se tivesseis vivido no tempo olio ousar1amos ass1Jml-la. Quem sabe se a
iluminado por urna luz superior, res- senhora nao est:1 contrariando os designios
da prégaçAo do Salvador e passeas- pondeu:» Papa, o premio de cathe- dc Deusl
seis ao longo do lago de Genesareth cismo ha de servir-me para o exame Luiza Soubirous era uma mulher de fé
terieis visto dois homens que remen- final de Deus e me abrira as portas viva e por 1ss0 eetas palavras tornnram-na
davam suas redes e falavam de pelxe in9uieta e perturbaram na. Pegou-lht;:S nas
do Ceu>. maos que apertou com força e aff.:ctuosa-
e de pesca: eram S. Pedro e S. Joao. Recordemos esta bella e sublime mente.
Se tivesseis vivido em Corintho resposta e que os paes trabalhem -Ah I dis:.e ella, eu perco a cabeça ...•
no tempo cio proconsul Galliano, um para que seus filhos possam merecer Mas quero crer que as ~tmhoras niio me
pequeno fabricante de tapetes, judeu, enganam ... Con~o-lhes mmhafilha ... Ve-
o premio em cathecismo sem prejulzo jam o meu soffnmento, as m1nhas angus-
que trabalhava com dois dos seus d'outros que lhes p6dem aer uteis. tias .•. Por caridade, olhem por ellal
companbeiros: este fabricante de ta- Assim no dia seguinte ante'! do romper
petes e de tendas era S. Paulo. da manhii. ellas veem buscar Bernadette a
Se tivesseis vivido em Espanha no
tempo de F111ipe 2. 0 , terieis visto um
As apparicoes de Lourdes casa. Ao subir ouvem tocar o sino, que an-
nuncia urna missa rezada. Dirigem•se li.
egreja para assistir a ella e _rara_ ~ollocar
estudantinho que resava com fervor VII a sua diligenci.1 soh a protecçao divina.
na capela, que estudava a valer na E' natural a suposiçiio de que re:i:am cora
sala de estudo, mas brincava com al-
Terceira appariçiio, em 18 de Feve- o maior fervor; tantos e tao diversos slio
ma nos recreios: era S. Luiz Gonza-
reiro. -Promessa da AppariçiJo os sentimento~ qui;: se agitam e atropellam
nas suas nlmosl
ga. Na cidade, n classe popular ocupava-sc Em .seguida encaminham-se para Massa-
Depois mais tarde, aquelle pasto- muito das appariçoes de Mass~bielle l\fas, bielle.
rinho que terieis enconrrado debaixo corno eram contadas por rapar1gas e crean- A Ju:i: do dia mal dcsponta, as portas das
ças, em geral ligava-s•? pouca 1m_portancia casas niio estao deviJamentc abertas, por
de um carvalho, guardando as suas ao 9ue se oppellidava de 1maginaçoes de ca- isso poucas pessòas re p_aram nella,. A ~e-
ovelhas ou !evando os sacos de 2rao becmhas loucas. nhora Millet leva na mao a vella benz1da
para o mo10ho: era S. Vicente de As raparigas, essas repetiam a toda a gen- na festa das Cnnde1as, que ella reserva pa-
Paulo. te num_ tom de sincemlade que empolgava n a acender no seu quarto nos dies de fes-
a conv1cçlio: ta da Santiasima Vir~em e nas occuiqes <\~
Outras pastorionas que terieis en- - Ah! se vis~em Bernadette em extase! trovoada. Anton1eta LcyJet esta embrulha-
contrado no campo: eram Santa Ge- JA niio é ella, mas um anjo em adoraçlio. da num grande c11puz pr.:to dos l>yreneus,
noveva e Santa Germana. E' mais bella que os aoj->s que rezam nos onde occulta urna foiba de papel, tinta e
.Esta pequenina veodedeira e cei- no~sos altaresl urna penne.
H.ivia em Lourdes urna congregaçao dc Como S. Joiio correu e chegou prlmeiro
fe1~a de Cuvilly, é a bemaventurada Filhas de lhri11, cuja presidenta, Elisa Lata• que S. Pedro ao sepulchro de Jesus, Berna-
\ JUh'a Billiart. pie, tinha morr1do 11lguns mescs antes, Se- detc, logo quc se ache no camioho de Mas-
Esse mendige qu,e anda de porta nbora bntante notavel pela sua doçura, sabielle, aJianta-se i• suas companheiras.
em porta com seu bordiio e seu saco e•fa.bilida.de dc caracter, d1stincç!io e gene- Avança, corre, dir-se-ia que tem 11ias; va•
rosidade d'alma, conciliava a estima de to- ja subindo a encosta, depois desce rapida-
é S. Bento José Labre. doa e a sua memoria tinba deiiado corno mente e penetra na gruta. As duas senho-
Se alguem nos tivesse dito entao: 4ue um sulco de luz e de bondade. ras, nao conhecendo tao bem o camiaho
a ttençao, repar,ae bem, sao Santos, Interessava-se por cada uma des rapari- pedreg so, s6 la che~am alguns minutos lla-
1evantae-lhes altaresl ga1, amava-as, seguia. as na vide, e para to- pois. Bernadette esca di, joelbos e com os
das era a melhor ami,:!a, - pode-se até di- -0lhos fixos no ogiva negra por cima da .sar-
Responderieis talvt z admirado&: zer a melhor du miies, porque a sua ter- ça, reza o terço. Ellas acendem a vcl11 ben-
P6de lA ser I Santos I E ent!io um nura para com ellas era ao mesmo tempo ta, ajoelham-se tambem e, corno a crean-
Santo é s6 isto? muito viva e muito esclarecida Nu ruas da ça, recitam o roser·o. Oram assiro por mo-
Nao, um Santo nao f s6 isto. cidade nlio havie oin11uem que olio a sau- mentos, em silencio, deante do ro~hedo. De
Nlio se trata de fazer milaeres ou dAue com re,,eito e no dia do ,eu eoterro repente a pa~torinha solta utn ~rito de ale-
hoµve urna imponente manife;,taçiio de pe- sr1a: •Lii vem Ellal ... E1-laJ. E prostra-se
maravilhas, -trata-se de fuglr do pe- sar e de sympath1a. até ao chiio com o rosto radiante de felici-
cado e de cumprir cada um, bem, os Uma joven, Aotonieta ZcyJet, tinha sem dade.
seus deveres. E nao poderiamos n6s duvida por csi;a aenhora urna affeiçllo mais A11 suu duos corupanheiras olbam na di-
pr.Q[um111 que aa outr;i,, porquc, mima cda- recçiio da gruro, para a sarça de r9s,irA•
fazel-o? Por tanto, podemos ser San- de e!ll que tudo se uquecc depressa, ella brev.is, e niio vcem seniio os rochedos a$-
t11s. chorava-a sempre. pcros e e~alv11dos.
E devemos set-o. Ouçamos o que Quando u 1ues compeoheiras lhe copta- -Continuemos a rezar, diz I aenhora
diz N. Seobor: cSide perjeltos cotn0 rlllD que Bernadette via uma appariçiio cm Millct; se a o.ima ÌIIVÌSÌYCI 6 aguellf' Sl~·
~-ssabielle, diri11iu-1e I\O eCucare• e pe• julgamos, as nos~as oreçoes 1er-llìe· i'.o cer-
.-osso Pae celeste é perteito. Séde diu oumerou, o;plicaç6es a qe11nça. Esta tamente egr11davei'I
Santos_porque eu SO-Il Sante.» era muito sobrio quanto a'" acontecimen- Bernadette tlnh11 os olhoa fixos oa Appa·
Ouçamos agora S. Paulo: «A von- tos que lhe diriam respeito peasoalmente, riçao, falava, ,omn, era fehz, o acu coraçlo
.tade de Deus é esta : (fUt sejaes San- maa respondia de bom srado Ila preguntas es1&\1'6 cm CQQ'l!T\UQic11çiio com o qa Da1Z1a,
tos » . que lhe erari dirigidu acerQa dia Appari- e elle gosava dessa d6ce fçlic1dade, cnaa mio
çio. 04lacrneu a Senbora my,ter(o", as entrou em extast. A o~ma queria f1tllar-lh•
Lembremo-nos que olio ba meio su111 ftiç6es, os 11cu1 01h01, o eeu ar de e, como nlio convinh11 qve ac pudesse fazer
termo : ou seremo~ Santo.s no Céu ltondade celeste, o scu trajc branco com passar Bernodette por urna YesiQaarl•t eU~
ou condemoados nu inferno. E' forço- um cinto azul. conservava a plenituùe tranq1dla <ta4 s~tp.
ao escother. Antoaiet11 ,iu nesse traje pareoençu com faculdade:1.
o lubit~ daa F11bu de Maria. V. i l N.1
Nno nos esqueçan,os que fomos Ocarreu-lb,e ~ idela etc que era tal,et Eli-
...
creados P~ra s~rrnos "-antos e ir pa- 11 La11ap1e que 1pp1recia a ftemadetta. per
r~ 0 Céu. Como S. Joao Bercimans penai.ufo divina, para pedir oraç6e•. Dos-
de entao ea,e pen111meoto jiii;i~is a 11lte"do-
Congresso Eucha-
digamos: e Q1,1ero ser um Satdo um
~fande Santo e hade ser em pouco
lr:mpo.•
nou e deu ae preua em communic;a-lo a
uma du ,au amiµ•, a 1cnlaor1 Mrllct, de ristico
l.ourde_,, na SU10Mì de quana-feira 17 dc Deve realizar-se em lraca ~s
Fo,ere1ro, re,olvtnLlo ambas faur uma ,i-
1\Ìtt '- fall)llia St1,1biro41 1 na tarde doso dias 2, 3, ... 5, e 6 de Jutho, o li.n-
Oexame lllWI --~11D0 dfA,
Chegam ao callir da noitc • encoatnra
a a,ae Soubiroua a rcprehender se,cramea-
W1eiro Colil~rt·st.t. Eucharl1tico Natle-
nal. Tudo h1dica que t•ri Ulll brllie
excepti()nal e que nca.fi aar~•
tc aua fil~•. B~roa<Wtta com elf<ito ,uppli-
Urna creança lt>vava urn dia p,ara
casa, cheia de '1leg· ia, e, liCU pri11tei-
cna-llte q1111 a deiu'4e •ol '.ar p!el11 tercein
"~ i Grau e ella rtcu~a·u -ftc com mj di,-
uma época d<. ,~vlvl&cencla reUI'
e 4e aio Or parn co111 Mot110 Se . J,
re Prtmie obtid0 110 cath,ciHle JtNiçio, •esmo cor-. u.-.a C!!rtt irritac;io. ili .. Santa Eucharistla, de ll•rJII
~ ml~ deu-lhe um grude e twM 11ti1fazer IKI~ ~up,,hca, m,ocenJ-0 ~o!>retw-
tlo ruoes de 1aùJ1.
com as tradiç(1;;:s .. o noMO P•r
be~o _e o acarkiou m1111ito pela cea-
-Seria t:ill'lz mais 11eri,:ot-o ,-ara el111, tàf.> diVOIO Jo Santietl•e s. -
so,..çao que eJe lie alava. re,peadcra111-llte as tluu visìias, ser rmn- muto.

r
V oz da Fatima.
..,
.Saudemos a Virgem Aqui todo um povo
Te adora, 6 Maria,
E te canta ufano
I . De jornais (P.9 F. da Mot-
ta) . . . . • • • • • . .
P.e Antonio Correia Fer-
25:000
Com viva alegria I reira da Motta . . . . . • 20:000
Saudemos a Virgem, P.e Carnia D. Maria Macieira (2.0 ano) 15:000
Devotos romeiros, D. Maria das DOres de Prei-
Saudemos a Vir2em
Nos vales e oiteiros.
VOZ ·04 FATIMA tas'. . . • • • . . . . . .
D. Albertina d' Albuquer-
10:000
Eate jornalzlnh•, q u e que (2.0 anno) . • . . • 10:000
Saudemos a Virgem vae aendo tno·~qaePid• e Dr. Raul de Magalhàes (2.0
Das pedras no meio, PPOCUPado, é destPibuido anno). • . • . • • • . • 10:000
Saudemos a Vlrgem gratuitamente e111 Fatima P.• Lino da Concelçao Tor-
Cantando em chcio. res • • • • • • • .. • • • 10:000
noa diea 13 de cada m6s. D. Maria da Conceiçao Tei-
Ouera quizer ter o di- xei ra . • . • . . . . . . 10:000
Saudemos a Yirgem
Dalma e coraçao, reito de o receber dire- D. Maria da Conceiç~o de
P'ra que dè a todos cta mente pelo e or re i o, Bettencourt Nogueira. . 10:000
A graça e perdao. tera de envia•, adeanta- D. Maria de Souza . • • • 10:000
Homero Oomes . . . . . • 10.000
damente, o m i n i m o de D. Anna de Albuquerque
Saudemos a Virgem dez mii réis. Bourbon de Souza Lara 10:000
Na Cova da lria,
Saudemo-la sempre, Augusto M. de Faria Silva
Carvalho . • • . . • • • 10:000
Que é nossa alegria. Voz da Fatima D. Maria Wadin2ton . . . •
D. Magdalena da Silva • •
10:000
10:000
Saudemos a Yirgem Deapezas
Nas pedras da serra, Transporte •........•. 9:075:620 Amadeu de Mesquitç1 . • • 10:000
Saudemos a Virgem Impressa:o do n.0 18 •••• 200:000 D. Piedade de Jesus Baux 10:000
Nas glebas da terra. Outras despezas ...•.•• De joroals Qosefa de Jesus) 17:500
36:000 D. Balbina Alvarez Rubi-
Papel de lmpressao •... 4:256:900 ilos de Domioguez (2.0
No sol que nos enche ( Somma ...• 13:563:520 anno). . . . . • . . • . 10:000
A terra de luz
Saudemos a Virgem Subscriçilo D. Ludiera Empis . . . • 10:000
A l\Ue de Jesus. D. Palmira dos Aojos Ma-
(ContinuaçAo) galhaes . . . • . . . • • 10:000
Saudemos a Virgem D. Joanoa Ferreira da Fon- Manuel Ramos da Costa, • 10:000
Nos astros luzentes, seca .....•..•..•.• lOSOOO Eduardo da Costa Men-
D. Maria José e D. Maria donça. . . . . . . . . • 10:00
Saudemos a Virgem, Bernardo Tavares Coelho • 10:000
Se 06s somos crentes. Julla Henriques Lino ••. lOSOOO
Oonativos (Salvaterra) ..• 3$000 D. Capitolina d' Araujo Oui·
Saudemos a Virgem D. Eulalia Pereira Sa Couto 10$000 mar~es Rino. . . • . . • 20:000
Na brlza que passa Donativos, jornaes, etc. Car- D. Angelica Artayett Lemos 10:000
Ella é a Bemdita, rascos) ......•••..• 30$000 J osé Antonio Oonçalves
P.0 Augusto José Vieira (res- d' Azevedo (2. 0 anno) .. 10:000
A chela de graça. O. Maria Barbara Simoes • 10:000
to de umas contas) •..• 15$000
D. Angelina de Jesus e Sii- O. Maria Emilia Tinoco Lo-
Saudemos a Yirgem, bo • . . . . . . . .• 20:000
Que é nossa Màe; va•••....•...••••• 10:000
D. ~~ria Perpetua Vidal Pa- Donativos varios (Francis~
Chorando contritos, , ca Fitipaldi) . • . • . 74:350
Saudal-a tambem. tr1ceo.•.•.••••••••• 10:000
D. Maria da Oraça de Car- José da Fon~eca Castel·
valho....•..•.•...• 10:000 Branco ... 10:000
Sauden10s a Vlrgem D. Maria Snphia de Senna
Com gozo profundo D. Ana da Concelçao Rosa. 10:000
Luiz de Souza Moreira ... 10:000 Azevedo Martins . . . . 20:000
Saudemos, cantande-a D. Emilia Pacheco Azevedo 10:000
Rainha do mundo. D. Amelia Val do Rio Hen-
rlques•••••••••••••• 10:000 D. Beatriz Artayett Motta
Ambrozio da Sllva.•••••• 10:000 Ouimaràes . • . . . . • 10:000
Saudemos a Vlrgem, D. Ma r I a da Conceiçao
T!o pura e sem par, Joao R. Coelho dos Rels •. 20:000
D. Alice Rodrieues.••..• lU:000 Santos . , . . . • . • • 10:000
E tudo a saude D. Augusta Carvalno . . . 10:000
O ceu, terra e mar. Deolindo Loureoço.••••• 15:000
Um devoto de N. Senhora. 100:000 D. Maria Fernanda Santos. 50:000
P.• Miguel }orge (2.0 ano) . 10:000 D. Maria da ConcelçAo Tos·
Saudem0s a Vlrgeort cano Ttnoco (2.• vez) .. 30:000
SauiJemos cantando D. Monica d'Oliveira Cor-
Quem cantar nao possa rela•••.•..•••••••• 10:000 D. Maria de Lemos d'Oli-
Rosa de jesus Cascaes (2.0 veira .••.•••••.•..• 10:000
SauJe-a rezando. Condessa de Azambuja (2.0
anno) ••••••••••••• 10:000
Rosa da Gloria Reblmbas anno) •••.•••••.••• 10:000
Saudemos a Virgem D. Maria Palmira dos San-
Que quer penitencia (2.0 anno) •..••••••• 10:000
Olorla de Jesus Rebimbas tos )orge •..••....•• l 1:000
E manda fazer D. Anna Sergio Faria Pe-
A's paixOes violencia. (2.0 anno) •••••••••• )0:000
Maria Francisca Manso (2.0 relra •••••••••••••• 10:000
anno) ..•.•••.••••• 10:000 D. Virginia Augusta Lopes
Saudemos a Virgem, de Campos •••.••.•• 10:000
Que ella nos dara Maria do Rosario Tavares
Gravata (2.0 anno) •••.• 10:000 P.• Luiz Caetano Portela
Emenda de vlda (2.0 anno) •.••..•..• 10.000
E oos salvar4. Maria ]osé Costeira (2.0 an- 10:QOO
no) ••••••••••••••• 10:000 D. Maria de Santiago .•••
Joanna Baeta••..•.•••• 10:000 Jesé Euzebio...••...•• 10:000
O' ceus, vinde, vinde D. Maria Oonça1ves Santos. 10;000
Puer companhia Maria José Vieira •..•.•.. 10:000
Manuel José Pereira (2.• Antonia da Conceiçao Eva-
Aoa homens que cantam rista .....•.••.•..• 10:000
A' Virgem Maria. wez) •••••••••••••••••• 5:000
Martinho Afonso Lopes (2.• D. Luiza Magdalena d' Albu-
5:000 querque (2.• anno) .• , • 10:000
O bemdlto terço vez) .•.••••...•••.•...
Percentagem de terços e Percentagem em estampaa
Trazemos comnosco, etc.· (Estrada)..•.•.•• 15:080
Cantando ,o Senhor, jornais avulsos (Pard~- 10:000
Maria, é comvosco>, lbas) ••••••••••• 53:000 José Monteiro de Campos .
Ano I I de Mo.io de 1.9,a4 ~-- N.0 20

'" -

(OOM APROVAOÀ.O ECLESIASTIOA)


Dlreo'tor, Proprie-tarlo e Edl"to1• .A.tbulnillil'ti-o.dor: PADRE M. PEPEIRA DA SILVA
DOUTOR MANUEL MARQUES D0S SANTOS REDAcçAO E ADMINISTRAçfo
:RU.A. D. NUNO ALVA:RES PERE:I:RA.
Composto e impresso 011 Jmprensa Comercial, é Sé - Letrin (BJi:ATO NUNO DE SANTA MARU)

commoç!o em muitos olhos. Deze•


13 DE ABRIL nas de pessOas, preparadas pela con-
fìssào sacramentai, recebem o ali•
mento divino que da vida e força
O dìa amanheceu esplendido. No sobrenatural as almas.
firmamento nenhuma nuvem emba- Acabou a missa. Canta se o 7an~
ciava o azul diaphano. tum ergo e em seguida da se a ben-
A estaçao invernosa parecia ter çao, primelro a todo o povo e de-
dado a natureza o adeus derradeiro pois a cada una dos doentes em par-
e a formosa e gentil primavera fazi~ ticular.
rnagestosamente a sua entrada trium- S6be entao ao pulpito o dr. Mar-
phal. ques dos Santos. Falla sObre a pe-
Passava ja das 11 horas, quando nitencla tao instanternente ,fecom-
o nosso automovel, ao subir a estra- mendada pela Egreja no santo tem-
da . da serra, teve uma panne que o po da Quaresma. E' necessario o ar-
o~ngou a parar subitamente. Vinte rependimento e a emenda dos pec-
ktlometros nos separavam ainda do cados para obter a salvaçAo eterna.
locai d~s appariçòes. Junto da fonte agglomeram-se in-
. Prov1dencialmente, seguia atraz de numeros peregrinos, aguardando ca-
n6s um carro vasio que se dirigia da qual pal'ientemente a sua vez de
para Boleiros, pequeno Iogar situa- encher o recipiente que trouxe con-
do a urna legua de Fatima. E' nelle slgo com a agua maravilhosa, a cuja
que tomaf!los logar, n6s e os nossos efficacia sao atribuidas curas extraor-
co~panhe1ros de peregrlnaçao : um dinarias. Approxima-se rapidamente
dlstincto advogado nosso amigo, trés a hota da debandada. Muitos romel-
senhoras do Porto das nossas rela- ros sào de terras dlstantes e por isso
çOes e_ urna creada que pela primel- apressam a partida. Os menos apres-
ra vez 1am a Fatima sados rezam dentro ou em torno da
A' medida que nds approxlmamos Cecilia Aul(usta "Go11veia Prestes capelta ou afastam· se para sillos pro-
do locai das appartçOes, os grupos depois da sua cura 1 ~ xlmos affm de comerem os seus far-
tornam-se mais fréquentes e mais
compactos. Era pouco mais de melo-
-~~---=---------~
a
Santos, inicia comparticipaç~o da!J
neis.
Jniclamos a viagem de regresso.
dia quando chegamos ao pé da egreja asslstencia no santo sacrificio, reci- Pelas estradas que percorremos, os
parochial de FAtima, alnda em obras tando com ella o symbolo dos Apos-9 peregrinos que encontramos rezam
maa ja quasi concluida. ' tolos. , ou cantam. As suas almas pledosas
Como é Domingo e o dia esta lin- Em seguida reza o terço, alterna- conservam bem vivas as lmpressoes
do, a concorrencia, o que alias era damente com o povo. A sineta di o desse dia de graças e anhelam vol-
de esperar, é multo superior 4 do signal de Sanctus. O ~ilencio é ago- tar mais vezes aos pés da augusta.
costume, f6ra dos dias 13 de Maio e ra mais ·profundo, o recolhimento Virgem do Rosario. no aeu santua-
13 de Outubro. mais intenso, a oraçAo mais fervoro- rio predllecto, em busca da paz e do
Eis-nos agora na Cova da Jria. O sa. O sacerdote Jevanta ao alto a encantc. sagrado que attrahem am
recinto em torno da capella parece Sagrada Hostia. O momento é so- tantos filhos de Porh:1gal e tornam
um vasto mar de cabeças humanas. lemne e commovente. Milhares de aquella estancla bemdlta urna verda-
Devem estar presentes cérca de quin- frontes se inclinam em adoraçAo e deira antecamara do Ceu.
ze mil pessoaa. milhares de boccas soltam corno V. de M.
Dezenas de fiels, homens e mu- um grito de fé, e de amor a excla-
lheres, andam de joelhos, em cum- maçào do Apostolo incredulo, tor-
primento de promessas. Ja tinha sido nado fiel : e Meu Senhor e meu
ceJebrada a primeira missa as 11 bo- Oeus I• Eete jornalzinho, q u e
ras -pelo rev. Manuel Pereira da S11- Seguem~se as invocaçOes a Jesus vae ••endo tAo quer.ldo •
va, da Camara Ecclesiastica de Lelria. Sacramentado. Chega o momento da procur.ado, é deet .. lbuldD
Algumas centenas de pessOas co-, Communhao. Durante a distribuiçao gratuitamente em Fétlme
mungaram a esta missa. do Pào dos Anjos, o e Bemdito e lou- noa di•• 13 de cada m6a.
C(lmeça a segunda missa, annuo- vado seja• prorompe de milhares de Quem quizep ter o di•
dada pelo toque de urna sineta. E' bOccas e repercute-se ao lonJ?e e ao reito de o ••oebe• diPe•
celebrada pelo rev. dr. Manuel Nu- largo, corno urna apotheose dos ho- ota111ente pelo o or re i a,
n1es Formig~o, professor no Semina- mens e da natureza ao Deus feito teré da enwia•, adeant••
I o de Santarem. menino por nosso amòr. demente, o minimo de
O rev. dr. Manuel Marques dos Veem-se lagrimas de jubilo e de dez mli réla.
Yoz dn.

Relatorlo sObre o caso de eecllla Hngusta 6onveia Prestes, curada


em fotima po dia 13 de Jullio de 1923, de tntiercnlose P.Dlmonar
e perltoneal com ascite (Hydroplsla do ventre)
A tamilia abandonavam a doente, todos se re- liquido; mas verificou-se por fim que
cusavam a aproximar-se do seu lei- isso nào era preciso.
Cecilia Augusta Oouveia Prestes-; to de d0r. Vendo -a em estado tao Achando-se ligeiramente melhor,
de 22 annos de edade, solteira, na- Jastimoso, a afilhada, de quem era continuou a trabalhar, até que em
tural e moradora na villa de Torres muito amiga e a quem considerava Marc;o de 1922 se sentiu fraca e se
Novas, dlstrlcto de Santarem, vive como filha, nilo teve a coragem de reconheceu mais magra do que nuo-
actualmente em companhla de sua se separar della. No dia 11 de No- ca, tratando-se entao com os drs.
irmà, Idalina Augusta Oouvela Pres- vembro de 1920 a pobre senhora Ribeiro d' Almeida e Vlcente Vinagre,
tes, de 42 annos de edade, tambem sucumbia aos eslragos da terrivel que lhe prescreveram diversos reme-
soltelra. Tem mais urna irmll, Caroli- enfermidade, entregando a sua alma dios, cuja efficacia pareceu inteira-
na Oouveia Prestes, casada, e tres ir- a Oeus. Pouco antes de morrer dis- mente nula.
rnllos, Manuel Ribeiro Oouveia Pres- poz que se cumprissem imediata- Em 25 de Julho foi a Alcanena
tes, de 46 annos, solteiro, Alberto mente as suas promessas e fez di- consultar o dr. José Ferreira Vlegas,
Augusto Oouveia Prestes, de 33 an- por pào ter obtido resultados favo-
nos, alfaiate, viuvo, e José Nicolau raveis com a assistencia dos médicos
Oouveia Prestes, de 28 annos, serra- de Torres Novas. Aquelle facultativo,
lheiro, casado. constatando que os pulmòes estavam
. Moram todos em Torres Novas, afectadc,s, recettou-lhe varios medi-
excepto a irma e o irmao mais velho camentos que produziram effeito, re-
que, depois de ter prestado serviço cuperando a enferma um pouco as
em Lourenço Marques corno offi- forças.
ciai miliclano por ocasiao da grande
guerra, foi estabelecer a sua residen-
A tuberculose e n. a.s•
cla em Quelimane, onde é emprega-
cite
do na Repartic;ao das Obras Publi- Depois de mais algumas visitas ao
cas. dr. Viegas, Cecilia parliu para Lisb0a
O José viveu com a irma até ao no dia 2 de Janeiro, por indicaçào
seu casamento, que se realisou em do dr. Almeida, que a tinha achado
15 de Agosto de 1923. muito mal, com o ventre bastante
O pae, Carlos Au~usto Oouveia elevado, devido a ascite, cujos sim•
Prestes, falecido em 1915, muitos an- ptomas haviam entretanto aparecido.
nos depois da morte da mae, foi se- Entrou no dia 14 desse mes no
cretarlo da Camara Municipat de Tor- Hospital de D. Estephania. Submet-
rea Novas. tida a um regimen lacteo rigoroso
As duas irmas, que se ocupam no durante dezoito dias, tornava quini-
servlço domestico, habltam, ha cerca no, tricalcina e lactose. Descobriu-
de 10 annos, um modesto primeiro se nusa ocasiao que ella sofria tam-
andar da rua de S. Pedro. bem de albumina. O ventre baixoa
Antes da doença de que vamos de todo.
fallar, a mais nova trabalhava para Pediu alta em fins de Janeiro e re-
f6ra em obras de costura. Era entào gressou logo a Torres Novas. Foi,
forte e gorda. Pesava 68 kilos. Cecilia Au,rusta Gouveia Prestes porém contra a vontade dos médi-
,Ha tres annos, pelo Carnaval, - antes da sua doença co& e das enfermeiras que sahiu
dizia ella um dia na sua linguagem versas recommend,u;oes. Cecilia foi do hospital, porque, longe de estar
expresslva e pitoresca, eu era um bal· depois para casa da irma Carolina curada, o mal continuava a mina-la
stiro, de nutrida que estava.• que, tendo mais tarde casado, vive sem piedade. Todos lfle predlziam
N,mca soffreu de nenbuma doenc;a hoje em Lisb0a. Entretanto, corno que havia de recahir.
a nàò ser de s~raiupo, quando con- se achasse bastante fraca, procurou Passou o més de Fevereiro regu-
tava apenas sete annos de edade, e oo seu consultorio o dr. Augu!tc lartnente e o més d'e Màrço um poa-
dum principio de pleurisla, em Agos- d' Azevedo Mendes, que lhe receltou co melhor, peorando em Abril. An-
to de 1912. Todas as pessòas de fa- vario, tonicos, com que se deu bem. dava de pé, mas com o ventre outra
milìa f0ram sempre sa11(1avei1. Paasados éinco mèses, retiroo-se pa- vt:z inchado e com febre alta. Esta
ra casa da irma Idalina, porque se elevou-se quasi sempre a l9 e 40
O contag-lo seattu doente e lmpossibilitada de graus nèsse mes, em Maio e em Ju--
satisfazer com o producto do seu nlto. Conse,vou-se de cama quasJ li,,
E~feve \#arlas vezèl eom longa de-
trabalho a pensAo que se compro- todo o mfs de Junho.
mota t'fti casa da sua màdrlnha dè
ltapt~mo, Vlrgh,la da Concèlçfo Li- mettera a pagar 4 irm! Carolina pa- " ap•
Agua da t onte das
ntt, mtradora na rtta Olreita. Da ul- ra ajada do seu sustento. Allt o lr- pariçoes
tima nz coasetvou-se 14 celta de mlo Manuel custeava- the os reme•
qu~w 'anos. A taadrlnba era casad4 dlos e a assistencia midica, o que Quando a madrinha estava doente,
ceiit 'Per11ndo Joa~ de Lima, funlfef- nuoca succedeu durante a sua esta- Cecllla pe,na com multo fervor a
ro, e, embera o marldoc posaulsse da em casa da outra lrml. sua cura ao Senhor Jesus dos- Lavra-
recurtos nfl1ientes para vlverem dores, cuja sagrada imagem ee vene-
A plonrlwla ra na egreja de S. 'fhiago, e, como.
com da6fogo, etta trab'lithava qua-
et se .. detcanço, de dla e de nolte, Fel ne més de Junho, preeiaameD- apuar disso, a sua dedlcada amiga
come raedlsta, sustentando s,stoka te na vespera de S. Je~o. que ella se e protectora morresse, cahiu em pro-
a caa. 01 oémplelçlo debil e muito mudou e no fim dMse mh adoeceu f.tando desanimo e desde entao n~ò
doHte, aef ria 1em ceasu deade. 1 ~ravemente co,n uma Jl,leurlsia, ven- quiz pedir mais nenhuma graça.
iliade tle 12 uos e tlnba com fre- do- H obrigada a reeelher j ca111a. Agora, porém, animava-a urna gran-
~aencM beflle,uus. Oa m~dlcos dia- l!steve tle cama 1uu m~~. to61o o de tl"evoçllo para com a Santissima
gai tiur1111 o mal de tuberculose més de Julho. excento Ros ultlmos Virgem e urna confiança illimilada e-
,•tlWloRar e reer.amendaram ! aftllaa- •IH, tendo subido a febre 11 40 rraus. ina"3lavel no seu poderoso vallmcn-
tla -u• tlvM1e o •alar caldado eAI l't>I tratada p&lo flr. E11genlo Ribeiro to Junto de Oeus.
ev.i.tar • eot1ta1t•, i,1rq111e, 11ov1 co- cl' Almeida, n:aédico as,slsten.fe da fa! Havia multo tempo que a irma 1héc
•o era, ..rria imlaeate pulio d.e •i- · mllla. €begeu a pen~ar em ir a Lls- ministrava em segredo agua de Fa-
da, traNt:Hle àa 111a4ri11ba. TodH b6a para se f)rocMler i extraeçao de . tillKl, deitando colheres dena no eh!, ,
Voz da Eéthn...

no leite e nas gernadas. Um sobri- até prometldo Jr a F4tlma no dia de P.eregrina çii.o doloro•a
nho de tres anos, a quem isso cau- Santo Antonio. O seu estado, porém, Este estado manteve-se estactdna-
flva extranhesa, foi-lhe dlzer que a aggravou.. se a tal ponto que lhe fol rlo até ao dia 13 de Jutho segu1nte..
tia deitava agua na comida. Um dia absolutarnente lmpossivel cumprlr a Nesse dia, b 6 horas da nu1111u1,
a doente, anclosa por saber que es- promessa. chela de confiança na protecçao Ma-
pecie de agua era aquella, queixou- Receando dum momento para o ternai de Nossa Senbota, lnlcloll
11e de que a gemada estava insipida outro um desenlace fatai, a familla a sua tao desejada péregrlnaçAo 4
e at;rn graça. Como a Irma se visse encomendou a urna no dia 11 a Ma- FAtlma. J>artlu de trem com a trmA
entao forçada a confessar que lhe nuel AlvorAo, morador na rua _das Idalina Florinda Pereira, esposa do
deitava sempre na comida algumas Tufeiras, tendo tambem flcado a1us- irma-o Alberto, Maria Leonor, futura
gottas de agua de Nossa Senhora, tada a rnortalha no mesmo dia. esposa do Irma-o José, MarlaJosé Al-
observou que nao era preciso fazè- O rev. Joao Nunes ferreira, paro- ves, sua madrlnha de chrlsma e mà•
lo a ocuttas, porque a beberia sem- cho da freguezla de S. Pedro, urna drinha de baplismo e chrlsma doì
pre de muito bom grado. A irmA das da villa depols de ter vtsltado irmàos José, Alberto e Carolina, e •
procedia assim por julgar que ella a doente na' vespera, foi confe~sa_-la Francisco Teixeira, ourives da capi·
nao acreditasse na efficacia sobrena- e administrar-lh,e o Sagrado Viatico tal.
iural da agua de fAtima. e a Extrema unçAo no dia de Santo Fol nos braços da irmà e da futu•
Prognosticos 1:errivei~ Antonio. Quando se despedlu, disse ra cunhada da cama para o trem.
a lrmA que brevemente a iria de Sofria imenso com os solavancos.
Foi em Dezembro de 1922, quan- novo visitar, pot4ue sabia pelos m~- As d0res eram horriveis. O vehlculo
do aconselhou a doente a ir a Lis- dlcos que a doente estava perdida. seguiu pela estrada que atravessa
b6a, que o dr. Almeida disse a irmà Passada mela hora, preguntou a a serra d' Ayré. A doente ia entre
que ella estava tuberculo$a da cabe- Thereza de Jesus Oliveira, pess0a Marìa Leonor e Florinda J>ereira, am-
ça até aos pés. Chegou um dia a ex- que frequentava a casa da enferma parada por ambaS, ficando na frente
cJamar, significando tristemente que a madrinha. De vez em quando, pre-
nào l)avia esperança de cura: «Que sa duma afliçao indizivel, exclama-
quer que eu lhe faça ?I• Nos princi- va: e Valha-me Nossa Senhora do
pJos de Junho o dr. Viegas affirmou Rosario t ou entào: cNòssa Senhora
tambem que ella estava perdida, a me acompanhe I• A sua fraqueza era
desfazer-se. Quando ja nao podia ir extrema. Cahia frequentemente com
a Alcanena, foi la o irmào José dar
informaç0es aquelle clinico e pedir- syncopes para cima das suas com-
lhe que receitasse alguns remedios. panheiras de viagem.
O médico declarou que ella nao du- O ceu estava encoberto. Emquan-
rava quinze dias e mandou-lhe ape- to subiam a estrada da serra, choveu.
nas repetir um frasco que ja tinha mas pouco e durante pouco tempo.
tornado, de hydropenol, para os rins, A atmosphera era pesada e quente.
que quasi nào funclonavam. Num lanc;o mais ingreme dei estrada
O dr. Durao, o dr. Mira da Silva o cocheiro pediu a tOltos os passa- .
~ outros médicos do Hospital de D.
geiros que se apeassem. A doenté
Estephania, consideravam do mesmo accedeu tambem a esse pedldo, mas,
modo a enferma irremedlavelmente corno nao podia andar, teve de vol-
perdtda. Assim o dizlam ao lrmAo tar Immediatamente para o carro
José. A ella, quando fazia preguntas com a Maria Leonor. Esta dlzia pa-
sobte o seu estado, davam respostas ra os outros companhelros de vla-
gem: e Vamos ter trabalhos pelo ca-
~oh10 est a : < Pode ser que melhorès, mlnho; ella morre-nos antes de che-
mas estas multo doente.» garmos a casa>. Fol precisamente
Os ulti.rnot!I Saoratrten- por esse mofivo que J~sé Prestes
1:os nAo quiz acompanhar a trmA, dlzen-
. Era grande o desejo que Cecilia do que ella morrerla com certeza
t1nfra de lr a Fatima no dia 13 de durante a viagem.
Jttl'lt\t,, dia de Santo Antonio, o gto- Cecilia Aut:usta Gouveia Pr,stes Etn Fdtirna t
riosd thatrmaturgo portugués, aflm de no principio da sua doença
pe-tfit a sua cura a Nossa Senhora A dQente) desceu do trem ao p~
e sua visinha, se ella ja tinha expi- da egreja parochlal de Fatima, assl•-
do ~osario. A familia aprovettou o rado. Na vespera, um ra'paz, fllho
eméjo que se proporclonava para th1 , ultima parte d-e urna missa que
que ella recebessé os sacramentos, daquella mulher, pedlu lfcem:a ao se estava celebrando e, loi0 que aa:-.,
nAo se mostràtHfo disposta a consen- patrao para lr Ver Cecllfa que julga- blu da egreja, poude urlnJlr, HavJa
tir na sua Ida a Fatima, porque fodos va ntorta pot fhe terem dado èssa multo tempo que o nllo fazia,. s~nio
asae}luravam que morrerra no- carnl- notlcla no estabeteclmento em que rar.n veze, e com extrema difficul•
nho, se emprehendesse tal ~lagem. esfava' empregatlo e, ao vè-la a\nda dadt tendo tornado remedtos para
O dr. Augusto Mendes, cbamado viva, mas parecendo agonhtante, re- pOr termo a essa tortura. maa debal•
Pld tr1tar da doente- na ausencta dQ th'0u- se a chorar.
d~ · 1 '
dr. Almelda e informsdo do nu ve,. Seritiìllveiì* m.èlhora'4ì f ol no trern até ao toca:1 d11 •Pv•~t
hemt:nte desejo, declarott que te GJ>- rlçOet. Cheeou la as 11 horaa. 5tava·
Pu.rtha corno médico a que tosse 4 Depots de se confessar e r~ceber a acabar a prlmeira missa campaf. Qs
r~~~ mas que, se ella lnSplrada pe- o Sagrado Viatico, descansou e dor• companhelros aproveitaram o lnte~-
a ,d!YUçào quizeue ir hl, nAo podla mlu- um. somno regular, iurante tre, vallo entre a primelra e segunda fllf!·
obligt· la a flcar em casa e que por horu, • que ji nao aco11tecia havla sa 1)111'1 comerem o farnel que tln~•!!!
isso frLesse o que melhor lhe parecea- multo, ntéses, perque lhe sallil con- levad<t. Ella nfto tomou quasl aUmt:"n-.,.
se. A sua opini1lo era que nllo reaJi- taotemeAte agua e111 abundaacia pe- to nenhum. Terminada a refeiç~~
sasse essa viagem, mas que oo ena- la b0ca. sttmando-n quando a fe- f0ram todos ouvir a seg\lnda mrss~.
tanto, se era religiosa, preparasse a chava para dmmlr. A Jtartir d811Se A multidllo que aquella h~ta .!,.,
sua alma para Deus. dia dlminulu a quantidade de agua agglo01erava na Cova da lna er_!I
Ao ouvlr estas palavras, a doe1té que dettava pela bha. 8aìxeu a fè· enorme. Antes da missa a enferma
CORvenceu-se de que a sua vida co,... bre • abrand.uam aa dl>res. O ventre tornou a urinar. O seu aspecto era
ria. perigo e, pegando no ferço, rezo&r por6a,, nlQ tlecresceu de vQlusne. El~ o d'urna paralytica. Tinham· na de{-
-a Nossa Senhora de Fatima. sup.,11- la cont111u-0u a reur e terç•, implo- tado oo ch~o em almofadaa. Cho-
cando-lhe que a salvasse. Havia fa rando a cada atf;)mento a sua cura e rava sllenciosamente vendo-se na•
~ulfò fempo que toctos òs òlas reci- t,ebeado k,dos os dlu :ig1:1a da fan- quelle Jogar em tao triste e.stado. A
av.a o hm;o e pedia a Vlrgem dQ R•- te ~ue brotolf ue loc·al da pr.meis.a i irmii chorava tambem. Mu1tas pes-
~ano que se dlgnasse tura-la, te_.• a,-a~lçao. ~ sOas preguntavam se ella era alei1ada.
Pedia a sua cura com muito fervor. a
a famllla Amado e vendo-a janela, Attestados i:nédico•
Um Individuo de manelras distin- disse--lhe que precisava de a obser- Domlngos Roque Laia, chele da
tas, que a viu da capellinha onde se var, promettendo ella lr em breve Secçao do Registo dos doentes hos-
encontrava, reconhecendo que era ao seu consultorio. Olas depols, co- pltalisados dos Hospitais Civis de-
urna enferma, fol busca-la, e domina- rno nAo lhe appareeesse, aquelle cli- LisbOa:
do pela commoçao ao contemplar de nico procurou-a em casa, examioou-a Certifico que no numero novecen-
peno aquelle cadaver ambulante, nao attenta e mlnuclo1amente e, termina- tos e 6itenta e trés, do livro de re-
poude su,;ter as IAgrimas, que lhe do o exame, disse-lhe que estava cu- gisto cento e oitenta e nove, da en-
corrlam copiosamente pelo rOsto. Am- rada, deu- lhe os parabens, e assegu.. trada dos doentes, consta que: Ce-
parada pela Irma Cecilia entrou no· rou que nem elle nem os seus colle- cilia Augusta Oouveia Prestes, filha
santuario e ajoelhou aos pés da es- gas a tinham curado, porque Isso . de Carlos Augusto de Oliveira Pres-.
tatua de Nossa Senhora. Nao asststlu era humanamente imposslvel. tes e de Maria da Piedade Oliveira,
a bençao dos enfermos, porque teve O pharmaceutlcò Antonio f ernan- de vinte e um anos de idade, soltei-
• urna syncope, que a forçoa a reco- des Lima, ao vè-la em Janeiro se- ra, domestica, natural de Torres No-
lher logo ao carro. guinte na sua pharmacia, onde fOra vas, freguezia de S. Salvador, con-
No regresso tomaram pela estrada pagar o resto duma conta que devia, celho de Torres Novas, dlstrito de
de Villa Nova de Ourem. Ao pé da flcou surpreendido em extremo e Santarem, e residente na rua do Ar-
fonte, que esta situada a eotrada da- exclamou : e Est4 aqui um verdadei- co do limoeiro, séte, quarto andar
quella villa, o vehiculo parou para ro mllagrel> Ouvindo estas palavras, freguezia de Sào Tiago, concelho ;
os cavalos descansarem e beberem Cecilia preguntou, sorrindo: • Entao dlstrlto de Lisbòa, esteve em trata-
agua. EnUlo ella, sentlndo um appet- ainda acredita em milagres ?• Ao mento na enfermaria do Carmo, do
tJte extraordlnario, poz-se a corner que retorquiu o pharmaceutico: •En- hospltal de Estefania, desde quatto
do farne! das companheiras, a saber: tào porque nào hei-de acreditar, se de janeiro de mii novecentos e vinte
bacalhau albardado, almondegas de estou deante dum verdadeiro mila- e tres, até vinte e quatro de janei110
bacalhau, cacapaus fritos, pao com gre?t > Cecilia voltou a Fatima, em do mesmo ano : Doença de que se-
queijo, urna tlgelinha de morangos e acçao de graças, em 13 de Setembro tratou : ,Peritonite tuberou-
peras, nao comendo mais porque a e em 13 de Outubro. N!o fol la em lo•• •• Esta certidlio é passada con-
Irma e as companheiras o nao con- Agosto por ser nessa ocaslllo o ca- forme autorisaçao da Direçào Oeral
sentlram com receio de que lhe fizes- samento de seu trmào José. No mès ~os Hospitals em requerimento eta
se mal. Queria provar de tudo. A di- de Setembro chegou ao logar das propria.
gestao fez-se regularmente. Os ba- appariçOes, em jejum natural, assis- Para constar passei a presente cer-
lanços do carro desde a partida da a
tiu primelra missa, commungou, to- tidllo que vai por ntim assinada e
Fatima nao lhe causaram nenhum in- mou algum alimento e foi depois ou- selada com o selo dos Hospitals Ci-
comodo. Numa excelente disposiçao vir a segunda missa e o sermao. Em vis de LìsbOa.
physica e mora!, ja conversava ani- Outubro chegou a hora da segunda Secçào de Registo dos Ooentes
madamente, ja ria e cantava. missa. Hospitalizados, Lisbòa, 6 de Malo
Eram 11 horas da noite quando Actualmente g6sa de perfeita sau- de 1924.
chegou a Torres Novas. As vlsinhas de, tome com excelente app~tite, O Chefe - (a) Domingos Roqu~
que estavam a janella, aguardando a dorme admlravelmente bem, sentln- La/a.
sua chegada, julgavam que vinha do-se mais forte do que antes da (Segue-se o reconbecirnento).
morta. Até esse dia nao tinha posi- terrivel enfermidade que a levou 4s
Eugenio Ribeiro d' Almeida 1 sub-
çio para estar na cama. Dormiu a portas da morte. Pesava outr'ora,
delegado de saude de Torres Novas,
somno sotto toda a noite. No dia corno dissemos, 68 kilos. Durante a
doença chegou a ter apenas 34 kllos. etc.
seguiate levantou-se muito bem dis- Atesto que Cecilia Augusta de
posta. As dOres e o mal estar tinham Todos os méses tem aumentado 3 ' Gouveia Prestes, solteira, de vinte e
desapparecldo. O ventre baixara, kllos aproxlmadamente. dois anos, residente na freguesia de
readquirindo dentro de pouco tempo Em toda a parte por onde ella S. Pedro, desta vita, se encontra em
o seu volume normai. Continuava a passa espalha a admiraçllo e o as- bOas condiçOes de saude e sem dar
sentir um appetite devorador. Po- sombro pelo poder maravilhoso da qualquer contagio, a despeito da en-
dia alimentar-se de tudo. No mès de auguata Vlrgem do Rosario, a cuja
interce~sao atrlbue a sua cura ver- fermidade adiantada da bacilose de
Agosto houve um dia em que lnge- Kocb, que segundo observei e me
rlu melo kilo de amendoim. Nunca dad.eiramente extraordinaria e huma-
namente lnexplicavel. fol confirmado, padeceu até ea quasi
mais tomou remedios, nem leite, nem um apo e de que logo, prìnciplou a
gemadas. Conclusa.o melhorar pouco tempo depois, con-
Voltou no dia 4 de Outubro ao fesso, contra a minha espectativa. E
consultorio do dr. Viegas que, depois Em resumo:
Cecilia Augusta Gouveia Prestes, este facto certifico e juro por ser
de a auscultar, traduzlu a sua visi- verdade e me ter sido pedido.
vel surpreza, preguntando o que ti- natural e moradora em Torres Novas,
atacada de tuberculose pulmonar e (a) Eugenio Ribeiro d' Almeida
nha felto para se curar. Cecilia nao (Segue-so o reconbecimento)
ousou dlzer-lhe nada Acerca da sua perltoneal com ascite, completamente
ida a Fatima, temendo que fizesse 1 desenganada dos médicos, tendo re- Aufusto d' Azevedo Mendes, Ba-
chare em Medicioa pela Universl.-
troça d•eua. Pediu apenas que de- cebido os ultlmos sacramentos e ten-
clarasse o que pensava do seu esta- do ja sldo encomendados para o seu dade de CoJmbra:
do, porque se sentla curada. O mé- cadaver o caixllo e a mortalha, é con- Attesto sob minha honra, que Ce-
dico exprlmiu-se nestes termos: cEs- • conduzida a Fatima no meio de hor• cilia Augusta Oouveìa Prestes, de
tA completamente bOa, mas bastante 1 riveis sofrimentos, com syncopes 22 annos de edade, residente na f~
fraca. Precisa de tornar lnjecçOes de contfauas causadas pela extrema fra- guezla de S. Pedro, n'esta vila de
cocodylato de sodio>. E, tendo felto queza e quasi morìbunda, na ma- Torres Novas, foi observada- por ml'ta
a respectiva recelta, continuava a nha do dia 13 de Julho de 1923. Na na sua residencia, em Junbo de 1923~
manifestar a admlraç~o de que esta- tarde desse mesmo dia regressa a tendo diagnoaticado uma perito-
va possuido. A cliente perplexa e Torres Novas, apresentando todos os nite tuberoulo•• com grande
confusa, limltou-se a balbuciar que signaes duma cura, produzida em derrame da cavidade peritoneal, no-
bavla tornado os remedlos que elle poucas horas, sem o at.txHio de né- tando-se ainda lesOes pulmooares der.
receitara, o que nAo era a expressao nhum melo therapeutico. Oecorreram caracter bacilar, que davam doen- a
exacta da verdade, porque nAo tinha muitos méses sem que essa senbora ça um prognostico extremamente re-
tornado mais nenhum remedlo nem tenha experimentado o que quer que servado.
cbamado mala nenhum médico de- seja que recorde a doença de que A doente apresenta hoje um as- -'}
pois do regresso de f atima. soffreu mais de doìs anoos. Perante pecto saudavel e robusto, nllo dan-
O dr. Almelda que a vira num es- estes factos, cumpre reconhecer que do 4 observaçao vestigios sensive.l&
tado verdadelramente lastimoso e a a rapldez das modificaç6es constata· da sua anterlor doença.
<1Uem constara que ella se achava das nào pode expllcar-se de um mo- Torres Novas, 20 de Abril de 1924.
curada, passando perto da porta da do natural e esta acima do poder da (a) Auzusto d'Azevedo Mendes
•ua antlga cliente com sua esposa e sciencla e dos seus meios de acçao. (Seguo-so o roconbccimento) V. d• M.


.
\.
Ano II LEIRIA, 18 de Junho de 1024
;

(OOM APROV AçÀO ECLESIAST.ICA)


Dlreotor, Proprietario e Editor Admlni•"trador: PADRE M. PEREIRA DA SILVA
DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS REDACçAO E AOMINlSTRAçAo
B.U.A D. NUNO .ALVAB.ES l?EBE:I.BA
Composto e impresso na Imprensa Comercial, d Scl - Leiria (B!:ATO NUNO DE SANTA MARiA)

Agrande peregri-
pressamente para esta ocasiao, atrahe
e prende irresistivelmente os olhos

r.
,. de todos os circunstantes, pela sua
beleza ideai. o pintor transladou
naçao nacionar , amoravel e delicadamente para a te-
1 la a scena imcomparavel das appa-

riçòel
(18 do J.\tlaio de 1024) Ao lado direito do espectador,
Urna vez mais sem urn reclamo v~em-se os pastorjnhos extacticos
sei:n urn convite, sern um simple~ deante da visao da Virgem, de ce-
av1s0, o coraçào de Portugal latejou lestial formosura, que lhea apparece
fortemente sob o impulso dominador de pé sobre urna azinheira.
e irresistivel da Fé e da devoçào a A' esquerda um pequeno rebanho
auiusta Màe de Oeus, e de todos os de ovelhas pasta tranquilamente, ro•
recantos do paiz urna multidao in- endo as hervas rachiticas e enfeza-
numeravel de fieis, corno urn exerci- das que brotam de longe em longe
to que obedece a urna ordem de entre as pedras da serra.
f 0
mmando, precipita· se em torren-
e~ caudalosas sòbre os paramos
E' meio dia officiai. Sufoca-se
dentro do recinto do Santuario.
a nd os e escalvados da Serra d' Ayre Varios enfermos sao levados em
no centro da Extremadura. braços para junto dò altar. Entre e(-
Nunca, corno neste dia, foi tao Jes vemos o conde de Margarlde, de
gra!l._de a afluencia de peregrinos a Ouimaràes, paralylico e mude, e o
reg,ao do mysterio e do prodigio capitao Sa Nogueira, de Santarem,
ci Lourdes portuguésa. ' tambem paralytico e quasi cego.
Cerca de cem mii pessOas segura- Urna senhora bastante nova appro-
mente, visitaram o locai da; appari- xima-se a muito custo do recinto sa-
çoes, rendendo o preito da sua ve- grado e manifesta o desejo de en-
neraça~ e do seu amor agloriosa trar. E' D. Cecilia Augusta de Oou-
Padroeira da naçao alli invocada A miraculada D. Emilia de Jesus Oliveira vela Presles, de Torres Novas, cura-
com O titulo de Nossa Senhora do da em Fatima no dia 13 de Julho
Rosario. culos de todos os feitlos e tamanhos, ultimo, de tuberculose pulmonar e
En:t Torres Novas, onde passamos desde o confortavel automovel de lu- peritoneal com ascite (hydropaia do
a notte de segunda para terça-felra,
debalde tentamos conciliar o somno.
a
xo até humilde e Incomoda carro- ventre).
Um sacerdote reconhece-a e faci-
ça.
Desde a vespera a tarde era in- Em torno da capella commemora- lita-lhe a entrada, assim corno a urna
cessante o movimento de peOes que tiva das apparlçoes agglomerava-se Irma e um sobrlnho que a acompa-
se encaminhavam para a serra. e comprlmia-se urna mole de povo, nham.
~urante toda a noite o transito de verdadelramente colossal. Proximo da espella assistem aos
vehiculos de toda a especie consti- Oesde a madrugada que as missas actos religiosos O. Maria Augusta
:uia um espectaculo sobremanelra se sucediam inlnterruptarnente, cele- Figueiredo e a menina Maria Amalia
nteressante, que presenciamos com- bradas por sacetdotes prévlamente Canavarro, ambas de Santarem, cu-
movtdamente da janella do nosso inscrlptos. radas o anno passado, esta de urna
quarto. As mesmas senas encantado- A multldao, em grupos, reza o ter- meningite em I de Março e aquella
ras de ~ue fomos tcstemunha na- ço em voz alta. De vez em quanElo de um tumor de caracter suspelto
q~ela. villa, de gforiosas tradiçOes ergue-se um cantico em honra da em 13 de Maio.
hiSior!cas e sempre gentilmente hos- Virgem. Numerosos médicos, alguns de lo-
pitaleira, se desenrolaw,m em muitos Em cada missa, ernquanto um sa- calidades distantes, conservam - se
outros pontos de concentraçao e de cerdote distribue a Sagrada Commu- dentro do recinto da capella ou en-
passag~m dos peregrinos, proxlmo nhao, canta-se o cBemdilo>. Homens contram-se confundldos com a multl-
de Fatima, corno Leiria Pombal e mulheres de velas na mAo fazem dao. Como em Lourdes, aonde acor-
i)homar, Abrantes, Villa' Nova d~ de joelhos o giro da capella. Em rem todos os anos centenas de mé-
urem, Rio Maior, Porto de Moz frente desta, a urna dezena de me- dlcos de diversas nacionalldades pa-
Alcobaça e Batalha. ' tros de distancla, ergue se ao alto, ra estudarern a luz da sciençia os
b oras em ponto.
a
Chegamos Cova da Iria as nove sobrepujando todos os outros, o es- factos maravilhosos que se desenro-
tandarte da peregrinaçào de Porto lam deante dos seus olhos, veem-se
Sobre a estrada e nas irnmedla- de Moz. Obra prima do grande ar- alli , professores ilusfres das oo~sas
çoes estacionavam milhares de vehi- tista Jorge Colaço, que o pintou ex- faculdades e clinicos de grnnde no-
Voz da Fatima
;c'l--~-----·--------:--:-:,--::::--...:....-=-=-~:,..._--;r:~ -----".'"'-:';:-::--;:-----------::--:---::-
JIIA
meada da capitai e de muitas ci-
dades da provincia. Junto do altar,
um especlalista distlnctissimo de Lis-
Hs curas da rattma Outra cura
Rccebemos a carta e relato que a ..
seguir pubUcamos:
bOa, que ainda ha poucos anos era «Vilar, 20 de Março de 1924
atheu e livre pensador empregando
•.. Sr.
todo o seu ardo< combativo na guer- .•. Sr. «Tendo-se dado um caso que repu•
ra contra a Egreja, segue attenta e Venho pedir a V. para_ mandar to de suma importancia na pess6a de
piedosamente as cerimonias do au- pubiicar na «Voz da Fatima)) um urna IJ}inha prima, venho muito res•
gusto sacrificio da missa. milagre que Nossa Senhora do Rosa• peitosamente pedir a V. o especial fa-
E' urna hora e mela officiai, a bo- rio de Fatima fez a Emilia de Jesus vor de o tornar conhecido no jornal-
Oliveira, mulher de Filipe d'Oliveira sinho ,A Voz da Fatima.»
ra das appariçOes. De repente a tem- Entendo que acontecimentos desta
peratura baixa extraordinariamente, e Silva, do logar de Vilar, concelho
do Cadaval. natureza sao dignos de serem publi-
a luz do dia diminue de intensida-
Estando eia atacada de tuberculo- cados. Pedindo descuipa desta imper-
de e um circulo enorme e mysterio-
se pulmonar, desenganada pelo sr. tinencia, sou
so circunda completamente o sol
dr. Alberto Martins, do Bombarral, De V., etc.
por todos os lados.
que a tratava na sua doença, o mari• Anna Alves•
S6be ao altar para dizer a ultima
do, cheio de affliçao, vae com eia a Maria do Rosario Cadete, solteira,
missa o rev. dr. Luiz de Andrade e
Lisooa a Poiiclinica, consultar o sr. de 22 annos, filha de Antonio Fran•
Silva'; de Villa Nova de Ourem. dr. Oliveira Soarcs. Este deP?is de a
Do pulpito Mons. Freitas de Bar• cisco Cadete e de Maria do Carmo
examinar, declarou ao mando e~tar Cadete, naturaes· e moradores em
ros faz em voz alta as invocaçoes com certc::sa tuberculosa. Continua·
do costume, repetidas em còro pela Monsanto, concelho de Alcanena, é
ram com todo o cuidado a ver se po· urna rapariga que p<:las rnas quali-
multidilo. diam combater o mal, mas foi inuti~- dades conquistou a estima de toda a
Reza-se o terço e canta-se o Parce Cada vez peior. Em meados ~e- Abrd povoaçao.
Domine, o Adoremos e o Bemdito. de 1922, veio-lhe urna rouqu1dao que No principio de Janeiro, devido a
Depois da missa da-se a bençao lhe tomou a falla. Emfim, estnva as urna mordcdura ou a qualquer outra
com o Santissimo Sacramento, pri· portas da morte. Maria Teodora da cousa (nao se conhecc a causa) {lpare-
meiro a tode o povo, e em seguida Siiva, irma do marido, que era a sua ceu-lhe urna pequena fcrida junto ao
a cada um dos enfermos alinhados enfermeiru, vendo que na terra nada olho direito, que lhe produzia borri-.
em torno do altar. lhe podia valer, teve uma inspiraçao ! veis sofrimentos.
Por flm s6be ao pulpito R rev. Disse:: para a enferma: fala•se que O mal fazia progresso, pois a me-
Luiz de Sousa, que falla sentida· Nossa Senhora apareceu em Fatima dida que o sofrimento aumentava, as
mente da Vlrgem Santissima e do (nao sobia que ja la ia muita gente, feiçoes da pobrè rapariga deforma-
seu amor a Portugal, tendo palavras nem que ja la se tinham dado mi- v.im-se.
vtbrantes de justa lndignaçilo contra lagres). Se Eia la aparcceu, é para Foi ja neste estado critico que eia
os excessos e exageros das modas, consolar os que a Eia recorrem com cooseguiu transportar-se a Alcanena,
que com as suas immoralldades pro-
té e confiança. Vamos fazcr urna no- onèle consultou dois distintos médicos
fanam indignamente os logares con- vena para ver se Nossa Senhora te - os srs. dr. Ferreira Viegas e Ten-
da as mclhores.
sagrados a Oeus. Algumas dezenas rciro, os quais constatara m a gravi-
No fim da novena começa a cnfer- dade do estado da pobre doente, inje-
de mithares de exemplares da « Voz
ma a fallar e a recuperar a satide e ctando·lhe reactivo~ apropriados.
da Fat111a• sào distribuidos gra tui-
quando chegou o dia 13 de Maio es- Apezar dos cuidados quasi pater•
tamente pelos fieis.
tava completamente cura~a. N~ m~s naes dos ilustres clinicos, principal-
Oesperta immenso interesse a cu- sc~uintc, 13 de Junho, fo1 a m1racu-
ra extraordinaria de O. Cecilia Pres- meJte do sr. dr. Tenreiro seu médioo
lada, seu marido e mais pessoas de assi~tente, o mal agravava-se de dia
tes, de Torres Nevas, de que acima familia, a Fatima_ agrad~cer. a Nossa para dia, de hora para hora.
fali!mos, cujo relato desenvolvldo, Senhora. Ja la vao quasi do1s anos e Assim, a cara e a cabeça tomaram
acompanhado de atestados médicos, eia continuando sempre de saudc,
é lido com avidez e commoç~o. ' . de sua casa e cria. um
faz o scrv1ço
proporçoes quasi monstruosas, devido
a grande inchaçao, que a privou por
Em torno do poço circular que filhinho de cinco mezes, muito forte completo da vista.
por qulnze torneiras fornece a agua com scu ldte, Os sofrimentos multiplicavam-se e
da fonte das appariçOea, estaciona Com toda a consideraçiio, etc. desse torturante estado partilhavam
urna multidAo immensa, que se reno- Maria Teodora d'Oliveira• nao !!6 os seus desvelados pais e a vi•
va incessantemente, esperando cada (Tia da miraculada) sinhança mlls quasi toda a povoaçlo
•um a sua vez de beber e prover-se que nao abandona_va aque~la casa,
1da agua, a cuja eflcacia sào atribui- onde a pobre rapariga ago01sava no
das numerosas curas extraordinarias Ateatado médico
seu leito de dor.
e huma1ta1nente
\ , ,
inexplicaveis. 11
AlbBrto Martlns doa Santos, médl- Pensavam todos que, quando a in-
Sio qub1 quatro horas. co pela Faculdade de Medicina de chaçao, que ja derivava para e peito,
- A asslsteacla começa a debandar. Llabl)a: atingisse o coraçao, teria chegado o
As estra<ias pr@xi111as estao de Atteate e jurQ 11ela mlnha honra ultimo momento!
novo litteralmt!nte atulhadas de peOes Naquella casa s6 havia dòr e lagri-
que a Sr.• Emllhl de Jesaa Oliveira mas I
e de vehicuios de toda a especie. taeada, de 33 anoa, natural e resi- Urna piedosa senhora que muilto se
Oa peregriaos rrn seu regresso, dente em Vilar, CQncelho de Cadaval, interessa va pela pobré moribu nda,
reconhecldlfi e ediffcados, retam e pedia incessantemente a Nossa S~
4làntam. ~
teve uma pleurlela aero fibrlnosa
prl111elro do p1dmào dlrelto, depol1 nhora de Fatima pela cura daquella
11 Qu'ant0i n~O COHegulram entrar sua devoti!,· e i enferrna, que mal
na c,pelb, ne111 lev.ir urna s6 got.ta do ,iquerdo e 111eze1 depola leslea balbuciava aiguma palavra, lembra-
e
da AiUl MaravilllQsa I todavia ft&O lnflasutoriaa bacilarea no vertice ftta va-lhe que invocasse o auxilio ct•A-
se ouve u1i1 r1ur1111i1ri<i, uma queixa, dola pulmòe1, cGm oemeço de fusio quela que é a saude dos enfcrmo~.
•Ma laA1eataçio. Sem tu11bar~o do iatandÒ actualmeate curada, tendo Estas palavrus despertaram a fé a
~aeu ptsar, tod«.>s dh por bem em• enferma que, conhecendo a gravida-
_ffOfatla a vi,cem, tio in~emmoda e ji felto aa ies11ez11 nrgultas òe
dc do seu estado in,ocava com filial
tae dispentii.,sa, t mysteriosa e ee- ama oravidez !evada a 111111 teroi• ternura, nao com palanas que mal
.antaiera Ptt•ma1 4ue é hoje em e agura em eoinefo da entra, e 111 podia articular mas por ~estos, e
Portul{al, o 1uis ocllo centro de de- excellenta aspect1 i 1 11u Htado , tnentalmente, a protecçao da Santa
veçao i Santis!lma Virgem e o mais ad.al. Mie de 0eus, pedìndo quc lhe dcs~
.,iiorioso thr•Ae de aliR'Òr a Jesua sem uma cstampa de Nossa Senhora.
ChriF-tl-l no Hgustlssimo Sacramento
Bombarral, 2 de Malo de 1924
dc Fatima, gue com fervor unia a.
4a Eucharistia. (a) Alberto Msrtilzs dos $anttJ$ pcito.
V. de M. (Seaue-se o reconhecimcmto) Urna outra piedosa e ilustre scnho:
Voz da Fé.tlme.

notei-a mas mal, e, tudo o que vi de


ra, que em sua casa possuia alguma
agua da fonte das apariçoes, apressou-
lmpressoes duma peregrina materiai, vi sem v!r ! E' que Marta·
a
se .a manda.la enferma, a qual, de- cncheu.mc o coraçao tao cheio de Fé
pois de lhe dizerem o q ue era, bebeu Pediram-me impress6es da minha e amor sd n'Ella e cm Jesus Sacra-
uns gol~s, e sobre os olhos colocaram- primeira pcregrinaçiio a Fatima que, mentado, ·q ue os meus olhos s6 fìx~-
lhe uns pa nos molhados na milagro- se Deus quizer, nao sera a ultima. ram Jesus-Hostia, s6 fixaram Maria I
sa agua. Pela terceira vez que lhe 6- Para ser franca, muito e pouco tc- E' a pura verdade, niio pude fixar
zeram esta aplicaçao1 verificou-se com nho a dizer. Pouco ou nada direi lis mais nada, nem sequer o Sacrario,
pasmo geral q ue a 1 nflamaçao lhe ti- pess6as que s6 desejam ouvir fallar nem sequer a Estatua de Nossa Se-
nha dcsaparecido dos olhos e eia j4 cm milagres quc p6ssam ser tocados nhora I •••
podia ver as pessoas e cousas que a com o dedo, corno S. Thomé desejou A Missa campai estava marcada
rodeavam. tocar nas chagas de Jcsus Christo para o meio-dia, e, pouco mais tarde
Dcsde entao as melhoras acentua- para n'Elle poder crér. foi, spesar do dessistrc que no~ acon-
ram-se de dia para dia com a mesma A neurasthenìa, era a minha doen- teceu na ida de Terres Novas para
velocidade com que nela se via rea- ça, e, corno affirmam todos os bons Fatima, em companhia do sacerdote
cender a fé em Nossa Senhora de Fa- médicos, é uma doença terrivel l que a celebrou.
tima. D'ella sofria ha mais de 10 annos, A meio do caminho parte o pinhiio
Eu, que sou sua prima e lhe fui mas, que sofrer I ••• Durante estes do automovel que nos conduzia de
enfermeira, testemunho esta grande longos annos, és vezes sentia peque- Torres Novas a Fatima, mas, N. Sc-
graça. ninas melhoras, mas sempre passa• nhora l6go al\i nos deu uma carroça
Como é de calcular, a noticia desta geiras ou imaginarias. com um grande conforto d'alma que
graça celeste correu veloz por toda Entao que viste em Fatima? - me nos veio do Céu ! Tivemos pois que
a freguezia acudindo inumeras pes- perguntarao. Rei;pondo: Fui a Fari- trocar o automovel pela carroca e por-
soas para se certificarem da verdade ma nao para ver, mas sim para ser tanto o corpo alguma penitencia fez,
e verificart!m com seus proprios olhos, vista de Maria, a Mac de Jesus e sobretudo por sermos doentes e nuo-
sendo todos unanimes em reconhecer tambem nassa Mae ! Fui a Fatima ca terrnos andado de carroça ! Ai!
aqui o sobrenatuI'al. para saber pedir, nao s6 a saul#e do como vale a pena alcançar o Céu
0s pais da miraculada fizeram a corpo para mim e para os meus (pois dentro da carroça d'esta vida, por
promessa de ir em ocasiao oportuna nio sabemos ao certo quanqo esta muitas e grandes que sejam as dOres
com sua filha a Fatima agradecer nos aproveita ou prejud1ca, s6 Deus moraes e phisicas que n'ella experi-
tao grande graça, assim como muiras o sabe), mas fui sobretudo para Lhe menternos I Sim, viver é passar da
pessoas amigas fizeram outras pro- pedir para todo o mundo, principal- terra para o C é u ; o desalento, os
mcssas, que ja teem cumprido,» mente para Portugal, para os nossos grandes desanimos, as neurasthenins~
Ex.mo, Bispos e todo o Clero, d'uro (que os médicos mal sabem curar)
Pediram e obtiveram graças que m6do espec1al para os meus Superio- desapareceriam por completo do mun-
veem agrad ecer a Nossa Senhora do res, para a minha querida familia e do se n6, bem fixassemos Maria,
Rosario: para mim, uma Fé mais viva, uma pondo o' Ella roda a nassa confianc;a.
-Maria Augusta Cravo Valente, Esperança mais firme e uma Carida- Vamos a Je<Jus, m as sempre por Ma-
da Murtoza que numa grande afliçtto de mais ardente. ria I A minha cura começou no dia
recorreu a Nossa Senhora do Rosa- D1ra alguem: E foste ouvida? Nao cm que resolvi ir a Fatima, confiar
rio da Fatima, sendo attendida sem podia deixar de o ser, porque estas cm Maria. Qucm confia em Maria,
dem·ora. Envia 10$ 000 para as despe- sao sn1ças que Jcsus e Maria mais teni tudo, porque Ella tudo lhe da-
zas do culto. dese1am dar-nos. ra, dando Jesua ! Jesw Cristo é ca
-Maria José Santos, tambem da Em F,tima, N. Senhora fez-mc Resurreiçao e a V,da I•
Munoza (Ribeiro) que estando mul- v!r com toda a clarcza que Deus é Teria ainda muito a dizer, mes, •
to doente recorreu a Nossa Senhora tudo e tudo o roais é nada. Que to- nao é preciso, os pobres cégos niio
e tendo melhuràdo envia 30$000. das as creaturas, até as mais sabias veriam mais. e, qnem tiver olhos dc
e santas, nao passam de simples ver, ja ve tudo !
-:-Antonio de Sousa Soares que Voltci pois de Fatima redicalmen-
s
bav1a I dias se nao podia deitar crradinhos de Dcus.
. d o muita fatta de ar. Tendo'
aeottn. Dira ainda alguern: e entao s6 em te curada dos mcus grande, sofri-
r.ecomdo a N. S. da Fatima mclho- Fatima soubesre isso? ! Ja o sabia , mentos moraes , e, quasi completa-
rou. ' ma, que diferença, que distaocia mente curada dos meu, males phisi-
immensa v11e entre o saber e o ver ! cos, pois estes eram reflexos d'aque-
-Ui:na anonima (M. H.) que ten- Podcmos esquecer o que sabemos, lcs, dòres refi •xas, ma'I muito rcaes,
do ped1do a N. Senhora da Fatima muito dolorosas, em fìcn ••• o meu
um~ graça tempoi:al que parecia ir- mas nao podemos deix:ir de ver aqui-
lo que vemos còm toda a evidencia. intenso sofrer, s6 Deus a fundo o
rea\1savel a vem agradecer agora, usta visao clara do nada de todas as conheceu.
che1a de . reconheciment~.
creaturas e do nosso tudo que é Contudo, o, Sacerdotes, Médicos
-Alia das Nevcs, de 25 anos àas Deus. f?i a maior graç~ q1,1e recebi e pessOas de familia que me estuda-
CBYadas, freguezia de Almoster' (Al- cm Fauma. rarn e aruraram de perto, tambem
~aizarc), quesendo ameaçada de uma Sahi de cas'l no dia 7 d'Abril com p6dem avaliar um poaco, a grandeza
Qeen~a om. Maio cle 1923 e pouco •u dcstioe a Tocres Nova~, te!lcionando el'csta curs, que N. Senhora ~uiz fa-
Rada tendo obtido recorrcu nova- ir a l:<'atime no dia S' ou 9, dcscansan- zer para honra e gloria dc Sua SS.
mente a N. Seohora da Fatima on- '10 no dia 1-,, casoN. Saqhora ,:De nao Mae.
de veio na peregrinàçao de maio curasse -ias terntveis e permanS!Dtes Rt,aamin'1o dirci: quereis sd,r "
promettendo publicar a graça e fbi dOres de cabeça e majs incommt)dos q·ue é Fdtima ? /de la vir.
atteidida. Mas, pedi sobretudo a Maria quc
que tioha, ou entao, vindo curada,
voltar n'es se mesm0 dia 10 para a de 111 Yos nao dcixc voltar sem voa
minha caso, nf> Porto.,.,, fazer s-..1tir que Ella vos viu, cheia
Na- ChegaJa a Torrcs Nons, todos
0 ,
dc nm6r. ! ..
, me dimuo -.ue parccia inapofsivcl O rnaior peccador p6de ver Maria
fJUe, estando O .f1a 13 t port:J, 010 apé~ar dc peccador, mas, a graça Glu
Todo~ pode_m e de-,cm interessar-se preferisse ir a Farima a'es~e .-lia, •n- graç:is é scr visto por Maria, pele
·pe~ bnlh.inusmo
: I . .
do pdmt"iro Con- de a manifec;tai ç.ao 4e F.é '1e ,tt1dos os SeU olhar todo t e fRUra, mÌscricoriJ1a
,res~o 1Juc 1 nti!'.t1co Naeional que vac 'lue la -.io tQnto cd1ic!l I • • anaor! ..
)'Calizar-s.e em Braga de 2 a 6 de Ju- o Um cenjnnJo d: circw11-.,;tancìa& mui- ' Nossa Scnhnra do Rosario de ira:.
i..o. St: ncm tod.os po~icm assistir 19e~ <to a~radavc:i~ .,sempre m e le~ou a tirna, u lvac Port:.igal I
~ !mente, to~ios podçm no entante Fatima no dia 13, o 'l~e de-.ér:111 c,- Melhor ain ja, podemos dizer: N.
: ~zcr ne~cs dfas Comu11hoc1 fer.Yb· timei, 110bretudo p<11r N. Se11hora mc Scnhora do Ro · a ria de Fatima Hlv#•
ro_sas com proposito dcs vida mais prc• nfazcr a graç1t de recebcr wma ~ençfit, r-,rnigal ! •
ktta e de fé mais viva para c0m Nos- espccial · do SS. Sacn,rncnto. que se Al leluia, .\ llc luia, Allelttia I
a. Scnhor na Santa Eucharistica " Costuma , ar aos. doer:ites. ,Quaato a Porro, 20 de" Abril de 1924.
1uc é a Yid..i da Ei:reja e das almas: Fé viva dc 1.c,dos o, que 1la foraai, D01llÌn8'J de P:ischl)a. M. dJ. L. I-.
n
• J I i.. \
• 1 Voz da Fatima

Dia 13"de Outubro de 1917 - Niio ouvi nada do que a senhora disse
- Quem te disse o segredo ? Foia Se•
nbora 7 - Niio foi; foi a Lucia.
D. Judith Gama • • • • •
D. Eugenia Marques e ou-
15$000
Depois da apparlçao, 4s 7 horas da - Podes dize-lo ? - Nlio o digo. tras ( Lisboa) • • • • • • 32$500
notte, em casa do Francisco e da . - Nii~ o dizes porque tens medo da Lu• D. Laura Pereira. • • • • 10$000
Jaclnta. eia; rece1as que ella te bata, niio é verda- Donativo5 varios (D. Maria
(Continuaçiio no n.• r 1) de 7 - Nlio. dos Anjos Matos). • • • 100$000
- Entiio porque o nao dizes ? Porque 6
Interrogatorio da Jaclnta peccado ? - Se calhar, é pecado dizer o Adelaide de Jesus da Cunha 10$000
segredo. Maria Lui3a do Cura . • • 10Sooo
- Alem de Nossa Senho ra quem é que· -O segredo é para bem da tua alma, da Alzira dos Anjos Rebello
viste hoje quando estavas na Cova da Iria? alma da Lucia e da Jacinta ? - E'. Sebolao (2, 0 anno) • • •
- V1 S. José e o menino Jesus, 10$000
-E' para bem da alma do Sr. Prior ?
- Onde é que os vis te ? - Vi-Os ao -Niio sei. D. Maria dos Anjos de Mat-
pé do sol. -O povo fìcava triste se o soubesse ? tos (2.0 am10). • • • • • 10$000
- O que é que a Senhora disse ? -Fica va. De jornaes (D. M. da C. Al-
- D1,~e que rezassem o terço a Nossa -De que lado veiu a Senhora ?
Senhora todos os dias e que a guerra aca- cantara Matheus). • • • 1 7S35o
-Veiu da banda do nascente.
bava hoje. -E quando desapareceu, foi para o mes- D. Eufemia de Sousa Soares 10Suoo
- A que m é que disse isso ? mo lado ? - Foi tambem para o nascente. D. Maria Isabel Henriques • 10Sooo
- Disse-o a Lucia e a mim. O Francisco -la recuando? - la com as costas vol- D. Maria Julia de Sousa. • 10Sooo
niio OUVIU. tadas para n6s. D. Marianna de Queiroz
- Ouviate-lhe dizer quando Yinham 01 - la devagar ou depressa ? - la deva-
nossos soldados ? - Nlio ouvi. gar. Athayde de Vasconcel•
- Que mais ùiiise Ella ? - Ella camlnhava corno n6s ? - Niio los (2. 0 anno) • • • • • 10Sooo
- Dis1>e que fizessem uma capella na Co- caminhava; ia certinhn 1 neo mexia os pé1. D. Anna de Figueiredo e Sa JO$ooo
va da Tria. (Doutra vez a Jacinta expressou- - Que parte da Senhora desapareceu
ae assiro : Disse que fosse a gente fazer lii D. Clara Maria Ribeiro Te-
primeiro ? - Foi a cabeça.
uma capella). - Agora viste-la tiio bem como daa ou- les (2.0 anno) • • • • • 10Sooo
a
- Ouviste dizer isso a Ella ou Lucia? tras vezes 7 - Agora vi A melbor que o D. Adelina Almeida. • • • 10Sooo
- A Ella. mes ruissado. O. Ignacia Soares Gome5 • 10Sooo
- Donde veio a Seohora? - Veio do - Quando era mais bonita, agora ou das D. Maria da Graça d'Abreu
nascente. outras vezes 7 - Tao bonita agora corno
- E para onde foì quando desapareceu? o mes passado. Fonseca • • • • • • • 1 2$500
-Foi para o nasce,,te. V.deM, O. Ma ria Filomena Moraes
- Foi-se a Senhora recuando voltada pa- de Miranda (3.0 anno). • 15Sooo
ra o povo? - Niio; voltou as costas. D. Ermelinda da R. de Mi-
- Niio disse que voltassem a Cova da
Iris? -Tinba ùito ances que era e ultima
vez quo vinha, e hoje disse tambero que era
Voz. da Fatiina randa • • • • • • • •
P.e Miguel R. de Miranda •
10$000
10$000
a ulttma vez. Deapezas (abril e maio) D. Emma Cordeiro Maças • 1:,Sooo
- A Senhora niio disse mais nada ?
-Disse hoje que reza!lse a gente todos Alfredo Vieira Guedes de
01 dias o terço a No~sa Senhora do Rosario, Transporte • • • • • • 13.563:520 Almeida • • • • • • • 10Sooo
- Onde é que b:Ila di~~e que a ~ente do- lmpressao (.pooo exem- D. Alzira Ramos Simoes • 12Sooo
via rezar o terço 7 - Niio d11se onde. plares). • • , • • • • 805:000 <..:ondessa de Saphyra • • • 10$000
- Disse que o fossemos rezar a egreja 7 Transporte de jornais, ex- D. Candida Amara! • • • 10$000
- Nunca dis~c: 1s~o. pediçao, etc. • • . • • 303:000
- Onde rezas o tc:rço com mais ~osto, De jornaes (Carrascos). • • 20$000
aqui em tua casa ou na Con da Iria ? D. Maria da Esperança Ne-
-Na Cova da !ria. Somma • • • • 14.671:520 ves • • • • • • • • • 10$000
-Porque gostas mai~ de o reur la? 10Sooo
-Por nada.
Subscrip9ilo D. Maria Ferreira Duarte •
-Com que dinheiro dis,e a Senhora que D. Emerenciana Gal vao • • 10$000
se bavia de fazc:r a capeIla 7 - Disse que (Continuaçao) Donativos de Lisboa (D. Ma-
flzessem uma capelw, nao quiz la sa ber do Antonio Ignacio Vicente •• 15Sooo ria M. Pedrosa) • • • • 10$500
dmheiro. D. Herminia Vasco da Costa 10$000
- Olhaste pnra o sol? - Olhei. Joao Pinto Caldeira ..••.• 10Sooo
- Vi~te o!\ signnes 7 - Vi. Marques de Rio Maior ••• 10Sooo D. Anna Guedes • • • • • 10$000
- Fo1 a Senhora que mendou olhar para D. Anna Nobre Costa da D. Maria Guilhermina San•
o sol ? - Niio mandou olhH para o sol. Sii va t 2, • vez) • • • • • 5$000 guinetti. • • • , • • • 10$000
-~ Entlio coll'0 puùe~te ver os si~naes? D. Laura Forte Barros • • 108000
-Voltei os olhos para o lado. D. Maria Emilia Branco de
- O Menino Je ~us estava ao ledo direito Mello . • . • • • • • 10$ooo P.e Joao Nunes d'Oliveira e
ou ao ledo esquerdo de S. José ? D. Guilhermina Amalia Al- Sousa. . . • • . . • • 10Sooo
- Esrnva ao lado direito. varcs Fortuna • • • • • 10Sooo P.e Joaquim Duarte Ale-
-Estava em pé c.u ao collo ? xandre • • . • • • • • 10$000
-Estava em pé. D. Maria Apolinaria Godi-
- Vias o br11ço direito de S. José ? nho (2. 0 anno) • • • • • 10$000 P.e Horacio Fernandes Biu
- Nao via. Antonio Fragoso (2.0 anno) 108000 (2.0 anno). • • • • • • 10Sooo
- Que altura tinha o menino ? Chegna Maria Augusta Fernandes Joao Maria do Vale e Sousa
com a cabeça ao _peno de S. José 7 de Menezes Mexia • • • 10Sooo
- O menano nno chegava a cintura de (3 .• vez) • . • • • • • 7$500
S.José. ~· . , ~ De jornafs (D. Maria das D. Emilia de Jesus Oliveira 10Sooo
- Quantos •nno, parecia ter o menino ? Dores} • . • • • • • • 116$500 D. Amelia Fiuza • • • • • 10$000
- Era como a Deolinda do José das Ne- Donativos de duas pessoas Joao Rodrigucs Coelho dos
ves (creanço de um para dois annos.) Reis • • • • • • • • • 45Sooo
curadas, de Pardl!lhas • • 21S500
Interrogatorio do Franclacn Percentsgem em livros, es,- , D. Albertioa Cunha. • • • 10$000
D'esta vez tambem viste Nossa Senhora? tampas, terços (D. Ma- Joaquim Maria Soeiro de
-Vi. ria das DOres) • • • • • 118$ooo Brito. • • • • • . • • 10Sooo
- Que Senhora era ? - Era a Senho- D. Anna Aguas de Figuei- D. Olimpia Cunha Patricio
ra do Rosario. e D. Maria Rosa Patricio 10$000
- Como estava vestida ? - Estava ves- redo Mascarenhas , • • 10$000
tlda de branco e tinha o terço na mGo. , Antonio Aguas Vaz de Mas- D. Estrela Vassalo de Mira 108000
- ViHe S. Jo!é e o Menmo 7 - Vi. carcnhas • • • • • • • 10$ooo
- Onde os viste ? - Ao lado do sol.
- O Menino t~tava ao collo de S José
ou ao lado d'elle ? - Estava ao lac.lo d'el·
le.
D. Maria Rosa Magro (4 as-
ignaturas) • • • • • • •
D. Alexandrina Martins Alei-
VOZ DA FATIMA
- O Menino era grande ou pequeno , xo . • . . . • • • • • 10Sooo Eate jornalzinho, q u e
- Era requenino. D. Anna Gonçalves. . • • 10$000 _vae aendo tao querido e
- Era do tamanho da Deolinda do José procurado, é dìatribuido
du l'ìevei-7 - Eru a~sim bcm como II eia. De jornaes (Joséfa de Jesus) 28$500
- Como tinhe a S1.nliorn 11s mùos ? D. Fernanda Adelaide de gratuitamente em'Fétima
- T1nh1 as n ios po~tas. B, ito. • • • • • • • • 10$000 noa di•• 13 da oada m6a.
- V1ste-1 $O ne carrasqueira ou tambem D. litichaela Caroço. • • • 10Sooo Quam qulzer ter o di•
ao pé do sol ? reito de o reoebar dire•
- Vi-A tamb<m ao ré do sol. P.• Manuel Dias Mattos La-
- Qual era miu, clero e brilh11nte: o sol ge . . • • • • . . • • roSooo ctamanta pelo e or r a I o,
ou o 1osto da Su,hc.ra ? - O ro:-to ila D. Felismina Nogueira Frei- tera da anvlar, adeant•-
Senhora era mais clero; a Senhora era re . • . . • • . • • • 10Sooo damente, o minimo de
branca, dez mii réla.
- Ouviste o que a Senhora disse ? Antonio Cunha Junior • • 10$000
f.>
A.no I I de JuJho de 1.0.Q4-

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(OOM APROVAç.A.O EOLESIASTICA) - \


Dlrecréor. Proprietario e Editor A.dm1nl•i:rador» PADRE M. PEREIRA DA SILVA
DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS REDACç.f o ! ADM1NlSTRAç19
BU'A. D. N-ONO .ALVABES PE::REXR.A
Composto o Impresso na Imprensa Comerclal. a S. - Leiria (BEATO NUNO n• SAl'ITA JIL\MA)

Ap6s a Santa Missa, celebrada na Copelinha pelo Sr. Dr. For- ~ECOffiEND/ìçF\O
m/g(Jo, no dia 14 de Junho, ultimo, o Sr. Bispo de Le/ria fundou a DO
Associaç(Jo Serrvos de ~ossa Senhol'a do ~osai:rio da f=l!lti.. Ex.mo e Reu.m Sr. B15PO DE IaEIRIR
0

' Jn&, dando-lhe as regras que os h(Jo dirigir e recebendo o jura- f\05 PE~EGRINOS
men~o, que lhe prestaram s"bre os Santos Evangelhos, da sua obserr- As peregrinaçOes a Nossa Senbo-
11ancta. ra do Rosario da Fatima devem con-
Fai nomeado Cape/(Jo-director o Rev. Dr. Manoe/ Marques dos servar o seu caracter primitivo de
Santos. pledade, penitencia e caridade.
Vae-se aF4tima para orar, fazer
mortificaçOes e pedir 4 Virgem San-
Regr~ a seguir pelos «Servos pelos s6cios activos, com aprovaçlo
do Prelado.
tissima a saude espiritual e fisica de
doentes de alma e corpo que aH
de Nossa Senhora do Rosario § UN1co-As reuniOes da Dlrecçlo ac6dem i:fe cada vez em maior nu-
mero ·a Implorar Aquela que é a
slo menaaes e extraordlnariamente
da Fatima• quando o Rev. CapeUlo-director hou- - Salvaç6() dos e11/ermo$.
Sempre, mas especlalmente pele
ver por necessario convoca-las.
CAPITULO I camlnho e na Covafda lria, os pere-
. CAPITOLO lii
Fim. grlnos devem ajudar-se mutuamente,
0
Doe sooios orar uns pelos outros e conaerva-
ART. 1• - Os Servos de Nossa 0 rem· se com o maxlmo reapeito e
ART. 7. - Sao S6clos activos os
Senhora do Rosario da F~tima for• recolhlmento durante os actoa rell-
mam uma pledosa Assoclaçao de ca-
que fOrem nomeados a
data da fun-
giosos.
rldade, cujo fim prlncipal é auxiliar daçlio e os que posteriormente fOrem
admitldos pela Direcçlio, com apro- Os doentes, sejam ricos ou pobres,
os doentes e peregrinos. teem sempre o prlmelro logar. Abre-
vaçllo do Prelado.
ART. 2.0 - Prestarao a todos, mas Sao S6clos auxiliares os que fa- se alas 4 sua passagem e ajudam-ae
especialmente aos pobres, os cuida- zem tirocinio para s6clos activos. sempre qae aeja preciso.
des esplrituaes e materlaes que a sua Slo S6clos honorarios os que por Oa peregr1noa devem obedècer u
prudencla lhes ditar, orando pela con- serviços P.restados ou doaçOes gene- lnaicaçOea <Jos =
Servos <le Nossa
versAo dos pecadores e alivio dos rosas fOrem julgados dignos de per- Senhora do Rosario da FAU,ma - afim
doentes e procurando, durante aspe- teocer a esta classe. de tudo correr em ordem. J
. regrinaçOes e actos do culto se ob- A desordem desagrada a Deus.
1erve a maxlma ordem e respeUo. CAP.ITULO IV , cPazei tudo com honestldade e com
0
1 ART. 3. - Trabalhando a favor do Daa oorigaç,oes ordem, recomenda S. Paulo (1 Cor.
proxlmo, procurarao santificar-se a ART. 8.0 -Cada um dos Servos de XIV, 40).
si mesmos e dar o bom exemplo de Nossa Senhora do Rosario da Fati- Havendo ordem, . enibera sei'!m
uma vlda Integralmente christa. ma compromete-se : muitos, todos sao servldos: o pouco
§ UNIC0-Os servos de Maria teem a) a observar os Regulamentos e chega para todos. Nlio bavendo or-
uma participaçao muito especlal nas fazer o serviço que lhes fOr marcado dem, o multo nao chega a nada.
oNra~Oea e sacrificios dos devotos de por ocaslao das peregrinaçOes; VMe corno isto se verifica nas
ossa Senhora do Rosario da F.itl- b) a recltar diariamente uma deze- familias e na socledade.
ma. na do Rosario, pelo menos; Por Isso, Nosso Senbor, quando
ART. 4.o - Mulheres chrhdb, sob e) a dedicar- se ao serviço dos doen- no deserto deu de corner a ~Uhares
0 tltulo de Servaa da Nossa Senhora tes e peregrinos, procuranèlo imitar de pessOas, multiplicand& os plles
do Rosario da Fatima, formarao uma S. Jofto de Oeus e o Beato Nuno de e os peixes, começou por marcar a
Associaçao analoga. Santa Maria, aquelle 1a caridade ar- cada um o seu logar. (Mare. VI, 40)
dente, e&te na devoçiio a Nossa Se- E' esta ordem alia'1a -1 pledade,
CAPITOLO Il nhora e amor a
Patria. penltencla e carldade que desejo ver
Da: 1'>irecç,iio observada s.empre pelos peregrlnos.
1 ~RT. 5.0 - Esta AssociaçDo é diri· Aprovamos estas Regras e rtco- A's suas oraçOes e b~as obras re-
glda na parte esplritual por um Sa- mendamos ds oraçoes dos devotos de comendo as necessidades da Santa
c1erdote expressamente nomeado pe- Nossa Senhora do Rosario da Fati- Igreja, do nosso Portugal, e dos Ser-
o Prelado diocesano. ma esta obra e cada um dos seus vos de Nossa Senhora do Rosario
membros. da Fatima, cujos trabalhos a prestar
t Atn. 6.0 -A Direcçao temporal es- e de~licaçao, desde jéi agradeço.
4 a cargo de 3 membros-Presiden- Leiria, 13 de /unilo de 1924.
te, Secretario e Tesoureiro, - eleitos t jOSÉ, 8ISPO DE LEIRIA t Josi, Bispo d1 L1lria
Voz da Fé.tlma

13 de ~unho de 1924

...

Para que no recinto da Cova da


lria, onde se venéta Nossa Senhora
da Eattma, haja a maior ordem e res-
peito, o que nem sempre ae tem ot,;.
servado por ocaslào dBS peregrina-
çoes passadas, resolveu a Associa•
çao dos Senos clt 'Nossa Stnhora d1
Rosari(},da ffdtima, recentemente or-
ganisada, publicar as seguintes ins-
truçOes provisorias que começam a
vlgorar no Elia ~3 <Jo corrente:
ART. t.0 -Esta canonicamente lns-
1ituida a «A1sociaç4o dos Servo, de
Nnsa Stnhs[a do Rosario dts F4ti·

..


Voz da Fatima -
ma>, a quem cumpre manter den- A nturo de mera lnformaçffo e até chego a ter escrupulos de d~r
tro do locat pertencente ao Sanctua- aem prejulzo do exame a que tenham por nao me achar merecedora de tal.
tlo a ordem e respelto devìdos. de ser submetidas e da decisào da Tinba eu duas fertdas que n«•
/\RT. 2.0 - Para o efeito do dis- autoridade ecclesiastica, essas curas havla melo de cìcatrizarem com de-
posto no artigo ante.rior, os servos p6dem, com o consentimento das sinfectante nenhum, nem com aguas,
de Nossa Senhora do Rosario da Fa- pessOas interessadas, ver a tuz , da nem com pos.
tt_ma adopfarao as medidas de poli- publicidade na cVoz da Fatima• pa- Um dia diz-me meu marido: por-
eia necessa:las, ~ fim de que o locai ra a maior gloria de Deus e de sua que nao poes agua de f'Atinta? Eu
J)ertenèente ao Sanctuario seja ex- Mae, e para edificaçao das almas. assim fiz, pondo um penso, pedfodo
elusivamente destlnada aos peregri- As narrativas de curas devem dar n6s ambos a Nossa Senhora a graça
nos, sendo por isso expressamente a conhecer o me\hor p9ssivet: de. me melhorar, rnas quanto nà'.o foi
prohibida a entrada de vendedores, o meu espanto no dia seguinte ao
1.0 - A pessi>a curada levantar o penso e ver que tln~a pel·
quer fixos, quer ambulantes, bem
corno a de anima-es, automoveis, car- Dizer os seus nomes e sobreno- le nova r Cùstava-me a crer, mas CO·
ros, etc. mes, a sua edadet o logar dò seu 11!0 podia duvidar da realidade?
§ UNJC0-Os servos de Nossa Se- nascimento, os seµs diversos domi- ' Achava-me e acho-me tao \ndigna
nhora do Rosario, para o desempe- cilios e o seu domicilio actuat com de tal gra~a t Emfim ja la v4o perto
nho da sua missao, poderao agregar a direcçao exacta e completa. de 3 ' mezes e nunca mais abriu a fe-
a si o numero de auxiliares que fo. ln<tlcar o seu caracfer, a sua con- rida.
rem necessarìos e usarào os seguin- dufa, a sua piedade, tudo o que nel- Se (}Uizer publlcar na e Voz> para
tes distinctivos: os servos, umas cor- la p6de se-r motivo de edificaçao. honra da SS. Virgem publique con-
reias; e os auxiH~res, urna braçadei- Dar a conhecer a sua compleiçao tanto que nào ponha ma1s que as
ra. e a $Ua saude no passado. injciais do meu nome, alias, viriam
0
ART. 3. - : - Aos peregrlnos cum- ' 2. 0 - A doença todos qu~ me ·conhecem perguntar
pre acatar rigorosamente as in'dica- pormenores e eu ficarla bastante
çoes que lhes derem os servitas e Dizer o nome da doença, a sua afJicta.
seus auxiliates. natureza, as. suas caracteristicas; ra- M. C.>
A~T. 4.0 -As pessOas doentes qùe zer a historla succincta della.
de'se1aten1 ter um Jogar especial jun- fornecer, se fOr possivel, os attes- ,Eu abaixo assinada, Agripina Mo-
to do Sa'lltllarlo, devem declaral·o tados escriptos dos médicos acerca reira da Silva, residente na Estrada
aos servitas ou seus auxiliare-s, que òa doença para a caractedsar bem 1 de Bemfica n.0 329, venho oem pu-
estlio As etitradas do reclr1to a regu- ou pelo menos refetir as 'suas -pala- blicamente declarar que tenèlo ido a
lar o serviço. , vras, as suas opintoes sòbre a gra- Fatima na peiegrinaçao de 13 de
ART. 5.
0
Para a melhor utilisa-
- vidade do mal, o& rernedios empre- Outubro do mìdo ano de 1~23, para
çao da agua da fonte, sera esta cec- gat.fos, a sua eficacia .ou a sua ine- onde fui transporta<ia com o carido-
cada por ~ordas com dUé.iS aberturas: ficacia. .so auxilio de pessOas da comitiva,
urna destinada a entrada e putra a 3.0 - A cura fui ali milagrosamente cur;tdat dum
saltida. Esras indicaçOes entrada e I.. Descrever minuciosatnente as.-di- tumOr que punha em risco ·à minba
salitda . consiarào de taboletas colo- versas circunstancj~s· da cura, vida, tendo-me si.do aflrmada pelo
cadas 1unto iis aberturas feitas nas Indicar os meios espìrituais em- u,mo Senhor Dr. Themudo, distinto
cordas. pregados para a obter, 11raçOes, mis- médico-cirurgiào da localidade, que
O sen!iço junto da fonte sera re- sas, novenas, agua da Fonte das Ap- so sofrendo de ,pronto urna operaçao
gulado pelos servltas. pariçoes; as disposiçoes da pessOa poderla talvez sobreviver.
ART. 6.0 - Oura·nte O& actos do eoferma, a sua confiança ou os seus Assustadi,sima e cheia de fé na
CQlto e emq·uanto nao fOr cons.truldo temores, o que sentlu no momentc, surprema bondade de Deus; apesar
~~to altar, é expfessamente probi- da cu'ra. ' da fraqueza e ÀOS meus mioguado~
1 a a ~ntrada dentro da Capéla. Apresentar, se tOc possivel, os pa- recursos resolvi logo ir a Fatima su-
!erminado o culto todòs os pere.:. receres escriptos dos tnédicos sObre plicar a Nossa SenhQra se compade·
trmos p6dem entrar na Capéla pela a cura, ou pelo menos as suas pala· cesse de mim, e iuro pela salvaçilo
0rd e.m que lhes fOc indicàda petos vras, e, sen(lo tambem possjvet. o da minha alma que, no locai durante
servnas. testemuaho do parocho, do confes .. o fervOr das òraçòes, comecei a sentir
A~-r. 7- -Paraa entrada dos doen-
0
sor ou de alguma outra pessOa séria melhoras ao meu _solrimer1to, dando-
ies e servifas, e para a administra- e dlgna de crédito. se o caso de rebentar esponta.nea-
~~ da Sagrada Comuntiao, oa pere• mente o perigos'issimo tumOr que
.grmos devem deixar um espaço li- 4.0 - As consequenciu tlnha no baixo ve1hre segulndo-se
vre em frehte da Capéla em f6rma Dlzer o estado actuat de saude qa um grande alivio e cura corno que
de r1.1a. ' pesiòa curada. Assignalar os efeitos lnstantanea, oAo vòltando a ter mais
A~T. 8 °-As esmoJas s6 serao re- que a graça obtida produziu na al- padecimentos.
cebldas aos Jados e arectaguarda illa ma da pessOa previlegiada, na fami-
Capéla. Jia, na freguesi-a, no publico • . LisbGa, 13 de Malo de t 924
• ~ UNICO.- E'_~x.pressamente pro- Aerlpina Moreira da Silva•
lnb1do pedir estnolas e recébel-as f6- •· B. - E' escusado dizer que,
ra do locai designa~p neste artigo se nao houver possibiUdade de for-
necer todas as informàçt}es acima Pediram e ob1iveram gra-ças ~ue
-0eyençto 9s peregrinos ter todo ~ pedidas, se devem ehviar aquellas veem agradecer a Nos!a Senhora:
cu,dado COIJl os especul~dOrts que q11e -se pt.tderem obter. -D. Marta Magdalena da Luz
aparecem nestas ocasioes. · Pede·se egllàlmente o favor de c1~AR1orlnJ PessOa, de Pombal pela
, ART. 9.0 - E' expressamente pro• communlcar ao referldo adminlstta- saude de u~ seu filhinbo e urna gra-
,tuo!d 0 aos mendigos pedlr esmola no dor da .. Voz, da Fatima• as graças ça espiritual par'a um seu parente.
iecinto da Cova da Iria. -Maria Eugenia Romanà Baltazarf
espirituais alcançadas, e em geral
..........---,----=-- toàos os factos relatrvos a historia de 12 anos, da freguesia da Carvoei-
ra (Torres Vedras) filha legitima de
Avtso importante relativo ou ao culto de Nossa Senhora de
Flitinia. Joaquim Maria Baltazar e Ouilher-

'
as curas extraordinarias mina de Jesus Baftazar. Adoeceu etn
dezembro de pn·eumonia tubercu-
losa (?) chegando o médlco Dr. Nu-
Ped~-se as pessoas que tenhatn no, da ~ibalòeìra, a desenganar os
c~,nhec1~e~t$ de . curas extraordina- paes. Ckegou a pesar 25 kllos e
nas, ~tnbu1das a ,ntercessao de Nos- agora pesa 45. Fazendo uso da agua
sa Senhora de Fatima, 0 favor <Je Rev.1110 Sr. P.e Siiva da F~tima re~uperou a sau:ie.
envlarem os respectivos relatos ao J~ ha mais tempo devia ter escrlp· - Maria i\ugusta LamarOa, da
administrador da e Voz da Fatima> to a dar urna notlcia dever~s interes- Murtosa (Rib~iro) que numa gran•e
revE. Man~el _PeJ1eira da Sii va, Cama- sante. adiçilo recurreu a Nossa Senhora d•
ira cctes,ast,ca, Leirìa. Um caso que se deu comigo e que Rosario de .f;Hima, ·sendo attendlda
,,
I

..
aem demora. Envla 10:000, para o nazes acabam ~r descobri-la e li
atu culto.
-Margarida Padeira, tambem da
vae cahir no saquinho vermellio •••
E a pessoa fica contente: Para Deus?
Voz da Fatima
Murtoza (Ribeiro) recorreu a Nossa Ahi esta •.• Deape•••
Senhora do Rosario de Fétima oh- • Trans~rte. . • • . • 14:671$52•
tendo a graça pedida. Envla 10:000 Ao aprbximar-se a Quaresma, Tipograha (17:000 excm-
para as despezas do culto. . erh que cada freguesia ter:1 a lutar plares) . • • • • • • 390Sooo
-Manoel Alberto da Silva Grava- com mii dificuldades, pensae um Despezas varias • • . • 85$000
to, do Bunheiro, tendo um sofrlmen- pouco no valor da nota di! meio tos-
to num pé, recorreu a Nossa Senho- tao, na sua inefficacia e na sua im- Somma. • • • . 15:146$520
ra do Rosario de Fétima, e logo sa- potencia.
rou. Envia 5:000 para as despezas Pobre peditorio do domingo, braço SubacripqAo
do culto. estendido dc Christo para sustentar (Continuaçao)
Maria Bispo, do Bunheiro, recor- o decaro da Sua Egreja e todas as D. Emilia Gomcs de Almei-
reu a Nossa Senhora do Rosario de obras que d'ella depcndem, corno de- da • • • . . . • • • • 10$000
f étlma e sendo ouvida envia 5:000 vias ser carinhosamentc attendido P.e Manuel Vieira dos San•
rels para despezas do culto. por todos os coraçocs christaosJ ••• tos. • • • • • • • • • 10Sooo
Tu és a nossa primeira divida, a D. Maria José Lei te (2.0 ano) 10Sooo
Hnota de meio tostao divida sagrada.
Tu és o gesto em favor do altar •••
pro aris, que os nossos paes faziam
Ventura José de Campos
(2.0 anno). • . • . • • 10Sooo
Leonardo Fernandes Sardo
Na verdade ja niio encontramoc; passar antes do lar ••. pro aris et (2.0 ano) . . • • • . • 10$ooo
facilmente urna coisa que custe meio focls ••• D. Albertina Tota • • • • 10Sooo
tostiio. Tu és o pao de cada dia e tambem D. Beatriz Barros Dunrte
Antigamente com um pataco tinha• o indicador da piedade d'urna paro- Ferreira • . . • • • • 10Sooo
se um pao e um pao que dan para chla. Os enterros e os baptisados nlio D. Josefa de Sousa Serras
uma familia intcira; agora com meio dependem de ninguem; o peditorio Conceiçiio. • • • , • • 10$000
tostiio, por mais pequenino que seja depende de toda a gente! Joaquim Maria Baltazar • • 10Sooo
nao se p6de comprar. Tu és o esforço regular e constan- Antonio dos Reis Maia . . 10Sooo
Nem mesmo corno gorgeta, ninguem te qu.e indica numa parochia o am5r Donativos (M. Lucio d'An-
se atreve a dar meio tostao. O que a v1da sobrenatural e o desejo que el- drade) • • • • • • • • 20$000
seria a cara do chauffeur a quem la se expanda. D. Taphnes Roxanes de
metessem na mao meio tostiio ao Felizes as familias christas que Carvalho • • • • • • •
apeiar-se do automovel? Mesmo um comprehendem esta evidente verdade D. Maria da Concciçiio Men-
s1mples gar8to que nos tivesse feito na qual localmente é melindroso ta- des Godinho • • • • • 10$6100
o mais insignificante recado, sem re- lar. D. Maria Delfina Assalino
pontar? Felizes as familias -0nde o pae, a Rica • • • • • • • . • IOSooo
A vida csta cara e o pobre meio mae, os filhos sao, e dao com a cons• D. Dionisia da Conceiçao
tostao nao tem em que se empregue. ciencia do va lor do seu gesto! Ramiro. • • • • . • • 10Sooo
Antigamente quando qualquer alma Um grao d'areia ••• urna gotta Antonio Proença Viegas. • 10Sooo
caridosa pensava em organisar um d'agua nao sao nada, mas o conjunto D. Maria José Videira Godi-
besar ou um recreatorio, por meio de graos d'areia, o conjunto de got- nho • • • • . • • • • 10Sooo
tostao, tres vintens, tinha trinta mil tas d'agua forma as duas maiores José Francisco Teixeira • • toSooo
a
objectos escolha: brinquedos, lenci- potencias do universo: o oceano e o De jornaes (Ericcira) , • • 13Sooò
nhos, l11pis, canetas, colheres ou gar• deserto. Joaquim Augusto de La•
fos de estanho, tinteiros de vidro, etc. Concluindo; A nota de meio tostlio cerda. • • • • • • • • 10Sooo
Hoje, vio la procura-los••• nlio va le. • • dnco rc!is. D. Rosa Olindà da Silveira. 10Sooo
Perante Deus, quando este melo
• tostao é o esforço do pobre ou o obu•
D. Maria José Ramos • • • 10Sooo
D. Perpetua Pereira de Car-
Contudo, ainda ha um sitio onde
a ~bre nota ·dc meio tostiio passa scm lo da viuva, resplandecc como uma valho • • • • • • • • 10$000
difficuldade e se offerece sem emba- peça d'um valor inestimavel. Mas D. Emilia Machado. • • • rotooo
raço; sabem onde é? E' o saquinho quando é a infinita migalha d'um lau- P.e Sabino Peulino Pereira 10Sooo
da qu~te, o taboleiro ou caixa das al- to banquete, oh! entao, conslderae e O. Maria José da Silva • • 10Sooo
nao o ponhaes isolado na mlio esten• D. Herminia Caiheiros Sii va 10Sooo
mas. dida do ministro de Deus.
Sim, senhorcs, essa quantia, tao Joa~uim A. Leite Ferreira
pequenina, que, &6 com eia, nao se Aquele que creou todas as delica- P1nto Basto . . • • • • 10$ood
compra coisa nenhumo, encontra nos dezas do am&r, possue-as n'um grau D. Ludovina Nevcs • • • • roSooo \
peditorios o seu supremo refugio. infinito. ., D. Maria Clemente Alvcs ·
Aquilo que nao ha coragem de dar Aqueles que tendes no Ceu, e a Pinto • • • • • • • • ' toSooo
a ninguem, offerece-se a Deus ! ... quem, talvez, deveis a vossa fortun•, D. Maria Eduarda de Lopes
E Deus cala-se e aceita .•• veem o vosso gesto, que s6 lhes ~e- Praça Cunhal • • • • • 5Sooo
O dispensador de todos os ben~, o ra agradat se for um gesto de ,usti. P.• Candido de Sousa Maia
Creador do Ceu e da terra, o artista ça. ( 2.• anno). • • • • • • 10Sooo'
que cinzelou as flores, Aquellc que, E depois, elles que ja sabem o va- D. Adelaide de Sousa CHam·
alem do unico leproso agradecido lor das verdades eternas, deccrto pen- bers • • • • • • • • • 10Sooo
procurava os outro nove, Aquelle sario na phrase divina: Eadtm men· D. Judith dos Anjos . • • 10Sooo
que contra J udas defcndeu a santa lllra. · . a mesma medida. D. Maria Paes Moreira (z.o-
extravagancia do perfume precioso
da Magdalena, Esse aceita aquila de .
Trad, do M. B. PlERRE L'fRMITE anno) • • - • • • • •
O. Maria Magdalena (igno-
toSooo

que ninguem faz caso, acceita a nota ram-se apelidos e morada 10Sooo
de meio tostao amarfanhada e suja,
que nao ba coragem de offerecer a
VOZ DA FATIMA D. Leocadina Hcnriqucs (z,0
anno). • • • • • • • .~ 10Sooo

nmguem I
.••. Eete Jo•n•lzlnho 1 q u e Donativos varios (Francisca
Nunca ttrao pensado n'isto aquel- va• eendo tilo quePido· e Fitipaldi) • • • • . • . 35Sooo
las pcss6as que, no saco elegante, PPOOUPado, é diatPibuldo Manuel Ribau Novo • • • 20$000
/ com os dcdo~ chc:ios de anneis, viio gratuitamente em Fatima José Ribau Novo. . . • 10Sooò
procurar a nota pequcnina que - noa di•• 13 de oada m6a. Antonio Rodrigues Vieira . 10$000
coitada - corno se tivesse comcien- Ouem quizeP teP o di• D. Celestina d'Almeitfa e
cia da sua indignidadc, se esconde e reito de o Peoeber dlre- Sii va • • • • • • • • 10Sooo
se some dcbaixo de todas as ounas otamente pelo o o rPe I o 1
tera da enviar1 adeanta- NOT A-Feltam aioda cerca de 160 sub, ..
parecendo dizer: .r-;ao, nao sou di- criptores cujos nomes irao apparecendo no,
gna dc ser (jflerecida a Deus ! ... de mente1 d ml.nlmo de sea~intes mezes, conforme o espaço o per-
.Mas, baldados esforços; os dedos te• dez mli réi11 • mrtìr.
Ano II
-.

--=-=:=.:=-=,__, ______ _
• (COM

BUA. D.
Composto e impresso na Jmprensa Comercial, 4 s, - I.eiria

13 de Julho ma enlevando· a e enchendo· a de


um~ paz e consolaçAo ineffaveis.
Aquelles que i' gosaram a dita
de visitar os sanctuarios de Lourdes,
O dia 13 de Julho · ocorreu este teem a lmpress11o de que te ac~am
anno num Domingo. Esta circunstan- a
transportados por momentos c,da- -'
cla fazia justamente esperar que nes- de privilegiada da Virgem lmmacula-
se dia a concorrencla de fieis ao lo- da, asslstlndo a urna missa na gruta
cai das apparlçoes excedes~e imen- de Massabielle ou presenceando o
so a do mesmo dia nos outros mé- espectacul~ emocionant~ ~as gran-
ses ordinarios. E, com effeito, desde diosas procissOes euchanshcas.
a vespera que innumeros peregrinos Cantado o 1antum ergo e dada a
atravessavam as povoac;oes circun- bençao com o Santissimo Sacramen-
vlzinhas em dlrecçao a Fatima. a
to multldào e a cada um dos en-
Chegjmos é lgreja parochial desta fermos presentes, sobe ao pulpito o
freguesla proximo das 9 horas. Vma rev. Parocho do RegueAgo do Féta,lt
lllullldao de deze,ias de milhares de que falla durante cérca de vlote nu•
pessOas, em que predominava o ele- nutos sObre a devoçlio 4 Vlrgem
mento popular, comprlmia - se em Santissima.
1rente e dos tados da capéla come- Oistribuiu-se gratuitamente pelos
moratlva das appariçoes, assistindo flels o numero 22 do mensarlo e Voz
com recolhlmento e devoçAo as mls- da Fatima,.
aas que os sacerdotes, préviamente Este numero, além da narraçlo de
inscrlptos, lam celebrando uns ap6& varlas curas extraordlnarlas e outras
outros. atribuidas a intercessAo de Nossa
Um numeroso grupo de servos de Senhora de Fatima, e da publicaçAo
Nossa ~enhora do Rosario, compos- das regras a seguir pelos •Servos de
to de elementos de Leiria e Torres Nossa Senhara do Roaario», lnsere
Novas, exerce proficlentemente o duas locaea que merecem a attençlo
serviço ~rdem, pela prlmeira vez particular de todos oa peregrio08,
depoia da fundaçAo da respectlva urna contendo as iostrucç6es que
A menioa Maria Terua Martlos d'Abrcu
assoclaçao, lnaugurada por Sua Ex- devem ser observadaa ~r ocaalA_o
F"nseca, dc 5 annos dc e<lade.
celencia Reverendissima o Senhor das peregrinaçOes e a outra um av1-
de Cabeçudos, (Vila Nova de Famaliclio),
Bispo de Leiria no dla 14 de Junho curada, alguns mèses de pois da sua 1,• Co~
so importante relativo as curas ex-
ultimo no proprio locai das appari- munhlio, quasi repentinamente,
traordinarlas.
1
ç6es. A' semeJhança dos bra11.UJr- por Nossa Senhora da F4tima, de <loença
]unto da fonte, os fieia, em grande
ditrs, que em Lourdes desempenham numero, fazem a sua provisao de
grave. (Vo; da Fatima de abril
as mesmas funçOes, os servitas, co- do corrente anno)
agua, que corre limpida e aàundaa-
rno vulgarmente s!o chamados oa te por qulnze tornelras.
lllembros daquela benemerita inati- O servlço de abastecimento é re-
sa eucharistica, tendo-se preparado gulado pelos stnitas e seus auxllia-
tuiçAo, auxiliam caritativamente os para receber o Pao dos Anjos oom
doentes e peregrinos, prestando a uma conflssao fetta de vespera nas res, com urna paciencia e dedlcaçl\o
todos, sobretudo aos pobres, os cut- suas terras. superlores a todo o elogio.
dados esplrituals e materials que a Eram quatro horas quando o gros-
sua prudencia lhes ditar, orando pe-
Ao, meio dia solar principia a ul- so da multidào começou a debandaf,

tima missa. Ao mesmo tempo, d? al-
1~ conversAo dos peccadores e alli- to do pulpito, o rev. capelao: direc- ficando por firu apenas alguns pe-
v10 dos enfermos e procurando, du- tor dos senltas recita em vnz alta o quenos grupos de peregrinos resan-
rante as peregrinaçOes e actos do Credo em portugues, sendo acom- do as suas oraçOes junto da capélla
culto, se observe a maxima ordem e panhado nessa recltaçao por todo o commemorativa dos acontecimentos
respeito. maravilhosos.
povo.
As missas sucedem, se interrupta- Seguem-se o terço, as invocaçOes Pess6as entendidas avallaval;.ll em
mente umas és outras no alter exte- de Lourdes, o Bemdito e as t,raçOes ~0:000 0 numero de pereg!inos que
rlor da capélla das appariçoes, e a finaes. . neste dia acorrerarn a Fatima, mas,
Sagrada Commu11hao é distribuida A ordem o respeito, o silencI0 e corno qucr que seja, o certo è que
em ~ada ruissa por um sacerdote re- o recelhlm~nto sao admiraveis. Pa- esse numero uao era inferior ao dos
vestido de sobrepeliz e estola. rece que se respira um ambiente percgrinos do dia 13 do mes prece-
Ce11te11as e centenas de pessOas, impregnado de sobrenatural. Sente- deute, conuuem or.alivo do glorìoso
de todas as idades e classes sociaes, se o que quer que seja que n!io é thaumatur~o portuguès Santo Anto-
approximam-se devotamente da me- deste mundo e qae nos invade a al- nio àe LisbOa. • V. de M.


I:
.
a
Hs cnras da ~atlma devia fazer a operaç:Io, e 1 hora
fudo estava termlnado, tendo a ope-
raçAo corrido o melhor posslvel. A
era junto do filhlnho extremecldo a
prodl~allsar-lhe todos os cuidados e
carinhos que requeria o seu estado
creancinha salvou-se, bem corno sua tio melindroso ! No entanto as mi-
Ex.1110 Senhor
mA~ mostrando a Virgem ss.ma mais nha~ ,bem humildes préces a todo o
urna vez que nAo é em vao que as Instante subiam até ao throno do Al•
suas filhas recorrem a Ella no melo tissimo, nos nao abandonasse. N'esse
das suas affliçOes. dia aggravaram-se os padecimentos
A segunda graça ootitla por inter- do nesso anjinho, tendo até as 2 ho-
medio da Virgem do RosArio de Fa- ras da tarde urna soltura verde quasi
tima foi logo ap6z a minha sahida do constante, mas . a nossa confiança
hospital. na Virgem nAo afrouxou, e Ella quiz
Tinha o rneu fllhinho 17 dias quan- recompensal-a concedendo-nos agra-
do, um dia de rnanM, lhe appareceram ça que Lhe era pedida com tanta fét
os primelros symptOmas de urna ln- N'esse mesmo dia a tarde a soltura
terite. Fiquei afflictissima por no Por- parou repentinamente, commeçando
to o médlco, ao dar- me os seus con- entAo as melhoras do nosso peque-
• selhos sObre a amamentaçao da crean- nino. Passados 7 dias o médico, que
ça, me ter prevenldo de que atten- com tanto interesse e dedicac;ào tinha
dendo a que o pequenino era de 7 tratado o meu filhinho, auclorisou a
rnezes e fraguinho, requeria cui;jados -a vìagem para Villa Mendo, para on-
muito especiais para• assiro se evita- de viemos todos, e onde o pequeni-
rem incommodos intesllvais, a ~u ~ se via desenvotver de dia para
era impossivel resistir, devldo as con- dia, estando hoje urna creança forte
diçoes em que tinha nascido. Man- e cheia de vi;ia.
dou· se immediatamente chamar u_m 0s seus paet inhos e tia, aguardam
médico que veio ver a creancinha e o final da crise da dentiçào do seu
, prescrever o tratamento <fue se devia anjlnho para com elle irem a Co-
seguir. lnfelizmente a interite nào ce- va da lria cumprìr a prnmessa feita
dia aos medicamentos, e o pequeni- em rnomentos de tanta anf.?u~tia, e
no ìa perdendo as poucas forças que aeradecer a Virgt-m do Rosé\rio de
tinha. O seu soff rimento era horroro- Fatima a sua protecçào, e pedirmos~
so, e muitas noutes passamos, minha l.!:he nos conserve a vida do nossò
irmil e eu, a passear o nosso anjinho, querido pequenino e noi-o deixe
para assim lhe minorarmos urn pou- crear para o ceu.
co o seu tao grande soffrer t Um dia Maria do P. de Oouvéa Osorio MlUo
em q.ue todos os meus procuravam
preparar-me para o desenlace que Villa Mendo 22/6 924
esperavam se ctésse a cada momen- \
to, fui com o meu filhinho nos bra-
ços lançar-me aos pés da Virgem,
pedir- Lhe que tivesse d6 de urna mae
afflicta e lhe salvasse o seu filho ex-
Ex.mo Rev.mo Sr.
tremecldo. Princlpiei entào urna no- Venho agradecer a V. Rev.rna as
vena a Vlrgem de Fatima e prometti lnformaçOes que na sua carta de no•
levar o meu pequenino a C6va da ve do corrente me aa, em resposta
Irla quando elle, jA andasse. No se- ao meu pedldo.
gundo dia da nossa novena a crean- ; lnfelìzmente um contratempo que
ça apparece multo mais socegada, a
surgiu ultima hora impediu-o tte
estando quasi sempre a dormir. tom--ar p-arte na peregrlnaçao de hoje.
De tarde passando ao pé de nossa Viu-se forçado (o meu filho) a deixar
casa o médico que me tinha acom- :ipara o proximo més ou o seguinte.
panhado ao Porto e assistido ope- a Isso depende das férias que o patrio
raç!o (certamente levado alli por lhe dér (ele esta , empr~o numa
Deus), entrou no intuito de me dlzer a
caia ingleza), a tda Fàtima.
que em querendo podla sem receio E JA agora permita-me V. Rev.m•
f azer a viagem para Villa Mendo. Ao que lhe conte o que motiva esta ro-
vér porém o meu anjinho extreme- marla. ll
cido, ficou estupefacto vendo o seu Em 0utut>ro do ano passado meu
estado melindrosissimo, dizendo que filho Ju.Jio (tal é o seu nome) que ja
o. socego d'esse dia era devido a andava doente ha muito, peorou
creancinha nào ter ja forças para se consideraveJtt1ente , apresentou sin-
queixar. N'esse mesmo dia se deu tomas gr~vissimas : acresclmos febris
principio a novo tratameoto e eu re- 4 tarde, tosse, magr~sà excessiva, es-
dobrel de fervor pedindo a Virgem carros sanguineos. Consultado o es- -
ss.m• que do alto do Ceu lançasse peclallsta Or. Nery d'Oliveira, dia-
os seus olhos miserlcordiosisslmos gnostlcou tuberculose pulmooar <ie
• para urna mae afflicta e concedesse progressao ,raplda e aconselhou a re-
a saude ao seu filhlnbo I tlrada Ymtdiata para o sanatorio da
No ultimo dia da novena (satiado) 1 0uarda. Mas essa medida nAo era

a creança tem umas ligelras meJhoras, praticavel, nAo s6 pela relutancia do


mas a Virgem do Rosario guardava doente, corno pelo preço excessivo
para o seu dia a prova evidente de que nos pediam, s6 acessivel aos no-
que n!o é em vao que os seus filbos vos ric0s. .
recorrem a Ella no melo das suas Passados dias, em seguida A nova
'affliçoes. No dia 15 de Agosto termi- consulta, o médico disse ao irmno
nava a nossa novena. De manbà cMo 1 do doente:

foi rainha irma a Missa, a fim de a - O pulm~o entrou em fus~o. De-


ElevaçAo pedir so Nosso Bom Deus. ve ter logo urna grande hemoptise e
por intermedio de sua MAe SS.111•, as • •• isto é quest3o de quinze dias. Se
melhoràs do nosso tao querido do- ele tiver a hemoptise, chamem~me.
entinho. Eu apenas a pude acompa- Quando o irmfio me transmitiu o
nhar em espirite, porque o meu 1wgar prognostico do médiiO, vl que da


~oz da Ra.timo
sciencia huniana nada havia a espe- o que eu fiz com muita devoçAo. A's aenhora e a aubscrlpçllo aberta ~ra
rar, tanto mais que Ja tintìa visto 9 horas voltou a pedir-me mais agua ~~fi~ h
,morrer dois filhos da mesma doença. de Nossa Senhora e as duas horas Anonima ••••.• , • • • • • • • • • 200SQI
Entlio recorrl a Nossa Senhora de da tarde do mesmo dia encontrel o · Prior do Arrabal. • • • • • • • • 20$00
FAtima, prometendo, se me salvasse meu filho sentado na cama. Julgan-
o meu fil ho: do-o varlado vi que nlio tinha felire Soma ••.••• ~20SOO
0
1. - Rezar todos os dtas durante alguma e nio mais voltou a tè-la,
o més d'Outubro desse ano, o Rosa-
rio; .
2.0 - Mandar celebrar urna missa,
restabelecendo-se em poucos dlas.
Outra graça que obtive da SS.
Virgem, foi que uma filhinha de 30
H' ltora da morte ...
sendo possivel na capellnha de Fati- mezes, Maria Alice de Menezes, ten- Tudo est4 pcrdido? !
~a ou na egrcja da freguezla, se no
A do garrotilho, e eu sem conhecer a Na alma de Antonio trava-se uma
fim do mes ele estivesse curado, ou doença a deixei adiantar a ponto de Iuta atroz. Ql1eria Mber tudo, mas
pelo menos livre de perigo e em via estar desenganada por um distinto ao mesmo tempo tinha mèJo de sa·
de cura. médico de Leiria. ber a vcrdade toda . Receioso, fobril,
0
3. - Ir em peregrlnac;lio a Fatima, Com multa fé que tenho em Nos- com o.s olhos molhados de urna com-
10U na impossibilidade de lr eu pro- sa Senhora da FAtima, dei-lhe duas m~o profunda, atreveu-se a inter-
prio, fazer com que algum membro ' colherzinhas da sua agua, e a minha rogar: - Enta9, Doutor? .•.
de minha famllla la fOsse, agradecer filha começou a tornar meihor res- Havia n'aqudla in"\:errogaçao urna
a Nossa Senhora, logo que ele esti- piraçio. ., anciedadc: tao dorida, que o m~dico
"Yesse definitivamente curado. E pu- Devo muitos favores a medicina, emmudcceu.
blicar os factos na Voz da Pàtlma. mas tambem a Nossa Senhora por- Dcpois fita ndo bem nos scus os
1s o passwa-se no dia 3. No dia 5, que é a Ella que· devo a mlnha vida olqos do nçbre pac, interro8ou: -
fazia eu outro voto: o da entroniza- e dos meus filhos. Sente-se com forç.1 para sabcr toda a
ç:io do S. Coraçao de Jesus em nos- Reixida, 8 de Abril de 1924. verdade, com coragem para afrontar
sa casa, logo que o mèdico que o a doloroSJl rcalidade? Antonio deu
tinha visto, o desse por cutaflo da Maria do Carmo M. da Cruz
tuberculose. um salto.
Obtiveram graças que veem agrade- Sentiu que o coraçao llie parava,
Ao mesmo témpo em nossa casa e <:er a N. Senhora clo Rosario: e, com a v9z cmbargada lançou-se
na ae um dos meus filhQs fazla-se nos braços do médico clamando: -
urna novena a Nossa Senhora de D. Ermelinda do Carmo, da llha
E6urdes, impetrando a sua interces- Terceira, qùe em doença grave, re- Ob, sian! dig, -me tudo, tudo ! •••
slio. correu a N. Senhora da F4timii co- E soluçava. .
• E finalmente pess0as da famtlia meçando logo a melhorar, achando- - Pois bem, continuou o médico;
duma tpinha nora pecliam e obtiam se agora curada. coraaem, meu amigo. Ac:ibou-se .a
- Urna Filha de Maria que tendo minha mis..,io. A sciencia nada mais
as oraçòes duma creatura de Traz• tem que fazer ..
os-Moutes privilegiada com graças prometido urna novena de Terços a
eucaristicas, que julgo singulares na Nossa Senhora de Fatima, em sufra~ • - Oh, a minha filha, a mi olia
hlsto~ia da. E~reja, e ja hoje do co- gio da alma do purgatorio, por urna querida 61ha !
nhec1mento, d1zem-rne, do Sr. Bispo sua irmli que se achav em p rl o Eu, quc nao tinha outra, vou pc:r-
de Bragança. de vida, esta começou a melhorar del•a ! Minha filha, minha filha ! N>
Pois bem I A hemoptise nlio se deu depois do primeiro Terço, achando- lagrimas Jn$>lhé!vam-lhe as faccs, os
e o pulm~o descongestiònou-se por se agora quasi curada. aoluços cstrangulav11.m-lhe n voz .••
tal f6rma que o médico, ao ve-lo na . - O médico, ao sair, dis..-;e ainda
semana seguinte, nlio pode ocultar o uma vez. mais : coragem, meu amigo,
seu espanto. As melhoras f0ram-se AVISQ . coragcm.
acentuando e dois mèses depois o
meu filho p6de retomar o rabalho in- Por ordem de S."Ex.• Rev.'" o Sr.
terrompido. No més passado o médl• Bispo de leiria, tmquanto se nilo
co disse- !be que o achav~ curado determillar o co11trario, so é permiti-
do pulmlio. do celebrar a Santa Missa no local
Mais: ele sofria muito do estoma- das ApariçiJes desde as nove horas
go e, depois que bebeu a agua de até ao melo dia solar para que antes
e depois os fieis tenham tempo para
F4tim:it, que por interm~dio de V.
"Rev.m• lhe obtive, tem passado multo cumprir as suas promessas.
rnelhor, tendo desapare<.ido as d0res Os Rev. 05 ~acerdotes que ali dese-
que o torturavam. iem celebr,,r devem inscrever-se pre-
Eis os factos. E' um mllagre? ~tamente air12lndo·se ao Rt,. Cape-
Nilo me compete a mim o decidi- llio-director, Dr. Ma,uut Marques
lo. Mas a gratid!o lmpòe.:me uma dos Santos, Seminario de leirià. •
.certeza nzorat e o conseguinte cum-
primento das prome,sas featas ... ,
J. O. A.•
-~--,.....,..._
Ex.mo Senhor Director da «Voz da
Fatima•: Duma senhora de França recebe-
Pe~o a V. Ex.a o favor de publicar mos a segulnte carta:
no, s~u jornalzinho duas graças que e Leio sempre com granèie interes-
receb1 da Sanflssima Virgem Nossa se tudo o que se passa na F'é\tima e
Senhora ao Ronrio. corno deve ser muito incomodo pa-
' Teo do eu em Novembro ultimo ra os pobres doentes nao terem on-
U!fl filhil!ho de 6 annos, Cesar Anto- de descançar, quando ali chegam,
nio de Menezes, gravemente doente lembrei-me que era de grande ur-
com uma pneumonia, chegando a gencia construlr uina bariaca para os
ter 4Q graus de febre um dia ia 4 abrigar, ao menos da eh uva. P.ara
lioras\ da mafihà vi o :neu filho mul- este fim envio 200 escudos, espe-
to aflito, e nào me lembrando de lhe raodo que outras almas caridosas
dar a agua milugrosa de Nossa Se- tambem deem esmolas e breve se
nhora da Fatima, com grande surpre- possa levar a efoito este projecto. >
za e comoçào slnto o meu filbo ài-
~r: MinHa màe reze que eu morro 1
. ..... .. . . . . .
'

dé-me agua da Senhora da Fatima t· Ahi fica a ideia generosa desfa

'
Voz da Fatima
der-me no p6 do sepulchro? Nao ba terioso, profu ndo, voltou a encher o D. Ennelinda Costa Alle-
aatla para além da morte? .•• Nio quarto de., doente •.• mao Teixeira. • • . • •
serei nada, nada daqui a instantes? •• D. José Maria Figueiredo
Oh papa, diga-me_ tudo, tudo o que ••• da Camara (Belmonte) 3. 0
•ente, a verdade, papa. _N•aquela tarde, a bora bemdita das anno • • • • • • • • • IO$ooo
A voz da donzela animava-se. Os trlndades, o paroco entrava no redo• Joaq.uin'i. Honorato. . • • • 10$000
olhos tomavam um brilho estranho. to que fora testemunha muda de tao Antonio Alves Pequito • • 10$000
Na alma abrira-se-lhe um combate dolorosas comoçoes. Na freguesia cor• José Claro. • • • • • • • 10$000
violento. reu breve um rumor de alegria e al- D. Palmira Rosa Bello . . 10$000
••• voroço. D. Marianna Henriqueta Ro-
sa Palma Mata. • • • •
Izabel, alma florida de virtudes na- N~ manh~ seguinte os sinos da pa· 10$000
turaes, tivera urna santa mae. rochta tang1am dolentemente a sua Luiz Carreira de Vasconcel•
Levou-lh'a Dcus quando a sua pe- toada triste, chamando os fieis ao Se- · los. • . • . . • . . • 10$000
quenina alma começna a abrir-se n~or fora ... ~a casa de Antonio, ha• Joaquim da Silva Carvalho. 10$000
para as verdades etecnas. Foi sobre via afguma co1sa nova. . D. Maria Anjos Santos •• 10$000-
os joelhos de sua saudosa mae que Urna luz viva a inundava. Em- D. Rita do Rosario Lopes • 10$000
~Ila ouvira, ·no alvo.recer dos 7 annos quanto ca fora o povo de joelhos can- D. Herminia de Jesus. • • 10$000
1nnocentes, os ensmamentos da Fé. tava comovido o Bemdlto, la dentro Luiz d' Almeida Pinto. • • toSooo
O pae procurou spagar as frouxas Jesus entrava na alma de Izabel e D. Marianna Barbosa • • .• 10$000
lu~c~ da Verdade cristi que a mae, de seu pae, para as encher dos dons D. Rosalina Marques Pinto. 10$000
sohc1ta., acendera na alma candida da celestes _de suas graças ••• D. Maria José d'Eça Curdoso 20$000
filhinha querida. ·No dia seguinte a alma de Izabel, P.e Silverio da Silva (de
Fai para eia, o anjo do seu lar, o consolad~ da paz. de Deus, beijando jornaes). • • • • • • • ro$ooo
seu ultimo afecto, a sua ultima sau• nurn ultimo sorriso de gratidao a D. Maria Duarte Barreira
dade. Na agonia, quiz ainda com os imagem de Jesus, voava para o Ceu, Pratas • • . • • • • • 12$500
, Jabios frf~s, beijar a. fil ha, cujo futuro fazer companhia a alma querida da Francisco Mendes • • • • IO$ooo
lhe anuv1ava de trrstezas os dias da mae, que a nio abandonava nuoca. José Augusto Pites dos San-
vida. 0s ensinamentos e a vida de E, quando o parocho vieta confor- tOS • • - • • • • • • • I o$ooo-
Antonio 6zeram de Izabel urna in· tar a alma dorida de Antonio este, D. Maria da Graça d'Abreu
cr-edula. A sua juventade desabro. tomando entre as suas as maos do Fonseca (2.0 anno). • • • 208000
chou e fioriu longe dc Deus. Nao co- sacerdote, poude clizer-lru:, soluçando: D. Maria Filomena Malheiro
nhecera nunca as doçuras da comu- a descrença, meu padre, pode ser co- Reymao No~ueira • • • 20$ooo
nbao ..• moda para a vida, mas é a suprema D. Maria Florrnda Martins
Nos seus labios niio florira ha~nos, desgraça para a hora da morte, Aju• Fernandes. • • • • • • 15$ooo- .
o sorriso da oraçao. A' missa fora um de-me a sua oraçao para que eu pos- D. Emilia Martins Friaes • 15$ooo
dia para assistir ao casamento de urna sa morrer como lzabeL D. Laura Areias Ribeiro. • 12Sooo
amìga. A Iuta, a convulsa.o que Anto- D. Olinda Serzedello. • • 15Sooo
nio advinhava na alma da filha ado- D. Maria José da Cunha
rada, era obra sua.
P~raote as perguntas da tìlha, teve
Voz da Fatima Barbosa. • • • • • • • • toSooo
D. Carolina Cardoso•• : • 10$000
nojo de si me-,mo. Viu-se um carras- Deapezae Agostinbo Alves•••••• IOSooo I
~o de quem tanto amava. E uma De jornaes avulsos, percen-
convulsa.o ingente e d~lorosa lhe-aba- Transporte • • • • • 15:146$520 tagem em medalhas, es- ,
Iou a alma. As t,gri~as escaldavam-
Im pressao do n.0 2-2 tampas, etc. (D. Maria
lhe as faces e o coraçao parecia esta-
lar-lhe dentro do peito. 8 7500 exemplares) • •
utras despezas (clichés,
transporte, etc.). • • • •
350Sooo

650S200
das Dòres) • • • • • • • I 2iSooo
D. Maria de Jesus Fragoso. 10$ooo
Manuel lgnacio de Sousa • ,o$ooo
•Dilla-me a 'ltrdade .•• nluJ se- Joaquim Henrique Pereira. 10$ooo
l'ti nada. nada • • • A verdQIÙ pa• Somma. • • 16:146$7~
pd .••• Estas palavr~ vibraram-lhe Salvador Nunes d'Oliveira. 10$ooo
a1ora no coraçao como cWcotadas Sab•a•lp9Ao Antonio'Rodrigues (2. 0 anno 10$ooo
d aço. • • Era tJm espectro medonho, P.e Raphael Jacinto (2.0 an-
(Conti nuaçao) no • • • • • ~ • • • • • 10Sooo
perséguidor •••
A sua obra d'impicdade recebia D. Floriana de Jesus Car- D. A na Proença. • • • • ~ l0$ooo I
um castigo tremendo. valho • • • • . • • • 10$ooo Sebastiiio Nunes • . • • • • 108000
D. Anna da Conceiçiio Al- Felix dos Santos•••••• 10Sooo
••• meida Santos . • • • • 10Sooo D. Maria Eugenia Rei•
vas. • • • ·. . • • • • •
a.
10Sooo
O silencio fizera-se eetre-os dois. D. Anna de Jesus Carvalho 10Sooo
habel, corno sacudida por urna vi- D. Anna Clara Pereira Mo- Duqueza de Palmela ••• 100Sooo
sao estranha, fez um esforço supremo. -
rao • • .. • • • • . •
D. Maria da Luz Almeida
10Sooo D. lgn& d'Azevedo Couti-
nho (2.• anno) ••••• 10$ooo
Ergueu a cabeça que caiu subitamen•
te sobre o travesseiro. Depois, com Mattos • • • • • • . • 10Sooo Antonio Dias Frade. • • • 10$ooo
voz sumida, mal articulada, exclama D. Delfina Marìa de Almeida IO$ooo Torquato Maria de Freitas 20Sooo
novamente; Capita.o José Augusto S. Ju.stino Marques Bastos •• 10$ooo
- Diga, diga, papa, diga a sua ti- Esteves Lopo . . • . • 10$ooo Virgilio p. Lory. . • • • • 10$ooo
lha se.,. D. Maria Paulo Bentes (2. 0 José Antonio dos Reis. . • 10$ooo
-Antonio oao deixou ncabar as anno) • . • • • • • • 15Sooo D. Maria da· Conceiçiio Pe-
palavras de Izabel. Verga,do ao peso D. Adelina de Jesus Caldas reira de Lima Caupers • 10$000
de urna força misteriosa, o infeliz Fari.a . • • • • . • . IOSlaOO D. Amelia Cablai. • ~ • • IOb'IO
pae cahiu de joelhos1 e, apoiando a D. Elvira Augusta Nogueira 10$ooo (Faltam para public:ar cerca de ~oo nomea)
fronte sobre o lcito cia doente e com D. Maria da Conceiçao Ro-
as miios erguidas, endaviobadu, sa-
-cudidas por uma comoçao angus,rio-,
sa • • • • • • • •

P.e Jacinto Antonio Lopes


• I • 10$ooo
VOZ DA FATIMA
sa, exclama: Oh, perdoa, minha filha, (2.• anno) . . . • • . 10$ooo Este jornalzlnho, q u e
. perdoa ao teu pae que te enganou e P.e Joao Soares • . • • . JO$ooo vae &end~ tao querida e
te mentiu ! P.e Joao Jorge Bettencourt. 10$ooo proaurado, · é distrlbulda
Ccgou-me o odio, mas vence agora P.e José Augusto Rosario gratuitamente em Fatima
o amor . . • Ah sim, creiobcreiot mi- Dìas • . . . . .· -' . • 20$000 nos di•• 13 de oada mè•.
nha lzabel, <3ue ha um cus 1uato, D. Virginia Lopes . • • • 10$000 Quem qulzer ter o di•
que ':aes entrar na eternidade, que Ma1rn el Vcnancio d'Oliveira toSooo relto de o r.eoeber dire-
vaes 1untar-t<: a tua mae que vive no D. Emilia Guimaraes ( 2.0 cta mente pelo a or re i a,
Ceu .. . anno~ . . . • • . • • 10$000 tera de envlar, adeanta-
Ah! fui um louco ... As falas es- Perccntagem em estampas, damente, o minimo de
trangularam-se-lhe, e o silencio mjs- etc. (D. E. Guimaraes). • 10$000 dez mii réis.

\
Ano Il LEIRIA. 18 de Setembro de 1024

(COM .A.PROVA..ç.A.O EOLESIASTXOA) ,


Dtreo~or, Proprietario e EcU-tor A.dml:.iililn-a.dori, PADRE M. PEREIRA OA SJLV~
RJi:DAcç!O E A.DMlNISTRAç.AO
DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS
3-c/A X). N'UNO .ALV.:A.:e.ES :PEREJ:BA.
Compo~to e impressò na Jmprensa Comer,cial, 4 Sé - (BEATO l'(tmO J>IC U NTA ~IIU) • •
:) J I
fro, a todo o comprido, na diJecç~o

13 de Ago_s~o J
da fonte maravilbosa, corre uma g&-
lerla, aberta pelos strvi.t(l,s na mo\e
immensa de povo, por onde, de quan-
do tm quando, um ijacerdote. reves-
Uma vez mais., no enthusiasmo ~r- Udo de sobtepeliz e estol,t, admiois-
dente da sua fé viva e no fervot in- tra a Sagrada Communhao, e da qual
tenso da sua devoçlio acrisolada, o se appro.ximam em ondeJ compactts
povo portugues, em piedosa roma.. e succeslvas e constantemeote ,eno-
gem, commemorou so lenemente, na vadas, centenas e cinJenas dp fieis
Cova da lria, entre os alcantis da ser- prévlamente preparados nas suas ter-
ra d"Ayce, os successos maravilhosos ras pela confissao dos seuij peccados
de 1917. Oezenas de milhares de pes- para essa unilo intima com o Deus
sOas, procedentes de diversos pon- trez vezes santo, delicia das almas
tos do paiz, sobretudo da Extre\l)adu- puras no sacramento do seu amor.
ra, congregaram-se durante algumas Succedem- se as ~issaa umas b
boras na Cov4 da Irta para render outras, ininterruptsmentet e a devo-
o pn~lto do seu amor fllial a Rainba çao dos crentes, erQ vez ae afrouxar,
do ~eu e da térra, que, segundo a redobra de intensldade, a medida
voz f1dedlgna de tres inocentès çre- que se approx1ma o mèio dia solar,
_anças, alll se dlinou appare~er para a bora do contacto mystltQ entre a
derramar il flux sobre nl$~ 'as suas terra e o Ceu, a bora solenrne daa
graças e bençlos de magl}anima Pa- appariçOes e dos phenomenos mys-
d1a~lta da naçao. terlosos. ,
A's nove horas j4 uma multid!o Ooentes de toda a especie de doen-
enorme se apinhava em torno da ca- ças che~m a cida mQtnento junto
pélla commemorativa das apparlçOes. da capélla. Os que se ençoJlJ ram etn
Todos os peregrinos porftavam em estado mais grave sao Immediata-
se approx1mar <Ji branc~ estatua de mente introduzidos no recinto fecha-
Nossa Senbora do Rosario que, er- do que clrcunda o altar, ao abngo-
guida SQbre um pedestaJ slngelo, A.:lzlra doa Anjoa, éeboli'lo. do sol e do contado inco~odo ~
.ao Tado esquerçto ~o altar, parecia de PardéJhas (Murtoza), multldio. Paces ~ emaci~das. r0sto8.
envolver num c.arlnhoso olhar mater• que ostando A morte foi curada repentinamente contrahldos pela dòr1- uma longa th~o-
no os lieis prostrados a seus pés e por Nossa- Senhora da Fàtfma rta de tysicos, paralytiços e caacero-
a<;Qlhe( benignamente os ~eqs votos ( Vo; da Fatimt1 de Março ultimo) sos, corpos royrra4us, iiaçu~id.01 por
ardentes e as suas fervorosas home- convuls~es incessantea, esquelrtoa.
nagens. pessOas que delta fOram testemunhas. quasi inertes e &era vida, eis o eep~
Innumeras pessOas, de todas as Consola ver a correcçaa e còrdura ctaculo emocionante qµe Qaa UDff\e•
cJa~~~ sQclaes, davam tepetJdàs ve- admiraveis com que trata,m os pete- diaç0es do altar ~ depara aos DQ$•
a,
zes a volta de joelhos 4 ca'pe cu.rn-
prindo promessas formuladas em tran-
grinos, ~ caridade e càrJnho lhe~ce-
dlvels cem que asslstem ·aos enfer-
sos olboa e Qlte confrange e eoç~e
'1e profunda m4glla as ahnas eom-
u; lnolvldaveis de soffrirnento e de
11'1 gua, em que, invocando o pode-
mos, a abnegaçao extrema com que,
4 semelbança do Apostolo S. Paulo,
passlvas. -
Os outròs en~rmos ocupam os lo-
roso alJxilio da augusta Mae de Deus, se fazem tudo pàra todos afim de va- gareCJ mais pr<nctmos da capélla den-
fOram attendidos nas suas supplicas., ler à todos. Os j6vens senitas de tro da galerla aberta e guardada pe--
estuantes de confiança e de fé. Torres Novas chegaram a F~tima na los servltas.
Os servos de Nossa Senhora do vespera 4 tarde e passaram a nolte De todos os pontos conttnuam af-
Rosario e os seus auxlltares. obedien• em adQraçao ao Santissimo Sacra- flulndo peregrioos, que nao puderam
tes as ordens de seus chefes numa mento na egreja parocbjal. Termina- chegar mais c~do, merce '1a longa
disciplina tigorosamente militar. fa-- da a sua vela d'armas, airigiram-se distancla a que ficam as suas terras.
zem admlravelmente o serviço de or- de manM cédo para o local das ap- A multidào é cada ve:i mais ~m-
dem regulando com methodo o acéao pariçOes, onde assistiram, ao nasct!r pach1. 1 1 , ! L<1
junto da capélla e da fonte das appa- do sol, a urna missa resada em que S0a o meio~ ia solar:'Começa a
riçòes. A sua accllo, que se tornava receberam o Pao dos Anjos. ultima missa. O cape'llào-director dos
indi!lpensavel num lào grande aggio- Oepois das nove horas recomeça a ' servitas s6be ao p!!tl,pl1o e, depots de
•me1ado humano corno o que aJJi se celebraçao Clas mlssas dos sacerdotes re~ar o Ctédo tm voz alta, j1mtameo-
encontra no aia 13 de cada m@s é previamente lnscriptos. Em frente da te com o puvo i i ,Jicta publicamente
alt~me11te benemerita, merecendo 'os porta da capélfa estende- se um vasto a t ecita çào alterr1ada do terço do
iruus rasgados ericomios àe todas as oceano de cabeças humanas. A0 cell- Rosario.
... I

.(
o
V oz da F._i;ttma

prodlglos operados pela Noua MAe


do Ceu, na f 4tlma, que até 4 data
-
me era desconheclda.
Eu jA era devoto de Nosaa Se-
nhora mas fol nessa bora que mlnbà
alma se encheu de mais calOr, mais
fé, e prlnclplel pot me dlrlgir a Nos-
sa Senhora com mais confiança, por
melo destas palavras: O' mlnha &·
11hora, d minha M6e do <:éo, ']4 qae
Vos dil!nastes aparecer em Edttma,
dltnai· Vo, tambem interceder por
mlm nesta doença, t eu serti curado.
S1 eu rece/Jer de Vds tlJo erande pr<r.
diglo ire/ como peregrino a Fdtima,
quando puder, !!,ara Vos prestar ha-
menagem e agradecer tl!d erande
'bent/icio de Vos rtcebJl/o e Vos da-
rei uma esmola para enerandecimen-
to do vosso culto, ao nztnos ae cem
escudos ou conforme eu puder. Fui
atendiao desde essa hora.
Os sofrimentos fOram desapare-
cendo, e hoje encontro-me curado.
Até essa data eu nao comia, tudo
me fazia..JUal, até o proprio lelte e a
agua de galinha. Hoje os meua so-
frimentos eslAo completamente desa-
parecidos, spesar de dlzerem todos
oa médicos que me tratavam, ter eu
urna tisica lntestlnal. Estive em mar-
ço de 1923 no Sanatorio em Vizeu,
estive 14 em Agosto e em Setembro
do mesmo anno fui para Caldelas
tornar banhos e aguas de que pouco
aproveitel.
NAo tlnha recorrldo devéras ao
verdadelro médlco que é Nossa Se-
nhora. 56 por Eia obtive a minha
cura. Em breve tenciono mandar
toOSOO escudos para Nossa Se-
nhora da FAtima e na primelra oca-
silo que possa a( lrei como peregri-
no agradecer tilo grande graça.
Fica eata mlnha carta ao dispor de
V. s.• e far4 della o uso que enten-
der.

t
Quinta do Souto, Cavernles (~lzeu).
Ex.•• e Rev.mo Sr.
Tendo-me e~vlado um amigo de
Vizeu, u01 exemplar da uVoz da f.4-
tima,, n1111a altura em que eu me
encontrava gruea1ente doente e con-
fortad0 co1111 os ultimos Sacramentos,
eom urna infacçlo nos lntestinos, es-
ft>n1ag• e fitade, de que sofri desde
4 de Março de 1123 até fins d'abrll
.,o preximo passa~o, li a , Voz da
F.itima. e fi~uei 1eacantaao com tais
~arte doènte com gua e terra de
F4tlma. O que é certo, é que no dia
marcado para a operaçlo, estando
promptos e preparados os instrumen-
tos clrurglcos em sua propria casa,
e tendo-se previamente disposto com
a ConfissAo e ComunhAo, os médl-
cos declararam que nllo era precisa
a operaçao.
Esté completamente curada e cum-
priu a sua promessa no dia 13 de
Agosto, Indo n'uma, peregrlnaçao da
Murtosa, (75 pessOas) a Nossa Se-
nhora da Fétlma agradecer-lhe aquele
beneficio que s6 a Eia atrlbue.
Mariana Saldlda, de 85 annos, da
Murtoza "(Pardelhas), que' estando
multo doente e tendo recebldo até
os ultimos Sacramentos, oferecendo
urna novena e· bebendo agua da FA-
tima, com aamlraç!o de todos, le-
vantou-se nò ala seguinte. ~
a
Veio em Agosto Fatima, dando
éem mii réls ·para o culto de Nossa
Senhora. . .
Antonio laiz da <!.oncelçi'lo, rua
do Loureìro, 50, .Colmbra, posto que
continue doente, envia a.quantia de
10:000 réis por urna graça que Nos..
sa Senhora do Rosatio da Fétima
lhe concedeu.

Arceolina de Louriles, de 7 annos


de ·tdade, filha de 1osé Marta Neno
e de Clarisse Emilia Carrada, da Mur-
toza, tinha duas pequenas ulceras
nos olhos e nAo consentia que se lhe
11plicl!sse remedio algum, apesar de
todos os esforços empregados.
A mae afllctlsaima, temendo que a .
Resa.lo o ,terço Antonieta Leyd,- appro-
sua filhinha ficasae cega, recorreu a ~ima-se della e, Jominaùa pela 1deia de que
Nossa Senbora aa fjtima, e prome- era Elisa Làtapie que apr,arecia1 apresenta
'1eu-lhe, se Eia lhe valesSé, de l! ir li creança o plipel e a penna que lcvou con-
s11:0, dizendo-lhe: • I
om sua - filha beija,-lhe as mllos e - Prcgunta a Senbora se tem 1l~umà
dar-lhe a es1nola de 10:000 réls. Cò- cousa a communicar nos e, no cuo affirm11-
meçou entao a lavar-I be os olhos tivo, pede-lhe o favor de o escrever. ~
com agu11 de Fatima, e passados 3 Bernadette l~vonta-~e, dli alguns" passo~
em direcçiio ao rocheilo e;'"sentinUo -que as
dlas estava completamente curada. 1.luas senhoras o segueill, fu -lhe signtl, sera
Mae e filha incorporaram-se na pe· se voltar, para que 1e deixem ficar atru.
regrinaçao da Murtoza no <fia 13 de P.roiimo iJa aarç11, ergue-ac nos b1cos dos
Agosto, indo pagar a Nossa Senho- ~s e apresento a Senhora o papel e a pen-
na. Ella espèra, aa attituJo duma pessaa
ra da f'Atima'"B sua dtvida de grati• que escuta com atençao, dc olbos fitos na
410. sarça e na abertura oglval e com os braçoa
sempre elevado.s; de repente abaix.a-01, fu
uma sauc.l11çlio profunda' e torna para o seu
luf!ar, tendo na mlio o papel em que nada
foa escripto. •
Antonieta appreximo-ae rilgiùamcnte dol-
io e pregunta-lhe: .
- Que foi que te respondeu a Scnhora ?
- Quoodo lhc aprc~entei o papel e a
tinta poz-se a sornr, dcJ)oi,, sem mostrar
dcsa11rado, respondeu: •O quc tcnho • di-
ier-lhe nao é preciso que eu o escreva .•
Pareceu rdlectir 11m instante e occres-
centou: «Quere tcr a bondode de vir aqui
durante quinze dies ?
- Que reAponJtstc tll ? ·
- Reapondi que s11n.
- Mas porque ~ que a Senhora quer
tiUt tu nnbas '?
10:000

. 10:000

10:0()0

10:oM

10:000

Abrigo. para os doentes 10:000


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~o:ooo
. peregr.inos da Fatima 10:000
10:000 ·

l0!000
T1ansporte. • • • • • 220:000 • 10:000
O~ Bernardina Amelia da 10:000
5:000
Stiva ..........••• 20:000
D: Luiza de Jesus Costa •• 10:000 10:000
[òurenço da Cunha .•••• 10:000 10:000
A. S. • • , ••.••.• • • • • 20:000 10:000

Soma . •••.•••• 280:000 37:45o

28:000
10:000 ·
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10:000
10:000

tas .•••••• • • • • • • • . • I 2:00Q


10:000 •
D. Candida Rocha Afonso. • 10:000
D. Teresa de Jesus Raposo "'' ·
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20:000

2.•anno • • . • • • • • • • • 20:000
D. Maria Pereira Dias Nunei 10:000
Ano IJI

(COM APROVAçÀO ECLESIASTICA)


Dlreo'tor, Proprle1:arlo e Edl-tor AdmlnlJltrndor: PADRE M. PEREJRA DA SII.VA
DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS REDACçAo E AI>MtNJSTRAç.fo
:RU'.A D. N'UNO .ALV.A:RES PE:RE:t::RA.
Composto e impresso na lmprensa Comercial, 4 Sé - Leiria (BEATO NUNO nii: UNTA MAR~A)

mas, crentes e enthusiastas, ponto de rio, vulgarmente conhecidos pela


13 de Setembro Q o C>
convergencla de tantos coraçOes es-
tuantes de piedade. Eram dez horas
quando chegAmos ao locai das appa-
slngela e laconica denominac;ào de
•Senitas>, todos os membros desta
benemerita associaçilo de caridade e
ric;Oes. Uma multidào de muitos ml- os seus auxillares se approximam de-
oucos minutos passavam lhares de pessOas rodeia a capélla e votamente da m~sa eucharistlca.
das cinco horas da ma- esprala-se pelas proximidades. Ao meio-dia solar principia 3 ulti-
.......,,.""::P~ nh3 quando occupéimos A cada instante affiuem novos pe- ma, a missa dos enferm<,ti. lmmedia-
o nosso logar no carro regrlrios, mas nunca o numero delles tamente antes e corno preparaçlo pa-
que nos conduziu a fa: eguala o dos mezes de Junho e Ju- ra ella, a assistencia canta em cOro
tlma pela estrada lngre- lho anteriores. • unisono o mageatoso Credo de Lbur-
me e pedregosa da Serra Cerca das onze horas cbega em des.
d'Ayre. Confortavelmen- «camions> um numeroso grupo de E' indescriptivel o tffeito desse
te installados em casa de peregrinos de Peniche. Organisados grlto de fé proferido por milhares de
urna familia das nossas re- em cort~jo sob a direcçlio do respe- bOccas repercutido de quebrada em
la(Oes, que fidalgamen- ·~-ffi~iiii~iij~ijjj~~~~n::;;:;~~~~-:-~-:~ quebrada, proclamando
te nos acolhera no seu f'
aeio desde a vespera a
75 r ·- aos quatro Ciintos de
Portugal a crença viva
tarde, numa das aldelas e indomavel de um po-
mais formosas e pitores- vo de beroes, generoso
cas da uberrima regrno e bom. Durante a mlssa
banhada pelas aguas re- rezou-se o terc;o do Ro-
mansosas e limpidas do sario. No inte,valo das
Almonda, alli aguardéi- rezas etn commum o sl-
mos com a mais viva an- · lencio é apenas lnter-
ciedade a hora marcada rompido pelo murmurio
para a partida. cadenciado das nréces
Quando nos ld\ranté- e pelos suspiros abàfa-
mos e nos dirigimos pa- dos das almas atdbula-
ra a porta-do j ardim, é das e dos coraçòes com-
espera do carro, fazia um punRidos.
luar esplendido. A noi- No fim da missa, ex-
te, serena e tranquilla, pòe-se a Hostia Sacro-
wnvldava a passeìar. santa numa rlquisslma
Nào soprava a mais le- custodia, dand -se logo
ve aragem. Ao longe de- em segulda a bençào
aenhavam-se nitida.men- particular a cada um
te os perfis das arvores Capelinha e.la Covo e.la Iris, c6m seu alpendre em volt11, vista do lado sul dos enfermos presentes.
na encosta da montanha Asslste-ae entAo a um
quasi talhada a pique. Nem urna s6 clivo parocho e preèedidos dum rlco espectaculo sobremaneira emocio-
nuvem embaciava o azul diaphano e\ vistoso estandarte, dirlgem-se len- nante, nao menos emoclonante que
do firmamento. tamente para junto da capélla, en- o da esplanaaa do Rosario, em Lour-
A lua, triste e melancholica, desii- toando canticos em honra da Vir- des, durante a procissAo da tarde.
sava placidamente nas alturas, en- gem. Chegam depois as peregrina- Nos rOstos de todos, peregrinos e
volvendo no seu manto alvissimo o çòes de Oaviao e do Douro. Os gru- doentes, transluz a fé ardentissima
vulto gigantesco da serra e as aldelas pos coraes destas peregrlnaçOes reu- na presença real de Jésus no Sacra-
alcandoradas nas suas faldas e mer- nem-se e cantam o «Bemdito• e ou- mento da Eucharisti'a. Os enfermos
gulhadas num somno profundo e re- tros canlicos populares, emquanto se estendem as mAos supplicantes para
parador. celebram aa mlssas e se distribue a a Hostia de Amor num appello mu~o
Que momentos dellciosos, embora Sagrada Communh~o. Milhares de mas altamente eloquente e signlfica-
fugazes, se gosam nestas madruga- fieis, · prévlamente confessados nas ·uvo que cc1mmove os cora<.Oes mais
aas tepidas do Outomno, em que tu- , suas terras, recebem em seus peitos duros. Nft.o ha olhos que nao esttJam
do na Natureza estimula ao recolhi- o Pào dos Anjos que as vezes é mi~ marejad os de lagrimas. Ao ha tao os
me.nto e a meditaçflo, elevando-nos nistrado simultaneamente por dois que nào pronunciem palavras de es-
novamente até aos pés de Deus, seu . sacerdotes reveslidos de sobrepeliz perança t clamores de miseri cordia.
Auctor. a
e est6la, graças é!Hluencia extraor- Nào ha cmaçues QUe nào pulst m de
Mas ja vamos a camlnho de F~ti- dlnaria de·commungsntes. am or e 11ao vi brem de contriçYi n. I o-
' ma, a terra do mysterio e do prodi· A' primeira missa, a missa dos dos choram numa commoçao innn n-
glo, centro de attracçno de tantas al- Servos de Nossa Senhora do Rosa- sa, unica, verdadeiramente assom-


V oz de. Fii;tbne.
brosa, confundindo as suas lagrimas
no mesmo terreno sagrado dos e
enfermos, homens e senhoras, arlsto-
Hs curas da f atlma Ja depois de estar aqui em Caldas
tive urna carta de um médico que
me tratav4 la no Alemtejo, em que
cratas da mais nobre estirpe e humil- Caldas da Rainha, 26/9/ 1924 me dizia que ja nào tinha coragem
des fìlhos do povo. de me receitar, pelo menos sem me
Abençoados os doentes, canta-se
Ex.mo e Rev.mo Senhor. tornar 'a ver, e nem mesmo se atre-
o Tantum ergo e dt-se a beoç!o ge- N~o quero nem devo demorar- me via a dizer-me que repetisse a re-
ral a toda a multldào. Por fim s6be mais em lhe escrever para lhe dar celta e todos os outros médicos pen-
ao pulpito o Rev. Dr. Ferreira àa Sil- urna noticia com que vai ficar savam que eu nào melhoraria.
va, professor do Seminario do Porto, satisfeito, que eu por mim estou Chegou emfim o dia 13 que por
a quem a commoç!o embarga a vof, o mais reconheclda que possa ser mim era tiio desejado. la confessa-
impedlndo-o quasi de fallar. As suas para com Deus e a Virgem Nossa da dt vespera e cheguei a FAtima
palavras regadas pelas la~rimas, en- Senhora. Eu tinha urna doença no mesmo na ocasiào em que estavam
trecortadas pelos soluços, sao phra- estomago desde o dia 14 de novem- a dar a Sagrada Comunhào. Comun-
ses soltas, mas vibrantes de fé e en- bro de 1922, isto é, ha 22 meses. guei logo mas nAo quiz de ali sair.
thusiasmo, que vào direitas ao cora- Mostrei-me a 4 médlcos, o que nao Ninguem me fez corner nada até as
ç!o dos ouvintes, communicando- deu resultado nenhum. 2 horas da tarde. Estive quasi' des-
lhes a ,emoçào profunda que tradu- Tinha dias que passava melhor maiada, creio que da fraqueza e do
zem. com certos remédios mas o estoma- cal~r. A minha mae pediu urna pin-
Findo o sermào, a asslstencia co- go habituava- se e nào me fazlam na- ga de agua para mim, e logo urna
meça a debandar. Duas horas depois, da. Tinha dias inteiros em que me alma carldosa trouxe urna garrafa
na Cova da lria, s6 se viam alguns niio parava nada no estomago, nem com agua da Fat:ma. Bebl e reani-
raros devotos, rezandu piedosamente remédios nem os alimentos, o que mel-me um pouco e ja tive força pa-
as suas oraçoes, na dOce paz tran- dava orlgem a que a fraqueza fOsse ra la estar até as 3 horas. Assisti a
quilla que se respira naquella man- dobrada. Se tinha melhoras um dia bençao dos enfermos antes de aba-
sfo bemdita que é a delicia das al- no outro punha-me logo peior. lac da Fatima, e estava tào satisfeita
mas crentes e o conforto dos cora- No dia 18 de janeiro puz-me p~ior corno se tivesse cornido,
çOes contritos e atrlbulantes. e recolhi a cama onde me demorei Vim para o carro e no camlnho
V. deM. 12 dias. De entào para ca nunca minha màe começou a dlzer- me que
mais se passou um s6 dia que eu comesse. Levava bolacha de agua e
nào vomitasse. sai, que era o que me servfa de pio,
AVISO I
Em dia de S. Jofé tornei a ir para
a cama gravemente doente. A minha
mas eu nesse dia nào tlve vontade
de as corner e experlmentei corner
No Intuito de prevenir posslveis mana Mariana de Mira, vendo-me · um bocadinho de pào. Nao ihlagina
rei/aros de pessOas alias bem inten- tào perlg'osa rogou a Nossa Senho· a minha alegria quando vi que o co-
cionadas, julgamos conveniente re- ra do Rosario da Fatima que se fòs- mia corno se nào fOsse nadp comigo
produzir a nota com que fechava o se sentida de eu nào morrer nessa e tive vontade de corner queijo, o
artigo de fundo do primeiro numero doença viria um dia é F.\tima. que nunca tinha comido, e com gran-
deste. jornal, deviùo a penna do nos- No dia seguinte puz me melhor e de admiraçilo de todas as pessOas
so colaborador V. de M. ao fim de 7 dias levantei -me, come- que vinham comigo. Julguei que
E' do teOr seguinte: cei a andar de pé mas vomitava mais ia vomitar, mas nào fol assim. Co-
cCumpre-me advertir os meus be- do que nunca e até pào deixel de m~cei depois a fazer da seguinte ma-
névotos e presaaos ltitores, e Jaço-o comer. Nem agua, nem comida, nem neira: acabando de corner bebia um
ho/e de uma vez por todas, de que alimentos nenhuns podia tornar. Em golo de agua da Fatima e ia para o
submeto inteiramente ab jaizo da 28 de julho vim para Caldas onde quarto retar um terç<.l. Nessa altura
Santa Eerf}a, como l indeclillavel a minha mJe vinha a banhos. prometi aVirgem Nossa Senhora do
dever de um catholico, todos os ar- EtJ la tomal-os a S. Martinho do Rosario da Fatima que, se deixasse
tigos que pubticar neste mensario, e Porto com a esperança de que me- de vomitar, tornaria a lr a Fatima
de um modo especial tudo quaflto lhorasse com a mudança de ares. agradecer- lhe •antes de ir para o
se re/trlr ds appariçots e curas de A senhora, dona da casa em que Alemtejo. Contìnuei a rezar e a be-
Fptima, cujo caracter sobrenatural, estou, de nome D. Engracia de As- ber a agua 3 vezes ao dia, durante
se por ventura o teem, so ao magis• sunçao, comoveu-se de me ver so- 9 dias. Desapareceu a impress~o que
tério eccleslasticr, assiste a11ctorida- frer tanto e disse-me urn dia que sa- tinha no estomago desde o dia 13.
de e competencia para apreciar e re- bendo que eu era religiosa me dava Nuoca mais Uve um v6mito e até
conl1ecer. • de conselho que fosse a Nossa Se- me desconheço a mim mesma.
Escusado é dizer que todos os nhora da Fatima, pois tinha esperan- Eu que havla 22 mezes nuoca
redactores e collaboradores deste ça que, se la fosse, melhoraria. En- mais tinha tido apetite até agora, a
jornal perfilham inteiramente a dou- tre a duvida e a esperança eu niio Virgem Santissima ouviu os m~us
trina contlda nesta nota, protestan- sabi11 o que devia escolher. Tlnha r6gos e fez vec a todas as pessoas
,do do mesmo modo o seu absoluto multa vontade de ir e ao mesmo qué tinha poder para me pOr melhor
e incondlclonal acatamento a todas tempo multo receio de me pOr a ca- do que eu era quando me julgava
as lnstrucçOes e determinaçòes da minho de Caldas da Ralnha a Fati- com sauje. ·
autoridade eclesiastica. ma, que ainda é longe. Depois velo Pellzmente desde que la
fui nuo-
A Direcçl!o urna senhora chamada D. Virginia ca mais tive sequer urna leve indis-
de Nazaré Lopes e ofereceu, me Jns posiçAo de estomago. Nada me tem
exemplares da e Voz da Fatima• pa- felto mal, graças a Deus e, se Elle
O mez do Santo Rosario ra eu l@r e ver que nao era a pri- quizer e a Vlrgem No~sa Senhora,
Nao se esqueçam os leitores de meira pessOa que I.i la doente e que no dia 13 de Outubro lé irei outra
que o mez de Oulubro é dedicado a nAo voltavam pelores. Comecel pois . vez visto que tenciono abalar para
Nossa Senhora do Rosario. Para ver- a lér com multo interesse e acabei a mlnha terra no dia 15.
mos quanto esta devoçlio é agrada- por me convencer de todo a ir.
vel a Nossa Senhora, basta lembrar- Pedi ao meu tio e padrinho lgna- Leontina Maria /osi de Mira
mo- nos que apareceu em Lourdes clo Luiz de Mira, com quem tenho de 21 annos de idac.le, de Pavia do Alemtejo
trazendo um terço e a urna creança sido criada, e a minha m~e (Maria
que o resava. O mesmo aconteceu José de Mira) que estavam aqul co- Maria Pedrosa, de 57 annos, resi-
em Fàtimal aparecendo no mez do migo, que me levassem a Fatima, fa- dente em Leiria na rua D. Nuno Al-
Santo Rosfrio e dizeodo que era N. zendo-lhes compreender que de nos• vares Pereira, sofrendo havia muitos
Senhora do Rosario. 1a casa ainda nos ficava multo mais annos dos intestinos que nAo lhe per-
Tenhamos, pois, todos multo a pel- longe. mitlam alimentar-se, num momento
to esta devoç:to e procuremos ser-lhe O meu padrinho e a minha mae, de maior aflicçAo, nos prlnclplos de
muito fleis, acomodando ao mesmo com o desejo de me verem melhor, Junho de 1923, na perspectiva de nào
tempo o nosso proceder (ìsto é in- cederam logo ao meu pedido, e la poder tratar da sua vida, tendo obti-
dispensavel) é Santa Lei de Deus. fornos no dia 13 de Setembro. , do umas gOtas de agua da Fatima fi-
I


- cou repentinamente curada do s6
do estomago corno das pernas que Abrigo para os doentes Notas e impressoes
tlnha excessivamente inchadas.
Obtendo a agua ajoelhou deante
' peregrinos da Fatima O ph~nomeno solar
dum quadro de N. Senhora de Lour- Duma carta dum amigo nosso, re-
de~ resando fervorosamente a oraçAo Transporte••• • • • 280:000 centemente recebida, extractamos as
de S. Bernardo e tres A vé-Marlas, o Jeronymo Sampaio • • ••• 40:000 seguintes linhas: .
que de resto ja fazia todos os dias. D. Josefa Carolina de Ma- cEstes phenomenos solares que se
tos Chaves • ·•••• : • • • 10:000 renovam com tanta frequencia, de-
Francisco Esteves da Cruz, de vlam ser bem estudados (visto que
17 annos, filho de Antonio Esteves Soma••••••••• 330:000 Nossa Senhora misericordiosamente
e de Maria Casimira, de Antas, fre-
os repeté), por urna comissao de
guezia da Azueira, concelho de Ma-
competentes. Sera talvez caso unico
fra, adoeceu gravemente no dia 6 de
Março de 1924 com um grande ata-
Venda de objectos na vida da Egreja e parece nao terem
expllcaçi1o natural.>
que de gripe, passando a urna pneu-
monia, tendo tido inumeras visitas Mai• uma vez aviaamo• Calumnias e mentiraa
do médico. . oa peregrino• que é ri- De duas cartas endereçadas ao di-
Nao obstante, ia peiorando tendo goro•amente prohibido, rector da ,Voz da Fatima» por um
de sof rer urna punçao do la do es- eeja a quem f6r, vender portugues ilfustre que reslde actual-
querdo para lhe ser extraido liquido. quaosquer objectos den- mente na Belgica, trancrevemos as
A màe pediu a Nossa Senhora da
Fatima a cura de seu filho, promet- tro do• muro• da Co•• da seguintes passagens:
lrla, eque o Santuario na- Da primeira carta :
tendo publicar a graça e ir a Fatima , Escrev-em-nos de Portugai s0bre
no mes de malo. da tem que ver com •• os acontecimentos de Fatima e pe-
No dia 11 de maio ultimo teve a venda• de todo e qualquer dem-nos dados para rebater estas
11ltlma vizita do médico, sofrendo objecto. affirmaç0es:
nesse dia tres punçoes, nas costas e 1.0 - As creanças tinham sido ln-
no peito, deitando multo pus. Fazemoa este avi•o por-
que aabemoa que variaa dustriadas antes.
O médico mandou-o para o hos- 2.0 - Com temor de que ellas vies-
pltal, mas elle estava tao mal que se peseoa• nao teem oum- sem a descobrir tudo, fizeram-nas
encheu a casa de gente, e fodos a prido eeta ordem, e ou- desapparecer do numero dos vivos
urna diziam que morreria no caminho.
Quando o médico saiu, chegou a
tras teem eido explor•- dentro de seis mezes depois das ap-
dea na compra de obje- parlç0es.
primeira porçao de agua da Fatima,
e a màe deixando sair primeiro o ctoa, peneando errada~ 3. 0 - A agua dizem que é da chu-
va, represada, malsa, e que se leva
povo, veio para junto do doente, mente que o exceaso do dinheiro pt>r ella e pelos banhos.
deu-lhe t!a agua, e que rezasse urna seu valor seja a favor daa Eu recebo a • Voz da Fatima,, mas
Avé Maria a Nossa Senhora, a obras. s6 do numero onze para ca; e nelles
quem pediu conf6rme sabia, que o
nAo encontro elementos necessarlos
melhorassse.
para responder cabalmente. Recorro
Depois de beber a agua perguntou
se a agua eri santa porque sentiu al- Aos Rev. s Sacerdotes
0
portanto é1 bondade de V., de quem
fico aguardando dados positivos com
guma coisa de novo. No fim de dois que habilitar o meu consulente a urna
.dias ja nao havia signaes da doença Novamente avtsamos os lhv. 01 Sa- resposta des:isiva.n
e hoje encontra-se de perfeita saude cerdotes que teem de se inscrev,r pre- Da segunda carta:
e vem agradecer a' Nossa Senhora viamente, caso queiram celeb,ar a San- «Multo obrigado .pela sua attenta
da Fatima. e formosa carta de cinco do corrente.
ta Missa na Cova da Irta, dtrigindo-se
ao .Rev. Dr. Manuel Marques dos Sa.n- Acabo agora mesmo de responder as
Hgua da f atima tos, Seminario de Leiria.
objecçòes apresentadas e espero que
algum bem se fara. Se acaso appare-
cerem novas duvidas, recorrerei de
As pessoas que desejarem ob- a
novo sua carldosa illustraçffo. Por
ter agua da Fatima e mesmo ou- agora fico 4 espera do efeito que fa-
tros objectos religiosos; podem zem as suas palavras, algumas das
dirigir-st a ]osé d' Almeida lo- Neste mez ha adoraçao nocturna quaes transcrevi a lettra e que certa-
pes, residente em Fatima (Vi/a do dia 12 pa'fa 13, na Igreja Paro- mente Mo-de Impressionar os anlmos
chlal da Fatima, terminando pela dos leitores.
Nova d'Ourem) eque é pess~a
da con{iança do Rev. Paroco e Missa cantada e bençilo ao nascer Reelgnaqfto ohriatA
da Comissllo. do sol. Urna senhora do Porto, tao notavet
pela sua Jinhagem corno pelos seus
acrisolados sentimentos de piedade,
· 0s Ceus contam a gloria de Peregrinos de Lourdes que se dignou honrar o numero de
Junho da • Voz da Fatima, com um
Deus Entraram em Lourdes, em 1923,
formosissimo artigo da sua auctorla
O sol é bem 310:301 vezes maior 201 :820 peregrlnos em combolos de
subordlnado a epigraphe e Impres-
s0es duma peregrina» escreve o que
que a terra. Anda por 200 milhòes o peregrinaç0es francezas e 46:020 em se segue a respelto do seu estado de
numero de estrelas que p6dem ser comboios de peregrinaç0Q estran-
sa ude e das dlsposiç0es do seu espi-
vistas quer a olho mi quer com o gelras, nAo sendo compreendidos rito :
aux\lio de telesc6pio. nesta cifra global os peregrlnos Jso- e Nossa Senhora de Fatima curou-
Sabendo-se que a luz percorre Jados, dos quals o numero foi por-
me da neurasthenia, mas continuo
300:000 kilometros em um segundo, ventura superior aquele.
sendo urna doeRte do corpo. Contu-
a estrela mais visinha chamada Si~io O numero de doentes, que passou do a alma esta tAo chela de alegrla
esta distante de n6s oito annos é de 9:000 em 1922, sublu em 1923 a
ceiestlal, que nao me entristeceria a
meio de luz !sto é, 542:803 vezes a 13:000. Para os receber foi necessa- ideia de me saber presa a cama por
dlstancia da terra ao sol. rio construlr-se mais urna galerla jun- toda a vida.,
A estrela Rig-tl dista de n6s 320 to ao hospital do Asilo, s0bre a mar- I
annos de luz, e a medida que aug- gem esquerda do Gave. Esta galerla ReoordaçGea duma pere- 1

menta a força dos telescopios vAo- compreende duas satas espaçosas e gPina
se descobrindo cada vez mais estre- bem arejadas, contendo 100 leitos Duma carta que temos em nosso
las. cada uma. poder tomamos a liberdade de trans-

crc;ver para aqul algumas passagens -Oh I Deu,, vlnde e11 nono auxl- D. Maria de Jesus Silva • • 10:000
Jnteressantes. llo, vlnde depressa aocorrer-noe ! O. Maria Magdalena de Car-
I
•E' com o coraçao inundado duma -Senhor, aquele a quem amala valho. • . • • • • • • 10:000
consolaçao intima até hoje desconhe- eata doente I Policarpo Manuel dos Santos 10:000
dda que me apresso a communicar- -Senhor, fazal que eu veja I D. Maria Hclena dc Ma-
Jtie as mintias lmpressoes do dia 13 -Senhor, fazel que eu ande I galhacs Carneiro Zagallo
de Setembro ultimo. Fomos 'a Fatima -Senhor, fazal que eu ouça I llharco. • • • . • • • • 10:000
et1, mlnha mae, urna tla minha e · -Màe do Salvador, rogae por noa I D. Maria Paula Franco Car-
mais cinco pessòas da nossa familia; -Seude dos enfermos, rogae por doso . • • • • . • • • 10:000
.com os estranhos, eramos ao todo nos I Julio Cortez Pinto . . • • 10:000
vfnte pessOas. -Bemdlta seja a Santtt e tmacu- D. Amèlia Fiuza.. . . • • 10:000
Um «cami6n > que alugAmos levou- lada Concelçào da Bemaventurada Joaquim A. Lcite F~rreira
nos dlrectamente a FAtima ou, para Vlrgem Marra, Màe de Daus I Pinto Bastos. . . . • 10:000
melhor dizer, a Cova da lria. Nuoca -Nosea Senhora do Rosario, rogai Manuel Passos (2. 0 anno) . 10:000
imaginel poder presenciar na minha por n6s ! (3 vezes). Alvaro Correia. . • • • • ro:ooo
vida urna romaria tAo comovente. · -Mlnha Mae Sant111lma, tende Joao Ribc:iro. • • • . • • 10:000
N!o sei des·crever a impressao que pledade da noa ! (3 vezes). · Raul Monteiro • • . • • • 10:000
senti ao ver: tantas e tantas almas -NoHa Senhora do Rosaria, dal· D. OHnda (Casal Velho)••• 10:000
que de tao longe veem .para venerar noa aaude por amor e para glòrla da Manuel Libanio da Silva . : 10:000
a Santlssitl)a Vlrgem no sltio onde Santissima Trlndade t (3 vezes). Augusto Garcia Patusco.•• 10:000
ella se dlgnou apparecer. J\podera· se .. Noaaa Senhora do Rosario, con- D. Maria Assumpçao Duar-
de n6s o desejo de permanecer alli vertei oa pecadoraa I (3 vezes). te • • • • • • • • • • 10:000
or multo tempo. Como se reza bem -Saude doa enfermoa, rogae por D. Idalina Rodriguts Pouza-
unto da capella ! Parece ' até que o nò1 I (3 vezes). . da • . • • • • • • • •
f:
ogar nao nos convida a outra cousa.
Consegui obter um logar no recinto
-Soc6rro doa doentea, rogae por
nòs I (3 veies).
D. Maria da Rocha Cabrera
D. Anna Rosa Pires Morei-
25:000·
10:000

destlnado aos doentes, p.9is rillo po- -0' Maria, conceblda aem pecado, ra • • • . • • • • • • 10:000
<lla delxar mlnha m!e s6sinha e tam- rogae por n61 que recorremo, a Vòs I p,e José Antonio de Campos
bem porque desejavamos •recèber a (3 vezes). . . ( (2.0 anno) • • • • • • • • 10:000
Sagrada Communhllo. Multos enfer- -Nosaa Senhora do Roaarlo, aal- D. Perpetua Cardoso Nor-
mos alll se encontravam, procedentes vae-noa e aalvae P~rtugal I berto (2.• anno. • • • • • 10:000 ·
de toda a parte. Ao pé de n6s, del- D. Maria da Conceiçao Nor-
tados em macas, estavam dols doen- NOTA-As jacuJat6rias acima men- berto (2.• anno) • • • • • 10:000
Jes dlgnos de toda a compaido. Per- clona~as sao as unlcas que por or- Antonio Prates Ribeiro Te,
mitta Oeus que elles se curem para dem da autoridade eclesiastlca devem les • • • • • • • . • • • 10:000
gloria de sua Mae Santissima. ser recitadas publlcamente na Cova Fortunato Marques dos San-
No proximo més vae a f'jtlma urna da Jrla e além das lndutgenclas que tos • • • • • • • • • • • 12:500
peregrlnaçllo desta vllla. Prouvéra a lhes estao anexas pela autorldade José Christovao d'Ourem •. 10:000
Deus que n6s tambem IA puttessemos
apostolica, concede o sr. Bispo de O. Natividade de Castclo e
ir nessa occasi~o I Oeade que vlm · Leiria 50 dlas a quem 14 as recitar. Sii va ( 2. • vez) • • . • • 5:000
~ao me tem sahido do pensamento De jornaes (Coruche e Sal-
aquella estancla abençoada. • . -va terra} . • • • • a ..
, V. de M.
Voz: da Fatima Dr. Manuel da Cruz Jtrnior
(2.0 anno) • • • • • • • 10:000 ·
t Deapezaa Amilcar d'Almeida Marquesi 10:000
D. Antonia Madureira Bor-
Préces e canticos collectivos Transporte. • • •
Impressi.io do numero 24
16 591:720
ges de Carvalho Bastos. • 10:000
dos peregrinos durante ( 18:000 exemplares}. •
2 fotogra vuras • • • •
3qo:ooo
05:000
D. Guilher,nina da Cunha
Barbosa • • • . • . •• 10:000
a bencao do Santissimo na Outras dcspezas. • • • 75:000 D. Maria Beatriz da Fonse•
ca Pinheiro • . • • • • ro:ooo
Cova da lria Soma. • • • 17.091 :720 D. Maria Albertina d' Azam-
SubscripçAo buja Tcixeira • • . • • 10:000
-Senhor, noa Vos adoramos r D. Anna Justina de Carva-
-Senhor, noa temo, confiança em
V6s I
(Continuoçiio)
lho e·sa Tcixeira. ·• • 10:000
P.e Edgard Bcnedicto Abreu José Maria C:irneiro Leiio 20:000
-Senhor, noa Vos amamos r Castello Branco. • • , • 10:000 Anonimo (E. da P. M.) • • 20:000
-Hoasanna, Hossanna ao Fllho de D .. Moria do Ceu Pinto de D. Maria l.:.uiza Ribeiro de
David I Abreu e Lima (2. 0 anno). 10:000 .Mello. •1 • • • • • 10:000
-Bemdlto tPJa O que vem 'em no- Julio Gonçalves Ramos (2.0 D. Margarida da Motta Mar•
me do Senhor r anno} • • • • • • • • • 10:000 ques . • . . . • . . • • 10:000
-V61 eols Jeaua Chrtlato, Fllho cle D. Maria da Purilicaçao Go- D. Maria Amelia ,RO!a de
D101 Ylvo r dinho • • • • . . • • • 10:000 Souza ROxo • • • • • • 10:000 •
L.!V61 aola o meu Senhor e o inau Antonio da Costa Melicias D. Brnnca Rosa de Sousa
Déus I • I (2. 0 anno} • • • • • • • 10:000 ROxo •••••••••• 10:000
)J..;.Adoremus in atttr11um Sanctis- D. Felicidade Rosa de Souza 10:000 Esperom a sua vez 2-.5 ~ubscriptores
slmo Sacramtntum. (Cantado). 'Antonio Dias Margarido. • • 10:000
0
-Senhor, cremo, em V61, mia José Rodrigucs Cardoso • • 10:000
augmerìtal ·a no11a fé.
-Vo• 1011 a reaurrelçlo e a vlda I p,e Ab~ Alfes de Pinho ••
P.' Sento da Silva Bravo••
10:000
10:000
VOZ DA F:ATIMJ.
-Salvai· no,, Jeaue, allb parete· D. Berta Osorio Amador •• , 10:000 Eate jornalzinho, q u e ·
'lilOI I D. Maria das Dores Fernan• vae •endo tao querldo e
\
-Senbor, H o qulzerdet, podele des Rendeiro (2.0 anno) •• ro:ooo
· cun;.me r proourado, é dlatribuldo
Manuel José Marqucs.••• 10:000
-Senhor, dizel 16 uma palavra e gratuitamente em Fati••
aerei cur.ado I
-Jeaua, Fllho de Maria, tende ple-
, Joao Lourcnço Bandeira ••
Antonio Gomes do Ceu • •
10:000
10:000 no• di•• 13 de cada m•••
Antonio Farinha Gomes. • 10:000 Quem qulzer ter o di•
dade de mlm I D. Maria da Conceiçao. • • 10:000 reito de o .!"ecebar dire•
... -Jeaus, Fllho de Davfd: tende pie- Miguel Pereira • . • • • • 10:qoo eta mente pelo e or re i o; .
dada de nos I D. Joaquina de Jesus Martins 10:000
,, -Parce Domine, parce popu/o tuo, P.' Mnnuel d'Oliveira Ven- tera de enviar, adeanta-
ne in aeternum frascaris nobls (can- tura. • • • • • . • • 10:000 damente, o minimo ds -
tado). Silvano d' Abreu Cardoso •• 10:000 dez mii réis.
A.no I I I ' I....EI-.:>IA
le', ,
..i 8 d-
"'
Novembro de 1.094

' -

Composto e impresso na Imprensa Comorcial, a S4 - Leiria

condao inexpHcavel de prender no sao a Jesus Sacramen1ado a cura


13 de Outuhro seu encanto seductor as almas mais
puras e mais béllas da terra de San-
ta Maria.
dos seus males, o allivio dos seus
sofrimentos ou ao menos o conforto
e a resignaçao christa para os sup-
\
O concurso intensifica· se de um p"Ortar com merito para a eternidade.
H grande peregrina- modo assombroso oa tarde de Do•
mingo e na segunda- feira de man ha.
O seu numero é grande como
nnnca o foi até hC1je naqotlle logar.
çao nacional As multidoes precipitam•se em on-
das alterosas sObre a cumiada da
Sao talvez maiS- de duzutos, dispos-
tos em longas- e numerosas filas. Al-
serra d'Ayre, onde a celebre Cova guns, os pa~alyticos e squelles cujo
dia 13 de Outubro de da Lria - o loc~I das appariqOes e estado se è011bldera mais grave, es-
1924 é maìs um dia for- dos pbenomeno:htnaravilhosos-pa- tao deitados em macas, con$htuindo
rnosissimo de gloria e rece transforrna1fa oum lago immen- a primeira fila.
':liii.'"-""""-· triumpbo a inscrever em so de cabeças humanas. Os Servltas e os seus auxillares,
lettras de ouro nos fas- Na noHe de Domingo pa.ra segun- serenamente e em sHèncio. prestam
tos a(jmlraveis de Nossa da-feira, corno estava anonciado; rea.. os seus serviços, com um zelo e
Seohora do Rosario de llsou-se na egreja paroçtiial de FA- urna dedicacào inexcediveis, sob as
Fatima. C~nlo e cincoen- tima a commovente cerimonia da ordens dos respectivos chefes. llns
ta mii portugu@ses, tal- adoraçao do Santissimo Sacramento. transportam ou a e o m p a n ha m os
vez cerca de duz.entos O sumptuoso templo, recentemen-~ doentes, ~testando-lhes os pequeoos
mU, segundo calculos de pessOas te reconstruido e ampliado, regorgi• obsequios que a caridade reclama,
compeJente~, accorreram nesse dia tava de fieis, outros recebem os donativos dos
ao locai bemdìto, onde ha sete an- A assistencia comprimia•se a pon- fieis ou distribuem gratuitamente os
nos a augusta Màe de Dcus nào ces- to de nao haver um unico Joiar va• trlnta mii exemplar«s do numero de
sa de derramar profusamente sObre go em nenhuma das tres grandes Outubro da 1.Vo2 da Fatima•, outros
as, almas as suas graças mais esco- naves. A missa solemne reves_ti1,1 i.,m estaclonam junto das tocpeiras da
lhtdas e mais preciosas. esplend6r extra()rdlnario, singular- agua maravilhosa... facilitando incan-
Na vespera, quando ja tantas fa- mente realçado pela numerosa cç>m- savelmente e CQm uR1a paclencla
milias de longe iam a camlnho de munhao geral. em que tòmaram par- inauditi" a sua acquisiçao aos romel-
Fatima, a auctorldade crvll annuo- te cerca de sete mil pessO~s previa- ros, outros finalmente policiam • re.-
ciou, pela impF.ensa e por melo de mèn,te confessadas Qas suas t~mas cinto murado, impedlndo a enlrada
editaes, a prohibiçao da grandiosa na vespera ou na aAte~vespera. de vendedores ambulantt?s, e regu- ,
romagem. Na f6rma do costu-"~, a Por f(\lta de sa~erdotes q1,1e O'l 1am o servlço de ordem nos locaes
probibiçào erh nada dimfnuiu o bri- attend~sem, muitos fieis nao ped~- de grande agglomeraçao de liels-a
lho da lncomparavel man\festaçio ram confessar.se, nem por lsso mes- car,ella das aparlçòes, o altar pr.o-
reli$_1osa, antes contilbuiu em larga mo receber a Sagrada Communhao. visorio e a fonte da agua maravl-
medtda para reaJçar a sua importan- A's nove ltoras. quando se~uia- lhosa.
cia assembrosa e lmprlmir-lbe a no- mos pela _estrada que copduz da As communbé5es ~c,edern-se hùn-
totiedade a que tloha jus, dentro- e egreja parochial ao logar d.as a"j.,pa- terruptsmet1te, distrlbuin.ao-se hlais
fora do paiz. rlç6e5.c, centenas, talvez até milbares de quatro mli vezes a Hoana Sacto-
Muitos dos 4,ue nella tomaram de flels. regressavam jA aos seus l~- santa.
p~.-1e consideravam-na justamente co- res distantes, depois de terem ouvl- Ao melQ-dla officia} começa a u&-:
mo ~ mator maoifestaçlo religiosa do missa e cumprido as suas dev,o- Urna missa, a missa dos enfermo.s.
dos nossos tempos, a par do Con- çOes e promessa.a junto da btanca E' o momet1to mais em()ciouao.w
gresso Eucharlstico Nacio1tal .te Bra- estatua de ~ossa Senhora do Rosa- da grande peregrinaçio. Em keote
ga, oom o qual rivalisou e.m mages- rio. do altar jaz~m os doentes. e aa ts-
tade e esp_lendor sagrado, em ardor A mela encosta, entre a capella planada que os cìrcunda encoatra.. ,
de ié e p1edade e em ooncorrencia commemorativa dos acontecimentos se urna m_ultidao com~acta de cea
de fieis. ma.-avilhosos e o cume dò monte, mi\ pesst>as. O Credo de Oumoat é
Jé no sabado precedente eram i11- ond~ brevemente prlncipìar~ a cons- caF1tado em latlm, corno preparaçto
numeras as pessOas que de 1erras truir se o grandioso templo da Co- para o Sànto Sacrifieto 110 Mìssa.
distantes se dirigiam para Fatima pe- roaçao de Nossa Senhora, ergue-se, Segue-se a recifaçao do terço do
las dif.\erentes estragas que para am elegante e imponente, o altar provi- Rosario. De vez em guando eutòa- ·
convergem. sorh), onde se celebram as miss~s , se um cantico sagrado.
A pé òu a cavali@, em vehiculos da i>eregrinaçao. , ' Pazem-se us lnvocaçoes de Lc,ur-
de toda a especie, os gru.pos de pe- Em frente do altar, num recinto des. O silencio e o recolh1mcntc da
regrloos succediarµ se NllS aos 0u- expressamepte reservado, enconrram- ' 1 1 ltidao, o fervor da sud pietfade
tros, de noite e de dia, a camiuhi, se os doentes c;ue acorreram aos pés acrlsolada, cornmovem e encauta'm.
da estancia mysteriosa que tem o da Virgem a pedir por sua lnterces-: ' Veem-se ragrimas borbulbar em
Voz da Fatima

multos olhos. O espectaculo é su- se o estomago a tal ponto, que che· A m:te, curada, nao faz v6tos un-
blime e profundamente commove- gou a nAo poder apertar o fato. prudentes; promete a Nossa Senho-
dor. Consultado o dr. Teles, de Leiria, ra de ir ali as vezes que puder, de
Vae dar-se a bençao com o San_. declarou logo ~ste ilustre clinico que ir em jejum e de ir ali receber a Sa•
tissimo a cada um dos enfermos. eia tinha urna ferida no estomago, grada Eucharistia e de fazer morti-
Momento unico, scena empolgaote receltou , lhe uns remedios mas 1em ficaç~es·. ' A filha faz v6to de ir ali
e indescriptivel, que ninguem é ca- alivio algum para a doente. Recor- muitas vezes e de nao fatar durante
paz de presenciar de olhos enxutos•. reu e~o ao dr. Plinio, que Jhe a jornada.
Aquelle que visivelmente na Pales- declarou ter no estomago urna forte Que bélas promessas, mormente a
tina passou fazendo o bem e que ferida ou nasclda ja muito adiantada; fllha que aeslm se mortifica a si e
escondldo na Hostia Santa derrama poi- a a regimen de leite e que se condena as demasias das conversas
em Lourdes torren tes de graças e abstivesse por completo de qualquer de muitos e muitas que v~o a Fati•
de bençaos, tambem alli, naquete outra comida ou bebida, e que de- mal /
cantinho arido e escalvado da terra via ser operada. Terminadas as suas acçoes de gra-
do Santissimo Sacramento, espalha Oirigiu· se para Lisb0a a consultar ças, a rniie diz a filha: - vou corner.
consolaç0es allivios e curas, graças urna especialidade médlca. Observa- A filha opòe-se, mas a màe insiste e
de conversiio e de afervoramento da pelos drs. Ròla e Sabino, ambos diz: - vou comer. Que ha-de a mae
pelas almas rendidas a seus pés, em constat~ram a existencia, no estoma- corner? diz a fil ha. Trago, sem tu
d0ees e inefidveis traosportes de go, duma nascida e em estado mui- saberes, uro pào e um qu-eìjn. Co-
confiança e de amor. to adlantado, devendo por i1s0 ser meu tudo com o apetite de 3 mt!zes
Concluem os actos religiosos com operada sem perda de tempo. e nada lhe fez mal. \
o Tantum ergo, a bençao geral e o Radiografada, os ilustres clinicos Ao chegarem a casa, ero fatigaçAo
sermào. S6be ao pulpito o rev. P.e mais se convenceram da urgencia algurna, pergunta ao marido o que
AssumpçAo Rolim e ent0a um hymno "'da operaçao; era urna ulcera maligna. havia para ella corner. - Para ti, na-
entusiastico e sentidissimo, As glo- Por fatta de le2alidade nos docu- da, diz o marido, para a filha tenho
rias de Maria e 4 sua bondade e mi .. mentos a apresentar, teve de voltar batatas com feijào verde. - E' isso
sericordia para comnosco. Entre a a terra com a recomendaçao de se o que vou corner. Corneu e nada lhe
multldào corre veloz a noticia de nào demorar alem de 3 dias, aliaz fez mal.
varias curas extraordinarias. Falla-se nào teria remedio. Trouxe as radio- Tem comido e g6sa de b0a saude,
tambem em phenomenos astronomi- grafias que ainda tem em seu poder. continuando no cumprimento de seus
cos, que numerosos peregrinos affir- Chegada a terra tioha fome e fo. v6tos.
mam ter presenciado de manba. me a valer, fome de 3 rnezes, mas a Conserva com satìsfaçào as duas
Coraeça a debandada, que se faz recommendaçiio de tornar s6 leite radiografias com que mostra a enfer-
lenta e ordeiramente. era expressa e rigorosa. midade de que ia sendo victlrna, e
Cada grupo segue o seu estandar- Procurando mitigar a fome e ilu- a
de b0a vontade pòe disposiçào da
te, rezando o terço ou entoando can- dindo a recomendaçao médica, poz auctoridade eclesiastica, muito de-
ticos em honra da Virgem. ao lume o leite e misturou-lhe al- sejando ver publicado o favor rece--
Momentos depois a Cova da lria guns bagos de arroz e comeu, sen- bido.
estava quasi deserta. lindo em acto con{inuo taes ·d0res no Um filho seu mandou jA prégar
Duzentas mii almas, ali reternpe- estomago, e · tais afrontamentos no um sermào a Nossa Senhora em ac-
radas nas suas crenças e na sua pie- coraçao que julgou morrer ali. Aflita, çao de graças.
dade, I! vao por mii estradas diver- · gritava que se havla matado por suas E' uma familia humilde e honesta
sas, communicar, cheias do mais maos, toda a familia chorava e ora- e todos bern com~ortados, e d'um
santo jubllo, Aquelles que tinham fi- va. Nesta hora de verdadeira atliçAo modo especial a agraciada tem urna
<:ado, as maravilhas assombrosas e invocou Nossa Senhora do Rosario grande fé e confiança em Nossa Se-
emocionantes da Lourdes portugue- da Fatima e pediu a urna vlsinha que nhora, e por sacrificio, rnortifi~açao
za. lhe désse urna pinga de Bi?Ua da Fi- e carldade la anda tratando d urna
tlma, bebeu e encontra ja muitos all- enferma, tendo para isso de fazer
vios. bastante sacrificio.
F6rma entào o proposito de ir no
dia segulnte, 21 tte junho de 1923, i
Fatima, sendo contrarlada pela fa- Outra& ouras
«••• Sr. mllla. A tudo resiste, e no dia se- ,Venho chela de recÒnhecimento,
guiate parte acompanhada de sua gratidAo e amor narrar a cura do
No empenho de ver divulgados os
filha Joaquina, convicta de que na
mlraculo$OS factos succedidos por rneu fllho José Joaquìm (que atribuo
Fatima estava a sua saude. E tAo 4 lntervençao de Nossa Senhora da
intermedio de Nossa Senhora do Ro-
coovlcta estava que partiu munida Fatima), para que o seu conhecimen-
sario da Fatima, venho pedlr a V. dum pao e um queijo para corner
a ~aça de inserir na cVoz da Fati- to contribua para aumentar a devo-
ma• o segulnte facto, que julgo de- no regresso. çAo a Nossa Senhora.
ver ser publicadc, para honra de Chegada a Fatima eocheu-se de Contava cinco m@ses de edade
Deua e de Sua Màe Immaculada. tanta alegrla e confiança por se en- quando fol <\tacado corq toda a vlo-
Maria de Jesus, casada, de 52 an- contrar no sltio onde a Mlle de Deus lèncla pela enterite e acornpanhada da
nos de edade, natural e moradora velo visitar os pecadores e oferecer terrlvel bronttuite que o delxava ex-
no logar de A-do-Barbas, fr~guezia aos enfermos remédio a seus males. tenuado e sufocado depoili do aces-
de Macelra, onde nasceu e reside, Dirige-se apressadamente para as so da tosse. Chamamos para o tratar
a
teve sempre b0a saade até edade aguas miraculosas, joelha e bebe em o abalisado médico de P.enamar.0r,
sr. Dr. Antonio de Almeida Barbas,
de 45 annos, nAo obstante ser duma tanta quantldade qu disse eia, nAo
construçcAo que indica pouca robus- sabla onde cabla tanta agua. Ao pas- que pressuroso correu ao nosso cha-
tez. so que la bebenclo ìa sentindo ali- mamento. f oi inexcedivel na sua de-
eeles 45 annos teve urna grande vios. Ao levantar-se dlz par~ a filha: dlcaçao e a nada se poupou para sal-
doeaça que a obrlgou a deitar sarr- -estou curada, mas quero lavar-me var o rneu querldo doentinho. Balda-
gue pela b0ca. Antes desta edade tambem por f6ra. Ve ali urna pia, dos f0ram todos os seus esforços. A
nunca preclsou de médico. Como manda-a encher de agua, e torna um doença nAo cedia ao tratamento, o
esta doença n!o tìvesse, por ventu- banho. E', talvez, o primeiro que ali mal sgravava-se assustadoramente e
ra, o devido tratamento, e ror Isso se torna, e ao salr d'elle exclama a morte parecla ter tornado conta do
mal curada, aos 46 anos, pouco mais chela de alegrla:- estou curada, es- inocente. Ao nono dia da doença, era
ou menos, começou a sentir fortes tou melhor, estou b0a. Partlu com a um sabado, 13 de Junho de 1923,
ardores ao estomago e afrontamen- filha para junto da capelinha paia perdldas todas as esperanças, ao ver
tos ne coraçllo. • agradecer a Nossa Senhora. o meu filhlnho com slnaes da morte,
Qualquer comlda ou beblda lhe Quem pòdera descrever o que se arrependemo-nos de nào termos fei-
agravava o mal. Assiro continuan passou n'aquelles dois coraç0es, da to encomenda d'urna urna para guar-
sofrendo, nodo crescer e avolumar• mie e da fllha I dar o corpinho mlrrado do noss• fi-

I •
Voz dR Fé.'timn.

lhlnho, no que ja tinbamos pensado promessa, que graças _a Oeus, est4 j4 lavou com agua e terra de PAtltna
noa dlas anteriores. Aproximaram-se cumprida e é o segumte: Dar urna O inchaço fol diminuindo e hoje oao
as duas horas da manhll; a respira- fita de séda do tamanho do meu fl- lbe da incomodo algum.
çllo tornou-se mais diflcultosa o cor- lbo mandar dlzer urna missa no to- - Joaquina Nunes, de 53 anos de
~ioho inteirlçado, tudo lndi~ava o cai das aparlçOes, a qual foi celebrada idade, moradora no lugar do Casa-
fim. Senti neste momento, no melo pelo Sr. P.e Antonio Ferr~ira, de San- linho (Cardigos), estando um dia ae
da minha grande dt>r, brllhar a minha ta Catarina da Serra, e ir de joelhos pé do lume e caindo-lhe para cima
fé e raiar a esperança; levantei os donde pudesse até ao tocai das apa- dum pe um grande madeiro de azi-
olhos para o ceu; a minha alma voou riçOes de Nossa Senhora. nho que ardia, e nao podeodo eia
para Fatima e ajoelhou suplicante tira-lo por ser de grande pèso, teve
Amorelra, 17 de Agosto de 192-t.
aos pés da Virgem Màe ; o meu co- de esperar muito, até que lh'o vles-
raçào angustiado pediu-lhe saude Maria dos Santos d'Almi/da sem tirar.
para o meu filhinho. Tinha agua da Flcou o pé muito maguado, corno
Fatima, agarrei-me a eta corno o nau- Ja ha mais tempo lhe devia ter co- era de esperar, mas tendo-o esfre,ga•
frago a taboa que lhe surge no meio municado aleumas curas de que te- do com agua e terra de Fatima, logo
das vagas entumecidas e na boquita nho conhecimento, das quaes urna no dia seguinte melhorou, e desde
resequlda do meu anjo tanço umas a tenho por verdadelro milagre. entào nuoca mais the tem dado ln-
gOtas da agua milagrosa. O pequeni- E' a cura durn irmào meu, chama- c6modo.
to socega um pouco mas, algum tem- do José da Silva Louro, filho de An- No dia 13 de Setembro eu vi o
po depois, torna a cor rOxa da mor- tonio da Silva Lauro e de Ana de assombrpso fenomeno solar ao nas-
te; lanço-lhe novas gOtas da agua Jesus, naturais e moradores no lugar cer ao rsol. Eu fiquei todo amarelo
bendita, recito cheia de fé o « [em- da pracana da Ribelra, freguezla de e Ca digos, que fica perto, tambem
brai-vos> e anciosa espero o mii agre. Cardigos, concelho de Maçao. o vi amarelo.
O menino desperta, a doença ain- Muito novo ainda, sentiu que Nos• O sol espalha seus raios da cOr
da se prolongou mas, graças a Nos- so Senhor o chamava para a Com- do arco iris e, desde que nasce até
sa Senhora da Fatima, curou-se e panhia de Jesus. Partiu em Agosto urna certa altura, v!· se perfeit11mente
hoje esta urna cteança forte e robus- de 1917 para a Escola Apostolica de que o sol treme e tern ocasiOes em
ta. Prometi publicar este facto e en- S. Martin de Trevejo (Hespanha) on- que se p6de fixar corno quem olba
viar um pequeoo obulo para a cons- de esteve 5 anos, levando Seplpre a para a lua. Nào fere a vista, parece
trucçào da egreja a construlr na Fati- cabo e com bom exito os seus exa- mesmo urna Hostia Consagrada.
ma. Oraças e louvores a Nossa Se- mes, com bom comportamento. Ten- Mas em Maio e Outubro ~ que se
nhora, a quem consagro o meu filhi-
nho.
do concluido 011 5 anos de estudo na observa bem o fen6meno ~olar e 'so
Escola Apostolica, parte para o no- nos dias 13 é que isto se da, nos
Aldeia de Joào Pires -PenamacOr viciado (Oya-Hespanha) em Outu. outros dias o sol ne subindo, su-
3 de Agosto de 1924. bro de 1922. Ahi, tcve urna doença bindo, mas nao se percebe nada de
Maria de Castro C. Franco Fraz6o que o poz as portas da morte. Desde extraordinario. .
P. S.-Devo notar que a agua da Fiitima Janeiro até Abril de 1923 esteve sem O que é certo é que, segundo as
que pesséìn ami(;a me Jeu, e~tava turva, se levantar e nem sequer jA se tinha coi6as que se dizem, fazem e obser-
com. mli aparenc1a e de~a~r~d11vcl li vi~1a, de pé. vam, Nossa Senhora apareceu ver-
motivo porque o meu esposo ·e orunha a
que a desse a beber wo no1~0 •filhinho o
Ja nào havia esperança nenhunaa. d~delramente em Fatima, na Cova
que s6 conseotiu quando nenhuma esperan- Oiziam os médicos que eatava tuber- da Iris, para salvaçAo dos pecadores
ça lhe restava nos medicamento!, Hoje es- culoso e que nào escapava, quc se e deste seu tllo querldo Portugal.
sa agua esta puro, sem cheiro e cristalinn. preparasse para a morte que em bre- Pracana da Ribeira (Cardlgos), 14
Maria de Castro.• ve o viria buscar. Cheio de confian- de Setembro de 192-4.
ça o Rev. P.e Superior, A'quela que Henrique da Silva louro
e ••• Sr. Director da Voz da Ftiti· é chamada e com razlio Sa/.us inftr,;. Aluno do Seminario de Evora
ma: morum promete fazer juntamente com
a comunldade urna novena a Nossa Pediram e obtiveram gr.a-
Peço a V. o favor de mandar pu- Senhora de Fatima se se dlgnasse
blicar no seu jornalzinho a graça que dar-lhe melhoras. Começada a nove- o•• que veem agradec&P
um filho meu recebeu da Santissima na começa tambem a sentir melbo- a Mo••• Senhora do Ro-
Virgem Nossa Senhora do Rosario. ras. Terminada eia ja se levaotava. earlo da Fathn••
Eu, Maria dos Santos d' Almelda e Depois velo ao Porto para se certi-
José Perelra do Reis, participam o ficar da sua cura e todos os mé~l-
prodigio que Nossa Senhora do Ro- cos lhe disseram que estava resta- Em cumprlmento de promessa que
sario da Fatima se dirnou fazer a um belecido. PessOas que o conhecem, e fiz, venbo trazer ao conhecimento de
filho meu de nome Manuel Pereira que, és vezes vllo vé-lo, me teem dito V. Ex.• algumas graças recebldas por
d'Almeida Reis, de 36 anos, soltelro que é um verdadeiro mllaitre. intercessao de Nossa Senhora do Ro-
e morador 'no logar da Amoreira, Hoje esta completamente bom. sario da Fatima, pedindo para tlrer
~oncelho de Vila Nova d'Ourem. do que exponho o que julgar conve-
Tendo andado numa obra sua, de - ~ria de Nazaré, mlnba Irma,
niente publicar, ocultando o meu no-
tal maneira se forçou que começou, de 11 aoos de edade, tendo as per-
nas, do joelho para balxo, numa cha- me sob as iniciaes L. A. L. pois co-
dai em dia11te, a deìtar sangue em rno V. comprehende, nào tendo ates-
ga, a notte as lavou con:1 agua mlra-
grande quantidade a ponto de o mé- tados, ver-me-hia em embaraços pe-
culosa de Fatima, e de manba, com
dico lhe dizer que s6 se curaria pas-
grande espanto seu, vlu que as foga-
ra responder asnumerosas perguntas
sado muito tempo, e ao mesmo tem- que certamente me seriam feltas.
gens todas tlnham desaparecldo nao
po receltou-lhe remedio que pouco
voltando a tel-as, No entanto, devo dlzer que sem-
efelto produziu. pre que ~ oferece ocasiAo relato o
Tendo eu perdido as esperanças - Margarlda Maria, de 7i anos, que se tem dado com!go p a assha
da sua saude f)edl· lhe que se voltas- C viuva, natural do Frelxoelro e mo- prestar ~ Virgem Màe de Deus a Ho-
se para Nossa Senhora ào Rosario radora neste lugar da Pracana da Rl- menagem da minha gratidao e amèr.
da r~tima e prometesse alguma cou- beira (Cardigos-Maçao), tendo urna
dOr num braço, de tal f6rma que o
-= Recorrendo a Nossa Se11hora ·aa
sa, o que logo fez, e tendo bebldo fitima para a soluçào d'um assunto
agua da fonte das apariçOes e rezado nllo podia levar a cabeça, e pon~o que se julgsva justo, pendente havta
-uma Avé- Maria emquanto a bebi:i, lo- urna imagem de Nossa Senhora de jé1 muitos mezes, fui logo atendlda •
go, passados alguns dias, estava me- FUima sòbre o braço, a dOr foi dl- pela Augusta Màe de Deus, pois den-
lhor e nunca mais tornou a dettar mlnulndo de modo que no outro dia tro em breve tudo estava resolyldo
sangue. ja estava sarada. satisfatoriamente, Indo eu com m,nba
A promessa que tioha feito fol de - Joao Martlns Manso, soltelro, familia no mez seguinfe, Novembre
guardar sempre o dia 13 de cada de 60 anos de edade, oaturàl e mo- do anno passado, a Fatima agradecer
mez, confessar-se e comungar no rador no lugar da Pracaoa da Ribei- tao grande Mere~.
rnesmo dia, o que sempre tem cum- ra o qual tendo um inchaço no joe- = Em fins de Abril d'c~le anno ti-
prido, e eu tambem fiz a seguinte lb~ que o nao deixava ajoelbar, e ve urna grande enfermidade. R~or-
rendo no dia 3 de Maio a Nossa Se-
nhora do Rosario, prometendo que
se melhorase até ao dia 8, me havta
de incorporar na peregrinaçào d'esse
mez a Fatima, tendo pedido a~ua de
Nossa Senhora para beber, comecei
imecUatamenfe a sentfr alivios, pr~
gredindo as melhoras de tal f6rma /060 luiz de Car'lalho, de M-
que no dia 9 estava cornplètarnente jubarrota que tendo sua irmà Mar)a
bOa. fui A FAtlma no dia 13 e ape- Gertrudes de Car.valho, gravemente
sar dos •trez àlas da viagem n~o sen- enferma recorreu a Nossa Senhura
ti fadiga alguma. do Rosirio promettendo mandt1r ce-
= Algum tempo depois apareceù- lebrar uma Missa, comungar na Fa-
me em todo o corpo urna grartde tima e publicar a cura.
erupçfio de pele, pondo-se,-me os
membros inferiores verdadeiros cé- Laurinda Marques, (Calçada Du- Abrigo para os doentes
pos, e corno nff o melhorasse com re-
medio algum, comecei urna novena
que de [afOe!I, 41, LisbOa) salva do
choque de comboios na Caruorosa.
peregrinos da f.atima
com agua de Nossa Senhora, cons- Transporte . • •.• 330:001
tatando que ao 4.• dia estava multo D. Maria luiza Dtl8ado, resi- D. Maria da Conceiç~o Al-
melhor e no fim da novena comple- dente em LisbOa na Calçada do Moi- cantara ...•...•...• 10:0ot
tamente curada. nho de Vento, n. 0 26 t. 0 cfferece D. Oertrudes Valente.•.• 20:00I
=Urna filha minha esteve com prin- 10$000 rels a Nossa Senhora do Ro- 2 aoonirnos....•....•• 20:009
cipio d'urna congest~o. Invocando sario de f Atima, em acçao de graças D. Leopoldina Lobato.... 1:000
Nossa Senhora com grande afliçào, pela cura de seu marldo que estando D. Lucinda Soromenno••• 10:001
prontamente se sentiu melhoranclo. em perigo de vida, e jA desenganado
E1s muito resumidamente, as graças dos rnédicos, com doença de coraçlio Soma ...•• • . . . 391 :OOt
que a mim e aos meus a Virgem Nos- e paralìsac;ao dos rlns, bebeu com F.é
sa Senhora do Rosario da Fatima se agua dp Nossa Senhora da fAtima e \/oz da Fatirna
tem dignado conceoer-"os. Tenho
n'Ela grande con{iança porque mais -------.
ficou salvo.
Maria Augusta Santos, Apoi onta
Despezas
e mais me convenço que nio é em Abuna, Rosa Marcellna, Joanna Al· Transporte. • • . 17:091:72..
vlo que a Eia recorremos. meida, Alexandrina Bispa, Manuel Impressao do numero 25
Oesculpe-me, etc. Vareiro, Custodia Mattos, Maria da (32:000 exemplaret-). • 736:000
Aveiro, 8- 10 924. L. A. L. Annunclaçao Perelra, Maria José San• 1 ltvro. . . . . . . . t 1:ioo
tos, Maria d'Oliveira, Maria francis- Expediçao e outras. . • 8:,:aòo
Francisca Carola. casada, peixei- 75 resmas dc papt:l. . • 4.728:750
ra, de 29 anos de edade, moradora ca da Silva. Ascençllo Paaelra, Maria
no logar do Ribeiro da freguesia de Jarina, Anna do Branco, Maria Rosa- Soma • • .22:G:, 2:970:
Murtoza, sofrendo de um tumOr, e ria de Pinho, o menino Natalino Lo-
pes, todos da freguesia da Murtoza, Sulaacrip9Ao
dçpois de ter consultado varios espe-
ciallstas que lhe aconselharam urna em varias doenças e afliçoes. (Coc cinuaçao)
operaçao, prohibindo- a de todo e D. Maria Joanna d'Almeida
qua1quer trabalho, recorreu a Nossa Vlctor Fernandes, de Setubal, em Saldanha e Cruz . . • • 10:000
Senhora de FAtima, bfbendo a agua uma doença de olhos e mais tar- D. IIJa Branèiiio de Miranda 10:000
co.m toda a devoçao. O tumOr desa- de em urna grande dOr de estomago, D. Maria Luiza Brandào
pareceu sem ter de recorrer a opera- achando- se melhor depols de ter re- Abccassis • • • • • . • 10:000
çlo. corrJdo a Nossa Senbora da Fatima D. Maria Fausta d' Almeida
e feito uso da agu~ Monteiro. • • • • • • • 10:ooe>·
Maria dos Anjos Calçada, casada D. Ermelinda de Oliveira
com Joao Maria da Silva, de 29 anas A famllia Harney, lnglha, resi· Braz • . • • • • • . • 10:000•
de edade, moradora no logar de Par- dente em LisbOa, multo reconheclda D. Judith Braz Arsenio Nu•
delhes da freguesia de Murtosa, ten- a Nossa Seohora vem do mesmo mo,; nes, . • • . • • • • . 1('\:009 ·
do-lhe adoecido com febre repenti- do agradecer graças recebidas. D. Maria da NatividAdc Mat-
namente, um seu fllho de nome Joao tos e Sil va • • • • • • • 10:000

,
Ma,la, de 8 anos de edade, e tendo
eta ha tempo sofrido urna opetaçao
e sentlndo se ultlmameute bastante
No· mes das Hlmas D. Rosa Paes Vieira. • • • 10:0<>0
D. Sophia f)ias. • • . • . 1 5:000 ,
O Veneravet Lulz de Blols conta Manuel Maria da Silva. • • 10:000·
mal, com recelo de se sugeitar a aova o segulnte episodio: Um dia U!l} D. Maria do ~rmo da Ro-
o~raçAo, recorreu a Ella pedindo- devoto servo cle Deus que elle conhel- cha (2. 0 anQo), • • • • •
lbe a sua valiosa protecçlo o que cla e de quem era muito aml,o fol D. Maria do Carino Armando
conaegulu. D. Maria do Ceu Cardoso de
-----,--- visitado por urna alma do Purgatorio.
Menezes Girao • . • • •
P,J_edade Bunhtir8a, vluva, de 58 Esta fez. lhe ver todos os tormentos 10:00<>

de eP,ade, negoclante, moradora oo que padecia. Antonio Tavares Penacho • 10:000·


1otar de Pardefhas, fregueaia de Mur- - ,Sou punlda, C!liz ella, por ter José Jooquim aebelo • • • 10:000
tosa, sofrendp de urna e11torce nuna recebldo a divina, Euctiarls.rta com Manuel d' Aguiar • • . . • 10:000 ,
braço, consultou o médlco que nada urna preparaçao lnsuflcienlo e multo D. Maria de Louniles OUvei-
lhe poude fazer e aconselhou-a a ir tlbleza. Por isso a divina justlça mt; ra Souza. • • . • . • • 10:000
ao P.orto procurar um eeplciaUsta. condemnou a este supllclo de fogo CarlO'!t de Sepulveda Veloso. 10:000~
Na noite da antevespera de ir a
tima na peregrinaçAo de Agosto, e~
P.,- devorador que me coasome. •
- ,Oh I eu vos conjuro, visto que
D. Joaquina Antunes. . • • 10:ooe .
D. Gertrude, Pinto Serrano 10:00• -
sols meu amigo Intimo e fiel e 9ue- D. Maria Inada Serrana • • 10:~
tando muito aflita, pediu encarecida- Jose Henrique d'Oliveira. • 10:000
111enle a Nossa Senhora que a alivlas- r.els continuar a sei-o, eu vos conjuro
ee; porque desejava muito acompa- que comungueis 11ma 11ez em meu D. Maria Hrnriqucta da Ca-
nbar a peregrinaçao. De manha apa- nome, mas com todo o fer.'lor de que mara .M;1galhats . . . • 10:000 •
receu completamente curada, o que fOrts c.apaz. Tenho confiaoça que es- D. ~laria do Ceu Nunes. . • 10:00•
ju1ga ser um verdadelro e grende ta fervorosa çomunhAo haslar~ para D. Maria da Conceiç5.o Alco-
me livrar e que, por este meio, :ierao bia. . . . . . . . . . 10:000
milagi;e de Nossa Senhora.
-~ comP,ensadas as mlnhas culP,aveis D. Beatriz Nunes Mancira. . 10:000
D. trmelinda Braz d'Olivei-
D. Matia da Conceiçllo de Ca"s- frieras. »
tro e t.emos a'Alarctio, de Monte- Este se aJ?ressou a ouvi( a Sfl,Jta ra • . . . . . . . . . 10:000
rnor-o-Velho, em doença bastante Missa e a comunEar tao piedosamen- Fernando Dia'> Sardinheiro. 10:000
1rave. te quanto lhe foi possivel pelo re- Centit:ria no proximo numero
Ano :IJI
~~ l -

(COM APROVAç.ÀO ECLESXASTICA}


Director, Proprie-torlo e Edt-tor AdualnJ•trador: PADRE M. PEPEIRA DA SILVA
DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS uoAcçAo E ADMJNJSTRAçlo
RU-(A D- NUNO ALVA.BES P:ER:Ell::RA.
Compoeto e impresso oa Imprensa Comercial, 4 s, - Leiria (111:.ATO NONO DE SANTA MANA)

dou e começou a exercer a sua ss.


111

13 de Novembr.o acçao, para logo se reconheceu a


sua benefica influencla no sentldo
dar Jouvores a Virgem • por tlo
grande e miraculosa intercessao.
/. M. P.
6 de estabelecer a ordem em todos os

G
actos collectivos e de proporclonar
o dl: 1~3 de Novembro aos peregrinos, e sobretudo aos en-
Maria da Piedade P.ercira. de Vlla
ultimo celebraram-se, em Nova d'Ourem (Quinta da Caridade).
fermos que vAo a FAtlma, os mli pe-
Flitima, na f6rma do cos- quenos serviços e obsequios que Em junho de 1923 urna sua filhinha

11 •
tume, as solenldades re-
ligiosas commemorativas
das apariçòes e dos phe-
precisam.
Prégou o sermao o rev. Perelra
Oens, parocho de Ourem.
de 18 mezes esrava com a coquelu-
clie che~ando a estar desenganada
do médlco.

~
nomenos maravilhosos A's cinco horas ja quasi todc,s os Tendo feito uso da agua e prome-
de 1917. peregrinos se tinham retirado para tido qma Missa, que foi celebrada no
G O dia estava lindo, as suas ltrras distantes, vendo-se altar de Nossa Senhora, em feverei-
verdadeiramente prima- na Cova da lrla s6mente um ou ou- ro, começou a melhorar.
veril, o ar tranquilo, a temperatura tro devoto dos logarejos mais pro- - M. B. P. C. B. L. vem agrade-
amena. Apenas de madrugada o frlo ximos, rezando com fervor as suas cer a Nossa Senhora do f~osariò a
se fez sentir com urna certa inteosi- ultimas oraç0es deante da branca e cura de urna pess0a •que se entre-
dade, impropria da epocha, anun- formosa estatua da augusta Virgem gou absolutanente nas maos d•ftta
ciando estar proxima a estaçao in· do Rosario. niio consentlndo intervençao alguma
vernosa. V. de M. médica por querer que Nossa Seoho-
A concorrencia nllo se podla com- ra fizesse s6zinha o que qulzesae f
parar de modo nenhum com a do A doença foi um grande caroço que
més anterior, posto que ascendesse
a al~uns milhares de pess0as. Hs cnras da f étima durante mezea causou sofrimento e,
aplicada a agua de Nossa Senhora
Havla mais paz e socego, a aten- dlariamente num penso, desapareceu
çAo nao se dispersava por mii inci- Ent,e outras rectbemos as se~uin- por completo». •
dentes diversos que succedem com tts cartas:
frequencia nas grandes agglomera-
çOes de povo e a devoçllo penetra- Santo Tirso 3/11/924. Maria Amelia dt /tsus
va mais fundo nas almas, fazendo- Rev.1110Sr.: Agradece a Nossa Senbora da P,-
thes respirar um ambiente saturado Pedlndo para, por inter111édio da tlma a graça da cura de uru irmlo
de sobrenatural. que estava em perigo de vida com
• Voz da Fatima• dar publicidade a
Os doentes eram bastante nume- esta carta, particlpa a V. o abaixo urna pneumonia dupla e uma pleure.
rosos, tendo alguns. vlndo de longe, zia, desenganado dos médicos.
assinado, morador em Santo Tirso,
em meios de conducçAo extraordl- de que sofrendo do coraçào e corno, Oraças a Nossa Senhora de fAtlma
narlamente incommodos. Entre elles na noite de 19 do mes flndo, me sen- hoje estA completamente restabelect-·
atrahia dum modo especlal a attt:n- do.
tisse multo mal, julgando aproxlmar-
çlo dos peregrinos urna senhora mul- se a morte, no melo dos meus sofri- Pede a pubtlcaçAo desta graça ~-
to nova, de rosto emaclado duma ra honra da Vtrgem Santissima.
men tos atrozes, lembrel- me recorrer
pallldez cadaverica, cujas felç0es tra- 4 protecçllo da Virgem Nossa Senho- Porto 9/6/924
duztam os mais cruciantes soffrimen- ra do Rosario da fAtlma, de quem
tos phlsicos e moraes. Edificava e sou dev6fo, pedindo-lhe para me sal- • E' com o malor prazer q•e te-
co111movla prnfundamenre a sua fer- var e curar da minha doença, prome- nho a dizer a V. Rv.111• qne uma pe1-
vorosa pledade, inspirada por urna tende eu. conf6rme as minhas p6sses. s0a da minha familia sabendo doa
fé viva e ardente e acompanhada de
uma suave resignai;~o christa.
um 6bulo a
Virgem da FAtima, caso grandes milagres que succedem em
me salvasse. Fatim~ e tcnlAo o marÀdo bastante
A benç:io· dos enfermos foi, corno Cemo me tivesse senlldo melhor, doente, sem que os médicos conhc-
sempre, a cerimonia mais emocio- a
depois da minha invocaçao Vi,gem, cessc m a doenc;a, pois todos forma-
nanlt!. Era um espectaculo a que julgt,, com grande jubìlo da minha vam dife rente opinilo uns dos QU•
ninguem podia assistir sem que os alma, que fui atendicto da ss.n11 Vir- tros, !iem que nenhum lhe désse cu-
olhos se lhe inundassem de lagrimas. gem, remetendo eu por essa razfio, ra, ja de~ilu,lH:lo dèlxou de consul-
0s servitas e os ~eus auxìliares, a quaRtia que posso dispender, e ca- tar qual\luèr médico e assim conti-
sob a dirccc.;i\o dos re!pectivos che- so Nassa Senhora me conceda o mi- nut1va doeule, até que a esposa se
fes, prestaram tambem neste dia os lagre completo da minha cura radical, lembrou de fllzer uma nov('na a Nos-
seus vallosos serviços aos peregri- eu tambem, n'essa feliz ocasiào, cum- Sl !:>enhora do Rosario da Fatima, e
nos e, especialme11te, aos enfermos. prirei outra promessa, igualmente co- 11inda n~o a tinha· terminado jA o
. Desde que essa benemerita asso- rno puàer, e se me fOr possivel, irei m~rido se sentiu melhorar e boje es-
c1açào de piedade e caridade se fun- 4 Fatlma peuoalmente agradecer e ta completamente bom.
cwt; na Madelr.a, p.or multo pou- tao inc6moda viagem: cair de joellws
cas pessOas eram conhecidos os mi- a resa, sobre o po ou sohre a tama
lagrea alcançados pela valiosissima da Cova da lria •••
ntercessao da Nossa Senhor~ do Nao sera isto verùadeiramente fe-
cniario da Eitlma, mas urn~ amiga nomcnal, sobrenatural, divino?
loha teve a ondade de enviar-me Que iman atrai ali C$te povo?
~ jornal e asslm tive ocasiào de Que iman o conserva ali, rezando
~reciar a sua utilidade e quanto é e cantando tantas horas, e sem nen'hu-
necessaria a eua propaganda. Ji No!- ma visive! fadiga ?
so Senhor Jesus Christo nos diz no As minhas impressoes Eu pr6prio estive ali, junto do al•
eu Evangelho : 'Porventura vem a tar, dus' 10,30 da manba as 2,30 da
lletrna para a meterem dehaixo do Estive também em Fatima, corno tarde, qmhi sem dar por isso.
alqaelre ou debalxo do leito? Nilo,. é ja pt1blico, e pela vez primeira, no Convém nao e$quecer que qual·
I antes para se p~r sohre o candiei- dia 13 de Outubro, 7.0 anivcrsario da quer Avè-Maria nos cansa .••
ro? ultima real ou suposta apariçaò. No dia 12 ja se calculavnm em
Mais uma vez agradeço os jornais, Fui la corno Mmples romeiro no 4?,ooo ~s pessoas que esperavam o
que vAo levar mais àlgumas pessOas cumprimento duma promessa que oa dra segumte.
--ao conhecimento dos milagres que América do None, ha uns 3 anos, fi- Onde passariam a noite?
se vem dando, para maior gloria de zera. Em confomiveis hotéis? ou, ao me-
Oeus e da Santissima Virgem. Falei oficialmente, melb0r, gritei nos em barracas dc campanha?
Sou, etc. umas quantas palavras à iocc1lèula- A's inclemèncias do te::mpo, quais-
Funchal, 35 l 1-924. vd multidiio que se apintiava diante quer que fossero ..•
E/mina Corte• do provis6rio altar. Diglm o quc quic;ercm, menos que
A isso me obrigaram, na ocasiao, nao é éxtraordiniirio. .
Marlaaa da Pu.rificaç/J.o Oonçalves os mcus amigos, aos quais é <lcver . Poder-se-ha explicor este facro pela
Oeclara que estando gravemente mcu agraaccer aqui a imcrecida hon- s101.ples fé do povo portugués ? pela
sèjc quc tcm de dias mais fclizes? 1
enferrna, sendo preciso fazer wma ra .quc me conccderam.
operaç!o muito melindrosa, invocou Vou dizcr cm duas palavras agres- pela sugestao ?
com multa fé Nossa Senhora de FA- tcs, corno agreste é a Cova da Iris, Talvcz, mas nao me parccc: nao
tima e foi ouvida concedent1o-lhe N. as minhas pcssoais i_mpressocs, sem lhes faltam templos em mais fovorn-
Senhora a graça do bom exito da cuidar dc ser originai, nada se me veis condiço::s e historicos oade desa-
-0peraçlo. dando de que sejom imprcssoes de fogar a sua alma; e. por outro 1ado,
Pede pois para se publicar esta mu1tos, imprcssot:s ae toda a gente. seria urna sugcstiio' e inuto•sugcstao
graça no jornal de Nossa Senhora de Ao ch l'gtr a Fatima pouco depois de 7 anos, em maravilhoso progresso,
f atima, para honra e gloria da Mae das 10 horas da manha, fiquei corno se!n propaganda proporcionada que
-de Oeus. que csmagaao 500 O pC)O dum facto a 1uc;t1tìquc.
raras vczcs ob~crvado cm circun!>t.\n· Entao aparcccriu, de facto cm Fa·
Porto 9 16/924 .. cias favor.iveis e talvez nunca em cir- tima, Santa Maria dc Pon ug I San-
Pala Ivo I 8-10-924 cunslt\ncias corno aquclas: vi um ver· ta Maria das nos~as batalhas? '
dai.iciro mar dc povo, de ambos os Talvt:z sim, e talvez nav..•
.;renho urna noticla deveras agra- . Nao o afirmemos categoricamente,
davel a comunicar-lhe e é com a maior scxos, de tod~s as 1dades, àe todas as
classes e posiçéh:s sociais; uns de joe- que o sobrcnatural nao se supot!, pro-
satisfaçAo que me apresso a isso ;>ois va-se; e falcccm-no., ainda p.rovas evi-
~la é mais urna gloria para a nossa lhos, outros de pé; uns rezando, ou-
tros cantando; e·nes a confossar-sc, dentes e autoridade para Jcllls julgar.
M4e Santissima. Precisamos milagres scie11tificamente
;T,endo jA Ido algumasvezes a que. aquelcs a comuogar; uns a passear,
te santo lugar e senr:to a ultima vez outros sentados; quem a chegar, quem auten.ticados.
a partir;- e em tòdos uma indizivel Hogucmns i nsta nt~mente, fervoro-
no dia 13 do prezente mez, fOmQS al- snmente :i Senhora do Rosario de Fa-
gumas pessOas, entre elas duas doen- sati~façao, um sur,crior contcntamcn·
to, me$mo no rosto <ios que chora- tima que no-los abtenha do Stnhor,
tes, aendo uma minha afilhada e urna vam, porque vi$ivdmente cboravam cm beneficio dos nussos queridos doen•
IQifl.hl Intima amtga, que tinha um tcs.
' braço parallzado havia 6 mezes. !Mi• d.e akgria.
Alguns artig)s 1cm anteriormente, Entrementes nao ousemqs também
nha afilhada sofre de urna doença negE\r ~s apariçoes èie Fatima.
pulmonar de que nada ainda posso cm t'ortug11I e Arnéric1 do None,
rcfercntes a Fatima; confesso porém Em que argumentos nos bascare•
dizer; experlmentou algumas melho- mos parn o fazer?
ra , mas s6 ln<io ao médit:o podera que cst:~-v.a b.em longe de supor o qùe
prescnc1e1; Jt~lgava ex:,gcro o que Scjamos sinceros; na) os temos.
,aber as melhoras que tlm. agora se me 1mpunha corno esmaga- Se o sobrcnatural se nao deve afir 4

ssa mtnha intima amiga, que, co- mor_sem provas, tambem 5cm rrovJS
rno Il disse, tinha um braço paraliza- Jorn rea lidade.
Comecci dc reflcctir •. se nao deve :1cgJr.
do havla 6 mezes, no dia seguinte da Enqua nto se vai es teda ndo · o pro-
ili I f~tlma experlmentou bastantes [Prl'guntd a mim mesmo: quantns
pcssoas cstarao agui? 100.000? 120.000 blema - e bom é se s.:stuJc a va1cr-
rnelhoras, poaendo jéi lidar com o deixemos o bom povo p1.>rtuguc,1 na
150 ooo?
braço, graças a Nossa Senhora. sua piedosa crença, que tantas e tai, '
essa menlna cujo nome é Maria da A rcsposta foi sempre esta: nao
sei. • • ' maravilhas vai produzindo . .•
Piedade Sllva Rijo, mora no ùito lu- E que logar é este? Acusar.-nos-hao dc fanatismo?
gar de Palalvo e desejaria ver esta E' uma simplcs cova no planalto Quem?
notlcia publicada, agradecendo desde duma pequcna serra. 0s famiticos de idiais, por vezes
ja a verdadeira ccente de Nossa Se- Quc ha aqui que ver? subvcrsivos, estércis de todo o bem e
otiora.
l'edras, mato, arbustos, po; nenhu· tecundo~ em muitos males.
Marla da Soledade Nunes• ma bckza, nenhum tiumano atracti- Coimbra, 17-X-92,+
'Maria do Socorro Paiva, agrade- vb. P. Rolim.
ce a Nossa Senhora da Fatima um Que cominhos dao P(ra aqui? (Do Boletim l\tensal da Ordcm Terceira).
beneficio recebido. Pede para se pu- t.amìnhos dificeis.
Que mèio'> de transporte tem esta
bllcar esta graça no jornalzinho, pois
assim prometeu a Nossa Senhora. gente? Porvcntura rapidos comboios,
comojos elltricos ?
llm fim de anno
Nao; éste povo incc1lculavel veio Mais um anno que desaparece no
Hgua da f atima aqni .:le todas as pro'fincias do Pais
scm adcquados meios de transparte,
abtsmo do pa~sado I ..
D'aqui a dias diz-5e-ha: aqu.i laz
~s pessOas que dese- lutando com mii dificuldades, 1•clu- 1124 . . ,
j axem obt e r agua da Fa- siva a proibiçiio do Governo, e por Olreis: «tenho mais um anno .......
tima e mesmo outros ob- isso mesmo na incerteza de realizar Nàò, nao tendes; teades um anno
j ectos ~eli~iosos, po- 11 s.aa aspiraçao, e objectivo uoic~ tle aI menos.
'
~OJit; da Rti.-tlma.

Este anno que desaparece olo é estava na parede e correa em dlrec- a sua alma ser levada pelos anjos ao
voaso. çAo é egreja. ~ selo de Deus.
f oi-se, morreu; n:lo voltarA mais 1 Ahi, por toda a oraçlo, pronun- Eis ahi um exemplo bem frlsaafe
No entanto é preciso distingulr: clou apenas, com fé, as segulntes do que eu quereria dlzer, mas eatas
.este anno é ainda vosso, podeis con- palavras imitadas do Jadrao arrepen- cotsas n!o se podem exprimir.••
tai-o no vosso actlvo se foi bem tm• dido: Ab t se as almas fracas e lmperfel-
_preeado. E' ainda vosso se esta lns- ,Senhor, no vosso relno, tende tas, corno a minha, sentissero o que
cripto IA em cima no livro da vida. piedade de meu filbo e nao o dei• eu sinto, nenhuma perderia a espe-
Nao é vosso, porém, se elle fol mal xeis perder para sempre.• rança de atingir o cimo da moota-
RDsto, se o perdestes, se estA inscri• Voltando a casa, com sorpresa nha do Amor, pois que Jesus nio nos
pto lt em cima no livro da morte. sua, o filho, em atitude pledosa, lhe pede grandes acçOes mas someote o
E..• que vos parece? É, ou nAo é diz: abandono e o recPnheclmento>,
vosso este anno que estA a acabar? -Minha mie, diz élle mostrando
Lançai reso1utamente um olhar pa- a lmagem do Sagrado CoraçAo, Elle
ra traz e com a mào na consclencia
respondel com franqueza.
disse-me: cHoje estan\s comigo no
paraizo.•
Dois lares que nào se pare-
O .dia vae jA a declinar: corno ten- Era a resposta do Salvador ao cem
des passado a tarde? bom ladrao, completando a oraçAo
Parece- me que vos ouço respon- da m:le. Durante mais èfe trJnta annos o
der: < Nào tenho felto nada de vafor •. Pedlu um Sacerdote, contando a Rev. Paroco da freguesia de X • •• se
-Nào tendes feito nada. Portanto, seù pae, lrupio como elle, as pala- tinha desempenhado com aquela de-
urna tarde perdida. E a manha? vras da visao. dicaçao, zelo e abnegaçAo que pou-
- A manha••• meu Deus I fiz o O filho morre com signaes de pre- cos coruprehendem e que, sendo o
mesmo. destinado e o pae vive depols corno apanallio distlnctivo dos minlstros do
- Port,anto, urna ma11,'w perdida. bom christao. Senhor, as vez~s Hio desconhecidos
Urna manha, pois, e urna tarde, isto Passou se isto em New York e vem ou calumnlados, passa despercebH1o
é, um dia perdido. • cltado no Petit ·Apotre du Sacre dos olhos do-mundo.
E durante a ultima semalla que Coeur de M. f ebvre. Se alguns, As vezes, se riam da ale-
tendes felto? gre simpllcldade do seu Paroco, olio
-Corri, brinquei, rl. A respelto de havia ninguem que n!io Jhe tivesse
trabalho utJI, nada•.
- Portanto, uma semana, isto é,
Abrigo para os doentes urna grande veneraçao e profunda es•
tima. Este respeilo e ~feiçAo manifes-
.sete dias perdidos. peregrinos Ha Fatima tavam-se principalmente por occaslao
E quantas semanas tendes passado das suas vlsltas pastorl\~S. Era um
assim? Transporte • • • • • 391 :000 verdadeiro pae para as suas ovelhas
Talvez cincoenta e duas, ou seja D. Maria Jos~ Martins Con- e estas receblam-no com uma alegrla
um anno. E quantos annos? treiras Bandeira. • • • • • 10:000 filial. Todos s~bèm que elle vìnha le-
Trinta, quarenta? D. Elisa Caetano Martins vantar, dar co{agem, abençoar. -
Tereis talvez trabalhado com o fim Pereira • . • • • • . . • . • 100;000 Todo o Ola p pastor tioha andado
de ganhar dinheiro, fereis estudado, D. Antonia de Figuelredo em visita ao seu rebanho.
obtido urna situaçao de desfaque na Nunes de Carvalho . . • . 5:000 Urna a urna, as farnllias 1am ouvin•
sociedade••. Gilberto f ernandes dos San- do conselhos paternaes, palavras de •
Isso, porém, nao basta. Com que tos . . . . . . . . . . . . . . . 20:000 salvaçao, que dOces como o mel, lam
Jntençilo teodes feito tudo isto ? caindo dos seus lablos. Cançado, ofe-
Para obter gloria no mundo, gloria Soma • • • • • • • • • 526:000 gante, parece que o ancllio tinha dl-
que se esvae corno o fumo? relto a voltar a casa para descançar
NAo fol para isto que fostes crea- um pouco.
dos e postos no munclo. Havla alnda porém, duas famillas
E' necessario agir, operar com os que esperavam a sua visita. Nos dola
JJllios em Deus. - Sào da Beata Teresinha do Meni- lares elle gucr ir alnda espalhar con-
Se nffo••• perdestes o anno. no Jesus as seguintes palavas : solaçlio, coragem e felicldade. Silo
, Nao é por ter sldo preservada de porém dols lares que nffo se p4reeem.
pecado mo, tal que eu me elevo a O prlmeiro é o de um ho nesto tra-
Phot_og-ra1>hia, Deus com confianca e amor. balhador. Casa humifde, moveis mo-
" O nosso cotaborador sr. V. de 'Ahi ~into que ainéta que tivesse'a destos, vestidos acejpdos mas P,Obres.
Montello encarrega- nos ile ·solicitar- pesarem•me sObre a consclencla to- E' a casa d'um operario. •
rnos por esle mefo dos nossos presa- dos os pecados que se podem cometer Quantas vezes o velho Paroco ob-
dos lettores que possuam photogra- eu nào perderla nada da minha con- servani:!o· o ar de contentamento que
pbias das cerimonias rellgio~as reali- fiança e iria, com o coraçllo partido ali tra_nsparecla na cara de todos tem
sadas no locai das appariçOes, a su- de dOr, lançar-me nos braços èfo meu dito, ao entrar paquela casà: «corno
bida fineza de lh'as emprestarem por salvador. Eu sei que Elle acariciou o esta familia me faz lemocar a Santa
atgum tempo, para a publicar num filno prodigo e tenbo nos ouvidos familia de N azareth I>
livro que traz em preparaçao, dlgnan- as suas palavras a Santa Magdalena, O senhor é fellz (pergunta elle ao
do-se envi!i~las com a possivel ore- ~ mulher adultera, .i Samaritana. Nào, dono da casa), nllo é?
vidade, para esse fim, ao rev. Manuel naéta me poderla desviar, porque eu Tanto quanto se pode ser, respon-
Pereira da Silva - Camara Eclesias- sei avallar o seu amor e a sua mise- de este com promptidao e natura1l-
tica - Leiria. ricordia. Sei que toda esta muhidio dade, E' verdade que trabalho toda
de ofensas se desvaneceria em um a semana mas ~uahdo vem o dia do
abrlr e fechar d'olhos corno urna gota Senhor, digo as ferramentas: descan-
d'agua em um brazeiro ardente. cem para ahi que é hoje o dia de Deus,
Conta-se na vlda dos Padres do e todos n6s, eu, mulher e filhos, va-
Um jovem de vinte annos, ferìdo
deserto que uni d'eles converteu urna mos d Missa. Agradeceinos a Deul'
pecadora publica cujas desordens es- a semana que passou e pedimos a
mortalmente em umas rixas, vivera caodalisavam uma regiào inteira . Es- bença.o para a semana que começa.
sempre no vicio. ta pecadora, tocada da graça, segula e E devo dizer a V. Rev .• que, des-
A sua pobre mlle, vendo-o pres- o santo para o deserto para abl cum - de aquelle formoso sermao sObre a
tes a morrer, quiz falar- lhe de Deus, prir urna rigoroSA penltencia, quando comunh4o frequente, depnis que nos,
o que o fez blasphemar horrivelmen- na primeira noite de viagem, !lntes uns pobres rusticos, tem os cQmunga-
te a ponto de procurar atirar a cara mesmo de ter chegado ao logar do lifo todas as Remanas, par~c.- que a
da mae com os objectos que apa- seu retiro, os seus laços morlaes fo- nossa ca~a estA embabamad11 e res-
a
nhasse mao. ram quebrados pela lmpetuosld.ade do cende com a r,resençn ili• •t· us.
Esta calou-se, mas olhou para urna aeu arrependlmento cheio de amor ; A nos~a ~.legria é mais l nonlca-
Jmagem do Sagrado Coraçao, que e o so~itario viu no mesmo instante tlva, ha mais facilmenh! t!11 tre 116s
:V-oz dn. Eti.tima

troca de sorrisos amavels, ategria pu- Marcolino Gomcs • • • • • 10:000


,a. » O. Rosa Amdia da Silva •• 10:000
O Velho Paroco nlio queria scre- Palavras do ìlustre Sacerdote • escriptor O. Maria das l>ores Sobrciro
ditar nos seus ouvidos em face da que foi Senna Freitas: Jordilo • • • • • • • • 10:000
grande fé dos seus humildes paro- «Jesua, o inefavel convin, é filho de qoa _,... D. Belmira Pestana . • • . 13:500
cbianos e agradecia a Deus a fellci- familla e de paes nobres pela ascenilenc1a José Bazilio Pestana. . ••
.•• sej.imos polidos. 13:500
dade que concedeu ao seu coraçao Niio usemos para com El.le da grave tles- D. Amelia de Jesus Cordc:iro
colocando algumas flores nos sacrifi- cortuia de que niio usar1amos para c~m Sepulveda • • . . . • • 5:000
cios inevitaveis do seu apostolado. um titul11r ou cavalhdro 4ualquer da sim- José Jonquim de Mcndonça. 10:000
N!o se cansa de contemplar todo ples burgutzut, que nos vics!e vi:;itar a nos- José Antoni,s:, Carregue. 10:000
aa casa.
essa creançada que o rodeia. Em seus Certe mente que -o receberiamo, com ~r- O. l\laria do HQsario Romao 20:000.
olhos llmpidos esta todo um ceu banidade, o mandariamos scntar e lhe faria- O. Anna Patrocinio Ncvt.s • • 20:000
transparente e aquellas frontes j6- mos sala com os molhorlls termos dt um D. Maria Preciosa. . . • • 10:000
vens resplandecem corno a aurora carinhoso agasolho Antonio Cesar d'Oliveira •• 10:000
Façamos sala ao filho de Maria ao m~-
d'um bello dia. Este anno o mais ve- nos durante esse corto eip11ço cm que 11tra1- De jornats (:\lgr. Ponugal). 9:000
lbo recebeu pela primeira vez em seu do pelo amor e pela formula sacramtntnl Dt: iornacs (Mari11 da Nativi-
peito palpitante o Rei das almas, Je- és especies do piio e do vin ho, est~s perma- dade) • • • . • • . . • 14:000
aus Christo. E depois d'isso, cada do- necem incorruptas no nouo mtenor.• Luiz Barnardo FernanJes • 10:000
!Ulngo, o vé voltar ao divino banque-. Condessa do Paço de Lumiar 10:000 •
te. D. Maria Fiorentina dc Vila
Os sorrisos ~e amigos perverso,,
as palavras zombeteiras, exemplos
Voz da fatitna Lobos e Moscoso • . • •
Marquez de Santa Iria. • •
10.000
10:000
Deepezas Manuel d'Oliveira Martyres
maus, tentam As vezes aba lai-o, mas 10:000
elle vae- se conse1 van do firme com a Transporte.. . . . Heorique A~aria dc Cisnei•
ajuda do Pao dos fortes. Composiçao e imprcs• ros Ferre1ra • • • • . • 10:000
E' o tipo do lar christl!o e a fami- sao do 11. • 26 ( I 9500 D. Mathilde Clara da Fonse-
cxemplarcs). • • • • 448:500 ca . • • • • . • • • • lO:ooo
Ua que ahi habita é o tipo da ramilia Expcdiçao e outras dcs-
fell.i. D. Julia Maria Galvlio. • • 10:000
pezas. • • • • • • • _ __8o:ooo D. Cecilia Castro Pereira. • 10:000
- D'ahi P.assa o velho Parocho a
outro far que 1/l!o se parece com o Soma • . , 23:181:470
P.e Francisco da Silva GeaJa 10:000
preceamte. Dr. Joaquim Tavarcs d'A·
Depois das s.audades retrlbuidas Subsc ..ipçao raujo e Castro • • . • • 10:ootl
a medo ao venerando visitante, co- (Con tinuaçlio) O. Maria do Carmo Tavares
meça a seguiate conversa: de Souza Cerne. • . • • ro:ooo
Madame Lindley Cintra••. 10:000
e Porque é que nuoca os vejo a D. Maria Ismenia Ruela . • 10:000
Madame Cintra Btbiana .•. 10:000
O. Maria Candida Brandiio
Missa aos domlngos 7• , U. ~laria Emilia dc AlmtiJa
e De pois de ter trabalhado toda
Abreu Freire. . . • . • 10:000
- e Brito. • • . . • • . • • 10:000
a semana corno um escravo, respoo- D. Maria Eduardo Vasques D. Guilhermina Dias Vaz da
de o pae, preciso de descançar e re- dir Cunha (3.• anno) .•• Silva . • • • • • · • 10:000
10:000
cuperar as mlnhas forças.• Herculano Francisco Barbo-
O. Rosa Antonia Valente de
Queixae-vos do cançaço, meu ami- sa. . . • . . . . . . • . Almcida. . . . • . . • 10:000
20:000
• go, respondeu o velho Parocho, mas D. Maria Adelaide Abreu .• D. Gracinda da Silva Trints. 10:000
10:000
.nAo ignoraes de certo, que Nosso Se- O. Berta da Silvlf Bruschy . José Manuel F e r n a n de s
10:000
nbor n!lo pensou no seu descanso Rendeiro. • . • • . • • • 10:000.
D. Gervasia de Andrade Cos- D. Maria dc Je us Pinho
quando sofreu por n6s: e n6s iriamos ta (2.0 anno) ••••••• I 2:000
regatear-lhe urna meia bora cada do- Cardoso (2 • vez) . • • . • S!OOOl
Dr. Oomingos Mégre . . . . I 2:000 Laura d'Oliveira (2.• vez} •• 5:000
m1ngo para ir recolher o fruto do P.e Manuel Mattos Silva •• 12:000
Santo Sacrificio da Missa 7 Maria de Jesus Pir6a (2.•
D. Maria de Castro Crespo 5:000
cE a sua mulher, ajuntou o P4· Franco Frazao. • • • • • 12:000
vez). • • • . • · • • •
roco, porque n!o vae a Missa ?» Manuel José Pereira •••• 5:000-
D. Maria do Carmo Barata. 10:000
Piedade Bunheiroa ••••• 10:000
- « Eu, tenho de fazer o almoço, Virgilio da Silva Martins •• 10:000
1 Missa demora muito e quando ve- Manuel Antunes . • • • , 10:000
Manuel Rodrigues dc Sa Es-
nho ja é tarde para pOr a panela ao Guilherme Henriques • • • 15:000
teves. • • • • • • • • • • 10:000
Donativos (Joao ~aulo da
IÙìne. · Manuel Gonçalves ••••• 10:000 21:000
-•Mas a alma nAo deve estar Manuel d'Oliveira Borgcs . . 10:000
Sil va • • • • • • • • • •
prtmeiro que o corpo ao menos ao O. Amelia Duarce Carval~10 10:000-
O. Carolina Alves Nobrc •• 10:000 O. Clementina Maria Re1s
Domingo, dando-lhe a comlda espi- D. Maria Beatriz da Fonse-
rltual que lhe é necessaria? ca Pinheiro Guimaries, • e Silva.•••• • • • • • 10:000
10:000 10:000
Oevemos pensar no corpo, é ver- O. Maria Ribeiro Seixas •
O. Guilhermina da Cunha José Antunes Junior. , • • IO!OQO
c!ade, mas a comtda podla Bear pre• Barbosa. • • • • • • •. • ro:ooo
parada de vespera ou levantar-se Alexandre Simoc:s . • • • • 10:000-
José Alves Lopes •••••• IG:000
Leonardo des Reis Baiao. 20:000
um pouco mais cMo•. O. Maria Martin, Proença
A todos, finalmente, eaposos e fi- O. Irene Rosa • , • • • • • 10:000-
Ferreira. • • • • • • • • 10:000 O. Maria Luiz.a Vilhcna Cou-
lboe, que seguem, lnfelizruente, o Luiz Maria d'Oliveira • • • 10:000
exemplo dos paes, o zeloso pastor tinho • • • • • • • • • • 10:000
José Ferreira Mello . • • • • 10:000
O. Amelia Martins •• • • • 20:000•
disse:• Se tivesseis um pouco mais O. Stveriana d'Assumpçao
de amor a Deus todas as dlflculda- Lino • • • • • • • • • • 10:000
des se aplaoariam e nAo faltarlels 4 p,e José dos Santos Palri•
Missa. nhas • • • • • • • • , • , 10:000
_ _ _,.....J._, HL l
No dia em que Oeus se importar José Manins . . . . . . . . 10:000
tanto de vos corno v6s vos lmpor- O. Maria Fernando Santos. 195:000 Eate Jo .. nalzlnho, q u •
tae& com Elle, que vos acontecera ?» D. ~1argarida Ferro Guima· vae aendo tao querldo e
No lar chrlstllo e praticante rel- raes. • • . • • . . . · · 10:000 procurado, é diatribuldo
nam a paz e a felicldade, no outro José Fcrnandcs d'Almeiùa gratuitamente e111 Féti111a
d:lo-se todos os dias scenas infer- (2.0 anno) . • • . • • , · • . 10:000
naes. O. Carolina Rosa. • . . • . 10 :000
nos dias 13 de cada mAs.
Hoje é a m1le que se zanga por- D. Maria Emilia da Cunha. I 2:::,00 Quem quizer te~ o dl-
que o marldo lhe nào satisfaz os Antonio José Valente (2.0 reito de O receber..., dlre-
caprichos, amanha é o marido que, anno) • • . . • • • • • · I 5 :()00 ctamente pelo e or re I Dr
depols de ter afogado a raz!o em Antonio Cannas (2 °anno). I 2::,00
tera da euviar, adeant•-
vinho, fara ouvlr expressoes de cole- D. Deolinda da ?llaia Abrnn-
ra e horrivels blaspher11ias a pertur- tcs • . • • • • . • . · • 5:000
damenta, 0 minimo de
bac o sllenclo da nolte. D. Rosa Marques Arada . • 5:000 dez mli réla.
i-
. Ano I I I
\ -
LEIRIA, 18 de .Taneiro de 1.0.QlS
--------·-'--,,.,---~--- I
N.• ~8
liii f:I ..........

---·
,_\.,'<'

Ijf
I
~- J

(OOM AP.ROY.:A.ç.À:O EOLESIASTIOA)


Dlreo-tor, Proprie-tarlo e Editor Adm1nlw'tradors PADRE M. PEFEIRA DA SILVA
DOUfOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS REDACçAO E ADMINJSTRAç.fo
:RUA D. N'UN'O ALV.A:.RES PE:REI:R.A.
Composto e impreuo na Imprensa Comercial, a Sé - I .eiria (BEATO NIJNO DE SANTA. IUIWA)

13 de Dezemoro
nadamente com o povo, intercalan- des e de Maria das DOres Fernandes
do-o. de jaculatorias e de supplicas Rendeiro, de Murtoza (Pardelhas), _
assignantes da Voz da 'Fdtima, que

·0F
pelos doentes.
A comunhao é pouco numerosa, tendo adoecldo co m urna bronqulte,
porque muitas centenas de pessOas tosse e muita febre, a ponto de
ORMOS:0 ;la de Inverno e
: um dos mais fprmosos do
corrente mh de Dezem-
~ • bro fol sem duvida o dia
13, commemorativo das
appariçòes e fenomenos
maravilhosos de 1917.
A noite anterior, illu-
minada por um luar sua-
• vlsslmo, sem urna nuvem
no ceu, sem uma aragem na terra, ti-
nha deliclado a ìmaginaçao e encan-
tado a alma.
A' noite magica de seductor en-
canto sucedeu o dia esplendido, ba-
nhado de luz, irisado de mii cOres,
estuante de vida e movimento, a lem-
brar aos homens- a ressurreicao glo-
riosa ap6z a morte e a immobilidade
do sepulehro.
O tempo magnifico, quasi primave-
rll, parecia convidar os fieis, de lon-
ge e de perto, a ir visitar o humilde
sanctuarlo d' Aquella que os pastori-
nhos de Aljustrel affirmaram ter apa-
recido em f atima para bem de Por- tras missas.
-
CAPEL:INHA DA COVA DA IRIA, .:om seu alpenùre em volta, vista de frente

tinham jl comungado durante as ou- olio poder tornar alimento, urna pes-
sOa amiga da mAe da menina e mtti-
tugal. Terminada a missa, da- se inicio a to devo ta de Nossa Senhora da Fa-
• Effectlvamente muitos grupos de bençilo dos enfermos, cerimonia co- tim a, vendo a consrernaçao em que
peregrinos se dirigem para a terra moventlssima que arranca sempre a mae se encontrava, pois que nao
bèm 1Hta, onde pousaram os pés sa- lagrimas dos olhos dos circunstante s. tem 0 1.Hra filha, dlrigiu-se a Nossa
grados eta Augusta Mlie de Deus. Depois da bençAo geral precedida Senhora do Rosario da PAtima, eo
Em frente do altar recentemente do canto do 1antun trgo, s6be ao tempo em que se estava a rezar o)
construido estao dispostas muifas de- pulpito o rev. Dr. Manuel Marques terço, no dia 22 de Outubro, dizen:.
zenas de doentes, formando numero- dos Santos, que durante vinte minu- do com muita (é: cO' Mlle do Ceu
sas filas. tos consegue prender a attençao do que vos dignastes apparecer na fAti~-
As missas succedem se umas 4s audi torio. ma, d ignai- vos tambem curar a me-
outras, celebradas pelos sacerdotes A's cinco horas da tarde ja se via nina Virginia.• Prometeu, ao mesmo
que previamen te se inscreveram para quasi deserto o locai das appariçoes, tempo , rezar o Rosario, com 15 me-
esse fim. p_ont@ de conver g@ncia das multi- ninas d a ca tequeze, rezando cada
Na sach ristia alguns' sacerd otes ou- does sed entas de lu z e de paz q11e um a a sua dezena, e dar a menlna
vem de cou fiss4'1 homens e rapazes debalde procuram no meio do bulicio Virgin ia a cada menina uR1a estampa
que nao ti veram .occasilio de se con- do mundo e que s6 cncontram aos de Nossa Senhora da fatlma. Nossa
fessar antes d e inicio r a sua via- pés de D eus junto da Virgem bcm- Senhora dignou- se ouvir ai mlnbas
- gem. dita. humilues préces. A ntes do tem po mar-
Os fieis qutr assi$lt!m as
mlssas V. de M. cado para a cura ja a menina estava•
rezam ferv otosamente as suas oraçOes cu raùa e j a, fol ~aw,feita a promessa
e guardam o mais profo ndo silencio. no diu 30 de Novembro. •
Ao mei l dia e mela horv, depols
d e se cantar o Gredo, rez;\-se a ulti-
Hs curas da f étima E111 cump rimento da prom essa
malìtln-sc uma e ffetLa , bem pequeni-
m a missa , a missa dos enfermos. O/Jtiveram eraças qae n conliecida- na, pélrn o cu lto.
E' ent!o quc a oraçào be torna mente veem agradecer a N ossa Se· • Nào calcu la (diz a 11o.ss& i oforma-
m ais in tensa e fervorosa e se eleva nhora do Rosario da Fdtima: dor~) como foi lindo assillfir a~ reci-
mais irreprimivcl para o Ceu. A menina VirEinia, de 3 annos de taçOcs do te rçu pelas 15 mcniAas I
Recita· se o terço do Ro1tario alter- edado, filha de Joào Carlos Fernan- Dizia-lhes eu: • V6s soill as pasto-
tinhas qae estlo a re:zar I• Ellas in-
,
ma e o abccsso re6enfou aem lnter- um filho, n1o podendo obter agua da-..
tusiasmaram·se tanto e rezavam tllo vençao médlca. Prometteu poblicar Patlma. se lembra de joelhar dean-
alto que se ouvla pela praça f6ra I a graça recebida, manaando um pe- te de urna estampa de N. Senhora
NAo fol o terço, foi o Rosario. Cada queno donativo em acçllo de·graças. da Fatima levando-a a heijar ao pae.
menlna nomeava um misterio. Que
llndol• Urna anontna de VIlar de Bes- O. P. ( Praia de Ancora), reco-
teiros, qt1e tendo uma Irma que du· nheclda a N. Senhora do Rosario da
Anna /oaquina Rodrieues, viuva, rante annos sofreu immenso dos ln- Fatima por um favor recebido nu111
da Murtoza (Ribeiro), atualmente na testinos, segulndo-se anemia, neu- momento de afliçllo, desejo ver pu-
America, que estando muito doente bllcada e~ta graça para honra e glo-
rasthenla e por fìm intercolite e ulce-
e longe da sua terra, recorreu a Nos~ ra no estomago, que a prlvou de se • ria de Deus e de sua Màe Santissi-
sa Senhora do Rosario da F.atlma
alimentar normalmente durante sels ma, enviando urna pequena quantla
que se compadecesse d'ella pois es- para auxiliar as despezas do culto.
mezes, agora se encontra bem.
tava tllo longe da sua màe e mais fa-
mllla l Nossa Senhora do Rosario di· O. F. F. ( Praia de Ancora), agra-
gnou•se ouvlr a sua préce. • D. Maria lzahtl de Saldanlia, da
Louza, que tendo invocado e recor- decendo a N. Senhora do Rosario da
Multo reconhecida agradece a Nos· rido a Nossa Senhora da Fatima em Fatima a sua valiosa prolecçao, num
sa Senhora e manda urna oferta para_ urna grande afliccao, promettendo momento em que a lnvocou, -envia
o culto. publlcar a graça, agora vem aerade- urna pequena quantia para as des-
Maria de /esus Fral{oso, casada cer esta e outras graças recebidas. pezas do culto.
~~,...,.-~----=-~
com Manuel .Tavares Rebimbas, da
Murtoza, assignante da Voz da Fati- D. Maria da Purificaçao Oodi- A. R. 'P . M. (Ancora). Em acçllo
ma, que estando proximo o seu par- nlzo, de LisbOa (R. da Estrela, 17- de graças por um beneficio que se
to, pediu com fé e devoçAo, a Nos- 5.0), que tendo-lhe o médico dito dignou conceder-lhe a Virgem da
sa Senhora do Rosario de f atima, de que devia ser operada em um joe• Fatima,. envia urna quanlìa para au-
guem é multo devota, que lhe conce.. lho, prometteu duas velas de cèra a xiliar as '1espezas do culto, desejan-
N. Senhora e urna novena de morti- do ver na u: Voz da Fatima• esta
dece a sua ~aliosa protecçao naque-
fica\òes e ComunhOes, lavando a graça para honra e gloria de Deus e
la hora. f 01 attendlda, pois nào po- de sua Santissima Mlle.
dia ser mais feliz. Chela de fé e re.. parte doenfe com agua da Fatima e
conhecimento para a Santissima Vir- melt10rou antes de acabar a novena.
gem de P.itima que se dignou ouvir
a sua supplica.
-A mesma, havla 6 annos que so-
fcia de uma doença, estando desen- Urna connersao
E' pois com satisfaçao que cumpre ganada dos médicos, chegando estes
a sua pcomessa, remettendo urna pe- a dizer que ella nao voltarla a s11,· « Cucujàes - Seminario das Mis-
quenlna off~rfa para o seu culto, pe- de casa, recorreu a N. Senhora da sOes Ultramarinas, 5· l · 1925.
dindo a publlcaçào na Voz da Fdti- Htima prometendo publicar a graça
ma. Sr. Director:
da sua cura, achando,se agora de
saiide. « ... Apesar de a Voz da Fdtinza ser
Maria do Cormo Tavares, casada, ainda pouco conhecida na Madeira,
com Antonio Tavares de Souza, do -A mesma pediu e obteve de N.
Senhora a cura dc um Sacerdote como V. Rcv.• sabe pelo relato da
Bunhelro, que estando multo doente,
doente que fazia muita falla. Além Senhora D. Elmina Corte, transcrito
com uma dOr multo forte, pediu a _ no ultimo numero, algumas pessOas
Nossa Se11hora do Rosario da Fatima d'esta~, de muitas outras graças se
reconhece devedora a N. Senhora teem ja ob lido graças por intermedio
que lhe valesse em tào grande i ffli-
enlre as quacs esta a cura de D. Ma- de N. S. do Ròsario. Entre estas, du-
. çao. No mesmo dia se sentiu melhor rante o ano frodo, sei que em Càma-
desaparecendo a dOr, ainda que con- ria Macleira, promettendo, se e,;ta
melhorasse, vir de UsbOa a Fatima a ra de Lobo~, terra da minha natura-
tinue doente mas com algumas me-
pé. N~o lhe sendo isso permittido pe- lidade, ol>teve a grhça de perder o
lhoras.
lo seu director esplritual, ira a pé execravel vicio do alcoolismo um vi-
Chela de fé e agradecimento, pa-
desde Leiria. sinho dos meus pals. Era um alcoo-
ra corA Nossa Senhora do Rllsario da lico con~umado e arrulnado pela ter-
P~tima, renJendo, lhe grac;.as de a ter •
Urna anonima de Coimbra (La- rivcl aguarctente que o minou e, aln-
attendido nas suas préces e pe'.J indo-
deira do Seminario) t'lgradece agra-· da novo, o le~ou ao tumulo.
lhe de novo a cura da sua doe~ça, • Ainda na ultima doença, n~o obs-
ae fòr da sua Santissima vontaJo. ça qu~ N. Senhora fez a urna pessOa
Em cumprimento da sua promessa, que a rnvocou em urna afliçào grande. tante a prc ibiç:lo do médico, ingerla
o abomìn11vel liquido. Urna visintia
manda um:i pequenina ofelfa para o a
sugeriu mulher desse infeliz que,
culto de Nossa Senhora. Manuel Maria da Silva de Vi-
la franca de Xira, que sofrendo sem ele ~~ber, misturasse algumas
sua esr.osa havia muito tempo dOres gOtas de a~ua da F~tima a < poncha •
Maria ]vsl Pata, casarla com Se- ( mlf>lela de aguardente, agua e as-
bastiao Rl>Urignes Praia, da Murtoz;i no est9mago que nao lhe permitiam
alimentar- se devidamente e· bastante sucar) gue ele costumava beber • •
(P.Mdélhas), que tenda uma grande Fez a m11lher corno a vislnha lhe
am çAo ua iua vida que lhe caus1va inflamado, der,ois de ir a Fatima em
Maio ultimo e ouvindo contar as tinha aconst'lhado. Da primeira vez
mu1tos desgostos, recorreu a Nossa
assom.brosas curas feitas por: inter- torROJJ-a, mas di\ segunda, quanao a
Senhora da Ratima com muita fé, e
cessao de N. Senhora da Fatima a esposa a preparava, disse- lhe o doen-
logo fol attfndida.
invocou com fervor no intimo 'cto te que lhe tiras!)e aquela abomlnavel
Em cumprimento da sua promessa
seu _coraçao e bebeu da sua agua, bcbida para loage da vista e que
manda u1111 pe,1uenina offorta para o
sentmdo pouces dias depois desa- nunca mais a queria tornar, pedindo
culto.
parecer a inflamaçào, achaodo-sccu- que nunra mais lh'a apresentasse,
D. Clciti/de Raposo de Souz,z rada. mesmo que ele um dia a viesse a pe-
d' Alte, de Alemquer ( Quinra da 80a Manda celebrar um1 Missa na Pa- dir. Dias depol-. o filho levou-lhe
para casa urna garrafa com a terrinl
Vista) em cuinprimento de uma pro· tima em acçào de gr.iças.
mesl:la peJe a publicaçao de uma aguardente, que tem sido a desgraça
graça quc., Nossa Senhora lhe con- Maria dos Santos AnnibaJ de e ruina de muita· gente ; logo que o
cede111 rcst11ui11do a sau Je a seu ma- Athouguia da Balcia, em pefigo de doen~ viu sòbre a me , a, ordenou
rido. vid.1. com unrn pneumonia dupla, que a deitassem pela janela f6ra.
sentiu melhoras logc, que tomou A intervençAo de N. Senhora foi
R:Jsl Pirzlieiro, (,je Santo Tyr· agua da Fatima. mais além : pois essa infeliz creatura
so), que tendo um abcesso na gar· nAo frequentava n Egrtja havia ao
ganta quc ~reclsava ser <>perado, cs- /osé Vicente Rodri(ltUs, da Ser- menos dez anos, parecenòo querer
tando !sso J\ combinado com os mé- ra d'_El·R~i, rambem com urna pneu- ·' morrer impenitente, porquonto res-
dicos, mvocou na noite antecedente mQnta, nao se lhe esperando melho- pondla com evaslvas a quem lhe fi-
com fervor Nossa Senhora Ja f all- ras, scntiu-se melhorar apenas que lava nos Sacramentos ; - contudo
J
· Vo~ da Fé.tl:me.

sabta ser critico o estado da sua 111edida da nossa lé e da nossa ple- • l 'J:!
doença. dade. Mas ella jA n!o era nova ••• ttriba
Porém. logo que bebeu a «poncha» NAo façamos como tantas pessaas mesmo muìto mais edade do que pa-
com égua da Fatima, mandou cba· que pensam farer algum favor • recia.
mar o Péroco. Dtus Indo passar vinte escassos ml- O Péroco sabla-o e, querendo o sèu
Confessou-se e comungou por vA- nutos A Egreja aos domlngos. bem como ella queria o do seu pas-
rlas vezes com santas disposiçl>es, Estllo all sem percebet bada do tor, diz-lhe um dia:
at~ que morreu na paz do Senhor. que se passa na sua presença nem - Deve pensar em assegurar a
saber o que é a Missa. . conUouaçao das suas obras •••
Subscrevo-me, etc1 Veem por urna vi/ha rotln.a, corno Preocupa-me tambem o f1:1turo da
Agostin.ho Martinho Vieira» lriam a feira ou a casa de urn estra- vossa pequenina proteglda.
nho, Passam todo o tempo a pensar JA fez o seu testamento ? •••

(Hssistamos aSanta
nos seus negoctos, a olbar e a con- - Ainda nao ••• mas ando a pen-
versar. sar ntsso. •
Outros, conservando ainda urna Ora tendo-se passado ja mujto tem-
Missa vaga lembrança do catecis~o, teem
o proposito de cumprir um acto re-
po, voltava, de vez em quando, o
roco A· carga :
Pa-

A Santissima Trindade ahi nos es~ Ugloso, mas que dekleixo e indife- - E esse testamento? •••
pera para receber as nossas ,home• rença I JA nao digo que o faça a favor da
ttagens e nos encher das suas ben- Chega-se o mais tarde possivel. sua parochia, ou do seminario ; mas
çAos. Nem livro. nero terço. Insisto a favor da vossa filhinha
a
Asslstamos Missa porque Jesus Se joelham é por uns instantes, 4 adopUva. Que reviravolta se V. Ex.•
Christo ahi nos espera para nos apll- elevaçào, as vezes um joelho no ar. lhe viesse a faltart
car os merecimentos infinitos da sua Olha-se curiosamente para quem en- Faça as coìsas de maneira que as
Paixào e nos prodigalisar os thesou- tra e sae, boceja-se, faz-se l;>arulho, suas intençoes sejam rigorosamente
ros do seu Amé>r. diio, se signaes de aborrecimento e respeìtadas ••. E' necessario confiar
Asslstamos a Santa Missa porque ainda o ultimo Evangelho nao esté\ a execuçà6 a urn homem experimen-
a Santissima Virgern,- os anjos e os acabado, jA estao na rua.
1
tado e consclenclo$o.•• Farla de V.
santos ahi nos esperam para nos au- ,Pobres christ!os I Ex.• um juizo pouco Hsongeiro se
xlllar com as suas préces. Que vator podem ter deante de vos visse com vontade de me res-
Assistamos porque a,s almae do Deus estas Miasas ouvidas assim? ponden • quem vier atraz que feche
Purgatorio ahi nos charnam pela voz ~ao nos esqueçamos que o Sacri- a porta ••• >
dos sinos para lhes obterrnos a sua ficio da Missa é o mesmo da Cruz. - Senhor Prlor, V. Rev.• tem ra-
libertaçào.
z~o, toda a razao, e eu sou exacta-
a
Assistamos Missa para- consolar
o Coraçao Santissimo de Jesus a
quem nada ofende mais que o es-
:,Hmanha .. .> mente do mesmo parecer.
- E entào?
- Ha de ser amanh3.
quecimento e a indiferença pela San- Era urna b0a, digna e santa mu-
ta Missa. lher, corno alg1.1rnae parochias teem •
Assistamos a Missa para obtermos ainda a fellcldade de possuir.
Mas quem podera avaliar o perlgo
o perdao de nossos pecados, o· au- ean que estào as colsas que se po-
Tinha o seu logar e cadeira pro- dem fazer ama11hà,- sobretudo nes-
gmento da11 nossas vlrtudes, urna pria e tambem o seu coraç&9 na eS?reja.
santa morte, a protecçào para as nos- tés nossos tèmpos em que cada dia
Cada rnanha, ahi petas 6 ou 7 hç>· se tmp0e por um descoocertante 1m..
sas familias e a prosperidade nos ras, viam-na chegar, alta, dtlgada, um
nossos trabalhos. previsto?
pouco inclinada, tao distinta, com os Aconteceu afinal o que poderia
Asslstamos A Santa Missa para a cabellos c0r de neve.
santlficaçao dn,:; sacerdotes e dos re- acontecer e que o Paroco tinha co-
Comungava, ia almoçar e voltava rno que presentido.
llgiosos qt1e sào as colunas da Egre- logo a occupar-se clas varias obras U m certo dia a Senhora X ••• nllo

-
ja, o sai da Terra, a luz do mundo.
Assistamos a Santa Missa pelos
da parocbia, tilo numerosas e flor-es-
centes.
a
apareceu Missa. Na vespera~ o sa-
oilenta mii mMibundos que cada dia ·crlstiio tinha notado que ella estava
Quando o sacristiio avisava o PA- engrlpada. Nao fez, porém, grande
entram ria elernidade. toèo de que a Senhora X •.• o pro-
Vamos a Santa Missa pela conver- curava, esta passava antes de todas .••
reparo porque, quem ha que n!o te-
sAo dos infieis e dos pecadores, pela nha. mais hoje, mais amaoha, a sua
e mesmo antes de todas as outras. gripesinha? ;
volta dos hereges e schismaticos, Ella, porém, portava-se sempre de
pelo triumpho tla Egreja. Em vista disto o Rev. Paroco man..
tal mo<lo que nlnguem se ofendia,
Vamos a Missa •.• por aquelles sabendo que era tudo para a gloria
dou sabe~ ,
que lA na-0 vào. Voltam dizer- lbe que a cr~ada fOra)
de Deus.
Assistamos a s~nta Missa tanto Ha uns mezes o seu Paroco dizia-l.
encontrar a Sr.• X • • • de manh!
quanto p'udermo~. Urna s6 Missa em morta na carni\.
I be em torn al egre de ar,tauso: De que morre·u ella? ••• Como ••. ?
vtda vale maj.s do que cem depois - S6 vos falta um cabeçao ao pes-
da morte. A que hora ••. ? Sofreu alguma coi-
coço e urna cor0a na cabeça I •••
.. a
Assista'mos todo<J os dias Missa; sa ••• ? Tud0 perguntas sem res..
posta.
se nilo podemos, mandemos qual- *
quer pessoa ' da nossa familia, e se· Nes~e tempo estava ella livre e A Mas, a partir d'esse momento a
tsto mesmo fòr impossivel, enviemos testa de urna grande fortuna. casa hontem tao sorridente e hospi·
o nosso Anjo da Oul!rda. Seu marido tinha rnorrido, assim taleira, apai:eceu fechada.
Assistamos a $anta Missa em ca- coino es1avam tambem mortos os seus Ficou envolvida como que numa
da instante Jo dia oferecendo a Oeus qc,is f1lhos. especie de rMe de ferro. •
todas as Missas que se celebram em S6sinha na vida, podia vortar- se Os amlgos mais queridos torna-
cada ponto do munda. para si mesma e fazer de si o peque• ram -se corno estranhos, suspeftos
Unamos a no~:slJ intençlio a todos no centro das suas grandes preocu- sobretudo a rapariguinha, quasi tan!
os actos qug,: Jesu;i Chriito ali faz paçaes. to corno o Paroco.
pela gloria de Deu,; e sa\vaçào das Esl.!olheu, porém, o gesto contra- No dia seguinte, avlsado nào se
almas. rio •. • «cJedicar-se aos outros;>. sabe por quem nem para què, apre-
• Digamos-lhe: • O' Jesus, que vos A SUii caridade extendia-se a fo- sentou-se, melo hesitante, um indivi-
iAlmolaes nest,,. momento pela salva- dos, a começar numa encantadora duo para regular o enterro.
çao do tnuni1n inteiro, abrasae-o to- orph~lsinha de guerra de que ella quiz Era, ao qu~ parece, um parente
do no fogo dn vosso Am0r•. encarregar-se, até ~os pulmoes do afastado que a Sr.8 X ••• nao conhe-
a
Asslstamos Santa Missa com fé, joven paroco que, as vezes, ia encon•
trar no confesslonacio caixas de re-
cia e que a velha creada nunca se
Iembra de ter vi"ìto.
com ardentP piedade, porque a par-
ticlpaçao nos meritos lnfinitos da buçados mlla~rosos ou um tapete que Ora esse senhor era o /urdeiro
Missa é essencialmente limitada pela o prescrvç1sse do frio. leea/,
, ~oz da Fa-titna

Hesitou em fazer ou nno o enterro malores encontrar, mais augntenta, D. Leopoldina Rosa Lopes • 10:000
clvii. exactamenle corno acontece com o Monsenhor Ferreira Lima • 10:000
Afinal léi se resolveu por um en- fogo, cujas chamas se ateiam tanto O. .Mar:ia do Sacramento Pi-
terro de setima classe a mistura com mais quanto maior a quantidade de res Moreira • • . . • . • 10:000
declaraçoes ofensivas para a memo- combustivel a queimar. Se soubessem · Pedro Garda -Rodrigues •• • 10:000
ria da defunta: a injuri~ que fazelll a Deus duvidan~ D. Maria do Patrocinio Bran-
• ••• Sua prima j~ tinha dado bas- do da sua infinita Bondade l CO. • • • • • • • • • • • 10:000
tante dinheiro aos padres mas que a Monsenhor 4,ntonio Maria
torneira 15e la fechar. A coisa agora Aos o.ssign.a:u:tes dos Santos Poi:tugal ••• 10:000
vae d'outra maneira ••• • etc. Algumas vezes acontece que a e~- ~e jornaes (9 mesino) ••. 10:000
Em vista d'isto o Pa'roco errtendeu pediçao da Voz da Fatima n!o po-
Baltazar dé Lima Fernaodes 10:000
por bem exigir os seus emolumentos. de es-tar feita antes do dia 16 e pode-
D. Maria da Piedade Adria-
dispOz as -coisas para o oficlo de !lO Antero, • . •••
rli mesmo ir até ao dia 20 de cada
corpo presente, acompanhou o cada- mes. Disto prevenimos os assignan- D. Joaquina Maria Barbosa
ver ao cemiterio e colocou sObre a Falcao. • . . . • . • . • 10:000
tes para que tenham a bondade de A. A. Falcao d'Oliveira ••
sepultura o· bouquet de violetas que esperar. Muito agradecemos que nos
10;000
a orphbinha, cuja dOr e lagrimas Carlos Joao Viegas. • ••• 10:000
avisem de qualquer irregularidade,
fazla pena v~r, lhe mandou. sempre involuntaria, neste servlço.
D. Anna Santos Mauricio•• 5:000
Emquiu'itò se estava aos offtcios, D. Rita do Sacramento Mou•
• J>(imo e a outra pessOa que o saco Alçada • • • • • • • 20:000
. .-companhava, davam sigoaes de lm- D. Francis,a de Sa Sotto-
paciencla, dlzendo : mayor Malheiro • • • • • 10:000
- Na.o acabar~o estas macaqui-: D. Maria dos Anjos Ferreira 10:000
ces? Transporte. • • • • 23: 18r:470 José Coelho da Cruz Leal • 10:000
A' ,Tipografia • • • • • D. Laura da Conceiçao Mar-
"' Expediçao e outras des-
425:500
ti ns • • • • • • • • • • • 12:000
Pouco depo1s, gavetas, comodas,
pezas • • • • • • • 80:000 A. A. • .. .. • • • • • • • • 20:000
armarios, estava tudo remechido e os Joaquim Vieira • . • • • • 10:000
v4rios berdeiros que depois chega- Soma • • • 23:686:970 D. Aurora Vaz Clemente
ram puzeram as m!os e nariz irreve- Subacripçlio M.arques eta Cruz. • • • 10!000
rentes nas coisa,s mais augustas pe- D. Maria Coelho • • • • • 10:000
las recocdaç~es a que andavam liga- {Continuaçao)
D. Marianna Teodora d'Oli-
4as. D. Amelia Barros Codho da
~,onseca • • • . • • . • •
...
10:0'00 veir-a . . . • • • • . • 10:000
Houve rlsos escarninhos, sobretu- Percentagens em terços, etc.
do a respelto do p~queno oratorio e D. Emilia Ferrdra Martins
de Carvalho . • . • . •• 20:000 (D. l\faria das Dort:s). • • • 224:500
4a secretaria. De jornaes, donativos, etc (O.
Repentinamente, por ciJcularem D. Ermelinda Simoes ••• 10:000
D. Izabel Arnoso . • • . • • 10:000 Maria das Dores) • • • • 276~5oq
-oatos de outros pretendentes, fize- De jornaes (D. Maria dos
ram- se lotes que se tiravam asorte. D. Eduarda dos Prazeres
Anjos). . • • • ~ . . . 45:500
Este tevou uns bordados em que Souza. " • • .,. . • • • • 10:000
Joao Vice_nte Taveìra Sar- De jornaes (anonima de Peni-
a ~enhora X ••• trabalhou tantos che). • . . . • • • . • 70:000
ann.os e que destinava a um frontal meato . • . . • • • • • • 10:000
D. Maria dos R. Martins •• Madame Andrade • . • ~ • 10:000
-to altar do Santissimo Sacramento. 10:000
D. Albertina d'Artayett • • 10:000
Outro levou um lote de brilhantes D. Maria Emma de Carra·
lho Figueiredo Calixto . . 10:000 D. Sara Mudat. • • . • • 10:000
destinados a urna Custodia. D. Alice Martins Mudal • - •
Mas a orpb:tslnha, tllo querida,
•ao teni com que pagar a sua ali-
.
D. Maria do Nascimento Lou-
re1ro. . • • . • . • • • • 10:000 O. Sophia Pires Neves Tei-
10:000

D. Maria Amelia Nuncs da xeira • • . • • • • . • 10;000


111entaç~o no proximo m~s. ... D. ~aria Julja Marques Fer-
Ponte . • • • .. • • • • I 5:000
• Joao Meodes Abranches • • 10:000 re1ra. • • . • • • • • •
D. Maria Augusta Gomes •
20:000
20:000
Toda esta ruina de um bem immen- D. Mari.a José Tinoco Borges 10:000
so, porqué? D. Maria Amu Velc::z Rolo. 10:000 D, Maria dos Anjos Tavarcs
Porque dizia a santa e dìgna Se- D. Cesaltina R6lo Salema • 10:000 Portugal. • • • . • • ~ 10:000
ahora X:. • • • hei de fazer o meu Francisco Alves Tavares ••• 10:000 Manuel Maria Porrao • • • 10~000
testamento amanh/J • quando afinal b. ~argarida Ferro Gt:iima• D. Maria Anna Barbosa • • 10:000
s6 o dia de hoje nos pertence. raes • • . • • ••••• 10:000 D. Rosalina Marques Pinto. 10:000
E a quantos nlo apanha despreve- Mario Raul Soares . . • . • 30:000 D. Carolina Pinho • • • • 10:000
nidos a mor"te, apesar dos rebates da
1
p_e Faustino Francisco Ma- D. Maria Augusta Barbosa • 10:000
consclencia e de tantas so11icltaçOes cieira • • • • • • • • • • 10:000 D. Maria José Portai • • • 10:000
amorosas da Pr.ovH:lencra, para pOrem D, Ludovina d'Oliveira .•• 10:000 Adriano Jo1>é Faustino. • • 10:000
em regra as colsas da sua alma t D. Joaquina da Conceiçao • 15:500 D. Albertina Gonçalves Bas-
D. Maria Palmyra de M.oura tos More! . • • • • . • 20:000
f ..
V ciga • • . • • • . • • • 5:000 D. Aurora da Natividade Sii-
- va . • • • . • • . .
Pah vras consoladoras D. Maria Estela Cuni1a Sil-
vei ra. • . . • • • • • • • 5:000 Valentim Louzada • • • •
10:opo
10:000
D. Maria da Conceiçao Cos-
(ije Je~ns aIrma Ben1gna Consolata) D. l\'1,aria Eulalia Mendes Ba-
rata. . .. . • • • • • • 10:000 ta Coelho • • • . • • • 10:000
4' Eu nao repilo uma alma quando D. Amelia Torres ••••• 10:000
D. Maria da Luz <:ttAboim
nela encontro miserias se tàmbem
eocontro boa vontade: quand& esta Veiga . • • • • • • 10:000 \lOZ DA FATIMA
exis1e, ha materia p,ima para traba- D. Ani~u t.,harters Lopes
Eate jornalzinho, qua
'
1har. O tneu Amor sustenla-se con- Vieira . • ••• 10:000
sumicido miserias : e a alma que se Antonio i\-1 •1 •a Dunrte ••• 10;000 vae sendo tiio querido e
me ap1esenta mais carregada de mi- D. Luiza J lcsos Costa •• 10:000 procurado, é distribuido
serias, desdé que tenha um coraçao D. Ma ria , 1 g. lica Correia. 10:000
grotuitamllnte em Fath••-
contrilo ·e humìlhado, é o que mais Jacioto Cv -r ia . . . • • • 10;000
Max. A. d• .; Remedros • • • . 13:500 noG diaa 13 de cada m61'.
me atrae, por que ,11ais urna vez me
p_ropotciona ocasifio de exerc~r a José J. dos Retnedios •.•• 13:500 O.uem quizer ter o di•·
inlnha Mihsào de mh,ericordioso Sal- D. .Maria l\h Jos Hemédios. 13:500 retito do o receber dire-·
vadòr. D. Maria dn I :armo Picter • 13:500 ctamsnte pelo e or re il o,
Assim e.omo o fogo se alimenta D. Delmira ,.\ lvares. • • • • 13:9-00 (era de enviar, adeant••
D. Maria Pia da Luz. . • •
da.mente, o 111 in Imo de
covst.mindo cc.mbu~tiveis, assira a 13:500
mi.nha Mi11eric.01dia se alimenta coe- Antonio Luiz da Concei~o. 10:000
sumindo miserias; e quanto mais e D. C<Hdalina Pires • • • • •. 1p:ooo dez mii .-éis. JN
....
Ano IJI N.• ~O


(COM APROVAçÀ.O ECLESIASTJOA)
Dtrec'tor, Proprietario e Edlt.or Admlnf•trador: PADRE M. PERElRA DA SlLVA
DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS RE.DAcçAo E ADMJNtSTRAç>.o •
BUA. D- N'UN'O ALVA.BES PEBE1:RA
Composto e impresso na Imprensa Comercial, a Sé - Leiria (BBATO NUNO DE SANTA MAIWA)

espreltava por entre as nuvens, dar• todo o povo, que a pouco e pouco
13 DE JANEIRO dejando longamente sObre a terra os
seus raios descolorldos e sem calor.
se vae retirando para os seus lares
distantes, levando saudades indele-
Na f6rma dos mezes anteriores, as no- veis de momentos tao preclosos pas-
ve horas jA uma multidAo enorme se sados na terra bemdita e sagrada de


G AJS ur_n :n°ncao, um longo
anno de glorias e trlum-
phos, girou na roda do
tempo sobre o poema
divinamente bello e en-
cantador de Fatima.
De 1 de Janeiro a 31
accumulava no locai das appariçOes,
junto da capella, do altar campai e
da fonte maravilhosa.
As missas prlnciplam e a onda de
povo vae engrossando cada vez mais.
0s Heis, previamente confessados,
approximam se em grande numero da
Fatima.

.
Hs curas da f atima
V. de M.

de Dezembro de 1924, Sagrada Mésa. Temos em nosso poder o relato-


centenas de milhares de Ao meio '1ia e trinta e sete minutos rio, longo atestado médlco, radiogra-
peregrinos acorreram de começa a ultima missa. Do alto do fia e fotografia, sòbre urna Importan-
todos os pontos, ainda os mais re- pulpito, o rev. dr. Marques dos San- te cura (mal de Pott) cuja publlcaçào
motos, de Portuial, a prestar a ho- tos, reza o terço, alternadamente com reservamoa para o mez de Malo.
menagem da sua veneraçao e do seu o povo, que assiste a missa com pro- Sabemos de mala, algumaa Ja em
amor a augusta Senhora do Rosario, fundo recolhlmento e viva emo~ao. noBSo poder, outraa que noa foram
na terra que com seus pés virgìnaes De tempos a tempos um cantico prometl das, devldamente autentica-
ella se dlgnou pisar. ac6rda os echos da montanha proxl- das por atestado médlco.
Que espectaculos de fé e piedade ma, repercutindo- se de quebrada em
colle..:tivas se desenrolaram alli dean- quebrada. Que quadro Impressionan- Entre outras recebemos as StEUin-
te dos olhos maravilhados de crentes te de belleza e magestade augusta tes cartas:
e incredulos I Que confiança profun- offorece aos nossos olhos maravllha-
da e inabalavél a das multidOes ali dos a mole immensa de povo ajoe- «Sr. Director da VOZDA FATI~
re11oidas, no poder Infinito de Deus e lhado em face do altar, naquelle tem- MA.
n.1 valiosa intercessào matemal de plo sem limites que tem por pavimen- Peço a V. o favor de mandar pu-
Maria Santissima I Que scenas in- to a terra ntia e por cupula a aboba- blicar no scu jornalzinho a graça que
comparaveis de cariadde para com o da do firmamento I minha esposa obtcve da Santissima
proximo em que se distlnguem corno E' agora o momento solemne da Virgem do Rosario da Fatima.
protagonislas os admiraveis servos de comunh!o. Centenas de pessOas, de No dia t de Junho de 1923, Maxi-
Nossa Senhora do Rosario. Que paz todas as condiçOes, recebem o Pao mina da Piedadc, do legar do Casa}
d'alma, que fervor de devoçao, que dos Anjos, que é mlnistrado pelo ce· da Fontt, freguezia de Asscntiz, con-
resignaç~o assombrosa nos doentes lebrante. celho de Tot res Novas, dcu a luz
de toda a especie que alli jazeni ho- O e Bemdlto e louvado seja, é can• urna menina, tendo urna hora fdiz.
ras e h1,ras, aos pés d' Aquella que é tado por milhares de bOccas, que as• ... No dia 7 do mesmo mez pelas 6 ho•
chamada justamente a SauJe dos en- sim protestam eloquentemente a sua ras da tarde, acometcu-a um acésso
fermos. fé viva no mysterid augusto da pre- de delirio extraordinario, e comcçou
As f ori.;as demolidoras do mal nllo sença real de Jesus na Santissima a reslir a devoçao das cem Avé-1\la-
teem ce:,sado de assestar as suas for- Eucharistla. rias. No dia 8 vendo-se ceda vez peior,
mida\lt'1:-. baterias e de fazer fò20 vi· Termina a missa. Em segulda da-se o mariJo saiu eh amar o sr. Dr. Gon-
vissrmn cunlra as muralhas d'aquella a bençAo com o Santissimo Sacra- çalves, dos Soudos. Este deu poucas
fortalt"za lnt-xpugnavel, que é o terror mento aos doentes. Est.es sAo em esperanças de melhoras.
dos s~·u~ 11/imigos. grande numero. Numa cama portati!, Por mai! esforços que se fizessem
E o :-ublJme poema de Fatima la collocada em frente do altar, no re. nao se conscguia obrigar a docnte a
• continu~ a formar~11e, a crescer, a cinto destinado aos doentes, jaz urna tornar alguma coisa . Desde que a de•
multiphCéH, l1e dia a dia, as suas es- senhora nova gravemente t'nferma. mencia a acomttéra, nao dormia coisa
trophes, !-ctnpre bellas, ~.,.mpre puras, Nas feiçOes reflecte se lhe vis,velmen- algumo de nr,ite, t de dia era preciso
semprn harmuniosas, tlehdando e ar- te a grandeza do 1ioffrimento que a estar sempre a scgura-la para ella se
rebat;111uo a todos com a delicada tortura. O seu estado lamentavd rns- nao de!>pednçar Quando se sentia pre•
maviosidade e a ·doçura encantadora plra a tod,)S os que a veem a mais za mordia no que encontrava se a dei·
dos seus versos divinòs. sentlda compaixao. Durante a bençAo xava m. A' mcia noi te soctgou um
Neste dia, corno succede ordinaria· muitos enfermos choram cop,osamen· pOUCO C cntao tlS ('CS!'-08S que C:.tavam
mente nos mezes de inverno, o tempo te. Nao sao prantos de desespero, sao cncostaram •!ic urn pouco na esrcran-
estava bastante agreste; soprando da lagr1mas de commoçao, de esperança . ça de que a docntc iria dormir devi-
serra urn vento que nos enregelava e de amor, que lhes brotam dos olhos, do a estar muito fatigado de tanto
até aos ossos. confortando-os e consolando-os. labutar. Na manha do dia g pelas 2
Todavia, de vez em quando, o aol Por fim é dada a benç!o geral a horas, o marido chcgou com muito
Voz da Fatima
geito a porta do q'uarto pensando que havia 36 horas que a docnte nao to- gou tarde. Ficou para o dia 14. Lo--
ella dormia. Achou-a de o\har espa- rnava coisa alguma. O marido 110 go de manha ceJo fomos tcr com o
vorido que metia horror, olhou mui- chegar a casa e sabendo o que se es- t{ev.•0 p,e José Machado Fcrreira
to P..ara elll'! mas nao lhe disse nada. tava operando na esposa, nao poude para o ir confessar e dar-lhe a Sa•
fentaram novamente aplicar-lhe contér as lagrimas de suprema ale- grada Cornunhao, o que tudo se fez.
os medicamentos segurando-a o ma- gria, pois pensava estar ja viuvo a~uc- Uepois o Sr. P. 0 dcu-lhc :igua a be-
rido pclos pulsos, mas a desgraçada la hora. Entrou no quarto, sentou-se ber e a mae pcgou na terra santa
tanto barafustou que na0 poderam na borda do leito mas nao dizendo juntarnente com a agua, esfrcgou-lhc
ser senhores della. Procurava até as nada. Ella entao respondcu : ao mc- a perna dur1rntc 3 <lrns e bcbc::u agua
,., maos do infeliz marido para as mor- nos diz adeus ! mie vendo a mudan- nove dias.,. Nesse dia o docnte nao
der. Todas as pe:sso,s que assistiam ça quc se tinha opcrado em sua es-, quiz fatar com a familia, mandou
iaquella scena horrorosa i-ahiram pa- posa, a companhcira de seus dias, a fcchar a porta do quarto e e!itcvc a
ra a sala com os olhos mnréj :1dos de muico custo poude contcr as lagri· rezar todo o dia o Ho~ario. Quando
lagrimas, emquanto o pJbre mnrido mas. Pt:rguntou -lhe ella porque esta- se chegou a noutc, estando a familia,
encostado a pona do quarto lamen- va tao triste. Niio é nnda, respondeu uns por um lado outros por outro,
tava a triste situ;1ça,1 ern quc ia ficar. elle. A.e; pessoas que ·a tratavam an- o doente levantou-sc da cam:.1 e co-
Entao a dc..-sventurada, no auge do daVRm a passos lentos, receiando que mcçou a andar pelos qnnrtos, mila-
maior acésso de dcli rio começou por a doente se tornasse a transturnar grc da Virgcrn Santis~1mn e princi-
rasgar as roupas. Até pux:1Ju pelo dcvido a grande fraqueza l'm quc pio da sua cura. Dep Jis d'isto, po-
rodaP.é da cama e csmordJç0u o co- cstava. E~ta ignorando o que se ti· rém, ao docnte apar1.:cer.am nas cos-
rno se fo'.)se um animal raivoso. A nha passado, dl!cidiu se a dtzer: p6· tas dois tu morcs como <lois ovo~. Ao
um tcrço, quc· a doentc tinhn pcn- dem andar e fallar a. vontade quc cabo de seis dias chamoJ-se o médi-
duradQ no li::1to e dc quc tanto gosta- nao me doe a cabcça. Até aquella da· co que mandou por panos d~ . a~ua
va, lançou-lhe as maos e despcda- ·t~ n:io tinha alimento algum rara a quente e os lancetou, e agora estar
çou,o todo. O marido contemplando reccm nascida scodo preciso chega• melhor, graças a Mac Santiisima.
aquella scena dcsoladora ja pl!dia a rem-na ao peito d'a_lgumas visinhas. O doentc fez promc·,;so dc ir todos.
Dcus q u~ a lev,1sse ou q uc tiws"e E desde aqudle dta começou a tcr os dias ti Mi sa durante um nnno».
compaixao dum e doutro. U q ue nao sustento com tanta abundancia que
podia era vél-a a penar tanto. Vollou ainda criou alem desta, urna outra Obtiveram graças que re'conheci-
11ovamentc a eh tmar o méJico, nao menina duma criatura quc foi ser danumte. veem aeradecer a Nossa.
lhe restando espcranç1 alguma de Ama dum menino dum sr. capitao. Senhora da Fatima:
mclhoras, lamentando a ,;ua triste Graças a Nossa Senhora da Fatima,
sorte e de quatro filhinhos que tao · pas,;ados poucos dias cstava comple- «D. Mn;ia da Conceiçfio Bernar·
novos fic.\vam sem o abrig,1 da pobre tamente restabclccida scntindo a mais d}rz<?, de Ilio ~\aior, cfuc t..:nd.:, 1do a
l'attma e descJando trazl!r agua mi-
ma.e. No meio dcstes tristes pcnsa- perfdta sau.Jc, da qual ainda hoje
meotos ocorreu-lhe um I iiieia. A de
invocar Nossa Sen h 1ra ao Rosario da
g6,;a e c;ua tìlhinha.
Esta ~nhorn conta que, pouco
raculosa dc Nossa St:nhora, levando
para isso um garrafao, que pbr acaso
se quebrou na viag..:m cum uma fen-
'
Fatima: «Stnhora I Vas sois a con· mais ou meno:i quando i nvocaram ,a da no fu.ndo.
so/adora dos oflitos, COf!SOlat me Scnhora da Fatima, no scu espirit9 ,
houvè corno quc o reflcxo d'um re- Aconteceu, porém, elle nao en-
tambem a mim, dde a s11lide a minha tornar scqucr urna g,">ta d'essa agua
~soosa e n/Io deixeis ficar meus po- lampag,> na mais escura noitc dc in- bemdita, ao passo que entorna bas-
bres filhinltos tào peqaeninos seni o verno e corno quem csta morta e tante agua doutra qualquer procc-
abrieo da mtie I• Prometeo dar uma torna a vida. dencia. L>escj tndo ver c<1ta graça, que
csmola conforme as suas forças se a Foi P,Ois com muita satisfaçao que N. Senbora lhe conccdeu, pl)blicada
Virgern lh : concedesse C!>ta gruça. esta f.11nilia foi com a protegida de na «Voz da Fatima», desd~ ja agra•
ChegJndo a casa do médico e co.1- Nossa Senhora a Fa.rima no dia 13 dece antecipadamcnte»,
tando o estado d.i docnte pediu-lhc d'Outubro de 1923 Agradecer a Vir-
pira elle la voltar. Este respondeu gcm do Rosario tao grande e impor•
que nii. 1 ia la fazer nada, que levasse tante favor ! «As Irmiis Terceiras Dominicanas
um reméJio mais forte, e se nio ohe• Peço a V. o favor de desculpar mi- Portuguésas, da Congregaçao de San-
deces,e aquelle, cntao nao obcdec:e- phas dcsalinhavadas palavaras, tio ta Catharina de Sena, cstabelecidas
ria a mais nenhum. Mas voltemos singélas corno verdadeiras deste que em Limeira, Estado de S. f>aulo, -l

ao que se passou em casa da doente. se :.u bscrevc Brazil, agrade::cem a Nossa Senhora
M. F.> do Rasano da Fatima a cura d'uma
Emquanto o marido da pobre demen- das suas Irrnas, ae nome Maria do
te chamava o Or., as pesso,s que tì- Rosario Figueiredo, que estava ha mc•
caram ao pé da doente, vendo os « ••• Vou agora contar o milagrc
.gestos que ella fazia, uivando corno que a Virgem ~antissima quiz fazcr zes com lebre e, tendo-se feito urna
o., animais ferozcs, rasgando e mor- n'esta minh~ frcguezia dc Candela- novena a Nossa Senhora do Rosario
dendo tudo o que encontravs, que ria (llha de S. M1guel) em quc te· da Fatima, a febre desapareceu Gra•
mos corno Padroeira Nossa Senhora ças sejam dadas a Virg~m Santissi-
-cau'iava profondo horror, unidasnum ma!»
cspirito dc fé viva, rnvocaram Nossa das Candeias.
Senhora do Rosario da Fatima, com Jm;é Jacintho de Araujo, de 17 anos A illustre familia ingleza Harney
urna confiança inabalavel, que s6 ella de edade, filho de Manuel Jacintho oferece a N. Senhora da Fatima uma
é quc podcria p8r termo a tio horri• de Araujo e Gertrudes do Carmo, quantia em prova de reconhecimento
vel sofrimento, prometendo cada pes- tendo ndoecido cm maio de urn ata• por graçaa recebidas.
stia por si o quc: a sua fé perm1tiu. C\Ue de reumatismo, ficando aleijado
Graças a Nossa Senhorn da Fatima - sem se poder mechcr na cama, tcn• D. Pkdade de Almdda (rua D.
as suas préces fò:-am ouvida, ! do a perna dircita torcida, chcgando Estcphania, 113, Lisboa) egualmente
Passados 20 minutos, ou o muito, ultimamente a atacal-o no coraça'>. manda urna quantia para N. Scnho..
meia hora, a doente scntou-se na ca- Mandou-se chamar o médico, mas ra em agradecimcnto de se ter cura•
ma, as pess&as que esti\vam foram nada lhe ft:z bem 7 até quc ultimamcn• de dos c(eitos dc urna queda grnc.
pira a obrig1 r a ddtar-sc. Outra pcs. te o m~dico acclarou (cu mcsmo
IIÒ.t, porcm, disse: csta socegàda, dei· sou testcmunha), que o meu cunhado D. Maria de Lo11rdes de Barctllo~
xemo-la estar, e puzeram-lhe um nao cc;capava. Ne:1ta altura cu disse Coelho Borg-es (Angra-llha Tercei-
chale pelas costa,. A doente, corno ao doente quc recorrcsse com muita ra) vem humildcmemc agradecer a
-qucm acorda d'um sono, perguntou: fé a Nossa Scnhora do Rosario da N. Scnhora do Rosario da Fatima
() que estd. csta gente: aqui a fazet? Fatima, quc ia mandar buscar a 4gua uma grande graça rccebida. 'b
A seguir pcrguntou lhe a mie se santa e ella o curaria. Ficou o docn.
queria tornar al~uma coisa. Disse-thc te com muita fé li espcra da •sua. Fof D. Mllr/c Emll/11 P/gntlttl/l Qatl•
q_uc sim, e tomou urna chavena dc cntao que eu cscrnl a V. Rcv.• pa• roz, (Casado Cruzciro-V1zcu) agra• J
Jcitc com todo o apctitc. Todas as ra m'a mandar. Ella chcgou cll no dccc a N. Scnhora do Rosario a gra•
pessou que cstavam fic~ram c~D'?o dia 13 dc Outubro, nao poàcndo ser- ça da cura d'um seu 61hinho grave-
pt;trilicados com o que v111m pois Jli vir-se d'ella nessc dia, porqae che- J mente docntc. Tcodo fcito uma n~ •
L, '

joven de qulnze anrtos, que guarda-


vena e dando a beber ao doentinho
~gua da fonte das Apariçoes, ao se- H·pequenina .apostola va urna vaca e al2umas ovelhas dt
sua mfie emquanto ia fazendo cro-
gundo dia da novena o doente come
çou a melhorar sensivelmente e em Um domingo, quasi ao fim da Mis- chet.
breve se restabeleceu. sa, o zeloso p'1ròco achou~se subita O seu nome de Cbrlstiana conver-
e gravemente doente. Mal teve tem- teu.se no de Crieri porque era co-
U m devoto de Nossa Seohora da po de se desparamentar e, sem po- nhecida.
Fatima (Monç1fo) agradece a SS. der attender um nucleo de pessOas Um dia vendo passar, banalmente.
Virgem da ~Fatima a cura que urna que em volta do confessionarlo o es- de clgarro ao canto da bOca, os ho-
doente grave obteve por sua i nter- perava e dar andamento a outros as- rnens que levavam para o cemiterio
cessao. sumptos. teve de recolher a cama. a velha Maria sua amlga, o sangue
Passados oito dias o povo voltava deu Jhe urna volta, Enlrou na egreja
D. Aurelia Val do Rio Henriqaes para assistir ao enterro do seu muito de paredes esverdinhadas, poz itgua
(~. A!3g~a do Heroismo 2, a Estefa- querido e estimado director e pastor. benta num copo e espalhou a com
ma, L1sboa) achando-se doente e afli- Varias comissoes fOram pedir ao trìsteza sObre a tumba.
ta por duas vezes no iotervalo de al- Prelado a nomeaçao de novo p~roco. Os homens otharam para ella e
guos mezes, prometeu a N. Senhora Elle, de coraçfio angustlado e os sorriram-se com um sorriso que nao
se a aliviasse, de enviar esta declara; olhos chelos de amarguradas Jagri- era de reprovac;ao.
çao para o querido jornalzinho <tVoz ' mas, via•se forçado a .responder que No outro dia a pequena Cricrl
da Fatima» o que faz com o m aior nao tin~a quem mandar pois que o agarrou numa vassoura e numa pci e
prazer para honta da Santissima Vir- Seminano nlio dava o clero suficien- foi limpar a egreja.
gem. te nem elle poderia privar de paroco Abriu a sacristia, arejou os para-
outras freguezias egualmente neces- mentos, limpou o p6.
D. Maria d_a Conceiçào Pinto Ro- sifadas.
tlta, (Il. Candido do_:; Reis, 7?,-V1a-
n3: do Castelo), deseia que sejam pu-
Urna ou outra vez la passava pela •
Surpresa do Sacerdote quando
freguezia, vel6% corno urna setta, al•
b!J~adas na «Voz da Fatima,> asse- gurn sacerdote que mal podia demo- cbegou I •••
gutotes graças :-A cura d'urna feri- rar-se uns instantes. O bastante para Pela primeira vez aquella egrej,
da quasi instan~anea com_ a aplicaçao morrer••• mas insuficl'ente para vi- Jhe deu urna lmpressiio agradavel.
da agua da Fauma dcpo1s de ter in- ver. · -Foste tu que fizeste isto, Cricri?
vocado N. Senhora com muita con- * c.• -Sim, fui eu ••• respondeu ella
fiança. c6rando.
A cura de u~a creancinha que se No principio o povo procurou de-
fender-se..• -Esté bem t Visto isso vou tocar y
enc.ontrava mutto mal e que ap6s para a Missa. Ha de sec um toque
me1a hora de ter tornado aro cha Havia urna pessOa que mandava o
'· seu carrinho para que um sacerdote de festa I ,,
das flblbinhns das arvores daquelle viesse adrnl11istrar os ultìrnos Sacra- Apareceram cérca de urna duzia
logar santo e de ter invocado N . Se- de creanças e trez pessOas maìores.
nhor_a da Fatima com a promessa de
mentos, celebrasse aos domingos, fi.
zesse um poueo de catequese, bapti- O Sacerdote deu a cada urna um
1 publtcar a graça obtida, foi repenti-
zasse e assistisse a casarnenlos. santinho encontrados pela pequena
na.mente curada a creança. Vem pu- Depois era o sacerdote que, de bi· em urna gaveta.
bhcamente agradccer a N. Senhora cycleta ou a pé, por la aparecla to- - Crlcri, queres ajudar-me assim ,
todas estas graças e favores, corno dos os oito ou qulnze dias. todos os olto dias••• ?
tambem as melhoras de duas pess6as Todavia a vlda moral ia enfraque- -Quero sim, senhor Padre, da
doeotes e d'urna a quem N. Senhora cendo .•• melhor vontade.
defendeu duma ma companhia, afas• Ho uve prlmelro um enterro clvii••• -No proximo domingo, reunidas
tando-lha quando essa pessoa c6rria d~pois rnuitos outros. as creanças, virei f~zer Q catecismo
para um camiobo mau. Primeiro um casaménto civil••• e helde-lhes trazer premios••• A ti,
Juntameote algumas pess6as lhe depois outros se lhe seguiram. nomelo· te minha ccoadjutora•.
pedJm para serem publicadas as suas A descida acentuava-se. -Oh I senhor Padre l , .•
acçot:~ de graças por muitos favores O povo acostumou-se a ficar em O Sacerdote, porem, oao vottou
receb1dos. mais.
casa nos domingos em que chovla •••
depois mesmo quando o tempo e3- Quando chegou a casa encontrou
Maria Benta, da Mata dos Mila- ordem do seu Prelado para lr para
tava bom.
gres (Leiria), que tendo um seu filhi- outra parte onde a falta er.a ainc;la
nho de dez mezes de edade doenti· Urna velhlnha de oitenta annos,
·antfgamente de comunhAo diArla, mafor.
nho .com enterite, tendo-lhe o médi- Sem nada dlzer a ninguem, a pe..
c.., dito que nada havia a esperar, re- morreu sem Sacramentos.
-Para que servem elle• t. • • dls· quena sentiu intimamente a falta de
correu com muita fé a N. Senhora s~ram os visinhos. coragem a lnvadll-a ; chorou .•• sen•
da Fatima, dando-lhe a beber agua tindo como q ue as azas q uebradas. •
da Fatima, começando logo a creança Sem caixio nem nada (aa tabuas
estao multo caras I) assim a levaram Depressa, porém, sacudlu tao trls-
a melhorar, cocontrando-se hoje rcs-
tabelecida. · quatro vlsinho8 para o cemiterlo e
li a meteram numa cova com menos
tes lernbranças.
Quasi todoa os dlas reunla
creanças perto da sua vaca e expll·
,s
D. laurinda Marques, (R. da C. respeito e sparato do que farlam a
um animai qualquer. cava-lhea què n6s estamos no mun•
do Ouque de Laffies, ,p, Beatq-Lis- do para conhecer a Deus para o
Ma), que numa necessidade temporal Acabado iato fOram A taberna be-
ber uma pinga• amarmos e aervlrmos. .1
.recorreu a N. Senhora da Fatima Lia· lhes Boletlns paroquiaes e ou~ t
-scnJo attendida. Tudo lato sem odio nem mA luteo•
çio, ,-em eacandallsar nlneuem. Era troa jornaes catholicos, quando con-
Envia um donativo para N. Sc- segula havef· oa.
ohora.
o habito que vlnha••• vlnha, • • .
Comer, beber, dotmlr, trabalhar••• Apeur da sua tlmidez la ver (>S
para nada d'isso, nem 01 bots nem doentes, ajudava bell'! morrer os mo-
Maria_ da Conctiçll.o da Sllva Mat- • os homens tinbarn necessldade de· ,tbundos, recitando·lhes as oraçOetr
los, covi-a u~a qu11ntia para N. Se- .ta agonia e rezava junto dos mor-
nh•>ra da Fauma em agradecimenio pliroco.
·dc a ter curado duma grande queda Dorme, pois, para ahi velho pres• to,.
byterlo, antlgamente tlo viva e aco- Teimosa, fazlì patar os enterr.QI v
que deu d'urna varanda abaixo para deante da egreja, la accender as \v~
um lagedo, quando, crtada de servir, lhedora casa... fecba as tun Jaoelas.
corno um morto fecba os olhos•• ,. las e nao delxava que oa cadavere& ,
sacudia um upete. fOssem para a ttrra sem aa ben*&
f
O tcu papel de •l1ll1nte amor
acabou. de Oeus. ·
dia ,, Agora prealdea a um cemiteflo A pouco e pouco a sua lnterven-
A Missa do melo dia é celebrada de••• atmas. çao fol julgada indlspensavel e '·11.
'por lntençfto dos peregrino&, prhicl- • mesmo todos cootavam com ella.
A' tarde la 4 egreja recitar o .jeu.
palmeate dos doentes. No e-ntaato, tiavta H aldela nma .1
i

,, '
erço e quando havia muita gente,
1
ac afunda tanta gente, desviando-se D. Vi via Street d' A.rriag1
recitava-o alto. " do Yerdadeiro culto e amor a Peus? Braamcamp SobraL : , • 50:000
Dia a dia o apostolado la-se tor- Quando Moysés, passaaos quaren- D. Michacla Caroço • • • • 10:000
nando urna necessldade para a sua ta dias, desce do Monte Horeb en- D. Marianna Vilar. . • • . 10:000
alma. contra ca em baixo, na planicie, os D. Elvira Serranho Montciro 10:000
Como um passagelro sonhador de- israelitas extasiados em adoraç~o a p _e Joiio Augusto de Fari.:i.. 10:000
bruçado nas grades do navio se per- um bezerro d'oiro. D. Maria da Encarnaçao
gunta a si mesmo em que ponto do Ora quando os povos deixam as Mourao • • • • • . . • • 10:000
oceano se encontrara, asslm Chrls- alturas serenas e limpidas da Egreja Jeronymo Sampaio • . . • 10:000
tiana se demorava as vezes de notte embrenham-se ca em baixo numa D. Ma ria Primitivo Ca~tro. 10:000
A janella a contemplar o ceu, semea- apertada rMe de supersti~~es e, se José Caste1lo Branco e Castro 10:000
do de estrelas, no meio das quaes nao adoram o bezerro d'oiro, adoram Manuel Araujo Pereira••• JO:ooo
voga a terra... esta t4o pequenlna o oiro do bezerro, dlvinisam as P.ai- Manuel Pacheco • • • • • • 10:000
terra I ••• x0es tornando-se similhantes aos ani- D. Rosalia Maria de Pina.• 10.000
E, de maos levantadas pela emo- maes irracionaes, escravos dos aen- Condessa de Nova G3a. • • 10:000
çao, bradava alto no melo da noite: tidos. D. Maria da Conceiçao Fcr-
Pae Nosso, que estaes no Ctu. ·Todas as almas necessitam abso- nandes Cadeco. • . • • • 10:000
E o seu exemplo fazia que outros lutamente de Deus. 01 mesmos que D. Maria José da Sii va. • • 10:000
levantassam tambem os olhos para o o negam ou o nào amam sào afinal D. Guilhermina Fontes Pe-
Ceu .•• os mais preocupados com esta idela rci ra de Mello. . • . • • 10:000
• que nào p6dem apagar da conscien-
cia. Estes parecem-se um pouco com
D. Emilia Augusta da Luz.
D. Marcelina Carneira. • •
10:000
10:000
E assim, ha .cinco annos, esta pe-
quenina apostola, urna aldeà quaai as creanças que, no melo duma flo- D. Luiza de Jesus Manso •• 10:000
desconhecida, conserva viva urna resta, tomam a resoluçào de cantar e P.e tuiz Caetano Portela . • 10:000
falsca que urn dia se converlera ern fazer barulho para espalhar o médo. D. Deolinda da Purificaçao
incendio. Nào àdoram a Oeus nem a Jesus Co~ta • • • • • . . • • • 10:000
-As almas hllo de incendiar-se !... Chrlsto mas tremem se, por exemplo, D. Maria Pereira dos Santos 10:000
Christlana tem a certeza d'isso. estiverem 13 a mesa ou virem uma D. Maria de Jesus Lacerda. 10:000
Quando ? E' segredo de Deus. borboléta préta. D. Elmina da Cruz C6rte • 25:000
La além, em qualquer parte esta Nào acreditarào nos milagres, na Joaquim Pedro da Silva .• 10:000
urn seminarista da sua edade.••, um Egreja, 110s Sacramentos, mas invo- D. Maria da Piedade Fajardo
joven generoso que offereceu os seus carào as almas dos mortos e crerào Magalhaes Monteiro •.• 10.000
vinte annos ao Creadoi••• e que se nas pancadas de urna- mésa. D. Ludovina de Jesus Lopes ro:ooo
piepara para vir, aqui, um dia, exe- E quanta gente que se diz catholi- D. Elvira Rosa da Cruz •• 10:000
cutar a obra divina. ca, que fez profissào, no Baptismo, D. Maria das Mcrccs Bianchi
E se esse joven nao encontra a de renunciar ao demonio, vae pres- Coelho Borges . • • • • • • 10:000
egreja a calr, a fé moria, as almaa surosa con:iullar feiticeiros e recorre De jornaes (P.e J. dos Rcis). 10:000
fechadas para sempre a fé, sera por a outros meios reprovados pela Egre- Dc jornaes (Francisca Fiti-
causa d'essa creança externamente ja. loro que quatquer doença ou di- pa ldi). . • • • • • • • • • 117:000
semelhahte a todas as outras, de ficuldade a aflige ? De jornaes (J. Oliveira Dias) 36:000
qU'èm as vezea ,algumas pessòas se Que o numero 13, pois, trazendo D. Maria José Assis Gomes. 10:000
riem, mas que os velhos, la da outra A lembrança o crime de Judas, nos Joaquim Domin~ues Urbano 10:000
viaa, e os anjos contemplam com conslitua na necessidade de evitar- P.• Manuel de Souza . . • • 10:000
admiraçao, pois que ella guarda o mos as traiç0es nllo menoa hedion- D. Joscfa Carolina de Matos
,f0goa ..• o f0go que é o Amor••• o das que fazemos a Oeus com os pe- Chaves • • • . • • • • . 10:000
f0go que é Deus I cados mortaes. P.• Francisco Joaquim da
,t I E' necessario viver a fé e que esta Rocha. • • • • • . • • • 10:000
. nao seja s6 de ~alavras. Ayres Gomes • . • • • . • 10:000

O numero 13 D. Emilia Nunes da Rocha. 10:000


D. Laurinda Marques •••
Abrigo P,ara os doentes D. Maria do Patrocinio Cha-
10:000

. • peregrinos da Fatima ves • • • • • • • • •••


D MMia Clara da Silva Lo-
10:000

bo. . • . . • . • . • 10:000
Transporte do n.• 27 • 526:000 D. Palmira Garda. • ••• 1 5:75o
Jollo Severino Oago da Ca- D. Lcopoldina Pacheco ••• 15:750
mara. . . • . . . . . 10:000 D. Carolina Cabrai .••• 4 1:35o
D. Ouilhermina Alvares For- p_e Joao Ramos Ferreira~ • 10:000
tuna. • • • . • . . • 12:500 D. Maria da Apresentaçao
SubscrlpçAo aberta pela David Gonçalves (5 assi-
fx.111 Sr,• D. Camita No- gnaturas) . . . • • • • • 50:000
guetra . . . O. Maria Rodrigues Ferros. 10:000
Soma••• D. Anna da Silva Barreto • 10:000
Dr. l'..uiz d'Oliveira. • • • • 10:000
D Anna Charters • • • • • 10:000
Comendador Joao Curado . 10:000
P.• J osé de Ceiça . • • • • . 10:ooa
Deapezaa D. Conceiçao Mnrtins da Ro-
Transporte • • • • 23:686:970 cha . • • • • • • • • • • 10:000
Tipografiia (19:000 exem· Ignacio Antonio Marques, . 10:000
plares) . . • • . D Virginia Vieira Dias••• l z:OQO
Outì"as dcspezas. • • Madame Leonor Vleira. . • 10:000
Joaquim Oias Souza Aroso 10:000•
Soma •••• D. Maria da Conceiçao To-
Subscripoao cha Figueiredo Lourenço. 40:000
,1 (Continuaçiio) D. Anna Aloertina Lourenço
P.• MartinhÒ Pinto àa Rodia Ferreira d• Abreu • • • • 40:000
D. Anna Correi a. • • • • • Dr. Eurico Lisboa •.••• 20:000
D. Maria Gertrudes . • . • 10:000 Joiio Ouarte Simoes Baiao • 10:000
D. Marianna Grave Descalço 10:000 D. Ema Falcao de Mendonça 10:000
Paci6co Martins. • • . • • 10:000
D~ Maria da Luz Guimariies
Pcstana • . • . . . . t 0:000
Ano IJI de de 10.25 N.• 80

(OOM APROVAç.A.O EOLESIASTICA)


Dlreo'tor, Proprle'tarlo e EdJ-tor Adm1u.ta trador1 PADRE M . PERElRA DA SILVA
OOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS REDAcçlo E ADMJNISTRAçi.o
R'O".A. D. N'O"NO A~VA.RES PElrtE:XB.A.
Composto e impresso na Jmprensa Comercial, , Sé - Leiria (BEATO NUN8 Dlt SANTA WRU) l

·13 de Fevereiro ladas virtudes corno pelo zelo, desln-


teresse e abnegaç!o com que prodl-
gallsa vlda, saude e fortuna nos seus
A actlvldade que este sablo e vir-
tuoso ecclesiastico desenvt>lve no
exerclcio das suas funcçOes de ca•
• multlplos e varlados trabalhos apos- petao-director dos suvitas é verda-
tollcos e de um modo partlcular na delramente assombrosa, multlpllcan-
ALVEZ nunca a estaçlo in- formaçllo chrlstA da mocidade con- do-se, por assim dizer, a sua pessoa
vernosa no nosso pal:z se fiada j sua solllcltude pastora!. para attender a tudo e a todos com
'---::.o-=--'assemelhasse tanto es-a Os aervos de Nossa Senhora do urna paciencla lnexgotavet e urna ca-
plendida quadra da pri- Rosario, vulgarmente conhecldos pe- rldade exttemamente dellcada, cons-
mavera, corno este anno la deslgnaçlo laconica mas expressi- tante e quasi herelca. De vez em
desde o seu inicio até ao va de servitas, dao immediatamente quando entoa-se um cantico e fazem-
meado da primeira quin- inicio a essa hora, aos trabalhos da se invocaç6es pelos enfermos. A,.
zena de Fevereiro. Com sua lnstituiçAo. Organizam o serviço o
medlda que se approxima momen-
rarissimas ex ce p ç Oes, de ordem junto da capella, do altar to solemnisaìmo da consagraçlo, o
dias e dias de um sol brl- das miasas e da fonte do locai das silencio, que desde o principio da
lhante, um ceu diafano que nem se• apparlçOes e transportam os enfer• missa é I profundo naqueta asslsten-
quer urna nuvem ensombrava, uma mos, alguna, cujo eatado é mais gra- cla de mais de duas mii almas, par
viraçlio suave e urna temperatura Il· ve, em macas, para a esplanada, em ce tornar-se alnda mais profuntto, o
• geiramente tépida, noites lua1entas frente do allar, a medida que estes recothlmento augmenta e a pledade
ou estrelladas, serenas e agasalhado- vao chegando junto dos muros do é mais viva, mais sentida e mais
ras, lembrando as mais bellas noltes recinto do sanctuarlo. Semelhante communlcatlva. O Bemdito, cantado
de estio, tal foi o més de Janeiro ul- trabalho é tanto mais difficil e peno- durante a CommunbAo, poe naquelle
timo tao differente dos Janeiros que so, e por isso tanto mais dfgno de ambiente, saturado de niysterio e de
o p.-ecederam até onde a memoria apreço e Touvor quanto é certo que sobrenatucal, urna nota encantadora
logra alcançar. Mas ja no principio desta vez teve de ser realisado por de mystlca ìuavldade.
,, d ~i co rrente més o inverno se appro- um tempo desagradavel e sobre um Ap6s a missa realisa-ae urna das
. x,mava em rapida carreira e aoun- terreno escorregadio e lamacento. cerimonias mais commovente& a que
ciava a sua chegada com os primel- • Entretanto as missas succedem-se é dado assisttr sobre a terra e que
ro s ventos frios e as primeiras chu- , umas b outras ininterruptamente, s6 em Lourdes e em F4tima tem lo-
vas brandas e intermitentes proprias celebradas por numerosos sacerdotes gar : a cerimonia da bençlo do San-
desta epocha. prévlamente lnscriptos, e, emquanto tissimo Sacramento aos enfermos.
N o dia treze de madrugada fez elle se celebram, reza-se o terço, entoam- As lagrimas assomavam espontanea-
a !;U a ent,ada solemne, com toda a see dlversos canticos religiosos de mente aos olhos dos enfermos e de
• ~oropa e magestade. A viagem a Fa- caracter popular e fazem •se lnvoca- grande numero de aaslstentes •
11ma nestas condlçOes de tempo, sin• çOes em favor dos enfermos que, co- Jesus, o divino e mlserlcordloao
gularmente desfavoréveis, torna-se locados em filas em numero de cem rei de J\mor, occulto na Hostla San-
uma verdadeira e forçada peregrina- approximadamente, occupam urna ta, derrama ln,ialvelmente copiosa&
- çào de penltencla. O frlo, o vento e grande parte da esplanada. graças sobre todos, dispensando con-
a chu va atormentam impledosamente Ao melo-dia e mela hora officiai fortos espirituaes e al1lvlos corporaes
os rnmeiros que fazem a pé tao lon- começa a ultima missa, a chamada aos membros padecentes da egreja
go p,acur&o ou que usam de vehlcu- missa dos enfermos, que é sempre militante que alll vlo Implorar, chelos
l\1s pouco confortaveis, desde o claa- appllcada petos peregrlnos effectivos da mais viva confiança, a caridade
i.icn jumento até ao trem aberto e ao e de deaejo, e especialmente peloa Infinita do coraçAo sacrosanto do
t1~tscon,munal ch11r-d-bancs. O nosao enfermos presentes e ausentes que celeste Samaritano.
ca• ro, d epois de tee transposto a ser- qulzeram mas nao puderam vir.'...,Esta Por fim é dada a liençao geral a
ra numa interminavel e pl!nosa tra- missa, embora aimplesmente rffada foda a assistencia. O rev. dr. Mar-
vesi-ia felta em grande parte durante • como todai as outraa que a prece- ques dos Santos, por ter faltado o
a noìte, chegou ao locai daa appari• dem, é todavia rodeada de maior orador que devia prégar o sermao,,
çOrs pouco depois das nove horaa apparato externo, de mais pompa e 11 faz, num feliz improviso, urna pn\tica
da mann~. A' penltencla que o Ceu solemnidade. Antes de principiar é substanciosa sobre o arrependilnento
nos impunha e que resignadamente cantado o Credo de Oumont por um e emenda dos peccados, que calou
tivern os de acceltar, juntamos, corno cOro unisono exclualvamente forma- profundamente nas almas dos ouvlo•
de costume, a recltaçlo meditada dos do de sacerdote,. tes. Estes, terrninada a pr,uca, pOem•
qulnze mysterios do Rosario. PrtaJ• Durante a missa o terço é recltado se a caminho do1 seus lares dlstan•
diu a esse acto de devoç!o para cona do alto do pulpito alternadamente tes, levando nas auas almas crentes-
a Santissima Vlrgem o rev. Jolo Nu- com o povo pelo rev. Dr. Manuel e pledosas, uma nova reserva de
• nes Ferrelra, parocho de S. Pedro, Marques do• Sant11, dlstlncto pro• energiaa sobrenaturaea para a lucta
em Torres Novas, sacerdote tlo rea- fesaor de 1clencl11 ec;:cle1iaatlci1 no com as paixOes, cujaa deaordens tan-
peltavel pelas auaa excelsas e acrlao- Seminarto de Lelrla. taa almaa arraatam ao peccado e 6
~ -morte eterna, e uma recordaçlo sau• dlzla que bom seria formar-se urna FAtima no jornal de que é digno ad-
~") dosissima dos momentos unicos e comissAo de competentes para me- ministrador. Envlo Incluso um dona-
'..J, lneffnels que tlveram a ventura de lhor estudar estes fcnomenos mara- tivo para auxilìo das obras da Jgreja
passar naquella estancla consagrada vilhosos que algumas pessOas afir- e corno gratidao a Nossa Senhara.
pela presença e pelas bençllos da mam ver e eu desejarla multo ser
augusta e gloriosa Ralnha do San- ouvido e mais algumas pessOas por- /. de C. P.>
----,------,.,"-
tissimo Rosario. que temos motlvos bem frizantes pa- e Tendo suplicado a Nossa Senho-
V. de M. ra Isso visto que a Virgem Santlssi•
ra do Rosario de Fatima urna graça,
ma tantas vezes os repete e com tan- que obtlve, prometi publicar na Voe
Hs curas da Fatima ta intensidade.
Termino e para outra vez escreve-
da Fdtima o meu agradecimento e
tambem enviar uma quantla para o
rel sObre a cura de um filho meu. culto de Nossa Senhora.
Paça o uso que entender desta ml- Muito grato e reconhecldo a Maria
nha carta, que bem desejo seja pu- SS.1111 pela graça obtida, cumpro 8
blicada no nosso querido jornalzinho minha promessa.
para honra e gloria da nossa tào ter- LisbOa, = Rua Oomes Frelre, n.•
na e carlnhosa Mae.
131, 1.• - Af/al!so de Albuqutrque.•
Desculpt:, etc.
Fonte Fria, 6/21925. Obtiveram graças que veem ag-ra-
Anlbal Matta> decu a N. Senltora do Rosario da
«Ex.m0 Sr ....
Fdtima: •
P-eço a V. Ex.• para dar publicida- - - /osi Auèusto Pires dos Santos, de
a
de no seu jornal seauinte carta: Man~ualdc que tendo um sobrinho
Soffrendo horrivelmeote do figado com ferim ento grave n'1.1m ollio, che-
e do eslumago ha 3 annos, e nAo ha- gando tambem a ser atingido o outro,
vendo j\ natia que me aliviasse as me)horou rapidamente ficanilo sem
dOrès, e estando no ultimo estado de defeito algum, ~ncto esta a terceira
fraqueza, fui aconselhada pelo meu graça (que Rrometeu n,ublicar} que
médico a cfa r entrnda no hospital pa· obtem pela rntercessào de Nossa Se-
ra fazer operaçao, o que fiz, dando nhora do Rosario da Fatima.
enfrada no aia 5 de Maio do anno - D. Etelvina das Dores Wengrl-
passado, invocando com multa fé lun envia um donativo em cumpri-
Nossa "Senhora de Fatima! para que mento de urna promessa.
a minha melir.drosa operaçao se fi- - D. Anna Maria Lurlile da Si/·
zesse no dia 13 de Maìo eque eu fi- va envia tarnbem um donativo em
casse bem. ' acçAo de graças pela cura de uma
Graças ;i Nossa Senhora de F~ti- sua neta.
ma fui ouvlda e !10je estou comple- - D. Anna de /esus Lima, de
tamente rcstabelec1da. Tendais, em acçào de gro1,a:s pl:!la cu-
Quando entrei no hospital fiz urna ra de um panaricìo envia tambem um
promessa o Nossa Senhora de ir la, donativo.
o que esp!rò cumprir em 13 èle Maio
d'este anno. cAn.a /osé. Oola11te, de 21 anos,
Lisbr,a frua Luiz de CAmoes, 131, olteira, natural de Murtosa e mora-
J. 0 ), 29 dc Jnneiro <.le 1925 - Rita dora no Ribeiro, actualmente em Se-
tubai, filha de Manuel Joaqu,m Soa-
---------·
Jesus Ramos ». "'·
e 111.mo e Rev. 810 Sr.
res da Silva e de Maria d<> Ccu Ga-
lante, fez o v6to de il'. em peregrina-
Ifa um ano que ohtive uma l!rari- cAo a N. Senhora da Fatima se eia
de 2raça, a tura de meu marldo, que . Jhe désse alivio .tos seus males. Es-
estava enttl.v ![ta'tlemente doente; n/Io tava declarada tubcrculosa pelos mé-
se poderd' tal~et classificar de mlla- dicos e hoje esta completamente cu-
l[re, mas eu tenho a ahsoluta etrteza, rada. JA foia F.atima em 13 de agos-
que s6 devo a vida dele a Nossa Se- to de 1924 na grande peregrinaçao
nhora ct ,, Flitimi1 a quem invoquel de Murtosa e la deixou a sua esmo-
durante um::i noite inteira. Agora pe- la que tinha promctido...
. ço-lhe fervoros amente que mcllore
a vista de minha filha que a tem tao «A D . Florinda da Resstzrelçiio,
I
ma, que os médicos 1130 a deixam Ourondo, (CovilhA),- concedeu Nos-
por emquanto aprender a ler, etc." sa Senhora da Fatima urna grande
graça. •
Maria M4ri{arlda Sarmento Omen Padecia ha muitos aonos de vio-
Pilzto. lentas dOres de estomago. A mede-
~ -~Sr.-P.;-Manuel ctna receltou· lhe varias drogas, mas
Ten·do tido um fllho com uma as dOres eram quasi continuas. So
inlercolite e deseagirnado peloa prl- sentia algum alivlo por intermedio
metros especiahstils de creanças, ten- dos panos quentes. Agua fria nAo
do o ulti1uo que o ul11 dito que ele podia beber. Um dia otwiu ler os
so J?Oderia viver dbis dias, _vendo a acontecimentos ìa
Fatima. De alma
scièncla ab1ni.Jonar o meu querido e coraçao se voltou para Nosfìa Se-
doentinho, recorri ::i Nossa Senhora nhora. Prometè.u ir pessoalmente
da Fatim:-1 1 Jan lio lhe no mesmo tem- agradecer- lhe se livesse aigumas me-
po a bdJt!r g6t.1s d 'AJlUa que urna lhoras. Oesde essa hora, :nuoca mais
mlnha amiga mc linha dado. Com teve Jores, anda de bòa sa1.Ut, bebe
espanto dos medicos que jt o tlnham aeua fria, come de tudo. Crè no gran-
abandonaJ,.>, a criinça começ0u a de milagre de Noss!) Senhora.
sentir alivios e hvje encontra-se de Rol no .dia 13 de Outubro passa-
perfeita saude e o~ m~dicos dlzem do agradecer a Nossa Senhora, e
que fol urn ca~o unico oa aua vlda. tem felto tal propaganda·, que para
Caso V. Ex.8 queira, p6de fazer Malo muitas pessoas suas amlgos, a
uso desta minha,carta cootando mais J , va.o acompanhar, ao Céu da Fatima,
e3te 111ila&re de Noau Sea-era 4a ctmo eia diz.» ,
a
o mea san~ut n6o terd vida tnJ si. •• •
Uma ave ... • Este nome de ftel nAo ttm atractivo
Se esse velho aintgo, - tu aff nal,
ressusclstasses este anno ! ...

que nao pode cantar para ti? >



Que alegrla cd em baixo entre 01
vlvos e que alegrla la em cima entre
01 mortos 1 '
Depols da qulnzena de convltes
Ahi est4 elta. • • vem a qulnzena de censura,: T'!ns todas estas alegrlas fecbadas
E' ella mesma, a Quaresma. - e Passou a Quaresma e tu flcas- na tua m!o.
Um tormento que outra vez reco- te para ahi corno um poltrAo I Abre•a pois, abre essa mao e que
meça, o ahutre que, no silencio dos E's um homem que nao é homem. se cante este anno o Alleluia ••• es-
lablos lacrados, vae roendo a cons- Um caniço a fin2ir ferro. Um pae te Alleluìa que tu sof6cas corno se ·
ciencia. E' o remorso, que tambem a quem os fllhos nAo comprehendem. apertasses, a um canario divino, o
tem a sua primavera••• de inferno Um marido a quem tua mulher pescoço entre os teus dedos crlspa-
para rebentar de novo. quereria estimar tanto I ••• das.
A partir do primeiro de Janeiro, o Nào te serve de nada aturdires-te
homem de quem aqui queremos falar,
começa a vel-a despontar no horl-
com as passagelras agitaçOes do
mundo. -'
As Appariçoes de Lourdes
sonte. Sabes muito bem que caminhas V II I
Este homem é corno o vlajante· para alguma colsa, ••• que deves Tendo rezado o terço, Antonieta Leydet
que chegou ao cimo d'urna plaoicie, penaar nisso, ••• que te deves pre- approxima -se da creança e, Jominadn nela
que tem de descer para atravessar ideia fìxa de que era Ehsa Latapie quo
parar ••• que nAo ha nenhum melo apparecia, apresenta aquella . o papel e a
urna terra onde credores implacaveis ou formula senao a formula christà, caneta que t1nha !evado cons1go, diiendo•
o espreltam. que é afinat a da tua familia, a da lhe: .. ~
Se pudesse passar: por outro si- tua juvenrude ••• e que ha•de 11er , -Prcgunta li Senhora se tem alguma cou-
tlo-1 • • Mas o caminho é mesmo pelo a da, tua· morte. E essa morte p6de sa a cqmunicar-nos e, se dincr quc sina,
melo, em urna linha inexoravelmente pcde-lhe que faça favor de o por por
vir amanha •. .' hoje mesmo. escripto,
recta. Se elle pudesse saltar a pés Agora tira -a conclusAo e cumpre B11rnadette levanra-se, dé alguns passos
juntos para além da Pbcoa I ••• o que é o signal supremo do chris- para o rochedo 1:, percebendo que as suu
Iato, porém, nao é possivel, a nin- tianismo I , duas comnanhe1ras a se~uem, faz-lhcs si-
guem. Este tempo da Quaresma e p;nal, !rem ~e voltar, para que st1 deixcm fi.
Ha dois, quatro, dez, talvez vinte car atraz. Logo· que chega ,10 pé ùa roseira
da Pascoa, t~o doce para tantos ou- anos que o homem resiste a este brava, poe-se 001 bicos do, pés e offereco
1ros é para elle urna bebida amargosa convite. . • • a Senhora o pa~I e a cane ca. D:pois espo-
que ter.1 no entanto de ugotar até Ha vinte anos que elle se couraça ra, na 11ttituJe duma pessoa que escuta co..
às fezes. attençilo, de olhos fìtos n,1 roseira e na
contra estes remorsos. abertura ogiva) e com os braços sempre cr-
* Far4 o mesmo este anno ••"-.? guidos. De rerentc abaiu-o,, sauJa pro-
Queira ou nAo queirn, dia a dia, é Tem a impressao de que tudo A lundamenre e ,·olt1 para o scu logar, tendo
forçoso atravessar essas, pouco mais roda lhe faz esta pergunta. ne miio o papel sem um11 letra sequer,
de duas quinzenas, que elle finge Antonieta corre [)ara ella e pregunta-lhe:
Elle a faz a si mesmo nos raros -Que respondeu a Senhora ?
desconhecer masque a cada momen- dias em que ousa olhar- se de frente. • -Quando lhe apre~entei o papel e a tin-
1

to lhe lembram as suas obrigaçOes t Sente- se observado. E nAo p6de ta sorrtu• e,1. deppis, sem se zangar, resyon•
E'·lhe impossivel fechar os ouvidos delxar d~ o ser visto que é amado. deu•me : •U que tenho a dizer-vos, nao i
pois que o chamamento, o unico, o neccesorio que o r.onha por esc:ripto.• Pa·
Sabe q4e se reza por elle. reccu em segu1Ja refiecur por momentos o
grande, o augusto convite cbega-lhe Para '11ém dos seres vigivelR, sente accrescenrou: .
de todos os lados ao mesmo tempo. sObre si os olhares de seres que ba- •Quereis rer a l>onJade de vir aqui du-
E' a mulher que conta com inte- bitam o invislvel , •• dos seus mor- rante q11in%e dio ?a
resse o horario das funcOes religlo- -Que responJeste?
tos, que partiram na paz do Senhor. -Respondi que ~im,
sas na egreja. • • Sl\o os filhos, ra- Sente-se observado pelo demonio. -Mos porquc quere a Senhora qua ta
pazes e raparigas, que falam uns com Observado por Deus, venha~?
os outros, sObre a exarnlna e respccti- -Nao sei, ella nio m'o disse.
YilS rapozas e discutem os préga- • I
-Mu, ohservou nor sua vez a senhora
Milltt, porque no~ fìzeste signal para 9ue
dores••• O demonio ha vinte annos que é recuassemos quando ainda ha pouco aegula-
E' o vislnho que elle v~ caminhar o vencedor .•• Ha vinte annos que mos Q trat de ti r
apressado para a via-sacra e outras elle o tem apertado pelas goetas e -Para obedeccr a Senhora,
func~oes da tarde••. E' o toque mais -Ah I acrescencou a ~enhora Millet In-
nao o deixa falar. quieta, faça o (,1vor de preguntar-lhe ,e a
frequente dos sioos. E' o merceeiro Ha vinte annos que elle o parall- minha presençu aqui niio lhe é importuna.
que empilha fardos de bacalhau no zou deixaodo·o llvre s6 do lado do ll:1rnadette enciio volve 01 olhos para •
estabelecimento recordando a época mundo. alto ùa ro5eira, escuta um iostante, Jcpoiiri>
saota da abstinencia e do jejum. voltando-se, dii; '
Ha vinte annos que elle se con- -A Senhora responde : «Nao, a sua pre-
O convite, prlmeiro longinquo, serva arredado do confessionario ou sença aqui nlio me é desagradavcl.•
vae-se tornando mais preciso Ae as- de um bom sacerdote que o espera A creança ajoelha novamente para orar;
sediante. para o· lnundar com a absolvlçAo. as duu senhoras rezam com ella sem to-
O homem sente-se atacado por to- davia a perderem de vista i notam que dcr
Desde entao camadas de poefra vez em ~quanJo Bernadette i~te:rompe a
dos os que o amam. , se teem acumùlado, e, (quem sabe?) sua on,çao e parece con•erur inumament•
A's vezes faz se silencio em volta talvez até camadas sObre camadas de com a V1siio. Mu nao perçebem nada, nii•
Et'elle, mas esse silencio •• · • . é po- lama! ouvem nada. Decorre pouco mais ou menos
voado de olhos que se demoram a Esse homem jA nAo é um homem. uma hora e a viaao desapparece. Entii•
Bernadette levanta-se, u duas senhona
observal-o ••. Livros piedosos sObre Quereria tér força de vontade nias correm ~ara ella, como para uma sa,1ta que
as mesas.•• Sobretudo a sua coos- vindo a occasiAo .•• fica-se. acaba dc ser favorec1da com uma grllça di-
clencia chama o, implora, grita- lhe: Como a
aranha apanha e P.U&lisa vina de predilecçao, e diiem the :
-Tu conversaste <Jurante muito temp•
• .•• Se és chrlstào s~-o a valer 1 o lnsecto ·eòvotvendo· o na sua tela, com a Senhora ; por ventura nao recebes-
•.• E porque nao? assim o in.vi ivel Mau o envolveu te d'~!l.i novas communicaçoes ?
Sabes que tens esse dever, esse em seus laço:. e corno q1:1e lbe tlrou -S1m, resronde a humilde vidente, e a
grande dever 1 ••• a vontade. E quando se passaram exprtss:io do seu ro,to tradui ao meame
Se eslivesses la, no teu leito de vinte annos sem c1izer: e quero, pa- ' tempo a elegria e a anciedade. Ella disse-
me: •Nlio te prometto toroar,te felii oest•
morte, de certo nào recusarias rece- rece que nunca mais se dir.i. mundo, mu no outro •
tier o teu Deus. -Se a Seohora ,e digoa falar coatip•
:.eorque é que o recusas lioje ? • porque olio lhe ()reguntas qual é o seu
nome?
• J'ens a cerleza de que d'aqul a No entauto o demonio nao esté
-J 4 preguntel.
um anno seras alnda um hatiitante tranqullo. -E entiio quem é ?
d'este mundo? De repente vem um accidente. ~ • -Niio iei ! Ella baixou a éabeça aorrlll·
N~o sabea tu que a ConftssAo e a e h vezes os prlsionelros f6iem. d~, mks nao '!le re~pondcu. A senhora
Comunhào sao o llignal por onde se O m!s ~a Quaresma é o mfs da Mrllet e AntonretR LeyJ<lt recon<l11zir11111
resurreiçAo e,das re8urrelç0ea. BcrnaJecte a casa e disser11m corn urna VI•
conbecem os Jieis ? cAqutlle qae , va emo~iio a l.uiu Soubirou$1 como j4 dii-
n4tJ eome " mlnba &ITIJt , nlo bue .
Qaem sabe? j sera II eeohora N1colao :

I
-Ah I como é fèli1 por ter uma tal filhal sua frente, e se elevou a si mesma a 29:800
O escriptor Estrado pedia uma vu a toda a altura do ·esplrito e do cora- 10:000
Bernadette que lhe repetisse as p1lavras
exactas desta terceira appariçao. çlio com a resposta dada Anseguinte 110:000
A viJente exprimiu-so neste:s- termoll ~ •A pergunta: 10:000
Senhora disse me: •Quere ter a bonda- --Visto isso corno queres tu amar 20:ooa
de ... ?• E parou de repeote a esta palavra a Deus?
para acérescentar, confusa e de cabeça bai-
xa : •A V1rgem disse-me guer• I• Esta par• A creança ficou um instante con-
ticulariJade parace-nos altamente sugges- fusa, pensatlva e muda mas depols
tiva do respetto da Santissima Virgem por levaotando a sua loura cabeça res- • , 10:000
• .uta creança, de~alma muito pura, muìto pondeu:
srande deante de Deus, que ella se recusa
a tratar por tu. Ella é em verdade a m!ie, • Meu Deus, diz ella num tom em 10:000
a rainha e a inspiradora da Egreja catholi- que la toda a sua alma, Deus, eu o 10:000
ca que é uma grande escola de respeito. amo corno elle é•.
O nosso seculo que pode chamar se o se- cMeu Deus, eu vos amo corno o 10:000
culo da falta de respeito, porque os ho-
men, niio se estimam, des_prezam-iie, nao ceu e a terra I• dizla urna creança
se saui.lam, teem até o hab1to, o culto das que depols foi o Padre Chevrler, de Torres. • • • • • • . • • 20:000
palavras groaseiru e vis, o nosso seculo, santa memoria. Dr. Brites Alves Andorinha 10:000
digo, deve recollier esta licçlio dada tio M. da Costa Brites . • . • • 5:000
<lelicadamènte e que lbe fu entrever que
D. .Maria Rita Percira da
uma epocba em que 01 bomens deixam do
se tratar com respeito perde em breve até Abrigo para os doentes Cunha. • • • • • • • • • 20:000
o fragll veroiz da civilisaçio e desco • pas-
•o• rapidos a ingreme ladeira da barbarie. P.eregrinos da· "Fatima Tiago Abreu. • • • • • . • 20:000-
D. Maria da Conceiçao Mal-
Notou ,se sempre que quando a Santissi-
ma Virgem lho (allava, a creaoça ouvia donado Pereira . • • • • 10:000
Transporte do n.• 29. 819:500 O. Francisca de Vascoocelos 10:000
distinctamente, ao passo que as suas com-
panheiras nao ouviam, assiro como nlio Duas Filhas de Maria 20:000 D. Leopoldina da Conceiçao
viam nada. Ella explicava mais tarde este Nunes Lobato • • • • • • 10:000·
phcnomeno incomprchcnsivel dizendo dum Soma. • • • • . • • • • • • 839:500
modo gracioso e encantador, pondo a miio D. Engracia da Assumpçao
oa regilo do coraçao: •Quando" Santissi- Covas • • • • • , • • • • 10:000·
ma Virgem me confillVa segredos, ella falla-
va-me por agui e nio pelos ouv1dos.• De- Voz da Fatima Joiio Luiz Andrade. . . • . 10:000-
D. Gertrudes da Silva Nunes 10:000
pois, vendo que nlio comprehendem : eEu
olio sei faztr· me compreheQder, accrescen-
Deapezaa ·o. Maria Adelina Ventura • 10:000
tava ella com tristeza por nlio cncontrar Tra nsporte • . • • 2+ 178:970 D. Maria da Conceiçao Duar•
lmagom exacta para exprimir a sua imprc,- Impressao do n.0 29 te Silva • • • . • • . • • 10:000
do. Imagmem, para todos aquelles que es- (20:000 exemplares). • 46o:ooo Joao da Silva Moutela . • • 10:000-
tavam cm volta de mim na Gruta, era co- Outras despezas. • • • • 6o:ooo Manuel Lourenço dos Santos 10:000
mo se urna pessoa se encontrasse a cem
passos de n6s ; essa pessoa veria perfeita- D. Maria Benedicta de Mene-
• m,ote que nos fallamo1, mas nio ouviria o Soma. • • • 24:6g8:970 zes Leite. • • . . . •
que dizemos•. Niio seria pouinl descreYer Subacrlp9ao D. Leopoldina da Conceiçao
mtlhor o que ella aentia, e sem quo o aus• Nunes Lobato . • • • . • 10:000·
poitaue, a humilde creança servia-se du (Continuaçio)
propriH palnras da Santissima Virgem na D. Mariana Moreira dos San- o. Maria Casimira • • • • 10:000
Ma11nificat, ella escutava, ella ouvia com o Daniel Antunes. • • • • , 10:000
e11mito uo seu coraçao, mente cordi1 111.i. tos • • • . • • • • • • • 10:000
.Francisco Martins. • • • . 10:000
Para ella ha um pouco mais de claridaJo D. Maria Candida Teles • • 10:000
D. Sebastiana Victor Noguei-
no seu caminbo. P.' José Machado Ferreira. 1:,:000 ra • • • • • • • • • • 10:000
Durante as duas primeiru appariç6ee, D. Elmina da Cruz Corte · . 10:000
ella absorveu-se na contemplaçtio da Se- Dr. Weiss d'Oliveira • • • 20:000
nhora que opyrova o que ella faz, lhe sorri O. Maria das Dores Tavares D. Felismina Nogueira Frei-
e, por occas1ao da aspersiio da agua benta, dc: Souza, • • • • • • • • 10:000 re • • • • • • • • • 10:000·
sorri tambem para todas as pessoas qdo D, Julieta Zenha. • • • • • 10:000 Dc jornaes (D. Virginia Lo·
estiio presentes, almas simplcs e piedosas Conde de Agrolongo. • • • 10:000
que a amam filialmente, porque, quanto a pes) • • • • • . • • •
ellas, o aeu coraçiio suspcitou desde logo D. Amelia Mesquita de Cas- D. Maria da Conceiçao Rino
que era a Santissima Virgem. Agora ella tro Cabrita • • • • • • • 10:000 Jordiio • • • • • • • • 10:000
encheu se do coragem, ella ousou fallar A O. Maria Nobre Simoes • • 10:000 D. Maria da E. Alves de Ma•
Senhora e fll%er-lho urna pregunta infanti!, D. Maria da Conceiçao Al-
quo fu sorrir a Appariçao, depois pregun- tos da Costa e Silva. • • 10:000
tou lii~ formalmente quem era . •A Senho- cantara Matheus. • • • • 10:000 P.• :Antonio Mendes Lages. 10:000
. ra abaixa a cabeça sorrindo»; e nao respon- D. Alcinda do Carmo Oeiras 10:000 D. Maria Gonçalves . • • • 10:000
deu, ma.s é clero quc a pregunta nio lbe D. Maria Joanna Bagulho D. Gertrudes Pires Correia. 10:000
, desagrallou. Todav1a BernarJette nio insis- Correia • • • • • • • • • 10:000
tiu : ella conservava no seu coraçao esua D. Maria do Carmo Forjaz
p111i1vras reveladoru : «Eu nao prometto D. Adelaide Barroso Tierno 10:000 1 de Gusmao . . • •• 10:000
{azer te feli.i: neste mundo, mas no outro.• D. Catarina Bagulho Santan- O. Luiza d'Oliveira Xavicr. 10:000
Ella deve, pois, esperar contradicç6e,, na Mar~ues. • • • • • • 15:000
sofTrimentos, U6res. Semolhantes pro-,aç6e1 D. Lucinda Soromenho •• 10:000
D. Maria SeYerina da Costa · D. Maria da Soledade Nunes 10:000
~orncçariio em breve e niio acabar(o senio
con:, a sua vlda. D~rea iotimu aem duvlda Faria • • • • • • • • • • 10:000
D. Gertrudes Oliveira San-
o que o» homen, niio conbcceram na sua D. Carolina Cardoso. • • • 10:000
tos Pinta • . . • • • • 10:000
totaltdade, mas quc nem por Isso f6ram O. Maria Augusta Pereira P.• Luiz dos Santos. . . • 10:0oo
menos pungentes. Por isso quantas vez~s de Lemos e Mendonça. • 10:000
teve de truer 4 memoria aquella promes,a ·D. Anna Santos Mauric:io • 10:000
tuprema, para se consolar nu auas angus- De jornaes (O. E. Guimaraes) 15:000 o. Alzira Vieira . . . . • 10:000
tias. 1 José Mendes de Matos • • • 10:000
(Tr. do fraaces.) Y. de M, D. Alda Pinto Rodriguea

d'Oliveira . • • . • . • •
, Candido da Siln Prior. • •
10:000
10:000
flT.IMA
,. .
-Como se deve amar a Deus Viscondessa dc Sanches dc
Baena. • • • • • • • • • 10:000
«Na verdade vos dlgo que aquelle D. Maria Patrocinio de Ma-
que nao receber o Relno de Oeus tos Ràsquilho • • • • • • 10:000
corno urna creança nao entrara nelle.• Miss Daly . • • • • • • • • 10:000
•Feliz o coraç.ao que sabe asslm rece- Marqueza do Funchal • • • 10:000
ber e guardar este Reino, onde reina D. Maria da Conceiçao Pe•
Deus que é o seu Amor l reira de Lima Caupers. • 10:000
Comprehendia e praticava este D. Amelia Augusta Roque. 10:000
'amor perfetto aquella creança que José dc Carvalho Antelo • • 10:000
disse ter um amor a sua mae •gran- D. Adelaide das oares Cana-
de corno eatas casas• e ao pae. das • • • • • • • • • • .. 10:000
.grande corno estas mootanh11•, iato D. Maria de Jesus Durio. • 10:000
i, como 01 Alpea que eatavam aa Dr. Augusto Coimbra • • • 10:000
' o
l· -

Dlreo1:or, Propr1e1:ar1o e Edtto..-


OOUTOR MANUEL .MARQUES DOS SANTOS


tissima em beneficio delles rezando bras da noite, que lentamente vao
13 DE MARCO piedosamente o terço do rosario. De
vez em quando um cantico rompe
descendo sObre a terra, sili, naquell&
logar bemdlto, apenas, ae v@em al-
guns vultos descon~cldes que, de
de mli bOccas, qu,braodo brusca-
o dia 13 de Marto, rea- mente o sllendo apenas interrompldo joelhos e màos postas, ergaem fer-
llsaram- se AB Cova da pelo brando e cadenciado ciclar das vorosamente as suas préces para o
Ceu, supllcando talvez a cura de al• I
frla, corno nos mbes an- préces. -
terlores, es slngelas mas Ao melo-dia solar começa a ultima gnma enfermida<Je physica ou o•oraJ.
piedosas e emocionantes missa, - ~ missa dos enfermos e pe- a conversao de urna alma queriaa ou
cerimoolas comm,mora- regrlnos. • o resurglmeAto religioso e a u!vaçio
tivas das apariçòes. E' este o momento mais solemne da nossa Pitrla.
Um vento norte frl- e mais commovente das commemo-
racOes do dia treze de cada m~:z.
gid lsslmo soprava com
vlolen e I a , enregelando O rev. dr. Marques dos Santos, · ,
os corpos e tornando, mais uma vez, capellAo·director dos servitas, laicla
por motivo das condlç6es atmosphe- a recitaçlo do SymboJo dos Aposto-
rlcas, a peregrlnaçao mensa) a fatt~a los, qae é felta por todo o povo num
traosporte de fé viva e de sentida
urna verdadeira e forçada peregrina•
rellglosldade. Segue-se a recltaçlo
çAo de penitencla.
do terço do redrlo, que dura quasi
Apesar do frio intenso que fazla, toda a missa e é lntercalada de lnvo-
a multld!o que accorreu a f4Uma tol caçOes e cantlcos. b
multo superlor A do mès precedente. Centenas de fiels, préviamente con-
Talvez nao estlvessem presentes me- fessadoe, tinham recebido o PAo dGS
.oos de quatro mii pessOas. Anjos nas mlssas que precederam a
Em frenle do altar das missas e do des enfermos. Por isso poucas deze-
illtar da capella das appariçOes esta- . oas de communhOes se dfectuam na
' donavam mult~s centenas de fieia ultima missa.
em oraçào.
Ap6s a missa, o celebrante torna
Os homens conservavam-se de ca- a capa de asperEtS e, cantado trez
beça descoberta. O respeito, o sHen- vezes o Adoremus in aeternum por
clo e a devoçào de tantas almas, alli tode o povo, procede, na f6rma do
reunidas aos pés da Virgem do Ro- costume, li benç!o dos enfermoi,
sario, edlficavam e encantavam a&- percorrendo, urna a urna, as differen-
bremaneira. Durante toda a manbA tes filas de bancadas. Como sempre,
as mlssas succedem·se sem inter- este acto liturgico seosibilisa profun-
rupçao. Os sacerdotes que as cele• damente todas as pessOas que a elle.,-
bram e que pr~vlamente se inscreve- teem a ventura de asslstlr. Véem-se la-
-ram para esse fim, vAo chegando uns grlmas a borbulhar em muitos olhos.
ap6s outros. Alguns d'elles, emquan- As suppllcas a Jesus-Hosfia slio feitas
to aguardam a sua vez, occupam o com um fervor e um enlhusiasmo
tempo em confessar grande numero que a penna nAo é capaz de aes-
de homens e rapazcs que nao tive,. crever.
f8l1l occasiao dc o fazer nas saas Terminada a bençao aos enfermos,
a
terras. Entretanto os enfermos, me,. o sacerdote s6t5e ao altar e, clepols
dida que chegam, va:o sendo alinha- de se ter cantado o. 7antum u110,
dos no recinto que lhes é destinado da a tsençllo geral a todo o povo.
em frcnte do altar das mhsas, recen- Em seguida subiu ao pulpito ò rev.
temente construido. O seu numero Luiz dé Souza, que dissertando du-
ascende a muitas dezeoas. rante vinte e cinco minutos sòbre a
Os servitas, sempre sollicitos e de- necessidade do arrependimento e
dlcados, ajui1am as pessoas de faml• emenda dos peccados, prendeu a at-
Ila a conduzl-los . da eslraòa para o tençA0 do auditorlo, que esteie sem-
foca! das apparlçOes. E' entAo que pre su~penso dos seu& labìos, num
se intensifica a oraçao dos fiels que, silencio ·e recothimento extraordina-
.condof los da sorte de tantos lnfeli- rlamente edificaotes.
zes, aJguns atacados de males lncu- Oepois! da sermao os flets prlnél-
dvels, inv6cam cheios de conflança plam a dispersar, a caminho dos seus
a aaternal intercessao de Maria San- lares distantes. E, as primeiras som-
't'of .·

Vo~ da FAtlma
..,
CJ ....
4i1. F4tlma para malor gloria de Deus toda a nassa familla, mlnorar o sofri· tar-se, o que nllo fazla ha mez e rtfèlo
• _ que esteve retida na cama.
e de Nossa Senhora. _
Com a- malor conslderaç!o etc.,
mento dc tAo tnocentinba creançe.
corre11 a pedlr am pouco da aaua e
terra bemdlta.
-- -
D. Mula da ConceiçAo, com doelJ•
~oda de Cardlgos (Maçllo),2873/925. - ça Intestina} e mais complica~.
Ofereceram-ltie um torrlt,zlnbo da
Ma1tael da SiJ,a Valente. abençoada terra, e s4 terra, porque checando a estar em Llsbòa com
da agua ••• 14 nAo tlnhain, disseram.
gélo no ventre, evitando assim ,i
ntellndrosa operaçllo a que estava
,Mafra, 29 de Março de 1925. Qual olio fol o nosso jubilo, quan- sujeita, mas pauados dols mezes
Sr. Padre Silva
do, no dia lmediato iquele em que
fricclonamos a parte infectada, e bena voltou ao mesmo estado, tendo de
asslm o corpo da creança, com aque- pensar novamente na operaçao, mas
le torrAozlnho dissolvldo em agua co- n'esta altura aproximou-se o t 3 de
mum, verlficamos que o mau chetro Outubro, 1> fellz dia para a doen.te.
Poi 4 Fatima na minba companti1a,
d~saparecera corno por encanlo, e pediu A Virgem Santissima que tl-
que ao fim de poucos dias se encon- vesse d6 dos seus sofrimentos, trou-
trava completamente restabeleclda l I xemos um garrafào com a milagrosa
S1io ja passados dols mesea que igua, fez a novena a N. Senhora
esta cura miraculosa se evidenclo'u,
=- continuando a creança a gozar urna
com outra sua amiga, com muita de-
voçào e respeito e pa.i.sados J 5 dias
explendida sau 1e, grac;as li Santi sl-
rua Virgem Nossa Senhora. ji pesava mais 5 kilos e meìo, co-
meçou a çomer, c0m um apetite de-
Candeltrla, S. Miguel, 25 de feve-
reiro de 1925. vorador, engordando de dia a dia,
n1o P.arecendoahJ?fa a mesm1 pessòa f
/oào fùsé d' ArauiJ•> Todos os sofrimentos lhe desapare-
ceram do ventre. .
D. Rosa Copes, gr.1ças recehidas
tambem p a Virgem Santissima.
Por todOs estas seohoras eu tenho
sldo entermediarìa pedlndo a 111ter-
veoçAo de Nossa ~~nhora, pois que
sou intima amiga d'elas, assim <:omo
• sou amiga de todas as pessòas que
neces~itam do meu limit~do....auxilio.
Eneracla d' Assumpç/Jo Covas .•

,
«Maria de lo11rdes, de sete a,~ses
de ldadc, filha do sagnatario e. de
Se!lh..P,rinha dos Anj~ Pereira, ao terr
-eeiro di1:1, apos o seu nascimento.
começou a sofrer , de urna doença
-cutAnea na reglllo do crA.,eo.
Todos os nossos cuidados fOram
i1l"Suficlente para debelar tal enfer-
mldade, pelo que imediatamente fol , • Jvanna Dias da Costa Freltos,
a
11ec~1sario recorrer sci~11cia médlca. Ttrc~ira Dominicana sob o nome 'de
ConsulJa,los tre3 dlstlntos faculla- Maria de S. Vicente, de edade avan-
tivoa, 1 sucesalvamente, com ba8tante çada, estava atacada de um11 pneu-
mtgoa nossa. viamoa dia a dia; serem monia que o m!dlco deçlarou ser da
lneOcazes os seus medicamento~. pois ptior espéck; a febre era ' altissima.
q~. a doença per,istla e com ella o Pceparou se para a morte recebendo
rnau cheiro que desde o começo da os ultimos Sacramentos. Suas amlgas
d9ença aparecera na reglào infectada. juotam'=nte com e-la recorreram ~
Estavamos, porém, um tanto ou Vlrgem do Rosario da PA1lf1'!a, rezan·
quanto desaolmados, vendo sofrer do durante trez dias 3 A,e-Martà~ e
contlouameote a nossa extremeclda bebendo a enferma a Agua mllagrosa
fllhtnba, quando nos chegou ao co- da FAtima. Ao tercelro dia a febre
11heclmento que urna fdmilla nossa - - - - - - 4 - - -. desapareceu por completo, ncaodo a
vlsinha havla recebido aeua e terra D. Maria de Sousa, com htmorrà- doente completamente curada. Mil,
d~ F.4t1m11. gtas ha bastante tempo, com a lnter- graças sejam dadas a Nossa Senbora
A mAe. to1a soliclta e enlevada vençao de N. Senhora, deools d'u.ma do Rosario da F4tla,a J.
fla sua fé crlstll, desejando veemen- no9ena no dia segulnt~ j4 nlio sen-
temente, be.m cemo oa que compOem tta na<la., tendo podido ll'lgO J.evaa-
~ ,

;
~m acçào de graças por um beaeficlo
que se dignou conceder-lhe a Virgem
d~ F4tlma, envla urna pequena quan-
ti~ para auxillar as despczas.
-Uma Senhora de PardeltiH, pelo~
bom exito do exame do
seu filh(J;
manda para as despezas do culto de
Nossa Senhora do Rosario di Fatima<
urna pequena quantia. •
-Rosa Picada, de Pardelhas, pe:-
diu a N. Senhora do Rosario da f 4-
tima que lhe acudisse na sua doença.
Tendo alcançado melhoras, vem pois
reèontìecida, publicar a graça que
recebeu e manda urna pequena quan-,
tia para o culto.
-Rosa Mala, da Murtosa, vem
muito recl}nhecida, agradecer a N.
Senhora do Rosarjo da Patlma, urna
graça que lhe coocedeu e manda
tima pequena quantia para o culto.
-Rosa do /osl Gaetano, de Pardè-
lhas, pèdiu a No:,sa Senhora do Rosa-
rio da Fatima a sua valiosa prote-
ccio n'urn momento c:te afliçiio e foi
attendi da.
- cAlltonio Ferreira de Mello, de O
Angra - 1'erceir, - Açotes, agrade-•
.cendo uma .Rraçl} recebidn de Nossa
Se,nhora da Fi\tirnsi, cumpre o dever
de a publiéat ~ lhe enviar uma es-
mola para o culto de Nossa Senhora
da Fatima, conf6rrne prometeu. •
-,p_e /oaquim A. de Lacerda, de
inco-
Castainço (Pt:ne(lono), em um
modo de figado. • 1

Senhor, nés
Nada é mals bello e tocante do
que observar o fervor, o acento e
convicç:lo com q_ue tantos peregrlnos
acompanham na Flitima as invoca-
çOes a Jesus na Eucharlstia. Aqui,
corno ·em Lourdes, comove a fé ar-
dente de tantas almas, sObre tudo
'IU&ndo dlzem a 1esus:
S1nllor, 1ztfs t10s amamos.
No. vos amanUJs porque vos o
-mere eis por tantos tituloJ. Sois a
propria bondade e beleza I No ceu,
os Anjos e os Santos encontram toda
.a sua felicidade em vos contemplar
sempre e em experimentar guanto .
sois bom ! Virginia Bruni, escreve o padre 1 ·
Sois o nosso Creador. Chamaste- Ventura, falava multas vezea a aeu11 ·
a
nos do nada exlstencia ; deite-nos filbos das vantagens da pureza, van- B
um corpo com os seus membros e tageos de que cUa se forçava por lbes .(
sentidcis, e urna alma a
Vossa ima- fazer: seorJr o vaJor, tanto eoi paJa·
gem e similhança. vras como pelo exemplo. 1
Sois o nosso Salvador. De tal f6r- Modesta em excesse, mesmo com
ma Oeus arnou o munao que lhe sa- eUes, n!io meuos em acçOes qoe em ·
crlficou seu PUho. Poi ppr nossa palavras, nada desprezava para os
causa que Elle velo habitat este lo- acoatumar desde prlat.ipio a um se-
gar de miserias, que tomou a f6rma vero pudor. _
de 5ervo, que se fez menino e vlveu Oeltav11- os quaàt sempre vesttdos
na pobreza, 11as prlvaçOes e no tra- e as m1los cruzadas sObre e pelto.
balho. E' por nOftsa causa que Elle Lembrava-U1es que o anjo da auar-
-ensine, que Elle lrabalha, que vlaja, da estava na sua preseoça. desejoso
flue espalha beQçAos. E' por o6s que de lbes ver conservar am porte '8cau-
Elle se immola, sofre e m-0rre. telado.
V6s sois o nosso alimento. O pào f azla-lhes ver que um s6 acto
-dos Anjos tornado alimento dos pe- lmmoral, mesmo que nlo tosse muito
11egrinos d'este miindo, é documen• mau, desgostarla a Jeaus Cbrlsto e a
tfo visive) de um amor S~Al limites. ~ossa Senhora, a ~uecn a modestia,

{
}(! IX: TT IJ 101,,t 'f ( I 1 l .. ..l
am.br aos aoberbos, asslm 001110 o te, um pouco de aborrecJmento me D. Maria Helcna G. Ferrei• P
_.òl oculta 01 seus ralos, quando uma acabrunba e me faz oJbar para traz. ra Pinto Bastos • • • . • ro!~ '
eape~a nuvem se lhe pOe em fre~te; Mas, tenho eu, corno o meu Salva• D. Maria S. da: Sif,a' Lobo. 10:00•
lll}s, as ~lmas humitdes sao corno es- dor resis.ttdo até ao sangue? D, Leonor Ma nuel (Atalaya) 20:000,
étho~ que reftectem a presença de U lrefs alnda consolar-vos nas D. Miria Batalha • . • • • 10:~
s. . dlficuldades, penis, trabalhos1 nas P.e 1Manuel Jacob Sardinha. 10:00.
eem um tal peder sobre o taeu humi16aç6es e nas dOres. Vereis no D. Eugenia Clara da No·
Coraçao, que urna s6, verdadelra- cruclfixo corno Noeso Senho rtot tra- bréga • • • • • • • • . • 1 o:tib~
mente humilde, 1em mais poder pa- tado e~ sab~ndo que o dlscipufo nào D. Luiza Emilia Pimenta
ra desarmar o braço da minha justiça é mais que o mestre. vos sentir-eis da Nobrega • . • • • .. 1 o:ooe-
Jlo que mli pecadores para armar o decldldos, fortes e c:onaoladoa. A' D. Eliza dos Anjos Cruz. . 10:00.
,,aço da minha colera. sua vista em toda a parte dlrels: l'.( D. Margarida dc Lemos Ma·
cExamlnando urna gota de agua Me11 Oeus, faça-se a Vossa vootadel (Jalhaes • • • . • • • • Io~fx>.
,,,
a olho nu, apenas se distingue a gota Finalmente quando a morte se vos Ellas da Silva Machado•• ~ 50:ope-
41e agua ; mas com o mlcroscopiQ apreseotar com os seus horro1es. D. Maria Luiz Delgado. • • 10:QOo
descobre-se u,ma multidAo de colsas nesse momento terrivel e.m que tudo D. Izaura de Lacerda. • •. • 10:ooe·
4ue se nAo vlam antes. Pois bem I nos abandonari, Jeeus ~ruclffcado O. Antonia Duarte. . • •. • 10:q9o>
A humildade é um microscopio es- seré o voeso ultimo amlgo sendo D. Afonso d'Albuquerque • 10:ooe>
piritual : quanto mais a alma se hu- mii vezes felli o que tiver sempre D. Maria da Piedade Laccr-
111Uha, mais perfeltas silo as lente&, venerado a sua lmagem na cruz. da Pizarro. • • • • • • ro:OQo
permitlndo ver melhor. Tende como uma honra. urna fe- D. Maria da Conec:içiio Vieira 10:~o
E' c~rto que isto custa ; mas o Pa- llcidade, ama gloria trazer o vosso D. Ce!;iarina da Piedade ••• 10:qoo,
ratzo é Ulo belo I . • • E é pr~ciso cruclfìxo. Alfredo Tavares . • • • • • 10:qoo-
ganhal-o. NIio lmltei& es1es. fra-cos que se D. Maria do &pirito Santo
«Se a semente pudesse fatar, pe- envergonham d'elle, ou eeses lmplos Curado • • • • • • • • • 10~0&
tliria por favor que a enterrassem para que o olham com indiferença. D. Adelina Queiroz Calcleira
germinar.» Barahona . • . • • • • • 10:000~
(P"lavras Consolador4s, pag. 139) D. Anna C. Soares .•~ •••
Numero• atrazadoa
V.oz da. fétima D. Angelina Gordo Mimoso
o. Rha da Penha Novo • ..
10:000
10:000
10:000-
Deapezaa
Tendo-se esgotado' os n." J, 4, José Sim5es Pedro. • • • •1 20:900'
Transportc . • , . . • 24=698:970 O. Georiina d'Almeida "ta·
5, -6, 7, 9 e 10 da Voz da Fdtima e Impressa-O do n. 0 30
havendo pessOas que teem todo G vares . • . . • • • • . •
(zo:ooo cxemplarC1S). • 400:000 D. Eduarda Albertina Ta-
empenho em os possulr, compramol- Outras despez~s . • • • 95:000 vares de Santia o • • . • ~o:qpo- .
O. Maria José d8Ascençao
os 4a pess~as que os possam ou
41ueiram dispensar. Soma. • • • • 25:253:970
Tavares d' Almeida. • • .
Subaorlp980 D. Maria da Gloria Tavares
(Cootinuaç(o) Soveral Martins • • • • .! 10:000
O. Filomena Augusta Pinto D. Anna Augùsta Correia • ro:dòo
A lmagem adoravel de Jesus f!IU· Dias • • . • • • • • • 10:-000 D. Aurora Tavarcs Correia .. 10:000
dfi~~d9 deve ser para n6s objecto Evaristo de Freitas • • . • 10:000 Manuel Rodrigues de Souza 10:000 ·
-d'uma terna devoçAo. O. Dulcc Soarcs Mattos • • 10:000 D. Carolina Corrcia Ribeiro
O pensamento no crucifixo é o De jQrnaes (O. M.• Pedrosa Vieira. • • . • • • • • •
flàielo dos dem6nios, o remedio· Matbias). • • • • • •• 7:5oe De jornacs (Na ca;.ela das
coiitra as tentaçoes, a morte da na- D. Julia d'Almeida • • • • 10:000 Flamengas-AJcantara) • , 10:goo·
tuteza e o canal da grac;;a. Jacinto da Costa Mclkìas. • 10:000 p,e Antonio Rodrigues Pe-
'Vende um cruclfixo no vosso quar- Or. Lùiz An'1radc e Silva•• 10:000 reira. • • • , __ . • • • •
to~~Apertae~o algumas vezes contra OJ Francisca Rosa Santos. • 10:000 D. Carolina da Sil va Cor-
o peito e beljae-o. P. Frenc~o Pereira . , . 51:200 reia dè Lacerda Mendcs
Nlio olharel& vez nenhuma pera Alfredo Camilo Gomes. , • 10:000 Mlmoso • • . - • ~ • • •
elle sera que Jesus la do ceu vos Auçusto de Brito Selxas .• 10:000 D. Estephania .Maria da Silva
-0lhe tambem com afectuosa compla- Feliciano de Brito Correia • 10:000 Correia dc Lacerda Men~es 1 o:«>a
ceJlcta e. vos nao faça algum favor. José Jardim d'AzeYedo ••• 10:000 ..,
;Adolfo Ferreira . • • . • • 10:000
Que a tmagem de Jesus crucificado Dr. José Maria Màlbeiro •• 10:000 D. Maria da Glorià Albana
fate conUnuamente aos vossos olhos, Manuel Gabriel d'Andrade. 10:000 Santos. . • • . • • • • • 10:000·
ao vosso -esplrito e sobretuao ao Manuel Maria Ribeiro. , • ro:ooo Joao das Neves. • • • • . • 10:000:-•
Manuel Augusto Soares •• 10:000 D. Maria Teresa Moura Pi- ·"·
vasso coraçao.
A IembraAça dos vossos pecados P.e Lauri odo Lea I Pcstana. 10:000 nhei ro. • . . . . • . • •
~ausa. vos perturbaçao e temor? In• p,e J.oao Vicente de Faria e Manuel Pedro Pires • • • . ro:çoo -
ter1ogae o vosso crucifixo e uma voz- Soriza. • . • • • • • • 10:000 Manuel Sarabanda • • . I ,:900
aecreta vos dlr4: ctem conflança, mi- Trista.o Bettencourt de Ca- D. Maria Constança d'Albu-
nba filha, lava os teus crimes no meu mara . . . • • • . . • • 10:000 qt1cr(4Ue • • • • • • 10:000··
saogue e ficarao todos apagados.~ Vasco Teixeira Doria •••• 10:000 D. Aurora Amelia Simoes
Estaes, pelo cotitrarlo, insensivel D. Maria Augusta de Ma- da Si\n. • • . . . . • lO!ÒOO"
r
~s vossas faltas? Olhae para o vosso chado Lemos • • • • • • . 10:000 P.e José Albino Tavares de
..cr~ciflxo
I
e ouvireis no fondo da vos• D. Maria de Jesus Ribeiro • 10:000 Souza. • . . • . . •
.sa alma esta censura q ue vos humi- D. Anna qe Jesus Lima • • io:ooo
Ut~ri e toca,a; 110~ teus pecados D. Addajde Gromlfell Ca•
cuslaram· me a mim todo o meu san- mossa Vaz. , , •.••• 10:000
gue e nao te ammcam a ti um~ la- Joaqt,Jim Alleu. ·•••••• 15:000
_gr\ma t O meu sangue estaJou as por• D. Maria Ribeiro da Silva • 10:000
tas do \nlemo e nào abala o teu co,. Conde~ dc- Mnrgaride ••• 20!000
,atlo ll) Inacio d~ Maura Coutinho
Durante a tempestade da tentaç.lo da Silvcira Montenegro •
0 vosso cruciflxo vos dira : «Meu fi- Ma1rnel &Ila S~lva Valente e
Jho entra na chaga de meu lado Oias Nunes • , •• • • •
e esconde-iè no meu coraçao; ahi Dr. Eduarcdo Camara Car·
est~s seguro,)> valho é Si Iva. • • • • • •
A vosfa cruz vos animarA tambem D. Margarida Lo-pes • . Ci . •
11as fraquezas e tibieza, vendo-a ex- Dr. Joaquim Alves Martins,
.ctaJJ1arè1s: urna ligetta irife1mida,de ,. D. Cecil 1a da Conc;eiçi(a l\iar•
me ch,1cm , uins con11 aoiç {1t1 me aba- t\ns Zolo. de Mediou • • • 10~000
Ano I I I N.• 82
\

(COM APBo,rAç.ÀO ECLESI~STIOA)


Dtreo-tor, Propriet.arlo e EdJt.or
DOtITOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS
Con,posto e impresso na Imprensa ComerciaJ, li Sé - Leiria

mente em vista a sanctificaçlio e sai· A's clnco horas da tarde a immen-



13 DE ABRIL vaçao dos filhos desta terra de que
ella é a padroeira.
sa multidAo começou a debandar,
nào se vendo, momentos depois, se- P
nlio alguns raros devotos naquele lo-
cai privilegiado com as apparlçijes
M dia de vento frio e e as graças da gloriosa padroeira de
agreste, de sol quente Portugal fidellssimo.
~.'-:...,.;..~-' e brilhante, · de formoso V. de M.
ceu azul, aalpicado aqui
e acolé de farrapos de
nuvens brancas, que cor-
riam vertiginosamente no
espaço, tal foi o dia treze
de Abril ultimo.
Oir-se-ia que a Virgem Santissima,
querendo imprlmlr· 4 romagem men.:.
sai ao seu sanctuario de F.itima um
cunllo mais accentuado de peregrlna-
çfto de penltencia, junta lnfallivel-
mente a aspereza, sobremaneira ln-
commoda dos caminhos, a rude e
implacavel inclemencia do tempo. A
sublda da serra sobretudo, realisada

em condlç0es atmosphericas desfa-
voravels, revesle quasi as proporçOes
de um martyrlo tanto mais doloroso
quanto é certo que a extensAo do
percurso parfce torna-lo lnterminavel. Na Cova da lria effectuaram·se as
Sao principalmente os peregrinos comemoraçOes religiosas do costu-
que fazem a viagem a cavallo aquel- me.
Jes que stntem com mais intensldade Celebraram-se muitas missas, com-
as penas e agruras da piedosa roma- i mungando tm cada urna dellas gran-
gem. de numero de fiets préviamenle con-
Por via de regra, s6 em Malo e fessados nas suas terras.
Outubro, mèses das grandes peregrl- A' ultima missa asslstiram cérca de
naçoes nacionaes, se véem, ao lado etneo mli pess0as. O recolhimento e
dos verdadelros peregrinos, chelos a devoçAo dos peregrinos commovlam
de fé e devoçao e animados de es- e encantavam.
pirito de sacrificio, os curiosos e os As cffmmemoraç~es concluiram
touristes, cuja attitude e procedi- com a bençao do Santissimo, dada
mento contrastam, de um modo sin· em primelto logar aos enferntos e em
gular, com a attitude e procedimento seguida a todos os peregrlnos.
dos peregrinos authenticos, pondo
urna nota desagradavel em Ulo impo-
nente manlfestaçao de fé e piectade.
Depois desta ultima missa sub\u
ao pulpito o rev. dr. Paulo Duriio
Alves, que f4Jlou eloquentemente
'
E' indispensavel que todos os cren- durante quinze minutos s0bre a ne-
tes que vào a Félima se lembrem tie cessntade da penìlencia para a salva-
que Nossa Senhora recomentiou com çao.
empentio muito eapecial a toclos os Como de costume, dislribuiram•se
portoguèze!, por intermedio dos fres gratuitamente muitos milhiues de
videntes de Aljustrel, a pratica da exemplares da , Voz da Fétima•.
oraç~o e da penitencia, isto é, do junto da fonte das appariç~es esla-
arrependimento e emenda eia vida clonavam continuamente rnurtas pes-
para ctesarm11r a justiça divina offen- s0as que bebiam e faziam provisao
dida e irritada com os pecca(los dos da agua maravilhosa.
homens. Os ,servilas• flzeram, como sem-
S6 assim se farA a vontade da Au- pre um admlravel servlco de ordem,
gusta Màe de Deus, que, dignando- sendo as suas lnslrucç0es religiosa-
8 meDte acatadaS por todos os fiels • .
se apparecer em Fatima, teve ubica-
• I

-ao- doente os amludados curativos anos, afirmando qa.c meu marldo te- ...
que seriam precisos quando o tumor ria de usar um aparelho - cinto,
.f~ase lancetado. lnstalados. pois. de etc., mostraram-se admiradissimos
novo na nc,ssa casa da rua do Ro- com aquela resurretçao. O doente Flòres a Ma ria
zarlo. 144, chamimos o sr. dr. Cou- regressou a casa trtgueiro, nutrido e Um religioso. prégando um retlro
to Soares, ~ue dep.ois de examioar c6rado, corno sempre f0ra antea de em Nancy, ponderou que nunca se-
o doente, que fol radiografado per adoecer, e até hoje, tem con~ervado deve desesperar da salvaçAo de urna
v,ontade de sua ex.• para segurança a sua antiga saude. E' pois com o alma, e que As vezes os actos meitos
do diagnostico, nlo ocultou a minha coraçao a trasbor<iar da mais ardente importantes aos olhos dos homens,
amllla a gravidacle do mal. Meu ma- gratidAo e Fé, que eu venho oferecer sao recompensados pelo Senhor na
rido estava em perlgo de vlda, e o a Nossa Senhora do Rozario da F~- hora da 'morte. Ao sair da igreja:
tumor <!evia ser lancetado dentro de tima esta humllde homenagem, que urna senhora de luto se aproxima e
b·reves dias. Poi entilo que ao ver a muilo desejarla ver publicada na lhe dlz: •Meu Padre, vos recomen-
minha afllçlo, urna senhora minha • Voz da FAtima>. dastes a confiança e a esperança ; o
vlslnha que ocupa metade do predio Com a mais alta conslderaçio, res• que me aconteceu justifica as vossas.
da rua do Rozarlo, 144, me lembrou petto e gratid~o, se subscreve a de palavras.
Patima e os seus milagres, dando-me v. rev.ma muito dedicada. e para sem- Eu tinha um esposo hom, afectuo-
..algìins numeros da • Voz da FAtìma> pre agradecìda, Maria Alice Barr~tò so, irrepreensivel na vida particular
para eu ler, e entre elles. um. que se d'Oliveira Carvalho -R. do Rozano, e pùblìca, mas descuidado e arredio
-referla A graça obtida por urna pes- 144, Porto.> da P.ratica da rellgiao. Meus P,edidos.
s0a das suas relaç0es. Escrevl sem e as poucas palavras que arriscava
demora a v. ex.• rev.m• que com s0bre o assunto. nao tlnham adian-
taota cartdade se dignou atender ao fUESTB\DO ffiEDICO tado nada. ..
meu pedldo. mandando-me na volta Atesto qtle tratti o Sr. ]osé Car· Durante o mès de maio que pre-
do correlo Agua da Fonte das Apa- va/ho d' am volumoso abcesso tombar, cedeu sua morte, eu armara; corno
rlc;Oes e as medalhlnhas benzidas, que pela sua evoluçlio e locall.saç4o, costumav~ fazer todo o- ano, um pe-
que logo coloquei no pescoço de queno altar, em meu _ aposento, 4
meu marldo e no meu. Chela de ar-
me levou d suspeita da sua oriaem
vertebral (o que a radloerafla con- Santissima Virgem e ornava-o de
,dente Fé, elevei é Santissima Vlrgem /irmou). As punçòes repetidas deste flòres. renovadas de vez em quando.
-0 meu pensamento, rezei e chorei, Todos os domingos, meu marido
pedlndo-lhe a cura de meu marldo,
abeesso de ram um pus Ituldo, que
nllo tevel,,u bacilos de Koch. ao exa- ia passeaf f6fa da cidade ; e, cada
que chelo de Pé tambem pedia a me microscopico, mas slm tsta/ilococo vez ao voltar, me oferecia um rama-
Nossa Senhora da FAtima o milagre puro. thele que ele mesmo colhera, e eu,
de sarar sem que o tumor precisasse com essas fl0res ornava o meu ora-
de ser lancetado. E Nossa Senhora Em /ace da analyse do pus, e con- torio.
ouvlu-o I Eu tinha-lhe dado de ma- tra os dados que nos fornecia o exa- Nos primeiros dias do més se-
flhl, urna colher de sopa de Agua da me e ltistoria do doente, drendmos o guinte. foi subitamente fulminado
Pitlma; o médlco chegou depois, de- abcesso. Ao contrarlo da nossa ex· pela morte, sem ter tempo de rece-
darando que o tumor precisarla de pectativa as methoras ntlo se fizeram ber os socorros da religiao. Eu fl-
aer lancetado no dia seRulnte. Mas sentir. O doente continuava com fe- quei inconsollivel : mlnha saMe se
-por mllagre de Nossa Senhora do bre, e /alta d'apetite, emagrecimento alternou sériamente, e a familia obrl-
Rozario da F!tima, o tumor rebentou proe,essivo, impossibilidade de mo- gou-me a partir para o sul.
nesse mesmo dia, ficando o doente vimentos do mtmbro lnferlor diretto Passando em Lyao, quiz ver o
411ais alivlado, mas alagado no pus, (lado doente), sempre em contractu- Santo Cura de Ars, que ainda vlvla ..
que se espalhou pelas roupas, sendo. ra. . Escrevi-lhe para sollcitar urna au-
preciso enxug4-lo constantemente. Esta f alta de melhoras do doente, dléncia e recomendar as suas ora-
• Antes d'lsto e por vontade do sr. dr. ou antes este agravamento proeressi- ç0es para meu marido, qu.e morrera
Couto Soarés, fol chamado tambem vo da doença, Jez de no.,o vlr ao meu de repente.
o ar. dr. Perreira Alves, director do espiri/o a minha primelra suspeita. Nao lhe del outros pormenores..
• Sanatorio Marit\mo do Norte, que (Mal de Pott lombar). Apenas entrara na sala, o Santo Cura
em conferencla declarou precisar o me disse : Senhora, estals consterna-
doente de se retlrar para urna ·praia, Dois colegas mais, que vlsitaram o
doente, conjlrmaram esta suspelta, da, mas nAo vos lembrais entao dos
aflm de tomar banhos de sol A belra ramalhetes de cada domingo do mei
e f oram u11anlmes em que seria ut/1
do Oceano. Outro médico eapecla- de Maio? •
~iita fol chamado tambem para exa- dar-lhe banhos de sol. Ser-me-la lmposslvel dlzer qual
mlnar o doente, mas s6 o ilustre cli- Passa·se mais d'um mtz. sem que foi o meu pasmo, ouvlndo o Padre
nico ar. dr. Couto Soares contlnuou as melhoras se corneçassem a man.l- Vianney lembrar urna circunstAocia
a trat4-lo como aeu médico assisten- i estar. Nesta ocasillo um outro co- de que eu nao tinha falado a nln-
te. Como meu marido mostrasse re- lega espuia/isadotm doenças osseas, guem. e que ele s6 podja conhecer
lutancla em lr para longe do Porto, visita o doente e dd d f amilia um por uma revelaçao.
reaolvemos ir para Vllarinha, aldela prazo de otto d/as para um desenlace Acrescentou: e Oeus teve piedade
entre o Porto e Matozlnhos, para f atat. Poucos dias de pois o do ente daquele que honrou sua Santa Mle.
casa de minha b0a mlle. A principio experimenta melhoras extr11,0rdlna- No Instante da morte, vosso esposo
o doente pelorou multo. Tornava os rlas, quasi subitamente. Desaparece poude arrepender- se ; sua alma estA
banhos de sol, ma~ a febre augmen- a febre, a fistula delxa de supurar, no Purgat6rio ; nossas oraç0es e
tava, o apetue faltou de todo, estava o doente começa a alimentar-se optl- vossas b0as obras nAo o deixar!o
tlo magro que so tinha a pele co- mamente, a mobilidade da perna di- ficar I~>.
brlndo-lhe os ossos, e a fraqueza era reita faz-se sem estorço, as dores
extrema, parecendo moribundo. Eu lombares cessam, e o doente em pou-
chorava e rezava e na mlnha d0r cos dlas pede para se ievantar, e em
ctieguet a contratar um automovel • pouco mais de um mez tinha readqui· A redao980 ,ou admlnl•- 1
E
que nos levasse A atima, para no J rido o seu bom aspecto primitivo, tra9Ao da «Voz d• Fatima•
,a-nto logar das Aparlç6es, Nossa sem o mefll)r de/eito ou incomodo. nlo pode encarregaP·••
Senhora o curar por um mllagre. Mas Por ser verdade passo este atesta- de forneoer agua da Fàtl•
nlo fol preciso partir, porque a Vir- do que assieno sob paiavra d' nonra. 111• 6• pess6aa que a de•
gem Santissima, que foi, é. e seri
aemp,re a Consolacilo dos aHictos e Porlo, 20 de fanelro tk 1925. aeJam.
a nude dos enfermos, nos ouviu PPeata-ae a eate aePvl90
emfim r De repente o doente come- (a) Antonio do Couto Soares /uniar • .... José d'Almeida Lo-
~ou a melhorar a olhos vistos. e em
(Segue o reconhecimento do ootario por-
pea-Fatima (VIie Nova de
7 semanas, a cura mlraculosa efecti-
•vou-se. Os médlcos que prevlam no tuense Casimiro Carneiro Fontoura Cu- OuPem), • quem devem
meltior dos caaos umi cura de dola rado). ••• feltoa o• pedldoa.
l J •


V°joz ae. EaUma

sioho, a avminha e mais e mftmii, o pap, •


todos os maninho1, e os Anjo1, o a Vlrgem
Santissima e Nosso Seohor ...
Depois contou Conceiçiiosi::iha ao avi
que a Jrroli lhe tinha promettido um pre-
rnio se declam1tsse bem uma poesia em
honra da Divina Pastora, na proxima distri-
buiçiio de premios ; e corno o doente lhe
pediu que lb'a declamasse para eJJe ouvir,
O a menina jft 8 sabia de cor, com muita
graça lh'a declameu logo, dizendo :
Divina Pastora,
Que rico rebanho,
Tao vario e tamanho
Te deu o Senhor I
E tu o· encaminhRs
Com ternos cuid11dos
Por fontcs e prados
. .Vaguciam
. . .. .. . .
Ao divino Psi.tor.
tlio tristes !
Estiio macilentas ; -
Fenda, crue:ntu
Lhes tingem es las,
E as tuns, r,alicenllo
J<.:m Jirios e rosas,
Retouçam man;iosas,
Alvejam louças.

Emquanto a pequena declamava, cotTiam


u la~rimu a quatro e quatro pelas (aces
do velho. O conceito dos versos e as 11al1-
vras que lhe dissera a netinha ,:;ravavam--so
coma settas amorosas no seu coraçiio, e
citava-se elle reconliecendo corno ovelha
d,esgarrada, tri te e, inacilcnta, alimentada
uté sili de hervas venenosas, e vagueaodo
com urna vida tlio inutil e vii, como a mes-
ma vaidade do mundo.
Entendendo pois que Dcus o estan cha-
mando com as palavras que puzara na
bocca d'aquella cr~nç1 angelica, chamou-
a para si e disse lhe ao ouvado :
-Filha, vai di1er a tua mlimii que mo
chame um Padre, quel o tcu av6sinho quer-
se confe~sar.
Correu il menina com o recado a marna,

Radiografia da columnn vertebral ~e Joi;é d'Oliveira Carvalho antes da cura


-3
a quel exc)amou cheia do e~panto:
-
ue me dizes, peq~ena ?
ue o avòsinho quer-se conressar.
1 1 1 .,
(A seta indica a parte afoctada) ' - as quern lhe falou a elle em Sacra-
mearos?
-Eu.
Deu o enfermo um profondo gemido ao --Tu? E que lbe fr•ste tu dizcr, tagarelle?
ouvir ettu palavras (je sua innocente e -Que ia morrer dentro Je oito d ies, Co•
amada neta ; mas dissimulando a d6r que mo disse o m6di:o.
Coaceiç5osinha, chegava do Collegio, ale- lhe causàVam, para que ell>t continuasse a -Mcu Deu, ! Quc imprudencie ! Que G.
gre CO!l!0 umu paschoas, e, ~altttanJo como falu-lhe e a distrahil o, como coslllmava, atrevimento ù'esta tolinha I Mas para q\ia
borboleta d11 M11io entro as fiores, lançou-se perguntou lhe : lhe l\nias de (alar J'estn .:obas?
ao1 br~ços da mamli, a tempo q11e o méJi- -Como sabe~ tu que Nossa Senhora mo - Porque, corno sou amìga do avosinho.
cq sah1a do quarto do avo, que estua gra- leva ri para o céu ? desejo que, qudndo morrtr, va para o c6u.
vemente enformo. -Porque rezei pelo avo,inho, e 14 no -Al, pobre av6sinho, que susta tera ro•
_-Mau, mau esul aquillo, disse o doutor, collegio disseram 6s rneninas que, se a geo.• cebido I 1
nao temos homem para 01to Jia~. te pedisse à Vargem Santissima por algum -Nao sei nada, mami; mu olhe quo a
E, depois dc prevenir que podiam tratsr doente de nossa casa, nao morreria em Irma qisse-no, là no collc~io qut: era me-
dos ultimos Sacramentos, Jesped1u-i:e. pecca~o mortai, maa receborla os santos lbor ir com o susto pnra o céu do quo sem
-Virgem do Rosario I exclamou a se- Sact1mcn101 e :fe conreu.iria muito bem e sutto para o inferno.
nhora, qu ,si chorando ; ao menos nao per- receberia o Viatico,que diz que é a ugrada Entrou a ,enhora no quarto do enfenno
mittaes que o avosmho morra impenitente l communhiio que se dli aos doerues ainda para se desLlz11r em Jcsculpd,, mas achou-
.Niio ~ntendeu Conceìc5osinha o sentiJo que nlio estcJam em jejum, e que Nosso o tao soce~aJo, que, sem faier neohum
d'~~JIIS pdlavras, e cobrimÌo sua mlic de Senhor lhe perdoana toJos c,i peccados e uso das explicaç~e-s, peJiu lhe que cha-
I be11os, perguntou :
-Mamii porque chora?
a Vfrgem Saoti1'ima o levaria para o ceu.
-Mas, filba, quem te ensinou.todas estas
ma,ise um Sacerdote para tratar dos oego-
cios da sua alma.
-Filhinha, porqu&o avòsinbo morre-nos coisas? N'aquejfe mesmo dia rect!bcu os santos
por cste1 J1\I~, corno disse o méJico. -A Irma Rosa; olhe, e tambem nos disse Sacramentos e com elles tiio grande tran-
-Re.iemos e Noss:1 ~enhora por elle, quc, quando nor. estiveuemos doenrcs dé q11Ulid11de, re~•Rna'çuo e conlìanç11 ga infini-
tomou a candida meninA, Olhe, m11ma, en- cuìdaùo, pedisseblos os santos Sacramen- ta bondadet Je Oeui, que parecia outro ho-
sinou-oos hontem a Jrmii, que, quan~o tÌ· tos, sern tsperar que nos avius~em, eque mem, e ùe hom11m uo munùo parecia ter-
ve semos aJguem em perig,,, se reussemos fizessemos entio a melhor confissao e com- se tornado n'um S11nto.
a Nossa Senhora por elle, niio morreria sem munhlio do nos~a vida ; porquc com aquela Deplorava a va13al!e• e os extravios do
Sacramcntos e Maria Santissima o levaria b lél confis,ao flcaria a nossa alma tiio pura 9 sua viùa P..I\Sad.i, e bcijwa com amoroso
f)Ara o céu tao pun, corno um Anjo, e com a commu- atfecto um pcqueno crucifìxo e uma meda-
Ajoolhu:1m mae e filhJ e rezaram algu- nhio ti caria mai, formosa do que o sol j o lha de N >s(a Senhora,. quo Conceiçaosinha
roas Avé-M .1ri111, e a mo::ninu, Jando com is- com a Extrema Uncçiio, quc é o ultimo :sa- lhe trou~er.l, ~ Sl_!SJlarava caJa ve, ma·s
to sx,r conclu1ùo o ne~ocio, riariiu !\ahnndo crarnento, e com urna in Julgericia plenaria9 ~ por sa1r da~ m1serias da vida mortal e en-
a communi::ar ao avo\inho t!io boa nolicta, voaria direitinha para o ceu. trar na fl'liciJalle da vada eterna que Jesus
corno se fò!sc a coi~d mais natural do - Mas fil ha, como me falas hoje de ~i- Cbristo promeueu a todos os peccadores
mundo. sas tlio triste• ? que se convertam.
-Bons diu, avòsinhn ! 01h11 que jà rezci -Triste~ ? Pois olhe, 1vòi;inho, eu tté Cinco dias 1lepoi1 o dito10 avo estava
com a mdmii o No,sa Senhora, rara que o cuidava que er,1m alcgres e muito b6as, e em llgonia, e upertando ao coraçiio com
le•e pera o c.!u. • quando a lrmii noi u dizia, estava eu Com amorosa confì~nça o crncifìxo da menina,
-Que d1zes, t ol:nha ? Eniao, t:io depres- uma vontaJe de morrer rara ir para o céu, eh.amava por ella com a voz desrruuac.fa di-
sa queres que eu morra'? mas a goz9r com os Anji9ho~, que nlio fu zenJo:
-Eu e, nao 911eria; mos como o méùi- idé11. O av6 nlio gosta de estar com os An~ -Conceiçao, Con-:ei.,rio~ioha, onde uUs?:
~o Jiue a mama que o avo~i.,ho ic1 morrer, jinhos? -Estou aqui, responJeu ella cliegando-
TCzdmos a Mar111 Santi!lsima pua que o nlio -Al ! tu és uma crerHurn innocente, se li coma o comqnJo e mao gelada qucr
deixe morrer sem S,1cramen10:1 o o leve murmurou o enfermo, enxuganJo os olhos elle lhe e~1enJi11.
para o céu. arrasados de la~"ma~. Entao, com palavras e11tercorraJas, dissi,
-Como é i~so? di~qe o enfermo erguen- -Mas o avosìnho é mais feliz ~o que eu, o avò~inho morihunJo:
'10-se na cama ; entao o méJico tliue que porque vai antes Je mim :,eu s6 mais tar- -Qcu:1 te 11bençoe, fìlhll minha, porqu•
eu estou tao mal ? de morrerei. e irci para o céu ~ mas li ve- salvaste teu 'Ivo.
-Sim, !enhor. Olhe, av6•inho, ~té disse rei o av6s1nho e Jhc darei beijos coma lllO• E: momen.l~s ùe)'oi1 upiron na pai ao
4JUC nao ch.ega aos oito dias. ra. Muito bem c.litaromos nòs I~, o av(hi- Senbor. . t


Y,;oz da Fatima

P.REVENCAO Voz da fétima Albino Lameiro. • • • • • 20:000


l>. !saura d'Oliveira Fragoso 10:ooa
O. Hilda Araujo Coclho. . • 10:000
Deapezaa Or. Pedro Mascarcnhas de
Houve pees6aa que em Lcmos. . . . . • . • • 10:000
Malo e Outubro ultimo Transpone . • • • • • 25:253:970
D. Maria Saturuina Meirdes
ven~eram, és vezea por lmpressao do n.0 31 Barriga. . . . • • • • 20:000
(21 :500 cxemplares). • 494:500
alto preqo, exemplarea da Outras despezas • • • • 100:000
D. M. Amparo de Queiroz e
.. Voz da Fatima• qua na Cunha. . . . . • • . 10:000
Cova da lria sAo distribui- Soma. • • • • 25:848:47; D. Annu Orumond Fialho • 10:000
Joaquim Augu~tode Laccrda 10:000
dos gratuitamente. E' um Sub'acrlpc,Ao O. Hosa Olinda da Silvcira. 10.000
abuao intoleravel. Quem Ilildcbe, to Pere ira • • • • 10:000
(Continuaçfo)
o• nao poeaa aloanqar, l)uartc F'. Pacheco • . . • 10:000
queira dirigir-ae a p.e Sii• D. Maria Hclcna Gupar Ca- D. Hcrmiuia Branco Tcixei-
va - Leiria 1 que oa envia- nastreiro. . • • • • • • 10:000 ra de LcncasO-c, . . • • 20:000
D. Maria Eugenia Matos Ma- D. Regina de Frcitas Aguiar 10:000
ra gratuitamente. deira. . • • • . • . • • 10:000 D. Philomena Vieirn Nunes 10:000
-Nlnguem ali deve com- D. Margarida Victorino Costa 10:000 Ildefonso Moniz Barreto Cor·
prar objeotoa religloaoa José d'Amotim • • • • . 10:000 te Real. • . . . . • • 30:000
por mais do que o aeu ••- D. Maria Emilia Gomcs de p,e Manuel Joaquim Rosa
Miranda. • • • • • • • 10:000 do Nascimento. . . • • 10:000
lor aob pretexto de que o P.e José Luiz da Rocha, • • 10:000
exoeaao è para . aa obraa D. Maria Hclcna Soarcs. • • 10:000
Baroneza d' Alvaiazcre. • • I 5:000 Antonio l\1achado FaAundes 10:000
da Fatima. Seria outra ex- D. Leonor Marqucs. • • • 10:000 Elia& da Cunha Mcndonça • 10:000
ploraoao ignobil. D. Rosaria Maria da Silva. 10:000 Antonio Cardoso Lcal, • • 10:000
Mais uma vez declara• D. Guilhermina de Jesus Al- Dr Luiz Cabrai Barata. • • 10:000
berto Gomcs. • • . 10:000 D. Emilia Pinheiro Fcrreira
moa que ninguem eat4 Pinta. . • . . . • . • 20:000
autorisado a vender obje- D. Emma Cordciro Maçis.• 10:000
Baroneza d' Almeirim ( I.>. D. Natalia dos Samos. . • 10:000
otoa por conta da Comia- Luiza ). • . • • • • • • 10:000 p,e DomiugosGonçalvt:s 13or-
•Ao. D. Carolina Miranda. • • • 10:000 lido. , • • . , . . • • I 0:000
Cautela, pois. Donativos ( D. Luiza ). • • 15:000 Joaquim Gonçalves • , • • 10:000
D. Maria da Gloria l'~rcira 10:000 Manuel dc Passos Maninho 10~000
D. Maria Anna Ferro Gamito 10:000 Feliciano Alvt:s. . • . . • · 40:000
·os pobres Luiz Gonzaga do Na!.cimcnto 10:000 1). Candida Rosa Martins • 10:000
D. Filipa Mexia Nunes lla-
D. Carolina Serranho dc
Bem longe de afastar seus filhos Souza. . . . . . . . 10:000 rata. • • . . • . • • 10:000
<los espectaculos da miseria, da dOr D. Mary l<'erro Lobo de Mou• p,e Alberto Pen·ira CarJoso 10:000
e mesmo da agonia, Madame Chan- ra. • . . • . . 10:000 D. Maria da Assumpçuo Sil-
tal (S~nta Chantal) querla que elles Carlos Batalhoz de Vilhena va. • . . • • . . • • 10:000 .
a acompanhassem nas suas visitas Barbosa. . . . • . • 10:000 D. Maria da Conceiçao Teles
aos pobres. De jornaes (M. J. Dias Cas• Varela. • . • . • • • • 10:000
Um levava o pilo, o outro os re- caes). . . . • • • • • • D. Ilda Magalhaes Varcla • 10:000
medlos e aquele algum dinheiro. Era De jornaes (D. Maria das Do· D. Maria de Jesus Carlota . 10:000
a recompensa que recebiam quando res). ·• • • . • • • • 111:000 D. Maria da Concciçao Ta-
davam prova de obedlencia e de Percentagens e donativos (D. vares Lopes . . . . . • 10:000
trabalho. Um dos maiores castigos Maria das Oores). . • • 6o:ooo D. Maria da Natividadc da
para elles seria delxal-os em casa na De jornaes (D. M. da C. A, Costa Cerveira. . . . • 10:000
bora em que a mAe fazia a sua visi- Matheus). , • • • • • Joao dos Santos Gonçalves • 20:000
ta diaria aos pobres. De jornaes (M. Borges). • • p,e Ismacl Augusto Guedes 10:000
Poi asslm, por1 estes bellos habitos Dc lornacs (O. Laura Mar• D. Maria dos Prazcrcs Gue-
de lntimidade com os desgracados, ti ns). • • . . • • . • • 43:000 des A lmeida. • . . . • 10:000
adqulridos desde a infancla, que De jornacs (Domingos Oias). 6o:ooo D. Julia da Conceiçao Baptis-
Santa Chantal desenvolvia na alma De jornaes (Casa Ave-Maria ta. . • • . .. • · • · 5:000
de seus filhos a unçAo do coraçAo e
que lhes fazla saltar essas fontes
- Lisboa). • . • . . • D. Antonia de Figueiredo
Nunes de Carvalho. • . • 10:000
.
D. Maria da Piedade Rodri-
profundas de senslbilidade, que pa- gues.. • • • • • ••• 10:000 Firmino José Alves . . . • 20:000
recem ter desaparecido em nossos Donativos (D. Celeste). . • 6:000 O. Sibila dt.' Jesus Pereira
dias'em que as creanças sllo educa- D. Maria Amelia d'Abreu • 10:000 Feroandc:s. • • ' · • • • l 2:000-
das na vaidade que seca, em vez de Francisco Ribeiro Baeth.ta
aa engrandecer na caridade cheia de Montes • , • • • • • , 10:000 NOTA: - Faltam 450 subscrlptoree
ternuras. P.• Joao Moraes das Neves 10:000 para publlcar, iato é, tòdos os que
D. Maxiini,ena Vieira da Mo- envlaram qualquer quantla deede flnt
ta. • . • • • . • • • 10:000 de novembro ultimo.
Adoraçu.o noturna
P.e Amadcu Pereira Cardoso 10:000
A adoraç!o noturna na egreja pa- D. Maria da Piedode Puiva . 10:000
roquial da Fatima come~a ao sol
posto do dia 12 corno em Outubro.
Dr. Jacinto Gago da Camurn
D. Maria da Assumpçao l.>ias
20:000
10:000
VOZ DA FATIMA
Antonio Joaquim Ferrciro • 10:000
D. Adtlaide Braamcamp de Este jornalzinho1 q u e
Mais curas Mello Breyncr . • • • • 10:000 vae •endo tfto querldo e
Nos mè1SeH segu.lntes Marque_za de Pombnl • • • 20:000 procurado, é diatribuido
D. Mana do Carmo. • • • 10:000 gratuitam@nte em Fatima
continuaremot5 a pnbli- P.e Joao dc Dcus Lacciras . 1c:ooo
oar outraM c1.1.ra..t cujos D. Maria da Purificaçao Càn- no• dia& 13 de oada m6a.
relatoriol'!f He achnn>. ern to. • • . • • • • • • 10:000 Quem quizer ter o di- •
no!!tHOp ode.r. José Pedro• . • • . • . • 10:000 reito de o reoeber dire•
Pelo 1ne1tol!!I dez t!li.i.o de
P.e Jayme José Ferreira ••• 10:000 cta,nente pelo correlo•
D. Maria José Martlns Con- tera de enviar, adeanta•
a-ran'do re levo, se n do treiras Bandeira. • • • • 10:000
dua~acornpanha4adde D. Claudina èe Souza Sam- demente, o •In I m o ìle •
atteli-Cados médicos. paio. • • . • • • • • • 10;000 dez · mii réi••


,.
Ano IJI de Jnnllo de 10.Qfi N.• 38

(COM APROVAOÀ.O EÒLESIASTJOA)


Dtreot.or, Proprlet;erlo e Edl-tor Admbllat;~ador: PADRE M. PEREJRA DAIS:LVA
DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS

REDACç.AO e: ADJ.1lNJSTRAç.io
BU.A D. NUNO ALVA.BES l?EB:EIB.A.
Composto e Impresso ne Imprensa Comercial, li S4 - Leiria I
(111:ATO Nl.'NO Dli: SANTA MAMA)

B grande peregrina- limites da freguezia do Reguengo do


fétal. Durante toda a noite, o San-
a
d' aqueles que circulam contir1u3men-
te num assombroso movimento de

çao nacional tissimo Sacramento esteve exposto


adoraçào publica na egreia parochial,
que, apesar de imensa, regorgitava
vae- vem. Ao meio-dia solar cvmeça
a ultima missa, a missa dos en(ermos.
Estes, em numero de algumas cente-
13 de Maio de 19~5 de fieis. A guarda de honra era feita
pelo grupo de Servitas de Torres
Novas.
nas, enchem literalmente o recinto
que lhes esta reservado debaixo de
um vasto e elegante pavilhao, recen-
temente constr uido, sustentado por
grossas e altas colunas de cimento
Assou no dia treze de armado.
Malo ultimo o oitavo E' admiravel o espectAculo que se
anniversario da primei-
~'--:--:::r=--' desenrola deante dos nossos olhos
ra appariçào da Virgem momentos antes da subida do cele-
Santissima aos inocentes brante ao altar. Um cortejo composto _.,-
pastorinhos de FAtima. de milhares de fiels acompanha a
No longo transcurso branca est4tua de Nossa Senhora do
destes oito annos, aquel- Ros~rio que é conduzida processio-.
le togar privilegiado, on- nalmtnte da c&péla das apparic;Oes
de se deram as appariçOes e que o até a capéla nova. Quando a lmagem
povo designa com o nome de Cova da Virgem Santissima, transportada
da /ria vlu perpassar multidOes apòs pelos Servitas e ladeada pelos esco-
multidOes que alli accorrlam a render telros de Lelria entra no pavilhAo
as suas homenagens aaugusta Pa- dos doentes, estrugem no ar os vl-
droelra da Naçào. vas e aclamac;Oes, milhares de lenços
Mais urna vez, num impulso irre- brancos agi tam- se numa saudaçAo
sistivel de fé e piedade, a alma cren- fremente de entusiasmo e as palmas
te de Portugal se voltou para a serra rebOam nutridas e prolongadas. A
d' Ayre e dezenas de milhares de comoçllo em todos é extraordinaria
pessOas de todas as classes sociaes e e véem-se muitos olhos marejados
de todos os pontos do palz se puze- O menino Joiio de Cntro Sanches da Co~ta de lagrlmas. Logo que a estatua da
ram a caminho em direcçào estan- a Ferreira, de 4 aoos, Vlrgem é c'olocada no seu pedestal
cia do mysterio e do prodigio. Trez curado milakrosamente de urna menini,:1te junto do altar, a multidao canta o
dias antes, jt se vlam numerosos pe- Credo de Dumont. Segue-se a missa
segrinos aproximarem- se da serra. No dia treze de madrugada, prin- acompanhada de canticos e invoca-
Era a guarda avançada do grande cipiaram a celebrar-se as missas nos çOes. No fim da missa expOe se o
exercito que, numa mobilisaçao gran- altares da capéla nova. VArios sacer- San11ssimo, canta- se o 7antum-ereo,
diosa e unica, como se obedecesse dotes adminlstravam quasi inloter- da-se a bençào aos enfermos, que
a urna voz de comando,~o dia treze ruptamente a Sagrada ComunhAo, foi devéras comovenle, corno sempre,
realisaria a marchas fo~adas a sua aproximando-se da meza eucharistica terminando a comemoraçào fllstiva
concentraçao geral. Effectivamente mllhares de fieis devidamente prepa- das appariçtles com um eloquente
uesse dia o espectkulo era soberbo rados. Entretanto veem chegando sermào prégado pelo rev. Campos
e empolgante, apesar de se tornar numerosas peregrinaçOes organisa- Neves, C6nego da Sé de Coirnbra.
impossivel observa-lo em conjuncto das, procedentes de viirios pontos
num s6 ponto e dum s6 lance de do paiz. Merecem especial referencia, V. M.
olhos. As estradas de Leiria, Torres entre outras, a dos Filhos e filhas
Novas e Vita Nova d'Ourem durante
toda a manh:i iam cheias, de lés a
lés. Camions, camionettes, automo-
de Maria de Bemfica em LisbOa e a
da freguezia da 8ened1c1a que se
compunha de c~rca de mil pessOas e
Hs ·cnras òa ratima
veis, side-cars, bicycletes, galeras, trazia um lindo e vistoso estandar1e ,Lisbòa, 12 de Abril de 1925.
trens, charrettes, carroças, carros de com desenhos alusivos as scenas das Sr. Director da «Voz 'da Fatima•
bols, numa palavra, todos os meios appariçOes. .
de conducçao, eram utilizados para A' medida que se aproxlma a hora A impressào que sinto ne~te mo-
o transporte dòs peregrinos. No dia do meio-dia, a multidao torna- se mento e a pouca cultura de que dis-
doze, 4 tarde, o planalto, onde se mais numerosa e mais compacta. ponho, piivam~rne, bem 1, me11 pezar,
acha sitnada a Cova da Tria, estava C~rca de cem mii peref?rinos estào de fazer a descripçào completa dum
transformada num verdadeiro acam- concentrados no vasto amphitheatro caso que V. me rermitirA que trnha
pamento, que se estendia desde a da Cova da lria, elevando-se a Alui- a satisfaçào de vér publicado nesse
egreja parochlal de Fatima, até aos • tas dezenas de milbares o numero jornal, esperando por isso a sua obse-
Voz do. Fatima
quiosa e penhorante hospltatldade, OUTRA CURR clarar que era lmposslvel melhorarà
que, reconhecldamente agradeço. Fez- me a punçao mas chegando a
Em flns de Novembro de t 924 Da mesma carta : dizer que eu teria de sujeitar•me a
agravou-se a enfermldade do meu e Urna nossa creada, Emilia da . se_r operado todos os méses. Eu, por
pobre filhi-nho. A ella se refere o seu Conceiç:10 1 sofrla ha bastante tempo minha vez, nlio tendo jé1 esperanças
médico assistente o Ex.mo Sr. Or. Si· duma grave lnflamaçao numa perna, de melhorar, desisti dos médicos des-
mOes Alves no atestado que tomo a - A qual os médlcos davam o nome de que fui a Leiria consultar o Ex.mo
liberdade de enviar incluso para V. de ulcera e sem esperanças de se Sr. Or. Plinio, sendo por ele dito
Ex.• se dtgnar tambem publicar. curar. Depois de lnumeros tratamen- que esta pleurlsia estava cr6nica,
No principio da doença aquele tos no hospltal e médicos, deixou sendo indlspensavel ter eu que so-
ilustre clinico, cuja probidade mo- por algum tempo de fazer tratamen- frer urna nova operaçao, mas que
rat e profissional sAo sobejamente to. A mesma bondosa senhora apli- nao era para melhorar, era apenas
conhecldas, notou-Jhe s6mente uma . cou uns paches de !gua da F~tima para tirar o pus que em ml m havia
simples in0amaçao intestinal. e passados dias a perna estava com- depositado, evitando que esse pus
apodrecesse a pleura e passasse para
1
Veio novamente e reconheceu-lhe pletamente curada •. Eis os factos
urna meningite. O seu estado geral descritos, com rudeza embora, mas o pulmao. Oeclarou que todos os
era desolador, a sua magreza e en- tambem com slnceridade. dia~ da minha vida deveria fazer cu- .
fraqueclmento eram grandes. Sem Releve-me o tempo e espaço que rativo.
energia alguma, melancolico e indi- the tornei, acreditando na gratidào lsto foi no llla 27 de Abnl de 1924.
ferente a tudo que o rodeava, os com que sou VI pois que nao tinha mais a quem
olhos sem brllho t> uma febre arden- De V. etc. recorrer senao a Virgem Nossa Se-
te. Oepois, durante 15 dias, cegou e Maximiano Correla Sdnches da Cos- nhora do Rosario da Fatima. Eu ti~
emudeceN. Letargico e paralitico, era ta Ferreira nha um derrame de pus extraordi -
um pequenino cadaver que se eu- narlo. Chegando-se o dia 13 de Maio
contrava no leito da d0r. A mae, so- Ateatado de 1924, a multo custo, devido ao
licita e vigilante, dilacerada pelo so- follo Carlos Simbes Alves, Médi- meu estado de fraqueza, me puz a
frlmento que s6 as vardadeiras maes co Cirurgillo pela Escola de Lisboa: caminho da Fatima, mas esperança-
sabem sentir, preparava-se, resigna- Attesto que tratel a Sr.• Emilia
do que la estava a minha saude e
da, para receber a punhalada pungen- que la obterla a graça de ser ouvido
te do desaparecimento do filho que- da Conceiçllo, de 32 anos de edade, por Nossa Senhora. Como disse, o
rido e idolatrado, quando recebemos moradora na Rua de Pedrouços, 88 derrame era extraordinarlo e conti-
a visita duma senhora das nossas re- 3 .0 , de uma ulcera da perna, de ci- nuo. Ao romper da manha sahi para
laç0es, a Ex.ma Sr.• D. Julia Marques catrizaçllo demorada e di/ic/l. Attes- a Fatima, e todo aquele dia se pas-
Morgado que, abeirando-se do lelto ' sou sem sahir de mim a mais peque-
do pequenino doente, lhe minlstrou
to tambem que detxando de a ver na humidade de pus.
uma pequena porçao de agua da durante bastante tempo, voltou um Vendo eu que o milagre foi t1io
Fatima, da qual a mesma aenhora se dia a mostrar-me a sua lesllo jd claro, fiz promessa de ir, emquanto
fazia acompanhar. Esta bondosa e completamente cicatrlzada, dizerulo- puder, agradecer a Nossa Senhora o
dev6ta senhora jamais abandonou o me que tlnha feito a aplicaçào de favor recebido.
pequenlno deente e chela de fé, dessa ama determinada deua natural, no- De entao para ca g6so de b0a
fé que nunca abandona as alm8'8 b0as sau1e.
e verdadelramente crentes, esforçou- t ando entao as melhoras sensiv,is faça V. Rev.m• o uso que entender
se para incutir em n6s a esperança atl d completa cura, o que poude desta minha carta que bem desejo
que acalentamos nas suas melhoras. verificar. - Por sir verdade e me ser seja publicada no nosso querido jor-
Oecorridas 24 horas o pequenlno pedido aqui o declaro sob pa/avra nalzinho para honra e gloria da Nos-
manlfestou srnaes de vida. Chamado sa tao terna e b0a Mae.
d'honra. Desculpe, etc. '
outra vez o médico que o julgava
perdldo, ao vel-o nao oculta o seu lisMa, 7 de Abrit de 1925.
/osé Rodrigues Valla
espanto ante o resuscltado, dizendo (a) follo Carlos Simoes Alves
com visivel convlcçllo, que estava Ribeira de Baixo, 12/4/925.
(Segue o reconhecìmeeto).
salvo e sem lesao alguma I•.
OUTRO CASO f\lNDA OUTRA CURf\
Ateatado
Rev.mo Sr.
/060 Carlos Simòes Atves, Midi· eJosé Rodrlgues Valla, morador
em Ribelra de Balxo, do concelho e Abusando talvez da benevolencla
eo Clrureil1o pela Escola de Lisboa: de Porto de M6ll, freguesla de S. de V. Ex.• Rev.ma ouso pedlr-lhe a
Attesto que tratei o menor de qua- Joao Baptlsta, de 37 anos ~e edade, publlcaçao de uma graça concedlda
tro anos, /060 de Castro Sanches da vem comunicar a V. Rev.m• o seguln- por Nossa Senhora do Rosario da
Costa Ferreira, morador 11a R. de te facto que tenho a certeza ser um Fatima é minha lavadeira.
Pedrouços, ,r..0 88, 3 •, filho de Ma- verdadeiro milagre, operado pela ln- Maria de Souza, lavadelra, mora-
ximiano Correia Sanches da Costa tercessao da Virgem Nossa Senhora dora em S. Mamede de Infesta, tra-
do Rosario da Fatima. vessa Rodrigues de Freitae, sofrla
Fe"eira e de D. Be/mira Pereira Partlndo de Portugal em 1910 com havia mais de quatro anos de terri-
Sall.ChtS Ferreira, de uma erave me- destino ao Brazll, e gosando de per- vel mal de pMe, durante todo o ve-
nin~ite, que se apresentou com sln- feita sa u Je até esta data, em t 912, rao e tambem no inverno. Neste ul-
tomas de tal modo alarmp.ntes, que tlve no Brazll urna pleurlsia de que timo verao chegou mesmo a estar
me chteou a fazer sttpor um desen- estive gravemente doente 5 méses. de cama alguns dias, tendo os bra•
Sofri trez operaç0es amputando-se- ços, as maos e o rosto em lamenta-
lace proxlmo pela morte. Attesto tam- me ali trez pedaços das costelas, de vel estado e o olho esquerdo quasi
bem que em determinada pllilse da 7 centimetros cada um. Fui recu- tapado pela inchaçao e pustulas.
evoluçilo da doença, quando todos perando a sau Je achando algumas Oizlam-lhe os médicos, qve s6
os sintomas me levaram a fazer o melhoras sem que tivesse naquele nas Caldas melhoraria, usando re-
peior prognostico, dentro do periodo ferimento, sofrimento algum. Em 1915 medlos sem conta, sempre sem re-
vim para Portugal e a 20 de Outu- sultado, até que lhe aconselhei a
de vinte e quatro horas, tudo se mo- bro de 1922, cc,m o excesso do tra- milagrosa ~gua da Fatima que de
di/icou para melllor, começando en- balho, abrlu- se novamente ferlda, fa- bom grado lhe ofereci.
tllo a acenlua,-.se a cura que hoie é zendo-me tornar a um estado mais Maria de Souza que tinha os bra-
definitiva. - Por ser verdade aqui o grave do que da prlmelra vez. Urna cos cheios de pustulas, _fez o seguln-
declaro sob palai,ra d'honra. vez em Portugal, procure! um médl- te: - deitou s6 num braço um re-
co, o Ex.mo Sr. Or. Adelino da Sllva, medio externo, novo, que um médl-
Usbba, 10 de Março de 1925. sub-delegado de sau .1e em Porto de co lhe receltara, e todas as outras
(a) /oao Carlos Simòes Alves M65. Este llustre clinico tratou de partes doentes lavava com agua da
(Segue o reconhecimento). mlm alguns méses, chegando a de- Fatima, tornando tambem todas as
ft
Voz da Fatima

manhlls em jejum urna colherinba da Era j~ tarde. senslvel e ctaro que me nao ficou a
- O'onde vens? menor duvida, apesar de eu recear
mesma.
Ao flm de sels 4ias, estava com- Em vez de responder a esta per- muito enganar· me.•
pletamente curada de todo o corpo, gunta apresentou o pequeno ao ma- Emquanto a Santa contemplava, ,
e a cura nAo podia ser atribuida ao rld~ ' tremula de comoçào um tal especta-
remedlo deitado apenas num braço I - Torna IA o menino que eu vou culo, Nosso Senhor lhe disse:
A Vlrgem Santissima mostrou mais p0r a mésa. E' questào de cinco ml- «E' t!o grande o Am0r aos homens,
urna vez que o seu Poder é maior nutos. em que o meu divino coraçAo esta
do que o da sclencla da terra. Ha E a cela, depols d'esta pequena abrazado, que nio podendo por mais
mais de quatro ,mezes que o milagre scena domestica, correu mais calma tempo conter as chamas da sua ar-
se deu, e Maria de Souza nao tor- que de costume. dente carldade, necessita que tu as
llOU a sofrer do terrlvel mal da pele No dia seguinte, a mesma coisa e espalhes e lh'as reveles para que se
que tanto a afligia.• o pai, em, vez de se queixar, nAo se enrlqueçam com seus preclosos the-

Maria Alice Barreto d'Oliveira


a
teve qùe' nllo dlssesse mae, entre- souros, que encerram as graças que
gando-lbe o filbo : s6 os poderfo tirar do abismo da
Carvalho. - Nilo é lindo o noS110 menino? perdlçllo.•
Rua do Rosario, 144 - Porto. - Oh 1 E', é. E' um anjo. E' tào A Santa conta asslm a segunda
inocente I revelaç!o que foi em 1674:
- Um anjo, um anjo t e Urna vez que o Santissimo esta-

Abrigo para os doentes Que bom é ser anjo • •• deixa-m'o va exposto, depois de sentir o rneu
abraçar outra vez. interior em um profundo recolhimen-
• peregrinos da Fatima E o pobre pal apertava o filho con- to, Jesus Christo, meu d0ce Mestre,
tra o seu coraçlio sem advertir na me apareceu todo radiante, com as
Transporte. • • • • acçao interior que a graça operava suas etneo chagas tuminosas corno
D , Laura Teixeira Correia nele. clnco s6es; d'esta sagrada humani-
Branco. . • . • . 5:000 A' mesa falou-se do prégador. dade saiam chamas por todos os la-
Uma Filha de Maria de Co- - Vao lA muitos homens, disse a dos e sobretudo de seu seio adora-
rucbe . • . • • . 10:000
mae. vel que parecia urna fornalha. E,
D. Guilhermina Rodrigues - Ah I respondeu apenas o ope- abrindo· se este, me mostrou o seu
Mata. . . . . . . . 5:000
rarlo. Amante e Amavel coraçào, que era
José Viegas • • • . . • 9:000
Ao quarto dia o pae recebeu aln- de onde vlnham aquelas chamas. •
Dr. Jacinto Gago da Camara 20:000
D. Zulmira Ramos . • • da o seu filhlnho embalsamado mais cElle (continua ella) me fez recli-
100:000
., Conde dc Agrolongo. . . 100:000
urna vez pela bençffo de Jesus-Eu- nar no seu divino selo e me desco-
D. Elvira Augusta Nogueira caristia e poz-se a chorar emquanto briu as inefaveis maravilhas do seu
5:000
D. Rosa F. Mota Machado o abraçava. puro Amor que o levava a amar tanto
100:000
A màe, observando iato, cont~n- ao homem de que s6 recebia ingra-
Soma. • • • 1.193:500 tou se em levantar os olhos para o tid0es.
seu crucifixo e murmurou baixo as cE' isto, diz N. Senhor, que me
consoladoras palavras: Meu /esus, custa mais do que o que sofri em
O que pode urna bençao miseri.cordla para meu mar/do. Eis mlnha Paixilo. Se ao menos elles
que no dia segulnte 4 Jarde, sem ba- me pagassem com algum Am0r, terla
do Santissimo Sacramento rulho, o operjrlo, seguindo sua mu- por pouco o que fiz por e:les e de..
lher, asslstla ao sermào. sejarla, se pudesse, fazer muito mais,
No principio de uma missao, qua- O prégador falou s0Qre os ultimos masse me testemunham frieza e des-
tro operarios descrentes abancados fins do homem e.o seu discurso cl a- preso pelos meus desvelos I Tu ao,
em urna taberna, juravam nao p0r pé ro e persuasivo fez urna tal impres- menos, disse concluindo, dé-me a
na egrej~ durante as prédicas e além sào no coraçào do pobre pae que, no consolaçllo de suprires, quanto te
d'Isso, empregar todos os esforços fim da mis!llo, radiante de alegrla, se f0r possivel, a sua ingratid1lo•.
para afastar de IA os outros.
A mulher de um d'eles, christa e
ajoelhava ao lado de sua muther a Como Santa Margarida Maria ate-
Santa Mesa. gasse a sua incapacidade, N. Senhor
piedosa, suspeitou de alguma colsa lhe disse: e Ahi tens com que suprl-
e , noite, durante a ceia, simulando re11 o que te falta e no mesmo ins-
indiferença, falou do prégador e dos
homens que assistiam ao sermllo. Mès do Sagrado eo- tante, abrindo· se o seu divino Cora-
çlo, dele saiu urna ckama tào viva
O marldo poz-se a rlr e disse:
nada, elles nllo levam aquilo ao flm;
e de palavra em palavra, acabou por
raçao de Jesus que la em um momento ser reduzlda
a clnzas•.
A terceira revelaçào teve logar de
contar a scena pauada na taberna. NAo vir! f6ra de proposito recor- 13 a 20 de junho de 1675.
A mulher disfarçou a sua emoçao dar aqul, neste mh dedicado ao Sa- Num dos dias da oitava do Corpo
e no dia seguinte de manhA fol con- grado Coraçao de Jesus, as trez re- de Oeus estava a Santa em oraçào
tar tudo ao prlgador. velaç0es que deram incremento a no coro com os olhos cravados no
-Tem filhos (perguntou este)? esta devoçAo tao agradavel a N. Se- Sacrario, quando N. Senhor lhe apa-
- Tenho um menino ainda de nhor e tAo querlda as almas sinceras rece de repente s0bre o altar e mos-
'berço. e profundamente piedosas. trando-lhe o coraçao, assim fala :.
- O seu marido tem-lhe am6t? Santa Marga rida Maria, conta asslm • Els o CoraçAo que tanto ama os
- Um amor corno nAo ha outro a primeira revelaçlio que teve logar homens, que a nada se poupa para
.no mundo. em 27 de Dezembro de 1673, em dia Jhes provar o seu Amor até esgotar-
- Elle agarra-o algumas vezes? de S. Joào Evangelista: se e consumlr-se, e em paga s6 re-
;- Muitas vezes. cUma vez (dlz ella) que eu estava cebo da maior parte deles, lngratl-
- EstA bem. A.' tarde, depots do deante do Santissimo Sacramenio e d6es, lrreverencias, sacrilegios e in-
·sermllo, quando i~ nlio bouver ntn- Unha mais vagar, senti-me de repen- dlferen cas, que teem para comi go
guem na egreja, coloque o seu filho te tomada da divina presença e com no Sacramento do meu Amòr. E o
perto do altar deante do Sacrario e, vlolencia tal me esqueci de mim mes- que mais custa, acrescentou o Salva-
ajoelhada, diga com todo o afecto ma e do logar onde e:itava, deixando dor com um triste acento, que cor-
da sua alma: Meu /esus, misericor- o meu coraçào levar-se do divino tou o coraçao da Santa, é sofrer isto
dia para meu marido, e A volta, I! AmOr. de coraç0es que me sào consagrados.
em casa, coloque por alguns instan- Entào Elle me fez reclinar no seu Pelo que te peço que a prlrneira
tes nos braços de seu marido o seu divino selo e aqul me descobrlu as sexfa· feira depois da oitava do Corpo
fllho asslm abençoado por Jesus- maravllhas do seu Amòr e os arca- de Deus seja dedicada a urna festa
Hostla. nos lnefavels do seu Sagrado Cora- particular em honra de meu Coraçao,
* ,. çao, que até este dia me havla ocut- comungando nesse dia e fazendo- lhe
O pae estava s6, sentado ao canto ta4o, aeendo esta a prlmelra vez que reparaçao dos desacatos que tem so•
,da larelra. me os descobrlu, e de um modo tao frido. E eu te prometo que o meu
Voz de.Fédma

Coraçlo se dilatar! para derramar domingo eat~ primeiro, é o terceiro. D. Amelia do Ccu Pina r
com abundancia os iofiuxos de seu Ora se é licito desprezar o tercelro Amaral. • • • • • . 10:000
Amor s0-bre todos os que lhe derem tambem ,é permitido nao cumprir D. Maria Adriana Santiago
esta honra ou procurarem que outros o quarto•. Soveral Ribeiro. • • • 10:000
lha deem.• O pae, confund1do por esta repli- . Luiza Esteves • • • . • ' 5:00&
- Nenhum dos nossos leitores de- ca tao justa poz-se a pensar e vendo D. Emilia Victoria dc Jesus 10:000
ve ficar indiferente ao insistente e que a creança tinha razao, delxcrn-a D. Dionizia da Concciçao·Pe-
terno convite de N. SeC1hor e cada lr a Missa e elle mesmo acabou por pe Pereira. • • • • . 10:000
um deve esforçar· se por n!o mere- ahi o acompanhar, renunciando a D. Rosa F. Mota Machado 10:0~
cer tao amargas queixas. profanaçao do domingo. D, Deodata Amelia Malato 10:000
D. Marga rida L. d' Ahneida 10:000
Antonio Barbosa . . . • 5:000
As rosas de Santa Theresinha V-oz da Fatima D. Maria da Graça Duarte
d'Oliveira. . • • • • I 2:000-
Urna noite eu tive um sonho, D. Maria Angelica da Silva
- um sonho extraordinario : Transporte do n.0 31 • • Fiadeiro. • • • • • • 10:000
via de Christo o Vigario Impressao do n.0 32 D. Eliza Duarte. • • 10:000
imerso em ondas de luz, (50:000 cxemplares). • 1:150.000 D. Emilia Romana Faria
pousava urna linda pomba Clichés. • I i_o.050 Bray. • • • • • • • 10:000
a0bre a thiara sagrada Papel. 3.9o3:goo Augusto Elizeu Silva. • , 10:000
e na augusta fronte nevada D. Firmina da Conceiçao
lia-se um nome ; /esus. 31.012:420 Neves • • • • • • • 10:000 •
Subacripoao Antonio Pena . • • • • 10:000
No ceu estrélas sem conto, (Contìnuaçao) Antonio Coelho da Rocha 10:000
na terra paz infinita••• Gilberto Fernandes dos San- O. Maria José de Napoles
( dir-se- ia a nolte bemdita tos. • • • • • • • • 10:000 Raposo. • • • • • 10:000-
-santa noite de Natal ), Augusto da Costa Macedo • 10:000 D. Maria Carlota Mattos
cantos das aves nos bosques, Augusto Rodrigues Coelho d' Aragao • • • • • • 10:000
hynos de Anjos nas alturas, dos Réis. • • • • • • • 20:000 p,e Joaquim rAntonio do
aromas entre verduras, · D. Maria do Carmo. • • • 10:000 Carmo. • • . • . • 10:000,
fl0res na serra e no val ? D. Maria Palmira C. Baptista D. Adelaide M(lrtins Ber•
Entlo um vulto sublime, Antunes. • • • • • • • 10:000 nardo • • ~. . • · • 10:000-
- radiosa visao de encanto r - De jornaes (D. M. A. Mateus) 14:000 D. Adelaide de Souza Cham-
se abeira do Padre Santo, P .e Antonio Pereira • • • lt:OOQ bers. . • . . • · • 20:000
envolto num branco veu : Manuel Antonio do Vale D. Lucinda Pinto Dias . 10:000•

traz nas mAos um açafate Torres • • • • • • • 15:000 D. Tereza de Jesus Cerquei·


com as fl0res mais mimosas, D. Maria Luiza d' Almeida • 10:000 ra Alves. • • . . • 10:000
as mais varias, llndas rosas José M.achado Barcelos. • • 10:000 o .. Maria do Rosario .Matos
que dffo os jardins do Ceu. José Pereira Pinheiro. • • 10:000 Dias. . . • • . . • 10:000
p_e Fernando Joaquim da P.e Virginio Lopes T avares 10:000•
Tem no rosto a paz dos justos, Sii veira. • • • • • • 10:000 p,e Manuel Joaquim Rosa
tem dum Anjo a formosura, P.e Manuel Cardoso da Ro- do Nascimento • • • . 88:ooo ,
s6 respira amòr, candura, cha. • • . • • . • . 10:000 Joao Severino Gago da Ca-
e brilha corno um pharol : José Ignacio de Souza. • • 10:000 mara. • • . . • 10:000 ,
nos olhos puros e bellos p,e Jacinto Soares de Medei- D. Augusta das D0res . ·• 10:000
retrata· se o Paraiso,
nos labios paira um sorriso
ras. • . • • . . • .
Joao Maria Berqu6 d'Aguiar
10:000
I 5:000
.
p,e José Vicente do Sacra·
mento • • • . • • • 100:000 ,
- reflexo do Eterno Sol. Tiberio Fontes • • . • . 10:000 D. Maria da Luz Pereira
P.e Joao Furtado Pacheco • 10:000 Rodrigues. • • • , • 10:000
Aqui trago - dlz o vulto p_e Joao Borgt:s de Medei• D. Rita de Jesus Dias Costa 10:000 •
na ma-ls graciosa attitude - ros de Amori m . . • . 10:000 D. Maria de Jesus Moraes 10:000 ,
raras fl0res de virtude D. Joana Corte Real Estrela D. lzabel Virginia Ribeiro
que nasceram junto a Cruz : Athayde • • • • • • 10:000 da Costa . . • 10:000 ..
pede-as Nuno para a terra Antonio Ferreira de Melo . 10:000- p,e Augusto José Vieira. . 10:000
da Divina Padroeira, p,e Manuel Medeiros Guer• D. Rosalina da Gloria. . • 15:000
onde as
armas da bandeira rciro. • • • . • • . 20:000 Dr. Roberto Luiz Monteiro 10:000
do as chagas de Jesus. p. e Edgard Benedito d' Abreu Alfredo Victorino Gome, 10:000
Sfto rosas da Thereslnha Castelo Branco. • . . . 20:000 Manuel da Cal. • • . • 10:000
- linda offerta que seduz t D. Betta Oelgado. • • • • 20:000 D. Izabel G6nçalves Caldeira 10:000
p ,e José Paradela • • • • 10:000 p,e St!bastiiio A. Goncalves 10:000 ..
V. de M. o. Virginia Gonçalves San· Virgilio de Freitas e Neves 10:000
· tOS • • • • • • • • 10:000 D. Maria Amelia A, Cardo·

. A liçao d'urna creança D. Maria Henriqueta Guer-


reiro Azevcdo Ouarte • • 10:000
so Rocha Homem . • • 10:000
D. Maria da Conceiçao Fer·
' Um pae, que tlnha o habito de tra- p,e Manuel Vicira dos Santos 10:000 reira Teixeira Rebelo. . 10:000
balhar ao domingo, quiz obrigar a Dr. José Luiz Mendes Pi- D. Maria do Carmo Pessoa 10:000
isso um seu filbo que acabava de fa- nheiro • • • . • • 20:000 p,e Belarmino d'Almeida
zer a primeira Comunhao. D. Maria Palmira de Souza Ferreira. • • • • . 10: 000
A creança resistia dizendo que 1he Veiga . • . . • . • 20:000
tinham ensinado que havia obrigaçao D. Odilia de Aguiar de Vas-
de ir a Missa e elle queria Ui lr. concclos. • • . • • . I 0:000
«Nlnguem aqui manda mais que D. Julia Pinto . • . . • 10:000
eu, respondeu o pae. Hoje nao ds D. Maria da Conceiçiio Fol'l- Este jor.Jalzi.;ho, q u e ,
A Missa e has-de ir trabalhar comigo. seca Ti noco • . . • 10:000 vae aendo tào querido e
-Nao, respondeu o filho, ensina- D. Guilhermina de Lacerda 10:000 procurado, é distribuido
ram-me a obrigaçao de ir li Missa e Senhor Machado • . • 10:000 gratuitame.,te em Fatima
eu quero cumprlr. Miss Mary Kenrik. . • • 10:000 nos ,dia• 13 de cada m6~-
- Tambem te enslnaram (replicou D. Octavia Gutdes Cau da Quem quizer tel" o d,. ,.
o pae) que deves obedecer a teus Costa • . . • . . 10:000 reito de o receber dire-
paes. Marqu~z de Santa lria • • 50:000 ctamente pelo e or re i 00,...
- E' verdade, respondeu a crean• José Henriques Ventura . • 10:000 tera de enviar, adeanta ..
ça, é o quarto mandamento da lei de Abade Joao da Costa Cam- damente, o m i " i m o ds-•
Deus, mas o que manda santificar o pos • • • • . • • • 10:000 dez mii réia.
A.no IJI LEIRIA., J.:3 de Julho de "lD~lS N.• S

(COM APBOVAQÀO EOLESIASTJOA)


Dtreo'tor, Proprie-tarlo e Edl'tor Ad.mlnl•trador: PADRE M. PEPEIRA DA Sll..VA
DOlITOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS R.EDAcçlo E ADMINISTRAçAo
:R'UA. D. N'UNO ALVA:RES l?E:REJ:R.A
Composto e impresso na Jmprensa Comerclal, li S4 - Leiria (BSA.TO NUNO DK U NTA MAl\tA)

as suas promessas, retiram para as Em frente do altar, sObre as ma-


13 DE JUNHO suas terras distantes, ou pelo contra-
rlo sao pereerlnos que veem de lon-
ge, tendo talvez partido de madru-
cas da associaçào dos Servos de
Nossa Senhora do Rodrio, jazlam
os paralyticos e os doentts cujo es-
coo
gada ou mesmo na vespera, e4'e dao tado era mais grave. Aquela exposi-
dia treze de Junho, em pressa em chegar ao locai privilegia- çào das mais dlversas mlserias phy-
que o _povo portugues do do Ceu, para ouvirem a missa dos sicas que iffligem a huu1anidalte,.
~._~,,..,,._, comemora a data da se- enfermos e receberem a bençào com constitue u°' espectéculo que con-
gunda appariçào da San- o Santissimo Sacramento. frange fodas as almas bem formadas.
tissima Virgem aos hu- Vehiculos de loda a especie accu- Ao mesmo ttmpo, porém, consola
mildes pastorinhoa de mulam-se em numero de muitas cen- e encanta sobremaneira a dOce resi-
Aljustrel, é tambem, por tenas no lanço da estrada que limita signaçao dos pobrts m4rtyres de tan-
outro titulo, um dia de a Cova da lria pelo lado sul. to sofrimento que cheios de espe-
festa sotemne, de jubilo e Em frente da capéla das appari- rança nasua cura, embora santamen-
alegria indizivel, para a populaçao çoes e da capéla das missas, veem· se te co'nformados com a vontade de
dos quarenta logarejos de que se muitos mllhares de fieis. Oeus, cltegam a sorrlr se no meio
compoe a vasta e populosa freguezla
de P~tima.
A'quela hora jél se tinham celebra-
do varias mlssas.
I das dOres maia atrozes e cruciantes.
Junto da branca e formosa est~tua
E' que o glorioso thaumaturgo por- Proximo do melo dia officiai, urna da Virgem do Ros~rlo, um homem.
tugues, Santo Antonio de LisbOa, numerosa e bem organisada peregrl- /- de mela edade chora copiosamente~
recebe nesse dia os cultos acendra- naçào do Sebal desce a encosta com As suas légrimas, contudo, siio Ja-
dos daquela bOa gente de aldela, a malor ordem e compostura, cantan- grimas de comoçao e reconhecimen-
cujos antepassados o quizeram esco- do canticos rellgiosos. Entretanto um to por urna graça que atilbue a mi-
lher para padroeiro da sua freguezla. sacerdote s6be ao altar para celebrar sericordiosa intercessào da augusta
Oatr6ra o dia treze de Junho era a santa missa. Um grupo de cantoras Mae de Oeus. Atacado, havia muitos
dia de festa de guarda no Patriarca- da peregrinaçao recemcbegada acom· anos, d' urna das mais horriveis doen-
do de LlsbOa, mas, hoj~ que por be- panha a missa com canticos liturgi- ças qne torturam o corpo humano,
nigna concessao da ~anta Sé, se cos apropriados. Todas as attençoe,s a lepra, fendo recorrido debalde as
acha • dispensado, nem por isso os estiio presas da barmonia desses can- malores sumldades médicas e gasto
~edosos habitantes de Fatima del- ticos executados com urna perfelçAo urna verdadeira fortuna com o seu,
xam de festejar com o mesmo entu- e urna piedade inexcediveis. tratamento, vendo no melo da malor
siasmo e a mesma devoçiio o nosso A esta missa segue-se a missa dòs consternaçào agravar•se cada vez
glorioso compatriota, seu celeste enfermos, que começa ao meio dia mais o seu lastlmoso estado, vai em
patrono. solar. No mo.mento em que o cele- treze de Maio ultimo, cheio de con-
Assim é que, ao contrMio do que brante se dirige para o altar, a imen- fiança, em peregrinaçiio a F4fima e
sucede no dia treze de cada um dos sa multidiio que rodeia por todos os desde esse dia a sua sauJe melhora
outros mezes do ano, uma grande lados o pavllh§o dos doentes, assls- consideravelmente e tudo faz supOr
multidao estaciona e se comprime tindo as missas, rompe subitamente, que a Santissa Virgem nAo deixart
junto da egreja parochial, as onze em ruidosas manifestaçòes de assom- incompleta a sua obra. A impressao
horas da manhll, aguardando a hora bro e alegrla. Muìtas pessOas affir- produzida por esta tocante narrativa
da missa solemne. mavam convictamente ter visto nes- em todos os circunstantes é profunda.
A maior parte dos fiels que ali se sa ocasiao os phenomenos solares vendo-se muitos olhos marejados de
encontram, ja fizeram de manhà cédo do costume, que alguns peregrinos lagrimas. Em torno da fonte das ap-
a sua costumada visita a Cova Ja categorisados, absolutamente insus- pari.;oes, estaciona ininterruptamen-
Jria ou &e-ncionam faze-la ap6s a fes- peitos, diziam haver presenciado te urna 2rande multidào, que se re-
tividade do Santo thaumaturgo. nesse mesmo dia ao nascer do sol. nova sem cessar, a fazer a sua pro-
No lanço da estrada que estabele- Por motivo das referidas manifes- visi:io de agua miraculosa.
ce a comunicaçao mais directa e taçoes, cuja causa alguns peregrinos, A pouco e pouco, as dnenas de
mais r~pida entre a séde da fregue- colhidos de surpreza, iJ?noravam, milhares de crentes, que aquela es-
zla e locai das appartç~es, num per- chegou a haver um principio de ter- tancia bemdita da F:itima tinham Ido•
curso de dols kil6metros e melo, ror panico, que foi logo prontamen- retemperar a sua fé e as suas ener-
observa- se aquela hora um extraor- te sufocado. gias moraes para a lucfa que é a vida
dln:irio movlmedto de vae- vem. Sao Os ultimos actos religiosos - a do homem sObre a terra, vi'\9· se re·
habitantes da freguezla de Fatima missa, a comunhao, a procissao, a tirando para os ~eus lares dlstantes,
que. termlnada a sua visita ~ Cova bencao dos enfermos, e o sermao - saudosos das horas encantadorH
da lria. se encamlnham para a e~re- reallzaram-se como de costume, no santamente pa~sadas naquele centro
ja parochial, afim de assistirem a meio de um sllencio, recolhimeoto e de devoçao a Virt,?em, o maior entre
festa de Santo Antonio, e romeiros piedade da imensa muttidao, que edi· os malores que jémais existlram em
que, feitas as suas devoçOes e pagas ficavam e comoviam profundamente. Portugal. V. de M.
dir os nossos améveis companheiros, maceutlco atestam, ainda que lndi-
tao chelos de caridade, de andarem rectamente, a autenticidade do facto :
mais depressa. dlzem que se a doente ficou curada
LlsbOa .- 53, Rua Oarcia Horta. Camlnhando eu disse : • Nossa Se- foi pela aplicaçào do ultimo remédio.
nhora tirou orgàos e pOz orgaos•. foge-lhes a lingua para a verdade-
cEx.m• e Rev.mo Sr. Quando nllo fOsse o coraçao era a porque a padecente, desanimando da
fraqueza ( pensei ) extrema I Nao efickia de todos os remédios huma-
P.ara Honra e 016ria de Nossa Se- me enganei. Nossa Senhora curou- a
nos, se dlriglu confiadamente Màe
rihora do Roséirio da f étim~, desejo me da doença de coraçao, embora das miserlcordias e obteve dela o
tornar conhecidas duas grandes gra- esse orgao esteja corno os outros, remédio derradéiro e decisivo - a
ças de Nossa Senhora do Rosério da fraco. A 14, em Leiria, ao levantar- intervenç!ro poderosissima de cura
Fatima, para o que peço a V. Rev.m• rne, olhel para os pés :· desincbados I radical.
as publlque no nosso jornalzinho. Até hoje. Todo o sofrlmento d'essa Para atestar o facto maravilhoso
Urna das curas, a 1.1 , foi a de urna doença desapareceu, corno da pri- da poderosa intervençào de Nossa
grave doença antiga, de toda a vida I meira. Tlnha tornado remédios para o Senhora do Roséirio, esta a fé radica-
Doloroso, muito doloroso sofrimento coraçào, feito o que mandou o mé- da em todos os coraçOes rectos e
e com ele muitas e dlversas cruzes. dlco, melhorei, mas a doença estava crentes da laboriosa freguezia de
Orandes médicos do Palz e de f6ra, em mlm 1 sentla a bem I Voltei a po- Cllmara de Lobos.
fOram consultados; se melhorava, jA der almoçar bem, corno o pede tan- Nao precisamos de mais provas t
animada mechia-me um pouco mais, ta fraqueza e jéi por feliz me dou em- Resumi o relato que val junto, pe-
logo peorava. Sofrla sempre, sempre bora a familia desejasse què eu tO· dlndo a V. Rev.• a fineza da publi-
e ja me horrorisava o sofrimento masse de todos os alimentos. Mas caçao na e Voz da FAtima.
futuro t eu ja sabia que Nossa Senhora olio
Acudiu-me Nossa Senhora do Ro- me dava toda a saude. E' da alma e Subscrevo-me, etc.
sArio da Fétima na prlmeira Peregri- de todo o coraçào que agradeço a
~ naçlio, em Outubro de 1923. Mas s6
Agostinho M. Vleira•
Nosso Senhor e A Nossa Mlle do Céq,
n'isso falei uns dias antes da segun- sob o nome de Nossa Senhora do -=-
da Peregrinaçào de Outubro de 1924. Rosario da Féitima, imagem lindissi- Referente a esta cura e devoçào a
Certa, certissima de jA nAo sofrer da- ma, qu,desejo e espero tornar ainda Nossa Senhora da Fatima, com data
quela doença: Tlnha tambem feito a ver, as duas grandes graças rece-
tratamentos na Alemanha e na Fran-
de 7.5./925, recebemos de Cli,mara
bidas na Cova da lria em 1924, e de Lobos, uma carta donde recorta-
ça, além dos de d. Melhorel, peorei outras depois dessas, noutras pes-
e peorei multo. Um dos médico! fez-
mos o seguinte : ·
sOas.
me comprehender que a doença era O médico tlnha- me dito: cse nao cNào calcula V. Rev.•, essa im-
incurhel. · tonifica o coraçAo, suicida-se•. Nilo portancia, apesar de pequena, quanta
Cansada, multo cansada, fraquissi- queria deixar de o dizer; e se mais fé e quantas graças recebidas por
ma sim, sofrendo mais ou menos digo desta doença é porque nllo me intermédio de Nossa Senhora da Fa-
(sou doente, tenho-o sido toda a cu8ta falar dela, ao contrario do que tima representa, pois é toda prove-
vida-talvez urna ma doente), embo- se dA com a outra. niente de promessas, sendo as de
ra misture 08 sorrlsos com as IAgrl- maior importancia urna de tOOSUO e
mas, sacudlrzdo-me a todo o tnomen- Com respeito, etc.
outra de sosob. ,..
to, mas nada sentindo da dòença Maria Fernanda Santos11 Nào s6 em casos de doença, mas
antiga. lsto note! antes da segunda (Filha de Maria) tambem em afllçOes e necessldades
Peregrlnaçao, aré hoje, Março de de qu{llquer espécie e dum modo es-
1925. Oraças a Nossa Senhora do Ontro caso pecial 08 pescadores para apanharem
.Roi;Ar!o da Fatima.
clnstltuto das MissOes-Cucujlles
a
pelxe, recorrem Senfiora da Fatima
Tìlopouco da recente doença, tal- e sao atendidos, pelo que o entu-
vez nào tào recente corno digo, mas (Val do Vouga) Portugal, 1/5/ 1925. siasmo pelo culto de Nossa Senhora
s6mente por a comparar a de toda a Sr. Padre Stiva da Fatima vai aqul aumentando cada
vida. A ultima, a do coraçllo, jl\ a vez mais.
-nilo tinha a 14, ainda em Leiria - ou HA tempos escrevl a V. Rev.8 Desde que em janeiro ultimo se
para ser mais verdadelra, s6 o notei participando que me constava ter· se deu aqul urna cura repentina, cuja
no dia seguinte, tarde, quando me dado na minha terra (Camara de Lo- narraçao um seminarista, que est! em
levante!, tendo- me deltado depois da bos - Madelra) urna cura extraordi- Cucujàes, enviou, ou enviar4- a V.
meia- nolte do dia 13. Obrlgava-me naria por intervençao de N. Senho- Rev.•, é que mais conhecida se tor•
a doença a alimenrar•me muito pouco ra do RosArio da Féitima. Esperel pe- nou Nossa Senhora da f étima.
e leve, passel fome quasi I Ancieda- la confirmaçAo do facto. Como a
de pela comida, receio de corner. pr6pria-miraculada me mandou o re- Com a maxima consideraçllo, etc.
Quando peor, nAo podla estar dei- lato clrcunstanciado da doença e
cura, envio-o junto assim corno a
Eu!!lnia de Ndbrega•
tada, e tao fraca e com paragens, etc.I
Enfraquecimento geral, sempre au- atestaçAo da senhora que tlnha dado
A doente o jornalzinho e Voz da F!- e Augusta Filomena Oonçalves,
mentando, cabeça peor. No coraçAo,
dOres, ardOr, picadas e sempre ln- tima•, Agua e terra do tocai. Essa solteira, de cerca de 30 anos, natu-
-chada. Quasi nào podla andar, nào mesma senhora que tinha presencia- ral e residente em Rua do Melo,
podendo por vezes pausar os pés do o estado desesperado da doente, Vila de C~mara de Lobos - llha da
-no chllo. No dia 12 ainda, tiveram, constatou, assim corno toda a fre- Madelra, tendo sentido na véspera
.antes de sahirmos de casa, de cos~r guesla, o facto retumbante do seu do dia do Nata! transacto algumas
os botOes dos sapatos mais A b6rda. restabelecimento repentino. O pr6· dOres nos musculos da perna dlreila,
Depols de estar de pé da mela prio médico que a visitou pela tarde , nem por isso delxou de andar. Nos
noite de l2 (sem contar o tempo do mesmo dia da cura (29 de Janei- dias segulntes as dOres diminutram ;
desde a sahida de LlsbOa) A de 13 ro ultimo, dia de S. Francisco de contudo andava a custo.
(ou mais) e de ter andado na Cova Sales, numa quinta feita) ficou deso- Julgando ter sofrido urna entorce
da lria (partimos em Camion pelas rlentado vendo que a cliente nào foi no dia 18 de Janeiro a casa duma
4 e meia ou 5 da manhil) andel ain• precisava dos seus serviços, quando endireita, que lhe aplicou urna ca-
da 4 noite 3 kil6metros, (segundo na véspera e dias antecedentes o taplasma na barriga da perna doente.
ouvl dizer) porque faltou o carro, havia mandado chamar com tanta Começou a piorar do dia 20 em
avariado, e tivernos que ir a pé, com insistencia. Nào quiz passar-lhe ates- diante, ficando o pé manchado com
chuva e trovoada (I) até é prlmeira tado dlzendo que, se eia curou, fol plntas negras. Sentiu enfAo uns ar-
casa, a direita. Foi entllo que apare- com a aplicaçao do ultimo remédio replos acompanhados de tremuras em
ceu o carro. Eu tinha pensado em que lhe tinha receltado. O farmaceu- todo o corpo, sendo fortes e inten-
pedir licença é dona da casa para tico, por conlvencia com elle, re- sas as dOres. Nesse mesmo dia man·
ficar I! o resto da notte. Jé nilo po- cusou-se a devolver as receitas. A dou consultar o médico, que no dia
di.t ruais comigo e afllgla-me lmpe- verdade porém, é que A1édico e far- seguinte fol chamado e a visltou. Aa
dOres fòram aumentando a tal ponto A's 2 1/1 horas da madrugada do tecimentos da Fatima, a bondade de
que a fizeram delirar. O médlco exa- dia 29 teve dois ataques sucessivos. nao demorarem os seus lnformes, di-
mi nou a perna j! coberta de man• No fim do segundo, nào podendo rlgindo-se ao Sr. Dr. Manuel Mar-
chas negras lguals As do pé. f oi re- falar nem voltar-se no leito, fez sinal ques dos Santos - Leiria.
ceitado novo medicamento interno e para que a incllnassem um pouco
sObre o lado dlrelto, onde con,erva-
externo, mas sem efelto porque ai
dOres se repetlam hora a hora acom- va a e Voz da Fatima• debaixo da
almofada que lhe segurava a perna
Tornar Jesus pelo
panhadaJ de frenesls. A perna e o
pé direitos incharam disformemente.
No dia 23 ja vomitava tudo, excepto
gangrenada. Adormeceu nessa posl-
çlo das très horas até as 5 da ma-
eoraçQo
algumas colheres de cM de ervas, nha. Convem notar que desde o d- Quando urna mAe quer obter de
limonada ou caldo de ave que o mé- bado precedente, 24, jamals tinha seu filho um sacrificio necesdrlo, de
dico receltara. Nesse dia tomou su- podido conciliar o sono, nem torna- que arma se serve eia para alcançar
cessivamente très qualldades de re- va outra coisa que nào fosse umas victoria?
médlo, mas sem resultado. colheres de cha de foiba de laranjeira. Torna o fllho pelo coraçao e quan- .
Pela tarde do mesmo dia 23 o médi- Ao acordar sentiu urna sensaçao do o coraçao esta ganho, o resto na-
co vlsìtou-a, levando-lhe um medica- de leveza no corpo corno no esplrlto, da custa.
mento que lhe fez abrandar as dOres tal corno de quem deixando um cAr- Para obter infallvelmente de Nosso
durante a noite. Por ocasìao dessa a
cere obscuro é restituido liberdade. Senhor urna graça ardentemente de-
visita o médico declarou que a doen- Lembrou-se imedlatamente de apat- sejada é necessario tornai-o pelo co-
te tinha urna c61ica no estOmago. No par com o braço dlrelto o lado es- raçào.
dia 24, num sabado, tomou por duas querdo, constatando que podia mo- E' o melo conhecido dos Santos e
vezes doutro medicamento, mas ca- ver tanto o briço corno a perna, o que dé\ sempre resuttado. Mas e~te
da vez se sentia pior. Durante a tar- que nao fazla desde o dbado. processo um pouco vago necessita
de fol novamente chamado o médi- Sentou-se no leito e, num movi- de ser esclarecido. O filho entrega
co, que, corno se havia ausentado mento de surpreza, vestlu-se por suas as armas e confessa-se vencido por-
para outra freguesia do concelho - pr6prias maos. Verificando entao que que o malor argumento de amor ma-
Curral das Freiras - , nào a poude nào era vitima de ilusào começou a terno é este :
atender. chamar pela Irma, gritando: mana, e Tenho- te eu recusado alguma
A doente ficou entao num estado mana, veja o meu braço que ja me- coisa meu filho? V~ la se te lembras
comatoso e com o lado esquerdo pa- xe I Estou . bOa I Nossa Senhor a do de algum sacrificio que eu nao tenha
ralitico. No dia 25, Domingo, man- , Ros4rio da Fatima, curou me. Pediu feito por ti I • • >
dou consultar o médico por carta a logo que lhe déssem lette e pouco Urna pessOa piedosa recebeu um
dita freguesia do Curral, de onde depols comeu um pao lnteiro. dia esta confidencia duma mulher do
nào tinha ainda regressado. Como, O boato de tao extraordinaria cu- mundo:
,I
com a aplicaçào do novo medica- ra espalhou-se. por toda a vita e mui- e Faça favor de me expllcar porque
mento receitado, ainda se sentisse tas pessOas fOram felicita· la nessa é que as mlnhas oraçoes nao sao ou-
pior, sem mais esperanças nos remé- pr6pria manha. vidas. Passo semanas e mezes intei!
dios humanos, mandando chamar o A's nove horas, a senhora que ros a pedir esta ou aquela graça e
Paroco-coadjutor, confessou-se, nllo lhe tinha oferecido na véspera o Oeus fica surdo as minhas préces•••
podendo comungar por causa dos joroal, estampa e terra da flltlma, Ha-de haver aleuma razao que ex-
v6mitos continuos. No dia 27 o mé- tevou lhe agua do locai das Ap,rl- pllque isto e que era grande favor
dico regressou mas nào a visitou por çoes. A miraculada nao tinha ficado indicar-me•. Depois de alguns minu-
se dizer fatlgado. Por quatro vezes completamente curada pois que tinha tos de reflexilo, a santa respondeu :
o fOram chamar nesse dia, mas s6 no a perna e o pé dlreitos gangrenados e Senhora, Deus recusa- vos o que
dia 29 a visitou pela tarde para cons- alnda no mesmo estado : inchados, lhe pedis porque v6s mesma olio es-
tatar a cura radical. Nào obstante, com bolhas, movendo-os s6 a custo, taes disposta a nenhum sacrificio por
os dias 26, 27 e 28 fOram os de malor com dOres intensas. Tomou entao Seu Amor.
crise. Na terça-feira 27, sofreu tr~s urna colherinha da agua miraculosa Dae e dar- se-vos- ha ••• • Palavras
f renesls, sendo preciso duma vez se- e apticou algumas gOtas dela, nsim luminosas I ••• Demos a Oeus o que
gurarem-na cinco pessOas. corno um pouco de terra do locai elle nos pede, cumpramos generosa-
Nessa ocasiào as manchas da per- nas papas de linhaça que cobrlam a mente esse sacrificio, renunciemos a
ni e pé dlreitos formaram-se em bo- barriga da perna e o calcanhar do algum prazer perigoso, quebremos
!has que rebentaram, vasando um pé doentes. essas relaçOes culp#.veis, e enUlo, em-
liquido amarelado e viscoso. Flcou Passadas daas horas adormeceu. belezados por essas imolaçòes volun-
desde entào em delirio quasi conti- Quando acordou, c~rca duma bora, a
tarlas, batamos ousadamente porta
nuo, sendo preciso ligarem-lhe a ca- nao ttnha mais bòlhas nem inchaçlio, do tabernaculo potque nesse caso,
beça com faxas. Na quarta-feira 28, isto é, estava completamente curadd. tehdo tornado Jesus pelo coraçao o
aumentaram-lhe os sofrimentos, e a Era numa quinta-fetra 29 de Janeiro, seu radioso sorrlr nos fara entlio
garganta inchou a tal ponto que s6 p. p. Tendo- se levantado chela de comprehender que os vossos dese-
com muita dificuldade lhe fazlam en- vlda e entusiasmo, contava a todas jos serAo cumprldos.
gulir qualquer liquido. Na manhll as pessOas que a iam visitar, o mi- cNunca, di.zia rima admiravel joven
desse dia levaram-lhe um numero da lagre que Nossa Senhora do Rosario a seu director, nunca abro a bOca
• Voz da Fatima•. Ouvtndo-o ler nao da Fatima lhe acabava de fazer. O para rezar sem ter fechado primeiro
o delxou mais, colocando-o debaixo médico, passando na tarde do mes- o meu coraçilo aos prazeres, ainda
da almofada que segurava a perna, ji mo dia na vila, visltou-a, nao lhe os mais legltimos.
com a gangrena declarada. No melo encontrando queixa alguma, verifi- O sacrificio é a chave do Coraçao
de horriveis sofrimentos pedia a Nos- cando que estava completamente cu- de Jesus••• J!le nunca resiste a um
sa Senhora, ao menos, paciencia. Es· rada. Hoje encontra-~e alnda de per- pedido que vi a seguir a um holo-
perava anclosamente que se aproxi- feita saude. Antes de adoecer com a causto.
ma~e a nolte para receber urna es- paralisia e gangrena, sofrla do cora-
1ampa ou imagem de Nossa Senhora
do Resario da Fatima, e terra do
çlio, mas depois de curada nunca
mais sentlu os antlgos incomodos.
Abrigo para os doentes
tocai. A' noitinha a doente recebeu
efectlv.amente a visita anunciada. 2/5/925. Agostlnho M. Vitira peregrinos da Fatima~
Pouco depois acompanhava em es- Transporte • • •• 1.193:500
pirito a no~na que a familia fazla
num quarto contiguo.
Processo caqlnico sobre os acon- J. e I . . . . . . . . . .
D. Maria Eduarda Mo-
5:000
Como as dez horas e meia da noi-
te a doente tives$e um tremor e fi-
tecimentos da Fatima ta da Costa Praça •• 5:000
Novamente rogamos a todas as M. M. de C. e S••••• 10:000
casse regada em su6res frios, as pes- José Maria Palricas •• 5:000
sOas que lhe assistlam julgaram ter-se pessOas que tenham qualquer coisa
aproximado o desenlace final. a depor a favor ou contra os acon- Soma •.• J.218.500
H minha segunda que eles respondem com as suas vo·
zitas desiguaes.
Que Deus os abençOe a todos e a
De jornaes (P.e J. Reis)
José Antonio F i a l ho
d' Almeida . • • . •
5.000

10.000
comunhao todas1 meu Padre, a esses meus que-
ridos filhos que teem t:lo bom coraçAol
Migud dos Santos e Si~
va . • . . . . • 10.000
O escritor Paulo Feval conta asslm Antigamente a sua melhor recoµi- D. Gualdina de Q9eiroz 20.000
a sua conversAo: pensa era dar. Entre as alegrias que D. Maria Eduarda Vas-
• De toda a parte instam para que o dinheiro p6de dar, é essa de que ques da Cunha Len-
conte a hlstoria da minha conversào. eles teem mais pena. castre. . . . . 10.000
Devo, pois, fa~l-o. E se devo, fal-o- · Magdalena, que tem sete anos, diz Jolio Ribeiro. • • . • 10.000
hei, mas neste momento estou eu a as vezes: « Nosso Senbor devia con- D. Rosa d'Oliveira Mi-
escrever a historla de urna rainha ceder-nos, ao menos1 alguma coiaa randa . • . • • • . 10.000
que calcou aos pés a sua corOa. para dar aos outros. De jornaes (freguesia de
A minha historia intima irA mais Hontem encontrei-a toda radiante Acantara). • . . . 20.000
tarde. por urna descoberta que tinba feito. p,e Antonio Pereira
••• Tambem v6s, meu caro padre, Sublu por mim acima para me dizer Quartilho. • . . •• 10.000
mostraes desejo de saber como isso em ares de trlunfo: Nao sabe, pap~? D. Maria Rosa Teixeira 10.000
Joi. Quando a gente tem s6 dez réis e os D. Dionizia Ramos Quei-
Coisa bem slmples pois, que nAo da, '{aie como se désse cem mii réi's.~ jinho . . . . . . . 10.000
merecla um milagre. D. Generosa Farinha •• 10.000
Eu tinha urna carreira multo bri- D. Mat'ia Rita de Faria
lhante e muitas pessòas me davam a
honra de ser meus amigos.
Voz da Fatima Hintze Ribeiro , , •
D. Maria Carolina Men-
10,00()

Um dia fui derrubado e calcado


Deapezae donça. . : . . . . 10.000
pelas rodas duma carroça do fisco Transporte do n. 0 33. • 31:012.420
D. Sebastiana Victor No-
que levava dlnhelro roubado. Nào lmpressao do n.0 33 gueira. • • . . • • 10.000
cahi de multo alto, mas cahl. (27:000 exemplares). • 621.000 D. Ana d'Oliveira Matos 10.000
Urna vez em terra, achei-me s6 no Despezas varias. • • • • I 50.000
Luiz Gonzaga do Nas•
meio de seres fracos e querldos que cimento • • • • • 10,000

dependiam de mlm. E tive de.. con- 31.783 420 D. Josefa de Barros Ca-
cluir que nem sabia ser pobre pois SubacripqAo mOes . . . . . . . 10.000
que desejava a morte. (Continuaçiio)
Joao Manuel Gouveia 10.000
D. Natalia Seleiro. • • 10 000
ficava-me o meu taitnto. Pedro Pinto Cardoso. • D. Estamarinda Augusta
10.000
Oh I que fraca coisa I GRbriel Raimundo da 1\tadeira • • • • • 10,000
Um dia antes tlnha ele o seu va- Silva . . . . . • . . D. Maria da Conceiçao
lor. Um dia depols, quando eu quiz Francisco F e r n a n de s
10.000
Madeira. . •• 10,000
\
trocat- o por pA0 1 toda a gente me Pombo. • • • • • • 10.000 Manuel Joaquim Conde 10.000
fechou a porta. Houve apenas uma D. Maria da Piedade Francisco Teles d• An-
pessOa que o nAo fez, e aqui lhe tes- Santos. • • • • 10,000 <lrade Rato. • • . 10.000
temunho todo o meu reconhecimento. José Maximiano. • • • O. Francisca Vaquinhas 10.000
10.000
Eu continuava a trabalhar mas p,e Augusto José da D. Custodia da Silvu. • 10.000
pouco e tao mal ! ... Trindade. • . . • 10 000 D. Mariana Pereira da
Um dia sObre urna miseravel p4gina Viscondessa de Freixedo Co.sta • • . . . . . 10.000
10.000
começada a escrever senti aparecer D. Conceiçao Gouveia 10.000 D. Amelia da Conceiçao 10,000
o desespero. Tive médo e chamei Agostinho Martin ho p,e Joaquim Marqucs
Deus em meu auxllio. Vieira. • • • • . • 10.000 Raphat:l . • . • , • 10,000
Deus nao veio porque jd 111 estava. De jornaes {A. M. Vieira) 12,000 D. Emilia Caldeira de
Senti-o palpitar no intimo da mlnha D. Maria de S. Antonio Bourbon •• , • • 10,000'
consclencla e tive a minha primeira Neto• . . . . . . . 10,000 Vaz Pr~to Geraldcs • • 10.000
lagrlma 1 14grlma que foi para mlm D. Joana Lucas Trincao 10.000 Francisco 0ias de Matos 10,000
dOce corno antigamente as caricias D. Maria dos Anjos Pe- José Paes Coutinho • • 10.000
de mlnha màe. No dia segulnte fui rcira • • • • • 10.000 P.e José Dias de Matos 10.000
ter com um homem excelente que Francisco de Lencastre 10,000 Condessa de Saphyra .• 10.000
multo sabe e multo me ama. Quanto D. Ermelinda Correia D. Amelia Val do Rio
A edade podia ser meu filho, mas eu Cardoso Ribeiro Alves 10.000 Henriques • • . . • t 5.ooe>
chamo-lhe Pae. Ensinou-me colsas D. Silvcria da Conceiçao Joaquim Maria Soeiro
ao mesmo tempo arandea e simples. Neves . . • . . . . 10.000 de Brito. • • . • " 10.000-
A' medida que etas passavam do seu José d'Oliveira Dias . • 10.000 D. Maria da Conceiçao
coraçAo para o meu 1 iam-se dissipan- O. Victoria Sirgado Men- Lopes Braz• • • • • 10,000'
do nuvens, e de tal modo que eu des. . . . . . . 10.000 D. lzabel Maria Leitl!
acabei por lhe pOr a nu o fundo du- De 1·ornaes (J. O. Dias) 30,000 Braga Vareto. • • • 10.000-
ma pobre alma e, pela sua bOca, Car os Silveira Peixoto 10.000 Dr. Antonio Augusto
Oeus me perdoou. D. Adelaide Frandsca Leite Braga. • • • • 10.000-
O dia segulnte era dia de Nata!. d'Almeida Lopes••• 10.000 D. Maria de Souza Pinto 10.000
Nesse dia minha mulher e mlnha fi. D. Antonia das Dores P.e Antonio Gomes S.
lha me conduzlram ao santuario que Almada • . • 10.000 Miguel. • . . • •. 10.000
guarda os despojos mottaes dos ul- Manuel Antunes Vali- Manuel dos Santos (locha 15.000·
timos marlyres. nho. . . . . . . . 10.000
Tornei logar é Santa Mesa e fiz a
mlnha segunda comunhao, quarenta
D, Etelvina Torres Costa
D. Maria Fuertes Gomcz
10,000
10.000
-"-----------------
voz DA FATIMA
e sete anos depols da primeira. D. Palmira .Martins Fa-
Assiro se renovaram as duas ex- ria. • • . . . . 10 .000 Eate jo .. nalzinho, q u e
tremldades da mlnha vida, por cima P.e Luiz Coetano Portela 10.000 vae •endo tao querido e
dum meio seculo perdido. A' volta, D. Hortul11oa Pioto . 10.000 procurado, · é diatrihuldo,
os sorrlsoa e alegrla das creanças P.e José Ignacio d'Oli- g.-atuitamente em f'étìm•
nos esperavam em casa. Foi urna fes· veira . . . , . 10,000 no• dlae 13 de calla m6s.
ta, encheram-me de beijos. Voltou a Leonidio R. da Costa Guam quizer ter o dl-
nossa alegria. Santos. . . • . . 10,000 relto ile o receber dlPe•
No tempo das férias, todos os dlas Manuel Gomes Gonçal- ctamente pelQ e o• re I Oo,
4 noite, os olto filhos se joelham em vcs • • • • • . 10,000 tera de enviar, adaant•-
volta da mae e eu, com o meu cru- D. Maria Meadonça. • 1,0.000 damente, o 111- f.n I m -o if•
<:ifixo 4 frente, recito as oraçOes a D. Mercedes Simoes. • 10.000 dez mii réla.

-
A.no III LEIRIA, 18 de A go sto de 1025

(COM .A:PROVAç.ÀO ECLESIASTICA)


Dlrec1:,or, Proprie-tarlo e Editor Adm.lni•"trndor: PADRE M. PEREffiA DA SJLVA
DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS REDACçAO E ADMINISTRAç,fo
RU'A D. NUNO ALVARES PERE:IR.A
Composto e impresso na Jmprensa Comercial, i Sé - Leiria (BEATO NUNO DE SANTA MARIA)

ra intensamente saturada de sobre- piedade, vibrando em unisono, nAo


13 DE JULHO natural. E olio s6 os que teem fé,
senao tambem aquelles que nao pos-
constituem senào urna s6 alma e um
s6 coraçào.
1= o Q
suem este dom magnifico, que abre Durante a missa um sacerdote reza
deante dos olhos do espirito buma- do alto do pulpito, alternadamente
o dia 13 de Julhd ulti- no horisontes infinltos, dificilmente co'l' o povo, o terço do rosario, cuja
mo, a terra sagrada e podem furtar-se éi influencia do am- recitaçào é intercalada de cantìcos e
~!.~-="""'~· bemdita da FAHma, foi biente que os rodeia. invocaçOes nos momentos mais so-
novamente theatro das De manha cedo a esWua de Nossa Iemnes. '
mais ' bellas e commo- Senhora do Rodrlo é conduzitta No fim da missa canta se o 1an-
ventes manifestaçòes de processionalmente, corno de costume, tum ergo e dA se a bençào com a
fé e piedade. para a capella das ApparrçOes. Quasi Hostia Santa, primeiro a cada um dos
Alguns m i I ha re s de ao mesmo tempo chega o grupo de enfermos, que em numero de muitas
pessOas, converglndo de Torres Novas dos «Servos de Nossa centenas occupam o recinto reserva-
todos os pontos do paiz, lmpulsio- Senhora do Rosario•, que, antes de do do pavilhiio, e depois a immensa
nadas pelos seus sentimentos chris- iniciarem os seus trabalhos, ouvem multidAo que se es praia ao longe e ao
taos, reuniram-se junto dos santua- a Santa Milisa ~ recebem o Pao dos Jarj.?o pela vasta esplanada adjacente.
rios da Lourdes portugueza para Anjos. Terminada esta cerimonia, a mais
offertar o preito da sua veneraçlio Pouco depoi& surge do lado da commovente de todas as que se rea-
e do seu amor a augusta miie de estrada da Batalha a phalange dos lisam em Fcitima, s6be ao pulpito o
Oeus que alli se dignou apparecer. sympathicos escoteiros catholicos de rev. Francisco Carreira Poças, pa-
O dia esteve esplendido, sem vento Leirla, que, logo que chegam, se rocho de Porto de Moz, que falou
e sem calor corno um dos mais for- apeiam dos camions que os trans- durante cerca de mela hora sObre a
mosos dias de Primavera. portou e se dirigem com garbo mar- devor,ao a Nossa Senhora.
A's dez horas da manha intensifi- ciai para o pavilhllo dos doentes, Oesvanecido o echo das pakwras
ca-se duma forma extraordinaria o aflm de assistirem tambem ao Santo finaes do orador sagrado, inicla se a
movimento de vehiculos nas estradas Sacrificio e comungarem junto de um debandada geral dos fieis qu~ se
mais proximas. E' o grosso dos pere- dos altares da capella noya. Entre- effectua, corno sempre, lentamente e
grinos que começa a chegar. Aquel- tanto um sem numero de t'vehiculos na melhor ordem, depols de recUa-
les que partlram mais cedo de suas de todas as especles e tamanhos, a das as ulllmas préces, feita a derra-
terras a pé ou em meios de condu- medida que· vao chegando, despei am deira provisao da agua da Fonte ma-
çlio pouco accelerados, jéi se encon- incessantemente na estrada, que cin- ravilhosa e dirigido a Virgem do Ro-
tram em F4tima na sua grande maio- ge o locai das appariçOes, milhares sario o mais sentido e saudoso adeus.
ria. Multos delles passaram a noite !! mllhares de peregrlnos. Y. de M.
no proprio locai das apparlçOes ou Nos attares da capella nova ·as
nas aldeias circumvisinhas. E' sobre• . missas succedem se lniaterruptamen-
maneira interessante e consolador o
espectaculo que na vespera A tarde
te perante urna asslstencia silenciosa
e recolhida, de que desde as primti-
Hs curas da Fatima
e durante a noite offerecem a «Cova ras ho ras da manhtl f azem parte e No dia w vin re e quatro de Juobo
da lria" e as suas immediaçOes. muitos enfermos. Pouco antes do
do ano pr6ximo passado lùi consul-
Reza- se e canta-se por toda a par- meio-dla solar a hranca eslatua da
tar o médico, que declarou que eu
te. E essas préces pronunciadas em Virgem do RosArio é conduzida pro- tinha ama ~ronquile e priAciplo du-
voz alta, que partem de individuos cessionalmente da capella das appa-
ma pleurls1a. Poucos dias depois
lsolados' ou de grupos. por vezes riçoes para a capela nova. O enthu•
atacou- me a p~eumonia, de que fui
bastante numerosos, corno verdadei- siasmo é indiscrlptivel.
curada entre qumze dias. Oepois de-
ros gritos d'alma que se evolam para Multos fieis acenam com os lenços, senvotveu- se-me a pleurlsia a ponto
as alturas, e esses canticos que tra- muitos outros dào palmas. Veem- se de me julgarem perdida. Nesta al-
duzem na sua lettra, ora erudita, ora othos marejados de lagrimss provo- tura fiz um v6to a Nossa Senhora
singela e popular, os mais ardentes
sentimentos de fé, reconhecimento e
cadas pela commoçllo. Principia en-
tao a ultima missa, a missa dos
achando sensiveis alivios dentro c1:
quatro horas e achan<io- me melhor
amor para com a Virgem Santissima, doentes. O silencto torna-se mais durante qulnze dias. Em segulda
produzem na alm~ do observador que profundo, a orac;llo sae dos coraçOes peorei, complicando-se- me o ma:
tenha a felicldade de ser crente, urna e evola-se dos_lablos com mais fer- com outros padeclmentos multo gra-
emoçao vaga e lndefinlda, mas viva vor e a attençao de todos os circuns- ves. Até aqui tlve onze vlsitas do
e profunda, que parece alhd-lo por
.completo das cousas deste mundo e
tantes converge para o altar em que
ae celebra e Santo Sacrificio. Todas
médl:o, o sr. Or. Alves, que aconse-
l~ou recolher• me ao Hospital de Lel-
..
dar-the Ingresso na ante- camara do aquellas almas, todos aquelles cora- r,a, mas com a esperança perdida de
Céu, eovolvendo•o numa atmoaphe• çOes amalgamados pela fé e pela melhorar•


.
Voz do. Fé.tbno. ,
Del entrada no Hospltal no dia j4 vlndo 4 F4tlma sem dificuldade para o tirarem debaixo da mesma
vinte e cinco de agosto. Pul exami• alguma, mlle e fllha véern, chelas de pedra, ficou sem nenhuma lesào in-
nada pelo sr. Dr. Teles, que disse: reconheclmento, agradecer a Nossa terna e sem nenhum osso fracturado.
«agora é que para aqul veeJll com Senhora, a quem m'llto amam.• Quando a m!e o viu naquele es-
esta mulher I lsto ji nAo tem remé- tado invocou Nossa Senhora do Ro-
dlo •. No entanto, receitou-me pon- e Sr. Director da Voz da Fdtima s4rlo da F!tima com multa fé, dl-
tas de fogo, que me aplicaram du- Peço a V. o favor de publicar, no zendo o filho, apenas voltou a si,
rante um més, delxando- me comer seu jornalzlnho, urna graça que rece- estas palavras:
do que eu quizesse, mas qubi nada bi da Santissima Virgem, e que con- «Màeslnha, eu quero ir a Nossa
comia e isso mesmo nao se me con- sidero milagre. Andando eu, ja ha Senhora da P!tima». Ao fim de trez
servava. Na ausencia do sr. dr. Te- multo tempo incomodado da minha semanas estava completamente res-
• les, fui examinada pelo sr. Dr. Perei- saude, no dia 31 de Março achei me tabelecldo, com grande admiraçào
ra, qcfe tambem me desanimou, mas multo peior e fui consultar o médico. doi1 médicos que o trataram, dizendo
resolveu-se a aplicar- me urna punçao No dia 6 de Abril consulte! o Sr. um deles que tinha sido um verda-
na regiAo pulmonar. , Dr. Salviano Pereira da Cunha, d'a- deiro milagre •.
Flquei entao completamente de- qul, que depois de me observar com I ---
sanimada, e fiz nova promessa a N. cuidado, terminou por me declarar «Ex.mo e Rev.mo Sr,
Senhora, dlzendo ao mesmo tempo: que tinha dentro em breve de fazer
urna operaçao, pois que eu tinha um Maria do Rosario Laranjeira, do
e Minha Mae Santissima, acudl-me,
tum0r na gordura do Intestino del- lugar do Outeiro das Mattas, fregue-
dal-me saude para amparo de meus zia de Ourem, vem pedir a publica-
quatro filhinhos, ao menos até que gado.
Ao ouvir esta declaraçào fiquei ç!o duma graça em que a Virgem
meu querido marido regresse a Por- Santissima, Senhora do Rosario, mais
tugal •. Tlve um presentimento de muito triste mas resolvi nào vir para
casa sem ir consultar o Sr. Dr. Joao urna vez quiz mostrar a sua divina
que a Mae do Céu me tinha ouvldo protecçao. Tem ella um filhinho de
e fiquel muito anlmada. Até mesmo BAiista Nunes da Silva, distinto cli-
nico desta localidade, que, depois trez anos de edade, de nome Miguel.
a enfermeira e as outras pessòas se Tendo este no principio do mez de
admiraram da minha atitude. Nuoca dum longo exarne, acabou por me Abril corrente, urna grave enfermi-
mais tive receio de quanto me qui- declarar que era obrigado a fazer a
dita operaçao, e mais ainda que, se eu dade na garganta, chamada garroti·
zessem fazer, nem mesmo da morte.
Fui operada no dia vinte e sete de a nao fizesse dentro em pouco tem- a
lho, recorreu sem demora medicina,
po, depois seria obrlgado a multo mas a doença par~ia nao obedecer
setembro, julgando todos que nao a medicamento atgum. A m~e. ;,flita,
durarla com vida mais de trez dias, mais sofrimento e a muito mais difi-
culdades em melhorar. Neste momen- vendo prestes a sucumbir o seu ex-
e eu sempre chela de esperança na tremoso filhìnho, rapidamente lhe
Virgem Santissima, de que escapava. to fiquei desanimado. O médico ani-
mou-me, dlzendo-me que nao esti- vem a ldeia a agua milagrosa da Fa-
Poucos dias depois o médico disse ma. Prostrou-se em acto continuo
que eu estava um pouco melhor da vesse triste, que o caso nao seria de deante da imagem da Virgem San-
pleurisla, mas com enterite muito morte. Oespedi· me del e e vim para
casa dizer a minha familia o que se tissima, rogando pelas melhoras do
grave. Cheguei a ponto de nem a filho e sem demora lhe deu a beber
agua se me conservar no est0mago. passava, ficando todos em pranto.
No dia 8, eu e mais pessòas da mi- agua. Poucos mòmen tos depois vi-
Comecei a achar, me com melhoras, ram- se rapidas melhoras, deixando
que a todos admiravam, vindo a res- nha familia e visinhos, resolvemos
prometer cada umo que entendesse, de ter a afliç!o que antes tlnha, es-
tabelecer- me em mes e meio, saran- tando em poucos dias completamen-
do-se até mesmo a ferida da opera- para ver se pela protecçao divina,
alcançava a graça desejada. Logo te restabelecido, gosando hoje de
çiio, com muit.~iraç!o do sr. Dr. perfeita s~nide. Em face disto nao
Pereira, qu~!.~!~- dito que eia po- neste momento me lembrei dos mi-
Iagres que se tem operado em Fati- posso deixar·de manifestar mais esta
deria levar a curar um ano. Agora graça que a Virgem Santissima quiz
estou completamente b0a, corno se ma, e prometo a Santissima Vlrgem
da F4tima, que, se no praso dum mez f azer.
nunca tlvesse estado doente. Venho Outeiro das Matas, 4 de Abril de
/ pois, chela de reconhecimento, pro- melhorasse da doença ja declarada,
iria é FAtima1 agradecer a graça obtl- 1925.
clamar o poder e protecçao da Nossa Maria do Rosario laranitira•
Mae do Ceu, e convidar todas as da e la receoer a sagrada comunhào,
pess0as dev6tas a louval· a comigo, dar urna esmola para o culto e man-
s0bre tudo aquelas que me ajudaram
em mlnha doença.
dar celebrar urna missa em acçao
de graças a Nossa Senhora, pela Uma peregrinaçao
graça obtida. No dia 13 comecei a
Santa Catarina da Serra, 31 de
Março de 1925. achar melhoras. No dia 20 fui mos-
trar· me de novo ao médlco ( Sr. Dr.
a Fatima
Sdra Maria Domingos• ~ilva ), que depois de me examinar Somente por devoçtio a Nos·
,-- --
bem, acabou por me dizer que i' sa Senlwra, 138 pessoas de
e Antonia das Neves, casada com nao era precisa operaçào alguma, ama freguesia pobre e peque-
Francisco da Sllva, da freguesla de porque eu estava slio. na deslocam-se a 80 quilome-
Almoster teve urna tosse durante vin- Ora a mio ha fé diz- me que isto tros, gastando mais de 5
te e quatro anos. Chegou a vomitar fol um milagre, porque a medicina contos:
tudo quanto comia. Resolveu ir a nao devo senllo as atenç0es com que e Em junho fui em peregrlnaçAo a

F4tlma. O marldo, porém, achou-a me trataram os srs. médicos. Nossa Senhora da Fatima com 138
tllo fraca que disse: Poi a Santissima Virgem que quiz paroqulanos meus.
e S6 se tu me prometeres ficares mostrar mais urna vez que nào é em Partimos daqui no dia 12; de ma-
b0a •. vào que os seus filhos recorrem a nha, e j4 na véspera, haviam comun-
-Cala-te. Depols falaremos. Ella no meio' das afliç0es. gado quasi todos os peregrinos. Ao
No carnlnho, ja depois de ter pas- Ovar, 6 d~ Malo de 1925. melo-dia houve na igrtja paroquial
sado Ourem, voltou a tossir mas bençAo do Santissimo e pratica, as-
sentiu que alguma coisa de novo Antonio Vleira leite• sistindo todos os peregrinos e multa
havia. gente que deles vin ha despedir- se.
Nuoca mais vottou a tossir e j4 la « O. Maria José Cortez Pioto, ca- Entretanto chegavam de Colrnbra os
vllo dols anos I sada com Julio Cortez Pinto, de caminhoes que nos haviarn de trans-
-Urna filha da mesma tlnha espe- Lefria, _vem agradecer .a Nossa Se- portar. Para eles nos diriglmos em
tado, havia cinéo anos um carrapl- nhora a grande graça que lhe fez procissao - a frente urna bandeira
telro em um pé. Este iochava quan• salvando o seu fillio Fernando, de de Nossa Senhora, os homens en-

- do fazla alguma viagem e alguem


lhe disse que havia perigo de colsa
mais grave.
Prometeu a Nossa Senhora publl-
10 anos de ldade, dum grande de-
sastre que lhe sucedeu em 7 de Ou-
tubro de 1924, pois que, tendo- lhe
caldo em cima urna pedra de carra-
vergando capas vermelhas e todos
com o distintivo da peregrlnaçao -
flta c0r de rosa e urna medalha de
Nossa Senhora da P4tlma. Poi tam-
car esta graça se melhorasse e tendo da e tendo sldo preciso 7 homens bem asslm que no dia 13 entrAmos

{
.:Voz da Fé.tbn&

e salmos do recinto das .aparlçOes. eu, ha muito mais pess6as leitoras gruta, se na.o for multo 1onge, e d
Tanto na ida corno na volta can- da Yoz da Fatima que,. com pezar, volta tenfia-me prompto um bom
tamos e resamos durante quasi todo o lgnoram. almoço para tres.
o caminho. Comung4mos todos na PerdOe V. Rev.m• mandar tilo pe- -V. Ex.• decerto quer almoço de
Cova da lria e um grupo composto quena quantia para tao precloso magro, nllo é verdade?
de creanças, rapazes e raparigas - jornal. -De magro, porquè?
uma terça parte do nosso coro - Pedindo a V. Rev.m• mii desculpas, - Hoje é sexta-felra e quasi toda
cantou a penultima missa ali cele- sou com o mblmo respeito a gente aqul come de magro.
brada. H.• -Eu quero la aaber d'isso (excta-
Os nossos homens tlveram a feli- -Nada mais fkil. O terço (terça mou o livre pensador escandalisa-
cidade de serem escolhidos para do)I Faça favor de fazer um almoço
parte do Rosbio), consta de 50 Avé-
acolltar na adminlstraçao da Sagrada bom. Quero carne: percebe ?
Marias antecedldas do Padre Nosso Combinaram pois: bifes, galinha,
Comunhao. Dos cinco doentes que e rematadas com o O/orla Patri.
levémos tres, sentiram-se melhor e Por tanto depols de nos benzermos, a etc.
voltaram curados dols - Maria de conta maior rezamos o Padre Nosso, • **
Freitas viuva, moradora no Avena!, e urna Avé-Maria a cada urna das Feltas estas combinaçoes, o nosso
e José 'Duarte Junior, casa do, mora- dez contas mais pequenas. Depois viajante accendeu com toda a pa-
dor em S. Fifo. Aquela sofria ata- de se dizer o Oloria Patri reza-se chorra um cigarro e encaminhou-se
ques violentisslmos de t~sse com. he- novamente o Padre Nosso e assim para a gruta emquan.to ia admirando
moptisis, um dos qua1s, o ultimo, até ao fim do terço ou até ao fim do a belleza do sitio••
na Fatima, aonde foi conduzida em Rosario. Chegou primeiro que sua mulher
maca pelos servitas; este paratisia e O terço ou Rosario, nao é s6 ora- e sua fitha, que se demoraram na
eczema no braço direito, diminuindo c;Ao mas tambem meditaçao, que cripta e na basilica em ferventes
.. a inchaçao logo ao prlmeiro banho
que deu na Fatima, d'onde voltou
abrange em resumo toda a vlda de oraçOes peto descrente querido.
Nosso Senhor Jesus Christo. Esta Afinal, la chegaram a gruta. Mas,
sem carecer dos serviços para que medltaçao é nece~saria para se ga- qu-al nào foi o pasmo da mae I
I na ida precisava dos seus compa- nharem as iodulgencias. Além deante d'ella, ao pé do roche-
nheiros, - fazer cigarros, etc. Os misterios gozosos ( anuncla- do, ~m homem de joelhos, orando
Estas curas manteem- se e j4 esta- çao, visita a Santa lzabel, nascimen-
rnos a 4 de julho. Vou pedlr atesta- com fervor e os olhos banbados de
dos médlcos. to do Menino 'jesu-s, apresentaçao e lagrimas e este homem. • • é elle
Calcularés o entusiasmo com que encontro no templo) costumam or- é••• é s~u marido I Ella quasi teme
chegé\mos e fomos recebidos no Se- dinariamente meditar-se as 2.as e 5.8 • interrompei-o e abordal-o. Mas elle,
baJ. Depois de urna prética e da feiras. Os dolorosos (Agonia no logo que a ve. exclama:
Horto, nagelaçào, coroaçào de es- -Sou eu, sou. Sou eu que rezo e
bençao do Santissimo na igreja pa- pin hos, cruz as costas e crucifi-
roquial, todos se dirigiram a suas ch6ro. Queres saber corno foi? Olha
do). as 3_as e 6.15• Os gloriosos (re- que, para te falar verdade, nem sei
casas agradecendo a Deus e a San- surreiçllo, ascençao, descida do Es-
tissima Virgem a graça desta pere- expllcar· te.
pirito Santo, Assumpçào e coroaçAo Quando aqui cheguel, sem pe_nsar
grJnaçao, prometendo ser mais fer- de Nossa Senhora) nos outros dlas.
vorosos e dando por bem emprega- em nada, apenas me encontret em
I:.' costume rezar a seguir a Ladainha presença da gruta e olhei para esta
do o sacrificio feito:- alguns, mal de Nossa Senhora, ficaudo esta e
/POdendo trabalhar, andaram a sa- lmagem, urna emoçào indescriptivel
outras oraçOes ao arbitrio de cada se . apoderou de mim. Nem ho uve
char milho duas semanas para arran- um.
jarem dinheiro para a viagem, e nao tempo de pensar (isto é mais forte
No livrlnho os Acontecimentos da que eu) e••• cahi de joelhos.
,poucos pediram-no emprestado. Fatima, e quatquer outro de devo- Estava ali um sacerdote e pergun-
Como Secret4rio de Nossa Se- çào, vem o modo de rezar e meditar tel-lhe se me poderia ouvir de con-
nhora, pede-lhe por esta (reguesla e o terço. fissao.
pelo teu velho amigo P.e Paulo Ma-
' chado.
E' ja, respondeu elle. E agora •••
A.'s oraçòes t\os \eitoTes prompto. Confessei-me ali na Oruta,
Sebal (Condeixa), 4/ 7/925. atraz d'aquelle attar. Ficaremos ca
P. e Paulo Machado> cUma paroquiana da freguesia de para amanha e de manhA aqui esta-
Alcantara pede as mais fervorosas rel para comungar. Esta decldldo.
oraçoes pela converslio do marido. NAo imaginas quanto me sinto feliz t
•Abrigo para os doentes Promete, se alcançar a graça pe- NAo foi s6 elle a derramar lagrl-
dida, ir com o maricfo a Fétlma e le- mas de alegria, de ternura e reco-
peregrinos da Fatima var urna bòa esmola para as obras•. nhecimento.
Juntos louvaram a Deus, e todos
Transporte • • •• 1.128:500 tres, agradeceram com effosilo a
• A. Leite Braga••••••
O. Maria do Ceu Plnto
13:000
lima conuersao Nossa Senhora.
•*
d'Abreu Lima ••••• 5:000 Urna manha, um pouco antes da •
hora d'almoço, desembarcava eni Partlram a seguir para o hotel. A
Soma ••• 1.146:500 Lourdes, com sua famllia, um cava- sala de jantar estava cheia de gente.
\ lheiro bem posto. Esperava nllo se Ao entrar, o novo convertido inter-
. Modo de rezar o terço demorar mais que algumas horas, o
tempo entre dois comboios. Fol tudo
pelou as muitas pessOas que ali es-
tavam a espera do almoço e, com o
Recebemos ha dias a seguinte quanto puderam conseguir d'elle sua mesmo desambaraço com que tlnha
carta :. mulher e sua filha que o acompa- repelido o almoço de magro, excla-
clll,1110 e Rev.1110 Sr. nhavam. " mou : Senhores, eu sou V ••• , gran-
• Apenas chegadas, sem perda de de caçador, corno talvez alguns de
Queira V. Rev.ma perdoar a minha tempo, as duas mulheres, fervorosas V. Ex.81 saibam; passo por ser o
ousadia de vir encomoda-lo. christas, a quem a irreligiào do chefe primelro atirador da capitai. Eu era
Como V. Rev.111 • provavelmente da familia tanto desolava, tanfo mais abertamente implo.
sabe, ha muitos cat61icos ignorantes qu~ o amavam ternamente, partiram Eis agora o que me acaba de
dos seus deveres e eu, corno sendo para Massabielle. Ele, nào tendo mais acontecer (e repetla o que jA tlnha
_.un1a delas, rogo a V. Rev.111•, em no- nada a fazer aqui, foi dispor as coi- contado a sua mulher e sua filha).
me deles e no meu, se no vosso sas para o almoço. Estaes em presença de um homem
precloso jornal nos llucidava da ma- Escolhendo um hotel que lhe pa- ! que acaba de se confessar e que
nelra corno se reza o terço. recia mais confortavel entrou, fez amanhll vae comungar.
Tenho muita pena de .nao o saber chamar a dirigente e diz- lhe : Voltando-se depois para a dirigen-
reza,, visto Q~ Nossa Senhora do Emquanto espero minha mulher e te do hotel:
Ros4rio manda que o rezem, e corno mlnha filha vou dar uma volta pela Eu tlnha-lhe pedido um almoço
Voz da Fa-time,
que, decerto, est4 preparado. N6s dal-o porque eu tenho dois. Antonio Ferreira Soeiro • • 10:000
cA nos entenderemos. f aça me outro -Sempre gostava de saber que é D. Maria José Caeiro Fialho. 20:000
de magro e se fòr necessario espe- que os catholicos dizem em cada D. Carlota Fialho. • . • • • 10:000
raremos. uma d'estas perolas. D. Mariana Baptista Limpo
Imaginemos agora a surpresa e as A A vi-Maria, pareceu- lhe encan- Brito • • • . • • • . • • 10:000
impressOes dos ouvintes e sobretudo tadora... Visto que se encontra na D. Aurora Fialho • • . • • 10:000
os senlimentos que agitavam a alma minha Biblia tambem eu poderia di- D. Maria José Rodrigues Aca-
da mulher e da filha. zer esta oraçao. Vou aprendel- a. E bo. . • • . . . . . • • • 10:000
A partir d'essa sexta- feira o Sr. passou toda a tarde a repetir a Avé- D. Laura Pires Antunes Car-
V. . , continuou a ser um excellente Maria, que em pouco tempo sabia rcndo Ferreira . . • . • • 20:000-
christao, e com sua autorisaçao, mas de c6r. p,e Manuel Antonio da Con-
sem dar o nome, um missionario Separaram- se. cciçao , • • . . . . • • . I 0:000
bretao fez no pulpito da Basilica, a Urna vez deltada, a ingleza poz o D. Margar ida Martins • . • 10:000
historia d'esta conversao (Le Petit terço ao pescoço e poz-se a repetir D. Maria Natividade Alves
Messager du Tres Saint Sacrement- ainda mais umas vinte vezes a sau- Pereira de Assis. . • • • 10:000
agosto de 1910). daçao Angelica que nao se cançava D. Maria d' Ascençao Barros
de dizer. de Melo. • • • • • • • • 10:000
Urna dOce uncçao se derramava Donativo (D. M. de Lourdes
Encontrado na lama na sua alma e logo ao acordar no
dia seguinte, esta oraçao lhe vinha
de Barcelos) . . . • . • •
Dr. Francisco Rodrigues da
, 5:000

Quem sera esta donzela que pre- a lembrança corno urna musica en- Cruz • • • • . . • . . • 10:000
cipttadamente atrtvessa urna avenlda tadora que nào podia arredar do p_e Tomaz d'Aquino Silva-
de Bruxelas ? pensamento. res. • • • • • • . • • . 10:000
Chove.' Ella é estrangeira e enca- Foi isto o que ella contou a sua D. Mo.ria Emilia Pignatelli
minha-se apressadamente para o ho-
I
tel. Ao passar, porém, sente qual-
amiga quando voltou a vel-a ao al-
moço.
Queiroz. • • . • • • . •
D. Maria Bra ne a Pereira
10:000
.
quer objecto debaixo do pé..• E' -Entao, gosta d'esta oraçao dos · Martins • • • • • • • • • 10:000
bOa I' f'erolas, urna cruz I. • • Com cathollcos ? D. Cecilia A. Correia Costa 10:000
certesa é algum objecto de devoçAo -Oosto muito. D. Isaura Matoso • • • • • 10:000
dos catholicos, pensou ella apressan- -E porque se nlio faz catholica? D. Elvira Cazales . • • • • 10:000
do o passo. -Se fosse hontem era impossivel, José Antero Nunes Lea! Ma-
-Apanha-o, diz-lhe a consciencia. tinha mtl prevençOes contra os ca- dureira • • • • • • • • • 10:000
-Para que? De que me serve elle? tholicos. D. Lucrecia Pelcjao • • • • 10:000
-Sim, apanha-o. Se para ahi fica, Jioje ja as nao sinto e gostava Felipe d'Oliveira Ramos. • 10:000
essa cruz vae ser calcada por toda bastante de me instrulr na sua rell- Anonima (Paris). . . . . . 10:000
a gente-Sujaria os meus vestidos giào. D. Mario. José e D. Maria Ju.
e inu ti lisa ria as minhas luvas novas. A visinha levou a joven a urna lia Henrique Lino. • . . 10:000
-Qué ? EntAo tu tens mais amor comunidade onde o catecismo lhe D. Anna Sergio Faria Pcrei-
.is luvas que a cruz de Nosso Se- fol ensinado em ingtez e, dois mezes ra. . . . • • • . . • • . 10:000
nhor Jesus Christo ? .. depois, ahi fez, em transportes de fe- Antonio Dias Madeira ••• , 10:000
A menina Laura, ainda que pro- licidade, a sua primeira comunhao. D. Izabel dos Santos Gomes 10:000
testante, nao pOde suportar um tal Ora um dia que ella se achou D. Maria do Rosario Ferreira 10:000
rebate da sua consciencia e recuan- doente em Londres a familia enviou- D. Hedwigts do Vale Cam- 10:000
do um pouco, fol apanhar o terço, lhe um ministro protestante para a pos • • • • • • • • • • • 10:000
I que conservou na mao, dizendo : as D. Esther Le Retord Guima-
abalar. Ella respondeu com energia:
tuvas ja eu perdi. -Nào, nunca I raes . • • • . . • • . • • 10:000
Chegada ao hotel, o seu primelro Quero morrer na Religlllo Catholi- Acacia Vieira • . . • ••• 10:000
culdado foi lavar e esfregar bem ca que me torna fellz, mesmo no meio D. Dulce Martins d'Aze"vedo 5:000
aquelle terço e,"'de tal modo e por dos sofrimentos, e tenho conflança D. Maria Tavarcs • • • • • 10:000
tanto tempo, que as contas e res- que este terço sera a cadela com que Luiz Cipriano Esteves •• ·• 10:000
pectiva cadeia brilhavam corno um a Virgem Santissima me levantara ao Miguel Pinto • • • • • • • 10:000
colar de perolas. Ceu. D. Maria Margarida Sarmen-
Levando-o depois a dona do ho- to Omen Pinto • • • • • 10:000
tel, disse : e aqul est4 urna coisa I D. Albertina Vieira Simoes. 20:000
que eu achei ali f6ra ; veja se sabe
de quem é ... Voz da Fatima J. Alves Lopes • • • • • • •
Idalina da Costa Barros ••
20:000
10!00()
NAo conheço o dono, minha ae- Deapezaa D. Maximiana Vieira da Mata 10:000
nhora, e estou bem convencida que Transporte do n.0 33. • Manuel d'Oliveira Rasoilo • 5:000
nlo se vlr4 a saber quem é. lmpressao do n. 0 34 Vietar Rui da Graça Qua·
-E agora? (26:000 exemplares}. • 598.000
resma. • • . • • • . • • 10:000
e Olhe, é melhor guardai-o no seu D. Maria Euzebio Caleira • 10:000
Outras despezas • • • • 123.000
quarto e eu la o irei buscar se fOr Vicente Ferreira de Souza • 10:000
necessario... Miss Laura suspende-o 32:504.420 P.e Jacinto Antonio Lopes. 10:000
num prégo e nAo pensou mais no Subaorip9fto Carmina Vieira • • • ••• 10:000
caso. (Continuaçao)
Madame Lucia Soares • • • 10:000
Eis, porém, que ao serAo uma se- D, Maria Martins de Freitas 10:000
nhora do quarto vlslnho vem ter D. Maria Amelia Capelo Joaquim Rodrigues Moreira 10:000
com ella e a convida a lrem aque- Frnnco da Cunha Motos.. 15.000 D. Maria Macieira. • ••• 15:000
cer-se ambas e a tomarem o chA. D. Maria do Carmo da Cu-
Entabolada a conversa, a vislnha nha Lemos e Matos • • • 10.000
yè logo o terço t
-Quelra perdoar a minha indis•
D. A na Augusta de Freitas.
D. Gertrudes Maria Fcrnan ..
10.000 VOZ DA FATIMA
cripçAo, mas nlio é V. Ex.• protes- des • . . • • • • . • • r 0.000 Eate jo..nalzinho 1 q u e
tante9.•• D. Maria da Gloria. • • • 10.000 wae •endo tao que•ido •
Sou- o E>ffectlvamente, mas os pro- D. Luiza Barreiros Salema 10.000 p•oou .. ado, é diat•ibuldo
teitantes tambem teèm rellgiAo. Joaquim de Souza. • • • . 10.000 gratuit•mente em Fatlm•
-NAo contesto, mas estou adml• Herculano Sales. . . . • • 10.000 no• èliaa 13 da oada m6a.
rada de lhe vèr aqul um terço. D. Clotilde de Jesus Barcelos 12 ooo 011em qulzar ter o '91--
-Oh t este terço (e contou a his- D. Eugenia Margarida do relto de o reoeber dir••
toria).•. e tirando-o do pr~go, dlz : Ros!rio. • . • • •
D. Maria Re>sa Cunhal • •
10.000 eta mente pelo e or re I
te•a de enwiarl adeant••
•o-~
-Minha senhora, aqui o tem, é 20.000
aeu. Manuel Alves Soares Tei- damente 1 o III nlmo do
-Nlo o accelto. O melhor é guar• xeìra • . . • • • • • • • • 10:000 ilez mli raia.

A.no IJI LEIR,IA, 18 de Setembro de 1D.2lS N.• 86

(COM APROVAçÀ.O ECLESIASTICA)


Dtreo"tor, Proprietario e Edt"tor Admlnt•"tradori PADRE M. PEf?EIRA DA SJLVA \
DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS R.EDACçAO R ADMINISTRAçAO
:BUA D. N"UN"O ALVA.'.RES PE::REIRA
Composto e imJ')resso na Jmprensa Comercial, a Sé - Leìria (BEATO NUNO DE SANTA !11ARIA.)

13 DE AGOSTO
simo Sacramento. A esta segue- se o
sermao. Ap6s o sermào, organisa-se
o cortejo que acompanha a branca
Hs cnras da Fatima
estatua da Santissima Virgem na • Ex.mo e Rev.mo Sr.
sua reconduçao a capéla das apari-
çòes. Os enfermos que se encontram Tendo ouvido dlzer de urna pobre
em estado mais grave e os que so- mulher- Idalina Ribeiro - R. Ooo-
frem de paralysia sao transportados çalves Crespo 56 = Llsb0a, que na-
em macas pelos servitas. Ol' outros da lhe fazla parar urna forte hemor-
enfermos seguem atraz destes numa ragia pelo nariz e gengivas, eslando
longa e interminavel fila. assim ha mais de 8 dias, corri a casa
Quando a estatua é colocada so- d'eia, embo.ra a nao conhecesse, mas
bre o seu pedestal, um dos paralyU- cheia de fé em alcançar mais uma
cos levanta-se instantaneamente cu- graça de Nossa Senhora do Rosario
estiva. rado. Havia urh ano que nao anda- da F4tlma.
A concorrencia, posto que fOsse va. NAo se p6de descrever a como- A pobre doente tinha regressado
assaz numerosa, elevando- se segun- çao que de todos oa clrcunstantes havla poucos dlas do ho~pltal, por
do alguns calculos, a cérca de olto se apoderou nesse momento unico eia haver pedldo para a defxarem
a
mii pessoas, fol lnferior dos mbes e inolvidavel. O irmao, que o acom- morrer em sua casa, e os médicos
anteriores. Esse facto deve· se sem panhava, chora de alegria corno urna consentiram Isso por a conslderarem
duvida em parte a lntensidade da creança. A multidAo estupefacta e completamente perdida. Outro mé-
faina agricola e em parte A circuns- dominada por um entusiasmo deli- dico que chamaram a casa, tambem
tancia de e~tarem proxlmos o dia rante, brada : • Mllagre, milagre I • • declarou nada haver a fazer•lhe. Per-
treze de Setembro, que incide num guntel 4 familia se jt tinham pensa-
Entretanto o novo privilegiado da
Domingo, e o dia treze de Outubro, do em eia se confessar. Como me
Virgem, depols de agradectr a sua
dia de peregrlnaçao nacional. disseram que nao, pedi para lhe ir
cura, dirige• se por seu pé para a es-
O certo, porém, é que o aspecto fatar, pois eles )>em devlam saber
trada e val tornar um logar no carro que devemos prcfparar a nossa alma
do locai das appariç0es, desde as
que o conduzira 4 f étima, rodeado
onze horas da manhll em deante, era corno a joia mais preclosa que en-
sempre de urna multldAo enorme tre1,?amos a Deus.
imponente e rnagestoso. Em frente chela de curlosldade e assombro.
das duas capélas, a das missas e a Quando cheguei junto da cama da
Logo que recebermos a confirmaçao doente, uve a impressao de que j~
das apparlç0es, aelomeravam-se mi- desta cura, publlcaremos o seu rela-
lhares de pessOas que rezavam e as- nlio vivia, pois nem os olhos podla
to na e Voz da FAtima •. Em torno abrir. Perguntel-Jhe brandamente se
sistlam ~s mlssas ou cumprlam as
da fonte das apariçòes estaciona gostaria de se confessar, e, corno fez
suas promessas.
continuamente urna mulli-'ào inume- urna pequena afirmaçao com a ~be~
O pavilhAo dos doentes estava
r4vel.
completamente cheio. Alguns jazlam
Multos peregrlnos esperam a sua
ça, disse a minha filha para dar a
em macas deixando transparecer nos doente um pouco de agua de Nossa.
seus rostos emaciados a grandeza vez para beber da agua maravllho- Senhora do Rodrlo da f4tima, t'm-
dos seus sofrimentos, mitigados pelo sa, multos outros para a recolherem
em recipi~ntes de todos os tarpanhos
quanto corri aigrej1 a chamar um
balsame da resignaçllo chrlsta. Os sacerdcte. ,
e de todas as formas. Quando este chegou ainda ,la ti-
servitas e os escoteiros, lidando Ra
sua benemérita faina, olio tlnham A • Voz da Fatima• é distrlbulda nha uns lampejos de vlda, mas ele
um momento de descanço. A sua de- gratuitamente em numero de muitos nao lhe quiz dar Jesus Sacramentado
dicaçao parecia nao conhecer outras milhares de exemplares pelos pere- por a c<inslderac quasi inconsclente
ballsas senao a das ordens e instru- grinos que anciosamente a procu- para um acto tao sublime. Tristissi-
ram. • • ma por ver que a pobre alma partia
i çOes dos seus respectlvos chefes.
Ouve-se dizer que entre a multl- A multldfto pouco a pouco vai re- deste mundo sem levar Jesus em seu
dAo se encontra rn homem que, es- colhendo aos seus lares <listanres. E pelto, rezei muito e mu:to, pedi a
tando tubercutoso e desenganado nfto hél nenhum peregrino que nao Nossa Senhora do Rosario da Fatima,
dos médicos, se havia curado mlra- leve comsigo uma saudade infinda para vlr em meu auxilio. A primelra
culosamente graças a Nossa Senho- dos momentos dlfosos passados na. vez que minha filha lhe deu a santa
ra da Fatima e que vinha chelo de quele canto bemdito de Portugal, 14gua, a doente nao a poude engolir,
alegria agradecer a sua cura. onde a Virgem Santissima se dignou i mas fol bebendo a pouco e pouco,
aparecer a tre1lhumildes pastorlnhos. e quando rhegou a ma11bli pedlu
Ao mele dia e mela bora começa para lh.e darem Jesus Sacramentado.
a missa dos enfermos. Fazem-se as Corri logo a igreja, velo o sacer-
lnvocaç0es do costume. Oepols da V. de M.
dote, eia recebeu o Nosso Amado
missa da-se a bençao com o Santis- Jesus em seu peito, deu-se-lhe tam-

r
,
Voz de. Fé.timn,
,,
1 bem a Santa Unçilo, e, com a admi- ao cume. E' impossivel que ar guma que todas as màes que passarem
raçAo de todas as pessOas que a pessoa inteligente possa seguir se- pelos tormentos que eu passel. nao
iam ver constantemente, as hemor- melhante doutrina. Ali a Màe do deixem de recorrer a Eia com a cer-
ragiaa oararam e era dJz que se sen- nosso Santissimo Saf vador é posta !eza de que alcançarào o que dese-.
te mclhor. de parte, pondo-a ao Jado de qual- 1am.
Como isto se passou nas vésperas quer outra mulher. Aqueles misert- •
d~13 de Maio, e eu nào queria dei- veis que teem urna Biblia, esque- O outro caso é o segulnte:
xar de ir agradecer a mlnha Màe cem-se que s6 Maria teve a gran- Tenho urna sobrlnha de J 1 anos.
Santissima, tantas graças e mostrar- dissima gloria de ser a Mae de Nos- • Pez exame de admissào o ano pas-
lhe todo o meu amor, fui, mas a ml- so Senhor. .Èsquecem-se eles que sado e, ou porque ficasse cançada
nha doente ficou triste por ja nào . (evan~elho de S. Joào, cap. 19, ver- ou porque Deus assim quiz, a meni•
ter quem lhe désse o seu melhor re- so 27) de quando Jesus no alto da na adoeceu no outono (nao me re-
médlo. Vendo esta tristeza, prometi- cruz apresenta a S. Joào (o discipu• cordo se foi em Setembro ou Outu-
lhe trazer um copo cheio da tào be- lo amado) a sua Santissima Mae bro) e o médlco fez nos compreen-
la e t!o salutar agua. Pedi-lhe que, corno sua màe e a ele corno seu der que teriam os doença para todo
ao meio dia do dia 13, elevasse o fllho I o inverno, porq ue era um ataque de
seu pensamento e todo o seu cora- Querem mais provas aqueles se- reumatismo agudo sO bre o coraçào.
çào a No'Ssa Senhora do Rosario da nhores da dignidade e Santidade de A creança sofria horrorosamente. Eu
Fatima, pois a essa hora estaria eu Nossa Senhora ? Fecham entao eles ' tinha em casa urna pouca de é1gua
nesse tào santo e encantador canti- os olh os a este versiculo ? I ... Oh I da fonte milagrosa, que tinha tr azido
nho de P,ortugal, pedindo por eia. ., tremendo erro, erro que leva as al - quando fui ua minha peregrinaçao
Quando vim e lhe del o copo cheio mas a perderem a fé, em vez de a em 1924, e entao lembrei -me que
da agua prometida, eia bebeu~a com obterem. N ossa Senhora a podia curar de•
tanta sofregutdào e reco1himento que Mas Jest1s, tao misericordioso, traz pressa.
j! era de prever que tudo se devia a luz ~s nossas almas, pondo ao ci- Levei•l ha e aconselbei-a a que
a poderosissima intervençào de Nos· mo tòda a pureza das santas verda- tom~sse afgumas gOtns e rezlisse al-
sa Senhora do Rosario da Fatima. des. gumas j aculatori as. Passados al~uns
Hoje diz eia sentir ainda no peito Peço a V. Rev.ma se lembre nas dias vi sitei-a mas tinha pòucas me-
a frescura do bem que essa agua lhe suas oraçOes da minha pessòa e pe- lhoras. A consel hei-a de novo a que
causou. • la conversao da minha familla, contin u asse a tornar a éigua e rez4sse
Eia mesmo prometeu. ir a F.\tlma Al,?radecendo muito a V. Rev.m• a o terço nove dias, o que eia princi-
agradecer tao grande graça a Nossa amabil idade que teve para com mi- pfou logo a fazer, e h o fim da nove-
Mie Santissima. Como esta mulher nha pessòa, subscrevo-me na fé de na achava· se num grande estado de
tem um log:H de hortaliça, vem da nosso Senhor Jesus Christo e na sua fraqueza mas ja nada sof ri a, e até
praça carregada para vend_er em sua Santissima M àe hoje tem gosado sempre duma per-
casa e isto nada a fdtiga, pois esta felta saude. Bemdita sej a a grande
curada miraculosamente. 1 ]oilo Befoardirzo Nulles• M ae de Deus, M aria Santis"ima.
Peço a todos os Portuguezes que Peço a V. Rev.111 a me perdoe de
e Ex.mo e Rev.mo Sr. ter tomado a liberdade de lhe causar
orem muito a Nossa Senhora do l{o-
s4rio da Fatima, mas com humildade, este inc6modo.
Oesej ava ve, publicadas na Voz
amòr e mul ta confiança, pois eia é
da Fdtima duas graças que Nossa Uma paroquiana da Freguesia de
a nossa MàP e Màe do nosso amado S~nhora do ·Rosario me ' alcançou.
Jesus. Para Honra e Gloria de Nossa • Alcantara - lisbaa.
Tenho um filho que conta hoje ·15
Senhora do Rosario da Fatimjl, peço LisbOa, 23 de Julho de 1925 •.
anos de idade e que, quando era
a V. Rev.ma o favor de publicar esta muito novinho, ja manifestava al-
tao grande graça no nosso jornalzl- guma inclinaçào para o crime. Eu, , Val do Sumo, 29/ 5/ 1924.
nho.
corno màe afligia-me mas atribuia o cSr. Or. Manuel Marques dos Santos
Fiorentina Antunes Andrade• mal a sua tenra idade, castigava-o
e fazia- lhe ver o perìgo que conia Participo-lhe trez milagres que re-
Llsbé)a -Rua da Rqsa, 188, 4.0 Esq. a sua alma. Emfim, fiz tudo que urna cebi da nossa Bemdita M ae do Ceu.
màe p6de fazer para formar o cora- O prlmeiro fol muito antes da au-
e lii.mo e Rev.mo Sr. çao a um filho e no entanro ia es. torlsaçào do culto na Cova da lria.
perando que com o correr dos anos Deu-se este caso em um dia 13 em
Fui recebedor dos jornaizinhos a tudo passasse. Oesgraçadamente nào que eu estava na cama com a gar-
Yoz da Fdtima e agradeço muito a sucedeu 'assim, porque aos 13 anos ganta quasi tapada. Foi a bora do
prontidào na remessa. a sua maldade re velava- se de urna melo dia, em q ue eu pensava no que
Acho conveniente explicar a V. manelra assustadora. Nem conselhos, se la passava na Cova da tria, que
Rev.m• o motivo do me.u pedido da nem ca~igos, nem as minhas pr6· pedi a Santissima Virgem que, se
assìnatura, pois tendo sido eu pro- prias IAgrimas o demoveram da sua Eia se dignasse melhorar-me dentro
testante, é mister que confesse a to- malfadada vida, alé q1:1e me vi na de urna hora, iria la rezar um terço
dos o grande milagre que se operou necessidade de pedir providencias de contas e a Ladaioha em compa-
na minha alma, pondo assim de pre- a justlça humana para o intimidar, nhia de minha esposa. Com isto
vençllo toJos aqueles que estejam posto que eu soubesse que.ao agra- adormeci e ao acordar alnda antes
sujeitos a serem arrastados por essa ça divina é eficaz. O meu querldo da bora, estava bom. O segundo
perigossima corrente do protestatr- filho nas maos da justiça humana I milagre foi em Oezembro de 1923
tlsmo. Eu, mae, dada podia fazer; mas nun- em que tendo urna inflamaçào terri-
Fui levado por essa onda, onde ca me esqueceu que hnla outra vel a que o remédio da botica fez
me conservei por multo tempo; mas Màe que tudo podla, e entào com o completamente mal, pedi a Santissi-
por milagre de Nossa Santissima coraçao df:spedaçado pela dOr mas ma Virgem que se eu nao perdesse
Mae do Ceu, hoje estou f6ra do pe- cheio de fé, as minhas préces re- mais dias de trabalho, eu e mlnha
rigo. Hoje, aquelas 11lgemas satani· a
dobraram e resolvi ir Fatima em companheira iriamos a Cova da lria
cas est!o quebradas. Nunca tlve vi- 13 de Maio do ano passado consa- receber a Jesus Sac"mentado e da-
da peor do que aquela, apesar de o gra-lo a Nossa Senhora, o que fa ria de esmQla ao Sèìninario de Lei-
protestantismo dizer qu~ s6 ali é que tinha feito ha muito tempo, mas jul- ria, 5:000 réis. Ja nllo perdi mais
ha amor. Vida mais devassa, vida ~uei mais proveiloso lii ir. O meu dias. O te rceiro milagre fol em Mar-
mais f6ra da pureza, vida mais chela filhinho hoje esta transformado, ou ço de 1924. Segunda lnflamaçao na
de infortunios nao podia ter. O meu por outra, estéi conpletamente cura- perna. Nao havendo melo de a cu-
coraçào tornou-se numa pedra, os do, porque o que ele tinha nao era rar mandei ir buscar agua santa !
meus ouvldos ~echaram se roz dea senao urna grande enfermidade es- Cova da lria para lavar a perna e
pal, de mAe e· de todos aqueles que piritual. Ficam pois a publico estas prometl fazer urna novena a Nossa
s6 querlam o meu bem estar. As verdades para mais honra e gloria Senhora. Quando vi o grande mila-
blasfemias de aquela gente chegam de Nossa Senhora do Ros~rio, e para gré da Alzlra, mais coragem ganhei

..
Voz da Fatima I
.e pedi a Nossa Senhora que se me lavo com a agua milagrosa, tapam e niio dizla nada, mas eu via que
curasse naquela noute. eu dobraria a momentaneamente, e, graças Vir-a ella era mais assidua j oraçiio.
mlnha novena, indo a Cova da lria gem Santissima, ja governo a minha Comparava essas duas ioocencias
no dia 13 a seguir. daria nove vol- vida corno antes de ter esta doen- com a mlnha ,vida. esses dois amo•
tas ao redor da capéla, de cada vez ça, ou quasi I res ao meu e dizia para mim mesmo:
a frente de Nossa Senhora rezarla Muito gòsto teria que mais este a mìnha mulher e o meu filho amam
nove Avé-Marlas e mandaria publi· mllagre fOsse publicado nos anais de em mlm atguma coisa que eu niio
car na Voz da F4tima. o que seria Nossa Senhora do Rosario da Fati- amo neles nem em· mim - a mlnha
mais urna prova de que a Mae de ma, para sua honra e Gloria - mai alma.
Deus tinha descido aquele logar o atestado médico é-me imposslvel Entramos na semana da prlmeira
para beneficio e salvaçao das Almas obte-lo, por ser urna pessOa que ra- comunhào. Nao era so mais affecto
Portbguezas. Foi isto que eu prome- • ras vezes salo de casa e nào ter com que a creança me inspirava, era um
tl e logo pela manha comecei a tra- facilidade quem possa dar taìs vol- sentimento que eu nào sabia expli-
balhar e sem dOres. tas, havendo para mais a dificuldade car, que me parecia extrapho, quasi
de nao conhecer urna parte dos mé- humilhante e que se traduzia as ve-
/oaquim Antunes de Farla• dicos que consultei. Peço descutpa zes numa quasi irritaçào.
da grande maçada que lhe ocasionei. Eu tinha respeito por eia. Eia do-
Cazevel, 3/5/924. minava, me e eu, na sua presença,
cRev.mo Sr. Adelaide Virginia Ferreira Oomes> nào ousava exprimir ce,tas ideias
Tenho presente a carta de V. que este estado de Iuta contra mim
Rev.ma que agradeço, e em resposta mesmo produzia no meu espirito.
devo com sinceridade. dizer o se- A.s' Ol"a1;òes dos \eilores Nào queria que elas lhe fizessem
guinte: , impressiio. Faltavam cinco ou seis
A's oraçoes dos leitores recomen- dias. Urna manha, ao voltar da Mis•
A minha idade é de 58 anos. O damos duas pessòas gravemente
nome da doença é lmpossivel dizer- sa, a creanca vem procurar- me ao
doentes sendo urna um pai de fami- meu gabinete onde eu estava s6.
Jho, pois que nas muitas vezes que Jia ainda novo, tuberculoso.
fui consultar varios médicos, nunca cPap4, me diz ele, no dia da mi-
obtive o nome da doença, nào sei nha primeira comunhào nào quero
se por o ignorarem .•. Fui acometi- ir para junto do altar sem lhe pedir
da deste mal ha j~ dois anos. Prin- A primeira comunhao de um perdlio das minhas faltas, dos des-
~ostos que lh tenho causado e sem
cipiou com umas partes negras nas
unha:l dos pés e m!os, frenezins pequenino Apostolo me dar a sua bençào•.
insuportaveis na palma da mao, nos e Pense em todo o mal que eu te-
Sào do grande jornalista catholico
pés e nos cotovelos. Mas durante o Luiz Venillot as seguintes pala'vras: nho feito para me reprehender e eu
I primeiro ano da doença tinha perio- 0s meus prìmeiros filhos fizeram o nào torne a fazer e para me per-
, dos mais booançosos, podendo, em~ a sua primeira comunhao sem eu doar >,
bora com grande sacrificio, fazer e Meu fil ho, respondi eu, um pae

--
dar por isso. Eu deixava a m:le o
uma parte dos trabrilhos domésticos. cuidado de governar esse pequeno perdoa sempre, mesmo a um meni-
Comecei de peorar, e esse mal a mundo, cheio de confiança nela, no tra vesso, mas tenho a satisfaçao
.mostrar-se com caracler mais feio: modlficado um tanto pelo contacto de te poder dizer que agora nao te-
as unhas cairam, abriram se conse- das suas virtudes que eu sentia mas • nho nada a perdoar· te,"
cutivos golpes sanguineos nos pés nao via .• e Continua a trabalhar, a amar a
e maos, e estas completamente apa- Velo o ultimo. Essa pobre creança Oeus. a ser fiel aos teus deveres e
nhaJas, sem ja as poder abrir nem era de um genio selvagem, sem tua mae e eu nos sentiremos,felizes•.
trazer a descoberto. A vida era um grande geito. Se lhe nao tinha me- cOh I Papa, Nosso Senhor que
perfei10 martirio para mim, que pas- nos amor, sentia- me no entanlo dis- vos ama tanto me ajudar~ par~ que
sava a1 noites chorando e os dias po$to a tra tal-o com mais severidade. eu vos d~ gOsto, corno lhe peço.
sem poder fazer oada, fazendo cho- A màe dizia-me: clem paciencia e Peça- lhe muito por mim, sirti? •
rar de d6 aqueles que junto de mim que elle ha· de mudar quando fizer cSim, meu filho•.
vivem I ••• Percorri todos os médi- a sua primeira comunhao•. Olhou para mìm com os olhos hu-
cos destas circunvisinhanças, fui a Ora essa mudança, a praso fixo, mildes e lançou· se-me ao pescoço.
Lisbt>a algumas vezes, e médico al- parecia-me pouco possivel. No en- Eu estava tambem muifo entero~
gum me disse o nome da doença ou tanto a creança começou a aprender cido.
me receltou um remédio - sorriam- o catecismo e eu vi effectivamente - e Papa?>, •• continuou ele.
se e receitavam-me paciencia. • •• que elle ia melhorando rjpida e - e Que queres, meu filho? • •
Por ultimo fui a um especialista sensi velmente. Reparei nisto. Via - e PapA, queria ainda pedir-lhe
,francez que disse corno os outros, este esplrito a desenvotver-se, esse urna colsa •.
que nào tinha cura, mas que fosse pequenino coraçào a combater-se, Eu bem via que ele me queria
la estar urna temporada, que com esse caracter a adoçar- s,, a tornar- pedlr alguma coisa e bem sabia
umas injecçOes me faria' desaparecer se docil, respeitoso e affectuoso. o que era. e (nao sei se deva con-
o mal por algum tempo e me darla Eu admirava esse trabalho que a fessai o) tlnha mèdo. Tive a fraque-
o nome da doença. Nào fui, visto razao nao opéra nos homens, e a za de querer aproveitar as suas he-
que ele foi franco e mr. disse que creança que eu amava menos ia-se- sìtaçOes.
s6 por algum tempo suavisarla o me tornando a mais querida. Ao - e Vae-te, lhe disse eu, que ago-
mal. Vlm para casa desanimada e mesmo tempo ia eu fazendo graves ra tenho que fazer. Logo ou ama-
chorava, e entao eu e miohas filhas reflexOes sObre. esta maravilha. nha me diras o que queres e, se tua
começamos a fazer urna novena a Puz. me a escutar a liçao de cate- mae concordar, eu t'o farei.
Nossa Senhora do Rosario da Fati- cismo. e ao escutal-a ia comparando A pobre creança, cheia de confu-
ma com a da confissào e comunMo, com o meu curso de phltosophia e sao. nao teve coragem, e depols de
fazenda eu uso da agua que brotou de moral. Confrontava este ·ensino me ter abràçado mais urna vez, re-
do locai onde houve as apariçoes de com a moral cuja P.ratica eu tinha ti rou-se desconsolado para um pe-
Nossa Senhora. A' segunda vez, ja observado no mund e, ai, sem ter queno quarto onde dormia.
senti alivlos grandes, jé\ dormi quasi podldo eu mesmo preservar me dela. Tlve pena do desgosto que lhe
toda a noite, quando até ali, nao O problema do bem e do mal, de . causei e sobretudo dos motivos. Se-
podia sequer cerrar os olhos, devi- que eu queria afastar os olhos por gui a pobre creança pé ante pét afim
do aos frenezins e dOres insuporta- incapacldade para o resolver, apre- de a consot;tr com alj:?uma caricla se
veis I Continuei a fazer uso da agua, sentava-se- me com urna luz terrivel. • eia estivesse multo afticta.
e passado um mez, os golpes tapa- Fazia perguntas ao pequerì'O e es- Estava de joelhos deante de uma
ram-se, e as maos abria-as comple- te dava, me respostas que me esma- lmagem da Santissima Vlrgem e re-
tamente. Hdje, de quando em quan- gavam. Sentia que seria vergonhosa zava com toda a sua alma.
do, ainda se me a\;rem uns golp,s e culpavel qualquer objecçao que Yla, a sem eia dar por isso, por
,mais benignos, ma§ assim que os lhe fizesse. Minha mulher observava entre a porta semi-aberta. Ah ! Eu


Voz da Fatima.
,.
vos afianço que nesse dia fiquel fa- oraçllo para obter a conversao desse D. Maria Joanna Castro • . 10:000
zenda uma ideia do efeito que p6de pecador e celebrou o Santo Sacrificio D. Maria Rosa Vieira de Cas-
produzlr em n6s a aparìçao de um por esta intençllo. tro . . • • • • . . • • 10:000
anjo I Foi neçe~s~rio um grande esforço D. Picdade de Jesus Baux • r 3:000
Fui sentar-me a secretaria, com a de memoria e muito tempo para que ·ne jornacs donativos e per-
cabeça entre 11s mllos, quAsl a cho- o servo depois de acordar e es- cenu,gens (O. Maria das
rar. Quando levan1ei os olhos, o meu fregar os olhos se explicaase corno Déìrcs) . . • . • • • • 275:000
querido filho estava deante de mim é que se encontrava em tal cama. Idem (Francisco dc Lencas-
com a figura animada de temor, de Ah I que vergonha, que arrepen- tre) • . • . • • . • • 114:000
resoluçao e de omor. dimento ele sente I E que tenha sido Ouque;za de Palmela • . . 100:000
- e Papa, me dlz ele, aquilo que o seu patrào quem o tenha encon- D. Ma ria Am elia P ereira 10:000
eu lhe quero pedir nao p6de adiar- . trado e !evado naquele estado! Oh I Cli maco. . • . • . • • r 0:000
se e a mae achal· O· ha bom. E' que que vergonha e que, remorsos I Manuel Victor F. Dias. . • 10:000
no dia da minha primeira comunhao O creado entrou no gabinete de D. Sophia Regalao • . • • 20:000
o papA venha comigo A Santa Co- trabalho onde o Bispo estava a es- Dr. T ornas Gabricl Ribdro. 10:000
munhào. Faça· n1e isto, papa. Faça crever. D. Balbina Alvares Rubifios
isto por Deus que é tllo seu amigo I Lança- se a seus pés, implorando de Oominguez • • . • • 10:000
Ah I Desta vez nAo ousei dlscutir com l~grimas, o perdao. E' a Deus Baroncza de Zamora Correia 20:000
contra esse grande Deus que assim que deves pedir perdào, desgraçadol Monsenhor Francisco d'As-
me chamava. A chorar apertei o meu - respondeu o santo. sis Ribeiro Costa . . . • 10:000
filho contra o coraç!o. Quanto a mim, perd0o-te de boa D. Mariana dc Jcsus Mendes
- e Sim, sim, lhe disse eu, sim, vontade, com a condiçào de te emen- Martins. • • . • • • • 10:ooG
meu filho eu te farei Isso. Quando dares I ••• Christiano G. Mendes. • • 10:000
tu quizeres, hoje mesmo tu me leva- Apesar do proverbio de que quem D. Monica de Oliveira Cor-
ras pela mao ao teu confessor e lhe bebe, continuard a beber, o creado reia • • • • • . • • • 10:000
dlrAs: estA aqui o meu pai•. jurou emendar se e cumpriu a sua D. Filomena Paiva d'Almei•
palavra. A bondade quési incom- da e Cunha • • • • • , 10:000
prehensivel do patrao converteu o Donativos (O. Maria de J.
Abrigo para os doentes creado. Borges Vieira) • • • • • 11 :ooo
D. Filomena O. Fragoso. • 10:000
peregrinos da Fatima D. Maria Barbosa Clemente 20:000
Voz da Fatima D. Gertrudes da Silva Santos 10:000
D. Maria Martiniana da Cos•
Transporte • • • • 1.164:500 De•pezaa
Maria Perelra •••••• 5:000 ta • • • , • • • • • • I 0:000
Urna filha de Maria •• 25:000 Transporte. • . • . • 32:504.420 D. Julia Vieira de Castro. • 10:000
--- lmpressiio do n. 0 35 n..Maria Delfina COrte Real ro:ooo
Soma ••• 1.194:500 {24:000 exemplares). • 552.000 D. Julia Borges Aguiar • • 10:000
Expedi~ao e outras dcs- Madame Margucrittc Lcguin t0:ooo
pezas • • • • • • • 95.000 D. Maria Candida. • • . • 10:000
Hmo e creado -33:151
- --420 D. Maria da Conceiçlio Pi-
nheiro • • • • • • • • 10:000
O Santo Bispo de Genova, S. Sub•orlpqAo D. Maria José Pestana Jordao 10:000,
Francisco de Sales, tinha um crea- • (Continueçtio) D. Adelaide Joaquim dos
do que, ao lado de algumas grandes Joao José da Encarnaçao •• 101000 Santos. • • • • • • , • • 10:000
qualldades tinha um grande defeito. Antonio Pereira de Lacerda 10:000 D. Maria Izabcl Monteiro
O desgraçado roubava o vlnho do D. Maria Amelia Costcira • 10:000 Reinas. • • • , • • • • , 30:000·
patrio e bebla até se embriagar I ••• D. Albertina d' Albuquerque 15:000 D. Olinda Godinho Reis. • 10:006
Este estado de colsas, porém, nlo D. Maria da Conceiçao Tei· D. Rosa Vasconcclos Baptista 10:000
podia continuar, sobretudo no Paço xeira • • • • • • • . . • 10:000 D. Virginia Campos • . • • 10:000
Eplscopal, cojo dono era um santo. n. Maria das DOres Freitas. 10:000 O. Maria Candida Serra, • 10:000·
A11 admoesfa\è>es caridosas, 11everas, Manuel Pinhal . • • • • • • 10:000 Francisco Pcreira Espiga. • 10:000
ameaçadoras nào faltavam, mas tudo Dr. Bonifacio da Silva , •• 10:000 Francisco Mufioz • , • • • 10:000·
, em vao. p,e Marceliano Natario .•• 10:000 Autonio R. Pctronilho. • • 10:000
O santo ordenou que toda11 as be- Manuel Lucio d'Andrade•• 10:000 D. Maria Christina H. Batis-
bldas estlvessem fechadas 4 chave, Donativos (O. Celeste Mt de ta Barata • • • • • • • • 10:000
para nao fornecer a esse servo fraco Souza). • • • . • • • • • 10:000 D. Maria do Ceu Batista Ba-
occasl!o da tenta(Ao para roubar D. Maria dos Anjos Tavares rata Isaac • • • • • • • 10:000
e embebedar· se, ofendendo a Oeus Portugal • . • • • . • 10:000 D. Anna Matos Moraes. • • 10:000
e dando escandalo. Urna noite du- D. Arminda Amaral • • • 10:000 D. Alçada Macedo. • • • • 20:000
rante a ora~ao em ccmum na Cape- D. Candida Amaral • • • • 10:000 D. Isaura Moraes Sih·a. • • 10:000·
la do Pa~o. o creado n!o podendo D. Candida Machado • • • 20:000 Faustino Jacinto da Costa • 10:000
resistir A paixllo, escapou-se por D. Maria Antonia de Mene- D. Maria da Assunçao Lucas 10:000
a
urna porta oculta, foi taberna onde zes • • • • • • • • • • 20:000 P.' H. Fernandes da Silva • 10:000
o misèravel btbeu até perder com- D. Maria de Lcurdes Tom- D. Maria do Carmo Martins
ptet2mente o julzo I pson • • • • . • • . • 10:000 Barats. • • • • • • • • • 10:000'
Foi a cambalear que, o ébrio, vol- D. Maria da Conceiçao Bet- N. B. - Falta publicar os nome~
tou so Pa~o Episcopal, que encon- tencourt Nogueira. . . 10:000 e quantias enviadas desde os princi..-
trou fechado é chave. P.e Antonio Correia Ferreira pios de Março.
Visto isto, deitou· se ali meEmo e da Motta • • • • . • • 20:000
Donativos (P.e A. C. Ferrei-
adormeceu.
Pouco depois, abria-se a porta e ra da Motta) . . • • . . 30:000 VOZ DA FATIMA
S. franciE-co de Sales fevantou con- D. Adelina Almeida. • • • 10:ooe
forme poude o seu creado neste mi- D. Clementina ~a Cunha Es- Eate jornalzlnho, q u •
serando estado. U conseguiu le- teves • . • • . . • . . 10:000 wae •endo tAo querido e
vai- o para o seu proprio quarto e D. Maria do Patrocinio da proourado, é di•trlhuido
deltou-o, meEmo vestido, na sua ca- Cunha Mas~renhas. 10:000 grstuitamente em FéUm•
ma. E' de ce1 to um traço de bonda- D. Gracinda dt Souza , 10:000 no• di•• 13 de cada m6a.
de excusi\:émtnte rara. Era precisa Leonardo Palhinha'. • . . 10:000 Quem quize .. teP o di-
a sant,dade do patrAo para tratar Dr. Alberto Carneiro de reito de o raoeber dire-
assim um lai creado. Este dormiu e Me~quita .' . • . • • . 10:000 otamente pelo e or re i o,
resonou na eama do Prelado até P.' José Rodri#?ues BaJroca. 10:000 tera de enviarl adeant••
que o s<:l da manllD o veio scordar. P.• Manuel d•Almeida Pi- damente, o 111 11 i m o de
S. f rancisco pa11ou a noile ein. mcirol • • • • • • • • 10:000 d.. 11111 rélà\
,

.r Ano IV N.• 87

(COM APROVAç.À.Ò ECLESI.A'.STJCA)


Dlreo-tor, Proprie-tarlo e Editor .cbuh:lla-tradors PADRE M. PE,REJRA DA SILVA
OOUTOR MANUEL MARQUF..S DOS SANTOS ltBDAcçAO E ADMJNISTRAçAO
:RU:A. D. NUNO .ALVARES PERE~R.A
Cocnposto o impresso na Imprensa ~omercial, , Sé - Leiria (BSATO NONO DI!: SANTA MARIA)

flei s, nao legitimamente impedidos, a


13 de Setemliro ouvir missa aos domingos e dias
santos de guarda.
Trez iinos
1
eoo
A ultima missa, aplicada corno de Faz hoje trtz anos que saiu a
costume, pelos enfe,mos e de mais publico o 1." numero tlo nosso
STE ano o dia treze de pereJ!rinos, começou ao melo-dia so-- jomoltinho, tie que até ogora ~e
Setembro ocorreu num lar, depois de ter sido conduzida a
~'---:'-:="'=-' Domingo. estAtua da Santissima VJrgem prer. tem feilo urna tiragem totv/ de
Por esse motivo toda cessionalmente da capéla das apari- cerca de quinhentos mii - rnl'io
a genie supunha que a çOes para o pavilhto dos doentes. milhào - ae exempiares. Mais de
concorrencia de fieis ao Na falla do rev_ dr. Marques dos quatrocentos mii tetm sido des-
locai das apariçoes ~erla Santos, director dos servitas, que tnbuidos gratuitamente. Apesar
extraordlnarismenle su- foi em peregrinaçao aos logares $an-
a
perior do mesmo dia tos, dirigia o se,vi<,o de ora(6es e a'isso, tsperamos que a tirogem,
nos anos precedentes. Nào sucedeu de contic.os, o rev. Joao Nunes Per- que sucessivamente foi passando
porem assim, merce d~s festividades relr11, p~roco da freguezaa de Pedros. de seis mii, a dez, a quinze, a
1ellglasas que se reallsaram nesse de Torres Novas, que desempenhou vinte, a trinta e ate a cincoenta
dia em multas freguezias circumvlzi- as suas funçOes de capelao director mii, ·1'à subindo, continuando a
nhas e mesmo algumas distantes, dos servitas, substituto, com um
c,ue coslumam fornecer um contlgcn• zelo inexcedlvel e com tocanle pie-
despertar em muitas almas sen-
te elevado de romeiros para as pere- dade. . limentos de amor a Nossa Se-
grinaçoes a fa lima, e mere! tambem Entre os diferenfes grupos orga- nhora e a /eva/-as ,t imitaçOo das
da proxlmldade do dia treze de Ou- nisados de peregrinos merece espe- saas virtudes.
tubro, mez da peregrinaçao naclonal, cial referencia o grupo dos fllhos de
em que numerosos fieis se preparam Mari~ de Bemfics (Lisb6a), que se
para tornar parte, deixando por esse apresentaram com urna correcçao e
facto de ira f atima nos mezes ante- compostura impecavels e deram o
dores. exemplo de urna piedade profunda •Ex.mo e Rev,cr.0 Sr.
Comtudo, durante esse dia deviam e encantadora.
ter vlsitado o locai das apariç6et1 al- Os enfermos eram muilo numero- Para gloria de Nossa St nhora do
guns mllhares de pessOas, embora sos. Ascendiam a umas poucas de Rosério da Fatima, desejo tornar co-
nao tantas como no mez de junho, centenas. Junto da capéla das missas nhecldo um grande mllagre que co-
dia da festividade anual em honra estavam deltados em macas alguns "!igo se d~u. e por isso venho pe-
do pad'roelro da respectiva fregue- cujo estado era mais grave. dar a V. Ex.a Rev.ma a publicaçao no
zla, o glorio5o thaumaturgo Santo A bençao dos doentes fol, corno jornal a. voz da Fdtlma de que 9uero
Antonio de LisbOa. sempre, o espect~culo mais Impres- ser ass1gnan1e.
sionante daquele dia, Eslando doente ha quatro anos e
Ao nascer do sol, o rev. Joiio Nu- tratando· me com médiR't'§ de veriÌa ..
nes ferreira cel11brou a primeira mis- Ooentes e peregrlnos choravam ,
de comoçao. A fé de lodos, em Jesus deiro nome, nAo consegui de f6rma
sa. a que assistiram, recebendo o alguma alivios para a mlnha doença
Pio dus Anjos com vlsivels sentl- presente na Hostia Santa era viva e
lntens~, expandindo-se em aspira- e chegueì a ter por eles um verda-
timentos de piedade, os servitas de deiro horror, nao,podendo de forma
Torres Novas e os escoleiros de çOes vehementes de amor e em su-
pllcas tocantes. alguma encarar com pessòas de phar-
Lelrla.
Depols da bençao aerai, a est~tua m~cla, drogarlas e hospitaes, pois
Ao contrario do que sucedeu nos da Santissima Virgtm foi reconduzi- todo o meu horror era pelo desin-
mezes anlerJores, poucos sacerdote&
da com a mesma solemnldadc para fectante o subtimado. A minha doen-
se tinham inscrlpto para celebrar a a capéla das apariç.òe!I. ça - uma neurastenia muito adean-
santa missa nos aHares lclo pavllhao Começou enlAo a debandada ge· tadn - me prohibia o contacto com·
dos doentes. ral dos peregrinos. Ouas horas mals qu~alquer pessòa ùe famiUa, pois 0
A escassez do clero, conjugada tarde erarn raras as _pessOas que es- me~o que lhes tornei foi horroroso•.
com o dever que incumbe aos p:iro• tacfonavam naquele logar sagrndo dev1do a que a111es de ser operada
cos de celebrar aos domingos nas rezando as sua_s ora(Oes ou talvez eu u!lava o dito sublimado. D,ahi o
auas egrejas paroqulaes, expllc,1 o présas pelo erlcanto suavlssimo que meu ~rande martirio, pois nllo podia
dimiouto numero de mlssas que hou- atrahe tanfas alrnas, tlas melhores de f6rma alguma vèr, ou mesmo re-
ve nesse dia em f ~tima, apesar de que ha em Portugal, d estancia dos ceber correspondencìa dela.
eer domingo, nao se tendo podido mysterios e dos prodlgios, a terra Por flm o horror ·ia-se apoderan-
satisfazer, corno era para desejar, b bemdlta de fa lima. • d~ de mim cada vez mais, que de
conveniencias e comodldade doa p~ ) mini propria tomei tal mèdo que
rearin01, obrJgados, corno toooa oa V. de M. bastava eu pensa, que me encoJtava
'
\
...
da Fa'tfme

a qualqtafr colsa, para me lr lavar, e ,Ex.mo e Rev.010 Sr. Passada a comoçio, assisti até ao
mesmo vestida, quantas vezes me Venho partlclpar-lhe um grande fim de ..todas- as certm6nlas. E ao le-
viessem essas colaaa é imaglnaçlo, rnllagre que Nossa Senhora do Ro- vantar-me reconhecl que estava cu-
chegando tanto de Inverno corno de sérlo da f4tlma se dlgnou realisar rada I Os ganglios tlnham desapare-
verAo a deitar· me, corno se costu- nesta sua humilde serva. A<;ioeci cido por completo I E pude regres-
ma dlzer, n'um plnto, nunca me llm• com li?rlpe pneum6nica em dezembro sar ao carro que nos havla condu-
pando, aecando a agua com o tem- de 1921. Estive quatro mezes de ca- zido, sem ser amparada e s·em sen-
po. Pess0a de familia para onde, em ma, mas fiquei ainda bastante doen- tir d0r alguma, tendo-me alimentado
tempos, eu, meu marido e filho, iamos te com as consequenclas daquele de todas as provis0es, com admtra-
passar algum tem~o antes d'esta mi· mal - fraqueza no pulmao direito, çao de todas as pess0as que me
nha doença, tanto me pediu para que espasmos cardlacos, etc. Tratei-me acompanhavam e sem nada me fa.
a
a acompanhasse F4tima, onde eia j4 com vArlos médicoa. F0ram-me apli- zer mal. Estava realizado o milagre r
tlnha feito por mim umas promessas, cadas muitas pontas de fogo e mui- Bemdlta, mli vezes bemdita seja a
que eu resolvl salr de LisbOa e segwi tas lnjecçlJes, até de tuberculina. Em Virgem Nossa Senhora do Rosario
entAo, acompanhada por eta e meu 1923 reconheceu o médico que, além da- Fatima. fiz a novena de acçAo
marldo, a Nossa Senhora do RosArlo das outfas doenças, tinha urna in- de graças, continuando a beber da
da F4tlma, por quem jt antes tinha terc6lite muco• membrano~a m u i t o agua da Fatir,na, e passados alguns
urna grande devoçao, pedlr-lhe para adiantada. Em Malo de 1924 come- dias, deixei de fazer o tratamento
que me aliviasse da minha terrivel cel a sentir d0res fortissimas no ven- dos lntestinos. Tambem estava cu-
doenç-a. Qual nAo fol o meu espanto tre, sobre f,lJdO no lado direito. O rada dessa doença t A li mento- me de
quando, ao entrar no alpendre da tudo e nada me faz mal ; trabalho,
I capellnha, onde pa,sel verdadeiros
médico diagnostlcou apendicite e
e sinto-me com a melhor suide. '
del entrada no hospilal de D. Este-
horrores, eu vejo urna senhora que fania em Llsbòa, para ser operada. Quando estava doente, pesava 34
andava com um frasco de remédio Sujeita a urna junta médica, o sr. quilos, e actualmente peso 64.
para tratar quatquer doente. fiquei dr. Monjardino reconheceu que nao Quando, um mez depois do meu
corno doida, chorando e f uglndo para era apendlcite, mas sim ganglios de , regresso, relate! ao meu médico as-
outros lados onde a nao pudesse manlfestaçAo tuberculosa em v4rios sistente em Lisb0a, tudo o que me
ver, nem mesmo plsar o terreno que pontos do ventre, e sobretudo no havla sucedido, disse me: cSiqi, s6
essa aenhora tinha plsado. Qual nao apendice e vlrilha dlrelta, a ponto de um mllagre podia produzir os efeitos
fol o meu espanto quando, passado nio poder andar. Enfim, para resu- que eu reconheço na Senhora.• Pe-
pouco mars de bora e mela, come- mlr, durante trez anos sofrl horroro- na é que se recuse a passar atesta-
çava a sentir pela dita senhora urna samente, e o meu estado de fraque- dos. Tlnha ao temP,o da cura 25
afelcao tao grande, que o meu de- za era tal, que nao me podla ter em anos e jli era casada,. residindo ago-
sejo era abraça-h1 ali mesmo e con• pé. O fasrio era e11orme, tinha hor- ra na vlla de Almada.
tar-lhe os sofclmentos que me fez ror a comida, e so me alimentava Tenciono ir no dia 13 de outubro
passar, sem culpa alguma, é verdade! com chi de casca de limao e algu- do corrente ano A f atlma agradecer
Acabando as minhas oraç0es a ma tiolacha. Sabendo que nao me a Nossa Senhora a sua J!raça ex-
Nossa Senhora do Ros!rio da Pati- tlnha sldo feita a operaçAo por causa · traordinarla e multo desejava que
ma, encaminhet- me para o carro que dos ganglios tuberculosos, vi-me esta noticia vlesse publlcada na Yoz
me devia trazer para Leirla, para re- perdlda. Ja de ha multo recorria a da Fdtlma que se ha -de distribuir
gressar a Lisbòa. No mesmo carro Nossa Senhora da Fatima. Mas o naquele dia. Bemdlto seja Deu, e a
seguiam dois amigos do meu mari- meu desejo e a minha fé era ir a Santissima Virgem Nossa Senhora
do, que ha muito se nllo viam, e co- esse l11gar abendiçoado, onde No11Sa do RoaArlo da Fatima I
meçararn contando alguns milagres Senhora se dignou aparecer. J.i em Sua humilde serva
de Nossa Senhora. · 1923, quando estive na Piedade, de Maria da Conctlç/Jo Calado
Quem havia de dizer que desta Alcobaça, a fazer tratamento aos in-
vez era eu a contemplada com urna testinos, procure i ir ali, mas fol· me Almada, 13 de Agosto de 1925.
graça de Nossa Senhora I Assim che- lmpossivel. Em 1924, no estado afll-
tivo e de!enganaoo em que me tn• ,Ex.mo e Rev.mo Coléga
guei a Lisb6a I Em minha casa qual
fol a mlnha alegrla ao poder desde contrava, s6 linha um pensamento, Reconheço a letra e a assinatura
logo abraçar meu querido fllho e um desejo - lr il Fatima. Consegui da carta que val junta. E confirmo
abraçar a todos, por quem eu tinha esta mlnha asplraçao no dia 13 de tudo o que nela se relata sòbre o
antes um vcrdadelro horror. Outubro de 1924. Preparel -me o me- estado anterior e posterlor 4 ida 4
Passei urna nolte calma e bem dis- lhor que pude, na véspera, com a fa lima, em • 13 de outubro de 1924,
so
posta pensando no grande mila- santa conflssao. Cheguei 4 Fatima
na manhil do venturoso dia J.3 Fui
da si,natArla, minha paroquiana.
gre com que N. S. do Ros4rio da Fati- De V. Rev.'" 1 , etc.
ma me tinha contempla do. De manhA para o recinto dos doentes ampara-
mando chamar minha irmA e al~u- da por duas amlgas - as sr.89 D. P.c, Anetlo Firmino da Si/va
mas pessòas da mlnha rnaior amisa- Engracia d' As,umpçllo Covas e D. (Prior de Almada}
de e todas pasrnavam ao ver a trans- Virginia da Nazaré Lopes, das Cal-
das da Ralnha. Rec,bl a Nosso Se- ' 13/8/925.
formaçAo op~da em mlm, pois a •
to(las beijei e·ltiracel. fol ùma gran- nhor pelas 8 horas da manha, e ali cRev.mo Sr.
de alegria na minha casai o mesmo fiquei até ao fim de todas as ceri-
sucedendo com toda a mlnha fami- 4 rimonlas. Quando a Bemdlta Jmagem Tambem eu, parochiana de Ser-
Ila a quem imeliiatamente partlcipei. de Nossa Senhora passou junto de nache do Bornjardlm, quero tornar
mlm para a Capéla onde se celebram bem conhecida a graça que a Vir-
NAo posso c)e f6rm11 al"uma tornar gem do Rosario da Fatima me con-
mais tempo a V. Ex.• Rev.a1•, e por as inissas, senti um ardente 'desejo
de me precipitar sobre Eia a implo- cedeu e por isso peço a carldade da
isso venho pedu a fineza de que es- publicaçao. Ha annos que, segundo
tas mlnhas letras venham publicadas rar- lhe a grande graça da minha
cura. Orei muito, chorei muito, e ti- opini:io do médico, so!ri de urna te-
no nosso jornal a Voz da Fdtlma. nha urna grande fé. E a Santissima sAo, e com tanta dificulda~e caml-
E<lquecìa•me 011rticlpar que a mi- Vlrgem dignou-se atender as minhas nhava que a muito cu.:ito conseguia
nha i,Ja foi em 13 de lulho, e espefo pobres supllcas. Quando se deu a • vencer 1:500 metros para cumprlmen- .
. ir novamente em 13 lle Setembro bençao do Santissimo aos enfermos, to do p1eceito da audlçilo da santa
(14 estiveram efectivamente) A a~ra- nem de joelhos podia estar. Curvada Missa. Foi•me prohibido todo o tra- '
decer a Nos~a Senhora do Rosi\rio, no chAo, continuava com as minhas balho. pois o menor esforço rne fa-
levando, é ctaro, urna pequena es- ardentes suplleas. E quando recebl tlgava. Muitas vezes cahla sem sen-
mola para as obras em construçao. a bençao do Santissimo Sacrarpento tldos, ficando banhada em su6r. De-
~
Sem m,is, crela-me etC'. senti tal comoçao, que cai desfale- sanlmada, fiz a promessa, se melho-
clda sobre urna das minhas amlgas rasse, de ir a pé A Cova da Irta
Elisa Rosa Morats \ ( a sr.• D. Engraci~ ) que estava ao · agradecer é Santissima Virgem. De-
Rus S. Vicentl', n.0 12, .f. 0 '-lisb0a.• meu lado direlto• corriam os mezes e nAo aentla 1me-
..
,,
lhoras algumas. O mez de abrll pas- Uma das mlnhas religlosas sofria Pez isso umas quatro vezes e, depols
sado foi para mlm um mez de sofri• havla anos, duma ulcera no estoma- da pequenUa estar a dormir, poz-Jhe
mento atroz, mas de de~espero, nun- go, que a delxava por vezes ou quasi em cima da palpebra um pouco de
ca. sempre imposslbilltada de cumprlr terra do mesmo lugar bemdito. No
Confiada no poder da Virgem da seus deveres. Lembrel· me de retor- dia seguinte de manha, ji se estava
rer a Nossa Senhora da Fatima pe- preparando para ir ao médico, mas
Fatima comecel uma novena, durante
a qual, todos os dlas, com grande dindo- lhe a sua cura. Para isso, de- qual nlo foi a sua alegria, quando
..
difièuldade, la ~ Sagrada Meza, para pois de ter obtido agua da mesma vlu que a pequenlna estava perfeita•
obter as melhoras desejadas. A 13 Senhora, prlncipiel com a dita refi. mente curada.
de Malo lria agradecer a ~antissima glosa, urna novena, que por acaso Comigo tambem se teem dado af-
Vlrgem a graça que tlnha a certeza velo a terminar no dia 13 de Março. guns casos em que Nossa Senhora
me seria concedida. Mlnha famllia Durante eia continuaram as dOres me tem prestado o seu !mediato au-
ficou multo aprehensiva quando lhe costumadas, porém a oossa Fé nao xiJio. Sendo eu multo doente e su-
manlfestei o desejo de cumprlr a dlmlnuiu. Cada dia dava 4 paciente' jelta a afliçOes recorro a Santissima
promessa. Contra sua vontade sai algumas gOtas da 4gua mllagrosa, Virgem da Fatima que me allvia
de casa a 11 de Maio, andel 82 ki- fazenda preceder as nossas suplicas, imedlatamente.
16metros. Passei toda a noite de 12 a esta santa medicina. Seja sempre Bemdlta e Amada a
para 13 ne lgrej<t Matriz da F4tlma No dia ultimo (13 de Março) da nossa querida, divina e dOce Mfte
e, terminados os actos religlosos, di- novena, servi, a refeiçllo prlnclpal, a e Ralnha. '
rigi-me aò Jugar das apparlçoes a nossa enferma, de tudo que havla AureUa Val do Rio,. Henriqaes•
agradecer 4 Santissim~ Virgem, pois -na mésa, e eia se alimeotou corno
nao sentla a menor facliga, quando qualquer outra das religidsas.
pessOas de satide estavam extenua-
das. Os ataques desapareceram, tra•
Segundo o costume, passados ins-
tantes, ou urna bora e tanto, prlnci-
Agua da Fatima
balho sem dlficuldade e nao me cus- plou a sentir dOres violentas que Quem a qulzer obter poderA dt-
ta caminhar. qu4sl a obrigavam a abandonar os rlalr-se a José d'Almeida Lopes -
Perdoe-me o tempo e espaço que seus trabalhos. Quando se dlspunha Fatima - Vila Nova de Ourem, que
lhe tome!, acredltando na gratidAo a procurar algum allvio, lembrou-se de boamente se presta a esse servi-
com que sou que era justamente esse dia o ulti- c;o visto que a admlnisfraçlo da Vo.z
De V. Rev.m•, etc. mo da Novena e que talvez fOssem d• Fatima nao p6de tornar tal en-
Uma paroquialla de Sèrnache essas d6res as ultimas. Voltou para cargo.
do Bomjardim•
o seu trabalho, dìrlgindo todavla o Posto que a 4gua seja gratuita, é
seu pensamento até junto de Nossa necess4rio fazer conta com o reci-
Senhora e Interiormente lhe disse: piente, caixa de madeira onde se
•Aréga, 20 de Setembro de 1925.
«Mlnha M4e SS., apezar de todas acondlcione e o correlo, o que tudo~
Rev.mo Sr. as d6res que sofro, sei que me po- nlio fica tlo barato corno a algumas
Manoel Martins Mano, casado, sa- deis curar; nllo vou tomar rernédlo pessOas podera parecer.
cristAo da Egreja de Aréga, Conce- oleum e d notte tornarti a alimen-
lho de flgueiro dos Vinhos, venho tar-me como as outras religlosas.
comunicar a V. Ex.• urna graça que·
eu mesmo recebi de Nossa Senhora
Vos ludo podeis ! I I Se qutreis• •• •
Oesde esse instante até hoje nAo
Todos os dlas
do Rosé\rlo da F.étlma. Fol o seguinte: teve mais as dOres costumadas e Sobretudo depois das aparlçOes
continua bem. /
Em 1910 tive urna grave enfermlda- de Lourdes e da Fatima olo deve-
de no fim da qual fi'1uel surdo por Honra pois a Deus Nosso Senhor, ria haver nem um christao que paI-
algum tempo, mas depois melhorei. e lnflndas graças A SS. Vlrgem da sa11e um so dia sem recitar d~vota-
Em 1914 tlve outra enfermldade e F!tima por todoa os favores rectbi- mente o seu terço. Esta devoçfto tem
no fim flquel, desde entào, surdo até do1. por flm louvar a Santissima Trinda-
agora. Muitas vezes ajudava 4 Missa E. de; honrar o filho de Deus pelas ..
com grande sacrificio por nlo ou- conslderac;Oes elevadas e piedosas
cLlsboa, 29/6/925-Rua Angra do
vlr as palavras do Sacerdote. Muitaa Herolsmo, 2.
sOb re os nossos santos mysterios e
vezes estavam a fatar comlgo e eu d'urna manelra especial a Santis-
nao compreendla o que se dlzla. R_ev.mo e Ex.m• Sr. sima Virgem. Na recitaçAo do terço
Agora, em Maio, fOram ! f4tima pes- Desejando contribuir quanto posso encontramoa o segredo de bem orar,
sOas da mlnha famllla e trouxéram- para a glorla de Nossa Senhora, o melo de bem viver, a esperança
me urna garrafinha da 4gua mlfagro- passo a relatar o seguiate facto: Uma de bem morrer e a partlcipaçAo em
sa. Apllquei· a aos ouvidos, e, ao raparlguinha mlnha coqhecida cha-· oumerosas lndulgencias.
mesmo tempo, rezei trez Avé-Marlas mada Oeollnda d' Assurripçao Tava- Por ele se obtem a conservaçlo
A santa pureza de Nossa Senhora res, moradora na Avenida Almirante e augmento da pledade entre os
· com as jaculat6rias: O' Maria con- Reis, I 01, 4. 0 , tem uma filhlnha de fieis, a victoria sObre o demonio e
~eblda sem ptcado, roeae por nos, dols anos, que ha talvez pouco mais sObre as nossas palxOes, a conver-
11ue recorremos a Vas. Nao foi pre- ou marns um mez apareceu com um sao dos herejes e dos pecadores.
ciso mais nada ; desapareceu com- olha lnflamado, e ao quinto dia, co- Devemos rezal • o com fé, com
pletamente a doença, flcando a ou- · rno se se tlvesse agravado, a mie le- respelto, conHança e amor, e alnda
vlr perfeitamente. vou•a a uma pharmacia cujo dono com.. a intençao de obter os fructos
AKora por caridade, peço-lhe o tem o curso superlor de pharmacla d8i Santo Ros4rlo.
favor de anunciar no pr6xlmo mbs.. e o de bacteriologia do lnstltuto Asalm teem feito tantos santos. S.
esta graça na Voz da Fatima para Camara Pestana, na A venlda Almi- Carlos Borromeu, S. Vicente de Pau-
honra e gloria de Deus e Maria rante Rels, 76, B. Receitou lhe uma lo, S. Francisco Xavler, S. Francisco
Santissima, edlflcaçao e salvaçao das pomada para usar durante dois dias de Sales e tantos outros nllo passa-
alrttas. e, se nao m~lhorasse no fim déase vam um a6 dia sem o recitar, quaea-
De V. etc. tratamento, tfnha de consultar um quer que ft>ssem as suas ocupaçOe1.
Humilde servo em Jesus Cristo especlalista. A màe ao sétimo dia Fellzmente est a santa devoçllo
levou- a . outra vez ao mesmo phar- vae- se generallsando e nlo é fa cii
Manuel Martln.s Mano maceulico, que conttatou com alar- )' encontrar uma familia regularmen•
me, que o mal Unha degenerado nu- te piedosa onde se n!o recite em
~sr. Redactor ma ulcera, e mandou-a !mediatamen- comum, principalmente A noite, ha•
A Superiora duma comunidade re- te para o especlallsta. A pobre mlle vendo freguesias na nossa dlocese
ligiosa portugueza, actualmente re- doida de afllçOes, foi para casa por- onde qubl nAo ha urna casa onde
sidente , em Espanha envia urna P.e- que era tarde, com tençllo de a le- se nAo reze, sobretudo nos tempos
quenél esmola para Nossa Senhora var no dia segulnle ao médico. Cqn- de menos trabalho, no inverno, ln-
da F4tima e pede para publicar o tudo lembrou-se de lhe lavar o olhl· cluindo este més de outubro, més
-3eguinte: nho com ,gua da Nossa Senhora. - 'do Santo Rosario. ·

)
Um enconfro Tambem nAo fazem sentido as de·
voçòes de algumas senhoras que as
O. Ermelinda Homem de
Gouveia e Souza • • • 10:000

entre tluas jouens vezes aparecem vestidas despudo·


radamente, respirando sensuafidade
por todos os p6ros. Melbor fOra que
D. Matilde Alzira de Souza
Nobrega • • • • • • • • •
D. Maria Cariata Chagas . .
10:000
10:000
- Onde vas tao cedo ? ficassem em casa. O. Elvira Barbara Vieira •• ro:ooo
.. - A' Missa e comunhao. Nao é o tenue manto de urna de- Manuel Viegas Facada. • • 10:000
- Eu ca comungo urna vez por voçao postlça (que a ntnguem enga· Joao Lourenço Gomes dos
mes e parece- me que chega. na) que tmpede que se lhes descu· Santos. . . . • • . • • . 10:000
- Parece que nao tens fé I bra, logo a primeira vista, toda a po· Antonio Scrras . • • • • •• 10:000
- O qué? breza d'urna alma, no melhor dos Cus~6dio Sento . • • • •• 10:000
- Enrao olha ca : O que é a Eu- casos, inteiramente frivola. D. Bernardina Mascarenhas 10:000
charislia ? \ , Que em vez de expiar nao..vamos D. Laura da C. Martins •• 10:000
- E' bOa I . • • E' o Sacramento alnda provocar o castigo de Oeus D. Emereociana Galvao •• 10:000
ooae esta Nosso Senhor Jesus Chrls- sbbre n6s e sObre a nossa patria e D. Maria da Luz Bentp •• 10:000
to t<>do. • estancar as graças de Nossa Senhora. D. Joaquina da Conceiçao
- E tu acreditas isso? Ribeiro . • • • . • • •• 10:000
- Oltia que pergunta r p,e Joaquim de Laccrda •• 10:000
I - Pois se tens Jé. esta nlo é li ~'s Ol'tu·òes dos \e\tut"es O. Maria Santiago. . . • • 10:000
multo grande nem multo pratl~a por- A·s oraçO,s dos leltores recomen- Manuel da Polonia Bataltiei:.
\ que lhe fatta o amor. damos urna grande necessldade m~ , ro • . • • . . . • . • • 10:000
- Ora essa I fu amo a Nosso ral para que reine a paz em urna fa• D. Maria Cll!mente Alves
Senhor tanto como tu. milia. ' Pinto . . . . • • • • • • 10:000
- Nao me parece. O. Maria Izabel . • •••• 10:000
Comungarlas mais vezes se o amas- D. Msria José de Brito e Cu•
ses t Quando se tem amOr a alguma
pessOa nào se deseja tel-a o mais
ltenerar10 para a Fatima nha • . • ••••••••
Alberto Pereira • • • • • •
10:000
10:000
perto posslvel. abraçat- a quanto se Algumas pessOas de longe nos O. Candida dos Santos Serra 10:000
possa ••• como tu costumas fazer a pedem que indlqut:mos aqui o cami- Noci Tavares Bradn ha. • • 10:000
tua mie? nho a seguir para Fatima. D. Victoria de Avelar Gcorge 10:000
Entào porque na<f fazes isso a P6de tornar- se a linha de Oeste D. Adelaide Saldanha ••• 10:000
· Jesus que te convlda corno a mim e para a estaçào de Leiria que dista José Darreiros • . • •••• 10:000
aos outros fieis ? e Vlnde a mim to- da Fatima cèrca de vinte e cinco Ana Emilia Jeronyma • • • 10:000
do~. : • • éllz Ele. kllometros. F6ra dos mezes de ·malo D. Julia Marques • • • •• 10:oç><>
Sim. tens-lhe amor... uma vez por e outubro nao sera relativamente di- D. {)omingas Fernandes • • 10:000
mbt fictl alugar carro para f atima. D. MSTia Augusta Rodrigues 10:000
Quanto a mlm. desejaria comun- As pes~ò~s que preferirem seguir O. Rosa Correia Leite • • . 10:000
aar todos os dias porque sei que a llnha do Norte pòdem tirar bilhete D. Maria Gertrudes Bapti51ta
isto d4 g0sto a Jesus e ~ Santa para Chào de Maçb ou Caxarias, Hen riq ucs. • • • • • • • 10:000
J~reja. Sei que tenho necessidade que nAo dtvem distar muilo menos Alvaro P.edro Estevintfa •• 10:000
d•tsso para me conservar pura. Por que de Lei ria, se o.lo é que viio ago- Viscondessa de Camarate •• 10:000
isso comungo sempre alnda que nlo ra, corno nos dissèram, fazer um Bnroneza dc Pombeiro ••• 10:000
achasse gOsto sensivel nisso. apudeiro entre as duas èsta<;Oes, o Jorge Maria Bandeira de
Pensas tu que, se abraço todos qui_ encurtaria , distancta. Lima . . . . . . . . . .. 10:000
os dias de manha a minha mae, nlo D. Maria J Ienriquetn Maga•
tenho multo malor prazer em viver, lh8.cs . . • . • • • • • • • 301000,
pela comunhao, coraçao a coraçao, D. Matilde Barata ••••• 10:00<>
alma com alma, com aquele que me D. Emilia Barata • • • . • 10:000
deu a mlnha mAe, que me deu a sua, Oeepez•• P.e Sebastiao Rodrigucs dos
a Virgem Maria, que se da a si mes- Tra nspPrte. 31P 5 1.400 Santos • • • • • • • • • • 10:000
mo e que me promete o Ceu ?••• lmpresi;iio do n. 0 36 José Rodriguei; • • • . • • 10:000
(15:500 exemplares). 5 8 6 .500 Manuel da Costa l\lelicios. 10:000-
Expediçao e cutras des- Sara de Jesus Roque • . • 10:000
Joaquim da Silva Carvalho

o
Nunca sera demais insistir sObre
caracter de penilencia e expiaçAo
pezas • • • • • 95.000
--
33:832.900
Junior. • • ••••••••
D. Helena de Carvalno• • ••
10:00()'
10:000-
SubacPipqAo José Augusto Simoes Estevcs
que devem revestir todas as festas,
romarias e peregrinaçoes, sobretudo (<!ontinuaçao) D.LM;ri~ J~~;a· S~a·r;s· d;
0 10:oòo-

a fAtlma. D. Maria Noemi de Faria • 20:000 Gabed.o.•.••••••.•• -.


As curas e outras graças conce- D. Maria do Carmo Pcreira D. Balbina Maria de Carva-
dldas por Nossa Senhora teem 'J)or de Lacerda de Pena Iva. • 20:000 lho .• • ••• • , •.•••••
fim' chamar as almas as realidades P .• Joiio Lopes Gomes. • • 1o:o.oo
do nosso destino no mundo e 4 ne- D. Amelia Maria de Torres
ces&ldade de se santiflcarem. Santos • • • • . . • • • 10:000
Sào melos extraordinarlos de que D. Ouke Martins Pereira • 10:000
,e serve a Providencia para acordar
tantas conscienclas adormecidas que
O. Maria José d'Aguiar Leal
D. Bazelisa os Santos Va-
10:000

vlo passando a vida descuidosa- lerio. . • . • • • • • . • 10:000


mente, enleiadas na fascinaçào dos D. Maria da Piedade Sergio
sentldos, sem olharem uns momen- Mattos. • • • . . . _. • 10:000
tos para dentro de si mesmas. P.e Migucl Ribeiro ifo Mi-
E' Nosso Senhor que vae passan- randa • . • • . . • • • 14:000
a
do e batendb porta de muitas al- D. F.rmelinJa Miranda ••• 10000
mas e al d'aquelas' que lh'a 1echa- Madame Vavasseu_r ••• 14:000 \
a
rem. Nao faz sentido ir Fatima e D. Lucinda Pires "'Duque. • 10:000
voltar de la crénte ln88 com a alma D. Maria Joaquina. . . • • 20:000
carrega(ja de abomlnaçOes. José Antnero Nunes Lenl
O prlmelro culdado deve consls- Madureira • • • • • • • 10:000
tfr em lavar a alma em um banho D. Maria Luiza Morgado •• 10;000
de arrtP.endlmento no Sacramento D. Marianna Pires ••••• 10:000
da Penltencla, voltando resolvldo a D. Maria Gabrlel de Souza
aef ètiristao de palavras e de acç6". e Sllva • • "' . • • • • • • 10:000
.&.no IV LEJRI~, 18 éle Novembro de 1.0.2CS N.• S8
:-....,

.,
(COM APBOVAçAO EOLESIASTJO.A)
Dtreot:or, Proprie-tarlo e Editor A.dmml•-tradort PADRE M. PEPEJRA DA SJLVA
hOUTOR MANUEL .MARQUES DOS SANTOS REDACçAO E ADMlNlSTRAçAO
:BUA D. N'UNO ALVA:BES PEREI:B.A.
t.-t!f"'.>sto e lrnprcs~o na Imprensa Comercial, , 54 - Leiria
---------------------------------------------
{l\lATO NU'NO DE SANTA MA.MA)

A grra.ncle p~ttegrdna.çào na.eiona.1


FATIMA, CENTRO 0OS CORAçÒ§S
R_aiou emtìm o dia treze de Outubro, tiio. irem render a, suas homenagcns li Rainha OM •orvltn.• de Snntftrena
anc10,amcnto C$pen1do, qual d1a.formos13- do Ceu no proprio locai em que ella se
.simo e dt,licioso do Primavera, alegn, e (e. d1gnou arparecer. · QuanJo parou no apeadeiro de 1,eissa1 o
~ ch1:lo e.le grr.ça e de cncanto~\ como um A cada instante chega aos nosso~ ouv'i- comh, io eu11va hteralmente cheio. Deaolto
mimo mcstrmavel do alto, e~para1ndo a flux dos o brando cicio ddS préces Jum grupo serv1tas, mtmbros da Associaç:io Nun'Alva-
s6bre a terra, recemsahida das sombras que passa a pequena d1stancia ou o echo res de Santnrem, qne tinham emba~aJo
nocturnn~, torrentes de luz suave e pur.i, longinquo de um cantico popular em hoo- na estaçao daquela c1dade, pre,(tarami-ele-
quc d,ih:itava os olhos ,e inebriava aa almu. ra da Virgem. Toda a none - a nt•Ìte Ile yontes se~viços, com um zelo e Jedicaçio
. Mais Uma Hz, i, charneca 13grada d11 Fé- vigilia,- junto da capelln commtmorativ11 mexcedlve1•, é chegaJa do comhoio espe-
ttm.1, Vdtl s~r th1.:atro de srandiosa~ e ìm- das appariç6es, os 1urnos de por~11rmos cial. Soh u ordens de dois eh, fes Jek,c1-
ponentes manìfti~taçocs de Fé e piedaJe succedem-se un, aos outro~, recitendo de- do1 da dirtcçiio daqoella henemérita colle-
chnstli. Dc todos os recaoto, de Portl)ga I, votamente es suas oraçoes ou entoanclo ctivldade o;udaram a conduzir os enfermo,
de~de as veigas encantadoras do Minho até com enthusiasmo os !eus canticos re~io• p11rn o, diverso~ me1os de tr11n~porte quu
aos cnmpos fertifos1mos do Algarve, da~ naes, Do alto da estrada districtal, o Covo es tacionavem no lar110 terreiro &ltuedo em
cidade~, villas ti elJeiaa, ceotenu de mi- do lrio, com ot milharts de velas que os fre'lte do apeaJe1ro. Correctos e delicados
lhar, porventura milboes de coraç6ts, vol- romeiros levam na mao, perece um lato no seu trecto, cheios de caridade p.ara com
vem-se para a e~tanci!l bemdìta do myste- immenso dc lus, em que a abobada celu1e as pohres victimas de tamanhos miserias
rio e do prodiRio, num impulso irresistivel re flectc, corno num espelho, as myriades hurr ana,, desempenheram a su~ rude tare-
Je devoçilo ardente e acriJol.iJa. de eatrellas que polvilham a sua superficie. fa de maqueiros voluntarios com urna per-
Fatima é hoje, incontestavt:lmente, na feiçlio verdadeiramente ine:xcedivel, que
nossa queriJa Patria, o throno mais esplen- Aqui e ocol111 ao pé Juma anore, deb11i- mertceu os encomio~ de todas u peu6u
doroso de Je,.us no seu Sacramento de 10 dum carro, ou junto dum nllado, es- que f6rem testemunha, da sua acçlio.
Am6r e o centro mais au~usto Je devoçao tao deitaJos s6bre mantas ou esteiras innu- Bem h aJam o~ simp,uhicos jovens catho-
para com a Virl{em Sanrissima. meros devotos que descansa m das faJigas licos da A1soci11çao Nun'Alvueq Je Santa-
E ass1m se explica que as multidou dos duma longa viagem e se preparam com um rem, que tifo distinctaaiente •e u~i,in.ala-
cr ntes ~e prec1pitem sem ces~ar, em ca- somno reparecfor para assutir com mais ram naquela Jornada de glorin, rela feliz
tadupa-; gigantescas, s8bre a ch11rneca éri- proveito espirttua~ 1b solemnidades Jo dia inici.ativa que tiveram de ir 1onugurar o
da e intermms·,el da Serra d'Ayre, onde seguinte. Como soo bellas e admiravti!I 11s serviço de transporte dos enfermo• da re-
so medra o r,inl1e1ro bravo e mal vegetam alma, IJenerosas dos nossos valentes ~er- re~rinaçiio n11C1onal no apeadtiro de Ceis•
a urze e a uinheira. ranos que, obedi,otes a yoz da Virgcm, aa! O se11 ,iesto nobilissimo fica,, para
Fot sili, com etfoito, naquelle s6lo aben- alli vao, a terra bcmdita das arpariçoes, sempre resistado em letras d'outo nos an-
çoado, que, ha precisamente 0110· anos, a num grande espirito de Fé e num proposi- nau 11loriosos de Nossa Senhora de Fatima
gloriosa Rainha dos Anjos pousou os se.» to consciente de n:piaçlio e resgate, fazer e nos fasto, brilhantissimo~ da sua preati-
p,s , irginacs pMa enunciar a trea humìl- penìtencia por si e pelos seus irmiios trans- mo, a instiluiçac\, honn1 e lustre da Juven-
des pastorinllos a necessldade do arrepen- viados e, reperendo os crimes naciunoes. tude Catholka Portugueza.
dimento e da penitencia a fim ùe conjurt1r implorar a salvaçlio da Patria r
os cai.tt~os d1v1no~ prestes a cahir s6br& A arrnnde ron,na4'm
O oombolo e•poclnl
11011, em expiaçao Jaa culpas indlviduaes e A1somam ja no Oriente 0;1 primelro, al-
das ìniquiJades collectivaa. Pouco depoia da meia-noite partiu de vores da madn:igada. O e.speuo manto èo
Lisb6a, Ja Escaçiio Jo Rocio, um comboìo trcvas que envolvia o planolto HlJrado
A velo. d'nrmn• eapecùi L, expreuamente organbado pela dissipa " coll'Io qia por cncaoto. O am-
No dia doze a tarde começem a cheger Companhìa dos Caminho, de Ferro Portu- biente cuja temperatura ~sc~ra un, pou•
a F:!ti na, corno gutirda avanç11da Jum po- gueies para condualr II F:1ti.ina os peregri• cos Je sraos duraate aa ultirtla3 horas da
de:-o•o e:ii:ercito, u prlmdras C11ravaou de nos da capitaL Este comboio teve uma cur- no_itc, nao tarda qu~ scja aqu.eciJo pelo•
pere:gr:nos. Sào bomens, mulheres e c~oan- ta parasem em toda, u estsço~s rera ro- ra10'.\ suavemonto tép1d0$ do sol nMcente.
ças Jas clas5es mais bumiJJos da socieda- ceber os perCfJrlno• Ju dlveru, povo~oea A' roe-<lida qu• u t-.ora, pa<t.~m, o movi-
de. qut: a pé. a c11valio ou em carros per- • s1tuaJu 110 longo do pèrcurso. A'<1 cinco mento Je pc6ee, oavaUe.1ros e vebiculos
corroram enorme, dinaocias pant po<lerem bora, e mela da ~nhu, chesou, sem ne- inten\itica-Je Jume meneira as..~mbr~
retemper .. r a sua 1-'é e deufo~r 01 seu9 nhuro incidente des~radavel, a cstJçao ter- oum crt1ee11do caJa vu maior.
seotimt.:nto, de piedado, ainda IUltU da minus - o 0-0,0 apeoJeiro dc Ceis•a-Ou~ Contenos o centen" de auwmoveis; des-
c.hefi:~da do grosso Ja peregrl1W1çito, aott rem, 1oaui.urado no di" qua!To do corrente de o~ ma!, linuosoe • e~gantes até aoa de
pé., Ja branca eHatua da Au~~ta Raitiha mes entre as e11taç~es de Chao de Maçiis e typo '!>IH9 modesto,. cçnnioas, tNrfiOlleHU,
do :)antisshno Ro~a.rio, na mmuscula mu de Caxaria,-
No utoçlio do Rocio tomaram lol{~r DO
,,.l,é.
chars ,,1-l>.nK11 ,not«iclettU, ~ietcl#taa~
Ar11ch,M capella das App«1ç~. • ra~, tren11. ~ S - . carroç-,, carrw dli
D,.r,jnte a noite. sobrctudo 1h pt"iruelrn comboio e:-pedal centenas de p11u11selro1, bo1s. numa l,ì"laYm, tOQC>e 011 indoa J.e
bor""• a Cova da Iris e a& ,uas imm«tta- niio se reoJo eochido logo completamonte tran~r,ortc, ainda o, m11r.1 primitJvoa e u
çoe, c..tf.:recem um etpectacuJo.curioso e toJa, u carruageru, porqoe a meior parte tr&Y&ffltlltM, sio eùJisfldoe r&•41 a CODI.Ml~
aobr.:111aneira encantador. Silo ro1lb11ru Je do11 pert11rino1 de Usboa e do Sul cJo ~ii: do11 pti"egmo~ pe,janJo a &MtaJa e oe .. ,.
.sonibrai. quo ~ movem, como enranhos baviam j~ parrido oos comboios da vosre- renot lll.fiacellf~ OOtM ftlOO'.'lae d'aJ~·
phu1tasmas, na eecurid6o da noire,' hu r•, tamo Ja ltnha do Norta_ com destltM> a ktlometroe. /t, ao.« da Ira ar,tsao&a a.ot
l)•lhda da.s estrella~ ora isol&JaIMote, ora Ton-es Nòvu • Ch~ de Maçh. ~omo tJa quo Yifo cbegaodo om ~ ~m-
.em grupos, por vues numero~ para Doha de Oc4te, com destino a Leirfa. • brante., ÙlcomPveftl, Q.okQ. ~ . . c:e,n

,
I
Voz da Eétlma
mii pessoas. de ambos os sexos, de todas urn grupo numeroso de escoteiros catholi• gerbosos, respirando juvcntude e força, su-
u idades e cond1çoe~ sociaes, cobrem litc- co, de Leiria, que receberam com uma periormente edacados rela doutrina do es-
ralmente o vasto espaço que mede1a entre piedade edificante o Piio dos Anjos. cotismo é luz dos princip1os cbristaos e pe-
a estrada districtal e a cepela da, mi~1as. Emquonto se ccle~ram 8!1 m1ssas dlver- la livre sujeiçao a urna di~ciphna quasi mi-
A Virgem Santt!lsima, atravez da sua lin- sos sacerdotes distribuem a Sagrada Com- litar, desempenham a sua espinhoSII e deli-
da Tmegem, reproJuçiio gonial da Appari- munbno a milharc:s de fie,~, que, para a cada tarefa com ecertado criterio e com
çuo, do esculptor F ,maeres, ,te Brag11, pare- ,,,. poderem receb1:r com 11s devidas durposi- uma cordura cxtrema na obeJiencia total,
eia envolver num dòce olhu de ternura çoes, se unham preparado, nas su8s terras oompleta, absolura 1h ordens dos seus che-
materna! aquela multiJao imensa, que vi- ou durante o v1ogem, com a récepçao du fos. l>e uma grniJade ìrrtprchensivcl no
nha alli t~ibuter-lbe, em nome de Portu~al Sacramento da Penitencia. exercicio das su11s funç<Ses, seni embargo
fi<lelis~imo, a homenagem que lhe era do- 011 onf"er,no•
dos seus verdes a:,nos, ellcs imp6em-se ao9
vida corno sua RalJlha e Padrocira. jovens do nono tempo como modelos aca-
Entretanto os enfermos, é medie.la que bados de submis~ao ao, legitireos superio-
A Co.1,elln de• AppRrlçòe111 chegam, vliJ sendo transportados r,ara o res e de respeito e cortezia para com todos.
Siio Jez h<>ras <!a manhii. A circulJ~o re,pectivo p8vilh5o, ert!Cto tm frente da
de vehiculo~ na estrada torna-se qu~si 1m- capello. O" paral)'ticos e os enformos cujo A na:llll•n do• enfcr,nos
pouivel. A dupl.i fila delles, que se formou tsudo é nnis grave, siio conduzidos em E' meio-dia solar em ronto. A assisten-
desJe as prirrieir:is horas do d1,1, é CRJa vez macas pelos servitas. l\111~ o seu m,mero é cia canta em uni•ono o Credo de Lourdes,
m11is_ comprida. N11, Capello cJaq Apparfçoes tiio 8VultaJo que as macas sio insuffi;ien- de Dumont, cujos acorJes meloJ1c,sos ee
os fie1s rezam u suas oraç<bs, cumprem tes para a conducçao rariJa de toùos. Co- rcpercutem ao longe e ao largo, de que-
a, suas promessas ou tocam ohjectos de mo exped1ente do occo11ao, suggerido pela brada cm quebrada, por loda a exten~ii'.o
piedade, como terços e meJalhas, no bran- neeeimJ11de, doi, serfltos dc SM11tarem, dG montanh11, corno notus vibrantes dum
ca e~tatua da V1rgcm do Rosario. lhmen,, jovens Je porte Jistincto e mnneiras deli- hymao Je fé • de triunpho. Em seguida um
mulberes e crcanças, sem JiHiracçio dc cadas, diio·~" 11s maos e formam com os SJcerdote sobe 80 altar cc:ntral para cele-
c:lasses, empunhando velas accesas, diio, hraço:; urna cspecie de cadeira, em quc brar o santo Sacrificio, quc é appllcado, se-
umn e mais vezes, de joelhos, a volta a transport11m urna senhora paralytica, que gundo o co~tume, por todos os cnfermos e
Copell11, em cumprimento Je ·-6tos feìtos tinha ,·indo da B~ira 13.jixa om automovel peregr1nos prest:nies e por toJas as pcs.
em horos Je angustia, rompendo a custo e cujo martdo tes1cmunhR o seu reconhe- sòas quu quoriam, mas por qualquer moti-
por entre o mole compacte Je povo, que a cimcinto e a s1..a commoçiio com a voz en- vo nl'lo puduram 1r nes~e dia a Fatima. Em-
reJcia. Soh o alpenòre, por detrai do his- trecortada pelos soluços e oom os olbos qufflto se: calebra o mina toJos os assis-
torico sanctuario, a 1gun!I servitas procedem mdreja los de lagri-,,as. tcntes, alternadamente com o.utro sacerdo-
4. <listribuiçiio l(ratuita de cincoenta mii A~ macas sio colloca·las no chao, dum-e te que ocupa o pulpito, rezam fervorosa-
c1templarlls tla cVoi Ja Fatima.. dou1ro lado, em frento da capella. Nas ou- mente o tarço do Ro11c1rio, f'ntremeado de
E' naquello locai, nos pés dt veneranda meroSRs b,mcadas Jo pavilhao sentam-se préces, lou•ores e cantlcos. O silenc10 - 0
Jmagem ue NùU& Si:nhora do R'->sério, que inJ1stinctamente os Jen:-ais doentes. Em silencio dos momentos solenn~s - torna-
se avnlia e, por assim diu:r, se ap11lpa a brev~ nem um so logar se encontra vago. se mai, profundo. A commoçao quc se le
intens1Jade <la crença do bom povo portu- Aquelle hospital improvisa,lo de um dia om to<los os rostos é cada vez; mais inten-
guei:. Pll!1s61s de todas as c1teg<>ri.u so- albc::rge nesse momento cerca de mii vieti• sa. Os docntes associam-se 4 oraçiio com-
ciaes, num amalgama nivelaJc,r inspirado mas de todns as mi~erias phy3icas que tor- mum e a sua esperança reanima se, cresco-
por um vivo senume,ito d~ eguuldadc e turam a humanidade. e fortifica-se.
fratemidade chris1ii, alli se juntam, a citda Sio tuberculo~o•, paralytico,, cegos,, con- Depois de cada de1ena do Rosario, faz-se
mstante, erguenJo os olhos e 11 moos sup- C<'ro--0s, up1lepuco~, enlermos dc toJa a a. bre•I' o tocmte eupplica que A radiosa
plicante, para aquella qu~ é jusrnm::nte especie, que a Fé conJuriu !\quella estan- appariçiio ensinou aoq humilJ-,,. pastorinhos
chamada o refug10 dos peccadores e a sali· cia bemdua da espcrançn. E' que alti a au- de Aljustrel. Chega o momento solemnissi-
dc dos enlll!rmo,. gusta Mil.s d.s Dau, niio raro lhe, mitiga aa mo e emmocionente da consograçao O fi-
. E a vaga humona, tumida e encap,dlada, d6res ou cura os m;iles Jo q,10 pndocom, lbo de Deus humanado, A Y'>II o.lo seu minis .
c1rcul"co,,unuamente, num lluxo e rclluxo derramando sempre s6hrCl to,\os Ar.tças tro\ torno-ae rresente sob 11s especies eucha-
cadenc1aao, do:sJe as pro:idm1ùaUes dn fon- precio!ii,ìma, de conforto e resignaç5o. E risucas, tao real e porfcitamente corno es-
te miraculoia até al p11rte po,ter1or da ca por i~sso nuoca docnte elgum 1 animado de t~ no ceu a direito de seu Eterno Pa~.
pell11 commemorativa das appiriçoes. Fehz ~enuino csp1rito chri5tao, se arrepcndeu O silencio é a_gora completo. Apena~ se
o poYo que ere o ora usim I jJmais de ter percorrido a doloro~a via sa- perceb•m o 1ige1ro murmurio das oraç6es
cra da percgnnaçao a Fairnna. dc algumas almas piedo\as e os suspiros
A C'lnt.e mh·o<"uloiqn. ahafados o o, !loluço, a custo reprimidos
Em torno da fonte miraculoqa, que bro-
A c111~ntn'l.l da ..c.,i::no.çò.o dos pohrcs enfermos. Ao toque da campoi-
tou cristalhnA e abundante 11 pou.:os pas- En~re as se-n'àor:is enferma~ hn uma qut, nba, aquela mole imen~a de crcnte,- o es-
sos da azinheira sagraJa, de{ll)is da primei- mais qu11 qualquer das outres, attraho porti- c-ol de Portugal christiio - ('lrosrrn se por
ra missa campai, uma multi,Jiio rnnumera- cularmcnl"' a attonçao de todos 01 circuo,. terra e adora com o celebrdnie a Vicuma
vel forvilha desde :nanhii ci; lo, 0t1ma an- tantes. fuberctJlosa em ultimo grau, tao Sacrosunta dos nossos alurcs.
dedai.ie irreprimi tel de f,ir;er Lirg;t proviifto mogr11 que semelh11 um esquelll!tO, dv rosto
da 11~ua beoelica e salutar. A formft circu- A• lnvocaçòcs
atrÒphiado r•lo soffdmel'llo, dir se-111 a es-
lar da fonte prodigiosa f1cilita b.1~tante a tatua viva du rcsign~çifo christii. Exh3usta No pulpito o sacerdote quc preside :ts
aquis1çio do precio~o liquido, que jorra de forçi~, ju numa du mocu, dNpreuda cerialooiu cemeça a fa:r.er, nurria voz forte-
cop10,amente por qumze grand:~ t1)rn~iru
do metal a.narello, que ~y nboli'llll?l pelo
corno um mi,ero forrapo humano, qua ra· e bl)m tim.-rada, as comrn ..~entes invoco-
rn naJa sc,rvc e de que todos se uf11st.1m çòM de I .ourJes.
seu numero os quinre myHerios do San- num egoi~mo cruel com recelo do coata-
tissimo Rosario. Aiguma, 1or•elras ~o po- gio, e1t.:epto naqu•I• loi.nr bemdito em 9ue Senhor, nor vos a,Of"amos 1
dem ser ut1lisadn pelos firì~ quo querem Senlwr, Hds temos confiança em vds I
e caridaJc excrce soberanamcnte o seu im- Vds ,ois o meu SenhOf' e o meu Deus I
apena, beb~r 11sua no proprio loco! em perio.
que ella n~~ce. Mu1to nova ainda, cassda de ha poucos Vds 1oi1 a reS'Urreìçéio e a 11ida I
A ligeir~ rmpaclend~ do~ mai; apressa- 00001, conforme se com e santa vontade Senltor, crém.s em Vos, m.1s augmenlae
doa é (Jc1lmente cont1Ja r,elùs !1t1rvira~, Q 1)()$SQ fé /
de D.:us, esperaoJo tranqu11lamante 0l9uns
que _regulam, ao me1mo te111po com pru- :ilivio11 par·, o seu roal ou 110 menos um Senhor, direi uma sd ptrlavra e serei cu-
dcnc1a e firmeza, o Jrffi ;11 ac,·t)s~'l a I ror- rado I
sorriso de J6.::c conforto da divina coosola-
neira s. O B{lrovi~ionamepto ,JH h01pha ma- ,pora Jos 6fli1c:tos. A' cabeceira, velando Cao<a-ec o />aree Domine - que é simuf•
rav1lho~o Jura horas cornprtd :~, 1atc:rmina- com todo o ~rinho por aquella a quem t~oeamente urna oraçiio o um acto de ar-
vei~, desde u pnmciri~ da manhà uté a1 dcu o sor, osul senudo o pat>, $ympathico rependimento - e cm sei!uiJa contiouorn
ultimas di. tarde. Os pere14rinos cnchem e vener.indo 11nc:1rio, patriorcha dumn nu- us iovoc11ç6es, sempre enternc:ceJoras, mas
recipiente, de todos os tamnnho~ o de 10- mtrosa familia, em que flore,cem tr,dicio- agora mais movimentadas, mais vehemen-
dos os fi:iti<h, que lcvam con,1go para as na lmcnte a crc:nçi m11i:1 puro e es mais so- te .. , ma.i~ do fundo d'11lma:
suus terra~ distaotes com I f,111u~ira e~p.e- ltd.is virtudol! chri,tlls.
ran,_11 -de rrovocAr, medi.onte a appli.:11ç1ic/ Seriho':t aquelle n quem amtres est.i doentef
A m.·.1iti ilio que cerca o p11\'ìlbao dos O' l'Jeus, vindt! em nosso aux1l10, ,•inde
~i 11Kua, a cura de alAuma r~s11òa dc fam1- doentci ora coru fcrrnr pela cura de todos
lla ou de am1zaJe ou, 110 menos, propor.::io- c~ses infeli, :r. depressa soccorrer-rtos I
nar un pouco de Jeniti,o 110, seu'I soffri- Milhares Je almu b6Js, imp1JlsionaJa1 St11hor, f a:;ei gue eu veja I
mentos. SmJu,r 1 farei que eu antle I
pelo compaix:lo a vìsre de tem11nhos infor· Senhor, f.J 1ei que eu 011p I
A Cnt>ella. <lnti ~Il~lilRl'll tuniu,, f.1zem violencia ao ceu com as sua, 5.Jude dos enf,.,.m-os, rogae por nds J
erdentes invocaç6es a Juus s~cramentedo
Aproxima-~e o meio dia solar, a hora e com a rec1toçiio incessnnte do te ço do E,tu in•ocaço~s, trez ,•eze, rcpeti.Jas-
dos 'luccessos mrterlo~o~, doa cCJlloquio,i Ro~ario. por dezenas e dezenas de milhares de boc-
intlf 1veis t>ntre a l/1rgem e o~ viùenh:s, nc..s ca~, rehoam formidaveis, corno outros tan-
paramos dei.ertos e l'Scalv:i,fo, de Faltima. Oa llllorvltai!il e oe Cl'lCotciroa toi Jlritos dc an~u,tia, 01quelle tempie,.
A multiiiao, que se reu!H' I! c,lmpritnu O s~rviço de ti,cah\açao d.i entrada e immenso, sem pavimento e sem cupula,
em torno da C11pel1Q d,is Mi,ttH, é &gora 11condicioq.. mcnto dos doente~, orirani!l9do procuraodo forçar o Ceu, a conJoer-so da
mais Jen•a do que nunca, I~ 10s, rih(lros e pelM .ervit-,•:, é primoro$amente dirigido infoliz e laHimosl'I lcgi1io de farrapos huma-
re~atos h11mano, descem, ~em s<du-;lio de pdos scus ch~fcR. Dors médrco, rspi!Ci111i~- nos qué, de longc e c:om t3nto sacrificio,
con1Inuidi11.Je, por todos o, carn1nho~, ver<1- ~ tas, dos mais dhtinc:to, da capite I, pre~ilJem 11lli vieram, cheios da mais déice confìança.
d'Js e at1lhos, Ja periph!!riri p·no ù centro o e~se serviçl'>, c,da um na suo rttsrectiva implorar a misericorJi1t infinita do Si:nhor.
do ,,,sto a 11ph1thentro formado pelo locai ~ecçiio Conjuncramentc com os servitu, Segue ac e Comunhiio do c,:lehrant3
d'l~ ar:,pariçoes. Desde o raiar ,h n11rorn, a, laJo a lado, trahRlh1m scm de~can•,o os es- què, apos alguns hrcves io~tnntes, ministra
. mi~SJS su.::.:edem-ae umu 1\~ outra, sam coteiros catho'.icos <le LrlrHl, que riulium o Piio do, Anjo! a um grando numero de
ioterrurçifo nos dois altareq da Cap1Jl1,1. A' com elea cm csforço ir.telig~nte e oixtrema~ fieis que niio tlnham podiJo reccbe -lo mais
prlmoir~ missa que se cclebrou, ossistiram da dedi.;11çiio. c1:.lo. Depois da Communhiio fozem-se as
us scrvos ùe Nossa Senhor.i do Ro,ario e
• Qu~si toJos n& flòr da idade, esbeltos e invocaçoes a Nossa Senhora, que conduern
Voz da Eé.t.iDl.D
com a tounte supplica pela nossa Patria, desejada, sentindo circular nas suas gres de Nossa Senbora da F4tima ;
que traduz eem duvida a causa final das veias urna nova vide, que a omnipo- que elle estA perfeitamente conven ..
appariç6es ; tencin divina infundiu no seu corpo cldo do mllagre que se passou com
Nossa Senhora do Ros,frio, salvae-nos e
s-alvae Portugal ! exhausto e quasi inerte. Sao curas a filha. A carta fòi_escripta deante
Terminara a Mis,a. completos ou melhoras consideraveis, de mim em Madrid, na segunda quin•
A bon9ù.o ~o• ent'e..-mos de doenças reputadas humanamente zena do passado mès de Agosto do
V3e realisu-se a cerimonia mais bella e incuravei•, que cnchem de assombro corrente anno, pelo Dr. Alfonso Ca-
rmiis commoveote desse dia para sempre e viva emoçao todos os que dellas bello y Ouillen de Toledo, pae da
.memoravel: a hençiio do Santissimo Sacra- teem conhecimento • doente.
mento oos enfermos, como outrora, ao Mas corno averiguar a exactidao
percorrer as c1dades, villas e aldcias da Pa- dos factos que se narram, quer na
Segue a carta :
lestina, ensioando a todos o caminbo do
Ceu e prodigahsando bençiios, graças, o s!la substancia, quer nas circ:unstan• •En Mayo de 1924 estuve em Lls-
-Divino Mestre, &flora occulto sob o veu cias em que se verificaram, no meio boa e comiendo en casa de mis bue-
das esptcles sacramentaes, pertra11sit be11e- daquella babylonia de cerca de du- nos amigos Henrlque Ar:ijos y Maria
faciendo, passa egualmente fa~endo o be~. zentas mii almas? ! Que os privile- SlmOes, esta ultima me dljo que me
Esta alli 1 encerrado oa ma8n16ca _c_ust?d•a
de ouro, visive! aos olhos do esp1r1to 1llu- giados da VirJJem nao se esqueçam traerla aMadrid um frasqulto de igua
minado pela luz da Fé, aquelle mesmo Jo- de cumprir o rigoroso dever que lhes de la Vlrgem da Fatima porque ella
sus, que, duronte a sua vida publica, per- incumbe dc communicar a respecti- querla que la tomase ml bija Maria..
doave os peccado~, cura_va _as doenças e va commissao canonica, por i otermc- na Cabello que llevaba en cama des-
alliviava toda a sorte de m1ser1as. A crença
viva daquellu muludiio no dogma sublime dio do jornal a «Voz da Fitima», a de el 23 Marzo en que fue operada
e altamente con~olador da presença real, a noticia das curas de que foram por el Dr. Ollvares en el Sanatorio
sua coofiança inabalavel no poder e na objecto ! del RoaArio de un quiste ldlatico det
bondade de Jesus no Santissimo e Augus- Quantas graças dl!Sta natureza fi. biga.do.
tissimo Sacrumcoto da Eucharistia, o seu
am6r ardente a quem tento amou o• ho- cam sepultadas, por descuido, no p6 Lejos de mejorar despues de la
mens e por elles se sacrificou 1 fl&Jecendo do esquccimento com prejuizo da operacion estuvo gravissima mucho
e morrendo numa cruz de Ignominia, re- gloria de Deus e sem proveito para tlempo y asi seguia al ir yo a Lisboa.
1lectem-se n<>s rosto, e nos ol~os de todos as almas ! Regrese el 10 6 el 11 de Maya sin
os que loem a ventura de asslstir e estA
scena augusta e ìneffavel. O sacerdote, do E', pois mister que a noticia des- poder traer el frasco del Agua de la
alto do pulpito, J'lrlncipia novamente a fa- sas curas, logo que ellas se reaUsam, Virgen porque Maria Slm0es no lo
zer es invocoçoe1. A u91stencia repete com seja enviada, com os pormenores con- babla reclbldo el dia de mi partlda
ardor, com enthu,iumo, com transporte,
es~a~ invocaçi5e,. Siio brado& d'~lma que siderados intercssantes, ao rev. dr. para Madrid; pero el dia 31 vino su
se elevam no e,paço, ostuantes dc expres- Manuel Marques dos Santos, promo- marldo con otro Sei'! )r y trayo el
siio, !Ilio f(ritos de angusti<! que anhelam tor fo,cal da commissiio canonica e frasco.
penetrar o Ceu, sfio supplicas dc fogo que professor do Seminario de Leiria. La tarde del 3·1 Mayo tomo et agua
sahem de pe1tos alanceados pela compai
xlio ou ulcerados pela d6r e que s6bem O exodo do111 p8regrino& la eoferma y en la madrugada, sobre
confiaJa e humilden1ente até aos pés de loa dos, arrolo por la boca el 1.u pe..
Deus. Principia entao a debandar o gros- duo de la membrana del qulste ope-
E os doenres, de miios postas e olhos fi- so do peregrinaçao. Pouco a pouco rdo y et dia 2 de Junio 4 las 4 y 181
tos ne Hostia Santa e imm11colad1, tr.idu- vao-sc dcscongcstionando os recint<>:f
zem1 rom e, suas ~upplicu e com es sue~ 6 de la m.fi toa, en otro vomito, he-
)agnm~~, Oli sentimeoros de fé, etperança e das capL llas e as immediaço..:s da fon- ch6 los otros dos pedazos, et uttlmo
am6r que ebr11nm os uu1 coraçi5es. O an - te miracu losd. Na estrada districtal tao gra.ode por cuanto tuvo que ti•
jo do conforto peroce ter deS<:ido dquella circulam outra vez milhares de vehi- rar de et con la mano porque se
ephemera mansao da dor e roçado com l?s cules. A ordcm mais perfefta reina
sua azas br11nces de n.ve •s corpos mau- ahogaba.
rados por t'1Rtos e tao gran.ics soffriroentos naquella multidlio tao varlada, na- El mli.agro para mi consiste: - 1.0
visiveas e as almas atormentadds por uni quelle oceano infinito de povo, que En no haber anojado esa membrana
sem numero de fuodu magues e t~rriveis parece obcdecer, em todos os seus hasca detpues de beber el ,eua da
proveç6es ocultas. movimcntos, a urna voz unica de f4-'ma. 2.0 En hobtr podldo htchar
E aquelos rosta~, estranhamente desfigu- commando, corno um exercito disti•
raJos pelo mertyrio ph1t,ico ou moral, mas por 14 boca una cosa que tuvo que
santamente tr.in,fi(lnr11dos pel.i resignaçlio, plinado num vasto campo de batalha. pasar al estomaa-o sin que sepan los
..,-eflectcrn um o,ystarioso cl1rli• d, Parai10, E todos es pere.grlnos la se vlio, medloM corno, y 3. 0 Por la colncl-
.o con)olo duma J6ee Hpt:ranç• e a pu na penosa viagem de regresso aos
suavissin1a de Deus. O cel~rante traça, scus lares distantes, com a sua cren-
thndll de haber-se retrazado el he·
.finalmente, coro o . , tld\9orio dc ouro o si- cho llaata que vino el Agua.•
goal Ja cruz !lobr• &li 1-aioes innumeraveis ça mais robusttcida e com a sua
de ncis ejoolhacks a a.us oés em attitude piedade mais aforvorada, ch~ios de Quer iato dizer:
de adoraçlio. Sobe ao pu)pito o dr. J, uiz saudade do dia inolvidavel que pas- oEm maio de 1924 estive em Lis--
Castello Brnnco, o gl•rioH aobrinho de Ca saram no planalto sagrado de Fati•
milio, que 11um rapt• de eli,queocìa sagra- be>a e comendo em casa dos mcus
da, entre «A lagrimas de commoçlfo da as- ma, no mcio duma atmosphera satu- bons amigos Henrique Anjos e Ma•
sistendo, celc,br11 a, gloria, ammarcessiveis rada de sobrcnatural, mais longe do ria Simoes, esta ultima me disse que
de Muria Santissima e cant,1 um formoso mundo, mais perto de Deus !
hymno Il Patria. implor1mJo para ella as me havia de levar para Madrid um
bençf.ioi; do ceu. Visconde de Montello fras~uiaho de agua _da Virgem da
Orgoni,a se di- novo a prociulio que re - Fauma porque quena que a minha
condui a estiltud de Nossa Senhora do Ro- filha Mariana Cnbello, que estava de
sario da capdln das m1s9os para a da, ap· cama desde 23 de março em que foi
parìç6es.
As cu1·as operada pelo Dr. Olivares no Sana-
torio do Roslirio de um kisto hyJa-
Subito comcçam a circular de gru- Uma cura em Hoapanha tico de figa do, .a tornasse. Longc de '
po em grupo rumorcs vag,'.ls de cu- (Madrill) mel~or_ar, depo1s tia operaçiio esteve
ras m1raculosas. Aqui, é uma crean- graviss1mam_ente doente muito tempo
ça dc <lois annos, erga de nascença Data da de Alemquer (Quinta do e ass1m continuava ao ir eu a Lisboa.
que, deante da lmllgem da Virgem, Brandtio) em 28 de Setembro do cor- Regressei a I o ou 11 de mai o sem
adquirc dc rcpcntc o m,o pt:rfeito do rente anno, além do relato que abai- poder trazer o fra_sco ~a 2gua da Vir.
sentii.lo da vh1ta, no mcio da estupe- xo public11mos, recebemos do Ex.mo gem porque Maria S1mo-.:s nao o ha-
facçao dos pacs, que choram de aie· Sr. D. Aotooio Maria de Norooha, via ainda recebido no dia da minha
gda e di.! gr~tidlfo. Acola, é um para- urna carta, de quc tomamos a llber- partida _para Madrid, mas no dia 31
Iyrico qnc càminh.iva dificilmence dade de t,ans~rev~r o segui ,te: seu maç1do com outro senhor, trou~
com o apoh dc duas muletas e com cJunto cnvlo urna carta d'um dis- xe o frasco.
o auxilio d.: pess8a am gii e quc, tv· tincto advog.ado de Madrid, meu ami• Na tarde de 31 de maio a enferma
cando com t1 m:io no andar da Vir- go e que eu conheço perfeltameote tomou o agua e na madrugnda cerca
gem, rccur,era subitamente o movi- ha bastante tempo ; elle é tambem da~ d!JaS horas, dcitou pela hqca o
mento dos mcmbros inferiores. Mais advogado consultor da Compaohla p~1mc1ro pedaço da mtmbri111a do
além, é urna scnhora tuberculosa quc, dos Carulnbos de Perro Portuguezes. k1sto operado e 110 di11 2 ,it: junho,
depois dc muitos anos de sotlrimcn- Por isso bastautes vezes vem ao nos- as_ 4 ou_ 6 da ,~anha, cm , utr,1 vo-
tos indiziveis, alcança a saude tao so palz e :isslm conheceu os mila- mao, de1tou mais dois ptJ :i; s e por
Vo:e. de. Fé.tbno.

fim, um tao grande, que teve de o


tirar com a mao porque se afogave.
~~na da Fatima DONATIVOS1 JOR~AES AVl.lLSOS, ETC.

De José Maria da. Costa Oli-


O milagre para mim consiste : A redaoc;ilo ou admlni•- vci re • • • • • • . • * • 10:000
t .0 -Em nao terhmçado a membra-
tra9fto eia aVoz da Fàtima, Di: D. Bernardina N. T. Mas-
na até ao momento em que tomou a nAo pode encarregar-ae carcn has •• •••••• 6:500
agua da Fatima. de for.neoer agua da Fàti- De D. Rita Costa • • • • . 12:500
0 ma é• peaeoaa qae a de• De Luiz Cambado . . . • • 3:7:)0
2 . -Em ter podido deitar pela De D. Maria M. Vaz Lobo
boca Lima coisa que teve dt! passar aejam. de Vasconcelos. • • • . . 16:500
pelo estomago scm os medicos sabe- Preeta-se a este serviqo De Delfim Maria d'Almeidu 60.000
Tem corno. • sr. José d'Almeida Lo- De Antonio Dias Morgadinho 6:800
3. 0 -Pela coincidencia dc ter-se de- pea-Fatima (Vita llova de De J. d'Oliveira Dias . • . . 25:000
morado o vomito até que veio a agua. Ou.ram), • quam devem
De D. Maria de Jesus Durao G7:ooo
Dt:. O. \I aria Emilia Vieira. 34:5oo
eer faitoa os pedldos. De D. Maria P. .Mathias .• 50:000
Outro caao1
De D. Zultnira da Matta Ga-
No togar do Casal Viegas, f,e-
e
auesia e concelho de Anciào, mora Voz da Fatima lhardo .•• • • • • • • •
De P.e Netto • • • • .•• 16:000
De D. Laurinda Marques•• 10:000
71·450

Mdrla da Concelçào, de ldade de Deepezae


dezoito anos, fllha de Luiz Oomes e De Antonio Vleira Leite . • 50:000
de Brigida da Conceiçilo. Ha dols Transporte. . • • • • 33.832.900 De D. Bcatriz Caetano Va-
aoos que se encontra gravemente Imprcssao do n. 0 37 lente • • • • • . • • • • 251000
(50:000 uxemplares). • 1: r 50 ooo De D. Maria das O&res. . . 100:000
doente, sofrendo de tuberculo;e os- 100 resmas de papel. • • 5:040:200
-eea. Esteve no Hospltal de Coimbra De D. Engracia da Assum-
Expediente e outras des• pçao Covas •••••••• 132:ooe>
durante perto de dols mezes, tendo
pezas • • • • • • • 95 .000 De D. Amelia Lopcs de Men-
antes ido a banhos de mar, por se
desconhecer a doença. Sem cncon- 40~118.100 donça. . • • . • • • • • 16:000,
trar alivios, voUou para casa, onde Subecrlpoao De D. Virginia Lopcs. • • • 40:000
tem estado eutregue aos cuidados De O. Josefa de Jesus • • • 20:Sso
(Continuaçio) De D. Carmina Vieira. • • 29:000
de dols distintos medlcos. Nenhu-
mas melhoras, porém, obteve. Nilo José Antonio Gooçalves d' A· D. Perpetua dc: Jesu!. Guerra 12:000•
se podla Jevanta( da cama, e meamo uvedo •.•••....••.• 10:000 D. Maria Farrajota Cavaco
ahl sofrla granètes dòres que a en- Jornaes avulsos (J. d'Oliveira d• Assumpçio. • • • • • • 10:000
chiam de anlç3o,e a sua familla. Na Dias) ...••••.•••••• 20:000 A. Sampaio Maia. • . • • • 10:000
perna dlreita, locai da doeoça, nao se D. Maria de Jesus Silva .•• 10:000 Antonio Ignacio Yicente. • 15:000
. podia tocar, sem um gran<!e martirio D. Luiza "-tadlim ...•.•• 10:000 D. Anna Teixeira Machado
para a padecente. 1-:oi entao que eia D. Aoa Caldeira Tierno..• 10:000 Mcndes • • . • • • . • • 10:oco
resolveu pedlr a seus paes qu~ a Je- D. Clotilde Caldeira Gu<;rra 10:000 D. Francisca Correla. . • 10:000
vassem em peregrlnaçlo a Nosaa P.• Antonio Maria Santos O. Maria da Anounciaçiio
Senhora da Fatima, no passado mez Campos •••• . .•..•.• 10:000 Franco . • • • • . . . • 10:000
de agosto, ao que etes acederam. D. Leonor Martins Vieira 10:000 D. Maria da Luz d•AJmeida
E' a grande fé da enferma. Confiava José Martins Vielra •••••• 10:000 Napoles. • ••••••• 20:0C<>
pienamente que Nossa Senbera a cu- D. Mariana dc J. Dusrte •• 10:000 D. Alda Pires Gonçalves .• 2-0:000
raria. Na véMpera de partir fol con- D. Lucrecia dc Jesus ••••• 10:000 D. Maria Francisca d•Avelar
fessada no sei letto. Em P4tlma chela D. Alice Dclgado •.••••• 10:000 Pinto Tavares . • . . • • 10:000
de pledade re<:ebeu a Sagrada Co- D. Maria Adelaide Ncgueira 10:oòo P.e Luiz da Conceiçlio Torrcs 10:000
munhilo, e orou 4 Vlrgem Santa. Ao D. Helena Baltazar •••••• 10:000 Donativo (O . .l\laria Fernan·
chegar a casa começou de s~ntir at..
D. Julia Cravo .•.•••••• 10:000 da Santos. • • • •••• 100:000,

l':'ns allvios, e dois dias depols jt se D. Elvira Nunes •••••••• 10:000 O. Maria do Sacramento
D. Maria da Piedade Assum- Bordalo . • • • • • . . •
1e·vantava do leito e vestia, wem au-
xtllo de pes&Oa alguma, e agora j4 -
pçao.. ..••••.•••.•• I 0:000
D. Judith Gama •• ~ ••••• 10:000
O. Adelaide Bordalo Antunes
10:000
10:000
anda em pequenas dlstanclas, ~n- O. Celestina dos Santos Rti·
tlo-a abandonado as dOres que tanto D. Emilia Nunes da Rocha. 10:000 nas •••••••••• • 10:001>'
D. Carminda Tavarcs Guer- D. Anna Augusta Reloas•• ro:ooo
a torturavam, o que é presenciado
ra d' Andrade••••.•••• 10:000 O. Maria Pinto, • • • • • • 10:000
pelos seus visinho1. A doe11te tinha D. Maria José d09 Santos Luiz Lopes Abegao • • •• I o:O<'O
tambem prometldo trez comunh6es Moreira •••••••.•••• 10:000 O. Lucrecia Pekjao • • • • 20:000
peras almas do Puraatorio. D. Ismalia Bastos Messedct D. Julia Maris dos Rei, • •
Agradeclda a Nossa Senhora por
do grande graça, ~uer torna-la pu- °' J u lia da Silva Neves d'O-
liveira. • • • • • • • • .
10:000

10:000
O. Maria Manuela Vaz Lobo
de Vasconcdos • • • • •
10:000-

10:oco
bllca por Intermedio da Vo.r da F4- D. Angelica d'Anayctt Le- O. Maria Augulìta de Mcs-
t/ma. mos .. . . . . • • • • • • t0:000 quita • • , • , • • • , 10:00<>
Oeclaro que é verdade o que nes- P.8 Joiio J~ Tavares ••• 10:000 José Fernandes d' Almclda •• 10;000
ta dlsposfçlo ae dlz. D. Maria Rosalina Rocha •• 10:000 Arthur d'Almeida d'l-;ça •• 10.:000·
Anello, 11 de Setembro de 1925. D. Maria Ale>,.aodrina Fro- O. Concciçao Veneno Franco 10:0UC>'
O P4roco
6050· ..•.•1 • • • • • 10:000
Joao d'Oliveira 1\-lcllo • • • 10:000 I

....
P.e Manael Maria Oaspar Furtado
~...;........,;,_..., ~-~,.;..;, '
Joaquim Augusto Pereira
1;3,orges. • . • • .. • • • • 10:000
Manuel da Ponte Rebello. ., 10:000
VOZ DA FATIMA\
lbrigo para os doentes Joiio José d' Araujo ••••• 10:000
D. Herminla Nunes de Car-
peregr.inos da Fatima va.lho .. • .. • • • • • • f(';c)()()
Francisco de Palv11 Boleu ... 15:000
J'ransporte • • •• t.194:500 Luiz de Souza Moreira Ri-
D. Olorla Ezequlel••• 10:000 beiro.. . • • • • • • • • • 10!000
D. Rosa F. Motta Ma· D. Maria Jcsé de Lemos
chado • ••. , ..•.• 100:000 Qaeiroz • • • • • • • . • 15:000
Dr.1oaquim Coelbo Pe- D. Maria de Jesus Pinto .• ~o,ooo
reira ........... . 50:000 Manuel Lucio de Andrade • 10:000
D. Berta Oneto Nunes 30:000 Manuel José Pereira •••• 5:000
D. Maria CarJ~ta de Flg~J..
Soma • .• J.384:50Ò redo Borses> : ; ~ ., ... ,o:ooo

A.no IV LEIRIA, 18 de Dezembro de 1D2t5 N.• 89


j. --

......
(COM APROVAçAO ECLESIASTJCA)
Dlrec-tor. Proprie-tarlo e Edi-tor A.dmtnhl-tradori PADRE M. PEREJRA DA SILVA
OOlITOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS REDAcçAo R ADMINISTRAçAo
:RUA D. N'UNO ALV.ARES PE:REI:R::A.
Composto o impresso na Imprenaa Comercial, i Sé - leirla (BICATO NUNO DE SANTA NAR-lA)

E' urna scena admiravel de simpli- ir seis mezes cada ano, de malo a
I3 de Novembr.o cidade e de belleza divina, que en-
canta e comove até as lagrimas. Em
seguida i\ bencào geral, dada depois
outubro, emquanto fòsse vivo, ci Fa-
tima.
-/alia de /esus Jlictoria, da Chain-

e
de cantado o 7antum ergo, !6be ao ça, freguezia de Sanla Catarina da
ADA de ex~::rdinario as- pulpito o p"rocho do Reguengo do Serra, que chegando a ter um pulmao
signalou o dia 13 de No- Fétal, re.,, José do Espirito Santo, afectado e a um grande estado de fra-
vembro, em Pdtima, du- que numa linguagem popular, acessi-
queza, sonhando urna noite que seria
-.,,.,•:....= rante a comemoraçao fes- vel a todas as pessòas e com urna
curada por Nossa Senhora, o foi
tiva das Appariçòes. eloquencla que pa rtla do coraçào,
efectivamente tendo tornado durante
A concorrencia foi ape- falou durante meia hora sobre a pra-
sete diaa cha de terra da Fatima.
nas de elguns milhares de tica da vlda christa, recordando sen-
pessOas. A torrente cau- tidamente o s acontecimentotr) das -D. Maria dos Santos Ferreira
dalosa das grandes pere- Appariçoes e rde,indo algumàs cu- e Sd,
religiosa de S. José c4.e Cluny,
grlnaçoes da primavera e do estlo ras maravllhosas, especialmente as do residente em Antony, (França) que
cessara de subito para dar logar és dia 13 do m~s anterior. Duas horas tendo em maio de 1923 urna forte
romarias tranquilas, mais singelas e mais tarde, a Cova da lrla estan quasi grlpe e tendo durante seis dlas es-
mais piedosas, da quadra agreste do deserta. carros de sangue que nao obedeciam
outono e do Inverno. Apenas aqui e acola se via um ou a medicamentos, comcçaram a cessar
Todavia o numero dos enfermos outro peregrino, recitando urna ulti- logo no primelro dia de urna novena
era alnda bastante elevado. O recinto ma préce, cumprindo alguma promes• e uso da "gua da Fatima.
que lhes é destinado eocheu-se por sa ou dirigindo a lmagem Sagrada -Maria de Jesus, soltelra. de Fa-
completo. Entre eles notava· se, pela da Virgem do Ros"rio um derradeiro malicilo, freguezia das C6rtes, que
sua magreza exfrema e pela expres- adeus de saudade. estando doente havia c!rca de um
sao de sofrimento que lbe vincav.a V. de M. mes, tendo perdido a raz~o, 8e achou
profundamente o rosta, urna joven de repentinamente curada em FamaJicap
Lisbòa. Transportada em maca pelos no dia 13 de janelro (dia da peregrl-
servos de Nossa Senhora do Rosario,
o espect"culo do seu cruciante mar-
Hs curas da Fatima naçao ~ F4tlma) de l 924.
-D. Fiorentina Antllnts AtuJrade
tyrio atrahla as atençoes de todos os (Rua Conde Redondo. 1O - LisbOa}
Obtiveram graças que prometeram
circunstantes, que se comoviE m imen-
so A sua passagem, i 'Tlpulsionados ou desejam ver publicadas e que re- que tendo se• lhe lntroduzldo urna
conhecidamente agradecem a Nossa agulha num pé, conseguiu, lnvocan•
por um sentimento nobilissimo de do Nossa Senhora, pas~r sem ope-
compaixao christa. Durante toda a Senhora do Ros4rio da f 4tima:
raçao, nao sentiodo Incomodo algum.
manM celebraram-se numerosa& mis- -D. Maria da Piedade Cabral
sas nos dois altares da capella nova. Freirt Fa ledo de Mendonça, da Oun- -M011senhor Antonio Maria dos
Varlas vezes fol distribuida a Sagra- da, tendo um seu fllho com apendi- Santos Port11f[al, da_ Ericeira, que t\O
da Comunhào a cen!enas de fiels. cite, de que este melhorou logo que flm da ultima Quaresma csentlndo--me
Em torno do pavilhao dos doentes tomou agua da F"llma. muito gripado (diz S. Rev. 1118) sem
estaclonava sempre urna multidlio de querer I~ i\ cama, urna noute que me
-Inocencia da Capa, viuva, da Na- tinha de,tado ceJo, acordei qu4si ta-
alguns milhares de peregrlnos que se zaré, que sofria de ulcera!', tendo con-
renovava lentamente e sem cessar. pado da gargant~ e, aflicto, sentel-me
sultado sem resultado diferentes mé- na cama. acend, a luz e vendo op
Todos rezavam com fervor o terço dicos-Temia se a gangrena chegan-

-
. do Rosario e cutras supplicas pelos reloglo que eram 24 horas e 20 ml-
do-se a falar na possivel necessidade nutos (hora média ou moderna) bebl
eafermos presentes. A piedade era de cortar a perna. Começando a la-
intensa e o recolhimento profundo. um gOlo de agna de Nossa Senhora
vai-a com agua da F!\tima.•. curou- da f 4tima e Iavei um pouco a gar-
Respirava-se alli, naquellas horas se, conservando ainda os signaec;.
abençoadas, urna atmosphera forte- ganta com eia, invocando com fé a
Velo no dia 13 de Maio de 1924,
mente impregnada de sobrenatural. sua vallosa protecçllo I Pois de ma-
com muita gente de li, agradecer a
Ao meio· dia solar começa a missa nha estava melhor e peguel logo no
Nossa Senhora. sono, que foi reparador. > '
dos doentes.
O sllencio torna- se mais profundo -follo Qaspar, de 26 anos, da
Charneca da Per aIva, freguezl1' de -Ettlvina de Vasconcelos, da Praia
~o que nuoca. A recitaçlio do terço de Ancora, um favor recebido. ·
é feita pela multldào duma maneira Paialvo, que estal"ldo atacado de al-
mais Intensa e com urna pledade mais bumina nada coosf'guiu da medicina. -Otoria Ptreira, tambem da Praia
emoclonante. Entre outras fez a promessa. se se de Ancvr.i., urna graça receblda nutria
curasse desde 13 de Julho de 1923 a bora de grande afllçllo.
A' missa segue-se a bençào do
Santissimo aos doentes. 13 de outubro do mesmo ano, de -Clotilde Angusta (Rua Oon~I.-

Voz de. Fatima


ves Crespo, 38, LisbOa), trez gracas. -Manotl Oomes /unior, dos C~- ener~ia. E os meus olhos foram des-
A cura da sobrinha de urna sua ami- beços (fleuelr6 dos Vinhos), que, lumbrados por o m11is belo cspectacu-
gà, que, tendo um tumor na garganta, vendo sua eeposa desen~anada dos lo human1).
ja com a respiraçao tapada, corne- médicos e ja agonlsante, joelhou jun- Excusam de se rir os quc niio
çou a rnelhorar, sem intervençAo rné- to do letto com suas trez tilhlnhas, creem . Eu niio sou um impulsivo,
dica, logo que recorreu a Nossa Se- melhorando a doente !mediatamente. ncm um fanatico. Ha muito quc me
nhora. Fòram em malo :1 Fatima agradecer habituei a subordinar as minhas sen•
A sua cura de urna d6r sciatica, de a Nossa Senhora. saçoes a v1gilancia atenta d..1 minha
que chegou a estar entrevada, e a re- inteligencia. Fui para Fatima. e lffi
ducçào de 14 anos da pena. depois -foaqulm de Souza Martfns, da a resoluç5o firme de na-, me deixar
de urna novena a Nos,a Senhora, a freguezla do Olivai, tendo sentença sugestionar. Fui d1.:votamcnte mas
urn seu irmao que, 15 dias antes, ti- de lhe cortarem urna perna por cima com o programa intimo de:: s6 fazcr
nha sido condernnado ern vinte. do j~Jho, usando da égua, recorreu juizo sobre aquilo que se apresentas-
a Nossa Senhora da F4tlma. se ao meu raciocinio cm evidente
-D. Francisca A. Ttixtira (Ta- certeza. E, no mc:u regre--so, posso
boaço) reconheclda a Nossa Senhora -/osé da Silva Ftrraz funior, de afirmar conscientemente, com a mais
do Rosario da Fatima por graças re- Carcavelos de Baixo (Olivai), vendo-
se muilo aflicto com urna pneumonia, c:quilibrada convicç5o. que assisti a
cebldas, deseia publicar aqui o seu prodigios e que em [ ,ce de mim se
agradecimento. recorreu a Notea Sen!lora, começan-
do logo a meihorar. passa ram factos suptL iorl.!s a pobrc
-D. li/vira Maria /uliiio, resi- sciencia dos homcns.
dente no Rio de Janeiro, a cura de -D. Maria da ConceiçlJo Fi!!Uti· Ja na ve!ipcra, no dia 12 de Outu-
urna doença do estomag'). redo Soares de Alber{!aria, agradece bro, me imrressionaram as caravanas
a Nossa Senhora da Fatima duas que encontrei escalando a serra. !Jm
-Izabtl Santoç Vieira t stu ma- graças que lhe concedeu, sendo uma forvorosas e ligeinis, rezando canti•
rido /oaquim Quintino, da Rabeira a cura iostantanea de um ~ dOres cos. Nem urna queix:a rndn uma de-
da Lourinhll, tendo uma sua filhinha sordem. Um exetr.ito ardente, em
fortissimas que tinha uma sua filha,
caldo de um terraço em um alguidar e outra, a cura, de um dia para o ou- marcha para Oeu'-.
de cinft quente, ficando horrivel· tro, duma infl.1maçao nos olhos de No dia 13, muito cé lo, p()uco dt'-
mente -ueimada. urna sua netlnha, s6 com a aplica- pois da madrugc1da, o meu gru po, que
O médico declarou que fin ha cfoen- çào da agua milagrosa. tìcara em 'Santa Cat.:1rin.1 da :,erra
ça para dois ou trez mezes. Come- (mirante carinhoso sobre o,;; montes
cando urna novena e loç~es com cercauos dc m oinlns), inici u o seu
~gua da Fatima, ao terceiro dia co-
me cou a melhorar, estando curada
Abrigo para os doentes curso cm dirccç'io a ()>v 1 dc I ria.
Eram algumas dczenas dc fì~urns de
quatorze dias depois. peregrinos da Fatuna aldcia, modeladas no bronz~ rustico
-D. Albertina Cravtiro, de Avcl- dos trafolh 1s do campJ, c.tntando
ro,tendo recomdo a Nossa Senhora T~sporte••• . •••• t .384:500 hinos sacros atraz dos scu5 pirocos
do Ro~4rio da F~lima em urna gran- D. Nr.rria '.feodors Oli- humildes Uns oito quilomctros ari-
de afllçllo, prometeu pubticar a graça. vetra ••• •• ••••. •• 20:000 dos, eriçad,>s dc rodus, inh >spitos e
D. Maria Augustér d' Al- sinuosos, debaixo duma crnicul,1 crueL
-Rita Mtn1es, (Rua do Sol ao melda Pinto . •••••• 50:000 A noite fora breve, quatr1) ou cinco
Campo de San tana) lavadeira do Hos- Manuel Duarte Ortigoso hllras de descanço rncompleto, entre
pital de S. José, a quem no dia 27 de (Brazil) . . •.••..•• 100:000 a exaltaçao religiosa
janelro deu urna dbr em urna perna D. Dulce Martins d' Aze- Vencidas as duas horac; dc c:imi-
ficando esta frla corno se estivesse vedo •• • • •. •.•• • 100:000 nho chcgamos ao l0g·H santo. Houve
sem vida, nAo a sentindo nem a me- D. Oeollnda Rocha ••• 100:000 rnna surpre1.1 gcral, um p 1:.m-:> imen-
chendo, tendo de recolher é cama so, em frc:ntcd1 multiJaoquc r;,voava
na Enfermaria de Santa Emilia. Sua Soma...•• 1.754:500
a cova da Apariçao. l{anchos in-ume-
amiga Ce~arlna da Pie:1ade prometeu
trez novenas a No~sa Senhora e no ------·---.:........-- ro~ com scus pendo~!: d'- corcs man-
s~ no ar, uma ondulèlç5o di. sedas
dia seguinte começou a melhorar.
-/osé Pereira Alexwdrt, dos Ma-
Fatima clciras. A' volta do pavilhar, ond..! se
re1lizav.1m ns cerimooias, milh.1res
tos, ~reguezia df' Espite, que sofrla de crcaturas frbris comprimiam-se e
Sob este tifulo publlcou o illustre
de ataques apoplettcos desde os J2 oravam. Era corno um enorme. acam-
e conhecido escriptor Joào Ameal, no
... aos 14 anos, chegando a estar les'l pnmento silencioso e c,rnt~mplativo,
de um lado. Jnmal de Not/clas do Portn, de 17 ungido d:! graça, ergU<:ndo suplicas
e 20 d'outubro, dois bélos artf.zos.
Tendo a familla pedido a Nossa e bençaos. Nada do arraial r.ortuguez,
Archlvamos hoje aqul o prhnelro,
Senhora e tendo tornado ~gua da barulhento e b~dlador, or(Juestrado de
parecendo-nmI dar nlsso grande pra-
Fl'ltìma, n!o continuou a ter taes ata- violas e de harmonios. Um, colmeia
ques. ur espiritual aos' queridos leitores
deste j1)rulzi1ho. cnlcvada, surdinaotc, csp1rituali•rnda
-A ntnrzio dos Sa11tos, r.asado, do e genuOcxa. Aqui e alem, na di,t:in-
Janan1o, freguezaa dos Marraze~. es- t,<:h ego 111:pra dt: FJ.tima, cxausto cia, \'Ultos de Fra-Ang.:lico, olh,·s
tando doente havia cerca de um ano, e foliz. H:i grnndes horas que nos lc- postos no alto, simplc:s e f ,rmidwcis,
deitando sangué pela bOca, impossl~ vrntam ac1ma de tod1s a~ miserins, dc maos juntas. Vclhns quasi sccula-
bllitado de trabalhar, recorreu a Nos ùe tixlas as KSp(!resas e de todas ns de!- res, tròpcgos e esouclcticl)s, cumprin-
sa Senhora do Rosario da Fatinn ~il u•oc:s. A hora que vivi ante hontcm do promessas cdiric.:rntcs, dci;fiando
prometendo um s~rmao, 11m ros.\rio tl!l Con d .. lria foi urna dts,;;as. Ca- rosnrios percorrendo dc j >elhos a
e trez vollas de j ,1elhos, o aue se minhd lrgua!> pela serra, sobrc lltl· grande extcnsao - ccmo estampas
cumpriu em 13 ~11! Maio de J925. lhos pcdrcgosos e dcb:1ixo dum sol inveroc;imivcis A traçar a via dcil"ro·
violentissimo. Mas niio ten ho nisso sa do:; seus ~olgotlw;. Toda a dor
-/osi Vieira de 'Auvedo Coutinfzo, o 1penor v.ilor, porque cada um dos humann purifica-fa pela asccnç5., da
da freguesia de S. 1-'~·jro de Porto de ;nc:;s passo,:; di f·St:·l,t t r,rnsf,)rrnado f~ - subi odo ao céu a busca das con-
M63, até l'l ldage de 34 anos fui mui- • num·1 t,sccnçio de aza - e, ao fìm Ja soh1çCe; e dos ba.lsamos.
to atreito a kritlas. j ,nrnda, ncnhum cença-.so mc ab ..ku Eu tcnho, quasi sempre, um mo-
Tendo i Jo 4 Fatinrn cm um dia J3 Ex,·usto e fcliz volto de Fali!m. MM vimentn de ho!>tilid,1dc ante ns mas~
de dezeml>ro, de tal ITil)do um sapalo cxau'lta dc nobrcs cm<çol.!s e ft:liz du , sas pk bei.i~, grosc;ei ras e n nonimhs,
lhe •agravou um 1 fèrida que chegQu m I força nova qnc me comunicou esmagidora'I e b:1rb1ras M;,s ali es-
a casa com dificul Jade. Veodo o ca- uma corngem mai" alta de viver. uva perLitamente r ~rdido na IJrg L
so a sgravar-se, recorreu a Nossa Se- Durante uma larga manh5. senti- fr., ternic.lade, - po,que O!' corpos ti-
nhora pondo sObre a ferida um pano rne cnvolvitio pelo sc·brenntural Res- nll'tm-sc atenuado ~ ficaV1m apcnas
molhado e terra da Fatima. O mesmo, pirci urna atmosfera mil.1grosa. A ' nos olhares anciosos, na ascese das
senlindo um braço inchado, em pers- minha volta, o ar que sci via a lon~os atitu f es, no recolhimento dos gestos,
pectiva de cofsa mais grave. haustos enchia-me duma comovada rcb:inhos dc almas implorantes, egua-
· Voz de. F~'tima
I
ladas no seu infortunio e no seu voo,
parcelas de humanidade em tr.ansfi-
guraçao mistica.
Por toda a manha estranha (o sol
.encobrira-se e filtrava apenas urna Bev,m 0 Sr•
luz sonarnbula de magica) a Cova de
Iria foi corno um presepio bento, cru·
zado pelo formigueiro dos peregrinos.
Aumentando de ano para ano o numero dos peregrinos gue de toda a
Ao meio-:iia, a imagem da Scnhora parte acodem em piedosa romagem a Nossa Senhora da Fatima, é do meu de-
de Fatima surgiu, aos ombros dos ver velar para gue este movimento religioso ntio caia nas trregult1rida,des gue
devotos. A multidao abriu alas. A,gi- inlelisamite caracterisam .muitos dos actos do culto da nassa Santa ~eligiào sm
taram-se milhares de flamulas. Um Portugal.
..clamor unanime, oceanico, aclamava
a Padroeira. E foi um minuto maxi-
Pelo gue determinamos ao Zlev. m, Clero d'esta Diocese o seguinte:
mo, um supremo e espantoso minuto 1."- Os Bev,reados Sacercwtss devem zelosamente gular os peregri-
dc entusiasmo profondo. nos, at1nd1-los no Santo Trlbunal da Penitencia e mtnlstrar-lhu a Sagrada
A estrada olio chegava para os au- Comru,htio.
tomoveis os carros, os animais - to-
, d ... d
-00s os meios de con uçao os que nao
... z. 0 - R' .multo do meu desejo g11e nas freguestas onde se organisem
podiam andar. Pa!>savam mac11s, le-
per11riHfies, estas sejam acomjanhadas pelo Bevsrsndo Pfl.roco oa outro Sa-
vando entrevados e enfermos, Em to- cerdoti, s11utndo pelo cazninho, s,ja a pé ou de carro, recitando o Santo Busa-
das as faces, as lagrimas misciam, ex- rio, eatoH4o, em coro, canticos religtosos; etc.
pontaneas. E sempre, cada vez mais 3.0
-Todo o Ctertgo d'ordens sacras d'esta Dtocese, gue va a Fatima
prolongados os écos dos e~ otico~ e os nos dt.s dis p1regriaa;oes, deve levir vsstida a batina.
fervores esparsos das ave-manas .•. 4. 0 - Na. Cova da /ria. os 11.eversndos Sacsrdotes camprirào as ordens
Até gue desceu a tarde - velando os
horisontes, espalhando as primeiras gue h1es der guem !dr por mtm nomeado para presidtr ds psregrinafòes, aju-
penombras. Dispersavam os peregri- dando a conf,ssar, distribuir a Sagradc Comunhào, etc,
nos. Pouco a pouco, vagarosamente, 5.0
-Até nova ordem nào é permitido confessar no local pessoas do
a Cova de lria ia tìcando deserta. A SBZO fszniniM,
muita g.:nte ouvi eu dizer que nao
queria mais sair dali. Mas atìnal, ti- 6,0
- Coacedo aos Bevereados Sac,rdotes eztranhos fl. Diocese de L1l-
nham de se resolver a abandonar o ria, emgsanto durar a sua p1rezrin4tào, as licenças , jurisdifoes gu, t,11-ham
legar santo, depois de tocar a Imagem dos respectivos Ordinarlos, mas encarregamos ,m sua consctsncia os Bever1n•
da Senhora de Fatima com as suas dos S,cerdotes d'esta Diocese ds ezigtr os docamentos, s, nào os conhecerem
medalhas, os seus terços, os seus de- pessoalm1nt1.
dos tremulos.
Aqui e além, ainda se atardavam Leiria, 6 de Oatubro de 1925.
pequcnos bnndos. Urna ultima ora-
çiio t:tn comum, um ultimo bino, (a) f JOSÉ, BISPO DE LEIBIA
urna ultima suplica . . . E todos, for.
tes e remoçados, deixavam o sbrigo
sacratissimo, regressando a vila, com
outro clarao nas almas e outra graça
dos coraçocs dilatados• ..
No cen, Jodos isso. Ora é certo que sendo o ceu o
logar da perfeiçlio e de felicidade, é

S6 num outro artigo, que escreve·


rei amanhli, poderei contar os factos
seremos bélos tambem .o da belleza, mesmo fisica.
Nada nos p6de dar urna ideia da
belleza da humanidade de N. Senhor
pro::iigiosos a que assisti com todo o A belleza do corpo e, em partlcu- no seu corpo e na sua alma. E' no
escrupulo da minha inteligcncia - e lar, a belleza do rosto, é urna das ceu, sobretudo, sob todas as rela--
que se me revdaram em perfeita cla- quàlidades mais amblcionadas do ho- çoes, o mais bello dos filhos dos ho•
reza. Mas volto a rep:!tir: cheguei de mem e, sobretudo, da mulher. E' ella mens.
Fatima exausto e feliz As horas que a que mais deleita a nossa vi!!ta. Depois d'Elle, a V I rg e m Mar I a..
vivi em F'atima marcem de claridade Ora isto é normai e querldo pelo Quam pulthra es I Como sois bella,
· toda a minh.i vida futura.• Creador; o que elle condemna é que Lhe dlra Deus e Jhe cantarao os anjosf
façamos um idolo da nossa carne. Depois de Maria, os santos na or.-'
JOÀO AMEAL
Esta deve obedecer ao espirito e dem da sua santidade. Quanto mais
o espirito a Deus: esta é que é a f0rem santos, mais serlio folizes na
ordem. sua alma e mais bellos nos seus corpos
Pet.\ido de roaeiras E' f6ra de duvlda que a belleza resuscitados. O ultimo dos eleitos sera
sera urna das qualidades dos corpos imcomparavelmente mais bello que- a
Havendo o projecto de adornar oa gloriosos no ceu. A Egreja diz-nos mais bella creatura da terra.
que est~ corpos serllo dotados de No entanto poderao dlzer•nos:
muros do santuario de Noua Senhora quatro perfelç~es fisicaa : agllidade, cse um homem, feio ca neste mundo
da Fatima com roselras, agradecem- subUleza, claridade e impasslbillda-
de.
se torna bello no ceu, jli nao sera
mesmo mas outro individuo•.
o
ae as qua mandarem entregar no pro· Nada mais falso.
A palavra «clarldade» é urna ima-
prio lacal, jà enralzadas para serem gem que significa antes de tudo a Nao ouvimos nos dizer multa vez:
plantadas. belleza. Fulano esta mais bonilo ou fulano
Seua iofantllldade entender por estd mais feio ? '
E como nio havera numero suft- es~ palavra s6 um maior ou menor A's vezes, urna figura que é bella
clenh para este ano cobrir todos os grau de lumlnOGidade, de nilo ver 110s aos dez annos é desagradavel aos
bemnenturad<>t1 senlo I a m p ad a s 20, ou reciprocamente. Fica no en•
muros, muito agradeciamoa qlls cada electrka! d'urna ìntensldade fulguran- tanto sempre a mesma pessoa. Certo
um em suas casas, por ocaslào das te. fata luz 1era, ao que parece, um rosto, agora escalavrado e encarqui-
p1Jdas, flzease a plant"'çio dos exem· dos atflbutos dos corpos celestes, lhado pela velhice, p foi fresco, puro,
m.lS A h1H111ooia e a perfelçào das delicado e delicioso na sua juventude.
plar&s qu9 tiver devoçilo de ofarecer form,, é bem mais para deseja,. Di- Um individuo p6de ser desfigurado
1em 1926. zer a urna dama que ella brilhara léi pelas bexigas, por um desastre, pela
em r11m1 corno urna lampada com doença, ficando sempre o mesmo.
E' conveniente marcar em cad'a ro- ioteosl1ade de tantas velas nào lhe Ao contrario, Oeus p6de multo
aelra o nome ou, pelo menoa, a còr causaria maior salisfaçào. A claridade bem, embelezar o rosto de um eleito
das rosu. é nlio s6 isso, mas mais e melhor que sem mudar a sua personalldade. Se• ·
'V,';'oz da Fé.tb:na

1emos todos bellos, belleslssimos, no 1 mols curto, confessae-vos prìmelro; to ella sabia que o Santo Cura s6·
çeu, o que nao nos impedira de per-
rnanecermos os mesmos.
E sel· o -hemos na medida em que
tlvermos sido bons, castos e santos,
durante a nossa vicia.
l
J. e talvez que, depois de terdes. fello
esta nobre acçao, me queiraes dis-
pensar de vos dar as provas que
pedis.
- Mas esse processo é empirico,
por urna intuiçao sobrenatural, podla
ter tal conhecimento.
Que liçào para lodos· nao é este
epis6diol

Convém, na verdade, que a belle-


.za da alma se reflita sObre o corpo
balbucia timidamente o joven oficlal,
visto ser preciso praticar a confissao Voz da Fatirnà
eque o corpo seja recompensado da
parte que tìver tornado na virtude e
t para conhecer os motlvos dela.
- P6de ser assim tm theoria, ajun-
Deapezas
Transporte • • • • . • • • • 40.118: 100
nos sacrificios da alma. ta o piedoso arcebispo ; v~de que é, lmpressAo do n.0 38...
Ao contrario, os condemnados se- , de ftcto, duma eficacla certa. Cedei ( 24.500 exemplares ). 563 500
rio feios, deformes e horriveis de I · pois é\ minha edade e txperiencia, Outras despez~. • • • • • 117 000
vér. Nao é imaginaçào, é um facto senào a vossa convicçao, e, oa hy-
que ve m da propria lei que rege os pothese de no fim v6s julgardes es- Soma. • • • 40 798.600
corpos gloriosos. Convém que a feal- cusada toda e qualquer dlscussào, Sub•cripçAo
dade da alma se reflita sObre o cor- teremos ganho, um e outro, duas ho- (Continuaçao)
po eque o corpo seja caatigado pela ras que poderemos contar, v6s para
· Jayma Justo, 10:000; Carlos Alberto da
parte que tornou nos vicios e torpe- a França e eu para a Eereja. Costa Reis, 10:000; D. Maria Teresa B. C.
aas da alma. • Vencido pelos acentos desta bOca Silva Passos, 10:000; Francisca de Jesus
Portanto, mlnha senhora, quantas • d'ouro, o oficial ajoelhou, se• .t::ntre Mansa, 10:000; Maria de Jesus Pinho Car-
conclusoes fìlosoficas e praticas de- • ele e o santo pootifice estabelece•se doso, 5:ooo; Marta Jo~é Vieira, 10:000; De
verleis tirar d'esta verdade I jornais e perc.:ntaitens (D. Maria d11s l>ores,
um coloqulo mysterloso, que Oeus em abril), 72:000; Lucio Ribeiro da Cunb11,
Nada de p6s à'arroz, de pintura, cobriu com tooo o amor que tem 10:00; D. Maria do Carmo Corte Real d'A-
de carmlm nos labios lf na outra aos filhos prodlgos, quando regres- breu de Lima, 10:000; D. Maria da Gloria
vlda l Isso, que ji cé\ na terra é feio e sam ao lar paterno. d'Abreu de I.ima e Fonseca, 10:00; D. Maria
Joaquina Tavares de Proença d'.Almeida
detestavtl, sujarla os eleitos; nada Quando a confissao terminou, o Garreth, 10:000; Or. Sebastiiio Sarafana,
embellezarla, nem rnesmo os con- penitente chorava, e o confessor es- 5o:ooo; D. Emilia Pacheco A,:ovedo, 10:000;
demnados. Sereis bella, muito bella, treltando o ao peito, dizla- lhe : - D. Maria Seona Mart!ns. 20:000: D. Patroci-
deslubrante de belleza, sendo piedosa Esia bem I Querels agora que vos nio Cabrai Soares d'Alberga ria Mendes
Oliva, 10:000; Madame Torres, 10:000; Pa-
e modesta neste munda. Serels fela, demonstre a utilidade do que aca- dre Augusto José Vieira, 10:000; D. Aoa
borrlvelmente fela, um inferno, se baes de fazer ? Tavares d_'Oliveira, 10:oooi D. Rosa Emilia
tlverdes, o que Oeus nao permita, a - Nao, monsenhor, respondeu o da Costa, 10:000•! D. Izabel Corterao, 10:000;
desgraça de para la ir. Ora, a ccoque- joven oficial soluçando ; fiz mais do D. Maria lube Monteiro Roina~, 20:000;
terle• conduz aos amores culpaveis 1 que comprehe11del-a : senti-a.
D. Maria Emilia Tinoco Lobo, 20:000; D.
E:liza Nunes Mexia d'Almeida, 15:oo~; O.
e estes ao abismo eterno. P.Liria Ferreira Duarte, 15:ooo; D. Maria
Quanto mais fordes «coquetee•,
,aidosas neste rnundo, quanto mais
tJverdes procurado brilhar e deslum-
1I lima Uç!o
llenriqueta Ribeiro Bapti,t11 1 5:ooo; D. An-
tonia Moreira Freire Velo~o da Costa,.
10:000; D. Clotilde Teixeira d'Almeide,
10:000; Padre Agostinho d'Oliveira Correi.i
brar, 9uanto mais usardes os braços 1 Urna manba, ahi pelo ano de 1845, Leandro, 10:000; Padre Joaqutm Lopes
e peito nus nessas reuniOes frivolas, ~ apeava-se em Ars a senhora Ettien- Praça, 10:000; D. Januaria Miranda, 15:c.oo;
mais farels penitencla no Purgatorio, nette Poignard. Muito piedosa, habi- Antonio Baptista, 10:000· JoAo Feroandes
Casque1ra, 1c :ooo; M11nue { M11ria Vile rin ho,
(supondo que nfto desçal smais baixo) tuada i comunMo frequente, esta 10:000; Uma Irma do Coraçao de Maria,
e menos bella serels no ceu. bOa alma teve a felicidade de vér 10;000; D. Laurmda Marques, 10:000; D.
A atdeaslnha rude vos ecllpsata multas vezes o Santo Cura de Ars e Joaquma Almoda Oliveira, 10:000; D. Ma-
pela tlellcad~za e pelo esplendor da de confessar- se a elle. ria Albina Almada Burg11ete, 10:000; D.
Maria Amelia Almada Albuquerque, 10:000;
tua belleza. Quanto mais fordes hu• Chegada a Ars, foi logo ouvir a D. Vir,1,inia Almada Mello, 10:000: José Al-
mlldes, sfmples e puras neste mundo. Missa de M. Vianoey e, no momento mada Me1ll01 10:000; D. Alda do Nascimen•
mais sereis bellas e triumphantes no da Santa Comunhào. ajoelhou-se a to Cruz Cervalho, 10:000; José da Fonseca
paralzo. Santo Mesa. Cute Ilo Braoco, 20:000; O. I Ierminia da
Fonseca Albuquerque, 10:000; Joao Baptis-
O Santo Cura de Ars foi distribuln- ta d'Almeida Carvalho, 10·000; Padre Lui:t·
\jma ambi(ào \egit.i.ma do a Sagrada Eucharlstia is pes10as da Costa Carvalho1 10:000; Padre Antoni~
presentes e, quando chegou a vez da Rotlrigues Xavier, 10:000; D. Ma~dalena
• O joven Naguere, condenado, ha senhora Polgnard, parou, continuan- Carrico, 10:000; L>. Rosa Leandro da Sii va,
pouco tempo em França, a 15 anos 10:000; D. Ana da Conceiçiio, 10:000; O.
do imovel. Clotildo d'Oliveira o Souza, 10:000; Augus-
de trabalhos forçados, disse em ple- Mal se p6de imaginar a agonia to Ara11jo de Carvalho, 10:000; Comem.lR-
~o tribuna), ap6s a leitura da sua Intima d'aquela senhora. Sem saber dor Joiio Curedo, 10:000; Dr. Luiz d'Oli-
aentença: corno explicar o proceder do Santo veira, 10:oooi. O. Ana Charters, 10:coo; D.
«PerdOo aos jurados : a sentença Irene Leitao Santos, 10:000; D l\brill Can-
Sacerdote, pOs- se a recitar intima- dida Colen liarreitoJ, 10:000; D Miquelina
~ iusta. PerdOo aos1pollcias: fizeram mente, no seu coraçao, actos de fé, Louro Fernandes, 10:000; Padre fsmoel
bem em prender•me. Mas nesta sala ha esperança e caridade. Terminados el- Augusto Guedes, 10:000; D. Rosa Duarte
um homem ao qual nao passe per- les, o Santo Cura de Ars saiu da sua Ribeiro, 10·000; D. Maria José Lino Cor-
doar. VMe-o: é meu pai. Educou- reia Ginjeira, 10:000; D. Maria Victoria d 1
imobilidade e deu- lhe a Comunhao Silva, 10:000: D Mi.ria daa Oores de Mato:;,
ine sem religilio, sem o ternar de corno aos outros. Boavida, 10:000; Padre Franci5co A. da
Deus.> No entanto a turbaçAo da sua alma S1Jva Valente, 10:000; Padre Roclrigo
continuava. Porque seria esta para- L11iz Tav11res, 10:000; D. Gu1lherminc1 Ame-
lia Alves Fortuna, 10:000; O. MariR Emilia
Um penitente convertido gem? Qual a rado d'esta atitude? I Barbosa Branco de Mello, 10:000; D Rosa-
Na guerra da Prança com a Holan-
da, um oficial do exercito francez, ao
O que significa a grave severldade
do celebrante ? A dita senhora pro-
curou logo abotdar M. Vlaancy.
l da Gloria Rcbimbu, 10:000 e D. Gloria de
Jesus Reb1mbas, 10:000.

passar por Cambray, fol ter com o


f
Obteve e,ta ,esposta : I
VOZ DA fiATIMA
bom Fenelon e lhe disse :
Monsenhor, dentro de poucos dlas
wou encontrar-me com o inimigo. An-
1eJ de entrar em batalha, slnt~me
I - e Quando se nAo tem feito as
oraçoes da manhil e que se tem felto
urna viagem multo dlssipada nào se
esta suflclentemente disposta a fazer
l
I
I
Este jo•n•lzlnho, q u e
I vae eendo tao querldo •
proourado, é dietrlbuicfo

I
wlvamente arrastado a fazer, vos a a Santa Comunbool» gratuitamente e111 Fétim•

l
confissao das minhas faltas ; mas de- -Fol um traço de luz. Efectiva- nos di•• 13 de oada mi••
eejarla ouvir da vossa bOca eloquen- mente, a rapidez da partida tlnh.1-lhe lluem qulzer ter o dl-
te as provas que demonstram a di- feito omltlr a elevaçAo matlnul do t reito de o Peceb..- dlre-
I
windade da Confiesao. coraçAo para Deus e as conversas no cta111ente pelo e or re I 0 1
- Da mether vontade, respondeu
o afavel P.relado : todavia, corno é
•turai seguir em tudo o caminho
'
carro nao tinham dado ocasl:lo de
compensar tal esquecimento. A cul-
pada sentiu tanta mais confusao quan-
l
I
tera de envlarl adeanta--
ìlamente, o m n I ffl ·O ile
dez mli rél•r
Ano IV LEIRIA, l.S de Janeh:·o de 1026 N.• 40

(COM APROVAçAO ECLESIASTJC.A)


Dlreo-tor, Proprietario e Editor Adndnl•trador: PADRE M. PEREIRA DA SILVA
DOUfOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS REDACç..i.o E ADMlNISTRAçi.o
BUA. D. NUN'O .ALVA.'RES PE'REIB.A
~mrosto e impresso na Imprensa Comercial. A S• - Leiria (B!;ATO l'iUNO DE SANTA MARU.)

a
eronica de f atima tribuiu para aumentar o numero dos
romt-iros. O frio, a chuva dos dias
precedentes, o mau e&tado das es-
tralr atracçllo quasi irresistlvel que
exerce sobre as almas crentes e pie-
dosas aquela estancia tantas vezes

13 de ·Dezembro tradas e, sobretudo, a proxlmldade


do dia 13 de Outubro, ei:colhido de
preferencia corno o dia 13 de Maio,
santificada pela presença da gloriosa
Rainha dos Aojos.
V. de M,
pela grande maioria dos fieis para a

I
G
sua peregrinaçào, explicava cabal-
AIS um ,::·decorreu ap6,
os acontec,mentos ma-
mente a dimiouta concorrencia de
romeilos no dia 13 de Dezembro.
Hs curas da Fatima
ravilhosos de FAtima, um Apesar da escassez de sacudoles,
e LisbOa, 6{11 925
• ano em que a Virgem San- inhibidos de ir A Fa1ima por causa
tissima prodlgalisou um do onus da celebraçao da missa nas Sr. Director da Voz da Fdttma
sl'm numero de graç~s e suas egrejas paroquiais ou nas suas Para honra e gloria de Deus e da
bençaos sobre milhOes de cttpélas, algumas missas se disseram Virgem Santissima venho tornar pu·
crentes qur, cheios de nos allares do pavilhao dos doentes, blica a minha gralidìlo para com No~sa
confiança na sua protec- a que assistia urna grande mul tidao Senhora do RusMio da Fatima, duma
çAo materna!, a invocaram piedosa- devota e recolhlda. Nestes dias de graça receblda por meu marìdo Ger-
mente nas enfermidades dolorosas menos concurso de povo, em que mano da Silva. Em Abril de 1922
do corpo e nas crises n~o menos do- reina por toda a parte mais ordem e começou a sentir-se com muilas dò-
lorosas d11 altna. socégo, tm que a pl-edade é ma~ res no corpo, fastio, ins6nias e muitos
A devoçAo para com a augusta viva e mais Intensa e o recolhlmento su6res, chegando a ensopar 14 cami-
Mae. de Deus, que para salvaçào de mais profundo, parecem ter um en- rnlas por noitt', tendo sempre len- •
Portugal, se dignou aparecer, numa can to multo puticular c,s actos re- çois dobrados debaixo dele. Todo o
charntca arida e esteri!, a trez hu- ligiosos que ali se efeotuam. Aflgu- corpo parecia urna nascente a brohu
mildes pastorinhos, propaga-se e in- ra-se-nos que o ambiente que temos agua. Fiz todos os remédios que S'le
tensifica-se cada vez mais, fazendo a consolaçào de respirar estA mais indicavam. Vendo que n~o obtinha
, convergir para aquele logar bemdito impregnado de sobrenalural e que a res~ltado, ohamcl o Ex.•0 Sr. Dr.
1egiòes de almas e de coraçòes, se- paz suavissima de Deus desGe mais Eduardo d'Oliveira Mora, ctizemlo
quiosos Oe verdade, de virtude e de copiosa das alluras sObre as almas ser urna inf11JmaqJo nos intesti11os.
paz. de bOa vontade. Ao fim de cinco mezes as melhoras
Dir-se la que a Rainha do Ceu, Ao melo· dia e mela hora celebra- er~m as mesmds, apesar de t0d~s..-os
pousando os seus pés virglnah na- se a ultima missa, a missa dos tn- edorços deste clinica. Como tlvease
quele cantinho da terra, e embalsa- fermos. Durante eia, um sacerdote de se retirar para aguas, chamei o
mara com o perfume ctulclssimo e reza o terço do rosArio 11Jternada- Ex.•• Sr. Dr. BerliPI, dizende ser urna
inebriante da sua graça e do seu meete com a assistencia. De vez em itttercolite. Da mesma f<\rma a doeAlja
amor, tornando-o desde esse momen- quando ouve-se um piedc,so canttce nào obedecia, continuando com gran,-
to um foc~ poderaso de atracczào das popular. Depois da comuohAo do des afliçOes, deitando omas coisàS
a\mas, um polo magnélico espirltual Sace,dote dlslribue-se mais urna vez que pareciam bocados de tripas, jul-
de extraordinAria e assombr06a ener- aos flels a P!o dos Anjos. Segue-se gando muita-s vezes estar pr6xìnw o
gia. 0 dia J3 dezemb!o amanheceu a bençào aos enfiermos, profunda- seu fim, apesar deste ultimo c~inico '
tiiste e sombrio, corno um verdadelto mente emoclonante corno sempre, e fazer todos os esforços possive!4s por '
dia de inverno. por ultimo a bençlo geral a todos combaler a doença. Na noite de 16
O ceu toldado de nuvens densas os peregrlnos presentes. • de noYe.mbro do lff6Hn<> ane, vi-o •
e escuras, corno na véspcra, ameaça• S6b~ eRtl!o ao pulpito o rev ...0 tào afl,to corno nuoca o wuba vlsk>.
va desnenhar sObre a terra as tor- Joa1.1uim Alves Correla, procurador Pedlu· me que chamasse o 111étflco
rentes de Agua das suas fec•ndas geral das mis60es do Espiriro Santo, imediatamt-1ue que ia A1orrer. Co111i,
e lnexgot4vels cataractas. Todavia que fata sObre a devoc.;!o a Nossa fò~se muiro tarde e o médico assi11-
durante o dia lnteiro nem urna gota Senhora e a necessidade da penitm- tente fica:,se afastado, ch.tmei o Ex.•.-
de chuva orvalhou a serra, crnbora cia. Recondulida, Oli f6rma do cnsru- Sr. Or. Cot-ta Nero por me ficar m&is
o firrndmeAto conservasse s-empre me, a estAtua de Nossa Seuho,a do prox!mo. DepCJis de o ter ùbservado '
até A noite o seu sobrecenho carre- Resario da capela du missas para a c:iisse ser coisa grave, che2ando a ' /
gado e amt.açador. das aparic;Oes, a multi~ao começa a tirar- lhe al,!_umas aHalise~ do sa-..&uc
O concurso de peregrlnos foi, co- dìspersar-se e pouco tempo dei.,01s e urinas ~ contiouaoda ~t-"1 obter
me aliAs era de espernr, considera- apenas alguns fiels, de~rto òas po- 1esultado, sendo s~mpre o Ex... 11 Sr. '
velmente inferior ao dos outros me 4
voaçOes mais proximas, se encon trilm Ur. Bt:rlim I.le acOrao com todos QS
aes. Nem sequer a clrcuostancia de aqul e acola, rezando as sua oraçOes m·•dicamentos. Assìm esteve até Ou-
o dia 13 ocorrer oum Domlogo co11- ou e&forçando-se a custo por se sul>· tubro de 1924. Uma coruadre mlnllar

Vo2.o da Fét:;hna.

ao ter conhecimento de multos mi· marnar. Havla dols dias que nem ma- «Pardelhas, 9/5/1925.
lagres de Nossa Senhora, arranjou- rnava, e, sem eu saber, trataram dos
me urna pioguinha d'agua a tornar .is preperativos do enterro da mioha fi- Ex.1110 e Rev.mo Sr.
gotinhas e, desde essa data, nao tor- lhioba. Nesse dia chegou de Paro a e Deu-,se urna conversào na Fatima
nou a tornar outro qualquer medica- mlnha miie que vlnha despedlr-se da no dia 13 do més passado.
mento. nétinha e corno é urna criatura muito Um rapaz de LisbOa, de 19 anos,
Depois de tornar a ~gt1a esteve chela de fé, trouxe•me urna gotinha mas que nunca se tinha confessado
dorante 15 dias a delrar sangue ne- da ~gu3 de Nossa Senhora de Lour- nem felto a primeira com u n ha o,
gro, o ventre começb1:1 a diminuir, des e pediu-me que a désse a beber acompanhou a peregrinaçào dos fi-
este a sentir· se multo ali viado e a ~ mi nha fllhlnha e rogasse a Nossa lhos de Maria, de Bemfica. Quando
ter apetite. Nuoca mais teve v6mitos Senhora de Lourdes e a Nossa Se- chegaram os fllhos de Maria, e mais
nem su6res. Ao fim éie um mes esta- nhora da Fatima para que me salvasse a
pessòas, for.am Sagrada Comunh~o.
va perfeitamente bom e ja loi traba- a minha filhlnha. Assim flz. No dia Ele encostou-se a urna arvore, triste
a
lhar, graças a Deus e Màe Santissi- imedlato a minba filhinha tomou a e peosativo por nao poder participar
ma, e dai para ca nao tornou a sen- temperatura normai e começou a ma- da tào grande graça I Velo encaatado
tir mais nada. Faça V. Ex.• o uso rnar, foi mclhorando e eu prometi a com o que la presenciou. Na volta
que entender desta minha carta que Nossa Senbora da Fatima, se salvasse veio para a Murtoza e quiz a Nossa
tinha lmenso prazer- ver publicada a minba fi)ha, iria a sua ermida em Boa Màe, que ele fatasse com a
no joroal de Nossa Seohora, a Vot Fatima com eia e mandaria rezar Francisca Mansa e lhe contasse tu-
da Fatima. urna missa na mesma ermida. Efectl- do, dizendo- lhe que o que mais que-
Subscrevo-me com a maxima con- vamente fui la no dia 8 de j:rneiro e ria era confessar-se e comungar, mas
sideraçao, level a minha filha que, apesar de que so sabia o Padre Nosso e a
Rosa Silvina da Silva salva, ainda estava muifo prnstrada e Avé-Maria. Prontificou- se I o go a
Rua Ferreira Lapa, n.0 37i 3. 0 E. . o olhar pouco perfeito, mas graças a Francisea em lhe dar um catecismo
LisbOa. Virgem Santl-asima, sentiu verdadeiras e eosinou o, o que aprendeu logo.
melhoras nesse momento em que, Confessou· se e comungou e o m
FffESTF\OO ffiÈDICO com eia nos bracos joelhei rogando muita devoçao. Ccmpr< u me multos
Eu abalxo assignado atesto sob a a Deus por eia. Espero la voltar no artigos de Fatima, e la foi para Lls-
mlnha honra profìssional que Ger- pr6ximo ctia 13 de Maio porque as- bOa.•
mano da Silva. morador a Rua Ferrei· sim o prometi. De V. Rev.m', etc.
ra Lapa, 37, 3 11 , estava doente e f li Rogo pois a V. Rev.tna a publlcida- Marta das Dores Tavarcs de Soasa
por mim tcatado desde 4 de Setem- de desta cura no seu jornal e mais
bro de 1922 até outubro de 1924, ro~o a fineza de hoje para o futuro
me considerar assinante desse jornal- ,Ex '"0 e Rev.mo Sr.
pelo que estava impossibilitado de
trabalhar. zinbo. Por meio desta carta venho contar
O médico De V. Rev.ma, etc. que a Vìrgem Nossa Seohura do Ro-
sario da Fatima, esta semana nos fez
M. ]osé da. Silva Bernardino Damlcilla da Sltva Perelra muitos milògres.
LisbOa, 3 de Abrll de 1925. Loulé, Maio de 1925. Tendo eu urna irmà que ja sofria
(Seglle-~e o reconhecirnento) do estomago, estando ela para casarr
aumeotou a doença de que estava
,Pardelhas, 6,'4/925. muito mal. Tendo eu feito o pedido
• Loulé, 4 de Maio de 1925.
Rev.m• Sr. da 4gua milagrosa j i ha. bastante
Rev.mo Sr. Admlnistrador do j t>rnal Ha · aqui duas creaturas que teem tempo, eia esperava com uma grande
cA Voz da Fatima• duas graças para serem publicadas fé. Nas vésperas do casamento ja
com os gastos feitos, peiorc>u, estan-
Perdòe me V, Rev;na a impertlnen- na Voz da Fatima. do corno eu nuoca a tinha vistò. Pe-
Prlmelra: Ana Léria tendo urna sua
·c1a desta minha caria, mas, es:reven- filhinha multo mal da vista andou a
dlmos todos com grande fé Santis-
do- a eu, cumpro um dever e ao mes- sima Virgem que lhe désse saude.
durante um mez no rnédico, e corno
mo tempo urna promessa que fiz A este lhe acooselhasse a ir com a criaa- Nessa ocasiao cbegou o aviso pa-
\ijrgem Santissima Nossa Senhora da ra lr buscar a a~ua ao correio. Ela
ça' a Colmbra, eia recorreu a Nossa
fltlma, a quem, alem doutras pro- Senhora da Fatima e prometeu- lhe be{Jeu, /avou o estoma~o e no oatr{)
rnessas, prometi publicar no seu jOf• dia estava coma se n.ada tivesse so-
que s-e sua fllhinha ficasse bOa sem
nal, mais um milagre que recebì da /rido.
Virgem Santa.
sahir de ca2a, dar- lbe ia 20:000 réis
de esmola para 0 seu culto e duran· De V. Rev.111a, etc.
Nos ftns do mez de Julho de 1924
te 5 dlas, em sua casa, na frente do Maria dos Anios P.ereira
adoeceu- me a unica filhinha que te·
seu crucifixo e da lmagem de Nossa
nho, com uma meningite, que os mé- Candelaria - S. Miguel - AçOres
dlcos declararam ser da pelor natu· Senbora, rezarla o terço, estando dia
teza. A cria(lça apenas tinha 4 mezes e uoite a lampada acéaa. Como fOs·
de idade e corno a doença avançava se aten.di.da por ~ossa Senhora vem Rev.1111> Sr.
cumprlr o seu voto. e D. Julieta Lourenço dos Santos,
a passos glgantèscos, pois durante
um mez consecutivo a mlnha pobre Segunda: Tereza Patricio vendo-se casada com José André dos Santos..
filhlnha esteve sempre com urna ar- em grande af11çQo por grand~ diflcul- modista. moradora · na rua de VIJar,
dente fobre de 39 e 39 graus e melo, dade que corrla um seu fiJho para da cidade do Porto, tendo a sua uni-
o médico, depcis de empregar tOdos embarcar para Amérlca. No dia 13 ca filha de nove mezes de edade,
os seus esforços e foàos os seus re- de fevereiro, posta de joelhos, recorre desde os trez mezes com a cabeça
cursos, declarou que a medicina nada com fé e coniiança a Nossa Senho- cheia de feridas que cada dia aumeo-
podla ji fazer. Estavam exiotados ra do Rosario da Fatima, promete-lhe tavam mais, nao cedendo durante
todos oli seus esforços e mortas todas se ele entrar na América, de lhe man· seis mezes aos tratamentos lodìcados
as mtnhas esperanças. Eu estava du- dar um ,:iolar e rezar durante nove pelos médicos, eslea dectarararn set
rna tal forma morta pela dOr que dias o terço na capéla do Iogar e grave o estado da creaoc;a. A m!e
nem Animo tinha para rogar a Deus. fazer duu nove.oas de joelhos e na sua ~fltçao, recorreu a Nossa se.
O médlco quasi a abandonou e eu mandar publicar a graça para maior nhora do Rosario da Fatima e pro•
cborava jd a perda da minba uoica honra e gloria da Santissima Virgem. meteu• lhe de mandar celebrar uml!:
filhinha quando a vi jci sem vida. To· Como fOsse 11tendida vem agrade- missa e publlcar a graça., se a crean-
lheram-se-lhe todos os moviruentos cer a Nossa Senhora a graça e en- ça sarasse. Nào podendQ, porém, na
dos braços e das pernas, eosurdeceu vlar o dolar. ocasiffo obter agua da Fatima, cortou
e os olhintios estavam cobertos duma De V. Rev,IR•, efc. ...._ em um jornal da "Voz da Fatima• a
espessa nevoa que a nAo deiuva ver Mllrlil dos A11jos de Matos• estampa de Nossa Senbora e, cheia
oem sequer a claridade. Levou neste de confiança na protecçao da Santis-
estado desde os 4 meze& até aos 5 De uma carta recortamos o se- sima Vlrgem, colocou a estarnpa na
meze-s e meio e por fìm deixou de gulnte: cabecinlla da creança e Javou as fe- •
Vo-:, dR F6tlma

Obtiveram graças que veem agra-


ridas com Agua comum, deixando de
lhe aplicar os medicamentos.
Nossa Senhora dlgnou-se ouvir as
decer a Nossa Senbora mais as se-
guintes pessOas:
Fatima
-suplicas da aflita mrie e no Hm de -Lllaic ,e J1sas Yieira, residen- Tendo publicado no mès anterior
-0ulnze dias as ieridas estavam com- te em Ortan4ia (B,azil) tendo-lbe o primelro artigo que Joao Ameal.
pletamente sas. morr14o um gemo tubercuJeso e sob este titulo, publicou no jornal
Mandou ja celebrar a missa e pu· vendo sua filha Maria, mae de dois de Notlcias, do Porto, archivamos
blìcar a graça, cumprindo assiro a meninos, com escarros de sangue e hoje, corno promettemos, o segun<fo:
~ua promessa. signaes da mesma doença.
De V. Rev...a, etc. «Eu prometi contar-lhes os factos
-Qalttric Mari•, do Souto de s8brenaturaes a que assisti na jorna•
Julieta Lourenço dos Santos• Baixo, fregu-ezia da Caranguejelra, da maginfìca de Fatima Aqueles que
soffeoào de urna brooquite asmatica nao q uizerem acreditar na sinceridade
«Ill.010 e Rev.m• Sr. de que foi inutilmente tratada por da minha narrativa, é melhor nao lt·
v!rlos médieot, com.eçou a tornar rem este artigo. E' doloroso para mim
Venho pedir- lhe o favor de pubJi- agua da Fatima resando, aotes e de-
<:ar na «Voz da Fatima•, que em 13
poder pensar que um esp1rito d'in..
pois, urna Avé-Maria. credulidade ou de ironia pJssa domi-
de junho passado estì~e em Fatima
com algumllt penOaa desta fregue- - /scura da Conceiçilo Paiva, nar os que me prestem gencrosamea- ,
(rua Nova do Almada, 83, 3.0 D. - te a sua atençii.o. Q ue a o escrupulo
sia, aon1le fomos em pere2rinaçao.
Confessamo-nos, comun2amos e re- Lisb0a) e6tàodo condernnada a urna com que repro.iuzo aquilo a que as-
zamos. Eu, que desde criani;a sofria raspa,gem em um fledo ou cortarem- sisti - corresponda o escrupulo dos
dum eczèma no nariz e que muito no, prometeu publicar a cura obtida. q_ue assistem, através da minha expo-
me fazia sofrer, lavei· me na agua da s1çao, aos prodigios de Fatima.
-D. Alda Crcveiro lopes de Sou· Primeiro facto positivo e enexpli-
Fonte Mitagrosa onde haviam en• sa e Faro, resi<lente em Panglm
<:ontrado curas e alivioa tantos doen- cavel. No dia 13 de Ouu1bro, era
(lodia), a cura de 11uas fllhas. meio dia e dez minutos no meu re~
tes, se.guodo lera no jornalzinho. Pois
tenho a satisfacao de publicar que -D. Meri« de Lourdes de Bar- logio, l?ass<1va a imagem da Senhora.
celos Coelho Boreei (Angra,Aç0res), de Fauma entre a espantosa multidao
flquel completamente curado. Mas
de que grande encomodo fiquei livre I o ter-se confeseado um pecador a devota. Foi o grande momento de
E com uma simples loçao do nariz I hora da morte e ter Nosaa Senhora que falei no meu artigo de sabado.
Oraças a Nossa Senhora da Fatima I do Ros.4rio da Fatima afastado a O ar encbeu-se de voo branco dos
Agradecendo- lhe a pedida publi· epidemia da gripe da aua terra. lenços que acenavam e do clamor
caçao, subscrevo, me com a maior unanime, fervente, das saudaçoes dos
-DomlnJ!11s Ferncn.des Rendelro, fieis. Na cova da Iria, toda a 8ente
cooslJeraçao e estima da Murwza, urna cura recebida.
convergiu para o logar da proc1ssao.
De V. Rev.ma, etc. E foi um largo ext·ise, urna vasta on-
.S0za (Vagos), Agosto de 1925. Abrigo para os doentes da mistica, galgando o espaço, desto-
lhando-se em bençaos na atmosfera
Joaquim da Si/va Carvalho
peregrmos da Fatima luminose.
O sol descobrira-se. Descia um ex--
Rosa F. da Mota Machado, para TransporCe. • •• J.754:500
plendor fluido, em ouro puro, sobre
·mais afervorar o culto de Nossa Miie a terra Junto a mim, um home.r:n
Santissima do Rosario da Fatima, Condessa de Margaride 44:500 da minhn aldeia comtemplava comrw
vem tornar publico o mllagre que D. Htrminia . 8 rane o go o quadro imenso Nao sei ainda.
eta lhe fez. Teixeira de Lencastre 5:000 porqu€, senti um desejn repentino de
Tendo rninha irma, muito querida, observar o sol. Ouvira a varias pes,.-
doente, ha trez anos, fol esta no dia O. Maria Luiza Vargas 10:000 soas cultas a confissao de terem cons-
.23 de 8etembro subitamente acome- Soma•••• 1.814:000 tatado fenomenos no sol, naquela da-
tida de urna forte hemorragia pela bl'l- ta, aquela bora. Fixei o sol. Antes de
ca o que alguos abalisados clinicos mais nada: fixei o sol, sem que os
nào poderam de belar.
Na m~drugada do dia 27 intensifi-
.Hbeleza de Maria oLhos me doessem, · sem que a retina
se ajrontasse. Pareceu-me que havia
,cou-se ~ssa hemorragia. Levei-a num , no sol urna siogular tremura. Afir..
trem ao hospltal da Misericordia aon- Um dia urna criancita de quatro mei-me melhor. Com espanto meu,
de o méd1co de serviço no banco, anos, foì admltida, em razao da sua a visao esclarecia-se. O snl tornara-se.
vendo o perjgo que corria, a mandou idade, a visitar Bernardete, na enfer- um circulo finissimo, urna especie dcr
imedlatamente internar no pavilh!o marla do convento de Nevers, onde anel doiro, e, no centro. convertera•
particular, e ali, medicando-a disse morreu. se nuina c!'ft!ra de sombr a em rota,
.estar na imloencla de urna hemorra- A pequenita aproximou-se, nos bi- çao veloz. IJurante alguos mlnut,gs
gla cerebral, podeodo o caso ser cos dos pés, do leito da feliz videa- impresionado e dominad1•, verifiquei
,fatat. te de Nossa Senhora de Lourdes, e a oitidez do e:imaoho sucesso. Oepofs,,
Chela de confiança ~ da venera- em voz baix:a segredou- lhe ao ouvldo: sem nada revelar do que ohservara,
,çAo mais profunda Jmplorei o socorro -Minlu Irma, v6s vistes a Virgem receiancto a auto-sugestao, pedi ào
da Vìr~em Pufissima Nossa Senhora Imaculada? meu comfanheiro que olhasse tam·
da· Fatima, prometendo-lhe ir so, ou -Vl, minha filhinha. bem o so e gue me disscsse aquilo
com minha extiemoslssima irma (ca- -E eia era multo bonita? que fòsse de:.c1.,brindo. E o meu com-
so eia j-1 podesse vlajar), no proximo A esfa pergunta da !nocente. crian- paoheiro foi dcscrevendo, exactarnen·
dia 13 -de Outubro corrente, agrade- ça o rosto de Bernardete tornou-se te o ft.nomeno, o mesmo fonomen<J
.cer o ter atendido aos desejos do radioso e de urna expressao aagélìca ex'traordinario. A prova estava felta..
.meu coraçao. indìscutivel e respondeu: E consolidou-se aioda, mais tarde
A crise, d-epols da minha fervorosa -Oh se é formosa I tao formosa quando varias outras pes!>i>as me re,,
suplica, pa~sou e venho eu ro (visto que quando se vé urna vez deseja-se lataram ter visto, a n,.sma hora, en-
morrer para a tornar ver. quanto fitavam demoradamente () sol
que minha irmà alnda me nao oode
acompanhar), prostar- me aos pés de
Nossa Mae Santissima da Fatima,
----------
.A· s oracoes dos leitores
vivo, sem a minima sensaçdo de do,.
o que eu vira tambem, cLarammte.•
agradecer o bem que me concedeu Seguado facto positiva e enexpU·
arredando naquele momento o fata\ A's piedosas oraçoes dos leitores cavel. Conheci, na cova da Iria, dois
perlgo e mais urna vez rogar- lhe to• · do no5so jornalzinho recomendamos homens, um dos quais medico. Am-
me minha adorada Irma e a mlm so- as necessidades de varias pessOas bos me afirmavam categoricamente,
ibre a aua protecçllo. que isto nos petlem, incluindo a com- ter asslstido ao seguinte cpis6dlo :
Porto, 28 de· Setembro de 1925.
pleta cura de um chefe de famllla uma creunça dc do1s anos, tega aé I
I que é o amparo de sua rnulher e de nascellça, cujos olhos se abrm11n ci
I
Rua de Santa Catarina, 333 urna creancioba de tenra edade. lui do mundo, pela prirneir::i. vcr,.

• •
t .

ante a Imagem da Senhora de Fati- licitando Deus por nos contar nomi• Subscrlpc,Ao •
m a, entrc ~ a legria entusiaMica dos nalmente entre os Seus adoradores (Continuaçao - ì\t.iio-1925)
pais. ( I que parvos I). O. Maria do Re~gate Cord.!iro, 10:000; U.
Terceiro facto positivo e inexplica· Tào pequenos somos !> · L u1za da Cunha Pinto D1as, 10:000; D. Bea-
,el. Um cnformo que chegou, ampa- triz N Gmmar ~e~, 10:000; D. M 1rid do N:is-
rado por amigos, sobre as suas duas c1men to Loureiro, 10:000: D. JuJia Ja Silva
muletas, e que, a passagem da Ima- Pedido de roseiras Guerra, 10:000; D. Eufemia ùe Souza Soa-
res, 1e :ooo; Lu1z Correia ùa Vas.;oncelos.
gem, pòz as maos sobre eia - e ca- 10:000;.Jornae~ (D Ma.ria de Jesus Duriio),.
min hou, sem nenhunui ajuda e des- Havendo o projscto de adornar os 10:000; idem (José Mana do Costa Oliveira)
prezando as muietas, um largo ll:ID• muros do santuario de Nossa Senhora 5:ooo; D. Adtdaide Corte Real da Camara:
po atraz do 1indor sa nto. da Fatima com roselras, agradecem- 10:00~; D. Jo~efa Mat?s Chaves, 10:oco;
Antonio F. de l\lclo Gu1marfie1, 10:ooc; D.
Outros factos, dentro dum campo se as que mandarem entregar no pro- Aida Celeste Fcrreir,1 do Amaral Correia
mais llumano, mas dccida mente pro- . prlo local, jà enraizadas para serem de S ouirn, 10:000; D. Maria C/,t\·in d'Orn e-
digtosos. Entre os cem mii percgri- plantadas. la~ e ya~concelo~, 10:000; An1onio Dia,
nos de Fatima, que atravessaram le- E corno nào havera numero sufi- l\largnndo, 10:000; Jornne~ (D. Chrisrin:i
guas de serra, via5 aspérrimas e in. SantosJ, 15:ooo; D. Emilia de Jesut Oli-
clente para este ano cobrir todos os veira, 10:000; D. Maria da Luz V. Antunes,.
gremes, nenhum cançasso, nem um muros, multo agradeclamot qua cada 10:000; n. G11rtruJes da Conceiçao Mon1ei-
queixumc. Todos declarando-se cheios um em suas casas, por ocaslào das ro, 10:000; José de Ma tos Oias, 10:000; D.
duma força interior, duma intima podas, flzesse a plantaçào dos exem- Margarida Lopes, 10:000; Padre Jayme Jo-
plcnitude, e s6 descjanùo, ap6s o rc- sé Ferreira, 10:000; D Tereza Xavier Ra-
plares que tlver devoçào de oferecer mos Netn, 10:000; Jornae~ (Padre Antonio
gr_csso, renovar a sua ida a cova da em 1926. Correia Ferreira Mota),32:500; José He n-
lrra. E' conveniente marcar em cada ro- riques Angelico Braga f.1go, 10:000; Ber-
Mais: bastantes indiferentes em ma· selra o nome ou, pelo menos, a còr nardo Rodri,tues Guede~, 10:000; Joaquim
téria religiosa que, de joclhos, alheia- Dom1ni;tues Urbano, 10:000: Jaymc Nogue1-
das rossa. ra, , 5:.ooo.; Jornaes 1D. EngrJcia da As-
dos, se conccntravam no pensamento sumpçao Covas) 20:000; J osé Go m es.
de l)eus, transfigurados. 20:000; D. lf,:ne< Coverle-y Monteiro, 10:oooT
Mais: na massa infinita, urna unçao
que nenhum ruido cortava. Uma as-
ceçao geral, purissima, traduzida
H jardineirinha D. MRT1ana de Vasconcclos e Souza d'Avila
Amara! 10:000; Manuel Gonçalves, 10 :000·
D. Maria Martins Proença, 10:000; D T,re~
Adriana, interessante menina de sa de Jesus Frazao, 10 :000; Manuel 1~ereira
em oraçocs ardentes e cm asceticas dos Reh; 10·000; José Antunes Junior.
bumildadcs de atitude. doze anos, passava urna gr1inde par- 10:000; D. Maria Pertira. 10:000; O. Maria
Mais: a cova da Iria nao tem o te do dia no jardim de seus pais, Amelia Coelho do Amara!. 10:000; D. Me ·
porque senlia um prazer indizivel em ria Cardo,o, 10:000; D. Emilia da Costa
minimo pitoresco. A paisagem é an- Andrade, 10:000; D. Irene Roso, 10:000;.
tes penitencial, arida, pouco acolhe- tratar das flòres. E nisso se empre- M.idame M11 &'1J11 Viana, 30:000; D. Erme-
dora. Até la, a dificuldade de acesso gava mais do que era da vontade de linda Simoes, 10:000; D. Adelina Fern11nde11
é urna cscal.i de canceira e Me sacri• sua bOa mAe. O unico objecto de Leitao, 20:000; D. E -nilia Martin, Je C1'rva-
seus pensamentos era fazer deste lho, 20:000; D. Maria d11 Conceiçiio Camilo ..
ficio. E as inumeraveis legioes de 10:000; D. Maria Jo~é d'Almad.t Teles
crentes acorrcm àquele lugar seni jardim o melhor que pudesse haver 20:000; D. Maria Jo~é Rodr1gu eq, 1n>ooo·
em toda a vislnhança. D. Maria do$ Santos Rosa, 10:000; D Marta
uma atracçdo paetI, sem um interesse Por isso a mAe lhe disse um dia: Fernondes 15:ooo; D. A lexanùrim1 do~ San-
terreno - unicamente movidas por -Estou muito contente, minha fl. tos Alei xo, 10:000; D Amelia Cd!.lro P•-
um cxaltaçiio sagrada, que 1he-; da reira de Fi~ue1redo CarJoso. 10:000; O.
toqucs mara vilhosos de estatuas em lha, por te ver tao cuidadosa em tra- Cescencia Fernandes Dias da Cruz, 10:00()-.
tran!òporte. Nada que evoque mais a tar do jardim e porque f 11zes grande O. Man11 da Conceiçlio Loi,es, 10:000; o'.
JuJ~a na primitiva era da Fé, - com gOsto na cultura das flores. Nada Laura Teixeira Correia Branco, 10:~·
g6slo, porém, que sejas tAo negli- D. A atonie Curaùo, 10:000; D. Sor,hi;
as plcl:,cs em clcvaçao crucificada, cn- Afrei:u (médica), 10:000; D. An11 e D. Ma-
tre um scenario triste, para maior gente a respeito de ludo mais, e me- ria José de Alarciio, 10:00~ D. Gu1lhermi-
gl6ria do Senhor. nos ainda g6sto de ver qne nao cui• ntt R drigues Mat11, 10·000; D. Maria Men.
As duas ordeus de factos que po- das em adquirir os conhecimentos des Lino, 10:000; Custodio Silnrio Dur§o.
necess4rlos para cultivar o teu espi· 10:000; D. .M.iria Jo~na Patricio, 10:000;.
nho em rclcvo - e q ue silo inttira· Roberto Jus Santos C.ir•alho. 10:000: Ma-
mente verdadelras, - devl!m il umi· rito e encamlnhar o teu coraçao para nuel Pere1ra Fau,tino, 5:ooo; Jorn11es (Co-
nar as almàs dos que me lcrem dt: as prAtlcas de ple.dade. Escuta urna ruche e S alvaterr a) 15:ooo; D. Matilde è11r-
bòa-fé. Por mim, que 01 vi e que os hlstoriasinha, da qual poderAs tirar va !ho Klut, 10:oooi. D. Carolina Edu11rda
parli do. Tele,~ 10:ooe; D. Maria P11ula Cardoso,.
~lvi, nao hesito i:m pronunciar a 10:000; D. Rosa Ameha da S1lv11, 10:00<>;.
•Certo homem multo prudente ti-
palavra: m.ila,-re I O, Maria das Oòru Sobreira Jnrdiio, 10:000;
nha um discipulo que, como tu, se O. Maria l>ellìt111 da Rocha • Bmo, 20:000;
entregava todo 4 cultura do seu jar- D. Maria de FigueireJo, 10,eoo; D Julia
1\tt,u\ da Fatima dim, e qtje desprezava o enriquecer Mcnd~s Leillio. 30:000; D. Guilhermin,1 de
a sua alme de conhecimentos uteis Je,us Alberto Go mu, 10:000; D. Dorotbee
A redaoçao ou admlnl•- tla Conceiçao Ben:neAte Alve~, 10:000;,
traoAo da ,Voz da Fàtima• e pr6prios para dssenvolver a sua Armando Augu,to do SRcramanto, 10:000;.
n•o pode encarregar-•e lnteligencla e formar o seu coraQ!o. Hcnrique Au!',ulto N•,cimento, 10:000; Dr.
Um dia, lhe disse o sablo: - Pe- Joao de P1uo, de Souza C&nnarre. :u,:ooo;
de torneoe .. agua da Fàtl- D Tere~a de Jesus Ferreira MarquH,
ma é• pe••6•• que a de- ço-te que nao c:tés todos os teus cui• 10:000; D. Maria Augu,ta Ribeiro, 10:000~
aeJam. . dados s6 4s Oòres de teu jarjim, O. Mana Julia Botelbo, 10:000; D \lRri11
Presta-•• a eate aerwlço desprezando completamente a t u a lnocencia AmYrà1, 1r0:ooo; Padre EvnriHo
alma.• C11neiro Gomes, 30:000; I!>. Conceiçuo lta-
• sr. Joaé d'A'lmeida La• m1ro Serra, 10:eoo; l) CarA10 P11c.lillu,
pea-Fatlma (Vile Nova de Ouvindo estas palavras, Adrhtna 10:oooi O. Joaq1t1n11 S:ioohes, 10:'>oe; F>.
Ourem), • quem dewem corou e promet-eu emendar-se. Entito Alice l\iarlins, 10:000; Jo~~ ChriH~vic,,
aer feltoa o• pedldoa. a mAe lhe dii-sse : 0urem, 10:000; 1'r. Antonio A1e•wo Mei-
·-Faze, mklha ftlha, do teu espirito r~es Soute, 5o:ooe; D. M11na do Canne
Corte Heal Ahreu J., l.inu, te:ooo.
e do teu cora~o U'fT1 jar~tm para
Coisas ti-is\es Deus, porque e~sas fUm·s :tào eter-
•Urna das nossas grandes ml!ériss nas e nada ha capaz de as fazer
murOMr.
\IOZ DA FAllMl
é de viver nas maravllhas da Fé, sem Este jorn•lzinlìo, q 11 •
advertlr nelas. O que hi de mais su- wac se11do t~o querìdo e
blim~, a força dt: o conheoermos,
Voz da Fatima proourado, é diatPfhuldo
parece-nos banal. E até, por e ~- gr tuit mente eirn Féti~•
plo, achamos muito natural que l:>eus Deapez•• no11 di cts 13 de cad.s, m•••
tenha viado 4 terra sofrer e morrer Trani1porte. • • • . . • . • '40.798:600 Ouem qalzer ter o dl-
por n6s l 1 Impressi~ do n.• 39. .• reito de a reoebc• dlPe•
~ Crlstaos pelo batlsmo, vivemos to- eta mente pelo o o r re I o•
(24.000 exemplares). 552 000
davla a vulgar e mesquinha viòa hu- Outras despezas. • • • . • 130 000 tera de unvlarl ade•nt•-
mana (se n4o somoa graodes peca- - --- datnent•, o . '" n' m o ...
dorea aloda ••• - talvez no illudo fo- Soma, L • • 41.480:600 daz mii réhl.

e •
A.no lV BEIR,IA, 18 de Fevereiro de 1.0!.!6 N.• 41.
I

, (COM APBOV.AçAO ECLESIASTlOA}


Dlreoi.or9 Proprle1:arto e Editor Ad~lnhrt.rador: PADRE M. PEl?EIRA DA SJLVA
DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTO$ REDACçAO E ADMINISTRAçAo
B.UA D. NUNO ALVARES PEREIRA
Com~o,10 e impresso na lmprensa Comereial, • Sé - Le1ria IHATO NONO DE SANTA MAk~Al

eronica de f atima tos phy:.icos occupam os lugares


reservados do pavilhao.
e bem di,;postos, siio justamente
constderados como os prot o typos
Mas o acto religioso que se dos escoteiros cathol:cos. Nunca
13 de Janeiro vae desenrolando no meio de
supplicas e de canticos, nem por
começam o seu tra bNlho seni re-
ceberem o Pao dos fortes, t'difi-

rNl 1r::: d:
isso è menos magestoso e empol-
gante. A bençao com o Santissi-
cando com a sua attitude &rave
e rt:colhida e com a :,ua pieda-

4 ~ ~ r1.
<t>
...
..
.,
O dia Janeiro
rc::al1sou-se, ua Cova
da fria, corno de cos-
tume, a commemora-
çao mensal das app -
mo Sacramento aos e11formos e
mais uma vez o momento mais
impressionante e commovente.
0s enfermos recebem essa ben-
çao com visiveis sentirnentos de
de fervorosa . Bem haja o r cv.
Nunl!s Ft:rreira, seu digno assis .
tente enclesiastico, c.ora ç ao de
ouro em alma de pr8ta, que c o m
o se.u admiravel zelo pastora!
riç6es Durante quasi soube formar uma pleiade cfo jo-
profonda ptedade. Os o·Jhos de 1
todu a maoha urna • vens, tao destinl't05 pelo inten5Ì-
muitos estao mareja<los de lagri-
chuva miudioha e im- dade do seu espirito christao, co-
mas. Alraz da umbela, numa ati-
pertinente cc1h1U sem interrup- rno pelo criterio. eorrecçiio u de-
tude I everente e grave, cm con-
ly'.iio, ensopando os caminhos e licadeza com que desempenham
trai.te 1l.:1grante com a sua tenra
Jifi.:ultando o accesso. Apcsar idaJe, caminha urna gentil crean- as suas diffi.:eis e rnelindrosas
di~so os peregrinos nao desaDi- ça de 5 annos, agii corno urna ar- funcç6es. '
maram, e prose~uiam a sua mar- DepoÌi do strmao, organiia-
veola, alegre corno um ~ol1bri. E'
cha, cheios de fo e enthusiasm·o, se o corttjo rara a cooduçiio da
o filhinho do dr. Carlos de Aze-
corno sempre. imagem de No~sa S>!nhora da·
vedo Mcndes, chde dos escotei-
A's onze horas, na estrada que Fatima pare a sua capela.
ros de Torres Novas. Tendo ido
domina o locai dai appariç6es, Muito:s fieis dcmorarn-se ainda
pela 1 .• vez assistir aos actos re-
vc~m-se vehiculo5 de toda a es- no loca! rezando a~ ultimas pré-
ligiosos no locai das appariç6es,
pecie, de:,de o autornovel elegan- ces, mas, o grosso da pei'"e,rioa-
todo elle é a curiosidade em pes-
te e luxuoso alé ~ mais hllmilde çao retira imidiatamente.
sOa. Pctgem occai.ional do Rei do
tt dellCOnfortavd carroça. A essa Duas horas mai~ tarde a Cova
Ceu, escoodiJo no seu Sacramen-
hor a a chuva tinha cessa do e o dn !ria é um lugar tranquillo ~ .
to de amor, corno Jesus se deli-
sol, até ent5o encoberto, ei;prei- de:sertp, que n§o parece .~er o
ciaria contemplando aqtiella alma
tava furtivamente por entre ,es que realmente é: o polo magrie-
cheia de candura e innocen~ia !
nuvens. A n,ultidiio que se con- tico das almas e d0s cora~6.:è> de
centrava 1m frcnte da capela no- Ap6s a b1rnçao geral, s6be •ao
mi lh6es dc portuguezes.
va para assi!tir as missas engros- pulpito o rev. Anucleto Pereira
sava cada vtz mais. Dias, qne. durante cérca d~ vinte V. de M.
minutos exhorta sentidamente Oi
Ao meio dia egualava I! exce-
dia até por ven1ura a de egual
dia do mès anterior, apesar de
ouvintc:. a cumprir os seus Jcve-
res de christaos. Hs curas da .Patima
- - - ~- -- --- ~ · -
lt!r sido um domiA,;o. 0s escotairos de Torre, No- Lisbàa, 25 de Março Ile 1025.
vas, auxiliados por ouwos de di-
Vurìas miisas ~e tinharn ja ce- Sr. ~irector da Voz da Fdtiour:
ferentes lncalidades, presuim os
lebraJo, muitas centeno" di; pes- A lmpressao que sioto ne.;te rno-
seus scrviço:-. com um zelo incao-
~oa , prèviamente confe:,sadas, savel e unrn dcdicaçao iocxccdi-
me11to e a pouca cullura de que òis-
1i11b.tn1 ja re~ebido a Sagradtt 1100110, priv11m-rne, bema mett JHsar,
vcl. DisciplioaJos corno so!Jad,ls, de fazer a descriçilo completa dum
Comunhào.
obedientes .\ voz dos seus chcfc:s, caso 4ue V. me per111 itira que teoha
i)1eia h o ra depois principiou ·, sempre promptos p,ara a:, turcfas a sathfaç!o de vér pulilkado ne-se
a missa dos enformo-.. jornal, etiperandu por isso a sua ob-
mais penosns, arro:,tando muìtas st4u1osa e penhc,rante hospital1J;Jde,
Dt:sta vez apeuas algumas de- vezes com o frio, a chuva. a fa- quc, recont.ecida111e11te l!grarl~çu.
zonas de victimas de ::.offri en- òiga e a fome, sempre alegres Nos fìns ae Marçu de 1925 agra-
,
vou-se a enfermldade do meu pobre esperança nas melhoras do doente. sando sempre e com fé de ser cura-
filhinho, vendo-se obrigado a dar en· Oecorridas 24 horas o doente co• da. H oje encontrei-me com o filho~
trada no hospltal militar, com duas ln- nheceu melhoras e tornando a cha- que me disse que sui màe esta qua-
guas trllhadas, sendo observado pelo mar o médlco que o j 1lgava perdi- si curada. No pr6ximo outubro ire-
médlco do dito hospital, cujn nome do, este, ao vel-o nllo oculta o seu mos novamente agradecer a Virgem
Ignoro e que fez a prim eira operaçao espanto ante o resuscilado, dizendo Santissima levando- lhe urna oferta
• lancetando a da direita. Passados uns que estava completamente curado e conforme as nossas posses. A mu-
dois dlas foi novamente operado na sem nenhum mal interior. lher deve ter 50 anos de idade.
esquerda pelo sr. sargento enfermel- -=-
ro, Fernandes, seguindo depols os fHESTf\00 Na mesma freguezia e lugar:
outros tratamentos que eram unica- jtJIJ.o Carlos Simiies Alves, Médico Joaquim Pt!oa/vo, com um ataque
mente feitos com o desinfectante de Cirur~iiio pela Escola de lisboa: apvple11co, despedido do médico,
borato de s6dio. Ao fim de 24 dias • ! estando paralitico de t-0do o corpo
apareceu urna lnfecçfo do lado es- I Atesto que observel o sr. Antonio
d'Oliveira ha trez mezes e que so/ria a ponto de ter dois homens conti-
querdo sendo obrigado a levar mais nuamente ao pé de si para o servi-
tr~s golpes de forma que com tantbs
de adenite suppurada na virilha es-
1 querda e com um estado ![eralmen· rem, pois ele estava todo prìvado
sofrimentos das operaçòes e trata- de suas acç0es, sua muther pede-me
mentos se p0z no ultimo estado de te grave pela intoxicoçào devida a
prolorz![~da suppuraçdo e com re· o jornal, l eva-o ao homem, uma sua
fraqueza. Observado novamente, o filha vae le- lo a sua cabeceira, ete
médico disse- me que estava tubercu
tençdo de pus que vinha sofrerzdo
ltavta bastantes meus. Atesto tam- torna coragem, pois estava desani·
toso no ultimo grau. Oepois de tr~s mado, aviva a sua fé e em J 1 de
rnezes de hospltal segui para casa
b!m que tettdo·o observado hoje ,~
corzheci que estd completamente cura- maio p p. levam-no a Cova da lria
julgando-o curado. No dia seguinte com grande sacrificio. Esteve ali até
foi a urna farmacia de Pedrouços on-
do e com o estado eeral magnifico,
tendo autrmentado muitos kilos. ao dia 13 banhando o seu filho e
de lhe mandaram p0r uns pensos sua mulher que o acompanharam, na
quentes de borato de s6dio que des- Por ser verdade aqui o declaro sob
palavra a'honra. agua bemdita. Volta a !ua casa no
cobriram a infecçao. Passactos uns dia 14, chega ao Entroncamento sem
dlas dizem-lhe que era impossivel Lisboa, 9 de Outubro de 1925. sentir melhoras. Ali quando seu fl-
curar-se porque a infecçlio era de- ].,ao Carlos Slmòes Alves lho e sua mulher o tomavam nos bra-
balxo dos intestinos e nlio havla ços para o sentarem na carruagem,
melo de secar o pu i. Manuel Rodrieues Romelro, do de repen te principia a mover as per-
Indo depois a um especialista que Souto at: Cim11, f1t:guesh1 da Caran- nas e a mao dirèita. Chega a casa,
o auscultou dizendo que nao tinha guPjeira, dlocese de Leiria, vem agra- !6be as escadas quasi s6, percorre
absolutamente, nada interior masque deci:r, por este meio, a cura de (I casa, vai até a varanda e vai ja ha
tinh~ de tornar uns banhos de sol, urna sua filha de 6 anos, que ten dois domingos a missa conventual.
rece1tando tambem um remedio pa- do ele ja ido muitas vezes com Na mao esquerda ja nao tem as d0res
ra a fraqueza mandando· o corner de eia aos banhoe e ao médico, que lhe que nela tinha. Cheio de reconhe-
tudo. aplicou choques electricos, stm ne- cimento quer ir a Cova da lria no
Oepois f ,1 observado pelo médico nhum resulcado, finalmente se voltou proximo outubro agradecN a Vir2em
Manuel Barbosa que lhe disse o mes- para N. Senhora d~ Fatima, fazen- e pedir lhe a cura ccl mpleta.
mo que e, especialista, isto é, que do um dia de manhà a promessa d~ -=-
nao tinha doença interior mas que mandar prégar um sermao, se sua fl- No lugar da Br}u ça, na mesma fre-
era melhor ter qualquer doença nos lha rosee curada, isto é, se começas- guezia de Cortes:
pulm0es porque, alalhada de princi- se a andar, o que obteve nesse mes-
pio. tlnha cura. Mandou-o a seguir mo dia e tem continuado
Maria Rosa da Silva, de ldade
deitar em cima duma marqueza des- ,, até hoje. de 97 anos, tendo o braço direlto pa-
cobrlndo-se um tumor lnterior e or- raliti co com dòres turivtis e nao o
Sr. Director da Voz da Fatima: podendo mecher havia 6 mezes, fric-
denou que f0sse ao raio X para ser
melhor obervado. Como novamente vejo no j nrnal- cionando- lho com a agua milagrosa
Consultel tambem o Ex.mo Sr. Dr. slnhrs, a Voz da Fdtima, o pedldo ' teve melhoras quasi rapidas, moven-
Slm0es Alves cujo arestauo tomo a de nao demorer a, inl111 mi.c.;0es dos do o hoje sem dificuldade alguma.
liDerdade de env1ar Incluso para V. acontecimentos da Fatima, venho -=-
se dlgnar publlcar. multo ainctrsmente rehitar a V. o Ftlicidade dos Reis, casada. em
No principio da doença, aquele que a meus olhos se tem passado parto titborioso ha vta quatro dias,
ilustre clinico, cuja probidade mora! nesta mlnha freguezla: estando jA sem esperança de vlda.
e profisslonal é soltejamente conhe- · Maria Patrocinio dos Santos, viu- toman Jo algumas g0tas de agua, an-
cl ja, notou-lhe slmplesmente que so- va, n~tural da treguezta das t..o,tes, tea de 15 mtnutos dA a luz sem di-
fria de adenites supuradas na virilha concelho da Covilhà. padecendo de fìculdade alguma urna linda criança
\ esquerda junto a um grande estado escrofulas hAvia anos, t-atando o do sexn femenlno. Em agradecimcn-
, de fraquesa, mandando- lhe tornar uns seu corpo todo em cha~as, sof rendo to 4 Virgem promete ir a Fatima le-
banhos de sol e umas lavagens. d0res horriveif, nao podendo passar vando uma oferta conforme as suas
Vindo nov)lmente mandou-o dar ao estomago alimento Algum, lançan- posses. Sua m~e ofereceu ao Sagra-
entrada no hf>spltal, mas corno o es- do o leite que tornava, pel•> narlz, do <!oraçAo de Maria, que se venera
tado de f raqueza era muito grande havendo dlas que se encootrava nee numa capela publica aqul, os bot0es
e nAo resistlsse a nova operaçllo, a te es1ado, soube, ptlo j •rnal, das cu- que sua filha tinha nas orelhas. Tu-
m!le. sollclta e vigilante, dilacerada rat da Virgem do Rosario da F!ti- do isto tenho visto, afirmo pftra hon-
pelo sofrlmento, que s6 as verdadei- ma, p0e-ee a c11mloho d11 FAtima no ra d1 Virgem Santissima. NAo ha, no
ns mlles sabem seatir, preparava-se, dia J3 de Malo de J923. chega ao que digo. nada de mais do que se
reslgnada para receber a punhalada
pungente do desaparecimento do
filho querldo e ldolatrado, quando
recebemos a visita dum:;y senhora
loear das appariçòes, turna al,iumas
g0tas da agua milagwsa, que engo-
1e sem dificuldade ahtum11 e, ji no
rf'~resso, comeu da merenda que o
tem passsdo.
--
Clementina dos Santos, atuna na
Escol" Normai em Lisb0a, estando
das nossas relaç0es, a Ex 111• ::ir.• D. filho hav1a levado para si. Tt!m fei a paasar as férlas em casa dum tlo
Julia Mar~ues Morgado qut, abeir,1n- to cha da terra que trouxe do logar nas Cortes, tendo comido urna amet:
do-se ao doente, lhe ministrnu um:t das appariç~es e com ele tem expe- xa teve d0res horrlvels, dlzendo eia
pequena porçao d'itgua da F"tim:t de rimentado melhora~ conc;ldefavels. que n~o podia comoreender donde
que a mesma senhora se fazia acom- Em Malo p p. foi a Fatima agrade partiam. Vendo-se em perigo de vlda
panhar. cer é Virgt>m e pedir a aua cura manda cham1r o seu PAroco para
Esta bondosa e devota Renhora cnmpleta. Fol na minha companhla. lhe administrar os ultlmos Sacramen-
jimals abandonou o doente '" chela Desde Ourem a. Cova da lrla fomos tos. lembra-se de repente da a~ua
de fé. dessa M que nuoca abando- a pé, pois que nos nAo f•>i posslvel de Nossa Senhora do Rosario da f A-
na as almas b0as e verdadeiramente nbler melo de tr~nsporte. Eta sem- tlma, vlndo-se buscar umas gOtas
crentes, esforçou-se para incu tir- nos pre descalça, alegre e satisfei'h, re- a casa duma curada pela mesma


- Voz dR Fatima

agua, torna urna ~6ta e repentina- perta a attençiio. Absorto em meditaçao cerdote entrou, começou a oraçiio dos ago•
profonda, pcrturbada apenas por soluços nisantes quando eu exclamei: Sim eu voi-o
mente fica curada. Rompe em um grl- que ét veze, nlio p6de reprimir, fiunùo na juro, mlie, faço s6bre isso o juramento.•
to de alegria e promete lr agradecer V1r11em os ci_lho~ rasos de l.igrima1, o d:s· •Morra contente... Eugenia, Eugenfa,
.j Virgem em outubro. conhc:cido parece expaod1r o seu coraçao ora por elle; Santa Maria, rog;1e por nos,
aos pés de Maria em agradecimento de pecadores ...•
qualq,1er granùa favor. As horas pas,am. •F11ando o seu ultimo olhar sobre a ima-
Objeelos eueonlrados Os v1sitantes entram e sahem e o monge
permanece prcgado no solo. Neda o p6de
gem da Y1rgem e abrindo os braços, como
para estreitar n'um mesmo abraço os seut
Encontram- se na Cova da lrla va- di~trah1r, até que, ouvindo-se cinco horas dois filhos e o crucif1xo reclinado sòbre o
no relol(io do santuario 1 o trapista se ergue, pe1to, voou ao ceu.-Tirei o oapel da sua
rios objectos, e e·ntre eles alguns sa(JJa Nossa Senhora com um olhar de des- mao. Era a oraçao: Ohi Minha Senfiora,
chales e guarda· chuvas. ped1da e1 atravessando uma multid!io um oltl Mrnlla Mii•, escnpta pela seu puoho
> tanto intriaada, ne bater ao presbytério. tal como ella outr'ora m'a ensinlira.
Soubo-se qua a sua con ..ersaçao com o Ahi eu havia esqueciJo a minha Miie do
Attua da Fatima santo cura entrio encarregado da egreja,
durdra duas horas; qua ambos sahiram
ceu tanto, e mesmo mais, do que a minha
mii e da terra I
A redaoçfto ou adminie- muito commoviùos, levando o sacerdote Abismei-me de pois no vicio e na deshon-
na mlio um soberbo aonel ù'oiro com dia· ra, mas para ter palavra, aprendi a ora•
-traçAo da ,Voz da Fàtima, m•nte. O trap1sta, que me era completa- çao e recitei-a, mesmo em oca~ioes •
nAo pode enoarregar-ae mente dcsconhaciùo, pediu me uma entre- hgares onde a minha invocaçiio é Miic de
vista parucular. Mal ficamos s61, poz-se Deus, ahi nao 1:ra sena.o ultrage e blasphe-
de forneoer agua da Fàti- a chorar e se lançou a m~us pés para me mia, Dentro em pouco, exgotados os expo-
ma és peeaoaa que a de- confì.ir a narraç5o dii sua viJa. Depois co- dientea e quasi de todo gasta a minhl he-
brindo-se com o sau capuz, eotresou me rança materna, ou1ei traficar com o meu
aejam. com mlio trémula este e~cripto que aqui te· nome e com o meu coraçao. Jurei amor a
Preeta-ae a este eervic;o nho, e cuja lei tura me suphcou quo f1ze~s~, urna pes~6a que jamai~ am4ra, mas cuja
emquanto, a meus pés, implorava a d1v1- fortuna cobiçlira. A infoliz: deixava se se-
• ar. Joaé d'Almeida Lo• na misericordia. Eu li e permaneci estupe- duiir pela gloria do meu nome e pelo fal-
, pea-Fatima (Vila Mova de facto. llO brilho do meu ruido de vida. Tudo se
Ora o penitente indicou-me entao o claus- rireparou para o nosso. proxìroo casai:nent_o.
Ourem), a quem devem tro que suo irmii habitava outr'ora. No ca- Um dia, porém, senti horr6r de a 11lud1r.
aeP feitoa os pedidoa. so do seu f11llecimento, ou que viva 111nda, Para niio ter de revelar lhe a minba ~in_a
o permitiase, incumbiu-me de ler aqui pu- no dia immediato ao da nossa uniiio, quiz ,.
bhcamente eHa n.irraçao. Promcti. Foi en- tentar fortuna ao jogo. Joguei, poi,, e eis
·« Oh ! Mioha Senhora, tiio que me entregou um rico annel com
diamanta, derradeiro vestigio da sua gran
que bilhetes e peças d'oiro se empilhan:r
dtante de mim. A colera e o despeito en-
Oh f Minha l't1àe f . . . ))
ùeza passada, e unica recordaçao que lh•
restava da sua f.imtlia. Eu deveria comprar
raivecem os que perdem e eu, eu JBl'lho
sempre. Orn de subito, lembro-me nao ter
com o v11lor do objccto o suffi.:ic:nte para dito a minha oraçao, n'esta noite.
N'um ùia de maio dei 18.SS, (o caso é au- off•recer um ex-voto a su.. s.inta Liberra- Continl'.to a jogar,.inas esta oraçao ocupa
thentico) Paris souhe com espanto da desa- dora e prevenir depo1s o mystariosi> ~esco- os meus pennmenttft. Para socegir, reco-
pariçiio <l'um joven e brìlhante marquez. nhecido de que a sua promessa a Marta es lho-ll'le um in ~tante, r~cito a minha ora-
Elle deveria esposar dentro em pouco a rava cumpnJa e que ,ua 1rma o espera no çifo, quasi com fervor, e recomeço a partida.
unica herde1r~ duma riqu1ss1'lJa familia ame- ceu. Por isso venho completar a minha •A sorte abandonara-me. Uma ap6s ou-
rican1, entao residente tambern em Pa- rromeua. tra desappareciam as sommas amontoadas.
ris. Oo desapparec1do encontrou-se o cba- E o prégador, commovido, começou a Jogo quinta~, cavallos, tudo. A',; qu11ro ho-
peu, o revolver e uma luva, n'um recanto leitura do roanuscr1pto: ras da manhii, nem um vintém I Apenas
do bosque <le Bolonha, indicios sufficientes me resta o annel de meu pae e eu niio
para de(pertar suspeitas. Mas, nem a poli
ci1t, nem os amigos puJeram descobr1r o
• quero en1penhal o ao jogo.
•Eu, dii o maouscripto, sou o marquez •Siml arruinadol• E todos vifo ler s6bra
que succedere ao marquez, nem o que era que, ha treze annos, o muodo jul$a morto. a minha deshonral Paris vae rir de mlm,
feito d'elle. Se elle 1e enitana, é graças Il misericordia de minha irmii, da minha noival Furioso,
/ Entrecunto o seu cocheiro ,ffirmou sob da Santissima V1rgem, mmha nel protecto- arremesso me a urna secret4ria, escrevo
juramento que o seu amo, apoz urna no1te ra, qua miraculosamente me salvou do meu apreuadameote duas cartu e salto pua
,passi1da em certa casa de jogo, onde perdc:ra dese,pero. a carru11.gem 1 decidido a morrer no Bosqu•
,o resto da sua immensa fortuna, se tmha • Muito joven, perdera meu pae. Possui- de Bolonha. Tudo se turo e mistura no
feito conduzir ao Bosque de Boloohe, de dor, ao, 18 annos d'uma immensa fortuna, meu cerebro: minha miie moribuoJa, mi-
madrugstda, neste dia, e que subindo para dissipei-a em toJ, a sorte d'exce ,sos e nha irmii que ora por ventura por mim
a carruagem, camb3Je11nùo, se lançara pe- d'escand.ilo~. Tinba uma irmli que aos 15 n'este momento, a futura esposa, a casa de
sadamente sobre a almofada. Ao descer, o annos de1xou minba mllt para entrar n'um jogo, a ruina, a ooite, o Bosque em que me
seu fato estava em desordem, os seus olhos convento muito austaro. Nem as lagrimas, anternc:i. Tomado de delirio, apoio sobre a
inj~ctaùo~ <le sangue e o roseo como inffa. nem mes1110 as amaaçu de minha mlie, minha fronte e comprimo o gatilho uma,
mado de colera. O desgraçado internou-se nem o eumplo lteroico da minha irm!I me duu, trez vezes; nada, A arma errou o fo-
nas profundez •s do bosque, mas aomente pudaram rcfrear. F1lho proJ1go, abandonel go; arremessei-a para longe de mim.
depo1s de entregar ao cocheiro duas cartas, o prorrio lar, desamparaoJo uma unta mio,
com ordem e1pressa de partir immediata- so e dodnte, afìc d'nitar os 1eu1 olbares e •Entlio1 ohi entao,... s1m percebi dian•
·mente, os seu1 tarooa cooulbos. te de mim Aquell11 cuja im1gem vira ao pi
As cartas nao eram de natureza a dissi- elhs um Jia em qua eu estna, maia pro- de minha mae moribunda: n'uma nuvem,
par suspei1111. •Fica sabeodo, dizia elle a fondamente do qua auoca, aolodado nos uma mulber brilhante de brc1ncura, olh1n-
sua irmii religio•a, que eu cumprl a minha meus vicios, urna pala na da minba irmi do-me com tristeza e piedade. A sua mllo
• palavra. rla apenas um instante que re- abalou ma olio Hl como: indicou me um ponto asds di<;tante e a
.citei a oraçao promett,da. Ah I Se soubes- •Vam1 a ooesa 111111 morree. sua voz disse-me: •Corre, esperam-te 14
ses I Nem um vintem. Arruinaùo I ~Corri. Vejo-as aioda: a minha pobre em baixo.•
Perdi ao jogo o que nuoca poJerei pagar. miie na • 11onia, 1 mioltit irma junto d'ella, •Mais aturdido do que commovido, e sem
Adeus: Ora por mtm•. de pé, calma, ,inù• do scu coaveuto oara pensar em proferir a menor oraçiio, corri
A' sua no1va: •fmpossivel esposar-te. Nao ass1stir a esta mllo abandonaJa. Entrei tiio muito tempo oa direcçiio indicaùo. Na orla
quero injuriar-te offc:recendo um nome que precip1tado como confu,o, quando com um do bosquo, um religioso, de pé e 16, pare•
a deshonra e a ruina sUl(matisam p~ra sem- 1t1110, mi'lha irmli me i111p61 ailencio, e, eia esperar-me. Pelo menos o meu aoraçlio
pre. S~ livre. Retoma a nossa palavra. Se aproximando se da moribunda: d11:ia me que era aquelle que a appari~llo
f~liz. «Elle ,eio•. me enviava. O que se passou entiio? E1t
Adeu~h •Como que reanimada a subitas por es- nilo soube mais nada. A mioba memoria re-
Fo1 tuJo o que se,soube. Os dias e os anos tas pal.ivras, minha mi• abre 01 olhos, e • cusa-me a dizer mo os acontecimentos d'es-
.corrc:ram. A pouco e pouco a J.,.mbrança do com voz fraca mu ainda clteia d'autorl• ta hora, e o proprio religioso guardou para
de11pparec1do 1p11gava-se das memonas; dade: 1pro111na .., 01urmur1 ella. si o aeu segredo.
amigos e noiva esqueceram o marquez. So- «As mmhas parn.ia dobranm-se. Lna- "O dia 1eguinte achou-me consumiJo d•
monte a irmii guardou a sua memona como do eG'l lagrirnas, prostro me de joelhos a febre e de mégua. Oespertei num quarte>
uma espada que lhe tre1passasse o coraçao. seus p,,. 1!:Ua continua: eEacuta 111•u filbo, onde tudo era silencio e pobreza. Junto de
Votou me~mo a sua vida e uma oraçlio 10- nlo me rutam tenao elguas momeotos dt mim, um monge todo branco, de ro~to pal-
ceuante é V1rgem por aquelle desgraça- vida. Perd6o· t• todas u Ja1rimas que me lido, recitava em voi baixa o seu ro~arie.
do que, é mesm. bora em quc: 1a commetter tena feito d1m1mar e ,ou peJ1r para qut Eu eatan n'um convento de trapisru, a
o mais irreparavel dos crimes, ou~ara invo- ellas te obtcnturo o p1rdlio de D1tu•.• Oe- alaumu boras de Paria. Aquelle quo me
car a Mae d,= Deus, como quc para desafiar poia, depoi, com um grande eaforço: •Po· Hlna era hem o homem a:usterioso qu•
• sua santid11de e submetter a uma supre• deria duherdar· re ..• , mu olio, Exijo so· mo recc:bera a orla do Bosquo, o proprio
ma prova a palavra de S. B.:roardo, aues menta de t i urna promHU aob a nossa pa- Abbade do mosteiro. Em breve, Aquella
/ tando que ji1mals Maria joi invoc:rda em lavra de chrtatao e d'bomom bonraao. To- qu• tinha salvado o meu corpo, curava
,,ao da a tua viJa diré, esta oraçao , Saotiasima tambem a minha alma. Soquioso de peni•
Volvidos treze annos, entre a multidiio Virttem .. .• tencia e de retiro1 fiz-me trariista. E' para
que vem implorar N. Seohora da~ Victo- •E 01 olhos se fixaram s6bre um pipe! cumprir urna onlem recebida do Abbade•
1'1811 esperança e reconforto junto d'Aquel- que ella tinhe na mlio e d'11lli sobre uma no aeu leito de morte, qJe eu venbo aJa.-
la que alhv1a toda a d6r, avança um tra• imagem collocada ao pé do leito. Prome- lhar-me hoje em Nossa Senhor11 du Vieto•
11ista, de cabeça oculta no seu capuz. Ajoe- te,-me? rias, d'onde, ofio sei como, elle partira d[-
lha diante do altar e da imagem de Nossa Pro ... mete, me?• rectamente ao mcu encontro.
:Senhora. O 1tu rotto pallido, extatico, des- •Promette• insistia minha irmli. Um sa- «Oignae-vos publicar eslas misercordiu

I I
Voz da Fa-tbnft.
ùe Maria, e que Ella_ mesma vos abençoe e deserto superioris Aeeypti. (Tobias, 1_0:00?; Reinal-io l\lonteiro Basto, 11 :ooo;
vos rccompense por 1sco». f ranc1sco An10010 da Costa Dmi7., 10:000;
XIII). I
1--~r,oncbco Lobato Leiléo, 10:000; D. Lucia

A as istencia chorn\'a quanJo o pr.!sac.lor
E' o éHCanjo Rafael,-que no l ivro Cabr,11, 10.:000; D. Marì<1 da A~ u mp~ao
de Tobias nos é apresentado cotno GJ~O J.i Cama_ra, 10:000; D. Jos{:fa Serras,
acabou a narraçii<J. l'ans conheceu loJ:o a o gua1da da castidade conjugal,~o 10:000; Anto010 Var1tla Gome1, 10:00; !\la·
marav1lhn, e Jcpois, a Tnippa foi mu11as nuc:l JOH.jUlm de Souza, 20:000; I>. Ma ria
vezes psi turbada pela~ vi:.itas que a curio- grande lnimigo de Asm odeu, o de-
de Lour,frs de A lbuquerque, , 1:ooo· O.
11Jaùe ou a affe1i;no trazi11m até junto do monio mais homicida do Inferno: o Eu~enia Ferreira Mendl!s, 10:000; Rit~ do
marquez. Em j,m eiro di: 1895, edoso e ea- demonio da impudicicia. Sacr,1mento Mousaco 'A lçada, 20:000· Pa-
fermo, reciuva a111ùo o seu rosario nas ùe- A Tobias indicou Rafael, médico dre Francisco Pcreira. 59:6~0; Joao A~gus-
penùencius ùo coovento. Trinta e sete snos to dos Rei~, 10:000; 1). V1rgio111 Montciro
depois da nmte do milai:tfe, n'um dia de divino, a santificaçao pela oraçào e
Gornc~, 10:noo; Oomingo~ nto nio Murtins.
m a10, unlR pobrc cruz de m11deira se ergu,rn pelo 8acrificio heroico. Ordenou- lhe 10:coo; D 11.:rminia de Noronha 10:000·
no cemiterio dll commurndade. Lia-se n'el- . que d e noite queimasse o figado D. Anna Falciio, 10:000; Felician~ Mirti~
la: aDom Bernudo di: Maria.» Cobrii.l o~ daquele peixe misterioso que é C1is- nho Sobral, 10:ono; Lu1z Pcreira de Len-
resto, do m~rquez, cuja alma se reunira a caHre e ,\lenczes. 5v :ouo; ~hr1a do~ Aojos
ùe SUll mae, de sua irmli e de scu Deuà-. to, e logo que obedeceram, T obias
Lores, 10:000; I>• .-\di::la1Je Vicente 10:000·
(e sua esposa Sara), St! apoderou oe D. llerrnmia Rendas Fnrtes, 10;00~· D. Ma:
A oraçiio a que se refe re este episodio Asmodeu e o levou. ria Celeste Je Seabra Fab1fio, 1o:o~o; Vas-
(p~de haver quem a n:io conheçaJ i a se- Tal é a razào por que devem sem- co o~ono de Va scoocelos, 10:000; O. Vic-
gu1nte: pre l~r os jovens casados esta histò• toria Smde Pinco, 10:000; D. Laurinda Da-
OM mi,:lia Senhor,1 I Oh! minha Mae I ma ~o Taveres 10:000; D. Lucinda S1m6cs
eu ,,1e offereço lodo a Vòs; e, em prova da ria de Tobias e invocar S. Rafael. Martinho, 10:000; O. Delfina Maria d'Al-
m inli,1 aevuçao, eu Vos consagro hoje os Qual é o sitlo do deserto do Alto m eida . .S:ooo; D. Henrique t a Tadeu, 10:000;
mtus olhos, ouvi.ios, ,i 111ì11ha bocca, o meu Egito que serviu de prisào aquelc Juho Mousmhu Fernan..tcs, 20:000~ D. Ma-
coraçao, lodo o meu ser; e pois que assim espi rito Impuro? - perguntava- se. na Carolina de Barhosi Percma de Mello,
Vos perte11ço, oh 111111ha boa J.tae, l(riardae- 10:000; D . Maria Generosa de l\lenezes
me e defe11de1-me c:01110 co1s.i e propr1edade Foi resolvida a questao pelo Pa- d'Alme1<la, 10:0 00; O. Mar~ariJa Pereira
Vossa. __,1 dre Autefage, da Cornpanhia de Je- Lima, 13:ooo; D. Anoa Nobre da C osta e
sus, superior que fei do colegio da Silva, 5:ooo; Francisco da Cruz Costa Lei-
Sagrada Familia, no Cairo. te, 10:000; D. Tereza de J~sus Alm eiùa, 1
dolar; n. Mari,1 S1lva, 1 dolar; Manue l Lou-
Abr1go para os doentes Duas investigac;òes a que proce- renço Gomtis ilos Santos, 10:000; Domin-
deu quando duma viagern ao Alto JCOS J oiio Ma chado, 10 :000; D. Mijria Ma-
peregrioos da Fatima Eglto, resulta que é urna montanha dalen11 da Siivu.,. 10:000; José Miranda Fe-
lir,e, 10:000; Padre Joaquim Duc1rte Ale-
do deserto, situa.da em frente da ci- xandre, 10:000; U. Ann11 Guede~, 10:000~
TraAsporte • • 1:814:000 dade de Tahta, que as tradic;òes lo- D. M ,ria da Conceiçan Footes, 15:ooo; Pa-
caes colocam a prisào de Ai,modeu.
Joao Severino Gaio da
Camara • • • • • • • 5:000 Ainda hoje justamente em Tahta, ma-
dre Antoo10 Carreira Bonifacio, 10:000.
I
D. Tereza d' A Imelda Mas- nifesta este demonio a sua presença
por factos verdadeiramente diaboli-
Padre Antonio V1eira de r.eiçA, 15:ooe·
Padre Manu.:l V1eira dos Santos, 10:000; o:
Rosnlioa Pereira 1:3.istos, 10:000; Padre Jo- •
carenhas • • • • • • • 20:000
Francisco Antonio da Cos- cos. sé RoJri,l,\ues dos Santos I.ima e Silva.
10:000; ConJe,sa Ùtl s~r,hyra, 10:000; O.
ta Diniz • . • • . • . 10:000 Possue Taht11 urna igreja catollca lzal>_cl Muri~ T11v.ire, P1oena, 10:noo; D.
D. liabel de Lacerda. • • 20:000 servida pelos Padres Franciscanos. Maria Amalia GoJmho Bo1tYiJ11 Napolu
O. Oertrudes Oliveira San- F0ra1t1 estes filhos da serafica O1dem 10:000; lJ Mima Victoria d e M~&;ilhiie;
que procuraram op0r as manifèsra- Counnho Braga, 10:000: D. M11 ri~ J osé Lo-
tos Pinto • • • • • • 10:000 pcs, 20:000; D. Rosa ù'Almc1da Vie1ra Lo-
Uma senhora que se en• ç0es do espirito de impureza a ima· pe s1 111:000; D. Felic1dadc Tav11r<l~, 10:000·
contra em grande afliçào • 20:000 gem do anjo que outr'ora o vencéra, D. Augu$t.a Machado, 10:000; D. 1-lermmi;
Antonio Maria Pinheiro 20:000 encadeara e ap,esionara. de Jesus, 1c,:ooo; D. Maria da Puritìcaçiio
Com efeito, ainda hoje se coAtem- Godinho, 10:0000; Urna familia Christi,
D. Palmira Bor~es. • • • 50:000 5:ooo; D .. Anna da Fonsec11 Alves, 10:000;
Teresa (Creadil). • • • 20:000 pla na igreja de Tahta a imagem do Dr. José 81rne de Souza Loreto, 10:000· [)
Serafina (Creada) • • • : 15:000 glorioso arcanjo Rafael encadeando Celeste M.ria de Souze, 11 ·o<•o; Antdni~
O. Maria da Luz Pereira o demonio Asmodeu:-demonio 4ue Farinha Lourenço, 10:000; D. Mar~arida
l\hria de Cortona d11 Conce1çiio e Siln,
Rodrigues • • • • • • 10:000 tantos maleficios provoca e em tan- 10:000; D. E,ter Borges C"b ra l, 10:000: D.
D. Maria Pereira Lapa • • 5:000 tos lares introduz a maldiçao. H ermtnid Beatriz Marque•, 1c,;ooo; D. Cc-
Soeur Emmanuelle (Pariz) 126 francos E' de todas as almas puras a de- c1ha de L.cerda Corre1a, 10:000; D. Aure-
voçao a S. Rafael e carcereiro de Aa- ha Paes Perc1ra, 10:000; D. Mari11 J'Auum-
modeu,; eia traz comsigo totla a sor- pçao Queiroz 1.1'Azevedo, 100:eioo; O. E:n-

Tres momentos te de benç~os sobre as uniòes cristlls.


i,1r11cì,1 da Conc•içiio Serrano Swlpueiro
10:000; D Alzira Co,ta, 10:000; D. Felici:
dade Souza, 10:000; D. Carmina da Rocha
Cahxco RanKcl de Quadros, 10:000; D Ma•
Ha tres coisas que deve111 sempre ria d11 Purif1ca~o Pumbo, 20:000; D. Rita
acAar logar no dia d'urna pess6a
christi: o momento de Deu!, isto é.
Voz da Fatima e.le Jesu~ 811rbosa e Sa, 110:000; D. liorten-
c1.1 de Mello Lemo• e 11,1,mezes, 10:000·
D. Bearri~ dt: J ~su~ Fernandes Vai Conte!~
algumas rcnt'x0es de p1edaae antes Despezas 10:000; 1) • .Mana Au1<urn1 do, Santo ~ Va-
ou durante as vossas ocupaç0es; 1- - : lenttm, 10:000; Polyc.irpo Manual uos S•n-
Transporte. • . • . . . • • 41.480:600 tos1 U!:ooo; Padre Joaé Manu Lor,es No-
o Momento do proximo, ainda que Impressa o do n.• 40... i;iutin, 10:oeo; D. Eduarda da Co~ta Al-
nao seja m.ils que urna palavra ama-. (24.tlOO exemrtlares). 552.000 buquci\que de Pin;1, 10:ooe; D, Clara Mon-
vel para alguma das pess0as que nat; tl!1ro, 10:000; Manuel Antuni:~, 10:ooe; O.
Out ras despezas. • • • . • 165 000 Mart,;ft rida Gomc,• Sernio, 10:000; [). Leo-
roddam;-o momento de 116s mesmos, nor Marquct8 !-erriio Ch1tas, 10:000; D. lza-
ainda que nAo seja mais que urna le- Soma. • • • 42.197:680
ve mortiflcaçao nas vossas refeiç0es. • SubscrlpqAo
bel Antunes Gomt.s, 10 :Qoe; D Muiit José
Costeir.a, 10:Goo; Domingos Valente d'Al-
me1ii.i, 10 :Geio; _Bo., ontura Jo ~é ll11 r.ampo,,
(Coatinuaçio - .Maio a Junho) 10:000; Ant? OIO frattoso, 10:000; D Ma.riit
de Je.u~ Ptnto C11n10s0, 10:000; J oiio Ba•
A.SI\ODEU Silvustre Jo11quim Lourcoço, 10:eoo; Luiz
Antoru• Carraçà, 10:Goo; O V1r~m1a Au- 1.r.st11, 10:000; IJ. Maria tlo C;.rrue G~lvio
jliUsta Tt1xeir.i, 10:00~; Azcl!°a lh ,tos Xa- Si1r1ou. 10:000; Padr~ Alfredo Melo Abrao-
(peraeguidor da esplba do Jovam To- vic:r 20:000; Joao ~ll(Ue~ Sub11l, 10:000; tes Jo C auto, 10:00~; Joao Miria Pimenta,
blat) D. J'oan;1 Loba10 da Fonscca. 10:000; D. 10:000; J>.,Jre Manuel Pcreira de Ohve1ra,
Clara dc ~ouza Namorddo, 10:uoo; U. Jo- 10: 000; D. Dt:olinda Diaa Pereira, 10:000;
sè Belmoate, 10:oc,o; D Elvir,1 Aug,nta I) Palmyr,1 Lw1z S.huw, 10:000; 0. Rosa
Ha no Egito urna Peregrinaçào da No14utin1~ 10:000; C<;>nde,s.1. de Tarouca, ùe u .. rv .. , ho, 10:oc,e; Jod Ferré1r1 C aXII·
Cutidade pouco notoria, bem que 10:ouGj Ce)me Ferre1rn dc Castro, 10:000; ru, 10:000; Antonio da Co<ta Melic1as,
J~naci<:> l\lendes d11 C_unh11, 10:000; D Na- 10:000; p,.Jre l<obcrto ,Vla c1el, 10:000; D.
esta vi\tude seja tao prlncipal em to. na u11s Rcmed1ùS Xsvter Procn,;:~. 1<.1 :000; J oannn du ~ulva çifo Nobre, 10:000; @. Ma-
dos os tempos ~ mormente no actual. (), Maria d11 CoMa C :1\t11nhe1r11, 10:000; Co-- ria lrahcl Fcrn~oJes, 10:000; I) , Eliu Me-
E' essa a peregrinacào a esse lo~ ne110 i\l.anuel Fernande:i No~uc1ril, 10:o()(Y, mzc$ ùe Je~us, 10:oon; D. M1ir1a Jo Car•
gar ondt! o arcanjo Rafad encadeou o D Mnrt.i Toma:i:1a P1nto .ntunc\, 10:ueo; mo Ihcelar, 1 o:no•; D. Berta l\l en.Jes Bace-
demoni,1 ùa 1mpureza aum deserto Manuel ~a Silva, 10:000; D. Mari.: Tertza ltar, 10:000; I). Marta Joanna de L,nnos Pe-'
dc S. Jo,é, 10:000; O. :Wldrla Joso Pcstn_n a, re1ra de Sant'J11~0, ro:Goo; b. Laura da
èo Alto E~ito. I ' 10:oGe; D .Marganda Pinto d e Mesqutta, Costo, 10:oooj M:• ria da CeAcei~iio, 10:ooe;,
1 une Raphael Angelus appreh1N· 1o:itoo; D. Bcrn.irdina ~a Sii va G!nçalo, P;1Jre Antonio Martins Carnetro, 10:eoo;.
4it <JDe11101,ium et reieea vit iUud in 10;000, José. Augusto P1res Jos ::;.,ntos, D. Leocadina llcnriques, 10:000.
A.nolV LEIRiJ.A, 18 de Março de l.026
- .
N.• 4,e

(COM APROVAçAO EOLESIASTIOA)


Dtreei.or, Proprte'tarlo e Edt'tor AdmluhiJ'trado1:: PADRE M. PEP~JRA DA SILVA
DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS REDACçAO E_ ADMINISTRAçAO
:a.-crA D- N'UNO A-LV AB.ES PEBE:IB.A.
Composto a impresso na Iroprensa Comercial, :'- Sé - Leiria (BUTO NUNO DE SANTA MANA) •

eronica de f auma As roseiras na Fatima do-se principalmente depois da


elevoçao. Recita-se o terço e can-
tam-se os canticos do costume.
(13 de Fevereiro) Muito penhorados, vimos agradecer
-Te,minada a miss a, o cele-
as inumeras ofertas de rDselras para brante cla a bençao com a Hostia
ornamentar os muros que vedam os ter- Santa a cada um dos enfermos e
renos do futuro Santuario de Nossa Se- a todo o povo. Veem-se muitos
nhora da Fdtima. olhos man·jados de lagrimas. De-
O apelo da nossa querida - VOZ pois da bençao fioal, s6be ao
DA FATJMA - foi ouvido em todo o pulpito o rev. dr. A velino Gon-
çalves, de Braga, que durante
Portagal, vinte e cinco minutos prende a
tissìma, para a com- F6de-s, dizer qas nào ha provincia attençao dos rnilhares dc fieis que
memoraçao festiva das ou diocsse gue nào estsja ahi reprssez:- o escutam, folaodo numa voz cln-
.Appariç6es. PessOas de to<=ias as tada. ra e forte sé>bre a pratica da vida
classes e condiçoes sociaes alli christa e a penitencia, objectivo
Mutfo obrigado a todoo I
.se encontram, naquella estancia unico das a,ppariç6es da Santis-
bemdita, congregadas pelo mes- Qus a Virgam Sontfssima faça catr
sima Virgem aos pastorinh@s de
mo intenso espirito de Fé e pelos sobre os benemuitos doadores as ro!as Fatima.
mesmos sentimentos de viva e das suas grcças, sdo os noss6s vot,s. Reconduzida a Ima g e m de
profonda pjedade. 0s servitas Nossa Senhora para a capella
prestam na f6rma d·o costume os A COMISS.lO
das appariça>es, os meis retiram
scus valiosos serviços. As missas pouco a pou,o para os sius lares,
succe-dem-se umas és outras, sem dois enos duma firaque2a axtre- e algumas horas mais tarde so
soluçao de continuidade, no altar rna. Natural do Funcbal, onde reinam o silencio e a solidao na~
priocipal da capella nova. Urna residt-, veio expresameote a Fa- quelle recinto privilegiado em que
multiJao devota e recolhicfa as- tima, acompa-nhada por sua rnae, se rebpira a plenos haustos uma
siste as missas, resando sem ces- supplicar A'queìla que a santa atmosphera saturarla des perfo •
sar pelos e,nfermos recolhidos no Egrcja chama com razao, na mes suavissimos do Ce111.
pavilhao respeetivo. Estes sao ladaìnha lauretana, a Saude dos
em numero inferior ao doi uhi- enfermos, a eura ou pelo menos V. de M.
mos mezes. Veem-se apenas dois o alivio dos sews males. A sua
grandes dot:ntes: Urn homem e
uma senhorn. AEf uelle tem, ha
voz sumida mal se distiogue e o
seu abatimento é profo11do devi- Hs cnras da fétima
cerca de seis mezc::s, uma uloora do a doença e aos inc0mmol!fos
DO estemago. que o faz sofrer da longa viagem qùe teve de fa- ,Covà0 do Lobo, 2/i/925
horrivelmeote, produ,zindo gran- zer. Todavia no seu resto, em Meu caro amigo:
.de depressao no seu orga11ismo, que se espe.l ha a candura da s-ua Escrevo lhe boje por eau~ dum
ja vertado ao peso de sessenta akne, brìlha urna suave exp«"es- milagre que Nossa Senbora da Fati-
e dois Janeiros. O scu rosto, sao de re,ignaçao e doçura e a ma fez a um:1 paroquiaAa mìoha.
emaciado por taotas dores phy- flòr dos I abios brioco-lbe quasi Trata se d'urna doente de febr-e-
pue, per al q ue èstav11 dese1JgaAaòa
sicas, traduz a resignaçiio da sua continua111en1e um sorriso de fa·
alma, conforta,fa pelo vigor da
,.
gueira esperança.
dos méliìcos. Recebeu todos os sa•
crnmentos e esi,>erava-se a cada mo"
Fé e pelo balsamo da confiança Entrornnt<> começa a mis-sa dos mento 0 dest:nlace fatai.
no p~der de Del:ls e no valimen- enformos. É meio-dia e meia ho- Eu, que a viatiquei e ungi, ,tarnbem
to de Nossa Senhora do Rosario. ra. Em frente e em volta da ca- assim pensava e tanto ass1m que,
quuclo voltei éa mi,nba terra (oncle
A senhora, muito nova aieda, pella nova, a multidao tc,roa-se fui ui1s dias) perguntei, log«t que ca
pois conta s6mente vinte e d@is mais compacta e o seu fervor co- cheguei, se eia jc\ tlAha nrnrrlàe •.
anos de edade, sofre ha mais de ltra novos alentos, intensifican• o pae, quo ja tlaba Ido a Falima,

I
Vo~. da Fathne

• pegou-,e entllo com Nossa Senhora FAtlma (3 Avé-Marias e o lembrai· pudesse, e ir ao to~ar das apariçOes
da f~tima, começando desde logo a Jlos . . . ) e no, dia em que terminou, agradecer éi Virgem Nossa Senhora
a
ir todas as noites igrej:i rezar o seu a creaaça j i se voltou na cama. O a grnça recebida das suas divinas
terço, deante do S. S. Sacramento, aparelho de eélso, que fol posto a · m~os.
durante 30 dlas. Passadc, es~e tem• creaoQa no hospital, teve de ser reti-
po, come,çou a melhorar, e hoje, grQ· rado passados cèrca '1e oito dias,
Ontras graças
ças a Deus, esta bòa. sesn resultado. Quando dois dias M. da C. B. E., agradece a Nos-
O vavente chama se Manoel Jollo depois da novena o pae da creança sa Senhora da Fatima urna graça re-
Pereira dos Santos, ajudante do Re- voltava do Out~o ori de tinha, a conse- cebida.
giito Civil nesta f reguezia. lho do médico, ido vèr se collocava -Maria Carreira Paes dos San-
Devo acrescentar que a doente a creançs, a mie, que na ausencla tos,da Covilhà vem •mostrar a Nos-
bebeu algumas vczes agua que o pae do marido tinha tambem recorrido a tìa Senhora o seu eterno reconheci-
tlnha trazido da Fatima e tomou cha Nossa Senhora da FAtima, teve a mento por a tcr curado quasi repen-
da terra, que de la veiu tambrm. grande conliolaç~o de apresentar o tinamente, com a agua bemdita, duma
O meu amigo publique esta grnça, filho sào, con1t>rva11do se ainda hoje ferida que tinha num pé, de muito
se assim o entender, e de-lhe a for- de perfl'ita saude. J6 todos fòram a mau aspecto e que nào cedia a ou-
ma quc quizer. Fatima airad~cer a Nossa Senhora. tros medicamentos.
P. 0 Aueusto da Silva"' -A. L. da C., de Goimbra que,
« Maria Dias Temido, casada com posto que continue doente, envia a
Antonio RodtifUt!S Pato, natural e quaotla de 5:000 rs. por urna graça
«Ex mo Sr. moradorn no A venai, logar da fregue- que No~sa Senhora do ~osario da
· Eu, abaixo assignado, declaro que zia do Sébal (Condeixa), amamen- FAtima lhe concedeu.
sofrendo, durante um mez, de d~1es tando um filhl,1ho de 4 mezes, secou-
horriveis sObre os rins, resolvi con-
sultar o ruéJico, que me aconselhou
se-lhe o leite em junho e debalde
recorreu a varios médicos. No dia
-----=--------·------
Abrigo para os doentes
a fazer o tratamento p&los raios X, 13 Je Outubro, de madrugada, achan-
pois achou qualquer corpo extranho di-i-se em Coimbra, tendo se lhe aca- peregrinos da Fatima ·
dizendo ser preciso tratamento pela bado a provisao de leite, afl,ta por Transporte. • • . • • • • • • 2.148:000
eletricidade. Apavorel-me tanto com ver a sua filha chorar de fome e sem D. Luiza e D. Mariana
a minha inJelicidade que recorri lhe poder valer, recorreu a Nossa Soares. . • • . • . • • • • 5:00C,
ao auxilio da Santissima Virgem Senhora da FA.tima e desde esse dia D. Maria Emllia Braodi\o
Nossa Senhora da Fatima, tomando alimenta a creança so seu peito.• Aguiar Nunes de Mou-
a ~gua da fonte sagrafiia, durante 9 ra . .. ·. • . . . . . . • . • 50:000
dias e ao 3.' dia sen•i grandes alivios. •Salamanca (H~spanha) Um secretario de um in-
Fui novamente consultar outro mé- querito •••.•••••• 10:000
dico, que me disse que eu nllo tinha Sr. Redactor da «Voz da Fatima•:
D. Adelaide de S. Cham-
n11da. Graças a Santissima Virgem Venho pedir o ohsequio de publi- bers.•.•.••••••.. 10:000
jA posso trabalhar no m3n('jO da car no seu jornal a segui11te cura: D. Laura Pinheìro•.••• 10:000
minha casa, o que anfes nào podla Como natural da provincia de Sala- ,
- hzer, devìdo ao meu sofrimento.
a
Em gratieilie Santissima Virgem,
ex,ooho a verdade desta minha mis-
siva para vir no joroal de Nosu Se-
manca, Espuha, e tc:ndo ouvldo fal-
lar naa curas de N-.,~u Senhora de
F!timit, lembrei me de pedlr a Nossa
-----------
Soma • • • . • • • •

Lamentaçoes justiftcadas
2.223:000

Senhora a cura de meu pae que ha


nhCM'a i,a Fatima. mais de vinte anAos soffia de urna «Trazia ·cansados os or.gàos do
lito teve l ogar no dia 25 de Abril enfe1mi 1ade que ultimamente se agra- movimento ocular dos meus olhos,
de 1925. vou muMo, dizendo os médlcos que de oa obrigar a desviarem se . .• das
De V. etc. precisava fazer oper.içao porque j i ti- pernas descobertas, com as meias de
nha ulceras. Muito aflicta, recorri a r8 de de tres centimetros . • ; dos bra-
Ma1ia da Co11ceiçl10 MtJnton ços despu lJoradameRte nu · .•. , dos
Nossa Senhora de Fatima prometen-
Lisb'Oa-0Afundo.> do publi::ar o milagre se o llvrasse peitos impul1icamcnte expostos, por'
de fazer a operaçllo. Comecel no dia entre caix ,Jhos de renda . •. Para on-
« LtsbOa,11 de Setembro de 1925. 30 de ' Malo urna novena para esse de quer que os atirasse, !empre a
Eu, Joaqu~m da Silva, sofrendo {ha fon, e no jia aeguinte começou a feira franca da carne f emenina i ve-
nove aR8S) de urna ulcera no csto- melhorar. Ne dia 3 d'~bril vott0u la ...
mago, estando desenganado dos mé· ao médlao, ji muito melhor, dizen- Q•1e triste?a I Vloha-me lembran-
dicos, apeg,uei- me com a Vlrgem do-lhe o naeamo médico que nao do do cristào baloiçando-se néste
Nossa Senhora do Rosario da Fati· precisava de ser operado, e actual- diluvio lmenso de 1en1uali~mo, corno
ma, e venho agradecer a esmola da mente encootra-se perfeltamente cu- se baloiçava nas iguas do diluvio
sau,1e que me d&1, pois encontro-me rado, graças a Nossa Senhora. Universal, a arca de Noé, sem que
melhor, graças a Deus. os nossos pés, corno a primeira pom-
Minha companheira Maria Soa- Maria de la Penha Manjtm Palomero ba, encontrem, quasi, onde possam
res, ,orrendo dum11 ulcera n'un11 per- polsar .• , >
na e n'um braço, ha tempo bastante, e fatando tu, Maria Carolina Cae- -A veròade é que is vèzes f('mQs
recorreu com muita fé a
Senhora tlo tana, ueeooiantt', residente em La- receio de que um fogo puriflcador.
Rozario de Fatima e encontra- sè gares da Belra, com um quisto havia corno o de Sodoma, vcnha abrasar
egualmen~e melhor, graças a Deus. 16 anos, no pé direito, tendo oaa- isto ou que .. m s,gundo diluvio ve•
Vamos no {Ila 13, levar as JHOmP.ssas aiOea que me dava b.astante pena, nha lavar este mundo de luxuria.
a Nossa Senhora do Rozario da FA- principalmente quando fazia grandes Q Je as almas sinceramente piedo-
tima, agradecend9, Jhe multo a esmo- Vi:¼iens a pé, cooaultei n1édicos e sas procurem fazer contra.vapor com
Jinha da sau .!e. D1uita outra gente que entendia de a sua vlda pura e santa.
medicina, acooselhaodo me todos a
Joaquim da S/lva e Maria Soares que fizease urna operaçào. Fui SO·
freodo e no ano de J.924 fOram a
A.t1s as~ig11an\es
<.alçada de Arroìos, 27 - Llsbòa.•
Fjtima um1111 peuaOas ami gas, e me Prevenimns os nossos queridos as-
O Padre Ma1tuel Pe.reira da Si/va der8111 um joinalzlnho dtt ,Voz da signantes, 4ue queirtm rcnovar a sua
adrnlnistrattor da Voz da Fdtima, Fatima•, onde eu vi tanto:- mitagres a!-signaturn, que nao f/\f.ernos 1:1 co-
tendo UR1 eu sobrinlw, Manuel, de operados por NuiSli Sen~1ora do l~o- brança pelo corrcio. Cada um te,n
pouco m le; de dols annos, filhn de zario. Enuw uq ei mu\t(') erente e lhe de enviar directamente a imporlc.n-
sua inm1 Em'lia, residMfe em Monte pedi com muita f é estn ~caça. Pedl- cia da 111 P~nu1 em carta reglsra,;ta uu
Re1tl, sido, depols da ultima Pascoli, lhe na nuite de 17 de Noveml>ro, e vale do correio. E' quasi indispcnsa-
ataca Jo de cox lgia, que um C'!!pC· alé ao dia 20 do mesmo mez fez-me vel rlizer o n.0 da assignatuu.
clalietx d\" Usbo 1 j 1Ir,ou incuravd, a graça que pedi e que prQmetl pu- J\1uito gratos ficamos a quEm nos
fez !J,l.3 rrovenn a Nvssa Senhoru da blicar no scu i rnQlzi11ho, logo que prevenir cte 11lguma irreguhuidade.
'
Voz da Fatima
da fé que tu animou ao acto corajoso Je Transmite ~e a ordem, que é obedecida de

AROUIVANDO eb•m donar por\im dia o in5eparavel canti•


nho da sua casa. Ao romper d'alva, novos
ranclaos 1urgem intrepido! e atravessà'm,
sem p11rar11m um inscante, o povoado, cujo
pronto, sem a minima relutancia. Ha gente,
muita ~ente, corno que em extase; gente
comovida, em cujos labios sè::os a préc•
paralisou; gente pa~mada, com as maos pos•
Com a devlda venia, começamos silencio quebram com a harmonia dos canti- ras e os olhos borbulhantes; gente que pare-
coa que vozes fomininas, muito afioadas, ce sentir tocar o sobrenatural. •• A crieoça.
11oje a arquivar nas coluoas do nos entoam nuro violento contrute com a rude- afirma que e senhora lhe falou mais uma
.,so jotnalzinho o que d~ mais notavel 18 dos t1pos -.• vez, e o ceu, ainda caliginoso, começa, de
a imprensa portugu~sa publicou em O sol na~ce, mas o cariz do céu ameaça subito, a clarear no alto; a chuva pire, tt
a
1 9 I 7 e e re a dos extraordlnarios tormenta. As nuvens negras acastelam-se
prtcisamente sob·e es ba ndas de F~tima.
presente se qua o sol vae inundar de Juz
a paizagem que a manha invernosa tornou
acontecimentos que nesae ano se de- Nada, todavia, detem os que por tvdo~ os ainda mais tri~te .•.
ram na Fàtima. caroinhos e serviodo-se de todos os meios A bora antiga é a que regula para esta
Pedimos ao mesmo tempo a todas de locomoçao, para la confluem. Os auto· multidiio, que calculos d,uapo1ixonados d•
as pessbas que tenbam conbecimen- moveis lux1,1orns deslisam vertiginosamente, pessoas cultas e de toJo o ponro alheias
tocando as buiinas; os carros de bois arras- ds influcncias misticas, computam em trin-
to doutras publicaçoes referentes aos tam-se com vag,u a um lado da estrada, as ta e quarenta mii crea tu ras... A manifesta-
mesmos acontecimentos, o favor de galeru, as vitòri~s, os ca_leches. fechados, çao miraculosa, o smal visive! anuncied•
no- las indicar para se arquivarem e as cerroças nas quaes se 1mprov1saram as- esta prestes a prodazir se-asseguram mui-
sentos, vao aj->ujados a mais nao poderem. tos romeiros ..• E assiste-se en tao a um
se juntarem ao proce11&0. Quasi todos levam com os farneis, mai$ espeltlcu!o unico e inacreditavel para queia
ou menos mode~t•s para as bocas cri~tas, nlio foi testemunhe d'i:le. Do cimo da estra•
{Do .. s eculo» de 15 de Outubro de 1917:) n raçio de folhelbo para os irr1cionaes que da, onde se aglomeram os carros e se co11-
o •povec_eto» de As~,s chamava nouos ir- !'ervam muitas centeoa:. de pessoas, a quel1l.

•eoisas espanto~as mlios e que .:umprem valorosamente a sua


tarefa . .• Tihnta ama ou outra guiseira, ve-
• se urna carrocinh11 adornada de buxo; no
escasseou valor pera se meter é terra b11r-
renta, ve se Loda a i•nensa roultidao voltar-
se para o sol, que se m ;stra lib~rto de nu-
forno o Sol bailou ao melo dia em entanco, o ar 11:stivo é discr<!tO, as maneiras
sao compostas, a ordem a bsolu ta ... Burri-
vens, no zenit. O astro lembra 1,101a placa
de pr,Jta fo<1ca e é possivel fitar lbe o disc•
Fatima nhos c'ioutam a margem da estrada e os
ciclistas, num eroshs1mos, fazem prodigios
sem o minimo esforço. Neo queirna, n~o
cega. Dir-se hia estar-se realisando um 1:cl1p-
As epsriçéia-s da Virgem- para nito esbarrar de encootro aos carros. se. Mas eis que um alarido colossal se le-
Peio dez hora~, o ceu tolda-se totalmen- vanta1 e aos C$pectadores que se encontram
- Em que conai&tiu o si- te e nao turùou que entrasse a chover a mais peno se ouve gritar:
gnal do Ceu-lluitos mi- bom chover. A, cordas de agua, batidas - Milagre, milagre I Maravilha, mara-
por um vento agreste, fustigam os rostos, -vilha t
lh.ures de pe&a6aa afir• encharcando o mAcaùame e repassando até Aos olhos deslumbrados d'aquele pov•,
m•m ter-ae pr_o duzido oos ossos os c11minh1t0tes desprovidos de cuja atitude nos tran~porta aos teropos bi-
chapeus e de quaesquer outros resguetdos.
um mllagre-A gu•rra e Mas uinguem se impacienta ou desiste de bll.::os e que, palido de assombro, com a
a paz. proseguir e, se alJ?uns ~e abrigam sob 11 CO· cabeça descoberta, encara o azul, o sol tr-e-
pà ùas arvori:~, junto dos moros das quin- meu, o sol teve nunca vistos movimento•
(Do nosso enviedo especial) tas ou na distanciaJas casas que se debur• brusco~ f6ro de todas as leis cosmìcas-
çam ao longo do caroinho, outros conti- o sol nbailou», segundo a typica expres;(e
Ourem, 13 de Outubro Jos camponi:zes ... EmpC1le1r11do oe estrib•
nutm a marche com urna impressiondnte
Ao saltar, ar,os dernorada viagem, pelas rezistencia, notando-se algurnas senhoru do auto o'llnihus de Torres Novas, um an-
dezasseis ho ra~ d'hontem, na estaçao de cujoç vcstidos colados aos corpos, por efei- ciao cujJ esta tura e cuja fisionomia, ao
..Chiio de Ma~s, onde se spia.ram tarnbem to do impeto e dc1 pertinacia da chuva, lhes roesmo tempo dò ce e ener_gica, Jembram
pessòas relig1osas vindas de Jonges terras deseoham as fo•mas como se uvessi:m sai• u de Paul Deroulede, recfce, voltado para
para assisur ao «Mil.igre•, perguntei de • do do bJnho l o sol, em voz clumorosa, do rrincipio a•
fim, o Credo. Perl!unto quem é e dizem-
chofre, a um rapaiote do char-il- b,mcs da
carreira, se ja ttnha visto a Senhon. Com • me ser o sr. Joao Maria Amelio de Mello
o seu sorriso sardol)ico e o olhar enviezado, O ponto da charneca de Fatima, onde se Ramalho da Cunha Vasconcelos. Vejo-o
nao hesitou em re91>onder me: -- disse que a Virgem er,arecera aos pastori- depois dirigir se aos que o rodeiam, e que
-Eu cd so la vi pedras, carros, automo- nhos do logarejo de Aljustrel1 é dominado se cooservaram de chapeu na cabeça, su-
veis, cavalgaduras e gente! Por um facil numa enorme euençao pela estrada que plicendo-lhes, veementemente, que se des-
equ1voço, o trem que nas devia condu- corre para Leiria, e ao longo da qual se cubrath ern face de tiio u.traord1n1ria de-
..zir e a miss Judah Ruab, até a vile, nio postaram os veìculos que la con<luziram os manstraçao da exìsteocia Je Deus. Scenas
.apareceu e decedimo-nos a calcorrear co- pertgrinos e o~ mirones. Mais de cem au- . ìdenticu repetem-se noutros pontos e uma
rajosanaente ceree de duas leguas, por nao tomoveis alauem contou e mais de cem bi- senhora clama, banhada em aflitivo pranto
haver logar pan n6s na diligencia e esta- cicletas, e serill impossive] contar os dinr- e quasi nurna sufccaçao:
rem, des•ie muito, afreguezadas as carriolas sos carros que atravancaram a estraàa, um -Que lastima I Ainda ha homens qu•
que aguardavam passageiros. d'eles o auto omnibus de Torres Novas, se n!io descobrero deante dli tao estupemfo
Pelo camjnho, topam-se os primei<os ran- dentro do quel se irmanavam pessòes de milagre I
chos que seguiam em direcçio ao locai
santo, distante mais de vmte quilometros
todas as condiç6:,s sociaes.
M.is o grosso dos romeiro,, milhares de
E, a seguir, i,erguotam uns aos outros
viram e o que viram. O m.a ior numero con-
s•
bem medidos. creaturas que foram de m1.1itas leguas ao fessa que viu a tremura, o bailnr do Sol;
H'lmcn~ e mulheres vao quui todos des- redo· e a que se juntaram fieis idos de outros, porért1, dc:clararo ter visto o rosto
calços-cJu com saquiteis :1 cabe'8 sobre- varìas provinci:i~, aleotcjanos e algarvios, risonho da r,ropria V1rgem, juram que ò
pujaJos pela~ sapatorras; eles abordoando- minbotos e b<=1roes, congregaa:.-se em tor- Sol girou sohre si mesmo corno uma roda_
se a grossos vara-paus e cautelosamente no da pequena az1nheira que, no dizer Jos de fo~o de aruficie, que ele babcara, quasi
munidos ta11bem de guarda-cbuva, Dir-se- postorinhos, a vislio escolbera para seu pe- a ponto d• queimar a terra com os seas
hiam, em geral, alheados do que se passa destal e que rodia consiJerar-se como que raios.,. Ha quem diJa que o viu mudu
a &na volta, num desialercue grande da o centro de uro ampio circo em cujo rebor• sucessivamente de còr ...
pafaegem e dos outros viandantes, corno do outro, espectadores e outros Jevotos
que imersos ero sonho, ruando n'umn tris-
te melopcia o terço. Uma mulher romye
se acomodam. Vi•to da estrada, o conjunco
é simplesmente fantastico, Os prudentes

Slio perto de quinze horas.
a primeira pa_rte da ave-ma ria, a, _saudaçao; camponios, abarracados sob os chapeus O Ceu csta varriùo de nuvens e o SoL
os companhe1ros, em a6ro, conttnuam COIII enormu, acompanham, muitos d'e)es, o segue o seu curso com o explenùor habi-
a seguoda parte, a suplica. N'uro passo cer- desbaste dos porcos farneis coro o condato tual que ninftUem se atreve a encarar d•
to e c,1denciado1 pwiam a estrada po11iren- espiritual dos lunos sacros e du deztinas frente. E os pastorinhos? Lucia, a que fala
ta, entre pinhaei e elivedos, para cbegarem do rosario. Nao ha quem tema enterrar os com a Virgc m, enuncia com ademanes tea-
antes da n,me ao sitio da upariçio, onde, pés na ergila emp•pada, para ter e dita de trais, ao colo de um bomem, qu~ a trang..
sob o relento e a lu,; fria das estrelas, pro· ver de perto a atinh.iira sobre a qual ergue- porta de grupo em gru_po, que a guerra ter-
jet11m _dormir, guardando os primciros lo• ram um tosco rortico em que bamboleiam min'lré e quc os nouos soldados iam re-
gares }Unto da azinheira bemd1ta - para duas laniero 1s, •• Alternam-se os grupos gre.1s11r ..•
no dia de h<>je verein melbor. . que cant.im os louvores da Virgdm, e uma Semelhante nova, todavia, oan augmenta
A' entrada da vile, 111ulheres do povo a lebre, espavorid~, que salga matagal em o jubilo dts quem a escut-a. O sioel celesr,
qu~m o me10 ja infoto• com o virus do for11, api:n.is desvhl as atençOes de meia foi iuJo H I urna intensa curiosidade em
ate1Smo, comentam, eru tom de troça, o Cd· duzia de zogAlctes qu11 a alcançam e pros- ver as Juas rapariguinhas com as suas gri-
H do dia: • tram é c11cetoda •.. naldas de rosas, hd quem procure o,;cular
-Eotiio vae, ver a111anhi a senta ? E os p.tstorìnhos? Lucia, de ro ano~, a as mlios du nsantinh;fse, urna das qua,s, a
-Eu, ofio, So eia amda cd viesse I vidente, e O$ stus pequenos companheiros, Jo1cinta, esta mais para desmaiar do qua •
E riem, ~e com glhto, emquant-0 os devo- Franciso, de 9, e Jocinr,, de 7, ain<la nao para d11n,yas, nias aquil-0 porque: todos an-
tos prosc~uem intlifcrentes a tuJo o que cl-ieg~r.tm. A sua presença assinala-se talvez s1ovnm - e, sìnal do Ce u - b:qsrou a satis-
niio sej:i o c,bj JCllvo da sua roma~em Em meie hora antes J:, indicada corno sen:lo a foiel-os, a raJ1cél os na sua fo ù~ carvoei-
Oui-em ~6 1wr urna aroabìlìdade extrema se da apariçlo. Conduzem ai, raparii;:uinha11, r o . Vcndi:dores 11mbu!(lnte" ofc!recem O$ •
encoutra apos, rlladcr1t1. Durante a n01ti:, coro:;d as de c,1r,•las Je llòre~, ao sitio ein retr:llOS 1. s cri~nça~ em uilh,He~ po,taii; e
rcun1:n1-~i.: na praça da vila os maii •nria- que ~e lcvent:1 o porrìco A chuva cae i11ce~- outr~s l•ilh~to que r.:r·r~s"nl;,m 0111 solda-
do~ vd·u!os Cc'\nduzimfo crcotes o curio~os irn11tement1: nrn~ nin~uem dcs-espera. Corros Jo t,ç ,, .- ·ff\O l 01'pedit:h;O.,rÌO p rtugucs,,
sem que falce,n V"'lhas dnmu vesti<.las de con rcto1 d natio~ chegam a estraJa. Gru• -pi!n-· n (o nu auxili,, J •u11 pr lucrora
escuro, verga ,lu3 j.i ao peso do~ anos, mas po1 cle ficis ;1jodharn v. n lama e a Ludo pe- p.v8' qal v111,.iio J1 Patrfo c-11tè 11 1 à (1)11,Rerrf
f.iiscnnJo,lh~s n')s olh->s o lume ardente de lhes, or.lena que iecheo:i os chapeus. da Vì1g ...1, c0100 se:u o ;t figur~ ,\l v1 ao •••
..


Voz da Fo.tinia
Bom negocio foi e~se e òecerto rmiiq cen- bern grande; com a oraçlio, com a Mata ila Costa Praca, 20:noo; Manuel Ve-
tavos entrar;.m na alg1bcira dos vendedo- vontade energica de te corrigir, eu nando de Oliveira, 15:oooj D. Cnndìrla San-
res e no tr-0nco das e~mota~ para os pnsto- ches, 10:000; D. Ma11 a das Nevcs Varel:r.
rinhos do que 11AS m;ios esu:nllìJas e aber- mlo duvido que triunphan1s depres- ,Teo1onio, 20:0?0; D. l\t nra~ G onç1l \'es Si\-
tu Jos le:prosos e 't'l!SO! que, acotovclan- sa da ma inclinaçào de que te acu- v.11 15:ooo; O. fcrcsa Amural, 10:ooo; Abi-
do,se com <>s romc1ros, atiravàm aos 11res sas. lio Carlos Antunes, 10:000; Padre Clemen-
seus gr1tos lancin11ntes •. • Por pen!tencia faras o seguinte : te de Campos AlmeiJa Peixoto1 10:000; l>.
O di pcrsnr faz-se rapnlamente sem ilifì- Moria da Gonceiçf!o Dorges, 10:000; Dr.
culJodes, sem sombra Jd desordem, scm que vas ao mercado visinho, comprns Domìngos PuhJo Gar.:i11, 10:000; lmeldll
fosse mi~ter que o regulasse qualquèr pa· urna galinha j.1 morta mas ainda com Sanch(ts, 12:000; V. !\{. Tornixa, 20:000; D.
trulh11 du guarda. Os iwrc·1:;rinos que mais as pçnas, faras um passeio em volta Maria Emilia F.:scolastìca, 16:000; Albt,rto
deprr.ssa se ret:rHm 1 éorrenJo estrad11 fora, da cidade depenanùo ao mesmo tem• Alves Nogueira, 10:000; Jofio Ferrcira Pin-
sao O§ que pr1nH·1ro chcgarnm, 11 pé e ,les- to, 10:000; CuHoJio da Cunha Lei te da
calços com os sliflutos I\ cab~ça ou depen- po a galìnha. Costa, 10:000; Manuel G-1~par Fernan !es,
duraùos nos vdropaus. Viio, .::om a nlma tm Al·abado o passeio e depenada a 10:ooc ; José Fr11ncisco Tc1xcira. 10:ooò;
lausperene, levar a ho11 nova a'ls logarejos galinha, viras dizer•me que cumpris-- Anonimo, 10:000: L>. l.nura Pmhetro, 10:000
que nilo ~e de~povoanim dc toJo. E os pa- te esta ordem. Manuel Pa. sos, 10:000; n. M11ria Dpolin<l11
dre,? Alguns compnreceram no loc11I, en li:lvu F. Mascarenhas, 10:000; Jo,é Baftis-
fileirando--se m is com os espectaJores cu- Escusado sera referir o espanto ta d'•.\oJrad~, 10:000; Femtioo Donie 1-lt-
riosos Jo que com os romc1ros avidos de d'esta mulher tao extranhamente pu- ~ino, 10:000; D. Palmira Ro~d Belo, 10:000
favores celesuais. Tulvez um ou outro nao nida por um santo religiow, incapaz Antonio Miraocla d'Azevedo, 10:000; Padre
lograsse dissimular a rnti~façao que no sem- de brincar com coisas sérias. Manuel Teofilo de Souza, 10:000; D. Maria
blante Jos mumphedores tantas vezes se doi Reme<lios dc Moura Abranches, 10:000
traduz: .. • Resta que os competente, d1gam Obedeço, meu padre, diz eia, re- M11nut l Ramos da Costa, 1<':t oo; Antonio
de sua jusuça sobre o macabro bailaJo do calcando RO seu espirito as objecç0es Joao Pereira, 10:000; Jogé tlfontétro da Sil-
Sol que hoje, cm Flltima, fez explodir •Ho- que lhe acudiam. va, 10:000; U. Maria Jo•é de Magalhae!
•anas» dos peitos <los fieis e ileixou natu· Obedeceu, pois, e acabsdo o tra- • Aguiar, 10:000; Jo,é Maria Palricas, 10:000
ralmcnte imprc:ssiona tlos-ao que me asse- José Agos1inho Macedo, 50:000; D. Anna
guram sujeitos fìdedi,i:nos-os livres pcosa- balho, desejosa tambem de obter a Fernaod_e, Pinto Barre1ro, 15:ooo; Carlos
dores e oulr&S pcss6c1s sem preocupaçoes cxplicaçao da ordem dada, apresen- Joiio V1egu, 20:000; Padre l.uiz F1lipe
de natureza reh~iosa que acorreram :i ja tou-se ao Santo. Gonçalves, 10:000; D. Mm.i Cariata Vahia
agora celebrada charnéca. Trigueiros, 10:000; D. Meria da Vi~itoclio
-Esta bem, dit S. Filipe Ne, y, cum- Bruio Ribeiro, 10:000; D. Vir~inia Gonçal-
Avelino d'Almeida• priste a primelra parte e, se cumpri- ves Pmto, 10:0000; D. Maria Jo~é d'Olìvci-
I
res a segunda, que vou dar· te, ficas rn Soarcs, 10:000; O. Mari:i José do!! San-
0 curada. tos, 10:000; folio de Mattos Vie1r11, 10:000
N. 4 Volta pelos mesmos sitios e apa- Padre Manuel Ramo~, 10:000; D. Josefa
Ferreira Arélo Man$O, 10:oco; Jo~é Gil Del-
nha todas as penas da galinha que 1-tado, 10:000; D. Maria do Carmo Filipe
Compram-se os n.0 4 da Voz da de penaste. Guerra, 10:oon; José Faia, 10 :000; José Pe-
Fdtlma ou substituem- se por qual- Isso é impossivel, exclamou a pe- reira l\lorgaJinho, 10:000; D. Lucinda Al·
quer outro que se n~o tenha esgota- nitente, no cumulo da surpreza; é ves da Sdva, 10:000; Joaquim Snrdinho,,
do. Tambem nao temos os n.0 • 1, 2 10:000; D. Jooquina d'Almeì.ìa, 10:000; Ar-
impossivel. Oeitef.as ao ven 10, ao manJo Ribdro Baptisca, 15:ooo; D A. Rea-
e 7. a
acaso, e o vento tel-as- !evado em tiog, 10:000; D. t'.hria l.tAur11 M:itheu~, .
todas as direcç0es. Comn quere V. 10:000; Joaquim Gsbriel Coc:lho, 10:000;
1\1 aravilhas do Rev.• que eu sgora as encontre? D. Mariona Saleme d'A~,1~:r, 10:oc,o; D.
Laura Possolo <la Costa, 10:000; Jernaes
Oizes bem, minha filha. As tuas avuls~s (D, Emilia Nun.:s da Rochn,) 3c :ooQ
corpo hu1nano maledicencias sào tambem assim. As J?aqut~ Augusto d'Oliveira, 10:000; Anto-
nio Lu1z da èon.::eiciio, 1:i:000; Joaquim
tuas palavras, é\s vezes assassinas da
honra alheia e sempre funestas, es- Pedro Coelho Gucrreiro, 10:000; Manuel
O corpo humano contém 150 os- Duarte Siln, 10:oor>; l=l. Luc1n(la de Jesu<.
sos e 500 musculos. O ,eso do san- palham os seus maleficios em to- Oliveira, 10:000; D. Maria V1ri:ìnia F(11ueara
gue de um ac1ulto é de 15 kilos. O das as direcç0es. Apanha- asse p6des. da Silva, 10:ouo; Aurelio Lacerda l\OlHi-
Vae, pois, e nao voltes a pecar. nho, 10:000; Franci~co Melqu1aJe~ Sardi-
diametro do coraçaa é e:Je 15 c,enti- nho, 10:000; D. (;hn~una Augusta ùe Le-
metros e o coraç!o bate 70 vezes por mos Martins Fcrreira, 10:ooe; D. Julia
mi n u t o, 4.200 vezes por hora e Martin, Cerrcia, l'O:Goo; (). ~laria Celesti-
16.871.200 veies em um ano. A's ora çoes dos leitores na dc1. Silva Pita, 10:000: M11nuel il:t Silva
Varias pess0as nos pedem que re- Pita, 10:000; D. Julii1 Pereira de Freicas,
Cada pancada do coraçao destoca 10:000; Dr. José Luciano Htnriques, 10:000
44 grammas de san,:ue, 5.310 kilos comencilemos as suas nece11sidades As Antonio Maria Duarte, 10:000; J011.quim
per dia. Todo o sangue da corpo oraçoes dos leitores, que decerto te- Fernandes <los SAnto~, 10:000; D. Ann11
passa pelo coraçao em trez minu1os. rao a peito ésta obra de caridade. Correia Oiniz da Fonsec-a, 10:000; D. Mar-
gariJa Mata Cortes, 10:000; D. Maria Te-
Os nossos pNlmoes contém no seu n:sa d'AlmeiJa Corte,, 10:ooe; ArmanJo
eatado normai ci11éo likos de ar e Noguetrii d'Azevedo, 1e:ooo; ;\lllilcar Cam-
n6s re..spiramos 1.200 veze~ por ho•
ra, consuminpo 3 litros de ar.
Voz da Fatima pos, 10:000; D. Virginia "ore~s de Cerva•
lho, 10:000; Padre J"s6 I.le Souza, 10:oea;
Deapezas D. r.laria de Ccu Pintu J'Ahrtu • Limn,
A pele tem tres carnadas de cspes- 10:000; D. Maria do Ro~ilrio, 1e:oco; n.
sura, que variam de tres a cinco 1111- Transporte • • • . . • 42: 197:600 A•lelia Auf,!u,ta de Je~u, o Silva G;ircir,
Jimetros. Cada centimetro quadrado Impressào do n. 0 41 . • 644:000 10:coo; D. Maria I .u ' z1 Teìxcira B1,1r1es,
de pete tern 12.000 p6ros e· a exten- Outras despczas. • . • 170:000 10:000; D. ~aria da C5ncciçio Mr.J?alhiie•,
slio total desses p6ros é de 50 kìto- Soma.
-----
43:01 l :600
1:1:000; D Joaquina d11 C1n::ciçlio Duarte 1
10:000; Prdre llcnrique Roi.lrtgue~ Mota, '
metros. 10:eoo,; Padre Antonio JH S11t1tos, n:ooo
SubsorlpqAe D. Marill Can,!idl\ d'O Brag•. 1•:1100; D.
(A r11rtir Je q de Junho) Mara:ma Vilhcna da Carv11lho, 10:oc.o.
Uma boa penilencia Fr~ncisco Soares Gari-inhitt, 10:000; D.
Guilhermioa l\ténJonça, 10:noo; Pacafìco
S. filipe Neiy recebeu 11m d'ia urna
111ulher que se acui8va de ser muilo
Martin•, 10:coo; n. Maria <lR Conédçao
S1lva, 10:000; D. Moria da Conc~icfio Rosa,
VOZ DA FATlrJIA
10 :000; FelicitJ110 Alvc~, 10:000; ,\n tonio Eate jern•b:lnbo, 411 u e
i110Hnada 4 maledlcencia. Dia~ P'rade, 10:000; h. itario l.ui1n de Ma-
l!ste defeito é multo frequente em galhics CalJeira, 10:000; D. Maria d'As• vae sando tfto 11ueriae o
\ ti (perguntou o Santo)? sumrçiio C11IJe1ra de AThuque,.qu~. 10:Goo
-Sim, é muito freqttente, 1espon- D ;\1urg&riJ~ M:ma Farinha e S11\·a, 10:l)r,o procurado, é dislrabnidc--
Herculrmo Nuoes, 20:000: 0 Ermelinda da
deu a penitente. Conceiçlfo, 10:ouo; D Maria d»~ IJòrcs, grGtuitamento em Filtim•
-Muitas vezes p01 ciia? 10:oo"'j Joiio Antonio Gonçal\' s ,!'Oliveir:i, nns dios .13 do cada mh.
-Muitas. 10:000; D. Juslina de N11taré, 10:000; O.
Em presença de urna confiss§o tao Mari!\ do Nasc1111ento Jorùiio d'Ohvllirt, Quom qaJzer tc,r o di-
10:000; D. Ma rio de, Pra1crc~ Ch:ive~,
franca, corno se portaria S. filtpe 10:000, Farmroo llnmin,;ue~, 10:•10<'; D Ma- reito de o rece!l>er dira-
Ne,y.? ria da Graça Corr1111ca, 10:000; D Maria
A receita é bOa e merece que se Jacìota CanJcias, 10:000; D. Amdi:i Soares otamente polo correlo,
tome nota d'ella. Ro<lr1g11es, 1e:ooo; D. Ml!ria Jo•é <::emaral, tera da enviar, e:leant••-
!t11nha querida filha, iiz o santo 4 10:000; Padre Joaqu1m Dies Duque1 10:000
José Clara, 10:000; F'adre Antonio dos San- dament•, o m I n I m o d&"'
sua penitente, a tua falta é grande tos Alos, 10:000; D. Joanna do €spirito
.mal a misericordia de Oeus é tam- Santo Neves, 10:000; D. Maria Eduarda dez mli r61a•


Ano IV i ...E.JR,t. ...... 18 de Abril de 10.26- N .• 48

(COM . ~:J:>RO·V~çAO ECLESIASTICA}


Dtre<.'l·tor~ P:a•oprteto:rlo e Edlt,or Ad!lrlnts-crador: PADRE M. PEHEIRA DA SU.VA
DOUTOR MANUEL MARQU:'-:S DOS SANTOS llEDACçAO E ADMINISTRA.çAO
EU .A :O. N'UNO ALV.Jl,-RES PEBEJ:BA.
Gole\posto e it:11presso na lmpre1u• Co.,.er·i:t!, '~ ~é - r '!ir:~ (BEATO NUNO DB SA.NTA MA.IYA)

-
eronica de l auma 1 que previamente !e confessaram. Os
servitas, na sua grande maloria per-
tencentes ao gru po ò'élite de Torres
(13 de liarco de 1926) Novas, trabalham sem descanso na
organisaçao do serviço d'ordem e no

@
tran sporte dos enfe,mos.
EALISOU~ 13 de No meio delles avulta duplamente ,
Marçn findo a costuma- grande - na alma e no corpo - o
da peregrinaçào mensa! dr. eartos de Azevedo Mendes, P(P·

·1~ t!1. ,./·t?, a F~tima em com memo•



1açao das appariçoes e
dc s episodìos maravi~
lhosos succedidos no
vedor da Misericordia da gtntil prin•
ceza do Almonda, comandando a sua
legiao de volunra,ios com um apru-
mo e um garbo verdadeiramente
" anno de 1§11, que ficou marciat$, mas assaz atenuados pt:la
, • para Sdnpre ,nenioravel doçura e amabilidade dum ~i-pirito -
nos glofivsos fastos Ma- profunda e sentidamente christao.
riaros ca nos!ìa querida Pat1ia. Ao meio dia solar a branca est.dua
O dia mnanhrceu formmo e ex- de Nossa Senhora d'o Rosério é con-
plendido, exi;herante de luz e de co- duzida da capella das appali~0e-s pa•
res, repleto lll.' amenidade e doçura, ra a capclla nova.
como se a Primavera, quel fada bem• Começa entao a ultima missa -
fazt>ja com sua varinha de condào, a missa dos enfermos e dos peregri-
ja h1;esse despejado sObre a terra a nos. Durante a celebraçao do Sante>
A i•mnu.do te niio Antonio, corno se
cornucopia dos seus doris mais pre- Sacrificio um sacerdote re2a o terço
publicou) c.t->onveh.·a, re~idtnte no R.
ciosos e das <-uas bençàos mais es- do Rosério allernadamente com o po-
Direit;i ùe Peùrouço$, , az, loja, curado por
colhida~. - vo. Terminada a missa, expoe-se o
Nossa Senhora da Fatima de adcnites su-
Como era. poi~, de esperar, a con- Santissimo, da-se a bençao a cada
ruradas e estado geral rnuito grave, con-
correncia c·xcedeu sobremaneira a um dos enfermos e depois a todo o
formi: o atest~ùo méJico e relaro publica- povo. Encerrado o Santissimo no sa-
dos ul!imos dc is mt>zes. E - cousa cado aq1J1 oo m€s de Feverciro ultimo.
digna de nota - as classes mais al- crario, s6be ao pulpito o rev. Maga- -
tas da socieda ie forneciam desta vez lhaes, de Leirla, que, numa lioguagem
um continge1 te singularmente ele• ampllaçfio da rgreja parochial. Esse ' accessivel ~ todas as pess0as, fata
vado ao num ~roso exercito dos ro- templo magestoso e bello, la esta a s6bre a neces&idade da penitoocia e
meiros, que no~ mezes das pe(l!Jenas attestar é\ gcraçao actual e as gera~ o cumprimento de todos os nosso&
pereg,Jnaç0es costumam perT1!ncer çoes do porvir o que p6de uma von· deveres.
na sua quasi ti, talidade ao el~mento lade de faro, tenaz e inflexivel, ao Reconduzida a estatua de Nossa
popular. .serviço de urna nobre causa ou na Senhora 4 sua capella e canlados os
Assim a muHidao que enxameia èxecu(?ao d~,m grandioso plano. canticos do costume, a multidao dis·
no locai das •apparlçOes é iacompa- Nao se esqueçam os pie,fosos ro- p-ersa-se pouco a pouco, e a breve
ravelmente mais variada, sem a se- _meiros de f atinia, e todos os leito· trecho o silencio e a solidào reinam
vera moootru,ia dos n,ezes anterio- res cliristaos dest.:s linhas, de suppli- soberanamente naquella estancia ain·
res, ùfferece.ndo no seu conju ncto car, por intercessjo de Nossa Senho- da poutos momentos aates cheìa de
um aspecto mais aj?radavel a vista. ra <lo Roi~ario, ao Oeus da Eucha· vida e movimento.
Uma n,Hidit bastante triste corre ri tilta, r-scondido na sua ~hstìa de Visco1tde de Mo1Jte/lo
de bòcca em' bocca e enche 1r pro- - Amor, todc:s os m{'zts a-:-_cl;n~ado no

- _ ____
fumla contt{:rnaçào todos os pere· planal ;o ~agrndo <!e fàtlm.:i, a con-
grinos. O 1-t:v. Agostinho ,\larques
Fe41eirD, fHft<ìcho e.le fatima, est de a
•Servara-0 da p1eciosa vida e a cura
. rapida e cci01r1leta do vent>r1tndo pa~
Hs curas da f iitima ..__

cama, b1:1 tant~nfermo. hmao ~t>meo rocho da [r{!~wt:izia que a Rairil,a dos
dt Mons. Piyrnmalc, o parocho de Anj1ls. s~ tlii,euou llonrar e, w as suas Rev.m" Sr.
LourJes na ep:ocha das apparltè')es, S lf\ appa,1çoe~, I! com a
marpvillu Currprlrdo um dever e urna pro-
nao :.6 ,u,s virtudes e no zelo 'I.Ja silo- pmiusao -<1:ìsm11brosa das :il:l~s gra- messa que flz a Nosa Senhora do Ro-
ria -de Ocus 'E' 1.1a salvaçào dac: almas, ças. • . · 1:,Atio de P~tima, apresso-me a eovlar
mas ain 1a)\à firmeza da vonta Je e na Desde m~1~1a céJo, na cc1p~ll:1 no- a V. f'sta miaha missiva pe,din '<>-'lhe
vivaddade 'dr) genio, a elle se deve va, as missas sucr.edem- se umas as a publicaçao (caso V. o entenda) no
urna obra mAuumental que, a cusia outrns, c,)m pequenos ir.tervallos. De conce11uado jornal • Voz d!i Fatima>.
de muitfJs e f,_.,rços e de cariselras, ve1. em quanJo um
sacudnte distrl· Etn Fevereiro de 1920, comrcei
logrou levar a cabo, a restauraçao e brue a Sagrada Communhao aos flels
t
a sentir-me muito fraca. Consultando
•1

alguns médlcos receitaram-me varios Da Fatima posso dlzer que colhl tmdencJas a mellzorar. E como a
medlcamentos sem resultado satisfa- as melhores lmpressOes. Eram perto p/euresia purulellta de que o obser-
torio. De dia a dia me achava peior de 4 horas quando retlrel com uma vado sofria, por todos os caracteris-
e as poucas fOrças que me restavam viva saudade desse tAo querido Lu- ticos que apresentava, se podla con·
exgotaram-se. Em Junho do mesmo gar Santo e com vontade de breve siderar corno incuravet, é para con·
ano recolhl 4 cama atacada de fébre la voltar. Efectivamente 110 mez se- siderar misteriosa a ùztervençiio lla-
e com um enorme sofrimento de in- guinte I! me encontrava. Se possl- vida que levou a doença a uma trans-
testlnos. vel fOsse irla todos os mezes prestar formaçllo tào completa para cura
Chamado o clinico Ex.mo Sr. Or. a
homenagem Virgem Purissima San- proxima.
Dias Coelho, observando-me, decla- ta Maria. Porto de Mds, 28 de Setembro de
TOU ser o meu estado grave e sofr~r Oraças, pois, a Nosso Senhor Je- 1924.
duma entero- c61lte. Estive perto de sus Christo, que por intercesslio de Adelino Pereira da Silva
dols mezes de cama, sendo o meu Sua Mae nos val atendendo.
tratamento apenas caldos, ché e me- Outrn s curo s
dicamentos. Era tal a mlnha fraque- Laurinda Amelia da Silva Sequeira
Marques. Maria da Piedade Rodrigues, R.
za, que o clinico ap6s um certo nu- O. Estefania, 99, I 0 -LtsbOa-Ten-
0
mero de visltas, comunicou a meu C. Ouque d~ Lafoes, 41, 1. - Bea- do desde creança urna fé muito gran-
marldo que eu estava anémica, neces- to - LisbOa. de, e urna grande devoçao com a
sitava de ares do campo. Fui para Atestado Santissima Virgem, logo que teve co-
Villa Nova de Poiares, onde me con- nhecimento da sua apariçào em FA-
servei uns tempos. Regresse! a Us- Henrique Dias Coelho, m!dico·cl· tima, lhe dedicou todas as suas pré-
bOa mais robusta, mas em breve tor- rurgitlo pela Faculdade de Medicina ces com tanto ardOr, que Nossa Se-
nel a sofrer dos intestlnos, excluindo de LisMa: nhora da Fatima lhe concedeu algu-
umas tantas comldas, chegando mes- A testo que a Sr. • Laurinda Amé- mas graças. Por este facto, deseja
mo a estar semanas lnteiras a cM e lia da Si/va Sequeira Marques, mo· propagar a devoçao, e palentear a
caldos de farinha. ,adora na Calçada Duque de La/òes, sua fé, pedindo st jam publicadas as
Em Malo do ano pas!!ado peorei, , 41, 1. 0 D, freguezia do Beato de graças que vae expOr, que tanto
e con~tsltando o referido médlco, elle Lisboa, sofreu de uma entero-colite agradece é1 Santissima Virgem.
me disse claramente que a mlnba do- e franca anemia desde o allo de mi, Ha 18 annos sofreu uma operaçìio
enQB era lncuravel, aconselhando- me novecentos e vinte até outubro de mii na bOca, sendo- lhe extra ido um boca-
a ofrer com paciencia o meu marti- . novecerdos e vinte e cinco, renitente dinho do osso maxilar, sofrendo bas-
rio. a todos os rnedtcamentos emprega- tante. Ha 3 mezes voltou a aparecer-
Em virtude desta declaraçào, in• dos e foi por mim observada nesta lhe uma grande inflama<;ào na cara
voquel, chela de fé, amor e multa ultima data, notando-se muitisslmo no mesmo sitio, tomando-lhe o olho
confiança, Nossa Senhora dQ Roséirio melhorada do seu sofrimento. E, por do mesmo lado, e ja a aparecer pus.
de Fé\tima, de quem tdo dev6ta sou ser verdade, passo o presente ates- foi ao médico que lhe disse ter de
e de quem algumas graças tenho c,b- tado que assino sob minha respon· ser novamente operada. Porém re-
tldo, implorando o seu auxllio. NAo
- fui atendida. Recorri novamente, mas
SQbilldade profissiollal. • a
correu Santissima Virgem, e collo-
cando terra de Fatima f0bre o incha-
debalde. Nao desanimei; porque sen- Lisboa, oito de Feverelro de 1926. ço, este desapareceu bem como to-
do Ella a MAe dos Aflitos, sempre Henrique Dias Coelho da a inflamaç~o, achando se comple-
me havla de consolar. Nas miohas (Segue o recoohec1mento). tamente bòa.
oraçOes pedia com imenso fervor a Outra graça quiz Nossa Senhora
Nossa querlda M!e do Ceu, que me conceder lhe.
acompanhasse ao Campo Sagrado, O atestado segulnte, que s6 ago-
ra nos chegou as mlios, é referente Ha 4 annos sofrla d6res no braço
porque o meu ardente desE'•jo era ir e peito esquerdo, resultado ll'uma
prostrar-me de joelhos no aito Tor- a urna cura extraordlnarla, ja relata-
da aqul no n. 0 33, de 13 de junho pancada, e tinha caroços no peito,
rio abençoado por Eia. sendo o médico d'opiniào que devia
de 1925.
Assim o C'onsegul. Atostado ser operada. Multo afllla dlrigiu as
Em Outubro de 1925 fui a F4tlma. suas ardentes préces a Nossa Senho-
Quando me apeei do camion, senti- Ad.Jlno Ptreira da Si/va, sub-de· ra de fé1tlma, deu banhos com a
me multo comovida com tudo o que legado de saude em Porto de Mds: agua, e acha-se hoje petfeltamente
em redor de mlm' observei. N!o pude Atesto que tratei durante muito curada.
oontèr as Mgrimas e, a soluçar e de Mais uma vez pede a publicaçao
tempo }osé Rodrigues Vala, mora-
joelho!, supllquei mais urna vez a dor na Ribelra de Baixo, I rtf!Uezia do que expOe, e st'mpre que p6de,
Virgem Santissima se me melhorasse isto é quasi todos os annos tem ido
de S. Jol1o, neste concelho de Porto agratn?cer éi Santissima Virgrm os
os meus intestinos, oferecerla 13 ve- de Mds. Este individuo sofria d'uma
las para alumlar Nossa Senhora du- beneficlos re<:ebidos e de que se
pkuresia purulenta tuberculosa com nao julga merecedora.
rante a festa que em sua honra se forte derrame. Est/vera durante cltr-
reallsa todos os dias 13. co mezes nos Estados Unidos do LisbOa, 13 de Março de 1926.
Prometi concorrer com um dona- Brazil, so/rendo da mesma pleure-
tlv0 para o Culto de Nossa Senhora sia, teado ahi so/rido a operaçl1o do /ria a'Atmeida, mora dora na Ru.a
e ouvlr uma missa na minh.- fregue- empie'ma com resecçl1o de tres cos- O. Eatefanla, 99, 1.0 , em Lisbò11;so-
zia (Beato) oferecendo•a em aç!o telas. Depols, aqui na Ribelra de frendo ha 20 annos do figado, e
de graças e juntamente a recltaçAo Balxo, manifestou forte dtrrame pu· tendo continuas c611ca~ que a pros-
do Santo Roséirlo no dia em que fOr rulento que lhe poz a vida em perl- tavam no leitCl, e vendo-se obrigada
<:umprida a dita promeasa, alumlan- go, salvando-o a vomica por mtio a chamar amiudadas vezes o médlco,
do totios os dias J3 a imagem de da qual se llbtrtou de mais à'um teve a fellz insplraçAo de dlrlglr In-
Nessa Senhora do Rodrlo de F4tlma litro de ptb; passando·se isso em cessantemente a! suas oraçOes a
que com muila devoç4o conservo meado de Nov~mbro de 1923,· pas- Nossa Senhora de f ~tlma, e tornar
em mlnha casa. Oraçaa a Deus fui sados qulnze dias tornou a encher- a agua quando se vlu aflita com a
ouvlda. Apeear dos iacomodoa da se de pus que f oi esvaslado por pun· c61ica. Quiz Nossa Seohora attende-
Ylagem e de nease dia 16 bastante çllo. Depo/s d'isso nunca mais tor- la. Ha mais de anno e melo que pas-
tarde ter r.ecebldo a Saarada Comu- nou a formar-se pt1s na pleura do sa conslderavelmente melbor, sem
ahAo, p6sso garantir que o passel pulmllo direito. Hoje apresentando- necessitar d'asslstencla médica. Tena
1'em disposta e afé 4 data, felizme~- se o dotnte par• eu • ob1ervar, en· Ido, e lr.1, sempre que lhe 11eja pos-
te, encontro- me meJhor. Alimento-me eontre~o multl1slmo mtllwr•do, n4o sivel, agradecer este tao 2rande be-
de tudo se111 recelo e alnto me com exlstlndo dtrrar,u na ple•ra, apenas neficio A Santissima Vlrgem.
mais f Orça. NAo 'fottei ao eot11ulto- /he e11contrel umt1 ptftsena dlmlnal· Paz entrega de mli escudos para
lie do Dc.ao Cllnlco, sedo qundo ç4, do murmurlo veslcular e peque- o culto de Nossa Senhora, e pede
fui peilir-lbe o 1te1tado que junto 110& raitlos di coiro novo, slgnal!J seja publlcada esta graça, para au-
retneto a V. e•r•cterlstlcos da fJ/earlsla seca, com mentar a devoçao que devemos tee
*-·'l"t--=------,----_,,,=--·~~
a Nossa Senhora, e para provar a Estavam a cada momento 4 espe• acreditar na incontroversa realidadé
sua grande fé. ra do desfecho e qae aqueJe mal- d'um milagre. Foste um crente na tua
Usb6a, 13 de Março de 1926. creado fosse posto oa rua. juventude e deixaste de sei-o Pessou
M18 o rei Afonso ficou calmo e de fa mili a arrastaram-te a Fatima, no
Dada di.e. vagalh1io cotossal d'aquele povo que
Placiano dos Santos Silv~, mo- Qual seria a rado deste aiJenclo ali se juntou a 13 de outubro. O teu
rador na Rua Cartos Joeé Barreiros, racionalismo sofre um formidaveJ. eJJ}•
17, 3.0 (a Arrolos), em Llsb0a; offe.. do monarcha, siJenclo que os adml-
rece para o culto de NOS63 Seoho- rava aioda mais que a conduta do bate e queres estàbelecer uma opini(cf
ra do Rozarlo de f atlrna, a quantla mendlgo? segura socorrendo-te de depGimen•
de Esc. 1.000$00 (mll'escudos) por Estavam impacientes para saber tos insuspeitos corno o meu, pois que
ter obtldo de N<>ffa Senhora uma a explicaçao. estive l~, apenas no desempenho de
grande graça; para conficmar a sua Um d'elles exclamou: urna missao bem dificil, tal a de re-
fé, e desejar propaear a devoçao A •Quem é este malcreado, este ur- latar irnparcialmente para um gran-
Santissima Virgem, pede com insis- so sem edu~ao? Nao sei o que de diario, O Seculo, os factos que
tencia seja isto publlcado, me conteve que nllo lhe cortasse as diante de mim se desenrolassem e
orelhas. tudo quanto de curioso e de elucida-
Llsb0a, 13 de Março de 1926. Porque é que os creados o n!o tivo a eles se prendesse. Nao ficara
puzeram na rua ? ••. » por satisfazer o teu desejo, mas de-
Abrigo para os doentes Eot!o o rei se Jevantou solemne•
mente e fixando com um olbar seve-
certo que os nossos olhos e os nossos
ouvidos nao viram nem ouviram coi•
peregrinos da Fatima ro os seus jovens convivas e marte-
lando vagaroeamente cada urna das
sas diversas, e que raros foram os
que fìcaram- insensiveis a grandeza de
Transporte•...••. 2.223:000 palavras, disse:· e Este meodigo, este semelhante espectaculo1 unico entre
D. Margarida Piteira Ba- malcreadq, este urso &elvagem, sois n6s e de todo o ponto aigno de me•
ptista....•.•• • ... 34:000 v6s, meus queridoe pagens. V6s sols ditaçao e de estudo .••
D. Cecilia Correla Costa 5:000 mais iogratos e mais mal educados O que ouvi e me levou a Fatima?
D. OlOfia Esquivel . . •. 10:000 que elle. Cada dia um rei, maior que Que a Virgem Maria, depoic; da fes•
D. Berta Oneto Nuoes.. 30:000 o rei d' Aragao, vos oferece duas ou ta da Ascençao, aparecera a tres criao-
D. Adelaide Esteves .•• 20:000 tres refeiç0es: vos começall-as sem ças que epascentavam gado, duas ma.
Soma •••••••• 2.322:000 o saudar e acabail-as sem lhe agra- cinhas e um zagalete, recomendando-
decer. Merecieis, pois, que Elle vos lhes que orassem e prometendo-lhes
mandasse pòr na rua pelos seus ser- aparecer ali, sobre urna azi nheira,
Hntes e depois ..• vos, que sao os anjos.>
0s pagens abaixaram a cabeça e
no dia 13 de cada meI, até que em
outubro lhes daria qualquer sioal do
d.as reieiçOes prometeram emendar-se.
Qualquer animai domestico (o cào,
o gato, o boi, etc.) desfaz-se em ca-
pod!er de Deus e faria revt:laçoes.
Espalhou-se a nova por muitas le•
guas em redondeza; voou, de terra
0s nossos antepassados, que eram rinhos e agradecimentos (a seu mo- em terra, até aos tonfins de Portu·
christaos a valer, nao passavam sem do) para as pessòas que os tratam. gal, e a romagem dos crentes foi aug·
resar antes ou, pelo menos, depois Nao sejamos menos que elles. mentendo de mez para mez, a ponto
das refeiçoes, atraiodo as bençaos Que nao se aplique a n6s aquella de se juntarem na charneca de Fati.
de Deus sobre a comida e agrade- frase que Cemilo, apesar de nao prt .. ma, em 13 de outubro, umas .::iocoen-
cendo· lh'a. mar pela sua vida christl, escreveu ta mii pes.'loas, consoante os calculos
Quantos paes, que se dizem chris- em qualquer parte: de iodividuos desapaixonados. Nas
tlfos, nao ensinam a seus filhos a fa- C'Seohor dos mundos, v6s creastes precedent~s reenioes de fieis, nao fal-
zer o slgnal da cruz e a dar graças a agua que refrigera o viandante tou quem tivesi;e suposto vér singu~
depols da comida ? d'este deserto e elle passa, bebe, sa- Jaridades astronomicas atmosforicas,
Bastaotes. infelizmente. Nào se cia-se e..• injuria-vos.> que se tomaram corno indicio da
pensa em Deus, que, para elles é imediata intervençao divina.
um estranbo que nAo é para aU con- Houve quem falasse de subitos
vidado. abaixamcntos de temperatura, da
E se ha um conviva que esta de scintilaçao de estrelas em pieno meio
mal com Deus, teme· se ser indeli- dia e de nuvens li~das e j~mais vis•
cado para com elle e nao ha pejo tas em torno do sol. Houve quem re•
de o ser para com Deus. Da llustraçliò Portueueza de 29 petisse e propalasse comovidamente
A este propo·sito nao fica mal deOutubrode 1917 : que a Senhora recomendava peni•
aqui a seguinte Interessante historia: tenda, que pretendia a ereçiio de
O rei Afonso d'Aragao, que era «() mi\agre de Fatima uma capela n'aquele locai, que elll
um verdadeiro chrisUlo, soube com (Carta a alguem qne pede 13 de outubro manifestaria, por in•
desgosto que os seus pagens na:o ti- termedio de urna prova sensivel a
nbam o habilo de resar antes e depois um testemunbo tnsuspetto) todos, a infinita bondade e a omni-
da comida. potencìa de Oeus .••
Quiz dar lbes urna real liçào. Con- Quebrando um silencio de mais de Foi asiìim que, no dia celebre e
vidou-os um dia para a sua mesa. vinte anos e com a invocaçao dos tam anciado, afluiram de perto e de
Elles, segundo o seu costume, seo- looginquos e saudosos tempos em que longe a Fatima, arrestando com to-
taram-se a mesa sem fazer o signat convivemos n'uma fraterna! camara- dos os embaraços e toclas as durezas
da cruz ou qualquer outra oraçih1l. dagem, ilumino.da entao pela fé co- das viagens, milhares e milhares de
O rei convidou tambem, nesse dia, mu~ e fortalecida por identicos P.ro~ pessoas, umas que palmilharam Ic-
um pobre a quem ordeoou um certo P,OSJtos, escr~ves:me para que te diga1 guas ao sol e a chuva, outras que se
cerimonlal a obtervar. O homem sincera e m1nuc1osamelllte, o que v1 transportaram em variadissimos vehi•
cbedeceu pontuatmeote. Entrou com e ouvi na charneca de Fatima, quan- culos, desde os quasi prehistoricoe
os seus farrapos, quando a refeiçAo do a fama de celestes apariçoes con- até aos mais recentes e maravilhosos
jà tlnha começa-do. Sem saudar nin• gregou n'aquele dcselado ermo deze- modelos de automoveis, e ainda mui-
guem, nem meamo olbar para o rei, nas de milhares de pessaas mais se- tissimas que s11portaram os incomo--
poz•se é mesa com a maior semce• denta~ segundo creio, de sobrenatu· dos das terceiras classes dos comboio~
rimonta, comeu e bebeu quanto quiz, r~l do que im~lidas por mera curio-- dentro dos quals, para percorrer hoje
guardando um profundo silencio. s1dade ou ·rece1osas de um logro ••• relativamente pcquenas distancias, se
Depois levantou-ee e aem agrade- Estao os catolicos em dcsacordo so- perdem longas horas e até dias e
cer ao. rei oe.m despedir•se, foi-se bre a importancia e a sigllificaçao do noites ! Vi ra nchos de homens e de
HR10 tlnha vlndo. que presencearam. mulhcres, pacientemente, co1t10 cole•
Os pagene aearam ffle admlrados Uns convenccram-s~ de que se ti· vados n'um sonho, diri{sircm-se, de
-.ue nem quasi acredltavam no que nham cumprido promei1mentos do vespcra, par;i o sitio fomo~o, cantaa•
vitlll. Alto; outros acham-se ainda ionie de do hinos S<tctos e caminhando des-
Voz de. Fé-tbna

calços ao ritmo d'eles e a recitaçao Assim procede Deus a nosso res- Ila clos Anjos Coelho do Amara!, 1o=ooo;:-
D. Rosa Aotonio Valente, 10:000; D. M11ria
cadenciada do terço do .Rosario, sem petto ••• do Carmo Tavares Souza Cirne, 10;000;
que os importunaSlle, os demovesse, Quando quer aperf~lçoar urna al- D. Izmenia Ruela, 10:000; Grancioda d11
os desesperasse, a mudançh quasi re- ma, permite primeiramente que seja Silva Triora; 10:000; Maria J c sé Leiras,.
repentina do temrio, quando as bate- tentada e, algumas vezes, de forma ro:ooo; P1edade Bunheir6a, 10:000; D. Ma-
gas de aguc1 tran,;formaram as estra- tal que parece que esta alma vae ria do Rosario Tavares Gravata, 10:000;
José Manuel Fernandes Reodeirof 10:000;
das p11eirentas em fundos lamaçais e aJ:>andonar tudo. Oepois, como o es- Leonardo Fernondes Sardo, 10:000; Maria
as doçuras do outono sucederam, por cul ptor, começa a ornai-a e embele- José Leite, 10:000; Manuel José Marques,.
um dia, os asperrimos rigores do in- zal-a, comprazendo-se em enchel-a 10:000; Padre José Augusto Rosario Dias,.
verno •• Vi a multidao, orn c,:,mpri- de graças, nao cessando este traba- 10:000; D. Vi~inia Lopes, r-0:000· D. So-
fia Pires Neves Teixeirn, 10:000; Francis•
mid!I a volta da pcquenina arvore lho sem que ella esteja perfeitamenre cc, AlvE:s Tavares, 1 c,:ooo; D. Maria Ramo~
do milagre e de. bast~indo•a d os seus agradavel.•. Soares, 20:000; De jornAis (Joaquim Fér-
ramos para os guardar corno relt- · Ahi quem podera exprlmìr quanto reira Maria), 21 :ooo; Manuel José da Ro-
q ui~s, ora esprai.ada pela vasta char- cha1 10:000; Fnrncisco G a tra Mora es,
Deus ama urna alma depois de a ter 30:000· D. Vitnlina da Fonseca, 10: 000;
necu que a estrada dc Leiria atravcs- assim enriquecido r Frank r{obersron, 10:000; D. Maria José
sa e domina e que a mais pitorcsca A paciencia é a virtude dos perfei- do s Santos, 10:000; D. Anna Correia.
e hcterPgcnea concorrencia dc carros tos. Que consolaçao quando sofre- 10:000; D. Celeste Infante, 10:000; O. Bri-
epessoas atravessou n'aquele dia me- gida Nazaré Damiiio, 10:000; Maria Gertu-
mos alguma coisa por amor de Deus des, 10:000; Reul Marques, 10:000; D. Ju-
moravel, aguardar na melhor ordem e nos alegramos nas humilhaçOes. lia Souto Maior, 10:000; D. Maria Cl.emen-
as manifestaçoes sobrenaturais, scm Que consolaçllo quando chegamos .,. tino Sequeira, 1_0 :000; Padre G : rard? Abi
temer gue a invernia as prejudicasse, aquelle estado de perfeiçao em que lio Gomes de Proa1 10:000; De JOrORts etc.:
diminutndo-lhes o esplendor e a im- D. Maria das Dores Tavare~ de Soun,,
se recebem e sofcem com alegtia to- 370:500; Josefa de Jesu~ , 1:1.8·15oè· Padre
ponenda ..• Vi que o de;alento nno dos os pequenos incomodos e con- Augusto José Vieira, 37:500; armi_na
invadiu as almas. a con6ança se con- trariedades porque se sabe que tu- Vieire, 3z-ryoo; Padre EY-aristo Carne1ro-
servou viva e ardente, a despeito das do vem das maos de Deusl Gouveie 4 2:0 o o; Monsenhor P,:,rtugal,
inesperadas controriedades, quea com- 137:350; Padre Edgard C11stello Bronco,.
Sim, todas as coisas nos veem das 60:000; Padre Antonio Correia Ferreira
postura da multidao, em que supera- maos de Deus e corno taes as deve- da Motta, 11 6:700; D. Cecilia Corrfia Cos•
bundavam os camponios, foi pcrfeita mos considerar e receber para po- ta, 86:Soo; Joaquina d11 Conceiçao. 23:500;
e que as crianças, uo seu entender dermos tnerecer, e por isso Elle per- D. Maria Baralha1 48:000; _Jo~é d'Oliveira
priviligiadaii, tiveram a acolhel·as as Dìu, 6o:ooo; D. Guilhennina da Pie-.:lade
mite q1Je sejamos atribulados. Chav.:s e D. Maria da Apresentaçiio Gon~
demonstraçoes do mais intenso cari- Os sofrimer1'tos desprendem-nos do ç21ves, 132:000; Padre Augusto Durao Al-
oho por parte d'aquele povo que mundo, fazem-nos pensar mais nos ve11. 30:000; D Maria dos Anjos de Matos,.
ajoelhou, se descobriu e rezou a seu noisos destinos, de que, insensivel- 18:300; José.Fernandes Potes, 50:000.; Fer-
mandad0, ao aproximar-se a hora do nando d'Oliveira, 15:ooo; D. Zulmira Ga-
mente nos esquecemos mais quando lhardo, 7z:ooo; D. Maria Emilia Vieira,.
«milagre», a hora do «siaal sensivcl», tudo corre bem. 35:200; Francisco do. l.rn ;astre. 63:ooo;
a hora mistica e suspirada do. con- Joiio Antunts 811ptista 1 10:000; Joiio Ma-
tacto entre o ceu e a terra ••• nuel de Sousa 1 10:oooi D. Alda Rita Ro-
E, quando ja nao imaginava gue
, via alguma coisa mais impressionan-
'S/oz da Fatima dr1gues d'Oliveira, 10:000; D. Jooquina Mo-
raes Nuoes, 10:000; D. Maria da Piedade
Ribeiro, 20:000; D. Irene da Purifì.:açiio-
te do que essa rumorosa m<1s pacifi- 0;i'.lispeza,s
da Cruz Rocha, 20:000; D. M11ria Amalia
ca multidao animada pela mesma 'fransporte . . . . . . 43:01 J:600 de Mendonça Felcao, 10:000; D. Carolin(I
obcessiva ideia e movida pelo mesrno · Imprt>s~ar, do num. 42 da Piedacle Vilela, 3o:oot,; D. Josda Casta-
poderoso aoc;cio, que vi cu ainda de (29.000 exemplares) • 667:000 nheirP, 12:500; D. Fausta Augu~ta Santos,.
10:000; Antonio d'Oliveira, 20:000; D.
verdadeiramcnte estranho na charne- Exp~diente, 1 "clicbé• Mario da Conceiçito Calado, 10:Qoo; Padre:
de Fatima? A. chuva, a bora pronun- e outras despezas • • 180:000 Angelo Fer~ino da S1Jva, 20:000; J<:>a~uim
ciada, deixar dc cair; a densa massa -- - da Silva Corulho 10:000; D. Nauv1ùade·
Soma • • 43:858:600 Matos Silva, O. Marta Henriqueta da Ca-
de nm·ens romper-se-e o astro-rei - mara Ma~alhììe", 10:000; D. Ti:reza de Je-
disco de prata fosca - em pieno ze- Subsorlp9Ao su~ Velhinho, 15:ooo; D. Maria M . dos R~-
nith, f+parecer e começar daaçando (Até Setembro t.lc rgz.5) medjos, 25:ooo; o. Alcmda ùo Carmo G~1-
n•um bailado violento e convulso, ras1 10:000; D. Ludovi~a q'Ol(v;_ira Santa-
D. Maria do Carmo da Rocha, 15:ooo; na, 10:000; l)r. lì:ugento Perù1gao, ro:ooo ;.
quc grande numero de pessoas ima- Dr. Ja cinto Gago da Camara, 2-00:006; D. D. Maria Rita Pereira da Cunha, 10:000;
ginava scr urna dança serpet1tina, tao Maria Patricio, 10:000; D. Palmira Anjos Jo~é dos Santos B .. rata, 10:000; Padre Jn-
belas e rutilantes cores revestiu su- R. dd Ma galbiies, 10:000; D. Rjta do Rosa- sé d'Oliveira Raroalho, 10:000; O. Maria·
rio Pertira Lopes, 10 :00•; D. Mario Adeli-
Ce$sìvarqente a superficie solar! .•• na Campos, 10:000; D. Luizà da Costa,
do Patrocimò Mendes Cii, 10:000; D. Ma-
Milagre, corno gritava o povo; fe- ria José da Silva, 12!000; Manuel José de
:,.o:ooo; D. Carolina Rosa, 10: 000; D Ame- Araujo, 10:000; Manuel de Araujo Pereirn,.
nomeno natural, corno dizem sabios? lia Figueira da Sii va, 1o:oo; Silverio Da milio 10:ooo; D. Maria d11 Conceiçao Pit1to da
Nao curo agora de sabel·o, mas ape- d'Almeida, 10:00.0; Manuel Maria da Silva, Roche, 10:000; José d11- Rochn Paìnhai;.,
10:000; O. Emilia Gomes t.l'Alrneid11 e Sil-
nas de te aflrmar o que vi ... e res• va, 1 o: o o e; Antonio Farinha Gomes.
10:000; Francisco Jo ~é Vitorino Gom1ts,
to é com a scitncia e com a Egreja ..• 10:000; D. Maria José Soare-s t.l'Aluer~aria,...
10:000; O. Màrfa Izabel fleorlques, 10:000; 10:000; D. Berta Meyer _Ma'7haJo, 10:oof' ;.
Antonio Abrantes, 10:000; José Ag1l:1tioho Antonio Aul!,usto Apohnar10, 1&:000; D.
A velino de Almeida" de M11cei.lo, 10:000; D. Beatdz d11 Rocha Delfina Ferraz Cortei, :10:oao; D. Maria· da
PaCIS Wernec.k, 10:000; Lourençc Pereira Boa Hora Santos Bernardes. 15:ooo; D .
da Cosrn, 10:000; Manuel Pinto Moreira, Perpetua Norberto, 10:000; D. Moria da
·Porque nos faz Deus sofrer? 10:000; D. Leonor Gomes dos S11ntos,
1
10:ooo; D. Deolinda Pi n t o d'A lmeit.la, Conceiçii'o Norberto, 10:000; D Maria da
Assumrçao Covas (de jornats), Sg:ooo.
10:oro; D. Qaiterin Lof!.es Portela, 10;0~0;
Oeus nao se compraz ern fazer so- D. Maria da As!'umpçao Roque do Vi1le,
frer aqueles que o servem, nem de- 10:000; D. Joequioa de Jesus Martins,
11eja que sejam oprimidos com traba- 10:000; D. Jnlia d;1 Mota Moreira, JO:ooo;
Hios, doenças e af1içoes, senao tanto Dr. Abel Capitolino Baptista 1 10:000 ; Jo5é
• Vicente Pita, 11;:000; Antonio Jcsquim
....
quanto estas provaçoes lhes sirvam que
Perreira dt1 Cunba. 11>:000; Dr. Jnstmo Jasé
para os tomarem mais agradaveis Correia, 10:000; Jo.iio Bcrn11nlo Nunes,
aos seus dlvlnos olbos. :1-0:000; D. Jezuma Rodrigues l..o;H s ùos
Succede comnosco o mesmo que Sa ntos, 10:000; n. Anna Mello ~orge$,
10:000; I). l!telvtna, Gi:r,11,lcs e nlòso,
com llma pedra de que se quer fazer 10:000; D Patrocinio Amortrn~ 10:000;
urna estatua. O esculptor começa a u. AJ(;;ltna F-1ri11, 10:006, n. An~,;:licA Go-
desbastal-{l, parecendo querer fazel-a dioho, 10.:~oo; D. M-arii¼ dc l..oµ,tlc~ de
' -em pedaços, mas o seu fim é s6 fi.. Barcelos Coelh~l1o,g.:s, 10:ooc.; D l\1Aria
. Eui;enfa lt Ma~1rta 1 rq:ooo; Maria (l('I Car
rar•lhe o supe1fluo. Depojs torna ou- mo Ribeiro, 10:000; A111onio Va1. Csrva-
tro mart{!lo menor e o cinzel e come- Jho, 10:000; Padre Antonio Rodri~ue, .Pe-
ça a formar à figura- ccm toaas as reir11, 50:000; }), Maria do~ Anjris de Cu-
suas partes. Torna II seguir outros ins- nhe Neto, 11 :ooo; D. Elena Brand5o, 10:000;
trumentos mais dellcados para dar a D. Maria do S scrnmenco Melo e Faro,
10:000; Reinaldo Montdro Basto, 10:000;
esla ftgurà a forma e perfeh;~o que D. Maria Carolina Caetaoo, 10:oo()j Ale-
tem na ideia. 1andFe Coelho da Cosui, 10:000; D. Ame-
.~

'
.
.&:no IV LEIHIA:, 18 de Maio de 10~6
-
N .• 44

'
(OOM APROVAQAO ECLESIASTJ:OA)
D:lrec'tor, Proprie-tarlo e Edi"tor Admlnls't.-ador: PADRE M. PEREIRA DA SILVA .'A)
OOtrrOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS llEDACçAO E ADMJNJSTRAçlo i.l)
:SUA D. NUNO .A.LV.A.:RES PERE:!B.A.
C.ompotto e impresso na Imprensa Comercial, t Sé - Leiria (B11:A.TO NUNO Dlt SANTA. 14.AMA)

eronica de f atfma mos e~ estado


grave, e o e o n.
tram-se vasias ..
(13 de ~Abril de 1926) Os servitas an-

I
(!1~ , Q 0CO
dam numa roda
viva cumprindo

~
manhll do dia lre,e de instruç0es d o s
A Abril, desconcertando to-
dos os calculos, desmen-
seus chefes. Ao
meio dia, depois
-~ ' Undo flagrantemente as d e conduzida
• mais rigorosas previsòes, processi on al-
raio u resplandecente de mente a estatL a
1oz e exuberante de cO- de N. Senbora
res. da capella das
A's tristezas dos dias appariçOes para
tempestuosos do inverno a capella da s..
succediam as galas e os esplendores
da quadra primaveriJ. missas, realis11-
O ceu, diaphano e sem nuvens, se a cerimonia
da adrnissao de
duma formosura incomparavel, o sol
dois servitas ef-
illuminando e aquecendo a terra com
fectlvos. Canta-
os seus raios suavissimos, a atmos-
phera, purificada pelas ultimas chu- se em seguida o
v.as e perfumada com as emanaçoes Credo e começa
. da.s arvores em fJ0r, os gorgeios das a ultima missa •
avesinhas, que, aos bandos, saltita- a missa dos en-
va m de molta em moita, de ramo em nhecidas, o Ppisodio maravilhoso da fermos. Durante a missa re2a -se o-
ramo, tudo convidava lrresistivelmen- sua cura. Enfermeira da Mala Real terço do rosario e cantam-se canti-
te a fazer a piedosa romagem. Inglesa, sc,ffria borrivelmente de vari- cos aproprlados.
Jci de vespera, milhares de peregri• ses havla muitos anos. Cerca de qua- O silencio E: o recolhimento da
nos tinham subido a encosta da ser- renta ulceras varicosas lhc cobriam multidlio sao admiravels. E· um es-
ra, em busca da estaocia abençoada quasi lltteralmente a perna direita. pectaculo de fé e piedade que enter-
pela Virgem Santissima, a humilde e Desenganada dos médicos, que a re- nece e encanta. Dir· se ia que a alma
mysteriosa Fcitima. Mas é s6 no dia putavam incuravel, invoca com a profundaìnent~ religiosa de Portugal,.
treze de manba que o grosso da pe- mais viva confiança Nossa Senhora representada por aquelles milhares
regrinaçllo se despeoha em catadu- • de Fatima ao mesmo tempo que ap- de fiela, se prostra aos pés de Jesus-
pas_ sObre o planalto sagrado das ap- plica s0bre o membro martirisado al- Hostia, adorando· o e desagravando· o
pançoes. gumas g0tas d'agua da fonte miracu- e se curva reverente deante da ve-
E' um vaevem continuo de vehicu- losa e para logo as ulceras se fecbam neranda lmagem de sua augusta p 8 ..
los de toda a especle, que, depois de por completo. E ella, a fellz prlvlle• droeira, a111 honrada sob a lnvocaçAo·
giada da Virgem, mostra aos circuns- do Rosario.
aliviados da sua carga humana, se
alinbam ao longo da estrada distri• tantes a perna, onde se véem nitida- Ap6s a missa da· se a benç~o com
ctal numa fila interminavel. mente as cicatrizes das enormes ul- o Santissimo a cada um dos enfermos
Na Cova da lria, as onze horas, ceras que a retalhavam. preseotes e a todo o povo.
esta jii reunida urna mullidAo enorme. Um sacerdote que assisfia a esta S6pe depois ao pulpito o rev. Ja-
E' junto de tres locaes diferentes qae scena interessante, encarece as vanta- cJnto dos Reis, Paroco do Seixal, que
ella sobretudo se agglomera: a capel- gens da publicaçào desta cura acom- fàla com calor e entusiasmo ~0bre a
la das missas, a capela das appart- panhada do respectivo aftestado mé- devoçào ~ Virgem, a necessidade da
tOes e a fonte da agua miraculosa. dico, que a miraculada diz ter facili· peoitencia e o cumprimento dos de-
Homens, mulheres e creanças, numa dade em alcançar. veres do proprio estado.
attitude comovente de recolhimento O recinto destinado aos doentes, Por fim organisa se de novo a pro-
e de suplicas, d,fo a volla a capela em frente da capella das missas, esta clsslio para reconduzir ao seu pedes-
das appariçoes1 em cumprimento de completamente cheio. Sao pess0as tal, que assenta s0bre as raizes da
promessas feitas em transes de amar- de todas as condiçijes e edades, vi- azìnheira sag,ada, a linda imagem da
gura. ctimas de toda a sorte de miserias Virgem, e os tchos da peregrinaçào
Urna senhora ainda nova, narra physicas. N!o se ve, porém, desta v3o-se de11vanecendo pouco a pouco
chela de emoçao e de jubllo, num vez, nenhum grande doente. As ma- até que o manto da noite desce so- , '
pequeno circulo de pess0as desco- cas, destlnadas a receber os enfer- bre o theatro de tantas maravilhas,.


Voz da Fé:tbna

que atestam o poder infinito de Deus em Medicina e Cirureia pela Unive,. caçao: cSenhor, se v6s quizerdes,
e a misericordia e materna! lnterces• sldade de Coimbra, attesto que a podels curar-me•, referlndo -se A ir-
sAo de Maria Santissima. sr. • Ettlvira da Conceiç4o Barroso mil.
sof/reu, durante mais de clnco anos, De volta i Usseira trouxe urna
Viscoiule de Monte/o porçAo da agua, que a doente fol be-
de J!raves incommodos do estomago,
com vlolentas eastral.1Jias e vomitos, bendo durante nove dias, recitando
Hs cnras da Fatima de que difficilmente melhorava com
dieta e medicaçilo appropriada -
de cada vez, apenas trez e Ave-Ma-
rlas•, tal era a extrema fraq1::1eza em
Desde os fins de 1!)23 até 8 de De- que se encontrava t
cRev.mo Senhor zembro de 1924 nào foi possivel ai/i· Remedlo santo! Admiravel poder
Permita•me V. Rev.ma que venha vid-la sensiveimente, apezar das me• da Mae de Deus I Maravllhosa effi-
hoje cumprir um dever sagrado pe- dicaçòes e dieta mais enerf!icas, cacia da oraçao cheia de fé I A sr.•
dlndo se digne Inserir no jornalzlnho aconselhadas por varios clinlcos, in· Joaquina Margarlda comecou a me-
Voe da Fdtima o relato da cura mi- elusivamente por mim, durallte uns lhorar rapidamente e hoje esta bOa
lagrosa que a Santissima Virgem se cineo a seis mezes. corno consta do attestado junto, ten-
dignou fazer-me. Desde 1917 que eu O diaenostico clinico qut flz e do ido ha dois annos A Fatima, sem
vlnha softendo de mal estar, dOres de que foi corroborado por outros ml· nenhum custo, agradecer a Nossa
cabeça e vomitos multo freQuentes. dicos, Joi o de ulcera do estomaeo, Senhora tfo assi,znalado beneficio..
Fui vista e tratada por differentes rebelde ao tratamento mldico e pa· A mesma sr.8 Eugenia Margurlda
médicos sendo o meu ultimo médico do Rosario, irmil da miraculada, atri-
assistente o ex.mo sr. dr. Leite de Fa- bue tambem A agua de Nossa Se-
rla. Todos fOram unanimes em de- nhora de Faiima a cura de urna doen-
clarar que eu soffria de urna ulcera ça na vista e na perna direita de
no estomago e, em 1924, entllo en- que muito coxeava, achando se hoje
tregue ao médlco que acima designo, completamenta curada.
o mal tinha•se aggravado mais do Seg•e o attestado:
que nunca. Desejava trabalhar e na- cAlberto Martins dos Santos, ml-
da podia fazer. SeRlpre muito devota dico pela faculdade de Medicina de
da Santissima Virgem, repetidas ve·
zes implorel a sua protecç!o, rogan-
Lisboa:
do- me obtivesse a cura de meus Attesto e juro pela mlnha honra
males. Durante 1922 e 1923 recordo- que tratel a sr.• joaquina Mare-a-
me de ter ja felto duas novenas a rida do Rosario Saramaqo duma
Nossa Senhora de Fatima, tornando, cirrhose atropllica do /igado com as-
todos os dias, numa das novenas, cite, que prtcisou ser operada doze
agua da Cova da lria e na outra chA vtzes, levando um anno o seu tra·
felto com terra do logar da Bemdita lamento. Esta dotnça é sempre de
Aparlçao. prognostico muito reservado e, em
Confesso, ~ortm, que fiz essas no· Etelvira da Concciçao B 1rroso, curada regra geral, os doentes nllo recupe-
venas sem verdadeira fé em Nossa repentinamente de ulcera no estom11go ram a sua saude, e neste caso, qua!l-
Senhora de Fatima, e ml\is por com- do de esperar era continuasse a ser
prazer com umas pessOas de familia. ra a cura da qual seria neetssaria preciso ser operada atl mfraqutci-
Quando principiei a novena da lma- a intervençilo cirurgica, depois de nunto progressivo, desappareceu ti
culada ConcelçAo, em I 924, é que se fa~er o exa me radioscopico e ra· seu durame peritoneai e estd boa.
me voltel entAo de todo o coraçào diol!raphico. Bombarral, 12 de Ahrii de 1926.
e cheia de f~ para a Bem jita Virgem, 7al exame al!o c!Ul!OU, porém a
que para barn da nossa querida Pa- fazer-se, Rtm foi mister recorre; ti (a) Alberto Martlns dos Santos"'.
tria se òJgneu estabelecer em F.itima operaçao, visto como Ilo ti/timo dia
duma novena a Nossa Senhora da Nogueira do Cravo - Oliveira do
o seu solar, corno padroeira que é
dos pork1guezes. Chega o dia 8 de Fdtim.a, a sr.• Etelvira da Concei- Hospital, 24/4;926.
Deiemlno, a mlnha préce nesse dia çào Barroso se encontrou reptlltina- Meu P.e Silva
foi mais ferverosa, disse muitas coi- mente curada. No Intuito de proclamar bem alto
sas a· Santissima Virgem, abrl-lhe Esta cura initantanea nao a jul- o nome tantas vezes glòrioso de
bera o meu cornç~o, fiz lhe as mi- go possivel nem exp[icavel pe/as for- NoS6a Senhora do Rou1rio da FA14-
nbas ,romessas ••. nem posso dizer ças noturais, mas sim por Jorças ma, venho peèir· lhe o partlcular fa-
aì4ui tuelo o que se pa96a em mim, superiores d 1tatureza. • vor die dar publicidade no no!-so tao
n'essa fellz data. Havia 3 mezes esta- Fai pois, Ila minha opi11/c1o, um querido jornal Vn da Fdtima, que
va s6 a leite, mas nesse dia senti· me verdad.eiro e authentico mitaere de tanta luz e tanta fé vai espalh3nd0
t§o alegre, tào bem dispRsta, que Nossa Sellhora de Fdtima. pelo mundo, ao seguinte aconteci-
resolvi èomeça-r- a corner de rudo. Lisbo,1, 8 ,te Outubro de 1025. mttnto passado em Sào Giao, minha
Nos9a Senhora de Fatima tinha me (~) A11tonio Boptista lette de f-aria terra nata!, caso assim o j nlgue con-
at.teftdldo. Nooca mais usei de dieta, veniente:
(Si-gue o reco :hecimento)
nunca mals sootl vomitos, nem dOres Tendo eu e meu irmao mandado
de càbeça, nem m3l estar, nunca Joaquina A1arg-arida do Rosario proceder a abertura de uma mina pa-
mais tornei remedios. Quiz deixar Saramaeo, da u~seira (Obidoi.), ha ra exploraçao d'aguas, em Sao Oiiio,
passar algum tempo para que o re- cl!,ca de qu@tro annos estava As por- minha irmli teve o cuidado de cha-
lato da minha cura tivesse mais va- tas da morte com urna clrrhose atro- mar o minador e colocar· lhe no pei-
lor. junto re:nctto o attcslado que phica do figad0, apezpr dos cuida- to urna medalhinha de Nossa Senho-
servlra de confirmaçào bastante ao dos do seu rnéjico assi sten te sr. dr. ra do Rosario da Fatimn, dlzendo-
que aqui affi mo, pua honra e glo- Alberto Martins dos Santes, distinto lhe: traga sempre esta medalhinha e,
ria da mlnha dulcis'Jlma Mae do Ceu, clinico no B·>mb:mal, quando sua sempre que mude a C'lmisa, mude
de minha Santa Protectora. lrmii a sr.8 Eugenia Margaricta do tambem a medalhinha para Nossa Se-
l)e V. Rev.ma Rosario pattia em peregrinaçao até nhora o livrnr dos perlgos. O mina-
bumilde serva A Cova da lria (FAtima). dor ficou muito satisfeito e prometeu
Oespediu se esta da enferma, es- obedecer sempre ao seu pedido.
.. Etelvlra tla Conuiçtio Barroso Indo a mina ja a urna certa dis·
perando que no regresso nAo a ~n-
-0e :n :,ano•, n-1tural <le S. Vicenrc da Re;. tancla, deu em rocha, ~endo preciso
ra e re,iJcnte cm O •sacaiu-Ribeira de con traria viva e prometendo lhe pe-
Santarem. dir muito por ella éi SS. Vlrgem no rampe- la a fOgo. Mand11ndo proce-
locai sagrado das appatiçOes. Assim der a esses trabalrios, algum tempo
ATEis~rADO fez durante a missa e a bençlio do depols, recebemos um postai de um
Eu, ahalxo asslEnado, ba(}ht1rel Santissir»o e, em especial, quando o parente nos!o que dizia o seguinte:
em Philosophia e bacltarel formado sacerdote entoava esta sentida invo- Acaba de dar-se um desastre na


Voz da Fé.tbna
..mina e s6 por um mllagre d'algum çffo desta minha singeta narrativa do pelos lllédicos servt-
. ,santo o minador nao flcou feito em cheia de fé e de reconheclmento pa- tas, n a casa recente-
pedaços. ra com Nossa Senhora, de quem tan- lllente construida ao la-
Meu irmAo Agostlnho, logo que tas graças ja tenho recebldo, aubs·
· teve conhecimento do desastre, poz- crevo• me com toda a conslderaçAo d o da capelinha das
~e !mediatamente a camlnho, para se Aparlçoes.
De V. etc.
~ertificaf dos aconteclmentos, poden-
do colher as seguintes informaçoes: Alfredo Elvas Ferrelra
Tendo o minador carregado um tiro
na rocha com dinamite, da mesma
I>. es. - Logo que me sejs pos- Aos senhores condntores de anto-
f6rma qu.e todas as outras vezes, pe-
sivel, darei 4 pubticldade outras gra-
ças atcançadas por intermedio de moveis, camionettes, camions,
gou fOgo ao rastilho e retlrou-se
imediatamente para f6ra da mina
Nossa Senhora da Flitima. carros e qnaisqner ontros vehi-
. com o seu ajudante. cnlos:
Oemorando um pouco mais tempo
. a dar-se a explosao que das outras
Abrigo para os doentes A fim de facilitar a todas as pes•
s&as e especialmente aos doentes, o
vezes, diz o ajudante para o minador: peregrinos da Fatima accesso ao Santuario, pede-se o se-
" rastillw apagou-se e o me/llor serd guiate:
,,ld ir cltegar-lhe novamente o follo. Traosporte • • • • • 2.322:000
J ."' Quer do ]ado de Leiria, quer
Convencido tambem o mlnador Urna anonima (a quem N.
Sr. 3 curou o marido, do lado de Ourem, os vehiculos se-
de que o rastilho se tìnha apagado,
gravemente doente, no guem até ao Santuario e dao a volta
. entra com toda a confiança pela mi- ao terreno cm frente a cntrada, vin-
na dentro para novamente o incen- pr&zo de oito horas). • 500:000
D. Ermelinda Coelho da do em scguida juntar-se no logar que
diar.
Pura ilusao I O rastilho continua Rocba. • • • • 10:000 lhes compete, so duro lado da entra•
da, e ahi ficam até serem reclamados
a uder e, quantlo esté jA a
distan- Soma ••• • • 2 832:000 pelos se11hores Peregrinos .
.cia de meio metro, mais ou menos,
para lhe cbegar novamente o fOgo, z.° Feita esta reclamaçao, viio bus•
cal-os ao terreno rcservado em frente
ad-se a terrivel exptosao do dina·
.mite I
Peditorios- 0s pobresinhos do Santuario e seguem o seu carni·
Que horror, meu 0eus ! Começando .a haver abusos por nho.
CA f6ra o ajudante que aguarda- occasiao das pereg ri naçoes a Fa ti ma 3.0 Em tudo os doentes teem a J?ri·
va a chegada do seu companheiro, quanto a peditorios, determinamos, masia.
ao ouvir a explos~o, solta um grito por agora o se~uinte:
èe alarme e de dOr, pois que julga- 1 •0 Sa.o prohibidos os peditorios,
·-Va o seu companheiro feito em pe-
,daços I
sob qualquer pretexto, dentro do ter-
reno murado, pois aquelle locnl é
Caatela I ...
Entra imediatamente pela mina exclusivamente reservado para a ora- Julgamos da na}so dever prevenir at
dentro na certeza de presencear um çao. leitares t em especial tados as peregrf•
.horroso quadro. A certa altura, ouve 2. 0 Acotrendo de muitos pontos,
a voz do sçu companheiro que lhe corno nes romarias, mendigos nem ms, gus acautelezn as cartetras e ou-
~:liz: sdi la tAira fora que quero to- sempre necessitados, sao os pobresi- tros objectos de valor, contra a rapact-
,.mar ar, n&o ha nada I nhos convidados a nao fazerem os
dade dos gatunos, gue aprovsitando u-
O mioador conta eot!o o sucedl- seus peditorios por ocasiao das pere•
, do dizendo-lhe: Eu jA estava junto grinaç6es. tas acoasiies castamam lazer vasta co-
. do tiro para incendiar o rastilho., # 3.0 Os p0bresinhos dos concdhos l:heita todos os znezes.
quando se deu a explosao. Apenas visinhos da Fatima que nao esmola·
urna pequena pedra me bateu na rem nas peregrinaçoes, de maio e ou- De prelerencia ascolh,zn a ocasti,
peroa, maçando-a um pouco, e mais tubro, receberao urna esmola excraor- da destrtbutçàa da Jornal, aproveitando
abaìxo um ligelro ferimento sem im- dinaria dirigindo o seu pedido ao R.
!-1)ertancla. Paroeo da Fatima com um- atestado a preocupaçào em qae cada am estti d1
Na outra nada sofri, verificando- do seu R. Paroco em que, sob jura· ssr servido.
se apenas um pequeno c6rte na cal- me-nto este declare- a) que o reque•
ça, produzido por um estilhaçe. No rente é pobre miseravel; b} que nao
testo apenas um pouco de p6 e al· esmolou na peregrinaçao. F\ores de Maio
gumas ar~las. A lanterna de vidro 4. 0 Os pobresinbos das outcas ter-
41ue trazia na mào, nào sofreu, se~ res, que nae> esmolarem, dirigir-~iio Todos se encantam eom ellas, des-
quer, a mais ligeìra beliscadura. ao servita encarrcgado e este 06 aju- de as creanças que as colhem pelos
O grande milagre de Nossa Se- dani campos, até ao homem de negocios
nb0ra estava realisado. 5.0 Recomendo aos peregrincs que, que as compra n@ camioh'> pJra •
O minador alnda trabalhou algu- sendo o mais caridosos com todo1-, seu escriptorio. Mas quao poucos sa-
.mas horas, tendo depois de recolher nao deem esmol_as aos pedintes sem bem ler entre a formosura d as suas
.a casa por causa da" perna que €eme- averiguarem da veracidad.e dos seus pttalas o nome do pintor que tifo ar-
.çou a inthaf. lamentos para nao serem explorados tisticamente as desenhou e perfumou!
Meu irmào Agostinho, depois de nern concorrerem para a vagabun• Por i-sso nao admira que o Senhor
ter conhedment~ de tudo o que se dagem. dé premio (e que premio!), dispensan-
1inha passado, diri2e-se a casa do mi- 6.0 0evem os peregrinos depositar aio muitas graças aos que cora e.llas
nador dizendo- lhe : sabe a quem de- as suas esmolas para es pobresiahos vao ornar o altar da Virgem Mae, a
ve a sua vida ?I li' a Nossa Senhora nas maos cfos servitas, que as e111tre- quem a Santa Egreja intiilila Rosa
da f Atima. O minador ao ouvir falar garao corno fòr de justiça. Mistica e Açucena dos campos, sym-
.en1 Nossa Senhora da Fatima, ahre- Leiria, 26 dc Março de 1926. bolos da sua peregrina formosura e
1he de repen!i o peito e diz- lhe, mos- pureza divinal. Sao7 sobretudo as fto--
trando a 111edalba : Senhor, aqui a (a) t ]osé, Bispo de lelrla res da alma, a casudade, a humilda-
..trago e nunca,mais a largareil de, urna vida bem christa, que Ella
Poucos dias depois, a perna desin- deseja. E' esse o tìm que NQSsO Se-
cbou-lhe, vcltaodo novamente ao
servtço.
PREVENGA
.. O nhor procura in:;tituindo a sua Egre-
ja, os Sacramentos e outros meios de
Pelizes dos que crèmi em Oeus Pre-vinern•ile todoF& ois santificaçao e é tambem para isso
'Nosso Seobor e na proteçcao da doentes que nel!'lte :rnès que se dignou aparecer na Fatima
Santissima Virgem que nuoca des-am.- nào poclern ~ntrar no curando tantos eoformos, desper-
para aqueles gue n'Ela confìam pie- recinto que lbeR é ro• tando nssim a alma adormecida dc '
e namente. FJer,vado, l!l!Olll um bilhote taatas creaturas que nao pensam no
,,, Agradecendo o favor da publica- que so lheis sera passa- seu firn ultimo.
simples, perante a extranha sensaçiio D. ~laria. Emilia da Cunha, 10:000; D. Cor•
d'um facto que, para elles naquelle da_ltna P1res, 10:000; D. Ana Rosa Pires Mo--
re1ra, 10:000; José Maria Pinheiro, 10:000~
momento, era rnilagroio. . Padre Francisco Joa'luim da Rocha, 10:ooo',;.
Pessoas houve mesmo, segundo ou- D. Maria José Franco Choriio, 10:000· Ma-
Continuamos a transcrever o que vimos a algumas, que lhes pareceu nuel Antonio Lopes, 10:000; O. M~tilde
os jornaes disseram sobre os aconte- vér o sol abandonar a sua ficticia or- Trmdade Cabrai de Noronha, 10:0000; D..-
cimentos de Fatima. Leontina Beroes, 10:000; O. Maria Alexan-
bita, romper as nuvens e descer no drina Bessa, 10:000; D. Gertudes Pires Cor-
O que segue é do Diario de Noti- horisonte. A sugestao d'estes videntes reia, 10:000; D. Maria Fernanda Santos,..
eias, de Lisboa, de 15 de Outubro de extendia-se a outros a quem ellcs ex- 100:000: D. Rosa d'Oliveira, 10:000; D.
1917, em correspondencia de Vila plicavam o fenomeno e, por esse mo- Maria Prestrelo d'Orey, 10:ooc; D. Tereza
Nova d'Ourem, de J 3 do mesmo mes: d~ Serpa ~imentel, 10:000; D. Maria E.
tivo, muitos prevcndo que o astro V1ana More1ra, 10:000; D. I.udo vini Jesus
«O mi\agTe de Fatima rei viria precipitar-se no solo, pror- Lope11, 10:000; M11nuel Ratola Vizinho,
romperam em altos gritos, impetran· 20:000; D. Laurentina da Silva àliranda
lals de 60 mii pessòas accorem ao Iocal do a protecçao da Virgem. Nunes, 10:000; José Pereira Claudio 10:000'
D. Ana Moreira da Silva, 10:000· Ò. Tere-
da apartçao A hora mi/agrosa passava. za Guim~raes, 10:0001 Dr. Joaqui~ Tavares-
As creanças levaotaram-se sorri- de Arau10 e Castro, 10:000; D. Emilia da
Apesar da chuva miudinha e im- dentes e explicavam aos seus anciosos Costa Aodrade, 10:000; D. Purìficaçao
ouvintes que a Senhora lhes dissera Barroso 10:000; Antonio Barroca Del~ado.
pertinente que começou a cair logo 1 o : o o 'o; Antonio Pereira Morgadmho,
de manha, extraordinario numero de que a paz viria breve e que olio tar· 10:000; D. Maria Coelho, 10:000: n Maria
pessoas acorrem a freguesia. de Fati- daria o regresso dos nossos bravos da Assumpçiio Correia, 10:000; Raimuodo-
ma para prcsencear o caso extraordi- soldados gue em França se batiam V_icente da Silva, 10:000; Padre Martioho-
heroicamente. No locai eram vendi- Pmto da Rocha, 10:000; Silverio Pereira da
nario da apariçao, que desde quinta• Conceiçiio, 10:000; D. Maria Vieira, 10:000;
feira da Ascençao tem ocupado a at- dos postaes com os retrtttos das inge- Ari:nando Alves. Diniz, 20:0000; Dr. Jose
tençao d'estes povos e atraido aquela nuas .creanças.. Os peregrioos, ap6s Lu1z Mendes Pmbe1ro, 20:000; Valentim
localidade milhares e rnilhares de pe· aqueles momentos de ancil!dade, re- Louzada, r o: o o o; Joiio José Ferraira
gressa.ram as suas casas, desejosos de 10:000,; D. Mariana Amalia Afot\so, 10:000;.
regrinos de todas as classes sociais e Albertma G. Bastos Morel, 20:000; D. Ma-
sexos. contar aos que nao tiveram a felici- ria Guedes, 10:000;_D. Adelina d'Oliveira9'
Ja ante•hontern começaram a pas- dade de ir ao local santo, o que os 1 o:o o o : D. Pauhna Aldeano de Fa ria.
sar por esta vila ranchos de homens seus olhos e, principalmente, as suas 10:000; D. Tereza B. Forte, 10:000; Gui-
almas crcntes, haviam observado com lherme P!atier Martins, 10:000; D. Mari.-
e mulheres, que com toda a devoçao Angelina Alves Ferreira, 10:000; D. Maria
e crençs, entoando canticos e resan- tanto deslumbramento. • do Carmo de Sequeira, 10:000; D. Laura
do o terço, se dirigiam para o local da ~presentaçiio da Cruz Faria, 10:000; D.
onde o milagre se devia repetir pela Peregrinaçoes a Fatima fl.lar1a da Nazaré Correia, 10:000· D. Maria
Margarida Marques, 10:000; Jo~é'da Cunh4'
ultima vez, conforme as declaraçoes Stio muitas as que se anunciam L~ite da Costa, 10:000, D. Maria da Con-
dos tres pastorinhos, a quem Nossa para ir celebrar a 1.• appariçào de ce1çao Costa Coelho, 10:000; D. Luiza
Senhora se dignou aparecer varias Amelia de Carvalho, 10:000; D. Leopoldi-
Nossa Senhora naquelle torraosinho n a Rocha, 10:000; D. hmeni\l Cunba •.
vezes, corno ellas dizem, nos dias 13 abençoado das terras de Santa Ma- 10:000; D. I,.uiza ~agdalena d'Albuquer-
desde aquela data. que, !o:ooo; Anonimo J . .B. R, 10:000;
Para se poder imaginar a aftuen- ria. Oxaléi todas va.o com o espidto
de piedade christa em que o sr. Bis- Agosunho Alves, 10:000; b. Laurinùa ~ar-
cia de pessoas, vamos dar urna nota bosa, 10:000; D Helena Lobo de Vascon-
dos vchiculos que nos foi possivel po desta diocese tanto tem insistido celos, 10:000; D. Maria do (;cu Pdis Leal•.
contar: e vem indlcado no novo Manual 10:~oo; D. emilia Gonç_a lves~e Magalhiies-
do peregrino da Fatima, que ja esta e S1Iva, 10:000; D. Maria Julia Caldas Fra-
Corros, 240; bicycletas, 135; auto- ziio Petlroso 10:000; D. Maria Albertina de
moveis, para cima de I oo. Esta esta- no prélo e promete sair ao encontro Azambuja Teixeira 1 10:000; D. Ana Justi-
tistica represeota apenas o numero dos peregrinos na Cova da lria no na C. Sa Teixeira, 10:000; Antonio José·
de vthiculos que , regressou por esta proxlmo dia 13, se a ultima bora nao Valente, 10:000; R o II arista s d'Ilhavo,,.
surgir qualquer dificuldade. 50:000; D Bea triz de Barros Pinto Broch11-
vila. do, 10:000; D. Luiza Brandao, 10:000; o.
A aociedade pela hora do coloquio, Ermelinda Costa Alemao Tdxeira, 10:000,
13 horas, era manifesta. A1tua da Fatima D. Maria Ermelinda Costa Alemao, 20:000•
D. Josefa Rosa Moreira, 10:00<,; José do;
Embora a chuva continusse a fus- A redaoçAo ou adminl•- Santos Barata, 20:000; Padre Manuel de
tigar aquela multidao, nioguem ar- traçAo da cVoz da Fàtima, Oliveir11 Ventura, 10:000; Joiio Duarte Sì-
redou pé do Jocal privilegiado. nAo pode encarr.egar-se moes Bailio, 10:000; Adri&no Joaquim Go-
Precisamente aquela mesma hora, do fornecer egua da Fàti- mes, 10:000; Padre Miguel Jorge, 10:000·
Augusto Paysinho, 10:000; Julio Gançalve;.
os tr és pastorinhos, cujos nomes sao: ma és pess6as que a de- Ramos, 10:000; D. Virginia das Dores Quei-
Lucia, Jacinta e Francisco, chegaram aejam. roga . Gomes, 12:000; D. Carolì_na Augusta
ao lugar preciso, postando-se imedia- Presta-se a eate servi90 More1ra Ran~el, 10:000; D. Maria Nobre Si-
tarnente de joelhos, sob um arco o sr. José d'Almeida Lo- m6es, 10:000; Joaquim Nunes Pires, 10:000~,
adrede arranjado, assim corno um José Ptres Alves, 10:000; José da Rocha
pea-Fatima (Vlla Nova de Pereira, 10:000; Ildefonso Moniz Bdrreto
altar que junto foi levantado. Ourem), a quem devem Corte Real, 10:000; D. Antonia Estefania.
A sugestiio tomou imediatamente aer feitoa os pedidos. Guerra, 10:000; D. Joaquina Antuni:s Gutr•
aqucles milhares de crentes e curio- ra. 10:000; D. Margarida de Lemos Ma~a-
lhiies, 10:000: José Luiz de Fi~ueiredo,.
sos. Como grande numero de pessòas
tivesse os guardas-chuva abertos, os Vo:z da Fatima 10:000; D. Mafalda Maria Duarte Pinheìro
10:000; D. Ana Braiil, 10:000; D. Rita do
pequenos mandaram fechal-os e, coi- Despezas Rosario Pereira Lopes, 10:000; D. Palmira
sa extraordinaria, segundo testemu- da Conceiçao Rachaela, 10:000; D. Hermi-
Transporte • • • • • • 43:858:600 nia de Jesus, 10:000.
nho de rnilhares e milhares de pes- lmpressào do num. 43 N ot;a - Falta publicar cerca de mit.
s6as, o sol apareceu com urna corde (27:000 exemplares) • 621:000 aubscritotes, isto é, os que enviaram quan-'
prata fosca, numa agitaçao circular Expediente e outras des- tias desde os primeiros dias de outubro ul-
corno se fosse tccado pela electricida- ttmo. ·
pezas • • • • • . . • • _ _1_80~00
de, segundo a expressao empregada
por pessoas ilustradas que presencea-
ram o facto.
Soma • . 44:659:600
SubaoripqOo
VOZ DA FATIMt1~
E milhares de pessoas sugestiona· (Setembro dc 1925) Este jornolzinho, q u a•
das, e quem sabe mesmo se ofuscadas Ppdre Antonio Rodrìgues Pereira, 10:000 vae sendo t6o querido e,
pela pr"Opria luz do sol que durante D. Carolina da S. Correi& de L. Meodes procurado, é diatribuldo
o dia aparecia pela primeira vez, cai- Mimoso, 10:000; O. E~r.,faoia Mula da Sìl- gratuitamente em Fétime
va Correia de L Mendes, 10:000; Cai~tano no• di . . 13 de cada méc•.
ram por terra chorando e levantando Moreira, 10:000; Adolfo Ferreira, 10:000;
par& o alto as miios, que instinctiva- Alfredo Ferreira de Nobrega, 10:000; D. Ouem qulzer ter o di•
mente juntavam. Virginia A. Rodrigues Nobrega, 10:000; D. reito de o receber dire-·
Nos seus rostos notava-se um em- Aurora da Rocha Santos Te1xeira, 10:000; ctamenta pelo e or re i o.,.
Daniel Domingues F1gueira 1 10:000; Dr. J. tera da enviar, adeant••
bevecimento extatico que denotava M. Malbeiro, 10:000; Antonio J. Simoes,
"Qm absoluto alhearnento da vida. 1 o:o o o; D. Idalina Rodrigues Pouzada, damente, o m I n i m o do •
Choravam e resavam, as suas almas 10:000; D. Maria Cabrera Rocha, 10:000; dea mii réla.

\ .
'
.&.Do IV de 10~6 N.• 4ts

--
--
Dl.reet.or. Proprietario e Edl-tor
...
.DOtITOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS
RUA. :O.
t;omro1tio o impres so na Ir::iprcnsa Comcrctal, a Sé - l.ciria

'
A GRANDE PEREGRINACIO NACIONAL ·DE MAIO
Fatima, polo rriagnetieo das a1rnas
Gloria a Oeus oo Ceu e na terrai flonra, dR primeira appnriçiio ila Vir"em aos hu- templo immenso, tendo por navimcnto -o
Jouvor e bcnçiio ti d6ce e p1cdosa Virgem milùes purorinho, de A lju~trt'I, jd c:m nu- solo dn chorneca coberto de lirzeii e azi-
do Ro~ério, que do seu throno marn1fì- Olf'roso~ ponto• ilo pa1z ~rupos de pere- nheiras e por cupula a ahobada celeHe cra-
,cente ile Fatima vem éspr.nmùo 11raç11s a grinos se: punham em marcha para a es- vejttdn de myraades de ~\trcllas. E Jesse
flux sobre os seus fil ho~ quemios, em loda !.incia- da:; appHi,oe• e ÒO!'t pro1t[IIO~. Que templo, unico na terru, tvolam· J~ para o
a vasta extençlio da bemdata terra de Por- odmirav1:l e~r,.ctuculo e~,a longa e intor- Ceu supplicHs vehementcs, anvocaçoe~ for-
tu~al I minavel thcoria ùe romeiros q11e pnr rnn voro~il,, hymnos de jub1l0, rrconhedrn~nto
Quantas alma~ ulcerada• pela culpa re- t ~ ~ e•1rad,1! se cncaminham para Fatima! e amòr, que ~obem eté .h maos de Maria e
ct-ber11m das ~uas maos viri:ìna1s o Jorn Sao rancho; de homcns e mulhere• Jas das miios Je Maria até aos pés de Dtu1.
rura,,ill'o dumcl contriçlio ~alurarl Quitntos cl., ues niai, humildes que rezam e cant11m
cortiçòcs 11lanceado, por m11guas punRen- louvores ti Vir~em e que ùe tempos a tem• A upot.hco11e da Vlra-,·na ·
tes haur1tam no seu coraçlio materna! o po9 param e sen mm-se Il bc:ira , ,los cornl- A's Jez horas da manhfi "<io dia lréze, a '
tialsame> dulciss1mo dum prnJiroso li!nìti:,,o nhos para comertm os seus succulentos Cova da !ria é um lego irnmen,o de !(erre
ou duma coh~oluçiio in, ffavel ! Quanto!! f ,rnets ou p.. ra dt:scan,arem ùas fadigus que se 8Jl!llomera em l<1roo Ja carpella
corno~ torturados por longo~ e cruci111ntes da' vi:.itr•m. rJus nppariçoe~, do pavilhao dos docnre~ e
• 1Gffrimento~ encontrer,m o Rllivio ou k cura la viio, cheio11 duma alei!ria sii e santa, da fonte m1raculosa. o~ strvos de Nossa
a
dos seu\ mRles recorrenJo protecçiio va- atravez ilus c1Jad,s, vilas e olJeias, ora tu- Senhoru t.11> Rosario tran~port11m em maculi
Jio$is~1ma d'Aqucla que é just11nientll cha- b1nùo so cume i.101 rnon tes, ora desctn- os poralytii:o~ e os do1:ntc:~, cujo eH11do é
mada pefos $<1ntos Pwdre~ a Omnip<,tencia do 11é ao funJ<>i dos val,n, recitando o ter- mnis iir.. ve, paro o recinto duunnt.lo a re-
~pj)lic(Jnte e JHl r roda a lgrc: ja a S,1udc d.s ço ou tnto:indo conucos, suspinndo arih:n- ccbcr eo/ermos, em frente da capc:lhi èiu.
enfern10s! . temente pela bora da chegada il ntsga da m1•SRS, \
No" paramn, sagrado, e rt"y.Herioso!t de tara que o contncto ào, pés virgma1s de No posto de verifìcaçot>s médicu, inau-
• F,tima a Rainh11 dos Anjo~ er,1ue o ~eu so- J\.1Hrio Santissima santificou para toùo o gurado nt !ISe mesmo dia, numeroso~ clin 1-
ho Je amòr e misericordia s6bre um peiles- sempre. ' • cos de varios pontos do P.~•z, entre O!! ciuais
tal for:..do nelos coreçoes Je se1S m1ll,oes E os itnipoi; succedem-,e conuantemen- d1-iin:tos cspeci111istn e lentu das Umver- \
de ('lnrtuguczcs. te uns aos outro•, em cenrcnas de e,tra,las, • sidaues. examìnam 01 enfermos que viio
Efftctivamente, de todo1 os ronto!I do em ir, ilh11rei; de c11mmlios, como u fin,, chegan<.lo, truu.los ou 1rcomp11nhados ,,. Jò"'
terr1tor10 nac1on,d, desde a~ margens en- cinemato(lraficu ~e Jesenrolam no ecran, serv~ta,, e ~ornecem-lhc~, epoz, o exeme, o,
cs,nt.idoras do Minho e Uo Lima até as formanJo um esrcstaculo encantador, \le5- cartno de Ingresso no respectivo r11vilhiio.
praiu perennemente: verJ,.j4,nte, do Algar- lumhron1e. um11 verdndeìra e grandio,a Numerosos fieis, de todu II edadcs, eum-
ve, de•de .a graciosa Perula ilo Oceano a té m1m1fe~11,çiio dc fé e pi<!dade collectiva, prern us 1tu111 promess,.r, dando voltu Je·
tO" sertoes oJu~tO!I <lR nossn Africa, oo~ urna as~ombrosa mobili31tçao das almas. joelho, a capella da, eprariçoes. por entre
pala.are:$ da (11J~, e é propria China, Jes-
di: a, duas Amencas as reg16e, long1nqdu 4'"~• p1·lu1clt·u.H vespt,.1·•••
~ .
1 ':\ multi~iio epinh,da junro della eo, oraçio
fervoro&ll. No recinto dos doent1:s a~ aer-
da Oi:1:ania, .. m toJa a parre onde p.ilpi- va~. de_ Nos~~ S~nhora do Ro~Ario, Cl\ja as-
u,m cor11ço~ .. por tu ,111czes e ~e falla u for- Na munhii do dia doze o mr.vimento de
pereE:rino~ começou a intens,fr.:ar-se Jum soc1aç110 . for:i anauguraùa com a maior so-
mo~a lingua de Camoes e Vidra, um còro ltmn1d1ilc no dia se1s, assi,tem carinhosa-
de louvores se 1:leva pord II V1,gc:m i1em modo prodi,:ioso.
Durante toùo o dia esse movin:ento cres- menre os ùoenru, prestanJo-lhes o seu
macula, qlle sob a 111vocaçao dc No'lsa Se- tlewel11~to &llxilio com urna ddl:licfçiio eo-
nhora do Rosdrìo, se dil(no1111nareccr, para ce c;iJ., vez n:li11 num11 pro~re:uiio ascen-
dente a1ing111do o seu ·mu.10'.0 na manhii <lo ternecedora, que ,o a carulade christii sa-
fdicidade do, portuguc:zes, sohre O!I r.JainM he i"nspirar. Enverganùo batas brancu (le
aric.los e escalvados ùos pl11naltos d.: Fati- d111 seguintt'. Os comholo:1 orJ1ner10~ e u-
ma. pe.:iaes vomitem lc~1011s ui> pertrcrlnos nas uma ul~ura pu~issima de neve, cllu r,~re-
E•ta terra, privilegiaJa com as bençifo" rlntaform11s du eHaço:s m~,s proidmu de cr.m , &~Jos de~c,do1 do <:eu para confortai'
Fàtirna. l>rpoi~ vc:h1cultJs d<! toJ11 a tspccic, 11~ v,c11mu de tantos tJngellos, quo • lii ,e
do Ceu, é hoJe, ~onre a r~ce do munJo, o
centro Ja mRiq enternecida e frrvorosa cle- desJi: o c,tmion gi~ante~.;,, e v1:loz aré H<> en~'?nlr11m sanramante resignad11s, com as
roncdro c11rro I.le bo1>1, Jc,de o 1<utomo'vel la~nmas not olhos, o sorriso nos lab1os e
voçiio é glòrìosa Miie de f)eus e do• ho- a raz no coraclio.
mc:ns e ~imuhonéamente o thrcno mais e,r- do )u:(b, 11té ao re~a.!o chors-4,bancs e il
hum:lde e h,,:eirn h,cy .:letc: tran~porram t:S· A4µi c"tjcola veem se reporters Jo~ prin-
plcn loro~o dè Jesu:c, no seu ~11cramento de cip,1es jorrlne~ e revistos do p111z phr togra-
amòr, a sanai simo e 11u1tusti~sima Eucha- ~es pc:rej,lrtllO~ at~ Ilo lo ·af I.la~ app~riçoes.
Durante \'lnte; e qu ·,tro horus, de,.J.: o mtlO• pha111lo 11sp,·ctos da muhidiio, e art1Mas ci-
ristia E é por i<:so que Fati,m,. es~a hu-
dia tle <1u ~rta frira flté ao m, 10 i.11.1 de quin- n t mntn~n,phico"' filmanJo colle~10~, 8~,o-
milJc p<>vpaçiio, ainda h,1 po11c:os nnnos ciu,;o~~ e ~rupo, org-dnisudos tle per.te~rinos,
qua~i Je-iconh<!c1Ja, i: hoje ;,uri:clsda ,lurn ta f 1r.1 ,111 As.:-cn•:i , o pluh.::iltl) ~ai:ra.io de •
Faum.1 a. •,emelho- ~e a urna h1ci11 1mrr.ll11~11 qu~ k v, vam é frente o, seuii lindo,, ric-0s
presu~,o sem e~uAI, C1>n~tit111 o mai$ peJe- e v1 •to,o, est1rnJartes, 1dgun1 Jo~qu aes re-
ro•o ,man do~ con1çoe11, o rolo msf'netico ond.a em ~·,1t11Ju11u ~i,.::int1-s~s se pr.:c1p1-
t&m torrent..:~ .:a11dnlo~1u, rio~ intermina - present"nélo a ,cena empolf(11n1e, chei11 Je
e~p1ruu11l rnr.. onde ~e volt11m irrc~istivel- helleta e de encento, da uppar,çao da Vìr-
mentt, mtlh6es de almas seùentas de pat, vl:1~, CUJA~ ~6ta:i ,l'ai,;ua ~:io ,ercs hum~no~,
cujh onJa9 ~ao mu~as compactas de tiei, 1 gem aos pa~tonnhos. • •
de viùa, 11mor e luz. I ,._
mulriJ6el inumeravei1 de perl',<rino..... N 1 ; .A.H 1nb,u•11• e c•ou1unl1oe•
Salve!, Fauma, mii vezes salvé! f\lil
ve,r,ert a noit«.>. n111.1uel111 estancìi1 abençoa-
.A'. u•somln·oan 1nohllJaaQii.o da d n Ct u, milh~res de velo,, acend1dos pe- Entrctunto, desd~ ti!! selr horu dA mnnhli., ·
·· dn• ah11uw la piedaì.le dos crente~, r,olvilbam de Juz e celebr111-se o Snnto S11critìcio, quasi !!dm in- •
còr o 1trandioso amphnheatro da Con da terrupçlio, nos trez altares J, c11pella nova •
.Muitos diu antes do novo a~nive}sario Iria, transformanJo aquelle recinto num Assastem a essu m1ssas 01 doentes, quc ca-

\ \
-I

dii ves s(o mab numerosos, e uma multid!lo •Levnn-t:a-te o onda t.. obrigou a ir a Lisboa consultar al-
I de po•o que ensroasa a 01h01 vi,to, dc mo- guns especialistas. Para melhor scr
• mento para momento. Succede cntlio um facto de todo o ponto
Veem-se nessa multid:io reprHentadas extraordinerio. Uma senhora de 2.i 11nos de observada fizeram-me analise iao san-
~c.lade, dc nome O. Helena Vioh:ta Pereira gue e fui radiog:-af1da, verificando-
todAS as classe, socieu. Slio titulares da da Silva e Souza, moradora ne ru,i do Alto·
velbn nobrua, S11cerdotes e médicos, juize.s oc Villa, 318, Foz e.lo Douro, par11lytico Ju
se entao que sofria de uma cnterco- •
e advogados, professores e alunos das unt· miic,s e dos membros inferiore~, cm virtude lite muco-membranosa muito adian-
vcrsidadca e dos institutos de instruçiio pri- tada para o ~ue me reccitaram as
• maria e secundaria, capttalistas e lavndo-
dum envenenamtnto por meio do arsenia-
t,, ministrado por urna cf'ada, ao approxi-
re,, senboras, donzclas e creançss, humil- aguas de Caldelas e que mc alimen-
mar-se e.la Im11gem j.i colocado sobre o seu tasse s6 de purés. •
des camponeze« e mulheres do povo. E to- pedostol, sente· se subitamente curada e,
da esta mole, attenta e de.vota, resa e can· $Oltando so dos br11ços robusto~ do~ servi- Antes de ir a Caldelas ainda fui
ta, implorane.lo saude para os enfermos, re- ta, que a seguram e amparam, ajoelha om consultar outro clinico dc Torres
médio para toc.les as necessic.lades, e cele- fervorosa acçiio de graças ti Virgem. l'asu-
bran•Jo as glorias immarcessiveis da augus• Vedras e este aind:1 mai~ me desani-
I ta Padroeira da Naçiio.
dos bre\'e$ momentos lcvanta-se e corre em mou chegando a_,.,d izer-me q11e, por
direcçiio li capella das misses, para adorar
Quasi ininterruptamente, emquanto ~e e agradecer 'a iiua cura a Jesu, Sacramenta- muitos anos quc rect:bcsse o curativo
ceh:bram es missa~, quatro sacerJotes dis- do. Na uchri,tia, em 'que entra seguir.la de das aguas, oonca pod~ria passnr dos
ti tribuem a Sagrada Comunbiio ao~ fiei, que muitos percgrinos, e em que noq cncontra- purés e que scS com estes cu conse-
se prepararam para ella com a recepçao do vamos tambem nes,a occasiao, fizemos-lhe
sacrame·nto da confissiio. E milhares de guia pasl'ar mais alivinda do meu
algumas leve~ pre~untu.
pal'licula,; consap;radas viio unir c!rca de A multidao acclama enthusinti~1m'!nte grande sofrimento.
c:inco mil•e quinhentos coraçoes innocentes a VirRem Santissima, que mostrava ess1m Fui a Caldelas e pouco resultado
ou purifìcado~ i,ela penitencia, numa uniao mai! urna vez o seu valimento junto de Oeus tini ou nenhum Ao mais pegue.no
sublime e meffdvel, com o coraç5o Sacra tis- e a suR bondac.le para comnosco. • abuso que tivesse na comida o meu
simo de Jesus, com o proprio Oeus feito ho• D. Hdcna é conduzida ao po,to das ve-

• mem, no seu Sacr.imento de amor.


A procia;i6'ilo
E' urna hora e meia em ponto.
rificaço4s médica,, o:1Je vario, facult11tivos
a examinam detidamcnte. Sahin,io do po~-
to, vae desped1r-se de No~sa Senhora, e,
~empre ladeada pelos hravo, ucoteiros de
sofrimento sgravava-se.
Em 1924 fui cxperimentnr ac;
aguas da Pit:Jade, de Alcob.1ça, e d'ai
regressei peior do estomagb e intes
A e,tatua de Nossa Senhora do Roaério l.ciria, quc formam a baie para a livrar dos tinos, mas durante o tempo que ali
de Fatima, de uma formosura incomp,1ra t:tTeitos d11 cur10s1d11dd e do cnthusiasmo
popular, dirige-,e rara o automovcl que a utivùa :ive conhccirnenro de muitos
vcl, é conduzida, ao1 hombros do, s.:rvi- mihgres da V1rgem ~anti.,gima Nos-
ta1, da ceppella dR~ appariç<'ies para a ca- tran•porta II Leiria.
pello das missu. O cortejo que a acompa- No dia vinte e sei~, de passagem para o sa Senhora da Fatima e tive a foli-
,nha 6 encantedor na sua siir.plicir.lede. Congresso Mariano Nacional, que Sd reali· cidade de ver urna estampa da Ima-
Qu,rndo o oodor chega ao limiar do pavi- sou em Braga nos ultimo, dia• de Moio,
vi•iulmo-la nasua c11sa da Foz e.lo Oouro, gem da Virgem Mae de ueu:;.
lhlio dos doentes, a scena qu.-: se pusa constatando o permanencia d11 1 cura, cuja Ja ha mu1to que recorria a Nos.sa
6 indescripunl. Dczenas de milhar dc mlio,
agitam no ar lenço, branco" que p11recem notic1a cauqou enorme ,cnqaçlio em tor.lo o Senhora do Rosario mas naquele
Jìomho'I a voar, estruRem salvas de p:ilma,, Porto, onde a sua friRliha é muito conhc- momento cotuecci a sentir urna ~ran·
b 1st111 e nutrie.I .. •, e reboam no espaço vivos cida.
J\.. debnn<.lndn de fé, um de~ejo de ir ao f(lg,r aben•
e acJ,,maço.-:s entusia~ticas a Virgem. Quasi
todo~ os olhos estiio marc:j11do~ de l11Rri- çoado onde N,1ssa Senhnra ~ dig,10u
ma, de commoçiio. A Virgem pas~a. como
Entretanto a multidiio vai dimmuin lo
cada vez m pi!. A e~tra:.la di,trital de•con-
apJrecer, recorrer a sùn protecçao.
uraa v1slio de paraiso, csp:ilhando profu'IS· gestion.r-se pouco a pouco. N > locai Sllfiira'- Con!.egui esta minha aspiraçao no
mente benç!ios e graças. E a molt1diio, en- do ouve-,c apeoa, o br3nJo c1ciar dn'I ulti• •dia 13 de Ju11ho de f9'25 P.repArei-
ternecida, prostra ,e a seus pés, bemdizen- mu préces e os piedo,o~ cantico, Je dc~- me o melhor que pudl! na ve~rcra
do,a e saudando-"a corno sua Rainba e sua ped1d11 dos romeiros retarda111rìos. A noite
.Miie, corno augusta Padroeira de Portugal. Jésce lentamente sobre o theatro de ta
com a Sagrad>t Comunhao, cheguei
manhaa marav1lhas, cnvolvendo-as nas pré- a Fatima na manha d, venturoso
A ml••u do& enf'errnoe gu do seu manto e!curo. dia 13, fui para a capcla das apari-
Vei principiar a mì!ll!a dos enfermos, que A b~eve trecho, naquela entecamara do
Ceu, rema o silencio maitc•toso c.los gran·
ço :s e a li prol'tra ndo me dc jot>lhoc;
• ,é arphcada por estu e por todos o, pere
dio'l<>a templos deserto~ e apenas, de quan
proximo da Dcmdita Virgem Nossa
grino'I. A oraçiio intensifica-se. O silencio
e o recolhimento siio mai~ profundos. Res- do em quandQ, ~e ouve o cebo repetir o Ser.hora supliquci muito e chorei '
.pir•· se um ambiente saturado de sobrena- cantico longiquo de lll~um grupo e.le pere- muito implvrando-lhe a grande gra-
tural. Tem-se a impressiio bem sentir.la e.le jilrinos eo, honra d'Aquella que, no drzer ça da minha cura. Depois segui n11ra
que se vai operar um contacto myiterioso do in,piraJo poeta : o recinto drs doente'I onde ouvi a
entre o Ceu o a terra, en.tre Deus e a na- il missa dos enformos. Sentia uma co-
t11rna. O terço do Rosario é recitado eai «quando Roma em cuJtn :ilçava
~ro. Dom Nuno a throno uc luz, moçao mas pudc assistir. ate ao fim
t,n.-tec.liaumente apoz a eleuçiio a San- veio a F,tima ~orrir-nos, de todas as cerimooiaq, 'Ao levantar-
tissima Eucharistia é acclamada por cen- a doce Miie de Jes1Js, me senti u.ma 11legria, urna antmaçiio
-tenas du milhar de boccas num cantico e confiav.i no. grande:: poder da San-
formnsiuimo, rcpauado de piedede o unc- •tio diier no,, na bruma
~lo. Continua a recit,çiio do terço, sempre da ,,ossa tarde sombr11, tissim11 Virgem Nossa Senhora dc /
eatuente de ferv0f' 1 seguindo•IO a da ladai- 'lue ora do C..:eu por n~s velam quc t>stava curada. ,'
nba Lauretana. frci Nuno e Santa Maria I• No regresso fìz um1 novena a N.
A' commuahio c.listribue-se pela ultima V. de M. Senhora do Rosario da Fatima, u,:tn-
Te& o Pio d•s Anjos. Acaba a miue. Vai do durante este tempo da agua bem•
,dar-se aos enfermos a bcnçiio com o San- dita. Comccei entao a corner de tudo ·
I
tissimo S11cr.imeoto. E' o momento m• is
'Solenne do• cultoa do dia treze. Mii en ftr*
moa aguJrdam che101 da mais viva 11ncil!-
Bs curas de roHma sem incomodo algum e sint(l,mc com
muito mais forças'e posso fazer tod1&
-d1de a !l8S1&gem do Rei de amòr. E Jesu~ a lida P.recisa d11 mrnha ca'la. Bem-
,pesu efft~ttvamentc, cosno outrora nu • 0 Scnhor
e Rev
ruu Ò praçu e.la Palaatine, e,palhando o
dita, mii vezes b.:mdita seja a Vir•
.bem. Aquelles ro,tos cmaciados por tanto, Pcrdoe-mc V. Rev ma a impcrti· gcm Santissima Nossa Senhora do
(
-eoft'rimt•nto• phrico,, aquelles olho, que nenda d'esta minha carta mas escre• Hosario dA Fatim;, !
nflectem nitidamente ma11uu run~ente, vendo-a eu cumpro um dever e ao Rl~go, pois, a V. a ru.blic!dade ·de.
de 1lmu torturadu, aquellas mlios que no mesmo tempo urna prC1messa que fiz est\ cura no no!'iso q uerrJo 1nrna lzi-
.ceu gesto ,lo ~uppli::a traduzem an11u•1ias
e pezares de eoraçoe, ukorados, 11irigem- ti Virgem Santissima Nc:1sa Scnhora nho Voz da Fdtima, e ro~o mais pa-
se pllra o Diviao llldstre, nu.n a upre:ssiio da Fatima, a quem prom<:frde publi- ra que sej.t pnbllcada no proximo
,p11th11ica de <lor, implorando lenitivo, re•
_.anaçiio e conforto. E os farrapos huma-
• CAr no seu jornal '1oz da Fdtima a
graça rectb•dt e ir à Fatima com
dia 13 dc Junho, dia cm que ,tencio-
no ir, a Fatima cnm minha {amilia.

001 que alli ostentam as 1uas misorias fi-
11cu numa npo,iç§o mac.. bra, aJoram meu mariJo e filhus agradecer a _Sàn De V. Hev ,...
p,ofusameoto o 0.:u• hunian.-do por n6s, Ù'lsima Virgem tao grande mil~grc.·
o homem d11 d6res, vir dolorum, como lhe , Ha muitos anos que sofria duma C.rolina Correla Ribeiro Viana '
~bama I So1grada E•criptura. anemia cr6nica no sangue Além
Tcrminou a bençlio d011 eofèrmoR. Vae S. Domingos de Csrmol!s - Alfciria,
ur dada agora J' bençiio a toòo o po,o.-0 desta d~nça, cm 1920 cornecei a so- I 4/ S / 926.
. .encio qua H faa é o ~iltndo d" momed- frer lrnenso do estomsg, e intestinoè•
t" aolemllfl. O mi'liatro do Senhor traça Consulte! o mcu m~ico assistente Gr11de (Arcos), 3/11/9io
-no -eapaço com o ou&neorio de prata umu , que me m11ndou par a urna dieta rl-
au1 16bre a mwtidlo quo ajoelba a 1eu1
g"'rosa e mc reccitou alguns rcmcdi01 Rev.- Senhor
tté• e 10 benie devotamente.
Org1tnl1a &e depoi1 1 procis,rio rara con• que nao dcram resultado. O mcu Vcnho comunicar a V. urna gra·ça,
4Ullr a lmofen> ~· Virsecn , .9ua capda. ?tado de fraquez~ era grande e me recebida cm Fatima, que dcscjo ver
- ,

•• •
I 1
"

publicada no nosso qucrido jornal1i- mendei-a a Nossa Senhora do Rosa-


nho, para honra e gl6ria de Deas e rio de Féitima e roguei•lbe a graça "'
de sua Mae Santissima. de levar aqucla minha paroquiana
Apenas tive conhecimento dos acon· a pedir espontaneamente os Sacra- ' (Mustr:a do AVÉ. di Lourd11)
tecimentos da Fatima, pclos numero] \ mentos,1 prometendo publicar a no- I
dc a Voz da /-dtima que V. tao ge· ticia de tao singolar fuor na Voz da A treze de Maio
nerosamcnte me cnviou, desejei ar- Fdtima, caso me fòsse concedido. Na Cova da Iria
dentemente visitar esse lugar bemdi- Fiz cste v6~o no dia 17 de Feve. Do Ceu aparece
to. reiro; e no dia r de março fui, de A Virgem M,aria.
Encontrei sempre obstaculos a rea- passagem, visitar a doente. Com gran-
lizaçao do meu sonho, pois que, pre- de surpreza minha e de todas as C8ro
-cisamente na ocas1ao de empreender pessoas qut: conheciam as suas dis- Avé, avé, avé Maria
a viagem, acha va-me logo doente, posiçoes, disse.me: <tSenhor Abade: Avé, avé, avé Maria
com grande tristeza minha. estive hontem muito mal; ha viver 2
Tendo tudo disposto para a viagem e morrer e por isso quero confessar-
mes -
no p. p. do Minho ti Extrema- me e reccber o Santissimo, qualquer A t t ez 'pastori n hos
Cercada de luz
. dura ai oda nao era pequeno trajccto dia. Oepois mand, diz~r·lhe, por meu -
- nas vesperas do dia 13 encontro- marido, quando ha-de sen: Visit1 Maria, I

mc notamente doente com febre, ' Efectivamente no dia 5 de l\Iarço ' A Mie de Jesus,
..
Cheia de confiançot na Santissima fui chamado para lhe administrar 3
Virgem e scm me importar com os os Sacrllmentos, que recebeu com
muita dev9çao. "' Um susto tiveram
meus males, embuquei no dia 11 e,
Vi\'e ainda, e bemdiz a hora em Ao verem tal luz;
caso curioso, logo que entrei no com
boio senti um a1ivio extraordinario. que se rcconciliou 'cG>m Ocu-.. Mas logo a Senhora
\ Uma viagem penosa, fdta de noite, Devo notar que naquela visita, e A' paz os reduz.
frio de rachar, e eis-me sempre de noutras que antericrmente lhe havia 4
1 feito, nuoca lhe fa lei em confis.c;ao;
alivio em alfvio e, so chegu à terra Entao pergutltaram
bemdita da FatimP, achei.me curada por is~o vejo neste facto urna graça Que nome era o seu;
rapidamente ! muito esptcial dc Nossa Senhora de , A Virgem lhes disse
Nao me lembrei de pedir a Boa Fatim& a quem confes36 o meu eter- • Viera do ceu. •
Mae de Jesus a sauJe do corpo: pe· no reconhccimento.
di·Lhe graças e bençaos neste Ano A velMa-Vila do Conde, 5 de Maio 5
Santo e Eia, a dispensadqra das Gra- Das maos lhe pendiam
dc 1916.
çu, tudo me conccdeu ! As contas de luz;
Regressei a minha terra de pcrfci- P/ Manuel Mortira D1as Amaro Assim era o terço
ta saude e ainda nao tive urna dar~ .Da Mae de Je!jUS.
de cabeça. Bemdita a Gra111de Mfle Oaillltrmina da Sitva Lopes casa-
de Deus, Maria ~antissima ! 6
da, de Le1ria, vem muito reconbecida
Envio urna pequcna lembrança pa- agradecer a Nossa Senhora da Fati- os trez pastori n h os
'!1 auxiliar o culto a Virgem da Fa· ma, entre outras, as scguintes graças Virgem falou; • •
t1ma, a quem tanto de~o que d'Ella tem rccebido e quc pco- E a fama do cuso ·
Pe:lindo mii dcsculpas, etc. meteu publiC;tr. Ao longe chegou-
Idalina Rodrlguts Poruada Em 1925 chego\! a um tal estado '7
de fraqut:za, fàzendo· lhe mal todas 1 Seis meze::s visita
as comidas, quc, sentindo-se desani-
Altxandrina Cute/o, da Praia dc mada, invocou Nossa Senhora da Fa-
A Virgem Maria
Ancora, estando gravemente enferma Aos trez paitorinhos
..
com d ores .
reumaucas num pc,' so-
tima e immediatamente começou a
Da Cova da lria. ..
frendo hon-i.velmente durante dois
melhorar.
Estando a banhos em S. Martinho
\ 8
mezes que esteve retida no leito, vcn• com sua fil ha Carmina, esta tcve urna
do-se um dia tao desesperada com o A virgem nos maada
sofrimento, chamou nova mente o mé-
c61ica tao violenta que a nada cedia.
Dando,lhe umas gòtas da agua aa
As contas rezar;
Diz Ella que o Terço
'
dico assistt:nte, Or. Juime de Maga• Fatima e resondo trez1 Avé Marias Nos ha·de salvar
lhacs, e pediu-lhe que lbe désse urn ado.rmeceu logo e acordou mclhor.
remédio, custssse o que custasse, ao 9

41ue elc rcspondeu: •Nao tenho mais E quer penitencia
rcmédii:,s a fazcr-lhe, porque o reu-
Aos pés de Nossa Senhora A eia convida:
..
matismo é gotoso; Mn muito que Perdfo nao teremos
sofrer». Sem muda de vida.
Recorreu, pois, cheia de confiança Uma lembrança bastante fdiz e
a Nossa Senhora <io Rosario da Fa- piedosa tcvc a Ex.ma Senhora D. Dul• 10 ,
tima, lavando o pé, que estna muito ce Soarcs dc MattO!I, professora cm A guerra foçamos
inchsdo, com agua do locai das Apa- Pedrouços, de vir, corno efcctivamen•
Aos vicios mortais:
riç6es da Virgem, e, qual nao fai o te veio, no dia 10 de maio ultimo, no
mes dcdicado a Nossa Scnhora, rea-
Diz Ella que a carne
seu cspanto e a sua gtatidio, ao vcr• E' quen1 per<ie mais.
se compk:tamentc curada no dia se- lisar o scu casamellto com o Sr. Car-
guintc, sem nuOùl mais sentir urna los Ferrao1 tambcm de Lisboa, na (1

d&- ! 0 pé quc cstava muito incha• . Cova da Iria, invocando assim a pro• Deixai as vaidades
; do, corno dìs~e, ficou imediatamente tecçao da Santissima Virgcm e agra- E coisas igaajg
corno o que estava sao. decendo graças reccbidas, corno sao Celebre111-se festas
Vem, portamo, muito reconhccida a cura dc sua mae e a sua propria. Mas sem arruiais.
agr~dccer ~ a Virgem do Rosario da Assistiu ao matrimonio e: celebrou
F4uma tao grnnJe lavor, cnviando a missa pro sponsis o Ex. 1110 e Rev 111• u
urna esmola ~ra auxiliar as dcspe- Senhor Viga rio Oer,.t da Oiocesc-, P.• Vesti com modestia •
zas do culto, e desejando qu~ scja Joio Quar~ma, que numa sentida e -Com muita humildade;
publicJda esta graça, para honra e tocantc pratica a todos comonu pro- A Virgcm detesta
1f16ria Je Dcus e de ~ua Mae San- fundamentc, nodo-se lagrimas cm Do mundo a vaidade.
tissima.• quasi todos os olhos.
D'aqui· felicita111os os noi,-os, dese- 13
IJ
Havendo nesta freguczla uma tu- jando que pela sua Yi.:ta ,hristi sejim ·vi,amos sem mancba, •
t,erculosa que, no dizer do marido e um lar modelo e se conser•em ,ca,. Christaos, sem labeu;
e de pes~as amigas, nao queria que pre dignos da protccçio de Nossa Sc- " Qi.Lc a virgem nos guia
lhe falsssem em confessar-se, eneo- nbora • A t-Odoe p'ra o Ceu

• . '
;
•'
.
quim Pedro da Sjlva, 10:000; D. P.laria Ju.
~

hR Marque~ Firreira, 20:000~ D. Ennli


Augusta de_,Sll G. i:,o~ta, 20:000: I>. Er-
mì:linJa ile C.:lih'\p.~t, 2c>:onb; Hi..;ino ,Jl\
;frimbJe do C "Feria, 8,,:o,)o: 6. f.'rnn-
Transporte • . • • ci•ca Mcrg,illf.io. 10:a b; D Julia !Atoin •
D. Maria José Pé/rvaltio d«iCruz F ri~ 10:ppo; I>. E•c,r d3 (~Qn•
ce1cllo Hochp !•.irta, 10:000: Dt lri~i.i d.
Pereira d'Almelda • • 10:000 Conceiçiio Hocha, 10:600; D . .luli.:tR Ze-
O. Maria Emn,a. . . . 10:000 C.\f>ITUI.O III nha, 10:000; Jo~è A oton:o ,N1111es M,,,;u,
D. Guilhe·, mina Amelia DAS A'SSOCIAD
2 o:O o o~ Anttl'n10 , Ago lÌtino da ·s1lv111
Alves fortu.na, . . • 20:000 10:oou; D. M ~rui Dc.ohn la i'ii._ch.:.o, 10:ono;.
Art. 0 6.ò - Sav ~ùcias '/Cfiv~s as D. nr(tt,s Alv\;~ .An,jor1nh1, r çi:ooo; l> ,\l11•
Francisco A. Coimbra • 40:00U rl~ [trbau, 10:c..cpo: .lo,é {l,!>:u, 10:opojpa-
Condes de Margar1de . 200:000 que f0rtm pomeadas, a data d11 fun• ùre fo•é ,\fodn' R1lr:iu, 1ç :060: O. l\la rrn dc
Urna anonima do Porto. 1.100:000 daçào, e as que postt:!rio1111Mlè fti,em J, sus Fragoql, 10:000; D. 1:-:milia C-emo~
Anonimo (B. A.,. do admiti •as pela Direcçao, com apro- Ferri:1171 10 :000; Manu,:! Hiha1.1, 10:000;
vaçào do f>selado. l). i\l&r1a <los .-\nj,Js F-crrcir,,, 1~:000; Ntcu ..
Funchal) • • . . • • 10:000 hiu 'Ferrèird d'Armlc!IQa i I 0:000; El1flr.(lfil\ •
D. Horlensia de Mello Sao socias auxiliarts as que fazem d'A•sumpçao Covas, 10:000: _t;onòesi:! ~e...
Lemos e Menezes • • 5:000 tirocinio para soc11~ activas. Cuba, 20:000; D. E'l"ne~uoa D1t·KO Corre1a, .
O. Oulce Martins d'Aze- SAo socias honorarlas as que por • 10:ooq; D. Amelia Dubraz. 12:000; Amo-·
serviços prestados ou acç0es genero- nio Alve!I f'.orgal, 10:000; D. Ehza Silvus-
vedo • • • • • • • ~0:000 1re, 10:000; n. Mari A Augu~ta Jo~ SRnto-r1...
--- 5'!S, f0rem julgadas dignas de perten• 10:000; D. Felumina Noguc:ira Freire 1,
4.277:000 cer a esta classe. 10:000; D. Macia Joré ile Pé1va AnUrnJe e
§ Unico - As Senhoras casadas C un ho, 10:oon; Zeferldo C, l-'<!rrt-ira,.
prt:cisam da autorisaçao dos seus ma· 10:000: fforntiro Gorr.t:<, 10:000; J)r,11 Jo.,.,I
9.ufm Ro~ado Fc:rnande~. 10:000;· .Manue-l I
ridos. Ferre1ra Potrtcio, 10:000; D. r>Titrt~ t.eonor
• CAPlTUI.O lV B. de AlmeiJ.,, 10:000; D. P-runci,.;,1 tlti
• f
0 Conceiç5o Almeidti, 10:000; I> liuiT.H de ·
No dia 6 de Maio ullimo, depols
Ar't° 7. Cada uma das Servas
-
Jesus i\l1111so, 10:000; D. Arnelil\ Cahrit! , • ..
de Nossa Senhora do Rosario da Fa- ..o:ooo; D. Adtla1Je J.i~ Dòrus Can;H\11~,,.
da Santa Missa celebrada pelo Rev. tima compromete- se: • 10:000; D. Marid da Conce1ç1io <le Sòun • ,
Dr. Manuel ,\\arques dos Santos, ca- a) a observar os regulamentos e,fa- Tovares e Sampaio, 10:000; Joaquim P-i-
peUlo director, na Capela das Apari• nherro Ferrc:irn Gom~,, 10:000; . O. M~r111
zer .o .serviço que lhes fòr marcado José Coutinho, 10:000; D. Arncha Martin ,•
çOea, na Cova da lria (F4tlma), o Sr.
por occasilo das peregrinaç0t!S ; 20:000; Padre Joaq:.llm RoJrigu.;s Moreira ~
Blapo de Lelria, D. José Alves Cor-
rela da Sllva, lnstltulu canonicamente a
b) obtdecer Presidente ou a quem 10:000; Dr. Eurico L1~bo11, 20:000; D. Cnn-
a substiluir; diòR G,upar, 10:·o.,o;· D. ,\mehu Bltrro~
a Associaçllo das Servas ìJt Nossa e) adquirar conhecimentos de en-
Coelho da Fonsecll, 10:000; D. Marta \la
Senhora do Rosdrio da Fdtlma, dan- Paz Blltslha. 1n:ooo; Jo•é Maria [hbe1ro,,.
fermagem: 10:000; D. O11,:a Nunes Pereir,1, 1$.:001?;
do-lhes regras proprias e fazendo-
d) trazer os dlstinctivos das' Servas Ani bai R. Lop~s Lm,, 11,:000; L), Ro~nh-
lbes urna prAtlca acomodada.
durante as peregrinaçoes; na Santano, 10:oooi 1). Adé hiJe Au~u~1a •
Nesse dia f0rain nomeadas e pres- e) a recitar tìiari-amente pelo11 doen- ' Rodrigue~ Cruz. 10:ooò; I>. Glor111 'E%c:-
taram Juramento 23 Ser11as, que, com quiel, 10:000; I>. Mari.t de -lc:.,;1...~ Ourfio,
tes uma dezena do RosArio, pelo me- 15:ooo; Padre Antonio Fern11nJes, 10:ooo;i
as 5 que f0ram admitidas no dia 13, nos; • Manu• I Vie~:is F'ac.iJo~, urooo; Jo.it.1u~m
j4 neste dia presta ram relevanles ser- f} a dedicar- se ao serviço dos en- Rosario Tàv11re~. 10:000; Mntheus Lcrno, •
viços aos doenres. dando urna nota 10:000; D Maria ùa Cane, içjio V, •iru,
fermot1, procurando imitar a 1Rainha
multo agradavel com a sua dedlcaçllo 10:000; Poilre Augui.to Durao Alv.-,, ·
Santa babele o Beato Nuno de San- 10:000; Dr. Jorge Godinho, :1.>:000: D. Mu-
e o seu bonlto hablto de enfermeiras,
ta Maria, aquela na pratica da carl- ria Ro~alina ue F'reita~ L.ii,1e1s ,/llarinho,
tendo merecldo a sympatla de todos 10:000; D. l\laria Atex•ndnna Be~~a, 10:000 •
dade e de todas as virtudes da mu-
os peregrlnos. lher chrlstA, corno donzela, lesposa, D. Maria de r.ounlt:s Aìhuq1rnn1ue, 10:ono;
D. LuJovina Neve~, ro:c,oo; Manuel Ua ~,!,
viuva e religiosa, e esta, na devoçlo va Jordiio, 1 o:n o o; Antonir) Abr:intes,
a Nossa Senhora e amor é Pétria 10 :ooo: D. Ro<;o F. Mola Mnc!haùo, 10:000;
Portugueza que é a terra de Santa Vc1sco Taumatur~o Tt:ixeira DoriR, 10:000;
Maria. r...:; D.' Deolinùa' E,cuJciro •1int11, r 5:ooo: () ••
Carolina Antonio Je Gouvt!1a. 12:ooo; Jo11-
Aprovamos estas regras e reco~ guim Manuel ~hrlin$ Nab~ts, 10:000: I>.
'mendamos és oraç0es dos doent~s e Tsm11nia Cunhd, 10:òoo; Con-tança d'Ahu-
devotos de Nossa Senhora do Ro,s:i- querque 10:000; D. Antonia \\irenJa Fario, ~
rlo da Parlma, esta obra e cada uma 10:000; b. Maria <le Jeau, G. L;eal RoJri-
Art. 0 t.0 -As servas de Nossa Se- Jlue~, 10:000; l'aJre Jo,é Ii::nac!o, 10:~oo;
das Servitas. . D. Martttrida de Cortona da Conceh;ao e
nbòra ·do Rosario da Fiitima fo1mam
l:.eirla, 25 de Maio, aia da Anun- ~ilva, 10:000: Prof.,~sorn Pinheiro e n,ii.-,
urna pledosa As11oclaçao de carldade, 30:,00; D. Juli~ Camposd'Alme1da, 10:000,
ciaçAq de Nossa Senhora. 7
cujo flm prlnclpal é cuidar dos doen- D. Filomena AuguHa Pinta Dill-;, 10:00<!:
tes. /. 1•> t }OSÉ, Bispo de ltiria Joiio Françisco Anizelo, 2,>:000; Cnn~l~nu-
0 0
Art. 2. ·- . PreslarAo a todos os 00 Liro, 10:f)oo; Viuva ì\1athias ~\'FilhM,
10:000; Dr . .f'r11nci~co Rodri>:ues da Cn,i,
enfermos os cuidados esplrltuaes e de l\\an,ud do, Pe,·e~l'h\o 1p:ooo; D. Pt-rÌ,etu·~ Baptista, 10:000; !) .•
enfermagem de que nècessltarem, Maria lr.ahel Lorus Veloso; 10:000; r,. El-
orando duma maneira especlal pela ,,\a Ft\\hut\ vira Au~u~tn l\l~rque:t di:= CAnro C!"rtl! -
converalio dos pecadores e allvio dos Reni, 10:noo; D. Emilio Au,tuçta e S1lvni •
1ozooo: Franc1,ra ùo Cr•sto1, 10:000: O.
doentes. l\hria Henriqu<:,ta l.:c:al Samr,a10, 10:000 .
Art.0 3. 0 -Trabalhando a favor do
f
proxlmo, procucarao saptificar• se a 51
mesmas e dar o bom exemplo d'urna
..
vida integralmente chusta, seja qual
fòr o seu estado.
§ Unlco-As servaR de Maria teem
urna partlclpaçao mùllo especlal nos
aacrlficios dos doentinho.s e, em ge-
ral, dos devotos de Nossa Senhora
do Rosario da Fatima.
, CAPlTULO U
DA DIRECçAO
' 'Art.0 4.0 - Esta A&sociaçlo é·dlri•
1tda na parte espirltual por um sacer-
dote expressamente numeado pelo
Prelado diocesano.
Art.• 5. 0 -A direcçàò tempora! es-

'

;&n() IV N.• 40

,. (OOM APROVA.çAO EOLESIASTIO.A)


Dlrec'tor. :I,._opr1e'tarlo e Edl"tor
DOUTOR :MANUEL MARQUES DO$ SANTOS -
Adm.lnt•t.radors PADRE M. PEREIRA DA SII.VA
REDACçAo E ADMlNJSTRAçAo - ..
C'.o:-flr.ono e imprebo nò Imprensa Comercial, , Sé - Leiria
:R"O":A. :O. N:'O"N'O .ALVARES PERE:IR.A
I (Bl:.ATO NONO Di; UNTA NAPU.) --
eronica de Fatima porfi~m en; sollcitude e dedicaçao
para-levar um pouco de dOce confor-
Virgem, - Saude dos enfermos, -
em beneficio de tanta desgraça e de
• to a tantas almas ulceradas por ma-
guas pungeutes e minorar ,os se ffri-
tanta dOr. O silencio torna-se mai~
(13 de Junho de 1926) mentos de tantos corpos torlurados
profondo e o recolhimento mais in-
tenso.• .
• o Oi pelos males que tffligem a pobte hu- DepoisJ da missa dA- se a bençao • I
I
marùdade. com o Santis~imo.
1NDA olio se tinham des- Durante toda I a man ha vArios sa- O· Divino Rei de amòr, na hostia
v a o e e i d o de todo os , cerdotes distribuiram a sagrada co- branca do ostemiorlo de prata, per-
echos da grande peregri- ~ munhao a mllhares de fieis' que pré- corre as numerosas filas de doentes,
~:..~--_, naçao nacional de maio viamente se tinham confessado nas • visita- os e abençoa· os, um por um,
e ja de novo o iman po- suas terras. alliviando-os nas !\Uas dOres, ou ins-
deroso da Fé 1mpulsiona De >tez em quanc,io o uve- &e um pirando, Ihes o conforto necessario
dezen&s de milhares de cantico em j}onra de Jesus no seu para supportarem com paclencìa e re-
pess0as que em todos os sacramento de amor, ou um t,ymno slgnaç4o a cruz que lhes foi imposta
pontos de Portugal se 4 Virgem do Rosario. para com ella se sanctificarem.
preparavam para a roma- Ap6s a bençam geral, sobe ao pul-
, A qui e acola erguem, se estandar-
gem pledosa de 13 de Junho terra a tes de assoclaçòes rellgiosas que re- pito o rev. Ferreìra de Lactrda, de
bemdlta das appariçOes e dos prodi- produzem a lmagem de Maria San- Leiria, que fala durante um quarto
a
gios, Lourdes portugueza, myste- a tissima ou repres~ntam epi~6dios das\ de hora, com ca tor e enthusìasmo, das
riosa Fatima. glorias da Santissima Virgem.
apariçòes.
Effectivamente nesse dia, as dez
horas da manhli, um espectaculo ines- · Em torno dacapella antlga, cons· Organlsa-se de novo a procl!sAo
para recooduzlr a- Jmagem de Nossa
perado assombra e encanta ao mes- truida junto da azinheira sagrada,
muitos peregrinos rezam tm grupos Senhora para o seu sanc1uario. Ter- ,
· mo tempo todos aqueles que se apro- minada a procissào, o povo começa
itmam despreocupactaruente do locai ou lsolaJamente, outros aguardam I •
paclentemente na longa fila a sua vez a debandar, até que, pouco antes do
das appariçOes. ~
de beijar o p~ Virginal da Rainha do sol posto, apenas se ve um ou ouho
SObre a estrada districtat, na longa peregrino desaf·0goodo a sua pieda-
extençào de alguns kilometros, e 110 Ceu, outros émfim cumprem promes-
sas, dando volta de joelnos, urna e de c.Jtfronte da capeUa das appari-
vasto recinto fo,mado pela Cqva da çOes e mal podendo apa,tar-se da- .-
)ria, urna multld~o compacta circula mais vezes, 4 capella. Junto da fon-"
te aglomera-se fé:mbem muito povo, quella estancia bemdlto, que é ver-
com difficuldade reproduzindo no dodelramente urna ante-camara do
espirilo a impressao inolvidavel das que prnf.ura encher garrafas e outrns
recipientes com a g u a miraculosa. Céu.
scenas empolgantes e incomparavris V. de M.
1 , da grandiosa peregrlnaçao nacional. Multos milhares de <'xernpla,es da
Os vehiculos de toda a especte, • Voz da F.4tima, s/Io distlibuidos ,
que, se alioham ao longo da estrada
numa dupla fila e se accumulam nos
gratuitamenle pelos fleis.
tnlretanto organisa- se a proci~sao Hs cnras ~e ~éitima
terrenos adjacentes, orçam por cente- ' para conduzir a veneranda lmagem
nas. E em dezenas de milhar se de• de Nossa Senhora do Rosario, da Rev.mo Sr. J
vem computar os romeiros que ~que- capella das appariçOes para a capelta Na intençao de proclamar o nome·
la bora enxamelam no locai sagrado das missas. A' sua 1entrada no ,ecin • tào glorioso da Virgcm Nossa Senho-
..e nas suas immediaç0es. O! beneme- • to dos doentes agitam se lenços, sol- ra do Ro~ario da Fatima, peunita, me
1itos servos dt: Nossa- Senhora do tarn-se vlvas, bate111-se palrnas. Aque- V, no cum;,rimento de um sagra-
Rosario labutam desde madrugada na las almas dev6ta!!, aquelle.i cornçò_es do uever, l he peça o particular favor
faina penosa tJo transporte dos en- predosos, rruma explosao de entltu- de se òi~néH publicar no j ornalzinho
fermos para o respcc1ivo pavilhao. siaEmo e ambr, sauuc.m a Rainlrn 'do •
de a Voz da I'dtima, a milagrosa
Alguns deles, coadjuvados pelos es- Céu e da terra, ncclanrnm a glc,ri(:sa cura de uina~ porita,'.1as iriteriores de
cofelros catholicos ae Lciria, manlern1 Pad1otira da N:içao. È os clhos de que eu ha mais de 8 anos vinha scf-
o servtc;o d'~rdem junto dos sa111ua- qunsi ta,dos os que 11 rnf'11cei:111f esta fcendo e me davam llfo mAu viver e
Jlos e da fonte da agu11 miraculosa. scena de incmnparétvel heltza e mare- cnu~a ~am no mal t•stur, que em cer-
Pelo p'osto ùc verifica, ues medicss jam se involuntariamente de lagri- tas ocasiOes me lmpossib11itavam de
passam todos os enfermos para rece- mas. tomar a rt!spiraçào.
berem a competente senlia de ingres~ Ao meio•dia solar principia a ulll- N~o podta descançar as noires nem
so, antes de lrem occupar o Jogar ma missa, à missa dus doe111es, e ludo virar-me para qualquer do:, h1dos,
que lhes é destinado. decorrtt,na forma do costume. A mul- que era uni sofumento insupmravel..
No pavilhào dos doentes, as servas tid:io ~norme, que assist ao angusto Nàu cbetlècià a frl,çùes, ncm a
.de Nossa Senhora do Rosario, - an- sac,ificio dos nossos allares~ reza com tlnturas, nem a medic11mento nenhum.
joa de caridade em forma humana,- fervor e implora-se o valimento da Vendo-me assiro tao triste e cbeia de



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·d6res e fmposstbilftada de fazet as ~ e Lulx Setta dfsseram..tbe que famUfa etn- peregrf naçao e Fttimat ""
vokas de mlnha casa, que bavia de a ulcera estava atrazada, e que po- trou1eram uni pouco de agua, d ~
eu faier? lmplocet da Santissima Vlr- dia evitar ser operada, uzando d'u- agua que tantas curas tem operildo.
gem do Rosario da Plitlma o remedlo rna certa dieta, e em Janeiro de 1923, Prindpiei a lavar o meu filhinho
para este me~ sofrlrnento. Pedi lhe regreesou · do Hospltal e com todo com ela .e passados dias estava com-
/ cem tanta fé e devoçilo que hoje me o culdado uzou da dita dieta, sem pletamente sao e nem vestigios tinha
encontro completamente curada. E poder corner sequer o mais leve ali- das muitas feridas causadas pelo ecze-
asslm flquel c~nvenctda de que s6 a mento de que a gente fiiesse uzo. ma.
Vli:gem ~ossa Senhora tem remedlo Com o maxlmo cuidado, com a E, caso singular, no m~s de Maio
para todas as doenças. dieta, sentla al~umaa melhoras, e em foi que o mcu filho esteve peor, nao
Muìto lhe agradeço o favor da pu-- Outubro de rn25 tornarsm-lhe de tendd eu esperança alguma que me·
btlcaçiio no jornalzlnho, e chela de re• novo as dOres horrivels no estoma- lhorasse, e, foi oesse m&, o m8s da
conheclmento e fé para c0m a Vlrgem go, dizia eta, como nunca. Santissima Virgem J?Or excelencia,
Nossa Senhora, me· subscrevo com Nesae.. mez .foi ahi a Fatima uma ~ue Ella se dignou lrvrar o meu 6-
toda a eonsideraçao, etc. crlatura nossa amlga, e tendo trazi• lho dum sofrimento tam horroroso.
do a agua ntilagrosa de N. Senhora Graças pois a Santissima Virgem !
Olinda da Conceiçllo de P'4tlma, oferecea lhe urna plnga,
, Rua de Vilar, Quinta de Jesus, 5 - que bebe~. fazendo algumas oraçOes Mesquinhata, 11 de Novembro de
Porto. a Nossa Senhora, e pedlndo-lhe que 1925.
- -- - - - - eia fòsse sua enfermetra e a sua Carlotfl Aaeusta da Concelç6.o
Antonio Maria Oaihiro, de A agua o remedlo da sua cura; e des- -=-
Dos f raooos, coRcelho das Caldas da de entao,.as dOres desapareceram-lbe
Ralnha, havla 27 annos, que sofria Confirmo pienamente tudo o que
por completo. fica exposto, pois que tudo presencìei,
de grandes ferldas em urna perna, Jci ba mais de cinco anos. que n!o
desde os artelhos alé ao jl)elho. Du- e, se entender 9ue deve ser publica•
tinhamòs a satlsfaçao de a ver senw do, fica autorisado a isso. ;
rante alguns annos foi rratado pelo tada · a me.za comnosco e, apoz a
Sr. Or. Alber.to, de Bombarral, dlzen- agua bebida, começou a corner do t Freguesia de Mesquinhata, d~ Dio-
do este que ofio morrerra do terrivel que n6s comemos, sem que nada cese do Porto, t I dc Novembrò de
sofrimento mas que nao seria posst... lhe faça mal. 1925.
l'
vel curai-o. O mesmo disseram ou.. No proximo dia 13 -de Malo (1926)
tros médlcos afirmando tambem -que, O paroco - Antonio S. Montelro
se as feridas tapassem, voltariam a
Jra a f~tima, agradecer a Virgem
rebentar pelo mesmo ou por outro
Santissima do Ros4rio, a sua mila-
fado.
grosa cura.
De V. etc.
,,. Abrigo para os doentes
Nito tirando resultado dos medica-
mentos e tendo ouvido fatar das cu- Augusto M. O. Pereira peregri~os da F~tima
ras realisadas por intercessllo de Fabrlca Falle - Poldras - Covilhl Transporte. • ~ • • · 4:277:000
Nossa Seilhora da Fatima, pensel em D. Lucinda Vielra M6i1ca. 8 :000
la ir pedir a Santissima Virgem que • 0 Sr.
Rev.m Manuel Oabriel . . •. • 5:000
alivias~e as minhas dores e afastasse Um Sacerdote de Leiria • 50:000
as muitas lagrlmas da minha casa Permlta· me V.. (:JUe venha hoje José Augùsto P.ires dos
ponque aAo podia trabalhar e Urha cumprir um dev-er sagrado, pedindo i.antos • • • • • 15:600
11ma casa de filhinhos pequenos. se di2ne inserir no jornalzinho Voz
Oesde que comecei a lavar as fe- da Fdtima o relato da cura milagro• Soma. 4;355:600
rldas com agua da Fatima fui melho- sa que a Santissima Virgem se dignou
fazer me a mim, Eugenia da Concel-
rarido e derrtro de poucos dias esta..
"18 curai1o. · çae, A1oradora na rua Olrelta de Pe- Se honrado L
.Faz dois aoos em outubro que en- drouços n. 0 102. 2.0 •
Um dia Santa Veronica Giuliani,
trou a alegrla em mlnha casa pwis Andando doente duma perna havia
séte aoos, multos médlcos dlziam que quando meolna de doi~ annos, foi
que curel completamente nllo voltan- cooctu:dda por uina creada a
loja de
do a sentir o mais ligeho incomodo, nào tlnha çura. Jodo a outro médico
um negociante que usava pesos fal-
-o que venbo agradecet a Santissima declarou-me este 8-er urna ulcera das
sos.
·Virgem, pedlndo tambem a publica- peores e que n1o ti'1ha cura. Deitava
mau cheiro e uma agu1 verde e Unba De repente, a creança illumlnada
ç"Ao d'esta graça. sobrenaturalmente, diz- lhe esra<J pa-
um grande buraco. Mella d6 e res-
lavras: SI konrado. Otha qae Deas
petto é\OB que a vlam e todot dlzlam
«Covllf\!, 29 de Ab.rii de 1926. que n~o tinha cura. Tinha muttas dO- vé-te. ·
11t ~ev. Sr.1110
res e nem podia andar. Estava de ca-
Eu, Augusto Oomes Pereira Palva, ma, chorava e nAo podia dormir. Ja Chamam o médico
0
11aturat de Pena Iva d Alva. e hoje nào podia saber o que havia de fa·
residente em Covllhll, na freguesla zer ~ mtnha Vida. Pazem bem em chama-lo, se teem
da Concelçilo, quero tornar conhecl- Desde o dia 24 de Novembro co-
em caaa alguma peellOa doente.
da a graça que a Vlrgem Santissl-
. 1nn do Ros!irto de Patima, concedeu
mecel a tratu~me com a acua e· terra
dè Nossa Senhora do Ros4rio• da FA-
Maa porque nllo chamam tambem
o padre? Se o corpo precisa de re•

•a mlnha trm1 Libania Pe-reira, pela tlma e encontro•nie agora completa- medlos, tambem s àlms tem necessi-
sua cura mllagrosa. mente curada. dade d'elles e pMe bem succeder
Desde 1920, que tem sofrJdo hor- Fez o tratamento a menlna Julla • que mais os precise •a alma que o
rivel mente do eitomigo. Marques Morgado.
corpo. \
Resldlndo nessa data em Penalva S~m· rem ee:Hos o corpo estara tal-
d' AIva, fol tratada em Oliveira do Rev.mo Senhor
vez em risco de perder a vlda tem-
Jio11pital, pelo Ex.1110 Sr, Or. Mendes ' Par~ honr.a e gloria da Santi~sima pora!.
Costa. Virgem sob a invoca-çao de Nossa Sè- Mas a alma é bem possivel que
Em Novembro de 1922, reconhe- nhr,ra Jo Rosario da Fatima, levo ao, sem etles d ia na morte eterna. 1
ceu que tlnha ulcera no estomago, conhecirncnto de V. o seguinte facto:
·e Jisse-l&le que tioha que ir a Lisbòa Um tHho meu, Orland-0 Antonio
para ser operada; e em fins ae De· · de Vsconcelos, começou desde setem- llan\\•\ da Pe,•eg~ino
2~mbro do mesmo ano, deu entrada bro do ano findò, a sofrer dum ecze- 4n i"'{\tinul
110 hospital de S. José. ma que lhe tomou toda a fé!ce e par-
La, aos culdados do Ex.mo. Srs. te do corpo, sgravando-se cada vez Desde 13 de ~i aio ultimo encontr~..
Drs. Craveiro Lopes e Luiz Semr, mais. Nao houve medicamento.algum se a vei:ida nesta redacçao, na Fatima
loi ao ralo X, que realmente certifi· que s-e nao experiment&sse, obtendo- e outras partt s, o Manuat do Pere-
cou que existia a ulcera. se sempre os peores re!.ultados. Em grilzo da Fatima peto preço de 3:500
Os Ex.mcs Srs. Drs. Craveire Lo- Maio deste ano, indo duas pe~s6as de réis (f6ra o parte do correio).

• •

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ho\;·~·. ....~ •

1
de fé, na ancia dQ mffagre gue Nos~ na mao, na lmpresslp grandiosa ~ .
s, Senhora prometcra, no 41a 13, pe- ualoa- do mitagre eaperado I
" la uma bora, a hora d<> sol, lia atmas fòram setu11dos, fòram Jnstantes
stmp1ee e paru de 3 creaaçu que que pareceram boras. t4o vivldos fo-
Continuamos nesta secçff.o a pubtt- apaecentavam gadot t ra1t1 t
.asr o que os jornaes dlsseram por ram flcando para traz, perdldos na Pasaram nuvens sObre a clarida-
- OOC&sl~o das conbecidas AparlçOes. nevoa, eefumados na transpareoda da de vaga e cinzeata que velava o solL
I De .o Dia• de 19 de Outubro cbu~a. pinhelros,. cboupos, carvalbei- As almas em préce, aue tlyeram.
..de 1917: roe, manchas vermelhas de •lnhas, por instante& a vl'1a su1pensa 4 vida~
casais, campos lavrados de terra es• voltaram. Eefarraparam-se as nuvens, ,.
Impresso es de Fatlma cura .•• apareceram bocados u;tJls do céu.
O sol, na serenldade tmpassivel .de
Os campos eram deserto&, 8ft casas
Despovoaram-se os logares. as al• eram feehadas I Havla um sltencio todo o sempre, iluminou vagam~nte
delas, as cktades proxlmas. estranbo nos campos deaertos, de a serra escaJvada ond~ Nossa Senho-
Pelas estradas, ja oas vesperas, se- gentes e de gados, bavia um ar de ra fe.z juntar pela b6ca de tres crean-
. guiam grupos de romeiros a caminho espera e de emoçao na atttude das ças que apascentavam gàdos, milha-
.de Pattma. coisas, das casas pobres corno ador• res e milhares de creaturas de Deusl•
Pescadoras da Vieira delxaram es mecidas no slleoclo, jaoelas e portas
... .. ~asas de madeira _pegra aaseotes so- fechadas A luz I A serra era alta, mas
lue o mar, as lides da arrumaçAe da parecia aos camlnheiros que os n!o Missa nova
pesoari~. cançava a subida da serra I A serra Os peregrlnoa da Pltima vao ter
Pelos plohais, onde as camarlnhas era triste, cada vez mais triste, de pe-
parecem gOtas de orvalho na verdu- hoje o prazer esplritual de asslstlr.
-ra, pelos àreals onde giram as velas
dras escalvadas e negras sem a ale- as IO horas !antes da Missa dos.
gria da verdura de urna arvore mas doeotes), 4 prlmelra Missa .do Rev.
dos moinbos, vleram a pé, os cotur- , os camlnhelros nao 1enti1m a tortu.ra
.nos de 1A nas peroas mu1culosas, Dr. José Galamba d'Oliveira, em
impresslonaRte e tragica da paysagem quem a diocese de Lelrla depo11ta
--dlas de agazalho sòbre as costas, i de dOr I A chuva começou a rarear.
cabeça e· saco ·com o farnel, no pas- graodes esperanças pela sua ·tnte-
Era agora s6 um véu de nevoa mul- ligencia, orlentaçAo e p'ledade.
,so melfdo e meneado que lhes fazia to leve que se ia desfazerrdo a pou•
voltar a rodaria das safas e agitar os E' chete d'um grupo de «sco.uts• ,
, lenços alaranjados onde assentavam co e pouco, e pouco a pouco a serra desta cidade de cujo semtntrio val
~Ps chapéus pretos. Oper4rios da Ma· Ja aclarando. Aproxlmava-se um mur- ser nomeado profes!or de Theologia~
1inha, lavradores de Monte Real, das murio que vinba descendo do monte, Que Nossa Senhora, sob cujos-
C6tfes, dos Marrazes, serranas de Murmurìo que parecia a voz Jonglo- auspicios elJe começa a sua vlda
_longe - des serras do Soublo, de qua do mar, que Sé tieba calado no sacerdotal, torne muito fecundo o
silencio dos c,impos••• Eram cantì- seu apostolado.
Mlnde, do Louriçal, gentes de toda
cos que se dlfinlam eotoados por
a parte onde chegasse a voz do mi- mflhares de bOcas. No planalto da
lagre, delxavam as casas e os cam-
pos e vioham por ali f6ra a cavalo, serra, cobrindo o monte, encbendo
um val, via-se urne mancha eoo,me
A Psicologia das Conversoes
de carro, ou a pé, cruzando as estra-
das, atravessando mo-{ltes e p.lnhais e movedlça de mllhares e milhares Pelix Lezeur, o medico raclona•
de longada p~os cammhos que du· de creaturas de Deus, milbares e mi· lista e descrente que teve a· felici-·
.fante dois dias se anlnlaram do rodar lhares d' almas em préce r d.ade in.comparavel de ter corno es•
.dos carros, do chouto dos jumentos, MAos er~uidas, olhoa em extase, posa Ellzabeth Leieur, um dos mais
do vqze.ar dos grupos dos romeiros. vlnham na fé ardente da crença. VJ. admiraveis esph'lto1 femenf oos de .,
.o outomno avermelhava a« vlodlma- nham pedir o mllagre a Nossa Se- tod0s os tempos, na lntroduçijo a
das. O vento do nordeste, trio e cor• nhora, pedlr a re4empçllo dos pe- a um dos varlos volumes. que foram ·
tsnte, ·aoooclaodo o inveroo, fazia cados, pedir a bençlo. para as amar- a heraoça esptdtual da sua cornpa-
tremer os cboupos transpareotes das guras da vida I A' urna hora da tar• nbeira, descreve a sua conversào ao
bordas dos rios, que desmaiavam de. hora do Sol, parou a chuva. O catollclsmo até A sua entrada num
s1:11ldosos do sol, em ton• amarelos ceu tinha um tom acinzeotado de pe- convento de domintcaooa.
de rendas aqae. NQS are.alt giravam rola e urna cJaritla4e estranba Uuml~ Jé entao lzabel Lezeur dormla o
as velas bfancas dos molnhoe. Nos nava a v1stldfto publlca e ,tragica da sono da ~maventuraoça quudo se
piohais curvav8m•se 80 vento oe ci- ~aiugeni triste, cada vez mais triste. operou esta ascençno daquele e!lpl-
mos- verlie! dos piabeiros. As nuvens O sol tinh$ como um véu de &a7..e rlto rebelde para a Verdade da dou-
iam oobrtndo o oéu: Amontoava.se transparente para que os olbOI o ptJ• trina de Cristo, a suprem,- ambicà•
o nevoelro em bl-Oros leves e m~cios. dassem olhar. O tom acio:untado de dà esposa dedlcada e crl1tl que tu-
O mar, oa va6tìdao d.a pra.ta da Viei- madreperola transformava-ae · corno do aacriHcara para e.sse fim. ·
ra espumava, beamla, eorola\fa-t1e em numi chap1 de prata luzldla que u Por isso as palavras do antlgo ra-
.()Udas attas e pek)s campos la· se ou- la rompe•do até que 8.8 nuveu se \ clonallsta teem uma eutoridade mul-
vlndo num clamor sinistro, a sua voz! rasgaram e o sol prateado, eovolvldo to especlal para que 11 arquivemos
Toda a nolte, toda a madrugada cho- na mesma leveu clnuota de 2-aze. e meditemos:
veu urna cbuva mludlob.a, perslsteo- viu-se rodar, e.girar em vorta do clr• < A malor parte dos nossos 'con-
te que eocbarceva os ~pos, que culo dee ouvta afastai1s I Fol um temporaoeos, mesmo as pessoas de
entristecia a tena, que la trespassan- grito &6 em todas se bOcas, calram de certa cultura, recutam•ae a admt-
do eté aos oeaos, de urna humidade de joelh<>i na terre encbarcada as ml.. tir e'a constatar a intervençfto de Deus
, .tria, as molbetes, as creanças, os ho- lhares e mllbaree de creaturas de nos fenomenos de conversio e ain-
mens e os animale que cruzam as es- Oeus que a fé levantava até 80 Ceu! da mais, nos casos de vocaçA~ reli-
tradas lamaoootas no caminho apres- A tuz azulava-se num azul exqul- giosa. Para tals espirltos tudo se re-
-21ado paca a Serra do Milagre. A chu- slto, como se vleMe atravez dos vi- ' sume no fuodo, a intrlgu, manobras,
va cah, cara, macia e teimosa. As trais de uma catedral imen,a. espa- dominio d~ vontad~ mais Jortes so-
!&ias u'est.amanba e rlscadilho pinga-. lhar-se oaquefa nave gigantesca ogi• bre vontades mais fracaa. •
vam,pezavam corno chumbo oas fitas vada pela-s maos qt.ie se ergutram Para muitos. semelhantes e\rolu-
.das cin1uras. Os barretes e os cha• no ar.•. O azut extinguiu-se lenta- çOes d'alma silo simples resultadqs
peus largos escorriam agua s0bre as mente \lira a luz parecer coada por de ptopaganda clerlcal. de accfto
jaquétas novas dos fatos de vér a vitrais amareJos. Msnchas amarelas de frades e freiras. E' que muitas
Deus., Os pés descalços das mulhe· caiam agora sòbre es caras, s6bre os pessoas da élite da burluesia iran-
res, as botas ferradas dos homeos, lenços brancos, sObre as tHlias escu- cesa alnda leem pelos lfòmmes noirs
chapinhavam oas poças largas do lo- ras e pobres das estamanhas. Eram de Béranger ou pelo Roàln dt: Eu• •
daçal das estradas. Mas a l:huva pa- mancbas que se repetiam indefioida· géne Sue.
recia que nao molhava, parecia que mente ,sòbre as azinheiras 'rasteiras. , Ora precisamente, no q\Se me diz
nllo eentlam a chuva. Caminhavam sObre alì pedras e sòbre a serrit. Tu~ respelto, todo o meu trabalho d' al-
,sempre subindo a serra, ilumlnados do chorava, tudo rezava de ~chapeu m.a se operou ao abrig•J de qaal•
cauer lnflaenda exterlor. Nlo conhe- que teda& as manhAs urna aUuvlAo BrandaoLio:ooo· Paita, Jrmifo & Co~,•.-
-cta upi unico pa~re nem um unico de maus jornaes arrastava, pagani• 50:o<>ò, uir: de Figuèire;!o Lemo!t do Can-
to Corre Real, 10:000; m;idame Silve Oias,:.
religioso. Depols da morte de lza- sava o pobre povo e o tornava insf Dooa L. F., 10:000; D. Mari~ Margarida'7
bel conllnuei a viver ·entre aJmas tcumento apto para todos os crimes e de Faro -Nelas, 10:000; D. A fonso d'Al-
hostis òu indlferentes, nao someote attentados. buquerque, 15:•oo; D. Maria da Glqria Pe-
4s ldeas religiosas, mas até meamo Um dia rebentou a perseguiç~o re• reira Furtado. 10:000: O. Mària do Patro-
cinio Lope8 Sanch~~, 1o;poo; D Anna Silva,.
4s simples ideas e!plrltuaJistas. E llgiosa; o povo, sedu~ido pelos agi- 10:000; D. M11r1a José Corvclo, 1 0:000 ; Pa-
fol preci!amente nesta atmosfera de tadores, sahiu para a rua, e come.tett dre Albertp Pinto da So~a, 10:()00; Domin-
ateismo pratico que a voz divina toda a s-orte de (fesacatos. As au~to· gos Fcroand~s Soutelo, 1·0:000; O. Ame-
ecoou dentro. de miPn e que a luz de rldades fOram impoteores para cooter lia F~rre1ra Dias; 10:ooob· D. A(minda Ma-
, ria Coelho, 10:000; . Ro~a Ferreira.,.
Cristo me1 iluminou. a onda. O clero teve de se esconde1;
• me po(f'1a sugestionar
10:000; D. AmeliJ Gdhçtilyes Ratnada,.
Nìnguem. as casas religiosas fechar&m-ae; os 10:ooo; D. Leonor du Conceiçlio Costay
nem gular. As proprias circunstan• rellgiosos tiverall\ de ir pedir azylo a 10:opu; L~iz Empìs1 10:ooò; D. Amelia Bo-
cias ,me tinh~m levaqo a encontrar- 1 terras , extranhas. Nada se respt:itou, telbo, 10:000; D. Olympia ih P. Pere1ra
Coutinho, 10:000; D. F"tt1n.::isca 1RMa de Je-
me &6sinbo, em pieno deserto raci~ ' nem as caridosas aenborns. Pòram sus CaQ~s, 10:000; IJ. Marra Js 8t1rros Li..
nalista, todo cheio da,mlnha impleda· insultadas pela p•pulaçào, e as suas ma $.11lj!éM.lo, 10: 000; D. CanJiJa Nunets Ri·
• de. E quandQ, dtpols de ter subldo propriedades iovadidas e taladas. beiro, 1d:ooo; D. l\hr1a ::ieabrà. 10:000;
D. Julieta Alves Ve<jras, 10:000; D. M'aria
a s6s a longa enco1ta mistica, fui - O que cooseguimos c'Om as nos- Dominguus Pin.10 Coolho, 1-0:000; D. Maria
pr9curar o rel\Qioso que se toroou sas esmolas? diziam entristecidas. Tereza Pinheìro Cbegas, 10:01>0; O. Maria
depois meu director e que nem se- PensAmos em matar a fame a tanta Eug8nia Barreto, 10:000; D. Maria lzabel
quer eu conhecia, jA a mioha traos-- gente. cuidAmos dos &èus corpos, e dos Santos Fonseca Jorge, 10:-000; D. Eliza
Penaforte Cardoso, to:ooo: D. Le01'lor Ma-
formaçao se tinha operado. E nesse esquecemos as suas almas. Emquan- nuel /Atallir.ya), 10:000 ; D. Anna da Concei-
momento era eu que procurava, por to lhea forneciamos p~o para o seu çlio Neves, 1 o,;ooo; D. Amelia Faria Lelio,
uma vontade reflectidai. os conselhos corpo, deviamo~ ministrar-lhes tam- 1 c,:ooo_
; D. Franci> ca dos 5.intos, 10:000;
de que necessitava. bem bOa, lelturas para o espirito. D. Maria da C..:onceiçao Maldonado Pereira~
11;>:000; Sebastiao Marques, 10:000• D. Mar-
Oesejo egualmente aqul fazer uma,. Toda ·a no~ carida.cle foi venclda g11r1ùa Calado, 10:000; Duarte Jo;é d'Oli-
outra oonsrataçao nito menos impor- pelo mau jornal. ErrAmos. veira e <.:armo, 10:0_00; D. ~)orìnJa Baptis-
tante:- O lado lntelectual que re- Pobres senhc>rast Penwam ja tar- ta, 10:0,00; A~ton10 Anr110 Carvalheiro,
presenta, e sempre repre&entara, um , 10:000 ; O. Juha Piidrilo, 10: 000;• Padre.
de, quando o mal nao Unna remedio. Avelino Moutinho M. d'Assumpçao, 10:ooe>7.
papel consideraveJ, qua,i excluslvo Aos afortunados do muodo, que ~- Laura Ferreira, 10:000; D. Maria Jos-e
mesmo, em todas as manifestaçOes teem o esplrito de fazer bem, dlre- , i:le Jcsus Pereira, 10:000; D Muria Goru:aga.
do meu esplrlto, n~o teve a m~is in- mos hoj~: d'Abreu Fonseca, 2o;ooo;d). Maria da Glo•
signìfican te e minima tnffuencia na t<Cootlòuae a nào ésqllecer as ri~ Albuoo S.into~, 1e:ooo; Juito Pinto,,
10:000; D. Amelia 'Marques, 10:000; Josp
transformaçAo da mlnha alma. vossas obras de caridade mas nAo Marque-s Junior, 10;000; Antonio Fernan-
Nunca me deixel dominar nem esqueçaes tambwi a imprensa ver- dtis l{eguengo, 10:000; Jo~q1J1m Ribeiro Fa-
pelo estudo, nem pela leitura, nem dadeiramente catholica, sòbre tudo rla, Lo:ooo; D. Maria da NativiJade Vieira,
pela exegese, ,nem pela apologética, a diaria. Asàgnae~a, auxiliae, a com 12:000; Afonso Perefra Coutinho, 10:000;
I). Erpilia do Cst~tre Fr.izlio Ca,;telo Bran-
nem por conbecimentos teologicos o vosso diobeitO, as vossas noticlas, co. 10:000; D. Julia A Pilar, 10:000· Adolfo
em 9ue era, aliaz, absolutamente os vossoa anusclo~, a vossa pro- d'Olivo:ira.. r0:000; D. Rita Costa/ 10:000,
ignorante. J.i o disse e replto: n ~ paeanda e, &<>bretudo, com o vosso O. Iz.ilJa do C11rrno Leila.o, 10:000· D. Ma-
época o meu esplri1o estava ioteira• carinho,)) ria da Aswmpçiio Din, 10:000; or'. Jacinto
Ga~o ?a Cam~ra, 20:000; D. M11ria Palmira .
mente impregnado de exegese racio- Caldi.ma de A1buquerque, ,o:ooo; O. Ma-
nalista, radicalmente hostil ao cato- ria LtJ.iza d'Azevedo 1Lobato e Napole~.,
Ucismo. O que pro~a que o aspec- .Acampafl_lento Nac1onal de JO:ooo; Joaqu1m Ahr1a Soeiro !le Brito 1
10:000; O•. Maria PaulR ijentes, 10:ooç; D. '
to intelectual lol tao nut01·na mJnha
conversào corno o fol a influencia ex- ."Scouts,, Aurora VaT. Clomentu Marques da Cruz.,.
10:000; D. E ma Falciio <le Mondooço~
terna, Nos dias 10, 11 e 12 d'agosto pro• 10:000; Artur da Silva Camarinha, 10:000;
Devo a mlnha conversao a urna ximo, 1era logar junto a
capela de , D. Maria Adelaìdt;t d'Oliveira Mootei~ Bar-
ros Gomes. i c:opo; D. Ema Afonso Pereira, .
força estranha, superior, dominado- S. Jorge, erecta no sitio onde este- 10:000; O. Maria Betina Bastu, 10:000; D.
ra e sobrehumaoa, t~o misteriosa e ve arvorada a bandeìra nacional du• Teolinda Mana do N.ts~im.into Freitu~,
irresistivel que nAo p6de compreen• rante a batalha de Aljubarrota, o 20:000; D. M a r i II Bt ned,cca Seque1ra,
'
der-seEenao<iepoisdea termos sen- acampamento nacional de <<scoulS>> 10:000; Padre José Silve1r11 d'Avila, 12:5~;
tJdo e para. a qual e6 ba urna unica vindos de varlos pontos do paiz. Pedro de Lerros, 1<':000; M nuel A~uìar,
10:000; D. AngehnA Chnves, 1li:ooo· D. Al-
palavra · que a po!sa traduzir - a No dia 13 irào a Fatima, voltan- z1ra Neves Co,ta, 13:ooo; AsJrubal d' Abreu
Oraça. <• do a S. Jorge no mesmo dia para Cast,.,lo tir~nco, 9z:ooç; D. Felinda Maria
Por Iseo pensel que ofo seria inu- assls1lrem a inaugurnçào da lmagem <la S1lvu, 10:Doo; D. Alico Garcia, 10:000~
til contar a minha historia para que D. Maria José de Mag,a[hie~ Barros, 10:000;
do Beato Nuno de Santa Maria e D. Maria José Lourciro RodriRctes, 10:000; .._
eJa pudesse servir fambt m de teste- mais cerimor.las religiosas que serio IJ. Mari.a das D6res Fernam.l~s R.éndeito,
munho A v.e1dade daqueJHs palavras _presìdidas pelo sr. Bispo de Leiria. 10:001); ManuoJ lgnado dts Soui.1. 10:000;
de S. Paulo que o muodo nilo quer No dia 16 irao a Alcobaça e a se- Luciano L.:audro Pire~. 12:oç>o; D Margari-
aceitar - S6 Déu~ converte,.- guir a fabrìca de cimentos· de Ma• da /\\.,deirat 10:000; . D. Gu1lhermma da Pic-
dade Chaves.. 10:000; Airìano José Falus-
ceira e de vidros da Marint.la Gran- tino, 10:000; D. Carl0-ra Augu~111 da Con-
de-, r~gressando por Leiria, no dia 18, c,m:iio, 1.o ;çoo.; Reinaldo Monteiro Basto,
onde pas5arao tambt m A ida, no 10:qoo; Padro-,..flimael Allj?,U~to Gutdes,
u,:ooo; D. Maria Luiza dlAlrui.:iJa, t:i:ooo,
dia 9.
Duas senhoras, bmas, possuidoras
duma fabulosa fortuna, sem herdelros
necessario~, aplicavam os srns rendi•
mentos em obras de caridade.
Voz da Fatima
- Vamos, na vida, fazend~ o bem
. que pudermos ac,s pobres, ,siizfam.-
E taziam•ho. Na cidade e seus ar-
r~do1es nenbuma familia careclda del-

. "
:xava de receber largas esmolas. E a
Egreja parochial, o semi natio e o hos..
pitaJ tambem eram conu:mplados.
-Abençoadas senhoras I exclama-
. vam lodos •
Abençoadas sim; mas nao sabiam (Outul:Jo e Nov. 0 de 1925)
' que emquanto ellas distrlbuiam esmo-
Jas e livravem de morter a fome os D. Maria Ht•nriq1.1,.ta L e' a I Sampnio,
10:000; D. Leonor d'Almeida Couttobo'te
lnfelizes, outros lhes procuravam per.. Lempa, 20:000; D. AdefalJe 8r..ta1J1c11mp
, verter, os esphltos; ma& ignor,vam de M-e11o Breim:r, 10:000; D. Ant.onlll Rosa

•'
'

A.no IV
J.
{
,,•

....
(OOM APROVA(JAO 'ECLESI.ASTICA)
Director,. Proprietario e EdU;or ;Acbl:,1nla1;rndor: PADRE M. PEf?l!:IRA DA sn..VA.
OOtrrOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS f-KDACçAO E ADMINIS'rRAçAO •
:$'O"A D. N'ON"O ALV.A.RES PE:RE;I:B.A.
<".c~_pCIS to ~ impresso n& Impronsa Coi.,;,orcla.J, j, Sé - Leirill . {Bl:ATO N'UNO DE SANTÀ MARU.)


eronica
. de fatima '
O clero e o, pereg-rina•
ç,iio
cerdote dr. Galamba d'Oliveira. Vae
cel~brar a sua prlnieira missa. Nas
suas miios, recem- sa,zradas pelo Pre-
A commemoraçào festiva do dia
lado de Leiria, o ex.mo senhor D. Jo..
(13 d.!_ Julho ~e 1926) treze de Julho foi as~ignalada desta
vez por urp episodio, unico oos an- &é Alves Correla da Silva, encarnara
d'ahi a pouco, como outr6ra no seio
Hos pés da Vlrgem oaes de Fatima, que imprimiu as so-
virglnal de Maria, o Verbo Eterno de
lemnidades relìglosas um encanto de
ASSA hoje mais um aJ'li- todo o ponto extraordinario.
Deus. Rodeiam o altar amtgos e pa•
, erse rio - o nono -
da Um sacerdote, recentemente orde- · reAtes do novo levita. A sua famili11
terceira &pparlçao da ex- por deferencia especial do venerand;
nado, celebrali, alli, p~a prlmeira
crlsa e gloriosa I{aioha vez, o augusto sacrificio dos nc:ssos An.i$tlte, occupa um Jogar re:.:ervado
ig•'" dr-s Anjos a tres verda- altares. na vi;randa do pavilhao1 prc ximo da
deiros anjos da terra-os Desde o romper da manha, as mls· aia santa, E' a primeira vez que um
humildes e i11ocentes pas- sas succederam se umas as outras, sacerdote canta missa no locai das
tori nh~s de F.ifima. Esta sèm interrupçao, nos très aJtares da
appari, òes. A expectativa da multi-
data memoravel ev6ca oo capella nova. A muHidao, que se dàa. augmenta de a.n ciedade a cada
noi-so espirito suaves e comprime t m torno do pavllhao dos instante. A commoçào, impossivel de
gratas recordaçoes, um mundo fnteiro doenfes e se disfribue pelos loòais dominar em bora tao solmne, apode-
de idelas e st>ntìmenros,. - expoente do costume, Eobretudo juoto da ca- ra-se do ministro sagrado e, A medi-

- '
dum estsdo d'alma, que s6 lograriio
comprehender cab3l(Tlente aquelles
que teem acompanhado, desde o seu
i'n iclo, em toctas as phases mais im·
pella das appariçoes e da fonte mira-
culosa, embora tnen<1s numerosa que
no mes amerio,, eleva- se comtudo a
alguns milhares de pess0as. Attrahe
da que se approxima o momento su-
premo e indfa~el da Consagraçao •.
torna-se mais intensa e mais profon-
da. Dos seus oihos correm lagtlmas
poctantes, a Isublim2 e po pela das a atteoç~o de todos o avultado nu, a fio, testemunh<1s mudas mas elo-
appariçOes e dos acontecimentos ma• mero de sacerdotes e stminarlstas quente.s da sua piedade) da sua gra-
ravilhosos da Lourdes portugueza. a
presentés, facto devido circunstan- tidao e do seu amor.
Ao Evaogelho o rev. Luiz de Sou-
Quem é qae ha cerca de dols lus- cla de ler ja começado a epocha das
tros seria capaz de prever a transfor- ~ ferias grandes. za, orador de largos recursos, que
maçAo assombrosa que se havia de Quasi todos se encontram no pa- prégou em substituiçào do rev. Silva
operar naquelles logares aridos e de- vilhao dos doentes, assi.stindo às mis- Oonçalves, de B,aga, que A ultima
eertos da serra d'.,, yre, onde laços sas e juntanòo as suas oraçqes 4s bora, por motivo de força maior, nao
mysteriosos prenderam para sempre oraçoes dos fieìs. Na sru;hrisJìa aJ- poude comparecer, desenvolve com
a terra ao Céu ? guns sacerdotes ouvem de confissAo proficiencia o thema Ecce Mater tua
No dia 13 de cada més, nrdadeiras homens e rapazes. De vez em quan- ' e da os embora! ao cdebrante pe1a
atmae de eleiç!o - o escol de Portu- do um delles, revestido de sobrepe• iminente dignidade de que foi reves-
gal fidelissimo - alli se reunem, em .. liz e estola, aòmloistra o Pào dos ti~o e pela graç.a sem egual daq11elle
numero <te muitos milhares, desen- Aojos. dia iqolvldavel. Urna campaiqha faz-
tranbando se noma exuberante flores- t: entao o mavioso cantico popular se ouvir. E' egora o ponto culmi•
cencia de pledade, que sobre!J)odo cBemdito e louvado $eja• rompe de nante do acto augusto que se estli
edifica e consola. E de més paia mt!s, milhares de peitos, rmma enteroeclda realìsando: a Consagraçao. As m~os
\ de anno para anno, a torrente buma• explosilo de fé e amòr a Jesus Hos- do sacerdote tremcm por f'Udto da
na -engro!sa cada vez mais, levando tia. commocAo que lhe vae n'alma e a
aos pée da Virgem fem mancba o Entretanto, corno se appmxima a custo leYanta entre o Céu e a terra a
pledo~o tributo das suas' oraçOes e hora da Missa dos doentes, organlza- Hostia propiciatoria.
das suas prom~s5as, a homenagem se o corttjo do costumeqpara condu- A assistencia, intensificando a.aten- '
sentida do seu reconbecimento e do zlr a estatua de Nossa Senhora do çao e o recolbimento, ora lesvoroea-
s~ amòr. Rosario da cupella das appariçoes pa- ·mente, supplicando ao Céu bem;Ao&
Oraças, Rainha bemdlta, graçassem r~ a capelta d~s missa-s. E' fndescrip- escolbidas para o novo levita, a con-
Um vos st-jam dadas pe1a bondade hvel o emh11s1asmo da multidào que versào dos peccadores, a cura ou a
que osastes para comno&co, erguen• sauda commovJdamrnte., acen~mio reslgnaçAo para os dcentes, n·melllo
do, no centro da nossa ~tremecida com os Jenços, a augusta Virgem do ou lenitivo pàra todas as mlserias
Patria. () vosso throno augusto, para Rosario, na !lua Imagem formosissima, physicas e mo1aes que aflligem a po-
receberdes em audlencia e cumular- que parece urna radiosa vì~Q do bre humanidade.
des de graças os filbo.,; que.ridos que •
Paraiso. A bençao dos docnt~s
ile toda a parte, correm a depòz no .A. Missa Nova
vosso regaço maternaJ, as almas aara- RecUadas 8.8 ultimas. oraçOe~, o rev.
decldas. os cqraçOes dfli.ctoe e cc;w- Ao melo- dla astronomico, officlal- dr. Oalamba torna nas mlios a Custo-
fiantes ou os corpos atormentaaos mente urna hora e triota e sete minu.. dia com a Hostla Sacrosaata e desce
por rnale8 humanamente incuravels t tos - s6be ao aJ.tar· mor o novel sa- os degraus do altar para it abençoar

. )

\
..
~ doentes que· se allnham em ou• locai das apparf çOes apenas um ou gia pela Faculdadt dt Mtdkina da
ìnerosas filaa no recinto do pavllhAo. outro devoto se demora a rezar as Universldad• dt Lisboa:
V~em- se alll vtctlmas de todos c,s ultimas préces, aentindo no coraçjo A.testo, sob palavra de honra, q,u
flagellos, verdadelros farrapos huma- opprlmldo o dellcloso punglr da sau- tm Stttm/Jro dt 10:25 fui ehamado
nos que exoitam li compaido os co- dade, ao apartar-se daquella estancla para vtr o Ex.mo s,. Manutt /osi
Jaç0es mais duros e inseosiveb, Ape- bemdlta, que a celeste Padroelra da Soarts ViEario, maritimo, morador
sar dos seus sofrhnentos, todos esses Nat;ao santiflcou eom o contacto P.U· na rua das Barroeas, dt 55 anos
jnfelizes mostram urna reslgoaçao rlsslmo doa seus pés vlrglnaes, para tlt idadt, que so/ria ha quinzt anos
que admlra e encanta. E' este um dos gloria de Deus, salvaçfto eterna das do estomago. Fui tncontra·lo com
mi,ment08 mats solennes e commo- almas e felicldade espirltual e tempo- abundantts hematemeses t mtJtnas,
ventes das commemoraçoes ... religlo- ral dum Portugal maior. queixando st dt vtolentissimas eas-
sas do dia treze. Viseondt dt Monttllo tralgias e num profund;i tstado di!
Organfsa-se o pequeno cortej<> que ontmia. Fiz o diagnostico de ulcera
faz a guaroo d'honra a Jesus no seu · gastrica t comtcei a trota-lo, const-
Sacramento de amor. As ServaR de
Nossa Senhora d.o Rosario, como Hs cnras de Fatima eutndo vt /o ao Jim do mtz, entrar
em franca convalescmça. Atulllmen-
anjos visivets vestidos de b •anco, te e!lcontrtt·st muito bem, parectndo
abrem o cortejo, tdificando os cir- Setubal, 10 de Maio dP 1926. que a ulctra estd cicatrizada,
cun!tantcs com o ardor da sua f é e Rev.mo Sr. Director da Voz da Fdtima
a ternura da sua piedade. Nos rostos Setubal, 24 de Abril de 1926
dos pobres doentes, em que a vio- Para honra e gloria de Deui e da Miguel Maria Q. Fonseca Junior
l enclA do mal vincou traços lodele• SS.1 Vlrgem, venho implorar de V.
vtis, maceramto os e desfigurando- os, Rev.m• a especial flnna de publicar Porto Mendo, freguezia de Santa
brllha, S<Jbretudo nos 01hos, um vi - no jornal Voz da Fdtima o grande Maria Mitgd~lena, coocelho de To-
vo clarào de esperança. mihsgre, que esta Màe do Ceu acab1 rnar, 10-4 · 1926
Elles i;entem, ccmo outr6ra os de operar a favor d,o meu m:irido. Rev.mo Senhor
doetttes da Palt:stina, que Jesus pas., Sof ria est e, ha 16 anos, de uma
sa f tlE'fH1o o bem-pertmnslft b.·nt· ulci:!ra no estom11go, quP. o atormP.n· Ha dois anos, n~o tendo mlnha mu-
facìtndo-e c(et'm e confi~m no 1)t:u tava lndizivelmente, declarnn'1o al· lher leite para crear um 11osso filhi-
po.-e, e na sur1 mlsericordto. Do alto gtm!I méJico!t, que con~ultou, que nho, con"eguiu alime1ttal-o a biberorz
dc, pulpito o rev. <lr. Marques dt\S ti6 por mf'lo de urna ouPr~·i;~o. a que até aos 5 mezes, mas depols !,0bre-
Sante s fnz a~ invoca\òes lto costu- elle sempre !'e recu~ou, poc1erla con- veio lhe urna enterite e morreu.
mr-, Que ~ao repetii.Jas _pela r1ssist<'n· SeRuir al~n!I nUvlo<1. Nt>c;sa oca~ino, Em'-30. de março d'cste ano tendo-·
c1~, corno dùlorldos griìos a'.ilma q \le ouvimo~ murar dtferent 'I prodh:,ios nos na:.fcido outro fllho, minha mulher
penetratn ,; 'Céu. E o IJivinr, Sanrn- que N. SenhCHa do R,ìS Hio d!I Fati- toda se ~pnijrH:rntava P,nr 11ao ter l ei-
rìfano, chelo de hon 11ade e ain(lr, m:l hiivia operal1o em bl'11cffcio de te para o criar. Em mlr,ha casa niio
occ11ltandi.1 ,;e nR H ust!a i rr.mr:r.111 1da, erifermos, que recorreram ~ siJa Pro-. havia sen4n tristeza e hsgrimas.
onoe s6 o divii:;2m os olho~ da F~. tecçao. N,> dia 9 1e Abrll ch~~uel :1 nolte
a c:itB e ~ncontrel as scena, <iu cos-
derre11111 grnças e h~nr;àos ~l'>bce Lt>vadot1 pela m~sm~ confiança, tum'! : a màe a cl:rnrar, o filho a cho-
aque!l~!I corac;òcs ulccradus pnr mii.• pedtm"lS lhe quc nos vllleei-e cm tllo
guaq tamanha~, te111tivo e co11 fnr t0 grande 2fl·çao, prQmete;hfo lhe irmos rar c,,m tome pois que .uma Yisioha
s~bre aquelh:s corpc s torturados por pes!<'alme,1te ao log&r da:i apariç0ts quc vlnha a nossa casa, f ltou nesse
d6rt!s lncompoJtaveJs. e ofertar llle urna joia em our,o, se se Oià.
T ~rmmart~ a cerimonia da hen çao dlgnassc curi!· lo :iem rer preciso re- Ao ver isto chorei lambem.
aos enf,;·rm ,~. o celebrante s6h~ de correr a op,•raçao. De repeote veio me a 1dei11 salutar
novo ~o altar e , 1)epois de t an tado o O aoenlè, durante JO m'"·zes con· de recorrer a Nossa Senhora cio Ro-
sario da f~tin:ia.
Tantum trI:n, ,hem;oa h.mbt-m s.:om sec\itivM, nào delx•1u , dm sò ,Ha, de Rtcom,.ndE'ì a minh.1 mull1ih gue
o ~,r.t1r1~s,n10 as di!ZffU?,"! i.le rmlhares recitar o T erço do R s!riù, b(;bend~ ,
b anhasse os peitos c-0m agu :l d,, F,j-
de hei-s rruftrados a .seus pé~. Por j :.mtamenfe alg •ma gtit 1~ da agu
tim 1 e pr~m'!ti o meu cnri:tfo d 1 1)UfO.
flm t ff tua se a toca~!le cerimonia nmacuiosa. .\\ ..s, nhl ncce11 ·5o I P,e-
oo be1j11 m?io, q te im-.ressiooa . obre ciM mentc, ao te!min~rem "~scs 10 Aa voltar rio dia 10 do trabalho
ffl!\llflffi 1,,1,h> aque,11-s ,~ue a ~ll':l · meze, , agravar~m ~e t•s s~u::.. st,1ft1 diz. me ml nhEI mulher: vat: dar g,aças
assls•em, veouo· se 01!Jito11 olhd& m11· meotos tllo t-xt;aor<iir1111iiamepte que a Vir'!ttn Noss11 Senhora dQ Ry-arlo
rejado:s _!'.ie lagr mas. f oi pr{'clso chamar, a lotla a pressa, da FAtìm1 que ji tenho lélte para
o mé,llco que o tratav.:i. erear n noi;~ • mho.
A d e.~]>(' d icht. I No dia 13 de maio fui A Cova da
Qua•do esh~ chegou, apenps con-
At:1tes ti 1't<ijJt, m'io tflm l ogar Q ut, seguiu vt>riflcr1r que a otcera havJn
Iriu lev11r a m!nhi.: pmmess'.-\ e la
hei
rebe:tlado; e o enl~rmo ,p r\'cla a trJ· • de vol1ar. BS v ezes Que :py :ler par~
tim;;> aclo < ffi ·1nl da Pft1egtin.11,~o. musJrar tt meu ,,gradecimen lo por
A ho<Ja l'r1uw,a de ,Nossa e,,nora dC\s 0<1 mornentos sucuml)ir.
Numa in Ji1.ivel : fl ~o levantel os esta t!1.1 grande gra~a .
drt l<os11<i\!, .expo,ta ~'dorso.te tQclo <>
dia a vo/1era~ào ch1s Hets, ~ recondu· otho• ao ceu, pedm11o ainda eùm. De V. Ex.4 etc,
zi l;t para a sua ml11us<'uk!. c•11ae!i·1, mais forvor 4 S~.· Vlrg,•m a sua cu-
n o me10 q~ accldma,;éks e <1e Cflnli· ra, prometendo lhe f zel 11 publicar
cos. Junro do .s.intoorio gommi:>mo• na Voz da Fatima, caso a cl1eg-•sse
ra11 rn d&s a(lartçò•·s ;iglo111P.r~ ~e ago• a obte,.
ra um::i lll!lllHHio eqonne. foi.los que• D1~11011- se a SS.1 Vlr~cm despa- Rev.mu Senhor
rem ve , saudar, 'Jscul.a,r a b~mdHa char favoravelmcnte as m!11ha::1 s,tpli- da f Jtima.,.
imogcn . · ca!I, porque o doente ct.uneçou logo
E os sen•ilas, com ums pitciencia 8 txpcrim 1•0111r s:.>nsivt~ n,~n10ras, e
inauJiU\, nuoca des1nWllld11, c~guhim h'lj .. encontra se btm, po f~ndo, sem
o JHUlZII qoi:; ~e\'VIQS, 11ue pa~~r:rn tli!itol!Jatle a• ,4urn~. f ) r~ ~ar-sr. a
rapi::fa111e11tc deanre eta e !011,n ,t,, 1 mcsma vid11 de trab~ l!to, que antes
Vi,gem, {Jepi,ls de s1-lishlz t:re:n ns ti11ha. •
exrgcnclits da sua !)Jeài.!dt>.. A a~sIs• Para prov11 do gufi: afiltn,'), rern eto
te,u cla vae ee disper5~ndo poUCQ a j,1.,to com csta, o tttest1:1du médico~
pouco. N4 e11trnda q1strlctal 1::ind11 t!S- dcvilJamente autentic 1db.
taoumim ctlguns ve~iw!oa, ma:1 vt\o A esposa do mirnculado
rareand<•, A medida qu ~ o tempo pas•
sa. Maria Lufza
As e~t :,rlar; e caminhos que- con-
duzem ~ Cova da lrla .tr:mbbordam
de perég ir.os ' que regresc; Jm 11prl'S-.
! adt1~ 26s :-;eus lares dls ;!ln:c:s. E irn
Pedindo descutpa do tempo que as lelturas dos rQmance$ e dos folhe- fortalece o coraçlo; mas, se em vez
lhe temei, aou tlns••• de verdade contem toda a q1sta de-
De V. Rev., etc. - Ora, que lembrança e tua ! erros e preconceltos, se desperta sen- • r
- NAo via a senhora que a menl- tkrientos lgnobels, ae accende as pal-
Maria PtdrtJza Mathlas na, todos os dlas apenas levantada, xO~ entao mata a lnnocencla, reut>a
a primeira coisa que fBZla era ~edlr ' a paz, perverte a vootade e occas~
Htnzaltina dt Jesas Serras, l!le 15 com toda a avldez que lhe déssem o na todos os desvarios.
anos de idade, padecendo desde pe- jornal para ler o romane~••• O uve- se dlzer tantas vezes : a mim
queoina duma grande fraquesa no es- -E que mal tlnha isso? nAo me faz mal ler os romances.
tomago, vomitava em todas as oca- -J4 que a senhora quer, dé-me Quem é o santo. quem é o novo Salo-
stoes que comia ou bebia. Consultan- Jlcença para contar urna hlstoria. mAo que pode falar asslm? Quem se
do alguns médlcos nlio foi possivel -Conta o que (Ullzeres. , p6de vanglorlar de nao se delxar
. alcançar melhor~. -Quando eu era moça, estive na abrazar pelo fOgo depols de se ter
Lembrando· se eia e seus pals de companhla de umas pessOas muito te- arremessado ~s chamas? Quem se
Nossa Senhora da FAtima, conse~ul • mentes a Deus. Mas havla lé urna p6de subtralr ao lnfluxo das m4s
ram ir no dia 15 de maio de 1925 que me levou um:1s novelas para eu compa•nhlas?
f azer- lhe urna visita e br.bendo a pe- ler. Tornei do llvro e comecel a gos- eEu nAo sou a rosa, dlzla M.m• de
quena da mila~rosa agua de Nossa tar d' òquellas cousas, mas velo-me Sévigné, mas estive junto d'ella e al-
Senhora do Rosario da Fatima com logo o escrupulo de que nAo seria go tornei do seu perfume•. Do mes-
m uita fé e esperança de melh~ras. bom saber taes vldas, que eram peo- mo modo o que !è esses livros po-
foi tAo milagroso o remed10 que res que muitas que minhas tias nAo de di~r tambem : eu nào sou o er-
nunca mais tornou a vomitar. Ja come davam licença de se contarem em ro, mas ttve o na intellgencla e atgo
de tudo e bebe sem lhe fazer mal. casa. E entAo pensei comigo: se eu me flcou dos seus miasmas.
Hoje acha-se gOrda e ja p6de tra- nao posso falar de certos escandalos, Uma alma verdadeiramente pledo-
balbar. corno poderei ler outros peores? Pa- sa, se ama a lnocencia, se nAo quer
Pensam seus pals ir no dia 15 do ra me tirar de duvidas, a prirneira expOr-se ao perlgo certo e manifesto
corrent~ a Fatima agradecer a Nossa vez que veio a casa o nosso parocho, de se perverter, nAo deve, nào pode
Seohora a graça recebiJa, e pedem mostrei- lhe o livro e perguntel-lhe se ler esses livros que despertam as pal-
a publicaçiio na llnz da Fatima. . o podia ter. Viu o e respondeu-me xOes, aplau<iem a corrupçao e fazem
C6Jes (Sardo1il), 8 ;Je Maio de 1926 que nao. Mas eu, que jA estava inte· a apologia dos malores escandalos
Antonio Serras ressada naquellt!s enredos e desej~va sociaes.
saber corno tinham ac&bado certos As pessOas devotas de Nossa Se-
O Rev. Sr, Padre An tonio J,,sé da negocios, pedi lhe licença para aca.. nhora nAo os léem certamente, por-
Costa, p~roco da fre~ut>z,a de Caba- bar a leituri,, ctrta de que auct~riza.. que lh'o vedam, além de mli outras
na Mairn ( ~reo:; '1e Vale de v~z),
te11do rt>cebi.Jo urna ~raca de Nossa
da cQm a llcença do parocho j i nào
f.lzia pecado. E acrescentei que alé
razOes, o amor e devoçào que prò-
fessam a Virgem tmmaculada.
,
Senhora do Rosario da Fatima, agra• me fazia bem para distrair. Calou se
dece e envia urna pequena esmola por entào o bom do sacerdote, lntro-
para aux liar as de!pezas do culto. duziram se em seguida outras con-
versal!i e quando eu ji nao pensava
no livro, diz me aquelle homcm de
lROUIVA ~DO
Abrigo para os doentes Oeus :
Continuando a t ra n5crever o que
-Quero pedir, te um conselho.
peregrinos da Fatima -0 senhor pedir-ma um conselho os jrrna<:s disseram a :.-Qguir as Apa-
~ rar.sporte • • • • 4.355:600 a •m1m.
. ?
,. riçoes, cabe 'h ~je a vez ll urna carta
-Slm, ando tAo at,orrecido que do conheciJo lente da Universidade
D. Maria da Rosario Cos· para me dlsrrair reaolvl eHvenenar- Dr. Gonç 1lo X d'Almeida Garrett,
ta. .. . . . . . . . 10:000 ha pouco fa lccido :
Antonio Va1el1 O omes • 10:000 me.
Francisco Sampa10 Bar-
-Crédo I a~udi eu. e A. Vtracidade das apariçocs s hre-

bosa . • . . • . .. . . 25:000 -Nao te espantes, que o veneno naturaes em Fatima, deve ser tratada
U ·)Ìa anonjm 1 cxilada em que eu quero tornar é um veneno e discutida eqi Wses novas, scm de-
França • • • • 130:000 muito dò::c, J11uito ~aboroso, que vae pendenci t da acçao nervosa do orga-
D. Lal!fa Pinheiro • 10:000 inebriando Sl:nt a gente dar por li-so. nismo humano. Convcm assim 110s
Que me dize~. posso eu tornar este tempos presente!!.
Soma • 4 540:iOO bello veneno? Concor~am t?do~ a Fatima, para tic
Eu ab.ii os olhos multo espantada scu proprio crni::n o, ver e ob.,,crvar
com aqut>lla P"-ri:unra, que me pare• os , factos !<Ur pn:hcndentes qu~ ali se
Ènvenenadal eia o rnprasummo da l oucura.
Ent~o aqueUe z. toso pastor,-quem •
tstao munifestando actualmcnte.
Nero dccorridos sao dois anos, dcs-
Ch6ra urna pob re m ,e de~feita em nos déta mttltos comt> elle, - acres- dc 13 de Outubro de r9 17, dia tao
prnnto os de~va1ios de urna filha. • centou logo·: memoravel para o paiz intciro. Como
- Era u•n anj'>, exclama no auge -Tu n~o queres que eu me enve- por encanto, ja foi lcvantada, junto a
da su1 dO,, e t'~ta perd1da I J4 nào nene com um veneno saboroso, e asinheira de bençao, urna dev"ta ca-
recoRheço a miuha fllha, tào pled09a, queres tu que eu te delxe envenenar ,pelinha, com a invocaçiio da Virgem
tao docil, )ao obediente. .. e t3o mu- a ti? Nfio sab~s que as més leituras do Rosario.
deda, t!o outrn a vejn agorai ..• sào um venéno agradavel a pbantasia, Ali é extraordinaria a concorrencia
Nistc, entra- lhe no quitrto urna an- mas fa aes a mtrlligencia, ao coraçAo de pess8as, com forvorosas precc;s em
·tlga creada, qu~ por urna longa e e aos buns coslurnes ? Para te nao .
cumpnmcuto d' um voto, ou por 'gra·
provatla deJicaça, se tornàra a con- estragares nem corrompere!!, nuoca ~as alcanç: das.
• fidente dP.s suas amarguras e era con- leias e6ses livro 4ue ~~o um perigo I Em Fatima tem havido fenomenos
si;ierada quasi pes.(ia ae familia. manifo6t1J para a inocencla ••• singularisi;imos, de ordem superior,
- '.f~ lll taz~hi, mlnha ~enhora, te·m Tinba r1tzào aquelle zelota sacer- indcrcndentes dn nassa vontade, ima-
rado : a menma ha rnu110 que estava dote. As leitmas srio verdadeiro ali- ginaçao ou reacçao do ocr vosìsmo hu•
euvener,ada •• mento do esiwf!o e p1oduze111.1 na in- mano, os quacs sao enexplicaveis 4 fa.
- Enveuenada? que dizes tu? telUgencl.a e no coraçAo os mesmos ce dd sciencia. Foram ob~crvados poi:
- Sim, f!tlVClll'nadr, 11a lnteligencia effdtos que ..;i comida no corpo: se a muitas centenas de pess&s, de todas
e no coraçao. E, se me dj lic~nça, eu comida é ht>a e sadie, nutr~ e ali- as cathegorias. Nit> dcvem por isi;o fi.
digo quém lhe r,ropinon o veneno. • menta as forças ; ~ esta corrompida car no olvido, pda sua grande impor-
- f ala, fai a, tira· me ti' esta angus- e falslficad~, eo 11~nena e estcaga o tancia na detcrminaçao do verdadciro
tia. organismo. E' .a:i~im a lellura: se carecter da naturcza de t ac!! manifes-
- A angustia nAo lh'a tiro, que an- contem !O a vcrJ11cfe e inculca senti- taço..:s.
teit lh'a aumento, porque o veoeno, mentos nobr~· s e ele'1arlos, e'nrlquec.e No di~ 13 <le moio de 1917, pouco
foi a senhora que lh'o tem dado com o espirito, da v:da aJntelllgencla e depois dù mdo dia, ea1 ;F tima, :esca-
,.
/

'
. '
\

Tam sentadas tres inocentes creanças '


gum conhccido, meterologico ou geo-
do camM e sem instru~o, junto d•u. a
logico, analogo rnanifestaçao da nu-
.. aia viridente asinheira. vem dc fumo, subindo da terra ao
De repente viram, entre ps scus ra- Ce'u, junto a carrasqueira de bençao.
.mos, urna Imagem de Senhora, que I Ocsdè' os temponnai, remotos até Traoporte • • • • • •
Uies dìsse ser a ,Senhora do Rosario. 13 dc malo de 1917, cm que se dcu lmpresslio do num. 45
Anuociou e prometeu voltar de no- a primt:ira manifestaçiio as cr~nças, (35:00U exemplares) •
vo, ao .mesmo loca I e a mesma hora, nio ha · memoria de se ter daao, cm lmpressAo de cintu . • .
no~ .dins 13 drs mczes de maio (Con- Fatima, phenomeno ~emelhant'e da Expediente e ourras des-
ceiçao), a nutubro (Ho:;ario). Ma~ pr~ nuvem de fumo, nem mesmo dtpois pezas • • . • • J 160:000
mt:ttu dar sjgnae!i cxtraordinanos e da ultima manifest::içao memort1vcl
mirnculosos d& sua pn.sença, n•esses Soma ••
do dia 13 • de Outt1bro. 'Stmdhan"te-
dias, a todos os presentes. ment'e, rio per iodo dc l3 dc rna10 a Subscrip~ o
Erum ao \pdo 6 2p,ariçoes incluin• 13 de Outubro, nada hc,uve> e rn ex- i ~ov~r11bro e Dezcmh10 de 1925)
' do a primeirn O1dt;nou ds creanças,
1ue tambem voltessem e fizes.'11,;m que,
ct:pç5.o dos dias co;:n anh:cedencia de- Alo.. no Correia R1jo, 10:000· D. Mar~a
signadcs pclas creanças. Jo~~ . de Brito e Conh11, 10:ood; Jo• quim
ali {o:,sern outras pcssoas rc'i8r, Nos repetidos e rigor<soi; inqueri· Pc:reira, 1 o:ooc; ConJeua Je Nov11 Goa
Em confirmaçao da Vt!racidade d'es- tos a que teem sido sujeitas as ino·
5.>:ooo; Domingos Jo,é C11pute, 10:000;
ta primeira ap.ariçao, da-se a circuns- D. Deolinda ~armelo, 10:000; D Oarat~
centes creanças, sem instruçao algu· RoJrigue,- (de jorn11h), 35:Soo; D. Fik,me-
cia extraordinaria e pasmosa'de duas ma, declaram firmemente e scm hesi· Bi.l Me~quitA (de jorau1s) 4'j:ooo; Or. To-
P,ropbecias. rnai Gubriel Ribeiro 1dr. jorna,sJ 10:000;
tar que era a Virgem do Rosario, or-
1 ° 0issc que havia dc: voltar a ma- Dr. Jeronimo Sampa10, 10:000; D. Adelina
•denando que elas fossem, muitas ve- Queirnz Calùeira, 10:ooc,· D. Mano Rosa
nifo~tar-se a«1 creanças ncs dias anun-
zts, rezar o Ho~ario, e que coda a Barbosk F ilclio, 10:000; o.' Moria .lo:iquin-t
ciad, s; 2 ° Qut: da ria signae;; extraor- Barbosa Falc!o, 10:000; D haquine Maria •
gente concorrc:sse a esta dc:voçao tao
dinariç,s, superiore!', c:videntes, de sua a bèriçoada. - , Barbosa ralcao, 15:ooo; ,\. A. fi'alc:io de
presença cntre es ramos da asinheira Ohvcir;i, 15:ooo; D. Alb rr1na do, Santos
abc11çoada. A's ' ap:iriçoes anunciadas tcm cor- Silv11, 10:oc,o; Lu1z Pioto d '-\guiar, 10:000;
Nos dias e hora previamente desi- respond1do sempre o cumprimento Antonio 1'1:rc:1ra I ope,, 10:000· I). Maria
prophctico da manifostaçuo extc:rna de J~su~ J'Oriol PeAa, w:ooo·' Antonio
gnactos pela 8pariç5o, cbegavam pon· Duarte Dies, 12: 51:lo; D. Maria Ja Conce1-
tualmcnte ao lccal as trc:s creanças. d'urna nuvcm de fumo. çao Alcantara Ma theu~, 10:000; O. Ann
Logo que a Jacinta, a mais vc:lha, I Esta uniforme coinciJcnci:i, junto Corrunte '-;oare~, 10:000; D. Rna Novo,
proferia as p:ilavras: - Efa ahi vem a ramiigcm dc1 v1ridente asinheira, 15:oov; O. An~eltna (ìorJo Mimoso, 10:000;
11-nacio lle Mou-1 l.ou tinho de Silvtira
- eltvava-se d11 t<:rra ao Ceu, junto mas s6mcnte durante o-; dias' pn·via- Monr.-ne.:, o, 20:000; Padre l.uiz Gaetano _
da pequena asinhciro, urna suave nu- mente anuociados e horas certis<1unas, Portda, 10:000; P.. Jre .I o~ é de <:ei,:a,
vem de fumo, s1milhant1: a do incen- parecendo de pcucl\ irnponancia, é , 10:000; O. \lar1a Alm1:1Ja. 15:ooo; Mouse-
so. um phcnomeno assombroso, de or• nhor Ramos Cruz. 1:.t:Onl); I), Jo,é Belmoo-
' Este phenomcno foi visto e observa-
do diotinccamente, f'elas pcss8as oten-
dem superior, do qual nno se dcd'az
explicaçao algurna pl.rnsivel dc ordcm
te, 10:000; Antonio Roi.lnl(t1cs d., Bela.
20:oc o; .ICl•é F,;rna11ue,. 1o:o()(); P,idre An-
tonio Alves Pc:reìr11, 10:ocw: n. Candida
tas e circumspccta!-, còdos os 5 dies, natural. , Clemr.nt1na de Sa, 10:000; O. Anna Santo~
no momento .de se realisarem as apa· P.~auricio, 1 S:000; l) Joaquinil Le>pes Bri-
Com os mcus limitados c!ltuJos e 1udo. w:ooo; Munm I J. da TrinJade, 10:000:
riçoe)l, nas horas previamrnte marca- conhecimentrs n5.o sei dei;vendar o D. l.u1z,i Em1,ie P1mcnrn de Ncbrega,
das. my'>terio, a tace da sciencia, mJs tao 10:000; D. Ana d'Oliv1:ir:i, 10:000~ D. Veri-
No dia r 3 de Ag9sto era ja nume- s6mente dH raziio divina. S<:ja embo- diana i\111na Came'iro, 10:Soo; O. Joana
rosissima a concorrencia de pessoas ra a m11nifestaçao do fumo, produzi- Soa re\ ,h Mota, 10:00<.,; D. Florenuna An -
tu'le!I ,\nJrBile, 10·000; n. GertruJes da
de muitos pontcs do paiz. • da por umn wmbustno incomplct1:1, Silv11 Nnne,, 10:000; Joi'io rl;1 Silvn Moute-
A autoridade, julgando rcduzir o oma evnporaçao ou rci3cçao chimica, 111. 15:Qoo; De jorn11h, etc: - n. Celeste
grande concurso e causar dcsilu~oes em quc nao tem impèrio o sy:>tema Martt1 <le: Sou>:11, 12:000; t>. Concioçiio
nervoso ou nervosi~mo humano. Ramiro ~erra, 5:ooo; l.nc1ano LeanJro Pi-
nas pesst>as crcntes, levou para lon- r e~, 3~:Son; Jo~t:fa de h.~u,, 76:250: D. Ma-
ge as tres c,eanças, declaramfo falsa- Brcves linhas para t:lucìd11r duvidas ria !'H D!,)rés f av»re~ •!e Soua, 168:Soo;.
mente aos p::ies que eia propria as d'algum espirito meticuloso. O. Zulm1ra d1 Mot1 ( ,alharJo 48:700· O.
conduziria ~ carra~ueira. A I g 11 m No dia sempre memoravcl e ex- MariJ Sena Martios, 00:000; D. t.1dr&a A:na-
tempo antes do momento prdix:o e lia Antune, de Morac:s, 10:uoo; José V1cto-
traordinario de r 3 de Out~bro de r1no Jc Carvalho, 10:000; J~c,nto Feman-
conhecido, chegou ao local a nocicia 1917, coucorrcram a Fftimu mais de de~ Nune~, 10:000; D. l.;ubel Rih1J1ro da
de que es crcanças cstavam dc:tidas cem mii pcs!>Ò&s de todas as catq~orias C, st11, 10:000; D. V1rg1oi11 Coelho Pote,
) pela- autoriJadt', valendo-lhe a di!'ltan- scciaes e de muitos lrgarcs do paiz. 10:000; [). 1-Ierculana :-,aJes, 10:000; D.
cia para se nao fazer logo a justiça Armin.11 D1ns de SII., 10:0.,0; Autonio Go-
Logo depoisd'esta apariçao, a crean• mes, 10:000; D. :'Ilaria Augmta de Almeida
devida. . ça Jacinta dcclarou a mu1rns pe'>SÒ •s Pmto, 10:000; D <:ertr!},lt:~ H ego CorJe1-
Para CC"nfuc;5o do!. incteduloi;, as
• r o, 10:000; n. lg11ac1a ~oaru Gomes,
<iue a Virgem do Rosario lhe Jis~era,
manifestaç&.'S c:xtriiordioarias foram 10:Cto; ,\faouel Duarte OrUl(oso, 10:ooo~ A
acerca da gll1.rro eurC"pcfa, o seguinte: Jo~é M.iria de F.ri.i, 1C1:ooo; Joau Mari.i.
evidentes, no me7. de agosto, em con- - A guerra acabou hrj<!. Je $ou1:11, 10:oc.o; l>. ~hru1 Jo~é <le Nap<1-
' firmaçao dc presença do sobrenatural les Rcposo; 10:ooc-; D. Joana 1fo Rosario
em Fatima, 1unto :1 viridente asinhei- A palavra hc;e nao designo em por- .Silva Simoes, 1o~oon: \J. i\0.1 GonçRlves
ra. No momento prèciso, levantou- tuguez classic,-., ~6mente ~vinte e qus- Carrelo, 10:000; D flortcos1a ,la Me llo Le-
tro horas,, Basta recorrer d. phrase mos e Mcnezes, 15:ooo.
se urna nuvem ,dc fumo, mais inten-
sa, em f6rma de èoroa rosada formo-
sissima, subtndo mais alto ao Ccu e
vernncula dos mclhores flUtorc:~: -
hoje h~ uns costumes, a.man h:i outros. ---·-·-------
VOZ DA FATIPJIA \
por trc:z vezes. Com venia da ex ma S. • D. Magda-
Ficou assim pienamente confirma• lena Patricio, menciono a sua tao mi-
da a apariç5o d'este mez,r spesar da mosa corrcsponùencia relativamente 1
Este jornalzin~. q u e
ausenc1a das creanças. a Fatima. na qual comprovR, com ,rp,10 liendo tf\o qaerldo e
Ccmpletaram-se todas as manifes- verdadc, haver a ~nerra terminado
taçocs da nuvc:m dc fumo em Fati• um ano certo depots qe 13 de Outu- prCllflllrftde, o .!hrtr.ibuldo"' ,
ma, as quaes havlam sido, com ante• bro de 1()I 7t ent.:ndendc>-i;c .:omo fim O""etìluitamonte ~ Faffm-.
cedencia, anuncladas pclJs crea!'lças, da guerra a assignuturll dc, ;irmisticio.
segundo é prorhccla da Virgt:m do
1
E' tudo maravilhoso c muito sern noe dias t3 de Of\da ·m6s ...
Rosario. explicaçao n11tural \O ciue ~e pHssou Quem quize.r te.r o di-
A todas as apariçoes correi:pondeu nos diversos pht:nomen<>!-1 ma111fosto•
dos junto d'uma singda vcr~ntea de . roito d o .-ecef,ert diPe•
sempre, junto da ll!linheira, a mani-
festuçao externa d•uma nuvem de 'fu. asinheira. ctam.entc, pelo e or re i 0,1
mo. tera de enwiar, ad&l!ltnta...
~ '
Castelo &fioco, 27 de $etem9ro de
E' pnrém de necessidade absoluta ~
verificar qµe nao ha memoria, de Fe
1917. a1111ente, o m In I mo dr
tcr dado cm F~tlma phenomeno al- Dr. Oonçalp X. d' Almeida Oarrett• dea ml-I .-6ta.

r
'.A.no IV - ... LEIBI~ l:8 de Setembro de 1026 N.• 48

•COM AP1=10VA(JAO li':OLESIASTIOA)


Dtreot.01.·, Proprle'ta..-10 e EcUtor Ad111llin1-,1;radors PADRE M. PEREJRA DA Sll..VA.
DOtITPR MANUf J. MARQUES DOS SANTOS unAèçlo E ADMINTSTRAçi.o
,J;o, .,,ato è lmpre,.~ r.a Jl"!prenu Com~rci:a'-"o , Sé_ Leiria EttrA D. NUNO ALV
(BIU.TO NIJNO A.BES
llK SANTA MAkc!AJ PEBE:t:R.A.

eronlca de Fatima da batalha de Aljubarrota, resolveu


realisar o i:;eu pnmeiro acPmpamen-
to nacional oo proprio si :io onde
A n'lidisa. do!!i doontes
Cantado o Symbolo dos Aposto-
(1_3 de ~ go sto de I926) foi pralicado esse assombroso feito Jos por um coro formado pelos ecle-
slaslicos presentes - sacerctotes e
de armas, que fi-rmou a no6Sa inde•
seminaristas - principia a missa dos
11 prlsao dos uldentes pendenda. Simultineameote, por ini•
enfermos. Ao mesmo tempo, do alto
elativa do Venerando Blfpo de Lei- do puip1fo collocado numa das es-
AZ hoje precisamente no- ria, o ex.mo e rev.mo Se11hor D. José tremidactes da capella, o dr. Maraues
ve annos qLe a autori- Alves Correia da Sii va, celi bnuam-
òade ~dministraliva de se no grao<lioso e historico templo
a
dos Saotos da come~·o recitaçào.
t1 Villa Nova de Ourem
iniciou uma !série de me-
da Bat&lha soleni5simai homenageas
ao Santo Condestavel, Dom Nuno
do terço em co'llum. O sileocio tor-
na se . mais prnfundo: o contacto
Alvares Pereira, em que prégou o my~tenoso entre a terra e o Ceu é
didas violentas e arbi- agora i:nais infimo. Os pob1es enfer•
:® trarias no intuito de pòr ilastre Primaz das Ht:!ìpnnh&s e a
, termo as man,frstaçOes, que essistiram os escoteiros, e inau- mos. l+pelhados aos pés da estatua

~
. da V,~gem ou deitados em colch{)es,
religio&as de Fatima. gurou se o culto do Beato Nuno de
Santa Maria o.a e2pela de S. Jorge, suppllcam a su~pirada cura ou al-
A primeira violencja
a trez kilometros da Batalha, ne gum lenitivo e conforto para os ma-
commetida fol a p1 is.ào dos trez hu- les de que padecem.
mi1des videnfes dft'ctuada pe,soal-- proprio locai onde ~teve içada a
bandeira des qujoas durante a bata- E s{}bre as suas almas parece real-
mente pelo admìois r.dor do conce- mente <!escer d as màos de Maria o
lbo que, recoHendo a um habil es- Jha de Aljubarrota.
~odas as regi~e!! do norte do paiz balsamo da consolaçi\o, porque nos
tratagema, se apode,ou das pobres seus rostos desenha se urna sereni=-'
creançéis, conduztndo- a~ para a ~éde enviaram ao acampamento de S. Jor-
ge delegadùs dos seus grupos de es- dade admiravel e brr!ha uma alegria
do coocelho na charrtte que guiava divina. No momento solemoe·da ele-
e conservando- as atti detidas na sua coteiros. Um grande numero deslts
aproveitaram a clrcunstancia de se vaçao toda aquella mole immensa de
propria residencia, durante alguns povo curva a fronte adorando Jesus
dias. encontra,em prox.imo de Fatima pa-
ia irem ali em pit'dosa romagern le-
~o seu Sacramento de amor. È um
Essa scena, inedita e Imprevista. h~do cantico . religioso irrompe de
pas~ou-se, com a rspidez fulminante. var o pteito da i:,ua devoçàu uos pés 1
da augusta Virgem do Rosario. Al- m1lhares de peito~, ouma ardente ex•
dum relampélgo, pCiucos momentos plo'lAO de Fé, enchendo todos os co-
antes da hora das apar~çot:S, quando guns actquirin,m nos loc;ie5 de ven•
a
da, sitnados beira da estrada, diver· rai;Oes d~m encanto suav ìssimo, du~
um-a mullidào de muitos milhares de
pe!s(\as ja se agglornernva Ra Cova sos objectos de piedade, terços, cru- ma alegria serena e prn funda e duma
zes, medalhas e outras recordaçòes ternut~ nova, verdadeirarnente celes-
da ltia, aguardando a chegada dos
de f atima, para oferecerem as pes- tial. E agora o momento da Commu-
videntes. nhao. Ainda algumas pessOas rece-
Estes, apésar de submetldos a va- sOas de suas familias, aos seus aml-
gos e conbecidos. Outros enchiam bein o Pào dos Anjos. Acaba a mis-
rios interrogatotios e ameaçados com
os castlgos mais horriveis que se p6- reciplentes com agua da fonte mica- sa. Segue-se a benc;ao dos enfermos
culosa ou aguardavam pacientemen- Extraordinariamente tocante com;
dem lmaginar, mantiv~ram constanre-
meute, com urna firmeia e tranquilli· te a sua vez de tocarem com obje- sempre, esta cerimonia tem o con-
ctos religiosos na branca estatua da dao de sens1biliztlr os coraç~es mais
dade inaudita, as suas hfitmaç~es an-
Virgem, exposta a veneraçào dos duros e ind,fferentes. Multos olhos
terioret11 flem se desdizcrem, sem ca-
birem em contradicç!o e sem revela• fieis ua capela das apariçOe11. estavam marejados cte lagrlmas. Can-
rem, corno preteodla a auctoridade, Outros finalmente assisiiam com t~do O 1 antum ergo, da se a ben-
o segrello Intimo que a Vlrgern San- ediiicante devoçao as
mi5sas que se çao com o l)aotisslmo a todo O po-
tissima lhes Unha confiado. celeb,am nos altares da cap~la nova v o. lo~taute inolvidavel em que tan-
Coutudo, estéis e outras medidas, rezando pdns enfermos e decert~ tos mIlhates de almas. lmersas no
tambem pelas pti.)sòas dc familia e mais profundo recolhimento, rendem
adoptaoas pela autoliUade adminis-
pelos amig<)S iwzentes. a. homenagem sentìJa da sua ado ra~
traUva, lvnge. de couseguirem reali-
zar o seu ob1ectivo, fizeram realçar , A multidào er1grossa cada vez mais. çao e do seu amor ao Deus escondi·
aJnda man, os sucessos maravilhosos E quasi meio dia solar. ~o por amor 11~ santissima e augus-
tissima Eucharistia.
da Lc,urdes portugueza, levando o A estatua da Virgem é con duzlda
conbecm1 nt-o delles até aos recantos aos hombror, dos escoteirni para a A~ alloonçoes ,,,
mais- longlnquos de Portugal. capela nova no meio de acclamaçoes Depois da bençao gerat sobe ao
Ois soonts catholioos e de canticos. pulpit,l o rev. Ct)nego dr. Avelino
Tudo se p1epara para o acto mais Oonçalves, i1ispectur-m6r do Corpo
Como anunclaram os jornaes, o s~lenne das commemoraçijes deste N aciooal dc Scouts, que, em breves
Corpo NaclonaJ de Scouts de Por- d1a - a missa officiai, a missa dos palavras, falla das gto,las de Maria e
tugal, comemorando a data hiatorica doentes. do saoctuario da sua eleiça-~. Orga-
Voz da Fétfma
,
niaa-se em segulda o corteJo que re- cart da Fonseca e Sllva aos 6 anos laes e directores dos nucleo~: a) que
,eonc.1uz. com o cerfmonlal do costu- de ldade a coqueluche. e tendo a sejam muito escruputosos na escolha
me. a estatua da Virgem para a ca- t6sse causado nma hernla, tentel to- de pesaOas. stendendo nllo 4 quantl-
pelta das apparlçOes. O enthusiasmo dos os melos para o curar, usaadn dade mas A qualldade ; b) A necessi•
da multidAo, que acompanha o cor- fundas. llgas, etc., mas tudo fol em . dade do estudo de enfermagem pra•
tejo, resando e cantando, attinge as vao. Ao fim de sels anos essa hernla tlca para melhor poderem prestar os
raias do delirio, quando a veneranda aumentou. e resolvi consultar o mé- seus servlços è'asslstencia aos doen-
lmagem é collocada sObre o seu pe- dlco. que aconselhou urna operaçao. tinhos.
destat, erguldo no proprio sitio em dlzendo ser o unico melo de cura.
Lelrla. 8 de Setembro de 1926.
que estava a szlnheira sagrada, de Como me custasse muito ver meu
que hoje restam apenas algumas ral- filho ser operado, resolvl com ele fa- t ]osi. Blspo de Leirla
zes. E' enUlo que, dominado tambem zer a promessa t Virgtm Nossa Se-
por um grande enthusiasmo, o rev. nhora do Rosario de f'Atlma no dia
Manuel Olas da Costa, parocho de 13 de outubro de 1923, de lr visita- Abrigo para os doentes
• Céte, profere urna allocu-çao, breve la se ele se curasse sem ser operado•
peregrinos da Fatima
mas eloquente, que commove e arre- Em poucos mezes meu fllho flcou ra-
bata o auditorio. dicalmente curado, e no dia 13 de Transllorte • • • • 4.540:608
I! assim termlnaram as cerlmonlas junho de 1925 fui com ele, meu ma- Antonio Aolunes (Louren-
religiosas deste dia - dia de gloria rido e filhos, a Fatima em cumprl- ço Marques). • • 50:009
n.ara a Virgem, dia de lenitivo e con- mento da minha promessa.
sblaçllo para os doentes, dia de gra- Soma • • • 4 590:608
ças e bençaos para os devotos pere-
Arminda lencart da Fonseca e Silva
grlnos de Fatima.
Sumamente reconhecido a N. Se- Tres Gt'aças
'vlsconde de Moniti/o nhora do Rosario da Fatima pelas
melhoras e restabelecimento duma Nàrrativa duma enfermeira
Hs cnras de fatima pertinaz doença da brxiga e prostata.
que atribuo a ter beb1 Jo por varlas
vezes agua milagrosa da ::,ua fonte
- E' assim, me dlz a enfermelra
a quem eu pe iia as suas impressOes,
n6s temos as vezes tarefas bem pe•
Entre as muitas dezenas de cartas da Cova da (ria, vendo mt assim li- nosas e tr.abalhos bem rudes. Quem
q,ue temos recebido relatando graças, vre daquele grande incomodo sem quer dedicar se tem multa occasìllo,
publicamos hoje, quasi a &orte. as precisar fner ,•peraçoe,, " qual. na colsas muitc'ts vezes custosas mas
seguintes ; opinlao dum dos métlicos q,1e me sempre consoladoras.
observou, era iodlspensavel, -v~nho Ao lado do sacrificio, a Santissima
<Fermelll (Estarreja), 3/51926. ., tornar publica esta grande graça e Virgem colocou a ttle"ria.
Rev.'" 0 Sr. milagre. que devo a N. Senhora da Se os olhos \ e-em com revolta tao
fatltna, a quern nìio cesso de dar in- trisres e rer,ugraanteg mi,erias do
C:umprlndo um dever e urna pro- finitas graçns. Peço a V. Rev • o corpo, a alma tem \'\sOt>s tao bel as
messa que fiz a Nossa Se, hora do obsequio de fazer publicar no nosso que se pensa que nao se pJi;(a nunca
Rosario da Fatima, apresso me a en- querido jornal a e Voz da f atim11 • • devidamente o sofrhnento de vèr so-
viar a V. esta minha carra. mais esta cur11 milagrosa, pois des~jo frer. Vi eu um dia. na s1la onde me
Oepois de t 4 de fevereiro ultimo contribuir as,im, para espalhar e esforço em servir com todo o meu
senti me enfraquecer dia a dia. Con- afervorar a devoçào de Nossa Seoho- coraçao, a ~ynthese de ,?raças esco-
sultei o médico e ele mandou me ra do Rosario da Fatima. lhidas com que a òòce M/\e se com.,
estar de cama um me.z, devido A De V. Rev.• praz de cumular as qOres c.\ de b3ixo.
doença que tinha no utero. Em 21 Tinham 0011 chegad 1J naquele <.Jia
do mesmo mez, fui obriiacla a ir pa- Mt. 0 At O Ven.<r e Obg_mn tres grandes ctoentes. ali deitados em
ra a cama com urna forte hemorrll~ia le-naclo M. C. da. Silveira Mon- leltos visinhos:
de sangue. que me acabnu de enfra. tenegro Urna rapMiga, dum'a btleza de
quecer por completo. Pa«;sados dois encantar, a qut!m a tuberculose pul-
mezes. e quando vi que ja nao havia Lisboa, 12 11 925. mPnar, oo ulrimo g au, ia acabar de
medicamento algum que me valettse largo da Oraça, 107 2 • matar.
na mlnha tao grande é:fliçào, lmplo- Urna mulher de trinta annos, de
rei a Virgem Santissima que me pro- rosto viocado pelas atrozes dOres de
tegesse com o seu santo aux1lio na Nue\~o~ d~ Ser, os e 1 1,.1m tumor interno incuravel.
minha ·doença que era bastante gra- Urna terceira, cujos olharfs de de-
ve. Pedi lhe entre lagrim,1s e solu•
Servas. de s: :\a,·h, sespero dc:xavam ver o desalentQ
ços que me melhoras!ie dentro do Tendo nos sìdo pei.Jida a agrega- profundo, o cancaço de viver e ao
mez, que iria no mez seguinte A Fà- ç~o de nucleos de serv<·)S e :.ervas mermo tempo um ·médo ,menso de
tlma aos pé, da Virgem Nos:;a Se- de Maria, dou1ras Diocl'~t>s. as pie- morre ; revl'ltad:. contra Deus, rebel-
nhnra, confessar· me e comun~n. dosas AssociaçOes de Caridade que de a todo o pensamento de resigna•
mano11r- lhe IA dizer urna Missa, dar- instituimos nesta Diocese de Leirìa çiio e recusando•se resar.
the 13 velas e um donativo para o com o fim prlncipal de a11xi11.u l•S As minhas companheiras e eu as-
seu culto. Pedì• lhe e rese! lhe com doentes e peregrlnos a FAlima, N6s, slstimos a essas trez tnftllzes com
tanta devoçao que Nossa Senhora se louvando o 1.elo de tantas bò,1s al· urna infinita piedadP, im;,loraodo se-
compadeceu de ruim e dos que me mas pela expansllo do culto da Vir- cri>tamente para cada uma a melhor
rodeavam de noite e dia. Passados gem Santi1J::1m1, declarl!mos o se- graça; o ceu? a cura? a resl1naça,,?
alguns dlas comecel me a sentir me- guiote: Nào sabiarnos, mas. ccm o coraç4o
Jhor, e passado pouco tempo j~ me 1.0 - S6 ~erio agregados l'IS nu- cheio de esperança, pcdiamos no en-
pude levantar, embora ci.tn poucas cteos que tiverem aprtJva,·!o dos tanto a Virgem que nos ouvisae e
forças. mas muito melhor. Po!so di- Ex.mcs P,elados respec1ivos; concedesse às trez doentes o que
zer que estou bOa, apezar de todos 2.• - Cada nucleo acomp mha os ri6s desej,,riarnos as trez: o dnm que
me julgarem perdlda. A quem devo aeus doentlnho'J prestando· lhes os fosse mais proveitoso a:s suas almas,
mais alguns dias de vlda é a Nossa seu1 servlços carldosos e sempre de- escolbldo por Ella.
Senhora, pois toi Eia quem me me ..
4horou.
sinteressado~, mas na Fatima ficam
todos debaixo da dlrecçlio da pessOa

Na tarde desse prlmelro dia a oe•
Espero que Eia me dé forças sufl- nomeada pel·> Prelado de Leirla para quena tuberculosa pediu•me que fOs•
dentes para no dia 13 proxlmo lr dlri~r 01 treb 1h01 e cerimonlai1: se ao pé detti!.
-camprlr a mlnha promessa. 3. -Cada nucleo deve ter um sl• Ouvl a sua pobre voz, esgotada,
Com toda a considera~o. etc. nal proprio, embora use or, mes- tao baJxa que mais parecia um mur-
Zulmlra Sa/garfo Frtlre moa dlstlntlvos dos Servltas e Servl- murlo longlnquo.
tas de FUI ma; Cada palavra, que parecta rasgar-
Tendo tido meu filho Manuel Len- -i• - Lembr~mos aos Rev. cape• lhe a eareanta. revelava na sua ex•
Voz da Fétlma '

pressao dolorosa uma slngular ener- - Ella é fellz agora ••• Oh I Se A curada protesta :
&ia. eu pudesse, eu tambem ••• mas nao, -Nao, nAo, nuoca é tarde demals.
- Seohora, eu queria dlzer- lbe um seja corno e quando Oeus qulzer. Depols, pondo a sua mllo · aObre a
segredo, um grande segredo. Reouncfa sublime I fronte humlda :
Aproxlmel· me melhor e emqu8flto Oesejava a morte mas seotla· se -Ella é tao b0a r tlo b0a I
o coraçao batla com grande emoçao, bastante forte e generosa para espe- Um silenclo. Os olbos fechados da
escutava com recolhlmento a precio- rar a bora e fazer homenagem ao enferma velavam o seu pensamento.
sa confidencia. Mestre da sua herolca paciencla. Repentinamente abrlram~se brilhan-
- Olhe ca : nao lhe parece que é A nofte foi medonha. © corpo su- tes, com urna luz nova que denuncia-
inutil. . • e perlgoso para mlm, pedlr pllciado agitava· se em sobresaltos va a alegria.
a mlnba tura? desordenados apesar dos calmantes E os seus Jablos pronuncia vam
lnutil? Perigeso? Eu a olhava com energlcos e do torpor lnconsciente lentamente:
a ternura com que olharia filhos que elles causam. -Entao, entao que seja feita a
meus em momentos de angustia. «No dia segulnte, quando a leva- sua vontade •••
- Inutil e perigoso porqu~, mlnha ram ~s Piscinas, muitos pensavam (Do Echo de Lourde1 dtJ 23- VI/-19if).
fllhioha? v~r um cadaver.
- Porque a vida é nada e eu te- -Nao voltàmos a v~-la viva. Oeus
nho médo de n:Jo me servir d'ella val levai- a. A Conversào de
corno devia. Curar, para mlm, seria A's dez horas, um sussurro correu
retomar o modo de vida anterior, Jr pelo bospital e se cooverteu em ale- Herodes e Pilatos
para a fabrlca, para o atelier, onde gre rumor:
Oeus é ei;queci 10 e desconhecido. - A moribunda esU curada I Foi durante a grancle revoluç!o
Se soubt'sc;e corno eu la sofri • • • Quando, levada ainda s0bre a ma- francesa. O caso pas,ou-se on costas
e que tentaç0es ~ perigos todos os ca, ella penetrou na sala, tivemos a da Bretanha, entre Pontorson e Salnt-
dlas ... visao es1ranha e desconcertante du- • Brieuc.
NAo lhe part>ce que seria me- ma resurreiçilo. Levantou-se da sua Um velho lobo do mar, com cara
lhor •• ? cama, olhos ainda deslumbrados, de poucos am1gos, estava deitado
Ella nao pronunciou a palavra ter- olhando o seu leito de dòr e murmu- no seu leito e parecia sofrer enorme-
rlvel que estava a saltar dos seus la- rando: mente.
blos. E' que a juventude, mesmo con- -E' realmente verdade que estou Nisto chega um dos seus comoa-
demnada, rtv olta se ao pensar no curadal nheiros, um outro vt lho barbaças,
grande Eacrificiu P é necessaria urna Entao, numa resoluçao vigorosa, que nllo tinha melhor catadura. Da
graça muito poLINosa para o acel!ar zjoelhou se perto da morta e levan- mesma edade, me!mo~ gòstos, mGs-
sem frnqut za. tando se corno para unir a graça da mo oficio, tinham vivido sempre jun-
Ella calava se mas os seus grandes sua cura a dap redestinada, beìj ou, a tos sem nuoca se terem separado.
olbos, tao bdto~. !,e hxavam nos meus soluçar, a testa da i;ua ditosa llmiga, Quando se via um, era certo que
em procu ta d'u 111a resposta. dlzendo: fòate tu, f0~te tu que tiveste o outro nao estava longe. De tal sor-
Palida e -magra, o seu rosto guar- a melhor parte. te que um empregaJo envlado IA pe-
dava ainda um rtflE xo magnifico du- • lo governador da Bretanha lhes cha-
mou O restes e Pilades.
ma beleza d eltca d , t! encantadora. cSem nada dizcr, mas stenta a esta
Com saude, esta creaoça atralria scena comovente, a terceira, a revol- Os que ouviram esta alcunha fo-
para si os olha res tt, sem duvida, tada, a ·que se recusava orar, con- ram-na repetlndo m1s alterando-a.
suscitaria admnçao. Temia o peri• servava os olhos fixos na viva e na Dentro er, pouco os dols mari•
go de ser l 1nlifa. morta. nhelros eram conhecidos pelos no-
B ccmprehl'n1Jendo tao bem a vai- Oeante da Gruta, ella recusara-se mes de Herodes e Pilatos.
dade periJ?osa de possuir esse bem, sempre a unir os seus prantos aos Her0Jt;t1 adoeceu. Pilat is sacudiCI
fragll e temiwl, nào era ji a prov.a dos outro-s que imploravam de N. na lareira a clnza do cachimbo e diz
de que Nossa Scnhora querla arY3n- Senhora a melhor graça, o favor àes• ao companheiro: sabes que falei cor11
eal· a as miseri.:1s do mundo para conhecido, o que é mais util e qu.e o médico que te veio \èr?
guardar sem murchar a flOr d'esta se obtem sempre. - E entao (perguntou o doente)?
vlrtude taJ1dic.1<> ? Agora, sem ssber ainda se devia Oiz que ante! de dois dlas, te frao
Agarro u- me a mito e apertando- a maldizer a sua sorte, esquecer ou levar a carcassa ao cemiterio.
na sw.a, que ardi11 em febre, repetlu: aceltar o seu amargbr, a desespera- Mas, isso é verdaJe ?
nAo é melhor ...? • da nao p_oclia af111ar os othos das - E'. Disse elle que o qurtel fol
.Eu he6ilava aimla em responder, suas duas innas na ral1eria, que aca- atacado e que tu véis engulir a isca.
sentiude que ei;ta palavra so, tao du- baram de ser atendldas, eada urna - O' meu ~migo, s:ilvd me, repli-
ra de dizec mas necEssarla, fixaria a seguodo o seu de&ejt. cou o monbuodo a tremer. - lmpos-
sua resoluçao. C't1 mei a Santa Vtr- -E eu, pensava ella H sua per- sivel, diz e outro. Tens m~Jo de
gem t m meu aux!lio e, depoit, com- turhaçao, que é que E'U posso rece• 111orrer? 1/erdade é que, com avida
prehenden110 o grnnde e dol•ro10 ber ·se nào pedi naà.i ? que tens levado, nao e\téis grande
dever, apoiei a ua Hnda cabeça con- A cmiraculada> tende contempla• colsa preparado para aparecer dean-
tra o 111eu cornçào : do por 11uito tempo a sua compa• te do Grande Almirante l, . • E Pila-
- Sim ••• sim, minha q1erida, é nbeha defunta, de mAos juntas, na tos passeiava pela casa, a passos lar-
melhor... · grande paz eterna, aproxima se de gos, pensativo, f>mquanto H?rodes se
Ella teve um ligeiro estremecimen- m8os estenJIJas e sorridente, da de- agita convulslvamente debaixo daa
to e ouvi lhe ctepols esta palavra: sesperada dizeotlo: mantas.
cobrigada > -Ah I mlnha amlea ••• mlnha ir• Oois bons lobos do mar, nos ho•
Poi a ultim-1. Ouas horas depols, mA ••• corno eu querla que tambem mens, mas dola desgraçados chris-
com os olbos fixos no cruclfixo que tu ••• t11os.
eu tlnha na sua freJJte, a mlnha Os votos da sua caridade paterna Tinham sido baptisados, tlohana
doentinha de deze!love annoi, dava termlnaram em um be1jo. felto a sua prime1ra comunhAo, mas
o seu ultimo suspuo. O orgulbo tentou ainda reslstlr. depols andaram na vida alrada pele

• A outra, aq11e1a a quem um mal
-Eu I Oh I eu, eu oao ctuero na-
da ••• a Vargem oAo me conbece •••
muodo fora, por onde delxaram a
lnnocencia e a fé. Voltando 4 terra ne.
terrivef torturava e cujoe sofrimeo- sou uma &bsndonada ••• momento da Revotuçllo, puzeram-se
toa exooerbados davam ao 1eu ro1to -NAo h4 aqul abandoudas; 11Ae 4 frente de alguns patiforlos para
uma expreesao qua1Jl hedlooda, ,iu ba senao cora~Oea sofrendo, cora- aterrorlsar os seus compatrlotaL Oa
morrer a sua compaohelra. çOe1 em 2.fiia;oo, 4ue a 801 Mae sa- sacerdote~ nao estavam em mar~ de
Apesar de reciamBr do ceu a 1n be sempre cooaolar • • • sempre ... rosas sob tal regimen. Aodavara A
cura, resignadJ no eotanto e con- sempre I caça d'elles e desg,açado o que lbea
flante, tendo augmentedo a sua fé A obstlnada quiz alnda reslstir : calsse nas unhas t
naqueHa terrlveJ prova. lnnfava a - ~ multo tarde, dli ella sumlda- O doente 1eu sul>ltamentè um ert-
sorte da primeira e penaaYS: meote, jé nao e8pere soeorr• algam. to: teuho méJo, 1e,1bo 111!do t

-
- MMo de qu~ ?- Do inferno.- avta-te e aproveita a ocestao. Hoje Figueira eia Silva, 10:00; D. Emilia Correia,
NAo tenhaa duvlda, meu pobre ami- tens saude, raae quem sabe se ~ma- 10:ooe; D. Kuriqueta Duart., 1•:ooo; Po-
dre Jollo d'Olivell'a e Souaa, 10:ooo; 'J).
go, pelo carnlnho que isto t,va nAo nha nao e&tarAs como eu é beira da Julia Rainha, 10:000; Pranciseo Carlos Al-
tardas lé, e confessa que o mereces- cova? ves: 10:000;-De jornau (8aJutorra e Co-
te bem. Pllatos ti1ha sido bem sscndldo e rucne), 8:500; Leonidio Ribeiro 41a Costa
- Oh meu amlgo, tem d6 de agitado para poder resllltir. J1>elhou S~ncos, 10:000; Manuel Rodr1gu..a Pi..tade,
20:000; O. Mar111 Carlot'l Mat.a lt. de
mim, .. aos pés do aacerdote e recooclliou- Maocelos Aragao, 10:000; D. CIHlontina
- Mas que queres tu que eu fata se com Deus ••. Augusta d11 ColllB, 10:000; A'>tonio José
(diz Pilatos encothendo os hcm'oro1}? Meus oona amigos, lhes disse o Pinco, 10:oob: Duarte da Cost Teiuira,
Faz vir aqul um sacerdote, repli- sacerdote depois de te,ml.ada a s0a 10:000; D. Rulìn• l'IAari.i S,ventl, 10:00•;
D. Mui11 Eugenia Aucaia Relv!l'l, 1,•:000;
cou Herodes arquejante, de olhos es- tarefa, teudes com•hdo muiMs cri- D. ~1r,;sr1Ja 1.opes, 10:01Jn; Dr J oequim'
bugathados .• . mes maa, com certe-za, tendes tam Alvcts 'P,hr110q, 10:000; J u,una d .. N zaré;
Plla1os parou a comttmnta-lo ••• bcm feito aleuma 1kçAo meritoria 10:oc,o; O. Maria d•~ erd!, de B.anchi
O st:u olhar txpnme a pledade, a que vos ajudou a obter a misericor- Co.ctlho Borge<1, 10:000; I>. Eui;:éotll ..ie
Va~conct'los Peixoco, 10:oon: t>. Ma.ria
troni~, a admiraçao .• . dia de Deus ..• Amlllh do• S1_rllos. 10:000; D. Maria F1l0-
Um P,adre, dizes tu, mas onde que- Os duis h o men s ~treolbaram- m na Rib.,iro Fakiio, 10:000; Rob,~IO dos
res que eu vé p~tcal o? se ... porque se teem alguma ac~.ao S,ntos Carvnlho, 11.::000; I>. !~n-.c,a Son-
- Vee me procurar o Sr. Reitor. b0a ptla viJa f6ra, nào se lembram. rti1 Gomes, 1o:oooi. _Antomo R,J triiues da
Bela, 10:000, D. Virginia Mauas ::ierra
Mas nllo te lembras que o eotregA· Subit•mente Pilatos b8te na teMa: Campos, 10:000; D. Mana Poro1ra Lapa,
mos és autoridades e que foi gullho- -Diz bem, Padre, diz ele. Por mais 10:000; Julio Faustiao, 10:000; D. Maria
tlnado? descrentes que fo&ecmos, temois, ne., Emilia Range!, 10:000; IJ. Eroili.~ D, Delga-
- E' verdade, diz o moribundo, entanJo, tido sempre um certo res- tlo Torros, 10:000; D. Maria Emilia da Sii-
peito pela Santi&!ima Virgc.111. Nun• va Pereira, 10:000; Augu.to da Conctiiçao
palido de terror. Mec11Jo, 10:oco; D. fJ11bo11 Ro,a d.t Silva
-EotAo chama o Sr. Vitariol-Fol ca a insult!mos e a[é, de tempos a Barros, 10,000; D. M ,m.1 S, tur1\U1.1 A,hirel-
fusilado - Ah t meu Deus, j.1 me nl!o tempos lhe d1rigiamos qualquer ora- les B,\rriga, 20:ooò; D. Man11 fo,é T1aoco
lembriiva. Fui eu que o denunciei aos çAo, restos ainda da nossa infan- 8or~es, 10:oco; D Emih~ l'turro de Por•
cia •.. Alem d'isso, ajuatou ele em to..:urroiro, 10:000; IJ. Mui1 José S . Pesta-
assassino.,. na L~iio. 10:000; Irma N.ari,, I «m:za ùe S.
- Cbama o Sr. Rdtor de Pontor- ar misterioso e abrindo um velho José PHtana, 10 :000; D. <..:arolin do Mollq
aon.- F1zestel- o deportar para Caye- bahu: olbe. e F11ro, 10:000; D. l) eoltnd a <.:out•nho Lobo
na ... -Ma:., diz o sacerdote cbeio de Al ve,, 10:000; D. Maria N3t11rio 8 ,, rat, Vfl·
leno, 10:000; Carlos Jd Gunlu Gornes,
O doente cootorce se de de-sespe- surpreza, isso é a imagem de N ossa 10:000: D. Tr1ndade Pereir.i l.e,tiio, 10:000
ro sObre o leHo. . . 0.1 gritos corno Seohora àas Ondas, da capela da D Zulmira RC1ma Torres, 10:r o; Avelino
urna féra, estende os braços corno Roct1a Negra I Pensava se que tives- Ccrqueira Marques, 10:oco; r enca1e Ma-
que para repelir um inlmigo invisivel. se s1do deelruida. nuel Passos Murtins, 10:000; P. Oom1ngos
-Oh I meu.anugo, ttm 116 de mim. -Efecttvamente quizeram queima- Botl1do, 10:oou; D Ser-tloa A~tune• e So•
ha Jas Neva~, 10:000; Antc.010 Dia~ Fala-
Dlz me se é possivel obter perlUo. la rnas 116s "3lvarnol a. gueiro, 10:000; D. ErmehnJ. Co1rn1.11ro Lelio
- Que queres tu que eu te diga? Ernquanto o meu camarada foi 10:000; D. Nr,taha dos S11nto.~, 10:000: D.
Eu sc,u um des~raça 10 corno tu e a
pagar urna pinga malta, eu levei a R,"a Nogueir<i de Cestro, 1u:ooo; I) Cluu•
d1n« de Souza Sampa,o. 10:00 ; Manuel
nAo tarda que me va juntar comhgo imagem e ell~a aqu1.
Mutins More1ra Paiva, 50:()1)(); D. Annette
ero casa do diabo. NAo temos mais - E es1a b0a Mae pagou-vos be- Traga Lemitrcs, 5:ooo; José d., f(>llseca
que reblgnarmo- nos. neficio com beoeficio. Souza An<lrade, 10:000; D. Mergueriue LP.·
- Olha, vae p;;ra lii t~ i tua von- Sede Lhe reconhecidos., gum, io:ooo; D. Maria de k~us J'( liveira
' Le bo, 10:000; Joa9uim <la Sii va Cuvalho
tade, se te ape ,ece. Eu é que nào
posso Tesignar me com a ide.a de SO· • •• Junior, 10:000; F1lipo d'Alr11toida RamoQ,
10·000; Pedro Gerc1a RoJrijiue'l, 10:000;
frer eterm-rneote. Estou a pensar na- No dia seguinte dl1ia se Mis,a no M,1nuel M,irque:1 Nlorgado, 1u:uoo ; D. Ma-
(IUetle religioso expulso do seu con- quarto de He1od1s a que Pilato~ ~ju- ri.,nna P ires, 10:000· D. l',l.,riu J, Graça
vento e que se refugiou na quinta do dava, mais os meoos liturgicamen te. Me$sia1, 10:000; JolÌo do, ~rnto•, 2.0:000;
Sobre uma mesa que 1ervia d'! Eduordo da Camara Carva lho e Sdva 10:0.
Molnho Grande e pede lhe que me <.:u oego Jo~è Augusto Pertira, 10:01')(); D.
venha vér. altar, No&slt Senbora das Ond~s pre• Mui11 Eug-!nia Ferreira Vi:d•~•mo, 10:000;
- O mal f&z. te perder a memoria! sidia a festa. A' noite a alma de He- Manuel Pi:roira Di11~, 10:000; D fil ròa Ce-
Ha quinze d1as que n6s o encontra- rodes tinha partldo para o paraizo. Je• uoa Al ve~ !'dechado d'Ohvlllra, 2.0:000;
• mos d11,fa1çado em guarda fiscal. NAo Antonio Vie1ra <la Cuoha, 10:000; D Ben-
trn: Vasconcelos e Santo5, 10:000; D. Mar-
podla esc;ipar-se. - Dbte, lhe urna 11:nid.i Ven1ur. Ruivo, 10:coe: D G ,rtrudes
paulada e atira~tel o ao mar. Pobre
bomem I Estou ainda a ouvir os seus
Voz da f atima Moria Fernandes, 10:000; D M 1rt? Filipa
d I Veiga Meoezes, 20:000; V1oira & Ftlhos
( Brazil), z· :ooo; D. Hermirua Branco Tei-
gritos lanclnantes. Là o dtlxémos a Deapoz&s
xeira de Lencastrt:1 15:ooo; D. Mana Ange-
debater ee nas ondas. Que grandes Tranporte • • • • • • 49 527.600 Jic,-1 o'Alme1da, 10:oooi D l\hria de Je$u,;
canathaa que n6s somos I • : lrnpres.'!Ao do num. 47 Pmto, 10:000; D. Lucine.la Caratiio Snrome-
Herodes tremia. • • Era medonho nho, 10:000 D Perpetua Furtado Pereira
(30:00U exemplarcs) • 690:000 do~ Ro1s, 10:000; Maria e Jo.quina Dioiz
othar pa,a ele, os dentes batiam e os Expeaiente e ourras des· H ~nriques, 10:oooi.Joiio Ml!nùcs Abranches
cabelos hirtos na cabeça •• , pezas • • • • • • • 415:000 10:000; D. M,ma eduardo V-. ques ù11 Cu-
De rept:nte abre· se a porta. O mo- 80 resmas de papel • • • 3 904:000 nha, 10:000; D. Maria José R1b<àro e Cor-
rlbundo olha .•• e os seus olhos ex- mo, 10:000; D. Moria Eulalia Uendcs Bara-
Soma • • 54 536.600 ta, 10:000; D. Efigenia d11 Co~t11 Pinto,
primem um terror immt-nso. 10:000; O. Delm1ra da Cnu: Souza 1 10: 000.
O proprio Pilatos recua espantado. Sub•crip980
O religioso (diz elle) a nossa ultima
(Oezcmbro de 19iS a Janeiro de 1926)
victtma I
Nào tenham médo, replicou esta;
Nao venho vingar me. No outro dia
D. M11rik do S. Paiva, 10:000; D. Mari11 da
C. S&ntos, 10:000; J o,quim (kj1. 10:000; VOZ DA FATIMA
D. Deolinda Chi.rte rs, 10:oc.o; O. Ro~a Si!va
a Santissima Virgem envlou me um Ptreira dos Sunro~, 1.S~oq. Ma111111ar o A.
aalvedor na pessOa de um b ;avo ma- dos Remcdws, 15:oou, O. Mane t.111 G!oria Este jornalzlnho, q u e
rinheìw. Soube que urn de v6s t>Ma- Ribdro ,t'.)\lmt1dn Pinq, 10:000; ,\11tr nio vae aertido tao qaerìdo e
Alves PclJUlto, 10:ouo; D Maria R.:i,a Atai·
va multo doeote e aqui utou. Que- de, 10:000; José Pc:re1rn ~drJO\O, 10:<,oo; p .. oourwdo, é d5etn'buido
reis lavar a VO!-!a alma por urna b0a D. Jo~qu1nu Prero Ch,g ,s. 10;1>00; I> Del- gr tuita:-1nente en1 F t•m•
conf1s~ào, antes de &parecer deante fina dc Jc,us Veo&nci,,, 10:0«,; J.:iitquim
de Deus? ••• Urbano, 10:000; D. M ru1 Ance <le ~:1m- no• di s 13 de e m6••
pa10 R1be1ri,, 10:000; O. l)ulc~ Ju ~httos, Ouem qulzer ter o di•
H~rodel! chorava. . • Fez o que ti• 10:000, D. Maria BrancJi d'Ahr.:u Cc.uuoho,
nha a f&zer. Narrou ~quelle que elle 10:orio; D. JuJ11h da Sih'a 1.or~s, 1u:< co; reeto uo o receber dire-
quiz mat&r, as vih,nlas da sua vida D. Mana Corrda, 10:000; D. lformmm Nu- cta,nente pelo o o r re I o 1
miseravtl e recebeu o perdAo. , nes de Cnrvelho, 10:oou; JJ. M;iria de Je. us
Qaauclo acabou estava transfigu- Ribeiro, ru:ooo; D. Anna de J.-ius Luna, tera do envlar, edeanta-
10:oov; Antonio Ferre1rn Soeiro, 10:000; damente, o minimo de
Jado. D. AnnH Fern~ndes Poto, 10:000; <...omen-
- Agora tu, dlz elle a Pilato&, dador Vilu Boas, 10:000; D. M11ria Alice dea mli r61a.
LEJRIA, 18 de Ontubro de 10.26 N.• 40

i
1

(OOM APROVA(JAO EOLESIASTIOA )


.D1root.or, .Proprie-tarlo e Edl'tor A•bulnl•"h-ndors PADRE M. PEREIRA DA Sll.VA
DOtTfOR MANUEL MARQUES UOS SANTOS llDACçAO E ADMlN16TRAç.AO
BUA D, N"O"N"O ALVA:BES PE:RE:rB.A.
>'-'ltO e lmprcs ,o 1111 irr.rronu Come:rclal, t Sé - Ltiria
C:,;,il
-----:-------...:.:..---,.----------..;...--;.._-_;__..;__ (BEATO NUNO »11: SANTA WAAU)

ero ica de Fatima çào :i terra ~agrada da Fatima para os


peregrlnos dos sul do paiz, que quei-
rem apreciar da f.strada, no cimo da
procedentes de todos os pontos do
paiz.
. O espectacu lo, que ao meio dia
(13 de Setrmhro de 1926) montanha, um dÒ!, panoramas mais
grandiosos de toda aqutlla encanta-
c1ff c1ece o lc,cal das apparh;O·•s, é
verdadelramente empolgante. 0s pe-
A ro,na~em dora re(?iao. regrinos estao espi\lhados por toda
Depo1s enfra-,e <'m pieno coraçao a vasta extensào do recio to murado,
UAVE e amen-., exuberan- da ~e ,ra. ~ào encostas inJ?remes e mas concentram-se sobretudo em tor-
S te de tuz e cOr, e leve-
mente ref,esrada por urna
escarpadas, cobertas de matto rachi-
tico e de olivelras enfezad~s, montes
e vi,lle~ oridos e dtser10s, onde, -de
no dos -trez pontos pref'!ridos: o pa- •
vilhào dos doeotes, a capella das ap-
paric. oes e a fonte miraculosa.
corno urna das manhas
-«- '€ lonJ?e tm koge, re v~em 2.lguns re- Os servitas de Torrefl Novas e os
mais formosas e encan- bar.hos de c&bras re bus.cando as pou- seu~ auxlliarc:s, sempre indefos~os no
cas hervas aue se levantam c<,m difi- C1esempenho da sua nobre e ardua
., t tadorae da quadra prima- culdade entr·e a8 p edr2s Bolla~ t! nos
veril, a manlla do dia 13 tartfa, conduzem em macas, desJe
~
~
de Setenibro convidava
ns devoto~ de Nocisa Se-
nhora da Fatima a fazer mais urna
inler licios das rochas de marmore
e de granito. ·
Em !>eguida spparecem o Dai;ro,
a estrada alé ao respecuv,> pavilhao
os paraly icos e os enf~rm(ts ern es~
tado gr~ve. As servas de Nossa Se-,
vez a piedosa rnma~em mensal. A mf"ix,eirn, Boleiros e, finalmente, nhora do Ros~rlo, eovergando as
A'a quatro horas atravesciavamos, avulta a pfquet1a distancia, no cimo suas batas alvinitentes, :-olicitas e
com a vf:'loci 1ade de 40 k!lometros ctuma collina, a poetica e graclosa desveladas corno anjos d~ cacidade,
~ hora, as fertilis::.lmas planicit!S do povoaçào de Montello, d'ondt j i se prcstam os soc11rros e caritJartes do
Ribatt>jn; t-m dt'.mandc1 do local bem- svi~ta a egr,~j t pa1ochlal de Fatima seu ministerio a trmtas victirnas dos
dito das appariçoes da Virgem, santl- com a sua tor re CSJ?Uia erguida para nu merosos fl ~l!ellos que afl gem a
ficado por ta otas e tao extraorjina- as 6llurait. tnmo o ~ymbol o das pré- pot>re humanidade.
rias grnças e benç~os de bem. A' c~s que evol?m con11nuamente dos Os escote ros de Leiria, ~!Ob as or-
medida <1ue avan<;11mos, vao-nos fi- peitos dos hobitantfs crentes e pie- dens dos s~11s chefcs, hzem o servi-
cando para traz al gumas das povoa- dosos das Quarenta al deias daquella ço de ordem, <'X cutand.i riRoro!'la-
çoes mais importantes daquella ri- vasta e populosa freguesia. mente a sua consi~fle com zelo, pru-
quissima rEgiao, em Que a fé dos dencla e abneg..çao chdsta.
nossos antepassados, amortecida tan- No loca) du~ npari<,·o~t-il
A into1crip~.-iio do~ doen~
tos anos, mercè cfe circunstaocias E!s-nos chegados ao locai das apa- l:.Otoòi
varlas, com eça a despertar-se e a de-
r!çòes, vulginmtrn te denominado a Oirigimc-,os para o posto das
sentranhar-se em fructos salutares de
Cova da Iria.
a
vida christa, graças devC1çao ~ Nos-
Nessa orcasifo-rf.o quasi J l bo-
v erificaçoes médicas. A's pMtas esta-
sa Senhora da Fatima e A activi jade cionam alguns t'3Coteiros Que r egu-
incansavel de zt>loi:,os obrdros do ras - a.::cumul.;va-se no gigantesco lam o serv11;0 dt' ?ntra.:Ja dos dot!n-
Evangelho. amphith~atro urna multida,, enorme tes. Oraças 4 .,,pecial dtf . rencia de
Almeirim, Alplarça, Chamu~ra, Go- de rnu110s milhare!\ de pf:'ss6as. Os um dos chefcs de serviço, o sr. Mar-
lega, Aqut!lla hora :,inda immersas p eregfinos nilo slio tào numt!rosos quez dc Rio Malo r, é-no~ fa.ultaJa
no silencio profundo dum somno re- conh, nos mezes precedente~. por imtiliatamente a entrada e ~oucos
parador, deixam no nosso espirito, a causa dos trnbalhos al(rìcolas e so- momentos depois encontrumo-nos
sua pat.sagem, a impressao e, i!'lte e b,etudo po r Cflusa da proximidade numa sala espaçosa, onde uin dos
coosternadora de povoaçOes extlntaa, do mel c!e Outubrtl, em que se rea- médicos do posto, o ctr. Perelra o~ns,
mortas, de vastil1t1ima~ necropolt!s, lisa a seguncta peregr111aç~o n:Jcio- da B1t11lha, ccH.lllj ,vado por servos e
em que por venturn a~ transformasse 1:al, para ti qual a malor pant- dos s~rvas de N: s~r111ora do Rosario, eo-
de repente um violento e int:sperado d evot os gow--.m de :ie rel!\:rvar. tre as qu;;es sua J{en tìlissim-:1 i•sp'l!!a,
catacty smo. • Contra () COSIUITIE', fora do Ji::i das lX ~mina do~nlt!S de ambo~ ,)s sexos.
A's t.Jlro horas surge, na n(,s'3a f ren- grandes peregri11a~·o:::~, p1ctl<•111inou 1e,11i.:m1ln. hrt:Vt'S ~Hoct:s~os ve1baes,
te, donairosa e lindc1, ,:um o t.>tt ca- cJe,tr\ vez ,e t I! 1 ~ .t1 .s u f'll'llìt.n!o •! lt,e~ fornt-ce ii:... :-.cnhas de ingresso
sarlo branco e co,oacL~ pelo s(•u des- da! cla~Sl'S aristqcr:1 l1l·a F- bur~ueza. n11 rcspecti v<, prtv1lhéio.
mantelado castf'lo mt:<lìeval. a gentil A t~Slrf.t.!a d1,tr,ctal l"Wi lth.'rolmen- N!i ùCCì:.Si,fo <!m que entrartio& jA
princt-za do Almoncta. a b1stodca vil- t e oct:upa:1a numa extensào <Il' m:.i!- e~ti\o rl't,:isrsd~;s rerca de duieo•os
la de T orres Novas. • t a~ centenas dc nu:tws por vetucu- edcrmo,;. Oeèlnte ae r63 1tesfi11 en-
Ao tonge Nguem-se os primeiros l <Js dt! tOdci a tspccie, que èffi :ullam tao UlliL\ ~é·if! lon1r1t e m:cr111ln,1vel de
contrafortes da serra d' Ayre, t>m cu- sohrrmaneir:.t o tr~oelto. Ap1: sar dis- v i clin11s de to,J:J~ as miseri ,H-1 huma-
jo aopé se assentam as humildes al- so contlnuam a chl'g::ir, de momento nas. E a,oda~ t.-lfris, o 1llu~t1e clinico
deJaa de Pedrogam e Alqueldao, pon- a momento, camlon~ues, automovels com uma paciencia lnexgot.tvel, ato-
toa de paaaagem forçadoa em dJrec- e trena. que t,ansportam peregrlnos lbe uenevolamente, ouv1ndo com
• o

attençl!o e interesse a exposlçao sum- tado por doi!I servitas, reza devota- J4 receberam a bençào de Jesus-
rnaria dos males de 4ue pqdecem. damente o terço, Implorando a sua •• Hostia cerca de metade dos doentes.
Slio tuberculosos, cego~, surdM, pl'- cura, mas samctmenre resignado A De repente ouve-~e um grito. E'
ralyticos, cancerObOS, doentes de mal vontade de Oeus. . o tuberculoso Carvalho e Pinho,
de Pott e de tantas ouuas miserias A 1nil!òl~R doe-c ,tonnt"i-a aquetle flrrnpo hum ,rno de que aci-
physicas que vffo por seu pé ou s1'o m:1 fallamo~, qne, derois de receber
tevados c-m m:tca111 pelos servitél s pé- E' 1 hora e trinta e sete minutoit. a henc;ào exclama no auge da ale-
ra junto da capella das mmas. De.poi, de condu2i ll1t processiona 1- gri a:
A um canto da sala, j1.1 z prostrado mente a estatua d~ No~sa Senhora • e Viva Jesus Sacramenhdo I• E
sobre urna cadeira, aguardando a sua do Rosario da capP.lla das Apparl çOes Togo a seguir: e Viva o Santissimo
vez, um indivijuo, cu.i o a~pPcto rt- · par:i a capella das miMas, os sacer- Sacr&mento; estou curado I• A im-
vtlii intenso M ffrìmento. Bastan- dote~ e semlnaristas presentu can- pre!sào produzida por estas pala-
te uovo ainda, exausto de forc.:as, de· tani em còro o Credo de Lourdes. vras sobre a assistencia é absnluta-
roato pallido e emaciado, com todos Principia em seguida a missa dos menta in Jiscreotivel.
os i:ymptomas de tuberculnse pulmo- ctoenft:'S. Do alto do pulp to o rev. U11 fremito de commoç~o percorre
nar, t:~,e pobre farrap,l humano in~- dr. Marques dos 5~ntl)s, cape1Ulc-1i- toda aquela enorme mas,a de gente,
pira, a todos os que o vèem, a mais rector dos SP.rvos de Nossa Senhora que se agita corno um mar encapd-
viva ~ympathla e a mais p1ofunda do Rosario, da i 11ici<> 1\ recltaçilo do lado por subita e furiosa procf'lla.
commtt>era\ ao. Approxì.nt-mr-!'los df'- terço, que é feìta alternamente com Oir-11e-ia que a lmpele viiorosa-
le e formulamos algumas preguntas. a mul1ldlio. mente urna força !0brenatural e in-
Chllma-se Manuel Montelro de Car- O &ilencio torna-!te mah profundo, vencivel, a que debah1e tenta resl•wr.
valho e Pinho e m6ra na Praça das o recolhlmento é cada vez malor, a Tùdos auhelam v~r com os seus pro-
f lores, t 65, Porto. F az parte do gru- devoçào intensiflca-,e. Chega o mo- prios olhos, todos qucrem aproxi-
po de pt:regrinos da c,dade da Vlr- mento da elevaçAo. A hostia ·brnnca mar-,e do feliz mortai que, dlzen.1o-
gt:m, qnt>, cm numero de trinta e qua- e immaculada, em que Jesul' encarnou se curado, se proclama por isso mes-
tro, vier' m visitar em piedosa roma- dum modo lneffavel h màos do cele.- mo privilegiatlo da Virgem.
gem a sua cdeste f'a Jroeìra no san- brantt', por meio das pal :1vras myste- Os sacerdotes e O!. servitas prn-
ctuario da ma predilec.;ào H ~ qu 0 - riosas da consagraçao, corno t:i,car- curam acalm:u o en thuqrn'-mo rta
tro annos que S<,ffie lii terriveldoer- uou outrora no l!e10 vìr~in11I Je Maria multidao, que é facil mente contich
ça que o rei.luzlu a tào la!!limoso e!'- Santìssim~. erguP-,e no e!lpaço, en- pelo resoeito d ev1 do a Je!t11s Sacr~-
tatfo. Constatando a ~ua ext r('ma frit- tre a terra e o ceu, corno victtma 21•- menta :Jo. As lagrr m v. ~ ·d s doentes
• queza, pref!nntam , 11 -lhe ~e quere ser ~ustll d" exp1açào do" oeccado" lri- sao fl#?Orn m· " c1hu l!fon, .. ,. a• ,ma~
transportado •·m maca para o oav•- d1viduae, e das iniqui 1;1<Jes c0Jlt>- suplicas m 1i, f .. rv orc s~s e vdl" nter-
lh o ,fos òo~ott s, l~t!~poode , ffi ' m?- ct1vos. T Ja aquela mnle immen- te e ao m"sm it•mpo I•1 a1s v ivd e
tiv: menté e agra dfce cc,m t ff 1sào. sa de fie1s ajoelha no 'oO da charnec" mai11 fi rme a u con t11n..;a na hor-
r Prevt!mmos um do s servirns p1t!ser- e a,1ora plùfuu damente o filho l1e ddue, na miserwur 111 e 1111 a.niOr dn
tes, que vae . em dt'morn bo~car um:t Oeus occulto sob u Sactrad •s t:~Pt"- Divino Metitre, que, pai;sft f ru endo
maca e, aux,li'J fo por um r.onfrade, cies no l'!eu Sacramento de amòr. S11- o bem, corno 011 trora, rl u ra nte a su1
cunduz o e1,fermo para o pavtlhao, hi10 um cantico piedoso e commn- vida mortai, qtJ 1:1nd1l p er corria as cL
logo q ue o médlco, apoz um rapìdo vente irrompe de milhares de bocc~s dades, vilas ~ alrldas dn Juo~a, de
exc1rne, lhe entrega a destjlida senha f'm louvor da santissima P augustl~- Samaria e ,t:t O I I •ia. Po r fim can-
ac: i11g1esso. &ima Eucharisti..,. Contìn1h a recitP- ta-se o Tantum er[!o e di-~e a ben-
çA.o do terço, interromph1a pela elt>- çao genti a .o_, t , ,sslstència, eJl-
Os d oC'"n tcl-1
vaçi\o. \o Domine non sum di_<[nuç cerrando-se o Santi ssmrn no Socra-
S:io qu:l~i '1oras da ml-.c;a dos doen- a multidao irJch112-~e reverente, Ot>- rio para ser d'ahi 11 poucos in'!ta11tes
tes. O recinto que ,. e!!les é reserv?- pols o C('lebrante consome as Sagr;,. consumil1o pelo celebrante da ultima
do e!-ta qua!li completamente chelo. das Esp~cles e por fim um sacerdot•, mis!la do dia.
O ~!l.tado de 11tguns delles é bostante revestido de sobrepeliz e f'~tola, vtm Segue-se o i;ermào que foi pré~:--
grave. Aprt>ss1im"-·1os a colher dos buscar o ciborio de ouro p:ua adm1- do pelo rev. Dr. loào Franl'icico ooci
set•~ lahios umas hreve'\ inf.'rmaç0es. nist, ar o Pào do~ Anjns .iQuellas Santo~, prok,sor do semin ario do
Aqui é urna 11araly1ica de Terres Vf'- pe~s~as, que, devidamt'.nte conf?llSl'- Porto.
dr;is, que sc,ffre ha 8 annos de rheu- das, nao t111ham Ildo ensejo de o r P- Os actos e fficlais da peregrinaçao ..
matismo e quP, ten\lo vindo ha 3 ar- ceber nas mìssas anteriore.s. concluem com a recon1!ucçào dq e!l-
nos n Fatima, ohlt>ve ciensiveis mP- Terminada a missa, expOe-'le o tatua da V1rgem bemctita para o 11eu
Jhoras. Acula é urna ~o,.111e da M?- Sanlìssimo Sacramento n't nqu,qsima pedestal, sobrn az 111heira ~agrada,
rinha Gra11rle que ha 18 mPzes iie custodia r·ff ~recid1 lii dr·, i, annoq pe- no veneraml<> p?.dr:.io Cl/mm<>mor11tivo
que~xa d e violentas dl'>res intestinaes h Ai:soclaçao dos filho5 de .fari:1 de dos sucessos rn ara-.ith\lso s de t 9 I 7,
e que havcndo consulta •' oomerC'- B!mfica, e cant •-,e o Adoremus. Dt- da santa cap el!a das A ppariç0e~.
so~ médicos, se sujt:>1tou dE hai de ao!I pois realiz;,-'!e a tocante ~t-r1monia da No po,-to daliol verifica•
varlos tr~tanPntos prescriptus. Mal~ Ben~·5,o dofiil f'ln t,,rn'loi-c çÒP...i m<~,1 ic!l s
além é UID rap11z, dos Pouzo~, de 26
annos de tdade, que h:i 6 1111nos, ser.- . 03 piualyticos e 011 doentes em ec:- Siio quasi qu~tro h'>rn, da tarde.
do militar e estando de guarda ao!I tado mais ~rave, que jaztm sob,e Oirlg11nc-no~ novam,~nte pc1r~ o po~-
prisioneuos allem,ws internaJos em colch~es em frente dac; b'tnca •Jas do to das vtrificaçò e'ì medica~. Na me~-
Peniche, te mou banho 110 m:,r e em pavilhào, sao os primelros a receber ma sala, onde ebum;1s horas aotes
i,egu,da commttteu rl im~mctcncla de a suspir1:1da hençao. tinhamos vi3to Carvalho e Pinho nurn
al.lormec,..r sl\bre Il ar~ra quente d1 O sacerdote traça co rn a cus!otii'l estaao qui! in~pir 11,• vivis~lma cnm-
praia, 111~ando compte1arnP11 e p3r?- · o qignr I d cruz s"lhre cwfa Ulft <i l'- paix iw, ~oco1;Jramo-lo :>gr>rEJ, ale(!re
Jy h .:U. Noutctt part • • ".fii r pn I.le qut"1le:. infellzes, cuj :-os o ·h ,.. , m;·u r - t> sorriJt!nte, "O1er1dc1 de wu1 .:. r es-
~òas 40c o 6Ssedl ~m com rnn . r\1 ~ra~
18 11nnns, llè L 1sbò11, ;ir,, c·1hlO, desde j~ fos de l agrimas, f•:<'lm, numa e"C-
os 2 anno!\ de e<111 h.•, d e 1nrit!y~1a e pr~. ~ao res1gll,1 la de c.! ò r e e.le ~ur,- preguntas. l ntertt g--m -111 .\terca do
atrophia geral. fJepois é u111 h. mem plica, a Di·,i ,a H 1st1:1 de AmOr. En- ~eu esudo. Ri!sµo,i.h~ que ,mo esti
de ::,anfins do Douro, A<'t•J<1lmente trttan-!o começflro-,e a fazer ,nvoci-- compietam ente curado, c"m c, a prin-
morador n'.l c11r,i1al, que cnm.~çou ha ço;:s, lmplor;rndo remedio para tC'- CiP,io suppunhu, mas que cxperimeo-
2 annoc; a soffrer Cle tuh1>1t·ui 'l'i~ p11'- <1as as miseri?.s hi.:nrnnas. lenitivo e ta consi/J eraveis melhoras, QUP atri-
mu111tr, tenac--,e agy,ritva ,1,, o :-,eu e•- conforto pAct 10..t,1s o~ srff ,mentns. bue a m isericl)rdi :1 l1e J-:s11q Secr;i.
tado li partir de outuhro ull•ino. f:.' E a comnwven>e cerimnnia que ar- a
mentado e inlerct>ssao m:tternal de
ai nel• um cavalhe:tro u11~ C11l,)a~ d~ ranca lagr lmiis, Jt! todus os olho , Maria. Snntiss1m1. Alguns servita~,
R,unha, M 20 · 111wll t'8r:1'yt co t' ne11- r.ootiri1h a eff •r.tuar-"e lentsmeote, de no intuito de o livrarem do assédin
rasthen1co. E', flnalnt~'"'• e, dr. X. hanca0t1 em bancc1cia, de fi1r1 ~m lii~, dos cuuosos, cuj•) numr.ro »ug nenta
tffo 111 J!.tre pel<l se11 s,1twr cnm~ pt>I, num ,y:hmo cadencia Jo e grave, cada vez mais, c,rnvidam-'lo ~entrar
!Ua p1ed1d~ (lue, prt~o j "'Hl C&•ie•- ,tum eucanro lnilefinivel e duma ma- para tim dos gabinet~s do P.osto.
,a de p1m1lytico ern 'tt1e ~ 1ran111;,••- je,tade ìmcomparavel. • Alll contin.urtm9s a lnteuogli-lo.
Quando nos dizta que tinha um ir- maior se torn:t ain::la em toda a ma- povo que a sau la corno sua nobre
rnélo j~suita a fazer os seu,. estudos nh'i do dia l 3 f' piedosisslma P.tdroeira.
na Austria, ob<ierv~mo~-lhe que de- Aoes:u 1je varias vezes !he ofere-
certo a graça obtida nao tinha sido cerem leite, conserva-,e até a um11 Visconde de Montello
estranha és oraçOes de~sa alma, que hora sem tornar alimento algum. A
generosamente se consagrara ao ser- e'!la hor-i, cedendo a instandas re-•
viço de Deus no estado religioso, o
que elle confirmou com um aceno de
pe1fd1u1 de p~ssòas amigas, sorve a!-
guns golos daquella bebida. Assiste
Hs curas de Fatima
c i beça e tiorrindo de satisfaç~o. a mi!>sa dos enfermos e a bençao
. Na impossibilidade de publicar na
Passa-,e depois urna scena intima particular sem experlmentar o mais
altamente emocionante. Trez pess~as pequeno alllvio dos seus incommo- integra as centenas de carws que te•
da sua familia, que chegam do Por- dos. No momento em que o cele- mos em nosso p-xler, e outras que to•
to naquelle instante, entram precipi- brante da a bençao geral, acha-se re- dos os dias rccebemos, rel atando cu-
tadamente no quarto e, ao vl!-lo tao . pentinamente curada. ,cUma cousa ras ou outras graças conct.!did:1~ por
diffuente do que era, choram de co- que eu nao sei explicar-dizia ella- Nossa Sen hora, resol vemos resu mil-
subiu por mim acima e desappareceu, as quanto possiYel.
moçao. Uma dellas abraça-o num
pranlo desfeito, exclamando: «H,1 desaparecendo ao meemo tempo, co~ Quasi todos promett.!ram publical-
quatro annos que nuoca te vi asslm». mo que por encanto, todo o meu as e uma grande parte enviou jun-
Carvalho e Pinho reprehende-as aml- mal». Sente um appetite ·extraordina- tamente qualquer donativo p11ra as
obras.
gavelmente, estranhando as lagrlmas rio, verdadelramente devorador, ten-
Obtiveram, pois,~raps, que Yeem
quc derramam. e Ah I - obtempera do a certeza de que qualquer alimen-
agradeccr a Nossa SenhJra d) Rosa-
urna dellas - é que muitas vezes to que lngerh1se nAo lhe fazia mal
rio:
tamb~m se ch6ra de alegria f • algum. Mas quere fazer o sacrificio
Um,a ca1•n. de obedecer a um d~ médicos do Maria Chacha, dc <:anlns (Ponta
Posto, que lhe recomendou que fO!- do Sol - Ilha da Madt.!ira) que den•
De bocca em bocca corre a noti- se prudente, abstendo-se por emquan- tro cfe duas horas mdhorou de um
cin, que nos chega aos ouvldos, de to de tornar alimentos 1101idos. gronde panaricio.
se t er operado durante a bençao do Por deferencia do mMico de ser-
Sanusc.1mo urna cura sobremodo in- ]O(fQUina Soares, da mcsma fre-
viço, conse~uimos ler a de::laraçffo gue:ua, 1. ntrevada d us pern 1s, que aos
tere"s11nre. Um nos110 amigo, bem do métJico assistente de Rosa Maria
informado, assegura-nos que a pes- tres dias dc urna novcn;.1 mdh 1rou.
Ribeiro, que é do teor S'egulnte: Nao Andava nem dormia.
~On que foi obj'!cto dcesa cura, hu-
mil'le creada de servir, es1a nesse Dr. Albino dos Santos-assisttn- Maria Teresa Oomes, dc S. P edro
momento no Posto méJico. te do Faculrla.de de Medicina Ro- de Maxìm1n,1s (B1 aga), quc estaodo
·Oepois de a termo~ procurado sa Maria Ribeiro, creada da Ex ma gravemente dnentc durante mais de
em v.ào, durante algum tempo, va- Senllora D. Maria ]1JSI Pestana um ano. com ç ,u '\ melh rar logt')
mo~ encontra-1a noutro gabinete, ro- Lea.o, so/re do esfomaf!o Ila mais que ncorreu a Nossa Scnhora da
deada de alpum'.ls servilas e de pes- dum ano (dores, vomitos e hemate· Fatima.
sOas Jas au~s relaçòe!I, que com meses) P,ws sy11tonzas que aoresen-
ella tlnham vindo na peregrinaçao ta e pela sua resisfencia ao t,atn· Antonio Rodrigues, d1l Vale Covo
da frcguczta da <'.:1ra,~uejeira, qu~
do Porto lnterrogamo-la. O ,eu on- mento adequado, dne tratar-se du- csta~do_sua filha V1ct, ria 111acad de
me é Maria Rosa Ribeiro, tem 22 ma gastrite ulcerosa. memng,tc cm poucas h"ras rnclhorou
aoos d~ e1ade e é natural de Pon- Porto, 8 de Setemhro de 1926 depois d~ os paes terem rt~zado tres
te da 011rca. H:i dezaseel11 mezes que (a) Albino dos Santos. Avé l\lanas e a Salvé Hai n h1.
sofre duma ulcera no eetomago. O
médico que a tratava, nào te11do Aguardamos serenamente o vere· Ana Rnsa da SI/va Nunes de
conseguido debellar o mal com os dictum definitivo da sciencia e da Candc,sa, Va.kg 1, curou-sc dt: rc~ma-
mPios ..te que dispunha, acoo11elha-a Egrt-Ja acerca da natureza desta cu- tismo dcpois de ter rcc?rr iJo a Nos-
a ir pllra o Port(\, af:!m de se eubfne- ra, acatando-'> de antem~o, qualquer sa Scnhora. •
ter :.! uma operaçao. que ete seja, corno é nosso dever de Carolina da Slllla. Ferreira de
Naquella cidade consegue ser re- christàos, pru'1entes e doceis aos dl- Candosa, sofrendo hcrri velment~ Ju-
cebid 't corno serviçal em casa duma ctames • da legitima autoridade nesta rante tres dias por lhe ter caidn urna
illu,;tre e bt-riemerita portuenee, a se- materia. prancha num pé, que teve de ser ras-
nhora D. Maria j'lsé Peetana t:eao. Oepols do nosso regresso, ouvi- pado.
H~ sete meses que olio torna outro mos hlar aloda doutra cura, tambem
alimenlQ que n~o seja leite. Passa de urna ulcera e realisada egualmen- . Rosa T allares, da mesma frcgue-
mal a~ noi1c:-s, quasi sempre sentada te numa p ssOa do grupo privilegia- w1, sofrendo de dfobetis Rcb.:ndo
na cama. E'-lhe ìmpossi vel conciliar do de peregrinos da cidade da Vir- alguns tr.1gos de agua dl Fatimu, re-
o som10. As hemorrhagias silo fre- gem. z:indo um Padre Nosc;o e A\'! ,\lnria
qucntes. Dez dias antes da peregri- Opportunamente forneceremos aos achou•sc i111ediatamente curada.
naçào começa a ter urna hemorrhagia nossos le1tores as inf•)rmaçòes q ue Candida Sanchts, Profcs'!ora era
abundante, que nada é capaz de fa- entretanto pudermos obter icerca Valdaota (rhaves), varias grap~, en•
zer estancar. O dr. Albino dos San- desta nova prova do podere da bon-
dade da augusta Rainha do Santissi-
!re as qu1cs a cura repentina de um
tos, asi.,stente da Faculdade de Me- tncomo~o nas cruzes quc lh t: tolhia
dicina, com consultorio na rua Fer- mo R11sario. os mQVJmentos e que se julgava in-
nandes Thomaz, seu mé:ticn assisten- O regr~1oaeio clo1-1 poro- curavel.
te, com l a enf ~rma lhe comunicasse gr!noi-4 ,
o s u iesej > de ir em peregrlnaç~o Ellg_enla de Abreu Costeltp Bran·
Sao cinco horas da tarde. As cla- co, qu\nta de S. Jeronymo. Cmm bra
a FétimJ, r~cus11--;e a dar o seu con-
um. grnça espirituni e 1 curn d'um;
sentirne 10, por recear que o fluxo reiras produz!l1as peia retirad:t sao
doenç1 quc muit, a f<!z irnfrcr.
d? t1angue augmente e prociuza con- de momento para momento cada vez
sequen ,as graves e a!é por ventura mais numero~os nas fileiras compac- P_iedade da C. Tellzada e Silva,
dc ?ant:irem, uma grande grop re•
fataes p.arn a saude da sua cliente. A tas da 1m nensa legiào dos peregrt- ce;b1da.
enfe-rm ,, im 1lulsionat1a pel1 su'.\ viva nos de f atima.
couflan ; a no podtr da Santissima Ouveru-,;e aqui e acol~ os derra- Maria da Soledade L11z e Si/va,
Virgem, d1-termlr1a correr todos os
riscos, deso bcdetendo ao médlco,
delros cantico" de desoedida e os
saudnsos adeu~ éi Virgem.
. pcngo11a
urna .intente . e pcrunaz.
. '
do A~ylo de SanH Iz:ibcl, F!iro ern

e torna l•l(;rlr no comboio entre os


peregri,10s do grnpo do Porto.
A brt>ve trecho reinam de novo o
silencio e a solld~o na~uella estancia
Maria Amelia do Vale Ftrreira
tamb •m de Faro, que te1d ,, ll'\vi~
Logo que entrou no comboi 1 1, ces- tiem tita tl!l es;,erança, qut? a Ralnha annos, um kisto que se ~,gr tvou com
. sa p!!r com :lieto a hi:morrhagi11, que dos Anjl')S santificou com a sua au- um11 p.incada, com,~çòu ~11c)h r.1ndo
nun •;a m1is se renovou. Durante a gusta presença e onde ellri prodigall- logo (rue rccorreu a N >~n S.:nlllra.
vlagem o seu mal estar é grande e za graças e b ençaos a flux sObre o A me:!>ma conta o caso d'Jnaa crcul•
.,Voz da Fédinn
ça atscada de doença contagiosa quc Maria de Jesus Loarelro, de S. Noemi de Faria Coelho, ,o:ooo; D. Amelia
melhorou repentinamente. Lazaro (Braga), tendo tosse e até vo- de Je.sus, 10:000; D. Maria A ugu~ta Lobo
de Miranda. 10:000; Jooquim Manuel da
mitos de sangue sobretudo ao dcitar Silva Grsveto, ro:ooo; D MarÌII Je Jesus
Armando Augusto Esteves, de Car- e· levantar, mdhorou em urna noite
valhoca (\1 reo dc Canavczcs) a cura Pmto <;ardoso, 10:000; D. Maria do Rosa-
rapid11 dc um Jedo cortado quando depois de ter prometido nm!l novena rio Ferreira, 10:000; D hab:-1 dos s~ntos,
a-Nossa Senhora da Fatima. Gome~, 10:000; V1•conJe•u de Trc1,:edo.
nao ha via cc;perança de sarar tao de- 50:000; D. An11,1 Emilio Pt.'rreire do• S-in-
pressa. tos, 20:000; D M,iria da Pied11de Pijcheco
Teles, 10:000, Pidre Augusto J-,~é da Trin
Maria Jooquina da Rosa, da frc-
guez1a de A monde ( Yiaoa do Castc-
Abrigo para os doentes da<le, ll):ooc; n · jo ndl!l (Fernnndo B,p
ti-i ~ Pereira), n:5Jo; D. Maria Emilia de
lo), que tendo sua filha Laurin:la -peregrinos da Fatima Va•concelo• d,· Arauj'> MiranJo, 10:000:
I>. Maria da Em:arn ,çao Pinto, 10:0,..0: V1s-
docnte de urne perna h11via tres anos, conde~q:, de S. I owé, 10 : 000; D. Maria
qu8!,i q1oribunda, nao qucrend•> !'llb· J oa nna Arrny , 10:000; D. Eu alin Cnntre-
Transportc. • •• 4 .5~,0:000 ras, 10:000; I) M,1rp1arid,1 Jii h el Ro,frii:u,·s,
mctcl-a n uma opl!raçao cirurgica,
a que talvcz n5o rcsistis.,c. Chcgou
D. Matilde Branco . • 2r,:ooo 10:000; O. H1ta Neve~ A, de Niet.:, 10:000;
Domingos S. Fcneira . . 20:000 J>. Victoria de J ~u•, 10:000; l) D1oni1ia
a pcrm1 a pesarm,issoc;inhaqueo d3 Conceiç:io Pepe 1-'ueira, 10:000; D.
Guiiherme Plantier Mar-
resto do corpo. Hecorrendo a Nossa Mari!l Jooqu1na R.italha, ro:ono; D. R11fìn,i
tins . . . . . . . . 100:000
Senhora da Flitima, melhorou. D. Maria Luiza Vargel
de Jesus Marques, 10:000; Manuel Pedro
Pires, 10:000; José Ga1omar; , 10:000; An-
A11to1Jio Joaqulm, de 15 annos, Pinto . . . . . . . 10:000 tonio Bernardo Cebral, 10:000; Dr. Fran-
da Pucanç;1, freguczia de Maceira, cisco Ornelas, 10:000; P.ictre Gu1lherme
~creve nos dizend<. que tendo os pés Soma . • . 4 740:000 I Vieira Botelhp, 10:000; Silvestre Bernardes
da Custodia, 10:000; D. t.hria Pere1ra do•
cheios de verrugas, recorrcu a Nossa Santos, 10:000; O. Rachel Teixt:.1r.1 Lopes
Senhora e em poucos dias desapare-
ceram. Oque se pode vera um espelho Barbosa, 10:oot-; Manui;I Gomes Gooçalves,
10:000; Jo~é Antonio dos Re1s, 10:000;
I-1.:rmano Alve~ Bra~a. 10:000; D. B!:atrit
Manuel Bento da Costa, de Ca· A Bemaventurada Villana de Flo- Carvalho Alvcq J,i Cru,, 10:000; Cuimiro
parei1cs (Viun,t do Cnstelo), quc so- rença tinha ee-quecido o fervor pie- Jo•é <la Si Iva, 10:000; Afunso do Nascim~n-
to, 10:000; D. Maria de 1'11vora. 10:000; D.
frcndo do cstomago havia anno!! e to- doso da sua infctncia. Perpttu~ Per, 1r,, de CitrValho, 10:000; )).
rnando inutilmente remcdios, cor-e- Maria da l.uz Gu1mara •1 Pc~t.,na, 10:000.
Urn dia que ella se via ao espclho, J oaquim Lourenço. 10;000; D M~ria Can-
çou 11 mclhorar logo que rc:correu a
Nossa Senhora. vlu· se duas veze, representada nelle dida La~anchil, 10:000; Josè Farinha Tava-
res, 10:000; D. MJmt Auitusta Br-1nco.
còmo um demonio. 10:000 1 D. Man'I CanJid t Toste, 10:000;
Maria da Concelçao Antunes Es- Espa ntada com esta visi\o que lhe D. Carolina Serranho, , 0:000; P idre Fran-
eadeiro, dc Juncais que tendo cm cisco ù.:t Silva G~ada, 10:000, O. Mariana
Agr>sto dc 1924 sua fil ha Angela com fez conhecer o estad o da sua alma, Vilar, 10:000; [>. Cectlin \VJnzeler Cutr(>
uma kbre 1nfccciusu, esteve de tal deixou logo to Jos os seus enfeites e Percìr.:i, 1 0:000; D. H:nr1q•1eta Tll varc5
modo mal que parecia em agonia, Viana, 10:000; D. Mana Rufin11 de Fit1.1!i-
mudou de vida derramando bastan- reJo, 10:000; () M~n.a Car<ilio1 de Men-
recorrcu a Nossa Senhora e melho- tes lagrimas pelos seus pecados. donça1 10:000; D. lnria Jo Patrocinio Gon-
rou. Oh juventude, ve-te ao espelho.
çalves Silv11; 10:000; ll. Muna l\,l,iruo1eno,
10:000; D. Man• Ferro l.obo de Mnura.
follo Almeida Correia, de Coitos Achar- te-tias falvez bella mas flca 10:000; D. Ana r"t!rro G.,mito, 10:000; Car-
de Baixo ( V1zcu), qut: estando tubcr- Jos 8.,talhoz de V1Ihena Barbo~a, 10:000;
sabendo que se f'Stiveres em pecado I). I 111zR Mari,l da Concl·tç-io Feio, rn:ooo~
culo~o, pondo de parte o tratamcnto
seris horrivel cc mo um demonio. Dr. Abilio G1I Ferrlio, 11)!000; D M11ria So-
médico por inuul, recorreu. as..im phlit A,~,s R~bo, , o: oo:>; D. Guilherm11n
corno sua cunhod11 Alzira Correia a <le Jcsuii Aiherto Gome,, 10:000; Alhert,o
Nossa St:nhorn da Fatima e se curou. Gome,, 10:coo, D. M,1ti11 dc Je,u~ R1bcirn

Maria Carlota Valila Trigutiros,


Voz da Fatima S flXa", 10:000; D. Maru1 Ja Glori11 Pt>reirit
10:c,oo, Francisco Varl(,1' 1 10·000: I) Mart•
do Fundao, que nao havcndo mdo Denpez s do Carmo Monlcs, 10:ouo; Padre Jhmrique
V1e1ra, 10:000; t....onue,~a ùe Bcni...ndo~,
de um~ sua oetinha se alimentar, ten- Tranporte • • • • • • 54 536:600 10:000; D. M.trl(orida Gu1-moraes, 15:ooo~
do h oras dt: grande choro, mudou Jmpressào do num • .(8 D Mllrta da A,,u111pcao l.11 ·a~, 20:000; O.
lego quc- recorreu a ~o~a Senhora e (32:000 exemplares} . 736:000 Sofia Rei~ Araujo. to: oco; D M,Hia A ne- 0

deu a creança umas g6tas d'agua da Expedlente e outras des- dict11 de Ment1es Lelle d1: Almado, 10:00"
D. Alber1in11 D10s Voz, :10:000; Antonio
Fatima • . pezas . • • • • . • 140:000 Coelho da Rocha, 10:uoo; D Ermclinda-
Coelho da Roch11, 10:000; José O .1vc1r~ n,-
Adelaide Santos de S. Vleente Pt· Soma • 55 412:600 niz, 1(1:000; D Deodat11 Amalia Ù.! Pa1va,
reira dt Vallga (Ovar)_, tendo ma fi. 10:000; (). M ,1 ù1 do Ceu Cordeiro f.ar,,1.
lha Lucilia c0m urna tcbre tifoide e Sub OPipqAo ' nho, 15:ooo; D, Ma r~~rida A lmeìde, 2'J:ooo
urna pneumonia, quando tinha 40 (Dezembro de 1925 a Janeiro de tQ26) (De j<.>rnae~) D. CeJ.1\tC Maria de .5ouza?
_grau, de ft:bre, tomou uns tragos de u:Soo; J) Em1lta Pa~coal da Si) vq, 10:ouo
D. Maria ùa Nat1v1tl11d~ Mamede, 10:000; Aurelio I .e cere.la Mouttnho, 11 :ooo; I). MA-
a~a da Fatima, desaparccendo ime- D. Maria Barbosa da Fon<1eca, 10:000; Con- rta do Carmo Cunh~ Mat:-.s, 10:000; D. Md-·
-d1atamentc a fl.bre, o que causou dessa de Marg~ride, 10 :ouo; D. Muia Ribei- ria Amalia Capelo Frnn,:o cfo M.. tc~ 10:000-
grande adrnir:içao ao médico que s6 ro da Silv11, 20:000; O I~aura d'Ohve,re D. Anna ,te Portugal 1.ol;,o de Vasconcell)S-
Fra~oso, 10:000; D. Augusta lle S,·nt1ai;(o, Tete, Triguc1ros Ar1t;;Po, 21):ooo; M.ir1.t
por milegrc pLd1a nplicar tal suces- 10:000; Manuel Antonio, 10:000; D. S1lvma Carvwlhinh11, 10:000; P,1.lre H~nr1q11,i F'er-
so. Maria Fi11uetrinho, 1 10:000; D. Tere,a Ra- nende, da S1lva, 10:000; M .. rio <lo C.1rmo-
poso V10l11nte1 1S:ooo; D. Olinda J;i Concei- Martins, 10:000.
Anna de Medeiros Cotllw, de Es- çlio, 10:000; I) ~1lveria Ja Concei,;iio Neve,
pinho, que sofrendo, havia mais de 10:000; D. Maria d.1 Pte-daùe Santo~, 10:000
dez annos, umas ifliçoes que a pu- Dr. Manuel Antonio P1oto do Heztnde,
nham tm gr, nde prostraçao nervosa
se scntiu mclhor depois de recorrer
10:000; Padre J ,i-é V1ct>nte dc, SRcramento
100:000; D. B~atr•1 Je Lcmos Tril(ue1ros,
10:000; Manuel Ma.ria Miranda Ja Silva,
VOZ DA FATll\1A
a Nossa ~cnhora. 10:000; D. M;iria <la Cunha Sono MAyor,
10:000; D, S1!-il'l de Jesu~ P. F ~rOR nJes,
Amelia Filomena da Conuiç6o, de 10:000; D. l.u•za d'Alm.:ida, 10:ooL; Con- Eete jornslzlnho, q u e
Faro (Algar ve), tendo um grande pa- de~u d,i S11phyrn, rn:oc.o: D. Marrn Jo~é vae Sf!?ndo t~o quiorido e
decimento n os osc:os, que os médicos Caniço, 10:000; D .M.,u1,1 Jo,é Jorii:e, rn:ooo
nao sabiam classificar, sofrendo mui- D. Antonia Ja~ O6rt.'s r\lmada , 11,•:o()o; D. procurado, il Gla:'.irtr-:huido
to, rtcorn-u a Nossa Senhora e sen- Adelaide Saphir& Pr ·r-o Lira, 10:,iof/; D. gr tuitamon~0 cr.ci i, ~m
Ahne P1nho d,, Silva, M:e>no: O, Amelia
te-se melhor. Alem d'outras coi!;as, Brniio Marha,l•>, 10:0,,0; M;t1•u.-l Gd pP-r nòa dies 13 ci •:e:d m,~••
fez s;icnfic10 de seus cabelos a Nossa Figueira~, rn:oor,; l). MargArtd.i M Pinto Ouem quilaer ieir e di•
Senhora. Coelho, 10:000; s~n1lìm G•,11çrilvc, F'crrei-
ra, 10:000; I.>. M.irn1 da V1.,itaçiio Alve3 Nu- Peito de o rucobGr- di,..o-
Joaquina Mortira Nunes da Fci- nes, 10:000; M.inoel Antonio ,10 V;,le for- ctamente palo "or,.. e i o.
ra Franca (Ncspert:ira-Srnfiies) que res, 10:000; PKdr<, Fr11nc1i1co C. B~ttcncol!rt
16:000; C,p1tiio Jollé Augusto Lopo, 10:000 tera de t>nvitJr, ~~eo;ite-
sofrendo do tstomsgo havia 17 annos, D. ~ter da Coocciiçeu R1:11, 10:oco; D.
recorrt:Q a Nossa Sc:obora e se curou Alice Gerra Ouarte f.tma, 10:000; Joito Se-
damente, o minimo de
un 1925- verino ,Oajo da Camara, •o~ooo; D. Maria tlez •U Nla.

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LEIRIA, 18 de No"\--eJnbro de 1026 N.• GO


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Ql..no V
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(OOM APROVAçAO E O LESIAS TIC.A)


Dlreot.or, Proprie-tarlo e Edi'tor Adwlul•'trador: PADRE M. PEREIRA ·DA Sll.VA
DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS UDACçAO E ADMJNISTRAçAO
:R"'O'.A D. N"'O"NO ALV.ABES PEBE:t:R.A.
Compo110 11 Impresso na Imprensa Comerclal, i Sé - Leirla (Bll:..lTO HUNO ns UNT.A 14.A.N..l.)

erontca de fatlma :DIA 1 OE fi OVEN[B~O


Sua Exee\eneia l\eveTendissima o Senbor Nnneio
(13 de Outubro de 1926) 1\pos\o\ieo na FA.TlM.l.
A grande peregrinaçao naolonal - Impo- Tendo o dtgnisslmo Illpresentant1 do Santo Padri, 1m Porta.gal, vindo ·a Lei-
nentisstmas manlfestaçiies de Fé e ria prsstdir 6s lestas gae nuta ctdad1 Sf 11alizaram comemorando o Setimo .C,nt,.
ptedade -A grandiosa e feert- natio da morte de S. Francisco d'Auis, quiz ,ua Excelsncia B1vsr1ndlsstma laz,r
oa prootss!o das velas-La- ama p1r1grtna1do ao Santuuio d1 No.s.so Senhora da Fatima.
go de luz e de fogo-Pré- S6 d uUima hora, e Jd na Batalha, I gu, o ~enhor Nuzicio c,mantcoa a .saa
oes e oanttoos - lais tnten1ào, de forma qae na Fatima ntngaem sabfa d, nada.
perto ie Dens Quando o automov,l, gue condazta Sua Ezcelencia, o Ssnhor Bi.spo de Lslria
Mais um dia de gloria para Deus,
de trlunpho para a Virgem, de graças
, alguns Bevsrendos Sacerdotu, ch,gou ao locai, am esp,tacu.to multo stmpl1s ma.s •
,ncantador deparoa-se d1ant1 d1 todos.
e bençllos para as almas, foi sem du- Em lrent, apobr1 capelinha, com,morativa das Aparf161s, estavam ama.s 60
vida o dia 13 de Outubro de 1926.
Realisou-se nesse dia a segunda p1ssoas1 de Joelhos, a recitar o Bosario com uma pzedade , d1voçdo ga, comovtam..
grande peregrinaçAo nacional do cor- Parecta qu.1 Nossa Senhora ,stava no melo dagaela b8a gente.
rente ano. Se a primelra, a do mès O Senhor Nuncto alt esteve multo tempo em oraçào, segaindo o terço gu, fl
de Maria, constltuiu urna das mais Senhor Bt.spo de Lelrta aplicoa pslas bemditas Atmas do Purgatorio, pela.s nscust-
grandlosas e mais commoventes ma- dades da Santa Igreja, pelo Santo Padri , sea tlu.stre B,pr,ssntaate, por toda.s u
nifestaç0es de f é e piedade, de que
tem sldo theatro a terra das apparl- necsssldad,s recom,ndadas e ptlo.s doentinhos.
çOes e dos prodlglos, a mysteriosa O Senhor Nuncto, visivelm1nt1 comovido, fez ama tocante alocaçào aos F11ls
Fatintd, a peregrlnaçao dç> més do presentss, 1naltectndo a devo1do a Nossa Ssnhora e pedindo gue r,sasum por eUe
Rosario rivalisou absolutamente com ama Avs Maria, concedendo 200 dta.s d, In.dulg,ncia_.
ella, nao se podendo considerar lnfe-
rlor sob nenhum aspecto.
A.ssim s1 lu.
Nos ultlmos dias que precederam .Estavam todo.s tio content,s e r,conhecidos pela visita , amabilidad, do S1nhar
o nono anlversario da sexta apparl- Arc,btspo, gru dt1t1m:
çlo da augusta Vlrgem do Ro,arlo Foram - Tod1.s o, Saatos - gae o tr,azeram.
aos lnnocentes pastorlnhos de AljuI- O dia f d1 Norsmbro de 1926 llca marcado como ama das maiores provas do
trel, dezenas de milhar de peregrlnos
iniclavam a sua romagem, partindo am8r d1 Nossa S1Ahora no Santuario ds Nossa Senhora do Bosarto da Fatima.
de todos os pontos de Portugal em A Sua Ezcelencia l?svewidlssima o Senhor Nancto, dBizamos conslgaado agal
demanda da serra d'Ayre, que é hoje o nosso prolu.ndo r,conh,clmento.
' na nossa patria o throno mais explen-
doroso e magnificente de Jesua, Rei de mllhar de pess0as, cada urna com lo enthuslasmo da sua fé viva e pe-
de Am0r, no Oivinlsimo Sacramento urna vela accesa na mAo, e que per- lo ard0r (Ja sua pledade acrisolada,
da Eucharlstla e ao mesmo tempo o corre, durante mais duma hora, o aclamam a Vlrgem bemdita, que se
Santuario mais bello e mais venerado traj ecto habitual em torno dos San- dignou escolher aquela estancla pri-
de sua Mae lmmaculada, a Rainha do tuarios. vilegiada para derramar o balsamo
Sacratlssimo Rosario. Vista do alto da estrada que a cin- da sua ternura maternat sobre tantos
No dia 12 a noite, corno se lia nos ge do lado do sul, a Cova da l<i.1, corpos e tantos coraç0es torturados
retatos dos jornaes de grande circu- esse palco gigantesco, onde ha no- pela d0r.
laçAo, mais de clncoenta mii pes&Oas ve annos se desenrolam scenas Do selo daquela multldAo lnnume-
acampavam no planalto de FAtlma sublimes, . verdadeiramente dfvinas, ravel elevam- se constantemente para
dispostas a recuperar com um somno duma belleza e mageatade lncompa- o Ceu mii préces e canticos, exprl-
reparador, para poderem asslstlr com raveis, parece um lago lmenso de mindo com vehemencia os sentlmen-
mais fruto as solemnldades rellglosas luz, a cratera enorme dum vulcAo tos e as asplraç0es da grande e ge-
do dia seguinte, as forças gastas nu- em actividade, vomitando sem cessar nerosa alma de Portugal.
ma longa e penosa vlagem de alguna grande quantidade de materias igneas, Como s~o dltosos aqueles que lo-
dias. e formando deslumbrantes rlos de gram respi rar, ao menos durante al-
A's olto horas, organiza-se, H- fogo, que circulam lentamente em to- guns momentos, esse ambiente satu-
gundo o costume, a procissao das daa as direcç0es. rado de sobrenatural, pairando numa
veJas, em que tomam parte dezeaas Oa peregrloos, lmpulsiooados pe- reglao em que o bomem ae julga,
,
mais Ionie da terra e mais perto de sistir ao desenrolar do1 actos reW- to de todas as pessOas, crentes e
Deusl gio101. A oraçao de todns é Intensa descrentes.
e fervorosa, e feita no melo do malor
Dia de luz e de encantos - As peregrl- recolhimento e do mais profundo si- A proclssao - Dezenas de mllhar de
naço s organtsadas - 0s estandar- lencio. _ pe3~òas sauctam a Ylrgem-Lagrt-
tes - Peregrtnaç!o de penlten- mas de commoçao - A ben-
cta - 0s rometros tsolados Os mUlcos dt Pesto das veriflcaeoes - çao da .Mae de Deus
Otlr. Perelra Gens, ehefe do Posto- E' meio dia solar. A veneranda
- O dia 13, corno em Malo, corno Severtdade de attitnde e rigor de Imagem de Nossa Senhora do Ros~-
nos mezes seguintes, amanheceu es- processos: médicos Joizes de ln-
plendldo, cheto de luz e de encantos, rio é conduzlda aos hombros das
corno um formosissimo dia de Pri- 1est1g-1çoes - As snppllcas suas servas da Capella das Appari-
ma vera. dos enfermes e dos sens çOes para a Capella das Missas. Em
O movimento de peregrlnos au- protectores natos sys- todo o vasto amphitheatro da Cova
da lria, desde o pavilhilo dos doer.-
gmenta cada vez mais, attingindo o temnttcamente desa- tes até aos muros de cintura, deze-
ieu maimo de inteneidade desde as tendtdas- Sanaa-
8 horas até ao melo- :Ila, nas e dezenas de milhar de pessOas
E' durante esse espaço de tempo des de Lourdes acenam com os lenços, saudando a
que chegam as peregrinac;-Oes locaes Rainha dos Anjos. QuanC,o o cortejo
No Posto das verificaçoes médicas entra no recinto reservado aos doer -
organisadas. Sno a~ora cèrca de tre- dlrigem as diferentes secçOes numr-
zentos romelros da Oondemarla, con- tes, o enlhusiasmo attinge o seu au-
rosos e distinctos clinicos, dos quals ge. Os vivas estrugem nos ares, as
celho de Vlla Nova à'Ourem, guiados alguns envergam as blusas brancas
pelo Rev. P.e Luiz de Souza, levando acclamaçoes succedem-se as acclama-
de serviço. çOes e os olhòs de todos marejam-se
é1 frente um llndo e vistoso estanda•-
te allusivo ao11 acontecimentos mara- SaQ, entre outros, os drs. Eurico de lagfimas de commoçào e de terou-
vllhosos de Fatima, cuja estrela é fei- Lisb03, Weiss d'Oliveira, Gabriel Ri- r a. E a Virgem bemdita, sorrtndo e
ta nesse dia. E:.' mais l ogo um grupo beiro, Luz Preto, Augusto Mendes abençoando, passa atravez da multi-
de senhoras da melhor sociedade du- Cortez Pinto. ' dào, que ojoelha a seus pés, presa
ma nobre e historlca cidade, a mais Superintende nos serviços do Pos- dos seus encantos e fascinada pèla
bella de Portugal, que, animadas de to médico o dr. Pereira Oens. Imi- sua belleza e pela sua bondade.
verdadei{o e, pirito de penitencia, tando, sem tal vez o suspeitarem os
médicos de serviço permanenl; no
O-Credo de Lourdes~ A Mtssa dos doan-
percorrer11m a pé mais de trinte kilCJ-
metros, para irem render a homen.:- Bureau des Constatatio11s mldica- tes - Arec1taçlu do terço do Rosa-
gem dJ ttua piedade filial · éi Rainha Les de Lourde11, os médicos do Pos- rio- a l~da nha lauretana - A
do Rosario, no Sanctuario da sua to de F4tirna dilo a impress~o de benç10 dos enfarmos ea ben-
pred1lecç~o. oficiais em tempo de guerra A frente çao geral-0 sobrlnho de
SA.o depois oitenta pessOas de Bem- dos seus regimentos, numa atltude Camlllo Ca:.tello Branco
energica e decidida de defensiva e
flca (LisbOa), que, acompanhades p< -
lo stu zelostssimo parocbo, vetm dr - ofensiva em toda a linha. Quem os falla amulttd4o
por aos pés de Mada o preito do eeu observa no exercicio das suas fvn- A sagrada lmagem foi colloèada
amor, ostentando ùm rico estandarte çOes, acolhendo com caridade sim, sobre o seu pede.stal ao lado dìrelto
de feda, borda do a ouro. E os grt - mas severamente a legi:lo !mensa de do altar centrai. Cant?-se o Credo de
pos succedem- se uns aos outros de doentes que Ines vllo solicitar a sc- Lou1des. Com.eça a mis:;a oos doer-
,nvolta com um sem numero de p. - nha lndlspensavet para entrarem no tes. Do pu,lpito o Capellàc-Dlrector:
regrinos isolados, que em toda a e. - respectivo pavilhào, e os vé em ex- numa voz firme mas commovjja, pri,~-
ptcie de vehlculos sAo conduzidos tremo receosos e suspicazes, proce- cipia a recitaçllo do terço. A as11lster-
até proximo do locai das apparic;òes. der mais corno ju·zes do que corno cia redobra de attençao e de fervor.
médicos, interrogando capclosamen- Aproxima-se o momento solemne da
Dezenas de m'stas - Conns~ao de ho- te aquelles que se apresentam, fa- Consagraçao. Todos ajoelham. A
mens e rapazes - A dlstribnlçao zendo-os éls vezes cahlr em cootradic- Hot'tia Santa é elevada pelo celebrar-
da Seg·aaa Comnnbao-0 trans- çOes, desprezando todos -01 empe- te entre a terra e o ceu, victima de)
nhos e solicitaçOes e recusando-lhes propiciaçao pt-los peccados dQ mur-
porte dos doentes para o pa- as senhas de Ingresso, apezar das do. Caotn-se urn cantico piedoso em
vl:hao - Oraçaa fervoro- suas supplìcas lnstantes e das quef- IQuvor do Santissimo Sacramento.
sa dos fieis xas senlldas dos seus males, julgc. - Continua a recitaçào do ter,.o que é
Oesde as quatro horas da manh:l sa ern presença de atheus e descrer- rem3tada pela ladaloha lauretana. Dr-
que os sacerdotes previamente inscr1- tes, que estllo alli corno agentes do pois do Comrnuflio, distribuc-, e pel<\ .
ptos, celebram sem interrupçilo nos demonio, apostados a contrariar e ultima vez o Pao dos Anjos e, ter-
tres altares da capella nova. Muitos a combater todas as manifostaçOes minada a Missa, faz-se a exposlçac,
llmltarar, -3e a commungar, por. nao do sobrenaturnl. Alguns sacerdotes, do Santissimo, durante a qual se car-
Jhes caber.. a vez de dizer missa, me - que apresentarn pesst>as enfermas do ta o Adoremus. Segue-se a emocio-
cè da grande &fluencia de clero. N as aeu conhecimento, eram repellidos naote cerimonia da bençao dos éfl- .•
dependencias da capella, atguns s - sem contemplaçào, porque nào tr~- fermos, que se I ffoctua na f6rma cos-
cerdotes confessam homeos e rap.. - ziam attestados médicos, que julga- 'tum"da, e conclue com a bençAo gc-
zes. Outros dlstrìbuem o Pao dos Ar.~ vam desnecessarios, por estarem con- ral, dada do alto da varanda do pa-
jos a milhares de pessòas que nas vencidos de q ue bastava a sua pi - vilhào.
suas terras se tlnham preparado para lavra para garantfr a realidade e gra- Depois o rev. Luiz Castello Bran-
esse acto pela Con{lssao Sacramentai. vidade da doença, d·fficil de dlagno~- co, sobrlnho d!3 Camillo, tece, em p:t.
a
0s doentes, medida que vilo cbe- ticar sem urna demorada e profunda
observaçao, alli impossivel de· fazer.
lavras enthusiastlca, e commovid ?s,
o panef,!yrico 'da Màe de Deus. Por
gando, sAo collocaaos s6bre colchOes
ou sentan -•e nas bancadas do ret - Que saudadcs uao haviam de ter, fim orgdnìz.o1-se de novo a proclssao
pectivo pavllhilo, couforme a gravidt·- naquelle momento de dulorosa hu- para recoot.luzir a branca estatua da
de do s~u estado. Os servos e as se - milhaçao esses sacerdotes, que algu- Virgem ao pa',irào popular commemo- 1
vas de No5S8 Senhora do Rosario mas vt!zes enconlram ,s em Lour Jes, rativo tlas appnriçòes e dos sucessos
ancJam constantemente numa roda vl-
va ransportando os aoenles ou pref -
de visita ao Bureau des Consta-
tations, onde errm St>mpre acolh1dos
maravilhosos.
.
tando-lhes os servlços e ob&équios com menos desconfiança e com mais
Servibs e escoteiros - o P.atronatò do
de que precisam. n benevolencia. . • tc1tvez por serem _ Porto-As l uas curM 1ustautaneas · ,
fm torno do pavilhllo milh 1rcs de estrangeiros. Be111 hajam os médicos de treze d6 Setembro ultimo 1
p es s Oa s conservan•-,e alternative- do Posto pela sua attitude, que a -O poder e a bonda-
mente de pé e de joelhos durante tantos desagrada, mas que é tao pro.. i de da MarJa 'A
horas consecutivas t para 4ilccuparern pria para assegurar a se1iedade dOSJ
os loga~s, donde melhor r6.:Jcm as-1 seus processo& e imnò-los ao respc:-·
/

- ---~-_., -
1>osto de verifltaçOes médicas 011 cli- sAo de S. Paulo de Messano (Lou- sua amlga ter pedldo a Nossa Senho- .
nlcos de servlço occupam os seus renço Marques), a 200 kilometros do ra a cura sem necessidade de opèia-
postos. Servltas e escoteiros clrculam litoral, sendo acometido d'urna grave ç!o, dentro de pouco apareceu cdm-
continuamente nas dependencias do doença e desen2anado do41 médicos, pletamente curada. Era uma chaga
posto. Véem-se algumas senhoras da de pronto recuperou a saude desde enorme de urna cOr azulada, com um
direcçao do Patronato do Porto, fun- que se invocou Nossa Senhora da chelro insuportavel, tendo de ser cu-
dada por lniciativa da Liga da Acçao FAtima. rada tres vezes ao dia e deltando <te
Socia! Crista, daquella cidade, que l)raziela Oomes Bemfeito (rua cada vez mais de um decilitro de pu1.
vleram acompanhar duas emprega- Tomaz d' Assunçao 28, 2.0 - LisbOa), AJberto a'Oliveira, de Lages, con-
das 1dessa institulç!o, ambas curadas a cura de urna ferida que seu filho celho de Cela. Etn malo do ano pas-
lnstantaneamente de ulceras no es- tinha no nariz. sado adoeceu gravemente sua filha
tomago, em treze de Setembro ulti- Um~elina, de quatro anoa e melo. O
mo. Respirando saude e bem estar, Joaquim Ayres de Oouvela Alleu, méd1co declarou tratar-se de duas
ellas agradeciam eff usivameote A San- consul da Grecia no Porto (Av. da
Boavlsta, 752), tendo visto u.ma po- artrltes tuberculosas de multo mau
tissima Virgem as suas curas, que caracter, urna no cotovelo dlreito e
attestavam hem alto o poder incom- brezinha {moradora em Vila Nova
de Gaia) que pedia esmola com um outra no joelho.
paravel e a bondade immensa da ce- Emquanto se esperava o desenlace
leste Padroeira de Portugal. sobrlnho, chsmado Camilo da Sllva,
urna pessòa lembrou Nossa Seohora
fìlho de Andréza da Silva, tendo es-
da Fatima. Começou~se logo a resar
Oregresso dos peregrinos - As nllfmas te uma perna com grandes feridas, de
o terço e prometeu-se urna novena,
despe~tdas aYtrgem -A bora mys- ha sete ou 8 annòs, aconselhou-a a
laval-as com agua da Fatima (que
começando tambem logo a creança
tica das Trlndades- Opolo lhe deu), dizendo-lhe que devia pre-
a melhorar, contra a expectatlva e
magnetico das almas parar-se para a graça, confessando-
declaraçao dos médicos.

Pouco a pouco a multidA'o vae-se se e comungandp primeiro. ]osi Matheus, de Vale de Lobos,
Quando voltou a vél-05'SOube que concelho da LourinhA, tendo adoeci-
~ispersando. Qs grupos de peregri-
nos tornam-se cada vez menos com- trnham tavado às feridas hes vezes do repentinamente 4s 10 da nolte,
paclos e menos numerosos. A cada com a mesma aj?ua (Joìs a quantlda- de J?arrotilho, seu filho Constantlno,
momento parlem vehlcuto,, conduzin- de era dimlnuta) e estavam curados, 1 de 1O anos, e estando o médico lon-
do os piedosos romeìros de F Atima do que restavam apenas as clcatrizes. ) ge, oanhQu a garganta do doente
aos seus lares distantes. Apenas um com agua da Fatima e ao nascer do
Leonor Passos, de Braga, sof ria, sol começou a melhorar.
ou outro dev6to fica ainda dirigindo havla ,iete anos, de doença que to-
a Virgem urna ultima supplica, esque- dos os médicos reputavam incuravel,
cldo talvez da hora tardia e da dts-
tancia do seu lar. A noite approxima-
sgravando-se esta nos ullimos seis
mezes. Recorreu com toda a fé a
Abrig~ para os doentes
se ntpièlamente, tendo ja descido o
sol no horizonte. E' a hora my3tica
Nossa Seohora da féitima, e melho-
rou rapidamente.
peregrinos da Fatima
das Trin.1ades, que convida a rezar Transporte. ·• . • • 4 .740:000
e a pensar no Ceu. oe· vez em quan- Maria C. Corrèa 8 Cabtal, de l
Velas, atr1bue ao auxtlio de Nossa D. Estephania M e n d es
do os echos repercutem os sons dum ( Oul lhufe - Paço de
cantico popular, q\le algum peregrino Senhora a cura de coxalgla de que
sof ria um seu fil ho de 6 annos. Souza) . . . • • • • 30:000
entOa na viagem de regresso. Momen- D. Trindade LeltAo • • • 5:000
tos depols, a noite envolve com o ]osi Martlns dos Santos, do Se- -
Soma • • • · 4 775:000
- ~

seu negro manto aquetra estancia pri- minario das Missoes de Cocujiles,
villgiada pelas graças de Oeus e pe- tendo sido apurado para a vida mi-
las bençaos de Maria,-estancia, que litar foi d-:pois livre em circunstan-
é, sem contestaçao, o p6lo magneti- cias inesperadas, quando isso se jul-
co das almas, o ponto de attracçao do gava impossivel, ao setimo dia de
mundo espiritual, o centro em torno urna novena a Nossa Senhora • da
do qual gravltam todos os coraçOes Fatima, causando o caso a admira- Do Apostolo d'outubro ultimo, re-
-de bOa vontade. çAo do pessoal do hospitaJ, siugentos, cortamos o seguiate:
enfermeiros, etc.
• .•• A Aparlç~o recomendou in-
Maria B eatriz d' Alme/da d'Eça, sistentemente que todos fizessem pe-'
do Porto (Rua de Santa Catarina, nitencia e resassem o terço do Rosa-
J 124), declarando os médicos que rio. •
necessitava de operaclo em um tu- Esta recomendaçao repetiu-se em
rno, que lhe apareceu. começou este todas as aparlçòes.
Continuamos a publicar o relato
1esumldo de graças e curas obtldas a desaparecer depois de recorrer a Na sexta e ultima, a Senhora de
por intercesslo de Nossa Senhora do Nossa Senhora. Fatima «queixou-se do muito que os
Rosario de f';ltima, attendendo assjm Olinda de j esus, de Alvelos, obte- portuguezes ofendiam o seu divino
aos desejos das pessOas favorecidas. ve de Nos'ia Senhora urna graça Fllho ; recomendou • que resassem o
e q~e parecla ir(callsa vel •. Terço e leO-antassem ali na Cova da
Manuel Antonio Junior, do Brejo
Fundeiro (Vila de Rei), tendo seu fi- lria um¾l capela em honra da Senhora
]osé Marques Oomes, dos Pouzos' do Rosario.•
lho Cesario, recemnascido, doente (T-0rres Novas), vem agradecer duas
com urna enterite, parecendo mais ca- Felizmente o conselho da Santlssl-
curas. U ma a seu favor, de uma ar.-
daver que outra coisa, este começou glna de mau caracter. Outra, a favor
'!'a Virgem continua a ser seguido e
a melhorar logo que se recorreu a as suas ordens cumpridas . por tantos
de sua mulher que sofreodo de gran-
Nossa Senhora da Fatima. portuguezes com urna flJelidade e
des d01es' de estomago e complica:-
constancla que nos fazem crer na vin-
Maria A11eusta Claudia, da Ma- çl)es de coratao, que a na;ia obedc-
da de grandes bençaos de misericordia
ta (Torres NovHs) havia mais de dols clam, depois de varìas intermitençlas,
para Portugal. Os nove annos decor-
annos que ~ofria de a aques nervo- s6 vieram a d esaparecer definitiva-
ridos desde as ApariçOes até hoje,
sos, chf gando a perder os sentidos. mente depo1s de ter invocado Nossa
teem visto crescer o numero e o fer-
Sem nunca ter recorrido a médico al- Senhora e ter tornado uma chavena
de agua da Fatima. '!Or éJos peregrinos que vao mensal-
gum, começou a melhorar desde que mente, A f.°Alim 1 recitar o Ros.irlo e
seu mar1jo e fnhos recorreram a N. Maria ] Jse Rodrig-ues, do Carva- de ,IA voltam cllelos de fé e de espe-
Senhora da f Atima. Oeixaram passa·r lhal B !!mfeito (Caldas da Rdinlia) rança, e!iP.alhando por toè.la a parte
dois annos e naò tendo voltado o
padecimento cumprirllm a sua pro-
tendo urna c11nhatla ~corn urna n~s: a d~voç!lo A Senhora do Rosàrto de
cida nas costela$ do la::.lo do coraçlo• rati111 ~ 4 r~ a do T.crço. .
messa de lrem a Fatima. e publicar a te.odo con sultado varios médicos, tan- ;f ermf ta Qeu~ ~ue este fervor san-
graça. , to das CalJas corno <te Lisbòa, que a to 'riao d esapJre~a nuoca ~ aumen-
Jl~'Alves Martills, auxiliar da mts- declararam lncuravel, dep6ls de uma te sem;,re, po. que as p~rcgrinaçOés de
Fétlma sao um melo admlravel, todo No entanto Urnno podla conter 74 parece que camloha em llnha recta .
divino, de levar muitas almas a purl- terras, Neptuno 84, Saturno 708, e para um ponto aituado na constela-
ficarem-se na graça dos Sacramentos, Ju,:>iter, J309. da Lyca.
de obter a conversllo de pecadores O Sol é um mlthllo e trezentas mii Arcturus faz 413 k tometros por
e lndlferentes e de reunlr todos os ve.zes maior que o nosso pianeta. aegundo, isto é, 35 milbOes de kilo-
mezes aos pés da Santissima Vlrgem, Apesar d'iato o Sol parece urna metros por dia I
na oraçao e na reparaçllo pelos crl- pequena noz ao pé d'alguns plant- Resta-Jos curvarmo-aos em adora-
mes de Portugal, centenas e mllhares tas. Dentro da estrela Sirius cabem ç~o e dizer com Ampére: «Como
e, varlas vezes no anno, muitissimos 481 O e6es. O Arturus de Bouvier Deus é arande, corno Deus é be1lol»
milhares de pess0as que, de facto, é um milhllo de vezes maior que o As mesmas maravilbas nos infini-
representam •um grande numero de Sol. Nllo obstante, a estrela Canopus tamente pequenos, mas d'estes fala-
cidades, vilas e aldeias da naçllo jun- podia engulir no seu estomago t,es remos noutra occasi~o.
to do trono das mlsericordias da nos- milhOes de a6es I .No entanto e xclamemos com a sa-
sa Celeste Padroeira. Por isso o dbio Ampére, fatando _grada Escriptura: cOs ceus contam
Dizia-nos ha pouco o lncansavel urna tarde com o seu amigo Ozanam, a gloria de Deus e o tirmanunto
e venerando Rev. Dr. Cruz, de Lis- e olhando o Ceu crivado de estrelas, manifesta a obra das suas màos.•
b0a, que nas suas prégaçOes tem exclama, corno que acordando d'um
procurado meter nas paroquias a de- extase: e Como Oeus é Rrande, Oza-
voçllo da uniao espirltuat com os pe-
regrinos de Fatima no dia 13 de ca-
nam, corno Oeus é bélo I•.
Se nos eepanta o numero louco e Voz da Fatima
da m~s. A idela tem sldo bem rece- a grandeza prodi&iosa das estrelas, Deepezae
blda pelos rev. Parocos e posta logo n!o menor admiraçllo nos causam Tranporte • • • • • • 55.412:600
em execuçllo com agrado das popu- as dlstancias a que estAo umas das ImpressAo do num. 49
laç0es que naquele dia acorrem a outras e a velocidade do aeu movi- (40:00U exemplares) • 920:000
egre}a paroquial para ouvir Missa, mento. Expèdiente e outras des-
comungar e ir em proclssllo, recitan-
do o Rodrio, é capela ou altar onde,
A terra eaté a cérca de 150 mi-
lbOe1 de kllometros do Sol. Se esti-
pezas • • • • • • • ___
160:000-
na respectiva freguesia, se venera a vesse mais perto eramos assados, Soma • • 56.492:600
imagem da Senhora do Rosérlo. pois que Mercurio, que esté s6 a 58 · Subaorip980
Eis urna exceleote pratica piedosa, mllb0ea, deve ter urna temperatura
(Janeiro de 1926)
dlgna de aplauso e lmltaçllo. Oxal! de 200 eraus. Em Marte, que e,té a
que, ao menos, o espirito de unillo · cérca de 200 milhOes, teriamos frlo, Joaquim Maria Soeiro de Brito, 10:000;
com as peregrlnaç0es de Fatima se D. Amelia Brazio Machado, 10:000; Manuel
porque a temperatura devia ser ahi Pedrosa Jordao, 10:000; D. Pdlm1ra Martins
estenda por toda a parte, pois asslm de t 00 graus abalxo de zero. Juplter Feria, 10:000; Miguel Brito, 10:000; D. Lu-
se conseguirla tornar multo mais re- esté eituado a 777 mllh0es de k :lo- cinda Magriço Cou1inho, 10:000; D. Clotilde
forçada e mais intensamente naclonal metros do Sol. Mendonça, 10:000; D. Palmira Ribeiro Lo-
as préces dos que na Cova da lrla pes, 10:000; Francisco Antonio da Costa
lsto é fantastico, dlreis v611 I Dinia:, 10:000; D. Maria Jos6 e D. Maria Ju-
oram pela patria. Alem d'isso o pen- ]sto oilo é nada. Eate syjtema so- lia Henr1quns, 10:000; Padre Domingos Jo-
samento desta eapecle de peregrina- lar nAo é mais que um leaço d'at2l- s6 da <.:osta Araujo, io:ooo; D. Jzaura de
çAo esplritual nAo delxaria de desper- beira em relaçllo a esse outro campo Lacerda, 10:000; Jolio Ribeiro da Siln,
tar, em muitos que lé nao podem ir, 10:000; D. B~atria: da <',raça Pinheiro 30:000
onde camlnham as estrelaa. Padre Joiio Lopes Gomes, 10:000; D. Ger-
o deseio de acompanhar tambem no A eatrela Sirius eatll a 83 trili0es e trude, Oliveira Santos Pinto, 10:000; D.
esplrito de mortlflcaçAo e carldade os 300 bili0es de kilometros. Vega da Henrìqueta Ferreìra da Fon,aca, 10:000;
peregrinos que vllo realmente a P4- Lyra, a 157 trili0es, e a estrela Polar l>. Maria Henriqueta de FigueireJo, 10:ooe;
ttma. ,. D. Maria Teresa de Mello Falciio, 10:000;
a 440 trlli0es e 500 blll0es, e é urna Antonio de V1lhena, 10:000; D. Margarida
das mais vl1lnhas, pois que ha estre- Victoria da Silva, 10:000; D. Maria Adelaide
tas, dez, cem, mli vezes mais afasta- Moura, 10:000; D. Aotonia Malafaia, 10:000
eomo Dens é grande I das.
Sabe-3e que a luz anda 300 k ilo-
Visconde de Cortegaç11 1 10:000; Joaquim
Cardoso da Silva, 10:000; Manuel Ramos
de Carvalho, 10:000; Domingos Francisco
metios por 1egundo e por Isso um de !trito, 10:000; O. Maria Eua:ebìo Caleìros
A falar a verdade, e6 Deus é Infi- mloutos de luz equivalerla a 18 mi- 10:000; D. Luiza Barreiros Sal~ma, 15:ooo;.
nitamente grande. S6 Elle é Infinito l~es de kilometros. D. Maria Amelia G!rald11s Teixoira, 10:000;
D. Rosalina Rola C1çoila, 10:000; Julio M.
em poder, em sabedorla, em bonda- A tua; pois, esta a carca de um Fernandes, 20:000; D. Candida Couunbo,
de e em beleza. aegundo de luz da terra, o sol a otto 10:000; Pidre Joaquim do Lacerd1, 10:000;
Deante d·Ene, tudo o que é crea- mlnutos. Padre Jolio Ceaar de Lacerda, 10:000; Jesus
do é infinjtamente pequeno, é nada Ora a estrela mala proxima de n6s Clara da Silva 1 10:000; D. Maria d'Aproson-
taçllo D.iv1d Gonç•l•es, 50:000; Balbino
em si mesmo. eaté é dlstancla de 4 annos, 4 mezes Maria de Carvalho, 10:000; D. Generos_a
Em relaçAo a n6s é que o caso e 8 dlas. A ettr9'a Polar 46 annos, Farioha, 10:000; José Lourenço Fernlio PI·
muda de figura. mas ha-as cuja luz leva 12:000 an- res, 10:000; D. Dionizia Queijinho, 10:000;
Dum lado ficam-nos as estrelas, cu- nos a cheear. D. Maria G.ibriela de Souza e Silva, 10:000
D. Maria da Luz Peroira Rodri11ues, 10:000
jo numero, dimens0es, distancias, ve- A mais perto das nebulosas splra- D. Maria11a Per1ira da Costa, 10:000; D.
lgçjdade, calor, luz, ordem e beleza loldes eaté a urna dlstancla de tre- Joaquina Santos, 20:000; Soeur Ef!l· 10:oo_c>
assombra a nossa pobre lmaginaçao. zen toa mli annos de luz. D. Natalia Soleiro, 1-0:000; Antonio Rodn·
Do outro lado, os 'infinitamente Em consequencla, ha estrelas que 1Juea da Bela, 10:000; D. Adelio• d'Almeida
10:000; O. Maria Xnier d'AlmeiJa, 10:0'?0;
pequenos, os atomos, cuja natureza, vlndo a apaaar-ae, s6 d'aqul a 10, D. Clementma Campos, 10:000; D. Candida
energia, etc., nos ablema do mesmo t 00, 1000 ou 10:000 annos· delxarla- Amara!, 10:000; O Arminda Amaral, 10:000
modo. mos de v~r a sua luz. D. Lucia Soares, n:Soo; D. Maria Rosa C•-
Quanto b estrelas, podemos des- Outra consequencla Interessante é nbal, 2.0:000; D. Maria da Gloria Magalhbs
Freire, 30:000; D. Irene Rou, 10:000; D.
cobrir cérca de 7000 a olho nu, mas que n6s vemos as esttelas nilo onde Maria Candida Vn Jorge, 10:000; Paule>
ouma placa fotografica chegam-se a ellas agora estfo maa onde estavam Maria Brito Camiller, 10:000; Madame En-
deecobrlr cem milh0es, deinndo-nos quando nos enviaram a luz que ago- carnaçlio, 10:000; D. Mana Tereta Bastos
a lmprusao de multas mais que exls- ra nos chegou aos olhos t Carregal S1lu, 10:000; O. Maria José da_
Sìlva, 10:000; D. Maria do E, pirito Santo
te111 para além. A terra camlnba em volta do sol Correia, 10:000; Su_periora du Hosp1taleiras
Mas que dlzer dos cometas, que com a velocldade de 30 k1lometros Portuguezas em Tuy, 10:000; ConJessa
em numero de muitas dezenas de por segundo, isto é, mais de 100:000 d'Azambuja, 10:000; D. Palmira Valente,
de milh0es caminham vertlginosa- kilometros 4 hora. 10:000; Manuel da Co~ta Areujo, 10:000;
D. Angelina das Neves Guani•ho, 10:000;
mwte, por esses rnundos f6ra r O Sol, com todo o seu cortejo de D. Zulraira de Magalhiies Lobo de Seabra,
E esses mllh0es de nebulosas ca- planetas, camlnha mais devagar mas, 10:000; José EstOYes d'Almeida, 10:000;
da urna ctas quaes é ùm mllhiio de alnda asslm, f az 72:000 kllometros José Maria d'Almeida Martin,, 10:060; D.
111u Jldos f ••• por bora. Del~na Paes Noirueira Frazlio, 10:000; D.
Artemisia Paula Vieira Marquea da Cunlia,
· Quanto 4s dlmensGes, a terra pa- Para onde nos leva elle ? 10:000; D. Perpetua Furtado Pereira dos
rece-nos j.4, e realmente é, d'uma Provavelmente segue urna trsjec- Reis, 10:000; D. Carolina Maria Gonçalyes~
araadeu enorme. torla elipllca mas tao extensa que 10:000; D. Umbelina da Concciçiio, 'f?oo.
\

...

LEIRIA, 18 de De-~enibro de 1026 N.• til.

(ÒOM APROVA.OAO EOLESIASTIOA)


Dlree'tor, Proprietario e Edl-tor A.dadn1'11irador, PADR~ M. PEREIRA DA SII.VA
OOUTOR MANUEL M'ARQUES D0S SANTOS UDACyAQ I! ADMlNIS'rRAçlo
::B."UA. D- N'O"NO ALVA'RES :PE~E:I:R.A.
Com,>otto e impresso na lmproa&a Comcrclal, t S6 - Leiria (BS4TO NONO DE UNTA lLU\U)

Principia a missa dos enfermos. rec1lidade e, se for preciso, o reco-


Cronica da Fatima Emquanto ella se celebra, o rev. ca- nhecimento do mèu Confessor e Di-
pelllo director reza o terço do Rosa- rector ou do Rev. Parocho da nossa
rio, alternadamente com o povo. freguezia. ·è-
(13 de Novembro de 1926) Segue-se a commovente cerimo·nia No mez de Setembro de 1924, es'-
da bençllo do Santìssimo Sacramen- tava gravemente doente meu sobrl-
to aos enfermos. E' urna scena sem- nho Eugenio Julio Clare Neves, de
o dia 13 de Novembro, pre pathetica, um espectaculo impres- 14 mez~s de idade, filbo de José Ma-
b 9 horas da manpa. s6- sionante que empolga e arrebata a ria Neves e de Zulmira Clare Neves.
mente algumas centenas
""IF..'L--....,.___. alma e enche de lagrlmas todos os Avisaram-me que o médico assisten-
de peregrìnos se encon- olhos. Oepois da bençao, s6be ao te dissera, deì)ois de ter dado 10 a
travam na Cova da lria. pulpito o rev. Palrinha!, arcypre!te e 12 lnjeçOes de sòro fieiologico (vida
A grande peregrinaqao paroco da Plgueira da Foz, que dis- artlfìcial)1 que andava a eotreter por
nacional de Outubro e as a
serta sobre a devoçao Virge111. Reor- que a criaoça oao vingava. No mes..
cbuvada! dos dias ante- ganisa-se a proclssao para coni1uzir mo momento pedi A Santissima Vir-
riores provocaram em lar- a Sagrada lmagem a
capella das gem <10 Rosario que me acompanbas-
ga escala a diminuiçaa da appariçoes, por entre alas compactas se ao logar da Estrada.
concorrencia de fleis ao locai das de povo. Os peregrinos -d~spersam-se Transmiti a meu irmao José Maria
appariç~es no m~s das almas. A pela Cova da lria e preparam-se pa- · Neves o aviso que me trouxeram e
malor parte dos romeiros presentes ra o regresso aos seus lare's distantes. pedi-lhe gue mandasse chamar !me-
asststiram és miseas que se iam ce- Junto da capella das ap~ari~Oes e diatamente outro médico. Asslm foi.
lebrando no altar centrai da -capella da fonte miraculosa estacionam nu- O primeito milagre é que na mesma
nova. O sllencio era profondo : ou- merosos grupos de romeiros. Ao la- hora1 s,m haver combinaçao, chegou
via-se apenas o brando ,cicfar das do da fonte, a
distancia de alguns o médico assistente, dr. Lar.y de Va-
préces fervorosas, que, de centenas metros, fol aberto ultimamente um lega, dahi a poucos mi1uto, o sr. dr.
de boccas, se elevavam para o Ceu, novo poço destinado a ser o reserva- Silva, de Estarreja. Os dois fizeram
e de vez em quando o som estriden- torlo das aguas que no inverno trans- um mlnucioso exame. O médico as-
te da buzioa de algum automovel ou bordassem da fonte miraculosa. A sistente disse que o pequenioo doen-
o ruido abnfado do rodar dos carros erecçAo da futura basilica exigia que te niio tinha sels horas de vida. O
na estrada. se tornane desde ja essa medìda. sr. dr. Silva declarou que a doença
A'quella bora matinal, naquelle m~s Mas aJnda o novo poço niio estava além de grave, tinha muitas cempli~
do Outono, o pavilhao dos doentes concluido e ja da rocha viva brota- caçOes. Era entre-colìte, diarreia ver-
achava-se quasi deserto. O Posto das vam jactos de agua cristallina de de, meningite, com perda de vista e
verificaçOes médicas estava aberto, a
orlgem opposta da fonte das Appa- um movimento continue de cabeça,
maa n:io funcionava por fatta de clien- riçOes. braços e pernas. Temperat1:1ra mui-
tes. O director do servlço aproveitou Cousa admlravel I Numa regiao to enf raquecida, era preciso termos
a sua lnacçllo forçada para assistir ao montanhosa, de 1ao elevada altitudc, constantemente olto latas co111 agua
Santo Sacrificio da Missa. Logo que arida e esteri!, onde dantes nào bor- bem quente para coAservar urna tem-
eate terminou, voltou sem demora bulhava do solo o mals Insignificante peratura regutar. Nao podia tomar
para o Posto, afim de assomir o exer- velo de agua, apparecem corno que nada, os v6mitos eram constantes. A
cicio das suas funçOes. Pouco a pou- por acaso dois mananciaes tao abun- bora era triste e de rlgor~so sileo~o.
c-o os enfermos vllo apparecendo. O dantee qoe s6 o rendimento de um contemplando bem o pequenino mar-
pavilhAo respectlvo fica por· fim sem delles sacia cada anno centenas de tir. Pedìmos ao sr. dc. Silva que em-
um logar vago. Nao ba doentes de rmlhares de pessOas e é exporhdo em pregasse tocfos os meios para salvaf
gravtdade. So urna mulher é tran&po~- tao grande quanti4ade para todos os o nosso querido EugeninhG. Este res-
tada em maca. Proximo do melo dia pontos do paiz e até para todas as po~dcu. que 56 por um milagre o po-
solar a multldao dos fieis engrossa partes do mundo I der1a Palvar. Pela medicina nào é
consideravelmente, graças aos contin- Visconde de Montell• possivei. Cond< ido das no~as ln-
geotes que simultaneame.nte chegam grimas, disse-nos: «como sOmos oe-
de varios pontos a
ullima bora. Al-
guns milhares de pessOas pisam oes-
se momento o chlo sagrado do locat
Hs cnras de fdtima t61icos, peçam muito a Deus1 que eu
farei o mesmo e o gue me ins,irar.
Quanlo a farmacia, é isto o que eu
das appariçoes. Organìsa-se ent!o a «Avanca, 27 .de Outubrn de 19:16. receita rei>. Ass-i m se despecJ.i • ·
linda proclssao que cooduz para o Ex.010
Sr, Nesse mesrno mo1111ento toda. fizt-
pavilhAo dos doentes a. bella estatua ram cis se~s v6tos. Eu ajoel-laei junto
-de Nossa Senhora do Rot!ario; tllo Rogo a V. Rev.ma a fineza de fa- do meu doentinho, coloquei-lhe oo
venerada pelos fieis, que acotcem a zer a pubticaçllo, se assirn o enten- peilC'l a mlnha medaHla da Imaeulada
"8eus pés de todos os recantos de der. desta graça recebida. Junto o ConceiçQo; pedi Rluito a Virgem do-
Portugal. ateatado mMlco para J1:tsWficar a sua Rosario da f auma; promeli de J;azer·
- '
Voz dn Fé.tbna

esta publicaçllo; acender durante o daente) fol portador (d data em que de Nossa Senhora e que talvez seja
mez a lampada no altar da Virgem o vi) de doen.ça erR.ve e de dlaf!nos· dlgno de ser publicado, é que o levo
do Rosario; resar-lhe o terço em co-
mum; fazer a minha comunhAo dia-
tic, complic«do, 11ois o encontrei com
- ctntre,c,/lte, tii«rréa verde e rne·
. ao conheclmento de V. etc...
l;mllla Rosa de ]esus, de S. Mar-
.
ria e tudo que eu pudeste mais para niftrite•-c,m 11ertia tia vista e sem tinho da Oandra (Oliveira de A~e-
aliviar as Almas do Pureaterio. n,çl, «o ma11,, exterl,r. Estando meia), tendo falecldo um seu irmllo
Passei a nolte de 30 de Setembro ti.ente h• m•i, •'•m mez, /ulguel tuberculoso e achando-se eia muito •
até é manha de l de Outubro pedlP- am ccso peréitio pela strie de com- doente do ventre, estomago e gar-
do que curasse o nosso querido ~u- pliccçòes •n.contratias. Pondo de ganta, nao podendo digerir alimento
geninho se ele vlesse a ser um dia pttrte • e,tctt, meningeo por ser con- algum nem administrar a sua casa,
um verdadeiro amls{o de Jesus, para seqaencia ti•s ,utras doenças, con- começou a melhorar logo que recor-
honra e gloria de Deus. seral, pcu•••s quinze dias, ver que reu a Nossa Senhora da Fatima e,
Princlplei . a mlnha promessa no t,dos os Jy,nptomas se atenuavam e indo a Fatima em 13 de Outubro
primeiro dia de Outubro sem lnter- que a cre•nç• vinha para a vida com seu marido, corno prometera,
rupçao. Neste mesmo dia tambem sem a mmor •lteraçilo da parte do sahiu de la ,enthusiasrnada com os
começou novo tratamento o nos10 e1tceplzolo. Em seeuida foi lnstitui· grandes fenomeno! que la dìvisou».
querido doentinho. Passadas aleu- do o tn,t•ment, mtninf!eo e, com sa-
mas horas perdeu o movimento de tisf•çii.o, em p,ucos dias o quadro Alice Monteiro, de S. M'1mede,
csbeça, e o das perninhas tambem conta assim a sua doe11ç1 e cura:
symptomatlco er«ve desoparecia oa•
foi desaparecendo lentamente. Os cF.az hoje (5-Xl) dols rneus que me
r• aparecu , estado normai. Por sucedeu um desastre, ficando escan-
v6mitos cessaram, podendo as11im ser ver•11de, me &tr pedido e ter
tornar os meJicamentos e aleumas ohsenado 110 ultimo periodo o doen- galhada de um1 perna, a. ponto ~e
coJberinhas de caldo. Tres dias dt>- todos dizerem que nao tmha mais
te, pas.,.o este que assigrzo e juro pe- concerto em vista da f ·aquez1 e da
pois j4 estava llvre do maior perigo. la minlu1. lumra.
H-wla muitos dlas que nìio tinha con- maneira corno me sucedeu, que a es-
ciliado o sOno e no dia seguinte con- Estar,.d•, 23 de Outubro de 1926. cangalhei em tres partes, e corno flìio
segulu dormir pert" de se1s horas se- Joaquim da Silva tinha força na outra, era bem prova-
guidas. Graças mii :i Vi1gem Santi~- vel que flcasse inu tili,a::ia das duas.
sima. Dia a dia vif -~e melhorar. Fi- Ontra s curL:Ui .., As dòres eram horriveis, causan-
cou ainda um abcesso na pernlnha do-me ataques, que custava a ter
Antonio Francisco e sua muther, mao em mim a quem me tralava>.
esquerda, que teve de ser lancetado do B maco, freguez,a de Monte Re-
por tres ve.zes, efeito de urna injec- Recorreu a Nossa Senttora da F.i-
çfto antlga dada oum nervo. No dia
dondo (Leiria), tendo seu filho José
com um ataque que durou 48 horas,
tima, e ao fim de um m ez j i ani.lava
20 de Outubro fol visto pelo sr. dr. tratando do arranjo da casé:t.
este comt2çou a melhorar logo que
Silva, que disse nao ser preciso o recorren1m à Nossa Senhora da f é- Cacilda das Neves Si/va Slmòes,
uso de mal11 medicamentos, e em tim a. de S. Bernardino ( \thooitun da l::Sa-
poucos dlas !e restabeleceu. lela), que em Março de 1925 i;e ~en-
Todos satlsfizeram as suas pro- Sllvi:tfl Duarte, do Rabaçal, em ti1:1 muito mal com •10res na espmha
messas e eu tambem as minhas. S6 estado mthuawso, desenganada dos
médicus, entre outras coisas, prome- e espaduas nao podeou·) rnover os
n:io fiz a publlcaçAo por me parecer braços. Nao podia deit1u-~e nem le-
muito dificil. teu ir a pé a Fatima, o que fez em
vantar-11e senao com dOres horriveis.
O pequenino fol crescendo a no,- Outubro ultimo, por ter melhorado
compl~t'.lmente. Tendo aplicado vario, remedlos
sa vista. Tinha ficado muito perfelto sem resultado, recorreu a Nossa Se-
e muito e"graçadlnho e completou Condessa de Bertiandos (Ponte nhora da Férima e, corn,1 nào tinha
assim os dois an0s mas sem falar, de Lirn;, ), agraJece a Nossa Senhora agua, fez aplicaçao de cM de folhas
dizendo apenas mam e mile, eram as da FAtima as grandes melhoras à'um de oliveira e carra,queira, que de lé
duas frases mais cfaras. doente, e 19or agradecimeoto mandou tinha trazido em 1'924, e A sel'tunda
Completou 17 mezes depois da bapt1sar atgumas creanças com o no- aplicaçao encontrava-se perfettamen-
doe=n,:a e, apesar de grandes ei>forços me de Maria de Fatima. te bem.
qae fazl am para o ouvir falar, encc-
lhia os homhro1 e fug1a. No mez de J•t!o Rotiri~ues de Sd, da fregue- Eduardo filho de ,José Z eferlno
Maio de 1926, regressando seu pa- zia d·~ B•·itu111.ius ('1\inho), agradece Peuma ed: Henriqueu_ da Concet-·t
drinho de Pau (França), verificou que a rapid<1 e milagrosa cura de um fi- çAo, de Calaas da R111nha, de 13
lho que o médico da.a por perd1do. anos, estando com a vhlta quasi per-
a creancinha vlria a falar um dia, mas
com grande dlficuldade. Confiou-me Tlnha enterite, ameaço de meningite, dida fot em peregrlnac;ilo com seu,
esta m~gua. lmediatamenfe voltei de principio de perlton ite e f ebre a 40 paes e av6 a Fatim'l em 13 Je malo
graus e 3 decimos durante tres dias.
a
novo a pedir Virgem do Rosario da
EntranJo no quarto urna imag,m de
de 1925, pedindo multo a graça de
' melhorar, tegdo fica do com a vista
P4ti,na que lhe removesse esta grar-
de diflcu-ldacte na lingua. Promeli ir Nossa Senhora èa Fatima, a creança complPtamente bOa, logo a
salLla cto<-
a fatimi 11gradecer pcssoatmente, adormeceu e ao acordar estava sem local das apariçOes. •
levar urna e~mola e fazer publicaçio febre e agora perfoitamente curada. foi examlnado antes pf'lo especia-
das d1:1as graças recebldas. Aillio Torrts, de Barrosas, conta tista Dr. Fernando Correla, rl.Js Cttl-
Nos fins do mesmo mez de Malo assim il cura de sua prima em Outu- das, que nada l'he poude fazer.
· Uve o prozer tle euvir do Eugenio bro ultimo: cMinha prima Narclsa da Pedro Paulo, de Vìla Nova de
Jttlio Cl11re Neves a pronuncia clara Conct1çào MariRho, da freguezia de Ourem, curou-,c de uma p~rna ch:i-
e sen1 ~incult1ade. !'Ml ~ Fatim1 e Caide, concelho de Louzada, se f ria gada havia 20 aoos, deseuganado de
cum,n a ralnha promessa. ha 4 .,n,,s do estomago e estava re- todos os médicos
A Virgem Santisaima se digne aber- solv1do f ner-se-lhe urna operaçac;
çoar sempre todos aqueles que a im- perém a pequena, com receio, resul-
Elvira A. Marques da Cnsta Cor-
te Real, de V1ze111, porque a Vttgem
ploram corno Mae tlos er fermas. veu ditiiir-se a N0s,a Senhora, e,
Sa1111(!s1ma Nosse Senhnra do Rosa-
Ana da Conceiçao Nevts na ultima peregrinaçao, p;ua ahi par-
rio da Fatima &e digr.ou lembrar-"I!
-=- tiu. da sua alma ;iflita concet1en o-lhe
Atel!itaclo fm Lt-iria, e alé meio do camlnho urna l?raca que <..:nto lhe hnplowu,
da f-ft1m1, ainda se sentiu mal.
Eu, ahalxo assienado, mldica tm envia 1OSOO, conform e ltle prometeu,
A c, rta alrnra disse para a pessOa e pede o hvor da pubhcaçao.
13storrtj,1: que a fo' acompanhar: t:stou bem, e~-
Decl-.ira, /Hl ra t,dos M efeltos, tou 1,?.; e Hté h< je naJa mais sent"u, Uma filha de Moria r/e Coruche,
qz,e Eugenio julio ('/are Neves, Ji· deix"u de soke", e, consultando o cbe1a de fé e agraJecimentn p!ìfd
/h~ de jvsé Maria N evts e de D . méo1co, este dlsse-lhe que estava com Nossa Sentwr, dp R ,~.\rio da
Zulmlra Clc. re Neves, n(ltural do comple,,,mente curada. FAtima, e em cumprirn en to da sul\
/.of!ar do Estrada,fre2aezta 1,/ rl van- C'1m0 is'o é a pura expressAo d1 promessa, pede a publ1c,1ç~o ni Vtz
ca, conu/lto de Estarr,j,, e de Ida- verdaJe e, paru todos que conhecem da Fdfima da graça que Noss:.i !5t-
de de q111n.-e metes (quando estev! a peqn.!na, um dcs grandes mUagres ohora Jhe fez, res{itui11Uo a • i1,Uie 1 a

uma pessòa de sua familla.
Em reconhecimento envia urna pe-
Voz da Fa"tlm_e,

Jesus, o ~ue é que Vos animava no


meio dos tormentos da Vossa palxa'o?
- - Antes de tudo, mlnba filha,
sej al-o multo.
de-
quena quantia para as despezas do - O amor, mlntMs filha. E depols, meu Jesus?
culto. Jent, durante a ft.&celaçlfo esta- -Pedil-o muito.
veia a mever os labios ; ttue diziels Mas ai I meu Jesus, nAo sei sofref'
Henriqaeta Camacho, estando nada oor V6s I .••
muito enoomodatla com falhas no V6s?
coraçào tomou um pouco de aeu1 - Oiiia a meu Eterno Pae: «ten- - E' porque tu, minha filha, nlo
de Nossa Senhera da Fatima e me- de pied~de dos peoadores t ~ me amas bastante.
)horou imt'-ài-atBmente, prometendo Entlio, Jesu,, n~o amaldiçoavels Jesus, que hei de fazer para ses
publicar esta graça. os Ve11sos carruces ? urna santa?
- Minha filhn, era eu que desar- - Medita, minha filha, constante-
mava o braço vl•gador de meu Pae. mente os meus solrlmentos e as mi-
Abrigo para os doentes Jesus, o Vosso Coraçao nlio estre- nhas virtudes no Santissimo Sacra-
mento.
mecia de indignaçlio contra aquelles
peregrinos da Fatima que Vos es<:arravam no rosto? Jesu,, eu sou Uio ignorante, que
- NAo, minha filha, eu perdoava- devo fazer para me lnstruir?
Transporte • • . • • • 4 775:000 lhes. -Que o teu crucifixo, mlnha fi-
D. Deodata Amelìa Ma- lha, seja o teu livro.
lato . • • • • • • • . • . • 10:000
Jesus, e foi por mim que sofrestes Jesus, eu querla aider de amor por
tudo isso? Vos.
lsidro Margues Cardoso, - Sim, minha filha, e com amor.
sufragando a alma de -Minha filha, entra na ohag1 do
sua mae. • • • . . • • • 10:000 Jecus, e que dizlels V6s ao ver a me4 Coraçao.
cru2? Jesus, que devo eu fazer para Vos
Soma. • • . • • • 4 795:000 - Ah I Talvez agora elles me agradar muito I
amem. - Minha filha, olio cesses de con-
Jesus, m!\s nào estaveis V6s cança-
Entre dois amigos do de tanto sofrimento ?
- O amor, mlnha filha, di sem-
templar as miohas chagas, as minhas
feridas, 110 Santissimo Sacramento.
Jesus, onde é que os martyres fO-
Uma. alma. o Jesus p're al~ntos novos. ram tirar a força de tanto sofrer?
Mas, Jesus, era realmente sofrer de - Nas minha.s chagas, minha fi-
Jesus, alnda hoje me nilo haveis di-
male I lha, sobretudo oa do meu Coraçao_
to nada I - No entanto, eu nllo cessava de
- Mi11ha filha, é porque ha muito Jesus~ as&tm Vos esquecei& que
dizer: e ai oda màis, meu Pae, ainda Vos tenho ofendido tanto I •••
barulhn ~ volta dt! ti.
mais. .. · - Sim, minba fìlh~, porque agora
Jesus, m~s porque nilo Vos eocon-
trei eu ainda hoje? E Voss-a Mlie, Jesus, tambem hi me amas.
- Porque nao fOste onde eu es- estava ao pé da Cruz I Jesus, eu n!o deixo de chorar os
tava. - Ah I minba filha, quanto eu so- meus pecados.
Jesus, mas realmente V6s tendes- ftia de a vér sofrer I - Essas lagrimas, mlnha fìlba
me muito amor ? Jesus, V6s sobre a· Cruz eataveis sa.o-me muilo queridas. '
- Minha filba, dei todo o meu abanòonado de VOfìSO Pae. Jesus, o Vosso amen por mlm é uni
sangue por ti. - Sim, mioha fllba, maa Elle nao verdadeiro martyrio porque eu nllo
·rar~e-te pouco? vos aband•nou a V61. correspondo devidamente. .
Jesus, amanhil bei de Vos dar todo Jesus, todos os males Vos acabru- - E', minha f;Iha, porque nllo cò-
o meu coraçao. nharam. nheces o meu Coraçao.
- Mas esse ~manila, minha filha, -Sim minha filha, mas s6 um me Jesus, agora estou resolvida a do
desola\/a: <O pecada». Vas deixar mais.
cbegaras tu a vel-e ?
Jesus, eu procuro as minhas ami- J~us, qu,o b0rrivel nlio deve ser - boce promessa, minha fllba. J
gas do munrlo porque o me1:1 cora- o infer•o, viate que pua nos llvrar
çao necessita tanto de amizade I ••• de la tanto ti:v~te de sofrer I
- Como, minha filha? NAo tens - O princip&I, mlnha filha, é que Flores para o Menino Jesus
o meo Coraçao no Santissimo Sa- no inferno nAo me amam.
cramento?
Jes~, quanto Vos deve ter custa- O episodio que vamos contar teve
J~sus, eu tenho tanto receio de do o esqueclm-ento e iadiferença dos logar na egreja dos Padres ào Saa-
cai{ no pecado I ••• home"t ... tissimo Sacramento de New York na
- Minha fllha, deixa-te estar ao - Minha fllha, morrer d'amòr e
nAo ser comprehendido, é pavoroso.
vespeta do Natal de 1902 e ;em
pé de mim. contado no jorna l Sentine[ d~ssa ~a•
Jesus, eu desejo tantas colsas I ••• Jesus, chamaveis Vor. os apostolos siio:
- Minha fllha, entao nao te che- em vosso socorro? "Estava eu s6\inho, de joelhos
iJ.1 o meu Coraçiio ? -Cli.amo, alrn, mas ettes dormem. ahi pela volta do meio dia, deaa~
Jesus, mas custa tanto o que V6s Jesus, qual foi urna das maiores ou do trono de Je&us, na nspera do Nà-
me pedis I ... mesmo a maior d6r da Vossa vida? taL,
- Olha, minha filha, a~ui o meu - A t1aìçAo ~e Juda11, minha filha. Pensava eu tiio di-a bemdito et'.Jl
eoraçii~ e la em cima, o CE:lf, Jesus, os Vo&sos sofdmentos vile que Jesus Menino descera para este
Jesus, la do altar estaes sempre a salvar as almas. mundo.
dizer: • vi ode a mim i. - O pensamooto, minba filha, d"C Via-o deitado sobre p.'llh&, tendo a
- E' verdade, miQba filha, mas, que, plNa rnultos ba~o resulta inurn, seu lado a Virgcm Miie e S. Josi,
iflfelizmente, nao veem. tortura-lille. seu guarda fiel. Arnbos estavam co-
Jesus, porque ha tantas almas que Jesus, como hel de eu saber que 0.s rno qae transfig1trados , Estavam la
se pen:lem? meus pecooos me fOram perdoados? tam•ea1 06 pastores maravìlhadoa e
- Porque n~o qu.erem o meu Co- -Ama-me, mh1ha filha. os Anjos trazi:am atravé:; do espeço
raçao, mJnh"I filha. Je8us, eu t enho tant0 mMo do jul- ~strelado esta a;[egre novidade : «H~
Jesus, falai V6s mesmo aos ·peca- galllento I ••• Je nasceu para v6s um Salvador.,!
dores. -Mjnha filha, é ,erdade que eu é Emquanto eu estava mergulhado
- Eu nao cesso de .falar, elles é que serel o teu juiz mas antes de tu- nesta doce contemplaçao, senti passos
qu-e nào querem ouvlr. do sou teu pae de creanças que se dirigiam para
Jesus, estou prompto a dar-Vos tu- Jesus, eu amo-Vos. amo-Vos I onde eu estava a.joelhado. '
do o que tenho. -Ah I corno estt' palavra alegra o . Pararam e percebi que mc: que,,
- Mio-ba filha, basta-me o teu co- m·e1.1 coraçlio, minha filha f riam falar.
raçao. Jesus, que posso eu faz~r para con- Voltei-me e deparei com a mais
Jesus, porque ptrmitis que eu so- solar o v osso coraça1.1 ? encantadora scena: quatro meninas1
fra tanto? -Mioha filha, ama-me muito. levando C(da llma llò S braços U!Da
- Porque te tenho amor, minha j lsus, que hei de eu fazer para Vos lnne::a v..:l ha e p rnco assdaJ 1, mas
filba. amu multo? cuidadosameoLe embrulhad,1s por:
Voz da Fatima

causa do frio, posto que elas mc.s• - Os Paèhes tetm um bcm oficio. Albuquerque, Padre Jayme Jo,é Ferreini,
mas nao viessem suficientemente ves- - EntAo porque nlio o aprendes? D. Gualhermioa de SouzJ e Mello Carv11lho,
Carlos Silvetra Peixoto, D. Ald;i C. Jic: CRr-
tidas para se defcndcrem do frio gla- -=-=- vwlho, D. Ascençao Bacelar, Padre Jouquim
cial que fozia. Todu~ quatro de joe- -Nao ha ceu. Gonçalves Mar~a;hau, Dr, JMquim <'Mlho
llios se bre os bancc, é:ll comunhao, -Para os patiff:i.:, com certeza. Perc1ra, D. Maria MugalhYu Nunes, D. Gui-
olhavam a Santa Hostia com respci- -=- ltìermm.1 Guimaracs d'Araujo, l.<.on.r,lo
Francisco, Vi,condc de Cortegaça, 1,. An•
to e amòr. -Nllo ha inferno. tonia MalafJia, Joaquim Amaro CarJoso da
De tcmpos a tempos prccuravam -De certo, para os bons. Silva, Francisco Pcmbo, Manuel Rarro d~
o meu ulhar, dc~cjundo mas temen- Carva lho, l>omingos Francis.:o ù~ Bd~o,
do fatar-me. - Ninguem voltou do inferno d. Joa9u1m Gonxa lves. D. Emilia Leìct: d,t
Costa Faria, ~ara d:1 Sìlva, Pa1lre Antoni'>
Por fim, urna d'cllas, cncheu-se de -Isso prova que se nao sae de la Mnria J.1 Costa, l>. Maria Joaqutno T::-vare,;
coragcrn, 11,rroxima-se de mim e diz- mas nao prova que se nao entre pa- Proenç.1 J' Almeida Garrett, u. C 1.-:il fa Cn-
me ao ouvtdo: «Padre, n6s trazemos ra la. brtta, !Jr. M,rnuol Jo~é i.le Souza, Dorr.in~o~·
Maria Monrciro, D. Adelaide dc Jesu~ Cu-
aqui isto, dC-o, faça favor, ao Meni- -=- nha, D. Alzir.1 dos Anjos Rebelo Seholao,
no Jesus,,. - No fim de contas, o QUI! é pre- D Marta do Ro~àr10 <~arc..lc,~o Saldhla. Lu1-
E estendendo a mac, entrega um ciso é viver. za da ::illva dl.l Cura; I). Maria dos A'njo~ de
ramo de flores, acresccntando: «e elas - Enp,anas-te. Depois de tudo, o Matos, Ana ravares, D. CHolin,1 P1nho, D.
u.o mesmo nossa:,, n6s quatro (dizen- que é preciso é morrer. Ana d'Ohv.!tro, D. H.os.i J'Ohve1ra, J) M.t-
ria l.uiza de Souza Delgado, D. Amelia de
da os nomes) as compramos com o -=- Frei1as Carvalho 1 D. Maria de Belem Pinho,
nosso dinhciro, na praça. Pcdimos -Eu n!Io tenho fé. • Amomo Dias de Castro, Antonio Monreiro-
que nos dé~sem mais mas disseram- - Mais uma razao para a procu- Balciio, D. Maria Laura Mdrqu~s dos Sao-
nos quc nestas oca:.16es ha poucas tos, O. Anron1a Marques Pri:;111, D. Angelina
ft6rcs, que eram raras e caras e que
rares. dR\Conceiçao Martin ho, Lui, Ci~riano Es-
tcvt:6, Dm,ctor da OrJem Terce1ra do Car-
nao nos podiam dar nem mais urna mo, de Coimbra, P.adre An.Jr111no de Soun
pelo nosso dinhcìron.
Eu estava v~rdaJdramente como-
Voz da Fatima Vieira, Or. Antero Ferreira c1e Ma~alh:ie~,
D. Elv1r.i Ahreu Malheir•> l\hr1nho Fdlcao;
D. M,.ria Emilia Pinto ftr.nduo, D. Maria
Tido e perguntei: ,Que dinheiro ti- Deapezaa das 05res Trocado, José Alves Ja Rocha,
nbam as meninas ?• ' Transporte. • • • • . 55.492:600 Padre Antonio Franci~co de Cum!)o~, D.
Urna d'ellas respondeu? cno'i con- lmpres~o do num. 50 Mari.t Gèrald-, Ferrtira, Mìs~- K:ithleea
5SSuimos ajuntar e poupar meio tos- O'Donnel, D. M11ria da Aisuropçiio Corre1a,
(31 :000 exemplares) • 713:000 Joaqu1m Pereira da Sìlva, D. O ycl"pia de
tao para o dia de Natalil. Exped,ente e outras des- Oliveira Valadas Preto, D. An t Augusta
l>epois d'isto ausentaram se, mas pezas , • . . . . • 355:000 Frci.as. Antonio Rodrit1ues d.i Bela, D. Ma-
antes de partir ajodharam e abaixa· ria M~nuda de Vasconclllos, D M.H1a T•-
ram um pouco a cabeça (as mesmas Soma • • 56.560:600 resa de Jesus Soares Te1xdrn, D. MMia do,
bonecas uveram de se curvar tam-
bém), disseram uma oraçiio silencio- .
Subsoripo o
(Fevereìro de 1916)
Desamparados 6uimarues, O. Aiace Senna
Guerra, D. Maria Conceiçao .\thayde e Mo-
lo, D. Albertina Vieira !:,in o:s, I> Mari~ de
sa, de que olio se ouvia nem urna Jesu s l\lura1!, Padre J o,t! Je Mato~ Dias,
palavra mas que Jcsus, la da cust6- AlcXRnJre Sevtrino Gomes, 20:000; D. Ana Antonio Anacleto d'Oliveira, Jo~é d'Olivai-
ùo Carmo Moraes, 10:uoo; D. Maria J11s ra Pcreira, José Maria da Costa Olive:ril,
dia, tera ouvido e abençoado, Elle Merccs Flores Bra:ail, 10:000; D Tere~u Je D. Maria Luiza de Souza Ros;,Jo, D. M,tria
que ca na terra fazia as suas delicias Je,us Pereìra, 10:000; D. .M..iraa A 'Ilelia José S .1 mp1110, Moraes, Julio M. F'ernanJos,.
em estar com as creança~. Brun, 10:000; l'tl.;nuiJ Dutra, 10:000; Pa- D. Lucrt-c111 Pc:lej1io, O. LucinJa Pires Du·
Em ~eguida dl!~ceram pela egreja dre Eduardo de Souza Marques, 10:000; que, O. Henriquct11 do Ro~éno Coelho Pt-
D. Rita do Sacram·e nto Mousaco, .to:ooo; reira, D. MJr1a eia As,umpçfio Sin:oes S1lvd,
abaixo e foram para a rua, conservan- D. Elvira Pereìra da Cosu, 10:000; D. Ma- Antonio u'Olive1ra Santos, José Domingo,
do sempre bem scguras as bonecas. ria Emilia Que1roz e Lemos, '.lo:ooo; Carlo, Corre1a, Padre Manutl Tavares de Sousa,
Durante o resto d.t minha hora dc Neto d'01tv .. 1ra Barbosa, 10:000; D. Maria D. 8o1atriz de Jesus Ribè1ro Ferreira, D.
adoraçao, esta scena inolvidavel .niio GeralJes Barba, 10:000: D. Armanda Medi- Leonc,r Gonçalv.:s de Caslro, O. Amdi-1
na, 10:000; Padre Antonio Corre1:1 Ferreira Maria de Torres Sanlos, O. AJel~ide dc:
deixou de passar e repassar deante da Mota, 30:000; D. Maria da Conceiçao Souza Chambo:rs, D. Adela1 le J,1 Conceiçii_o
dos meus olhos. E eu pensava : Bettencourt Nogue1ra, 10:000; Ur. Cruz, Mendes, Padre M~nuel Antonio da Conctl• •
quanta:; hçoes n6s podemos aprender 10:000; Antonio lgoacio Vic•ote, , 5:ooo; çliu, D AlberCJna Per«ira, O. ((ou Elias Ri-
das creanças : liçot:s de fé, de amor e De jorn,,es: D.,Maria du Oores, 193:ooo; btiro, D. A.gueda Rosa Gomes, D. Leonor
Varias pess6as d'llbavo, 35:500; D. c .. rmeQ Rou ù.: V1t1:rbo, D. Fl'liriJoJc Maria Je Jt-
de sacrificio ! d'Almenla, 33•:ooo; D. D•llin.1 Maria 1'Al- sus, Ana da Conceiçlio, PaJre Vir,llnio L•· J
Quantas tentaç6es naotiveram ellas meida, 60:000; Padre Aug1.1~to Durao Alves pe$ Tava res, D. Carlota Sdlaailr, n. Juù_ith t
.te vencer vendo nas lojas os brin- 50:000; A,ylo de S. Jose, de B,aga, 30:000; Mour<-1 Braz Nunes, Elvira B.trbosa V,em,,
quedos, 011 bombons, tao lindas coi- D. h:oi,:rac1a d'As,umpçiio Covas, 90:000; D. Jacmta Asrnmpç5o M,rque~, Rosari.t
F. P1'lho Nunes, 5'.l:5ou; Carmma Vieira, Lu1za, D. l sm~nia de Souza Barbosa, D . Ma-
sas e tao belas bonecas de cabelos 35:5oo; D Celeste Maria de Souza, 15:ooo; ria do C.:u de Jesus Lope~. Manuel Ribau,
loiros e olhos azucs ! Monsenhor Porti;~al, 1«:000; Pad. Alfredo Padre Antonio Mnria dos Sdntos Campos, ,l
No entanto olio quizeram gastar o Abrantes, 17:000; D. Marta da Purttieoçlio D. EJ ,1orJa Albert:01 Tav ..res .te S:intiaR<>
aeu tesouro mas guardaram-no para Godmho, 50:000; Jesefa de Jt:eu~, 83.800; D. Mari.. na !:>antiago So•eral ll1be1ro, D.
D. Maria e.la Conceiçiio CalJas, 1l:5oo; D. Mario Jo~é d'As.:ençao T.vares d'Almeida,
o Deus-Menino. Amelia e Afonso Pinhal, 3o:5oo; D. Angeli- D. Maria da Giona Tavare, de Soverol
A exemplo dos tre:i Rcis Mago,, na da Concei~lio Soaru Matos Louaùa, Manms, D. Dcdiina A.igu~ta l 11! Pina. •·
trouxeram os trez dons: a sua e~mo- ,s: oc>o; <.;ustod10 Ferreira de Alme1da, Ana Augusta Correia, D. Mima José Segu-
la, figuroda no auro; a sua oferta 18:000; f). Emilia Nuno1 Rocha, 27:Soo· rado V1e1ra, D. Oeolinda Jos Reis, D Maria
M11nuel tl'Olive1ra Borges, 1lie:8,)o, MigueÌ Palmira C. Aort1sta Antu-n~s, O. Olga Nu-
simbolisada na mirra e a oraçiio, Bento Nuoes, 17:Soa; Antonio V1eira L1:1te, ne~ Pereira,D. Maria d.o Canno Cardoso
murmurada a seus pés e que subia So:ooe; D. Altee Rodr1gues, 30:000; D. Lau- Cabrai, Padre Manuel l)uart~ Netro, D. M,1.
corno incenso.» rinda M.1rques, 5:ooo; D. Anna da Sil•a ria dos R. Maruni., D. M11ria Joana Martins, -,
Barre10; ie:ooo; O. Cesarina da Piedade, Gabriel Ra1mu,1tlo J,1 Stiva.
n:5oo; [). Maria tla C. Toscano Tinoco,
20:00@; V1~conde de Montedor, 35:ooo; e

.
D. Mdrta Fernanda !antos, 1So:000; Caeta-
no Auguuo Metia, Relvu, So:o•o; O. Ma-
ria lzab-.J Monta1ro R41tnu, 50:000; D. Ana
VOZ DA FATIMA
- Eu nao tenho re!iglAo e passo Augusta Freitas, So:ooo; El1as Ja Salva Ma-
Esrte jornalzlnho1 q u e
multo bem. cbado, 3e1:ooo; l!>. Clemen,una Rais e Silva,
'.lO:ooo; D. Maria Torrn d'Avelar, '..lo:ooo; wae -sendo tllo querido e
-O meu c!o e o méu porco tam- Paàre Lino Ja Gonct:19"JO forre•, 1'.l:000;
bem. D, Mariu Augusta Gome,, 20:000; 1). Rosa procuraclo 1 é d;atr5huido
-=- da SilYa, :io:oc,o; D. Mt1tJj folia Bo telho, gratuitm•ente em Fétim•
20:000; Francisco Ged111ho, 100~000
-O tempo da Egu ja passou. Contr1t,um,m tan- beir. com a quanti:\ de nos diQ& 13 de oada .n6s.
-Mas recomeça sempre. 10:000 reis: B. Laura e D. l\•hriana Morais, Quem qulzeP ter o di•
Domsn~ot Martin~ Ferremo1, P11dro: JoillJUim
-=- Ga10J;1s, D. Maria Ad elaillle Salazar, D. Ma- reito de o rttof'lbe• dire•
ria Adelaide Saluar Norton Padre Adriano otamon"to palo e o.- re i o, ~
-Eu nllo acredito aqullo que nfto Dias M11rques, Manuel ùe Oliveira Ruoilo,
D. Cr1sUnM Lereno, AgoKmbo Marnnbo t-ar6 de enwh1r, ode11nte•
comprehendo. Viail-a, D. Cletild• Augusta Te1:a:1:ira i.opes,
-E' por it1so que nllo acre!:!itas t111 D. L1ur1nda Pereira, P.dre B,larraino ù Al-
dam•nte1 o m In i m • dar
aada. •e1da P'erreira, B. MermiDiQ d11 l"ooseaa o dea mii réie.
.A.:n.o -V Leiria, 1 3 de Ja.:n.eiro de 1 9 2 7 .N. 0 52


-A-
--
[COM. APRO V AOAO ECLESIASTIOA]
Director, Proprietario e Fditor: - Dr. Manuel Marques dos Santos Il Administrador: - Padre Manuel Pereira dcc Silva
Composto e impresso na Un lao Grafica, Rua da Santa Marta, 150-152 - Lisbo a. Redacçtio e Administraçao: Seminar io de L ei ria.

\ Ao meio dia e trinta e set.e mi- desde alta madrugada. Ap6s a mis-

CRÒN ICA
nutos a hora mistica do contact,, sa realisa-se na forma costuma.da
entre a terra e o Céu nos dias da~ a bençiio dos doentes, cerimonia
I Apariçoes - depois de concluzidn sempre bela, sempre empolgante,

da FA, TI M A' Y.Sii:~!:t:::~:;: •::;~:o· :~tE~~;;~t:clo: o:;:::·n: 1


d~
Ap6stolos-principia a Missa oficial peregrinaçiio con.. uma singela e to
da peregrinaçiio, a ch3.mada missa cante pralica do rev.do dr. Marquea
dos doentes, que é aplicada por dos Sanios sobre a devoçiio a, Nossa
.. (13 DE DEZEM~RO) eles e por todos os peregrinos, mes-
mo por aqueles que o siio simples·
mente de desejo. Emquanto se ce-
Senhora e os deveres do Cristii'.o e
com a procissiio do costume organi-
sa.da para reconduzir a branca es
lebra o Santo Sacrificio o rev.do tatua da Virgem do Rosario ao seu
Manhù fria de Dezembro. Come· turada de sobrenatµral e a alma eapelao-director dos servita.a reza pedestal na oapela comemorativa
çavam apenas a raiiir 'IS primeiros tocada de unçoes suav(saimas e im- alternadamente com os fiéis o ter das .A.pariQoes.
alvores da madrugada, quando -i pregnarla de consolaçoes inefaveis ço do Rosario. De vez em quando, Pouco a pouco os peregrinos dib
camionette, que nos nanspo1-tava sente-se mais perto do Céu. Oa pe depois da doxologia que remata persam-se e retiram, regressando
rapidamente a terra das .A.pariçoes, regrinos silenciosos e devotos, cir cada uma das dezenas, ouve-se uma aos seus lares. Apenas alguns, os das
chegava pela estrada do Alqueidao culam naquela estancia sagrada, prece jaculat6ria que parte do fon- , aldeias mais proximas, se demoram
de Torres N ovas aos conirafortes ora enchendo com agua da fonte do d'alma e se eleva para as altu- ainda até ao anoitecer, prolongan-
avançados da Serra d' Ayre. .A. ge- miraculosa os recipientes de diver- ras, implorando misericordia e per- do a sua oraçiì'.o aos pés de Maria.
lida aragem que soprava das ban- dno, ou uro caulico piedoso e po- E a breve t.recho o manto e!:curo da
das da montanha fustiga.va os ros- pular em honL·a de Maria Santis- noite envolve nas dobras das sua11
tos e as maos e intei.riçava os cor- sima ou em honra do Augustissimo sombras aquela est.ancia de mis-
pos forçadamente imoveis dos pas- Sacramenlo da Eucaristia. A' Oo- térios e de prodigios, trono magni-
sageiros, apezar de "nvoltos ern rnunhao muitos fiéis aprox.imam- ficente de J esu~ no seu Sacrario
agasalhadoras mantas de viagem. se da Sag1·ada Mesa, a pesar de de amor e esca belo esplendoroso dt>
Depois de atravessada a humilde al- inumeras vezes ter sido distribuido Maria Santissima, augusta Padroei-
deia do Bairro, que se aninha em o Pao clos Anjos dura.a.te as missas ra <la naçiio.
torno da sua linda capela coroad,L que se celebraram ininterruptamente Vi.,conde ,le Montelo.
por um elegante campanario, o sol
ergue-se no horisonte dourandc
com a poeira luminosa dos seua
raios as cristo.a dos mon tes e as co-
Sua Ex.eia Rev. ma It~rl.3. publicamente na Fatima em

pas dos arvoredos. o Snr: Bispo do Funchal I o povo estavn rndiante e vinba ,
Os companheiros de viagem,
mel!'.1-bros da Associaçao dos Servos na Fatima
de .Nossa Senhora do Rosario do
grupo de Torres Novas, que vao a
Fatima em missiì:o de ca1idade para I ll:uco.ntrando·se e.m L 0.1,r1a. d e v1s1ta
. . ao
prestarem os seus servi~os aos po- 1
bres enfermos, preparam-se pela I
Snr. Bil,po, no dia 11 ùo més J)assn.do,
nào quiz S. Ex.eia. Rev .ma o Snr. Biispo
oraçiio para o exercicio da sua nobi- 1 do .Punchal retu-ar-se sem ir até u Fa-
tima.
l:ssima tarefa, rezando devotamen- Ou,·irn contn.r ooisas maravilbos::is da-
te ero coro o terço do Rosario, en- I quele locai privilegiado; queria ver coro
cantadora pratica de piedade tao I os seus olhos o que era. que la havia.
insistentemente recomendada a to- que a.Li clmrua,•a tanta gente e de tiio
longa. ·
dos os portuguezes pela ·, irgem das E no dia 13 logo de manhiisinba 8. ,
Apariçòes por intermédio dos hu- Ex.eia Rev .ma. toron o caminho da Fati· )
mildes past01·inhos .le Aljustrel.
l(eia bora mais tarde passavamos
ma ncompanhado do seu secretario o
Rev.mo Snr. C6nego Jardim e do Rev.do
Dr. Galamba..
I
junto de Montello e sut>iamos a la A manhii esto.va fria; a aragem corta-
deira que èonduz ao largo terreiro O Seohor Nunclo Apostolico va mns S. Ex.eia sentio.-se feliz e repe-
que circunda :i igreja paroquial de tia frequentes vezes: •Vnle bem n pena
Fatima. Numerosos peregrinos de fnzer alguns sacriffoios pam vir a Fn· j
Ilom~nageni da II VOZ DE JJÀTI- timn.
ambos os sexos confessaram-se e ou- .MA11 reconhecida pela visita do 'tlua- E que é isto afinal ? ... » Encanto.do
vem as JlJÌssas que nli se celebram tre Rep1·esentante do Santo Padre, com o panorama do Mosteiro da flatalhn I
1"r6xiruo do meio dia oficial a jgre- Pio XI, Vtgarlo de Cruito na terra, deJ?<>is com a vastidii.o e vnriedade da. O primeiro Prelado que celebrou a
ja fica deserta. Todos os fiéis se ao Santuario de Nossa Senhora do ladeira pn1s)lgem que cont~pla quern sobe a S >r• S . d ,r. 8
do Reguengo, oom a. limpidez • m.usa no antuarto ~ .vossa e-
dirigem apressadamente para a Co- Rosa1·io de Fatima. do nosso céu, S. Ex.cia Rev.mn. foi , nhora do Rosarlo de Fatima, no dta
va da !ria, onde a multidao aque- maneira. dos outros peregrinos clivi iindo 13 d~ Dezembro de 1926.
la hora é mais numerosa e mais sos feitios e tamanhos que trazem o percurso em pequenos trOQOs com a re-
compacta do que no dia. t reze do consigo, ora oumprindo as suas citaçio. dos 15 misMrios do santo rosa- , paasngem ajoelhn.r-se-lhe din.nte peclindo-
lhe piedosamente que deixasse beijar o
mes anterior a mesma hora. rio.
promessas junto da capel a das .A.pa- .Ao terminar o penultimo a.ponva-se o.nel.
N aquele local bemdito seis vezes riçoes, ora rezando em torno do junto dos muros da Cova da Irfa enca- Er11, uma consolaçào parn. aquela Ma
santificado pela presença da Rai- pavilhao dos doentes e assistinao minhando-se logo para o p;rande alpendre gente ver um Biapo irmanado com 6lea
nha dos .A.njos, parèce respi\'ar-se a as missas que se celebram nos tres dos doentes em cujoa alta.rea celebrava na meamn. piedade, na mesma deYoçlo
ern aeguida. no mesmo amor a Virgem 8S.ma.
pl enos haustos numa atmosfera sa- altares da Capela nova. Foi a primeira vez que um P~lado ce- Foi a primeirn. vez que um Prelado pi-
...

2 Voz da Fétima

sou a terra da Cova de Iria. em dia 13, 842) ha.via 14 anos qae né.o tinha noti· tomag-0 ha.via mais de cinco meses, con- que alguem morresse sem f..acra-
ornado com os sena habituais dietintivos: cias de um filho que tinha ido para o sultando varios médicoe e usando varioa mentos.
dnf a impressio de todoe os peregrin06: Brnzil aos 13 anos e ja la. estava ha 24. remédios, nito melborou. Foi a Fatima,
impreseao de alegria e de oonfirmaçiio Nesta conjunctura, lembrou-se de ir em bebeu ngua, pediu a Nossa Senhora, e Ào menos nessa bora, as nuvena
na crença que ali 011 levava. maio a Fatima e pedir a N .• Senhorn la mesmo sentiu sensiveis melhorns, formadas pela poeira da vida di,u-
S. Ex.eia Rov.ma e beru assim o Rev. 0 que moves-se o filho a dar-lbe noticiae, acha.ndo-se a.gora cura.do, atribuindo u cu· pavam-se e as almaa, voltav&m-se
Sr. C6nego J'nrdim retirou-se edificado prometendo neste caso voltar em ontn- rn. tii-0 d.pida a N ossa Senbora, a quem deveras para Deus e saiam desta vi-
com aqueln massa de peregrino&: «Ali bro. jti. foi agradecer.
,' cantava-se, resava·so, orava--ee com fer- Ao voltar da Fatima. sentiu neceesida, da purificadas e confortadas com 09
von. de de escrever ad filho e assim fez. Maria Carrelra, da freguezia de Santa Sacramentos.
«Niio era uma oraçii.o mecanica safda Em outubro nào oons~uiu rfispor as Catarina. da Serra (Lefria), tendo umo Mais ou menos neasas alt.urna es-
inconscientemente dos lab1os; era a ex- cois-ne parn voltar a Fatima mas preci- sua filba ataques nervosOB que lhe <lavam tava em perigo de vida, tuber,~,J.,..
teriorisnçiio do Coraçiio que alee apresen- sa.mente nesse dia recebeu noticias e fo- as veses de bora a bora, tendo-qe feito
ta,am a Nossa Senhora». tografia do filho e familia. a promessa de urna novena e invocado so, um dos homens que a uma VL !a
«Nio era urna romaria corno as do cos· Nossa Senhora da Fatima, nchou-se me- cheia de irregularidades m,,ra:1:1,
tume; era uma manifestaçio sincera de Armlnda Perelra, de 27 anos, de Vila lhor. maior ·espfrito de hostilidade maui-
sentida pierlilde O de f~ profnnda. Nova de Outil «tendo, havia doie anos, lrmil M. Ceoilla, do Bom Suoosso (Lis- festava contra o aeu Paroco que lh'o
coqjunto de deliciosa simplioidade e en· consulta.do muitoo rnédiros inutilmente d8 t d la te
I
Agrndou a S. Ex.eia Rev.mn. aquele umn. doençn. de bexiga e utero, tendo boa)' tondo caido urna grlt\nde porçiio nao merecia porque era a manst,lao
l'antaùora piedade. tendo n.té estado dois meses no Hospital es uque on 8 e ~ ve mom~mt.llt ~- e brandura em pessoa
tes, atcntas certas c1rcnnstancias, atri· · . . _
Sentiarse ali bem. Como que se rece- I de Coimbra, pensando-se em uma opera- bue a pro.tocçiio de Nossa Senbora. d'n Talvez o estado de 1nqu11~~,açao
hinm ali novos alentos, novo vigor. çii-0, tend0 ja. gn.5to aJguns •'-0.Iltos de Fatima o. nao ter ficado esmagada. causado pelo reroorso explique este
II
~inp;ularmente oomovedorn. a bençiio reis, antevendo ja os filhos ao desarn-
dos doentes e o transportc da imngem paro, recorreu a Nossa Senhora do Ro,
· rt
Maria Barbara de s. P. Vlnagre Preto, inso 1 0 proce men o.
di t
nrrancnrnrn a S. Ex.ria R ev.ma. las,:rimae sario. da Fatima prometendo la ir em se <le Gouvoin, nl,!;rndece a Nossa Senhora
de consolaçil.o.
I Apesar de tudo, o· zeloso Paroco
tembro. Trouxe de la. agua de ,qae fez o ter melhorndo do urna doença e nao resolveu ir visitar· o enfermo ~ dis-
Foi pori<iso que com snndnrle so retirou nplicaçiio e depois de qumze dins e3"' ~r morrido de um9: operaçlio, meli~1ùrosf~- po-lo, se fosse possivel, para a snor-
cl::lli depois dé tcrminncla n fnnçao e de J tava curada.
,isitndo a l'nsa dos Ron•itns com nei ins-
s1ma sun nòra Mana J'osé a Alme1da V1- te que se avizinhava a pasaos lar·
nngre Prato.
tnlaçoe~ anl'xas. / Maria do Rosario LaranJelro, do Outei gos.
Aquele ranto d(I terra conquis•n.ra-lhe ro dns ~atns (Ourém) estando prestaci Adelaide Martlns Bernardo, . de Proen- O doente repeliu-o altivamente
o <'Ora('ao <' compreendin np;orn corno ali a sucn!flh1r a urna doençn que nii-0 cedia ça a Nova, prometeu pubbcar duas nao querendo recebe-lo. O pobre
lhnre11 d<> pere,i?rinos. I
nrorrem totlos C6 m~i;es milhares e mi- a med1camentos, recorreu a N.• Senho- grnçns que nlcançou de Nossa Senhora.
ra da Fatima achando-se restabelecida / Uma foi a cura do sua prima J'ulia Ber- Paroco com a a lma a sangro.r na
i S. Ex.eia Rev.mn qne quiz mostrar de.ntro de poucos dias. nardo quo ba.via quatro meses que 1,ofria perspectiva duma vida perdida para
pf'ln aua visita qual n ideia qne forma
da F~tima apréRMtnmos as noseas mais
I dos olhos, :riùo poclendo ler nem tra.ba· 0 Céu, ausentou-se.
Caetana R. da S. Ferraz, de Galego~ i lhar e convencida de que niio ~ltaria a Nao estava havia ainda. .llUito
I
i:incerns snudaçòes e os votos mai9 ar- <S. Martinho) vem testemunhnr a Nossa melhorar. Lavando-os duas ou tre11 vezes
denteR para que Nossa Senhora ih Fa- Senhora da Fatima duae graças recebi com agua da Fatima, ficaram curndos. tempo em casa (foi o mesmo Rev.do
tima torn(I rle <'ada vez mais fecunda a dns. Urna, a cura de sua miie atacad,, Outra, a curo, de um sen irmao muito Fa.roco, quem nos contou este epis6-
RC'çiio npost.6lica de S. Ex.eia Rev.ma.
E ~om ostn. saudaçiio e no. pessoa do seu c1ais.
tiio 1lustre Pastor 9uere!°os snudar tnm- A segunda a s_na pr6pria cura, ta!fl·
I
d_e. pneumonia em oircunstanciae espe- doente, muito preocupado, pensando que dio) quando lhe veem dizer:
morria. . . . .
Urna n~1te que o VJU ma1S' a.fitto poz..
«Snr. Prior, o J osé Diniz, µede-
bem os no11so.s qnerteloA irmiios Madeiren- b~~ de pneumoma «que logo de pnn- lhe Il-O pe1to ?ma med~lha de Nos'la. Se- lhe o favor de 1~ ir». .
se& entre quem Nos1m Benhora da Fati· c1p10 n alarrnon profondamente visto nhora dn. !6t,ma depms d!3 um sono re- J -Como pode isso ser se amda ha
ma confa numero!!(ssimos rlE'votoe. sofrer do pulm~ _esquerdo desde 191_8 p~rn.dor, tmbam desaparec1do ns apreen , bocado me repeliu?
A RedacçA->. I e ser este o atmp;1do pela doença mM soes e começou a melhornr. p l d d t
I
-
rom urna tal intensidade que nii~ dei- J o. avras . o oen e: .
:-cou clu'l':das a todos que a rodeavnm Maria Zaira Morelra, de Cnuas da «Snr. Prior, mande1-o chamal'
. . C) . .
cle qne _niio re~istiria por muito tempo'. Senhorim •ten~o grandes pnlr,>i~oos ner- porque iato eata mal e, nO:o venha
O propno medico que desde o principi, vosns no coraçao qne lhe pro1b1am o des- por ai O das unhas grandes ~frase
tentou lltnC'ar o mal por todos os meios canço noturno tendo as vezes de a.bando- . d .
AS C URAS c~e,i?ou a dizer-lhe que eia 0 ia. deixar nar o Jeito, recorrendo eia 6 sua Mie, p1to~esca com . que es1gnam C' de
f1car mal. a No'lsn Senhom da Fatima, começou m6ruo) 6 pTec1so preparar-meli.
DA FATI MA No dia 26 para 27 (de novembre ulti- logo a melhornr achanclo-se h-0je perfei·
mo) prevendo o fim 1>roximo mandou tnmente bem.
Recebidos os Sacramentos nas
/ melhores diaposi,oes, acreacenta o
C'harn11r o sarerdote parn a Extrema-Un- · d S p · lh
P.e José Maria da Costa Parente, Pa- çiio. P ed iu (lntiio a Nossa ',enhora di\ OUTRAS GR AOAS mor1bun o: « r. rJOr, pe<,'o- e
rooo de S . Laznro (Braga) cliz..nos: Fntimn. a graça dnm milagre. Passacio$ um grande tavor e é o de fazer colo-
•Apre..so-me hoJe (l·XII-1926) a enviar- , cloi11 òias o mérl,co declnrou-lhc que es- Recehcrnm tambem graçns e veem aqui car no meu caixìio o retrato de mi-
lh~ esLa c:11rta que um meu paroquiano tnva livre dc perigo». teeternunlrnr o seu ~eoonhecimeuto a J nha madrinha (uma estamp:~ de
(Sunio dn Rochn), actualmente ausen Nossa Senhorn da Fatima: l zabel d' As· .
te em .Arcos de Val de Vez me reme- j Elisa de Vasconcelos Matos, rie Lisboa sunollo Taborda (dois meses gravemeo- Nossa Senhora dos M1lagre9, pa-
teu. ' I
(R.. Heliodoro Salgndo, f4-2.o) agradece te doeni.-0) e Maria Antonia Branqulnho, droeira da frcguezia, que tinha. si-
Esta famflia, a men pedido, fez urna n:ci rapidas melhoras, que ado.eceu repen· de Alvito; Maria da Gl6rla Sllva, de Sil- do designada pelos pais corno sua
n~vena a N ..• Senbora cla Fatima a su- tinamente de doença repntada. grave. v_ares, fregu?sia_ de Urr6 (Penafief) 9-ue madrinha. do baptismo que esta
plicar a graçn. da saude para a senho tmha umo. 1rma com p;randes complica- . '
ra da mesma casa, u.ma esposa 8 miie Hermlnla Nunes de carvalho de Lis çoes internas temendo-se que fica~se tu· ah naquela mala e me acompa.nhou
modelo, atn.cada de mt1itas doettça& grn- bou (Caminho de BaL"to da Pe~ha-Viln berculoea. sempre pela .Africa e out.ras partes
vee. Candida-34), clepois de urna novena de onde tenho andado» .
.Ao mesmo tempo bebeu por varias comunhoes, t'08ar o terço durante um M'arla de Lourdes de Barcelos (.An1ITa), Evidentemente, em troca. Jeeta
ve.zes a bemdita agua. do iocal das Apa- ano, etc., viu desa.parecèr-lhe do pesco- varias graças.
melhoras foram rapida.e. I
r;çòes, corno pode ver na dita carta. As QO «um volume que chegou ao tamanlrn
de um ova de patn, sentindo corno se
atençao, Nossa Senhorn nao permi-
AttguSlo Ant6nio da Fonseoa e Cama· tiu a perda eterna do seu afilhado,
Ja dormo muito bem e vai comando fossem umns raizes, que a. indomodnvam ra o niio ter recn.fdo depo:s de nma òoen- o 11ue é de molde a incutir animo
_, por todo o cor1>0 e qu 8 :r ed' ça grnve apesnr de se ter exposto n tra-
m que IUl<la lhe f nça mru.
8e '1.
· nuo e 1a aoq b Jh n tantos pecadores e a tantas almas
Tudo iato se pasl;lou no dia da oonclu- med1camentoe., a os perigosos.
- d
ano a mesma novena, depo1a
da Comunhiio,.
·
da Sagra- Franclsoa de Azevedo Telxelra, de Ta·
Lulza Ferrelra Rodrlgues, de Pnredes buaço (Douro), urna grande
·a
atribuladasd
obti· TI a e peca os.
pelo
d remorso de •Uma

Sobre a naturezn da doençn diz a carta freguezia do Vale (Arcos de Valdevez) da. gral'l't I Quanto maior confinnça nao ,leve
n qne fnz alusiio a antecedente: •Nao «tinha um nascido na curva de nma. per- _ _ _ __ _______ incutir aqueles que a teem e tra-
sei corno descrever-lhe 0 quo se paseoti na, eentindo. muitas dlkes, animando-a
em noesa ca.sa a ml\Ìo da novena em sua fi!J1a a reoorrer a Nossa Sennorn do
,. o . . I ..
tam corno Mae e que, na 1m1taçao
dennte: a minha doentinha que eetava Rosario da Fatima, come,;ando urna no- Q A f L H A OQ OE J das suas virtudes, procura.m viver
perigosamente enferma, sofrendo de tu - vena e co!ocando pnnos oom terra do lo- como filhos dedicados !
NQ
do, cornçiio., rine, figado, eetomago1 eto ca.I dns Arnriçòes sobre n parte doente
sofria dores horriveie, nao podendo dor'. no fim de poncos dias acba.va-se comple'.
mir nero de dia nem de .noice... ,

Laura Lima, de Beiriz <Povoa de V a.r-


\
tamente curadn, nito voltando a sentir
dor alguma.
SSA SE N HQ RA
- ~--- -
z im) que tendo ido com •menS& dificnl-
d J9
ac a
Fat· t b ·
ima em on u ro u1timo, ten- ·
Angela Agular de Lourelro, das Cal-
dns da Rninha, «tendo recorrido a Sant!e-

do de la eatar deitacia em um colchào sirna irgern o a.o 8. Coraçao de Jesua
Vieira é urna nopulosa fre•-·nesia
.t'
(com praia de banho~) enCJ"'Vada
"'
..,
"
ALampada das
d~vido a.o seu estado de fraqneza (ane- e tendo feito. uso aa ap:na dn Fatirnn., na cél ebre Mata Nacional de L eil'ia,
mm geral, neurasthenia, pnrnlisia de um e sta cnrada, ha jfi qnisi dois :inos de hoje concelho da Marinha Grande.
lad o e te .. ) ao voltn r eeniiu-se has- renmntismo de quo sofn'a.
tnnte melhor, apesar dos p;randee inco-
'
· d
A vi d a agiiada e errante dn maio-
1 - d.
nossas lgrejas
modoe eia vingem. Eia me11ma confessa Lulz~ _Joaqulna, do Vnle. Sobreiro (Cn· na a popu açao, ispersa por quasi
I
que a bençiio do Bantfssimo sentiu no rangueieira) nchanclo-se mmto apoquenta- lodo o mundo, a sua convi venc1a E' rigorosamente exigido que, em
scn corpo urna sensaçito extraorclinari:t dn C'e>m nm grn nde !umor que lhe nnsceu com meios onde a parte mate~ial e todas as igrejaa cat6licas, se conser-
I
e certo bem estar. O que é certo é qui! em urna pe~nn., nao pode nclo suportar a vertigem da vida moderna, <thsor- ve acesa, dia e noite, uma lampa~a,
no , fim de tudo ja voltou por seu p~ ns clores e nao obeclecendo a medioamen,-
para o carro poeto que um pouco am tos . • lembrou- se de N · se.nh ora cl i\ F a- ve e apagn a parte espiritunl, tor- deante do S. S. Sacramento.
parada. / hmn, l~voo tres vezee a pernn com agua na cada vez mais dificil incuti'r-l he Sao naturalmente curiosas as
drt Fatima, encontrando-se curada. Pro· habitos de disciplina e f azer que. creanças : tudo perguntam, tudo
Margarlda Lopea, de Vila Nova de meteu ir . comungar a Fati'!'a e resar aquela gente pratique com re<f"l tlari- querem saber. Àcompanhado por
Gnia, tendo espetado urna agulhn em um pelo cammho., com a fnmfha, em voz d o·
dedo, sofrendo muitas dores, atribue li altn 12 t~rçoe. ade a religii.ì'.o. sua mae entta um menino numa
protecçi'io de Nossa Senhora n. cura, ten- Al
varo
L d • h . d L
ouza a, marin e1ro, e eça
No
}L t
entanto o povo é de boa i1:dole igreja. A l ampadasinha, que a.r de
· 1
do eafdo a agulhn depois daa novenns de Pnlmeira, agradece a N. Senliora a e u t:m, m~1s. ou menos atunte, deante do altar, excita-lhe a curio-
q11e fez 8 de ter usado da agua da Fa- «cura. repentina de 11m terrivel reumatie- , o espir1to religioso, prestes sen.1pre sidade e prende-lhe a atençao :
tima. mo11. a o.parecer, sob retudo nos momentos - Minha mae, pergunta ele, pa-
Maria da Conceiçlo Maohado Fraga-
I
telro, do Porto (Rua Heroes de Chaves, (dioce..se cle Portalep;re), ' sofrenclo do es-
I
Ma nuel Alves Garcla de Martinrbel dificeis da vida.
Ha cerca de trinta anos el'a r aro
ra que serve esta lampada?
Se, co:mo este menino, nos per-
Voz da Fa\tima 3

guntasseis: - Para que serve esta · E' o de nos representar e aul•sti- , -Olha, Blu,_ Nosso Senl~or çem agora dia.a de bençào. Para que olhar pa-
lampadaP tuir junto da sagrada Eucaris~ia.
a Terra por amor de t1, que é que tu fa- E t
I
~ tua alma, da-se tod~ a tì, vem do Cé1a ra o passado, se éle foge tanto IP
l d f -1· ? E' ·to
Qual a razao porque se poe ,1ean- Se por um excesso d e amor, J e- zes p,. s ou onge a anu 1a mu1
te do aHar? sus Cristo, se digna habitar entre -•Eu peQO-lhe muitas ooisas: qae me j provavel que, se procurar um pouco
O que significa? Para que esta n6s, numa morada construida por faça boa e que goste muito ~as meatras. mais acima, desde jé. a encontre na
acesa, tanto de dia, como de :J.ùite? n6s; se Ele quer expontanearuente ~onverso oom Ere a pedir-lbe tudo contemplaçao do mistério, no regozi-
Responder-vos-hiamos imediata- , ser nosso visinho, nosso compatrio- is~~i1as pedir na~· é awadecer, Blu. jo cristiio da Festa.
mente, que é uma obrigaçao, que ta, niio concordais em que temos o Entiio que lh_? dizes, quando Ele estiver J ulgo-me, momentaneamente, sus-
nos foi imposta. dever de manter relaçoes com Ele, no teu. CoraçaoP·:·" . penso no tempo, para mais facil-
.
N a verd a d e i 01-nos . do, I v1s1
d e t ermtna . ·t.an d o-o, prest ando-lhe as nossas I -•Est.a -<D1go-lhe bem.mmto a gente ser in· men t e me po d er associar
obngada1t
E' feio . a i odos os
sob pena de pecado morta.I, que de homenagens e testemunhando-Jhe o grnta. Mas entiio nào tene nada que lhe leitores e com todos passar o Natal
noite e de dia, conservassemos ace- nosso reconhecimento? dar em t1:cca pnrn 11,e mostra.rea que do Senhor.
sa, pelo menos uma lampada, dean- Como as necessidades da vida ma- g.?a tas muito que Ele venba ao teu Cora- Vamos diante do Presépio. V08
te do tabernaculo. onde esta o SS. ierial, os trabalhos, e os cui1le.dos çaQ~e tinha ela coitaditaP cantaisl' Eu canto iambem. A vossa
Sacramento, e este preceito é rle tal nos neg6cios nos absorvem o tempo -O ooraçiio?-Ja era todo de Jesus. alma cheia de reconhecimento nao
modo imperioso que o Soberano e afastam da sua presença, e ape- -A almaP-Sim; mas quo era isso pa- sabe agradecer a vinda do Menino,
Pontifica, Pio IX, recusou-se :1 fa- uas, em cada domingo, fazemos nma raplhe "t~decerP
_ . ,. t l
I ensa 1va por urr. pouco, a
BI
I b que é Deus? Confesso os mesmos em-
u es o- b S . h
ze~-lhe qua1~uer excepçao. Era ~al cnrta apançao no seu emp o. o çava depois O sorriso dos que ~iio sabem araço~. e mm a alm~ contempla
a 1mportanc1a que dava a esta pie- Hospede dos nossos tabernaculos es- que responder. o Menmo, em pnlbas de1tndo recor-
dosa pratica que, segundo dizem,' tnria condenado ao isolamento, se j. Entiio, semelhante :io professor que do-me logo das palavras 'de S.
ele proprio se encarregava da con- niìo Cossero os anjos que lhe fazem quer do_ a~uno deternunada resposta, " J,ofio: « O Verbo .,e fez carne e habi-
i.ervaçao- d as l ampa d as, que ar.J1am . a guard a .d e h onra, duran t e a _nos- mastra ms,ste.
-•Eutiio E'.e da-se todo, t-Odo 3 ti, tou enlre n6s». E , porque S. Pau-
deante do SS. Sacramento, no sel1 1:10. ausenc1a, e esta larupadasmha que lhe has-de tu dar? ... , lo, ua epistola aos Galatas diz:
oratorio. que, de noite e de din, arde ante o --A n~im,queria eia ter ouvido ma i uChegada a plenitude dos tempos,
Para que serve a lampada? nltar. em ve?. chsso O mesmo sorriso de ha pcu· Deus enviou seu Filho ... para nos
Para indica; :is pessoas que _en- j E' uos impossi':_el estar con11tan- co. «Entiio nao lho hns-de dnr o que ~azer sPus filhos adop~ivos .. . E por
tram. na IgreJa, que, J esus Cnsto temente t:1m adoraçao e orando, dean- t,ms de melhor a Ele qne é tao teu ami· lsso o homem niio maid é escravo
esta ali presente. te do SS.mo Sacramento, pois bem, go' Niio qucres p:i~11r-lho ngrnderer-lhe mns filho, e, portanto, herdeiro:
Se por curiosidade entrardes num ()sta l 11 mpada, perpetuamente ucesa, I nsi;
I mt··:• 1 pelu ruiseric6rdia de Deus», a mi-
t emp1o prot est an t e, nao - vertns · l'a substitui . . -nos · -«E que é que tu tens. de melhor pa, n h a a 1ma. enquanto estou a·iante d o
-« ms quero....
D1ze1-nos, nao é tao agradavel ra lhe ofcreror, com que lhe ngradecerP I Presépio, procura o Infinito e co-
esta luz, porque J esus Cristo nno
esta ali. I
pensal'mos que soroos, em cada. mo- Que tens tu de que gostes mais, que lhe mo ave de azas lassas, cai e~ si
Lembrais-,os daquela estrel.L ']Ue mento, quer de dia, quer de 1l'1ite, poR\snBslcln.r em Pllf~p,. mesma, nao podendo compreender
.
gmava . magos e se d eteve represen t a dos d eant e .d e N. osso S e-
os re1s . rapente.
De n poz-se coms.,r1a.olbitos temos e bri- t u do, e~b,o:a smta. a 1guma coisa .
08
sobre a pobre morada onde estava o nhor por asta luz misteriosa, que lhnntes. romo qne envergonhadn. do niio deste m1steno de poder, de sabedo-
Messias que eles vinham adorar? - tiio bem simbolisa a fé e o nmor? ter _mais n,nd:i., responde em dOC'& mur- ria e de amor.
P ~rec1~. a·1zer-lhes: - Entra1· :_ est' _a • os q ue cont ri'bueru para o e.us- murio·
S6 -é Ele... A incarnaçao do Verbo !
ah. Pois bem, a lampada que , lunn- t?nto desta lampada, p6dem e ,pe- / 'Fl ao dir.or ist-0 viu du:i.s lligrimas " I Leitor amigo senteR a alma pos-
na o altar diz-vos: - Esta. ali o nnientar a doçura deste pensnmen- salti~r pelas _faces ~fa mastra._ sufdn de amo;, porque dian.te do
vosso nmado Salvador Esta ali real- io. - E Ele, s1m, mmha quenda, e que Prese'p1·0 fantas '
·
mente ~res~nte no tabernaculo, sob
·
.Ali~~ntando :ima lampa~a, n~s re::!s ~%s
te
e: ::i::%~
i · · 6 n·1 lh
~~iii
\m
as aparenc1as do sacramento euca- santua~ios cat6ltcos, a IgreJa nao pela tua romunhiio; que niio tena mni<J lindo e terno e amavel com frio
f • 1as o que se passou
a!e ~ : ; na gruta de ~elem. O Menino mais
ristico. Esta ali ... Por consegu:inte faz mais do que continuar as unti- nada com que _lhe. agrndecer diitnamente e a chorar. .. '
C'onservai-vos recolhidos e prestai- gas e venera.veis tradiçoes.
lhe as h omenngens do ~osso respe1- . P or ord em .d e 1tf01s . és, os .. t'lh
'E Ele fira so.tisfe.ito, contente...
I
: os . . . . . . . . . . . . . .. . . . .. . . . . . .. . .. .. .
I t _ é d
s o nno . .tu o. d .
0 que mah. nos A eve 1~press10-
.
to. adoraçao e reconhec1mento. de Israel, dev1am trazer azene (de
0 que é esta lampada? oliveira) purissimo, para perl)9tua- ~i n dina na Noite. do Nata! Jes~s nai· é sa~er que a es~e Memno est,
E' um simbolo de J esus Cristo. mente alimentar afl lampadas, dean- desoto. nqueln alma i.nocento, nasc~a substancialment~ _un1da ~ segunda
N -ao se apresentou Ele, ao m,1ndo t e d o •tlt b ernHCU ~ 1 d Al' N dentro dela mas enoontiava·a bem mais Pessoa da Sanbss1ma Tr1ndade o
o a 1ança. u- quente, bem mais suave do que O Presé- V b A ~ . , '
coma luz. a verdadeira luz a luz merosas e magniffras lampaduA es- 1 pio de Belém. er 0 , ~ que esse .1Yienmo e Deus.
da vida, lumen vitae que '<lis'lipa tavam suspensas no templo de Je- C'orno Ele havia de_ fie;a~ contente ao Deus feito homem - et homo ja-
as trevas d A O l rusalem embora O Senhor ali nao ,·or. a candura, a s1mpho1dade daquela I ct1ts est/ A natureza buninna unJda
, o err e nos reve a as . , _ . almmha... a Divindade I
verdades 1icerca de Deus das nossas ha.b1tasse, senao ero rmagem e sob Ah I Senhor sinto inveja daquela can-
almas, dos nossos deve:es do nos- os simbolos. dura... ' E' um dos grandes mistérios da
so destino? Eu sou, diss'e Ele, a A sagrada escri-ptura diz-no:. ,1ue, Fnzei-me, _oh Jesusl simples <'Omo a nossa Religiiio.
luz do mundo». Ego .!um lu:e ?n11n- quando os ap6stolos consagrav:im a P?11d1 bn, C'antlidn. corno_ 8 neve pnr:a que, Se me perguntardes se o compre-
a1:· e a luz que bnlha . Junto
. E · · . 1 vm o no men rornçao, encontre1s noie
a,, a1- ,ucans~rn, se acendinm la1;npa_das nli;1:uma coisa que vos ngracle, e ele se endo, !espo_ndo 1ue _s6 un! noto de
tar, recorda-nos as suas palavraa. no Cenaculo. E ap6s os pr1n•e1ros nào pnreça com o frio e duro pres6pio vnlor mfm1to poderrn sai1sfazer a
I
O que é esta lampada, que ali- séculos foi este uso seguido na.s mns nntes com ? Car~çi1.0 desta rrMnci- justiça infinita; mas nem n6s nem
mentamos em frente do taberri/4.cu- igrejas.
10 P
E' um testemunho da noss:i fé
I -----------=- . :. . ___ nha n _qne ha dms quizes!-69 _des<'er.
Faze, qae nn. noS'Sn. m1sér1a nprenda. 1
os anjos serinmos rapaz"es de imagi-
mos n ngradecer-vos com a oferta real nnr que, pnra Anlvar o homem,
da nossa alma. do Nosso Coraçiio e so- Dew1 se fizesi,e homem. E, se isto
ss'.
da nossa veneraçao para cem n
S aera.ment O. TIa, sem d UV1'd a, metOS . E E" Ie
~ bretuclo da vossa proprio. Essensia. A niio imnginariamos, rnuito menos o
melhor p11gal que vos podemos d11r sols podemos compreender .
V6s S enhor
superiores a.queles, meios mais ex- • • • ··· Se me perguntardes o que é que
celentes para honrar a sagrada Eu-
caristia, e poremos em primeiro lu-
gar a comunhao e a assistencia a COMO DAR GRAçAS
santa missa.
Porém sustentaremos tambem
(JH:lstorla veridica)

~,·~,,~ ~o ,r~~!'~1.0
- - - - - -....+ - -.....,..- le,ou Deus a incarnar e a nascer,
}.fenino, na lnpa, nquecido pelo ba-
fo de animais e recostado em urna
rnanjndoim, apenas vos direi: sic
rnim Dew: dile:xit mundum ut fi-
que esta lampada é, a seu modo, Era. :t tardinha, no jnrdim dum oolégio l i11111 suum iwighiitu111 daret. Dian-
uma pratica do ctùto, que presta- / de provincia, em vesperas do Nata!. --- te do Presépio gosto de repetir mui-
mos a Jesus Cristo no -seu clivino Umn Pi;?fessora. prepara~a para a V tas vezes e saborear a suavidade
sa.cl'amento, a qual ' e.testa a nossa j Oomunhao n mais pequenma,
aquele botiiosito dna !llunas,
que ali vivia j a ba
Ch amo a- mm · um d es- <l nqueJas pal".. vras d e S . J oao:
· b a mem 6ria - de
crença do dogma da sua presença tempo, e a quem todas conheciam po-· ses pres{>pios, mnis on menos artis- tal modo Deus amou o mundo que
real, e os nossos sentimentos de «Blu». Licos, mais ou meno11 cheios de poe- del1 o seu Filho unigénito.
piedade. l\Iuito vi~n e inteligente, a Blu tinhtt sia, que tenho visto. Xo Menino estn. a Luz da Luz,

da?
O que é finalmente esta lnmpa- pena. de nato reoel ber a Nostso Sentho.-
corno as ou ras a unas e mes ras, ~ an- l
I
Dentro de miJu acordam as notns Deus
d · . ·
verdadeiro
tos ped:dos fes que, emfim, o.lcançou a egres. os canbcos_ no Menmo. V1- Deu!'l, por Quem todas as c01sas to-
do verdadeiro
.
E' a imagem da alma cris•,à. j lic!nça para fazer a sua Primeira Oomu- vo . e smto o regoz1jo da Festa. E, I rnm feitas, o Verbo, imagem su-
veAcles essa chama al1'mentada
d
nhno.
Ia faze-la
. ·+à____fl
com o azeite, que da luz e calor, a me n.-no1~ue n1egnn--e pensava
. .
.
I
mu1to naturalmente, a saudade do bstanrial do Padre, a segunda Pes-
na no1te de .:>fatai a trussa t empo que vn1· f ug1n · d ·' d T · d <l S
A o, sem que Ja- ,;on n. nn a e nntiss1mu
, · D
. , o . eus
ia no seu vestid:nho branco no véu e .- mais O torne a ver, e a lembran~a eterno. E naquele Menmo uniram-
d eante d o a 1tar, que consta.ntemen- ' ' 80 d f ·1· F
bretudo, na grande felicidnde de fina.lmen- a ami 1a, nas ~ésperas da 1 ~sta, j t,e tu,o intimnnH:n!e que for.n:am
te se difunde e consome, em hon- te ~r, corno 111, outras, n Jesus no seu Co- sobem em meu pe1to e me anuv1am. uma 110 Pessoa o fm1to e o Iniin1to,
ra do adora.ve! sacramento? raçao u I
. E ~ professora zelosn e piedosa, ia-lho . .a.1.as eu ~no vim diante do Pres~-- Deus .e a c~eatura. S6 ~ Onipotente
E' 0 simbolo da alma que, ali- m$nflnndo na almn. aquele espirito de j p1_0 a renv1var saudades, a carpir poderrn unir o que desde toda a
mentada pela graça divina, ere, es- profunda piedade que n vivificnva. mrnhas maguas. Os anjos passam em eternidade estava desunido e, assim,
pela gloria de Deus. top1dos ra1os o sol lhea aquec1a o corpo
I
pera, ama, se dedica e sacrifica .~aquelo._ tarde, emquanto c<!m os sead revoada e, la das aliuras, gritam fic-aria eternamente porque O abis-
·t . h b d d ' D
Qual é entno fim da ia. n palaVTa da mestra · .ncendendo eJri' gn_ am nos omens um rn o e _es- m~ q_u~ Repara o horuem de eus
O lampada amor por Jesae a alma lnqaeln creançi- pe1a11ça e, portanto, de alegrrn: P. mfm1to.
do santuario? , nha. Tratavn da a~ào de iuaças. / «Nasreu o vosso Redentor !» Sito I Mas o amor atrni-0. O amor ten-
4 voz da Fatima

r. rand1·oso EspectacuIo
Candida R . Martins, D. Beatriz M. Gui- receiar e o capitao era bom nada-
de a comunicar-se. E no Amor in- IIU\riies, D. Angelica d' Artayette Lemos, dor ...
finito essa tendència é infinita. U D. Carminda Tavares Guerra ,d' ~~- Mas eis que de i:epente uma. ond_a
Deus que J...~ se tinha . comunica.do de, D. Julia de. Silva. Neves d Olivem_1. terrivel se levanta e a.rrebata os do1s
D. Ismalia Bastos Messedet, Emygd10
indi.rectamente por meio das obras Gomes da. Silva, D . .Alda Bayley Ban- esposos que desapareceram para sem-
da criaçiio, comunica-se directamen- No dia 12 de Setembro deu-se no tos Justiniano da Luz Fuzeta, Cnrlos Jo- pre . . .
te a.o homem, na Incarnaçlio; e, por -.fex1·co u.m espectaculo comovedor i.\o 'Viegas, !fosé l\:foria do_ C'armo, D. _Ln- Deus nao dorme, carissimo l eitor.
• .ll eia Pessoa Dommgos S1moes, Ca.i<:nano
meio do homem, que tem em 81 ma- e digno dos aureos periodos de fé Costa Bar/os, D. Maria Emilia Palma E ai de um. que se atreva a brincar
teria e espirito, Deus marca o sinal da edade media. Doze mil pessoas Leal ]'rancisco Sarmento Pimentel, D. com Deus !. ..
do Seu amor em todos os seres cor- de todas as classes foram descalças, IIele'na Rodrigues, Francisco Correiai D.
· · · Maria da Conceiçiio Fernandes da Silva,
poreos e espirituais. em peregrinaçiio de penitènc1a., s.o José Antonio Gonçalves d' Azevedo. Joeti
E olhando para o Menino J esus Santuario de Nossa Senhora de Gua- d' Oliveira Dia.s, D. Maria C~ar~ Silva
nao julgueis, leitor, que J?e~ . se dalupe, paàroeira daquele infeliz Lobo Henrique Ellas, Joilo Ribeiro, D
diminuiu. Deus é eterno, mfm1to, Mari~ da C. Mendes Godinho., D Ester Boa resposta
Omnl·sci'ente, onipotente. J esusb é paiz. · · d' 'f Le R.etord Guimaries, D. Am&ia. Pe·
A policia nao impe lU a ruani es- rez Abranches, D. Sofia Regali\<>! Anto
egual ao Pai em divindade, em 0 - taçuo, mas vexou-a. Sob o pretexto nio Rodrigues do. Bela, 1?· Ade~1de 1:l,~·
r~, emquanto homem Lhe seja infe- de se assegurar que os cat6licos nao mos, Cunha Reis, D. Maria Morerra Vie:• · O Padre niio é teu amigo, nao te
r1or. levavam armas revistou-os a bem ra, D. Clai:a F~nan~es Veloso, Dr: Do- da roupa nem calçado, /dizia um
h . t' · d n· · da.de . ' rrungos Pulido Gnrc1a, P.e Antonto de , · t t t p 1 V
A uniao ipos atica a lVlD. dizer um por um. . . . Jesus Gonçalves, D. ,Esmeralda do Ceu ministro pro es an e a um e e- er-
a natureza humana, alem de ser um Este vexame arbitrario mais afer- 1Pires u. Margaridn Martina, Joio de melha..
acto de amor incompreensivel , é um vorou a piedade dos peregrinos. Souz~ Sa, Janu~rio Mira~da, _D. Ce~ili11 Este entreabre a cam.isa. para dei-
acto de poder infinito. Diante do N enhum padre esta.va presente, Correia Costa, José Antonio Fia~. d Al- xar ver o peito e pergunta:
· · ~ E' s ,lU capaz de !ab er o que se
P~esépio 1mpres~1on~-~e o esforço , Ja . , que O cul to pub] 1co · estu. suspen- 1Maria meida, D. Helena de Carvalho DmU!, D.
dos Remedios Xa.vier Proença., D.
m1lagre de omn1potenc1~, que Deus so. Maria da.s Dòres FreHas, D. Maria Ro· passo. no meu coraçao? .
fez para se ocultar. Cnar a.a estre- 0s proprios peregrinos sob a dire- drigues Macieira, . An_tonio Serr?-s, Custo Nao, responde o mm1stro protes-
las encher a terra e os marea de tcçao de ~hefes improvisados resa- dio Bento, D._ Fehsmma Cav~lel!o, D . ~- lanie admirado:
vida é por assim dizer, proprio de ram o lerço e cantaram canticos a BranJco lfartLnd s,FJc:,sé d'vOhveipra PEeuren!- Pois bem, replicou o selvagem, é
' d D S • ra. oa.qu1m a •onseca az, .e · h
Deus. Mas escon er eus ~ ua Nossa Senhora. co' de Lacerda Pires, Joiio d' .Araujo Mou-1 no men coraçno que o omero ve~-
M:agestade e poder num Menmo é Em todas as igrejas abertas reno- 1rilo, D. Ana de Sousa Menezes Macho.cl?, I tido de negro, o Sacerdote, depos1-
acto, de alguma sorte revelador, va-se O mesmo espectaculo. D. Maria ~ugenia Sarmento, Antonw la 08 presentes que me da.
dum poder mais alto. Custa menos Nào ha padres Nao ha. culto. 0s Bento RodriDguesI,dJl~sé Gcombees daMFonseÌ Quando me confesso ele lava o
. · t. ·
l · . ca Fra.ga, .
ao neo viver e mos rar-se 0011;1° neo sacr:5.rios estlio vasios. J esus partrn. Ferreira. Filipe D. Maria Emilia Pires . meu cora9ao com o sangue e esus
e grande senhor do que viver e I
Através de todo o mé:xico é urna Antunes Luiz 'Maria d' Oliveira., Alfre 1 Cristo.
a ma a. Qa., anu _ d J

I
mostrar-se como pobre e desprezivel. corno Sexta-Feira de paixao que se do Tava'res, D. Olimpia. ~~nlia Lea.I P~-
Se alguem duvidar é porque ignora I prolonga.
Quan do comungo, ele coloca J e-
triCu'ciod, nD. M~fJ~nnaA PatTr1?10,. D. DAnAtomme-a sus no meu cora\iio.
t f ·
°
quanto. po d er, q~an es orço exi~e
rn o
0s crucifi:xos l a estlio e as imagens lfa Lo~es de Mendonça, Antonio do 9011-
. .u ar1n, na ente,ra., . d
O teu tabaco ar. e e esva.1-se em
.
a humildade. E e .um acto de omni- da Virgem tambem. E a seus pés tn Pé Leve, José n·as de Alme1dn, fumo, os teus vestidos gasta.m-se e
f azer h omem.
I
polència o hum.il har-se Deus até se milhares de preces ardentes esca- Dona Lufsa ~ugusta c1os_ _Santos rasgam-se, mas os present{ls do Sa-
' . Rrandii.o U Maria Ba.rhnra S1moec;, D. d f, ·
pando-se de coraçoes angustlados, Elvira 'Gra~a Zngalo Vieira. da Silva, cer, ote icam coms1go e eu espero
Gravemos bem esta verdade em sao depostas para que a. paz e a li- D. Rosn d'Almeida Vieira. Lopes, P.e leva-los até ao Céu.
nosso espirito e ja nifo nos escan- bardarle seja restituida ao M:éxico. Marcclia.no, Nata.rio, . D. Maria _Genero- Resposta verdadeirarnente subli-
dalizaré. a fraqueza òe Deus, que Deus se compadeça desta infeliz 8 ~ de Menezes d',\l meid!l, I>. Mana Caro- me e que prova que Deus revela aos
t em f rio · h t 'bul que _ · lma. de Rarbo~a Pereira cle ,Melo, D. h ild .
e c ora '!1um es a o, 1 naçao. Maria Pio de Sa Os6rio de Andrnde, Da- pequenos e um es coISad que
,as estrela.a jalumiam a.t_ra.vez das ___ ________ _ _ niel ,108 S11.ntos Tavares, Manuel Lucio oculta aos orgulhosos.
fendas, on d e o vento 81'bl

a
Lei tor ami go, desejaria que me I
companhasses mais una
1 a.

instantes. Voz da Fati·ma


- ---- - cle Andrade, Antonio Evaristo da Silva
Bnrtolomeu, D. Maria do _Li~amento
H~rta., Snlvndor Nunes d Oliveira., Jon
Qmm Ilonorato, Jn:vme dos Santos Ro·
..... -
-Urna encomenda
Olha atentamente para aquele clri,zueR, n. Ali1' e Gnrcia., n. Lnnrind,, interessante
Menino que ora sorri, por entra cea- Pereirn. T). l\foria Virtor·n Albuquerque
ms e lumes, no fundo do Presépio. --- Vnsronrelos.
Niio te diz mais nada, além do
sen amor, poder e sabedoria? Despezas Subscreveram com 20$1)(), n. Maria Uma pequena. colegial revelava. ta.is
gosto.s de vaidnde que sun mae est.ava
-Se Deus se fez Menino, é nosso Transporte do mes anterior . . 56 492$60 Tinoro, D. l\foriana Rosa Palmn M.n.t~, alarmada. Esta. recebeu um dia uma car-
• - r
irmuo .
:Xao ·;~sta a menor duvida. J esus
CompOBiçio e impressa.o do n. 0
51 (31 :500 exemplnres).
l • D. Maria. da Piede.de Rodrigues, D. F1· ta da f,lba. pediudo-lhe um espelho.
724$50 lomena Vasconcelos Figueire 0 , D.
d L
au,
1
ul\.linhn f1'..ha., respoudeu a ma.e, em vez
é nosso irmi'ì'o. E' verdadeiro Deus Expediçii.o, frnnquia e outrns ra. Teixeira. Correia Bra.neo, D. ~fnrin de um espelho, receberas triìs. No pri-
0 Yerdadeiro homem. despezas... .. . ... ... ... ... 450$00 Iria da Veiga Moniz de Couto P ontes, meiro veras co que tu és ;• no segundo,
Por isso, no Menino de Belem, eu D. Ma.ria Jos!S dos Snntos Moreira e D D. co que tu seraa;» e no terce ro ro que tu
deves Ber.»
· l 'f'
vejo a ma10r g on icaçuo a nossa
naturPza. Verbum caro factum est
"' d
l
Soma. . 57.667$1') Matilde Clara da Fonseca, 15$00, . Espa.ntnda, a. menina, perguntava a si
Felizminn Cavaleiro, 12$50, D. Rosa mosmo. o que aquilo queria. dizer. Emfim
Mencles dns Neves, Antonio Matias da a eneo monda cbegou. A toda a pressa, a
-o Verbo fez-se carne. E a carne, Subscriçào Costa e D . Mar·a da Piednde Adriano men' na abriu n. cnixa, e tirou um magni-
unida a Divindade, senta-se a direi- Antero, 15$00, Fortunato Marques dos fico espel110 onde se mirou, toda. vaidosa,
tn do Padre, acima òos c6ros angé- (Ma.rço de 1926) Santos e D. Etelvina ·rorres da Costa, emqunnto que urna voz interior lhe dizia:
O que tu és l
liros, nos resplendores dos santos ! I , . . . . 12$00. D. Etelvina. Mendes d'Oliveira e Voltou òutra vez a caixa e tirou outro
· t
D ian e _ 0 d Presépio curvemo-nos Contr1bwram com ~ :1110.ntia. de dez
escudos para terem d1re1to a receber r D. Julia da Co~·eiçiio &pt;sta, :$00. espelbo, em f6rma de caveira. A mesmn

---
• '
com a razao humilhada. por nao po- jornal pelo corre;o: D. Maria. José da voz lhe disse: O que tu se1·as I
I
der compreender todo o mistérfo. Trinda.de, D. Maria. das Dores Darbos11 J
}Ias ao mesmo tempo, olhando p ara Co.rreia, .J?· Maria ~arlota Ferro Muri
Mns no fundo da cnixa, ainda. havia
qualque-r coisa.
,, · f'tn do-O devemos per- n_ello, J~1nto da Trmdad~ Braz. D.. A1a A j6vem colegiol tomou o embrulho, e
o menino _e 1 n com as mào.s trémula.s, desembrulhou o
. r1a. Sn.nc1a. Soares de Me.o, D. Cr1stma
guntar: ate nos amantem quu non Abrnnches do Sovernl, D. Maria dos
redamaret: quem niio ha àe amar Prnzeres Amarnl ~ol?8s, D. Lnura Abran-
Quem assiro nos amou? _ pergunta te.s de Amaral Ohvem1,, D. ~zabel Abran-
Oeus nào dorme outro espelho que desta vez representava
... a Snntfssima. Virgem I O que tu deves
________________
sèr I disse-lhe a voz da consciència.
_....,;,;.
, tes .Amara.I Gomes, D. Mana do Carmo
que ha de ser um es.ti mu1O para, Landnl, Dr. Luiz Andrade e Silvit, D. 1
com o cora\ii'.o enternecido, nos asso- ~fargarida E. Teixeira. Barbosa de Abreu , Foi ha ja alguns anos. Um tal sr.
ciarmos aos anjos e aos homens que D. Clotilde _Ra~oso de Scusa ci' .Alte, Rui Davis, c~pitiio duro vapor de pei!ca,
profundamente reconhecidos, feste- Vaz de S1que,m,. D. Guadalupe Roqu~
· N
Jllm o a.tal do C3enhor.
Calado., D. Eugema de Sant'Ana. Rodri· tornava banho na praia de Mathes
gues, Eduardo da S. Amado, D. Ma- e lemhrou-se-pensamento verdadei-
VOZ DA FATIMA
____ _ _ _,.,_,....•.,..,..,_ _ _ ____ 1 r :a Candida
Tomtts da Silvn
Correia, D. Julia Pninho, Ago11tinbo
Amara.I, D. ramente satanico !-de fazer uma sa-
A:fa do Céu Pimentel Ferreim, P .e Au- crilega parodia do b1tptismo. Consis- Este jornalzinho, que vae
ABRIGO PARA OS DOENTES gusto .fosé Ferreira, D. Elisa Silva, Ma- tia a miseravel brinradeira em der-
nuel J osé Faria. dP Sa, D. Ju lieta R osa ramar champanhe sobre a cabeça sendo tao querido e procu-
Vieira, Ayres Gomes, P .e Francisco An . duma sobrinha, acompanhando a
PEREGRINOS DE FATIMA tonio da. Silvn Valente, P.e Rodrigo Lu
iz Tn.vares, D. Francisco da Cunha Sou- cerimonia de ditos blasfemos. A es-
rado, é distribuido gratuita-
to mnior, D . Dulce M. Pereira.. D. MariA posa, toda espevitada e enva.idecidA. mente em Fa.tima , nos dias
Transporte... ... ... .. ... 4..795100 Viotoria de Magalhiies Co.utinho, Manuel servia de m adrinha entra as garga- 13 de cada mes.
D. Teresa de Almeida Mnaca- Alves Boe.rea Teixeira, D. Ma.ria Coulina l hadas da multidao que asssitia a in-
renhas ................. . 10100 de Matos, D. Laura Vargaa, Nuno Alva- Quem quiser ter direito de
D. Lucinda Me.griço Coutinho ro Pinheiro 1 D. Irene Duart~, D. Gui· digna diversifo. Agora escutai o res-
Martins ................. . 10100 lhermina Lacerda, D. Octn.via. G. Cau da to, carissimo leitor : Uro ano depois o receber directamente pelo
D. Arminda de 811 Dia.a ... .. 6100 Costa, D . Maria Caldas, D. Francisc11 -no mesmo dia e a r)10sma hora-
D. Joa.na Emilia de ll'aUJ"e d' Almeida Vasooncelos de Noronha, D estavam os dois esposos tornando ba- correio, tera de enviar, adi-
Viegas Coet11. Branco .. . .. . 10100 Teodora de J esns Costa, D. Ma.rin de antadamente, o minimo de
Figueiredo, D. Snra Mudat, D. Alioe Mu· nho na mesma praia. O mar estava
Soma . . . 4.830100 da.t, D. Albertina d'Artayett~ Motn, D . serenfasimo ; nada parecia haver que dez mii réis.
.A.:n.o "V Leiria, 1..3 de Fevereiro de 1..927

• ~I;' .

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ,_,-_,, [COM -APROVAçA.O


ECLESIA.BTlC.A]
Direotar, Proprietario • Editor: - Dr. Manuel Marques dos Santos Il Adminislradar: - Padre Manuel Pereira da Silva
Composto e impresso na UnlAo Grafica, Rua da Sula Marta, 150-152 - Lisboa. Reda,-rao e Administrorlio: Semlnàrlo de Leiria.

ns còmemorac:oes religiosas dos suces- e devoçio dos romeiros, vindos, mui-

CRONICA sos maravilhosos de l?titimn. tos deles, de longinquas terras, so-


Os fiéis, apesar do frio e <la chu- frendo resignadamente as fadigas da
,·a, acol'l'e ram nèsse elio nos pés da viagem e a inclemencia do tempo.
Virgem do Rosario mais numerosos Junto do venerando sa.n ct.uario de

da FATIM A

1 ùo que e111 igual dia clo mes auterior. Maria., rezando e cantando, el es revi-
Os E'II fennos uao ocnpavam li teral- goram ns energias cìu. alma. e o pro-
men le o rt>tinto que lheR é reservado . prio corpo parece recobrar alento pa-
:Sao sP '°ia nenhnm grande doente. ra a Yirg-em rlo regres:,,o.
(13 DE JANEIRO) Os servi tas cle Torres N ovas e de Lei- Depois da ùenç-ao c·om o 8untis:;i-
ria, 1l e,;t>mpeuhavam f'Oll1 o zelo e es- mo St1.cramento, primeiro aos doen-

----·---- pirit o cle sacriffl'io tiue os distingue, tes e em segu ida a todo o povo, su-
a,i multiplas E' vnriaclas func:oes do biu a.o pulpito o Rev. 0 P E'reira Gens,
seu minislrrio. paroco de Ourem, qua falou longa-
Wun.,i ,lois Jii..._tros sao pussados de- I peregriuos em assombrosas e renoYa- D es<le u madrng-,Hlu celebramm-se mente sobre a clevoçiio a Nossa
pois quc a Santissima Yirgem, Au- dai, manifestac:òes dt> fé e piedaéle, rnisAas 110s nltares du capela nova, Renhora e a pratica das virtudes
gu8ta Pa<lrneirn d e Ptirtugal, se di- hypnotisando sobrenaturalmente :1:, t·onìu nguudo mui t as c·en tenas de fiéis e-rista.a.
gnou apnreee r numu rndiosa ,-isoo cle Uma hora mais tarde na solida.o da
heleza divina, a tres humildes e ino- imensa charneca, reinavn um silen-
centes t'tea111:.1-. un esteril charnet·a
do planalto de Fatimu, onde apenaR
I
cio profundo , apenas intenompido
pelo brando ciciar de umu prece ou
de long-e ern loug·e nH1ieja a, urze e pe.lo <'t'ho longinquo de um cantico
se ergue timida e enfezada a azinhei- piecloso enioado por algum peregrino
ra brava. retardatario.
Neste longo periodo ja. decorrido,

-- ..
a s gn.u,a-, e ben,aor. do Céu chove- V iscondc de l1I011tello.
ram copio~issimas sobre as a.1mas
fervorosas dos crentes que de todos
os pontM ilo jl:1i1. Pr orrr ··nm em pie-
closn romagem uos pés de Maria no HOMENA6EM
santuario dn sua prE'dilecçao ou que,
volveuclo o pensamento para esse lo- da II VOZ DA FATIMA,,
cal bemdito, eleva.ram maos supli- a Sua Emln.cla Rev.ma
canies e sentidas preces até ao Cora-
çlio materna! da Virgem. o Sr. D. Ant6nio Mendes Belo
N umE'rosas curns de loda a espe- CardlaP}atrlarca de Llsboa
cie cle doenças e enfermidades, mui-
tas delas confirmadas com o teste-
munho inecusave1 de clinicos abali-
saclos ·e ctt> todo o ponto insuspeitos, O 110:1so querido e vn1era11do Se-
atestam claramente a misericordia nlwr Palnarca dc L i.~boa c.~ta i11t1-
incomparavel da Mae de Deus e a 111amc11/c a,q,rnc,ado ao Sa11tuario cle
verdatleiin ,~1 '1 nipol1"1cia de que Ela ,Y o# a S,•11hora rlo Ro.,cirio dr Fl,ti-
gosa junto do seu DiYino Filbo. ma .
C'ontudo a esses prorugios de bon- ,1 P,iti111a, antes ria rc.tt1111raçifo da
dade, uos milagres cle amor, a essas n,m·ru tir Lr,ria l' IIL J.918, pcrtcncia
ouras cle cegos, tuberculosos, parali- ,i juriul1çfio rfp Sua E:m ine11c1a, u n-
ticos, l'Uncerosos e de t.antas outras do no tempo do sabio ,<1011er110 do
vitimas das mil misérias fisicas que Sr11l10r Patriarca q11(' 110.t dias 13 de
aflige1 , r in· ·!" l"" , ,,~ corpos huma- 11111 i o n 011t11 bro dr 1.917 .~r rleram os
nos, sobrelevam a.s assombrosas curns I m·o11t1•c1111e11im qur emorwnaram
I Pori ugal i11te 1ro ori_q111a11do o m ovi-
morais, as converaoes de milhares de
a lma~ que, depoiR cle urna exislen- mr,,to rrli[Jio.~o a este lunar bcmài-
cia pas:mda na esernvicliio do perado
to quc d,•sdr entno trm oumentndo

-- .
o no clclirio das paixoE's, 1:1e voltam
rl e ano para ano.
para Deus eomo o filho prodigo e,
prost ran,lo-se t,os pés rlo sen ministro
para confessarem a s Rll aR ('Ulpas e
-
alca uç-arem o percliio éleRejaélo, se le- I A~rigo dos doentes Peregrinos
,;•fin tam para a rehabilitaçiio pelo ar-
rE'pE'nclimento e pani a expinç;ào por da Fatima
urna vida morigerada e exemplar no Eminentfssimo Cardeal Patriarca de Llsboa
<·umprimento dos deveres e na prati-
<'ll ~la~ v. irtu?es c_ristiis. ~ almas, fascinan_do e cap tivaudo doce- .A.o ll'~e!o dia solar ~rincipiou ,a mis-
Il Trl\nsporta ........ .... . .. 4.830500
. 1' ahma, la esta, corn o _um. l?ad1 ao mente os coraçoes. sa of1:1al da peregrrnaçlfo, n chama- 1D. Maria Bas to de Vnscon<'eloR 10$00
nnorredouro de ternurl\ tni1m1n cle cla M1s11a dos doentes. O Dr. Mar- D. Leopoldina. da C'on<"eiçiio Nu-
Miirin pelos iilhos de Portugal, co-
mo um polo mag-netico Pspiritual ,
• • • I
ques élos Santos dirige do alto do pul-
A 13 de janeiro, na Cova da Iria., pito a recitaçiio das oraçoes e os can-
nes Lobato ... ... ... ... .. . 2$50

.atrnindo irresistivelmente milhoes dE' rea.liso.r am-se na forma clo costume Hcos piedosos. Comove e encanta a fé 4.842$50

2 Voz da Fatima

rn <lo 1le tre mns pc•ns1111do ,\o mt•~mo 1 ,·rrn/i.1s,ìo gcml ,inimtJu-me muito, e fez-I -E' para o ser .. d
A MINHA NOTA Ii~m,,o 1; 1H 1t:ela ltriin 111 e rfr 111,e tod(J.1 110 11n111do tinhamoa -Sempre tem c~ .. n _urna ... u h
r ·' ·
111, rn virn naseer O que por varias oir-
1 -
m ra paz mu I to <las nos»ns re n~·oes, u ma r, 11z. I .
,
-Ollrn senhora ,u.a.rm eu a..., a pou-
• t
Di.~s,-mt ta11tbeu1 _que _forasse nie1~ m~ co tempo nm m ~omunga,a so urna vez
bé ' , ,

Piedade assim • • • I
~ur1<1bnc:ias j-i niin vin dc hh. muiio ncn- ,.;,1 0 cont 11wita pac,,.ncm, que era a ,ni- por ano. ~{a~ aql!' oa nn~ ~aS~'\do fora.m
bara 'itt> mo :1ar indircc·iamentt• umn. tre- n/la oùri!larào.
I l'ara i_He ffr11, acon.1elhou-!1ie que Ji- vocemeco sn.be.
. os snrs. m1ss10na.r10s mm a erra como

Mentem ... llllltHlt\ liçào ciue me nprcs~ei a coruunicar


a minhns filhas.
Rie tinha rnziio1. ..
zrMr n11 ~1tas co 111 trnlt0es por eLe.
B' hl po~si,·el qu<l uma alma piedosn, nuo ha Jelicidade.
.Fiqt,l'I entélo certa que fora ,la 1gre1a
. .

-Sim, t.amL,ém la fui alguma.s vezes.
-Pois bem nessa. ocasiao calhou a pré-
garem do. comunhiio o tais <:oisas disseram
mas 11 vnlor deÌXl' a~~irri poluir o corpo -Fui vi vendo couw pude, Jaze1id,o sem- quo agora comungo, muita.s v!zes no mez.
~o dia 13 dum dos ultimos meses do 8enhor i~udaclo no Rou pro1lrio cor- pre a dtliaencia 1,ar'.1 que éie fosse bo.m. -Pois olhe ,eu cii é que nao mudo.
retirM·a-me eu para a casa dos servitns ~ ,I ntla,•u eu um <111t, tratahdo dei hda -Pois fnz mal. A gente bem s.abe que
a tornar algumn. coi. n. e pelo caminho ia. 10
1
iY' la possh-el quo dentro da alma se cle 111111/,a rasa, muito triste e atribula- niio é tiio santa que mereça. receber a
pensando na grnc:a incomparavel que o guarclP o que no corpo se '-'xpoe tao da ,,, ao mPsmo temvo l'tJtlf~mpla_ndo u111 Nesso Sonhor mas graças a. Deus ta.mbem
Senhor acabara. de fnwr-me viado habitnr despudoradn.mento? .. . Jilhwho mr.u que am1la nuo tmha 5 nào tenho consciencia de peca.do morta.I.
corpora.lmente em mim. 1 ,. . d I apn,riga Fo- <tìios . Nosso Senhor bem sabia quando insti-
n "Ontade de me esconder com Ele
sont.l·'" •·
',quE't com peni\ o.quo a r
ra talvez hòa mas n,zorn o SC'nhor niio
·
T•l.~te andai·a 1111dto atare/a d o /aze ndo tum ·
o
SS S t
.mo acrnmen o que n s
6 hnv· .. _
g 1...-
1\ dar-Lhe ~l'~os, muitaR gr~ças por t~o cstiwa nli a vontndo. 11,,na c.ru-e, com tloi., cani(os, cruzando mos do ser assiro porisso ja. se niio a.dmi-
grnn<le J'1nor e ia-Lhe pedindo perùao Sentin.-se humil11ado no· ver-se expolitO mn no outro cotti. um grande prego e ra. que a gente lhe leve as rnzès umo. im-
da friezn com que O acolhera dentro de as ,·i!.tas da rnultidiio corno outrora. no u1n martelo. consegufo a muito custo fa- perfeiçiiosita, um poca.do venia!. E' a. nos-
meu peito. pret6rio ou no '('alvi\rio. . zé-la. .-1caùaJa e.,{a ·c11fre!}o1i-ma di zen- sa miseria I. ..
~fas parecia-me ouvir o Senh?r dizer- Pohre J esus! E oquela nlma. iulg,n·a-se do: -fuma,, nliie um-a. cruz. -Eu é que niio comungava assim ... -
me hnixinho la dentro: «Nii.o filha.. Eu tnlv<'z muito quericla de Jesus por sentir Enttio ·«ga1-re1-a e g11nrdei-11 1,1arci ,ne- -Diga ca, o que é qne vocemece fa.z
cor~prccnd_o e nceito o. tua boa vonlade. no çornç1io àrder-llrn um pouco daquele nwi·ia. quando esta frn.ca ? ...
Va, pai:n Junlo dos meus doe;tes consola- l\fectn terno e sontirnental de quc• 116s ns Mai., mna vez me convenci que tinha -Como.
0
los . dize_r-lhes as pitln.vras oas que mo mulhoros somos tuo ricas. de lernr co111, pacic.11cin. a crm: que Deus -l~oli; é O que eu fuço para a minha a.l-
qu1r1as d_izer. . L b lb 1'em cuidado E ha tanta alma qnc> se diz piedosn. e me cnviou. ma.. Dou-lho alimento muita vcz parn ela.
gora _e P1:8C)SO ra n a.r. se npn•~l'nta assim... ... ... .. . .. . ... ... ... ... ... ... ... ... se ir agnentando e pnrn se fortificar, se
en, te uno d1ss1p!lres. Recolhe-te mesmo a E ha tanta nlmn 1>6a que assiro ex-pf,o n lis vezes comete alguru pecadito venia.I.
trabnlhar e ofere<·e os teus tra.bnlbos a
88 1
' 6 . l'a.,saram-se t6du$ esta., scenas e ou- _, L:i porisso tem razi.io ma.s o peor é
rueu Pni em uniiìo com os meus mereci- J } i; no seu pr prio corpo... - . tras mais, e eu co11/or111ada com a vonta- saber qun1,1do é que ele é vanini ou mor-
mE'ntos. ~iio te dissipe.s. Niio espnlhes a
I ],, hn. tanta alma l(Ue a. gen_te nao sn- de de Deus.
tuu alma pela. multidiio. Reserva-a para. be a quem ser vi"!. .. Se n JesuS, se ti mo- JiJni minl,a ca~a cu, minhas JW,as e ta~Nosso Senhoi· é pni 8 ajuda. a. gente
a lnnandade do Sa- para nào cstnl'mos sempre a comet er peca-
m im e para t Oli rloc11tinhos a quem te da...
Era Jt>sns que re1nava . naquela? ... Que- 11w 1•1'd o per t Pncuwws ·
consagrnt. 0 "· ro ere-lo mns era tiio fraco o seu rcinado, !7rado l.'orar<ìo dc Je.fu& e de Nossa Se- dos mortais .
... ... ... ··· ............ ··· ... ... ... ... tiio dohil o seu poder... 11h,o,·a. . Ma.s quando ?- gente tem d~'"-ida.s vai-
Dt> repente oil"c, alguém a snudar-me. Pùxlndo e moda nào se contrndizem I
'f~do,, usci~nwi a medaLhin!t~. Meu se confessar e. fica. t~1rlo resolv1do. .
- Miuhn senhorn !...
- Atleus Juli o. C'orno estas tu? ... En- do eti1 rebaixa entiio sim.
tiio por aqui ?...
l
quando a. mocb é, diiz;nificadora mas qunn- 111ar11/o trazia-a r.,con~ida po,qu~ _éLe,
i11/Pliz111 e11te, ndo v_raticava a rellgillo, to.
A piecln.de, pelu c-nlLo da Yirtucle lovnnta ma.~ 110 l'lllanto tr!izia-a sem 1' ,yaber. I ·
-Ainda ass1m hana de me costar mm-

- Est,i (1 ngana.da. Orn experimente e


.

- Jr,' verde.do. Eu jii lhe CODlo. ,, C"ialtn., espiritualiza. ; a mòda. reba.iim e I V_e11clo _e u um dut que .il/e a,i d ava mm, \·era c-omo so ll('~stum_a.
E com o olhar c-hamou-me a. atençiio aviltn. quando corno es~n que para af im- to in11Juciente co11•10 di' 10st ui!1 e, .~em ,!a- - Ai 1 Eu podu\ 111 comnngar tanta
rnrn alguém qui' nli porto orava. muito pern fnz perder n mnlher n mais linda, h-r JHl1'f/ 1te 111a1)C 1rn lhe l,au,~ de fazer vez? I... Ocus me liv re I. ..
recolhida e do joC'lhos. a mni!'. rica. das joias que a. podem o<lor_ a l'Onl1ule, ler ci unw ,ioua /tilia de d~z - Olhe cu a.ntes de. comungor ponho-
- Sabo quo me vou ca.sor?... 'I': o pudor. Piedade sem modéstia, sem lJ<!'ra 011 :: P auo~, a Sfa. Comimh~~ nove me sempre n pensar msso, a. pensar que
1
- Sim? pudor s<'m recnto niio é piedaclc verdn- dm.<, /JUl"II a.~.• 1111 , por e.~ta _mcm l'Ila, re- uào sou digna de receber a Nosso Se~hor
- E' verdade II foi por isso quo vim cleiri\.'
~ Fatima. Viro pedir a Nossa Sonbora
I ('u~tou-me mas afinal tinba raziio aque-
2,<tl'tt1· o~ pecados_ de seii 1,a,. . (e é verd ade) mns dopois pego a cl1zer-
1'J11 c11·11mpanhP1-<L tw .~1esmo acto rnd0 lhe quo tenha pnciencio, que hei de v~r
que me ilumlnasso e a minha futura mu- le r1tpaz. alr,11 ,/1·.~ta, lnclas u , 111 .es quc me fos,<e se para a outra '' ?Z ,:onho m~lhor, ~n.1s
lher para quo n6s nii.o ton,assemos este , Picdnde? ... Assim ?... 110.<.<11·1·/. • paciente, mais cantai.i va, mais hum!lde,
e..c.tatlo contra a vontade de Deus. ì\t.)niem !. .. » l'ouco ,lr110~~ de acaùada_ a nouena da mais pura, mais modesta e que me aJu~e
-Bravo( Assim é que procedem os rapa- T:'111" Ul'l'itu 110.,,u /1/ha l'rlO a mcu marrclo uma doni- a comungar com fpnor, e la ,·ou ass1m
zes sérios, os ropaZ<'!I c·at6licos corno tu.
- Niio esteja. a. brinca.r. - Olhe que é
a sério. Foi s6 porisso que ci( vim hoje.
________ ..,_..,______
I
('IL qur o /wt, .rnfr_r 1• bastirnte. ' . com pona de ser tao indigna, mas no mes-
,I r,ora, 1•u 1Jo/rta nl'to o seu mau genio, mo tempo com a esporança de que N. Se-
ma,Y ,le o ver so/r er! . . nhor mo niio leva. a ma.I.
Pensai muito anies de me deciclir a. ca-
sar muito mais antes de pedir a miuba.
JOOOS JEMOS UMA CRUZ 1 1 1
l'ro(uruva todo., os rne1os de o. anima.r -E depois n5.o fica. com medo cle ter
1• cle o co11l'rrter. ('ontaw,1rU1e 111111ta$ coi- ido comungar indig na.mente? ...
noi~a. e ngora penso a.inda porque esta.- ____ sas de N.• Senhora. -Nào ae,ihor a.. Humilho-me muito de-
mos a tempo, eia e eu. JJaua-lhe Uvros relioio.,o~ para_ ~le ler. ante de' N. Senbor ao com ungar e pe:_'(,.
- Pois bem. Nosse Senhor hn de aben- f'o11ta-nos u1111t 71ru,,inciana do ,,eguin- Um c/ia estando ~i, mais ~ueixoso ga- Jhe que me abençoe e a meu marido e
çoRr a vossa. uniiio. Haveis de ser felizes. te modu, 1t sua i11terrs.mnte hi.,toria. nhei ,·omgem 1>uz-~hc. ao_ pe!to a . meda..- meus filhos e fico-me para ali a. fa.lar
_ E' que eu niio queria. por sorte umo. 1,Quando recel,i 11or 1neu r,ral'ido, um ll~inha que até ah .trazia escondtda; e com Ele ... a agradecer-lhe p.qu~le fa.vor
corno nqnela. de ho. pouco, que ostava. a. jouen de que eu m uito gostava, pensai>a dt~,,e-llte: ~dem co11Jwn~a que a S.ma de vir morar em mim ... a ouvtr o que
rezar 1:t além. 11iuita.1 oezes: mmra ,w.,
1,avemo., de zan- Virgem ha-de ser servida de melhorar- Ele me diz...
- Porque?... gar. Para miln tulio ermn ro.,a., e nem tc·n. -Entiio Nesso Senhor fa.la consigo?
- Nào viu corno eia tra.ja.va.?... sequer me pa.,sava pela ideia que cu rtJ- Ele rntdo aceitou-a da meU1or von.ta- -Co migo 8 com todos os que comun-
- Entao? I. .. Era. uma senhora.... .,eiras tambem teem espinhos. de. gam. O que é é que algum~ niio ouvem ou
- ... a moda... de rapa.i I Aquilo niio Pouco depoi~ do nosso ca.samento ~o- S.• Senhora queria que i!le so1ibesse niio querem ouvir O que Ele lhes diz.
me servia.. Ou ' bem mul her ou bem ho- mecei a compnendcr gue o 111eu 111ar1do gur traeia a 1nedallta a.o peito. Pouco de- -Pois ol he eu nunca. O ouvi e gosta.va
mem. Gente ma.scarada., niiol era d111n genio muito esquisito. Procurava pois romeçm a melliorar, tanto da doen- de o ouvir ...
- Mns estava tiio recolhidn.... bem a diligencia de o compreender-, ,n.as ça romo do oenio. -Ma!- olhe que Ele nno fnla assim co-
-E o ca.belo cortndo ... a rufia?... nlio era poasivel. Vivia muito desgostoaa, ·1i;,1o parece o mesmo, e&ta completa· mo n geute ... faln-nos na alma, no co-
E as saias que, de joelhos, mal lhe tocn- ds ueeu pcnsai•a q1u quando ti-v_e.,se~os mente curado, e ai11da conserva ao seu r!l.çiio dando-nos bons desejos, pensamen-
\'Om no chao?... filhos, talvez /ile mudasse. N{io /01 assi!", peito a dita medalhinlta que éle me&mo tos santos ... censurns pelos nos.sos defei-
E o decote que lhe descobria o peito e r,ois q1ie tivemos /iiho., que èle muito [liie com as suas proprias maos. Los e anependimento pelas nossas fa.ltaa
a:< costas? ... amava, graças a J>cus, ma,v o ge1iio con- E.,pl"ro e,n neus que a nào deixe e as vezes (Ele é tao a.mavel...) até nos
E o vestido que procura.va mostrar o tinuava. 1,1ai.,. . agradece ns nossas boas obras.
corpo todoP... l'cnsri alg uma.v 111•:r., cm o drixar, ('<, 111 0 lJl'u& I, bom, como Ele nos e1uma -Q uero tnmbem ouvir a "N'. Senhor ...
E as tintas e os p6s que !be cobria.m a mas u 111 a voz da min.lta consciencia me a t, l'ar a 11os.,a cn11::, 7101s _que ,wma rruz I Mns e u niio O com;igo... .
fnce?... dizia: unào dei,o Jaz,r se1,iell1a11/r cofaa, 111orrt11, E/e para rtos ·nm,r e suh,ari,.
I --Consegue sim. Basta recolher-se mui-

!Unao,.
Xiio, minha senhora, aquilo niio me ser- porque ntio 11ie é perm:itidon. to na ocasiào de eomunga.r e pensar na.
, in! Entao ouvi dizer que llavia umas mu- - -a • • - gl':t.nde grnc:a de ter a nous no seu pei-
- Coitada 1 E' urn a vitim11, da. moda. lhi;,·i,.~ que .,aùfom 11111ito liem fazer resas, to 8 vera ...
- Sera, mas tolo sera. o quo se tornar curar pragas e mal do inveja.. Lembran-
l~DI
~1 - Mas afina.1 isso siio nos momentos ...
dtima deln.
corno eia estava recoll11da.?...
. _ .

l
do-me q11e éle sof r11,u ~ualq11er dn,e,
-T11 lvez te enganes 1 Juho. Nao v1stes maln, imediatamrntr Ju_t ~er c~m uma
dela.i vinclo miutu aatisfeita, 1uLoando
- R ecolhida ? ... . D e que vale fechar os quc ~ 111 "" marido ÌlL cigora. /aePJ·-.•e mui-
olhos se esta despida.
- Emfi.m ... é la co_m ela. ?oitada..
. fo ,nrlhor.
Ma., pnro en(lun~: /oi o contrnrio. E_u
- A m1nh9: é que nao é a5:>1m. Te_ra to- qup ,np nlio podm conformar, pen.,e1:
~~U

----
deµois fica-se na. mesma ...
- Ah! Experimente com intenc:ao ree-
I I I ta e coraçiio puro: sem pecado mortai e
pnra ogrndar a N. Seohor , experimente
as d!>licias da comunhào frequente.
Como a gente se sente outrn_l Nos dia.e
A hri!);adas pela un8a dos servitas, na em quo coruungo pareco q-ite vivo no Pa-
dos os defe1tos menos a. 1modestia no talvez ltaja outra qtu .m,ba melltor, por- (.'o,a dn Tria, con1ra urna ~huvnda. bati- r aizo ...
vestir. q11e e.•fa j,i e.,ta ,,,.l111i._ . da do ,~orte, cluus mu lherz1tns conversa- Que forc:a e corngem nas tribnla.çoes I
- Os meus parnbens !
- ... e acabou .d~ comnngo r ngora...
l);_u,.rcrn,-me qiu ha11ia outra (Jue ad1- n1m n.n11gnn~lruent1•.
1-inl,q,•u tudo O q111' _,,. pas.,a,·a na., /<1-
_ Vés, bem rltzia eu que t~lvez te en- 1 m ilu,.•. .
_
I Que pn.cioncia no isofrimento I Que facili-
011\ 1 1,~m querer_ e~~a. con~ersit IJU~ vou da.e.lo para a virtndc> I Comungava todos
roproduz1r ('>Or ~ J~1lgar ut1l nos le1tores os dias se niio esth esse tiio longo da
gnnasscs; E' umo 3:tma de Pl<'dndc... Vi1,in e.,ta., a m1tilas lé!711a., dr distan-j ria uA Voz da linl1mn». igreja. Ponho-me ,ls vczes a pensar que
- Piedade? ... Ass1mP... da dn 111i11ha tcrm: Se111 qur 11acfo me ...................................... se poclc cli?.cl' entiio uma. coi<111 que Sii.o
:M'entem I. .. . . p11 ,._,_.,, dificuldud1·, e ,iiio_ sali,,n<lo que ,J_ti c•omtmAOU?, _ . _ Paulo disse de si pr6prio .
.Eu niio acred,to na p1edade duma. me- Nrrn, rniwu co 11 /,-a,·ins ti lei dP ])r11.~ tra- N_iln ,,Ernhora. En 1~:10 so11 d:g~a.. Nao -O què?
orna, duma. senhora quo se a.presenta as_ trt loao dr me 1,r,,, n ca1111nlto. E. ru- ~ou tao s;llltn qne po,su com11n~n1 · -«Nilo JOU eu q iLe ,•ivo é f'ri.~to <L'IL6 vi--
sim, . d i 1111f1· ,lr cilryriu, pr11.mr11 : 1111oru de.~ta Nem eu. _ n, em num /n
-- Mns deixemo!'l lii a pobro rnpnrtga. l'ez ,: que cu J11i a /onte Umpa. . - Flntii.o lambe~t 11110 c-omi~ngn ?... . · 1 -Nùo faida a mnih pcqucna iclein. do
- 1:t>m muito quo faze_r.. . R_,•almrnt_e 1w., d ia,t .w!7estionfdri, 1u_l- . -,H ro1n110,z11u1 ... nitorqu iu I\ p rtmci- que 1110 disse ... Bem sei que ~U NA.O
- Um. P?llCO: l.enho n.li alp;uns doentes a11r, que tinlw r11cont,·ado 11or este meio lii, . _ , . . SOU OTGN..\ ma~ ... vou expenmontar ...
para. nss1st1T. . <I minha frlic 11 /atle, q1u· depreMa arnbou. - lh z que nao e d1gna e fo1 romun-
- .\ hl entiio a.de us .. De hoJe a um mez
11q11i lhe nprPs cntarei minha mulhcr.
Jh.,ta 1,f z o mru so/rime,,to atc.n, ni /ou, gar!...
d i:ria mal ri min/111 ,.·,ria, porqiu nilo m e - E' ,·t>rdacle, .»enhora l\1m·11t, '!1ns
.
00

i11g~r:::
···o'"c1~~·e,: ch~m~~-n·~~1~ .. a· -~~t~o ..
Deixc>i-a~ a conn•ri,nr nindn, feliz, co-
'.\fuitos oumprimentos aos snrs . XX. e a ron 1,rnc,a que tinl,o r1e ~o/rer. l<'ì:; m-ui- quem (f que sera d111:no cl~ reco~cr a. Nos; movido nté por 1101· quc> ~e cnc:ontr11.vam
1,çus filhos . . . . . tns 1,romrs.m& cw., ·"rnltis, .,o111·rtwlo 11 so 8cnhor ? Eu ca por_ ;mm c~11do quo so entrc o povo humilcl,. clas nossns aldeias
- ,\deus, Juhol Mil felic1daòesl... sw,fo J.wi/Jel, a q,um pedfo 11111ita.~ ve,- No8s!l Sonhora, o!! ,\ n1ns se t ivessom cor- alrnns nrdenl(:s de amor a Jesus ~n.cra-
. .. . . ... ... .. . ... ... ... ... ... :r11 <L l'<IZ. Ti,•r. n1ft10 a j l'licirlrul1· de m e 1 po corno a gente e os Sa.ntos. • mentnclo, corno II dn1p1cln n1ulhorzitn ...
E fui-me a l,orrer nrrepC'ndicla ja <lo 1cm /Ìmr dP ir a c:,, ;1/iss ì r, . Poi s .entiio r omo é que ,uc-rm~co se
.T. de A.
tempo '!Ile nli pPr<lern, ouvin<lo a censu- () 111 ,· 11 rr,11/nu, r " q11r111 ,·11 /i: 11ma I ntro,·t> n. 1r c:omnnp;nr ~<'m ser <1antn.
Voz da F6_tima 3

O Culto de N. S • ra Iberu, movimentando-se muito e acompa-


nhando sempre com muito fervor os dife-
da rnz tt peior e rot·eiando-se urna tubtir- j
culo;;e lembrou-se aquela cle recorrer a FATIMA
renics noto,, da peregrinaçiio. Descle entio N. Senhorn da l!'ntimn levando 115 crenn-
da Fatima niio ,,oJtou a cnma, alimenta-se regular-
monte, trabalha. e aié lhe desapnreceu a
ças a Comunhiio no dia 13 de maio em
honrn do Snnto Rosano.
clor qne sobre o coraçao sentia ba anos Depois dn mit<Sa bouve Bençiio do San- Como se des creve o milag re
ja. tis1.imo e pediu-so pela mesma intençiio.
Aqui estao os factos que V . Rev.ma po- No mosmo dia rnancloi ngun de N. Se-
Nao é s6 em, M afra, Peniche, Eri- do contar oa querida Voz da Fatima, que- nho.rn e snber da d()(\nio que esta,·a ba
ceira, Santa Cruz do Douro, Lisboa, rendou dias de cnurn. Mnndarnm clizer que a
Futura Lourdes Portuguésa
etc. qite ha ia ao culto a imagem de FIiomena Quelroz de Lisboa (rua Pon- tosso tinha doso.parecido mns ostava
Nossa Senh01'a da Fatima perante a tn Dolgat~, 20-cn.ve) cliz :-Estive 17 me- frncn. C'om ~·sto ti Lu lo o subtitulos publi-
qual os fiéis expandem o amor filial zes quasi pnroJitica, niio podi a voltar- como Em pouco ISO resta heleceu e traba.lhn cou 0
dauLes. jornal de Noticias, do Porto, de
mo no leito, 11rm vestir-me e impossibi- 29 do
que teem a !Jfae do Céu. E' assim que litada do trabalhar, sempre com trata- Maria Manuela de Vasconcelos, de outubro ultimo, o 1,eguinte in~
o Missionario Catolico de dezembro mento de medico: fui ao bospital com Celol'ico do Basto, conta que sua cunhn- ressnnte artigo, 11110 os nossos leitores
relata uma festa feita em Lourenço trntnmonto cspecin.1, sempre cocha e do- da. esteve ,t morte com febre puerpera} terào o prazer de conJ1ecer:
Marques em 31 de outubro ultimo, a res horrivois no:,i ossos. Vivin desgosto- oiio tendo o medico grandos espera.nçol
J esus Cristo Rei e remate do més do sa. l'm dia pedi a nossa Senhora de Fa- dr a snlvar ' e quo se escapasse a. febro «Em 13 de l\Inio de 1917 tres crian-
tima que me curasse, que eu iria levar- nào pU!,,!,nrio em poucos dias. ç~~ q1;1e npa.~centava_m _ovelhas pela r&-
Rosdno: lhe umas veloc;. Qual nii.o foi o mou l!)sl!wa muito mal, com os peiores g1ao v1oram d1zer, pr1mc1ro aos paes e
uAo ùuù, do trono que os catolicos assombro quando urna rnanhii. acordei e sinwmas. outros pnrentos, _depoie ~ e..trnnhos, que
de Lo1,renço ltfarques levantavam .::omeço a voltar-me no leito. Vesti-me I C:hamondo a toda 11 pressa urna sua na Cova da Ir10, em cima de urna azi-
e comecei a traballiar e a andar {)Orfei- irmii, que so preveniu levando agua da nheira, nparec-crn do subito, Nossa Senho-
nos se1,s corayòe8 ao Rei do8 reis, tamonto. As miios quo oram tortas esta- 1 Fatima deu-n O beber a doente O dum ra-uma senhorn muito linda toda ,•es-
erguido e8tava tambem o trono da ~-am completa_mento boas. Senti em mim dia pa;n O outro paAAou a febre 8 com tida de branco. '
Rainha do8 Anjo,, do, P atriarcas e imensa alegria. A.gora falta-me cum- l'la todo o perigo pois esttwa curada. E acrcscontan1m que essa senhora fa_
d p f prir a promessa. Assiro que vier o verao . ' . . lnra n urna drlns, do nomo Lucia dizen-
os ro ef,<U. nli vou levar ns velns o orar para agra- M. S . P . mfoim~ qua "ho.vi~ muito do-lho que Yiossom tiquele mesm~ logar
Nada faltou para que f osse bri.- decor o milagro. Muito agradeço que Lampo quo so yed1n a conver!ao duma n_o dia 13 de cada mez, e la a encontra.-
lhantts81·,,,ws a festa do Rei e da Rai- osto pedido da publicnçio seja satisfei- possoa quo hnnn 4 2 nnos 88 neo confes- r1am; t' qne o dio 13 de Outubro seria 0
nha dos Céu,ç e da, terra. O programa to.» 1,nva.. . ultimo, em que viria a este logar.
l I . 1. l . Ult1111a~m~11Le pecl1u-se a Nossa S~nho- 1 Esta estran hn. noticia rapidamente 88
era comp eto e OL 1e mente cumpri- Jolio Fornandes Martlns, de Alngoa ra dn 1 ~t11na o pouc? tempo depo1~ se l'spnlhou, e, na sua cnn·eira veloz, en-
do. A. i91·eja vestiu-se de galas. (Figueir6 dos Vinhos), residente na operou tuo grnnclo m1lagre quo atr1bue c·ontro 11 de tndo: a c-rença ('ego que
Num 1•«111c ;w ullw· improvisado, Tlha do Principe (Roça Lundy) tendo a Nossa Sonhorn <lo Rosario de Fntimn. ' ac-eilou o fnrto 6Cm analise- a d~vida
No,çsa Senhora de Fatima, empres- sido nLendido por N. Senhora prometeu Prom~tou publicar estn. graça na Voz dn_ pal'te cla_,q ucles quo s6 gostam de acr~
tarla por um 8eu devoto, a pri?neira ussinar t•inco nnos a Voz de Fatima «e <" l F «f ,ma. Id1t ar naqm Io que veem; o riso sorcasti-
fazcr lodo n propagnndn do que dis- La ura Amado dc Vita No\•a de Gnia co, qne, ondt> q11er qur se eucontrasse,
que d eve ter apareoido aos· catolicos ,,er o jor1111l.u •
( ,h. dn Ho1rnhlica, 640) cm carta de procuriwa cesnv.e_r, n gopc,-_do_irorùa
1 f l
d ] d
e · I oçtut1 bique, olhava, car;nhosa Rosa de J esus, do Torres Norn.s uso- 11111rço ultimo, div. que. esinndo Eduardo 1 le o a qi,1e iomui n 'ulio! e O rndiferen- 11
e mei9a, sorridente e bela para os fritt ho mais de tri11ta anos do estomn- da Silva Am11do, de Paredes da Beira ~·n cli! mu,to;,, <1 11e. entcnd~am 911 0 o caro
,ieus filho., africanos, que lhe diri- go, c,onsultou cliforontes medit•os, e niio clesenganndo dos meclicoi. (!om urna leslio nem sequer mcror,m s~r di!.cuhdo. .
giam preées pela8 cadei.as misterio- ' !.endo uunra encontrado melhoras pediu re<.·orren n N. S<>nhora da Lòìttim1\ achnn- -~ ,·er~lnde, porPm, e que qunndo o pn-
N S I cl R · ·d do-se cura.do naquela data. meu·~ diu 1:l, npoz n preteru;a npal'içio,
sas clos seus tcrços. a 1 • • en ,ora O osnno npareci a em sul'!i;111, Ja o~ peq11en111os postores foram
_ lf1it11no,
T od!!8 re8avam e~ d evoçao; com dai·ia publicar na l/oz de Fatima. se n melhornsise desse ma l man- Antonio Montel ro Balc"o d v·1
I ar St>g111<·I ·1 , · h ·
" , e os, na ~un 1c a a azm e1rn, por nl-
devoçao e com la.nr11nas. .JuntnmPnte ii i,11a fé, foi tomondQ a l•'onnoso ap;rndf't·e o N. Senhora o te-lo guns crrnte;,, qne ficnrnm a distancia
S obre Fatima " o celebrante da 11g1111 de N. Senhorn e, n pouco e pouro 1linnclo d .. un~ ataque.~ de q11e sofria so deln se aproximnndo M, tres crennças'.

qu e <'ne711.am . . e em CUJOS . · g r n~·ns n N. Senhora do Rosn r10.n L'


·
Missa da., 7 ho;a, f alou aos fiéis se enc-ontra b~a ha mais do ~ois anos s1~1;-'~11~1a~ses' t:c:1:n~f,t;;:::~tlo raro pns-
. J
· 1 ·
· 9
rn! r~:=~~ s~~=si;1~a;::::f;
~:~e~ia<'r!~t;~os
a 1,gre1a, :'m nm•1ro de 1 24 comp~ou nm li- ll)1111e11tando, t' jii formnvnm grandes
olhos se 111,·am m~,:, _. 1 L •
N C da z· ..,.,.,..,, wb grimas . h
I Caollda das Neves Stiva Slmiles de s. nlllho n•lntnnclo os ocontcc1montos dc aJ1111tn.mcntos .
Bcl'llardino (Athoup;u ia da Baleia) ' diz 1,·.···
,t,,ima li com taI fé i·ecorreu a N es.sa S e- 86 1,' prq1w1111 L11c1a · fm· dado obser-
a O'Va ria tam em se C o- om caria O sep:uintc: «Rogo a finezn de l nboni 110 dia 1m•s1110 1;,111 ~ne 11'.e tinhn da- var 11 111aradlhos11 vi,:;uo, qu~, niio o_bs-
ra... publicnr nn l'oz da l•'atima a g ra~·a qut> d_o 11m ataque qu<' nao ,oltaiam a rape. tante, todn nq11_ela . gente, Ja. ncorrida
··.Pela primeira 11ez 1e ouviu nesta 11, Virgem do R o~i11rio mo concedeu em tir-1,o. de pontos os m:11s d11·ersois, tinhn corno
igreja o hino de Nossa Senhora de mnrço do 1925. Sontia-me muito mal com J oaqulna Morelra Nunes, do Borralhal, certa. f . t
Fatim.a. Era o Portugal de A.frica dorc>s na espinba e espacluns, q ue nem fr~gucsin de Nesporeira (Douro) «andn- Oro 01 es e ,o. l'Stado em que se encon-
que 'J)ela boca dos pretinhos de S. poclia mo,•er os braços. Nao me podia dei- ,•a muito d()(>ntc, muito inchada do es- 1 trM·~~ os C'spmtos, p1·00<;upndos com ne
tar nem levnutnr, i:6 com dores horriveiq, tomngo, nacln podia corner fazendo-lhe npnriçoes, no sor anunc1ado por a9-u_ela
I osé cantaua louvores a Virgem San- ,\ pliquoi vnrios remedios o nnda dM·a i·e- tudo mnl e nom j1i andar podia. Foi a d~s tres crennçns ~ue gosn,a do prn•ile-
tissima de Fatima! Fatima, a Lour- sultado. Rocorri antiio n Virgem Santi~1- Fatima em 13 de agosto de 1925 e ao g10 de . ver e. ouv1r fnlar a Senhora, que
de.~ dos portn911ezes!... ma do Rosario da Fatima que me va!~.,1,e. cbegar lu sentiu-se cura.da no prox1~0 dia 13 . de Out~bro, a bora
O., luao8 africano, a cantar a Pa- mns Como niio tinha ngua do Jogar :;an;;t>, · . que prec1sou, um smal hav1a de apare-
sim umas folhas de oliveira e carrns- Mario Domlngos Lopes, mecamco1 • de cer, ccpara quo todos acreditassem».
d~oeira do1 lu1i tano1/ ... A.o, pé, da l{UOITl.l lJUf.l de la havia trazido em Plnr -1 O,•nr est~ndo empre~ado em urna of1c1~a Temos portanto, até certa altura:
V"Tgem do Ro.ittriu <le Fatima, to- çv de 1924, fervi essas ditas fo!Jias, nµ li- de S. J~ao da Made1r~, rebentou um dia Primeiro - Trés creanças, oscilando
d t d t.ara.m-ma~ 8 a segunda vez, encontra,r:i. a corre1n do 1!10t.or ~10ando ele e_nleado as suas idades entre 6 e 10 anos, que afir-
os / os por uguezN, to 08 01 lusita- mf' porleitamente bcm. sem se p_od er t 1rnr asun corno o nao pu- mam quo no d1'n" 13 de cadn mez ap~ p ~
no8 • • • Atè hoJe, 5 de março de 1926, nào mais dtlram tirar os outros empregados que rece No~a Scnhora cm cima de urna azi-
Por todo8 Ela desceu a Cova da mE repetiram . acorruram lo~o. . . nheirn, donde fa la a uma delas.
lria/ . .. •. Sinto ne vezes qualquor mal estar de- Quando fo1 poss1vel )ti veio em u rna Segundo - a crença que começn a ra..
vido a esse sofr imento mas nada em zona penso ntlo todos q uo estava morto. dicar-se ncstns npariçoes.
comparaçào com O q ue ~ofr i». Saiu, l'Om tudo qua tinha nos bolsos, 'l'ercei ro - o anuncio feito com muitos
quebrado, relogio e corrente; a roupa dina de antecedoncia, pelns mesmns crian-

AS e U R AS
_ _ _ _ _ _ _ _.:.__ _ _ _
Antonio Rodrlgues Pepino, professor rasgadn..
om Aveiro, em carta de ha cerca de um I Quando o levt1 11taram cai u a seus pés nario in. paRsar-se.
ano, e deixnndo t ransluzir aquele espi- a medal ha de Nossa Sen ho ra de Fatima
ças, do q ue alp;uma, coisa de extraordi-

Agora os f11ctos - reais, absolutos, tes-


• I r ito faceto e scintilante de que é dotaclo que tinho, prep;1Hhi c·om 11m alfinete na temu nhados, incontesiaveis.
DA FATI MA d iz:
cc ... A1loeci i:;rnvemente caindo na cama
parte intorior rin t•amisola. No rlio 13 do O11tubro de 1917 a estra-
'L'odos atribuiram t\ urna especial pro- dn quo ntrnvessa a re11:iiio, onde fica si-
i no dia 6 do passado més e levantando-me I tecçiio cl!' N. Senhora o tor fi.ado i neo- tuadn a C'o,·a da Tria, movimentou-se
P. Antonio de Castro Monta Rels, ante-ontom pela primoira vez. Segundo lume. corno nunc-n acontecou.
J e B ar budo- Vita Verde (Minbo) conta dizem os entendidos, estive ns portas da A Co,·n da Tria era, e ninda hoje, em
· morte e muita gentinha me resou pela Luzanlra Augusta de Matos ' de Ovar ' part e, o ..~ , nm si·t·10 np;rebt e, ped regoso,
ass1m a cura de urna sua paroquiana: a lma, ~raças a Deus. '.rh·e urna conferen- re.siclentl' om S. Joào do .Estoril, tendo d · IneIo, sem 'u lt uro, porque o qua-
P~nn·e A

" E m novembro passado escrevi para cu\ . c1· 'd1'd b' t D qn~hrndo_ a ro~uln do 11111 joelho e te_ndo lidnde do torrono a niio permite, e onde
Voz da Fatimau contando-lhe por alto ci~ ~e icn presi a peIO sa 10 1en e r. tlo1, med1ros dito que, apesnr da sua 1da- a ,·egetnçùo se rt>sume a nzinheiras e a l-
um favor grande que N. Senhora fez a Hissarn ,!larrcto. . de d<'. 60 ano1', tinlrn de fazcr a opernçào p;umns plantns rn~teirai;.
um.a minha paroquiaua, na peregrinaçào Tudo 1sto,: po_r CJma dos _encnr~os de se. qu1zess~' H>ltar_ n 1uulnr, rccuson su- Lognr do tlt>~olnç~o " dc tl'Ìsteza, pa-
m~io, veJa la ~ gr1Lnr-s!' a operac:ao e f.em csla uem me- 1 rrcia ht>m urna af1lhada para quem a
acompanhnr O
te
ae Outuhro p. pnssndo. Niio pormenorisei, suS ntn: ~eis fi l lto~···
nem até hojo O pucle fozer, porque tive de meu . am1p;o, quo a_t1 apalhaçoes devem te1 I'
meu Ex.mo Praie.do na rho".1do sohr~ a m1nh~ casa.
8

. < ic•nmen
t
°~ <'omcçou a ancInr.
I .
~nt11rezt1 ~e mo!itron uma rundrn"ta 111 e-
cl

Visita Pastora! a oste arcipre.stado. A.go- I A tndn. ass11n, dapms de os med1cos fie M. I. M . . I•'ìlhn. do Maria, de Pedrou- menti-. .
ra ai vni: A doente chamn-se Rosa de Ma- tore_m prepnrndo _pnra m~ fazerem_ um_a ços «rom o corn,;i'io c•hoio de graticlao e re~ ~em _urna casa por ali a ntestar a
ce_do Pereira, tem 39 anos; é solteira e m , el Ili d_ros:i ope r a "~a0' q,t•O ·' u lgavam Ili fdli- ro,,1' 1.,
' 01· 1.,.,nto
.. ~ ,.,.,·nclhh"
11,... .... ,. "n N.
• Senliora do cx1ste11c11t doqI ho_men_s.
I . -_ l
Fllbn do .M:nria e natural O moradora· nes- 1 \el e 111d1~pensa,ol, nos 1ecorremos (~ara Ho~nrio dn l.• 'ntima unrn grnça recehidn l\l as_ nnqut- e 118 rnosqnecivel nao fa·
ta freguosin.. Al ma de eleiçao, ba muito nlp;uma C'OISR ha de "alar O ser . cntohro) q lll' pro111l't1,11 p11hlic-nr 110 quc-r iclo jornal- i.Oli _ncln no ermo. 'l'rnnsportes de todos
q uo sofrio horrorosiiinente de um,n noi·ti'- u Dc-us o a N. 8enhorn du Fatima, com ziuho, parn honrn e gloria tl:i Qncridn O'l ~ibt!'nll\s ah foram onconi,ra:·!<', con-
•• " l t J Ì> t l\liirsinltn do C'ou,,, cinv.1nclo 11;011t~ d~ ~ocl11~ ns cond1çoe~ che- 1
te, qua 1t punlm frequentemente as por- nn n am,a, quo O ma c-omeçou I\ a a er ~ncln,:; dr var1nd1i.s1ma._ e longes or1gens.
0
tas dn morto. Desdo julbo que nii.o sai'a da como po_r t>ncnnlo, : m gra cle. e!\!Janto
coma onde rccebia dinriamente N. Se- cln~ nwdtc'O!I, ~~ ?~' <'li eSt ou _quasi _sao, e,
n
- • • - -
I ('011n•1·girn111 ,tqnelo sitio, ninda luwia
potJC•o, nHJSl'~ totalmente ip:norado. mui-
nhor. t'm :-.eu p11ro11te. n,edico, com quem N()v;uutl_o O opiniuo. dos mechcos, hnr dn . . . tos milharcs tir pr~~0A~, atraiclns pela es-
morn, pou<'a e~p1•rançn punhn ja na scien- operrir,:,! 0 , que, ll<'S t ei, tempos, _atei:) dai;
cin. .\ docou> mostrou desejos de ir em •:,s1j'~c.t1\'M1 osfaquC'ndelns, custar10 rios do
111
percgrinnçiio II N. 8cnhora da Fatima e ' /~•ro. . , . , .
I r
Manual do Peregrino da Fat, ma
, . • • ,:- tla Voz da
trnnh11 JlrNlicçùo clos hnmilcles pas tori-
nhos.
PPlos Pominho~ sc>rtanejos, e aiodn pe-
os sous dedit-udo~ porentes, em outubro \ 1~a, poi~ .. ~ · Senh_m 8 da Fntima, 01)- ' ~nclc-~<' , !Il\ . 1 ~tl~\et,;,to In 111c,nrn l'slrncln. mn~ot('s cle poni das
11nssado, fizeram-lhe a vontade. A vingem de _te nho d_':_ ir com minhn mulher na pn- Ffit1m11 - Sem111a.no tfo Lei ria. nldrins ~eguiarn a pé, na dirt'<'(·lio do
até Coimbra foi do\·era~ dificil: doros in- m,,,r,l oca~rnon. Prero - 3., ;j{I forn o porte <lo loc·nl rrl«'bri~:ido .
~nsns, perda dos seniidos, etc. Urna in- Maria Jos6 da Stiva Rels, de Enc-arnn- c·oi-rei~. Desc·ontn aos reveniledmes. R 1111q11l'le lo~nr silcncio,o «• rsquec·ido,
Jecçào de morfinn rm ( 'oimbra reanimou-a ~<io cì\fnfral cliz qnc> suo runhada :\Cnri11 Prero E'Xl't'Jlcionuli'-.~imo 11 queni ino~pito 11 spm h,•leza, urna m11ltidiio
um pouco (' deu-llw coragem para fazer o ,Jose,: C:omr~ drpoi q th• umu pneumonin ~ . . t·e11nrrnc-ta , tnrrnicltl\'l'I 1,rlo numf'ro e
resto da viagem em ca.mionete. <'m 1!)2,1 fi('ou rnnis tic um 11110 c-om mnn JHl!Cllr <IP pronto O lllHlllllO cle r-ern g r:111nio~:\ pl'ln ft~, j1111trm-.,i,, olhou oc;
No clin l!'l dP outuhro iii pas,ou muito 11,ranrl<' tos,-,p qnl' a nnda t·l>dia. Indo e-a- oxemplare~. ,•r 11~ " ,>~m·ro11 o r,sin.iJ,,,
4 Voz da Fatima

••• Iniio hMia construido urna choupana, ja I bai Mata, D. Cnndida Cortez; José Mi- davcis as vossas ordens, recusa.is aplic&r
se veem, de pé e oobertas, umas, outras randa Filipe, Domingos Antonio Martins, as que vos d ita o m<>clico das a lmas.
X .
I
. ' :i epoc•a em que estes acont~1mentos ainda nos nliceroes, muitas casas. Uma O. Adete Pinho de Oliveira, Joiio da.s
srn~uln_res com~·ornm a produzir:sc o~- hli que da comodo e fornece refeiçoes; Neves, D. Mari& Olinda Santa.o_&, D. Mo.- e nterite, pedi a vos1;11 opinino e curei-mt?
H a tempo rel'orri eu a si numa gastro-
o~>n.tra, a-me _eu excrcendo f?nçoes ofi- mais ndeante, o locai ja marca.do para a rin Augusta Proença, p. Maria d& Luz
oiais numa cid~de n.o~~-amencaoa. Re- «Grande Hoi.pedaria de Fatima)). Vi e ira Antunes, Francisco da Costa Pa.- IV
grC!<hndo ao . paiz, dt~ig i-me, PO?cas se- I
As obras roligiosas nii.o afrouxam. Foi rente, Bernar dino da ~ilva Gonçalo,
manns dcpo1s, ti Italia, onde tive oca- ccrcado O locai numa superficie de muitos Albertina Soares Ferreu a, D. Ermehn-
P· Qu estAo f lnal
siiio de admirar algumai1 das m~ravillias hectares, o a e ntrada, com o seu arco da Soares de, J esus, D. Lucinda Mari.a A proposito, douto1· ante!; de me reti-
que. tlirnbcm a fé dos povos ah fez er- ja levantado, raz prever a magnifice ncia das N ovos, D. Celestina dos Santos ~~1- rnr, quoria perguntnr-lhc uma coisa.
gu~t · . da basilica projectada e de tudo o quo nas, D. Ano._ A~ves da Fons~, D. Em1lta -Diga la i
L ! (J~!1 ndo volte1 , o_ 1:3 ~e Outubro co m eia se rolaciona. do Jesus Olivo1ra, D. Marta !J-!1.1:bara .,de -Q11ori11 sa bol' se poz no seguro, con-
hav111 Ja pa~sado . . Nao fui , portanto, Dinheiro niio falta, porque sa.o abun- s. P . Vina.gre Preto, D. Mana Lu1z& tro. fo11,o, a. s ua casa da quinta das Ala-
testemunha presonc1al_ dos factos. M_as dantfasi mas as colheitas de esmolas que A netto Dacelar. méc!us.
estos foram-me doscnt~s, pouco __depo1s, enti·egam a.s centenas de milhares de fiéis, - Oh I Ha muito torupo. A's vezes um
por, 1111111 ~ ~~tora da m1nba famt11&, quo irlos a l i em romage rn em 1:3 de cada mez,
na . 1ruposs1b1hdade absolntl!- de encontrar 8 esproialml\nte. om maio e outubro.
me10 d<'. trnnsporte, se ammou a pe~cor- «Fatima.o é ja hoje indestru t ivel. A'
Uma casa a arder f6sforo, uma imprevidenci&, uma fagulha
e ... la se vai tudo. Sii.o coisas que acon-
r er l\ pe, t•om alg11mas c?~panbe1ras, semclha.nça do sua irmii mais vell1a - ----\ tecem todos os dios.
-No entn nto o fop:o nào costuma con-
M 4 lt>gu~s- que sep~am Leiru1.. ~o locai Lourdes - que ha dezenas de anos lança, I sumi r nem um por cento das casas. Talvez
d ~ npar,çoes,. a f1m de ver1fièar, de do alto d,1. sua catedral, o <lesa.fio a.o po- niio destrua num ano dez de mil casas.
cn 1suu, o que 1a pa6Sar-se. sitivismo nteu Fatima começa a levan- Falando c om a senh ora As outrns nove centas e noventa sio pou-
E' c~~n narrnçiio, que ha poucos dias I tnr-sc gloriosa: enfrentando com seguran- padas.
eu 01w1 d<> novo, que vne reproduz1da ça o odio e a descrenç&u . - Bons dia.s, minha b0nbora.
- Bons dias, senhor Prior. -E' verdade, mas urna desgraça ( e
Ed
fielmente.
• • • uard o T e1xe1ra
· ·
-Como vai o doutorP nunca vem s6) qu&ndo as vezes menos se
-.A mesma coisa. Melhor niio esta. CSJle ra ...
Pelas lU horas da manhii. ctaquole dia --Que diz o sou medico? - A sua previdencia, meu caro doutor,
memoravel urna chuv& torrencial caiu na - O medico encolhe os ombros e pen- é digna de todos os elogios. Felicito-o t&n-
C-ova do Trin, acompanhada de forte
vent:inia.
Os gurda-chuvas Jri. niio conseguiram
VOZ DA fATIMA sa. que tem doença para muito tempo. to ma is si ncerame nte qu&nto muitos dos
- Tambe m assim o penso. Ja ouvi di- momi paroquianos o:stiio longe de ser tiio
zer que sera, a.o contrario, ba.stante cur- previdentes.
resgunrdnr ninguem desta furia dos ele- Despezas ta, a niio ser por milagre, com o que niio -1'ambem me parece ...
mento~, 1110 s pessoa alguma arredava do Transporte... ... ... ... ... 57 :667$10 h& direito & contar. -Pois np;ora mesmo em piena praça,
l0<•al. Papel, compos1çao e impres- No e ntanto para. prevenir qualquer em rreote dn. ig rej&, osta uma casa a ar-
As bategns de agu&, de certo momen-
to em <leante, fornm afrouxando, e :is siio do n.o 52... ... ... ... ... 1.748$00 s urpresa, é conveniente que se prepara. der. O fogo começo u pe la chaminé. Da
E x pe<li çào, porte do correio Dii lice1wa quo e u va ver o seu querido ohaminé com unicou-se ao madeiramento
nuvens negra s e tempestuosas sucederam- e toda a gente diz que, npesar dos bom-
se ontrn'I mai,. lo,,es e cheias de brancu- etc. otc. ... ... ... ... ... ... 423$U5 doente?
Outra.'I despesas (gravnras, - Muito gosto teria nisso, senhor Prior, b1:1i1·os que l'hegarnm a toda a pressa, a
ra. etc) ... ... ... ... ... ... ... 3.56$80 mns V. R ev.• bem compreende que nesto casa ostri perclicla.
O ,o!, por sua vez, começou a descor- _____ estado, pode causar-lhe algum a.ba.lo. - Mal> e ia e~-t a no seguro ?
tin111·-,..c, e, pnuco depois, tod a a gente
not-011 qnc nm11,s pequcnas nuvens, de uma I
lincln còr ro!>ada, se destacavam dai; ou-
Soma.
Subscriçào
60.l95 $ 55
I -{'om certeza Jho ba de ca.usar menos -Niio, niio est1i. M ns imagine que ba
do que O jufzo de De us se ele vem a mor- instantes-talvez a.gora. mesmo- um agen-
rer de repente. te de seguros propoz no dono um contra-
tras, \'inham passar debaixo do sol e de- - Mru. com ostas coisas pode morrer. cto que o punlut n. sah•o daquela perda
sapnrecinm ; ii,to r epetidas vezes. (Abril de l926 ) - P olle revi vor, qu eria. V . Ex." di:r..er. que vai i,er tota!.
A., horns foram passando, a chuva ,·l',- . . . I<~ !IO morrei.se, eu la estaria ao pé dele. - E o proprieturio areitou?
sarn, e o cé u tornar~-se limpo ,le 1111- C.onlr1bu1r~m l·om dez ~scudos. para as A ' do n a e II morte de\·em ter O sacerdo- - Recusou I
,·en,.., 1 dc-spezas do JOrna l, Anto1110 Bapt 1sta, P.e O
ç h ·ro - Pode ser que ele tfresse tiio ponco
E" aq.11~1o. gr1tn d e mas,..a I,uma na, ;; ItP.n J u~ t'1110 l'' ranc1sc·o
· 'f · ·
u ac1e1rn, D . .l\faria
, te - porMascompa isso nvaiet c&usar-lbe
. muito me<lo ! juizo ?
de relig10s1dade,_ ma s e.ntre 8: qna!. rn Alh11111 Al~ada Bur~'-!ete, D. _Maria
enoontriwam m111tos <'llrJOsos, Jornah -,rns g usta Sa11t1ugo, Baz1ho Valerio dos San-
An- 1 - Mais modo lhc C'ausnra di o-lho eu
. te d De s sem' >r~imei·1.0 te;
-E' o meu c·111·0 doutor que o diz.
1 -Quem é essa pei..oa?
· •- d d ·
no 1·umpr1me~.,., .o ~eu . .aver pr~I,,~: ~- t~s,
J) M · d ('
. . _ar1n o m:mo 1uto,
p· D C · a1miecer < eu n e
. ec1- Lido no pé de s i O sacei·dote do perdiio.
u . E
- 1~' nnrn pesso11 q uo lh<' é muito proxi-
n:il, " 1lesc1entPs, _conse,~ou-se 1mo, ,I, lrn Bap1,1 ~ta, D .. Ge1trudes Rosa Pe no- A morte, quo hn de chegar, 0 ai vom ma em JIILre nl,t>s<·o ...
esp<•ranclo_ nll(um1t (•01sa mais. . forto, D. Lazannn Augus ta de Matos, . . - /. · •ima compare ncia - O qué?
·
l( ti\ lfl~S<' · <l · I) B I · -.1 · M , D -. 1 , JU nun .. mais qu 8 , . - O Dr. c:onhc,><·o l,cm o proprietario d&
_n nun,·1a o que o ,,s11J-11,, i." • e m1.ra u ana ~nc,onça, .. "ann ' Entiio snhn, a esca.da, sr. Pi·ior, mas
proc\mmm a i, <luas ~o:as da ti:ril<;1. do H.oijnr10 Mach~clo Crnz, D~mmgas V~- descuhe niio O ncom panhar porqu e niio ,·:,,a em foµ;o. O fogo quo a ,·onijOml· sào
1

I
A c>stu hora ex1wt1si.11na, o disco solar le nto, U. RoMtlma da Giona D. MarHL t . para isso 01; pulmòes a desfnzcr<lm-se. A lenha que
perclc-u o M.•u lirilbo, tornando-so negro ; Augm,ta R odrigues, D. H elena Simòes e n 110 co r 11 Il:0 m ' · ... nlimcnt,n e pru1)1111;11 a chamn é a diabetes
um11 l'ita cor de fogo começou girando al- NPvo~. D . lfole nn Soledade Machado, D.
tenuulamonto, num e noutro sentido, l\forin l•'e1·nandl"l< de Almeidn , Amil- 11
• <' 1\rterio-sc•lorose. O agente sou eu que ve-
nho peln ><'gunclu vez propòr-lhe o oontra-
em mito do sol. cnr do Alme ic\11 Mnrq11es, Artur da Fala ndo com o doe nte to de seguro contra a rata.strofe eminen-
J<;, contornando este, em toda a sua cir- Silvn Vn<\Concelos, Henrique da Costa te da c·usa nas cita.ma~ eternns.
c:unforencia, um e norme explendor, igual- Mnchado, A.rnaldo Vicira da Cuuha, D. -Bo ns dins, cloutor; como Yai isso? ,\qui, mou c·nro doutor (ouça bem), niio
mente t'Òr de fogo, cheio de magestade, e Maria T,una Pery de Linde Peixoto,
de grande» dimem,òes, apnreceu a ,·ista. C'oronel Lui z do
daquelM tantf,,simos milbares de obser- ( 'onceiçùo Qne iroz, P.e Candido Ma.in
Silva Gomes D. ve. I -Nào ,ni la muito bem, como V. Rev.• é uma probnbilid1t<le nem o temor de urna
desgraça que tenhn oem ra:r..òes contra dez
- Ando a visitar os doentes e niio gue- de niio ncontt>cc'r, é urna roalidade sem-
vadore~. D. Eh·ira Marqu es Vie ira, Esperan- r ia deixn r de vir nqui saber coma vai. pre la tente até q ue apareça afinnl, a des-
1~m i,eguidn, com todo este a parato, \'li nito, D. : \faria Angelina .Alvcs Consta por ai que n sua saude esta bas- coherto. ,\ sua <· ho nm con!ìumiu ja, dosde
o ,ol de,..Jocou-sl' da sua orbita, ovançan- [•'erreira, D . l\Iaria Tomnsia Pinto An- tante comprometida. o prindpio do mundo, milhòes e biliòes de
do pnrn I l ferra e a~umindo graduahnen- tunes, 1), ,Joaquina da Conceiçiio Ribeiro, - Muito ob1·igado, sr. Prior, pela sua edific·ios de carne, ca,stelos, palncios, c:a-
te mniorl'.s proporçòcs. D. Eufemia de Sousn Soares, Luiz Car- nlençiio, mas graç&s a Deus, o ca.so niio sas de todo., os reitios, sem exC'eptuar nem
Esk fe nomr no, niio previsto por qual- reira Vaz, D. Judith Rodrigues da Silva ei.tri. tiio mal como dizcm. Desde ontem um sci ... 1~ niio se trnta de umn perda
gurr obs1•rvntor io ni.h'onomico, produziu-1 C'nslro, D. Est.or Pcstana Morques, D. sinto-me nm pouco melhor. rolath•a, do cois1\ ;.em importo.noia. p&ra o
se tres ,·czes a. um poqueno intervalo dc Albina d<' ,Jes11fi dos Santos, D. Maria Eu- -Sofre do peito, niio é verdade? proprietar io encontrado d<'~prevenido. E'
t<'mpo. zebio C'aleira s, D. Ana da Concoiçiio Aze- - P ar ece q uo sim, com um pouco de urn a perda totnl, ct.Prna, eom pletn, a per-
E quando o sol r otomou definitivamon- vedo, D. Maria Pauln Pranco Cardoso, arterio-scolorosc e nm a.cesso d.e diabotjs. da ir repnro vel cln sun fortuna numn cn-
to o ~011 asporto normal, toda aquela D . Rmilia Plttcitla, D . Maria Sara.iva -No c ntanto, mcu caro doutor, c_reio taslrofc quc niio acn.blt nunC'a.
multicliio, posfos os joelhos em terra, im- C'ardc,so, D. Amalin Vaz da Mot a Sobri- que o mt>dicnme nto mai s urgente seria o Quando ,1m hom e m esta a.ti ngido, com"
ploruva a 1>rotecçiio cln Vfrgem e grita- nho, P.e ,Josi\ Gonçah-es L eitiio, Manuel nwu. ,Ja cii. estev<> o modico do corpo o m<'u c·aro rloutor, de trcz doenças, qnal-
vn: Anh1nes Toja, Mnnuel Lourenço clos lem agora· a.qui o da alma. A alma e o quc•r dns qu&is clii n. morte, ni.io estarn a
- òiilngrc ! Milagro I Sontos, D . Mariana Pereira da Costa, corpo fo rm am um todo e por isso que- M lll rafitL :\ n.rder?
J,'ranci1<ro 'l'eJes do Andmclc Rato. D. l\fo- rem e prerisnm de ser t r atados ambos. Dontor, Dou tor, v6s quc acautehu;tes
• • • rin Clarn N11neh de Vnsconcelos Marques, Xiio mc fnlc agora disso. · O caso niio umn i.im ple'S c1 uinln c·ontra. um risco nrni-
J~u fui a Fat ima agora, pela primeira .\ ntonic, l\lartini- Rarrcto, Dr. J onquim é ninda para s nstos. En bem sei corno lo prohll'lll0 li1·0 e JH\!thllp;eil'o, esta is ai nel a
H!Z, ,, vim cl<' lti mara.vilhado com aquel11
ltosnclo l•'crnnndcs, J osé l\Iaria Sequeira, e!';to11 e <·omo lll<' si nto I' eu n\'isarei Y. a tem po.
J<;du nrdo da iha Amado, D. ::\[aria da ltt-r.• quando fii r JH'<'<' i»o. Quer ou niio quer o meu 1:,eguro de vi-
grando mnnit'estn\'Ùo de fé catolicn.
Se tu, caro leitor, cle~ejas contemplar Visitaçiio de Santo Marta, D. Lnurin- - Meu <·aro clout,or: Olhe que os medi- da i.nhl'Jtdo que ele \'O!i poc!E\ garantir o
nl1t11mo ~·oìRa de impres:,ionante no do- du :\fnrqu~s, Silverio Simòes de Almeida, 1·os tambem s<' c•ngnnam quando estiio paln<'io clo ,·ossa pc•~!>Oa todii inteir11,, con-
minio <In <·ron\·a, \'RÌ a Fatima. Rosa Ma ria Dias, D . Emilia V:iz Vieira, de so.ude n 1·espeito d~s outros. Niio lrn o r is,•o de um i n('cntlio Pterno?
~ iio é nma funç11nata que vais ver, <'O- D . Lnrr e<>in. Snrnivn, José Lucns Sarai- :wha mai~ facil e nganarem-se mesmo a O t empo pas~1L ... O!> minutos estiio e-on.
mo nquclas que tu e eu conhecemos, ,·a, D. Lnizn M:arques da. Cruz, D. Marin ...c u resileito quando estiio doentes? N1io taclol, ... O fogo la111he j1i o t<'cto !
c·heiaq rie umo nlcgria buliçosa de vinho Marquc,., da. ('ruz, D . .Muria Marques da :,O wm risto nlgnns, devorndos pela fe- O clou tor <·omeça: Eu, Jll'radfJr, 1111' t·o11-
vorde e de fnlgucdos. N'iio encontras em ( :rnz, D. ,R11a M.ai:qucs da_ Cruz, D. Ma- br e1 n .pedi,r ti força ugua fria que os ma- /t•~.~u ...
Fatima O'< dosC'antes populares, os Zés
P 'n•irnR os fogtl<'tes de diuamite, nom os
rio José ramagmni dc C'a1valbo, D. Mn- tu.ria 1medrntamc nte ?
rin dos Uc medios, D. Virginin d@ Assun- - T'lu niio estou neste caso, sr. Prior,
pçiio l\Caohaùo , Antonio C'arreirn Bon if1i- cu niio f'stou nC!1$e C'aso. Hojc niio.
baihiric·~s nem as afamadas filarmonicas, rio, ,José ,Tnlio Pinto Ribeiro, Joiio Ma- -lll\m ()nl iio amanhà .. . ma; a qne ho-
- ---
q11t• diio ~-ida e Rnimn~i.io as lindas romn- chnclo d11 C'onrei(·iio, D. Ma.rin Luci lia ra1,?
rias minhc,lnR. Soares 1.opes, D. Maria da Picdocle l'ni-
M:is on<'ontl'nras a fé r eligiosa, i;entida "11, D. Matilde Garccl'l ( 'alirnl , Manuel
e vivida nn sua pureza, sem qualquor Pinlinl, l). Maria C"arlota Ferro Muri-
mi Ntur& pugii, e ouvirns lindos ranticos nello, O. Mariti da Pieclade F errei ra da
'
- Eu lh'o manda.r ei dizcr.
No dia seguinte
Voz da Fatima
a Viriem, o~ quais a alma do po\'o soube Fon-,eca, D. Purific·açiio Liz, D . Jza,bel Este jornalzinho, que vae
criar .
• • • M:artins, D. l\foria da Assumpçiio EYa-
risto, P .c ,José Maria Mendes Cabrai, D.
11 f
Bons dius, doutor. Eiit ive a ei,pcra sen O
I d ta .d
O quen O e p
roc
U-
J 1l In \'ÌiO llQ\'C a nos decorridos de- Mario Diolindn Elvos Mnsc&ranhas, P.e toda a manhìi e ninv.uem me foi C ~::t- rado, é distribuido gratui~a-
pois que awoteceram os fenomenoa so- f,uiz da C'osta Carvnlho, D. Maria Iza- mar. Pe_nsei_ que ~e ti~·ei.sem esquecido mente em Fatima nos d tas
lares, quo ficam descriptos com absoluta bel 'f avares Pimenta, D. Maria. dos Anjos eia t·ombina5uo. _ . - 13 de cada mes.
,·enla de. Peroira, P .e Ant6nio dos Santos Alves, - Amnuhu, amanha._ HoJe, nao.. Q · t d' ·t d
E quem ogorn visita a Cova da Tria P.e l\fanuel Lopes Correira, Manuel da -· \~1110 o. do~tor t111hn prom~ti do.... uem qu1ser er 1re1 O e
pode verificar um outro umilagre)): pela Silvl~ Lopes, ,José Agostinho Fern&ndes, - Nao , ho1 e OllO, que estou mu1to falt- o receber directamente pelo
orla da e~trada, e nas proximidades do n. Virginio Uibeiro Martins Gomes, D . godo., . . correio, tera de enviar, ad i-
chiio sogrado, levantam-se as prime iras Adelaido Corte Real da Camara., o. Bea- , ~ Ne~so ('U\O v_ou-mc embora ma~ com antadamente, 0 minimo de
edificaçòes de uma futura cidade. triz de Sousa Ferroira, Antonio da Costa ,uu1to pPnn do. ~1, que, sendo me~1co do 'I é•
Na.q•1elo r ccanto da terra, onde o homem Luiz, P.o Manuel Barata Dual'te, Ani- l'ClrJ>o, que r11r101~ as vobSas r ece1tas e dez mt r IS.
.A:n.o "V L e iria, 13 de 1\1:1:arç o d e 1927 N.0 54

A -
.---

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Composto e impresso na Uni~o Grafica, Rua de Santa Marta, 150-152 - Lisboa. t(edacçlio e Admlnisfraçlio: S e mina rio d e L el r ia.

e R O N Ie A, TI M A .. ,
Imerosas
I
la u li ima vez o puo d?s fortes a n u- prodigiosa lan~ada nas almas que

ra<las.
pessoas, prév1amente prepa produz fructos de salvaçao quando
.
Segue-8e a bençiio do SanL,ssimo
cae eru hom terreno.
Por fim a es tatua da Virgem é
aos enferm.os, que em nuruero de al- l'econduzida ii capcla das Apariçoes

da FA
(1 3 DE fEV EREIRO )
, g-uma.s dezenas ocupam as hauradns e sobre u vasta c·harneca da Cova
da frente do respectivo puvilhiio.
II da Iria. começam a descer as pri-
Como cle costume, esta c:erimonio meirns somhras da noite, até que o •
1 I.a.o simples corno emocionante faz t-ilencio e a sol idao reinn.m de novo
brotar lagrimas de mui1ot- olbos. naquela estancia de tantas minavi-
I
Contra toda a expectativa, depois cla a.quela mole imensa de gente Em segui<la sohe ao pulpito o lhas que fazem de Fatima a irmi
de umo. semana de vento, frio e chu- canta os louvores do Deus que por rev.do dr. G. alamba d'Oliveira que, mai11 novo de Lour<les, a divina. ci-
va sem interrupçao, o dia treze de amor de n 6s quiz ficar no auguAtis- n uma l inguagem
I
genuinamente clade doA P ,vrinéo11,
Fevereiro amanheceu esplendido, simo sacramento dos nossos altares. portugul'zn e ace11sivel a todos, fa la
cheio de luz e de colorido, e com .A' comunh.ao é aclmiuistrado pe- tiobre Il pttlavra cle Deus, semen te l'Ùrontle de Montello
urna temperatura suave e tepida, co-
mo que a auunciar a proximidade
da primavera.
A's sete horns da manhii, no cume
da serra, a poucos quilometros do
Alqueidào de 'l'orres N ovas, o pano-
I
rama q11e se desfruta para as ban-

~,
das do nascente é verdadeiramente
soberbo e deslum brante. O astro-rei,
difundindo sobre a terra os seus '
raios acariciadores, ergue•se no hori-
zonte distante, cheio de formosura e
magestade, e acorda a natureza do
sono pesado duma longo. noiLe cle in-
verno.
A's dez horns, no recinto das .Apa-
riçoes apenas se veem algumas deze-
nas de pessoas. .llns a medida que
se aproxima o meio-<lia solar, a
• T
I ì!i
multidao engrossa cada Yez mais e .
eleva-se por f im a alguns milhares
de fiéis. 1 -~~~-
Os peregrinos deste mès s5.o na I
r., •., _
sua grande maioria habilontes clas 1 $'~~
aldeias visinhas que, impul$ionados I ~VB
pela sua piedacle e atraidos pela be- '~~
leza do dia, resolveram ir a Cova ~ ;f~~~
da Iria cumpl'ir o preceito da aucli-
çiio da missa e satisfazer as exigen-
cinil da sua devoçiio para l'Om a au-
gusta Virgem rlo Rosario. I
E' ali, naquela estancia bemdita, I
que as almas crentes :se clespren-
dem mais facilmente dos liames clo
corpo para ascenderem nns azas <ln
prece até as regioes serenos da mais I
pura espiritualidade.
E' quasi meio-dia e trinta e sete
minutos. .A linda estatua da Vir- ..
gem, semelbante a urna radiosa vi-
sao do Paraiso, é transportnda aos
bombros das servas <le Nossa Senho-
ra do Rosario para a rapela nova.
U m sacerdote i;;obe o.o altar-mor I
e principia a Missa dos doentes. O
fhL"{O e refluxo da multidao para
corno por encanto. O silencio au-
menta. O recolhimento e o fervor
inten sificam-se. O Credo de L our-
I
des é recitado por todos em còro.
O rev.do capeliio-director dos
«servitas, reza o terço a lternada- 1
mente com o p ovo. A ' elevaçao t o- Sua Ex.da R1v.111 o Stnhor D, Manuel Vlelra de Maflos, Arceblspo Ptlnth, vlsltou no dia15 de A1osto de 1921 oSantuirlo de N. S. do Eoa6rlo ,a FUl11
2 Voz da Fatima

E' um wlhinho, de pele enruoada co-, to a 1,i.~toria encantadora · daquela Mar- 1foi Ele quem regou e deu o cresci.mento,
Adevoçao a S.~José mo ro11ue111 a uni ocfoarnario, rom um be· tir (que 1.1m dia se V. Ex.a. quit:er me a florescencia e o fructo.
lo sorrir, alma. aùerta duma c~ança e um nùo importarci de contar na., coluna, da
olliar candido que parece reflectir o ceu. «l'oz de Fatima1>). I
-Que venha depressa essa hiatoria de
Santa Ines e outras, outraa muitas, sen-
Parece 1:a11uar-se quando o querem foto- f'hocou-me o contra1te entre o amor a tidaa oomo essa. carta. Dar-me-hia por fe..
grafu.r e 11empre tem encontrado meio de modestia que dominava aquela Santa liz em me retirar e ceder-lhe, a falta de
E' bem conhuitla a devoçao que S. se escapar. Uma vez que ele e.,taua des- 6 o seu deaprezo, ao meno.s aparente, que outro O cantinho qne ocupo na Vo11 da
Tereaa de Jeffl& tinha a S. José, a quem preocupada,nente num aropo a /alar, ·1w1, em mim reinava. Fatima.
recorria .sempre nos momento., dificeis da I sacerdote canadense forou,-o. Quando vai, Sobrevew-11te uma criae. de lagrima.s -E a.s servita.sP
l'UO laboriosa vida. .
I
porem a revelar a chaJKI; nota c~m espan- bemf'!~eja., e foi entao ao.r pta do meu -Que deem O exemplo I... Eu, deaoon.
No, n-oaao.s tempos e.,ta devoç~o vai~s.e to que todo., os ?1itro., _tinha1n. /1Cadf> bem Oruc~/t.xo e abraçada a Ele que eu tive finndo do meu jnizo em causa propria. pe-
lornan.do ~a,tante popular e intens1f1- !nas 11au apàrec1a a /tuura s1mpat1ca do a !el1cidade de ver ~ mai das moda) imo- di II urna- senhora mnito piedosa dai mi-
cando-ae dia a dia. trmdo tl 11drP.. rai.s vor que me de1;rar1,1 cegar. nhas relnçòC'S que me julg11 sse rigorosa-
Efectivamente, S. ,Tosé t o modelo doi A 11 ! M faha Amiga quanto lhe estou mente.
operario, e a -imitarJo da sua vida e u ___ _ _....;._______ _ __ agrudecirla por este favori Foi V. Ex.• -E as ontrasP .. .
de _toda a Saurada Fa,nilia em Vazordh, o !11eu A1tania.s. Foi V. Ex.a. que me fez Que leiam, que se examinem, que 88
,ertam a melhor rc.spoata e o melhor re- F\ MINHF\ N0Tf\ ca1r as euamas do.s ol110.s! emendem corno esta menina que me aca
medio para enabclecer o iusto termo dus Quanto mul na.o terei eu feito sem o l>n de escrever. ~ •
reivindicaçl}e.~ · operarias da nossa epoca .,aber? E.spero apenaa no perd4o do Se- A' s vezes umn pequena coisa torna-se
e ~m dique. a dimluçù.Q da famili_a, a
maior calamtd?-cle. do., t,mpo,. ~ufw11.,.
E AS SERV ITAS · 1 1 1
,
,,ho~ _I n/initamente li/i.~ericordioso e n<J grande ... »
1wx~l10 da• .sua, orarùes que me n4o ne-
'
Ao abaixnr-se um decote alarga.-se, nm
Um do., 111more.~ 11rop11gand1.1tas da ,1,.. ____ r,11ra~ . . \·esticlo levanta-se ou ajusta-se mais do
voçilo a S. ,Tosé. e111 toclo u mu11ùò ,, 1•,11 .Vao 1111au1_11a as consolaçl}es eno-rmes / que O modestia permite e n6 s ostariam
tod_ o, 011 tc1ii1><Js, a11ez~r de ni111ca ler ,.,. " • 111ie tenlto. t1do, sobretudo na Sagrado Um exame n-no fnz cmnl ni·nggu oa.
t l I é a A d l (
crio tmt<;r ,nw, "irm,!' ' 1 r as.~t,n
--..u<> e1l'C'm o <'xcmp 1o.1...
:i1111 prn«a,n ao ' C'!;(·rc•,·er a 111i11!,c1 pri-
(' l - i .
omu.nwo, cepou qur me ... 1!ÌSfo.
~
Triplice obrignr;iio nos impende· ···
ft
em ,.
é conhecu1o}. que hn 11111!~ cli! quiu·e,,t,, 111oirn 11ot11 quc• eln ~Prrn de tùo n11111crosos /~' ·xo.,.," .'fonlwr a 1/0!lar-me id. a cem ~nmos cat61irn ·t · porqne
mtos é 1wrtetro e/o rolcg10 de Yo...11 Sf- e diver~o~ pfl·itos.
nhora ilo Saqrad<J l'ornçcìo, 111.1 c1dmh dc
por mn " 11N111eno sctcri/icio do meu or- E'stnmo 8 num
qulho, du. 11111d1a vaiclade ·Q
i8'
:°rque dervi as, po-rque
h _ug r sagra '?· .i..
Montréal, no Oanadli (,I merico do Nm·- Ern :i foLoµ;rnfia l'l'nl, òemnsrauo i-ea- . Todo.~ os rlia., me lembro da,.uele &eu
lista taln,z, mas ncm por isso m l' IJ OS ver- d "'
I.
-
ne nao d aia! nuoca mais., u" futuro,
cx,ri;n que, o n p:umn mnneira possa nas
lr )•
F,uiàou, i·m 1, 011 ,.11 do q1ttrido :,;0 ,1 t,,, d a d'31n1,
· <l
mn quncI ro, grar;n~ n I)t•ns pou- 11en samento: «trazer e.,coberto o Corpo se~1·tas, f er1r n vista
dn Senl11,,.,,.
. d
e quem quer' qne
"m~
w
nereurinaçùo
... ..
oue

r,std
,,
cm i·itu
·
de 81 , <·o fr(>{ptellt<', naq11clas pnrngon~ d.i Cova
· · Q u.c 1wrr,1r 1 E la . h ·a seJn,
e Iwro pe min a v1 a r 1 · fl nem exercer
· ,corno neste
t caso tiio ne.
tornar tao povular " frequente na An11:- ,1aE'1na.
rica. como Lourdes Q é na Fhiro)la e Fafi-
I .· ~ I l . t
. <:om Il ( esc-u~·ao e o qunr ro 111 ercn-
pa.1.,nrln. E pero-ll,e q1u me perd6e.
fi..'l b /J • • 1rmt re.
r:"'
n, rnl ur11c1n l' o ro o e n <'~pernnça
J al. lnùtt no clinlo•!O com umn pC'ssoa nmigtt . , e sa e em que 1iunra a min.1ia vir- 1 Urna .,Pnilc1
ma em Portuo . . ia naLurnluwnte a mnoifesta~·no da mi~ g111ù.ade so/reu qualquer ,nanc1ia por
Pr_eparou-ae para esta . m1ss1l.od • ,ilo l s~u nhn maneirn de ver bn~eada ~os Pnsioa- I mais pequena. Ma! em que perioo eu
h,umilde quarto de porte1ro on e a ava . . ncio anda11a mconscientemente/
de S. ,Tosi cfs risitct~ e ao., paif dos alu.- me1_1to~. o J?l'Cscnçlies da JgreJa, corno a F . ·t· . . d
· mais tll'I 111 terprete do senso romum. ,u 111 11110. e1o mew e,n qua vivo, a

noA.
Encontrou entre cstes cbraç,;e~ dnre 1_~ e
. F t . 1 <l . . 1 t e<lllcartto qite me deram. Nunca pela ca--
,ra nn urn ou cixnna. e e sot· urna... 1,eca me tinlta passado que isso p-iulesse No dia da DESOBRIGA
p,edo.sos, /IVlR tambe111, ao lodo, 11,Mtn• llot,a.. . . , scr e f~er mal.
ontradito,es (as obras de J)eu~ n,c·,., ,. I 01s a proposito dessa notn receb1 va-I a·t , t f lt d
rtan• d,'eatt ~ilo da contradiçdo , ·d,, J a·•,;rios cnrtas umas de n.plnuso, de reprova-
· d r
' I ere. tdeadque erda dre~•men e t~d a a e
• · · · '
A pou~ e vouco,. os fius /ornw.mm. 1•11- [
. re ,n uma Con/rana de S .fo~é
I ~ t { ,
humao.a) e uma ouLra emfim _de nrrepen-
I u ma pie
.
e 11er a eira .sen t a e ao-
., l d g
Um& mulher feliz... idealmente, infini-
çno où rii!; ,oomo e pro11r~o n raqueza ùretudo o clese·o de a ,r~dar que 'me, e8- tamente feliz, é a que inspirou estas pon-
' Ora a t,.~ a.qui. nad a ha d. e e.r t' raord.ma- d.ù
i ~ e
d o Io10s11.
. eo n f"tss1o
i •
crciuuava111,
Mas peçd-U,e " moquea. nao ;uloue por mim ca.s linhas.
Eia quasi tinha perdido a. esperanr;a de
ri11• • A s d~ aplauso 0 ~ mous parabens 1? 0 ~ toda$ a., raz,arigas, toda., a3 senhoraa que ver este dia.
Ei.t, p1Jr611i, que um belo dia apar•·.·1> 0 ~s ~er rntt•gra~as
1° pensara ~ Jpg::!~~ undaui. . a moda. Ila, d.& vezea, mesmo
lada divino e numtrosa., cura.s teem Zo-1
s
gar que aao invariaoel1nente atrilruidas
a J oaé, pelo irmllo A11clré que recomcn-
i; e re1!rornçao-c uas ~pen 5
deA~ofltuo e ...:, nada mais.
1
b l
u timo nno a posso ma!1<1ar em orn de chamar .mper/i.cial.
Mas viu-o... e viveu-o. O seu coraçao
ali al~~s boas profundamente boa, e du- esta a trasbordar de urna tal alegria., qne
md piedude que eu nao teria coragem osto. mulher podio. julgar-se em pleno pa,.
raiso, em urna alegria imensn., definitiva,
co; ~_ma ~•mt! h pnl11.v:t· nuo.
da ~s ae11s doente, ao glorioso vatriarca.
Por outro Lado S ..To~é parece nlfo q1.1e- 1
S °<~1l rc1;ti_r- e_ n. to oce panna I 1
. do E, aoora, para acab,i.r, desctilpe-me a de que ne.da nem pessoa alguma podiam
ro11/ìcleucia que lhe 'VClll /azer. NiJ.o mo roo.is priva-la.
rer fazu nuda HIUfo vor i11fcrmctlio clo n.1va or: cc n1 e nno rnes a 1,~·car.u · 1tome a mal.
,eu dedicado ~ ze/v$<J scnQ, \ Mas i~o. ~ carta comoveu-mo. Ench1- Nao era a pri111e1ra l•ez que ia c1 Fa- • • •
A.a cura& 16 teeni logar devois d 1estt me ?0 snnpnttn _por c~sn o.lmn quo llHI es- ti mci 11.e111 e.,pero que lenita sido a ulti- Este dia. niio surgiu sem uma dura. pr&-
t er reaado ou datlo· O
.'IClt con~elho.
. .,
cn•\'J~ ai-rept•m!tdn se.111 conhecer nem ser
de m1m couhecula ma.
_
pnraçno.
O que ele mais re,·m11r,...,u. l que pcçam A . t- . · _ . E a /alar-ll,e com toda a fro.11quet:! Ha 1·a vinte nnos .. desde a propria ho-
,. d , I
a B. J o,., e ae a oc,1ru " 11111a t ,aaa ou
1
te 1c1-a 110 1tnda . 'dho • s.ent1c1n ' nque1n ,,,,,, , a /ranqu.fra duma ré_.,__confes.sa, uma 1 ra do casamento que · eia vem pensando
coiaa identica, ~on,elha q11e trntem com C[l.r Ì qu(' rC'st° 1n e1es e logo fa,.t>r dola a clu, coi.,u., ,,u, 111,e fez mais impresaa.o foi n ele.
111111 10
azeite ·da lampada que arde deante du • sogulH a nota. 0 1Jer que u J1cu· de ,,ervitas que pela ;rua Uma. nuvem 11. desenhar-se n aa mais
imagem do mesmo Santo 01.1. lc>quem ,i Fli-la.: ";r11iade v1·lct sua modestia no porte e belas nupcias quando el~ face a face
parte doente com 11111« da, _s-iui.• 111edtJ,-
lh.a.t.
Fala-ae id. de millwre.s de rnra.~.
I I::x.11111. Sr.• e ,w risti;· mai., pareccam an;o, do q11e com Deus,, vin.ha a verific~r as ignoran-
niinl,a q1.eridn Ami!}n ,,,,tf/,ne~, .•e e11contrauam algumas fJU", cias, as fraquezas espirituaie daquele que
M··,1 serem rscandafo.1ti.,, entret,i,,;' ·"'° eia sotthava tào superior a si, para o
Oon1Jiria que hottvesse um bureau dc lt.rfra11lrarct ccrt11mi>nte tal ft·ulnmen- t 1;ic.1:am 1wtaclas por uns decotes ,:i;cu- amar sem uma sombra e sem um!\ re-
t·eri/icaç~ea mediras, como ha em T,ortr- fo por letra compl.etamrnle dP.,runlieri- ,\i1·,,'1te11te laroos e v11stidos demasiado serva.
dea. Em Mont-Jloyal (~ìtio onde fica o tla. q1.,-l fl.1. Superìor? Entiio, niio ... , seu marido
coleuio) na.o ,'<: preorn11am r.o111 ,.,,.,a.,_co1· I Uo.,tumt1 11cr c?r ìni_ima amìzad,: esfP w<;, eta., (i: eu_ ol11cii:11 .,6 para as ulti- nào_lhe era s!lperior.
sas. Suo os pro1>r1os dv1rnfes que 1mbltca111 frafamrmtu r /01 ]J<Jr1.s.,o que 11r.,ta 111i- ,,10 ., cmbom mu1to pouras) se elas vea- Tmba perd1do a fé, se é que ja a.Igu-
com ·gosto a sua curii e outra,, 1•ezes (co- nhci tarf(I. i-u quiz q11e e/e r;.c11rimi.•.," feu, assim famliem c11 posso vestir como ma teve.
mo acontece em Fatima) s6 JJOI' nca.,o ,,, l,rm toda n .,impatìa e rrista amisade t•i.<to. ' 1 Eia tinhn sossobrado n esta paseagem
chega a ter co11lt1•cime11to de rirto8 fac- que a V. 1~:i:.• dedico 110 Se11hor. ..~·ao tinl,a razaof... I tcmivel quo tanto deve proocupar oe ma-
toa extraordinario.,. Oreia Ex.ma S11r.• que a est11110 mais -Nilo. lJ/a., 0 facto cl" influencia des.sa nejadores d'almos ... noquele momento em
Foi a.ssim gu.e .,e tlcsrobriu, pas.~ado., dn q11C1 "" u conlrrce.,M. lil,erclade cm ulaumn., ~rnitas /oi um fa- quo a embriognez exuboraute das pai-
muitos a,ws,. a crun subita e comJ)lrta Eu, sou uquelu ]lolirc ra11ariga quc V. cfr> l'lll 1111m , ai-lo-Ira talvez noutras. xòes nascente~, o jovem reage 1ieasoal-
I
dum 011e~ario prole~tante, _t11/rcdo 8tan<1· B;c.cia tfll1to11 rnmo nxsmito da :"'" notn I Oe.~i·ulpe l' . R.c.a. est.i conf~d~ncia que me11~e sobre as ideias daclns e recebidae
hope, cu10 pé eMwyado t111hu. 11ma rha- 11ubl1cada no n11111tro tlr Pei·ereiro p. p.' em nada clin,uwe a ara11de esttma e ad- passivamente duro.nte o tempo ~e umaa
oa P1f-rulenta ha m11ito tcmJ,o. cl11 «Voz da Fatima,1. Li-a to/reaumen- miraçlto qtu? ~ìn to pelas que tllo desinte- l fugiclin.s e mogrns liçòes de catec1smo.
Veio ao Oratur,o ,le. S. ,]osé, a co11u- ti'. rrs.,atlame,ite .se d1'11,raui ao trafamento
lho dc um amiuo, '- 1·0/tou. tumtlo. . 1 l'arer1t1-me que 1•inha nli al911n1a coi.tu do,, vob1·e.8 doe1.tinho.~. • • •
Ao lado d'estes /a11ores celetfrs, . qu!fS' 11am 111111t. I>igo-llto porq1,e I po.ssivel que V. Ex.•
des~o.nl~ecidoa, lul c!ira,, eftraord1_nCll'1_a.i E Nnlw ... queira e co 11 si!}a et,itar pequenas_ coisas Nao se rctem sena.o o que se defende
0
1Jerif1cad(!11 -po~ ml'dt,·o., mais ro11.,c,e11c10- O corarclo batia-me apressado. Poi-- que ~e toriiam yra11de~ pela q11.al1dade e e ele niio tinha defendido nada.
so.s e mau ~ab10, , uoun,lo a., ,·,·uraa pre•- CJUé ?... po11içdo da.Y pes.soas em quem ,e notam. Pàra que?
crita, pela lgrejiL I'. pela. scin,_r.ia. _E.stil,~ gra II qraca, crn o mr.u A.1110 du Guur- E&quecia-me de lite dizer que n/10 tor- :Niio vinha a vida ao seu enc_o!ltro com
cu.ras aOo huma1111mrnta inu11l1caue1$. E da qur me im,,eli"m a tal /rifrtro. 11 d a .,air df ra.m sem ter emendado al- n taçn a trasbordar do magnif1cas pro-
e.sta ta!11be111 a O[liniflo de illor. JJrucl,ni, Bc,·oulceci-1111· dc.vcrita , retrafllda no vi- 01111 ~ clos m1:1ts vesticlu.,. messas~ . .
ArcelJ1spo _de Jfo,,trhil. _ 1•0 111i.q11t'la.~ colunas. E.sperando, 11 iin1ra ùoa amiga, que me O pr!me1ro em _tod_a a. parte, receb1do
I .sto e.rpltca II afl1tct1r!fl cfo pe11pr11(0-• Fora j1111fo de mi111, « u111c1t, ajotlhada
de que teem chegaclo a 1untar-~e ah tr111- 1ui11111 gmmle r..cte11 ..,i1J, JlinL iu11fo de mi111
ta u q11.are11ta m,l. . 1111ti l'. 1':J·.i-i11 Jtro1111uruua Cl(JUl'ia .•au<.Ùl-
11 ,10 esquererù Ju 11 to eia nos.sa querida
M,ie e 11as .,uu., comunli~es, subscrevo-me
rom a vro,, 11·.•·"' de igual lembrança
I
na soc1edade ~a1s . intelect~al, ele ei:a
daqueles que nao trnha mais que abrl.l'
O:; l>rnços..
Um sacerdote d'alt 1i.,.11·aurn. q11e o 11·11- (:ùo: 111 .to decl.,lii 110 Ooraçao Divino de J. Alem disso, por entre as bonecas do
,11.cro a1111al de /iris (IIIP. ali vela orar ex- «OW ./11/io! 'l'u JJ(lr aqui ?... ,, • ba.ilo, tinha ele clescoborto a que é hoje
ade o dr Loul'dr.<. l 11.1i-ccllHtte <J1t11i-la a inclu. .\ • 6-l - r
2 1 1 27 sua mulher. '
,t capi·la J;rimitirn finlia, por /1Jrça, dr. JJc11u1 s Hfirnram-u: e 11,ìt, oul'i 111ai.•. .Varia Eulalia... Nesse tempo,. a jovom chegara a h~-
-~er proi·ì.wriu.
Vai, voi.,, nli ]l'l·u11fi!r-.1e 1111111 ùasilic'.1
Rta 111, 111ìo /rada 1ilt v1cla.
uMa., q11w1 r que derJ licenr,t 11qtula
ruju primeira pl'rlm /01 vosfu rm 191(), .,n1/,or11 1mm c.,tur as,<cm a i11mlfllr-me
I
tar em lhe aceitar a homenagem prec1sa-
~·. S. l'ode /ater de,,ta, carta o uso que m~nte ~porque nquele que soliciti:wa a sua
qu1.<cr oculta11do• porcm o meu. nome de mno nao trnha fé.
quando .,e e,,taru 1'111 plr.11a g11,:rnt. 11 um junit)l ( /11m1lw L o du. 111111/ut tura.
A crii>fa c.,ta in c-<J11r/11icla ,• é 11/i q1.11• .,e
fo.1.cm 1M e;racfrio., ,lt- 11i1 d,ult,, .
, ·e utc d~-•rn11rl'm?
Que 1·rr111111/,a !,,
I ••"
o edificio sera urandw.w p111s .,6 a rr,- /•'oi a8,i111 •. • dc orv1tll10 e ,;t];o o meu • t • Oh I Nli.o é que ele fosso inimigo dola!
pta ·cuatou. id. crrcu de. Pinte 1'.1-i! conto~. 11ri111eiro 1w1ts111nr11fn. Sc11ti D ,m11171ct Mostrava-so mesmo muito respeitoso
,1/irma-se quc toda " despezn 1m u. 111n1& fnrcr-u 11• 11 cu ul'iu.~; pen3t>Ì r111 e:,1{111 Niio u n<·h1111, cfolic•iosu? Que o Senhor para com o S<'U paroco, acompanhando
!le ctm miL co 11 tu.1, mus isto 11llo lJ'fl"OCUJ)IJ 8,ifi,,faç,ill• ao d11"rcfor cla fol11C1 e... niìa continue a ahell~'ORI' osta boi\ alma e a fa· muitas vezes a sua mulbor .t ?.fissa para
0 _, Caiiadwu,, 1,nr,1ue II rai;,:11 d,a c.sm<Jlu& 111 IJUll,r/as rni&as muii. zer com quo se.j,un i;empre muito reotae lhe dar esse prnzer.
nuasiada a tarde 1101111 a encher-Ae 110 11,ii 'Jluito e.rcifuila uinila .,e11tei-me u bo,- :i iut ...11çòes ,lni; minhos notas. Fui exage- Abonecin-so ai, no entanto, terrivel-
.,cguinte, a mcdida du.s 11ecumlmles. . dur u.m WrJJOral 1mm a i(JrPfo da 1111- mdn, fni inj11sta no juiv,o qne formai da tnonte sobretudo quando o paroco ora um
o R ev. Oonego Goubf., dircrtor da ren.s- 1i/1 11 tr.rm. rp1t•rid:i '.\lnrio Eulalin e disso me arre- pouco mais longo nas suas prea;açqoa.
fil JIQn8ienze L' •Ideai, que vi,ito,i o San- Pouco a pouco porem a ei:rituçllo pa.,. 1w111J., e_ 1wf111eto emen_dar-me. Ero. por isso que sua mulher quasi nun-
f ilario conta quc n1111ra. nt11l,11111 _lcnmcm .,ou. ,\ pnnw1rn procluz,_u fruto nt>sta al- ca lhe perguntava nem pé<lia narla.
lite cau.,ou mais 11w11. e pro/wwla tmprci- ronio que po,· tlccuo Lcru.ntrt os oll,n•
,,llo que o irmdo A11drt parecendo-lhe ea- 111ara uma oleografia de Santa 111.2.s qut
tar em preJença do Santo Ou.ra d'Art e.Jtava nu 11a1·edP em f1·cnte e .,enti-me
I
11111 Qne eia o pro<luzu,se em tantas se-
rn1 •l hnntes! ..
B1•11rùito Mli ti o Senhor I
Com esta notureza assim, qualquer
pressào era uro retrocesso certo. Para ee
obtor algumo. coisa. era necessario que a
e /alar com S. JosL I mudada de toclo. Recordei nm,t mome11- Eu :ipenas semeei nn-Voz da l":H1ma: pll\nta. ali lanr;11.da crescesse em ahsoluta
Voz da Fatima 3
liber dade. 01
mulher a, ~idc:::cta a ::r 18:~ar Seui: 1
I Tamno·mUom E8D8Ilh8
ll
I
Preferimos, porém, o do pa.i, pela decer-lhe-ei todas as at;ençpes disperu;adaa
sua sobrie<lade e por ter saido da. a.ssim co!no_ farei ~ minha aaaina.tura pa-
uma bela manht .de.qu.a.resma ... p
pena de um Doutor em M d ·
. . .
I ~a. ter d1re1to n. receber mensalmente o
e ecina Jornal pelo correio.
e Cirttrgia, pois, segunclo soubemos Desejnndo-lhe muitn imude e gra,ça de
A _jovem encheu a sua alma de todas Nilo é a primeira vez que a.qui depois, é essa. a. qua.lida.de do pai da. Deui;. Sou de V. Ex.eia O.do m.to obg.do
AS, virtucles que lhe foi possivel adquirir. publicamos o relato de cura.a obti- doente . Alfredo Augusto da Rocha
E a sun ureserva,1 de amor para embal- <l · · ·nh Sera supel'fluo consigna.r que es- Rua de Entre-Qulntas n.0 301
samar .d d
a v1 a aquelo que Deus lhe deu
as no pa1z v1s1 o .
HoJ·e tra.nscreveruos do u .o 196 do ta. circunsta.ncia a ona o caracter
. b Porto
para amar. prodigioso da cura.
E era grande a sua «reservn.u. , Rosario> ( de j aneiro e fevereiro),
A sua n.feiçiio a tinha ainda ~umenta- j 0 seguinte c~so: Como fica escrito, a enferma be-
doce como que perfumado de p1edade.
ausava tanta pena ver este homem tao S
C?mpleto sobre tòdos os outros pontos de ant~ssimo
I
«Numas mforma.çoes que aEl beu agua ila Fatima no dia 13 de
.1 • R .
osano> ( oe ergara) ,
l V setembro.
I
vista, aceitar esta inferioridade, esta ta- pubhcou no mès de agosto sobre as ntencionalmente deixlimos eu-
I
ra, de n~o compreonder o seu imperativo maravilhosas apariço"~ de N . Se- tao de publica.r 0 que hoje damoR
do;t _religioso, o primeiro de todos I nhora clo '.Rosario na. .Fatima Por- a estampa, poi, quizemos que de-
~ntao a sna mnlher pregava pl'ln voz t . ' . corresse algum tempo cle experien-
doce desta suprema pregaçiio qua é O ugo.1, compa1.avamos os acontec1- . • f .
exemplo Rilencioso. mentos da Fatima com os de Lour- cm, para Vllr se a cura tao e 1izmen-
C'asa cm perfoiLo. ordem.. des, ero Frauça. A l i apontamos te iniC"iada pro,;rg·niLi no M'll ('UlUi-
Doa para todo~, seYera pnra ,;i mes~a, ns ruzoes que para isso tinhamos. e nho ascendente.
mns dama severidnde que s6 Deus na . ' Ho,ie, segundo noticias re('e11te-
esto. esposa sabia quo, se Dous fez l\!l fl~ se a a 1g-um parectir exceHSlVa a hon-
reR linclas foi-contra todn n aparrnchi- ru que de tal comparaçiio advem mente recebj<los, podemos anunciar
para que n~ rnulhere11 as oferec;arn a. seu a
Ftitir.na convidamo-lo a inteirar- que as melhoras se leem iclo ac·l'll-
n~nr_ido, aincln. que nào fosse senào paro. se do q~e la tem ocorriclo e boje tuando sem experimentar retroees-
chssimular a ernpresn do seu npostolndo. Ot·ot·t·e c1 I , sos e nfio ~1•m gra11ch• aclrn i ra,:ào clos
.
F, a primeira fior era eln rne&ma, toda
ooar. em torno aque o • bemd1to CJ,Ut> el nutN1 conheceram a c•nft>rma,,
1myregnotla dum helo e grande espirito loe, l f 1
<- 11~tiio,. intelip;ente o .firme. A' semelhança da francesa Lour- 1 n amilia e ~a propria joven, cujo
Eia ~om sabio. que era pela grande no.- cles, 0 capitulo das Ctll'as operadas pe,,o, em dms _esc•asRos meses, uu-
ic, lum1nosn, a nave onde so canta o uni- por mediadio <le N . S. do Roso.ri·o 1 menlou sete quilos, e que actual-
co Credo da unicn I greja, que urn homem, ' 1, t b lh f
r<>cto corno o seu marido do,·ia ir até ao dn Fatima, vai-se enriquecendo dia men e ra. a a na . con ecçao cle
'fabernaculo... ' a ,dia com novos e estupendos ta- um estandarte que seJa testemm1ho
A prégaçào continuava som afrouxar sos. pe1·ene da bondade da Virgern clo
mas sem rc>sultado o.parente. Nem um s6 O b·t d ta ·ih , Rosario da Fatima e tam bem ilo
dii' a. sun urnlher perdou a coragem. am l O es. s marav1 as esta
Xunca se sa.be todo o bem que se fn.z por emquanto hmitado pel as fron- sen rPc-onhrcimento e gi-atidiio por
r111nndo se faz bom, e Deus nem sempre teiras portuguesM. I essa bondade.
concede. que colha o mesm~ que sen:ieou. Esta limitaça.o 1 porém a.trevemo- :,fadrid
Antec1po.d&mente eia ace1tava res1gnn- 1 • • '
damente esta tri stezn. de nùo vei. comun- n_os a atribu1-la, a serem desconhe- Benito .llaleus O. P . ».
gar a seu laclo aquelo quo era a meta.de c1dos aqueles sucessoe, e por conse- Alfredo A u~u,to da ~ocha
cle si mesmo. e com o qual ola tinhn. sonha- quencia., a falta de invoca.çio da.
ATESTADO
clo !:.llr .«uJr.i• em Deus. Santissimo Virgem sob aqu~le no-
11 aimal !...
Tudo tem a &Il!\ horA, mcsmo a l"0ntu-
viRsimo t·tul0
l • • As e u RAS Carlo.t C'inrinato da ('(>.•itt l'riaa. me-
ro. das ventw·RS... De uma 1nvocaçao mais gera.l e - - - - - - , - - - - - - - - - - ~
Elo. tinha noto.do que, hnvin ja algum mais frequente em Espanha resulta-
lE:mpo, seu marido resava durante a Mis- ria sem duvida ma.ior abundancia DA FATI MA
I diro J)ela Farulclade ti" Jfrdid1tu. da
U,iiversidade do 1'6rtu.
Ates/o q_ue Alfredo .luguslu ,lu Ro-
~a. l ' ' . , · c/1a, ca~<1do, morado.r M l ·Rua t1'Entre
i inhn-o visto uma tarde entrar s6si-J e e graças e favores. Assim O atea- -- Quinta,, P6rto, é purfml<>r de 1J111u g<U-
nna .i:i suit igr~ja paroquin( e, pnra 'ros- tam as merces concedidas a diver- trite ulcerosa verificadu por mim e va-
l-' :Lar a su11 Iiberùade, eia abs~ve-se do sas pessons ero Salamanca e Ma- . O signa.tario,. d? atestado 9ue ju~to en- rios colega.,. Durante 11111ito.~ u11oa o
lht> a1,are<:er e entrur ntissa ocas1iio. cl riel de que temos noticia . e é isso v10 a V. Ex. ? meu mechco aas1stente doente du-~c / orçaclo " rernrn ,. 11 urna
Ho.via ja mais do um:i. vez que elo. en- ' , ' desdo 1918, motivo porque, bem orienta- rigorO'll c/it>ta l11cteu I' an fl-11fo111ento
coutrara fora do lop;u1· hahitual itlguns li- que da a. entender O • raso que. va- I do ~o. minhn. doença o do mea doloroso pelo bi.u111dho, kaolinu, etc-, prol°l)rmi-
1•ros iutc>ressant<.>s e reliiio!.O!I. Dois do- mos cons1gnar, suceclido em v1rtu- sofrnnento, por algumns veses tentou ope- do-ll,e cri~e~ 1111tito doloro.~,,.~ a ìngr.,to.o
mingos, ele prepa!·ou-se nindn primeiro de e por causa do nrtigo publicado rar-me, nuncn o oonseguindo devido a.o de qualquer uli1111mto qut nllo fo.•.,e o
quo eia pnra a. M1~a das ~~ boras. Eia rm El Santisimo Ro."uio. me~1 estado de frn9uezn geral. Consultei leite. Bm Outul,ro 'fl. JJ. n.,r,/r1w u doen-
t~,·e mcsmo n nng(•hca. hoh1hdade òo lhe A p.rob:wonistn foi uma manina f!!mtos outros medico& entra. os especia- te ir a Y.• S11r.• da 1"at1m11.
1hzor: ? ,., • u· . hstns das doençns do estomago com oon- A. 1,iaoem, que /01 1,m1tu lrir111~nto.1a,
-u.\nd11. depressa, niio 110., fa(,'as tnrdar I do 24 anos, f1l ha de faro 1a mwto sul torio nesta. cidade, mas dos divereoe e a c,taclic1 e11i l•'atìmn nl,ul11m111 1>ro-
a :Mi~sa.n. cri.~ta e subscritora d'El Santisimo medicamentos que me receitaram e va.rios fundameiite o 3i~tem a ne1 rl).<n rio ,lnt,i-
Era_ a primeiro vc>z qua e8te '.m.o.,u unia Rosario. A l eitura da.a notas sobre regimes alimentnres que me nconselhnram t,·, rrurcssu.ndo uo 1'6rto mw/,, .f,diga,.
os_ cl?1s <'m um pensamento nitidamente os aconteciinenios da ]'litima des- e que eu cumpri a risco., nii.o obtive re. ilo. l'a.,sado.~ dia& comec1111 o dm·,ite a
cnstao. . . sult11.clo nlgum. No& ultimos tres ano,s 1.c11rr1111c11tnr ro11sideruvefa 111elhor,,.~ e
Onte~, porem, diss,o-lhe ele simples- pert~~ na J?Ven en~erma. e en.i _sua minha itlimenta','io foi apenns leite ge- /,io IJ,,m .ie .,e11ti1t, q11t .•~ olrr..-eu ,, in.-
monte 1sto: . . fam1lia o vivo deseJO de ndl!Ull'll' a Indo e medicamentos: bismuto, bicarbona- aerir ali111e11fo., que liii' e.,turam 1•rvscri-
- .\ (jlll' horas podorm o Snr. P r1nr re- aguu milngrosa. to de soda e, quando ne dores eram mnis Ìo.,, 11ota11do com aler,ria e e,p,111/1, que
c~L11r-me? Este ano quero oom1111gar con- A doente jazia proc;tracla no leito prolonp:nclns 1, cloloro~M, um c·nlmante rom i,i nOo l11e vrn1iuc1u·u111 dnr~.1 r que oa
t1140. I . . a d d . morfina, a fim de descançnr um pouoo. ;liauiu ptr/l'1/.amrnte .J l't1w! ,,,,,ite,
As grandt·s. clores sào muclas mas ns 1nv1a J t,1.cerca e . o~ anosd,. e com Em 13 de Outubro do nno findo fui ,t ron.'qiuinto .1e ab .,t1:i;l11di de :/11me1ito1
12:roncles ul_uitl'lns tn.mbcm... e 1n. esgo ura a sc1enc1a me 1ca. to- C<>va dn. Irin, sendo registndo no posto ,rrit,uites, come , e ~ o, un. _0 0 ~su 1
T~a abrin os )>rnços. !1 JS ùS séus reclusos . mPcliro com o numero c,iiénto. e acompn- i:d~ilo, d? vont_o de 111stn me~II 0 • mu,to
1',m _volla hav1a, l·oin ccrt.ezn, 11m coro Bm vi ·la da. i.mpoteuc:ia d . nlin,lo no pavilhio nssistindo ali a todos saft4ator,o, 110 1.• nc1o fem cr,u.• rloloro-
de A.1110s. - . ,h :s I b f _ol~ me10s os exercicios religiosos e, quando No.san .,as de.11le outubro ,,a.,.,f!dn e o xl'u otado
F, eln ni..o acrechtnvn. que, "em estalar, utnanos, aque n. oa ami 1a ape-, S h . r a M. d 08 d t yrral e bom
um cornQùo de mnlhc>r puclesi:e-~ bo.ter tùo lou . para os divinos, , pondo . °
a sna peedn'1- 1r o. apres!c
11 8 mm h,a.a e ur a,issa .
nss1m ooomen no 1 Por ser 'V;rr/mlt ,e mr ur prdirln paa-
o es,
forte coruo o seu noque1a ocnsmo... confinn"a ~
no podcr da Yirgem cln e,,nn t·1ssuno . S ncrnmen.,.,
~- qunnd o receb.I n so , esfe . atc.~fado
r. 7 que· n.~.110110.
d 19.,7
.. • • l~at ,n,;1.. bençn-0 pesi;-01tl. Nes.se mesmo dia regrea· 1 o,to, 20 ' 1e '. ui~ctro e • ~
Obtida a agua milagrosa 0 que sei n . e~tn .cidnde, ten.do umn. vin12:em hor- (11) Carlos C1m:1nato cln ( osta Frins
,
I 1 • '
Nessn mnnhii comun$!:0r~m os dois a 0l'orreu, conta-no- o o pa1 da enier- clias, bebi um pc-neo 'de 8 ua com t.erra
par. O su.oerdote, q1w couh!!<:11t o cMo tr,~ ma que nos escreveu sob n ìmpres d0 10 3 d
, roros1ss1ma. mas aqu1 e durnnte nove
. _ g . t
(Sruuc o ,-,•nJ11/,cf u 11·11lr1)
Natalia Lopes, de l'ont.es-Cnxarias,
. .
rub no l·olo,·a1· Il Santa Hobtin nos' ~cus I ;- ' . '· · ' . - 11: t ns a,nriçoes que consegui rll- e!!ere,·o · cApnrecendo-mo uns abce~sos no
11\ 1)1.08 . p 1\ r oc·111. n'eJUO Ia mu lh er que o seu sao do p1od1g10, as seguintes pula- zar, • e A nes~eL "f
ac-to
· rasava n NosM ., Senhora I>ra~·o d.1re1·t-O· 'I 110 nini inn'horn,·nn\
~· ~
torna-
n1r1ladciro cusa111cnio era. entao... vras: trl'S •ò. v-,-u a~i~s• ;:; n1ero ~,e&tns, no vam nl'lvo.mento a n.pnrecer, fnzendo-me
1.,;m c:l\80mcnto qut• t•iw<.>din o primeiro - «Quero que V. Rev.• saiba que nono 18 res~\ am tÌ ui;. ~ço em ~o- ~ofrc>r dores horriveis; eu com o oornçio
nn 1listn11cio. quc ,;opara o finito clo infi- no dia I~ (òe setembro) ao cnir da mt um con_, nlln 1dn, m t, idrr . .', 0 fin .d~!'l!III~- r.heio de fé, invoquei No11sa Senhora da
., . . e on i:e1a no 1n 25 o 111 re eri e m,·a , . lh . prom•
n1,o. no1ie minha flh 1 . a t om_ou a agua de Ontu hro senti. ttm ~erto be m e.sta.r 8 Fahma p,tra qua. me me orasl!le,
.E, de volta no seu 1<larn, oln abrn<·n-o, . ' ' tl'mln 11 uhli1·111· n l?rn~·n <·:ho d.1 lii<" ou-
1I(' oluos f(•d1atlos, e diz-U1e; «Tua mulher m ilag-rosa; no dia 14 poc~e comu.n- dPAdl' es~n dnta. nté lioio, o.s doree do es- vis~<'. Jmplorn ndo·a numn. noi te. logo no
I gar por lhe ter clesaparec1do a .d1s- nt.olmngo

---
pura sempre!...» ~desnpdnrecernm por rompleto, to- nutro rlin me nchei muito melhor, nio
10 rom, o e tudc abste-ndo-me apenas ., d d ·~
pnea e h averem cessado os perhna- d heh·a~ "d . ·t t d <Jofrendo 1a doros, e po rn o J11 mover o
I\
- -
A
·t • d" d e I rnS ., l'ODll OS lrl'l R.n es, nn Il, té ho·e1 nii.o me tornnram a
zes vom1 os quo a 1mpe u·um e co- m11 tem feifo mnl. Em virtude do ex-po11to irnço, e- a ~ h · .1.. f6
l · I . . 11pnrrrc>r. Com o coraçao e e10 ...., •
muugar p_or a guns mes~:1; cessap~m nor mm, e po o men medico nsSJstente, re<:oHlirriment" it Snntissimn Virp;em, ve-
Como é o munda I ' ' '
I
a~ d6res mtensas que· hnha e ho.1 e, V. F.x.~ devp oonc;orclnr, romo ()U conce:r- nh<> pedir n V. se ò.igne public-nr estaa
rlrn 16, pode l evnntar-se e jantf.1,1' do , rine 96 um milnj!;rP opern.do ero mi~n linhas que desdo j,i muito agradeQO. Resta
, f .. d . d l por Nossa Benhora e Nosso Senhor pod1n d" ,- P- stn rimeirn itraQa
O Santo Cura d'.Ars recebeu 11m clin com a. ami1la epois e passar e e trnn11formar em tiio pouco tempo a mi- izer qui'. n,LO e ·S:nl{ d F,t·
11111a carta <'111 que lhe chnmnvnm hipocri- ca.ma vinte mes1>s, com gra.ndei,; so- nhn. 11it11açiio. pois enoont,ro-me bem di11- quP rec>ebi de Nossa ora o. ,_
ti\ e criminoso e uma outra em guo lhe j frimentos, que, em varias ocasioes, posto. ~eço por isso tl V . F.;i:.a C'Om fodo ma.• I
chn1~a.rnm ~!1-nto. . a conduzira.m a uro estado preao-oni- o rm,pe_1to parn ~nndnr publion.r na «Voz «Albano Mendes Barbosa, òe Ptlvoa de
R1u-.se e chs~e: uOrn ve1nm la corno eu ., d11, Fittlllla• a mmha cura e Junto atee· Rio de Moinhos, vem publicnment~ agra-
me hei-de finr dn estima dos homens I eo. . , , . . fado. e. c>aJo nii.o pos~n ser neste nume- derer (i Virgem do Roenrio dn FRtima
Umn carta, de mnnhii, mo 1•nchia d<' M1l graças a Sanbsslma Virgem ro, ontiio no do 13 de Março pro~imo, o umn 11:rnçn em ~Nl fayor e n cnr:i de Ma~
ioJurias; 11i:11i ouirr~ de tnrdo, mo 011m11-1 do Ro~ario da Fatima»! I oue ch~s?e ja .recon_l1eridiasimo a12:~nde~~- n11 el Mendes, i;eu piti, que no dia 14 de
lu ~lo o.tenf,'Qc>s. _ . Podiamos ter tro.nscrito outros re- Em Mn.10 t-enrtonc 1r n C'ovl\, da Ina TISl- ,J aneiro do nno presente, estnndo qu1bi
~uro n de mnnhu rtto tornou po1or neru l t . t· in t . d I tor e agrnòerer a No!llln Senhora e nn a Jl10rt<? com nmn òòr de oolic>a loi-lhe
u ila tarde me tol'llnrn melhor. Quiio pou- n os mais sen 11 en ais, proce. ~n - idn 011 no regrnAAo apresc-ntnrri n V. F.x.• alivinda. essa dor clepoia de recorrer ,
l'O vale a o,,tim11 do 111undo !11 1 les, d e out.ras p essoas tle fannba. 1011 meus respeito90S cumpriment.<>s e ap;rn. Virgem. Lnus p;lorinque Virgini.•
4 Voz da Fétima

Pois, a crianoinha, no dia seguinte, es- 1 20$00) D . Mavildia de Freitas Mascar~


tava melhor, e d'ni a· dois dias, ja nii.o nhas Andrade, D. Maria da Silva (1
AS LEITLJ R. 'AS Um Sacerdote resa tranquilamen-
tinhn. no.da, ostava completamente curada. dolar), D. Elvira de Jesus Pereira. de Pi- te o seu breviario a Uf'- canto do '3eU
Venho pois, por este meio agrndecer a nho, D. Gloria do ,Josus Rebimbas, D. Car-ta de Monsenhor- Gay compartimento no comboio. Numa
Santfssima Virgem de Fatima esta cura, Rosa da Gloria ll,ebimbaa, D. Guilhermi- a s ua lr-mA. estaçao entram como uma tempesta-
e tornii-la publica nn. V6z da Fatima co- na Amelia Alves Fortfma, D. Maria Jo- «Eu te peço em nome da tua al- de uns poucos de j01Jens, que olhan-
mo prometi.;11 sé Costeira, Ventura José de Campos,
Maria Antonia Pontes, tla frcgncshl cle Ant6nio Fragoso, D. Maria José Oarva- ma. tao preciosa e tlio querida, em do o sacerdote com ar malici.oso ,e
Paderne, sitio da. «Ribeira de Alteu, con- lho Pereira d'Almeida, P.e José Mo.ria nome de Jèsus Cristo que é o Verbo poem a cantar coùas pouco co-nve-
ta assim n curo. de urna filha P erpetua Mortins, José Monteiro e Silva., Fra.ncis- de verdade eque se fez o teu pao, que nientes e a dizer parvoices coritra
do C'<m<'<>iQiio de 22 anos de idade: co .Augusto Ooimbro., D. Mo.rin Alexan- te imponhas a obrigaçao de nunca a religiao ..
«Minhn. filha sofria jrt ha a.lgum tempo, drina, D. Mo.ria. do Co.rmo de Carvn.lho, N
sem que eu fizesse <>nso de chamar o mé- D. Maria Euienia Tiraga Reis, Luiz ler maus livros. a estaçao seguinte, o sacerdote
dioo, por julga.r coisa de pouca importa»- Lopes Abcgào, D. Perpétua de Jeaus, D. Eu chamo maus nao s6 aqueles desce e despede-se dizendo:
eia, mn~ no 1mtnnto oncln,a n tomar al- Catarina Bagulho Santona Marques, que o mundo censura e reprova (eu - Até breve, meus senhores.
guns medicnmentos que nii.o lhe fnziam D. R6sa Casimiro d' .,\Jmeida, D. Ma- bem sei que tu 08 nao abririas), - Q~e é isso? Até breve?
_ Sim, eu sou capelao da cadeia.
I
hem n.lgum, antes pelo contrario. De re- ria Primitiva Castro, Guilherme Hen- mas chamo maus ta.mbem a essa
pente comec;-.ou a manifestar ataques de rique (15$00), D. Maria José Leiria.,
lou<'nro; niw me podendo ver parto de D. Maria. do. Encarnoçiio Gomes Correia, inundaçao de livros escritos por ho- • • •
si, pnis ,tizio qne ('tr io para n mntnr. Francisco P ereira.t D. Maria Graciana mens sem fé, sem doutrina e sem
Como ~ou pobre ni'io pude chamar logo de Figueiredo, u. Carmo Padilha, D. coraçao; esses livros de comediantes U m paror.o de aldeia entra no
o médi<'o e romeçei a peclir a Virgem que Joaquinn Sancho Lunn, D. Beatriz Fa.I- mentirosos e de egoistas desconten- comboio e instala-se em frente dum
tive~se piedade da minhn. situ~iio. Em ciio Ribeiro, D. Branca Ferreira. Marvào caia;eiro viajante.
fim . h,111v0 n.lp;nom que me aconselhou D. Eulalia Mendes Cabrai, D. Marif\ tesi esses romances odiosos cuja lei-
qne im·ornsse a Virgem do R. de Fati- Mndnlona H.. l\foo<les de Matos, D. E- tura o mundo permite por passa - Senlwr Padre, lhe diz éste clta-
ma; nsi;im o fiz e depois de ter feito milio. Pereira de Oo.rvalho, Alipio da Sii- tempo as raparigas ! laceand-0 e dando sinais aos visinlios,
algumas novenas e de ter dado a beber a va VicC'ntc, José Fernancles de Almeida, T - d b t 'd 1100 sabe uma triste rwvidade?
minhn filha agua de N. Senbora. asta 00 • Joiio F.G. de Olivairn, D. Rita <le Jesus u nt>:_O po es sa er, u, queri a. - Nao sei, nao tenho tido tempo
m('(,'011 n mclbornr repentioamonte logo Bnrh6sn e Sa (12$00), um anonimo filha, nao podes mesmo com:pree~-
que heht'u ns primeiras gotns. Hoje gra· (60$000~. D. Amé_lia l\Iartins (20$00), der, gra.{)as a Deus, o que ta1s le1- de lér os jornni., ...
ças :i V'irv;em clo °R:OAario acha.se. compie- I?· ,\~ar_11~ da Co~<'crç~o Camilo, D. Ma- turas fazem de mal e que veneno - Olhe: morreu o diabo!
tami>nL<' r esta.hclecrda. Prometi também 1·1n I• olr crdade _lt'i guorra do Sousa, Rnro- 1 esse alimento encerra Acredita em - Oh meu cal'o, quanto eu o la.,ti-
ir corn ('} 11 vizìtnr n imagem de N. s. de nezn. dA Pornbeiro (20$00), Manuel Joa- mim d · t d ·. T d t mo! Tive sempre m11ito rl,6 do.i or-
Fatim11. que el!tn nn igrejn paroquial de ci_u im lfanos, Frn.m·iM·o Re!, D. Emilia ' etxa- ~ con uzir .. o o <:_ a-
Alt<'. lmng<'m t'stn que foi oferecicm pelo .NunCl> da Rocbn. <de forna.1s, 15$00), v. 1lent_o que haJa nesses hvros nao o /aosinhos.
Re,· o P.e ,José Ant6nio Lea! Mndeiro. H elcnn Nicolau dn. C'osta l\Inia, D. Ire- que1ras conhecer, nio leias. Tome M, aceite este 1neio tostiiu.
a<'hrnltne.nte no Brasi!.. ' rw Hnnt~~ .. EvnriSt o 1"n\nco, A~touio N,'io d)gas assim: «eu sei conhecer
Pro.tas lhbC'rro 'l'clcs (20$00) D. Rrto. da I , b
Goncoiçiio Bnrros Pinto, D. Gertrudes . O que _e om e O q~e e mau 11 •
, Olh
• a
• • •
clo Co.rmo Duràe.>s, .Antonio d'Almeida que dal !01
por ter conf1ança no seu d1s- U
Fonsecn. Co.bro.l, D. l\forio. do Rosario cel'mmento que o homem pecou a do por wn patiforio qualqucr. Apro-
m sacerdote estava a ser insulta-

Uma prégaçao... sllenclosa Pires Vicente, D. Arrninda Leucart da primeira vez.


Fom,ecn e Silva, D. Julia Mendes Leitiio Nio di t b . E ·
xima-se e pergunta-lhe:
- Como te chamas.
(20$00), Or. Antonio Victorino da Silva gas am em · « u vivo no
C1Jclho, P.c Antonio Bernardo1 Manuel mundo, tenho de fazer corno os ou- O tratante respondeu com a pa-
Nern sempre é fo.ln.ndo que se fa.z mo.ior Peroiro. dos Reis, Consolheiro Joiio José tros. 1> O mundo condena-se e tu que- lavra de Cambronne.
bem. . . I
. de S_o11su Lnge, P.e Manuel Estovam res-te salvar.
Hn,·10 nn P ersia umn. celebre Araclom1a. F erro1ra., P .e Tomas d'Aquino Silvares Salva t d
- Tamb , 1n me parecia,
d o sacerdote.
0
· resvon d e7t
11ilenci<>sn. O apostolo.do do si;encio é, por D. Gravclina Alves da Cunha e Silva' _ mo-nos es an °
no mun O
• • •
vezes muito eficaz. Os Trnpistas que o.n- Francisco Mnrques. D. Berta Osori~ mas nao fazendo como ele.
da111 cnlndos quasi todo o ano fazem me- Amador, D. M:argarida Pinto 1rerreira Tem a coragem, se for necessario
lhor a urna naçào que todos os discursos Lei te S,,ares d'Albergo.rin, D. Alice Mar- de passar por aingula.r E' a sort; Em cam1'nho de f erro uni sacer-
dos seus deputadoa. tins, .\ ntonio Oliveirn Ilonriques David, dos cristiios a. de a · · l dote e wrn caia:eiro viaja11te. Primei-
A «Semaine roliv;iense de Grenoble», D. l\lnrio. Lucilio. Cidro.is, D. Ma.ria José P_.recerem ~rngu !'-
ro conversa banal. Depois entra-se
contnvn hn. tempo um interessante cMlO I do_ l\fonczes Alnrciio, Dr. Manuel do Me- res e ~ mesmo po1 J sso que eles sao
que prova a. eficacin do silencio. d<'1ros Guorreiro, Antonio Fcrreirn de conhec1dos. no prato dc resistencia, a religiao.
cHn dois me$es, eu e minho irmà Ma- itelo, _Joiio l\loniz Sa Corte Reni Sa.ntos, Quanto aos bons livros le-os assi- - Devo declarar-lhe, sr. Padre,
rio. L11iza, fomos en1 peregrinnçito O Lour- Ahm,'.rnrlo òc, Pnirn David, D. A.fori$ duamente fa-los conhecid;s espalh que sou um incredulo. Néio creio
des Todns ns tnrdes minhn irma se ia oo,. Am<'ha dP Ha O,,.Sr10 Tornr, Ma11nel s- ' - l ·· •. a- em Deus nem 110 diabo, nem no ciiu,
lo<'Ar 11 pnssagem clo Snntfssimo Sacra- ~Iurtinho (:20$0ù), Joiio Rapo.do Junior os. ~o O pao espintua , a 1tmenta-te nem 710 i?,ferno.
I
monto. Eia res11vn mns quasi sempre sor- (20i00), Mt;nucl R~drignes Piéchul<1, com ele e faz que os outros prati-
rio. A ,na oraçiio <'Onsi1,tiii q111lsi fi6 em M1inucl Martms .A1,nr1<'10, 'feoclora dc quem o mesmo... -
E b
SM ern, ma.9 ia estudou nZ-
olhnr pnrn a ci11,t6dh e para o sitio da .J~sus Rirµ:ado, ~~.r An~onio Por~irn Graças a. Deus os bons livros ca- guma vez as provas rla rel1'giao?
gruto.. Pmto, P.e Antonio llt'nr1quc~ Perc1ra, t 0 r -
f lt ' N- t , d - Ah/ isso nfio.
Estn nritndt' dn minlm q11eridn irmfi era D. Mn!·ia d:1 .\r!11111·in~·iio Frn!lco, . D. lcos nao · a. a.m. ao es aras e~er- - E.,tudoit os Sacramentos1
tao oomovente que um cnvnlheiro que Leopoldrnn J< errerra , erra, l< rnnc1..co to desprovida deles. Que tu queiras 1 \'
nu" tinlrnmns ,isto 'tlins prP<·<>rle11t<·~. pn~- R'b .
r_ciro, \
J rna
Ido I'•av~re~e,
•t J oSe, R 0• f ort·f· t 1·
l 1car- e com 1vros cheios de es-
- , 1,nca·
-L
senr in,liferrntc, M' n11roximo11 dr \Tadn drigue; _P ascoal J11:11or, Map~el . ,Jo. piritualidn.de ou diat.rair-te com. coi- . e1t Boss11,et, Fe11elo-n, Lacor-
Luizn e the diz: u-Meninn, permitn que sé J N'e1rn, l). ( 11rlola 'Ir1g11C111•os, I . ·
lhe nprrte o miio. «A marna aproximo.-se D. l~o,alin~ P ere!t'!1 Ila!.tos, Padr<• sas ienis. · ·"
0 IH.trnilc<'e. Anlo1111i V1e1rii dc ( e1c;-n, P.e M:tnut'l rle · -----..;......,;~..,:__ _
I
da1re, 011 al.qum dos grandes escrito-
res catolù-o.d
v-
l'1 -
-«E~tnmo~ e,Jificntl,,, ,,0 111 11 f!l'lltil•·i-n "ou~n I ""'tl·" ultirnos oito, a 20SOO, ct\dn - - . ao, nnn •
de V. Ex.•, dii esta. um). P.P ,Joaqui_m f)u~rte Alex~nd re, A -
so_nhcrc o Et'anfjrllw?
brigo dos doentes Peregrinos -
• Senhorn ! F.u niio sou praticante D. Ann de ~[adciros ( oelho ()1)$00),
nem mesmo crent.c ; pelo menos nito o I'. Mnriit cl3: Gl?r·in Gonçnl~·es Snnt~s e
ern até agom Ria-me dos que inm a D. Ana l\1ano. l<erna nrles P,res ( 12 $,iO), 1 8
d
Fatima mita I('
I-
iÌ a.o.
Entiio, meu caro senhor, 7,er-
l7 a· -
igrejn " niio v·im Jourdes sen1io oomo Anonimo (30$00), D. r,:stfr d' Oli"eil'a, · . -r, que te 1.~a ()tte nao é 11m

.. --
8
curioso 8 até com 11 ~ <'erto espfrito de .\ntonìn . Rod~iizut;~ <!e Bela,. (70$00), ---- mcréd1tlo mas um ignorant e.
hostilidade, 11111!; hn urna horn que estou D .. Mann ,Julra l'l~ucrrn dn Srlvn, An- Trnnsporto ... . . ... ... 8
v3r 11 vosso. filhn"' a resar com ,._ntn
"" ~ fé Lo_nro ,'J.ust.1110_ Mo1·~1n, Bonc;ns, D. M_:i- G'rn .
,. .. nc1S<'O e1e .... .,.a t o~ I'rclroso.. 4. 20$00
42850
a
"' fenor que en sinLo que ili niio son I
ria
CJ li J··
111 iormU11~ ·~rnnn< es,
1 !) "f
·" nr11\ 1·

0
rnl'l<lno ... •Depois, dirigindo-l!e n Mario.
Luizn 0 emquo.nto al! lagrimas cniam po-
Vt'loso, D. çarnui PJ11to Ab!·eu, D. Mar-
ga1·1th, Pi•rc-1rn. eh) (:nnhn, l•,loy ('nstar_JI~,.,
8
."oma.
--
4.862$50 I Quem creou odemonio?
Jas fnres. n<'resrentou: l?·
l\fnrra Angelrnn Gon(·nlves, D.Em1lia
cMenina, reze por mim; amo.nhii 00 _ \ :i;rJ.,,rn 1lt: Bourbon V. Pre~ ,Jenild<:_s,
mungnroi cn por v6sn. P:c Joor1urm 1[:!r'qu<.'~ Ra.fa_el, P.e Jo110
Drns dc l\fnlc,s, ,, ranci'-<·O Dm!. de l\fntos
Umd• sem ('eo um Ceosem
fa ' Deus p ciguntou-se
. . um rh_a
. O tre!; creonc;-n,.:
_ __ _ __ .,.. . ..._.,
_ __ _ ___,.. ,Jos-ti l'ai, Co11tin\10, J>. Mntilde A111,1:11sta ' Quem_ Cl'C!~ll os AnJo;i? todas resi,011-
1\fortinho Hodrigl1ei-;, I). Teresa. de J csus E' n difinic;-iio d'um
Per<'ira, Antonio 1\1. J>nulino ('omendit- s·i d'umo povoa ·ìio . <1n_mm_go sem
. l\I' I deram imedrotamenl(> :~'oi Dens.
Qu~111 t·re1,u o demonio? Urna. d't'lns
I 11:,-

Voz da Fatima rlr>t· ,Joiio ( 'urndo , I) · Mnrcrn;·ido


·
D . .. l\f nr~~ d
• .,
1 J> . Ro~1t Rd,,,Jo D. ~·cticidado Tnvnres,
p ·r· -
a , ur! 11·.nçno
G d' I
o ·~ 10,
D
< corpo
Lo11es r'n' .~o,n 1·~r ci·o e. urn
'
.sem igreJn,
o Santo ('urà. cl' •\rs ,1.•. . 1·) .
·
· 11ma terr11 t•infe <mo., um Sacerdote e O
Doli rna 1 !rei;, d Oll\'e1ra, D. Alrres Go- I pot•o adorarci os animm,,. 11
U.mn ler- refleti
RPm a1ma
rzia. " er.faC I se cz
nrlo um poa<"o, rc~pnndeu:
"r}<'01• I)NIS ~ue o fez A nJo
demonio
·
11
· f ·
e 01 ele que

Despezas rnldei., l .c ,Mnn'.1"1 Bar:1t~ Du:irt_e Nào podemoc. re<.•onlur nem um Ro dos - -- • ·
Trn n~pnrt<'... . . . . .. . . . .
Pappi, co111posii:un. i mprr>~~iio
ro,
Artur d
·", ranc!sco , ~~eu a
Almc1do d E çn, D. Ilo.lb1na cerdote. 11
I
GO.l !):'i$55 (31$2~1· DF. }, ra_nCIS<'ll PEu~~ma(lo1-°onte0)1- 1 bencfic!os dC' De us som encontl'l\l'IJIOS no
~ . , la<lo d e1,sa lem hro.n<·a, a i111a.gem do Sa-
VOZ DA FATIMA
e <''qwdi~•iio do n. 0 03 (33.000 Alvarcz Rubinòs Domingues, Dr. To-
excmplan•$) ........ . J _t;;1~$28 mai; Gabricl Ribeiro, lJ. .Mario. da As- ._ .. • ., _
011trn.~ ch•,per.:i,... . .. . .... I
Sn$00 censào Cnrvalho, Antonio Dias Margnri-
- - - - do, D. Mnria da Concai~·iio Dias, Joào dn
Respostas ... irrespondiveis Este jornalzinho, que vae
Snma Il:?.) l0$S3 Ilochn, n. Ilelona l\larin TavarC'~, D. Ma-
ria do Vn1,conceloi; Cruz, Manuel Gn.rdoso sendo t a,o querido e procu-
SubscricAo de l\forais, José Rotlrigues Pintas.ilg~, o. j .. rado, é distribuido gratuita-
Cristina de Matos I•'ro.nco e D. Marra. da. Um v1a7ante quer entrar em um
~a~arctt ~erroira . (12$50), p. Aurora I compartùnento, mas vé la um gru- mente em Fatima nos dias
(Mn io de 1926)
Sofra. ùos Santos. ~iz, ~- M!"no. Marq_ues, po de sacerdotes que voltavam de 13 de cada mes.
'Sul,~cr0\·er11111 <'0111 rll'z escudo<: D. D. faahel Lurza Pmhe1ro Fnrinha .
Quem quiser ter direito de
Ro~n l\liro.nda, Monn<'l Gonc;-olve~ Alfnia- (20$00), D. Dulce Martins d'Azevedo, uma 1·euniao.
te, D. Miquelino òa C'onceic;-ào, ,Jonq11im Acacio Henriqucs Vioira, D. .Adelaide - Pouca sorte! J a esta cheia a o receber directamente pelo
Veip:11, D: Maria Mndalona da Silva, D. Salgueiro Silva, Henrique Vieira de arca de N oel correio, tera de enviar, adi-
lforio M:artins dn. Costa, Dr. José Luiz Borba (15$00), D. Isa.bel do Co.rm_o Dias, - Suba senhor lhe diz amavel-
Ferreira, D. Mnrin do Carmo C'nrdoso l\fanuel dos Sa.ntos Rod1n, P.e Joao Lou- ' , ' . antadamente, o minimo de
Ribeiro, D. Moria Lniza. de Pina, P.e renço Pereiro. de Mo.tos, Julio Seahra da mente um dos sacerdotes, ha ainda dez mii réis.
Antonio Dominp;uei, d'.\nrlrnde reste. Ounlta. um logar, o do burro.
.A.:n.o 'V Leiria, 1 3 de A.bri1 de 1 9 2 7 E"-J. 0 55

A-
J-

[CO~ APROVAC.AO ECLESIASTICA]


Director, Proprietario I Editor: - Dr. Manuel M«rques doR Santos Il Adminiatrador : ->Padre Manuel Pereira da Silva
Composto e impresso na Un14o Grafica, Ru1 de Santa Marta, 150-152 - Lisboa. R.edac~lio e Administr{lfiio: Seminarlo de Leiri a.

povo, que ajoelha reverente e devoto, I vor, que edifica e encanta. Ao rom-

CRONICA== pie1losas miios femininas envolvem-


na numa chuva incessante de peta-
las.
Qmtndo essa encantadora visiio do
I
munio ainda muitos fiéis recebem
com uma piedade tocante o Piio dos
Anjos.
Apos a Missa da-se a hen\·ào a ea-

da -F ATIMA Paraiso assoma ao l imiar do recinto


reservado aos doentes, uma menina
cle clezasseis anos, que jazia prostra-
da numa maca, soergue-se do seu
I cla um clos enfermos e a todo o 110-
YO e em seguida sobe ao pulpito o
rev .do P .e Magalhiies, director t>spi-
ritual do Seminario de Leiria, que
g-ro boto, dirige a Virgem urna supli- faz mn sermiio substancioso è prati-
(13 DE MARçO) c•n, muda mas veemente e os olhos ar- co.

- ....... ro Rarn-se-lhe de lagrimas de como-


c:no.
A um sinal do capeli'io-cl irertor dos
Por ultimo organisa-se novamen-
le o cortejo que reconduz, entre can-
tiC'os e aclamaçoes, a imagem de ~a-
Fria e enevoada, corno tantas ,·e-1 pam os seus lo~arM no respectivo pa- servitas canta-se em coro o simbolo ria Santissima ao sen pedestal de
zes suC'ede cada i:uio durante a q1.1a- Yilhao. Aproxima-se a hora das Apa- ,los Apostolos e depois inicin-i,e a re- Igloria no padriio comemorntivo das
clra inveruosa, raiou a mauha do dia I i('òes, o meio-dia 11olar. A multidao rita{'ii.o do terço, ao 11lPsmo tempo aporiçòes, aonde cente11os ile milbar
trt>ze de M ar~o. eng-ro:-:snra eonsidero.velmente pouco quP m11 sacerdote sohe ao altar cen- de filhos seus nao ces!laDl de Yir tri-
O veiculo que nos transporta com a pouc·o e nesse momento ja algu11s t rn 1 para celebrar a. missa dos doen- butar-lbe ha cerca de dez a OO', ~en-
a velocidacle mé,lia de trinta quilo- mijhares de fiéis se ogfomeravam co- t eR. R~1P piecloi;o 1tdo, Hempre o maii\ ti<lns homenagens de ypnera~iio, reco-
mt>tros a hora, atr-avez clos morros e mo um mar tnwq11ilo Plll torno clo eon<·onido cle - todos, reali sa-se no n h N·ÌmPnto e amor.
alc-a11tis da i\erra d 'Avre chega ao paYilhao, no intento de cumprir o m Pio dmn recolhim enlo e clum f er- Visronrle de M ontello
plaua1to de Fatima 'as 'oito horas prec•eito da audic;ao da. missa. O si-
precisas. N esse momento ,ào ch~g_an- j le11cio é prohmdo e a ora('ao ferYoro-
clo tambem ao loc-al das apar1çoes, sa e constante. D e espa\'o a espaço
os hriosos servitas, q11e se ùispoem o sol - um pal ido e frouxo sol de in-
Avoz da natureza l<~mbuçado na. sua cnpa de estudante,
1·nhisbaixo, pa."~aria cmi hranto, sem dar
pelo profesqor, ~e e~te li queima roupa.
o niio ...nucln~~e amignH•lmen~.
a · exercer na Lourdes portuguesa a Yerrto- mmpe as uuYeus que -toldam - Atll>us oh C'arlitos l Jli nìio diz adeus
,ma nobilissima missao de caridade. o finnalllento e 1-'JWoh·c nu. poalha l<~i-n jli noite. ll11minaclo por um lunr ,i gente ...
N6mente alg·m1rns escassas dezenas clollrnrla rlos seus ruios tUJ Ut'le:'I milha- c·lnro que, n olhos mcnos rauçados, nté Agon1. na Fniversidnde j(i ~<' nìio faJa
,]e pes1was ile enC'ontram aquela bora res ,le cabeças desC'obertas e inclina- permi1,ia ler, o velho professor toma,•a n 11m velho e tropego como on ...
11 m lindo nspecto pntriarr1\I. - Oh I s-nr. professor I
mat inal no reC'Ìnto sagrado e quasi Ot• ohapcm nas mao'>, cru1.arlns atraz, Niio o f:izin nqui.
totlas assistem devotamente a primei- ,·a be lcirn ninda fnrtn ma-i rornpletnmen- E' mcm velho c·ostume t•'ite pas..,eio
ra missa que se celebra. no altar-m6r
cla capela nova. Pouco a pouco vao
I te brn,wn, <> sen perfil encnnt.1wa.
Ac1\hnrn cle ceìar C' ia i-.-:i.ir um pouco, 1
obre n <'l'Ìn.
Eu sei mas niio mP lemhravn ...
d1e~auclo outros veiculos que clespe-
jam na !'Strada districtnl centena<; e
.. Il por->,(' cnr contncto com a nntureza, ·· Altn,; rogìtac;-òe'l o t.razinm absorto.
quo se :wostumnra a ndmirnr e a a.mar Jle•,c:ulpe interrompe-lo. :\fa, olhe que ja
clt>,,de l·rennça. j Ewpo 1lizia que •e niio pode trabalhnr
c·e11le 11ns de peregrinos, que se rliri- 1 F: e-omo ole a com1n·c•t•11Clia I ferupr~,u(' é prCC'iso afrouxn.r o arco.
gem sem demora pai-a junto dos san- j l\fanncl Vicente, n n,lho profc,,sor, era/ gnt.iio rlonrlc é a vindn°
tuari-Os. nm rl1tq111i les velhoR cnrn<·tores que tinha · Xc,m sci donde ...
n no,,t.algin dos cnmpos c dos pinhais e Tnl é a nhstrncçno, lwin ~ ! Orn sente-
O por1to de verifir•a\'òes medicas es- I q11t' sentia o mcsmo dosnmor para com se.
ta aberto e numerosos cloentes ali en- n c·ida1le e para c-om 11 fnternnc-ional do 1 - Vamos l:L (E s@nto,r-;,c junto do
tram para serem inst·rito-; uo r espe- • En,-ino. prOle.,,or). .
cti,•o regi;;to e 1eceherem a senha rle Toda a gcnt<' nn aldC'ia o re.-;peita,· a e E' ,·erd1tdc snr. profc,,ur. )In, diga-
amnvo, dc>~clc> o JH1r0<·n no llllrboiro e mc> q1u• é que nota cm mim de C'xtrnor-
in_l!'reisso no pa,ilhao que lbes é tle~- 1 do mni-, nlm-tndo proprietnrio 110 ultimo rljn:ir-io? Sou o me~mo rnpnz de qpmpre.
tinado. doi:. l"lWndores. 'l oda II gC"nte me chnm:t o C'nrlito,-...
C'orno este mes o dia treze ('Otilt"Ì- I O!- grilos, as r ii~, snpos, .n, <'obrns, ns - A ncln-me concentrn,ln d e mn i·-. I sso
(]i u C'Olll lllll ])olllillg'O, O C[llE' ja ti- 1 rc>lns I' Lmlo aquele p;q>rc·ìto d(• nuimaibi- 1 polle-lhe fnzer mal.
nhos quo no silenrio cln noit<' 1•nntam os - A n<lo rculmento ...
n hn. OC'ontecido tamùem no mès au- l011rnrc>s d o Senhor, estnvnm jn cm pleno - Entiio que é? .\ltns lllllt<'mnli<'ns tnl-
terior, raros foram os sncenlotes q11e o harmoniO'-{> C'Oncerto. ,·ez...
acorreram neste rlin• a Fatima. ~ So quom experimenlou 11lg11ma ,·ez. a - ;'>iio snr. profc>ssor.. nulrn roi~a mnis
ol11·ig-açiio de celebrar o santo sacrifi- dot·c ntelancolin clC'«se n1ri11do e urngesto- importante...
so 1·untnr d1111111 noite de aldeìn pode .\lgumn de'-l!·oborta? ...
cio cla missa •nas igrejas paroq11in is irnaS(innr a snu,·e J)Ol.'~in rle-r,e<. momen- ~t'lll mnis !. .. ~[n,. pNmitn-mf' que
e tllls capelas publicas prende quasi , to,. lh ' n niio re,·ele. A :rnn alma é demnsia-
todo o clero nos dias de preceito, so- S11a EJ.·.ria Re1•.111a " Se111tor D. Jlanuel, Tn()hri11do por lnntA <' tiio ,ingela be-- rio ,.,11,-iH•l pnra esta, romhr-òes bru-
hrf'I 11110 11eo,ta r{'g-iiio rio s11l ,lo paiz A rrebi spo flc Evurn, 11c1tural do ronce- IC"1.a o proft-.,_,or be ntou-~e 1111111 valado. j Lni"s tln Scienria.
lho dr Torres Yo1•a.1, vi.~ito11 o Santtta- ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... - 1<;ntii0Pl
em 4110 ele iianto esca si-eia, i uihin- rio de Yo1sa Se11lwra do Ro.,d.rio de Ournm-se 1rn~sos Alg11ém no s@u en~on-1 - Niio JWl'g:un te muis... E ' clontro tem-
clq-o rle tornar parte na pieclosR roma- Fc,tima. . tro... po niio me c•ompreenclerin ... Desculpe.
ge m. Os sacerdotes presen tes emprE'-
gam o seu tempo em 011Yi1· as confis- cl ·t d · 1 -i
I I>,• n•pente . urn , ulto negro cabi-..bai-1
t .1 xo npnrece 11. distanrin
As,,im M• pnsbR um ntestodo dC' tò-
lo nn ,-011 professor ...
t 1
n~ em a 11 P '.e~ pre,·e. • ~lJI 1 O 113 «Q11n,1 urd ?... .-1 c.,/ru hnm., t de-•te.-i, - Xnc.Ja di,.so ...
sòt•.; eh.' hornens P , apaz@s, de tocl a,; caJ1ela das apariçoeH org-amsa-sp o ~ttills! ... ">.'iin r ro~tume. Pois ont.ào ponha tu«lo ('m prato"
as dasfies e concliçòes so!'iai~, qu~ em corlejo clo costume para conduzir a .-1/i ! E' o Ca1·lito.1u. limpo!... . Parii miro niio deve ha"er se-
g-rande numero ise aproximam <lo branca estatua da Virgem a capela C'nrlitos era ~1 rap_nz de 18 anos, gre<los. _
iribunal da peuitenC"in. Eutretanto o !lova. As servas cle Nossn Sen hora clo cn,n,lo c~m deruiunada hb@rdnde, ex-al~- - T('m razao ... mns... bem me c·usta.
capelii.o-clirector clos servitns vai mi- R OHan.o, que e11verga111 aR RUUR ba- ,·or9iclnde. no de 3 hcous e ngorn no 1. ano de t:'m- - l!::u sou tnpaz de l(IIRl'dnr sogretlo.
0

Cnbu la, vivo, papndor de ceias - Entiio gunrde. P~·o-lht• por fa,·or.
nist,rando o Fa.o clos Anjos a :m1m,,. taR a lvas de neve, conduzem aos hom- " frt'<)uentador dt' tabornn~ C"edo en"er&- - Descanco C'arlinhos.
ros fiéis de ambos os sexos prévia- bros, alternando-se, a venerandn ima- clara 1101· um caminho pnrn onde nunca Pnss1u·am momentos II olhorem-se e a
mente purificados c·om a absblviçiio geni da sua gloriosa PatlJ'oeira que deve~a ?lhar. . . 1wnetr11re~-se m1;1tu1tme?t~. .
sanamental- , t nb d p t l A' ' · Prunen·o n v1rtude, 11 nlegrin e ago- A lun 1a .;.ub1ndo, lrndn, me1ga corno
O e aJ em e or uga · sua pas- rn rnuis alguma. coi!<a o aba.ndono.va on &empre ... Tudo ern poe,ia .. . ..\ alma sc,n-
:Algumas dezenas de enfermos ocu- so.geru por entre alas compactas de era, nntt,,, abnnclonnda por ele. tia-se levndn, no olhnr pnrn o firmamen-
1
Voz da Fatima
2

to, a. exclama.r com o Salmista. «Os céus


ca.ntam a gloria de Deusu I
- Entiio que rel6gio mais éOrnpiiCAdo,
mais inteligentemente dispo;;to do que es-
- Siro, concordo.
l\fa~, quem é ésse Ser? ... I nhtl lt'tnii. ja dizia que quando eu entrava.
nos cou,iult6rios i.6 a chorar os médi0011
Do rapente, Carlos baixa a cabeço. e te p;rande relogio que é o Universo? ... -E' Deusl jn nào tne diziam nada. Ti'nham muita
-Ah I Entii.o eu creio na exist'1icla de pena do mim e ùiziam ti minha irmii que
diz a. tremer. Exa.mine-se, proscrute bem o seu cor-
--«.A.co.bo d•• perder a fé 1 Niio creio po e s6 pelo exame e a.nali&e dele voce DC'US.
em Dousn. vera a loucura. da sua conclusiio. . ! niio ga.stas-~ mais dinheiro porque niio
. ._. ... ... ... ... ... . ... ,.. t,~nha. cura. Fez-me ainda umas aplica-
.A.qnela fra~ foi cravar-se come um
punhal no peito do Ilrofessor...
-QuéP...
I Um rel6gio que ma.rea a.s horas mas Ilnminado, ainda pelo doce br1lho do I çoes do raio X mas nào deram rosultado .
niio muda. de logar, nào fa.la ne".1 p<.m~o luar no meio do siléncio da noite deixa- 1 Fui a outro, Dontor Simòos .Alvee que
é absurdo, inerivo! que tenha npnrudc lo ra~, num l~ngo a~aço, cafr !1-~gu~as la- 1t!-e disse _que era tin11a. e&crobtlosa, i corno
- E' verdade. ai por acaso no meio dum pouco òe mi- gnmas dr consolaçao e, ero s1lenc10, voi- tinham dito os outros medicos e que nao
nério, dizia. voce ha pouco e ria. se de ~~ram a aldeia. A' poesia da natureza tinha cura. Minha irmà j:i niio sabia 0
- Fala a sérioP...
- A sério l eu acredita.r nisso. I
Juntava-so a sua voz forte, &<>Do~a cpmo que me devi.a fnzer. No fim de quatro dias
- Vamos devagar. Raciocinemos um Pois se o niio julgaese 11incero dar-lhe a do S('U cantar ... fozen~o-se ouv1r a1Dda dou-me um grande frio quo parecia o
pouco. Niio quero di~utir. M:aa, ~ dii li- hia em rOE,posta a sua duvida uma gar- no velho e a~ora, com ignora.do encanto da morte e doia-me muito a cabeça. O
oença que o i;eu velho professor lhe faça. galhada.. na alma do JOvem. corpo ei;tava ja como urna coisa morta e
duas considero.çòcs... Ma& niio quero. Voce é sincero. Eu sou -~ um e outro parecia o~v~re~ um w- a minha irmii chcgou a janela muito afli-
- Com todo o gosto ... mas é inutil I seu amigo. A;crerlita? r? 1monso apregoando a ex1stenc1a, a glo- ta. A;pareceu-me urna. pobrezinha muito
rrn e a bondade de Deus. doentmha que era nossD conhecida e ti-
- Inutil veromos. A sua capa niio i;e
desonra e~ c-onversar com um velho.
- Por quem é...
I- - So acred1to ..
falar.
Pois é corno amigo que lhe estou a ··· ... ... ... ... . .. ...
Era a ,·oz da. nntureza...
nha muitn pena de mim. Esta mulberzi-
nha lcmbrou-se de urna menino quo tinha
- Pois entiio vamos la. Diga-me, Oar-

I
E' a força. da. ra.~iio e a da ·a.misade que
linbos, que ideia fnria de mim se eu d~o algu~a. ~nerg1a a ès~ velho orga-
lhe mostrasse o meu rel.6gio dizendo-lhe mamo. S~Ja smcero mas seJa razoavel.
que aparecera. ieito numa mina de fer- - 8ere1 I
. -. J. de A.

-
obtido ~uras com agua de No1,sa Senhora ,
(ia Fatima e quo se che.ma Julia Marques
Morgado. Fez-me o mesmo tratamento
e estou completa111ente cura.da, graças a
ro. - Faça calar por um pouco qualquer
- Concluia que alguém o la. f6ra. por., outra. voz. Deante da raziio as paixoes
AS CURAS Noi;~a Sonhora da Fatima. Niio tinha ca-
belo nenhum na cabeça e agora t,enho
- Pois est!'i muito enganado. O meu I calam-&e. um lin do cabelo.
rel6gio, um re16gio de aço como v~ foi
oncontrado assim. completo, dentro dum
- Esta bo~. _
- Entito, diga-me, ha. ou no.o no m-un-
pouco de minorio. Disseram que ae tinha. do, corno no meu rel6g10 uma certa or-
.
___
DA,__
FATIMA • * •
Devido no excesso de trabalho que ti-
ve no ano lectivo de 1923-1924 adoeci
forniado ali durante muitos séculos e quo demP... . em fins de · J ulJ10 e, tao gra.vem~nte que
pouco a pouco atomo a atomo se ha.- - Ha uma. ordem admmivel como ha me era. impossivel qualquor esforço.
ria.m formado' os pouteiros, aa rodaa pouco me fez notar. . Segui as prescriçòes médicas mas Rem
toda. esta engrenagem. .. - ~om. Se para a ordem do rel6g10 vo- obter molhoras que me animassem. Em
- O snr. Professor estli a troçar. cé enge um ordenador porque o nega outubro fui para Lisboa onde consultei
- Niio estou.
-A sério?
- A sério I
I para o mundoP
-Ah I ou niio o nego. Nego que seja
Deus.
· um espccialista, seguindo novo tratamen-
to sem, contudo, melhorar.
No Ministério da Instrn('iio onde tive
- Quem !r" c-ontou ie.~o? -. La vamos. _Ha ou niio no mundo o de comparecer a Ex.ma Junta Médica
- Foram os mineiros... movimento, a ~1daP... . . deu-me lioença para me tratar, por niio
- E acreditou P... - So ha... E o gue m11.1s facilmente se me enconlrar capacidade fisica para o
- Acreditei ! nota no mundo. trabalho.
- Essa é 0011.. Que autoridado tem es.!n - Se pois é necessario. que alguém te- O meu ospecto era o duma tuberculo-
gento qne nnnc-a \'iu fabricar um relo- nha datlo corda ao rel6g10 para. Aie tra.- sa.
gio? ... balhar _forçoso _é egualmonte gue ali,tuém Cheia de desgosto recorri a N.• Senho-
- La isso é verde.de. MIUI niio tem na- i tenba mt_roduzido no mundo o mov1men- rn de Fatima, com muita. Fé, prometon-
da... . to e a v1da, pMa quo eia. ca oxi-ata.. do ir à Cova da !ria agrndeoer-lhe, o,
- Tem tudo. Bem sa.be, e ve corno is- - Espere. · · _Doixe-me pensar um po u- publicnr a minha cura, se Eia se dignas-
so é complica.do: o tamanho e proporçiio co I... O movimento... a vida... Conti-
das roda!!, o numero de clentes, o compri- nue 1
mento da corda., a roda. de balanço, os

- Se voce_ entende, e bo!11, que alguém
l se dar-me snude qae me pormitisso con-
tinuar a exercer a minha mis!',io.
Logo que fil'l csta promessa as melho-
movim<'ntos etc. E isso feito pela nature- deve ter feito este rel6g10,. eu co~cluo ras fornm-se acontuando e pela primeira
za I - Tem la geito nonhum t. .. que ~guém me ha-~o ~er fe1to a m1m ... Junta de l\forço de 1925 foi-me permi-
Sorridente e nmavel o professor que es- a "<:°8 • .. ao mundo rnteiro. tido voltn.r para junto doi. meus aluno,.
tava a vencer sem que o adversario quo Na~, lhe pareceP... Ha 2 anos que estou em exercfoio;
o snpunha vencido o pei·ceb056e, diz-lhe; - Esto_u de acordo. aumentai 15 kg de péso e leciono duas
Isto era a brincar Carlinhos. Era para o - E~tiio... _ classes, num tota! de 60 c-riançns, sem
ouvir raciocinar o croia quo fico satisfei- - N~o. Po_rque nao ha-de _ser o a.caso que a minha saude se tenhn alterndo.
to em ouvir fatar nssim a um ra.pnz quo -a cotsa ex:1g1da por tudo isso?... .
me pMsou ja. pelas miios. Niio que eu
tenha nisso algum merecimento ma3 quo
-1.fas o qu~ é _o aca~oP
-E urna co1sa mexphcavel...
· I Maria ~a _concelollo Messia•, /es1deute Julho de 1925.
na ru~ D1re1ta de Pedtouços, n . 17, con-
C'umpri a l.• pnrte da promessa em

Serra, 18-2-927
querP - Siio fraquezas dos velhos q..;e co- ---: ...quo serve para tapar o!I olhos a ta aSl.!m ~ s~a doença_ e a :ua cura_:.
mo sa.be nos tornamos muito afoctuo
&ensiveis. sos e
mu1ta. gente I cc A 1mp11:ssa.o que smto , ou partic1pa-
E' ou niio verdade quo ninguém da O la nesta romba carta e no mesmo tempo em ,'ler1·a,..Toma.r.
Beafriz do$ Santo,• Trinda.de prof. of.•l

Agora, deixando a brincadeira, porque que niio tem? cumpro um dever. Ha muitos anos quo
• • •
é que foi ,evado a essa conclusiio a nega- - Cort{ssima. sofria de tinha ucrofulo$a na cabeça. l\focieira A Ex.ma Senhora D. Maria Filomena
çao da existencia de Deus? ' - Poia entii,> meu caro vocé ba de con- Corri todos os médicos o farmaceuticos ].• Esq.» (envia-nos Avenida 5 de outnbro n. 0 201
_ Ora por muitas caueas... cordar comigo, ba-de convencer-se de que da minha terra que é Algarve. Os medi- a seguinte carta:
- Diga a lgumas. a.cima o f6ra de tudo iato que se vè ba cos ja n iio sabin.m o quo me hoviam de Lisboa 14-2-927.
--Os filosofo!! modernos chegaram a con- om ser boro que é a fonte de toda a bon- fazer. Tanta.s coisa& fizeram que eu ja. nlio. Revertndbsimo Snr.
clusiio de que se Deus se niio via 0 80 dade - ha urna causa donde provem to- podia sofrer mais. Nem sei dizer a gra n- Rogo a V. Ex.eia. a finoza de fazer a
o mundo é na verdade u m a.glomoramento da a ca.usalidade do mundo, -ba um mo- deza do sofrimento que ha 16 anos pa- publicaçiio de duas graçaa recebida8.
de atomos dovomos concluir quo Deus nilo tor ou movente, primeira raziio de todo clocia. Dosde a irlade de 2 anos até :i No mez de Outnbro de 1926 vendo eu
existe. o movimento - ha-de bavor um eer vivo idade de 16 n u oca soube o que foi dormir o peixeiro, q ue costuma trazer-mo o peixe
- Oh I bravo I Ja estava a espora dia- origem de toda a vida. (>m socego. N unca soube o que foi cabelo, o casa, com um hombro chagado de um
M. E é muito recente esso. doutrina p E' ou niio "orde.do p andarn sempre triste. calo agra.vado de trazer a.s cesta.a do pei-
- E' a ultima palavra anr. profe&Eor. - Sim, isso oli.o me repugna. A raziio A minha mii.o, nonde ouvia dizer que I xe e que até tinha. um caroço e doros
- Esta enganado, isso é anterior a.o obrig~mo a a.dmitir 88il0 ser.
proprio J esus Cristo. - E admitira ,•ocè quo om serie intor-
- Esita. a mangar... minada vamos prolongo.ndo ésses seree
- Nilo estou e apontou-l he oe norues de extra mundanosf
alguns antigos a.teus. - Niio. Forçosamente temos de cbegar
- Realmonte. Niio conhecia &aes no- 0 um termo.
mes. - Pois bem. Para a{ em fronte d~e
- Mas, diga.-me, convencou-eo de que is- termo.
ao era verdade p Contempla-o. E' èsse ser que eu quero
- Convenci. que voce analiso.
.. ... ... ... ... ... ... ... ... ... .•. Rad entiio um ser quo causa sem ser
causa o, um movente quo move som ser
Cnrlos olhe bem para mim (e o ro&to movido - um ordenador supremo do uni-
do profe&Sor, palido, iluminado pelo luar, verso - um ser vivo que da a vida sem
com os olhos resplandecentes tinba um a. receber? ...
aspeot.o singular). - Sim. Aceito isso. Tem de se admitir.
Voce quo conhoce as leis admir!iveis qua. _-Mas voce eabe que ninguém da o que
1:egulam o Universo, aquelas ao monos que nao tem. 1
nos fnzem mais impressiio, vocé quo co- -Sei.
uhece a lei admiravel da a.tracçiio, da. con- - Porisso essa Causa Incausada. -
i::ervaçiio da matéria., a lei da &ucessiio se Motor imovel - &se Ordenador Su-
&-,
das estaçòes, dos movimentoa tao comple- premo tom em, ri e de si todas essas per-
xos dos astros quo eamaltam o céu de Por- feiçoés que derrama sobre o mundo.
tugal - Olhe corno osta linda a noite I - Niio? ...
V~ que conboce melhor do quo ou a ad- - Vamos. Começa a fazer-se um pouco
miravol estruotura do corpo humano, que de luz na minha alma... Va.mos até ao
I
tem ob11ervado os mi&terioso11 fen6menos, fim...
da transm~o da. vida no reino animai - Um momento apenas. Qu al a r e.zio
I
e no vegetai diga-me --como é que ex- por que essas perfeiçoea hiio-do .aer li- JOAQUIM N ETO (e famllla) curado re pe ntiname nte.
plica tudo isso? mitadaa P Porque niio hiio-de elaa atingir por lnterce ulo de N, Senhora do Roear10 eia FAi:lrna
- Siio as leis da combinaçiio dos ato- na Infinidade, a porfeiçiio 11uma da exis-
mos. tencia P ostava urna Pe!ISOa que soubesse algum horr1vels, e 06tavamuito aesa.. imado por-
- E quem fez eseas lei11 P O. atomosP
- Nlo senhor, o acaso. ......:.·si~. s~·r remédio corria logo, mas nada conseguia. que lhe diziam que tinha aapecto de paa-
'ii~' .6. i~fi~l~~e~ie"j,~;: Por fim manda ra m-me vir para Lisboa. sar a cancro (tra.zia aw u m h omem com
Vim para casa. dnma irmii q uo tenho em o peixo porqu e ele niio podia), eu, como
- 0 acasoP ... feito.
-Sim. - Porta.nto, Eterno, Omni&eiente, Om- Liaboa. cha.mada }!aria. da Graça. Esta tivesse d6 dele e mu ita fé em Nossa 8&-
-Voci esta a brincaT. nipotente, sumamonte J1111to, Bom e S an- foi oomigo a um especilista (Dr. Sa Pi- nbora, puz-Jhe agna da Fatima. Dura~
-Niio eatou. to ! menta), que franzio muito a cara. Mi- te o tempo que a eetive a pòr fui sempre
Voz da FétÌmà

,. "ii'' a Nossa Senhora e pedindo, pe- milagrosa. d'II: .Fatima, e ooloquei-lhe tam. tavl). ter de mostrar kò médico, aplicou prometi-Lhe uma novena de Comunhòes e
reza uo . •
dindo m~.,to que ele se curass~. . ogo
E l bem urna medalha de N. Senhora de Fi- uro pacho de algodao, molhado na agua a publicaçiio desta graça no jornal. uVoz
•1 · , imediatamente fm aJoelhar tima sobre o peitinbo. da fonte milagrosa, e r,ogando com muita de Fatima».
que e e 11an..· • "' imagem
. de Nossa senhora Pois, a criancinba, no dia seguinte, es- fl;l, a V.irgom Nossa Senhora do Rosario da Pa.sandos 8 dias estava completamente
&OSI p és de um. . cuu1,n
.u· ha Ma d ,.,, tava melhor, e d'af a dois dias, ja nii.o Fatima, a curasse, ao firo de alguns dia.s
.<-+" -di· e o ce~ curada!»
de F ... u1ma' e.L:.
pt.. ~antas
· provas d o v osso tinha nada, ostà.va completamente curada. tudo desapareceu.
V6s t end es aau.0 .._ •;za res I Dai-me mais Venho pois, por este roeio agradecer a 4. 0 Tendo-lhe adoecido um neto de no_ , ~aria Rosa R, da Sllva, de Vila. N. de
amor e _dos Vossoa lit . •f Atendei a mi- Santfssima Virgem de Fatima esta cura, me V.:icttir Manuel Santana Carlos, estu- Gaia, agrndeco a N. Senbora de Fatima
l&te, minha Mae do ()., u.
n-ha supHca' Que 2ate ho,~em she cure, e fl torna-la publica ne. V6,i da Fatima oo- dante de medicina, COJl\ dezoitQ ll>nol! de u.ma graça espiritual e tempora!, obtida
· que Ioi· N osaa Sen ora quem
qu.e reconheça mo prometi., icta<le; em Fevereiro de 19M, con\ urna por sua materna! intercessii.o,-por ter con-
doença tào grave que chegou a perder o ooguido, vencidas graves dificuldades,
o curou! , ...l\e I mandar baptisar um pequeno de 13 anos
Pois graças a Noasa quétidll. e boa Jb...: Laura Lima, de Befriz, P-0vo11 de Var- uzo da razio, tendo-o oa tnedicos ja consi-
Logo no dio. imediato, de manhit, o homem zim. Para socego da minha conscieucia deraèo perdido; poi11 que, para lhe intro- prepara-lo para a sua primeira e solen;
me apareceu completamente curado1 ja ~ p.;:ra agradééèi:' a. Nossa. Senhora rie duzirem no e&tomago, os medicamentos, comunhiio e interna-lo depois, retirando--o
com o cesto do peixe em cima do horo- Fat1nia- i> grande beneficio que me foz , cu- com leite, tinha que wr por um tubo de da miseria e perigos ero que vivia, num
hro ! A alegria dele era indescritivel I E rando-me· da grave doença de que sofria borracha entra.do pela baca, até ao eatoma- estabelecimento de pieda.de ti ca.rida.de,
dizia enti.i.o: Eu estou doido de alegria. havia ja unS tres anos, devo ampliar um go, com O que, o doente ficava muito afli- onde 'S8 e!lta formando para a religiio e
Desde que me p6s a aaua nao mais senti pouco a noticfo que a meu respeito se to; a declarante, com muita fé se ajoelhou para o tra.balbo.
à6res. Era uma hora da noite fuando lia no ultimo numera da Voz de Fati- diante da imagem da Virgem Nossa Be- Maria Lulza Mendes de V. N . de Gaia,
.acordei e vi-me curado! Tedo o sofrimen- ma. nhora do Rosario da Fiitima (que em sua agradece a N. Senho1·a do Rosario de Fa-
to desapareceu! Diz entli.o que choravam, Eu niio estava simplesmente atacada casa conserva) pedindo-Jhe com muito tima a cura duma infecçiio que teve na
-éle e a mulher de comoçio por verem um de ner,osismo, neurastenia, ou asterismo fervor, para que, a Virgem Nossa Senbo- hngua, tendo para. isso feito novenas e
milagre tio grande, graças a Nossa Se- como por vezos vi classificada a minha ra fosse servida que ,o doente recuperas- comnrthoes.
nhora I Ele estava regi'Btado e tinha tres doença. Eu est.ava ja atacada pelo virus se o seu tino, e que, por sua propria miio
filhinhas por baptisar, um.a com 10 anos, da tuberculose e redusida a tal estado de tornasse os medicamentos, ou qualquer ali-
,outra 8, e outra 2. No dia. 9 de janeiro, fraquesa qua uada podia fazer nem mes- mento que lbe dessem, sem ser preciso
dia da Sagrada Familia, tive a satisfa- mo o mais pequeno serviço domestico. o tubo de borracha. As blasfemlas de Calea
çiio de ass-istir ao casamento dele e ao ba- Porque um dia tontei ajudar minha No dia seguinte, o doente estende a
ptisado das filhinhas sendo madrinha de miie om um pequeno e breve trabalho, mii.o, corno quem pede o medicaménto e o O palacio presidencial de Cales no
uma. Como nos sentimos felizes, assistin- logo fiquei prostra.da. e no meu len(.'O to!Da por &ua mao, nio sendo mais preci- México, é guardado por 500 soldado's. E'
do a um acto assiro ! Graça.s a Mie do apareceram rajos de sangue. E a isto de- R', o tubo. Hoje encontra-se bom, seguin- sob essa vigilancia que esse perseguidor
-Oéu ! vo acrescentar que tinha ha muito per- do w seus estudos na Universidade de da Igreja se banqueteia.
• • jt dido o apatite e de noite niio descança- Coimbra. Numa das ccfarras» palacianas o mons-
va. Foi neste estado quo empreo.udi a Obtiveram graças tro mexicano, depois de falar contra 0
Estando tambero meu sobrinho Juijo Ma- viagem a Fntima, em automovel. Depois clero, com urna linguagem que nii.o é de
•cieira Oliveira, de 18 anos, muito mal com do percorrer urna disto.noia de uus 330 Uma assinante conta que «tendo casn.do pessoa educada, disse:
uma bronco-pneumonia, expectoraçiio de ki10171etros sem incomodo de maior, o que ha pouco tempo, com um homero com - ccAsseguro-vos que ao ter'llinar O ,
sangue e 40 graus de febre, niio podendo eu ja considero um grande milagre, quom a principio me dava muito bero, meu mandato niio ha.vera no Mexico um
,respirar, puz..lhe urna medalhinha de Nos.. cheguei a Fatima as O bora.a do dia 13 ,ie comcqava ultimamente a baver entre n6s
sa Senhora, dei-lhe duas colheres de agua Outubro p. pnssado. frequentes l!:angas e azedumes, cada vez
I
s6 padre».
Um jornalista, uma vez, se lhe apre-
·de Fatima e comecei uma novena, rezando Andci algum tempo encostada a mi- mais prolongndos, amargurando a um e sentou para entrevista-lo.
um -terço e .a ladainha. Começou logo a nha irma e a outra pessoa amiga que l a outro. Antea que o mesmo fnla~se, disse Cal-
passar melhor e, no dia que termin'ou a nos acompanJ10u, cm volta da Capelinha Encontrando-me eu muito desanimada
novena, passou urna noite comò nunca ti- das Apariçoes, mas antes que desse a pr1- numa destas ocasioos, para mim de gran-
I
Ics:
«Sobre a questo.o religiosa saberd. que
nha pass-ado durante a doença. Dormiu nteira volta, senti faltarem-me as forças de amargura quando, lançando os olhos trlis vezes me apareceu Cristo e trés l'P·
desde as 11 borits da. noite até ao outro e deixei-me cahir no cbiio onde fiquei sobre urna meza vi a «A. Voz da Fd.tima»; ::es o esbofeteeiu.
-dia i.~ 10 da manha: Acordou tao bem vor largo espaço de tempo sem me poder cheia de fé, dobrei o jornalzinho, meti-o - Desgraçado, a ultima bofotada seras
disposto q-ue s6 desejava levantar-se ma'B lovantar. Dè manhi tentai acomodar-me no bolse e imploroi a protecçiio de Nossa tu qnom a apanhar:i !
tinha receio. que lbe fizesse mal. Agora no logar reservado aos cloontes, mas nii.-> Sonhora do Rosario da Fatima.
ja s·ai a Tua. A primeira vi!,jÌta que fez me foi possi,·el conseguir ser examinada Sonti, entii.o, ero mim novos e melhores
foi a Igreja. agradecer a graça. recebida. pelo medico soniio as 10 horas, tfre de peusamentos, no me..mo tempo que em
Graça.s, a Nossa Senhora e ao meu quo- ser transportada de maca para o po'!t.J mim se desfnzia todo o orgulho que até UM CASO
rido Jeeus I Toda a. suplica que for feita medico bem corno para a capela dos doen- ali impedio. da minha parte qunlquer rc-
com muita fé e ,erdadeira confiança a tos, tal era o meu estado. Ahi permanoC'i conMliaçii.o c-om meu marido: aproximei-
Nossa boa Mie do Céu sempre nos dcs- Duranle algum tempo estiYe deìtada so ~ me clele, peclindo-lhe o esquecimento de to- Conta Lui.z Veuillot o famoso polemis-
pacbara ·sendo para honra e gloria de bre um colchào e dcpois assontei.:me, o das as minhas faltas, ficando ambos na ta francez quo havia nos Pirineos um
Deus. assisti a todas as cerimonias religiosas, melhor harmonia. Venho, pois, hoje cum- medico sabio e digno que recobeu u~ dia
Niio esq ueçamoa pois a Virgem-Miie de quando recebi a bençiio do SS.mo ja pu- prir o meu dever publicando esta graça, a visita d' uro homem com uma. chaga na
Déus e Miie nossa, e o nosso querido Je- de estar de joelhos. Qunndo recebi a Ben- corno. preito de homenagem a S.S. Virgem perna, feita por um tiro de espingarda
aus». çiio senti urna forte comoçiio que mo aba- do Rosario da Fatima, para seu louvor A chaga, ja antiga, apresenta-se com c&.-
Maria do Carmo Dlas, residente ero S. lou todo o corpo, me causou um certo bem e honra, pedindo a Deus que ela sirva racter particular; n'ela vem-se vermes.
-Sebastiiio, freguesia da Enxara do Bispo estar, e logo me convenci que Nossa Se- de animo a tcdos aqueles que se acham O dr. esforça .!e por os fazer desapareoer
(Mafra) tendo ja. !evado 24 vezes pontas nhora tinha ouviclo as minhas pobres ora- aflitos e sem conforto possivel para que mas niio o consoguiu de maneira nenhu-
-de fogo por se encontrar mal dos pul- çoes, as oraçoes das possoas amigas, e os antes de desanimarem recorram A'quela ma. O doentc, um dia, diz-lhe: Dr. nio
ro-oe& e advindo-Lhe acessos fortiss.imos meus sacrificios, curando-me. que tanto e tanto sofreu e que nunca dei- façamos mais nada; fiquemos por aqui:
de tos.;e que niio obedecem a, medica.men- Assim tinha acontecido. Quando às tres xa de socorrer os que A invocam». eu hoi-de roorrer desta ~orrivel doença.
-tos, desapareceram em pouco tempo de- horas segui para o autom6vel , embora fos- Com efeito, disse o medico, ha aqui
Maria da Nazareh Valentlm de Sousa,
pois de tornar agua. de Fatima, prometen- se al,11.da a.mparada ja segui.por roeu pé diz em carta : algo de extraordinario, Nunca vi coisa
<io publicar a graça.. sem grande costo. Fiz a viagem de_ r egres- assiro, apeso.r de velho e de me terem
so relativamente bem, ou antes mu1to boro «Aproveito a ocasiao para pedir a V. passado pelas miios muitos casos surpre-
Maria dos Anjos Ferrelra, Ce.sai dectta- disposta; cheguei a casa apenas um pou- Rev.cia um grande favor, e que vòu rela- hendentes. E, pela 20.• vez, perguntou
·gana-Ribaldeira (Torres Vedras) encon- co cançada, mas ja sem a.quale mau estar tar. ao doente: onde recebestes v6s esta fe-
-trando-se muito doente dos intestinos e que continuamente sentia, dormi magni- No dia 13 de Abril do a.'no findo estava rida? - Em Espanha; ja, o tenho dito
~mago com varias outras complicaçoes, ficamente aquela noite e desde entii.o con- muribunda· uma prima minha, filha uni- muitas vezes; mas o quo eu nao disse
,qt.~ tondiam a agravar-se começou a me- tinuei melhorando progressivamente a ca, que os paia adoram e de quem sou ainda é o porque esta ferida niio sara.
'lhorar desde que recorr~u a N. Senhora ponto de hoje ja poder trabalhar e até muito amiga. Niio havia esperança de a Quasi que o sabeis. - Tinha 20 anos

çio. · I
prometendo ir a Fatima em peregrina- fazer seriio quando assim me seja necessa- salvar, as pessoas que a rodeavam chega-
rio, sem que me sinta fatigada. EstQu vam a oonvencer-se quo a doonte tinha en-
A mesma, vendo sua mie muito mal completamente cura.da. Louvo e honro a tra.do na agonia. Ninguem se podia con-
Era em 1792. Fui obrigado a alistar-me
n' um corpo de tropa, que a Convençio
enviava. a Espanha. Partimos tres da
com principio de urna congestio recorro~ N. Senhora de Fatima, que nssim bene- formar com a hipoteae deete ente querido nosso. brigadn: Thomaz, Francisco e eu.
a ~ossa Senhora /ile Fatima e 'imodiata. ficia os sous pobres filhos quc nEla c-on- desaparecer do mundo. Eu neste momento Tinha.mos ideias dessa tempo; eramoa
mente começou a doente a sentir-se me- fiam. L. L. Beiriz • 26 - 1 - 1927.
lhor.
angustioso para todo~ rogo aflitivamen-
te a Nossa Senhora do Rosario de Fati-
Jezulna Santana, natural de Alpiarça., ma que salve a doente para felicidade dos I
incredulos. A marche. corria alagre.
Quando ja. perto, atravessa.mos uma al-
ùeia mol1tanhosa, e aYistamos uma esta-
Joaqulna Vitoria, rna rie F.ntr<'-C'ampo 8 e residente ero Setubal, vem publicar no pais prometendo que mandaria anunciar tua da Virgem tiio esmerada que, a.pesar
14- Lisboa diz-nos : uMeu mariclo Ricar- Jomal a Voz da Fatima o seguinte: o milagre se se r ealisasse. Depois da minha da Revoluçli.o ficara de pé a porta da
do Paula. n.doeccu com. paralr~hi. ' Eu co- j 1.• Que tendo ha quatro anos sofrido prece começou a doente sentindo alguns ig,reja, sem mntilaçiio alguma. Um de
mo tenho mnita fé com Nossa Senhora muito duma inflamaçio intestiual, que os alivios, até que graçaR a Virgem o medico n6s tem o desgraçado pensa.mento de
I
<lOrnecei por rasar o Padre Nosso e dnnd; medicos foram incapazes de combater, e a julgou livre de perigo encontrando-so insultar esta imagem para «afrontar a
lhe a.o mesmo tempo a agua de Nossa Se- sugeita a uma alimentaçio s6 de leite, hoje de sande. Neste momento niio quero superstiçào dos paisanosn. Atiremos uro
nhora. Vi com muita al~ria que meu ma- o que, com muita dificu ldade podia to- deixar de agradecer a Virgem outras gra. tiro, disse Thomaz. Francisco deu uma
rido melhorou de momento a momento mar, porque o estomago !ho niio abraça- ças que me tem dispensado em quasi iden- gargalhada. Por mim, niio querendo
e,.tando hoje muito bem e sem defeito. va, durando este sofrimento longos me- ticas afliçoes. Tinba grande desejo que mostrar-me monos forte, tentei afa.star
Agradeccndo desde ja o favor da publica- , Res; e ouvindo fnlar dos milo.gres da este milagre foase anunciado no dia 13 de semelhante ideia. Lembrei-me de minha
çiio me subscrevo etc., Virgem Mli.e Santfasima Nossa Senhora do Abril proximo. E~a. minha prima que a miie. Zombaram de mim. - Thomaz car-
Julla Fernandes Gomes, de Lisboa (Rua Rosario da Fatima; recor~eu .c~m muita Virgem sa.lvou chama-se Maria da Pie- regou a arma o atirou. A baia atingiu
Augusta 120, 5.•) vem por este meio tor- fé a Eia prometendo de a ir visitar todos dade e Silva, moradora
nar publico 8 ao mesmo tempo agradoecer os ano$ emquan~o pude~; e tomando a Prnça da& Flores N. 0 5-2.o».
em
Liaboa. na a estatua na testa. Francisco meteu a
cara a arma e atirou-lhe ao peito.
-a N. Sr.a de Fatima urna graça recebida a~ua da fonte m1la~rosa Junto !lo Santua. -Vamos ; agoro., tu.
da sua infinita misericordia e bondade. rio da Cova da Irta, ero Fatima, com.~ Maria Lulza Corte Real Santos (run - Niio pude r esistir; apontei a arma a
Em Março do ano passa.do, ostando em çou melhor~ndo, e se encon_tra ha do1s da Nogueira 109-2.'-Porto escreve: tremer, fochei os olbos, e dei na estatua ...
minhn casn corno hospeda urna senhora anos, perfe1tamen~ bem; ahme~tando-se ccCumprindo um dever e urna promessa -Na perna I diz o medico.
com urna filllinha de hm ano de idade . com qualquer quahdade de com1da, sem que fiz a Nossa Sonhora do Roi.ario de --Sim, na perna, acima do joelho, no
11.doeceu esta muito gravemente e recor: sentir incomodo algum. Fatima, vcnho pedir-lhe a pnhli:.:Açiio da logar onde tenho a ferida I Bem vedei
1'endo-s~ logo a.o médico, disse' este que 2. 0 ~parecendo-lhe depois outra doen- segu,inte gra.ça gue recebi de Nt'ssa Sonho- qne eu rui.o posso sarar. Depois disto, dis-
tinha ctiversas doenças e que estav&. pres. ça a diabete_s, p olo que andou ero trata.- ra.
I
tes a vir-lhe a meningite. Ora corno a mento ero L1sboa, e sem r esultado; e re- Em Março de 1926 apareceu-me urna
menina ainda nito estivasse bapti.zada, correndo outra _vez a Vir~ro Nossa. Senbo- inflamaçio' na bòca que muito me incomo,.
pozemo-nos a continuar a nossa marcha
quando urna volha que nos tinho. visto,
div.; Idee para a guerra; o que acabaia
foi-se logo tratar de a baptisar e quando ra do . Ros~r10 da Fatima, ped1._ndo-lhe da'Va. de fazer nào voe ha-de trazer bem al-
chegou a ca.sa, oomo a manina estiveese com mu1ta fe, a melhorasse de tao gra- Charoado o meu medico, fev?me 3 visi- gumu.
quasi pe:rdida reoorn a N. Senhora do ve_ doença, e tomando a agua da fonte tas, mas a.a roelhoras niio apareoiaro. Con- Tbomaz ameo.çou-a. Por mim est&.va
Rosan'o de Fatima, pedindo-lhe com mui- milagrosa, se encontra tarobem melhor. sultai outro medico ma.a tambem niio senti incomodado com o que ha.via feito. Fran-
ta fé a our&. daque1a inooentinba, e ao 3.• Aparece.ndo-lhe tambero u!°a nascida alivio algum. cisco me nos emocionado do qµe eu, niio
mesmo tempo dei-lrn, um11. gotinba de a.gua ma, e em sit10 ocnlto, que mu1to lhe cus- Resolvi apegar-me a Nossa Senhora e estava disposte tambem a regosijar-se.
4 Voz da FAtima

LA seguimos noSoo caminho, se bem quo


por Hze11 nos queixassemos do qua b~
I ll(ÌO lanrassei., sobre o, seres inferiores a Antonia Pinto de Carf'a1ho, D. Ana
l'6, .~enao oll,u.res de indiferença, taive~ Guedes, D. Rita do Rosario Pereira. pedrniro que, para explicnr a. 6Ua falt.a
- Ora numa certa paroquia havia um

viamo11 feito. <> i11/er110 Jmcluse 11(10 e:ri~tir. Lopes, Ah·aro Rodrigues Pintasilgo de cumprimento do grn, e preceito da
Nesse dia de tarde, juntarnmos-noi, ao .lfo.~ ro.,... 1"6., .fudo cTea.~tn por amor. (50$00), Antonio Marques Giriio Confissio e C:omunhiio pascal dizia que
nosso regimento; alguns dias depois ti- 1'6~ /orma,tes o homem a vossa srme- (150$00), D. Maria Teresa. Moura Pi- nào tin.l1a pecados.
vemos um enc·ontro com o inimigo. Con- Uia.nra r harti-1,o t·ivi/irado com o uos&o nheiro, D. Conceiçiio Borges, D. Maria Niio tinha pecados e... acabou-se.
fesso-vos que eu marchei pn1·a o fogo sem ba/o; hcn·ei-lo rumulado do& Vos&os Almeida, D. 1\faria José de Magalhiies O zeloso paroco pro_poz..se um dia pro-
alegria, pensando na estatua da Virgem rl1111.,, e 111iu hat•ei., pe<lido a eslti creatu- .Aguiar, D. Lucinda Damazo Tavares, var no seu paroquia.no que estava muito
mais quo o desejnva. Todavia, tudo cor- m Ufo rirnmt11tr dotada senào um poutrJ D. Vit.orjl\ Augusta Sinde Pinto, D. longo dn santidacle que queria apare ntnr:
rou bem. Alc-1\nçnmos assignalada van- de ro11Jionr<i, de fidelidade e de amor. E P almira das Dores Afonso Pereira, D. sob a porta principa.l da igreja. paroqnial
tagem. Tomaz distiuguiu--Se. A a.c(liio es.- qwrndo l'le T'o.~ rlnpresa e .,e re't'olta con-- lfodnlena da S ilva. Tomas, D. Luiza Ro- ha.vin um nicho d'onde ti nha sido tira-
tava torminacll\; o inimigo em derrota e tm T'1i.~, l',l., <le,,erieis fira1· impa.,si1'el sa. Pereira., l). Virginia Borges de -Par- da a re.spectiva imagem, onde o re,·.clo
o corone! in. fazer parar o pros!;eguimen- <01110 11111 .,er incompleto, privarlo de valho (15$00), J. M:. G. Pereira (2 li- pa roco q neria (clizia file) colocar um san-
to quando um tiro, vindo clum rochedo, amor e de .,enti,,1P11fo? brns), Domingos Maria Monteiro, .A.de- to 110110.
e que parecia descer dò Céu, fez-se 011- O mPu l>ws! 1':u rreio nos rigo1·e., da lino Antune& Pinto, P.e Miguel Jorge, Lii foi o seu descuidado freguez a seu
vir: r oua ju.,tira porq11e ario na.~ excessi- fl'irmiano José .A.lvee (20$00), D. Elvira pedido, pr eparar as coisas-.
Thomaz t·odou sobro si mesmo e cahiu t•a., ta1111rcu d,o T'o.Mo ('oracao. I Augusta Nogueira, D. Emilia Damas Quando o r ev.do paroco o npanhon no
redondamonte ba.tendo com a fii.ce no R11 l'O,, A mo, mru JJe11s, a Va., A mo1· Salgueiro (21$00), D . Ana Maria Clavin nicho, nào ~ lhe retirou a escada mas
chao; Francisco e l'U corremos a le,·an- ill/inito, qur r<M i11rli11afa para a vossu d'Ornelas e Vasconcelos, D. Rosa de Jesus tocou o !iino a rebate, cle forma que den-
ta-lo. Estava morto. A baia atingiu-lhe a ercatura, a Rustl'l~tai., e i,rantai.1. Jlas C'aS('ais, D. Maria. José Sanches Artur, tro d<' pouco estava ali todo o po'l"o do
tlista, entre os olhos, no loga1· onde a. ba.- amo-1•0., também, a V1fa .4mor de&conhe- D. Virginia Lopes, D. Olinda Silva da logar a indagar de que se tratna.
In d'ele dias antes, )lavin atingido a es- rido e ultrajado qui' rastigai.,. Silni Rego, José Torna&, P.e Antonio dos Toquei o sino (explicou o sal'E'rdote)
tatua! Olhamos um para. o outro, Fran- Se o i11/er110 nflo cxfatis.,e eu nào ro.• Snntos, Augusto Marques G. Pereira, porque quero que vejam todos o sallfo
(;Ì<;CO e eu, sem dizer nada, mais palidos amaria tanfo. Quando r1i t•eio que u1,1 Joi;é Ne,·es, D. l\laria José Baptis,ta, not>o que ngora ali vou por.
do que a morte. principe, 110 ~eu rl'ino, dei:ra todos ,.,, Francisco Gospar, José da Silva, D. 1\1~ Quando tal onviram, entra cada um a
No quortel, Frauciso estava parto de rrimr.11 imvuneA; q11a11do obseno q1u ele ria c'lnJS Merces l\lanso, D. Maria Mar- in,octivar o aflito pedreiro e a expor
mim nào dormin; e:;perava. que ele me e11palha 011 srus do11., rom tanta pro/us{J.I) gorida de C'nmpos Ca!l,llis, Manuel Ve- em publico todns as peças para a niio ca-
falasse, para lhe aconselhnr a oraçào; nào .,obre 011 de.,leai., I' traidores t'0/1/0 . .,obre nnncio d'Oliveira, Antonio Castnnheiro nonisaçiio do homem que nèlo tinlw 11era-
falou mais e eu nao pude comunicnr-lhe o., r<unlho., fiei.,, q1t0,ndfl .,ào ai·iltadns l\fartins, Artur Graça Junior, Mafalda. do11
o arrependimento. a !Jmndl'rri e a maoeatadr reais, eu 1160 du C'onceiçiio, 1'Iaria das Dores, 1'-Iauuel Niio fez , i confissii.o particular nos ou-
Din seguinte o ii1imigo volta com for. p11.1,10 rui11fir n 1w1 xenfiml'nfo de de.~pre Victor Ferroira D ias., Joiio Ferreira vidos do s11,cerdote, delega.do por Deus
~·a. zo e chamar-lhe iniusto e cobarde. D ias, J osé Ferreiro Dias, D. Caroli na. para.... pel'doar, mas teve de ou,·ir o con-
Logo que o ::wi~tamos, Francisco rtper- NO.o. 8e 11110 l,01tl'e11.1e inferno, eu nùu Ferroira Vieira, Antonio I>omingues fissi\'.o publica feita polos outros.
ta-me n, rniio e diz-mt1: E' h oje a minha poderia amur-r1M... 8e o nào houvessP Ferroira, D. J oahAo Nobr e, José Caxn- F, se toimar em niio faze r a confissìio
vez: t u és feliz por teres visto mal! O tàttario,m tré.• /loran e.~plendidos na ro- ria, Jarinto da Costa Melicins, D. Ma- sn.f'rnmentnl q ne tiio pouco cuata e nos
i11fort11nado niio se enganava. Desta vez 16a riM no.•~a., .w l,limr.t per/eiròe&: a jus- rii\ do Rosario P ernlta, D. L ucinda clcixa ~ a lmn cheia de consolaçòes inti-
fomos repelido9, Batemos em retiracla. tira, o 11oder I' rt dioniriade! Lenl, Joa.q uino. de Jesus, Antonio do& mns, tern do os, desciobrir cleante de to-
Franci1sco niio estava ferirlo nom ou. Va E11 i·os amo e t•o., adoro, meu Deus, na R eis l\lo.io, D. Guilhermioa Mendonça, dn a gente no dia de juizo.
e~perança ! t'm tiro parte dum fos,so onde 1·os.,a mi.,eriròrdia /IGra rom o., fraros, na Luciano de Almeida l\Ionteiro, D. Filo-
jazia ferido mortalmente um espenhol; o 1•0,,n liontl"cle pam rom o., pequeno.,, 11a mena Pires Sa nches, Miguel Alexandro
Francii;co t•ahe, com o peito vorado de 1·0.rni liberalidade para com o., pobus. Eu Ah-es Correin, Candido da Silvn Prior, O.
lado a Indo. Ah I Dr. que morte nquela I 1·0., Mliro 110& vo.uos perd(Je., sem reur~a; Marin Luiza d'Oliveira Rodrip;ues Ven-
Excepto omeu coelhinho
Ele rolani. no chào pedindo-me perdiio, ne.,te i11e/uvel amor que vem do vosM seio c-eslau, A. C'osta Junior, D. Maria da. TTma 111r11i11a o quem sua miie en,,i/16.t:a
0 11 que estavnm porto, encolhiam 0, para ,u -ro.,sa., rriat11m.,, 11a 1,os&a espera Gloria 'Nunes d'Oliveira., D. Leonor 1'far- 11-'1 11uu.~ orar/'Jr.•, c/ieg1wdo a este ponto:
hombros; o expirou. E la ficou s6 no ca- um ran.•aço; ne-'-'O·• oraras1 emfim q1u ques Sorriio ('hitas, D. Margnridn. Go- <1Meu Deus eu vos don tudo o que tenhoJ>
minho. r,;~ r,1ial/1ais rom 1>ro/l1siio .,obre ~s al- mes S<'rrào, Ismael ! Gomes, Joào Der- 1xi1·011 e e:rrlamott bai.rinlto: «excepto 0
D d 1 f' . e 'd 00
- ma., para n.• tocar, 7>ara a., reconduz:ir 1 pa- nnrdo Ribeiro D. Maria. da Conceiçao nwu <·oelhinhou I
es _e ogo r~edl onve~c~ O \ nao 1'0 08 iluminar, para. 08 t:encerl Gomes da Si1va D. Maria Cnmpos Viei- _() 1/lCII COl'tl('do, si111, f T'ono, Senhor, 1J
t nrd a rin ~ ~r eri 0 . 0 i:eso vi dcon essar O Eu 1·0., mfol'o também ,,11 1, 08 ·amo apoi- rn Martins- Cunha, D. Olimpia Seq11eira 1111111w alma, o., 111,u., pP11,,ame11to.• a mi-
me~ i;nc·ri e;io ~o pnmeiro_ pa re qu\ et!- xontidamn1tr, a V6s 11~ande mage.,to.!O Cn.nelns, Francisco Jorge, José Maria do 11hC1. l'ida, fuào i.v.,o podl'is fomar!
l'Ont r~s.~eto or .:sgrnra nao O encon rei. terf,,,t, eona11111i11d() 'num loÒo eterno o; <.:nJ'lnO Loures, D. Ana de Jesus, Antonio •V a.Y O meu coellti11ho! ... Ah f ;,,so nùo,
E n re nn ' mui os a azeres se pns:rnm que rr,,istirem aos ntractil'Ot dfl vo~s~ Ah-es da C'unha, Vicente Ferreira de n1io é f>ouivel, seria tona ,·oi.m nwdo do-
e pouc·o I\ po~co cesi;a_ra; ts meus r:o- A mflr. E afinal 1nio ~ois 1,08 71H'u De;,s Sous-a, D. Gilda Monteiro, J osé Bnptista. lorti~a!
I 0
Qt~a~;,/~::'m:s°~ha~a~::: F~:n;:sjr::ii ~ ··~ht~anamentr bo111, que w1llenais e
. 'a· f1onu: Mio os propr1oa r11a-ua que rec1t- unio1,
(O.~: dJe , ~ndDrnrfol\,f ~?aqLuim MoH
. n1in opes,
ntei~.o SoaAres -,,,,-à() é 1•,•flL me11l11tL (L no.,.,a imi1yrni?
on11q11e u- 2'odo.v 110,y trmo~ 11,1n de/eito, um veradi-
pelll:,ava no cri;o, n;md no anepan m;en- .1an<lo lanrar-se na., ehama~ do vos;o eter- gusto do Nascimento, D. F lorencia c'los nlw ""' que n(io i·onsentimo., . qur nin-
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precipita11t nas da. justira Anjos Godinho (20i00), D. Maria do 011e111 lltM toque; uma a/l'Ìf<io, uma )lai-
RosBrio l\fortins Antonio Antunes Mo• .l'c1o (111!' 111io q1urr1110,, imolur,· 11111 te•ou-
J<;f!talnmt. Por um nc1doute quo nao @e1 ,. . . t l) L d' 'd p · d d H · "
r t· t'd d f' 81111, ru Mli amo tal romo T"o, so16 En a, · eoc-a ina a. 1e a o enr1ques, ro, um 11adci, 1t111a e.,pfric de coelhinbo
r-·.P wnr,t_um_ iro, pa~ 1 110d as i"oss
eir;s, a rngiu-me aqui ~ _e 'Jces. , es 0 ;; l'<J,i tidflro, cnrnculo do conjnn fo. de t.oda, I D. Doslinda da Conreiçào e Silva, Joa- que q1H'rr1110., ro11.,en·ur a todo O eiufo.
a.s 11Pr/riclin: f/10 jiuto ,·om 11 boni Uf~ qni01 l\f endes da Fonseca, Antonio Go- Tudn r T'r,,.,o, Senhor, 11,as o meu coc.
'11,10 o compnu-se n. pro ec!la . nque aù_ve- am11tlc pl'lo 1>0,,m 'floder e ~antidade co mes da Cofita Jo,é Rirne de Sousa Lo- /1,o, "·" !, i.wJ n{fo, fJfll' furor ni11a. tu111 me
1a, quo apos o nosso sacri eg10 nos 1sse · / . . . · - t o o· · · d (' · • R · ,
0
<1~e nt·a;3is 1 · dle f n zer nao • I
leslou a ou\"i-la ainda): «l des a guerra: mo 11r ~1 l'O,~-'a m1.,n1ro1·dia, sempre Amor, re o~,! . I ,•,on1z1a_ 1111 Ool~1c-~1çao(l ,;iOOm)t- 11rro i,,.,o.
cl t l 111or 111/111,to· o -1 mor que cria que da ro, I nnue vena11c10 ce 1ve1ra 5.,
vdosyo e ra- qur pl'rd6a q;tl' 1:iri/ira· 0 d,no~ fJIIP 0 / Mnnuel de Jesus Amara!, D. Ro ·a de Car-
, E.,ta .,1·t>11n rrprft>-.•c todo.1 0., dia~
f'11111 alm<t -,.·ro111efe11 a JJru., aceitr,,·,. to-
Z<',r - ,em at gum " 0 stomeus o1s tc-ompa- dr11a, (Jttl' ~-,prunde e qur ra1tioa I - vnlho Pereirn Lope" e D. :\!aria Emilia da.• a.~ 1>1m•a., rl,rqa11clo tulvez un ~ua
n 1eu-os ei, a.l'am mor s, e eu ou ra Yez
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r',1t>1ir t>f lr Sa,.,.,.,fot'I')

_ _ _ _,..___ _ __
.
J ol'na1s anil~os: P .e Manuel Mnrques 1111'11/n.,.
Ferreira, 40$00; D. Maria Emilia Niei- i Dr·u.v l'llt'Ìll-lhe uma dut/l('U uma lrnmi-
l'll, 26$150 P.e Mnnnel Cobolas Folgndo, lh11(·1ìo, I' logo i•la .,r prJe a grita,·
rurgmo t1<!>e-me que_ eu a,-,a 8 es_ nr 151$00; D. Zulmira Oalhardo 26$50 · O. 111lo md .1r.1/ 1·p,1 iJue a
em clesranço no ho!jpitnl por alguns drns.
\' .· VQZ DA F T;MA A l:\I. ,. ,, " .
S1ma.-,, ,J0$00, D . Afonso dAllrnquer-
', ' l ,. ·
JJ ,1.,, 1,11hrc i·rr«11('a, 1l<ÌIJ prdi.,f,, fu fl
. s~un o cr11\. . . • que, 115$00; D. Sara M ndnt, 82$50· P.c .,uf1·i111e11fol'
llas, grande 101 a surpreza e nao me- Despezas Bernal'clo euiz 10~()(). D A na dn 'c•on w · . ,·
1 , ,. ·
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1101, o meu Cb(Hlll o, quan o , 1u gei nr-se
d ~· . . T t o~n ; ,. " , ~, · , •
mn~por e... ... ... ... .. . 62 .Il ..,i:-3 ,·ei~•iio ~eve• 42$00 · pessoas de Ti hnYo 1le I,1 r,
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Cl rr1,,1,r,,·,JJe<1osornne11foma$
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11a chn"o efite11 imperccheis hichos o que Papol, c·om po<.;içiio, imJffcssìio , 1t>90, J) . ' ·• " • ' -~ " " ' ftO,~ o. - ' «.,.~in, a 11111111111 a-
,, t . . ' .36,;p , . l\1arin das Dorcs . l arnres cle rie! qurr 1•.v71111/,(}.v 1110 ., q 11 e ntìo /JÌq 111 , 111 •
el esc·o1wer on n smi sc1onc1a. e expt>diçiio do n. 0 54 s 2621t'()(). D r I (' · - , • ' '
H 20 I) t t f (!l:3:LXX) c1xem11lares)... $ onsa, w ' • •n.11rn ca o11ce1çao 11111111/l,nçoe., ma,, que nllo humilhrm·
n.. :no~, t \' nrras O ~~ n ('t~n, l.956 50 l\far tins, :3!'.1$00;' ,-\ ntonio Vieirn Loite, 1·1·11::Ps, 1110'.~ 1111e 11110 crnd/iquPm. tfl<lds
<';P"~1m,!~11 f\llc o oc os os reme IO$ e oc os Outrns clei,,pi>zns ... ... 210$00 150$00; J o,.E>Fn de ,J esns, 64$55 . P.e ns rl11r,•., IIIP110.~ aqueln~ ~,ur lh· 11". ,.,, ,·1·11
-.,op 1110 ICI\ZC8.I) ~
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p,,tado de alma 'P- mmto , frr(Juente
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ei;-~ n. . eus. que me_ c ure~ esp~ro-o t !' 1 • orna... 6.4 :277$33 rci<>torn do ('oll'l,:tio de N. S. cla. Torre>, I' rr,•r/11 111110 y;fln<1P ,·,·rcwciu
,nn mt~<'l'ltordrn; por isso nao de, o lu~t1- 50$()() · p p J Ro •a X asci mento 50$00. :,,: f l lf ·-
mnr-me. Ni'io me lnslimo. E!sta chap:1i t<'m Subscriçào I) \ ~a A11 ,.,u.sta ;ìe Freitns· ,1, 00 . p 8' l ' qua,,, <>,• a, 11 u.!, 1l<l quP 11110 1'11·'8am-
'd d' 't 1 . . . "' . ' 81... ' . I(> (/l'(/I/I I',< (l't'CLll('(U.
~• o 11m r!'me 10 para mu_i as. 8 mas, 1111 - 1 cJunho de 1927) Antonio ( 'orreiu Ferreira de Motn O/·.. .. 11 JJ . • 1
2;)• 00 ., n• 1,-'-a, -..- .·1n A up;ùst n p ere1ra 11111111
ra 1i minha, i,0hri> tudo. :-,;iio ignoro que, . V .' • ru., f,u." o QttP 11cì11 f1rnl
. 'd d 1 e1- 11m., .,11 cnf 11·cir CJ !'odhwlto · .
'-tl e•IH"'Ur ao f 1m e1a n
. ,-. . . ~ n. como te eYo d e le-, P ' Jo·e· ~
Rodr'i"ufts
"' <'· dos S • Li·mft, . e , I·1- ",..n, 7()~ "(I.
;i,/) ,
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11111 Cb lit 1tn e, 40'i'00 i
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" ]lf/'1/J/' . Il.~ . ,\110,f f/1/'('ll!<. ... 1 ·'·"1 r .,u-
gar, 1sto e, <·r.1;,tao e pen1ten , o ev~ret ,·a, 200;000, D. Rita do Sac-ramento l\Io11sa L11iz Andraclc, :'30$00. D. Palmira Ri-
:i minl!,i terrn-cl c•hnga. E entiio he1-d_e ro, _Antonio _Martins de Figueiredo, An- heiro [,ope~, 6-1$80: · n. :\!aria Henri-
11plnu<hr~me rie ser c·o-.o, porque e_u <~un- tomo Francisco Lopes, José Caroeiro e qneta l\fagnlhàcs, 55 20, o. Beatriz Va-
ti? da nnnha <'t_1rn, ma~ nao dn mi'>erlt'or- D. Maria da Conceiçiio P. de Limn. lente, 46 50; P.e l\lnnnel Sabino ~!Ar-
cl1n e ('spi>ro hrm~mente !:?orr~r na gn\- 20 :000; P.e Arnaldo de l\Iagalhàes l). ques, 2;3$(~1; P.<' José V'icente do Sa-
Abrigo dos doenfes Peregrinos
~a cle J)eus• pela • 111terc·essao d Aquela. n Maria • dns Oores (jornais etc.) e D.' .l\fa- t·mmunto, l ljLra ,, , p •e Ge.1 ard o .-,. •b·1·1 10 da f atima
quem II ItraJe1. rrn l znbol l\fonteiro Reinas, 50:000: J a- Gomes de Pina, :l/5 00; di,,ersas rie Dra- Tra nsporte .. . .. . .. . 4.842$50
Loltis l'ru.illo t f'into Corrcin, D. Rosalina da Gloria, ]), g,rn~·n, 21$40; r>. ('eleste l\fari11, de Sou- n. ì\h1rin da C'oneeiçiio Bor-
Alhertina Alhuquerque, D. Perpétua de sa, 20$00: l\Iijruel Bento N'u nes, 50$00; ge, C'n brnl... .. . .. . . .. . .. . .. 10$00
J Pblll, Guorro., D. :'\!arin. dos Prazeres Oso- F'P1•1tr\nclo Rnptistn P ereirn 1,5$00. ('on- D. ì\fol'in Angelina. Maya de Al-
rio e l\Ielo, D. Gortrucles rla Conreiçiio c-ei<·iio Roares Matos T,ou;ncla, ao'soo. h11q11erq11e P. e Vasconc<'los ...
O Amor e a Justiça l\lonteiro e P.e Joiio Gaspar e Silva,
115 :000 rs. D. F.ster CA brnl N eves, 13 :000;
20$00
Soma... 4.872$50
Joann de Carvnlho Veiga, 11 :000 D. Eu_
uDeus é muito hom, nào pocle dar 11111 1 p;enin l\1 1ul(nr icla do Rosario, 12:500;
('astigc1 eterno.,> . • . , D. Mnria dos Romedios e _l\,faclame Luzia,
E' a:1~im que 1//Utlo.~ T o., Jlilgain ,',#- ' 12:000; Fernando d'Oliveira, 14:000.
Um santo. .. atrauaIDa~o A VOZ DA FATIMA
11lror! E .,ob e&t~ vào pretexto, P!'C/~ri·m C'om dez C'-''Udos: Manuel dos Santos, E' rnro quc n:io npnreça, mesmo nns Este jornalzinho, que vae
.,en 11r as itucu pa_,;rl/1;;, e. 11 ~ Sua3 mas 11tc!1- I), . \ 1111 Sergio Fa rin Per<'ira, Antonio Al- fréguesins mtlis prnt.ienmente cristiis, al~ sendo tào querido e procu-
mJçlJ~8 u ren1111t·wr a RI mcllmo e se9utr- veq Pnrhl'<'o, Jm-é :Nuues C'oelho, Abilio gum dc•stcs pretl•11ciooos que, fnlhos de
rado, é distribuido gratuita-
1·0~ u ,Tri!t1.~. . .
I
('urlos A11tunes, D. l\inria Augusta San- t>nergia e aptidiio pnra a virtude, procu-
:Yacia, no e11ta11to, t- _mais ('011frario d to!'. Val<'ntim, .l\fanuel Jo~é Lopes Dias, ram no ontanto impòr n su11 pe'ìE\oa, s-e- mente em Fatima nos dias
d1Jt1frina da Vosaa lgrrJa. O in/tr110 ,,._ Joào Praziio, Joiio Bafr,ta Sa.ntos J11- jn de q11e formn for a nc'lmir11çiio dos ou- 13 de cada més.
tà bun longe rie su opo.ito 6. Vo~sa llòn- nior, D. Ludodoa de Jesus Ferreira tros. Quem quiser ter direito de
dadr, e é precisamente porque eu rreio, do, Santos, D. P11lmirn Vicente Soares, Inc-npnzes de se distinguirem no bem e o receber directamente pelo
110 Vouo Amor, <i mtu Deus, poderoso e D. Joann do Espirito Santo Ne,·es, 1111. piedndc, pns~am para o campo c:.on-
bom (]t:c eu acredit_o no inferno. , . Joaqnim. !losa Gomest. P.e José Antu- trnrio e ii irreligiiio. . correio, tera de enviar, adi-
Sa T 61 nllo foase11 o Amor: ie eno1sti-f nes Baz1ho, D. Maria de Jesus Mar- Niio poclendo sn rei.; no m undo nli.o antadamente, o minimo de
camtnfe e11cerrado na T'osta felicldade, qnrs, D. Palmira :'\farquei,, D. Marfo 1desi~tem de o ser no ... juferno. dez mii réis.
A..:n.o "V Lei.ria., 1 3 de Iv.Ca.io de 1 9 2 7

-A-----
-~ •

[COM A.PROVAO.AO E:OLE:SlA.STIOA.]


Director, Proprietario a Editor: - Dr. Manuel Marques doii Santos Il Administrador: - Padre Manuel Pereira da Silva
Compos/Q e impusso na Unilo Grafica. 111 ~e Sule Muta, 150-152 - Llsboa. Redacrào e Administraçilo: Seminàrlo. de Lelrla.

·O S. S. PEìORE o PAPA PIO Xl


BEATISSIME PATER SANTtSSIMO PADRE:

Ordinari1u Leirenensis in Lusitania, ad pe- O Bispo da diocese de Leix-ia, em Portugal,


des Sanctitatis Vestrae prO'Volutus, pet1·t ad prostrado aos pés de Vossa. Snntidade, para
maiorem B. Mariae Virginia honorem et Sa- maior gloria. da Virgem Sn.ntissima. e para au-
cerdotum et populi devotionem magis f ovendam, mento tla devoçilo do poYo e clero pari\ com a
far:11ltatem qua omnes in Sanctuario «de S. S. mesnrn Senhora, pede a fnculdade de se poder
Rosario B. Marire Virgi11is Marire vulgo Fati- <"elebrar no Santuario rla. Rantissima Virgem
ma-. suce diceceseos, J.fissam Votivam de eodem Maria do Rosario, vulgarmente chamaùo da
S. S. Rosario litare valeant juxta praanm, q1,e- F:Himn, da sua. diocese, a. Missa Voti va do mes-
madmodum al1'is Sanctuariis iam co11ce.iS1nn 1110 S.S. Rosario, conforme as praxes e a con-
est. cessa.o ja feita a outros 8antuarios,
Et Dew: ..
E D eus ...
Lei-renen... Leiria ...
Sacra Ritut,m Congregatio, ulendo facultati- A Sagracla Congrega.çao dos Ritos, usando das
bus .tibi specialiter a Sanctissimo Domino nos- facmldades especiais que lhe foram concedidas
tro Pio Papa Xl tributù, attentis ea:positis pe- pelo nosso Santfssimo Podre Pio XI, ateutas
mtliaribus adjunctis, ita benigne indulsit pre- ns cfrcunstaucias particulares expostas, beni-
cibus Rev,mi Ordi11arii Lefrenen, ut in Sanc- gnamente anuiu ao pedido do Rev.mo Or<lfoa-
tuario de S.S. Rosario B. Marire V1'rginis ejus- rio de Leiria para que no Santuario de Nossa
dem direceseos, !,/issee votivce de S.S. Rowrio Scnhora do Roso.rio, da mesma diocese, pos-
celebrari valeant a sacerdotibus tantum peregri- sam os Sacerdotes peregrinos e directores de
nis et ducibus peregrinorum, sin gulis per an- peregrinaçoes, e s6 estes cel ebrar a Missa. Vo-
num diebus, exceptis tamen Festis duplicib11s tiva do 8.S. Roso.rio em todos os dias do ano,
I et 11 classis, Dominicis, aliisque Festis de excepto nos duplices de I e II classe, nos Do-
prmcepto servandis, necnon Fe'riis, Vigili:i.1 mingos e outras festas de preceito e também nas
Octavisque privilegiatis: s6rvatis de caetero Férias, Vigilias e Oito.vas privilegiaclas, obRer-
Rubricis aliisque servandis. Valituro prresenti vando-se no mais as competentes rubricns e mais
Indulto ad P.To:i:imum q1tinq1tennium. Contra- prescriçoes. Estas fnculdades vnl eriio por estes
riis non obstant1'bus quibusc1tmque. cinco anos, haja o que houver em contrario.
Die 21 l anuarii 11)27. · Dada no dia 21 de Janeiro de 1927.
( a) t A. Card. Vico Ep. Portuen. PrO'f. (a.) t A Card. Vico, B. Portuen. Prof.
{Locus sigili) A "Voz da Fatima)> reoomend'O. .aos devotoe e pe-
( Logar do Selo) .
Angelus Mariani, S. B. C. Secretarius regrinos do Nossa Senhoro. do Rosario da Fatima as Angelus Mariani, Secretario da Sagrado. Con-
inhmçòes do Sumo Pontifioe. gregnçi'io dos Ritos.

j de Dens e uum extase de amor pe- plo brado de penitencia e oraçao. E

CRONICA =========== la sua inefavel bondade e pela sua


beleza eterna, sempre antiga e sem-
pre nova, revelada no espelho ma-
l\ partir desse momento uma força
sobrenatural, irresistivel impele aa
almas para aquela estancia de mie,.
I gnificente das suas obras. terios e de prodigios, que é hoje o

da A No dia treze desse mes,--o mes


querido das almas mais belas e
mais puras que ha sobre a terra, o
<loce, e adoravel mes de Maria, -
ruais belo centro de devoçao a Maria
80.ntissima e o trono mais glorioso
de J esus. no seu sacramentG de
amor.
(13 DE ABRIL) faz prel'isamente dez anos que a 'N o pr6ximo dia treze de Ma.io.
Augusta Miie de Deus, sob a invo- repetir-se-a mais uma vez um mo-
caçiio ,la Rainha, do Santissimo Ro- vimento unico na nossa historia,
J Aario, se dignou aparecer pela pri- um espeota.culo grandioso e alta-
meirn vez no planalto de Fatima mente impressionante: de todos os
Aproxima-se uma da.a quad.ras beleza. E' entiio que o céu tem para e1-1lahelecer no centro de Portu- pontos clo paia, de todas as cidadea,
mais belas e mais deliciosas do ano mais brilho, a atmosfera é mais pu- gal nma fonte abundante e perene vi1a.s e aldeias desta abençoada ter-
cristao: o mea de Maio. Mes de ra ? dio.fan~, toda a creaçiio oferece I rle grnc:~s e bençii.os espir~tuais e ra de Santa Mo.ria, e até de varioe
flores e de perfumes~ mes de galas mais atractivos, e os coraçoes hu- rorponus. Trez creauças, s1mplee e pontos do estrangeiro, afluirào ,
e de festa.a, mes de fulgotes e de manos, sua.ve e poderosamente emo- inocentes, receberam a missao de Lourdes portugue~a pessonA de todaa
encantos, a natureza e a graça por- c1onados, se el evam para as altura.a, intimar a vontacle da Celeste Padro- a.a edacles, cla.sses e condiçòes soeia-
fiam em fazer dele o mes predile- nu.in transporte de assombro peran- 1eirn e tlum extremo o.o outro do. nos- is, uma multi<liio variarla e inu-
,-+~ il:10 '1 l'Tl'.1 B riè~;1t:-~ de ideal e de t'1 a grandeza. e perfeiçoes infinitas I sn 1'6.trin estremecida. echoou o chi- meravel, centenas de milhares de
2 V oz da Fatima

peregrinos, .que como ondas de wn carinhos a miie para. que eia as deix88Se impor a-0 mo.rido no qne ela julgan o Iminando-<>, a agradecer-Lhe, quando, an-
mar imenao e encapela.do se preci- ir pns90ar um poucochito. cumprimento dum dever. tea das refeiçòes, Lho pedia a bençào e,
-Niio pode ser filhinhas, hoje niio. A atitnde dela dominon-o. depois delo.s, Lhe dava graça.s: foi BO
pitam em catadupaa giganteacas Vem ca. o tio jantar niio posso sair com A sua devoçiio a N0156a Senhor.a aubju- ver-se abandonada por seu marido na sua.-
aobre os plainos a.ridos e escal va.dos vooes e s6s niio as deixo sair. Bem veem gou-o. ve uniiio da sua alma com Deus quo pro-
da serra d 'Ayre. -Mas n6s vamos com muito tino e A graça divina vonoou-o. funrlamente sentiu a tristeza da eolidiio.
E e-$8QS alma.a, depois de a l guma.s e voltamos quando a mae mandar. Deixa Naquele dia a Virgem 88. ma pagava De quo vnlia a uniiio dos corpoa se ae suas
mite&inha? generosamente a devoçao duma sua filha. almas se oncontravam imensamente se-
horaa de dulciasimo prazer eapiri- -Nilo filhas. Como po!l'>O ou deixa-las Era mais urna graça do m6s de Malo, paradas?
tual, regressa.rio aos seua l a.ree ro- ir s6s? Ha tantoe perigos por af. Nem E nio mais deixou de pedir 11. Deus a
buatecida.s na sua Fé, confirma.das vooes saberu. Mas acreditem na. sua. mii.e J. de A. convotsào de eeu mo.rido.
noa seus propositos de viver uma vi- quo ola bem s11.be o quo lbes diz. As me- A Virgom S.S.ma quo toda a gente -
ninas niio tornam a importunar a mii.e- - - - -- - ----.,.- o eia. ta.mbem - acreditnva ter aparecido
de. mais cristi e com o pensamento sinha parn ir pa.ssear hoje. Outro dia no. Fatima, onde, soltoira, se encontrava
mais fixo nos seua destinos de g l o- vamoa todos o paisinbo e eu e ae meni- Piedade materna tanta voz por motivos de piedade, nao
ri.a, imortais e eternos. naa sim? I poderia ser surda aos seue pedidos.
--Sim miiesinba, r011ponderam as pe- . Rognrin um, dois, tres anos ... urna vida
••• quenitas que a ouviram atentas e a. nm
sinnl dola. voltarnm a brincar.
I.
Urna senh~ra residente om Lyo~, que inteira, mas havia de alcançar a salva,.
tinha urna filha, num con.vento situado çiio da alma de seu marido, a sua con-
no monto Carmelo (Pal~1na), sabendo -
No dia. treze de Abril realisou-ae, .. · .. · · · · ·· · ·· · ·· · .. · ·· · · .. ·· · · · · .. · ·.. ... que Re nchava nn" ci dado um Prelado quo veErsao. · f a.ma
asa1m · deede a primotra· , semana
corno de costume, a comemoraçao Passa.da urna bora voltnva 0 pai a ca,. se dirigia aquele mesmo logar, foi visita,.. de cn.c;n.da quando na ante-vespera duma
festiva das apariçoea. sn, de um pequeno passoio pela cidade e 10 e disso-lhe: "Permiti-me, Senbor, que das perogrinnçoes mensais aq·uole bomdi-
N o corrente ano esse dia co1nc1- e11tretinh11,-se a espera da visita. vos peça utn favor. Aqui teutles asta pe- to lugar ousou tentar um novo cometi-
diu com a qua.rta-feira da eemana As pequom·tas con t,·muaram a brincar. · quena hostia quo vou heijar dianto de men to : P•-ulr _.,. a. seu man'do pnra a a.com-
. A miie toda.. atarefada cuidava do jan- v6s, 6 quo vos rogo consagreis nn primoi- panhar a Fatima no pr6ximo dia. 13.
santa, c1rcunsta.ncia que explica ter tar, quando da Igreja que ficava quasi ra Missa quo disserdee no convento, onde OomeQOu por lhe contar, a prop6sito
havido um concurso de peregrinoa om fronte começa a ouvir 0 sino cha.- esta. minha filha, parn l'ha darc16!l quan- de corta noticia do diario quo assinavam,
inferior ao dos dias treze dos meses mando os fiéis para a devoçiio do Mes do eia for comungar. Desta maneira os particulares duma daquelas peregrina-.
recedentea. Viam-se entra a mul- d e Maria · quo a 1.I se ce1e brava todoa os quanrlo eia receber com a Sagrado. hostia ,.;;,.s v-- e os e ncan•-s "'-' qu e lh es ac bara quan d o
P diaa. o boijo de eeu Deus, encontrari. tambem em solteira la ia.
tidio inumeras pessoas de eleva- -.cMeninas, diz eia para as filhas pre- o beijo quo lhe envia. sua miie.» Depois... uma pnlnvrinba. meio timida,
da categoria socia!. Cumpre desta- parem-oo 8 viio 80 moz do Maria ali a meio atrevida osboçou o deseje de b1 vol-
car a.qui a mais ca.tegorisada, de to- igreia. . - - - - -- -- - - - - . . - , . ." tar a.o que ele prontamente acedeu.
daa, }fonsenhor J osé Dua.rte Dia.a Eu hoje niio posso ir mas como é aqui Deu entiio a. batalba final.
-de And1·ade, Conego da Sé Catedral p~rt'm h~' é 8 6 a t r:!essar a r~toa., as m~
86s e es ao com mm
OS NOSSOS CONTOS - FoiMas a ostahd.s-de
frasemequo,acompanhar
embora ...lançada
~
..Je Co1'mbra e 1·lustre aenador do mnn.s ,·ao
to. Arraujem-se depressinha sim ?... » proposi- j 1nospera amen , e o respond eu com na
· d te ·1
Centro Cat6lico na ultima. legisla- -Sim Miiesinha.
tura a. quem a causa da IgreJ·a em 1 · - Tsso é que elas niio viio, diz o pai
As avé Mar·as
I ••'
palavrns referidn.s em primeiro lugar, ee-
guindo-so-lhe aquele breve dialogo.
t -> .Aquolo cmem pensar nissoh niio a des-
Portuga.l deve relevantas serviços. 10 erroi_npouuo a coovorsa. rt
a 1 · I O pa1 c·ra um daquoles elementos aver- ccPas~amos a correr pela Cova da lria. conce ou.
,,ua exce ancia teve. a conso açao melhados, um provincia.no educarlo cri&- Apenns tivomos tempo cluma pequena ora- Envolvendo ns suas expressoes na ma.ior
<le celQbrar a santa. missa. no altar- tiimonto, praticante durante lnrgos anoe çio junto n capelinho. e cle recitar o uAn- ternura - corno quem s u plica -revestin-
-> • t t do-ns duro carinho s6 proprio dos mo-
m6r da ca.pela nova. e finalmente o.rrastado pela Jouca correo- g el ub» no toque na 1;100 .a emqunn o os mentos solencs, Helona prep;unta:
doentea depoi's de tra.nai'ta- te antireligiosa daquales anos. t rn bn li1a,1ore11 so d os bnrre t avam e rez avam
O~ a
't ..l 'f' _ Niio praticava. Tinha rn.iva a tudo O tnmb"..m. E~ra. um 11n · d
o quad ro aqueJo. - N tm ..-.tla. lembrança dos "'rimeiro,
,, ,,
r~m pe 1o P oso ua.s .veri 1caçoes m~- quo clizin respeito 6. IgreJ·a 0 permitia a Estamos hn.bituaùns a <'Star a.li sempre dias da nossa vida de /amilia? ...
dicaH, eram condu,ados ao reapecti- custo quo n familia oonsorvasse nm ?n.ini- no meio do muita confusiio de manoira - Oala-te que me apoquentas. Ousto.-
· te b I me negar-te alg'llma cofaa. Mas tu obri-
vo puvilhao, onde ingreasavam me- m.um de catolicismo naquolo revoltado que 1?08 ~ou b8 uneminmen E:m nque O gas-me. NtJ.o posso.
diante a apresentaçiio do cartio de meio de Li sboa. bocad1nho no socogo daquele ca.1r da. noi-
identidade pasRado pelos medicos Ir a_ urna dovoçiio ~i tarde parecia-lhej ten... . ..................................... .
.
d e E1erv1ço nease osto.
p demasiado. Era fanat111mo.
As tvuas filhas podiam Jji ir a umn dovo-
I Duma car:a descrevendo urna p11,ua,em
pela Patlma
E l IL ·
e uns agrimn.s fug1ra.m dos olhos de
. , Helenn e foram, a correr esconder-se-lhe
P ouco antes d a uma h ora. e meia- çiio daquolns, acama.radandò com ail bea- n · , d . .
.. l f . . 1m t fa si.. .. h~CI Mio minha qu.erida Be•» •abes o se10 onqua.nto, 1a e dentro, o f11h1to
h o'ra o f icia - 01 proceas1ona. en e ,-., · •
.. •
qui· 11élo urredito em nada disso . Que vou
· ... ~ a h · I
c orar imp orava a compan Hl. a mao. h · d -
tra.niiportada para a ca.pela nova a. .., 0 1 por u~so ~ue no ouyir a er;posa a eu liJ /llzrr 1 • ~ecob(lu-o dos braçoR da crearla, que 86
veneranda imagem de Nossa Senho- recom?ndar as filbas q1;1e se proparassem .Yu,1t·1.1 oostei de ser hip6crita. t ret1~011 logo? o, apertanclo-o ao peito des-
,t· -E . para 1r ao m& de Maria, desportou 05 , .,., • ped1u a. ultima séta:
ra. d e F a lllla. m segu1tla o rev. sous hrios jacobioos naquele grito· - a 1iu entéto nclo me <=s esse prazer, Ja. nd
dr. Luiz de Andro.de e Silva., de .. Isso é que elas niio viiol • - PQcde-me tudo ... me,noshissdo! . , . po-; a11w~udem:atef ami:u ... ne11i ao menos
V'l N
1a ova
d'O ·
urei:n,, aub1u a.o altar
para. celebrar a missa dos doentes mulbor exaltada.
I- , _ . - tte pena ,u nao en o e 1r ,,o$!,,
Isso o quo elll.$ vao, retorqu1u-lho a nlia l Soti talvez a unica senhora que ali
aJJarei·e sem O maridn 1
.

Porque nao a ira _quo o pr111c1p10 da frase lhe aoep-


•••
.... o marido co_m ?S. olhos afogueados pe-

durante a. qual a numerosa aasisten~ -Ma.. ou nio. 1U1 doixo ir torna o mnri- ~ t•en.,?... · d?ra f1co1;1 vencido ao cru.v.a-los no can-
. 't . lt d do postn.nd0-1:1e Junto da porta. j _Qttt liorrorl Eu na Fatima!... d1do ~rr1so daquela boqmta. quo ora d~
eia. ,re.cl ouD em. '\'OZ
R osano• d a b a o- terço o -Entiio ou nao 11eroi senhora de man E,u (/ ... _ .v em ptn.,ar
epots a ençao com o dar es minha!! filhas aonde en sni quo
. ·
111~so. le He f1cou-se b ..calado.
eI ena a11ou-os. O mando consentiu
.
Santissimo Sacramento, surge no convém quo elas vi.o,-Ja disse: niio viio ... ... ... .. . .............. ··· ...... em !r mns naquele mesm~ dia, • tarde,
pulpito o rev. Augusto de Sousa -)!lntii~ eu a~«Jo a livra.-las de bniles, Este dialogo ptiRfinva-so outro dia u e snrn n tratar dos neg6c1os.
Ynia secreta.rio de sua l . do rhvorsoes per1gosas o niio posso man- mesa, dopois do almoço, numa terra da ..................................... ..
' . . • e'.:l!:ce CDCla da-la.; n igrojn? ... Niio vil'.o? provincia entro dois jovens esposos: ela
reverend1ss1ma o Senhor Bispo de -Niio. com todos 08 encantoR tluma alma piedo- Pelns li da. tarde li pnrtiram de auto-
Leiria, que pregou um aubstancioao -Po11; vou eu. ~ a renlçarem-lho o,i <lotcs da natureza; m6vel.

ç
lio do' dia
·.
I
Bermao a. proposito da. comemora-1 Filhas arranjem cli o jantar, éle ospirito materializndo, primeiro .no
Vou ou a.o Mes do Maria Adeus. Se eu embato da~ paixòes. a quo cedo se entr e- Cé !. .. Quando se quer, até do meio do
c1t niio voltar nii.o me procuram. No&sa garo de todo depois do contacto dos ban- trabalho se etevo. a alma a Dous ...
Helenn reznra. toòo o dia e com quo

Reconduz1da a. branca estatua de Senhora niio me ha-do desampàrar. eos duma cs~ola pseudo-neutral e perver- la. ola, o marido e o filhito, que eia
N ossa Senhora do Ro~ario com O · Num instante foi ao quarto preparou-se I tedora, finalmente na embrulhnda trama qneria consagrar a Virp;om rla Fatima .
mesmo cerimonial a capela. das e sniu por o.queln. porta donde o mo.rido dos neg6cios da casa. .A vingem decorron bem, alegre. Iam
a ari òes a. multidio estupefacto se retirara jti.. Emhnlnda pela.s doces promessas de conversando sobre a.s belezas da paisa.-
J? ç , . começ_ou s.\ In. nervosa, quasi a chorar. Entrou amor inviolavel, Helena deu finalmente a gom quo o mo.rido contemplava pela pri-
diaperaar-se, de1:x:ando, che1a de ua. igrejn. estevo até ao fim. Teve muita sua palavra em seguida ao coraçiio e via, meira vez.
I
sa1.1do&aa e indeleveis recordaçoes, diRtraçiio, mas orou também com muito corno por enc~nto, o sou f1;1turo. indisso- Mas la dentro havia outra Helena a
aquele local bemdito, tantas veze~ n.rdor. luvelmente 11n1do pelo matnm6n10 ao fu- orar, n podir tanto quo as '\Tezes era pre-
santi ricado pela presenra. da misti- Terminn.da a funçiio resou aindn pelo tuDro daquela rapa~. és ciso o mariòo repetir as suas pregunta.s
" · . marido O pelas filhnR. urante os ult1mos m os de solteira ou sustentar s6sinho a C'on,•er~a. com uma
ca R osa de Jesus, a augusta Ra1- Estava tiio lindo aquele altnr. A Vir- apresentou-110-lhe a monte um e.qcuro pon- série de C'Ortn.dns exclnmaçooe.
nha dos Anjod. gem cercnda de floFes o de luze.,. Tanta to de interrogM?iio. Depois duma. bora e meia de caminho
rosn I e tanta açuoena I Ern um encanto e<Que seria vwer com um rapaz &em o automnv<!I pnrou junto dumas barrnea11
V iaconde de Monte lo estar a.li. Ma.e o devor qne ali a. fo•,era ir /é?»
cbamava.-a agora a casa. Voltou anoiosa
I · de madoira n direitn o dum portnl em
Mas pouco a ponco o amor 10 cr~scon- construçii.o a. esquerrln..
·-- -- - --•••-,.•--- - ~- -- sobre a rlisposiçiio em que encontraria 0 do cr~scendo emquanto o ponto de, 1nter- Deste lado, e mais a distancia, nma
marido rogaçao so afastava cada vez mais acn- cnpelita baixa; om cima, quasi no nito
Entrou com uma tranquilidade poetiça. ba ndo por dosa)?a;ecer, . . . do outeiro om fronte, umo. s6rie de ~nn-
Uma graça do O marido estav tad la
a een o numa sa , pa,. 1e casou
Pensava quo 1r1a. sar fehz, mu1to ft>hz drs pilastras - nm alpendre - urna larga
avenidn. cm principio, dois p6çoe e cercan-
lido, desfigurado_. Que, seria? !)eu-lhe M Havi~ dois n.nos aponas quo se passava do isto tudo um grande muro.
Mes de ~Maria b6aa ta~des e !01 contmu!lr o Jant~r. esse inolvidavel dia O qun.ntas Jagrimae
I
N~ rlrn seguin~ no me10 de lagru:nM o silenoiosns destiladas polo coraçiio niio lhe sando os olhos pelo conjunto.
- "Q11e i i.,to? - » intorrogou ele, pas-
mar1d~ r~lveu tNIO confessar. _ tinham jlt sulcado as faces. -E' a Fatima, n.cndiu eia, ou a11tta a
Era um domingo de ma.io daqueles ~avia vinte e quatro anos que o nao Dora.-lhe o Senhor num lindo menino o 'Cova da /ria onde aparecett Nossa Se-
anos de Iuta antireligiosa que vivem fa,;ia: . primeiro fruto do seu amor ... mae ju11- nhora. A Fatima i para ali, e indicava-
ainda na mem6ria de todos.. Fo1, confessou-se. Parec1a um sonho. tamente quanta dor a contrapesa.-lo ...Por- lhe o sudaste.
Aa Avenidas Novas regorgitavam de Que paz I Qu! socego I que p 1... - E /a zu-me vir de Leiria aqui para
gento. Mud?u de v1da por completo.. Vo1tou Niio era Helena feliz? ... Niio )ho era ver isto. Francamente ...
No Chio.do mal se podia romper. a praticar francamente, la 1t mtBBD., CO- seu mnrido estremosa carinhosamente de- - Eu queria que tu 11ie8sea no dia. 13 ...
Todo. a gente saira de casa a goaar um mungava nito perdi a sormio nem devo- dicado p... ' V§a aquele largo diante do alpendre 1 En.-
pouoo daquele incomparavel clima do Lia- çiio nn. lgreja da. froguesia. Ah I Eia niio o conheceu senito polo che,.$e todo de gente a rezar. Se tu. 11ia-
boa. E a mulher dianto duma tal tTansfor- convfvio do lar no ohoqne violento oom aes ... - Eu. :vou rezar a Nossa Senhora ...
Realmente apeteoia. maçio progunta.va as rezes. a brutal realdade duma alma sem fé. Quere, 11ir comioo V...
Tr~r1 pequonitas, alegree, cheias de ri- ,,Mas que faria eu a Deus para. voltar Foi s6 entii.o, quando a sua alma pro- - Vou. uer a imagem t defa:o-te ld a re-
da, sa\titavam numa da i casas da renhe :1 ,."'l' noiva 80 a nos depois de cuad11 e,. fundamante cristii 11e elevava até Deus ao zar. Reza., por mlm, ~mqu,anto eu. vw
de Fr11nço e de-fuian- .a em me:auioe e _'oi o a nimo e a ousarlia f.ela l -- -" ctE'!!lpontar, do dia, a invoc:11-l"ù, c, 11. te!'· ..... ,. l" M,r,,,,
Voz da Fatima 3

E foram. Descobriu-se a modo, esproi- tornei a dita ague., cojoe r8610ltadoa fo- Alice Martina dos Rela Co.lçada de S. do Roaario da Fatima. 250t00 é ofer-
ton pelo vidro da porta e foi-se. Holona ro.m magnifiooe. Arroios N. 0 37-2. 0 , Cumprindo um dover ta do Ex:.m0 l11Bpéctor deste ciroolo Q900-
de joelhoe tendo ao colo adonnecido o Hoje ja posso trabalhar. vonho podir a publica.çio da llel(Uinte lar do Angra. corno voto de uma promes-
t.e&oiro que, como boa miie e boa. crietit, Joao Ramoe grnça que recebi de N088a Senhora em sn foita. ,numa. doonça em quo oe reour-
aio queria: ntmtro a.conchogo além do 23 de Janeiro d'eete ano. Estando on sos da medicina foram imJ)OIISi•eia. Eu
berço começou a orar e a chorar. A. respeito deeta cura di/li uma muito mal, a deit:u sangue pela boca mesma o vi moribondo, e por mais de
ETa ùi ponivel que a Viraem a ,t.ao O'U,- son. o eeguinte: e no ultimo periodo de gravidez, uma urna vez oorreu o boato quo éle tinha
,,i,sse. ,•i1,inha minha trouNe-mo umn. pinp:uinha. morrido. Como tinho. alguma agoa da
E foi pedindo longamente. ctSegu.indo o conselho do Marwal. ~ de aguo. de N098a Seiihora do Fatima fonte milagrosa. da Fatima enviei-lhe
Do cornçfu> subiam-lhe as preces corno Peregrino da Fatima de dar conhoot- quo eu tornei com muita fé, e logo ~ urna gotinha a.conselhando-o a. uma
o perfume -.uavé de inoeneo até junto de mento de qualquer cura obtida }!°r. in- mecei o. melhoral'- Tive o meu bom eu- grande confiança nassa B6a Mii.e, e até,
Deus emqunnto dos olhos lhe corriam um tormedio de N086a , Senhora ~e. F at1ma, cesso muito bem no dia 16 de Feverei- Rev.m 0 Sr. levei a indiBCriçio de o feli-
rio de 111.grimM qual o efluvio da graça ve.nbo informar de uma que v1 tr-se rea.-- ro. v enho, pois, por este meio agradooor citar pela sua cura antes a.té de èle t4\r
eobre a a lma do marido. lisando gradualmente, cura tanto do ii Santissima Virgem de Fatima como bebido a agua. ..Algumas amig~ poeto
Chegara o termo-mal eia o adirinha- corpo corno da alma. Ch ama.-se o curado prometi. quo piedosas, rira.m-se da minba f6 dizen-
va. J oi\o Ramos 58 anos de edade nasoido Envio 5SOO para. o culto de Nossa do que o doente tinha apenas um &apro
O sol tingio. ainda de ouro e purpura eru Lisboa ~nde r eeide na rua Castello Senhora. de \•ida. Mas qual nii.o foi a minha eur-
as corutas dos pinheiros mae ia esconder- Branco Saraivn, 70-rez do ohi?· prO(ln, Rev.m 0 Sr. quando om dia depoi,
ae ern breve. A bueina tocou, Conheci-o ha 4 anos aprox1 mada~_en- Laura Roque Gamelro Alves de Mindo, do beher a. agua recebo aa linha.a sogu.in-
Era preciso voltar. te entrevado. Tinha eetado no hosp1tal om carta de 19 de abril ultimo, diz: tos. O nouo Ez.mo lnspector utd curado:
Lovantou-!l6 deixando ali proso o com.- m:i.s recolheu a casa sem eeperança de «Peço a V. Ex.eia muito reepeìtoso.- pouco depoi11 de bebi!r a agua a,aenta-
çio tendo imploYado sobre o filho e o ma- cura. A costo fazia wn movimento, nii.o mente o obeequio de fazer publicar na se 110 leito t bebia algum alimento. Hoje
rido as bençlios da Virgem. podendo levar a mao_a ~ta para f~t:81". «Voz da Fatima o ~inte: continoando uae suas funçòea vem agra.-
Junto doe Oper " r1°n° que nJém trabnlha-
" ""
0
o s1gna• l d a. cruz. N ao t I nh a. fé ; vivia Sofrendo horrorosamente durante mn.ie decer a N. 8. do Rosario da Fatima. a
Yam o marido conversava deaassooegado. na mo.is completa indiferença religiosa., do trintn. nnoa, de calculos biliares, sen- son cura e envia a qnantie. inoluaa.o
N o. sua almo. ha.via. algumo. coisa. de ins6li- niio tendo rooebido 08 sacramentos dee- do repetidas vozes aconselbadn. por va-
to que o perturba.va. de O seu ca.so.mento, aproximadamente vios médic0!1 n que me sujoitasse a urna.
De repento, no ouvir do lado do alpen- 30 anos. Era opero.rio pedrofro. Em san- oporaçiio, resolvi recorrer a «Mater afflic-
dre um som argentino tr& vezes repe- de trabalhiwa muito, niio respeitando tornm1> oro.odo fervorosamente e aplican-
tido, Heleno. pn.rou e e1recitou o Angelus domingo nom dia Santo. do a ligua da Fatima. Fui tio feliz que Manuel Narolzo diz o seguinte:
ao toque da eineta. emquanto os traba-- Adoeceu em seguida a urna queda imodiata.mente me senti cu rada ;· ja la Tendo recebido uma grande graça, d' A-
lhadores se desbn.rretavam e rezavam tam- d'um andaìmo. E<1teve cbeio de revolta vio quinze m&ee e po<;.,, tifo boro ,t<:1 1'1111- qu(\(O. a quom a Igreja cbnma. com raziio
bém. Era um l1°ndn" quadro o.quale. So.- pela sua doença oom quo nao se co nfor- de que me 1:1irvo de t
# ~ os o.l11nonb>~ Sal11s infirmorum, venho choio de ree.
bia imensamonto bem o.quale bocadinho soro dai me vir o r,•.i1, incom ,t!('I l"n- nhocimento r ogar-lhe o fa,•or da publica-
ma.va. d ·
no socego do.quale cair da noite ... u • Em julho de 1925 comoçou, a pedido ~endo publico oste facto cumpro a. pro- çilo o segu1nte:
S6 Mario o marido de Helena f1cou d' 1 to agua de mossa. quo previamente havia feito >,. Eu, Manuel Nnrci~o, casatlo, de 45 anoe
embnraçado nos primoiros momentos. De- a gumas pessoas, a mar cle idnde e morndor na Quinta. do Galo
0 nd
pois dcscobriu-se. !~~:n~:nhorn, que fez s6 por co e&- «Gertrudes da Concelçlo Martlns, doe proximidade~ de Snntarem, declaro sob
... ... ... ... . . ... ... ... ... ... ... ... ... Em ma~ço de 1926 começou nova.mente Cn~nes do Vale Bemfeito- ~moreira <ie minbo. honrn que sofri borrivelmonte mais
O crcpuooulo envolvia ja agnele todo sentiu qua com=ava a poder mexer-ee s up.,nor
I
a tomar ngun e logo a primoira colhor Ob1do~. que tendo-lhe aparoc1do no hib.o de um nno fortissimns doroa no estom~
i ...
u,.., poqueno caroço, com 08 me&-
. go, que b lhme obrignrnm . a abandonar todo
numo. i;no.vo penombra quo tornava , aii:ra- . 1 . vv • • mos sintomal:j d'um outro ~uo lho tmhn o tra a o por mais insignificante que
daveis aquoln1, podras duras socns e fems. !n cnma. Dias ~epodts pe1iu O fato v~ roito sofrer urna dolorosa opornçào recor- foM,e. .
O silendo ora apenns cortado pelo to- t.iu-se 8 consogurn ar 8 gull'8 po.ssos- r<iu 80 auxilio e proteçiio do N. Snr.a de Consultai vario· medicos, antre eles oa
que compassndo da sineta e pelo mur- 1> ~ 011 8 st
pouco, enco a.do a urna benga-- J:t'iitima fo.zondo-lho algumas novenas Sr~. drs. Godinho, Costa .Alemiio e Peroi-
murio das precos daqueles opernrios quo, In zfo1-seed~d·exendo ~ada vlehz medlhor.
recolh .d ' " m . I a que JO. me oran onh o eeu
I tondo C: caroço desaparecido por completo: ra D1 anco, todos de Santnrc,m 08 quai3
. reconhecimcnto
·
1 os e ,-'1e maos
- ergu1"d ns, se elevn-
- { Agradece com O mnior a cram "oncordcs
,., nn ex1·ate nc1a
· d e ama
vam ato Deus. reconhec1monto por Nossa _8 e ora a N.• Snr.a de ~'atima.» chnga no estomal{o.
Aquela piedade tao semelbante a do sua aumentando, e começou entno 8 prepa.-- A minha nlimontaçiio ern uni<'amente
mulher comoveu-o. rar-se paro. poder re<:eber os ~acramon- Jol o da Sllva Ferraz, da froguesia do leite. •
11-Yii.o era po~sivel qu,. 11,1is e outra fo~- tos aprendondo catec1smo e dtspondo-ee or 1 (V"I N l'O ) · f .\ s dores ernm <'0nstantes e horriveis;
sem im11ostore.,'. Havia dc ser linda aqut- do melhor modo. Foi visita.do. entiio p&- iva 1 a ova e urem in orma: l<'oi 11m ,·eròndeiro martirio I
l.a religitfo que t 1,i pequenito tua méie lhe lo R ev. Prior da sua frogue~1a(Sta En- Rogo a V. R e,·.ma. o fa.,·or de fazer n C-0nfesso quo niio tinha. grande cren-
tnsin.ara a vraticar mas que esquecera gracia); quo niio o tendo visto na ~a 1n1hlicaçào, se n!ISim o entendor, de uma ~·a religiosa: mas por tanto !lofrer e por
de todo. ' I
quasi completa imobilida.do o acbou a10- 1graça que recolli de N.a S... do Rosario ouvir narrar tantos prodil{ios de curas
E havia de .,e1· i,e,-dadei?-a. _PorquéY I... da muito tolhido. Foi ~radualm~nte T_inhn eu uma !ilha a senir lui mais _de ntrib~idns a _No~so. ~enbora de Fatima
Nem èle o .,abia mas era: tinha a con- melhorando, o ngora a.oda Ja sem aJuda , 111te anos o ,·e10-rue ter a. cnsa. mmto loml'I resolut;>ao dE> ir com m1nba mu-
tJicçào firme di.Mo..... I
de bengala, e com a maior ligeireza. doente com uma. constip1\çao dirondo-me lhor ao lugnr bondito das apariçòea e pe-
Pas.'lados nquèles momentos, Mario corre Rocebeu os i;acramentos na sua fregue- que ja tiuba. ido aos medicos do Tomnr, dir n graça da roinha cura.
para Helena debulbado om lagrimas e boi- zia <'-Om à mnior dovoçao e comove-se Torres No,·&l:i o dP V.• N.a d'Ourem e to- Fiz sciente do. minha intençiio uma fa,..
ja--a a soluçar. sempre que fa.In do Nossa Senhora.. Con- , doe tinham dito quo naturalmente niio mili a nmiga, moradora no lo,zar da Lau-
. Reencnmiuharam-se amhos para a cape- fess.a-se e comunga ngoro. com a.lguma tinha cura. Eo ao ouvir estns calamida- 1 rieirn, do concc.>lhn clo Alcancna e pedia-
hnha e oro.ram silenciosamonte. frequoncia: dee e a.pesar das minhas poucas posse& lho para mo n.cnmpanhar inclo c,u daqui
As lagrimas de Mario confundiam-se na Deseja.ndo tornar conhecidn. a sua. remeti-a para Lisboa.. La, um médico co- rom dois diae do antecedoncia para casa
pedra com as da esposa., - sinal da unilto cura reoolveu {r a Vo~ do Operario de nbecido nao a deixou entrar no hospital; f desta familia 11mign nfim do na tarde
fn~itna do ~uns ~lmas cujO-i corpos viviam quo 'ele era socio fundador, apresentn;r indo par~ 11111!1 casa particult~r aonde_ o di! 12 de maio ~~ a.no pa~~arlo sei:,urmoa
un1dos hav1a dors anos. , declllraç~ de que a sua cura ora devi- di Lo méd1co a 10. ver todos os d1as. No f1m toclo,; para a Fat1111a corno de fact-0 acon-
Depois erguera1D-sc, noit.e. oerrada, o, a da a agun de No$Sa Senhorn. Tendo-lho dc quin.ze dias diSS&-lhe: Olhe, manina., tooeu.
l'!_z daa ostrolas, volta.ram até ao lar. loles rc.>('us11do o pnblicaçiio convocou urna morrer por morrer, mais vale ir morrer a A viagem foi horrivel I Aa· doree quo
Ot- operarios o.dmirados foram conver- assemhlein. do 11ocios que votaram pel~ 8 1111 terra. vii.to q_ue ni.o tem oura. Um dia. 1scntia oram tiio violontae que me dava a
san~o sobre o assunto e a ca usa daquolas publioaç.iio mas nao con&eguin nada. Fo1 rhcgou-mo um homem com eia num carro sonsnçiio de braRas vivu que comu~
lagrimns. . . . e ntiio ao Seculo onde lba aceitaraJD cor- :t minh::i portu.. Fiquei tiio ti-iRW q_ue fui sem o men rlebil organismo. .
E os do1s, 11n1clos por mais _es~ amor tando algumas pnlavras. Jontnmente_ a ii Co\·a da Jria pedir a N.• S.• que ~e Lombro-me aU que, um pouco nc1ma do
agradeeendo _a o Senho~ s r ~ah~o dns mn.nrlo aqni. O 1,011 empenho ".m qu_e v1es- the ,.dSSe saudo, irin la com eia cumfr1r logar chamado Val Alto parou o carro
auas~ verdad~iras ~upcli'ts ~h sob a pro- 11e preferivelmente n'Oll!!GS JornMs era um:i promossa, que ja et1t6 cumpr1dn. para qee a.a p0&8ol\8 qoe fo11ia!Jl a cnrida-
tec\:ao da Virgom iam meditando ~o. du_l- 1para quo mais gente lèsse. ma bojo ja est6. no est1·angoh-o com sou cle rlo mc n.c·ompanhnr c·omc,,som nl-
ci~~mo. n.cçilo cl_a graça e dn Prov1dènc 1a Hoje o9ta cste bornem um verdadeiro miirido. Chama.-se Purifica~·iio de Josus.» j gumo. ooiaa do farne] que levavnm.
Dn'ln_a quo nss1m oporara - uma conv(lr- 1apostolo, fiw.ondo tudo o que pode pa- o mesmo l\tribue a N .a Sonhora e vom Para mim tinham levado 11ma garrafa
aio durante o toque e n re:i;a cle ra te,·nr alm_as para Deusi, r eNercendo I ngi·o.deccr o. c:ura de _um ROfrimento quo com leite. . .
1 a mnior c-anda<Je para com O!! desgraça.- tinha ho. an011 pro,ement.e do urna pan- Enquanto os meua ,companhe1roa 110 a.11-
ccAs Ave Marlasn. doR. rndn. montnvam, contorcia-me eu e.m violenta.a
Uma das coillàs para que mais trab:i.Jba clorea, deitado no solo.
J. de A . é pnra fnz<>r cnmprir o precoito dos do- Maria A. Vaz Telxelra do Entre-os- Suspirava polo mo:nento do clw~ar ao
mingos, recomendando o.os oporarios que ltios, agradeco a. Nossa ~enhora. da_ Fa- lugnr bendito, pois tinha. entiio uma fé
niio trnbalhem n~sse din. tima n cura do um seu filho que ostn·era viva., de quo Nossa Senhora teria compai-
Entrou pn.ra a Conp;regnçiio do Ima- doent.e doa int-0i;tinos. Pe_do a. publicaçii.o xiio de mim t
culado Cornçiio de Maria, (ptira a con- dc'ita carta, ~ em curnpnmonto de uma. Por fim la chegnmos e porante o Ol>-
versao doe pocadores), de que é director promes.o.a env10. 50.000 para. as obras de pl"('taculo ~randioso que obsef\·ei, a mi-
O Snr. Padro Cruz; confessando-se e f Nos~a Senhora da Fatima. nha fé ficou ma.ili viva.
comungnndo n'esse dia e tondo n'éssa . . Supliquei a No~sa Sonhora, bebi d~
oco.siao o Snr. Padre Cru1, feito umo. Qulterla da Sllva, . do Lei_rin, qu€' padc- ugua da. fo~te miraoulosa e, até hoJe
Joio Ramos, morador na rua Ca.st&-
s.ormii.o.
I
alueii.o a. sua cura milagrosa no seu eia de urna intorcohte ho.via cerca ~e 12 nunca mo.i& 11011ti o menor incomodo, a
nnos fez uma novona de comuuhoes o menor dor I Como de tudo, tr1Lbnlho no
lo Bru neo Sara 1va, 70 r I o d .to Lisboa, ,T untamente remeto o atestado medico Uosiirios, ~~o.udo tambem um f&lice do governo da minha casa e vivo oom al&-
consogui11 coro muita dificuldade publi- PO.S'larlo com O fim do podor receber um R~ua da Fatima, comcçnudo entao a sen- gria.
car no Seculo o. sua oura, o que foi foi- subsidio quanòo estava impORSibilftado. tir-se melhor, restabelecondo-se completo.- Pabsou-se eate facto em 13 de ma.io de
to nos t,1 rm0t,, seguintee : Tenciona o miraculado ir no proximo mente dnrnn-to um ano. l926.
Declarac;:Ao
1~ de Abril a Fatima. agradecor a sua E nao foi i11to um milagro hem ovi-
c11rn.,11 José da Sllva, das l<'igueirM, fréguc- f b denteP
(F..J'ectivamente la o vimos ra.diantf'• e sin. dos Milagr , quo estnuclo com a e r e
011 Devo tambem dÌJICr que um cavalheiro
5107 F,i;tive 5 -.n06 entrovado, . aendo ouvimos da sua boca O relato da sna tifoide tendo rocebido os ultimos Sacra- meu amigo, por ter por muito tempo ol:r
S de camn, 118m poder fazer o ma1e love l doença e cura) . montos no dUJ. de S. José (1926! chegan- sorvado
8 meue sofrimentos, &e conver-
movimento, corrsultei 16 doa melhoree clo-se-lhe a r asar o oficio dn agonia, dt,en- ~ou pois 08 niio poucas vezee zombavn. quan-
eepecialistas, smn gue algum delea con- OertifiNI que o Ci4ad4o Joao Ramo,, clo todos om caea, de joelhoi;, resa o o do ouvia fala.r dos miraculados.
aeguisse melhorar os meUB padecimentoa. aorio n .• ,,976 do l.• grau da Auocia-- torço a Noosa Senhoro. e fazendo-lhe a Hoje diz que é um crente por n~ a
Entrai para. o hospital, onde eetive çlfo d'lnhabilidade 11gen.eral S()'ll,3a Brano- promoasa. d~ iromlla Fatima, nasse meemo trn.n!<formaçao quo se operou no. minlia
~" dias e nada C'onseguiram ta.mbem pa.- d4ou, qui' por mim t em sul-O tra~d o, 10- dia se sent1u me 1or.
tv
s"-udft•,.
,. =
ra a minha cura. fr e dvma ludo medu1ar de origtm upe-
P edi alta e voltai para minha caaa dia- lita que ndo ad O impedll de /aur qual-- D. Clotilde de Jesua Baroelo1. profea.-
posto a oontinunr a sofror. quer trabalho com.-0 aU o impouibilito sora om Altare11 (Ilha Terceirn.) e&-
Um dia fui visita.do por umae eenho- de sahir de sua ca&a. crove ero 10 èlo a.bril ultimo:
ne de caridado que me oonveneeram a
tornar Agn:i, da. @enborA dt> l'Athru~. ~ Li,boa fI de Julho de 19t.; (a) .Toa- ulnclui;o rnmeto a V. Re•.• 300,00 in- Manuel Barro, de Carv11lh0, do Santa
owei. !!11; c,:,111 dc~eJo~ de ree po~ ~.nn, quim :4nf. de Sou~a e Sitoo. 'anos a f:m de ser· • entregoea a N. Marta de Portuwlo, vendo a morrer um
r

4 Voz da Fatima

neto, de trés anos, que ja. ba.via qua.-


11(,U D. Gorvasia da Andro.de Costa (20f00), Na quatesma o Senhor do campo man- pouco nem muito, corno dizes para o ~
tro dias estavn imovel e sem tornar ali- D. Maria de Castro C1·espo Franco dou os &eus operarios à colheita, e que dicares a. pratica da Religiao.
mento algum, dirigiu, antes de pa1·ti r (20$00), D, Maria. do Rosario Costa, belos peixes nao oo reèolheram no celei- Pois vives mal, meu amigo, muita
para a feira semanal que sa rea.lisa na Ana Emilia J eronima, director da Ca- ro do Divino Pail Mas tambem quanta.a mal. Seras grande fabricante, grande n&-
cidade, fervorosas suplicas a NOBBa. Senho- sa de Sa.ude do 'l'elhal, dirQCtor p.a casa ospigas nào ficaram ainda no campo, gociante, grande sabio, literato, muito
rn do Rosario da Fatima e ao regressar, do Saude de Trapiche, D. Ana Augusta enredp.das no joio ou t\Camadaa com a activo e trabalhador mas és... mau cri&-
teve a gronde dita de encontrar a crio.n- d'Oliveirn, P.e Henriq'ue Garcia d' Oli- terra I tiio.
ça corno que ressuscitada, cheia de vidn veira .Ab1·anches, D. Maria da Concei- Por la f-.icam para serem comidas pelas Quasi nem seq1,1er homem é&. Como que
e ja livre de pcrigo, çp.o Gamboa, D. Palmirft q(l.8 Dores aves, para apodrecerem com o restolho te vis degradando ' condiçao-miseravel
Afortso Peretra, D. Adelaide do.s Dorea ou até para arderem no fogo. de irracional. Um a_nimal de carga e na-
Domlnsos Mal'tlns Pimento, de Santa Ganadas-, D. Alda Rita Rodriguee de Maa lii vira em ma.io a respigadeira .d a mais. -Mas, afinal, nao teras tu reaJ.
Marta, sofrendo de l1emorragia hemorroi- Oliveira, D. Helòna Ferreira, P.e Joeé celeste. mente tempo?
dal que havia sete semanas era continua e Augusto Rosario Dias (20$00), D. Vir- E assim é. Quanta& conversoee nio Bem te entendo. Querea , deeculpar
o debilitou de tal maneira que ja se nao ginia Lopes~ D. Luisa Teixeira Borges, teem vindo alegrar o mes 'd e ma.io ! com esta frase lamurienta o teu comple-
podia leva.ntar do leito, tendo-se porisso Armando Ribeiro Baptista, Manuel Alnias ensurdecidas as trombet&.$ evan- to esquecimento das praticas da Religiào
sacramenta.do e prepara.do para a morte, Gaspar Forhande&, Manuel Ferreira gelica& que resoaram na guaresma sen- a tua ausencia da igreja, a fa.lta de cum-
começou a sentir-se melhor, sendo suspen- do Lima, D . Maria Rufino Basto, D, tem-se agtra impelidas pela Mae do céu. primento de ouvir Missa de confessar e
se a hemorra,.·ìa, logo depois de ter bebido Rosaria de Sousa Fontea D. Benevenu- Dopois da Santa Missa em que Jeans comungar, emfim, a tua vida completa-
agua de Fatima que lhe fòra oferecida ta de Froitas Carvalho, I). Alice Pinto se oferecé e se iinola a seu Eterno Po.i mente descuidada, perdida para a tua
por um amigo que 011tiio o tinha visita- P erdigiio, D. Laura Assia de Quadros, por n6s, depois da Santa Comunhiio, alma, praticamente ath&!.1 exactamente
do o aconselha!lo quo tivesse muita con- Antonio Varala Gomes, D . Maria Ba.s- quo é afinal a formi\ màis sublime de corno a d'aqueles que dizem claro e l'&-
flança na Santissima Virgem do Rosario. to de Vasconcelos, D. Marga.rida Carte- oraçiio e de uniào com Deus, ni.o pode- dondamente niio acreditar pouoo nem
las Vieira Braga, Antonio Justino Mar- mos dep6r- no regaço ma.ternai de Nossa muito em Deus nem na outra vide..
Jolo Candido de Carvalho e sua mu- tina, D. Matilde Barreto, Francisco Senhora melhoros flores que a recitaçiio E niio ob&tante (como siio a.e coisti.sl)
lher, da· Meadela, corneçnram urna no- Sampaio Barbos-a, D. Maria d '.Anuncio.- devota do Terço melhor ainda se fosse o nao é& atheu, nem materialista, nem
vena a Nossa Senhora do Rosario pela çiio do Vale Santos, D. Maxima Roaa- Rosario completo. q,uereris talvez deixar de passar por bom
saude de um filho menor que tres médi- do, D. EmHia .Augusta de Camoès Cos- Convcncer-no~hemos disso se nos lem- cristào e zangar-te-ias contra quem te
cos haviam declarado sofrer de um ataquo ta, Antonio Barbosa, J oao Caldeire. brar-mos que N. Senhora aparecendo de- negasse a qualidade de bom catolico. A.fi-
de meningite e nunca mais podaria ver Marques, D. Maria Jacinta Candeias, zoito vezes em Lourdes tra.zia os;tensiva- no.I siio, em geral as pessoas mais oou-
nem andar. No ultimo dia da novena a D. Ml).ria do Carmo Pedrooo d'Almeida, mente o Terço e nlio ae retirava sem padas as mais dis,postaa sempre para to-
creança oomeçou a abrìr os olbos e a mo- D. Marga.rida Pereira Liz, D. Maria que a vidente Bernardetta, que tambem da a boa obra, assiro corno os ociosòs eo&-
ver-se e hoje osta de perfeita saude. eia Conceiçiio : , agateiro (13$00), D. se fa.zia acompanhar d'ele, o recitasse tumam ser os mais preguiçosoe.
Maria da Pie 'o Alves Pereira, José primeiro. 0 s mais ricos de tempo siio os que mais
D. Trlndade Leltlio, rua da Bandeira, Vaz de Barro,., 1). Magda.lena Carriço, O mesmo aconteceu seis vezes em Fa- escassos dele se mostram, quando se tra-
agradece o feliz regresso de familia ha D. Deolinda da Purificaçiio Costa, D. tima, querendo N. Senhora ser invocada ta de oferece-lo a Dens.
muito ausente e as rapidas UI\Glhoras duro Maria José Porta.I, D. Maria Laura sob o titulo de N. Senhora do Rosario. 0s pobresinhos e necessitados costu-
netinho que sofria da vista. Mateus, D. Maria de Jesu-e Vilhena de Quando o Anjo S. Gabriel foi enviado mam -ser nisto menos avarentos.
Carvalho, Cu.;todio da Cunha Leite da por Deus à Santisaima Virgem para lhe Assombra a classe de gente qne acode
Maria d'Assunolo, rua Generai Luiz do C'o~ta (15$00), D. Amelia Velindrinha anunciar o misterio da Encarnaçao do todos os dias à Missa de manhit cedo.
Rego, sofrendo de urna anemia muito (20$00), D. Maria da.a Dol'es Matos Filho de Deus no seu casto seio, sau- Quasi toda pertence à categoria de jor-
grave que lhe causava dores no i,eito e Boavida (40$00), D. Maria Amalia Go- dou-a nos seguintes termos: .41'~ Marid, naleiro, crea.da, que descontam èo sono
nas costa.a e tornando durante bastante dinho-Napoles, D- Aurora da Rocha cheia de oraça, o Senhor é comvo.Yco, e d.:i descanço aqueles trinta minutoe
tempo varios medicamontos sem nenhum Santos Teixoira, D. Rachol Teixeira bcmdita sois 1'6s entre as mulheres. Es- que oferecem generosamente a Deu-e, ~
resulta.do, recorrou depois com muita fé Lopes Barbosa, José P ereira Ma.oso, tas pnlavras, as mai'1! ditosas quo jamaie mo às furtadela.s, fazendo penosissimo
a Nossa Sonhora da Fatima e bebeu al- D. Leopoldina Pacheco, D. Palmira foi dado a creatura algnma ouvir, teem- sacrificio, dao do seu capitai de tempo
gum9-s gotas de agua milagrosa, conse- Garcia, D. Maria M, dos Remedios, nos repetido de seculo em seculo ( e so- aquela meia hora à Religiao, que os d&-
guindo ontiio ficar completamente cura- D. Laura. Pinheiro, D. Maria da Graça bretudo no nosso tempo) os labios dos socupados lhe recnsam a dar.
da. Carvalho, D. Margarida M. Correia, D. cristiios que repetiriio pelos seculos futu-
- Esta foi agradecer a Nossa Senhora Maria Amelia C. d'Almeida, D. Aura da ros esta vehemente e terna saudaçao à
em J.3 de sotombro ultimo e todos os ou- Pied11de Antunes, D. Zulmira da Mate. Miie de Densi. E cada vez que urna boca
....
tros preparam-se tambem para irem a Galhardo (de jornars, 20$00), D. Ju- humana 1he repete estas palavras que Manual do Peregr·ino da p1.fima
Fatima em peregrinaçiio. lieta Martina (20$00), D. Carolina Ro- foram o sinal da sua maternidade, como- (1

voz
----
DA FAT~MA
- sa, D. Ermelinda da Silva Pereira, Ma- vem-se
nne! Antonio, D. Maria da Silva Rosa,
José Ferreirn Limn, D. Isa11ra Pinto ve egual
ns s,uas entranhas com a lem-
brança d'um momento corno nunoa hou-
no céu e na
Sampaio cle Almeida, Eduardo de Oliveirn do inteìra a nche-se da felicidnde que Eia
(20$00) e José J. dos Rem1>dio8. senNte. d"
terra, o a

·t· _ d T
eternida-
Vende-se na redacçao da Vot!i da Fti-
timo-Seminario de Leiria.
Preço-3$50, f6ra o porte do correio.
Dosconto aos revendedores. Preço exce-
em se 1ga que a rec1 açaQ o erço, . .
Despezas -Observa.cào: Nll.o extra.nhem oa -aubecri- com a repetiçi.o das meamas palavras pcio~a~fssimo a qucm pagar do pronto
Transporto . . . . . . . . . . ..
Papel, composiçii.o, impressa.o
e expediçao do 11. 0 55 (35.000
exemplares) ... .. . . . . ... . ..
Selos, cintas, gravuras, emba-
lagens etc . . . . . . . ., . . . . . . . ..
64.27 7 $33 torea a. demora. na publica.cilo da.e qua.ntiae é monotona e enfadonha.
envia.dae de ta.o boa. vanta.de e tllo generosa- Cada Avé Maria é nma vibrante sau-
mente envia.da.a. Parece-noa que intrepreta- daçiio de amor e o amor tem s6 uma pa-
2.083$40 moa a vontade de ~- Senhora nll.o enchendo lavra. Dizel-a sempre nao é repetil-a.
o jornll,l 86 de nomea.
507$53 - -- -- - - - - - -- - -- -
I o Rosario, alem disso é nm resu-
mo do Evangelho. 'Emq1.1anto o recita:ffi,
---
1o mrn1mo de cem exemplare&.

Todas as rellgloes sao boasm7


--
1111 111

Outras despezas . . . . .. 215 $ 00 aa peS$0aS quo sabem vlio meditando na E' corno 80 diS80S30S que todas a.e pala-
AbrigO dos doentes Peregrinos vide. do Salvsid or e desde a sua Incar- vras siio boas, a verdade e o erro; ou
naçi'io até ao seu tritmfo e coroaçiio no que todas as acçoes slio boas, as morais
Soma ... 67.083$26
da Fatima céu.
A dovòçiio ao Terço é nm sinnl de pre-
e as imorais.
Nao ha. sena.o urna relìgiiio b6a: a
Subscrioao
Transporte . . . . . . . . . . . . .. . 4.872$50 destinaçiio. verdadeira.
(Julho de 1926) Urna an6nima da Ilha da Oue todas as fnmilias em conrnm 0 A verdade é 11,ma s6, o erro é mult~
Madeira 100$00 que todas, as almne tributom diariamente plo. A mentira, por mais que so onfeite
Enviaram dez escudos: D. Amelia do a. N. Senhora este preito de devoçito e em verdadès é sempre mentira.
Céu de Pina Amara!, D. Eduarda .Al-
buquerque Pina, D. Sofia Rega!ao (15.00),
D. Joiio dp Vale e Sousll. Menezes, An-
tonio Luiz da Conceiçiio, José Augusto
Pires doe Santos, Dr. ·José Alvaro de Me-
nezes, Firmino .Abrantes, José de Figuei-
redo, D. Maria Fernanda Santos (50$00)
---
FLORES
......... Soma 4.972$50 Amor.

ora aòons... nao tonno tomvo


; Posso imaginar mil coisas po8BiVllia,
di:r.er quo neste momento estas trabalhan-
do subindo ou descendo, dormindo eto.,
etc-, mas urna so coiea é verdadeira e
vem a ser: que estas lendo estas linhae...
e ostas em... Nao sei onde estas, mas de-
certo unica e exolusivamente no logl'r
(No mes de Maria) Niio .. tens tempo? Pois has de procu- onde estas.
D. Marfa Lucilio. de Sousa de Menezes,
D. Herminia de Jesus, Manuel Du1irte Como se tem ido desenvolvendo o afe. rai-o, meu amigo custe o qne custar, por- S6 é bom o que é verdadeiro.
Artigoso, Joio Ferreira Pinto, D. Efige- cto filial da Igreja para com Maria San- que, se qn.eres a lcançar de Deus a i.alva- D eus falou e mandou aos bomens uma
nia Antun08 Canarie., D. Domioiliv, da tfasima I çiio da tua alma, com teu trabalho a has Religiao por seu filho.-J esus 01-isto; ee-
Silva Pereira, D. Carlota Cardoso de Cada dia, tres saudaçoes (de manha, ào ganhar, se Filho instituiu umo. Igreja para onsi-
Almeida, Rioardo Cardoso de Almeida no moio dia e a noite) o ~ino nos lembra Deeengana-te : ni.o se d\l. debalde o nar essa religiiio e conserva-la pura de
(20$00) Delfim Brandii.o U,uela, P.e José osta devoçao tao grata: céu. Nenhum Santo entrou noie por ou- todo o erro.-Essa lgreja o.firma que ,
Redriguea Gil, D. Irene Cnnha e Costa, Cada semana, um dia (o sabado); ca.- tra porta que a· de bem trabalhar para a ·unica depositaria desso. verdade, pro-
D. Beatriz Nunes da Silva Moreira, D. da mes, umo. festa. is,so. Aos proprios Anjos, para os oonfir- va-o pela& proprias palavras de J esus
Sofia daa Dores Garcia, D. Olivia Ig_nes Que mais faltava ?- mar na. graç& e bemaventurança, exigiu Cristo, demonstra-o, ni!.o fal\,ando nunca
da Cunha, D. Ricardir · de Jesua Ra- Cnda ano, um. mes... E ca para a Eu- o Creador merecimentos da sua parte. Oa nn defesa dela, nél.o tolerando nunca o
mos, Alberto de Olin 1 • • Raul Bingre, ropa acortou de ser, ou antes eeoolheu-se, santos Evangelhos fa lam sempre muito mais pequeno erro, nem de fé, nem de
Francisco de Ba.bo Mw tlbiies, D. Ana o mos mais formoso, o mes das flores ... cl aro ·sobre este particular. mornl,e sondo a unica cuja errioem re-
Garcia Pulido de .Almeirla, D. Guilher- Se Maria é a flor de Israel, o lirio dos Ali somos· comparados a jornaleir os a ·m.onta a Jesus Cristo. - A religiiio boa.
mina Santos de Carvalho, D. Maria Ro- vales, a Rosa Mist~ca I Além d'isso o quem o amo divino che.ma ao anoitecor
salina Roche., D. Maria Alexandrina Fra- objecto d'esse culto é tecer-lhe grinaldas para pagar o salario ajustado- Como
pois, te atreveras a esperar de Deue sa-
goso Tavares, Joao de Oliveira Melo, J?a- de virtudes I
quim .Augusto Poreira Borges, _D. Lucm- Devoçlio Santfssima visto quo é diri- lario algum se passaste inutilmente as
da Simoes Martinho, D. Zulm1ra Ramos gicla a honrar a Miie de Deus, e a hon- horas que te concedeu para merecel-o
VOZ DA FATIMA
(20$-00), D. Alexandrina _Martina A)eixo, ral-a solidamente com a imitaçao das com ton tra.balbo?
D. Maria d.os Santos .Anao, D. Maria da suas virtudes I Qual é este traba.lho unico qoe mere- Este jornalzinho, que vae
Silva Fernandes, D. Augusta do Jesus Devoçiio utilissima porque o gosto que rora o salario do r eino celestial 1 seno.o o sendo tAo querido e procu-
Maravalhas, Victoriano da Silva (20$00), com eia damo& a Deus redunda em nos110 da. vida ooriamente ooupada em obras de rado, é distribuido gratuita-
D. Rosa Ame1ia da Silva, D. Maria das proveito espiritual. santificaçao e na pratica dos actos quo a
mente em Fatima nos dias
Dore.. Sobreiro Jordao, D. Mari~ Emi- As lazes quo acendemoa no altar de Roligiifo presrreve?
lia Escolastica Lapo., D. Isa.bel Leite Maria se nos converterao em luzes de Sn1>0nhamos, pois, que tii.o ocupado e 13 de cada mes.
(5$00) D. Maria Elisa Fernandes de inspiraçoes, e em luz de gloria. atnrefndo te trazem o negocio, a tua car- Quem quiser ter direito de
Souaa 'cabra.I (5$00), D. Sibila de As flores do altar se abririio ero flores r{'il'a ou o teu oficio que nem une minu- o receber directamente pelo
Jesus P. Fernandes, D. Julia da Mata do virtude, fructos de boas obras e cor6a tos no dia te conredem para d'eles pa.- correio, tera de enviar, adi-
Mareira, D- Natali a Toscano de Sobral de bportalidade- p;ares o devido tril)uto a Deus e olhar
Utili$Shna 1,>rincipalmente para O& pe- p!'los interesses, da tua alma. 8uponht\--
antadamente, o minimo de
Osorio! D. 1eresa Cardoao Rios, _D. dez mii réis.
Celèste Chaves. P.e Jos-é M- Ferrerra ca.dores. TT">0 qn", devfra'! ni.io tons tempo, nero
.A.rio -V L e i.ria, 1 3 d e Ju.riho d e 192'7

[COM. A.PROVA<;lAC> E CLE E;lASTIOA.]


Director, Proprietario e Editor: - Dr . Manuel Ma r ques d os Santos IW Administrador: - Padre Ma 11uel Per eira da S ilva
Composto e impresso na Unliio Grafica, RII ~, Su la Marta, 150-152 - Llsboa. f Redacçfio e Admlnistraçlio: Seml nàrl o d e Lelrla .

I t<'ntro cln Corn <In l rin est» choio ,1<' n<'entoR <'Conm nos mont•·s nzinhos, rs-

CRONICA, fieis.
A'i- , inte e dm11; horas c·omeça n or-
1-(nnisnr-so n pr0<·issiio dns ,olns. O ni;pe-
('to do lo<·nl trnnsformn-so C'Omo que por
pcn ·utind<>-so de quebru<ln <'m quebracla
nté :,,e pcrdorem no lon~<•. Rxtinctos os
ultimo~ ccos do ( '1·cdo, pnrte da multi-
.tlào di~persn-se nn. nwlhor ordem, iodo
encn nto, morcè dos milhnres dc lu z<>s forrnur os scus n.cnmpnmNitos pnrn a v1-

da FATIMA
occsus dt' repente pelos port•grinos quo gili11 nocturna..
8<' pr<'pnram pnrn lomnr parfo 110 impo-
nente o fet•r ico c·ort('jo cm honrn <ln Vir- Pequonas, ma.., inumems follueiras de
gem. rnlas, iluminam o recinto e nquecem o
Dir-se-in um imenc;o ln~o de fogo, cheio chùo, qùe aintla .se conserva.va humido
de ondas encnpelnclns qno n1i formun- dadrlo :if! forte·!. l.tnt<'gni-. de :~gna que ti-
(13 DE MAIO) do um rio do luz, mnnso o trnnqui- 11hnm caìdo durante o tlil\,
lo, que, partindo ria ('upelinhn dai. E pela noite adeante nem uma nota
npnriçoos, serpentoin. •·m torno dos Mlll- profonu n~quola ambiente dc> iuton1<a pie.
ctun rios, sobe 11 cstrndn e, pn1,snndo i,oh eludo, 011vrndo,t10 npl1ouw o lirando oiciar
o ureo de t.riunfo, dE's<:e pcln A1•enì<l11 dn~ 111·ooes do!! r1eregri1101, que 1<•lam jun-
(.'011lr11l pnrn se Il' conc11ntn1r j1111to ,.111 rs, to òoo c<>mpnJÙte1-roe profund1U11ente ~r-
FATIMA, POLO MAGNETICO
DAS ALMAS
A grande romagem de~Maio -
O trono das graças de Ma-
ria. - O primeiro decenio
ap6s as apariçoes. - Fati-
ma, estancia de mistérios -e
de prodigios.
Mais uma veJS no planalto aagrado de
Fatima, se desenrolou um dos espectat'u-
108 mais grandioeos ., mais beloa que a
olhoa humanos é dado contemplar BObre
a terra.
Durante tres diaa e trea noitea con-
i;ecutivas as muJt,ido<'s nconernm de io-
dos os pontos c]i;, Portugnl, em devotn
roma.gem, ao sanctuario das ap&riçoos,
1mpuleionadas por urna fé viva e por
uma piedade ardente e ncriaolada.
Ali, erguida na sua imagem veneran-
da eobre um pedestal de gloria, a augua-
ta Virgem do Rosnrio, semelhante a
urna visiio radiosn do Pnraiso, recebe
as homonagens de seus filhos, que a
acla!Jlam corno sua padroeira e lhe diri-
gem suplicaa estunnt.os de confinnça e
de amor.
Centt>nas de milhar de fieis lit vio
cada ano depositar a eeus péa virginaee
um tributo espontaneo de saudaçoes e
de Mgrimns, dfl flor0l! o de lumes, de es-
pernnqns e de n.cço<'s dc gr:iças.
Incos.qantemente, })ilS80M de todas as
<:ondiçoes sociaes , arrastam oa joelhos
pe)311 pedrns duras da Cova da Iria, em
torno do padxiio <'omemorativo doa su-
cesaoe maravilhosos, cumprindo votos e
promessns feitns em horns negras do
crucin.nte angustia.
De porto e de longe, mesmo dos con-
fine de Portugal, ,·oam até nos p&J da Um trecl10 da peregrinaçao de"'13 de Malo. - Procissào f inal da Jmagem de No,'1,'la Se11lzora
Màe de Deus tantn'I ~mas sedentns de p a ra a capelinh a das apariçòeJJ
consolaçiio, tantos corn('oes ulcerados p~
la dor .
Naquela regiio de mysterioa e de pro- assombrosas e mnis ,·omoventos, de quo tnL1111 eia Virp:em, dondt• clua1-, horas un-,
nwdtlns 1111111 !>ono rl'p11 r11dnr 1lns fo1\·11~
digios, que 11 Rainhn. do Ceu escolheu ha memoria descle os iempos hiblicos. tes tinhn surgido. .izo~tns t'm tiio longa o pt>nosn vingC'm.
para seu trono de graçns, ha bnlsamo Os milharN, do fiéis qua tomam parte
para todns 1\8 tnap;UM, lenitivo para to- o
recinto das a pariçoes _. A no t·or~ejo, a _ multidùo iu umeravel dos A missa dos serv itas - A Comu-
procissio das velas - A qu<' ns~1st~m a sun 1mi;s111(em, ns_ prN·~o h- d S 't d .
doe os sofrimentoe, reaignaçiio e confor-
to pnrn. todas ns riesditns! E, por isso
Fé'.tima é, o continuara sempre a
• I
o O!! t·nnllcos que hrotnm de Jnh1os trf'-
apotheose da V1rgem - m11losòccomoçiio,af1,vivaeapiedndol1
n ao OS e rvt as e ~S es
cote iros-Cerca de01tenta
ser, o polo magnetico dns almas, o cen- Um lag o e um rio de luz - ostromo daquela imen;.a molo de pes- Missas - Os se·rvitas e os
tro de n.trncçiio dos c·ornçòes, que umn Assombroso espectaculo SOIIS dc tòdas ns (']t\S~o.q sol'in~s o de t?· escoteiros -A s peregrina-
força sobronatural, ppdoro~a C irresisti- de fé e piedade - A vela de clos 08 pontos do pnis, tndo ,sto const)- çoes com os seus estandar-
vel, arrastn. suavement;_e pnra aqueles pini- tue um espectn<'ulo Msombro110, quo s1- •
n.os escalvndos e de!ertos, onde apenns armas. multancomento comove o ouconta ele- tes - A fonte da agua mt ra-
vep:etam a urzo e a nzinheirn. vnndo ns nossns nlm!\f!, num suave culosa - Urna scena emo-
E agora, clez anos depois da primei~ No din dez che11:am II Fatima os pri- arrou bo mistico, pnrn rc>p:ioes inncessiveis clonante.
ra npnriçiio, novamente ns multirlòos moiros peregrinos. Uei.do esso dia até ns n11:itntoC's o misérins d<'sto mundo.
se precipitam, cm torrcntos caudnlosnR, no a mnnha clo dia trozo a romniem eros- A' moia noite torminn a npoteose :i A 's trè'! horns da mnuhii os sat:t•rùoh'8
I
vasto recinto m urndo da Cova da I rin, ce descomunnJmente do horn pnrn ho- Virp:em com o canto do C'rrrln, a mn~ni- pr6v innwnto i ns(:ri;ito~ no rc,,J)l-<'t i\·o ro-
t.eatro das scenas, no m011mo tempo mttis ra. Na vespera a ta rde o vnsto anfi- 1 fi<'1t prori!;siio rie fé doi; Apostolos, cujos gii;to ,·omoçnm a celebrar n i.nntll mis-
2 Voz da Fatima

sa nos tres nltares do Capela nova, SU· confiança dos enfermos - ose final à Ra i Oh a d O Cé U ~(tcri/icw., 1·0.,idC1d1•.
/1·1 /0., , 0111 la11to amor e gene-
cecll'ndo bl' nni; I\OR outro" bvlll • 11 A oraçio de cem mli pes- e da terra - Dia de triunfo 11l<'ln1 i11ha., do Ma r»
pçii.o. A sep;unda MiBsa é rezada_ pel_o e de gloria.
rev. dr. Ma.rques dos Snntos, copel!o dt- soas. Sùn os rosns 1,rauc·n~ - flores de amor
rector 1106 ~ervitas, que a eia nssutem, ( omo t·ostuma sucoder em tr!"ze do nrnio .\p6~ n M:i!iSn, o cdebrnnte, dcpois de e inOC'endo - que aquel'ou tras uflori-
receooudo das suaa miios o Pio doa AD· e "fil treze de outubro, os doont<-s siio 1·11c•en.•n1· >\ Hostia Santa exposta nnm nhasn clo i-i~onha praia da P6voa enYia.m
jos. 'L' r, ntrr t Il n t o '' I <'1?
1 6111
I!,ruJJO!- fl<> .•l'M!O-
• desta ~ ,·cz muito nunwroRQS. • o•tem,o.-io
a
-.de auro, pcgu nele e deoee o& Il 01·nnr O n.ltar da Virgem na Fatima.
· 1
teiroa ca.to1·1cos de L' 8boa., de . Le1r1a. . e Os ser\'Ìlas transportam cm 11weu, os degraui- do Altar para d~r prrnc1p10 ."'
Q • • L Rosns " 11·ndas qua lhe prendem o olhar
de Coimbra, que clepois de o_uvtre~ Mis- pnrnt,·t·,cos e ,nquf!Jes clnente8 c•ujo es_t_1_1do d t A8 t 0 s escotet e o fazem deliC8r cheio de bençios l.qu&-
~1\ 11 cl u c:nmun1 nr<'rn. t, ,...
•1·,,.n111,11m
· ,
J1111t11 • é mais grave, .. pnrn o l·o;;to , hençil.o
d ns vfln I 1~·0.· ros dos oen es. servi as,
t, numoroso;, ~•H'l:rdotes acompanham
• las " lm1·tns
0 w
a1'nda em botào ...
monte com os sorvi'tas e sob "n d1·rec,.io v <·òr, modica.a e d epoi1< pitru o rl:spe,-ct n·o O Snntii;s imo. Os doentes, sentad os nos Quo exe.mplo lindo no Mez de Maria!
clos ,;ens chrfes, o 11erviço de orclem «> <le J>l\\ ilhiio. 0s enformos que pod(•m n ndnr b . d 'lhio ou deitado8 nas s uas Lindo e util sobretudo ~ara tanto& ~ne
tra.nsporte dos cnfennos. r<>unem-,;e em frento clo Po:-.to e ngua.r- nt~tos 0 ;ai!t:m fervor e aguarda.m con- no çaminho e la na Fatima que_rer1am
A pouco e pouco viio-se reunindo as dam O s ua ,·ee de serem exnminados e ;r:da~ente a bora da cura , on do con- ,estar-cerca.dos de ~daa as. ~mo.dtdmles.
~Arvn c de N0&<1a -Senhcra d o .n,u,,ar10, n.. · a ·
que, et,, r1.c·lhtr<>m,o cartio e mgr868o no r e- forto divino. Aprendamos daqu1 a esp1rituahsar e a
e""nver1rondo
"" batas alvinitentet, d"110-se C'into l'l'~l'n·a.do. Entre 08 m ..... Lr1cos ~ue Jeau11 passa fazenda o bem, coma ou- santificar os nossos ~acrificio~, Ml nossa8 é d
pressa.., em inicinr 11 sua p1uuose •--> t aref a preatmn obsequiosamento os seus serv1ços trora durante a sua vida morta, 1 ne.e Nossa
privnçòes e dores
S<'nhora l:I pora assim aos
no Flitima, p s e
juntarmos
do nssi~toncia ao11 <>nfennos. A 'i; S<'te ho. veem-i;e os drs. Augusto Mendee, Lum cidl\d~ e vilas da Palestina. Quasi to- '8 ua. no.turnis outrl\8 flores mnis lin-
rns umo. chuva miudinha e impertinente Prato, Weiss d'Oliveira., Eurico Llsbo!", dos os doentes e muitas outra.s pessoae das 1_ as flores do amor e da inooéncia.
prin<'ipia a cair, molhnndo tudo e ~ , Pereira Oens Veloso do. Costa, Garcia choram de comoçao. A scena que se pas--
sem ronseguir porém que os peregnnoe de Cnr,•nlho ~ Ga.briel Ribeiro, que exa.· sa é empolgante e comovedora. Esses Ro••• ver-melhaa .. ,
deslstnm de ficar para aa cerimocuu ofi. minam e registam algumas centonas __de pol>res fan-apos human013, victimas de um l'lores de dedlcaçlo e herolimo
ciai11 da peregrinaçlio. enfermos, procedentos de todas as re_gioos sem numero de misérins fisicas - pitra-
Suceesiva.mente, de espaço a eepaço, do pa.{s o n.tacados de toda a espeoio de liticos rancerosos, cegos, surdos·mudos, Rosai., brnncn~, de amor, !'osas ver!11e-
tr.o.nspoem O arco de trionfo e deacem enfer~niclacles: Havi~ doentes do Pc~!"~a, tisicos', le prosos, etc - de maos postas e lhas, do sncriffoio e clcdicaçiio, tudo JJh se
pela .Aven.ida Centrai longa.a e numero- Lour1çal, Mira, V1ln ~rane-o ,df>. X 11 a, olhos fitos na Hostin Santa, imploram junta em nclmira,·el c·onjunto fazenda su-
sas perep;rinaçoes precedidas dos seuR P~ Cuho. T,ii;hoa, To1-rel! ::-.o,·a s. Co 11_:1tn~ça, munn 1>rN·e sile nriosn mns rnemente, um bir ao trono cla Virgem o seu perfume
rocos, confraria'.~ ~ e~ta.ndartes. Tranc·nho, C'nrtaxo, Akobn('n, L?uza , ( an- olhar de miseric6rdio, umo. palnvrn de inobrianto.
Jnnto de n6s rezanclo o terro on rn-1 tnnlwde. Porto de lfoz, .\ ldeta Galcga, consolaçiio e de ronfo1·to. E ' hOh o a.lpendrc 011 padlhiio dos
tonnclo canticos 'c1esfilam procesi.ionàlmen- Ga, iìio, C'orucho, Tom 11 r , Gu"; r cla, Ou1m, As invocnçòes peloR enfermos, instan- doentei;, lit no cimo junto duma macn.
te entra 011trnR, 1111 perei:trinnçiieR do Fi,tueir_ti dm,, Vinh 0 ~, Ca beceirLt\~ ~le Cns- tomonte r<>petidas, de momento pnl'a mo- A doc nte prostrnda desrnnço o corpo
B;nto (180 p01,S<>ns) de Belas, Nazareth. to. Olc-1ro~, (aJTep;n 1 t 1o 8 n 1, oirta, ns- mOJ1to r<>dohra.m de inteusidnde o pare. i;ohre a enxeri:ta cla m1w1t e a c·abcça no
eoruch e (150 pes,;oaR) · "• 11 c·-a.o
) F'lh 1
1
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ti M · d Vngos Pom- de .\ qu<>m rno,
I ,r
(100 pes- t e lo Branco, .\ brant<>s, Fundno, 1\11tnsz;unl- cem fnzer ,, iolencin 110 Céu, pnra que i1e seio dnma 1,enhorn.
b - I· d
Il I c:,r e.
·-o , Sin · npiedo dnquela. l eg1ao
A nrrn ·- d e d esgraçlld os. .\ mhns choram; nmho" ornm cad Il qua I
ROM 1· ns e arrn .e 6 d Vinhos tr~ Pedrogio Eh•n!>, Pomhal, C'rnto, Dcpois o Sacerdote soh<> no altar e. can- com ma.ii; fervor.
bnl,
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'v ~I 10a PN~!IS)d
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FF,gue~r.
0'-<'0ll. ~~rti · nl"nn: !\fo;tt<>-R!!al , G~ll\·ein
H , C'O\·ilhii.
't J v
Lourinhii,
· d da
taclo o Ta11/u111- cl'yo, n bençiio Aa toda
, o ·, r-~e-hinm inniis tiio irmiio é o sen-
· . 50
1lJ" ' • •
) n·0 d Mo{ Go1:-. Ol11e1ra clo o<ipt n, .,ognl'trn

Denedirto, (Rl , Pi:~ons ' d ' v-~n do. C'rn,:o, l.nurede, EYora, Foz do An•lho, lienç!io sobe ao 1rnlt)ito o rev.do l'aulo
° n
a mult;idiio ajoelhncla o seus p és. pos n timento que thes vivifica e f:i1. vibrar o
-
en J\{ont<> ea,, r,sp<>zen e, tG a B , f . t r b d • coraçao.
(' ' ru S T , V 1'l 8 do Concle I Prnn em n, ate11 1u, ,.,11>t1 e1ru, e e·. , I Dnrìio A lves, que o1n so re a Avoçao Qno ternurn, que p;edade, que fe rvor
Mt o. oure, ei'.'l'.O!lO, .\ in~rriçno estn, n j;t enccrrocln ns O ~ossa Senhora l' o cumprimento dos na.quelas nlnuu,. naqneles rostos, nnqueles
e 'Brnp:n. . I
nd 0111W hnra" por nào comportar mais ,loon- I denll'es eristifos. 1·b·
Siio lindos e "1St<>aoe OR e--to artes, tes n p11nlh1io que lh<>s é dt•!>i.innclo em Por u ltimo organisa·Sl' d e novo n pro. a sis·o contempla·lns fnz bem, nfervora,
alp;uns clos qua.e& r~preeenta~ " erena frl'l1te da cnpela clns .Missa'>. cissii.o afim de reconcluzir a Imagrm do edifica, como,·e.
in<'ompnravel da n.p:inçiio da. Vtrp:em ao~ No pa, ilhiio os docntcs oram com fe1·- Nossa Senhora para n C'apela das apa- . Nnma a resignaçà.o nn dor; noutra o
pn.citorinhos. Oe cn.ntioos comove_m st pelo vor e espcram' resi,:i:nadnmente II hora da riçiies. Repete-se o espootaculo comovente cari nho pRra sofrimento: em ambas
O
!lf'ntimento oue a !etra. e n mu ro. trn· ultima missa. Em volta. mais dc.> rem mii da prinl('Ìra procissiio o os Yivns e R!I pal- um qua de espirituol quo arrebata e ele-
0
duzem e pela e:xpr<'sslfo de M pieda- pc-,son~ jnntam as suns preces :ls tlm; en- ma~ e os cnnticos o o acenar dos lenços va até mais perto dt> Nosl>a Senhorn.
fermo, implicando pnrn é-le~ 11 1•11ro dos con~tituem uma verdadeira apoteose a
11
dc.> rom qu<> s:i'o <'Xl'Cnt rln~. Nas miios do sacerdote passa Jeaus
Alcynma.s perecrrinac;oes, oom? n d.e sens rna.les ou a. resip;naçiio e o ronfor- Rninl1n do C'éu e da terr~-- . ahençoando e no passar com n bençiio do
P ombal o a de Fiu:uefr6 doe Vmhos.. ft- to rll' que rarooem parn os suportnrl'm Pouco a pouco n mult1dao d1sp~r11a-se seu Dens que eia nli adora pYesent" a

desta nltimn pns~Rr1tm


9
zernm o per<'urso /1. pé3 I 0 perep:rmos com m<>ritos pnrn o C'lé11.
noite I
em. ad?"
I
e os veirulo11 conduzem ao seu destino ~s pobre doontinha rcceb<> o osculo frater-
romeiro~, qu<' viio can~ando os seus canti- nnl do. sonhora quo a ruidava.
t
rocifo ao SantiMimo e:'{l)oS o ~a. ip;re1a. A procissio so lene -Represen- cos de do~porUda :t_ V1rgem. Nào foi n. primeirti vcz que e~ terras
paroquinl ile ll'a.timn, onde ns,natiram a d t d I Qq ann111 de Frit1mn, - a Lourdes por· da Fatimn os labios dnma. sernta toca-
Mi""o <> recebernm a 8a1ZTa.do. Comunhiio. tantes e o as as e asses tugn!"1.n, a J<>r11snlem do Occidente,-:- ram O piis duma chal(n. num acto de prer
Siio q11Mi nove hornR- Um'.l J?Tt1nr1e mnl- As Confrarias e lrtnan- r<>i:tistnm, em letrni; ile oiro mais um dia funda humildade e beroica dedicaçiio.
ticliio arrlomera-6e <>m t-0rno dn primeirn
O
dades - A revoada dos len· rle _tri11nfo I' do l!'lorin pa~a n Virp;em, Que O Senhor 08 premeie! .
font<'. Numero~i: 'll'rritns dirig<>m s<>r· 1 ços, as palmas e OS vlvas. mn1s 11m rspectnculo ~rnnd1oso e empol- Seja Ele Bemdito por ter fe1to desa-
viro dc ncer.,o, FilnR R<>m reRRllr r!'nova- 0
itnnte rle fé e pieclnrlo cristii., unico nas brochnr ali tao encantndol'BR flores de
cln~. rl<' 0111,rnntn " ,.,,nrnMitn n"~• ""· F,' qnnsi mC'io-dia solnr. Orgonisn-_s<> ,,np;inn, imortai11 dn hiRt6ria de Portugal. sarrificio.
n~narclnm l'm frl'ntc cle c:tclt1 tlmn ilnA junto rln cnpela rln~ Anariçòe<i o proc1s- Apr<>ndamos claqni a tratar caritati-
1111in7"' torneira• o s11a. v_e.,. clt> he<h<>rl"m siio rlo c·o,tum<>, np;orn mu(to m1tis snlC'nl'- l'isconde de Mnntello -o-a.mente os pobreR doentinhos que la viio
on cli.' l'ncherem 011 M<'tp1enws qne tra- : e iinpo1w11t.e paro ronduz1r n bronro <>S- de porto I" de longe a im1,lorar a prote--
tiPm ronqigo.
I
Fervem n.s ordens, rcpetem-68 os avi- n ('npt-la. dll3 MishaR.
inumernvel, J?&·
l;itnn di:> No'&aa Senhora de F 1Him11 parn • • • ~------
I çiio de Nossa Senhora da Fatima.
Aprondamos a sac·rificar-nos por eles
108 . E aquela multid11.o O c•ort-ejo pòo-~e em marrhn. A?~'. mpa-
ciont<> (' ÒO<'il, obcdt'l'P Sl.'111 1'1'!11dn111~n, nlrn-n 1.1 mn multtdiio ~t~Ormo ~!: ftPl!I d<>
rumprindo pontun,Jmente u., rnstruçoes to1fnq "' dnssl.'s e cond1çoes soc101R ..\hrem
f res da fa't1•ma
19"'
,·omo essa sen•ita.
'E qun.ndo OS 110S80!; pés pisar em 8 ter-
r,1. bemdita da 1'~:,tima Raibamos (·er ('ar
do,; · se1·vitns 1l1ulns, muitns , Pze, rom o rortPjo o;; pendoc:,s de ,·aria" irma~dn-
ener~ia, mns i;empre rom ~nridade, I d,•s r confrnrins. ~Pguen!-se as ,erntns
Subimos n estrada. O &-pectn,~1110 é l.'111 fil11• ,-erradas. Dep01~ o \'l'll<'ritllcln Ro••• brancae ...
____ com O nos.,o re:.pe,to, veneraçii.o e odmi-
raçiio e 8tnq n lmas qne 11ssim tào desint&-
re!ISlldamente se entrep;nm, sacrificando-
unico o indiscriptivol. '\7'6em..ae dozenns l magem t'Ondnzido nos homhrns <1°s be~- Plorea de amor e lnocencla se, no sen·iço clos pohree doentes.
do milhnr de rnmionK, nntomo,,.i,, tl'l•t11, ,·itas. Quando n lmop;em cheµ;a no Pn,·1· .7. dll A.
8 011 tros veirul1111 no longo da estro.da e lhiio, milhnres rii' l1>nços brnnc•ofi, ~<>m~- Entrt' 118 \·nriru; oferin1< chegn<htfi 11 Oi- ,
no<: l<>rrr1101< n1lj11c·c•nt1>s, m111111 l''-tc•11siio lhrrnòo um bnndo dt> pombns, 1<ilo agi- rec-çiin dns Ohrns dll (•'utiml\ not:lvn-M• um
de mn ito9 kilmnet~os, Di!·!l&-ia que toda t urlo~ 1IP lon11:e " cfo p1>r~; no nwsmo i;ohrei<Cri to em q ue rnaos de senhoro ha-
n poplllnçao ~o pn111 lii\ tmhn tran11porta- trunpo que Pstru11:em os ,·1 1 ~~ e odi~nm ,·inm <> crito estas paln.vras sing,,tni; FRACO OU HIPOCRITA
rio naourl~ rlrn, o n1!1 fi1t111 I tln ~1111 1111)!11~ n, p~lni_n,; <' os olhos de todo,- so rnnri•iam l'•ll'a n al,rigo do~ do, ntinho., d i?-- Yo&,,a
tn Pnrlro.l!lrn. pnrn 11111tn ,ln •,•11 S;111t11:1- ,h• lu11:r1111os de comoc:il'l,
rio pred1lecto, n. Lo~r~es portugno:im..
Por <>ntre I\ multttlao que t'>n.~nmein o
I Srnliora da éatinw o/Pircido pPlru
nnhu., do .ll1Jrn.
Credo de Lourdes - A Missa Aherto, (•ncontramo, tl1•ntro Il qul\ntin um padre.
Flo- 1 Disse-me urna vez ce~a _p&S<>a:
-Oh J niio, nao deseJar1a morrer sem
1
nn <'strnda, !nvt•m-~I' _fr«•cp1eut,•11 "' 11 te dos doentes - O terço do Ro- rl<> l!l :!½O numn q11nntidnde do pequeni. -Nesso caso porque 0 ~ dc~pl'ef"tls
frosC's (llll' (>XTll'lfnt'll\ nclrn1rn_c·iio t' n,,om• sa rio - Sete m il Com unhoes . no, notn'i nté lll(>~tn() rle meio tostlio, qunn- actualmente? E
hro. ob<crvaçoes ~ comentar1os ~":- do tin rl'~ultnntt• dns ofertns das Florinhns -lfotiio ! Quo é que queres?... ram
num,•ro de peregrmos t> da grnnd10~1dade l ' 111 c·,'ìru unisoun d1> nrne, fortP:. <> ufi- do Hnr fin P6,·ou cle Varzim . capav.es de me escnrnoo<'~, bom ,obesi. ..
cl11q11elc espectncu,lo _de fé e p1eda~e nncln"- l'tllltll O ('·n•,/11 eh• . Dm11nnt. Em Qiwm :{ilo Pstas florinhns? - , esse l'nso, r~"~.?nch eu, ('Oncorda
erii.tii., unico na h11,toria da n~a naeto- suµ;uicl:1 0 celebranti' <111 1111ssn rlos doPn- C'rc,ancinhns dr•srle Oli 4 8 0 nnos reco· quo em face dn relt~1ao, 6s um ~rac~. e
nnlicln1lt•. tr. solw 110 nltar c·\llltral '-' princ,ipin o lhidas durante O dia numa obra de pre-- pornntt' o!l tens nm1p;o~ és um htpocntll.
A aRsistencin é nvnliada em ~rc,z1mtas s11 nto ~nrrificio. Ao 111,.s,~10 t emp~ ? _r ov. serv~iio e edncaçiio. E is to é muita c•o11sn. pnra um h<-11111>in
mii p ~so:is. DI" r e penw na Averudn C'en- ca1wlii0-dit-octor doq ,ervitas_ d :{ 1111C!o a
trai depois dn pn.ssno:em de um11. das pe-- recita.çuo do terço do UMnrio, qn<> e: r<>- òade di' nlgumas nlmns. d~ e ntro o lama
rep:rinnçòes, depar:t-se um~ srena 811!1· zndu nlt<>rna.damente ,·om ~ porn. 9.~,l~n- j das rnns: crean(·M pobrt>stnhns quo cle
Flores colhidas pela dedicnc;:iio e t 'nri- s61
....
I
plrs ma, nltarn<>nt<', e moc1011r.ntc•, ,.,,111 ,·io P pt·ofundo P n <l<>1·oçno dos 111.·1~. in- seu m nl teem a vidl1. Urna visita que
vist~ arranca la.p:rimas de muitos olhos, ten ~i fi ca-M•, 11 mNlidn que s<> api·o,,ma Pnbrc-s flodnhas ! se nio deve receber
1·m11 mnlhrr rlP tnl.'in inad<> 1'"7.ando o momc-nto nu11:11sto dn C'onqogrnçi\o,
em ailencio, desce lentamente de joelhos n e vez em quando l'nton_-~e 11111 <·nnti-
. Ma~ tcwm coraçuo... 1 .
Arnom a Virgem dn l<'iitima «> 08 seu1; . Tnlvez t~to ,o~ pnr,~a r~ t'.trnr,10 ,rJe-
· A o-

a Avenida. Ao le.do, dando-lhe a. mito, co ~·m hon.ra dt> ,J..,us-Hoshn o_u !lo Rn,11- doenteq e com qui" ternura! hdez_ : mos a pru~le~c1n d(\e u r I
cnminhn O mnriòo <>mimnhnndo 1111111 ,·dn ti~s1ma 'Vtrii;em. Qn:tndo a '!wtnnn :Su· V ild<>. Dentro ac·ornpanhando O wa renctn sobre a p~ltdu • . tn mnu
nresa e a front~ doia filbos gemeos de cro,n ntn doq nos~o~ ~ltores e l<>,·a~1tndo oferta liam-se estns pa.lnvrai;. Ori_\ ola nos d1z, quo um < er st1hYer-
oito nnoR i• umn filhn cle trezo, rado um i•ntre o ('éu e a terra, toda nqueln nu<'n- «Rsf P dinlieiro I nfr.ruido a Yo uo i::.e-1 vis1tn.nw se da n? prazer ;~. ue o
,lt Ìrs t~mhem com 11 m 11 vc,Jn n11 ",;~. ~a mol<> òe poYO ajoollll\ !'o chiio, c·nrv~- 71 1,o,'.q. <I.a Fatimri pa,·,i ajuda do abnao tor as idoias morais eia fnm1 m, q
Viernrn II p~ dn. Ribeiro de. Rio de Mo1- ~~ 1• nclorn o ,Jesu q <'~C'Ondtrlo sob lt!; <>lipe- ilo., dorn tinh os, esmnl1i o/er~cida pelas r 0<·è~o. . d sca ar n sua
nhoii. onde re~idem, ~umprn~ Il promes- ,·w, do ~acmmento do_ 'lt'II amor. . .· Flnrin lws do Jlar , que .,e prwaram rie . :N1L? ba out!o me!o e e. p ndar da
so que tinha.m feito e a~radecer a Santis- •.\ ('nmu nl~~!l ~ mnts 111110 vi>z ,l1,t1 I· COM ,~mr alguma.• q,,l,1~ei1na.,, ofrruen_dn t1rnmca ousadta senno po-lo i°o a
ima Viriz;c·m n cnra <la l'spo~a "mii<•, q11e lHtlfla ,,o~ f1e1~ .. J>1>nam lor co111unizncl_o t·.•fr.., .~arri/icio.~ 11arn " ctjvila do abriyo rua._logo que _ele ~e aihc~n ~- n porta
:n l'nt·onlr11Y:i j!rn,·<>nwnt,• rnfornrn. ,,m n~- <·erNl ,le. 4'te mtl Jlt'·''oa,. d.urar_1tP nrl o1~ tln.• d11r,.fi11lws dr V o.,.«1 Senltora da Fa- Nao espere1s I para. I • ~ ec ;:or seu mor-
ri,:!o dr dcln e ,!l'~rnv:a1101ln ,!11 s1'Ì<'ll<'to lc.>ntit m1ssns r<•lehrMln, clescl1> ,i 11111 rn ti1111J..
hnmnno. gnrln. 11(111 111<1• q1Lerì11m
na carn, que e e te n
,·omprar rebuça(lo&, tnl VNleno nn. nh n~ e ,os.~o
et ,an('n fil ho on no
de
, r lu;·a11ia.,, ·,1mcnclni11.,, 1•tc: lembra11do·.1e cor:1-çiio do vossa f1lha: seria tare1e
O Posto das verificaçoes me- A Bençio dos doentes-Lagri- ,lo., r/1iP11ti11lto.• .w11,ri/icurnm O .,1:11 to.,t,io ll11\!8 • , • . inrn,d 011 O
dicas - 0s medicos e os mas de comoçao -Supli - ()Il .J l'(Jllf ,,rwe rrrr1m1111 d'alo11ma ('.11110· 1 },,~~(', n btlançe, e o "''111
doentes - A resignaçao e a cas veementes _ ,\ apote- linl,a. Q111' -:,.·os.m ,C:::r11 horn abl'llfOI' r,. f r.f n'lllU lwro.
Voz da Fat ima 3

-A mim? I
Um din, porém, apresent&-se aos actos gumru. flùre, nrtificiais e• outrns nntu-
Fases do casamento da moda -A ti. religiosos urna filhn cle importante fnzen- rnib, que dn minhn te~, spesar de lott-
Dito e feito; o cl&>lllmndo furioso ati- deiro, com vostido imodesto. Advertiu-a ge oli cheg11r11m dçosns. E' que eia~ sa-
-=- ra um murro a cara da mulher, que a o s;icerdote, com bons modos, do quo, nn- li_em o fim C'Om qnt'I fornm creadns, t! ao
deixou a escorrer em sangue. quiìll!s lrnjes nao doveria vir a. greja. f1rn a que ,p dei;tinavnm.
J.° Cor de rosa Seguem-Re bofetadas c• pontapés, la- A C'onsoquoncia niio se fez espernr. Dei,ejando pois, prestar a Minha liìie
grimas, gritos, deismaios e era umn vez Chnmou o fnzenòoiro capangas (ucacetei- Snntissimn mai, nm preito de homena-
-<Jom qua entiio vaia caaar Joaninha?
uma mnlher se a policia e o& visinhoe roll, diriamos n6s !)ID Portugnl11) pnra gem e grntidiìa peço a V ... Re,·.11in a su·
~Sim, minha amiga, por todo este niio acudissom oportunamente a pòr ter- ,·ingar n nfronta do padre. A's 10 horas bida fint>za dt' dar publicidade n estas
mes. mo a tais, caricia.s, levando o bom do mandou chamar oste, dizendo quo estava minhas pnlarro~, no nosso querido jornal
E ... qutlm é o noirn? rnnrido pnrn o C'iomissariado. a morto o desojnvo. confessar-se. a «Voz da Fatirnn. Aproveito a ocMilio
- ùrn belc.. 11•11&z, de v1·esença gentil, O sacerdote, em vista do quo so déra, para nlgumn C'OÌ.Sn dizer sobro o que ali
<·leta.nte, ~impatico e ... poucos dias antes, ostava cei;to de quo so pass~ n11quelo lu@:ar bemdito. O que
-Desculpa que te interrompa.. :g ·vir- 4. 0 Negro e çscuro
. se tratu.va de urna cilada, mas la foi. nli presrnoiei é indisoritfvel. Ja no dia
tuoi.o? docidido a sofrer e, quiça, morrer cum- 12 do tarde o movimento é bastante
-Ca r•arn. n6s: de ir i igreja gosLa - Para onde vai tao cedo, visinhaP
prindo o seu dover. oonUnnnmenw chogsm csrros de tods :
JJouto, nem !ho "ii.o muito no paladar -Ao hospicio, minha filha..
Ao chegnr a fazenda estavtt o fazen- esp~io dospejan~o imcmsas pessons, e, a
as mntigcu dos padros e muito mon<M! 0t1 -O que te lf'va la a esta horaP
cleiro espornndo it janela. Logo quo o viu mecl1da que a no1te so nproxima, o mo-ri-
beatérioa: todavia tem um coraçiio d'oi- - ,•é:
rt., Quo coraçlio I Eu que o sei ... como se- -E mostrou-lho uma creança. recem- col'reu, meteu-se em cobertas no leiw, meni,o aumenta; centonas de posso115 avi-
debaixo do qual estavam os ,apang:i., nr- dns cle snndnrem a Augusta Rainhl\ da&
r:i curinhoso com sua mulher ! nnscida, rachitica. e muito feia.
-Mas julga& tu que é C{lpaz de amar -Jesus! De quem é o crioY maclos. Chega o pa•lrtl, o 1l•«•bido ,;0111 Anjos, se dirip;em paro o Yasto planl\lto
-Da pobre Joaninha, q.ue aca.ba de toda n naturalida,lo, ,·-,;-i h111c!o no qu11r
aumentando ossim mnis e mais a ond~
como de\·e a sua esposa e educar criatii-
to do uenfonnou e 16. deixado -.o, para a humann quc no sPu nrdor do F'é e Crença
mente os filhos um homem impio?
-Ore.I deixa-t~ de escrupµloa I...
-F.sta. bem, la ta e.venhos.
I-
dar Il. luz e esta muito mal coitadit&I
Vnì morrer tnlvoz, e o maroto do ucom issiio».
mo.rido anda a correr mundo. H-a jti seu
Chnmn o doonte pelo nome o sncerdote:
so pro,tn de joelhos entoando ~ seus
<·inticos em l0111·or 6 Mite de Deus N.•
-Murlando de conversa.... Vem vèr o me.,es que a sbandonou som uma ve11 se- Nada. Aperta-lhe o pulso. Niio eucontra S.• E' noite, " entiio uro sncerdote ~o al-
mou enxovsl. quer pc>rguntar por ela. pulso. Apalpa,.o: Gelaclo, corno um co.da- pendre do ('apelinhn onde se co!O<"a a
Tenho pressa: outro dia. -.Ah I que homem tao mau I ver. Sacode--o: O homem ostava morto. Branca Imagom cle N .• S ... do Ro!'ario da
-Tenho pena. la& "ér o ,-estido do noi- - Tsto ja ora de espernr. Mii an·ore Todo compungi<lo, sai fora do quarto e: Fntirun, <'onvicla todo aquda multidiio a
,·ado. Como é olegante I As peças de rou~ niio podia dar bom fruto. uCheguei tardo, minha senbora: o nosso rezar o ter(·O t>m honrn de N ... S." segurn-
do-se ~ chnmndn Procissiio das velas. E'
J>a brn11ca sào um primor, com bordadoe -Dom é que o oxperimentem em ca-- amigo Olita morto In
e n•11dns feitas d'uma m11neira admiru- beça alhoin tantas doidarronas que tao O resto da scena é faoil imnginar-;,e. muranlho~o. '<Urpreond(lnte, digno de ,·èr-
so se~1olhn ntr e~po<'taculo. Milhores de-
• c•I. facilmente se doixam enganar polo de- Em conclusiio '. }jntre prontos e exclama- luzes. 1hu11innm o Yasto planalto, onde
(J11e lindos !... monio ,•estiòo de homem ena.morado. çòes da ;UTopondimento, ali mesmo se
~no posso. Joaninha, bem o sinto, atirnm iioi. pés do :;n.cordote n, viuni, 11- os_ hrnos e<'onnllo 110 ospnço os louYores a
Adc11,,. filhu., os capangas o fizemm confissiio do V 1rgcm, nos C'Olllo\'em, <' nos tra nsportn m
maldito plano urdido. num cxtnl!(' de nmor pela bondade infini-
I•; a nmir.n, afastando--~e. fa dizendo ta da Vfrgem Mao de Deu~. .\ procis'-ao
co11:;il(o :-QuP lonca raporiga I Como pa- Deus é Lerrivel 0111 fiOus castigosu.
é dum comp1:imento. t•norrnl.'. Toda aque-
gani nquele luxo e aqueles primores? Os
,,,,i,, .sào pobr~ niio t>sliio para de&pezos
ORosario e os homens ilustres - - - - ·..·+ - - - - -
1tn Jtentr rodern depo1s n C'apelinhn de N.•
." e, ns ~uns prt>Ces 1• cantic•os C'ontinuam
d!'sta 11ut11rezn. )fai:; tar·de :;e nni ... todn a r101tc>. Veom-1,e imen,,os penitente~
A cura m1raculo~ de um joven de Piedade d e um bom fi l ho q111• de rnsto~ ompunhnndo M i.uas ,·elas
2.0-.-Vude e 1:ermelho quinze ano& que i.e deu em Roma, 0 mez agrndccem ~ 8nntfMima Virgem N ... s.;
pru;'-&do, durante n recitaçao do Santo d R
• l
Q ue botla e e~h, ce tanto ogue o.
f l d ~ Rosario • .nfen,orou o po"o no uso quoti·-

l'mn \:roanra que ncabnva de fazer a 1
''
°.
OE.a_rio dn I<'étimn a sua Dìdnn Mi-
senc-ordra Oh• <'Omo t d O 1· to é 1 I 0
- _\ do Joaninhu Mendes. diano de urna devoçào, ja tanto prati- suq. pr1111tlira c·omuohiio - conta uma · bi' · . ·• u " >e , e
'd cada e recomendnda por pes•ons o• mai's rovista catolica france:ui - achava-Ml que ~u rma hçao do nmor. e Fé pnrn com
- Q Ufl ta11 e que <· h u,ma d e conv1 a.- "' a V1rgem N S .. , Como 0 · t d a1·
?~ ~ oc; 1
0
.. -

d,h: ,1as O copo d'aoua é que hade cus- ilnstres dos tempos antigos e modornos. bastaut.e d=on110lnda, porquo uem 11eu d .· . 11
,. •· .
tnr u1nn" d1'nl1e1'rama I E'_. nota.ve} a devnr. iio pelo Rosario, em psi nurn sua miie ium n 111ii;ea ap86ar e, rnmoR porque muit-0 nh tmhamos
- P. ,111 e 111 0 duv 1'da? I -v
S. l• rnncrMo. Saverio, S. Carlos Borro-- dn,d. .suus, re1teradas
.
f
1
suphons
.
• '
. dpara o con- . ,o
que np1·endt•r. ~Ins o ncto e
• d os. os outros, o ·mais . <'omo,·ento1uo ,mp mais
I t
an a
~iio u1t<>rc,
· murmurar mas ... corno vi- meu,
B lS. V1coute
t' d E de Paulo, o grande sogurr. ltm a.o" < a to1mos111,
· d os sowr
· pa13 imi>ress· · 1011 a,•tn - d
• ,., t• qunn o n rancn ma,- h ' I
1Tem no N ' a ~.
1 •
rii.01-ngnr essn despozn ! ? o_ssue-VlfJ, mar lr o qundor, o imortal o m~mno reso 1 n • d R OSttrlO
., . d Il F-'1thmn . .,
' t,·ou • mw1r d' O}88ua& m1ssas na "' 0 .,.
-Eu sei la mulher I Ba coisas quo I,eno -" , etc. somana J~oi· in °!1(·ao • _ C'Onrluzitln p1·ocis11ionnlmonte da i,;un Ca-
f-r,,bori• roquobro a cabeça, nio se pode~ Outros santos, corno S. Francisco de Sua mn<.1, nnc1o~n por ·,~ber n ra1,so pPliuhn 11 Nm·n C'a > l II. . . 1
, ou,JJioender. E por..,ue me dizes que as Sales, oram obri11:ad.os_ por votos a reoi-' da~ sahidas mutiuuis do seu filho, se- a Mis~11 'rlo 11101·~-c]i.lae lapuiul se _ce e~:sr
" t R . d . d' l h' d . ~ ~o r, anç111 n. r.x•n-
bons siio pnrn a tnrdt:>? nr o osa.rio, quoti ianamente. ~u1u-o Ulll m, o, u.o ve -o sa 1r a 1gro- çi\o 110s enf•'rmos O II honçiio geral.
- Porquo O sei. Dizem que O marma.n- , Q11ando Daniel O' Connoti, o grande Ja, poq,:untou-lho :. . F.ntii'o. Oh I l\faradlhns do Senbor 1
jo éi pouco nfPito n padres e da-se po1· sa- libertador cla Irilmdn, se enoontrava n.
. f b p l to I I 1 -Que
Il . """R
aqu1 fazor tanto a m1udoP
. . l\fìlhnre di' len•·o~
' . . ~ ug i'tam no ar
~A .,

t11, eito sci com o ca~amento civil mas rnçoi; com O nr amen ng ez pe 8 -:- ont~m nm o~inr m~RSn. por meu J)lll'C<'Emdo bnndo~ de pomlms brancas sau-
por cnnsn. cli\ bt'm parecer 6 a in.stancias omancipnçiLo cat6lica do seu paiz, pas- pn\, o. hoic por mmhn mao, rospondeu rlnnclo n Virgem, ntn•en• <I<.> flores cnem
dn. Joaninha i,empre se resolveu a ir ti seavs. constnnt,.mont<> pelas margens do o menmo hin~·arnlo-~o-lhe nos braços, sobre a rainha dos AnJ'o, · ns pnlm
·
noitinha a igrejn. T nmrsn. N o d 01111np:o
· ·
!<E'~Ulnte o ~>10_· dos? e b_om nrliunnçòe.,, ns suplic-n~, · , ~ chtiros, os, atin-as
0
-Mau, mnu, mau t. .. Nuoca me agra- --«Està preparando o di&curso para flho tove n ~11.'grrn do _nsi.1st1r a m1s"D. j!;Ml ns raia~ do delirio. Os rorn~·oes ruais
dnrnm cnsnmcnto" no ei,<,ur<.>t·er 011 clc n.manhii ?» - di~se-lhe um dio. um amigo. entro i,eu pn1 e .,nn m1te. I
duros SE>ntir-;;e-hiio ~f'nsibilizados. e com
nor te. Siio ,t•inprn hem e:.curos. Cnsnr, -Nao; rcspondo 0' Connell, most.ran- cert<'za qui.' nnqnele moment-0 muitas al-
rie manu;, c•et1oi1- de bem confessados, do-lht- o rosario. -- Lt•,·anto ns minbns ___ _ _ __ .,.__. ,_ _ _ _ _ __ mas cl<'M'rc,ntes do poder da , anttssima
porq,1e o negocio é muito serio e niio o prect>..~ il Miie tic Deus, afim de quo mc Yirgem, se hiio-clc tor con-rt>rtido.
quc rr,~erc> a nlgnmo.s malucas. njudll no trabalho quo emprehendi pela Em todos or. olhos se vé<'m lngrimnR de
-Jt.; aepois, llflpois é que vai seri Bem c·aosa de , ou lfilho».
rccheados clo comida o bebida tanto os O ralebro compo~itor José Hayden,
AMfNHA PROMESSA verdndeìro amor <> C'rl.'nça poln. 8antissi-
rna Virgem N.• 8.'" do Rosririo da l<'ati-
noivoo corno os convidados ;nssariie a onco11Lra11do-so nm elio. em companhin (lmpres&iiH de uma peragrin,) ma; e F.:sta nn 8un c>xpre~siio tiio linda
noite num bnilado, em quo, corno é cos- dum professor de mu&ica, foi por aste tiio h(lln pnrt'C'o olhnr pnra todos e dizer:
1.ume, a docencin é pouco respeitada e inquiridn. a sua opiniiio, sobre o melhor no~: descançiw, tNrho ~iclo, sou e ser,1i
oxnla quo o folguedo niio dosando 'em rc>nwdio pnrn redgorar uma mente can- l<~rn em fit1R cl<.> outuhro J1n~s:1clo, num n V-ossa Prott>t:torn.
· · ·
pnnrnc I1tnn, qui, nno 1·ni-a., 1·c1.cs "' o n•- soc n. 1 dill em q111.• ostavo c11.n~·ntl11 do tanto so- l''-t'JIILO,
· todos(' nli <11winmos ir pnra qn~
ma t o d a f est a.
-
H nyc1en, Sf'm a f oc t açno, nem respe1to
· fl'er, rr<•orri c•om o ('Ol'll<,'iio <·hoio d11quela
l o nos_so nrnor.. ninç·n. Fé e C'onfianrn pe-
y

· I111 a.unga,
· I
(•'é-, om c111e por momt'n o~ ,_i nossn II ma I 11 V n·gom N .•. "~.A _aumt'ntc> mais, e-. pos-
..__ mrn
uonfO!!So-...... quo este I1umn110. l'(''>poncI ou:
m1111<1o ost.. ~ 1wrd'd 1 o. Q ne po de esperar-se I - ))t>po1~· do h1wer rec1·t nd o o R. osano · parece drsprender-se <111 , 1 ala y· tt:>rrestr·e
H ~nmos sor mius <11gnos dn Sun Mii,eri-
de c·n.~nmentoq ,l'Pstes? quc• ,.,mpr·p trngo l·ondgo, ~into-me revi- e . ~lovnr-si• nté Deus, a. iqi;on~. '. nn- <'or<lin. Eu sinto 1111.udn,fo, clos moment~
~orndo dn nlnrn o de corpo. ~hf..iml\ ~-· S.• do Rosar:10. du ~·-1t) 1110 • qu<' pui;sei jnnto do "o,~n Senho
( 1,e, r<'ul, um dos (luimicos de mais no- u~plornncio--llia n ~\llJ D,vma 1\1,seru•or- 1 quek• lugnr Rngrndo t<'nòo ni, na-
3." Hoxo e /J'' rd0 111nuln dc> Frnn~·u, ,ojn. pclns suns publi- dia, c•m mC' dnr um pom·o mnis de sm,de. lilo longe en l.',tej I.'' li . po!"u q~&
.,. ('U•·t1es, torno 1,clns de,cobcrtns no cn111110 Em tào bon hora fi1, I\ minhn inY0(;11c;iio, ,-PZl.'o; peclir i'unt0 a I
~ v·,rgc•m, c,uo, nt'i. 11rnquf.'11> •In Fatima n - ua f)'cc,·' 1!.
o gos><dn
1 ,Rr ~a!s
o osano
· ··ou bt:bndo, ""'" borracho ! lsto ruo I s<>ientifico, , • l' ·
nào dl.'ixou i'àmaia o seu Ro-- 11 t--nn •~~imn
"'·
1' ··mn J> rot t>cçno - e· -..--
· i J>Odh nfirmnr ·' su.1-
horu~ de \•ir para casa? -sano. do que ,ompre ,t; utiliznva, ji 110!-. mi1~m_n moml'n t °• quus • c;()ri<'ordia pnrn o, mpu, pnis para ~im.
Ora deixn-me, anda. 1 do~ 1· • 11a 1,un io e I kr ,Hlo ~ 11nd ll. . l' p:iru todn :1 h11mnu1·d il
·~ilo, nao, mil reze1, niio. ~ào se Lem- 1,eu~ 111 " ' . · • a . • ~ :; " )( 0 "· ~euc O (lonll'<'<'l n,•-.~n 1111',1111\ horn a lazPI' 11ma • . , •• . Il e.
bra1 u1a din inteiro de sua mulher ne.o um tli,, nSIO . n•citnuclo-o 1111 platnforma noiPnn, r('zomlo todos o, dio.s o terço ern
c11icl11r dn!f 1,uas obrigaç3es, tor p~rdido lh• 110)•t .. ~rnça o, l'lllqunniu ,,p;un r clani
l\O jogo até no ultimo real e querer ainda t·ornbmo.
O

I
honrn dl' :-- .• ~-· rio H.os;ìrio rla Fatima,
e bL•hen<li> 1. 'm jPjum n Suu 11(1;1111 Alien·
_________...,.________ _
l•rnnlt•trn lb clP ,rn,o rie Ul2i
Jfo.w, P1Ti11 r ieirrr
q11c m1• <,olei Ah! c·omo sou desgraçadal ....---..- - ~ çoacln. A :il•µ:uìr a l'sln no,·onn. e, p3rn
- .fo .. Jo . .. Jo ... aninha niio me tires co111plonwnto clll minlm devoçiio. fiz mni,-; I
do 111('11 :.Hrio !
-·l~to é tlm interno. Os credores nito I
I
U
m caso n a o acaso
ontrn non~na di• Miss!'" 1· Snirrndas l'~ I
mnnhòPS prumrlt•ndo 11 pessonlmente n-1 Urnaconversaocaracterist1ca
1111• h1rp;um. 'I orlo.., o,- cl,·~izo,.,tos ,;i;.o para
min1. Qne v11rgonha I Ainda se nii.o pagou I -=- i;itnr N .• 8.• 1rn locnl dns npariçòes. J ti
q~o paN~iulos oito mc•sP~ (' p;rn\'lls à Vir-
n d1•spezu do 1·u1w d'u11ua do casamento Morte repentina de quam dmJ· ,va vingar-se vom N .• H.• rlo Rc11;1frio dn [~Mima, le- ! 11 l'Cllll <'lbno ,lt• 11111 lotrndo budhista que
llm fuc·~o d1gno <Il• M'I a~i.ip;nalado é

e j;i lti Yiio dez m<>ses. nho pus~ado mnito molhor, tonho poclido ~rrn'lton tntnb<'m no catolicismo a sua.
.\ <'01,.tureirn niio me deixn. a porta e , trnhnlhnr, o t<•nhn 1''6 qne n~~im conti tnn:it,u. .. . ·~
t·om tmtn a rnz:ìo. Meu Deus, meu Deu&, .\l1,1;11th jorn!i~ 1·at'.ilic·o~ hrnzile.ì1·0~, cn- 11111u·111 protogid1l p1>J n, (lr11~·11 ,fo Dem, e l h~M· filho . de Smo, (Rnugkok ), com
U1?110 lui lnuc·n 1•m 1·11~rcr 1·0111 ~c>me1!1nnl.t- frl' c•l1•,; o orp;ao ol1<'1osn dumn d1o<'e~e ~l' clf' ~o'<sn Re-11hc>1·11. J•'ui portnnl,o c.umprir 1n un~s dP 11lad1•, p11,so11 hoa pnrte de
pe1 ,lido, Minus. nnrrnm o -.egninto facto, cuJa 1 11 111 inhu proml'ssn. 1• no clin 12 dc,sw mez "11!1 ndn nos p11god<'o;, u l",Utdar a dou-
- ·e ... Ao ... te niio ca ... lns, eu bem n11tP11ticirlade gnrnntem: . :is r, horns da tnnle ,-lwiznvn .i ton, tnnu dc• Huchlhn,
te 11-ri,,o, rna m111l1N·. ft Pl•b-,on de tocln a hnn1,r11hili<lade <'0 11- 1J'Trin, cliriginclo-rnl' Joµ:o 11 ('upelinhn de ('ontractndo p<.'los mi~-,,i.onarioi; catoli-
-Infamo! Aindn te atro,·es a chn.mar- tn-nos o ,pguinte ìu,·tn. pa.,~mlo cm Gu n- :,-_n S ." coni 1111Ìito c·usto (,lc·~·ido 11. qn:in· M~ 1·omo profossor ila i;u11 lìDJCUCt nata!,
mc m:i mulher O rnrw,in, rlioeè,l• <lt• ( :unxupt:., E~t.1clc> d,• tìclnde cll• pc>s~on<., cpu• j.i nq1wli1 hora 11ii11 taròou <'111 pc•clir-11w, um C'ntcc·ismo
- C'u ... ln-te, ,Tonna, fechn-me essa bo- :\1inn,; : rmll•111·om •~ ('npc>linl111 I C'on,1>g11i inno- 1111n1 lc•r <·111 1·11 n <' c•xpliral-o ri sua mu-
c·n O iwlow 11tiroco pr{-ga1 n ,C'mpn, contr:1 11111.ir-nw 110 al1wnclre, onde se> erguin a lh•r o fill10<, como in~tn1c\·iio, mns logo
- - Cnlnr-meP Rao do om"Ìr-mo as pe- o,, l· ·:c-c,~ob dn motla. D,•poi~ de muita J~rnnr:1 lm:1~<'m cl<' ;,;_• ~.•. purn prostru- s::i c·o111·erh•u e Jll'diu 11111iore in,trucçoes
dra~. lut:• <-011-q~uiu 11m• todas n~ :,t•nÌ1oras I.' dn n Sc•us p(< , nj?,rncl<'c·C'r-lh1• 11~ ml'lhon,, ,nhn• n F1•. Dl!pois do 6 nwzes, foi bapti-
- Olha quo e11 qurbro-te as <'Ostelas! ... ~l'nhot·illb do lui,;nr ,p 11pre1>C>uta~sl'm 11a Que 1110 t11m 1l11clo, " os 1h•rnni>1 hc•nefi<'io, zndo c·om o, ~011R.
- .\ mim? ig r{'ja ,<.>gundo ai; l'l'grns dn mOltc~t ia tlis1w11s11rlos ;i mim c> 1rns 1111>11, ,. ofoncH· I~ todo, 1·ome~·aram a fr,'(Juentnr a aa•.
- .\ ti , i;Ìm, a ti. ,-ri«tii. , lhc c·onrn tril.intn da rninhn grnlicl~o al- Jl.l',Hla rne,a da t·omnnhiio.
4 Yor da Fiti,na

bo::i)_, di1r. ? llt't:i;uinte l"'ltO i:.Jrt11 .~. fle Ibrullo, <le~e'!lnn: fulnl, a da 1 v oz:DA
,
AS .CURAS IJnnl'1ro ultrmo · · doenço
~~·
mMl,f,ri,a por ct>mJJleto me-
um
KI!'
111ard10
r111
FATIM A
uSnr. Director da l'l'l'Z' ,1,. Ffrln•HD _, tle i!.S hom.~, fe-ttdn ,. rlol'n.te mrlhoru· Despezas
DA FA TI MA .\ imprt'S<1ào gol! 111niln· aMte mome11116 ffO >·1q1it:lamP1,t,. " ,,,uonlrondo-.~e hoje
1 :i pouc:n c>nltrrrn dc qn" il'i"<rwtnht'I p1..fvn.m- 1 r<>mptrlamn1-II' ru-rmlo. Por xe1· 11erdade I T~·::rnsgorte .. . - · ... - .. 67.0~'l 26
mc>, bem rr mru pcsnr, d\i· frr?A'I' n rl\'S(·l'i.: .' ,. lii " ., rr p111lidn }fl(" 11 pi·t'ae11te atr., tado P 1t.pel, composi(:ào• e imp11essiio
Jose Mar tlns da Cunlla Viana cscre- çiin 1•nmpletn dcrm cMo qm• V. me pt>llmi~ ' q11" <"fYltJr rm.FJ, ,ro-,, ,n,infln re,pon•abilidade do n.<>· 56 (56:(~JOOl· oxenllfllB-
,·e-no,., o di:&: tir,, quc tcnha :i sntfofn1;1i11• ~ ' '"'' publi- , vro[l.uiOBtd. M"~J ... .. . .. . . .. . '. . . . . . . . •
«Ex.mo Snr. <·urlo nr~sl' jnnini e~1><!r1111cfo po!' 1'8~ a Lt.v ~l .12 \ te ,1.1rçrt tlt- 1927 Selos, exp!frliç·iio;. bran!tf)o91:e'I,.
Em Ap;osto pns·ndo r>ri11t·ipiou 111~ mi- snno~quir,~nholl-pftn-Jidn'Cie,. qu"rN'onli-e- elle ..... . ..... . l;i :HJOO
nhn frégm,sin de C'al'dil'los, Vinnn do C'ns- 1 ciflam<!ntc• m.zrndcço. (wJ G'[Jberto C'arrilho Xavier O"'tl'ns- dèspl'ini.. .... _ ... 2:?-i$00
ufo, a grnsMlr a fehr1• int<'stinnl, hav<>n- l•:m fin" òc- ontuT\rn rlb l!J2U n<loec•ru o
do mtiiti11simo~ cnso>< p ~c·udo nuwnrlo cln m••u pol,re fflhinh,., ,tm, rii•o dn ('r117, Nfa~ Felford'alle Vannl'er, d'a P6Yoa de Var- S-omw .....
mci;ma infC'rmi1bde (!un,- pcs~n<i di' mi- cl1•11·:i, <"-t:tYn ft nwrrrr. ( ham:lfro o Ex.mo 1:rm1 e!ICl't"Te Pm '?r de m:uço:
nhn familin, urna filhn e um meninn dr ',nr. Dr. Tinr!,1111a c!c,·ln1·011 """ n t-ri:.ur- u'rend<7' mfnha famjlia no Porto duran- SubSCTip-çà'o'
I
4 nnos de idnd~ d<' nnme Antonio •n <;Il tinhn prin<·ipio crr mt>11111µ-it,,. nrn11 qut> be ru rev-ofuç·ito o encontnindo-se em si-
Costn C'unhn Vin.na, o quo! estnva de.~cn· Ì$!:nonwn qnnl cli>lir"' ,.rn 1•ibto l11n-P1• chia~ tmnçao ernicw ree,,irri forvor08amente a
gauado pt'los médi<'os de que niio <'fC'a- qualitlncl1•, "" m<'ninPit c•q. r·hnm,•1 1i se- !ll"os~a S'enr1orn dn: Fatima para que inter-
pa,·a. Dt>C'Orrido nlg;um tempo, qunndo ~uir o Kir.mo ~nr. f>1•. ("nrrillm XnYi-er l'"ii>s""l :>.a1Tvamfo>-1r dO' porigo, prometendo 1!:in inram rlc>z <'s codos : .Xnn·nimn da
pnrcc•in qun in a molhor, talvez por 11:~- q111• <'xo.minnu n Prrn n,:11 " V.l'n?ic,011 gut' 1 J)1tlilicnT esto. p;rnrrde gt'l\(,'8 se me ouvisse. lCil rrnhn Gi·11,1dc : D'. Clementf1111 do C'n-
I
cuirlo no rl't?;Ìmen alinwnc,,,, , i,n().Jo 101· e<1tavn n.trrNirln da m<'ni,witc t:11f>cr<•ul0Ha· Fui· ati,nàiòn e, po,r fas() com o coraçio nha Est.e,·e~ itnonim,--r ( ,T. CJ.) 1). ~In rin
algumas ve11:es, comploramente fH'rrlido 1~ mns qu<' nindn pnrli'a hn,·Pr rl11viclni1 e l'c·h<'i'o cfe• (i e òo reeonhecimento i\ 89. 'AH1clla Rol'g<'R Gnrcfa, n. :Br::mC'l'I F'Pr-
J)ont,os de um dio., oor o umbil!O snir nc~se rnso ~Pria mPlhn1· mon<lhr :i- nnnlise. Virirom 1tj?;rn:rloço.The eirttt iz:rande grnça reirn· ~farviio; Geralclb A'.tnarnr J\'igu<'ire-
grande quu.ntidnde dc pui extr1>mamen- :\fondei no Tn~titntn Cnmnrn PP1st1111n <--on· 'l>em ronro nmn mrtrn concE'dida na mesma do, ffr. Joiio Homtlm <fe F"igneire,lo,

I
te fetido, r cm grande qnantidnclc>, tnl- firmando-s& o dinP"no11tfr•o. F.in \'irimlo dis- oc:-osiìio. »
voz de 5 ou 6 litros ! Tinha pois h1wi1lo Lo quc n~nho dA rliicr n F,x.1110 Snr. D11.
José Brigida', .Toaquim Pinto Olin•ira
Uaptlstn, D·. Maria Luiza Saa:.-(>(?rn de
umo. ruturn inlost,inal. .\ crcanC'inhn en- ('n.rrill,o Yn,·ier clrnmnu -mo de parto e [ Vlt ar era Cost-a oergado, tra.vessa da Albnqtrerque, D. Nfor ia d'!I {'om-c.•içào
cont~avn·so _d<' tal m:ineirn qn<' C'au~nvo diq.«e-mo q110 l'm virtmlc rin l'!'sm_t.n-dl? ,fa, 1tro.liuqueta 38-r / r--Lisboa fregueeia d'.Al- Mortlns, D. Ealalia· Mende!:> Ctrf:m1l, ,José
d6, 1mpro.~s1011nndo torln, os pl'~~oM quc annlise, 11nitn po,tin fo:r.rr e quo mto t111ha cnnta-rn encontrando-se gravemente doen- Rermnùo dn Silvn, Rt>rnnrd'o de .\hnoi-
11 dnm e t•onhec-iom· tol era n npnrru<:io outro rrmedio <orniio rrqign:1r-1!l'f' t·om a to su1t fnm11ia recorreu li protecçiio de da P:e .ro.~é- \Uartint1 RC'1'1riqnes. D.
quc- nprN,<'ntnn1 <' cle"iclo oo c·rucinntl' pcrdn dn1111Pl1> filhn pniq qn<' 1r.ìo hnvin N'. S. òo Rosario da Ftttim11 a qval lhe Jo;ofo ,fa Picdmfo Fol'"leirn, D. Mnrin <lo
mnrtil'io em q uo SI' l,uc-nntrn,·u. Mnnciei curn possil'Ol, 11110 n <'rc:nnpn c~t;trn p1>rcli:. f: ronC'edeu tiio jlr1tnde grac:n fa~endo urna C'nrmo· Nfendes (\t~rnT, D. 1\-forin dos
chnm11r rnpidamenw n modi<·o ossistcn- 1 cb ti o orni~ quo pndin rh,rn r seriom cluu-s 'prnmessa d'o 20$00 parn o culto de N. 8. ~auto~ Pà-is Mn rned'e. Jose Cnc?eirn Piu-
te, e no dep8rnr tnl cnso, disse JHtr11 mim semnnn-s. O sou cstndo ~f•rnl crn <lcsoln- de Fatima. to r\·o• Gbnçnh••'!I C'osttt (5$00), Condl'SRI\
e rll'mnii; fomilia Q)lC niio. hada 1•11ru nl- dor, a sua mnj!;rczn •' f'n!raq11('('imen~o Pedi"ndo :t pnMicaçiio de tao grandioso de' Mante Re-rrr 1'. Emilia l!ftrìn Ptirr:v
guina e que e,,tM· n 1rreml:'drn,•elmente per- <'ram grandes, a ponto do 11ao poclor nbrir fnvo,-- no nosso tiio qneTido jornalzinho-n P~roiro, l\!adnm'I" D u al'U', D. Emili11 Yi·
dido e quo niio en contrnvn mcio nn medi- ctorio do Josn11, D'. 1Uari11 José Soar<'s,
dua de o snh•nr, s6 11m mi laii;re o pode- Maria cfe Narareth Comes Duque, Su- D.• M'n,,fa José d'os Snntos, D. Vir~inia
rin fazcr. Eu e minhn esposo j{i iamos p<'rior8 do C'olegio de Santti. TereAa cle Gl>~nlves Pinto, D. LauTn Possolo da
<.'Olll quntro clins c1t1<' t1nhnmoq prin<·ipin- Jl'!lns oo·No"fln Senhorn. do Livramento do Co11tn, JJ'. Tor-. e?~ Se.l'pl'I. 'P!mentol. D.
do umo. nov!'na a No~~o Senhorn de Fa- Rio Grande do sul, no Brasi!, onde é ja Mii.rfo Vfonn Mort'1ra, Jonqmm d<' Rou-
bc>m ronhecidn Nossa Sonhora da Fatima sn Fnrin, D. Ann da C:once_içiio Mnga-
tintn, para que E ln o melhorM~<' se por
ventura tivesse de ser nosso, mns naqu c·
In ocasiiio, minhn esr>o1<a o eu eom ns la.-
i estnnrlo bastnnto inquieta por umo doon- lhiies ...tnt6nio de S0t1sa Fnna, D . .Toa.-
c:11 cTe ouvid<>!I reccando ficnr surda, fez qui n~ Prntas Soeiro, D . Lndovin9: N<1tes
grimas nos olhos e pela11 faces abnixo, rrmn novena a No'lSa 8enhora de Fatima (15$00~·. D. J dntintr Ram~ Mart1nR 1:e-
em vermos tii.o ,:rn.nde desastro, mais t()("11ndo com urna Imagem de Nossa s~ reira D. Maria .Angelina S. Romno
umo voz nos prostramos de joelhos dian- nhora no ouvido doento, sentiu-i;e com.· Mby~ ~AThuquerqot., D. Maria do C'éu
te da Imap;em de Nossa Senhora, que pos- pfeti,mente curadn. Pinto de 'Abren e Lima, Manuel Onrdoso
suirnos, e Jhe prometemos ir em Maio Sèquoit'a, D. Maria d' Anunciaçiio Fon11e-
do corrente ano a Fiitimn, comnngando Marla das oores Dlas Plnto, dn Rua ca M1rnuel Maria Lucio, (20$00). D.
ambos nc~se dia, le,•ando o menino para dO'I nisl'ainhos, Rrap;a, informa: Ro'.,n OTin da da Silveirn, Antonio C'ol'lho
agradecermos o beneficio e tiio ~rande
graçn que aquola NoRS& Ma.e nos tinhn
dispensndo. Este menino encontra-l'e bo-
I t
«En c..tnva p;ravemonte atacada de um dn Rocfia Joiio Jos!S dos Santos, ,lo~~
m11T incnrnv<'l, C'onforme m'o declarnram C'nmilo P~stor Joaquim Franco Vl'lo~o,
os m édìcos quo me trntavnm, o' nem m~ D. l\Taria J zab~l Barreiros, D. Frnn<'l•linn
je com-plotamente curndo como ~e prova querinm op1>r11r, visto a minha fraquezn do G1orìa, D. Mnria do C'armo Ta,·uroa
com atestado médico (devidam1>nte r<'CO- ' i,er extrema. Tratnvn-sc d11ma. ulcera ut.o- dè Amtsa D. lsmenia Ruela Tovttrl"!;
nhecido) pelo mau m1>dico assistente 8nr. rino. e inN1rovPI. Eu qofria imenso, e Sonsn, D.' Rosa Antonin Valente 1l'Al·
Dr. Eduardo Valençn. niio tinha nm instante do flQCego de dia meida Gracinda da Silva Trintn., l\fnria
Nesta dnta 13 do 1\-faio, m<' <'nC'ontro m•m <le noito. Jollé Lrras,Marfo José Leite,_ Maria do
na Cova da Tria rom minha esposn e di- Aron~lhnrln. por urna minha. cunhada Rosario Tnvares Gravata, Marm das Do-
to menino, nqnele que Nossa Senhora, qn!' me roio vh,itar, fiz com meus filhos reR F'ernandos Rendeiro, D. Maria das
completamente curon, o aqni bl'Jx.mos n
ayua da..<i a11ariçoes. F.stn ~1·açn vai sor
pùblicada no jornalzinho a Voz da lì'ati-
I nmn novonn. 1t Nos!la Senhora da 'Fati- Dor!'s Tn.Yares de Bousa, Maria Jos6 Viei-
mn, " hehi durante a novena nirua que ro (5$00), Manuel José Fornnnrles Ron-
fllA me tronxe . No fim da novonn aen- deiro, Leonnrclo Fer an.ndes Sardo, D.
mau do qual hoje sou P sarei s1>mprc 1t~- tia-mf> -porf<'itamcnte hem, e miracolosa· M'ari& da Concciçii'o M arquos Rodrip;ucs,
1inante1>. mC'nt<' cnrnda, polo poder supremo da AnJ?:ofo André de Lima, Antonio FC'rrei-
SS.ma Virp;em, podendo hojo fnv,c.r to- rn. dc Carvalho, D. l\fn.rin José de Quin-
ATESTADO i
clo~ os meu~ dcveres sem difieulclade al- ta.nilhn o Mondonça, D. Tznbel Gonc:alves
p:umn. CnTdeirn, l\hmtel da C'al, P.e Joaquim
Etluflrdo Volenra, ri011to1· eni 111edu:i11a
e cirurqia pela. Faruldade de Mrdicina
A mEr ico da C r u 2 M a delrn I
E' -,,nrn. cumpri r O ,6to qu e fiz a. esta P lacido yoreirn, ~- Mariana dos R~is,
Roa Miie que dosejo q,18 v. Rev.c111, se J~ G111omnr, Lmz de Sousa Agmar,
da Untv~r1mlade do Porto: . n hu.·a pnrn tomnr 1p1:1lq1wr nlimt• nte>. digne publicn-lo. PrornC'ti ip;llalmenre to- Lufs Cabrai Botclho, P.e A:sdrubnl. de
Pela mtnha honr~ atnto qu.e Antonio S om e nergia. nl~umn , melnne;olH·o o 111~;.. d011 os nno,; <'mquanto viva envinr urna .\'l'>ron C\lstelo !3ran_co, Anton!o Fnnnha
da posta C_11nha Vu111a, de q~atro anos I fprcntl' n. turlo qne o rnd<'nrn, os olhos I ('smoln conforme minhM posses, e aurnen• Gornes, 1)_ l\farm Pia 8. Os6rio Andrnde,
de tda_de, /tl1,o. de ,José lfartt71;., dn c,,. ,wm brilho e u rna fcbro. ardont<', letc11·gio. r tn 1,. dc ano om ano... Antonio 1\fat'ia Dua..rto, Prnncisco ~eroi·
n~1a Vtana, -res,derrte ~a fréou.ea,a dr <'o.r: 1 pnrt"Cia um pc>queno 1-ntlnvcr (pl<' S(' eo- rn., D . Maria ('nrlota FC'rro Murinelo,.
dirlos, roncelho de V1anl! d_o Ca.,telo, fo1 contrnrn 110 Joiio <In clor. A miio <;Olieì-ta - -- - - -- - ~ -- - - -- - 1
•.J11rinta da. Trinclade Brar;, D. Lucrecia
atacado por tima _febre t1fo1de no me., de " ,·igilnntP, clifac·omtln pelo &ofrimento Pclejiio, D. Luc•indn Duquo, D. Emer1>n-
ago,to do_ ano fmd_o. . q,10 ~o ns vonlndeiras miies Sllb<!m 1-crrtir, Bençao dos Cruzeiros da via-sacra t cinnn Gl\lviio, D. Elvira ('a.sales. _Antonio,
_Su.bmet,do ao re1711n_rn e med1caç_110 ha- pr<'pnr!ll·n-se l't•signad:i pnra l'<'<'ehE>r a r M. Paulino, n. Amelia de Fre1to.A, 1'>.
lntual, os trl!s_ P;tme,roa. aeptenano,, de- puithnln.da pnnp;ent<' cln (lp~:iporcdmento na estrada de Leiria é Fatima ( M'nria Amelia de Froitns Farpeln, l'>.
-correra~ .,em inc1dente d1uno de me1•_ri'I.o_. do filho qucrido O idolntr11<ro, 4 uondo J)Or " . ~ . _ \ Mo.rin Tznbel Bnrreirns, _D. Frnnrel'i.na
A_ .,euu1r, quando a temperat11,1:a. prmc!· intermédio duma mcninn ,T:is 110, sas ~ ~ o dH': 2G_ do corr_enle _mes de JU·,/
dn Glo_r!a, D. L1>on~r Alme1da., _P.e Gel'tlr-
P!Ou a à~., i·u Il _w roree, 08 mtnhaa 111• lac:òe-s (,Tul io Mnrq1H·s :llorgndo) quc, ll ho reahsa-se a cer1mon1a da Ben- do Ab1ho Gomes P1n&, !)· E 1'1-'.1rn ~ 1111:11s--
31fa,,, /111 ~m; dia cham_ado apre.,.,ada- alwirnndo-so rlo leito do pec11wnino doen- dio solene dos Cruzeiros levaintaàOR I ta M. Corte Renl , J~se Ma.rin. R1_bt!1ro,
.mente. As 111111ha11 pre.,cnç/Jes .,o1,re o re- te Jhe ministrou umns prqnonos 1,!<Ìtas I . 3 d d f . ,. t d d I D. Ol~n. Nunes Pore1rn, D. Maria 8e
· en ai111
g1m · re"fa
·~ r t·1n1I am s1'd o d e,,pr e,,.
~~ d<'' ap;ua. de Fut,ma
·, . ·
da q,rnl n mO!imn mo- pe ,.,. n piena e, ,e os . IN!! na es ra a oji J_?SllS 8 ci:ims_, · n . A ugust a el'Al. meH· Ia ..,,"0:·
das: O doent1~1tn aprr.., enfaua umn peri- niun 88 fnihi orompnuh:ir. F.st8 bond0!30 Re,... !'e~.,,o n Fatima. _ . ra_o, D. Juhn Si ~outo Ma!or, A11lomo
tonite uenl'ral,.,':'da com aaida._ de 1rn,, , e:r- 0 rlevota menino. j:imais nbnndonou O pc- A II r, borns sola.refl da manòa Bel'- Drns Frado, An~mo F_ranc1sco Sftrgaço
tremamentc fetido, pelo u.mbiuo ti mcnor quonino doent.e e choia do fé, dessi\ fé quo e me ia o-ficiais, devem esbn· junto Novo, P .e Antonio l\fac1el Barbosa, Ma-
pressllo sobre qua;quer pont~ _do abdomen, nunca aba ndonn ns nlmas oons O vt>rd1t- do primeiro cruzeiro as essoas ue n nel C,erqueirn do Ro~o, P._o Adriano
Temperatura 85, 5, Ptflso fih/orme, esta- rloiramonte rrontos, csforc:ou-se pnra inon- . , t P .q D ins l\,forques, D. l\farin Joso Montever-
do geral aterrad~r. F1z conhecer d /a.mf- tir em n6!1 a ospP.rnnça nns mclhorns. De- q~nzeJ em omar. pnrte n~ta ceru~o- da rlo Sous3 Lobo Briindiio, Antonio Cer-
Zia o _ntaào dcsesp_erado_ do doente. f'.ara <'Orridns 48 horas O J)f>qnenino deu sinnis Dli\ e lucrar as rndu lgenc1as fla V1a-1 quoira Lopes, Joiio Simoes,. D. C'11rolina
uma rntervcnçllo c1ruruica era dema.,1ado clc vida e no dia seguinto pcdiu cfo t'Omt>r. Sacra. I M:achado (25$00), Inocenc1a de ,J1•sus,
tarde. ~mbora desr!ente de .,.~sultado_., H ojC' n cr oo.nçn estn C'ompl<!tamcnt<I C'ura- Em catla cruzeiro br\VE'ra urna alo- 8ernfim Pinto de Babo, n. 1~a!1rn C'e·
favo-raveis, prescrei•i a terapeutica aplt- da No entanto ola jit n'io vin nadn nao - Q 1 se e b ogar ao•. S t , )est<' nrn.nco (30$00), D. 1\lbert11111 To-
cada ne., tra c-asos. A drenagf;m do pu.., fnl.M·a, e a miio ja'tinh; nté'tudo ;r,..1;a· C~ç'ao. :ruanco
1
an ua- ta, n .Maria da Concei..,iio norges, Anto-
continuou. a Jaz e-la p~lo umbigo duran- rndo para n. nmortnlhnr. A cri>ança foi 1·1,0 eh> Nossa Senbora <1~ Fatnna se- nio Pinto, Pedro Pii' .o. ('ardoso, :\fnrin
te . uma sem~na ':'pro:rimadamente. 4. se- , d!'pois ao meèliC'o e <'St<' fic-ou ndmirorlo. ra relebratla a Santa Missa. Gertrudes Gom . M, D. _Lmzn Mnd_alona de
11uir o umb100 cicatnsou e o estado ge- DisPe que estMa compl!'tamen te r,,rndn ~ Albnque~que, D. Ame~m do Al me1da Tn&,
ral, embora lentamente, c_omefOU a ~e- e que foi u m m ilngre m uito grnnde». D. Marra ,José l~errc1rn, Manuel D11nrte
lhorar: Aa ora.çdes do& pata tmham sido dos Flantos Clnmelns, Salvador clos 80,ntos
ou.vidas. O doente curou-se completamen- ATEST A DO Abrigo dos ~oqntes Peregrino& da FMllma Bnrbosn, D. Mnria Guichord, D. Cristina
te. R ibeiro Osor io Oouveia, Dr. Antonio P~
E p01' .,er verdade e me ter pedido Gi/betto rarl'Ìlho Tn11irr, 111rilirn-ri rnr- Transport.l' ... ... ... 4.972$50 roirn. Fip;ueircclo, Joaquina Moreirn Nn-
posso O pruente atestado que a,,tino. oido pela l1'aculdade dc ìlledicin11 J,· f,i,, - Altn•tlo August.o dn ROC'hn ... 77$00 nes, D . l\far in (•'1>rnnnda do Carvnlho Lcnl
. . IJOa atesto que A.mer-i/'Q tlii Cru z Mrulr.ira, Das Jt'lorinha., do MaT da P ovoa A.voln,r, Maria C'nrolinn Cnctona, D. Joa-
Vtarn:i do Castelo t8 de abrtl de 1927 fil/10 de F-rancisco Motlc1ra, /oi JlOr m111i di' Varzim . .. .. ... ... Vl$05 q uinn da Conceiç-iio Si lvn, D. Marin Rosn
(a) Eduardo Valenoa
tratado de meninuite, ff'n<lo por m1111 .,ido
I
ronsiderado, a certo lllturtt cla do1•11ça, Antonio Pinho de Varp;ns Sii-
como incuravel. Mai., ate,, to qui', quando vn... ... ... ...
Dias Quintas, Manuel José Lopes Din11,
Jollé C'ristovnm Ourém, Antonio Emidìo
) 0$00 Goml's, Silvns Oliveir a, D. Maria Deolìn·
Francisco Madelra, morn.dor na vita Ri- oa sintomas Re fornaram de tat forma - - --1 da C'on t i n ho Alvos, l) , ErmeHud~ Ro~a
beiro Seabra, n.' 2 r/c, Pedrouços (Lia- a/armante., que era de e3percir 11 breve Soma ... . :. 5.072$561 d n Conc:eic:ao
Lei.ria, 1 3 de Ju.lh..o de 1927

A-
6 ~-I


[COM APROVAC.Ào E CLESJA BTlCA]
Diraotor, Proprietario a Editor: - Dr. Manu el Marques do,q Santo1:; Administr1dor: - Padre Manuel P ereira da Silva
Composto e impresso na UniAo Grafica, Ru de Sante M11t11 1511-152 - Ltboa. Redacçlio e Admlnistraçlio: Seminarlo de Lelr1a.

ugo1·11 j,i ,é\ h11~Lnnte, <>mbora niio est&- dP pere~ri nos. X ,1 rstrada ,·rem-so ca-

C ·R ONICA, j1t aincln clt' todo 1·11rndo.


No l'f.'('into dns itpari(•òe~ n('hnm-se
t'm 1·on!'llr11(·ii.o nlgu ns 110\'C>& edifioios.
Entr11 11 c·npt>li1 dns mi~sns <> n Poijto
111i,m.~ eia ('omlehn, {'urtnxo, C'nldtts da.
R ainhn, Torrc>s Vt•rlrm,, P (lnnc·ov,~ Alco-
bn~n, Romhnrrnl, Alpit1r(·Jl, Tcmia:·, C'er-
tìi, Alberg1uin-n-VPlhn, P ornes, 'l'orres
dns verific·n\•òes mc>dicas, ,t clireita de;;- N o,·,,.s, et,<

da FATIMA
te ultimo, c•rp;11ep1-se ja ns paredes do No lllt'ÌO dn mnltidiio (Jlll' P1whe a es-
Hospit:11-Mttuttorio. Um pouco mais lon- trado. do lés II léi., um peregrino do P e-
ge, n m<'i•t <'n<·o,t11, vèom-se os alicer- drop;nm dl, Torrei. \"o,ns rom•eri-a c·om uro

.. <'<'~ dn c•npc>l11 d11·~ <'nnfissoe:,, semelhante-


n:i formn e 111> e!:-Ulo 11 P enitem·iarin
de f.ourdt•s, dt• l'P<'ento fu nda~iio.
s:i<'or rlott> son nmip;o.
ProfundarnN1t.e <·rente e de umn cul-
tura in\'ulgnr, nnrra no seu interlocutor,
(13 DE JUNHO)

--
E m [renh• d11 l",lnttln, 1!11m e do outro em pnlnn·11s frf"nwntc-s do entu!-.Ìl\smo, que
l:tdo do portil'll monnmentnl, levnntrun-se rl',·elnm li mnis ,·i\'n c·omoçiio, o i,specta-
, numerosns l' gros,ns c·olunni; <le mal'more <'lllo imp011!'nlt' e ns~ombroso eh~ proci,.,siio
1 brnnc·o, , 1ue imprimem t\ t•ntrndti ,los ;.nn: clns ,·elns nn tarrle clo clin precedente.
t.utirios um c·1111ho rlt• nmgl';.\ane e impt>- X o ardor da. sun. nchni r:l\·ào ('omovida,
O Serafim de Assis A missa dominn o lol·til dth npnriçòes n cam;?- nNwin int·ompnr1i,c,is. L:t ehi hni ...o . no ns pal:wrn,i hrotnm-lho espontnncas dos
comernorativa do sétimo I
nefft' ('ID quo H' fn1.ii,m trnnsportnr os fnndo dn rnll', n 110\":1 fonte mirnt·ulosa, liihios, lrnduzindo grtwim,nmentl', em imn-

centenario de S. f rancisco I
- Quatro mii comunhoes
- As homenagens da Lour-
des Portuguesa. I
De nc·ordo o C'npoli:o-director dos
l'On1
Rnn<·t,rnrios dc ~n~sn Senhora de Fati-
mn. o re\'. Supc>rior P ro,·inc·ial dos be-
Hemeritos 1"ilho!< do Seru.fico Padre S.
}'rn ncisco rle> .\ i-si, re,oh·(nl consagrnr o
ùiu trezo de .J u nho :i ('lomemorn\·ào fes-
ti,·a do glorio~o Pntrinrchn no locnl das
Apnri~òl'M.
Bem t•sC'olhirlo I foi t%e dia pnrn tnl
{'omemora\·iio. porque j:t n nntn Jgrt>-
ja o ns,-ig11nJ1irn t·om a glorifkaçào de
um do~ memhrns mais ilustres dn Or-
fl!iem Seraficn, o ~rande Santo Antonio
<tle Lishon, c~,m Ntjn, p,1 lmn!' triunfais
é ju.,..o t,nt1·el:t\·n1· ns rlo Snnto Funda-
<lor.
o~ Jll'('slnllt('f,; filho~ de 8. l<'rnncisco .
em·idnram todos <h esfol'\'O:; parn a re-
lehrac:flO ,·ond igna rins fo-tns rentenari-
ns, quo l'<'h1tlt:1rum hrillta11tfs!<i11111s e>
impregnndns do1, mnis , iYo~ ~entinwn-
to!> cfe fé l' piedndf'.
Parn tlnr 11111:i. idl'in d:i. importanci:i
das festni- fnuwiM"nnas de Fatima bns-
t:i cli1.er qua nn mi,sa da Comunh iio ge-
ral. q,w s(' l'(,!Phrnn :i" non• horm, c·<>-
mnngnram n111is dc quntro mii pe~so·as.
~nquelt• loc11l nlll'nçon<lo, que é hoje
o trono mnis esplendoroso de J(>:'us no
seu ~1wrnmo1.•,n tle nmor, l' o centro do
mni-. ncend~:1<!0 r ulto ii Rainhr do C'éu,
firnm ndmir1welmentl- hem :1' homenn-
~ens na<'ionnis no ~anto que se distin-
guiu pelo !¼'Il nnwr an .I 11101· que 11(i11
i n11lf1dn o pela sun rl,woçiio a .\up;usta
Mii.e cle l)an~. Outro trecho da peregrlnaçao nacional de 13 de Maio ultimo
N'o ròro imponenh• !' nnnnime de lou-
vot·e~ qu<> 1\ C'l'Ìstunclnd<' elen1 no Sern- l•PttcnH'l'ilns si•1·,·itns tlt> 'forres ,\ ovn~, s 1tmula n1w11ns ,1 ,fi,..tn1win tle c-inc·o 011 p;ens c·h(•Uh ,le l,(,)P7.f\ t' P.11r·1111to, oq pcn~n-
firo P ntrinrrhn neste •,etimo ('entena rio q1w tonto se rlistingu('.)111 J)t'lo st'lt t rnhn- >.<•is
uwln>s cln pnmPir,~ e nindu mnis mNlios que llw 11c·mh'll1 110 «'spirito pioclo-
do seu <litoso trn nsito. a Lourdes por- lho 111r\plt'sso, 1wln suu n111v·a de,n1Pn- nh1111cla11lo tlo cp1t• !'la, 1• c·1mti11na111l'ntl.' so l' K<'nLilissimo.
t11g11e~n rc>nlrnl is1111,lo l' c-nroanclo as licln 1loclil'!\\'Ù0, pc>lo ~eu (1!.for~·o criv•rio- ohjc>C'lo dn nll'll\':ìn d,,s 1wrogrinos, quc> 11 Nn Mtn C'Xprt•ssiio sutunùlu ,lt• poe,.,in
oomemocnc;ot's rin Pn t rin de Sa11".:o An- so ,, 1w rsistc•11tP e 1wlu rigiclrz dn sun clis- n <·011fon1pl11111 r•lwins ,11• nclmi1·n\·an pelo o nrnnnilhosn c·nt·h•in, c111t• c·ontcm1pl1irn do
tonio, ncupn inrontC'stnvelment.e o pri- r·i plin11 no clPsC'mpenllo d1\ s un tiio i-im- potll'I" l' liondacll' ,Jn , irgl'lll R:111ti!<sima. a llo dii pstrncla, lornum prim<'irn um C!>-
meiro lognr flC'ln 11;rn11dio,-idade dnsi suas p:•tic·a r·mnn clPli1·11cla missào. • ~aq1u•l:i l'<'Kiiio ti,, t1io ,,h,rnd11 n ltitucle, rnc:iin, de propor~·Ùl"i gignnt11,c:Js, toclo
homennp:N1·., " p<'ln ~inr<'ridade e ter- / J nnto da primPirn. fonte mir:u·11lr~11 ari,ln e d!'serln 011tlt• n'gotnm npen:111 al- 1ihrn1rncln Plll t"l,nmns 1• liio 1wrft>it.o, tiio
nnra dn snn rlern('iio. nmn mulhrr do pm·o, l'Olll nmn creança g 11ns nrh11,to~ r• nr,·orps rnrh1tÌNh e e n- hl'm c!Pli,wnrlo, 1·01110 1w111 n J.(rtll1th• ('nrlos
no t·oln, c·nnn•r,n t·nm urn peregrino ft•zndns, I' ondo num r:t io tll' n lh'11ll\ns ]l'- Tlt>is, c•nm o po1lt'r l'Y0<'11tlor ,In 1•u genio,
Confiança e alegria de urna CJllC tl!'ahn dc fn.v.l•I' Il /<llfl pro,•isiio de gnas n.:o ha 111,(1111 rl<> 1Hl,;('(."1l(•, rnns so ('(1111 toda :l 111ngin l'IH'llllta!lorn dn sun.
mae _ As obras no recinto 11~1111, n111•,nr eia grande dificuldade clo po~·l)S C l'istC'l'llll', ('0111 ngun d,1s chm·ns, pnl<'tn (' cln '('li pi11rPI, ,•rn (•llpnz ,le re-
d . l\l·C'sso, mt•rre dn nfluenria de cunrorren- é ,(•nl111lt>ir:11n,•11t1• pr0Yi1lt'11c·inl nnrn tiio prr,tlnzir na t,•ln l'nl mi11intnrn. Oepois,
as 8 p 8 r J ç Q e S - A nova t,e:;, ,\ l'l'('flllçn !'l'll c·ompletnmentc ce- granclc :1h1mcl:l11C'ÌI\ th• ngnll. indi,,pen..,:i- cleM'llhnu 11111 l1clll(Jllt'I, dP tnm:rnho nes-
fonte miracu Iosa - 0s gru- gn rh• , nnsc·en~·11. ::iio din treze de c-n.dn n•l pnra 01•nr1·('1" ii tll•\"O(,'ÙO rltls peregri- (•r,m111111l. t•nrnpo,.to clas finn• 11111is helns,
pos de peregrinos - A pro- 111.:-~. d111·anw onze mese,; rons<'Cutivos, nos, snti,r,,1.er ll ,i-tlt' ,ldt•s (' 1los nnimais ma!s rnrns, rii> rnril'gMlns r·i,re,, c111e pn-
cissio d&S Vel8S na VCSpe- a nlÌi(•, 1•Jteiu !]P fé C C'Ollfinnçll, dirige- t~ll<' t11i ,·iio lotlo, llS lllOSt's em nume- r,'<'tnnl Ì('r (),; ~('IIS JlCl'ÌO)OS prrso~ TIOS
ra a noite. • "" a F niìmn, pnm ,-uplicn r :t Santi~•i- ro ,fo 11111 itn~ 111ilh1ll'l'', e fnr·ililar extrn- imc>din<:iil's da fonte mirnrulnsn. Qunnclo
fi- l
I ma \'ir~,1 111 fili<' t·P-tihrn n ~-ista. ao
Pone-o clepo1~ <In, seis horn,; da manh:i !ho Pstrc>mt•c-irlo.. l'o m·o n p011t·o Pie ,·ai
do dia h't'Z<' pnrn,·n 11:1 estradn C\lll? nwlhornndo, s.•m 1wnhum trntnmento l'
<.nlimirinnwntc> n grnntle$ ohm~ ja 1ni-
c·indas 011 ('tn projr~to.
F,ntr<'tnnto . rh,,~nlll \ nnmero~os grupos
1 O,; p<'r,•p;t·ino,,, 1111111 prnt<>~to VPl'mente òe
fJ t• pit•dndt.>, ll'1·n nt1n·am n, ,·elns ao ni-
to <' canth\'11111 o 111•r. <•01110 f'lll L onrcll'~,
I

2 Voz da F stima

a diYina cidade dos Pyreneus, dir-se-ia Marta. Aprt>sentn-se vestidn com o trajo Se lhe ensina~~emos a doutrina I. ..
que o lago de fogo, fonnado por dezenas azul e branco da ViTgem, t~ndo vindo as- Bençào dos C ruzeiros - Sim, miiesinha, sim, sim I Quero tam-
de militar do lumes, era um formoso e sim de Setubal acompnnhada pelo mari- Mm aprender a doutrina, gritou a Mimi,
magnificente jardim de açucenas, cons- do para o oferccer corno ex-voto. Como anuncia.mos no penultimo entrando pela sala de costura..
tantemente agitndas pelo leve sopro da Numa dns galerias do Posto, unla mu- - Mas meninas. eu uiio tenho vagar, •
brisa nncturna.. lher alta, aparenta.ndo saude e robustez, numero da Voz da Fatima, realisou- bem veem.
narra comovidamente, numa pequena ro- se no dia 26 do mes passado a bença.o E a Mimi ainda é muito novinha para
A peregrlnaçao de Lisboa - O da. rie servitas a. cura interessante de que dos cruzeiros levantados pela pieda- ir para o colegio, t<im defeito na, faJa e
comboio especial - O es- foi objccto. Cha.ma-se Ermelinda Fernan- de dos f iéis na estrada do Reguengo é muit.o mit, muito mal
des, tem 27 anos, ~ casa.da e mora em a Fatima e que ba.o de servir. para - Mas ee a miiesinha quere (diz a Ma-
t a nd arte - O distinctivo Gualtnr, proximo de Braga. Havin qun- riazinha.) eu ensino-a, quere?
dos per e gri nos - O re- tro n,.eses que sofria horrivelmente de va- visitar a Via-Sacra quando se obti-
- Pois sim, meu amor, isso era o qne
gresso a capitai - Louva- rias complicaçoes de um parto dificil, ver a respectiva licença da Santa Sé, eu queri11.
vel iniciativa. a.gravando-se di) dia para dia o seu es- necessaria para se ganharem as in- *
tado, quo {nzia prever, num curto es- dulgencias. A cerimonia começou • •
Lisboa mais urna voz se impoz a admi- paço de tempo, um desenla.ce fatal. Un- as oito horas da manha e terminou
raçiio dos crentes pela intensidade do es- gida ja e sacra.mento.da., segundo a sua ex- Dai por diante, c'lurante semanas e se-
as duas da. tarde. Foi presiclida por manns, Mariazinhn logo que voltava do
pfrito religioso que anima as suas perègri- pressiio, om perigo iminente de morte,
naçòcs o pelo superior criMrio com que pediu por consolho duma · visinha, a sua S. Ex.a Rev.ma, o Snr. Bispo de colégio fechnva-se na sala da costura e,
a.a so.be orgnnisa.r e dirigir. curo. a Nossa Senhora de Fatima, prome- Leiria que se dignolL fazer runa to- com paciencia. assiduidade e uma ba.bili--
• .A peregrinnçiio dC8te mès, promovida tendo, se fosse despachada a sua supli- cante alocuça.o junto de cada cruzei- da.de extra.ordinaria, foi ensinando a dou-
pela Irmandade do Senhor dos Passos, da ca, fnZE'r uma peregrinaçiio em acçiio de ro e alusiva. ao correspondente pas- trina, ponto por ponto, a traquino. da m~
lgreja da C.onceiçiio Velha, perfazia um to- graças no Santuario das Apariçoes. Ime- na, aM quo finalmente osta a meteu na
tal de 234 p01i60M, que partiram da es- diatnmente a protecçiio da. Miie de Deus so da. Via-Sacra. cabeça.
taçiio do Rocio na manhii do dia treze se fez sentir, t> a morìbunda restituida, O acto foi muito concorrido de - Mas olba que tu ja niio podes ser
em comhoio especial. com grande espanto da familia. e da po- fiéis principalmente das iréguesias ma depois de ir a Comunhiio. Jé. nunca
Era dirigida pelo rev.do dr. Manuel pulaçiio da sua terra, ti vida e a saude visi nhas com os respectivos parocos e mais podes arreliar a miiesinha, nem cha--
Augusto Perell, delegado do PatriarcaJo, de que gosnva antes do parto, poe-se a terminou com a Missa durante a mar nomes a rreadn nem bater-me, nem
qne tinba. corno auxiliares no desemp 3nho caminho fazendo urna tiio longa viagem morder ... Nadn I Tens quo ser muito boa.
dt> seu nmnus os reverendos Ce.tarino e para dar oumprimento a sua promessa. qual o Snr. Bispo rezou o terço com -Tenbo?
Balvaçli'o, capelii.os da. referida igreja. Dirigem o serviço do Posto o dr. Perei- o povo concluindo tudo com uma - Tens, ~im. Tena que te converttr.
Os peregrinos ostentava.m no peito O rn. Gens, da Batalha, médico-chefe, au- exortaçao a
penitencia e a
santifica- Eu tambem me ronverti.
-Tu ta.mbem eras maP
di,tintivo da peregrinaçio, que era um :,:ilinclo por algun11 colegas, entre os quais ~ao ·aas festas e peregrinaçoes.
Jaço roxo com nma modalha do Seohor cloi,; o dr. Fernando Oorreia, das Caldas da Aproximaram-se da Sagra.da Me- - Tambem. Niio era tanto como tu,
l-'11t,sos, a qual muitos juntaram ,i'lln me- Rainha, e o dr. Joii'.o Alvim, de Ourem. mns tambem era. ml,
dalhinha. com a efigie de Nossa Senhora Como ja ha muitos anos sucede em Lo11r- sa da Comun.ba.o, apesar do adia.n· - C'omo eros tu ma?
de Fatima. rleR, O!! estudanteii de 'med_icina começam tado da hora, cerca de quatrocentas - Olha., desobedecia i{s vezes a miiesi-
O estandnrte da peregrinaçio, lindo e n._ frequentar o Posto, coadJuva_n~o os m~ pessoas, nhn...
'ristoso corno poucos, foi pinta.do µor ~e-, chcos ~ estudan~o os casos clrn1cos mais - E agora?
I
nhora.~ da froguesia da Conceiçiio \'al,in not~ve1s, qne n.1! se oferecem _a s~a obsor-
e reprcsenta a. scena incomparavel ,111~ vnçao. N~s ~nais do Posto. ficara a ocu-
Foi o primeiro acto publico a que
S. Ex.eia Rev.ma o Snr. Bispo de
- Agora nnncn. Faço tudo o que ela
manda. Mns niio pelava o gato com agua
11 ,i,riçoes. par o pnme1r~ _logar na !1sta dos estu- Leiria. se dignou presidir na Cova quente, niio chnmnT"a nomes ...
1
'J'endo cbegado a Cova da Iria, os 1,e- dante!! d~ mt>d1c1f!I\ qu~ ali. presta.ram os
rep.rinoH encaminham-se juntos para O seus serv1.ço~, o s1mpat1co Jovem e talen-
da Iria.
.
Ssntulf'l-io, cantandb um dos hinos de Fa- teso.~ distinto _alun? da Fac~dnde de • •
tima. Med1c10a. da. Umvers1dnde de L1sbon, sr.
Durante n missa da peregrinaçiio, celo- :[osé de Ca.tvalho. Roi~ e Silva, filho do
brada. pelo rev. dr. Peres, foi administra- importante proprietario ?O Pedrogam_ de Oculto no Santuario Mimi começava a c.er muito seria.
- Miiesinhn., olhe que a Mimi ja se e&-
da a. Sagrndn Comunhiio aos peregrinos. T?rres Novns, sr. Antonio C'arlos Reu; e
Depois dn. assi11tencia aos restantes actos Silvf.
de Nossa Senhora do Rosario M n conwrter. Tomara ja que I eia fo68&
a primeira comunhiio I
do progrn.ma oficial, a peregrinaçiio ie A 11 1~ .h?1"1111, pouco ~nte~ d! se ~ncer-
Lisboa., rcgres11ou, corno tinha vindo, em r!'-r defimtivamonte _ a 1nsc:1pça?, tmha.m
da fatima E a pequerruchn, de foce de boneca, de
ca.belo ao/1 rachos d'oiro, ja papagueava
munerosos meios de transporte, ao apea- sido facultados cartoe~ _de 1dent1dade, pa- as respostM do catedsmo, que era um en-
deiro do Coissa (Ourom), onde a ap;un.r- ra po~erem !!0~ adm1tidos no re_spectivo Atendeudo aos pedidos instantes canto.
dava o comboio especia.l, que a conduziu pavilhao, n mat!'I de duzentos e crncoentn que niio s6 os devotos de toda a par- E seus olhitoR ingonuos e profundos· da-
n Lieboa. Bem hn.jn n Irmandade da fré- doentcis. te de P ortugal como os operarios vam uns n.res de quem ja. pensava.
guesia. da Conceiçio Velha pela feliz ini- Sabia os actos. O Mto de FcS, o acto de
ciativa que tove e (Jue foi coronda de um A proclssao da lmagem da Vir- que t r abalha.m nas obras e a. nova Esperançn, o acto de Cnridade ...mas em-
exito consolador, e praza a Dou11 qne gem - o
Credo de Dumont povoaçiio da Cova d'Iria teem feito brulhnv11-se· na pronuncia. E o modo de
outrM corporaçoos congeneres aigam o seu ao Ex.mo Senhor Bispo de Leiria, que o Sr. Prior jul,:,;asse que eia niio dizia
oxemplo, tornando iniciativas identicBll, - A m i ssa off cfal · Preces Sua Excelencia Reverendissima per niio sa.ber ... trnzia-lhe aos olhitos umaa
que tanta gloria. diio a Dem1 e que tanto e cAntfcos - A bençao dos criou urna. Ca.pela.nia permanente no lagl'Ìmazitns, que ainda mais lindos os fa-
bom fnzem ns almaa. ziam.
doentes - O se.rmi o offcial Santuario de Nossa Senbora do Ro- - Oh l màesinhn, ma~ eu Rei tudo, poia
1 - A debandada. . sario de Fatima. sei?
o PObtO das verfficaçoes me- Poneo ante~ do IDl"ÌO clin solar or~nni-1 A escolha recaiu no Rev .do Ma- - Sabe!l sim, meu anjo; e se tu foN!B
dlcas · Varias curas- Cura !18-R(I o cortcjo que df've acompanhar a nuel de Sousa, ex-Paroco de Ceis- muito boa, tah-ez que Jeeus te mio deixe
de urna tuberculosa - Uma von~rancla est:itna de Nos.<;a Senhoro. de sn. . . • atrapalhar quando fores no exame.
E Mimi era cada vez melhor.
cura em Braga - Os medi Fat ima. da C!lpela. dM Apnriçòes até 11 Todos os dias ser' celebrada a A's 'rezes niio lhe faJtava. vontade de
cos de servlço - As lfstas COpf'ln das M111sn11. , a
chamar bruta a criBda. E vinham-lhe una
A linda Jmagem pa.8 ~11 entre nlas rom- Santa M1ssa a horas certas orando-
d os d oen t es i nscri tos. , pactllf! de povo, quo n i:audn entusinsticn- se pelas necessidades espirituais e repcntes de nrranhn.r n mana, mas ... ti-
nhl't que se eon1·erter.
No Posto da.<i verificaçoes medicas in- m~nte com J?&lmns " vivas o um continuo temporais recomendadas a este san-
tensifioa-se cada v1>1, mais, de instante agitar dc milharl'& de lenços branco&. ~o- tuario e pel os doentinbos.
para instante, o movimento de vai-vom locadn a Tmap:em nnm pedestal er~nido O R C 1~ t d .t • •
doe doentes. par& a~sa fim a direita do nltnr m6r, um . ev. ape ao a en ern os pere-
O rev. Manuel Pereira da Silva, admi·- e.oro forte a ham timbrado executn pro- grmos que o procu rem.
nistrador dtt l'oe da Fdtima., a qnem O fil'icntemante ,, o ored o d t 'nu.mont . T er- • - Miiesinha. quando levamos a Mimi ao
voz do povo crente chnmn com raziio O m inndo " 0 cant o, <'omeçn n y·issa d os d oen- Sr. Prior para a t>xnminarP
eecretario de Nossa 81'nhora, poe em rel0- ~- Emquanto ~In se calabra, o capelito- 1 I - Niio sei aindn, filha.
vo 0 facto altamente consolador do au- <l1rector doR serv1tas reza.. juntam.ente com Niio ~ei quando poderei.
mento considernvel de curns- nos ultimos vo povo _ · o te_r5o d O R OR!"r~o. ~ D epOIR d 11 e.e-
J ACONVERS10 DA MIMI A - I zinha.Mas t>U posso leva-la, disse a Maria-
tempos. DC'Sde treze de Maio ultimo eh&- açno do ~ahx a mnlt1dao canta 11m p10-
g ou a rodac,.iiov
daquele J·ornal a. noti'ci·a1 dos~ cantico popular em honra do San-
t( s to E · Mnria:tinha tem sl'te nnos.
- Esta bem. Entilo leT"a.-a amanhii.
Pelo l'&minho, foi urna cheia de r ~
de mais de qnnrenta novas curas atribui- ~in.mo acrnmen · ,m Reguida a missa J~ ,._ 1 · •
das a intercessiio de Nossa Senhora de renlu1n.-se,. na !orma. clo costume, a corno- .. <,aue or, c-i.crever e até fazer ren-1 mendnçoes ...
Fatima.. J\fuitns dessas comunica"oes siio vento Mr1mon1a dn. bençiio dos dof'ntes. da~ urna ronda m\1ito simples, é verda- - Olha. que tu responde sem m~o-
' Dada a bonrào 1 d L , d de, . sem_ grande complicaçào de pontoe. - Mna cu t~nho defeito na fala l. ..
acompanhndas do atestados medicos e ou- . , . p;era , 0 rev. o u,s e F, f
tros documf'nt.os comprovadores da a.uten- Sousa, 1lustre f1_lho do S~ Francisco, pre- ,m im, e ntontn ao trabnlho, judiciosa e - Nilo tens, has-de ver. Tu tens sido
ga. um sub t - d d niio esta 11empre n tagarelnr desproposi- boa. e .Jesus vai tirar-te o defoito.
ticidade e do caracter sobrenatural das v - d O RI n!1cioso Rc:>rmao 11cerca a e- tos. Olhn tu faze n~'lim: respondes muito d&-
curns. Entro estns merecem especia.l re- oçno i:t ~rtoRo sante;> a Nossa Senhora.
ferenoia. as dc doie homons um que tinbn o, recondu~da proce!!sionalmente 8 Ima- Tem uma irmàzita: a Mimi, que é tudo vagar, mas primciro pensas, para ouvir
, gem da. V a 1 d · - no contrario. E niio admira pois que é hem a perg11nta.
umo. 11 lct>rn no estomago bavia mais de r 00ed a ir,:,;en:i - cape Il. as ApanQOOs, mnis novita, posto que seja um ano s6- - Mas Ae eu me ntrnpa.lbo e embrulboP
vinte anos e o outro surdo durante qua- P • ? admissao dum grande numero t lh I T ·~ L -
' · de f161A nn Ordom Terc · f • men e. - Nno embrulhM, mu er u J"' JlB
renta. e nove anos, e a de uma religiosa p · · · - eira ranciscnna. E é penn quo uma menino. tiio bonita se. muito tempo qne mo niio batos nem ar-
dominicana., quo sofria igunlmente de ul- rrncipi!1' entao_ a deh.andnda. . . ,.
corn no estomago. Os vo1culOR vno par~indo uns ap6s. ou- JR ass1m travussa. Date na. mana, arra- ranhM... ,
Entro 08 pessoas quo compareceram no tros pa~a oq seu 11 de~trnos, 0 recinto dos nha-a, e nM lbe morde - a feia l Mn.s, dil'X'-me · !\ tu quando eu estou na
Posto para anunciarem a cura dmi suas santnnr1011 dcscongestiona-se pouco a pon- Oro um dia quo Maria.~inha apareceu escola temi feito sempre o que a miiesinha
d t h _., d co, e no por do sol mal 11e vin. um 011 ou- muito arra.nhada e com uma negra no te manda.?
oençns, f!O. n-1,e uma. SOf! ora cas..... a, e tro peregrino retardatnrio rezando umn bro.ço (proezas dos dentitos ruins da Mi• - Sempre.
nomo Em1hn Urbana Rita., de 2ù anos it· I' a v· mi> foi eia tcr com a mamii: 'e disse-lhe · - Niio chamnste nomea a criada P
ei;- j ~ .Na-o "... verdado
0

de idade morndora em , Sotubal. d au c1111ima.t-0 ,mp


e c•hca. e10 d e irgomdade0 adpartanl
aque 8do-~e . .quo eu .sou . ma;•
.~ b6a - H a mui'to t~mpo que n110. -
T uberou1osa em te rce1ro gran, trata n t . . .1 . d 8 rl 081111 C'é dopo1s que f1z a mrnha pr1meira comu- - Bem, pois entilo Jesus gosta de ti e
!JOm rosultndo por varios medicos em 8&- ancia privi egin u· nbiio? niio te atrapalhac:.
tubai o em LishoB, desenganada da scien- - E' verdade, filhinha, é verdade. Mos
eia humana, n tnl ponto quo 11m medico Vi.•conde de Montello tu que tens nn carttP Estns toda arranha- • • •
doe mais iluetrados da capitai disse que - -- - -- - - - -- - - -- - da.
ele niio ora. D~us para. a curar, recupe- - Jsto niio foi noda, mamii... - Bons dias. ·..r. Prior.
rou em tr& d1as a s:i.ude, que outrora. E se a gente levasse a Mimi a primei- - Dons odia.it. minhn~ meninas, bona
dei-;fructava, grBça!I a intercessiio de Nos- Fatcr tudo por de,:er ll 11 ada por pra- ra comunhiio I Talvez quo também ela fi- dias. Que é que des&jam P
1a Scnhorn. do Fatima, tendo-lhe sido ter ma, tudo com prazer. cBsse mais bt'!a e niio desse tanto desgos-- - A Mimi quer ir a Comunblo e nm
constntadn n cura no Hospital de Santa (Lema dum missionario). I to a marni.. para ser exnminada.
Voz da Fatima 3

O Sr. Prior iii. sabin. do caso. de1, de, 11um momento dé afliçào e de- nho, a do Rosa.rio da l~atima 110. Cova da gar, o minha miie ir dr>-do a o-.lrada ca.
- Mas eu é que niio tenho agora va- sani da, agarrar em um quadr o de N. lria, e ao seu divino ama.do filho, Noi;so do cima, de joelhos o.té o. cnpC1ln, rezar o
gar. S. d. Fatima e invoc0rla com a mente, Senhor Jesus Oristo, pelo abençoado ro- terço, ir a pé para In, o se aguenta"'~e, de
Quantos anos tero a Mimi? , istn Jll niio falar. Como n11quela bora pro- médio que nos conC't'deu para os nossos viru.
- Tenho seis anos. meteo os seus brincos que tinha em maior malO!.»·
- Seis anos?... E's muit-0 novinba. estiruat, envia-os, sentindo .i maior conso-
.ATESTADO Hortense Cardo10, dn Cologii, de 23
Mas... quem te ensi nou? laçiw em fazer este sacrificio por Nossa
Senhora que lhe restituiu a sa.ude e as anos diz em carta de 10 de mnio ultimo:
- Foi a Mariazinha. Tive urna dor no dia 8 de Outubro do
for1,a~ necessarias para poder manter e Hen,·ique Dias Ooelho, medico-r-irurgìllo
-A Mariazinha 6 umn. mulherzinha. pela. F~uldade de Medicina de Lisboa: ano do 1926; o Sr. Dr. Armando Oo~tn. da
Tenho aqui muito que escrever\ e o me- c1;e1P "'l' outros tres filhinhos que, com o
seu •-,, fico.riam n.bandonados. Jun- Atesto q-ue o Snr. ,Joaquim Fernandes Golegii mandou-me pa.ra. Lisboa dn11do en-
lhor é isto ficar para outro dia. t.rada no Hospital D. Estefnnin no dia,
ta ma i,, ..,..z tostoos quo oferece a sua filhi- dos Santos, de cincoenta e seis anos de
- 0' Snr. Prior, mas entii.o a Mimi, 13 de Outubro sendo opera.da no dia 27
assim, nii.o vai comungar tiio depressa. Se nha mais velha do "love anos. idade, casado, morador na R-ua. Oapitllo
Leitllo, 58 S.• escada, rer.-do-chU.o, esq-uer- pelo Sr. Dr. Vaz Gonçalvos de Lisbon. Fi-
o Snr. Prior quilll88se, eu ... quei muito mal da operaçiio colocada en-
- Mas olba tem bom remédio : tu vaia do, encarregado dum armatem de vinhos,
esta completamente curado hoje de ul- tro nlmofadòes, sem me pocler mecher pa-
examina-la em'qunnio eu ca sigo no meu ra parte nenhuma demorando por la 3 m~
trabalho. cera., 11aricosa3 no membr<> inferior esqurr-
do de que sofria ha doee ano, consecuti- ses ~em nunca me lembrar da Virgem NOS-
• 1103 (ap6s -uma febre tifoide complicada sa Senhora da Fatimn.. No fim de estar
• • de flebite ) e que tinha rui3tido a todos este tempo todo no Hospital th·e um&
os trafamentos medicos aplicados. Dit ter carta do minha miie com o Retrato da
Por una instantes o Sr. Prior conti- Virgem Nossa Senhorn da Fatima, dir.en-
nuou a escrel"er os eeus assentos de ba,. feito tratamento com a agua de Fdtima
desde o diq 19 de 01,tubro de 1925. E por do-mo que tivesse fo com 'Eia. E eu pedi
ptismo e de matrimonio. com todo o afecto do men c-orni;iio que se
Mas a breve i..·echo teve que parar, fin- ser vcrdade e me .,er pedido passo o prr-
gindo no enta.nto que tra.balhava.. un te ate.,tado que assino &ob minha res- Noqsn Sonhorn. fizesso o milngre de eu me
ponsabilidad,. pro/iasional. vir <>mbora na. sema.na ~<>guinte de fa.zar
Entre as petizinhn.s o dialogo corria de- urna carta e mandar publicar no jornal-
liciosamente. Lisboa tJ de iunho de 19f7.
zinho da Fatima o mil~re e de ir a F!-
- Quem é Deus? Onde esta. Dens? Quem
( a) Henrique Dio.s Coelho tima, dando a m,mola q111> eu p11de"5e.
, No~so Senhor Jesus Cristo? ...
Mimi, nervosa, nno parava ne. cadei-
ra. ATESTADO Rosa de Jesus Morali, run da (.;-Osta
- Esta quiétinhn, niio te meL~as ... (di- C'o.brnl 450, Porto. Declarn que hn uns 6
zia,..lhe a irmit a meia voz). Hen1·ique Dias Ooelho, médico-ciru.rgillo !11é.ses lhe apereceu um t_umor no peito;
- Dize la agora, dE' que é feita a hos-- pela F'aculdade de Medfrina dc Lisboa: rndo consultar o i,ou medico o E~.mo Se-
tia? Atesto que O Senliora Jlaria de Pai- nhor_ Dr. Forbos (loRta., oste decl~on ser
lllimi ata.ranta-se. va, de cincoenta e .,efe anos de idade, ofoet1vnmente 11m tumor e p!ectSllr ~r
- Olha: ae quo é que se faz a bolo,. en.,ada, moradora na rua Gapit/lo Leitdo, op?rado. C'hegop n m:rcnr. o dia 8 de J&-
cha? 58 .,egunda porta, ree do chilo, esquer- ne_n·o 1,ara __ n. opernçao_. !i:o entan!o re-
- Ah I a hostia faz.se com farinha o do, domeatica, e~td eomplctam,nte cura- ce1tou-me , arios remé<l1os de qu~ flz uso
com ag.ua. da hojr. dtt.ma fiafula proveniente de -uma J ~cm res~ltndo. Um • dia ~<>mbro1-me da
- Quando vem Jesus para a hostia? rarie de 1,ostela. (tubrrettloae ouea), qut a~ua mda~rosa do ~o~a Senhora de F~-
- A' ConsagraQiio ? datava de Fevereiro rle 1!Ji!5 e que vario& t1mn e d01 umas fr1cçoe~ ~om elas e flz
- E quando é a consagraçii.o? tratamento flao tinham conseg1iido cu- t~mhem urna prom?85n de ir agl'8decer a
- E' quando toca a campa.{nha e o sa- 1·ar. Dir. ter feito a npliraç/lo de agua da Nos~n Se~1horn e lc~ar-lhe, lO(U)(l() de ofer-
cerdote ajoelha no mesmo tempo. F&fim,a desde o dia 13 de outubro de 1985 tn S(' Nossa Sonh01 a mo e u1 a~~e.
- Quais siio a.q disposiçòes para a C'o- Joaqulm Fernandea do1 Santos E po,· .,er verdade e me u.r pedido passo
munhiio? o presente afeatado que aasino .,ob mi-
Estar em jeium de.'lde a mei:i noite, es- nha responsabilidade profiasional.
tar em graça. e bom é fnzer nesse di~ al- Joaqulm Fernandes doa Santo,, rua do Lcfria, 3 de j_un/10 de 1927.
gum sacrificio. Capitiio Loitào, 5S-Lii,bon, em carta, diz-
noR o sepinte:
- E que é fazer sacrificios?
- Fazer sacrificio é... Eu t.ive ha 13 anos urna febre a que os
(a) Hr.nrique Dia., C'oe/110 •
. :--- E' sofrer por Nossa Senhqr a.lgnma médicos deram o nome de tifo; que durou
3 meses. Durante o tempo que eetive doon- Adelaide Leltl o, de Vila ~ovn de Gaia
c-01sa clas que niio gostamos ...
te clescarregou-me sobro a perna esquer- (Rua do Candido dos Reis-23 diz: uEstivo
• da, ficando parnlitic-o da mesma. Tanto 5 meses com urna intercolite quo niio cedio.
• • o médico que me trntou corno outros quo aos medicamentos. Andn.va muito desani-
me visitaram, niio rOC'oitnvnm remedio al- mada, porque nito me podia alimentar, tu-
Bem, minhas meninns. gnm que melhorasse a minha. perno.. Eu do me fnzia mal. Re<'orri a Nossa Senho- 1
A Mimi pode fowr a sua primeira C-0- jli padecia de umn molestia. a. que cha- rn do Fatima, e t'ui la em Outubro de

falar para combinnrmos o dia. apanhavn o corpo todo. Principiou-me aos


1926, na i;eregrinaçii.o naci0'1al, e desde
munhiio. A vossa mitesinha que me venha mnm o· zngre, molestia terrivel, que me ontito, nao sofri mais deste terrivel mal .
Um grande milagre qne NosRa Senhora
I
28 anos de edade, e hoje conta 56, e niio me fez, e nito devE'I ficar no silencio urna
... Ah! ;6·
~i~i~h~; c~~o-~ Mimi.. b~a?i
é obedeoio. a medicamento algum. Ha 14
graça tiio grande. Viva Nossa. Senhora de
Ocm1,erteu-se toda. anos que senti dar-se urna rotura no bai-
Fatima. •
Ja é mai.! boasin ha do que eu, poifl é, xo ,•entre, quo· me eausnvn impossibilit-a- Espero ir outr1t vev. n Fatima, ngra.de<-er
miiesinha? mento de tra.ba1ho, chegando n deslocar-
11, Nossa Senhora muita,i graçns qne me
- Sèè!e' ambM bonzinhas, minhas filhRII, so os intestinos, e que nunca tive tratn- tcm c-oncedido.
Ajudem-11e urna a outra a ser muito boas mento de médico nem remédio. RoH de J H UI Morals
e procurae nas v0&<as comunhoes corri- Francellna Souza Gaspar, de V!llndo de
gir algum defeito ou adquirir alguma vir- Frndos, participo em carta de 29 dr maio
tude. ultimo que tendo urna c-riança em 1.5 de ~,•pois disto rnltei ~o méd\co que _d~
Nito faz sentido que lidando com o l'a- Fm•ereiro de 1926 ficnndo muito bon, gro- pois do me Hr, me c_lu,M• mu1to n_dmll'&•
lor Ele vos niio nqueçn, que envolvidaa ça.s a Deus, paasadoR 2 clias a E'\ncontram clo, quo en cstan1 _mu1~0 molho~, d1zendo-
em luz n.ndeis em trevas, que alimentando- mudn.da. Chn.mara.m O médico imedia.tn~ ~<' q uo ''.oltasse la dn1 n 15 drn~, o ~ue
vos da Bondado e do Amor , est.es senti- mente !' este, quando ehegou, logo pòs em f1z efect!vamente pnRsndos aqudi>s dtas.
mE>ntos niio transpirem di:\ toda a vossa dnvidn. a minha l'uro.. Que me in. fazer Ao ox:mmnar-me clednrnu qne t>U _ei,tava
pe~~on. e edifique os outros.
Qut> os caminhos por onde pas11ais fi-
quem impregnado~ do bom odor de Jesus
I
umo sangria mas punha. om duvida que I co!upl<1ta.mente _cura~a, o quo podio. •pu-
o sanp;ue corresse. No mo.<1mo din a noite bli_c·nr ~m reco10 pois qui" erit nm verda-
niio vin., nem ouvia, nClm flllavn. de11·0 milngre.
que de manhii estabcleceu tào e~reita No dia 21 a noite veio o médico dar-
uniiio convosco. I me urna injocçiio e nem a sonti. Den-me ATESTADO
11m ataque epiléptico. O médico disse QUI\
I
I niio me podia fn,~r mnis nada. O quo
b11vi11 de fazer ja o tinha foito. Que era Porlo, !IO de maio de 19!!7.
impoAAivel eu escapnr. Qon,n do se io em-1 nerti/it'n q11e fe11/rn lrafa<lo 1111 alou.ns
AS CURAS bora disso para a gente quo estava: ucoi- cinos da Senliora D. Ro.•<1 de J1•su, Mo-
tndo., é a ultima noite que tene... mis, 1noradora na run <'o.•ta Cahrul, de&-
C'omo a minha fnmilia é muito. devotn ta cidade t que fu, conaultado pl'la me&-
DA FATIMA de No"-~n Senhora de Fatima recorreram mo ,'/rnhora em /inJ dc novrmbri, do ano
com muitn. fé a Nossa Senho~11. A minha pau(l(lo, por moti1·0 dr um tumor 110 pei~
farnilia foi reznr o terço: t'm tio meu dis- 1 to que depois de e.raminadn m, 7x1receu
Allce d'Oliveira Davld, da fréguesia da se qne ja niio vnlia a peno nada disso. de nnfuuza .m.•peita de mnligni,lnrle, em
Graça (Figueir6 dos Vinhos), tendo um fi- M:inh~ mndr~nha disse entiio: «anda que virh1rle do que llie aco,~sclhei a dl'i~r-se
lbo seu de dois nnos e meio, urna curva- eia a111da. nao morreu,,. Fornm rozar o oprrar; mas como mo.,trcus/l due7011 de
tura ne. espinha dorsal e niio podendo torço a Nossa Senhora e qua.ndo acaba- nlf.o scr operada unte., do 1\'at<1/, w con-
~le II ndar, rocorren n. Nossa Senhorlt dn ram ja ou estnva a esprej!;ttiçar-me e a rordei lnM aconselhando-a a q,ie 11,ìo pro-
Fatima (niio chegou a tornar os bn.nhos abrir os olhos. Da{ em dianto comooei sem- trlaue muito a ocas,lfo da operoçt10 por-
de 1101 receitados polo medico) dando a be- pro a melhor. 1ue poderia. aumentar; o t11tnor 11,.~sa eca-
bor a creança, durante e-ere-a de um mes, Maria do• Santo• Palva 0 médieo disse qne se en <'Se-o.passe que 1 .,iao rra do volume dc 11m.a tan!7erina; nllo
agua eia Fatima, rezando ambos (miie e fica.vn coga. Minha mndrinhn foi chnmar liai-ia /tbre nrm ti11toma$ dr i11flamaçilo
filbo) urna ' Avé-Mnrin a N. Senhora e o Rev mo P .e Martinho Pinto Rocha pn- loral; di' noi·o a vi na& 1•u1ura., do Satal,
. urna suplica pedindo a curn.
I I
Tntnbem minbn. mulher teve uma mo- ro. me dar a Santa Unçii.o, mns no outro rm q1,r., encontrei o lumnr m:7ior t. aten•
Promoteù ir n. •pé n Fatima (o que cum- lestia grave, foi trntadn por medico e du- dia ili folava, in ouvia " jn via, pouco dendo a 1,ma rertn rrlufnnria d,1 doen~e
priu em maio desto ano) e de ioelhos de!'l- rou 3 anos. Os medicos diziam-me qua era é Yerdade, mo.s dni em dinnte fiquei com para a oJJrmrllo, di.,u-lhe qut e3perana
de a estrnda até a capelinha. I
tuberoulose, nos 0!-~os. N6s ambos pedimos a visto como dn.ntes. até ao dia 8, depois daa festa, do .Vatal
n Virgom Nossa Senhorn do Rosario da Grn.ço.s ao Santfssimo Sacramento e Gra- 1 para. .,e /arer a operaclfo, aron.,rl/1ando-a
Pilar Montetro do Vale, de Vilnr For- Fatima na CO\·a dn I rin, que nos valo680- ças a Nossa Senhom do Ros1frio de Fati- contudo a deixar-se operar ,nai., cedo ,e
moso, que durante quotro clias teve as Fomos visita-la na capelinha. da sua apa- ma. -viur qur n tiimor a11111rntaria. X e3.ta oca-
maioroa dòres para sor mii.e, estnndo jti riçiio très ,ezes C'm cncla. ano. No terceiro Meu mnrido prometeu la ir visitar &il.o o tmnor seria do 1•olume de 11ma la-
abandonada dos médicos que a davam co- ano j1i lii fomos completamente siios de No,~~a Senhoro rezarmos ambos o terço e ranja mediana.
rno em estado desesperndo, a ponto de no- todos os noSbos padC1Cimentos pelo qua dar 50$00 de e..~moln- 1'tlinba madrinha Ficou rombinado que 11 dnent,. l'ieuts
da lhe receitarem nero fozercm, den a lnz, mnitas graças demos a Virgem Nossa Se- J prom1>teu rezar o terço 15 riins e C'Omun- para a operariio o mais tardar em 8 da
Voz dil Fatima

ja111-1m, X1U1 t,1rt!l'Ì u l'ér ll doeute 11fr 1w Mar,v Ferro f.,obo de ì\1011r11, J). Filome-
Porque é. q_ue. a lgreja
dw 8 tl1• fe1•rreiro em q111• M: me apri•,~e11-
to1,: ,,J'a111inei-11 ro1,10 tlu,i outra, N·::P.• r
rom ndmirordo 111i11l1<1, ol,~rnei quc o t,i-
nn Domingos l•'rngoso, J). 1,nizn Mnria
cla C'oncei(·iio Feio, D. Barbani Ramos
lt'rnnco Neve,;, D. l\!il'neln Onroço, J.
Respeitos humanos tem in1m1gos
mor linhn de.•11r1orPri<fo; 110 enfanfo 11edi- G. (20$00J. D. l\lnri11, A11g11sta H.iheiro, U ma senhora. conta o segainte: - S<> o. lgl'ejo. é no mundò a grande
lhe parn 1·olfor oo mru 1·011.mltorio J)(l,,.,a- D. Ana Bo.rrC'iros Fl'aziio. D. Maria ('on- Fu i profbicfa por meu mnrido de ir a escol11, de heneric·encia, dc mora! e dc C'i-
do1t J:j tlia.•,
ronfi1·111 ei o cle.,a])/lrPcinu11 ·
1· <'Oi~·ìio {'oelho, D. Mario Briptista, Alhor- confissiio. vilizo.~iio porquo é qne suscita contro Ri
to ,lo t11111or; d1· not•o Il n//.,Prrei 1,n.,.mdn.• to FrnncisC'o l•'aria Ahn,nC'hes, D. M11ria tantos odios e persegui~OOII e ntrai ns nn-
u1111H .,emana.• r. 1'1"rifiq1tl'i q11e nilo 11111'i11 clns Dores C'orlo Reni, n. Ludovinn cle V endo eu · q ue me nio era possivel fa-
zé-lo vir a aceder o.pesar de me custar tipa.tias de tanta gente?
,iada de anormal. Oliveira Snnt.ann., D. Ma.rio. Josp Assis A e.cila pergunta eu vos responderia que
Por ur rrrtlade <' mP .,er pedido nfe.•to Gomes, Ur. 'Lufs d'Oliveira, n. Ana ('hnr- m11ito, rosolvi fazer-lhe a. vontade.
a raziio (, facil de <'ompreender. A Jgrejo.
30b minlta pnlai·rn dP honm P hirarri se tc>rR, ,José Justino do Vnle, D. M,u·ia Niio Linha sido educada assiro, mas
condcnn todas ns I\CQoes m11s o cenRnra
nerr,01irio frir 1'111 como 1•.,t,1 dnlnrarr1o é Go11lart Sm·m<'nio, .Joii'o M1111u<1l Gmwoin-, paru <'' itar qnos,tòes assiro procedi. Niio
todoR os que delas se tornam C'ulpaveis.
n r.rprr.o,in rl11 1·rrdr,dr ,Joiio Paulo, .Jcronimo Augusto Pinto, n. podio. ser assim por muitos anos.
Desde logo ela levanta contra si todos
IO AmE>lin Figneim da Sih-:i, n. Amelin C'a- J,t n caminhnr para o 3. 0 ano sem ir os que siio re11s de algmna ncçiio indip;na
(n) Mn.111101 .Jorgp T<'orhC's C'osta hritn (11$00).' 1), Luizn rlc Jesus Mnn- lt rlu.,obriga. e estes, infelizmente, sao muito~ I. ..
so, (11$00), Anonima (A. R.), D. Maria Niio me C'onformava som curnprir EnLre eles e ola niio pode hnver simpa-
M ar ia de J esus, d<> R<'holo~n. esN(',·e: dn ('()'TIC'eiçiio Prnzeres Pnrente, A lfr<>clo nma obrigaçiio n qne minha màe me le- tia nem ncorclo posRfrel.
Hnrrndns, D. !Ilaria Vnsqu<'-i. :\fnrtins, n. ,·ava dc:,;de a idade de 7 nnos. Fatando em nome df' nous, n Igrl'ja
11F.x.mo Rl•v.mo Snr. clin>etor Guilhermina eia ('m,tn Prcitns, Guilher-
Yin ir minhn fnmilia e eu niio tinha diz:
C111npri111lo 11111 clP,·C'r t• nmn proml'si.n me Plnntier Mnrtins, n. Maria .Jo,é Fer-
lie:<'11<_•1\ do meu mnrido I Que t,risteza. I · Kri.•fe 11111 Df1t.1, Juiz Sf>1ura110. - Ora.
q111• ri7. n nossa Renhorn !lu Ros11rio cl<' l•'a- reirn, D. Hortonsin cle l\folo Lemos o l\Ie-
ha. mnita gente a qnem a ideia de Deus
ne1.es (115$00). n. Pieclntle Vieira Mo- F.11 niio ciuerin abusnr da bondade do
timn. YE'nho pNlir II p11hlic·n<·iio dns scg11in- meu mn rido. incomorln e a quem C'Onv:da qne Elc niio
('fl, D. Florinda Ribeiro da Sih·n, P. Gic
tes grnçns cp1c- recebi de ::-;o.,sn Sonhor:i. existisso porque se- sente,~ culpru.los <' it>-
].• .\ ncl<>i i anos nn t•st·ohi cle i11str11çiio ni, l\Innucl Jnsé cl'Arnujo, Manuel rie P1,n~a,·a no 1.0 mandaf(lento da. S.t• mem os sous j11izos. C'orno querem qne
Arnujo Pereirn. D. Mnrin C'ahrern Ro- lgrej:i que manda confessar-se o cristio
prim:hin <' n,lo c·o11seg11i a prender o ler: estn p:ente a.me n Igreja e t<'nha. <'nten-
rho., D. Ann Rosa Pires, D. Marin do no monos umn ,·ez por ano. Todas 86t&a
òepoi!'I qne p<>cli n NMs11 Rcnhor11, 1111111 dimentos <'Om eia?
Sn<'rnmento Pircs Morcirn, José M:nrin lemhrnnças me at<.>morisavo.m.
me~ a prendi n l~l' a le-tra redondn. A Tgroja rliz: 1Iti 1t111 infP1·110!- E ha
2.• T'm jonm1 de· 21 nnos de idnd<' to- l\f. Pinheiro, D. Tdnlin,, Roclrigu<>s Pou- ,\,, veze.. vinho.-me à lomhrança ir a muita gente intE>1·es.<1nda em que ele niio
zncla, 1), ì\fnrin 'Emilia da Ounho (6$00), urna igreja. mais isola.da mas logo me
lheu-"I' cle nmn pcrnn ,le tnl modo qne existi«se e qne nc•olhem <>sta nfirrnn~ao
o~ mPrli<'Os o julg,n-nm inrnravc-1.
n. Teresa de ,Jesus Almeida. (1 clolnr), ,·inha o respoito humano'; tinha medo da. Igreja rom impPtos de rnh·a. Como é
l\fanuol Gn hriC'I, ,\ ngeli no eia C'oncC'içiio f!Ul' nlj!'.uem me ,·i$Se entrar para la
RN•orr('moi. a Xossn RP11horn dP F1H,ima 1,ossivol qne amem II T11:rej11 P fi!' entt>nclnm
Lnuzndn (jorn11is), n. Virii:inin Tznhel Triste situaçiio I
pronwlC'n<lo fnz<>r :1 t10l'<'lll1S em 1rna hon- com <>In?
r11. ';\°n 2.• r,io da prim!'irn novenn o j01C'm Gon~nlves dos Snntos, n. Marin T,11iz11
Tinha saudade de hobpedar em mi- A T,zrdn diz: ailnrara.t 111,1 .tri De1111! Fl
l'Cm1t•r.011 n sentir-SI' melhor dn pernn, me- Dias. T>. C'nrolin11 ..\ugui;ta Moreirn Rnn-
nhn p~hre nl~u o nos<,0 quC'rido Jcsus, ha muitns pessons qne ndoram o rlinhciro:
lhornn,lo r]ia J)nrn din nff (1118 I\ terC'Cira, i?el, ,Toiio C'nrlos ,\lves (20$00), D. Mnria
mn-i nao qner1a desohedec·<>r. outros ndornm ns honrns, os prazeres.
jti. foi a1·0111 p:\ n hado cle 1 I jo,ens o.ssisli r cfa Graça. Nnnes de Tirito, D. ):Inrin dn
Ha c·n<;os porem quo poclem mais que Algnns ndornm-"e a si mesmos. Como é
n t0<lo, os <lins da mwc.na. Grnça Nunes cl<> Brito, n. Enp:dC'in cl' As-
pos.<;iv<'l c1ue tmla. csta gentC' qne nào quer
!l.• T'mn prima rninhn <1<> R unos <l<' icla- 1;1111<.·1i.o ('o,·as, n. Reatriz de Amnrnl ()u1- n~ lei~.
dar n 1)011s nem um pensamento da sua
rle j,1 hnYia um ano que niio se modn cle dt>i11~ 05$00), n. Emilio Aup:ustn ,lo 8n Fl.,tnva-!>e na primn,,ern. Nurn& daquCr
alma, nc-m um:i pulsnçào do f;('U l'Orn('iio,
pnl'll' ne11h11mn do ('orpo. Goodnlfim (2()$0()), D. Ludovina. Nc>v('~ In, lindns manbii,- enchi-me de coragem
nem 11m minnto dn sua Yida, nmc n Tgr<>-
Apenn<; snn. miie pronwtc,11 ir 11 F:1timn (20$00), n. Teresa, B. Forte, D. Paulinn npcsnr cle mii nbstnculo,; que se a.prC-:
jn e ,,e c-ntencla <'Om eia?
rom eln, 101,1:0 romec:011 n nnrlnr. Al<lenno clP F nria, U. T,uiin do Freitns, sentiu·am 11. minha ima11:inn~·iio. Nncla im- A Tgrf'ja dii!: ">,•,1n jurar<i.~ n nomr ,1r
D. Mnrin Luizn Lenl, P.e Angolo Fil·- p<>1liu a minha viagem. Consegui entrar
l'(•~o enrnrl'riclnmC\nte <111"' pe~am a Nos- nr11R P111 l'(j()/ - E ha m11ila genti> (jllP
sa ~enhorn (lllC' ~c dip;rw ronvodor um minll cla Rilvn, n. Mnl'in dn ('onr<>içiio n1i igrejn da. minbn paroquia onde encon-
niio fnln <>m Dcm: senào para o mnldi?.<>r
p<"'ndor qne j:1 li:1 20 onos niio se c•onfl's- Cnlntlo, n. R ivira rln C'rrnf'eiçào Xe,·e1; trE'i a mou di'tpor um ~nC'erdote qne me
e hln-if<>mnr.
1"crn•i1n. n. A11g11stn .\ h·nres clo<i !=l.nn- atE'ncleu.
snu. A Tf?reja cliz: f':11n1·dnnfa {)., ,fomin(7n•
to, , :?•'"'rl()).

VOZ DA F.ATIMA
..... Dia feliz !
O 111011 m:irido nem sequer deu por
minlm folta, Dnr llO.ra o futuro fiquei
t·om um tal cntuRinsmo quo nu'1ca mais
trve_ medo 'lii<' algu<>m Yiss<' para onde
r 011/m.• di<H dr prrrrito! F. ha m11itn"
pcssons 11 quem f\Sta ohrigt\~iio imporl11nn
e prl.'fercm pn«<inr o rlomingo em 11issi-
pa(·ii<>,., e- esturdin., nntes Q11<' nssistin•m
'ri<.sa. <' outros oficios reliP:iosoq, C'omo é
a
TrnnspnrlP .
Despezas Abrigo dos doentes Peregrinos eu 111 • possi,·<>1 o 11? C'sLn it<'llt<' am<> n Tgrejn?
,Vrt•f'isanclo um dia de il' para O hos- A Ti;!:r<>ja diz: Uonmrn., te11 pai r fttn
P:111el. romposiçiio e irnpr<>s~iio da Fatima p1tn! pnrn •.,er operarla pedi que me mtiP! R ha. filhos quc,,niio c•-ipc-ram C'ltegar
<lo n." 57 ............ ....... .. 2. Hl!l~f)() llcl1111111str:u,;;<'111 os i;ac·ra1111•11t 0 ,, 0 fJII<' nos quim:C' nnos parn "a<'uclir<'m o jugn do
Sf.ln~. P.XJW<lir:iio, tr1111sporh•, mais tnrdf' mo seniu de deft>sa. resn<>ito <' da ohcrlierwin q11<' cle,·em n ,1•11~
Trnsporh• . .. ... 5.M2 :;;;
11.ran1ras, Ptf' .. . /521$00 ,i$00 Pns,;ados sete nnos enro11trn.va-se mou pr\is.
Ontrns 1lc~111•rr.n~.......... .. 170$00 Yirl,!i11io 1-'el'l'<>irn ... mnl'ido e um !',(>u amigo n. t·ensnrar a Hn filhos 1)110 n•<•m sc,us pni,., a 11101·n•r
O. L11C'indn ('nrntiln 10•• 00
confifisìio. de miM'rin e- cli.' pr·h·nçoes l', porl(•nclo, 11ìio
~0111:1 •.• 'i!I.Uf!,3, 26 n. G. .\nwlin .\h-c-s Fn1tu-
liii .. . . . 20.• no ~1•111 nm ,w111 ontro podiam ver SI.... os <.oc·orren,.
C"omo po<lE>m tor nmor n Ti:trl'jn.
mP Il 11111tes coisas nté lh<'>< pnredn 11m 1
Subscriçao :5.111iS,,.'> c·rime. A Tp:r<>ia cliz: Y,711 mnt,,n1~ F, hn m11i-
fa g,•nl<' q11<' ,·in• <'111 pN·pvt11n odio. <'lll

Eri\ innnn ,h•z es1·mlos . ,Jnst> :\Tarq11Ps
--------- ·Eu lllll'iit-0',, mn>1 <:omo o caso era com
t<'le,.,, . nado dizin, mns . <l a f por 1ns-
nnt('s O mr,u
·
disrol'flìiH; E' qnrsto<>s <'ontin1111>1, qm• fil.
zem 1•1111n ,1·1n 11m·os prnJI'<·
mnndo \'Olta-se pnra
· t os , I e ,.,· 11J!a n~·n ,
qui> prof<>rP.m p<>rdl'r 11m hrni:o n p<>rclon-
Torrp,.. .Junior, 1) Mnri11 OliYia ,le, <:;nu- 1
to .\nt11nin 'Nelo, n. if,nin ,Io (\Hmn ('.
Um a acusaça-o mim (' _l'<,m limi\ grande satisfnçiio oxC'la-
1rem ll111:l inj11rin. ('omo po,le ('Sta gpnto
m:~: 1111 nho mullwr nun<'ll mns li \'Oltou,
nmnr n lgrE>jn f' <>ntencler-sp c·n111 <>ln?
Rc•nl 1l',\hre11 <ll' Lima (2'1)S!l0), Mu1111Pl e <'Il <1uc O soulw.-.qP,.. A Tl!'r<'in di?.: r11111,·rlnr1h ro.•firlar1,•. F.
cln ~ihn .Torrlìin. ]) ,rnrin dP Yn"·o11- ('r>ritii-n E11bìo en, m111to tnuH111ila, hn m11itos 1)11<' sr entregnm romo ('scrn-
01>roxi-
relo, C'ruz. n ,fonq11i1111 ile ,J1',11s ,r:ir- r nrn mission,irin. mo-me 1lele e c·onfintlu nn im!'n&a bon- , òs :i sua natm'l'lr./1 cfoprn,·nòn. ()lii' pro-
tin. D. Rmilin A1111;11sla da Luz (20 00). ':rn umn_l'l'fill<•na de !Hn·c nn?s, "',11., hn dacie• eh• Dons rlis.sC'-lh<1 nwignmente: co- c·urnm sr•m esi•1·11p11los os praz<'re, proihi-
.Josefa da Conceiçio, D. C'nnclicln Han- 1111 ~110 qnE'l'l.l fazi•r a snn pnmE>i:a .< 01!11•1- !no te rnv;:1nns ! l><>sde 11111• na• pt·oibiste rlos. n~ ,·om·<>rsn-.. 1·11lp:1vt>is, as,ll'it11rns .. ,1-
C'itf'S (2ll~()()) l•'rn1wis1·0 HC'nto ,Jo~~ !=l.nn- 1 nhno " no cpic .'.'I' opunlla Il mls,ronurio JIL l:j fni. ,·en<'nmln-;, os 1·0111p11nhE'icm.. c·orromJli,lo".
"' . ' . st•m gl'nnde 1·11z-1n
clc T,1,mos, D ClPrtr1ulE>, P1res ( 'orrern · ; . . RII' ,nnitn n<lmirn,lo. ,iois nuo E>rn <le
Comn P qn<' fllll'reis qu<' <>stn gPni1• 11111c
n .. . \1·1,•h
,. rlh ,"'1111•.
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·• Jo1·••1'rn
' n,·11e'11·11. ".~.
r r
Mnrtinho Pinto da Rorhn, n. Palmira qm• so <' nmarn : 01 nsitnr O snnti~suno
1 tnn tnr,1(' I) 1 , ( ' . ni_ir.l'IPII (E'__ ra .""." 1111
h ) . roslume desmen!i-lo, pr<>guntou-me:
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11 Tgrl'1n. c SE' <'11 t <'li<l n. c•om e•1a .I>
.\ Tgrc-i:t diz: Y,7n furfnrri.•!-E hn
Pinto dr ('nmpos, I>. Mnrin Riti\ tlt• M. e -.1•nl S<>r fJl'C'St•ntrclo, l'lll'Olltrmr n Jll'<(llf'- uan,lo? R rom qae nutnridnde? tautn gl'nt.P Cjll<' PlllprE>jl;n nwios indigno~
Cnstl'o .\. Gui111nrnc•,, D. Elnru (1p)o, nn a fnlnr nito <le:mt<' clo :\Unr-mm·. ('0111 A mesma tranquilidncfo re.qpondi
pnrn fnzer pnssnr inj11st:1mt>111,(', pnrn 11"
1), .\idn di• \11:ui:ir Ferrnz. n. T•~milin da Dizin assim: _Q111111rlo e~tin1 no ho.-;,pitul, n o. morto
suns n1iios os hC'ns ,los outrm,. Porll' <'~tn
("on<·(•i,:iio (20,.()()). Awhlinho .\ln•s, ,()' .Je,ns o s111·. P.C' Durricm n11dn n cl1nnt1• clos olho!I. gent<> nm,1r n Tu;r<>ja?
' Frnnri"-<'O !=l.onr<'S Gnrrinhas, Frnnc·isi·n <liz~r q11e <'Il niio ,·o,; c·nnll('<;o lwm. por '-f.'1' I Sahin muito lwm que .tn t•rns muito .\ Tizreja, finnln11.'nlc Y<>nclo-"t' qu!' "" niio
Rn;,n ,1,,s Snntos, RE>ntn Gom<'s (20$\)(1), m1_rno. JH'qni>nn l' nào nw <lc•i,:i f11zp1· n ~eu nmigo O qirn fa.zins tòda a diligen- pode diminuir a sun don trina nom 11 -.un
n. Rufinn ,loi< Anjos. D. Alire 8111,zmlo, prm1<'1rn Oonrn11li1in. Mns <'Il <·onlwc:o-1·os c1:i 1rn1·n me !'llllYni·es a ,·iiln mas nn- mornl l',ritn-;,<> c•ontrn !'In n <'olern fl o
n. lTl'l<>nn TI:iltnznr. 1), \fnria rlt• .Jp~us muito hC'm odio dm, i11<·reclulos, do~ hln~f11mnclnl'<'S, dos
queln O<·l\siiio )pmhmvn-nrn mnis da alma
DnnrtP, D. Olarill(la Hil10ir11 d1• ('tin·n- ,J:I s<>Ì n dnutrina to<ln. man, filhn,, clo~ 1111<1!'ltr.•, 1los lih<'rtinos,
ponpw sp e 11 ti,·e,~c ruorrido tu niio mo
!ho. D HPlc>na. Lobo do Vnsc-onrPlos, l>. ,J:i sei ~ue sois Filho <I<' Dens <' cln Yir- c:olnC'nn" nn <'én; 0 eu niio ,pwrin ir pa- clos lntlri"><·'-· 11<> toclos aqulllos. <'m umn
Luis<' D1·e-xcl, .\ntonio ,\ 111!'11sto ~ovnis, ~(•m l'lfann <' qne 1111sc·!'stP <'Ili Rel<>m, (jll<' 1·:1 o inf,,rnu. pal:t\'l':1, <'IIÌII C'Onduc·tn 11ltrnjn n 1·<>r1ln1IE',
l•'rnrwisro !lffl1Hl1>s (20P00), ,., .Jni;é Pa1s clns ,·iv•,•th v-, ~s en1 ·"'11.,n1
h ,~ I
• '1 1k. • ns. m.,ntl\1·a• 111, (' 11
' '"' ·e,
Rnnto~. D. Maria {'nsimfrn, P.e .Jn~P Go- umn 1·r11z_ <> q111• no tN·ct•iro d1n r<>s1<11sc·1tn~- beclirnte, ma, jnlgo qut> I<' niio
1 l''• fui <>rtn Il rn7.iio porqlll' iE' fui clC'sn-
'n y·11·t.111lc e 'n mor·1l ' ...
Entri' <'In <' éh•s (e isto 6 11111n honrll
oclins
nw,; rln ('osl:l (20S(l0). Antonio .\gnns t!'," ,uhrsto, 110 ('ou, <' tnmht>m qnl' mn- ofC'n<lc>r. P
pnrn n Tgr<>jn) niio hn entC'ndimc-nto pos-
Vaz tll• :\[n~c·nrf>nhas (20$(11). D. \ nn r.w, nn ig1·c•Jn nn Hostia 1·11111;3,graòn.
I . . siH•I.
A~un, T<'iµ;uPiri>clo )fa~1·1u·1•11hn.., (20 00), Yi•,les <·omo c-n Vos i-nnheçoO l)izc•i no
,Joiio 1''<'1'1'••Ìl'n ,In ('ostn Rctt<'IH·ourt sm·. P.o Durril'u (lnc- 1110 ,Jei"c- fnr.i•r 11 ontr~o, rncolhf>ram. os homhro,-, ~orriram
(20$00), D. 'F,inilin Vill1P11n RC'hC'ln, n. primc•irn ('rmunhilo.u
TT1•111·iq11etn \fnrin l.l'itiio, Hnim11n<lu Vi- O missionilrio ,mdn ludo <' :whon-1111'
(h , rlois nm1µ:us olharam 11111 paro o
1

<' n~o ~nl11~·am 1~111s no ~ssnmpto.


.Ja la ,·no m111s dP sers n.nos.
----
<'<'lit<' òa Sil\'n, ,Joiio l~ilipr- C'orrl'ia, I>. iml'nsa grn<;u, sni11 ~<'m ,cr vist-0 e. :'i noi- 1'c-nho ido i.oda, as - ,.<'l",(', quo mo
Amelia :\fo11t1>iro. ,Jos(> )fonlA•iro, \ nt611io ti', 1111 n11la clP cntedsmo prrg11nt011-lh<' ,e I tem sìclo po,siv<'I 1i Confisl'~ìo e :.i Santa
VOZ DA FATIMA
H.odri~nes. D. ('nrlotn .\11µ:usta tln ('nn- tinhu i<ln n il{l'<>ja e Jlnl'O. quf.. Comnnhiio di' maneira n. nào fazer fnl-
c<.>içiio. D. Mnrin cln 1,nz clf' Cnrvnlho Vni I\C'Usal-o no Rnnti!'isimo R1l<'l'II- tn llS minhi\,; ohril!;açòes Niio é Pl\l'I\ Este jornalz inho, que vae
1\fosqnitn. D. .\d!'lnicl<' C'rnz, n. T~milia menti.'. R r<>pt>ti11 o Cf1H' tinlrn ,lito. ahnsur da hondncfo do mcm marido mnB d
Pizarro rlC' Port.oc•n1Teiro, ,\ ntonio Xn- - Ora mnito hem, vejo fJll<' f>Ollh('C'l'S pura rwdir li ,Jcsns (tlll' nos ajude (I sendo tao queri O e procu-.
, ier cl,• Pall1111·1·s ::-.og11eirn Fnlci'io (Tra- 11111ito h<>m n ~osso !=\enhor, 0 t>ntiio qn:il- <'Ot1\·..-rtn o mt•11 bom marido O yfrermos rado, é distribu rdo gratu ita-
ve-..•l\s), n. .Adnl<>ide Rnldnnha, D. P(•r- cp1Pr clin. tnlvCI! n11111nhii l1l1'.... ntO, fn:rns a nn jl;l'll('II clC' l)pu't, da. propria viòa de mente em Fatima nos d ia s
ptltun RC'ixns, D1·. J(laO· fl,, 8011sn ('ana- t11n primE'im C'omunhiio, Je~U'I,. ('onsid<>ro-o apenn~ ('01110 um ce- 13 de cada mes.
Vlll'l'O, Tia.ronl'!'.11 tlc- .\ hn<'Ìrim (O. T,11i1m), () f)IIE' nio s('i l~. ('01110 tt• hc_i-c~o p<'rcloal' ':'11111ho,. (!lit' l>t•HS (1111.'rt' Cjll(' ('Il g11il' pn- Quem quiser ter direito d e
D. GertrndC's clo Ro,:irio Santos Rimòns, O l\('IISRre«-mn nss1m no Snnt1ss1mo S111·rn- Il\ 11 ndn E>ter~a. . • . O receber directam e nte pelo
l\fn111wl da~ ~e""~, ,Jo.iq11im da Conc·(•i- mento. .\o~ nos.<;os l<'ttorcs deste querido Jor- j • t .L d • d.
~iio C'osta, ,Joiio Sabino de Pa.s~os Gnlclns, Nito se i11<111iet,,. Ei1 rnu-lhe fll'llir nnlsinho peço nmn Ai•é Jfarin pelo. con- corre10, era e en~1~r, a I -
I
P.e Manuel Din!I de Mt1t.os LnF!;CS, Mi- CjllP. lhC' peorcloC' logo que Y. R('\',c·in 111(' d~ v<>rs.1o desta Rlminha n 11nem en tonto! antadamente, o mm,mo d e
g111•l P<.>reim, l)ominjl;Ol< R. Ferrl;'Ìl'll. n. n Santn C'omnnhito. , nmo. • dez mii réis.

I
.A.:n.o "V Leiria., 1 3 de .A.gosto de 192"7

____ ,
. {

A-
--.

[COM APROVAC.Ao ECLBSlABTIOA]


l"'-.OiractGr, Proprietario a Editor: - DrS Manuel Marqaes dos Santos
- - !Composto e Impresso na UnlAo Gr'aflca, 811 dt Sula M1rt11 150-152 - Llsboa.
I Administrador: - Padre Manuel Pereira da Silva
Rtdacròo e Admfnislra(lio: Semlnàrio de Lelrla.

e R O N Ie A '

I
Sua Excelencia Reverend{ssima, o ;en.hr•t looer ali a sua morada permanente, a
D. José Alves Correia da Silva, veneran- Providencia dispòe que dos sete ll&Cramen-
do Bispo de Leiria, realisando um seu toa, font.es perenee de vida M>brenatu,.
dosejo muiM ardente e· muito l\ntigo, que ral, o primeiro e o ultimo sejam adini-
era tambom o de todoa os peregrino& nistrados a duas peregrinaa.
dignou-se nomear por ca,rta datada do Mediante previa autorisaçio do ven&-
dia 13 de Julho, ~pelào de Nossa S11nho- rando. Prelado, pela mào u~gida do rev.do

d a F AT IM A .
ox-paroco de Ceissa.
I
ra de Fatima, o rev.do Manuel de Sousa, Agostrnho ~arquea Ferre1ra, Z?l080 pa.-
1 r~o de Fatima, as aguaa luatra1a do Ba.-
Novo e de constituiçiio robusta e san- pt1smo caem sobre a cabeça de uma crean-
1 davel dotado duma foteligenoia lucida ça do aexo feminino, a quem ile pòe o
e du:Oa cultura invulgar realçadas pel~a l no~e de Maria, fHendo-a Dt.&?8r para
(13 DE JULHO) primores duma educaçiio esmerada, che10 a y1da da graça e tornando-a f1l~a ado.
de v..elo pela gloria do Deus e pela san- pt1va de Deus e membro da IgreJa.
• • • _ tificaçiio das nlmas, tudo pormite espernr E aqu?l~ n_1ao sagra.da quo regener~
que o primoiro capelào da LourJ,,,; r,ortn- 1ra a pr1v1leg1ada monma, pouoo depo18
gttè!<a justificara n e.<1eolhn que o ilustre administrava a Extrema Uriçiio a uma.
Vigilia de armas- A torrente
caudalosa das multidoes-
A. imponente procissio1 das
velas -Espectacuto assom-
broso e emocionante - Vi-
brantfssimo ,hino lde:Fé'.-
Mais perto de Deus.
As primeiras sombrns nocturnas descem
lentamente sobre a Cova da !ria. E' a
ve5pera do dia. em que se comemora a ter-
ceira apariçii.o da Rainhn do Céu aos hu-
mildes pastorinhos de Fatima. Urna mul-
tidiio compacta de alguns mHhares de pes-
soas, do ambos -0s sexos, e de todas as ida-
des e categorias sociais, aglomera-ae jun-
to dos santuarioe. Aproxima-se a bora do
eJpectaculo maia deliciosamente emocio-
nante, que jamais olhos humanos Jograrnm I
oontemplar em terraa de Portugal e que
a6 ali, oaquela estanoia bemdita do Céu,
se oferece a vista das multidòes ma.ravilha-
daa, extasiando 1\8 almas e abrasando 01<
coraçòes.
O tempo passa veloz. Entretanto as e.ci-
tradas de Torres N ovas, da Be.talha e cle
ViTa Nova d'Ourem e os caminhos e ata-
lhos da montanha despejam sem cessar
novaa vagaa do peregrinos no lago imen-
eo da plan;cie sagrada.
De repente, naquele locai privilegia.do,
opera-se, corno quo por encanto, urna aJII·
sombrosa e encantadora. mutaçiio de sce- 1
nlirio. O vasto anfiteatro, até ontio 1<i-
lencioso e jmerso nas trevas da noite,
anima-se com os canticos em honra da
Virgem e inflama-so com os milhares de Outro trecho da i,erefrlnaolo naclonal de 13 de Malo ultimo
lumes que se acendem para a grandiosa
procisrio das vela.a. Da.li a pouco, na aua-
vidade da noite estrolada e calma, desen- Noite de oraçio ' de penitencia oPrC1liulo I I
diocesano fez dn sun pessoa para d?9nte do_ Alentejo,. quo _a todoa que a
dosempenho desse lognr do ta.mnnba rcs- vrnm en~h111 de com1seraçao e q'!e, me~
rola-ae 11. perder de ,;sta uma lon11:a e e de repouso - O prf meiro ponsabilidade O do tiio honrosos como pe- da gravidaclo do seu estado, nao poude
deslumbrante fita do Iuz que, sobe a es-
trada, passa sob o portico monumental <e cape)aO prfvatlVO dOS S80• Sl\dOs encargos. sa(r do auto~6vel q~e a tranapo~Ta e
- ., 1 que teve de 1r para Junto do recinto re-
desoe pela grande avenida até se concen- tuarios-Jesus-Hostia sem- ~ nomcaçao dum cape.... o P?rmanent.e serva.do aos doentee.
trar junto da oapelinha das Apariçòes. cnJa poS&e se efectua11 ncste dia aero aci
Daquelas almas, empolgadas pela crença, pre presente na Cova da solonidndcs usunis em tais circunstancia.1 1
daqueles peitos impulsionados pela pie- (ria - No llmlar da vida e implic1t outra graça importantissima, que O registo dos enfermos- Cu-
da.de, sai entao, corno um proteeto vehe- o venerando Prelado de Loiria w dignou
mente contra todas &li nep;aQòe9 impoten- as portas da eternidad~. tnmbom conceder: a conservaçiio babitual ra de duas creadas de ser·
tea da impieda.de, nru vibrn.nte hino de do Santissimo Sacramento no locai das vi r do Porto - Sofrlmento
Fé e de espernnça cristi - as magestosas .Ap6s urna noite pa..'lllnda sobre a terra apariçoes .
e aublimes afinnnçoee do Credo. dura e fria, no recolhimento da oraçiio
e resignaçiio-Devoçao dos
D'ora avante, os peregrinos de Fatimn
Ditoàos, inoomparavelmente ditosoR, o na contemplaçiio dns verdades eterna<i enoontrarào nli, a toda a bora do dia o Peregrinos - A agua mira·
aqu61ea momento& solenea, em que pa~ ou no descanso das fadigaa de uma lon- da noite, o Rei do Céu e dn terre., real- culosa-As servas e os ser-
efectuar-se um mi&tico cootacto entre a ga o penosa viagem, os peregrinoa, acAm- mente presente no sou Sacramento de
terra e o Céu, e oa coraçòes dos homens, pados na Cova da Tria ou nas suas ime- Amor, e associariio, no doco desafogo rii\ vos de Nossa Senhora do
alheadoa do mundo vii e mesquinho, o diaQÒOS, erguem-se, as primeiras hora& ùa sua pi0<lade e ne.a fervorosas homonagens Rosario-A oraçio dos
deaprendidos das coisait efen;ieras deste va- manhii.. com as forçlLS dn almn e do corpo dA sna devoçiio. o culto latreutico de Jo-
le de Iagrimas e de mieérias, se elevam, restauradaa, para dar inìcio as praticM eus-H6stia ao culto do hyperclulia om hon- fleis.
tocadps pela graça divina, pe.ra as regiòes religioaas qne uma piedade a<lrisolada lhell ra da augusta Milo de Deus. Como po-
mieteri08&8 de além-tuztJulo, aoolbendoJae inspira. nbor dl\4 bençiios do Céu sobre osta terra Siio nove horaa. A multidio qua enxa-
ao aeio paternal e misericordioao de .A partir deste dia, o gloriOBO sanctuario de mistérios e èle · prodigioe, preèisameh- moia na· Cova da Iria, em torno do, Bap-
Deoa. de Fatima possuo um ca1,>elio privativo. te no dia em que Jesns se digna estab&- tuarioe ou junto daa fontee da ,gna mi-
' Voz da Fétima

e comp~ta.
I
raculosa torna-be cada vez mais deni,a tes e das manife,itnçòes 1nequivocns ,la vida que ainch~ niio com6<'aste a gosar. gente doente entre as classes principae&
piNlade de todos os fiéis. - Que? I Serei eu infiél A'qucle que me é, sem duvida, a violn.çiio do descanço do-
De todos os lntlo!'I afluom a cado. momen- 1 O 1·ev.do dr. M:arqnes d0t; Santos reza coroou por espoi;a, me mostrou, os seui; minical.
t;o novos pClregrinos. No Posto das veri- o terço do Rosario alternadamente com inapre<:iaveis tesouros enchendo-mo de O corpo do homem é certamente uma
fica.çòes ml'tlicaFt pro<:l'de--se a.o cxame rlos o povo. Depois da eleva('i.io, canta-so um brincoR de pérola.s e depois de me ornar maravilhosa. e potente maquina. creada pelo
doentes, fazondo-i;e 1. inscripçiio dos seus bino liturgico em honra do Santissimo de imensns joias me deu o a.nel dos espon- M'lÌS habil d,is artist:ls, m11e, pòr maiB ,..
nome.,; no registo rospectivo e entrega.ndo- 1 Sacra.mento. sais ?. .. , sistente que seja, niio pode funcionar in-
11&-lhes a son ha de ingrosso no pavilhào Acabada a missa, o celebrante revest&- Ah I Eu amo s6 a Cristo que me entr&- definidamente e carece de repouso.
da capela. dns missa.&. Em poder da comis- se do capa de aaperoes para dar a. ben- gou lindas e fulgurantes pedras preciosas. O divino obreiro, quo calculara a. dimen-
siio canonico. acham-se mais dois atcstn- çii!o. Cantndo o tocante Adorem1u in oc· - Niio cedes Ines?... sào e a forço. de todas as molas emprega-
dos médicos: os que comprovam n cura fernum, dP.sce os degraus do Altnr. e dé Condenar-t&-hei. das na composi('iio do corpo humano, tS
de duns creadn& do servir do Porto no a hençiio com o Santissimo n cada um • • • muito competente para calcular t1,mbem o
dia 13 do Sctembro ultimo em Fatima, dos enfermos. Depois, Yolta ao altnr, e tempo e fixar a mcdida do trabalho, que
cnras q~e _!loie publicamos ':1outro logur. cant~d~ o. Tantum-ergo, tra('a, ~hre a AtrM•ez dn. multidiio que assiste ao jul- o mesmo corpo pode prodnzir sem se det&-
0 pav1l_hno dos do!ntos vai-se onchendo 1 mult1dao a1oelhn.da. a s!us pés, o sino.I a~- ~amento sumario perpassa um movimento riorar.
a olh_o~ n11to~ .dc v_ft1mas de toclos os m~ gusto da nossa rcdençao com a Custod_in I de comiseraçiio por nquela creança tiio lin- Ao mesmo tempo quo o grande artifice,
)es hs1co'I que afl1gem a ~obrc humnn1- rl_e Quro, em que ,Tesus repousa ~a ~~s- da tiio pura tiio simpatica tiio encanta- o ponderador de todas as coisas, promul-
dade. Nos ~eus rostos. omac1ado11 por lon- t1_n. Santa corno num trono . de m1ser1cor- do~a. ' ' gava a lei do tra.balbo dos seis diae, fixa-
gos o cruet!"ntes ,sofr1mentos r('lfleLc-so o dm. e de amor. . . M:orrer tào nova.? ... E por querer ... Que va do mcsmo modo a outra lei do descanço
pnz e seromdado do almAA nlentndns. pl'lll Sobe em segu1dn. !"o p11lp1to o_ rev.do loucura I... no setimo. POTtanto a guarda do domingo
d~e c?n~orto da espernnça e dn. rPs1gnn-1 Cn_stelo Brnuco, sobrinho de Ca~nlo, que Mns O inferno enraivece-se... Ser venci- esta em harmonin com a constitni('iio fisi-
çao cru1ta. . . _ VNO expressamento. prégar na m1s11a nova do por urna menino de 13 anos? Quo ver- cn e moral do homem.
Nn cnp<'la comomoratrrn das apnr1ço<'Q do rov.do dr. 1\U.rio de Carvalho e, quo onl a 1 . So o trabalho do homem ultrapassa mui-
nnmerosoci clevotos cumpi:<>m as ~nns prll- n_ proposito desse acto:. fel! um substan- p; N:v~·batalha. tas vezes e notnvelmente o periodo de 90ia
mosMs, rez:im com fervor a V1r~em do c1oso e eloquente Permao. dias, ns suas forças enfraqnecem e osg6-
Rocinrio, solir.itan<lo l[ra('rui ou ap;radecl'n- Depois do senno.o, reorgo.niFta-se· o cor- • • • tam-se. E se o homem mora] depois de
do beneficios recehidos, on tocam meda- tejo afim de se conduzir a Imagem ùa seis dias de trabnlho materiai, gasto em
lhns, tercos o ontros obj1>ctos do piedadP Vir![Om para. o son pedcstal na capela dns Era a inocencia, a candura, a virginda- grnngenr ~s meios de subsistencia, niio po-
na sua linda e vonernndn Imagem. I
apn.riçiies.
Em torno da primeira fonte comprime- Os ~n<'erdntes, ns servitns e o povo acom-
de quo mais resplandeciam em Inès.
Espèiem-na porisso numa. caso. infame.
de alevantar os olhos o o pensamento a&
coisas imateriais e religiosns, embrutece-
so, dcsde a" primeira, horns da manhii, panhnm a Imagem, i:oltando aclamn('oes e Mas Ines ve os ca.belos crescerem-lhe até se e torna-se ele mesmo materiai como a&
urna multicliio enorme de fiois, qn('I aguar- entoanclo -canticoR, seguindo-se d<'pois a coùrirem todo o corpo que mais tarde S. obrns a quo se entrega.
dam a sua vMi de rocolhorom em reoipion- tocn.nte e<.>rimonia do beija-mào do nol'o Damaso chnmn.ria o e<templo do Senhor.,, Se o povo fosse, o.o domingo arrancado
tes, que trnzem consiiro para eAAe fim, n sacerdote. E livre por um Anjo que ai a. protege a.os seus trabalhos for('ados,, e se lho fosse
predosa limpha, instrurnento d<.> tantns Os p<>regrinos dispersam pouco n pouco. e defende volta de novo ao tribunal. permitido ir livremente ouvir na igreja a
mnrnvilhM quo ate&tnm o poder e n bon- O sol desco no horisonte, entro ns brumns E' condEmada a fogueira mas as cha- palavra de Deus, soria infinitamente m&-
da.de mnt('lrna.1 dc Maria SnntisRima. da montanha. distante. As primeir11s som- mas niio lhe tocarn o triunfando Inés can- nor o numero dos delinquentes e dos ca&-
Os servo!'! e ns s1>rvns do NosAA Senhorn. brm; da noite envolve,m nquela mansiio ta do In: ((Graça., a ti Senhor Omnipoten- tigados.

I
do Rosario, em numero do muitns clezf'.. pridlep:iadn. da. Virp;em. Siio rare& oo fit~is te, Adora,,e1 e Venerando porque, pelo Para. levar as popula('oes ao respeito
nM, oxerc('m sem descanso a sua missii.o ci1rn no por do asti-o-rei se oncontram na teu 8anto Filho me salvei das ameaça., dos direitos do proximo e da sociedade, é
ahon('oada, <>fectnando o tra.n11porte dos <viva da Tria. .Ta nii.o 5(' ouve o brnnclo do sacrilr.go tirano e passei imaculada pe- mister que elns sejam nntes de tudo ins-
enfermos. m::mt("ndo o sor,•iço do ordem cicinr dns prE'COS, nem O!'! &0luços abn- Zn im11ndicie carnal e aoora venho para truidM nos seus deveres para com Deus-
011 prodiJrnlizandr, n& finezas da sua cari- fadM dos onfermos, nem o murmurio da!! funto de Ti a Quem amei, a Quem pro• Ora esta. instruçiio religiosa e moral
dnde a tnntas ..tmos mnrtfrisndas pl'ln j vairns da multidà'o que so entrl'Chocam. eurei por Quem sempre anlt eleiu. torna-se impossivel para a.e classes op&-
dnr, :i. tnntos corpos torturo.cl~ pola ApE>nns de vez em quando, trazido nnB rarias ontregues a.o domin11:o rui suns ocu-
• dornça. nzns ~o -vento, che,:i:a. aquele lo,znr de pnz • • • pa('àcs scrvis.
F.' qult1,i meio-òin. solar. .Tit nll"luuas hf1mò1tn., o Rom da huzina de nlirum au- E' ao domingo gue o povo vai a igre-
dozonn'I de sac-erclot<"s c<'lehrnriim l\li"'C\a. k>mov<'l 011 o ocho apngntlo de nlirum can-
I Vencido, o tirano condenn.-a it decapita- ja aprender junto dos altares o da cn.dei-
J~ mui~a~ Vl'?:<'!I q11~Ri inceARnt~Wm1mt«>, tico Cl~ honra _da Vir,e:0m atestnndo aR çii'.o. Exulta In~. o caminha nlegre para ra sagrada O'I seus deveres parn. consigo
fo1 ndm1n1strnclo o Pnll do11 An,~. Ja n Mmc><,•oes do dia o n. AA11dade daquele'I o lup:ar do suplic10. mesmo, para com os seus similhantee e
mnltidiio aQ'lomflrada em volta clo rO<'in- lo11nreA povoados do mistério11 e trnnsbor- Todoi; chornm, 116 eia nào. pnra com O seu Crenclor.
to dec;tinn<lo oM rloente1:, n,l."nnrdn ancio- dnnt('<; de RTaçn11 e de prodii:tios. Admiram-lhe a corngem, o· deeprendi- Esta educaçao mornl comunica no po-
sn.mente OR ultimoR nctos oficinis da po- mento da vida quo tiio prodiga.mente en- vo o sentimento da sna diirnidarlo e das
rrl!'rina('.à'o, A ornçiio li mnis int<'nsa, o Vi.•tonde di' llfontel/o. tregn, eia qu<.> mal era ainda senhora. de Ruas obrigaçòes, sujeitn~o a habitos bo-
sil6ncio A o recolhimento cada vpz maill- si. nestos, tornn. doees o urbanos os seus cos-
re'I. Do todoi. os pontos do va!lto nnfit.l'n.- - - -- - - ~ • • • Enfurec&-se o algoz: niio temei tumes, regula os sens trohalhos e labnt&-
tro ncorrem numf1rosos pere,:i:rinos que vii.o D(\l)foz-se o tiro.no em soduçoes: niio çoes domesticas 8 lhe inspira. 0 amor do
engro~snr ronsid<-rnvelmonte a is"isfon- f cedo I que {i justo, 0 respeito do direito e 'da
cin. lìm profunòo (' vivo espfrito de Fé
animn nquolns nhnns prostrndas ero foce
lores de martirio. . . I tn:
Est<>ndem-lhe mnitOR a miio: niio acei- autoridnde. E que llC('SSO pode ter a re-
ligiiio junto das populaçoes se 89 niio po-
do nltnr, onde nòornm csrondiòo na JT6.... Santa ln eAs -- H e ro ·, n a Fiel no Divino Esposo anelando jun- de reunir 008 domingos para lhes fa.zar
tia 1<nnta o n<'uR de amor, o nm Ropro tar-~o a Elo em eternns nupcias, In& vol- ouvir a sua voz?
1
qu0nfe cle espernn('n Pleva-M ndmn dns tn.-sE> para o cnrrnsco e diz..Jhe: Ora estns reunioeC\ na i1?Teia siio imp01r
mesquinhn,; prrocnpn('oe!'I cln u-rrn nté ~°"' Daquela Menina Maria Eulalia que 0 ~ I Aquele que primeiro me ~olhou por siveis sP O homl'm do po•o Re entre,:i:a., no
pn.hnmo'I sornno!I !' _rCC'onfortant('s da v1dn. no.,.•o., Teitore., jd ro,1Tieeeni recrliPmos o csposn, é que me hn-de possmr I domingo, aos Rens trabnlhos ordin1fri08.
so ri-nn.lnrnl e òivmn.. prometulo art;90 ,,olire .'?anta Jn€., q 11 e POTqne e;,poras? E' necessario, pois, o descanço domini-
Tndo Bf\ r>rE'r>nra parn a mii;sn P hl'n- hoje ptt11lira1,10., sol, o tifulo 11 ~ J.'lorr,., Per~a ei;lo corp2 que pode ser amado ca) parn. morali1:inr o povo e para bn,ver
çiio dos- enformos~ de martirio - Santa Ines - heroinn. por olho11 que eu nao quero qne o amem». tempo de o instruir noR seu11 deveros.
De 110m orado lite damo., o 110&.,o canti- Ora ~m. m?mento. O domingo deve dar des<'n.n("O e mora-
Depois melina a caheçn. 8Rp('rnod o O gol- li!<ar. Durante seis dill!I o homem exerce
o co r teJo da Vi rgem - U ma nho e tah•ez por m1iito frmpo. Ela ndo

missa nova - A fé e a pfe- or1,,10rlle., 11(10 !'o., prrmitem o ltixo de ro-


I
no., 1P1•ara a mal e.,fa rcdencia. A., 1,o.Mn., pe: .
O nll!'~Z heiuta, trome-lhc n. mito.
o Reu império sobre os enti'!! de ordem in-
fr•rior, ~M pelo _seu ~mpério e ncdto sobre
dade dos p eregr inos - A lal,oradora a,11dua de ((,1 l'oz da Fati- Em_pahdece... b d . . a cr<'a('ao materiai nao deve o homem as-
ma.» A mmn-se, lovantll o raço O _eixa cair ~imilar-qe a ela, nero descer no seu nivel.
Bençao dos doentes - O I
1\lo.~ nifo importa que Jicn ocupndo com n mn.r.hada ,mhre O pesc~o cln virgem. · Dove, de tempos a t<-mpm1. erizuer a fron-
vantaaem o nosso posto. A cnbG('.a roln. pelo chao O O sn.np;ue vai te para. o <'éu <' tornar descnnco ne.!lse do-
Ser mao of ici.a I. ~np;rnr Q solo de Roma .. ~nvolv!)ndo-o nos minio, de quo DeuB o <-onstitniu rei, Ora
, Urna serviti\ ÒOCl'S perf_umP't do martirio. . Rl'm o rPpouso òo dominl?o, o homem 11eria
A sinetn. do sanctu1rio adverte os po· I • 'Flrn mais. 111~11. fior de p~1rezn. do casti- n.penM O primeiro entre 08 sores terres-
rejlri nos dl3 quo n mi11Sn dos enformos va,
começar.
. !-ii cm haixo, no po cl~ capoln. <lns apn-
I _ • • dRdE>,. de v1rp:1ndnde que 1a florcRCer no trec; que p:ovE>rnn, 0 C1sqnec<'rin que O seu
I celf'shnl Eden. .
N1~0 soi que .sun.ve porfumo ~<' ev?ln I . E dn la aindn hoJe _atrnvrz. de tan~s
cle,;tino o Pleva. a mai~ nlto 0110 isso.
nenlliR cle S(\ hn.ver .nproprinclo, polo 8011
riçoes, nota.se um mo\·1rnc>nto clcsusnclo. òa f11?~1ra do Ines qne a torna 1ampat1ca I sPCulos enca.ntn e n.trm eiitn figura deh- trnbalho, de todM n.<! crenturns colocadas
E' a procissào que se ~n orgnnisnndo. e quer1da 11 quem quor que n conhece. cnda Cl hero1cn de In~s. nbnixo dele, dPve, pillo n'obro 8 santo de&-
A branca e~tntua da Virp:em é tirarla do - PorquA_ era nova? , ~anl!'o do domina:o, voltar-se para Deus, ma
sen podestnl e conclnzida noR homliro& clo~ Tnlvez. Tinhn apenns 13 nno!I, F.rn umo • * • I orfo:em O seu fim.
servitas pnrn. a cnpl'ln clns mi11sM. 1\fì- crennça.
lhnres de pos~ons 11.<'llmpanha.m n Jmngem,
num impulso edificnnto de fé P piecln-
I Mai; isto niio bn.<1taria.
nn i.nnta crenn('a antipation...
_ _ Se ohrnr do outro modo, e, Re Rf1m in-
Ah! Quno 51;rande bem nao faz is nos- terrupciio nem repou~o, se mRntiver afn.s-
11as almas _contemplar de quando em quan- tndo de Deu
11 0
semnre ahsorvirlo pelas
do. - Porquo ern ricn.? do E>11tn~ f)gllrns mamorndaa de Jesus e da ,;uas lidns, tnmhem DPuA se afnstnra dos
Quando eia chep;a no Jimiar do pavi- Nilo. A riqueza niio tornn ninguém sim- Sua V1rginnl Pureza I... ~ sens nen:6cios, qua ce~~nndo do ser rej[lll&-
lhiio, uro fremito do nmor e do alep:ri:i pati<'o. Q'.1~ndo a.trayez. d_e tanta corrupçao. na dos P"ln lei divino un. usnra P a fra ude
aJ!'it,a aqnele mnr imcnso de nlma11. - PO'l'quo era nobre?... fnm1ha o no ind1_v1d11~ podemos aspirar prev~eceriio nns prnçns publlcns», nOI
ifithnre" ile len('os brancos flnctuam 1 Niio. Hn tanto nobre criminoso e mau. . ~o~ momentos o 1neh~iante perfume de hanco<1, nos nrmn:r.rn!!, nos e~critorios.
no nr RC'melhnntf"R a_ lindas pomhn~, e~ J?ond.-, lhe vem ontiio o encanto que n lm?~ com~ Ines sont1mo-nO!I ('levadas n Vllr-se--hiio iniquidndM qne hrudnriio ao
trnirem no e!lp11~·0 v1vn~ l' aclamn('OO!! li cm olvo? re111oe11 ma1s purns. cen fortunac; OR<'andnlosns prosperidndes
'firl!'l'm, r.strnl<>jnm nutridns 1111lvns d<' J)onde 0 nmor q_ne eta Ò<>spert~? ! Foi n vista ~a sua imnp;em, a recor- so~ honra, perfidias ntr~~""• decopçoes
pnlmns o litv.rimns do comoçiio brotnm J r 1 ~h I E 1 quo ac1mn e nli:(m d1sso tndo rin.cito da sun f1p:11ra que num mom~nto innuditns, cntMtrofes i,em nomo.
todm, 08 olhos. . InE''I or~ umo crl'nn('n pura inocentc, crn de tonta~ao me cha!11ou a". doces reahdn- Acostumar oi1 homens n. crer qne todos
Dm coro de voze11, mai:rnln~ o hrm t11n- nm hotao de rosn cortado para desnbro- ,les dn v1rtude, da. mocencia o da candu- M din.s !li:o i,e:nnlmente honl! nnrn. J?nnhar
brnòns, conta cm unisono o Credo dc chnr no céu.
Lonrdes. l .
Sonclo mulher fo1 forte a ponto de ven-
ra.

Torminndo o <'anto, soho a.o 11Jtnr cen- cer os o)j?m:es e os s~us tentnd?rcs _alca.n- 1 ..- -- -- - --- -- - - - -- .
Maria E-uldlia
dinheiro. é corno que penrnndi-los de que
tamhem todos os meiOR s:io licitos O ho-
neiitos pnrn. chC1gar a fortuna 8 110 bem-
trnl o r.ovel sarrrclote, rev.do dr. Mario ('anrlo sohre ~!es bnlhnntos v1ctorins. O e,;tnr
Lope11 de Carvnlho de Torrea Novas, qne prefoito da cidaòe de Rom~ donde ero O · E ~ iRto O qne infolir.mente se e,;tn ven-
vo.i r1,lebrnr pela primeira vez o augusto on.tarai chama-n diante de si .e enlevado · Q TRABALffOAODOMfNG do com freon&ncin. nos JneAr<'R onde o dia
sacrificio dos nossos altnree. p1•ln pcrep;rinR _bele:r.!' dnquela iovem, pro- do Senhor ja nito é conheciclo nem santi-
ARSfstem-lhe os rv.dos Jool de Deus ~fn- poo-lho o matnm6010. . ficado
gno e Ant6nio Piros e servo de pndrinho - Niio, r<'l!pondo Tn6s. F,u ~11 dosposa- O trahnlho no domingo faz maior nume- _·_ _ _ _ _ _.....,__ _ _ _ _ __
o rpv.do Joiio Nunl'S Ferreira, cnpcliio doq rln por Aqnele n Qncm 011 A!"Jofl servem, ro do victimn.s do que geralmente se pen-
servitae de Torres Nol'ns. A missa prin- cuja bPlE1za o 1101 o a. lun odm1ram. sa. NO.O troquemos o tempo que passa r6-
cipia no meio dn. comO('no geraJ dos l\fl- A F.le i:6 p;unrilo fidclidode. Porque hn por ahi tanb\a morte11 pre- pido pela Eternidade que nunco mou
aistentes, do pranto desfeito dos sncordo- - Olha bem, In~s, nio vas perder n maturl\8, tanta.e saud08 alteradas, tl'ntn linda.
Voz da Fétima a
'Nos mezes de maio, fu nho e julho fiz v Em 13 de :Maio do 1920, j:i com gran- :n de Janeiro, 80, Porto; Jfaria Jo:si
AS CURAS I tratamento em .tua ca.,a e corno nllo olJ- dos melhoras, mos oinda ~om muita difi- Tomagi11i .,,. Carvalho, de Lnbuguoira,
, tive.,.,e mell1ora.,, mandei•a recolher al) cul<lnde fui ii Fatima_ t'I obth-o I\. bençiio (Alenqncr) ; Maria Emilia Qur.1roz e Le-
D A FATI MA Ime,
ho.,pital desta Vila ~ncle eatsv~ a~t •o
de outubro, ugumdo o mais rigoro•
dos doentcs. C'ontinuci n mt'lhornr com a mo.,, da ('rum do Crnzeiro, Vizeu (em
gmça de Nossa Simhoro o em 13 do Ju- 1· grande nfliçào por doença de ..eu mari-
so tro.tamento e dieta, tendo-me oriento- lho do corrente fui a11:rade(•er a X ossa dol: Franri.,ro Lol,alo
do pelas presc1'içlJes que L . Pran /az n.o Senhora; poi& ja me cou~idero curado." dreus, Sordool ( em peri11:o dP i;e perder
I
uu livro de «Therapeutique Unique de3 ·-
Iuma carta de importancia) ; 'Uma filha de
Leifiio, do An-

illaladies de l'E.,tofllllc», que em muitns ) Jfaria , de Loml'go (o oli...-io de grandes


anos me teem dado resvltados maro.uilho- liiriiri;.;:::;;:::=;niiiiiiiiaiiiiiiiiiiiiP:;;:;rii;.:;;::;;:;;.;:;;::;, dore , qunsi imp~<:ibilitada do se mo..
..os mas que neste caso apenas deram um ver); Olinda Portoca1"Tcro, hospital de
pequeno alivio a doente. que, com.o disse, Santa C'ru11 Bra11:a (n cura de nma reli-
te1•e alt8 no mez de oiitubro, poi, deu- / iziosn desenp;nnada do mérliro): Maria da
I iava muito fr para casa. C'onrriçào Gamlilia, de Olhnlvo (em
Passadas poucas aemanas volto110., ten- doonça ii:ro....-e cle sou morido); .4mélia
I
do peorado bastante, e, nos mezes que se
,'1'(11iiram aU março dc 19!6, longe de
Ohevalier Lo1treiro, do Prndo (Braga);
A nfonio -P. Ftarr,nçn, ile 'Fornoi: ( Ara~
mell,orar ia. sempre a peo1'. O seu estado --- da). C'ltovo tre~ ano" doentl': Carlota de
c,eral principiava a so/1'er a influencia •la l'iln~ Tlon,, .Poi·to, tr1w. Em,fodo d'In11:la-
l .,ua doença do utnm11r,o e os 8intoma., terru 1-2.0 , Lii;bòa (11m11 grnça que parc-
dc.~ta iam-se agravando. , eia impossivel obter): Dr. Ir1nc1•nrio A3-
.1ronselhei a doente a ir ao Porto para terio de 1\lrne::n Lin,,, Juiz 'd<1 Direito
.,er radiografutla e no ca.,o de a mesma <'m Mnroim, ~rr11:ipP, no Dra;dl (prome-
indicar que devia aPr operada ae &ubme- teu aAAi!!:nllr n Voz na Fatima e reznr de
ter a uma intervenç<fo riMlr(lira pois qti!' joelhm; com o fllmilin, durante novo dia,;,
1•orio.i 1nedicos tinham desesperado de rr o t1>rço n N. Senhorn, ml'11mo nnt<'S de
curnr. obter a ,zrnçn. da nct nnl roloraçii.o); Jfa-
1 Tive conhecimento de que no Port? ria do Ro,1drio Nnbrr, profo sorn na. E~-
; nlfo tinha olltidn m ell,oras, antes peb rolo Normnl dt'I Brngn, ohtando a iv-a.çn
rontrario o seu e&tado 3e aqravara e qur, de s1m promoçao quc> df'l1nld<> f'SJ)Prn.vn
no mez de setembro quando foi a Fati• hnvin oito ano<i apc..~,ir rlo wr cliroito n
ma .,e .,entiu m'Uifo mal.
lloje esta completamente curada nlrn
==::.:.;= ela o que 11lc11nçou logo quo recnrrcm n N.
Senhorn; ]lforia 1urorn Fon•er'1 r Silvo.
havendo nenhuma tcrapeu.tica que p 11d~,w· Narolza de J esus Telxelra, do 28 nnoR rle v.n!el)'a, Ovnr, no meio ~e nma. gran-
Rosa Maria Ribeiro, de 22 anos de ida- /a::e-r uma cur~ tlfo c~11:pleta _e perfeita, de ,dado, ni,t.urol de ('ohide ~ofria hn ,le ~hf1culdndo recorrou a :r,;: Sonh?rn da
de, soltoira, nnt.urnl do S. Tomé do Va- .,enao neceuano admifir a interven_çfk> O nnos rlc umo. clouuça clt> l'Stornngo r~ quo F _nt.,ma, rt,iou uma A,·é ~forrn e foi aten-
d PonLe di~ Barca sofria ha 16 mosrn ife 11m poder sobrenatural para ex.plicar j O!> rnodil'OS davnm o nome de d"°sp<>psia thda: Erl11'1rd11 Albert111a Trware, dt
c1:'mn. u11lcorn gast1·i~a11 que muito a fn- , 0 /arto. dolorosn n quul a impediu de tom'ar tinal- C::anf' Ta_r,n, dn. Lnpn do. Lol~ .<0nnna de
zia solrer. Fez tratnmonto durnnM 10 P_or .,er verdade passo o presente que / quor ali monto, oxcopto l<>itc, Jnranto es- R?nh~r1m). um rMo mu1to d1f1r1l: Eu.{J~-
méses no. i;un tena com o Ex.mo Snr. Or. a.,.'1gno. te lougo N,pa~·o cle t<>mpo; por , ezcs nem 1110 d ,1hrrn C'a.~telo Tlra~co, dn Louzit, "
Bernardo Vieirn. Ribeiro. Nii.o obtendo ]'onte da Barca 11 de Dezembrq dr. me"mo &te podia lomar, agu<1ntando-~c- arn~a drf 11 . ter ~uraclo d umn doen~ qte I
melhorns algumas foi uconsolhada a qu-.? 1926. ' a tornar apenni; l'h1i. Lo11:o no prinripio m1•1 1.to a n;1a so rer e umolhnessoo e da-
entrasse no H 011p1·ta I d e p on te d a B arra ( ) R d M . . ..,
.,;:i suo.
d o<>nça consu lton, no ,.., ,-orto. o D r. lh m, 11a que ,.6, <'Ome>çou d F 't. n mP nrar ~f .quan Ol' o
onde permancceu 2 méses sem rosu ltado a l'Tnar O aria Ooelho Vietm Pinto Leite quo a radiografou oncontran- j n e~1Prnm t~o ~. ''\ 1~-{ 'Nnna rl'~n-
algum. O mesmo mediro foi entiio de opi- Ribeiro do um principio de ukera, ainda muito a ,np~~ ' 0t 0110" 10 'e 1 ad o:~ u-
·- quo v1rsso
mao · para o p on.v
....__ parn d nr (Segue O reconhecimento) poquena, mas quu JI\ ·, f azia , so frcr mm'to rrem 'rlnrome .0 cleu ,11ma clno,nna F't
n .·......rço~ ,.
r
entrnda num Ilospitnl onde doveria ~01· I a cloento. Submetenclo-a ao tratamonto nzen_, 0 ") . a :~rr.nn n 11 n imn 1•llH!O 1-
operadn. OUTRO ATESTADO <>xclusivo do leite, ni'io oxperimentou me- vr~.1.no RO rn~en ° .Pm ,m P;~"0 _q~o 0
Veio 1mra o Porto onde estevo em cMa I
lhoras, pnllSnnclo dc>pois n ser trntada po- ~ ... ,i~n tr<>1m nvn m~~rnwrl; I ',.fanm,ana
da. Ex.ma Fnmilin Posto.na duranto 6 me-
. d t h :t
Rosa Maria Ribeiro d• .,. ano• ••em lo Dr. Alberto Pimontn que ]ho fez va,. t" 0 ·1 :},an
, " ..,,.. •, u t . d
°·'· e1e f'lhn
9 1v~...,-rrnt e o",.oi:;os, e~-
nn110 um c..eu I o Il mor e: 11•1a 1 n.,~
operaç1w quo pnre<'m inev1 nve . ze,

eos em_ virtude da . oe_nte ·t orl orror • ,,o/rendo do estomago ha cerca de 11 me• rJM 1avnrcns ao ~s omn,i:tot rontmuan o da R()r.ha ruo Arm<'nin, :l)..'Porto
com o mo~mo rej?1men aC' oo. f
I d t •• ..l _ •
<io
-..~ · d t
.. esta clC1o e começon tra nmento com
o Ex.mo Senhor Dr. Albino dos Santo& frmbro lindo
· ·
No exame a que ,,,rocedi em 8 de p ,e · d
assou am n. por vnr100 mc- 1cos, mas
a .,,,"lpaçlio do emga•tro- s<'mpre S<'m colher o mais poqurno hone-1 me ;;nr
· d' rPnlh o re~
rt d
a"~
nnos
0
uos rm 1moN1 e romeçou
'l' S a
<1t1 e rl)('f orr<'u . a d. · ~fen 1te-Jo-
. · . , ,,- ,,. • 1•· · d · · f · rn; v ma I oo111 <1a relf11!'.,1n. " ,, on
mns corno o. curn par0l'1a 1mposs1ve1 sem Pm 11111 ito doloro!a e ~ngundo me disse , 1c10, passan o no mo10 t1os ma1ores ~o r1- 1 e, • t 1\f . 1 Gl, . C
· t IO E . · , •" . , 6 ,,ria, t1o nrre-
operaçao,
~
0
h
e11:ou n ser vis a pe ~x.mo ftnl,11 tambem dores espontaneas e into- ml'n ~s
t lt'
u !IDO!l .°" ano~. .
avar, 01n ra; 11r,a, n
!lai (Ourem); Grari11da ,1c'1hona, da
Sr. Dr. _Couto Soa.re& _ram. _dor ont_r~~ 1 lernnria para todos os alimentos, excepto / Rcsidia habit~alrnon~ ' 11 C'alnd e, on- Mnrto1m, E'lll umo. gronc'le :ifli\•iio, Maria
no Hosp1tal. Este modico fo1 da onm1ao O 7,.,·t·
· ~.
de ùra fieu mc-dico rn.sn1t<>nte o Dr. José F, . . Al
F · 0 lhO , nu11a 1,e., n 1111:.:,
· . <1e L agures d n B 01ra, .
dos 6 ?us ~olegas, que a doente dPvla e~- p,.zo.1 rintomas objectivos e pela.t quei- aria,. qual PM'lon. 0 at&itado .<'0 ~- ofo1·oc·o o ..011 lruncelim do ouro por uma
I
trar ,med1atnmente porque a doenç9: 1 l· '3''1~ à11 doente, parecia tratar-se duma prova~1vo da imn. enform,clade nos pr1me1- v;raçn recehida; Leonor d'Oli ,,e ira, de La,.
nhn-se ngrnvado bastante nos ul-t1m ,s ga.•fritr ulcerosa. ros d1as de_ S11temh_ro qunndo n doente gare:. da Ue irn; Jfona mm ia Farilo.
tempos. . . . Voltando a ver h<>iP a doen.te notei qve penoou em ir a Fatim11;. . nraz Ribeiro, duo.s grn\'11;;: .Tolln ,Jo,i
Desdù o pr1~r1p10 da doeuça submetA- 0 epir,,utro era indnlor d preMiJ'o ,nesmo Por N,te _t<1m?o sofrtn . horr1Yelmonte, d'.lrau;o, de Pont e l>i·lr,adn.
ram:na ao re,z1men la"!':°: porem deqrlo prnhinào, e, segundo a/irma, ia talo sen te_ndo a mn1or 1~tolornnc•10, mesmo. pelo
os fm,;i de _np;osto que d1f1mlmente cons?r- te dor,., e porle tomar todos 03 alimentos le1t~ o quo a oh~1gnv11 n tornar quRs1 ex-
v.avn o letw no ~~tomnJ?o, tC'nclo var,oq um mmlquer incomono. cluR1vam~nt~ chn. . 1
stntomns da izrav1d11de da doençn. A do- Parece que a doente e.,ta curadn nlfo . Fez m,l ~tnl?<'tn de!l<)e o Porto at~ Lei-
ente encontrnvn-se num p:rancle estndo de tPndo tomado q1talqver medicamento en- ria onde f1ron no 1101te dr 1~ para 13,
fraqueza, o qne dificultava a autori"i!çil'o tre esta3 duas conrulta~ tomanilo ali urna pequenn porçiio de a,zori
do medico assistente para a s1rn irln a E ,,· r7 • · d'd ile N.• c:;onhora. No din 13 r('('('ll('11 n ::!11.-
Fatima corno era seu deS<'jo. Foi lit no , por .,er ~er dn ~ e (I.me ser PI' 1 o, irradn C'omunhiio nn C'ova dn. Irin c<1rca
dia 12 de Sùtembro do ono findo, enror- pa.,.,o a preirr.n e er araç o. c'lns 10 horas, tornando depois rom 1?rnn- ,
pnrando-se numa poqnf'nina pl're1?rin11.-
çiio dC' :-1:l pC'ssoas, que c'lo Porto se diriaiu
Porto, 11 de outuhro de 19$6. I
de rnsto umn P"Q'lll'nn porçiio de leite "
(o.) Albino Domingues dos Santo! c'l~pois nszna dC' N .• 8enhor11 11or nlg11m11s
n C:ova clo. Tria e no. qunl inm troz dnon-
tC'i., dois dos qunis viernm curndos fisica-
(medico) I
V('Zf'!I nt~ no fim da :\fiAAn dos doontes, I
benl'iio " prori11Riio c'lr N.• St•nhorn.
monte o um moralmente. (.'~egue o reco11l1rcimento) Durante todo o tempo quP p<>rmon<>Ce11
A doùnte fez muito ma viag;em, ficn'l- I
no nbrij?o c'los ,loentes (•~tt,,·<' nnm grnnc'le
dn em LPirin omio pM!iton umn noite pes-1 Vlctor Ferrelra Paullno, Rua da Praio mnl ootor, rhrin de rlor<>R e nfli(-oes niio
simn. Nn mnnhii de 13 dirigiu-se n C'ovn rln Rom Sucesi:o, 33-2. 0 Dr.- Pedrouços sentindo o mC\nor alido nPm mPsmo nn
dn Tria onde estovo i-.em tornar o li mento di:,; o eoi:ruinte: J or11qiiio rin. h<>n<·ilo ospreinl. dada C'Om o J
al1?"11m nté cerc>n eia 1 hora eia tarde. Rt>- F.u sofria h4 20 nnnos de varizes n1111 R ~. 'Porom ii b<'nçiio gemi do povo s<1n-
ceho11 'l'osso SE"nhor o nssi11ti11 n Mi•--11 pornas. t'Onsultanc'lo varios medicos &em tiu ,1r,11parl'<'rr tndo o ql'u snfrimPnto
dos clomit.('S ,·om bastnnt,P ~ofrimento. A' reR11)tado. Dando urna panca.da h:t 3 anoe o mal c,stnr, fit·ando romplet11m"ntc <'11-
bençiio clos docntt>s niio senti11 modifira- iinarerru-me um O<'zema. Desdo entiio orn rncld e Rl'ntindo imPdintnment" dispo!!i-
I
çiio nlµ;nma no i.eu esto.clo, porem n ben- l''ltava mf':>Al!I do <'nma, oro. nnc'lava nrru- çO<'s !I nprtito 1rnrn l'Om<'r.
çilo f!Ornl rlo povo ~ontiu-Re repentina- mnrlo o. 2 bflngalas. ROC'orrcndo ao tiio I
Terminnrln s toc'lns M l'Orirnonios tomou
m<>nte l'ur:uln hf'm corno n sua rompn- mila(l'ro<.o cha da terra do no.qsn. Sonhorn. nlunns nlinll'ntos- frios ,;E'm "<'ntir o mni'I
nhoira rloente, Nnrciza d o Josus Teixei- do Fn.tima; C'OmecPi ora sPntin,lo nlivioç, j lil!'l'Ìro inromorlo. A~sim <'Ontim1011 o
rn. ora nl!'ravnnrfo•se rom novns crises. Qunn- to do din fazondo do noite n ,·ingem pn- o menino Anton io d a Costa C unha Vlana
res-,
Ficou m11ito bom diRposta e com api'- ta.q ln11rimns me corrernm pe\1111 fac011 imn-- ra o 'Porto ,prn ~ofrimt>rito nl,inm. ~iio (e se .u p3es) curado mlraculosamente
tifo, tornando wrminnc'l11!1 t<irlns as ceri- url'l'irla.., Niio tenho vergonha ne o diz<>r n'nssndos 10 mrzt'ls ,1;1,m ()tt<> n11nr11 mni~ conforme a narraçlo e atestado pu::,11.
moninq oll!'lrns alimentns frio<i sem sP son- RPnilo homem mas o sofrimento era 1 lhe npnrP<'ù'ISO sij!nnl algum dn doPnçn cado a folhaa 4 do n.• S7 de Il de Ju-
tir mnl. Fei otimn. Yinjl'Pm pnra o Por- tanto... e romo dc> t11do SE•m qui> os alimentos, nho ultimo, da VOZ DA aACIMA.
to, no moio, do ,zronde nlegrin o nté hojn Noite.q e c'linR Rem Roroj!'o, de qunndo em 1niniln. 01' mni,i pe~nclos, ll1P f~·om mnl.
niio ,·olton n ter mais sintomllfl alj,!tlns qunndo nnndo pnch!>s 1mmnrfl molhail"s Tem pros<>nfomE'ntc> hom asr('('t.O, nm 1
da dornça. En1?ordou o tem muito bom no c>bn da terra: e noll!!n 8!'nhora ~ •mi- no11rn . rnsndn, fiPncln nnti_gnmPntc> bn~tn-
nsp<><;to. Vom tornnr puhlico o i;rn rC'<'o- nho cahf'reira noitr e dia ilnminn,Jn. e tr nohdn.
------------------
nhec,mPnto n Nrnisa SPnhorn. Envia doiR eu !!l'mprl' rom o mrn tPr('O, rezancln do! Para mnnifPstnr o ~en r,'<'onhN·im1•nto
otoi;tndos- dos medicos, l'Ompro...-ntivos dn qnnndo c>m quando. Qnn.ntn.s V<'?.O& dr!<pq. n N.• 8011h~rn qnPr !ornllr nuhfi,,a n Alln
sna cura. pPr<'i... jnle:nndo niio Rer digno do tio 17J'fi('II esnf'l'rnl onr rrroheu da Mii!.' di> tn-
rI Urna lista interessante
!!l'" nrle p;rnça c'lfl no!'tsa Sonhora. d:i n mis<1ricordin. _ ._
ATESTADO 1 Vnria'I P"S"'OM mo qni,;ernm desvior Porqne _1rno ouv1sto mbi-.n hoj,,~ (pcr-
dP t~o simplr!! trntnmonto, por nào te- O utras graças gnnt:l a tia lzuhcl no wbrinl~o Joao), -
E11 a11aixo aA.1inado l}01tfor em J[,di- rom fé. - Ora, n•,-poml«'u <>~te, aquc>le~ que vao
cina r f'irur11i<1- pl'la Fac11lànde de M,.ifi- Ff'liZf'!t rlos quo l'rPE"m c>m D<'us Nosqo Obti...-Pram 1?ro.ç11.q que \'et>m nirn,l<'<'er n mi~sr, toclns ns <lios, nào ~ilo mclhorc-s
cina da Univeuidade de ('oimhrri e mr- ~onhor, r nn prot~iio de nos11a divinn. a Nnssa Sonhorn do Roqi{rio da F1Himn tlo que. os outro~.
dfro m11niripnl em Ponte na nMra, atrs- Mii,., qnP nunl'n dr<1nmnarn aquoleR q 11 r o quo prometernm puhlicnr: Dapoth cl<> urna pt,q1wua demorn e. corno
to pela minha honra ()'Ile Bo.,a 1\faria Ri- n'f'ln t'onfio.m pl<'namenta. E' isto o que ,JoAI. de Freifo.,. da. freg11e<1in de Bon- que tratnndo-so doulro nssunl.-0, clisso n
beiro, tolfeira, àn freg'Ur.,,ia de S. Tot116 mo fn,in. romn-reend<'r nmn pif'ilosa me- ventnrn (Fnnchal): ,Hirr. lllnrfins ar_ri· tia.: _ .
di) Vadr, de.,te conC'elho, Joi por mim tr(l- ninn Julin Mnrc111rs l\lorl!'ado. Qne nos•:i no, rnn UnmnRC11no Monteiro-12-2. 0 , L1s- - Jono, quor<>s fn,,er-~e um fn, or?
tada de.,ae o mez de maio de 19!!5 -Jté 8enhora !ho ronreda a 11:raça de cnrar boa; Frrinri.~eo Pe. rl'ira. J,Jnfa. de C'o,-.im-1~ - Pois niio I Com mmto P:?-'lto·
março de 19!!16, de uma "ulcera ga.,trica11. com n Santo, Agua. bra; Felfabela de ,Te.m $ Madureira: run - Procura os nomeb dr trmta p81180118
. ' Voz da Fétima

da. cidade, as peiores que conheces, e tra- 1 za.. dos Remédi?s _de Moura Abranch?9, D. I Um dia chega a Emilia a ca8& e 1
ze-me eata. lista. Al~ce Ramos Simoes- (l8f00), An~mo R<>; dizem-lhe que o .Alfredo ja estava na CUIDADO!
-Mas que quero fazer com ela.?
- Eu t'o direi. I dr1guos Coelho, D. Angeln Maria de Sa f rt·
Botto Machado, D. Herminia Neto, D. · orma para pa Ir para 18 • a. o-
L ' ba C
Joiio embora achasse a ideia da tia bas- Mario ,José Campos, D. Maria da Con- mo mora perto do quarte! vai ao en- seoado que teve a nossa s.ocrosanta R&-
Voltaire, o inimigo mais feroz e ob-
tonte ~xtravnp;ante, fez a lista pondo ne- cci~ii~ C-0elho _(llfOO), D. Marta do Luz ~ontro da força, observa de que lado ligiiio, teve o deacaro e a audacia de
la O que havia de mais canalha ero toda To1xe1ra Rodr1gues, Jo~ ~erna~do ~Y- rn o Alfredo e consegue, eem eer no- emprazar o n0880 Divino Salvador para
a cidade. nolds do Sou~a, D. Joaquma d Almoid!, tada entregar-lhe a medalha que uma determinada data.
_ En~ dize-me ca., é esto. a. gente Manuel Rodrigues de Sousa, D. Engm- l ' d '
(pergunta ~la. ao aobrinho) que vai a M:is- eia d'Assunçiio Oova& (de jornais: 00$001. e eEguar ou, l C . «Asseguro-vos, dizia em umo carta 110
sa.? D. ~enriqueta l\foireles, José Pereira m .P1ena revo uçao em al)lpo11- seu amigo e correligionario Frooerico Il
- Ah I i"~o niio. Claudio, D. Aurora Antunes, D . .Ester de, ca1u, sem sa.ber como, e queren- da. Pruaia, que dentro de 20 anoa o Go.-
- Pois entito, Joao, ja ves que niio .s~o Neves Pais do Drito, D. J~stina Tei:xe(rn dci levantar-se parecia que tinha em lileo (aaeim cha.mava a N. Senhor J&-
09 que viio a Missa quo engrossam a f1le1- de. qorvalho, D. Albertina Az~mbuJa, cima um enorme peso que lh'o nac, sua Cristo) tera um bom dian.
n1 dos vngnbundos. TeL~e1ra de Ca.rvnlho, P.e Ant6mo Alves "ti D' li t Sein duvida a Juatiça divina a.oeitoo
E ~e ha ontre 09 cat61icos praticos al- Pereira, José Ft>rnandes, P.e .Amadeu Pe- permi u. Il. a pouco een e·ee am- o repto. A 28 do Fevereiro de 1778, ie-
~ qu~ nuo ~o melhores que os 011tros, reirn. C'nrcloso, Ernilin. Roso de Jesus, D. parado peloe eeue camaradae que .:, to é, no mesmo dia em que so completa-
!~osé porqne viio tt Missa mns. simples- Ang!linn Din~ J<;sl_)fri~ Snnto_ (40!00), D. leva.ntaram,. verificando-se entao que va.m 011 vinte anoa (a carta, que se con-
mente porque nio snbem aprovo1ta.-la co- l\f~rm Re~tr~z P1_nhe1ro Gu1maraE's, ~.e 0 soldado tmha o· capote e mochila serva ainda hoje, fòra escrita a 28 de
mo rlt>veriam. .J:umo Joso Forreir~, . ~- Tereso Xavior varados de balas eem que nenh11m Fevereiro de 1768), Voltaire exalava o
Romos Neto, D. V1rp;1ma .Augu11ta Lopes . . . . a seu derradeiro suspiro, no moio dns mais
Carnpos, D. Arminda Santos. Paroco de O atrng1se~. Voltando a Leu1a todos doloroaas convul8088, proferindo as mai,
Befriz. os que s11.p1am dos acontecimentos lhe horriveia blasfémias e devorando oe aeo,
VOZ DA FATIMA davam os parabens, incluindo a. vis1- proprio;; excrementos...
nha Emilia que exigiu a entrega da O seu médico, Trou rltin, tliz, no cles-
medalha, a que o Alfredo se op8?i, crovor a sua morte: «quizora que to-
Despeza Episodios Eucaristicos dos os que se hao doixndo soiluzir pclos
exclamando: e peça,-me tudo, menos livros de Voltaire assistissem 11 sun mor-
73.695126 essa medalhinha que me ealvou a vi- te; nito era poss!vel resistir a. semelhan•
Transporte...... Bemaventura.do.s oa que teem lome ... ·- da e que nao mais saira do meu pei- te eapectaculo,,.
Papel, composiçio e impressio Dnas petizinhu, innas, ombos alnnas dum
do n .o 58 (35 :000 exemplo- colegio. - A mais novinho, apenas de oin- to11.
res... ... . . ........ 2.1011m co anos, j6. tem forne de Jesus e suepira A. vieinha concordou e nao mais
s,1os, expediçiio, grnvuras, pelo dia em que o seu corl\çiio se tornara exigiu a medalh:a.
555119 em um ciborio vivo. E' com urna santa in-
caminho de ferro, etc ...
Ontras despezBS .. . .. . . . . .. . .. . 251$00 veja. que eia v~ a sua inni mn.is velha Suportar o pr6ximo
nvançar cada dia para. a Sa.nta. M&a.
Sornn ... 76.602146 Urna vez que esta 88 conservava toda reco- Ha g~nte que niio pode viver em pu

SubscriçAo
lhida. na sua ocçao de graça.a, a mais no-
vinha aobe para. o genuflexorio, chega os F 1rmes
. .' ... com ninguem e, com fra.nqueza, é um
gronde defeito moer a paciencia dos oo-
labios ao8 ouvidoe da irmi e com força tros pelo no880 ma.u humor.
sopra esta.s palovrns: ccDize-Lhe que eu -Quando entrei como a.prendiz Suportar paoientemente os defeitos do
(Outubro de 19'26) O amo muito, muito,,! numa casa muito conhecida (assim pr6ximo o com ospirito de caridade, é um
En-riaram dez escudos: D. Perpétua • conta.va um operario), os meue com. grande dom.
Card060 Norberto, D. Maria.• Cardoso • • panheiroe tentaram logo arrancar- O Celebre Cassiano de quem existem
Norberto D. Anroro. Tnvares Pereirn., D. J me oe eentimentos crietaos, empreza muitas obras e, entre elas a.a Conferencias
Circuneillfio Cnstilho Miranda, P.e A~t6- Tenho outraa ovtlha., é neceuario que que julgaram facil, ponnue eu na•> dos Padres do deserto, conta que urna 111-
I
nio Rodrigues Pere!ra.? <::aetano Moreira., w a,, traga ... Anda. a rodo dos cinc?9nta . h ·'1. ma. de Aloxondria, tinho tanto amar ao
José Fernand~ d Ohve1r':' 1\-fondos, D. er,ta prirneiro comungante, o. bon M1~om- tin a entao mais que treze anos e sofrimento, que nii:o contente de supor·
Carolinn. dn S1lva Corro1n. de . Lacor- J ba. c-m1 dopois de bem rMp:ada nos s1lva- meio. ta.r de boa vontade os que Deus houveaqe
dn Mcndes Mimosa, D. Estefn.mn. 1\-fa- d~ do oaminho cniu no a.post61ico lnço Mas, por graça de Deus niio me por bem enviar-lhe, procurava. aindn com
ri~ dn Silvo Clorreia de Lncerda M~nde~. d'urna religiosa. . Elo agora é feliz e tao d · · · · "d ' a.rdor tudo o que podia. da.r-lhe oca.siito de
D. Clnro. Adelaide Basto1t, D: Mana da feliz qua cleclora a quem quer ouvil-a. qua, eixe1 1nt1m1 ar pelos ·sarca.emos sofrer e oxercer a paciencia.
Glorio Miranda da RO?ha, P1ed1;de Lou- so a sua felicidode presente continuasee, nem comover pelos eofismas. Nesse tempo a egreja d'Aleirandria sus-
ronço, P.e Jo11é Ferre1ra Faustino, Du- nito pedirio outro Céu. Um incidente, pouco importante tentava. muitas viuvaa e eia, para. auxi-
art~ ,Tosé d'Oliveira e C'armo, D. ~nto- Eia tinha. porfeitamente comproendido na aparencia., acabou R0r me conci- lior a. Egroja, foi pedir a Santo Atona-
nin de Jesus, Carlos Abren C"osta Re18, D. qne O C'éu era Deus e que eete estaTa nn
Lndovino de Jesus Lopes, José. Climi., ~- , ann. alma. liar senao as simpatias de meus ca- sio qua lhe mandasse la uma. para casa.
piirn eia o sostentar.
Palmira Rosa Belo, D. An~ma da Si~- Ante~ de ima primeiro Comunhiio, m~radas, ao _menos o respeito por o Santo, tendo louvado muito seu
veiTa Pinto, D. Alice Sohreml. de A is quando lhe fnlovarn no amor de No880 mmhas_ conv1cçoes. Perguntou-me, designio pediu que lhe escolheasem O umA.
119
Mortins, D. Ester _Pir0!1, D. _Moria da Sanhor e quanto Elo o provou no sua do-
Gl6ria. P!'°heco Pero1r.a D. Marta ~o <;)nr- Jorosa pnixiio, exclnmavo: ccAh_l Porque certo dia, um companheiro que hora~ rio ospirito manso e de grando piedade, a
mo R1hmro, D. Mario Salemn. d_ Avilez, é que niio m'o disseram ha mais tempo? eram. quem ala levou para casa. rodeando-a <le
D. Maria PorC'strelo Orey, D. Lmza Em- So en SC)ubesse tndo isto quo Ele tem fei- Respondi-lhe· que visse no bolso do toda a sorte de atençoos e cuidados.
pis D. Olimpia Pereira Continho, D. C'an- to por mim eu Runca o terio ofendido.,, 1 Mos corno esta. pobre rnulhor nio cossa-
dila Nunes Ribeiro, D. ,Tulieta Alves Ve- pa etot, onde eu tinha deixàdo o re-- va., a todo o momento, do o lonvar e agra-
drns D. MP.ria Teresa Pinheiro Chop:ns, logio. Ele achou juntamente o ter- decer na snas bondodes foi ter com o 11an-
D. Mnrio Leonor Tomé, D. Gertrudes Mn,- ço, de que começou a. fazer grande to bispo e queixou-se do que tendo pedi-
p:nn 8nl1rueiro niM, Victorino Gomes,. 'O. troça. do urna mulber qua lhe desse ensejo de se
"Fclicidnrle Amorim, D. Anp:ola dn S1lvn
Vicira Taveirn, Enl(énio Vnz Vieirn, D.
Colncidencias interessantes Sem me amedrontar dirigi-me a.
vencer e merecer, acontecin o contr1frio.
Santo Atanasio niio comproendeu logo
Maria Angusto P. Gomes, Alberto Gomes d f · ele e disse-lhe. o aloonce da queixa e ima.ginou quo •e
( 20$00) D l\{nrin Rosn de ,Tcsns Jon- 1 Uma madrugada e evereiro, -Este é um objecto sagrado Nio nio tinhnm cumprido a.s suas ordens, maq,
qnim iin.n~ol Grl\vnto, Joonn Ba.eta., D. ,Emilia de Figueiredo, casada em Perm ·t t · · melhor informa.do, e ..a.bendo que tinham
Mnrin d~ Anjos Ft>rreirn, FM111tino l)fl. Leiria, foi lavar a. sua roupa a um Da-mo ca a.
1 o que es eJas a escarnecel-o.
J. escolh'1do urna vi uva. oh 01a
compreenrleu o qae aquela
· rle piodade,
senhora queria
niel D. Maria Lucinda Rarboaa :\iat'>'I, regato existente a pequena distancia.
'
D. Umbe . - n·188 •. D · •i\guB- da cidade. Espera.vo.-se revoluc:iio e a
1·ma e1O C,o_nro,çu.o -Entio tu tambem usas desses dizer nas suas qnoixas o tratou de lhe fa..
do Goncnlves dn S11-va, D. Maria da :3oa . . . traetes de beatas? zer a vontade.
Morte Coelho, D. Mario An1élia de 1\-fov;n- c1da~e estava rodeada de P?~Cl~. 1\-landou que lhe escolheaaem urna de es-
lhiics Moxin. do Bande Soloma dn C'osti\. Por isso e pelo escuro a Em~ha 1a - U eo d o que quero e nio tenho pirito robugento, d'um génio imposaivel
Ma.nuel Simoes Bnrcolos, Nicolau d'Alf!1°.i- cheia. de medo. Para o diefarçar, em- que dar-te satisfaçoes. · (e osta, rliz Ca.ssinno, foi bem mais facil
dn., Ant6nio M~rta., D,- Ana Patr~imo quanto lavava. p6z-se o. cantar os -Ct1idado, disse O outro, que 'nao de encontrar que a outra.) .
Neve!! Jos6 Juho da Stlva. D . Mtma da ' . - S nh
/ ,r v1·A·1ra D Eloisa Miramon versos
eOtlC81Qu0 g , • ' d F das , Apançoes de N. e ora te suceda qualquer coisa desagrada- Efectivamente a. escolhipa era s&a, co-
RiO!I D. Mn.riann Antilin Afoneo, D. Ma- a • atima. vel, 86 isso se tornar notorio. lérica, acrimoniosa, queiirando-ee sempre
rin 'o. Polvorn, D. B~atriz RodrilZ'Ues, Quando ja era dia viu luzir qua.1- de tudo. Fel-a. conduzir pa.ra casa dest"
1 -Pel a minha religiao morrerei. eenhora e osta procurou tra.tal-a aindll
(20$00), Manuel Rodr 1t ':9, .T_oao Fer- quer c:oiea no fundo da. agua. Qual até, com todo o gosto.
11
com ma.is carinho qne a outra. Em pagA.
nandes C'n~uoi:a., D. Maria ~iba.u, P.e niio é o seu espanto quando depara niio recebia. senao ingra.tidòes, queixas e
Joaé Maria R1bou, D. Ant60111, Gaspar Vendo que eu nio me acobardava. maus tratos.
F rnandos Giiio D. Ana da Conceiçio com urna medalha de Nossa Senhora
s:usa, Ant6nio Alvos Frap:al, D. Ma.rin da Fatima cujas mjseric6rdias can- cala.ram-se e nunca. mais me a.po- E!!ta ma viuva contrariava.-a continun-
Ant6nia. Go.<1par MendeR Ma.rqa 09 Tapr., tara toda a madrugada. quentaram. mente em tudo e levava as vezos a sua. co-
Dr. Weiss d'Oliveira -P.~ Ma.nuel Fernan- Esta é a primeira . coincidencia, lera oté a.o ponto de lbe bater.
dea (20$00) P.e Ant6mo Fernandes, D. l d . ~ Eie quanto vale niio ter medo I A santa mulher encontrou, pois, ma.ia
Maria Corolin11. Ferreira •Dios, D. Emilia quet e a~ ~ _mhirada, nao cessava de E nao esqueçamos gue diz N. do quo deseja.va e foi agrodecer a Santo
da Conceiçiio 1\-forquos, D. Maria Laura con ar ~ v1sm ança. Atanasio ter-lbe enviado uma mulher que
de Morais. P.e Roberto Ma.ci~l, D .. Mario Dias depoie partia para a revolu- Senhor, guem .se envergonhar de ii ensina.va a ser paciente e lhe fornecia
Irone da Silva Pa~s, ,Joaqmm .M!roo<la, çao o eoldado eeu visinho Alfredo mim, eu me envergonharei d' ele. todos os diaa tantas ocasioes do merecer.
D A.mérica da Gl6ria Torr0& R1be1ro das R · d t b,
N~ves Mateus Leirio, D. Jovita Zenha d ad1mun rto,. amh _emd cas~ o, nes CJ
Co ep;~ Manuel Fernondes Noguèirn, a e; pa 1a c e10 e trieteza porque
(2\~100), D. Joseja G.. Cnstanheira, 1?· t~nha o presentimento de que fica- .
Mario da Piooade Almmda! P.~ Ant6!)10 ria por la, vnrado por alguma baia
d ta ·.
--------·~ ~-------
..... .
A's vezes eia sontia. sobre si todo o peso
d'aquele fardo ma.a nem por isso doixa.va
de continuar no seu modo de proceder.
Depois de ter a.ssim vivido algum tem-
Gomes S. Miguel (8,~), Si}verio Pero,rn Aesim o comunicou a eua vieinhn Abrigo dos doentes Peregrinos po neste exercfoio da caridade e da mor-
tificaçio, morreu anntamente no Senhor.
da Concoiçito D. Maria. Re1s Dua.rte, D. E T . di d lb
Luiza Stodli~ (20$00), Norberto d~ Con- m1 1! que o •ammou,
ceiQao Rnm011, D. Ma.ria. Rita Pere1ra da que Ili.O morrer1a porque o 1a por eo
•zen.. o· be da Patima Suporta.ndo o pr6ximo, fazemoe mais
bem n n6s mesmoe que aos outroe. Nào
Cunha. (20$00), P.e JC>flé Gonçalves ~a a protecçilo d" N . Senhora. e lhe em- poderemos talvez seniio conserva.r ou cn-
Traneporte 5.101$55 ra.r o corpo dos outros mas resuscitam211
Costa, Maria Albina de J~s, D. M~rin. presta.ria a medalhinha que tinha
Rosa da Mota, D. Lourentina. da Stivo t d d l M. Maximo ... 10$00 ou conserva.moe a nossa pr6prin alma.
Miranda Nunes, D. Joa.quina d'Albnq~or- encon ra o dquan o "lavlah~a a rt~tuup_a, omando-os e n.ssiatindo-os.
que D. Adilta. de Vaaconcel011, D. Filo-- ma.e esperan o que e e a res 1 1e- A. caridade é um neg6cio em que se re-
me~a. Augusta Pinto Dios, D. 1.11\ria Lni- se. 5.117f5Jj cebe muito mais que se d,.
A.n.o "V Leirìa, l.3 de Seter.n.bro de l.92".7 N.0 60

~ ·
a....,_
-A.-
-

I
[COM : A P R O V ~ ~ O .EOLBSiASTlO.A.]
Oir1ctor, Proprietarie a Editor::)- Dr. i1Manuel~ Marques dosf._Santoa f Administrador: - Padre Manuel Pereira da Silva
- · Composto e Impresso na~Unllo 0.-aflca, RII dt Sani, .f11t11 150-152 - Lleboa. Redacçào e Admlnistraçào: Seminarlo de Leirla.

'a encaatadora priocesa do Liz; eatava I so os empregadoa du estaQÒ89 e u de..

CRONIC.A I
mru-cada para a umo. horo. da tnrde. Pouco mais peaaoas que cstacionam nae plata,.
I
depois do meio..dia começaro.m a &fluir formaa aoolhem com visiveia demonatra-
a estaçlo de 8. Bento os peregrinoe cu- çoee de respeito e benevolencia, ae niio de
ja entrada na gare lhea era faoultada sympatia, a passngem da peregrinaçio ao
mediante a apreseotaçiio da competente D0580 primeiro aanctuario naoional.

da.· FÀTIM A I ll8nha de iD5Cll:içio. 0s chefes dirigiam A'a sete horaa do. tarde o oomboio entra
o serviço com serenido.de e cordura tio ona agulhas na 8$tnçiio de Leiria, A. glo-
diffoeii, de manter em tais ocasiòee e os riosa oidade epiecopnJ debruça-N sobre aa
I
peregrinoa 8Mlleravam--ae oa obodiencia mansas nguas do rio Liz para nelas ver re-
pronta &IJ in1trucçòes que lhes eram da- , tratados os sena encantos e do alto do
(13 DE AGOSTO) do.e. seu volho e hiatorico Cast.alo, de ameiaa

A grande peregrinaçio do
--I I
86 qua&i aa due.a horas oe ultimos pe- nrruino.daa, contempla, absorta em exte.-
regrinoa COIUl8guiam ocupar os 11eus lo- se, a planicie imen!lll, rica de hort.aa e po-
I gares, mares, povoada de aldeias e caaaee, que

Porto.-Apostolado da Oraçio
de Paranhos. - O Rev: Dr. Ma-
nuel Pereira da Silva.- So lene I
triduo de preparaçiio.-0 San-
to Dr. Francisco Cruz.-Missa
de Comunhao Gerat.
No dia t reze do mes de Setembro do l
ano findo, a nobre e gloric»,a cidado da
Virgem trouxe nlgumas dezonna de eeua
filhos om terna o picdosa r omagom, aos
p&, da sua augusta Padroeira, erguido.
em tbrono do misericordia e de amor no
venerando Sanctuario de ll' atimn. Mu.itoe ,
doontes em ootado bastante grave acom-
panhar~m • a peregrin~io nfim de im-
plorarem a cura de seus malos, e Aquela
que com razio é chamada a Saude do1
enfermos -Salus in/irmoru11r-envolve•-
os num doce olhar de compaixio, curan-
do uns, melhorando outros, convertendo
alguns, conforto.1_1do e consolando todoe
com a ternura m efa""el do beu coraçio
materna!.
A noticia dos inumeroe favore& ex-
• iraordinarios com que ei;sa miouscula
mns bem orgnnisada peregrinaçiio, que
ni.o perfazia um total do ci ncoeuta pes-
eoas, foi privilegiada pela Mi.e da divt-
aa Graça espalhou-&e com uma ro.pider.
prodigiosa ' pela regiio do norte do paiz
e ao mesmo tempo que propagava a de-
voçio a Nossa Senhora de }'atimn susoi.
iava a ideia de uma nova romngcm, mais
numeroea e mais imponente, e preparava
o ambiente para a sua realisaçio.
E assim foi que a direcçio do Apos-
tolado da Oraçio de Paranhoa, de acor- Outl'o tl'echo da pel'egl'lnaçl.o naclonal de 13;de Malo ultimo
do com o abade daquela freguesia rev.
dr: _M!LDuel Pereira.. da Bilva, ' tomo~ a meira grande J?81:egrin~çio do Norte Na plataforma, parent.011 e pessòoa se òStonde a sous pés por léguaa e légua,
in1ciat1va de orgams.ar uma pe~egrrna. , quo levou a F'at1lll:a mais de 600 por- doa aune relaçoes, em grande numero, fa~ sem conto. Vehiculoi, de todu aa ee~ea
~o do. Porto o. Fat!ma, .P~eced1da da tueneea- contribuu:am em larga escala ziam as 11uns do~podidas. Momentos de. e tamanhos, tran11porto.m para Leiria a
oonven1e~te prepo.raçao rehg1oaa, o extremado zelo e dedioaçào do rev. pois o chefe da eataçào da. o signal da onda humo.na que o comboio d01;pejou e
Nos dina 9, . 10 e 11 de ÀlçO~ efe- abade de Paranh01 e do rev. dr. Cruz partida, ouve-se o ailvo estridente da lo- meia bora depoia era cheio de encnnto o
otuo?-se, na !inda e eepaQOSa 1greJa pa..- &8llim como o eaforço incansavel e a c.-omotiva e o oomboio especial larga a espeotaculo que ofereoia a ~ Catedral
f0Ch1al um. triduo 110lene, tendo prégado abnegaçio a toda. a prova doe membros todo o vapor na direcç.ào do sul, trans- que tinha veetido aa auaa melhore& galaa
todoe oa. d1aa o rev: dr. Crur., cuia fama l da direcçito do Apostolado da Oraçio da..- 1 pondo montes e valea na sua marcha ve- para reeeber festivamente no eeu aeio a
de sant1dade o.tra_h1u. 4quele -~mplo um quela fregu88ia, entre oe quaee, a.em i 1oz em demo.nda da regiiio dos misterios grande e luzida. embabro.da da cidttde da
ooncurso extraord1nario de ~1011 de to. deaprim6r para ninguem, sio dignoe de o dos prodigios, a terra sagrada e mil Virgern.
do, os pontoa da formosa oap1tal do ~or. ~ i a l referencia, . os srs. Joaquim Jo- 1 \'&ZPj., bemdita de Fatima. Centenaa de lampadaa electricu ilu.mi-
te. As verd~des eterno.a 8 O& preceitoa se Eatevea e Antoruo Corta. Durante a viagem os peregrinos nns no.vam- o vaeto tecinto qne comportava
da moral cnatà ~o~am. expostod pe!o ora- ....... ..w - • ..- suoa rospoctivaa carruagerut l'(lzam e ter. urna multidio imensa composta do per&-
i1°: ~::" 1
:!
p:iufi:~:;, e:~adoe :r:t:iiido 4 Na estaçio de S. Bento.- ço e!11 comum, geralmente soh a. presi-
.uaa 11-ingelas mu aubstanoiosas praticaa Partlda do comboio especial. <lonc,a dum sacerdote, .e cantam p1c<losoe
grinos e de habitantea da cidade que com
olee querinm c.onfraternisnr deade a pri-
fructoe abundaotea 8 uberrimos de salva- - Durante 8 vlagem.- A no- hymn~ii de louvoi: a Vi~g_?m. 0 ch~fe do meira hora aoa péa de Deus e junto do al-
çlo. No dia 12, pelaa oito horaa, ceÌe- bre e lfnda prlnceza do Liz - con1bo10 procede ' rev1s~ doe b11hetA:9 tar de Maria. O venerando e ilustre Pre-
brou-ae a missa de Comunhio geral apro. N t t Sé C "t usando sempre duma gent1leza e amabi- lado, sua exceJeocia reverendiuim.a o •
nmando..&e devotamente da mar.a' euea- ' a vas a e mages osa a e- lidnde captivante para com tod011 08 pa&- nhor D. José Alves ('.,orreia da Silva,
rinica OOlltenaa de tiéia na aua grande dral. -Alocuçio de boas vin- aageiros, sem por iBBO deixar de cumprk aproveita o emejo para nn.ma breve •
111aioria peregrinos. das do venerando Antfstite Lei- .E2ru.ciencioaamente 08 seus deverea P??" eloquente alocuçlo verdadeiramente pa.
Pa;"a O brilho O relevo aceptuadamen- rfense.-Bençio do Santfssimo fi11Siona86. Nalgumas eetaçoe~ O combo10 ternai, impregnada de fé e diotada polo
~ p1edoso que tiveram estu aolenidadee para, com curta demora, afun de rece- aeu bondoeo coraQlto de Pastor d'a.lmaa,
auim. como para a bo11, organisn~·ùo e A partida do comboio especiul, c1 ue hn- ber novos peregrinos 011 • por cxigond:is dar aa boas vindna no11 seus bo',J)edes de
exito feliz da pon-gt·iu,~·ùo - a pri· 1 via de oonduzir os peregrinos ùo Porlo do servic;-o ferro,inr10. Dur:1ntc o pen·ur- alguus dina é recomendnr-lhe... que fnçnm
Voz d:1 Fatima

a sua romagem com O'lpirito de piodade ! Peregrinaçio d os Riachos. o balsamo do conforto oolesoo e a per- que chegam os vehiculos contratados ~
e penitencia. feita conformidade com a vontade de ra os transportar.
A bençii.o tlo SantiS&imo poz remato a -Orupo de peregrinos de Tor- Deus. Os servc,i e as senas de Nossa Se.. E la vao, a caminho da cidade inricta,
esta singela mas toc1mte recepçao, diri- res Nova~. _ Orupo da Murto- nhora do Rosario l'ivalisam uns com os modelo consumado de Fé viva e de tra.
gindo-se logo muitos perogrinos para ira- outros em dedicaçiio, sollicitude e cari- balho indefesso, os passageiros do com-
tima e ficnndo outi:os ainda durnnte al. sa.- fé e piedade dos pere- nho para com esses pobres membros pa.- boio especial, quo iniciaram a sua longa
gum tempo t>m Leiriit para jantar ou dei,- \ grinos. _ Confissoes e Comu• decentes da l~reja. militante, multiplican- viagem as onze hora.s da noite, cansadQ&
cansar.
Uma re~pl•itlwel bt'nhora d~ta cidadl', nhoes.
num rn~go ~ltnmento Rympa.tico de rar:i.
_
I do.se, por ass1m d1zer, para atenderem a
todas as suas necessidades.
Entra as pessoas que foram agradccer
do corpo, ma.a com a& suas almas retem-
pera.de.a para as lutns tormentosas da
oxistencia. Para o dia treze do proximo
gentileza, ofc1·eceu um grande cesto com
deliciosa fruc·ta dni- suas propriedades,
,. h
1 1
I "'{ 0 ,.,.iio laboriosa e I a sua cura a Nossa Senhora chama •
c d os, l·rquent .Pt_v -;.Ttuada entra a a.ttençao dos peregrino& urna rapariga de
para. que os p<'regri11os maici !.equiosos se prto n_n a.mden
mes de Setembro anuncia-se uma pere-
grinaçii.o de Viana do Castello, compo&-
ta de qui nhentas pessons, e para o dia
0 J~ t t· in~ a~nto O a villa. do nome Rosa Maria. Ribeiro, de 22 anos
refr ·1geras~em
·~ l'omnndo-a
,. 1>or o<'asiiio da '1.'orr<'s
<'s açao
Nova<;, ,nenviou
ronc mesto mes a Fatima de etlade, de Santo Thomé do Vale, Pon- treze de Outubro seguiate uma grande
sua. cheu;ada. urna luzida n•prol:>entaçiio para depor aoe ~ da Barca, que sofria dc urna ulcera peregrinaçii.o do sul do paiz, presiclid•
p<.'s da Augusta Virgem do Rosario as ho- gastrica o que foi cura.da i.ubitamente ero Ipor. um dos nossos mais illustres l'rela,.
..,.ens da sua veiwraçiio e. clo S<.>U amor J 3 ùe Setembro do ano passa.do. O rela- dos, e dua& peregrinaçòes 81!J)anholaa,
Ascençio da montan a sa- 11101111
h filial.'" to da. sua. cura, acompnnha.do do retrato uma de Dilbau e a outra de Salnmanca.
grada.- Imponente e magesto Eram mais ,lo ,. 1•111 0,, membroi; desta l' de dois atestados medicos, foi publica,.. I · Bero hajam os nossos irmiios de raça e
• · · l e >re do no numero de Agosto ultimo da Voz de cren~·a que impulsionados pela Ftli
sa procissio das velas. - P rl· ,-i<liu hri1lmnl<' e pier1osa Nu 1,:1.1xat a, a qu 1 • da Fat ima. O sen medico assistente, o iir. j que fez gran.,es' 09 dois povos da Ponia..
_ o ven!"rando paroco, o re,·. Paulo "
I
meira adoraçao nocturna na )Jnrque&, sacerdote ilustrado e zeloso, dr. Befoardo Vieir11, Ribeiro. de P onte sula, principiam ja a confroternisar e •
ue vive todo entr~gue a. pastoreaçiio d_a da Burca, declara no respectivo atestado rivalisar connosco, ero santa e ~aLutar
Cova da lria.- Preees e • canti- i ,grei 1
I
que Deu~ confwu a sua guarda, cui- quo a sua antiga cliente, <tue efo tratou emulaçao, nas homenagens de piednde e de
cos. - Bençio do Santissimo ,lanùo com .i. maior t--olicitude e dedica- duiante dez meses sem resultado, «es- amor filial para. com a augusta Virgem
Sacramento.-Missa d' A Iva. •·a.o dos seus interesRes espirituaes- e ma- t:i completamente .curada, nao havendo I do ~osnrio, no aeu glorioso sanctuario de-
t1>l'iaes. uenhuma 1:rap1>ut1ca que pud?sse fazer b'a.t1ma I .
Aproveitando 0 ensejo para visitarem I urna cu~a tao C?'!1plet~ e perfe~ta, sendo I .
·~·
Dtt• ,' lii" tulio O tlin ,le se:-..l:1-f,·1ru, H'"'- 0 "randioso mosteiro da Batalha, padriio, necessario adm1tir o rnt<•rveuç:10 d<> um Vistoncte dc llfon,tel/.o

------- ...·----
p1,>ra. ~o dc>C'Ìmo uuiver~ario da ante-pe- u-:mortal d:11, uossas g;lorias nncionaeti, poder _:sobrenatural para <'xpltcar o fa-
null ima aµarkao ,lo ~ossa ~nhorn aos os per('grinos em vez de partirem dire- I c·to.,,' Sao estab a-; i.uas palavras_textuaes. ...
pastorinbos, numerosos pereg~1nos, de ~ c·tamrmto para 1'':itima, seg11iram em ca- À uma bora da. tarde o~g~msa-se, na
das ns classes o condiçoes soc1aes e de di- mions para Leiria, onde chegarnm no dia forma do co_stume, .a proc1ssao da Ima-
verws µonto~ do paiz p,·t·cor:i:.:m 11. p,• ou LI do manhii , e ero cuja catedral ouvi. gNn;. que e ~-onduz1d1~ oos hon~b!o~ dos
em vchiculo1S de torlo-i os fe1tios e tam~ j ram a santa Missa. celebrada pelo vene- ~erntas da C. a peli~ das appançoes pa-'
ORISO D'UMA RAPARIGA
nhos, as l'strada.s que conduzem a Fati- rando Prelado, que lhes fez uma tocanoo 1:i, a capella das m1ssns. O rumor pr?<l~- 1 T • • •
ma. prntica O Jhes minir;t.rou a S:.igrada ('omu- 1 z1do polo fluxo e. refluxo da mult1da~ :Numa c1dade de pouca 1mportauc1a,
. d
8 obre a. t ,\r e, pe .
la not'te adeante e n hào
· .
I tomada , .. .. . I .
do enthus1asmo,. que se compri- o que talvez nem se encontre nos mapas,
d . t · t ·- ·
principalmente :is primcn·as hn1·a11 <la ma- I Oc 1'orres Novas segu1u tambem para ~~o .:i- passage.m o tor eJo! aH pr?Ces e ~presentou.se cer a ocasmo um~ comu;..
nhii o concurso ,lo pere>g;rinos intensifi-1 Fatima um aprecinvel numero de romei- c,mbcos,. os , ivas e aclamaçoes a y1rgem, ~no pnrn trntar de certo~ ~egoc1os.. I
ca.se dum modo a,-~ombroso òespejando roi,, toclos. socios da .\t;sooin~ào dn .)uven- 0 a~enni_ dos le nço~, as palmas v11Jrantes Fazio.. parte desta comissao ~m JOven
corno mn l'io giganle.'-'C0 v<'r<ladriras ca.-1 t11de ('atholica do.quella importante villa., e- - J opet1das, const1t11om urna >,tena gue I ei.1genhe1ro, qne por ò~s~raça, tinba per-
tndupas humanns na l'asta bacia do lo- t•onstit11iodo um grupo presidido pela fi- nao .P 11 rece deS t e mund~ e 08 olhos de to- d1do tocla a crença. rehg1osa.
gurn incoofondivd de padre e de pastor dos ,:nuDd am-se de lagtimas de funda. co- _Hospedou-se ni1; melhor. casa çla 110".oa.-
oal dn9 apariçòes.
À s
• h .. l
·
· . - .
9 01 as <a no1t<' 1ea1isa-i,u 111 u 1~
'-
, n ·.•. <l'almas que é O rov, Joao Nunes Ferrei- mo~ao.
h d S p d
"' o d as veJas, rn ' riaroc o e • . . .e ro e orres
d T N
. .. . I çao, na qual hana urna Joven sympat1ca,
He>guem-i.e a missa ofll'rnl o sermiio rlo engenho niio vulgar e sobretuùo de-
urna vez o. magci,""sa P1·oc1ss
· .. o-, fll'l'gado
, pelo eloquente nbnde• de Cette grande pierlnde
a que imprimem um sin!.!;11lar reake a pre- vas. .\ Murtos~ ••m 1011 "g'.ialmPnt~.. ao da pcregrinaçào do Port,o e a hençiio do~ E' n.chaque d~ quasi todos os incred11l01
sençu. da mnior pnrLo rlos perogrinos do loca.I que a Ra111ha <los Anios sant1hcou d t ' • _ . .• .
:r to . I I '. 1. . . . f ,: l ,·om a .sua presençn d sive>l umn hrillrn.n- ..,,oen es, quo renova a commoç-ao geral. o n1i.o conhecerem a r_eh~tao, e po~ ~880
or , a 1ne, ne o 1"11 '-<'1 n < pto un< a '· e . ., f'JI ' - ,1,ntre _outros i;acerdoles, acompanha mosmo se julgam no d1r01to de a ndtcu-
torlos os fieis de e.mbos o~ ~p,cos que ne>la. ti• P1e1ac1O " 8 l 10~ seu'I, que nao re<:ua- Jesus-Hostia 0 santo ,Jr
• ., I ·I ram pel'ante a'> fad1.,,as do urna longa Jor • ·
C · r
ruz, cuias iznrem.
tomam pa rto o a boa oruc-m <' rep;u nru a- •. "" d '. . - 01·~òos os doentes soliciatm mudamente Niio deve pois parecer extrnorclinnrio
d ~ com qu~. se r1e~(')Ot'O . , .:, o prmc1-
Ia d Pi:,ue · · nada . .· em .cam· ron por e-stra ns quasi m- h e1i1rnc .. 1o-li10 a mao - .
ung1da e sagrada.• que • o nosso• engenbe1ro , . . segurnte
no ella .
pio nté ao f1m, em (111<' so canta o rrerlo tiaEnds)ft:iveis. d d _ d Te-rminarn as co1·imonias oficiaes com a ao da sua chegada escandnliznsse aque-
de Lourdei;. " I zcn,·a. a. to os a evoçao os pere. ben •iio ernl e . . .- I b , 'd' I to<l
rrri 1108 sobretuilo do~ Jiomens e rapaZ<•s ~ g ~ PI or1ssao <ijle reconduz a oa ge_nte metendo a n 1cu o as u
O R e1. d o Ceu e , Ia t c•rrn, ocu I<,o ~,,,, i "'
que 1,e' a~sociavnm sem ., '
respeitos · •
humanos ' ' a Jmngem dn V1r
~ gem "-' sua c·apcli a. ·
co1sns d a re 1·1g1~0.
·- . .
as espocies de piio no ~1'11 Rncrnnwnto de O com a maior p:ravidade e compostura A consk'rnaçao. da fam~ha era goral e-
amor, n. Snnti!.Bimn l' Angm,lis,;imn Eu. nos nctos rle piedade collertivos. A d b coml!l~ta, no me10 d~s nsotas dos com.
cnristia, é expo.sto pt•ln prim cirn. V<'z du- As confihsoes de pessoo9 do sexo mascu- e &"dada geral. - No pa.nh1;31ros d<:> engenhe1ro.
r~nte n n_o~te nn Cova da Jria a 01lorn- lino, unicas até hoje anctori~aclns nos grandioso Mosteiro da Bata- A J~ven esconcleu entre ns miiJS o re.
çao dos fie1s sohré um t~ono do luz<'s e Sanctuurios da C'ovn da Tria nos dias 13, lha. - O Santo Condestavel D. to mais v1:rmelho _que u'!1a ro~a.
de flores armado c-om m111tn ort? e gosto m«rcè da falta de sacerdotes disponiveis . Passaram-se nss1m mmtos rhae, rep~
DO ~ltar-_!Tl6r da Cnpoln dns_ m1ssn~. para atender todos Oli que precisam dc Nuno Alvares Pereira.- Genti- Lincio-se a mesma scena a bora d,ns refe1-
E entao q_ne ns almns <'le!tas ah pre- 1 reconor ao trilinnnl dn. penitencia, ele- leza e fidalguia da hospitaleira çòes, apenas com pequenas d1ferençaa
eente>s ou cfo,persns polo pn1z quo, nnm varam-sc a muitas centenas, e niio foram _ • • acc\dentnes, . . . .
fMl!;O de o.m_or C'. 11',Pneros1dndo, 8(_l ofe>r~ mais numerosas porque a maior parte ja populacao de I e tria.- Regres- (.;hegou emf1m O cita.. em que O engenhet-
cer~m _a Jnst1ça d1vrn~ <'~~o v1c~1mns de se tinham preparado nns suns terras com so da perep-rinacio do.,Porto. ~o, <l:J:Aclo por conclu1do o seu trabalho,
?'1p1n~ao pelas <'ulpas rnrhvtdnaes e pc~as a confissao sncrnmental para. poderem fn,.. • • _ 1a ret1rnr.se. . .
1nir1111darles roledn·m:; da I\OS<a Pntr1a, zer a Comunhào em Fatima. , - Prameiras peregrinaçoes da JulgnYa ter fe1to obra ma-r:av1lhosa, 9!°
volv11m ~R olhos ~111 _o pensi:tmento parn. ,Te- Desde 08 cinco horas da maòrugada até H h tu penda, ~· ~m ares de tr1unfo, exph-
s11~-Host1a-a V1f"t1ma por nntonomns10- <'e>rc·n dn.s duas horas da ts;i.rde foi clistri-l espan a. cnv_a enva1de<·1do_ ~odos os seun planos noa
am1gos e a fam1ha.
I
af1~ do aprc;,Pntarcm ao Et<'rno !'~e em bniclo O Pào <los Anjos a muito,; milhnres
umao <'_?m F,le " 110 mc>s1.110 ""p1r1to d" do fieis que pnra O rec-ebcr1>m ~<' colocn. I Quo.n?o a ?rnnca e!;taL11a da Virirem I O desonho ?Stava realmente excelent.e
.

repnr11('no e de.~nvrn.vo:.. o mc<'nso rescen- ,·nm . em oxtensas fila1, duplns, cujas ex- do Fatima fo1 nova'.nente collocnda sobre e ~s,. seus am1~0s clavam-lh_e os pnrah~n&
d1.>_nte da9 1111ns ndo! nçoes o rln11 1mn~ su- t.romida.des chcgavam por vezes attli ao o i;eu pedOt1tal, o I ov. A bado de Cf'tte poi ser term1~ada_ ~~m tao ~om euto
phl"M, o 011 ro pr,,e10~0 _do r1>conhec1men- moio da e,splnnnda. Sublime e emocionan- 1 tornou n. ,erguer n. vo2. clnra, forte e bem I urna empreza. tuo d!f1c1l. No mt.'10,. porem,
to cln. rl'n.l~,;n o clos rl1r1>1to~ dt.'_ "J?<;ns, e n ui Pspectacnlo, que impresf;ionava pro- timhraùa pnra celebrar os Jout'ore1 de <le todos esi_;es el!1g1os bem morectdos ou-
m;vrrn. n11r1:lore ÒO!> S!'US ~n<'r1f1i:_1oi, da11 fu nd;~rnente P romoYia nté :is l:igrimns I Maria e dirigir-lhe um ade~s terno. e ve-se urna Juveml, retumbante e estron-
suns ren1111r11111 <' clii!'! snnfl 1molnçoes com- ,;nodoso om nome dos pe>re-grrno9 da cu)a_ dosa gargnlharla, que fez voltar li uma
~l'~i,adoras.. No meio clo sil<>ncio e cla so- de invicta.. Terminada <•fitn breve a llocu-l todos os ?ihos pnrn o logar doncle 11nira.
l!il'lO da nr,1u,, ~ luz rfo pr11ta d<> u,m pa_ o Posto das verificacoes ~·ào de despedida, tocla repassnrla de en- 1 Era a J0Von, que mal podendo contar o
h1o ~ formoi:o hrnr 1111q11l'l11, ,,~tanria pri- tusiMmo e de sentimento, principia a riEo, a.pontava com o dedo os pluno& e
vilel!:inrfa, onde cn,ln. pC'dra t1i teste>mu- medicas. - No Pavilhio dos debandada geral dos peregrinos que em dese>nhos que o engenbeiro julgnva uma
nhn de um p,..,di<Yio rlo Cl'n, o espfrito doentes. _ Dedicaçio dos ser- numero de muitos milhan,s .,; oncon- perfeiçi'io.
alh<'in~~<' maii- facilmente rln!l r>rMrnpn- tram na Cova da Iria. Urna grnncle par- Ficou tudo embashacado sem sober •
ç<1es rlo mnn<lo, n oraça9 é mnis intema VOS e servas de Nossa· Senho- to dclles mormente os peregrinos do quo ntribnir aquola alegrìa louca.
e fl'rvorosa, o rf'<'olhim1>11to torna-se mni11 ra do Rosa,rio.- A miraculada Porto s~guem sem demora. para a histo- - Nii.o nos saber:is dizer porque te risP
profondo e a mnltidiio npeimr do frio e rica ;illa da Batalha Hfim do visita- (perguntou o pae meio znngndo).
clo rlcsconfo~to rlo lornl no nr livre, p1>r- Rosa Maria Ribeiro, do Porto. rei!) 0 templo m, 11111'm<•ntal do mesmo Eta porem, continuava rinrlo sempre •
mnnc<'e ,le JO<'lho11, reznnrlo e cantando - Procis,;ao da veneranda Jma- nome o grandioso mosteiro annexo e bandeiras closprej!n.das O a11ontanclo com
nnm nrPito 11rrl1>nte cle p-Jnrin, nmnr o rC:. o tur:iulo do sol<lado cle.,oonhecido. E' sou implaca.vel dedo a pianta do eng&o
pnrnril'o no RPi imortnl clos sreulo!<. gem. -A Missa Oficial.- Ben- precisamente neste dia qne II Santa lgre_ nheiro.
Anos .a horn rfo 11<loraçiio N1; comnm, çio dos doentes. ja, cujas glorins cstiio Pntretecidas com .Este ostava pali.do, mal poclenrlo repri-
a pereur1nn1>no rio f>nrto. Pntiio Jn pre~Pll- as glorias cfo Portugnl l"ele>brn este ano mir a colem que m augmentnnùo wmpre
te nn quasi totnli<lncl<' rln~ i:ens mem.- In vigilin da Assumpç-à~ de Nossa Senho- com o c:rescente riso da joven.
broq, fa~ n snn horn privnti\'n cle n,lorn- A :i.flu'lncia de doente& ao PORto dns ra ao Céu, em qno as roduzidns host-OS Por f1m, fnzendo nm grantle esforço
çiio, m~ntnn1n ~<1mnre o mnior rl'ST>Pit.n e l'erificnçOC's merlin,s para alli !;E'r<'m ~usitnnns alcançaram nos campo& de Al- sobre s! mesmo _ili~lhe:
danno. 1nP0lll'l'OC''1S TIT'l\rns de nma piedn- ohimrvndos 8 olJterem 11, d1>,;ejnòa senha cle 1,11Jnnota. um dos mais assip;nnlados --«Nao sn hera <l1zer-me o qne ha no-
de ~nhr!n o ht"m formntfa. 1 ini•ress.. no rei,pectivo PR,·illiiio mio foi triunfos de que ha memoria sobre 09 tn,lo no9 ml'U!< ~e>senhos para. lhe causa,.
Poo _rP...,ntP 1t l'~t"" <'nltos 1>11rPn,li;.11,fn~ inferior a dos dois mezes anteriore&. Presi- 1 numc-rosos e valentes terços do C'nsto. rem tanta r.ll'grm? .
n J1>qm.TTn~tia a hen,:iio com o Rantissi- rle no scr,·iço de> inspec>çno medi<'n 0 rlr. In. Ao espirito clo_ cris~iio e do pntrio- -Estiio mnl_ feitos, respondt.'tl I\ Joven.
mo ~n<'rRml'nto. Pereira G<'ns da natnlhn director rlo Pos- ta assoma ne.,;te drn, mmbnda de luz e Esses trnço& tao cnrregaclos e esses pon-
Pnr fim, AB onMro hnrn11 e mein dn to. O access~ é reguln,lo' p('lm; servita, e respla.nclecente de gloria, a figura ma- tos quo mal se porcebem.
mnnhri rom""" n lnn"'n R<'riA cl<> mi~sM, esroteiros, transportnndo aqneles 08 doon. xima da nossn epopein nncionnl, o Snn- E ns coresP 1...Niio,. exclnmo11 ell\, !ol-
C<'l_"hr~rlnR n.-lo~ Blll"<'ròotP!! ""r<'OTÌno11. A tes e fii,cnlisnnrlo estes a.,; entrmlas. re- to (',ondestavel D. Nuno Alvnres P erei. tondo-se para os nm1gos clo 1>nj!cnh~1ro,
pr1ml'1rn I, n ,lo rev. rlr. Mnrrn<>l Ptfnr- rnnt.e 08 modiroi:i vae dei;filando a inter- ra. rorque lournm estes desenhosP E do1:xou
q11e11 1foq l=:nntoq, nror""'•or <lo RPminnrio mirmvel thooria daR victimns clo i;em nu- 09 perep;rinos, depois d11, visitn no mo- sair nova gnrJ?nlhacla.
do l,<>irin A <'fll"Pliio rlir1>Mor da ARi-ori 11 • mero de mal<'s physicos quo afligem a po- numento,. j11ntnm-se no largo frontei~o. e O èni:i;ei!h?iro vendo os ~eus t~nhnlhoa
çiio <!0« ~"M"M rle Nos~a Senhorn do no- bre humaniilnde. viio partrndo ponco a ponl"o, para l,c1r111, nostos a rulirnlo por uma ioven 1guoran-
8nrio rlo Fnt.inin. C'onduziclos !"m macas do Posto pnra o onde a populnçiio os aC'olhe, corno a vin- te, pl'rg11nto11-lhe .
I
.AAAi"'t<>m n 1>ll0., entri' ontrnR peRRORR, Pavilhiio ou tendo iegui<lo para la por da., com a mais captivnnte l?<'ntileza e -Sane topoµ;rafiaP
mnitos <'.,<'otl'irnR 0 sen·it.nR, 0110 ~hc>m, seu pé o-'3 que o porlinm fnzer, o& doentee a ~ais fidnlp;a hospita!iòade, ~11rt1nfA: ae -Nào, scnhor.
com n mni~ viva e edificante devoçito, 0 raznm cheios de confinn('a snplimndo a pnmeiras horas da no1te, depotB lo ii.:- -E dei;cnboe
Pilo dos A.njoa. cura dns suas onfermidadOQ ou ao menoa , tar, dirigem-B8 parn a ostnçào, a. me<lida -Tambem nio.

..
Voz da Fitima •
-Tem visto muitoa deeenhoeP Corri rnrios medicos 01,pecinlista.~; anali- no C!btOmagQ. Q11artu foira ùe Trevas de;,- Barro;;ai. (Louzn.da) i Jul~eta Padr4o, de
-Sii.o oe primeiroa. ses de 118 ngue et.e... te nno e~tnvn elc tiio mal. que nnda con- ldiiOil (Barrosas); .4melia doa Santo,
-Eutilo admirn-me muito o aeu ril!IO Em 1009 corr.sultei O Snr. Dr. Castro sen·a,·a no nstomago, o t.inha arrn.ncoe quo Pinhal, de Espinho; Antonia TI86toa (em
e parooe-me muito ridiclllo eecarnecer do Froire que, uomo os outros, clis.o::e ber in- se ouviam no nn<lar do ('ima. Minha
que niio robe.
ti-1
curavel; mnndo\1-mO noi; bauhos do Esto- lhn foi J;1 p'lr 1\<'1\.'0 ,, vllio borrori~adn de Carval/io Pacheco, da CoviJbi ( a cura de
uma gravo oofennidade); Eteloina de

Nesta al~ura, alti va e mageatoaa, le- rii com 08 quafo sf'ntia algnn~ aJivios. vor o Mtndo Pm 11uo élo osi irva. Viroi- urna filhinha que sofria dos oovitloa); I
,ranta--se a JOveo e pcrguntou-lhe: Por fim 11<' lt'mpo, tond., um ataqut' mo paru ~o, n. Sonhnrn do Rosario •fo Elvirll Maria IIe11rique, Ltlll, Travesaa
- Conheoe a fundo a religiio catolicaP de r;ripo, pu:.1 i-.inapi.,,mos no<. pt>rnns que Fatima o pam. o i-.:~l(rado Co~nçào cle JE: ,la (~aria, 22=-T?~res ~edrae (a cura de
-Niio, rt>~ultou rt•bentarom-me, ubrindo burncoi,. sm1, r, promctJ-Lho!l com mu1ta fé de ~r um abcesso); Enul,'! Fe,o, da rua da Pra--
-Ja lou a Biblia e, em particuJar, 08 Andavn scmpro num desospero, horas cor:11 ouvir mis,111, ,i l'l'N'bcr ,Jc,su!l om mou poi- ta, 184-2.0 Eaq. L1sboa (om doençn gra.
EvangolhoeP comicbiio nrdor o doros. Era um coustan- to 'SO mo fo,-.~o 1•0111·<'<hdo o grande mi111r v• de um gonro); Antonio de Ftaue,re--
-Niio. te 0 ho:·rivel sofrim,mlo quo por veze, gre da stili eura. J,01to quo choguei a. do e Sili-a, de Mortogun; Antonio Pe-
-Sabe O cateciamoP ml(, rotinha me'!<',. do cama, dizf'rnlo o casa fui pro1·urn1· 11111,1 rlas filhns delo reirll Man,o, dos Matos, Espite <duaa
-Tambem niio.
-Poi& eotao foi o senhor altamente ""I Ex.mo Snr. Doutor C'nstro l•'roire qut', pnm mn vir hm.c.ir a a~ua . ..\ssi1.11 quo a graçns); Sera/im da Silva Carneiro, de
:ùém da antiga doeoça, tioha varizes ul- menino l'hc>gou :i miuhu. ,·ai.a pcguc1_ !he Pardelhas, l•' nfe (umn. ferida numa pe~
diculo e procedeucomo um grande e,tu.- cero~n-~ ou ulccrndas muito profumhs, I nas miio~ ,, u fiz nint>lhnr tliante dns 1m::i.- na lmv-ia 1<oi11 mezosl.
pillo, quando todoe os dias eecnrnecia da falnndo-me numa opernçii.o mae niio me l gena. 1-:11 fiz o nw,rno.
religiao. l\l'On-.clho.ndo ~ faz@-la ... 'fendo este de-
Este facto ~ hietorico e _urna pessoa do I son~nno, e ouvtn1o ~a?n: n ~~.ma _~ nr. nhorn do Rosario d,, l<':iti_ma e di&..-.e quc
11!'660 conltoc1monto e amuade pode até Dou~ora D. Maria J ll1Xa~, lui consult_n- fo~e n•sa1Hlo p1•lo 1·am1!10 t• ~ésse. a
citar os nome11. I
Doi-lho uro c•upo iln :w,un <lo ).os~a 0 1.-

, hl d~7.('ndo-mo C8tu. quo w_ rec?lb<-'_ndo ao agna 1.odn n. bclwr ao po.1. O po.1 ass1'!1
-··
VOZ D A F A T IMA
I hosp1tal para fa7.er oporaçao ll~na boa: que bebo a ugua <leiton-se para traz m~-
mn,, corno sou reb<>ldo a. opN·o.çoe.s. o icm- to nflilo. Dai a po11co 10\ o.atou-se e d1&-
po p,h~a.va e Nl 1·ont1nuiH·n pNor,111<ln I se: 1 :i aiuu f<'l!:-1111' 1,..m, ,•,tou mclhor, Tran;:,pnrte... ... . . . ... . .. 7G.tì02$45
Papol, compo~i~ào e impres-
Abrigo dos doentes Pere~rinos sempre.
Constou-me ontàc> quc umu hoa meaiua
viio-mr bus1·11r oulrn copn delan.
....-u. ooxta t'i•irn Santn wrnon-me a nrnn- siio tlo n. 0 .'i9 (3.5.000 oxom-
plnn,,;) .....• .. ... ........ 1-954$50
.Julin ;\farque.-1 :\forgado, t,1m o cnntliìn dar pedir outru ,·opo logu do mnnhii. Uni
da Fatima I <'i-pocial do curnr com a av;ua rio .\osha a pouco hw11nto11-~", foi oté o.o barlwiro" ;3(.ilos, uxpodiçào, gnn·uraa,
caminho tlo forro, .;>t<:••• 361'45
Transporw .. .
V. N ......................... .. .
I Sonbora do Ro,.,\rio do Fatima o, fazou- saba,lo de .\loluin foi truhalhnr. Gru~m,
5.117$;"\:i llo novenus, resnndo o tor.,-o do .No~t>ll a Dens, alo hojc- l'Pnt,...,,• wmpre muito Ontrns dr~p<"z11, .............. .
1>$tlll Sl'nh'lra 1111 andava do pé inns vendo qu<> I bem di~11osto.
liOSOO

D. Tirra d'.A(m,.1dn Muwaro- hro\'O iria p'ra cama. Numa dae crisoe Foi 11111 mil:tl(r<, t •111 r11pidn quo tocln ~Om:\ 79.088$40
nhas... ... .. . . . . ._,
JObé Alexn.ndre P<>r<.>irn ... ·..... . I
20$1)0 tiio c.:1111tOHO.~ tlo suportar, som ser ap~O: , a ge11te qu" o pr1•,vnciou ": conven~ll)I
5100 I '1811~11.du. o perdt•udo o ncanhamonto, fm qua :"l"oss11 ::ll·nhorn do Ros:1no clo. Fati- SubscriçAo
- - - - bat<'r :i porta daqut'la cnrido~a monina1 ma por it1t1,n,•111_·iin ,la su:L milagrusa.
.,.l.J,~.5-; pcdind'l-ll1e quo me tro.tn1:Bo o promet1 agun o t·11ro11.
• urna perna d1• c{•m om tamaubo nnturnl
I
J~u voi, 110 clia J:l ,h• .Tunho 11.gradP,'l'l'
I Novembro de 1926
n N. Senhora, o. qual fui 10\nr a Fatima a Nossn ~e11hora clo H=rio da Fii.tim'.\ José tl'Olfreira Rnrhns (com dez e.cu-
- - - -- -- -- - - - -- - I ao fon do 4 mcses, om 13-10-102.'3. Justi,,.. o l.f>r 1mho 11111 dwf,, d,, fomilia quo ta.n, ilo" n sim corno os 11<1g11int8'), Mnria Ad&-
simo é que proolame bem alto o nome ta folta fazfo u <JU:ttro meu•naq que tem. laido Ferrcirn, Antonio F11rtMlo Mf'n-
A rnor:11ln tle .José do, ~a11tos i5 un Rn:• rlonça, Antonio C'orreio d'F..ll('(lhnr, Artur
AS CURAS 1 t:\ntn~ v('7.E'~ gloriooo c.Ja dulcissimo M:le
do C'éu pontlo-~e hom evidente tuota~ grn- Gonçnh·r~ ( 'r,ospo n.0 10. <·nn• ~forinno d'Escohar, Jo~é da Rn'ltl Rodri.
çn11 olìtidn~. l•':t('a-se luz nos ricscrentP~· • gues l\forin Gomcs Felix, Cu11todio P&-
. DA F A T f MA espnlhe-~e n fé pc,lo mundo. Sii.o pass:v-
tlo~ 2 anos o, com a grnça d(• X. ':ienlwro, I
OUTRAS GRAçAS reiri; d'E~,·obnr, lnes r,. Travn11sos Alva,
,foaaa 1,,'0noltli na da Silvn l\faria da
------- nào l'oltou tao dolorow sofrimento». l'rouwtPmm puhli<"a-ln;; e ,·l"t>m _agra,.. C',~nceiçào~ J<'r,•itos,. :\fRrin Teodora Fe~-
E m Il 1a F erre Ira 8 apatelro, rlt• Riat'lw,. Maria Franclsoa Mourao, Roa d,i ttou '..,.,t.- . · •
l<'Cé 111 , :i Xu..., a S"nhor:1 do Rosario da ro1rn, Jouo de Rr1to Pacheco, l\fnrF:an.
Jn de Lcmos .:\!agnlhii<'s, P.e J ~ Tna-
~re,o , · _ ""' P or t o, c:;ic1·c1·c.
V 1sto., .,,.,, .l'atmn.
J)ulcc dP. l/afo.f pi-ofossora em Lisboa, 1c10 · d'o1·1vo1rn, • Lnz ne ~ C'orvo 11 10 '.nlosqoa• .
«Choia dl· I l'<;Ollhecimt!nto e gratitliio «Santo J11gar l'lll qm• ., ..obrenaturl'.i b • r· ' d ., · 8 line umn nrn,. ta (20$()()) Moria d' Almf'iila l'into Lao-
p nrn com 1 ima 10nh o, pru·:1 ponotra em n6s,' nté o.o mais
L :\t-ìt' 80.nt·rss· . . t· d c uo n h•1·0 no 1111 o nOt ' .., , ,
•. • · · ' 1n imo aa 1 c1· 1.. Reutriz JlJ,co·M de ;llnura, rt>ntina cl'Anclro.do Hermene11-ilclo CoL
sua glonn ° cumprimonto da miqbn pr0 n1Jssns ulmns, 1idda11 do c•crnsnlnçòos div1 - ~~~ J:in'{~i.do Santo Antonio, Coirobro; ta, ,Toso d'Oliveira 'xn,·ier, Porfirio l,ln.r-
mossa, ~omumm~-lho n cura. 1·omplcia 1fo nn,; ! érlionina 1',; 11 ,,ueira J,'r, ire, <lo C'Mnl do tinl'I Pontes, Rita Trindnrle rios Santoa,
umn m,nha ,:;0bnnha. do 2 anos que, ata- l'im palri\ra.-. ,.jmplcs , 011 l"nnt.nr o qtH' O · li •r·•o do urna folirinhn · JJB- (20$00) Mnrin da G16ria Alhnno San-
cada de uina. m1m1ngit,1 · uro, tlS m<' H• :.,, . • ' •• . •
. , com o ùaral'tc,r ~ pa&ou com1go. · sr <'omn ('nutinlio O,mveia rua los Antonio Ro<lr1j?n<'s, Antnn10 Gomes,
de fulmmnnto: S? ruro~ :m dois dias com Prom1•Li a N'l,.s:t. So11h 11ru, cnso ouvi:-,- 1 ~w <, _
10
rl t ohnlho 07 Tielom '(Li~ :\I;nncl Pinto Moroirn, neolinda Almei-
• a :igun d,, l<utima. 1'01 assim: ~o dia se 1La orn1;iiPs do tao pohre pO<"a.clnrn, ,r ~~) n,asla~·o.roito 1 anoo ~frio. do nariz· eia Anna Forroira Guilhermina dn Pi&-
30_ de Junh? do ,c?rrento. ano adoeccu a n .fatim_n a~ndecer aa $1:ranrios ~aças que 1l rl:tilJ~<-' . n \de ,-; ~a 011 d'Ali e, da Quint~ cln:le Chnva" <cent~ o d~z f'S<'t1clfs), C'on-
m~nh~. so=n._. u ~o ~1!1.. 2 de J11lho )ho ped1a. Ji, <'OJ?O tam bea lfn_o, acollw dn Ron Vista Alenqucr, a rum de urna coic;iio Lopes Hroz, Jul,n. Alme1òn, Car-
1
fui nsit~- !1· .-linhn_ 1rma dt8$(.\.-me ent.n_o s~mpro com •:nr1nho,. os ,1-11., f1lhos, :is- . 3 10 rndtmn om peri~o de vì,la; mina Simòes Frnnr.o, Alice C. ('nrrilho
quo o mcd1<'0 !ho tinh~ acon<:oJhndo re,-1- stm Eln '-"O dtµ.noo v1r t•m mou 011x1ho. ~ 1"'~ ~ ra .11 raujo de s,m&a Amorim Louro Gnrcia Mari!\ Amelia de J,'rt>itaa
g_nn~·~, porquo, s~n. f1lhl?-, &e e.~ca1~a.,so, Tinho. dei,ìgnaclo, o dia 13 de ~unho do ;1,~ll~)~iint~t dn Ln1tnn, Vnlbnm, a cura d~ Fnrpoln, C7on;lossa do llforgnricle, .lllnria
fic.:;11·1~ ci'p.a. hntuo, <'h":1:t da . coof1nm;a corronto auo. qunndo unrn terrivcl toi;.•e
n11; ( OTJSOl~dora do~ .\.thtos, incuti em e tomporaturn se npn~crornm rle m1m rl:~11.<loo por tre$ juntaa m"dicns; Mnria da I brinho Augu~to que ORtove desen- Ribeiro ,la Silvn (20$00), Maria Almei-

m,_nha 1r11m,. espornr1c;:!'- no protccçào da afect~ndo-m': os bronqu1oe e A. bue do ~o-•ti de J1cjn ,1 rtiuaa, run da Sooit><lnile C'nrmo pl\.<;Son, Dnronr.za do Nora, Frnn-
(20$001, Cloro. Mont-0iro, :Moria

1\Ino _ Santf~:,tmn e !101;-lhe umo pequen., pulmao d1ra1to. Pa,-,;iivn act no1te~ senta- Fnrmacf'uticn. 08, r/c, J.i,,boa, em cfoença I dsca d' Almeida Vnsconeelo&, .",lllt'rtina
porçao d11 n~ua clo } nt1mn.
"r· h • - . • J •
da na cnma u , om fnlt:t tl<J ar. limha fn-
·1· . t· grave , 1o sua mu , '"'
j
-e, l)e//ii n de Matot l' 'zeve<lo Giriio ('omfossn de AwvE-do
~, t ... \. • , , • ,
·'. in .!' irma com<'~oi1 o~o n fazer-llw m1 in nào q11er1_a !111~· l'tl par 1,;so. ne~·.•· le Cnclaf,tz (Gnviiio) estan•l'l doente ha- Deodata AmeliB Mnlnto, llfnria do Rosa--
aph1;a~s _ron~ n rcfor1?a agun, t' no d!a ei;tndo mo, on_ 1ns1st1 nté qut' obtJve h_- ~ia seis moses om porigo de vida: Ana rio ('nrdoso, Mnrin llelenn P. S. Pim1>t~-
S m111h.1 sobr1nhn_ <'~tn, a melhor. No dm cença d~ Méth~o e do11 m.eus para reah- Santos Muuricio de M:on,aLnto (Alca.n~ te! de Mornes, Filomena Mornes de )h-
4, e.~tnvn ro~1plotamo~to curadu.
I
. ~i\r a nu_nha. nn11:om "'l,1'1nt.11n!. Uma \'1'7. nn) cm rÌM'OII cl~ perder uin hoi doente: rnnrln, Cnrolinn Jsaura Lopes ('nriloeo
_!!:_ogo-lho, -O~hor 01rE'Ctor, faço p1!bh: I 1_,i., roceh1 u. ~ngrndn ( nmunha~ l'Olll ,1111 l'ictor Fe.rnantles de Ahlegnlega. (doença ( 20$0IJ), l\fnrin Pnnln nentes, Pnlmira
ca~ esta co_m!1mcn.çilo que, rinn<lo gloria. a fer"..or co1u? uunca <'~pcr11nt•nto1 1! ? 911<' do rnsl<•stinos) i Ìlo.,a da ('oncei('flO Mo- cln 1<:ncnrnnçno Moui-inho, Ani\ RORa },lon-
I
l\Ine Snnt1_sa11nl\, <la llm grnnde prnzc,r enlu_o ,;onu nom ouso des1·1:~vcr. l<dtl'-e, r, ira de LiRhoa (hV8wrismo): Uma ,e- toiro Doptii;tn., Filomona .Angu!'-tn Pnia,
, ~nit hnm1lde dcvota11.
,r
ATl·.S ADO
I ·· · ·
l:igr11na.~ a11 quo n<>ssn ()('ll~tao brotnrarn 1
. I
d<" mous, olhos I Assisti ii varins l\Iissaa e n 1i ora o is on ...-mo
• d t· b ,._ ·1
c
on~e"nido O bn- J - p . ~ 1·nr Mnria dM Dores Ta.
., Olto
ti~mo de ll'es c·rE>nnçns de 1, 5 e 7 nnos; ,·ar<'s de Sonza (70$00), Mnrin r,int ,,.
depo1s aprmumo1-mc da to~to ~1r11cnlos:1 Manuel .4 ua,i-~to de Pinl,11 J.npt>s, da Bnrbas, Lucia d'Olh·eim 1;onre.s (20100),
nes • 11:1 i , . ..,. ·1·

' para h<'hl•t· dnq11ela puri. ·nna agun qu_u 1\l11rt05a; .1I me/ia de JeAtu Pt,•raria, de C:,n<lida Vt111:mlo Snnto11, Folicinno Lo..
Eu Ayrea r.nrre111
tor em J/ P 1r11,,,rf . ·
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de· ,1:fotua
rir11rma
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· · pl'/n l<'acul-
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Sri-es ' dou- 1 t(lm. dado su.udo o for\'O a tanto~ docnt1- S t. b I · l'
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.. , Murin • F('rnanrla
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dm/e ..,. 1rina a· . Un1rer1ide1de d• t'
de .,,,., nou-mo por., comp' 1-'d mais du t.onre1çcw
, · • d e ,~"'o u-,a Tararti ,i "S'am- Vnq11111 · Iins 11-'e ('nrvnlbo , Maria Eu ...
O 0, osso nunca ..en1a
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Liab~, m=1co mun1c1P'1L ~a /reoue111a ivc O q'!nnuo ·' " ico ~~ 1c>xa~inou . •· paiQ, rin. C'nvilhii, tonrlo p,•rdiclo os aen- Rnrronto, M11ria lrr.nhl'I dos ~nntoQ Jnr11:e,
de · R,arJ,u.,' uteitol q"e · Jlur,a Ju.1é
· l<'cr-1 c,ou u.cl1111rado por o puhn:io r!'Splrar hn- ·c1
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· .I . t · t1 os ero um pn
rto ; Jnna~
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a Soare& Go- "'l.
,' ' ,., 1r.:1
p en...nforte Cnrdoso
.. ,
:Mnrin Viana

re1ra, ,le e a110., I e uiaile /1llin di! Prm1- , amen o e lii.o o;1<, q1u 1p1or , "~ 111;10 cl !=; • Braga um:1. gra~a .. J • Mnrin Jo ,1 P<'clrm~-, Rotto
. • L'. . d 'd .. cl fra, uo,: i 1uo o I1iin· ·11 mr1, e • eq1w1rn, • " ,irNrn, ' • • . '
etico .'Satua r l.(Jlllltrt o e e .4 clrl111(l Fer. , a. I ·• ' . ·" · . tompor·\I roncodidn II umo. lt•itora rla l'oz llnmiro :'.',font Piro Rndrtj!ue!I, Filomena
reira ,'{oµatriru, fl>do.f 1!uturais de~tcit Graçu.,; 0 ma~i; ~rn~us ~••Jam da d ns, ,' cln l•'uÌima por meio do So nto Rosario; :-,;"unes, Toresn Alvnrrio C'orrent-o, Jacin-
/rér,uesia, . .,,. enm11tra ho_1e vlc-numenlr la_m Robornna_ Srnl~ora qut• honru I\ [ a- ,l. de ,I. Piru, de Evora; Jforia .4.lice de tn cla. Trin<lncle, Ana tlo Un~nrio_ Corren-
re.,f11/1tlrc1da d1n~a 111fJn1no1tP. ccre/1rQ- triu Portu;né1.a.. lo!1-foelln-~o eternamt>n- l'a.,r 011 ,-,-[o8 nasfos, da fr,11:ucsfa de S. to Sonrf's Anii:olina Gordo, Adeln1de Dar-
e,,J}inoC di' que /01 pre,a a 30 de J unho te roconh<.'Cidn .•\ ma,s 1)u!111 1tlo ,!o".'.o~a ,lo T 6 11 • (' 11110 J Baiiio ( Oouro); Joa- )•'. ·' Jurlith Pereira, ,\ rmnndo
No,,u. Sonhorn do R<>-"arw cln l•'nt1nrn>1. o~\ u nll, . roll ioirn, . • 'f .
de 1927. . . qurn,1 ,1 nf1111e.s Guerra, rua da Caclem, ('nrdo~o. C'on~tanç11 <nrrt•llOSJ\, ., nria
Mais a/mno _q"'fr. 11 refcnda doent, sP. Joaé Maria M ar tlns P ln helro <fa viln 133-T~vori1, a cnrn de sua filha; Mnria I Amc,lia Pizarro, Antonio Rnclri_gnc>S Griios,
encc11ttruu, !!E 1111 c,o dn 31.ta cloenru, em Praia d,• Ancoro, t.euclo umn f~rida. 011 _ Carfota t'ultia Trio11eiro.•, clo l<'undiio, José nnrroiros, Victoril\ de A,·elar Go:or-
e~tudo grave, clic(l_und~ a. a.~re.,entur 'l ma pornn ha mnis d<' 11111 ano, e, recenn- umn grn~·n l!articulnr,_ pro1?etendo uma l j?e, Vnlentin.n. do l\fon,lon~:n, Alb_rno
eMo cluta alot1nR .,1a111H.1 cl1n1wR 111.u sdo do qu<.' .nunca mn.i~ lhe snrasso po1' ter noveul\ di' l\111,s1,s, o comunh,ros; Sara Ju. Ednnrclo l\fnc101rn, Jo~ FcrrC'1r_a ,Junior,
a1xinao1n das foruias fu.ltnllWn~es. . fcito muitos romtlclioa 1;<>m O mo~or rosu l- clifh Leit11<>, da Covilhii, a cura cle sua Armnndo Alves, J<~rnnc:ill('o Mnrtrns Alvea,
l 'or .,er urr, luclc e 11H' tc_r s11lo ped1do tnd'l rN·orrou a. No~m Senhora do Fii- miie; ,To.,e/ina Jfn.,n 8i111ao do ('nsnea da Mnnuol Emilin no Hotlri1?11C~ Bntnlho.,
eu pa.,.,o .o. 11rr.,ente :'°~ m!nha 1ionra " tima', romo~·ando umo. nov1>ila O lavnu'<.lo [p;rE>jn, nn onfc•rmi<ln1le de um rapnz crea.- ,Jorgo do Pn;;sos Costa, PriorE-~n do C'on-
1'C'1tJ1CJ1~stlbtl1ducle prufi.~$IOtia1s. n ff'ricln C'om n~un do l•'ii.f.imn, qne umn do_ d~ servir chn_mn_do Cnnclido: .Jo,io rf_e vont-0 d_? Tinm Suec~so, l·~,rmehn,ln Dunr.
No:r RiachO$ ao8 lt de Aaosto de 1927 p<'sson nm1g11 lhe d<m. T<'ve a consolnçJ.o m,11,,ra, do /lssmre1~n (Tonrn~); M<1rceh- té, Josl, RnfnoJ Lnp!\'I .ti Andrni\E>, ~ 0!'"
de ver-so l'urado, no terminnr o. novt>na. 110 Ra/11rl, da !ttt>nchga; M,1r,a de J.our- quim de Sonz.'l, A nto_111~ da C onreiçuo
(a) Ayres Correia. de Sousn No,·e, C'orno provo do gratidilo, pPde a puhli- <les _de Rurc-e/o., Coe/{10 Ror11t11, de Angra Dias :'\foitn, Jose cl'Ol1v<-'n,, T~,·nr~ 0 - :f
c1\(·iio tll'st.11 l(rnmle J,?rl\.\'I\ nn Voz dn L?ti- (Açorc::s), grnçM vor1M_; M E. de ll. ·~· nior, 1)omin~o11 rio Cnrrnl, Al~1rn Vunra,
Judlth Maria Pa u llno, da Praia do timu, 0 c,n,·ia uma JC'mbrançn pnrn nuxi- da OP1rn,;, o rootnl1<'.IOC'1mon~ de um f1- Mnrio. dn Aprc.sent~çlio J)nn,I Gonça.1-
nom Rnce6li0, 3:3 1.0 , Pedrouços, conta o linr na d<'!;f)Obnll do <'nito. Snh-é, ~liie d<-' lho ri()('nte; A 11/01110 F1•rr11ra de Aiello, yes. (-10$00), •.\cl!'ln_ulo ~rnnnw~m11 . de
soguinto: Mi~orfoordia Snu<le dos Enfonnos11I <le Anp;rn {Açorr.s,) n cur-n duma rlnença ~felln Hrcym,r, .inrm l,111,:n cl ,\lme1da
,cl'urmitu-mo V ... qne venha hoje cum- · ' p;rnve <lt•pois !lumn nm·onn e de tomnr (12$150), Mnria da Cont'tiiçiio Ribeiro,
prir um donir _snp;rn<lo podiud,o "<' dig:1n. Fiorentina Andrade, morn<lora n n rnn Oj?UI\ ,1e· Fntimo; ,]n,ìo Martin, Mano, de .Joaqnina rla ('11nh11 ('.orreio. <20•0ll), :Ma--
inserir nn Rl'II Jornalhrnho n l oz <111 1'<1- C'on,le R('Clonclo n. 0 11), l'a,·e, Lisboa, deae- ('Mtnnhe-irn le Arép:a (Fi111u!ir6 dos \'i_ rin Fernnncla Snntos lrC'm esr111l,m) Ma..
ti 11,a o rC'lnto de nmn cura que a Santi&- jnvn 1rnblicn r 110 jornnlinho de No= ~I.'- nhos), &tando h1n·in nnnos ••ntrevncln, co- rinna J. Rotlrigne.a ('lnmlin !lfiSt•n, 80-
1i111a Vir~em ;;o dignou fnzor-me. nhorn do RoRnrio da Fatima, um mila-- michào e rhn1,tM nns pE-rnn~ a ponto clo fin Pinhoirn, Dentriz ,la Rocba Werneck
Bm 1002 rlC'flOiR dc n m r011frinmonto ~,,.. gre re<:eliiclo em monos do 2-1 h nrns. niio poder dnr um pn111,o nei" i;ooogo r, re- (20SO()), Mnrin Aniorim T,imn, Arlrinnn
guiclo do umn exaltnçiio ,te 1111n g ue apa- C'onheço J osé cloR Rantos ha. muitos anos correu a N. Senhora da F11timii, rrnmo-- Taborcla, Enl{onin Tnbnrcll\, P .e Alberto
re<eu-me u m ecy,0ma por toclo o rorpo ; como homom serio e bom visinho. J<:lo tc>nrio r88t\r o Ro,;nrio 1fpz ò1n11: .Juxf itca Gomrs, Cntnrinn Foio Leile Rios, Emi-
molhorn.vo num sitio rebeutava noutro. sofre bn bem dnte anos de uma uloor.i. d'Oliveira FGria, de Santo Eatevi.o de, lfo }<'eio Vnle, Marin Eliza Foio Cruz,
& Voz da Fitima

Maria de J e&US Leal Rodriguea, Aninha argumentos para vermos a mio de Deua I VA.se, pois, que, se Deua nos envia a adormecida e é por iaao que entio nio
dos Prazeres do Vale, Joaquim Pereira, que dirige o mundo P dor é para nosso bem, é por bondade e sofremos, No entanto o mal e een,;,açio
J ulio Gonçalves Ramos, Gertrude& Pinto Terminou com uma invooaçio fervo- amor. fisica 111 eata. Sii.o duaa coiaas diatintu.
Serrano, Maria Joaé de Silva, Mariana rosa 11 Senhora de Fatima. Ela soube por Em vez de nos queixarmos, deveriamoa Or"' a consciencia do ,animai é· ,una
Moreira dos Santos, Maria do Socorro modos misterioaoe conquistar o seu cora.- agradeoer- coiaa surda, obsouta e nio nos , oo~
Paiva (11100), Maria da Conooiçao Ban- çiio, sem milagres, apenas com o afect.o, A dor é uma especie de deapertador cida.
tos (11$00, Olinda Godinbo Reis, An- aqui lhe quere teetemunhar a sua fé, a ou o sinal d'alarme que noe aviaa que a Q11aa.i se pode comparar a 111a dar ,
tonio Machado Fagundee Moura, Ana sua confiança. Valei Senhora aoe peoado- mnchina do noeso corpo ou da D088a al- d'um homem adormecido que npsri-
Moreira da Silva, Tereea Guimariea, res, valei ao noeso pm. Naa grandes cri. ma e&tii.o em perigo. menta um mal estar mas nào o &ente.
Eduardo Joaquim do Vale, Malga.rida L. 888 da sociedade foi a devoçii.o ao Ro- Se nii.o fo888 o sofrimento a voz imi*' O animal 110nte, maa nio como n6e;
d'Almeida (20$00), Maria Amelia Viei- 11ario que alcançou as graças do Céu. riosa da fome, talvez muitu vezes dei- sofre, mas nii.o oomo n6&.
ra de Carvalho, P.e Franoiaco Joaquim Tambem ela nos valera. E::a:bortou todos xasaemos de alimentar o nosao organismo, Ha pois, lllD& enorme diferença. en-
da Rocha. o. oultivar tal devoçio e ohamou a aten- 1 que nio ouidariamQS de proteger do frio, tre a sua dor que tem a s11a &éde noe
çilo dna senhoraa para a mensagem a rea- dos perigos, 88 nii.o fosse a d6r,. nervos e a dar humana que depende ao
peito das modas e imodeatia e para a n~ A dor moral, o remono, aviaa.-nos de mesmo tempo da consoienoia d'uma alma
cesaidade de todòe combaterem em ai a que nos afastamos da lei moral e por tan- espiritual, da n~o do tempo, da previ-
118D&Ualidade, tii.o alheia da Virgem Pu- to da vontade de Deua. &~, da. aprehenaao, da penpectiva do
Nossa Senhora de Fatima rissima Mii.e de Deu•.
Esta' declaraçii.o categorica do orador
f1m mais ou menoe afactado tudo isto
~oi&aa desconhecidaa ao an~. E oomo
impressionou muito a aasistenoia- • 1~ aousar Deus duma injustiça a propo.
em Llsboa Ma, porqu.e /ara Deua ao/rer o, crean...
sito d11m fenomeno tào misterioso e que
nos_ conhecemos tio mal p E seria neoe.
sarto tambem provar que o aofrimento ,
Revestiram esplendor especial as festa& ça, Y •
em honra de N. Senhora de Faitima ce-
lebradaB no dia 13 de maio, conco~ndo
0 problema dOSOfrimentO
. l Va la. Co~prehend~se, dir& alguem,
que Deus enVIe o sofnme.nto ao homem
por sua ~noia senii.o um caatigo. Di.
se mas nao 88 prova. Pode aer o efeito
para iaso O facto de eaae clia ser fer1ado I quo pode com ele aprove1tar e ganhar, d'uma lei geral e superior cuja razio
oficial. Alem da inauguraçio de altarea Sendo De1a, como realme~te ~, aumamen- o ceu. nos e,capa. E ha tanta, outraa deante
Co- te bom, po-rqiu no, /o,, 1ofrt1r I du. quaee n6~ temoe de confeuar a noa.
8 imagens bençio 'de estandartes, Maa a creança, que nio pode fazer sa 1gnorancia I. ..
munhòee ~umerosaa, prece, vespertinaa, Niio ae ~rata aqui do aofr~nto como actos de reriignaçao e por Ìlllo nio pode
ho ove varios aermòes, con_sequenc1a do p~ado oniinal, tanto merecer p
Queremos de&taoor entre eetes um, fei. mais 9ue, 88 o sofrunen~ actual com ele Parece nela a dor um acto de cnielda.-
to na Capela de N088a Senhora do Mon- tem hgaçao, esta é contingente e acci- da da parte do Creadoa:.
te do CaI'mo, por o orador, R. P. Vale- dental.
rio Oordeiro, ter vereado directamente oa
. Ora Deus estabe!eoeu leia ger~a 4lUe
~? fund_o é tndependente do pecado regem a natureza viva, e em p_art1oular,
Umlivre pensador de ' lh
•• • JOe OS
I
argumentos teologicoe que nos peraua- origmal p_o1s que D~~ p_oderia impor- a nat11reza humai:ia, Er.eaa lea t r ~
dem a considerar bem fundado o culto. nos o s_ofnmento sem 1DJl1Bt1ça nem cruel- 1 naturalmente com111go desastres partìou- Em 6 de setembro de 1923 oonfor-
Proi.ebtando a sua obecliencia as determi- da~e arnda CJUe A~~ . nào tiveese pecado, lares1 oomo tempestades, inundaçòea, in- ~e lemos ne: Oroiz de, ittunu o:n, de 28
uaçòe& da Igreja o orador acha que dean- pois que a 1mp~1.bil1~ade de. que- ele o cend1oa, f_?m88, do;en~as. . . d e:gosto_ ultimo, deu-se em Lourdes O ~
te da erlençii.o cada vez maior do culto dotou era. um pr1vileg10 grat111to. I Deua nao podena unpedir oa sofrimen- 1gumte mtereasante caao:
prestado ii M~ de Deus aob esta deno~ E' P~1so, pois, . explioor o sofrimen- toa e mort:ee que d'ahi deriy~m eenio Uma doen1:9 da dioceso de ReiDll!I, de
mino.çao, prec1Sa ele do ser elucidado: to e~ ~1 mesmo e 1ndependente do peca,.. fa.r.endo m1lagres que desta:ull'1am 88li8II oerca d~ tr1nta anos, oxtendida na ._
"Qui elu.cidant me habènt vitam aeter- do ~riginal. le1t1. . . planada Junto d~s ootros doontee, atraia
nc1,1n (era o texto do sarmào).u E O que yn1!1o!' te~tar fazer. 9uerer qu~ Deus faça assun m1lagr88 dum modo espeo1al a aten9iio du.m liv-re
Expoz brevemente ns origeD!I: as apa- Ha um prmc1p10 s1mpl88 e certo que a. Ji1cto contmuo, é uma pretenalo dema,- pen~doi: que, como curioso assistia a
riçoes da Cova da Iria. Il: perguntou: De- vamo11 expor: . s1_ado exh~rbitante para um cri&t~o e p~oc1ssiio do Santiasimo Sac:amento. .A'
vem ela& ser aceit.es P .Podem constituir N ao é crueldade. imp6r a um homem a1nda . ma1or para ~a que nio 11cred1~a~ v1st9: dest:9 farrapo humano, dizia la pa-
uma base teologica do culto~ u.ma pena, ae dahi Zhe de-.:e renùtar um em m1lagres. O maa que se pode exigir ra s1 o hvre pensador:
l'ara a:esponder a esta pergunta preci- bem eon1idera11el; e iato pode aU tra- é_ que Deus t~ o bem m~ral do mal fi- j -Ali est~ uma que eu deeafio quem
aamos de propor <loia p,-incipios: a) que zer 4 marca. de uma grande b ~ e. &Jli0; E Elle nao falta a 1Sto. quer que &eJa a cura-la! .
, proprio das obras de Deos alcançar re. Quanto mai.a pro/u.nda /6T a _di/er~ E verd~de que a crean~ aof!e, maa, Quand~ a Santa Host1a se aproximou o
aultados grandea oom causas pequenas; entre e,ta pena e e1te bem, mai, o a,pe- 1. ) _ mu,to me~a aue ae u~agi~a por- homem f1cou d~ chapeu na cabe~.
O
.
b) quo pelos efeitos havemoa de julgar l cto de mal ~e1"l ,er a/a,t":'1,o. quo nao tem senao uma consc1_?nc1a. vaga Um bran.card,er fez.lhe v6r a indelica-
da causa. Exemplificou c1stes dois princi- ~unco. nmgu~m .~ que1xou de lhe aer e ob8Cura do seu mal. Ele ~ao o prevè deza, _ . .
piOò com O Evangelbo: como Jeims tinha aphcado este p!1nc1p10. . e a verdade é q_ue eata pa:evisio_ fa1&-nos -Nno tem nada com 1880, repbcou 0
usado de meios na aparencia sem pro- O lavrador no.o mutmuro. dos sofr1men- talvez sofrer mais que o proprio mal. ,descrente.
porçii.o alguma 'com 08 gt·andiosos efeitoa tos que lhe impoè _o seu ~po porque S_emclhn,.se um pouco a um homem no P~ro. ~vi~r _al~um ~andalo, 0 bf:Jn-
produzidos: a cura por um pouco de lodo OSJ)~ra ~ compens~çao da colhe1ta. O op~ e.stado eomatoso. . . cardter nao 1nsatiu ,e aJoelhou aem clir.er
aplicado aos olhol! uma simples ordem rario nao se qoe1xa do cansaço, porque 2) Se o sofr1mento da creanc1nha pnlavra.
para ti:o.nquilizar ~ mar e resuscitar mor- pensa no salario: por vezee ele procura arrastada pela doença ou por um desa. Precianmente nesto momonto a cuato-
tos, etc. 'fambem para tundar uma obra até o trabalho mais penoso se este é mais t~e, niio tcm recompenaa propriamente dia traça!n o sinal da cruz sobri) a doen..
tio grande como a liireja Ele se aerviu remunerado. di ta no céu, t~m, a.o menos, uma com- te. lmed111tamente, corno quo impelida
de dozu humildos p~•scaùorcs. Os grandes Um pae .oiio é alcunbado de barbaro penaaç/fo. ~· 9ue. ? quo eia sofre j abso- por uma ~ola, a doento levanta-se, lan-
insLitotot1 religioso& nai;ceram tambem de se submette o seu filho doente a uma lutanie!1te 1ns1gnif1cante em relaçao com ça um gnto e cafo de joelh01 para ado-
homons ponco oousidorados pelo mundo, operaçiio dolorosa, donde lhe vira a sao- a fohc1dade _de que Deus o c11mula sem rar o Santissimo Sncrl).mento. Ourada I
como a maravilhosa obra de s. ~'ro.ncisco de. . nen~um merito . da sua part?· . F~lamos 1~1,tava. realmente curarlo. I
do Assili- Quanto ao i;ogunùo principio é Ora, se Deue nos submette o.o sofr1men. da crea~ça bapt1zada que vai clirPtta ao Ao mesmo tempo que elu. um outro ae
conente na ascetica. conheoer a. arvore lo é em vista do salario que nos quer con- céu e nao passn mesmo pelo p11rgatorio. o.joelhava to.mbem. Ero, o livre penr.~dor.
pelo !ruoto, como d~ NoliSo Senhor. E: rc~cr e dn colheitu. do .moritos e •lt, 1..,-.. Es.<.e pcqu~n~ &er, _said? do nada aem · Mas agora ja nio tinha o cbapeu na
0 unico meio que temos para dizer 88 lcc1dade que d'ahi deve ·resultar para nenhum d1re1to, nao f1oou. mal da be- 1 cabeça e, prostro.do, chorava ...
uma detenninada causa, cujo exame di- n6s, bens im~ensos, teri:iporaea e eter- ranç~. A creança niio .bf!-pt1sada, ~ ~ E emquanto a miracu_lada 118 dirige pa.-
recto noo &Co.pa, é ou nuo é boa . .A. hu. noa, q11e. dah1 devemos tirar. . ra .arnda b~!'nte fehctdade, mmto su- ra o Bureau da.,_ ~en/lcaç~e~, o homem
mildade daa pe86oaa, a santidade que O aofr1mento torn&-~o.s _-aguerr1dos tem- peri~r . b. f~hc1dadea .terr4;lltrea p06to que c,1rro J?Bllll. _a basilica e d1r1ge-&e a um
a:eaulta de determinaùo npostolado 011 rie- porn.nos o caracter, VInhsa a D08118 von- qua.si 1i:if1mtamente mfer1or ao oéu. con.fe1>S1onar10.
voçào sào 08 critorios para julgarmos da tado. Deslig11-n0& das frivolidades da vi- 3) Fmahnente, a da~ da creança _é .Ne~e _m86mo dia èle pergunta o 110-
bond~da das causaa. • da. parn os q_ue a presonce1am 1 para oe paia me da m1i-aculad11 e pede para lhe falar
. _ . .. I Conduz-nos para De\18, levanta os nos- que com isso sofrem, um bem moral, pe- no dia seguiate. Veio a saber que ela 88
.A.phcou e1;1t!lo eatos dols princtpios aos sos olhos para o ceu, emquanto que a los actoil _de fé, de resignaçio, de carida- ohamava senhora IIaaard, (que .,,m francè,
factoa de Fatu~~- Trllli . pobrea creançaa prosperidade quasi sempre nos céga e dP e de~1caçiio que ella inspira. quer dizer aenhora Acaao) I
~nsoguem mobihzar m~a!e, de P!SSOaa nos desvia. O ~ofr1.mento da creança, é, pois um Que nome tào simbolico. Como Deus
JUnto ~o local das apançoea. Os . !l'ter- Torna-nos misericordiosos para com os' mal JDeVltavel maa compensado .e adoça. tem d85ta& deliciosas ironiasl
rogatorios daa creanço.a, duaa quaea Ja !a- nossos irmios que sofrem. A dor da a hu. d? pelos ~1_19 reais que Deus teve em Hasard, iato é, J.ca.,o providencial I
lecer~m santam~nte, mostram a. 5•11 °' in. rnanidade ocasiio de mostrar a sua bon- vis\a perm1tmdo.o. .No din seguinte, vinte e tree mediooa
~enuadade, alheia a todo O eapirito de dade, a sua dedicaçiio, a piedade e tod"8
1mposturo. ou engano. Nada ha nas res. as suas virtudes. Ella nos pòe tudo o mais
post~ que possa fn~or entrever O desen- claro possivel. •
I verifìca.vam o caracter preternatural da
cura.
Nossa mesma manhi 11 miraculada oo.
volvimento da devoçno, _no.da ha nal! men- , · Iato, quanto a eate mundo. meçara a desempenhar as funçoes de en-
sag~ns, ~ue tenha resa1bo de nov1dad~ : . Mas o softimento aceite de boa. vontade Ma.,, porqu.e /az D' I ani,. ' fermeira I
penitencia, .rdza do te~ço. E contudo mais prod11z bene muito .superioree os bena malf eua ' 0 rer O Ela teve tambem a visita do livre pen-
de oom ~ul peaso~ Juntodam-ade P~_!'a. re. I oternos. Fa~noa adquirir meritoe para o O anima! diriio nìio pecou Portanto sador da vespera... e, ambo&, fel.i"88 wn
1
zar, na de ~rnecaf ;,::o;f a. e ...t1hrua, Ceu. S"l sofre é, uma i~jnstiQA Nio ha par~ pelo outro, tiveram uma entroviata, que
apodpei.ai: 0 88CODd .d viagomte 8ù 0 ~ Da-nos direito a uma coroa, a uma glo- ell\ oo~pen&açio no ouÌro mundo. é ua suo. linguagem simplee, foi wn acto
t· •t;:,m, ap~r a ;r.~es ~ r88 d? &l- ria e felicidade incomparneia. poi.i uma crueldade ' da gratidio, um Te JJeum do coraçii.o,
10·• modexp elcar e 8d1od8 d l)gran plOD~ Di11iamos acima que quanto maior far Aqui ha ainda a· considerar ' a lei· a~ talvez mais eloquente que o da liturgia,
aenao ven
·t D . t h. o n e o o e eus 1- d' ta ·
a 1s nC1a entre o so frim to
en e o be •=
m ral a qual O Creador deixa O aeu livre d e que el88 1gnoravam · aa pala vrae.
oi u, ei e, ic 1... que dahi resulta, mais brilha a bondade curao.
Be conr.ideramos agora os efeitos em ai daquele que fez depender ttma da outra. Sera Elle nisto injusto e eruel p
vemos dezenas de oasos maranlhosos1 cle Ora neste caso a distancia é infinita Para o afirmar seria preci be
ouraa de doen~, atestadaa por medi~; pois qu? um doa termos é o infinito. E' duaa coisas sobre 88 qno.ia nio :m:.:..
de curu de alina de 9ue p?<fem dar flS o proprio Deus que se fat1 a n088& recom- niio noçoes muito vagas.
aa p8880a~ que em Fat!~a nram .r~n. pensa dando.se a n6a, como Elle dÌBBe a
dar em 11 a chama roltg1osa quasi ext1n- Abrahio:
Seria preciso saber O que é O IIOfri..
mento no animai e n6s nito O 11abemoa.
VOZ DA fATIMA
ota. Ego ero merce, tua magna nimÌI. O &0frimento tem a sua tede fisica no
Comunhòee fervorosaa ouja preparaçào Tambem s. Paulo afirma que aa tribu- nosso systema nervoso que eia revolve e E s t e jornalz lnho, que· v ae
é o sacrifioio; oraçòes ardentea, confian- laçòea desta vida nio p6dem p6r-18 em agita, que reage e q_ue d'ela procura li. sendo tAo querldo e procu-
ça na Virgem Santi88ima, resignaçio... paralelo com a gloria qne noa eaU d81ti- vrar-&e. O animai tem esta sensaçii.o por-
numa palavra tudo o que vemos em nada. que ae agita, bérra, procura eritar o rado, é d istr ibuido g ratuita-
Lourdea... Nosso Senhor a pelava para aa oO nOBSO sofrimento, di11 ainda ele, golpe, aacudir e lanc,ar fora o dardo que m ent e em Fat ima~nos d ias
auas obraa corno prova da sua missào di- é momentaneo e ligeiro, ma, vale-noa um o fere. 13 d e cada-més.
rina. Nio se poderit dizer o meemo cle 'll'a- p&o imeneo de gloria.11 E iato é de tal 1 Ma.a osta sem-açii.o é no homem acom- Quem quiser 'te r direlto d e
timaP. E essa agua, simbolo da graça, modo verdadeiro quo ae oa eleitos no ceu pn-nhada de conacienoia e é por isao quo o r ec eber directamente p elo
e portadlka de tantas graças, e eases fe- pud8888m queixar-ae nio aeria . de terem olla se converte em sofrimento. Quanto
nomen01 aolares, e essaa multidoee que sofrido, mu de nao terem sofrido mais, 1 mai& a 00D11Ciencia 4S deaenvolvida corre lo, t e ra de enviar, adi-
de norte o.o sul de Portugal ncorrem no porque osaim mais tcrio.m rnerecido ,• lmais agudo é o sofrimento. No sono antadamente, o minimo d e
.,
locai das apariçoes nito b.iio outros tautob maior gloria terinm ogora no pnraiso. I osta consciencia sensivel esta tambem d ez mli réis.
I
.A.:n.o ·v Leiria, 1.3 de O'Ut-u.bro de 1.927 J!ttJ.• 61. ~

A-
..._

[COM APROVA Q.AO BCLB81AST1C.A.]


Director, Proprietario e Editor: - Dr. Manuel Marqaes dos Santos Administrador: - Padre Manuel Pereira da Silva
Composto e imo,esso na Unilo Gr-aflc;t, ha ds Sufi Miria, 150-152 - Llsboa. R.edacçfio e Admlnisfraçffo: Seminàrio de Leir-1a.

CRÒ_N ICA = ='lntJruen[IO mil~1roH ~e H. I, ~o IHBrio


. ' I

da FATI MA ·~a rauma num ~esastre mortai


(13 DE SETEMBRO)
~endo a :onvicçii~ abbOluta dc quo sé I Foi n 9 dc Mnrço de 1926, pelas 6 1/2
a 1n_~rvençao _d~ Virgem ~- Seuhora rio horas da tarde, em plena estrada, na Dei-
. ._ d , . Rosario de Fatima me hvrou dn mor- m Altn, um pouco antes da. estaçio de
Na tarde do dia 12 - A peregri- gnnaçoes e grupos e ro~eiros, que • te, npoz o tremendo dosnstre que ,::ofri, C:iuas de Senhorim.
naçiio de Lisboa (Conceiçào veem expressamente de vespera para Fracturando ~ma perna, un~a. ch\~·ic~1la, J N"um:i motociclete, a grande velooidade,
Velha). - A peregrinaçào de poderem encorporar-se na proc1ssao um metacarp10 e foz~ndo vano:., fend_as pasSt'i !)Or um autom61·el, e, no momen-
Vila de Rei - As peregrina- das velas. Eutre essas peregrinaçoes contusas,. entre a.s qua1s urna de excepc10- to t,m que, logo a seguir, me d86viava
çoes de Areeiro e Anciiio - merecem especial referència a de I nal grav1dade pela sua loc~lisnçiio e lw- , tl'uma cnrroça, senti um enorme es~~-api-
O Rev.0 Rafael Jacinto - O Areeiro ( Coimbra) e a de Anciao; ..
nobre è ilustre Visconde de notaveis pela sua boa organizaçào e
Santarem . . pelo m1mero avultado dos seus mem-
bros.
No sino grande da igreja paro- Um dos peregrinos_, que se ?'grega-
quial de Fatima aca.bavam de soar ram a.o grupo <le Llsboa., fo1 o no-
I
compassadas e graves, as ba.dalada~ ?re Visconde de Santarèm, f_ida.lgo
que anunciavam as sete horas datar- 1lustre pelo sangue e pelo8 prunores
de. de caracter e de coraçao que o
I
Por toda a extensao da estrada distinguem e ainda mais pela firme-
entre a igreja e O locai das a.pari~ za ~ d-esassombro _d_a sua f é ~ P,:la sin-
çoes, circulam continuamente veicu- cendade da sua p1edade cr1sta. ·
los e peoes, que se clirigem para a I
Cova da Iria. Em torno do recinto A ptocissao das velas-A ado-
I
muraclo dos santuarios, sobre a es- raçào nocturna-0s sermoes
tra.da e nas suas imediaçoes, estacio-j durante a adoraçio - O cur-
nam camio'M, automoveis e canoa de so teol6gico do Seminario
tiro, qu.e dificultam o transito. do Pòrto de 1919 -1922 - O
À·boca da noite começam a chegar abade de Cete e o padre An-
as peregrinaçoes. A primeira é a da 1 selmo - O concurso de pe-
fréguesia da Conceiçao Velha, de regrinos.
Lisboa, que pela segundà vez envia
a Fatima rnna representaçao dos seus Sao ja dez horas da noute. Avizi-
paroquianos, numerosa e luzida. Os nha-se o momento, Hl.o ansiosamente
peregrinos, que eram cerca de du- esper:3-do da procissao d~s vélafs. Os 1
zentos, ao contrario do que sucedeu romeuos presente~, que _Jli per azero
0 mes passado, em logar de desern- I àquela hora mmtos m1lhares, con-
barcarem no apea<leiro de Ceissa centram-se defronte da capela das
apearam-se na estaçao do EntJ:onca~ ' apariçoes, onde o rev.~d dr. Marques
I
mento, onde os aguardavam as lind11.s d?s Santos, capelao _director: ~o~ ser-
e c6modas camionettes dos irmaos v1tas, ppuco antes de se 1mc1ar a
Clara de Torres Nov;s a.tra.vessa- ' pr.ocissiio, faz diversa.a recomen<la-
ram a' vila sem parar e' sùbiram a çoes e av1~0s.. . .
estrada, longa e ingreme, da serra Alguns m~tantes depo1s o recmto
de Aire, em direcçao a Fatima. dos santuanos semelha, a quem o
Peuco depois, por entre as primei- contempla do alto da ~strada ou do
ras sombras da noite, que Ientamen- ?ume dos montes adJa?en~, u.m
te va-i envolvendo tudo no seu manto 1menso lago de fogo, Dir-se-la que
escuro, a.vista-se, a pequena distàn- miri~des de estrela_s se desprenderam Urna das radiografìas dà perna fracturada
eia, uma multidao de individuos de do f1rmamentt> e v1eram cravar-se na
ambos" os se:x:os, que se aproximam Cova da ~riai a~ra.zando-a de r~~en-
cada vez mais. E' a peregrinaçao de te num incendio colossal. Subito, morragia produzidn, niio posso <leixar de tlo, .~endo uu-,tantanonmcnte projectado.
dA l t t d relatar tal facto, para maior gloria da Cm pneumatico que saltou fora da roda
Vila de Rei, composta de duzentas ~sse ago pax em como se as uas Virgem N. Senhora, expondo as razoes ern I e uma. e-amara d' ar que rebentou devem
e cincoenta pessoas e presidida pelo fi~s de luz, que sobem len~mente que fondamento a minha con.,.icçiio. tcr 1,ido a oMsa do de611Stre... que, s6 por
respectivo paroco, rev.do Rafael J a- a.te ~ eatI:lda_, passa.m por ba1:x:o. do Faço-o com ~ _mais_ ~ntenso jubilo, i~-' milagro, me niio tirou a vida, deixando
cinto• alma grande e generosa de sa- p6rt1co pnnc1pal, descem a Avemda plorando o a'ux1ho Ditino parn o. exn.ct1- dois orfiios, uma viuva e duns familiaa
'
I
cerd~te e de a.p6stolo honra e lustre Central e, contornando a capela das diio e imparoialidad_? do mcu relato, 1~- om lut.o I
. montando, apenas, nao poder dar--lhe o br1- Momento terrivel em que julguei chega.-
do clero da dioceee de Portalegre. lho de exposiçiio e realoe literario que me- <la a minha bora, pois, corno médioo, nio
Seguem-se a est& varia.a outras pere- (Continua na 3.• pagina) 1 rece. supunha possivel a vida, eeniio por ina.-
l-
\loz da Fitima

t&ntes, parante as hemOTragias formida- maca, para o hòspital da Universidade de inventar nomes, se ha um, mais simples, opera.do por trez vezes, eatando no Hospi-
veis que verifiquei e nao 'podia sustar de CoimbrQ., onde, pelas 13 horas, me foi fei- mais concreto, o unico, mesmo, que com tal, da. 1.• vez, ciuco mesee, sem poder
momento! Momento mais solene da minha to o peaso definitivo, ja pelo Ex.m0 Snr. verdade e rigorosa propriedade exprime o desJocar-me para qua.lquer dos lados, du-
vida. em que, na eminencia de presitar con- Dr. Bissaia. Barreto e depois de ra.diogrà- quo se pa.s,ou? rante nmito tempo; tive Ùm apa.relho de
tas a Deus, olhei o passado, de relance, fa.do. Foi unr verdndeiro milagre e, para mim, extensiio continua. que me fez sofrer imen-
num consciente receio do julgamento fi- Um dos frngmentos da tibia, conspurca.- é o maior que conheço. Além de todaa as so; tive dois aparelhos gessa.dos etc. etc ...
nali do com terra e em contacto com a.s cerou- razoes que deixo apontadas e que me pa- E a.tra.vessei todo eete calvario da mi-
Lembrei minha. esposa e meus filhinhos la.a , calças, e fato-macaco que perfurou, recem de a6bra, ha outra mais forte, mais nha vida., sem urna pa.lavra de protesto,
que me esperavam a 300 ou 400 metr0€, ficou, ainda cm contacto CQm o avental, convincente, mas niio pertence a publici- sem um momento de desanimo ou de re-
fugi espavorido de tiio doloroso quadro, nà.o ·menos conspurcado, que urna das da.de, é intima, niio me pertence. volta, conservando a melhor disposiçao de
invoquei N. S. do Rosario de Fatima e mulheres tra.zia a uso e cedeu. Da. ferida Quero registar n'esta. altura uma.. frase espirito ~ sofrendo com urna resignaçii.o
esperei a morte, di..zendo mentalmente as da. cabeça fora.m tirados fragmentos de do Ex.m0 Snr. Dr. Bissaia Barreto, meu santa tao larga e dura. provaçii.o I
aegnintes palavras: Deus o quiz! peàra e areias da eatrada. médico ~stenta, a quem tanto devo, Sera. isto humano? Seria isto poss{vel
Passa.ram alguns instantes de suprema Pois apezar d'este suda.rio clinico, ape- quando queria TDanifestar-me a. sua admi- sem um a.uxilio sòbrena.turnl P
anoiedade e, perante a lucidez d'espirito zar de todas a.s circmrstancias septica.lil, em raçiio pela maneira extra.ordina.ria como Oh ! niio, mil vezes niio ! ·
que se ma.ntinha, em vez da escuridiio da que se éleu o ,desastre, contra a expecta.ti- ia correndo tudo o que se relacionava com_ Nio é humana.me11te possfvel sofrer-se
morte que eu esper.1va, nasceu pela l.' va de todos, contra mesmo o que costuma o meu desastre: «O Aca.cio nao nasceu tanto, !!0m revolta, sem <lesa.lento, sem
vez no meu espfrito a esperança. de viver a.contecer em casos de gravida.de infinita- dentro d'um fole, corno costuma di.zar-se urna tentaçii.o, sequer, de bla.sfemar. Eu
ainda e tornar a ver as pessoas queridas. mente menor, com enorme surpreza minha quando umn pessoa é muito feliz; nasceu que me julgava muito feliz se esca.paese,
Foi entiio que fiz urna promessa a Nos- e de todos os oolegas niin houve a menor dentro de dois !. .. Isto me rlizia. mosmo sem a perna, corno declarei a.o Ex.0
sa Senhora do Rosario de Fatima, em ex- infècçiio, nito houve febre! Nero mesmo a Sua E;i.:.• dia& depois da minha. Snr. Dr. Bissaia, quando Sua. Ex.•, como
tase de piedade e devoçiio inexcediveis, pe- ferida. principal da cabeça, tao extensa e entrada. no Hospital, quando viu pb.saada que para. surpreender a. infecçao no inioio,
dindo-Lhe que me acudisse e me conser- tii.o coll'Spurcada infectou I Note-se que a a hipotese negra da gangrena e conse- me visitava a. pequenos intervalos, acres-
vasse a vida. fractura. da tibia foi dupla., tota.I e expos- quante amputa.çii.o da. perna., quasi fatais, centando que, se julgasse necessaria a am-
Devo frizar a coincidencia, de minha ta, tendo um dos segmentos perfurado o no caso de ter havido infecçii.o, como Sua puta.çii.o nii.o hesitasse, que eu tinha a co-
eaposa, apenas informada do desastre, pou- fato e ostado em contacto com a terra, Ex.• esperava e eata habituado a ver na ragem suficiente para isso, veJo·me silo e
cos momentos depois, antes de correr ao acresconclo a.inda o intervnlo d'urna bora sua longa e constante pratica de médico- salvo. com a perna, sem claudloar, aem o
meu encontro ajoelbar na estrada, de sem tratamento a.Jgum ! · -cirurgi1io. Nessa altura ainda o Ex.mo Sr. menor embaraço, podendo fazer a vlda
miios posta.a c.'!bos no Céu e pedir a N. Como se OÀ-plica. este facto? Dr. Bissa.in Barreto, apezar de optimista normai e educar meus fllhosl
S. do Rosa~io de· Fatima., para me en- Como se interpreta a face da sciencia? jti, nao a.dmitia a. hipotese de eu ficar Oh I Bemdita crença ! Bemdita fé que de
contrar ainda. com vida, fazendo-Lhe igu~ Como se compreende, comparando-o com o sem defeito, tais e tao complicadas eram as tanto me valeste! Praza. a. Deus que. ila
mente uma promessa. que costuma acontecer? lesoes osseas da. minha perna: minha mente fique bem gravada a. recor-
Com a alma cheia de e5tPerança e o co- E com a. circunstancia concomitante 'de = simplesmente os dois ossos da perna, foi- daçao de tao grande mila.gre para que por
raçiio a trnnsbordar de fé, resolvi iniciar que urna i nfecçiio ern ouasi sinonimo rie I tos ern sete bocados ! ele poma. guia.r-me no mar tempestuoso da
a lucta. vida, resistindo aos vendavais da descren-
Feito um rapido lialanço a.o men esta- ça. e impiedade e chegar a.o porto de sal-
do, reconheci a perna diroita. fra.cturada I va.çao com a consciencia do dever cumpri-
8111 dois pontos, pela sua posiçlio ero li- do e a esperança da Gloria Eterna l
nha quobracla e pela séde das qores. Um Ha ainda. urna ,articula.ridade que me
dos t6pos da. tibia. fra.cturada tin'ha perfu- esqueci de registar: Dias depois de entrar
rado os tecidos moles, a.e ceroulas, as cal- no Hospita.I obtive, por inte1·medio d'uro
ça.s, o fato-macaco e estava. a. vista. I A he- 1 colega e nmig;o um frasco com agua de N.
morra.gin. era enorme e ba.staria para me I Senhora da Fatima, de que fiz UEl<>, be-
ca.usar a morLe em poucos minutoo, se ti- bendo e tocando com eia no penso.
vesso perdido os sentidos. e nao tivesse po- Aqui tom, Snr. P.e Manuel Pereira da.
dido prestar-me os primeiros socorros. De- Silva, muito resumida e n'umn linguagem
ve ter sido Incera.da; pos.ivelmonte, a ti- j muito simplcs, c9mo convem para a graµ-
binl anterior, avnliando pela séde da ho- j de maioria dos leitores da. « Voz da Fati-
morragia. sua intensidade e violencia do ma», a noticia do meu desastre qua deu
ja.cto. logar é. i ntervençiio milagrosa. de N. S. ·
A mao direita, tumefeita, com dores do Ros1frio de Fatima. Podia nlonga.r-me
agudas ao menor movimento, o braço e a em varioa pormenores e considera.ndos,
,clavicula respectivn, egualmente dolorosos ma.a tomava.-lhe ml,lito ~aço e pouco
a mais pequena tentativa de movimento, mais adiantava; o essoncial fica. dito. Se
indica.ram-me a existencia de fracturas achar quo oste desa.ba.fo d'uro orante me-
multiplas. rece ser publicado no seu jornalsinho e em
Do olbo direito, que julguoi perdido, nada. prejudica a oportunidnde d'outros
nada via, sentindo correr o sangue em mais brilhantes e de maior rclevo muito
gro.nde quantidarle pela face. grato lhe ficarei.
Esta.s ns principais 10i:ii5es que notei no Guardo varia.a rndiografias e outros ele-
.autoexame que fiz rapidamente. mento& relativos ao desastre que, da me-
Apareceram logo urna.'! mulhcrsinhas lhor vontnde, mostra.rei a. alguom que,
gritando e cborn.ndo, de mii.oa na cabeça, porventura, i enha. inter06Se cm ve-los. •
.a quem pedi i;ara se aproximnrem e faz~ Sendo a. 1." vez que escrevo sobre cste as-
Tem o que eu Jhes dissesse. Urna tra.zia. sunto, quero deixa.r bem grava.do o meu
um balde de tirar agua; chamei-a. e com a reconhecimento aoa Ex.m0 s Colégas
mio esquerda. tirai do fundo do balde um Dr. Aurélio Gonçalves e Dr. Justino
resto d'agua. para. uchapinhar» o olho tli- Lopes que mo pr~a.ram os primeiros so-
reito d'onda julgava. que vinha. o sangue corros, e aos Ex.m0 s Snrs. Dr. Bissaia Bar-
que me inundava a face, correndo em bi- reto e Dr. Angelo da Fonseca, meu'B ope-
ca.. . . radores, que com tanta pericia e solicitu-
Verifiquei que a vista asta.va iota.eta e, de me dispensa.ram o seu sa.ber e carinho.
nessa altura, senti que às primeiras lagri~ •
mas me escaldavam as faces; certamente Lisboa-Rua A:ugu.sta 27018. 0
lagrimas de alegria. e ja de roconhecimen-
to a Virgem. 18 de Setembro de 19S7.
Pedi para me atarem uro lenço é. cabeça,
procurando suetar um pouco a bemorragia A.cacio da Silva Ribeiro
que provinha duma ferida da regiiio parie-
tal direita., com cerca de oito centimetros
I
de comprimento e interessando todos os te..
cidos molee até .ao osso. DR ACACIO DA SILVA RIBEIRO
Pedi a seguir que me endireitassem a I MÉDICO
perna., que estava dobrada e a. ligassem
com um avental rasgndo as tirns para. di- FILHO DE JOSÉ RIBEIRO, FALECIDO, ,E f\l'lfl Df\S DORES CORRÉfl,
DO LUGf\R E FREGUEZlfl DO Cf\STELO -:coNCELHO Dfl crnrA
Novo Ano
minuir a hemorragia que eu procurava
8118tar, mantendo contra. o iliaco com a Com este numero entra no &exto
miio esquerda, a. compressii.o da femural. grangrena o, pertanto, amputaçiio da per- Quando, depois das tree operaçoes que
Chegou, entreta.nto, minha. es.posa e al- na, visto que existia ja um hematoma eofri, procurai Sua Ex.• no Hospital, pela ano a V oz da Fatima., humilde pre-
gumas peasoaa a.mig~ que me transpor- enorme na regiii.o em volta da fractura, primeira vez,, depois de ter abandonado o goeiro das glOTias de Nossa Senhora
taram, no meio de dore.'l horriveis, para que o Ex.m0 Snr. Dr. Bissaia Barreto ca.I- uso das muleta.e, foi tal a sua admira.çiio do Rosario da Fatima, que, de certo,
um automovel, onde me levaram para o culou em 8 a 10 decil:itros de sangqe l Im- pelo meu estndo que, examinando-me re- continuara, como até agora o tem
meu consult6rio, jlt acompanhndo por dois parcialmente, honesta.mente, é. fooe da petiu a celebre frase, mas correcta e au-
colegns, 08 Snrs. Dr Aurélio Gonçalves e sciencia, niio se explica, nero ee compreen- menta.da: <tO Acaoio nato nasceu dentro de /etto tao visivelmente, a p:roteger es-
Dr. Justino Lope&. de bem, com.o isto possa ter a.contecido. dois foles, nasceu dentro de dez (10),, !. .. ta obra que é sua, E' ,grato nesta
Era. ao escurecer e a viagem durou uma Pelo menos é um caso tao extra.ordina.- Perdoe-me Sua. Ex.• a. referencia, .ma& altura lançar os olhos para o cami-
longa meia bora, decorrendo eeguramex:te ria.mente raro, tao exoepcional, mesmo, que julguei-a. util para. mostrar que até o nho percorrido.
uma bora entre o momento do desastre a essa coincidencia tiio rara. e tii.o provi- Ex.mo Snr. Dr. Bissaia Barreto, que
e O primeiro tratamento _de de~infecçii<?, dencial no meu caso, nao posso deL"ta.r de a.compnnhou o meu caso, desde o inicio até Verificamos que se fez uma tira-
feito jii no men consult6rto. Fe1to o pri- chnmar: Mllagre. final, se mostrava maravilhado e se con- gem de mais_ de um milhao e quatro
meiro penso, provisorio, no meio de dores Niio encontro palavra que substitua esta, fessou assombrndo com o resultado fino.I centos mil jomais, pesando cerca de
horriveis pedi a minha esposa que man- on que possa traduzir com tanta proprie- do meu desastre. 15.000 quilos, isto é, mil arrooas, ca-
dMSe ch~mar O Snr. Vigario d'Oliveira. do da.de o que eu sinto, depois do que se E Sua Ex.• é insuspeito, sondo, de resto,
Qonde para me confessar e dar a Comu- paissou e deixo relatado. um distinctissimo cirurgiii.o, de excepcio- bendo ao 1.tltimo ano a tiragem de
nhiio logo que passasse da meia noite. Ap6z a minha invoca.çiio e promessa a. nais r 0<'ursos e de tao merecidl!- e vasta re- 436 :000 exemplares, outraa tanta.s
~ordo-me bem que iniciei a confissii.o N. Senhora, ap6z a. invooaçao e promessa puìaçiio que jama.is podera ser ofnscada, lin,quas de papel ( visto que o pobre
por estaa palavra.s: Nilo sei se sere! vivo de minha espooa feitaa qua.si simultanea- ou mesmo diminuida. Sinto-me, portante, secreta.rio l:le Nossa. Senhora ... nao
d'aqul a mela hora... mente, depois d'~m deeastre de tal natur&- em boa compa_nhin. . ·- .
E, de facto, asta.va convencido que nao za e de tanta gravida.de, acontecer o que
chegava ao dia seguinto.
I Mas ha mais: A fer1da. da regia.o par1e-
n6s pedimos e desejé.vamos, tanto do fun- tal oicatrisava 3 dias depois, pero como aonvém
tem outra) que, sem barulho ( como
as obras de Deus) vao por
Apoz a. confissiio e comunhiio passai o do d'alma contra todas a.s previsoes e a.s outra.s duas de menOT extensiio, uma na. esse mundo além ( até em M r;,rrocos,
resto da noite, de ma.ca, no meu consul- mais a.uc~risadas opinioes, é um facto que regiao frontal, outra na occipital; a.o de- na .América, na India e na China)
torio rezando e fazendo novas promes- merece registo. Oomo deve chamar-seP cimo dia dopois do desastre, apezar de chamando 11,s almas a F é e ao amor
eas ~té que, pelas sete bora.~ da. manhii, Facto extra.ordina.rio P Coinoidencia. nota- ter fracturado o teroeiro meta.carpio, pas.-
tui' transportado no comboio, sempre de ve!? Acaso providenc_ial P Mas, para que sei um atestndo a um doente meu. Fui e emitaçao da querida Mae dc Céu.
Voz da Fétima 3

Urna cura extraordinaria-Sce- cidade da E.xtremadura, que chega- 1ensino, um dos primeiros de l'ortu-
Cronica da fatima nas comoventes. - As p ro-
messas dos percgrlnos - Um
ram a Fatima na véspera à noite, de- gal, que dirige com superior crité-
pois duma viagem de tres horas en1 rio, ele é verdadeiramente the right
(Colllin11açào da J. pagina)
0 grupo de criadas de servir. camionette . .A.lgumas pisavam pela 1nan in the right place, exercendo o
- Alma de portug uès e de primeira vez a terra sagra.da dos mia- seu alto e espinhoso cargo com u.ma
Missas, voltam de novo a engolfar-se, crente - 0s jovens cat6licos térios e dos prodigios, mas a alegria competencia e_ uma. dedicaçao a toda
sem soluçao de continuidade, no bra- - O Dr. Victor Marques de santa e a devoça.o ·edificante eram a prova. Que humildade e piedade
zeiro imenso, quasi apagado e que Oliveira. eguais em todas, que iam ali depor, edificantes as detisa.s duas grandes e
outra vez se reacende, do recinto das aos pés de Maria, os teso11ros da!:! venerandas personagens da lgreja.
apariçoes. Milhares de peregrinos, Na estrada, a poucos passos do suas homenagens e dos seus sacrifi- -encanecidas no se1-viço de Deus e
cada um com a sua vela ua miio, de- portico centra!, uma familia de dis- cios, consagrar-lhe os seus coraçoes carregadas de méritos, ajudando, co-
pois de rezarem o terço junto da es- tinçiio prepara-se para assistir à.s ul- e pedir-lhe a força moral necessaria mo simples ac6litos e com uma de-
tatua da Virgem, cantam, sem ces- timas cerim6nias oficiais do dia. 11: para triunfarem sempre nas lutas in- ,oçii.o comovente, o sacerdote que ce-
sar, o A ué de Lourdes, durante esse a respeitavel familia Moreira, mora- cruentas mas por vezes formidaveis lebrava a Missa dos enfermos !
imponente e cleslumbrante cortejo no- 1dora na Rua da Piedade, 45, Porto, da vida. A~regadas a.besse grupo in- 1 Às onze horas mais uma scena co-
cturno! long-o e interminavel, que que da cidade da Virgem veio em teressan!e v1eram tam em à L?~des move_nte se ,desenroi a n~ ~ocal das
conchu com o grave e magestoso can- autom6vel, por estradas quasi in- .por~uguesa uma. senho~a respe1tavel, apar1çòes. E a m~nrna L1g1a Su<'ena
to do Credo . transitaveis para agradece1· uma 1rmu. dum sacerdote 1lustre, honra e Grnça, de Ave1ro, que faz a sua
Espectaculo encantador e sublime, graça temp~ral extra.ordinaria conce- do clero nacional: que a to~o:; edifi- primei:a comunl~ilo juntò da capela
que empolgu. e arrebata os coraçòes dida a um dos seus membros a se- I cava eom a sua p1edade acnsolada, e das m1ssas. Vesl1cla de branco, en-
I
dos crentes e que clos olhos dos pr6- nhora D . Emilia das Neves' Mari- um excelente casal formado por um volta a fronte gentil no véu imncu-
prios incirédulos faz brotar doces la- nho Moreira. Essa veneranda senho- foncion~rio d? Es~~do aposen!ado _e la.do d~s virg_ens,. a :venturosa crian-
grimas de fu n d,i e involunhiria co- ra tiuha, no pé esquerdo, ,h.avia mui- sua esposa, cuJa umao e boa d1spos1- ça-nnJo de rnocNtcm e de cnndura
moçiio. to tempo, um volumoso quisto, que çiio de espirito atrainm as simpatias -aproxima-se trémula de como~·iio,
de todos. Alma naturalmente cristii e d11. mesa eucaristica e recebe pela vez
genuinamente porluguesa, esse exce- primeim o divino Prisioneiro do Sa-
lente e venerando anciao manifesta- erario 110 seu Sacramen.to de Amor.
va aero rebu('O a sua fé, quo a Vfr- 1Que a lembranca deste dia de gra-
gem Santissima de-certo hnvia rle ças e de bençaos, o mais belo da tua
afervorar, di>rramaudo sobre ele as vida sobre ,a terra, nunca se apague '
melhores bençiios do Céu. da tua meni6ria, mimosa e felìz -me-
Os moços cu16liros perienceutes 1b ninn, para que, sempre fiel a ,Tesus,
tliven1aa orgnnizaçoes <la nossn j11von- possa;, sulcar sem perigo o mnr en-
t.ude salientavam-se pela sua activi- capelndo da cxistencia e cheg-nr, sii
clade e dedicaçiio, rnerecendo particu- 1e salva, ao pòrto <la eternidade
lar referencia o~ beneméritos e incan- 1bem:iventurada !
i-{in•is servitas de 'l'orres Novas. Um À urna bora e meia, depoili de
dos novos, que se impunha à ateuçao conduzicla processionalmente a Ima.-
e cousideraçao de todos, era o dr. Vi- ge111 da Virgem para. a capela. nova,
I
dor Marques <le Oliveira, autigo pre- começn. a missa dos doentes. Bm-
si<lente da clirecçiio da Juventude Ca- quanto ela se celebra o rev.do capeliio
t6lico tle Lisboa. ~ste jovem, dos director dos servìtns reza o ter~o em
mais e:sperançosos da actual gera.çiio, voz alta, olternanrlo com a as!:listcn-
ja c·heio de méritos pelot- sarviços eia. A' elevaçilo toda aquela mole
prer-tta<los Ìl causa banta du lgrcja, é ime111>a cle povo se prostra diante de
um modelo vivo cle virtude e do acti- ,Jesus-Il6stia, adorando-o num trans-
virlade operosa, cligno de ser propos- po1-te estuante de fé e amor. A' co-
to cm toda a linha aos jovens seus I munbiio é dii,tribuida pela ultima
co11tempora.neos romo modélo a. ve- vez o Pao dos Anjo:s. Terminada a
UMA SERVJl~ CURANDO OS DJENTES nerar e imitar. Missa, sobe ao pulpito o rev.do aba-
de ile C'ete, que Pscolhe pnra tema do
A' meia-noi-te e:s.pòe-se o ::,antissi- o seti médico a~sistente assegurava Os sacerdotes - e seminaristas seu se1·mti.o o 1·amo do. Ladainhn Lau-
mo Sacramento num trono cle lumes uiio poder i;er eliminado sena.o por - 0 C6nego Felix e O Dr. zetana - Causa nostrre l<Etitire, ora
e flores e principia a cerim6nia ofi- meio clumn operaç-iio. A piedosa se- Cruz. _ Primeira comunhio p1·0 nobis. Ap6s o sermao, canta-se
cial da adoraçào nocturna. Reali- nhorn fez enta.o a promes:1a <le ir a duma men in a. -A mi 8 8 a o 1'ant,µni-ergo e clii-se · a bençao.
zam·!:!e suceti:1ivamente C'ineo iurnos .F atima em devota r omagem, se a l dos doentes _ O sermio oft- P or fim a Imagem de Maria é re-
de adoraçiio, que duram cada um Sa.nti8sima Virgem se dignasse cura- cial A bençio do Santfssi- conduzida para a ca.pela das apari-
rérca duma hora. Em cada turno um la sem necetisidade duma intervençiio mo Sacramento - Cura mira• çòes, seguindo-a uma. mullidiio inu-
sacerdote faz uma pratica adequada cirtirgica, que o fnoultativo julgava l culosa dum distinto médfco meravel, que a a.clnnm cheia de en-
ao acto, no loeal e ao momento. inclispeosavel. de Lisboa. t usiasmo e de ternura.
Entre out ros :.a.cerdotes prégaram Tendo a plicado a.gua de Lourdes A Voz da Fcit1 ma é distribuida
oR rev.dos Manuel D ia!:! Costa, abade por nao p ossuir agua de Fatima e Os sacerdotes e, dru·ante as fério. 8 gratuitamente em numero de mui-
de Cete, e Agostinho P into Veloso. _i nvoca clo, cheia de confiança, Nossa clo vera.o, tambem os semino.ristas, tos milhnres de exemplares. 11: o
Estes dois distiutos oradores, que SPohora de Fatima, o quisto com acorrem, ero numero avultado, à rev.do Manuel Pe1·eira da Silva,
com mais seis sacerdoles constitui- grande surpreza e alegria dela e de Fatima., cada dia treze. ::€l es viio a.li secretario de Noua Senltora, co-
ram o cunio trienal de teologia do tòda a sua familia, desapareceu com- retemperar a sua. fé e afervorar a mo o povo crente o designa,
Seminario do P orto correspondente pletamente no espaço de pouco mais sua. piedade em -contado com as que preside a esta distribuiçao. O
aos anos de 1019-1922, vieraro, de dc quinze dia:1. multidoes dos crentes naquele am- benemérito e modesto sacerdote, pre-
comum acordo, realizar neste dia em Um carro passa rapidamente na biente saturado de sobrenatural. En- claro ornamento do clero da sua dio-
Fatima a primeira reunii'io de con- e8trada, ero direcçiio a Vila Nova de tre Od sacerdotes destacam-se dois, cese, anuncia a publicaçao, no pr6-
fraternizaçào do seu ourso. Ourem. Ao avistarem o santuario das que pertencem ao numero das figu- ximo numero da Voz da Fatima, do
Feliz idea a dessa. bela romagem apariçòes, os passageiros er guem-se ras mais prestigiosas e mais benem.é- z-elato interessantissimo da cura. mi-
ao_ Santua:io de Fatima, juntando-se de pé, num impulso irresistivel de ritas do clero portugues e que sa.o raculosa duro distinto médico de
ah como 1rma.os, aos pés da mae do p iedade, e aclamam a Virgem, can- modelos consu.ma.dos de trabalho in- Lisboa, vitimo. dum horrivel desas-
Céu, afim de haurirem, sob o manto tando entllsiasmados o Salve, nobre defesso pela causa de D eus e das tre c~e m6t?ci:lete, o sr. dr. Acncio
da sua protecçao maternal, neste dia Padroeira- Ao mesmo tempo desce de mais acrisoladas virtudes: os rev.dos da S1lva R1be1ro- «O meu desastre,
I
de jubi lo santo, energia, coragem e joel hos a aveni<la principal uma mu- dr. Francisco Rodrigues da Cruz e corno ele pr6prio di~ ~uma carta
conforto para a. santificaçi'io da. sua lher do povo, com uma. vela ace- Conego Francisco Maria Félix. Nii.o endereçada. ao a.dnnrustrador da
vida e da dos fiéis confiados ao seu sa na mao e la.dea.da dum filhinho e ha ninguem no nosso pais que no.o / Voz da Fatima, nssombrou t~d~ a
zelo, de _pastores. . dumn. filhinha de poucos anos ?e :rda- conheça, a.o menos pela fama singu- gente qu_e o conheceu e me v1s1tou
A s crnco boras, depo1s de cantado de, que a acompanham a. pe. Em lnr de santidade que o aureola, esse uc IIosp1tal, e algumas centenne de
o _Tantum-eru_o com a oraçao respe- , torno da capeln das _apariçòes, ho- vulto incompara.vel de apostolo que pessoas fora~1, con~audo-se alE:umas
ctiva, termma a expos1çiio com mens, mulheres, e cnanças, rezando é o dr. Cruz. Meuos conhecido pelns deze~as (mais de cmco ou se1s) de
a b~n~ao geral ~ encerramento _do e co1~1 velas na ma.o, curuprem ~em condiçòes especiaiR em que exerce a méd1cos~. . .
I
Sa~ti~s~o Sacrament~ no Sac~ano Irespe1tos h umano~ :promessas fe1tas sua prodigiosa actividade, mns nl'io Bemd1ta. s~Ja a Virgem Nossa Se-
P r1ne1piam em segu1da as m18sas. cm horas de angustia e que lhes al- mono8 insigne pelos dotes de espirit~ nbora de Fatima, que do seu trono de
q ue sa.o çelebradas ininterruptamen- cançaram o poderoso valimento da l e coraçao que O exornam e pela.s suas miseri;6rdia e de amor continua a
te nos tres altares da ca.pe~u uova p~- Mne ~le Deus. Entre os grupos d_e extraordiné.rias benemerencin8 , é o j e~parz1r sobre os portug~eses aeus
los sacerdotes que previamente ti- veregnnos destaca-se um pela quah- rev. 0 c6ne~o Félix reitor do Semi- f1lhos, os dons mais prec1o~os e as
I
nha~ feito ius~rever os_seus nomea dade dos seu:1 mem bros e pela pieda- nario Pat;iarcA.l e~ Santarcm. Ha graças mais escolbidas, para gl6r~a.
n ~ h vro de reg1sto destina.do a esse de de que dao mostras. ~ um grupo longos anos colora.do à testa daquele de Deus e salvaçito das alma!'!!
fm1. de criadas de servir duma importante I nstituto eclesiastico de educaçao e Vi&conde de J!onteUo •
Voz. da Fatima

contra ,ensiveZmente melhorada, atribuin...


AS CURAS do a Ex.ma cliente e,.,a, mel1W1'a, beni Abrigo dos doentes Pere~rinos
pronunciada., pela awcu.ltaçl o e outroa de-
talhe, do e.r1me, ao uso da a(l'IUJ de Noa.Ja
Senhora de Fdtima, pau que cea.sou o uso
da fatima
do.s remédio~, u.sando apena, corno tera...
peu.tica o poder da .su.a lé, que ccmstatei, 'fran.,porte .. . .•• . .. L. 5.147$56
Jolo Marquea de carvalho, de Escalos e a in/luBn:cia da agua que por diferente., Vi<'t-Or da Gra.ça Quare,.ma ...
de Dnixo (Deira Baixa) informa em car- 50$00
11eze.s me indicou corno decidido agente
ta de 24 de mo.io ultimo: do .seu re&tabelecimento.
ciEu Joào l\farques de Carvalho resi- 5.197$56
dente em Et1Calos de Baixo, Concelho do S etubol, 18 de Julho de 19S7
Oaatolo Dranoo, venbo doclnro.r quo des-
de os 17 anos sofrio. de umo. horrivel sur- (n.) Ant6nio Pereira d'Almeida.
VOZ DA FATIMA

Despezas
BREVEMENTE: Transporto... . .. i9.088f40
Papel, composiçiio, impros-
siio, etc. do n. 0 60 (37.000
exemplaree) ......... . . . . .. 2.073$50
Sèlos, embn.lagem, expediçiio,
gravura.s, tratUipor~, etc ... 605f80
Outra.,, c!E"'lpezn.s......... , .• 140100

Si.907,70
SubscripçAo
Dezf'mbro tic 1926

Jolo Marques de Carvalho e sua mulher


A.:no -V Leiria, 1 3 de N"o-vembro de 1 9 2 7 ~-· 6 2

[00,"'- APROVACA<> EC::LESJASTIO.A]


01rut1,1 PrJprial1r11 e Editor: - Dr. Manael 1,!arques dos Santos Admini,trador: - Padre Manuel Pereira da Silva
Composto e irn.tJ,,esso n2 Uni!o (3,.3.fica, Aaa dt Suta Marta, 150-152 - Llsboa. Redacçlio e Administ,açlio: Semlnàrlo de Leir,a.

, parte no recinto eagrado, o c·anto do I no alto dum trono de lumes e floree.

CRONICA, '
d r é de Lourdes rPpetido ao mesmo Pela primeira vez clois venerandoe •
tempo em milhares de coros, por de- Preluclos tomam parte oficial nas so-
zenas de milhar de vozes, num sem uu leuidaclef:i religiosas do din treze. Re-
mero de t.ons, desde o mais agudo vestidos com as vestes episcopai,,

da FATIMA a.o mais grave, a solenidatle clo mo- iniciam a sua partic:ipaçao pro:::tra1~-
mento e o ambiente sobrenutnral que do-se uos pés do trono de J esus-Il6s-
tudo euYol"'1a., constituian1 um es- 1 tia, afim de lhe reu<lerem a~ home-
nngens da suu. adorac;ao e de lbe
(13 DE OUTUBRO) testemunharem o seu amor. In co-

l m<>çar a primeira hora de ado-


raçiio, presiclida pelo ilustre au-
tistite de Leiria, que a Yir-
gem Santissima escolheu, como pri-
meiro Bispo da diocese restin1racla,
paro :tSSUlUÌl' sobre OR SeUS un1b10s
a erupreza gig-antesca de fnzer surgir •
1hn11 terreno deserto <' pechegoso n
Prlmei ras chuvas do Outono. o impossivel. Nunca em Porlugal, obra prodigiosissima clos augustos
- O' décimo aniversario da nunra tn.lvez no mundo inteho, uem 1mntuarios rle Fatima.
ultima apariçio. Movimen- met1mo t'm J.ourcles, a di-\"Ìna cidade Durante n bora cle adoraçiio o rev. 0
to de peregr inos. - Chegada dos Pirineus, se visse uma manifes- ·dJt"':~,,;,~".,·:;:r,··...i~l;",d·~flfll'.·~~'.-t~,ra. dr. 1farques dos Santos, reza o ter-
a Fatima. - A procissio das t.açii.o religios°( iùo grande na singe- J-J,-.~Drlll ço do Ilosnrio nlternadamente (·0m o
velas. leza da sua estruiul'n., tao bat uradn. l'fil.I:..ilr.Jtri!'P;,~~:.;;······'--""""'·· J povo. N os intervalos das dezenn!i, tl~-
de fé e pie<lade, tao csi uante de tcr- ·:~~li-~,;,r poiR de recita<la. a oraçào jaculat6ria
A
" t . t
tona,1 d epo1s
.
ris e e. med1anc61·t1ca d.
t _
ea açao ou-
e mm os 1as ver a-
d
1 1.rnra e o.mor filial para rom a celes-
t e l'>a<1roeJTa
·
· ,b. f.
~
d a 1N açao. •N.1nguem,
, ~lfJ~" ...........,,.,,..__M~ que a ,irgem eusinou noi,; pastori-
n l10s, o oen
1 1·
c.:- h or n·1spo <1e L e1r1a
· · l
· · ex-
. te . . d b . poi· mais ti ia que ost1e a sua cren- !~~~~--~~~~~~~L.!..-! p 1ca, mtma pratica a.o a can<'e ,io
d euamen primaveris, e so1 r,- ça, era c·apaz de c:011lemplar ,le olhos todas as inteligèncias, o aeniìdo rio
11 ante e de céu aem nuvens, assinala
· f b o. I
José Alves Correa da Silva mistério :,eguinte. Como o dia trnze
a sua e:x1stencia com requèntes aie- - - - - - - - - - - - -- - -, ocorrcu esie mcs numa quintn-feira,
gas de ngua e violentas chuvas lonen- Blspo de Lelrla oR mistérios meditados foram os mia-
ciais. E' no meio da luta dos elemen- J
térios g-ozosos.
tos d~senca<leados, en1 plona revolta
armacla da natureza, que se inicia e
se leva a cabo a grande peregrinaçao
I
pecta!'ulo tluma beleza e dum encau-
to inegualaveis, que deslumhrava os I
olhos, assom brava as a.lmas e E>rupol-1 Nossa Seu hor~ na mo<leSia CaRa de
0
• •

1. .Assiro como O AnJ? apal'eceu a

nacional de treze de Outubro.


De varios poutos do pais, numero-
sos grupos de pessoas tinham partido
gava os coraçòes.
I I
E téìdas aquelas dezenas de milhar rece~ aos, humildes storrnhoH.
de pessoas, que tomavam parte ua . 2. Assnn .como N o;,sa Senhora ~-
Nnznret b, aSf.l~ Nossa S~nhoru apn-
Jn .

a pé, muitos dias antes, em Ù\U'a e I


pro,·issao das vela.a, traduziam os si_tou sua prima. ~anta lzabel, _assim
qua.si heroicu. peregrinaçao de peni-.
tencia, afim de se associarem em
! ima às solenes comemoraçoes do clé-
Fà-1
.-:1;--.-,'*~u
~tiilii~\ seus se11limeutos em exclama<;òes de nos clevernos v1s!tnr os pobrezrnhos,
surpreza H em lagrimas da mais viva os enfermos e encarcerado~, J_>ropa-
e intensa comoçiio. g-and? sobretudo as CoufE>rencias de
cimo aniveraario da sexta e ultima
apariçao <le Nossa Senhora <lo Rosa-
rio aos bumildes e rudes, mas inocen- 1
:ii~11;1~1,J~
:1,~im1,::;;..1:1! E quando, ao terminar o cleslum- S. Vicente tle Paulo.
brante cortejo, aquelas legioes de .il-
nias proclamnm . sem respeito hu- l que nnsceu na lnpinha. de Bele:n, po:-
0
3. Em honra do Menino ,Jesus,

tes pastorinhos de Aljustrel. ,.,..,.'!~-l~........


~c;M;.r ,,...._ ....,,,.;; manos a sua fé dtante de J e:ms-H6s- que os parentes e am1gos o nao qm-
•.::..~···-·•·
_~·,;,:

~ o dia doze o movimento de pere- 1 _...__.,..,..... 0


, lia, encenado no Sacrifrio da Ca pela zeram receber em suas ca:1as, clevemos
gnnos, que se servem de todos os L~~!!!~~~~~~,r~r~~ j das Missas, rantando coru cntrain os n6s olhar pelas criancinbas que vi-
meios de transporte ao seu alcance, sublim<>s artigos <lo Credo, o entn- vero abandonadas, quer materiai quer
torna de rapente um incremento ex- siasmo popular atinge as raias do de- espiritualmente, porque o egoismo
traor dinario, qua.si assombroso, iuun- D. Jose do Patrocinio Dias lirio e a manifestaçao assume as duns e a incredulida<le doutros assim
dando, às primeiras horas da tarde, propor<:oe~ duma verdadeira a.pote.l- o determina.
a Cova da !ria e as ,mas imediaçoes
B lapo de B eJa

de milhares de veiculos, de diversof. enxutos o.quele cortejo imponentiss1-


se. I 4. 0 Assiro comq Jesus foi apreseu-
tado no templo e depois foi bn,ptiza-
feitios e tamanhos, e duma multidao mo, em que tomavam parte dezena<J A adoraçi o nocturna. _ Preces do, n6s devemoA vigiar para que os
de individuos de ambos os sexos e de milhar de pessoas, cn,da uma com e canticos. _ A prégaçio do meninos se,iam bontizailos sem per-
de toclas as idades, classes e a sua vela acesa na mao, cantando venerando Bispo de Leiria.- da de tempo e levados a igreja des-
condi<:oes sociais. Às dez h oras da os louvores da Virgein. A det1lum- Peregrinaçio diocesana de de a mais tenra idade para ali rece-
noute a cam1·onette, que noa conduz brante procissao levou quasi tres Vizeu. - lnauguraçio oficfal berem a instrn<'iio religiosa. que por
à estancia privilegiada da .Augusta h oras a desfilar, realizando um per- de oito megaf6nios- ventura nao possam ter na ca'!a e na
Miie de Deus, para na estrada distri- curso dalguns quil6metros em tor- escola.
tal, a algumas centenBs de metros do no do m uro que circu nda o loca.I daa Cerca da meia noite principio. a 5.0 Porque o Menino Jesui,;, tio no-
Local das apariçoes. apari~oes . .As turmas de peregrinos adoraçlio nocturna. O Rei do Céu e vinho, ja prégava. no templo, devem08
E' nessa ocasiao que p rincipia. a que se precipitavam em torrentes da ter ra, ocul t.o sob as espécies de n6s lembrar-nos dos semina.ristas, fu-
procissao das velas. Querer descre- caudalosas pela abertura do arco piio no seu Sacramenro de aruor, é turos prégadores da palavra de Deu11,
ver o que foi .esse espectaculo gran- triunfal , as filas multiplas e inter- exposto soleuemente no culto clos ié;s amparan<lo-os mora.I e materialmente
diosissimo e assombroso, é pretender minaveis que circulavam por téìda a numa riqu.issima cust6dia de ou ,·,J com oraçoes e conselhos, mais ainda
2 ..-02 ~. Fatima

do que com esmolas, todavia bem Durante tocla a manha a. chuva.


sensacional notfcia, uma. romagem Talvez seja ousadia. a.pelar para 08
precisas para sustentaçii.o dos Semi- caiu por varias vezes com violencia,
de muitns centenas de pessons sentimentos ma.ternais de Nossa S&-
narioe. mas a. iutervaloll. Depois da :Missa
inicia-se para casn da. privileginda nhora, neste logar onde pulsa o co-
A segunda. bora de adora~ii.o foi dos serTi tas redobrou cle violencia,
fnmilia, a imprensa. de grande cir- ra.çii.o do pafs int.eiro e onde ba dez
privativa da peregriuaçao diocesana eucbarcanclo completamente o locai
cula,ao, tornando conta do caso, nar- anos, milhares de portugueses se
de Vizeu e presi<lida pelo Rev.do das apa1·içòes. ro.-o em colunas cerraclae de prosa sentem mais pr6ximos do Céu, mais
P.e Marinho, seu director. As ora- e cheia'1 "de pormenores interessnntes crentea e mais patriotas. V em
çoes e os canticos, tiio liudos e tao Curas sensacionais. - Urna pa- e a sciencia médica proclama una- mais crentes e mais patriotas. Vero
comoveutes, atrairam até junto da ralftica de Vizeu Um doente nimemente a certeza consolado1-a da ali pela primeira vez e nao pode
capela milhares de peregrinos que de mal de Pott, de Braga. - cura extraoclinarin, inexp]icavel e por deixar de sentir urna extranba emo-
estavam afastaclos. Lagrimas de alegria duma ventura miraculosa. <;-lio ao v~r aquele logar, que quer
Des<le a meia-noite que o~ sacer- màe. - O· interesse da im- geografica quer espiritualmente é o
dotes inscritos no respectivo re~isto prensa . .._ A opiniio dos mé- A procissao da Vfrgem do Ro- coraçao de Portugal, e onde a visi-
priucipinram n. celebrar a Santa Mis- di~os. sario. - A missa ofic:al. - A nhança de Aljubo.rrota e da Dnfalha
sa em qunfro altares, suceclendo-sP bençio das doentes.- O ser- lhe trazem a mem6ria. as glorioRas
uns ao!i outros sem interrupçiio. Ti- No pavilhiio dos doentes, junto do mio do senhor Bispo de Beja recordaçòes do nosso passado de he--
nham-1>e inserito mais <le cem sarer- pnrapeito da cnpela ,las missas, es- - O regresso dos peregrinos. roi s.
dotes, tenclo iiC'aclo sem celebra1 t6. sentucln em cima dum colcl1iio, a.o Ilouve um momento na nossa vicla
muitos que o niio havinm feito com n ltulo tluutros fannpos humanos, uma A prodsi-5o da Virgem do Rosario nacional em que tndo pnreceu au-
devicla antecedencia. rnpari::a, que parece ter pouco mai:; rE>nlizn-se, na forma do costume, mas bmergir-se: templ~ profanados, bis-
.Foi nesta noi te para sempre memo- de vinte anos· de i,hule. talvez com mais imponència. e mn- pos e padres presos ou expulsm1, a
ravel que se realizon a inaugumçào Vinca-lhe o rosto pulido o ·mace- jestade. A entrarla. da Sng-rada Ima- religiiio vilipenclincla e esquecido..
oricial cle oito. meg-afonio:i cle extra01-1ndo uma expre111-1ào de intimo ju- gem no pavilhào dos òoentes é uma MnR Nossa Senhora niio se esqueceu
di11aria potèn1•iu, in~tnlados pelo di~ liilo e nos seus olhos brilha um cla- ,las scenas mais empolgantes que é de que nos a haviamos um dia esco-
tinto engenheiro Uol'bu e Melo, dH fo cle sunve e fag-ueira esperuu,a. da,lo pronunciar sobre a terra e tùo lhiclo para Ilainha e veio entiio a
fahricn ,le cimentos de Maceirn, qw Oma parulisia g,eral, consecutiva a graucliosa e tiio bela que a peno. sente este logar trazer-nos um argumento
fnziam ecoar por toclo o ,n:;lo re- una quP<la' de1-11111trosa, imohilizara a sua im potència para u descrever. ,le fé, um argumento de piecln,le e
ci uto, rom grnncle n<lmiraç·ii.o do po- por completo no grnhnto dum hos- A exploso.o da piedade dos pere- cle reparaçlio nacional, mostrur-not1
vo, as preces, o~ canticos e n,i paln- pital o seu corpo franzino e mirraclo. g-rinos, o aC"euar dos lenços por toda claramente que nùo é eru vu,-., que
vras dos orn,lore,i e <los diri;.{oute:- Dores horriveis atormentavam-na sem 1\ vaeticliio imensa do recinto das apa- pnru eln apelamos e nela pomos tò-
dos actoA religiosos. cessar. riçòes, <les<lo o alto da estrada clistri- da a nos~n espern.nça.
Almt\R caridosas promoveraro uma tnl nté ns l'olinas acljacentes, o rnboar Fatima é um logar de festa, mas
O senhor Blspo de Beja e o~ subscri,i'io para que ela pudesse to- ,los vivas e clas aclamaçòes entusias- festn sem' fog-uetea nero urraial 011cle
servitas. - Peregrinaçào de 111ar parte na peregrinaçao diore::1a- l icas, o estralejar das pnlmas, as n6s vimos retempPrar a fé, pnrn m&-
Ltsboa, Porto, Coimbra, Bra- 11a de Vizeu. Durn11te a viagem to- --11plicas, os soh1,os, as lagrima.s clos lhor procedermos na no.<11:10. vi<ln pu-
ga, Vizeu, Alcobaç ~, Pòrto dl' 111a leite, e ao contrario do que cos- ,loentes, emCim a comoçiio vivis~ima blica e pndicular.
M6s, etc. - A 1missa do vene- 1umava suceder, 11iio o vomita. e ineprimivel de tautn<i dezennA <le Fntima é um logar de oraçoo e
rando Bispo ae Lelrla e a co As dores ahrnndam consideravel- milhar de crentes, tmlo so.o faC'etas <le peni tencio., um logar on,lP N misa
munhào geral No Posto da .. mente. A' passag-em ,la peregriuaç-iio 111huiraveis elesse quadro assombroso Senhora nos convicla o. rneditnnnos
veriflcaçòec; médicas. - A le- le Alcobaça., quan,lo se aproxima ila procissuo da Virgem, que faz -vi- nu. mnueirn como temos cumpriclo 08
giào dos doentes. -A eh uva .Jela o estnmlnrle em q11e esta pin- hmr intensamente as cordas ma.i,s nossos devrres para com Deus e os
torrencial. ta,la n scena cln11 opariçòes, sente que intimas eia nòssa almt\ elevando-a seus represenlan tes na terra, po.ra
urna for,a eetruuhn a impele a njoe- para regiòe11 que niio slio <leste mun- com o ;n6ximo e connosco rnesmo.
A 's tres bora~ da madruj?ada, de- lhnr-!le e np6s doze arJOs conaegue ilo. 1"açnmos essa meclitaçiio e depois
poi:1 ,le clacln a bençilo ger.al com o 11ela primeim vez tomnr essa posii;no. Ao meio òia e meia hora, depois prometamos ser pam o futuro mnis
Santis1,1imo Sacramento, que em se- Urna alegrin mixta de inquietaçi'io ,lo c·anto do Credo, um sacerdote ao- obsrrvantrs cla sua lei.
gui,lu é repo;,lo no Sacrario, o Se- e temor npo1lern-11e da sua alma e he ao altar centrai cln• ca.pela das Ero seguicla M""'"'"•-lhe por to-
nhor D. José do Patrocinio Diae, transborda-lhe dos olhos, clos lnbios, 111issas e começn o augusto sacrifi- <los, pelo Sumo Pontifice, para que
il u1-1tre Dispo de Tioja., celebrou a cle to1lo o ae11 eer. A servita q1.1e es- cio clos nossos altares, enquanto o Deus o con11e1--ve e o livre de seus i ni-
m ù-sn clo~ servilns. O veneran1lo Pre- tu ao seu l:ulo animri-n e conforto-a, 1·n.peliio-director dos servitas iuicia migos; pelas noS11as familias pnra
lado clistribuiu o Piio clos Anjos aos inspirnnclo-lhe confiança no po<lel' n reci taçiio em comum do terço do que eia ns nheoçòe e as livre clas ci-
eervitas e escoteiros, que o recebiam e na honilnlle da Mùe de Deus. Rosario. ludas que boje em dia. se armnm Ìls
com visiveis seutimeutos de piedacle, Aproximamo-nos dela e interrogn- Termino.da a missa, expoe-se o fumilias cristiis; pela. nos1-1a P6tl'io.,
edifica.ntlo toclOd os circunstantes com mo-la. Dominn.,lu por urna comoçuo Santissimo Sacramento e o Senhor cerca.da <le perigos tantos e tao gra-
o seu recolhimento e f ervor. profunda, respo111le com extrenm di- Biapo de Leiria da a ben~iio a cada ves.
F9ra.m numerosns e importa.ntes as ficuldacle ae preguntns que lhe fa- uru dos doentes. A comoçao do ilus- Aqui, em Fatima, nunca deve es-
peregrina,òea qne de diversos pontot. zemos. l re Prelado é visivel e traduz-se em quecer-se esse laclo patri6tico det1t.a
do paia viernm a Fatima tornar par- Durante a vingem de regresso as liigrimas que lhe correm pelas foc'.es. romn~em de piedade.
te nas soleni,la<les ooroemorativas du melhoras acentuam-se de bora para Os doentes soluçnm e toclos chornm Pe(;amos pelos nossoa doentes de
eexta apari~iio. Merecem especial re- hora e é ja por seu pé que entra no ouvirem e ao repetirem as invo- forma que ou eles consigam curar-a&
ferencia a.11 de Lisboa, Porto, Dra~a. no hm1pital donde tiuha saido eru caçoes dit-ig-idas a J c>sus acuito sob ou levem do.qui a resi~na,iio para 08
Coimbra, Vizeu, Alcol1aça e Porto hra~os para a particla. as espécie-; eucari~ticaa na custodia seus male11.
de M6s. Entre os doeutes da peregrinaçao ile ouro. Nao ousa ped~r milagres,pois que
Esta ultima s6 chegou na manhii d~ Draga enl'ontra-se ao colo cla A oençiio doi,; doente" é coroada maior milngre poclia ele exiidr clo
do dia treze. Era composta de oèrca Miie uma criaoça do sexo masculi- com a bençiio geral. que o de ver esta multidao, vincln ,le
de oitocentas pessoas de t6das as fré- no, de sete anos cle idacle, atacada, Depois o senhor Dispo cle Deja toclos os pontos do pa(s, arrostar <.·Olll
guesias clo respectivo concelho e pre- segundo o diagn6stico médico, duma pronuncia um cliscurso breve, mas toclo.s as dificulclades, com a chuva,
sidicla pelo rev.do Francisco Carreira ,loença terrivel, o mal de Pott. Filho eloquente e incisivo, repnssnilo de fer- com o mnu estado das estruclaa, co'"1
Poças, que a promoveu e que cele- ,le Manuel Feroandes Draga, um vor religioso e de sentimento patrio- tnntas contrariedades para virem até
brou a mi~a da peregrinaçao. A de poço de doença, tuberculoso e alco6- tico. ali preatur o culto da sua homeua-
.A.lcobaça constava de quatrocentas lico, ja fnleci,lo, e de .Maria da Coo- Começou por peclir tres veze11 a gem a Nossa Senbora? !
pessoas, Rendo metade so da vila, e ,·ei,ao Ilraga, moradm·a na rua Nova Nossa Senhora que mostrasse ser Para todos, Senbora, secle propi-
era clirigida pelo rev.do paroco Hen- cle Santa Cruz, n. 0 19, he1·dou do noH11a Miie--Alon.itra te esse matrem. cia e misericordio.<i.'l. Mostrai q ue eois
rique Vieira. pai o nome e as doenças. Ha cèrca Mae seria. preciso recorclar rom la- nossa Miie 1
A 's sete horas o ilustre Dispo de 1lum ano o seo esfaclo agravon-se, manha insistencia a K ossa Senbora Qunnilo os ,.,,~ · "-:~,. reproònziom
Lefria celebra a missa de Comunhiio nparecendo-lhe perfeitamente decla- a sua prerogativa materno., se eia ns ultimns palnvras do ,enernndo
geral. Ao comu11io um grupo de dez rado o mal de Pott - cifose lombar nuoca esqueoeu os seus deverea de Prelado, uma cbuva torrencial ro-
eacer,lotes distribui a Sag-ra,la Co- hem pronuncin<la, arnolecimento da màe, !}unca afastou o seu rosto de mec;-ava a cair para niio ce~snr seni'io
munbiio a mais de nove mil fiéie. N'o espinha dorsal, atrofia.mento das n6s, nunco. consentiu quA o seu co- as primeiras horn,o, da noite.
Posto das verificaçoes méclicas pro- pernas, urna dus quais encurtou clois ra~·ii.o deixasse de gotejar sangue pe- R era sob as catnrato.s do céu aber-
cede-se no exame e inscriçao clos doen- de<los, dores intensas em todo o clor- los pecadores? ... Nuo; mas a recor- tas de par em par qne os peregrinoe
tes que, ao re<"eherem a senha de in- tio, gang-lios esl'rofuolsos no pe11coço do.çiio é precisa, nao para ela maa subio.m até 6. estrada a<ljncente n fim
gresso no Pavilhiio, se dirigem ime- e falta de apetito. para n6s, que somos f racos e pusi- cle se recolherem nos vefculos que os
diatamente para ali. Em Coimhra, onde pernoitou no li'in i mes e a. semelhança das crian- aguardavam e que os hnvinm <le
Sao centenns de vitimaa de todas reirresso, a mi'ie veri fica com surpre- cinhas, que s6 aclormecem com o concluzir aos seus lares distautes com
aa misérins ffeicas que torturam a za e com urna alegria tiio gamie que hraço da mae bem seg11ro, niio va eln as almas docemente esmagnclas por
bumaniclacle e que ali se reunem co- lhe provoca as lagrimns, a cura do fugir-lhes, tamhem n6s precisamos tantas e tao fu.ndns emoçoes e cheias
mo em Lourdes para implorar de filbo. No dia seguiute essa cura de estar assegurn<los do seu patrocf- de snudadea da.queles òois dias inol-
.A.quela, que é cbamncla a Sauòe dos ronstitui o !\t,!mmhro do11 quatro mé- nio, para que saibamos qne eln esta. vidnveis paseadoe na terra sagrada
enfermos e a Consolaòora dos nflitos, clicoa que traturnm a feliz cria11,a, cliRposta a ser daqui para o futuro, de Fatima - a futura cidacle da
lenitivo para as suas dores e confor- a velba e pa<·ntn cida,le dos .A.rcebis- mais solfcita, mais terna. e maiii ca.- Virgem.
to para as suaa almas. pos impressiona-se e agitn-se co111 a rinhosa., se isso é possivel. l'isconde .d-e Montello
Voz da Fatima 3

Atuto que Maria Mar(f1Jes Janeiro Oo&- cle infernos, antes quo apnrecer mancha- 1 As.-;im acontece com o fogo divino eobre
AS C URAS to.. de ,4S ano,, CO$®d, natural e re.,Wen- da na presenç11 da Divina M:igestade. a alma. Dcui: conserva-a uo fogo at.é que
te no lugC1r uu Mu~xuça fréguesia de J/o · . S~he?clo ontiio quo .o. Purgatorio foi todns as mnnèhos te?hnm desapareddo.
DA FATIMA nique do Intendente, sofreu. duma inm1f1-
te do .•eio e.,querdo que curou .,em trata--
1ostitu1do pora a pur1f1c-nr, eia ahi se · A alma ent,io atinge a mais nito per-
precipita por si ml'Sma e ahi achl). esta feiçào de quq é capaz e cada alma 11&-
mento 111ld1co apro11rwclo. E por .,er
ver- grnocle misericordia: a destrui\-iiO dos gundo o seu grau. ' '
Helena Rodrlgues, do Fornolos (Santa da<lc pa,,so o pre11ente que Msino e juro suas fnlto11. Quando eGte asta completo eia ropoasa
Marta de Penagui:i.o) em carta de 28 do pela minlta honra. O e:sl'i~ito uao po<l,e, conc.-eber nem .n~ loompletnmenm ~m Dei,· nada fi<-t1 clela
Ju_iho, diz: Pontevel 10 de S etembro de 1927. nhuma _hup;ua pode d!zor a grando 1m- m<'sma _e Deu~ e entiio '> seu l!'er perfeito.
uVou narrar o facto que se deu comi- portanc1a do Purgatorio. I Depo1s dela ter assim s ido condur.i,la
go. Por intorcessiio de Nossa $1>nhora -ie (a) José Egas d'Azevedo e Silva. Eu con11tato somento que as suos penos para Ele e inteiramente purificarla olo
Fatima, vi-me curada prometenùo f'U siio tao grancles como 11s <lo Inferno, ma.s podo oofrer mais porquo Ja nào h~ ne.-
neste cnso publica-lo no vosso piodoso jor- Maria Augusta da Cunha, filha do Jo- VOJO t1.\lnbem que urna nlmn, mant·hadn. da a.. consumir, de forma q11e 86 eia 119
1
nal caso concorùeis com os meu11 hum1l- bé Domingos <.:on-oìn. e do Moria. da <.:u- da. mms lévc fnlta, re<'ebendo o.qta mib~ nprox1m:1.S:;e do fogo niio !-~ntìria nouhu-
des de1wjos. Ja ha muitos anos que me nhn, da freguezia de 8. Paulo do Stibol ricordin, conta por nnda &P suns penas mo dòr, porque clo se tornnria pnra a
nnsceu <lebaixo do brn~o um kys t-0 a quo lido, log~r de Rio.q Mnu, com~ou a ..o- ero rcla~·~o a demora _do goso. do i..eu amor. alma o fogo dn divino nmor, quo é a vi-
nào liguoi importnncin devido 1t i:ua pe- frer da ulnde do 17 anos do esofago du- , E eu sei quo o ma1or sofr11n1mto dcssas da eterna e r,obre o 4110.l O sofrimento
quonez, mns eis quo ba tempos J>nra. -::a rando as~ìm proximo n. dois anos, 1,r0<·u- nlmns é ver em si o que desngracla a nilo tom acçilo.11
-o kvsto vai nlnrp;nuclo de diml' nsòcs e rnndo fi8mpro o. curo. por vurios mcdil-os I Dous, e deM'obrir que npesar da sua bon-
creaiido profuudns raizes a ponto do mc o tornando vo.rindissimo~ remedios nté que dnde coui;entirnm ois.,;o.
por fim , 60 sentiu onvenennda om rcsul- E é nssim porque, estaodo cm esta-
-------------- ----· to.ùo de urna troco. de rnodicamentos: do dc gro~n, ni:i nlmas vecm a rt'aliclnlle
~trnquininn por santonina. Com grande o n importuncin. dos 1mpP<limontos quo SOSINHA
esfol'l;o o medic.'O conscguin snlvn-ln fa- lhf>;l niio pElrmitem nproximnr-sc 'd'Ele.
zendo-a vomitar. Depois voltou no Raio Naquela tardo tudo a bordo ria e fol-
1 X para lhe fa7.er um examc por moio da • • • g11vn: l'ns nn inconsciencin do tempo 8
radiografia. da ncla quo pnasn: outr01, a soc·udirt•ru a
Nuda ndio.ntou porquo n1io entrou na- Tudo o quo tenho dito 1.-ompnrndo oom 1·0001-dn~·ào do ullima despodida qun11do
di\ no cstomngo durante. ciuco. ~i~s. Nilo o quo me foi re11rtillenlndo (t,111to qnnnto do Molhe, on Vt.l&i,orn, 110 lnrgnr, uma

I
nchnnclo n-curso nos 11wd1cos d1r1w~1-ll0 no e_u sou cnpnz de o compn>t-ndcr nf'lita DU\~•m do lon~·os fizcra voej,1r 1111,n ro-
Porto por?' _dar entrncla no Hosp1tnl de yul~) é do t_nl importancia 14 u_, nenhuma dop10 ns !it111dnth·s rlM qn~ ri,·nn1111 ,
Sn!1to A11to1110, corno er~trou, mns ~ qtwrer 1dc11~, e mu1to meuos 111iiu\r,1s, ntiulium Do quando ,.m quando a1nda a imaaom
I
I
cn1~ pelas _ru~ por _nno tA•r com1.clo ncm 1,e~t1mento o pode expri,nir e , 1uu toda dnrp11•lo l,i-a111:o l'·" t>ll\.11' 1111,1,.1111 11 11, 11., ,:1-
h~h1do hnv.'n crnco cl1ns e ter sofndo pro- ii Jll!'teza e vc!·clacle quo cll•ln podom dur rn pela m1ag1onçào dum ou doutro dei-
x1mo 3: do1e nnos.. Em·ontrou umo senho- parN>c urna ro1sa falpn e indignn, dc for- ~nndo-o nl,.,-o~tu na 1;011tc111pt11\·.. o duru
rn m111to sua 11m11?n que lhe dea n~as mo. qae c,u fico confundida por nào po- frlho, ch1m l'.ll•, dum cora\·:ìo amigo n,aa
gntn.s de n1mn ,~n. Santa Gr!1ln do Nos- d or encontr::ir nenbuma oxvre,siio que di- , logo so es\":u:i. corno nn vespcra aqucla
sa Senhorn dn F ntrma e rlcpo1s entrou no gn o quo 1,111to. molo do c-ab~·n.s nquelCll c-entos de nzitae
Ilospitnl o no fim clo dia. e meio corno- Vi . e contcmplei un1a tiio grane!" con- brnnca.q por cntre n. ncblinn sunvo do
~ou a E'ntrar alguma l'Omula se m remo- formulnclo l,ntrQ Dl'us e a nlma quo mnr.

I
tlio~ alinns n<'m trntnmento cloq medicos quancl() Elc a achn purn no es tndo do
cli:,,,(•n~o clos, cll'poi~ do cxnmi.nnr<>m, que i110<·onoia <·m que snn l)i~ina l\fn1Jestnclo nunr·n mais voltnrcm?
p_nrl'c·rn sc-r um m1laire Pm n<-ta do qne n c-reou, dn-iho ama rnl for(.i ntrnc·tiva
Qunnlos niio trrnm nli na oortcr..n de

Quantoo na cloçc 1lusiio cluma fortuna


l111hnm enc-ontrndo, nc·hnndo-i;t- <-Om sandc dc, nmor divino q110 cln ser;:,. nniquiladn n soerguer-se-lhe dn outra bnnda do
p<'rfcita e-omo osta nt~ u data (26 do maio Ml nilo fo!<.<:o imnrtnl. Occnno?
do 1927). Trnnformn-a clc tal formu em fii mes- llada ali rostos tìsnnclos dG homcns dc
mo qne o. nlmn niio \'O mah quo a Elo trnhnlho; c-nrns ah·nclins e pr,'t'<11·0111enlo
o continna n nlrni-la ::ncln ,·ez mais in: dcbotadas pelo vir·io ou pela docn~·n aem-
flamnnclo-n no seu Amor, nii<' n cli•i'xan- hlnntei; iogliuu011 o saurlavo1s de c:cauci-
Helena Rodrigues, de Fornetos NATIJREZA E NECESSIDADE
0

do 11oniio qunndo o tivor dl'Ìx1trlo no es- laR.


tnclo cm quo Pia vcio, iRtv o, na purczn • N"nquela tarde tudo a bordo ria, tudo
tolher o movimento do br~ e fazer so--
ver imenso.
DO PURGATORIO porfoitn em que foi e-renda.
Quando a alma contempla Mn ,-i mC&-
folgavn..
-'l'udo? ...-tudo niio.
Andando de din. ero dia para ir ao mn a c·hnma amorosa poln. qnnl é ntrui-
mé<lico, q ue é longo doE.ta i'ré1,t110.-.in., veio ::lao ,lo 1'ratado Jn P1,rr,ntcmo de
cla rnrn o scu · doce l\ft•<,lrc t- Rl'll Dc•uh, •
o dia trczo de Maio consa~rado u ndorivh Santa Catari111\ do GE'ne\'a, ns RE'g11int<'s o inflamn<lo nrdor do amor i, nbato o <>lo.
Sonhora e uu entao lcmbrei- me de oesim pnhH'rns, quo no;, pnn•ccm oport.unns ~o- se fn nclo.
ooite colocnr no n:~·1,to um pano molhud() ùretudo m•-.to mi•s: T•:ntiio, nesta luz clh·inn, ola ,·& corno Continuamente silcnciosa e tristo, so
na milagrosn ap;un d e Nossa Senhora d .. «Asi;im corno o ~pirito niio nchn rc-- nons, por seu ~nnd<> r.mor e sua cons- a toda a hora do dia o da noite, por \'&-
Lourdoe. pouso seniio om DcuR pora que foi <-rt'n- tnn le Pro\'idondn, niio CCl>.'-n nnncn de zos numa ntitudo de quem ora rt'<·olhilin.-
Qual nùo foi o mou espanto o admira- do, nssim n nlmn t,m <>stndo do pccndo n ntr:iir pnrn n snn •1\timn porfoi\·ii.o o mento seguin tambom nli uma rnJ>llriga
çiio quando oo des pcrtar me vejo sem no- nilo · pode est.or noutrn parte 111.>niio no quo Rio fnz nnic-nmPnte 1wr amor. ' ninda jovem.
da e ohsolutamente <·urolin. Milngre I Mili1- inforno, pois quo om rnv.ùo ùas sua" fru- .\ nlmn ve tnmhem qno liizncln pclo pe- O seu olhar vivo, scintilante, n ilumi-
gre da Virp;t>m de Fntima I... tns, de so tornou o se11 fim. <'ndo, niio porli' ~uir pc;tn atrac-çiio p11rn nar o i.emhlnntc cnrregado por nlgoma
E' i1;to que peço no senhor para pu- E' por is.'--0 quo no mt>smo instante ero DonR, isto n, estfl olhar t(l('()n<'iliador grande dòr fnzia lembrnr o brilho tlo r..
blicar niio mondando o atestndo médko quo a alma oo separa do corpo, eia voi com que Deus n ntrue. r61 no longo da c.'Oi.ta.
por o nù.o possuir,,. 1,ara o lop;ar quo lhe foi ns.-;i nalndo. Alcm cliM1n, o quo t, ,.,.~a grnnrle mi- Ou se josrn~se ou so conversn81SO Marga.-
uMarla Marquea Janeiro costa, do logar nìio t-endo nccesi;idacle d'outro guin quo SC\rm ùo ostar impe<lida de conl11mplor rida la est,ivn dc olhnr fit-O no poente.
dn .Mn.i;snça, ùn frogucsia da Mnnique do n propria nnturezn do f>E'<'l\do, se eln a lnz clidnn, n nl1nn 0xpt'rimo111.a um Niio hnrin toque nem canto pnr mais
Intend~rnto ('oucelho dc- Azamhuja, decla- doh:ou o corpo cm os~do dc pecndo cle,,ojo instinC'tÌ\'O do ,;cr lh·re a f1m de. mt•locliow que con.~egui1$e <lt>svin.-ln da.-
ro quo 1110 npllrt>t·ou em J ulho de 192\J morto.I. • podcr n.proxima.r-,se dc~t.\ ,i,nma unifi- quela ntitudo oxt:ictica.
ttm tumor num pcito, e fui oonsultar O J<J se n almo fog,;ie impNlicln de ohP<leccr cante. _ Em volta r!aqueln mulher tecinrn-60 j '
Sr. Dr. José Egns dt Aze,·edo 8 Silvn, o est-0 decreto (proceclentA da ju11tkn de l~u vou rcpetir: e a Vhtl do todas es- os mais d01;011l'ontrn<los comentnrios.
da Frél,(lll'Rin de Pontcvl:I; {'oncclho do Oeus), eia cncontrar-ee-ia nom inferno tns coisns que cnuso.m a peno. dn11 nlmn!< clo Quo a morto n•pcntino de alguma pee-
Carta:-co. Es.'16 facultntivo rOC<'itou-me rs. mais profundo aindn, porqt.t' et1taria fo- Purp;atorio, n&.o porquo elns estimem os- bÒn. do fnmilia n fizern wir dn pania, di-
médios, iiGlll resulLndo. No dia 15 do Se- r,1 rla ordem divina nn qual a misericord10 svi, .sofrirnontos tiio medonho<i, mRR léom CO- zia ol~uom, logo contraditndo pela auson~
tombro tornei a consultar O médico 8 m<• encontra sempre logar 'l nlrnnda a p~ mo pior n oposi~iio que oncontrnm om si cin complùta do mais poquano sinnl de
dib&O quo t.i nha que fnzer-se urna opo- nn co~ pletn~ que a ,\Ima 01n0t·A.u. a
mesm:111 vontnde dc Dou, < 11~ agorn Iuta.
rn~·ào. Com muito roceio de fazer a opPra-. ~or l!t':O nuo achaodo lo~nr mrue apro- tonhccem que tem por olns urn t.:1o pu- 11NreeSt1idncloo ooonomfoa.~u opinava outro
çào. vim para minhn casa e rN·orri com pr1~d<;> nom onde a pena fosso mcnor, ro o ordente i..mor. rom mais verO!'.limilhançn.
muita fé a Virp;em Mào SnntiRl>ima N01,- proc·11>1tn-so por si mf',;mn. no lognr quo }:ste amor, <>Oro o Reu 0,,1..r unificon-
61\ Senhorn. do Rosario de .l<'atimn, qne me n Oesper~.to 6 egualmonte ver.3ade1·ro em
t1', M ntrne sorn que <-omo so nii.o th·O'i'll<' •
valesse nn minha nfliçiio, paro. melhorar i:n 18 . 11

outra coisa a fnzcr; o quando n alma
aem scr opernda. reln~uo no ~urvntorio: a oln_in d1•1xn nc!o ronsiclcra isto, ·se eb pu<l,•. ~E' e1,, ontrar
Comecei umo no,·ena no dia 16 de s~ 0 corpo O no~ Of'hnnno e-m ai O!ltft pure- um Purga.torio mais pl'noso em ~1·t pu- Niio teria trahnlho nasua t~l'l'II nntal?...
tembro nplic·ando ~ohre o peito pnnos com ~a em. qlle fo1 c!'E'ndn, l'end<' tambem .!'8 t!oc·i,e scr parificnda mais ~eJ11f·~!la ela No me.,.,no bnrC'O scguin umq rl'ligio,a
a,Kua da fonte milngrosa. Quanclo acn.h,., 1mped1mentos que rotnrddru n aua u~1no nh1 BO rnergulhnrin logo, obrigl\<la polo quo impressionndo. peln tri...t.ezn ùaq1wla
a norcnn. fui outrn vez conR1iltnr o mé- com !Jeus, comprecnd,•ndo qtrn sé o I ur- ardente nmòr reciproco entro eln. o Deus. rnpnri~n detorminon abordn-la para lh'"
dilo cliv.cnclo este qnc o tumor r tovn a di- itntor!o (>Ode afasta-.los, IRn~"-?8 ne.le 11uM·iimr se pos~i\"ol f()f;.,,o.
miouir, Hesoh·i ir a }l:Hima no dia tre- pnr s1 mf"im~ pronta " vol~ntnrini;nPnte. • • E na.quela. tardo, urna tarde linda do
~ de Outuhro rio m<'Rmo nno pe<lir II F, "~ eia nao enoontrM~ la OA !""1os n~ Agosto, npenns o c-nlor, pc-rrpitiu tomnr o
Snndssima Virgem a continuaçiio daa mi- ~0~11~1011 para a eun pur1!1uç~o, ic;so eo~a- D<>i;ta fornalha. do òivm:> Amor on ve- ar livrc Mo.rgnricb subiu I\ coberta o apoa
nhru, molhornR, l•'ui 80 posto m~d,co on<li• t1tu1rra para n. o.Ima um rnrerno p1or jo ra.ioe de fogo, dnrdejan.lo aobro a nl- oln n religiosa.
recebi O N.o 28 in<lo pnra O lognr re68r- que _o Pur~ntorio, compree~,lendo. que ma <'Omo lampadns nrùc•ntcs, e tiio pndo- PnSM>u...;e urna bon. hora nté que a ra-
vado aos doont-es e la recebi a Sa radn PII~ v1rtnòo ÒnA ~11aR fnltas nao ex.1nndn,. rosus e violentns siio elns qm, n nlmn e ligioRO n.prol(imnndo-so deln doixou cair
Comunhiio. g ~ao podo nprox1ml)r-s~ òo sen f1m q~e o corpo ficarinm completamente deatrui- qualqtJcr coisn numa apareute di...tra~ào.
Novo dia.s depois do vir de F,Him1t q 11_ t' Deus, o que ola cons1dera corno um tio dos se is.-.o foS1:1e po'll!hel. l\lnrgoricla npr6116on-se n apanha-la e a
miu•se o tumor por completo. Prometi a flmnòe 7!1Bl, que em eua comparaçiio o Estes raios exeeutam 11m duplo oficio- dii-In. a religio11n que lbe ngradocou n. gcn-
Virftem SnntfBSimn Nossa Scnhorn dc> F.,. 1'11~p:ator10 é nada. . purifico.m e coneomem. till.\zn.
tima de lhe ir ngradec-er 8 oforccer-lhe ?'la verdacle os sofr1montOS1_ do Pvrga- Consid1>rno o ouro: quanto mnis liga i: continuondo:
trèze ,•elnR (umn. da minha altum) 8 · r torto e do Inforno po.lcm por-...,, u. p~r, t<•m mnis tcm de que scr purifiroclo. E' - Donde é? ...
ào joelhos rll'>;cle O .-strncla dnr tr«'ze ,·ol- mm; co111par:id0n :10 . \mor de Dens, sao dPrretido pclo fogo quo consomo todns - Son <In provinC'ia de... e vou para os
nd11 us suns fezos, o é ciste o.finn!, o cfoit.o Ei;tndoS Unidos.
be cle joplhos li C'npcln do Nossn Renho- " · • • •
ra. Mnndt'i òizer uma Missa e dei nll,!utn do fo~o om todos os metaoi.. - Desculpo-me n. indis<'riçi'io mo.a pod&-
dinheiro pnrn. njncln tlo ('nito, tf'nrlo J1i A alma, contndo, ni'io pocle sc>r nniqai- ria sa ber o que a le\'a l:i? ...
cnmpri,Jo todaa as promes.•,as. Ap;mdeci do Mns direi u10.is: no quo rcspeita. n Deus, lndn em Deus, mas pode,.o sc-r em si mcs- Oh rninhn irmii I ChflgU&-!!O para aqu1
meu intimo a Virgem Mào Snntffi,.ima ,, on \"Ojo q110 o Parnizo nno t-em portos e mn e-, q11nnto mais n p11rificaçiio clurn, ond0 ninp;uém nos oiça.
ao se11 nivino Filho o. grande graça que Dc•uspo<lc ff"" In entrnr quom qnizer, pnrqne mnis perfeitnmonte eia morre, até que - Sim, o c-om·t'nìente porqne a trìstero
me c-oncederrunn. é torlo misf'ri<-ordin o os Rena hrnços nfinal fique toda purifica.da e pnsudo. q110 n oprimo lom clnclo que fnlar o quo
estiio sempro ahertos paro. noa receber na 1•m Dens. pensar a ostri hon p;onte. E on intoreai;o-mo
ATESTADO gloria; mns n dh·inn F,,-sl•nC'l!I ~ tiio pu- Quando o ouro ostn romnletnmcinfo li- por lii. Se lhe purler i:er util i;e lh1> pudcr
r,1-infinitimamcnte mais pura que o. ima. ,-ro <lo misturu, nenhum fQJto, por mala pr,•stnr nlgum pequono 11ervi\·o disponha
J osé Fl(la., de A::e'l'tdo e Sil110, /~1Ùta- 11:innçiio po<le concc:-ber- - que n alma, ac-hnn- rorte que scja, tem acçào sobre ele poia de mim.
ti110 m-unicipal cm Po-n.tcvel, concellio do clo "m si mei;mn a mniR ligoira impcrfciçi\o, quo a6 ns impurellM podcm ser oonsumi- - Promotn-mo que niio di11 nada.
Oartaro. se.- lançarin. por 1i m86IT"a em um milhar dns. - Promoto.


Voz da Fatima 4

- S11be entiio porquo vo11 a<>s Eslndos


UnidosP
W bom simple,; no ontanto a razii.o da 110$00; José de Cabudo e Len<:Ai;tre,
rninha visita. Reccbi uma carta em que oe 210$00; Josofa do Jesus, 80$45; .Maria
Histo ria dum g a luc h o
- Nio ~ci; diga la. mo dizia quo eotavius irremediavelmente das Dorc-.; Tarnres de Sousa, 198$00; Ana Ha tempos :11'oentava prnça O ontrnra a
- Tenho In uw irmiio quo esta a mor- pt-rdi<lo o eu queria ver-t.e. da Concciçiio Neves, 129$50; Maria dos primoira vuz num quarwl d'artilharia um
te e soi quo elo recusn o. aasistencin rcli- - Obrigaùo. Mas... vens s6 por isso? Anjos de l\fatol\, 250$00; M. Aurora N<r rapaz d'urna o.Jde:a do norte.
giOSD. e eu vou In. paro. o convoncor a recc- - E niio julgas a minha amisade sufi- broga., 81$00; Luis Castro Dias Guima- Na primeira noite, ajoelliou junto da ca-
be-la. ciente para t'o fnzcr? Nii.o te lembras do 1·àoo; 50$00.; Emilia Nunes da Rocha, ma, fez sem ostentaçào mna tamhem 11em
Foi assim, nn no~ bO.nta religiiio cris- corno n6s cramos arnigos l:i nos cnmpos 60SOO; ,José Luis Mondes Pinhoiro, 60$0; tfmidez, 0 signal da cruz, continuando d&-
tii quo n6!! fomOA educados numa pequena ùa uo~su al<leia?... Mnm José Ferroirn Paulino, 40$00; Ma..- pois a sua oraçiio quo so nào foi ruu1to
aldoia d., minha pro\'Ìm·ia. ~a minha tor-
ra nào li:nill impios 11cm indiferentes.
Mns mou irmiio sniu dali ainda. rnpoz.
- So lembro
Mas vojo-to tiio triste... I ra Carolino. ('netuua 48$20; Ma1·ia José comprido. tambem niio foi. .. tologrnfica.
Cordeiro, 200$00; Jo:,é Rodrigucs Cnrdoso, Os camarndna que ta l viram vioram logo
l'orquo 1·C'ns ns1:1im? Parcce quo teno 70:00; P.e Augusto José Vieira, 73f5U; com as suns chufas, gritando: «olha o
Foi para a Amérfoa gt.mhl\r a ,·idn e cor- chorn<lo muito. . Domingag Dia-., 141 $00; Maria Pinba_da mord'igo I Quei cm l'er que vai corner a. pa,.
romporam-110 la. - , 'J'm1ho, na ,·erdade, com medo de te Cunha, 90$ù0; Augusto Marques Poro1ra, lha do enxergào !... » e, por ai além, mii
Dous lhe perdoo a qu1"1Il o per\'C~rteu. niìo onC'ontl'ar •vi\'o. M,u; No:;sa Senhorn 47$20; lnes dn Uoncciçiio Cnstro o Si- coi,;as nci,te gesto.
Era tiio hom,. minho irtnii I... couc:cdcu-mc ossa gruça. Ai! Tcnho-lhe r&- mas., 50$00; l\InnuC'I Alves Sonr~ Toi- o re<:rut..'l. niio fez caso, deixou fnlar,
E em lngrimns, soluça.ndo nJlou-s&-lhe zndo tanto por t_i. Se tu soube.,;s,oo e ~e xoira., 1_0$50; Olotilde cle ~osus Barcelos, desi,iu-so O deitou-so. -No dia seguiuw, ,
a voz. quanto tcnho ~ofr1do ... Mas olha ca tu nao 50800 (rnsulnres); do Coleg10 de N. S. da rnesma hora a mesma scena.
A roligi06a dirigiu-ll1e algumns pulnna~ tons aqui nouhurn qundro de Noss.a Senho- 'forre( i>0$00; Asilo do 8. José do Bra- Veio O terceiro dia. Rocomeça a m&;ma
do couforto e, carinho segundo o cornc;ùo ra? Tu j:i. nùo és umigo dela? . gn, 25$00; P.e ~ntonio :N'1111~ _Alberto, ldança. No ontnnto O yalucho, cumpr1ndo-
lh'a.iì dita,·a até que ncalmuclo nquéle ata- - S011, sou. Mas fall•mos doutru. co1sn. 720 dolors; Joaqu1na do. Con<·mçao Duar- os b<'US deveros para com Deus lev::rntarse

Ila.
I
que do nenos .~ roligiosa. reatou a conn,r- - Porque? Entii.o tu nfto goi;tas de falar te, 25$70; ~liguel Bento N une~, ] 8$00; e, de pé t>ncostado 1, 0 leito, ohia bom de
daquelc>q a, qucm ama~? Ah I tu engnnns- M~nnel Alvei;, Matous, 25$00; _José ~?- fronte aquelos ,•inte e quatro bomens que·
- EIE< lia..-do converter..so. me... d~1~ues da Costa~ 17~50; ~{~ria Enuhn grncejavam e diz..lh0o: «0 11 çam Ja: Ja é
- Ah I Eu ton ho-o pe<lirlo tanto a Vir- - Niio cngano. Veo et;tu mednlha que V1Nra, 45$00; Camuna V101rn, 14$00; asta a terc<1irn ,·cz quo voces usnm di) to-
gem R.S.ma. mo tem a<:ompanhi.ùo sempre? . Aida Forraz <l'Aguiar, 41$00; P.c Aot6- das essas lindas ospertezas para comigo.
- Pois Eia hn-rle ouvi-la. - Ainda hem. Eia niio noi1 abantlonarn. nio Mn.rtios ('nrnei ro, 41$00; ~ulmira da Eu julg<rmo no direito de dizer o que
l\Ins diga.-mo, corno é quo se meteu aR- Dizc-mo cii: · , Mota Galhardo, 3.'3$50; Bcatr1z V1~lente, penso do voces. E isto di~so OPl dua1:1 pa--
11im 110sinl10 a cominho? E' tiio long<'... ~ntao como c~tas tu agora? 31>$00; donativos ,·arios, 35$00. lavra.:;: YOccs i,iio um, covardes e nus par-
- Ah eu nmn\ a tanto a. mc,u irmào :. - Ad1ns-to melhor? Maria Ji'ilomena Reimiio, Francisco An- ,•01; I
Podia lii aguentar-mc, com o pon11om"n- 1 -Niio. Vou morrer em breve. t6nio Chichorro, Amélia 1\forào dc Pai- «Suo covnrdes porque sii.o vinte e quatro-
to dc quo élo rnorre&'>Q sem 1-acramen•o, ~ - E estas ·rirepnrn<;fo?... va, Inos Bar~os e f'unha, 1:)olfina Va_z c:oulra um. R sào parvo . po1·qtw es<•nrne-
Eu morroria logo. - Est-0u. Se!'ra, Mn~gar1da ~otelho C}nchorro R~t- cem de coisa.; que ignornm. Eu, cli p~r
-F. sah(• !ie d1egnr1i a t<•mpo? -Ja te c:oufe..~snste?- mno, Mona Bcned1ta de Meoezcs Le 1te mim croio em DE>\,!:> adoro-o e olevo a m1-
- Espero que sim. 1\forr<'ra dentro cm - Como se eu niio a.credito ua confie- cl' Almada, Em_ilia dc Lemos Ferreirn, nhn. 'alma pam El~, e voces uiio sabom
breve mas nao 6 para ja En ~6 quero tl'r ofio I? Gortrudos Morta FornandòS, Dr. José 1\1. nado. d'isto. Vivem corno uma besta clJ>r-
no m(ll!O. um dia pnro estnr a s6s r·om -Ah! ai tons 11orquc• vim ter contigo. Malheiro, Albina. de Jesus dos Santos, mem comem caminbam O niio viio' nlém
tlle. Ifoi-do lho fnlar na Primeira Cou.11- R' i;cmpro virn o amor que te conrogro, Aui,1sta Santos Pinto Moreira, Mal'in J&- <l'is~. '
nhiio, na lgreja da noss.a frégnesin nn m0;.s nunca élo mo teria feito vir s6 atravcs- sns ~ilrn, Mari°'. M. dos 1:l,emédios (20$00), E niio compreondom ,·oces que sendo-
nossa querida miie <' No hu-de c·onve;-ter- sRndo o Oceono pnra te ,er. Foi c,;sa no- Florinda Ferre1ra, Mana ~o Car1!1? Cu- assim, sa.o un1:1 nuténtico,i pan·os?,,
· se. Seniio, ponho-mo de joelhos dennte de- ti<"i,i do que niio querias confessar-te, foi nhn Lcmos e Mat-os, lfaria Amelia da Tudo se, cn.lou. O maiR ll•nl do grupo le-
le e p!'ço-lhe por tudo quc se confesse. so C'la quo mc fez vir até juuto de ti. ('unha. 1\-Iato11, A11t6nio Fcrroira Soeiro, vanta a voz e dfrrlho: «t<'ns razilo nii.o an-
Q111111do éle mo vir chorar ha-do corno- Promcti-me a mim mesmo niio sair do Filomena Arnnjo Rebelo, P.e Ant-Onto Po- d:imos bem cada um é livro.u '
ver-so tamhérn u niio scr quo o cornçiio ju11t.o do ti E-om te tor feito voltnr a. f~ roir~ Pinto, J\t_aria dar.: Solednde ~oiga, No din isdguinte u,u segundo r<'Crut_n ,em
se !ho tonha ompedernido como n coos- c-nt6lit·a om que fomos cducados o quo o :\:lnna do Santiago (25$00), Bea.tnz de ter com O primeiro arengudor do dlii, an-
ciencia.
Maa nao. Depois de tanto i:.ocrificio No~-
so Senhor ha-do-me ouvir.
a nuic:~ vercladeira, a unica Divina.
1'J tu has-de toimar? I
Vosco~colos e Santos, Amélin Teixeirn, tecodonte e pergunta-lhc:
Ant6010 Quarcsma, Manuel Lourouço Jos que tu crcs cm Deus?
T,embrn-to do qno ten;, urna alma a. sai- Snntos. Acacio Rcimiio. Maria da Grnça -E' clnro. }<J tu?
~f.\~ ,.; certo

En sei quo elo se negou a rocebor o sa- nu. Machado Sarmento Joc;é Augusto Ah·o~, -En nilo nunca ningn<'m mt' fnlou nis-
cerdofo cat6lico mas quando ole me ouvir Deix'l as trist~ idoia,s que te meteram E:--l1•r Le Rotoni Guimuriios, ,Joiio Luis so. Nào' pod~rios, tu tlizor-me alguma coisa
na lingua doce da nnsso patria niio r~ na cab(.:(,'a o volt,\-tn c!C' novo para aquelC' Andradc, Gcrtrudoo da Silva Nunes, Jo- a seu re,,peito?
sistirii. Jesus que ha-de Stil' a tua felicida,to etor- sofn Sorras, Julio Faustino, Assunçiio -Posso. •
- Confic, menino., O S<'nhor ha-de ou- na. Claudio, Candiòa Rosa Martins, Maria E de tal maueirn folarnm quo nlgum
vi-lu.. Ma.~, olho, ngorn prO<'ure distrair-se Tem ò6 <le h, da. tua po~ro ~a; tem Josc- dos Snt1t?5 !ifor~ira, ~smnlia, D~~s tempo mais tnrcle, o segundo fazia n sua
um pouco qu<' lhe Cnz 100.I 0811(\ pen~ar do do mim o da nossa quenda mao. Messedet, Jnlia da Silva Nevo.~ d Ohv'3t- pl'imeira Oomunhào.
<'Onsta.nte.
- Ah I J•)stit <'ngnnada, irmii. !
... .. .....'.. ... ... ... . . . . .. ... ... ... ... ra, Carminda Ta\·nres Guerra d' Anclrnrle, .A.cabn.do o tempo cla vida mililn1· foi pa-
As ultimas frasos oram jti. entreC'ortadns Sara Mu<lat, Albertina d'Ariayett Mota., ra a 1;ua terra exerc<'r o 1;eu oficio e em-
- Estou :iqui sempre (tll!l posso para polo choro o pelos so~uç~. A_ngélic,i_ de Lom?9, Bcn.triz Mota Guim~- quanto _trnb~llrnvn nao perdio ot,;isiiio de
1·er despontar, la }\O longo, o primeiro As lagrimas doe dots iuntavam-se. raes, Ah<'e Mnrtms 'Mudat, Loooor Gm- e'l"angeh1.nr a sua Yolta.
sintomo. da terra. · Confoesou-se arrependido o reaignado o mariios Vieirn. Dr. Antonio Anguato Lei- .Aos domingo,; todo o trabnlho <•ei;s:wn &
Paroce quo até n dsta HO me tornou me- dia~ <lcpois ndoro1cceu no Sonhor. te flrnga., Domingos Mnrtins, Mariana ia n Mi3Sn.
lhor. Quem a visse ent~o "': viagc":! de re- Pire.., • Herminin Lcncru;~re, 1;;1m_inn ~a Ah I so Oli catolicos soub0&-_t!m Yenccr o ri-
Qnero ser a primeiru a n.vistar a terra. grosso nolaria a roe1gnaçao daquele rosto Crnz Cì,rto (50$Q9),. ~ann da V1s1toç110 <liculo Ol:lpantalho do respe1to human~, se
Entao sim fic·n.n•i cont('ntc. sntisfoitll. cmoldurado no luto. Ah·es Nunos. V1rg1mo Lopes Tnvar'lS, des~om uma nota di, coragem DI\!! fabrwas,
Até la... é impossivol. V,t minha hoa -I~la Yira-o pa:;sar mas virn--o pacsnr tùo Clr~rn Roaa Soarc>t; (2 clolars), Horculano nas offcinas, noi; campoo, no" cnfés, nos
irmii, \·a rmrn junto das 1111ns companhei- bom I Sales, Izahel dos Santos Gomes, Maria do comboios... fnriam maravilhas !
ras o rezo por mim e, pelo meu irma.o. Tinha pena mng corno a sabem tt\r as Ros:irio J.'crreirn, Dionizia Queijinho, Ge-
E' o que eu fnço nqni. almas profundaml'nte cristiis: a peno. re.>- no,·evo. l•'nrinhn, l\fnll'inn l\felo Po.to, Ma-
A religioso doixou-a om SOC'cgo "6sinha signndo. ~om n Vonwlo de Deus. ria da Com·eiçiio Horges Cabrnl, Moria
corno o.1.é ali. ' Lniv.n. Pais Mondos, Horminia Barata Va- Abrigo para os doentes peregrlnos
• Ao voltar a. sua ton-a . Margnrida nao !.G Iorio Palmira Rihoiro Lop<'S, Ant6nio
cansava do c·ontar a todn a gente o mila,.. Lurs ' F(lrno.ndos (5$00), Eliza d'Oliveira
da Fatima
• • p;ro da uonvorbiio do frmiio. Duarte (15$00), Manuel Gomes Gonçol- Trnnspone... ... ... .. . 5.197J5j
Quc força do vontndC'I no corpo fragil ves, Ant6nio José Roclrigues Peroirn, Hen- Manuel Moroirn da Silvn ... 20$00
cluma mulher I Q~;~.;à~ -~·m .. ~6~· h~· ~~a.. ~o~ind~ f.i.rmc rique GonçalvC'6 Vilno, Ap;ostinbo Rodri- 1\1. do C. da C. B. (om cumpri-
Quo amor ardl'lnte I o perseverante nf10 ha dificuldade ou oh"" g11e..~ da Boia, Mnriana Pinheiro Gu1ma.- monto dumo. promessa) .. . 40$00
Quo nobre e hcroica dedicnçiio I t:fo11lo que nos impcça a realisaçiio do nos- rrre.._, Rosa cln Voip:n Gil da F. Pinheiro, Joiio Francisco Aug('lo........ . 20$00
Aquola rap3ri~a la ia atravcz dos ma- so ideai. Anibal da Cunha Nogueirn, Moria Pa- 5.277$5.5
res.... A' cnta do fortuna? Niio. Para so.1-
var a alma dum ente querido.
Quo lincio g66to dip;no òum Ap6stolo I
Quo n fip;ura. do Mnrp;arida incuta um trl(•io, Maria Henriqueta Mnp;nlhiies, Ger-
, pouco mais de coragem a tanta mulber trudes Piota Serrano, Jonquim José Fer-
eia nos~a terra que entro aqnéles que lhc roira., Doloros Bnrhnrn Gonçah:es, Aurelio
E aqueln gente qne ia no harco sohen- sà.o caros porlem contar al1,tuém niio co- Laccrda Moutinho, Mari11, José Jorgo, Co-
-A--------------
MEDICINA DO JEJUM
do da reliii:iosa. a raziio da dngom de Mar- mo o irmiio dela mn-, talvcz um pouco rinn Fontes, Maria do. Luz Percira Ro-
p;arida corcou-n de rORpeito o vonernçiio.
Havia ali gente do.~crcoto corno o irmiio
frio, afastado òa lei do Senhor. I drigues. Maria José de Magalhiics Alluiar.
Ah I de quanto ni'io é capnz um cornçii.o Alhortion Vil'ira Flimoes (50$00), Maria N estes no.çsos tempos em, que 0-4
mas até P'!SCS soubernm rORp<'itor a firmeza e um zolo dl'I Ap6stolo moomo em poito d~ .Filipa cln VC'iga do Menf'zes (50800), D. comodùlades se multiplicam e est;oo
do conYirçoe., dnquela raporiga. mulhor I... j l\fnri:t da Conceiçiio Ferreirn1 Armando ao alcance de muita gente, ha
O ool io. caindo pouco a pouco ompres- _ _ _ _ _ _ _,.._ _ _ __ _ _ _ M<'din11., Anonimo /,5n$OO), Ant61Jio Pe-
tnndo tis agua.s um fognz colorido dE< fogo reira Piche!, Maria Saturnina de Meire- quem sinta calafrios, imaginarulo-
Do ropento como num salto parooeu mer- VOZ DA FATIMA j lcs Cou ti nho Rnrrign (20$00), Maria da se ja niiu s6 doente mas até morto e
gulhnr. Pouco dopois ora noite. Ornça Duarte d'Olivoira Sant-0s (12$00>, sepultado, s6 na perspectii1a de ter
E o vulto ooholt.o de Mnrgaridn la m Desoezas Maria G<>raldn da L uz Ferrcira. de jeji,ar allJ uma vez.
de olhnr fito no poonte.
Tmnsport<'. ·:: .......... .: .. 81-907$70 No entanto um grande nthnero
• IPapel, compos1çao. 1mpre68ao, de tloenças tècm a wa origem no
I 'etc. do n.0 61 (70 :000 exem- excesso de camodidades e nos abu-
• • plares) ............ . ....... . 3.532$00
Passaram-se dias naqueln vida de bordo Selos, 0IDbalagem, o:xpO?iQiio, Pedido aos assinantes sos da comida e sobret udo da bebi-
até que umn tarde, um pouco mais cotlo trnnsportes, gravurns, cinta.a, da.
que de costume Margarida subia lt coberta et<' ...................... .. 875$14 Pedimos o fa.vor de nos indicarem 0s f rades cartuzos je7uam oito
e de la lançn um grito de n.logria. 86.314i84 mezes seguidos em cada ano, co-
Avistarn a terra e ia participa-lo a boa o n. 0
da assinatura, ou mesmo en-
da religiosa.
Subscriçl o mendo uma vcz so
viarem n r.inta do jornal , quando chegam a velhos e nao se v~em en-
por dia. Contudo
(Janeiro do 1927)
O resto da tarde foi de nlogria segundo pagarem a asstgnatura e principal- tre eles grandes enfennidades, ape-
n promessn. Enviaram importanciaa para as despo-
• zas do jornal · mente qu ando fizerem qualquer r e, sar da grande velhice que muitos
• • clamaçao. atingem. Quando Urbano V quiz
Manuel da Rilva Pita , M o.ria Augusta Mo..
J unto do i rmiio, dopois de o abr açar a chado do Lemos, Moria Celestina da. Sil- .A.lgumas pessoas nos team a visa- mitigar os 1·igores da Regra, os
cborar , começou a contar-lhe noticias da va Pita, M ario R aul Soaree, Sofia Mar ia do de receberem o jornal em dupli- bons frades, para prO'IJar ao Papa
tena. Dugalho Sarmento de F igueiredo Soares. que tais rigores lhe nao prej11dica,.
Mas o rnpoz niio socegarn. Donativos v-é rios e jorna is avuls0&: J oAo ca.do ou triplica.do, mas nao nos di- vam a saude , cnviaram-lhe uma
- Afina l o que te traz caP Coolbo dos Rois, 1.083$40; P .o F rancisco zendo os n .0 s respectivos, fica inutil
N unet\ mo disso.;te n adn... d' Assia A ndrade, 107$60; J oii.o Mendes deputaçao de 27 monjes do, quaù ,
- E' quo niio tive tempo. de M a.tos, 100~00; Luciano L eandro Pircs, a sua informu<;iio. o mais novo contava 88 anos.


Le,irìa., 1~~ de I:>ezembro è .e 1927 .N.0 63

[CO"- APROVAC.AO EOLESIASTJC.A]


Direchr, Propri,tario e Editor: - Dr. Manuel Marques dos Santos
Composto e impresso na Unilo Grafica, Rua da Santa Muta, 150-152 - Llsboa.
I Administndor: - Padre Manuel Pereira da Silva
R.edacriio e Admlnistraç/io: Seminarlo de Lei ria.

-e R O N ICA ,
ciclir. com receio dum possivel de- nem tomar parte na. ndoraçao no-
senlnce fatul. cturna, passando a noute inteira
Passavam-se Mles factos em prin- deitada na camionette.
, cipios do mès de 0utubro pr6ximo No dia seguinte amparada por
1
findo. }1'oi nesRa altura que urna a.lgumas pessons ami1,?as, foi comun-

d a FATI M A senhora do Porto, D. Amélia Gon- gar, tendo-se ja confeesado na sua


çalves Vieirn Ramada, moradora t~rra, e assistiu é. missa do meio-
no Cn1npo do:; Marlires da Patria, dia.
u. 0 106, imbenc1o do ÙeRejo que a ~~~uanto se celebrou o santo sa-
(13 DE NOVEMBRO) 1I enfi}rmt\ tinha cle ir n Fatima antes I cnficio, perma~eceu ~o metimo es-
da operaç;uo, com a e:-1perança de a tado, sem apatite, C'.he1a cle dores e
F~r·hado o l'iclo das grnndes pe- Detide os qmnze anos de idade evitai', se prontificou a pngar um I numa grande nfliçiio interior, pos-
I
.1·~grrnaçòes com a peregrinaç;iio na- que nquela doen,n a atormentava lug-nr de ca111io11ettc, parn que ela, to_ que acomp~mhada da mais per-
c1oual cle 0uhibro, inicia-<1e agora cruelmente. Tinhn cornmltado di- que era pobre, pudesse incorporar- feita conform1clnùe com a vontade
de novo o periodo das pequenas ro- versos médi,•os Hem resullado e por ,;(> na pequcnn pl'rPgrina~·iio que se de peu~. .
magen11, menos movimentadG mais 1ermina a ~ilS~a e o venera'ldo,
Bispo de Leiria, ricamente para-
simples e tranqùilo, mas por isso
mesm~ mais propfrio a oraç;ao, ao I
'
mentado, com u cust6dfo de ouro
nas ~uas maos sagradab, laddado e
recolh1mento, a paz propria dos lo-
gares sagrados. s7~u~do dalguu~ dignatarios ecle-
À manhii do tlia lreze acordou es- srnshcos entre os quais avu1ta " se-
plen<lida, inundando de luz e cor as nhor Bispo de Beja, da principio
cumiadas dos moutes e os recessos a bençilo dos <loeutes, <1ue em nu-
dos vales e do:; alranti11 da serra. mero de muiins ceutena:-1, ;stiio dis-
Sentia-se em tf,cla a natm·eza ani- postos em filas no recinto do Pavi-
marla um palpitar de sei.a, uma lhao.
exuberfincia cle vida, que ocliltava _Do . alto ila \'arandn do altar d~
a todos os olhos, ainda os mais m1i;sa~, o rev .do cnpeluo-director
ntentos, os primeiros efeitos da qua- dos Rervilas, colocado em frente do
, dra outonal, tuo poética e tu.o ins- microfone, fnz em voz alta as invo-
piracloru <le doc·e saudade e de fun- c~,òes rle Lourdes, que Oi! megaf6-
_<ln e sunve melancolia. lllOS reproduzem por tòda. a parte na

A.'s nove horas da manha jé. urna vn:;ta e11planai1a e n que re!,pondem
grand<' nrnlticlao se comprimin no em unisono as vozes clc mais de du-
local tlus npariçoes, assistindo devo- zentas mil pP-stioas. '
ta.mente ùs mif1sas que, de espaço a 0s ecos das montanhas adjacen-
espnço, se ceh•brnvam no altar prin- tes repercutem, engmndecendo-as e
oipnl da c-apela uova, para que to- multiplirnodo-aA, eRsas vozes que
dos os fiéis pudessom uesse dia, qu~ c:onstituem um coro Rublime e co-
t!r~ um Doming-o, sntisfazer ao pre- lossnl. que se ele,~a pura :is nlturas,
ce1to dn audiçao da Mi::;sa- fazenda suave e eficaz violencia ao
N o Posto tlns Yerificaçoes méd;. C~~, para abrir o cofre das graç;a,
clrnnag.
<:ns o Dr .. I>ereirn Oens, aju<lndo
pelos serntns, procede li ins, riçao
0
Quando o Hu!ltre Prelado Leirien-
dos cloentes qu,• pouco a poucn viio se traça a cruz com a cust6dia so-
aparecendo, embora em mirnero bre a desclitosa peregrina de Gonùo-
mlùto inierior ao dos ultimt,s me-
1mar, precisamente no momento em
ses. que ela repete com o povo a invoca-
N uma dns go.leri as do l'osto um I çao que o tH\cerdote ncnbuva de fa-
amigo chama a nossn atcn•:ao parn O Sr. Bispo de Leiria dando a benç:lo aos doentes em 13 de Outubro zet-« Senlwr, tliZl'i 11r1w s6 palavra
uma rapariga quc estn aguardnndo Um pouco atraz vé-se o Sr. Bispo de Beja e eu serci curado»-scnte um frémi-
to inexplicavel pèreorrer-lbe o cor-
a sua vez de .se a.presentar
éd. no dire- f.1m b avrn . qua t ro anos, era cliente t>!lttna orgauiznndo 1111 freg-uesia de
po todo, desde n c•ahP,a até aos pés,
etor d os serv1ços m 1cos. d n' Al 1 p h s (' 1 G
Dirighno-nos a eln e, num peque- 0 r. >e u,c eeo. ~ · 0 8{11 (> e e onclomar, para o aia perde momentanea.mente os sentidos
no cfrculo de pessons conhecidas, , Nos ùlti1_11os tres nu•ses p~orou reze 1<e Outubro. e, voltando logo n si, reconhece que
que logo oos rodenram, come,amosl bast~nte, alnneni.a~Hlo-se q~1~s1 ex- A Camwnettr•, que coucluzia. aque- a., dores clesapareceram por comple-
n interroga-la. c~us1vamente de leite. O mechco as- le g-rupo, compost.o de vinte e duae to e experimenta um bem-estar in-
Chama-i;e Laurindn Ferreira de s1stente :icom1elharn-a a submcter- pes:;ou~, sol, n chrec:~iio clo abade, definivel, coruo ha muitos anos niio
Sousa, tem vinte e cinco anos de -se a uma operaçilo que, embora rev.do Crispim Oomes Leite, che- experimentavn.
ida.de e é natural e moruclora em S. a niio curasse, aliviaria um pouco gou ri. C'ovn ila !rin, no dia doze a. Recebida a bençao gernl, dirige-
Cosme de Oondomnr.
Seguudo uro atestado que apre-
I
os sem, incomportaveis eofrimentos. tarde.
A fn.milia da enferma opunha-se A enfermn i;eutiu-se muito mal
se sosinha pnra a camionette com
grande tmrpreza de todoR os peregri-
sentou, passado pelo seu roédico as- termi.nu.ntemente a que ela fizesse a durante toda a viagem e, no termi- nos seus companbeiros de vingem e,
sist~nte, dr. Abel de Sousa. Pache- operaçiio, consideracla melindrosis- nii-la, estuv11 completamente exausta. sentindo uma grande frnquezn e um
co, do Porto, sofria de retroflexao sima, e uessns r.ondiçòes o seu espi- Niio poude ussjstir, bem a seu pe- apetite' extraordiud.rio, pede ao
l.1terina e ovarite eRquerda. ... rito hesitava sem sa.ber corno se de- sar, a grandiosa procissfio das velas rev.do Abade que mande interrom-
Voz da Fatima

pe1· os C"autico de <le:.pedida a


Vir- ' ultima" im•,·es e faiinm com as la- 1>odt1ndo comcr nada <lunuite todo o tra-- oem I) a l>egu11· o remc.'Clio. Vi nisto wn.
gem para se poder ahrir o cesto dos grimas llos olhm, as imas Òec;pPdidas Jecto, pou, tudo I.be 1o.z1a mal. grande ruilngre, os ataques pararam, •
. A noito do l:t parn l:i pus.,ou-a no meio comoçou a eugulir e depois melhorand•
forné1s. Vir!!'em,
., Ia
<leixa.uclo as almas e os 11 <l
<las mais cruc1a.nteli dor011, nào 1e ben o pouco a pouco. l'or scr pouca a ngua:
Concluida a vis.geni de regresso, corn~òes presos pelos laços da mais possi,·el ir a Cova da 11'1a, nem incorpo- estavamos .coru receio que 1,e acabaSbe 0
a.presenta-se ao Dr. Abel Pacbecol viva saud:l<le aquela e;;t.ancia de mi- raN,e na. procis.sào dUll nilus. que felizmento niio s.ucedeu, porque mi-
que, tendo-a examinado cui<ladosa - lag-res e prodigios, aquele teatro Amalll)ece, porem, o dia 13. Eia, embo- nha prima. e .Maclrinha. D. Filiva d'Aa-
mente, nao Jhe encontrou nenhum das :;uhlime-. maravilhas <le Deus. ra chein' de sofrimento, sen'..6 a resigno.- sunçiio Veiga (de Lisboa) me mandou
\":i.O nu. alma. pelo correio um frnsco de agua de Noe-
nstigio rla ltntìga doen~a e a <lecla- Fisconde de ]/ untel.o C.:omuuga com o fervor que lhe é pos.si- sa. Se11J1ora de Fatima, que sempre foi.
l'OU completamenle ciurada. vel e pòo-se uas miios de l)eu.,... <.'<>niiau- tornando. No dio. 12 de Outubro ne.ecea.
Voltou este mes a Fatima para _______ .,.______ do plolillmente na protecçii.o da. Virgem umii menina., seudo minha mulher mui-
agraclecer O sua curn. u Santissimo.
Virgem e proclamar tom a sua pre- _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
As e u RAS J mo.culada. Lo feliz. O modi1.'<> admirou-!ie bnstant.e
A' hora. da missa que vae ser celebrada em niio mais ser chamado. A. manina •
pelos doente5, eta ocupa. o logar que lhe quem o. nosso. prima D. Maria. Filipe. de
:iença _no ~ocal. das apariçoes o podel'
e a m1ser1torcl1a da augusta .Miie de Ì
I DA FATI MA I o in<licado. MenoZ<:s deu logo o nome de Mal'Ìa de-
Aissiste o. todas as corimonias, recolh1- Fatima, nnsceu tiio fraquiuha que nem
Deus. - - -- - - - - - - - - - da, fervorosa. e coufia.nte. tinha. força. para ma.mar. Deu-se-lhe
O «Le..,.ioua.rio de Gondoi, lii'» de Tranuro~·cmo, do caple°ndido Hmanario Tel'ln!na a misso.~ pelo Ex.mo e Rev.mo umus colherinhas de agua de Fatima, do-
n Ltiitionario da Gondoma.r de 5 de novembro) Snr. ll1spo do Leir1a é dada aos doentoi, pois umas colherinhas de leite, até quo
cinco de ~ovembro, publica um re- Laurlnda ferrelra de Sousa é O seu 110- a beuçào com o Santis.simo Sncramcnto. no fim de nlgum, dins, começou n marnar
lato circu11t;tanciado <leste casr, ex- rne. Tem 2i> anOll e é filha de Antonio Chega ,a Laurinda a voz do rocobcr u sondo l'riada ao peito nté a iclado de 15-
traordi uario, devi<lo a pena ,h SPll de Sousa o do Loopoldino. Ferroira., resi- ben~·iio do Pae do Ceu. Ao ser traçnclo m<'zos, com admiraç:io de todos que sem-
ilustraclo director. ilindo no log;ar do Ermentiio, da freguObia sobro eia o sinal da cruz, ~ent<rse, de re- 1,1re julgar:un nào se cria.r. I<'ui pagar a
. U f . I rie S. Cosmo de Gondomnr. ponte completamente tram.formada. minlm promc- sa Pm 13 de Junho ultimo.
. m/, acto assaz uemn
1
. ·:.1.,
1
d ~ . O\leI - , Ha doz 11110,;,. d'tz eI11, que tem sof r1·d o Pnrec'
. e qne 11m véu, d1z eia, a cobriu j Chegamo;. a <'o,·n. da lrin. no dia 12, o
f 1cnr.i pura. sempre re~1sta o e1n 1e- horroro_snment~, atormenta<la sempre po- da cabeça até aos pés, ..endo nOl>Sa oca- a"sistimos a todas as cerimc,nias, minha
tras de ouro nos ana1s g lorll)SOS de lns mais crucmnles dores. Tem <'Onsul- siiio quo scntiu desaparererom-lhe toclas ml!lhcr comungou meu filho Antonio de
li'atima., a-;sinala parlicularmeu1e ol t~do, de:;de entiio, n~rios me_dicos, quo lhe as dores. Desconfia. de ai mo.,ma.... pare- 7 nnos fez n lii sua primeirn comunhio,
dio. trezP cle °"ovcmhro. E' a ,~!'.JU- t~m aco?~lhado rnrt_O!' med1camentos e a c·e quo lhe cusl11 acreditar .. Mo.s nn reo.- minha filha Ma.ria de F1itima., fez lii
. · . •. tem suie1tatlo a d1vorsos tratamentos lidaclc, sente-~e compli-tamc-nte cu_rada. 20 mezes.. Agrncl<>ço rcconhecido a Vir-
dios9: e llllponente J!eregr1na~:.w p!l- som contudo alcnuçar gro.n<les molhorns.' Ra<linnto em transportes da mais frnn- gern Sant1ss1ma No:-.sa. Sc-nhora. do Rosa-
1
roquial do. freguez1a de M1lag-res, Ha ciuco anos, porém quo vom s,•ntlo ca alcgria, nù.o sabe corno ugrade<'<'I' ii rio clo Fatima, o quo c·om a. sua divina
rliocese dc Leiria, .10 santuario <laB 1 mcdicad:i. e t.ruLada pelo Dr. Abel PnC"he- sua Mii.e do Cl'U urna grn.ça que nùo me- gra~·n :icuda. aqul'll'!I que cheios de runor
apariç.òes. Organizada pelo respecti- co, o.~ hnbil e_ distinto medico-<'irurgiao, r('(·ia ...
vo pnror·o, rev .do J osé Ferroira de ~ue tuo ~onh<l<,Hlo é nu. c1dnde do Por~,
. . _ d
L arer d a, em ret r1 1)llJçao a vu;1 a
. 't t (JU<', nnn oh,tante n doento em qnestno mo tributando, como ~abo e corno pode,
I
Xo entretanto, do fondo da sun nlma
,i VirgPm Nos.~a. SPnhora <le FatiJI1a o seu
te dc fo como eu a eia. reoorrem.
OUTRAS GRACAS
. .
que a, freguesia de Xossa Senhora r.:--:--==:-=--.,-;---::-:--:-:-:-:==-:==----- lon,·or e a suo. grntidilo. Tornio em nosso pocle~ Jn ha. bastanto
dos l'razen•s de }?(ij ima tinha feito E, realmente-, a Virgem Santi!'oima é I wmpo, 0 r?la.to de ~mtas ~ntenas de
R b d 3 clìi.tno. clos mniorcs tou\'Ol'l'S, por um be- graças obt1das _por rntervonçao rlo N.
em 8 ·d e , etem ro l' 17 2 6. fregue- neficio tao grnndo concedido a. ossa bumil- Son~orn. de _Fatima, vamos pr°:ura.r re-
sia de Milagres, afim de oicrc>cer a dc fithn de Gonclomar. s11m1r ~ ma10~ numero. pa~n nao_ demo--
sua. -val iosa e1m1ola para a eoustru- DoS<k, entiio ossa ventnrosa crea.tura rar m~ito mnis . a. pubhc3<'aO pedidn:
çiio <lo :.uuluosò templo <lo ~enhor sente-so completnm<'nte 011tra. Mana Adelaide Nouoe 3 de Tabon.d!>
J esus dos !lli]agres, ut>la se inrorpo- Pouros momPntos depois da. cura, eia (~farro de Cana.vt>1:es)_; D. Ro,~a Te,~ei--
;,ent-0 fome. Come de tut!o, e agora nada r"!- e D. :l11~a Tei:re1ra do., S~nfo.•, da.
raram ceroa de setecentos do:, scus !ho fnz mal. A via~em 110 ro1.tres_so é fei- cidnclo de ~·I~ ~~al; D. Maria lzab~i
pa.roquianos, animados de ver<ladei- tiL sem dificuldnde alguma, mamf<'stnndo J Saldanha d Ol111eua e Souza. (~nnntono
ro espiri(o de fé e pi~dade. Na igre- sc-m ,re n grandP nlegria que lhe iuunda de Pn~edo) numa gran~e nf_hcçtlO e ou-
1 tras d1ferente1> graças, 1nclmndo a cura
J·a da freguesia numerosas pe;;soa!; a a 1 mn.u d G B · . d
Puhlira.mos n sPp;uir o ate.\tado medi- 8 . urna PE:QUPua; • • M>nunar1sta e
se aproximaram tlo lribunal da pe- co nntorior ti. curo. com quo a miraculndn Dc-in, dPpo1s _de rt>eor~er a N. S~nhora,
uitencia no:1 ùias onze e doze, saio- se o.prei.ontou no din 13 de Outubro no Pos- obteve os me1os matcr1~s n_('Cossnr10s p~
do no dia doze a tarde aquP)eA n. to 1\f1>dico, rnbenclo-lho o n.o 153. Publi- ra s? co~serv_nr no Som1n11r10: .n. Gract~
quem as :IUUii posses on devoçao exi- ......,._;ii I can•rnos o at<'~tndo po'lwriil' :i rurn logo jfar,a 1 mlieio, dn. C_?Sn de Pmdela. (V'l-
· d que possamos obtc-lo. lo. • o~a de Famahc,ao) ..
giam qlil~ f'òssem a pé e parhn o os Rufina Ro.,a de Almt1da. de Montebe-
duzeuto::1 iu~critos 110 dia treze de ATESTADO lo cl<>so.pa.r<'Cendo-lhe um tumor em uma
manha cnu oito ca1111011cttes, <lois ,llid de Sou~a I'acheco medìco-cirur- noito;
autom6vei:i e um nnniiio. , oiao pela E,,cola Jfediro-Cìrurgica do n. Jfaria Rodriaue., Lirio, de Ovar;
Porto. D. Ro.,a Maria d'Oliveira Leite, de Ovar,
Na idn guar<laram o silencio. re- L tendo o me<li<'o d8C'lnrndo que ti nhn urna
zaram o ter\o, mcditaro.m a Jlnixao
e cantnram cuntif'OS piedosos depois
I .4 t esto sob palavra de honra que '.flu,.
rinda F,rreira de Som:a, de s. Go.une lesiio no rornçito i ]). T,wlo.,ina de J e&UA
_ _ _ _ _....:..;;.;:.;.;::.;.........;;.________ , dt Gondomar, so/re de rtfrofln.ilo 'llttr~- T,ope.,, do Seixnl ; lt/a,·iu. de Je.<;1.i., da
da pas..•mgem clo HE>guengo. Cada na e de ovarite esquercla tlude ha mm- 8 ilva Rento, dn. frel1'nesin de Dois Por-
t . h ù f . . Laurlnda, mlraculada em 13 de Outubro to tem.-.o com notavel agrauamento nes- to~, vendo amn fnmilia. cm ~r11nrle af1i...
veicu1o 1n O. um e e e, a CUJ!lf. 1ns- repentinamente 6 BençAo ,, riio e em nma de,;cra"n eminE>nte D.
· b do SantlHlmo to ono. '
tru~èies todos os peregrmos se 1m - Por .~er uerdnde e mr sr-r pedido pas- j liiaria T!'tli,,bt>rta Ferreù-a dr .Cfouza, do
lnetl·am • de hom !?rado.
•, '<er e:,,.tl'emamonte pob1·e lhe fez u n.plica- so o presente que a.~signo. nrn,:m; n. E1111P11ia de Mon/nlim , com&-
Celebrada'l a mis::1a da 11ereo-rina- çio de to<los o,.,; tratamentos modernos . çando uma doonie a melhor lop:o que e&-
., <l"'<l .\pe~ar, porom, do tratnmeuto rigoroso 01
Porto 8 dt:- dubi·o de 1927 moçou urna nov1>na: D. ('r/e#e Rntiata
çiio e a missa <los doentes e a a a a. que foi sujeitndn de'<lo ha muito tem- .lliel de Souza Pocheco !Jfo1unro, n c11rn rndi<-nl de nm 11hS('('.SSO;
benr.-lio com o SantiRsimo, o rev.do po por esse aba.liMdo chul('o, as melhoras (Segue O reconhecimento) n. Terrm ria r'onceicllo .Ynuier Ramos
paroco p1·ega um e)oqùente sermiio, q1~0 sentin_ c,ra.m poucaa; polo contrario1 NPtp, do FigneÌl'n. da For.; a. c11rn de
sendo as suas palavras repetidas pe- fo1-se sentmdo coda vez poor, o mal fo1 Jolio Vicente Artur Leandro, de La.vre, seu marino: D. Emilia Sanfru, de Pa..
1~ . mega f 6 n i oa, ~ ue· funcionavam aumentando ca.da vez mni~; ai; clores tor- <>screve.:
nnram-se 1nsuportaveis, a pont-0 de o me-
redi''! (Tionro), em dores horrivl'iR doa
«Peço n fineza de publicar no sou jor- rins e ontro doenr.a. p:rnv('; D. Ermtlin,,
d1st1ntamente. dico lhe indicar ha algun~ me.-;es omo. me- I nnl, eota grande gra~a que obtive da t da. Nobrt G11erre10 da Silw1 ( Avenida

t · para reconduzir a 1ma- para a enferm1dn.de quo rL C'6tava tortu- .lt'atima.


I
Terminado o sermao, organizou-1 lfndrosa. opern~iio uterina., como remedio Virgem No!\So. Senhora. ,c\o Roso.rio de MarQni>s de '.f'omar, 50-4:0 -:-LisMn.), nm.a
irrnr.a con<'ed1do. a s1in f1lh111hn; A nto~w
se O cor 0 .1.0 ,
gem da Virgem. a cape a a~ aparl-
l d . rando.
I Em 10 de Setembro de 1925 minha j Roberto dll Carvalho, de Vinna do C"n&-
Dis.~e mai., o meocionndo medico quo mulhor, Maria José Forreira Leandro telo, n cura de nm i;obrinho: T>. E. 1k
çoes, tendo cab1ùo a peregrmos da ossa opernçiio de"ia ~..r f<>ita qunnto an- 11.d0t'Ceu de rcpente com ntnquea de edam- .Je.,us nnrr0.,, cle BPlem, <'m urna gran-
freguesia de Milagre~ a honra de tes, pois, <le _contrario, <!<;ntr? om brr.~e psia o quando cst~s ncabavnm ficava. co- de nnicçao.
levar O alldor aos ombros.
. .
ola ~ qucrer1a fazer e JI\ nno lhe sor1a mo morta.
p0Rs1vel. C'hnmndo o modico, o qual depo1s de
. ___ .. ______
__, _...,_ .._ ,..
Por inu, tendo s1do ent-regue_ ao '&rta,a., diz n Laurimla, l'll.~olvidn, <'rn- atenciosnmente a observar, a sangrou
encarregado de receber os donahvos bora contra a. vontdo de -'Cli!! pa.ie, a fa- e roceitou uns me<licnmentos. Qun'!lclo es-
para a construçao cla Bo.silica a zor a opernçiio aconsellrnda. pelo medico, t,e ostava para retirar, pergunte1-lho a Seja eu homem honrado
quan la e
t· il mil
e
quinhentos escu- nos principios do mez do Outubro:
.
sua op_iniiio e me _disso: Rua mulher es-
Alguom, porém, a aconM'lhou a 1r a. J.<'a- t.a mu1to mal, veiam se conseguem quo
dos, produto das esmolas :ecolh1das tima, para ver SEI Nossa Sonhora Ee lem- eta tome o romedio qne receitei, o que
é quanto basta
na freguelSia. para aquele f1ru, todos bravo. deln, cnro.nclo-a so fosse digna dc&- deve scr dificil por ter oa dentoo sorra,. Alt-0 la, meu an,1go... Conforme se en-
08 peregriuos cheion de alegria se sa g_raça.. _ dos. Fiz~ tudo q~anto estnva 11.0 m11u al- tender essa honra<lez.
di i •iraro
r g
a Datalha para vfaitar O
, .
Dtsse ent.no n.o Dr. Ab~I.Pa.chooo quo, cnnco,_nao desn.mme,_e tenha fé em Dous. Na lei de Dous a honradez extend&-ae
('mbora com grande ,saC'r1f1c10, estava ro- Exper1mentamos mu1tas vezc-s n. ver se a todos os nctos do homem, tanto inter~
monumento das nossas glonas e solvido. a ir a Fatima ontes de 1,e sujei- torna.va. urna <'olher do romedio e foi nos corno externoij, assim re\igiosos co-
orar sobre o tumulo dos solJados tnr a operaçiio. impOMivel. Eu e-stava como doido, pois rno nnturn.is e civis tanto publicos corno
desconhecidos, onde O rev.do paro- O m~ico rllll~oudeu-lhe quo fizei,;se co- hnst3:vo. ~a.ber que ~m n. mesma. doe11- de carnctér particulnr. E' a honradea
anti"'o cupelao em Franç, pro- mo qu1zesse, pois ee.tava pr~nto. a paRSar- çn JA.. trnhnm_ morrido duns. pr1ma11 . e completa, quo abra.nge a compreende o
co,. n . _ 1' • • !ho um atestado, em quo 111d1cana. a doon- urna trn de mmha. mulher. Fo1 no me10 homom todo, no oonjunto das sunfl rela.-
feriu uma sentida nlocuçao rehg10- çn de quo Pia era portàdora. de-<iin grande afliçiio quo nos veio visi- çòes e dos seus daveres, f'. portnnto esta
sa e patriotica e pediu que de joe- Efretivamente passou es,;e atest.-ido que tnr a nossa prima D. Mnria Filipa. de é 11. nnica. e verdndeira. honradez.
1h08 todos reznssem um Padre Nos- foi dopois entrogue em Fatima nos medi- MenllZtlf',, e se lembrou qne ha.vie. aqui A outra veste manga mai.; larga,
80 pelas almas dos gue morreram COI! quo I~ estavam1 e no qual declarnva. q11ei_n tinha n.p:ua de N?ssa ~enhora de contontn,.so com muito pouca ooisa, ino
. que a pnc1ente yofrw. de crt·et1·oflexao 'tlte- Fntunn, a quom se fo1 ped1r algumn, é, <'Om o pouquissimo que bar:,ta pu ra o.lo
pe1a P atrrn · rina , ot·u.rite. aconsolhnndo-me ela qne prometesse, ee levnrem um cidadiio :i. forca., a peniten-
Entretant.o la no alto da serra Munidn de980 atestado e a.tormenta.da minha mulher se salvasse. ir a Fatima ciarie. ou ao dogredo.
no loca.I das ~pariçoe:, em torno do; pc_ln11 mnjs a~udas ~~r<;J, a Lanrin~a Fer- OO_!ll toda a _mi_nha. f!'milia agrad~er a
, . ' .
aug~tos sa~tuarios, os demais pe- dia 12 do mez pa.ssado.
I Ha no mundo muitos exemplos destaa
re1ra de Sousa d1r1g10-se a Fatima no V1rgem S11.nttss1ma tao grnnde m1\agre. dua.s especies de honrndez. O homem hon~
Assim quo se lhe deu a primeira oolher~ rado eegundo II lei de Deua, conhece o
regrinos recttavam devotamente as A l'ingom foi horrorosa p111·11 eia, nao zinhn da agua. engnliu-n, a segundn tam- que etc-ve ao seu Crondor. presta-lhe culto
Voz da Fatima 3

e acatameoto, obedeco a sua )ei, cré t_u-1 I


E [,a ia, volta,11lo d,·pois contente o ~rist?. O ceu nos outros diaa tiio a.zul ti.o as gota, do Sangue Divino deante d• tre-
do 9uant.o :!)em, rovelou, 6 doc1l e submJ&- e-omo umn andorillha. Amiga de fa- cr1stah no, _ensombrara-so _coruo. se urna. no do Altissimo.
so a. sua fe: numo. pala.vra, é uro bom . . d UUH'm de c1nza o fumo se t1vtlb!l8 rnterpos- Mimeln ficou profondamente reoollùda
eristiio. zer vn~tta~les_, uma sol1c1f11 e, um I to entre. nòa O O ~01. _ . . até 0 fim dn ~fii;,;u.
. qomo sa?e qne nada se escond~ nos olhos modo tiio uis111uante e meigo, que a O_ horiso~.te, que nté ah _de1xava. p~rder R()(·ebeu o Sl•nhor t• u-. lagrimM reltea
v1g1la.n~!ss11nos de q~om _o ha.-de Julgar, v&-
la con~uma.meote 011.0 so sobre o oou corpo
mae
andava rad1c1,11fe;
I
a. v1stn lii no longo mima l_rnhn sumida a. taram dE> novo. Era. o M')o duma promes
la. todos O.i dia!i :i igreja buscar tentar schparar o mar do firmamento, cer-, sa. Era nat.urnl. A01- 14 nnos g06ta-ra 4e
mns nrndn sobro o sou cora.çi'io e pensamen- r:wn..-so 0Je a pou<'os··motros por uma nu- apa.rocor do i.o tornnr nota.da de ee tuiea-
tos, refrenndo-os qua.odo se querem exce- a~ucenus. ., • • ' v,'i_n. baça a mnnchnr ns ondns dos mais es- apre<>inr.' Tno nova, nnquela. idnde... ·
der e rcconduzintlo-o:-; ao bom cnminho, se
pOT acu..-;o so extro.vrnm. . . . .
qu,1~1tos ton~. . ,
. Iu~_hn r~zao n M1mela. l 11ZOr a.nos num cambio de tanto. grnçn:
1
I
?tfas Ele pedin. No dia dos anos, em 1"&-
Procede sogundo ns nor~ns _da Justiça. Veio um din de ri,qoroso 1e1u111, dm t~o trust?!. .. Qu~ pena!... . 1 - «Re011ncias no mundo o a todJ11; aa
dando n cada. uru o que de Just1ça lhe de- ma,ç 11 1neaa unnam cm·ne. 1 - Eu querrn um d1n claro um dm de i;ol suns pompo.s o "aidl\d011»? I
ve o o que n lei da coridndc ordena, a.bs- - ,llnmii eu prefcria magro. lindo como o brilho dos nooaos olhos para li: t>ntro ltlgrimns mns dreididll a-dea
tendo-so do mal por tomor da. lei humana., <'orrer, saltar de pc>11<'<lo em penedo a brin- te, ,·oluntario.mento em resposta.. •
mns governnudo-so mais quo tudo pela de -Na-0 pocle ser, menina. cnr cmo ns onda.s o com as miohas irmà.s... - uR ouuuciou.
Deus, om cujo infloxivel tribuna! sa.be que O papa 1100 pod,•, eu tambem -nao um dia que fosse o 0t1pelho do. minha almo.. - Promotes no mnn<lo dar ~empre eii:em-
tnrde ou Cl'do ha do comparecer. e tu·· tao fraca... Assiro ... tiio trist-0 ... fico triste também... plo Ùt> mode,~tin no V<"'>dr e cm todo o teu
Goza do preF.<>nto qunndo licito, e al- -Eu, marna.? 6! papa, dè-?ne esse E roalmeuto os olhos do Mimela cstM•am porw?
gumns vPzes nt6 do lidto e permiti.do se 1
morti~·os no dia dos 1,011s anos. ~ao .-:ic,rificares nnn<'a n tua -rirtudo a
n.bstem voluntnr1nmt1ntt>. O quo a 1ei de gosto papa.~inlw · E abraçott-<> com Aquelo todo, ,·h-o o ngitado quo nob ou- moda?"
Deu·! lhe proihe, proibido e.sta, quer o 11ma tal trr1111ra que prO'Vocou la- t~·os dio~ n curac1...-ri•nvn desapnre,.-eru qun RC'<!olher-te comigo q11nntlo o m••do te
cast1g11~ on nii? o juiz_d_a. Comnrcn, sniba.- grima., ao pohrn poi. Como havia ele .,1 por completo. . _ 1 ~olil'itar?u
o ou 11110 o ,111ha a n~nhança.. de contrariar aquela tiio boa Cecilia Era um ~·ego quo fazrn aproon!->llo eque «Prometo, Sonhor!»
Exomplo cltl honradoz 1-egundo o mundo _

caçao a h\ u filbo e ,1n11,l0-lhe ou conisen-


b _ , . h
é osso pni de familia que fultando a. edu- tao ,çu mis.~a, tao ttlrln osa.
E, por ca11.1n tl'rla, /romeçou
7
na-1 fraujns mais
I
' so t-orna\·o. nolado no cont.raste du r ija. nor- I
tadn quo soprava a euc·n--par a..s ondai; em ···
o 111aii. caprichosru. do I ,_,. .•
··· ··· ··· ......
. • . d
. d Il ' I · · 1·linda~
l i . <' ora aqno1o o agnu1(>(•1mento ns gran es
t m o- 10 c,m casa todo. a casta I o maus <J'lll'la ca,1a a L/Mtr-se < fi pei:re nos que a mn1s mc t\ ronc a de h1lros. I . 1 .. . . " 0 S<! h 1h d
e;!Cemplos, pouro ~o importa que ele ihc dias de jej • Do mnnbii foi ti ~fisF.a cofobrada por sua I <_onSo nçoeh ~ g\a\as quo • •n or • e-
saia nm patifo. .
E Fulnno como onraqnPCeu tào deprcs- 1
· • • I
11111
• • ,
(.ome~a\:I\ Il rll mea1 nçucenaR.
1?,tc111çiio ua ca.polita no cimo da aldeia. , a !'~r
, l ,wroenta. po.,,'leO!l!l tnlvez umns nmi<>-a.l i O _
1 1
a < ' nnob:
E c,a ora lJIIUudo a d1a01ou no J~o para
y~en
. . .• . t· '· . ."'' s I lho t>81'"11Dtnr 1>orquo 1•.stava tnste ao
sa ? N 1uguc•m v1u por cm 1luv1da a aua 11110.s outnts do~conhectdll.8 O.!;Sl&trn.m ao 0 lh "' •
bonrnd~z, mo.s t1nbo-oo clo boa fonte que niio
por<lo ocMiiio do fo.z<'r um neg6cio redo/I.-
• • * Santo Sacrificio com mna piooo.do e reco. !
ihimen to notii.vel.
ari
um Jrt
10
eln o. f IInto n~tou-lh
, _um
"-1r'i.
01 0
o noa ~ •
gor . 1 !J.'SUsnc1o e ounu-
do. Salx•-so que no. administraçiio de um .\'u/1/lL noit1• tl11 i11ver110 diz ela: Nt,m um dc1<·oto m11is atroYido nem uma lhu_111ronu,wrnr num imxto rlu t-0rnura e
- ' carin 10:
1
1

cargo ou omprElg_o quA 1evo, arrecadou. pa- , - ?dama, a., creadas r<•zam? ma~ga QUt• nu.o c11eg_l\AA\l uo puh,o: nada 1 _ ,,'f.:,~. ., m ,.,i·n1, 11 t NI I10 um b(•nrodO Il, dt- ·
rn o seu metLIl w1ro, c•om bem poucn I1mpe-
.. , . t t·t -
E ·11 se1 7u.·, ... \('
f
t>m 1m QUEI o1110s fnHi 1cos 1100 pudEloSe.m ,
zer-11tt.
, ' ..,.
za re 1 maos, q1111s1 uro 1 o que cons 1 ue E - . _ · r. n· 1·
hojo o hCU fahnloso Ni.pitnl - :;lllao eu iiou. i•er, quer marna.9 Isso notnru, Mimehi o.o l•ntr·1r e ne !,ii - tze u_. .
Ontro exomplo €o et-.1:10 bo~rnJo cavalhei-1
__, · · J • I
ro q~a t -uuo i-e pa"one1a ,u po oi,; pMSe10s grm qw• ormou r.111, lJO ta
/
La /01. Pu-:-.,ci no me,o da rreaàa- 11 ela que nu vespera um pndre' que ali o,,- t- Olh,, 11•11to0 quoro nbuncn mau, nom 'dde-
7 d' uma t a\ a t,lo Iin f-, I d b . oo ~..; no JHH ou noo raço!> nom -resti oa
,u:1 o so ro a. modn. <' 11. 11.tltu- Oiuito , ·t •
pubhc•os o faz figurn nos melbores snlòes, mez~ da cosinltn. de da~ ~enl~oro<i !·ri~tà,, om_ relnçao a eia - Es~tb~:~ fi)lia fnzes tx-m m •
m~ sobc--i;o quo mml certa. fazenda., a d • Pori--,,o nuo hunu. um:i umca i;enhoro. ou uc oe \ ns d"w 1 ' ·. ' O ~' por
quin~a, o .Moinho, ns cn.,ns foram bons da -Llgora, ante.~ de se irem e,tar,, manina,\ dt,ntro da capelita que nao ti,·~ funt.l'\ ~ r ai;i1o a~m tao oon-
IgreJn., l"Ollbados um dia P comprndos no i;a,nos todoa, 1'l'Zar O terço a Nossa : 8-0 ;;ido examinn.da da c·oht-c;a llOS péa. vi
. 10.:11:U' t~i choru..Slo. \·. J
dia 6'.'guinto qu1bi do ,zrn.çu em hnsta pu- Senltora. Disse isto <'OTn tanta graça , 11imelo. ia moùt•<.ta o e-fognnte no !-ou -d·:· a0 ~c>1. •. • a,... , promo t-o a esu•
rca I h 1· . lh . . ·t·d b 1·t I l I uo in s meu!I an011.
b 1 pe_o uosso 01!r~t issiru? ça.va e1ro. que toclas di.1srram logo qve si1n Hls 1 0 runco co~i I a~ 1 ~· azu IX' e~te E do pt, da miie i>m cu· 0 lh 0 ~ f rti
Antonio o honrad1s.,11no, nmguem podtl . . ' . o um p;rn.ndo chapt•u du palha. a. escondor- hnilo.ram lu · JO_ ,u v~
por p{'<'ha a lisuru dos seua cootrnctos. mesmo porqur. oostavam muito da- lhe a cab~·a qun.,i por <·ompleto. < ,11 gr06Sns lngr1mll8, la se fo1
"f · - z · [} ] E' t · h u b"1tnnl mi <'llpE>la tra-• tnlegrea· e., contente . ~t• t·1Te~sn corno se ncula de ex-
'd,. as prl'.t1ras
I re11g1o~n~ nuoca om sua. que R e llUJ0, co1110 1e ,. iamavam. d· · ,ra 'to ~ou· ruJo I ·t - d . ' rnor 1n11rio pn•,;nd o na sua a1..
n a_~ con 1oce~. . . . _ ezou muis 111nas oraçòes tsse JO mu1 o ~1mp c.~, mu1 o _110 o mu1t'? mo- mitn.
~no rezo. nao nit a Mii:Hi, oew ' 1': uma~ coisii<u sobre Nosso Se11hor de st0 quan~lo umo. poutrnh~ de vmtlade O tempo dl'f'a.nuvion durnnt.e 0 d 1
OE'mola, D()m ponsa l'lll Dens, nem lhe òa ., l . l . d d ' ou de n~,po1to humuno lho nno npertavo. o 1]Cl 0 , 10 d , • e
tulclu.do a outro. vida E' dc ge,oio pacifi- aeu as Joa.~ nmtes f epois e agra e- 1mhia domusindnrn1•nte o ciuto 11tt• 0 es.- P is ~ N-Cnrrflp;ttr _ ern chuva oomo
· · ' - • · l]
o.té O povo diz: «so nu.o fosse nquilo cer por te 1,,,-e in
f · t
e1to a von a e con d d
l'r numa dobrt1 dc> pano que :ùgurcs M·m
em lag1·1mns do.o;currcp;nrn n tristoza d~
co,
d 0- · f l · J 1 ·3 l f IL • 1 oIa. poz..se um d"m 1m . d o t1u m sol' brt- .
o nn? fn1.-l.'r cn.~o. do c~l81\6 de lgreJa... e... 01·0111-.se r rifar. m } <'' a _:u·. . . . . lhanto corno 08 seus olbos clepois do. e<>-
no ,ma1_s é tno s111~1to m111to bournd_o.u
Se msto R6 çonRasto a honradez, d1go eu:
,tào honrndo é Antonio e-omo o meu ciio
'
I (" ,.
D'aH por cleantc foi ,çempre assim.
o11,1nuuvu a Sl'IllP0r Rç1w~nns.
l'lìnquol~ d1n M1m<:la 1:,oubt,1.i r~1st1r _{J. munhiio.
l('ntn,,,..osrnha clt>. rn1d1uln ou 1,ogu1r m11.1s
docilm,Jnt.e os cooi;c>]hOli da miio
\ • . ·
.A d d f ·
,; on. ns CH n1uam-sc em °"'puma c1an-
uhn. clarmha u. qtwrcr lutur em nl\'nra oom

quo a n,nguoin mordo ncm tem mii vont&- • • • " o c:mtrnr_ olhou ,·m 1os:i. para. as quo J:i O vestirlo dolo..

-
de.>r ,..,..tnl"l,m
, ... e hcou
. rubonsoda. . E t-ao puro ora o ar t..11.0 1.an d o o céu ti.o

-
.,ao era t-to<'"'ro uquola at1tudo ùe algu- i•ncnn'ndor O m·tr m 1·t --' · rl

- ..
Urna sementeira de açucenas anora
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a,.ro
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( f/1 llit'~ < ,·pot,\ e use ao pai; .
-,..,,, o papa .,011 b .
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é z ndo cr1t1c::u
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cos11111a. .. .
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, . . Mporameut.e
. b
p · - · b
. u pl'queno
i·a-.1 alocuç·10
on. 'l.Sf>(•1 a <10 r,, a 11nora 1 ,,.,e da moda
modnron?
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('omo ,·. nt.. · t..
que 1• .:io IUm uo Ul'l·
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u '-'•
m'.'-6.• bP_u oras. o1s nao t1n am elas i~o preguntavnm quo havorin rio oxtTaordi•._
. nnque1e chn
rio
.
, que
. e os omtg\lltas
.
f' ii;alanlA>rlll rc<;ponclmm npro~sa<lM: nNà•
l
11 ? .,,. 110 d 1[
u -O!I uumtra oe
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por tr=a
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E le1,ou-o pelo braço• desta., J1oji>? Ern pnrn ~<·mprn? -< <'- .-,no: oa 0 -• o · ,,,.,. a ...
. I Abraçou ,, bei1ou sofregamente a ~lo. _ .
. Cecilw na 1111whti Jo d,u cm que filha, que lhc r.n.rUf/ava, a rir-se, as Logo, na praia, c-011t1_n~o\·om c-o!no da~- I +-
saw do cole9io esleve longo ten·po l . tes uum11 torpo •·xpos1çao. Depo1s, mais !
, ' . n1;r1 ma.i. , • . tarde u. mt'Rma p..tnlnncia, n ml'l<ma imo-
a bs;:rta drpOl,V ria Nn.qrada Com1t- Como n boa, ,n,n]w fillta! ... de,,tin ,lo até aqui. Morto pela peste
nhao. Quem me dha ur 1·0,no tu I... lùwoltou-a. nt1uolu. <loblez dc C'aracter.
No fim d'aquda lo11. va distrncçiio, E- punha-s,· a ollwr para ela mvito Impressionnra-a a alocuç.li.o da '\"e&pern I l . ] . .1
disse re.wlulamcntr, romo quem es- arn<lo om la ,ima-Y tambem mui· <'om n.lgumos dn!< 11uns muis YibrnnteP . rnit pPque1;utn._ ce ~p11, au~os, ne-
ta d "d'.1 . . ._ D 11 ' e O pa.c;.~agens. po1-1 cla HUa pr1mNrn l'Omunhao. fez-
• . ec1 l~<t a • r , um71rtr.
• meu eus to •Jarrulas.
1· Cu•tn,·n
·' -~ ll1" ~ n e,,~.u
.,... 01· <> =A
00
s"1·1·o ., I I " • >i/> NI.t eq\118
. •ncr·t·chr · t Il. VOl Ull t Ul'I0.
·
JUro-vos que ,o:-, hr1 de ganhnr al- * 6c... vcncor-f!-0 mos o pnclre t1nha rnzao... C ] d" . d · b ·
mas. oao fora ,•ioll'nto mt\ll ,·erdadeiro, ~incero: n_c a tu, t>Ul _ve;r, e tr n~ca.r,
Na pratica dr Jnpedida O dire- Aiuda niio ncabou. era r,or~.? conft•s.'-11-lo. clepms cht aula, rnsta.lt1~·a.-se JUnto
ctor espiritual trnhn dito tfa al1mas E.,vera mu1to mais. Vai todos os - 11, en_tno? ·· . 1la:s outru~ creauças, enstua.va-lhes •
· d,a.t b11scal-as ti • a,r7rada Comunhao, - Entao. · orn iJ1·c.-ci1:,0 rcfonnur <'lll " 1 • Putlre N 0111-011 f' n Avé Mari1u e
que se 10111 pmbor<1: slgmoa coi!in quo niio in bE>m, quo a po- . . ~ b ·. '· •
-Agora, 111111/uu me11111as, ide e as açurenas ti<- quc tr.m ja um Ufo din. de.-,\'iar do bom 1."nminho e da l\mizn.- J,tz1n-lhe~ :•Jtff (~ nnagf'tn do Sa-
espnlhai cm rolt.a. 0 bem gue puder- lmdo C'anteiro. dc do 81\ohor. g-rado Coruçuo <lll ,J e-.us.
Ela, 110rem, 11iin se contenta com A mt!,[<,n t•ra. por imençiio dela-!lnbin..-o Pelo cutni uho, quando t>t' dirige
des , la nran<.l.o, · por 011 d:e bpu d erd es, , •t •·r q , f d 1wm O µnr~c.rn,. •· lh ~
~· quo 0. .:On 1ior lhe Ped.in para a e 0 -reJll . on J>uru n e.~col" - e 0

a sementi• 1I 1 l'llla q1u· rece <'Sft?R nes- um ca,. u 0 , u, r a:er um gran e alp;umn co1sn m111s a unir-se no Santo Sa- l " l .., ...
ta casa. · jardim. E coni certeza o consegttira, crificio ti Vitìma Divina. p_us~an~ o a~ contn!i < o -,Pu, terço, a
.Vào sejai.~ floN's at'fificiais sécas, tanto ma.1s IJl<P onda metido 110 ca- . ~>orqui:- era. ini;ufici4'nte o Santo S~:i- fnu, <lii Pln, de )C'mbr~r n~ pessoas
·a d . fl · so o n11•1110 Jnrd11tC'1rn. fic10 para ngra<leccr ù Deus OS benef1c1os que E'Dl'OUtrn O t'OllYellleDCH\ de re-
rem lii a ncm o lo,d, ~1ia3 o res vt: pn.~~adOli, ,, r!<1ir-lho outrOl!I novos para ,mr..-m tamheru.
vas, 11atura1s, rena e1ras._ - 8 emea: ·-------- 1mp<>trnr ~rd1to pnrn o po'lh:ido o forc:a l~ t l l' - 1l t · ..
açucenaf\ em voHn. de vos, semea1 ...... pnrn o futuro? ma are e, na içuo 8 ca .e>c1a
rosas, qur ,·l,nmcm a alençào pela
l f . OS ANOS DA Ml MELA Do forma _:1lp;umn I...
Ma.e; pnrocm-lhe qnfl o Senhor lho fa.lava
mo, p_erg-u_nta-lhe a meqtra.
- V1dOl'l8 coruo morreu N088•
Sttac ~z"·' UNI C l'<l!ll'(rrmc_1~. i1_1timnme~,te O lho . p<>dia O !lncrificio in- Senbor ,T esu~ Crislo?
ec1 w pen.wu: e1-ue 9emear -Que wmpo u"'to tl'ilìiU', mamii. para. 0 dio timo do ,uguma <'0llll\ sun. A fl
açucenn,.. dos mens nnos I Algnmo. amiso.do a surgir, o esboçnr-se? r·reançn re C'te urn pouco e,
• • • -Triat<• porque p Niio. Algum nfecto m<>n08 prudente? Niio. em Heguido. Mn tmn c·omovido, ree-
-Entiio niio I e corno oncohriu p Um tem- Ao momento doa \'ivoe, quando mniR re- ponde:
Chega11do 11 casa ped-iu licença a po •~., nevoeirento l' humido?- oolhido o &<'l«'rdoto ororn. oopooio.lmonto po1· . Morreu <la peste.
"'"" me fnz ,•indnr triete tambem. eln
b. aoO Rcnhor, · o Mimola f I r('('olbeo
d 1 .....e tam- ,....
1.1arg11 lhu d n ,..,o-Pra l <Ie tolIn u a u1a.
miie par.a ir ,i /I/issa todos os dias. -Tu triste Mimeln? l'm oun- no nnr o o 11. ma..
-.A' ll,ua7 luo, ba.1ta a-0s dc- Nào te quoro tristo. Ero. pungente porn. (llt, nquèlo sacrificio- Mus Victoria niio ria. Com um Br
mi1190,ç, mr11i11a· Tu tao nova? Nìio. sito... muito con,vencido e fixando as sua.a
-Bem .,ei. Mas eu gostava tanto A tua. ida.do niio é pn.rl) trir.-tezaa. Canta., Ah se O S<>nhor ooubosse Sabio per- romponheirai;, den esta explicaça&:
ri, al=rn-te mo;; h8lllpro om Nosso Senhor feitamc>nte. ,Tno DOR (1·!88<' · a ll0:'1!!8. mestra
de ir todos os rlias! ... eim? ~.,.. . As lng rimas rebentaro.m-lhe dos olhos ·-_..,
.d ma ma, 11iio m.' o nega, pois nao1 -Oh mnmii ~u nùo i;ei dizer-l)le que nao, silencio~amente o, cnindo corno um orva,.. hll dias que o Jl!'<·ado f a peste eia
'
-.·· mli.li cu-,t.a-me tanto, nii.o sei que é maa aao
p06S0
lho de pérolo.a 11obre <> nzul dns fito.s, iom
confundir-se envergonhada.a na alvura
alrua?
Portan-to, tie foi pnr IIOAAO:, peca-
- , ·m, mamo, 1>'1111, muito obri- . ima-0ulnda do vestido niio fosso algném ve
ga1.la. T"o11 NJ/11 a primo quc m.orava ··· ··· ··· ·· ··· ... ··· ··· ··· ··· ··· la doscubri-lns. do:- qi1e No!l!W Rt'nhor rnorreu, m•r-
pertn. 0 l'.'l.bndo omanheceu emfim ca.n-ancudo E n.,;sim aquelns l6grimns iam jontar-re rm1 ,la peste!
Voz da F.atima

• c·o !'le\ ar-s!' <lo~ lnbio~ dc todas as crenn- uho. Rosa Paca Vfoira, ,Jacinto Pedro do
Eu quero receber
.. ci nhas cducndo.s cristiimente logo ao nlvo- Souza (20,. 00), .Maria do Curmo )fortin•,
1rcct•r da ra?.ao corno na Fatima se clcvn- P.e He11r1quc Fernnncles dn Silva, Maria
o Menino Jesus
l~ 111 ,1 ia, ,le , iaw•m, ,J uiio Antonio pas- 1 ,,a imperioso dos lnbios o clos olhos do pc, C'orrt'tn, l',c A1,tostinho Pinto \'clo~o. Te-
S,l\'a p,•1!1 F,Himn. (}twno Joiio A11t611in. · l"i'Za Alcnlclc Riheiro Teixcirn, Franci~co
Hn tanta gente quo julgn quo as cre:m- gra jii inni<.' mnh o~ pnis iam aindn em «EU QUERO RECEDER O MENINO :\lnnt<>~. )forin José Vi\·oso, Fro.nci•co Pc,r-
citas nuo s:io cnpazos de l't-'Ceber conn~- jPjum pnra c-om1111gnrem. JESUSfn
niontomento a X osso ~enhor 1... Porqu,• 11ingucm ainda tinha comiclo
,J'on111c 111ìo ,umpne11drm o que t·ào Joiio .\nfonio in em jejum e no seu intimo
fazr.,·.'11.
«Porq111· s o inro1mzts dc reflexao!».
t·mn iutcuçào do comuugr também.
I VOZ DA FATIMA
-----+-•-------
rl'iro Vi\'Oso.

---
Abrigo para os doentes Peregrlnos
('tomei:on n mf~sa a quo todos assisti-
uPorque f,,z, m tu.do distraidamentc !n rnm. da F~tim
«I'urq111• mio podrm oinda sentir amor, ,Joiio ,\ntonio a priuc1p10 um pouco in- Despezas
11111 m111,r sol,r1wat11rul!1>. q111t'tn ncnhou por !i.Oc<•gar por ficar reco- Tl'nnsporle . . . . 5.2i7$55
E por tnntns outras razoes quo o des- lhido. ., Trnusporle .. . . .. .. . . .. 86.314$81 D. :\tarin Luisa Vnrgas Pinto ...
cuido do uns o o oscrupulo de outros for- 12$50
:\fa~ n<111elP rl'colhi1ueuto pru-ecia de- Pnpel, composiçào e imprcsslio I ,Tono Cnrlos Rodrigues (America do Nor-
jam c fnz<'m pn~snr por bòns. mnsindo para· n eua edade e temperamen- I te) ............. ..
E cr<•nncinha« ,b vezes com um desejo to. do n. 0 62 (38.500 exempln,. 100$00
ardonUs-.imo d<' unir a sua alma e o seu rcs) ..................... . 2.304$00 D. A11n Rilrn .. . .. , 100~00
cornçiio ao do J ellus vao esperando, e11pe- ta.va frn1•0.
E' <ptP lhe inm faltnndo ns forças: os-
Solos, embalagem, expediçào, rHt'nriq tl('S F.lins ". 40$00
.
rnndo talvez nté que, cançndas, sem ali- Renlmc-nte dni n pouco de:;mniava. transport~, gravurns, cintas,
mento so <l<frxnm c-.nir no:. laços · do dom6- et~ ... . ................ . 724$17 ,5.530$05
Levam_no pnra t6rn do recinto bnnhnm- . . . . a,,
nio. -111!' a cnlK'çn com :igua fria. pouco e
Perd<>m assim longe do Jesus ou pelo pouco volta a si. .. abro os olhi~ e quan-1 89.343$01
monob longo da fiUa intimidade a prima- do o p:d lho oforoco um copo de agua pa- Subscripçao HOTEL DA f ATI MA, LIMITA DA
vera do virla qne deda desnbrochar em rn hobt>r Joiio Ant6nio dir; num toro de
floros de virtudo e piedade. imi>eriosa mE-iauice: (Janeiro e Fevereiro de 192i) Torun.-80 r>ublico ,1ue por escrit>tura de 8
, · "" de Malo corrente. outoriirada. pcrante o nota-
Por seu Ind o, d e <Ientro d o S aerano, 0 Prii.siiiho tu queria receber o Menino rio J,;ugenio de Carvalho e Silva, de Lfsboa,
Dh·ino Prisionciro cujas dellclas sllo .Jtsus. Envinram dez escudos: Brites Alves An- foi eon,tituida. umo. sooiNlade comercio.l por
estar com os flJhos dos homens - niio Outro dia ji/1,o. Iloje nào. dorinhn, Maria José de Jesus Pereira, quotas • de responRu.bilidade limitada sob a
assim entro olos mas dentro doles - Hoje, hoje. Augusta Rodrigues, Natalia Santos, Olim- denominactlo do •llOTF.T, DA FATIMA, LiltI·
oom no intimo do cornçiio, Josus tem de Tornas a desmaiar. Tu. néio aaueiitas. pia Quintcln Lopo, Maria da. Piedade Sau- !!i~fe"s, 1109
terruO!I t•on•taotes dos artigos ee·
espcrar mnito, muito até entrar s1tcra- Aauento sini paisinho. tos, P.c Ant6nio José Rodrigues, P.e 1.'-1''ioa. constitui<la. nedto. data para durar por
mentalmente nn.quelaa alminhas om bo- I ,Joao Ant6nio li' foi· de novo pat·a. J·un- Frnnciaco Poreiro. (40C?00): Ismonia Lei- tempb indetcrrnitùl.do sob a denomlnacilo •IIO·
• . "' . . . TF.L DA FATIMA, T,TMITADA•, unta socieda.-
tiio. to do nltnr seguindo a missa. te Bnrbo1:,a, Ehza Bnrbosa V1eira, Mnrta de comercio.1 por qnotas de reaponsa.b!llda.de
O Papa convid11 a;; creanças a comu- Apr6ximn--so n comunhiio. da Assmpçào Lncas, Mnrin Pedroso, Ma... limita.da, rom sédc cm Fatima. Concclho de
nhiio. MOR n ,·oz do Papa niio é ouvida Joiio Ant611io recebo o Menino Jesns e nucl clos Passos Froitas P.e Augusto Jo- j Vi)a. Nova tl'Onre!D, ~oci_edade q~e 88 destina
-, ' t d · , d .
ou poIo menos no.o e ncn a a. por mm- fica mai!. ou monos rocolhido nté no fim so a Tnndado, (30$00), l\Iana da. 1 a.- quat11ner outro cornereio ou industrio. qne lhe
' . P'ed a cx1>loro.çilo dli. tnd'ustr1a. hotele1ra, a.lcm de
tos pais. dn missa. de do Fip;ueiredo Pa.chcco Teles, Aurelia convenha explorar.
0s Bispos c-om grande solioitude de pais ,\ miic onfiinou-lhe urna pequeninn ncçiio Pn.es Peroirn Codlia. ('orreia da Costa, 2.•.o capitai @,oclal o de 60.000SOO, esta inte·
e Pnst
-0res onsinam , anima.m, entusias- <l <' p;rnçns- quo o J oli.o Ant6nio aindn p .e Augus·to e'•ar d oso . d e Il. arros p .e I smne1 cial, gralm<>nte reah~ado em dlnbeiro no corre 80·
8 fico. Mn~titnido por trez qnotas sendo
ma.m. . _ nào sahe )!'r - o depoi,; disse-lhe quo fos_ Augusto Guedes, Maria Isabel Fer-12 de 24.000$00 de que pertenre nma a ca.da
Ma.- ha. iunda quem nao faça caso. jse re.sanno ao S.S.mo Sacramento que ele nondM, M:arin do Espirito Santo Correia, um rlos ,ociOI' Jo~o <I!' Saldanho. Oliveira. e
Quanto o Rom ,Je,,,'Us niio tem do espe_ tinhn rientro do peito enquanto ela resa- Manuel Marquoo Morgado Branca d' A- Boa~a e )1aoucl 'l eixe1ra Pinto e nma de
- ' F . 12.000!;;00 r>Prtrn<'rnt<' ao socio Ilermann Bar-
rar. \"Il tamlwm. breu de Mngnlhacs, Leonardo • ranc1sco, ro..o Kluft da \'riira.
Como se c:onsome !... O sncerrlote retirou-se do altar e quan- Mario Loonor d'Oliveira Freitas (30$00>, § 1.•. :-i'ilo -erAo exigiveis nre~tne6es snple-
Como anceia por nqnelo dia da 1.a ('o- do v!"iu ju o pequeno Joiio Antonio ali P.o Ant6nio Mnrin dos Santos Campos, mi-nta_r<'s dc rapit!l-1 mas qualal!er dos ~oc~os
munhiio em quo pelo primeira T"ez ira I J1i'i.o (4,-;t:n·n. Eugenia Gom!'-; Peroira, Maria. Emilia r>odt>r11 fllzer ~uprimento•. 0nd1 a •O<!ledade ao Jll· 91
unir Il Si aqucln inocénoia, aquela cnn- 1, N'1>m ndmirn. Tinoco Loho, Lnurindn Mnrques (20$00), ~~11!~~~n!~o~_mais " ~/ies qne entre
dura I... r- ,n dia 1im pequenito talvez da idade Leonidio Ribeiro rla Costa Snntos, Rosn $ 2.• -A• rt>.•<><"' qner parr-iak quer totn.i1,
Quo tremendo. responsabilidade a des-1 do Joao Antonio foi comungar com a mae Doto Mnchndo (50$00) ,Toiio Snm Ro- de· <111ota- entre socio1,1 ficnm livrcmentc per·
• ,, · · - 1) · ..,, ' d p· h B en- mitidns: 11orl'm. a. ces•lio a erlranl1os fica.
te, pn11, ! u 1gr.-7a, m~o, omtnp;o~ _marqnos o 1n o, !lPJWndi·nw do exprt's~o e prévlo t.'onsentimen·
• Reco/llida rom Nosso Senhor a mòe nlio trrn da Conceiçno Tavnros (15$1.)()), D. to da .oriNladc cm prlmciro logar e dos de·
P<'n,,ou 110 /il/10. L<>opoldina chi 0oncoiçìio Nunes Lobn.to, mais ijO<'ios <'m fC'Kt11Hlo _loaar:
• De repenf:.t• vem. lhe <i, iembran('a volta- ,Jonnii Loha.Lo da Fouseca Antonio Emf- 3.'·A 1terl'nci1t (I o.dm!mstr,~<'u.0 da. s~icdado

-
I
li.a~, ii:rnças n. l)l!u~ nPm · todoij nssim se e. 11il o fil ho a pa.~sr.iar J?ela igrl!ja dio n
' d C S') ] ' ' • fica Q. <'IITiO de torlo~ 08 SOCIOS, Com d1s])t>nSll
ruz o 1 va, A, ola1de da Conc01- de <'aueilo O com a. rt1inuncra('il.<> que rstabe·
adm1rando una q1tadro,, que al1 estavam. çiio l\fondc,~, Acl!'lnide de So-nza Chnm- J('('erl'm 11or drlibN·ac,10 socia!, l?Crentes <1ue.
11 0
"H.a poi·~. 11 h hon~ci·oe cla sua ,,1-6_~-ao Foi bu.mi-/o _para i1mto de si: . bers, Ant6n_ ia Moroira J?reire Veloso da n'l'""O 1U11.lidarle, rer>r<'~ntnrn.o a socie<lade
, q •. , ,
aindu o,, sous' lilhos mnl começa.m a
o Jl~
fa-1 .,
~ , , e 'f l I d d • t1m todos e>- scus a<'t<>s e rontractos e nas
o fun rii eia 4e e&c1'ttpulos foi falar ost~, o a!rn_ e e 'fllr es o Albuquer_q1;1e, sua• r<'lncllf', rom tcrcr.lro•, sendo, neceJ<•&·
Iar t, in eles lho,; viio ministrando os rn- r-?m o ~11r. Prior 'flltO fo.,a_e r.as~ que o seu Ad!!ltno S1moos G1l, P,e Mnu_nel V1e!rn ria n ns•i11:notnrn dc rlois ger1mtes para. obri·
dl'mentoa;, cln doiitr"ina C'ri·.et-a. /11/,0 11111da nuo ttve.,.,e d,.,cermmento pa-1 dos Snntos <60$00_.), P.e Jo_aqu1m _Pe_re1ro gar et Forif'rlade.
' d R t A p J I - E 4.'·Anuo.lmcnt!' •<'rtl. dado um balanço, quc
Poul'o a pouco ,·iio do~envolvendo es..«es ra co,,,unaar. . . o_-, ' nn -0s ra~uo, .e u 10 An_t(!DIO ,s- reportnn<fo-•c n 31 de nezf'mhro. devcrllo es-
germ<lns C quando Il sua ~ciencin, j:i nào () .,aCl'rdotr_ .•ocegou-a e depo1s i11terrO• t<:\"C-'l, re Adrrnno ~e Souza_ V101rn, ~I- tnr r,,·rilitos I' ne~ignatlos dentro rlo~ trinta
bnBta envinm-no~ a igrt•jn• pnroquial a rç- I aor1 ,, . p1•q111111fo: _ ,,.~~a d AbrC\11 ~fnlheiro l\f:innho Falcno dia> ,nl••<'qn,•ntt.,.: °" luc-1·os. que pelo• halan·
C'E'her a instruçiio rlaquel!" n qu<>m O So- -1)11:.r-mr rd: enfao tu fos!e-te p6r a <;v$100~. ~rmPh_n~n C'oe)ho da Rocha, Jo- ~!n[~~: ~ ~t·, 1~1 1~'-'~~,~ '!;ar1:ti!4!n~or,eJ:
nbor pùz por )finislro do tal ministério-- ol/iar,pnra o., qundros depois da comu- se c'I Ohvr.ira I>miz, Ll!lza _Toscano J:>os- re,1erv11 ln2al t•·rlio <ll,trihui1lo,, pelo~ •ocio~
0 ptiroco 011 outro sacerdote. nlH1o ·, . . , soa, 1if:lrtn lznb~J. F1,i:neiredo, :M:artins, na pror,orr'io do.~ rl'•nl'rtivo~ ouota~ ,ocinls,
Qunnto niio O ne<,-e~,iirio trabalhar pnra I -l!,111 ~,m ~c111to~. I'orqu~, é pecado? Laura Avl'lnr o S!h-:i Loh_o (20 00), Leo- mnno,-,•An ,•m qn<' !lt•rllo eofrltlns M 1><>rdas,
1
tTo7-er os pnis c>nt61ic~ nté a rr.:ilisnçùo j . -7\ <1~. Jfns l'nfoo tu nCIO sa bes O qu.t nor tlA Cnst ; 0 . ( om,tancio _(2_0$00) • P:e hs~::!~' ~i~th<'rn<'i'il'~ ~Mini~ rnn~t111·!io d'erta~
destQ idl'al ! ... fmbru !'1o faur. l\Ianu~I Anlnmo dn C'once1çno; l\fnr1!1 on <l'outi-ns ,•nrnml'ntod one EPinm .,,~riotos e
~{n, nìio cl,..,animomo,. -F111 rr.rrbrr a .]es11s. Jonc1u1nn Tavar!'s dc Procn~a _de .Alme1- n•~hrnii,Jo, 1ir-ln• eOC'io•. po,trnilo a• n•uni6rs
-R. q11cm i .]r.s,1$? da Garreth, Gllrlrurlt•'i Oltve1rn. Snntos tt>r lo~nr _,,;,. '"'"' fM a forma. r,or 011c te-
,.,, \' "' é D ,
eus, "·"
p· t F ·
tn o, 'ranct'<'O F!'rnnncfo~ Pombo, ,Jn-
nlmm siilo fl'llJ• n« <'onvnrarìlc•. o l'O<l('nrlo
• - ,~ . o.uo ,,n1bor,
-Porquc 11,e nito agradecrste e,itòo o cinto Pedro de Somm, V!'ninl\ Alvoo Pei- ~/ r,;,,niilo c·mi:•r o seu voln ou <IPlil,rraç!l.o
Ol'·o 1111 ,,,nt,, ou imnNFilo do l'Omnarec!'r

• " r,;z,, vir-tr. ui.iitar 1,abitar no teu ro-ra. 1 xoto, .Jndnto Gnp;o <In ('lamnra (20$00), I ,·m shnn1,,, do..,urnf'ntn rst·rlpto " ns!rl1U1ado
çfl()? . 'Toaq11im
, . • . Mnr'n •• '" •socuo . 11.., 0. D r,·to , 01·tmp rn" I f't']O ~'"' 1111nl1c>.
6.'·A cli.s,n1 ..,,ìo ,la •OCiNlndc clnr-Pr·ha J'(\l'
Pertom,in. a N1t:1 classe o JJ:ii rio peque- I'('rdflo Snr. Priori Ètt agradrc,-Llle d Olno1ra Valnclnres Proto, Guadalupe nuolnnn ,lo~11 moti\"OF " f11n1lnrnrntos le~nls.
niw, mic>roRC'6pico ,Toiio . Antonio - umn romo? C'nlado, Amélin Grnnjn, P.e E\·aristo Cnr- 111n, n"nrn. ..,.~:i, vnnl11tl!' ':"orto ou interdì·
creança prl'<·oromClnte. nvn ci.ue toda a Qua11dn aral1ci dc rerel,er a No.,so reiro Oo.uvc>ia (60$00), 1farin Julia Bote- rriln <1'11111 sne10: r e liot11.')arlio socia! ~rrtl.
gente dn t~rrn. conhoc:m o cst1mn.va pro- Senh~r rrrol1ii-mr. 111? pourochito a pen- lho (12$50), Rc~jnmim 1\nt6nio Ferreirn ~[j~1;; 1;,0~~o 11~~ /;~~~l t1/~~~~~.r~'.11 ;;.r,:~do '':
fnndan~ontc. . _ j Rar n Elc e depo1s dis.tf'-l/te rom o a m{Ie- (20$00), A nt6mo Martlns do<1 Snnto<;, rrnlisnn1J., to•lo• o• vnJo,-r.s tl~ • no•ario, na.·
InteliJ;tente. pnlrnclor, brrncnlhao a _sna ::inlia ml' rn.,ino11 a dizer quando alaucm I,11 i7.n )fnrin Rihl'iro d'Almcida (20$00), ann•lo torto o 11ns _8ivo. e ,11.-1<11~.ilo o saldo
• ) J , •
811111:1! ar_ qui' o sorna1 n ;s1mpa 1co es I! Jesusu
~t· d d I
tf'fl morc>nn dav11--lhe nos olhos nm br1lho me dn mgumo roi.,n uM.to Obrlgado meu F!'rnando l\fartins l'ercir·i (13$00) Mario r<'•tnntf' nr.ln, ft'l'"M 1111 prc>n~r';,~ <las <1no·
, . . ' _' " • IR• IHJ(' l'lllf'io 110-•11,im na •nr•ennuP.
Tiarros, ,Jose ('orro10, Jouo l\fnranhoto, 7 ,.,::111 to"ln O nmi•~n :i. e~·e,lado rct?er-•e--llo.
o pr1me1ro <>ncontro_. _ , . .\ _mùt1 L' o ~ncerdote ficnram entào con. li'rancisco Pedro Cnrvnlho,a Junior, Fili- -prr~tf"a •«m,11:>n<1:n s,~.,, ~.,n~1•o,1'."T> ~m,.,t
J.fos sohre tuclo 1s.~o Joao Aotomo era \'!'D<!1dos do (l\11' cli' clern grnc:-as sPgund.) P" CP~m- GO<'s clo nocai:tc, :Mario d:is }!er- m<'ntr r<·lo~ ,In 11,, di' onzr dr ,\ brtl dP mii
bom romo t0<foc; ns crennça6 que téem nl- a ~un rnpncitlade. c& IIonriqnes Sehnstiiio JTenriqucs Ma- ""rvfr,onto-1/ 1"m_, 1 1 19h ,
' lt. , I d" . , 1 . ' ' , , ,on, ~ 'r .nl\ n r" •~-
gucm I\ C'U. 1va- ns, :i 1r1g1_ n1t a servir- • rin. rln C'onc!'içiio Fnrin e Almeida. Amé- o ?ol'O'T'A nTo
-lhe:; de gma. ., 1lin Santos Fon~f'Cu, l\forin dc Lourdes Euoniio .i,, ran-nl/ro e s,ira
Tiio bom quE' aos 6 nno~_ o pni jnl~nva C'limnco Reis, ,Jnlia Afon~o Serti!, Sofin
chegado o tempo dc o de1xo.r npr6x1mar Era tnrnhém assim o Joao A11t6nio. RC!lgaliio, C'nndida ca~tro, Clotilde ca~ Poi' •·~rritnra Ile 30 <le JnlllO ,le 1926. ontor·
da l_fosl\ Sn=nd. (1,r:,12001, A. J. p 1·nto, J. ll'll<ln. p<>ranu- 0 notarlo almho 119~ignado.
,.,. n. "d d Ap<>nM o pai se ia a levn.ntar corrou tro, A. n. O J,ophs • •· ~·Y rof nnirmrntado o r:-p,tal cleHa sociedade e
Joao Ant6mo prepnrou-se cm n osa- parn junto dl.'lo o com um olhnr extrnor Luiz, II. rin ('oncl!içiio, Luciano L. Pi- !luh~titui,lo o, nrtlll'M 1.' P 2.' do sen pacto
mente. dinnrinmente hrilhanto donde se via de<1- rC1q ( 12$00), A. B. Snlnzar, P.e Joiio L~ .,oclnl, mnntr.11<ln, rontuclo. Pm vigor 08 1:§
Comungo11. prflnder nmn alop;ria, urna. satisfaçii.o sin pes Gome>s, Al1>xnndro ('oelho da Costa, clo art.• 2.'. nrliitoe qur fiçarnm a•stm redi·
eon...,nov sat'1sf e1·to, conscio
•A .,_ · d o que f azin · !(ll1nr d'1z-Il10. P .o Albflrto Pinto de Souzn. Emilia Pi- giclns 1.'·A ·soc!cda.ilc rom<'rcinl por ouota• de re!!J)nn·
Joiio Ant6nio sem perder da mom6ria a Entdo aoue11tei ou nào · aguenteit znrro do Port.ocnrroiro, Mnrin Nntivida- ~nhiliriadc> Ji"'ftarla rienominn<la •HOTF,L DA
lembran!'a daquole din tao grande o tifo E n miio com os olhos humidos de alo- de AlvPR Ai;.sis 'foixcirn. (2\J$00) ,Maria 'FATT?tfA. Lt:\rTTADA ,. rom,titnlda. nor escri·
feliz pecliu para continuar a comungar e .., aria. po1-a boa o.c,.iio ~
do filhito om pa.,.n.., An"'elinn
,.. " dn '' Almoicln., C'nrolina ?.folheiro tinun l11r11 <lePxfatl111!0
8 ti<' \fato sol)do n1926. n'<'5 la~ilenomlnaollo
mPsma notas. con-
conS(lguiu-o. estampou-lhe nn. fnce um grande par d<> Mondonço., ]\{aria Emilia Minhavn, Ana com <lurac,l.o 1,or trmno in<leterminailo. com
Todos 011 rli11$ niio qne lh'o prohibin. a hl'ijos. Moria C'nrvnlhn} P!'ixoto, Felicidnde Amo- -c!,IC' no lo"'nr <lennmlnn,lo u('ova rla Tria•, no.
idade o as ocupnçòes do oolégio- mns de • rim p e Jonquim Dunrte Ale.,.andr<> frcirot>•la clo Fatima. <'qn<'<>lho <le Vlla Nova
quando em quan d o por ocas1iio e a gumn.
festa ·de famflin. ou da. Igroja, Joiio An-
· d I
.,
' ·. .
i
. ' <Il' OnrMn, •<'ndo por ol1.1ecto a rxnloraeiio do
Ana 1,[nrm l)fas de Sa Permro, Ant6mo Hotl'I 11 11 ~ituo,Jo drnomlna,Tn •lTotet da Nos-
Fernundcc;, (115$00), Maria e Joaqnina •n Scnhorn !lo Rosnr!o da Fatimn•.- atem de
t6nio in r!"CObendo o i;ou ,Jesus, sempro Agffl"n nllbt.O m& do Santo Nato.I quan Diniz Henriquo,;, Amélia Brazao Mncha- 011nlcmrr ontro c-omer1'10 ou induetna que lh~
com o ml'Smo f orvor, a mesma d evoçao - d o d o d o ,i:eJa d o nm b'10nte d o p resep10 ' · o M o. d o, F, e1·1c111t,t . ., d e ,., marl(l. · d e J e~mi, T.u<Vnor <'On'C'<'nha , '(nlornr.
2.• 0 ranltal MCil\l P rlP 84.000$00. intenalmen-
AA

Grando Dia. nino ,J0R11s a.nhela o cnlor dum afecto ar- Rosa de V1wrho, ,Tosé Ant6n10 Cnrrega, te r<'oli•n<lo, rrnrf'tentado por dlnhciro e pe.
Ah corno JMus ali deRCia contente! c'lente na. alma pura no coraçao inocente Marfa do. Nativi<lnde Mamede P,.e .Joào lo~ rll'mif~ valnrrs ron•tn.ntes da eecritara.-
E Ele ia O.CClndendo nru1ueln almita um das crea.nciuha!! vamos n6s consola.-1'0 da C-0llta Oampos Rufina do Jesns 1.{nr- rijo ,or'al. i:- flra con5 Utnldo nnr 4 quotas.
--. ' · ·
amor mai!! vivo - ia-Ihe infundindo uro dispondo, preparando as alma.a e 08 corn,. qnos, ,Toaq1m da S1lvn Cnrvnlho, Ap;os- cado um doa ~nc!O!I Jo~o dr Salda.nha. Oll•el-
' · ' ' I .•l'mlo 3 dt' 24.000~00 de que r><'rlcnoe nma &
conb!'cimento mais profundo-ia,_a enri- ç.1oo dns nossas creo.ncinh&s para rocPb&- tinho Tomnz Corr!'i:i, 1,,farin. dos Snntos I rn. <' Ronsa. Manne! 'T'eh'eira. Plnto e llo·
• uecoodo e embelezando cndn vez mais- rem o Senhor. Brnno 1,,{nrin. Jonna C-0rroia Bagulho. rot'!o Cowtn e urna de 12.000"00 T>Crtl!nccnte no
, ' · lh F d sode> llt'rmrmn Jlarro,o Klt1rt do. Vc11;a.
quo a rada nova comunbiio bem feita a E nii.o fo.çnmos co.lar no. a lma, no corn- (20$00), D. l\fo_r1n_ 'Bag1! o ernnn O-'! T,i@boa. 12 d,:, Airo,;to <le 1926
nOl!lla ahna fiC'a mais fortf', mais perfeitn, çiio o nos lnbi.os da.s cronncinhM est.e pedi- (20$00), Joiio R1b01ro1 Lu1za Tosca.no PP!!- O NOTARIO
mai« rica, mais linda. do instante este grito de amor que par&- son, 'Joaquim Urbano, Maria Carvnlbi- F.11(l~nio tle Carralllo e Silrn
• ..

A.:n.o V"I Leiria., 13 de Ja.:n.eiro de 1 9 2 8 ~.o 64

=
[ 0 0 vt

D1recw, .>r 1pr1e tar,a e fd1hr : - Dr. .\l,1nuel Marques doR Santos
APROVACÀO BCLB81A.STICAJ

Corri,,osto e i'm?,,,sso "" U 1i l ~ 3,. tf1 1.. ~ua d1 h•t• r.tuta. 150-152 - Llsbo a.
I Administrador: - Padre Manuel Pereira da Silva
Redacçiio e Administrd.çiio: Seminarlo de Lel r,a.

,
rev.do Pereira Gens, paroco de Ou-
Depois de pito anos
CRONICA',
rcm, que fola, pèlo espnço de mei:i
hora, sobre as gl 6rias do Sautis-lim't
Virgem, a eficacia èla s11n proteeçiio
maiernal e a necessidacle <la viri:\ «Por ocn.,;iiio da roinha eistnda em Fati-
ma, no dia· 1:3 do mez pn~sndo, prometi

da FATIMA cristii, vidn cle crença firme e escla-


re<,ida nas ver<lacles rel ig1osas e da
observanria fiel e constante llos pre-
ceitos da l ei cle Deus e <los mand.1·
n. V. Ex.eia cnviar-lhe um relut.o das cir-
c11ru.tnncias bem si11gulare3 em quo se
produziu a cura duma p;rnvissima doen-
çn de que vin ho. sofrendo ;-tào singulares
o extrnordionrins que s6 oumo. int.erven-
(13 DE DEZEMBRO) mentos cln 8nnta I g rej a.
('ilo sobrenuturnl oncontrnm explicaçilo
sufìcicnte.
O dia treze de De;,;embro, em Fa- te,;, prolongava-se ao longe e ao lar- • .\qui venho, pois, desobrigando-me da
• • promes.~o. feita, jnntar o mou publico tes-
tima, no l oca! das apariçòes, dos fe- go, tornando invisiveis os campos e Lomunho ao do tanto;; outros que, no re-
n6menos e <las curas maravilbosa11, os povoadoA, ainda os que ficavam t·ur1;0 om ultima insto.ocin pnro. N. S."
que a voz popular -:i ngelamente de- mais perto. Ap6s o senni'io, o rev .do Mar1ues tic Fatima, oncontrnrnm para 05 68118
signa com o nome tao prosail'o ,le ~\1, nove horas, no cume do pla- clo~ Santos <'Xpòe tl nrnlticluo o plano mnlf.'!I o remoclio que as instancias do.
I
Cova da Iria, é caraderizacto, quasi nalto sagrado, a névoa que o envol- geral das obras conclui<las, ja come- ~dl.\ncin humnnn niio pudernm ou niio
todos, se nfio to<los o:'l anos, por um via come\;a a d issipar-Re, até que, çadas ou aincla a iniciar, no recinto "°"he rnm dar-Uw.
tempo triste e um réu oublaclo e por pouco auteR do meio dia, desapare- das apançues. e ca<la 1a1lo do pòr- prnzer,
· D Pnço-o com grnndc, com muitisaimo
o prezcr nntural de qucm compre
uma deminuta concorrencia de devo- I reu por completo, sob os mios quen- tico central, j(i erecto, Reni levauta- um dever do l,!;rnlicliio, qunl é O do dizer
tos. E niio a dm ira que assim seja, lPR do sol no zénite. do outro arco, que dara enfrnda pa- nito e sem rebuço que o beneficio da mi-
porque esse dia é um dos mai!-\ pe- X o rPeinto claR apariçòe,;, a multi- ra uma noYa nvenida. A.Il tres ave- ehn cura n N. S.• o devo.
quenos do uno, numa esta('ùo fria e <lùn engrn-,sa ile horu para bora, nidas sedi.o cortadas perpendicular- Foi em 19~7 , hn dez o.nos portanto,
cb uvosa, numa regiiio cle estradat- atinµ-inclo o Plevado numero de al- mente, na altura da cnpelirma que eu «>meço, o. wfrer duma grave doen-
çn do estomnp:o o intestino~.
nas apariçoes e da fonte mirnrulo&a. Di~ponho folizrncnte do recursos E-u-
Dois hospitaes-sanat6rios seriio eone- ficientos pnrn. nw tratnr conv<'niontemon-
truidos, um junto do Posto c1as vLri- te, C"onsultei cli,•crsru dos mnis di«tintos
ficaçòes mé<licas e O outro do Iado o concc,itunclos mcdicos de Lishon e de
oposto, fazeu<lo pendant c·om o pri- C'oimhrn, hem .corno nlp;uns no Obtrnnp;ei-
. ro, podcndo c-itnr entro outroq o.; i..enho-
me1ro. Por trns da actual capela '1as res Doutores fiele de Mornos M:orc,irinha
missas, eleva-se ja urna li 111la igro- Jnnior, no1wp;11ette, Julio cl~ M.itos, So-
ja, ain,lu incompleta, destinada a l hrnl \id, cle T,i!-.hon e José Rodrip:uPs e
celebraçiio clos actos do culto. Antonio Moro.o,, _Anrmento do C'o1mbra.,
A l 10 d 1 ·03 , H<'nfinucle em Pnr1s e Dr. GroPcler no. 011-
o a< , e a _.f_ n a extre~L c~e tancin nlemii do Tiad-NauhE"im.
oposla, sera E'!11 1cac1a oulrn 1greJa A todos rlern fnwr a jn~tiçn de que
Remelhante, com o ffif>!ltnO fim. li. porfio. emp reinrnm os molhores e:sfor-
Entre as duas, no topo rla colina ça, pnra_ bcm nv~rigunr ns c-an"n~ do
aagracla Ulll templo granrl;oso ,~ou, mcu sofrimento, nf,m rle fnzer<-m dn mi-
' ~ _., '· nhn doen"n 11m llia..,nostico cvncto o po-
set,enta e tres metros ae <'ompr1men· dt>rem nss1m
,
' . ...
pr<'wrevor o ·'tratamento
4

to, volvera para as alturas a su~ tor- mnjs convenicnto pn'r a n dehelnr.
re e os seus corucheus, corno g1~ri.r:- C'orto é, porem, que n dP~p<'it-0 de to-
tesco padrlio comeruorativo clas aoa,- dos oo esforço11 de tiìo eminontes clinicos
rÌçoes e dos fen6menos mMnvilnoR•JS 11, minho. doonçn Oll:ro.vnvn-so dio. I\ di~
que ficara a.testando pelo!'! séculos f6: com torlo um cortojo de sofrimentos a
ra a bondade materna} da Rainha do dnrem-me u_mn vida tort~rndo., _e _sem
, . d . quo os med1c·os quo me inm nss1st111do
Ceu e a p1e ncle generosa e acr1solada a.~sentnssem ..equor num diagn 06tico exa-
dos portugueses, seus filkos, de quem C"to.
U.MA SERVITA é a augusta Paclroeim. Ao pnS.90 quo uns filinvon1 a tloençn
(lnal.antaneo na peregrlnaçao de 13 de malo d e 192?• A capela clas apariçòes sera com- numa _origem_ de nntureza sifilitica, ou-
p letamente refundicla e transforma- tros dingnost1~n,•am _umo. ulcera e nlguns
. . chegnrnm a cl1ognost1cnr um cancro.
l
intransitaveis e numa época de es- guns milhares, pr6ximo do meio-dia da uum 1ndo e grac10s0 mon •une11to, Como divors'l> foro.m 06 dingnosticos,
traordinari o labor agricola, em que solar. que lembre perenemente as
gera- tliferentes foraÌn os ternpenticns o. qne
predominam a colheib\ da azeitona e A essa h ora, uro sacerdote sobe ao çoes vindouras o quadro divinai e mo sujeitaro.m, mas sempre sem o menor
a azafama dos lagares. OES djas, que altar eentral da capel a nova e cel e- incomparavel da visao dos pastori- resultado; n doençn. seguia innlteravel-
preoederam ime<liata.mente o dia Lre- bra a missa dos doent es. E stes, l}Ue nhoR. E. ' .finalmente por cima da monto .0 son cur~o, ngrnTo.ndo-so e.i.da
. . ' vez mats; e conseguentemente oe mons
ze rle Dezembro, foram assinalados siio apenas a lguma.s dezenas, ocupam f?n~e pri~1hva, a 1mag~m da San- sofrimentos eram cnda voz maiore6,
por chuvas continuas e torrenciais, as primeiras bancadas do respectivo bss1ma Virgem, Padroeira de Por- trnnstornnnrlo por completo a minba vi-
que tornaram os caminhos mais im- pavilhiio, sendo as demais ocupadas tugal num excelso pedestal de g.J.6- eia e trnnsformnndo-a num mnrti-rio per-
praticaveis do que estavam, inun- por peregrinos valic1os, especial men- ria, dominarti claquele lognr, que é o mnnen~ e sem t~~UI.\S. .
da.ndo-os e ronver4iendo-os, ua maior te por se nhoras. contJ"o geografico de Portugal 08 . Reahsnram-se d1versns ~onforenc1as me-
A d] p , 1. !d d1cru; mH tambe111 da d1scussào qui, ne-
parte do seu percurso, em -.erdadei- Durante a missa rezn.-ae, na forma qua t ro angu os a 0jr a queri a, las por ventina 116 travou niio aahiu,
ros lamaçaes. A manha do dia tre11e clo costume, o ter~o do rosario peloB lançando eem cessar sobre ela com nom a luz que projecta.sse um diagnostico
a.presentou-se soturna e agreste, co- peregrinos, l){'los enfermos e por to- largo gesto maternnl urna bençiio e:-1:ncto, nem o trntnmento q1:1c, me dEW!e
rno manllii <lum autentico dia de Io- da<1 as intençòeR recomencladas. generosissima de amor. piedn.de e alivio.
v-eno. Um nevoeiro hum.id@ e frio D e poÙ! da missa, reoliza-se a to- p&rdio. DoooTrido assim um ano sobre a. mi-
nhn doel'lça num n1trnvomento progrOSlli-
envolvìa as eucostas da serra de Ai- oante cerim611i6 da bençio dos ,loen- vo, rom~a,rn,m a surgir os primeiros sin-
re e, descendo até a.os val es ad~en- tes. Sobe em segnida ao p,ilpito o Vùoo-nde de },/ontdo tiomns dé <Hll!iquflìbrio àa& minh'M. fteu1-
• I


2 Vor da Fàtima

dndes mentnea: descquilibrio dia a dia ningUl'm mais eonsentin a entrada no 'l'evo o meu parente o amigo de fazer O N0/1\E DE M A RIA
mais pronuncindo e que, se bem. me re-
oordo, cla.;;,jficnram de melancolia. I
met~ qunrto. . todns as dcspezns de conversa sem con-
:Nos 'J)r1me1ros tempos desta minba bCgui1· fazer vjbrnr, no de leve que fol,.\,e, E O DIABO
Em urna nova doen\·a, conscquencia cloonçn menta! fui ainda assistido por a menor fibra dos meus antigos senti-
natural certomL•nLe, dos sofrimeot.o:; nun- medit.-os o cuidado por oniermeiros, ten- ment.os afcctivos.
ca atenundos da ruinha doença primiti- do sido ontiio examinndo e tratndo por De tal formn. quo n-0 despedir-se, co- O P.e lfill, missionario, descreve-
va. I dois eminentes clinicos de doeuçns meu- mo mo disscsso quo voltaria de quando ra a.~ cetim611ias ou e.1:nrcùmos que
Pordi todo o gosto de viver; de~prco- tnis ·o falecido scnhor Dr. Julio de Mll- 1 em qnni;ido paro. urna palestra, !\O entiio emprelJava para libertar uma pobre
cupci-mc jul,{'irnmente dos meus negocios tos e o ~enhor Dr. Sobrnl Cid. acorde1 pnrn lhe respondcr friamente-- pnl)a pns.~essa.
e ocupor.ùes, pnssci __ a af~star-mo dia _o ~rn dl'lerminada olt.nrn da doença, ué ,n\olhor niio ~olt_a:u· . ._ O d e1116nio, pelos labios da pobre
I
dia do todo o conv1v10 soc,nl, do proprio ahi por HllO, oconsclhornm os meclico~ I• 01 e.,tn n s1gn1f1cat1vn renc('no da desrlitdsa
convivio da ftunilin, por411c 11m e outro o mou iutcrnumento numa Casa de Sau- mi11h11, scnsibiliclade destrambelhnda,-1 ·- 0 ' · i-
tene de confe.~sar que 0
zi·u
a u,,.-ca A•erdadei-
. · ·
se me torn:trnm 10suportnve1;; fugrn, de dc. ·r
mam estnç1to - b I
cm cara d a t d
en enc1a rl" 1 a rru; <i era .. v _

vèr ou do ber visto por quem qucr que .Mns pr1•\ ,mdo muito bem a folta quo, ahsorvente clo meu espirito para o iso- ra ·
fosse, l'omo fl'rn que s6 se sente bem, es- mc fazium o.s seus cuidados no estndo lamento nbsoluto. A 11 ma mulher, que. havia aposta-
condida no covil; deiwi de conversar, dPplornvl.'1 em que mo encontrava e re- Nns J)roximiclndcs do din. 13 de Ontu- tarlo dizia ele: « Tu és sempre cris-
I
de escrevcr! de lèr jornaes, desprcocn- c<'inndo conscqucntomcnte que esse in- bro ~o ano corrente, passados portan~o ta; a cr11z do baptismo nunca se ap<r
po.odo-me de tudo e de todos, nada ha- t(>rnnmcnto f<>-"-QO paro. mim a morte a nprox1mndamcnte dez nnos sobre a m1- ga; se te 1100 con i-erte.,, tem cautela
vendo que logra.~se dei.portar o rueu in: curto prn~, mtnha Espo,a re<·usou-.<e nha docn~·o, rci-oh1 eu mais uma vez mi-
tercssc ou solicitar a atençao do men es- tcrminnnh•mcnte I\ permit1-lo, prefe- nhe Ehpo..a npclar para a Provide ncin, 1·0,n o 111/erno».
pirito. rintlo c·ontinunr a. sua vida de abnega- por interce~sùo de N. S.• de Fatima. :1V'um se,.miio .wbre o ù1ferno, o
Acahei a«-im por me isolar inteira- çào e sacrificio. Pez n sua promossa. a N. ~-·: sem que demr>lllO interrO'mpeu-me pela boca
m'cnte dentro dum quarto, evitando to- Em face do meu estado e da atit11de cu o perceb~ fez-me heher agua de da possessa, dizenrlo: e Twlo O que 0
i
da o comunicnçiio com o cxterior:; e do minhn 1'~spo.;n, 02 medicos, vendo F:itimn ; e, arrastada pela ardente espo- Parfre di::, é 'l:f'rda,de: ha um infer-
ne!ll;e quarto, no reduzido espaço dal- inuteis to1]01, os sous esforçm para debe- rnnça d.e quo os sous rogos iam sor 1:a- uo».
guna metro!'I qu:idr1tdos, se concontrou e lnr os meus grnvissimos sofrimentos, fo- tisfeitos, deixou ficar junto de miro o
dt-correu a minha vida durante oito lon- ro.m-Fe nfnstnndo naturalmente de mim. numero dum jornal de Fatima em que Outro dia, em que eu a aspergia
I
gos anos, uma Yida de resto puramPnte rle forma que pnr<'ntes e amigos, conho- um distinto medico de Nela3 relnta,•a as com nr;ua benta, viu-se saltnr como
vegc~nt1va,_ cm cjue a mi~ha intelige_n~ia, l·edores da. minha ~itnnç1io, pa3Saram a ci_rcunstancias 0:.1."traordinarias ~m. que se debai.ro dos volpe.~ d'um chicote,
a m1nhn \ontado o n manha sen&1b1hrla.- nguarclar clum momento pnrn o outro 11, 1 v1 u curndo e sah·o dum gravissimo de- brndar e chorar: «Sim, eu vi este
de mornl estavaip, perfeitamente anuln- minha morte, corno desfecho natural e sa~tre. r.~tranlto espcctaculo, 'Vi O diabo
dns. . lop;ico eia minhn. incurnvel molestia. I
Urn (•xtranho impu lso me obrigou a choror/ choro silencioso, choro de
Umo. unici\ pe~on consenti a Jtmto de U mn, pesi:;oa s6, com fé 1Dquobrantavel, lèr 11quele jorna~ e pela primeira vez, ·, · ·
mim; Prn minhn csposn, q~e durante I c·o11t111uou a acorupanhar a minhn doen- 1depoìs de tnnios anO!l, tivo uma sensa-1 de.~espe1 o, dr ,·ondenaclo, i11descri-
çào clc alido o clo conforto. pf 11 1el ... »
Rnqgnrnm-se a.- tren1s em que o meo A acçao do demonio manifesta-se
N,pi1·ito cstnva morgullrndo, e sem pi('- fambrm IIM paisn cristàos.
nn conscicncia ninda do que fazia, no Al11111nas ,,ezes, o mesmo de?no-
,lia 12 de Outubro eu proprio pedi a nio ru.9in corno um leao.
,. s.• de 1'':Hima quo mc curasse corno d l
havia c·urado aquf'le medico. .Van ei- he fa.zer tres prostaçòes
Dc-sta '"ez o dc-forimento dos meus ro- pro111111ciando o santo nome de !Ila-
~o., e dos ro~os de minha Espo,n t'oi ra- ria ... A principio recusou, mas, for-
pido; o f.C o dC'spncho foi rapido a cura çado, acabou por dizer muito bai~o
foi fulminante. - Maria..
'
No dia 13 de manhii retomei a perfei- Est<' nome de .V,zria era 1,m su-
ta consciancin de mim proprio.
Ne:;i;c din almocei j,i por minha mao plicio para o possesso. Notamos que
(', logo n. sep;uir ao nlmoço, manifestai o o., canticos .,agrailos o punham de
N('sejo clc Yer mcu cunhndo, o senhor mau humor; P por n.w, o., n,ossos
Candido ~otto Maior, quo ha oito ano.-1 1 meninos cristlio.~ llw davam, de co-
niio _via:
Mrnhn. E11posa, um pouco a medo u10-
. 1
· '
rnrao
alegre com toda.~ as mas for-
da, Ul:omJmnhou-me no quarto delc, on- ças, . u-711 concerto ensurdecedor. O
de o nhrncoi e>fusirnmcntc C'om muitas canl1ro de Lourdes: Ave, Ave, Ave-
lngrimas u. mistura. ' Mario, / rarluzido JJc.1.ra os nossos chi-
~fossc ml'!,mo dia ,im jautar jit com nr.,e.~, rra-lhe i11.mportavel.
mjnho f_n111ilia, comendo _de tudo, be- ()7, ! d1zia ele, como eu sofro! ...
bendo 'lllho, t?mnndo ca~e e sem que O
meu enfraqurc1do organismo se 1·e~e11- .
I
Batem-me batem-me! ... Nao pos-
z , ,
tiq~c desta rapith\ sortirla duma rigore- .w 011 nr e,~l~ pa arras: A ve.1 Ave.1
sa dictn de longos anos. lfarota.~ fa::e1s-me morrer de colera.
Do diu seguiute por deante passei e.I .Vfio morreu, ma., ern bre1•e t1We
fnzer a minhn villa int<>iramente nor- dt' partir.
mal, rctomantlo o fio dos meus negO<'ios 1'
e ocupnçùP.s interrom11ìdo ha b anos,
Joaqu lm Duarte d'Oliv eir a !endo, N;Cren~udo, ronversando, pas;,.ean-
do, comondo S('lm dii>ta, clormindo repou-
esses )ongos oito nnos foi a minha com- çn e a tratnr-me; foi minha Esposa que, 1:;a~nmcnte e rQ~·t!pcrnndo d_ia ~ dia as
panhe1ra. dodicada de todo,; os dias, de exgotndos os recuri.os da sciencia hu- mmha-., for\•os f1s1cns, com mte1ro espan-
-Ste 11 a Matutina
todaa as borns _e de todos _os momento~. n111na, voltou as suna. ('6pere.nças para 1to de todoe os quo conhccia.m o meu es- uGerLi I Onde ostas tu; minha pcate? Va.
Numa perfo1ta compnrt11ha do meu a Misericordia Divina. taclo nnterior e quo ao ver-me nssim, cu- Ja bu!\Car o loite,, 1
1
martiri? fisico e ~orni, anirunt!a por Quanto a mim devo notar que até en- rado dum moment-0 para o outro, &l'm Urnn. pequonita de !ICÌS ou sete anoe
urna fo e esperançn 1Ua.balaveis, intoirn- J tiio as roinhas crenças haviam sido sem- t.ran,;,i~·iio, sc-111 e,·oluçiio de qualquer es- levanta-se ltt d um c·anto onde estava sen-
mente de~pr('()(·~pnda de s~ propru~,. re- j pre pouco ardcntos, muito semelhantes p8<'i1•, fil'n vnm aindn. perplexos, corno tada e ootra na cnRa visinha donde sai pO'll-
gtllando 11, sua v_1dn. pela mrnha, suJettan~ 00 fogo qua tem por cima uma espessa qu<nn t111lm 1lificuldado em acreditar o e-o dcpois, trnzendo uma bil ha de barro.
d ~ ao mesmo 1sol!l-men~ e des'?reocupa- camada do cinza,.. vinm-se pouco. e mal. que via, mais desconfiadoe ainda que S.
çao de tocla a o:ust-0?c1a exterior, nlio E se até ali foram pouco ardentes, Tomé, qne no 1er ncrAditou logo.
me abandonnndo um tll!ìtant-0, cançnndo ulio era na situaçùo em que me eocoo-
I Nisto um p;nrotito surge la duma esqui-
na o fa1.cndo caretas gcita a pequena :
No dia 13 de Novembre pude jé. ir a ul<~h I - Olha a Gcrti, a selvagem. Feia,
d f t d I 1 Fatima numn longa. \'Ìogem <le automa- mli, fein, feiau !
mas nunc_n es a ecen °, e a fo!
durant(> tra1•a, com o espiri lo ferido por um gra- ,-et. 6,'.m O menor caDEaço e na melhor A r><'<Jl!Cna chein de colera, eoraivada,
2 pelo cnb~lo ero desordem,
aqueleft . o•t<? i_i-nos tuclo para. m1m: ~po- \'6 dc~iquilibrio menta I, que elas podinm disposiçiio de corpo e dP. t'l,pirito, para pns.<ion a ~ao
sa dedica~ 1~ 1mn, companh1a . insep1ua· 1:lv ivar-s<'. agradecM, corno me cumprin, a N. s.a po11sou a b1lhn com o ~e1te a u~ la1o ~
ve), mccl1c11. atent~, enfermerra cnri-
nhoso, crenda snhmn!sa.
Co_ m

F. tudo isto foi com pacicncia e r·om por dllls mezc- e nnos mas sem qual- q t
I
çcrto. eo.pn_ nto _de parente!> e cle F.,tima, o im(•rC<'iclo beneficio com rua o so o pequeno nao fogo nao f1cana
am1go~ a mm h a v1 d a f o1-se prot ongando ue mc " rlì!;tinguiu, dando-me dum dia .iem bom t roco.
t d Qunndo ,,oJtava para tornar a bilha,
.
reR1gnaçiio ìnoxcodh·eis e com um e..~pi- quer es'pecie de melh~ras. fisicamentn para on ro a fc~ro compIe a 06 meus um gnt~nho vom enc05tnr-se a eia procn-
.
rito de renimc1a · o d e sacri·n910· pora os chenuei 11 magr"za extrema· :i p<'rfeita' torturantoo so r1montos. . . . 1o agnrrn.r-so- lbe aos vest·a
1am 1 oa. Com cer-
qul\1s. s6 D e>ns ...,m paga e premio ,-u f'1- miserrn
~A • · . ,.. . ori;i:amoa; . ·
mentalmente ' · dPsi-, . i,:: bem. po.sso . cl1zar que
. fo1 8!ISe
. um do, 1<>za quer,a · brtncar.
·
O
cientee. Thri d · h f ld d . . d)as mnis felizcs d. a manha V1da. A pcquena ncariciou-o mas querendo
Para. se comp1·<'6nder bem a gravidnde qui i I to das_ mind a! a~uh a ~ds pres1st10. Mais urna srez se constatou que Deus, segura-lo, deixo cair o leite.
do mou ostudo e os sacriticios a que elo comtop pec
O O
1rnramen °
c,xnt.no voge
a tm~1?
n, 1voa vi 11, um 88- iufinitamcnto grande, infinitamente ea- uQue ira U"Orn "" 11, velhn fnzerP»
· (mur-
obrignva minhA Espo~a, bastara dizcr E nliMlm . num per fe1to . ' dessoramento hio e infinitamente bom, é tambem in- murou !'la).
·
quo aquoles oito nnos d e 1soln01ento no d a 111111 . ·h a ' VI.d a r·1e1ca
. e numa competa finitamente podoroso para fazer num ' Um I tohornemd6 d que pnssavn o que obsiervou
· d · 1 n creança e perguntou o seu
meu q 111,rto, os pnssei quasi ininter- am,encm . e VIC1a mora, 1 d ecorrt"ra~1 conseguir
momento nquilo que em anos niio poude> tue o \"C>
a limitada e falivol scieneia nome.
ruptamcnte no leito. nqneles 01to lougos anos. com a e1.clu~1- humn oa. «Niio <S da sua conta (responden resoln-
E oomo a minha :,ituaçao era bem s&! vn u~sistcncia de minhn dedicada ~J.~po- E. t:us:ido . •1·n dizer quo aquela c11n1a- tnmente) I
melhante i dunta crennça quo ,·ive ape- 6:t. • da de cin1.as, que recobria
O
lume pouco - Pois sim, menina, mns a tua mil.e
nas pelo iru.tinto, era minha Espo~a !\o tll'CUrso da mi·nha doença, um pa- v1vo · . h
<1ns mm as crenças,
d e»apareceu, vaì-t-e rnlhar,
. dire-me, pois, o teu nome
qu .,àm t.inha de ter todos, ainda O!> mais rento e ••A, migo 1· ntimo, que por suas nobi- voou C'Orno fumo; e o «fl ed o», quo or(l, e clou-to · d1nheiro para outra bilha e on-
Poquonos Cul.dadow~ indispeusaveis a ma- t·1s.:-1.m OS qun(1'dacles mu1·to ""' n°t1·mnvn
~ ~
e entiio pnrn mim umo oraçào quasi ,·azia tro 1Otto. N- I s· ·
nuten',,11- 0 dn.. minha <>xistencin.. re:;1>ei·t11,·a, quiz visitar-me. de sentiJo, irrompo-me hojc irrcsisth-cl- h- " uo quoro s li
nnc a·.é ign o seu ca:nu--
s e
Era eia quem, poi· nece.ssida<{e duma SaliC'ndo quanto eu o ei.-tima\·a, minha· mente do< ln.bio., nnm brn<l,'1 do ie \'iYa ') bn:~rei:, :~1 r~i ia;:~nha~, mm~~:r :
rigoroi;a dieta, muitas vezes coeinhavà Espo'-11 obriu para ele urna exccpçiio, ardente. fender-m<>».
;e-
os meus alimentos; era eia propria que I permit1ndo quo entrasse no quarto onde Li,boa. , \ ,. Fontoo l' oreira de Melo 16, - Que rren.nça tao ma ..., murmurou o
m'oa metia na hoca; era eia quem mo . mc i.,olurn, nn csperança de que eu /O 2
de Doz<>mbro de 1927
_ 1homem, e foi...se. Gl'rti ex{rou resolutamen-
cortava e• lirupava n.s unhas; ei-n eia nté 1 acolhcrin l'Om agrado. te em casa da pn.troa, urna velha farra--
quew me (ortnvu, o cabelo, pou. quo a , Balda,la ,,~pornnça. .Toaquim /)uarte dc Olit-eira,, pcir1\ que ,·ivìa m1mn. n1Mita estreita, um

Voz da Fatima 3

cuminhosito impossivel, sombrio ja f6rn da - Mas olha que os policias prendem-te Saiu da caminha e aproximou-se da VOZ DA FATIMA
cidnde, oncle s6 pnssava algum garoto que o le\·nm-te para n cadeìa. grande jancla ùu que afa.stou ns cortinas.
joga.sst1 ns C'sconù1tlus. - Pois é melbor isso do que voltar pa- .A uo1t0 c;.tan\ e lnrn. Ll'vnntando O!, olhos
Ha"ia quntro nnos que a velha para ali ra casa. para o <.:éu coui.tclntlo, Gert.i murmurou.: Oespesas
t.inha vi mio fnzendo da ca~a um deposito - Oh! a,•osiuha, diz docemente a me- «.Mou D,·ui,, vrn. quo al'entlei;, as estre·
de forrnpos. Tinha para la le\'ado a pir nina loura, levemo-la comnosco, sim P Fa- lns e me t·ontluzi»t-0 aqui, mo;,tra~me es- 'frnnsporte 89.343$01
qucnn em creancinhp, que ali cre~ccu som ça·mo a vontade. Para casa dumn mu- ta Santa V1rgem tùo boa. Mostme-mc Pa1Jl'I, oompo~içao e im-
nr puro, ~em luz, sem educaçiio uenbuma llier tiio m1t, nilo. Diga, nv6sinha, diga ja a brilhanie l•:strela. th\ Maubà. pressiio do n.o 6:J (32.000
• o ~<'lii afoctos. quo sim. Pal>SUl'lllll•sC unos durante os quatlb Ger- cxc.1!1Plnrc-s) . 1.065$00
Vendo-a entrar sem a bilha do lcite e - Est1i bc-m ... no menos hojo ira.. li niio de1xou nqudus que a tinbam reco- _i:ìl,los, ombulngcm, expcdt-
<00111 um guto no colo, a velha ficou furiosa - Sem1>r<', sornp1·c, avosinbn. lhido. A nvosi11ha mor1·pu e Muria partiu I ~·uo, tt-un1,port,·~, itravurns,
f' ngnrrnndo pelo poscoço o gotinho choio
do medo ostntelou o animnlzinho no ~o- nolinhn tomon-llto o. mùo e diz.
I
Aproxiinnnclo-so ùo Gerii, e.spantadn, 11, para ns ( 'nrmeliias.
GC'rL1·mlns de.,(losou um opcrario cristiio
crntas. c;,t<·.

brndo ondo ficou em convulsòes e depois - «Vcm porn nossa casa. A av6sinha e f?i nmn frliz. mà<• rio familrn. I 91 774165
morren. é muito boa o ohi trntn,.te muito bem., l n11i lordo np11rcC'ou um volho deante I Subscriçao
uM:1t gritou a peqtiona, ma, quo mal Olha: tcnho I~ urna. bon~n que fechu_ os d~ _suu. poriu quc a todos q110 encontrava
lhe fa rin o gnLinhou? olhos o... mnitas coisas hndas. Tu ficus chzm: «knho tome,, Gertrude;, lornu-o po,.
- Tu calns-lo, minha losma? (gritou a sondo mi.nht\ irmù~inha porque a outra ra ca.,~ thrn-lhe dc corner e preparou-lhe I
I .
(l\Jar~,o do 19:17)

velha avon<;nndo r(iivoi-a para Gerti). morreu_, o o pap(i. e a rnamii. tnmbem. <·ama, 111~1~ de cncon~ro. a op~niiio de al- l~nvin~a1_u dc-~ _<:.~cudo-: Ermeliud~ Pa.-
.\. peqnena vendo 08 nres decitlidos da Gortt, olha-n, pasmada. !!UlllllS v1~1nh,) _quo t1mmm nao fosse al· q~eto ih~, Rhsa .MPndouç~, ~ose Pe-
velhn, si~i pela porta fora e s6 parou, ofe- ccVooemocé~ nii.o gostam depois de gum lndrno rhs.,111111llulo retrn do Nobrcgn 02$00), Gmiuela l<'er-
gnnte, quando se julgou a salvo da.s pan- mim I diz eia trislcmcnte. Éu sou ~uito Ah! Est..• \<'lhinho é-me tiio simp:i.ti- raz (15 00), Vicl•ncia Toixoirn Mendon-
cnclas. feia o muito mii. Ningucm quer brincnr col I•:Stn iiio frnquinhol Como pode ele ça (12"00), ~IIredo F~rreirn da ~obrega.,
Veio a noite. Os cnndieiros da ilumi- eomigc) o ri.-m-se de rnim o dos mons ve.-.. fazcr mal. Gertrut!e.,, Silva. :'.\Inia '11$00). )!aria
na<;iio rc-fletiam a sua clnridade nas nguas t.iclos. Xo e11t1111tn, cliziarn·lhe as vh,iuhas1 é l\forgaridn ::\Iarqno•, ~farin Julia Sam-
do Tejo. No céu as estrelas numerosas
scintiln,am 00 eéu.
Gerti nbismava-se nn eontemplaçào das
diz vh-nmenLe o su~ intorlocutora...
S6 tem o cnbelo ern desnlinbo e a cura
'I
- Tu nùo és foin isso nao é verdade bom aC'nutl.'lnr ,, dar volta a chave nté vir paio Cnldas, Maria l•' lorinda Frnzào Pe-
o seu marido. · dro~o, P.P Joi;é Gon<;nlve.ci Leitiio, Carlos
Anto<i, [)orém dc frchnr a portai, Gerhn- ~'o.~la C2~$lX1), Tei:tuliana dc Jesus. Ade-
luzo.s.
E' b I 18 · t
'E'1 <' ~ , t~' ho IDll)d d
, . d0 d . .
·to 1111
• izia e ~l>. 1 / a.v6si11ha qt1er tu<lo quo ou quero
- A
Vl.'m anda cliz. a. senhorn.
I
mal lnvnda. Eu ,•011-te dar vestidos . .A do.s olhou para dnntro e Yiu qne o ,·elho l1na Q_ue1roz Calde1rn. Darnhona, . Almoriu-

minhn
<'hornvn. · <ln ::\l1rnnda l<'rngi.oo, :\furia .Margarida
Aproximnnclo-i-e, perg11ntou: .. voceme<'e GnimariiC'.~ (20$00). ::\faria Emilia Fer-
a nuucn 1n a S('i o nque1a ruo1a 1n- . . ' ' . ,.._ I · t ? .J E )' cl (' · L • ·
forno no lo d 08 sct té l\f11rtn~1nlto é bonsmhn.. Em companJ1ia .,.,m li(ntn< ei, tris l'ZilS. » nanuo, '1,no in a arne1ro cao, Cand1-
cais 'po·-:: a nga ° ~~/nsJos
11
t no dola tu nùo seras ma. -Sim, minlm st1nhom. Jt} o \'Ol'-vos veio eia Amami, Armindo. .\marni, Condoasa
n"~m i. quoso fl C1ava ,..Yesh I a umah rda-
11
- Ah! 011 niio sou sompre boa dir.>. Ma- numl'ntul·ns. (),. seu~ olhos, o. vor.>. e o rir / dns Dc>rnr.>.as, Dr. ,Jonquim Ahes Mortins,
11np sive1 o uln a vergon n e .
P~.,..
quem a via. Por outro lado a v-elha niio r,atoc6~n~co, _m_ns qvu~ria-o ser para dar
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77iio OG(l~ rn;tindpo ro Abnn; e Il mi- e n;rn
· M · G'l J (' N · (36~00) p
IP(~ I. :iri~ ir ... i ·
l.e Lvu1a
sa seniio 1 0 olhn d s t a 8
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lhe dava ocasiiio de se ocupar dontra coi- f!PTS a ,,tn11t1dss1m80. ,•r11:om. .
-
n gos ns a ant ~s1mn V1rgem?
Eu nii.o a. conheço. E' algumn senho-
i~m 11101 EPr ru es olvo tn.mlemEserfm,- e ac- :~no (2~:00on), A. anaJ' ··1:!nul~a c_e da.s·
s 1m.
ses
1 •,11 son 11m t esgra<;nc o. m rn- ,onco os I ç, , na ~1111 1a • erre1ra 06
sufo1·:ul,u, olo f'Ont<,u a. sua triste hist6· Rantos <20$001, Antonia. Dnstos, Alfredo
18 0
~
O n 01
.st·ueac nmt·alhn rarc~o iqumn
:, \'(' .. po ,~01 o 1w nao
,~ · : oagcen.vna
.
rn dn sua rnn?
-
ria.
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Casndo
I . I
<'Ulll uma
dia luz orn ~entar-sc a um cn'nto dn ca- I - E' a i~11mu do JoEms, a mam~ de to- pie osa, , e t_w _in-a. trah1do. e nhnndonndo i'l , . "l , u arrn • o«u dn ~ilvn,. z. Sm-
.
mulhor amante <'
r (!30~ :lO) ..f . T L ROfia,• Marv• Abi-
Yicgas, Maria .MnrqU!l:!

sa e obsc-n,ar O l,rilho das estrelns. dn, a.s men1011s da terra e a Ramha do c:om a. sua f1ll11.n!m. J?ep~1s, cnn<;ndo de, dP P111fo .. lsnurn Matos, 'F,~mehndn d_a
Q n d ~ Céu. urna \ldn de n c1os o imp1ednde voliarn Camara 1,c>lt-O (1 ,lulur). Mnr1a •.\h'l"o F1-
;:v0; . 3{/
t " u~m 1
0
n. es a fnoi
l quo ~ n.~en e· 50• pergun-
e a ooquecia
isena, ~8 seus nrrapos O m01,mo a mor-
11
- Do ('éu? La do ('ima:>
sua Gcrti mostrando o azul est~~lndo
_ Sim
perguntou mcLS eia m11llu>1· t inhn-~e nn<:Pntndo c-om a g1wira ,ln Rih•n, Olinrln Portoearrero Ma-
·
menina. ria Barb~-i do S. P. Vinagre PreU: P e
Pr0<-11ro11 e> 1,011hr "Il<' ,-un mulher •tinha Jo:iquim Plnci,lo P rf'i a I b I G ' ·1-
te do gahnho no contemplar o sou estre- :. .. . (' Id . . p <' r_ ' zn l.' . onça
Indo e 08 reflexos dn luz sohre a agua. - ~ntuo Eia <'SU perto dns estrelns? morrido m!L'I a c·rc-an<;n ... 11:io foi cnpaz dl• , e~ n t•11n, ·t Anl6mo d'AlmNdn Cor-
Durante muito tempo ali ficou cncostada Gosta,•n cle snh<>r quom na ncende. a rle.-;cohrir. uSe eu fos~-e riC'o eu µoderia r~,rn, P.o Amerl<'o _Augusto cl.e Lncerda,
·to - E' Deus. 111<1lhor procudl-a nrns Msim ... pobre... Curlotn Augm1tn D11111, Ant6mo ?tfnrquos
a.oN-p~rapei ·
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0
'òjh • p~a ut~:
~ fue 11 es s m\11 °
1 lh d.
sen.~or~ qi',1e de iz:
- E' Deus?
mc ma a O po- l\farin <'Om inquietn<;iiol.
Ap~c-ntnr·mo :f polil'ia, niio, nào tinha S<>rra, l\fnria Nof'rni do J<'nrin Viria~
-'l'u niio snhe,q qut'm é? (perguntou animo. Jc':nto de L•,..tnr na., <-uns miios l'S· Pimentel 0orc1oiro, Lniza d'Oli;eira Xa.-
ta,·n c-u. virr, P.<> Ant6nio Au~ui;to Ribeiro C..
68 11
cn'.r - Niio, mas ~e a menina o conhree di- • rolinn do ,Tc~,i- da Silva C'outo, Mnrin da.
Gorit voltou-se brusca.mente e e1;1con- p:n,.lho quo nunc:a se e~queça do as ;een· • • Grn<;rt l\fossin,-., 8ofin :\lml'ida (1 dolnr),
trou-oo no. pre.s1;_nçn de urna sonl_10:n idosa j dcr porqne ha noites tiio O!icuras ! E entiio Jorclào Ronza (1 clolnr), Ana da C'oncei-
levan_do_ pela mao u!na loura !°em.oa. eu sinto ttt um frio no coracçao! ... gos- l!mn lnl'de, numn l'ua e,;trl'ita eucon- <;iio D. Lncnrin, !\fnrin Albl'rtinn dn Con-
«Ja e .tardo, contmuou a d1zor_ com b_c- to tnnto 41 s cstrc!n.~ I a trN umn p1,quena. qut' M\. part>eia com Ger- 1 rci<;iio C"o!.ln. 'l'oltn, Lnzin dn ('osta e Sil-
nevolencrn n. senho.rn., e :1S meninas no.o -M:jnhn menina, diz a senhora, a San- trnc)os e devia tor :, sua ednde. Interro- va, ConclP,s."11 do C'nrt nxo, CondOFsa de Pa-
d,e,vcm ~ncl~r de noite s6smhas pela i-un.. tfssimn ' "ir,l!'<'m n qucm tu reznra.s junta- p:1101-n mas eln rt~ usou-se a dizer o seu <;o ,le Luminr, Artc>mi,in V. Marquee da
le prociso ir parJ casa». monte C'Om Mnrin, é tào lwla, tiio brilhnn· nomo. 1kpoiR oln era tao insolente que eu Clunhn, P.c• 1<:nril'O dc> N. Lnc·<>rda Pires
- Para en..~a .1:80 vou , respondeu a pe- te no Cén, quE> pai:sa em hele1.n M mnis J>Olll;l•i' «Niio, niio yode l.l'r t>la.,, 'l'rmi Ortal"ia Mnrini Garcia (505g00), Deolin~
quena com d~isao. . linrlns c-qtreln.s e c-hnmam-lhe a Estrela dn pena de niio i\ ~ep:111r I da do, R<'i~, Mnria Cnndida d'Abreu
- ~ tun:_ mao ha-de ~e.star em euidados. .Vnn11rr. Olhn, rom e>ste terço é que n tun A m!nha filhinhn, so ainda , iH•, dern j Froirc, P.El Jo!!ti Lu{~ da Rocha, Joiio Jo-
- En ni.o tenho mao, ~Sto u em c:,sa miirsinhn devin i·rznr porque cla era Fi- 6('r muito ~l~sgra<;adn. Quem sabl' l:i como sé Aranjo, Ant6nio Pedro Fcrrrira Dine,
dumn velba que morn ncola p•rn aqueles lh1t da ~nnt(~imn Virjlem, como O pro'l"a e!a te~:i ,·1vttlo e en:i, quo dc-~rada<;òe~ te- Armincla Sa!1to!-. Mr,rin Eugénia Reill
lados. ,
- E,_ tua ttaP •· .
.
. boa., 8 do de:r.embro de 1899.
I
~tn mrdalhn onde l.'ll veio gravado: Lis- ria ca!do ! E po:; mmhn culpn. En tinhn (20~00): Aclrrnna Flon~ Rnsçiio, Lncin-
esqnoc1cl~ a ~ra_ç~o IT!n.s vol~ei a reza_r. _E.-- da ~er<'1rn ne l\fniralhii<"', Jo~o da Grnça
- Naf.l é. Om I dtzer q1;1e eia antiga- - Ah I 1>ntiio. eu quero ver esta Estr&- ta ma.nha fui a igreJa ped1r n SantiM1ma I Jnnior (l!i, 00). P e E,nri"to Carreiro
monte. t1~ha uma (1ospeda.:in. noutra ter- In, e>stn (C'orno é que se diz?) Snntissimn. Virp;Pm qur m 'a fize."se enoontrar se eia Go11Yeia (M~OO). 1\fnrin. .Tnlh nn n()('h&
ra. Fo1 la que_n m111ba maesmha morren. Virj.!:eml niio 1;1;tn jn no céu. '12$,50), l\fnria do Nazareth Vntentim de
- F, beu pai ~ - Flntiio é preciso pc>rdoar niio 006 Ah I s(.' l'II a encontr~ feliz I... Eu nào Rousa. Pnlmiro Mnrtins forin Ester
- E' um vndio. _ . zan,(!'nrmoci, fn1.or corno ,Tes11_q qu~ percloou lhe dirin. na.da nem me darin a conhocl•r. Ilorizes Cahrnl (ll'iSOO), Joaquim' N'nn 68

<:11-0?
- :Niio oonheço. A minha patròa é que
I
- Oh! menino., nao fnle a.ssim. C'onhe- aqupJe, que o injurinvam, Jhe batiam e Niio. Eu poderin. ir envorgonhol-n. Mas Pjres, Jonquim Pl.'reiro Drlendo. José
zombavnm d'Elo. ~e eu II vi&'l<' de lonje eu me di ria: «eia Friiias (15800), J,'rnnl'i~o ForrC'1ra de
- E _Ele deixou quo lhe bates'lOm? !. .. é f~liz, t>la ~ honC\"ta, ola é boa... e mor-1 Rouim, Jo~é Antonio Gonçah-<>s d.' Aze-ç-edo,
disse quo 6le é um vadio. E se 6le é como - Denrou. rena tranqu1lo e eom maior esperança no Ester dn Con<'eiçiio R(.'i~ C. T<>h:E'ira, Jo-
ela é molhor nao o conheoer. - ~h ! eu _rlof!'ndo-m~ . e ving0-me. Ar- perdi~ do Dons In . . ~ Lo1)r<'nço 'Ft>rniio Piro.s (20$00), Rita
_. Entiio, niio conbeces ninguem da tua ranho1 o ,Touo m<>u V)S1nho, um grande I A JO\'t•m <•sposn v1olontamentc como,·1- Noaue1rn, P .o .Joaquim DiM Duqne
fnmilia? de 1:3 11,n()l, quo mo bntm. da, perg11nto11: (80~00). Mnria Iznhfll Montriro R 11inas
- Niio ... ma;i qne é que iS!IO lhe im- ,Je.c;u ~ cstava ntado? cc~ito 6 An:l T<>r<',a. o nomP da suo mu- (.'.iOSOO), 1\for,rnrida Mnnu<>I Pint-0 C'llclht1
portn? - Niio. lhor?» Frnn<'iwo do Pnirn ,Rol«..to <17$00) Lucia:
- Tenho interosse por ti, menina, e é - Tsso niio posso, minho senhora. En- 1 - TerC'sn . sim. .\ .<.enhoro. conhece-n? no C-0rdeiro Gon<;nh"<'l', !\f:, nul.'I 'nuarte
por isso qne eu pergunto. Gosto muito tiio se ola tnmbom tive.~e morto O seu j?n- --<'onheço GPrtruclos, r<"!pondm1 eia. Ortigo.c;o, l\fnria do Cnrmo Pc>r('ira c1 11 La-
dns crean<;na. tinho, tah•ez o menino Jrs ns tnmbem Jhe O nnciiio olho11 pnra <'la. Est11\"n pnlido "l>rdo de Pf'nnlva (20$00) ('nmiln Rodri-
- A mirn, ningnC'm me tem amor. otirn<1se com o banco :t C'Dhc-<;n I mM o sc,1 olhar r~t1ù·n rndianto do ale- ,rues Mota, nulc·e ::\fnrtins Pcreirn. P.e
- Mna olha ca: niio tens nenhum re- -Ah I niio, disse a pequona Maria. in- gria. ,To,,; MnC'hado FeJTeira, Roci:1 de Jesus
trn.to ou qunlquer lembrança rlos tens tervinrlo · ,JMus doi"tou-so proanr de pés -Oh! 1•xdnmn ele... niio fale. Tenho l,(.'it~ (2'1)$00), D. .To~ Ma rin Cnmnra
pais? e miios percloou nos seus carrascos. medo !... GPrtrode,,: im, rneu Dens, soie (J'lf'lmonto), M$00. P .t> Ant6nio Pereirl\
- Tenho nqui ii;to quo a volha me deu
num din quo ja tinba b<1bido sofrivelmen- rempt.orio.
I - Fez mal! d(.\('lnron Gerti em tom pe· vM Tiilwiro. D , F.d11ar1la Alh1•rtina T. rlE> Snn-
-Sou eu ..c;ou tliz Pia, oobrindo de bei- t i,um. )fa rin .\drinnn ,J,. Sa ntm1m R.
te, dizondo quo isto niio vali a dez reis. a
-: Maria, diz _n nv6
Gerti tirou do seio um embrulho, que onsi~nrC'mO!'. mais tardo a religiiio a e.sto .11:em n~ quiz que !ll<' vtssern de lon~e m~ nn Aul,!'11sta rfp Pina. Grncincla dr Sousa,
II
sua Mtinha, n6s jo~ a ~ront.e. do onriiio. _A ~antisRima Vir~ Rihoiro, . \urora Augusta ('orrein, D~lfi-

lovou mnis do cinco minutos a desatnr memnn. cond11z1 u·n>s a m_inha casn oi:ide ficnreis Eduarda AlhnrquPrquP dr Pina, P.o Do-
e a dosenrolar. Rnvolvido em nurnerosos I C'hl.'gnmos o en~a o o mais urizente é i:emprc, onde terl.'ls t{){la a mJnha ternu- min).!o'- do Fiuuflìrndo (20$00) ..\ urora
papeis -O.Stava um ter('o e urna modalha dar-lhe nm hnnho P comicln e depois fn- rn filinl. Niio fnle 1!0 pn~asclo, pnl"!'inho. Va1. ('Jcment-0 J\forq1ws ,fa Crnz: Mnnuet
de eobre pro.teadn. zel-n dormir. «Qnnnrlo Ck>rti bem lnvnda, Ef,qtH!<;n tudo e niio no, !.eparemos mais. . das N'evos. )fnrin Arl<>lni1lr Snlnznr Nor-
«Porq110 niio quores tu voltar para. a estomaiz'? chl.'io, envolvida numa. camisa J D~:rnnto nlµ;nm~s i.!'111:mns vivou aindn o ton. A n1, F,11n!'rnnçn Rodriiznc-11 M. Rdunr-
cnsa onde ootivcste nté ngorn? pergnn- de dorn11r brnncn <'Omo ne-ve, rescenden· I anc)UO ~om ~11a _filh'\. t• ,ru, nf'tauhos. Mt\, do FreitnR, P.e Auii:usto d'Arnujo (20$00)
tou a sonhorn, mais C'Omovida do que nn do, se viu nn suo. C':'lminho. improvisndn, n a vtcla ia a rxting111r-se l' pediu 08 sacra,. Am,l'Jin Valindrinhn (!3-',$00), Amélin ~
roaliclnde pnrecio.. nv6 abrn('on·a trnço11 sobro <1la o signai dn mc>ntoo. . pc,,,. ,le Mendon<;n 60$00). Moria n:i Con-
- Porqne a velha é muito ma. Torlo Cruz é clisse--lho, G<'rtrudes o nJu1lo11 i> c•ons.olou n:1qurjn c-ciçiio T.ooc.~. Olivia Vic-_e:a~ Alc,candre,
o santo clia me chama nomes me bnte «norme bPm, J1N111eno.. Nosso Sonhor luta suprema. Olimpia ('unhnl Pntri<'io, Clnra ·Maria
e... mnis <'OiRas. Mns matar ~ gatinho, enviou-to nqui, niio to nbnndonaremos. «,la nito ,·ejo, minhn filha, d1:,; cle. E' Rihr,iro Tol<'S, Marin Mend<".> Lino. Loo-
tiio lindo o qne veio pr.ra mim <'omo se A,zora, N>mo ornçiio dn noite, dir:'is s6 is- noite, Grrtr1ull'S, ,ern eternn •"<Ln notte? poldinn Mnria 'Rorj!'(lf; (20ltl)()), Lidi!\ :\ft'n
eu fosso amiga dt>I<'... isso nii.o lh'o por- 1 to romiµ;o: cc?tfou Drns, en vos èlou o me11 T<•nho meclo!. _ d(\q L<>nl (1ii~OO), Jonnn Eli1.a da C:unha
doo. rornç:ion - Pne querulo, nao temn a no,te. A to- V. d' \lhnqnrrcrn<'. Maria .T~é Cnnieo,
Mns ngorn e.&ton contente, ,·inguai-me. Gerti r<'pl't iu dOC'ilmente estn curta for- rl_n a hora 1:i l''-ln bri(hn_nte n Virii;em !\ln. . Viseondr..~a ne Montrdor. ,Tn-~ cln Roclrn
Atirei-lhe com um banco a cnbcça e ficou mnla. rrn. :\ F.!-trela ()ttl' ch,<1ipa o.,; rr,•Yas •· O'- Pninhn«..\velino ,To,(- C\>rq11eir11 ){arouf'l!I.
a esc-orrer fianj!;\1e quo eu bcm ,-i. A peqncnitn, por~m. niio podio. dormir terrore' · TnvoquN~ol·n. Joaquim C'arèlo•o di\ Silva, Anto11h l\f:tla-
Bem feito ! Rin !'lentin~e tiio feliz n<>sta sitnac:ao con- - Sf,·1111 • Matuf 11" 1• murmurou ' velhi- fnin, ViS<'onclr de Cortrgacn, Trinrlad,
Isso é urna ncçào muito mn. Vem co- fortsivrl ! Alii;t1om teria nmor a eln, a po- nho, l.' ""fHrou dn('<•mC>nt~. Leitiio. Roqn da Cn,tn Mndrl Gon(·nlves,
migo. Vai pe<lir pordlio n essn. senhor& o bre ~oh·ne:em? ... Srrin pos.ciivel? ... E era _._ _ _ _ _ _ _ _ l\fon11!.'l do Po 'IO~ Mnrtins, P.C' Dnmini:i:os
eia niio te hnto. o bom D<>u11 quo a tinbn pnra la oonrluzi- A. Gon~lvM Rorlido, P.e Antonio Mar-
I
- Eln , nii.o é senhora nenhumn., nem do I... A sonhorn tinhn-a nbroçado... Co-
lho peço rordiio, nem nunca mais la vou. mo ~ hom <' clòce um boijo de nv6sinhn !
011dr i,1it'l'r1•111 a T'irgr111 Jlaria ludo tins C'nrneiro. Ra~·1nuncln d'.\lmeitt.1 .\1-
, JJH•t/odl! e c/cmm1da. VM.
Voz da F4tima

Seguodo o juizo cln medicina, confirm~ chado ( rua de S.ta Catarina, 329-Por- Abrlgo para os doentes peregrinos daFatima
AS CURAS do pela radiografia, es...-<i abce:,so foi to).
Tra ll'3porte 5.530ffl5
considerado incurnvol. P .e Joi'io Ferreira Leiti'io, d e .Aveiro,
D. Mn.rin do R osario
DA FATIMA desejn manifestar por oste meio a sua
Mouriio 20$00

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grnt.idào n N. Senl.iora por uma grande
g rnça rccebida. -5.560$05
Porto, 3 de Novembro de lll27.
I A . S. P.. vendo-se aflito com um gran-
E' extremamente conso1ndor que :1
de ataque "de to~ o folta de ar. An to- E M P E REGRINACAO
nio Luiz da Conct>içiio (rua do Lourei-
devoc;iio a No~sn Sonhorn de 1<,ati~n. ro 5-Coimhra) teni.lo obtido uma .grau- (lmprmDes duma peregrina am 13 de Ootubro)
que florosce de h:l muito ern fr~guesms d~ graça tomporal de quo dependia o O comb~io inorme, ofegante, sumia-se
oil'(·unvisinhns, oomo Murtosa, etc. , es- seu bem esLa r o do sua fami lin.
teja a et,pnlhnr-~o por ~ontacio nesta nas t rovns do tunel do ltocio.
freguosia. Umn pron\ disto siio os fn<·to3 I
Maria da Soledade Gomos (rua da Ro-
cha, <32, Angrn) vendo uma _Pessoa de
Avé! Avé l A ,·é--Maria I. ..
Era magnifica n d isposiçiio mora! de
tfUO a seguir r~lnto pedindo o fnvor da
fami li:t aflita com dores inter1ores, scm todos os peregrinos, mesme dos que iam
aua publicnçiio nn Voz de Fatima bem poder t-0mnr posiçiio. Fausti no Pedro gravemonto doentcs I
corno do.s fotç>grnfins que envio junt.-1 Ribeiro, ci:l. ('n.,tnnheira do Ribatejo, Vnis bem? - porguntnni a. esposa a
mE>nte. o que OJ!l'nder.;'> de<.de ;5 ntacndo de um tifo de cnracter maligno, u m jovon condono.do peln medicina.
recorrenòo sua mulher e sua miie a N. Muito bem - rosponclia ele num sorri-
I' .l' l<'erreira ,in Sih-n. Senhorn de Fatima. Antonia Rosa, ne- so chcio de fé e ('SpPrançn I. .. 0'l l11hios
Arrifnnn. freguezin de C'nrquere Don- de todos os companheiros do comparti-
Alòa,w Valr,1/•· da .Silrn. de dois nno3 ro) graven1ente doente e sem esperança mento, mo\'inm-se em oruçiiès 1,u ele ...
d idndc• nntural da fregues1a db Par- dc cura. A,•é-:\forin choin de grnça ... N. Senhora
, . d
dilh6, l'oncelho de E,-tnrreJa, ten o M- O s1111<'rior de urna MiE<sào da Provin- do Rosario dc Fatima, rogai por élel
d c, atingido por urna plet•res1,l purule11 cia do l\foc;nmhiqne em nma cloença gra- Duas irmiis, iam ngrnclecer a Virgem
t.a· e «ln10 o pnz aumenta,-se em l-'-tremo ve do fif!n<lo, que niio ob-Odecia a.o tra.ta- a. sn.udo dc um im1iio qn<'ricio qne esti-
tornou-!'e neooss1frio urna inter,•ençiio mento meclico. vcrn q unsi pordido com uma ulcera no es-
cir111·~1<·a. No e'nl~nlo o médico nik, q_u<'- Ana José Ahrnnrhes de Can·alho (rua tomo.1?0, Umn humilde mnl h<>r c1,, r·•,,·o, ja
rin rccorrN' u e-:;so 1111•10 -mprom11 1,0r JUl- do iclncle; a cura cle uma e nfermiclade
gnr qne a crinnr.;u uiio tiriha t-Jr,as ba1>-
tnntos pnra r<•sistir (t op.:irnç:io. E11tiio
I
eia Palma, 2AA-Lishoa) cnrnòa de hy-
groma quo tjnhn cm um i?elho. .
F. C., profE>•~nr do ensrno pr1mar10,
. que por muitos rnesee a impossibilitn-
rn de p-nnhnr o pito de c-ncl:i sin! O1,vi
ali no Rocio d izer quo partia. este com-
urna ,JE\vota <lf:I Nos-~ Senhora inlou a urna ~rn~·a recehiòn.
Mnria da (". R, cln freguezin. de S. boio com perep;rinos parn Fatima, - ex-
Mntens (ilha T E>rceirnl VE'nòo seu pae plicava eln.: - c-orri n comprr,r oun~ vela.s
muito nflito o· cm ri~co de ficnr !onco. para N. SE>nhonl, nm plio quo "ai ser o
Gnilhermina ci'Assnmpçiio R osa, cie meu nlmoc:o, e la von I
Entiin. e cnrro pnra ir cle T,irre.,; l'i Co-
Painho (("nciaval), doonte havia mais
va da Irin? - pf:lrJ?unton-lhe nltrn<'m.
d e oi to m<'z<'s. Hn In m nitos cnrros l E se nào honver ,
A na J oròiio, de C'a.rritos ( Fiszueirn vou a pél Por quo me curou N. Senhora
Armando Valente Tavares cla F mr.), toncio me1horndo de lonc-nra n a minhn pornn ? I Foi pn r n nnclnr ... F. nnm
rnnhnòn clo 11mn sua amiga que ~sta em entusiasmo que comovin. até 11s lagrimns,
Sun mlic cxtremamente aflicta pela S. l'nnlo (Tirn qil)_
M nr•n Anirnstn. d'Almejcia Pmto, de
. cantava dostoadnmente um cantico aVir-
M>l'L<' cle ~e11 filho tao rndemonte amca- gem.
c;ada .rt'l.-orrN1 :i SS. Virgem e <'Dtr<¼ ou · Vila V<'rÒ() cie ('eia, urna grnrn oht;cla, O comboio oorria, corria, atrav86!'1nndo
tro, ,·otos fez u m dc c!a r urna e.smoln T,11òovinn A morim, a cura de urna erisi- vinheclos meio nmnrelecidos, cleb:ando ja
para o culto a NoRsn Scnhora <le Fati- pE>ln no roQto. . . a trnz do si nclmiravois pnisngena do !in·
m.1. P a._q.>n.dos npenns clois clia~ tessarnm 1tfnn111>l R oòrivues de P 1nho C'h1hnnto, do ,·nle <li' Snntarem.
as <lores e o estndo febril. de Vnl<'l?n <O,•nr) a cnrn de urna herpe Torrei; Nm·ns I - grit011 um P"reitnno !
F:' prociso notar que ., abro.;so o obri- cl<' qne sofria hnvin mai~ de 11m ano. - Ln l'Stiio ja, as c-nmionett<-s I A hr<', P
I
gnvit a caminha r torto. Pms aposar dis-
!.O pu.s sad os os dois dias readquirm a
trecho, estnvnmos toclos dentro cli:l11s <·o-
mo snr dinha om rnnnstra, maa mu1to nle-
po.,i~·iio normal. gre,s, mnito folizNI I
]~i,;tn cura oau11ou mu ita admiraçiio na Avé! Avé! Avé-Maria!
li·oguesia, pois todos conheciam o estnòo
MANUU TEIXEIRA PINTO A an c-iednclo de chNrar ao lugar bem-
ilito anm<'nta do inqtnnte >\ im,t,rnte I. ..
do pec1uono. Mnito grata a
SS. V 1rgem
No din 19 do dezembro u't\;imo, confor- Aiio quatro horn..q nincla Ò<' rnmi nho I One
osta mii,c oxulta ndo de nlegria foi com ou-
longo, que long-el E ns cnmionet~ andnm
tras possons no dia 13 do ruès do Set.om- tndo eom tocins os Rnc-rnm<'nt.os, n ~l' mf'-
bro a F'atimn. cnmprir o seu ,oto. Jhore11 clispo!.içòes, inteiramente r es1J?nnci_o tòo d e vairnr I
com n vontnòo Ò<' n ens. f:llPCen no ho•ni- E' quo n cnrizn é grn nclo, o os preci-
picios inormes I l\fas ninsmem pensn na
.Tomw Valente Garrida, de 40 anos, tnl cio T,<'irin o ci<'iii<'aciissimo ,qervifa J\~a- possihilillncle de um c1osnstre: podin la
Albano Valente da Sllva
I
n1tLural cle Pnrclilh6, Estarr,,jn foi at1v- nuel Teix<'irn Pinto, quo, por devoçno
para com Nosqa Senhnra, tinha r'lntl:irl_o <;(lr 11... N611 vamos nnrn Nncqa Senhora,
c·ada duina plour~ia forti'!aima "tenclo eia esper~no.,; tnmh<'m anr1osa. la no
a snn rt'•iclencia cle Lisboa pnrn a Fati-
ma.a ua bemdita agua de Fatima e trou- tnntn t.6"50 quo estn lhe imper!;a a rE>s- mn. Pedimos nos nossos queridos lc-itores fu nclo, n:i C'-0va eia I ria...
xe·lhe um copo do salutar liquido. A pirnçiio. 0s médic·oo recu,-nram-se opt-- nmn proce pela 1r1m alma.
criança b<'hcu-a e passados dois dio.s era r1i-la por snporem cooxistcncia de afe-
tiio sntisfnct6rio o "'ell ( 11tado qua ù cçii-0 pulmonar. :M:anclnram os escnr ro3
_______ _______
..,..,
Ao Jonf?G, ja aJvpja a torre da iJ?rejn
cle Fl\timn ! Os rornròe-q brrlem ,·rm fnr
çn, os olhos <>mhnci11.m-ae com lnS1rimas,
ilu11trc médico assistente -mr. I>• Abr()U a analise e numa juntn médica declarn- um solnc-o contrai-nos a g:n·1n 1,tn. ... Jn
Frciro conslutou o facto de sensiveis r um a aoonto tuherC'ulosa em grau
mel horas n. ponto do jl.i poder ser oper a-- ndinntado o com pouco tempo do vidn.
A
o raça o dum soldad~ mn1 poci<'mos cantar ... Avé( Avé! An,-
1\fnrin ! M nM enntamos qemprP, Sf'mpre ...
do. C'hrP'nmos ()nrim l Qne quatro boras in-
Foi entiio ne•ta situ nçùo :iflirtissima Contava um B ispo, ja f.1lf'rido, terminaveii; I
Poi entùo opcrndo. OpPrnçiio quo oon- quo osta mile no ver, quo o ~ n lar cor- . ., 7 ·t z u,
11isti u om ahrir um orificio no Indo es- ria o poril(o d e se dosfazer, ra<-orreu '\ I q11e na .~ua 1'. 1·~ 1 n a 11m ,n.,p, n , · F:' noit<' f<'Chncfa, e chovP torr<'nC'ial-
querdo do pcito até a pleura p onòo a-~ Nossa Sonhorn clo Rosa rio rie Fatima o r h e,r;ou ao lf'1fo rle um so1r7nrlo 1,et~- mente. A r,€lsnr di 'l!lo, e eia f:iciil!'n one é
sim em comu niC'nçiio com o exterior o fez um voto relativo a s ua cura. E bom- ra110, alrafrlo pelo seu oll1ar enérm - oxtrema, toòos tecm o mE>smo d<"'Pio de
puz 1ocafoio.no nesta reg iào por meio ditn_ a Virgom Snntfi,sima, esse voto foi ro e franco. Seguiu-se logo este dia- ir onn nto n nfos p nrA 111nto dn ,rn-..rl r,
tlum tubo do horrncho.. ("iSn I n e lonl!'O n estnmos j6 vendo nnm
o~v •d·) no céu o a cura embora lenta logo: p{'flpqtal cl e onro, form"òo por velns que
Quanto sofreu osta criança ui'io se p6de
1111n se ~oz esperar. _ D ovo nou1r. 4_ue osta _ Ola mararln com o 11ai isso? (I. òi .. tnnrin nn,·PrE>m f"'tr,-Jn:. 1,roLundo da
imnginar. O puz além de cheirar mal, cura fo1 n ve rdnclo1ra ress11rre1çao dum ' Ccl : · • / .
)iume<le<.-cndo continuamente os i,ensos lar. O Pai auc;ente, a miie a .,spera dn. terrn I Tirlo I F.:nc-n nt11itor I
- l1lal, u11l1or ll1spo, mmt-? mn - .Ja iran•mnmos o p-rnnclE' nreo, Ja clos-
e vestido.. O<'llSÌOnavn uro mal estar cons- rn01·to, um filho sem so po<for mo,,er com rreio que desta vez recebo bmxa de-
rpmns n ln,lPirn Pm nroci-;AàO ja ~ vPmo,
tante ii pobre criançwi . um ntaque quo lhe clou em_ rriançn, ou- f initiva. distintamente, jn e;;tamos a aens pésl
De tempo!! a t,Ompo.. era preciso avi-
tro com um alx-esso na esp1nha "' tam- _ Ta/ 11ez niio: ma., para o qttf' T,1t Cfrta na snn brnncnn1 ljP :irio. n
Tar o orificio quo in tapando e impedin olhnr-n~, a SO'l'Tir-n.os, n falnr-nos, viva
bém mirncul~mente ~Ivo. Tiio poucM der e vier ,,emprt' é bom assegurar
Meim a saida do puz, o que lhe cau mva oopera nças hav1a quo Ja todoe pc.nsavam ' O d· corno onnndo annrocen aos ptt..-torinho,;!.
à6re6 borriveis. na disposiçiio 8 cla.r aos dois re.iuenos. ,ima boa re/ orma. _:a 1ga :· ~ostu- .Ja n1io C'antamo.c;, cstamos mudos, num
Demais o pequeno s6 caminhava ~ E n6s gue r esidiamos no Pono p ~r - ma rezar peln manha e a 1101te. extasel
!o, portante sob urna pressiio continua guntavnmos a cada passo : "8 n doente - Sem / alta, meu _qe11nal ... que- Toitos os 1·ostos ti>em li m~.mrn -·~PfP"·
e quo para urna criança desinquieta é ja falecera, tiio convencidos estavnmoa ro dizer, meu senhor lJispo. A mi- eào, do todos os olbos saem peroln.s que
w.m tormento incnlcultivel. a Vir1?em ~ntMonrn em .;eu ppit,, I. .
cio ~ u estado d ~~erado. A.pesar de_ tu - nlia <>raçilo nunca: me / alta.
Todoa tinham a.,; esperanças perdidas d o 1.,to podomos hoJe ver c:om e lflgr10. a E - é~ Como eln esM contente I Tocloe somOfi
e esperavam ca.da d ia o desenlnce fatai. doente oomplotamonte r est a bele~ìda e - " qu~ oraçao · _ sous filh os, todos somos 1rm iì.l6. n: ouo
No entanto a purulència oorneçou a com o cornçiio tra.sbordando d e sanL.. g ra- - Curtinha, mas boa: ors.çao do hnrmonin ontre fnmilia t iio numerosa I
diminuir o.té que cessou , a ferida cica- tidiio pl\ra com a Virge1n SS." soldado. Mn.s tomos Qlle clnr o lna:ar a oull·os OUP
veem n trlis de n6s, é forQ060 sepnrarmn-
triMu oomo eu proprio tivo ooasiiio de ve- l •'oi também om Sc*iembro ultimo a Fa- _ Naftt'T'almente o Padre-Nosso, nos I l\{ais um olhar, mnis nm beijo dns
rificar o a criança. fi cou direita., caso t(ma cumprir o. 90U vot?, apesar ùe-- u';Dn a A vé-l1f aria ...
anormal em plouN\13ias, e com a espor- v 1a.gem d1spon~1o;;a. e rnc6moda dfl 01to nossns almns !. ..
teza de outrora..
_ N "' 7 , Bispo. Isso rezava E' noito nlta.. Ha qunsi trPf hous 01JP
borns do cam101.1eto. • ,,o, sen io1 .
a prociASlio dns velns vai n caminho.
A mao sumamente gt'ata. a Virgem eu na mi.Ma, ao donungo. g randios..1,, i mpononte I
Santissima foi em Set.ombro a Fntima - E que rezava entao ile manlia
com o pequeno, ja curati&, agradecer i OUTRAS GRACAS Ag:ora etio milhnros do v~zes :J'-'C 011 ·
P a MÌte.J toam: Avt'i Avé Avé-Mnria I
Consoladora d e>& Aflictos e cumprir o Albi-ca Monteiro da Silva (Bairro - Olhe, assim : o 1·ellw sold-ado Ze- As velas cnminhnm sempre até fonnn-
voto quo fizera d e dar dez dolars em Sw·oodelo - Campolido),
varias g raças. vantott a mao direita até a testa. Fs- r em um inormo cirrulo d e brilhantes on-
eiro. Enviou 40 escacles. de fechamos a quoricil\ Mii e I •
Rita Laborde (ru.a Rosa Araujo, 53. ço a continéne1·a ao general e-m che- E ia sorri- nos e ntio mais terl\a, m111s
Armando Valente Tavares, de rn anos Lisboa) duas graçM: Horterrz.ia Ferrei- / e quo eaM no Céu e de manlia di- carin-hosa ai-nda I As euas pnri&S1rl06 mliv~
de idade, da fréguesia d e Pardilhé1 con- rn (mesma CIISll). go : <r "li/ eu Deus, levanta-sc vos.so ser- d~nom-oo Olol seus braçoo abrem-ee, e es-
eelho de E stn.rreja vem por est.e modo Soral'im da Silva Cn.rneirp, de Pnrdè- fJo; tende corrvpai:JJao Mle». E a noi.- treita~os a todos contra o pllito, iecll,n-
aamprir um dover de g ratidiio par• COTll llrns, havia meio ano que tinba urna fo- do-nO!I para aempl'(' no &eu coraçM ma·
a Cousohl.dora d<M AfliC'tos. Ha tempo r'ida uuma perna quo n à.o sara.va com te: ul/e,u Deu,, d ei.ta-stt vosso se1'1'o; tern«I !
4ne 110frla de um abcosso na ~ i nha. nea.hum modioam~to ; Henriquet11. Bro- un/le cornp<Ji:xii:JO ikle. »


Le.iria., l.3 de F e~ereiro de 1.9::28 JSI. 0 65

[COM
il1mtor, Propri1tar10 è Editor: - Dr. Manuel Marques dos Santos
APROVAQ.AO

Composto e impresso na Uniilo Grafi ca, Ru da Santa Marta, 150-152 - Llsboa.


I B OLBSIASTICA)
Adminiatrador: - Padre Manuel Pereira da Silva
Redacçti.o e Admfn.islrnçlio: Semin ario de L..elrla.

dum rio manso e tranquilo, de aguas do SE'll reconhecimenlo e ùo seu


E'STATUTOS puras e cristalinas, que clesliza sua- amor.
DA vemente para a sua foz. Nao se jul- E quantos filhos cle Portugal, uns
guc., porem, que o local clas a.par i- , :waleufados ao seio da mae-patria,
Confraria de Nossa Senhora do Rosario çòes 1 ha dez anos teatro de tantas outros clii-ipersos pelas ciuco partes
maravilhas divinas, se transforrnou clo mundo, na impossibilidade de
de repente, como que no magico irem tributar pessoulmrnte ns suas
de f ATIMA contacto duma varinba de conclao, homenagens a Ilafohn clo f'éu no
num paramo deserto, e solitario, snnlunrio da sua predilecçao, vol-
ontle o silencio s6 é cortado de vez vem os l:leus pensameuios e os seus
Art. ] .o_ E' ca nonicamente ere- ri a (art z.o) e a outra parte para em quando pelo gra1mar dos corvo,- afectus para aquela esttiuC"ia bemdi-
tla no Santuario da l •'atima urna o C'uHo de Nos a Senbora. Estas da montauba ou pelo si b~lar dos tu, a.fon de implorar da Mae de mi- I
c·out'nrria clenominacla _ Confraria ) - b'] r t ventos em luta nos ulcantrs da ser- sericonlia,' que é o r Pfugio dos pe-
esnllo,as serao r e ce tHas em 18 as por ra clumnte as noutes tempestuosas t·arlores, a saude dos e11fermos e a
1
cle X mmi 8enborn do Rosario da co ec,ores ou co ec oras que se pres- 1 I J, - . - fl't ,
,,.: a. = t t b d · l ] · j < o . nverno. a nao Re vee1n g-rupos conso1ai;ao e1os a 1 os, 1Hl 1sumo pa-
I 111111 em n es a o ra e p1ec ace e can- 1 · ·, - f ·l 1 l , 1·
Art. 2.0 - Bsta confraria tem clade . numerosos <.f peregr;nos, t J:1 nao ra tlS eni' as e ad a ma, ~emec 10 pa-
por lim: a)trahnlhar pela conver-
peradore-' ,·
Art. 5. 0 -Os confrades suo acon-

h d ) ·t t d
t ergucm, v;JrauTrT~ e~ en usi_u-mo, 1·a . 1.u; ciagns O c·ornçuo'. rura ou
wsanns 1
~.--,, r
" 1 1 1 118. (
, se a os: a n, 1·ec1 nrem o o:. os l - a ,, esus-
y· O<\(Hi·, e v1vas. ·e e111t1vo para as enferundades do
irgPm, JI.\ os cun11- <·orpo ·
1
li ) reparar o,i pe<·aclos sociai s das cl ins, de preferencia eru publico I\.C amai:oes a
nn('oes; ò\.1 em familia ou, pelo m enos, em
t) promovn o c·umprimento dos parliculnr, o terc:o clo Ranto Rosa-
pn,,·ei tos da Snnia Igreja especial- no;
111C'11te cpiauto ao domin go e dias b ) a comungnrem, sendo possi-
sanlos; vel , mensalmenle e da. mesma forma
cl) orar e :11.rxiliar 1Hi missòes en- assistirem ao Saulo Sncriffrio da
irr. f'l'Ìslaos e infil.iis; ~fissa no dia l ;1 de rada m es em
r) snfragar as lH•11<litas almas do umuo c-om os peregrinoR;
Purg·atorio; r) a lrazerem ronsigo uma meda-
!') oror pelos <l<wntes r por toclas !ba tendo du;m laclo n imngem do
n-1 llP<'essiclncle-; e,ipiriluui s e tempo- S. Cornc:uo de ,Jesns, e do oulro a
,ni,; rec·omeucln,la~ a ~ossa Senhora j cle ~osi,;o Senl1orn clo Rosario drt. 1
clo Hnsiirio cfa I~iitima; Fatima. E sta mecfalha pode snbsti-
,\ rt. !3.
0
- .\hm, tla'l indtùgèn- luir 0$ escap1.1l nrios.
c·ins que serao 1w1li1ht-; a Santa Sé, Art. G. 0 A confrarin de Nossa Se-
os C'Ollfrades lf'l'UO ,lireito: I nhora do Rosario clo Fatima tern
n) tl parii1·ipa(•5o <'lll torlos O'I sa- umo. clirecçao romposta de presideu-
crific·ios, hoas ohrn-; P mortifirn- , lP, sccrcbhio e ti>soureiro, nomea-
('Òf'S do,; doenlinbo:, qur recorrem a dos pelo Pre]arlo tlu DioceRe. Estn
:X ossn Senhora da I~itl ima: c·omi'lstio prestara conias todos os
h) its 1Iis,;as q11t- se rPlehrarem no unos na forma. clo clireilo, no Ex.mc,
t;;antunrio ou forn rlele por esta i11- te Rev.mo Sr. ni-.po.
lcm:iio ; L eiria, 15 de ,Janeiro de 1928
0
Art· 4. 0 ~ ron frnde~ tém obri~a- A.provados os E!'!taJutos ut su- Malo de 1927 - Volta da lmatem de N. Senhora p•ra a sua capellnha
tiio: a) de vi VPl'l'lll rristiimente; pra u a fo rma do Direito.
h) de darem a e:mtola m ensal de cos pieclosos nilo end1em lle celes-
• •

$20 (200 1-éis), ,wn rlo m etncle pa.rn L eiria,, 15 de .Taneiro de 1928 Lial barmonia aqueln estuncia pri-
)fissas, seg-u nclo o,, fi11s da confra-. t J qsé, Bi.~po dc Lciria vileg·iada do Céu, mns continua, sem Frio, nublaclo e triste, como cos-
soluçao de eontinui dadt>, o vaivém tuutnm ser os dfas em pieno coraçao
clos romeiros isolaclos, que se sul'e- do Inverno, foi o cli a lrezP de J a-
dem un sua guarda de honra ao;; ueiro ultimo. Contudo, npe1mr <lo

CRÒNICA, pés cle Cristo-Rei, ocmlto no seu Sa- rigor da. eoladio e ,la iminencia da
cramento de amor, e junto da Ima- l' httva, os pereg-riuos aeorreram em
gcm 1uiraculosa. du sun augusto gra nel e numero nos sau tuarios de
Mùe. L•':it ima, pàrn assist il' aol'! nctos reli-

da FATIMA (13 DE JANEIRO)


Durallte a qna.rlra invernosa é so- g-iosol'I come.morativos clns upariçoes
bret udo Fatima com os set1s qun- e clo'> su cesF10:1 marnvilhosos.
r enta povoadoR que fornere o maior Proximo clo m eio-rliu solar, uma
contingente para essa ~loriosa g uar- granclr multidao, compoi-tu de mui-
da de bonra,. Mas, no lado <los im.1- ta;; l'eutenas e talvez dt.> milhares
Com a chegacla do frio, da neve e Estamos agora. na. época do a no meros peregrinos das imediaçòes rla ile pesl'loas, conC'entra-se .em torno da
dns chuvas torrenciais do Inverno, mais colma. e mais propicia ao re- Covl\ cla !ria, aparecem com fre- capela das missas.
a vido. religiosa nos santua.rios da colhimento e a oraçiio: cessou por qucncia almas piedosas qt1e veem cle O movimento no Posto <lns verifi-
L ourdes portuguèsa. perrleu, corno completo o flu xo e o r efl uxo das longcs LeJ'ras, a.pesa,· clas intem- raçoes m édicas é inAignificante:
alias era de esperar, a. animaçao e a mul tidoes na. Covo. da I ria e, em péries rln. esta~·ao e a C'Usta de sa- 11ii.o insrritos nos respechvos cader-
exuberancia. pr6p1·ia dos dins gran- vez clo rugir clamoroso cla.s vaga11 rri f icios de toda u ordem, render a nos 11penas os nomes cle nlgumas de-
dcs e inolvidaveis da Primavera e do clum oceano r evolto e encap elado, celeste Pa<lroeira dos portuguèses o zenns de cloentes, que, a. medido. que
E<!tio. apenas se ouve o doce munnurio preito fervoroso da sua venernçao, , •a.o ~enclo observados pelos m édicos

...
2 Voz rla Fatima

de servi\o recebem os cartoes de in- • urna chuva miudinha e impertinen- graça mas sabia bem que é neooss&rio
• • te comN,'a a cair . conserva-la, alimenta-la, defende-la..
gresso no Pavilhao. Sito tantoe 08 inimigos a querer rou-
Ca fora, na imensa esplanaùa, os Os peregrinos abreviam as oraçoes bar-no-la l...
Ao meio-dia solar orgamza-se de clespedida e apressam a partida.
piedosos romeiros cruzam-se num Ern por isso que ·omborn se nio pro-
na forma. do costume, a prociss5.o E, antes que o astro-rei, envolto porcionas..<.-e a ocnsiiio de so poder a.li-
continuo movimento de vaivem e n-
da lmagP.m de Nossa Senhora do no seu mQ,nlo de nuvens, transpu- me;ntar dia a dia. com o Piio Divino des-
tre a cupela das missas, as fontes cido dos Céus, Ì:"' contudo rom frequen-
Rosario, q ue é conduzicla, aos om- zesse a linha do horisonte longinquo,
do. agua miraculosa e o padrao co- cia até junto da mesa sagrada.
bros das servitas, da capela das apa- num por de. sol invisivel, o vasto re-
m emorat.ivo das apariçoes. E ficava-lho a alma tranquila, erobe-
ri\oes para a capela da.s missas. cinto da Cova da Tria, onde a èadn. bida nn.quole oro Quem puzera as suns
Colocada a veneranda Imagem so- passo Re renovam as scenas porten- dolioias o voltava cle la mais nlogre,
• bre o seu podeslal, ao lado direib mais pClrfeita, mais pura.
tosas clos tempos biblic-os e onde em
• • do altar, com eçou a misba dos doen- breve S<'l 'a elovada a Mile de Deus
Srm o sontir, ~ comunhiio ora para e!a
t.es. o vinho que p;era as virgons.
uma ba~ilica insigne, um majestoso E ia-so nssim fortnlec<'ndo ...
D efronte do recinto reservado aos A o mesmo tempo o rev.do dr. As reunioes dns Filbas de Maria, a
e imponente palacio de rainha,
doentes, na òca11iao em que se cele- Marques dos Santos, capelao-diTe- cujn Assoc·in\•iio pertonc·ia, trnziam-lbe
imerge de novo no silencio e na so-
bra a p enultima mis~a, uma senho- ctor dos servitas, inicia a r ecita- frcqucntjilment.e a iòeia do amor quo uma
lida.o dos 1.empos idos, quando a no- raparign cristu do,•e ter a virtude que
ra nova, aparenlan<lo ter pouco ma15 ~·a.o em c-omum do terço rlo Rosario. bre l'aclroeiru de Portugal ainda lho da um brilho cspocial a ola e a toda
de viule e cinco anos de iùade, ajoe- A multiclao, crente e piedosa, em a alma crista.
niio iinha na terra do Santo Con-
lha, longe do grosso <la multidào, que niio se encontram, como nos Qurm a ,·is.-;e jule;11.-ln-ia urna rnpari-
destavPl e'rigido o trono magnifi-
sobre a terra nua, precisamente no meses do Vera.o, pessoas que as=,Ìò- 1!;13. vulp;ar, como t:mtas, inferior mesmo
cente ilas suas gl6rias e aberto o a outra11 quo pareciam e eram mais pi~
momento em que a Iloslia Santa ~e tem aos artos religiosos por mera. cofre inE>xgotavel das suas infini- dosas, o ignorava a mansiio de inocencia .
eleva nas maos do sacerdote eD'Te a curiosidade, reza com um fervor e tas miseric6rdias ... o pur-0za quo o F.spirito de Dens se ia
terra e o Céu, como vitima de ex- um recolhimento que edificam e preparando nnquela alma.
piaçao dos pecn<los do mundo. eneanlarn, propiciando o Altissin10 Vi.,conde de M ontelo A snnticl-ade o o nmor mostrnm-.se na
Numa atitude que traduzia sen- e crianclo a atmosféra favoravel a oc:uiiiio, nas tontn.çoes.
timentos de sincero. e a<>risolada pie- descida das grnças celestes. No n,o.
----1111-(;)-w:---- At6 la qucm so.bo o que é, o que vale
umo. almaP I
dade, com os olhos fixos no altar dis- mento solene <la elevaçao, em lòda Ma.s ossa horn. chegou emfim.
tante e os 16.bios contraidos em fervo- aquela estancia divinal, o silcuc:iu ANTES AMORTE ... A tcntaçiio 111.presontou-so-lhe com toda
rosa expressu.o de suplica a desconhe- torna-se profondo, sendo corcado a violoncia.
oiclo. purecia a estatua viva do sofri-
mento resignado. Pelas faces palidas,
apenas pelo Rom argentino da can, - Martir A ,Jonquinita resistiu.
Eln. sabia h!.'m que a Virgem Santis-
paioha liturgica e pelo brando Pi- simn <a, qnom tnntas YCzes o tiio fervoro-
levemenle ruhorizaclas, dei;lizavam- ciar clas preces, que se evolam ,le da Virgindade ... flamonto cncomendru-a a sua virtude,
-lhe ero silencio, grossas corno pu- milhares de labios . I niio ha.via de permitir a sua queda.
nhos, lagrimas abundantes, que Assim q11e o celebrante pou~a E, segura asqim da protecçio Mater-
ninguem pocleria clizer se eram dfl o cal 1x. e1a sa1vaçao
- soAb re a t oa11ui I J I Duarte
oequ na na, Joaciuina Duarte vivio deapreocupa-
da. S<'m ponsar talvez na lucta que um
fundo pesar ou ile ardente amor. branca de neve que cobre a mesa Nii_o é !onda. O_ fncto passou-se na fre- din tori,'\ rle sustenta.r, no epilop;o tT~
Quem és tu, alma desconhecida, rlo altar, um formoso cantico em guezi.a ?a Harro1ra DOS primeiroa d.iu mendo des,;a lucta heroion.
que sofres e choras, aos pés de J e-
sus e Maria, corno ,Toao e Madale-
louvor do santissimo e aug-usliss1n10 de Janoiro deste ano.
Sacramento ila Eucari11tia irromp~ • • •
. . ..
na junto a cruz, no cimo do calva- de cenlenas cle peitos, mm1 impulso l)espont1wa ainda para. a vjda. O grande dia chegara realmente.
Dc;\;lpr!'O<'upa.dn~ trnnquila. c-0mo n na.-
rio? ire.mente de fé viva e de pieàade O oorpo orn ja o de urna mulher fei- turcza em volta. doln, in scguindo no
E's um anjo de inocencia, que o acrisola<la. ta, uro corpo adulto. longo do rio Liz.
E sposo rlas virgen s atrai, como A o l J ostcommuruo
• d 'l.T Mu.s a 0.'1so corpo do mulher osta.va Do roponto, surgo-lho ao Jonoo alguém.
o r ev. o .w.a- unido. nurna oxi&tencia infanti! • alma.
atraiu oul,rora o discipulo amado, nuel de Souza, reitor <los san- candida, inoconto duIIllll, creança. A'quol'.ts horus... nn.quelo sitio ...nque-
la possoa ... niio podio. ~nvor o.li boa in-
que na. ultima ceia reclinou a fron- tuarios <le Fatima, adminiatra a Siro, apozar doa 17 qua , estava quasi tonçii'.o.
te virginal sobre o peito adoravel Sagra.da Comu nhiio a grande ..1uwe- ·a complelnr, conservava o a vontade, as Poz.se cm gnard111,.
do Divino Mestre? I ro de fiéis de ambos 08 sexos, q 11 e maneirM, o todo duma delh!iosa, crean- Agarram-na...
E's uru lirio de pureza, que pro- aiocla nao tinham podi<lo receter ço.CroonQao na paz tranquila do seu daLucta, dofende-se horoicmnente e man-
a Deus, n nlm.a virginal ante;;; que
cura unir-se po'.ra sempre, nwn am- o Puo dos Anjos. olhar, crea.nça na. franqueza ingénua do buia tempo de lhe profnna.r o corpo.
plexo de cari<lade, ao Rei dos An- Apos a missa, realiza-se a ceri- seu falar. Terminando n luctn ·11.ponas com o ter-
jos, oculto sob as espéciea sagradas, m6nia, sempre bela, sempre enca.n- Croadi."' por entra 08 pinheirais donde minar da virla, aquela jovon voava. a re-
a sua. cusa, numa. isolaçii.o eremitica, al-
no augustissimo sacramento do al- tadora e sempre comovente, da b en- vojavn ~ distancia, a. Joaquinita, como cober no céu ~'\ <'Oroa imarcessivol que o
E.sposo Divi no Lbo apresentava la.
tar? çio com o Santissimo Sacrament<' Jhe cb.amavam, parocia a primeir-a vi.s- E subin.
Ou, pelo contro.rio, és uma alma aos doentes. ta. ncanltn.da, mesmo bieonha. E voou.
roça<ln pelo p6 do mundo, mas que Os olhos de todos marejam-se M.as logo no trocar da priroeira pala- E foi coroada, glorificada.
a. graça divina purificou e transfor- vn.'I. era corno um abrir de alma numa
de lagrimas, as preces e rnvoca- alegrin ofuaiva, infanti!, que ninguem • • •
mou, romo a rica e formosa caste- çoes sobem para o Céu mais veemen- ali &upori•.
la de Magdalo, torna.da, merce .do tes do que nunca, a fé, a esperança Um rir cristalino desprendia.-se-lhe de Anoiteoeu.
seu arrepenclimento e do seu amor, e as comoçòes mo.is intimas do ·;ora.- todo o rOAto corno a mostrar~\ paz da al- A miie em cuidi!l.dos. Mas lembrando-
se quo ficay,a orn cn&a da fa.milia, quo ft,..
a Madalena de Betania e a. Mada- ç ao tranaluzem dos rostos emacia- mn quo ali vivia. ra visitar, acabou po} socegar.
lena do Golgota? Foi sempre I\SSÌm.
dos pela compaixii.o dos males o riso, a alegria sa é propria dias al- No dia seguinte a fii.Ra niio apareciia.
E's um nnjo caido, que perdeu albeios e parece que o Anjo do con- mns puras. «La ni!.1J /icd.rau
as azas da inocencia, fuas que as forto divino, deacendo piedosa.men- 0s outros riom de quando em quando, .A.o ouvir isto a miie, num cruel pre&-
r ecuperou a c11!.ta duma repa.ra\5.o te do. còrte celeste, derrama. sobre aq mns o soi.1 riw é torvo, fingido, forçndo. sontimonto, corno os teero os coraçoos de
g enerosa, para voar ainda mais al- E sontom pena de nio poderem rir miie, o*c-lama em ooluços.
alma.a O Robre 08 corpOS O balsamo sempro, de nito poderem prender em si -«M ataram a minha filha!n
to nas vias misteriosas e insonda- consolador das dores morais e <los n nlegria fort.e que reina em outraa al- Mal efa sabi111. o quo se pa.ssara.
veis do Amor misericordioso, corno sofri mentos fi8icos. mas. Mos dentro em pouco a sc-ona tremen-
h6stia imolada. num holocauato pe- Cantado o Tantum-ergo e dada a • • • dia. reconstruin,.se oomplotamente.
Junt-0 do rio, prOC'urlindo-a, algnem
rene de ex:pia.çao e resgate? bençao geral, sobe ao pu.lpitp o A mito queria-lbo muito. descobre nos rMtos sin.al de Iucta; por
Segredo de alma. esse, sagra.do· e rev.do José do Espirito Santo, pa- Nào tinha nonhuma outra filha: ama- entro as silnlB o chale, o, finalmente,
inviolavel , que a6 a Deus e aos seus roco do Reguengo do Fétal, que, vo.-a ainda maia.
.A 's ve,-.es, saudoea, chamava-a la de
dentro do rio o corpo inerte.
ministros sobre a terra., no sacra- tornando para tema o Evangelho da dontro. Acorrem to~; tinom-na. e lovam-n.a
para a sua cMa.
mento da misericordia e do perdlio, festa da Epifania , préga um sub- - oh J oaquina.l A autopsia atosta n. virgindade ima.-
é dado peracrutar I stancioso sermao sobre as apariçèies -«Senhora.. culada duquelo cadavc-r.
Que intenso e comovente labor de da Virgem e as suas conseq_uencias - «.Anda citi E o.s sn,aa a.migns e os seus conterra-
-«Quo me quer vossemeceP neos todos lovnm-nn em trinnfo.
regeneraçao, que magoas pungen- de ordem moral e religiosa, exortaJJ- -•Anda. e&! Niio foi um onterro corno o das outrM
tes, que lutas tremendas, que sacri- do os ouvintes a seguir sempre fiél- E junto da. mao pre2untavn.-lhe de pes.q8as.
ffoios generosos, que tesouros de mente Maria Santissima - a mfa-1 novo se lho queria alguma coi&&.. Ela, Foi umia. doposiçiio corno o das anti-
virtude, que martfrios de peniten- tica estrela do mar que nos mostra filha; $.-i.tisfoita com a bondnde e o. ruegrm da gas mnrtirOB.
contomplavs-u. avidamente e res- Tn&!, a fonnOlln. Romana, ma.rtir da
oia, que riquezas infinitas de amor o raminho para Jesus. poudin sorri odo: . . sua virtudo, nc-olhin,-a tri unfante.
purissimo nas a~mas e nos coraçoes Com a reconduçu.o da Imagem de -«Niio to quona nada. 0lha l Quer1a- Vinha.m-lbe a-0 encontro Cecilia, Eula.-
de tantos peregrmos que passam pe- Nossa Senhora do Rosario para a te v~rn lia, Luzia, Irin. o tn.ntas, tantas, que
capelo. das apariçoes, que se efe- E a. poquena retirava--se como que com a purpura do mnrtyrio divinizaram
la Cova da I ria! onlovada naquele delicioso logro em que a ca.ndnri.'I. imnculada da sua pureza.
Bemdita seja, mil vezes bemdi- ctuou logo que o orador sagrado con- a mao ia fizera cair.
Ma.'! ne. +.erra. fazi~ coro com a I ~
ta, o. gloriosa Rai~a dos Anjos, cluiu o .s eu discurso, terminaram E a scena. foi-ee repetindo BO intimo ja triunfante.
que se dignou suscitar no recesso os actoa oficiais da peregrinaçao. daquele bomdito lar de forma que no As suas companheiras, amigaa o irmiis,
Principia entio a debandada. fim quo.udo a mae lhe dizia: levavam-lhe os restos moriais -- instTll-
ignora.do duma serra, o _cadinho --<1Anda clin, a filha sabendo para que
imeneo, incessantemente activo, em O céu plumbeo, onde o sol, um a cbamnvn respondia &6· «0ra ... u e dei- mento da sua glorin. - entre lagrimna
.sim, mna do ,MLudnde, de alegriia pelo
que se purifica e transf~r:13-a,. no fo- frouxo sol de Inverno, se esconde xava.-se ficar. trinnfo, quo nao de pena pela p~gem.
go da contriçao, da perutencia e do sob o manto d'as nuvens que o co- • • • De véu branco lombravam um cortejo
amor, a. terTa pecadora de Portu- br..,m literalmente, ameaça desfa- Aquolta alma natnralmente recta o pu- nupcial. ·
zer-se em. agua e a breve trecho ra sentia om si a força podel'06a da Nn elvunn dos sous veus aquelns rapa.
gall
.

Voz da Fatima

rigaa oram bom o simbolo da. pureza da


sua irma.
A s e u RAS I do Tiheu de Camara. de Lobos, cerca dru. do até quo passou a descanQar mnia al-
15 horas precisa.monte quando ostava a gum tempo durante ,a noite e no fitn
Nos onterros costuma. tocar-se o sino
em 1,langontt's dobrC6.
DA FATI MA finda r 11 nnos do idndo. do 12. d1n,; l'O<'Upcrou a fnki.' mas dizen-
0 meu Luiz ficou muitissimo mal, com do _co1on.s trocadns retomando tambem a
.., o dola no.o quo o dia providoncial a perua direita frncturoda, com urna acçao do braço diroito .
do sou entorro o probibiu. I grando abortura na peroa esquerda. de- Xo fim <le 2,3 d1as a perna estnVll. com-
i-.-o caminho, da cnp<-'!o. onde estava. Ana Santana, bOltcira, crea.da de ser- babrn do joolho, vendo-so os tondoes e os plo~nmento soldadn, com &rande achni-
deposjbndo, para o co1Litério, onde ia vir, do 28 anos de idado, natural e ro- ossos, tove uma abcrtura· noatro ponto da raça? dos Snrs. Drs. dizendo estes que
donnfr o ull.imo sono, saiu-lhe o pai a.o sidonte em 8iio .Martinho de Cnmbres, perua, o brnço clireito som acçio, comple- o crinoço tovo muiba oorte cm osca.par 8
encont1,>. Concelho do Lamego, vom choia. de ro- t:monte parali~ico, p~rdeu os senti~011 ficar com a porua o quo olo tinha visto
Panu,a.m t.odos. . . conhocimcnto µublica,r, no jorna.l 1a Voz nao falnndo o nao ouvmdo, parecondo rr- as bnrl,a5 do S. Pedro 110 ceu.
oDeixem-me desped1r da mtnlta, filha»
dfrse con~ \r voz entrecortada de solu-
chi. Fnt.ini:1,, um milagro quo a 88. Vir- romN1ia,·<'lmP11tc J)<'rtliclo. l1'ic·o11 também I No fiin do Agosto passa.do andav ·3
g<'m lhe foz no dia 13 d'ingosto do 1927, com uma ferida on. c~ra e oùtra no q~ei- bém e hoje pa.ssados quasi 7 mezes/ ~-
ço.~. no logM da C'ovn da !ria. xo o nlgumi.'\13 contusoos nogras no pe1to, da dosembnrnçadameote sem 68 notar
J<: ajool11ando, erguou as miioo e beijou Acliando-~t! a ~cn·ir om Oll61l da Ex.ma o o p6 diroito muito nQiro e iochndo, em- defeito nlgum.
a. fi11ui.. Sr.• D. Mariti da Gloria de Sousa Guo- fim, urna la.stima. Toclns as possoas quu conho<'om a Ro-
Toda a gt,nto chorani. de comoçio. clo.-i, dc>~ta fre1,tuezi,a o resolvendo esm Se- Com muita afliçiio mnodei nprontar cha. e quo sabom que o meu Luiz esca,.
1<-: na. igr<'j,i quando a vista ca na ter- nhorn onc·orpor!\l'-so na Peregrinaçao do urna redo e aoompauhei-o a ~greja para. o po~ .~nquelo inb_ismo st•:n riefeito, eào rie
ra. tioha quo dospcdir-se dola pela ulti- Paranhot; {Porlo) quo por essa ooosiiio doeni,o t'E't'eher ti Sagrnòa \; nçao, o quc op1runo quo fo1 u1!1 grnn,)e milngre da
ma vcz, todii a gtnv.> queroria beija-la.. ,. f,,z no Lognr pridlogiado pensou, se fez imediot..amente. Em seguida foi pa- 81\lltissima Vjrgom como estou ahso-
Tinl10, j:i quat.ro dins aquelo cad13,ver, ' ra o Hospital do l1'unchnl. lutamonto coni·oncido quo assim é escre-
era porigoso boij:i-lo, observa alguem Dovo dizer quo mou fill\o foi muito vo esta dcscarregnndo a.c;sim a' minha
pruclontomonto.
:Mn.s o frescor virgina.l dn.s faces sua-
I bollJ. trntado no Roi,pital t..'lnto polo Ex.mo conscioncia.
Snr. Or. Ant6nio l!'olix Pita que fez a .Algumas PE&OOS mais idObas do bair-
vemonto ro.,;adas como om vida, COT ex- opornçào dn, perna frocturada corno p&- ro tocm lembrançn de oor cardo da. mes- 1
traordinul'ia quo toda a geo.te notava, o los outros Ex.mos, Snrs. Drs. e todo o pes- ma roch,ll. mas de lugaro& mais baixoa
oarminac'o clos lahios, o todo daquelo soni. 5 pessoas, qne morrernm.· Deus queira.
rosto pnn.><·ia de:smonti-lo. . l\Ins quando o doen_te chegou ao. Hos- quo m_ais ninguom cnia, mM é opiniio
Entào um velho, debulhado om lagri- p1t.nl, eu o. os que ,·11\_'\JU o tambem ~ ,I_o mu1L:i gente, quo clo lugnr qno O meu
mn.s: S~rs. Drs. Julga.\'!lm . que o meu Luu ftllto t·1uu 11ùo C'!-,(·np,a 1 por 1111 111 •
« Boijom-na, boijom-n!\ mes1uo de lon- nao oscapM·a, cm V1&t.'\ !lo estndo, em A<'rosco que o Luis estnndo na 3 a
go.» quo ostiwn e ter urinado sa nguo. ,·lasso e fioando do.~de r do lfa:u sem p~-
E outro. A pri!11oirn noit? pas~ou-a nbati_dissimo. der fn'quentnr a. escol,\. qu:111,lll voltou
«EsLa$ ni porqu,, és urna santa». No ?i.n ~ paroc1n-me_ quo morna an~ no f11~t do Julho nù,1 csta,a esqueciclo do
do me10 dia, o que nao suoodou, coot1- quo t111ha apron<lido f com(lrondin t'Udo
• • • nuando a c>star iis portas d•a morte.
No outro dia
I oom a. moi;mJi focilidnde pelo que t~ve
(i;ahn<lo, 7--5) uma passagom :i 4." cl.asso co~o os outros seua
No meio de tanto lodo qu.e uni.a moda Ex.ma Snr.• muito nmiga do clocnte, com comliscipulos o como se niio tives.<;e so-
degmdanfe a/ira ao cor110 e a cilm.a da mnita f6 e cnridncle trouxe-mo no qllllr-1 frido uquelr ho1-r1n•I desa;;tro.
mulher purtuguc.~a; 1to meio de tantu to J)l(lrticnlar clo Hospilnl, onde estnva-
ba1.reza qur, a,1111 e alem, se nnta e de mos eu e minhn mulher pnra fnzcrmos P.e Manuel Fe.rnandes Lopes tle Yiana.
que ela. é 11or vezes vit1ma e causado,u,
como alenta ço1itemplar este, exemplos
I I
_ tompanhin 'IO nosso filho, um Yidrinho do Unstelo, escrove:
com agn:i de Noss-:i Senhora de Fatima e, «l'ara cumpnmont<i uo :.ima prom&-
de J,eroira u1r/ude crt.Stà! .. com ns lagrimO"- nos olhos, deilou um pou- sn o maio1· glòri1i dti Sautis~mm Virgem
Era.m a.~.~im as mulh.eres portugueà:Is 1 co dn me$mn np;un na cnhcçn, nas per- pedia a V. Ex.eia o fM·or do publicar
de outrora. t•~ta grande gru~·a <JUO r, cubi Je !\l'>l,.,;a
Hoje? ... Ana Sant'Ana Souhorn:
lloje... a par de 111t11ta miseria, de l'udocia lui 19 anos <la um grn\'8 inco-
muito d1•,ç1,urfor ha ai11da, sobre o mon- modo mtost1unl quo muito mo ft>z ,-ofrer
tura liriu., imaculaclos a lcvantarem quasi a ultima ho1,a, <'m lf.wnr c·onsigo a nes:sa tomporaùa. Durnnto muitos a.nos
para o céu e111. prenw.tura e candida fl0- sun criada quo ha nnos sofria urna doen- lrntei-1110 c:om um clù.tinto ~pociali!,ta do
re8cencia. ça horri,el, sondo por \'ezos ~nc·ramenta-
Porto, quo, a,.po.,ar-do eu lho tor falaùo
Ah! que se a., nwlheres, se a., rapari• dn, n~o h1wcndo ospornnça do so curar.
,·nrias \'OZOs Hm iutornm~·a.o •:irll!·gica,
ga., cri,tUls de hoje o soubessem ser pro- Jt'ez 1111111 viap;om tormonlos~, lii 1>.1ssou d1zia quo niio crn c:1iso dii;.<,o.
/wndamerite no.~ trabnlhos quando a lin· muitiAAimo mal, dando bastantoo afli-
çoes <a su11 Sonhorn. ColoC'ou-se 110 logar L'ur conselh<> ùo mé<licos daqu1 fui
gua desfreada 1,rocura abocanhar o pu.- 6 nHos soguidw a.o Goroz e 9 n. Caldelas,
dor e a modestia; na" rua" e nas praças, dos doontM, rocobou Jasus Sncrnmentn-
do, a.....~istiu 1t missa clos doentes, choia de mus de.:.sllS curns de agua aponns reco
quando a )Jror.addad11 dum gesto lhes 1hin o bouef icio de plll,Sll,r molbor o in-
asseteia o ol1Hir; nas reunièles, nas lei.- fé e n.o \l'lOSmo tempo do sofrimento, re-
cobon a BCln\•iio J)arlit·nlnr do S. S. e de- \ erno.
turas, ria familia, cm toda a parte; se R111 192G ngru.,·ou-..-.o o meu ustado a
eàis sO'ube,,.,em respeitar e faztw respei- pois da hc-nçiio gcraJ caiu de.smaiadn,
conservo ndo-M.' nes.'18 081lado algum tem- ponto d1• vomitar a t·omidn. R'Ol,()lv1 on-
tar em s1 o que elas fecm, de mais pre•
cioso, dc mm., .mhlfme, d11 mais angelico, po. tao ir nonunonto a.o Pòrto e consultar
veruunus dei>re~a reformados os cost1r Anto..~ de \•ir n ei, romeçou a sorrir e o Ex.mo Sr. Dr. Morn1_0 Sarmento, quo
a levnntar a.~ ruiios p9,1111 o Ceu, dizendo: durante clois dias segu1do.s ma sujeitou
mes da no.•.-ra ,wciedade.
1,fa,t que, aque(a., ao men.o., que, por foi Aquela q11E> me curon. foi Aquela que I n qnnlro demorncla, exames, algun,; dOti
-vezes, 110 intimo da sua consciencia, se mo curou. Dcwportl\nclo sentiu um bem I quai~ chognrnm a clnrar duas hora.s;
senfem fraquejo.r, saibam haurir do estar indizivol, ficllndo completamente cu- mns a doençn. mo,trarn,-t-e do dificil dia.-
ezemplo desta heroina - mna aldeO. de rndn. guo.;tico. S. Ex.eia tacteavn, radiogra-
16 anos apen.a.,- um pouco mai" de for- Logo ngra<ll"<'ou :i 8.S. Virgem do Ro- ' favn, e, no eotanto, n cnuAA ooulta. ùa
ça, de corngem, de tenacidade, na lucta snrio dn Fatim11. tao grande graça o no moléstin porP<·tn :,,0mhnr de to.Jns as pes-
ingenfe pela sua i•frtud.,. rogr8680 foz um& vi&gom excelente. Des- q uizns :-<·ientificas.
Pilhas de Maria de tod-0 o Porttl.(l<ù, de entiio come, tr&bl\lha o, sente-se bem. Quando no quarto t"xamo me encon-
nas 1•0.~ia., reuniilts lembrai, 11,/aMs, o F.nvia o Atollt11.do medico e a sun fo- tnwn no llpl\liolho racliognfico, jit can-
ezemplo de.~fo vo.,11a irma, coMer-vai-lhe togmfia podindo o obeeqnio de ser publi- sndo o scm forças, iovoq1101 mentalmen-
11it,a a memoria, recorrei a ela - que no cadn oota brove noticia. no Voz da Fa- te o a11"ilio do :Kossa Sonhora de Fati-
mais aceso da lucta sabera decerto I.a do timn pnrin honra. e Gloria da SS. Vir- ma peclinrlo·lllC' quo fiz<'.~ ver no mé-
Otu al<.1..11irar-vos a protecrlio d' Aquela. gem.» dico '\ raiz ,la minha E>nformidnde. .l!J
que lhe fai Jfodelo, Protutora e Guia. .ATESTADO (coisa sing11lar) I o clinico, qu<' niio po-
J.tUcllii comn ela ! dia aclivinhar o mcu' penso.monto, o:ccla-
Na., coi,ias pequenas onde o Senhor ez- Joaquim d'A.,su111pçllo Ferraz Junior, mou imodintnm<>nto : -J a sei, ja dosco--
Luiz Augusto Teles Juni or bri a cauM do t-{'U mnl; PN'Cisa dE> fnzer
perimenta por 11ezes a nossa /id elida.de; mrdiro, rtrl.ifuo qtu A11.a Sant'Ana, Ml-
n.o metil intimo da 110.,.1:l, alma onde a teim, re.,id, nte no lo~1r da Porte1,a, da quanto antos umn opernçiio cirurgica; e
unica te.,temu,nha é Dem luctai, luctai,
corajosamente !
/rtguer.ia dt {'a,n,brea, concelho de La- 1 nrui e mnis fcridas, e lnmbom, ca deu a <'ncl!'r~u-me para o di~t i ncto operador
Ex.mo Sr. Pr. Mornis }i'rins, quo ratifi-
m/lgo, foi por mi1n operada por duo., 1Jf- bebc1· no d()('ut.e.
Lm:tai, venceì! ze,, em J9t0 duma t,;r,08t0te t'lh 8Utura pa- Ne&ta oon.siiio a criança. clesca.nçou nns cou o dini:,:n6t.tioo o declnrou a nc>Cl\,Sida..-
E dl:ii•uos por felize 8 em morrer ante.,, rietal, produzi.ndo fe1«>meno8 de compreR- 10 minutos, para quem oiio descançava de do fnzor quanto allt<>s a opora~·ào.
comn ela., do que ceder, dp qtu puL-uir- .,t10 ct.rebral q11e a, impo,,.,ibilita,iam de tempo algum, foi ja. urna grande esp~ No dia :3 dc, M::irço do 1926 fui opera-
,ios coma outras. trabalhar; qut por mim /oi n.ovamtfl..- r11.nç,a. do, e, graçns n. Noi: n Renhora de Fati-
Por mais alta, por w1is bela que 11iesse te optrada. ,,ete ano., depois em mar- E11 o minha mulhor e.stnvamos muito ma, encQntro--mo completamento re.,;tab&-
a ser a vo•,.,_ aituaçl!o ca ne&te mundo, ço rlo corrente por .,e r~ptlirem 08 jeno- p.f)itos rmando e pedindo a Dow que lecido, eomElnrlo hom o fnzondo lrnbnlhos
nllo ha honra mai., mbida, gloria mais menos de comprn,ao, . f1cando depou da O n 0580 filho eecapo.ase, mas pareoia.-me do mcu ministério qu<' até a.li me ora
pura, corlla. mais fulgurante para a cabe- oprrliçao com cephalg,as ~or ,ieze8 re- impossivel, dada a forma corno se acha- impossivel excc-u i,nr.
ça dumis rapa.riga do que Q titulo &in- belde., e qut. aoora ,,e con,ndera comple- iva, ia.hntidp e agonindo, quorendo com Pnrn ap;rncfocor a Nos.c;n Scnhora tao
gel.o e sublime cle Martyr da virgin- tamente rur«da ha ·~ mezn e por ser 1,er- a miio osqucrda arranco.r o oa.bolo da ca.- grande lmnc>ficio fui a Fatima om 13 do
dade. dade e me 1& prdu.lo passo o presente. boç.a, parooendo nas ngonina da morte. Ontuhro do 1926, o ngora., dopoie do uro
No dia de S. ln2s Lamluo ,10 de no11embro de J9t7. Continuai a. dar n bobor urna. peque- ano do complcto bom-<"2,tar, venho eX'J}or
• na. porçao do ngua de N. S. Fatima e a o fn.ci,o com toda a aimplicidado no jor-
(a) .Joaquim d'A.,.~umpçilo Ferraz J11· deibar uns pinguiohos 80bre aa atadu- nnl «l'M dei Fatima», que é o prop;oeiro
flior ra.ci dns foridas., o o meu Luiz a sentir das mic;C1ri<'6rdins dc Maria Santissima.u
A Santa Missa lovos mclho ra.c;, alé que no dia 10 o
Adellna Aurora Franoa Gulmarlles, da
Lula Agostlnho Teles de Camara de Ex.mo Snr. Dr. Pita, condjuvndo polo
e Eu consolare i e socorrerei, à Lobos, (Tiha dn. Mndoira.) G11Crovo em car- Ex.mo Snr. Dr. Clode, oncaoou o per- A,·conida Almirn.nt.o Rci11 119, Lisbo.'\, em
ta de 29 do novemhro ultimo. na diroitn, qu&" como acima di!ISO esta..- oortn cfo 12 do D<'zcmhro, informa·
hora rla morte, quem tiver assisti- Ta. mnito fra.cturnda pnr('()Ondo no Snr. «Em no\·E>mbro de 1920, !l('nti uma..<1 do-
«Permi~me V. Ex.eia qua eu venha
do ao santo ,çacriffcio com assidui- hojo cumririr um dover sl\grndo, pedindo Dr. Pita quo talvez nao soldnsse em vis-
rM muit-0 gri\nclo.'I, na cnbeça i.' ou\'"ido.
Dias depoi'I, tinhn a face ooqu!'lrda pa.-
daàe e tlevoço.o; en'lliarei para o se dip;ne inserir no seu jornalsinho a Vor, tn. do ostar muito esm.ip:alba.da., calcu- mlisada, ficanclo (·om a baca torcida,
acompanhar ncssa terrfvel passa- da Fatma o relato d'um,a. cnra, quo ed Ìnndo-se que o meu Luiz ficasse sem a sondo clifi,·ultooo tornar alimento e, fa-
milngrosamonto podi& tor euoodido. perna.
Pnra oor foita & oper,açiio foi preciso llll", nOO pa!='laVO. ~lo Il, li, a, (I O IDCU ri-
gem tantos do.ç meus santos qw.:mtas
No dia 5 do ~foio de 1927 o mou filbo
mùsas tiver owvido». Luiz tove a infelicidl.'\de do c&fr do lugar cloroformi1,a-lo.
SO ora dumn pnrnnhn I . .
Continuando o mou doente a deecaa- Minhn moe lovou-mo n um e.~p·eornhsta,
(Pala1Jras de N. Senhora a Santa llfatil- mnis alto (27, m 41, dando e6 um tram- reeebondo a ro.'lposta ~oguinte:
de) bu lhiio vindo a dobar pelo ar), da rocha çn.r mais alguns min11tos. foi molhoran-
4 Voz da Fatima

Dopois da doeaça o.vauçar tanto, é que 11,0 seu modo do pensar I Quantas :r.ipa- Albuqucrque, Vasco Thaumatu.rgo Tei- Da minha janela - ALMAS •••
véom cii? Emfirn !... Va no hospital rece- riga.~ que, tendo fiado cle prometimentos xeira Doria (20$00), Maria do Carmo
ber d1oques. eletri('OS... assim, coastataram dopois, m,as tarde de Pittcr, Angelica Garcia da. Silva, Maria ... RAMOS QUEBRADOS ...
Fiquoi trilite! mais, que, rom umn mentalidnde df\ o•lio Zuzarte <lo 1\1.tu,carenhBS (20$00J, Mar-
AntO!I do tratnmento senti desejo cle vi- rnligiow, coma é a sua, e~as prome&as ~ai·ida Branco Corqueirn, Ma.ria Ange- Co1no Deus é grande nas Su86 obi a'f...
sita.1· o agrado Lnusperone e rccorrer a eram, pelo meno.. iwpossiveis do cum- lica Ton·es do Lima, Marfa. José Lopes ponN\va l.'u, ao olba.r com enlè"lo _rara
Nos.<.a Senhora. de Fa.tima com ama no- prir 1... Ouimariies, C.~cil<la .Alvea Pereira Lima, a linda nme;ndoeira florida, que Junto
vena. M,irio quer prote,,tar, defencler-sc, Li- Dr. Joiio .Alves Uortcz, Ermelinda Zacn- li minlia janéla deixava. uoar através _dns
Oaso nssombroso I na, porém, sustenclo-o com um gosto, r~:is, M111·i'a Eugenia. Sarmento (15$00), mimosas rosinha.s cle pétalas tiio dehca.-
~o fim do. novena, estava completa.- t:onti nou : Maria J)olfi na Corto Real (20$00), An- das ' os mio11 d'osto belo 1,0! de Janoiro. . urna
monte, boa, sem dofeito algum e tiio bem - 0 sc nhor é sim:cro. Por isso conve- tonia Rod1·igues Griios (20$00), Emi lia E quedei-J11e, contemplando mais
dii,posta, quo foi a admiruçiio de todoo. nho quo mo nuo fizessc proibiçoes do 1\1oita (20$00), Albertina Cardoso, llln.- voz - éra · a contiuuaça.o do;; outros naos
Vonho 1111bli<·amente agradccer a No:;i- virn voz. Do rtcordo . .Mas uem so.bo que r~a do Uanno Pinto, Occili,.~ ,Bapti.sta, ootras, - iaquola 11uvnavillin que como tantas
sa Sonhoro. do 1"aLimn., a esmola de tào lui m11itos 111odos do p1·oibir... Gertrudes Rosa P emuorto, Lazarina Au- siio mimos delicooos dum. ~eus,
quo no,, bafoja com.o Pae amoros1ss1mo.
grnnde grui;a o gritar bem olto, quo j:i - J 11ro-lho <iue... gusi.111. do Mnws, Maria do Rosario Mn-
pn'>Sou um uno e cndia vcz estou mc>lhor.u -Nìio, uuq jure. Porque o seuhor niio chndo Cruz, Maria Joaquim\ Ba.tnlha, .................. ··· ··· ....... d... · ·· .. .
Maria da Nazar é Plres, da Vila da · I r e· doi·xe de -. . s· - d Como aqueln arYore, as,rm ev1n ser
e capa.z e o azor quo o quo Mnri,a Aul'ora Neto, D'.1aria unoes e a nOS8a. almn: forte 1109 3 ,}US aJicl.lrces,
Enroira d1z:. SC I'· Souzn 1 lei.a ( 'orrein Dunrte, Maria Bn- j.(rande na sua c-onsi,rnçào e ornnda ile
ccVonho iagrndoc·er a. Nossa Senhora do Nilo ()'>(juc-ç,a quo, a poucos quil6me- vallrn.' Julieta Riìxo Ferreira, Emilia de linda.-; flores _ a..s m,res da virtude --
Ro.-:wirio da J<'1itimo. o quo prometi pu- tros, eshi o olho alc,rta do papào espe- ou~ Cesarina da Piedade, C'arlos quo produzc,m oa fructos rlns boa" ,1bras
blirar 110 sen jornnlinho. 1:mn grn~,;1, pnr- !Rrrndo sobre si. O senhor aào é livre, Jouo 'v i('J:!);LS, Albertina Dias Forreira, ns vczes cluros e asperos no exterior,
tirular, pois fui oudd,.'\. por Xo-sn Se- s<•u. Pertenc.e a Loja. E isso, meu vor 1 ('lotildo M eudon('a, Maria d,\ Coaceiçiio mas bons e snboro,os por rientro.
nhorn. Tnmbem nlem d08ta., a cuna dum e umu <:oi!wl quo o climinue. Por out1·(J Nunes, M,wucl dc Caires, :Manuel Duar- E <.>uqua,nto fnzia 6~-t.'ls considerr.çòrs
dodo do urna infecçiio, bavia 3 mczes kulo, pum qua o sonho1· pudes,se cum- Lo ilvn., Gil Oago cla Camara ( 13$00), notei <'Om gran.de· e~pn.nto meu, uro grnn-
quo niio podi,a. fnzer na<la o algumns noi- prir o seu jurnmenlo, seria preciso quo J ulia da Conct>i~·ào Bn.ptista (5$000), de ramo quebrado, suspenso da an•ore a-
tes 1wm pocler dormir. lho suhstit,ui!,Sem, por oulro, esse réro- Maria da Conc:eiçào 1''. da Silvn 12$00), ponas por 11ru fiosinho lo cn,,ca - o~i.i.
'He<·in,·ri. ir no médioo e ficar sem o de- bro t·aldeado no odio no que eu tQnho de A ti Ifa Saldanba Rod~a, Maria Primi ti- impressiio mo dava - mas corno os ou-
do (tlll' Jlltrecia e,si,ar todo feito em pus. mail; e-aro no mou ooraçiio. E isso é impos- va Castro, l\1nria Ernosti= Aguiar de tros, t.odo coborto do flores.
ùom<>t-ci a por pnchos da A 'gua de Nos- i-1vol. l't>lo qu,•, quando cu chegasse de VaSùOO('C'I()'>, Aida Figuc,iredo, Henriquo Olhoi me lhor fb,ei mais a aten.çiio e
sa S,•nhoru. da Fatima e em pouc,os dias t-omun~u·, nìio 1;6 nào poderia dizer-lh~ JWas (20 00) Mnrì,.1, Fig11eiredo (25$00), rrconhet·i ser realmente a.quelo o ra-
ostnva bo1L. A minha mfie agradece n cu- os jubilos eia minha nlmti, mas teria mes- l\1ru·fa da Concoiçào Lopes Braz (15$00), mo qucbrndo o invern.o passado por oca.-
ra dum · quisto numa. mào o a cura dum mo ,te os oculLar, para o uào fazcr so- Mitria Oaldn..s, Guilhermina rie :l'.,acerda, siìi.o cl'um r;rnnde vonùavnl, e qua cn-
braço quo tinhn muito inchado com umn. l'ror. 'r eria do voltar brusca.mente a pìigi- 1\foria 1\forques rl'Olivoira e Silva, Ma- Lii.o, qual ca.vaco seco e i,em uti!ida,de es-
impingetn. A' noite poz com muit1L fé mi e c11!11r, Ni dentro, a.s certczas da mi- nuol ,) oso cltt Rocha, Be rnarda Maria de toY ~i:-ntonoit1do a ser quebrado do vcz
uns 1,ad1os cln, A'gun, de NosMi. Senhorn. nha f(>, ns alcgri.ns do meu ~tmor I... ,Jesmi. P.o FrancÌS('O At1Lonio Valonto, e ir fa1er coJnpanhia t\S cavacas do fo-
o do mnnhii ostav,a verdndoiramontc E isto, um dia e outro dia, e até o.o P.e Tiodrigo Luiz Tavnres, Eliza do Pi- gào.
bcm. Tinhti dosnpnrccido a empia2;em por fim dtì 111inha viclal... nho Rilva Emilia Augusta e Silwt., Ma- O esquecimonto doixou·o ffrar ...
Misericordia. do N06Sa Senhora da Fit- Tiom "è qur st>ria um Yiver borrivel, ria ('and,idn Espinha, Aldara Infancia, E ft.ll:Ora, aponas nJimentado com a
timn.. umn noit<- fec·hada em quo nos astata- • ildnn Mnria Figueirinlms d'Oliveira, 1>0uc·a !)('iva quo lhe pnssa a.trave., do
13-12-1927 rinm os t·ora~·iie8, ap~ar clas nossns miios 1\1. Brnnc·n Pt•reira l\fntos, Maritt do Pa- hocadi11bo que o prende, e1-lo, penduru-
crispadns sohro elcs, parn os contermo~ I trorinio Brl\lWO d' Amorim, Adelina de do s1111, mns viç<>so e saclio, nada fican-
OUTRAS ORAçAS W quC' n reli~iiio é e-omo o ,ar: nparecc J osu<1 (' F,arin llfanuel llfarqucs Perei- do n. dt•~e· cm belcza nos outros ramos
l'!n lodn n p1~rte. E' d6 religiii.o que de- rn l\I~rin · H e~riquota da. Costa Lobo M'U'i, trmuos.
Voom ngraclecel-as a N. Senhora do r1,·nm un~ mii pequenos nadns qut>, sen-1 (2Òaoo) Carmina da Rochn Cnlixto E espnntot-o ! penso.va elu. n='o acon-
Rosario: Julio Augusto Narciso Neves,
rlo emboro. 3 vida cln. mesma vida eu
. , · : f w • J , L
Manuel • oso opes
l)' ~r . d no-' j t;ec,e
rns, u aria o
Qunntas Yezes com as a mas a
m<-'smol
O
Flnmira do M~tos, ae S. Joiio de Vnlega. niio ,ci "e 11 •~ p(lcl~r_ia chegnr a awr sorio Mntos Dicas (20$00>, _Maria de_ Je- J>arecom sec.as e velhas pobres farrn-
D . ..Alilia l&ilda. Bnrbeitos da Silva de t·om1>roeuclcr e. ~ent u · ?rae 7 pe1_1ie- 11us Olveirn, l\Iaria 1\fosquita da Sihnn, p0;; onùe niio ba a luz d'uma esperança

8 1·1va, e1e SA' wreu (Estarre1al


· a. cura. d e i-iii . - lo · J•',, me-<imo
uma sobrinha~uo sofrin de u.m ouvido n~m, <"Ontra eles, 08. ~eu;~ ,olhos, a sua Fon,(•ra,
I
Arc:os do Valcle,ez. Guilherroioa Rosa dn nos nu<ln.s hannm, por orça, e con rot- Celostina dos Santos Roina.. (20$00) a aqt1C<'Or e alentar ""Ueln dor que al'
A ••1, seu pesar ' protes n- A,11<1, Aug11st1\ R Cllln-~,
Antonio
· A na Al ves d a contorce, as quobra,
Monteiro Balciio,
' e·-.mirra ...
Pnrcc-em uma inutilida.de na. vida...
dc$ÒO crcança. nlit II le O _nté, 0 sou. ~tlencio ···· r,uiz do Froitas (20$00), Jos~ _!i'ernnn- Arrastndns pela.s ventanias tempestuo-
,fosuinn dn. Conc·eiçiio do J cs11s, de Qun- Mus 1111~1 8 M _IH-SO. Supo n clo mesm? clc.., d ' Almeidn. Ana eia Conceiçao Aze- sas do mundo lcvadas nn corrente ver-
I
tro lliboiros, Tiha Tercoira. 1\-fnrii;arida quo lh(.-1 fosso pos~wel res1~o.Ticler por 51 > vedo, M~ui 11t>l Alves Soare.~· Tcixeira tiginosn., oi-l;s no cabo do caminho,
Gomt'R · (A v. 5 cl'outubro, 194-Lisboa O <J 11 C O Rcnhor 11110 pod_e~rn era. respon- (10$50, clo jornn.os) Dr. Antonio Pe~ei- quobradns de tanto esforço, cortadas,
a cnro. do uma foricln, numa perna.. clcr ~(\los ~<.>us c·omprorntssos, pelas 61139 j ra do l ?ig uoireclo , Artur d'Alme1dn e,m11gndn-s parocondo sem vida.
Angoli<'n ('nrclo'-0 (1.'rav. do Alooide-7 n•lnçoes... . . . . . d 'Eça, A. D. Esp irito Santo, Maria doR Pnrn, q~o serve-m? perguntamos n6s.
Lisboa), t endo poclido no dia 13 de de- Qunnlos inimigos ~,a minho. CJCn~.a Anjos L6pC1!:,, Teres1t do lesus Raposo Afa..c;lemo-lns do ca.minho, votemo-la.11
zembro nma gra.ça que obteve no dia se- quo, t~ndo do os nc.-citar ii ~esa, terrn I Violanlo (20$00) Julinna A. Gucdes no dcsprezo j siio notas dei;afina<las nn.
guinto em quo fazin. 28 anos. Antonio do onvir a mofor do quo eu mais nmo - e CardOf;O Lnc recia Genaldes Noguoi1,a hnrmo11i1i do universo.

Romno (Jl-0zN1clo) a cura do scu filho


Mario de nma ferida cm uma pc>rnn.
I
Poroira Di!IUI, de Capela de Cima, S. '<Cm poclt•r responcle ~-~hes ! V Gocliuho; l\Inrin Auroni Cneiro Fialho,
O sc-nhor ncm é liHe, nom é .s6· em Sih·ina rio-. Snnlos Guimaràes 15$00),
rom o ~ou pns,,ado, com ~ H•us 1urnmen- Emigdio Gomcs da Silva (20$00>, Ma.ria 111ns 11ao de Dens e pnra D~us devem
Quantru3 vczC'S nito diremos assim !
A I I niio nos lombramos que aquelas al-

tos, r~m o ~ou futuro. Cnqar-me eu rom clt> Lourdes dn Cunha. Bernardino, Mn- ir. Pnreocm mortns... i;om vida,.. m!ls
turlo •-~o? rin Jo,é 'l'nmngnini Barbosa do Carva- nà-0 pens:11110<1 que por ma.i.e; tenue QU!3
-------0------- "111w11 !... , . lh~, ·Maria Sc,nn Martins (20$00), Emi- soja o fio, por ele et.tiio ligadas a on-
L111a fez 11!11 gesto rapido, decisivo. !in Pnchero Azevodo ( 20$00), Olinda 1\ln- gom clo t-0do ~ ser, e que, cm te1~po
l'i 1 Rt•ltl'lo, Luiz Correi:\ va...,concrlos, oportuno por 1•le P.<><!e. pa~sar a -;e1va
Abrigo dos doentes 1·111110 11111 l11lm1nar tlo montnn:e.

, .
E, 1111m tom de voz r1ue oao adm1t1a .., f ..
rep 1w:l, t'Ont1nuo11:
.
. .
,~11 emi.i
cle Rou~a Sonres
• · ,
Fi·anct<;c•o fec·unrla da gra~n v1v1hcante que levnn-
cl'Albu nr"-1110 Paixiio, Francisro For- tn, r:1m, orma _e o on1,.. a~0 ou 0
t f I I ..1 nal'('er
•· .

peregrinos Fatima de
.\ nt,•, 1 ~pnsar 11111 pohre ca.,·arlor,
• - t \
mas <'l'1st11.o. ' o men.oc, r,o erta
1111111
d · clizerlhe nan,es 1~l'xig,,'
J q , '\ • n Jo<-0fo, Rosa p e Manuol na alma n·s-rr1u1tln.. ii fior nçosa dn vir-
• ·, ·
.. · de irodciros Ouenieiro, Ant6nio Fe:rr.Ji- u< e <' o cm. "
son1-..1 c·omnmcatl\"o, a alegua . ti<• Melo Maria cln<s Merces Flol'e~
t I d b

imc•n'Sn d1• _h•r rt>rohi~o ,Jesus. ~' 1111s ho- Jfrnr.il 1\fnri~ Amclitt Brun, Teresa clo Quo O pe•simismo nuncn invada a. nos·
T111111sporlC' ........... . 5.5!;0~().; ra<; p,qnl'(·11lns clri ,·1cla, yoc!erin scgrc- Jc•sus 'Porrirn, P.o J oiio Maria de An- sft ahn:ìl
O. Laurn llnrho-n. ........ .
D. DulC'C• Mnrtius d'Azc.ye-
10$00 dnr-llrn 11n111 pnln, rn do 1rre1rn1mvel es- dri do
11 .,,.lln~·n n,;1q11rlc• ftllC' tudo podel . l I~
DonnLi vos varios O de jornais
l\forin Jo~é l~erreirn Paulino
I Vinimos dr o.qperanc;a ...
Que se n nossn almn por \'~ZC'S_ eno~-
clo .................... . :msoo .\gnrn, ll)1ir-me a i-i, quo 11:tO vé nn-dn. ~;~'.~òcì'
no~ingos i\.nlonio R oh.elo :msoo'. lhn, 6 por faltn d~ fé na rmsencordi_a
R
D. Lnr inel ti 1\ln~riço C'ou- J>:11':t nlrm cln 1·on1 e que so ntreYo a 1 -T ' ·: . '. N
lOill.(Xl lll<'ll•r i-;lo 1111 C'nhrçn dc pohres c:rennoi- ' 1111 111!, b'unos/In oc.in,'"'"' "'oo ' J ·
1 1 60 ~ 00 . p 0 M.'n-• cle l)pus que, n<> d1Zcr clo grande apo.,_-
iiolo prc1-.>00i ro cln mil-'Criro1·dia do Rei
ti nho l\1arti11s .. ... ...
J). Hcr111 ì11ia ì\unc!S do Cnr- ' tlll<.' 1 .:-a •no "' 1nrq11es, v,)9 ; oaq1.nm 1· . . t· d Deu é infinita sim.
v:ùho ... ... .. ;;soo I nh:1s•, oh! isso nunra .... 11 I)
un
rtc do Oliveira ] 5\)!l;OO· I greja dnQ e inno, a 111s 1ça o
, "\ ' .
s
mos 001upnrncln com a ~un, m1ser1co1 10
. . · ·d·,
l1
' la111cniza.5, . 10$00;. cln. fresi;uezin. dE> tambem infinita, é a pontinha d'nm de-
D. ~Inrhi ,la Luz Perei-
rn Hodrigul'S ... 10$00
----'--~---- Pni iio( por 1ntermécl10 òc Jose Mnrqn:s ·c1 0 junto d'uns broços 11-berf.os.
Jordilo) , R0$00; J osofo de Jesus, 46$2a; ....................... .

...
D. Venina .\h-oo Peixo-·
to .............. . 5$00 J>.o Antonio Ferrein1 eia 1\foca, 80$00; ... ,\ .. ~l~u~~ci~ mudn d'umn arvore ...
rm:t fil ha do :\foria dE" ~, n- P .c .JO'-é C-arlos ..\ln•s Vieirn, 100$00 ; ........ . ............................. .
grn ..... . .......... .. 10$00 internados do Sanatorio Semiclc, 79$00 i C'omo nous nos fala por meio da crea-
Antonio Pinho V,irgas dn P .o l•'rn11c-i~co d'Assis ..\.ndrnrle, 190$00; çiiol ...
Silva .............. . 10$00 ~foria P<'droon Mnlias Ferreira. 49$30; - - - -; ,----
Ann. da C'onceiçiio Nevcs, ~08$00; inter-
5.640$05 I DESPEZAS
Traasporto ... ... ... ...
nndos do ..\silo de S. José, 15$00; Ilea-
91.774$65 triz Valente, 22$50; Maria. Clotilcle
A consclencla dos que nao creem em Oeus
-----•.------ Pnpcl, compooiçiio o impressào
l3nrros Fip;uoircclo, 15$00; Elizn .A. L . Um unarlor fra11 cés, Mich ael Re-
Lourde.( llfooquita, 45$00; TerCRa 13. rianr7, e:rcelrnte cat6lico, al11gara
do n. 0 64 (38.500 oxompla- _ $ Fort<1, 50$00; Gloria de Jesus, 7$60;
rcs) .................... . 2 287 60 l\Jnnnol José Lopes Din.s, 14.$00; Joiv mim hotel de Par!s , dois apountos
®~rollnt dr noiuo Solos, embnlagom, expediç~o,
tr1wsportcs, grnvuras, c111-
Las, etc . ................. .
quim da Silva Cnrvalho, 92$00; Maria pagando ndea11tailame11te 150 fran-
cJ.ns Doro.,; Tavarcs rlo Souza, 157$50; do- cos. .
677i35 volos do Tlhavo, 39$00; Zulmira Gnlhnr- Per,qunfanrlo-llte o ,lo~w se qurria
(Pagfryi do livro recente: 1ima ,,icfi- 94_739$50 do, 46$70; Gnilhermina da Pieclnde Cha- o recibo daq11ela q11ant1a responde11,
ma da aeita 1tegra). vcs, 90$00; Maria J111ia llfarques Fer-
cc..-Tonho de rlizé-lo. E repito-o. E o rc>ira, 21 $50; l\figurl Bento Nuncs, o senado-r:
11enhor dcwo oompreendé-lo. Entre n6s hli SUBSCRIPçAO 68$00; Custodio Ferreirn. d' Almeidn, - Nfio unhor, Deu.~ bem nos vé.
um abi~mo imenso. Eu son crista, tenho 40$00; P .e A u~m,to Du rii o A IYa<-, 50$00; - ,Vas qur tem D eu.ç que 1,er com
fé e pratico-a. E o i;enhor nem bnptiza- (,lb1·il de 1926) l\fonsenhor Portugal, 260$00; A.badE> de isto?
do él F,.smoriz, 20$00; P .o J osé Rodriguos San- - Dar-.,e-ll a o caso rle o senhor
- ~1a.s deixo-a li ne ... Envi:i111.1111 dez escuclos: Ani bai da Cu- tos Lim,'l, 260 00: FranC'isco de Pinho
Lina Loma a ofensivo.. E, em toro 11ha ~o~ucirn , Domingos Martins Pimen- Xun<>s; 170$00 ; ,Tosé Mnrtins dos Santos, ri.lio <·rer em D eus? 1...
nmnrgo, reda.rguiu-lho : to, Jo,,é Rodrigues, Manuel Barros de 40$00; P.e Manuel Roclriguos de C'ar- - Com fra11q1.w za, disse o homem,
-Ah I deixnva-me livre !. .. Quer cli- C..:11rw1lho, Antonio Feroandes Reguengo, valho, 120 00; C1nrmen d' Almeicla, é coi.~a com q11e me nao preocupo.
zer nào me profbiria da. missa no domin- Jo~é C'nndido G. de Cnrvalho, Maria da 240$00; Antonio Vieira L ei te, 110$00; Nnse caso, replicou o senador,
go nom talvcz cl,n. confissiio por desobr1- C'o11c·<>içii.o l\Jlnlos Queiroz, P .e Antonio Marin Fernanda Snntos-, 150$00. queira dar-me u·m dnnora o recibo
ga. Mas sompre csporançado cm quo, l\lartins Cnrneiro (de donativos e jor-
mnis tardo ou mais cedo, me arra.sta.rin nn.cs, 41$00), Horminia da Fonseca e dos 150 francos ...

/
..

CO VI. APROV AC ÀO e C L ES l AS TI C.A.j

Oir1c\or, PrJpr1etario e Editor: - Dr. Manuel Marques d os S a nto,9 Administrador: - Padre Manuel Per eira d a Silva
Cornnosto e impresso na Uni~o <3,:a fica , Rua de S1ata Marta, 150-152 - Llsbo a. ~erlacçflo e Admlnistraçlio: S eminllri o d e Leir1a ,

f itos no altar <lo Santissimo Sacra- I ram a sua .vocaçao, com aprazimen-
Imento, como que enlevadas em éx- to da mii.e, senhora duma piedade

CRÒNICA ====================== I -) I
tase e alheaclas de tudo quanto se
pas~a em volta delas.
Depois assistem a penultima mis-
esclarecida, e sem oposiçao do pai
que, a-pesar-de nao ser cat6lico I,l'a-
ticante, compreendia que o seu dever
sa e abeiram-se ,la mesa eucaristie.a o.ra niio s6 ni'io p6r embargos, sena.o

da F ·A TIMA com v1s1veis clemonstraçoes duma


profunda piedade.
A lg-umas boras mais tarde um co-
antes prom_over e facilitar a ielici-
dacle das filhas. •
Passados alguns anos, a mais no-
(13 DE. f EVt:REIRO) nh ecido titular do sul do pais narra va ouve igualmente no intimo da sua
a hist.6ria edificante daquelas duas alma crente e piedosa o cham::i.mento
O dia treze de Fevereiro, consa- , <le.ssas scenas que vamos agora des- nhnas, com as quais a Prov,idencia divino.
grado pela liturgia da !greja a co- crever a lo.rgos traços. . . ne,nm mai1ha o puzera inesperada- Persuadida da realidade da sua vo-
memoraçao piedosa das sacrosantas Duas senhoras, que tudo m<l1ca mente em conlacto. caçao, que lhe prepara na i:erra um
cbagas do Redentor, levou a futura I paraiso, cujas delicias o mundo igna-
Lourdes Portuguesa alguns milha- ro e corrupto é incapaz de compre-
res de clevotos peregrinos, atraidos ender, comunica. a mae o que se pas-
pela grand iosidade e encanto das sa e suplica-lhe que anua. a sua en-
manifestaçoes religiosas e pela be- trarla numa casa religiosa. A boa.
leza e cloçura duro tempo extrema- seuhora, consiclerando que ela e o ,
mente ameno e quasi primaveril:
.A.'s onze horas ja formiga.va no
I marido, na idacle em que se encon- •
tram, Biio poùem prescindir do aro-
vasto retinlo da Cova da !ria urna paro cla filha e convencida de que
multidiio imensa de fiéis, que se Deus niio exigirin deles um sacri-
concentravam sobretudo em torno da ficio tao doloro'lo, recusa-se a dar o
capela das apariçoes e da capela das seu c.onsentilpento. Logo em seguida
1russas. I a filha adoece com uma incltsposi-
Os servos e as servas dc Nossa Se- çao de estomag-o que aume1ita cada
nhora do Rosario depois de assistirem vez mais, impossibilitando-a tle inge-
a sua missa privativa e de receberem rir alimentos s6lidos e produzindo
o Pao dos Anjos, fornm ocupar os no seu organi1:m10, até ent1io sa.dio e
postos de serviço que lhes estavam robusto, um grande emagrecimento
destinados, entregando-se com a e uma fraq uezo. ex trema.
maior dedicaçao ao exercicio da sua Durava este estado de doença ha-
tarefa de caridade. • via ja dois anos quando de l'epente
Continuamente va.o cnegando no- se a.grava imenso e a pobre manina
vos romeiros, em grande numero. é considerada irremediavelmente per-
0s sacerdot.os celebram missa, una di<la. A mae, consieruada em extre-
ap6s ·outros, nos trés altnres da ca- I mo, cai entao em si e, longe de se
pela nova e os fiéis assistem com opòr por mais tempo a que a filha
devoçao edificante e muitos de:res obedeça :i sua vocaçiio, principia uma
recebem a ~agrada Comunhào. novena a Nossa Senhora de Fatima,
E, a nledida que se aproxima a pedindo a cura del~, prornetendo, se
bora da ultima missa - a missa fosse atendida, submeter-se rle boro
oficial, a missa clos doent: <1. - a grado ao sacrif fcio q_ue Deus exige
multidao engrossa consideravelmente, do seu amor materna!, reprimir as
a piedade dos romeiros intensifica- lugrimas e nrom panhar a fil hn no
-se, o silencio torna-se mais profun- Convento do Sagrado C'oraçao de
do e o ambiente que as almas res- Madrid, onde e1a desejava iazer o
piram parece impregnar-se dum flui- seu novicfado e professar.
do divino e estar cada voz mais sa- Quando terminou a novena, a pie-
turado de soh.renatural. dosa donzeln estava completamente
c.urada.
• Tendo chega<lo na véspera a Lis-
• • boa pelo paquete Lourenço Marques,
D . Ant6nlo Augus to d • C astr:. Mtyr• I•• resolveram seguir no dia imed:iato
Um dos encantos mais sedutores · Vene r a ndo Ul spo de Ang ra que no 41a 13 d e f everelro p . p. ~e lebrou a mlu a para Fatima no comboio que parte
dos en l ~r m os, prégando e m segalda
da mistica cidadè da Virgem nesta do Rocio as seis horas e cinco mi-
quadra do ano, a mais tranquila e serem estranjeiras, uma rnuilo no,o, Eram realmente mae e filha e nutos da man bii, tirando bilhete de
a mais propfoia ao rec.olhimento e nao tendo nindn tal, cz ultrapassado de nacionali1ìacle espanhola. ida e volta para a estaçao de Torres
a devoçao, é a série ininterrupta e os vinte ànos, a outra. com mais do A mae, clepois de ter e11tado algum N ovn11. Como, ao ch egarem aquela
interminavel de epis6dios e scenas dobro daquela idade, aparentando ser tempo em Cuba e nas Canarias, ioi estaçiio, niio encontrassem nenh uro
comoventfssimas, que se desenrolam a miie, chegam pouco antes do meio- com seus pais para a ilba da Ma- vefculo que aa conduzisse a vila, con-
j unto dos santuarios e que traduzem dia, ao recinto sagra.do e ajoelham-1 ·cleirn, onde ·cosou com um funciona- ti nuaram por conselho do revfaor a
muitas vezes grandes dramas inti- -se s6bre a. terra nua, pr6ximo do rio portugues. Deste cons6rc.io nasce-
mos, nem sempre faceis de perscru-
tar.
pavilbiio dos doentes. I
ram tres filh as e um Iilho. As duas
Por muito tempo se conservam ém mais vel has, cbam adas por D eus a
vingem no mesmo comboio, no intui-
to de desemba.rcar em Chiio <le Ma-
çiis e alugar um carro, que as trans-
E' uro desses epis6dios, é urna longa e fer vorosa oraç.ao, de ol~os servf-lo no estado religioso, segui- portasse a Fatima. N a estaçiio do

2 Voz da Fatima

Entroncamento o titular ac,ima inili- envergam batas brancas, que clemrn- Apc1<; n missn., realiscrn-se, na for- çèies, onde ficou e.xposta a ,eneraçao
caclo, sabcuùu do embn.raço cm que ciam a sua. qualidncle de '>erYas de rna clu costume, n cerimonia, sempre clos fiéis.
essas duas seuhoras se achavaru, piie Nossa Senhora do Rosario. As mais noya e selllpl'e hela, <la h_e11çào com ('omeçn eutao o éxodo dos romei-
li clisposiçao ùelas o seu automovel e pequenas, alegTe'-, g·nTrulas e lrnh- o Santissimo Saciamento aos en Cer- ros. Enquanto o astro-rei desce no
duas horas depois estavam na Cova çosas, 11ao oc11ltam a sua alegija pe- 1110s. horizonte dii,tante por entre nuvt>ns
da Iria a tempo de assistirem ns lo feriado e:drnorclinario que ,1 perc- Lt•,·nrn
0
a c ust{,clin o senhor Bis- c6r de snngue, n multidao vai del:nu-
soleniclades oficiais. grinaçuo a Fatima lhes proporcionou po tlt> A 111.n n e segura ,·a :i nm1,ela dando pouco a pouco, até que, ao por
Antes do em barque no porto do nèsse dia e pela ,,enturu de passar o sc-nhor Hnr5 o cle Ah-ninzPrn. do sol, apenn.s alguns raros peregri-
Funchal, ao despedirem-se duma co- algumas horas naquele local :1 hençr,a- 'L'rnni 1111cla a l,i'•nc;fto dos cl-oentes, uos fazem aincla ns suas ultima~ des-
munidade de religiosas das suas re- do, aoncle todas elns, no fervor da r.nnlo11-se o Tr111t11111-1'rr;o, cleu -sf' a pecliclns a Virg-em, presos no doce en-
laçoes, · a superiora tinha-lhes dito: sua piedade, foram pedir a ,}Jr-riosa. bPnç·ilo g-eral e suhi11 ao pulpito o leio claquelt\ estancia divina, perfu-
1Rozarei e farei rezar toda a comu- Rainha dus Virgens uma ben,:ao ca- aug-usto c·elehrante cln missn, que I mnclo. pelns orac;òes das almas cren-
nidade a.o arcanjo S. Rafael, para rinhosa e' o favor òa sua pr'>f ecçiio prég-tn.1 um c-loque1t1 e i,prn15('1, arrnn- tes e ungida com as graças e as ben-
<1ue ele as acompanhe durante tòda maternal. · c·anclo lng-rimns cle n111ito,- olhos. çàos do Céu.
a viagem e dum modo especial na Entretnnto, juni.o clo pa,lrùo come- PM fim · orj:!'anisou-,;e ,le novo o I •
peregrinaçiio a Fatima». morativo llas ap:uiçòes e do'i 1mcei;,,os cortejo nfim cle reconclm~i r n I magem T" i.~ronde de Jlontelo
maravilbosos, ocorre, nlias sem C('ln- da Yirg-em parn n cn pcla ,fas apari-
• sequencias desagradaveis, um pPq ue-
• • no incidente, a que a prmlt>ncin o
energia. dalguns l'iervitas iu,edinia-
A's primeiras horas da. rnanha., mente pùe termo. Um homem do po-
muit.o antes da chegada do grosso vo, que tinha feito a p1·onif'1>Sa clc
da peregrinaçao, tinha-se realisndo dar algumas voltas de joelhos a e,a-
na capela das ·apariçoes •uma cerim6- pel a, teima em cumprH · a ·:l'Hl jJro-
nia singela e vulgar, mas encauta- messa pela parte interior, o 411e nno
dora pelo espfrito que animou os seus é permiLido. Nn s ua relig-iosiclnde
protagonistas a escolher aquele lo- pouco ilnstrada, supòe que a ~1111
e.al para a sua realisa('[o. pTomesria s6 assim ficata calmlmenlc
Dois paroquianos da freguesia de cumpricla e exnl In-se com a nposi~no
Belcm, Lisb_o a,· J osé .1 ERodrigues
, ·t S Lo- , f ormal que encont ra a. pfectivn('iio clo
pes e D-,.f. M ·ana, nob •spn1·to ,dEHllO seu c,ese10, J •
a t n ·i 1111· n<lo-n a um mero
L amas .1.1 oreua, am os mu1 ,ti.
o evo-
d · h o· no
capr1c 1
encarreg-nc1o e1o ~c-rvu;o. ·
t os· dde .LN ossa S
, en h ora d e F a ma, e- 1 p f. · l - ·
b' , ·
po1s e o lerem as necessarias 11cen- 1 J
. or m1 venci< u, mns oao cou ,c-nu-
t· l l 1 · •
t ·d d 1 ·, i·
f
d t d CiO, re 1ra-se mo rnmorn, n, tenm-
ças . au ori a : ec esias ica, end O nando ossim o clesag-mcl:ivel iuciclen-
~fd~:c ~r~nr:::,e~:1:br~;;:s~o
· l é d I
Si~ e~~ te,,..~impossi_vle}J_ <]r. lC'YÌtar].
.1., 0 pnv1 rno cos ,oen'i's. nmu
j
1dace:M conJugo
· aos
t ,p · s d a magem mu111er <l e meia · 1,· l a,l e, que Ja · · L,u oHos
~l i:rrn., no san uario a SUI\ pre- tinha sofridu tle nlieunç·ao meni.al,
d1 ecçao. é l · l t t l
Foi o zeloso Ileitor do Santuario
p M , .., 1 1
°
presa. 'nm ,b·io cu 8 a_qtuP- re hner-
da. F .t.t·
u. 1mn, rev.
_ .ed anueR 1 F, .e, ~ou-
voti, ac·ompnn al o e e g-n os c> e oro
r.onvu1KO. O <1r. Jl creira · Genc,, q1.1e
MAIO DE 1927 = A volta da Proclado
sa por e11 e egaçao o ev. t -·aroco, 1ogo acoc1e, procurn o.ca l mu-
·r ,( l a, o que ..
quem pr?SH rn ao casa~en °, ce1e- s6 conseg-ue, fazendo-a r er.olher no 1 ~~---::=====~========~~=~================
os o e ns ven·r·1cnc:oes - mec, 1·1cas.
b rou a 1nissa, a que os no1vos comun- p t 1
• -
ga.ram, .e 1anc:ou n b.ençao nupGla1. -a·
U m d"1s t·m t o me 1co e1o concelh o
A V trgem bemd1ta, que •lntrora cl S • · Confraria de N'. Senhora do Rosario da fatima -·
· -
nas bo ..Jua,s ne
cle tani.a b ndad
espoi,o
J C .t. ] G 1.
on"" ea n 11ti9. usou
e antarem assiste entre a mult1òuo
1 .1
. a.o e1esenro ar nns scenns deste cha,
d 18
I
l~a 1' e para comdus f ft estudando o fenomeno mnravilho~o
• •
____.,...,____
de vin~oenpa ; os bpor ~us~ a a. a de Fatima nos p'e que11os nndas apa-
·ci·t r O batnquede e nuDp~l~s ' rentes q11e em grande parte o cons- Seg-un«o o nrt. 0 G.• rlos ERtatutos I Advertencia aos Assinantes
que Soll ou e o eve e seu 1v1- . , .
.lh · · - t1tuem. Com o seu espmto profunda- cln Contraria cle Kossa Senhora do
no F) o o pr1meiro Ill11agre - a te l 1 ·
- cl , · h d rl men o ,.,erY01 or exnmrno. o que ee Ho,11irio dn Fatima, o Renhor Bispo 8enùo a assignalura da Voz da Fa-
co verSO.O a Thgua.dem Vla·i°' _ece O pU8!10. e formula clesapllÌ:XOil8dl\IDCn- cle Leiria nomeou a. seguinte Direc- tima rle umo. natureza mujto eapecial
1
VO ~eu um_ ~ ar e. pre 1 ec_~o l:'n- te os seus juizos. Fatima, com as ç·ito: nùo mandamos fazer a cobrança (o
rd~ eslsesélp1e otsos nlo1vo!, unl L dos in- suas impouentes rnanif estaçocs d.e Fé Presidente minin10 de 10$00 por auo) pelo cor-
isso uv men e pe. o , vincu . o tAo sa- . e p1ec · 1a d e, com a <1eT"Oc:ao - smge · 1a e reio, <leven<lo cada um enviar esta
cramen t o d o mat nmoruo na e1:1 ancia d . . Dr. ) fnnuel Marques clos Santos.
sa rada de Fatima dando-lhds com .encanta ora_ da grande, ma1ona dos quantia dircc,tamente em carta regis-
g · do · ' t ' seus peregr1 oos, com ·as curas estu- T esou- r ci ro tada ou wde.
o mais ce sornso ma erna1 a sua d . . , .
bcnçiio preciosissima, penhor' i-egur o pen as e hu.tnan~~uente me:xphca,e~s Rev.clo Mauuel de 8ou:m. 'l'ombém nao costumamos man-
d b dA · d t de numerosas v1bmas de tantas 1111- dar r ecibo, publi cauclo no entanto,
a a un ancia as graças ce1es es. sérias fisicaR, com os prodig-ios aiu-
Serretario posto que com muito atrazo (cerca
. •
. •
da mais a!lsom brosos e quasi se1J' pre
ocultos de verdadeims resaurrei,Jies
morais, é para aquele ilustre clinico
IleY .do Manuel Pereiro cla Sil va. dç clez mezes) a lJ1t:rntia enviada .
Cremos que to,los, irnpeliclos pelo
Uma hora antes do meiv-dia, o um facto que se im pòe a ateu('iio e amor a N. Senhora, querm·ao coope-
Posto das verificaçoes médicM esla ao exame consciencioso de todos os A. correspondenc~a. r:la livo a Con-1 rnr conosco na difusao do jornalzinho
quasi deserto, 0s doentes, que se espiritos deapidoe de preconceitos se- frana deve ser <lmgula ao Ilev.do de que se i.em distribuido ,r;mtuita-
apresent.nram a pedir a senha _d e in- ctarios e ansioeos por conh ecer a Yer- Manuel cle Som:a- Fatima (Ourém) menl,c, mesmo nestes mezes de menor I
gresso no respectivo Pavilhiio, forum dade ,onde quer que ela i.e encon- 011 ao Ilev .do Manuel Pereira da Sil- movimento para cima de 30: 000 por
\SID bem desta vez pouco numerosos. tre. va - Seminario-Leiria. I mez.
O livro de registo contem apeuas al- •
gumas dezenas de nomea. O d :rector • •
do Posto, dr. Pereii-a Gens 11uspen- · -«l\foitns l"ezes tem o senhor falado
de os trabalhos do seu gabinete e vai Ao meio-dia solar, depois da pru- Urna convorsao curios~ em. com·ersòos pelos e..,crçicio'l, maa ja,.
mn1s tcvo um cnso tiio ma1·11l"ilhoso oomo
assistir a missa dos doentes, pronto cissii.o solane da I mngem cle Nc,saa
O P. L 11i:>. T,nln nde, r <'f<'rincl0-s<' nos trn- 0 meu.
a acudir com o seu serviço clinico Senhora do Rosa.rio, sohe an a.ltar- bal.hee npo;.tolicoe do <.:nnnd:1, 1111rrn, en- Como nssim?
mor da ce.pela nova sua ex.eia tre outr~s, um Ul_1so que ;.u prnsLa n utei~
.. sempre que ele seja necessario.
Pr6.ximo do Posto médico, mn nu- r ev.ma o Sr. D. Antonio Augusto de observaçoea ~or~1s.
meroso grupo de meninas que enver- Castro Meireles, Yeoern'hclo Bispo de
.
- E' mnis extrnordjniirio, mnis mila•
g-roso q11e todo!I os dc mnis. E pode o se-
Ern nm neo 111d11st~111l, mns,. no . me~ n hor fnzcr 1folo o uso quo qui2'.er .
gam o seu simples e elegante unifor- Ang-1·n, que celehra a missa clos 011- mo Lcmpo, robre "?nrido, , rpie J~mnis re-
con heC'orn scus defe1t,o~. J a "" ,·e qunntns
me de colegiais, atrai a atenc:.ào de fermos. O ilustre Prelnno diocesano do.c;n,·crH:n,, impncioncins e tristczas hn- . - P?ts hcm. Quern fez o rettro fu1 eu e,
I . ' . .
- Primeiro é mister conhecel-o.

todas as pessoas que passam. ~ào al- o ex.mo sen hor D. José Ah·es Cor- vi~ cm cnsn emborn ni.io chcgnsse ao de&- imagmo 6 pn&me o ~<'nhor, quem se con-
gumas do pr6spero e acredita<lo Pa- reia da Silva, q11e tencionaYn O<'uJU- quit<'. ' v?rteu foi... minha mn lher ! Desdo esse
F,·~. 1 ·011111 n11trn, 11111it11s. l'x<'n·i,·ins Cl'- d11i tudo nndn em cnsn com doçuraf
tronato de L eiria, fundado ha ;,oucos pan har a Fati ma o seu colfiga no pfrituais dc S:.to Jnncio. O excolent-0 homem niio se apercebia
anos por iniciativa do venerando episcopaclo, ficou retido ero Leiria Dcssn piPdn,a pr:itic•a , 1a dizin S. de que, nm_n vcz emcndnd~ elc! termina-
Prelado, a quem o distrito de L eiria. com um forte ataque cle r emnatis- Frnn<'iS<'o dc Snle1-, tinhnm res,1ltado ram os d1ssnhnr<'s qne in_qmeoo l"am a
deve a exiriténcia daquel e m'>delar mo. mnis convorsoes qne RS letrns do tiio pre- espos.n; eata, 11:ì n tendo mo1s razòC'S pa-
Durnnle a. missa rnon-se o terço , in,o lii ro dn, l'X<'rtidn~. lll'~de c.""c rn impacienci<1·•, nùo solb."\vn mais, de vez
estabeledmenlo de educaçao e ensi- ilin mnrlnn II cn,n do napcctn. Vni tndo cm qnnndo, cc-rtns pnlnnns nmarii:ns.
no. Acompanham as a lu nas II sua em comum, canta.ram-se canticos pie- hC'm, ('omr, 11m liom relogio, sem sombrns Emondemo-nos e, foC'ilmonlo acredita-
ilustre direc:tora e varias professoras. dosos e distribuiu-se a Sa.gracla Co- n<'m clii.l 11rhio,. Em cert,11 nr:isiiio disse o Nmos c:omo o industriai que os demnis se
A lgumas das mestras e das alunas mutfhiio. nosso homc-m no padre Lnlnnde: ~ corrigirnm ... o viveremos todos em pa.z.
',/t-,9 . .;; ~atima
3

AS CU R AS
Mandai operarios !•• • Querin dar ma.is n Nosso Senhor que
tanto lho tinba ja. dado e por isso pedia ___________ _ __
mais: pcdiu licença para se Lhe da r todo I
1 do os o;.sos; qunlquor mo\·imento me fa.
zia soltnr gritos dt- dòr; nùo po<lia poisar
os 1>és uo chiio sem logo sentir uma i'.o!
DA FAT (MA
.Acnbara o.penna do celebrar.
pela Ordonnçiio Saccrdotnl.
As dificuldadoo proccdentoe da sua. idn.-
Como de -costume a sua missa de sema- de sobret.udo, nplnmirnm-so e o J',{nrtinho
I inonarrnYCI.
De nndii valeram urnns fric','ÒOS dada,
pelo enfornwiro eia rasa· as dòrl'S recru-
na. e a.o Domingo assistira.m apenns umn en~ro11 ~o Semin:irip,. Foi UD:\ dos dias Emllla de Almeida Pinto de Pescan- dosciam a rnda instante', niio mo dando
meja duzin de pessòas. malS fohzes da sua nda o da entrada no •
S
Era urna dooolnqào aquela terra, aque- omi nnn<;>,
· ' ·
. . .
I p
c8CO, nmp osa
ilh da .o-r n
«:><> ru, cumpn
·ud u
dover do gratidiio para com Ncn.sa Son ho-
o Ul
momento de soocgo.
1, •
•' 01 neste dc.'>('. pero que eu, clepois em-
la gente! Se luwt.a. ah rapaz obediente, serv1çal, e d O u, , . d F 't'1 11 h ·t brullrn,ndo o po . numa toalhn com agua
Queria falar-lhes, queria convert~loe humildo era o Martinho. Ilavia-os mais ra osnn? a 'a ~ i:, ven ~ res~m 0- fria, me encomendei confiadamente a Vir-
inteligentes talve.z tiio piedosos corno elo sa.menta. ped_i r n S. 1!:x .. Rev. a Itneza gl!m de l•'iitimo.
ma., eles... niio vinham.
E o pobre P.e Joii.o .,Gonçalvee educa.do mos mais d~ que e le 6 que niio. . I
da p_ubhcaça.o d~s segumtes gi·aça.s que Pouco dopois ndormoda trnnquilo e d-i
a antiga sem &aber que, m11ita.s vozes, é Era um pro.zer tratnr com ole nns aulns, receb i do Nossa Senhora: mnnhà ncordei som a mouor dor nem in-
necessario ir a caça dos pnroquianos, ia-ee no.s recrcios, em toda a parte. 'five uma tuberculose chegando a niio chnçùo, e nuoca mais, j:t la \'Ùo /O dins
deixondo ficnr, cada vez mais lnmuriento Os Superiore& estimnvam-no; oo compa.- 1 poder fa.zer nada. J ii quasi nào podia - senti nuda nuquole pé.
e mais inoperoso. nheirOIS ama.varo-no porque reconbooiam nada.r do pé. No principio estive em L1s- A agun s6 por bi era incapnz de operar
Convid:wn.-o a isso a educaça.o que re· noie alguma coisa clc virtude mais alta do boa corno criaJa e m casn da Ex.ma Sonho- nquola mudança, o eu por isso L<>nho paro
c-ebern, o ambiente cm quo vivia, o indi- que cm si pr6prios. ra D. Teresn O1·nr. Fui consultar al- miro quo foi um l'crdade1ro fo1 or {a tni·
ferentismo dos que o cercavam e nté a "' guwa.s ve7,es o distinto médico DL Vns- nha de,·oçwo quo1·ia-Lho dar outro nome)
monotonia tristonha. das pais.<tgens da sua • coacelos, receitando-me varios remédios que do Nos..-n. Senhorn de Fatima.
freguezia. • t.omei mas sem resultado. Cheguei a ter Tambem entreguei a rnesmn Senhorn
Naquela ton-a. espiritualmente, seme- talber e toda.s as coisns do uso afnstadns a cura clf.' outro tloeni;a mais pert1naz,
lbanto a um grande restoZho - nem .Acnbnram finalmente os anos de propn- e corno jli niio pud~ trabalhn.r vim pn,. que mo nflige hn mescs, e tenho fé que
urna iniciativa, nem urna dedicaçao nem rnçlio no Seminario. ra a minha tena piorando sempre. Nin- scroi ouvido, ~nborn o nào m1,1rcça por
urna bòa vontade - ostava s6. - A' vol- O Martinho ora ja o P.e Martinho. E gucm j1i pensava em e u melhorar. No rnous muit.o~ pecados».
ta. delc pn.ssara. urna foice implacavel e ao Jc,·n.ntar-se do pavimento, apoz a fun- fon do ruuito sofrer rosoki jr a l?titima
sobro e ia urna calma ardente a estiolar o cçào religiosa da .orclonaçào quando a sua cm Maio de 1926 mas corno estava muiLo Maria Rita Ramalho, de Vniamonte,
requeimar at<> as rnizes qualquer princi- alma se _elevava até Dous pedindo-lhe a!- fraca nem sei corno tive ooragem para Mo11fo1tti, Alentcjo, e,creve <.'om dat.il
piosito de bem, apenas viesse 'a sair da guma co1sa, 001110 sa<.'erdote, o P .e Mart1- .,ai1· de minbn casa. do l!8 de outubro ultimo:
teJTa. nho quo cla. sua terra., perdida naa campi- I No caminho corno nos f altnsso o carro «Cheitl. de reconhec1mento e gratidìi.o
Que !dmirava pois que n sua alma fos- n:16 Alemte~anns atrn ·1:ssa~a leguns e le- quo nos devi;{ lransportar u. cstaçiio do pnra. e-0m a Viriem Miie Santissima N.
1

I
se também assiro - Trisw, monotona e guns do searas lourns rnclmando-se agra.- cnminho do ferro da .Lousà os meus <.'Om-
arida come um «monte» no pino do ve- deci~ns para a te1·ra, fez urna pequ<'na pnuheires de viagem rosoh:eram ir a- pé. :.u., gioi in e <'ll'llpl'lmeut.o eia minha llr,~
rao? oraçao pela gente da sua terra. .
rio Ro t,rio lle Fu.timo "cnho pnra

Numa poqucua sub ida tive um ntnque mebSa, tornar bom public•a a cura d 'uma
Mas, coitndo, npezar de tudo na sua <COl1 . Sen!1or. a 7:csfolho requeimado e de LOh-'iO o umn tiio grande afliçiio que torrivel cloença de que ba muitos anos
alma lmvia ainda nm pouco de vida ~ morto 1a /01 t~1go lmdo como o dal ~eara., julguei ficar ali. Nesta ocasiiìo pedi mui- ~ofrill.
melbaote a vida duma semente - bas- gue ogora do,ram cu nossa.t campw.as e to a N_ç,ssa Senhoro. o prometi, se co ooo- Anos o ano;. decorreram, scm quo
I
tava um pou<·o de calor para germinar e t~rna,./o-ha a ,,~r quando a mao ~o ltomem guissc ir, de dur urna poquonu. esmoln a qualquor dos meù1t-os, e tantos forl\JD, n
a1udada pela Tossa grara voltar de novo Nossa 'onhorn. O quc entùo se pnssou qucm con!'Jultei, encontrasse meio de
floroscer e frutificar.
Q cultivar a lerr<t. I
em mim uem o E;Cj oxplicar. l?oi corno mo curar, 'lpeznr de tonto trnbalharem
quom mo tirou um p oso que mo oprimia pura. oss,e f1m .
• .. · · · · .. · .. · .. . .. · .. · ·.. ·.. ... .. · ·· · o corpo iodo. Consegui ir jn sem cw,t.o llaldnclos todo., os es~or ços, pois de
• • . para minha. ca.M\ e j(~ \'Oltei em mnio ul- dio. p~ra dia mais se ngr:i,n,am os meus
Nnquolo dia nfi.o tinham vindo oxacta-- . O restolho tl'tstonho e apar~ntemente timo iudo todo O c,iminho a pé. l(oje, pudec1roonlo!.. . ,
I
mente as mMmas possoas dos outros" dins. inerte de tanln/1 alma.,, d~ quasi todas as graços 11 Noa;;o. Sonbora, tra bai ho no cam- 1 O meu medico assistente-, cnnsado de
A um lado, muit.o concerta.do ostava
almas destUJ fcrras, 1· ass1m tamb_ém. · 110 e nunca mais scoli as déìros que 60n- trnbalhar, sem resultndo, declnrou-me
um rapa.zito.
l'n.,sou a / atee, Se11ftor, sobreveiu a_ sé- tia no:1 pulmòos julganclo-me comph•t11 - que tinha de sujoita.r-me a urna opera-
ca. Mcis a vie/a e,•ta l<'i. Mandai obre1.ros, monte curado.n.
Tez morena, tiznaùa do sol, aspocte de muitos, obrefros para o vosso campo onde
çiio, l"isto ier do~cobert-0 cm miro um tu-
mor nos intestinos, o quo, s6 pela. sua
zagnl. agora vou traballtar pelo Vosso Nome e «Urna Irma da c ongregaçllo das Ter- cxtr:icçiio eu podaria curar-me.
Ne fon dn Missa ontrou na sacristia,
nproximou-Ro do P.o Joao como quem Ihe por Vo.-rso Amor. celras Domlnlcanas Portuguesas, residin- onti-me dosfolecer com est& triste no-
queriii alguma coisn.
E de,itro ern pouco, oh J:?ivino M estre, do om Snlnmnnca, Espanha, estando,• hn- j til'in, o vi netle. tratamento, niio a_ mi-
- Que me queres tu?
pelo es/orço dos vossos obre1ros e pela I~ via dias com uma febro teimosa. que da.va nha cura , mns s1m o mou desapnrec1mon-
cwi<façào d« 1?o.ssa grora ha·de rev~rdecer, cuidado,' porquo o. ia dpbilitando, reso!- to deste mundo, a quem me. prendiam _o
- Querin-me confessar ...
- Pois! I
/1,ortr e /ru ct )ficar o restolho artdo ~ ram n.s ] rmii"I fazer urna Novena a N." / m~u ndorn.do esposo e tres mocentes fi-
almas alemte1anas como as nossas camp1- S<'nhora clo Rosario da :Fatima. e que a lh·nhos.
Pnrecin,.lbe estran bo realment.e nquele
desejo. Pois se ele nero pela Quaresma ti- nas em, a!nenu p1·iniuvei-à.. doont., beberia durante 09 9 dia.. da agua M:as. qu.o fnzer 11estJ triicte situ~oP
Ma ndai obreiros Senhorn. milagros.'\ da F atima, sendo 30 me5mo Parti com o cornçao em=lndo_, Por
nba confissoes I
Pois so os seus paroquianos ja. niio tempo rosol vido mandar publicar a groçn ~r de sop~r~r-mo <los meus qucndoa e
queriam o Pnd1·e soniio para festas e en- • obtid.a. nn. Voz do ]!'lit.ima. Passarlo ape- tnot·~ntcs f1lu1uhos o~_ quw 11.1, utllip..d1
terros I Pois so eles nem tào pouco snhia.m • • nn.s o primeiro dia. eia No"ena, a febre cons1de_rand~:, Jn orfaos.
desapnl'CC0u logo para nao tornar a np11- . A °2tnha dor, s6 podera avnlia-la quem
.,
o quo era e para quo era n Missa...
Pnrecia-lhe por isso um sonho tudo aquÌ- rocor e a L·mii doento achou-se bom cm for mae.
E aquole homem do za.gal de ovelhns powc~ dias. Aoo~panhou-me nesta !riste romagem,
lo e corno quo a sonhnr naquele - «poisn feito zagal do almas veio mostrar ao P .e
Mais urna vez damos mil graçns a no..sa a_té. Counbra, o meu quendo ~po_so, 111:°"
- foi respondendo: · Joao quo m05mo no meio do restolbo pOT Mi1e do Céu a Virgom do Rosario da f1llunha do 14 anos, urna 1rma mwto
- Entiio vnmos la. vezee floresoom lirios de incompnra.vol be- Fntimn» I ' quC1rid11. e o mnrido d(lstll.
E iu;sentou-se para ouvir n confiseao. loza. .A viagem foi triste corno todas que
Mna o pobro rnpnz nao sabin. nnda nero tcm coraçào, bem podom avaliar. Sopa.-
de coniissa.o, nem de doutrina nem de na- ..................... P.e José Carlos Alves Vleira, de Vieirn
do l\linho, oscro,·eu om 12 de Dezombro ror-me de dois inocentes filhfnhos, do,,;
da. mais .elhinhos pois, de tantas peuou
Ouvira. fa.lor de confissao e queria con- .A mro.se é grande- os oporarios poucos. de 1927: amigas quo me acompanbarnm nt~ a horn
fesst\J'~ tnmbém. Alma.s pi.edosns, ,a qucm é dado pela ora- «_Sou devedor I\ Virgom do F~t~mn de da snida, e lembrnr-me de quo tnlvez os
Mais onda.. çiio e pelo sacrificio dobra.r o brnço da ru;;.s1oo.ladns grnç.as na. orclem espintual e niio tornasse a ver ... que triqtl'zn 111
O Padre foi-o dispondo corno p6de. Justiça Divina., implomi do Senhor que tempora!. Maa de uma sobretudo quero Do todos me despedi com lagrimas, e
R:-comondou-lhe que estudnase muita dou- afnste de n6s o tremendo castigo da falta faln.r. . a todos pedi que nào me esqu0008ll8Ill
tri, a e quii vi0830 n cru.a dele em certoe j de clero - castigo bcm merecido por tan-
0

dias para ele lh'a ir ensinando. tos pecn.dos, tantas infidelidades, tantas preoc'.1~ndo com _umns dor~ quo os mcdi-
I
Ha tempos achava-me excess1vamc11 t:e nns qnns or~·i><'s.
Lcvei no. minha compnnhin I' bom jun-
E u.ssim foi. incorrespondencins. Despertni vocnçòes, - cos_ d1z1am eem. 1mporta~ci.a, mns que me to no cornçiio n Tmogem Snntn da Vir-
O ra">az sabia ler. Levou um ciLtocismo- nuxiliai-ns e auxiliai , 03 Seminarios que fnz1ai_n _sofrer 1menso, t1rando:me o sono P'<'m No~sa Senh rn do R os11rio ~e F6-
sito e timquanto os outros brincavam, du- na. sua totaJidade vivem de osmola.s- es- o _res1st1ndo a _to<!as as pano.corna a ro!D~ timn de q11em son 9
umo. dns mais hu-
ranto o dia, o Hnrtinho retirava-se a molas de oraçòes 6 esmolaa mnt.erinis. d1os por el~ rnd1cados. Numn das noli-es roildes devota.s. Com tonta Fé implorai a
sombra du'lla nzinheira ou a.tra.z dum cha-- Màes cristàs, pedi muito a Dous nas em qu!l. 1~1a1s a.poque~tndo me ~ncontra- Divi.na protecçiio òn Snnti'l..'!imn Vir:
porro e eSI 11davn. mo.i$ um ponto de dou- oraçoea da famHia quo mande bons padree v,a1 . d1r1g1-me co1t1 _fer\'Or I\ V1rgem de gorn, que no rh<'p:nr a ('-0imhrn. me ~n~1
trina. I\ Sua Jgrejir, sobrotudo em Portugnl, e 1' at1mn. o logo ns doros abran?arom, ~e- comt mais força,; e corn,:i:cm para res1st1r
De quando em quando levantava-se a nas v06SIIS cro.çoes particulares pedi ar- saparocendo de todo poucos clrns dopo1s. 808 tormentos quc me estavo.m reserva-
ver como io. o gado e, se tudo ia bom, sen- dentement.e a.o Senhor que So digne esco- Singulnr pr?dfgio opero_u tambem om doc;.
tav- de novo no seu estuclo. lher para Si, pela vocnçào no Sacerrl6cio, m_eu favor n. Virgom, ha co1sa do l? ou 16 Ao e ntror no Hospit:i l, senti red0-
Qun.ndo o gndo so lhe nfnstava muito in n.lgum dos fructos daa v06BQ.S entrn.nbll8 e d1as. Jih~va d~ _p~gem em L1sboa_ e brnrl'm-Jne as forçns 00 sabor que ~in_bn
correndo e junto do rcbnnho parava de considorn.i corno o dia mais feliz de voesa corta no1te, qu1is1 de rcpe~te, _sob_rev<'1u- n f<'lic;ilade de ser operada p<'lo d1st111-
novo a ~udar. vida aquole om que virdes o vosso fi lho ..me no pé esquordo u1;10. ~or tà,<;> mtensa to on~rndbr, 0 Ex.mo Snr. Dr. Bissai~
• ,:;ubir os degraus do nltnr a imolnr n Vi· e a.guclo., que logo f1quo1 tollndo, cus,.. Bnrreto que mo tratou com tantos eui-
ctima SacrosnnLa. tnndo·me imenso a ilndar co~ aq11_ele pé, r1a.dos ~ atençoe.~, s6 proprias dum.a. al-
• • e mancando aem querer. ~01 preciso que ma tiio bem formndn, romo é a de ~-
- - - -. . .1---- n bonclosn senhora, om CUJa. cnsa mc h~ Ex.• 0 Snr. Dr. BiSS1ia Barreto.
Dopois de eetudnr a doutrina conies- pednrn., me levasse do automov<'l, ahns o meu r<'C'Onl1ccimento. de meu mari-
aou-se t1ntiio a valer e comungou Oli ,cagar- no~ soi se chogaria a caso nem corno che- no e filhos para com o Ex.JUo Snr. Dr.
r.-u o nosso l'iii», corno se diz na terra de- 0 argu111ento d•um britador gana. llissnfo Bt\rreto, 1:;ora eterno.
le. l'ma vez cm casa comi nJguma co1sa, o meu trntnmento Jev&u tempo, por-
Ficou radiante mas a sua alma inocento
e profondamente boa nào ostava satis-
de pedra o que _dou em rGSultado agr1wnr-se a d~r qu~ tendo corrido bem a ~pei:_nçao. ~
e cu f1cttr com lebre. Lombrnram-se enta.v hrevieram algumas rompltcnçoe.q, dev1,
foita. dc me fazor chep:nr o pé para unrn lnm- ,Ja.9 talvez no estndo ile fraqnezn. a
Um din fni tor com o P.o Joào o pediu- Urna rreança eetal'a sentada junto d'um pnda electrica de g rande potencin; no qu; tinha ~hegado durnnte tanto tem-
-lhe quo lho nrranjnaee urna ca.,:;n boa on- britador do pe<lra: meu de~spero, e julganrlo snrar, chegue1 po de rofrimento.
de ele trnhnlh!l680 ~ se pudosse entregnr - Senbor Joào, diz ele olbando para o o pé demasiado para o, e nergia e nf o Niio hnvia meio de ronservnr qualquer
ao estudo do. rcligiiio. 1<Que se tinhn npni- opernrio, para que é essa m~alha que domoroi. lmnginCH;e o meu suste quando, ~Iirncnto no estoma.go, tudo w1mitnvo,
xonndo por aquola.s ooisn3 o queria conhe- trnz no pescoço ? dcpois do mo nrrnstnr a CU8Lo :.té a.o nnda me npetcc:n <' s6 tinho nn<'hs in-
ce-lna mell1or». - Para quo Deus tenha. pied<\de de meu quarto, julga orlo que in ficnr pora,. suportn"eiR. ~fr;n horrin•lm,,.,1 r.
Encontron.se cnsn. afinal e o Mnrtinho mim, men petiz. li.tko, vorifiquei quo o pé cstnl'') enor· Mo~ n ff, em Deus o nn Virl!;em qo,.
foi o fioou mnito conteat.e e 01Studou mui- - Mns o meu pne diz quo niio ha, Deus. momente inchndo e com umn -ç-erroelhidiio nhora do 'Roo;nr io <le F ntimn niio me a-
to. - Ah! Entiio (diz o hritndor agarran- inquietn,ìto. Arcl ia em febre; e o ,>e, qu<' bnndonou' um in"t~~t".
Cada vez era melhor. do um ralhnu e entregando·o no pequeno) , rio principio s6 uio cloin por cima, 0p;(lra Urn òio, nm pouco dl'•nnimnrln, pedi
E por isso mesmo é que nio eetava sa- leva esta podra a teu pae e dize-lhe que couwçou t\ <loer por hnixo e por cimn ; uma , gotn r1o nl!nn Jl~rn hnm"rl<'cer o,
tjsfoito. f ~ umo. como esta. tinba n imprcssiio cle que ml' tinbom ,;nf- labios tiio re&<'q nidos prln fl'hre. mas
Voz ~a 1=alima
I
c"se ùei.ejo nùo poudo b<-'r bntibfoito por-
quo o .u1é•lico unha proiùìdo que eu be-
besse agua.
poifi da ima morto sous dois filhO<! peque- J
nino.<i. Record no Sr. Dr. Ant6nio do Sou-
sii Ne,·es do Alcobnça, gue, clepois d'urna
Voz da Fatima obom odor da AVÉ MARIA
Que afli\·òes SQfri I ohoorn";ào rninuciosa, disse quo devinmos DESPEZAS t:m:i pobre mulher, mns snbendo ondt•
i\Iinha irmà, vendo-mo tào mnl o iào tinha 1\ cabeçn, era vi~to. passnr, mu1ta~
aflita correu iunto dumn Snr.• 110,-sa
11m1ga e po<liu-lhe aguo. de N. Scuhora
t1•r ido ha urnio; t..,mpo. 'l'omou alguns re-
meclios soro resultndo. Prcparava,..ee para
morrer, mas •·ostava-lhe uma esporançn, a
I T t
ranspor O .• _
,P~p"l, C'ompi~u;a,,,o ~ 110 -
• 9-1.7:3!1:;,.;o vezcs por dia, em umn, rua rouito nfasta.-
dn do seu trabnlho.
de Lour<ll'" <lii dc• Nossa Senbora d:\ Fé. Rocorn,rnm :i Nosaa Seuhorn do pr, ~~.w . çl_o. I}, (3., (,38.500 « Pn.rn quo sii o (lbo dfasernm) estas ca-
<lo F:itimn.. Conio tivosse das duas •ni- Ro..<.~irio da l!'utimn e corno romédio cmpre- oxo ! 1>l,ntes)· ......... ·:· ·:· 11
2.!a?G$45 minhadas iuutcis?
nha irmà prd••riu a clu Fatima o a ocul- gn,·.un a. suo. itgua. E logo quo o fiwrnm, ,. Sclos, cmbi~lngcm, expNh- «Olhai diz e ia rom '-Ì111pli(•icla.dc, lm nc,,-
tna de todoe deu-me um copinho daque- c-ome<,ou n sentir molhoras a. ter apatite ç.t0, transpo, te.s, gra, nrn,;, 1n uma doente quc uào qucr l'econcilinr-:,~
la o.guo. Sn uta. n nào sentir dore,,; nem fnl~ de nr. VolLou etc. • ...... ··· ............. .. com Dons è ou vou, t..1.nto quanto posso,
Senti-me muito mal, mas decorr1do para ~uo. caza o jri la vai um ano quo tra- lanç·ar·lhe doanto do. porta nlgumas ,l 11é-
pouco tempo tornei outro copinho daque- ta ùn lida du. sua. casa, quo tem saude e 97.65L$7'i' Jlaria~! Nao st'i b'tl pcni;o bùm, mas reprc-
h~ n~uo. Sagrado. e o men cstomago o.· hom apetiN>. Hoje (12 de setembro 1927) SUBSCRlçÀO l!enta·so-mo que ha oraç·òes que siio corno
quietou 1mediatamonte. A' noite tornei ,·amo.. a l•'alim(i cumprir n.s nossns promes- gotas de agun do cheiro quo, lnnçadus
(Mes de Maio de 1927)
duo.s colheres de loite que me ficarnm sns e agrn.dccor a Virgem a cura». no chiio, espalhnm até ào alto do quar-
bom no e.•lomago, e continuai n. nlimon-
' tn.r-me sem mais aucin.s nem m:1is tor- José Olas Vleira, do \rargos (Torres Contribniram com dez csc•1itn-.. l•'ran- Lo, o seu bom odor. Penso que n.s miuhas
mentos. N ovasl, cm carta de 2/5 de se~m bro, cscre- c iscn. lferraz, Clcmenci a •..J. hl Silva l>a- A vé-Marias aca.bn.riio por con verter osta.
De hora paro. boro. me seni.in melhor vo: to, Olivia Ribeiro Martins, Francisco pobre :i.Ima.
«Venl'IO mui respeilosamente pcdir a. Rodrigue:; do Couto, Mo.ria. da Conceiçao Durnnte dois meses fiz i.sto dianto de
e oompre bom dispObt.'1.. Em pouco tem-
po t1ve 1tltn. e sn.ia do .Hospital c-hoia , •• a rv.• se digne publicar no dito Jornalzi- I•'on oirn, Augusta Mir:tnda Rodrigu~s, ·o utra casa. o o cloonte quo la ostava con·
cada yez mais, de fé no. V. Santissimn. nho IIS seguintos graças recebida.s po1• in- Mo.ria. l•'onsooa e Freitas, Antonio lio,. fei;so\l-SO antc>s de morror.u
toreessào da. Virge,u Santissima N. s. do ptista., Joao 1''ernandes Antunes, Virg1- E' umo. grando revelaçiio o quo se con-
Senhora do Rof\;irio do Fatima e vi l}ID
tudo i~to, mais uro milngto da Poderosis- ft0t,ario da F atima oomo promoU d:lso nio. 1''ernandes Falciio, Rosn do .AlmeirJu tam nostas pnlavrna; semoal' oruçòes em
simn R ninha dos Céus. obtivesSo molhora.s. Em Junho de 1920 de- Vieira Lopes, Elisa Grn.ço. Zniolo Vieirn volta das alruas n.fim de as embnlsamar
Na.<; rninhas préces, CO!llo no cumpri· ,·iclo aos estro.gos de umo. pleurezia com dn Silva., l•'ilipn l!'alcao Sousa. Vieira da e de ns impedir do fenecerem.
mento dlli! miphns prornessos acompa- quo vonho ln ta.ndo ha 7 a.uos estive em Silva., Mario. Mn.rgarida. Tonreiro 8urze-
nharam-me <il! entes mais queridos : meu porip;o de vida. Record a Virgom Santissi- das, Angelina. da ·concei,.iio 1'fort111hn - - - -:»..@,«!«:--- -
marido e os mous tr«> fiJhinhos. ma N. S. do Rosario cL.1. Fatima., tendo to- <12$58), Maria Rod1·igues Maoieira
A&im. no dia. 13 de Setembro esti"e- mado tigua da Fonte n1ilugrosa., e mioha 0 5 $00), Mario. Ca.rlota. Va.\lia Tr.iguei- Eu lhe ofereceria O meu coraçào
mos todos om Fatima, na Cova da Iria, mulher, cheia de fé, poz-me papns foitas 1 ':-1 (20$00), Ma.ria Paula Bentes, Liba.- ,
e prostrados aos pés da Rainha dos Céus, Com a terra do loc".••l da"~ OP"~ç;.,,,, o, c,. ~n u1a Padua.no, Lourenço Pereira de Cn.s- p 01s. bcm, rnous memnos, . . •M de
·~ • ~ ·~ t (12'-'"'0l M l p ouvtS...,.,
Virgom N. S. do Rosario, ali comun- oxtraordinari.o, no dia soguinte veio o me- ro
f'
'il'V , anuo ereira Dina Ma.-
ria J osé Scgurado Vioirn., Ma.ria' José certo o. quo ou vos LS60 _o man a. _
a· d b-
ga.mos, oramos, e dirigimos 08 nossos dico, que 1cou ospautaclo I Quo mudança I F'erreira Pauli no, A. Espinoza, Ma.ria dn., Dom1_ngo varnos ter aqu1 ~ .A.dornçao do
ngradocimentos ti nossn. Divina. iMae & O' minha. Snr,A o quo foi quo fez a. seu ma.- Coocoiçiio dos Rais Duarte, P.e Agoeti- Santfssun~ Sacro.monto. VeJam la agora
Proctetora. • rido? E corno niio conhooin. o seu modo de d 80 me nao trazom floros, vordurns o ...
Novamente imploramos da Virgem pensar, disso-lhe: f.iz o que v.• ex ... runn- o I10 e Oliveira Correia (20$00) Maria •
Sn.ntiSBimn., que nos a.companhMSO em da Conctiçào Malclonado Peroira (lfi$OO) sobrotudo "..elas. • .
clou. Nada ! Aqui bouvo, fosse o quo fosso. 1"raucisca Vn.sconcclos ~nntM. (l!5$<'0l' Va.mo~ la a vor: Tu, Clot,lde,_ o que
todos os transes da. vida, e nos alcnnças- Seu ma.rido ORtu. salvo. Molhor, muito me- M.wildin. de Freitas Mascarenhas An: oferocerms a J~s como proparaçao para
se n i:tlorin no Céu. Jhor. Deu-so islo em Lisboa, bo.bitando 116s drado, Ant6nio Alves Pequito A.lico lnes a tua Comu~lmo? , . .
Estou completamente curada, e por na .Jl:ua Ma roos PortugoJ 73-1..0 D. e hoje da Rocha (l 2 $ 50) Aires Gomes José ~ S~r. Pr1o,·, ou tonh~ Ja arnda c1nco
i~o é justitisimo que procln.me bem, n.lto resirhmos em Vargos Freguozm do Poço G1-1 J ' . . '. mi1 rois no meu moalhe1ro o de toda. a
o poder dn. Virl):em Mao Santissima Se- 'l 'ones Novns. ' ' . , o~e. A111.une; ~11111or, Efi2Qu1a da .
nhora do Rosario rle ~Ftitimn, onde to- . . . _ ( osL,t P1nLo, Ma.ria José L'onleir,> hoa vontade o,; trngo para. ajudo.r a en-
<los se devinm dirigil', orentes e doocre n-
Mmto grato lhe fico pela. pubhcaçao 1 t2U~OO, J o~é d,'OI' . ·
tlostas linha.-,o. . <? > '· • 1:,e1r11, :u . L
, . nnn U<1ov1-
. i\eitar o trono.
.,, b . E t .. . ?
tes, porque ali ho. Jlluito que ver e 11.pren- M · d bte 'nh 11,1 ~fo1rollcs Aragao, Mana do Jesit~ - J!.stti em, mcnma. • u, " 1aria
1ler. a1s e un:ia gra.n o grn.çn. .o. ve m1 a Arnnba de Mendooça, Emilia de Jcsus -Eu hei de trazer as flores do meu
mulber Bemldo de J esus V1e1rn., quo so- 01=voira. Jan a · M ' d . . d jardim para o Santissimo Sacramento_.
Grnçaa e mii grnçM sejam dadM a. r,·ft l <l do · lh , uno ll'll<ll a, 8 11ver1a a t
Santissima Virgem N. S. do Rosario gue 1_1,. e o _gra,! os ros om um JOo o que <.'oncoiçiio Ne\'06 (l 2 $ 50), Mal'ia J oa ui- - En ca, S111·. Prior, oxclamou on us1as-
tanto honrn n Patria portuguezn.. nuo podrn. n.JO<'lhar n em quo a roup!l' lhe nu clos Santos, Bomvi nda V. da C~<ita m:ula uma t raq uinasita ùo novo nnos, 6
l(){'!l.568 o com o calar dn. carna era p1or. J>,1t,o Ri'ta le J nar bosa o S a· --J ..,.., 1 lo
Confessa-se otc-rnamento grata a mah
humilde d<>vota do N. S. do Rosa.rio de
E1 O t b
~ ~ ro t J° .;:
d 192"
na vesp?!n
d d'
° · '
in (12800),
e
Jon,na de
esu~
Carvalho Vcig:i.
13'• s 1 iorM <n n~t !1a ocas111-0Fomt. que ( 11 ~00)' Ma rin eia G t nça d; Alme 1cla Divino Prisioneiro do n.ltar' e douungo
"-"< ...
Ila seis m860S que eu trabalho paro. o
Fatima-»
p~s.o:;._wnm as po~·ogr111nçoc-s paro. a nna, C'oelho, Marin Palmira dos Sant08 Jor- ha.o-de ,er no pé dn. Custodia. n. prova da
Umo. senhorn muito devota. <le Nossa minha mulhc-r a.iqel~ou no. portai voltado go (20$00), Ma,·ia das Mcrces Biirnchi minha fé e do mou amor! ...
Senhora de l•'titima, em carta do 1 de ou- Fpntr~ a Serra ~-pedto nt Vd ,rgem N. S._ da ('oolho BorgC's, Maria Tavares Hos:i da - B tu Suz11,na, nào dizrs nn.cla? Eu eei
tubro de 1H27, escrevo: _: tirna en; um1t0 com O as n.s pe!·esi;nna,- Gloria Rohimbas,- Gloria dt• ..resm,, An- que tu és ronito :uniguinha de Nosso Se-
• (fAgora vou l'Ontnr-lbe umo. ·11:rn"n que çoes quo a horn. passnvnm a cammho ila tonio Fragoeo Ventura. Jo-., d 8 e , nhor.
Nosaa S en I10m fez, bO achar quo év rligna l 'l~ 'Tima, lbf' ,·alesse · e , oom . dar. po r tal Rlvini Augusta ' .Nogueira, .,,., :Mal"i:iampos,
Gil -Sim, senhor Prior, ru amo-o m~i·to ,
de ser publicacla nn. Voz de l•'atinia para fo1 para a camo. e s6 no_ dia ;S8gurnte qnan- C.:u r vnlho (40$00) l~clua rclo do Mourn. rna.s bom sabe n minha 8Ìt 1111.çao.. Orfa de
honrn o µ:l6 1·Li de No= Senhora. do começou a sua v1da e qne conheceu Borges, Maria T~ruazia Ferreira Aido. I po.i e rniie, fui oducada pc-la. car1_dado de
Peço poi,, n finezn de :' pu.blicar. ~fa.<; que ostava completamento curadn.. Yioiro. da Moto. (50$00 insulanos)' Paro- urna tia e por-t.anto n~o posso d1s1?or do
o que cu P"\'0 é para imo por a m1nha OUTR.AS GRAC::AS eo de Salto (Braga) Corina Abreu Fl'- meu tempo nom de mmhn.s econ~mrns co·
assinaturu, porquc . No~~1i Se.nhor:~ i,.'lbe I
J o~é P ereira .Yovo, da Torre (Rcguen-, lici<l ado da Conceiça_d Souzn, Pompo~ Vi- 1'10 M minha!! ~elizes . com~an11eiras ...
111!om Jhe ~µ:r~d<'ce. No!n e p_rec1s0. Quando go do D'otn.l ) 0 tor osoapa<lo a. uma ii1fec- clal Portela, J c~o Antonio ])ebiano Ma- ~li confc&nnn. ~u1to s1mplesmen.~. a
to1 do . pe1xc1ro re<..-ch.1 vanas c~rtas até \·ào quo w tomia por causa d'um golpe Los C<>?.lho, Mo.rio. do Conno Sinde, Mn- m,~hit pohrezo. o_ 1mpotencta ~ dt .1110
de mu1t-0 longe! e 'l"t11ha~ aqu1 d0t>ntes profondo. . nnol _S11?ò<'s Pnrcolas, Jusìina de Ro\1- R01 o lho _oferoce_rrn o meu. coraçao, visto
a ca$ll, o <'Il nao me scutm bt>m porque
- lh. es poa·1~ vaLer. E• como s6 qucro ser Al nna
Jl .
I•1doaqu.111a
. 'la t· d v· d za 011n•1r,\ Pa<'hoco Manuel Ribau Ilo- qu<> lhe nao p0<ha dar mais nada.
iuna . )o. sa 1·ma Caç-0tla .
nao 1,e·
0 30
o.o .a. r16 1
in.s( r e
1 Boia,, Mn.111101 Fornanrlt>s , O bom &aC<'l"d ote, ouvm . d o e5ta. confis-
do Deus roc:010 que o clom6nio rue tenta cm l?, . os, t 4 ' z a. m&m~i · da Silva Lago Maria Guilhermina. Fer- sà.o, olhou pnrn. o 'fabernaculo corno so o.,.-
_, to d o va1C
. 1 cl <1pm·1i VJver ,,rCCJsava ra 1>a111ar e por ISSO d J '. . . . ,t' • •• d I gria Hos-
c-om wgum pon!-am<'n a e (quel h ·1,o 0 d' l cl . m,n os, onqurna V101ra 1\Inr111 ,José l 1vesse a vcr a sa1.,.,.r e no , O
horror mo fnz, ;;6 do me lcmhrarl) Mas e o;;_va.
<'6poro, da miuha. 1\1:fo carinhosn. qne me 8011 set e iz, llr in.,toi
?~!
ad)o. ;_:od
O
sut sn.u o, 110J0 d'Amoida (Almadal Manu~! Ma.rin Du~r- pedo adoravo! que faz a.s suns delicins cm
a e~rin Id>or N 88
, to Marques, P.e A~tonio de Souza Duar- estar com os filh0s dos homens.
,, h .11 _
f ar.. umi e o, para quo eu nuo o en a f d oncon rar mo
h a d·i Fatima
lOQ> mou a. agua. e . t
o,
1\f . E . 1. r,,· "[
ano. 1.,mH 1a t' 1n110, i, a.rin. e ., u-
• d ,,
o mon Deus quo tanto n.mol Vinclo eu hn. 8 on or. ' , · . zaré Figueireclo e Silva, Angusta Arn- -----,..e,-:-----
aproximndnmente um mes a safr duma _I.~abel ~os /Santo~ ~omes, residente om gào Trigueiros,
ca.pela aqui om Lisboo., umn. Sonhorn me Li.-,hoa. Vindo cm_npr~r com um .de.ver sa- Moodes
I Scquoi.rn.,
Joiio
Alfredo
Ribeiro, José
Augusto ,
pediu parn. eu pedir muito a NOblla Se- ~rado n.graù()(•or ,a. V 1rgen;! ~antlS!;11no. · Ida. Roo.ha. (12$50), Maria P elo\1- UM CASO AUTENTICO
nhora por umo. coi.sn muito dificil de re- ~l'nhora _do Rasarlo do 1!.ntrma, por sua. lo ('oclho, Dionizia do. Conceiçiio Rami-
i;olver. Niio hnda nw~mo espornnçns no- mtercessao, tor-lhe concedido a grnça ~e ro, Manuel VoUez 'fo.vares Junior. Ann. Uma senhora tinlia vm filho que
nhumas. Eslavn. complotn.mento perdida. molhorn.r de uma doença quo tovo na vis- ,José Roldnnn, Maria Jo~é .R ibas Ciop:o., acabav\'1, de fazer os ea:ames finais
S6 Nossa Queri<ln. Mii.o do Céu podia va- ta. Antonio da Silva Henriquos, Maria Al-
ter. Eu voltei :i C"npf'ln o pP<li n N"""" U. ]laria Augusta do, Gnma. de Avanca moido., FrnnciSC'o Antonio Costa Di- do seu. curso.

fui sempre pedindo. Agora no dia 12 des- la.


~ mes., dia em quo eu fazia o.nos, efi .pe-
l
Senbora e ao Santissimo Sacra.mento I E agradeoe duai; gra.ç as, o envia umn. esmo- niz, Manuel Co.etano, Luiz

.llice Rodriyuc., Lcào d<; Silva, (Aveni- nuel Perei~n dos Reis\. Sel~astilio Rod1:i- cientc por isso.
Nunes
.\fonso, Joiio Dunrte SimòflS Baiiio, Ma- ber o resultado. Est.awz até impa-
E stava cmn muitos desejos de sa-

dl 88?1m: - . , da da Liberclndo, 105·1.o Lisboa) (fograde- p;ueq Con:orn, Artur F1g11~1recl'?, Amel.1n Di.~seram-lhe, para a .wregar, que
(fMrnhn. ?lfa_o quendit do Ceu I Pcço-V~ t·o t·omoviclame11to a Miio Sa.ntissimu. "os- ~antos P1nltal, Antomq J!ra.!'c1sco Tris- na mesma tarde podia saber o resul-
que todos hoie,. todo~, _me e&Qn('çam e so so. Senhorn. do R osario de .Fatima as gr11,n· t~o, Condos~a de Cubn! J~e Br~z Ma-
V6s vos Jembrots de n11m mm. um :i pren- de.~ grn.çM quo lito tem concedidou. r1~ da Giona._ cle Al~e1da G6uve1a, Do- tatlo comprando o diario local, q11e
da, quo é o despacho do ped1do que eu Il A , n .
1 0 a S 811
U . ,mngos Antomo Mnrtins, Mn.r1a Augusta anrla sempre muito bem informarlo
vos nodo a. fnzerl . · ·, c,e »r~g:i, (fagln<8? ssima. Proon<·n, Tnphoes Raxane~ de f'nrv11lh11 . · · d
Pois logo a. seguir o.o dia veio a noticia Virgem do Rosario de Fati~: a grnçn. do (20$00), Adelia de Jesue Di11s Ramalho, , e prima. em ser O prt71ieiro em ar
do tudo ostar resolvido! Quem poderi ago- lhe valer_ numti graud e afhçaou. Adelina Fernanclos Leitnn 12(' • I as notfctas, ·• .
rn. esquecer Cf>ta pronda de anos? E esta. Ernestina. 4rru.da., de Torros No,•as Lino Conceiçiio Torres, Maria Francisca - llfas é.,se diario é ma11 e eu 7u-
miie carinhosa? Oh! nao! Nito é passi- umtL graça obticln. Torres d' A velar Tavaros, Irene Rosa., I rei nunca lhe dar O meu dinheiro.
ve! 1 Eu nii? o~plico o ·~aso porquo niio .Jraria tlo ()anno Pir~·' , da ~mio. d_a Frnucisco Ramos, Francisc~ Alves Tava- Nao recorrerei a éle.
tenho autonzaçao para isso. Aiudn tendo-lito apo.rociclo ha.via do1s ros, Ann Nobre Costa e S1lva, Eduardo Z ·a a:té a
• nnos, 'um abc0680 marnr gu~ nm ovo em Silvo. fml\do, Condessa. d,' Avi)ez, Ma.ria l!_stou re~o v.i a a espcrar 7!1-a-
Gertrudes de Jesus, do Casa! do Guerra um peito, soro apnrencia do querer rebon· das D_ores. do Castro, M~rganda. .dc Je- 71 ha para ser rnformada por u"'; 1or-
(Turquel) nndou durante oito m~ quei. tnr, ficou muito tristo . e participando o su~ V1cto~1n~ Costa., Man.a Eugema Fer- nal bom, que me merece toda a
xando-se do folta do ar, fragueza o pon- cnoo a sua fa.mflia. deixou-a rnuito aflicta.. re.t ra Verisstmo, Condo de Campo Belo, f.
tad Ila no pclto, sem quo od Sr. Dr b. Sa.bi- Todos recorroram a N. Senhora da 1"11t1-
uo de Rio Maior, apesar e sua on. von- mo. 0 sem recorrerem a medicina O mal soca Vnz, Maria rl.o. Conoeiçiio Uorp;c~,
, · M 8.1··10. E ngrac1a · M a rt·1ns, Alf r ed o d n F on- ronlf ,ança. 't
,, 111 o
b . } senhora
em, min 1a • ·
Se
tade e c-onhecimentoe clinicos; pndesse começou a dosapnrecer. ' Maria do Rosnri~ C"nsanovn,. Joiio Men- todas a.~ pcssoas honcstas e cat?li-
atalhar o mal. Até quo entendeu n.visar seu Rosa Mota Machado (rue. de So.ntt~ Ca· dcs Abra.nches,. V1cenFte Fderre1rn. ~o SGou- cas procedeuem a.ssim, 08 maus Jor-
marido q110 so acauteln.sso porguo podio. . p b'd za Manuel V1ogas aca a Marta c r- . . l ·7 - t
dar em tnbc-rculose. to.rm~3- orto), nma_ g~o.ça rece ' a . tr~de.~, Maria da .Assuoçiio 'correia, Emi- n-.ns tenam r. esaparer,u o e nao e-
Com roceio de contagio, em breve foi Mana do Oustelo R1bP1ro Teles, de. Co· tia do Jesus Bessn, P,e Dornnrdino de rf.amos que lamentar as. r'les,qraças
despresndn pelo famOia, viado um dia tor rucho, umo. grnça., que prometeu pubhcar. Senna Ribeiro. Ana Guedes, l\faria. do que afligem o nosso querido Portu-
a CMn. de sua irma Julia, nos Moinhos de Adelina. Lopes Oardoso nPTn;i,.....,, n N . Ros:frio Pires, Gnilhermina. Santos de gal.
Turquel chorando e la..CJtimando a. sua. sor- S. da Fatima, a quem recorreu numa Souza Corvnlho, P.e Joaqmm Duarte A a ·m r nsa é 1,ma das ·mais
to, pedi~de-Jhe que, corno irmii, a. deixa.s- doonça muito grave, o ter-lhe 1·estituido Alexanrlre, P.(\ Antonio f'nrrPira Tinnifn- m i P e
se morrer em sua ca.sa. e qt.00 rocobèsse de- prontamento a snudo e n.s forças. cio, Olimpia. Segueira. Caldeira Canolas. poderosas arrnas do dem6nio.

.A.:n.o "VI Lei.ria, J..3 d e .A.hril de J..928 N .0 67

Composto e imp, esso na UnlAo Grafica, Rat dt SIDII Marta, 150-152 - Llsboa.
I
C O ~ APROVAQ.AO E OLE SIAS TICA]
Oir,ctor, Propri1t1rio e Editor: - Dr. Manael Marques dos Santos Adminiatrador: - Pa dre Ma nuel Pereira da Silva
Redacçllo e Admlnist,açllo: Sem lnér lo de Lelr, a.

I cicios espirituais que fizeram duran- admiravel e a caride.de mais edifican-


te os dias de Carnaval no proprio re- te, porque todos os que a.li sa enco11-

CRONICA ciuto d~s a.pariçoes e e.limentados


com o Piio dos Anjos numa das pri-
tram, e.traidos por vivos sentimentos
de Fé e piedade, sao irmios em Cris-

, TI M A • meiras missas <lessa man ha, cum-


prem com superior critérici, rnre zelo
to e filhos rlo mesmo Pai que esta no
Céu.

da FA (1~ DE MARçO)
e extremn solicitude os multiplos en-
I ca;g~s da sua espinhosa e delicada
missa.o.
' Por outro lado, asserva~ de Nossa



O cortejo que conduz a veneranda
Imagem da Virgem do Rosario da ca- .
Senhora do Rosario, ufanas com os pela das apariçoes para a ce.pela das
seus lindos babitos brancos, simbo- missas poe-se finnlmente em marcha.
lo da pureza sem macula que deve O andor é transportado aos ombros
Mais' uma vez numerosas e devotas beneficios sobrenaturo.is que brotam reinar sempre nos seus coraçoes, as- de qu~tr_? senhoras, pertencentes à
multidoes de crentes acorrerani, em sem cessar dessa fonte de graça e de sistem com uma dedicaç.ao e carinho Associaçao das servas de Nossa Senho-
transportes de alegria, aos pés da perdao ali criada pelo Coraçao mise- edi f i<·antes os doentes jn recolhidos ra do Rosario. Precedi do do clero e
Rainha do Céu, no augusto santua- ricorcliosissimo da augt.sta ..\f àe de no respectivo pavilhiio situado de- ladeado pelos servitas, é acompanha-
rio de Fatima, para lhe tributarem Dens e dos homens. fronte da cnpela das missas. do e seguiclo de muito povo.
a homenagem sentida da sua Fé, da As bnncadas do pavilhao sii.o ocu- Colocadu a Imagem sòhre o seu
sua gratidiio e do seu amor. • padas por dezenas de enfermos que pe_destal no altar-m6r da capela das
• *
Como se explica esta incessante e pnsl-laram préviamente pelo Posto das llllSsas, do lado do Evaugelho, e re-
caudalosa torrente de almas q ue Às onze horo.s da manha, os pere- I verificaçòes médico.s, onde os seua zado o Credo em comum pelos sacer-
se despenha em • formidaveis ava- grinos retardatarios que chegavam nomes e moradas e as doenças de que dotes . e pela multiclao, o celebrante
lanches, de tantos pontos do ter- junto dos muros cl.e ('int ura do loc·nl sofrium foram regista~os no livro da missa oiicial i;6be ao altar e co-
rit6rio · nacional sòbre o recinto dns apariçòes e volviam os olhos de competeute. meça o santo sacrificio.
mii vezes bemtlito ,las apa.ri0yòcs e relance para o soberbo e erupolgnnte Pouco depois das onze horas e meia, Durante a missa, reza-se o terço
dos sucessos mnravilhosoR? ! I
oopecté.culo oferecido pela multidiio o dr. ,Jo~é Maria Perefra. Gens, di- do Rosario, cuja recitaçiio é entre-
E' que :Maria Santissima é a Me- aglomeradn em torno dos santua.rios, rector <lo Posto, encerrada a inscri- menda de cànticos piedosos e como-
dianeira de tòdas as graças, como ventes.
a proclamou a Igreja de Deus, e Depois <lo. missa, o rev.d paroco
0

em parte alguma o seu coraçao ma- de Ourem prégn um longo e substan-


terna! se mostra mais sensivel às cioso !lermao sohre a vo.i<1o.rle ùos
st1plicas de Reus filhos e mais gene- bens do mundo e a ne('essidl\de e o
roso para com eles do que no planal- dever de servir a Deus.
to sagraclo da serra de .Aire, que ha Terminndo o sermae, canta-se o
dez anos se cl ignou e1~colher para tro- Tantum-ergo, da-se a bènçiio aos
no eia sua hondade e da Rua sobera- doentei:; -e por fim n bentiio a todo o
na munificencin.
.Ali, naquela estilnr.ia divina, tN\·
I povo. E, renlizada a proeissiio para
se reconduzir a. Yeueranda l!)-1ngem
tro de assombrosos prodigios e IDl\· de Not1sa. Srnhora à capela <lns apari-
nancial de clons inef:i.veis, uo meio da çoes, concluem as cerimonias oficiais
atmosfera sobrenatural que a largos do culto do dia treze na Cova da
haustos se respira por tòda a parte, !ria.
os fiéis oram rom mais fervor, rlet.- •
• •
fiando ante os olhos da Miie da di-
vina graça o rosa.rio interminavel das Corria entre os peregrinos que o
suas dores, das suns maguas e das prègador oficial era o rev.d• Padre
suas aspirnçoes, e, assim corno os ino- Matéo Crawley, o grande ap6stolo da
centes pastorinhos de Aljustrel a devoçiio ao Sagrado Cornçlio de J e-
viam no seu extase, assim eles, du- sus, que anda. percorrendo o mundo,
rante os seus longos col6quios, qua- como cavaleiro anelante ,do Amor de
si que. a veem na pro-fundeza da sua
l:..Jma. servita Deus, para abrnznr os coraçoeR dos
Fé, quasi que a sentem no. intensi- (lnstantaneo em Maio de 1927) homens no fogo ardente desse umor
dade do seu amor. purissimo.
Esses col6quios com a Virgem bem- deviam sentir avivar-se nitidamente çao, dirige-se para junto dos doentes, O boato, a que alguns jornais de-
dita quuntas vezes ne.o sao para as na sua retina a visiio das scenas in- afim de os acompanhar e de assistir ram ronsistencia e vulto, acolhendo-
almas transviadas ou tfbias o ponto comparaveis dos gr a ndes dias da Pri- 1à ultima missa. -o nas suas coluna.s, e que n.tro.iu a
de partida duma restauraçiio da vi- mavera e do Estio. Milhares de pes- O rev.d 0 dr. Marques dos Santos, Fatima muitos peregrinos anciosos
da crista ou dum robustecimento dn soas de nmbos os sexos, de tòdas as capeliio - director dos servitas, e o de ouvir o ap6stolo pobrezinho, niio
f é e da piedade I idades e condi çoes sociais, pu nhau1 rev.cl 0
Manuel de Sousa, reitor dos tinha nenhum fundamento. E' certo
S6 a eternidade, rasgando de alt-O uma enorme mancha escura naquela santu1hios, procedem aos ultimos pre- que o grande a.rauto da palavra divi-
a ba.ixo o véu que esconde os arca- imensa esplanu.da, enchenrlo-a por parativos para a missa do mèio-dia, na deseja e tenciona. visitar a Lour-
nos do tempo, nos revelad os completo de animaçào e de vi da. A multidao dos fiéis é c.ada vez mais des portuguese., mas ainrla se ignora
tesouros riqwssimos de virtude e Os servos de Nossa Senhora do Ro- compacta. o dia em que ira, como lambem se
saQtidade, de que a oraçao na Cova sano, que na su a gra nde maioria A todo o momento chegltm uovos nao sabe por emquaAto se pregara
da I ria é o principio e a renovaçao, pertenciam ao grupo de Tòrres No- peregrinos. E na. impr ovizada cidade nalgum dia treze.
assim como a série inumeravel dos vas, fortalecidos com os santos exer- da '\""irgem imperam a ordem m ai11 Consta que o orador de Abril sera
,,
'
Voz da Fétima

o Ex.m Sr. D. Teot6nio Vieira de


0 ir la. 11m setembro do ano oorrente-1925 toda a noite sem mais incomodar nin· cular aos doentes para lhee avivar mais
-com minha famflia. g uem. a fé e a confiança em Nossa Senhora.
Castro, Bispo de Meliapor, e o de - o meu médico a.ssistente, a.o ter co- No ùia. 14, logo pela manhii.J. fomos ou- Depois de termina.d<>s os actos religio-
treze de Maio o Ex.m0 Sr. D. Manuel nhocimento de tal i·o.soluçào, decla.rou o vir mi.l,,,a e receber N06410 i:;enhor daa sos,, cheios de saadados por esse ca.ntinho
l!endes da Conceiçio Santos, .Arce- grande inconveniente que ha.via numa màos do Snr. P.e Silva, na Igreja da do céu, onde fica.m pnra seznpre pre10•
viagem tào longa (350 quil6metros, iJa Misericordia. os nosso.. cornçòes, regressamos no nos-
bispo de ~vora. e volta). Aposa.r de ter que venoer uma ladeira, so lar.
Anunciam-se igualmente num.ero- Minha fa.mflia, a. vista do que 0 m~i- ja niio enoontrei aa dificuldades cle ves- Qua.ntas gra.ças os ineua companhei~
eas romagens de diversas regioes do co lhe di6SO suspendeu o carro que Ja pera. : roe obtiveram e que ea muito desejna
pais para os meses da Primavera e estava alug'a.do. Logo que disso tivc Segue-so depois a D06Sa. Tiagem de r&- publicar !
gresso onde o reeto de minha familia. noe Depois dest.. data, estando eu um Jia
do Vera.o, tendo resolvido os organi- conhecimento, nào fiquei satisfeito, 'l"'Ol- esperava. com anciedade. Graças a prote- com o Snr. Dr. Joio Martin!\ medico •
zadores dalgumas dessas manifesta- tando novamente a alugar-se O carro, ~·iio da Santissima Virgem, nao tivemos pai do meu medico assistente, diz-me:
çoes de F6 e piedade realiza-las fo- pois, o impulso da minha fé ern. M_o quo Jnmeotar o mais ligeiro incidente. O senhor esta. bom, va.i bem, ma.a por
grande que e~ nada encontrava barrei- Ao parar o nosso carro, muitas p8680t\8 iinquonto tenha c.uidado, nào se exponb11,
ra do dia treze, para quo os petegri- ras. amigas nos cercain para saberem noti- muito o niio abu818.
nos possam satisfazer com wais ro- Em virtude da minha r esistencia, o cias. Logo que tiveram oonhecimento de Entra o inverno rigoroso e eu, bem
modidade e recolhimento as exigen- mou medico aconselhou a meu irmiio, ua tudo o que se tinha passado, muitas al· pouco JJrevidente, abU!'ava da minha fJlU•
cias da sua 'd.evoçao e efpc+, ·ar. a<"tos qualidade de enfermeiro, todos os medi· mas se começnram a incendiar na fé por de. Constipei·me algum,as ve.zes mu
cam.entos n0086sari01t, no caso de qual- N. Senhora da. Fatima, até essa data sem consequencias gra.vee.
do culto privativos em romrnu. quer eventunlidade. qua.si inteiramene desconhecida nos no~- Em abril do ano corrente, ao tratar
Com a reparaçiio das estradas que Ja relacionadoa COJll o Snr. P.e Aia- sos sitioe. de umo. nova constipnc;-iio, que bem po-
conduzem das estaçoes do caminho noel Perei.ra. da Silva, h oje n06SO parti- O meu medico nssii.tente nobou logo déra. ·.er evitarlo, a bronquite asmatica.
de ferro mais pro:rimas à futma cular amigo, resolveu-nos todas as difi- eJU mim uma grande transform~ao. doença ja antiga e de que niio fui mi
culdadee de hospedagem em Leiria. Me11 padrinho, prior desta freguosia., racula.do, desenvolve-se por tal forma
Lourdes portuguesa e com o alarga-
mento daquelas que diio aceso ime-
I
Acompanhado por minha miie~ quo fa· con&agrou-se tambem a Nossa Senhora quo me julguei perdido. Os pulmòes oo-
leceu nlgunR 111eses depois, e me118 dois cla Fatima, fazendo v6to de celebrar o meçnram a resentir- e desde essa data
dfato ao locai das apariçoes, corno es- irmiios depois de termoa recebido a Nos- santa Miasa em todos os diae 13 de ca<la a Jninba snude tem andado muito abala•
ta. em project? prestes a ser executa- so Senhor la seguimos n6s no dia 12 ùe m6s no altar de N. S.a do Rosario, no- do..
setembro ~m direcçào a Leiria. tondo-so SC'mpre umn grande concorren- Poderei ter o direito de me revotta-r
do, é de supor que se multipliquem A viageJn, a.o contrario do que muitos eia do fieis. Poucos mezes a poude cele- contra Nossa Senhora de quem tio gran-
as peregri naçòes paroquiais e regio- pensavam, foi om tudo o melhor que 8!l brar por N0&-o Senhor ? ter cha.mado a des graças ja tenho r, cebi<lo PI Niio. O
naia f6ra doe dias treze. E o numero podia desejar. Para complemento do mi- contas em mnrço n. seguir. , abuoo merece oostigo e eu reconheç<:,-0
dessas peregrino.çoes aumento.ra am- nha feliciclade, la tinha em Leiria, mes- ColocallUJ6 com o t18U consentimento, <:'Omo justò. Continuo o. orar e cada dia
mo aos pée. da cruna que me foi d~tina- na Igreja paroq_uial u~ quadro de _N. com mais fé, confinndo sempre na pro-
da mais quando forum facto -e sò- da a. imagem do Sagrado Goraçao de Senhora da Fatima e Janto uma. cauca. teçiio da SantissimA Virgem, que por
-lo-à brevemente-o caminho de ferro J~us onde tempos ontes tinha sido fci- · para osmolns, sPnd.o avisado o publico certe. me niio abandonarit, até que um
destinado a ligar a trilogia monu- ta a ~ua entronisaçiio. clt gue todns ns esmolas lançadas neas11 dia .A possa vèr, chein de gl6ria.s, no
Tu40 pnrecia. destinado pela mao da caix~ eeguiriam, o seu tempo, para Fati Céulu
mental, - Tornar - Batalha. - Al-
cobaça eque se deve sobretudo aos
esforços int~ligentes e porfiados des-
Providencia I
Esta noite ainda a pa_ssei ma.I_ ~reci-
ma,
J<.;m obono da verda.de, devo dizer )Ue IA S ------0--1----

sa figura prestigiosa de grande relé-


sando dos cuidadoe de m1nha fam1ha..
Ao romper o dia 13, preparamo-nos trae reunidns.
essa. ca1xa rende mais que todas ns on,
CURAS
para soguir a ultima. etape. A maneira O no~so actual Prior P.e Angelo Men-
vo intelectual e moral que é o dr.
Vieira Guimariies.
quo avançj\vamos parocia sentir em mim des da. Silva, alma de eleiçiio e verdadC'l- DA FATf MA
umn. nova vida.. . . ro ap6stolo, continua. a tradiçào, cele- 1
As 9 horas trnhrunos atmgido o locai brando em todos oe dias 13 no altar do
Viaconde de Montelo. das aparic;-ocs por n6s tiio desejado. En· N. S.a do Rosario. Joaqulm Ramos, factor de l.• cl11668
tramos no pavìlhào destinado a.os doen- A tnanetra que o tempo passava, 1 u do.s Cnminhoe de Ferro Portuguezes, resi-
------0--:---- tes onde oo servitas n.os dispensara.m to- sentia aumentar novns forçM. Tive ainda dente no rua. de Va.le Formoso de Ba.i,.
dns aa at<>nçòes. muitos ro,•ezl!s na. minha saude mas o xo 57, em Brnc;-o de Prata. (Lisboa) em
Pouco dopois recebiamos a Nosso Se- f6co principal do mal parece ter' desapn.- carta de 23 de fev~rciro ultimo, escreve:
Coraçào agradecido nhor, O desej~o d0& nossos cor~es. recido, o que fora tambem confirma.do
E'-me imposs1vel descrever o. que nes- por 3 analisos feitas a minha expetor:i-
ses momentos se passava n n mmha alma c;-ii.o em ép()(·aa divorsas. '
uEx.mo Sonhor.
Diroctor da TToz da Fa.timo.
onde Jesus babita.va, embora me consi- Os clois lutoe pesados de familia tam·
De Nogueira do Gravo - Uliveira do derasse um miseravel pecndor I bom ;me fizeram sofrer bastante, embo- Como considero 11m milngre feito por
Ho&J1italr-diz-nos o nos,o amigo Al/re- Terminadas aa zninhas oraçoes em a~ilo ra. neles eu sentisse consolaçoes espiri- nossa Sonhorn. do Fatima, a minha. pee--
do Elvas Ferreira: de graças, tornei um pouco de leite mia,. tuaes verdadeiramente ext~ordin~ias. soo. o cura obtida no dia 13 de Maio do
ccEm cumprimento da minha promem1a tura.do oom a ogua milagros_a e algun.s Rf.'sistindo a. tudo, embora as vezes com a.no pa.._'-Sado as :3 horas da tarde, peço a
e pnra maior honra e gl6ria da Santissi- biscoitos, conservando-me aESt_m a~ _cer- difi('Uldadee, ja ia pr86tando os meus V. Ex.ci o tirar 'ns conclusoes do que
ma Virgom, venho novamente trazer ao ca das 3 horOB da tarde. Fui ass1stmdo serviços e it ca.usa de Deus votava 01' abai.xo vo11 dizer e pnblicar no jornal de
oonhecimento de todos os leitores do nos· a todns ns miSlfis até gue se aproxima.sse meus melhor0R <'uidndos.
so quorido jornal uVoz da. Fatima11 08 oé conduzida
momento soleno em que Nossa Senhora A minha ida a Fatima deu que falar
da ·eua capelinha para o pa.- a muit:i. gente e a. propaganda que fize-
aeguintes acontecimentos que muito de vilhiio dos doentes no meio da.e nclama- moo ,•onjuntamente com a larga distri-
vero interessar a t-Odos aqueles que te- çoes entusiaBticas de toda a multidiio. buiçiio de jornaes dn ccVoz da Fatiman
nham reoobido gra.ças de Nossa Senhorn Nio duvidei besse momento por em fez aumentar, muito o culto a N . So-
da Fatima:- prova os meus pulmòes, gue antes- fra- n.hora.. ·
Quando em outubro de 1924, fui ata- quejavam ao mais ligeiro impulso. Dcpois de ol~ns mezes fui ob"ervado
cado por urna fortfssima preesao de bron- Os meus vivas a Nossa Senhora solta- pelo Snr. Dr. Mendes Costa, que me en.
qui011 e nsma, usei de um tratamento que, va--05 cheios de entusiasmo e fé ardente. oontrou incompara.volmente Jnelhor.
longo de me fazer bem, me levou quasi Sogue-,se a. inissa. pel09 doentes, em -Entiio, tem tornado algum medica.-
'6 portna da m6rte. quo se recita oonjuntamente o terço !n· monte,?
Numa dessa.s mai&res crises minha ir. tromeado de captioos. No final o «Tam- -Nunca mnis tornei medicamento al·
ma julgou•me perdido, oomeç~ndo eu jn tum ergo» que foi canta.do num tom bas-- guJU desde que fui a Fatima e, até hoj o
a apreeentar feiçòes cadavéricas corno tante olevado, IDae cantai-o com a mes,. oponas tenho feito uso da a.gua. de N.
ela mais tarde me relatou. Nllfl6II. 'altura ma fncilidade como se o tivera ca.ntado Senhorn. e terra que, por vezes, aplioo-
lembNli·me do que tinha no mea q'Ua~ mil vezes. Minha Il!ii.e que estava jqnto va sobro o pulmiio. Niio foi para me pas-
uma garrafinha com ~ de N. Senhora de mim, no ouvir-Jne cantar com tanta. 81\r recciti\ que eu o consultai ma.s sim
da Fatima e pedi para que me desaeru nn.turalidade, cborava e remva de ale- pnra ver o mcu estado de sa.ude.
um calix d8688. agua milagrosa. gria e de reconhecimento para com Nos· -Eu ja fama tençiio tambem de lhe
Be~i-a com muita fé, ao mesmo tempo sa 8enhora que ja nos tinha. atendido nae nào receitar, pois quem ha tanto esU.
que mvocavamoe a protecçio da Santfs- nossas suplica~. l sem tornar medicamentos e esta asaim
aima Virgem. Meia bora. depoi&, ja tinhc. Eu sentia.-me jit jnteiramente trans- ' de.ssa forma... ni.<> precisa que lhe nr Joaquim Ramos
posiçào e as feiçiee começaram a modi- form11tdo na minha saude. <'eitem. No entnnto, apei.ar de ir em
ficar-se. PouC-06 diae depois, entrava em Segu&-se a bençio do S.S. Sacramen- boa carreiro, n.ao o julgo ainda comple- que V. Ex.eia é digno Director, se assim
franca convalesoença. to 008 doentes. Que espectaculo tiio gran· tamente curado.
o julgar conveniente.
Foi éstii. a primeira graça. dioso, verdadei~amente oomovedor ! Em setembro a seguir (1926) organi- E' o segninte:
Tempos depoia, tive nov&9 crises que Qua.ntu )agr1m11& I qunntas preces fer- SMUos nova pcrop;riniu;iio em que tomn.- No dia. 27 de Dezembro de 1926 pelae
muito altera.ram a minha saude. Qua.ndo ventes I Quantoa coraQOOB ness011 momen· ram }'arte mais do 20 pessoas. 8 horas da manhii. na ocasiào que ia a
ja estava quasi restabelecido, ao empro - tos se nbrem tiio &antamente para J e- Na vespera da partida apareoeu-me sa.ir de minha oasa para ir toma.r o oom-
gar um pouoo de força a mais do que a sue I. .. • um in<"omodo que baatante me importu- boio quo partia da. cstaçao de BraQO de
que devia, dei origem a qualquer rotur11 Mom~ntos depou,, N ~ Benhora é ~ nou mas niio desanimei e segui.
que me fez lnnçar sangue pela bòca. condu111da a sua capeljnha _das apar1- Em Leiria, momentos antes da part; Prata pnra a estnc;-iio do Rocio, estaçio
Q081'1. Sempre o meemo entue 1a.s1;00 e os da para Fatima, o'inda me encontrava onde 011 fa.zia serviço corno factor de l.'
Chamando o meu médico assister.te, clruise, esconei;_'Uei no sair da porta da
Ex.mo Snr. D11. Ant6nio Vaz Pato fui mesmos V'1vos a aclamarem a Ra1nha dos mal. Aflito, recorri a proteçio de NOll8&
anbmetido a tratamento COll!legUindo' mt,- Ckus I Quo s~udades ! O tempo pa~, mas Senhora, acha.ndo-me repentina.meute minha. casa, Cài d'umo. va.randa para a
a record.a çiio desses momentoe fehzes e~ curaclo. roa e parli a perna. direita pelo artelho,
lhorar. ficando o pé separa.do da perna., apenas
.Algun11 meeoo depois, niio estando o.in· M eeml?re presente. . _ . Em F6tima sempre as meamas impres-
Termrnadn. a proc1ssao, fm com 08 soes do ano nnterior. eoguro polos tendoos e péle e os 08808 da
da bem cicatrizada a primeira rotura cana partidos, sendo de pronto transpor-
m_ous , socris;tia agradecer ao ~nr. ~-e Ao entrar no pavilhiio dos doentes, a
d4t1vido a um esforço ma.ior, rehenton m~ Stiva todn.., as atençoee que nos tinba d1&- enfermeira Sr.• Francisca italiana, que tado num carro da cruz vermelha. para
novamente o sangue. Na ausencia do meu penciacl.o. Ele, muito satiafeit.o e sempre no ano anterior bona se~ços me prer- 'o hospitol de 8 . José, onde me ~at~
médico aasitente. minha famflia cha- alegro, pergunta-me: tou, re<•onhec6-m.e e fica. maravilhad11 ram pessimamente a perna. Dep-019 de
mou o Snr. Dr. Mendea Costa, médico do - E.ntiio, CO.Ilio se senteP I . por me ver tiio bem dispoeto, o, aem pensndo ma.ndnram-me para. o hospital
partido em Oliveira do Hospital, que, -Sinto-me ~m dispos!o, Snr. P.o ~11- perder tempo di•me. EntAo niio publica do Desterro. Foi tiio mau o tratamento
depoia de me ter ob6ervado cuidadosa- va, meamo mu1to bem du;poeto, scS mmto eMo milngre que é tiio gr11ndeP I Quem que 3 dias dopois tinha a perna- e:om
mente, declarou a minha. famflia a gra- f&tigacl.o, o que nAo admira, atendendo o viu e queJn O va, que diferençal... uma infecçao, e principi.o de uma.. Sll!t!e&-
vidade da minha doença: infeçào no it longa viagem e ao destrn.ino de to.nto E' minha intençiio publica·lo e n.iMo min estAndo quasi durante os pr1me1rc»
pulmio direito. Desta vez a. doença ja tempo 6elI1 exercicio. tenho muita aatisfaçào. trea' me7A'! .,.m perigo de vi.da por nii.o ser
Di.o oedia a cuidados nem a medicamon- Depois do termos oomido a nosea me- Imodiatamente levou a boa nov~ a possfvel fazol-a doziipnreoer.
toe. renda e dii:el"JD08 a. Nossa Benhora o ul- tantoci doentes que no pa.-ilhA'.o suplica- Como a porna se niio podia aguentar
Reoonheoondo que na. medicina. jit niio timo adeus ~e saudade, retirlimo-noe na vam M mesmaa graçea. Momento& de- com o oparelho de exten.i;.1.0, por ter Q1l8
havia recursoa para atalhar o mal, rf'- santa pu do Senhor, para Leiria. poi11 aproximn,.so de mim e ped&-me pa.- i;er tratada todos os diaa duos vezee, nao
corri com todo o fervor da minha alma Esta. nofte de 13 para U ja foi um pu- ra. que Il'le levante, apresentando-me ero. era pOf.Sfvel qne o pé lip;asse it pei:na e
• Noesa. Senhora da Fittima delibernnd > ro oontraste com aa anteriores, dorminclo seguida no publico o dum modo parti- a.saim se COllS(>rvou dois mezes deshgado
Voz da Fatima 3

&té que em março Hgou, mas f6ra do seu a andar e levar corno penhor de gr&ti.dii.o Foi o principal fim que tive em vista, P eroira Fo.rnandes Còrtes, :Maria d' Aeoen-
logar. um cordiio de ouro que minha mnlher depois de agra.deoer a Virgem, tornar pu- siio Carrnlho, Maria dns Doros do Castro
Como ja nào ti.nha esperança na vida, oforeceu a N. Senhor:\ no Cli.BO de eu blico -o meu ca.so para quo de tanto& in- Lopos (15$00), Abel Baptista Lope&, An-
aem tao pouoo que o pé Hge.sse a perna, escapa.r, pois que nunca pensei que ho- felizos, SPfrendo horrorosamente, alguna tonio Tinoco, Lucilio. Maria Carnoiro do
e como me visse cada vez peor e a febre je f06Se vivo e consiclererme agora o ho- houvesso que, !endo-o so lembrassem de pe.. t'arvnlho (15$00>, P.e Alfredo do Melo
aempre entre 39,5 e 41, devido ao est1.uio mem m&is feliz do mundon. dir tambem a Nossa, Sonhora a rura de Ahrantes, Alferee Baptista, Palmira Caro-
de putrefMça<> em que tinha a perna, e1r sous malee. Ainda bem que V. Ex.• o len lina (20$00), Maria Magda.lena da Silva,
creri umo. carta o.o meu medico Sr. Dr. Maria E. Dlas, de E'vora (ma Joio de e com isso tanto lucroù-l Demdita, mil ve- Gracinda. d0& Reis Carvalho, H el«.>na Ma-
..l. Balbino do Rogo, pedindo que me Del.18 31), em ca.rlll de fevereiro que niio zoe Bemdita N . Senhora de Fatima! Eu rhado, Hormano LO('a da Veiga, Maria
oortosse a perna. B fim de salvar & vidB era desti.Dada. a publicidade informa: fi.z o meu relato muito a pr066a, no peda.- Angela Albuquerque Oliveira, Guilhermi-
a&ndo-lbe entregue a ca.rta por minha. «Vai em cinco an06 que, sem querer, ba.- ço dum sorào, quasi cm vesperas de par- na Correia, Maria Noomia Fernandee de
anlher. ti com o ooio esquerdo na. chn.ve de runa. tir para nqui, o por iS&O fui deficiente, Andrade, Maria Palmira C. Baptista An-
Voja V. Ex.ci• qual seria a afliçii.o do porta. Sofri muito, mas, a pouco e pou- om iti muitas coisas, niio lhe dei o brillio Lunos, Tristiio Dettencourt da. Camara Ju-
w.ma mulher que vai levar a sentença. do co, a.s dòros foram pnssa.ndo e niio mais quo devia. 'rive aponas a preocupaçao ma- nior, Joiio Lopos tLaranj(liro, Maria Ang~
morte de seu mBrido l pensarla em tal. 1 ximn de ser exacto o o ma.is rigoroeo p~ lica Corroia, Luiza. Pereira Rosa (15$00),
Ha.a minha. mulher teve cora.gem, ~ Passa.dos mezea, talvez doia anca, no s{· aivel, visto quo tinha sido assistente da Luiz Lopes Abegiio, Maria Paula Franco
tisf&z o meu peclido e entregou a. carta., tio em que oofri:. a panca.da., apa.receu-me l:''aculdade de Medicina em Coimbra., fui C'al'tfoso Bernardino Fernandes Ribeiro,
ubendo pn.r,t o que era. um carocinho quo foi .a.umentando, se bem trat!\(}o e visto pelos mel.18 professores, por J osé d'Oliveira Peroira., P.e Eurico do
Como fica.ria. mi.nha. mulher a.e ouvir que nio incomoda.sso muito. Porém, noe toclos os médicos quo nctua.l.mente existem Nnsciment.o Lncerda Pires, Maria Amélia.
dizer no modico : ultimoe mezes de 1926, as dores o a.s pi- ainda em Coimbra, entre eles e alem d06 do 'a 0s6rio Tovar, 13oatriz M. do Sou-
uNii.o, minh.a. senhora.: Se esca.par quo cadas começaram de maneira tal que em qne me operarnm e citei, pelo Dr. Elisio sa ll'orroirn, Maria Adelaide Peroira de
eecape com a. perna.». principios de 1927 tivç que consultar o I de Moura, José Rodrigues, etc, etc., todos Vasconcelos, Palmira Valente, P.e Anto-
:llinhn. mulher, do fondo do coraçào médico, nproveitando a oportunidade da. mo visita.ram todos acompanharam a mi- nio Maria. de Castro, Manuel Lopes, Joio
di~me: visita. que me fnzia e.stando eu com gripe. nha doeuça., do modo que niio podio. nem l\forques de Cnrvalbo, ,Toii.o Bnptista d'Al·
«Pedo a. N. Senhora. da Fitima, quo E' ceri.o quo sua Ex.• nao mo desnnimou desojava exagerar, po.ra me niio dosmenti- mcida Can·nlho, P.o Antonio dos Santos
ni.o ha.s-de morrern ma.s disse·me: «Es-pere mais umns semanaa rem on chrunarem montiroso. Foi a minha .\h·t'S, .A.nt6nio RO'drip;uCb Pinto, Etoh,ina
Nao tenho esperança. nenhuma. ja no. (mas quo niio sejam mezee) e se aa pica- grande preocnpaçiio, deixando mnito por Torros da Costa, Ant6nio J~é Valente
.-ida (digo-lhe eu). Niio sei a que Santo dns e M dores continua.rom, participe-me di?,er. O mou d05a.stro transtornou-me a (15$00), Jnquim F e rnandes dos Santos,
hei-de podir». Pode a N. Sonhoro d a Fa- imediata.monto». - Fiquei triste por mo vida economica.mento, tive de vender al- Maria Barreto .Alpoim, Cust6dio da Cu-
tima. J 1\ te disse quo tenho muita fé lembrar quo teria de ser operada, por mo gumas propriedades que tinhamos e em- nha Loit,o da Costa (15$00), José da. Cu-
Nola. Tu é que nào tens fé neuhuma o lembrar quo seria um cancro, mas nao de- pcnhoi·mo; mns, apezar de ter e, coraçifo nha Leite da Costa, Virginio Ferreir&
é por isso quo te nào achas molhor. Assim sa.nimei. i;nngrando sempre por ter de mo separar (16$50), GuiJhermin::i. Rosa. da Silva; Joiio
fui resi~tindo até no dia lG de .i.bril, em }'oi ontào que escrevi a. urna afilhada do minha esposa. e filhinhos que tanto a.do- da Fonsoca Cardoso, Paulo Alves de Sou-
que sai do hospital para minha. casa, que tonho o a mais duas pessoa,g minhns j ro, vim no cumprimonl,o dum dflver, tentar ~.o, Cristina do Matos Franco, Maria de
onde preferia. acabar o r esto dos meus amigns para que pedissem por mim a Vir- recuperar o perdido, porque N. • Senhoro. N nzar~lh F erreira, Ermelinda Guerreiro
dia. gem Santissima, e por minha. vez, com to- lm'o indicou, niìo permitindo quo fossem dn. Silva, Maria. Helena. Galpar Canaatrei-
NO' dia 12 de ma.io seguin~ recebi um da 'a. minha alma, podi a N. Senhora quo eficazes tantos osforQOS que fiz para evitar ro, Ma.nuol dli. Silva., Maria dnq Dores
telegrama dos medicos da Compa11hia. pa-
ra. compnrocer na junta. medica ca.so pu-
desse, mas corno o mou intorcsso era o
me Jivrn.s.se dnm terrivel cancro.
I
n. minha partida. ConvencidO' do que o meu 8nntos Trindnde, Miguel Nogueira do Sou-
I
Prometi o. N. Senhora runa nove na em dovoq era. partir, abafoi o sentimento e sn, Alice Mnrtins Mono, Ester d'O!ivei·
ca.da mez durante um , ano, durante pa,rti . .Assisti a ina.uguraçao da Jmagem de ra, Julin Fa.ria, :Malvfoa C. Rocha Fa.ria,
adquirir l\ sa.ude com 0' maior do.;; sacri- a novena, usar agua da Fatima e publicar Nossa Sonhora do Fatima na. lgreJa. de S. l~sler C. Rodia Farin, Laura Farla, José
ffcios lo. fui ooO:o pude, n' um "llrro. Ao a. graça se me fosse conoedida. Domingos, li noite, comunguei no dia s~ l\lirnndn. I•'ilipe, Ermelinda Faria da Crllll,
chogar li Maçào havia. muita gente em - Na. primeira. somana a.inda senti algu· guiute e embarqnei nesso mesmo dia 1 de Maria B:u;to Vasconcelo,,, Marp;nrido. Car-
peregrina(·ao para Fatima visto que ora mns dores e picadas bastante intonsas mas Novombro de 19'27. Estou aqui ha 21/2 uilns Vioira Braga., Mariana IIenriqueta
a vespera.. Volta minha mulher a. dizer: pouco a pouco fornm desaparecondo. O ca-I meses, cloven~ abrir o meu conault6rio na llo~a. Ana da Conceiçiio Pécurto, .Amadou
uOh Joaquim, va.i tanta gento iHU':I. a roço porém continuava. pr6xim:.i. 2.• feirn. din. 13, dia de Nossa. Se- <la Concoi(·ùo Roxo, P.e Manue,l Pereira
Fatima!... Qucm me déra ir também In Chep;ou o mez de Dezembro e com file a nhora de Fatima.. Tonho encontrado e en- d'Olirnirn-- (20$00), Jo&é Rafa.el Sanlarui.
Como ou ti\·esse m11itos sofrim et1t.os r e!.- feste de N. Senhora dn. Conceiçao. Fiz a I contrnrei muitas dificulda?es, urns espero ('amacho l•'ialho, 1\Innuel de Noronha
pondi : «Vai tu que nii.o fazes ca. fnlta
neuhuman.
novena, corno de costume, I
mais ainda: quo NO%a Senhora mns ar11dara I\ veticer (]5"00), 1'.o Adelino José Ah-e.'I da Sii·
assisti n festa. - E~usado sera dizer-lhe, j pa.ra, o muis deptOSSt\. possivel, regres11a.r Il vn, l\-1arip. clo C'armo Tavares, Horminia de
Elo. rotorquiu: «Niio te posso Ji·(er no.- Snr. P.o Silva, n. devoçio com que as- no meu lar quo osta deafeito. Tenho nrran- ,J esus, Miu·iu da Purificaçii.o Godinho, Co-
da.». Niio tens mesmo fé ne nh11mn. E' por sisti sempre muito principalmente a ben- jado aqui alguD.$ nssi.nantes da Voz da Mgo Mnnut>l Fernnndos Nogueira, Jo&é
.isso quo te nào achns melhor11. Digo-lhe çiio do Santissimo em qne, com toda a Jt' atima, arranjru·ei quantos puder o, por C'ardo.so Junior, Joaquim Neto, Alzira R.i-
eu; ,•ni se quoree ir, que Pu nào te pa-
go; o quo quero é quo me dPi:11-~u. me livrassem do terrivel cancro.
I
minha alma, pedi a Jesus e a Virgem que mais quo faça, nunca pngarei I\ Virgem o hl'\iro Rufino, P .e Jonquim Tfi:oi:eira de
tiue lho devo I Procuro curuprir rigorosa-- Sonsa, Maximiana Toixeira. da Rocha, y.,_
No dia 13 pela manhii, por ordi,m da Qual niio foi porém o meu espnnto quan- ment,e o meu dever de esposo, cidadao e ria dos Prnzet'es Cha.ves, Jesus Clara da
Compnnhi:i., as 10 horns vaio . medico do, :i noite, a bora. em quo costum&11& fa· 1 cat61ico, para quo ninguem possa ataca.r- Silva (5 00), Maria José de Magnlhii.•
vitritar-me para. ver o n'.ieu estoclo visto ze r o penso, nem sabin. onde o devia colo- -me com ra.zào, ou por em ctuvi'1a. a sin- Bn.rros (50 00), Agripina Lusia, Joaguim
que niio era p~h·ol melhornr: l)epois de car porque niio encontrei o caroço l,.. ceridade das minhas crenças. ,Jooé Gra.nja Ferroira, Maria Lucllia Lo-
me observar a. p0rno. diz: «O Senhor niio No entanto continuoi a fazer a novena. Te nho a certeza. mornl de que hei·de ven- pe6 Joiio dii Silva. l\fontelo., Jer6nimo An-
se levanta hoje da c,imn, porque uiio per como promotorn. e agora qne ncnbei cum- coi: a.judado por ~ossa. Senhora, e lQKO que gusto Brit.o, Maria do Sousa, Maria Car-
den. Sorao cumpridns 06 '>rdnw, de V. pre-me participnr-lho tudo iato para que Yolte a Portugal, so Deus assim o pormi- \·al ho Dina Machndo, Domingos Alvos da
Ex.ci· respondo 01J. possa. puhlicar na «Vozu em bonra da Sa.n- t.ir, niio passarei em Lisboa, som pl'O('urar 8ilvn, José Dia.s 'Grbano, Ant6010 Maria
Como minhn mulher vinha a jam•'a. vor tfssima Virgem, mais esta graça concedi- Y. Ex.•. Desejo conheco-lo e conhecer 3n& Duarte, Amalia Monteiro Fiuza, Jacinto
pMSllr os comboios que levnv11-:n muitn. dn. Ex.ma Esposn, verdadoira. ima,!;010 da e.- cla Costa Melicias, Joiio Ferreira. Dias,
gente para Fatima volta. a insistir comi- P eço-lhe porém a finezn. de publicar co- posa. modelar, 11. quem Deus chirs o i;pé- ,)osé F orroira Ca.xaria, Joana. Nolore, Per.
go: Oh Joaquim ... va.i tanta. 6 ente para mo entondor pois quo ta!vez o meu rela- mio de tn.nLn abncgn.çiio ù L;; o ,\l ri -.. l:tcìn pétua. de Jesu<i, Carolina. Correi& Vieir&,
Fatima l Se ou pudosse irn. uY•i, digo to seja um tanto extenao. fél Para. ma os mens respoitos da m:.\:, ele· ,\nt6nio da Costa. Mclicias ,Antonio Siroòes
eu l So nao th•eres dinheiro pe,rP. o em- O quo clesejo é non.bar de cumprir a pro- ntda co111,idcrnçiio, pnra ,· . l' ·," u, n:,•us J)unrte Antonio J>omingues Forrcira,
prestado que eu niio me importo quo messa. na.da. mais. hem sinooros pnra.bens e i,nra o~ d,; ii- •ima Guilho~ina Amélia Ah·~ Forl1111n , Do-
Vl\811,
Qu~ lhe pa.rcce tudo isto?-Niio acha larga vicla compensa.dora ·l<' to.nt,1 sof.-;. mingos Maria. Monteiro, P.e Rufino da
Como eu eetivcase fartinho da ca.ma, oxtrnordinario? - Eu propria chego aa v~ monto. Desculpo-mo V. Ex.• o <lesal,,.i.'ti, jlvn Ara.ujo Maria. Ana Gamito (20f00l,
cerca dli$ 11 horns, digo: ,Oh 1\laria.... zes a. du\'Ìdnr, nii.o do poder de Deus, mas mas nao pude conter-me ero sileucio • Jlerminia. d~ Sa.ntos, Maria do Rosario
faz o fa.,·or, vem-me vestir, l'Ue quno ir cle mim, o fico a pensar muito tempo ae sntisfaçiio que me inu ndou a. a.Ima, impclin- co~ta l\laria das Doros Sobreira Jordao,
um bocn.dinho para o soln. ,;,.lii,~ ,liz oh,, o carocinho vO'ltnra e so eu torei ainda ·me a vir cumprimenta.-los. Jtoi;a 'Amélia. da Silva, Ma.ria J osé da Lou·
porque o modico ni'io qu1>r 'JUO tu te le- muito quo sofrer. A quanto.9 doentes ou tenho Ìt\ falado em rinha (15$00) Sebastiana Victor Noguei-
yante!I» , Oomo insistisse C'Om e!:• par11 Sera porérn o que Dous quizer e eu me- Nossa Senhora. e fa!arei sempro quo dill60 ra. - De jorn~i.s: Georgina Moro.is Silva
me vestir nii.o quiz o eu v11ndo-roc de-;a,. reoer. Se tivor de morrer ero misero osta.- tenha ensojo, para os animar, che.mar a fé (26$20> .Alioo Rodriguea Lelio da Si!va.
nimado cl igo-lho: s6 •faltnvru, t!I agora do, morrerei. o procurar na medida. dns -riinhas fo~ (190$00') Moria Augusta dos Santos Va-
niio mo liga.res nenhuma.: oe Santos niio O>nformo-me com a vontade de DeUS>i. mostrar-me digno de t.iio grande milag~. lentim (20$00>, Carmina. Vieira. (15$~),
querem saber do mim, tu agorn tnzes o So em qualquer parte, eu para alg,•ma. COL- Ana da Conoeiçào Novoe (55$9()), Joaquim
mesmo. F..sta bem. Aqui flrnrt>in corno,
•porém, ola nao pudesse suport0 r ns mi-
-----•e-a----- sa. puder sor p~avel a V. Ex.•, recebo José Forroira (100$00), Maria da Enea.r-
as' suas ordons e con_f0910-me. um grande nnçao Bnri'io (13$00), M9:1"ia d'AssumpQii.o
nhaa suplica.s, com poi::ca. Yontn<fa veio- n.dmirador. Oom o ma.tor respetto Valente (60$00), A. R eat1ng (20$00), ju-
-me vostir e me ajudou, oomo poude, a
l&Tar para uma va.randa ontle fazin. sol Dois miraculados (a.) A.cacio d4 Sih,a Ribeiro.
lio Ant6nio de .Assois (50$00), Tere-
sa B. Forte (60$00), Maria. Ana
e ali me CO'llServei oncostado a tr<:s ..:a.doi- C. R. Teixoi.r.a. (50$00), Ant6nio
raa. 0s nOEl!OIII leitores deoerto experimenta--
r iio corno n6s um grande prazer om lér a ------o----- Vioira Lei.te (120$00), P.e Ant6nio Cor-
Yaito rosou nOISSa noite ao redor duma roia Ferroira da Mota (45'00), Maria du
peqnona imagem o com umn. pequena luz, carta. ha pouco dirigida. ao Ex.mo Sr. Joa·
quim _D uarte d'Oliveira (vér Voz d4 Fd· Doroo Tava.r~ de Sousa. (104.$001, Josefa
a minha mulher l
Pelns troa horna da taM" sentarl• na tima do Jn.neiro) pelo Ex.mo Sr. Dr . .A.ca-
cio da Silva. Ribeiro (Voz d4 Fdtima de
Voz da Fatima da Jesus (11$20), Joaquim Duarte d'Oli·
veira. (50$00) Lucia.no d'Almeida (70$00>,
cadeira senti um grande formi,zuciro na Maria. José F~rreira. Paulino (100$00).
perna. pnrtida e fiz nl\ mo3n,'l , cnsiao es- Outubrol. E' como segue: DESPEZAS
forço pnra me levanta 1·, o quc fiz sem
muita dificulda.de e IIE!m auxilio rJe nin- «Lourenço Marques - Oa.ixa Postal N. 0 Transporte... .. . . .. .. . ... 97.651$77
guem. Como me sentiss;e cheio ile- al&-
gria. !ombrai-me de pedir ns muleta.<, a
62 11-2-928.
Ex.mo Senhor
Papel, compO'Siçiio e impressao
do n. 0 66 (38.\XlO exempla- Abrigo para os doentes
2.269$50
minha mulher para vel' RII j,t poilia an-
de.r s6 com urna o enrocttarlo ti. grc ,e ,fa.
res) .................... .
Permit.')..-me V. Ex.• que, apoza.r de, o Selos, embalagem, transportes, Peregrinos de Fatima.
varanda. E ja nao foi proci~o. l 'otnOC'ei niio conhecor pessoalmente, lhe eacreva ee- expediçii.o, gra.vnras, etc ... 735$39
a andar e a.ssim percorri uns 40 metros tn carta. Foi cc,m os olhos rn.zos de la- Transporto..... ....... ..... . 5 !A0$05
com na moletas na mao, scm fuzer 11s0 grimll6 quo li na «Voz da Fatima» o bri- 100.656$66 Anonimo ....................... . 5$00
d'elns. lhante relato da &un cura milngrosa; é a.i.n- SUBSCRlçÀO D. Maria Noemi do Fa.ria Coo-
Voja V. Ex.ci•, Senhor Director ~uiio da com eles rasos de lagrimas quo lhe es- lho...... ...... ........... . 10$to
grande foi a minha alegria, e E-.spccioi- crevo, relendo o mesmo relato I (Ma.io e junho de 1927> Alberico Miranda ... ... ... ... 10$00
mente a do minha. mulhor .1ue nem po- Sou eu o médioo a que V. Ex.• se re- Anonima de Agueda ... .. . . .. 25$00
dia conter as lagrimll6 com n 1>ntisf~lio fere, fui eu que a Virgem N . Senhora de Enviaram dez escudoo: Francisco Jor- l\Ia.nuel Urbano Alves... .. . ... 5$00
em quo so .encontra.va l Fatima fiquei dovendo a vidn. l Como me ge, P .o J osé Lourenço Pereira do Matos, l). Deolinda Pinto do Almeida. 1otoo
N'essa. mosma ocnsiii.o lembro-me èo re- senti fe liz ao ler quo, como V. Ex.• difl, Ana Maria Clnvin d'Oruelas Vasoonoel°'!, Mn1mel DiM Moreira ..... . 10$00
pente de Nossa Senhora da Jr.ttima. e di- 11, leiturn. do meu dosa.stre, d'nlgum.a ma.- Mari& do Canno Corte Real Ab~e? de L~- Manuel Poroira DiM ... .. . 5$00
neira, concorreu paro. lho despertnr a fé ma. (20100), P.e A~gusto José V1~1ra, Eh- O. Anninda Dias de Sii... 10$00
go: «Oh rnulher !... Tu é quc foste aton-
dida e niio en o por isso irl'lmos para o
p6do, e a quem tudo Obedeoo I...
I
e convida·lo e, recorrer A 'quela que tudo 98U da Bilva, Beatr1z ~e Barros P1nto Bro--
c~ado (20f9()), J onqunn R~a. Gomes, Ma·
,\.nonima ................. . 20$00
ano Q\JO vem, ou soja no dia J3 <le maio 5.750$05
a Fatiµia por fazor um ano •1 11e com~i Quo alegria senti, Ex.mo Snr I l'la Eftgema Sarmento, 81b1la de Jeaus
4 Voz da F6tima

As Grandes ALIANçA I
Por &e1, la.do o engenheiro na~ desca,,i.-
çava.
esse prazer a Nosso Senho1· e a si, e.•tei•
descançado.
Maravilhas Quando a batalha estava ja quasi venci-
da, atre'Vido, o engenheiro 1n-opoz qu.e se
-A.h isso me basta.

de Fatima DIVINA 1c.asse o pendlio da vrrt6ria.


E numa das salas - onde eles ,nais
• •
E tendo-o peràido àe -vista na vollo
tratavam dQ corpo - foi posto o trofiu da estrcr.da, o prior correu a ojoelltor-11•
Acaba do sa.ir do prolo, com o impri- ((A quela /tibrica meu aniigo, ha.de ser e o penhor da vict6ria sobre as suas al- deante do Sacrario a resar um fervoro.r!J
matur dn Scnhor Bispo de Leiria., &te no- o meu Calvario. mas. simo «Te-Deum11.
vo e inter~anti~mo livro a·o nosso pre- ,1 terra prende-os, brutal,za-os (descul- .4 Fabrica, os directores, os operarios Resou., chorou., agradeceu.
sado colabor,1tlor sr. VibConde de Montalo, pe o termo). consagravam-se ao Coraçlio de J esu.s e A fabrico ia ser todo de Nosso Senhor.
quo, como o pr6prio titulo deixa entrever, O trcibalho esgota-os ; dllo tudo ao cor- queriam-'Ilo ver ali representado na pa,re- Aoora id ni1.o t inha de temer a fdbric•
contem a. hu.t6ria sublime e em extromo po, ao dinlteiro .aos interesses materiais ... de, a abençoa-los a todos. e a su.a in/Cuéncia na freouezia.
oomovente das a.pariçòes e dos sucessoé ma,. e da alma, da pobre alma nem sequer se
ravilhosos da Lourdoo partugueza. ùembram vor veze8l,. • •
. Esento em linguagom clara e corrente Quem as.11ni /alava era mn prior. Qll,(ltro pnos eram passados sobre a se- O engenheiro veio um pouco mai& tarcù
do friciJ compreénsao ainda. para as inte- De pé, com. o ol11ar pregado em qual- menteira d-0 graozito de mostarda que, se- 11-0quele dia.
ligéncios monos cultas, o. sua leitura. se- quer coisa que da varanda envidraçada gundo a profecia do engenheiro e pela O prior fo i-lhe ao encontro abraçou-#
ra por todos feita com bastante proveito lobrign-oo ao longe ouvia-o aìlencioso um acrào do, dois, abençoados e ouiados pela contente corno uma creanço.
e a.grado. jovem enoenheiro, alma de escol. graça Divina, oerminar~, crescera. e abri- - Que é isso senhor prior?
Esta obro., precioso escr!nio de recorda· De repente, os olhos faiscaram-lhe nu.m gara sob a .tua protecçllo quasi todas as al- - A.li ·m eu amigo, os dois que no8 fa-
çòe.5 que todo o verdadeiro devoto de Nos· olltar ~nlrn~o e pregunta, num &orriao: mas d(tquela. Jabrica. ziam Sll,(lT e que pareciam r ecalcitrar i:~
sa St"nhora de Fatima. de\'8 possuir no. sua - Diga-me, snr. prior, entào quando Quasi toda 3 aim. tra a graça, acal>am de ceàeT, viio con.
estanto, O!ita improssa oro 6timo pa.pel, re/orma o seu presbiterio? Mas aquele quasi era torturante. Porque lessar-se esta quaresma,
consta do 414 pagjnas e é ilustrado. com I E' lindo, sabe? é mesmo poetico. La nélo todas? ~o qv.U
50 gravurns, qua.si todo.s de prigino., sendo em cima na /abrica, no meio do · meu Ha via ainda duas - nao mai& - que se - Assim mesmo.
a duas coree a Cl;l,Pl\ lind{ssima, cujo. gro.- j trabalho e do progresso daquel(i. indus- mostravam refractar-ias d orMa, -Louvado seja Deus I
vura roproduz a scena. incomparavel daa tria tenho-lhe inveia. JJfas os dois, cada um por seu lado, - Nosso Senhor lhe pague, engenhei-
apariçoos do. SnntiS6ima Virgem o.os pns- - Oh meu amioo, e.,ta casa é sua! n{lo cediam. ro, o seu esforço.
torinhos. -Muito obrioado pela su.a gentileza Depois, tinham hoje por seu lado 0 - A mim nlJ.o deve nada senhor prior.
E' um primoroso trabalbo de imprensa., mas francamente emqu!tnto a ndo vir um meio. Todos praticavam menos 08 dois ... Que tive eu para atl' N em prego nem ti--
um auténtico mimo de arte, cuja execuçào pouco remoçada parece que nem a pai- Todoa se confessavam menos 08 doiL. topa ...
honra sobromaneira 88 o.creditadas oficinu sagem larga da roa va.randa me agrada Todos t ecebiam O p40 Divino menoa 08 - Foi o seu exemplo, o seu conselho, a
da Uniào Grafica, onde foi !evado a cabo. nem a aova daquela tascata me enca,nta. dois ... sua acçao tenaz, o espelh.o de sua vido
O produ*'? lfqui~o da. venda. é _integrai- O Snr._ Prior, perdDe--me, espiritualisa-- Pa.recia O demonio a rir-se do prior e sobretudo.
mente dC6trnado a Obra de Fatuna. -se dema1s. I do enoenheiro guardando para si aque- -FoiNào fiz mais do que devia.
antes a acçao do Senhor prior en--
Que~ quizer adquirir &se Jivro dove- N6s temos dois principio,, ndo U Al- 148 duas. alma~.
ra env1ar dez escudos por cada exemplar ma e corpo; é necessario nào desprezar • • tre a minlta gente. Elea querem-lhe como
e ma.is um e6Cudo para o port-e do correio nenhum dos doi6. a um pai.
em carta regista.da, cheque ou vale p06tal Da intima harmonia entrt elea depen- A batalha entrO'U entlio ne 3eu auge. - Nào, isso nlio. Dioamos antes qu,
a José Dina-Seminario Pa.triarcnl-S~ de a paz em n6s. Rec0'1"reu--se a arzna maiis poderosa para foi a oraça de Nosso Senhor seT11indo-se
ta.rém ou a Uniao Grafica - Travessa do - Mas o meu amigo bem sabe que Bo- a conquista das almas - a oraçlJ.o. de n6s corno instrumentos.
Despo.cho, 16-Lisboo.. ma e P1Jvia nao .,e fizcram 11/Um dia. Fez-se violéncia ao Céu.
E o Oéu defa:ou-se 11etieer e... venceu a nlia parte.
-E bem ordinarios, ao menos pe/4 mt-
A seguir transcreveµios O E stow aqui ha tao pouco tempo ... Ja
queria 11,m presbitério arr<J,niadinho. contumacia daqu.elas duas alma.,. -Deixe-se de modestias.
T' ai~,e devaoar que é mai.s seguro. Agradeçamo8 muito a Nosso Senhor es-
INDICE DAS MATERIAS - Ora bPvt. E' isso meamo que eu lhe
• • ta grara.
queria dize1· ma,s oost,i que o snr. prior Era a 11oite. A.' cabereira dum doente B astava-me i sto pa,ra as., inalar esta
I Parte o di.,scsse primeiro. sentararse um padre. A voz rou.fe-nha maJ. quaresm.a.
(E "m ar triunfante). se lhe ent endia. H oje a fabrica é uma fabrica criatn..
Prefacio Vamos devauar, aos poucochinhoa que Tinha um tetano. • •
é mais seouro, nli.o é f Sobre a ,nesa de cabeceira uma image11r
.As a_P~riçòes da Santi'ssima. Virgem Vamos fazcr urna aliança para uma. zinlia da Senhora da Fatima. be espaço A acçi1.o tnet6dica, tenaz dum padre qiu
A v1sao dos pnstorinbos - Lourdes e conquista - a conquista da minha fabri- a espaço o doent e beijava-a devotamente. se deixa mover pela graça nunca fi«J
Fatima- Uma cura oxtra.ordinario.-Notas ca, quere? - Tu est6.1 muito doente, Ant6nio, pois sem result11do.
e comontar io9- O dia 13 de .Agosto de - Se quero ... estas? Coitado ! l\!as quando se Ute junta o exemplo
1917 - O dia 13 do Soiembro de 1917 - - Poi., f ica feita. A campanha come- - Estou sim senhor. • fascinante duma vido 1rrofundamente
A.s doclnra.çòes dos videntes -Naa véspe- ça i6, uielhor, ela ja i:omerou. A.oora va- - Eu vinha vér se tu estavas ,nelhor. cri.,tà num leioo que se .,ente a arder em
ras do grande milagre - No dio. do gran- mo., e.,tudar os plano,. -.1\foito obrioado! Estou na mesma. zelo pela 8<llvaçlb das almas, n.h! entltO
de mil~ore - Depois do grande milaure - Pen.,e nis.,o anr. prior, .. . ... ... .. . .. . .. . .. . .. . a tal alian.ça, se ela t em por arma prin--
Ultimos inte.rrogn.t6rios -A morte de - Penso, penso e vou pedir a. Deus E o padre ia oranc1o de quando em cipal a oraçaol .. .
Francisco Marto - A morte do Jacinta que abenç6e a sua ideia, enoenheiro. quando. A.qui transformou um<1 fabnra - fraM-
Marte. -- Minha? Nao. Dele. A.o beijar a imagem mais umo vez, o formarli o mundo quando unitlo.s ,çac,r-
TI Parte -E vero-lhe que, jd que no.la deu lhe doente diz baixinho mas de f01·ma que dotes e leioos &e resolverem a trrrbcùhar
de vida. o prior poude ouvir. sem de.~canço pela salvarno d"ll alma,.
Grondiosas ma.nifOl>ta.çoos de Fé e pieda.. - E ~ta bl'm. H<t de ser a semente de - Estou mal... Vamos lutar: Almas de escol ha-as ainda, mari de
de Gl6rin. e repnraçiio- Portugal Junto le, mo.,tarda do Eoonoellto de huie, creia.
..:.. Deu.s o oiça.
Hei-de vencer!... Deus, pela nossa terra.
trono da su11, Padroeira - FatimR, cen~ro
E para o prior, fazia-me bem um pou· Mas, as veus, en torpecida.,, -•6 prn-
- A té iooo, senlior prior I co de agua da Fatima. sam em .,i.
doa coraçòc.s-F:itima, p6lo magnético das Logo a noite deixa-me aqui pas.,ar um - Da Fatima nao a tenho la. Ma., Padrcs zelo,,os nllo faltam . .li/a., 11rm
alma&-Oa prodigioa da Virgem-0 P ara.i- bocad-0 nfl.o deixa? Que eu, no fim de con- trago-te agua de L ourdes - t'Udo é agua .,empre sabcm por onde ltao-de começar.
zo na terra -Dez nno.s depois - Fatima e tas, aprecio imcnso o rccolhimento s,ilen- de Nossa Senh.ora. Despertcm as alma& que o Ffrnlior dis-
cio.,o e portico da .ma ca.,a em i:ontraste - A i r/ue bom / tinguiu rom mn amor di> predii, t·ç,lo ~
o «Poverc•llon - A'< g16rias da Mite de com o bo/frio continuo da fabrica e so- - Entllo eii vou. bw,a-14. . 11llo em falange - uuiaifa., pdos sarudo-
Deus - A cidade do. Virgem aos pés de bretudo, é claro, n., 110Ma., palestra.,. Faz ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...1te.,-conquistar o mund11. Dtsvntem,
o ra
Maria - A L81Ta. da Virgem.

ITI Parte
tcio ben~ o seu. convivio/
- Nllo troce, enoe11ltciro.
Bem .~abi> quanto eu e.,timo 1•e-lo aqui.
lhorou. 1;: todo. ' I
br>ùeu e .,en tiu,-se metltor me- orcm, trabalhem com os ollro., rm Detta
que do 110.,.,0 trabalho alaum fructo . ,e
Cura 11atv.ral? Extraordinaria? - Nao haA-de l~olher.d __ ., e ro 11 0 le · tlo-
- A U looo entao. sei Curuu-se. a ianra o pu,,r i ., 1uo., z
- 1té looo. · * • &os para trazerem a& ov,•lhrn trt.m1alha-
As curas extraordinarias • • • das ao redil de Je~u é r,·alml'nfe uma
Tere.,a do Jesus 1\-fartins: tuborculose . . . Dia& depois, quando o padre aomo de aliança di11ina e tona alinnra tremenda ... •
pulmouar Cecilia AugUBta Gouveia Pres- 1 A orl1 o engenlie1r_o ,.ubtu ~ra o seu costume entrava em casa do doente, para o demonio.
tea: tuborculose pulmonnr e peritonia.l oom «l,an/ra,,. e nele, depo1., ri111n t1l~tmo adeus, uma .,enhora, de caterism.o na mào, di-
ascite (hidropiaia do vontre) _ EmOia d~ em o ,iu~utos e.~taua. na /6.bnca. . rige-.,e-l11 e assim:
JesUB Oliveira: pleuresia sero-fibrinosa 8 . la r1ul1ante. Parec1~lhe ver a fabnca - Senhor prìor, e.,to11 a estvrlar o ca-
lesòes inflamat6ri:is bncilares com começo 111 !~n,fo:mada. . l teci&mo, a renovar os a11ligo., conhecimen- NO SACRARIO
de ru..:.o _ José de Oliveira Cnrvulho: li, 1_magrn<1ta. let·~ntar entifo, em -"~l! tos que deixei esquecer. Depois vou aon-
ma.I de Pott tombar- Joiio de On.stro San· de tn111ifo, no m<m alto _corpo do edi(i- fe 1nr-mr t uc , m -~lr a pratic11r a reli- DEUS ESTA ALI
che!: da Costa Forreira.: meningite cérè- rio ce!itral, uma grande wiagem a OrtS- giao ,at6lica. So 1J.gora o conheci a si e
· l - .Arm_l\?d0 de 01'iveira
· : a d811 )·
· fo Qué? ,, •u 1 ,uç.J,,
b ro-espina Rrr.
llaviam de a.,idria& revoluciona- - Mas, minha senhora ... So ha a.lgumo. coisa no mundo ca.pnz de
te supuratlo. .n~ virilhn. osquorda. - Etelvt- rias fazer..Zhe ao operariado o que eie far - Sim. Eu ju,lgava que a con/isMJ.o ma- nos revela.r a n06Sa propria grandezo. e de
ra. dn C'ouceiç~o Ban:oso: ulcera. do ~ zia a t erra - revolve-lo revoitarlo f tava O.! doen tes mais d ep? eMa. .. e o ae- imprimir 4. n068a alma o eentimento da
mago -:- Eµ~émo Joho Clara. N~vee: e.o· NM! Ele seria O primeiro no traba- nlwr prior r esruacitou·me o meu compa- nossa dignidade pe&SOal, é segurn.mente •
terocohte, diarrea verde e meru!1g1te- Al~ lho, 0 primrfro na ioreja, 0 primeiro na nheiro. certeza da presença perpetua de Deia en-
fredo Au~usto da B.och~: gastrite ul~er':>sa vida de familia e no amor aos ,eus, o - Pois btm, minha senhora quando tre n6s. Deus osta a.qui I Quo é que nos
- A~t6n~o do. Cost~ V1ana: fe~re t1f01de primeiro na estima pelos seus subditos. quizer, com todo o prazer. pode chegar mais ao fundo do que cste
e porito1_11to generahsn.da oo~ sa.iòa d_o ~UB E ho.via de triunfarI clarà.'o noa n086os pensa.mentos e nos noe·
- .Amér1co da. Cruz Maderra: menmg1to sos o.feotoaP Deua esté. a.qui I Porto.nto...
cérebNMISpinal - J onquim Fernandee dos Era uma da8 tais duas alvias ...
Santos: ulceras varic0008 ap6s urna febre
• • eu nao aou despresado nem osquecido por
• Ele .
tjfoide complica.da de flebite - Maria dos Um 9rande numero de operarios, edu-- • • A minha. vido. tem, pois, bnstantee atra-
Santo& P niva: ffstulo. proveniente duro.a cado11 11evi rel'igiao viviam escaindalosamen-- ctivos, a minha alma bastante valor para
cario do costala (tu,bercul068 6ssea) - Rosa. te em pu.blicas mancebi(U. A' tardi11ha, a pol'ta da ivreja i,regun- interessar, para atrair, para aeglll'ar .DeUlt
de,fJesus Morais : tumor do natureza au.&- No.o trnha geito aquilo. tava-lhe algu.ém: junto do mim I
peita - Rosa Mario. Ribeiro: gastrite ul- Era necesaario reform.ar. - O Snr. prior amanlrli da (UJUi Nouo Quem poderia dizer hojo quanto este
cerosa - Ma.ria José Ferreira; meningite PO'!J.co· a pou.co, hoje um, ama-n.M ou· Senhor1 facto s6 do. presença de J~uR entre n6a
cérebro eepinal- Dr. .Acacio da. Silva. Ri,. tro, a uma pala,wa do aenhor prior que - Ohi Sim! A quem? .4 si? t em, ha <loia mii anos, e:rlinguido coai-
beiro (modico) : fractura. da perna direita. os ia ver, qu.e os ia visitar, que 01 aju-- - Talvu . E porque ndo? ta.çoes mas, suspendido e aufocado NllO-
da'IIO, que os ensinava, que 'IIÌ'llia q1.1(Uj_ - Bra110! Muitos parabén,. (E entu.- luçoes imornee, feito germinar virtudesP
.APENDICE entre ele1, que poris30 ele, estimavam ili, siasmado deu-lhe -um grande abraço). Estabelecendo-t1e d'ama fonna l)«ID&-
Promessas aos devoto& do Rosario - Es· ao meno, corno amigo - todos vieram a - Eu nao disse que era com certci:a nente o visive! no meio do sou povo, Jeeua
tatutos do. Confraria de N0881l Sen.lìora. do prtitica da lei do Senhor, casando-se e co- 1)(1,ra mim. Cristo ahi ma.ntem incesaantomente a, f6
Rosario do Fatima. 111,eçando a cumprir 01 preceito,. Mas hei-de, ena qu.are,ma, dar-lhea e reanimn M esporo.nças.


r
A.n.o -VI Leiria, 1 3 de ~a.io de 1 9 2 8 N· sa

-A----
--
CO"'-
Diraetor, Proprietario e Editor: - Dr. ,M anuel Marques dos Santos
A.PROVACAO

Composto e impresso na Uni~o Grafica, Rua da Santa Marta, 150-152 - Llsboa.


I EOLE8lASTICA]
Adminislrador: - Padre Manuel Pereira da Silva
Redacrilo e Adm/nistra+do: Seminario de Leir,a.

Céu e a consoladora promessa de Fatima. e voltai para as vossas ter-

ODIVINO POEMA DE FATIMA que um dia iriam tambem para. l a.


Fatima, por amorosa disposiçao
da. Prov•d~ncia, é, actualmente,
adentro ,la!> fronteiras cla nossa que-
ras com a resoluçiio beru firme de
comunicar esse fogo sobrenatural a
tantas almas trnnsvia<las que va.-
gueiam nali trevas do erro e da
------0--'---- l'ida Po-1 ia, o carninh o mais curto morte, para que, ao contacto da
para ll 1•'é, ~ 1"'a e praiica, e, portan- vossa Fé e a vista das vossns vfrtu-
A aparlçao de treze de Malo - O trono co~o se chora a porta de todos os to, o c·tun111ho mais cnrto para. o des e boas obras, possam voltar de-
mais esplendoroso de Jcsus - H6stia paraisos perdidos. Ceu. pressa as creni:as dos geuc;; ruaiores
- O mais belo centro de devoçlto à No dia tTeze de Maio de 1917, du- Peregri oos portugueses, filhos de e encontrar sempre o ~omiuho que
Virgem Santissima - Fatima poema rante a primeira apariçiio da Rai- herois e cle !'la nto11, berde1r, ·" ,le condnz a eterna feliciclude.
de consolaçltò, de paz e de felicidade nha do Santissimo Rosario aos hu- gloriosus trncliçoes, ero cujas veias
- O caminho do Céu - lncèndio por- O dia freze de Abril - A multidlo dos
tentoso de Fé e Amor. fiéis - A peregrlnaçao de Llsboa -
A procissAo das vctas Os actos co-
Faz hoje onze anos, couta<los clia lectivos da peregrlnaçào do Socorro
a dia, Qne a Roinl,n ilos An.ios se - Monsenhor Manuel Marinho.
dignou baixar dos paramos da gl6-
riu a este vale ,le lagrimai; para er- O dia treze ,le Abril amanhecen
jruer rom as 11uas miios viri:rinais esplendido, de ceu diafano e de sol
num recanto da serra de Aire en- bl'ilhnnle, 1-1orrin<lo enlte os dias
tre mislérios inefa,Tcis e prodigios •nihlailos e cb uvosos da l'ruuuve1a,
est11pen<los, o trono mais esplendo- tao semelhantes nos do Ontono e do
ros·" de J esus no seu Sacre.mento de Inverno, corno um oasis <lelicioao
amor e urna fonte perene e inexhau- no meio do deserto estéril e miira-
rivel de graças e miseric6rdias. Jor do Sa.harn.
Iloje Fatima, a cidade predilecta De:ide aR primeira,; h1,1·as da ma-
da Virgem, ap6s a série intennina- nhii. que afluem setn C'essar ao Yasto
vel de maravilhas operadas pela recinto da Cova da. I ria numerosos
Omnipotencia de Deus, mediante a ne
peregrinos ambos os sexos e de
intercessiio cle sua augusta Ma.e, todas as idades e condi{'oes sociais.
gloriosa Paclroeira. de Portugal, é, O facto culminante da romagem
verdadeiramente, um poema de con• deste dia nos fastos de Fatima é a
perogrinaçao de Lisboa, organizada
solaçao, um poema de paz e um poe-
ma de feliciclade. I e dirigicla. pelo activo .e zeloso paro-
I ro da. fréguesia. do Socorro, rev.do
Ali, naquela estancia, bemdifa,
que é Bem contesta{'aO, a ante-Ca• Joii.o Filipe dos Reis, quP teve a
me.ra do Céu, Maria Santissima in- consola{'ao de conduzir aos pés de
clina-se com bondade sobre tòdas as Maria, no santua,rio da ~ua predi-
misérias humanas e derrama sobre lerçiio, cerca de treze11 los fiéis, qua-
ae almas aflitas, sohre os coraçòei; si todos seus pnroquianos.
Um comboio especial, C'ontratado
doloridos e sobre os rc•rpos martirizn-
dos, se nero sempre a !?l'nça da cura,
fisica ou moral, ao menos r, bt..l~aroo
I exp1essa.mente para esse fim, trans-
portou os peregrinos, na vé,-,pera a
suavissimo do confo.rto e da res1gna- tarde, até a estnr;ao do Entronca-
çao cristii.. mento, onde os grancles e c·onfortà-
veis camions dos irmiios Clara d~
Ali, por meio dos sncerdotes que,
Tòrres Nova!! '>S receberam, para.
em nome do misericordiollo J uiz dos
os irem despejar em Fa.timo. pouco
vivos e dos roortos, perdoam e
o.ntes do sol posto.
absolvem no santo Tribuna! da. Pe-
nitencia, el., alcançR. para tantos A. 's nove horas da noi te realizou-
filhos pr6digos, que viviam infeli- se, sem ca.Tacter oficial , a procis-
zes longe da casa paterna, corno ove- sao das velas, em que tomararu par-
lhinhas perdidns, o perdilo das culpas te algumns ccntenas de pessoas,
e a paz das consciencias. Ali, as alem da ppregTina{'io de T.,isboa,
inocenoias COORervadas e QS inocen- que tivera a inicintiva òe,-~a tocan-
CÌBS recupcraclas, aos A.p6stolos do tf' manifestn{'ii.o de Fé e piedade.
Fachada prlnclpal do templo comemoralivo da Aparlçlo de Nossa Senhora. A prlmclra pedra sera benzl-
amor e aos Pedros contritos, as nn- da hoje. No recinto, a principiar na avenlda que parte do portao d'enlraùn, serno repre5cntados os 14 Mtsté- Emborn tal e~pectac•ulo niio lo-
gélicnc, Terezi uhas e as )fagdalena: lros
nos do ~osjrfo terminando pelo t5.o - Coroaç., o da S. S. Vlrgem cujo emblema enc,ma a torre de 50 me· gTasse atin~ir, nem sequer de lon-
de altura.
arrependidas, ela disp<>11;;a c,,ns,)la- slo Os me.1mos Mtslérlos serJo representados em 15 altares dentro do templo. A lgrej_a e respectlva facltada ~e. a11 proporçòe., grandio-,a, que
adquadas 4s cerlm6nlas das grandes peregrlnaçòes.
çòes tao ~randes, ti.o pura~, tiio ine- costuma revestir nos me~ps do Es-
faveis que todos chJ!'am <:l')JO pena tio, sobretudo em Maio e Outu-
e saudn.d,, infinita., ao afast/\rem-se bro, a c:ierenidade da natureza,
daquela mnnsi\o de i!ÒZO, co•-1.) d;o- mildes pastorinhos de Aljustrel, eles corre o sangue de ap6stolo11 e de a limpi<lez do firmamento, onde
rare.m .Adio e Eva, depois da qu&- ouvìram da boca cla celeste Visuo a 1a1utires. ahrnzai as vossns almas $Cintilnvnru miriades de estrelas, a
da, no liminr do Para.iso terrestre, notfoia cle que a sua morada era o I nas chamas do incendio divino de atmosfera sobrenntural que ~e re.~-
V:Jz da Fatima

pirava a plenos haustos, a piedade grandecimento da nossa Obra Mis- btil e que, por assiro dizer, se sen- duas pessoas da freguezia, sendo
estuante e comunicativa das almas, sionaria,--e encaminha-se para a te e se a.palpa, aquele scenario uni- contratada uma camionete para as
que ali deeafogam ae suas maguas capela nova, onde, depois das ora- co, aquele templo monumental, cu- transportar a Fatima.
livremente e seD' respeitos humanos, çoes preparat6rias, se pare.menta pa- jas ab6badas silo a imenaidade do Iniciaram a longa e inc6moda
enternecia os coraçòes menos sensi- ra celebrar a Missa dos doentes. espaço e cuja cupula. é o Céu, tudo viagem na quarta-feira., onze a tar-
veis e aljofrava de lagrimas de vi- Cantado o Crede pelos sacerdotes isso, que 1,1. pena é incapaz de tra- de. Tendo passado a. noute de quin-
va e funda comoçio os olhos de to- presentes e pelo povo, D. Teownio duzir no papel, constitui um espe- ta. para sexta-feira na Batalha, che-
dos os presentes. No dia treee, as sobe ao altar e principia o santo sa- ctaculo admiravel, inaudito, assom- garam a. Cova da Iria no dia 13, as se-
primeiras horas da manha, os pere- crificio. E' mmo-dia solar. O 1ev.rlo broso, que nos transporta em espi- te horas e meia da manhii. Dura.n-
grinos de Lisboa, levando a frante dr. Marques dos Santos, director rito as eras biblicas, das maravi- te a viagem todos os passageiroa
o seu rico e vistoso estandarte, diri- mor dos servitas, começa a recitar lhas do Sinai e dos prod{gios de l:ion · ora.varo frequentes vezes em comum,
giram-se para a ce.pela das missas, em voz alta o terço do Rosario, al- dade e de amor do Divino Mestre suplicando ardentemente a cura da
onde assistiram ao Santo Sacrificio ternando conì a assistencia. Depois durante a. sua vida publica através pobre paralitica, que os acompanha-
e receberam com devoçiio edifican- de cada dezena, reza-se a pequena das cidades, vilas e aldeias da Ju- va. Ela mesma pedia tambem coro
te o Pio dos Anjos. oraçao jaculat6ria, que ~ -Rainha do deia, da Samaria e da Galileia. fervor a sua cura, ma.e sempre dis-
Entre os sacerdotes que neste dia Céu ensinou aos pastormhos numa Apos o Tantum Mgo e a bençiio posta a conformar-se inteiramente
visitaram pela primeira vez os san- das suas apariçoes: ,O' meu Jesus, geral, sobe ao pulpito o ven~rando com a santa vontade de Deus, que
tua.rios da Lourdes portuguesa, me- perdoai-nos, livrai-nos do fogo do celebrante da Missa oficial e prega sabe melhor do que n6s o que é mais
rece especial referencia um· dos mais Inferno e aliviai as alma.e do Pur- u.m s&miio eloquentissimo que foi conveniente para a sa]vaçao, fim su-
ilustres ornamentos do clero portu- gatorio, principalmente as mais uro verdadeiro hino ero honra de premo da nossa e:xistencia sobre a
gues, Monsenhor Manuel Marinbo. abandonadas. 11 Maria Santissima e da Lourdes por- terra. O seu estado de sa.ude niio so-
Notavel pelo seu saber, pelo seu ca- tuguesa. freu nenhuma alteraçiio sensivel du-
racter e pela s'u a piedade, este levi- Tecendo o panegirico da Rainha rante o percurso e desde a chegada
ta do Senhor, que Portugal intei- do Céu convida todas as almas a te- a Fatima · até a.o fim da missa dos
ro respeita, venera e adruira, niio rem confiança no seu poder, na sua enfermos.
podia ocultar a sua comoçiio perante bondade, e no seu amor, porque eia Quando o Senhor Bispo de Melia-
as scenas incomparaveis, que se de- é a Mae de Deus, a Medianeira de por procedia a bençiio do Santfasimo
senrolavam naquele teatro augusto todas as p;raças, a Sa.ude dos enfer- Sacramento, justamente no momen-
de tantas maravilhas divina.a. E por mos, a Miie de miseric6rdia, a defe- to ero que· se aproximava do logar
sem duvida, no intimo da i;ua. aln111 sa contra as tentaçoes, o refugio dos que lhe tinha aido destina.do no
de ap6stolo, rejubilava com a for- moribundos e o auxilio dos cristiios. Pavilhiio sentiu o sangue aquecer e
te rn 1 ~ da de sobrenatural que, a voz cirrular no braço, que tr~zia Rempre
ae t r$5 inocentes crianças, começou No Posto das verifkaç6es médicas - Um ao peito, gelado e cheio de dores.
e niio cessou ja.mais de sopi u daque- grupo de romeiros da Foz do Souza Depois de receber a bençiio, come-
la estancia, consagrada pela pre- - Cu:a duma Filba de Maria, para- çou a move-lo com tòda a facilida-
sença e pelas beD:çè.os da Mae de litica-Interrogatorio da prevlllgiada de e reconheceu que estava comple-
Deue, s6bre toc1M os recantos, ainda da Virgem - Dispersao dos peregrinos tamente curada.
os mais escuRos e remotos, da dit< - A convite nosso levanta ao ar com
ea terra. de ~anta Maria. Concluidos os actos oficiais da o braço curado a cadeira em que
peregrino.çii.o, dirigimo-nos, corno de nos tinhamos sentado para tomar no-
A proclsslo da lmagem de Nossa Senbo- costume, para o Posto das verifica- tas e dois livros pesa.dos que poe com
ra da f atlma-D. Teot6nlo. o Bispo çoes médicas, afim de compulsarmos o maior desembaraço em cima da
Missionario - A missa otlcial - Urna os registos dos doentes e ouvirmos cabeça.
grande doente - A bénç1o dos en- as impressoes do director do Posto e Alma piedosa, inserita na congre-
fermos - O sennao e a procisslo o. Teotonlo Manoel Vlelra de Castro dps clinicos de serviço. gaç:iio das Filhas de Maria da sua
freguezia, frequentando semanal-
flnal. BISPO DE MELIAPOR A.o aproximarmo-nos • da porta
principal, chama-nos particularmen- mente o santo tribuna! da peniten-
Pouco antes do meio-dia solar, a te a atençiio a extra.ordinaria afluen- cia e recebendo todos os dias a sa-
multidao, que se comprime em t6r- Em seguida a Elevaçiio, canta-se eia de pessoas aquele local e naque- gra.da Comunhiio, a Miie do Céu
no da Oapela da.e apariçoes, eni.:-ros- um cantico piedoso, em honra do la hora. quiz recompensar a sua virtude e a
sa consideravelmente. Tudo esht pre- Santissimo Sacramento. A.o comu- E' que durante a bençao dos doen- sua piedade, restituindo a vide. e o
para,lo rara a procisslfo, sempre lii.o nio, um sacerdote distribuì pela ul- tee, um efluvio sobrenatural emana- movimento ao braço leso e inutili-
bela tiio comoveut.e, em que a Ima- tima vez O Pa.o dos Anjos. No pa.vi- ra da H6stia Santa e curara uma zado.
A.o ser-lhe concedida a preciosa
gem da Santissima Virgem, que a lhii.o, muito proximo do altar, uma enferma, aosinalando, duro modo ir-
graça da sua cura, um pranto de
Tepresenta corno ela se mostrou no.11 doente da peregrinaçiio de Lisboa, recusavel a presença real de J esus alegria inundou-lhe as faces e o seu
euas radiosas apariçoes, é c-onduzi- tuberculosa. em ultimo grau, parece sob as espécies eucaristicas.
coraçiio palpitou de reconhecimento
èla aos ombros dos servos e serva.e ~le agonizante. Uma servita ampara-a Na sala das observaçoes uma ra-
" amor ·para com a Virgem bemdita
Nossa Senhora do Rosario para a carinhosamente, emquanto outra lhe pariga do campo, de pequena esta-
que se dignara privilegia-la tao sin-
Capela nova. dirige palavras de esperança e de tura, delgada e magra, mas alegre,
Aquele mar imenso de cabeça8 bu- conforto. duma alegria serena e tranquila, gularroente.
E agora os milhares de peregri-
manas, até entiio levemente encreH- Palido e emacia.do o rosta, o na- conversa animadamente com algu-
nos, que durante o dia. viveram ho-
pado, desiloca-se e movimenta-se co- riz afilado, os olhos vagos e sem ex- mas peeRoas que a contemplaro com ras tao belas e tiio felizee naquela
mo que por encanto, e, em va.gas pressa.o, a respiraçao quasi imperce- uma curiosidade cheia de respeito e
estancia paradisiaca a custo se ar-
encapelsdas, precepita-se, com um ptivel, apenas um débil fio a pren- a interrogam numa. anciedade mes- ran cam do solo ungido e santifica.do
cavo rumor de tempestade, ~ohre de a vida, prestes a extinguir-se de clada de admiraçio e assombro: pela presença da Virp;em, para re-
as imediaçoes do Pavilbao dos doen- todo. Mas a.o mesmo tempo, um so- De nome Justa. Pereira de Oli- gresearem aos lares distantes, dei-
tes. riso angélico lhe a.flora aos labios, veira, de vinte e nove anos de ida- xando pedaços do coraçao dispersos
Da «Casa dos servitas:o sai, entre- reflectindo a paz e serenidade de sua de, solteira, filba de Joaquim Fer- pela.a frag-as e rochedos do planalto
tanto, acompanhado pelo zeloso Rei- bela alma de donzela e filha de Ma- reira e Rosa de Oliveira, natural e sagrado. E' que, na frase duro gran-
tor dos santuarios, o venerando Bis- ria:, depura.da durante longos me- residente na freguesia da Foz do de orador, «Fatima• é uma coluna
po de Melia.por, D. Teot6nio Ri- ses no cadinbo do sofrimento e an- Souza, concelho de Gondomar ten- prodigiosa de luz e de fogo, que tem
beiro Vieirl\ de Castro, que o ilns- ciosa por voar da ma.nsao do e:xilio do sido arrastada, ha cerca de cin- a sua base na terra e o capite} no
tre Ant{stite Leiriense tinha convi- a Patria bema.ventura.da. co anos, por uma junta de boia, se- Céu-coluna de luz, a que a inteli-
'd ado para presidir neste dia aos Terminada a missa, expoe-se a gundo diz o a.testa.do passa.do pelo gencia portuguesa vai buscar a ver-
actos oficiais da pereF(rinaçiio. H6stia-Santa numa riquissima cus- seu médico assistente, o dr. Agosti- dade integra.I de Cristo,-coluna de
O grande Prelado Missionario, al- t6dia. de prata e, depeis do canto nho Emilio de Souza Pinto, Mtado fogo, onde a alma da Patria vai
ma predestina.da. de ap6sto1o e de 1 Adoremus, in aeternnm• e da tri- do dia tres de Abril e guarda.do nos aquecer e fòrtificar a vontade para
eanto, que depois de ter sido o con- na incensio liturgica, realiza-se a arquivos do Posto, ti11ha o membro grandes destinos. 11
fidente ptovidencial dos proiligios comoventissima cerim6nia da ben- superior esquerdo e na totaUdade E em verdade, corno o proclamou
<la graça operaaos na extra.ordinaria Içao dos enfermos. .Aquele acto, su- muito atro/iado, qwfai .mm movi- um dos plai.s ilustres Prelados de
aerva. de Dens, S6ror Maria do Di blime e encantador na sua extrema mento e sem poder pegar com a 'Portugal, «a alma da Patria ajoe-
vino Cora(,'ao, superiora do Bom simplicidade, arranca lagrimas a fio mao 11um peque110 peso. lba na Cova da Iria e prende-se e
Pastor do Parto, foi, com o fogo do dos olhos de quasi todos os que a ele A nosso pedido e coa.djuvada pelo liga-se a Deus pelas miios de Ma-
eeu acrisolado patrioti11mo e coro os teem a dita de assistir. As invoca- paroco da F6z do Souza., o rev.do ria».
tesouros do 6eu v.elo ardente e da sua çoes do sacerdote que preside, o co- Benjamim Soares, conta-nos a hist6- Visconde de Montelo
inexgotavel caridade, levantar bem ro imeneo e unisono dos fiéis que ria interessante e deveras comovente
alto o prest<gio do nome de Porhtgal respondem, as suplicas veementes de da sua doença e da S\ta cura, no - - - -:• 0..•1----
é dilatar a Fé nas regioes longin- tantas vitimas das inumeras misé- proc(>sso verbal que instauramos seru Cultivemos neste mes, com espe-
qnas do Extremo-Oriente, consa- rias fisicas que afligem e torturam demora. cial cuidado, o jardim da noSBa al-
grando o ultimo periodo da Rna vi- a pobre humanidade, a forte oor- Por iniciativa do rev.do paroco, ma e ofereçamos as suas maia lindae
'da cheia de benemerenciae ao en- rente sobrenatural que perpassa su- constituiu-se uro grupo de vinte e flores a nossa. Mie do Ceu.
Voz da Fitima 3

rev. D. Teotonio, com aa invocaçoee, A.teno e ;uro pela min'h.4 Aonra qut,

Martires dos nossos dias exo.ctamente como é oostume em Lour-


de&, estabel004He a circulaçao do •ngue,
toda a parte morta adquire vigor, ela
agita. aquele bz-aQO: e, na presença do
medico oficial, que pouoo antee lhe ha-
tendo 11.d poura, ,emana., J)(UMldo um
atestado d Snr .• ,Tu,ta Pe-reiro. da ~
guuia de Gondomar, con.&tatei em 16
dò corrente que ela te,n btUtantea me-
lhora,, comparativamente ao dia em q.se
via paasado o oartio de doente n. 0 6, d&- pa,s.,ei • referido atutado, porque nao
. . pois de a fAH- examinadQ , faoe do a.tee- ,ente darts algum.a, no membro a11pemr
Caroe leit-Oree dEilltla «Vozu amiga, le- 00ndena.doe a mo/te Joaqmm Silva.. "! tado do eeu medioo que conRiao levaT"a, ,aquerdo como aentia entao e /oe ,em di--
de, eecutai oe heroismoe doe n06S06 ;rmioe Carrll8t?O e r,eu am1ao Manuel Melgar1Jo, eia levanta. com a mio h, pouco imOT"el /iculdGàe a abducç4o.
do Mexico, fa-rorecidoe oomo n6s com a natur&IS de Zamora, congrea:adoe de N · u~a cadoira ordiwu-ia eem esforQO. Que · aendo o sofrimento àela a con,e..
'riaita da Rainha do Céo, a Vir gem de ~nhora f? membl"08 .d!- Juventu~e Cato. 1
Apenae oonst.ou o m1lagre, a multidio quencia n4o dum• parali,ifl m04 ,im cù
Guada.lupe, corno olee la lhe chamam, hca_ Meucana .. Joaqu~m, .o mli.lii -rel~o, delirante, que ninguem pod1a conter, uma imobili...açl!o do breço durante ffl4l\&
que em tempoe ee dignou santificar pediu J?.•ra do1x.arem u- hvre eeu am1go rompendo em louvores a Nossa Benhora de quatro ano11, a atrofia muacula,r
&qnola terra aparecendo no monte Te- Me!&&r1Jo rapaz a.penaa ~e 17 anos. de Fatima e todos com as lagrimas a actual (de dua.,,~ de A.'bril) deve de,a..
peyac. ccN14o, relipond!'u-lhe Melgar1Jo, e~ qu&- oorror pelaa faoee, abraçavam efusiva.- pareeer dentro de pouco tempo c<>m 01
Licie e vereis corno o amor de Maria ro morrer cont1goll. Indo pelo ca1n1nho _a mente a miraculada, que nio era das movimentos, que a ateatanda fard f<kil
furtalece os coraçoee cri.staos e oe leva a :resar o TerQO, aconeelhanun-noe a dei-- que choravam menos. e con.rlantemente, por n4o ter do-ru.
de.fender a sua Fé com um heroismo so- ~r fora_ aque~ con~. ccE11;1quanto eu N6s meemo, que 98mpre a.companha.- Para mostrar onde l'he con11ier pa&.,o
brehumano e a. serem a hoo.ra da n0668 tiver vtda, d1z _Joaquim, n1ngu~m me mos a doente. e que nio 01,peravamo,, o pre,t-nte que a,11ino. '
Reli11:iio e do seu divino Mestre Jesus ~anca das maOII eate RO&al'1<>?1 • Ja tal graça do Ceu, embora muito a tive&-
Cristo. Gondom.ar , t1 cù .4 'bril <k 19!8.
d~ante doe soldados para o f~silarem semos recomendM!o , Virgem, ò.e quem
d16be-lhes Joa,quim: _«Voce& cifaiparem é filha, apesar de tennoe funda6 as (a) Aoo•tinho Emilio ~ SflUM Pinto
I - Creanças ejovens herols quando eu der um uV1va» a Cristo Rei
e _a Virgem do G~npe. E oontinuou
lpgrimas
mente. '
tambem choramos torrencial-
(Seguo o reoonJ,ecimento)
duie~do que morrta por J?e118 e ~la De pa.ssagem por Leiria, no rt>gr8680
A. u.ma creança. de dez anos, &urpr&- Patria e lhoo perdoava o cr1me que _1am daquele dia a tarrle, para saropre memo- Jod Antonio Beblano de Ma tos Coelho
endida pelos emissarios do ìmpio presi- oometer. Entio um dos eoldados at1ran- rave! acompaohado da JUBta, estivemos natural do lognr de A.ver.eada, freguezi~
dente Co.llee a distribuir folhaa de propa.- do com o. arma dlBSO: ccEu _penso corno no PnQO Episcopal do Rev.rno D. José do Envendo, ooncelbo de Mo.çao o mora.-
ganda religi068., pergunta.ram quem o in- o senhor, e tambem sou catol!con. V~eu- Atv86 Correia da Silva. que teve pala.- dor nesta vita, propriotario d~ 76 anoe
cumbia dessa missào. Nio quia o pequ&- -lhe e6l,e d.osemb!"~aço no ~'ia eegu1nte vas de sentida comoçào sobre a. sua. q'll&- de idade, em data de 21 de' abril ultimo
no descobrir seu nome, e por isso foi, a coroa_ do mart1r10. J?,aqu1m voltando- ricia Fatima. A alegria que ia na alma dee~ ccque no ano de 1924, em Abri!:
&QOita.do barbaramente sem que aa dores ~ entao para Mel11:an10 ccDescobre-te, de s. Ex.• Rev.ma manifestava.-se vjs;- mo.~ifeston-so-me certo c a ~ quo che-
lhe quebrassem o &ilencio que tinha. guar- dl.Sde. que vamos ia oomparec-er dea.nto velmente no rosto. Gra.ti&simoe a. s. Ex.• 11;101 a ponto de, em p86Seio de um
dado. Nada con.seguindo oe algozes resol- de _J>eus,,. _E logo ~om vo~ sonor~ e ~m- Rev.ma pola franquet:a da.s suai, ofertns. k1lometro por 88tTnda. na maior parte om
veram mete-Io oa prisà.o até que alguem tusu\8ta. gr1tou: ccV1va Cristo Rei I Viva E que NO!ltia Senhora de Fatima con- nivei, sor obrigado ~ deeca.nçar t.res ve-
o viesse procurar. Aparoceu de facto a a V'1rgem de Guadalupe I Uma ~huva de tinue a derramar a cornucopia das suas zes, chegando a casa bastante fatigado;
mie, a vista da qual continuo.ram a açoi- balaa cortou-~~e ~ voz e ~ v1òa d86t.a graças sobre Portugal, terra privilegia.- notanrlo ao mesmo tempo que o ('()raçiio
ta.r a crt1ança, com a. et;perança de que terra. MelganJo ca1u desma1ado com ~ da de Santa Maria.» dava 3 ou 4 palpitaçoes regularos, falba-
ela o aconselharia a doolarar com pena ta soena o a.bruçado ao corpo do seu anu- o mesmo Rev. Pnroco O oonf<l!i'ior da va urna, e a imediata dava-o. com exces-
siva forço.. C'on,;ultci o distinto medioo
dO!I aofrimento. M creança.

08 m~be~s, anu!1ou o !llho d1~ondo-


_ go ja martire foi ali me.smo barbaramen-
d Mas eiiia cl1gna_ companh_e1ra. ~ mao te ~'18Sinado,: .
A 10ter00till110 defttoe bemdrtob mar't.1-
_ carta: "A Justa esi,
felis e piedo::,a miracnlada acresoenta em
complo_tamonte CU·
rada, fateodo todoa 08 mov1mentos sem
Ex.mo Dr. Samuel lfendes Mirrado,
meu viz~nho e ami11:o, e d~me que reru-
l~: «Nao diga&, f1lho, n~o.» Che1os del res ja é invoca.da O nlcançon de Deus esforço algum mesmo todos os trabalhos mente ttnha o coraçiio afectado, !lem me
r~!va por bi: verem vonc1dos por urna gra,.,ns que -¼lo vordndt1irod mil~~Nlll, co- por maÌ.ti p~06, inclusivi lavngem ti~ djzer qual o grau de gravidBtle receitou
cr~ança, q~ebrnrnm-lhe os brnços, em mo a cura dum cancro, a aqu1S1çio du- roupa, sem a minima dificuldade.u e vi que alem de outl"08 medi~nmentoe,
cuia barbnr1dn_ò e --e despreodeu do cor-1 ma. quantia quo um deverlor nio t1nha fazia parte a digitalina, d.e que fiz uso.
po aquela alm1nha poro. v~ar no t'éo. para pagar em determinndo prMo, e ou- Atestado medico Prui6ado.t; algumaa semanM o cansaço
2 . Em Arnndn.s, um momno rle. l::! nn~!'; tl"Ofl '}Ue sem duvida t'Ontribuirio para de,apar{'C()u, por(lm a irregularidade no
apanhado entre os AOlda<loe catoltcos qu1-1 em breve verm 011 nos altnres estes horois coraçiio continunYa.
(Ant<>rior , cural Em Ag06to, foi-me n ~ i o uma jun-
zera~ libertti--lo os. militare& rfo ("nllr., cristiios dos nOSflO!I diru..
convJda.nrlo-o n segui-lo,,. Mas o rapaz1- Aoostin'ho Emilio dt. S"1ua Pinto, me- ta medica por outro motivo, scm quo de-
nho tornando o sou Terço na mii.o res- 1 dico pela Escola Medico-Oirurgica do la fiZ<ll!;8 parte o Ex.mo Snr. D.r Sa.-
pondeu: «Voce.e; comhntem por um ho-
mem, mns <'U combato por Deui.,,. E 11- Herolcidade feminina Porto: muel, e foram oe &eus mcmbros unan1-
mes em que o coraçào ae achava afectado
dizendo iato 110Jta um ccViva,, n Cristo Atesto e furn pela min'ha ht>nra que a e ta.mbem nada me di'*lrnm i;obre su~
Rei. To.nto baatou pnrn. logo o fwiila.- 1. Na. cidade de Cnlima vin-"O um es- S111,• Justa Pereira de Oliveira. fil'ha d& gra.vidadie.
rem com os t'ompanheiros. pectaculo, quo nunca 1,e presonciara em Roaa de Oliveira e de J 00'-ZUim Frainci3- Em outubro, converso.odo com o Ex.mo
3. Repctiom na suns liçi>E6 numa es- terro.s me-.tica.nns. Dna arvores d um dos Snr. Dr. Bnmnel, fora do consultorio,
cola vinte crinnço...,, quando npareceu de parquos da c1da.do viam--&e eu.~pensoe os di116&-lhe quo rio canaaQO estn.va resta.b&-
improviso o Inspector da instruçio pu- corpoe de cinco sonhoraa, pt¼rtenoente& lecido, mna quo, o ('()raçiio continuava na
blica, Reoob<>ram-no 0b peqenos grita.n- a di.4intn,, familio.s o que aca.bavam de meama irregularidade, 30 que mo res-
do tod08 a um tempo: «Viva Cristo ser martin<1ada., pelo unico crime de ~ pondeu.
Rei,,. Cheio do colero. o magistrado oom rem oatolicM e terem distribuido im- !&SO ja ,;e lhe niio gaatn.
o sen sequito. mandnram-lhee dar um pre,;&06 do 1n opagando. religioea. Atribuf aos moua 73 anoe, de entiio,
tcViva,, a C.alles. Com maior entusiasmo 2. A donzela Mana Guadalupe Chiures cJa.i.fiquei de incuravel, e oiio peD86i
clamaram uViYa Cristo Rein. Enfureci- natural da cidade do Vitoria, nio qu&- mais em medicina. ·
doe lançaram~ corno l'l'->08 aquo,.-s N>r- rendo deacobrir onde se ochnva. oculto o Nio tardou, porem, em sentir tenden-
deirinh08 e com uma barbaridade inau- aou piiroco, foi primeiro açoitada e de- oia para se agravar, e ao deitar, jli me
dita cortaram-lhea aquelas gloriosas lin- poi:1 atada a um posto onde lhe manda.- era DOOOH83rio procurar posiçi'to para po-
guas quo no Ceu hiio de cantar os lou- ram dar um Viva a. Calles. Ao que eia der dormir, e cada -ç-ez oom mais difi-
vores do Rei Eterno. respondeu com um Viva n. Cristo Rei- culrlade, até que, por fins do Dezembro,
4. A. um rapaz de quinze anos, preso Entiio começarnm a nrrancnr-lhe os d&- numa noite om quo jli nio enoontrava po.
em Parras com outros catolicos quizeram dos das miios a um e um. Neste martir io siQlo alguma em que podesse d8beansar,
poupar a virla mandando-o leva.r um r&- lento foi perdtmdo a., forçRS e a vida, Teoorri li Virgem 8.S. aparecida. na Co-
oado. Mns ele venrlo cair fusilados 08 e proxima a expirar recolhe tod.o o vi- va de Ir~, da Fatima, com minhaa su-
eoa.& ,amigos diz para os soldados. Be ma,. p;or quo pode o cliz ainrla umo. vez cc \7 iva plica.s, e hO.'ltaa mo fiquoi dormindo.
tais est.e& meus companhoiros por serem Cristo Rein. Assiro expirou esta heroina Caso oxtraordinario I
catolicos, eu eou t.1o culpado como eles, levanrlo para npr(l6entar a seu F"'4p06-0 Apezar do pormanente int'omodo, que
eia-me a.qui, quero ter a mesma sorten- J eeus còm o lirio da purezo. a palma do bem &e fa2ia l<'mbrnr, aoguiu-i!O u.l esque-
E doram-lha.. martirio. cimento, que 66 1'10 ~roeil'O dia pos~rior,
5. Enp;anados polo generai Cepeda ao deitar, reoordando-mo, de ~ubito, dis-
que se fingira catolioo, foram presos e (Ocnitinua) ae:
ccE o meu rornçiioP In
E&cutei, pondo a mio sobm o coraçio,
tomando o pulao, e voltando-me para. to.
O seu proprietnrio, 'lUe servia de dos os ladOR, e nio encontrei vesti11:io al-
AS CURAS ccc:.hauffeuru, duma e.mabilidade cativan-
te JUSTA PEREIRA
gum da doença..
Eeta.va curado 111. .•
Bao paasados tree anoe e quatro me-
Quem isto escreve foi dos felir.ee do Curada repentinamente l bençlo do Sanlhslmo
grupo- Le-ramOR conosco Justa Pereira na P,uma, em 13 d~ Abrll zeB 1181D que tenh.a sentido qua.lquer sin-

DE FATIMA eolteil:'a de 29 anoe, natural e residen-


te net,ta fre&ue&ia, filha de J oa.quim e, Pereira, -ruidente M fregue3ia de
toma da reforit1a doença, e aeralmente
sinto boa Mnrle.
Franci@Co Peroira e de ROba de Olivei- Ainda M pouooa dine aodei 10 kilo-
Sau&a dute co-ncel'ho de Gondomar, ten,.. metros a pé, de Bolver a Maçio, por
... e - ra, onde é ccFilha de Marian modelo de&- do sido arra.,tada h4 cerca de cinco ano,
d41 a fnndoçii.o do. Oongregaçii,o Ma.rla.- por uma funta de boi~, tf.m actualmen-
atalhoe, om duas e mei-a horas, cheguei
Recortaclo dum joroal do Porto (niio na n<'l!ta. frogu(llia. te o membro .t1.1,perio-r eaquerdo e no to- a casa &s 11 horas, almoooi, tornei a
aabemos qual) envia.-nos o Rev. P.e Iam ta.mbem sua velba mao e doi! ir- talidade, muito atrof iado qua.ri Jem mo-
aair a dar o mou p11&c;eio hnbitual de 2
Benjam.im Soar08, Parooo da Foz de miios. vimento e aem poder pegar com a m4o a 3 kilomGtr0!\1 e aompre aom fadiga al-
Bonn (Gondomar), o relato duma cura As oraçoes de todos, niio s6 dutànte num pequeno per.o. guma.
n a pt1regri oaçiio de 13 de Ahril do cor- a vi11.11:em, mag principalmente n o San- Po-r 11n- verdade e para mo,trar onde Estando no dia 13 de Maio preterito
rente ano: tuario do Noesa Senhora de F atima, l'he convier, pa.,.,o o pruen.te que auin.o. (1927), )')()In. l'IO!l;llllcla vcz, no. Cova da
eram pela n086I\ doontinhn.. Iria, pelas 11 horaa aolares, juoto a v&-
Gondom.ar, 8 de Abrìl de 19!8. daçiio da alrw.ncJrarla da. Cap<.'la peq11ena.,
ccFoz do Sou2:a, 17 Ha.via maÙI de 6 anoe que fora viti-
ma dum d-tre, !tendo arrasfoda a di"'° (a) Ago.,tìnho Emilto de S01J.&a Pinto (a das npariçòes ao& po.atorinhos) lado
UM MILAGRE tancia por uns boia em correria Terti- (Seguo o reconhecimento) do Nor-te, e proxirno a porta. quo li ca&-
ginosa, perdendo dOAde entiio toda a tume dar aaida. tta p ~ que ali en-
Um grupo de create& presidido pelo ~ o do braço e mio eequerdos, que tram a prestar homengem a Virgem S8.
Rff. PII.roco, foi no dia 13 em romagom sempre se cons(lrvn-ram golados, sem cir- A testado medico N 066& Senhom, e cm ocasiiio de grande
' CoTa da. Iria, em Fatima- culaçio nii.o conaecuindo :;egurar com (Poswrior , cura) movimento, em umo dll.S vezes que di-
Como meio de transporte utilisaram aquela miio uma simples foiba. de papel rigi a viirta pa.ra o lado da lma1?;em d&-
a ex()('lente camionote denominada ccDran- de carta. Ago,tinho Emilio d& Sou80 Pinto, me- parei com umn. figura do mulher no ar,
can, dQ ar. Joaquim Leandro, de Fiii.es, '-nm momento rapirlo, 110 apro"imar..w dico pela Eacola Medieo-Oirurgtca do de frente parn. mim, e com Os olhos fi-
Feira, um belo carro- a bonQiio do Santissimo Sacl'a.mento pelo Pt>rto: tOII noe mens, e oomo mo ocultava aque-
4 Voz da Fétima

la Imagem, notei qno est1wa de per- grande milagre daquele pequenito do S. fiel tendo sua. filho. n rn quisto num seio Joaq uim Co.rv~ho Salerno., Ana Garclr.
meio, Vvtor que tinha ido na minha compa,.. que precisava ser opero.do. e ou tra urna P ulido d'..Almeido., Mar ia J os~ Costeira
Decorridos poucos scgundos de olba.r n hia.. Qual nio foi a minha satisfaçiio doença de coraçao de certa gravidade .Toaquim Agoetinho, Mo.ria da Concoiçii~
mutuo, desv1ei a ~isto, corno natural- ao despertar, ouvir a miie do pequéno: prometeo ir a Fatima om l'.!laio de 1927. Vidal , Alice dos Anjos Salvador, P.e Ma-
mente se faz quando se eocontram dois Oh I senhor& Leonor, o men menino j:1 Antes disso ma.ndou examinar pelo me- nuel Ferreiro. Geraldo (50$00), lnOCl'n-
olhare. d!"'oonhecidoq mns logo me niio tem incho.çoe no pef.Coço, ja lhe aper- dico e ambo.a estavam curadns. cia de Jesus, Antonio F. Sargaço, Anto-
veio a idoia, que rl,·• a certificar-me to a oomiss., E levanta,..lhe a. roupa. das - -- -. . .1-- - - nio Martios Ferno.ndes, Rosa Dias da
bem do quo me est tn" e ,cedeudo, e voi- costas e diz-me: nem tem &inais de ma- Costa, Manuel Vieiro. Verdasca, .Amelia
vendo logo a vista pan• a. 1•ovo lmagem, lata. Depois, o pequeno pede as mcias
en<'ontrei-a na mesmn posiçào. é 06 sapatos e oomeça a calçar-se como se
Notei entt1o qne, rc prr• ·'ntavn a·figura nio sofresse cois& alguma. Choramos de
A CA BA de apar~cer Cheva,lier Loureiro (30$00) , P.e Henri-
que Garoez d'Oliveira .Abranches, Noomia
Brandiio . (20,00), J osé Lopes Loureiro
um vulto do mulher feitu, cncorpada, e alegria e démos graçM a Deus o a San-
com vida, npnrentando 17 a 20 a.nos de t(ssjma. Virgom. Nesta altura pedi a Nos- = o livro As gran- de Lemoe, José GomElli, Joaquim Domin-
gos d' Almeida., Mo.tilde Augusta Morti-
ida<lo, o semhlnnte mu ,w regulnr um sa. Senhora, . se eu melhoras."e, ir ai nba Rodrigues, Ana Henrique da Silva
ponc·o wbre o romprido còr <lo carne agrn.docer-lhe novarnento e assinar o jor- des maravilhas de Bn.rrèto (20$00), Luiza Teixeira Borgos
com boa .~nude, 1011 · 1 fi a e mim<>l;a, nal e mandlW' publicnr o milo.gre, fazer- Efigenia Antunes Boavida, Jayme d~
indici1rndo pura virgindade, os olhoa de -lhe o.lgumaa novena& e urna Òèvoçiio to- Fétima, pel o \Ìi sco n de Jesus Qt1eijo, Maria dos Sa.ntos Estevffi
cor pouoo vulizar, afio;uranclO-sSC-me cor dos os dias · treze de cada mez emf'uon- Maria Teresa Moraes, Margarido. d~
de chumbo muito vivos e bri 1hnnte.q, um to eu viver, fazendo uso da ngua rle de Mo nte lo; - e nco ntra-se à Campos Ca.so& (12$00), Mnria. do C'nrmo
pouoo grandes e saliontes, ar muito ri- Nossa. Senhora. E aquelo. ·Miio tiio com venda em tòdas as livrarias. C'abral, Maria Luiza àe Pina, Maria da
sonho ex,i>rimindo cxtr11ordinoria ale- passh·a ouviu 08 meus rogos e dcsde que Conceiçiio Gamboa, Luiza do Jesus Gon-
gria, &e1n o.Iterar em ponto algurn a re- vim de Fatima nunca mais fiz tratamcn- Contem a hfatoria veridica das çalves, Conceiçiio da Purificoçiio Fernan-
gular forma do rosto. to e oomecei a corner diversas comidas àes, Maria Generosa do Menezes d'Al-
Sobre movimonLos, s6 por ultimo notei que me faziio mal e sinto-me agora mni- apariçoes· da Santissima Virgem aos mada, Mar ia Carolina de Barbosa Perei-
alguma aproxirnaçiio em linha rccta, e to bem. Graças a Nossii Senhora de Fa- pastorinhos, ùas grandiosas manifes- ra do Melo, Agostinho Ferreira Conto
rocuando, foi um pouco lllem da posiçiio tima quo tn.nto se compn.déce de quem taçoes de Fé e piedade e das princi- !!aria. do Carmo d ' Oliveira Santos, .Ma~
primitiva, conservamfo sempre o olhar sofro. Agora que me conoodn. a grnça de pai11 ~,irr,q ria Moreira Vieira, Dr. Leite de Fario.
extr11orilin1hi1u1. 'J'p,m Augusto
fixo e ap6s algun:. 1tegundQs desfcz..se, eu la ir o mais breve possivol agrad&- Jorge Moreira, Margarida d;
e neste acto,' transpondo a vil.ta pelo
cer-lhe. » mais ùc l!Uulruccutus 11ti::;i ua:-, e t iu- Limn, Palmirn Vasques, Gomes, Manuel
oentro, lobriguei ainds. alguns oontor- coenta gravuras. JO!Jé Nogueiro., Adilia. dos Anjos Quei-
n0-,, e dosapnreceu por oompleto. 6ufras graças O produto liquido ~ destino.do aroa, Amelia. Ramoa Gouvèo, Palmiro. An-
tunes Luizo. Ferreira da Silva, Edmar
No proloni;r;nme-nto da. vista, vi ;>rime•.
ro n Irnagern da Virgem Santissima Nus- Maria Amena Ferrelra, de P,uada. «OlJra de Fatima,. d" Anòrnde Coelho, Moria da. Conceiçiio
ko. Renhora. clo Rozario, mas nio directa,.. (DOUl'O) o pronto • alivio dum ataque Preço de cada exemplar: dez es- Tor res Souza Lima, Mari'a Filomena
m<'nt,, por que a minbn vista, pa-ascu asmatico dcpo1s de ter tornado ugua. de cudos. Pelo correio mais u m esc:uòo. Lcjte de Vasconcelos Dunrte, José Joa-
um pouco mail; nlta, o f,Prpendic u,nr {t~ Fatfma.. Para revencla dirigir-se a J osé Dias, quirn de Queiroz, Luiz Oonço.lves Leitiio
auns costas. • José d! Abr e11 Lemos, Bento C'o.rqueijs. r]~
Hortensla Fraga Gomes, do Funchul Seminario, Santarem, ou a U niao E!ilva Antonio Fernandes do Lago, Anto-
Neste lan<'<' notei que ha..::i. 1,m l,om tllha da Marle1ra.): «encontrando-me com
tiio JJresl'nc·il'i, ,te novo, t11do ,,ue !IP DO!l, prometi a N . Senhora, se me dP.. Lisboa.
pas.-.avn dentro e, 1., a ,I;, alpe1vtrad11, , olv~ a ~ude_ que tanto desej,1\'I\ pn.
_____.,..._____
espnço entre n...~ dna.s Image11, o s6 "U- um po.decim(.lnto de estoma~o e invisri- Grafica, Travessa do D espacho, 16 nio Mario. Mn.chado, Dr. Lucio de Andra-

,
de Coelho, Adolfo Ferreirn da Silvn.

porque, emqunnto esto 'I? pre:;entl' a 1oo- ra poder rea.hsar os meus desejos de
Abrigo para os doentes Peregrinos
va Imngem, nada mailJ vi nem Qt:vi, o eegujr a vido. religi0&0., publicar n86te
qui\ se pode atribuir fi rninh,\ nton<:ao jornal o favi r n.lcançado e c,,m<. o:,•nu-
ostar conoentrada na fisionomia ,porque çasso e~ favor vem rcoonhec I l.1 C'111u-
VOZ DA FATIMA ,.. ·de f atima _" ,.,:
tive tempo para mais obscrvaç~. 1Jrir a pr lmessa. · Despezas Transporte 5.750$05
Voltando ali no mez de Jnlho calcu- Trnnsporte 100,656$66 D. Luiza. e Maria
lei que a colocaçiio da referido. nova ima- Vlrslnla da Concelolo Duarte dr Ar- J o.es ............... .. 5$00
Papcl, compoeiçiio o im-
gem, ha.via sido, um pouco mais nltn do maçiio de Péro. (Algo.rve), o: c~rn. dum pressiio do n.• 67 (40.500 D. Maria A. Torres ... 10$()c}
que a Ima,zcm de N. S. do Uozario, a filho de oito anos que se considern.rn exomplares) ... . .. ... ... ... 2.422$50
lm,50 de di1;to.noia. d&to, e a 3 metros perdido com pneumonia dupla , Sèlos, ornbalngem, expedi- 5.765$05
de mim, pout·o mais ou menos.
Notavel coincidf'nCÌ1•.
Maria do t armo de Ollvelra dc Ca- çiio, t ransporte, gravuras, ------o-----
dnvnl (Valcp;11.) urna grande graça re- etc ....................... . 6.'34$47
Vi na Voz de F11/1ma de Junho, que cebicla..
no referido dia 13 do Maio fez 10 anoo 103.718$63
Explicaçoes necessarias
que se d~u a primeira apariçiio aos paa- Maria do Coraolo de Jesus Fagundes,
de Qus.tro R ibeii·08 (Ilho. Terceira), a Subscriçao
torinhos. I
Nn. m'jnha expasiçoo s.bstivo-me de cura diO marido imJ)08Sibilitado de an- ( JUNHO DE 1027 ) S6 tem direito a r eceber a Voz da
a.prccio.çòes. Ae os Ex.mos Srs. Encarr&- dar p&.118 grandes doree que tinbo. no.s
gados da 11 oz de Fatona oo dignarern pn- perno.s. Enviar am dez e6Cn dos: Gnilhermina F atima p elo correio quem enviar
blicnr, cada leitor npreciani. corno lhes Maria da Aasunoao Valente da Costa, :Mendonça, Mn.rìa da Conceiçiio Veneno adeo.ntadamente o min imo de dez es-
merecer, e estou rerto de qne muitos àe Avanca, vem agradooor umn grnça Fra.neo, Candido da Silv-a Prior, Amelia cudos por ano.
bavera bem mais 1·omp1>lentes do quo eu rooebida. Soaree Rodrigues, Estor Silvino Pires, Muitas pessoa.s, se.bendo q u e tu-
para a devidn n.precini:ao."
A este respeito da carta que ncompa- Maria Aurora da -
Fonseca e Sllva, de Mo.ria dos Santo& Castro, Teodin& Pinto
Ferreira, Arminda Maria Coelho, Mo.r- do reverle Il favnr ifa maior expan-
nhava o r(.llatorio cita.mos mais o se- Avanc11., agradeoe a. cura dumo. grave gar ida Mario. Soares B arbosa, Maria da sào clo .i ornal:r.i 11 ho. <lP 'l\.18 i 0m si-
guinte: infecçao na boca usnndo da a!rlln e Conoeiçao M n.tiaa Lima., Virginia M atias
«O segundo caso havitMie da<lo havia terra da Fatima e pede a N. Senhorn Sen.a. Campos, Eteivi no. A ndrade Coot:1- do distribuidos mais <le b-iuto. ut.il
nns 30 ou 40 minuto11, qunndo me diri- para que niio &&ja precisa. uma operaçiio Antonio Prates Ribeiro Teles, Margnr1- mensalmente, teem generosamente
gi a V. Ex.•; em 13 de Ma.io ultimo p&- no. vista.. da Pinto Ferreira Leite, Dr. J ustino enviado q u antias maiores.
dindo a minha assinatura da. Voz de Oeor1lna Ramos Lopes, de .Azuram J oaé Correia., Maria. E mil ia E, Lopa, II
Fatima, de que certamente se niio re- (Vila <lo Conde) , indo a F atima ew 13 Maria .A. da Mota Ferreir n, Emilia Cal-
cordara pe-la<i muitM precupaçòes. de Outubro sentiu-se curo.da dum ocze.. deira. de Bourbon Va.z P reto Geraldes. Nao mandamos fazer a cob rança
Este caao é de dificil provaçio. 86 o ma de que sofria havi11, anos, tendo Victoria Sinde Finto, Laurind11, Damaso p el o correio. Cada um enviar a di-
posso sanC'ionar com minha palavro. de persistido a cura. C<l8ta, Odete Pinho d'Oliveira., Maria rectamente a importancia da sua
honrn. Joaqulna Prates Soelro, dle 'Pavia J ulia e Maria J o,;é H enriques Lino, An- assignatura em carta registad a ou
Por ~e dar no moomo &itio onde se (Alemtejo), .a cura dul'.IVl, 0.>1emia pro- tonio Da.vid R ofois Co.mejo (15$00), J o-
cleram a.s apariçoes nos pastor1nh0!!, e funda que a obrigou a C!>"tM· dois mCSet\ sé Augusto Pires dos Santos, Maria Lui- vale, nao se acl.mir~ndo d e que 11e
pela coincidencia do dia em quo a pri- de cama, oomeça.ndo a sentir Alivios de- za de Sollla. R osado, Maria. de Sa Cnr- nao acu se logo a recepçiio porq,1e
meira. fazia 10 nno1t; afigura-se,...me mais pois de reoorrer a N, Senhora da Fati.. neiro Dias, Raul Bingre do Sa, Virgi.nia nem semp re é possivel.
nma confinnnçao d08 grnndissimoe mis- ma. N a ida a F atima om Ma.io de 1926 Dorges do · Cnrval bo, Magdalenn. Lu1ze..
terios da Cova da. Iria., e um dever meu piorou muito sentin do um mal eetnr in- lo (12$00), Lucillds. Carata.o Soromenho, III
de pedir a 11ua publicaçio, niio por ufa- d86Critivol, mns sem so.ber descrever o Emilia Queiroz Lemos, Mo.ria do Garmo Quem desejar obter agua da Fati-
nia ou orgulbo que niio sinto, mas pela. que em si 110 pa.o;sou, a volta asta.va cu- Go.lvii.o Simoes, J osé de Silva. Matheus, ma pode dirigir-se ao Snr. J osé de
pura fé e cr<'nça de quo nem mesmo me ra.da oomplatamente. Guilhermina de J esu.s Graça R ebolo., Fir-
é pormitido duvidn.r.» . mino Abrantes, I rene Cu nhn. e Costa, A lmeid a L opea-F atima (Vil a No-
Carolina Maria, de Carrazedo Mont&- P .e J osé Rodriguffl Gil, Maria J osé de Sou-
va d'Orem) que a isso se presta <le
Leonor Rodrls ues Passos, Enferrneira negro, em um parto gomelar dificil1mo za. Ba.ndeira, Maria d0s Remedios X avior
no Hospital de 8. Mar<.'<>e, Braga. pede sentiu modificar-se a. sua. situaçiio nfli- P roença, .Antonio J oaquim dos Sa.ntos b oa v ontade. P osto que a. agua seja
a V. ~.eia a fineM, dc pnblicar na tiva, apenll6 ingeriu algum&a gotaa de Salvador, Leonor Mar ques Serriio Ch itas, g r atuita ha a contar com o preço do
Voz da Fatima de quc N t quero "°r 11.s- agua da 'Fatima. Ma.rga.rida Gomes Sorrii.o, Domingoo An- r ecip iente e porte do correio, etc. o
11innnte mais urna grn.ça. que N0!\88. Se- Sllverl• Antonio Perelra, da Murtosa. tonio Madeiro. (15$00), Matilde Cla.r n. da que tudo d a ainda u.ma qua.ntia q,1e
nhora oo dignon <'oncodor-mo: Ho tl'ez dooaparecendo, dcpois de recorrer n N. Fonseca (15$00, .A.na d06 Santos Mau- 1 i!. I d
anos curou-me duma grande dO<'nça cu- Sen hora., am cravo que sna filha. Lo.u ricio (15$00>, Maria de Jesm Pina B~ a a g u ns parecer 111, e eva a.
ja cura. foi publicada. Mns eu tinh11, mui- ra tinha em um olho. rata do Amaral (15, 00), Carlos 011, IV
tot, sofrimentos hnvia. oito anos e dal- Franclsca Azevedo Telxelra, de Tabufl- J oaquino. Mendee Marques, Maria Ma-- Vai atrasada cerca de 11 meses a pu
gum1 fiquei oompletamento sii. ço, a. cura. de um seu filho, evitand~ gdalena Soares, Conceiçiio Campos, M~ blicaçio das quantias enviadas para a.e
Niio tinha perdido as <'llpernnr·ns dE 6t1r urna operaçlio a. que osta.va sentenciacla. ria d ' Ascen&iio de Melo, Armando Ri- despezns da Voz da Fatima. Todos com.
rar doe quo ma.iq me inoomo,lavam qne pelos medicos. bejro Bn.ptista (15$00), J osé d'Oliveir a preendem que é i~o preferivo! a en-
eram o nào poder coml'r de tudo e ter de Dins, Antonio Antunes Mota, Maria do cher O jor nal s6 de nomes.
me, 1>ujE>Hnr a um trotamento ja havia. o lnacla Josefa Soares, da freguesia. de Roeario Martins, Florinda dos Anjos Go- P or esta. e outras razoes. nito se publi-
an~. Niio podia passnr urn dia F;ern 8 _.,se El. Pedro (Angra do Ileroismo;, tres gra- dinho, Victoria Sirgado d'Azevedo Men,. cam as quantiaa enviadaa pa.ra as obras
tratn'mento sem se me dobrnrem 18 do- ça~: a cura de umas foridos quc hn.via dos Roea Ferreira Borges Ma.rtill5, 8 culto da Fatima.
· t·1 J r an08 tinha nas peinns que so julgavam Francisca Romana, J ulio Dina F . Coim- V
res. Qne tr,ste~a 811 • ~ Il\ • • inc-uraveis. Prometen urna. novena de Co- bra, Antonio Alves da ('unha, R~itor de
Felizmente a. Sa.ntu1B1ma V1rg<'m acet-
tou as minhns tagrimas que com tanta munhoes e de l\fissas. Outra grnt,:a foi a Reborcloos, Casimiro Vieira d'.Araujo, .A.n dam talvez por oentenares os pedi
fé 8 espernnça. derramei na. r-0,·a. .da cura de urna sua filha em grande 11.fli- Ana da C<l8tn, Ophilio. Caaal, Catarina dos de publicaçiio de graças e relatos
Tria. no dia 13 de Outubro do ano fm- çiio. Bagnelho Santana Ma.rques, Manicomio de curas. Nao extranhem os intereasadoe
do I A tercei r11. é de urna miie que vendo Camara Pestana. (Fu nchn.1), fsa.ura. Ro- a. demora. Por sua parte c11mpr iram
J arnais poderei esquooer o entueiesmo sua. filha completamente )ouca depoia de quete Campoo Soares de Lncerda (20$00), seu deYer de gratidii'.-0 p Rra oom NOSM
que tive o.o fo.zer parte na prociMiio ùas um p'!rto pro?1eteu p11_bhc~r a graça. Ernestina Louro Fernandes de C'a.stt'O Senhorn. Pela nossa... iremos fazendo
vélaa, adoraçiio noturna e ver o. fé e O ~(aria da P,ooaòe P1nhe1ro ~orba, do (20100), Maria cl'.A.lmeida, E ugenia Mar- o que !or possivel, vindo tnlvez a rt"m&-
forvor de tontos milhnrc8 de ò,.voto11. Mmho, urna grande gra\·o. ohtidn. pron- garida do R OS11r io, Maria. Gertrudes Cor-- diar o ca.so pnblicando-se, quan do p&r&-
Fl quando no regresso pernoitei em to.mente.
Coimbro deu-se na minha p resença o
I reia Marq ues, Sofia das Dor es Gr.rcez cer oportuno, um numero de oito pagi-
Blandlna da Cunha Abrantes , rle Pena- Garcia, J oo.na. Maria de Souzo. F loree, n a,s.
L e,iria., 1 3 cì'.e J-u.:n.ho de 192 8 N ' 69

oo.~
Diraator, Proprietario e Editor: - Dr. Manuel Marques dos Santos
Composto e impresso na Uni ~ o Gr-aflca, Ru1 da Sante Marta, 150-152 - Llsbo a .
I EOLEEIJ:AST JOA]
Adminiatrador: - Padre Manuel P er eira da Silva
Redacçli,o e A dmfn.istraçiln: Semlnérlo de Lelrta.

A GRANDIOSA ROMAGEM DA PATRIA


Aalma de Portugal aos pés da Màe de Deus
---- --~?.!-------
A grande peregrinaçi o naclonal - A deslumbrante prociss&o das velas dae • apenas pela.. trémulas lucilaçòes das I nos, 1.ht:?ntnudo muit<>& déle~ a 8Cena da
A vanguarda do exé rcito dos crentes - - A prece de duzentos mli peregrinos cst relns. . . . . apnriçào du Virgem aos pastorinhoe aio
Portugal em marcha pa ra a Cova da - Rios de fogo e oceano de luz - A Ondas de ftél.!it precJpt tam~ de ~dos ùci,lraldudo.,; ao ,·,,uto e tomam O Jugar
Iria - lmponente parada de f é e pieda- comovente a<foraçao nocturna - O Di- os laùos no centro do grandJOS? _!6C1Dto que lhc:-s é .J""ignndo no co1·tojo em orga-
de - As maravilhas da Virgem do Ro• vin o Rei de Amor - A alocuçi.o do para . o t:ncorporarem na _ pr0018680 dns uiv.nçiio. A ma&n. dos peregrinos, a um
a4rio - A de voçio das almaa· almples. Senhor Biapo de Leiria. ,·oln><. Aq111 o nc.-ola, por todo, a espl.nn11- ,inul dado, com~a a rcznr o tt.:rço, alwr-
na1h1;111CH1to ?Olll o sacerùote que a dirige
Treze de l\Iaio de 19281 e cuJn. W,Y. ti podcr~oni.e ruforçu.cla por
l)ia de gloria pari\ Deus, de tri1u ifo 11um1•1·obo-- . t1lt-0f6111os. .A precn clnquelas
1>arn a Vìrgom, de ,~ct6r1a. p11ra a Igre- iin;.e-11h1.~ 11111 nb!3M, ergnicln junto do pn-
ja, de oonsol~iio para. os cre~tAII, de mi- drao coroemorntn•o das npariçòes sobe
sericordia para os peca.dores c;oJ1tritos-, de pcln,; rniios cle .Marin até RO h<:no de
confusùo e terror paro. o:; impios. ! nous 1• !les('e s6bre a i.&rn tran•forroa-
Mais \lln~ vez Port.ugul iuteit-o r:;e d~- d.1 niuun chU\·a t;Opi-0611 e snÌutur de gra-
povoou, de norte a sul e de leste a oeste, r c;a., <' rll bonç1i.o., dh•inas. A parte cen-
nnma porfia magnanima, pnra. ir depor e trai do 1·odnto clas a pndçòt·~ e.,ta con-
aos pés da sua augusta Padroairn, em ,·, d 1rl11. num lng,o cl.e luz. tlm rio de fo-
bumil<le e 1-entido. homenagero, o incenso g o pr111cipiu a deslizar sua,·emonte em
do <-eu amor, o ouro do seu reronbecimen- dircc-çiiu à -.,strada· d~trii.al, aubindo por
to r a mirrn clos s!\us snc-rificil>S e da,, urna das o,·enidn,; lat.ernill, ,tepoi,- svgue
i;nn,; peuitència~. Sobre a. terrà privil&- p<'la f.'.strncln., pas!ln. por bni~o do p6rti-
g_iadn clo l•'1it1ma, que 1\ prescnç1i de Afo- l·O principal eJ descen<le pela 1irnnde
n n Sn n til>sima i;eis vozes com.ngrou, o , a,·,midn, \tl\Ì p()rdef-se nn <.:oliua oposta
éxército dos crentes as:ientou os ,seus ar- por tr11z do . nntuario. ,\linns momon-
rnis, para dar no muodo uro t$1,emunho tos tllRÌ'I' t11rde, reaparecc> ao Ionie n nn-
bem publiC'O e heJll solone da sua Fé viva çti rlo novo para o centro da <' planada
e da suo. t>it>dnde ncri~otada. Como a ava- é nlargu-<ie e e~pro.ia-se, metnmorfosean-
la.ncho dos Pirineus e dos Alpes1 ess11, va,. do-i-e nt1m vasto oceano de luz. Seria
ga humana fonnn-se ponço e. pouro, ro- impo,,sivrl <loscrever ésse esi1e,tal.'11lo ma-
lando por tòdn. a montnnha da Patria, ravlll10M, ~oberho, empolgonte jama.is
para. se ir despenbnr. g1p:nnte~ca e for- d,.to sbbre a foce da tcrr11 A' sccnn é
midaveJ, no va!1to anfit-eatro do lOQal d ~ tio divin a mente belu. que tl'ltcode t udo
apariçò0tt. (Jtu.into ostamO"l hnbitundos II ver em
E' a ·grande perogrhi.açiio nacfona.l de Lonrdes, a cidn<le da I mnc-u lodn. Os
Mn10. E ' o pafz in~ìto r6"°6ntrand~e l
nn Cova da Ir'ìa. r,r unla tld[1lfravel e
olho.s de r 1·cntei- e d~'>cr,,nte:tr qne n con-
b!mplnm, arrnzam-se de lai:(rimni: de co-
tThponenl<' l')nradn. rlé !l'é e pfodade. E' o moçio e ternura. '
espe<-Mculo m:!.i-s $<>lene e m...\.is sublime Urna pu.z s11al'issima, Yindn dns oltn-
que a piedade cristi tem ofercc1clo a Por- r aa. invacle e rativa ns nlmns, <'nqnnnto
tu~l e ao mundo. oc; <'Ornçoei!, dopii nadQQ por ~nti ment:oi;
A Virp:em Senhora do Roetfriò ali der- indefinJ1·cis. so l'0mpenetram da p1ei;cn-
r nma 88hro 119 olma.s os gr aças de que ça do Deu e ~ntem, como nunri,, o·
é depoeitario, a li cura ou conforta. os efllivioo sobnmaturais dn {:1'8(11.
doont.88, o.li consola o!i nflitos o nt:ribuln,- Do rapente, vibr o. no espnço ntn rll.n-
dos, nl{ operà 1llil sem num<>ro do pro<H- tfoo formidavel e diYinamonte belo, E ' a
p;1os da sua ternura matornal . multìdii.o q ue proclomo u nlìnime a ua
E so todos, 09 no.hros o os p lebe,1s. oo. i'é, enton.ndo, corno um hino marcio.I, o
s&bios e os ignorantès, os r i006 e os P<>- Credo de Lourdes. ;fa soou a moia noite
br ee, se impresaionam o comovem qu:tn'.Jo I
oram com fervor n aqu elo. estincin aben- solar. Da-se micio no primeiro turno de
çoada, q ue dizer da del"'O(;'iio das almas ndornçiio nocturna. ;fesu~Ho~tfn, colo-
endo nu m trono de lur..o.s e flores, impe-
SÌilnPlos, tio profundamente piedosns, tio ra 00010 Jwi de Amor e do gl6rio, nnqne-
ohoia& d e fi:en~ ilade, Uio pront86 pa:r11.
todos os 81lcrifici0$ P!
E n mesnm bora, nas igrei RA e n ns oo.-
llt~ 08tancia de prodigios e ucnristko~ IJUe
é. o v~do.cleiro centro geogrifico <le Por-
t ugal, o ('Or oçito da P attin..
relaa, nas cida des e n!Ul aldela.s, ero t<>-
dftl\ M terme do pafs, multidooe oomp àCtee
s. Ex.• Rtv. ma e Sr. Arttbls,o -·fora, co111 a mlstmla do Sr. Blspo deJLalrla, btnzendo I prlm1lr1 p1d11 A m ultidiio, prostro.da a seus pl!s, ora
io templo co11emor1llvo da Aparfçao da N. Senhora, 111 13 de Malo ultimo oom a.cr rsolado fervor, imp1oro.ndo ~
nniRm as &nas preoos e os eens cantiC06
a,q homenagens que se desenrolava m em
F,tlma.
Bemdita eeja a augusta ViTgem do Ro-
No rel6~io d:n. tòrre da igreja paroqu ial
de F atima acabam de soar as nove ho-
Ida, 80intilnm as pri:meiras hura, qae 06
peregrinOil acendem no fogo da su11o im-
e miser ic6rdia. R eza..se out rn vez o ter-
QO do Rozltr i.o. Esta recitnçiio ti alter na.-
da oom binos eucarfstico& e com a me-
sario, que, nuroo. romap:em incompar avel r ns da nojte. J é. ha multo (lUO o astro- pa.ciencia e no ardor da na pied!Mie. ditaçlo d06 mÌflt~rioe 11Joriosoo; feita pe-
de reparaçilo e amor calculada em meio -rei se eacondeu no oco.so, J>Qr entre nu- O tempo passa voloz. Ezn torno da e&- lo Senhor Bispo de Leiria. O venerando
m1lhiio de p811801l,S, re1100 cari nb061\men- "Vone de ouro e purpura ncastolado.s no pela das apari çoes ailomera-ee a multi- Prelod o recoinendn. sobretudo que ee pe-
te junto de Si o 88001 de Portugal fide- horisonte distante. A. Cova di\ Iria, onde diio, que cad.a. vez 88 torna ma.is oom- ça à exoelsa P ndroeira o ressnrgimento
lissi'l:no, entrelnçando os trenos plan- SE> var dei;enrolar, a breve treoho, um doe paota. GuiÒGII de Irmandlldes, paid!B de da P atrio.. Poo èm re!Avo algut\8 d011
gente9 do penitencin com . ns jubilosae eepecrt,aculoe :inais sublime11 quo a intoli- oonfrariaa, bandeirns de Filhaa de Maria, grandes maloe que aflige~ hoje n socie-
alelu iu e os hinoa vibrante& e entus148ti~ gèno~ humana é oapu de èonoeber, ~ estanda.rtee ~ n'dcleos da Juv.,ntude Ca,. dade portuguesa e profliga principalmen-
oos da rt'fltlJT&içio e do tTiun!o I envolta num manto de trevM adelg&Qa- t6lica e pendoee de uupos de peregri- te o ti'rr{vel cnncro do él:iv6rcio.
2 Voz da Fétima

.\ ·,. duas horas conwça o segundo tui·- ra de Fatima, ao umo Pontiiice, a.os Bi~ O concurso de fic5is - Trb perso. doentes - O sermio do Senhor Arce-
no de adoraçiio,. que cl11ra até às tres, pos o à Religiiio Cat6hca. . . _ nagcns ilustres- Peregrinaçoes dc Lis_ biapo de Évora - A procissio final.
fozc ndo as prattc~ adcqua<la,; o rev .clo Entretanto no Poi;to da.,, veriftcaçoes I boa, Porto, faro e Coruche - Peregri
c6nego Campos Neve&, professor no Somi- 1 médicas continwi. a fa.zcr-se a. inscriçio nos estrangelros - Um ~rupo de pere---
D1irio de Co1mbra. d~ doent~. A essa. bora j1 constam dos grlnos de Tuy -Jornahstas e fotogra- E' quasi meio-clia solar.
respectivos livroo do regista cerca do tre- fos. Junto do padrao eomemorntivo daa Apa-
nomes d~ doente.s roputados humiv riçòes organiza.-se a proci "io em que ho-
As primeiras mlssas-As torrentes zentos naJuente incnr:tveis. O ,crviço, que tcve Aproximarse o meio-dia ~olar, a bora de ser conduzida a Imagem de Nossa. Se-
caudalosaa de peregrinos-Dezoito mii nhor~ do Rosario nn.ra a Cnpela das Mis-
comunhlScs- Os scrvos e as scrvas de princfpio às cinco horas dn manhii, durou do.. col6quios misteri'os0<, ontro a cehiste sas. Poocedidn dos esootoiros, dos mem-
Nossa Senhora do Roslirio - Os scouts sem descnnso at.é perto do mcio-<lin, hora Ap.o.ri\·iìo e Lii-eia de Jcam,, a lmmilde bros das nssociaçò<'s religiosas com 06 f!6US
rios do Parto. I
catolicos - 0s benemérltos hospitalli- a que se encerrou dt•finitivament.e n ins- e inooente pastorinha de Aljustrel. A vas- estanclnrtes, do.'l •rvos e servas de Nos-
criçiio por E'Star compleh\ a lota~·iio do ta osplanada e.'!tti repleta de peregrinoe
Pavilhiio. Como os d0l'11tos, que sr apro- quo ostemtam os .';(.•u, distintivo~ o sa Renhora. do .R osario e seguida por uma
imrnso mole de novo, a vC11eranda Ima-
À& tros hora.s dn manha O San~fssimo scntavam ~o Poato, orçnva~ por mill~::t- ho:U:ium numt»ro~<l.l! Q lindos. os~undartcs
Sacramento é l'ncerrado no Sacrario, de- rell, s6 fo1 am . facultados b1lh~ws dC\ 1n- pe1 l<·.nN,ntcs a.. d1vers:i-'I nssociac;o s .. gom npro~-imn,..ee do Pavilhi\O d0s doen-
pois de oantArlo O Ta 11 tum ergo 8 dada gresso no recrnt-o ·que lhcs " l'66Crvado . Tres pereg!1nas 1J11~t_rt•s u_~"l0Cl8m-s_e tes. A multidao, semèlhante a um mar de
ondnJJ encapeladns, a.gita-se é avança em
a bençào gemi. Começa. entii.o a <X'kbrn- Ìlqul'les ,,ue sofriai_n dc doonc;ns de l.':s.lr~ 111oclo,;am;nl<' aquela. roanif<'Stac;ao colect)-

meio-dia. J~stito inserito"' mais do cc>m sa-


I
çiio das mis~as, qne 110 prolonga alé 110 ma .gra.ndado.. . , .
dire<'çh ao ~nntulirìo. Do repente corno
va. do F~ do Povo portngnès: a esp,osa. quo por -encanto, duzonto'I mii Ienços, clu-
Toòns nq m1~rias f1s1rM, todos O;'I fin- e umn filha. do S('nh01· Gcn?rn_l Oscar Qnr- mA olvura p11rfs.~in111, de nevo, quais pom-
oordoteR. A primeirn mi,-.n é rezruln pe- gelos quo torturom a .P_?hre humamdnde, monn, Pres1dc'nte da Rop~ihhca, e $ ~- Qas brancns, oqvoaçam por ciTl}a daqueJe
lo rev.clo dr. ifarques dos Snnt 08, pro- perpnssaram, n_u,mo _v1-s;to n:iacal:>rn, pelo po.<,n do scnhor r.oronel Vrçon . de Fre1- ()C(>ano de cab!'('n'l humanas om tada a.
fessor no Seminario de Leirin. e cnpeliio- P06to das Ver1f1c_nc;oes mé~cll:5': rlocnç~s tn~, ~h,.fo_ do Govorno. ncm ha1n.,i1 =s vasto. oxteni;ào da. Cova da. Tria, na eistra-
director dO'I l!('rvitp.s. A elo. a'IBistom O co- dos olhos, r tlt1m1tt1smo, memnJ?1te, rnwnh- rt'!IJJE'lt1fre1s pPr, onllp:E>n ·, qu com -n sua cln adjncl"nte e om toòns ns colinnc; o 011-
munp;am numerosos grupos de G<;C"Oteiros I sia infanti), leprn, mal de Pott, tuber- p re.~enç0, obrilh,nnt~rnm oo çult?'l clo~~c dia teù-os das imcdi.ac;.òea.
e de ~rvitM. As sei-s horos O ven<'rnndo culoso p11lmona1·, ctr. om hmira. da ~lorr-OSa. l'ndroo1ra cln No-
Arcebispo de .nvorn oolobra a mis.t!a da Entra os :nédicos,. qne _gentilmente> çiio o ronquisiorr:u n simpnt.in dm, mo'!":>s Sàn ~ peregrino<, quo snudnm n Vir-
Comnnhiio F'<'rnl. Ao f"ommunio, trrzc !>U- prestnm O'I ~<.>ns servt('O", voom-!'<?, alèm popnl:irea qua de todos os pontQ<; d,, 'Por- gem, rc:-n'iszio do." pc,cadores, 'lande d011 en,
fermos e ~Uc rle mi6erir6rdiA.. O andor,
cerdotes distribnem o Pifo dos A njos, co- !evado nos ombrO"l dos scrvitas, a=ma. no
munjl;anclo em todo o ilia no !orni dns liminr do Povilhiio, corno urna radi063
Apariçéie~ rerNi de dczoito mii oc,'llnn'i. Visiio cle Paraiso. Urna. nutricla o prolon-
J)urnnte a noite os M<'Prclotea ·,tomfom p;aòa alva rle po lmns ~truge nos nres e
os pl"regrinos que dooejam rec-obcr o <,a- reti<>."!. !'>l'las quebra<las dos montes, numa
eramento da Penitenrin. :-ipotOO"'è colo · I. 1foi(:a, 1ndescript{\•el.
A partir do romper dn mnnhii 011gr~- 'l'odo<, n olhos se inundn.m rio lngrimns, <>s
M ron,~id<'rnvolmonte, ilo bora JHI 1·n bo- doonws oram o soluc;-nm e clo milharcs do
ra, n nflu~ncin de romeiros. Siio milhares I P<>Ìtos olev~11-S{' até Ìl Virl):C'nl ut>mclitn
dc ,•eicnlos. R:ìo de-7,enn..c;, centenas do mi- suplirns estu11ntes de con fin nça. e nmor.
litar de fi6is qne dc.',embO<'am dc todns Col0<·acla a I mngC'm sobre o i<cu pe<lc:-stnl,
ns ostronaà, cnminhlX <' vcredas, Pm tor- 1 rlo Indo do J;:von,11:elho do altnr-mor, o
rent<'s cancln108ns, nas imediaçòcs dn. Co- clero rnnta, em tom magostoso e solc,no,
va dn. Irin.. um hi nn de Fé, o f1redo do l,ourde.s. 'l'or-
Os C'Scoi<>iro-, dos diferontee p;rnpos, m111nclo o canto do Simbolo dos Ap6stolos,
di!"tl'ibuido'I pc>los ponta-<; ostrntégica:,;, fa- o Sc:-nhor Ilispo de Le1rio. i;ohe a.o nltar
cilitnm o tri'rnsito dos pcors. Os serv06 de o principia o Snnto Sarritic10 cl.a 1n1F>sa.
No~ Senhorn do Rosario trn.nsportnm Entretanto a multidao micia n r-ec1<ta-
em macaa os enfermoi:1 qne niio podcm çiio do terço do Ro.s,trio, rczando-sq. de-
transpor a. pé a distfìncin, à.'I vez<'s de pois <io cad& dezellll II Qrat:iio en<oi nn.d,a
um, dois <' tré.~ qnil6motros, que medeia. pela Vir~m 110& videntes. Ap6s a , l!'Vtl·
entro os vofonlos que OfJ conduzcm e o Pi'i&- ~,ào e11-nln4;(, 11m J1ino etwa risti<-o.
to dns ,erificnçÒ('s médiras. .Ad «<fo,nmuoin,i, nm !!n,.,·•r,iòtc:- t11~ln-
As sl.'rvns de No:<l.'ln Sonhora do Ro•a- 1 trne novnmi,nte a Ragrn.rln (,;on'it,nl,i\CJ..
rio, rujn arth-iclnde &e exc>rce ('fòlpecialmen- Acuhn o missa. Revostido d:i capa eh'
te no Pnvilhiio, e no Pi\sto dn.s verifica- a .• pl'r!Jrs e tornando na.s sn<i.1> mp.o~ E-ngrn.-
ç~ médi<'M, n,;sistc>m o~ doent~, tra- da..,;. n cust6rlia com o Gant 1<'1imo ,111,rn-
tanòo-o-, com o maior ÒC'lvelo e cnrinho. me.nto, òepois de rnntarlo o 11Adorem,u»,
Nè-;te dia de tiio grnn rLo afluencia do I o vonrrn.nrlo Arcébispo de Eve>ra da prin-
doont{>S cm cstndo grave:-, os servitna fo- cipio à rc:-rìmoma da bonçfi9 dos <l0f'nt1·~.
ram pod<'ro~nmonto ('Ondjnvndos na sua ~ c-rt~. por scm dtividn, o hllmero mnis
nohrl.' e 'IÌinp,Hica. farefa por nm numC'- emocionnnte do program-i ilns comemoro-
TOSO p;rnpo de mPmbrO'l eia .A.ssocioçiio Ilu- çòe!; festi'l"p.s do riin trez(!. DC' novo as llt-
manita1;a dos Rospitnlnrios da cidado d. o
P6rto, quo qufa gentilmente prestar o
I griJllM nssomam nos olhos dc todos os
proornte~, enqnanto suplicM e inv-O<'nçé,cs,
t10u benemérito concorso nesta genC"l'O"a senticfn« e veemPnk\<!, sobom doe cornçocs
('MJJ:ada de cn.ridade o cujos relevantes a~ lahios e do,, hthios oté .Tesus-H6~tia.
~rviços forayn devidam('nte apreciadoe; po- F. o l'i vfoo l\focitre, ngorn, corno ha dois
los nito~ dignnt:irios da. lgreja e pel01, mii anll8, pn.s~n. fa.7,enclo o bom. Ele der-
mAfi= do wrviço. rarnn. sohre tod<>!! honçiios o grac;-ns, dan-
do lu1r. n.os entendhnontos, poz n.s conscion-
Bençllo da primcira pedra do San- cins, ronfòrto o. todas n.<1 mnijuns, loniti-
tuirio Nacional - O Pasto das verifi- vp n tnrlas n~ dorM, um pouro de ventu-
caçlSes ~édfcas - Os médlcos e os ra a t6dnc; ns a lmM.
doentes - No recinto do Pavllhlo - T('rminndn a. CQ,1novento cqri1J16nia, cnn-
Na capela das AparlçlSes - Em t8rno t n-se o Tanfv,m er(lo o por fim o veneran-
das fontcs da agua miraculosa. do A ntfstito do F,yoro. da a triplice beu-
çno com o Santfci«imo.
Às dez horas e meia, corno estnva anun- DesTnnccidos ~ $00,S do., 1Htimos oa.n-
oiruio, o Sonhor Arcebispo de Evora., tico~1 $Ohe 110 pulr1ito o tnll'ìmn venerando
o.oompanhndo r>elo Senhor Bispo de LAi- Colocaçao da prlmelra pedra do templo comemoratlro das aparlçiies Prelndo e, junto do microfoue, numa, alo-
ria e por numerOSOI! cli2:natarioo eclo- ouc:fio q11ont'I e ttntll$i3,13tkn, ena ltece ns
sìRSticos, procPde à rorim6nia do lnnça- prer,;,,:i:atìva& da. Vi,rgem, onta& um hino RIO
mento e bénçào lit-6rgica da. primeira pe- clo dr. Per<'iro. Gen.,, dir(>cior do Po..to, tugnl 1tcorrem àquele loca! bemdito pa,. Snnt11nrio de Fatima e proclama a neces-
dro, da monnmental B asflica. de Fat ima. oo drs. E11r1c·o J,i,.,bon, Wei..s de Olivciro, rn w~tomunhnr a f,-lrn crt1m:1l e o seu srdnde do regr('f!So de todos 06 portngne-
O 8CU projecto é verdadeiramente gran- Gabrio! Rib,,iro, Franci.s<:o Cortoz Pinto, amor À Vjrgt'flt. sos à profjs..'l[o e prMir.a da Fé do& S(lus
djo-.o. de Lisboa; Gilberto Velooo, do ('oimbra; ontepnssactos.
El ~ •-L
ft
""'"' o 1·•-nta
.,.,. e do:•
.... metr-
v" de com- I ,uz p r('...
._,, 11e Ourem;• e
nampn10 · R 10,
' ,. nou- D(l(lnlclo so protondin ftl.Z<'r ,~r,1a lista Sobre n pedra hoje lanQAda. neste rec111-
primento e ('incoenta de n.Itora.. Poòer a za Saraini e Amér~o ('ort<'z Pinto de da.s peregrinai;~ procedentce de todos to dq marnvilha, disee o iJustre orador,
oomportar o d obro dos fiéis quo oabem Loiria i Dunrt-0 P roençn, Tn\·ares da 'Mo- °' rt,cantos do p11i11._ ~°" cumpre pòr em niio s.ra so nm teniplo que se érgnera à
na ~aior igr0ja. de Li&boa., a igr0ja de s. ·t... e C'arlos dn Riln•ira, do Tornar ; Adria- do-t.aciuo, pela pc,rfo1çao rom que estnvom Virgem 1;1m que o mun(lo hiwle um dia
Dom1ngos. no Pimonla, cJ 11 Ah·orguo; R('is 1\fata da org11,n1zndns o polo conc~r!lO_ avuttad? dos ler, nos sua.'I pedras toda.s aa estrofé8
Seriio em numero de r atorzo a.s capt1las Barquinha O Vnz Pato de Olin•ira do MJ1111 mombrc>,i, 11:; peregr1n111;0011 dt L 1sboa, mAAJ belas da. hist6ria d013 portuguesee.
In.terni,, que <'Qrref!ponderiio com O altar- Hospital. ' ' I do Porto, de 1''aro e do Con1rho, No finnl do aermiio um aeropla.no des--
~mor nrn.. qninze milJ~riO'I do Rosario. No padlhiio Clii cloonhlR oram comovi- .\ ('ncl,i pa.-...,;o onc.-ontravnm-!le peregrinos ceu a poucos metros de altura, azaa r ~
Dos do_1s.lndoe da escadarin de &eOllSO no dnmonte, ag1111r1lnndo a hora dn mfasa ,lo nado11nlicl11dt1 (18trangoira residentes em gadas, a. sa.uda.r a. Virge.m, Padroeira. da
~mpl~ f1_ca rfl,() dt1M grnndf'IR igr1~iM P e- oficial o a. Mnc;-iio rom o Santfa.qimo. Al- l'ortul-(nl: hrasilcir<>R, espnnhoee franoo- av\açiio.
nitenc111r10, dOI! homens e n Penitenciaria gun., quo i.e encontram em eetado mais ~llS, inglffi<lS, lwlga.s, itnlianoll e llemiies. Orii:nni',m-se novnmenta o cortejo para
das mu!her.M, acha.nd0-68. quasi conclui- gi ave, j11zem prMtadoa em_ macu, junro llt• Tuy vei<> um pt>qn<.'no irupo de pe- r('('($nduzir a. Ima.(lem da Virgem do Ro-
do. a pr1roE>irtt,, qne est~ i;1tunda. por tras da varanrln t!o altnr eia~ m1,~a<;, n•grin06 filhos dn na\·iio irmii, quo fizo- sario a.o eeu ~ na capela daa Apa.-
d.11 nctuo.l Capc>Jn. das M1s.c;a., e q11e ja ser- Nn cnpPla eia.ci apnric;-òo.. rc:-zn~sc inmb~m r11m o. pé a. longa viogem. riçò&.... Soam outr~ vez ca,nticos e aola-
V8 a VATlOS ll('toS do culto. COD~antt1monto o cJ,,zent\.~ clt> fiéiR dc> nm- p t·d •- • J' tnn e maçoPs, ngitnm-so do novo do,ienas de xni-
A cer1m · 6 nin
· começou, st1gu nd o 'O ntual · b os os SC"<O'I cumprem promes.<;as, unnrlo .., f t6orNi.fo a aN par... és e veomà 01 Jorna
·te d tS '"' te lhor <lo lonços, e a Imagom avança, so-
pela bençao do Ml e da tfJZUa. e pela. o.~ variM ,ezos, n. voltn a.o pequeno monu- 0 g . ~-
'persiio do forni onde ffo11ra 'O centro da monfo, quo n piodnde populnr fez orÌiÌr n proc! ~ad cli\$ .-01 :!
~ v pera ~ , uran bre urna c:huva. de flores e runa multidio
t>rnm l-r'lll~ .a.s dL> m.fliA de du?.E"ntas ntil pOSMns acompo-
oxp 06005 e magn. 10 para . ocar v rios n.b:,.m a linda e mora.vilhoi;,a proc1S!'iio.
:Uos{!fon, c;1>ndo depois hon:iiida. a primei. parn cometnornr M nparic;-5c!,.
rn. prora do fomplo de forma quadradn., Milharee de poregrinos desfilom sem a~p;:<'_t,os
Qm m:innoro hrn.nco dn rep:iiio, c;imh oU- c(lSSnr t>m frC\nt(> da Imaiem da Virgcro ('Or ..~Jo. t
I t marn,';7lh~s~ °
'°':
;ncompar:el
z~nac; 0 0 0 0 ~s ass«i d~
Si~ tn·i') hora.,q o meia da tarde.
Principia. a debnndada dos pere"l'inos.
zando ~,mm Senhor J e-c;u,ci Cri11to, pPdra do ROR1irio, tooando noia terçoa, n1eda- 1 con nu dc-!11cn ;;' ~ 'lUO.S maqtmnas em 1- _,\ estr• d6Sillong~tiona-se pouco o pou
11
a,n171tT11r dn Te'l'eja. lhM O outrl>'I ohject-01., \'Qr.~ris u·ecc;-oa~ e <>;i rt>por pr, e corros-- cp.
A cçilocnçiio da. pedra nos respectivo.s Em torno d11'l fontee dn ogt.m mirocu- 11np<1!l!llet; doe Jornais pncorm~m n Cova .Ao pùr do 1:101, na ostlncia (1a8 mo.is 88-
nlir1>rcC'fl foi foitt\. pt>lo ml\Smo 'PrPlnd~ ]Ofla, osta,cioocm c~ntenas do .fjéi,;. Totln, d~ Trm. colhondo m>tn,c; pnra ris sua« cr6- tupondas marnvilhns di-rinaa de que ha
que utillll'ou. pora a. focar nm JX>nco d~ quel'em beb11r, todos rnrnrem fozer n sua nicas e v1wa ~ #911~ relatoft. moJD6ho dC!ltle os: i1empns: bfbli~, •va-
ci;in1>nto o ,1mn. colher ile pmroiro. Re"'ni\1- ptovi11i,o do oteci0!<8 linfa quo prinripion gmti-se os '1.UtimO'l 0008 daquela glot-ìosa.
110 n. licnçiio dOil fundnmPnto-l da nova n correr. pnrt> n11nc11 mai" o deix11r dll A prociss~o dn Virfem Emtusias- jnrudn, o n- iastos sagmdos de Fatima.
BMPica, tannimi:odo n rprim6nia !'Om a t&:r.er, clepoi, dn. oelehmçiio da primei- bto indèscritivel -A missa ofu?inl --As fioom J"egistandn· em letrns do ouro, uma
Mnçiio pqntificl\l o vivM a nosc:a SMhl)- rl\ mi.iRn. <'ompal. precea e os cànticos -A bençao dos da.e; mn.is belas ip.iitin!l8 do oossa hist6ria1
v~z da Fitima 3

UJil dos prodigi08 ma . is a.dmiraveis da. I Desta vez gunsi tocava OS pereiMll08
noeaa epopoia. religiosa.. mo a qnèrer unil'-.Sè a. eles. '
C(r l t4.Wii&~w~~i!tiU~~.tMl.t~··~H.N#t
~
Ia Quantns
-..--+-
vez.ee
,Tesus quo O '
tambem n6s tem08 dito
amomos ...
E que Poriugal in<teiro ooube de joolhos Ao lndo uma. senhora. doente em mule- Qnantos palavras viio as vezes em mo-
.a rezar o cantar, nesse reca.nto abençoa- tas so bem me récordo, dima,-me comovi- C> L:X'V~C>: mentos de pruor e de beru oslar ...
do da nossa. te1Ta que se chama a. Cova. d:l.:
-da. !ria..
Vi3 conde -de lllontclo
l-
uEu asta.va. a espera dele. Tinha.-me
dito que viria. ca ver-nos, ao menos, j a que
AS GRANDES MARAVILHAS
Va.moe consolar Jesus ... 1•am0& enxugar
as Suas 1ngri~, ~ndermo-noe noa
Suas cl1aga.s e estancn.r todo o sangue
nilo podia poisar,
E' meu innio... u
DE fAJIMA que delas corre... Niio deixemo11 cair uma
s6 p:ota I
Sejamos victimas do amor e c.-onquist.e-
Anova Capela pelo Viscond e d·e Montelo, mos almas para J esus, bebendo n.té a.o fim
UM fEIXE DE NOTAS Umo. da.s ooisaa que mais prendeu aa
o oalix da amargura....
vende-se em rATIMA. Viva.mos a nosso. Fé e quando sofrer-
mos, 6 onte.o a ocasiio de mostrarmos a
a.tençoee foi a. nova. ca.pela levantadn por Cada exemplar, dez Escudos. Jesus qm, O nmam01; ... .Amemo-Lo pelos
detraz do pavilhlio dos doentes e destina.- quo O niio amnm ... prend11mo-nos a Ele
AVoz da f atima na f atima d~ a celebraçii.o dé Misses e a.udiçiio de Todo o producto liquido de v en- e 6 a Ele... e num continuo acto de
e no mundo I
confissoes.
1 E' olegante simples, s6bria na. !\l'qui-
da é d3stinado a Obra de Fa- amor, numa. s6 o~piraqio, digamos como
um oonvertido quo querendo morrer de
lo\'tura a dnr para gotico e no. ornamenta-
tima.
pé para. erpiar os sous crimes, gritava...
A T'oz da FC!tinia vai tendo I.Ima ex- çii.o - quasi nula.. I - gritavn ~mpre:
pt~nsaò c~da vez ma.io1·. Foi propositada. aquelo. nudoz - simbolo
lla ass1nantcs em todos os recantos de da. sinceridn.de dns almas que al{ se vao
r:
i\Y-1't'f~ i t1Yt1Y'Y'Ytt·'fl''r\ ~
'ft'r~ «Amo-Vos meu J csus, porque ~ois :Te-
sus !. ....
.Portugal cont.inental. purificar. E' feita .segundo projecto dos
Os AQO_r& _o lfodeira. t.eem. Uni& devò- arquitectos Ex.mos Snrs. Narciso Costa e 1\.-1
çio espe01a.l a 'enbora. da. Fatima e gl'an- Ant6nio Vo.reln. de Leirin.. """-
s e u RA s Um(JI o't!elhinha. fer-ida

~o ~umore. de a.:16iua.ntee do jornalsi~o. No altar m6r' ficara a. imagem de Nossa


I
Ba as1nna1;1t~ 00? E spanh9:, Italia, Senhora da. Fatima.
França, America do orte, .Brn.~11, Guya.-
ID E FA• I M A • ! I
uas, Argentina, l\forrooos, China., alem I
dA& nossas p0116essoes ultrama.rina.s, da
Guiné, Angola, !il~nmbiq uo, lndin. e Ma-
0S megaf6niOS
I
Augusto Pe1·eiru, de 15 anos de edade
da. Aldeia Grande1 freguczia de MoxiJ
VOZ DA FATIMA
can, etc. E' jti sabido que dosd.e Outubro passndo <'forra~ ·edrn,s), f1lho de JO!.é P!.'1·eiru 80- lS Oespeza m -
Ma6 onde o jornal é ~spalhndo aos mi;. i;e a.ch:i.m instnlados na. Fatima os a.pare- hriuho e dE- Rooa da. Silva. l>oreira. foi . ]Q:l.;13$63
lhnros, 111111\;l "orduckira alu,·iào, é un lbos ohamados megnf6nios, altif6ni.os etc., acomeLido de urua dor " iolenta Pm um ' Trum,por~ :" ···. ... ··~
1<'11ti'!1a,. 1,os dina .13 de c-.,òa mcz oncfo l e om frane& «haut-parleurs,, ,deatinados ar~elho e n.~un joelho, a ponto de e~tar to- Pnpl'l 1 compo~;<;no u u~pro,;,,uo
se d11,trihu<> grnL1ut.:i.mento. a. tornar ouvida om todo o rocu'lto a. voz 11)1(,lo a aleiJa<lo, ohqgnndo o S nr. Dr. Bru- do 11.o 08 ( ,0.000 oxempln-
.Nu dia l;J <lu ì\t11io fo rll m distribuiclOfl de quem progn, dirige o canto a resa. ou uo, d1> Bm.u banal, a dizer que niio tinha ..,,n.11,.) ... •·• ... ... .. ··: _...
la uns GOO kg. ou aeja. cerca. de 52.000 faz n...-i!:'os ao povo. cura.. Sclw, <'mhl\lnijl'lll, wq1ed1çao,
jornais quo juntos n 1111-. 20.000 distri- Consegue-so u sim dar uniformidade ao Recorrerarn a N, Senhora. e leni.rn.m o trum;11ort~, gril\·nra-., etc. 1.2-10 87
buidos pelo 1·11rreio prefa:u,-n u linda ~ canto 8 a, resa.. doento a FaHma no dia 13 de Outubro ------
ma de 70.000 c•'.\.Omplnre,;, numeros redon- De11ta vez el'lll, lindo ouvir itquele uniso- do 1920 e n~e Jll<'Stno dia c-ome<·Ou I'\ me- 108.647$50
do,. no do mais de 200:l)()() pessòas a cantar ou lhornr. SubscriçAo
1
Viagem longa n fnr.er M iuvocllQOes.
I Foi talvez t>ste o mes em que funoiona.- Maria ,7v.• ; da ( '1111 /m 8<1>117>11i11, d" Vi- j
L mulher- ram. melhor. la NoVl\, dq ~A11\aliciio. '"_601 l'umprir a )
.A cena. n1tura. encontrò 11mn pi-om•'""a que_ ~(:l' do publtc.'nr um:\ unor-, Rn\'iumm doz t'-"cudos: Fernnnd.n. ll~
zinha que mc Jll'<'nd.., a uL~•nçiio. :ne grnçn. esp1r1tuul dt) quo de1~on~c· nhs1r chudo Mnrcru<'I-, J~d.at\rdo Augusto de
- Voc-em<!C~ clonde \"!"111? . Agora nu
meros lutamen~. 8. paz da ,un (.'()J~';CH'llCln. e_ de ouea. R ..belo, :\fati& Caulinò Matos
-« Eu vonho do muito lo11g1•. Da ~1- . , . sua fan11l_1_?,-C; _tt·r con:segu1clo ~n11Llf1cnr (:'IO~UO), Juli.o Riheiro, Fmnc.i:,c•o de
nha t,rra our:o os galos <:àni!U'em en1 .F.,!o>- 1 -O uNov1di_i.dea:1.Sornal cn.t6lr_co d. e L1sb_oa. J ii ~ua umao oon1ugt1 I.
pno!w·" (tne 'mandou ii Fntnna um e nv1adp espoo1al
I
Aguinr, Antonio Piuho da Crnz, Maria.
diL Uoncciçao Mugalhiies Jorùii.o, ì\Jnuuel
Vrnh~ d~ .Moncorvo ~ pé. cnl<•uln em 500:000 as pessoas que toron- Ahc,s F:onre,; 'l'eixl'irn (8$:'SO, dt1 jornais),
A pù ,·,niarn u m!11or parte da. gente ram parte na peregrinaçiio a Fatima. du- ----- ----- .\lunuol Jo¼ Lopi•s Din.s, Joaqnim Mar,i.
do arredor<'-,, eia l~ima, cle 1-!l'nnde parte rnnte est:es ~ias. .
da E~~ema.dura. so Deus sa.be com que - Vanos JOrntus compntam em l fl0 :000
M1"mos Ile Jesus I,. :~ Soeiro <lo Brito, Rosa. )fende:. da., ~e-
(20 OO~, Antonio Barroca D<'l~ado,
sacrifH'lOS. as que ~aram p~rw nn. procissil.P, dl\S ve-
Qunnto no,, <Jll~ina esta boa fì:ùnte do j Jas no dia. 12 a no1te.
povo. -Cerca de 120 sncerdotea oelebrnram até J
U I Feliciano Ca.upc,rs (20$00). Antonio Coe-
lho c!A R ochn (2ll,.. 00), Loontina Dornes
()2 50), Maria. ,Toana. Soaros dt> Cabedo,
A luz das velas a.o meio-dia. 11, Santa Missa nos 6 a.ltares Antonio Gomoi,, C1•i;:,-t'Ì,na. GoTlles, Olim-
preparados para esse fim. (OVELHINHA) pia Quinlc}a Lobo, R-0!-n. do Carvolho,
Mas niio c- so· o pO\'O 11um1·ide que se - A aJ·udn.r O!I Servitas fOTam ali 60 Maria ria Concei,.no ~
T,wn.re:- \Tt-iau,
... Joa-
sacrifica. scout.A e chefes-scouts de Loirin., Lisboa.,
• . . (' .. _
Quniiclo O lionlem. =
~vm o
. u~·
mais ,,.1mo
quiin rlos Santos (15 00), Maria. do ('eu
p · l ' h Al . C
P es,;oos chi. pri;Jnoira 11ocieclnde irm.a- ( mm 1na , O\I11rn, e
y ·
•~<'• t. pt··izcr 0 mesmo <'ODl a. . t . t rnto cc ,. reu, ,11ra • e,es o-,La ...M a-
- Ouvi oalcular em mais de 9:000 os .,~ ·rnz os ro·oct:n 11
rec a in en- 1 J'!A gn~ni.cii Mnnins, Vii-p;inin Lol)E\5
nnm com os mais humildes.
Era a pl'odo;~iio dns velns. cnrr06i auwm6veis, camionettcft e camions 1 ~ros quoto e .~ J
que a f se encontra.vnm. Informnçoes ofi- ser Deus :u:oJt~
68118

1
1,' p a.-~n~o
uma toa. PII
O

0
fa-I (15$00), Adelino Anlunes 'f>i11Lo, Ann de
~o 1\ lmeltla ' Rnntfoio (20$00), M~ria. Fra~-
Alguem me chama. a. otençiio. 11
Uma senhora fnzin. o pc-rcnrso, dèScal- ciais fozem subir a 11 :l)()() os cn.rros quo O I{ome 'escravo E° mos ;~~ que etrei
6
c·i~C'o l\fonrii.o (20 00), Alhertlnn ,Juhn
ça. sòbre as lascas de pedra. que a ca.da fora.m a. Fatimt. f mt d
0
' az ,mw.._ vtoez~ rnnds- Hih·cim AlbuquN11n<' (15 00), Mnnuel
8
po.sso i,e e ncontram pelo caminbo. O que é verd~e é que elE8 ocupavam _orm:r " num . f?. momen ; mandn Antonio, ,J1.1lia Bnvth,ta de Almeida Fi-
. d aquo,a a-1mu. f o sacri 1010 corno prova .o g1~1ru, · l\forgor1~In ,,omes,
,., G111' lhcrmJnn.
·
E as peclrns fica.varo tinp;idas com o mn.1s dumn. légun. da EStr nda e os terre-
~mttgue quo lho p;otojava dos pés.
Qne o Senhor lhe ac<.'jte tnl sa.cl'ificio I
nos adjaoentes.
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p::.;L ; ;;:rod~u: : 0
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a1:1a~ P . J?inn , J~(S. Hir11e .de ou,:i Lorct~,
C'nnthda Am~hn r'eline1rns do Lnz o 11-
,·1~1 1ca~te, va! truusf?rma-lu o <'leva-la... va, Virgilio dns I evC6 e Freitns, Maria.
0 )ançamento da pr1me1ra pedra vai foze-la snir d<' 51 mes_ma ... a.bando- A~11élin A. Co.rdoso Rocl111. Homom, Maria.
Boa licçiio da futura igreJ'a Dar-se amorosa~,mt.e nas m~ do B_!ll J e- Adela ide !!'aria Lnpn, Jò,,é Mont:mo e
sus, corno 1Welh1nhn doente q110 no.o P?- Silvn, P .e J oiio Nnrdso Bacalhau , Edu-
A' F,itima sobreLudo no dia.s 13 de ,,, , · · 1 deste ~en~o a.compa.nh& r O rc~nnho, so co~m ardo José Coolho, ,folio Hil:irio l><'reira.
Moio e Outubro nào va.o s6 os crentes. I dia~ 01 certa.mente o ponto ongina. mte a. e 11te a.o
ir m
t
seu pas or para q~e
aste
DiNi, Dr. Antonio F'aria. Carneiro Pache-
Ha ·quem ali va tambem sem intuito ·, . · · , n. coutluzà. a.oe hombro~ ... E é ontuo, que C'O (:Z0$00) Antonio Cnstanheira Mar-
.a.lri;um da pjeclndè. E hnda a.queln. cer1m6n1a. Pona. fo1 que o phstor, ~c1-cnr!do l\ po~re ovelbinha. ~eri- t ins, Frnnci~ca. Conceiçiio R&poso Maria
Nu;n deflses dias foi la um g rvpo do Jlem tod~ "'pudesse~ ver. . dn, dos mais dehcodos cmda:dos, lhe vn.1 ~e- dn Con<-oi(lii.o Morcira d~ Santo.., D . M a-
J)ilrseioidores. Comovta. ver os do1s Prelados. de _Joelhos gr~ln.n~o a. ~ua ternura, pa.ra que a _Tia,. falda. .... Merceana Ribeiro da Cunha,
Assi'Stem corno estiton.s ti prooi~no dns dea.nte daquela. pedra - a. pnme ira do j gent sc}a m~lll sUl\rn. ·· pnra. .quo eia srnta. .-\ ntonio do ~iitueircdrJ e Sii va (20$00),
-ve!RA e oerimonins que se lho seguem on graod e. templo.. . menos as dor~ da &ua. ferid o I... M"nrin do Carmo Bnra.to. (20$00), Maria.
:a in·ecedem. ~uas1 no f1m uro& servita aba1xn,.ee ~ ~ ov~lhrnl1a, no som dnquela voz José Ma.rtins (20$00), Armindn da Cos-
&nao quandp um dos do grupo, domi- he i1 n--n.. _ a.imga, sen~indl>-88 confortadn. ~or ta.nta tn A110,"édo Chnves, Mari a. M. <los R ome-
na.do peln grAçn ca.i do joelhos n. orar O Era. Q osculo de amor e venera.çao do tèrnura., _deun~se embl'llar ....rechna a su a cHos (20$00), Mai·gnrida L<>i,es, J oiio
.a chorar. povo de Portugn.l re~resentndo nnque)n. po- co.he<-a ~bre o homhro Cf)Df1nnte do pns- Cortei: da Sil\'a Curo.do, Dr. Luiz de
Uin «espirito forte" a. escaroece-lo : bro mulher. tar ... e adormece 'tra.nqu1la, com n certe- Oliveira, R osalina Angusta. Bt1rros, de
- Ent:lo tn j~ sabes r esar? Ot zn. do que ha.-de chegar a.o termo Qt\ su& Oliveira Conselhe>ro J oiio José do Slou-
- o.\.quj a1)rond(,,..c,e, .. 11 roopondeu-1he o empo vingcm, sem quo nJgum mal lhe neon- s.n La~·, Domi.np:08 Antonio R ~bclo, F er-
primeiro sem hesitar. tt>ça... . n1,nd11, MoreiTa dos Sontos (15$00>, l\la-
0 tempo desta vez esteve magnifico. Ab I Abandonomo-nos ass1m DO$ braç~s ria Amélia Marque-s, ,Tosé Mnrqnes Ju-
Durante o dfa ca.(ram apenns urna.a go- cle J osus !. .. Eles podem-nps amor... , mm- nior1 M ari0, T omnzia P into Antu ncs M'.a-
Fatima e a Hespanha t ue a ben Qao doe doentes. E s6 choveu na Lo amor... rin. db Cnrmo Sant<l& Beça ~fnria' Bar-
noite de 13 po.ro. 14. Aceitemos a crn.z e crucifiquem~noa . n&- bar~ Sim6e6, 1\ ntonio D~ M.arjlnrido,
O culto da Senhoro. da Fatima. esta--se la e embora a na.tu~ezn. se reyolte, diga- J onquinn. de Almeida., Maria. CaTlota Ma-
-eiq,alhando muito em R espa.n~, 0s doentes mo-11 n Josus um «/iati, onde vit todo o rinol, Jacinto Trind~cle, Ma.rin ,Tonq_uina.
Em 81'!11.ronl)ca sobretudo tom inumeroa nosso amòrl dos Sa~'l, Jortqmna. Santo-, (20':'!iOO),
devotos. Sorrir no. dòr... Oh I Como Josus a.ben- Emflin. Santos (20 00), Amélin. Oiu't\ià,
R ecebernm p bilhete de doente 445 pee- c,:iìt~ uquclc sorrisQ.,,, corno entiio é i:i;ene- P,e Cleme11to òe Campoe Almeida P ei-
N iio se renlisou ja urna. peregrinnçao da-
l{ 11, Fatima. por causa. das nossas estra.da.s.
sons 285 dns qunis com doençae incura-- roso pa.ra a. alma generosa., fn.zondo-lbe .:,cot (2-5$00) . Fra.noisç11, Marques, ~au-
veis. • conheoer: 11.'l doJiqj~ (lo een DU)or\ far..eo- rinda Barhoi;.n., 1\fnnuel Gnspar F el nnn-
De Tuy vieram a pé. O&m.o sompre prodigalisnra.m-lhe& os do-~ ~<>zar ~M suns ~rl'rutrut!
0 s Madril~n~ por~m nao ~mera.m e rt<''l, P .é ~fa.ttinho Pinto da R-ochn, ;fon,.
Tieram algnns numa ct\mi'onette de M~ maiores ouidados e carinhas a~ aenhorns Nosso Senhor q11+i~nr,-i.se tanto ii sua quin11. tle ,T('fffif! J.fartino;, Antonio Macha-
-drid a. Fatima.. Sorvitas do Nl)Sl}a. ~nhora da Fatima. confide nt-0 Soror Maria. Consolata, de que dP G1iimariies, Moria Jo~é Ferrt'ira Lean-
ern me,1digo de amor... prQCurava. almas dro, Lµi z Ciprinno 'Est~ves, l{~nriqueta.
Patima e a Aviaçao Portugtiba
----:•e------ qu11 O c1msoll\s.qcm ... mn.s _q ull,si niio en- Au11:11..to. R osnlvo, Antonia ,.\\.lmenrlrn .aze-
c:ontrnvn. ... s6 rnrus almas querintll ser 1'.18 vodo, Antouio Te ixoira. do Sousa, );tosa.

Niio é j:'t a, primeira V8ll que t1ID ~


·voz DA FATIMA suM cleitas... Elo bu.tia... bati11 uoe <'O- dt> J'Mus Ferreira, Relena do J lisus
r JlQÒt'IS... orna n~ lhos abrin1n t Muitas "U'èrrc-ìrn, l\.lnria 1.l}m-ilid Branoo do MPIO,
,p)4no voa sobre n. Fatima. Mns nunca co- Torln a. corr,•~Ql\ÙeJ)Ci!l reln.Livn a. Vofl almu Lhe diziam que O .a.ma.varo, feria·as Gp11;inda d4 $ilva Tri,Qtl\, .Mario do ClJ~-
mo no passndo dia 13 de M aìo d06teu ti.o do 1'~a.t11na. d<',·e ~er diTip;idn. so adminis- p11ra vèr se ora uro runòr verdadeiro e mo Tl\n\re<! de 801111n C'irne, Mnria fRme-
lbaixo. trnd<lr, P. 111'1nuel Pcrairn da '~ih·a - puro... Maa ahi fugiam-Lhe aquolaa a.I- nb 'Meli\ Tnva.rès tic> Sou~a. Mnri11 J 61\é
N um outro mez b aviaaor l&itQou flores. f,e1 ria. lJ\"-',·· Leito, Maria do Rosn:rlo Tavoros Grua,.
4 Voz da Fatima

ta, Ròila Autonia Valente de Alnwidll,


Maria. José Vi1>ira, l\fo:cia das Dom, Fe1·-
nandos Rendeiro, Piodade Duuhofroa.
::\faria Josti l...<.>iras, l\latfa d~ Dorei. 'l'a-
,·a.rcs de OUfia, J08e l\fauuel Fcrnandes
Coragern
.
Eu ca sou muito
re11.g10s0
. .' ... opoder da pieaade
Rondeiro, Leonardo I<'crna.ndea Sardo r Ouv&-se mu1~1Ui yezes falo.r da cora- Se todos soubessem o que poderiaJJJ fo
Dominp;no Valente do .~lmcida, José An: I i~m qu dr1staos devem mostrar. Es- Certos catolicos (so de no.me) teom zer por umo. pieda.de bem entend.ida ~·
tonio Mondes, Joaquim J08é Estevea, Jrn- ìa. hem_. 'Ma.a, pregun~, qu:1.ndo é que as vezes teorins muito curior,p.s e engr1r beni prat.icnda 1
1
. ton.io dn C'Obta, :\forirt Amélie. de Cni·vn- eu ter: iidtu.ill_o de -i_a1 pro, as <lessa co- çadas (se niio fos.sem muito tds~). Ahi vai uro episodio que melhor o fa.ra
lho Viefra, Albino dl, Lima, Cecilia Pa- ragem · A m'ìnha. ,•ii.fa é a. de todo .° Sao muito roljgiosos, mu1to catolicos, compreender: urna pobre orfiisinha fora
rente Ferreira, Olivia J?areuto Ferreiro, ~OJnem q~e penM 0 ? bem & sua foD?t· ma.s (como diaem) niio ndmitom isto, rocolhida por urn velho soldado a quem eia
Leono1· Manuel, C'ondei,sa. de Aznmbujo, ba e nos seus negoct0$. Nilo pooso, P_?IS, nao admitem aquilo. chamava. &eli pai. Dutxi'a Ilédade simplel
Mo.rgiiri<la. Leru.os :Mugalhiics, .Antemio' andai: a meter-me por ai .ell! queatoos. -Eu sou ruuito religiosa, diz uma. se- m~ 88r'i,&; tinhil nt~tdo n~a t al •
Varala Gomes (15$00), Luil'la. da eo~ta A.ssm1 falava uro bom cnsti.o: nhora. muito el:peditn è bastante desen- ·i.tmn que em vo1ta dela kavia uma a . ~
120f00), Coroli n11, Rosll, Margarida lf.u- ,M~ n6& va1l}o~ niaponder-lhe: . gonçnda. E m06t:ra algumns medruhna la de vencro.çiio.
l}u>ins, Filivo. da Vei(l:a José dOR San- Vem um, com um Jorn~l ma.u e d!Z· que tra~ escondidas clal:;n.ix:o dc seus min- O pr6prio velho soldado bO tiuha deixa·
tos RiLeim, AntQni,p U~rbosa, .Anto.iio -te: «qu.ere:. ver? Ora le 1t1to, que ~ in- guados panos e as tin{!;e com os IabiOR do prender pela sua influ~ncia. Nuncr.
Dias Frud~. Gildn Montoiro, C'unrlhln tere&nnte... . . pernuos de rubro sanguo ... pinlado. prnsgnejava nent jnravll déaute dela. A pie-
)Ieve,., dos Reis. J oiio J osé do; !=:antoi, _Tu ;eèusas, d1zeoc!o: uObi,gado, mns Entretant?, niio vae a. MiSSR, niio se do..a orfà le\'ava-o nté. n r.ezar, o que ele
Elizn lfocluHlo, Fr11ncisco da Cr,u C'0&tn nao }e10 nunca um J?rnal que fala. m~l confessa, nào snbe o que sojli a Enea.rie- ju niio fazia bavia muito tempo.
Leite, Marin da Luz Viein1, Antun~, )I- d:l..9u1lo que eu mn1s amo - a Reh- tia, a oraçiio, e ncha quo o divorcio é urna Um dia que ele passou poi· diante de
d!I. AnaujQ ('oelho Olheirn, Henri4.uoto giao;» . bela instituiQio de moral 1,moial. Uma dos- urna igreja niio sei qué sec1·om inspiraçio,
Marqu<'. l,?ut'guì,e (l.3~00), l\lnrin da A1 esta u1;1 pequenino ~oto de. cora-
Luz de .\lme1da ~npoles, Daniel Lea.o da ~em. Mo.s n110 te _deves c~ntenta1 com
sa.s teni seu marido as portas da morte, o lovou a entrar.
<-ercaào do todo o confor to e carinho da Esteve a.joelhado a um (muto o ia a fa-
C'unha Lima, Jonquim Gonçalves dos isto. Torna 11, ofe~s1va o du;: c~Tu fuzeh fn.milia, 1,er o sinal d11. cruz quando 06 sous olhos
Santos, Mari.a José GoJUes 1\Iartins dn mal em lar ';'8&e J0rnal; tomA la o m u. E' um born homem, honcsto, ostima- depa1-am com umm oroança que est,a.va.
Siiva <20$00), p .e ,J Olié Lonrenço Tere- O. teu 11.m1go résponder6 talvez: Nao do, rnas vai morrcr. E' quostiio de pou- ajoelbada o rocolhida. perto do a lta.r, ~
sa de ,Tesu~ Bertolo. ' prec1so dos teus conseJhos. E eu (respon- cos dias. mo que em extMe. Repar a. e roconhece a.
dieras) -preciso <t>s t"m'?
Af tens um acto de corngem. I
Um nmigo, crente e piedoso lembra. ao i;ua filha. lmagimi quo ela esta a pedir
enfermo a n<>cessidado dq s~ preparni a Deus a sua oonversao pois eia lhe d u;-
• • • para a grn.nde viagem, (ltle mande cha- ser!l tanta.,; Toz.es qu o ~e:ra esse um doe
mar um 1,acc1·dote que lhe d.:ì o passll- oliJcctos das suas oraçocs.
E xemp(o a imitar E's COD\'idodo para um enterro. Pe&- porte da mistoriosa tra:\>assia.
soas que. nfio pertencel?' a_ familia do I Cmn l;igrima lhe salta d<>s olbos e lhe
A 1>ropost-a é nceite pelo doente niio corre :io ]on~o da.s f11;ces.
d!rnnto f1cam fo:a da 1greJa, como se w de bom grado mas com to<lo O fervor. Esta lagr1ma é eficaz e decide a sue
Um sacerdote dos arredore~ de l'l\-1 nuo fOSBem catohroe. Tu, ientras e r&- , A esposa catolica. s6 dè medalhas O O volta para Deus. Algum tempo depoia,
r is, que bnvia muiios anos baviu zas. pel~. defunto. No camin_ho do cemi- joven fi lho 'livro pcnsador, porem, opoem-j na Quaresmn.,. o velho militar, completa-
'd ' 1A:n o _sa;o cap,azes de to d»,,er ; porque , se tenazmente O niio COlL~entem que ein monte convort1do, comungava. ao lado da
ench 1 o a sua paroquia de ol,1·n;, de n~o f1ca&te comnosc?? E tu aJuntaras: sua casa entro O sacerdote. suà filhinba.. E oomo no sair da igreja,
zélo, en,•a.rregado do catecicimo clos F11:eate mal em fic~r _na. run. Niio é E a. ultima vontade de um moribun- nlguns dos seus antigas camarudns o olhns·
rapazes da primeira Comun hao. i11,- assi~ quo faz nm cri5iao. do querido é lud.ibriada em nome dn.ls&m ndmfrados disse-lbes a.s.sim: (tvocèE
pòz-,,e a ohrigaçilo no ano anteriol .-\1 esta outro t1cto do coragem. piedade filia.1 e da dedicnçiio de urna. san- uito esperavam isto duro velho de anti-
de niio deixar nenhmna reuniào de • • • ta espO'la I... gn, ma.s que querem? :Niio se pode resi.&-
0 saoordote, portndor clas oonsolaçoes tir ~ osta san_tinh~. Ela oonverteria. <? de-
ca.tecismo i,em falar tis creançnti rìe Hn uma procis~ao do Santissimo nn eternas, enviado de Deus, niio pode apro- m6mo se ele pudesse sor_ oonvert1do11.
D eus presentf' na Eucu risti a. CollJ,'- paroquia; talvez O Sagrado Viatico a um ximar o ouvido dos la.bios febris d8li5a E l\f estn o que pòde a J>Jedade.
ça sempre cada reuniao pelo 1-elatu enfermo. pobre ovelhn quo morre, niio pode esten-
de algum facto eucaristico, alguni Qun.nta& pe&.'<Oa.5 niio seguem No,~o der sobre aquela alma, n desprender-se1 ----...o-----
·i Senhor e ficnm onde estavam, rindo, da. vida, a miio sagrada que absolve.
mi a~re, episodio clR. v i<la de u-1,;t!•n conversando, talvez dizendo inconvenien- Em troca 1 no outrQ dia, a frante do Por causa de Jesus
santo, exempl o de dévo('ao para (·Om cias? ooche ou do nco~npnnhmnento funebre),
o Santi~,imo Sacrnmt>nto. Nnlp;uma9 terras foì fo~·oso i:;uspen- la vae o S8,C'Crdote a quem be fechara a 1'razes os olhos vermelhos e, com cer-
Veio o dia da primeira. C'oiun- der esc,n.s proc.issoe'I. Noutras, npf'ntlh porta, inumeros os car1·os e ooroas de flo- teza, obor1 te I. ..
nhao. N ada de notavel até al1· na umas de?.enns de pes~oa..c; fazem corlejo res, longa, Jonguissima n fila da..'I pessoa.-, - E' vorda<l(', rn:imii.
a ~fosso Senhor: siio o, vRlt>ntes. Pois quo seguom, oentos, ntrnz do corpo inn. - Entào fo,,te ~lletigaclo 11a uula.?
atitucle d:is crean~as. MM ml ma- hem. ~e Lu mais 11111 nimado. - ~fio, mamii. Bem sabo quo eu tenbo-'
n h a do grande din, qut\11110 as crean- Out ro actn rle C'orn,zen1. Na. Missa do setimo dia, as 9 hor1111 hoas notaa e quo o prof~or nuuca. me
~as voltovam da Sn.uta. Mèsa para • • • talvez o templo cheio e mais c.heias a.in- castiga..
os 8eus ba.ucos. levando O Deus de dt:. as lista$ em que assignaram presen- - Entiio, (or a.m os teus companheiro.!!,
..1 ì d ' rm dos te110 V1·s1·nh0$ d1·z .· Amanh' tes e ... ausentes ! • que ,te bat,,ran~? _
amor uenno e sPus pe1tos, o bo111 (Domingo), '-' as ,
oito, ,•amo!' cl.Ar nm lin-io "' - fainhom nao. mnma
sacerd ote ficou admirado a
,iAta do passeio que c11 tenho projcct1tdo. Se niio, Niio 11;0,to tle ·bulbns.
porte clos comungantes, penetrano~ vamos n nmn partidn. de foot-booi ou a - Entiio .. tens de me contar tu a ra-
· dum verdadeiro recolhimento e to- cuca. ziio porque choi-aste.
dos entreirues ao pensamento da sua Nao. A ecasa hora 11ito You (r espondC's
tul, s6 dt>poi!. de MiSba a que nio fo l- Para agradar ao Menino Jesus - Pois aj.m, mamii, j:i qne o deseja.
o eu niio touho nunCA s••grcdos para a
felicidad(', caminhavam com nma taria. por nndn. , mami. Foi u..,..,im:
naode:;lia que nada c.onseguia dis- Niio é justo que emqannto J esus peo- um dia. perguntaram: n uma ra- . No fim _dn aula passoi d(ante ~"'- ~grc
tra.ir e, _de volta aoi1 8eus logarel!, sa. em mim o <:e oferece em !\acrificio por panµ-uin h a O que eia fnzia par& J~ o_ 011tré1 par~ ~n.zer a m1nhA vIB1hnha-
permo.neciam merg-nlhados
mim, eu m1, mostre tìio pouco grato a.o
numa seu o.mor. E' urna obrigaçiio ser iil>!>in,a H~Tac1ar u.o S agrac1o oraçi.-io o .me- e ,. d ,., d1ar1a. no Santib.!!1mo Sn.cram!!'nto.
Era quasi noite... S9 a lampada guin-
fervorosa acçao de grai:as. a quo n ifo faltm·emos sem pecar grave- n1no J esuc3. va os mous pnssos. .A igruJn ostavi,\, de-
N unca, em toda a duraçao de selt mente, a. niio ser que umo grande difi- - B rinco com 1w1a, rlae m inhas I $0rla e esta sol idiio apertav~me o oo--
ministerJp sacerdotal, ('le tinha sido culclade a i"l!O obste. compunheiras de que n.u.ò gosto 8 ra.çiio... Pobro Jei:u~ I B' necl'~s&rio que·
O11tro n~to di' coragell'l. . d ] Ele nos tenha mu1tc ntt1or pnra se con-
testem,rnba cluma tal acçao de gra- procuro ser-lh e mmto agra ave, denor ~im ao abandono , indiferen-
ças nas oreanças. • • • respondeu a crean~a. qa, 80 desproso :. .. 1 '
E foi tao profundo o seu espanto Ha tempos qn<-' ;i. minha alma ntnbu- Qua.nclo vou a o mercado, · vejo No Céu_ tem Ele ~ma oè,rte .. brilhon~e
qu e se èSf:l_U.éceu de dar 08 h abituaes lacla, r!l,Sgadn pelo remo1·so, sente foroe , ir uctas m ui to ten ta.<l6ras, mas pa.s-1 e honras 1ncomparliv01s e E le nao é n11us.
a:visos pnrl\ as crea.n.ças se levanta- com de Deus, a necessid~e de se rooo~cilia.r so deante delas sem ol bflr e llao di- belo, no Céu quo no Taborn'-culo.
Ele e de se sentir na. sua. Am1z11de. _ E o mesmo J osus, o meamo De\ls, ro-
r em ou Aentar'em, send o necessario Em volta, por igtlo:ra.noia, po?' flllta go a mnmn; que as compre. dondo la ero Cil!)a de anjos o de -bdmi.-
que out-ro colega o advertisse. de habilo. o ",,.:,.. ; ' Outra da esta respoi;tn, , nt urado e nqut contenta-M com aa ado-
Verificou mais qu e esta. atitude pregnr todos 05 esforços, pare. me afas- - ~ a igrejo nem uma vez s6 vol- t aç~es de uma pob:re crea~Qk co~o eu 1.,.
recolh i da o mod esta p ersever o u nos
tar do meu dever. , t b d
I E forçoso que E le 98Ja murto bom,
Mas eo sou Jh,re, senhor da ndnhii O a ca eça,, mes~o qtt a u O quer o mo.mii, para .so con tent ar oom tao pou.·
dias seguintes nessas cr eanci nh as con~ciencin1 responsaveJ pelos mens actos. s~he;r i;e ésfa mu1tu ~onte. O m eu co I. ..
quando estavam em pres~nça do Sn- Promp~. ~ui e CÌepo1s_ d_nque1a salu- l10 deu-me u m paèote de reb uçados E o meu cor nçii.o de cr e.n nç!'- e~palbou
crari(). to.r hum1lh~a.o da Confo,sao aacram<'n- e cu, em vez dP 08 comer reparti-os todos os soua perfumes de inocen-,ia ,e de
tal sinto que Do>us me deu o abraço da I · · - ' oraçao a seus pés e eu chDNi por Je-
U m porle t ao perfeito tinha cer- recondlinçil'.o e ca dentro urna alma no- com 08 meus <ois. irlnaos. . aua, oferecendo-lhe as mi uhn.s lagrimas co-
tamente origem n u ma f~ sincera e va, c.heia de no,•as ener11;inr, Uma bordarloraz1nh a de 01to a noe mo uma roparo.çiio a todas o.a suas hu-
p ratica na presençn r eal , e o pied o- Outro àoto dè coragem. . con\. 1 ,, ,m o olha r brilh a,n ~: milhaç-?es e a t odo.s_ os sous sacrificios.
so 8acerclote atribue a.s bençaos de . E qu:i.nto~ outros iemos en<ieJo de pr a- - A minh a conjpauhei:ra t inha - F1z be1p 1 ma'llln.?,
tieni:, todos os ùias !... . b . d O b' d . h o- lh8 A miie é6tn.va demasiado comovida para
aeu minil:1terio ao costume de chamar Nao (lsquecnmos aquela. torr1vel J;f('n- que ra O _ico a m rn. a ao u ao poder reBpç>nder. Contenton·se, llois, em
a atençiio do seu auditorio, em cnda tença de N. Senhor no Eva.ngalho : «quem fazer um no com a h n h a . apertar o sou fillùnho contra o coraçiio
reuniao de catecismo, para o Santis- se tn'!!ervonktir de mJim eu me en'IJtrgo-, Niio disse nada a ~1in guem e tra- e em Jevantar òS olhos ao céu par a agra,.
simo Sacr1,1roento. nharl'I d elle ... ,, balhei com a agulha sem bico. decer a Deus o ier-lhe confi ado um tal te--
Qua n t o b em se fa.zia se e8te exem - - - - -· • O------..a. Era D11ìito d ificil, iinha vonta d e souro.
plo fosée seguid o ! A a.gu a que cae d e ch or a r ... --.==::.....:..::..::..- -......;~..::__ _ _,
gota a gota aca.ba. por p er furar uma l Abrigo para os doentes Peregrinos o n o8so p atio de recr eio é cob er-
pedra.. A m esma v erd a de, freque n te.. de F4tima to por u m a arvore b nix a carregada. O que é a Missa
m en te r ecordada por uma pa.lavra , de b el os fru ctos. Quando a s r apar i -
um simple8 episodio, s e g ravarti tam-/ .
Transporte 5. 7659 05 g u inhas sa em da aula , dizem umas
10,00 4s outras:
A. um missionario esgotado de fa.di ga&
e que Jl\al ee tjnha de pé d~ uma pes-
bem n a s alma.e. I noceno10 ~e J esus soe. amiga:
. . D . Estaf'anJB Mendes 10100
Qu e s e aprove1tem , pois, todas a 8 U?Da anonima 20$00 - E sta a rvore é a das mortifica- - Se o medico conheooese o vosso es-
ocasioes para chamar a ~ten çao d as I Albin? Eduar d.o Maeieira 20,00 çoes- Niio lhe toqu em os para a g ra- t.a.do, lhe proibirla.. de certo d i110r Hie-
creanças , sempre tao buhçosas e d e,.I Anonima d? L1sb6a 10,00 d a r ao So.grado Coraça o de J e su 8. SL

...tenta.11, para D eu s que vive, mui-1


Arnaldo Mtller 2f50 - A I ureplicou o sacerdote), N o me-
F, todas siio ii~is 6. ordem, mesmo d ico aoubesse o que é uma MÌBlla, oomo-
t.as ve ze8 deeconhecido, entre n6s. 1.887•55 os g arotos d e cinco anos . el& me exhortn.rja a di.ze..la I
A.:n.o "VI L e ir1a, 13 de J-ul.ho de 1 9 2 8 N 7 0

00"
llir,,to,, Proprietario e Editor : - Dr. Manuel Marques dos .Santos
APROVAOA<>

Cn11Joosto e i,no,esso na UniAo Grafica, ftua dt Santa Marta, 150-152 - Llsboa.


I EOLÈ SIASTIOA]
Adminiatrador: Padre Manu el Pereira
Redacç/Jo e Adrnlnistraçiio: Sem i né.ri o de Lelrta.
da Silva

Na ·Santa Man -
los soluços e suspiros nbafaòos da multi- de que c;o realiza.v-a com o maior esplen-
diio. dor nn iweja pnroquiaJ em honra do glo-
Ii'eiti\ n exp06içiio soleno do Santissimo, rioso filho do Serafim de Assfs, o con-
Mons. Vieira lè a Conso.graçiio da Viga.- curso de peregrinos à Co\·n. da I ria exce-
rnria a Nossa Senhora . dou toda n. expectatìvo. e a prime1ra im-
0 Senhor Bispo da em seguirla a Ben- pres.qii.o e.le quem chegn.v-a à.s imedinçoes

tanha de 'Féti ma çào gornl com o Santissimo, que é reco- do suntuario era a que se oostumn. experi-
bidn de joelhos e nnm grande recolhimen- mentnr nos dins de grande peregrinaçiio
to por todos os present.es.
Organiza-se por fim a proci~ para. I nncional.
Na vé.ipera à tarde é ja a muito rusto
reconduzir a lmngem de NOtiSa Senhora à que !>O circula na estrada di;;trital entre
Be la e oportuna in lciatlva - Torres A multidiio d~rante o percurso rezou o <·apola dus Apnriçòes. O corwjo, grandio- a igrejn. paroqutal e o logar das apnri-
Novas em Fittma - Orandiosa pro- terço do ~ostir10 e cnntou os ve~ rlo. so O imponente, sobe à. estrada e riesce çòos. Veiculos de tòda a eepécie proc6-
clssl o regional - Missa e prlitica do ciì.ntico V1rgem Pura_, c,rntundo por f1m o pela Avenicla. Centrai, produzindo um dontes da'! mais distantes regioes do pafs,
Sr. Bispo de Leiria - A primeira uSalvé, . nobre P ndroe1ra I» efeito surprocndente, de encnnt.o e boleza. ocupa.m, t>m numer o de muitas centenns,
missa cantada - Bençio dos doen- As d1versas I rmandu.d8l! ~mam os o;(.'US irwompar1ivel. talvez milharee, a longa fila branca da
tes, sermio e procissi o, lognree em volta dQ Pnv1 lh1;1,o _e os doe~- Junto do padrii.o còmemorativo doa apa.- òstrncfa e os terrenos adjncentes.
tes, ns cr1anças e ns a&;oc1açoes ~emrn1- riçòes, 06 peregrinos rezam pelo Senhor A c·ada momento chogam pcrogrinnçòea
No Domingo, tres do Junho pr6x1mo nns sentam-se n'.1s bancadna do ~ocrnto. Bispo de Loiria, pela Patrio., pelos doen- ou grup~ de poregrinos mais 011 menos
findo, a. Vigararia. de Torroo Novns, como Segue-se a. missa. da Comunhiio geral, t01, 0 pt'la Vigar aria, cantam oorn ternura 1111merosos.
muit,o bom disse o nosso presado colega quo é colebrada pelo Senhor D. J?5é Al- 0 .tdru.~ ti Virgem e I\S qunt:.ro borss e I A procissii.o dna ,elas, quo c.,omeça a or-
uO A.lmonda», semanario cat6Jico daque- ves Correin da Silvn, venerando B1spo de meio. inic1am a d1spersao, dMpedindo-so n gnni?'..ùl'-l;O às dc.z horas, é a. mais bela
la importante vila estremenha, «escreveu Leirin. cm1to dnquele logo.r bemdito, levando con- e u mais ordenadn di' t<id(ls as que se
uma das pagiuas mais brilhnntes da sua Duritnl.e n missa, o rev.do dr. Marqnes sigo infindns saudndos e rooordl\l,'ÒOll in- tocm efed11ado em Fatima.
hist6ria religiosau. dos Santos rcza em voz alta o terço al-
Por iniciativa. do Conselh o PnrticuJar tornadamente com a nssiUìncia.. Fnz..se de-
d86 Conferencias do S. Vicente de Paulo pois a prepnrnçiio parn. a C'omunhào.
e com o seu vnlioso concurso, o clero da O Seuhor Bispo fnz uma pratico. de
respectiva cirounscriçiio eclesiastica. pro- afcrvorumento. E' o seu cornçiio de Pa&-
moveu urna peregrinaçào regional ao San- tor ama.ntissimo que faln, trnnsborùando
tuario de Fatima, corno remate e coroa de pieda.do, confiançn. e roconhecin:i":uto
dos picd0608 exeroici06 com que o tiom para com Jesus, Rei do Amor e V1tuna
povo portugues costuma. honrar a. Virgt'm do oxpinçiio, e Maria Reparaùora, augue-
Santissima durante o mel! do l\fnio, &.pe- tn Pndroeira. de :Portugal.
cialmente dedica.do ao seu culto. O ilustre Prelado e m11,is cinc<o sa.cerd<>-
No. véspera. à tarde e durante a noite, tes distribuem o Pii.o d06 Anjos o. cérca
11,-pesar-da chuva torroncinl que começou de duas mii pessoas.
a cair pouco depois do sol posto e a.penne Termi onda a missa o Senhor Bispo reza
ceb.',;011 com o raiar da madrugada., eram oom o,, fléil; cinco Av1.,..Mnrias por Sua
muitoe 06 peregrinos quo a. pé ou em car- Eminencio. o Senhor Cardial Patrinrco. de
ros dci,cobertos, de todos os feitios e ta- Lisboa D. Ant6nio Mend~ Bolo, pelo Se-
ma uh06, se dirigia.m para a Cova da Iria. nhor D. Manuel Gonçruv~ Cerejeira, A.r-
O movimento nao pnr81!ia inferior no cebispo eleito, ora sagr_ado, de Mitil~e,
dos dias treze de maior conoorréncia, à pelas familins d06 pereg1rnos e pela. Viga,..
excopçò:o de Ma.io e Outuhro. raria de Torres Nova..,.
O ponto de reuniiio prèvinmente mnr- O rov.do J oào Nunee Ferreira., paroco
oa.do p'a ra ns Irmanclu.des, Confra.rias e as- da freguezia. de S. Pedro e o.Ima da_ pere-
sociaçòee de piedaòe era. junto dum largo gri naçii.o, reza com o povo 88 oraçoes de
reservntorio de agull das chuvns, que tem ncçiio de grnças.
o nome de Lagoa. da. Ca.rreira. e que fica A umo. hom e meia, depois de condnzi-
a mon06 de meio caminho entro a. igreja. da. n. Imagem da. Virgem da. c~pela. dea
da freg\lezia e o locai das apnr içòes. Até apnriçoes parn a capela das m1~, no
esse loca.I, em todo o percurso, varios pos- meio do a.cenar dos lenç.>s e dos viva.e e
tes, coloca.dos na margem direita. da estra- palm.na da multidiio, pr incipia a. mi~ B e n çlo aos doentes ( M elo d e 192 7)
da e encimndos por taboletns, indica.varo solane. Dem canta,.Ja Mons. Ma_nuel V1e1-
onde se devia. juntar o povo de cada. fre- ra, ilustre Vigario da Vnr9:, director da deléveis daquèlas boma felizee po.s.911Òas I mp rim!.'-lhe urna feiçiio u11pociol e oo-
guezia. com o seu parooo e na suna corpo- Peregrinaçao, qu e por motivi? de sa.ude aos p&.1 da l\!iie de Deus no seu sa ntuario m uniea,.lhe nma graça e um encn nto ex-
raçòes religiosns. se viu força.do a celebra-la mo.18 cedo. preclileto. tr,tol'dinario a preseuça de tantaa pere-
Às de2 horas, a proci!l8lilo, orga niza.da. com Acolitam à missa. os rev.dos J osé .An- E nssim se realizou a uspiciosn.mente, gri na~oes, com as sull6 confrarins, a.s snaa
o mais rigoroso método, principion a des- t6nio da. Silvn, piirooo de 8. Tiag~, e J oa,. com a proteçiio e as bençios de Maria ns.c;o:-iaçòes de piedade, os 88118 estandnr-
filar. quim Alberto, pliroco da Br6~e1ra. Sant(ssima - penhor seguro do nbunda.n- tes e RObrot udo com as euaa precee e oe
I nna.nd.ades, Oonfrarias, .A8SOC1açòes de A'-sistem ao venerando Prel~o os ~v,~ tee frut<>11 espirituais,- a primeira pere- ~u., c8.nticos com a sua fé viva. e com a
Filhas de lia.ria., Servas do Nossa Senh o- Mons. Manuel Vieiro. e A;nt6n10 de Olivei- grinnçii-0 rogional portugueza no S8l'ltuario sua piednde 'echfica.nte.
ra do Rosario, Colégi06, Asilos e outrn.s ra. a.ntigo Viga.rio e pn or de 8. Seba&- Nn.cionoJ de Fatima. Seguindo o itinerario do c.-Ot1tume, o for-
instituÌQÒt'e semelhantes formavrun duas tiiio da Pedreira, em Lisboa. moi.iRtlimo cortejo, <·u ja. vista faz brotar de
alas longas, intenni navei!, que so enen- O rev.do Gomes Loureiro, on.pela.o da O glorioso taumaturgo portugués - muito.~ olhos lagrimas de fundo. comoçao,
diam a perder de vista. Santa. Oasa. da Miseric6rdia e represen- Devoçlo popular ao {lustre frtho da desfila lentamente paesa.ndo euoeseivnmen-
Ao centro, flutuava.m ero grande nume- tante do rev .do paroco. d,a ~ lega, Mo~. Ordem Scriflca - Prlmefras véspe- to din.nte dos olhos ma.ravilhndoe dos a.s-
ro g uiòee, bande iras e estandnrtee, r ujas Qu inteln dirige a.s cenmomns. ras - Proclssllo das vclas - Adora- sist.ent.es, entre outras peregrtn o~, 88
cores f aziam um pe-ndant en('ll,nta.dor com Cnnto~...se n. missa dos Anjos e o Credo çllo nocturna - Alocu ç6es e prcces. de Cru;telo de Anciao, Alvorninha, A.zoia.
a graciosa policromia dSB capaa, azues, ver- de Lourdes. de Leiria, l<'erreira do Z~zere, Alvados e
dea, branca.s, roxna e encnmaòas. rev .do .A.nt6nio de Oliveira_ &0be ao Treze de J unho é o dia. oonsagraòo pe- C'ondl.'ixn.
No couoe da procissao scguiam milh1t- pulpito 0 Sobrosnern, atraindo sobre elas, dum
e deixa. falar o sou coraçao _de sa-- la l grejn. à. comemor açào solone universaJ
Nlll de pessoos, de ambos oe sexos e de to-
rerdote a.bra.za.do em zelo da salvaçao das dum dos sa.ntoe mais popularee do n~iò'.- modo pnrt.iculnr, a atcnçilo de todos, a.
das a.s idndee e condiçoes eooia.i,, deixa n- o.lmne comovendo profundnmente o a ud 1- 16gio eclesiastico: Santo Antonio de Lis.- 1><-rl'grinnçiio de Maeeira com cérca de
do atr aa de si um mn.r imenso de vetcu- mii pessoos - a. freguezia em peM, corno
boa.
los de toda. a espéci-e, principalmen te nu- t6rio.' A populaçii.o do distrito de Loiria e so- ilizin. o respoctivo pa.roco, nntigo capf'lii-0
torn6veis e camionet te,. O Sonhor Bispo de Leiria da a. be nçiio
bretudo n. de Fatima, que o e6Colhou para volu ntario do Cl. E. P ., - o n peregnna-
Quando o grande e magestoeo cor tejo, nos do~ntee, que eram bMtante numer~ , seu P adrO<'iro teem para c-om o gran de çiio dn. C'oncoiçiio Velhn, de Lisbo11, que
tendo penetra.do nos domfnios do Snnt '!lé.,. sendo cinco de gravidaòe. Mons. Vfe1ra tanmaturgo uma 1
devoçii.o acrisolnd a., gu ar- oompreendia mais de trezentlls pessoas.
rio, descen a Avenida. Centrn.l, o especta.- leva a um beln . AB in v<>Clll,'008 impressio- dando o dia do. sua fest11. nnual corno se A urna hora. da. m ndrugada, apngndns
culo qne se desfrutava dM ooli nBB adj a,. na.m 'fortemente. V eem-se litgrimaa em 1U1 velas e desvanecidDe oe derradeiroe ecoe
foro. nm d ia santo de precerto.
centes era gra.n.clioeo, soberbo, empolgan- mu itos olhoe. O sil~ncio é profundo e a.pe- P ')r &6f, motin e a.-'>88!Lr· la ~.ivida.- <In. prooiseiio nocturna, inida,.9e o primei-
t". n~ -,--tntio rwlm1_ ~1~Ecll6 ~mel'.t es e p '-
• V~7.: da Fatima

ro turno de adoraçio. Reza o ter('O oom ordem 1,iio :i~ egurados pela força fisica do zarro fora objecto d nrua graça e..draor- crea.nça como lembrançn. da. sua mie. De-
o povo e préga enternecidamente wbre o quc Il <lt>teutora a autol'idade publica. dinnl'Ìa por ocasiiio da ultima peregrina- p-0is tirou do bolso um crucifixo maior e
amor o a reparaçào clev1dos a Jcsus- 'ferminnda a mis.sa., da-se a bençiio aos çiio o. Fatima. Procuramos alguém da colocando-o na parede dissi!: « Vamos ago_
~H6stfa o rev.do Joao Nunes Ferreira, d~tes, fazondo-68 entretanto as invoca,. Ex.m• Familia. quo nos elucidasse acorca. ru. rezar o acto de Consagraçio a J esus
capeliio d0s servitas de Torres Nova.a. Ao çoos de Lourdes. Qi.ntado o Tantum ergo do que havia., Cristo Rei e pedir a. Deus pelo nosso Bis-
eegundo turno, privatiro da peregnnaçii-0 e dnòa a bençiio gora.I, o rev. 0 Jooé Ale- Por felicidodo encontré.mos a propria po que esta preso na oida.de oo Mexioou.
do Maceira, preside, no impedimento do xandre {;w,im1ro, pa.roco de Maooira, so- rniie do. criancinha, a Ex.m& Senhora D. Esta.vam todas no meio da.e suaa oraçoes
respoctivo pal'ooo, um piedoso sacerdote be a.o pulpito e préga um sermiio apro- Maria da Oonoeiçiio Pizarro de Sampa.io quando de impr<.viso ouviram uma hor-
quo reza tambtSm o terço alternadamente prindo l\10 dia e a.o loca.I. e Molo que, radiruite, cheia da.quelli ale- rivel blasfemia e a. eeguir grandes pan-
com OB fiéie e fala com unçito sobre a Di- DèpOis do 88rmiio organir;a..,.se de novo o gria. que a.s mii.es sentem com a. felicidade ca.d11S na· porta quo logo arromba.ram.
vina.-Eucaristia. oortejo que <,,onduz a Imagem de N06Sa dos 88US filhos, nos oontou pormenorisa- Pé.lidas, o espa.voridas as creanças nào
Senhora ao padriio comemorativo da.a apa- damente o sucedioo. sabiam por onde fugi r . «Mi nha Senho-
Ae pereJri naçi5es organisadas - A vi- riçoes. Outra vez se ou.v~m vivas e pal- A manina Maria Isa.bel nasceu oomple- ra, vii.o-no.-, prenderu exdamavam assus-
da r eligiosa dos santulirios - Missas ma.s, outra. vez a multidao aoena com '0s tameute cega. do olho esquerdo e o direito tadaa e agarra.ndo-se aos 88U8 vestidos.
e Comunhi5es - A nobre tarefa dos lençOB, despedindo-se da Rafnha do Céu, tinha o nervo optioo atrofiado oom uma Do7,e soldados comanda.dos por um ofi-
aervitas - O exame médico dos do- al{ repreeontada n& sua veneranda Ima- grande miopia, de forma que s6 via muito cial entra.ram a S8j1'uir na. eecol:a., e as
e ntes - A devoçio fervorosa dos gem. E os olh06 doo peregrinos, dos va-- confusamente e mosmo para isso era ne- crunhadaa apo.rtarar., as creanças da pr o-
fiéis. lidos corno dos doentos, toi:nam & mare- cessario colocar-lhe os objoctoe a uma dis- fessore.. A scena foi a um tempo oomo-
ja.r,..so de lap;rimas e a oom.oçao invade RC- ta.noia. nada superior a 20 centfmetr06. vedora e bruta!. Depois de a.rrancarem o
Depoia dum curto interva,lo de necessa-- gunda rnz as almaa e os coraçoes de tod<>& Para além desta distancia nada via. crucifixo do pesooço de todas, a.tirara.m-
rio ropouso, os sacerdotes inscritos no li- 08 presentès. Os pais recorre ra.m imedia.tamente à. nos a.o chiio a.ssim corno é.quele que osta_
vro de rogisto do Santuario viio celebran- Por entre a multidiio corre a. fama. de sciencra e fizoram tudo o que est&va no va dependurado da parede. Obrigaram
do, uns ap6s outros, o santo sacriffoio da numOt'0<',88 curas opera.das nos ultimos seu poder para <-ura.rem a filhinha.. as cria.nças a paasar sobre ele mas nsm
Mìs.,a no altar-mor e nos altares laterais tempos. Balda.d<>s esfo1'Q08. urna. s6 lhes p6s os péa em cima. Vendo
da . Oapela. nova. E' urna quasi octc.gonaria, de nome M11,, Mas a Senhora. D. Maria. da Conceiçiio, isto o comandante deu ordem aos solda.-
AB poregrinaçòes organizadas, que ja-- ria du. Conoeiçlio Pires, desengana'dn. do dotada de sentimontos profund&mente pie- dos para que eles os pisassem a vista das
ma.is roram tao numerosas corno neste dia, médioo assistente, que lbe dava ap1mus dosos, ra;oh•eu apeln.r, com o fervor que creançns. A vista de semelhante desaca,-
poem umo. nota'. de piedade bem viva e algumll6 horll6 de vida e que com grande s6 o amor materno sabe inspirar, para o to & pr6fessora. santamente indigna.da
bem funda. em todos os actOG oolectivos. surpreza. a. ve curada. de repente. \' eio poder da Màe do Céu. consoguiu desembaraçar-se d&s miQs dos
A vide. religi06& dos santuarios nunca em aoçii.o de graça.s com a reregl'inaçiio Na. peregrinaçiio de 13 de Ma.io, entro que a. tinham presa. e metendo-ee entro
atingiu corno hoje um gra.u tiio eleva,. de Condoixa, que trou.xe a i~atima ma.i1:, o.s humildes doente.s que iam pedir & Nos-
do do intensidnòe e de fervor. AB preoes
oe cruoifixos e os solda.dos com energia.
de cero pessoas ero camion& e camionette,. sa Senhom de Fatima. remédio para os heroica disse-lhes : uPisai-me a. mim e
e os t'iìnticos, a. assistt\ncia às Missas, n.s E' umo. mulher de Tra~Mont.es que, sous ma.les, seguia a mii.e com a <',rianci- maltrataLme corno guiserdes, mas niio to-
comunhéies numer~i86imas, o silenc10, o tendo vindo a. Fatima no dia. treze de nha oega. nos braços. quoi& na imagem do meu Rei e Senhor
recolbimento, a. ausencia de respeitos hu- Ma.io pedir a Nossa. Senhor& 11, curu dum Lavou-lho oa olhos com é.gua. de Fati- crucifi'cadou. Nnquele instante o -0.ficial
manos, a oxclusiio de todos os elementos cancro o de que sofria tendo-se sentido ma, in.screveu a doentinha. no registo dos
profanos quo cn.racterizam as romarias apontou-lhe o revolver caindo mprtal-
muito mal a ponto dc se pen..<tar em inter- doentes, foi com eia para o recinto res. mento ferido. aquela. heroina. que daf a
tradicionais, tudo, emfim, nos inspira a na-la num hospital por hiio p0<for regN'S- poctivo. in&tantes morreu abra.çada a.o sen Jeans
consolndora certeza de que o n0660 bom
crucificado.
povo oompreonde a. razao de ser da Lour- 1.
dee portuguesa e o verdadeiro oara.ctor 5.-René Capii.tram Garzu , organisador
e a. alma da Ju-ventude Catoti~a Mezica-
das peregriuaçòes a.o santuario mnximo
dn. Patria., erigido no seu oornçao em hon- na por ele fundada. ha. 18 anos foi de&-
ra e <lesa.gravo de Jesus, Vitima de amor 1 terrado pelo governo satanico de Calles.
na H6stia Santa., por sua augusta Mie, E ' caso.do e tem um filhinho. Na. vespera
Ma.rin. Santfssima Repara.dora. do casamento disse a sua noiva: «Vou ser
Os sen·os e as servas de Nossa Senhora teu em breve, mas nem por isso deixarei
de ser Capistra.m Garza, e com o nosso en-
do Rosario rivalizam em dedi~o para
com as vitimas de téìdas as misérill6 fi- lace niio torminara o meu dever de defen-
sicas quo ali foram implorar daquelo. a der a& liberdades catolicas na minha. pa_
tria.
quom a lgreja, cha.ma na La.dainha Laure-
tana o. Saude dos enformos, a cura dos "qiio oxtranhes portanto se algum dia
sous maJes ou a pnciencia e a. rtsignaçiio te Lrouxorem o meu corpo a.gonisante, vi-
pnrn. os que oofr&rem 1 0111 mérilo,, pnra tima de algum atentado contra a. Igrejau.
o Céu. Respondeu-lhe a noiva: uSim, compreen-
No P0t1to das verifica.çòe. médicas silo do-te perfeitaJ11ente e orgulho-me de ser
examinudos nlguns centòs de doenies. tua corupanheira.. Se Nosso Senbor te pe-
Pou<'o a po11co1 o respectivo Pavilhiio va, dir o sa~rificio da tua vida ero defesa da
recebcndo os &e118 h6spedes, sobre os qua.ir lgreja. Catolica, ca ostara a tua hnmilde
a Miie de Dous voJvo do nito do seu tro- esposa para te curar as feridas e enviar-
no um olhar de oompaixiio e ternura e te de novo para a defesa da nossa. santa
quo Jcsus-H6stia a breve trecho vai en- Religiiio.,, Capistran Garza niio desmen-
cher <lo conf6rto e por ventura alivi&r ou tiu nunca esta atitude. Foi tido oomo im_
prudente no exercicio da sua admiravel
curar na. su~ p~g~m oomo Deus de bon- , M iss a dos doe nt•• (Out ubr o d e 192 7)
actividnde e zelo. Por sua parte o gover-
dado, do mJSenc6rdia. e de amor.
E de t6da., aquelas almaa, cheias de oon- . no tentou ganJ1n,.lo com as inais lisongei-
fiança om J88Ull e Maria, parece despron- sar à sua terra, é. cura.da. JUstnntanea- Na volta a. Lisboa. verificou .quo a. O&- ras propostas. Capistro.n Garza repeliu-as
der-se, oooa.r por toda a terra. e subi r piv j me_nte durante a v1agem a.o passar por gueira tinba. desapa.recido, quo su~ filha todas com nobre altivez e pr ofondo dee-
ra. sa a.lturas um brado, uni.sono, vee- Co1mbra, achando-se agora COll' pli,taruen- ja via I Ca.lcula.-se a. enorme alegna. que preso.
mente, formida.vol, um canticp de tri un- te be reina nn. cru;a do n0680 querido a.mi go sr. Aos que o acusavam de imprudente,
fo, um hino de vit6ria: Regnet Re.q; Re- I , m. .
E urna mulher de V1la. ùo Conde, t~- dr . Pernando Pizarro. A. eia nos 8880Cta.-
.
respondeu com simplicida.de: uSe a San-
gum r Regnet Regina Rosa.rii/_ Reine O berculosa, quo é6teve em Fat 111~ n~ dia m<>:' gostosamen\e, _felicit;a.ndo ~ ditoeio6
1 ta Igreja. me humilbar e espesinhar , a&-
Rei dos Reis f Reine a Ra.inha do ROiia- treze do Ma.io e gue pesso.is f1ded1g~as Pa.1s e ~ n. su~ ilustre F'!-°1ilia. siin mesmo hunulhado e eepesinhado a con_
· I afirmam niio ·er ja. 08 ·1envre'1 ve.~tig1os A men1na. Maria Isa.bel ve claramente tinua.rei a defender e a luta.r por ola até
rio da. sua antiga ,to-:nça. dos dois oUros1 - desapareceu do esquerdo a morte».
I
A primelra proclsslo _ A missa ofl- E' urna men inn. de Viana. do Castelo, o t umor , cata.rata. ou o que era - a me-
clal - Be nçlo dos doe ntes _ As in- gravemo11 te enferma., que 88 cur9: do s1\- dicina. niio ~iagn~tico~ com ~gurança-e
6. No jor nal «El Siglo F ut urou le-se o
seguinte:
vocaç&es de Lourdes _ o serml o _ bito depoia dc o pa.i tor prometi<lo con- embora. n. vtsào nao seJa mmto f~rte, d~n- Uro grupo de soldados de Calles que
A ultima proclsslo - As curas ma- ve~r-se e dar um conto de réis para. a.a tro de trea meses, dir.ero os médioos, sera a.ndavam cometendo <N!sacatos no Eatado
raviJhosas. obras e culto do santuario de Fatima, 88 intoira.mente normai. . de J aliseo, sob pr eterlo de sufocar a. re-
a filbo. se curasse. _ I E ja quo fa.lrunos em méd1cos,. devemos voluçiio, enoontraram um camponez, rs.-
Po-uco antos do meio-dia solar reaJiza.. E' o filho duro conhecido proprietario ~ reecenta.r o modo oomo aprec1a.m esta paz dos seus 18 anos. M andara.m-lhe quo
-se a procissiio da l magem de Noesa ~ dum importante estabelecimento ind us- cura oxtrnordinaria.: t r ata.-se du~ caso desse um c,Morrau a Cri-sto Rei para. pr o-
nhora do RA>sario da ca.pela d1111 a.pariçoes t r ial de Lisboa que sofrendo lia m\\,ito a.norma.I, di880 um, porque a cegueira pa,. va r que niio era revolucionario.
para a capo14 dea Miaas. tempo duma doença' do apar elho auditi- ' recia incuravel. . Ao ouvir estas palavras perturbou-ee e
A multidlio que osta prostra.da em volta vo, se curou, rt'OOI'relldo a. Nossa Senhora - Se toro aqui est&c!o com a sua ~lha respondeu que por aer catolico nii.o podia
do Pavilbà-0 doe doentes e que é numerosa de Fatima, quando estava para. se su- ant~ de 1r p~ Fatu~a, e eu a Vl.6118 proferir semelhante blasfemia.n - «Entio
e compacta. oomo nunca a.ola.ma a. Vir- bmeter a uma melindrosa. opera.çio. a.gora, oonverl1a.-me, af1nnou out:ro. éa revolucionariou, lhe tornaram os eolda,-
gcm representads. n& sua veneranda Ima- E' finalmente... Mas preferimos daJ."" a. N6s dizom06 o ~inte: a men:1na niio dos.
iem' quo é oondu.zida aos ombros dos ser- palavra. ao nosso presa.do oolega o diario via qus.n_do ~ leva ram para. Fé.tuna; no - «Niio, senhores, nao sou; nunca a n-
vitBB por entro alas de povo e sob urna cat6lico da. <'&.pital ccNovidadesn, que no regresso Ja vta. dei com eles, nem ninguem podera provar
chuvn in0068a.nte de flores. Quando na 88r- seu numero de 31 de Maio ul~imo, sob_ a. Tem soia m~ee de idado e os médi008 que eu o tenha sido; mas son catolico e
vas de Nossa. Senhora do Rosa.rio, quo epfgrafe. «Uma cmr& extraordinar1an, rn- reput:ivam-n& mcui:avel. . niio posso renegar de Jesus Cristou. ,\ ta.-
oonstituem a. sua guarda de honra, a.sso- seriu o interessante e oomovente r elato F.' tudo o é mmto, muguém o poderé. ram-no entio a upt oamiào e obr igar n.m-
ma.m a.o limiar do Pavilhao, milha.res de quo a. ooguir transcrevemos n a Integra. contostaru. no a correr atraz dole. Pouco depois, co-
Jenços saud&m a Ra{nha d!> Céu e por to- com a devidn. vénia rno ora nat,ural, o pobre rapaz era arTas-
do o va.sto anfiteatro da. Oova. da !ria. ccTinha.mos ouvido quo uma filhinha do tado em virtnde da velocidade do vei-
ecoam o.s viva.a o as palmo.a quo estrugem nosso querido amigo sr. dr. Fernando Pi- Vi~conde de Mon.tiilo cu lo, e do corpo começou a correr s11.n-
nutridas
um sacerdoLee prolongadas.
sobe ao alt.ar-mor Oredo,
Cantado eo celebra
a missa do,s doentes. Durante eia, reza-se
- ===:. :.: .:.:. :=============================~ gu0. Assiro foi: até a sua aldeia onde pa_
r ou o camiii•l. D88ceram os barbaros sol-
dados de Calles insistindo com o ra.paz
o terço e cantam-68 alguns cantioos re-
ligiosos. A.judam à missa um ilustre ofi-
cie.l i;uperior do exército e um distintCssi-
Martire s dos nossos dias (Collfinuariio)
rnais uma vez pani que désse um «Viva,) a
CaUes e 1tmorrau a Cristo Rei. O rapaz
extenuado continuava a. dir,er: «Sou cato-
lico. Viva. Cristo Rei,, Entio aquelaa fe-
mo profet;Sor. Dir-66-ia que a Providencia,
reunindo aH no a.ltar aoe pés de Deus ras hnmanas começaram a. espicaça.-lo com
repre,;ontantcs das tres maiores força.s He roinas cristis 4.-I~rn Hnnjunpau de Leon urna. pro- as bnionetas. Urna mulher que iato preaen-
quo existem sobre a terra.: a. graça, a {essora, D. Juliana. Olazar, senhora de ceara. foi dar paTte a miie do rapar; do
acienoi11, e a disciplina, quia mostrar que 3.-EJU Vit6ria (G11anajato) foi marti- m11ita piedade comprou crucifuos para. os que se passava. Esta COJll.O louca vendo
a R~li1iiào o a instruçio, aimboli1:a.das pe- risada a. presidente da.a Filhaa de Mari~. dar oomo lembrn.nça duma festa é.s suaa o filho naquele estado com um heroillmo
lo sacerdote e pelo professor, e so elas, Ataram-na primeiro a um poste e depo1s e.lunas. Distribuiu-os recop:iendando-lhes cristii.o que se ve com frequencia. entre o
produr.ero em larga esca.la. Os aeus ben6- oortaram-lhc os melJlbrOB a pouoo e pou- quo os pUZ('sSom ao peacoço e nunca os povo humilde do Mexico disse-lhe: «A.in-
fi.cos efoi tOfl e fazom a. felicidade dum po- co, coml.'ça.n.do pelos pée e por fim cor- largnssem nern de dia nem de noite, da que te matem, i:neu filho, nio rene-
vo, quando os v{nculoe do respeito e da. tarn.m-lhe a lin1iua. mostrando-lhoo o que ola. tra.zia. desde gues da tua fé; mais vale a. fé do quo a
Voz da Fatima 3

Curas de Fatima
tua vida. Continua. a. gritar: 1<Vit il. Cris- 1' irmiio; a prinu1p10 sem saber de que
to Rei». Ao perceber a voz da miie o r a-
paz j:i moribundo reanima-so o exclama AS dven~. 1,ofcin, was passndos dias, chama--
d, o m(dlco declnrcu ser ama meningi-
te; a .segunda vifita quo fez no doente
mais UJll.a vez: 11Viva Cristo Rei» e ex-
pirou.
Juventade Cat61fca Modé lo
Como os primeiros martires, assiro um
• ••
P.e frederlco de Barros Tavelra, de peloe doentes o que por estes foi ofereci-
disse que estava bastante mal, que eeca.-
pava se foese tratado oomo devia ser;
mns nito sendo o,s meioo suficientes, para
quo villf;Se o méd.ico todos os dias, e le-
punho.do de jovens mexicanos se prepa- s. Martinho d' Anta--Sabrosa (Tras-<>Sr- do am Fatima o santo Sacrificio». var om tratamento rigoroeo a doença foi
ram para o .martirio fortalecendo..se com Monte&- em ca.rta de 5 de junho 06Creve: em aumento. Pela 3.• vizita, do médioo
• PfI.o do& /orte&, ~ aa almas fica.ram de P eço '0 favor de publioar na: Voz de • • • Sr. Dr. Antonio Freire, distinto médL
tal forma robustec1das para a luta que Fatima,-o seguinte: co de Torres V edras, a. quem é.lem da
~ narra nestas palavrna I uEstarnos dis- .A.lgumas pessoas dosta freguesia. reaol- Do mesmo Rev. Sacel'dote rooebemos Virgom N06Ea Senhora. di\ Fatima, deve-
poetos a dar a vida pela ca.usa que do- veram ir a }l~atima no dia 13 de ?tfa10 pro- mais o seguinte: mos toda II considoraçiio, porque i;empre
fendemos, porq_ue é justa, e santa». Nào ximo passa.do com o humilde signatario Fui ontem a Vila Real para obter o e, tra.tau com m"uito cuidado e carinho;
btlBCavam riquezas nem honrns, preten- destas linhas, paroco desta fregueeia. atestado. Prositteram mandé...lo na sex- mns ,•endo o eeto.do do doente disse que
<l,ia.,n apenas kabalhar, pela liberdade da Tendo is't o constado, pedem-me para ta feira proxu,IUI,. era. impoesivel elìCapar e se esca.passe nio
lgreja Catolica. no Mexico. deixar ir no nosso grupo urna. mulhef Como V. me disse que era. preciso re- ricava livre de defeito, e para um dia
Um deles por nome Nicolas Navarro, chamada Ermelinda. Teixeira de Matos, mete-lo até a.o dia 20 do corrente e niio vir a ser IXD homem incapaz de ganhar
pediu a bençiio ao pai antes de ir para casada de 37 a.nos de edade, moradora me foi possivel envi~lo por umas razoes a ,·ida., mais valia que Deus N08So Se-
o combate ~ jejuou na vespero. do seu no logar da Magalha, fr~uesia de _S. que talvez se publiquom nos jornais para nho1·, e lovasse. Foi grande a n066A afli-
martirio. A' sua eeposa que apresentan- Tiago de Andraes, desta dlOcese de V1la edificaçao de quom as ler, escrevo ago- çiio, ao lembrar-nos, que podia. ficar mu-
do-lhe o seu filhinho lhe perguntou se ti- Real. Ei;ta mulher tinha um cancro no ra, ped.indo a publicaçiio da minha ulti- do, pois eateve doia mezes sem a.rticular
nha coraçio de os deixar , respondeu: 11An- peito com ra.mificaçoes larglWI e era ~al ma carta no proximo numero da Voi: da 11sna palavra., e bastante tempo eem e&
tee de tudo devo defender a causa de a. gravida.de do seu estado que o med~co F'atima, confirmando-a, assumindo a res- meclter, e a.t-é dois diM ~ abrir oe
Deus: e se tivesse dez filhos, todos deL de Vila Real ÀJC,mo Snr. Dr. Made1ra ponsabilido.de e aditando que, ao contra.- olhos, pa.recia um cadaver, tinha de vez
xaria. pela mrnha Religiao. Quando o Pinto que el~ tinha. consulta<lo, lho du;- rio do que eu supunha aoorca do princi- t>m quando afliçoes parecia. que se tapa--
meu filho for maior, dize.lhe que o seu 80 qu~ era necessario en_trar o ma~s de- pio e desenvolvimento da cura, a tal du- ni; et!per nva-se todos os cline por um
pae morreu na defesa da sua religiaon. pressa possivel no Hosp1tal de Co11nbra reza, cancro, ou o que quer que fOEee, de.s<-nlas,~e fatai, e diziam entio se me-
Estee valentes nssi.ro dispostos para a para ali ser opera.da. comoçou a desapareoor do nucleo princi- lhorar, e ficar Mim defoito é um çande
Iuta foram vilmente atra1çondos e cai- Por este motivo pedem-me que a dei- pal para os lados, restando aponas um milagro, e é corno eu e minha. famflia. o
ram naa maos dos Roldados de Calles. xe ir conosco a Fatima e que, se nio n6sito insignificante, acerca. do qual diz considoromos. Minha mae foi-lhe dando
lllram 11 no todo. sentisse melhoras, fizesso todos os esfor- um outro medico, o Ex.mo Snr. Dr. Ju- do vez em quanòo a Agua. da Fatima. e
Prenderam-oos e com brntalidade sel- ços para . quo entrasse no Hospital, a.o lio, com consultorio na Rua Dire1ta., que prornoteu de ir com ele agradeoer a Na.
vagem insultaraiu-nos e maltrataram-nos quo anut niio pcnsem de forma a.lgull!a em o ex. &Il Soubora, se se dignuase cura.-lo, e eu
fflllq~anto os l~v~vam pr~sos para a Ins- ' Durante a viagem pa.sseu mal e tao trair por meio da. opera.çiio que é intei- prometi igualmC1nte, e prometi tornar
pecçao da Pohc1a: Depois de longa. d~- mal quo va.rins pessoas dos lu11:ares por ramente desneoessa.ria. publico, se tives.qe a dita. dole se curar e
mora em logares ~mundos foraro conduz1- onde passa.vamos zombavam de n6s por Este tambem a tinha observo.do ante& ficar sern defeito algum.
dOII por ordem, nao ~ sabe de quem, a levarmos um11, mulher naquele estado a de ir a Fatima. e confirma na minha pre- Gruça& a. Dous e a Virgem Noll!la 86-
QJil logar chamado Dnsa pela 1 bora da Nossa, Senhora do Rosario de Fatima, •ença que o cMo era gravissimo e que a. nhora do Rosario da Fritima que apeear
madrugada, onde os maltrat~ram. com que fica.va tiio longa, pois iamos do con- cura sem tra.tamento é totalmente inex- d<t· mnito indignM, nos atendeu, e se di-
p~cudas, . arrastnrn.m pelo cbao . f1cando celho de Sa.brasa, TrlUHlS-Montes. plicavel. gnou cura-lo o ficar livre de defeito,
assiro desf1gurados e com os vestidos ~- Chegando a Fatima., essa. mulher apro- A l.'8to oontei as peripecias varias da Passad0-<i tres me~c.,; dcpoi!l de adoeoer
gados. ~reparam:98 log? ~a.ra 08 1fu~il·r: eentou-se a.o posto medi'co e um dos medi- viagem que deviam nocessaria.mente fa,. esta\·a complE'tamente bom, tinhii recu-
eem mais formahdade_ Judicial. A ;i cos, cujo nomo ignoro, rocebeu-a com to- zor com que a doento poorll.Slle e que o per:ido, n. fola. e o andnr, ooisa que ele
dos barbarOII prepar~trvos para o fusila- da a nmabilido.de, polo que ficnmos mui- tratamento, no clizer inizenuo dii Lai mu- foz primE'iro <lo qne fnlnr, ern por isso
men~ nlguns ~os Joveus começaram a to ponhoro.dos e di.sso-lho que, por nio lherzinha. que ellta.va presente, fara o en,-quo muita gonu- dizia que vinhn. a ficar
eentir ns angustms e hor~ores da mort~. poder entrar no pavilhiio dos doente& por cher-se esta. (pnla.vras textuais) de agua rnudo, pois ja e.o;tava bom comi:\ ndmi-
Entre eles estavl_\ um_menrn_o do 1~ !l~os, nào Jovar a.testa.do, 66 aproximasse o de N o8Sa. Senhòra de Fatima. rnvc-lmf'ntt> brinc•ayn e 11iio fnla1·a. ?tfrui
por uome_ Agustm. Il1os, cuJa sens_1b1hdn- mais possivel desse lu11:ar para. receber Na minha. ultima carta. falava om can- o. Virgcm Nossa Senhora. da. Fatima,
<I.e C0Jnov,3: os mais. José Val~nc1a G~I- com fervor l\ bc-nçào do S.S. quo era. da- cl'o. Pode V. conservar a palavra ou mo· concedeu-nos o.~ta. tao grande Graça.
lardo, presrdente d11. ~oogregaçao Maria- da a todas 116 pessoas, embora niio rece- dific:i-la, porque os me<licos niio me aou- Bemditn para sempr e lk>mdita Nossa
oa, repreen_deu cor~Josamente cls sol~~- besse a bençiio especial do S.S. dada. aos beram dizer claramente o que era. Di-zem Renhora. do Rosario In
d~ pelo crime que 1am comete~, 8 rhr~- doontos pelo motivo indicado, porqua.nto quo era ino.dinvol n. oxtr:icçào dnquilo,
gtndo 11. pala.vra aos companhe1ro~, ani- 0 seu estado era gravissimo e que, se ma~ parece-me que era. cancro, porqnan- Maria do Rosario, cn.ciada, cle 60 anos
~ou-oe apontando-~hes para a coroa. q~e Noss..'\ Sonhora., a quem se devia dirigir to tumor nào era, porque jé. tinha sid<i de cdado, moradora. no logar do }l'undo
lam receber das maos ?e ~eus e da V~- com toda a fé, lhe niio acudisse, preci- lancetado sem derra.ma.mento do pus.» do Vila, dn frcgucsia. e concell10 da Ta..-
gej.ll de Guadalupe dn.h a }DBtantes. ~a.o sa.va de ser opero.da. imediatamente. bua, Diocc"'8 de Coimbra., sofreu horri-
lhe deram tempo para_ mais. Ao ouvir O A doente assiro fez 0 na volta, estan- Palmlra Telxelra Bastos moradora na voi.mente durante 10 nnos <luni e<·zema.
nome de Deus e da_ V1rgem de Gundalu- do perto de Coimbra., em cujo hospital rua Rodrigo d.'1. Fonseca n. 0 9 Lisboa. numa d,n,i pernas quo a impediu durante
pe com furor 11at&;ruco dera.m _sohre ele e niio pode ficar logo, porque prometeram Acha.nclo.so muito doente com uma cri- muito tempo de andar, e passava parte
C?rtaram-lhe 3: Jmguii desaf1ando-o no manda-la ir dal a a.lguna dias declarou- se de coraçào, em .A.bril de 1927, e es- dns noites f6ra do leito, om virtudo daa
f1JD a que contrnuasso a fatar. E ele fa_ t· melhor ' tando inserita na pere11:rin~ao a Assis, dòrcs se tornurem mais intensas com o
d f · r -nos que ee sen 1a .
een o um supremo es orço co?segu1u 1- O seu aspecto era realmente muito cli- via com desgosto que a n[o podia. fazer. cnlor da cama.
vrar-66 das cordas com que o tinham ata- ferente, e, note V. Ex.•, dava.-se isto do- Lembrou-se de fazer uma novena a N. Nos .J>rimeiros tcmpos em quo se ma.-
do o oom. o dedo levantado apontava nos pois do ela ter passado tres noites eem Senhora de Fatima e na tardo dee.se dia nif~tou a doeni:a, UBOU uma poJDada
~-mpnnhe1ros o céo_ on~e ep1 breve e_e cama e d8 termos sofrido vnrios incomo- ja poude sentar-bO na. chaise-longue onde aconselhnda pelo distinto clinico e sub-
u1a.m e_noontrar ma.18 fehzes. Nesta at1- dos or on.116a da viagem ser muito lon- passava os dins sem podor leva.ntar a ca- dolegado de soode de Ta.bua, Dr. J ~
tude fo1 v~rado yelas bnla.s dos soldados, a ! irmoe numa camionete desooberta,
e oomo se 1eto nno bastasse um deles ~m :Om almofo.das etc.
beça. No dia 13 de Maio jit foi a. S. Ma- dn Costa Gaito, mas sem que sentil>lt8 al-
mede comunga.r e acompnnhar em pro. gum efeito. Desù,tiu para sempre de
a coronha deapedaçou-lhe o craneo. D1s- . . cissio N. Senhora a.té a sua ca.pelinha usnr mais remodioe e começou entao a
para.ram depois sobre os companheiros, , llnEJ:d1atamente pedi a. senbora que nesta igreja. e no dia. 30 seguiu com a pe- im•ocar em seu favor No,,t,a Senhora de
oonseguindo alguns escapar, pelos quaes ma ~!Dba. apre~ntado, D. Ann Teixeira regrina.çiio a Assis sem o minimo inco- Fttima, até que um dia pediu uma
ee teve conl1ecimento deetas &eenns selva,. da Stlvn, que n560 ee realmente e1a 8L modo. pouca do a.gua do Flitima e com urna f6
gena. A Nioolas Navarro quiseram ar- tava melhor. N. Senhora de Fatima. ainò& lhe fezl muito viva ba.nhou a parto ohaaada por
rancar alguus documentos comprometo- Doclarou-me . esta. que er ~ verdade, outro grande milagre. No dia 20 de .Ag06- tres vezes consooutivas. Na teroeira. noi-
dores para outros. Niio podendo salva-los que o cancro t1nha d~parec1do, res~n- to deese ano foi a.tropelada. por nm au- te dormio socegada, e quando pela ma.-
doutra. forma, enguli-os. Indip;nados 09 do apena.s uro nucleos1to e que _o pe1to tomovel, fioa.ndo oom o pé diroito muito nhà ncordou, ficou surpreendida por
eoldados de Calles deram sobre ele qoe- nào a.presentava o a.specto a.ntenor. ferido, torcido e com dois dedoa parti- I niio ter sentido dores algumaa.. Ex.ami-
braram-lhe 08 dentes e maltratar'ain-no E sperei a.Ig1;1ns dia.s para v~r ee ae me- dos; urna. tarde em quo cstavo. tortura.da oou a porna doente e poude constatar
até lhe fnzerem saltar O sangue pelos lhor as ~e conhrma.vam e depo1s do me te. d~ dore11 lembrou..se de aplicar as ligadu- que esta.va completamente curada sem
Glhos. E logo O varasam com duas balaa. rem dito_ l!°r v ~ qu11 ela est&va m• ras com agua de N. Senhor& e n668a nou- \'estigio<; algum da doenço. que tanto a
Caindo em terra. a gloriosa vitima, teve lhor, pedi a ref~rida senhora que a acom- te dormiu tao bem corno ainda nao t i- atormentou durante os Ionia& 10 anos I
ai'nda. força 0 valor 'para dizer 808 com. panhnsse a , Vila. Real e que falassem nha. dormido depoie do desastre. Por a lgom tempo gua.rdou s{gilo absolu-
panheiros: 11AniJno, rnpazes, lembrai--vos com o mesm~ medico, Dr. Madeua, pa- Tendo-se o medico ja. despedido conti- lo do facto extra.ordinario que a.ca.bava
da ca.usa que defendemos. Morra'tnos por ra quo . ele d1ssesse ~ ~ melhor!"& er am nuava com muitas dores nos dedos, quan- de presene,-oa.r na persu~ii.o ainda de que
Deus e perdoemos aos que assim nos verdade1ras ou ~ eia ainda preci.Bava de do !;O oal9ava; chamou novamente o me.. a cura niio fosse radical, o s6 pas.sadoe
tra.tam. Viva Cristo Rei I» Os ca.da.veres 50frer a. _opor~ao. dico qu~ verificou _que a fra.tura dum ~os quasi dois a.nos é que tornou o milagre
doe heroicoe defen.sores da fé foram ex- Es~ disse _que a e~contrava melh~r e dedos t1~ consohdado em falso e ass1m irnblico (de urna carta do R ev. Paroco,
postos as portas do Pa.lacio Municipal, e que nao prec~sava. de n: p~ra o Hosp1tnl. o 0880 faz1a prcesii.o no outro dedo can- Francisco Firmino Madeira.)n.
est.a afronta serviu para dar principio a P:issados du1s en~revISte1-a . duas veze& sando-lhe muito sofrimento.
glorificaçao dos confessores da fé. o pai ? v1 4\'e ostava mmto bem d1Sp0&ta, que Disse-lhe entiio o medioo qua o unico Francisco Pons, aotualmente na Beira,
de um deles a vista do cadnver do fi- Jé. podia nguentar com ~s tro.balhoS ru- remedio era. amputar esse dedo. Aflita no serviço da Companhin de Moçnmbique,
lho exclamou: uMeu filho, roga. a Deus dea do camJ>_?, e que. pod1a. come~ de tu- com essa ideia recorreu mais urna vez a tendo-lhe na mo.nhii. de 26 de Fevereiro
pelos teus paia e irmiios para que iinìto- d_o, o quo nao &uced1a antes de 1r a. Fa,. N. Sonhora. de Fatima. fozendo a.plica- do corrente uno, aparecido urna violenta
mos o teu exemplo a estas horas estas tona. . . çòes de ten-n. e agua de Fatima e om dòr na. ilhargo. osquerda, complicnndo-lhe
de certo no céo». A miie de José Valencia Atr1bue essa. mulhorz~nh.a. a cura a pouco tempo ficou completa.mente cura,. co1n os intestinos e estoma.go, niio poden-
Gallardo, senhora de avançnda. edade, Nossa Senhorn do Rosario e, como V. da e jé. a.nda ligeira eomo se nao fives- do de forma alguma soeegar; ja perto
longe de se entrist.ecer alegrou-se com a Ex.~ ve pelo rol~to a.presento.do_ sem o se sido vitima de um desastre tii.o grave. d.a noite recordoo-"<' que tinha umn ima,.
lembrança. de q ue era mie de um martir; minnno exngero, nao podemos duvidar do Noss11. Senhora de Fatima fez..lhe mnia gem da Senhor11 de Fatima, que Jhe ha.-
e a.o chegar ap pé do corpo do filho a.joe- milngre_ feito por. Nossa Se~h~ra. duas graças pnrticufaros. via 1,ido enviacln do Portugal, por pi>Rsoa
lhou e sem coragem para o a.braçar, por Bemd1ta Eln. seJa. por i;e d~gna: favo- de fnmilia, a intcrce~!lii.o <la qanl recor-
respeito contentou-se com: lhe beijar os recar com e,;ta graça oxtra.ord1na.nn. uma. Uma Irma dedlcada, de Azinhagn (Tor-
reu, colocando-a na parte ùoente e pas-
pés. Recuenndo-lhe a autoridade o cada- creatura dosta regiào o oxalo. eia sirva. res Vedras) em curta cle 7 de maio ulti- sa,los poucos momentos de~111pnre<·i11-lhe
ver do filho disse: ccNiio importa, ja o com rnuit~ outr11S graças rocebidas P~- mo, oscreve: por completo toùo o 1wu mal eslar sem
entreguei esta manhii. ao Cornçao de Je- los peregnnos do nosso grupo para an1- Como consicloro um milagre, feito por 1leixar vMtigio algnm. Cumprindo com &
1ua. mar a fé infelizmente amortecida. nesta XObSa Senhora do Rosario da Fatima, a promeq11a foil.t\ na oca,;iìio, vem pNlir a
Ao ouvir esta. narra.çao o Santo Padre regiào. ·oro. de 1Deu inniio Augusto Gomes V. Ex.• n. fint>:i:a tla. puhlicaç[o desta
Pio XI comovido 11.té as lagrimas excla- Dosneo&sario sera. dizer quo essa mu- Uuru·t.e do novc- anos do idndo, natural grll,Q8, no f?E'll mui digno jornal, o quo
mou : «O Mexico esta. revolando virtuùes lhor so preparou com a Confissiio e Co- da froguesin do S. Mamode do._ Ventosa llosdo ja penhorndo agraclece.
moito preciosas. Niio pode tardar o àin munhiio para a. viagem, assiro corno ou- - Azinhaga - l'oncelho de Torrc-, Vo-
da vitoria-, e sera. gloriosissiino para essa traa pes.sol.l.S, e que de muitos cor~òee su- drns, peço a V. Ex.eia ~e digne, publicar
naçiio, que assim tem snbido defender a biram preoes ardentes a N08Stl- Senhora :,c, o nchnr conveniente. }<;' o segointe: no ----:---1----
111a fé e Jiberdnde de consoiencia.» pelo bem dos peregrinos, em particulnr dia. 6 do dezembro de 1926, adoec()u tneu
4 Voz da Fatima

a VOZ DE FA- Uon que gusto hubiera ido yo si mis


aòos y rois occupactouei; me lo permiti&-
ran.
Almll8 ignoradas que lèrdO!I estns li-
nhas, ide e fazei co)llo a pobre Ana: O
que ha de maior no mundo é un~ acto
Efeitos da Santa Comunhao
TIMA e os Ruego-lo que quando Usted vaya. ten- uPareoe-m~, dizia oo.nta Rosa de Li-

....
de amor de Deus/ Um acto de umor pa-
go. la. caridad de presentar a tan bueno. ra coni Nosso Senhor realmente presente ma, quo naa minhas Comunhòes, u.m eoJ
Madre mis nec&sidades, pecados y igno- no Santinimo Sacrame11to/ deaoe do Ceu o.o meu peito, pois que tu-
seus leitores. rancias y podiTlo remodio.
--.:.-- :----
do o que se passa. em mim é semelhu-
te ao que faz o sol ca no mundo.
• • Védes corno o sol alegra tudo com C>
Inicio.m<>o hoje umo. nova. .r,ecçào que
aparocera de vez em quando se o espnço E por hoje bastam ostee tres exoerios VOZ DA f ATIMA seu calor e a sua. luz, corno ele orna. a
terra de flores e frutos, como ele embeI•

....
no-lo permitir. do tr& interessantissima.a cnrtaa que o za os ma.res com os seus raios e enriqu._
Nolo. apresontaremos nJa;uns reoortes ospn~ niio da para. mais. Despeza ce ns monto.nhns de tesouros metnlicos,
d11o11 inameraveis e por vezes interei:san- Transporte 108.647$50 como nlogra as aves do ceu e fa.z veg•
tis&imas cnrtas que dia. a dia afluem a ---~ ·---- Pa~el, COP1posiçao e impres- tar as planta.s e 08 n.nimn.es; corno ele
nOSba Reda~iio. sa.o do n. 0 69 (43.500 ilumina, abrasa e colora todos os object,oe
Sera corno que o termometro e o indi-
ce do. difusào o acçào deste jornalzinho
Q q e ha de U exemplares) .............. .
Selos, embalagem, expedi-
2.600$75 que compòem oste vasto universo? Poi'&
bem.
que oom ser tiio pequenino e deapreton- • çào, gravuras, etc. .. . . . . 809$15 E' isso o que faz na minha. alma •
cioso c:outa 0b teitore11 por c10zo11us t1e mi- ma Or n O munda!
I carne de Jesus Cristo pela sua presença
lhar, espalhndos pelas cinco partes do
mando. O qu& ha de maior no rr,undo é... Ulll
SubscriçAo
112.057$40 tea.l I
-----'_....____
. Poç eia se vera corno ele é lido e <!S- acfo de amor de Deu.,. (Setembro de 1927)
t1mac1o.
Niio pablicamos nomes por a i!,So niio A pobre Ann... Enviaram clez escudos: Francisco Ma-
Niio sei 80 conhecem a Ana. Afinnl chado Brun Corréa de M<>lo Laura Assia
O ESPIRITO DE fÉ
esto.rmos autori,,a.dos mns conservamos os
originai.s donde transcrevem06 as vari!lli ela. .. é quasi desconhecida mesmo na sua d.e Morais, Antonio Joaqu.im l<~igueira 11Sabois porque nas nossns igrej1111, quer
pasl!agens. aldeia. Manuel Teixeiro. cle Carvalho Aida Fer: durante a Santa MiRSa, quer durante ou-
No entanto a pobre Ana, aos olho& raz d' Aguiar (20$00), P .e Augusto da tros actos do culto, tantas pessoa.a se DW&-
• • • de Deus é urna dns maiores persona- Silva (20$00), Delfina 1rerraz Cortez tram distraidns e indiforontes? E' porqa&
Duma cnrt1i escrita. do Minho em
Ma.io deste ano acompanha.ndo um che_
ge~M~:, ~~!! 0
~ isso?
(20$00), Maria d'Azovedo Maia (12$50J, niio teern o espirito de fé na presença real
Joaquim Rodrigues de AJnorim (15$00), do Salvador no Sacrario.
quo para. nasinaturaa: - 0 qu~ feil. eia? Oh 1 Nada que todn Ester Rodrigues, Perpetua. Jesus Guerra, Sem duvida. creem que Ele esta la maa
· I · h t' · f d · a ,zonte nao pude&e fnzer, mas que neni Beatriz Hansen, P.e Joao Frttnscisco a sua fé é tibia e supel'ficial. 011 verda.-
uO Jorna zm o es a o.qui azen o mui- todn a genie /(lz ... Goalart, Angelina. Vieira Bra1\diio (15$) deiros fieis, 011 que teem espirito de f()
to Nb!1:as'\~~:~ el:lmolaa vii.o algumas ~ que seri~? Ora, ouvi, la:. Vitoria da Conce1çiio, Tereza. de Jesus no Santissimo Sacramento, procedem
oferooida.s por pessoas quo ainda. ha pou-1 .Esta manha, a? acor_dnr, ~1ese: «meu Cunho. Amorim (50$00), Julia Pinto doutra forma. Conheci 11m bom numero
00
oram increduJM. Deus, todo este dia, fehz ou mfeltz, é s6 Coelho, Emilia Rosa. Mondes, José Man- do jovens, bona aprendìzeij, que, de ma.-
Alguns Ju .,, f " F . para Vos!n ço Junior, José Ferreira (20$00), Ana nhii, no ir para a ofic_ina, entra.vam, sem
oram a. a.timo.. Q d l to b 1
Numo. familia em quo era impos.~ivel °
nnn ~ a r_e ma, 0 seu tra a ho de Augusta de Oliveira., Balbina !sabei Afon- nunca faltar, na primeira egreja. que en-
entrar um sacerdote ou pesE,Oa piedosa to,lo" os dins _diz: «meu Deus, para Vos- so, Manue\ Maria Lucio (20$00), Ana contravam no cnJTiinho, ali a.joelhavam a.
para fnlar om sa.cramentos a um tubor- .,,,. uimor O_~ona,u . . Rosa Salgueiro da Veiga, Muria. de Je- um canto e, (luranto nlguna minutoe,
caloso entrou uA Voz da Fatima>,· pou- Quiioclo u a. salr J?llra. a. rua. ouv1u al- sus Vilbena Carvalho, Moria Helena Gui- adoravam a Jesus Cristo e lhe consagra.-
co d~pois começou o enfermo a ;ec:,tar g~c'.n hlasfemar e disse la no se~ cora.- maraes (20$00), Marin lgnes Namorado vam o seu dia.
trés Ave-Mariur, e pnssados aJ11:uns dins çao.- uMeu lJeus, eu Vo., amo 1ml vezu Fornandes (20$00) Jo:io Fernanclos Mar- Um admiravt>I cristiio, protestante con-
foi perru.iticln ja a visita dum padre quo, mais do que este desgraçado vos despre- tina (40$QO>, Arnaldo Estoves, Dr. verticlo que ha tempo conbeci em Roma
falando de curaa oporndo.s pela devoçao za I.··" Joiio Martins de Freitns, P.e Jo- {rliz Monsenhor de Segur), dizia-me um
a N. Senhora do Rosario da Fatima, t,c_ Qt.inndo encontra no caminho um po- sé .Agostinho Vnz, Maria Jacintn Can- dia: ul'ara mi1n, um diu .,em misstL e sem
ve a dita de consegui.,- no mesmo din qne bre.siuho, da-lhe qualquer coisa e pensa deias, Maria José Ferreira Paulino (jor- comunlu!o, /az-1ne o e/eito de um àio
o doente recobesse todos os sncramentos. l:i consigo: CtJneu Deus; é a V6s que eu naie -100$00), Maria Benedicta Go1I1es sem ~0/.11 J<;sse santo bomem ia todos os
E::.ta convcr11iio fez enorme impressiio o dou.,> d11, Silva, Margarida Estoves, Maria Pe- dias, estivesse o tempo que estivesse e
no animo daqaeles que conheoiam o ho- Quando se fnil.Om os peditorios para o tinha Bonifacio, Amelia Nuaes Ribeiro, quaesquer que fossem as suas ocupaçòee,
mem. Se~ninario, on quaisquer obras da paro- José Semedo, Maria Eugenia Réis, Con- passar uiua hora inteira dcante do San...
A devoçiio a. N. Sonhoro. da. Fatima quia, eia da sempre alguma coisa, e diz clessa de ~fonte Real, Emilia Moria Par- tissimo Sacramento e parecia-lhe essa. bo-
tem a.umentndo muito aqui nestes ulti- intimamente: unii.o son rica mas posso ry Perefrn, Mo.daino Uuarte, Marqueza ra um insLnnte.
m06 dois o.noe. ajutl11r a salvar umn alma.,, dn Prnia, Maria José Soares, Maria José Conheci outro, em Fnris, artista cel&-
Na igreja de X, onde soa capeliio, co- Vieram pedir-lhe um serviço que eia dos Santo~, Virginia G. Pinto, tn.ura Poe- bre, tnml>em convertido, niio de prot.E.
meç1\mOS ha d.ois anos a celebrar O dio. pre~ton da molhor vontadc, di7.endo in- solo da Costa, M.• do Canno Rib. 0 , Maria- tnntismo mas da indiferença e da vida
13 de ca.da miìr. ba.vendo, ao meio dia, ex- tenormente: «Ah I if1to custn-me b11!1- na Saloma de Avilez, M.• Perestrelo Orey. mundona, que ae via muitas vezes mais
po1:1içiio do S.S., Adoraçio, terço e Ben- tante, inas é ... por Y<1.<:10 Senhor. Maria Viana Moreira, .l!'ranciisca Rosa do de duas horas em oraçiio, escon,iido em
çii.o - tudo em uniào espiritunl com os t 111 din houve quem se lembrn88e de a Jeeas Canaa, Emilia Victoria de Jesus, qualqaer canto CO!lJO um pohre qualquel".
pere~riuos d:i Cova da Iria.. ?aluninr, :iquela pobre mulher. Eia, bei- Mnria ,José de Barro~ Lima Salgado t<'Nùo hn se11ilo fato e nnda mel/1or que
Enche-se a igreja. JOU tornam~nte 08 Pés do seu crucifixo Maria José Portai, Maria José Batalh~ isto 1io mundo! (dizia ele).n
dizendo: u:Mcu Deus I... Como v6s ... mul (jornais - 20$00), Regente da Creche de Um ontro, um antigo generai voltado
to o/uigado.n Ovar (12$00), Maria da Eucnrnaçiio Car- para Deus aos sessanta nnoo, C'omeçava da
No dia. 13 comungnm todoo os enfer- A' noi te, no ndorme<'er, fnzeudo am mesma forma. todos os 8eus dins por urna
mos. Desperta devoçii.o .rnaior nos aseis- :tcto <le contriçiio, diz: "Meu Deus, valho, Maria dlll! Dores Anrlrnde 1 l\.Inria- longa e santa adoraçii.o o uma 111elhor
tentolf a recitn~·iio do terço o.o meio cliu ameLVos muito pouco hoje ma& espe·ro na Saldida (20$00>, Alzira dos A 11jos Re-
solar .saber-Re que a MiS11n celebrnlia o uu, r- l' o.• maì.~ u manhlln. belo C'eboliio (20$00), Adelaide de J esus comunhiio.>>
Yiveu Msim nté ti ednde de oitenta. e
aquela me.;0111, bora. no locai dns Apal'1- . • Eia ncìo fez .,enào i.~to, digovo-lo en I E da CunJrn. (20$00) Rosa d'Oliveira Caro- dois nnos.
lina Pinbo, Flavi~ da Silva, Pnln:ira A .
çoee é também aplic1l<la. polos qne (•sti- Ja ba~tantes anos que eia niio faz seniio R. (?ebola~ (20$00-, Manuel M.• Porriio, Dizia ele um dia a um amigo: r,Nun,.
verem unidos espiritualmenw com os l'~ isto.
regrino.•. Mat'lo. Lu,za dn Silva (20$00), Manuel ca no m u.ndo am ri tanto uma peuoa co-
Niio sera grande coisa aos olhos do José Conde (20$00) Dr. Souza, Carolina mo amo a Nosso Senhor.o
Noto quo todos os dins bastante gente mu11do? ... Um r,ohre empregado continua Mon-.
se prosto. ùoante da pequona imngmu Pinho, Rosalina Marques Pmto, Maria
l\.fas nos olhos de Deus, é muito. A08 Augusta Gomes (40$00) Paulina. Faria, nbor de Ségur) fazia mais ainda peto
(quo aqui &e venera) do Nossa Senhora 0U10s do Deus I tudo I
da Fatima, fnzendo novonaa para alcan- Teresa B. Forte (jorn11'is, etc. 130$00), Santis.~imo Sacramento. Irresistivelmenf.e
E ahi esta a ra!l.iio porque en vos digo J osé Bneto, Mnrin Pilnr, Beatriz de Le- !evado pela sua fé, tinha deixarlo tudo
çar graço.s. que o. Ana, pobre e quasi desconhecida para se de-dicar unicamente a bela Obra
O.s que foram a l<'atima nc,:,ta ultima é 101111 das muiores per.1onagen8 do mu~ mos Trigtieiros (20$00), Angelicn Garcin d:i Adoraçào Nocturna, transportando
peregriuaçiio vieram entusinsmados e do! Gago_ da Camara (13$00), Elvira 01,vei-
animam outros; ja por a.qui se pensa em ra. J?into de Sonza, Tereza da. Conceiçiio com o suor na fronte, todos os din.e. dum
".' i ~de c1t -y.odos, escri tore.~, oradores, Xnv1er Ramos Neto, José l',fonteiro, Ma- Indo ao outro de Paris todo o mobiliario
organisar umo. em comboio especial. poht1cos, art1stas, quo encheis a terra nuel Antunes (20$00), Anunciaçiio do necessario durante ne noitee de adoraçi-0,
P.e X com o vosso nome. Fumo, tudo fumo. Vale Sautos, Eliza Vicini Maria. da Gra- mal tocanrlo no sono, p11.8Snndo a noite
• • • Dentro d'algurtB anos estareis mortos e ça P~iva, Ana. da Gmç~ Nanes, Pa.ulo quasi inteira deante do Santissimo sa.era--
se di:>sejues quo a terra vos seja leve dor- Mor01ra (20$00), Emilia Sonres, Manuel mento. Era um bomem do povo aem ou-
Dum sacerdote pedindo algans exem_ mi desca.nçados porque a vossa fort~na e Ferreira Patricio, Antonio Duarte Ca- tro. sci,ancia seniio a sua grande fé. De-
plaree para uma. casa de traballio do Pa- g loria niio vos farào muito peso. nas (12$50>, Maria Simòos, Maria Rita pois de treze an08 e meio desta vida
triarca.do : E vos, conquistadores terriveis que de Oliveira Ramalbo, Sofia Conceiçi.o admiravel morreu como tinha vivido, co,
uCom os meas respeitos, tomo a liber- haveis sacudido e abalado o mundo com Fernandcs Lopee, Maria Jesuina. Gonçal- mo um santo.
da.de de lhe envia.r 15$00 para o jornal as correri-ns das vossas victorins... fumo, ves Mourào, Maria Ester M. Guedea Pin- Eis o que ('lroduz o espirito de fé no
«V oz da. Fatima,> que tanto esta contri- 86 fuino! to, M11ria Stael, Roger io Augusto da Vei- Santissimo Sacramento.
buindo para o levante.mento espiritual do E' certo quo a pobre Ano. deu me- gn Ferreira. A todos aqueles que aino niio desejo
povo portugués, e de lhe pedir o especial nos nas vista11 que v6s. De Jornnis: um devoto de Sernnch11, 11enito urna coisa e que encerra tudo:
obséquio de, sendo possivel, enviar regu- A pobre mulher niio é no mundo 1110.is 1~$00; Henriqueta Goclinho, 120$00; urna fé profonda, viva e terna para com
la.rmente algnns exemplares para a Co.sa. que um griio de areia. na praia do mar. M1g11el Bento Nunes, 50$00; Emilio Deus na Eucaristia.,>
de Traballio de X. O ~ento sopra e leva. consigo o griio de Veign., 40$00 Rainaldo Monteiro Basto,
As suas educandas muito carocem do a.rern. E quem ha que dé pelo espnço que 68$00; Antonio Vieira J,oite, 65$00; J o-
alimento que oose jornal (por elas lido elo deixou vasioP aefa de J esus, 30$8.5; Maria Rosa Ma-
com avidez) lhes ministra, mas maito Dentro d'algum tempo Ana estara gno, 80100, Laurindn de Souza, 100$40;
mais a.proveita.ra as &uas fo.miliiu., es- morta e quem dara pelo seu desapareci- Maria c:io.s Dores Tavares de Souza,
o L'l:"VF\.0:
mento?
tou oorto di.sso, se elo.s o puderem levar
para suns casas.
163$50; de Salva.terra e Coruche, 100$00;
Niio obstante, esta mulher desempe- donativos de Evora. (D. Moria José Ba-
;0680
AS 'GRANDES M4RAVILHAS
• • nhon um papel saperior no ama gulho etc.) 100$00; Anitelina da Concei-
obro. de maior alcanco. ' çiio Soa.res Louznda., 100$00; Moria. Jo- DE FATIMA
Duro Ex.mo Prelado duma. Diocese V6s abalastes o mundoP sé Ferroira. Pauli no, 500$00; Maria Joa-
Hespanhola n1q11a. carta intima : Eia fez mais : abalo-u o coraçdo de quina da Silvo., 35$00; 'Mnnael Alves pelo Visconde de Montelo,
uDe eeguro que no le molestaran sua DeU8!... Mateus, 42$50; ZalJnira da Mota Ga-
peregrinaciones a. Fatima donde tiene Us- E quando 08 nctos dos doia forem pe- l bardo, 40$00; P.e Augusto José Vieira, vende-se em fATIMA.
ted un tesouro por ha.berlo escogido la ead<>s na ba.lanç11, da justiço. divini., os 72150; Luciano de Almeida Monteiro, Cada exemplar, dez Escudos.
Virgen como punto y centro de irradia_ vossos S'3riio nchados maia leve,. 50$00; Sofia da Graça, 6Q$00; Dr. José
~i6n de ens gracias y maravillas para la O mundo tem as suna balançae Deus Lui11 Mendes Pinhf'iro, 50100; Entregue Todo o producto liquido de ven-
.salvaci6n del mando y de Portugal ev tem tambem as euas e estas é que seriio pelo Rev. P.e Magalhiies, 60$00: Maria da é d 3stlnado é. Obra de Fà-
P'7.,,,_
"ì!mHi~ VlPiJ •. tlma .
\
A:n.o VI Leiria, 1 3 de .A.go s to d e 1928 N. 0 7 1

6 -

0 0 'vi. A PROVA O A O BOLB SLA S TIO.A.]


Dit11tor1 Proprietario a Editor: - Dr. Ma nu el Marques dos S an tos Adminiatradot : - ]:'a dre Manuel P ereira da Silva
Composto e impress<1 ria UniAo Grafi ca, Raa de Santa Marta, 150-152 - Lisboa. Redacçlio e Admlnist,aç/io: Seminério de Leirra .

NOS DOMINIOS DO SANTO CONDESTAVEL


P ereJrinaçio Regional de Le°iria - A Sua Exc·elcnl'ia He,·e rendissirna, o Se- imensa do seu <'r>r:1 çào de Pastor modelo foram os peregrinos. que niio se aproxi-
cadade do Lis aos pés da Virgem - nhor D. Jelsé Ah·es Coneia da Silva, Bis- e cl:i a imp1e--siio rluma alma sempre mara~ do hanquete eucaristico. ,
O Rev. Aug usto da Sousa Maia e po de Leiria, dignott-se ::iceitar a presi- [ igual mergulhodn no sobrenatural e por . A!s1st1ram depois os peregrinos ù pro-
o Apos tolacfo da Oraçào - O Anjo
da Diocese - No recinto dos San-
tuarios.
l
dència de honra da perl'grinaçào. No dia isso intima1nente unirla a Deus, o Anjo
treze de ma 11 hii todos os peregri nos i,e eh dioce,se de Leir ia, q ue o divino Espi-
reu niram na Sé e, tendo 1·ecebido a ben- rito Santo nela colocou para a gove_rnar
c1ssao de Nossa Senhorn à mi1>Sa -oficial
e à bèuçao do Snntissim~ Sacramento nGS
enfer!llos.
Depois de Tor res ~ ·o,·as, a formosa çiio do Sanlissimo Sac:ramento, cad. um ~abin e santamente, com o prestigio do Pelas quatro horas da tnrde renmram-
princesa do Almonda, foi à inclita rai- tomou logar n a respec·tiva ,·1111iumette e seu talento peregrino e com o ascenden- se ~o pa,·ilhiio dos doentes para se des-
nha do Li s, a nobre e hi1>toric,a eidade
de Leiria. quo coube a ~ez de renlisar
uma peregrinaçiio regional ao ,·enerundo
do o terço, u c·aminho de Fatima. I
la seguiram, entoando canti~os e reci tan- il' da~ suas prt'c:larissimas ,·irtudes rece--
beu <'lll Fatima sinais inequfrocos 'da ve-
. Quando ~hegur am às LJ?rtas do Santua· neraçào, simpatia e estima de que é obje-
pechrem de Nossn Senhora: impre.ssionan-
te e enca11tador11 despedida que como-
ve~ ~té às la~rf~as todos ~s que a eia
e augusto Santuario de Xossa Senhora no, orgn ntsou-se uma vistosa procissiio: C'to da parte do seu povo fiel, a quem ass1st1ram. Pres1d1u a esta cerimonia o
do Rosario, de Fatima. Situada mais à frente 111n grnpu de .çcnuf~ levando a edifiC'arum sobremaneira o zelo e n cari- Rev.do vigario ge:al, reza.ndo-~e o terço
perto da Lourdes portuguesa do que e cantando-se no f1m de cnda dezena urna
qualqn er outra cidade, ponto de passa- estrofe do hino de Nossa Senhorn cle Fa-
gem forçaclo para toclos os peregrinos pro·
oedentes da linha de Oeste, Leiria, que
. .., tima. ,
Recitadn a Lndninha Lauretana o Ex-
durante tantos o.nos tem visto circular celentissimo Senhor Bispo dirige 'de no-
através das suas ruas e praças as multi- vo a pnlrn·ra aoij seus peregrinos, pedin-
does dos crentes, compartilhando da sua do-lhe.s que oonservem bem na memoria
Fé, da sua devoçao e do seu entusiasmo este dia, que se afervorem 111ais na. devo-
e engr~ssando-as com numerosa.5 falanges çiio à Mie rlo Céu e roga a Nossa Se-
de hab1tantes seus, ha muito tempo que nhora de Fatima qne abençoe os seus
acalentava a ideia de organisar ul).la pe· queridos diocesanos da. cidade de Lei-
regrinaçao regional a esse logar privile- ria, as suns fomilias e toclos aquole:. que
giado e hemdito, testemnnha de tantos e desta vez n1io puùeram enc.,onlrar-~e ali.
tào grandes prodfgio!I do Céu, de tantas Como fec-ho e coroa da encantu.dora ro-
e tao assombrasas mara,·ilhas divinas. magem, car1to11-se o sentido c-àntico -
Er,1 chegado o momento de pòr miios «Um terno adeus de saudacleu, ..c·om que
à obra e levar a efeito esse projecto du- é costume remntnr, em muitas fregue-
1Da populaçiio crente e piedosa, qne vive sias do n~<;.s;o pafa, o piedoso mes de
e p~ospera sob a égide da Yirgem, com Maria.
o t1tulo de Nossa Senhora da Encarna- Estnvn terminada a peregrinaçiio. To·
çiio, cujo -santuario se ergue, esbel• e dos os romeiros voltaram a ocupar os
donairoso, num dos mo11tes sobranceiros, sens logares nas camionettes e todos che-
corno penhor da. protec:ç1io e das ben- ga.ram n Leiria, alegres e satisfeitos,
çios de Deus.
Foi no dia treze de Julho que se efe-
I sem que nenhum incidente desagradavel
tivesse ~-indo empanar o brilho desta pie-
ctuou esia. aclmintvel romage111, que assu- dosa romagem da cidade do Lis 110 gran-
miu o doce encargo de ir depor aos pés
R V O L T·fì D fì P R O C I 5 5 F\ O ! de Santuario nacional de Nossa Senhora
de Mar ia, em nome da cidade, a home-1 de Fatima.
nagem da sua veneraçlio, o tributo do
eeu reconhecimento e o preito do seu EM 13 DE JULHO Procissio das ve las - Adoraçi o noc-
turna de Jesus-H6stia - Pere-
am;\niciativa desta manifestaçiio de pie- [ grinaçoes de Setubal, Làmego Vi-
dade para com a Virgem Santissima de- sua respe!'th a bande-ira, depois os soc1os dade com qu~ 'se sujeitou a tantos inc6· far (Cadaval), Castro Daire, Tina•
ve-.se à Liga do .Apostolado da Ora.ça.o, de da J uventude C'at61 ica Feminina, com o modos e soerificios para o aoompanhar e lhas, etc. - Procisslo~da Virge m,
Leiria, e em especial a.o seu ilustre di- seu ei,tandort~ profE'E,Sora-, e a lunaa do tornar parte em todas as oerim6nias da missa solene e bençio dos doentea
rector, o Rev.do Augusto de Souza. ~:foia, Pensionato de Xossa 81'.'nhora de F:itima, peregri naçii.o. - Alocuçlo do venerando Prelado
secretario do Ex:.mo Prel ado e professor no as senhor as, os ho1nent1 e por fint o Ve- de Leiria.
Seminario. Vontacle de ferro, alma de nerando Prelado, rodoa<lo pelo clero e pe- A Fé e piedade dos pereg rinos de Lei- Na for ma do costume realison-se, no
d i!tmante e cor açao de · ouro, este brilhau- loo a lu nos do Semin1ir io. Xumerosos con- ria - Mii;sa e pratica do Veneran- dia doze à noi te, a tradicional proois-
te orna.mento do ilustr ado e zeloso cle- tingentes de todas as freguesias eia dio- do prelado - A Comunhio Oeral sii.o das velas, dentro do r ecinto dos sa.n-
ro de Leiria poz todo o fogo do seu fre- cese engrossar an.1 c-onaider ùvelmente o - Terno adjus de saudade - O re- tuarios, com a ordem e aevoçiio dos me-
mente entusiasmo na organisaçao desta gr anclioso e imponente cortejo. ~resso aos ares. ses anteriores. A' uma hora da madruga-
romagem, para que ela resultasse condi- Era dum efeito admiravel esta. procis- No rosto do Venerando A.ntistite Leiri- da, depois dum curto intervalo de des-
g na da V irgem e constituisse um moti- sao, gr aças à. boa ordem, compostura e ense reflectia-se ,•isivelmente a alegria canso, oomeçou a adoraçàb do Santissimo
vo de justo desvanecimento para a cida- gr avidade que QS peregrinos g,1ardava.m intensa que lhe inundava a alma. ao pre- Sacramento, a que assistiram todos os
de. e impressionava agr ad1\velme nte o entu· seuciar aquele act o profundame11te con- peregrinos presentes. ·
lmpulsionaram ero lar ga escala èste siasmo com que todos ca ntavam os h inos solador e bem significath-o da Fé viva e De manhii, bastante cedo, p rincipiaram
g randioso movimento de Fé e piedade, de Nossa Senhor a de F:itìmo. • da piedade acrisolada de tantos clos sens ns missas, confessando-se e comu ngando
fornecendo u m deles o sa.ber e o tacto da Momento solen fsshno aq uele em que o queridos diocesanos. n,uit11q centenas, talvez mesmo milha-
sua longa e provada exper iencia, o ou, gr a nde cortejo, desrendo pela Averuda Tendo chegado junto da pr i!ne~ra fon- res, de pessoas.
tro os éstoa ard&rosos do seu temper amen- Centrai, invade os dominios da Virgem te da :igua miracolosa, a proc1ssa.o enca- Vieram peregrinaçoas de Setubal. La-
to e da sua mocidade e ambos o presti- e entra nos sous santuar ios, testemu nha.s minhou-se primeiro para a capela das mego, Vilar (Cada.val), Castro Da.ire Ti-
gio dos seus nomes e a influencia dos de tantos mila.gres do seu poder e de tan-1 apariçòes, on.de foraru rezadas tres Ave· nalhas, o outros pontos de Portugal. A
cargos que desempenham, o R ev.do Joao tas graças cfo seu materna! amor ! I M arias corno saudaçiio à. Virgem, avan- de Setuba l trouxe aos pés da Virgem dn-
Qua1:esma, vigar io geral da Diocese, e o O ilustre e veneranclo P relado aproveì- ça ndo em seguirla para o a.brigo dos. zentas e setentn e ciuco pessoas. Esta
Rev.do Dr. Sebastiiio B rites, prior da tou mais urna ()('asili.o fnvora'l'el para se doente~. EraJ]l aproximadamente dez ho- peregrint\çào, numerosa e bem organiza-
fregues ia. ir prostrar aos pés da Virgem berudita rM. da, era dirigida pelo rev.do Francisco
Foram cerca de quinhentos habitantes no santuar io da sua eleiçiio, trono augus- O Senhor D. José celebrou a santa Carlos N unes, vigario gerol de Setubal.
da cidade. to da~ suas miseric6rdias e mana.ncial :Missa e a.Jmini~trou a Comunhiio geral, Ao meio-dia solar, depois de se rea.li~
Nos dia.a onze e doze houve na Cate- abu ndante e i nexhaurivel dos favores ce- tendo feito pro,;inmente urna comovente zar a costumada procissùo da Virgem ,
dral exerc1_'cios piedosos corno preparaçiio lestes. Simples no t rato, duma afabilida- aloouç:ro. As higrrums n!'udiam aos olhos l começòu a missa solene, que foi celebrada
para a solene fOJDllj!;em , de e ncontadora, que traduz a bou,forJ~ de todo--. P'l\Jù(.'S , ;nmto poucos mesmo, pelo rev.do dr. José Galamha do Oiivei-
o
2 Voz da Fatima

rn, profes,;or no. Se1m11:irio de Leinu. e da Santissima Virgem, recorreu a eia sob 1
cupelào do,. scoufs da mesma ridade.
Deu a bènçiio coni o Santissimo Su-
c·rarnento o enhor Bispo de Leiria. Em
~1·guidn o ,·eneranclo Prelndu -.ubiu 110
a i11voca~·ìio de :\o:,sa enhora de Fali·
e num dos ultimos dias do mé!i de J unho
pr6ximo pus.sado achou-i;e repenli11:1mente
A %1.l).~&;~ào glerioG;1~
curada.
plilpito e fez 11111 bre,·e mo$ 111·imor0bo
~Prmiio. A11unciou em primeiro logar que
e~tan1 oficialmente 1•om·idado pela Cru-
Entre os cloent.es que as:,,i-.tirnm aos
at·tos relij!;iosos ofic:iais dentro do Pavi-
lhiio, ,ia-se um hot11em que sofria de tu-
c!e :P·c r~\:L8~l
zadn ~un'Alvnre n presiclir ì1 ronrnj!:em ber<·ulose na larhtge. Depois da bèn\•ào
nacional que nquela pnt.ri6tit•11 e benemé--
ritn t·olectiviclade promove ao Santuario
com o Santissimo sentiu comjl(leniveis
melhoras, porque, estnndo quasi <·omple-
CARACTER RELIGIOSO DA
da Religiào, em l<'ati mu, no dia treze e tamente uf6nico, recuperou de sl1bito a
no .'nntuiirio d:t Patria, nos cnmpos 'de
S. Jorge en.1 Aljubarrotu 1 no dia cui.orze
,·oz, fnlando clnra e distintamente, corno VICTÒRIA DE ALJUBARROTA .
de Agosto: Depois refer1u--se ùs necessi-
clacles fisicns e morais dos incli,,fduos, das
familia.s, do nosso paii;, invocando repeti-
urna pesson, cujo apnrelho boc:ul func·iona
sem anormalidade.
A peregrinaçiio de Vilar (C-acl1wal) ti-
nha !evado ti _F1ttimn, alem doutros doen·
• ••
Passando amanhà o aniven,ario dn I dos l3ispos, e para que a a<lhesiio
clas ,·ezes a C'onsolacloru dos Aflitos, in- tes, umo mulher extraordinari:1mente pii- batalha de Aljuba-i:rota ( 14 d"A.go:-- fos::e mais owne, 110 dia 29 de Agos-
vocaçòes a que a multidao respondia,
braclando em uni'IOno. «Rog1d por n6s In
ralilic·n. l as·
Durnnte a ,·iugem de regrP880, q11a11· to e e 1 o) que este ano é comemo- t,1 de 1381 El-rei e toda a co·rte na
do n peri>grinaçiio chegou a ,A lcoba~·a P se ·ada Ùuma forma mais solene, pare- , 'é de Lisboa prometerarn e ju1·aram
1
Procissi o finat - Peregrinos estran- prPpar:n-a para ,·iRitar n igreja e o mos- ce-nos vir a proposito o i;eguinte ar- firme obediencia a Urbano VI, pon-
geiros - Algumas curas extraordi•
nllrias - Jubilo e entusiasmo da teiro, ncho11·1,(' 1·omplelamente curadn, tigo. do a mao ,,obre nma Ilostia consa-
multidio - A debandada gerat. tendo.lhe dPsnpare<·ido ns dores por com· d
pleto j,1 cJe,.,cle a partida de FRtimu, onde Fale .- Jo n:1 lt O l' G gra a, estilo com que se prometiam
• 11 · 1
Logo que 1,e apagarnm os ecos clns sen I, tra me 1ora'i cons1c ern,·e1l! n ençao • · • b. - · XI CH e d ?mda alpha rego- e J·u1·a"'am
, 11aqt1ele tempo as co1·saa
ultimas pala,·ra,., do augusto orador, for- do antiss1mo. S . no , os car ea1s e ram- e por su- 1
U b ...,, O }> t·f· 1 · ·c1
le ma1or cons1 erai;ao. _.ogo to o o
- 1 d
mou-se o cortejo clo costume para re<·on· · · d d ·
Os Jornn1s e gran e c1rcu a~·ao pu · I - hl·1 ceilsor
t l r ano v 1
f . novo on 1
l rei 11 0 segnrn O exemp1O e1O r ei e da
ice . . .
duzl· r a Imagen1 cle ·NTo.·'sa Senhora de 1~.:.,. - pouco~ ablt os c1" ~ua corte corte. D eAtn f·orma a causa d o Cato-
carum ,1 noticia desta t·ura, c1ue ·1iarec·e en rou ogo a re ormar com 0o-rane e
0

tl·n1a ·a "apel
'
·comemorat·1,·a ,la~~ ,·111[1r1· nb~olutamente incontesl.h el. ze 1o nao A
A

,-oes. ' ••
0

Duma 1·urt.a datada do dia tre1,e e diri- O


, d · ~ '· d · " b" l · 1·1c1smo
. "d t"f" 1 1cou-se com a causa
,
o~ raio!'I do Rol irwidiam qu:i~i perpt!n- gida por nma respe1tavel . h
sen ora de A·I
s rar eaes I n-1 ta os re e a ram-se 1
. t l '] . · l 1 en d ·
eia In< epen encia nac1ona1 ; o r1un-
· t ·
(ll- ,-utarmnnte siibre n, c111.n,.a~ d""
= pere- cohn"a' a um:i s1m filhn residente em Lei- quasJ
F 1· I oc OS contra e · e e reumdos C em f o <a gre1a ._ena ,am em o e p or-
1 J · · , b d
;r)·
' - ç ., "'""'
11;1·i nos, que dur:rnle l<1ngas horns se ti- ria tomamos a liherdnde <le tr11nsc-re1·er on, l e sgeram u ub-pa.pa o ardea! t , 1 (M ' I · t "' p S 92
nh:un c·OllS('rvodo firmo~ 11() bE'U posto jun- os ;,eguintes periodos encantndores pela Robe1•to que tomou O no1ne cle Cle- . ~g.~ò •
1
,llsl • Pn· 8 . ' 1 • ..., '
to da c·npela norn, para 11ssislirem a lo- singeleza. e fidrlidade do narro~ivu, tanto_ iuente VII. Xotifit·ada esta nova e.e . e
do~ t>s :tctos oficinis da peregrinn(·ào. O mai'! parn npreciar quanto é t·crto que es· l
c:illor sufocavn. Mns, apesur clii;so, a mul· sa c·:1rt11 niio eru destinnclu ìt puhlicidu- e ei,iio as corte.~ da Europa s6 Portu- Vantagens alcançadas pelo pseudo·
tidùo niio se ufnstou do logar Hngrndo e, do. gal permaneceu fiel ao verdaclefro
cheia de <'01noçiio e dominndn pelo mai!. «Estou :1 es<'re,•er·le muito contente com Pontifice, TT1·bano YI. legado a favor do anti-papa
vivo entuhi:l!lmo, aclamu,·u u. Virgem, sol. um rnilagre que t1e acnbu cle realiznr ,levi-
u a pesai' de t udo Pedro
tando , irns, ntenando c·om os lenços e do :l inten·essùo de ~O!!Sn He nhorn de J<'a· Solene juramento de D. Fernando ile Consegui Lun a do rei D. Fernando ou da
bntendo 11s palmas. tima. Cmli peregr inaçào di> C'uduvol (creio
J<;ntre ~ perE>grinos h,11 ia alii;uns c-ujn que ti cle Vilur) le,·nrn umo ent.ren1dinlrn Le da corte a Urbano VI raiuha D. Leonor que D. Martinho
origem ~·strangeira f:foilme11te ~e reconhe· 1 h:1. 1·inco onos (jlltl os escote1ros fornm l'ublic:atlo o 1wis1\H1 rie Castela ua de ;l,amora passasse do Bispaclo de
, 'é de 8alamanca, a 19 <le Maio <le Sihes para o de Lisboa, entao Yago.
1381, o pseudo-legaclo, Pedro cle Lu- Este bispo, com a promessa de ser
na, passou l ogo a Portugal, esperan- Cardeal, trabalhou com tanta activi-
clo aqui a lt•ançar o mesmo trhrnfo. ,lade a. fnvor clo unti-papa, t1ne in-
Ma-; os seus sofismas foram ref'uta- duziu o 1·ei a dar em casamento D.
dos pelos Prela,los 1·eur1i,los ern San-1 Beatriz ao rei de f'astela D. J oao .
tarem, em preRen,a de D. Fernando, ITenriqne, emboni rondeuado e de-
tao clara e solidamente que til·ou re- poslo pelo Papa ,lesde 27 de Março 1
dttzirlo a vergonhoso silencio. ,le ]!!82. Foi D . .Mnrtinbo quem le-
.As actas deste c·o1H·ilio naeional vou o emhaixa<lor castelhano em
sao uma obra prima de jt,risprurlen- 1 )forço do a11O seg-uiute preseu~·a de a
eia 1·anonfra, disti11guinclo-se muito D. Fernando em Salvaterra de Ma-
enfre os et·l esiast icos Ruy Lonren~o, g-0:1. e a 17 de lfaio assistiu na Sé
D ea.o cle C'oimbra, e um Dm1tor da cle Radajoz :i l'elebr:u;iio do Matri-
Caterlral de Yizeu. monio, que ns cortes de Coimbra ti-
D . Fernando at·eitou a re~olui;ao l w1·am jut-tnment.e romo ,wlo e in-

va du l rì1i e os cumes rio!! colinn,i adja-


<'entPs e ja no re<·into dns upa.,iç,~es rei- A Missa de um Santo
nani um silencio >,agrado, a 1 1.ena~ 111t~r·
Levaram uro clia. a S. Filipe NeI"i qua-
BATALHA - CAPELA ONDE D. JOAO I FEZ O VOTO POR DEUS E PELA PATRIA tro irmàos israelit.as para ele os c-0nYer•
. ~. O ~anto re1·ehe11·os com toda IL afeiçio
A NOSSA SENHORA DA'.]VICTÒRIA ;;;r...; e ca1·icina i;cm lhes dioor nem uma pa-
lavra sobre religiiio. Depois de alguns
dios, pediu-lhes que se enoomendassem
cin, predominando os brnsileiros e os es- j busc·ar ao C"olo. Or11, pelo caminho, à vin-I muito no DPus de Ahrahii.o, de Tsanc e de
panhois. da para cli, dizia ossim: ceni.io me doi na· Jacob pnra que Ele lhes inspirasse o co-
Oe E1,panha estavam duas pesson.!i, ma- dnn. nhecimento da ,·erdndeira fé. Depois, cotn
rido e mulher, est.a cloente, tendo por es- ( 'hegaram a AIC'Obaçu, npenrnm-1,e para grande Amor de Deus, ajuntou: ue eu
118 111oti,·o dndo entradn no p11vilhao clos ir· ao mosteiro e quul nào foi o Pspanto de amanhà a llissa, pedir·ei por v6s e farei
enformos clepois de lhe ~er distribuido. a tod11. :t peregrinaçiio e do senhor Prior Yiolencia n DPth».
competen'te senho no Po,;to d1111 ,·erificn- que dnha rom eia, q uando a mu\herzi- Mais do qne isto. À outra pesson disse
çòes médicas. nhn cle.~c:eu pelo seu pé, .subiu a es<·adn ele: uAmanhii, :i mi11ha Missa, elei diriio
Quando à pert:1grino(·iio de St>l.ubal fu. l.òclu e foi ajoelhar·se dinnte do altar do o simn.
zia os ultimos preparativos para o regres. ~antis.simo. Que alegria para todos e pa- Chcgacla a mnnhii 06 quatro jove~ ju-
so, urna doente trazida por es.~n peregri- rn 1161, especiulmente por ser aqui que eia deus resistinm mais que nunca; e além
nnçiio, do norne Fernoncll~ de J cs11s, ~JUO a nclou pela primeira vezl Depois de disso, tondo estado a dispµtar algumaa
haviii ,;ete anos se 1whava paralit1rn, s.1ir1>m da igrejn, organizarnm uma pro- horas com algumus pe!:~oas, fica.rom maia
qu1s que a levassem 110\·amente a capeln ci1,~flo que ,·eio a.té ì1 nossa cn~n, n can· finn06 e obstinados na sua. opiniiio. Mos
das apnriçòes parn se despedir de N06su tar, com os estnndartes de Nossn Renlio- (coi'-n ndmir1hel !\, e nqua nto S. Fjlipe
Senhorn. Tendo entrado no s11ntu.irio, ra eia Co1weiçiio e de S. J011é. Que grnncle ~eri dizi'll. 11. M i'-'lll, mudar am subitnmen-
eia, que de modo nenhum eru cupaz cle é o poder de Deus, minha querida fi- te e, cheios de alegria, pediram para ae
mover,se, levantn-11e de repente e abrn· lhn, mas é pret'Ì1So tambem n6~ <;ermoi fazercm t·rbtà<>l>.
se li l111agem da Virgem, chorando de :,le· n,uito bonH para a~sim Nossn Senhr,r-~
gria e comoçào. :--:ìi.o 1,e potle descn•Y er no11 ouvir ............. n
o que ~ntiio se pai;sou no recinto eia~ npa- T1•rminn1los os ndos oficiais e .,cnl111a· ----:---------
riçòcs. O entusiasmo ,111 multiclìic,> ntin- do o entusiasmo produzido pela ('ura 11:l
giu as raia!! do delirio u foi no meio dum pa_rulftica l<'ernnndn . da Jesus, 11~ pere-
cortPjo de ruilhares de pei,~oos e do estron- grtnai;òes organiznclas e os p(•re.,ri!JOS
dear dumn ovuçii.o for111icln.Yel ò. Rainhn isolndo" apressam-M! a reirec;sar ti~ bl.'IIS
A' caridade dos nossos leitOres
do ('éu quo a feliz peregrina fil' clb·igiu lareR di:stant.es.
ao Po~to du.s rnril'icac;ùc•s médicas para a A multidiio imensa. que enchia ,> rnsto \Turias tH•,so:is ~o nos leem dìrigrdo
consta.tnçiio da hllll curn. anfiteatro eia Covn c!.t lria e que er,\ para c111e por meio deste jornnJzinho re-
'l'omou tumbem parte na peregrinaçiio, pouco infer1or ÌL de treze de .J ll nh-1 <'-.· D. NUNO ALVARES PEREIRA. c-onwnrlemos ti ca rida de dO'i 11051'-0S leito-
em ocçiio cli' g ru~·ns, 11m1L menina do Por- con-se pour·o a po11co em dir~çito ii. e~trn- (Beato Nuno de Santa Maria)
res as suas net·es,;idndes.
to, de nome ~1nrgaric11i Duarte de Sou· d:, distrit:11 e aos caminhok e aiull10" ti,, QUE SE VENERA NA CAPELA DE S. JOROE Eut rP l':,tns e~ta umu esposH que pede
zn, cle ,·intP e tre" nuos dt> idade !' a qul'm montanlm. Apenas n peregrinaçiio cle Loi· n <'OllVPr-ao cle ;,.eu marido e a forçn ne-
ALJUBARROTA
doze rnédico!> tinhnrn dito que pnrn se n1- ria se cornserva ninda em volta ,!o Pa, i <es~nr1.i pa ro nào s11cumbir nesta prova
rar pred,in,•n nbsol11tnmente ile 111zer lhào reznnclo as ultimns preces, l'uzenclo ,ompido <le H'Z .-111 qnn111k1 pelo (•anlo 1,or qui' ~osso , enhor n faz p11ssar .
dalii:um pegurPiro ou pel'> pi~ f1111t'• rt'o Ei.pE>ramos que todos 1(niriio ns suns
umn opera~·iio. ,\ pobn• mPninn preferia as dt'rracleirM despediclas.
morr('I· a sujeitar-se a essa opnn1;iio. O a"tro-rei aindn inundu,·u l'Olll a rua da.~ on,, 111x·tur11a'-.
C'hei:i de r·onfiallça nn bondacle matt>rnal fina poallrn de ouro ,,~ ~:intuario, da L'o· T'is1·onde de Montello
I intençòell as preces que a N . Senhora fa-
zemo.., poi- 1->,t:1.., necC'~sHlades.

Vo7 da Fatima 3

I
ce.vtuo1iu, por haver impedimento de fensao e - ao rei no e da nossa santa tao cedo. BoniiaC'io
pareutesco -.em 1fo,pensa do ,erdadei- Madi·e lgreja pelejamos contra eles; mats tarde, <lirigindo ao 8r. D.
IX, .,e1s ano, .\ 011tro 1r111à.. :
1
uQuericlo irmùu, t>eu, :weita o meu
ro Papa, T'rbano VI. vel'eis hoje corno siio vencidos; po- Joiio 1. 0 a Buia «Divina disponente ,,anl!ue •' ~ t·om al,•J!rin que lho dou. For-
(lbiclem 1·. tJO) rem em nome rie Deus e da Vùgcm clementiu » de '27 de Janeiro de t:ramento,. mu o teu c·on1çJìn ao <':tlor clos santos a-
Xii.o r<'<·ue~ nunt:a deante dos
·,.ao e suplicio do bis o . t ,1Jal'ia,_ cujo dia é amanhli, sejamos 1391, lem brava ainda com sumo lou- obi.tut·11los que 1-e opu:r,erem u reuliza(•ào
Tru'I . . P rn ruso todos iorl.eR e prestes para tornar de- vor o duplice triunfo eia 'anta Sé, do teu ideal. .. n
de L1sboa, D. Martmho Zamora les vingan<;:.u. O su<'es1>0 é conheci- alcançaclo nas C'éìrt,~s tle Coimbra no A. snn ultima ,·unn é paro n ~ua noi-
Conforme consta do Bre,e «Sedes do . Aljubitrrota foi o tribuna! onde è\Cto cla <'leirao ùe D. ,Joiio l. 0
e nn ,·a:uAm:HltL Luz. Ehcren._te e,,tu carta nos
ApostolLca» de 4 de Novembro de se 1lecidiu a contenda, niio s6mente baialbu. de Aljuhnrrota. ultimos momenlos eia minha vi,la. ~osso
1:313-1 que Urbano YI dirigiu de Ge- sobre a iudependencia nacional, mas Assim a Buia autenlita de Boui- Senhor a,·e1tou o $1tcr1fido da mi11ha v1-
nova ao Bispo de Lisboa., os ci.dadaos tambern sobre a indepen<lencia cato- facio IX quasi mutonisou tanto a da, O 111,rn ,;:1n11;Lw , ai 1,er derrumodo até
J oiio da Veiga, 8ilvestre Esteves e lica. O lriunfo de Portugal sobre e lei c;-ao cl.e D. ,Joao l.o <'Omo a vit.o- :i1•• ultima 11:olu 1rnrn confessar 11 fé n'~\que-
que é o ( 're11<lor de to,ln.<: :i~ t•oism1. A
Est.evito Afonso e outros, uum e:xces- CasiE'la foi o lriunfo do Pontifica ria de .Aljubarrotu., alrihuindo-a:; minhu l1>mhr11nt;n nnnc·a tE\ nbandonou e
so <le deiliea<;ùo :i verdadeira causa, Romano sobrc o anli-papa de Avi- ambns ti intel'Yeuçiio de Deus « trium- sofro porque lt>nho de deixar-te. Eles
1uataram a D. Martinho Zamora e a uhiio. p.hum clivinitus reportasti». Assim prenderam-me e dentro l'lll breve din·me
G om;alo V asq ues, q ne fora prior se- ()fon. Lusi t. P. 8, 1. 23 <'. 31)
é que a g:l oriosa. Virgem Maria, ou- fusilur e niio ha J>O"~ibili,lad(:' nenJ111ma
hnmnnu. de e"copnr dnqui.
culnr ria igrejn <·olegia<la de , '.ta Yinclo os votos do Mestre !le ATiH, F:,lou nas miio,- .te D,:-u~ e Ele bem sa·
:Maria de Uuimaraes, por iuteuta- Roma celebra o seu triunfo com int.t>rvt>io na batnlha e fez que a ce- he o qui:' ho dt- de<:i,lir da minhn ,·ida.
lE'b1•açiio do seu tri unfo se j untasse C'ont'ormu-tP port.i nto, pois tal é 11 von·
rem eulrf'g-ar a cidatle de Lisboa uas a vict6ria de Aljubarrota
0 nosRo na vespera da sua festa d' Ah- tade de 1).,11,. Het·ehl' a saudode ùe um
IDaos <los s~i·miaticos. Foram mortos ,-orai;ii.o <1111• te 11ma nté a morte e conti·
sohre o'! tE'lhados da Sé de Lisboa, e A celebre vitoria de Aljubarrota sunc;-ao, a 14 de Agosto cle 1385. uuar.i u amur-tt" 1w eternidarle. Todo teu
<lali arremesi,ados no adro. Arrastados resoot1 t>lll toclos os estaclos caiolicos Para cumprimento do seu voto
pelas ruas alé ao Rocio, ia diante um e sobretudo em Roma, que justame11- mandou D. ,)oao 1. l evantar em .Joao.
0

rustico chrnd1J <>stp pregii.o: «J ustiça te a teve corno ima, sendo òe suma honra !le .Vo.~.w • l'llhora da T'if<wia Dens tinha clo fac-to :lt·eitndo o genero·
so 1mcrifit•io de Juiio Ilonilln e conce-
que manda fazr1· nrJs.~o .~e11hor, o consolaçào para o aflito coraçii.o de esse sumpluoso monumento nacio- di>u-lhc
Papa r'r1Ja110 l' I n este fraidor, scis- D rlmno V r,
1·omo o golpe mais ter- nal da Batalha. onde amanha Por-
II palma do martirio. :Mais aio-
eia lhe C'o1wecle11 u honra cle morrer cru-
ma/il'O, r·a.~telhn11u·, porque 11ao ti- rivel desfec:haclo c-o n lra o sc:isma. iugal celebrani oficialmente tao C'ifit-:1do c·omo ,J1•suR no ('111\'urio.
11ha co1111111liao cvm a Sarlla Madre Nem a lemhranc;-a clela se apag·o11 gloriosa data. J<'oi p<>rto do lllE'io dia, a 1:l de .\bril,
qne n !'M'11111nlh:t dos Roldados, espuman·
I u,·eja. » do cltt l'IIIY:t c•onLrn ,Je,-,u,- C'risto por ser
Deste t>:x.1·Psso, (J\te de forma 1w-

MARTIRES 00S NOSSOS OIAS


pr.-cisnnwnte st•xln-feirtt santa, <,e lem-
nhumn f inhu sido aprova.do por Ur- . br:1ra111 ,1,.,. parodinr n Pnixii.o do ~enhor,
bano 6.0 , foram depois peclir perdao c1 uriril':t ndo u sna l'Ì timu.
( lwgado :w 101,tnr do M1plic10 pe<lrn o
ao mf'-;lllO Urbano YI, que lhes man-
clou a ab,mh-içuo pelo Rispo (le Lis -------1---- prisioneiro 111w o deix;i,.~t·m rt>zar pela ul·
lima 1•ez. Ajol'ihou-~e I' orou, pn,;snndo
boa. D. ,Joiio A1111E's. • lenlnment,, u, t·ontu'< do r0sario, depois
Juventude cat61 ica ,ofrim!'ntos siio inutei-;. Qu,• lnt:1 :itroz, t•...c·rt-,eu ,dnda 1111111 p;_;dnt:o de papl•I e,ta
Anles de c•o11bert>1 Pste tim 1rao 1- s1qwricll' 1i~ 111inlt11" fnrças... Sou de car- ht1hlim<' profissiiu dt> fo. J-:11 uwn.fi por
<·o de D. :Martinho Zamora a a,;;,-_ 11-, ,, n ,·arne g1·ita para me ohrigur a
( J,;x traimos t·om a òc•dcla ,•enfa d-0 fuj!ir no s111·ril'ic·lo. Dai-me i•ora11:e1n, Se· ])fui, .fo,io .llu1111rl Jtcmil/u.
curia de .\.viuh1io, onde se nchava o A tara m-110 entiio a unrn cruz, no qual fi-
~lensagriro cle ~larìa) nhor, e l'ntusiasmo. Rt• Yos agracla a
a11ti-papa, <'lemente VII saben,lo òa Joiio l\fnnuel Ronilla era presidente c·ruz que f>Psa snhi't> miw, 11c·eito.:1, , e- 1·011 t•xpo,to nos mai,; M1er,e" (1-t•arnt"O~ dos
morte de D. l<'f'ruanclo, elevou D. dn j1n c>ntnde c·n toliC'II mexio,Hrn em nhor, 11111, niio me recu~eis o que Vos al,zor.e~, que 110 lw1'01co JOH'm qui,eram
Martinho ., E'mi11Pn1·in do Cardina- 'flalpon. Do seu t-ro halho !iUstent;l\'a a J)<'\'O · cln i-111c a ,·ossn p;rO('ll, mais p;ra\•a n•pelir u, 'lt:1!11'1"' d11 pn"ìio ile Je1111'> Cris-
lato. familiu <'0111 q111>m , ilin e que extremo- pura 1;ohre11,uuruliz11r oi, mt>u, :1t,.'j(os e to. Passuclih t1·1·~ lioras fnzilaram, a8Sim
s:llnPnte amnn1, su:1 miii,\ ja 1closo, ir- pnru nào c)pS(J(1ro\·onr u111 ~ti momt>nto. O t:rtl(·ific·nrla, 11 ,;11:1 dtin111. ,\,. suas ulti·
(lhiclem P. 8, l. 2:1, e·. 8) miio'> t' irnuh. mns pala, rns forum um µ;rito Yihrunte e
men d(1S(1jo t> ,er o trin11fo et.i, 11oss:1 t·,1u· sonoro; ul'•ru /',-i.,/o Uri!
Qu:indo vi11 esgot.iulns todos os meios Nit e mnrr1'r. 1<;01 1 ·0M;n1< mii1os eslon, Se-
Urbano VI, pediu os pormenores l<>g11 is o pacific·os pura re<•onquistar a lj- t:rn 111 :I da t ardt• de sPxl11 feira san-
nhor, e V61< hi>111 sufiE>i~ o que fn1.ei~1>.
da batalha de Aljubarrota herùnde J>1u·11 11 lgreja, ,Joiio allsLou-se
l11 clP I 92i.

Uoen-se o Papa, <·omo boro pas- na~ LMpn~ hherL11clor:18, niio por amor <la Paro a nossu c·ounrdin c(panie ctos mais
g1;erra, rnas simplesment<i porque julgou IH.'q11e11os s:icrificios, estus pala\'ros hào-de
tor, da 11n11lant:a dos <·ast~lhanos pa- ser PsRe o ,eu d1•q•r. No dia da sua pnr- nos envergonhnr. EXPLICAçOES NECESSARIAS
1·a o :inti-papn, e dPpois de esgofar tida puru n lropa entregon como lem- Do1.e dia,i a1wn11s ante~ di."' morrer p,-· ~o tem dil'eito a rec·eher a roz da
toclos os mcios ,uaves e sanfa:,; brança a ,iun irmii Merrè11 o proprio re- UP\IU <'I<>: flati 11ut pelo c·orrPio quem enviar
a1lmoe-,taçòPs, proct>Ùeu por tenno:- trato oom a '>t )!:nint.e dedic•aloria:
1 ,.;J de .\ bril. Di> manhà. Domingo...
«Para m1nha irmit Merres. Tlnlpan D. l)ia cle 011, ir mbsn ... l\[eu J)eus, eu ,·OH adiaula!lamente o minimo de dez es-
jmlit'iuiR ti ex1·omunhao e deposic;-iio
I•'. 15 clP 011t11hro de 1926. :\Ierciìs, ofe- amo c-om lod,1 a m1nh11 alma! g· por ii;so c·uclos por 11110.
do rei, o qne foi e•wruplÙosamente re,·i n minlrn Yida II De11s e ,·ou lutar q 11 e i>u ciui~ sofrer. Entreguei-me todo a 1f 11itns pessoas, i;abendo que lu-
respeitarlo pPla, cortes de Coimbra, por su:\ santu 1·nuM1 •' principalmente Vos. Xii.o \'os pude rec·ehPr sacramental- do reverte a favor da maior expan-
e por isso lhe uuo 1lavap:1. ja o litulo pelo., mpuq. ],;~pero ciue Ele :u:eitar:i <> mPnte, mns em e<;pirilo, !!im, espero eu. sao do joruahinbo, de que tilm si-
meu ijJH'rificio e em lrcx:a vos dara n vo" ... :\Iiie tlo {'éo, protegei a minba M.iie
dE' rei, mas o de J ofio li en r-ique.~ que bodos a JHIZ do •·Mn\·iin e a .s:,h·n\·ào clas e Luz <rra 11 sua noi, a) e n11 hora da <lo clislribuidos mais de trinta mil
se clwma rei de r'nMela. Ora na Bu- ,·oi,sus ahnas: é n men mnior clesejo, pois minha mortP recehPi·me l'm ,-o~sots bra- mensnlmente, teem g-t>nerosamente
la «Re,q1111111i» cla sua deposiçao, ex- bem conn:-nddo eslou da mel>(JUITlhez da (,'O!>n. euviado quantias maiores.
peclitlu em Roma u 2i de Março de viclu. Guarda Pslo rt.>corùaçiio e lembra- ~iio mancla.mos fazer a eobrança
t.e de mim, do t<'II irmiio tnnis ,·elho, que Xo clin 15 de Ahril, de nrndrugadn,
138~, reve~ltdo o Pon tifice de espi- s6 quilll a vo~sa felicidnde e que pede O foi np1111lrndo polo~ soldoclos cle Cnlles. pelo l'Ol'l'eÌo. ('ada Ulll e,nviara Òi-
rito profetico, prediz miudamente o Deu,:; pe la snntifiC'11çiio dn!I vossns vidas».- A sen irmiin escre, eu O seguinte hilhete: rectamente n irnporta.ncia da sua
que n<·onte1•eu n 14 cle Agosto de Todo o seu diario de <'ltmpanho, de que «Hoje, i;ext,a-feirn sirnta. Dia de tris- nssinaiura em <"nl'ta registada ou
1385 . ,·nmoij <-'xl,ra ir :1penaq algumns follrns tezn. Ac11hnm de me fnzer prisioneiro.
'Vale, nao se atlmiranclo de quP se
(Mon. Lm1it. P. 8, l. 22, C'. 41) soltn'!, mostra he1n 'I> fogo de amor de Vii.o·me fuid.litr. Rez1t por mim.u
Deus, que lhe guirini os passos: Os solclad0-~ dehnrum-no escrever aind,1 nito ac·u'le 1og-o a ret'ep('ao porque
0s portuguéses em Aljubarrota ul 5 de 1\Iart;-o. Ah l Senhor, hem saheis al11:11mns pala, ,·ns rie despedida a sua fa- n em sE'mpre é pO!!siYel.
que ,·os nmo e que é por ,·osso a,_nor qu_e m.ilia. Siio rC'liqnini..-.li> nm c•oraçiio ter- Quém de:sejnr obter ag-lla da Fati-
soldados de S. Pedro luto e sofro. En ,·o,; ~fer;ço. n 1) 11 nhn "._1- DO e amante, qm• sohrenatnrnlizon o seu
ma pocle ,lirig-ir-!-ie ao ~nr. ,José de
Desde o priuc·ipio da :Monarquia da ? mef "ai'1v.ne. F. yos,
8 0
mmhn 1\lae nmor 11:. uniìio intinui do sua alm:1 c·om
> • • do C'eo, \ _6.., ,em ,11he1,.,_ quanto eu sou Deus Jlllrll cuem 1 ,ivin. Almeiclo. Lope-. Fatima (Yila .So-
qu.e os l \.e1s se I nculcn vam ao Papa sincero. D1ze1 n ,·osso F1lho que se com-j ' Ya cl 'Ourem) que n isso se presta <le
como sol<lados rie H. Peclro. ~unca pac!Pç,1 d" n6s, que j1i t'
i.em(lo que Ele .\ i;un miifl·
porem os Portugue1,1es mereceram 1t-ine n11 minhn palri,1, de que Y6s soi,,
I
ul[,ìe nwito amuclò1, é o ultimo a<leus
hoa Yontade. Posto quP a a:rua seja
melhor o glorioso IIOllle de sol-"ados H:tinlrn. Disseste~-110,- qu" no,, amw•~is, CJIII' llw ein io. DeuM :,.o,..,o ::ienlior assim ~ratuita hu a c·ontar 1•01n o preço do
Y 1-,pnhnru, mo~lrai·o :1~or:i. Oferecei e"le o quer. Rem s1•i qunnto o ,,.,u eora~·i'io rec·ipieute e pmtP do l'orreio, etc. o
di! R. Pnlro, do que E'lll Aljubarrota. incem,o de ,ec·rific•io I' as' ,·idos tlo,, Qlli' rnì sofrer no ler ,,to. . •\ mim o pen,.a- que tu<lo rhi aindn urna quantia que
• El-rPi na missa lomou do Aree- , uem no t>omhntt>: os et:to:i heroicos de mento ,le qu,· n , ou cle1xor sem mt>ios
I
bispu Primaz O sinal ,la ('ruznda, mfies e de e~pos11s que deixarnm Jl?rtir cl" sub,;i1<t<>1wm tortura-me ,t nlma. Mor-
a alguns pare1·eni elE'Yada.
que ha via COlll'.e!lido contra Oi- ,;cib- com l'e•il(n:l\àO o~ que arn11m, ofer~e1 l11· ro trnnquilo, isso ~1111: é neus 0 ~,,0 8e-
clo issi) ,1 pecli pura nos a hre\'e hbert:t· nhor qne nw citi lor\'lls. Xii.o c•lrnre; reze
x occesfcoD

mn I i<·O'i O Papa D rlmuo YI, e foi c:iio. Bem t•onhe<'eis, 6 minhn if~<', 1u,111· 0 resLgne·sP. Na 011trn \'Ida nos nniremot1 Esmolas obtidas em varias igrejas
uma !'l'l!Z vermelba cl<> JSeda que poz to urnho sol l'ICI,• d\!,tlC' q11e lome1 :1r111;1-.. · parn i,iemprl'. Oferr(·n o sa<'rificio das quindo da distribuiçio da
no peito; e Il i111ìia1:ao de El-Rei pu- d~te!l·ll1l' (')10r1u· O Sl\lll,!;ll(.' <lo ~('U lOl'n- suns lagrimas por tantos irmàos ll0"808 voz DA FATIMA I

~eram os mai i-; ,.j m ilhaute~ rruses, a çii.o <·01:n n r<·1·or tl:1C;ào dnq)wlc•s que i•oinu qut• e~Uici C'<'ftO~ <-' niio querem ,·er. ~,, igrejn clo SR. ( 'orn~·ùo eia
V6i,i Ylro111 os meus sofnmentns ... ~em ~ .. 11 rilhu que 11111ilo 11 nmn
que nP •Wg-11iu n het1<,'iio poutifical do c·onwr iwm lwlH'r, t> quanta!! vez<'s !WII, ,Jesus, pur 111~0 dn Rx.ma Rl•nho-
.Toao r.1 D. Mariu Mntilde ('1rnhn Xn-
Arcehispo, t'lll que puhlic•ou a. lndnl- dormir, ,his1•nn..;anclo npenn, :;ohrP a ter· A sua n·mii:
' iM em A hril de Hl:?8 . .. . .. .. .
gen1·ia <la c·nvacla l:loleoemente » rn nun, ~·om frio ~ue penetr_aYa os os-1 uQuer1da irmù. .\ pro,1111:1-,e o 1nomen- X a mesma ìgr1•jn por i nter-
( J bi. P. 8: 1. ~;3, e·. :!8) i;os... l' omd 11 .1)()r c·imn .0 sofnmeutf mo· to <lt> dPstwdir·nw de ti para -.empre. med i,, cl,1 mesma Sc•nhor:1 l'nt 14
O ( 1011,ll•stan•l D. X uno Alvart•S 1111 clt> ,·er 11 111 ''011 "laiWJl dos que utnm l)pu-; :-;osso Sc•nltor qui.~ tmnnr o meu clt• Jnlho cle 1928 . . .... ..... . liS.65
. J l ] comnosc·on. ,-nngue ,, a mìnha dda, Esto11 tranquilo I clPn\, iclPm .-111 21 do m / m(•, 1:3~30
l'ereira em >l'OU ao~ '-O darlos QU<' ('01110 eram (lrorumlo~ e"~t.'s sofri111c>u· tlea11te do -;nt·r1fi<'io, 11111, sofro t·rudnll'n- 1\n 1~rc>jn cle S. Ti:11<0 de Ce·
c ali e:-;taYlllll del'end!3ndo justa cle- t-0s, os moraiJI e intniore, _sohretudo, tE' ao pen,..ar i•m ,·o~ t•l<IO!! . zimhru, por mào ,lu r~, .11111 ..;enho-
1;11an1la pelo rf!i_n~ t' p~ln San tu Jgre- 1 trnm,purr, e clt'-1 a l~•li,-sii~a .pagina: . ~[i11h:1 pobri> miii' ha-dfl sol'rer mnito: rn D. Gertr11dP, clo ('armo Pintn,
JU c·outra 0 , s1·tsma!Ic-os. » u:\teu Dt>m,, srnto f.,lt,,r~me a <Or~- nh I que 1•stes 11ofrimentns nlc·nneem de Pm ,Junho cl~ 192R ... ....... .
, 11 · l l . gem. Pen-..o t•m fup:1r, l'm dN:rnr e-,tn \'J· DPns a c-oiwer~ii.o rie tanto,_ regos quc> ). a nw~nlll iJZrt>jn por i nt.er-
1', 0 \.E"I ~mll lt'lll eone UJU a Sua d:i dr prirn\·i;e!I P c•orrn parn oude fit'Ou niin qut-rem ,r•r. Qne ,1 Snnti,-im:i ,·ir· merlio do nw,111:1 <;;pnhorA e1n ,J 11·
breve fala rl1zf'nrlo: «l'or no,,:-;a <le- 1 a 111i11lrn fumilia. P,1r(l(·e-me que os meus gPm tt•nhn em c·onta .,,,1,...., ~ofrimentos., lho dt> 1928 •.. . .. .... '. ....

-
4
Voz da Fatima

As curas de "FATIMA ,, ga, o pr~mio que a Justiça Divina quiz


dar a ~mba Esposa pela paciencia, pela
c~n~tanc·1a, pela dedicaçiio e pelo 86 i-
VOZ DA. FATIMA
Despeza
--------1---- rito de abnegaçiio e sacrificio com que du- 'l'ransporte .. . . . . .. .. . 112.057e-to

I
rante dez longos anos tratou a minha Papel coroposiçiio e ìmprPs-
M
I doenç1t e co1:1111artil11ou os meUB sofrime;- siio do n. 0 70 (49.500 E'X('m-
. ara Emllla Fernandes do, . Cque foi se1upre para a rloente nm t~, e tudo isto sem jamais perder a sua plares 2.832$5 \
~!ariana Teodorn d'Oliveira, de Vilar marido exemplar, nùo :se poupando nun· fe no pod~r ~ ~la misericordia de Deus. Selos, ~;~1b~Ìag~ru~-- ii,:anspor·
(Cadanil), . em cart:t de 20 de Julho, diz- ca a todos os trabalbos e despezas) a A _Provi!3en_c 1a, porem, nos seus ioson- tes, gra, 11n1s. e:iqwrli~·ào
uos o segumt.e: sua mortalha. dave1S des~m.os, quiz fazer obra comple· et<:. 1 013 ~6(1
«Cheia de alegria venbo contar A V. Contando ele ~ sua grande <lor ii miie, ta: no restituir-me a saude do corpo quiz ... ... .. .. ... .. ... . •"'
Re,·. o grande milap;re que ~ossn Senbo-j estR senhorn veio ao Pera! ver a doen- dar-me t~mbem ~ da alma, reacendendo Subscri.-.ao 115.003$.',0
ra f~z a uma peregrina que foi na, _ te, e trouxe com eia -o ex.mo snr. Dr. nela. a fe e r~av1vando as cren~·as quasi .,.
regrinaçào do Vilar no 'diu 13 de Juhieo Bruno, _do Bombural, ~11;~ ao ver a do- p~rdid~s; e o mstrumento de que a Pro- (Setemlu-o e Outubro de Hr2i)
a Cova da !ria (Fatima) ùe nome M . ente fo1 da mesma oprntao dos colegas ;1dencm se ser1:iu foi na verdade o rela- E_m·iarum dez e!:!Cnd-os parn o jornal.
~ia Emilia Fornnndes, de ;38 nuos Je tratar·se duma, j!;a)opnnte. ' o que Y· ~'x.c1a fez da sua cura no jor- Jac1nta da AS!llllupçiio Marques, ::\far· •
idad_e, natural e· residente em Vilar. Tem O Or. :\fario do Cadavnl, gue cont,i. nal, do Fatima. . das Doros _dio Arnal :M. e Castro, Ludo
sofrH!o desde a idRde de sete auos de nuou a_ ser o seu medioo rec·ebin oodos U~mpre·me, pois, agradecer-lbe, e viva- v\na de Oliveira Santana, Maria Irene d.1
uma perna, i1:1to é, doen~·a nos ossos, os ùms informaçòes emiacla~ pelo SenJ1or !11e~ e Pt>nhorado o faço, a contribniçao Stiva Passos, Adelaide Salclanha, (.'a11d1-
~11s ha c1nco anos para l'ti as dort>i, tém Raul de Se~xas Pah·a, que e~a quem por rn~1'.·.ecta que yor merce de Deos V. da_ Gomes _Delgado (20$00) i Pl.'rp('t11.1
sido tantas que a impossibihtavam de ft~,·or e c·ar1dade lhe da,·a todas :is inje- Ex.ci~. trouxe a cura do<i meus sofrimen- Se1~as, M:mn ~os ~antos Aniio Ro:,a. P. t•
andar; 86 com o auxilio cle duas mule- çoe., <1ue foram 11~, porque o coraçiio tos' f1s1c-os e moral.'s. jose Mana R1hnu, Mnriu Ribnl1, ~luri,1
t~ ou no colo das pessoas de fnmilia. Xo tambe1~ Pstavri mu1t1sJ1mo fl'aco, chegan· l -~ nmpre-no~ :>.gora, c~mo V. Ex.eia bei.n Augusta Paixiio Gomes Amelia Bro<'il!l.<Ìt>
dia 12, ao ·chegurrnos n Fatima foi oon- d1~ p_o1 trl''I ,~z<•s a Julga.Jn monbunda. d1z, _mostrarmo-no;; d1g11os do benefiqio Mari_a Adelaide Ahreu: Mnximn Ro:,ndu,
duzi~a em ma.ca pelos Serntn~, qua n Ja tmlia l'e<:eh1do, ll seu pedido os uJti- receb1do, c-onfessnnclo alth-umeote ns nos- Adel_1:1 Gonçal:"~ dos Sant.0:1 Bnptii,lil,
trataram com 11 mitxi-ma caridade. ~o'! sacramentos. Emfim todos de fami- sns c·renças e esfor(·ando-nos por afervo· ~far!a Tzabel S1h·a Baptista (15$00), ] s-
_?urnnte O tempo que esteve no pud· h_a ~ pessoas 11111igns rogavam a Miie ·san- 1 rar a~ _dos outros, le\·nr n toda a parte mt>n1a Cuulia, ,\ na dti Jesm1 l\laria dt-
lb.ào sent1u dora· borriveis. )ias ii ben- tlssuna Pe!ns suas melhoras, sem que fos- a_ nobcia da nossa cura, contribuir as- Meueze.s d' Alarcùo e irmù, lla1Tl'iin.1 ('o,--
çao do Santissimo Sacramento as dores st:mos ouv_1dos, ha,·enclo lres semanas, qoe "!lll. para espalhor o eulto de , . S.• de caes, P.e Tc>mib d'Aquino Sih :ire~, l\fa-
desapareceram~lhe, e sentiu urna alegria 1111 0_ do~m1a_ com fnlta de _ar. I 1•_ attm:t e fa7,er enfim t-odo O hem que 88_ Tit1 Rduarù11 )iuta e.la Co>1ta de Lopt'-.
tiio grande que leve \'Ontadé de se le·
l
~o dia_ 1<> de Agosto fo1 vèla 11111 rnpaz ttver ~w no~ a_lcanse e que nuoca sera Praça Cunhal, ('riijLiano (.'alarlo ~Jend'-.._.
v_antar e começar II andar, mai, guardou noSJ;? am1go, da Vermellrn, e per~llntan· de ma.ti; como tr1Luto do 11osso reconheci- (20 00), Mariana Je Jt·sW< l[end, llnr·
silen_c10 aU AJcobaça aondt• todoi 09 pe- <l~ ll do~nte se esta,·11 melhor, esta corno nien,to para com a bondacle de Deui;. tin'l (20$00), Lniza de l•'rt>itas, Laura
regrino:s tle.sc:eram. Eia JUntaruente desce nao (>?<ha falur d!sse que 115.o, por acenos. . E Larefa_ agrada,•el de resto, porque do Quaresmi1, Ludovinu de Je•ms Lo(lt! . St--
oome<·a a andar clireito ao ;\foqteiro, so~ . O dito r~paz ~hs:e-lhe: Peçu n seu ma- I s~u cu111pr~~ento resulta sempre aquela ba,itiùo ::\farqueis, Fr11nci~t·o de Pan a Bo-
be os degraus, entra 1,i•la igreja 0 pros-. rido que \a a l•atuna orar pela menina, p_az ~e esp1~1_to e nqot•la alep;ria de cons- léo (15$00), Josti Pae~ do:- San1-0~, _\nro-
tra-se de joelhos, u n11:radecer a :'.'fossa que tenho f~ quc melhoru. Pouco depois <'tencu~ 9ue Ja de si t·on~tituem mnn gran· n1 .\ntnnes, Curoliu:1 Pedrosn Ramalho-
8Pnl1ora o r_nilal(re que [h(' tmha feito. ~hl'l(a o m~rido e _eia a _inuito cui;to, com de fehc1dade mornl. Cast11nho, Maria Petlrosa Hu11ml110 Snn-
01;. peregrrnos todos entusinsorndos de ,1 f~la_ m111to sumida, ~1z·lbe: l\f urio, "ai Lamento 111ncer ame11tl.' que O desastre t011, l\fonuel de .Arau10 Pereira, Mnnuel
alegria, arvoram 118 bandeirns e formnm a J,ntrma ped1r por 1111111 r>orque eu que- que ciofreu, tram,tornaudo-lhe a ,,ida eco- José de Arau1<>. Antonio P. V. Fnlciio,
u111a_ procissào pelas ruas de .\ lcoba~·a, e ro ,melhorur. _ nomwamente, . obrigasse v._ F1x.cia u se· Joat1uim Perein,, \utonio ..\.uACusto :--o-
eia u frente com as muletas nn mao l' al i:,essn n1esm.~ tardi' segu1u na compn- parnr-se dos isens,_ o que e spmpre ùolo- vais (20$00), 111aria Catarina de ('arv.1·
and~r . perfeitamente. Todo O povo :mr- nbta. de lll('U ftlho ~fnnut.>l po_ra Le!ria, e r_oso_ para q~em vive no culto dos afeotos lho, Gt!rtrudes Ptres l'orrèa, .\deluide
pree~ ftdo _perguntarn O que tinha ha,·ido no d1?- 16 fo~n111 n çova eia Irta pedn· eom fa:uihar;s. _E,~ton certo, P?~em, de que N. Salgueiro Silva (12"'50), Maria FPrreira
e nos cheios de fé c•antin·amo, 0 ._ lom·o· 0 _ mu1or for, or a :-ìo,-,a Seuhora do Rosa-, S. dp Fatima o vae aux1har por tal for- Ro<lrigues, Joeé Antoni-o Gom,11lw,, Te-
r& a Virgem. I rio,, as melhorns de sua mulher p irinii. n_ia q~t· em br~,·e pOR.qa refazer 8 sua reza de Jesm, (.'o,-tnre1ra, P.e ( ·onstau-
0 _llev. Puroco dl•sta frt>~ue,.ia ciue foi Cbegaram a casa :is 2 h~ras da madru- situn,~·ao_ ~nom1ea e voltar ao com•ivio tino Nu,nes V11ole,,, Eruif'lì~1d1~ Vi_cente-
Pre.s1denw da p('regrinaçiio anda 11 cui- p;ada, traz('n~o n agua l\!rlngrosa, dizen- <I_~ r, ~11111!~ que '? t>btt't.>me~. A Providen- Hort,) ( n:rnllto. , I eocloro l-:1r1u '.\e,~·
dar do" nwstado5 medi1:o1; pura endar a) do-lhe n mando l'Om ttmu fé ,·iva: bebe e1,1 nao po<le_ cleL,car de c-ompletar a sua f'.alm1ra Vrc!nte &i11n•s. J <>11n~ du Esp1-
redacçiio ria l'": d,, l:'6t,ma l' faréi lodo <•s1 n agua que melhoras. Pouco depois oh_r:i. Por minha parte 11inr-cramt>nte de-I rito S_anto Neve.. (20 00-, L~c-111110 L*'.an-
o relato.» a.dura.se ,1 fala e :is .i_ bor~s dormia 5 mi- ~~J~ que a !;au_rle lhe nào falte e qnt> a dro ~>1re~ (3.'l$00),. Ana_ ::\fore1rn du _S1lva.
uotos e no dia ~eg111nte Ja dormia um 'Hfa, no exerc-1c10 da sua profrs!4iio lhe Eµ;reJa., rere-;u G111m,1raef!, Ak1110 C-,e~ho
Emilia Rosa Gonçalve.s, do Pera I, con- qunrl? de hora. c·orrn o melhor pu.-.sfrel, de man,eira' que d~ ,.Sous,a,, .\ll~rLi111 ~raria Vaz. Pere1ra.
celho do Cad:n al, Yetll hoje (carta de 15 .\ sun fornro aumento mio Il!! melhoras e em breve tempo possa voltar a sua terra (22 50), ùarohna .\11~11sta l\1ore1r11, An-
d~ Julbo) cumprir 11 sua pro111es~11 pu· no <li~ 23 cle .\ gos1Jo chamnmos O medi· 1e dar·mp o prazer de O abra~·ar na. 1,na tonio lgrutcio v· . .,,,t,·, Gnilhenniua ('a-
bhcanclo na Voz d<1 Fdfi11w o grande mì- co n!;St~tentt>, Di:. '.\!ario que ficou snr- pnsxu~e_m J?Or L1shoa, ~acho rle G?'1ve1a, Olg:u :,.; une_.. Pere1ra
iagrp da cura ilt> sua filha '.\fnrin l\Ia- prePndtdo e satr<1ft>1to de a Yer c-orn 08 Oxala p0111 que em bòa horn ~enha aber- (.{0$00), AJzirn ?\()g11e1ra, :\form .\ugn_s-
nuela de 21. anos, ca>,nd11 ~·om :\lari o Dias pulmòefl limpo!I. to o 1;eu consultorio. ta A.IYt>l>. llernardi 110 de Almeidu. Ameha
Frunco, residente> ua Qu111t:1 ,lo, l--alga· X-o dia 29 e !l() de A~o,,to, renlisanclo-st1 Eu t·onti11uo 11unH1 excelen~ dispooiçiio Viana C,lrvalho Sautiul('(> ila ('ruz, n~1a
do·, coucelho de I euiche. . 1 aqni a fes~a ao :\fartyr R. 1 ehustiiìo, a ,le c·o:po e _de e'Spirito, t·om umu saucle ~;;son <l11 Hon·alb1~ (50$00), Ernestina
Dando a luz 11ma roenr11a 110 d•:1 28 de rl°!'nte p~drn parn o. :issentareni noma cu· qne eh~ n dia se tern vindo a robuste-c-er. (;orlez Lapu., _llaria tl'as Dores f~
~ar<;o de 1926, trez I!leZt>-s de1101s_, c'011s- de1r:i pois queria ver a procissiio. D~sta_ra d1zer a V. E,.c·ia que, tendo Real ( ruz, M.ar111 _Jo11n11. Valente, I<ehc1-
t1po~-se, decla.rando·se uma broll(1t11te :lS· Fiz-lh(' n ,·onta.de sentindo-se bem db· aL1n~1do 11 extrPma mHgre:r.a fisica des- daùe Go.t:nes, Henr1q11t>ta Lourgn•e (20$),
mahca. . . postu, comovenclo-~e no entanto quando dc a data_ eia minJ1a <:1tra, hn apr~xima· l\furin Reuriquetu Vieira, Mari~ ila C'on-
Seu _ n~ed1c·o ll!:1:s!stentP,_ o F.x.11111 1,or. umn._ crinnça se nprnximon da janel:J e se dnnwnte c:rnc·o mezes, j(i aumentei 11 qui- ~içao FM~ande-t <12 ~O)! Jt~d, 1ge" D~<>-
Dr. Fi ozac:,. ~lt> Pemche, rfic.;~e ~lit! de,ma- :1dm1rou deln estar , i\'n r los c~t- pezo, fazendo r>resentemente toda hnda da I• rauca e _Ohnnra, _ .\on Ahes
lll.ll~se a ftl_h,nh~, e que s~1sse 1medinta- No ~in 5 de Outul>ro houYe missa em :i minha 111la hnbitnal e normnl. da Co-la R-.p,nhtc>11·a, .M,1rrn Ro.~a. ~e
mente d:ih <lene)? :i h'.~m1~adt> do _m,~. acçi[o dP grnçu-s pelu, <ittas ineUioras, e 'l'~1do i~to é natural de resto, pois é in- Monra, ~Ian~el. :\nton~o S~ixas, .F. 1_1:1 1ha
No enJ.anto que qsse pi nnetro n opu11ao voltou para sua cnsn na quinta eros Sai- ?11h1ta_YE-) gue quando Deus i;e re-.oh-e 11 Be~·:1._ ,Toao 1'.mil10 _Cu1111nr~1Ps. Mu11ano.
do seu colega do Bo111barral, o Ex.mo 1,todos - PPuicht.>. 111te-n'lr nos nO<'l<;OS mnles o faz pnrn Oli Amor1m .\lv<>:., Manu RodrtguPs ÒII : o-
s1!r. Dr. Alberto }.l_art1us. _A«s1111 fez, Grnçus a Deus e a Kos~a Senhorn clo rl'1nediar por l'Ompleto, corno é pr oprio \'Oll, P.e J " )fartin11 Onarte .Jun!nr,
nno _conC'~rdando o <lito. medico ser ne- Host1rio tem contionado bem. da sua omoipotencia e bondadt> infinita. Eldrn 11.~ C'uncei~·ào :\ip,·es l"errt>irn,
cessarto sa1i: do casa, pois quP Pra nma Nào quero u-rmi-nar esta ~t>m tornar a Jonqu1m ('an-aU10 l111rq11t•s (12$50), Ho-
leve hi:onq\llte. Outra carta liberdade de lhl.' pe1lir om fn,·or. mero Go1nes, Ad~laide dns Dor<'s Cnnudas,
. Continu11ndo sl.'mpr~ u !)Por <:om ago. J\!t•11 r uubado, S('nhor Candido Sotto Augusto RodriguE-s de Seabra, ~guerla
n ms e Falla de a.r, fo1 novamente tharun-1 ( Ver T'oz rifJ Fatima de 011t 11 b e de )fo1or, que V . l~x.t·ia ('ertamente <'onhe- Gonçalve,:; dn Silvu, José Ram~g,r Po•
do ~ l''t.mo snr. Dr. F~azùo! qu~ de 110- ,Janeiro e ..\bril ultin;os). ro ce de _?Ome, foi viti1nu, por ocasiiio da res, Jt'rauoi~c~ da Costa Teodosio, J oa·
vo t~tou p11ra que sa1ss;e 1med1ntoin<'n- . rt>,·olu\·ao de 9 de 1''t>vereir o, de um gra- quim Gregano Ta,·art.>s (20$00). Or.
te dah. . . . Lisboa 10 de Março rie 1928. ""' desastl'e que o 11rirnu da vista. W eiss de Oliveira (20_$00), M~rm d_a
No dio. 28 de ,Julho veto para oos,;a Chegou a sentir umas lip;eiras melho- Conceiçiio Xeves, Severino Mortllls Pi-
casa em P era], concelho de Cndoval, e E,c.mo Snr. r us _clep~is dumu. _interv~ç~o cirurgica, nheiro, ,José Gonçalve~ Pa1Hrn11to, ~eu·
passando pelo Bombarral ~onf!ultou rie JJr. .-!rneìo ,l<! Sili-a Ribeiro ~as mfehzmente arnda nii.o recuperon 11 riquetu Duarte, Hermma Augusta , Cor•
DO\'O o ex.mo snr . Dr. Mart1ns, que en. v1st11, que tantu falla lhe foz. reia Mnnnel Roque Gonçalves, Jose Ca-
~o lhe disse estar com urna febre ìnfe(- Venho acu ur a rN·Pp~·iio da carta de 1'anto eu co1110 minha Esposo temos ar· mil~ Pastor, Maria E~ilia d~ ~Incedo
01oea, fazendo-lhe betn mudar de ures. V. Ex.eia d(' 11 de Fevereiro, que li com dt.>nte fé em que Deus ha-de restituir-lha R osa (20 00), José Juho da Silvu, Ma:-
J,ogo que_ a doente chegou a minl1a c1t-- gronde pruzer e que profundamente pe· dando-nos a,isim o que nos folta par~ ta Ferreira, Ra.,•mundo Vicente da Sii·
sa, mandet chamn_r o meu medico, o ohorado Uie agrudeço. que nl'sta casa haju felicidnde completa. va, Domingos Alves Teixeira Fan7.erea,
/ ex.mo snr. Dr. Mario, do Cadarnl, que a E' mnts que certo qne O elucidntivo re- O que d8llejavamos, e isso tomamoe a J,osé Maria Toixeira .l<'anzere,i, Mario. da.
acbou mal bastante. Voltando a ve.la lato qne Y. Ex.• fez, da forma poi· que liberùnde de lhe ()edir, er a que V. Ex.eia Conceiçiio Vieiru, Amelia Silvu, F~an-
passados 3 dias, disse ao morido que milagrosa(J1ente se ,·iu curado e salvo do que ja umn vez foi O\l\'Ìdo por ~- S.& de cu;co Gurrinhns, tenente Alipio da Stiva
muito custava dizer-lhe, mas que descon- tremendo d0Bastre que lbe s ucedeu e qua Fatima, juntasse as 1;uu l$ preces ,ts nossas Vicente Maria Gracian11 de Dueta Fi-
fiava ser urna tuberculose galopante, e eu li ainda doonte, em muito con'tribuiu para que Deus, te)1do piedade do meu gueiTed~ Joaquim Moreira Nunes, Emi·
que tivessem enfim o maior cuidado. para que no meu espirito e nt raSl;e a nm cunbado, lhe fizesse o que até ogora os lia Aug~sln de Sa Goodolfim (20100),
De certo todos avnliam ns afliçoes e tempo u lu7. da raziilo e a luz da fé e pa- medicos niio t,onseglliram: restituir. lhe a Sill'ina do Carmo Pìres (12$50), Emilia
ohoros que iarn em min.hu casa, mas o rn que m,sim 58 torn a~~e possh·el O mila· visto. de Castro FrazìiJo ùastelo Branca (20$00),
oosso sofrimento e6 a Mie Rantissima e gre da cura com que N. S.& do :Fatima se Pnrn Deus sera tarefu. bem simples ; o P.e Joiio Gaspar e Silva, Porflri-o Gon-
aeu Amo.do Filho o snbem. diguou fa,orecer-me. essencial é pedir·lhe, pedir-lbe muito, pe- çalYes, Sabiniami d' Ascençi\o Lino, D.
R~ueremos urna conferencin em que Diz O ,,el bo ditado gue a fé é qua nos dir.lhe sempre, t·om fé arden~ e confian- Afonso de . Al~uque rq~e ~15_$00), D .
tornnram parte os ex.mos snn;. Drs. Ma- salva; e, bern O sa.be certamente V. çii d('sabalada para que uo fim se reso!- Branca da S1lve1ra e S1lva (G1eata), Te-
rio, e Alberto Martins, dizeodo esle ul- Ex.eia, 0 proprio Jesus, quando por es- va a ouvir·nos. resa de J esus Lopes, Emilia Fernandes
timo que estava por pouco, tem grandes te mundo andou ensinundo nos homeus Minha Esposn agradece e retribue ntui- Martins de Carvalho (20$00), Maria Ze·
ca.vernns no pulmiio · esquerdo, anuindo a as "erdades eternas dn suu doutrina, es· to penborada os cum1>rime ntos de V. ferina Faria (30$00), Julieia. Zenha,
isto o snr. Dr. Mario, roas desejando multando frequentemente os 88118 ensinn· Ex.eia, fazendo comigo sineeros votos pe- Ernestina. Qomes, Alfoe Eateves •.Uvea.
ainda fazer um aboosso, desconfiando ~entos C'OIU milagres marnvilhosos, qua- In sua sa ude e felioidade; e u, por minha • • •
f<>&e bronco-,pneumonia; niio concordando s1 sPmpre 09 e ncerrava cjizendo aos favo· parte, pondo-qie a s ua disposiçao para
o seu colega <lizendo que a su:1 vida es- r ecidos da s ua misericordia _ va.e em paz nquilo em que ~e po'!Sn ser prestavel, pe· Abrigo dos doentes Peregrlnos da Fatima
tava d por Iouco, e s6 se ealvar1a por mn que a tua fé te salvou.
p_ ço-lhe
d ~ue ac_e1te ost _protestos de eleva- 'I' ra uspo rte . . . .. . 1,007•""
°" .,uu
grAan de=mte1agre.. a t d . t
. _,.,n ouvm O u_ 0 0
u, ,
d' . P arece assiro indicar-no~ a P roviden-
is~e-n:,e: I era 9-ue a fé de quern preci~:i e pede é es·
r:i 1
~01~~b:::e~~e~ ~ees im1t oom que pass~ Um anonimo ... ... ... ... ... ...
• D llaria J,osé de Moura Por.
800100
«mmha mie, mande vrr o meu ,est1do i,encrnl pnra que a prece seJa atenclida. De v. Ex.eia t nl 5f00
do casamento que o _quero para a mi· O miiagre com que Deus e N.• s.• de ug. ... ... .. · ·.. · · .. · "
\ · f t h · D . l\Iaria do Pntr()('in ìo de
nha ~o~:1lha . E de ba1xo de nossa gran· F atima me façoreceram tenho eu coinol , m1go a ec uoso e m.to o r1gado r 5100
de afhçuo asstm se fez, trazendo o mari- I certo que r e1>resentn untea de tudo " p~- 1\ oura P ortugal "
., " " ,Toaquir11 IJ11a rte de Oliveira 2.147fofj

/
Leiria, 13 de Setembi~o do 1928

0 0 ,"1. APROVAOAO B OLES1'.ASTIOA]


Dlmtcr, Proprietario , Editor : - Dr. Manuel Marques dos Santos Adminict11dor: - Padre Manuel P ereira da Silva
Composto e ìmr, , esso na UniAo Grafica, RII ~• Santa Marta, 150-152 - Llsboa. Redacç6o e Admtnist,açilo: Seml nàrk> de Lelrta.

GRANDIOSA ROMAGEM DA RELIGIAO E DA PATRIA


EM FATIMA - NA BATALHA - EM ALJUBARROTA
A Cruzada Nun'Alvares e o Santo Condestavel
Trabalhos preparat6rios - A Cooperaçào oficial - Os confrades de S. Vicente de Paulo
Peregrinaçòes do Porto, Funchal, Guarda, A veiro,
Rogel ( Mafra ), Colrneias, etc.
A p1·estimosn e benemérita Cnu:ad,1 efectivac;:iio do progrnnrn d11s festus.
Na.cional Nun 'Alvnres P ereirn, em cuja
I nos, cujo piedade ~incera, viva e profun-,
P rcsidinm nos trnbalhos do or ganiRn- da od1ficav11 todos os ontros peregri110s.
Na vSspera a tarde - Mais de 150.000
peregrinos - A adoraçi o Naclonal
presidència do honru est!\ investido o <;:ilo por parte dn C'ruza.cla, o~ srs. l'api- Os memhros da Cruzada, t•m numPro - Afocuçio do Senhor Bispo de
ilui;tre e ,·enorando Presidente da Rò- ti.io Afonso de M iranda, capitii.o lì'ran- de ct•m pnrtiram do Lishou no dia 12 Beja - A hora da adoraçio da Pe-
I
publica e que reùne no seu seio os maio- cu,ç·o de ('astro, tenc>nte Morcira. uopes, t'm car}uagem atrela<ln no comboio ,ln9
res ,·alores da :Na<;:ii.o e ns figuras mni'i dr. Costa Lobo, dr. l<'crreira Deusdado, 9,!lO du mnnbi"i, e os soe:ios das Confe-
règrinaçio das Colmeias.

I
repre;.enta.tivas de tòdns as classes, r esol- tenente-coronel Costa Vei1,tn, dr. Ant6- rencias em carruagcru. utreladns no cor1-
veu tornar a nohilit;simt\ iniciativn dr> nio Rodrigues da Silva, M anuel He1go- boiu das 2,30 da tardP. Com os v1cenLi-
promo,·er para os dins 13 e 14 de Ago!r- 1>0, Luis l\fonteiro M nrques, dr. Vicen- nos fo i a l•'iitima u re•\· .do dr. Fru nCÌs·
Ao npèlo caloroso o <>ntu~1astico da di-
rl'C('i"io da Cruzada, que <-omo um toque
dt• t·lnrim resoou por todo o territorio n11-
to pàsl!ado urna 1,trandiosa romagem na· <·io11al, acorreram n F:Ui1un milhnres a
<:ionul, de car ackr religioso e patr iotico,
a.o snntu1irio dn H olip;iiio em F atim a P
aos 11a n ~uarios dn Patria n11 Baialha e
. milhnres de pcregrinos.
Por sun. ,·ez o Senhor U. José Alves
('orreia da. Silvn, venerando Bispo de
em Alj ubarrota, com o d u plo intu ito rie Lt-iria, tinhn dirig1clo n todu u c•h•ro e
implorar a prote<-çiio ch,·h1.a. para Por-
tugal e de c:ontribnir c·om a sua quota I
parte para a. inrhi<pe11'!1ivel reconciliac;:iio
fié1q da sua diocese umo circular, apoi-
nnclo 1i inicintiYa. da Cruzada e convidan-
do os '-CllB d io<:esanoi, n n•alizarem a du-
da famrna portu~uesa. plo romngem da Fé e do putriotismo. l\o
No meio das l11tn11 frntricicl11._s quo no'! ,lia 12 à tnrde ja pisurn o i;olo hemdito
ultimoj anos tanta" vezeq tem e nsan- da Cova dn. Jria. mais de ]i;0.000 portu-
giientado o solo cl.l nossa querida P11- gue-;l•s uhr nzndos no amor dn Religiiio o
trin, nquel a. simpati<'a colectividade er- d11 P:1t1·in.
gue bem alto o seu pondao de pnz, A À s dc>z horus uma grnnde multidiio en-
convida. todos os i-<>u filhos a unirE'm--"e , l'hl' o vasto anfiteatro do loc·nl das apa-
em toruo do heroi e santo, o Condestll- ri~·oes. J<'nT.om-se os ultimo, prepurativos
vel D. Nuno Alvnre.'I Pc•rdra, que, no para II procissào clas Yelas.
diz.,1· do grande c>s;eritor Olh·eira lfa1·- Dc repente acendem-se milhnres clo Ju .
tins, é a mais purn t·ousubstnnciaçào da zes. A murtidiio, quo se c01wentra em
alma nncional. Firmemente empenhucl:l fn•nlo do pavilhìio dos doentes~. reza em
em conseguir tiio elevado objectivo, a c6ro o terc;:o do R<>"-1irio. Hezado o terço,
suo. zelosa e nctiva direcc;::io niio se pou- um longo cortejo luminoso desenrola-"8
pou a esforços e cuneeims para quo n d urante cerca de duas horus atranis do
homenagem projoctada revestisse u rna rreinto sngrado, levnnclo Ì\ frente o os-
granòiosidade e nm brilho i ncompnriveis inndnHr> da Cruznòn. N"n<:ional dc Nun' Al-
e assumisso as proporçòes de urna. ver<ln- varc>s, t>mqunnto milhares do vozes con·
deiro. apoteose. tnm em (·oro nito o «A,·ò de l•'ìi.tìmau.
De~de o p rimeiro momento o governo O rio de fogo \':ti agorn juntar as suns
da R i,-publica. aòeria ì1 patri6tica 1nicin- , ngns em tòrno dn cn.prln dns miss.as.
tiva1 facilitando a execuçiio dos JHeren- 13 de A2osto de 1928- Volla da lma211 de Nona S1nbor11 levando o andor membro, da Crmda Nun'Almu Junto do altar eo,;tiio os senhores Bispos
tes mirneros do progrnma òns comemora- de Leirb e do B<'in, ro,leados de um
çoes fastivas e prometendo n~sistir o u fa. grn ncle m1mero de eclt'sinslic06.
zer-se representar em todna elas. te E:,teves Cardoso, dr. Sarm ento 1Jran- co R odrigues Cruz, o santo doutor Cruz. Numn. voz poderosa e vibranto, a mul-
Urna circnnstiì.ncin pr ovidencin.1 v~io diio o d r . Her m!nio S armento. Do P orto, orgnnisaùn. pela ùongrega- tidiio faz n s ua profis.qiio de fé, cantan-
con tribu ir ero 11,rga. escn la. para quo ,i Auxi lioo a Cr uzadn. nos sous t rnbalhos ~·ào dns I•'il has de Maria do Ilomfim e do o ('redo . E ' mein.noite. C'omeça. a
imponente manifestnçiio do Fé e eia pn- umn comisslio do senhorns presidida • peln sob a direcçiio do r1W.clo piiroco Abilio adornc;:ito nocturna do Snnt!Asimo Socra-
t riotismo tivesse um cunho acontuado sr ... D. Deatri-z Arnaut q ue fo i incun'll.i- C111·doso Pinto da Cunhn o do rev.do m<'nto, Sobt> 110 pu lpito o ilnstre Prt>ln-
de piedade o fert'or . vel. I•'nziam parte de&~a comiss.1o as Mntos Soares, partiu Ì\ 1 horn da tar- do Pacense. R eza-se o ter<;:o. No pr ind·
O Consell10 Pnrticuln r dns Con feron- sr.rui D. Maria da Piodnde da Cost,1 PE>!r- de de Domingo, um comboio especial <'Om pio de cadn dezenn o ,·<'11e1·nnòo Antisti-
cias de S. ·v icente de P nulo, de Lisbòa, soa Alc;:ada, M..me R odrigues da Si lvn, seisc:entos peregrinos e vinte doentc.;, t<> fnz urna pratien C'l1<'ia de salutare11
tinha. decidido promover para o dia 13 D. J oana Xn,·ier , D. E lisa de Lour<lc1< que c·hegnram o Leirio. ì,s ~is horas e ensinnml'ntos, nplicantlo enda mistério
de Agosto urna per11grinaçiio dos mem- Mesquitn, M.elle Gouvrin. P into, 1). Cvn- qne om mmionpffr.~ se dirigirnm para em rt>pnrn~iio clas grnndes foltn.s dr> Por-
bro.~ dessas heneméritas ligas de caridn- ceiçiio P izarro Soto l\fah1r I1'errem1, 1). I?1itima, onde tomarnm pnrle na pr0<·1s- t ugaJ. I?:do dos ofen~ns foitos a Deus,
de da ca.pita! ao vener ando santuario da lido. l\Iaria do Cormo Nu nes P ereirn e siio das velas. ì\ Patrin, Ìl!i crian<;:M, Ù.q famflirui, nos
Lourdes Portu guosn.. E, como muitos ,;_ D. Alzira Voloso. Do l?nnchal, da Gunr cl11, de Aveiro, indivfduos. Reft'rt' se ìl imprensn rat6Ji.
oenti nos siio simultiì.neamente s6cios ,hl. A romnp;em fez.se, dc>scle n partida da R ogol (l\l~fra), OvnrJ Aral111, S. Cosme ci~ e ì1 nocessida.de de a 1111xilinr. Verho-
Crozada. Nun '.Alvares, er a a ltamente co- capitai, com verdacleiro e~pirilo do pere- <lEI Gondomar, Vermt>lhu t\ P erni (Cad11.- ra o,. excessos dus nuttlns e o lntrismo,
movente presencin.r o espeatliculo da gr inaçiio, tendo sitlo rezndn.s durante o val), o ninda de muitOII 011tros pontos do quC"I considera romo 11m pPr.aclo soeial.
perfeita uniiio de ,·istns e intima con- pr,rcur~o as orn.çòes do costu me. pnfa, doram tampém lnzi1l:i!l 0 mais ou Diz que é preciso c·ri>1ti1t11i1:ar ns leis, ns
fratemisa.çio das duas institurçoes ni1 O mei;mo sucedeu com a dos vief'nli- menos numerosns peregrinaçòes. escoln. e os colrtumes. 11Est11.1110 aqni em
2 .voz da Fétima

desagruvo e repai·açào na<.:ional pelas raçiio do Rei de amor sobem preces fer- I Seguia de a.utomovel o sr. Presidente Por fim, falaram o sr. dr. Costa Lobo
ofensas feitas a Deus no nossa Patria. vo1·0Bas de ulmas torturadas por dores do Ministério e a. pé o sr. Bispo de Lei- para a,gradecer, em nome da Cruzada
E' pela. expiaçiio e r<-paraçiio que as na- morn_is iml.'omportaveis e por t.errfveis ria, acompanhado do sr. dr. José Maria. Nun'alvarea, a todos quantos concor-
çòes 1,e lovautam. Oremos pelo nosso que- mnrtarfos fisicos. Roclrigues, director da Faculdade de Lé- reram para o esplendor desta romagem
rido Portup;ul...11 Por fim é dada a. bençiio geral, que a tro.s da Universiclttde de Liaboa.
A hora !le adoraçiio da peregrinaçào do multidao dos fiéis ajoelhnda recebe re&-
Porto ~ feita juntamente com n Adorn-1 peit011amente e cm silèncio.
I
Milhares do pessoas se incorporarlllll
e o venerando Prelado de Leiria, que ile
congratu lou pela maneira brilhante co-
no cortejo. À chegada à capela, estrele- rno eia. docorreu.
çào '\'ncional, do. mein.-noite à. umo., e O senhor Bispo de Leiria, subindo ao jaram centenne de foguetes e tocou o
I
veio a estender se a.té às duas horas, pulpito, começa por agradecer a. presen- bino nncionnl a banda. de musica de Por--
coincidindo com a dos vil.'entinos. A ado- çn do representante do Chefe de Esta<lo to de M6e.
A estatua do Santo Condestavel ficou
na sua ca.pela, oereada de luzes e de flo-
res, e a multidiio dispersou soltando vi-
raçiio continuou até às cinco horns, sen- e a. do Senhor Bispo de Beja.. Em segu;- A Ciìmara. Municipal desta vila fòz..se vas à Patria, a S. Nuno e à. uniiio de to,-
do adorotlore.s das duas às tres os pere- da refere-se à Cruzada Nacional Nun'Al· representar, com o seu estandarte. dos os portugueses.
grinos de Colmein!I e dus tres às quatro varos e 110 significo.do verdadeira.meute O sr. dr. Joaquim Maria. Torreira de · Quasi à. mesma. bora, ero. Lisboa, na
os dt' OvM, Ara.da, Gondomar e outros. nACional desta. peregr;na.çao. Alude de· Souzo., presidente da Camara de Porto presença das autoridndes cc-lesiasticas, ci..
Em todos est.es a.ctoa de piedade torna pois à. bata.lha. de .Aljubnrrota e à tra.- de M6s, dirigiu urna saudaçào aos pere· vis e militarC'S, contingentes de todoe
parto urna delel(nçiio da co16nia de fé· diçiio que diz ter o Condestavel ora.do grinos da 1"é e da Patria, que ali iam os regimentos da guarniçao desfila.vam
r ias do Semfoario de Coimbra, vindii <le em Fatima n No.,sa Senhora, no dia 13 homenngear o mnior heroi nacional. em continenoin. perante as reliquia.e do
Buarcos, e varios professores e alunòs de Agosto na sua passagem para o cam- O sr. dr. Gomes dos Santoa referiu-se Beato Nuno de Santa Maria, encerradas
dos Scmini,riM de Snntnrem, Leiria, Gn· po do batalbu. Assim corno o heroi e snn· 1 aos novos que devem levantar bem a.lto numa urna colocnda. sbore um andor à
viao o Sernacbe do Bomjardim. to , eio a &te logar pedir pela salvaçào a bandeira do Santo Condestavel e :is porta da igreja da Ordem Terceira rlo
Apo., a primeìra hora de adoraçào co- da noSl!a querida Patria, tambem n6s de- miies portuguesu.s, o. quem cabe a missiio Ca.rmo, emquanto as bandas regimentais
lectiva, te,•e a &un horn de adoraçiio pri- vemo.~ dizer hoje: de :1mparar seus filhos nesta cruzada pa- executnvam o bino nacional e os corne-
vativo. n peror,rinaçiio da freguezin de enhora., salvai Portugal ! tri6tiéa. . tins e clarins tocavam a marcha em con-
Colmeias, cliocese de Leiria. Senhora, sah-ni Portugnl I O sr. dr. José Maria Rodrigues fez tinéncia.
A porep;rinnçao paroquial de Colmein~, Concluindo o i:;ermiio, a Imagem de uma. erudita prelecçào sobre a batalha de Bem hajn a Cruznda Nacionnl Nnn'Al·
num tolnl de cerea de 1 :500 pessoa11, Nossa Senhoro. é re<.:ondW!ida entre can- A.ljubarrotn, lendo o. prop6sito alguns vnres Pereira, que, promovendo esta. jor-
presidida pelo respectivo paroco, rev.do ticos e adamai;òei, parn. a l.'apela das apu- pa.ssos da. cr6nil.'a de Ferniio Lopes e al· nada. de Fé e de patriotismo à Fatima,
I
Joiio Maria cl' Assis Gomes, assistiu na riçoes pelos confrades de S. Vicente de gumas estiì.ucins dos Lusiadas.
igrejo dn frcguezia a um triduo de pre- Paulo. De booa em boca 1.'0rre a noticia O tenont~oronel sr. Cardoso dos San·
à Bntalba. e o. Aljuba.rrota., escreveu em
letras cle ouro umn <las paginas mais
paraçiio, ciue terminO"- com uma comu- do novns curns procligiosas operadas du- tos, comandante militar de Santarem, brilhantes dos fastos glorio&>s da hist6·
nhiio p;ernl no Domin~ nnterior. rnnte a hènçiio aos doontes. Entre a mnl- recitou primorosamonte e com entusins· ria da sua vida. associativa.
Os peregri no::i fizer1tl)l todo o percur- ti<liio veem-se antig011 miraculados. Me· mo pntri6tico urna bela poesia, compos- Que Nossa Senhora de Fatima e o San.
so, que é dt> ~t'lis léguas, a. pé, rezando reco espl.'cial reft•rència D. Ana Alves de ta do prop6sito para esta solenidade so· to Condostavel velem sempre por Por-
o ter~·o e cantando varioa cii.nticos . .As Moura, do 40 anos, miraculada de tre- bre a batnlha q11e se estava comemoran· tugnl l
oinco horas fez.Ge a encerra.çao do San- ze de Maio ultimo, quo sofria ba quatro do. T! isconde de M ontelo
tisaimo Sacramento e às seis horas cele- nnos duma hemalemese no ~tomo.go e

...
brou missa o Senbor D. José do Patro- quo se sentiu desde esse dia inteiTnmente
cimo Dius, começnndo tambem a sor curnda.
administra<la a Sngrada Comunhio por

I
A pr'imeira parte desta consagraçiio
de:ii sacMclotcR durante cerl.'a. de urna ho- nncional, desta magnifica jornnda de Fé
rn comuni;:undo até ao m1>io dia mo.ii de e patriotiRmo, estit felizmente concluida.
de "FATIMA,,
As curas____ ____
-5ete mii pe.,~oaa.
A grande debandada - A missa solene
Duzentoa e cincoenta doentes- A pro-
cissao com a imagem de Nossa Se-
nhora do Roslirio .- A missa sole-
I na igreja da Batalha: sermao pelo
Senhor Bispo de Beja - Homena-
gem aos soldados descoffhecidos
Pleurisia purulenta nheiras doentes, que sofria.m de varia&
enfermidades. Começtimos todas juntaa
ne e a bençào do Santissimo Sa- - O memento pelos 4.000 mortos Fernanda Flgue,redo Gouvela, de de- umo. 11ove11a a Nossti Sen11ora da Fatima,
cramento - O sermio do Senhor em campanha - 0s dlscursos na zoito anos, residente no Sanat6rio de no dia 4 de Junho de 1927, resando nm
Blspo de Lei ria -A procissao final sala do Capitulo. ant' Ana - Parede (J,inhn. de ·Casca.es.) miste3rio do Rosario, continuando eu sem-
em carta de 30 de Julho, informa: pre com o mesmo curativo e, logo que
Pn~a-se toda a mnnhà em mi'ISas, Pouco n pouco a multidiio que enche «Tendo promotido publicar a graça do. comecei a novena., sonti q ue melhorava;
confissoes e comunhòes. A's no,·e hora,, u Co,·a du [rio vni-Re dispersando e, no minha curit, no caso de a alcançar, ve- a. febro era. menos e os burncos iam fe-
a peregrinaçiio das C'olmeias assiste li. sua cair da noite, nquele local bemdit.o, assi· nho hoje, <·hoin. de gro.tidiio, pedir a. V. cha ndo. Na véspern de dia em que a.ca.-
missa privativa, tendo a. eia comungado nalado por tantas maravilhas, est(. qua- Rev.cia o fovor de a inserir nn · Voz da bava a novena., que fiz com toda a. devo-
quasi todos os peregrinos. 0s servitlll! si completamonte deserto. t:ma irnncle ]l'otima. çao, quando fui ao curativo de mo.nhi,
trn.nsportnm doentes para o I.Posto da-i pnrto rlo.~ romeiros . dirigem·&e p:irn as Tondo entraclo para estc Sanat6rio no o tubo de borrncha que me introduziam
verificaçòc~ médica.s o pura. o Pavilhiio povon~·oes 11it11ada9 a nordeste d.- Fatima dia 26 de l\far<;o de 1926, quasi a mor- em p;eral no buraco de cima., e que eu
reservodo. Xo Posto trabnlham varios afim rle prc>curarem nlojaruc.nt,,s. :No dia rer sofrendo de uma pleurezicf purulen- consel'vava todo o dia até ao dia eeguin-
médil.'08, entrr os qnais os drs. Pereir,i i<C'guinJe renlizn-~e a segun,l,1 porte ùa ta 'comocei 1\ 1,er 1iqui tratadn; mns, ape- te, teve muita difkuldade em entrar, e-
Gen~, director do i>01;to, Gabriel Ribei- grn ndC' romng<'m nacional pro:i,ovi,la pe- zar de toclo o tratamento recebido1 io. foi pr~ciso fazer muita. força para coll80-
ro, de Lisho1\, Figue1redo Cardoso, <le S. 111 ('ruzad11 Nu'Alvares, eru ri·•a todo~ dA- sempre poorando. Todns as ta1·des tinha guir que entrasse s6 um bocadinho.
Pedro da Cudeirn. (Torrcs Veclras,) Aq•1,. sejem tomnr parte.
no de Miranda, de Lisbou. e .Augusto l•~f1-ctivnmi-nte às onze horas do dia 14,
Borhn, de Coimbra. Siio em numero ,le sob ai; nbohadas da igreja mnnumontal
250 o,i doentes inscritos. Ha do1>nfcis rie da Ilatulha, reune-se o c. col de l'ortn-
Lisbon, do Porto, de Ovnr, S. Vice111" thi gal crl.'ntc e patriota.
Beira, Gondomar, Vnlbom, etc. Qg rc•gis- O Senhor Hi~po do Leirin sot>•' n,, al-
tos faln1n de paralisias, hémiplegia~, mal tar o ce1ebra. a missa l!m honrn do Healo
de Pott1 tuberculoses, cancro, cegueirn ... • uno dc Santa Maria.
E quasi meio-<li:i. ::iolar. Da. capela dos Dc, l:,dc, do E-rnnp;elho e"tùo o Scnhor
apariçòes poe-se em marcha a. procis,;iio Bisr,o de Deja e o.itros dignatarios el.'le-
com a lm:1gem de Nossa Senl1ora da l•'a.- sinstioos. Do Indo da. Epi.stoln veem-se
tima em direcçii.o Ì\ capela das missas. o ST. corone! Jo,1é Vicente do Freitas,
Prec•cdido das servitas e leva.do aos hom- (.;hofo do Governo, lndeado peloa ars. go-
bros de vicentinos, o audor avança por vornadores civis de Santarem e Leiria. O Fernanda Flgualredo Bouveia Pollcarpo,M, dos Santos Maria Farrtlra Flrualredo lsmael Soaras Sllvorlo
entre alus extensa11 de cruzados de 1lustre Presidente do Minislério, repre-
Nun' Alvares. Um espectaculo sempre no- senta o senhor Prl.'sidente da Rèpublica. febl'e alta (l:R!. 0 e 39.0 ) , e tinha de me No dia 12, dia em que ncabava a no-
vo e sempre comovento se oferece mais A Imogem do Santo Condestavel ergue· deitttr até no dia seguiate. De manha es- vena, levantei-me como era de costum&
urna vez 1i nossa ,·ista. se 110 meio da capela-mor, dominando a tava um pouco melhor, mns a tarde vol- para ir ao curativo. O Ex.mo Sr. Dr.
O aigno do Condestavel, agitado pelo scent\ com a espada desembainhada e a tava. sempre a febre. Tinha dois buracos Director deste Sanat6rio, ja tinha dito
vento, pare<.:e querer envolver nas suas bandeira desfro.ldadn. ubert06 no peito, um mais acima e ou- que eu niio escapava e que morria, que
dohra<J a Imn.gem da Virgem. O Avè da 'ferminada a · missti, sobe ao pulpito o tro mnie abnixo, que deita·vam muito fazia o curntivo por fazer. Tendo por-
Fat.imn. rompe de todas ns bocas, agitam- senhor Dispo de Beja que profere um piiz, tendo ae ser curada_ duas, tres ou tanto ncsse dia Hl chegado no curativo,
se milhares de lenços brancos, que seme- brilhante discurso patri6tico. ml:lsmo quatro vezes por dia. tiraram-me as ligaduraa, que 11ilo esta-
lham pombn.s ,·oando no espaço, e as pal- j Apos essa cerim6nia, na Sala do Ca· Depois de ca estar, ho.via dois ou trez va11~ molhada$., aendo co,,tume estarem
mas e 0s vivas estrugem vibrantes e re pftulo a pedido do Yenerando Preludo mezea, começarnm a aplicar-me um r~ sempre encharcadas. O tu.bo de borra.eh.a
pru18ndos de entusiasmo :religioso. Colo-: de Leirin o Senhor Di:spo de Beja di:,; medio chamado Rivanol com o qual ti- que ficou metido no buraco euperior, co-
cada junto do altar, do lado do Evango- pnlavrns de satidnde cristi para os mor· ve de parar por me npnrecerem muitns rno ja espliquei, dum dia para o outro,
lho, a Imngem é ladeada, à guisa de to<, ignorudOR, cu1os rleRpojos ali repou· mnnchas eeouras nos pés. .Asaim estive utaua caido, f6ra do b-ura.co, e os doi•
guarda. d'honra, por dois jovens e brio- sam e que reprei;entnm os 4.000 soldados durante um ano com os buracos abertos. bura.cos eata.11am f echados. Ja nasse dia
aos oficiais do glorioso exército portu- portuguoses que tombara.m noa. cnmpos Em geral, quando tinhn um burnco aber- niio fiz curativo, tirei as ligaduras, e a&-
gue. d, bo.ta.lhn, em FranQa e na Africa. Ter- to, fechava o outro, mas interiormente sim tenho continuado nté hoje._ Desapa.-
rezando um Memento por alma. comunil.'nrum um com o outro. Ari.tee de receu a febre e comeooi logo a corner com
Ca.ntndo o Credo, o venera.udo Prela- mina
do de Leiria. celebra n missa oficial da dos ~oldndos mortos em cnmpanhn. Fn· viT para nqui tinha. estado nove mezes vontnde tendo até ali muito faatio. Os
peregrinnçiio, durante a q_unl todos os 1am aindn os srs. dr. Ferreira Deusda- no Hospital de Santa Marta sem tira.e buracos nunca mnis deitaram e estao
fiéis rezam o terço em coro. cl· e tenente corone! Costa Veiga e a S<'" resultado al~um. Quando pora la entrai completamente socos; conhecendo-se s6 as
J a mnis de sete mil pessoas recebe· r.hora D. Bcatriz Arnuut, que resita com nào tinlm os buraaos abertoa que estes costu ras. J.<"oi-mo concedidn. esta graça,
ram o Pào dos Anjos. :M:as, a-pesar dis- primor um lindo soneto da sua autoria. nbrirnm dois dias depois de eu la esta.r. que considero um grande milagre, no dia
Vim dopoìa para este Sanat6rio de 12 do Junho do 1927. Ha portanto ja um
80 ao Comunio ainda. muitos peregrinos O cortejo patri6tico _ Na capela de
Sant' Ana corno ja. disse. ano, e, graçns a Deus e a. Nossa Benho-
se' acercam da mesa cncaristica, emquan- s. Jorge _ Representaçào da CA- Dois mcsC's nntes de começar a nove- ra da Fatima., cujo auxflio e protecçiio
to se cauta o uSnntos Anjos e .Arcnnjos.11 mara de P6rto de M6s - Olorifl- na quo fiz a Nossa. Senhora da Fatima, invoquei e3t(t'U, completamente bem e con-
Sào cluas hor_as_ da. _tarde. O senhor 1?· caçllo da batalha de Aljubarrota - sidero-me ourada a ponto de ia me ter
tornei I\ começar com o tratamento do
José do Patroc1mo D1as torna n l.'ust6d1a Apoteose ao Santo Condestavel.
com o Santfssimo Sacramento para oben- . Rivanol sem tirar resultndo algum e ti- sido dada alta. Devo· voltar para ju.nto
çoar individualmente os doe~tes. O _rev.do Peln._ 1 hora do._ tarde, orgn!'uzou-se nha fcbre do mesmo modo. Entretanto de minha mi'ie no proximo domingo, dia
capeliio do.~ ~ervitas. faz as rnv~çoe!! ha- , um. brllhunte corteJo, em que fo1 recon· nao me apareceram manchaa nos pés. 1 do Julho. Demorei bastante tempo em
bituoii; corre&pond1dns com vivo entu- dnz1dn n Imagem do Beato Nuno para o Um dia urna emprogada trou,.-,;e aqui vir cumprir a minba promessa, niio por
siasmo' pela numerosa asaiate.ncin, que s.e ca.pela de S. Jorge, 9ue marca o lognr para o sa'nat6rio agua de Nossa Senhora fatta de vontado da minha parte, mas
eleva a mais de cento e crncoenta m1l onde est1wn a bande1rn portuguesa du· da Fatima o uma dns Irmiis aconselhon- porque me demoraram a. escrever para
pessona. ranto a batalha de ~ljubarrota. me (estan'do eu nessa ocasiao na. cama) dar p1ute desta p-0(,·n, mns agora que
Daquela. estft.ncia de oraçao e de so- A frente, a bonde1Ta desfraldada ao qu~ fizesse urna novena a Nossa Senho- estou pora safr deste Sanat6rio estando
frimento voltam-se para a H6stia Santa vento. Logo_ ap6s, o _n~d.or com a .Ima· ra. da Fatima, bebendo a agua e deitan· persuadida de que estou pienamente cu-
olh~ razos de laizrimas e brnçoa exten- gem. conduz1do po~. of1c101s do exérc1to e dO:a tambem noa dois buracos aberto&. rnda, cheia do gratidiio e reconhecimento
didos ero atitnde de suplica e até no Co- por eacotetros <:1J~<m<·01J. A<-onselhou o mesmo as minhas compa.- para com N ooaa Senhora da Fatima, ve-
Voz da Fatima 3

E para mnior conhccimento do quanto la familia, passo ene que ussi110 •ob mi-
nho, cumprir a. minba promessa, publi-
cando a graça tiio assinalada que rece- tenho aproveitado com a minha ardente nha pa_lal'ra de honra. Voz da Fatim à
bi. fé, outro caso tenho a mencionar para. Lisbun, .e4 de Jla rço de 19iì.
Graças, muitas, graças sejam dadas a ser grata a Nossa. Senhora:
eata Mii.e Bemdita que me alca.nçou tao Ha alguns meses fiz o pedido ii Ex.ma <a) José Theocloro dos Santo Formo-
D esp eza
grande favor do seu Divino Filho, fa- Direçiio da. Santa Casa da Miseric6rdia sinho Sanch&.
vor que recordarei emquanto viver, e es- de Lisboa parn. ali ser internada uma me- ( egue o rcc·onhecimento). Trnwporte ... . . .. . . . . 115.903$56
pero, com a graçn de Deus, mostrar-Ihe ni11a. orfi por quem muito me interessava. Papel, composiçiio e impres-
e a sua Miie Santissima, que é nossa Em certo dia. mnnda.ram·me prevenir <le V a ria& sio do n. 0 71 (·19.n()() oxem-
Miie tambem, o meu reconhecimento, com que a creança. so encontrava muito doen· plares .. . ... ... .. . . .. .. . . .. 2.965$00
a santidade do. minht\ vida e fiel cum- te com urna paralisia. Fui imediatamente Selos, embalngom, transportcs,
primento de todos os meus deveres. visita-la e ostando presente o rnédico, es· Maria das Dores Tavares de Souza, de grnvuras, PI.e. .. . ... . .. .. . 1.056$22
Peço a. V. Itev.cin. a caridade de nao te me declnrou que a creança estava per- Pardélhas (Murtosa.) em•ia o seguinte
dida sem rernPdio; o corno fosse munida relato: -
me esquecer aos 1>és da Virgem Santis- 119.924$78
sima da. Ftitima e. sobretudo no Santo com a agua de Nossn Senhora. da Fatima «Ern junho de 1924 completei M :,nos. Subs c _rlçAo
Sacriffoio da Missa, ajudando-me a dar as dei-lhe a heber um copo da. mesma agua. Terminado o jttntnr, combinlimos ir at.é
devidas acçoes de graça. por tiio grande e a criança, passados alguns mor:1enros, a praça desta locn.lidadc, tornai urr. pcu- ( Outubro cl(• 1927)
beneficio. estava completamente cu'rada. Vendo o e,> de ar. E assim foi. Eu levava ao colo
médico este acontooimento, 9xclamou urna nétinha de 2 ano11 que, che1a de vi- Enviaram dez escudos: 1-Iaria Seabra
uQue grande transformaç1io In nii.o poden- da, pediu pnra. a por no chiio. A1'8di. da Camara, Emilia Friiics, Dr. Jeroni-
ltar a. su admirn"iio por um tao Àparecernm, entil.o, <loia cii.ezitos de raça, mo Sampnio, Elvira .Augusta Marques
Pollcarpo Manuel dos Santos, morador do OCu ilogre. .. ~
0

na. rua dos Cegos, 14 · 3. Lisboa, em 0 grande m 01·


b · ca
af r 1n • r; 0 a pequem , ne rnn
t d"I
·ta
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l d grnç::i. de C:l.lltro Corte H~a\ (12 60), H.o::;a da.
brrncnram
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trèa extensos, minuciosos e interessantes E ' po'1s 1'ndisphn~nevl ,- .,.. que V. Ex.eia se. d n.o nt encon J
ro te es, e D o::; b"to
0
Sil.-a Pnis <5$00), Antonio Farinba Go-
relatorios, acompa.nhados de ra.diografias, digne mandar exarar isto em um cantinho ura e a gurn empo. su 1 ' urn mes, Rosa Ferreira de Sena, Dores de
oonta ~ f-azes de tres graves docnçns d .. n Voz da .r: "'at;ma

pAlo
,-
que me declaro dos·t~animaig, l som
I
quo eu .. h
tivessef podido
1
Fraga Gomes, Maria da Concei"iio ~
Cos-
d e que foi curado por intercessiio de Nos- mul'to reconJ1""1·da. w
enh u.· o, 0 more eu o· anJm · t o, d azenc • o-o ta Coclho, P.e Joaquim Lopes Praça
sa Senhora do Rosario da Fatima. Informe du Rei•.clo J'aroco: c ornr, que me mquie ou evera.s. (30i00), Ann d'Oliveira, Antonio Lui•
. Reti rei-o rapidamente; e aos cii.es, sa- da Conceiçii.o, Maria Amelia PizaT'To,
.A extensiio dos rolatos e a. pequenez «Informo que o relato de.ifa carta é ver- cudi·os, com urna das mii.os, que uro de- U
d o nosso Jorna · - nos d-ao margem a d a d eiro
l nao · porque se t ra ta d uma pessoa d e )es, talvez PO""Ue O tivesse magoado _ ma. MAnonimtL
· de Agueda (50$00), P.e
f azer a. pu hlica.çiio na m ' tegra e por ·isso t oda a confiança. Et s a mtn · ha paroqma- · pen•ei - mordeu "'' fortAmente, fazendo-me José "I artms
A · Dunrfo ·,Junior, Isauro · de
· é · l t· · t · ..., v ,, orae,, rernii, J oaqmm Augusto Co1m-
vnmos resumir. . na 1ncapaz e e ,nen 1r pou em wma 111· sanaue. La.vai-me ao chegar ., casa e nito b , to · d , J
À pnme1ra · · d oença, em 1924, f oi urna. dn e(l!cntpzar e f requen t a d"iartament e os mni's ... J>ense· no caso. •· .Ara, I~n I 010 b 1 ed' Sousa,
1 'd C oao l!'rat1cisco
· · l l t · dad d d' " 1 nge o za e A me1 a osta Pereira.
I
p eurista puru enta a ta ponto grave que sa.cramen os com, pie e e evoçélo e i · :No dia 8 do m(ISlllo mez, começaram ( 20,:,00t El'1211 1 J>
«deitava um mau cheiro (diz o rela.t6rio) ficante Po1 1ne 8 e ped'do passo a pre -w •J, , t os rnv.eres Ribeiro de
• • r i_ • • : a di111er, com grande alvoroço, que o ciio Melo Cabrai, Amelia Ribeiro d'.Abra.nchee
palmente qimndo escarrava, pois upesar dc ,.,... ""'rochi .·
Paroqmal de· •ç · 'Tosé de L1sboa , S de I nst't
. I ·
pela boca, que era -in.,uportavel, prin.ci· sente tnfo:maç<ìo qne a,!,WW e 1uro tn f1· que 110~ ha.vin. mordido estava ùanado, Pinto, Marh\ .Amelia. do Amarul Abran-
em vir t u d e d o que f omos ao p ort o, no cbos Piuto Cabra.I, Maria Delfina. Velo-
de fortes de.,infectunte&, ninguém podia 1 u t o, ord enand o o respect·1vo med'1· 60 d' .Albuquergue Dnmiào, E,iiilia Rodri-
parar ~m casa.,, . . . aoo.,fo de ins. co que rocebesseinos logo ali o primeiro gues do onza, Nicolau ~\!berlo l<'erreira
Depois do v!tr1~1s peripéc1as, .e~t~adas
ev. s!11dns dc:> hospital, consulta rnut1~ de
a~1os m~1cos, c?~eçou a melhorar' d~
I Prior José Baptista. Ah·es Lyrio»
"
trntamento. l\fas, - Santo Deus I - eis d'Almeida, Candida l\fotn de Jesu~, Ma-
que começn, para. mim, um verdadeiro . A
calvario pernnte o egtado da minha lin- ~~nesu~~O a.00) ~\fari~
t L ·to R'I .
l9l~f
,... . L .
~ ,~i:ao, uFi~
pois que cle e var1as pessoas da famil~a Febre tifoide da net:\! ('om febro desde O primeiro dia lomena Augusta Pinto Dins, Maria Luiza
recorre~am a Nos-1u Senhora do Rosario até no ultimo I :Niio torna.va alimento e d' Almeidll 05 00), Antonio Miranda
de Fatima. . Daniel Henriquer, Silvério, escreve em niio dormia, nero me dei:xava. dormir. d' l 20 00 p J b · ·
•.A segun?a. doença er:i prodllZlda por 6 de Agosto: O ca lor, pois ei;tavamoa em pieno ve· .Aze-rec O ( ' .e ' o. é Ri eiro Fi-
dores hornve.1s do~ . ouv1dos, durante. al·
guns ano~. t:_ ma. no•_te,. em quo ru, dores I rio, era intem;o, e o sofrimento de n6s gue1redo Couto, ,1uria Clementina da Sil-
«Tendo, na noi le de 1 de Janeiro de nmbns, doloroso 1 Niio houve médico va Carvalho Snntos, Jo,é do~ Santos Li-
e ram mais 111suport avctlj.' 1em brou-se sua 1927'J adoecido o meu filho l smael Soares a•• qul:'m niio re<·orres.,;einos. ma, Antonia Carneiro \.,.::irela, Cristina
espo d N senl1ora d a Silverio, de 15 anolj de idt\de, morador em Furto.do Guerrciro, .:\Inrgarida dc, Snca,.
,,
F, .. t
_s11 e roco~rer
I 18 a o~a ti d Fa Lisboa na Rua de Sao Pedro, n. 0 34, Quantru. vez<>s l'II i'algm•i ter em meus d urn B o t ti:', J onqm· nu p reto C h ugns, l\Ia-
t ' ima e, <epois ' UM.lr a gua a. · chamei doìs médicos, q'ue me aconselhn- brnços 11111 caclan•r '·· · ria da C'onl'eiçiio Falciio, Julia d' Almei-
1ma. e prometer umo no,ena, o docnte ram a que o levasse no hospital de Siio Um dia, desa.nimada e ja som esperan- da, l\:fann<>l José do M:ap:aU,aes, Maria
ndormec·eu_ e ao acordar ostava. curado. J é d t ·t ça, recorri a uma amiga. minha, para Rita Pereirn Cunha <20C?OO), '"nri'n da
. A terc:mra, doefç~, de que fo1 c:irndo os ' por a oença. so ornar suspe1 a. que me desw um bocaclinho rle agua de " .;, ai. "
J~ &te nno, con.si~tia. ero urna. afeeçao do Conduzido ao hospitak, ali permaneceu Nos!<a Senhora. de Fittimo. Com aquela l>ietlncle Almeicla, Joana Emilia de Taure
f1gado, quo reiustia a todo O trata.men- durante ~eis dina, sem que fossem nota- fo ue lotlas n 68 nlmas cat61icns temos Viegas (15$00), l'.e Antonio Gomcs S.
to e causava dores horriveis .A ultim:i dns qua1squer mell1oras, tornando-se a q . ' ir d 1\1iguel, Joilo C'Iemenle dos Anjos, Jose
vez esteve neste estado cleplo;avel desd~ doonça cndu. vcz maia complicada.. quam1O im·~umos O no~e e1a ae e CasimiTo, Mad11glo11n Ah·es Cnmejo, Der-
a mndrugada. de 2 de maio, até Às 2 da.
I 0s médicos assistentes considerando o Dous, prorneh relatar O milugTe da com- to. Calado Parent..., Deolinda Amelia La·
mndrugada do dia 4 hora em que sua doente irremedin.velmente perdido (do ple~abcudra d~ minha a.<loradn nj~al t
mulher Ihe declnrou' que estavu curado que me foi da.do conbecimcnto) e porisso 8 130 . 0
cerda, Rosa Noguflirn de Castro, Eliza
~ponas ~gua por a unen .0, Guedes Macheiro, Mario. Izab~l Carneiro,
pQr Nossa Senhora da Ftitima.. resoh•i retira--lo do hospital e conduzi-lo ao t-erc':iro chn da mmha. novem\ a Vir- A na Marques l•'<>rrc.>irn, Antonio Dias
Depois adormeceu e ficou admirado de, para casa com o fim de que o meu filho gem ~fae dos pecadorcs, . comcçou aqu&- Monteiro, Mario José Lopes, Antonio Lu-
. eegmn.,.,, · •- sua esposa o eh amar ,. ,. acabaSi'e ., os seus din° ..., no seio da fnmf- le },'anJO - n dormir · e a t·18 alnnentar.se -I d' cas Vicente, Aut-0nio .Anselmo Fernandes,
no d10.
hora habitnal para ir pa_rn o seu ser~i- 1 lia. Uma. yez em casa, mande~ cham~ I vut'ls;~aoos:0
ço, Jevando-lhe café e le1te para. beber outros méd1cos, quo foram de 1gual op1- g .
7:;: ~~ Fnt·
f ·t
c~l:na~e d:nopi: P.e Fernand&l Silveira, P.e Antonio Can-
d . d . dido do A.velar, Elvira Mall1eiro Marinha
dizendo que agora o podi a tornar rorqu~ niiio, e, entre éiles, o Sr. Dr. Formozi- <1oso JOrna 1 .118 ima, on. e 1181 e ir • Falcii.o, .Amelia l\lnria do Torres Santos
asta.va cnl'ado. E' que o docnte &Stava nho Sanches, que o tratou como se a s~ Deus qui 1,-0_r, com a mira_cul~dn ID&. (25$00), Maria Ribeiro da ~ilva (20$00),
profbido pelo médico de beber aquele li· doença fosse febre tifoide, mas o estado 01
quido e outros mais assiro como de usar do doonte mantinha-se.
t'
es. 11
ql~e u Vi('~em chamo~ a. nd
\DC1a 1 ~ama.·se.
t
aria
Eia Condessa de Mnrgnride (15, 00), J oaquim
ur~ra Duarte de Oliveira. 50$00), .\ urora Mar-
de oertns comida11 'que agora, visto es- Profundamente magoados com na in- Lonn 1 eres 8 e natural. de Egtarreia, tins Candido, JoHé Pedro dos Santos, Gui..
tar cnrado ja Jhe 'niio fnzem mal. formaçoes de que o meu filho niio terio. 0nde escrevob este pe§;ennio relato, aos lhermina. Onofre, .\ rtur Jo'ernandes Barre-
' . mais que horas de ,•ida, resolvi junta- 2 cle " ovem ro e1e 1 7 .u to, Maria de Lourdes Caia.no, Amadeu
Eczema-Paralisfa monto com a mit1ha. familia, recorrer a Dr. José de Matos Graoa, medico de Simòes (15$00), Silvio. Lucas da Silva,
Virgem, Miìe dos .Aflitos, Nossa. Senhora Ba.rcelos. (16$00) Maria da Conceiçiio Simoee
d2 Rosa_rio da l•'atima, e as melho_ra.s .Acometido de congostiio pulmon.ar, nos (15$00) Amnclou Paulino Rolim (15$00)
Maria Ferrelra de Flsuelredo, casada,
nao se f1zeram esperar. Em breves dias, dois pulmoes, chegou a inspirar cuidadoe Ma.ria dns Dores Franco, Dr. Carlos Gal·
de 53 nnos de idado, residente na rua .Al· com grande surp_rezn do d_r. era pelo 1!1es- a, Famili:a. e aos seue amigoe. riio, Joaquim Duarte Resina, Henrique
ves Correia, n. 0 163 - 4. 0 andar na. cida· mo senhor cons1derudo hvre de per1go. Urna sua. irma Religiosa recorreu a José .Alvcs, Domingos Victoriano .Alcan·
òe do Lisbòa, que tinha sido acometida. Entrando no J>Oriodo de convalescença, Nossn Senborii 'de Fatm~ bem coJ)lo tara, P.o Amncleu Pereira Cardoso, Ber-
dum eczema que horrivelmente a tortu· pouco tempo clemorot1 que n~o estivesse outras possoa.s dodica.das ao doente e to_ nardi.no d'Almeidn Oliveira, Tria de Jesus
rou pelo longo espaço de quinze anos, co·
municn--nos: completamente curado da terrivel doença dos viram COToa.dna de bom exito 118 suas More1ra, José Gomes da Fonseca (30$00,
que o ,a.~om()teu. .. . suplicas, pois O doente curou-se ooIIJpl&- Julio Dina ,F. ~oimb~o., Antonia de J&-
«Procurando i;empre nos melhores es· RegostJ~da. a fn_m1ha com o m1ùigre te.mente, 0 que foi motivo de grande sus, José Fer~e!.ra Pmto, A~eda Rosa,
pecialiBtas de Liaboa. o tratamento para q u_~ a V1rg0111 M~e acabav_a de fa.ze~, alegria. para a. familia. e para todas as I Ana ~a. Conc·<'IQ~~o Souza, l\~n_r1a. do çar
um tao grande sofrimento, que me niio pois s6 por um m1lagre pod1a o meu f1- pessoas quo pedirl!Jll por ele a N068a 8&- mo V1e1ra, Maria da Concetçao Ferre1ra,
deirava. repo11sar nem de noite nem de lho ser restituido a. vida, é meu desejo nhora. de Fatima Por isso todos hnmil- Dr. Joao de Sacadura Corte Real Flau-
dia, todos os esforços foram inuteis. que. esta. cura seja publica.da na Voz da demente prostradOB aos p6s da. SS.ma. si~o Corr!ia Torres, Jo~o Ma_nu~l Goa-
Pois, com a maximo. fé em Tossa Senho.. Fa.t1ma.u Virgem agradecem tao grande gra.ça. vem, Joao Panlo, Saf1r:l Btssau dos
ra do. Fatima, pedHhe com t-Oda a. devo- ATEST A DO ' Santos Pereira, Maria M:. dos Reme-
çio que a.tendesse a minha. suplica, permi- Marla do Nascimento Morelra, natu. dios (20$00), Marin da Gloria Alba.no
tindo a. minha cura pelo muito que sofria. ,lo.,é Teodoro dos Santo, Formotinh.o ral de Nogueira do Cra.vo - Oliveira. do Santos, Margnrida da.s Dores P1nto, Ma,.;
Nossa Senhora ouviu aa minhas supli- Sanches~ medico pela Fcrculdade de Me- Hospital - ,a.tualmonte residente na rua r ia Adelaide Antunes, Antonio Damiii.o
CllB e f.elizmente encontro-me completa- decina ae Lisboa. do Possolo, 22 - Lishoa, tendo sofriclo d~ Sou.ea Neto, Irene da Pur1ficaçii.o da.
mente curada. com a aplicaçio da ngua Decl..a.ro que c11~ faneiro do corrente ano um tolhimento geral numa perna, con- Cruz Rocha, Maria Luiza Dii1s, Antonio
santa de Nossa Senhora da Fatima, que fui chamado para o doentc Ismael Soa- sultou varioe medicos &em que do seu da Costa Pé Leve, Laura Tcixeirn Cor-
tinha. em meu poder, desde que a. minha. res Silvério, de 15 a11os de edade, mora- tratamento tivesse tirado o menor resul- reia Branco, (20$00), Maria Joana Pa-
fé me levou a visitar os lugares sa.ntos do1· na ru.a de S. Pedro n. 0 SI,. Tinha es.. tado. tricio (20$00), Antonia C'nr11do (20$00),
de Fatima, ~I,i circunstància de meu te doente ,tido tirado, pela fa,,nllia, do Vendo que o ma.I se agravava. e sem Maria Filomena Itiboiro Lrt1Jcilo (20$00) 1
ma.rido ter sido acometido de urna doença Ho., pital de 8. Jo,,é, em 11irtude de qs e~pcra.nça& de melhorna, recorreu a pro- Manuel Lourenço dos Santo~, Gloria da.
muito grave em 1925. Sendo tratado por médico.• haverem declarado que éle se teçii.o de Nossa Senhora do Rosar io da. Conceiçiio FerreiTa, Mnnuel Gonçalves
cinco medicos cada vez se definhava. mais. enconfrava absolutamente perdido e se Fatima, fazendo-lbe o v6to de pedir ee- Viana, Maria da Piedado de Car-rn.lho -
Nii.o deixando de implorar Nossa Senhora cle.,ejar que éle falecesse em casa. De molas para a compra de umo. imagem De jornaea e clonativos varios: .Abade de
pelas suas melhora.s, conseguh1 um pouco facto obaervei o doente que iu.lou.ei abso. que seria. colocada na. lgreja paroqu ial Esmoriz, 50 00; José Rodrigues da Cos-
de restabelecimento. ltttamente perdido, 11uu a quem prescre- da sua. terra natal. tn, 60$00: 0111:11. Nnne~ Pereira, 30$00;
Resolvemos entiio ir a Fatima. em agra.· t•i mn tratamento. Q11at nao foi o meu Logo em seguida a promessa oomeçou Maria Jo.-.é l!~errcira Paulino. 100$00;
decimento a Nossa Senhora e de passagem e., panto quando, p<usados dias, o doen- a banhar a perna com a tli\l& de Fatima l\f:iria cln~ Don,s Ta\•nres tle Souza.,
por Leiriu, instei com meu marido par a te começou. a m el11Qrar sensivelmente a e a 68ntir grandes molhorne que dia a 10'2 00; P.e Manuel .M nrinho, 100$00;
se confessar. .A~sistimoR a. oraçiio do mes ponto de u.ns doze dias depois, eu o po. dia se illlll manifestando. Jonquim C'arvnlho, 60$00; Lu<-inno cl'Al-
de Maria e obtive o. resoluçiio das minhas der coMiderar livre de perigo. De'IJo de- Atun.lmente julgn.-Re completamente meida. Mont~iro, 131$00; Manuel A.lves
inatll.ncias vendo-o confessar-so e comun· clarar mais que o meu. diagnostico foi cura.da. Matias, 30$00; &atriz cla {'05ta Valen-
gar, o quo niio fazia havia trinta anos. de uma febre tifoide e o tratamento Ja cu,npriu e v6to e conta. em Ma.io t<>, 100$00: Joa.quina da Conceiçio
Nio ha duvida. que foi a Santfssima. Vir- aplicado o 1uw1.l e id no Hospital empn- proximo ir aa;radecer J)8660almente a Duarte, 122$6-50; Jo.qefa de Jesus,
gem que assiro o quiz fazendo·me ,,ér as oado peloa meu., Ooleoas. Nossa Senhora. da. Fatima. a gra.ça. r ee&- 21$00; P.e nnviò Fernandes Coelho,
u;ra.ças com que me beneficiava. Por ser verdnde, e me ser pedido pe- bida e levar.lhe uma esmola . I 76 0(); I), lfarin Pedrosa lfntias Fer-
4 Voz da Fatima

reirn, lll 40; Virginia Lopes, 50$00·


Adelor J. Silva, 105 00: Gertrudes d~
- E sté. bem, Chico, niio vale ganhar
ca!or. OSACERDOTE I
«o que estii por detraz desta porta dou-
radn, ?,, E' a dispensa da minha alma.
E quem é que tem a chave, quem faz
Car1110 Pinlo, 2'2$50; Zulmira GnlharJo A proposito tens aqui um monte
43 20; Luciano Leandro Pires 22$00 '. jorna.is. Respelto que lhe dewemos fléls e que ele 11.11 provisòes, quem prepara o festim,
quem serve ii mesa? - «Os sacerdotesu.
Joaquinu. Duarte de Oliveira 50$00· Ma~ Ma.ndam-tos de graça.... em homena.- se deve a si mesmo E o alimento? «E' o precioso Corpo e
ria Carolinn Caetana, 131$30; P.e .Anto- gem ...
nio Perreira da. Silrn Duai-te, 40$00 · - F.st:is a brincar. Isso é um sor vedoi. E' 0 su.nto Cura. d'.Are quem fala: «O Sangue de Nosso Senhor.11
Maria Matilde Cunha Xavier, 17$65; N~ ro de dinJ10iro. Nem sei quantos centos sacramento da Ordem que parece niio se V édP ngora o poder do sacerdote! A
egreja dP Cezimbra, 23$10; Joiio Germa- do mii réis para ai vao. Mns também referir a nenhum de v6s, interessa. a.fi- sua lingua, dum bocndo de pao faz um
no de 1fatoq1 50$00; J oaquim Tavares nii.o me importo: dou o dinbeiro mesmo nnl a. todo O mundo. Deus I E' mais que crear o mundo.
Macho.do, 50$00 sem conto. A gente tem de os ajuda.r o. Este sacrnJ]lento eleva o homem a.té Se eu ·encontrnsse u.111 sacerdote e um
anjo, sn11<111rin primeiro o sacerdote que
---------1----- todos.
- Com que ontiio paga-los todos ... to-
DollS.
o que é O sacerdote? Um homem que o anju. Este 1• nmigo de Deus rnas o sa-
cordote fnz as stC'ls vezes.
oassassino do proprio filho dos.
- Todos I
·

- .A.inda é umo. b6a mesa.da, ainda.


tem o logar de Deus, um homem que es-
ta. revestido de todos os poderes de Deus.
«Ide, diz osso Senbor ao sacerdote.
Quando vircles um . sacerdote deveis di-
zt>r : «Ali csta quem me tornou filho de
- Ah I E', é. Como o Jneu Pa,i me enviou, nssim eu vos Deus o me nbriu o Céu pelo santo baptis-
Ilav111. ja. uina bon hora. quc acabara. mo, qneJTI mc tem purificado clos me\li!
do jantar e depois dumn volta pela quin- - E quo belo auxilio eles niio teem de cnvio... 'fodo o poder me foi da.do no Céu
ti I • e 11 11 !,erra. Ide, pois, e eosina.i todas ns pecados, q nero tem dado alimt>nto a mi-
ta ,·olLnro. de novo no l'Tande jardim que nhn alma ... »
ser, in do ninho a elegante casa de campo. - Som duvido.. Tanto mais que eu cos- uaçòes... A' ,,;sln dumo. igreja podeis dizer: 110
Em ,·olla urna verdadeira mato. de turno pagar sempre n.dea.nta.do. Quem ,·os ouve é como se me ouvisse
acacins, codro>1, platanos e alguma8 arau- -1\Ins quo jornnl é este? (pegando a mim; aquele que ,·os despresa, 11. miro quc est:i la?» - O corpo de Nosso Se.
co.rins faziam-lhCI o fundo rasgaclo aqui num do:; jornais de maior circulaçi.o e dospros:u, nhor. E porque esta Jé. ? ((Porgue um sa-
e alom cni grandes mancha.s de azul e~ men~ vergonha.). Qunndo o sacerdote perdoa. os pecados ce1 dote passou por In e celebrou a santa
leste; por baixo mii e urna especics o va.. - Ah tu compreendes que a gente pre- niio diz: «Deus ,·os perdoau, mas diz: Missau.
rietladc~ .Jns mail! linclas p anln1' p11 - cisa de saber as noticia&, de se informar ueu te absol\'o». •
jant-Os de vida e beleza lhe ntapeta.,·o.m ~obro 1nil o uma coisa.s mesmo da. vida A' Consagraçiio niio diz: ueste é o cor- • •
o Eolo niio fossé a. vista fcrir-se-lhe na muncmna., coisns que s6 a imprensa nos po de Nosso Senhor» mas «este é o meu
terra arida e nun., fnz chcgar nqui. corpou. Que nJegria niio teriam o,., .\postolo!>
llm pouco daquele cansaço que acom- E nisoo a nossa imprensa, a im1>ren- S. Bernardo diz quo tudo nos veio por clepois eia ressurreiçiio de X osso Senhor
panlm u. digest:io obrigou-o a sentar-se. !io. cat61ica. deixa muito a desejar. 1\farin e n6s podemos to.mbe,ID dizer que de ,·oltnr a ver o Mestre que eles tanto
A um canto do jardim serpej,wa e er- - E tu compreendPs n fuoçào, a im- tudo nos vem pelo sacerdote: sim, todas tinham amado !
guia-se c.,mfim sobro o propÌ·io caule uma. portancia da iinpronsa na sociednde mo. aq ventnras, toclas as grnças, todos os O s11t' erdote cle,·e ter a mesma alegria
velh11 g licinia. pianta.da pelas miioe fi- dernn P <lons colestes. vendo Nosso Senhor que ele tem nns
dal1,ta.s do sua av6, ·linda creança. - Para mim é dela quo depende o fu. Se oiio tivessemos o Sacramento clo. s uns mlios ...
Mas, nlquebrada pelos anos e pela in- turo. Ordem nuo teriamos a Nosso Senhor. O sncerdocio é o nmor do Coraçào de
temperia, arquea.va-se, de vclha, forman- A imprensa é o que é a. sociedade. E queJn foi que o poz ali, naquelo ta-
Jesus.
do n corta n)turn um lindo docel quo pe- Quando drdes o i;acerdote, pensai em
Amanhii a sociedade sera o que a im- bernaculo ? Nosso Senhor Jesu~ Cristo.
lo •!!rde pnhdo das suas fothas convida- pronsa. quizer. E' uma. arma. tremenda. O sacerdote.
va insist1•ntcmcnle a refugiar-se doi. nr- - E onta.o tu vaia dar o teu dinheiro, Quem reecbeu a vossa al~n a entrada aoo§ifc : c
dores clo ,ol. o teu auxilio a essa imprensa. impia, na v ida? O sacerdote.
l•'oi nh que so sentou o senhor da de~cristianisadora que a cada passo. in- Quem n nlimentou 1>ara lhe dnr a for-
Casa da Portela depois do por um crea- Como Jesus quer s.er amarlo
do tor ma.ndndo vir o <-'<>IToio do dia.
Do olhos somi-nbertos foi pa88ando a
sulta, clespresa. e uLaca o qtte 11>1110., do
mais caro?
Entii.o tu vais p6r o teu braço a.o ser-
I
ç.1. de fnzer a imu. peregrinaçiio? O sacer-
dote.
Quem ,i prepararli para comparecer Jcsus Crist~ é ama.do com este amor
vis~n. por rnrios titulos de muitos jor- viço de.sso. imprensa. contra o teu Deus, dl·nnte de Deus, lavando esta. alma _pela vencedor que leva a alma a todos os snori-
nai.. di.Il; mais vnria<la.s cores- até que o a tun fé, a tu;1 c·ons1·1Pnc a ~ prm~ira vez no snnp;ue de Jesus Criato ? ffoios, com este amor focomparavel que
torpor rcinou oomo deapota.. E queres quo te cbame cat6lioo ae u- O sacerdote, beJltpre O sacerdote. faz ompalicleoor todos os amores.
• sim combates o catolioismo? R se esto. alma vem a morrer quem a So duvidais. ide bater, por exemplo, a
• • E queros que te a.che na meema. quan- ressuscit:irii? Qucm lhe dara a calma e porta d'um mosteiro de Oarmelitas, cuja
1''01 nssini quo o onoontrou um velho do tu te puzeste do lado de la? a p:w:? clausura nos arripia e irrita. Perguntai a
ami_go de infnncia a. quom ja niio via ha. .Ah, meu caro Ohioo, ou se é catcSlico Ainda o Hn.cerdole. eeta. jovem porqu.e é que, na eda<ie dn ju-
mu1tos u.noa. em tudo ou e;n no.da.. Niio podeis rccordnr nem um s6 bene- veotudo e das ilusoes, eia aba.ndonou tu-
Ahn1~·os um nrùt.uo olhar prescrul;ador Dous niio admite pa.rtilhas da alma. e ficio <le Deus, st>p1 encontrar, n.o lado do para. se o.sconder ntraz dessa.s gradei1
depois 1i inevitavel conversa sobre os ra.- do ror:wiio. dessa lembrnnça, i1, imngem do i;acerdote. imponetrav,eis e dentro d'aqueles vestidos
pnzcs do ouLrora - hoje homens como Ou !ho dnmos ou lbo tiramos todo in.. Ide-vos confessar a Snntis~ima Virgem tiio grosseiros.
elet1... tei ro. ou a um .A.njo: poderi.o eles absolver-vos? Eia vos r<>epondera: amo Ohri.stum. rus
E fornm passando ali em rovisto. como Mns tu és amigo ... niio me levaa a. mal N'iio podem. P odem eles clar-vos o corpo a.bi o amor n, Jesus Cristo, e tiio forte que
e~tn. liberdade... de amigo. e o sangue de No~so Sonhor? Niio. produziu n virgem cri.sta, a irmii. da. cari-
~ul)la fit.a. de anirnatografo as principaia De resto mal nos vai se niio tornamos A Santissima Virgem niio pode fa.zar dade, a irmiisinha dos pobres. Fez o ap~
f1guru~ contempora.nens.
Qua'>i a terminar a vis-ita, intencio. n, falar. descer o seu dh·ino Filho para a hostia tolo e o. mn.rtyr. Tomou o homem com to-
nnlmcnte: Hoje ha.a-de reconbecer que a leifora e a.inda que tive~seis ahi duzentes .An- da a sua frnquezn. e o coroou com o tri-
da i111prc11sa md ou .simple.smen.te indi/e- jos niio poderrnm nbsolver-vos. plico diadema da virgindade, do martirio
- Jt~ntiio tu sempre o mei.mo? rente te é aravemen.te prejudicial. e o i:m sncorclote, por mais humilde que e do apostolado, <' o levou nos cimos mai~
- 'e111pre o mesmo ('Omo Yè,,
- O mc mo.. o mesmo niio. pode ser para a tu.a /amilia ou para quem seja pode clizer-,•os :11e m·os perdoo, ide divinos do amor.
- Porque? Ora. essa... (Juer qu.e tenha a mllo aemelh.ante, P1!-- em vaz.u l•'a?. mais aindn, pois quo sofrer e mor-
!il1ca('/JP.~. Oh I Como o sacerdote é alguma coisa rer niio é ainda o cumulo do sacrificio. O
- Quando mu daqui fui (j:i !.i vii.o
bon, :r; ano, ) deixei le t·reule, um do- •


de grande I
O sacerdote niio se compreendera bem
I cumulo é ver morror os quo amnmos.
E tem-se vi,4 o isto I Ha ma8l; que teem
quele,; de quem r.e dizia com verdnde que scniio no Céu... nmndo ,Jesus até este ponto, aM no sacri-
ernm cnt6licos do antes quebrnr que tor- J oiio Henriques deixava o fida.lgo da. Se se compreendessc sobre a terra, mor- ficio de l'leus filhos, Jesus Cristo quiz pc-
cer.
-E' boa I E boje? Casa da Portela. depois de afectuoso ror-se-in oiio de medo mas de... amor. dir-lhos o obtev&-os. Sim, mal ele tinhn
- flujo, meu caro Francisco, hoje? ...
aperto do zniio. I Os outros boneficios de Deus niio 110s morrido ja as miies cristiis, tomnvam o~
Nii.ol Mo.s nquole aperto de mii.o niio era servi rinm cle no.da, sem o sacerdote. srus Cilhoa e coloca.nd<>--06 sobre os joolhos
ainda o simbolo duma. comum maneira. De que vos serviria urna casa ch~ia de lhes dizian:: «Me'! filho, eu pre_feria ver-te
* do sentir. ouro 80 niio houvesse quem vos nbr1sse II morto a vor trah1r a J esns Cristo».
• *
Lii. no fundo o fida.lgo ficava sempre porta p ·o sacerdote tem a chave dos te- . ;Acompa.nl~u.va.m ~us filhos dennte dos
Dum ,mlto Francisco Gin6 aprumou-se na sua.: a unprensa indiferente e mel- souros cPhist!'s: é ele que abre a porta. 1m1,es, o ah, 110 po do cadafalso, exaltn.-
oomo a pedir a prova ·da afirmn.çiio fei- mo a nui ofio fnz mal desde quo ha· E' ele 0 economo de Deus o administra- vam o seu entusinsmo e se témia.m que
ta. jn cuicùtdo. <lor dos seus bE>ns. ~ eles virinm mostrar.se fracos, lhes diziam:
J oào llenriques sem se desconcertar • Sem o snc:erdbte a. morte e pai:xio de l{en filho, lombr&-te que eu te trouxe no
continua. • • N~sso , enhor niio ~erviTiam de nada. meu scio e te nlimentei com o meu leit.e;
- D!',culpa quc lo fale assiro r•om lo· Vede OR povoR selvagens: de quo lhes por piedncle p9:r~ com tua miie! niio nc-
da a sinceridn.de mns a is.so me oonvida A' snida o porteiro quo ouvira. qu88i teru i.cn·ido que Nosso Senhor tivesse gues nem atra.1çoee a Jesus C_;1'1Sto.
aw o fr&.cor do teu jardim em ingénuaa toda a conversa diz...lhe baixinbo: morriclo? Ah! niio poderiio ter parte no O que urna mulher, uma mae deve so-
palpitaçoes de amor. - uOlhe senhor I O senhor é que tem beneficio da redençiio emquanto niio tive- fre~ ~m tal momento e o que sofreu urna
E ' o amigo, crè, quo ll8Sim te fala. raziio. rem sncerdotes quo !bes façnm a. aplica- Fohc1di:<1e, urna. Sympho.rosa e tantas ou-
Quem nào ama, embrulha encobre Foram aqueles jorna.is mn.us que p11ra çiio do seu i:,angue. tras, 11!\0 ha. palavra.s que o possam con-
adula. ' ' u.H voem quo estra.garam o Qulnzlnho. O sa.cerdote niio é sacerdote para. ele. tnr. S?nto.se . ap_enas que par~ recomp~n-
O 11111°1!.0 que l'lll publico cuidadosa ca· Foi t>le m81!mo que mo disse ha dillB. la Niio se dii a nbi;olviçiio a si mesmo, niio snr tms s~criffc1os nit_o. parec1a excess1v!\
rinbo,mmento tapou as. chagns des~bre- busca.los e lia-oe sem o pai saber e t&n se odministra os sneramentos. Nfio é urna etermdade de fehc1dade com seus f1-
as, paro. as curar, no tu-a-tu do. intimi- tu coisa. leu que perdeu a fé a reli~1iio para. ele, exi11te para v6s. lhos nos braços.
dn.de. e .•. a. vergonba.. Dopoie de Deus, o sacerdote é tudo !...
- Quoro,i Lu ontio manter o que dis-
seste, sustentar que em religiiio me niio verdade.
Coito.do I o Pai nem o sa.be mas.. . ~ Deixai urna paroquia vinte anos sem sa- ---------:-=---
encontrns corno me deixnste? cerdote e o povo ndorara os animais.
Joiio Henriques saiu pensando na tri&- Se eu e os outros sacerdotes nos fosse-
Eu explico se 8118im o quer88. 1Al realidade dia influoncia da impreusa mo1:1 daqui, v6s dirieis: uque fazer agora PiE D 1-D O
- Antes das tun.s explicnçoes fica sa.- ma o no pecado quo cometem ' )8 que dl\i-
bendo que concorro genero<:amente para presando a imprensa. cat61ica a~inam, nesta igreja.? J a niio ha Missa., N osso Se-
todos 08 pedit6rios, tomo parte em todaa louvam, leem e ajudnm a ma impreosa. nhor ja In niio osta, vale o mesmo quo a.
propria. cas:l . .,,, As pessoas que receberem a
as festas, auxilio o Semin:trio, esforço- Sao traidores a aJ1U,nhalar as almas e a
mo emfim por ser em tudo um catcSli- Egreja sua Mlle.
co as direitaa.
-Em tudoP ...
____.,.______ ,
Quando se quere destruir a religiiio co-
meçn.-se por atacar o sacerdote, porque
onde o niio houver, niio ba Sacrificio e
onde niio houver Sacrificio nio ha reli-
«VOZ DA FATIMA» em dupli-
cado, pedimos o favor de de-
- Sim I Em tudo. Francamente nun- volver urna pondo por f6ra -
ca. esperava de ti i;omelhante ~nsura. giiio.
Ma.e... ex plica lé. ngora a tua afirmn.çiio. Abrlgo dos doentes Peregrlnos da Fatima • Daplicado - É o meio de sa-
Fund:i.Jllentn.-a, so podes, corno eu funda.-
2.147$55
• • bermos o respectivo numero.
mentei a minha. Tro.nsporie ...
Quando o sino vos chama a igreja e vos
Nisto no menos herdo o espirito doe Dr. Manuel José Ferreira. 40 00 rregunt:lrem: uonde idesu podeis respon-
fidnlgos do. Casa da Portela, Niio é de der: «vou nliJt1entnr a minhn alma.»
coi~as feitM no nr- gue eu ii~to seni-O Se, mostrando o Sacrario, insistirem:
dl\8 bom nlicerçn.du. 2.187$55
A.:n.o "VII Leiria., 1 3 de C>-u.tu.bro de 1 9 2 8 N.0 73

COM. APROVAOAO EOLESIASTlOA]


ulmtor, Propri1t1r10 , Editor: - Dr. Manuel Marques dos Santos Ad111iniatr1dar: - • Padre Manuel Pereira da Silva
D,mposto e Impresso na Uni4o Grafica, Ru de Santa Marta, 150-152 - Llsboa. Redacçllo e Admlnlstraçào: Saml né.rlo de Lei ria.

F~tim~, ~ L~nr~~~ ~~ P~rtn~~l UMA FLOR· DO CLAUSTRO


Aos pasto1·ee a. Ylriiem Ma.ria. tupendas do seu poder e da sua ternura
A profissao religiosa de Lucia dc Jesus, protagonista
quu ra.ega.r dos miatérioe o \'éu, maternal.
De!alde os representantes do poder--ci-
das apariçoes de Fatima
e boje, em Fa.tima., a, Co"a. da. Irìa.
vil tentaram coagil' a ,·idente a retratar
é tlIII !Jndo cantlnho do Céu.
os seus ,tssertos e nem as promessas e Linda, alegre e encantadora, cheia tre eia sua nobilissima cla.,;.se entra na
(Do hi nd.rio de Fdtima) amenças nem a propria prisiio e a pern- de vida., luz e cor, rescenc!enclo ao'l sun- linda e de,•ota capeln, onde vitimas
pectivo. dumo. morte violenta e horrorosn ves perfumes d~ flores do Outono, raiou voluntarias de reparaçiio e expiuçiio todos
lo~raram arrancar-lhe os segreclos inviola- a ma.nhii, pn.rn. sempre memoravel, do os clins elevam par11 o C'éu o incenso das
Onze anos depois _ A visio de Lucia
de Jesus - A confidente da Rainha
do Roslirio _ o apelo divino _ A
I veis cl~ Alto. .
Re.\hzado. no dia treze de. (?utubro .o t6rica
dia 3 de Outubro de 1928. suas pretes ardenuis. a mirra das s11as
Os r elogios das tòrres da ,etusta e his- , virtudes acri~oladllJ! e <lo~ seus sacr1fici08
cidade acnhavam cle dnr pausacln- e o ouro clum amor µrecioso e som liga,
elcita do Rei dc Amor. e.stupendo sino.I de D~us,. vat1c1nad~ tres
mesM antes pela pnv1legiada da V1rgem mente as oito horas. beroico e santo.
Corria o ano de 1917, ano nssas memo- 1 paro. oonfirmar a veraciclade dos seus de-
ravel e sòbre todos glorioso na divina poimentos e presencindo com nssombro e
hist6ria dos episodios maravilhosos da extrema comoçiio por mais de sessanta mii
Lourdes portuguesa. ~o dia treze de pes<:0ns de todas as clnsses e condi~·òes
Maio, a pouco mais de dois quil6metros sociais e de todos os pontos do pais, Lti-
da. igreja paroquial de Fatima, numa pe· eia de Jesus tinha concluido n sua mis-
quena colina, onde em breve se erguera siio de embaixntriz da Miie de Deus, au-
o templo mais gigantesco, o santuario gusta Padrocira. de Portugal.
mnis venerando da !usa terra, tres crian- A' semelhança do precursor S. Joiio Ba-
çns inocentes, que gunrclavam um minus- ptista, doravo.ate eia tem de ~e diminuir,
culo rebanho de ovelhas, depois de bave- de se apngnr, de quasi desapnrecer aos
rem rezado em comum o terço do Rosnrio, olho.'l do munclo, para que s6 a Virgem
tinham-se sentado no chiio parn com~nr sejo. glorificnda e a sua obrn nssuma as
a construir com pedras tosens e soltas proporçoes da mais colossal maravilha do
urna casa em miniatura. século vinte ... E' indispeusa.vel que mo-
Era a hora. do meio--dia. astronomico. mentaneamente caio. no olvido o in,tru-
Nas altu.raJJ o astro-rei em pieno zénith mento fragil e desproporcionnl de que a
resplo.ndecia' com o mais' vivo fulgor e neU:
urna s6 nuvem empunava a lirnpidez pu-
I pi_v!na. Providencia so dignou servir para
1~1c1ar essa obr_a. Como B~rnardette Sot!· 1
r isAima da ab6bada. celeste. De repente, o b1rous, a ~um~de pastorin~a dos . Pyr1- I
clariio fulgurante dum relii.mpago cortou neus. a fehz v1dente d? !at1ma nu_ pre- I
os ares, fazendo convergir para o firma- parar-se p_arn. outra m1ssao que mais cl_e .
mento os olbos e u atcnçiio dos pastori- perto lhe interesso.~ por9ue a ~la estao h-
nhos. Lucia a. mais velha daa tres crian- gaclo~ os seus dest1nos 1morta1S, a tarefa
ças, que co~tn,·a. dez anos de idade, jul- grandiosa da sua santificaçiio e salvaçiio
gancio iminente uma. trovoada a-pesar-da eterna.
perfeita serenido.de da atmosfera levan- Terminada a sua edncaçiio num colégio
t a-se e convida os primos, Franci~o e J a- do Norte, onde viveu muitos anos entre-
c-inta., a recolberem o p:nclo a snas casas. gue A pratic3: de tòdas as virtudes, ~b~e-
Quando descia.m a encostn atnts do pe- ceu sem hes1tnr ao chamamento d1v1no,
queoino e d6cil rebanho u~ novo reliì.m- so.indo do seu pa{s e entrando no Novicia-
pago rnsgou o espaço e'. a pouco. distan- do dumo. ~as m~is_ ilustres e beneméritas
eia. sòbre a copa dumn azinheira apare- C-0ngregaçoes relig1osns.
ceu o vulto gentiHS8imo dumo. j~em se- A atmosfera do Noviciado, téda impre-
nhorn., circunclo.do de intensa luz e. res- guada de oraçii.o, de sacrificio e de amor,
piandecente de sobrena.tural beleza. era soro duvida. o elemento que convinho
P or momentos, aa crianças hesitam per- à sua. vida espiritual, ap6s a. formaçiio do
plex:as e chegam a. pensar em fugir. Mas Colégio.
para logo um gesto grncioso da Apariçiio AH, ocupada nos serviços ma.is gr0688i-
o.s demove do seu prop6sito, filho da timi- ros da casa, edificava a todos com a sua
dez e do medo, e urna voz suave e encan- profunda humildade e a sua. exacta obser-
tadora. as convida a aproximarem-se da vancia do regulamento e a R a,n ha. do Céu
azinheira. favorooia-a com novoe privilégioe, corno
Desde aquele dia do mes de Mnria em penhor da sua predile<'çii.o especial.
que, a uma prep;unta da protagonista'. das Um ano depois, no dia 8 de Outubro de Photoerafla <le LÙCIA DE JESUS (V. ns grnr1des mnrnt1ilhns dt Fdllma,
11pariçòes, a misteriosa Senhora declarou 1928, aoe vinte e um anos de idade, $ua pelo V. dt Monltlo ), ao.1 16 1J11os. ,. que no dia J de 0111uoro c-orr,nte
que vinha. do C'éu, até igual dia do mes Excelencia lleverendi"8ima o Sonhor D. fez os seu.< flotos numa Congregt:(do rtligio.,a.
do R OMario, seis m0808 depois, inefaveis J osé Alves Correia da Silva., venerando
co16q uios se realizam ontre a Vrgem e a Bispo de Leirin., de11 ia presidir, em nome Numa da.s cMas religiosas mais creclo- 1 Erii bUI\ Exc.-elència Revere ndissima o
angélica menina, torno.da. a sua intima da Santa 1greja. a cerimonia da sua profis- ras de consideraç.iio e 011tima. pelns ~u os ex- Senhor D. J osé Alves ('orreia da Silva,
confi<lente pela mislmo grandio.<ia de que a sii.o religiiio e eia, cheio. de jubilo e r eco- ct.lsas benemerencins, ne,sa. esb\nc-10 de primeiro Bi'>po de Leirin, depot& da res-
incumbe e pelos segredos impenetraveis nhecimento, coll8agrnva-se dum modo es- paz bemdita, onde cada ano, tnnta.s al- tauraçiio da clioc~e, qu1.1 devia. presidir a
que u10 ooot:a. !)OOia.J ao serviço de Dous, pronunciando mas, ciì.ndidas e inocenk•s, contruem mis- j cerimonia, expresaanw uto couudndo pa-
A' débil voz da humilde e desconhecidu com um fervor angélico os ,•otos oe po- ~icos E>Sj:,.'.;;:sr.:! nr,w ,Jesus. o dh·ino Hoi rn ~ fim. Motivo de forçn m11ior ini-
pastorinha. acorrem as multidoes, avidM brMa, obediencia e castidade. dos reis, uma falange escolhida de nrgPn'I L;_..;: ! ''"'l'l!)RT!'<.·er. 0

de sobrenaturo.l, e centenas de milhares Tal é a humil<le pastorinha de .Aljus- faz os derr11deiros preparntivO!i para. o en O re<"i nto ,11p:r111lu rl'p:orgita .;., ~iii!!.
dc p0&ioae, impulsionadas pela sua fé e tre!, a quem Deue confiou a missiio mni.'! !ace misterioso ha muito tempo suspirado. 1'::m lngo.rO'l do de.staque ,·ecm--se o.lguns
pela qua. oiedade. veem prestar as suo.s estrondoea dos nossos temoos " oue a de- I) atJhl,'l"rl"' /Jt inof"'~ol hifl'lone ,1a •.· .. .... n f'\eles•
~ .,, . • _ ,, .... _ .....
1.. · ·_ • Ar\m I """..
- t ; ~ ~~ ,,_fe,..,,._
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_.,. ••• ,~ ~ ~ ., ... ~ -=a •
.l.,, ~---='v,,1.
• ...__,."
·1omenagens à R a{nha do (;éu no iocai .,.,m.,;;::;!::;-:: ~~~ " "l'.l .9az tao profunda e tiaJ E.sposo. Todos estii.o ja a po1,tos paru Aproxima-f't' o momt>nto ~olenp, ansio-
que Eia. propria eecol.heu para a erecçiio com um desprendimento tao completo de o. tocant.e so:etJ;,;...!;; :;::~ ::~ ,,,..; realizar. ~»menfo P«perado, do-, mi ti00<; osponsaìa
do 1;antnario mliximo dM maravilhas es- si mesma que é esse o primeiro milagre Um sac-0rdote portup;ues, honra e lus- da,i ,enturosa.'l 00111•.,! •• ., :;·:? •·r" consa-
2 Voz da Fatima

grar-se parn sempre, dum modo e.~peciul senta o crucifixo ÌL uo\'Ìça è, dando-lho a suces:.os maruvilhosos, pòe um remate que eia se efcc.tua. Or&anisada. com todo
ao serviço daquele adoruvel Senhor, a beijar, diz: condigno aquele espectaculo emocionante o esmero pelo seu zeloso e iuc:.nstivel pa-
quem servir é reinar. - «Recebe, minhn filha, estn cruz na de Fé e picdnde. C'omeça entào a adora- roco, o rev. Rafael Jacint.o, impòem-se
Em atitude modesta e recolhida, e na qual estn pregado Aquele quo deve ser o çiio nocturno. Preside no primeiro turno n todos corno urna peregrinaçào modelar,
mais perfeita e edificante compostura, teu modélo e o unic-o objecto de toclo o de adoraçiio o re,•.do dr. Marques dos sendo deoert.o notaveìs e copios"~ oa fru-
mna palpitantes de intenso e como"ido teu umor.n S:intos, capeliio-director dos servitu. O tos espirituais que alcanço. paia quantoa
jubilo, elas ali estào, em fila, nas longas E acrescentn ns palavras seguintes que rev.do Domingos Gonçalves, de Guima- dela fazem parte.
bancad86 da capela, de miios postna e olhos siio coma que u forma substancial dos riies, director das Oficinas de S. José, que A populoea e crente freguesia da Serra,
fit.os no Céu, orundo ince»santemente e rnisticoo despos6rio'>, que s.e estiio reali- presidia a · peregrinnçiio daquela. cidade Tomar, enviou igualmente neste mes à.
com fervor. zundo: dirige o segundo turno de adornçiio fa- Lourdes portuguesa uma importante e
- uSeja o teu Amado corno um fasci- lando com ternura do Deus de amor, a vistosa embaixada. Dirigia os net.o,; co-
Oonfundidn. corn as demais, h:i urna,
culo de mirm e fnça do teu coraçào a sua Divina Eucaristia. Às primeiras hòras lectivos da.· piodosa romagem o re,•. José
que na-0a nssinala ÌL atençiio clos circ-uns-
rnorada permanente, ern penhor duma da manh1i principinm as missas, que con- Dias Rodrignes, activo e zeloso paroco
tantell, mas que rnerece uma referéncia so- <loquela freguesia. As opus encornadn.s
bremaneira particular. uniào eterna e dum eterno amor. Sit ti- tinuam quasi· sem iuterrupçii.o até no meio
bi f1ucic11l1.ts myrrhae dilectuR tuus, et dia solar. Milhares de comunhoes sào dis- dos peregrinos e os lenços brancos da.a
E' Lucia de Jesus, n feliz vi<lente de $Uper cor tuu,n commoretur, in signum tribuidos por cliversos sacerdotes, desde a Filhas de Maria punham uma nota acen-
Aljustrel, a prin,-ipal protagonista das l1111ori.1 r,t unioni., .!empiternae.u primeira ì1 ultima missa, sendo deveras tunda de colorido e de graça no. imensa
Apariçòes de No:;sa Senhora de Fatima, Segue-se a imposiçào do ,·éu, durante enca.ntadora e emociouante a piednde fer- 111anchn escura da Covo. da. lrin.
a Lourdes de Portugal. n qual o oficiante diz: vQro'ln dos romeirO!", que, desejando rece-
Esta tenra e rmmosa fior <los cnmpos, - "Recebe o jugo do Senhor; o seu ju- ber dignamente nos seus peit.os o Rei do Outras peregrinaçoes - A procissilo
colhida entre ns urze!i e nzinheiras lln ser- go é sun,•e e o seu peso é leve. C'éu e dn t~rra, se tinham preparado pa- da Virgem - A missa solene - A
ra de Aire, e tram;plantada do patrio ,;o- Proferi<lus cstas palavras, da-lhe a ben- nL esse ncto por meio duma confissào bem bençilo dos doentes - O s ermilo
lo para umn nesgn de terra estrangeira, çao e depois pararnenta-se pnra rezar a feitn clos seus pecados no santo tribunaJ o ficial - O exodo dos peregrinos.
onde o respoito doi=; diroilos dn Conscien- i;anta. Missa.» da Penitencia.
cia humnnn niio se reduz a urna pnlnvra Começa o incruento sacrificio clos nos- Jesus une-se intimamente às nlmas, na Outras peregrinaçòes se efectuaram
vii e a 1ilx>rda-0e para o hem niio é umo ~o., nltarcs. Sagrnda Comunhao, para ser O alimento ainda aste m&, embora formadas por me-
ficçiio, la se ve, no rneio das flore.~ nas- O silencio é mais profundo, o recolhl- do. sua vido. sobrenatural e ali, nnquele nor numero de devotos da Virgem de Fa-
cidas, noutros c-limo.s e sob outros c-éus, mento mais intenso, a ornçào de toclos Jognr privilegiado, derramn. sobre elns, tirna. Dc Toudela viéram 80 pessoas, de
pronta a embalsa1'nar perenemente com o mais fervoro:sa. merce eia intercessiio valiosi~ima de sua Vila Seca 40, de Mole-00 (Lourinhà) 60,
seu dolicioso aroma a ora ~anta e o am- Pairnm vagamente naqnele ambiente augustn Miie, as melhores graças e as ncompanhadas pelo paroco, rev. Joaquim
biente do augusto santuario. sagra.do harmonias celestiais. hençao<, mais preciosns e mais escolhidits Lopes Reixal, do Arieiro (Coimbra) 40,
O 'ilustre oficinnte reYestido clos pa- Dir-~e-hia que o<1 Anjos da guarda do dos tesouros riquissimos e inex1111rfveiR sob a direcçao do p,iroco rev. MlWoltrel Es-
ramentos blu·ros, <>nton o Fe11i Creator, Sacrario, onde repousa na H6stin sac-ro- do ('éu. trela l<'erraz, do. Varzea (Sa.ntarém) 60,
invocando ;,òbre ns futuru-, espòsas do Re- i=;anta o Divino Rei de amor, unem tlurn SQI, a presidéncia do p:irooo re,·. l\!anuel
dentor as luzes e ~nwas do Di,·ìno Para- modo ~<'nsi'vel os suas alep:rias e O seu gò- O Seminario de Beja - P eregrinaçio Duarte, de Carnpinheira do Campo (Mon-
clito, o Amor inerendo e consubstàncial. z,, aos jtlbilos dns almas congrE>p:ndas na- do Porto - P eregrinaçio cfe Lame - temor-o-Vell10) 60, tendo à sua frente o
.A comunidade religiosn e a multidiio quela cosa de Deus. go - Peregrinaçio de Vila de Rei rev. c6nego José Simòes linio, etc .
E' c-hegada a ocosiao de ministrar O - Peregrinaçlio da Serra (To rnar). Pouco ontes do rneio dia solar, forma-
dos fi6is cantnm o admirih,el hino liturgi-
co, que o 6r:giio ncompanhn c-om a sun voz Pilo vivo descido do C'éu. Mas, nntes di~- se o cortejo que acompanhn o andor da
mage.stosa e piangente, t•om·ertendo-o so, o celebrante -volta-se, com o So.nt{ssi- O ilustre e venerando Anti!'>tite da \Tit·gem do Rosario da capela. dns apnri-
num cantico de gloria, num hino vibrnnte mo Sacramento nn.s miios, paro n eleitn lgreja P:1censl", Senho1 D. José do P,1- çòes parn a copeln dns missas. E' urna
de Tl'ssurreiçiio e de triunfo. do Senhor que, com ,oz clnra, mas e-omo- trocinio Dia~, ~omeado intilrinamente J'.e- dM scenos mais patéticas das ceriménias
Em seguida o ministro sagrndo, 1>ro- vida, pronurwin, em face clo Céu e da ter- I! S1111L11 Se director da Obra d~s mts- comemorati,•as do dia treze. A multidào
nunci.rndo ns oro(·oes do Ritual henze o rn a ,ua c-on~agraçiio--n formula do-, vo- isoes . d~ _ clt'rO secnlar . po1·tu~u~ r. ~m rompe em viva.s à Virgem, snuda-a com
crucifixo clestinnclo à futura profei=;so, as- tos de Pobreza, C'nstidacle e Obedil!ncin. 1Suhst1lt111~·aDo d?r gr~n~e r~'b'-P? m,1~1~nur1ol, Oi lenços, licia.ma-a. com palma.,;. Ao meio
perge-o com agua hrstrnl, servindo-se pa- Feito~ !'.\~tee; ,,otos, a irmii aspirnnte en- o, sen tor . eotomo ";1 e1ro 10~ra ( o dio. em ponto, depois de cnntado oft./Jredo
ra ic:so do hiRSOpt', e depois prOC'etl<> dn trega ù uperiora II f6nm11 cl . ( ns~r?, ausente , 11r~ J nd111 em ser'.'1~0 da em voz alta. por tòda a Miistencin, prin-
. . a_ °' mesm~s Rehgtiio e da Patria. fez transfer1r para cipia. a 1,-fissa dos doentes. Emqunnto se
mesmn. formo. ì1 Mnçùo do nfo. ac;s1na,1n por sua pr6pr1a mao e clepots
rec-ehe O Piio clos An ·os.
c1·f- · cl e t. d e• · t T
o e 1 1~~0 o onven o e. ns o,. em o- celebra. o augusto socrificio dos nossos al-
Concluida a 11ltimn oraçiio, , oltn-'-e pa-
ra o noviçn e diz-lhe: · 1.
· d . J
T erm11111 a :i ~l1ssa, o representante dn ., '. 1
- , I •
in ... r 11.l 1m de
d J>nssnrem alid o periodo dos
. 1l'rtas gran es os n Innoc; o ~eu somma- ciciar de mii preces, os suspiros nbnfa-
°
. , tare~.,, o uve-Sl' const t\n te men te b ran d o
I greJtl
- «Minha filha. que é que pedes?u t s-:1z 11mnlu exortuç•tlO t
a rma aspi- ..
. d' . .d . 1 to
d.
1ocesano.
' E t . d . . ·
neon r,111 o-:se ass1rn n
d
os dos enfermos t't, por ,,e:,,es, os canti,
Ltfoia de JeHus, 11:rn,·1_> e austera no ,ma rnn e. no I>O ·iTns pa ernais irigi ns a o 11 · l"guos de d1sta'nc1·11. do Sant11a'r1·0 co.~ da mult1·a-ao, v1'brantes de entus1·asmo.
0
O\'elhinha qucridn da grei e~piritual do ~, ~·•-, " d ,.-t· .' ·, . ·· d .,
grncioso. simplici<ladc>, rec;ponde com urna p 1 10 1 L . . . B nnc-1onu 1 e 1'a tmu, °" JO\ eu<. · e pie o- Conclu!da. a missa, o celebronte da a ben-
voz firme e pnusnrlu: venerane1O re°' ee et~i:_i, ~1 er~a- , sos serninaristns aproveittlram o ensejo çiio aos doentes com o Snntissimo Sacra-
-«Pelo amor de Dens " de Maria Anu- dette dn Lourdes cln sua prrvllegtnd n Dio- para o vic;itar comovidamente e render o mento, c-erim6nia sempre bela e sempre
tissima, minha tern~ e c·ara ~fiie, pe(·o li l'ese. . . . preit.o da sua venernçiio e ùo seu amor Ì1 tocante, e por fim, depois de c-ontado o
graça de ser adm{t1cln neste !!tinto Insti- Intunn-lhc, muy, uma ,·ez, 0 dever TI- Rainhn do Santissimo Rosario, no lot·al Tantum ergo, abençoa o povo.
tuto, para nele me consngrar de todo no go'.osc! d_e c:11 iuprir as promessas sagrnd as que Eia houve por hem sontificnr C!llll n O rev. Domiugos Gonçalves subindo no
serviço de Deus e à soh•nçiio clo pr6ximo, e IIIYJ~larn\~ que aC"nbn de fazer parante sna pre~ençn e clistinguir com ns finezas pulpito, profere, diante do m{crofone, um
e de me lignr fambem com o~ votos cle <>:s »un °" a tares. . mais nssinalaclns da sua ternurn mater- sormao aproprindo às circunstii.ncia,, que
Pobreza, CMticlnde o OherHìncia, que cle- Recom!nd:1-lhe com p:~rt 1!·~lnr empenho noi. Viom-se tambérn, 0111 numE>ro bas- numerosos megaf6nios reprodu:,,em e
sejo fnzf'r ~e~11nclo o eqpfrito e regrn• dt\s- a ob,ervancta dus c·oustituiç~c~ e reguln- tonte aYultado, olunos doutros emina- trnnsmitem a distància.
te mesmo Tnstitut-0. rne~to, da gloriosa e benemerito congre- rios sobretuclo do se>minario episcopo.I cle Siio qunsi cinc-o horas da tnrde.
E. o interi>ssant.e e .com~vente di:ilogo guçao n q1w tern a bonn1 e a ventura de Lc•i;ia. Os peregrino'!, pouco O pouco viio re-
cont1nua, c-adu vcz rna1, ,·1,·o e animado, pertencer. . Do Porto, freguesin de Nossa Senhora gressando 110s lnres distantes As SUlls al-
entre o veni,rando sut·er<lote, que reprt'M•n- . _E. collc-lurnd~, {nz. urc~ent!s votos no do Pilar cln Gl6riu, veio a l<'ll.tima urna mas, retempcrrtòas nnquele c-adinho imen-
ta a Santa Ip;reja e fnla o procedo em 1wnw <.. l:lU .P 1: rn que-, ficl us tnspiraçoes da _gra- numerosa e luzidn peregri naçao, quo ti- so de F'é e piodade e satura da~ do ar
dela, encarecondo a grandeza e importan- <;a dinn;.1, se _ele'l'e nas uzas da humllda- nh:t corno clireçtor espiritu:'11 o Re\'. Ahn- puro e vivificante da atmosfera sobrena-
cia do ·acto da profic;.siio religiooa e os de- dP. ! tl:i ~o!1fiança, aos l~a~a~os da. per- de Sonres l\fonteiro. ,1Os me\Ls peregri- turai que ali as envolve, sentem-se mnis
veres e responsahilidades que lhe estiìo fetçaQ e~piritual, às culmtnancins da san- nos, como at<>~to o R<'U zl"loso pnstor em fortes paro. as lutas incruentas mns por
inerentes, e u. humilde e despretenc-iosu tidacle. _ . , carta dntada de 18 de Set1>.mbro e endo- vezes formidandas do. existencia. OR doon-
menino, qua responde sem he~itar firme O _ ninttco . do T_e Demn, Yersiculos e re(·ada .10 adminjstrador da «Yoz da F:i- tes, sòbre os quais o Anjo do conforto ce-
e innhnlavel na sua generosa re,oÌuçiio e 0:nçoes ~o cstilo, pos rem'!-te a cstn sole- timu», foram Ìl cidade dns upariçoes, mo- leste fez desc-er o doce balsamo da resi-
cheia de confiança filinl na bondade oni- n~dndc s1multane3:mente st~gela. 6 gra~- Yidos pelo amor a. No~~a So!nhora, e por gna'çao crista, achom agorn menos pesada
potente do .Altissimo.
- «Tene penando bem na" obriii:oçòes
que nndam anexos a estes votos ?i, leza., e. maieslade 1 m·ompn~ay~I. _
l
elio,;~, n ~ 11! ?9 ri~os e cerim6nias da lt- j.._,o portoram-se na viaitem e eru Fnti-1 a cruz dos seu!I sofrimento.<i e conformam-
tm·gia cr ~ta tmp~irnem u~ cunho de be- ma corno cat61icos dignos deste .nome: se santamente com os desfgnios acloraveis
nssistiram a todos os nctos de pieclncle, da Providencia.
- «Sim, sèriam<>nte o tenho pensado e
espero, com o auxflio de Deu._ i> a int~r-
I Luc-u~ ~e Jesus, <:_m relrgiao Trma Ma- tomnndo parte nn recitaçao do Ro.,,ario, Algumas horns mais tarde, aquele locai
r iu T,,u:ill das J??res, fior. dos carn- no comunhiio geral, e inc-orporarnm-so na I prhrilegÌ.l\do - testemunha. muda de tan-
oessiio de Maria Snntf~ima e da Santa pos 1lOJO convertici:J _em mimosa f!or procissiio com o seu hndo estandurte, quo t-0 amor e de tanta dor - osta convertido
Padroeira cl&te Institnto, poder cumpri- ilo ?Illustro, sera _ma•s. um . para-rat~s foi co:1t1uzido pelo sr. Se?astiao Vent.ura, num ermo silen1:i.oso e triste, que o man-
los e é por isso que peço a graça de mos ergu1do sòbre esta_ i~felrn terin. de Poi - ladeado doutros peregr1nos com opns to oscuro da n01te torna mais triste ain-
receber.11 tngal, out~oru patrm de her6is e . d.e brancns e o menino Carlos revestido de da, descendo lentamente das cumiadns da
-«Reounciaste com tòda a libordade e snnt~,. a f1m de desarmar O; c~l~ra ~ivi- bn:ina e cotu, c-nntando os <ienhorns e serra de Aire sòbre a misteriosa e encan-
com todo o coraçiio ao século e 11 todos na, 1rr1tada c-~m ns cu!pns mdtvid~ats e A1,p sob a d irecçào da mcninn Aurora e tadorn Fatima, a esti.noia bemdita das
ns preten.soes mundanas ?11 c-om. os des_vnn~ colectivos, e ~t~31 : pa- os hom!'ns sob ii regéncin ,lo Sr. Luis apnriçoes da Virgem do Rosario, a Lour-
- uSim, Revernndissimo Senhor.» rn este o.bismo rnqondavel. de ltllqutdade Monteiro. Diversas oferta<; forarn dadns des de Portugnl.
- «Entiio queres tornar a Je~us C'rislo torrent<'s cn.udnlo~nc; e 1ncessante~ent~ à Virgem de Fatima pelos meus peresi;ri- Visconde de Monfelo
por teu Espòso ?11 n•no~·arlac; ·ae perd110. de p:raçn e misen- nos senclo a mais importante n cle nmu
- «Sim, com todo o meu coraçào.n
c-6rd1a,
1
pul~eiro. de oiro que a senhora D. Olga,
em cumprimonto dum voto, colocou por
---......a-----:----
Nesta nltura o minish·o do Senhor apre- l 'i.,ronc/e de Jlontrlo suas pr6prias miios na Tmnii:em dn Se-
nhora.. A 'l'iugem, a-pesar-de lon11:a, fez.
se sem incidentes desagradaveis e todos
OUTRO ANO
Con/tni,arào do artfgo FATt~A, A l.OURDES DE PORTUOAL n6s enc-ontramos bem 11s pe:;soAA clns no~-
sas familios, e eu, que sofrio bastante de Entra hoje no 1. 0 ano da sua pu-
de l<'tHima., oomo a ditosa dclentc é a reu o iti11eriirio tradicional. A belezu e intermitencins cardfncns, ngorn nada te- blicaçùo a Foz da Fatima de que ja
mais bela prova da realidade dli" npari- serenidnde dnqueln noite de 1•eriio, a !'X- nho sentido que me inC'Omode, desde cs- se fez até ngora urna tiragem de dois
çòes. tr11ordin1iriu. afluència de roP1eiros. a ~e, santos e i11olvicl1freis dins da minhu. milhòes de exemplares, cabendo ao
grande profusiio de h1zos, os càntico8 clos \'Ì~ita o Ftttimn.n
A procisslio das velas - A adoraçilo fiéis, as s11plicas fofforosuq e veementes, A òiocl'se do Lamego 1rouxe aos pé, da
ultimo ano a tiragem de mais de
nodurna - O Rev. Domingos Oon- a recitaçiio pieclosa e cadenciodu. do ter- Virgern de Fatima mais de cluzentos pe- quiuhentC\s mil.
çalves, de Oulma ràes - As missas e ço, n simplicidade encantndorn e a ,•111:1ti- regrinos, que fizernm a longa "vingem em Re e:nda um tiver sido causa de
comunh0es - A pledade edificante diio unensa clnquele templo i;ern igual, cu- dez cam.ìo11ete.1. Foram acompnnhnclos por um acro de amor de DeuR e de ve-
dos fiéis. jo pa\imento é o solo escalvado da mon- doze Mcerdote", qul" cliriginm os actos de
tnnlm e cujo tecto é a ubobadn celeste piodnde durante o percurRo, um om cada nerni:ao e tam bém amor à nossa
I
No dia doze de Seternbro ultimo, Ìb 1 n)Jlstelada do miriades de astros rutilan- vefculo. Alem doutrnq freguesius, hovi1L quericln. Miic do Céu, que magnifica
dez horas e meia ùa noite, realizou-se, te~ com·ert<'m a e.>tàncin bemdita dns representnntes de Petaro11c-a. C:imbres, rerompensa para o nosso t-rabnlho !
na fon~a do costume, n. linda e comon\ll· ttp~riçò«.>~ num dehc-ioso e incompnr:hel PeSl!udo, l\fop:ueja, S. l\!artinho de Mou- Consola-nos a lembrança de que
to 1>roc1!18iio das ,·elus. :\ umero.-..as pere- cautinho do Céu e iruprt>gnnm e s:ituram ros, nezende, Lnlim, Bretiunde, 1\-fezio e
&rinaçòe:i, que tinhum d1Pgado durante a de efluvios sobrenaturais o ambiente per- itont~iro<,. o jornalzinbo tera contribuido para.
I
tarde, incorporaram-i;e com Oli ,eus Jstun- fumado que ali Re respira. O canto do Realisou-se vste mé, u 1,ere11:ri110çao èste movim1>nto formjdavel. mesmo
darle· no majesto•o cortejo, qne pen•or- l'rrdo, ern frente da cnpeln-padrao do, anual d!' Yila de Hei. R' a ,;ep:und-i vez rolossal, de Portugal , para Deus, (e
Voz da Fatima 3

ja com. bastante repercursào uo es- tempo. atingisse cerca de cem mil 1 porciouou todru, ns comodidades para eu My~lite cr6nica
traugeiro) sob os au:ipirios e devoçào exemplnres.
a Nossa Senhora. do Rosario da Fa-
• I
estar relath-amente beru. A.qui lhe ogra-
doço todoo os seus carinhos. Pelo meu re- Fernanda de Jesus, de S"'tuhnl, curada
trnto que junto en,·io eia me reconhece- repentinamente na Fatima em 13 de ju·
tima. rìi . .-\. asta senhora e a uma outra que eu 1110, e de quom j1i aqui fa!Rmos em ago.,-
Kao exh·anhem que fiquem sem ta.mhem niio conhoço, agradeço o carinho to.

.
resposta cartas a pedir-nos agua da com que me trataram e o esforço que
fi1.eram para me transportar no nparelho
Segue o ntestndo médico, que é b.!m
friznnte e clnro:
·,. 'd t . I
Fatima e outros objectos. E' que o a que ucima me reftro quando tirn de
O JornaFl é_ d esir1um o g-ra u1ta- tempo é pouco para outras coisàs snir do recinto em que estava para. de- ATESTADO
mente na •atrn1a e noutros pontos. . t pois voltai·. Sentada ou 1·ecostada no col-
, a· ·t b } ma1s urgen es.
p odem d 1ng1r-se · chiio que me forneceram, passci toda a
1'r,rncisco de Pm,la Borba, ·médico r di·
1
So teem, .porém 1re1 o a rece . e- o, . · · a J ose• d'Alme1- noit:i; sempre com mais ou menos dores rector do Hospital da Jliseric6rdia de , t ·
pelo corre10, as pessoas que env1a.rem d
· d d t · · a
L opes - F a.t 1mn
· (V'l1a
N ova que dumram até ù missa do Snr. Bispo tu.bal
d1recta e a eanta- amen e o m1mmo d'Ourem). Posto que I\ agua seja de Leiria durante a qual comecei a sen- Decl,aro q11e u mr." Fr.manda de Je·
.,us, de 90 ano11 dr idade, casadt1 com "
de dez escudos. Nao mandamos fazer 12Tatuita ha a contar com o correio, tir basta.ntes alivio:, que se forum acen- sr. Joùo Gumes Nouueira, esie11e inter-
cobranças
. · Lembmmo-nos
- - · a· ·
de dque os i"a' t a. e neon 1c1onnmen t e, o que t u d o, tuando até ù missa ùos doente.c; em que 11ada 1•or vdr·as l'tze.• co1,i perm(111 é11r1a
assrnantes sao tao mteressa os co- principalmente pnra o estrangeiro, me senti completamente bem, estando j6.
ne!-.-te agrnda.el a;tado q,iando me fo1 de 111éses, 111..1 enfermaria de Santa Iza·
mo n6s nos progressos da Voz da Fa- r b 1 t dada a bençii.o do SS. Sacramento. bel do Ho.~pita/ da l\liseric6rdia de Set,,_
tima. Estio em divida bastantes. icn as an e caro. Quando os serYitos me apresentarnm a bal e em. tratamento com umu myelite
Muitas pessoas manclam ~enerosa- • mnca pnrii neln me trans1>ortnrem, pen-
mente quantias superiores, certos de sei em niio oC'eitar por me pnr<.-Cer que
que a sua generosidade vai reverter I
Agrn.clecemos qualql1er reclamaçao esturn. bo:i; mas corno ()oderia ser urna
ilusào aceitei·n~ e aq,iim fui acompanhan-
por completo a favor de tnntas ou- ou indicaçao oue nos façam. Devem do a imngem oe No;;sa Seuhora e depois
tras pessoas a quem vne 11er distri- indicar 'ìempre o numero da assigna- para l\ camioncte juntar-me aos meus
buido o jornal cuja tiragem quere- 1 tura. para serem atendidos com pron- compnnheiros de peregrinaçào. No no.--so
regresso .,,L'llti-me sempre hem: acompa-
riamos que este mez. se houvesse tidao. nhando n recitaçiio do terço e o.; canticos
com todo o entusiasmo corno era proprio
que ti,·esse quem i;e ,•ia ltne de dòres tiio

As curas de "FATIMA,, rrucinnt.es, que me tinbnm at-ormentado

-----'---------
durante rinco anos. Quando chegamos a
Alcobaça, desci, sem auxilio de ninguem
cfo cnmionete que estacionou junto ao
' quarteiriio cle casas que fica òefronte da
Sciatica Pa.,~ndo è,te t.1:mr>o agravou-se o Eg1x-jn do Mosteiro. Com toda a fncilida·
met1 man estar, continuando a sofrer do- de atra.r-essei o largo, subi Oli escada,;, en-
M aria Emllla Fcrnandes , ti,, f 'i11,areaa- res i nsuportnveis, V"'ndo-me uovamente trei 11n. Egreja e fui i1t.é no :ùtar m6r.
çào dus f'i lhas de Maria df 1 ilrtr ((uda- fo1~·aùa. n estar de coma, me:M"s ~eguido~. Depoic; do fozor 1, minlia oraçao regressei
f)al ) em CCll'fn de ;?~ d' l!l'•-•fo 11/t11,rn, diz: I
Ac-onselhuda. pelo men médico fui fazer
uso da'I aguns dos Caldac. da Rainha. que
a camionpt;e onde os peregrinos me espera-
,·am, dnntlo t.odos graças a Xo-.sa Senhora
11::-.u T'oz da r'af1111r1 n:-11ho 1mhhC'a111e11-, absolutamente nndn me nlh·inrom: nem
te ngradecc1· a No-..~,\ • <-n 11'?ra do Ho~ario enquanto 1:i estive uem depois de viT pa-
da Fatima a cura, p;1ra 101m I erdar!Pira- ra Cll"'I .
pelo beneficio tiio grandt• que me ncaba,a
de fozer. Pnrecin-me 11111 sonho e niio urna
realidade.
I
Nes.'le mesmo ano fiz uso de ùnuhos de Pura ,:tlorÌ.I de X°",;a , enhorn, todos os
mar que derom nlgun." alfrio:; enquanto perec;ritlos '-e :ipearam, orgnni,amos o cor- Ferna nda oe J esu s
estive na praia: porque quando \•oltei tejo com a,, b,1ndt>iras qne levumo, das
para cn~a o men sofrimento continuou a C'ongregaçi'i<-, '111s Filhns cle Maria e da rr61lira dt m·1r,r111 1ui<1 ddermi,wda. A
ser horrivcl a po11t0 de niio poder dar C'onp;rep;açiio de S. ,Totili, e entoundo c·au- doe11te cu11 ..,._ rvuu·u .<r.111111 e e,11 dec1ib1fo
um passo; vendo-me forçada a usar de tiro:, e- dantlo ,·ivns a Xossn Senhora. que dor:sul, l>Ur<l[Jleui11 co11111lctn 1 d,Jiculdade
muletas para dar alguns passo~. Quando eram ror re,.poudido,, rom entusiasmo pela..,; 110-• 11wrim1mfn,, do.• l,mçn-, e di, c11l,eça 1
a distància era snperior a 11m, c:em pas- pcs oa~ que se enC'onLrarnm pelas ruas, in- .~entando•se 1111 t·11111a .,; cu111 ,. 1111~i/i,, du·
sos, nem m<-smo com as muletns podiu do eu ,t frent<-. coo1 ne; minhns muletas 1110 e11/1·r111ei,~,.
caminJ1ar. deba.ixo do hr·n~·o. ),Teste Tl<MJJlfol, romo ,w de ,-.:. Jo.<é er,~
Tornei n banho,- dc mar frios e qnen· E nssim saimos d11 Vila de Akobac;-a no L isb61i onde iu11nlmP11tP e,,fe1•e i11ft-n1,Q-
tes, mas sem re.'lultnclo. moio da no::-sa mnior nle11:ria e gratidii.o da, Jora11i·lhe. 11plicad11s 1·ciri1u medica..
A minha vidn du1·ante cinco unos pas· a Nossa St nhorn. ç&es cspecf/icns co/lSert•nndo-.•r a dnrnte
sei-a sentada. com n pernu e.stendida, ou Niio mnndei e"te relnto no mez de ju- se1nprr ,w 111e.,111<i e~tacln.
deitada : a niio ser no~ sei(> mezes em que lho porqn<- o meu medico me clis~e nii.o ser Em l1 de .Tu/ho do corrl'rde 0110 e a
falei, ainda. que também durante éles com·eniente pa;;sar j:.i o atestado; mas dei- .,eu. pecl1do, /oì conrrdidn altn prol'is,oria,
sentia. mois ou meuos dores. xa1· pa'-snr um mez para que, a cura niio reurr..•.mlHi-0 r1<1s.<adns quatro din.,, r1 mes·
Por iniciativa dns filhas de Maria des· fos.~e ntribuida. n sugestao. Esperei o pra- nw en/rrma ,1n., uo11infe:< ro11dic,itl):

-. ta. freguesia do Vilar, concelho do Cada- so indicndo. Junto endo o a.testado do Pa.,seiu na e11/ermaria apoiando s6men-
val, organisou-se umn peregrinaçào a Senhor clr. Mario, meu medico qua sempre te o 1,mçu ,w oml,rtJ dunia au:ril111r: os
Nossa Senhora cle lt'atima e eu inscrevi- me t. in a,,;isticlo nec;ta. doença e c·ujos movimenfos a pesar de seMivel111e11t,-; de~
me para ir; mas para ir como as demais cuidados e intf're,~~es aqui lhe agradeço. coorJe11ado.•, w1o Jeito, llolunfàriamente;
pessons iam, ~·m ter ideia fixa. nero es· Vai tambem o mcu retrato para que o., 111odme11fo., cle lllfrralidade e Jlr.rùo
per ançn fundnda de que viesse curada.; ns pessons que me tflnham Yisto no Snn- da ro/i111a vertebml e rabrru, q11e M nùo
nii.o porque No..sa. Senhora nào fosse ca- tuario de ~os.~n Senhoro conheçam aque- e.xecutm,11 1 /di-o.• rom relat1vc1 farilidade
pa?J de mv diNpc>osur tal b1meficio, mns
porque me considerava indigna de tiio
grande graçn.
la a quem Xossa Senho~a quiz dispcn.c;ar
uma tiio grandl• gruça.
Mas tanto o relato dn minhn doneça e
I e pa~ou u tli.,peMar a en/ermeira i-omo
ati:rilìar no~ uus ..er~i('o-• de limpeza.
Por 1111' .ser ped!dn 7>Mso _o presente
Surge porém a dificuldade de eu me curas, como o atestado e retrato qua envio declaraçr1n que as..i11n 1•0/i 1111111,r, ho11ra
transportar porque eu queria .er os r<>presentnm o desafogo da minh-i grat-idiio pro/i.~sinnal.
templos de .Alcobaça il da Bntalha e nào :t SS. Virgem. Ahi, de tudo o que ,·ai, fa. Set,ibnl, 31 de jullto dc 19::R.
podia andar. Nào podia ir ao colo de rii.o o uso que quizerem. En contin uo bcm. (n) f~runrisro de Paulu Borha
ninguem por impossfrel de o fazer a. uma E a todas os pessoas qne threrem conho-
mnlher de 38 nnos, e d~ ossatura forte cimento doste tuo grande beneficio peço (Reg1tt' o reconherimento)
como eu tenJ10. Pensou-se em irnprovisar nr; suas ornçòt•s parn que eu durante to-
urna mn<:'a, mas èste rneio de tra.nsporte da a m inha vidn nii.o me torne menos A prop6sito destn cura tomamos a li·
digna dn graça que Mnria fez a ,un filha.11
Ma rla Emll l a Ferna nde s I
causo va-me impressiio: e ficar no. camio-
nete, quando todos sa[nm para ver, tam-
ATESTADO
berdade tie puhlicnr aqui parte duma ·car-
ta da declicaùissima servita que cuidou
mente miracul0sa, que por Su 11 interce:.- hem dewras me nfligi:i. Por nlvitre de da docnte em 13 de julho. Eia que nos
sao obtive no din 13 de Julho do C'Orron- meus innào" utili!<tli um c-ohertor que do- Marw Pereira da Co!lfa, Facultat"il10 perdoe.
te ano de 1928. brei convenientemente prcgando-lhe nas Munirl]Kll e Sub-fospertor de .•aùde do Diz eia:
Ha 5 anos que l'U ,·inha Jofrenrlo uma I extremidndes dun!l grunde!I presilhas que C'oncel/ia do Cadaval.
dor num quadri!, que O mt>u medi<'O, ]Jr. duas l>C~ons enfiaram a tiro.colo levan- .!testo e juro .•ob minlw lwnr(I gue a 11Fiquei cheia rie pena de snir de Fa·
Mario Pereira d;1 c;o~ta, medico munici- do-me ns.<iim sentaila. Neste npnrelbo fui Sr.• Maria Em.ili« Fernandes de trinta timo. no passaclo dia 13 tam.o lì. presa,.
pal 0 sub-Of'!egudo de ,aude 011 \'ila 6 tr:rnsportada. S(>ntando-me no cobertor e e oìto amno,, de edade, natural e residen- sem lhe folur em alguns porrnenor~,;, que
Concelho do Cndaval, cli,1p;nosticou rle d3r pas.<1:rndo O'! braços sòbl'e os ornbros dos te no /oaar e Jreatuzia rie l'tlar, deste se pn.ssaram na OC'asiii.o daquela milagre
sciatica, corno con11t11 clo ate:,tado jnnto homens e ùas minhas nmigas que tiio ca- Gonreli10, u aclia1•a impo~sibilltada · h.a da mulher de Selubal,
•, que eu presenciei.
.
que envio. He~iton-11\e n1rios medica- rinhosa.monte me qui?,ernm levar. A to- cinco ano.t, de .1e entregar a~ .miu ocupa- F. ~u~e po~que .. Porquu r~e10 que 110
mento!'! internos e externo,, nplic-ando-me dos que me levnram, aqui deixo ficnr a çl}es, l'lll viri ttde de .~ofrer clu 11111 sciatica I puhhct1-lo, seiarn rnvert1do,. P,;ses porme·
t ambem por duas ,•ezes pontas de f<igo, expressiio do meu mais vh·o reconheci- e.iquerdn, rom ~rolioi,e 1,omoloua, enco,i- non•:, do qn~ eu te11ho bn~nnte p~ma pe-
mas ,em rl!suitnrlo ulgum, n•nòo-me for- mento. Deste modo visitei as igrejas de trando-.,e J,oje romJilefamellfe resfabeleci- lo facto de i11l11:are'!1 ~epou; n.,; coisa_s er-
da. sendo digno de notar-se a cura ter rndllmenie. _ A 1_1ropr10 mnlh<'~ faz1a as
çada a cstar de cama. mezes segnidos. Alcoba(·a e Ratnllrn pa ra onde me leva- .,ido obt1Cfo radiral e repentinamente. suus confuso~s, drz?ndo que fo1 ao ugar·
Levantnva-me, iso sont111 olgu us 11livios, ram tirando-me dn camionete em que Por ser 1,rrdade pa.,.,0 u presente que ra.r-se a. N~ssn Sonhoru que se c_urou,
que em pouco tempo desupur e<:iam, che- iamn'i, Sll<..-eclendo o mesmo quando ' che- assiilO. ' ' m~s e u. f1~11c1 nn cor,te~n ciuo o m1lugre
gando novnmente a. deitar-me. gamos Ìl Cova dn Tria. Quando, porém, I fot Ì\ hençao do Rnnt1ss1mo porque o sen·
('0010, <'111 t(,mpo, t in• umu enfern,ida. me transportaram dPsde o portiio do Ca d a t·al, 18 d'11oosfo de 1928 ti, 0 0 Yi, tonto quanto foi possirnl. You
de no joe:ho dtl mesnrn 1wrna onde tinl111 Santuario a.té ao pnvlhiio dos do<'nt.es t i-
a dor e o~ bnnho-, do mar 1h11 da,·am ,·i- ve dores tiio grande~ qoe se o pavilhiio ,
(a) l\fario Perl-'irn cln. Costa I c-ontar-lhe ns coisas C'orno !òC pa~sarum, e
gor, pensai quo ta11,ùém m~ aliviariam fosse mais d1,,tante eu ja niio aguentava.
ou tirnriam a clor, t• clepois de c-0nsultnr Sent.ei-me 110 primeiro banco que encon- ------------------- 1
(<;egue o re,·onhecimento)

Manual do Peregrino da f ati


oxul:i vii aincla c-sla ll tempo parn ir pa·
ra. o jornnl o caso rnnis claro. Quiz <'St·re-
ver logo nrns 11iio foi po:'sivel. Quando a
o Snr. Dr. , torio, lllll' c·ouc·ordou comi- trei o estendi a perna para ali1•inr aq ma mulher a1111ret·eu no recmto do, doentes
go, fui J>Oru a pn1i:1 clu ',az,ut. dores. Uma ,;enhora que eu niio conhe-
cilo, huhtru1te nnment.ad!L aobretudo ua par-
I
Est!\ public:11.da e b. vc:ndn. a. &ea-unda edi- fez·me
f ·
imprl·~s:io a sua c·ara de grande
. d . b· ·
Tirei bom I e:..ult:1elo, porque depois dè' eia nem conheço, ob~en•ou-me gue eu as- te re,molta.me à mùsfcn. que 11.compnnha 08 bo l'lmento e o seu itr?n e .1 ,1ttmento
la vir estive um sete mezt-.5, ~enào IÌH<' sim ocupavu o logar de outras pessoas. hiuos e cllutico,. o mhmo preco da 1.• cdi- I por tnnto sofrer. Dopo1,: do · ter empre·
totalm,•nte de dores, 110 mrno., l'Om possi- Conhecendo peln minha respo ta que era çi\o <JSSOJ gado t,otio,, os nwio,. para lhe nju-
bilidade de me c>ntn•gar no., trnbalhos wnn doente eutregou-me ao cuidaclo de Na Uniilo Grd/,ca (rua de Snnta. Marta I 1 J • t ' ·
150- Li~boa.J u ua redu.ecào dn vo, da Fd- e ur a e, an ar o e,p1r110, e n c 1,-pos-se
l 1· •
em que costumava ocupnr-me. I umn cnridosa serva d,, :\[aria que me pro- tu11a - Lei.ria I n urna conformiclade oomplet:1, ubn..r1do-
4 Voz da Fatima

jecçòes, pu ni;iio a e:spi nbn etc.) - Regres- Pae,; Laraoieira, Pinto Coelho, Damm,
nonùo-~e inteiromente à Vontade de :XOl>·
so Senhor, oferecendo-lhc a sua ,ida com sa a ~un casa, agoni em Setubal, mel.ho- 1\16ra., Dias d'l "ilva, Cabrai, Lui.z Adao, ALMA ELEITA
todos os sofrimentos mais que :Nosso Se- racla, e andando apoinda numas mule·;.'\~. t·m,oni.-1, rlnas medicas, e outros meaicos
nhor lhe desse, corno repnraçào das ofen- Continua tratnrln pelo dr. Dordio, que o. cu;!.I: ncrnes .11 11,10 OC<lrrem. (3-X- 1928)
aas que :Ele recebe, e oferecendo·lh0s p&- obriga a r<colher-se a cnma. por causa da. •
la conversiio dos peca.dores. E quando gravidncle da doença. Consegue melho- *
No~so Senhor passava, eu quiz levanta- rar um pouco. eor causa duma ch111·a que Da carta. de uma senhora de Setubal Q•iando o bom po,·o desta her6ica e nobre
terra
la, o que l:i6 consegui lcvanta.ndo·a s6 apnnhon recae e recolhe a coma onde se (18 de julho), grande propagandista da vin. a cren,a ·.•er em férrc'\ escra,idò.o,
com o colc:hiio, e com essa ca.ra que reve- consorvn por O 1:.em1inas tratada pelo Dr. cle,oçào a N. Senhora. do Rosario da Fati- à F:itima, qual ttor do empirio em plena
ltwa. oinda todo o sofrimento, e ao ter· Paulo Rorba que a maudou ingressar no ma recortamos o seguinte, a proposito da serra.
minor a. bençào, para. que eu pudesse re· Hospital de Setubal porque o mal ia-se-lhe mesmn. cura: descia a V1rgom Miie-celestial visào I
ceber n bènçiio gemi, deitei-a. Entiio é a.gravando. E' tratada pelo dr. Horba e ccV. ~v.dn foi no dia. 13 a. Fatima?
que eu seni.i :\ cura dela, completamente, dr. Pereiro. Mac:hado (pontns de fogo). Assistiu ii cur.n da paralitica que foi Pn.iravn. !-Obre 0 mundo a signa. a.troz da
com o rosto trnnsformado, revela.ndo, niio O dr. Dordio ~onselha. a entrado. no nn peregrinaçiio de Setubal? guerra
ja sofrimento ma.s jtibilo e satisfaçiio, e Outiio, o que n'iio se realisou por falta de Grni;as a Nossa Senhora, fica.mos mais o ar, a tt1rra e o ma.r votando à maldiçao,
qnando cu lhe disse: 1>ocle ter a. certezn vagn. crentes e muito reconhecidas pela grande mns na. ('ova da lria etérea. voz encerra
que levn dnqui um grande milagre, muito No fim rie 5 m(•zes, por pedido cleln graça conoodida a urna Setubalense I A promes,n!l aos zngaic, de gra.ça e de perdio.
mnior do que aquele que a.li in pedir, eia, volta para sua casa, visto niio se eucon- doente foi com muita fé por isso Nossa
com o rosto e o olhar por completo tran-
figurados, rcs1>0nde-me: sinto-me melhor,
e en com a. preocupaçao doutros doentes,
I
trar molhor. Em ca~a, onde· s11 demorou Senhora a ouviu.
4 meEes, teve um ataque violento que a Eu niio fui Ra peregrinaçiio mas espe-
Onzo anos ja la viio: no altar respland&-
privou do,, sentìdos, niio via, nio ouviat ro ir ninda este _ano visitar__esse logar voi Lticia de Jcens, 11 mistica vidente,
cente

que estavom ao lado, e com o desejo de niio fala,·n. E' chama.do o dr. Borba que santo, se D~us assi~ o permitrr. . 1sagrnr-68 porn sempre esposa do Senhor.
acompnnhnr o:s actos que i;e seguiram a a manda recolber no,·amente ao Hospi- Graçns ao Jornalzmho a ,,Voz da Fat1· 1
bençào ,lcsvìei a atençio deln mas ja na tal. Ali, urna senbora, quo aparece a vi- man e a agua. bemdita desse logar tem E o, <loie: primo., no Céu t'ontemplam-n.a
certezn do grande milagre que estava fei· sita-la, promete leva-la na peregrinnçiio havido muitas curas e sobretudo algumas sorrindo
to, e, '-<'nl me preocupar com a. ideia de a Fatima (julho 1928), mas, parece, s6 conversòes. de Yida e luz o paz sulca.ndo o oce~
a "''r 1i andnr, ajudei-a a tirar da.li para com o fim de a animar. A um tuberculoso sem religiiio, que niio infindo,
eia scguir ntraz ào andor quando retira· Dali em deante s6 fnJa no. Senhorn da querio. ou,,ir falar em confissiio, s6 regis- aos pé, da ?.tàe de Deus e aos pés do Rei
vam n I mngem na procissao. Mas s6 no Fatima, espernndo o dia tio ambicionado to.clo, qunsi a. morrer, lembrei·me de mon· de amor.
chegar ao lognr dns apariçòes, eia se da p,Tegrinaçiio. Nas vesperas o mnrido dar a agun cle N0-c;sa Senhora. para elo
lembrou de experimentar levantnr·se, prooura o Vigario Gernl de Setubal para beber e com tanta fé a bebeu, que no dia Viaeonde de Montelo
con\'eocendo-se que foi entiio que se deu saber se sua mulher esta inserita, se seguinte quiz confessar-se.
o mil11gre. Eu tenho ii certeza do con·
tr6.rio. R tcnho pena que niio va estn. a
gundo a promessa da tal senhora. Este Fez urna boa confissiio, casou em segui·
r-<'Sponcle que nio, que tal senhora nao da e dois dins clepois faleceu, cheio de fé
---------:----
tempo, 11orque umn. grande parte da gen· lhe folou da doente, que a. lotaçiio estu. e devoçào que ecleficnvn. Graças a Nos- Esmol s oblldas em vàrlas lgreJas quando da dlstrlbulçle
te quc ali vai, nao se convence que os mi- esgotada, qoe nero mesmo paganlo a pas· sa quericln. Miie rcf11gio dos pecadores.»
lagra..'i sii.o feitos por Nosso Senhor, e
da • VOZ DA FATIMA -
sngem p6de ir. Um peregrino seu visinho
muita gente jnlgn. que siio feitos pela ima· cede o s011 bilhete .a favor da. doente ! ma, Maria lsabel de Saldanha Oliveira e Da Igreja do S.S. Coraçiio de
gem qne veem com os olhos, e niio com· niio teem dinbciro; faz.se urna. subscri- Souza, encontrando-se gravemente enfer- Jesus, de Lisl>Oa, por mli.o da
preendom que siio feitos por Ele, embo- çiio nn fregoezio. de S. Sebastiiio de Se- ma quasi desenganadn. pelos médicos, ten- Ex.ma Snr.• D. Maria ?tiatil-
ra. n. pedido de Nossa Senhora. Digo isto tu bal, que passou de 300$000 reis. Ha do-se invocado Nossa Senhora de Fatima de Cunho Xavier, em Agosto
pelo muito quo os proprios doentest ingé- outro peregrino que desiste por doença, e bebendo eia a 6.gua milagrosa, com a. e Setembro de 1928 ........ . 47$20
nunmt>nte, ali confessam, e é com ctificul- arranja-se bilhete para o ma.rido. Ja po- promessa de ir a Fatima agradecer a Da freguec:ia de Sant'Iago de
dade que muitas vezes ali se consegue fa· dem ir os dois. sua cura e publica-la, melhorou em pou- Cezrmbra, p ,r mii o d<- D. Ger-
zer·lhe romprcender n ·realidnde, devido a Na vespera, (11 de julho) sae do Hos- cos dins, podendo em pouco tempo seguir trndes do ('armo Pint-0, Julho
gra11de ignorilncia. religiosa de muitos que pital para casa dumn. amiga; o 1·e,. ,i- a sua 't"ida traba.lbosa. e Ago:sto .................... . 49$50
ali p11ssam.11 gario geral vae ali confessa-la, encontra- Era tio gra,·e o seu estado que a m~ Da Igreja de S. Mamede, em Lis-
• • n. paralitica, anima-a, conforta-a e di:r- dica Patncho disse que nao durava 3 me- hon, por miio do sr. Antonio
Do ret•,cln Padre Frcmc-i,çco Garlos Su- lhe. Vamos a Nossa Senhora da ll'!ltim.\ zes e niio a achou capaz de fazer a. via- de Figueiredo .. . .. . . ..
ne,, Vigano Oeml de Setubal, director buscar a snuda para ti. gem da Louzà para Parede.
da Peregri.nnçào, que daquela cidade veìu No dio 12 parte para Fatima, contra Depois da promessa poude fazer a Yia- -----'---,.,«:-----
a Fatim<i em 12-13 Julko 1928 recebemos n. opiniiio clos rnedicos, um dos qnnlls de- 11:em, restnbelecen-50 e pocle con,. o gran-
o seguinte relato. clnro. que ele vae morrer no caminho (dr. do trabalho que tem no Sanat6rio.
Fernanda de Jesus, domestica, de 31 Pereira Machado). .10~t.
Voz da Fatirna
nnos do edado, natural da freguezia de Em Torrcs No\'ns ja na camionew jul-
Despeza
Siio Si miio de Vila Fresca d 'Azeitiio, con- gou sor verdndeira a profecia do medico,
celho clo Sotubal, em cujn. egreja cnsou julgou quc in realmente morrer. As contlssoes no Santuario de Fatima Trans porte .. . . .. .. . 119.924$78
com J oiio Gomes N ogueira, natural O rev.do P.e Joiio Nunes Ferreira, que Pnpel, composiçiio e impres·
d'.Alhos Védros, concelho da Moita do Ri- foi incançavel em atençiio, gentile•,a<, e Quando vamos a Fatima, observa- sii.o do n. 0 72 (49.500 exem-
bateJo. caridade para com os peregrinos, mau•Lo11 mos, graças a Deus, os desejos sin- plores) ................. . 2.965$00
Em 15 de abril de 1917 adoeceu com ministrnr a doente um caldo de g,dmba ceros de tantos crentes q11e procuram Selos, embnlngem, transportes,
um tifo, que eia chama negra!, no que so- que a renimou um pouco. gr:1, urn.<. e outr;\, despez:ui 842$82
breveio umo. pleurezia de que foi opera- Chegada a. Fatima, e apoz a visita a fii.o a11c1osamcnte os santos Sacra-
da em Setubal pelo dr. Pereira. d'Almei- , capela. das Apariçòes, os dores, suas com- mento., da Peniténcia e Comunhii.o. 123. i32$60
da. panhoirns de longos nnos, desapareceram. Carfssimos Colegas, sati.sfaçamos tiio Subscric~o
Em 1918 sofrendo dumn. ovarite recolhe E qi..ando O Pad re Nnnes Ferreira. re- piedosos dcse1·08 levando todos a sua Nol'embro de 1927)
a.o Hospitol de Santa Marta de Lisboa, comondava. 110s maqueiros o maximo Clli-
onde permanece 3 mezes, tratada pelo dr. dndo, pois que a. doente sofria. muitns cl,,. batina a, com ela vestidos, esteja- Em-iarnm dez escu,lo,: A.ntonia Mi-
Gentil, que a noo quiz operar receando rea eln sorrindo-se dizia para 1.ons1go mo.or prcparados para 011vir os fib.~ I randn. Fnrin, Emilia Pi11heiro e Paiva,
com plicnçòes. 11.ll~ minha& dlJres, mas onde estào as mi- 1w Santo Tribunal da Peniténcia. Carolina Curdoso, An11:ela do Rilvn Viei-
O sofrimento ngrava-se durante 3 anos nhn,t cflire~!!l. Niio fiqu emos satisfeitos emquanto ra Tavf'ira, ~!aria \delaiJu Ferreira,
passndos em eua casa, até que findos el<'s, O que se pnssou depois, j:i n Voz o re- Henriquc Peroira, Emilia Pasco:il da. Sil-
e por conselho do medico d' Azeiti'io dr Jatou em seu numero de agosto, e que nao confe.~sarmos cada um, ao me- va., Amelia Silva Pereira, P.e Antonio
Oliveira recolhe novnmente o.o Hospital vamos reproduzir paro. o relato ficar com- 110s, 15 pe.,.was em lionra dos 15 mis- tle Seabra. Pereirn Liina (5$00) P.e
de Santa Marta (Enfermaria do Dr. Ca- pleto. ' térios do Santi-ssimo Rosario. Cada Joào Lopes Gomes, Manuel Joao d~ Sil-
bcça) onde foi operada de barrign. a.ber- «Qua.ndo a peregrinaçiio de Setubal fa- i, m que la vai se ja tiver passado va., Maria C'uctnna rie Carvnlho (50$00),
ta, corno ela diz, em 30 de agosto de 1921 zia os ultimos preparativos para. o reg\'es- d z· . 'a'l . C /' _
pelo dr. Luis Adiio, coadjuvado por dr. so, umi. dO<'nte traz1da por esn pqre1,.rri- o,: 8 l _7as epoi,! a u f~ma_ on issao, (5$00), Matilde Garcez Cabrai, Maria
Pimentel e outro colega. Recolhe' a sua naçào, de nomo Fernanda de ,Jesus, que nao /1que também sat18fe1to sem pu- da Piedadc Pa.iva, Aclozinda s~abra Fer-
I
lllnrin Libi>rata de Seahra Pereirn. Lima

casa em Azeitiio, mns a cama, e entre- havia sete anos se ,1cl.aya, paralitii-a, quis rificar a sua alma naquele santo lu- reira da. Silva, Maria Clotilde Coelho
tanto o seu medico assistente dr. Olivei- que a levassero novnmente a car,èla dos gar . Carvalho, Carmina. S. Franco, :\latilde ~e
ra re<-ebèra umo. carta do opera.dor dr. a.pnriçòes para se clespedir cl.i ~llSS.'\ Se- R d bé ""-'é' Sousa Figueire<l.o, Maria Candida. da Sil-
Adiio, recomendando o maior cuidado com nhora. . ecomen emos. t.am 17:
aos I' 18 va Pnin, Aurora Sofi" dos Sa.ntos Niz,
a doente por ca11Sa. da tendencia para tu- Tendo entrado no Santuario, eia, I que façam a Mta prepnraçao ante.s de Gualtier do Quental, Maria Isabel
berculose. que de modo n.:nhum era. capaz do mover: se apro.rimarem do confessor para. 1 Pereira Coutinho Fernando de Matoe,
Co~ 1 mez de ca.sa e 3 de operaçào so- se, levanto.-sercle rapente e abraça~e _a apena.~ chenarem, dizerem ao Sncer- Henriqueta dn Piedade Franco, M";fi.l
breveru-lhe urna meningite espinal que lmagem da , 1rgem, chorando de alegrrn . , . . _ Rua Duarte, Julieta Alves Vedras,. Olim-
depois lbe atacou o cerebro. Rec6lhe ao e comoçiio. 11Tio se p6c)e òescrever ~ ~uo dote q_uandof /101 a ultima Co11/1ssan pia Pereirn Coutinho, Alice da. Silveira
Hospitnl d' Azeitiio, onde perma.nece 5 entio .,~ pa&sou no M:c1_nt-0 ~as. apar1ç~s- e q11a1s a., a tas que a consciencia d' Assis Martina, Maria Tereza Pinheiro
m~zes, findos elEB, e por conselho do dr. O entu_s1~smo cl~ mult1d:1o atmgm ne _rarns lhes arusa, romrça11do velas mais Chagns, Maria Ku~nin Ba.rrenta, M.aria
Oliveira recolhe no Hospital de Setubal d~ clelmo e fo1 no me10 dum c.-orttjo df' gra?,es. Tsabel dos Sant<>-Q Fon~ec:i Jr,rge, Candi-
para estudo da doença. No fim de 10 me- m1lh!1e!I de ye,~oas e d? _estrond~ duma Vosso coferra muito dedicado da. Nunes Riheiro, .l<'eliciana. Lopes, M!l--
zes agravou-se-lhe a doença demora-se o,·aç~o form1d_avel à ~3:1~na do Ceu que 6 ria. Joeé Barro<1 Lima Snlgedo, Amelia
ainda maia 4 mezes. ' · a f~l!z p_eregr1na_ se dmgiu ao Poeto d~ Padre Franoiaoo Rodriguaa da Crut Vila Noemin, Tere,;n Loorenço, Almerin-
Volto. para casa (Azcitiio) sente melho- ver1hcaçoes méd1c11s para a c·onstatnçao Fnço minhas as recomendaçoes do da Alem Elisa Penaforte Cardo..o, Eu-
ras na cabe~·n, mas sofrendo sempre na da sua cura.u
espinha. E' visita.dn em sua casa. pelo dr
.
No regrosso voltou paro. o Hosprta.l on- Velleran
d
°s
ur.
D e d lalia CÒntrerns, Emilia de Vasconceloe
r. ruz que to os Mironda, Maria Joana Arraya, Maria
Gentil que a aconselhou o. procurar o dr: de o ~r. Pnula. Borba lh~ passou_ o ates- tanto estima.mos e peço encarecida- da Encarnaçiio Pinto, P.e José Miguel
Dordio director do Sanatorio do Outio tndo Junte, snhmdo depo1s de o~to dins mente: F. de Moura, Jonquim de Souaa Guer-
com o qual ficou combinado entrar no.~ pnra sua casa, onde faz a sua v1da nor- J .• Ao Rev. Clero reiro, Cnndidu. S. O. e Costa, Manuel
quele estabelecimento, o que niio foi pos- mal com '!18U mnrido. que as a.tenda; doe So..ntoe Charnoco.
sivel, por motiVl>I! estranhos à. suo. von- Medicos que eia consultou, e muitos dos 2. 0 Aos Fiéis que procurem a San-
tade. I quaes a tratllram durante onze anos de ta Confissiio nas suas terraa, deixan-
R~':'!h0 e~ !:!~~ita! de Se~uhal """- sofrimento:
•••
de, durante 8 mezes foi tratada p;Ìo d;. Em ,.._zeltd-0
A •
- d rs. 01·1v~ra,
. e astro, e Jv lvi:rti&
o a[i'ti~lçs
--. C~3
-.. o.li !c!"e!!! ~c~~-
Dordio, o qual de o.cordo com o seu cole- Teixeira, dos pela graça do Senhor por inter-
ga dr. Garcia aconeelha a ida da enfer- Sdubal - drs. PerEira. d' Almeida, P11.u- cessiio de Maria Santissima e aos Tr1111.-i, vrte 2.181foo
ma p~r~ o H"t>Spital de Santa llarta, o D. Felismin11. do Rosario Bo-
qu& &,u f.,z, ~au.iv&auJv-30 ~uà ~~a.; ~!~} ~~~~o~~~:,q~e~~IGrun~~c1ì::;:e!{ec~':v~h~: ;;=e:-c:a~~ri:ft!;t~uesias nao tef"m S0· 1 nifacio ........... . 5$00
em observaçiio no Hospital de S. José. Miguel Torres, A breu, Sou.za Gmnes. A """lmq ila Madeira 10$00
Admitida em Santa :Marta na Enfe,-,,n ... _41~ ,~• rr!t}rn•-U!"' !!!~,]jrn !!i fn1'!~ir4n I.e!'!"!~, ! cle 0"..!!".!b!'~ 1e !.~2~.
1
Anonimo ........... . 10100
ria do Dr. Gentil, durante 3 meses foi cujo nomt:1 niio se recorda.
aujeita n varioe tratamentos (raio X, in- Luboa - Drs. Gentil, Alves, Fontes, I t J osé, Bispo de Leiria 2.212$55
A.n.o VIX Leiria., 1.3 de Novembro de 1 9 2 8 N.• 7 4

(00\.'l -".PROVAQAO BOLBB.l~STIO.A.]


01 ·~tor, Propri1h1r10 , Editor: - JJr. Manu~l Marques dos Santoa Ad11inietrad1r: -- Padre Manuel Pereira da Silva
Composto e ;mp,esso na Un l3o Grafica, Raa da Santa Marta, 150-152 - Lleboa. Redacçllo e Admlnlst,aç6o: Semlné.rlo .re Lelrla•

Rima eleitcJ
(3 -X-9 2 8)

Quando o bom povo desta heroica e nobre terra


via gemer a Crença em dura escravidào,
à Fatima, qual flòr do Empireo, em piena serra,
descia a Ma.e de Deus-- explendida Visào !
Grassaram pelo mundo a peste, a fome e a guerra,
enchendo a terra e o mar de sangue e maldiçào,
mas, na Cova da Iria, etéria voz encerra
prom essas aos zagais de graças e perda.o.
Dois lustros jé la vào: no altar aurifulgente
vai Lucia dejesus, a mistica Vidente,
sagrar-se para sempre Esposa do Senhor.
E os dois Primos no Céu contemplam-na sorrindo,
de vida e luz e paz gozando o oceano infindo,
(a vldente de Fatima) junto da Virgem Mae e aos pés do Rei de Amor.
Em rellgll!lo
IRMA MARIA LUCIA DAS 0ORES
Visconde de Mo~te!o.
Q se11 primeiro refrato apos a sua proffsslfo a 3 de 011f11bro de 19:18

OS CELESTES ESPLENDORES DE FATIM.A


A vigflia de armas - As diversas pe- midades, i,e elevo. à somo. de ,nuitoa IQ.i• I s0:1s; a de S. Mnmede da. Infesta (Por- I diir nos net<>$ colectivos da Grande i>e-
regrinaçoes - A procissii.o das velas lho.res de pessoos de nmbos os sexos e de to), director o paroco Rev.do José de regrin nçiio Nacionnl.
tùdn~ _as idtVles _e ~ndiçòes s-ociai1. P inJ10, 50 pesso9;5; a. de Pombal, 500 pes- À.'l dez hora8 , pouco mais ou menos,
- A adoraçA.o nocturna- Praticas do V ~r1ns pei:egnonçoes e grup°!' _de pe- soas; a de S. T1ago da ~uarda., 200 pe&- 1 oomeça a procissiio daa velM, que consti-
Senhor Blspo de Lei ria - A bènçiio do regrinos, nss1n1 C?mo ~ma mult1dao 1nn- soas; a de Santa. Euf~In::8'• 100 pessoas; tue sempre, e principalmente em Maio
antissimo Sacramento. mer:1'.vel de rometr08 tsolodos, chego.m à a. de Pouso.-Flores (Ano1?-o), a. dos ell'!· e Outubro, por causa. da extra.ordinaria
tcrr:i. santa da Lourdes po~tuguesa pa:a P;egodos do. Er_npreza "Oi~entos de Lei- concorrència de peregrinoa, uma da.a sce-
Aproximavn-se o elio. treze de Out ubrò tom(.lrem parte no. g rand iosa praqiasao r1a.n e a de Rio M au (V1ln do Conde), nns mais empolga.ntes o. que é do.do assis-
de 1928, din em que se realiza cada. ano dns velas, que é n ultimn do corrente director o Rev.do .Antonio .Agra, at"Qi- tir sobre o. terra.
a &egunda grande peregrinaçio naoional ano e que ni'io ~e renovar~ seniio o. partir pres:e de Cnstro Dnire. . . Do :i.lto da varanda do P avilhiio doa
ao santutlr;io augusto de Nossn Seuhora do mez de Ma10 do. pr6__x1mo ano.. V10.m-se to.mbé'!i, entre JD~ntoe outr08, rlnentes, 0 augusto Prelado assiste ao e&-
do Roeario de Fatima, gra.ciosamente al · Ent:e as pere~rmaç_oee °:ganiza.das, grupos de peregrmoe de Gu.1.marites, La- peetaculo dnquela. longo. fita de fogo, que
candorado num dos contrarortes da serra. que ,•1~rnm a ~at1mn este mes, com _"6 me~_o, P edr ns So.lgadu, Gr116, Lour08a, se desenrola através do J&<.\into daa apa-
de Aire, em pieno coraçiio do. Extroma-
dura I As multidoes dos crentes, no seu
seus :•C?t e vistoso& estanda~,. .aftm l'ai1Ao, Val~m, S. Pedto de Alva,· Peno- riçòea numa extenaio dalguna quil6me-
de :\.SS18t1rem a todos 08 aotos of1c10.a da ooval, Pen,1che, Ovar, Nazaré, BomblL?'- tros
entusfosµw ardente e vivo, entretecido
de Fé e piednde, precipitnm-se c:1udalo-
comeruor nçiio festiva ,1o dia treze, podem ral, Caranguejei ra, Leiria, Tol'Né Nona
mencionar-se as seguintes : a de Liaboa, e Santiarém.
I E. d di t · ...z
nt re outroe personagens e III in,...o
1as no Yasto anfiteatro da Cova da Iria, director Ex.mo C6nego Miranda Maga- A. tarde chegou de outom6vel, aoompo.- que ~ encontr~ n91nele locai, µiereoe
,.-indo de todos os recantos, ainda 08 maia lhiies, 300 po.,sons ; o. de Bemfica (Lia- nhado do Rev.do Augusto de Bouaa Maia, especial refer_éZ?c1a O ilustro poeta Afon-
long{nquos e 08 mais recònditos, da lin- boal, director o paroco Rev.do Frano~ seu secretario partionla!', e outroe ecle- 60• Lopes Vietra, gl6r;tA daa letras pa-
da ,e pl\lvilegia.da terra de Portugal. oo Ma.ria do. S,ilva, lSO pe880aS; a do aiaat,i('()8 do. eua dioceee, o Ex.mo e triaa.
Na véf.pera à tarde, ja o numero de Porto, promovido. pelo grup. daa mulhe- Rev.mo Senhor D. José .tl•ee Correia da Depois da prooiNio daa Y&lu, que ter-
peregrinos, que formig&Jn no reciDto da.s res c.ristii.8 a08 pés de Maria, director Si!-.,a ilustre e Yenerando Bi1po de Lei- minou pelo canto do Oredo, em frente da
apariçiea ou enxameiam naa maa proxi- R~v.do Alberto Pinto de Souza, 40 p.- rio., que Yeio eipres11ament.e para pNlli- capela da. mi.sena, , expoet.o o Bantlsai-
2 Voz da Fitima

µio Sacramento 6 pl'Ìncipia a adoraçiio .Ferreira e Sebaatiao R . da S1lva, enfer- 1 rou inst.a.ntane&lllente, <1uando, depo1s de jodho,; e de mitos postas, e com M elhoa
nocturna. meiros, .Alberto Oarnqiro, José Sidra, extratdo um dos rin:, e oom o 0 outro a fitos na H6stia Santa.
O Rev.do Dr. Muques dos Santos que, Deolindo Marques Garcia, J oaquiJn Sil- da;fazer~ consideràdo ,i.rremediavel,nen- Dir-i;e-ia um doente do corpo que viera
ooloca.do em frente do microfone, dirige vino Madeira, Ra.miro Aranho. Junior, to perdida se preparava para morrer. 11, Fatima co,tno tanto:! out,ros pedir à Mie
aquela mole imell.ba de gente, OOJDposta Joao Joeé Fernandea, Fernando Carva- O relato d&.ta cura., publicado pelo «Jor- de mj;,eric6r~ia e DivÌ_na Consoladora doa
de muitas dez&nll6 de m1l.har de pesaoaa, lho, Herculano Souaa, Cesnr Albot, Car- nal de Noticiati,,, da capitai do Norte, Aflit<>e a. curi\ do;, &eus malee fisiooa ou
infoi.n a rec1taçlio do teJ·ço do R011ario, loi; Duraes Leiio, José Rodrigue& Mora.ia causou enorme i,onsaçiio em t.odo o Pafs e 110 menos lenitivo e coniiìrto pa.ra oe Nua
que é rezado eJD comum, alternadamente e Tomas Costa Albob, v9luntari01. Ma- fo1 transcrit0 na fptegra. por varios jor- 1 ..of-ri.mentos.
com os aesistentell. Nos intervalos das dames .Alice Aran.hll, Julia Viana, Bea- nll.lB. M as ao peito nào O!!tenta a reepectiva
dezenas, o Senhor Bispo de Leiria expli- triz Paul, Ma.ria Clndida Costa Albot, O Pavilhao regorgita de enfermos, que !;énba. numerada. de inscriçiio, nero Q lugu
ca os mistér.ios dolorosos, que propòo à Emilia Marquea Rodriguee Silva, Caro- ocupam todos 011 lugares dW! bancadas. Al- q,110 ocup:i. por t.rlia da ultima banca.da &
piedosa meditaçiio dos fiéis. lina Silva e M.llt11 Silvina ~ranha, Ma- guns, que sii.o paraliticos ou 1:1e encont.ram dostinada uQ8 enfermos. Entretanto o ilu-
Diante doa olhos do espirito de todoa ria Canédo, Laura Oliveira Carvall).o em eatado mais grave, 81Jtiio dei tados om tre Pre}ado abençba com a Sant{S11imo oe
os circunstantee perpusam, DllJJla viaio (Fra.i.io), Ma.ri• da Conceiçao Norton e macas encostadas ÌI. varanda da r.a.i,ela das doentes da ultima banca.da do lado do
de tr,isteza e am11rgura, aa scenas doloro- Maria Candida Norton, damae hospit&- mit:,81li;. :Rvangelbo.
,as d11 Paixio do Senhor: a agonia no )Ji.res. As servitas, siio infa.tigaveis na Aquela eeta.ncia_ de tndizivel sofrim_en- Quando Sua Excelénoia ReverendlSlimo
Horto de Ge'lhsemani1 a flagelaçlo, a sua ang.Slioa mi.Mao de poupar inc6modos, ~. on?~ se estade1a ~da a sorte de mi.sé- terminoda a cerimonia, Yolta para. a coxia:
coroaçiio do espinh06, a subida do Cal- mitigar aofrimontoa e proporcionar con- r1as f1s1cas e. que a.fhgem e torturam a. 1u.i.m de se dirigir novamente para. o alta.r,
vario com a cruz àa C01;ta.a, a cruoih1ao fortos de toda a eepécie aos enfermoa pobr4: hum:ui~dade, acl~a-se transfor]llada, aquele jovem leTantn--se, caminha oom pu-
e mort.e entre dois ladròoe. A caruiade confiados à solicitude e disvelos da SUI\ ~erce da actao mar1:wilh~a ?a graç~ dt- bO firme para junto do 'l'enerando Antfa-
para oo;m o pr6ximo, especialmente para inexgoté.vel caridade. \·~na, 1;1uma escola _d~ pac1e~cia e res1gna- tité e ao dr. Peroira Gens, que aoomp&-
oom os doentea, o reoonhecimento da No Posto .tas verificaçoes médicaa, çao cr111ta, que ed1f1ca, anima. e consola. nho. o Santfsismo 8 que ao ve-lo O de-
Realeza de Nosso Senhor JesUB Cristo, além do dr. Pereira Gens, chefe do Poe- Po lad3 da Ep~tola, deitadas 8JD ma- tcm nn sua mMcha, p;eguntand~lhe 0
Rei dos indiv{ùuos . e Rei da.a ~açòoe, a to, e do dr. Mesquita Paul, d,irector dos CIIB ou sobre colchoes dez senh_oras doen- que deseja, reaponde que é um doente <le
santificaçio da famllia portugue,a, a Hoepitalarios da cidade do Porto, VOOJD· tes. Ent,e el~ vè-se uma menma de on- alma que tambèm quero receber a bén-
mais admiravel de tòdas aa faJnilias, se a axaminar e inecrever os doentee no ze anos, de L1Bboa, com uma das pernas çiio.
quando verdadeira e profùndamente cria-
ti, e a execraçao das modas imorais, eia
livro de registo ou a prestar-lhes a ne- b&Btante atrofiada. Como alguèm lbe
t t
c688aria assisten~i.n ou ainda a viaitar O pregun ass e se gos nva 8 .,()8!;a 8en
d ,.., · h
°·
D 1 .,,
ooenro a-se env..o 11ma scena pa 10a,
que faz brotar lai;rimas a fio dOli olhoa de
tét·

os assuntoo po.lpitantes de interesse que ediffoio e a.e suaa instalaçòes, entro outros ra, respondeu prontamente qne gostava tod I •t
· d 1 lh" os 06 que a e a ass1s em.
Sua Excelencia Reve rendissima versou distintos cl!nicos, os drs. Weisa de Oli- mu1to. e a e os seus o itos, negros e _me- O peregrino de8<.'0nhecirlo a'oelh d -
a traçoe largos, concluindo · por rezar veira e Pedreira Cabrai, de Lisboa, Mo- lano6hcos, covaclos num rosto emac1ado . J a-ee ean
1 d b ilh d · t· . te do. H6st1a Santa e, cborando e wluçan-
oam a multidito pelo venerando o querido reira Ramos, de Grif6, Pinto Correia, de pe a or, r aram . 8 ,in tma o.1egria.. clo do novo, préso duma emoçito indescritf-
Senhor Cardini Patriarca de Lisboa pe- Treme.s, Pereiro. Coutinho, de Cascais, Uma ~as sen~oras,. amda bastante nova, , el, recebe a bençito que, i~almonfo oomo-
lo Senhòr Bispo Coàdjutor de Laz:i.ego, Azevedo Mendea, de Torres Novas, Cor- em cuJoe lab~ 08 branca de ve_z era_ quan- vido, lhe da o augusto "Ministro do Senhor.
inf~lizmente doonte, e por todas as de- tez Piuto, de Leiria, Lopee Card080, de do_ um IJOITlSO de dooe resignaçno, de Em S(lguidn lov11nt11-se, abraça o ilustre
ma1S peeS0I\S quo se recomendam à. pfo- Gondomar, e Mendes de Carvalho, de ma.os postas, 8 com um terço. pen ùente director do Poeto das verificaçòes médicas,
ònde dos fi~i.i em Fatima, nomendamon- Loullada. d?lllB, reza com um forvo_r angéhco, absor- diz com palavra.s e11trecortadas peloa eolo-
te pelos enfermos. Na sala dll8 observo.çoee entra coxean- v1da em profundo recolhunento. h• · · ·
D lad0 do E elb t" , d d çoo: " n. mais tempo que elevi a ter ca vin-
A adoraçio nocturna, cuja segunda Lo-
ra é reservada à peregrinaçiio de Lisboa,
d<' urna mulher cie meia idade, carinho-
samente ampn.rada por outraa duas mu- ~esmohome~~ ser_eto
o od vang 0 , 0 !11 a lLU e O do11 1 no que o dr. Gens obtempera: <Cnunoa
nnd 8 rtesesigndll?~~'d estìio é tarde de mais, meu amigo» e por fim vai
n que pr~ide o E>-:.mo C6nego M iranda lberes. Viera da capitai afim de pagar c1noo It t m t= mut oen ' e1 .... os em outra vez ocupar o seu lugar para usìsttr · ·

I \fas
do Magalhi'.es, termina pela Mnçao do nma promessa foita em bora de afliçio 0 ~n a., macas. . Ì\ bençao geral e ao sermao. Depoia de oa.n-
SantiS&in,o dada da varanda do Pavi- o, devido à deeigualdade do terreno e à ~ 618 que ~ aproxuna a hor11; tao tado por todo o povo o bino «Salvi§ nobre
lhào. 8&0uridiio da nQite, pullfera um pé em suspa..ra~a. do mo10-d1a solar: Organ1za-se , Padroeira», 0 rev.do dr. Clemente Ra.mo&
Entretanto, na Cova da !ria. e nn11 j falso e, toroendo-o, tinba.-o deslocado. O o corteJo que ha-de cond~z1r a lmngem I sobe ao pulpito e diante do microfone pre-
suas imediaçòe111 milharee de P8S60BS des- j dr. Pinto Correia, obamado eem demora, de Nossa S~nbora de Flit1ma par~ a ca.- w• nm ~rmii.o apropriado as oircunstkl-
cansam um pouco oe membros fatigadoe a.code pr8118uroeo, com a. òedicaçiio que pela daa m1S1111_s. Reno'l'am_-68 mais uma rias, versando O tema:
<lama longo. e inc6moda viagem exten- os seus clientea de Tremes bem oonheoem vez aa .~nas 1ncomparave1s do coetu~e. uMaria 11 incit, rrgnat, i,npe,-at
didas 11obre o leito desconfort,avel' do. ter- , o tanto apreciam, e nM suas maoe h!- A mult1dao, espalhncla por todo o rec~n- l Maria Snntfasima vence reina 8 im-
rn nua e dura. A noite tranqùilo. e am1r beis e experimentada.s os ossoe doeloc&- to i,agrado, rompe ero v1vns e aclamnçoell pera • ·
no. quasi primo.veri!, conrida docemente d06 voltam à sua posiçiio natural. «Mui- à. Virgem Sant~imn. Quando a vereran- :'.· . .
ao repouso. V oom-se grupos de peregri- to obrigada, eenbor enfermeiro,11 diz a da lmagem entra n.> recinto dos doent.es, _" T- 1_nc_1t. Maria Tence. ~la vence:u o dra-
nos formando pequenos acampo.mentqs pobre mulher, conoluida a operaçito, jul- o entusiasmo da MSistenoias que 80 e l~ gao mfernal, porque fo1. concehida 88lll
frouxamente al~ad011 pelos cotos da.a ga.ndo ventura. dama.sia.da encontrar al{ va ao mais o.Jto grau 8 chega 8 tocar a.s manc~a e sem_ mancha vive~ e morreu.
velas quo servi ram na proci1,siio noctu ~- rom tanta facilidade u,m médico prepa,r a- raias do delfrio, revela-ee expand~e pe- , Venc1~0 pela V1rgem 1 o d~agao fez guerra
na. Muitos romoiros, porem, conserva- do para lbe valor. lo aoenar de milhar86 de lençoe brnnc-os aos filbCIS da ~~ma VJirgem Sen.hor~
i am-se despert.os, ora re11:ando em frante Niio se imagina. o exoeaso da sua con- e por palmns intensns, notridas e pro• movend? ~ersegu1çoes horrorosas ':°ntra_ o
da ca.pela das missaa ou junto do padriio 1 fusito quando um eacerdote presente lhe longadaa. A JnÌssa ofacinl é celebrada pe- povo crl8tiio. Venet>u &t~, ~as fo1 à V1~-
comemorativo do.a apariçòoe e doe suoos-- mostra o equfvoco em que tabora e enti.o lo Senhor .Ilispo de Leiria, que a oferece gom que deveu _a !>Ua v1t6r1a. Que o di-
806 maravilhoeos, ora peroorrendo o re-
cinto eagrado para fazerem uma ide1a
I eia. deefaz..se em desculpns, que o distin- por intençii-0 doa doentes, dos peregri- ga ';l. Rom1_1- paga, o~de o Panteon de Me-
to médico, eimplea e deepreocupado no no e de todos 08 que 68 recomendnm às nén10 Agr1pa. é ded1cado a _N068a . Sen~o-
aproximada do que é a vi11:flia de armas oxercfoio da. 11ua. <'aritativa. miullo deola- 1:,uaa ora.çòoe. O Reverendo doutor Mar- ra dos Martir~, que o diga 81d.nc10,
preparat6ria da Grande Peregrinaçìio ra niio baver motivo para lhe apr~ntar. quee àos Santoo exorta os fiéis a orar o~de 06 8
Consta.ntmo . Mngno consagra tem-
Nacional. I N9.!1 salas do P~to estào expOl!tos nume- pela conversao dos pecadores, diz que O P alt'!;r 88 • à. Virgem. .
Ao pé da 'lii.pela das missas, duaa n,u- rosoa e interesea.ntea e:i:-11otoa de miracu- terço que se va i recitar em comum 1:,era .o draga.o mfe.rna l n~a aprove1tando
lheres do povo, que ncabam de chegar, ln.dos. V~m-11e ali, em J(rande profusào, aplicado pelaa mesmae int.en~ pelas ne11te campo de ncçlio,. va1 mov_er u.ma no-
retratoe, cabeleiru, quadros de todoe os quais é ap)icado o santo '!acrificio da mis- '".a Iuta ?trn. a Igrcia e sus_c1ta oa ~
00
conversam em 'l'0Z baixa. De rapente,
uma delas, ao ver 86 muletaa que pen- tamanbos repr888ntando lanoes e ecenaa sa e adverte que durante 06 me6811 do In- i;1aa. no se10 da_ mesmn. Jp:reJa. E Maria
dem rlo tecto inter.ior da ca.pela, Dio po- emocionantes - teet.emunhoa vivoe e elo- verno ne.o se realizurit a procise!o da3 wrr1, porql~e fo1 Eia, e s6 Eia, r1uem m&-
de conter uma exclnmaçio de aurpreza e qùentes da fé e piedade dlUl nlJDnl! e dn vollll'. À mu,so. segU;trse a bençiio rom t~u a _heros111. em torlo munda: Ga_tule, M~-
pregunta à 11ua oompanheira o que quere intervençlo do poder infinito de Deus e o Santfssimo Sac~amonto, que e dada. ~a _Virgo 1 cl.l!Mlaa 11nerue& aoTn 1nt~femi&-
dizer a.quilo. A interpelada, choia de al- , da. bondade ma.ternai de sua augu.eta. e tambem pelo Senhor nispo. o esi,ect.icu- ~1 1!i uni11erao_ m11 11 do11. - . ~~081Jai-voe
voroço, levanta a voz e re1popde com de- imaculnda. Mite, Maria Santfaeima. lo, que ente.o se pi-eaenceia, r.ensibiliea o V1rgem Maria., porque aD!qui.19-!tee,. T6a
cisllo: 11entito1 foraJD aleijadoe que Nossa e comove em oxtremo. J)ivisum-se Jii,,z:rimll& s6 todaa as he r("lias no mu ndo 1nteiro11.
Senhora ourou e que deapoù prantaram C u ra da espasa dum méd ico ilustr e em todOfl os ro.stos. Muito doentes cbo- Regnat. Ma.rio. reina. E ia reina naa
as muletas ali,,. ram e soluçam. Aquoles olhos suplicantes, montanhll8 de La Salette, em Lourdee,
- O s doentea no Pavilhl o - Procls- aquell\6 miios erguidlU! para o nito, aq11e- D88 margens do Gave, e 11obretudo em FA-
Missaa e co munh6es - Tranaporte slo com a lmagem d e Nossa Senhora la oomoçiio intensa que invade e doruinJI. oe tima. Dem se ve que é a nobre Padroe1-
de enfermoa - Oa servita• e aa aervi- - Avisos prévlos - A missa oficial coraçòes1 traduzem, dum modo calo= e ra da naça.o fidel(aaimn, a augusta R&i-
A be n çAo dos doentes. eloqùente, a fé viva, operrua e hwunda. e nba. dos portugueses, e por ieso todos elee
tu - O a benem«!ritos hoapitallirioa do a piedade ardente e acrisolaila, que sio devem reconhecer (l, sua leg{tima sobera-
P6rto - Oa mid icoa n o P o sto d as vc- No Poeto das verifie&çòee JQédiou o o apanagio da alma genuinamente cri6tà e ni.tt. 0s peregrinoe regreesa.rii-0 a-Oli aeu1
rificaç6es- Ex-votos dos miraculadoa. distinto engenheiro Rooha. e Melo, da' fit- portuguos·~. lares, mss lovn.ndo Cl)nsigo o Rosario,
O Anjo dp oonfòrto divino tinha E-em do- os prenda para sempre a Maria.
,ue
brica di!' Marinha Gra.nde, fala com calor
.A.a quatro horM da manhi prinoipi:un e en.tuelasplo, nu me. roda de amigoe, da vida descido sobre aquela man.sa.o de diìr bn,pe;rat. Maria impera. Ele impera e
aa Missas, que se oelebra.m UJD88 ~ ca- oura da. esposa dum doe médiooe maia e entornado, noa coraQ088 doloridOi!, a tn- ordena, qual lmperatriz suprema do Céu
pela do PaviJhii-0 e as outraa na Peni- ilustres do Porto, meroè da prot.ecçiio mi- ça do ouro das oonsola~·'>GS cele!ltes. e da terra, que a fr..tamos r l'innr nos noa-
tenoiaria dos homens. De eepaço a espa- raculoea de Noesa Sen.hora. da Fatisna. Fehzee 08 que sofram 11ss1m, 1lummados sos coraçoes, nos noei,oa costumee e nu
ço, o Pii-O dos Anjos é distr,ibuido aos Ef;a;a excelente aenhora aofria be.via mui- pelos fulgores d0&lumbrantes da FIS, a len n068a. festns. Porque Fittima. é o centro
fiéill devidamente preparadoe pela oonfia- to tempo, da terrivel doenç~ do cancro. tados pela. f0rça dominndorn da. esi,erança dos c..-prnçàes portugu06es, deve :ser o mo-
aào sacramentai que se aproximam da Ap61 v,rios tratamentos de rosulta.doa " aquecidos pelo fogo ardont'3 do Amor d1:1 delo do todM 813 n088a11 manifesta~ p~
mesa eucaristici: em numero de muitoa puramente negativ011, reaolve-se subme- Deus I doso.e Como os Mag06, oe peregrinoa de-
milhares . .A.s Missna e aa Comunbòes pro- te-)a a uma. operaçiio e os médicoa enoar- vem rcgr8!1111tr àe auBB t,erraa por outro
longam-68 até à urna bora, aprQsimada- regados de a fazer a.prefll.lntn-iM'.l a deaigna.r Scena comoventfssi1a1.~ - Sermilo pe- raminho, pelo caminho do amor, da pure-
mente. Na véspera à tarde El durante o di.a. e a bora em quo eia se ha-de rea- lo Rev.0 Dr. C lemente Ramos - Bln- zo., da virtude, da verdadeira dignidade
t6da a ma.nhii., oe i.erv,itaa entregam-se, lizar. Entretanto a doente principia. urna. çlo de objectos retigiosoe - Prociseio o int<•1, ridade cristii.n
com uma o.ctividade inoaD!lavel e COJll novena a N ~ Senhora de Fatima e Ap611 o seµ1il.o, orgnniza.-se o cortejo gue
uma dedfoaçiio sem reservu, à pesa.da aplica. externamente pa.rches de agua da
co m a lmagem da Virgem - lnvoca- hit-òe r econJu.zir R lmagem de N0688, Se-
tllrefa do transporte dos enfermos. Sao fonte daa apariçòoe, pedindo COJD fervor ç6ea, cintlcos e consaS{raçlio a Nosi:ia nlrora para a ca.pela dUB apnriçoee. Maa,
coadjuvadoa ne,;se trabalho por uma a sua cura. Obega finalmente o dia ma.r- Senhora - Uma cura extraordinliria. antes (J'l.,e ele se ponha em ma.rcha, o Se-
aeoçio da benemérita corporaçlio doe Hoe- endo. A senhora esta ja extendida &6bre nhor D. ,Tosé, do 1tlte da va.rantia do Pa-
pitnlor,ioe do Potto, que espontlnea e de- a mesa das operaçòe6. Maa, logo ao pri- O AnJo da diooese do Loiria estri. prC!f>les viuhiio, benze todo;; os ohjeo~ religioeoa
ainteressadamente viero.m no seu a1'to- meiro exame superCioial os médioos ficam B l-ODoluir a cerim6nia devina.meut.e bela que os fieis teem 1108 1niios par11, èsso fim,
car, em serviço do socorros e oonduçlo a$80mbradoe, conAta.tando que baviam de-- e sobremaneim e.mocic,na.nte da L.'inçao eu- co11C'edendo aot1 ter(,'011 e rosnrios ru. indul-
de doent61, ofereoer o 880 v&li080 présti- sapa.recido todos os sintomas e vestfgios ca m 1tica. ao.. onfermos do Pavilhiio. No lllO· ((encins dos Paclres Cruzi0t.. 11s de So.nta
mo à. di.recç.ào do Santuario. O grupo era do tumor malisi;no, ,A doonte estava rndi- mento em que )>ercorr<- a 1ilticna. fila do Ilrfgido e a11 indnlgenrias Ano.,t6licas e
oonatituido peloi seguintes ele,n11nt.oe: I c-almente curad-0., contra todns aa previ- doentei< do la.do do Epfstola, tendo n88 nos outi-os objectos M inrlulgenoiaa Apos-
Dr. .Antonio Paul, director cHnico, Ra- sòee e f6ra de todos 011 recursos da soien- /1116-& mii.1119 ungid~ e ,agrnd0$ 1\ c·u~t6d.la t6licai..
miro .Aranha presidente da direcçào, Vi-
riato Viano., primeiro secret:(rio, Fer-
na»do A. Mata, tec.oureiro, oapitlo Fro-
cia humaqa. Ha qnom aluda. tambem n rle ouro que encHr.~ o llei do Oéu no seu
I A prooissio, que é ·pre~1b pelo vene-
cura a&&1>mbrOlll <la filha unica doutro Sacro.mento de Amor, wn homem uovo, de rando Prelaùo, d4. a v,:,lta do COitume e,
wédics,, tambQltl da oidade da. Vfrgem. e ina.-1eiras dini.ntaa e eleg311te1Jlente , rlll- oolocada a lmagem sobre o seu padestal,
tuoao .Jod Garoia, oomandaate Am,rioo ipahoeute .drx ~aj, di1.t~os, que ae Oli· ti.do1 chifa • solllia CODTOlsiT!lpente, de diMo!Te-ae, depoie de fp' as as dsma.deiras
4 Voz eia F6tima

N11,undo as opiniòes médicaa e farmaceu- Outras graças Era dever da dita associaçao risitar o De jornais : P.e Francisco Joaquim da
ticas. Santuario mii vezes bemdito de Nossa. Se- Rocha., 30$00; Emilia Nunes da Rocha,
Oomo em Mnio ultimo eu tivesse a fe- Um desastre. nkora do Rosario da Fatima. 30f OO; Maria da Piedade Cerejo de Ma-
licida,de de poder ir a Nossa Senho!"a de 0s filhos querid08 do Coraçii.o de Ma- toe 30$00; Maria Henriqueta Ribeiro
},àt.ima. onde pude obter a a.gua miracu- A8 irmiis da Missào de Gabinda (Gonoo ria foram la retemperar a sua piedade, Ba~tista., 30$00; P .e J oio J orge Betten-
losa, apos o regresso dei-lhe uma garra- Port'U{lues) con.tam a seouinte oraça obti- colher nova.e inspiraçòee para o seu v~lo court 80$00; Inez Cabrai Nune11 Bara-
fa com alguma agua recomendando-lhe da na Miss/Io no dia 5 de Junho de 1928 mais e mais se desenvolver na propago- ta, 30100; P .e Rafael J a.cinto, 50$00:
·ciue ee lavnsee com muita fé e que im- pela intercesslI• de Nossa Senhora do Ro- çao de tao santa Obra. !sabei Gomes 4$00; Adelaide Mendonça
plorasse da Virgem Imaculada de Fati- sario da Fatima-. Em constante& e fervorosas preces in- Freitaa1 8$00; Emilia Augusta Leite de
ma a sua. cura que asta.va. por certa Nos- Estamos na vespera da fésta do Corpo termeadaa de ehternooedores canticos, ja Castro, 50$00; donativo. de Maria Hele•
1a Se~bora a atendia. de Deus. Sem que se interrompa o regnla- no comboio, ja nas camio,ide.,, foram no. Padrio Sarmento P1mentel de Mou-
Efectivamente deede que principiou a mento diario da Missio, tra.balba ca.da os peregrinos a Fatima. e de la regres-, ra., 100$00 ; Tereza. B. Forte, 50$00;
fazer uso da agua melbora.va consil.erà- um corno • p6de para apresentar a.o ~ sa.ram igualmente. · Joaquina Vieii:a, 50$00; Maria das Do-
Telment.e dia. a dia encontrando-sa com- dos Reis, as euas eurprezas. Sendo a fes- Acompanhadoa pelo seu reT.do Director res Tavares de Souaa, 50$00; Augusto
pletamente sa. ta mais solene de todas, fazemos todo o Espiritual, o Santo Dr. Cruz, tiveram a Marques Gouveia P erèira, 51$00; .Asilo
Devo acreecentar que a miraculada, possivel nos dias anteriores para preparar dita de obter urna oura cujo nilsto por- de 8. J osé Braga, 26f00; donativo de
aempre teve crença religiosa ma11 aumen- o qu~ é necessario afim de poder mais li- ~1enorisado se encontra noutra secçio D. Euponin~ Teb{eira, 90$00; P.e .Anto-
tou imenso desde que foi· alvo duma tao -v-remente ,nes.se dià adorar Aquele que deste jornal. nio Nunes .A:lberto (de jornais, de varia~
particular graça. com que acaba de ser ficando exposto todo o dia,, sa.e no fim E se tudo correu na melhor ordem de- peseoas) 30 dollars, Duqueza de Pa.lme-
favorecidan da tarde a abençoar os que para isso se ve-se no zelo incansavel do sr. Engonhei- la, 100$00.
A mesma cura é confirmnda pelo Rev. apresentam. ro Luciano d' Almeida Monteiro, Vice- . Antonio Barbosa, Maria Catarina Par-
Vigario Antonio Martins Vilela que sob Com o intuito de mimoserar as crian- Presidente da referida. .Arqui-confraria reira, Vasco ';l'aumaturgo Teixeira Doria
juramento 1!firma o seguin~: . ça.s em honra de quem tudo merece, pe- que se nii.o poupon a esforços para dirigir (20$00), José de Oliveira Marujio, P.e
«Em aditam ento à carta 1u.nta subscri- pare.va-se uma sobre-masa de cocos, e pa- a. peregrinaçao, de sorte que niio houve Luia Caetano Portela, Manuel .Antunea
ta pela minha paroqu.iana Candida Mar- ra #isao fa.zia-se a colheita nos dias ante- nem confosoes, ·nero semsaborias. Nossa Pereira, Julio A. de Aseis (16$50), Ma-
tins Vieira de Magalhiies, corrob&ro t'U- riores. Senhora o recompense l E que resultou de ria da Conceiçio Carvalho, Maria da
do o que nela se diz respeitante à m ira- Xo dia 5 a.s 9 horaa da manha, bora 1,anto labor? Um afervor amento na asso- Apresentaçao Gonçalves (30$00), Maria
otùaàa Maria de J esu.s Pereira, que se em que dio entr a.da na escola, uma peque~ ciaçiio, a qual, saudo.~issima daquela. Carolina Caetana, Ana Marga.rida Fer-
6'Montra plenam ente restabelecida e cu- na de idade de 6 a 7 anos, em vez de se- mansao divinai, nnceia por la volt11r, pa- raz, Antonio Pinto, M11-dame Rocha Me-
rada da eozi!ma qUl6 lhe deformava e en- guir as outra.8, vai para onde o aerviçal ra o uno de 1929, com grande numero lo, Lucinda Nunes Barbar a Georgina
cortiça11a o rosto . anda a colher os cocos sem que &te note de confrades, o dobro, se for possivel. .. P ascoal, Ma.ria Amelia de Magalhaes Me-
Esta cura foi rapida e plena, ci!rca de a criança e da-lhe com um em cima da Que todas as grandes e pequenas con- xia, Maria I sa.ura Mateus, Joana do Ro-
uns cinco dias, apos as lavagens com a cabeça I frarias e associaçòee corram ao lugar sario Silva Simoes, José da Silva Meni-
bendita e miraculosa agu4 da fonte da Sua'°' compn.nheira.s que ja tinham entra.- bemdito das Apariçòes,- e Maria Santissi- no Olinda G. Reis, Alice Garc.ia., Hila-
Go11a da !ria, em Fatima. » do para a escola, ouvem uro grito: A ma fara em favor delas o que se òignou rii; de Andrade Mòrais, Amalia. Mendes
.Amélia morreu I «Era aste duma mulher fazer para com a Arqui-confraria do 88. de Ma.cedo P.e Manuel Te6filo de Sou-
Eczema. I
que passava no caminho,, Num minuto Coraçiio de Maria. . Experimentem ! aa (20$0fJ), Maria Antonia Rodrigues,
todas cercavamos a criança inanimada I
Ca~ollna Rosa de Jes~s, _natu~al de ~- I. A nossa ernoçio foi tao grnnde e niio
liartmbo de Gandra, O!tve1ra d Azemé1s, · v1mos ali outro remédio 11enao voltarmo-
A presidente
M. C . .R. de A.bren
Agostinho Gonçalves Henriques, ,José Vi-
cente Pita. (20$00), Alzira Sousa No-
breg:i Carolina Eduarda, E. Post:i.c
_informa assi.rn a cura devéras extraordina- nos para Aquela que é a. consoladora dos (59$42) Fernando Cunha, Luiza do Nas-
ria, de seu fil~o Manuel Nunes da Silva a!litos !. .. Corremos ~ buscar agua de --'----:•e----- - ci.mento' Fagundes, P .e Antonio Medei-
de 5 anos de 1dade: N. Senl1ora de Fatima enquanto que ros Ida Louzada, Ma riana Tereza Pe-
«Hav;ia mais de dois anos que meu fi. suas compa.nheiras em pruntos implora- Abrlgo dos doentes Peregrinos da Fatima rei:a, J osé do Matos Dias.
lho vinha. sofrendo horrivel,mente dum varo da Virgem que ao menos lhe des- Marin, José Ferreira Paulino (100$00),
eczema que lhe poz a cabeça toda em fe- se lucidez para r0<'eber os ultimos Sacra- Transporte 2.212$55 Manuel R amos dn Costa (60$00), Ma.ria
rida, originando assiro a · queda radical mentoa. D . Vìrginio F erreira 10$00 Amelia, de Faro (35$00), Apostola.do da
do cabelo. Recorrendo a medicina notei . eitamos urna~ gotas na cabeça da I Oraçiio cle Vila. Viçosa ( 54$35>, pessoas
q ue ali auas ,informaçoes era,m tristes e cnança
boca e
que, um instante depois abria a
engoliu outras tantas I A nossa
I 2.222$55 de Ilhavo (75$10) Maria Adelaide Mar-
muito pouco animndor:is; infructfferos ques de Souza (14$55), Antonia Giao
resultaran1 também todos os medica.men- Amelia eSt ava; salva I A Virgem Santissi- ----Jllt....1---- (80$00), P.e Francisco Pereira (40$50,
tos aplicados. ma submete_u a. nossa fé a urna grirnde CarlO!'! Nela de Oliveira Barbosa (46$50),
Um dia quando urn médico, depois de prova e qmz moSt rar em terras africa-
nas a. autenticidnde das suas ap ri -
examinar cuidadoeamente o meu filho, na. Cova. da Iria. i a çoes
Voz da Fatima Ana da Conceiçao Neves (150$00), Car-
los Victoriano (105$00), Ìdalina Rodri-
me disse gue ele ainda tinha sofrimento Gma. cr ianta. de id ade 6 a. 7 a nos com Despésa gues Pouzatl a (19$50), Ermelinda Ri-
para. mais tre+< anos, eu fiquei aflictissi- beiro ( 4 dollars).
ma e resolvi logo implorar da 88.ma. ViT- nm peso de 4 quilos 4 00 grama~ caido 'l'ransporte 123.i32$ò()
, ' d d ·
gem, que e a usau e os enrerrno,!», n da_d '.litura. de _12 metros ... nlio se_ p6de du-1 Papel, composiça-o e 1·1np,·,,~.
• ----~-«IC'"-----
graça duma cura m ais rapida para o en- vi. nr do. milagi-e da. SS. Virgem. A siio do n. 0 73 (71.000 exem-
te que eu tanto estremec.ia. Onro.nte dois cn~nça ficou u~s 8 dias impressiona.da. I pliires) ... ... ... ... ... . .. 4.064.50 E smo)ns obtidaa em variaa igrejas
meses seguidos,. que eu, om coinum <·om a I Hoie :md3: J_>erfe~tament~ sem que lhe fi- Sélos, embalagem, t ranspor- quando òa òistribuiç!i.o da <cVoz da Fa-
c-ass~ a mrnunn nnpressao. tes g ravnrn s e outras d~- tima»:
M!I açòes de p;raça aqueln. bendita pezas ... ... ........... ... . 998$07 Na I ~reja do 88. Coraçiio de
Mae por nos livr11r da morte, nn vespera Jesus , por mao da Ex.ma f;lnr.•
da granrle festa, urna criança que nos ti- 128.790$17 D. Maria. Matilde Cunha. Xavier
nha sido confiada por stms pais, e de tiio Subscriçao em Outubro de 1928 . . . . . . . . . . . . 33$35
boa vontade I...
ciex:§§oc= I ( Novembro de 1928 )
'1 Joaquim Manuel da Silva Gravato, Ro-
s:,lin,i da Gl6rin Canholn, Manuel Jnacio Assim é que é !
AArqui-Confratia d~ Sousa, Maria do Ceu Neto, Maria dos
Anjos f!'erre'ira, Maria Antonia A. Car va-
do ss. Goraçao de Maria, de Lisboa
Um rapaz porh1f711lls, ido dos A_ço-
lho, P .e Candido Ma.fa, Ifelena Pereira res, empregou-u• em, rasa de 11m tm -
Roriz, l\Iarfa da Gloria Ribeiro, José Mar-
portante propriPtario t1.meticano, na
em " Fatima,, quffi Torres Junior, Palmira Soa.res de
('astro, Francisca Correia., Josefa de J esns
tro, Fra,ncisca Correia, Josefa de Jesus
Californ~a,.
Pelo seu po1·te sério e pelo seu gé-
Em comboio especi,a,J partiu no dia tre- (18$45), Maria Luiza Correia Pinto, Ju- ;n io trabalhq,dot conq11istou as .(Jra-
ze de Agosto, para Torres Nova.e, uma lia .Azevedo, J oaquim José Ribeiro da
peregrinaçao, que se dirjgiu a Fatima.; Cuuha (20$00), 'f .e Frederico Duf ça.ç do patrao passando, em 11oucos
levava o seu estandarte que se fez expres- (20$00), Ana Silva Dr. Cisneiros Ff',· meses, de simple.~ trabalhador a oa-
samente p ara ser O chele da pereorina- reira , Deodata A. Malato (20$"00), 1 .e pataz.
. çào: de setim b~anco, franjado a ouro, Joaquim Borges Dias de l\fenezes .(121 ,O) O patrao, q11e e1..1, protestante, li-
ostentava ~ma dehca.~a e fina imagem do Maria de Carvalho Dias 'Machndo, ,\ (a.
, 88. C?raçao de Marta, as ,niios abertas,
1 ria Iriò. da N. Moniz do Canto P ,Jotes
cenciava os trabalhadores ao domfo-
espa.rg1ndo graças; do lado oposto em se· (20$00), Manuel Nunes do Pranto. Ores- go, para q1te és fe,ç rumprissem os
tim escarlate, lia-se em letras bo:dadas a cencin ~,ernandes Dias da Cruz, :\melia seus deveres religiosos.
ouro_ «Arqui-co~fraria do SS. Coraçii.o de Lopes de Mendonça, Roberto dos Santos O nosso vortug11és, porém, eni 'l}ez
Marm da. lgreJa do Mosteiro da Encar- Carvalho, Alfredo Tavares, Antonio Ma- de procurar a l greja, asse1·ava-se e
naçao. Lisboa, 13-8-1928.» chado Fagundes, Alda Rita Rodrigues
. E' uma das ~is antigas corpor::i.çòes de Oliveira, Maria Otilia Fa.ria, Delfina ou dava longos passeios de carro, ou
p_1edosas da capitai, tendo no seu princi- Maria de Almeida (60$00) , Maria. José entretinha-se pelos restaitrantes.
pio. do ano de 181.8 a sua maior expan- Chorao, José dos Santos, Henrique Elias, O patrao, tendo observado isso,
Manuel Nun es da Silva
.sà'.o, qu_i.ndo se filiou em 1842, a Arqui- Piedade Vieira Moro (15$00), Amelia chamou·o.
confrana do SS. Coroaçao de Maria na Eugenia Franco da Fonseca, Inacio de
minha famlia, resa.va o terço e fazia nove- Jgreja de Nossa Senhora das Vit6rias, Moura Coutinho da. Silveira (20$00), - Que religiffo t ens?
nas copi esea intençao, prometendo, caso em Paris. i, Maria Julia Marques Ferreim (20$00), - Sou cat6liro ...
obtiv868e a cura tao ardentemente deseja- Pois oste grupo de crontes era uma Mnria Rosalina Lopes Marinho, Joiio - M-as ... nao vais a<>s oficios da
da, de publica-la na Voz de 1"dtima. falange desta benemérita instituiçao que Rodrigues da Costa, Manuel ds Silva
Deede logo come~i a notar certo aU- tem por fim um culto amoroso no 8S. lgreja Cat6lir:q,...
Jordao, Luiz de Souza Moreira Ribeiro, - Isso é bom para as m1ilheres,
TÌo no pa.decente que t.erminou por ficar Coraçiio de Maria implorando a cor.ver- Julio da Conceiçiio I vo, Conceiçao Lopes
oompletaµiente sio, contra a espeotativa sio dos pecadores. Braz, Guilhermina da Piednde Chnves, disle o moço a rir ...
de todos. O -ca.belo reapareceu-lhe, vasto e Portanto, os confra.des sio outros tan- Joaquina da Silva, Cristina Gomes - Espera ai, tornou o patrao,
mimoso, corno dantes. tos ap6stolos, j a com o sou exemplo ja (20$'.)I)), Maria da Novoa Bastos, Maria retirando-se. V oltando pouco d epoil,
Hoje encontra-se sem vestigio algum com as suas palavras, e muitos delee 'me- Magda.lena Soares Moreira, Maria. do
d8813a enfermida.de torturante que tao Bé- r ecem aste titulo. No primeiro sabado de Carmo Neves, Mariana. Tereza Per..ira.,
diz-lhe: - Devo-te 200 dolars ...
rios cu.idados me vinha inspirando, Por cada. mes reunem-se na l greja do Mos- Natalia. de Jesus Silva, .Anonima. de Co- Aqtti te11s um cheque ... Vai recebé-
isso venho agor a, satisfeita, agradecer a teiro da Enca.rnaçii.o as 9 e 1/2 horas da imbra (50$00), Alberto de Almeida, Ma- los ao Banco e ... ficll$ dispensado
N. Senhora do Rosario da Fatima, a gra- manha para as'sistirem aoe pios exercf- ria do Carmo da Rocha (15100), Dr. do meu trabalho I O homem que nao
ça que se dignou conceder-me e juntaµien- . cios da da Arqui-confraria., constando de José Maria Malbeiro, D , Moria I sa.bel é fi.el a lei de Deus, mU'ito menos o
te cumprir o TOto que fiz ria publioaçào Missa, Comunhio geral, pratica e v,trias Monteiro Reinas (50$00), Adelina Au-
do relate sinliCelo e humilde dee~ liCranda oraçoes, terminando com a bençao do gusta Correia., Mariana Moreira dos p6de ser -aos meus neg6cios.
cura.» Sant(ssimo Sacramento. Santos. Adeus! ...
A.:n.o -v:i::i: Leirìa., 13 de I:>ezembro de 1 9 2 8 N.• 75

E>

(OOM APROVAQ.AO EOLES1ASTICA)


OlrHtor, Proprietario , Editor: - Dr. Manuel Marques dos Santoa Ad11ini,tr1d1r: - - Padre Manuel Pereira da Sil'oa
Composto e impresso na UnUlo Grafica, Rn dt Sante Marta, 150-152 - Llsboa. Redacçllo e Admlnlstraçllo: Semlné.rlo de Lelrla.

o Santuario de Fatima
ANTECÀMARA DO CÉU

Mes dos Santos e dos finados.


No méa do Novembro, em pieno oor~i-0 das almaa, o centro de atra.cçio irreaistf- diio bem a. madida da devoçiio acrieolada Imagino que, mais tarde, o Senhor Dia-
èa quadra triste e melancolica do Outo- vel dos coraçòea, o manancial mais a.bun- doe portugueses à glorioea e bemdita Se· po far& instaJar um orgio ligado aos
no, quando a ab6bada celeste traz quasi dante de vida eobrenatural e divina que nhora Apo.recida. megafones, de modo que a Cova da Iria
ae,mpre vestido o seu manto de nuvene jamaie bouve em Portugal. Nito se encon- E entretanto, graças a Sua Excelencia eeja. inundnda de harmonias supremaa ...
deil888 e escuras' e a natureza se despe tra na nossa querida Patria um s6 crente Reverendfssima o Senhor D. Joaé Alves O Santuario de Fatima. é ja agora e
pouoo a pouco das suaa mais belas gala.a que niio tenha uma parcala do seu co~ Correia. da Silva, venerando Bispo de cada vez mais vira a ser um vivisaimo
e louçanias, a. lgreja C11.t61ica, màe e çao na Cova da Iria. a formar o i,menso Leiria, a futura cida.de da Virgem Tai- painel de mfstica religiosa 'cristi cuja be-
mestra. da. Cristanda.de, oonvida, com ma- pedestal de amor erigido à Virgem, que se erg11endo, a · olbòe vistos, doe eeu11 ali- leza e alteza, de nacional e uni;eraal va-
terna] eolicitude, os seue filhoe que an- ali se dignou eetabelecer o trono da.a euas cerces, fazendo surgir a cada passo, corno lor, eiio, pelo est.ilo, obra principal do Be-
dam peregrinando sobre a. faoe da terra graçaa e <las suas misericordiu. Fatima é por encanto, um edificio novo e transfor- nhor Bispo.
a honrar, invocar e imitar oe santos do ja agora o Santuario naoional de Maria mando o vasto recinto das apariQ088 nu- Este Santuario dove ser coruider1ldo ~
Céu e a sufragar as bemditae a.lmaa do Santfssima e é-o por vontade expressa da ma eatancia de beleza imortal, de encan- mo um alto elemento de reednca.çiio na-
Purgat6rio. augusta Padroeira da Naçio, que ali, co- toe inefo.veie, de verdadeiras maravilhaa cional, esoola. de FtS e patriotismo.»
Clomovente e encantador comércio de mo em Lourdes, ordenou num doe sene divinas. E a prop6sito tomaJ)loa a liber-
oaridade, porfia magnlì.nima de amor e
dedicaçiio entre, os membros da lgreja
colcSquios com a Vidente, que se fiZ88se dade de transcrever aqui, em que pese à
um templo em sua honra. E contra a modéstin. do ilustre Prelado, um trecho
Fatima em Lourdes e no mundo
triunfante, da lgreja militante e da Igre- vontade da Miie de Deue debalde se ergue admiravel duma carta escrita. por uro doa Se o culto de Nossa Senhora de Fati-
ja padeoente l Clomo é profundamente o fragil poder doa bomens, em viio se mais nltos espiritoa da n0888 terra, o ma esta perfeitamente consubstanciado
oonsolador o dogma sublime da Comunioa- desencadeiam ll8 furiae ind6:,nitae do In- I grande poeta .Afonso Lopee Vieira, que com a alma portugueea, nio é menoa cer-
çio dos Sanoos I to que, à medida que esta devoçiio 88 vai
Quantas dessas almos que boje gozam tornando conhecida nae diversas partes
oe imorta.is esplendores da gl6ria, quanta.a do mundo, numerosas almas de eleiçii.o de
das que expiam naa chamas acesos pela tadas aa naçòes 88 asaociam à8 homenagene
juatiça misericordiosa do Deus ns penaa que o nosso bom povo pr011ta à gloriosa
temporais merecidas pelns suas culpas de- Miie de Deu1 no Santuario da sua pre-
Tem a. salvaçao eterna. à interoossio da dilecçiio.
augusta Virgem do Rosario, veuerada. no No Braail, a naçio nossa innii, numero-
1eu Bantu aro de Fatima l. .. s~ jornais e revistas publicam com fre-
Niio &.'io apenas oe ruiilngres de ordem quencia. artigos e grnvuras e6bre 011 acon-
fisica, ninda. os ma.is 8/IIIOmbrosos, isto é, teoimentoe maravilbosoe de Fatima.
ae ourae instantiì.nea.s e completae de do- Nos Estados Unidos da América do Nor-
enças, reputndas incuraveis, em con<liçoee te, a dev~iio a No,;sa Senhora de Fati-
que a aciencia nào logra explicar entisfa- ma tem-tie propaga.do dum modo extraor-
t6ria.m.ente, nào siio esaee milagres, por dino rio, graças à • piednde e a-0 dio doe
mais numerosos que eles eejam, que cons- emigrantcs portugueses.
tituem um tftulo irrefragavel ao nosso Na lnglaterra, tanto aa grandea como
amor e reconhecimento para com Nossa as pequenns revista11, oomo os jornaia dia-
8enhora de Fatima. rios, fnlam de Fatima com rospeito, ad-
Sio tambem e principalmente oe prodi- ruiraçio e amor.
1ioe de ordem mora.I, quere di1.er, ne cu- Na Espanha, a proximidade do DOSSO
rae da alma, aa conversoes de peoadores, pafe e ae visitos recfprocna dos ha.bita.n-
que ee operam à eombra do Santuario, tes dos c!ois estadoe da Penfnsula facili-
Mlii pée do mini1tro de Deus, no Santo tam a propaganda, em larga escala, do
Tribuna.I da Penitenoia., o Sa.crnm<'nto da cu lto de N088a Senbora de Fatima.. Entre
Confou1iio. Siio èSllee os ma.ioree triullfos outros jornais e reviatas delilla naçao, a
Outubro de 1928- A multidio agi~do_os_lenços em saudaçio __ _ grande e scredito.da. revista ccLos Snntua-
da Virgem, os louroe mais prociosos e
mais caros ao seu Coraçiio de Miio de Deu11 a Nossa Senhora ao recolher; da_J.•, procissio rioe Cat6lic:osu 6rgiio do fomento nncional
e Mie dos homens, Mooianeira entrt' o de peregrinnçoes, que ve a luz da publ>-
11eu Unigénito e os pohres filhos adopti- cidade em Figueraa (Gerona), insere no
ferno. Eia. oontinua.ra a eemagar oom os se honra. sobremaneira, prestando juatis- seu numero de Outubro do oorrente ano
TOS da sua dor, transvia.dos no caminbo
seus péa virginaie a cabeç.a. da serpente 11ima. homenagem àquele que a. Vidente uma pequellA mas 11ub,;tiincfosa l-0eal !llibre
do Arro e da. culpa.
mnlù1ta, Eia, urna e mii ,·ezea, diasipara OOinominou de executor da Obra de Noe- N06Ba. Sonhora. de Fatima, em que chama
86 Eia, a augusta Virgem do Rosario, a11 maqulnaç,òee da .~piedade, oonfttndin- s:i. Sen!:c.rn òe Iratima.
poderia. dizer o numero incafoulavel de à Flitima a. Lourdes portuguesa., e pro-
do os soberbos qae, na sua ro.iva impo- Segue a tran11oriç-iio: ccJ n!g:> do meu mete dar em numeroe subsequentee infor-
almu para. aa quais o venerando Santua- tente, ousa.m erguel'-ee contra o Senbor, dever ex1>rimir a admiraçio qne me me- maçc;es ::cfauciosas ncerca d~ste novo e
rio da Lo11rè<>s ;>ortuguesa. ro1 o pon•..o
em que niio croem, mas que todaTia oom- rece o 011tilo que observei no Santuario importante Santdrio.
de partida.· <1uma. l'~•:la nova, verdadeira-
mente cristi, o primeiro degrau c!a. ~lll()aÒa bate:,n ... e que é obra do Senhor Diapo, decerto Da Italia veem pedidoe de fotografiu
que os conduziu ou harae conduzir ao As grandiosa11 manifeat~oes de F~ e cousegu1da com corageµ1 moral exemplar, para se fazerem estatune de NOllSA. Senho-
Cén ... pieòade q::e se :enlizaram este ano deede atraH18 de resieténciaa e obstacu:oe. Esse ra. de Fa.tima destinadas a eorem expostaa
Maio aU Outubro e em que tomara.m estilo religioeo imprimiu à multidà-0 cte ì\ veneraçiio doe fiéis.
Escola de Fé e de patriotismo parte ceutenae de milhnr èe perep;rinos peregrinoa uma atitude de formoe{&1imo Na França, a filha primogénita da
Para. honra e g16ria. da. nobre Pa.droei- de todoe os pontos do pnis, oe todaa as doo6ro, que creio unico em o noeso pa.fe Ii;rejs, que se gloria de possuir nm doe
ra da t~rra de Santa Maria e para feli- idades, classes e oondiçoea eooiai1, e u e notl'ivel ont;re a ~zt:i?Jdnde. A vigilia mais be,oe e rrodigiosos Snntuarioa do
cidade e consolaçio de todoe 011 portugue- festividadee (i;J.8 por toda a parte ~ :::i::.i!- de ila, con:. a ;!'ocissiio daa velaa, sao, sen: mondo, vni ~meçar a ter notavel incre-
- , pode dimr-se cm verdade que a. Fa- tiplicaram nas oida.d~, vilas e aldeias, duvida, dos !!lai" Le!t>s mt-meotoa da Tida mento e«ta devoçiio. 8e;a Hcito reprO':!:isir
t~a é, ha -o::~.., a11oe, o polo magnético em bonra. de No88a Senhora de Fatima, ospirit.iat dos povos. aqui algumas pnseagens da carta esorita
2 Voz da Fatilll8

ha ' e s6 com eia contava. No dia 25 deste uVi1ma do Castelo, 26 de NoYeµibro


dias pelo rev.do Fr. Gonçalo Maria.
Tavarea, da. Ordem de S. Domingoe, na,.
Avida religiosa no Santuario mes (sa.bado> foi para mim um dia de de 1928.
tura.I da provincia do Douro e que resido Com o avaoçar da quadra outonal o profonda tristeza, qnerio. fo.lar e nao po- Rev.mo Senhor
em Saint Mazimin (Var ), a proposito movimento de peregrillaçòes a Fati.ma de- dia. Começou a o.poderar-68 de mim a .Afim de ser publicnda no jornalzinho
dum relato dna 11.pariçoes de Fatima pu- cresce con.sideravelmente, embora em ~ ideia fua de que em breve deixava a ri- uVoz da Fatima», se 888im for poesiTel,
blioado na Rev-ue dv. Ro$aire. Siio corno da dia tre.ze se reuoam ainda muitoa mi- do., deixando meu marido doente, e 2 fi- envio a V. Rev. esta carta escrita por
segue: lhares de romeiros na. Cova da !ria para lhinhos de tonra idade. urna &nhora do Porto, que acideawJ..
uA pequena noti'cia, a.oompanhada du- preatarem à Virgem do Roeario as home- Eram aproximadamente 10 horas da mente r esidin nesta minha freguesia, e
ma linda gravura de Nossa Senhora de nagens da sua piedade filia.l. Maa, se a noito quando eu e minha famrna noe re- juntamente nm o.testarlo medico. Eu cor-
vida intensa e tumultuosa das grandee tira.moe da mesa; fui para o meu _quar- roboro tudo o que na carta se o.firma
Fatima e inserida no nosso numero de
multid088 cessou por completo naqµela ee- to paro., isola.da dos meus, desabafa.r a sobre a cura erlraordinaria realisada n ee,.
Outobro ultimo, causou por toda a Fran-
tancia sagra.da. e.m componsaçao a vida m:nha dor e r821nr o meu terço, oraçiio ta cidade, no m8d de agosto do ano cor-
ça. e até no estunjoiro a mais fuoda e
salutar impressiio, prova de que os suces- de piedade tor~ou-se mais exuberante, o que flLQO todas as noitos. Pedi a Virgem rente. Fui informndo do que se ha.via
soo tao ma.ravilhos08 ocorridos no pobro silencio mais rigoroeo, o recolbimento mais de Fatima que me d888e fn.la (ia nilo lhe pn!i!!a.do aa 10 boras da noute do sabado,
profondo, a oi;açao mais tranquila. e mais pedia a minha saudo) e satisfeita ja fi-
Portugal eram por ca inteiramente desco- 25 do reforido mèe, logo no dia seguin-
nhecidos. Tendo a. n088a. Revista no.da fervorooa. cava em falar. Rer.ei o terço cheia de 1~ to, domingo. Eu e mais dois colegaa fom.os
menos de 8.000 assinantes e cerca de Começa agOl'a a época do ano, em que grimas, que por vezes impediam a mi- depois a onsa. em que morava esta senho-
20.000 leitor&1 espa.lhados pelas cinco par- ns élite& espirituais de todo o paia aoor- nha oraçao, e numa prece cheia de ma- ra. e falé.m08 com1 pessons que foram t.es-
tes do mundo, imagine-se, à luz de tais rem ìi. Lourdes portuguesa,. nfim de re- gna. implorei: ((Miie Sant{saima, ée Mii.e temunhae de tudo. O ruido que parecìa
tomperar as suas forças para as lutas in- dos desamparados, tende misericordia semelhante no dum troviio foi ourido
nu.mer08, a exteosiio do efeito produzi-
cruentns, mas renhidas e porfiadas, da de mim; peço-vos fa.la, ja nao peço a tambem por ~ s 'p8680a8 que depois fo-
do l...
eantificaçiio individuo.I. E! também esta minha saude completa; eabeis que sou ram encontrar a doente desmaia.da.
Ma.a nao parou aqui o zelo do n08so a oca.siil.o preferida por muitoa romeiro1:1 pobrezinha; e como mais nada neste mo-
querido Director. O ma.rido estava onta<> no Porto e era
para cumprirem os seus votos e pagnrem mento vos posao oferecer, ofereço-voe o incredulo. Quando veio visitar a. sua es-
Tendo acompanhado a Lourdes a gran- a3 suaa promeseas. La se vé neste momen- meu retrato o melhor que eu puder.» posa e soube corno eia readquiriu a vo.z,
de peregrioaçiio do Rosario, organizada to um médico ilustre, oficial super:ior do Logo que acabei eeto. prece, ouço nm ficou oomovido e pensa ja em ir a Fati-
peloe Padres Dominican08, quo oouduz1u DOijijO glorioeo exército, de joelhos no ruido pa.recido com um troviio; o quar- ma em peregrinaçào. A carta foi escrita
aos pés de Maria Imaculada nada menos cbiio, percorrendo a lon11:a distincia. que to iluminou-se duma luz sobrenaturo.l, oom toda a sinceridade e é a expressiio
de 12.000 devotos, falou por tres vezes no medeia entre o p6rtico principal do Sa.n- vcjo uma nuvem branca de neve; a68'11S· da verdnèle.
Clero e os fiéis reunidos no venerando tué.rio e a. capela daa apariçoes. E oo- toi-me e gritei l Lentamente a ouvem Ela vnrias vezes me repetiu que s6 ~
Santuario de Maasabieille sobre as gran- mo este, quantos outros fiéis, de todns aproximou-ae de mim, fitei a nuvem, qne diu a voz e ainda a conserva até esta
des maravilhas de Fatima, sendo ouvido as classes sociais, cumprem, piedosamon- data. Niio est6. perfeitnmente curada doe
com o maximo interèsse. te e sem reepeitos huma.oos, promessas outros antigos acbaques, mas é certo que
Nossa Senhora do Ros6.rio de Fatima feitas por ventura oro horas tragicas da alcanQOu o que humildomente havia su-
apregonda em Lourdes por franceses é, mais cruciante dor, da mais angustiosa. plicado a Nossa Sonhora do Rosario de
a meus olhos, um acontecimento verda,- e indizivel amargura. Fatima.
deiramente extraordinario ! ! l As sol~nidades religiooas, comemorati- Era meu desejo que esta. publicaçiio
Tantos esforços nio podiam deixar de
eer ooroad0o por Maria - a Miie tlio ge-
vas do dia treze, realizaram-se na forma
do oostume, prégando no fim da missa e
I viosse ja no mes da Jmaculada Concei-
çiio, C'aso seja possivel.u
nerosa I - de frutos salutares. bençiio doe doentes um longo e substan-
cioeo sermao o rev.do Pereirn. Gens, pa-
Quasi todos os dias se recebem aqui ATESTADO
roco do Onrem. Entre os fiéis viam-se al-
carta.s, pedindo a assinatura da Revisto.
com a condiçio de ser envio.do aos novoe
guns peregrinoe franceses e espanhois. J.oào Ma,f'Ìa. de Faria e Vasconcelo.,
A's tres horas da tarde concluiram oe medico cirwruiao pela Fac'Uldade de Me~
11.ssinantes o numero. de Outubro, afim
actos do culto oficial com o brilhante cor- decina. do Porto, Capitao medico-mili-
de pOt!Suirem a grnvura de N088a Senho- tejo em que foi reconduzida a Imagem da ciano:
ra de Fatima, que a toclos encanta por
Virgem da ca.pela d1111 missas para a. ca- lltesto que exammei no dia 17 ào oor-
sua formosura e da qual dizia com graça
um inglez que eia. tem urna apresentnçiio
pela daa Apariçòes. rente a senl1ora D. llrminda dos Santoa
Em seguida os peregrinoe foram-se dis- Barbo$a, acidentalinente residinào neata
dominicana 11-a per/eìçao ... persando lentamente. Iloras depois, no e dade e verifiq1uii a e:cistencia. de u,na
No nosso numero de Janeiro pr6::umo vasto anfiteatro do recinto dns apari- qua.,i completa afonia, 3endo àificil, por
publicamos, se Deus quizer, um novo nr- QOeS, reina.va por toda. a parte um silèn- vezes, perceber o que me respondia.
tigo sobre o.,
Vidente, de Fatima, acom- cio sepuJoral, apenas interrompido de Pn·screvi. os med1camenfos que f'Ulguei
panhado dumn. gro.vura òo, mesmosu. quando em quando pelo higubre pio.r da1:1 utei.,, sem todavia esperar grande rea-ut-
Deus se digne cumular das suas gra- aves nocturnas ou pelos uivos das rapo- tado, pois além do estado da laringe, ou.
çae mais preciosas os rev.dos Fr. Lu1s sas esfaimadas que pnsseiam e caçam h- tras complicaç6es existiam.
Maria Baron, ilustre director da Révue vremente entra ne frngns e alcantis da Hoje, porem, 11 da,, pas1tados, apre-
du Rosaire, e Fr. Gonçnlo Maria Tav11- serra. se,nta-se-me a doente, /alando per/eita,.
res, seu distinto oolaborador, pela valio- Vi3conde de Montelo 111ente, sem o menor ve,tigio de rouqu1-
ea cooperaçao que piedosnmente e de til.o dao e nota11elmente melho-rada ,w seu ea-
boa voot.ade se comprnzem em dispensar NOTA - A cronica publicada no ulti- tado gernl. E por .,er a expressilo da ver-
à propaganda do culto de Nossa Senhora mo numero estava, mais ainda. do que as àade pa.,.,o o presente que juro pela. m1-
de Fatima no estrangeiro, tornando ns- anteri.9res, inçada de impertinentes gra- nha honra. •
eim a augusta Rainha do Céu mais co- lh'll.8 tipograficas, que os leitores terio fa-
nheoida, mais veneradn. e amada, peloe ARMINOA 005 SANTOS BARBOSA Vitina do Oastelo, 28 d' Aoo,, to de 1918
cilmente corrigido e... perdoado. (a) Jo-lo Maria de Faria e V11sconcelot1
, eeus filhos de todo o rnundo. No primeiro verso da B(lguuda quadra
do soneto Alma eleita, onde o tip6wafo
Curada repentinamente no dia 25 de Atoatu
(aAbado) quando reu.va o Terço (Segue o reconhecimento)
A Revue ,:lu RosaiTe, editada pela Eco-
t, Théologique de Saint Ma:tiniin (Va:e) compo.z urassaram, tioha o autor escrito Atite cr6nica
,ai todos 08 meses num total de trinta e grauavam. E deixemoe passar em silen- ee abria lenta.mente e no meio d868a nu-
oinoo paginas, profusamente ilustrada cio, nlem doutros seoòes, 08 erros de vem, aparece-me a. Virgem Santissima Aurora da Sllva Tavarea, de 21 anoe,
oom esplendidns gravurns, e o preço da aoentuaçao, que parecem dum principian- com o seu Santissimo Rosario pendente Filha de Maria da Pia Uniiio das Filhu
sua assinatura é de sete franc08 para oe to e que niio vale a pena apontar aqui. de Maria da ca.pela de N088n Senhora
das suns divinns ID60S, até a08 pés e com
pafaee da Uniiio Postal. doa .Anjos, moradora no Largo do Dom
ao1 suas divinae miios poetas. Qui111 ajoe-
V. de M.
lhar-me e niio pude I A.e forças faltaram-
Sucesso, 84, freguesia do Santissimo Sa--
me, tal era a minha admiraçiio. Quantocrapiento, da cidade do Porto, para cum-
, maie fitava a Virgem mais ela. eorria,prir o voto feito e para gl6ria da Senh~

As CURAS DE 'FATIMA, julguei chegada a minha hora. final. Na,-


quele momento nao tinha pena de mor-

tendo ap~rtado nas minhne maos um


ra de Fatima, roga a V. Ex.• a publica-
çiio, na «Voz da Fatimn11, da grande gra,-
rer porque talvez mo snlvnsae. Deafaleci
ça que a SantiS&ima Virgem, na aua. mui-
ta bondo.de, se dignou dispensar-lhe:
----------- terço e um crncifi:ro. PMSadoe alguns -«Ha dez anos sofria eu JllUito do
ouvido direito, chegando nos ultimos ma-
mo;nentos, algnmn.s poesoas de minha fa,-
Tuberculose pulmonar Desde creança eu nutro uma viva Ié por milin. que ouviram o ruido, decidiram-tie
so, do ano de 1927 a perder a audiQiio
Armlnda dos santo, Barbosa, de . 28 Noeso. Senhora, enteodi que nesta hora a entrar no meu quarto, encontrando-mene.sse ou'vido.
anoe, na.tnral de Moimeota da Beira, re- ti.o grave para mim, Eia me podaria d81lfa.lecida ainda. Quando voltei a m1m, Em 27 de Janeiro do ano corrente so,.
fere assim a sua cura: acolher como sua filha . No dia 25 de Ju- tinba-se operado o milagre I Eu foJ11,va
brevieram-me dores violontissimas na ca--
nho deste a.no apoderou~ de mim uma numa voz tio forte como antee de adoe- beça, acompanhndas de tonturas e que me
«Deade o m&! d'abril deste ano que eu grande afonia, sendo d ificil compreender- cer I provocavam frequontes v6mitos, -- o que
me encontravn. gravemente doente, aen- se-me uma palvara. E no dia 5 de .Àg08to o meu médico assistenu, cla.ssificou de
O milagre deixou Ot! meus ti'l at6ni-
tindo fortee d6res nos pulmoes, basto.n- reaolvi vir recolher-me em oasa duos pa,- tos que cairam Je joelhoe, rezando umo.crngudisaçiio da otite média cronica direi-
te tosse, febre, e homoptises. Principie1 rentes de meu ma.rido reeidentes no. rua 8al11~ Rainha em ncçiio de graças a No11-
ta, 11gudisnçiio iniciada por perturbaçlo
a tratar-me OQ1Jl o anr. DT. Adrian_o ~8;;1'-1
de Santiago n. 0 16 fr~uesia de Monser- ea Seohora. P1111s11doo 2 d1M fni ao snr.
Dr. Faria e Vnsconcel08, coomr-lbe o
de equilfbrio e por supurnçil.o, cnja coo-
doeo, moradar na roa da Const1tu1çao rate Viana do Ca.stelo. tinuidade era entretida pela preeença de
da cidade do Porto. Dìzendo ele, que t-u O' meu apetite oontinuava sendo pouco milngre, e pedi?"-lhe nm ate!ltado qnPum polipo recidivanteu.
tinha uma grave arr~nhadu_rs. Il!' pulmii.o e t1entia menos alivio eos meus padeci- afirmnsse a verdnde, para boD.Ta e 11,I.S-
O médico assistente, recenndo sér1aa e
eequerdo, e qu~ preo1sava 1med1atamen~ mentos. Em 8 din!i de permanencia em ria <le N08sa Senhorn. de Fatima. Quizfunestns complicaçoe11, ex,igiu uma. confe-
de retirar da c1dade do Porto, onde resi- Vinna abaii de pezo 500 grl Minha fnmi- O m&lico ansc11lt11r-me, e veriiioon que O
r&ncia 00111 nm mé<lico eepecialil'!ta, que
do ba 22 an011. Como 08 meus recursos lia quaai tinha as eeperançae perdidns pulmiio que ti nhR- as rn.Jne, estava 11fio.
foi chamadp, e nmbos, depois de mi.n.u-
eram poucos para me deslocar da cidade que eu recuperasso pe.lo meoos a fala'. Grnças ii RainhR- Nossa Senhora de oioso exnme, deolnrnrnm ser de impre.,
do Porto, rooorri a.o Hoepital ~' A88isten- Conduziram-me a um clinico residente em Fatima. No dia imediato fui oomun11irrcind{vel Decessidade uma intervençio ci-
eia aos Tuberculoeos dell!la c1dade, na Viana tendo consultorio na rua da Pioo- em acçito de graç1111 lL igreja de 8. Do-
r1hgico. naqnele pr6prio dia, Yisto o
rua da Carvalhoea, aonde andai 4 me~ ta (s~. Dr. Fa.ria e Vaaconceloe). Esse mingO'<, sendo o men conf011sor o Prior
perigo eminente de nma meningite, e pa--
em tratamento. Como nenhumaa melhoraa abalieado clinico depois d'uma JDinuciosa de«ta fregnezia rev.mo padre Domingo& ra &se fim, fui tran<tportad_a em auto-
eentisse com o tratamento aplicndo neesa auecultaçiio pre'screveu 08 remedios que Borlido, que me nconselhon a publicar maca ao gnbinete do especialista, onde me
co.sa por o snr. Director do Hospital, e aohou coov'eniente, dfaendo a mioha fa. foi feitn a erlracçiio do polipo e a raa-
este milagre. Acedi de boa rontade pnrn
pelo 11nr. Dr. Carlos Alberto da Rocha, milio. que nio esperava obter grande re- qne todoe rooorram a. N098a Senhora de pap;em no 0!l80,
reoorri ao hospitnl de Somide com o mes- 1,ultado devido as graves complico.çoes qne Fatima. Q,1i.nze dins de'poie reproduziu-ee • po-
mo resultado iofeliBmente. a minha doonça apresento.va. Desde eotiio N088a. Senhora do Rosario de Fatima,lipo que foi cortado nOTamPnte, e quei-
Como compreendi quo a sciencia d08 nilo a6 a minha doença me abalava, era rogaj a. Deus por n6s» . mad119 todns ns rllfaes.
bomens era imoompetente para debelar o tambem o sofrimento mor&l. Se a minha Pll88ado um mez, novamente nparereu
men mal, reoorri a NOt1Sa Senhora de Fa- orença na Virgem do Rosario de Fatima Agora a carta do ReY.do P.e Domin- o polipo e C'Onlinunv~ a 11upnrnçio, e NMI ,
*ima, convicto. de que s6 eln me aalvaria. era muita, entio rearudesceu ainda ma.i11, gos .August-0 Gonçalne Borlido: em tanta quantidade que de noite eram
Voz da F,tima 3

neces.s&naB, pelo menos, trés lavagens, e plica, maa tanto nii.o o digo.» Passou o meea da comunhiio seriam 10 horas. Co- F •bre J. u .ttlf6ide
entio o médico espocialista <!eolarou eer ateetado que apresonto, que Ja a1gum.a. mungou imedia.tamente e estando a.illda O Rev. P.e Alberto Gomes, de Tra.va.e-
necessaria urna operaçio radical do eeva- oousa. diz. de joelhoe ca.i sem sentidos. Reoobrou 08 sos (Povoa de Lanhoeo) em carta de 11
aiamento petro-mastoideu, advertilldo, po- O men medico assistente, que me exa- eentidoe depois de, CO.JDO do costume, lhe de Outubro de 1928 diz;
ré;m, que era mna operaç.ìio meliotlroea mÌllou logo apoz o regr8680 de Fatima, e fa.sor aspirar fumo de cigarro m.as mn «A grnça que eu queria publicar p6de
e bastante complicada, m.aa que sem eia que me vin va.rias vezee tlepoi.s, tambem choro convulso nio a deixa levantar-se chaµiar-se u..m.a resaurreiçao porque, na
eu ficax;i.a exposta à meningite que a ooncordou ser muito extraordinar,ia a mi- de onde estava. Desdo 8690 momento a.té verdade, asta.va ja a.bo.ndona.de de tod.oe
JXllllS pequeo.a constipaçii.o poderia pro- nha cura, e 60 o atestado que passe u, e hoje nuoca mais tornQu a perder 08 sen- aquele doente a. quem a Santissima Vir-
yocar. apresento, uio é de todo explicito, n<> tidos nem a. sentir qualquer 1nc6modo gom deu novii vida..
Por exigèodaa de millha famfiia fu.i seu laconismo ja diz mu1to, mas afìança que com isso se relacionaase. Em principiOd de Outuhro do ano paa-
ex&minada por outros clinicos e mesmo que olio fQi o tratamento nem os re;medios Niio seria iato u.ma cura miraculOBa? sado sentia.-me com fébre, e no Porù),
por Mr. Moure, médico frane&, que ten- empregadoe que efEICtuaram a minha cura, Pelo menos foi uma gra.ça concedi.da por rogrossando de Fatima, tomoi a rei,oluQio
do feioo algumas conferéocias no n08Bo e lDèsmO no ateetado indica implioitamen- Nossa. Senhora e corno tal dou conheci- de ir procurar repouso e tratnmento at
Pafs, deu coosultaa nesta cidade, que ;me te que foi a Santi~irna Virgem, em Fa- mento para assiro a tornarem publica, se Povoa de Varzim onde ~tava minha fa..
e:xamillou no seu consultério aonde fui tima., quem Jlle curou. assim o julgare;m conveniente, para maior milio. a llllO do banhos. A11 i;o doolarou a
acompa.nhada do meu médioo assistente, .Até ao presente tenho-me .sentido mui- honra e glor.ia da. Santissima Vixiem. fébre (para.-tifoideu que tomou propor-
e ,deolarou ser absolutamente neces1utria to bem, e niio mais volta.ram nem as do- Ja la voJtou depois (em setembro do çoe!I nssustadoras de modo a exgotar to-
a operaçiio ja preecritu., no que concor- res, nem 01!1 incomodoo do ouvido. µiesmo ano) a agradecer a Santissima Vir- dos os meios de c.-ombate e a. comunicar
claraJll os outros médicos consultados. .Agradeço, po,is, reconhecidamente esta. gem tiio grande beneficio. um deimJenw gora!. Era opiniiio certa em
Entretanto ja em minha ca.so. se iam grande graça. a SantiMima. VirgeJil de Fa- Niio dei pnmeixo esta noticia para que todO!I de que niio liavin mais rooursoe hn-
fazendo algumas noveuaa a N0111m Senho- tima, e que Ela continue a dispensar-me o tempo se encarregasae de comprovar a manos e a minha debilidade natural ani-
ra de Fatima; e oào obstante a graça a Sua bençiio de Mio. oura. radical. Minha mulher ch8J]la-se Ana quilnda por tiio pertinnz infeoçiio bem
iplplorado. niio fCYSSe alcançada, nem por Porto, 10 de Outubro de 1928. Moreixa dos Sant<>e Azeredo e conta 60 convencia. de que mnis um cadaver seria
imo esmorecia a nossa. confiança na San- nnos de ida.de. trofeo da morte. Resip;nnra.m minlia. fa-
tissima Virgem. Aurora da Silva Ta11ares Se V.a. Rev.• entender que esta noticia milia decln.rando-lhe na. tarde tetrica de
Aprmdmando-se a Pasooa, o médico dev:e ser publicada e._ forem neceesarios 8 do Novembro quo eu t~ria pouoaa. ho-
especialista fez pequeoos curativos, e ATESTAOOS ma18 alguns esclaerc1mentos pode V.• rns de vida que dever1a fa.lecer pela
marcou definitivamente o dia 25 de Rvr.• pedi-loe.» moia noite du pouco mni11. Foi, paréoe,
.Abril para a operaçiio radica], para o Eu aba.i:-co Q.3sinado medico-ciruroiao pe- Afecçio cutlinea e 1 que nestas n.lturas quo me!-1. irmiio 1nvo-
que foram notificados o médico assistente la. E scola. M edico-Ciruroica do Porto, di- ulcera no estOmago. I co~ fervorosnm~nt~ o ,:mciho de N0811a
rector do Serviço d' Ato-Rhin-o-la.rvngolo- . Mae do Coo ; mlllha mne cbamou a. pro-
e outro médico que tinha de intervir.
gia do llo$1)1tal de Santo .1!1do1iio da me.~- Das No11tda<les de 20 de novembro · tee<:iio de Nossa Scnhora de Fatima; e
Comecei nova novena para terminar no ma cidade.
dia 13 desse mès, e d,1Tante eia, fiz corno uNao ha freguEll!ia n011to extenao C'on- 1 eu prometi, se me restabolec~e coloc9:r
Atesto sob palavra d'honra que tratci colho da Louzada. que uiio tenba, neste umn. 1ma~em de N._ S.a. de Fatima. _na mi-
naa anteriores, aplicaçiro da iigua de a Ex.ma Snr.a. D. 1!11rora da Silva Tava-
Fattima no ouvido: - o mal porém con- momento oonhecimonto dwna. cura ex- nhn lgreJa paroqu1al; celebrar ah todos
tinuava. r"3 de aftte rnedìa 11-upurada. cronica di- traordin~r1a, que produZiu · a mu11, pro- ~ dias 13 de <'a~a m&. em un!à~ com .f!'i-
rr1ta com. perturbaç6e., do equilibrio, des- funda emoçào neste meio, corno certn.men- hm!l; promoveria U!Jl culto mai~ f011t1Yo
Por esto. ocasi.ao meu pai, tendo lido de 90 de janeiro até f8 de maio em que
no PrimeLro de Janc1rr,, diario desta oi- te o produzira. e:m quaJquer parte onde eqmpara!1do este.s d1ns as pr!me1ras sex-
constatei que o ouvido nao supurava e as chogue a coohecer-se. tns; e, finalmente, fazer pubhcar n. graça
dade,._ a notfoia da cura de uµi doente perturbaçDes do equilibrio hav·am desapa-
·em Jfatima, disse em casa: ,1Lavem a ]>ropositadamente, niio nos temoa refe- do me1;1 r_es~~helccimento. l!'eitoe est.es YO-
recido, o que ainda actU(llmente acontece. rido ao extraordinar io facto, uiio s6 por- tru ~rl.llCIJ?te1 a 11!-elhorar pouco,. mas n_o
Aurora a I•'iitlma e p~a;m la a sua cura E por ser verdade e me ser 1)edido pas-
a Nosaa Senhoia.» que oonhecemOti a se,·eridaòe das pruden- torceu-o dia, segurnte ao do miuor pen-
,o o pre.,ente que assino. tes leis da Igreja mas aindo. tambem p;o e abandono, eu pnde lovnntar-me: por
Mns . o meu e.stado era muito delica,.
do; grandes dores, vomitos, dificil ali- Porto, f!I) de iulho dc 1928 porque nào quori~os fazer juizo pelo urna hora. so.i do leito! Era. um verdadei-
mentaçào, e mal podi a reclinar a. ca.beça; simples notici11rio popular nem sempre ro. cadav~~ a pé, causando horror a pro-
(a) Antonio Teixeira. Lopee Jun.ior or ientndo por uma critica inteligonte. prrn, fam1ha I • •
varias PEbSOOS quizera.m dissuadir-nos des-
.lie intento. Hojr, porem, que, alem de outros tes- (}_ m?n. r('stl\bele<.'1_men~ fo1 moro!,() e
Con,,ultndo o 1nedico assistento, di868 • Lomunbos fidedignos, temos como gar an- pongoo1SS1mo; todav1a hoie,. fa:,; pr~iaa-
ele l\ o.ssa Senhora tudo pode fazer, ma.a Anton,IO Oaetan-0 Fllrreira d~ Oastro, tia o depoimento tao intoligento como menle u'!1 a no, qu? e~1 sen~1, a cnm1oho
que receiava as con'>()(}uencias da demora mcdicu, morado-r no ['(Jrto, rua. da Boa,. critorioso do medico desta vila Sr. Dr. par1i Fatima, 08 pnme1ros smtoJUns de fé-
da operaçao. cista 418: J oaquim Hermano Mondeti de 'Cnrvnlho, bre_; _e ngora que in~essando a 1!li_nwr.
.A.o medico espeoiali~ta. dei a deeculpa Atesto que a Ex.ma Snr.a. D. Aurora vamos relatar singelnmeonte o facto, pois :wt1vida~o . mo posso_ ~ulgar h1:nef1c1a.do
de quo niio me podia. sujeitar ti operaçào da Silva Tavares, moradora nesta cidade, na sua singel&4a, ele diz tudo. pela llf1~f'r1c·~r<!•a D1vrnn 9ue 111nda me
ao dia designado: conti nuamoe as ora- M Laruo do B.o-tn. Sucesso, 84, tninha
Na Casa de Pere1r6, da freguesia de poupou doo rigore" do ,Jmzo Eterno nU
çoee; no dia. 4 de Maio oomecei com mi- cliwte da clinica medtea ha alguns an-01, S Lourenço do Pi na, suburbios deela vi- qu~ melhor. me_ prepare, ,·enho cumµr1_r a.
nlu1s aeis irJDas, todas l!~ilhas de Maria. da t eve em jane,ro deste ano uma auudi- la reside a Sr.• D. Maria Marga.rida ultima ohr1gnç110 do meu ,·oto: pnbhcar
mesmn Pia Untào, nova novena, o esta ~açao da .,ua atite medica 'c-rrmica direi- M~lheiro senhora ricn pOt;Suidora de ex- n grnça tao e, ident~ e notin·el quo N'. $.
para ser foita por cada urna em particu- ta, agudisarllo inio,ada no dia f7 por per- celentos ~ualidades mo'ra1s, caso.da com o dl' Fati.~a nos fez e qne ~la con!pléte
lar, de noite, entre as 12 e as 5 da manhii, turbaçDes do eqailibrio e por 8Upuraçào, Sr. Teixeirn. Lopes, funcionnrio Superior - pf'rnut1ndo-a s6 parn ma1or .-tlor1a. de
e cada uµia a hora a que acordasse, e c-u,ja continuidade foi entretida pela. pre- de Finn.nças no Pctrto. DcnR 111
associamos a. esta novena varias pessoas se,iça dum polipo rein<:idente. Ra doz anos que fflta senhora sofrio. N. A oste nssu nto podPm V. Ex.ciaa
amigas para noe nj11dnrem com aa suBB duma afecçiio cutanea o que lhe havia dar a, reda~·iio que quizerem.
Jù d ~posta a sofrer a operaçao do eava-- produzido 500 tumores. N'o dia 13 tomos aqui procissào <' expo-
oraçòes. s,amento petro.-ma3toideu. aarou ,em es- Conjuntamonte, tinh_a,..lhe sobredndo siçiio nocturna em bonra de N. S. de Fa-
No diu. 12, com minhas irmii& Ernesti- ta operaçli.o como /oi verificado depois da urna ulcera no estomago, robelde a toc1 011 tima, que Ofl fiéis rnuito veneram.
aa e Emitia parti para l!, atima pelo ca- sua pereorinaçllo a I!'at1ma, para onde os tratamentos da sciencia que foram Os mcus medicos dt'>Svelados forn.m 4:
minho de ferro : - em Leiria assistimoe uguiu munida du.m atestado firmado p<>r empregados por distintoe medioos como o sr. Dr. Abilio Garcia. de Ca.rvalho; '8U
a Santa Missa, fizemos a Santa Co~u- 11iim, no dia 10 de maio.
0 Dr. Abel Pachec.-o <' D. Ramnlhiio, do cunhado; o Dr. Adrtnno Mnrtins e o Dr.
nhiio, rooebemoe a bençiio COJD o Santis- Porto, 80 de Jmho de 1928 Porto, Dr. Ma.lheiro e Dr. Hermano, Alfredo Coimbra.
eimo Sacramento, e recebemos tambeJll a desta vilo.. Dooicndo in C. J. C.u
bençiio do Ex.mo e Rov.mo e Rev.mo Snr. (a) .Antonio Caetano l?erreixa de Castro
Acabamos 1111 inst.antes de falar <'om es-
Bispo, muito nosso conhecido e muito te ultimo quo teve est.a expressiio. c1A pe- Abcesso pulmonar
amigo da. casa onde fomos educndas, e en- Ooenças nervosas. Joaqulm Saralva de Carvalho, d11. Po-
la da doente encontrava-se aos altos e
tregapios o atestado do meu medico a&- Pedro Rufino de Azevedo, de Lamego bai."tos como a cortiça.; hoje est& perfeita- voa de Santa Iria, conta assim a. doença
eistente, que comprovava. a minha doença. (rua da O1aria) relala ùSei;m a doença e romente lisa e retomou a oor natural.» e cura de sua mulher.
Chegadas a Fatima, fomos sem perda cura de sua mulher em carta de 14 de .A doente procedeu no auge da doença «Minha mulher trat:ivn.,.se duma doen-
de tempo a Cova. da Iria, e depois da ora- Outubro deste ano: corno tantoo outros a quem sostenta. a Fé, ça. que parecia de pouca importancia.
çào a Santissima Virgom, na fonte, la- «1"ez ontem doia anos que fui a Fati- apelou da impotencia da eciencia. para Co,no, porém 1,0 fosse prolongo.ndo e niio
Yei, e bem, o ouv,ido enfermo: fui sem ma ( Cova da !rial em compa.nhia de mi- 11, misericordia de Quem tudo pode. OO<le!388 ao tratn[IJento seguido, os medi-
custo para a casa onde ia hospednr-me : nha ;mulher com a qual 60 deu um caso Foi a Fatima. O ext.Temoso marido cos llo8istentes prognostioaram. qunlquer
no meemo dia desci mais de umo. vez ao que considero mixaculoso. Na-0 tenho par- concordou contrariado alias com essa ro- coiHa de gravida.de e mandaram que ti-
lugar da apnriçiio e a fonte, onde conti- ticipado este caso, porque niio poeauindo mngem, p~ra nào desgostar a esposa, seJll rasse uma radiografia. Procurou a wn
nuei a lavar o onv,ido: nos diaa 60guin- docum0J1toe medicoe, nào é p<l68ivol apre- esperança nlguma de exito. d0& mn.is distinct.os ra.diol<>iistas da capi-
tes a<:0mpnnhei todos oe actos de piedade: sentar provoa scientifiCM. Ha no entanto Mas ela voltou curn.da. e por urna forma tal e a. reepoctiva radiografia acusou de
- durante os quatro dias que eative;mos testemunhas fidoclignns que, sendo necer.- nitidamente n.asombrosa I. .. facto um abcesao p11lmonar do lado u-
la, ja nito tinha d6ree, ouvia perfeitamen- sario, confir:mariio a veracidade rlo facto. A doente osta radicalmente si, niio con- qucrdo. Era. portanto nOC'esso.rio n doente
te, cessou a supuraçiio e nao voltou o Havia 22 anos que m.inha mulher sofria servando, sequer, vestigios da gravo afec- '*'r hOl!pitn.liHoda para se submeter a uma
aangue: - estava, portanto, curada, como de un.a ocidentes que os JJ1edic011 diziam çào cutanea e outro tanto aucedeu com a. inten·ençiio cirurgica que 08 medicoe oon-
eu o julguei deede o primeiro dia. ser bisterismo. Niio sei se era ou niio. O ulcera. do <'Stomago 1 sideravam indispensavel e urgente.
De regresso a esta cidnde, o que fiz que sei é que continuamente caia repen- Foi o sou Medico Assistente que nos Deu entra.da no hOl!pital de S. JOflé,
1em o menor incomodo, verifiquei tambem tinamente ao cbiio se;m sentidos sondo pre- autorizou a fnv,er publicamente esta afir- e enquanto os clias docorriam para obser-
que o ouvido estava <·ompletamente cica- ciso fazer-lbe aspirar sais ou fumo de ci- maçiio. vaçao e estudo da doente, o meu coraçio
trizado. garro pnra voltar ao sen 86tado normai. Outros lfodicos do Porto teem exami- de marido e de pai dilacerava-se aob a
Dina depois apareci ao medico especia- !sto dava-lhe tiio ropetidas veZ88 que se nado a doente e todos reoonhecern a im- preepectivo. do retJuJta.do de tiio melindn>-
lista, maa nnda lhe disse do que se havia pMSllsse um dia em que lhe niio d8668 potencia. da eciencia pa.ra explicar caso sa operaçiio. A doente, que uma eombria
passado : achou o ouv,ido muito bem: pree- causava admiraçiio e dias ha.via em que tao extraordi nario. apreensiio tortura.va., reanim~ com a
creveu umas lavagens, que eu niio fiz, até Jhe repetiam 6, 8 e 10 vezes, e em qual- Este operou-se no momento da. Comn- lur. vivificante da sua fé, fnz um voto de
que ele declnrou: uque o ouvido estava quer bora estnndo de pé sentada ou, lllee- nhao em Fat.imn e da. bençio dada pelo fervorosa devoçào e pede a Nossa &,nho-
muito bem, e que era um caso muito mo caminhando. Sr. Bispo de Leiria com a Sagrada Hoe- r&. de Fatima quo lhe conceda mc.>lhoraa
extraordina.rio, e muito f6ra do vulgar.u Apesar de ter consulta.do vo.rios medicos tio.. e evite a operoçào.
Expliqu11i-lhe entiio tudo o que se ha- nunca con&eguiu molhor88 nenhumns. .As- E' claro que sujeitamos completamente Continuaram ag observaçòes clin1cas, e
Yia pOBSaèlo: - que desde moiados de pirava ir a Lourdes mas por vo.rios moti- o nosso juizo a competente Autoridado passados quinze dias novo. radiografia in-
Ahril tinht~ deixado de fnzer oa lnvagens voe nunca. cooseguiu reali.ear esta sua a&- EcJesiastica, moa entendemos que se tratn dica o desaparecimento rompleto do o.bces-
que ele prnceituara, - que s6 fi u ra 1150 pira.çiio. Em Outubro de 1926 CO.JDbina-se d11m caso extraordinario e que muito con- so, sem a minima intorvençào da ac-iencia.
da agua de FatJ.ma, e esta frin, - ae aqui um grupo para ir a Fatima. Con- tribuir& pa.ra se firmar e de cada. vez Foi ncaso ou mii agro?
condicçòes em que fui para Fatima, e "idacla a fozer pnrte d0BSe gr11po nreden mn.is espalhnr a. devoçiio a Nosea. Senhora Niio me importo de provocar o riso
tudo o maia qne la Sf' passou. mas apenos por oomprBSer, µianifestando do Rosario de Fatima." snrcnatioo dos incréduloe. Ouça-mc que~

• ••
Ouviu, e guardou silencio reepeitioso. mesmo a sua pou<'a vontnde em i.r ai o quizer, :mns eu considero este facto mn
Ped,i-lhe a bondade do me p11Mar um o d866jo cada vez IJ)aior de ir a Lourdee. autentico mil~re que a minha reconhe-
a\eStado que provnsse estar curMa sem Resolvida a ir a Fatima chegamos a Co- Os bona sentimento~ 1111da. tialent ., e ndo cida e contrita alma, ajoelhada no ohio
aer 1•nr moio naturais ; reepondeu-me : vo. da Iria pelaa 3 horaa da manhi do dia !e tra,na/ormatn em. boa., aceDn. loda.cento deste mundo, a~a.dece a inter-
•im, i~to peloe nteios natura_ie niio &e ex- 13 de Outubro de 1926. Abeiramo-nos da Jonhert YODl,JiiO Divina lu
4 Voz da Fatima

- Seria. Eu la de quando foi nio ,ne


ll'mbre .
Subscr içAo
T a o bela! ..
·Jr(u olbe do que eu me nio 86Queço é
do ){enino. Parec:e que o estou a ver.
( D ezembro de 1927) Bernardetta, sobretudo depoiB àa eaa
Nuinho, ali 11m cima do canoiloe - é onde profissao religiosa, eequivava-68, oomo é
Enviaram dez escudos para o jornal: natural, a tudo que chamas88 para eia
dormem oe clies, pois niio é? Lucia. d'Oliveira Soa,·ee, P .e Domingos
O meu irmazito o Zézinho. .. O senbor a atençlio. Por outro lado, a Superiora
Gomes Laborinbo, Filipe d'Oliveira. Ra.- rGSpeitava, quanto possfvel o profundo
j& o viu? mos, Marià de Jesus Neves, Adelaide Ro-
- Niio, niio Yi, maB niio faz mal... amor de retiro da feliz vidente de Lour-
cha Fa.ria. e Silva., Aninba do Vale dllS.
- Ai se o vi&le ... é tambem gordo m&B
(12$00), .Albina Monteiro da Silva, Joa.- Uro dia veio para a ver a irma du11ta
este da.qui da fita era mais lindo. quina Brit.ee do11 Santos, Manuel Cardoso
- Eu um dia von la ve-lo... Mas ago- d&B religio:sas acompan.hada de uma fi-
Sequeir.,, Deolinda Escudeiro Pinta lha, criança de cerca de Rete anos.
ra continua.
- Pois o meu Zézinho, mesmo no ve- (16$00), Natalia dos Sa ntos, Francisco Com as criança.s entendia-ee Ber nar-
riio, tem uma camieola de là. E aquele Carlos .Alves, Josefa. Carolina. de MatOB detta bem e s6 esta obteve licença. para
Menino osto.va ali assim ... Chaves, Alitia Izilda de Barbeitos da lbe falar.
Isso é que bavia de ter frio I. .. Silva, Maria. de Jesus Pereira, Maria A criança vendo Bernardetta no leite
- E entào? Germana Rolao Amara.I, Maria de Josus da enferm11ria. deteve-se ao entrar da
- Entao ... como o 8e,1bor disse que ele Ribeiro, Ana de Jesu.s Luns., Maria José porta e ergueu as maos corno se estivesee
estava ali por amor da gènte fiquei a Correin, Maria Amalia. da Fonseca, P.e dian.te dum altar ou da imagem dum
goatar muito dele. Joi.o Luiz Lourenço Louçio, Gffl-trudes. santo, recolhida, com os olhos brilhantea
Mas éle assim pequenino nem aabe on- Pinta Serrano, P.e Joiio Dias de Matos de alegria.
de esta., pois nlio P (16$00), Maria de Lourdes Pereira, Ro- Bernardetta chamou-a. e fe-la. aproxi-
- Sabe, sim, porque Ele é Deus, niio sa Campos · Pinta, Inacio Mendes da Cu- mar do leito. Depois, poe-lhe a mao n a
te lembras? nha (30$00>, Liduina Agueda Maobado, cabeça e acariciou-a cnrinhosamente.
-Ah I sim, é verdade. Eu depoie lem- P.e Virginio Lopes Tavaree, Maria Vir- A pequena depois de ter abraçado Ber-
brava.-me. ginia de Souza, P .e Evaristo Carn.eiro nardetta, cruzou de novo os dedoe embe-
bida. ero contemplaçiio e atreveu:.ee a per -

...
E corno o senbor disse que era a. dou- Gouveia, (50$00) P.e Angelo Firmino da
trina. que ll41ele _menino prégou em gran- Silva, Maria da Con.ceiçào Ca.lado, Maria. guntar-lbe:
eMILIA MARTIN$ BAPTISTA
de que a gente vinha aprender aqui, eu Tavares, Laura Feio de Matos, Rosa - Minbn. irmii, a senbora viu a San-
de Eepozende
agora quero ca vir todos OI dia.e. Machado, Maria Joeé Ferna.ndes Neto, tfasima Virgem?

____ __ Ver «VOZ DA rATIMA• de Novtmbro


....;__
-Para que?
- Parn so.ber o que èle quere que eu
faça e para ele goetu de mim corno eu
José da Silva Heleno, Ma.ria Joeé Lou-
reiro Rdrigues (20$00) Maria do Carmo
Piter, Ana Margarida Ferrnz, Rufina
- Vi, sim, menina.
- E Eia era muito linda.?
- Tiio linda, tiio bela, reepondeu Ber·
gosto dele. nardette em voz baixa e com um aoen.bo
Deante do presépio . • • -Ah Julito Ele ja gosta infinitamen-
te de ti. Por ma.is que tu gostee dele nun-
Maria Saventi, Manuel Pedro Pires
(20$00), Adelino Barbos11, da Silva Ma-
cho.do, Odorico Tristiio Rodrigues, Dr.
i ndefinfvél, tio bela, que, qnem a ve
uma vez, s6 sospira por morrer para a
poder ver outr a vezl
ca. cbegas o. pagar-lhe o que ele goeta de J oao do Vale (30$00), Mariana Julia
Naquele dia. ha.via na sacristia da lgre- ti. A criança, conservando oonstantemen-
ja paroquial uma. exibiçào de cinema pa,. Rodrigues Claudio (20$00), Ildefonso Mo- te as miios postas, msse-lhe, depoia dum
- Sério? niz Barreto Corte Real, Ma.rio. Rosalina
ra a poquenada. momento de silenci-o:
-Sério. Rocba, Ma.ria. Alexandrina Fragoso, José
Era a. penultima Quinte,.feira antes do - M inha irma, eu desejava. que a 11e-
- Enti.o e se eu félr muito bo_m muito Algarvio Tavares Onno.rio, Joiio d'Oli-
Natal e 'O paroco queria premiar a &B11i- nhor a rezasae por miro.
bom? veira. Melo, Joaquim Augusto Pereira
tluidade dos seus poquenin08 paroquianOB - Pois sim, minbo. querida menina,
- Fav.es com que Ele goste mais de ti. Borges (20f00), Manuel da Ponte Rebelo,
a catequese que Quintas e Domingoa ti- - .Ah I entào bei-de ser cada vez me-
mas eu também desejava que a meuina
ah& lugo.r na lgreja paroquial. Joao Maria Pimentai, Angelina Gordo rezas.se por miro.
lhor. Ele era tio lindo ... Mimoso, Maria Pelouro Coelho, Rita da E a pequena niio se ia embora.
Naquela tarde coutudo a frequencia Quem me dera estar sempre a. Ye-lo I. ..
era maior. Penba Novo, Teresa J . Alvarrio Cor ren- - Minha irmà, a mama também dese-
-GostavnsP te, Ano. Corre nte Soares, Felipa. daa Do- java que rezlUiSe 'por eia .
Ele bem o rira mas propoeitadamente - Gostava. tanto, tanto .. .
deixara. entrar a.lguns que ali lbe apare- res Beliz, Eugenia do Sacrnmenlll> Climaco - Pois eim, também ora.rei por 'sua
- Um dia no Cén. (20$00) Saturnina Meirelee Barriga ma.mii, respondeu Bernarclette comovida.
ciam pela primeira vez, att-a1dos apenas - .A.i que bom I Mai. como é que Ele se
pelo cbamariz do cinema. (20$00), Miguel Pedro Fialho Pinta E a pequena saiu entào, de màoe er-
cbama. para eu o procu rar la? (20$00), Eduarda :Monteiro Jiopes Ma.s- guidaa e recuando para. ver Bernar det ta
Quem eabe ee aquelas 0018~ que ali iam - Ele 16. Ye-se bem porque Ele é o Rei
ver os nao impressionariam mais do que carenhas, Jacinto Gago da Camara. o maximo tempo possivel.
do Céu. (20$00), Francisco Vargas, Maria do
muitOB dias de doutrina? Sim ... Era me- • Carmo Oliveira Ferna.ndos, Ema de Ma- - -- ----r----
U1or que entraasem. E deixou-oe paesar
depoi11 de, poisando-IhOB a. mao na cabeça, • • galhiies Almeida, Luiza de Bettencourt,,
1hee ter recomendado que viessem a d<>4i- A conversa pnrecia niio mais ter fim. Maria Luz Nunee, Maria da Nav:aré, PeregrinaçaO da Caranguejeira
trina dai por deante. De rapente umo. idei a. a.esalta o prior. Manuel de Barros, Maria de Jeeus Pin-
uSera batisa.do ?u ta Ana Brazil, Mafalda Pinbeiro, Maria
Depois de oito dias òe preparaçiio fei-
• O pequeno nào eabia, corno de doutri- Augnst..'1. d' .A.lmeida, Luiza. Johnston, Ma- ta pelo Rev.do Pa.rooo, r ealieou-se no dia
• • na nada. sabia tambem. ria José de Maga.lbiies Aguiar, Maria da
18 de novembro urna. peregrinaçiio de cer-
En.tre os novos frequentadores do cine- - Bem i.u vens ca todos 08 dias a.gora Piedade Diaa, Jorgina Moraes Silva, ca de 400 pessous desta ft:eguesia ao
ma ba.vin um ja crescidit.o-9 pa.ra 10 sim? Joao Ferreira Caldne, Maria. Fernanòes, Santuario de Nossa Senhora eia Fatima
anoa-. olhar vivo mus doce a revelar - Pois sim, senhor. M8ll para que? Francisco Ferreira Caldas, Dr. Antonio onde bouve Missa cantada pelos peregri-
uma alma boa e urna inteligéncia forte - Para aprendere.s muita doutri~. J. Laranja, Abel Tei:rnira dos Santos, nos, bençiio nos doeutes e os mais actos
a desabrocbar. Mas de olbitOB abertot. - Ah I Esta bem, pronto. Abilio de Carvnll:rt> Justino Alves, Ma- do culto do costume nos diae 13 voltan-
11i.o bavia quadro ou scena que lhe po.s- Um11 leve investigaçiio levou o pa.rooo ria do Carmo Moutfnho, Carminda Souza, do a casa cerca d11s 8 horas da ~oite.
ea.ase, no acertamento da sua euspeita. O J uli- Combn. da Conceiçao Teixeira Julia Go- Todos os peregrinos trazia.m ae µiais
Ffoou preso . .A.ca.bada a sessi.o o Julito to nito era realmente batizado. mes de Mora.es, Augusto Rodrigues, gratas impreseoes nao sendo a menor a
eorreu para junto d9 prior. .Adriano L. dos Santos, André Pere1ra, que e:1..-perimentarom na igreja de Santa
Também éle queria fazer parte da ca.- • Custodia. Miranda Canedo, Vir ginia. San- Catarina da. Serra, onde a ida o Rev.de
tequeee, tambem èle quer1a pertencer a- j * • tos, Paulino d'A. Laranjeira Junior, Prior desta freguesia, P.e Joaquim Fer-
1uele grupo de creancitM que andaYam Naquela ,emana que medeia.va. entre Joaquim Antonio Gomoa, Maria Gomee reira Gonçalves clas Neves, recebeu os pe-
a ap,encler a doutrina. eeta scena e o dia de Notal foi uma aza,. da. Sih•a, Maria. Moutinbo, Ana de Jeaus regrinos com todo o cadnbo, deu-lhes a
O prior recebeu-o de braçoe abertos. fama. Fidalgo, Custodia Clorinda Fidalgo, Ar· bençiio do Santissi mo e fez urna sentida
Era mais um cordeirinbo que o Pastor Aquela alminha tndo recebia tudo fi- rninda Alves, Maria de Jeens Teixeira, pratica. que fez corre-r !18 lo.grimae o. bas-
Jlla.e enYiava ... xava corno a. terra reeseqnida e' arida re-' Domingoe Dia.a de Matoe, Joiio Batista. tontes peregrino$.
Da.Ya por be11t empregado o trabalho cebe as a.guM da chuva. Car~eiro, J01,é Lourenço dos Santos, Al-
•aquele dia. E no fim da eemana o prior tinba. a bert1na <le Jesus Fidalgo, Dom1ngos Bar· -----1••0--:-----
J. semente começa.Ta a ierminar ... consolaçiio de verificar que o Julito podia roso, Luciano Baptista Carneiro, M:rnuel
ser batizo.do oomo realmente foi na Vigi- Duarte, M11tilde Esteves Pires, Ilda Es- Esmo)as obtidas em diversas
• lia de Nata!. teves, P.o Antonio Correia. Ferreira da ig reJas qua ndo da di stribui•
• • No dia seguinte, vestido de branco, com Mota (20$00), Adelaide .Amelia Barroso
llaa curioso d08 misteriosot1 caminbos a alma candida, também o Julito celebra. Tierno, Maria José Fialbo, Izilda do ,~ao d__:1 «voz DA ~ ATIMA >
por que a araça suaromente Yai levando va o Nat:tl dando no eeu coraçiozinho Ca.rmo Leitiio Felicidadc Maria de Jeeus Esmolo.s obtidas na. lgreja de S. Tiago
M almll3, senta.odo-o junto de si di.Jl.làe: urna poisada bem mais comoda, mais (20$00), Virginia Sanb'Ana Carvalbo e de Cezimbra, pela Snr.• D. Gertrudee de
- Olha ca, Julito de que gostaete tu quente que o Presépio aquele Menino de Silva, P.e Antonio Alvee Pereira, Joeé Carmo Pinto, nos mezes de Outubro e N o-
.111ais? ' quem ele tanto gostavo e qne ia simboli- Fernandes Euzebio da Silva., Maria da -vomb1·0 de 1928 - 57$50
- Oh, senhor, eu goetei de tudo. ca.mente nascer e eucaristica.mente ha.bi- Lnz de Carvnlho Mesquita (20,00), Ad&-
- Sim, mu bu-de tor goetado mais ta.r naquela almita a desabroohar. laide Augusta RodrigneM Cruz, Maria a o o,Bc o•
de all('1 ma coisa em particuJar. Dia feliz porquanto o. vida do Julit-0 foi Francisca Ma.chn<lo Maria Cabreira Ro-
- Eu nao sei bem ...
- Entao que é que te fez µiais impres-
nm continuo dia de Natal podendo ele cha, Marin Emilia' da Cnnba, Cordalina
repetir continuamente e repetindo-o de Pires, Ano. Rosa Pires Moreira, Maria do A MELHOR LUZ
___________
ti.e? facto com o seu porte: uAhl Entllo hei4e Sacramento Piree Moreira, J06é Maria
- Ah I.., Vamoe t. Yer se adivinba ... aer cada 11ez melhof'/n Martina Pinheiro, Idalina R. Pouzada, Quando um conferenci,;ta catolico fala·
- Nao, niio adivinho. }'oi talvoz aque- , Joao dos Santos, Hnmberto Marinho P. va da sciencio. da sa.lvaçiio, a primeira
la fita dos gatOB? Ma.ciel, Dr. Torquato Serra (50$00). de todas, aquela que nos diz donde vi-
- Nao senhor. mos, para onde vamos, qua.es siio os n011·
- Aquela do homem a comer o rato P De jornail,: J060fa de Jesus, 13$15; sos deveres, etc., um grosseiro 1>ersona-
-Qua.IP Voz da Fatima Guilhennina Cbaves, 116$00; Ma.r ia dae
Doros Tavo.res de Souzn 72$00; Joao Ro-
gem tev" o atrevimento de o i::t.errom·
per, exclam11:::::!-,:
- J!'oi aquela do Menino P Oespé sa
- Ai, senbor, daquela ~oetei muito. drigues Uoelbo Reie, 50$00; Ma.ria doe - O inventar do ga.z e da luz eléotrica
N"'ao me importava de a estar sempre Traneporte 128. 790$17 .Anjos de Matoe, 185$00; Brites A lves fez mais pa.ra ilumina::- ~ ruunoo do que
a ver. Papel, compos1ça.o e impres- Andorinha, 1051$/JC: Oust6dio Ferreira de tc,dos oe oonferec.~:sta.s tlo 1Jlundo.
Aquelee homens a ..-ir a. ca..-alo nuns sa.o do n, 0 74 (49.500 exan:- Aime1c!a, ~$00; Cecilia Medina e Maria - Esta bem, respondeu tranquilamente
ltichoe muito feios ..• piares) .... ... ........... . 3.23iféC da. Luz Gomee, 608$55; P .o Zosé R odr i- o orador, t;:,:11,Jo o eenhor eetiver a mor-
- Os camelos? ... Sélo~, embalagem, transpor- gnes doe Sant.08, lwiuù; Ida de Barros rer mande cbamar o elec:trio:stn. 1., nassa
- Niio eei. Depois os pastoreii com os tes, graYurae, e c-ctrae des- Lin::i, !:3~:J; P.e M. Rodriguee ae Car - bora uro pouco sombria tera quanta lu11
eordeirinhoe para. o !!,inino. pezae .................. .. . 926$26 Vlllho, 1so,oo;
Igreja. de s.
Sebastiao da quiv,er.
Todos se puzeram a rir e o int.erruptor
- Eet.M engan.ado. Nio foi «depoia,, I'c:!:-eira, 30$60.
foi «anteeu. ::.~2.lloait.:3 embat ucou .
' .A.:n.o -VXJ: Leiria., 1 3 de J a.:nei r o d e 1 9 29 N.• 76

(QQJ\,I AP ROVAC.A O B O L B 81 A.STI C .A.)


C1rt11ti,r, Prapri1tar1n , Editar: - Dr. Manuel Marqaes dos S anto& fj Adrwiniat11d1r: - - Padre Manuel Pereira da Siloa
Composto t imo,tsso na Unift.o G r afic a, Rua da Santa Marta, 150-152 - L lsboa. Redacçù e Admlnlst,açllo: Sem inér i o de L elr i a .

,
C R () NI CA DE FATIMA
Fat ima. vestfbulo o mimem ùe ll&l't'~rinos 4ue se enoontra- ral'O dc l'lll suu subslitutçiio c hupar umo dos 8:rntos, pro~trnda em frente ,;a Irua-
n11n 1111 ('(), u cln 1riu tinha aumentado laranja. C,011stantemnte deitadn num col- gern eia V1rgt•m. i.np!:ca 1·0111 len·or '" 11u&
do P arais o c·onsider:ivt>lmt» te. chiio, ,10 pé dn lareira dn sun tn!Y..!esta ~:::·.. u 1nstantnnonm1mt1• o;i i,eus nHiles
. Entretant-O apon't!8 no Posto o re,·. habittt('ilo, ali pu%:1rn os d1all e 11s noi- , de,:nparf'(!em corno que por encanto.
I
Fatima.! Ooce l' llla1·u, ilh080 • eillUDho 1\lanuel dt' 'Oilzi1, rE>1tor do nntua.rio. te.~, &t(uarnantlo re111gnadnmente que a Exultundo cle ulegrin, ma, se1e11a e
do <'~u ! Tc•rra "'1gruda e bl'md,ta, ~nde I· que anun(.'I.:., t~r-,.,e , clntlo m1,111entos ant~s morte \'Ì(''-1,1• por termo aos seus sofri- trnoquil:i I" rcorrc poi· M:>11 pé e cum a
1noessante111onto !,Oprw ~ma forte raiada um11 ,-11 :-<1 \l:ott1·.aord1mfr111. Algum, instan- mento._~ e a levus!.8 pura o C'éu. mn ior fot•iluladl• u Com da Jna c•a to-
d,• 8')bre~:!tural, t• 1M' vo, t'Omo em _Lo1;1r- .es mai,. t:,rdt•, 110 'Pooto ,lr ,oformnçòe,s ..\ ' s1111 r<>giiio, t-ituadn no norte do dab a~ dirN·c;ùl!ti o fala c·omo ,e n1111ca ti-
dt>s, o mtlav;rt' no esta~ 7 lii 1>~rm.anenc.ta ! 1 e de cJi-,tribuiçfw da «Vo1>. da Fatitfu\n llUil! e> junto dn niiit de Esp1mh11, e por ,·c,,H• sido rnudn.
~ln.1,. um 11110, o deumo, aoc,,:::·"'u ,de- I 113 ,v,- . mna ,.oe,co ~,~r<lodeirumente im- is1,o tiio du.tante do serra tle A.tre, mal Tendo-~ apn·:,entndo mni~ tnnlo no
. •' . - d V . ' ,e
pois ua!l "pn riço<'K 11 .suguhLu 1rgem <i" I ;- 'IN,ionnnr.e. 1·mu nipnriga tlo pov.a.. tinlm l'l1egndo ,ii ndn o eco dai, grandes Po,to da;; nrif1caçèics médtcns pernr,te o
Rosari~ 1. do, n,.tupc,n~~ leuomeno,, _.aa- 1 ,.,., 01111 ,,. 11 lrnda p1,1lo poi e ladouda ò ,• nu- mnn1fl'»tn~·i>e:; 1vltgiollus do Fatima o das clire<:tor, quc coustutn o ~eu ei.tnll,> rnas
tronomu:os e 111,>t~rolog1co.., que v,1,1na- u.tero..os J>< r(•grint)o., 11011 tu a hi!lloria <ut c·urits t•xtn1onh1111r1ns ali operadas por -;e nhstt>m tic ~C' pronund ..r àcè1Ta Jele,
I
larnm_ um lo<·,11 arido, u dcot>rto _da ..e,,~.a s .uo1 .!:><!n•;-:i ~ ,fo ".lii "'~:·11, ·;2:-::i~,"!a iotorcx·ssiio cm nugustn Mii.e (le ùou~. pot• ra:tn <IO at.e.~tlld<lil méctiCOtl, experi-
cle Au:< , 11 l''.'l>ulu1 C~v_a ~u i rta, ool.lllJ umn !Jora ,wt.<..., j1.1n1A, tlu Inrngem da M:,ia cln, c·liern cle coofionça no poder e nw ntn nma p:ran<lt, 11ect>~,1dnde d" co-
o,tan cti,. q111•r1du l' pr1v,_lc~1ada . ,d? . Céu. Virgc,m do HOtili n 11 11,.. rnpehnhn come- na bondade du S:intfssima Yirgem, im- rner e i11~,•r,• "''•Il u111 apetite devorador
I
• ~~S!!e lonp;o ~-1do da_ d1vm11 h1st<;>r1a ck• morati, a dllk upur.içòO:s. t n:imll-!i(' Mar ia ploni lotios os dias a 11ua protecçii.o mn- uma dufrt"'" dt• 1·ufé c·om leìte e tun bo-
.I! atunn., u gloriosu R1unlta dos A nJO'I uiw J do.~ Santo,;, t.Mu 11,, 1111.~eL, ,1110~ ,!... iòu.de, Ull'llll l e• :1c:alentl:l C'ndn voz moil! vivn a t ndo :le pùo qu i• entrelanto )bo tinbam
se Cli n,;uu ,d(• !nzlc_'.r d.t>~('01' todu a ..orte é 1111 tur,1) de Lagu1:e!hm,, -uoncelho di' Vi- doce ospernn('a de obter a curo dos se•·· ttaziùo.
do gr11ç1•., " licnçao,- ~lit·e a ohna fuo- ì uhuit (Tr118. 0 ,,.:\fontc,) o ,• filhn de Vi- mal..,s. O pai, feli11 e c:onteote pela grnç:, re-
dl\meotal1:.onte cr1stà do 00:,50 PortugaL <:ente Fl'TJ'Olr.1 Fen11Lndos , •1 Murw Lidia. Por meio de btnais mnn1fe11to à fami- C'ebida, declnrn (jUe ne~~a tor,lc, do re-
Como Il 1>equ,•na liolt1 d1-1 neve, que i.t• I .\ iliu•ceu hri ,-i-a·,~ do cin..o a uos e nun- li,1 u dl"òOjo <h.i 1r <'ID pe rep;rinn('iio à grt•sso tl l,eiriu e:,;:pedira nm no,·o tele-
forma u.i,. cumeada dOti Alpe,s, engrossa. •l'U 111 ,11 ., ,·,Hht•gu1u 1·N·111,Mrm· a suude, Lourdei. portugueHu. Os pais, 1:;em n'cur- g r:11nn por:t ~ua e11pò>1a anunc·iando a
• cacla Tez ·111ajs rolamlo de ravina em ra.- l 1•ura cln filhA, e nallt'gurn que o pOHJ de
,·ina, de ,..,rt-ento em 'l"ertentt> até s,• con- quor!'nt.n ald,•iaij vi,1inhas cln ,ma ncorrer:i
Yerter llll u1olt> gigunw,;c:1 rluma av11.- <'m mns.<1a ì, odo do l·ont-elho pu rn :,guar-
.auche, n~..un :1 dtwoçiio ì1 mi..teriosa S<'- dar u ~na c•he~ndu e admirar o \!rande
nhorn A11ar~1da loi cre,,<eodo e p1·opa- prodigio que :,Jo,~a Sl'nhorn de F :itima lòO
J,za ndo-,,u l">U\;tl ,.. polll'O por i.oda a par-I ,lignou fazer.
;e com o \'oln,r Ilo.~ 1has, mc..e,i e anos. ·-i
,.a ponto de .o nmir uo.. tlltnno,i tempos
::1~ proporçò(lS n,i.wmhroslUI, 1oauditas,
As comemoraç oes
un:cu, du 111us ,·olo,~al maoifc,-tiiçiio de religiosa s
[?é e piedn,li> do mundo inle1ro. ('Clipi.an-
,do sob mu1to!; pontos de v1:;ta a propria X umern,os ,nt't•rJolt>~ dn cltol'ébì' de
Lourd(>H, a d1\"in11 1·1<l11de dtt lmuculadu. l.,•il'ia, por solil'itn('ÌlO Jo vener11ndo Pre-
Bdu, t·nmo,·ent,• e enc·ontadora devo-1 lado, pnrlirum no tlia treze dt• m aohii
çiio, ,que suu,·e e irre,1stivelmente empol- cedo pnru l•'nti rnn, ,tfim de c:011ie~~n1·em
~a e c:ntÌl·a a,, .. lm1u piadosa~ l' punu1, todos os perep:r1 nos que qu1v..e11,,em rec·or-
fascina e aforvora IIM t{bias e indtfcren- I rer no su11rodo tribuno! da P(•mtenci;1 e
tes, Sllt'Orle, uvin•nt.u e resuscita as que que o niio t.ives....•m podido fazer nus ~uas
o pooado f'stiolou forindo-as de morte, e te1Tnb, pu1·u ,e api-oximarem dn mesa
tantna ,·ezo., g:il,,,:,.nizo, coo-.u1sta e eucnru,ti,·a <·om u c:011sc1éncia dend:11uen-
tran!iformn e>m a 1,obtolot1 oq uell\8 que a le 1>uril waJu du~ 1,uns faltas.
deecren('.a o a uupic1lade baviarn tornado Jt;ntn• os su<;erdot&s mo i~ a,biduo, no
intraneigeott.•ml'nte ho,;t;[s ! E :sobre t,udo exercic·10 <lo munus de c:011f1:1Ssor no,. d1n
iiSO, corno ontrora n& Pal~tina , duran- treze 1111 ('Ma rin Jt-ia mere1;e esµPcial
te Il ddn publi<;a do Redentor, O!I cegM referéncia o nv. Map;nlhàes, dirt'<:lor ~-
-,eem, oi, ... urtlo,i ou'f'em, os mudos falnm, 1>iritual do Semi 11:irio de Le1rin . }fodelo
os paralit.i<'O'I 1ooobram o movimento e tle ministro-! cln ,\lli,.,.mio t·bo10 de zélo
a acçiio e oO'i pobre.~ e hutnJide.s sào e,.-an- peln glorin de Deu11 e i,1•fu sulvnçii.e daa
geli11ndo.<;. UM ORUPO D E S E AVIT .AS nlrnns, nqu1>le ilu,itre ornamento do clero
Bemdita, mii veze,, bcmdita, o aug1.1s- (Outubro de 1927) portugués ocupu 1·om,tantemente o ooo-
ta. Padroeira de Portugal, que, pura sal- , I/raz : - Dr, P,.reiro OMS, diredar do Posto Mldlco, Dr. Oobrld Rlbdro, fessionario e 8Xl' rt·e o seu sagrado m io is-
Dr. A. Dinl: da Pan.suo e D r . Mendes
vaçi\o de tod<lfl n6s, se d1gnou fnzer de tério dur1111te hora11 con11e<:utivas. A obra
Flitimu, <:om·ertida em Yestibulo do C,éu. • _ . de No!!su S1 nhora de .I<'ati1na deve a e..se
,1m novo trono dn suo gl6rfo.. um novo u-pt>~ftr .dt.• . h•r sido trntad,a por do1s di!J- 1 SOS l'_ll ra umu~ viagtm tii.o longa e tao du,- d ignisaimu 11:i,·erdoto rehwnnt~ ~ervtQ()'I ,
foco do seu mat4'rnal amor o um novo tintos mé<l11•os, um de Vinha1s e o oati·o pend10,,n 1 op~m-66 fo_rmalmente, bem a que eia d('Cerk> pagara l:Om largueza li
JllADandnl dn, lillUll bençios, das suas dn cidnde do Porto.
gmças e d:1s au.tt1 inexgotliveis misori-
..e11 p81ial', a esse _pro, ecto. ~as a _pobre
..\.p6s uru longo o r ijlOl'OHO j rntamento, enferm._a nem por 1~so _renuncia a por. em
quo rc,sult.ou compl0t1m1ente inut1!, 11 exocnçao a s u a 1d_e1n. Pe880tl8 aIWgaa
I munificencia.
Ao meio din i;olur, depoìb da procis,,ào,
relebr:i-so a mi!ltla dos doontes, cla-iw-lbes
c6rdias I
~cienciu humn1111 declaro?·:~ i..Dcur.ivel. abrem u_m n ~ubscr~ç1_1,o em ~aguelhos e em seguidn n. hençào e i>or ultimo O reY.
Muda e paralftica Fez em tri ze_ de .J nnho ultimo uro ano n~ aldei~ c11~unvis1nl1as e_ 1untam-se ~ Gala.mbn, pr ofessor 00 Seminario de L ei-
que sua mae, g1·a~rt'mente doente co,n mel.08 !18C<"-sa1·1011 para ,\ nagem do pa1 ria, 8000 80 pulpitic.> 0 preg,t um substan-
Oi11. treze de Dezembro. Siio oito ho- u~a. pneuu1on~ , fo1 ih•l>8nganada pelos \ e da f1l_h n. . . . cioso sermào. Reahza.do de novo o corte-
ras da manhii. Ne..qie momento u Cova da méchcos, tendo raceb1do p1~os11mcnle to- . No d1~ onze de De!tt>mbro 1n1c11~.-se a jo afim de reconduzir a Imagem de ~oi,-
[rio. esta quasi deserta. Apenas um ou d06 08 .sacrnmentos. da [greJa corno pre- pie~08o. comag~m, cnr_regando o pa1 com ~a S('nhora do Rosario para a cnpela du
outro peregrino oircula no recinto daa paraçiio \)1\r~ u vrngf'tn dà etern1dade. I n hl~o. que n_ao P_Odta ~uer mover-~. apariçoes, os peregrino~ começam a dw-
npariçoes ou nOb terreno.s adja.centes, ~e<lSe tlin a filha, afhta com a perspect1- No dia dO?.e I\ no1te ap<·taru-se em Lei- persar-se e a breVl' trecho reioa ontra
al{Uar danclo nnciosamonte a oelebraçiio da ya. de ~or em breH odi_ de màe, peorn ria e do la e.:c~dem um tcleg~ama para vez um ailencio quliai li('pulcral naquela
pri.rn&ira mina. ,meo.'-ò, 1>1•1 "" o r,!lu e f•:•l do _todo p~- n uirra, oomomcnodo a notforn do sua. ('stancin bemditn -.obre a qual B<•m !'eil.~ar
No Po.o;to dns Yer1ficoçoes médicas o ralft1c~ . A ..u,i uhmeo~uo eetn reduz1- 1 c:hegndn
dr . Pereira Gens prepara-se para p~i- da U 11ll~ l"'qlll' UO ~neo de pùo de tri,o, Na madrop;ndn do . d!a. tre1.c Sl'gnem
dir a.os trabnlb011 de obeenaçìlo e 1na- qne eln 1ngere de v111te e qootro em vm- paro o locai dns apo r 1çoe.s e, lo~o ap6s
I ~:s v\.::m
d ..
b;;.·
<;
·~a
fl
"'
rii 39 de Deus t' as
(t sintis~imn.

criqi• dOll doent&11, Meia hora depoi11, jé te 1t quatro horns, t·o11tenta11do-s,l! niio a chegnda, cern11 dn'I oito horns, .Mo r ia r,~r,mrlr <f,. Jlr, 11 ftfn
2 VOI ... Fitima

, de concurso quo, em 1.t.ome~agem à ver- muitoe outros, às centenaa dura.nt.e anoe


dade deve dizer-se, resultou so porcial-
As CLJRAS DE 'FATIMA, mente o temporària.mente vantajoeo co-
rno, alias, acont.eceu sempre com os tra-
tamentos O!,pecialisados: todos os recursos
seguidosl I
N ~ mais um filho, em meio de tnn-
to ~fr1mento, um pouco mais robusto &-
te filho do que sua. primeira irmisinha,
---------:---- scientificos ficnram, nestes transes, muito
àquem do que eu e, certamente, os meus
faz..se a a.mamentaça.o materna impoe~
pela vontade de D. Margarida e f&Z-ile du-
ilustres colegas desejavamos. ran~ longoa 20 me7AIS, sem um.a espinha
Um eczema. que Nossa Senhora podia dar a cura. a. Nestas c.•(>'ndiçòes, o volv1dos largoe anoa
miuba filhinha. !lo pimp6lh.o, que era. u.m encanto de pu-
Maria Fernandes Caramonete, de Ilha- de mu.ltiplos tratamentos, contra.fu D. Jan~ nutri~ à custa. dum organiamo
Cheguei a ca.sa., mas sem fazer ideia de Margar,tda o seu casamento com o Ex.mo
vo. intorma: a minha manina estar ourada.. Algumas che10 de 8()fr1mento e de alimen+nn-<- cli
Snr. José Tei.xeira Lopes; a breve trecho, ficilima. ....,_, -
«C:heio. de confiança peço a V. Rev. pa.- pessoas que dias antea a tinbam visto ain- confirmado.~ ns esperanças de descenden-
ra fazer publico na. Voz da Fatima, uma. da com bastantes fer1da;;, disseram: «A cia, desenham-ile novos sombrios horison- . Decorrem 08 anos e niio hé. forma. de
cura que é ao mesmo tempo uma grande manina esta boa, o que foi que a. earou Pu tes que obriga.m a recorrer, agora, à me- li vrar a P<!bre doente dn prnga do,s alx:é:.-
S6 entào vi que minha meuiDa eetava !>US; 0111prego q unntoti mi,ios ,·ejo i nd1ca-
gr~a rotebida de Nossa Senbora. do Ro- dicina espec1alisnda em sofrimentos pul-
sario de Fatima, em 13 de Outubro pae- curada. monare:.: corno tuberculosa avançada é ti- d~ em revistae scientificas, maa tudo em
Groças a Nossa Senhora do Rosario da va.o! ·
i,,ado. da llelo colega Dr. Pini.o Le.ite que a. exa-
Yinha. filbinhà Conceiçào, de 4 anos de Fatima por tào gra.nde milagre. mina aos Ra.ios X, mostrando à vista da Toma. co~ecimento d&tes factoe o Dr.
idade, tendo ero Janeiro de 1P28 duns der- Minha filhinha nunoa maia teve feri- pr6pria miie de D. Margaridn numeroeas José Malhetro, aqui sub-delegado de sa.u-
matozes, uma ,·a.ricosa, outra sarampoea, <las. •rem sido chamada a dh,ereas casaa cavernas; nesta orientnçii.o é encaminhada. de e médico municipa.l que a.oe meus em-
e rendo recolhido uo corpo toda a. varfola parn ver,i ficarem o coso e toda a gente a doente para o exame do Dr. Ramalho baraçoe, junta, a.penu, oi: 110us embara-
afirma s1'r um grande milagre. ços.
depo1-. de saida,. nunca mais sarou. Se se- que, confirmando o diagn6stico feito aos
c:n·nm 11mas rebentavum outras. Exclamemo8, pois, c,heios cl~ t'é e entu- Rnios X o ·medica de conformdade e, à Tra.ta doe mesmoe inc6modos e em di-
:\Iinha filhinha foi vista pelo médico, sia.smo, cheioe de grande oonfia.nça: Viva vista. do agravamento sempre crescente do ferentee ocasioes o Dr. Camp:is Montei-
qui.' llu, tez dh·ersos tratamentos. Nossa Senhora do Rosario da Fatima, que mal, lhe aconselha uma estada. no Cara- ro que, em S. Ma.mede de Infesta é médi-
é a Ela. eiue devo a cura de minha f11hi· mulo o opina. pela interl"llçiio indispensa- l·o. de D. M1irgnr1cla : ohf.i1>n a-a lambém
nha. vel da gravidez. ah o Dr. Godinho de Faria e todos abso-
Rainha do Saotis;;imo Rosario, roga i :-.,i.o b'-' utilizou O. Mnrguridu. destas in- lutamente todoe, empregam a melh~r boa
por n6s. Saude dos enfermos, Consoladora dic:açf>es e, t·om relat1,·:1 folicidade, embo- vontade _de curar a doente, mas, infeli&-
d0,,; oflito<,, rogai por n6s.ii ra com muito sofrimento, consegne beijar a mente, ficam-ae por af.
primeiro. filha que viu crescer e vingar, Ma.ndei fa.zer analise do pus, colhido em
muito acariuhada de pessoas ami11;as, a.pe- um dos tumores, no laborat6rio do Dr.
A bcesso11 exteriore11. Alberto de Aguiar· e, mais tarde, u:ma. ou-
sar clo ,eu infimo peso de 900 e tal grn-
mas 1 tra a.nalise no labora,t6rio do Dr: Perei-
Lcnm1d11 . 20-XII-1928 ra Salgado.
Foi, j~ificadamente, vedado a D.
JJescle o dia. 13 de Outubro do corren- hiargal'idn, fazer :\ amaml'ntuçào materna, IX' hurmonia t·om O'< re.,uhudos obtìdo~
te ano nté hoje - 68 dins - é decorrido pelo estado aba.tidissimo e suspeito do seu foram feita.s repetidaa aplioaçoes séro-t.2
um lapi,o de tempo, bastante para qu<.> eu organismo. rapicas por meio de preparados extran-
continue a manter-me em silencio, de1- Nao se ha.viam recupera.do ainda. as a.1- jeiros, aplicaçoes esta.s que resultaram de
xando que, apenns algum, impactentes q.uebrada.s féìrças ,q uando, poucos mezee I todo inuteis.
jornalistns se U-nh;m rcferido ao caso,
verdadeirnmente extraordinnrio, dtt cura
I ap6s o nascimento da sua filhinha é, tiio
mortificarla creatura, nssaltada por um
.,Tc'?t('i aindu levar a t·1ibo urna expe-
r1 enc·10 auto-ser0-terap1c11 recorrendo a
milagro~a du Ex.ma Anr.• D. Marin }fnr- novo sofrimento: aparec~lhe um volumo- 1·om1>ro,·acln competencia do Dr. Carlos
i..o aht'é,.,o nn. c:òsn e,,q ue r<la pr6simo do Ramalhào que, por duas ve:r.es, viu a do-
garida Tcixeira Lopes, da. C'nsa de P1•rei-1 joelho; tratado corno é de uso fazer-ile a
r6, deste C'ODCl !ho de Lou,;uda. ente no S<'U consultorio; òrcu nRtancias de
tumores desta. natureza, lancetando-o am- momento, porque as c·oleçoes purulentas
De,·o quebrn1· o silencio em que tenho
piamente e desinfectando com cuida.do, 81D e;.ta~am uindn em vin de form~ào, con-
permanecido, tanto mui11 que a verdit<le, breve se viu cicatrizado, siio.
ii~voluntàriamente por certo, nem ,elllprc. trar!aram os mous d<'8ej<Jll e 0,<; ,·ali()!;O!!
Mas, depois deste apareoem, e sao tra..- se_n•1ç<>::' daquele professor, por forma que
nflorou di!' I.odo, nas correspondenc1a1; que tados de igual forma, outros e outroe,
tenhu lido: estas despre1R1wiosas linhns ~ao fo1 possh·el fazer mais e~ta prova do
sen·irao, pois, de rectifit•nçiio àquelei, J Of\· mcompeténcia da medici.on.
tos que, indubità,·elmente dela nC<'OSsi- Depois, hti 3 para 4 anos, foi a doente

·Mcnlna - concelclo Pernande1•Caramonete,


tam. '
Ha mnitos nnos que tenho sido, em vn-
I ìt :on.suita do Dr . .A bel Pac·heco que, d(\
ncordo c•om o Dr. Lopes ,Junio1·, se pro-
de qualro anos, curada em 13 d e Outubro de 1928, riad:fssima!I ocorrencia.~, um dos aSRisi.<'n- poz <'~tr:t,-lu dos seus sofrimentos gastro-
em F4tlma
tes médic·os mais assiduo:; desta senhora; mtesbno1s e, rom toda n. /acilidade livrn-
fui eu CJU<'m, numa o.nuénc·in de dedicn- )a dos nbc·éssos, pondo em 11cçio ,;~ su,1s
l)rscoborto o eczema, minha filhinha en- çiio e r&..pei to pela 1,ua f<>rvorosa crença, 1rurtnlnç<>E>, dE' Raio, ultr11-v1oletas e
trou em no,•o tratamento, passou a levar Rnios infra-,·ermelhos.
com minha fnmilia, lhe liz companh.ta à
nmn ,-érl.8 dc banhos de luz (ultra viole- C-0,·a da Tria, a F'atimn, esgotados um Confesso que l'olguei (•om a noYa, que D.
~a , e infra. vermelha) de nada valendo. sem m1mero do recursos que a arte m6di- Margaricla me comunicou de S. Mame<le
Depois muitos outr08 medicamentos, <:>t nos fnrulta, mns que, todos eles, se de Infesta, de que em breve estario. livre
muitos remédios, tudo sem tirar resultndo mostrnmm inuteh,, incapazes de livrur a clC>b aboosiros; folguei e animeia-a a quc,
a1gum. pobre doenw dum sofrimeuto torturante, 1 pnra. tào clesejndo fim, procurasse niio i;e
Di~-;e o médico que tal lloença. era lei- arraf;tado ju de ha cèrca do 8 :rnos ! 1 d()l,.-iar um apfre das indicnçòes que lho
mosa. que sendo na pele, hav,a de c11,itar C'abc-mE>, por isso, n honrn e a obrigu- dossem 08 mous dois ilu.~trf'8 colegns.
a 1;ail'. çiio me,1mo de sobre o c·aso algumu coisa Durou rérca de um mez e meio este tra-
Vendo eu que minha manina niio sara- dizer; é o qua venho fazer hoje, MeJn in- tumento e os fnctos demonstraram quanto
va, recorri a N088ll Senhor11 do Ro~1irio t.uitos do discussiio o, tao 116mente, no pro- é certo ser o érro pr61>rio do hom.em: os
da 1''atima e di886 à minha ft.lhinha: • P&- p66ito de narrar factos, de todo verdadei- tumores rontinuaram a multiplicar-se in-
de, minha filha a NOSBa S,mhora quu te ros, dos quais ca.da um tirarli ns il3<'oes sistente6 e impertinentes durante &se... 45
cure. pede muito, minb11, filha., que és p&- que mai!! se coadunem com os seus conhe- dia.. e O('Ornpanh:.iram n cloente, de ~111-
queninn .» Minha manina, entiio, arguendo cimento.i ou com ai; 1,uns c•rençns. da, numa f\Btada em C'aldela.e;;, donde o Yi
as miiosinhas dizia.: ctOh I minha Miie do Fugindo, quanto possfvel, do terminolo- chegar à 11ua. casa. de Pereir6, verdade1rn-
Ceu, snrai-me. N068a. Senhora do Rotiitrio, gia médica, vieto que é, sobretudo, parn mente Ìls porti.1s da morte, r.mu nlrios
curo.i-me. u le igos nOflso matério., que eu escrevo, o l\boossON nns c•òxn11 e brnç06 e ainda mo.i11
A todos os momentos pedia. a cura 11, :-i. porque niio siio destin11dns 86tas linhns o O no ,·entre, ponto e1n quo jomais os ha-
Senhora: mus Nossa Senhora. niio qulZ que jornais RCientifa:o;;, tlirei dos factos em \'Ìa tido I
aosim fob80. Nossa Senhora quiz que Il('
oontMse mnia uma. grande graça. Entl.o
termos °' mais singelos, 08 mais s1mplC8 Desiludido com mais éste insuce.so coo-
que st'l' possa. tinuei, c.-omo soube e pude, a dispensar
Nossa. Senhora falou ao ooraçii.o duroa Com inteiro assentimento èa i,;'\'.,ma o,; meus cuidados cHnicos a D. Mnrgari-
crinnca ainda. inocente. e disse-lhe. .,ve.n:, Snr.• D. Maria Margarida Teixeu·a Lo- da, convencido de que, na 6tima oompa-
minho. filhinha, vem · viHitar-me com os pes, fnço algumas referenci na ao seu pas- nhin de muitos e categcr,.,a,foe colega~
tuas feridinhae que eu te darei a C11ra. 11 sado doentio; ruelhor juizo ficnriio forman· me nào era dosa.iroso considerar a art~
M.inha filhinha., cheia. de fé e de entu- do, 0b que me lerem, da Erttenç.ii.o da V\Jl médica ainda mnito impou-nte em vé.ri01
siasmo dir;io. : «Eu nào earo sem ir a dolorosa que tem sido u vidn desta se- transes.
Nossa Senhorn. da. F,tiroa, quero 16. ir oom nhora. Decorreram periodos de acentuado mo!
1\6 mi.nhas feridna para Nossa Senhora._me Ali mnnif81:!~oes nervoens, e doutra no- ef:lta.r e de pa.ssngeiras melhora.s; nos ul-
'1"81' e quero la. lavar a11 minhaa fer1daa turoza, corneçaram a desenrolar-se, em timos 16 mezes passa.ram-se factos impor-
com agu11, de N068a. Senhora e quando tenra idnde, corno primeira heronçn de tantes que resumidamento passo a rela-
vier \'enho boa.» t10us ma iores; dedioou-lhoo inìcia.lmente os tar.
Chegou o mez de Outuhro e minha ma- seus cuidados profisaionas o médioo da. fo.,. Deu·se, e dccorreu em meio de mli e um
nina ainda. com mais fé, me dizia : 11Va~ milia, que foi o abalisado clinico Dr. Mar- incidentes, n 3.• gestaçiio de D . Margari-
mos 'est.e mez a. Noesa. Beubora da Fati- noco e SoUBa. da: niio poude, durante os 9 mezes, ali-
ma que é ;ara eu sa.rar.11 O conheciclo especinlist1t portuense, Dr. mentar-se, quasi em abs:oluto, por supre-
Pois bem assim fo1. l,evci a minha rr,.,. Teixeira Lùl'""• c;_:e!'o•r-a de tumores na ma intoleran<'ia do seu e~téìmago; da{ a
ninn ò. Fatima. !avei-a com a agua aa.nta. gnrganta. necessidnde de alimentar e amparar as
da Fatima. N~ dia 13 de ~anhii., fui ~ Apareceram, de segu.tda, oe primeir08 euns combuliù .... ~e;-:;;;.:; ;'')'" meio de in-
Posto dns Verificaçoes Méd1cas,. onde IXll- reba.tilS alormantee de perturbaçòes ner- jecçòes dinrtas de biopla.stina; o seu ter-
nha. menina foi vista e ~xaminada. _por vosns, em agravamento caminha.ndo tan- céiro filhinho veio no mundo robusto e
dois médicoe qne confereno1a~am e di1111&- to que 118 jul,taram indispeDSaveia OJ1 so- pezado t'Om :l ktlos, ma.Ì.11 ou menos, e l 00
ram que era mal de pela. ~01 apontado o corros de clfnicos especinlis111los nestM do- gramns!
neme a idade e a. terra; fo1-me pa1J1Jado o enças: exominaram D. Mnrgarida o saoio Pode clizer-ije que foi sustentado em sua
co.rtii~ de doente ; dei entrada no rea'peet.i- oeurologieta. Dr. Magalhiies Lemos, o ja. vida intra-uterina, no ventre de sua mii,(',
vo pavilhào. . fa.lecido Dr. J osé de Mngalhàes e µrei,· a. ovos do Ttalia e que a pr6pria. mae 11in-
C.elebrada a Mil!Sa dos doentes e fe1taa tou-lhe o.sistencia cHnica. lurante long011 p;ron, nindA por virtude da11 mem1as in-
as invocaçoee, minha. filhinha entio, de mezes em isolamento completo por <'a~a:1 jecçoes, i;empre atormentada por muitos
miios erguidaa pedia li. Mie do Ceu que de sa.ude, ou mesmo som isolamento em ropetidos tumores, que a niio deixaram.
a curasse. Poia se Eia é a saude doa en- repetidos poriodos, o ta.mbém especialht:t mesmo no decurso de todo o mez a.p68 a
fermos !. .. em doenças nervosaa, Dr. Bahia Jumor. udélivrance».
Aca.bndas todas as cerim6nias retirei, Em quo.isquer interva.los e em imergen- O. Maria Margarlda Telxelra Lopee Amomentou o seu filhinho e bem ama-
ma,; sempre oom a ml1xima confiança. de cias aflictivaa foi reclamado o meu huuul- mlraculada em Outubro ultimo mentado, durante 5 mezes, periodo em
Voz da F6tilllà 3

que, 11 bioplastina continuou a prestar-llie gar1da sentàda. no IISU carro; nào pod~ i 1· e tanto ou tào pouco qut• eu me conven- I Era zeloso o paroco daquela alde1:1. Eu
Yalioso auxilio. li procissàa das vélaa, senao espir itua.1- ci de que a fen·or6sn crente da 1'':it.una conhl'ci-o ciesde crioncita.
O deeanim.o, porém, era cada vez maior mente. nii.o b8 le,·antarin mais I Delirou com ele- Mns, ou por influénoia de vell1a escola
[I() tocante ao flagelo doe tumores que eln Do ma.nhii, transportada em maca polOR vado fébre; teve suore,, profusos em · tanto. ou u exemplo de outros coleias, ou talvez
e, em verda.de, eu vfamos eternizar-ii&, servitae, foi a doente receber a sagrada nbundancia que 10 e 12 vezes por dia foi por excO!!so de trnbalho, deve-se di.zar em
aem mais esporança de cura. comunllM, ,·olt.ando ao autom6vel, depois preciso mudar-lhes as roupas; te,e v6mi- a bono da ,·erdado gue quasi nunca prepa-
Foi neste estado de coisas, nesta situa- desHe acto que, se é J)OS8ivel, aindo a for- toa, que niio pude vèr, 'mns quo de,·em tor rava as homiUas.
çAo angustiosa, amarrada ao leito dias e taleceu mais na suo convicçiio de cura I sido de sangue, e tii.o borri-rei dor lhe apa- Prèp;ava entiio banalidades?
~anas seguidns, que D. Mariarida. se Depois de algu!ll repouso e levìsaima r e- receu, de seguida, em todo o traject-o da I>o forma nlgnma. Mas n doutrina saii.
lembrou de recorrer a Fatima, envolto. feiçiio seguiu, sempre na maca, pnra apre- gargant.a no estomago e 111nd11 n'este, que assiro, ÌI. mnneit'a da ugua. pelns tro,·oa-
~ umo ,incomensuri,•el atmosfera de fé sentar-se no digno corpo médico que, diri- nao Lhe E>ra possivel engullr nem mcemo das. Ora la vinhn de onxurrnda um grupo
oris,ta. rigido pelo Ex.mo Dr. Gen'l, a recebeu pequentu. colhet·es de leite ! de ideins e com,elhos aproveiLaveis ora.
Comunicou-me a sua disposiçii.o inaba- solicito e a examinou muito interessndo Mediguei-11 l'omo julguei oportuno e no pisando e repisando, rechovia brandnmen-
lavel de em 13 de Outubro se lançar aos deante de tao caprichosas manifestnçòes, fim de 5 dias as coisa<, começnram de en- te o que o oudit6r10 mal compreendera
pés da Virgem do Rosario de Fa.tiµia, pe- m6rbidas I A h1stor1a pasiinda do~ seu~ so- tror no melhor c11minho: os ultimos 8 d11 primeira ,·ez.
dindo-lhe a cura de tanto sofrimento, pa- frimentos, exp6sta ali sucintnmente pela abcésso~ da esp11cluo estaYnm quasi cica- E o ])OYO not.t\"11 isto..
ra que aos seus filhinhos pudese dispensar propria doenle e o exnme nt·tual fc1to, trizn.dos e nem um so n6dulo se desenha- l\tns naquele dia nno foi nssim. Prepa-
o carinho e am))aro de miie. deixaram no· espirito dos ilustrados clini- \"Il, am!'a~ando qua lquor novo t.umor. 1·ou-~ e a homili:i foi magistral.
O seu ostado de sa.ude era, dias antes, co~ a odmiruçii.o ante o excepcional doen- .,A d0<•nte alimentava-se, por unpos1çiio
verdadeiramente desa-strado e eu, ao por- ça e a duvida quanto no seu diagnosti- 111inh11 1 s6 11 lcitc e de dia pura dia go- •
Lhe minhas duvidas quanto à posaibilida- co ou dassificnçiio, entra tantissnuos ma.- nhuYa cnrnM e bòu disposiçiio; 11 11 de • •
de de fazer tao lonp;a viagem, ouvi-lhe es- lei,; de que a p6bre humnnidade inférma I No,·emhro, quasi rnhdenclo sa\1de, nut.ri-
tas palavra;, de urna decisao torminante, Do melhor grado acedi ao empenho, ma- dn, radiante nìio ern recouhecido, em E' o dia cle Rel.8, a Epifania do Senhor.
firme: «ainda que tenl1u de i;er lovada na nifest1ido pE'lo meu Ex.mo colégn. Dr. Gens P enafiel, por qucm u hn\'ia trunsportudo Din lindo t'm que na lupinho de Belem
ambulii.ncia dn Cruz Vermelha, hei de ir, dc o a,btar pnra, sobre o rurioso t-aso a F1ttimu no seu nutornovel ! o pn-,-,épio se transforma em trono, as pa-
porgue- tenho a cert.eza de que ~erii.o èstes Jhe dizer duas palanas. Hoje, slio pnssado<i 68 dias sem quo a lhas fnzem de manto e o,i Magoq de 1>er-
O'! ultimos tumores, ;,e Nos.'la SenJ1orn as- ~o eo.tretanto, seguira J,i D. Margnri- cm·n p6s,;a ..,er de;,m,•nt1do 1,elo mais léve ,·idorl.'s.
sim quizer, permitindo que eu chegue a du piin1 o locai das suphcas, coosideruda indicio P D. l\Jargarida, coJn mois 10 ki- tuidO!; 01; pnston•s, f1éis J&raelitas siio substi-
pelos Gentios II quem o Senhor se
Fatima.; o se morror na v,uigem, nem isso corno iucuravel, pE'los recurso!:I da medicina. los do pezo, ,·em a pé todos os dias san-
Nao vi mais D. Margnridn seniio qu~n- f ,·ados ì1 missu do Senhor dos Afllctos,
nrnnifestu.
m~ demove; assiro, é que nii.o posso con-
do, pelo brnço de seu marido, i,e d1rigia en, Louzada, n dois quil6metros da sna Quc encanto, gue graçn, que donairow
tinuar a viver.»
Seria creio eu incompetencia manifes- para o autom6vel, radiante d'alegrin e casa I porlA• o claquelo bemdito Menino I
Oo Mogos veem, com a homl'nngem do
ta a d~uele médico que, tendo assistido lifi rmnndo que Nossa Senhora a tinha ou- J 111~0-rne desobrigndo, com estas linhas,
..eu oroor, trazer o contributo da sua ri-
durnnte long011 anos ao fracasso de t.antas ddo nus ~nns ora','Ò('S; dispensou, por i,,- da~ re.-,po«tus que deveria clar n tantas
dodi('tl.daa tentativas, dosprezasse esta. dis- so, o nuxilio doo serdtn\,, para de no, o a perµ;untai, que llt'el'l' I\ cle~te CllSO me tem quez11. em reconhecunento de soberania.
posi(•iio du doente; prOC'urei aceit.ar e, trar{~portarem: sentia- e ja com algumas sido feitm, e que loda,, ~e cifram no se- E àqucle llieniuo entreiam, dt-positan-
maib do que isso, l'xalt.ar a espcrançu de fòrçaR p111·a publicamente pntentear a grn- guinte: do-lho aos pés, um rico presente de ouro
D. l\Iorgarida na sua. cura. çn reoebidn e que, a bré,·e trecho, se evi- Efectivamente, O!, sofr1 mento~ que m1us l-omo n rei, incen80 t·omo n Deui;, mirra
Foi de extrema. dedicaçiio em tao dolo- dl'nciariu em comploio milagre, pelo de- atormentavom a D. Marg11r1da. do Perei- t•omo a honwm.
l'o~a c-onjuntura Sf'U mnrido, EJC.mo Snr. snparec:imento definitt,·o dos tumore;;; ti- ro curaram milngr0t,11mente, por graça de Pnre<·e-me ,·er o Menino Je,;u11, cuja
JO'-e TeiJCeiru Lopes, ucompnnluindo, dn nha a certez,i clisso porque lh'o gar11nli11 N'nssn SenJ1ora c)p Fati mn? gruça in interiormente movendo e ilumi-
melhor vontade, n pl'rogrinaçno a Fati- ~ossa Senhora de Fatima. Sim, repctiudo e terminando - deu-se 11ando ai, nlmas do,, Mngos, ogradecer-lhe
ma: iria. a Lourde~, romo i ria a qualquer Depoil:> de, sempre confiada, nssis- umu C'Ura mirac-ulosn ou, entao, estou pa- oxternn, sen~ivelnwnte, 11quelu prova pnl-
outra parte, em busc:1 de snutlt> de sua tir a todas ll"l cerimonias religio,;ah, no ra salwr ainda o que ,.ejn um milagre. p:h-el do amor <leles. Ha-de-lhes ter dado
e,pO!,:i. l01:al onde oi, ~ervitn~ :1 colocaram, :io ,\ populn~·ii.o cle,;tns redondezas cstn ver- um lindo sorriso ou ,10 mt'nO!I tent posto
Eu mesmo me encnrreguE>i d<' pn~ven1r 11v1·oximar-sc para lnnçnr-lhc II ben(·iio o dadeiramente mnrnv1lhndo. com tiio extra- no olhar am qui> de wdutora e ap111itona-
da graticliio qu<• O!! tr11 nsforma ali mesmo
os doi11 autom6vei11 que nos haviam dE' con- lh•v.mo Bispo tfo J,eiria, D. Mnrgorida ordin:irio facto e o forvor por Nossa Se-
cm np6~tolos e mis,.ionarios - os pri111e1-
duzi r e é com sntisfaçiio p;rand<' que eu perdeu a. noçiio de tuclo, s6 vindo a re.v nhora de Fntim11 tem c-resc1do e crescc-ra.,
afirm~ ter sido um s,,crificio t1gradih-el lidnde tlns <·01M1~, ja quando aquele prela- sem d11ndn o com t,oda n razùo, cadn vel'l ros do i,eu .Nomo l>emdito.
a despeza. que fi;,;, c-ontribui~do para _t_iio do hal'iu hrn(·odo n ~ua ben(·ào u mni11 al- mais.
X o dia de hoje ped&-ooe ,Jesuii, pede-nos
a grntidiio que lhe ofertemos olgumn t·oi-
util resultndo, e que, com mmhn fam1ha, gun-, doente-,, q110 u eia se i,egu1 ram na Jooq11i111 llen111u,r1 .lle11dcs de C:arrnlho ,,u.
podcrin tor f(,ito em quulq1tcr buna) pn'>- ordem de col0<·:1~-iio ; nào soube, niio viu
seata. coi...a alguma do q110, no entretanto, li vol-
Por e:,pecial deferencia para com a do- ta se pnssou: sabe, apenns, que n Suntis-
ente. e n in'!tanc-ias repetidas de todos sima Virgom lhe segreclou 11 :,,un cura.
• •• •.\ El1> o Xosi,o amor, o nosso coraçiio.
Par,~ "" pobres genti°" qut> ao,, m1lhò1 ~ o
dest·onhe<•em ninda a nossa esmola gene-

Oadiva singular
ro~n que foçn progredir e aperfeiçoar as
no.e; fez-nos compnnhia a meninn Maria Ao clespertor de tiio rapido e delicioso 110-.-,as mi..,sòes. ·
Ya~uela Bouças, pre.~tando serviços de 60nho, reconhe<.'eu <'Ohidos n iazc e o al- I I I ])emos, pois, t.odOtl. Demo11 geuero~a-
que ',() eln era capnz, atentas a11 suas inex- g0<liio qu11, devidnm<'nto, lho protegiam o
ment.e que o Senhor pngnr-nos-hli também
cediveis qualidade"I de clediraçiio, de68m- nbcésso do broço dfreito.
Sobresaltada, imaginou -se coospurcn- Era II festa dos Reis - a ultima do ci- em gra(•nq mii e em troca peç1unos-lhe que
bara~·o e hondade I • . •
Por rnim e por m1nh11 fam(ha, de1xo dn pela supnraçii-o e com a miio esquerdn clo Natiilic10 - e por i. so a iirej,i e..tan1 se manifeste pcrfeitamente, aoortamente
aqui pùblicamen~ g~avado o nosso. ag!n,. procurou nconchegar o tumor com os obje- nuquele dia mois chllill. do quo de costume. nn 11oss11 alma.
Velhos que em dia,; mnis .im·emiço,. te-
decimento e cre10 interpretar a mte1ra ctos cnhidos; nao foi preciso isso, porque
Yontade dn miraculada e de 11eu marido, o abcésso hu,•ia purgado tudo, <!stava se- minrn deix11r pelo <·ttminho o pouco calor

repeti ndo por eles, o mesmo publico re- co e o ,·estuario nao hn\"ia mesmo sido de que ainda vivem ; r,ipnz<'l! que, em din • •
conhecimento. atingido pelo pus! do divertimento num,~ freguosia visinho, 1"on1m 11qut•les pout'O mnìs 011 menos os
Porque no carro de Pereir6 re.~tav_a P nlpou aindn os pontos do corpo onde ali iam ouvir a Mii;sa, cri a nçai; n qut·m pensament<>!I qut> o ,nr. prior apresentou
aindn um logar vago o porque o meu ami- os n6dulos, ameo(•ando, :i pnrt1,da par.a a. idade e por ve?.es o int-urin do" poi,; de mm; dehnixo clumn roupngem que conci1-
go ('ostn 811mpaio haYia inoetrado muito Fatima, dezenas de n6vo:. abscess()ij, ti- ordinario l'<'tinhnm em ca-,a vinhnm-110, zio com ns circunst.ancìa1; da f0iita. - uma
interO!'se em ir a Fatima, também conosco, nham desaparecìdo I nnquelt" diu, juntnr ì1 mnltidiio dos fiéis roupa.gem verdadeirnmente orientai.
convidei-o com o devido assentimento da Roconheceu tnmbem que n sua péle, em mais :.u111iduo~ e por nss.im o templo II re- Foi tal o calor e o ardor da C'Onvi~iio
<'Olll que ele fnlou, naquele d1n, que os
doente · é mt1is urna testemunha de vistn ,·ez de gros.'leiramcnte pregaminhada, no- gorgitor de gente.
de c·o~o D. Margnridn partiu, de corno dulosa, dura, como era descle ha muit.o O din est.,wa realmenw lindo, puroquinnos quasi o niio reconhecinm. Pa-
veio e do corno se encontro. t(>mpo, n:18 regiòes invadidas, p('los tumò- C<'Gm dia de rÒsa11n cliziam o.., velhot.cs. recii1 011 tro..
Milagro?l ro.'I, 1<e opresentava quasi lisn, e sensivel- Daqueles que scmeiad08 pelo invt•rno fo- O quc faz um pouco de reflexiio e de
mente solta, flacida ! rn parecem de~linaclos por Deus u aque- ordem naquiJo quo <;e vai dizer quando se
A N.ta pergunta que tantns ve~ tenho Sentill-0!, ainda os tres abcé!lsos da es- c-er-nos e às coi1-1a., que n<K cercnm e-omo lhe juntu a graçu e o auldlio do Senhor L ..
ouvido repetir-me, eu respondo: sim, m 1- • poduit direit.a e o da coxa esquerda em a lembrar-nos o plncido, cr< ndor e hem-
lagrt, porque tal ro~sid~ro a w,ro verda- supuniçii.o decrescente e fnci lito.ndo-lhe o fnzejo sol da pri11111,·01·n, do est10 011 do •
defra.,nente extraordmar1a de D. Marga- movimento, mll~ que tinha isso? Dizia. D. outono. *
riCÙI Tei:z:eim L6pes. Murgaridn. Os fen6menos que por si sen- Gt•arn, mns de t•nrontro 110~ raios dl' .\ urn lado, dominundo de parto o pre-
Até ao momento •fa partida vara Fati- tiu no mini,,t::ar-se-Lhe a bençii.o do San- c;ol depre;;~a est.es ficnrnm ,·encedore~ e sép10 ~ o altar mor, e-,tava um n1paz l'U-
ma ja M leitores viram o sudario de sofri- tissimo oram para. eia pr~7a cabol, snf1- n genda transformndn assiro nu1nn snbtil jo llllpec·to indica,·a ser abnstado.
mentos desenrolados durante 8 anos. dente da liUR ('ura clefinitiva: aqueJes 84>- n••h.lina oareC'Ìa a prindpio dngnr-se de- l)e-,do o princii,,v da Missa 11t-1C1Jia o
Do leito, onde permaneda hn mais de riam 08 ultim~ tumorea; tinha a certeza Jes encobri ndo-lhes n terra. Mi,;sal tlos l<'iéiH. O ~eu aprumo e ngor
15 dias quasi &ei;.!!~')fi, saiu a doente am- de que muito bré,e asta.rin completamon- A' horu porém a que o sr. Prior chegou nn" cl'rim6nrn,i eram nottiveis.
pnrnda por duas pessoas e entrou a ;:'.!S- tz sii. da c-apeln uonde ia dizer a primt>ira Mis- Quando ao ofert6rio se lhe aprox1mou o
to no auto ero sua. casa, ncompanhando-a Podira mesm;; J\ Nossa. Senhòra que "" ja. tuclo se tinhn di~sipado. saquinho, que pel>8on piedmia confiada-
eu até i Villa do Louzada, onde minha lhe désse mnito sofrimento alnda., se o Fres<'alhote sim, ltt i~so é l'erdnde, ma11 mente lhe 11bria dcnnte, o rnpaz le-vou a
familia. no.~ e.qperavn; era porto.dora., ne~- julgo,;t,;0 do 1:1eu agro.do . e preciso l?ar:;. nmoravel e nté mei;,mo tépido nas sonlhl.'i- miio o uro e outro bolso, correndo-os to-
ta data. de 15 tumores forma.dos, do1s obter finalmente a alm8]adn t•ura; 1rfa, rns mol;; abrigadas, oquele dio encantava d0t< em vii.o.
em supQ:nçiio aoort..1, e tr~ ai?d~. fechados assiro afrontar a vuigem de regrésso gue, pelo ar diafano ,; r,uro, J><'lo céu de nnil - De.<;culpr ... que niio trouxe nadn. Eu
mas cheios de pus; os do1s pr1meir?5 ~ram bem t'..alculava, lhe ia custaT muitq, fisica- que grocio,amente o ,·estin. don lop;o depois da Misim.
situndos, um junto do cotovelo d1re1to _e menw, nu1s que moralmente, cois11 olguma Aqui lo deixou-o po1·ém descoocertRdo.
outro proximo do joclho esquerdo, obr1- lbe custaria. • A ~ratica do sr. prior abolara-o profundn-
ganclo est.o ultimo a urna posiçiio curvo.da, Por ,-oltn dns 4 1 /2 horM puzémos-nos * • me~te M,~•·otudo, ao falnr dos sacrifici<k
nos poucoq pas'lOR que a doente era obri- em marchn ,eguindo p_el_a Batal_ba~ umn ..\ nssistència, o tempo e sobretudo a e nec;ssidad(>IJ <Ì= missioni\!';"~.
gadn a dar e aindo que cautelosamente 0-'!trnda péssima nté Lem~ contnbu1u pa'- i;;ole nidade lihhgicu do dia influirnm po- Quiz l'ontinua1· 11 c;ep;uir o mi!,~nl mas
:unpnrnda. rn mortificar n. l\forgandn- 9ue, a._p~snr derosa.mente no animo clo boin prìor. fo1-lhl' impoijsivel.
ON outrc,s t,;-3; abcéssos fec.!~c.tleo "~"'J'?!- ciisso r,{l1c, tri;...-.:; cl.- :-~:: :l!qr1do, v1s1tou Ordinà.riamente fleu11:mutit-o na exposi- FPCho•1-o, reeolheu-i-e profundamente e
travam-qe tomn ndo toda a espad111t di- minu'ciosnmente toda aquela Biblia 'IVOCa- çiio da doutrina, nnq11.-!.- :!:•1 11 q1111 pn 1'1- foi m<'tlita ndo no que ouv1ro.
reita suo. face posterior e enonrregaram-!!e clora dl' grnndes feitos. vrn. tinhu. niio sei que t-ncnnto, que mn- D<"s<le lop:o <'levando-se II nlmo e o co-
de ~o del'urso dn viagem, mortificar D. Pernoitamos, boro miii acomodadps, eom viosidnde desacO<itumada e arrnstndorn rnçiio ,;e lh,• abrirnm numa or11çiio.
M~TJ!:orida rom déìre-~, 11 todo_s os solavan- Pombal e daqui pnrtimos pela11 9 1 /2 da que pronclt>u il ,1ten(•-iio de toda o p;cnte. .\qu<'le \feni no pnrecia cresC<'r, cre~er
coa ine,•itavois do carro; res1p;nadomonte, mllnhi'i. do dia. 14, seguindo pelo Porlo e ~ào sei quo tem o nosw povo que. dean- e falar-lhe no intimo dn nlma..
na i;ua fé yj\,issima, tudo suportou: cmiio Fa.malicào até noasas l.'asns, onde chegn- te dos mistérios dn vidn. de Nosso s,,ahor, B elt• sequioso dns Suns palavra~: ul•'a-
Jle péscnm trutas a bragas enxutas» ... mos por volta da meia noite. quando se lhc explicam convcnient.,men- lai. Senhor, manife~tai-Vos claramente a.
Saimos de Louznda as 6 horas ila ma- D. Mnrgaridn recolheu ao foito, natu- te fica corno ancioijo e inqatisfeito por e«ta pobre a lma, ::i est<' coraçiio que por
nhn clo dia 12 e RR 9 e pout-o ptirtiroos ralmente fa.tigada., maR nlegre, virn., c,t.- m~is que oiça. dizer. V6~ pnlpitn.
de sua casa, em S. l\faméde d'Infesta, on- rada dos st1M tu.more.,, corno niio ceesava C'a a mim pnrect•-rne que é um real usen- Se ,IO'! Map;os o vo<;Ro olhnr fez Ap6sto-
de o matido da doont-E' n~ aguard1w11. de dizer no pessoal de sua casa que an- sui< C'hri!!tin um in~tincto de Cristo que lo11, que n miro a VO!i~a ~aça me torne
Ch~amos 3 Fatima pelo lusco-fUb('O da ciosnmente e... du.idoeo a. esperava; os 11,im o torna i:;equioso da p11laY1·a dinna forvo1•oso <' Rtmto.11
tarde e aqu~la noite pns.sou-a toda D. l\lar- 4. ou 5 primeiros dias foram tormentosos quando eia é realmente diuina. E n fig11r11 do Menino parE'CiU c-r,..cer
I

4 .. Voz da Fatima

tru,,<·<'l' e 1ular-lhe do intimo do COra\·ào .. . 1 ( 40~00), .\1110010 Ma1t1uho 123$00), }fa- 1 Entii.o vni-1:>0 pòr' a dizer lJ:is&a e a con- ):ào lui n,,,b tir-lha..
E ele ardente de amor : ' 111H•l llcxlng11p,- 1'1c•d.1de ( 20$00), J0t;é fessar ? Eia era no meio daquela gente quw
«Eu 11into oh bom Jcsu~ que quercis fo. :-.11'11 120$00), ( 'arlos P. Co,ta (15$00), - :--.:10 ~anhor. Mai; o,,, ,senhor& padres a bn ndona.dn pelu falto de elero uma -ver•
lar-me, que IDe faluis ja. Mas a Vo,-sa A:fnuuel PE'l'<"irn ('o,-t.i (15$00), C'arlot.a também niio fazew tò6 isso, pois niio? dacleirn .\p6stola.
n,z chev;a <·onfuba. Aclurni-a. Parece-rol' :Marti11ho ..\l a<·hadu (15$00), Conde de - Lii rsw nii.o.
(jUe querei» clo mim al1L11mu 1:oi~a ... O que ( ';1111po BPli, 1 :\f:11in llosa de Pal\a Gui- - Pois eu faço de padre noutras coi- • •
tenho é \Os,,o.n I 111nriie,, !\Io, 111 C'nnulbinha, Maria Alme:i- 1,as.
E .t figura rin !\fon i no pa rPc·ia c:rt·sc·er d:~ ( 21J~no l, !\la ti a eia G raça da ('amara, Olbe que ~u 1.,em sei o que po.sso fa. Ao n fostar-me dela ficava-me pa.ra
<"re,cer. Rra j,i urn hc1111Nn peJ'feito. E ('lotilrJ,. dn Oli,.-iru e 8ouza, Antonio Lo- zeri semprE- grn-vacla on mem6rh a figura.
aproi.imnnrlo,,f' ,I.,Jo c·orno que lhe fnlou pt•s di' Olin•1rn, ..\Iariu ,)osé ft'ragoso, P.<' E ent:lo, c:omo tenho alguma coisinba deln.
de11tro cl' ul111a. ('ado, dt> 8:i l'rago,o, ,lat'iuto C'one1a para corner, vou de ,·ez etn quando por O t'orpo, . o 1·osto, o aspecto - era o
E 0le am·1-.o a ou, 1r. l l,3$1.lO), .)oaquim Monteiro Grilo, Ado- aqueles lugares fora, reuno uquela gente durun velha , ulgor tipo de mulber
As pnla1-ra, ernm asHin, · zinrla !\pq•, (]:,!,()()), Maria Ge110\·e·m e en11ino-0R a 1·e:.1ar e faço-o\, r ezar co· gasta pelo\. nnos e pelos trnbalhos, baì-
«O quo o lt>u de q11e me snve be n tu- Polnira (l,3$0tl), ('lotildo Laberco, Snr. migo. xa, tez tisnnda pelo sol.
ùo e11 tire1 do nadn, w rlP tudo ~011 Re- nnl1h·• z, \ na l<'lurin no, Augwsto da Cos· - [sso a{ u meia duzia de mulhel'es ... Mns ola niio e.ra. isso.
nhor?... t:i )la<:\'<lo, lln--.1 Pn1s \Ti!'irn, Joaquim - Estll e nganado. Vai multa gente, lS!.o era a mascnr11 que a ..-erdadeira
Umn 1·oisa 41wrin quc é hem tua - a Maria Scw ,r<J do Br1to, Ludnda ì\1agril,'o mulhe~ e homens também e estiio com Ano Maria u inesqu~fveJ e dedicadissi-
tua •idu, o t<.•u ,uuor. ('011trnhn :\lartlm,, Murin An:1 No~ueirn respeito e fazem aquilo q ue eu digo. ma Ann M~l'i11 eJ;SO so se dava a CO·
])a. r•'n. Y<•m o ~egue-nw ! )Jartin>1, l)plruirn Pnis, l suuru de (Jlivoi- Sim, que eu às \·ev,es também p1·ego. nhecer (\uando n almn lhe encendia o ros-
. ... .. . ... ... . ... ... . . ... . .. ... ... rn l•'rnKO"u (20, 00) , Frnn<"isc·o Martin, Aqui nisto é quo eu niio sei se faço bem to e lho trnnsfigurava.
Tocar:.i a ten·e1r1t vez. :-.:uro acto de llni,·o, Ol1ncln J•:ul!;e111a Victoria Gon,;nl- o:.i mal, mas eu fnço por bem e Nosso E' quo ontiio eu vi claramente o que
amor e de ontr~n o jovem !'Omo se nada Il'", J•:1111'1:1 ,\uKnsta dn Silva, Ester LP Sonl1or fica\ contente porque eu bO lhes é e o que vale urna alma - mesmo da
1osse, liumildl'mt>nte: Hl'lol'(I Gni111ariie,, i\fil(uel Pinto, .\!bina digo 1:oi~11s .lx>ns: que é necessario que mais bumiltle velhinha da minha aJ.
S<'nhor l'U 11iio s011 di11;nn !... clc· .Jt,sn,. do ... Snntos, P.e Marceliano Na- ele!> sejnm bon<;, resarem, confessarem-se, deia - quando ei,sa nlma se deixa. ena·
.. .. . . . : ................ ,.. ... ... ... tnrin. Dr. Armnndo de .\lmeida Fe1rao ireru à Mis~a e por ai adiante. morar de J esus a ponto de poder com
I
A ,tc<"iio cli' grn~·a:, foi l011Ka e profundu. C'nstel Brn nc•o Prisco, V.e Ismnel Augusto
Xo fim pelu 1greja dei;erta avançou de Guedes (20SfX) ), .Mnrrn da Gloria de Sou-
J>Us~o,, trémul<h em direcçiio li sacristia.
- E fnz isso muitas vezes? verdnde dizer <.<>m o Ap6stolo: «.Ja nii.o
- Muitas, muitas nilo, maa vou qua- vivo! Mn, é ,Jesw, ('risto que vive em
sa , Marra <la Grnça :\[:11:bado Sarmento, si todos O'> dias, ora a um lugar, ora a ruim!,,
E~tu,•.1 110 ult,1mo :ino dc engenhnriu. 1\farin .fonquina Tnn1res cle Proença Al- ùutro. •
11uasi a ,·ompletar o curl:io, numa altura meidn Gnnetl, Marin. Nutfridn.de ltendl'i- - E "ocemece donde vem? • •
em que tuclo sorrrn a volta dele, convi- ro, Sernfim P1ntu de .\lnwida, Maria dn - Do R ibatejo.
dando-o a entrnr 11n udn. . P 1edado Santos, J,nurentina drt Silva Mi- - E' de Santa.rom? Almas ussim rE"novum o mun<lo.
i~ é l4 Vi<lu quo o chnma agorn ... Vai. rnncla A1111 J\fnrin Dins de Sii Pereira - M a1s . ,ih n1xo,
. • d'1go
mtu,... eu 11ao M= .. u ,,e,o '",lda
~ urn do 116s 110 DOSSO meio
Comovido, dcanto clo prior meio u<lmi- (]3$00), .J ulio Gonçnl\'es Ramos (12$00), donde s011. Diga. so In no tal snr. Padre 11 volta de n6s fil,,es.c;e um pouco de apos-
rado, exdumn: Je,uinn. du Gloria Seixas, Carolina. cl1J (esque<'o-me o nome) que a Ana Marin toludo sol.,r etudo onde o so.cerdote nilo
- Sonhor Prior venbo t rnzer-lbe o meu J <'sus, ,Joii.o So,·el'ino Gago d9, Cnll'arn, lhe manda muitns snudades, sim? pode e ntr:tr, corno tudo mudaria I . _
cibolo para t11:1 Missocs. . (12$00), P .e .)osé cl:t ('unh11 Gonçalves, - Esteja descn nçacln. Se no intimo do lai· a esposn cnsta
- Huito obrigado, se11bor engenheiro. Mariu c1., So('Orro P 11h-a Maria da C'on- Mns ja. agorn sempre p;ostava de '!&ber ijOubesse fazor vnler ns ternuras do i,eu
- A ,•oz do Deu" foz-se ouvir dentro ceiçiio Ranlo~, ,Jonqu1na 1-'inoco, L uizn de o que é que vocemecè para nqui "em fu- afecto a O'\ extr emos dn sua dedicaçào 8
em mim, PCOundo 110 som dn de V. Re\·.cia \ Jesi.~ M:an<;o, Emerenciana Galvtio, Alice zer, desculpe. ' amor nprendiclo!'I no exemplo de J~sos
O obolo é pequeuo, modesto, dum vn- Sum 1,n io rtiooirc, M ariana Pires. Marga- Assim deixn os seus "freguei;esu? 'E (Jrucificaclo e nn romunhiio da S•!a .._ar•
lor qmtsi nnlci ... Ml\s é tudo quanto posso ri<ln tb Silvn Pereira, Manuel :\1nrques tendo uma ufTeguesin11 tao grande... ne Tmn<:ul nda, para conquist-ar pouc·o a
dur... :\forgnclo, Hort<•m,in Melo Le.,11,.., e Me- - Eu niio os abnndono. Venho trnba- pou•"' ,~opois do coraçiio n alma do lll11•
... Son 1.'U mei.mo! hl'7A.'~ (1,'j$QO), Herminiu ~una" de (ar- lhnr por eles e pa.rn elei;. rido e a entr e11:ar 110 Senhor, a.h I corno
U:n hilencio riip:<lo urns i;inificativo se- I 11tlho, Porfirio I<~. da Sii\·, <l 5l,$1l0), Ma- - Como? n6s verfamos anmentnr o numero de ho-
gu1u l'l:ita, J,alana~ rlo jovem engenheiro. ria do Ho~nrio li'orreirn e Iz.,bel do1< S,rn- - Orn css11 ... Venbo r esar por é10l! pn- mens junto dn Mesa Eucaristica_!
Con,eoceu-ae dn realidadc o prior, de tos Oome-., C'nroli na ('ardoso, n,,minp.os 1 rn que ~osso Senbor os c·onverta. E corno a!I famiJin.i; se tornarium ou-
lagrimas oc.i olhos, abraçou comovidawen- Fcrnnnd<'s, Juliu Marques, Ma·1:i ~a Vi- E n alguns ja os tem convertido. trn vez e,u,es uinhos de encnnto e de
te, afe<>tuo~nmento o futuro Je,•itu do Se· 1i;itru;iio Alnii; :--unf>s 112$!i0), An tonio Mas entiio vern de prop6sito à Fa- nlel,!;rin sa no Sen ho:- !...
nhor. Gn.rcin Q11intl·iro, Manuel Fnntiio, Ana tima resnr pela sua gente? E e;omo os tilhos - gentis r ebent<ll>
l'aai;ou-be qutisi um mez a cstudar e o Gnrein Romano, Mnnuel Garcia Quintei- - Eu a di?'"'I' a , erdnde niio venho ca de tn l amor - sori,im uma esperançn
decidir junto da familia o quP ir.ter10r- r::, ,J,,r;,, Luiz Anclrade, Amelia Figuetrn s6 por Ì"'-<;O. Venho por causa do dia 13. pnra a fnmiliu, pura a Iirr,.ja e pnn.
0 I
111ente jn firara 1'1• o?vido. E no dia 2 de du Silva, .Julio Fnustino, Ge!'tr'!.!èes - E n •n, tr..; ca.-lc? E;;t,,u,CJfl 11 :iù i.. . a l:)oc•ieclade.
0 .
FevereiJ'O '>ep;uinte, quando a I11:1·eja co- eia , ilvn :-Juuo-,, 'Maria José .Jorge, Joa- - Ila quntro anQS que aqui niio fai- Se cad1i mulher cristù desde o mais
memora n apr~-;pnt,a~ii.o do l\Ionino JG.,us quinn M.i.ran:'!u, Mnria Amelia Franco Cu- 1 to um s6 dia 13. fino o m nis nobre saliio 110 mais bumil-
ao Te,oplo, batin 'l nOl:lllo engenheu·o a nha Mnlos Mnri n do ( 'nrmo dn Cunha - MaR porque nito vem 110 clin, ou en- de t11gtirio perdido nns dobras dos _mon-
porta da ,,a,m ,:um(I congre11:açiio rt>!ig:o- Lomo, e ri:Ì:nLos, Curlos Nela de Olivein~ \ tiio 1111 véspera?... tes - senhorns empregadas, art1stas,
bll :nissionnrin onde anos <h·pots celebrav11 B:Hb!l'in (26~00), Alhl'rti nu (..tueiroz de Li- - E' que eu venho ,-empre a pé. Par- operArina, filhn~ de famflia, creada11
,, sua p!'im<;:n1. Mis....u. mn, Joiio ;'lìune~ de 8orra e Moura, Agos- 1 to de la uns 4 ou 5 dins antes, ,·enho souhesse imitar esta pobre mulher que
O bom prio,· gostnvu de contar estn his- tinho HodriKues da Bela, Pedro Gnrcia com o meu vagar e pn s~o aqui nlgum tanto me edificou oom n. oraçiio, com
t6ri11 wuitu.-H vev,cti e eicclamava sempre !lo<ltigu<l!,, l•'rancisc-0 Alberto da Sih·n. tempo muito socegada. o exemplo, com o cooselho, ocupar-se. um
e-omo naquele bemdito dia de R eis: «Que l)e jornni'I: Anrt Mnrin clos Sanlos Sil- Depois r etiro-me tnmbém a pé. pouco dn salvn<"iio dos que 118 rodern':'1,

.....
dndi,.a aingul:u· !» , 11 , 16~1')0; TTottl'n,in de l\ielo, 15$00; P .e Assim vou qun ndo quero e par onde ah I entiio r einaria am breve .Jesus ('r1s.
.\hilio eia C'ostn R <•is Lima, 60$00; Clo- qnero. to nns a lmas de todos os Portugue;,e_s .
--- :-- - - ti lde cle .Je~ut. Hnr• 1,los, 30$00; Joiio C'oe- - '.l'ero rn.v.iio. Mns como é que voce- 01·emo.<i, ~11t·rifiquemo-no11, t rnbalhrmos
lho do,. Reis. :30$00: T> .e Tomaz rie A. Sil- mecè aguentn com II viagem? todos que n searn é grn nde !
,·nrc-,, 70$()(): (';1r1nen de Almeida, - Como aguento? Olhe, senhor padre I
Voz da Fatima 25.5$20: P .e .\ uuusto Durào Al ve,, SOSOO; Quando a gente vem para ca, com n
T>.C' ('arlos Nunefl, 100$00; P .e Adrl.3.no vontade de ca chegar , nem se sente o Es111ol1s o•lldaa II Yirlu l1reJas quandt da dlatrlhlçio
Despésa Pnd1P<·O. fiO no: Ale-i no de Souza, 4,5$00, cn nsnço; quando 118 toron, vai a gente dt • VOZ DA FATIMA •
'l'ra nsporte ........... .
P a pe l, (•Oml'ooiçào o impre<1·
1iio do n .• 'i, (51.000 exem-
µlares) .. . .. ...... ..... .
Sèlos, em balugeo•. tt·o n<1por-
132.95:3$9:i

3.204$2,i
--------------
UMA VELHA-APOSTOLA
tào satisfeita, tiio consolndn por ver
aqui tonta fé que s6 se qnere apanhar :"\ a lgl'ejn do S.S. Corllçiio de Je-
la para ver se aquilo aquece um pouco. sus, em Li,bon, por miio da Ex.ma
E n'l.~im nunea n 11:ente se cansn. Snr.• D . Mnrill Matilde da C'u-
Eu nuoca aqui folto por quo eu tam- nha Xa1·iPl', em Novemhro de
bém preciso de meter C'a r..-iiò na mliqui- 1928 .......................... .
tes, i ro vura'I e 0;1tr11s des- A tia Ana Maria na e iato aqui enche-me a almn. Na (gl'(•ja cl~ S. Mnmed<'. em
pe,ias ... 542$80 Eu é quò ja estou velhn... começo a Lishòt\, por mìio eia Ex.m,, Rnr.•
lt'oi n'outro di;i na l•'atima quo co-
ficar tròpegn. D . Noémin Rolo. em Oulubro e
136.700$98 \ uheci uquela bon mulher. Mus 80 en tivesse menos os me us vin- Novemhro cl(\ 102R .............. . 15$00
Su b sc r lçAo Acabara de 1:elebrar na Capelinba da11
Nn lgreja clo S. Tingo de ('e,um-
apar1<'oe1, o depois dc dar graças, a_o te aoos, 0fianço-lhe que Nossa Senhora
brn po r miio cl11 8nr." D. Ger·
(J nne1ro do 1928) snir clou-me de cara com urna m11lherz1- da Fatima havin de converter aqueln trucleii clo Cnn110 Pinto. no mez
uha' que me queria fnlur. gente toda. Eu nil.o os deixava e mu.n-
1-;o~·iararu dez el>Cudos: .Maria Carlotu do d nvn-l hes u «Voz da F:ttim11,,, e èll!<! hn- de Set~nbro de 1928 ........ .
- Entiio que mo deseja ?
Prade F'azondeiro, J ooefit Candida Alves, viatn de vir.
- Eu ? NilO me conhece?
P .e José Augustc> Rosario Dias 120$00), , iio, henhorn . Francameu te agorn Assiro ... pouco j1' posso fnzer, Duqui
Oondessa de Sapbira, Li u de Mncedo, Ri- nào me r ecordo. a nndn teoho de marchar. Mas eepero 1 Amor à Santa Eucaristia
ta. Maria 'l'e1xeira, P .o Antonio Rodrt- - Pois 011 queriu '>6 manda r-lbe snu- que NOSSA Senhora me hn-cle salvar.
cues Pcreir:t, J osé F ernnnde,, de Olivei- dade6 para o uSecretario de ~os.sa Se- R0Re pela gente. Muitrul vezes, durante a Missa,
ra Mendee, Cnrolinu da Silvn, C. L. Men- nhora da F é.tima. Ele coohece-me hem. - Pois sim; um pelo ontro.
E ~epnr1,mo-nos. Santa Catarina de Genova, era arre-
dee M iruoso, Estefoniu Mario da S1lva Manda-m e sempre paro la muitos jor-
U. Lacerda Me nde&, Maria da Gloria Mi- nais pnre. e u distribuir un minha fre- batada. em e:dase e voltando a si pe-
randa, M oria Candida M. da Silvn Sotto g uesia e nas vi11iohus. 11
• la Santa Comunhao, exclamava:

Mayor Mariu Bea.triz Miranda da Sùva, - E vocemecé distribue-os? e Ah ! Senbor eu creio que se estives-
ldal'g u~rite L rquin, A?tonio Dias Faln- - Ab l niio me fi ca uro eru caso. Mal A nlmn é tudo. sA morta, resuscita.ria para vos rece-
gueiro (20fOO), ~e.rta .A.lves Antunes, os recebo, vou logo pel~ lugÌl r fo!·n e le- Quando orde comunica o fogo.
Laurn Bnrbos11. Maria Marques de Souza, vo-os àqueles que mais os est1mam e E n daquela mulhar - a tia An n Ma- ber e se me a.presentassero ~m~ ho~-
Capitolina PiO:enta, Henriqueta Meireles, mnis precisam tl~les. ria - estava bem acesn corno no meio tia nao consagra.da. eu a d1stmg~-
Emilia Ma.ria do!ì Santos Costa, !saura. - E èles leem-nos? dns rup;as ncumu ladas no rosto pelos ria corno se distingue a agua do v1-
Santos Juliu rle Serpa Adelaide Braam- - L èam, ~im scnbor. Leeru-nos de pon- seus <:incoenta e tal invernos lhe brilha- nho.,
' ' a e
camp Melo Bre iner, Eduur o amara t ,1 a. pontu. Yam duma luz intenso os olhos vivos, se-
Os sacerdotes eraro para ela ( as-
Carvnlho e Silva (20$00), Gertrudes Ma- Olbe ! A gente esta muito mal <le pa- r enos e hons.
rfa Feroandes, ltlabel Virginia. Ribeiro da clres. Com que ardor eia fnlavn ! sim o repetia muitas vezes depo11' da
A miuhn fregue ia tem pr1or mas J~. ·., é Co · ~ • · ·
m que conv1cçao mt1ma e sent1da I sua c6nversa.o) objecto duma. santa.
(',osta (13$00), Rita do Sacramento Mou-
zaco Alçada (20$00), Custodio José Lo- velhito e niio porle coitndinho ! . lfas as !gora compreendia eu corno aqueles inveja.. Invejavo.-lhes a f_elicidade
pea, Ema Nunes SantOll, Rosaria Morga- outras em volta ninda. estao pe1or, nero trabalhadores doo ca,;n.is Ribatejanoo e de comunpi;arem quando qurnessem e
••, .TOl!é Augusto Alvcs, Dulce Mnrtins velhinho O tem. S6 quando o nosso por dos montes da orla A.lemtejann ero fren- 'nguero nisso repnrasse, a
do Azevedo, Acacio Henriques Vieira, hi "ai é qne tèm Missa ou comunhiio. te à ~rra dola.. a cercavam respeitosoe e de sem que Dl à
poderem tocar com suas m 08
M.a11ul'I J OIMS Parei rn (23100) Francisco
R1be1ro (62100), José Rodrig~es Pa1,COnl
(20,00), ~ i n Ribeiro Mazze i (20$00),
_ Coitadoa ! l<~tiio malzito, estiio...
_ Vocemec&. oqui estio 00 céu. pondo
!~m~
=-
a ouvtam segu~ndo 011 &eui._ conse~hos o
pfntci ~ os ~,rns rnstruQ088. no Santissimo Sacramento e _so~retu-
do a de celebrarem tres M1ssas 110
lfanuel Dom1ng~ 120100), Maria Augua- dr~.lhl", e u é que ti>nho de fazer de pa-1 ~:quaeJ°O: ~trnecu. arrastnm , em-
ta \'1gar10 (20100), ManuP] Martinho dia de N a tal.
- O qu{I ? V0<:e1111'r e fnv,er de padre? polgnm.

I
L e iria., 1 3 d e F e v-e r e iro de 1 9 2 9 N.• 7"7

(COM APROVAOAO E OLE S I A STICA)


Dlraetor, Propriatario I Editor: - Dr. Manuel Marques dos Santos f Admini1trad1r: -- Padre Manuel Pereira da Silva
Composto e imp,esso na Unilo 0rafica, RII d1 Santa 1111111, 150-152 - Llsboa. , Redacç6o e Admlnlst,açllo: Seml nérlo de Lelrla.

CRÒNICA FATIMA
ofertn ao Pnpa», em que se narrava esse bora. altamente &tgn1ficat1vo, o Sumo Pon- E tanto se impòe essa ntitude do Papa,
As comemoraçoes religiosas gesto do Supremo Hierarca da. 1greja que, tffice niio prctendeu emitir o eeu juizo de modo nenhum banni e insignificante
do dia 13 sejo. qual fòr o seu signtficaclo, te~ em definitH·o 1icerc-a da. natureza desses acon- que urn ilustre Prelndo, de grande au~
relaçiio aos acontecimentos mara,rilhosos da tcc11ne ntos, mns ta'Tlùèrn niio sofre duvi- ridado pela sua vtrtudo e sa.ber na.o b&-
A~pe1:W· das 111tempérics da. quadra. in- Lourdes Portuguesn o mérito de contar ern da que nin~nem po<lcra rc-cu!lllr-se a ver siton_ em olnssificar tal facto, q'ue fica.ri
verno~a, o dia trcze de Janeiro foi este arqu1va.do em letras de ouro nos anais de
ano assinaJaclo por urna. concorrència de Fatima, como urna verdadeirn «aprcn-a -
fiéis sobrt>m.nnoira. extra.ordinaria. Oontrj. ça.o 1mplfcitn11.
baia sem duvida. pnra tal facto a circuns-
taocia, alii,s bem rara, de ocorrer essa da... Daqui, deste cantinho da. «Voz de }t"'a.
ta. num Dom111~0. O tempo esteve sem- tima.», o hum1ldo pregoeiro clns gl6riu
pre agreste e fno, o céu coberto de nu- de Mnrin. Santissima., Pndroe1ra de Por·
vens duma c·6r plumbea, e um nevoeiro tuga.I, no seu sn.ntuano nacional , congra.-
denso e humido em·oh•in todas as colSas, tulamo-nos ofus1,·a.mente oom oe ptedoeoa
oiio de1Jrnudo 1>or vczes dist1nguir 08 ob- nlunos do Colégio Portuguès tao devotoe
jectos, neni sequcr a pequena distancia.. da. augusta Miio dt' Dous, i{o, certeza. de
Mas, no planali.o sagra.do de Fatima, que, agoro. nllo Ité.1,ia o mais tarde na DO$,
durante a mmor parte do dia, o sol in. 1>a Patria seriio sempre ap6stolos zeloaoa
cessantemente 1lumi11011 c-om a sua pouca e intemerntos da devoçiio à misteriosa.
luz e aqueceu com os i,eus tépidos ra.lOS Senhorn Aparecidn.
o a.mbiente sobrenal,ural do logar das
Apariçòes. A's 0112,e horas a, multid1io que Nossa Senhora de Fatima
~ I ~!omero.va junto dOO sa.ntunrios, DO em frança
mtmto de cumpr1r o preceito da aud1ça.o
d;i. missa, é ja considcravel. No pavilhiio
dos doentes, &6 metade dRS bancadas do • Dumo. cnrta do rev.do Fr. Gonçalo .Ma-
ria. Tavares, distinto fllho da ordem de
la.do da. epistola estii.o ocupadas. Os que S. Domingos e grande ap6stolo da de-
se tinbam apre!l()ntado no p06to das veri- v<X;ii.o de NQSSa Sonhora. do !<'stima n a
f1eaçoee . médicas e inserito n06 respecti- naçiio cristianissima, reproduzimos com
vos_ nlglstos procedinm, na sua grande a devida ,·énia, os segu1ntes period~ cu-
ma1or1a de Le1rrn. Torres Vedras Ourem j(I. leitura ha-de por Ct'rto inunclar de 'viva
Figueir6 doe Vihl1os, Val.n.do, .Belmon~ alegria. tòcl1H1 as almar, devolns da Miie de
e Santa Catarina da Serrn e sofriam de C~a:
paralisia, artréte do joelho, u lceras vnri- •Nao me fo1 possivcl por causa doa
cosns, renmatistno, tubercolose, ascite, meus trabalh08 escolares, n'Cligir o nrtigo
anquiloso, epilepsia, ,•arises e outras doen_ que devia sair em Janeiro. Nadn, porém
ças.
Realizararn-66, na. forma do costu me, moo
sem o esplendor e a magnificenc1a doe
I perdou com isso 11, ,,ausa. da Santissim~
Vil'gem. Vai viìr do quo mnneHa.. Preven-
do jn o tntere~, que a breve notfoia pu-
srandee dias de Estio, as duas procissoes blicada na «Révue d'u H.os:nre», desperta.
com a veneranda Imagem de Nossa Se- ri!I- por I.oda a Frauçn, o nosso quertd•
nhora. do Rosario. Director m.a.ndou tnzer a16m da ti ragem
• Depois da missa dos doentes, prégou ordinaria, urna tirage~1 implementar de
sobre a dev~iio à Virgem do Rosario, mii exemplares. 0s pedidos de novR.S assi·
eatrèln mistica s1mbolizrtdn pela estrèla natur86 afluiram une ap6s ouLros, e eis
que npareceu no Oriente n.oe Santos Reis que o numero de Outnbro so :wha. jti ex-
Magos por ocasiio do Nascimento do Sal- gotado I
vador do mnndo, o re,•.do Augusto de Sou- Que fazor, pota 08 podidos niio c·e~sn111
sa Matn, professor de s<'iéncias eclesiasti- de ser fcitos l' Rooditar a notfoin. E quan.
cas no tiemrntir10 diocesano c secretario
particular de Sua Excelencia Reverendis- ' Sua Santldade o Papa Pio Xl do l' Ao menos no mcs, om que siio feitaa
a.s nova.e inecriçòes. Ora &te mes é o de
sima. o Senhor ]), José Alves Correia da Abril. Entiio, se Dcus qutzer, terei a mi-
Silvn, ven<'rando Uispo de Leiria. Em audiéncza co12cedida aos alunos nhn disposiçiio dez puginas de texto para
A oençii.o dos doentc-s, seguida da ben- cio Colègio P ortugués, em R oma, a 9 de refundir o primo1ro nrUgo e fnlaT dos d1-
çiio geral com o Sn nti~simo Sacramento tosos Videntell. Para isso umo. ooisa nOII
e da procii;siio, iechou a série dos aotos / aneir o p~ p., o S anto Padre ofereceu a fnJta ninda.: é o rot,rato do Lucia. de Je-
de pit•dado c-olectivo-'l destino.<los a. come- cada um duas estampas de Nossa Senho- su.s, ja roligiosa. Por necessidado, peço-lhe
lllorar o cli a treze. ra de Fatlma- umapara éles e outra pa- enoarocidnmonte.
ra s uas familias ._ com a recomendaçào Ha dias enviamos-lhe dois exemplarea
Fatima e o Sumo Pontffice de orarem pelo Papa. do numero do Dezcmbro, para que v. P06SB.,
peln desoriçiio que dela 6 feita, julgar da.
Como u ma pena. mais autorizada e mais P assan do Òntem o aniversario da Co- importancio. da. grande Peregrinnçiio do
<:°mpetente refere noutro logar do nosso
iornal, dando a esse facto o merecido r&- roaçào do S. P ontifice, a « VOZ DA FA11MA » Rosario a Lourdes, onde foram celebrndM
pela primeira. ,·ez as innpni;!ih·eis glorias de
lévo, o glorioso PontfflC'e fehzmente rei- apresenta as suas homenagens respeito- Fatima. Proruetemos-lhe igualmente o nu-
na.nte, Sua. Snntidade o Papa Pio XI, re- sas e f iliais ao augusto Vigarlo de Cris• mero do Abril quo se npre.<,entara com noYe
cebendo no dia nove do mes de Janeiro to n a terra e pede aos seus leitores e de- aspecto o melhor trajo.
pr6x:imo. findo, em audiencia particular, E aindn niio é tudo. Com u. «Ré~-ue d11
os super1ores e 11\lunos do benemérito Co- votos as suas oraçòes por S . ~antidade
Rooaire» pubLtcamos tamMm o «Bulleti•
légio Portu~ec; em Roma, dignou-se pre- o Papa P io X I. du Ros1Uro PeTpétueh,, cuja. tirngem
sentea-los com lindas estampas de Nossa meruial se eleva o ~nto e sotentn e cince
Senhora. de Fatima. mii exemplares. l'ois beni: 1J noeso Bole-
O grande e exc-ekmte diario cat6lico de respeito os advel'6arios leais e de impor ne~ ncto a. mnnifestaçiio duma simpatia
Il() menoe um silencio deferente e obse- do Chefe Visive) da lgreja pela •Pérola do tim fe~ também o progooiro de NOM&
Lisboa. uNovidad~111 no eeu numero de
quioso ~oe poucos e cad!l vez mais rarOll Portugnl11, corno o.rnda hn pouco chamavn Senhora. do Rosario do Fatima. No e•rt.
vinte de Janeiro, mseria. uma carta de espaço, de que podo dispor, /ile a tornaTi
Italia, subordi na.da i'1 epigrafe •.Jj'atima. contradi tores no campo cat61ico. à Fatima a rev1sta espandola. «Sai terrre»,
E' oerto que, c-om &se a<'to singelo, em. uma, dns mnis iwredita.drui do paia visinbo. conhecidn a seu modo,,.
em Roma» e tendo por sub-titolo «11ma.
2 VOZ DA FATIMA

Nossa Senhora de f atima ,


na Bélgica
As CuRAS DE ' ' FATIMA, LlçAO OPORTUNA
Dum jo,·em filho da benemérita Oompa.-
o a do Jesus, todo abrazado no zelo do
unito do .No'!aa Senhora de ..l!~atima, mas
I - -----e«- - - - Quem v,taitar o Mnseu da. Catedral de
Seg6via., encontrn. entra oe varios quadroe
ouJo nome lt o eetamoe autori.zadoe a. reve_ a.li cx1stontes, um bastante impress101111.n_
lnr, irnnscrev~mos o trecho que segue Paralisia Purunculos e infecçio nos rins. te pela inevitavel meditaçao que o assun-
e que é ~obremodo consolnùor: u('heia cle reconhocimento para. co~ a. to oforEl(.-e. Naquela téla poz o nutor to..
uVou 86Crever um longo art1go 11òbre Ft1.- lsllda do Carmo Sllva, de A lcncer do minha Queri<ln J\Iiie do Céo, niio posso da a realida.de da vdia, realidade que todoa
t1ma uo mvu ingliìa aportuguesado que fo- Sai, informa: oonhecom 1 mns que ali é aprooenta.dn. du_
por mais lem1~0 oc ultnr tantas graças e mii mane1ra asma.go.dora.
roì trnduzir para. inglés inalesado. 'l'am_ ctA. s ignntiiri1\ da presente l't1t-ta vem honoficios que 1\ Virgem SS. de Fatima
bèm o passan~i para frances. J a ha. quem pomnte V. Ex.", para que so diyne tor- A um cadiiver quo a putrefaçii.o <»-
me tem conc·cd ido 1 Vou nn rra r algumas meçou a decompor, so.em de todos. oe Jadoe
66pcre 1>ara o Lr11duz1r em alemiio, tcheco e nar p1tbl1co, po1 inlermédio do muit-0 li-
hungn.ro. J<;litou certo quc dois companhe1- do;;sa, graçns ( pois todas, seria impossi- bichos onormes roendo por tocln. a. parte
cie, e nprecmdo rortn..-voz da cristnnc:iado ,·el !) para moior fervor e confiança dos
ros do n.uo p:issado, um polaco e o outro porlugue..~a, o facto deverns mirnculo~o a caroo enegroctda e ninda envolta em
bolnndes, o quererùo traduzir tambem nns fiéh, o muita honra e gloria a Maria So.n- re.stos de r,tcns roupngens.
obiido em 13 de Jnnho de 192q, no tomnr tft;11:mn. Durante tr& nnos sofri horrivel-
sons linguns, logo que tenham conhecimen- u comunhào o muit-0 oopeciulmente n l!:' o as pecto repel~·nte e nauseabundo,
M> déle. l\laa o es;;encinl é quc a m1nha mento de furunculose, chegando a contar dum corpo quo volveu à terra.
quando eia 1,ençào do S. Sacramento no oiteutn f11r11nculos. Ja desanimadn, por-
edi~,iio sit1a bem e intere.sante. Com os Suntuario clo No$sn Senhorn ùo Rosii.rio Ao Indo, Ol:lLiio depoe,'tas ... nbn ndonadaa ...
1ublinhados de v. no «Manual Jo Peregri- quo londo re<·orriclo durante muito tem- riquoza11 e hoornrias... o uro... um scétro
da F1U.ima, ()Or 0<•11s1iio dn peregrinnçùo
no de 1'' :H ima» e os «mterrogat6rios» às po :i medic ina, niio tinha termo tao gran- r. ontras g16rias do mondo.
efoctuada. E o facto resume-se no seguin-
orinnQ118 estou quù ~ pode dar interès.'le. E LO:
de mal, 11111 dia choin cle confiança, di&ie, E uma. frase que todos conhecem, m.aa
depo1s ~iio focl08 que l:o(' impòem. ,·oltnch~ pnrn. umn imngem de Nossa 8&- que poucos aplicam, nflora aos la.b1oe oomo
De>ido 19 do l\larço do 1924 que vinba
A011 fruncescs pouoo falo de,,tas comas; nbora do I•'atimn, que, se a minha Mii.o quo explicando o pensnmento que o autor
sofrcmdo horr1vel111cnte da mao e hraço
faço-o ,,obretudo com os estranjeiroe. A's SS.mn me mclhornsso, eu voltnria a l<~a- ali concroctii;ou. De quo serve ao homem
ehquordo, que se cncontrava comp}ota-
Tezcs fi<·am pl 1ptexos, v. g. porque tam- tima ... 0 ' proclfgio I imedintamente fique1 gnnhnr o mu11do rnteiro ... se deixa tudo
inenlo ul<>ijado, paral:saclo.
~em ha :u1oe houve na Hungria peregn- Recorri hnstas vez<'S ,, nc·çiio da scien- cnradn, nùo tornando o. sofrer de tiio à beira do tumulo?
naçòes n um:~ Scnhor1t que aparecera nao grande 111111. Esto qnndro lembrn. outro niio menos in-
~i onde, peregr111uçò&S que por fim acabn· cia, Clllanùo por ch111s vezes internada no
Devido ii urnn fort.e gl"ipo que me ata- teressnnlo pois quo esse é vt\'ido ...
ram, segundo parece. MJls, no n06Bo caso, ho~pita I do Sn nt~ l\[n rta, tla ciclade de
Lisbon, sc>m quo melhoms, po11cas que fos- cou a l11ringe 1 estive sem voz durante no- ~· nn. Bélgica, numa abadtn. ero Lou-
qmindo elc!l ,·fem a lotrn redonda as foto- vo mozes. Re<·orri a medicina,, a. especinr va1n.
grnfius e rn,:Uog rufìns e n::1 nssinaturas ùo M•m, c:onse~uisse obler. Sofri, corno digo, Qnom neln. cntrn, deparn com urna coi-
horroroHumento e, de ta l, ha conhecimen- listn~, mo• sem r osultndo, recorri de novo
Senhor BiRpo de Leiria, logo aoatam res- ,i prolecçii.o de Nossa. Senhorn. de l•'litima sa que ftici lme nto podera pnssar desper-
peit0,;0s. to do todo o p1lhl:c-o closta vila qno teve cebidn., mas quo uma. vez notad.a. é mo-
e a voz voltou logo, senti ndo-me comple-
Com e.il.es c>lenieutos mais crescera a an- ocnsiiio do V(>rificn r a minh,i desgraça. tivo de profundn s reflexoce.
tamente bom.
oiedade ùo saber o que ha objectivnmen- Mus, niio clE'Slltlpernnclo, animava-me a Na capela-m6r dii igreja conventual,
Outrn, vez sentinclo-me muito doente da.
~- E nquoluR curas do m1mero da. uVoz da. I<'é numa c·ura, e claf o':I rogo/i e preces quo ergue-~ do lado eia Ep1st-0la a cadeira do
,·ista que durante triìa dinit e tret1 noites
Fntimu.11 de N()\"Olllhro? fiz u Virgcm Nos~n Senhorn do Rosario Padro Abado. E do la.do do Evangelho,
niio pude soce,zn r, 111; dores que me cnu-
CriançM cegas do nascença e aquela po- de l!'iltim11, prC<'es quo, por sincerns, fo- em frenbe dc>sta cadeirn., ha um monumen..
rnm om iclo11 e mo dera111 coragem :i , is:ta
11:wn. ti. cabe\"ll eram lerriveis, recorri com
bro mulhor t 1do. por morta? Estou ans10- mu:tn confi11n~'sl a Nos~a Senborn. de Fa- to em forma. de tumulo donde pende urna.
10 por vi\r n c•onfìrmaçiio clestas curas, pia.ca de marmore, onde se veem grava-
timn, pedinclo-Lhe me valesse e me li-
porquo ruio pode deixnr de dar para o n-nsi.tl do tiio grande mal. Jmediatnmen- dos os nomes de todos os abades havid011
.apitulo d0t,, m1lagrl'R.» tC' me senti hem, o que me cnnsou uma naquela. aboclia.
bi comoçiio, que niio pude deixar de ex- Cada nome é segnido das dntos princ1-
Urna ap6stola de Fatima clamnr e m g litos, me~mo 8em querer: pais da ~nn v1cl1i desde o naac11ncnto até
"esto11 c•urndn, cstou curo.eia» e todos em Ì1. morte.
Reproduz1mos a seguir alguns periodos casa fi('arnm impressionndos com esto fa- A u lti ma linha escrita, esta tncomplet.41.
E' quo ~e lò nela o nome do abnde exis-
duma carta edificante escrita por urna dis- do.
tinta o p1ed0ta ~enl1orn da urquidiocese de tento :;cguido tamb<'m dalgumas datas,
.-\ 11lLi111.1 grnça que re<ehi foi a. cura mns, de1xond<> moda em branco o soguida.
Brnga. no rcigro:-t,o dum,~ sua viagem à oa,. clum ,dilhawo, rreanç,\ de cinco anos o
pital•: 1C Pc•ço ornçÒ<'8 por um tuborculoso <le, tròs pontinhos a pa lavra. com qne todas
meio, atoc·nrlo cl nmn infccçiio no,s rins. fiodaru: moneu ...
co.m qu<'m f1z a m111ha viagem a.té Nine, i-:~te,o 11111ilo mal e nté o proprio médi-
mM, coitndo, talvoz inn,i!l doent.e da alma. ]~ aquelo padre, ~entaclo na sua cndei-
ro clou cuiclaclo. Muito nfl:tn,' recorri a rn, tem continuame nte deanto dos olhoa
rio quo do corpo,-um descrento. Contou- Nossa. Sonhora de Fatima por moio duma /
·mo a sua hi~l6rio. e quo peon me fez quan- nquehi l'ralle que lhe !ambra o dm em que
novenii o behe ndo ,i c-rennça n ogua de n. suti poss~em desta v;tda. para a outra.
do mo d1SS<', clepois do me ter d8S<'rito Ffitima, elo pr6prio pedia n. :igua quando o ira terminar, juntamc>nte com a pedra
-acla a ma dornça, o numero de médicos se se nt ia m11i11 mal. No11sii Scnbora aten- que ha..rle rolar sobre o Eeu tumulo.
•ue tinhn cou1111ltado, etc., e eu lhe pro- deu to ntns su1>lic11s o no fiin da novena. Que meditoçòos snlutnres aquela placa,
cuntoi :'° tinha. ouvido falar em Nossa Se- o menino estava livrE' de perigo, e para
nhora de l•'ail,ima: • 7'Ju 11<Io tcnho lt'é». Po- lhe niio sugerir1L. Porque se eleva acim&
mcdo r <ledn raçiio clo mingre, teve orclem dos outr06 pela d1gnidnde <le quo esta in-
bl'l'Rinho ! ('ontoi·l hl• nmitos milagrea de do médico llllrU se levantnr a 1irimoira
Fat,imn, pocll-lho qno lodo:i os dins rezasse vestido, mnts lembmclo lhe é, que ha-de
,·oz, no ,1;,, J,'J d8Sl!O mes, sem ninguém voltar no p6 cl.a terra.
trò!< A,·é lfariaH, implorando o dom da pons:ir on be h,mbrar quo dnta era essa I
Fé. Proml'ti mandur-H1e agua de Noosa E' o pensamento da morto, principio da.
Estn p:raça foi concedida em outubro ul- vicla eterna, orientando todn a. sua exis-
SMhom de Fatim:~ e ja. lh'a mandci jun- ISILOA DO CAF-MO SILVA,
t,imo, e promoti o Nossa Senhora ser as-
ta.menlo t-<>m umn medu.lhinha e a oraçiio de Alcacer do Sai tencia.
sinante da «Voz de Fatima» o que ja fi?:, E' a luz da verdnde iluminando toda a.
•uo a Snntfosima Virg,·m ensinou a.os pas-
testomunhn mlo a, minha. eterna. gratidào sua v1da.
M>rinhos c,O' mou J t·sus, perdoai-nos, etc,,. que fi11 ti Miie Sanlf81'ima no a ludido din
Ele prometeu fn:rRr um,i novena o eu pro.. 1:3 do Junho dA 1928. parn com Nossa &nhora de Fatirna. Ah I l'O todO<! 111)9 ('ompc-nctr:l,">emos bem
moti pod1r :L ic">clrus as pessons da minha Como rcfiro, <!epois de comungur senti da iclt-in de quo um dia hnn1mos de dei-
Eli.,a do Resaale Ferreir,1. xnr ludo o que é do mundo, romo a ori@-
amizado que tmplornsscm da. Virgem Nos· melhornr ~ensh·clment.e, o a qu11ndo dn
1& Senhora a sua cura. bonçiio solene do S. Sacromento ja. mechia Helas, 11 do J n nei ro do 1929. tnçiio da nossa vida seria outrn !
Quo <118 n~rnas p1edosa& supliquem fervo.. e seutia hom miio e braço até cntiio pa- Como nos dospirtamos do tuclo o que é
- A F.x .11111 Sr.a D. Elisa do lle,igate vaidade, orgulho e amor pr6prio para. s6
1'08llmente n convers1Lo drase infeliz e, se ralisados. l•'erreira é pesson piedosa l' digna, d'l t'r,L
ae alcançru-se a p;rnçn seria mais um mila- E porque tal mi lngre so operou de mol- nos reve!'tirmoe daquelos sentimontoe elvva.
dito, e por isso creio verdadeiro tuclo o dos que s1io o apnnngio cùia a.lmns nobres I
gre a l'egistnr na. rcVoz da Fatima» pam do a hoje gosa r de perfcita saude e sem
q no 1111 rra nl'sta ~u a carta. Como procurar1amoe nrranjar com ma.is
maior honrn o gl6ria da nossa. SantfSBima dofeito, por e+.1ta forma e mais umn vez
Li sbon, 12 de Janeiro cle 192') ardor, tcsouros s1m, ma8 t(>souros daqu&-
Hae do Céu. dou louvorcs a Virgem Nossa Scnhorn de les que longe do ficnrom à beira do tumu-
!<'a.timo.. P.e ,intonio Rodrigues Soares» lo, acomponham a alma nas regiòes eter-
Fatima, a pérola de Portugal Que todos atentem neste facto que é DIIE,I e siio o penhor da bemaventura.nça I
do conhecimento gemi eia populaçùo ol- Prova de gratidio Pt:'nsemos na brovidade da vida em con-
Fatima, o. rninuscula. e singela aldeia caoerenRO !n «A' nunh:i Mlie mibericordiosissima que- fronto oom a eternidade e, inoculemos
alcandorada num dos contrafortes da ser- ro erguor .~ mini.in voz bumilde, bem al- bem fundo nn. nossa alma, os palavras
ra de Aire, era. ainda houtem a mais igno- Hernla t.o, µara proclnnrnr a infinita miseric6r- que a santa J gr<ja na sua liturgia. poe
ra.da. dns ul,lcias de Portugal e o eeu no. dennte de n6s no dia de hoje:
me bemdito ()('Òa hoje nos divcrsoe recan- José Pedroso de Sousa, de Vule do l•'ra. din., bondade e amor de nOE,Sa Miie queri-
da N. S.a do Ro~ario clo Fatima, para com Memento, homo, quia pulvis es et in
toe do mundo intoir<>, .unpond0-se a todoe de, fregesia da. Bnrosa (Leii:'.a), escreve pulverem reverteris.
oomo uma. esperança fogueira e uma en· o seguinte: os sen'! de~gruçodos filhos; para que to-
canta.dora. proml'88a. «Como c-onsidero um milag,·e feito por clos quo lenhun, afliçòes, recorram a Eia Ancilla Domini
Por toda n. purto, no velho e no novo Nossa Senhùra do Rosario da Fatimn, a cheioa ·le t·,,nfinn~u, porque Eia. ouve-nos
mundo nas nnçoos cultas da Europa e dn <'lira de meu filho José, de idade de dois npesar rin noli&u indigu1dade.
Tn·e urna gn,ndo afliçii.o no dia 13 de
----:•&-----
A.méri~ e nté nos sertoo,; adentro da Afri- :inos, peço a V.... se digne publicar, se
ca. 0 nns ilhaa perdidas na imcnsidade do achar conveniente, o seguinte caso: Fevereiro c!e Hf.!8. Recorri chela. de ~-
Oceano, 118 multidòee ,,oJta.m-Ee a.nsiosns pa- Meu filho era quebrado desde pequeni- peru nça a miflha Miìe, pedi ndo-Lbe quo Contraria de Nossa Senhora
ra n, terra dns apariçòes e dos prodigi:os, no, o de rnda vez a padecer mais. Era mo ocudisse.
para. a Lourdes portuguesa.. horr(vel ve-lo aofrer tanta dor, que metia
E n Gloriosa Rainha do Céu, que escolhe d6. No dia 13 de Setembro de 1928 indo
~ei o terc;-o e durante a. recitaçao de-
le por tr€i3 vo1.e8, senti corno que um bal-
do Rosario de Fatima
como lhe n.praz os tronos do seu amor e ou e minhn. mulher oom ele n Fatima, samo percorrer-me toda., e presentia o A 15 de J aneiro de 1928, foi cano nica·
da 11u1\ 1111seric6rdin, pa~eoc- compr~ze;-s~ ne~ mesmo dia, pedimos com tanta fé, sorribo da Virgcm, adejando $Obre mimi mente erecta pelo Ex.m0 e Rev.m 0 Senhor
em rlerrnmnr graçns e bençaos prec1os1ss1- que Noss:\ Senhora do R osario de Fatima SenU1i uma olegria tio intima, que niio Bispo de Leiria, a Confrarin. de Nossa l:!e-
m11s sobro os seus filhos quoridos, que pcr- o curou completamente. Desde esse dia, sei exp licn r I nhorn, do R ooorto da Fatima. Até no pre-
tonC<'m a. diver1-ns nacionalidn.dcs e a in- nunca mais. o meu filho pndeceu. Fiz os minbos promcssas, e entra elas sente nlio tomou, ta.lvez, ainda o d&-
T"()('a.m com confinnçn. e amor . Fatima, a Assim como ta.mbém venho agradecer a publicnr a (tl"aça recebido. no dia 13 de aonvolvimento desejn.do por N06Sa. Se-
Jenu;.aJem do Ocidcnte, é cl'oravante, mais cura da minha perna esquerda onde du_ Fe,·ereiro de 1928, para que todos os que nhora, vistos os fins altamente santos desta
que nunca, o p61o mnp;nético da8 a.lmas e ro.nte dois anos sofria duma infocçlio ter- lesbem ei;tas simples frases, mas eternns Confrnrini, c·omo l'0nstn dos estatu tos 1,u-
o cerrtro ne atracçiio clos coraçòes, no uni- rivel que mo niio deixava. governar a vi- ùe gratidào ti minha SS. Miie, a Eia. r&- b~1eadoe na. •V6z da Fatima.» de Fevereiro
Terso ,inwiro. Essa terra, tao pobre e ha da. Graçua a Nossa &nhora do Rosario corram sempre em identicas circunstan- de 1928.
pouco tio dooconhecida., pode com razio de Fatima, fa:wndo a lavagem com a agua cias. Dlii ante o ano do 1928, n receita prove-
.er che.mo.da a Cidade do Rosario, como miracolosa e urna. novena , melhorei por A maia indigna da, tua! filha~" niente das qu6tns o çsmola8 dos confrado,,
Lourd0t1 é chamll{la a cidnde da Im acu- completo.
la.da, e é Terdndeiramente e sera para
'8mpro a uPerola de Portugafo.
Muito tenho a agrndecer a Nossa So-
nhora do Rosario de Fatima t ifo grandes
beneffoios.
• •• entregue, no Seminario de Le1r1a, aoll
membros gerentos desta associaçiio, foi de
A verdadeira razio e a. verda.deira sa.- 1.763$20. A despeza no mesmo ano, com a
bedori a. é o saber moderar-se. impreAsiio de listas, patentes e outrns drs-
l'isconde de J{ 9ntelo Vale do Frndo, 8 de dezembro de 1928» Bouuet peza.e, foi de 1.078$50, ho.vendo portnnto,
I

'
VOZ DA FATll'Y1A 3

•in fa•or da Confrl\ri & um ~Ili lo pc~itil·o lia.J,eito da ()osta Faria, Antonio Fernan- ra no menos duranté o tempo de t éri:.s. - De què?
ile 689,70. Como, scgundo o artil(o 4. 0 clos dee Braga, Maria Rosa de Almeida, Ma- .As prim1cins e ni flores mais lindas - De que? I Destes oxOOt1Sos que faz•
..-tatutos mota.de deste s.ilrlo dern ser l'ia. R01111. de Almeida, Beatriz l\laria da levava-as sempre para as j11rras quo tolo- !sto canso-o, prostra-o. Niio ve corno 88ta
.aplicado 'na. cel<'brnçiio do MissM segundo Conceiçiio, J. Vioento (25$00), Adriano e:ava junto do Sacrario. esfalfado?
-es (ins cla Confrarta., fornm maodo.dos a.o Venancio Coelho, Mo.rinna J.!'ale1ro Meira E a visita nuquele dia. era mu1!> fervo- - ! sto é hoje.
Ex.mo Senhor Pntrinrca. de Lisboa 342$00 Ht:.rminia Forre1ra. Lencastre, Jos~ Augus: rosa
para oorem oelebrnd11tt por seu clero 57 to ~arques e Melo (20$00), Julio Ribeiro - E' hoje, foi ontem, serit amanha e
Parecia que o Jlom .'T0i11s lh,• p11ga.va. todos os dina até quo o médico o pro1ba
missas cln. eemoln. dc 6$00. Os restantes da Stiva., Arm,lnda Le1lt'nstre e Bilva., An~ logo em parto a sua delicndezn.
347$71) ficom ~m podor da chrecçiio para 01ma, Joaquitn Santiago, Elias da. Silva. por completo mas quando ja talvez niio
Mas iis vezes passava-lhe nii aln111 ama tiver reméd io.
fina uteis i\ coufraria, conforme o art,igo Machndo (50$00). nuvem de tristezn. Aquelas plantas a. que
4. 0 dos estn tutos da mesma. De J ornais: Jonquim eia Bilva Carvalho - Vero hoje muito trtiiiica. Deixemos
ele agorn dava tanto mimo, corno baviam esso assunto quo niio i nte101;sn.
Seria mu1 to pnru des(•jnr, quo muito 77_$80; Dr. Sabino Mnrques, 70$00; Zul: de resistir as iotempér ies durante todo
mais pessoas se 111screvossem 1101,ta e-on fra- mira. Galhardo, 70$00; Maria. d11a Dòrea o tompo da SUA ausencia? E quasi cho- -Niio interessa P Pois o senhor niio vem
ria. que tem em v1stn, nao propriamente 'l'avnres de So usa., 65$50; ?.I aria Adelaide ravu. no lembrar-so da maneira coino as a férias para descansnr?
.arranjar drnho1ro, mas sobretudo I\ conver- de Marqucs de Souza.; 40$-1 5; Luciano encontrara, da maneirn como as encontra- - Sim e "ntiio?
aìo clos pec-adorea, o cumprimonto dos pre- Leandro Pfree, 170$00; Eugenia. cl& No- ria sempre no princfpio de férins - co- - E entào é assim que entende ,tee-
oeitos tle Deus e da Tgreja, e a. santifica,- brega., 626$00; l\laria do Carmo L. Bazi- bertas de er,•ns daninhas umas seca& ou- canwir?
~o doo confraclea p-0la priitica. do. Uomu- lio, 21$70 Heriquetn Godinho 40$00 · An- lras qut1si, - t uclo aquilo a meter d6. O seminarista tomou nm ar recolhido
nbiio e parl:l<'ipnçiio d0t, sacrificios, boas tonio Soaree Monteiro, 50$00; Elm1n'a da
obras e morti fwaçòes do~ doentinhos. Esta
actunlmente, por ordem do Ex.m 0 Prelado,
ICruz Oort.e, 150$00; T' .(' Evaristo Carreiro
Gouveia, 60$00 ; Mana 01! de C. Novoo
M ns dumn. vez pnrou na sua Casna junto
dum lincio cra,·eiro còr de rosa, em piena
e gra,·e e retornou-lbo em tom seguro:
- Sim, minha. senhora, eu del!Canso a
florescencia, a. quem ele tirava fo lhas se- trabalhar.
•nca rregn<lo cl:\ ndmini11trnçuo desta Con-
fraria., o R ev.o P .e Ant6nio dOR Re1s-Se-
111inario de Lcina, a q110m podem wr d1-
I 150$00; Julio A. de Ass1s, 50$00; Ameh~
Soares, 61$00; Augusto C'o~me, 50$00.
<'ru:, levantnva. as hastes cufdas e dava urna
,lisposiçiio ngruda voi o elega nté.
- Isso é contra.dit6rio.
- Perdii.o. E' que bn trnbalhos que Ml
fa.zem com tal prazer qne descansamru.
Ergueu-se e fico u ponsativo a olha.r a.o
rigidas as n<'<·l"'-~l\r111s con-e11ponclencias. - - -- - ---·- -- longo umn coisa. qne éle nào fitava, que entregando-nos a eloa.

-----------.
Voz da Fatima
Esmol1s obtldas e11 vtrlas lgre)as quando da dlatrlbulçao ele nem tilo pouco sabia. o que era..
da • VOZ 0A FATIMA•
Toldou-s&-lhe o olhnr e foi-se sent.ar no
banco onde toclos os dins ne crea nças da
doutrina. o ,· inhnm cercar a turdinha.
- ?I
- Este é um rlesses trahalhos. Gozo e
descanso no meio delo.
- DevérasP
Na Tgreja. do SS. Coraçiio de
Jesus, em Ltsboa, por mio da E' qne as plantas do seu jardim fticil- - Devéraa.
Despésa Ex.ma Snr." U. Morii\ l\fntilcle da mento reverdeceriam 011 seriam substituf- - Sim, mue o sonhor confundo o des-
dns mas aquelas do jardirn de Jesus ... tiio canso do corpo com o goso e o prazer da
Transporté . . . . . . . . . . . . 136. 700$98 Cunha Xavior, em J)ezembro cle
Papel, composi<·iio e irnpre..-aiio 1928 .......... . ................. . 26$30 tenrinhàij ... alma. Eu admito que sinta uro pruzer es-
Idem, idem, em J a noi ro de 1920 33$40 Quem as havia de a mparar e defender P piritual mas ha-de conceder que fica f i-
do n. 0 76 (51.000 exemphi- Tanto tempo aem terem quem lhes fa- sicamente can!lltdo.
ree) ... ... ... ... . . . ... . .. 3.052$75 lasso de Jesus e lhes minoras~ a fome
Selos, emhalllgem, t.rani;por- - Fico, la isso é vordade. Mns é tao
de quo ja pegnvum n B('ntir... grande a com;olaçiio que 11into que até dis_
tee, gra,·uras e outras dOll- - O snr. priorg
pezas . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . 885$78 farça o cansaç().
-1\Ias o Snr. prior niio chegnva para

Subscriçào
Amoros no iar~inoiro
110.012 51 I I I
n.s encomendas. Sacrn.mentos, enterros, as
missas ao rlomi::igo e clepois o serviço de
Ah I Se soubeR~e que inl·favel gozo sin-
to nesté hurnildo mister de cntequbta P
Sinto-me padre por rnomentos antes de o
- Padre Nosso .. . escrituraçiio absorv1am-lhe o tempo todo. ser:
- Padre Nosso .. . Era porìsso quo ele o animM·a, e su&- - Padre? Nn imo11:inaçiio ...
j anc irc de 1928 pirava pelo diu em que ·"> vis~e subir os
.. . que estais no céu .. . - Mais. P adre quere dizer pai E eu
degruus do altar pois tencio na.va pedi-lo no formar pouco n pouco na piedade e no
EnVJa.ram dez oscudos para. a ass1gnatu- ... que estais no céu .. .
para. coadjutor. E nào bavin por nli mais conl1ecimento de Oeus estas nlminhas em
ra, anua.J: Clara Mart1n.s de Cui.tro (Mou- ... ~ntificado seja o vosso nome .. .
tinho), Maria Martins A. A.lme1<l1L e (."as- ... ~nntificado l!eja o vosso nome .. . ninguém ... botiio, sinto cloeportar dentro dalma todo
tro, P .e Antonio Doming u.._'tl Nunes, An- ... ... ... . ....... . Ha,•er? hn,•in ... mo s niio queriam. o afecto torlo o amor duma patMnide.de
t6nio Marques Serra, Antonio d'O,iveira Era ja a quarta o~· q~int~ ~·~z ·;;u~·iun- Iriarn secnr nquolas pluntazinhas. e~piritual.
(40$00), .i\l11r1u llenriguet,a, Diat;, J uha. LO dum grupin ho de creançM eia sua al- • E experimN1to 11s graçus especiais quo
Sottomu.1or , Mani\ Gu1lherm1ua. Samp:uo, deia urn seminnristà ropetia as pnlavras
Joana de Meoezes (5$00), Maria do Car- sublimes di~ Ornçao Domi nica l para que da
• • o Senhor porisso me concedo.
E pemmr en qne I.odo~ os fiéis podiam
mo VinhOtl Cabntn 1 Bmilia. Ua.brito, V1oh\ repetiçiio aque.ln.& creancitus acabassem assim pnrticipnr de1>t1i patornidade for-
liii.no. 1-tnllloti Sou.n.•s (20$00), 1rrederico por a aprondet' também. Aquela irleia negra mol o abandonava.
mando as almas para Deus ...
Augusto l<Jp;1·01as (50$00), Maria. d'As- De vez em quundo u111a. la so di ,traf11 la ,de quundo um qunnclo. Ah I Nào queira. tirar-me o enlevo da
•umpçào Quoiroz d'Azevoclo (25$00). M~ :t olhar algum pussnrito que voava ou quo A'· bo ra ,In catcque~ relomava de or-
dinario aquilio semblnnté alegre e desa- minha. vida do férias. Siio 011 mais belos
11111. Gabrie1{L do Souza. e Sth•a, Augusto ali pertinho sobro o.s Jaranjei ras cbili-ea-
momentos eia minhn. vid1L cle cada dia. de-
Paizinho, JOl\,na. Segurado Cordeiro, Sii- va alegremento como a queror orar tam- nuvi ado :i que O!I seus olhos negros e fun- pois da Sagrado. C'omunhao, em que' me
Testre .lkrn arcloe da Custodia Director da hém com a 11ua. voz cristali na e encan- dos imprimiam urna nota de muitn mi>, vejo elel'n<lo a rl1gnulude de cqopera<lor da.
Oasa de Saude, de S. J oào de b~us do Bar~ tadora. guice.
E ap6s aquela. ei;pooio de rosumo I:\ prii- Dinndncle.
:'~· JObefa. C~tanhesra,_ Ma.ria ~an~da l\{~ por mait1 distracçòes nunca dram l sto quant.o a 11tì111.
nsoonool06, 1 .e Jouq,uim J! erreira Gon- <> mestre perder u pariència· nuoca o ~e.n tica. com que elo encerrava a sua ltçào
~alves das Neves, Rosa de Jeeus Loite ro-;to perdeu aqueln. linha ~unve em cu- ia brincnr e chilrear rom oloe. - Quanto a si ? E a 11ua sa ude?
- Sim, porque, quanto a elas... niio
.A.rauJo, Albma. Torres, Manuel Antonio do tanim imen .
Vale Torres, D1onir,1J1. Que1jinho, Genoveva.
I
(20$~), ~.e Uomsng06 José da. (?osta I ja dsta as c-reaoça1, !i8 1>ronùiam e delei-
,
t
~:-iu,vr, e .
A natureza pujanté de vida nos millia-
rais -r-erd&-oscuros de nltivas ban,!e1ra8
erguidns, nos parnpano!> das videiras em-
terin a. coragem de as deixar agora P
- Porquè? Fez algum contracto?
Farinha, Abil Oil Ferriio, J oaquina das Era . por isso que elns progredrn~ a balsando-se ema111nha.damente, no ar -li.i- - Niio, minha senhora. Mas, diga.-me, .....
Dòres Santos Nunes, Olga Pinhe:ro Mor oi- olhos nstos. De semana a ~emana abriam- fa.no que ali e re.'>pirnva, no cantar ar- niio é urna. dor de alma ver um engeita-
ra Ra.agel Agostinho d'Oliveira Coneia. ~&-J.h~ denot~ nc.vos ltor17c,n tes pelo cu- gentino e <;onoro que irrompia clenire n.s dinho? Pois estaa creandtaa serinm Ullll
• Sa., .l\fu.rfa. Cnrneiro Lopcs Ma.rtins, Ma- 1~~ec1me n~ .,u m,, s nlg 111L1a . ,erda?e cup terra.a - conviclava a enquadrar-se e cnn- engeitadinho!> espirituais. Nii.o, niio pos-
na Amalia Pirea Carneiro de Abreu lor~ula cu1·1,L.l<h·i1,1,•11_M ..,,,.11C'adu ole Lhf's ta.r e gozar e folgar também. so deixa-las. Bem baata que o sejam du-
(~0fOO) Mario. Martin.a Moreira. de Cu- a f1xn.nrlo ·1, memo1·1a . E ele snbendo que !ho niio proib" a a ranté o tempo em gue estou no Semina.-
tro, Marge,ricla Lopl'S cla 8slva (20$00). I Aquele 6 rup1:11u re11.n1•lu n~~lm . em virtude desde quo o fizesse no Senhor, rio.
Ma.rin. José 8 Ma,; 11 J ul iu. Ueu nques, ,·olta ùo seu mestro faz1~ evocar a 1ma- acorria. preSllu~oso ao chnmomento da na- Que tristéza. niio bavor nqui ninguém
M:aria. da. Luz P ercira. Rodrigues, Amelia g?m suave ·]o J esus Mo111no entr:1 oa mc- tureza.. que queira colnborar com os sacerdote.
Bra.ziio· Mnchado P.e Daniel Cn.rreira. Ra- mnoa da sua terrn 01;1 mn1s tarrle d1;1ran- Folgnva tamh6m ... dando Jesui; lis nlrnas I
na, El!DliM du. cJruz Corte (50$00), Mai·ia te o te~po eia. sua v1dn puh!i,·..t eni;.m:rn-
Olimpia Margn.ritùi Rito. dos Sautos do os d1!lefpulos. • - 1\-Ias entiio que é preciso para. ser ca-
(20$W), Elvira do <.:arvo.lho (20$00), Mar . Dir....'-6-hia que _o brindo npen:ts r,ara -i • •
ria Eduardn. Vasquoe da. Cunha. de Len- v1d11. _ aquelas nlm1tas <'mbnlqàsnav~m JB. o tequista?
caatre Joaqim Pere1ra. , Anibal Mata. a.mb1onte com o seu todo de mO<'ent~ - Uro nadn. C'onh8C'er bem a. doutrina
Foi asr.im que, creanço. entre os crean- cristi, senti-la, vive-la.
(12$00) , Armanda. Med in'a, Maril\ da. AB- ca ndura. _ . ças - o foi tlncontrnr uma senbora do S<!U
1umpçiio Souza. .P1nto, .Ana. da Costa., Lu- E o eoraçuo 111-se poulO a pouco abra- lugar e que as rnzes gostava de trocar - Pois bem, com a ajuda de Deus ou
crecia de Jesus Leitiio (20$00), Rooa. d 'Ol'i- sando em nmor por aqnelo J esus '.le quem impre!l.~òes com ele. vou começar a ensinnr o 1,eu grupinho e
Yeira Miranda. (15$00), J OtJé Lourenço o jovem mestre debrnndo por vezes a ari- continuaroi pelo ano fora. Ma_,, o senbor
Naquele dia viera. mais redo. Fora sem vai dl!8('a nsa r.
Ferniio P1res (20$00). Luizu. Guimariies, dez clas f6rmulas lhes fnlnva longamonte dizer nadl\ até ao seu locnl favorito onde
Antonio Joi:;é Rodr1gues Per~1ra, Mnrgari· E corno ;.Je falnva I . - .Agora sìm, com muita. p<'ne. e pra-
a famiia di!>Sera que èle estava a enainar
da Martins (20$00), Carolina. cla. Silva Ah I Entiio niio ho.via. distracçòee. Ena- a cloutrina.. zer: pena de 0b a.bandonar, prazer de
Oliveira (20$00), Perpetua. Furtado Perei,. morndo por J8ilus enamorava d'Ele tam- cbamar urna. alma. a eete apostolndo.
- Dela doutrina, si,n senhor I... Ora Mas rescansar por um pou<'O 11penas a
ra d06 H.eis, Venrna. Alves P eixoto, Berta bém aquelns creancinhns a quem parecia assim é quo é ensi nar I. ..
Pert1ira. Teixeira. do Ai'tncida. (20$00), Mn.- sempre curto o témpo desses entreteni- ganhar novos brios para a minha futura.
-Tudo 6 preciso, miobn senhora, dis vidi\ sacerdotnl.
r.ia. Loreto Sara1va, Carlota Cardoso de mentos.
Almeidl\ Vaz Prnto Geraldee, Ricardo Asism é que mal bolbuciuvam ainda. o
èle vi ndo-lhe no encoutro parn a. cumpri- '
me ntar. Da-me liconça que despeça 11, mi-
Ca.rclOl:IO de Almeida., Antonia da Conceiçào T'adre Nosso ~ ja cons.eguiam estar de--
Evariato, Ge rtrudes Rogo Cordeiro, Julia votamenté dea nté do Jeans Sacramenta.do
nha pequenada? •
Eliza .l'into Valenté, Mnria. d._:18 Dòres que sabiam esconder-se por amor delas de_
- Como quizer. Mas a miro niio me in-
comodapi. A té gosto do os ver brincar.
• •
Ferll?-ndes :i'edro~, Assumpçao Lucas, baixo dns aparencins daquela ostiazinhn
- Ja brincamos muito. J a la viio seis anos desde o dia em que
Anto10 Gorc1a, .Msguel .Antunes, Ernesto que as pessoar, grandos iam receber. E se pa-ssou eflta. scono..
da. Cunha._ .Arauio, Amel~a. da .Cunha B_r0- anelavam ja com toda. a força do seu c<l- - Pareco-o. Pela maneira corno eata
O semino.rista cle entiio é hoje sacerdo-
ehado, Joao Honr1que d ArauJo, Gualdrna raçiio virginal pelo dia om que O irinm r.uado. te e trahalha com afinco e cre.,conte ardor
de Quciroz (29$00),. P.o .Ben_~ da. Si~va também recebor. - Podem fazor fnltn aos pais. Faz.-se
noité ; é proci~ que eles acarretém lenha no grande ohra da cateq uese na sua fre-
Bravo, l<'ranolSCO Pmto, Ab1ho Mart1ns guesia, convencido de que é elo. a primoi-
e agua. para a cosi nha, niio é P
doe Santos P .o Miguel Jorge, Antonio
RodriguCB Coelh~. Manuel Antonio Ribeiro
• E voltando-se para os pequenos que ti- ra e 11111is urgente obra pnroquio.l.
(20i00), Elvira v 1dal Pnulioo, .Alcina Jte...
• • nham ficado quasi parndos na ausencia A s1> nhorn, 0t!lla la continua. na sua fai-
go de Bourbou {Lindoso), :;'mili:i. l\Ioita do seu chefe: nn, ~rn to. ao Senhor por um dia Lhe ter
De onvolta com &tas t.enrn<i 11lnntas do - Podem retirar-r,e. Viio direitinbos a feito encontrnr o meio de, entre flores,
(15$00) P.e Manuel .l!'ranrisco dos Sao~
toa, Albino Cardoso, Ernesto C'ardoso AI- jardim de Josus esta.vam por ali em vnsos casa e viio dci,iressa. Até amanhii. se Deus com trabnlho aturado ... e abundantee con-
Yee, P.e J oaqoim Gon~-ves Oins, P.e Jo- e pela terra muitas plantas dum jnrdim- quizer. solnçòes, o poder servir mais perfeit..-
mente.
eé de Ceiça, Amelio JJuarte de C'nrvalho zito que nas horns vagas o seminarista. ia - Até amnnhii se Deus quizer.
(20$00), Ma.ria Otilia Rocha , Manuel rr- cultiva ndo. Que surja.m imitadorll6 naa mais pe-
bano Alves (15$00), Ma.ria Emilio TCJxei- Bentin-ae bem ocupando o tempo oei- • quenas e humildes aldeiaa corno uos gran-
n, Mo.ria. Rodrigues, '1elm1ro Pinheiro rla. tes espairecimentos o ora. com p1·a1.er .:pie • • dee centros para. levar JOliua aa ol111as de
Fon8'\Ca., Adelaido Sofia Preg<> L ira, Julio via crescer, dese nvolver-se e fiorir cada tnntas crea.nças e tantos ndulto3 11ue O
Padrio, Maria d11 Maga 1hii-,s n1hroe, Emi- uma clas pianta& que ole puzora ou cuida- - O Senhor o rrep<'nde->18. I niio conhecem I
4 VOZ DA FATIMA

Cuidado! .. . trw aborrecidoe e desprezaia o seu amor. O que é certo é que dentro em pouco,
E nio ha na.da que mais doa do que as- de louco corno eia suspeitava, eeu ma.rido
ta folta de gratidiio, de indiferença, des- pa.recia agora um santo, pois nio sahia
guesias, inteiras, onde quasi ni• ba fa-.
milio. onde se niio reze o terço em ce-
ro~, 11obretudo no tempo em qu• os ser-
O ccEl Dio de Palencia» trouxe a. 98- prezo e quasi bostilidade. da suo. boca nma palavra inconveniente. viços agricolas siio menos intensoe.
guinte narraçao, feita em euas colnnas Tu, que tanto.a vezes tens sido ca.usa A' ido. e volta do tra.balbo e aU d11_
pelo Dr. Pinel de Arrila: das dores e 'anguetias de tua esposa, es- rante ele, la pelo meio dos ca.mp011, ba.
uEmquanto prégava com ridente entu- candalo de teus inocentes filbos e assun- muito quem o reze.
siasmo o sacerdote palenLino P.e .Joao
Martin, deplorando amargamente oe fre- Em face do pecado to de conversa para teus vi.sinhos, ~a.o
preci2ae de roinper os bolsos com pedras.
Talvez dahi venha a manifesta proteo,
çio de N. San.bora é. nossn. querida Pa-
quentes e gravee pecadoe que se come-
Todos apostolos Basta que façns uma. confissiio nos devi- tria e o seu apa.recizn.ento aos pastori.

---
tem hoje, particularmente com a blasfé- dos termoa e seras a alegria. do lar do. nhos d 'A ljustrel.
mia e a profanaçao dOB domingos, com
o luxo o a imodéetia do traje daa senho-
ras, quasi nuas nas igrejas, a cor bran-
ca da Santa ima.gem de Cristo in-se mu-
lha., religiosa clarissa)
«Neetes tristes tempos ha como que
mestico, cuja. honra, bem estar e reputa-
(Carta de M. Leon Harmel a suo. fi- çii.o dependem do ten procedimento

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- AMISSA DUM SANTO -
.dando em pardo escuro e exactamente um d_iluvio de pecados que cobrem a.té
•o momento em que o pré11:ador pronun- o.a m&1e altas montanhas.
ciava o. fra.se comum, isto é, que um cen-
timetro ,naia de decote e wm cenUmeh-o
Tu entro.ate na arca e eu aqui fiquei
no meu pobre Ollquife.
omlstério da solidariedade Levaram um dia a S. Filipe Nery
quatro judeus para este os converter.
,nenoa de saia condttuiriam um ofensa
cio pudor pu,blico, punivel pelo c6diao 'pe-
Tu esoolheste a melhor parte e a mais
segura.
humana O santo acolheu-os com muitas cari-
cias sem lhes tocar em religiao.
•al, a cor do. imagem tornou-ee quasi Estou no meio do pecado vivo a lutar Nos arredores d'urna cidade, depois
preta. e produ!.5ÌU ao redor de si tamanha. Passados alguns dias pediu-lhes
e a ser vencido. O men co:açao esté. nu-
escuridao que fa.zia desaparecer ae duna ma. dor continua. Nio s6mente o amor
da miua do domingo : que se encomendassem ao Deus de
Jampadaa eléct1jca.s que projectavam Juz nao é amado, mas é a cada momento ul- -A tua vinha esta atacada e per- Abrahao, de Isaac e de J acob para
11obre a imagem. · trajado e cruelmente ferido. dida pelo mildio1 que lhes inspirasse o conhecimento
01 01h01 do Crucifixo continuavam a L uto oontra o pecado, mae alguma9 ve-
\rilbar 'f'ivamente, porém com um sinis- Bastante. E a tua? da verdadeira fé. Depqis, levado por
zee a minba impoténcia me despedaça. - l n f elizmente, muito, tambem.
tro fulgor. E aqueles olhos tao meigos e .As minbas miserias pessoo.is anmentadas um grande amor de Deus, acrescen-
Tesignados, mudaram-se num olhar duro com todas as mieérias que me rodeiam -Ora ahi esta : tu vais a egreja tou: «eu amanhà, a Missa, pedirei
e ameaçador, a ponto de muitos dos cir- constituem nm peeo dema8iado forte pa- sempre e eu nunca e afinal somos
cuneta.ntee romperem em fortes gritos de
por v6s e farei violencia a Deus. • A
ra 08 meus fracoe OJil.bros. perante Deus iguais na desgraça. uma outra pessoa disse ele : «Ama-
perda.o e em pr op6sitos de a.rrepend1men- Esta. é o. raziio porque eu peço o teu
to, ca.indo de joel.hos como se foeseJP im- auxHio. Torna sobre ti o meu fardo. Car-
-Ahi meu caro amigo, o que po- nhi, durante a Missa, vao dizer o
pelidoe por urna força. ocnJta, irresisti- rega-te dos pecado8 que me incumbom a dera é a f alta do cump-rimento dos Blm.»
vel.» fim de que a miseric6rdia os apague. teus deveres para com Deus, ser a Veio o outro dia mas os judeus es*
Porque é que oe ca.minhos do inferno causa da minha inf elici<laile e da tavam mais renitentes que nunca e
vao tii.o cheios P Porque é que os ouvidos tua. até, depois de muitas horas de dis-
da nossa alma estiio tiio dilacerados por
A EUCARISTIA E O CEU medonhas qul'lixas, gritoe de dor reper- Bastam os peoados de alguns pa- cussao, sentiram-se mais finn.es na
cutidos peloe ecos da Eternidade? Porqne ra atrairem do ceu o castigo sobre sua opiniao. Mas, coisa admiravel,
Santa Teresa aparece ao P .e J e- .Jesue Cristo niio tem cooperadores sufi- uma povoaçfio. durante a Missa de S. Filipe Nery,
ronimo Graciano no 1. domingo de
0 oientes. Nii.o ha porta-pecados que che- Neste mundo, o inocente e o cul- sentiram-se subitamente mudados &
guem e nas pra.ias da Eternidade .Jeeue
Quaresma de 1583 e diz-lhe ( é ele estende para os seus fiéis os seus braços pado sfio as vezes confundidos na cheios de alegria, pediram para se
mesmo que conta) «N6s que estamos suplicantea, conjurando-os a vir em seu mesma prova. fazerem cristlios.
no Ceu e v6s que estaes na terra, de- auxilio. Deus da, é verdade, neste mrundo
Temos ser a mesma coisa em pureza Pobrce pocadores I Nao viram ainda a alguma recompen&a a uns e algum
l uz ou, se a conheceram, vioram nuvens,
e amor; n6s, gozando, v6s sofrendo.
O que n6s fazemos aqui com a es-
nuvens das paixoes, nuvens de obsta.cu- castigo aos outro3 mas so depois d es-
ta vida é que Ele dara, e para sem-
Agora, escolha ...
108 voluntarioe ...
eencia divina deveis v6s fazer ahi Quando eu olho para miro meemo, sin- pre, a cada um o que rigorosamen- A doente. -Meu caro doutor, seja fran-
com o Santissimo Sacramento. Dizei to-me cheio de terna picdade para com te merecer. co e avise-me em caso de perigo.
os peca.dores. .Julgo-me capa.z de cometer O medlico. - Nlio me atreveria a di-
iato a todas as minhas filhas. » Esta todos 011 cri)Des que eles oometeram ... zer-lho, mas jti que m'o pede, sarei franco.
-.isao niio durou sena.o uro instante Sem a mio de Deue a amparar-me eu O medico. - O seu ~ é muito grave.
mas deixou impressos no meu cora- terio. rolado noe mais profundos abismos, A doente. - Espero que me dara um
çao quatro desejos: o de conservar a porque, diga-se toda a verdade, en sinto-
mo o peior e mais corrompido dos ho-
OTERçO EM FAMILIA remedio energico.
O medico - Assiro o desojo, e o meu
pureza cla alma e de amar a Deus e mens. Niio é,. pois, de mais que eu me uHa anos (diz Braz Alves, cita.do pelo primeiro conselho é qne se confesse.
ao proximo, o de sofrer por J esus consagre à salvo.çiio dos pecadores para .Mensaoeiro do S. Roaario, de Ubera.ba,- A doente. - Entìio parec&-lhe que iato
Cristo e o de louvar e honrar o San- paga.r a minha. divida de gratidlio a Minas-Brazil), quando em viagem pela est& perdido?
tissimo Sacramento. Dens, meu Salvador. Belgica. - tive a oportunidade de me hos- O medico. - Perclido nao, mas ~tn em
Estas quatro coisas teem sido pa- Umo, alma sal11a, , uma fl6r que du- pedar em casa de urna do.e familias mais gra.ve perigo.
rante toda a eternidade encantard o& ricas e nobres duma. importante cidade. A doonte- Olhe, doutor: isso de con-
ra miro, desde entao, a fonte de um olhos e o coraçao do Muito-Amo.do. Depois do almoço, disse-me a dona da fissiio, tanto se me da corno se me deu .
grande bem. Tu nceitaste eeta missii.o, minha filhi- cnsa: uSen;or Padre, a nossa ceia. é as Para mim todas ns i.-eligioes siio boae.
nh&, e queres (niio é verdade?), dar-me sete da tarde, para o que V. Rev.• nos O medico. - Niio quero ngora. di.!-Outir
••• todos os teus bene presentes e futuros dara a honra do. sua presença. Um quar-
para os meus pobres, muito amados, 08 to de bora antes da. se nm sino.I com a
isso. Olhe: aqui tem urna lista de reme-
dios. Faça. favor de escolher, e com ur-
(A missa ao domingo, operarios da fabrica, à sa.lvaçiio dos campa.inha, mas V . Rev.• nii.o precisa de gencia, o que lhe parecer melbor.
quaie Deus legou a nossa famflia e as se incomodar. A doente. - Escolher? Eu ? Mas corno
para muitos crista os) n0St1as vidas. Faz propaganda e trata de E' o sina) para o terço que, todas as bei de sa ber o quo mais me convém?
me arranjar para-raioe, di11:o, pa.r a-peca- tardes, costumamos rezar em coJDnm com O medico - Ora, adeus I Escolha UDl
Ha, por esse mundo além, pessons que dos, porque tenho uma carga imenea de- todas as pessoas de casa.11 qualquer, porque se todas as religioes ~o
pensam far.er um grande Jcnior a Deus les a dividir.» Eu porem - continua o sacerdote - ao boas para a sua alma todos os remédioa
indo passar uns escassos vinte minutos
à igreja. ao domingo, à hora da Mis1m
rezada.
Ha, entro éles, mnitos que nào fazem
aenhuma ideia. do que se passa oa sua
presença, nem do qne seja a MiBSa. Vém
Obolso de pedras
ouvir o toque da campo.inha, nii.o pude
1osistir ao desejo de assistir, nqnele ter-
ço em fnmilia e dirigi-me para a sola de
janta.r
Es·pectaculo edificante!
Lt\ estava o rico e nobre senhor ajoe-
A um blaafemo e praguejndor que niio lhado, tendo a seu Jado os filbos. La es-
---
devem ser bons para o eeu corpo.

LIVROS PROIBIDOS
Pedro - Iato de prohibir a leitura de
por uro 1Jelho hdbito, tal qual corno iriam cortoe livros e pol-os no inde::r: é urna
nchava meio de emendar-se, mandou o tava a dona ila cMa ajoelhadn com suas
à feira ou a casa duma pessoo. estranha. barbaridade incrivel e uma ofensa sem
Passnm todo aquele tempo a pensar confessor que, por cada praga ou obsce- filhas.
nidade que vomitasse, metesse uina pe- nome à. nossa l ibordade natur al: Se eu
nos seus neg6ci011, a olhnr e a conversar. La estavnm os creados e creadas to- fosse Pnpa. a.cabava com tal pr ohlbiçiio.
Outros, conservnm a.i nda uma vaga dra no bolso. das, excepto o.penne a que tinhn de pre-
Aceitou o bomem a penitencia e tratou parar :i ceia. .Jolio. - Da-,:ne lioonça para e&te ofe-
lembro.nça do que aprenderam nas ins- recer este i vro a sua fil ba P
truçoes do ca.taciamo e desejam cumprir de a cumprir. O nobre senhor reza.va o terço adean-
Mas tantas eraro as pedras, que os te e os outros rcspondiam ero coro, devo- Pedro folboia-o e acbo. qne é obsceno.
um acto religioso. - Como se atreve o senhor a propor-
Mas que desdenhoso desleixo 1 bqlsos ja nii.o resietiam. tamente, corno fi lhos do mesmo pae do
A mulher que todos os dia.e tinha de Ceu nii.o obstanto a gTande diferença de -me urna coiso. destas?
Chegn-se o maia tarde posaivel, nem J oii.o - Da-me licença para ofei:ecer es-
livro de oraçoes nem terço. Ajoelha.-se remenda-laa repreendia o mo.rido que jul- posiçiio socia I.
gava tivesse perdido o juizo. te livro a sua filha?
um instante à elevaçii.o, mais vezes com Eu ta.mbem me ajoelhei e rezei junta- Pedro folheia-o e acha que é obsceno.
um s6 joelbo que com oe dois, na posi- «Cala_t~ (dizia. ele), eu bem sei o que mente. E o que senti em minha alma,
faço.n oonte niio posso permitir que ]eia taes
çio mais indelicada e desrespeitosa pos- durante essa orac:ii.o, impossivel é descre- porcariru..
eivel. Outro dorme ou examinn curiosa Como se depreende, a resposta nlio ex- ve•lo. Somente posso dizer que aquele ter-
.Joiio - E entiio queria que o Papa,
e minuciosamente todoa os que entram plicava no.da e a :inulher cada vez esta.va ço o rezei bem, r ezei-o fervorosamente
que é pne Pspiritunl de todos os inocen-
e aaem. Faz-se barulbo, escarra-ae, mos-
tram-se ainais de impaciencia. e de nbor·
recimento. E corno nlio 1.eem nada que
dizer n Nosso Senhor, mnl o ultimo evan-
p:elho começa id ele3 estao /ora da iorefa.
mais convencida da maluquice do mo.rido. pelos meus paroquianos, e pensai comigo
Nesta convicçiio narr ava a sua desgraço. se eu soubesse que em todas as familiaa
lis vi.<linhas, pois que o marido todos os da minha paroquia, todas as noites, se
dias lhe trazia para casa os bolBos cbeios reza.va o terço om comum e tiio devota.-
do pedras. mente corno nesta familia, creio que eu
.....
tee, o permitisse P

Vaictaàe é seguir os apetites da carne,


Pobres cridtlios I Que va.lor pode ter dean- Mas o que mais a preocupava. era o seria o mais feliz dos parocos. e deaejar o que depois ha-de aer motivo
te de Deus uma J\fissa. ouvida ll8Sim P fim de tal misterio. Belo exemplo, sem duvida I UJDa. fami- de arrepenctimento e grave castigo.
V6s todosl. que lérdes 81!8as linhas, exa- "Quem sa.be (dizia eia) se ele Dii.o tera lia. sincera.mente catolica sobre a qual Vaidode é eaperar e rleaejar vida lar-
minae se na.o tendes a.lguma falta seme- a intençiio de in.e fazer pagar as arrelias bao de descer em abundancia a.s bençii.os ga, e cuictar pouoo de que aeja b6a.
l hante a pesar na. vossa. consciancia e que lhe tenho causo.do durante tantos de Deus, pois é impossivel qne o Cou n io Vaidacte é s6mente atender a csla vida,
lembrai-vos de que o sacrifkio da Missa anos ! ... » se comova. a vista do espectaculo conso- e nllo pre'llenir para a fu,fora.
é o mesmo da cruz e que emquanto .Jesus Observou, porem, que as pedras come- lndor duma. familia inteira diaria.mente
88ta no altar a imolar-se por v6s, m<ll!l- çava.m a eer menoa e iam diminuindo gra- pr ostr ada em fervorosa e santa ora~io.» Muito oòra quem ,nuito ama.
t:raes v6e que, longe de 1h 10 agr adecer , dualmente. Refeita do eusto, contou as Graças a Deus ha. em P ortugal, e elD Muito far. quem t'Udo taz bem.
•ilo s6 lh'o nào · agradeceis mas vos moa• vizinhas que seu inarido ia melborando. especial na nossa Diocese, muitas fre- (Da lroitaçiio de Or~to)
'
A.:n.o V:CI Lei.ria., l.3 de lv.1.a.rço de l.929 N.0 7 8

(COA-\ APROVAOÀO BOLBl!!!UA.8TICA.)


Dire.tor, Proprietari, , Editor: - Dr. Manuel Marques dos Santos Ad11ini1t11d1r: -- Padre Manuel Pereira da Silva
Composto e Impresso na Unii.o 0rafica, RII d1 Santa 111111, 150-152 - Llsboa. Redacçllo , Admlnlstraç/Io : Semlnàrlo de Lelrla.

.CRÒNICA DE FATIMA
pérola do P ortugal. Irmiis na iclacle, pois tiro ospiritual, corno preparaçiio para es- ray-Ie:Moninl, pede instantomente a ora-
Avlda religiosa nos santuarios nenhuma tem ai nda trinta primaveras, sa. ,·iogem de Fé e peniténcia, que para çiio, a. renuncia, o sacrificio, em expia-
N~ dia treze de Fe,·ereiro ultimo,
pareoom 11er também irmis pelo sa ngue.
Urna delas, sc,b1inha dum dos vultos po-
muitas almas costuma ser o pr6logo du-
ma onchont.e do graçns e bençiios celes-
çiio de todos os crimes quo se cometem.
Ai de n6s, Bf> niio apnrecerem almaa pu-
/
-meroè do tempo agreste e chuvoso que Htioos mois t>minentes e mais prestigio- tes. C'onhecendo molhor a Dous deede ha ras e generosas quo !le ofereçam a. Deus
fazia, a.. c:om'}moraçiio offoial das apari- sos da noss1i r1itri11, ja fnlecido, recebeu um ano e I ecebendo-o tom frequencia. es- pnra so consagrarom a obra necessaria
-çoes e dos suC01>-'ios marav11hoi,os realtzou- urna educaçiio e,m1eradissima no scio de condido no sen Sacramento de Amor, es- urgente o inadiuvel da rcpnraçiio das cui:
.se, pela segunda •,ez, om re,••nto fccha~:> sua familia, cu ltivando e desenvolvendo sa alma extrnordintiria, alma de aposto- pas ! Ai de n6s, se, num dos pratos da.
.sendo a ultima. no. linda o va~.:a ;g1·ojn a primor os ~ingu lnrO!I dotes de inteligen- la e de s:rnta, que em tiio pouco tempo balança. da. Justiça Divina, vitimas mui-
da Penitenc1,ui1. O t•,1ie11rlario E>clai1ias- cia. e de coraçiio que Deus lhe prodigali- adquiri u um c·onhecimento tii.o profondo tas vftimaa volu ntarins, niio forer:i lan-
tico marcava uésse dia a ,,uarca. feira de zou. liu, ponro mais clum ano, p rostrada, dos cnminhos mnis clificeis da vida ascé- çar o peso dns suas renuncias dos seus
Cinzo. O 1,om festivo dns solenidados tra- de joelhos, no solo hemdit,o que a R ainha tica, ancein lor subir cada vez mais na sacriffoios, :!as suas imolaçòes 'compensa-
dicionais oaanva-so adm1rnvelmonte bem dos Anios sngrou com oR seus pés virgi- cscala eia perft'i~·iio espocial a que sente doras I
<:om o roxo do~ paramentos lit11rgicos e nais, diante do Di vi no R ei de omor es- Dem, ch:unn-la amorosamente, sem que
oom o ambiento do suave triste~a que as
preces e os rito!< da l greja criavnm en-
tio naquele locai bemclito.
Nossa Senhora de Fatima
Va i comoç_ir uma das quadras mais
importantes do nno religioso, o santo
eoPapa-Rei
tempo da Quaresma, quo nos recorda os Quando o ultimo numero da 1<Voz da
quaronta dias que J esus passou no de- Fatimau, na sua crouioa do dia treze de
serto, ornn<lo, jejunndo e triunfando do Janeiro, inscrio, sob a epigrafe «Fatima
demonio. E' um tempo de oraçiio e de pe- e o Sumo Pontffice", a. consola.dora noti-
nitencia, é umn épocii do roforma e de eia de que Sua Santidade o Papa Pio XI
santi ficaç:lo. felizmento reinnnte, em audiencia conOO:
Eis agoro. o tempo favoravel, eis agora dida. aos alunos do Colégio Portugues em
os dias de salvaçiio, corno proclama a Roma, a 9 do mesmo mes, oforecera ~ ca-
lgreia, sen·indo-se das palnvras do Ap6s- da. um duns e!'ltampns de Nossa Sen11ora
tolo das gonte:s. Neste perfodo abençoa- de Patima, urna para eles o outra para
do do ano, '>S fiéis aproximam-se mais ve- suas fomflia!-1, com a recomondaçiio de
ZO'i e colU mais fervor dos sacramentos ornrem pelo Papa, mal supunba o articu-
da. Penitén(•ia e da Eucaristia, que siio a lìsta que, a rneuos dum més docorrido o
fonte pereno e i nexgotavel de toda a gra- Sumo Pontifica se voria oingido dum ~o-
ça e de toda. a santidade ... vo osplendor, ii face do mundo inteiro
E ao raiar u estaçii.o encantadora da g raçaR a soluçit0 eia cbamada ccquestii~
Primavera, aR almas, j ti purificadas no romana,,.
<:a.dinho 1111lu Lar eia contriçìio o nutridas Este acontocimenl,o importantfssimo
com· a carne sncrosanLn. do Cordoiro sem talvoz o mais notavo! do século vi nte, p~
mo.ncha, exultam cheins do j ubilo, corno a las suns con~quòncias internaoiona1s
n atureza, que ostenta as suna galas mais • · .... , , Brupo di Ko1ptt1l1lros, do Pollo, qu1 pr11t111m 11lmat11 11111001 aa fitlma, ai p111crtna1l0 •o uo pmado mais fo rmid~veis a mais assombrosaa qu~
ricaa e mais formosas, desab1·ochando em as da propria grande conflagraçao euro-
flores o desentra nhando-se om perfumes, e condido nn H6,tia Snnta e junto da au- 1 por emqunnto possa diS('ernir com segu- peia, representa, na frase de «El Debato"
cantam com entusi11smo os hosanas e as gusta Jmag<'m da Virgem do Rosario, ou- rança se Elo lL quere entro os duros es- de Madrid, um triunfo de ordem eapiri-
aleluias da Resurreiçao. vi u a voz do Esposo ~eleste, convidando- pinbos do século ou entro as flores mimo- tual, uma vitoria do direito da mora! e
Efectuaram-so, 111\ forma costumada, -a para as mlpcias mfat1e11s da dcla reli- so'i do claustro. Como sncedia h a um ano do bem siìhre todos os interesses da. ma-
as duas procissòes para a copduçii.o da ve- giosa, quo é o P arafso na terra. A Iuta com a sua ditosa companheira de viagem, téria e da força.
neranda Imagem de Nosaa Senhora do Ro- intensa, quo dt'sde esse momento se tra- , t rava-se agor.i tnmbém na sua bela alma. O Vigario de Cristo na terra ve reco-
sario da capeln dns Apariçòes para a igre- vou entre n s ua c:onsciéncia e o seu cora- um rude combate, llJO.S a rectidiio da suo. nhecida por o,;ta forma a plenitude e om-
ja da P enitencinria. e reconduçii.o da mes- çao, te,·e 11or op flogo a vit6ria da. cons- consciéncia liom formoda e a generosida- nimod1i indopendénci1i do seu poder es-
ma Imngem dn igrejn para n capela. ciéncia, que sobrepoz a gloria de Deus e de do seu ccrnçiio bom e p1,1ro biio-de piritunJ, depois de cincoenta e oito anos
A missa do~ doontes, cujo numero era os interesses superiorE>S da alma as van- tri unfor de todos os obstliculos, para. que, de cativeiro volnntario no palacio do Va-
muito reduzido, foi cclebrada ao meio- tagens que o mundo oferecia o as conve- se o cho.mamento do Senhor se fizer ou- ticano, corno protesto contra. o esbulho
dia solar no nlt1ir-mor da igrejn da Peni- niencias da famflia que, dando um dos vir clar11J11ente, dela se possa. dizer o -que, violento dos Estados Pontificios, defi niti-
tenciaria. sous momhros ao serviço do Senhor, sa- no doce renmnso de Behinia, o Divino vamente consumado pelo a;overno italia-
Prèp;ou no fim o rev.do d r. Marques be que, lon~o do o perder, assegura mais Mestre disse a San ta Ma rtn a respeito no com n tonrnda. de Roma em 20 de Se-
dos Santos, professor no Seminario de oficazmentc- a sua possa e 1itrai siìbre si dc, sua irmii.: «Maria escolheu a melhor tembro de 1870.
Leiria o cap3liio da As.soci1tçiio dos servos as mais prociosa11 bençàos do Alto. Nova- parte, quo nùo lho sorti tirnda: Maria Mussolini, o grande g6nio que salvou a.
de Nossa Son horn do Rosario de Fatima, monte de volta a Fatima, agradece com opt ima11t partem elegit qtuie non aufere- Italia do cnhos polftico e socia! em que
que tomou pom tomn da sua instruçao o mais vivo reconherimonto a graça da tur ob er11,. so debntia, proclamn no dia 11 de Feve-
a. n80<'ssidade do arropondimento o a pni- vocaçao, que J esus U10 outorgou [)elas Como proc-lnmava Victor Hugo, na ca• reiro, em que os plenipotenciarios da.
tica da vi r-tude da ponitoncia, recomen- maos do s u1L augusta Mite, e o ulegria mara clos deputaclos de ]1'mn ça, é neces- Santa Sé o do Rei do Italia a~sinnm o
dada pela l:lantissima Virgom aos pasto- quo lhe inunda o oornçiio reflecte-se no sario qne haja almas que orem por aqu&- memoravol aciìrclo na snln dos Pupas de
rinbos do A ljustrel e oncarocida pela seu rosto, «onde, segundo 11 frase expres- las quo nìio ornm o quo expiem os peca- S. Joiio de Latriio, quo ué um dos dias
Santa Igrojc. nas diferentes pa.rt0t1 da mis- siva dum g rl\nde apostolo de Nossa Se- clos individuais e as iniquidades colecti- mais feli1.es da sua vida es~e em que levava
sa e do oficio do dia. nhora em çnrtll quo esoreveu ao nrticulis- vas com a suu vida de virtudes e de sa- 11 paz definitivo no povo italianoll. O mi-
ta., aquela criatura pri\'ilegiada parecia crificios, impodindo, e-omo ou tros tantos nistro da Tt:Hin junto do governo portu-
trazer todo o C6u na alma". piira-ra.iO'I, quo a Justiça de Deus se de- gue!I afirmn. que cc116 por 11i asta data per-
Duas almas aos pés da Virgem .A outra Fonhora, cliplomada por urna
das nossas Universidades, onde conquis-
sencadeie inexoravel e subverta totalmen-
te o mundo.
ma.necera l'm evidencia ontre aque1as que
marcam novos pn..qsos no cnminho dos po-
Duas sonhoras piedosas de Lisboa, em tou O!! louros das mais olevados classifi- Em todns as gruncles revelnçoes eia his- vos e das i nstituiçoesn. O nosso ministro
piena florescencia. duma juvontude radio- caçòes, figura de dcstoquo nos cenaculos t6ria, om t>ellevoisin, ero Pontmain, em junto do Quirin11l dedara que «como ca-
sa. e bela, movidas pela sua acrisolada literarios tla capitai, visitava pela pri- La Salotto, em Lourdes e, mais recente- t6lico, corno portu1,tues e corno nacionnlis-
devoçiio a Rofnlm do Céu, partem, alo- moira vez a. Lourdes portuguesa, tendo mente, em Tt'atima, a Virgem bemdita, ta, sento grande satisfnçito pelo feliz tllr-
gres e felizes, em demanda de Fatima, a feito, durante oo dias de Entrudo, um re-- corno o Sagrado ('ornçiio do Jesus em Pa- mo dn. questào romana, classificando-o
2 VOZ DA FATIMA

como um dos maiores fa.ctos da hist6ria declnrado terminant.emente quo nao que-
ria ir a. mais nenJmm médico.
As CuRAS DE 'FATIMA,
do mundo e da graças a Deus por lhe ter
permitido viver para nssistir ao de88nro- Podo calcular o meu Amigo o desapon-
lar de eoenll.8 inolvidaveis». O ministro tamento em que :fiquei, depois de ouvir
da justiça do nosso governo frisa, que as opiniòes de 4 médicos reputados os
«esse acontecimento é da mais a lta im-
portancia. historica, quer seja considera.-
-------:---- mais ha.beis e inteligentes, os quais eram
unanimes <'ID a.firmar que a doença niio
/
do sob o ponto de vista exclusivamente tinha cura, demonstrando nlém diBSo co-
Cegueira. começou a sentir desapa.recer a vista len- nh~la a !undo, porque eles pr6prios
italiano, quer no ponto de vista interna- tamente, bem corno uma fraqueza geral,
oionalu. descreviam e>s seUB sintomaa mais insigni-
Maria Augusta Dlas, de 50 anos, mora- que a impedia de trabalhnr e que nos obrì- ficantes ·com uma preciaiio matematica,
Os grandes orgaos da imprensa em todo gou a acordar no. sua ida. a Lisboa, no in-
o mundo enchem a.a suas colunas com no- dora em Alter do Ohlio (Alomtejo), encon- prova evidente que lhe niio era extranha,
tra.ndo-se cega, consultou alguns especia- tuito de consultar um médico especiaJi- nlio é verdade?
tioia.s e comenMrios relativos a soluçao sado nessas doençM. Por indicaçiio de
da questio romana, que, no dizer da listne de Lisboa e voltando desenganoda, Depois de todas estas démarches, s6
recorreu a N. Senhora. da. Fatima." e 6. ter- uma pessoa de nossa familia consultamos nos restava vir novamente para casa, e
uKreuzga.zettu, orgio nacionalista ale- o Dr. Americo Pinto da Rocha, que dea-
mii.o, contribui enormemente 'para a paz ceira ou quarta loçii.o com agua da Fati- foi o que fizemos no dia 24 de Janeiro:
ma, achou-se repentinamente curuda.. confiou da existència da sffilis ,e, tiran- ap6s o quo escrev-i ao meu Amigo, visto
do mundo. do-lhe o sa.ngue para ana.lise, deu forte-
Os governos de todas as naçoes apres-
Eis a c6pia. da carta. esc.rita. pelo Snr. mente positivo, motivo porque lhe co- a doente ter ime.usa li'é com N. S. de Fa-
saram-se a fslicitar o Sumo Pontffice, meçou a fazer o tratamento de 914, dando- tima., podindo-lhe a fineza de me enviar
tendo sido o da França o primeiro quo o Dr. Gama Pinto ao Snr. Dr. Egas Moniz: uma vazilha com agua de l!'lttima, quo che-
-lhe no intervnlo dessas injecçòes umas gou ca no dia 30 de Janeiro. No dia 31
fez, por intormédio do sou embaixador «Easa doente tem atrofia do& nervo.s outras, de quo me nào lembra a.gora o no-
junto do Vaticano. 6pticoa, provavdmente de origem tabica. me. Este tratamento durou aproximada- a noite lavou os olhos com a l\filagrosa
Em Roma, na pra.ça do 8. ,Toio de La- Um do, olho.s e.sta completamente ce- mento une 2 meses, sentindo a doente umas agua, repetindo essa operaçào nos dine 1,
trii'.o, ap6s a assinatura do acordo, mais oo, o outro mal percebe a luz. Teem-l11e pequenas melhoras, o que a levou a vir-se 2 e 3 do corrente; no dia 4 de manh.ii.
de cincoenta mii pessons nolamam com um feito tratamente com 914, bi!muto e mer- a.cordou ainda cega, levou-lhe a crea.da o
entusiasmo delirante o Cardeal SecreU.rio embom para o Alentejo, trazendo urna café a cama. e tomou-o oinda sem ver,
curio. Ainda tem estomatite. . carta do J eferido médico para o sou co-
de Estado e Mussolini e entram na Basi- Veja ae lhe quere fazer alguma.._ coisa lega da.qui, que continuoµ e stiguir a risca mo.e, dai por une minutos, sentou-se na
lica cantando o· Oredo. N as ruas e praças pelo lado souro'l6c,ioo, pelo oftalmo'l6oico as suns prescriçoes, apenas com a diferen- ca.ma para pedir a roupa. no intuito de
da oidade et01·na, realizam-se grandiosas deve perder-ae. a esperança. se vestir e l<•'f'anta.r, e, qual nii.o é o seu
manifestaçoes de regosijo, em quo tomam ça. do 1110 dar as injecçoes nas nadegas, espanto, quando ,•è distintamente a ca-
(a.) Gama Pinto». quando o outro lhas dava nas veias.
parte pessoas de todaa as classes e rondi- ma; pareceu-lhe uro sonho, olhou em re-
çoes sociais, agitando ba.ndeiras da Santa As melhoras que trazia de Lisboa fo- dor e viu tamliom o mobiliado do quarto,
Sé e da Itali!\. Oarta do Snr Dr . .A. Borges de Sousa ram-se dissipando a pouco e pouco, e, a e como começasse a chora.r, acudiu ime-
Os edifioios ptlblicos e particufares ilu- ao Snr. Dr. Egas Moniz, Dir~tor da Con- madida que lhe davam as injecçoes sentia dia.tamente a. cl'Cada quo ouviu da sua bo-
minam as ~uns fachadas. Na praça de S . sulta. de Oftalmologia do Hospital de S. faltar-lhe a vista. ca o Mi.lagre, indo a seguir c·hamar mi-
José: .A ultima injecçiio foi-lhe dada no dia 3
Pedro, a maicr do mundo, os regimontos nba mulher que ainda estava deitada, que
do exército italiano e as legiòes do Z.'a.s- «Lisboa, 12 de Janeiro de 1929 de Janeiro p. p.do, sendo a que lhe fez por sua. vez me mandou cbamar a mim no
cio apresentam armas, ao mesmo tempo pior, porque lhe roubou mais um grande escrit6rio, &onde j:i me encontrava, comu-
que uma multidiio de dmo·,entas e cincoon- Meu ca.,ro Egas Moniz bocado de eia.rida.de nicando-me a boa nova.
ta mil pessoas se prostra de joelhos sob Entretanto, tive quo sair para af no dia Cakule o meu Amigo a alPgria que se
D. Maria Augu.sta Dias tem uma atro-
uma chuva torrencial, quando Pio XI do fia praticamente total daa dua.s 1)1.1,pilaa.
12 de Janeiro p. p.do, depois do que fui apoderou de n61- todos, e, que contraate
alto da loc,c,ia exterior da Bnaflica de B. O ezame dos olho.s aponta fo-rtemcnte
a. Figueira da Foz, Barquinba e Abran- com a. tristeza atraz descrita, que por ser
Pedro, da, pela primeira vez, depois do partalus. tamanha, tambem niio encontro frases pa-
reconhecimonto da sua soberania tompo- O'la:ro que nada. tenho que lhe fazer e ra a. definir.
ral, a bençuo apost6lica '!Wbi et orbi. aconaelhei-a, a procurar o Ec,a.s !foniz pa- Todos estes a.contecimentos a lém de se-
Mais uma vez se verificou a profocia ra ver ae com oa .seus recu-r&0s a anima rem verdadeiros sào bem concludente& e
atribuida a S. Malaquins que, referindo- um, tanto. claros, razao porque autorizo o meu Ami-
-se no actual Pont{fice, diz: go a fazer deles o uzo que entender, o quo
«Pius undecimus, rex Romae · victoria Seu m.to ad.or e obg.do faço com bastante satisfaçiio.
sancta, certissima (Pio onze, r;i de Ro- (a) Borges do Sousa>1. Que devemos pensar dum caso desta na-
ma; vitoria santa, certissima). Honra ao tureza?
grande e imortal Pio onze, o Papa da Outra carta.. Esta é do Snr. Dr. Alfre- Ouvidos os médicos mais competentes,
Paz de Cristo no Reino de Cristo I do da Fonseca, 1.0 .Assistente do Institu- dizem sem a menor duvida. que o mal nio
«Que o Senhor o conserve e o vivifique to de Oftalmologia, ao Snr. Dr. Luiz Pa- tem cura. Começa a. doente a lavar os
e o faça feliz na terra, e o nio entregu~ choco: olhos com agua de Fati.ma, e, pnssados
nas miios Jos sous inimigoeu. apenas 4 Jias recupera a vista. Cada um
,cLuboa, t~ de Janeiro de 19S9. fica no quo Jhe parece, mas, para n6s, a.
Nossa Senhora de Fatima Ex.mo Sr,. Dr. Lu!.s Pacheco
.4. Sr.• D. Ma.,rìa Auc,usta Dias tem
unica explicaçiio concreta Que o facto
tem, é um verdadeiro Milagre. Porta.nto,
Gloria a Deus e Graças a N. S. de Fati-
em Espanha atTofia nos nervo.s 6pticoa com visao aboli-
da. de amb,.s os ladoa. Teve Wauer1nan
ma, quo me trouxe nova.mente a alegria.
ao meu lar, e o socego ao meu eepirito e
Como era de esperar, a Espanha. cat6li- positivo fortemente e fez tratamento mer- au de minha fnmilia.
ca, fidalga o cavalheiresca, nao podia fi- curial po-r iniecç6ea intramuaculare.s e in- MARIA AUGUSTA DIA$ Por oste correio em sapa.rado e sob re-
car atraz daa demais naçoes nos teetemu- travenoaa.s em Alter do Ohfl.o. gista envio a latinha que conduziu a
nhoe d~ sua devoçao para com a Virgem Peço-lhe a fineza de proceder ao e:rome tea, r egresaa.ndo em 16 do oitndo mes, e, agua, depindo-lhe o favor do quando lhe
Bant{881ma, no seu Santuario de Fatima neurologico e dt animar a doente, que es- quando entrai om casa, deparou-se-me um for possivel a enviar novamente cbeia,
onde 88 dignou erguer um novo trono d~ ta muito deprimida. quadro bem triste. Minha sogra tinha ce- para cujas dei.pezas do correio inclue eac.
seu amor para esparzir torrentes de gra- Muito agradece e cu,mprimenta o gado por completo hn umas duas h.>ras. 4850, ja que o meu .Amigo no.da quiz le-
çal! e bençàos sobre o mundo inteiro. A Calcule o meu amigo o asta.do em que fi- vo.r pelo. primeira emba.lngem. Ha aqui
Seu colega m.to obc,.db u m poquenito céguinho a quem demos uma
importante rovista ilustrada «Los santua- quei e enoontrei minha mulher; niio lho
rios cat6licoe», orgao do Fomento Nacio- (a) Alfredo da Fonseca11. descrevo, porque o meu oérebro nio encon- garra.fa da agua Milo.grosa, pedindo a N.
nal de Peregrinaçoea, que so.i mensalmen- tr& tarmos apropriados para semelhante S. de Fatima. se lembre tambem dele coi-
te a luz da I>nblioidade em Figueras (G&- Foi depois d011ta negra desilusao quo o dor. S6 lhe digo que foi hordvel. tadinho. Além desta garrafa outras temoa
rona) , inseriu no seu numero de Outubro enr. 1t{anuel Maia, genro da miraou- Passadas as primeiras horas veio a rea- pedidas e oferecidns, porque rne custa
pr6ximo findo, como ja se di880, um breve lada., em carta ao Snr. Augusto Reis, cçio e a resignaçii.o, e resolvi leva-la a muito dizer que niio e nem tenho cora-
ma11 suculento relato do movimento reli- considerado industriai desta cido.de, bem Lisboa para consultar oe m~dicos de mais gem para isso. O Milagre que houve em
gioso da Lourdee portuguesa. Por not{- oonhecido pelas suaa profundas convicçoes reconhooida competencia em doenço.s de minha casa e do conhecimento de toda
ciu ultimamsnte recebidas na redacçio da religiosas, pedlu que lhe enviaase agua da olhos, o que fiz, saindo daqui no dia 21 de esta gente, e. num instante se espalhou
,;
,,Voz da. Fatima», sa.be-se quo esso orgi.o Fatima. Mal tinha tempo de chegar a en- Janeiro. O primeiro a ser cousultado foi por toda a. vila.
da imprensa cat61ica do reino vis.inho se oomenda ao seu destino r ecebeu o mesmo o Dr. Gama Pinto, aJiéa brusco em dema- Ni:io sou por hoje mais extenso, termi-
propoe ocupar-se com grande desenvolvi- Snr . .Reis o seguinte telegrama: sia, embora seja uma grande competencia. nando por a.presentar os nossos respeitoe
mento, no seu numero do pr6ximo mes de Assim que viu a doenf.e toroeu o nariz, a. sua Ex.ma espose. e demais familia, e,
Abril, de tudo quanto 88 refere aos pro- «Alter do Chiio, 4 de fevereiro. o.gradeoondo mais uma vez a cota parte
e disse-me <:ateg6ricamente quo nio tinlm
d{gioe operados no que ela chama cmovo Minha eogra, acaba recuperar vista. cura, mandando-me para o Dr. Egaa Mo- quo lhe devo na alegriA quo usufruimoa
e importante santuario», fazondo acomp~ Atribuo agua Fatima. Os meus agradeci- n1z, acom'panha.do de urna carta de que nova.mente.
nhar o respectivo relato de numeroso.a mentoe. Maia». junto copia. Disponha do amigo certo que o abraça
gravuras, sendo uma de Ncsaa Senhora de Dez dias depois recebeu-se a. seguinte No dia imediato fomos ao reforido mé-
Fatima na pagina erlerior da capa. (a) Manuti Maia11
carta onde o caso vem detalhadamente re- dico, e, sucedeu precisamente a mesma
Também a notavel rovista domin icana lo.tado: coisa, disse-me tambem quo nio era p06si-
ccEI Snntf88imo Rosario,>, quo 88 publica vel roouperar a vista, e, receitou unica- Nevralgias.
em Vergara (Guipuwoa), depois de ter c<.A.lter do Chiio, 14 de Fevereiro do 1929 mente para doscargo de oonsciencia, umu
dedicado nos numeros anteriores v&rios gramas de iodato de s6dio com agua dea- José Dlas de Almelda, assinante da
artigos a Noesa Senhora do Rosario de Meu pr eso.do .Amigo Voz da Fdtima, natural do Vidual de Ci-
tilada. Nio fiquei conforme com estas
F,tima, insere no numero de Fevereiro Tenho em mii.o a sua estima.da carta de duas opiniòes, conservando ainda urna va- ma (Pampilhoea da Serra), o.otualmente
ultimo um longo e inter08Sante artigo su- 11 do corrente, qne muito agradoço. Os ga esperança, motivo porque fui consul- residente em Frnnça (Sèvres), pedindo
bordino.do ao t{tulo ,1Los Videntes do Fa- meus maiores votos para. que se enoon- tar o Dr. Borp;es de Souza, gue depois de a publicaçii.o, envia-nos daqui o. seguinte
tima», acompanhado da gravura das tres tre de boa snudo, em companhia de sua ver a doente minuciosamente, me di888 carta:
crianças privilegio.da.e pela Virgem San- Ex.ma familia. tambem nii.o ser possivel a cura, mandan- uNo dia 25 do passado més de dezem-
tfssima, e am relato circunstanciado duma Peço me desculpe o nii.o lhe tor dado M do-me novamente acompanhado de umll. bro de 1928, deu-me um a.taque de nevral-
das curas mais importantes dos ultimos minhas noticins em seguida no recebimen- carta para o Dr. Egaa Moniz, a qual jun- gia no braço esquerdo de forma quo a
tempos obtida por intercessio da bomdita to do seu telegrnma, mns, nlio calcula o to, ,e quo nitc entreguei, porque corno mao inohon e ficou tolhida de maneira
Senhora A.po.recida. meu A_migo o quanto me falta o tempo atraiz digo jn. la tinha estndo. quo niio podio. lovar o piio lt baca nem
Esse artigo é assino.do polo rev.do Fr. para tratnr dos meus a68untos pa.rticula- .Ainda nao desiludido com estaa 3 con- vestir-me, completamente pa.ralisada.
Benito ?,fateos, O. P ., de Laa Caldas, quo res, motiva.do pelos imensos afazeres dia- sultas, fui ao Dr. Alfredo dn Fonseca, 1.0 Ora eu t.enbo 1iqui. uma imagem de Nos-
o ano passado veio expressamente a Por- rios que me traz o meu cargo. Assistente ùo Instituto Oftalmologico, sa Senhora dn Fatima que me mandou
tugal visitar o ilorioso Santuario de Fa- O telegra.ma que af r ecebeu foi de fac- homem que tambem goza de urna grande uma fillu. -iue tenho. E' ola a que recebe
tima. to enviado por mim, e, as suas palavras, fama. Fez urn exame demorado aos olhos o jornalzinho e mo manda. depois para
Viaconde. de Montelo rezumiam o acontecimento passa.do mo- da doente, aepois do que me declarou o.qui.
mentos a.ntes em minha casa, o qual pas- igualmente niio ter cura a doença, man- Na miaéna em que me da, lembrei-me
Quanta.e d!zee estive ontre os homens, so a descrevor mais pormenorisndamon- dando-me acompanhado de uma carta de Nossa Senhora., tirei a. imngem donde
fic1uei meno!! homem. te, visto ser essé o 88U desejo. que tambem incluo, para o Dr. Luiz Pa- a tinha e disse: «O' Santa Mii.e de Deue,
Séneca Ha cerca de uns 8 mezos, minha sogra checo, a.onde nil'.o fui por a doente ter olhai corno esta esta minha mlio, tende
• ,.

VOZ DA FATIMA 3

coropa1xao de mim, c11rni-me pelas Cinco soa que niio recebe os Sacramentos, que ro, Adohiide dos Santos Gomes, Maria das -«Senhor, respondou cste pobre ho-
Chagas do vosso l<'ilho Amado, e eu vos Deus nos doixou na sua igreja para nos- Doros Pereira Coutinho Correia de Frei- mem, 6 clarissimo. Desde a rninJ10, infan-
prometo de 1r a Fatima ver-Vos ()1t'1ezar so rem6dio espiritual. tas, Mo.ria. da~ Dores de Orey Pereira cia soj que Deu sé sabio, justo e bom.
uro Rosario de joelhos juntamente com Sem eles ii.io ha vida crisro. Imposai- Coutinho, Maria Cecilia Balmonte Gomes Desde a minha infancia sofro da cruel
minha mulber e manda.rei prègar um ser- vel. Nete, Deolinda da Silva. Gen.rinho, Maria doença que me tem devorado urna grande
miio». Rita da Conceiçao, Maria Geralda da Luz Pe- parte do c·orpo. Sempre fui pobre...
Coloquei a Santa imngem ero cima da
mio paralisada e coroei;ou a carne a pular
----:---1-11•----- reira (20100), Benja.mim Antonio Ferrei-
ra (20$00), Joii<> Perei'ra Marujo da. Silva,
Dii,;se ca comigo: sem a \' ontade ou po-
der de Deus no.da acontece. Nosso Senbor
entre os dedos. A miio estava fria como Seoundino. Rebelo, Miguel Teixeira. dos sabe melhor do que eu o quo me convém,
gelo e começou a por-se vermelha e o in- A.vi.so Santos, Ana de Assia Laranjeira de Me- porque o Senhor ama-me corno um pne ama
chaço a abater. deiros, Maria. Cnstelo Ilrnnco Canedo, .A.n- seu filho ...
Toto foi no dia 26. Pedimos aos presados assignantes t6uio Lopes, Joiio Teixeira dos Santos, Estou, pois, certo que est.es sofrimentos
Estava presente quando esta promessa em divida o favor de ma.ndarem sa- Adozindo. Alves Ferreira. s:io para o meu maior bem. E assiro, es-
fiz Manuel Vicente da froguezia de Fa- tisfazer a sua assinatura. directa- Donativos e de distribuiçiio de jornais: ton acostumado a querer somonte o qne
jio. Angelo Maria da. Costa. (100$00), Adriano quer o meu amado e boro Sonhor.
O milagre foi tii<> rapido que no dia mente em carta regista.da. ou vale do Menezes (50$00, este e os 13 nomee se- E, se Ele me envia do(.'nças, re<'ebo-n.s
27 ja levantava uma. cadeira na mao a correio. guintes), Jaime Lino, tenente V . .I!'. Fi- com o.legria, corno se elas fo,--.em minhas
altura de tres metros e hoje encontro-me Nao manda.mos proceder a cobran- dnlgo, Marçal A. Louzndo, Antonio Coelho irmiis. Se me da. snude, aceito-a com
bom como era antes, graças it Virg~m Junior1 Joiio }'rancisco Seixas, Ritn Gon- prazer.
Mie e logo que regresso a Portugul a irei ça, além doutras razoes, por nos pa- çnlves, José Albino Castelo Branco, Jasso Se me niio da de corner, estou conten-
visitar com todo o prnzor e cumprir a re.cer que todos sera.o tao interessa- Correia. da Silva, Capitiio Auiusto Guerra te com jejuar para expinr os meus pooa-
minha promessa. dos como uos na difusii.o e prosperi- da Silva, Capita.o Augusto Guerra., tenen- clos e os dos outros.
Além do dito Manual Vicente, foram dadea do nosso jornalzinho. .A.. a.asi- te Antonio Ferreira, tenente J. M. Viei- Se niio tenho que vestir, lombro-me do
ra. d'Azovedo, !l'ulgencio dos Santos, J. F . mou Salv,idor nu no prosépio e na cruz, e

...
teatemunbas do facto Joaquim Maria, na.tura ali.o dez escudos por ano mas
Matos Fernandes, Jonquim Fernandes, de M. Viegaa, Romeu de Souza (4.0$00), acho-me muito mais rico que Ele.
Adelino da Cruz e José J>ereira, residente o que nos tem valido é a generosi- Maria Carolina. Gomes (30$00), sa.rg.to An- Se sofro on terra, compreendo que hei
em Sèvres na mesma casa (Grande Rue, dade dalguns assinantes que nos te- tonio da. Rocha Barbosa (30$00) , Maria de ser muito feliz no Céu.
68).
____ ____ em enviado quantias mutto superio-
res. N em eles imaginam todo o bem
do Rosario Maia. (30$00), Joaquim Car-
rasco (20$00), este e mais OlS 13 nomes
seguintes): Sebastiiio Miguel Nunes, M.
Que mais lhe bei-de eu dizor? Estou
sempre contente e se choro com um olbo,
rio-me com o outro porque quoro tudo o
que assiro fa.zero. Salvador de Cnrvalho, Joaquim de Carva- que Deus quer e s6 desejo o cumprimento
Em qualquer reclamaçii.o é indis- lho, Eduardo do Rosario, snrp;ento Ma- da sua santo. vontade. J a ve que sou fe-
NUMA MANHA DE MARçO pensavel inrucar o numero da a.ssi- nuel Francisco da Silva, Justina Mnrques, licissimo, qua nunca tive maus dins e que
natura. Ped:imos que nos devolvam Adelaide Quintiio Raposo, Virginio. Nu- tenho turlo o que posso detsejor.»
- Bona dias, vizinhn. Anasta.cia. nes Sho.wo.lcach, Clementina Almoidn. Ro- Tauloro cborava em sil<>ncio... Nunca
os. numeros repetidos.
- Adeus, vizinha. Quitéria.
Onde vai tao cedo, com o seu fato do-
mingueiro, em dia de semana?
- Vou a desobriga. A vizinha Anastli.-
-----:.,._ _____ drigues Sara Fernandes, Vitorino Gnrcez,
Julio Estevee, Albano .Augusto, todos re-
sidentes em Africa. (Tete); Maria Pedro-
sa Alatias Ferreira. (58$50), Leopoldina
elo ouvira 11m sermiio tiio erlificunte. Uma
capa que trazia doo-a ao pobre, cleu-lhe a
unica ptiça do moeda que lhe re,tava no
bolso e, niio ohstnnte a grande fel"Ìda que
Cure.do (30f00), Antonio Vieira Leite o desgrnçado tinha na. cabeçn, ahraçou-o
oia niio sa.be que estamos na. Quaresma P
-«Quaresma... desobriga... Tenho w:na Voz da Fatima (115100), Manuel Garcia Quinteiro com efusiio I
vaga ideia dos meus pais falarero nisso, (50$00), P.e .Antonio Correia Ferreira da Entrou na igreja. pura ugmdeçer a Deus
mas niio sei ja bem a signHicaçiio da pa- Despésa Mota (90$00), P.e José Vieirn Alvernaz por lhe ter ensinado .o meio mais perfei-
lavra udesobrigau ... (] 60$00), Viscondessa de Dnçar (150$00), to de o servir.
Tro.nsporte . . . . .. . . . 140.612$51 Maria. Boa Horn Bernardes (50$00), Lau- Dnhi por deante imitou o mais que
- .Ah l entiio ja se esqueceu da religiiio
dos seus pais? Olhe que a lei de Deus niio Papel, composiçio e impres- ra Teixeira Correi\ Branco (40$00), Olim- pode esse santo pobre e tinho. o costume
mudou. A nossa obrigaçilo é ainda a mes- sio do n. 0 77 (61.000 exem- pia. do Nascimento (35$00), Angelina da de dizer recordando esta tocante aventu-
ma. O preço da salvaçiio niio baixou. E plares) ... ... ... ... ... ... 2.934$75 Conceiçio Sqares Matos Louzada 100$00), ra.: ccA felicidacle é possivèl em todnR as
fica-se tao contente l. .. Sélos, embalagea, transpor- Maria Izabel da Costa Bruno (18$00), El- condiçoes, tanto para o pohre corno para
- A vizinha. Quitéria tem estado em tes, gravurns e outras dee- vira Penaforte Cardoso (100$00), Felix o rico, para o doente como para o siio.
Lisboa, e é por isso que fala asSim ... pezaa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.020$30 Ferreira Alves (50$00), Lucinda d'Olivei- A felicidade asta no coraçiio e nio fora
Por c:i. tndo mudou, hit muitos anos... ra Gabrio! (39100), Ann. Augusta de Frei- dele. Esta na dispoaiçèlo e niio na &itua-
Eu sou ainda muito religiosa; , nao pen- 144.667$56 tas (70$00), J oana da 'Glorio. Pedroso Si- çllo.
se que nao. SubscrlçAo moes Alves (60$00), Tertuliana de Jesus Façnmos a v-ontade de Dous, amemos a
Vou as novenas e as procissoes de velas, (30$00), Maria Henriqueta Magalhiies Deus, e seremos felizes ero quo.lquer si-
a semelha.nça de Fatima, mns o reste ... ( }'evereiro de 19i9) (83$20), P.e Raul On.macho (2 dolars). tuaçiio que, nos encontrarmos.»
dizem que ja niio é uso ...
- Coita.da l Tenho pena de si l Tem ou- Enviaram dez escudos (preço anual da - -- ---f)-li•-- -- - •••
vido discursos maus e palavreados insen- assinatura): D. Ana Paula Aguas de Fi-
11atoe, e niio tem onvido repetir a doutri-
na quo seue pais lbe ensinaram l
- Isso é que é verdade, vizinha Quité-
gueiredo, Ant6nio Aguas V nz de Ma.sca.-
renhaa, Dr .. Joaquim Coelho Pereira,
Henriqueta do Rosario Coelho Pereira,
um so~roao uara s~r rotra Um esplendido sermao
ria, porque no noeso concelho todo, que Maria F. Ferreira, Isabel da Gl6ria Ro- Aos que imaginam que a. vide. lhes foi
drigues, Laura. do Carmo de Miranda e Esta.va um dia à sua janela uma senho-
tem seis freguesiaa ( com a da sMe), s6 dada. para gosar e desconl1ecem a. conso- ra fidalga, viuva e muite sensata, quan-
temos doie eacerdotes, o ésses doie, me&- Melo, Florinda Ferreira Cn.mpelo, Joiio ledoro. doutrina da. utilidade o necessidn-
Ribeiro Delgado, Maria .Amélia Almada do viu umo. sua oreada andar varrendo
mo, teem pouco que fazer. de do sofrimento, recomendamos a se- da. loja paro. a. rna, triste c>omo a. noite,
Ca11am-se no Givil, baptizam-se no Oi- Albuquerque (15$00), P.e Aurélio Mar- guinte na.rraçiio. .
tins de Fari a (100$00), Maria da Graça c6rnda corno urna romii, e cboroea corno
11il, e e6 chama.m o padre, alguns, para Existia no seculo quarto, na cidnde de uma Santa Maria Madalena.
enterrar os mortos. Mas s6 depois de es- Serraaqueiro~ Manuel Marques Alexan- Colonia., 'u~ celebre prlègador chnmado
tarem bem rrortos, o chamam. dre, Maria J osé Lourenço Maroos, Hermi- Vao ter <'A>m eia e, com carinho, per-
Joiio Ta.ulero, famoso pela sciencia e pe- gunta-lho a rar:iio da sua tristezn.
- Triatee notfcias me eeta dando, vizi- rua de Jesus da Costa. Lobate Pimenta.o, la ca.ridade.
nha. Anastacia.: uBa.ptizam--se» no Civil, Flausino e Claudio Esteves Cerreia. Tor- Era o caso que a boa da rapariga. ti-
diz voce, por nào saber o que diz. Chamar ree, Alcina Alcantara Matos e Silva, Isa- Um dia esta.va na igreja a pedir a Deus nha. nasci.do de gente consideradA e em
baptiemo a um registo, que nem cheira a bel Teixeira de Matos, P .e M. Pombal de todo o seu coraçiio que lhe fizesse co- casa farta e OII} pequena tivera. creada
Sacramento I E' um contra<.-to oomo o da Amorim {20100), Ana Madeira Cardoso nhecer o melhor meio de o servir. para a servir.
venda duma. proprledade ou registo duro Esteves, Antonio Pereira Dias, Alioe Ace.bada a oraçiio, so.e e vii um pobre a Por morte dos pais ca.ira oa pobreza,
animai pelo qual tenha de pagar-se con- Quinta.nilha e Mendonça, Ant6nio Rodri- tiritar do frio nuro dos degra.us da porta, o que a trazia a servir por cnsns nlheias.
tribuiçiio sumptuaria ( P). gues da. Bela. (40$00), .Maria Candida J. osfarrapodo e tiio desfigurado que s6 olbar c,Niio me custa o tra.balbo (soluçò.va
Pobre povo, vizinha Anastacia l Como o M. de Freitas, Clara. Pimenta, Ma.ria. para ele excitava a piedade. , ela.), o que me custa é a vergonha, andar
oegaram !. .. Candida de l<'reitas, Paulo Campoe de Oli- Tinha metnde da. cabeça 'l"oida por uma aqui a. varrer a vista de quanta gJlnte
Vou ver se começo a ensinar doutrina veira, Maria José Vilhena, Virgfnio de ulcera, tinba perdido um hraço e uma
passa... »
as crianças doste lugnr, para depois ns ir Fornelos, Laura. Santos Lima (16100), perna e o corpo coberto de horriveis cha- A senliora, sem enfado, toma-lhe da.a
a.presentar ao Sr. Prior ... Joana Emilia. Soares de Sampo.io, Domin- go.s. miios a vassoura e pòe-se a varrer desas-
- Pois 11a, querida vizinha, que eu, gos B. Ferreira (20i00), Maria. Delfina. Compadecido, Taulero aproxima-se des- som brndamente a. testada da casa.
quando puder, irei assistir, para reo.pren- Corte Real, Maria Ce.mila Schroeter Via- se desgrn.çado, puxa duma moeda. de pra- Ficou a creada. a principio, boquiaber-
der o que esqueci. na .Carneiro Pachooo (15$00), Judit de ta e saudn-o: ta a olhnr para ela; depois quiz tirar-lhe
- Venha, venha, vizinba Annstacia, e Menezes, Maria Carloiia M. Manoelos de - Bom dia., caro amigo. a. vassoura.
chame as sua,:, filhas e ae euas amigas, Aragiio (15f00), J oiio Ribeiro, Eameral- - Obrigado senhor (respondeu o po- ccDeixa estar, filha, retorquiu a senho-
para vi.rem todas o.prender. di11a Calba.ncas, José Bostoa, Arnaldo bre), me.a eu nunca tive mnus dine. ra, iato nada me custa, que vergonha é
En11inar a doutrina de Nosso Senhor, é Narciao dà Fonseca. e Silva., Margarida do Taulero pensou que o desgraçado nao o fnzer a. gente coisas uteis P Outros, que
a raiz de tedo o apostolado: é o apos- Souso. Santos, Beatriz Amara) Candeias, tinha comproendido e repotiu: ueu dose- eram mais que tu e eu, ns fizaram.
tolad1> dos apostolados. Sem este, os ou- P.e Joaquim Sequeira. Fialbo, Maria. Em{- jo-lhe um boro dia, desejo que seja feli..z .A virgem Maria (e mais era do~cenden-
tros niio teem raziio de existir. lia Neto, Albertina Vieira Simoes, Tere- o que tenha tudo o que possa desejar.» te do muitos reis e, emfim, era a Virgem
O progresso espiritunl duma. fregueeia sa, Barros, J osé Maria. da C. Oliveira (de - Compreendi muite bem, senhor, re- Maria) tenho o. certeza que tnmbem var-
avalia-ae pelos baptizados, cruiamentos e jornais: 155SOO), Maria Emflia Tinoco Lo- plicou o mendigo, e agra<loço-lhe a. sua ria a sua casinhn. corno tu nind,t agora
enterros catolicos, e niio pelns novenne bo, Emflia nouharde, Roeulino. do. Concei- ca.ridade, mas digo-lhe que ha. muito o fazias. O filho de Deus, apesar de ser
nem polaa procissoee de velns. çao Oliveira, Quina de Doutel, Ant6nio de vosso dcsejo esta satisfeito. Filho de Deus o Senhor do Ceu e da. ter-
- Tem raziio, vizinha Quitéria. Os po- Almeida Fonseca. Cabrai (30$00), Ild~ <» Ta.ulero èlizia la consigo: oste pobre ra, niio viveu trinta anos em tam1mha
vos e!!queceram-se de Deus, do Evange- leste .Araujo, Luiza. Isaura. Araujo, Teresa homcm perdeu a cabeça ou niio ouve. Er- humildade, desde ns palhinhns do presé-
lho e é por isso que a.oda tudo tlio mal de Jesus Quina. Maria Rsoa Figueiredo guendo pois a voz, gritou : vos.ciemece niio j pio até ser i,reso, esbofeteado e prega.do
governa.do e orientado l Agora vou enten- (12$50), Benevenuta. de Freitas Corvalho, me entendeu ; desejo ·que seja feliz. nn rruz?
deoclo. Dous lhe pague a bondade com que Eliea Augusia Morais Braga Ramnlho, - Ah. senbor, por Deus nào St> zangue. Estou Yendo quo Ele niio ho.via. muita
me ensinou. Znlmira Rosa de Carvalho, Leonardo Fran- Eu ja lhe dillSe que ouvi p('rfeitamente e vez de tirnr a 'l'R.SllOUra dn'I miio:1 de Sua
De~ulpe o tempo que a. domorei. Como oieco, Amelia Martina, Higino Henriquei, repito-lho que sou muito feliz e nunca. ti- Miie Santis11imn pnrn varrer em lugar
vai pnra a séde do concelho, que é longe, Paia, Tornida Rosa., Ermelinda Amelia Ca- ve maus dina. d'Eia!. ..
nero ja cheiarit a tempo de se confessar. brai Menezes, Maria da Conceiçào Rodri- Andn, fil ha, nnùa; niio Fuçnmos n6s
guos Fiolho, Amélia .Augusta cle Jes\1s e Tau lero teve-o por tolo durante nlguns
- Se no.o me dosobrip;ar hoje, volte.rei coisuK de quo nos enverp;onhomos, que la
la ainda. esta quareRma l E ee me for im- Silvo. Garcia, Maria Isabol Rodrip;ues, Ce- instanws. Notou porém, nas 11m\s pnJo.-
,·rns um certo ar quo lhe chamon a aten- o trabalha.r no que é nece,~6rio olio é
possfvel ir até a Pascon, irei, pelo menos, c{lia IlA.ptista, Dionisia Pepe Pereira, Ma- c>oisa quo nos deva fazer coror.»
até no Domingo da Santissima Trindade, ria do Rosiirio Mn.chado Cruz, Luzarina. çao.
qua é a 26 de maio, neste ano. Augusta de :r.fatos A. S. Pedro, Mnria do Aproximou-se delo, assento11-se e pedi\1- O sermiio niio fòrn enoomendndo, mas
Adeus, ,·ie:inha AnastaciA.. Nunca mais Cnrmo Pinto, Maria Jos6 Batnlha, Maria lbe ,-omo candura que se explicasse me- foi pago; a c1eadinba que ja era boa, fi-
julgue gue pod6 dizer-so religiosa a pes- José, Maria Maxime F. de Castro Cravei- lhor. cou optima.

4 VOZ DA FATIMA

Confraria de conversa dos conspfcuos me aborrecia, ·


òle, quo na.o é religioso, disse-me com um
Encantadora hist6ria de piedade infanti! Um bilhete postai para ••• Deus
Nossa Senhora sorriso: «Deixe-os la I F. é um patata I E
A excelente revist.a. H6stia., orgào inter- Ao fazer-se a divieiio da corresponden-
de Fatima O'> outros niio viio longo h,
E eu, para me niio incomodar ... nacional ,la Cruzada Eucaristica dns cia postai, na Centra! de Paris, um dos
Calei-mel Crianças, narra o seguinte facto que tra- distribuidores encontrou um bilhete postai
Graçns a Dcus Nosso Senhor e ~ sua duzimoa livremente: dirigido ao Bom Deus, concebido nestes
e nossa boa rniie do céu, Maria Santfssi- Silencio!
Niio me devia ter calado I Reneguei, «Em 188,5, o Padre Hall, redentorista, termos.
ma, esta coufraria fu.ndada pelo veneran-
do Dispo ,lesta Diocese, tem aumentaclo com o meu silencio comodista, a Cristo muito conhecido em toda a Inglaterra pe- «Senhor Bom Deue.
muito em <liversas regiòes de Portugal. Jesus I Calar-me o mesmo foi que gritar: la sua dedicaçiio para com as crianças, O papa esta muito doente, e a marni
Quitsi todos os dius a direcçio recebe pc- «Niio o conheço I Podem vocès clizer, nés- foi fa.?,er urna missiio numa das maie-.insi- nao pode .c,uidar cielo porque morreu. Eu
didos de listas o patentes para a admis- se tom impertinente e 1idocicado, todo o gnificantes aldoias daquele reino. Segun-
queria substitui-la mas sou tiio pequeno I
siio de nov06 oonfrades, quo colecto ros e mal que quizerem d'Ele e da sua Jgreja; do o seu costumo, tomou ìì. sua. conta os
Assim pequono niio posso ganhor no.da pa-
colectoras, r,heios de zèlo pela gl6ria cla é me indiferente; uiio o conheço ! Podom pequeninos cuja a.tençfio sabfa prender
ra a. compra <lo remedios na farmacia. V6e
Nossa. .;enhora, procuram angariar. E' vocès planear, a essa mesa de café, um com instrucçòes muito singelae e iuterea-
que tudo podeis, ajudai-mo, providenciaì
cinto que s6 .Kossa Senhora agrade<'6ra a programa torp,e de eusinamentos do erro, santes. Notou o Padre qne enLre o seu au- para que meu papa se cure.
e!>Sas almas 7,eJosas o trnb~lho que tiverem de doutrinas venenosns, podem esboçar dit6rio infantil bavia rapazinbos tii.o po-
para propagar i-sta obra. de tao grand11 a l- essa obra t.le eclucnçiio dissolvente, calu- bres no vestido e no calçado, que alguns Vesso respeitoso servo.»
canee espir1tual; de manoira. que a essas niando a I greja, falsendo a hist6ria, re- até nem sapatos traziam. Entiio, para
pessoas e a outras que lhe queiram seguir torcendo sofismas, que eu niio estou para anima r e consolar os pequerrucbos, o mis- O pequenino correspondente que tao in-
o exemplo, n6s incita.mos a que trabal.hem criar inimizades ... ; nào conheço o homem sionario começa a falar-lhes sobro a pobre- genuamente se dirigira no bom Deus tive-
sempre, cada vez com maior zelo, nesta dc N aza.reth I za do Jesus. A pintura que dela fazia era ra o cuidatlo de nssinar o sou nom~ e di-
obra. que est.i ainda em principio, n,as Se urna ou outra voz me ouviram pa- tiio no vivo, quo as crianças, ente1·necidas, recçiio. O ùistribuidor no ler tao estranho
sempre com n, olbos em Dem, e Sua. miie palavras que pareciam denunciar-me corno se julgaram em presença da mesrna reali-
Galileu, talvoz corno diecipulo desse Ho- dado. - Meus amigui nhos, dizia-lhes no-
postal hesitou sobre o destino a dar-!he.
Por flm, decidiu lanç6.-lo a esmo, no meio
Santissima. Cbamamos hoJe a atençào dcs-
sas pcs':!oas para a pi-imeira. das obrigaçoes ruem que arrata e perturba as multidòes, pois o Padre Hall, o l\fenino Jesus tam- do peso.do maço de correspondencia, e par-
dos oonfracles, quo etlta na l.• parte do iSio ... foi engano I bem andava assim dcsoolço oomo v6s. Por tiu. Ao fazer a distribuiçao da correspon-
artigo 4. 0 de,s estat11tos, e diz o seguinte: Nào passou de urna aparéncia I isso é que EJe tem os pobres corno mais dència de um abastado industriai, surgiu-
0& con/rade3 tilm obrigaçùo de viver Vede corno estou calado In predilectos do seu Coraçiio do que os ou- -U1e o postal em quo niio pensara mais.
cristàmen te . .Por isso oe zelosos colectoree O médico me11 amigo olba. para mim tros. Portanto na.o tenhois vergonha de Hesitante sempre, pediu o auxilio do rico
nào aclmitam nesta milicia da. Virgem se- de soslnio. Ape?.ar do que me disse, esse andar descalçol! e mal vestidos ... conti- capitalista, no sentido de resolver n. sorte
niio pessoas que vi,·:un scp;undo os pre- olha.r é para. mim urna intoleravel censu- nuai a vir ao serma.o. a dar ao postai para o Bom Deus. O in-
cf'lilos do SenJ1or. Também sera muito do ra. Levante-me e retiro-me. Quando todos eetavam jil suficiente- dustria! leu, releu e pediu que lhe fosse
agra.do do Nossa Sonhorn quo todos os co- - Custou-lbe o ficar calado? monte preparados para a. primeira comu- ontregue o singular posto!.
lectort>s e os confrade1,1 ernpreguero os es- -Custoul nhiio, o missionario dispoz tudo para es- Poucos dias depois, um sou empregado
forços possiveis para cumprir o primei•·o - Para a pr6ximo vez niio lhe direi na- ta grande solenidade. Chegado esse dia · entrava. em casa do pequono signatario,
dos fins desta confrari:1, 1sto o; - que tra- da e voce podera falar I venturoso, la se encnminha a. pequenada entregnndo, em nomo do Boro Deus, nm
ba/hem pela co11ver~llo dos pecadores. E, E foi-se. toda para a. igreja . .A.li miies, coitadas I fi- euvelope com 500 frnncos. A confianço do
de div1>1sos modos podemos tralmJbar nn Faltei eu, por 66ta vcz, pois felizmente zeram quanto U1es permitia. a sua pobre- pequeno E ugénio foi assiro recompensada.
convorsào dos pecadores nesta grande obr:i. nem sempre isso me ncontece, no meu do- za, para que Od filhos foesem bem vestido.,i Deue niio clespreza nunca os quo o invo-
que foi a do p16prio .Jesus Cristo. Sim, ,er de crista.o. e asseados, mas ainda ossim muitas das cam.
porque foi par<1. nos salvar que ~osso So- Um · falso conceito da amizade, o corno- cria.nças tiveram cle ir i primeira Comu-
r.hor desceu ~ terra ondo suportou sofri- dfsmo, o respeito humano, uma ideia er- nhiio do pés tlesca lços. A' missa era gl'ande
mentos horrot o~oo até quo, pregaclo numn raclfasima ,lo quo soja a boa educaçiio, o o recolhimento e devoçiio clo todos. Depois
cruz expiroo e,-austo do 'langue. Podemos
traballiar nesta obra: do quo.tre modos:
ridìculo temor do niio fazer urna brilhan- da Comunhao do padre, o ajudante reza
te figura nae minhns réplicas permitirom a Confissiio, o sacerdote da a absolviçiio e Si~ite parvulos ...
l'règando, aconselhando, dando bons àqueles homens, que sab os educadores da diz o Domine non sum diantts. Vai entrar
e:z:emplo1 e onwdo. O primP>iro modo nem nossa mocidade, o a largnrem-se em con- Jesus na alma. dos seus predilectos. Mas, Hojo, em ve,.,. do costumnclo conto, ira
todos podem pò-lo e-m pratica, pois que sicleraçòes a leivosas e deprimentes feitas com grande espanto do Padre Hall, nem uma serio ùe factos com ti irnpressiio que
s6 1ws sa<'erdote11 do Senhor foi dada n em voz alta, ncomponhodns de sorrisos to,. urna s6 criança se aproxima da mesa sa.- eles me causaram.
missiio cspecial de prégnr. l\fas dar um los, a respeito daquilo que eu julgo ser o grada.J Que sera? Aqueles que me lerem na.da. perdera.o.
l,om conselho a 11m1i pessoa que andar Bem e a Verclacle I Foi o seguinte. As cria.nças ricas vendo Trocar-s&-lhes-ba npenos o producto da
afa~tnùa do cnminbo do Senhor qu:h.i to- Enquanto existirem cristiios pusilani- os meninos pobres sem caJçado noe pés, ti- minha pobre fantasia por alguns factos
dos o podem fuzer, e guem v fizer tera 11teR e cobarcles corno eu, os scmeadores do vora.m urna idoia admirnvel que ninp;uém reais quo, embora despidos de toda t\ rou-
som duvida uruà recompensa eterna por- mal tera.o o jogo fn.cil I lhes suger iu. Emquanto o missionario di- pagom !itera.ria e aprosentados na quasi
que, se apenas um copo de agua clado em Niio I E' a ultima vez que tal me acon- zia ne oraçoos, tira.ram botas e so.patos nudez da realidade, nom porisso deixam
nome de .Jeirn~ tem io·ando recompomm tece. para. irem receber o Senhor, descalços co- df! ser impregnados de certo perfume e poe-
no oéu, um l,om conselho h6.-dE> necessa- Senhor I Perdoni a mentira da. minha rno ne criancinhas pobres. sia que os tornam sobremaneira encanta-
riamente ter umn recompensa maior. afirmaça.o tle que professo a dontrina e Ao dar pelo quo se passava o Padre dores.
Mas, se ainrla uem todos ti"Vercm a cora- estou pronto a dar o vida por V6s e por Hull des"Viou o roste para o laclo caindo-
gem e o des,1s~oml,ro necessario:, para. dar eia I Ajudai-me a, pelo menos, ter a cora- lhe ainda l!Obre o pé da pixide duas gran- la entiio dizer missa a urna ca.polita
um bom conselbo, todos podem dar bons 11:em das miuhas condcçoes até o ponto de~ lagrimas de comoçiio profu nda. Entre- dum lugar perto da. minha terra.
oxemplos, e csln formr. de apostolado é de por de µarte uns ridicu!os r espeitos hu- tretanto as Orinnças avançavom ja para o Era. um dia de primavera e o ceu, ssl-
sem duvida n,uito 1.1L1l .i obra ne Do11s. manos. alta.r de miios postas, sorriso nos lahios, picado de pequeons nu,·ens r6seas, anuo-
Nosso Senhor do vez em qua ndo clava doocnlçns todas, unidas, tanto ns ricas co- cinva. o pr6ximo aparecer do astro- rei.
diversas ordens o conselhos a sous np6s- Esmolu tbtldu em vàrlu lgreJas quando da dtatrlbul;lo rno as pobres\ nos mesmos sentimentos do Estugava o passo quo a ,nissa era ;~o
tolos e acrosccntava: - td videant oz>era amor a humildnde de J0sus In sol-f6ra, e ia-mo cleliciando com a frescu-
1Jestra bona et alorificent 11atrem ve.,- da •VOZ DA FATIMA• Quantos dentro n6s, os adultos, teriam ra daquele odor inebriante que na primn,-
trum, qui in coelia est - para que 1Jl'j1L111 Na Igreja J1.1 S. Mamede, om Lis- animo para um net.o corno èste de publica vera se desprende de todos os cantos da
1Jossa.1 obra., boa11 e aiorifiquem o vo11.11> boa, pela Ex.ma Sr.• D. Noémia manifestaçiio do humildado e de amor do terra, em qulaquer caminho das nossas
Pai que esta nos cé1u. Por fim temos a. Rolo nos m&l;e!I de Dezembro de pr6ximo .tldeias.
oraçao ao alcance de todos tanto ricos 1928 e Janeiro de 1929 ... . . . . .. 11$00 Ab I a alma das crianças é um tesouro E ia-me embebendo neste pensar : que a
corno pobres, tanto slibios corno ignon1n- riqufssimo. Que bens para as almns, para gente humilde dos campos, mesmo entre a
tes. Ninguém ha que nuo possa ornr pelos a lgroja e para a Patria se soubermos lida. das casns e o la.buta r das torrua, é sem
pobres pecadores. Oremos pois, todos o aproveitar tnmanha riqueza inexplorada duvida. mais feliz porque, 0m contacto per-
cada. um de n6s, por nossos irmàos afas-
tados do cnrn inl10 do Céu. Quem sabo S<'
.N(eros acasos . . • ainda em Portugal I manonto com a. natureza se eleva mais fa-
cilmente ao pensamento de Deus cujos lou-
Deus eetar6. :i espera das nossas oraçòes
para. dar a graçn da conversiio a muitas
Por urna. e5tradn rural duma diocese •• voret1 ouvem cantar por toda a. parte.
oepa.nhola caminhava ha tempos a peque- Ha-de ha.ver por aqui, decerto, nlmas
almas que sem o nesso auxilio morreriam nn. velocidade um autom6vel oom o Pre- Conselhos de urna boa mae
a sua filha excelentes, cscondidas, desconhecidas que
irnpenitentes? I Trabalhemos pois todos lado daquela. diocese. corno violeta oculta por entro o folhado
queridos confrades de Nossa Senhora. com Num campo ao lado um camponès açou- 1.0 - Ama a tua miie sobre todas aa perfumam o ambiente espiritunl em que
a pala.vra, com o oxemplo e com as nos- tava uro pobre nnimal por ele nii.o poder mulheres. vivem.
eas oraçoes pela conversi.io dos pecadores. a rrancar o carro demasiada.mente carre- 2.0 - Nao conserves ponsamentos qne Reservava-me Nesso Senhor naque)e dia
Por ,eles todos Nosso Senbor derrnmou gado. tua miie uiio possa conhecer nem prati- urna consolaça.o particularissima.
eeu sangue atG a ultima gota. E ainda Mal o Prelado a.oabava de passar che- qut'S actos quo ela nii.o possa ver. A' comunhiio, entra ns pessoae adultas
que fosse por um s6 Nosso Senhor derra- ga-lhe ao ouvido acompanhado do ruido do miios erguidas o po1·te piedoso, joelha-
maria ta.mbem corno ele o revelou a umo. 3. 0 - Declara.-te antes culpada de uma va-se li mesa. sagrada u ro pequenito - tao
mais for te a pronuncia duma horrrosa falt.a, do que mentir hipocritamente.
alma sua. fiel serva. Niio queiramos, pois, blasfémia. poquonito que mesmo om pé niio chegava
consentir que por noeso descuido o dem6- Manda parar o autom6vel, desce, diri-
4.0 - So no lar o anjo que enxùgue, com ainda a altura da. toaU1a.
nio ,a no inft>rno consolar-se de tor inu- ge-se o.o carroceiro, mand0,-0 ajoelhar e amor, ne amargurns e cubra. de nlegria Fui tentado a preguntar-lhe a idade, 11s
tilizado o 1,anguo de Jesus Cristo porque deante dele de miios erguidas disse repe- us tristezas. disposiçòes ou para. mais depressa. a. di-
cada alma q•le se perdo é um triunfo pa- tidas vezes: «Bemdito e louvado seja o 5."- Prefere a modestia à beleza. Se fe ri r-lbe a comunhiio.
ra o demonio pois urna nlmn vale tanto Santissimo Sa.cramenton contr a. quem ti- boa. sempre. Mas, quando perto dole o olhei e repn-
quanto vale o Snngue de Nesso Senhor nha pronuncio.do aquela horrorosa blnsfo- 0. 0 - Tem convicçoes einceras, fé pura, rei no seu porte tiio recoUtido, v.io piedo-
J'eeus Cristo I I t mia. conhecimentos s6lidos o sentimentos ele- so, tiio atento, esvnfram-se-me todas ae
duvidas.
-------------
Silencio ... traidor
Serviu-lhe de emenda. A chorar pediu vados.
pordiio no seu bispo e nunca mais se !ho 7 .o - Trabalha em tna casa corno se niio
ouvid pronunciar blasfémia nlguma em tivesses o auxilio de tua mii.e. Pratica a
Dei-lhe o Co1·po de Nosso Senhor.
Ao caminhar para ele com a Hostia Sa-
crosanta aqueles olhitos que eu ainda. niio
toda a vida. tua vida corno se Deus estivesse preaente, tinha visto levantaram-se-me para. Ela <'-Om
e faze diàriamente a tun. comunba.o. tanto amor, tanto cn.rinho, tanta t~rnura
Na mesitn ao meu Indo estavam senta- Se todos soubés!lemos ter o zelo daque-
dos uns doutores - professores do cosino 8.0 - .A.prende a fnla r sempre sem enco- quo por eles lhe escapava toda. n alma no
le Pastor niio ouvidamos tantos palavroes
socundario oficinl. lerizar-te, a sofrer e gozur sem extromos, encontro do se\1 Jestts.
por essns oficinae, runs e prUQas da nos-
Um déles, a proposito de pedagogia e teras conseguido muito para seres foliz. E aquela boquita quo u"io delicodamen-
sa terra.
pontifica.va na asneirs contra a reli~_iiio Saiba.mos tod06 ter a coragem de cen- 9. 0 - Habitua-te a ver em tua casa a te se a.brira para o recober, sentindo-o em
cat6lica, contrn lL hist6ria, contra o s1m- surar os que nos nossos trabalhos por vo- mais agradavel das residéncias e em teue s1, focho u-so e de tal manoira qne com eia
ples bom senso. Os outros escutavnm com zee so desmandam em li ngungem. paia os meJhores amigos. pnreciam fec har-se pani o mundo e:rlorior
um sorriso neo.ciano de aplaueo e umas E' necessario que cada um r espeite o 10.0 -Trata. e estima a todos os teue todos os sentidos daquele pequenito que de
observaçòes espirit11osas... Conhecia eu templo de Deu<J que é o seu pr6prio cor- irmiioa corno a filhoe, niio te esqueças quo, cabeça baixa se ficou a fala r interiormen-
a.lguns de trato o o ponti/ice openas de po, o seu compa.nheiro e amigo que é o nao eendo boa amiga, niio seras boa espo- te com Jesus Saeramentaclo.
nome e de , ista. Uì'n médico, meu nmigo, Anjo da Guarda e oa ouvidos cristiios de sa e niio sendo boa filha, nunca poderas
1:10ntado à. minha mesa, notando que n. ta.ntos a quem ess66 pala.vroes vao poluir. ser boa miie. (Continua)
,,,
A.n.o "VII Leiria., l.3 de A.bril de l . 9 2 9 N.0 79

{00~ APROVAC.AO BOLES.l.A.STIOA)


Dlr111tor, Propri,tario • Editor: - Dr. Manuel Msrques dos Santo, Adainiatradar: -- Padre Manuel Pereira da Silt,a
Composto e lmp,esso na Un~Ao 8rafica, RII dt Santa Marta, 158-152 - Lleboa. Redacçi!o e Admtnlstraçllo: Semln6rlo de Lelrla.

CRÒNICA DE FATIMA
Horn tempo e rnau tempo tii.. Doa labios descòrll.dos sai-ihe cone- las faces de todas deslisam siienoioaa,- da a todo o povo. Terminada a bençii.o,
tantemente um ciciar de prece sentide. e mente as bagas do pranto. eobe a.o pulpito o rev. dr. Galamba de
A mintiscula «Voz da. Fatima», senti- fervorosa e dos olhos brotam-1he por ve- .Ao meio-dia. solar rell.liza-se a prooie- Oliveira, profeesor no Seminario de Lei-
nela vigilante da Cova da Irja e humi1- zee lagrimas de funda e irreprimivel sii.o que condnz a. Imagem da Virgem ria, que fil.la durante meia hora eobre a
de porta-voz das gl6rias e triunfos da oomoçlo. O pobre pai, que é protestan- do Rosario da capela. das apariçoes para devoçio à Santissima Virgem. Por fim
augusta Rainha. dos Anjos no santuario te, assiste de 'perto àquela scena inoom- a das missns. Recita.do o Oredo, um sa- reconstitue-se a proci88io que reconduz a
privilegiado da terra. de que é a nobre paravel de dor e resignl!.çio e oomove-se cerdote sobe a.o altar e celebra a missa lmgem de N oBSa Senhora à ca.pela oome-
Padroeira, nii.o pode, certa.mente, desem- morativa das apariçoes, onde a multidio
penhar o pape1, que nii.o lhe compete, de reza e canta e pela booa do rev. dr. Mar-
boletim meteo;rol6gico da r egiiio monta- ques dos Santos se c,oI13ll,gra. a augusta.
nhosa da serra. de Aire, onde esta alcan- Miie de L'>eus.
dorada a Lourdes Portuguesa-.
A maior parte dos orgii.os da impren~
periodica. fornace aos seus Jeitores, em O rnilagre da Virgern
eeoçao eepecial, o comuni~do da iuta
}>erpétua entre o sol e a ohuva, entra o Coria o mes de Março ultimo. As sce-
bom e o mau tempo, entra o frio e o ca- nas comoventes, que vii.o perpassar rapi-
lor. Ao «mensageiro da Virgem do Ro- damente, r.omo urna fita n6 écran, dian-
sarion nii.o 6 licito imitar esse exemplo. te do espirito do leitor, desenrolam-se em
E' até de crer que muitos dos seus leito- piena capitai, num prédio do Alto do
res tenham notado com certa estranhezll. Pina. Habita ali, ha bnstantes anos, uma
que . ele 110 permita 'assinalar todos, ou familia de modesta condiçii.o, que a des-
quasi todos os meses, as diferenças de ventura tem por vezes duramente experi-
temperatura e as variaçoes do estado mentado. Uma senhora ainda nova, per-
atmosférico. E contudo, esta particula,- tence a este lar irr epreensivelmente ho-
ridade, aparentemente ms1gnifioante, nesto e tradioionalmente oristii.o, começa
nio é de somenos importa.ncia: ha aJ- em dado momento, a sentir feri-la dum
guma relaçii.o entra a temperatura do am- modo desoaroiivel, o pungente aouleo de
biente e o numero dos peregrinos que muitos e variados sofrimentos fisioos.
acorrem ao locai das apariçoes. Debalde percorre, corno quem cumpre
Nem todos os fiéis siio herois, e muito urna triste s1na, a via dolorosa dos con,.
meno& aio a njos que nii.o sintam nem o sult6rios médioos, due poliolfnicas e da.a
frio nem o calor. O numero dos assie- casns de sa.ude. Em vio reoorre as maio-
tentes varia todos os meses, quer de va- ' ree sumidades clfnicas1 em vii.o aplica ao
rio, quer de inverno, para mais ou pa- seu <i\'90 pa.tol6gico os récipee recomen-
ra menos segundo o tempo, bom ou ma.u dados pelos mais recentes progressos dll
que faz. sciencio.. Esta apena.s consegue diagnoe-
Assim, no corrente mes, em que a tem- ticar-lhe perfeitamente os males de que
~ratu!a era suave e tépida e o cariz do padece, declarando-ee ' 'e.o mesmo tempo
firmamento se nii.o apresentl!,va tao car- impotente para. os debelar. O eetado da
regado, a concorrencia de fi éis elevou-se enferma a.grava-se cadi!. vez mais, de dia
ao dobro, ou mais aindn., da do mes an- para dia. O exame médico assinala no
terior, tendo-se rea.lizado os actos religio- seu organismo combll.lido a existencia. de
sos ao ar livre, e nii.o na igreja da P eni multiplas enfermidades, gr a:vfssimas e in-
tenciaria, como sucedeu neese mee. sanaveie. A 'pobre martir de tanta dor
tem no oérebro um tumor de mau ca-
0s actos religiosos raoter, sofre duma. ènterocolite e esta tu-
berculoea. Ainda outros males minam
A comemoraçao festivll das apariçoes e ll.té ao imago do seu ser fisico aquele mi-
dos sucessos maraviihosos efeotuou-se sero farro.po humano.
precisamente na f6rma dos meses prece- Um grande mestre, um sabio consuma-
dentes. um numeroso grupo de sacerdo- do, intervem, com a sua alta oompeten-
tes da diocese de Leiria tinha vindo ex- cia e o seu sllber de experiencias feito,
pressamente de manhJ. cedo parli. a.tender oomo derradeiro recureo. A sua opiniii.o
oe fiéis de amboe os sexos no sagra.do autorieadfssima, leal e francamente ex-
tribuna! da P enitencia. De espaço a ee- poeta, lança a. famflil!. da doente n&
paço, na iitreja da Penitenciaria e na maior consternaçii.o que é dado imal!:inar.
ca.pela do Paviihii.o dos doentes, um mi- Em 11ltima instànoia, indica um distinto
nistro do Senhor sobe ao altar para oe- eepocio.lista, médico de fama europeia,
lebrar o Sante, Sacriftcio dn. Missa ou corno o unico oapaz, nio de o. curar, o
administrar o Pii.o doe .Anjos. que reputa humanamente impossfvel,
Os doentes do ambos os sexos, à me- mas de a levantar um pouco do abati-
dida que vio entrando no r ecinto do P a- mento morll.l 811' que jo.z e de Jhe atenuar
vilhio, munidos das senhas r ecebidas no ~-:- lmagem de Nossa Senhora de Fatima. benzlda pelo Snr. Bispo de por ventura as doree incompor1:aveis que
Posto das verificnçoes médicas, eio oon- Leiria, tocada oa imagem que se venera no Santuario, destloada a torturam. Uma ilu&tre e caritativa se-
duzidos aos seus Ioga.r as nas reepectivas nhora da mais autentica e pergaminhlt.-
banoadas pelaa servH de Nossa Senhora à igreja paroquial de Santo Cristo do Milagre, do Rio de Janeiro da nobreza de Portugo.l, tendo conheci-
do Rosario. Junto da nranda da ca'pe- mento dessa indica.çiio e condo{da da tris-
la, pr6:rimo do pulpito m6vel, esta dei- te sorte da doente, interpoe o seu vali-
tada eobre um colohio urna senhora ain- também, profundamente aba.Jado até às dos doentes. Durante a missa recita--se o mento junto do r eferido especialista, que
da nova, que sofre de tubercuiose 6ssea. fibraa mais fatimas da sua almi!. e pre- terço, oantam-se algune ca.ntioos pied0808 deeinteressa.damente a.cede de bom grado
O eeu rosto, palido e emaciado pelo so- parand~ talve.z para seguir o oaminho e reza-ee a Jada(nha de Nossa Senhora. a ir visita-la. O seu diagnostico, porém,
frimento, traduz simult11.neamente a re- de Danmsoo. Outras pessoas de familia Depois da missa., o celebrante da a Mn- é terr{vel e nii.o admite op!!;-, nem agra,.
aignaçii.o e a esperança, aliadas aoe mais rodeiam-no, invocando a protecçao de Ma,- çii.o com o 81\ntfesimo Sacramento, pri- vo. Trllta-1'~, ::.a sua opiniii.o de cHnioo
acriso!ados se??timentos de piedaèe cris- ria em fa,or da querida enferma, e pe- meiro a oada um dos doentes e em segni- ahalieado e conscienicoso, dum caso ver-

'
2 VOZ DA FATIMA

dadeiramente desesperado. A doente eeta. a propaganda de Fatim11.. J a tem oa pro-


a leitura, voltll.-tie para éle e diz: - 11M11<1 dwna. rouquidiio, rebeldes aos ueuais tra.-
irremediàvelmente perdida.. f8880ree da Universidade Gregoriana qua-
iato é bonito I. .. IJ - ,,Pois sim, ma.e leia tamentos médicos, doenças eetas de que
«Aqui 116 um milagre, diz ele, e eu niio tudo,11 insistiu o compa.nheiro. E o espiri-si todos convertidosl Una peqem informa,. vinha sofrendo ha. aproximada.mente doze
l><>SSO operar milagres.» çòes, outros esta.mpae de Nossa Senhora.
tista oontinnou a ler a.té a.o fim. E diz..lhe anos e da.e quais nuoca mais se quei.xou
E logo acreecenta., nUJllA rude frll.nque- o amigo, que ja advertira na. impr88Bao Une, os que sabem portugu&, leiem «As a.p6s a sua ida a Fatima. em P eregrina.-
u., voltando-se pa.ra a enférma: «Se a que lhe tinha oausll.do a. leitura daquele grandes mll.ravilhas de Fatima», os outros çio em Agosto do ano pr6:rimo passa.do.
98nhora é crente, peça a Deue que a mli.- modesto artigo, ell\ que se desoreviam e. falam do -,'.lBSunto com vivo interesse. Diz E por ser verdade e me ser pedido pas-
te, porque o tumor que tem no cérebro bist6ria das apariçòes e a peregrinaçiio de éle que tem pena de niio se.ber ainda fa- so o presente a.teetado que assino.
ha.-de provocar dores horriveis e ineupor- Ma.io do ano passa.do: - «Entiio que lhe lar bem o italiano. Entre os professoree Feira., 17 de J aneiro de 1929.
taveia, capazes de a fa.zerem enJouque- pll.rece ?» - uQue lindo l. .. ll, foi a respos--
mais entueiasme.dos estao o P. R estrepo,
cer.11 ta. - «Agora desta vez sempre se conver- colombill.no, lente do primeiro ano de Di- (a) Beniamim 7'hiago Valente de Brito
A deeditoea eenhora, perdida.a todas aa te ou ainda nao?," preguntou finalmente reito, a. quem dou todos oe meses a uVoz
eeperll.nçns de remédio humano, volve o o amigo. E o espiritista ja lhe nao ree-- da. Fatima», o P. Boyer, lente do segun- Cancro.
pensamento para Deue e recorre a.o seu pondeu. Pòs-ae a chorar e... oonverteu- do ano de Teologia., que pedin nm exem-
poder infinito por intercessao de sua Au- ee I... Bemdita. seja Nossa Senhora. de Fa- plar de «Ae grandes mara.vilhaa de Fati- «Ana da Cunha, também conhecida
gusta Mie, sob a invocaçio de Noeaa. Se- tima I» ma.)) para ler a hiat6rill. doa a.col\tecimen- por Ana Gabriela, esposa do snr. Joaé
nhora de Fatima. t.oo, P . Vn.n-La.alt, holandes, e o P. de Oliveii:a., proprietario deste lugar,
Animada duma confill.nça intima, pro-
funda e inabalavel, aplica a ce.beça una
Nossa Senhora de Fétima na Italia de Zapalona, runbos lentes do primeiro ano
Teologia, o P . Mostazll., do segundo
ll.pareceu nos principios do mee de mar-
ço do a no findo, queixando-se de um tu-
'paches de ngua dli. fonte miraculoaa., que 1'11. mesma carta r ecortamos outra pa.s- ano de Direito, e mnitos outros.u · mor osseo no ma.xilar inferior, de qne
oonsegue obter por intermédio duma pes,- aagem interessante: era porta.dora, ha.via eeis mezes, pouoo
110a dae suoa relaçoes, e pouco depoie, de «Voltando ao nOBSO caro P . Moreira, mais ou menos, mas que nos mtimos
improviso, a. sua. surpreza e a sua ale- digo mais que éle a.qui continua a fazer I Visconde de Monttlo temp-os tomarn. ma.ior desenvolvimento.
gria. elevàm-ae a.o auge e expludem num .Aconselhamo-la a que consultasse um
grito veemente, que traduz t.òda a gra,. médico, por nos parecer um ca.so de gra,.
tidiio da. sua alma reconhecida para ~m vidade.
a Onipoténcia Divinll. e para com a bon-
dade materna.I de Maria Santissime.: «Es- As CLJRAS DE 'FATIMA,, Foi consultar o nosso preeadfssimo
amigo anr. Dr. Alberto Borgee, com
tou cura.da In
A principio, a sua. famHil!. reou.sa-tie
terminantemente a a.ereditar IU1. cura.
Urna indiferença absoluta e uma frieztt
glacinl acolhem o entusiaamo ardente e
irreprimfvel que lhe trasborda dii: aJnm e
Ulcera no estomago
------------- I

à hora da Missa dos doentes continuou


sempre o me.I estar.
Raios X nossa cido.de. Este nosso amigo
por sun vez aconselbou-a a dar entra.da
no Hospital de Coimbr a. afim de subme-
ter-se a umo. opora.çao oirurgice., se o
distinto operador snr. Dr. Bissa.ia Bar-
r eto, a-ssim, o entendesse. De faoto, aa
se traduz em palavras. Julgam que eia e larangite cr6nica Durante a. Missa e a bençiio dos doen- opinioes foram iguais classificando o re-
tivesse perdido o uso da razào, corno o tes, diz eia, parecia a.1der em febre. ferido tumor do um autentico sarcoma.
especialista previr11., mercé daa COD.fl&- Amelia da Sllva, de S. Mcirtin,ho d'Ara- Sentiu, continua eia. a dizer, que qual-
quéncie.a da evoluçio natural do tumor da. (O'Oar) . P arn observa('ii.O ficou numa da.a enfer-
quer coisa de eetranbo se passa.va em mariaa do referido Hospita.l, onde per-
looalizado no cérebro. Mas, a breve tre- si. Term.inados os aotos do culto quando
cho, todoa se rendem, alegres e felizea, Men bom Am. 0 Col.• maneceu durante a ultima quinzena de
nos reunimos nae camion ettes, disse-me Março e todo o mes de Abril. Por fim,
perante a ev1déncia empolgante doa que esta.vll. c-urada..' Niio acreditei.
factoa. A doente eetava realmente cur a.- Certamente j-!l nito se lembrava da pe- o snr. Dr. l3issaia, junto com o seu BB&ia-
Voltamos para a nosea. freguesia rezan- tente snr. Dr. Bnoolha.n, disseram-lh.e
da. Todoa os seus males tinhnm desapa- quena. peregrinaçio de Arada à Fatima do e cantando como na ida para Flltima.
em 13 de Agosto do ano fi ndo. Nem aèbni- t!IU8 seria rnelhor retirar para casa, poia
reoido como que por e ncanto. Em cado. paragem a. pobre Amélia, ca,.
No dill. seguinte, recebe a visita do san- ra. Era urna. gota de llgua no meio do j a niio lhe faziam operaçao, ja pela re-
da vez mais ronca, continuava. a teimar giao onde ~tava implantll.do o tumor
to dr. CruJ"., seu conterrAneo, que por mar imenso qne ai se forma. Mas a Vir- que eetava cura.da. E essa rouquidao? per-
eia tiio fervorosamente orara. e que, fe- gem Santfseima lançou sobre ela os seus guntava,.lhe eu I. .. E' de cantar, respon- ser mnito moJindrosn, corno também ti-
licitando-a pelo grande favor obtido, re- olhoa misericordiosos, e nma das doentes dia cheia. de alegria. nho.m sur gido outras dificuldadee qne 011
cita com eia e com todas as pesaoa~ pre- que nela ~e encorporara teve a ventura Passa.ram-se alguns dia.a e a rouqnidito inibinm de a. fazer, dizendo a.o ma.rido
sent.es o terço do Rosario em acçiio de de ser cura.da das suas doenQ&B. desaparooia e niio tinba dores do eetoma.- dn doente, mns muito em seir;redo, que
grll.ças. Niio estranhe eeta demora em tornar p;o nem v6mitos, apesllr -de corner de tn- o mnximo que sun mulher 'podin viver
A treze do mesmo mes, acompanhada publico tao aesinalado fa.vor de Nossa Se- do que comem 08 pobr~ ca.Ido, boroa., ern um a.no. !Desa.nimado, regressou a
pela famflia, vai a Fatima agradecer a nhora do Ro8'rio da Flltima. sardinhns, etc. su a casa no dio 1.0 de maio, e paseados
Noss11. Senbora. do Rosario a sua cura mi- E' quo tfnhamoa receio de ser engana- Ji la .viio seis mezes sem mais ter no- uns di asi, o reforido tumor ·abria. uma.
raculosa e ali, n aciuele logar abençoado dos por urna. apfl,réncia de cura. tfcia das suas onferrn.idades. enorme fendn.. com um aspecto cara<'te-
do Céu, junt4> da I magem da Virgem e Desde essa data que se entrega a todos ristico do cancro. F oi de novo consultar
aos pés de Jeeue-H6atia, a sun alma exul- 08 trabalhoe, deecalçando-se, molhando-se
o se11 medico, snr. Dr. Alberto Borizes,
ta de santo jubilo e expa.nde-se em pre1- e alimentando-se de tudo quanto lhe ape- qùe ]he ma.ndou fazer os curativos ne-
tos de louvor e reconbecimento. tece. cessarios. Bep;nin 6 risca as prescriçoes
No Posto da.a verificaçoes médicas, o Nii.o devemos demorar mais a publica- durl\nte OR mocies de Ma.io, Junho e Ju-
dr. Pereira Gene, director do Posto, de- ('ii:• desta cnra, pois serie. revoltante lho.
pois de a ter interrogo.do, obeerve.do e ingratidii.o da nosea parte. 'Poz de parte todoR 011 deeinfectantes,
ausculta.do a.tenta. e cuidadosamente, Esperamos voltar à Fatima para agra,. e oome('ou dP fnzer uso da agua de Fi-
constata essa cura extraordina.ria, ma-- decer oa beneffcios que Nossa Senhora do timn, e nos fin'! de outnbr o estava com-
ravilhosa, inexplica.vel aoa olhos da eci- Rositrio nos tem dispensado com este ca.- pletnmente cnrndl\. dizendo eia, e ima
Anc.ia. so e outros de ordem moral. familia, qne se tra.ta dnm milaJZTe da
E aquele pobre fb.rrapo huma.no, que senhora da 61rnde, qne se venera na noe--
ainda havia poucos dia.a ee encontrava à. Ara.da, 26 de Fevereiro de 1929. Bll Cnnelinhll, c-om o o.nxilio da Senhora

beira do sepulcro, qual fior murcha pen- de 'Fatima. Afirmn-Re qne as melhoras
O Paroco - P.e .JOO.o Maria Gomea Pinto. com<'('a.rnm n manifestar-se depois da.
dida nll ha.ate e prestes a secar e a dee-
dol'nte se ter prostndo deante da ima,.
fazer-se em p6, espe.lha em t.òrno de si, • • 12em em orac:-lio, Q11vindo a mi!'IJn e co-
exuberante de vida e sa.ude, a admiraçao munp;nndo rodos oR dia.a. Milair;re?
e o a.asom bro pelo poder da gloriosa Se- Duma ce.rba. do Rev. Paroco r eoortamos
nhora de Fatima que se dignou cura-la ainda. o seguinte : (Do li'ioueirense, de 27 de janeiro, em
divinamente. ccEste caso é maior do que eu no. nar- oorrespondencia do Alqueidao).

Nossa Senhora de fatima no Brasil


Duma carta eecrita por u.m a,luno dC' Co-
légio Portugues em R oma, dn dioceee de
Leiria, a.o venerando director espiritual
Amélla da Silva

Julgo ter corriao o tempo sufioiente de


prova e poder tornar oonhecida a. cura.
Quem é a ourada P
raQiiO dou a perce....her, pois a rapa.riga,

muito, ohegando-se até a falar em tuber-


oulose e sifilis bereditaria. O que se po-
de garantir é que a rapa.riga desde esse
~--
devido è. falta de alimento, enfraqueceu Gastrite ulcerosa
............
.,,,_ ,. .,- -~
Maria Perelra Soares, solt.éiri, de ida.-
dia mandou embora oa cnidadoe e nunca de de 56 a.noi!, natura.I e mora.dora na
do Seminario daquela cidade, rev.do P.e Uma pobre rapariga de aldeia. que pre- mais se queixou doe seus antigos malee.» fregu esia. de Guilhufe, concelho de Pena,.
fie), vem pedir a V. Rev,ma um cantinho
Magalhiies, tomamos a liberdade de r&- cisa de ganhar o sen pii.o por meio dum no jornal "Voz da Fatima» parli. relatar
produmr a.qui os seguintes periodos: «O trabe.lho continuo e !lrdno. ATESTADO A~1ERIOR A CURA
urna grande milagre, que a Virgem de
ar. P. J . M. Moreira. é umll. bela alma.: Haver, une doze anoa que principiou Benjamiµi Thiago Valecte de Brito, mé- F atima se dignou operar nesta sua. hu-
franco, alegre e sobretudo um ap6stolo de a sofrer duma rouquidiio e de doree no dioo pela Faculdade de Medicina. de Lia- milde serva. Havia dois anoa e meio que
Fatima. Como tal nunca vii A. propagan- eatòmago qne niio a deixava.m trabalhar. boa eofria. muito do estomago e inteetinoe,
da de Fatima que éle fez pelo Braail, ja Consnltou v!lri01J médicos sem nada Atesto por minha h..~i::-a que Amélia da vendo-me por isso obrigada a usar con-
V. Rev.oia a conhece, creio eu. Todavia conseguir. O ateatado médioo junto é bem Silv&, aolteira, de trinta e cinco anoa de tinuamente de dieta. Durante esse pe-
dei.xe-me dizer-lhe algum& colUI& a &se olaro. idade, morador& no logar das Pedraa de riodo de tempo ooneultei por varia& v&-
reepeito. Pela r egiio, onde file estava, fo- Organieei a peregrinaçiio a Fatima e Ba.ixo, da freguet ' a de A.rada, concelho zea o meu medico Dr. Gnilherme Augu&-
ram ja distribuidaa mais de duas mi1 ea-- eia ta.mbém se inacreveu. de Ovar, eofre bi$ o:to anos de ulcera de to P ereira da CunhA, que me receitou
tampll.8 de N01188, Senhora, daquelaa que Partira de .Arada oom os reetantes p&- est.ama.go, ',-ri;- 6 te cr'-:ica, doençaa e&- nrioa medicamentoe que eu tomei, maa
tra.zero a novena.. Artigoe em jorna.ie e regrinos, que ocupavam trés ca..nionettea, taa de prov,n,1 or:l!., ;n' pa.-edo sifilitica sem resultado.
revistaa, escreveu uma. porçio déles. .A na ma.druga<la do dia 12 de Agosto. Na e daa quais a te.. bo tratado. Em Agosto do ano findo o meu estado
prop6&ito dum artigo que publicou num Tiagem ai"da 88 nc;taram os aeua padeoi- E por ser v&.:-~•l.e e me ser pedido pas-- de sa.ude agra.vou-se bastante, conti-
dos maiores jornais dali, uO Jornal P&- mentoa, vomitando sangue ~ queixa.nd~ eo o prese::~ atostad::> que assino. nuando eu a fazer uso dos medica.mentoe
queno», contou-nos o seguinte: - O ar- se bastante, sendo bem reconbecido o ReU que o meu medico me receitava, maa
ti&o tinba por tftulo «A Lourdes Portu- mal 88tar. F 1:ùa, 9 de Agosto de 1921:ì. eem obter melhol'lla, antes pelo contra.rio
gueaa.u Orll, quando ha. urna artia;o exe&- Paasou a noite no pavilhao d::;s doen- (a) lienjamim 7'hiago Valente de JJrifo o mal se ngravava de dia para dia. Jé.
poional, sàem os g-a.rotoa 'para_ a rua _a tes e durante a.a v!lriaa horaa de adora.- niio podia dormir, sentia fortea e agudaa
anuncia-lo por toda a parte. Fo1 o que fi- çio oontinuou queixando-se. (Segue o reconhecimento) doree no estomago e inteatinos, apenu
seram tambem a aste. E toda a gente Quando principiou a inscriçio d08 doen- podia tornar algum leite mistura.do oom
querii. enbor de qne se tntava. O caso é tea foi iDIO'rever-ee e apresenton neesa A.TESTA.DO POSTERIOR A CURA agua, que apenas ingerido, · logo vomita,..
que, passa.do pouco tempo, eetava~ veiv ocaaiio ao Ex.m0 Slir. Dr. Pereira Gena Benjamim Thiago Valente de Brito, va. Em Outubro men irmio que vive na
didoe todos os exemplares. - HaVJa aU um atestado do seu médico, a.teetado que médico cirurgiiio pela Faculdade de Me- Bahia, Eatll.doe Unidos do Brazil, eecre-
um célebre espiritista, doe mais avança,- certamente estar, 11-rquiva.do, onde 88 faz dicina de Lillboa veu-me aconeelhand~me a que eu me
doe, 'I\ quem 11m nmigo levou o jornal que a nru-raçio dae auaa doençaa. A.testo por Jninha honra que Amélia da dei::i:ll.88e radiografar, o que eu nao cb.e-
inseria &se artigo, para que ele 18888 Aumenta.ram oe eeus me.les oom o frio Silva, aolteira, moradora no lognr du P e- guei a fA~ porque n8!18a. ocasiiio jé. li.a,..
também.-uNao, nio leio I», disse ele - que apanhon enquanto eepei:ava, à porta draa de Ba.ixo, freguesia de .Arada, con- via perdido todll. a esperança na. acien-
11Ha-de ler; pois, porque nao?,» retorquiu do oonsult6rio, a vez de se inecrever (n. 0 celho de Onr, foi por mim observada e cia humnna para a minha cura .
o outro. E na verdade, para oompra.zer 32). medi.cada algumas vezes durante perto de Na minha aflicçio recorri com toda a
com o amigo, Jeu ... E, antes de terminar Foi para o parilhiio doe doentea e a.té trAs anos, duma tilcera do estamago e fé e esperl\nça. è. Virgem de Flltima, fa-
VOZ DA FATIMA 3

~ndo-1.h& uma. novena. de terços, missas a tal ponto que es doentes que me ro- Um pequeno e urna pequena ele de qua- reira dos pa1s que, eurdos à voz de Je-
e oomunh6es, prometendo-lhe ainda. da.r- deavam perderam todas aa esperanças de si 10 ela rle 11 aproximam-se de mim sor- sns e da Igreja impedem os filhoe de r&-
lhe a importa.noia que ba.via de dispen- me aalv&l', E nisto me foram dnd08 os uJ- ridentes alegres a pedirem-me um catecis- ceberem Jeaus Sacra.menta.do?
der com o Raio X, ee ficasse cura.dli. Ao timos Sacramento& (Extrema-Unçio). mo. Quantos nao ha que, sem se alimenta.-
eetimo dia da. novena, que foi o dia. 27 Mas tendo recorrido a N .• 8.• do Ro- Eram irmiios. rem, vio pouco a pouco ensurdecendo
de Novembro do a.no 'findo, senti-m,e sario de Fatima, prometendo-lhe rezar 9 - Entao os meninos jé. comungara.m na. até que, como ais florsitaa do campo a.o
peor, e à noite deitei-me rala.da de do-- terços de joelbos em Fatima deante da comunbao soleno P • contacto do euiio, secam e morrem de
ree, maa oousa. extraordinarin. l, eu que imagem de N.• 8.• e aindll. 10$000 reis De olhos baixos e voz nubia.da respon- todoP ...
ja ba tne~ nio podia dormir, nessa noi- todos os anos emquanto vivesse e puder deu-me um: Levemos as crea.n.çaa a receber a Noe-
te a.dormec1, e s6 a.corde~ de ma.nha, e paga-los; J08000 comtanto que fica.sse - Meu pai nao nos deixa comungar an- so Senhor. Eie tem um pra.r.er eapecial
quando despertei, &enti-me completa.- sem defeito a.lgum na vista, e uma mis-- tee dos 12 anos completos. Diz que a gen- em entrar nesso.e alminhaa que o peoll-
mente cura.da. J a lii vao mais de tres sa em acçio de gro.Qas 11. N .• S.• todos os te niio sabe o que va.i fazer. do ainda niio mancbou.
mellell, e durante 8888 tempo tenho co- anos na Guarda, no dia da data que saf - E os m.eninos sabem P Levemo-las para. que s6 Ele gor.e o
mido de tudo sem me b.roor mal algum. do Hospital. E por isao nao tardou o - Pois sabemos ... Vamos receber o Cor- perfume da 1,ua inocencia e lho a.viven-
Quando me eenti cura.da ainda. nao sabia. Milllgre. E para mim estava reconheci- po de Nosso Senhor Sacramenta.do. te e lho acresça cada vez' mais, vesti.n-
entao qual era a causa do meu sofrimen- do. Fazendo isto 'publioo cumpro um de- - Maa assim ... o Corpo verda.deiro? do-o e envolvendo-o com o perfume da
to, porque o meu medico para nao me ver duma graça que mais uma vez a. - Esté. a brinoar connosco. Pois ja se Sua graça.
ahmna.r, nao m'o ha.via dito. 86 quando Mite dos Aflitos enviou aos seus filbos -ve - vamoe receber o Corpo de Nosso Se- Que eia.e O compreendem mostra-o bem
eu o cbamei depoia de cura,da para me da Terra. E por isso peço a N.• S.• do nhor tio verdndeira, real e substancial- um dito daquela manina A. ai pelos 5
paBS&l' o a.teetado para mandar parll o Rosario da. Fatima, que me de mais ~1- mente como eeta nos Céus. anos de idade.
jornal «Voz de F!tima.» juntamente com guns dia.a de vide., afim de cumprir a - Bem, bem, vejo que sabem. Pois bei- Tinham-lbe flllado do S.8.mo Sacra-
a notfoia da minb11 cur., é que ele me minha promessa no proximo dia 13 de de ver se comungam antes. mento.
dine que eu sofria duma gastrite ulce- Abril de 1929, acompanhado de minha - A'i Deus quei re.! Ao ohegar a casa, quliai zangada va.i
mulher e 3 filhos. MRS foi debnlde que, em conversa ami- tei: CO~ .o. irmi que se compraz de ser
• ga, despejei todos 08 argumentos contra a a Jardrnetra dl\quela almita: e diz-lhe 4.
Do mesmo modo fllço publico que so- opiniiio do pai. queima roupa:
frendo ja ha muito tempo do que cha,. Aquela. durez,\ de rocba niio cedia facil- «- Entao tu niio sabea, o que me dis--
mam hemorroidnl, prometendo a N.• S.• mente. sernrn del e?
'U1lla pequenina esmòla se durante um Que contas, meu Dous I , Fecharam Jesus dentro dnquela casa I
mes tudo desapo.recesse e o que nao se Prenderl\m o Jesus h,
fez esperar até hoje, graças 4 Virgem. • A casa llra. o sacrario .
E por isso nqui deixo o meu testemu- • • . Nilo li para. ali estnr feoha.do que Jesus
nho de que peço n. publioaçao em a V oe fica no_ So.ora.mento dos nossos alta.ras: ~
da Fatima.
.A.gora siio trecbos duma carta particu- parll v1r as nosana nlmna - as dos gra.n-
lar. dE1s e pequenos.
,(Carta de 18 de Março ultimo) Ouvira ha tempo contar alguns factos
interessantee duma creancita em que se •
••• desenhava uma. piedade precoce. • •
.Sinite parvulos . I I
Pedi qua mas contassero por escrito.
E' da carta em que me contam parte,
que extra.io os }Jeriodos seguintes: .
Fructos?
Dos dois que s6 comungaram depois
( Continuaçllo do n.0 78) «Venho, o.pesar de ta1·de, cumpr1r o dos 12 anos nào sei o que tera. sido feito.
que prometi : falo.r-lhe da minha A. A A. é o que se va.
Quando voltava para o altar senti wna Mos corno lhe hei-de eu dar contas das O Manuelzito cbamou-o Deus a vida
oomoçao profunda deante daquele e-xem- supremns , iquezos e dons com que Deus religiosa.
plo de piedade infanti! e diBSe comigo mes- l\ dotou? A: _Celeste ei.sn foi continuar no Cén 0
Maria Perelra Soares mo: t<Quem me dera comungar assim. E' a minho A. umn crennça viva, ir- del'ic1oso banquete que felizmente come-
Nunca mais de entao por deante me pas- requieta, rostosinho alegre, pele fina e çara cedo ca na. terra.
sou da memoria a.quelo. figura miniatural rosado., olhos e sorrisos nnimados sempre E' que ~ Carne de Jesus tem a pro-

____....____
rosa. Disse-me que foi uro milagre ex- do uMamielziton. de urna expressiio de bondade e meiguice. priednde singulnr de trnnsforma.r em Si
tra.ordinario, e que se udmirava como eu • Aindn niio tinhn 3 anos de idade e aqueles que A comem .
nao ba.via. sucumbido aos estragos da • • fugia. ja para a igrejn ... parece que Je- Deixemos poie ir 89 creançns a Jesus J
doença. Gloria e louvor à Virgem de
Fatima. Atitude, quadro e lembrança semelhan- sus a.trofo. a minhn A.
Pena.nel - Guilhufe 2 de Março de te me ficou grava.da na memorin dois anos Aprendeu de1>ressa o Padre Nosso e a
1929. mais tarde. Ave-Maria na catcquese mns oomo la
Era desta vez urna creuncita. de corpo ouviu dizer a confissiio e chegou a casa A V ISO
Maria Pereira Soa1'es com cara de mais edo.de. e no seriio disse para minha miie: «O'
Vinha a.o colo duma rapa.riga que de- mi'i.e quero quo me ensine o Baptistan. . ~edimos aos pre9ados aBSioantes em
ATESTADO pois soube ser sun irmi. Como se da a coincidencin. de la a ca- d1v1da. o favor de mandarem aatisfn.zer a
G'!'ilhe!me _.iuou&to Pereira da 01.mha, Os olhos ero.m duma imenea meiguice sa ir um moleiro chamado Baptista, mi- s1!a assinatura directamente em carta r&-
medu:o-c1rwrg1ll.o pel.a. Antiga Escol.a. Me,- ma.e fundos, quasi sem brilbo, sem vide.. nha miie respondeu-lhe: g1stada ou vale do correio.
dico-cirwrgica, do Porto. O cabelo alourado corria-lhe branda.men- «Tu bem conheces o Baptista. e estas- Niio mandamos proceder è. cobranQll
A testo e jtlh'o, pel.a. minha konra que te sobre os ombros que com toda. a caba- -me a pedir que t'o ensine I ?11 allim doutrns razòes, por nos parecer qu~
a. Sm-.• Maria Pereira Soare,, de 56 ça. se encostavam de manso no colo e co.be- - Nito, minha miie, niio é esse que eu todos seriio tào interessa.dos como n6s na.
aflo&, natu-ral e re&idente na freguezia ça da mais velba. quero que me ensine; quero que me en- ~fusao è pr?speridades do nosso jornal-
Ouilhu/e, de,te concelho de Pena/iel pa- Fora a.taca.da de Mal de Pott que pou- sine o Bn.ptista Pedro e Paulo qne di- zmho. A o.ss1natura sào dez esoudos por
decia deade ha doze ano.! e meio de' ga&- co a pouco lhe ia desfazendo os ossos em- zem la na doutrinu. a.no mns o que nos tem valido é a gene-
trite ulceroaa, com dores muito inten- quanto lbe dava a. alma urna virtude for- Por estns po.laVTns se concluiu que se rosidade da.1guns ru.ainantes que nos t&-
,as e de entero-colite ora11e, tendo por te na provaçào. tratnva da confissiio que começou logo a em enviado qunntias muito superiorea.
Quando me aproximei, a irma voltou li.prender. ~em eles imaginam todo o bem que as-

...
t1eze1 pequenll3 hematemezea. O aeu es-
tado oaatrico aora11ou--1e m'lllito, deade levemente o olho.r para eia. ,Era aos trez nnos de idade. sun fazem.
ago&to do ano vauado (19t8) e o eatado Como se deFpertasse levantou a cabeça Ainda na mesmo. idade estava. nm11 EJ? <1unlquer reclo.maçio 6 indispensa-
inte&tinal n companhou eue agra11amento abriu os olhos fnmndo-os no Corpo .Adoro.- vez sentada no meio de 01\M com n, bo- v~l rnd101n· o numero da assinntura. Pe-
a ponto de a unica alimentaç4-0 da do-
f:fl.te, o leite, nao .,er de modo nenhum
tole1ado, sendo repoato por 116mito e o
val do Senhor e tendo-O reoebido mergu- necadn. toda ti volta d(l)a e cantl\ndo o
lhou no meamo sono a.parente e ex-terno uQueremos Deusn e eetava sempre «Quer
emqunnto por dentro iOZ&va as delicias mos Deus qu'é n6xo pai l11
____ ____
d1mos que nos devolva.m 09 numeros re-
petidos.

pouco Q'U,e /ica,ia, no eatomauo, era mi- de Jesus. Men pa.i interpelon-n. :
nuto, depoi11 expelido pelo in.teatino, por Logo de seguida o reoebeu a irma que 6 eeuOlhe - lit, minha. menina, entiio quem A MINHA NOTA
digerir. Bate eatado gra11ia.!imo, que paiP
um pouco ao lo.do com os seus dois tesoi-
a/aata,ia toda a e.!perança de cura e que ros - a irma e Jesus - bem abrnçà.dos se Eia responde serenamente:
- Este -:le quern agora estou a fblar
SObre as pedras
fa.zia pre11er a morte a curto pra.ao, mo- recolheu a 1lar graçns.
dific011,-ae inatanta.neamente no dia 11 de Era lindo ver o.quele quadro em qne se nito li de si mns sim do uPo.i do xéu11. Er~ uma rapariiia alta, franzina, doe
1t011em.bro de 19t8, de manha de,apare- representavo. a uniao fro.terDAl de duas a.1- A11:ora. quando eu in. receber 11, Sagra-- seua 16 anos. Temperamento vibratil de
und-0 aa dore.s e aentindo a doen.te uma da Comunhiio era v~la a. eia sempre e
mos entre si e dum modo mais perfeito pergnntar-me: algarvia, coraçiio ardente de portugueaa,
tuefl.tuada enforia, com apetite qtu lhe com o sen Deus. alma cristi do mau puro eacol.
permitiria uma alimentaçl!() ooriada Era to.mbém na nldeia. . - «Que bolo é nquele que o senho pa- Que queria eia, aquela. pobre, senta.da
ab,olutamente inadequada ao aeu eatad~ Aquela atitude numa creança doente d1 te da M. P En tam~m qui a l11 ali no meio dos doentes P...
anterior. Oonsidero-a actualmente abao- gravemente doente - e todos sabem como ···Pfo·.-~~i ~~--~--~x~~Ìo~--d~-~~;: Quem sa.be? Talvez a cura. de a.lgum
lutaf!Wln.te curada. as creanças na doenças se tornam imper- ente querido, a convereào de aliiuma pea-
Po,r &er 1)trdade pa.,.sei e&te ateatado tinentes ,- feriu-ma em oheio e senti que ta tio n1teress1rnte por revelar o desabro-
T_>ara ~ piedade, dum botaozinho
soa de familia a soluçiio de alglllll daque-
f'Ut 0.8ftfl,().
sem querer, emquanto continuava a da.r a char les problema& que s6 se confiam a De111
PeM/iel, ! de ;anei,ro de 1919. comnnhao se me eecapavam pela faoe duo.s que amdo. nao desa.brocbara para 11, vi- e a Mii.e! ...
(a) Guilherme Augusto Pereira <la lagrimas de agradecimento a Jesus por • O que quer que fosee era pedido com
Cunha. Ele ter feìto florescer o.qui e allim tao 'per- • • ardor, oom fii. Edificava ve-la ora.r.
feitos modelos do devoçlto encarfstioa.
(Segue o rec~nhecimento).
Quando depoie fa.lei do ca.so a.o senhor Ai qne d6 niio faz ver por a!, ta.nta iii.o·-~~~...
...6it~din~, ..~r;;· epll6tic».'.' ~
Um fdema malfgno Prior ouvi-lhe num tom de muita sinceri- crea.nça n quom ee onidh de ensinar tudo atribulada por ~ma doença tao incomo-
dade. • o que pOjlea aumenta.r-lhe a cultura e ao da, viera ali pedir a cura a N. Senhora.
C<Nenl tu, ìmngina.s quanta. consolaçao eu mesmo tempo de esqneoer a fonte da uni- E n.lf ficou até a.o fim, Reoebeu a ben-
Alberto Nunee Qulomar, n.a.tura.l de sinto em lbe dar Nosso Senhor ... ca. e perfeita formo.Qao hnmanl\ e crista çiio recolhidamente... Era Jesus que pu-
Galeg08, freguesia d& Sé da Guarda, con- Comunga com frequAncia. -o <'-Onhecimento e a. prritica da. doutri- sava a dizer palavras intima.a de confor-
oelho e Diatrito da. meam.a. cidade, de pro- na do Evangelho I to a cada um dnqueles seus filhoe. E ela
fiuio empregado p6blico, e casa.do com Coitadinha I E' um poço de sommento.
Tem o nomo com ela... ch8.Ill&-68 Celeete. One tristezn ompurrnr para a vida ouviu-0. "'-uantas èonversoes, qll'llntas
ll&ria do Rosario, natural de Pataias,
oonoelho de AJooba.ça, venho por eete E nao sei que mais admlre se a pacien- bntn nlmn que nito conhece a ~da! consolaQ088 a par do.a ouras que ali se
cìa dela se a dedicaçio da irmi - uma e l>nrece que reason ainda aos nossos operami...
meio testemunhlU' qu.e eative oom n. do-
ença aoima referida e que cheguei a e&- outra bauridaa na recepçi.o frequente da nnvirlns o pedido nmoro"O de Jesus feito Slio momentos de paraizo.
&gra.da Eucaristia.11 um dia em terras da Palootina e repeti-
tar baatnnte mal. do t'm E'CO de todos os Sll,Criirioe das nos- A seu tempo organiaa-se de n<1,vo a
Mais dfX'laro que dei entrada, em 27 • saa i trreills. prooissao que reconduz a imagem parà a
de Ha.io de 19'28, no H08pit&l da. Santa. • • «nPi:tli· i 11ir ,, Mim os ptquuiinoa! capelinba das Apari~NJ.
Casa. da MiM1ricordia, da. Guarda., e don- .A.gora o reverso. R o'I peqneninoe entende-nO ncorrem E essa rapa.riga pede para lbe descal-
de ea! em 28 de Junho do mesmo ano, Foi na cateqnese numa. outra aldeia on· prr,qqnro,os M Ren chamam1>nto. çarem os ell plltos.
e, além de todos 08 cuidadoe da Irmà en- de a vida cristà, a vida de piedo.de nao Mru, quanto.,; n!Io hri, roita.di\hos que E la v11.i descalça a acompanhar a Ima-
fenneira, por qnem fui trata.do, cbeguei eram das mais intea»ù. encontrnm no c1UT1inho a indupernvel bàr- gem de Nossa Senhora.

,
4 VOZ DA FATIMA

Curo.da? ... José Joaquim de Mendonç!l, Candida Cle- que andasse por ali qualquer influencia ffoios, tais como o ci& curiosidade, o da
Nii.o. Conaolada. mentina de Sa (20$00), Beatriz Fernan- sobrenatural a exercer-se, meteu a. mio uo lingua, o da vllidade ...
Uma força nova, intima lhe dava con- des Gato, Josefina Paiva Nazareth, Ade- bolso e, pagando numa. pequena cruz que V& oomo podes Bel' util, como podee
forto e resignaçao. Era o Senhor que so- laide Paiva, Beatriz Cllrvalbo Alves da. se solta.ro. do seu terço, escondeu-a na dedicar-te?
fria. porque elo., sofrin. e amava em unii~
com Ele.
Alguém lhe oferece um lugar deante
Cruz, Maria dns Neves Vareta, Teotonio
(12$00), Conceiçiio Marques (15$00), Eli-
za Amelia ilo Lo11rdes Mesquita (15$00),
palma da mii.o que pos fechada em cimll.
da prancheta -e perguntou:
- ccQuem ésPn
-=·
Agu a d e Fatima
da imagem no meio das servitas. Antonio Vieira d'Aguiar, Domingos Puli- Depois de longa pausa., veiu a respos-
uNio, responde eia, muito obrigada. ta: Torna-se diffoil ou quasi impoesivel re&-
do Garcia, seminaristas de Serpa. !12$00), ponder a todas as pes.soas que se nos di-
Nio gosto de ir ai a vista de toda a gen- Silverio da Conceiçiio Neves, Maria de - ,,Bem sabeis quem soun.
te. Antea quero ir n.qui atraz, escondida Nii.o se deu por satisfeitn. a senbora. que rigem a pedi-la.
Jesus Silva, Rosa de Jesus Silva, Cacil- Lembramos também que Leiria. fica a
com a sombra da imagem.,, da Cllbrita Franco, Sofia Aurora Pinhei- ineistiu:
La foi, pois mesmo junto de mim, 25 quilometros de F&tima e nem teriar
ro (20800), Adriana Flores Ra.scio, Ma- - ccOrdeno-te, em nome do que tenho
numa enoa.ntadora o.titude de modestia. na miio, que me digas onde estas,,. m08 tempo de atender ca.d"8. pedido. E'
ria Beatriz Cabràl, Dr. Guilherme Ma- necessario também notar que a.pesar de
e recolhimento. cho.do Braga (20$00), Eugenio · de Mou- Deu-se nova pausa consideravel e, por
Pensei entao comigo que sii.o talvez al- fim, surgiu a resposta escrita em gran- a agua ser gratuita é necessario contar
rb Pinheiro, P.e José Gonçalves da Cos- com a lata ou outro recipiente e com <>
mas corno aquehi. que, com o sofrimen- ta (20100), Candida Ferreira, Maria des letras bem visi veis :
to oculto )evado com 11.legria por amor de - ccNo inferno,,. porte do correio, o que é relativa.mente
d' Assunçiio Silvo. (20100), P.e Ca1 los caro.
Deus, afostam o castigo que por tantos Augusto da Silvo., Maria José Gomes Todos quizeram saber o que a senhorll.
pecados merecemos. tinha na mii.o, e eia mostrou o crucifixo. Quem pretender obter n. agua pode di-
Notei contudo que alguma coisa n. Martin!! Correili. da Silva (20$00), Leo- rigir-se a .J~ de Ah:neida Lopes - Fa-
nor Vieira, Beatriz M. Guimaraes, An- A sorpresa foi geral e o dono da pran-
preocupava. Olhava muito para o chao. cbeta partiu-a, declarando que nuncn. tima. (Vila Nova de Ourém), que e&
Eram deoorto os pés mimosos e delica.- gelina de Lemos, Domingos Martins, presta a manda-la e é peesea da nossa
Alice Mudat, Snra Mudat, Maria He- mais se serviria de tiio desaatrado in&- confiança.
dos gue lhe sangrnvam sobre o cascnlho trumento.
do caminbo. Como devia sofrer I lena. Guimllriies, Carminda Guerra de
Andrade, Albertina d'A. Mota, Candida O correspondente acrescenta que lhe
Fui observando. Aguela rapariga, gue conetn ter-se casado &se rapti.z dai a al-
nito sei quem era nem corno se chamava
ll'pareceu deanto de mim como 11m mo-
Rosa Martina, M. José dos Santos Mc>-
reirll. (20100), Julia da S. Neves d'Oli- gam tempo numa igreja cat6lica, depois Modos de ver
veira (16'0), Ismalia Bastos Messedet, de convertido à nossa Fé.,, ·
delo de peregrina. Um cio, um indiferente ou sem religilio
Confundida ou quasi com a multidiio Candida. Alves, Emilia de Lemos Ferrei- e um cat61ico apreciando uma codea de
que segaia a imagem, com as faces ba.- ra. pio e uma ceara de trigo.
nhadas de lagrimn.s e os pés talvez de Na. distribaiçao de jornais e varios do- Es111olu 0Uld11 1111 v6rlu fgreJu qmdo da dfstrfbalclo O cii.o, ao v9r a oodea. de piio mexe a
111ngue eia ia disfarçadamente procuran- no.tivos: Igrejll. de S. Francisco Xavier, ca.uda de contente mas nio faz nenhum
do sabeis o qu8 P de Providence (America do Norte), 1 da •YOZ DA FATIMA• caso da ceara de trigo.
Caminho mais macioP ... dolar; Maria dne Dores Tavares 'de Sou- Na. igreja de S. Tiago de Ce- O indiferente, por muito tolo que se-
Nào. Io. procurando disfarçado.monte za, 65800; Julio Dias Fano Coimbra, zimbra, pela Ex.ma Sr.• D. Ger- ja., estimn. um pedaço de pio mas muit.o
oaminhar por .s6bre a.s pedra.s ... 15$00; Maria da Encarnaçio Rar11a, trudes do Carmo Pinto, nos me- mais estimaria a ceara de trigo que pro-
E' que a mortificllçào é tanto mais 25100; P .e Aurelio de Fari a, 80$00 ; An- ses de Janeiro e Fevereiro de duz o piio.
aceite e merit6ria quanto menos da nas t6nio Martins dos Santos, 26850; Doen- 1929 ... ... .. .................. 60$00 O catolico goeta do pio, cultiva aa
vista.a. tes do Sllnat6rio Rodrigues Semide, cearas mli.a quando pensa em Deus que
52$50; P.e C'arlos d'Assunçio Dantas, Na Igreja do 8.8. Coraçiio de
Sirva-nos de exemplo para procurar-
, mos na aceitaçii.o alegre dos dissabores de 30$00; P .e Francisco Luca.e Pacheco, Jesus, em Lisboa, pela. Ex.ma as creou, cai de joelhoe.
Portante, o ciio niio passa da codea, o
cada dia a realizaçiio d08 desejos de imo- 25100; D. Maria do Roeario Dias, 50$00; Sr.• D. Marill. Matilde da Cunha
Xavier, no mès de Fevereiro de indiferente niio passa da terra e o bom
laQao que o Senhor exprime a tantas al- Ana Antunes, 50100; Hotel de Nossa Se- cn.t61ico chega a~ Aquele de quem proe&-
mas em desconto dos pecados do mnndo. nbora de Fatima, 100$00; Dr. José Luiz 1929............................ 39,15 de todo o bem.
Mende.'I Pinheiro, 100$00: EmiJia Nunes Idem, idem no m& de Março E... nio é preciso por mais na carta
----·----:---- da Rooha, 30$00; Luoiano de Almeida de 1929... .. ... ... ... ... ... ... ... 82,45 (como se costuma dizer).
Monteiro, :\28100; J osefa de J esus 16850;
Voz da Fatima Ant6nio Bernardo Tavares, 20$00; Elvi-
ra de Carvalho, 50$00; J oana Serenn, de
•••
Deapésa Ilhavo, 75100: diverso de Ilbavo, 15$50, LEITURAS A primeira vit6ria
Transporte 144.567$56 Mons. Manuel Marinho, 30800; José
Papel, composiçiio e impres- Mornis Jordiio, do Paiiio, 100800. -Que te pareceu a Augusta P E' um jovem que fala.:
sii.o do n. 78 (55.000 exem-
0 - Uma rapa.riga. bastante inteligente ~os~umava eu todo~ _os dill.s pela mar
nha u fa.zar ama v1s1ta. ao Santissimo
plares) ................. .
sruos, embalagens, transpor-
3.137$50 ••• e muito culta. Deve ter gli.sto urna boa
soma. de dinheiro em livros; tem grande ne. Igreja. de S. Barnabé. Ma.triculei-mè
no liceo e pura la me dirigia com um
tes, grav.uras, cintas e ou-
tras despesh.s ... ... ... . .. 722~80
NO INFERNO variednde rie roma.nces, de historias, de
poesins, e até la tem um livro de filoso- grupo de condiecipuloe, qun.ndo calhou
passar por deante da igreja. Desta va.
fia; revistas... é urna infinidade. Nio sei
Urna das grandes manias e erros destes como eia tem vagar para ler tanta coisa. veio-me a ideia de pll.ssar adeante, sem
148.427186 entrar, p~ra niio _eer criticado pelos mena
Subscr-lçllo tempos é o espiritismo e convem que os Tambem, pelo que me disse, pa.88a 08
cat6lic08 estejn.m precavidos contra esta dias a ler. Ser imtruida é a sua grande companhe1r08, cuJas ideias ainda niio co-
(Fevereiro de 1928) ambiçao. nheoia: Mas venci-me e disse-lhes sim-
peste, condanada pela Igreja e que mui- plesmente:
Enviaram dez escudos: Virginia Alves tas vezes leva a loucura os desgraçados - Pergantaste-lhe se tanta leitw-11.
a --cc~ntin_ue~, que eu ja 08 n.panhon.
Guerreiro, Ana d'Aguiar Branco Noguei- gue se lhe entregam. l"retendendo esta- fazia feliz P
Entre1 na 1greJa, fiz a minha visitinha
ra, Joiio Gonçalves de Moura Adelina belecer relaçoes entre os vivos e 08 mor- - Conversamos nesse sentido. Teve co- o, ao sair, acbei-os todoe à minbn. espe-
Amelia Alves, Francisco do. Siln Fidal- tos, faz mal nos vivos e nio da proveito migo um desabafo fntimo que eu nio ra.
go, Armindn. de ,Jesus Freitas Precevia aos mortos. POS80 repetir. Mas julgo que nào seTei in-
No dia segainte tambem eles entra,.
da Gloria Moraes, Domingos Pinto Joio Quando se nii.o trata de pura mistifica.- discreta dizendo-te que a AugUBtll. esta rau1, entra os qua.is o filho de wn advo-
Albino da C'osta Rodrigues, Alberto' Dias, çao, pensam estar em relaçio com os mor- convencida de que a,e leituras, a que se gado socialista.
Alba!lo Fernandes Machtido, Ma.ria A. tos ou algum espirito bom e estiio a ser tem entregado desrle ha anos, sio a cau-
Santiago (15$00), P.e Joaquim Pereira. o ludibrio do demonio, qae procura as- sa das moitbs lagrimns qne chora, as e&-
dos Santos Aragiio, A. Espinosa, Ma.ria sim engn.nar-lhes a fome de sobrenatural CGadidas. Parece feliz mas niio é, e a
da Piedade Pacheco Teles, Aurelia de Pa-
checo Teles, Maria Luisa Paes Mendes
que ba em todas as almas, ma.s baralhan-
do, mentindo, de forma que os seus ad&-
leitura. d08 romances, dos versos, etc., d&-
ve todos os defeitos que a tornam infe- Acto de contrlçao ••• à moda
ptos possam continuar nos ~eus pecados, liz. Senhor meu J eaus Cristo Deus e ho-
(15100), Alice Rodrigues Leii.o da Silva Mas nito tem forças para mndar de ru-
Carlota Augusta Dias, Francisco Paix~ sem temor de urna sançii.o de vn.lor de- mero verdadeiro, por serd~ V6s quem
de Albuquergue, Americo Angusto de La- pois da morte. mo: ja nio pode venceT a pai."'tio da lei- sois e porque Vos amo sòbre todaa ae
O dogma da Comunicaçii.o dos Santos tura, nem a. vaidade que lbe excitam 88 coisas, meno.s sobre as moda.s, peza-me
oerda, P.e Antonio d'Almeida Correia peseoas que a lisongeiam.
Julia Clemente, Jacinto Pedro de Souza.' ensina-nos que na Igreja de DeUB ha San- de todo o coraçiio de V oe ter ofendido,
Gertrudes Proença, Maria da Gloria
mora Pincho, P.e José Antunes Bazilio,
sa: tos e Just-0s, de cujas boas obras pllrtici-
pam os que est.iio em graça com Deus.
ccQue inveja eu tenho, disse-me eia., que
inveja eu tenbo da minha irmi, que com
proponht> firmemente a emenda de todoe
os meus pecados, meno.s do.s de eacanàalo
Podemos, pois, oferecer Missas, oraçòes o seu livro de oraçoes e dedicada ao tra.- que manda C()m/!ter a modo, e de me
Lucrecia Pelejio, Jn.einto Trindade, Ma.- e outr08 sufragios pelos nossos queridos balbo manual, é boli. e sente-se feliz; en-
ria Angela da. Silva, Manuel Gomes Gon- nio afasta.r dbs ocasioes de V os ofender,
defuntos. Isso basta. para nossa consola- quanto que eu, com tanta leitura e tao eu e os que me veem nua.
çalves <15800), Rosaria do Carmo Vaz de çio e alivio deles. lisongeadn, sinto que son infeliz,,. - Mas... este acto de contriçio nio
Carvalbo (20$00), Joao Maria da Cruz Ninguem pode, sem pecn.r, recorrer a serve para I\ confisaii.o I
Ventum, Maria da Gloria Nunes d'Oli- praticas proibidas pela Igreja na. estulta - Nii.o serve, com certeza (di• o Snr.
veira, P .e Henrique Fernandes da Silva, 1 e enganadora esperança. de conviverem Bispo de Malaga), mas no dia de jUlllO
P.e Joaquim do Carmo Martins, Tertu-
liana de Jesus, Rita de Cassia Linhares
com os mortos.
Do que valem estas praticas é exem-
Sou urna inutit veremos o que vn.lem as confill8088 e oo-
munhoes daa penitentes e das que se
Toledo Brun, Rosa. Izabel V a.sconcelos plo o seguinte cMo veridico comunica.do Fez.me pena estll tua frase, querida aproximam lln mesa eucaristica co~ a
Galviio Baptieta., Leopoldina Ferreira do a urna conceituada revista. americttina. por Teresinha.: - cc Son urna inutil !,, E dis- sua eloganto desnudez.
Canno (20$00), Virginia d'Assunçio Ma- um dos seus leitores, cat61ico respeitabi- sesta-a com tanto amargorl ... Be;m se vf,
chado, Carolina Pereira Dias Melo o Fa- liesimo: quo tena um cora.çio ansioso por dedicar-
ro, Gertrudes Oliveira Santos Pinto, Au- ccUma senhora das nossas relaçoes (fa. -se. Imaginas que s6 é util, que s6 se de-
gusta. Rodrigues, Rosa Simoes de Souza,
Alba Galviio Amorim, Mario. Amelin. [>p..
la o correspondente do peri6cU_co none-
-americano) foi convidada. a passar o v&-
dica. quem pl\SSa os dia.e f6ra da sua ca-
sa a visitar os pobres sem piio, a cuidar
Urna reflexao salutar
pnlin, Pn.Jmira Ribeiro Lopes, Au~ta riio em casa do uma fam!Jia niio ca.t61ica. das crianças sem lar, a promover festas Que idade tons P Dezenove anos, tal-
Santos Pinto Moreira Range!, Jo:L(luim Como passatempo, organizaram-se di- de ca.ridn.de, aem espfrito cristiio P vez.
da Silva Gaspar, Ermelinda Coelho ctn versoe jogos divertidos e, para variar, E tiio facil urna menina dedicar-se e Ja contaste o numer o de minuto& de-
Rooha, Eufemia de Son.za Soares, Luiz um rapaz apresentou urna prn.ncheta e ser util... Nio sabes como P corridos desde o teu nascimento P
Correia Vll8concelos, Mario. Adelaide de um lapis, explico.ndo a.os assistentes, que Sempre que teu pai entrar em casa de- Esse numero é espantoeo: no11e milMe,
Gouveia Pinto Rezende, Mii.rgarida Ma.- qualquer peTgunta por Ales feita obteria dica-lhe um sorriso, urna palavrti. af"ectuo- tTeriento.s e trinta e trez mil e d·uriento,J ...
ria Soares Barbosa., P.e José Simelo automaticamente resposta ex-acta, gue o sa. Dedica qualqner pequeno serviço a e cada um d&soa minutos foi parar a
d'Oliveira Gomes (15$00), .Alvaro Lai• lapis tr-açario. na prancheta.. tua mio, e podes fa~lo tantas vezes no DeUB, e Deus os examinou um por um,
de 9ou1la., Dr. Francisco Rodrigues da A senhora nossa conhecida (continua o dia... pesoa-os, e rues devem servir para pagar
Crus, Viscondeaaa de Baçar (100100), Ma- correspondente) achou 11.quilo muito in- Aos tena irmios niio podes dedic11.r urna a eternidade.
ria Eugénia Biscai a Relvas (30100), .Ade- teressante e resolveu dirigir algumas per- boa palnvra, •m bom conselho P Cadn. am d8Jes leva um ~o - o da
lina Queiroz Caldeira Barahona (20f00), gnntas ao aparelho que lhe pareceu brin- Mas queres dedicar-te também aos e&- intençiio que tiveste ao emprega-lo. Aa-
Ermelinda Cnrneiro Leio, Joaquina. An- quedo o.penas. tranhos P Dedica-lbe as tuas oraçoes, que sim como cada mooda tem a effgie do
tanes Guerra, Antonia Estefania Gnarra, .As pergantas, poeto que dificeis, a.lcan- lhes podem ser mn.is uteis que muitas principe, s6 teem curso na eternidade 01
Maria da Oonceiçio Fragateiro (18100), 9arn.m com efeito respostas prontas e cer- obras de z81o. Dedica a DeUB as contra- qne estiio ma.rcados com a imagem de
P.e Antonio Maria dos 81tntos Camp:>s, tas. A boa. eenhora, começando a r.uspeita.r riedades que sol'res, uns peqnenos sacri- Deus.
ANO · VII ' . Leiria, 13 de Maio de 1929 N.o 80

( COM APROVAQAO ECLESIÀSTICA )


Director, Proprietario e Editor: - Dr. Manuel Marques dos Santos Administrador: - Padre Manuel Pereira da Silva
Composto e impresso na Uni4o Gréfica, 150, Rua ~, Santa Marta, 152 - Llsboa R.edacçiio e Administraçiio: Seminario de Leiri':I.

PO.·R TUGAL
Pé·s da Mae de Deus!
PATIMA, patamo impregnado de mistério, estlncia ungida de graça, terra perfumada de mila-
gres, é a mais preciosa pérola de Portugat. Jesus, Rei fmortal dos séculos, oculto na H6stfa
Branca e Pura do Sacriffclo Eucarfstico ergue-se e repousa na montanha sagrada de Fatima
sobre um trono de amor, g16ria e reparaçio, formado por centenas de milhar de coraçoes.
A magnffica e deslumbrante apoteose da augusta Mie de Deus, a excelsa Rainha do Santfssimo
Rosario, no locai bemdito das suas divinas apariçoes e dos seus estupendos prodfgios, assume
as proporçoes mais grandiosas e sublimes.-A alma da Patria aJoelha piedosa e comovida-
mente na cova da lrla e ' prende-se e une~se a Jesus pelas mios de Maria!

Doze anos depois - A época das gran- des, cantado por todoa os labios, oomo
des multidoes - O trono mais esplen- um hino de amor, reperente-Be nas que,-
doroso dejesus-H6stia - O mais belo bradas da serri,. e os olhos e os ouvidoa
centro de devoçilo à Virgem- A alma de drentes ,e desarentea~ maravilhados,
de Portugal na Cova da lria. estupefn.ctos, gozam o especté.culo mais
belo e mais tocante que é dado contem-
Doze anos sii.o passados depois que a plar s6bre a terra.
gloriosa Rainha do Céu se dignou apa- Jesus, escondido na H6stia Purissima,
recer, pela primeira vez, em e.splendida recebe ali o culto acendrado de milh.a-
visiio, na a.rida charneca de Fatima, a res de coraçoes, numa homenagem sen-
tres criancinhas inocentes. Convulsiona-- tida de amor, gl6ria e r eparaçio. O rei
va entao o mundo o mais espantoso con- imortal dos séculos firma, nessas noitea
flito armado de que reza a Historia e, em paradisiacas, o seu dooe império sobre
Portugal, eterno feudo de Santa Maria. as almas, muita.s das quais o recebem
as potencias cio Inferno tripudiavam so · jubilosas pela pri.meira vez, depois de
bre a Jgrejt.L, na mais feroz das 'lanhM p urificadas ooru a absolviçiio do sacerdo-
contra o Senhor e contra o seu Cristo. te no Santo Tribuna! da Penitencia.
A doce Juz sobrenatural do relàmpa-
go anunciador da prirneira apariçiio qu e 0 1 ,dia 13 de Abril - Aspecto do locai
,raiou na Covo. da Iria, no. bemdita tar- das apariç6es- Uma scena comoven•
,de do dia treze de Maio de 1917, quan- te - Pormenor curioso-Criancinbas
,do o sol alcançava o zénite, foi o pri- doentea - A missa oflcial, as procis-
meiro e:rrebol duma esperança de tlias soes e a bençlo do Santissimo Sacra•
,melhorea, o prenùnci.o consolador duma mento.
aur ora de paz e liberdade para a terr a
da Rainba Santa e do Condesta.vel. No dia treze de Al,)ril ultimo, realiza-
Inicia.-se agora, e precisamente no dia ram-se na forma coatumada as solenida-
,de hoje, a época das grandes peregrina- des religiosas comemorativas dns apari-
~o~. De todos os recantos de Portugal çoes.
deade as margens encantadoras do Minbo O tempo, duma amenidade sua.'VfS&i-
,o do Lima até aos jardins e vergéis do m.a., verdadei.ramen\te primaverfl, convi,..
AJga.rve, perenemente floridos, e ainda dava os fiéis à piedosa romagem de Fa-
de muitos pontos do estranjeiro, as mul,. tima.
tid6ee de tiéis acorrerii.o aos santuarios A's @z horllB da manbii., u.ma mul'-
da Lourdes Portuguesa,1 lançando corno tidao de muitos milhn.res dè pessoas cir-
rioe ~tumecidos pelas chuvas dQ Inver- culava, num vaivem oontfouo, na Cova
no as suas torrentes caudalosas no vas- da !ria e nas suaa imedinçòes, achan•
to anfiteatro da Cova da Iria. Desde do-se a estrada distrital e os terrenos
Maio a Outubro, o fJuxo e refluxo i n- marg.inais na erleilllaO daJgumas oen*"
cessante dessas vagas humanas pora uma nas de metros, literalmente cobertos de
nota vibrante de vida e movimento n a veiculos de roda a espécie, predominan-
nova cidade da Virgem. do os autom6veis e as camionettes. Aque.
]('a.time. é ontao, mais que nunca, nea- la bora, pr6ximo duro dos portoee do
ees dias inolvidaveis, um verdadeiro santuario, depar~se aos olhos dos g·a e
cantinho do Céu. E' a época das gran- passam uma seena ero erlremo comoven-
dea e entusiastioas manifestaçoes de Fé te. Um anciao de aepecto venerando,
e piedade, das curas de alma mais ex- quo tudo indica possuir urna elevada
traordinarias, dos milagres mais asaom- posiçao sociaJ, jal! prostrado na. terra
brosos, que siio, muitos deles, verdadei- nua. A seu Indo veem-se urna senhora. e
ras ressurreiçoes. uro menino, filho e neto. Varios ofereoi-
Ao oair da noite, ero pieno coraçiio da mentos feitos para obviar à situaçao
serra, na esplnnada sem fim do plana.l- inc6moda. em que se encontra. sii.o re-
ito sa.grado, desenrola-se, num incèndio &'9ita.dos d&l.ioadamonte, mas oom deci'-
de fachoa que é o simbolo dum grande siio e firmesa.
jno~ndio de almas, o mais empolgante Alguma.s familiae conhroidns aproxi,.
e comovente dos cortejos: a grandiosa e mam-se e debalde poem à. disposiçio da-
incomparltvel procissiio das velas. Cen- quele cavo.lheiro os seus autom6veis e oa
tenas de milhar de pessoas aclamam, seus serviços. Pouco a pouco, através da.a
numa apoteose formida.vel e unica no conversa&, vai-se rasgando o véu impe-
mundo a Virgem bemdita que, num ras- netravel que envolve aquele peraonagem
go de piedade e ternura materna!, fl8 t.a ist.erioso,
dignou baixar até n6s. O Avé de Lour- Partira. nessa mn.nbii de Lisboa no
2 VOI DA FATIMA

eeu carro e dum s6 jacto chegara a Fa- taçiio diante de Jesus, exposto na H6stia tranqùila e feliz. Se No880 Senhor per- so, e bastou quo anunotassemos a publi-
tima. Na sua devOQio acrisola.da para Santa. No dia segtrinte aesistem às soleni- mitir quo eu viva para esse fim, bemdito oaçiio doutra notfoia mais completa n_o
com a Rainha do Rosario, queria ir vi- dades ofi.ciaie, tendo todos recebido em seja Ele. Me.s, se quiser antes levar-me pr6ximo mes de A.bril, para que oe ped1-
11ita-la no 11eu santuario privilegiado e seus peitos o Pio dos A.njos. Edificava e para o Céu, seja feita a sua vontade ado- dos de novaa as11ina.t11ra11 afluissem oopio-
ali receber J esm, no seu sacramento de comovia imeneo a devOQio dos peregrinos, raveln. eamente, a ponto de nu.m s6 dia receber-
amor. A. noite perdida, a extensiio da eru todos os notos do culto, aesim corno Começa entao uma novena a Nossa Se- moe trinta. d8118811 pedidos ...
Tiagem, o mau eatado dns estradas, a impres11ionava agradavelmente, em toda nhora de _Fatima, pedindo a sua cura con- A.nimado11 poi' tam extraordinario co-
a.vançada id&de, o jejum prolongado, a parte onde apareciam, a gravida.de e dicionalmente. mo inesperado &xito, resolvemos estender
tudo oontribuiu para provocar uma li- compostura desafootada, do seu porte, A poucos pa88os dé distancia, numa. pe- a rade mais ao largo. Proouraremos pri-
geira sfncope cardiaca, como de tempos pr6pria de pessoas s6lidamente piedosas. quenina Betinia de paz e amor, Jesus- meira.mente que o nosso artigo escrito em
a tempos lhe sucedia ter. O rev.do Fliipe dos R c:s niio ocultava a H6stia, do nito do seu trono de lomes e fra.nces ·110ja trad=ido e publicado e.m
Com urna serenidado admiravel e eatisfaçii.o profundr. que lhe ia na alma de flores, volvia para aquelo anjo de ino- ingles, alemiio, italiano, polaco, heapa-
uma pedeita resignaçi.o, &se velho qua- por motiTo do feliz exito do BOU empreen- cenoia uro olbar de ternura e fixava na nhol e cataliio. Seguimos neste partioular
ai oetogenario le.,anta-se a custo e, dimento, que tinha. excedido toda a espe- sua fronte tisnada. pela febre o selo inde- o belo exemplo do ilustre religioso da
aoompanha.do peloa aeus e por um servi- ctativa. lével dos eleitos. Momentos depois, nquela Companhia de Jeaus, estampado nas co-
ta, la vai a. caminho do Hotel de Fati- Conolufdos' os nctos oficiaie comemora- alma sem mnncha, desprendida dos fra- lunas da Voz da Fatima de Fevereiro 6.1-
ma, onde e11tava hospedado desde a sua tivoe das apariçoea com a despedida à geis liames do corpo, batia ns a.zns ca.ndi- timo.
chegada.. Virgem do Ros~rio na sua capeJo., os pe- das e em serenÒ adejo voavn para o Céu. Além disso oontinuaremos na nossa Bt-
A.lguem µregunta. com profundo int&- regrinos da frèguesia dQ Socorro deixnm No fim da Novena em sua honra, n. 1111.e du. Ro&aire a eérie de artigos sobre
r&se e viva. simpatia. quem é nquela fi- saudosoe aquele locai bemdito, ondo ficam Virgem do Rosario tinha vindo busca-la. Fatima. E, pllllra que éles possam deve-
gura distinta pelo seu porte e pelas suas presas algumns parcelas dos seus corn- E os coraçòes de todos quantos a conhe- ras interessar o ptiblico frnnces, venho
ma.neiru. uE' o dr. X, antigo conse- çòes, e partem a caminbo da eataçiio de cia.m eram pungidos pelo aculeo agridoce em nome do nosso querido Director ro-
lheiro da. cor8au, r esponde uma BOnhora Torres Nova.e, onde, às 5,57 h. da ta.rde, da saùdade, mitiga.da apenas pela espe- gar-lhe dois favores: a permuta da tam
presente. E o grupo, quo se tiuha for- tomam o comb6io que os reconduz à ca- rança altamente consola.dora de que eia simplitica Voz da Fdtim.a com a n088a
ma.do pouco a pouco, dispersa-se de su- pito.I. No pr6ximo numero do Junho, (so se encontra ja no seio de Deus, gozando revista e a remessa dalgumas fotografia.a

___....
bito, como que por oncanto, engloban- puder BOr) a Voe da Fdtima tera o su- os eternos eaplendoros da gl6ria. que ilustrem ns suas pagina.su.
do-se ns pessoas que o compunham na birlo prnzer de inserir nns suns colunas Felizes, rnil veges felizes, os quo mor-
massa compactu dos peregrinos, que en- um belo e ci,rc unstanoiado relato desta pe- rem em pnz, no osculo santo do Senhor 1 Visconde de Monte/o
chem o locai da.a apariçòes. regrinaçio, devido à pena do distinto en-
No Posto das vorificaçoes médicas, on- genheiro, sr. dr. Luciano Monteiro. A •Revue du Rosai re• dos Padrea Do-
.:.,_ · -~
de o dr. Pereira Gene obsorva e inscreve minicanos1_ de Saint Maxlrnin - frel
os doentes, um peregrino de Loiria mos- Lirio entre eapfnhoa - Luta pela vlda Oonçalo Maria Tavares, o grande
tra alguns objectos encontrados no rescaldo - No catre dum hoapital - Raio de ap6stolo de Nossa Senhora do Rosa• REGULAMENtO
do ultimo grande incendio de Coimbra. rio -As gl6rias de fatfrna na Prança
Numa pequena gaveta eatavam guar- luz e inc~ndio de amar - O aonho DO
doirado durna exlst@ncia- Sacrificio cristianissima - Um longo relato das
dados alguns objectOB de ouro e prata IJpariçoes ilustrado com gravuras -
e juntamonte com eles tres mednlbas que
tinham no anverso n imagem de Nossa.
ber6ico - O v6o para o Céu.
A guisa de pr61ogo - Devoçio por-
tugu~sa e mundial.
Albergue de N. Senhora do Rosario
Benhora. de F·atima e no reverso a do . Alma lançada be~ c~do bas pugnas da DE •
I
Santo CondeaUvel. o ouro 8 a prnta Vt~a e be~ ~do fer1da pel~ cruz do mnr- Ja noutro numet•o _da uVoz da Fdtima,, 1 ""-""' ' _,...,FA I T M A
das joins fuudiram-se e amalgnmarnm- tfno, ha.via nmda_ pouoos dias quo comple- se fez larga e merec1da referencia à. ma- . - - ~
88, ao passo quo a.a mednlbas, atingiélas tara dezanov~ primavera~. Mimoso Jirio gn!fica rovista uRevue du Rosnirou, que ·- ._,
igualmente pelas cbamns, permnnecernm do pureza crrn.do no . meio dos plì.nta.nos sai mensnlmente à luz da publicidade em
intactas, eem a mais ligeira altorn.çiio. do mundo, entre esp1ohos e nbrolhos, lo- Bt. Maximin (Var), eob a direcçiio do Os doentinbos que viio em poregrinaçiio
No pavilhiio dos doentes, que esta com- grou a. d.oc! v~ntura de pa!'8nr a ~ua. efé- rev.do L. M. Baron, brilhnnte ornamento no Santuario de Nossa Senhora do Rosa-
pletamente cheio, hli crin.nçns dos dois mera e:x1ste,nc1a sem que_ estee d1laceras- da gloriosa ordem de S. Domingos. rio da ~litima podem ser ad.mitidos no
eexos, em numero muito superior ao dos sem uma so das SUIUI _munosas péta.las e Um piodoso sacerdote portugues, que A.lbergue até onde houver lngar e median-
meses transaotos. Mal desa.brocharam sem quo a.queles embn.CJassem, nem sequer o chamamento de Dous conetituiu filbo
ainda para a vida essas mimosns flores no de leve, a llua. alvura tersa e imacu- espiritunl do Santo Patriarca e qua fre- te a11 seguintes condiçòes;
de candura e ili o anjo do sofrimento lhes 1nda. . . qùenta actualmonte a célebre Ecole Théo- 1.0
roçou com a cua ooa de fogo 08 As ra.ra.s e porogrrnas v1rtudes que exor- logiqu.e de St. Maximin, é um dos colabo-
., ..., corpos - · ·1 · d ·
franzinos e mirradoe I Siio vitimns ino- navam o seu cornQao pr1v1 og1a o, 1gno- rndores mais assfduos da bonemérita ro- Tra.zar o.testa.do do Rev. 0 Paroco da
centes quo expinm com 08 seua males H- rad':'-s dos ho~ens e s6 de D!us <'ompre- vista e noia. faz intensa propaganda das freguesia da residenoin., abonando o BOU
eicos as culpas individuais O as iniquida.- end1das em toda a sua extensao e em to- gl6rins dn augusta Rafoha. do· Rosario no comportamento.
dee colectivas.. do ? seu valor, exaln.vnm um aroma. sua- santuario da Lourdes Portugues_a. 2.0
-A.o meio din oficinl principia a missa vfs~tmo quel . embalsnmando o ambient(?, No numero de Abril dQ ano corrente
doa doentes, em seguida à primeira pro- fa.zia ae dohcins dae poucae almas qu~ t1- insere um longo relato dn.s apariçòes, ilus- .A.testa.do do Sr. Medico assistente, de-
oissiio. Emquanto 88 celebra O Santo Sn- nbam a sorte de a._ conhecor e de prn:nr trado com gr~vuras, que ocupa, em tipo clarando a dceuça e a nèce88idade de ser
oriffoio, 0 rev.do dr. Marques dos San- con~ eia. Er_a a mais nova ?e dune _irmas, miudo, dez paginas de texto do a.utorizn..- albergndo.
tos, capel!io e director dos servitns, reza orfas de pa1. A. boa o ded1~nda mn.e, po- do pregoeiro de Maria Santfssimn. O es- 3,0
o terço nlternadnmente com a a&1ìstencin bre ~omo Job, Iuta.va pe!a vida, ganhnndo plendido artigo, subordina.do ao tftulo de
No momento da consngrnçiio 8 d · 0 pao duro de cada dia com o amargo «Notre-Dame du Rosa.ire de Fatimau, u Ser examinado pelo Sr. Medico do Ban-
munhiio, cantam-se algune canifcos a ~~: 80 0 :i doJou dr?s~. d f'lh t , precedido dum breve prefucio, quo pas- huario quo dara preferencia n.os doentes
grados. Depois da Missa, canta.do um mo- . ma i°
o bteo1rn a l r n. ex r;m?91S- samos a transcrever, tra.duzido na nossa mais graves.
tete, o celobmnte dli a bençiio com o San- ~1- 1 rad o r le o seud es o~ço pr pno. ol lingua:
1
tiesimo Sacramento, primeiro a rnda nm P oma & pio essora e e_nsrno _comeroia «Por ocasiii.o do décimo segundo aniver-
dos doen~es e depois II todo O povo. Sobe para aseegurar a sua subsistenc1a. e a da- sario da primeira apariçiio de Nossa Se- Apresentar umo. pessoa id6non que tome
em seguida a.o pulpito O rev d 0 , quel.a que_ lhe dera o ser. nhora do Rodrio, grandee solenidades a responsn.bilidade do doente no fim da
Ramalho de Coimbrn quo f·' · conetgo Ttnha tirado oom raro hrilbo e distin- eeri'io celobradns em Fatima om Portugal peregrinaçiio, podendo n.té exigir-se nma
1
rua com eu u- - o curso geraI o f requen , t ·., o u'J-
em 13 de maio de pr6ximo ... Sentimo-nos cauçao em dinheiro.
' ~,
siaemo sobre a. devoçiio à Virgem do Ro- ç!lo ava Ja
eario. Por fim, reorganisa,-se O corte·o timo ano do curso _ complomentar. Mo- feli.zes do oferecer a nossos leitores um § -u11ico. Se o doente fizer parte dnlgu-
para a reconduçiio dn. I d 6 N J rando numa povoaçao dos arredores da relato dotnlbo.do das seis apariçòes eia ma peregl'inaçli.o orgau1sada, podera o
Benhora do RC1s-'ri·o ~ e ma1gem ostsn capitai, entrava as oito horas da manbii Virgem do Rosario que tem tido logar respectivo Director tornar a responsabili-
va dae a.pari"""·,. Ali u ape II com<>mora 1-
lt'd" · ·
para a pr1me1ra au1a e s6 ..~ s onze d a 001-· nesse ca.nto privilegiado de Portugal des- dade.
.,..,.,.,_ a mu I a.o consn- te regressav• • c d · d I 5.•
gra-se à sua e:rcelsa Po.drooira, canta n.1- Q Q • asa, ep~111 ns nu a1, de 13 de maio a 13 de outubro de 1917.
guns binos em sua honro. 8 fica por al- l)oc~urnas. A débll complruç~o do seu or- Fiitima I O que é Fatima P E' umn ex-
gum rempo a sous pés d f gnruemo aparentemente sàd10 e robusto, tensa par6guia de Portugal sobre n serra a inecriçiio para algun1 com No caso de ser pedida antecedencia
reconhccimen ' ornn ° ~om ervor ressentiu-se bastante com o excesso da doente, deve de-
d' A.ire, na diooeBO de Leiria. A tr& qui- olarar-se o dia e bora da chegada. Passa,-
0
r d to~até que, rounrndo todas aplicaçiio ao estudo e a breve trecho os
Ì: _orças a ~ a, 0logra soltar entra médioos pronunciaraz:i aos ouvidos ' da l6metros dn. igreja paroquial fica o céle- da urna bora da marco.da, sem o doente
bre sftio da Cova da Iria. La pnasou an- aparocer, supòe-se que desistiu sem dìrei-
b gnmas e ~tspidos, terno e s_aùdoso, e miie uma palavra terrfvel para o seu co- tigamente
em magoa O a eus da despedida. rnçiio alanceado. A. Maria José assiro se reira, entiioo guerreiro Beato D. Nuno Alvnros Pe- to n recla.maçao.
fampso, para ee re- 6.•
chamava a filba, ostava tuberc~losa, ata- comendar a Santissima Virgem, cuja ima-
A peregrfnaçlo da friguesfa do Soc8r- cando-lhe a doença os pulmòes e os intes- gem tra.zia no seu estandnrte, na véspe-
ro, de Lisboa - O piroco rev.0 Jolo tinos. Ha cerca de tres meses, foi mister ra do terrivel combate que tevo logar a O serviço dos doentes recolhidos no Al-
filipe dos Refe - A prociaslo daa interna-la no Hospital de 8. José. Pooco 13 de agosto de 1385 CQntra os Castelha- amor bergue nos dias de peregrinnçiio é feito por
':;elaa -A devoçlo dos peregrlnoa - depois ia juntnr-ee-lhe a mao, quo entre- nos em A.Jjo ba.rrota.. de Deus, pelas Servit1U1, debaixo da
A alegria de um pastor de almH -
Direcçiio do Sr. Medico.
tnnto adoecera. Cada umn delas em seu O rei de Portngal, D. Joi'io I que niio
O regreBBo à capitai. catre, ourtiam reaiguada.mente os ma.Jes tinha nessa ocasiii.o as suas ordens seniid 7_0
de que enfermnvam. Tendo obtido alta a um punhado de bravos para fazer fnce
Lisboa, a oidade do amor e reparn.çiio a miie regressa a casa o envida todos os s~us a um ex~rcito inimigo quo cobl'ia todae Todo o serviço é grntuito, eendo proibi-
Jesus-H6stia no Sagrado Lnusµerene e esforços para que a filha lhe sejn. entre- aquelns colinns e valea adjacentes, fez vo- das as gratificaçoes. Os beneficiados de-
da devoQào filial à Vfrgem patonteada. em gue, corno efectivamente foi. to de oonstruir um magnifico mosteiro vem manifestar o seu reconhecimento a
tantos lances da sua existem·in muitns Um dia, a deaditosa manina pedo a em honra de Nossa Senhora da Vit6ria, Nossa Senhora, oro.odo pelos Bemfeitores
vezes eecular, tevo n honl'll de iniciar es- miie que va cbamar um ministro do Se- caso ganbasse a batalha. O sucesso dos e deixando a sua esmola. no Santuario,
te ano a gloriosa série dns µeregrinaçoes nhor. Este ohega BOm demora e para logo portugueses foi tal quo estes o contnm podendo.
organizndas. um col6quio se trava entro os dois sobro corno o mais glorioi:io dn sun. hist6ria. 8.•
Pela segunda vez, um dos seus pnroco~ a grandeza dos bens eternos e a vaidnde Depressa começou a construçiio do real
mais activos e zelosos, o rev.do Joiio }t"ili- das coieas deste mundo. A. pafavra de Je- mosteiro que foi entregue a Ordem dos No A.Jbergue de Nossa Senhora niio ha
pe dos Rais, da freguesia de Nossa SG- sus, o Verbo do Deus, coa.da através dos Prègadorea que espalbaram por toda. n distinçoes sociais; ha s6 dietinçiio segan-
nhora do Socorro, coadjuvado pelo rev.do ~~bio~ do sacerdote, é um raio de luz que regiii.o a devoçao a.o Santfssimo Rosario, do a qualidade e gravida.de das doençns.
Francisco da Silva Geada, sncerdote du- ilumma aquela alma. de eleiçào penetran- devoçio que '!e tornou tiio fecunda e efi-
ma piednde invulgar e duma actividade do até nos recossos mais fntimoe do seu oaz que ainda hoje se observn. nos hmis 9.•
incaneavel, le,,a aos pés de Maria, no een ser, umn. scentelha quo ateia ne.la um e se tornou familiar mesmo lis creo.nei- Os pedidos de inscriçiio devem ser fei-
eantuario nacional, o eacol daquela frè- grande incendio de amor.
gu011ia.. Mais de cem pessoas, dae diverso.e nhaeu. tos a.o Rev.do Director do Santuario.
E' com umo. Ancia extra.ordinaria, in- Duma carta do ardente ap6stolo de Nos-
olasses eociais, qne se tinhnm inserito pre- deeorit{vel, e qulisi com sofreguidlio, quE•, sa Benhora de Fatima, clatada de 23 de IO.o
viamente, partem da estaçiio do Rocio no num extaee de pioda.de, recebe o Pilo dos Março ultimo, BOja Ucito reproduzir o
dia d,oze, no cGmb6io da.e 9,50 h., em cnr- A.njos no seu peito virginal. Uepois, eet:f. trecho BOguinto, cuja leitura enchera de A.os Senhores Medicos ngradecem-se 011
ruagens reservadas de tercoira classe, pronta para os mais generosoe sncriffoios, justificada alegria tanto.e almaa de portu- eerviços que prestem aos doentinhos, as-
apeando-se na eetaçi.o de Torr88 Novas o preparada t>ara a.a imolaçòes mais hedi- gueses patriotns e devotos de Maria. sim oomo se facilita o exame delea e dos
seguindo em camionnettel directamento cas. «A. noticia 11uointa eobre os euoeesos dooumentos de' que vierem munidos.
para Jratimn. A.' tarde realiznm a }>rocis- «O ideai de toda a minha vida, dizia de Fatima, quo publicamos em Outubro
aio das velas, em qu1;1 também toruam eia, o sonho doirado da minha exietenc111 passado, foi para a França mais qoe urna Leiria., 17 de abril de 1929, dia do Pa-
parte centenas de peregrinos isolados, sobre a terra ern ser professora para prv- surpresa... foi uma verdadeira revelo.Qlo I tr~o de B. José.
prooedentes de varios pontos dc pafs. A porcionar à minha querida mao um pou- Todos os exemplares da.quale numero da
noite paSBam-na toda em ornçiio o medi- oo de conforto e cnrinho, uma velhic.e D01188, revista se esgotaram em cu.rto prar t JOSE, Bispo ds Leiria
VOZ DA FATIMA 3

momento senti no meu intimo. Direi 66- $t1' 'IJerdade e a pedido da pr6pria

AS CURAS DE FATIMA mente: dei um grito prolongado desapa- te pcuso o pruente ateatado.
recendo todo o meu aofrimento e sentin-
do-me completamente nliviada. tendo-se
normalisado o lado direito.
V~ltando-!De para minha familia que
'
Lisboa, 8 d'abril de 19t9.
(a) Fernando Wan-Zeller Pessoa.
havrn acud1do ao grito e vendo minha. (Segue o reconhecimento)
«Concedei-me, Senhor, meu Deus, e mi- rém a uma senhora das suas o minhas cunb~da enxugar ae: lagrimas diBSe-lhe:
nha Miie Santf88ima, mais est41. gra.ça de rell\QÒ08 dÌ888: utrata-se du.m tumor no . "Na.o ~ores Izilda, Nossa Senhora ou- OUTRO CASO
pod er t ransm1·t 1r
· com a. mais
· _v1va
· expres- cerebro, dentro de poucos dina ·~ ter"'"' umn dviu-me,0
J_ato nào tenho dores' estou cura-
sào da minha fé o quo smto na alma abra- morte horrorosa.1 s6 um milagre podera a,. gri quo dei foi de aJivio.u A;oe- uAvciro, (rua do Pnsseio, 2) 27-3-929.
sada do mais profondo amor por V6s su- salva-la." (De milagre, voltou a classificar lhei-me na cama com agilidade de quem
plicando-Vos quo o relato que vou fazer, a cura., em conversa. com a. mirnculo.da.) f°m uha boa. sa.ude ! traça.ndo um cha- llev.mo Senhor:
em oumprimento do meu voto e com a Dois dias depois de consultar este òiq. 0 nos 0 !11bros, de maos postas e em vo0
mais fotima. satisfaçào, seja unica e sim- tinto espeoia1ista (16 de Fevereiro) fui alta, cheia. da. maia_ viva fé, resei sem E' p11ra relntar um mUagre ocorrido o
plesmente um hino de louvoros a Vossa acomotida duma. convulsiio do ca.racter t~ocar Ull!_a unica silaba, cinco Avé-llfo- ano passnio, neste mesmo dia que eu ee-
Mieerio6rdia infinita.
Em J'.faio de 1914, tendo entiio 18 anos
I
epileptico com a duraçiio de meia. bora, nae a ~Mao do Ceu_ em a.cçào de graças crevo a V. Rev.ma. pedindo-lhe para éle
finda. a qual fiquei com o braço e perna. b~r. tiio ~ra n <le ~llagre obtido do seu ser publicado no. «Voz da Fatima...
de id.a de, ap6.i umll ~rande e domorada direita. pa.ra.liza.da; o meu modico assis- ivlno Filho._ Milagre I sim, Milagre I Passo a relatar, frizando que vai sem
anemia, apa.receran. Hmf Jl ms de tuberou-
tose pulmonar, 1Jconsell•ar1do-me o meu
médioo, Dr. Celestino de Almeida, ja
do-me diz a minha fnmilia trnsconfiar du- ~ t
tento, Dr. Wan-Zeller Pessoa, observa.n- Nbtef ag~lidecunento acompanhou-me mi- , a menor sombra de exagero?
~mi a que :t0 presenciar o facto, Meu filho Gumerzindo Henriques da
l'Uii. goma. bo.cilar meningica. Na madru- ~DS intsamen~ cair!l de joelhos Jouvan- Silva, com 18 meses de idade, adoeceu
ga.dti. seguiate (cinco horas), nova con- oD:us a.n;i'ssuna Vir~em_. . . . gravemente o n!'o passndo em Ma~ço, oom

I vulsiio se mnnifestou com urna intensirla-


I q e, _pela _M1se~1cord1a Infinita urna e nterocolite e urna bronqu1te. E,
I
!!e muito maior e duraçiio de qun.tro ho- me deu a r~signaçao cristi durante todo apesar-de ser assidua o carinhO!lnmente
ras depois do ·que fiquei com aspecto do O 11:J°u sofnmento, . deu-me também a tra.tarlo pelo médico, peoro.va dia 11 dia.
mo~ibunda. vomitando bastante durante g_ran ° graça de enviar Sua llf.iie Santis- No dia 27 Àe Março, np6s 15 clias do
algum tem'po 0 chegando até a fazer 88 sima. que eetendendo o seu manto me en- doenya, declarou-se-lho umn bron~o-pneu-
I
minhas dejecçòes no Jeito som a monor volveu nele afastan?o a. negro. morte: mon_rn quo, polo seu caracter, t1rou ao
consciencia Voltando O medico desenga.- ~ca.b~va ~o me sentir m1racul11da. Dina médico todas ns esperanças de o solva.r.
nou minba· familia.: cedevo ser f~anco, n~- ~pois fui observado. pelo 1:1ou . ilustre as- No en~anto, e.omo era seu dever, o médi-
da ha 8 fazer trata-se de urna gomn . 818~nte que 1!P_6s urna mmuc1osn obser- co nphcou-lhe tudo quanto estava no seu
bacilo.r sobre ~ meninge sofre horrivel- vaçao me felicita div.endo encontrar-me nlcance e hnvi1t nos rec1trl!OB da sciénc1a,

dos senhores pedi rom n sua morte». tal


I
mente e se se prolongar ~hegara o. ponto ~:~s ~~lhi:n~n verdadeiramento lantas- mas, quando c~egou à ~arde, PE:rlo. dae
, ·~ cabeça mas tnmbem no 7 horas, o médico que ainda o nuo t1nha
era O estado em que me encontrou 'ten- estado pulmona.r _e geral, e autorisa. a le- desamp11r11do, tendo lutado em viio para
do no intimo a con\'icçiio de que nii:~ che- vantar-~e no dia seguinte.. . I o salvar, abnndonou-o dnndo-nos a C'erte-
garia a noite, corno mais tarde me con-
fessou . Minha fnmilia. ouvindo tifo horri- Milagre, 0. pe~a primo1ra vez, a confes-
I
!'io dia 1111_1 da Mnr90, _18 d1as depo1s do za da snn perda.
Ora, horas nntos, a l\indrinha do meni-
vel sentenra sofrera bastante mas gro- sa.r-~ed na. Jgre1a ~e S. Jorge d ' Arrois, no vendo-o tuo mal, tinhn ido pcdir a
ças a nossa v
Fé Catolica. npelom' •
para part1n
te h . o para J.!'at1ma. . · no. manh-
. · , um~ s c n I1oras am1g_
a. segu1n- · a s quo t'nh
1 o!" 1"do _a.
O
Coraçiio Misericordiosissimo cle Jesus e c ~1a d_o _mais v1_vo ~ntus1asmo e opti- Fatima, urna garrafmha com a ap;ua mi-
para nossa Ma.e do Cou medianoira. de Imd disposiçao . .l'\qui ftu observada demo- ra.culosa, mas, com a confusiio estabeleci-
todos ns ~raças Envolve:am n minha cu- ra. amento P 0 !0 ilustre Dr. Pcreit-a. Gens da nestas ocasiòes, a gnrrnfinhn tinha si-
v
grosa I
be"a em panos · molhados em · ugua m·iln- queh ao termmar a auscuJtaçào me diz: do pousada porto do rloentinho o et;qu&-
de Fatima dando-me a be ber amiu- fuac o-a apenas _ com os Pu1m- oes bas t an t e c1'd a. Q uan d o o m éd'1co satu
• Ja
·' o meu f"1-
dada.s vozes ess;, mesma agaa. rfC?d, nno se nota a doença quo diz ter lho agoniznva, deixando de falnr, de ver,
Tive a. grande felicidade de poder nos- Rso ri o, ~ a Ld?ebnça dp caheçn re ol':eu».
. S _ egresse1 a 1s oa com a mesma disi,o-
Maria José dos Santos Nunes se d ia rece1>er a agra.da Comunhao e os siçiio sentindo snud d
ult· s to d d , «
f t
n 88 ao a ae ar-me
imdos acramSen sd, terecodr o.n o-me Sape- do Santuario, parecendo ouvir sempre
faleoido, mudonça. do nres e um absoluto nas e ver o noor o ar-mo os a.!i- a. Avé-Maria qne de todos 08 coraçòes sa-
repoaso, oonselho que segui indo para Lou- tos Oleos, perdendo nova.mente a noçao hia com ternura I
sa do Cima., niio colhendo melhoras al- duranto bastnntes _hor!s as qunc_s pnssci Ao terminar este singelo relato volvo
gumae. Observnda af polo médico de Lou- noma grande exCJtagao (estes mfo~mes um oJhar da. 1)1ais terna gratidiio para 8
res, Dr. Carvalho, ja falocido, foi-me in- com? .se deve su por, sao dn~os pela mmha Virgem Nossa Senhora. do Rosario de
dioado tratamento de altitude, preferin- fam1ha..)
· - Nessa
· · ·mesma n01teN meus PuN es Fatima · , suplicando a bençao - para tod O!!
do o sanat6rib Sousa l\iartins, da Guarda. e irSm11-0hs pr1dnc1pR1ar~1!1 ad Fo~e!la a • os- os que imploram a Sua Misericordia·
1
Em Ma.io do ano seguinte dei entra.da sa on ora o · os~no e ut1mn segui- pedindo tambem a conven;ào de todos 0 ~
neste Sanatorio, onde fui observada pe- da. de terço e lada1nha re~nclo tarobom pecadores. Por intenç1io dos meinnos re-
o terço do Sagrado Coraçao de Jesus e zemos urna Avé-Maria. l
los senhores Drs. Lopo de Carvnlho, j11
falecido, e Amandfo Paul, sendo-me fei-
ladainha ante a sua. Imagem Entronizn-
da.
I Lisboa 12 de Abril 1029
ta analise a. espectoraçno que acusou bn-
cilo de Kock. Nos dois anos seguintes voi- Na. terça feira a noite comecei a co- Maria ,1osé Santoa N1mes
tei a fazer O mesmo tra.tomento obtendo nhece1· ja as possoas quo me visitavam o
algumas melhorne. a ter a noçiio verdadeira. do meu sofd- Natural èe Alcochete o residente em
Nos principios de 1918 consuliei O die- mento que era horroroso. Compreend1a Lieboa, na. R. Carvalho Araujo N .• 11-3. • 11
tinto médico .(ornando Wan-Zeller Pes- perfeitamente que o meu estado era. de
soa .quo encontrou os pulmòee bastante morte; 118 qua.tro horns da. madrugada de ATESTADO
atacndos espeoialmenio O direito, ,endo-
me por isso prescrito novo tratamento de
quarta feira, ostando todos os mem:1
junto do meu leito, despedia-me, pois I Eu abai:i:o assmado ll1 e<tico-Uirwrg7a0
I
repouao 8 mudnnça d'ares 008 arredores sentia horror de ser surpreendida pela pela Faculdade de Medicina de Lisboa
de Lisboa, escolhendo para esse efeito morte sem lhee pedir perdiio. Passados atesto e certifico por minha honra pro:
Bela.e. Dias depois de aqui esta.r foi-me uns momentos mou irmiio mais volho vo11- fissional que de ha cerca de 12 anos tra.
declarada uma febre de cnracter tifoide do-mo tiio mal Jinda me dirigiu a seguin- to D. _Maria José Sa11tos Nunes, doente
e em seguida uma congestiio pulmonar, te frase: «entào parece que perdeste a que 11inha aofrendo ;a nea.10 altura de ,
gra.ças a Deus sem hemoptise. Nova f6, Noss'.' Senhor~ ha-de salv~r-te; . ouve, tosses ~lmonares de natureza bacilar,
ano.lise 11, espectoraçno me foi feita du- queres 1r a Fatima no prox1mo dia. 18 tendo feito por variaa vezes cu,raa de alti-
ra.nte a, minha. ida a Belas, sendo positi- (Março) ?» Reapondi-lhe que sim. Meu es- tv.des na Serra da Eatrela
va,. pirito C'Om esta frase po.reco ter-se levan- Mais o.testo que em me~dos de Feve- Gumerziodo Heoriques da Stiva
Como nào visse rosultados satt.sfato- tado porque alguns momentos depois erll reiro chamado de urgencia para observar
rios 8 0 meu medico achasse convenien- ea quo pedin para se deitarom porque a doente que se encontrava cm estado de ouvir, perdendo a respira~iio o a tem-
te O trata.Jl)ento de meia. altitude, resol- queria. socegar, corno de facto noonte- qu.e reputei gravissimo verifiqu.ei que a peratura. O frio dn morte a.possa.va-se
vi ir para Gouveia. onde fui durante cin- oou, passai a noute sem alternçiio algu- doente se encontrava e;n
e,,tado de gran- d~le, ja ostava gelado, e nessn bora tre-
co anos, col bendo nesta localidade has- ma. Ao despertar o meu sofrimento era de prostraçù.o e . indiferença rubco11 s. menda. para. o meu coraçiio de mie, quan-
tantes melhoras. a.inda. o mesmo, notando-se npenas que c,e11te, pronunciando com ex'trema difi- do ja so pranteava a morte de meu filho,
Nestes ultimos tres anos O mou estado fnlava um pouco melhor nalguns momen- cu.ldade algumas pala,.vraa com sinaes evi- soavemente, comoçnra.m a onvir-se Q.!I ba-
a.gravou-se com O apa.recimento de apen- tos maia hioidos pedi a. a Noseo. Miie do dentes ~ perda de mem~ria, sinaes este,, daladas compnssadus do sino toca ndo as
dioite, inflnmaçio no figa.do 0 sofrimen- Ceu que me curasse, e dentro om pouco consecutivos a um ataque de cararter epi- Avé-Marias.
to constante de intestinos. A minha ulti- o meu espirito decaia, assiro passei o dio. leptiforme, ap6s o qu.e o braço e per-na Ao ouvir esse som tao piangente e tiio
ma cura de ropouso foi em Ma.nteigns, ~o dia. seguinte, quinta feira 1 21, diri- direita_ . ficaram paralisados. A doente caricioso, tlll dei um grito doloroso en-
adquirindo melhoras, ainda que, sentisse grndo-me a Nossa Senbora cuJn Imagem com dificu.ldade se queixou. de violentas viando o meu pensamento numn supli-
frequentemente dores no peito e em todo estava sobre a mesa. de cabeceira, pedi- d6rea de cabeça. ca ao Altissimo, para que me restituisse
0 Jado esquerdo. lhe a minha. cura fazendo intimamente Na obser-vaç<lo a que procedi verifiquei o meu filho. E, repentinamente, corno
Em meados de Janeiro ultimo aparece- o voto de ir a J!'.atima. n:gradecer, dar uma preg1.1:iça acentuada nos reflexos que oro rosposta il. minha prece, Ìt minha
ram-me sintomas de grave doença, ma- umo. esmola t> pubhca.r no Jornal «Voz da ocularea, dilataçilo pupilar ligeira rìa- imagina.çli.o ocorre o. lemhrança de Nossa
nifestr. ndo-se da seguinte forma: umo. Fatimau a graça que com tanta fé pedia. ca meningea. Vinte e q~tro horas de- Senbora. do Rosario da Fatima e dn sua
grande perda de memoria, fola.odo com A partir do meio dia perdi a impressa.o pois, aegu.nda con111dsào desta vez dunw . agua miraculosa. Pe~o entii.o a gnrrafi-
bastante dificnldade, supondo tratar-se de que morri~ apesar de continuar com en01:m,issi1?W' v!olencia acompanhada de nba, e, intima.mente fazendo a promessa
de qua.lquer impressno nervosa, evita.va. o mesmo 110fr1mento, começa.vn a ter es- vomitos, incontmencia de fezes e urinas de a contar desse mesmo dii\ começar urna
o mais possi11el falar dianto dos meus pernnça. de me salvar. e acentu.ado ogravame11to rlo &eu eslado novena. li. Nossa Senhoro. di\ Fatima jun-
para nno os entriste<'er. Dia n, dia mais Domo se deu. a cura: - A's seis e meia. geral. Desta segu.nda ob.~ervaçlfo reaultov tamente <.-om o pai e mndrinha. do me-
se acentuava. o meu osquecimento e con- da tarde de quinta feira. coisa. bem ex- para mim ~ convicçao de que uma lesao nino, e leva-lo i\ Cova da Jria a ngra..-
sequentemente ma.ior era a dificuldade tre.ordinaria em mim se pnsea.va., pois que ortive de &~tema nervoso cenfrat, de na,. decer à Nossa Sonhora se Eia fizesse o
em falar, chega.ndo a niio pronunciar resa.ndo sempre durante a minha .irla. ja- tu.reza bacilar, se eatava desenvolvendo milagre de o re11tituir li. vida, eu molhei
mais de meia duzia. de palavras por dia.
Via tudo e cuvia. dietintamen~, porem o
esquecimento era cada vez maior; mesmo
I
mais sentira urna confiança tno grande
na Misericordia de Deus. Cha.mei u,ma
das minhas irmiis, minha. enfermeira. de-
com. extrema violencia.
Na convicç1fo de que a doenfe pouco
poderia sob_reviver puz, diga, e de que
dois dedos na. ngua. miraculosa e cheguei-
os junto a.os la.bi06 inanimados do meu
filho. E qual nito foi o ospanto dos que
que me ensinassem os nomes dos obje-- dica.da, e pedi-lhe para rezar comigo a 1lada podena. fazer em aeu. beneficio s6 mo rodeavam qliando, no contncto da
tos a que supunham querer referir-mo, N. 8. do Rosario de Fatima para que me cerca de oito diaa depois a ob,1ervei de àgua. bandita, o mou filho a.brio os olhos l
nio oon.seguia repeti-los por nii:o conser- ealva888. No oferecimento chorei nervo- no11c. A doen,te cu.;o estado geral era ;a E eu cheia. de fé, cheia. de esperança nn
var os term06 na mente. Pa.recin que o se.mente e dirigi ainda com tuna confi- precario antes das coi.,a,., a (l1U me refe- Rainha do Céu, passei-lhe de novo os de-
pensamento me parava. Consultando o a.nça ilimitada. a segunda prece: ri, encontrot-se numa otima diJpasiça.o, dos bumidos pela testa, pela ca.rinha.. E
ilustre prof0660r Dr. Egas Moniz, 8tlW «O' minha Mie Santissima dae-me os te11do recu.perado todas as .mas faculda- no mesmo momento comocei a sentir o
Benhor declo.ròu a minha irmà que me a.livios e a minba curo. I" Bebi ero segui- du, &endo ao meamo tempa fl,a.grante a meu filho a aquecer lentnmente, muito
a.compa.nhava q,tlè o meu estado era bns- da um pouco de agua milagroaa. de Fa- diferençci pa.ra melhor, qu.e até mesmo n-0 lentamente, tendo da! a pouc06 minutos
tante grave e nàda podia. fa.zar-me, po- tima, e nao p0880 desorever o quo neese seu apa.relho respiratorio se nota. Por readquirido todns as suas fnculdados, co-
4 VOZ DA FATIMA

meçando a. fa.lar coma se nada se tivesse mira. ne.da, porque eu ja vou abusando do para. sempre numa. orfa.ndade comple- Iterreira. (20$00), Olimpia Quintela Lo--
paasado I E o médico, que chamado veio da.e minhae força.s. ta.. Prometi entio ir a. Fatima agradecer po, Aurora Rodrigues, Maria. da.a Dtlrea.
da( a pouco, nào soube explicar nquela Eu nunca julguei ir a esse luga.r, pois a. N. Senhora. a graça que eu dele dese- Am.a.ral, La.urinda Marques (20$~), An-
r868urreiçii.o e o.o outro dia de manhii Nossa Senhoro. me tem concedido muitas ja.va. tonio Martina dos Santoe, Gabriel Ray-
auscultando-o aohou-o completamente cu- gra.ças desde entiio para. ca. Ieto pa.ssou-se nos fine de Setembro. No mundo da Silva., Maria Luiza. Aliver da
. rado da bronco-pneumnia, wndo até tido dia 1 de outubro apareceu-me urna. pessoa Fonseca, Lucinda Henriques Dias, Feli&- -
na. sua grande admiraçiio osta. frase : Mas Emilia Martins Baptista» amiga. que mo nconselhou fazer urna. nov&- bela. Henriques Loureiro.
que grande transformaçiio se operou nesta na a N. Sonhora de Fatima. Eu fiz o que
criança. I ATESTADO me diaeeram e no dia. seguinte comecei a
Começou a. melhorar da fraqueza em novena.. No 8.0 dia. da novena, sem eu sa.- '•E11olr1 o'llfu 11 . Ylrlu lrre]11 qaando da •111rlbtltlo •
que asta.va. tendo-lhe tambem desapa.reci- J osé Gomea de Matos Graça, diplomado ber como, apareci de rapente cura.da, sem
do as outras cloenças. E em Setembro ou pela Eacola Medim de Lisboa, clinico em dores, eem rouquidiio, ficando a falar co- •• •.al DAFimu.
tive o pmzer ioof:ivel de levar ,o meu filho Barcelos rno era o meu costµme. Fiquei extasia,.
A.testo e juro pela minha h.onra que Na. Igreja de S. Ma.mede, em Lia-
li Cova da Iria. e agradecer li Santissima da., dizeado: Graças a S.S. Virgem que boo., pela Ex.ma Snr.• D. Noé-
Virgem do Rosario o grande milagre que Emilia Martins Baptista, aolteira, de 4.e operou em mim tao grande milagre. No
anos de idade, da ' freguezia de Alàreu, mia Rolo, no mee de Fevereiro
tinha feito. dia 18 eeguinte fui a Cova. da Iria oum- de 1929 ....................... . 10,00,
Na ocasiiio 1Jiio me lembrei publicar este prir a minha promeesa. e pedir a. N. Efo, Na. igreja. de S. Tiago de Cezim-
milagre, mns ha pouco mais duro més, o nhora. que continue a. dispensar-me lh bra., pela Ex.ma Snr.• D. Ger-
meu filho etiteve muito doente receando- euaa graças que eu sempre delas neC8SEl1- trudea do Ca.rmo Pinto, uos me-
se o garrotilho, e eu de novo recorri a to». •
ses de Março e Abril de 1929 62150 •
Nosea. Senbora da Fatima prometendo-lhe Eis o relato da minha doença. e da m1-
uma novena e a publicaçiio do milagre do nha. cura. e tenho deeejo que ele venh:~
ano passado se o meu Iilho melborasse, o
que sucedeu.
Também ja bé. tempos, estando com
relata.te na. Voz de Fd.tima se V. Ex.a
a.ssim o acha.r conveniente. ---=-
As conflssoes no Santuario de Fatima
Ova.r, 20 ie cctubro de lMS.
uma. terr(vel dor de dentes, a Santissima
Virgem acedondo aos meus rogos ma fez
paasa.r imediatamente, tendo eu também
I
Quando 1Jamos a Fatima, obse,rvamoa,
Ana Morgarida d 1 0lÌ1Jeir.1 S,11,tos graçaa a Deus, os deseios since,roa. de tan-
prometido p•1blicar asta graça. tos c,rentes que procuram tao anciosamen-
Graças 1:1ejam do.das a Nossa Senhora te o& .santos Sacramentos da Peniti!ncia
da FIS.tima que tantas lagrimas enxugo.1 e Comwnhao. Carissimo& Coleoas, satisfa,.-.
AVISO çam-0s Uio piedosos desejos levando toào,
Subscrevo-me de V.a Rev.ma etc. a S1Ja batina e, com ela 1Jtstidoa, esteia-
Maria Hewriques da Sil1Ja» Pedimoe aoe presa.doe a.ssinantes em mos preparado11 para ouvir os fiéis no
d(vida o fa.vor de mandarem sa.tisfazer a Santo TribtvnaL da Penitfocia. NM fique-
Enfermidade complexa sua. aseinatura direotamente em carta. re- mos satisfeitos emqu.anto n4o confessar-
gista.da. ou vale do oorreio. mos cada um, ao menos, 15 peas~as em
«Hospital de Espozende, 16-3-929 Nii.o mandamoe proceder a cobrançu., h.on.ra dos 15 mistérios do Santissimo Ro-
Minho. boa amiguinha além doutras razòes, por nos pa.recer quo sario. Cada 11,m que la 1Jai, se id. ti11er
todos seriio tiio interessados corno n6s na pa.Jaado oa 8 dias depoia da ,atima C0'/1,-
(a Servita D. Francisco. Filipaldi, de difusii.o e proeperidades do noBSO jornal- f iulJ.o, nllo fique também aatisfeito sem
Leiria) zi.nho. A a.ssinatura. sii.o dez escudos por purificar a rua alma naquele santo luga,r.
Que esta carta. a va enoontrar de perfei- Emilia Martins Baptista ano ma.a o quo nos tem valido é a geoe- Recomendemos tamibém aos fitìs que
ta e feliz Aaude é o que do ooraçiio !be rosidade dalgun'3 assina.ntee que nos teem façam a su.a p1·eparnçao antes de ae apro-
desejo, eu continuo bem..!.. grnças a .Nosaa concelho de Barcelos, mas residente h.d enviado quantins muito superiores. Nem :i:imaTem do cc,nfessor para, apenaa che-
Senhora do Rosa.rio da Jratima. ano.1 em Eir-poecnde, internada no Hospi- elee imaginam todo o bem que a.saim fa- garem., dizerern ao Sacerdote quando foi
Minbn. boa. amiguinha, embora. tarde, é tal me procu.r91,1, 1Jarias 1Jeze1, deade 1910, mem. a ultima Con/i.,sao e quai& as /altas que
hoje o dia em que lhe mando o atostado para me consultar .!!Obre a sua doen,ça Em qualquer reclama.çiip é indispensa- a conscii!ncia thea acusa, começando pelai,
hé. jé. tanto t.ompo prometido que s para. que eu diagnostiquei de uma tu.berculoae vel indicar o numero da a.é8inaturn. Pe- mai/I orave., .
a senhora mandar para o jornal da Voz incipiente, a qual foi evolucionando le11,- dimoe que noa devolvam os numeros re- Vosso colega muito dedicado
da Fatima. tamente. petidoe.
Tambem mando urna. fotografia. Depois a sua asthenia cardiaca era bem Padre Francisco Rodriguee da. Cruz
Este a.testo.do é do primeiro médicù <,iP<· acentuada aendo necesaario recorre,r vti-
me tra.ton iato durante 12 anos, pois o rias 1Jezes aoa tOfl.i-cardiacoa; chegou a Faço minhae as recomendaQ088 do v~
nera.odo Snr. Dr. Cruz quo todos tanto
que me trn.tavo. agoro. em Esposende re- um tal eatado de miseria organica que o
tirou para. a Africa., ra.zào porque mando maia pequeno esforço era cau.,a de sinco- Voz da Fatima estima.mos e peço enca.recidamente:
e&te atestado passa.do pelo médico quo me pe,. Dea p ésa 1.0 Ao Re1J. Olero que o.s atenda.;
tra.tau no JJrinofpio do. minha doença.. Tem também uma gastrite que chegou 2.0 Aos Fiéia que procurem a Santa.
A minha cnfermeira. diz que durante a periodo de cronicidade. Transporte ... .. . ... 148.427$86 Confisslio na.s suas terras, deixando loga.r
estes sete anos que aqui estive, paasa.va Interna.da no Hoapital de Eapozende, Pa.pel, composiçii.o e impres- aqueles que ali forem tocados pela graça
dia.e inteiros s01n comer nadB, dias conse- onde eata M 1Jete anos, 1Jivia como para- sao do n. 0 79 (55.500 exem- do Senhor pot· intercessiio de Maria San-
cutivos; e quando me davam os a.taques litica, 11<'10 podendo fazer o mais simples plares) ... ... ... ... ... ... 3.429$74 t(ssima. e aoa que nas sua.e fréguesia.s nlio
diz eia. que julgo.va. muitas vezes que eu movimento sem au:i:ilio de enfe,rmeiraa. Fra.nquiaa, embala.gens, tra.ne,- teem sooorros espirituo.is.
eetava morta, tal era o meu estado, pois Hoie movimenta-se perfeitannente, co- portes, gravuras, cinta.e e
nio fa.lava, uao ouvia. e nem sentia o que me muito bem, nào sente dores no seu outras despeza.s... . .. . . . .. . 952$90 Leiria, 1 de Outubro de 1928.
me faziam . A.li8im paasei sete it'nos aqui eatomago, ndo tem sinais a.lg'l./,,'M de baci-
neste Hospital, 11onde me dispensa.ram lose, o que tudo ae operou subitamente, 152.810,50 t .TOSE, Bi.Jpo de Leiria
sempre todos os carinhos e desv~los. A nito sendo o caso e:i:plica1Jel clinicamen- S u bs c rlç Ao
minha enfermeira foi incansavel comigo te. Da «Vez da. Fatima» de 13 de outubro
durante ~tes sete longos anos pois é que E por u,r 1Jtrdade passo o preunte ( Março de 1928) de 1928).
me da.va todas as volta.e de que necessita- atestado que assino.
va, que me metia n. comida. nn. boca, en- Enviaram de1- escudos para terem di-
fim me fozia. tudo que necessita.va. Barcelo.J, 4 de fevereiro de 1929. reito a reoeber o jornal pelo correio du-
Durante estes sete anoe, no primeiro
ainda andei a pé, doe restantee tive algu- (a) José Gomes de Matoe Graça.
rante um ano: Jeronymo Pereira. Couti-
nho, Ma.ria da Natividade Ma.mede, P.e
Atençao!
ma.s temporado.e que asta.va 11entada na Joiio da Costa Campos, Justino Ma.rques N e nhum peregr no que
ca.ma., mas se me deitasae ja niio a.corda.- Laringite cr6nfoa e afonia completa. Basto& (20$00). Emilia L. Ferreira
va mais sem o esforço da minba. enfermei- (15f00), M. Helena. Guima.rlies (15$00), saib a le r. deve de xar d 'e
ra. · Ana Ma,rgarida d'Oliveira Santoa, r&- Antonio Furtado Mendonça. (20$00), P.e adquirir um exempla r do in-
Ae~~ paesei esse,s 6 longos anbs ne~te s~dente no logsr de Guilbova.i, da. fregue- Augusto Joe6 da Trinda.de, Silvina Hen- t e ressante volume de 412
martir10, durante este longo tempo t1ve sia. e concelho de Ovar refere assiro a riques d' Almeii:}a, Julia. d' A.lmeida. Fer- paginas, profusamente i 'us-
um abcesso nae costas, dep~is tive de ser sua doença o cura: ' reira, Maria. da Silva Rosa., Maria. da.
operad!", tambem me cr1ou ~ braço I uDeede oe princfpios de Abril de 1928
9tie teve de _ser lancetado. To~ estee que eu me oncontrei gravemente doente,
Piedade Calado, Cristina Maria de Cam-
poe 8011res, Candido. Amara!, Armanda
t r ado com e s pl~ ndi das gra-
vura2, " As g r andes m 13rav_i-
1ncomo~os a vista do mal que t1nba que j sent.indo muito.s dores na garganta e nos Amara!, Joeé Gonçalves Pìnto, Ismenia lhas de F at i ma ", da autor1a
me obn~ava a esto.r na cama, niio era pulmòes que de dia para dia se iam a.gra,- Cunha, Maria das Mere& F léìree, Olivia do sr. Visconde de Monte lo,
nada., po18 o meu estado ora de tal forma vando ca.da. voz mais. Principiai a trn.- Ribeiro Me.rtins, Amadeo do Ca.rmo Mo-
que niio podia ouvir o mais léve ruido, 'ta.r-me com o Ex.mo Sr. Dr. José Eduar- ra.es, Antonio Ferreira de Melo, P.e Ma- que encerra a mais comple-
nelD: ~guenta! o mai~ S!Je.ve cheiro. Por do de Sousa Lamy, medico muito aprova,- nuel de Medeiros Guerreiro, Clemencia ta h ist6ria d a s apa r içoes e
~qw J& a mmh';\ a.nuguinha podera ava,- do nesta. localidade, o qual me declarou Candida. da Silva Pa.to, Adel~ide da Cos- dos sucessos mir aculosos e
lia.r o meu soflHmento. qoe eu tinha umo. laringite cronica mas ta Nascimento, Gloria. do Jesus Martina e , jo p r oduto lfquido é inte -
Se o meu m6dico aesietente ca estivasse, muito em perigo de passar a. uma tuber- Pires, Laurenio de Medeiros Silvo., Ma--
melhor lhe poderia. descrever a mioha culose. Continuei sempre com os medica- r ia Noemi do l:t~aria Coelho, Ana. de Sou- gralme nte desti n ç d o à Obra
doença deetes ultimos a.nos lllll,S corno par- mentoe precisoe, ma.e sempre eem rosulta- za Menezos Macho.do, Maria dos ,Anjos d e Fatima.
t~u para a. Africa julgo que niio sera pre- do. Depois, a.lem destes sofrimentos, me Roddgues, Maria. da Enca.rnaçii.o Bo.rii.o
Preç o: dez es cudos.
Cl80 o seu atestado; éste que agora mando eobreveio maia oma a.fonia. que me deixou
dever6. servir para. honra. e gloria de Nos- quasi impossibilitado. de dirigir a. vida de
sa Se!111ora. do _Roe!S.rio da ~atima. . minha ca~a. Cerrou-s&-me n. garga.nta. de
Obngada, mi! vezes obr1gada, llllnhn forma que aa pessoas de minha famUia
Mii.e Sant(esimo., pois tod08 oe momentos para me oompreenderem algumae pala:
me chamavae a esse lugar bemdito I .A.on- vra.s, tinha.m de Bit abeirar de mim.
(18$00), Manuel Velez Ta.vares Junior,
Ana Sergio }'aria Pereira, Maria. Amelia
Rodrigues d' Almeida. Coutinho (20JOO),
Antonio Rodrigu86 Pepino, Juventude
Co.tolioo. de Aveiro, Albertina d',Azambu-
ja. Teixeira de Carva.lho, Manuel Alves
Agua de Fatima
-=-
de me havi!'8 do dar a cura. ao meu tii.o ABSim se passa.ram 5 mezee, sempre Pereira., .Toaé Monteiro de Pinho, Ana. Torna-se diffoil ou quasi impossivel res-
grande 11ofr1mento. 86 V6e e o meu Jesus cheioe de sofrimentos que a medicina. me Barros Lamas, Americo Miranda., Maria ponder a. todas as pessoas que se nos di-
Sacramenta.do é que me curastes e s6 o. niio pode tirar. Resolvi recorrer a Deus, Palmiro. de Maura Veiga, Joaquina. Ma.- rigem a. podi-lt1..
V6s devo tiio grande milagre. implorai os auxOios de Maria 88. e on- ria Cardoso, Virginia. da Piecln.de Gomes Lembra.mos ta.mbém que Leiria. fica a
Estou curada completamente, ourada. tros santoe; resa va de dia e do noite e Amo.do Santos (15$00), José Luiz Patri- 25 quil6metros de Fatima e uem teria,-
desde o dia 13 de Outubro do 1928, dia pedia. a. outrae pe88oas as suna oraçoes por cio, Marga.rida. Ma.nuel Pinta Coelho, Ma- mos tempo de a.tender cada pedido. E'
feliz e inolvidavel que jamais osqueoorei mim, e no mc10 das minhas rezas invoquei ria J osé Pereira. (11$00), Maria. Chapar- necessé.rio também notar que aposar de
'por tiio grande graça que me concedestes. com muita. f6 e confiauça a N. Senhorn. ro Silva, Maria. Coelho da Silva, Dulce a ngu11 ser gt atuita é necessil.rio contar
Desde esse dia bemdito, a.ndo perfeita..- de Fatima, pedindo-lhe a. cnra. da. minha Coelho, Maria, Fortunata Avelar, Maria com a. lata ou outro recipiente e com o
mente, alimento-me monoe mal, j6. faç9 doença, se nSBim fosse vontade de Nossa do Conceiçii.o da Silva (20i00), Artemi- porte do ooneio, o que é 1·el11tiva.mente
alguns trabalhinhos, vou lavar para a Senbor, niio por aborrecer os !iofrimentos sia Vieira Mnrques da. Cunha, Dr. Car- caro.
pia. ou a propria morte, mM sim para poder neiro de MCll(Juita P.e Jos~ Barroca, P.o Quem pretender obter a agua pode di-
Vou todos 011 dias a Igreja de manhii e a.ca.bar de crear e educar 3 filhinbos ain- Manuel de Almeida, Rosa. Vieira de Cas- rigir-68 a José de AJmeida Lopes - Fl1--
de tarde. da pequenoe que ju. tiveram a. infelicidad~ tro, Ma.ria Clemencia Peroira N. da Fon- tima (Vila Nova. de Ourem), que se pre&-
Porem, agorn einto-me bt>m e se, por de perder o amor paterna!, e estavam om 18C8., Antonio Lacerda, Joiio José da ED!'..ar- ta. a. manda-la o é pessoa. do n088n oon-
qnalquer motivo voltar para traz, nao ad- risco de me perder t.ambem a mim, fican- naçiio, Maria J oa.na de Castro, Ana Torros fiança..

,
ANO VII Leiria, 13 de Junho de 1929 N. 0 81

( COM APROVAQAO ECLESIÀSTICA )


Director, Proprietario a Editor: - Dr. Manuel Marques dos Santos Admlnistrader : - Padre Manuel P er eira da Silva
Composto e impresso na UnlAo Gréflca, 150, Rua de Santi Marta, 152 - Llsboa R edacçilo e Administ,açilo : Seminario de Lei ria

A alma de Portugal na Cova da lria '


A imponentrssima peregrinaçao nacional ao augusto Santuario de Nossa Senhora
de Fatima-M~ravilhosa Epopeia de Fé- Sublime e incomparavel poema de Amor
- Grande escola de Religiao e de)l patriotismo - Espectaculo unico no mundo.
«j d ama vez escrevi, e tenho sempre gosto e honra em afirmar,
qae o Santuario de Fatima é uma grande esco/a de Fé e
de patriotismo.
Admirtivel painel medieval ardentemente vivido por a!mas de hoje,
• o Santuario de Fatima pelo estilo que o enobrece e pelo
f ervor qae o in/lama, tem j d am peso singular em toda a
Cristandade»
Fatima, 13 de~Maio de 1929.
Do diario cat6lico • Novfdades • AFONSO LOPES VIE/RA.

Aa vagas de romeiros - Peregrina• tante, siio milhares de coros cantando si- do nObBo querido PortugnJ, o Divino Rei de pela. mile do rev.do pliroco de Buarcoe, fa-
çoes do Patriarcado e do Algarve- multaneamente, om todas as grndac;oes de Amor rocebe as homenagens de i;eus fi- lccida no desastre de Ourém.
Procfssio das velas - Adoraçio noctur- tons, o .Ave de Lourdes, é um incendio lhos, gue a Elo rocorrem cheios do coufian-
na - R,eparaçio nacional - Alocuçoea colOSBal a.brasando nl\8 suas charnas todo o ça por meio de l\fo.ria. .Aos ouvidos de Aa confissòea doa Peregrinoa - Mis-
do Senhor Biapo de Leiria. vasto r ecinto dos santuarios. Dir-se-ia qua todos sonm ainda. ns palaVTas da Virgcm, sa dos servitaa e eacoteiroa - MiBSa da
as estrélas do céu, caindo na Cova da Iria, na u ltima apariçio ì~ humilde e inocente Comunhlo Oe ral - Vinte seis mii co-
Grandiosa e imponente como nunca, as- a tinham transformado de repento num paslorinha de Aljustrel, a vidente Lucia, munhòes - Ondaa de luz e rajadaa de
sumin do proporçoos ver,J.adeiramente colos- Jirmamento da ter ra. Passava pouco dD. quando U1e disse: «Nii.o ofenaam mais a aom - O dr. Lufs f laher, lente da Uni•
sais, rea.l:izou-se, no dia treze do Maio ul- mein. noite quando, reu nida de novo a Nosso Senhor, que 86ta muito ofondido; versidade de Bamber.g (Baviera)
timo, a peregrinaçao nacional a.o Santua- gr ande massa de povo, entiio em frente da ro:,,em o terço clo Rosario». E' preciso ·re-
rio Mariano de Fatima, em honra. da au- capela das missas, cle todas as bocas ir- parar .~ justiça divina, irritada com os N a véepera à tarde o durante toda a
gusta. Rafnha Glo Santissimo Rosario. rompo, como um hino de triunfo, o canto pecados dos homens. E o terço rezado, noite e toda a manhii do dia trezEI, eram
De todos os ponto8 de Portugal e até solene do Credo . Momento incompanivel, meditado e vivido é, depois da imolaçiio do inumeros os fiéis quo se apinhavam jun-
dalguns do estranjeiro, sobretudo da Es- Cordeiro sem mancha na ara santa, a to das portas da lgreja da Penitenciaria
panha catolica. e da França cristianissima, mais perfeita de todas as repara.çoes, o de- para se a.proximarem do Sagrado Tribu-
a.oorreram il Cova da Iria vagae e vagas sap;ro.vo por excolencia indicado pela Rai- na.I. Quantas almas, nessns horas bemditas
de romeiros, impulsionados pelo ardor da n},a do Céu. de resgnte, se rehabilitariam porante
sua Fé viva e da sua devoçii.o ac1·isolada E por isso, deante de Jesus-116stia., a Dens, despindo a. tunica manchada do
para com a. Virgem bemdita, quo ali vem multidiio imensa. vai rezar o psaltério de peoado para se vestirem da estola puris•
escrevendo, ha doze anos, em paginas de Maria, em turnos suceesivos de adoraçio, sima da divina grn.ça? l\listério de mise-
ooro de mistérios e de prodfgios, de bén- para converter os rnioe da justiça dirina l'ic6rdia e de amor, ,que s6 oonheoo Aqu&-
. çios e de graça.s, urna nova epopeia, as- em mananciais de graça, em cauda1s de le que prescruta os segredos dos coraçòes I
sombrosa e encantadora, do seu amor ma- bonçito, em torrentes de miseric6rdia. .A's cinco horas, o rev.do dr. Manuel
terna!. Na véspera, ao cafr da tarde, urna .Ao primeiro turno, presidido pelo SG- Marques dos Santos c'<llebra o Santo Sa-
multidiio compacta ja poe uma enor me nhor Bispo de Leiria e consagrado il. r&- crificio da Missa, a que assistem e comun-
manoha negra no loca! da.a apariçoe& e pe- paraçito nacional, sucedem mais trés tur- gom os servitas o os etl<'uteiros, que teem
las estTadas que la conduzem circulam nos: o da peregrinaçito de Lisboa, o de de começnr a exercer as suas funçoes àa
muitos milhares de ,•efculos que despejam Carapinhera do Campo (Montemor-o-V&- primeiras horns da manhii. A's seis ho.-
eem cessar torrentes de fiéis naquele lago lho) e o de Carvide e Oliveirinha. ras, o Seohor D. Maroolino Franco, vene-
imeneo, n!UJuele oceano de cabeças huma- Por motivo de félrçn. maior, a peregri- rando Bispo do Algnne, sobe o.o altar
nns. naçiio do Algarve, composta de quntrocen,- para celebrar a missa da Comunhito p;eral.
Entra as peregrinaçtie6 orga nizadas que tas p06Soas, s6 poude ohegar o.o locai das Vinte sacerdotes, r evestidos de estoJa e so-
este més foram a Fatima, lnereoom espe- npariçoes depois da meia-noite. A Santis- brepeliz e acompanhadoci cada um por ac6-
cial mençào a de Bemfica (Lisboa), diri- sima Virgem d&-<'erlo nceitou benignamen- litos com velas, dirigem-se, de cib6rio na
gida pelo zeloso paroco daquela frbguesia, te o sncriffcio dos piedosos romeiroo, que miio, para o meio da. C6planada, afim de
rev .do Francisco Maria da Silva, e a do niio tiveram n. dita de tornar parte na pro- administrar o Piio dos Anjos aos fiéis pre-
Algarve, eob a presidencia do seu vene- cissiio nocturna, e tramformou-o ero chuva paradoi1 com a confissiio sacramentai. Es-
rando Prelado, D. Marcelino Franco, gran- de bençiios s6bro as suas almas e a do seu peotiiculo profundnmente tocn nte I
de figura de asceta e de santo. veneràndo .Antfstite. J06"US, nosso Deus e nosso Pai, escondi-
Pouco depois dns doz horas da noite, o Sua Emll1tl1 Rn.m• 1 Snr. o. ll11t1lla1 Anl6nlo 111111 Fruço, Durante a primeira bora de adoraçiio, o do no REIU Sacramento de Amor, pas.~eia
rev.do dr. Manuel l\farques do" Santos, mtrufl llspo do Alprn, ,wa pr11ldlu 6 nu111roa1 p1r1rrln1çh Senhor Bispo de Leiria presidiu à recita- por entre os seus fill10~ e, corno outrora
d1q1111 -locm, 1111 Melo fltlmo
capeliio-dir ector dos uservitaa», convida çiio do terço, meditando os misthios go- na Pale!Jtinn, pas.'!a fazendo o bem.
pela voz dos altif6nios a mole i ngente de tosos em formosiRsimas alocuçoes doutri- De1.enas de 11\mpadas eléc'tri<-.as, c,uja
povo, aglomerado cm frente da capola das em que a alma d11, Patria, represontada na is, palpitantes de actualidade, repassa- innup;uraçito fora honra.d a na véspera com
apariçoes, a rezar o terço do Rosario, em ali pelo seu esco! inteJectual e marni, d&- dns de sentimento e notaveis pela eleva- a prosençn do Senhor Presidente da R&-
homenagem à gloriosa Senhora Apnrecida. punha o tributo da sua fé a.vita n.os pés çiio das ideias e pelo brilho da forma li- publi<'a, Generai Cnrmonn, que nn centrai
Erlinto o eco dos ,1ltimos ramos da La- da nobre Padroeira, para que E ia o apre- teraria. O Venerando Prelado falou por olktri<-n do Sa.ntnario poz a. trnbnlhar o
da{nha Lauretana, que se recitou depois eentaase por suas miios bemditas junto do scis veze~, pedindo no fim pelo Santo Pa- motor depois de ben.zi.do pelo Senhor Bie-
do terço, a multadiio principia a movimen- trono do .Altissimo I dre Pio XI, felizmente reinante, que se po d" Loirin., projeatavam feixes rle hw
tar-se. Meia bora mais tarde, o espect.-icu- À mo!J)ba triunfal da procissao das v&- recomeudou às oraçoc11 doo peregrinos de suavissima 11ohre o vMto anfiteatro rla Co-
lo que oferece a Covn. da Tria é nniC'o e las em honra. da gloriosa. Virgem clo Ro- Fatima, por Sua Eminencia o Senhor Ca.r- v11 da Tria, ao mesmo tempo que podero-
in discriptfvel. Siio dezenas, siio oenten:;ui sario, sogue-se o proito de amor, g16ria e din_l Patriarca. do Lisboa, que ip;unhnente sos me11:af6nios Jevava.m ao longe e no lar-
de milhar de fochos lumino1os, empunh a- reparaçlio a Jesue--H6stia, exposto num se recomondou às orn.çòes dos fiéis neste go aR vozes de comanrlo, M invocaçoes, u
do, pelos peregrinos, sii.o giganteeoas ser- trono de luzes e de flores, no al tar-mor dia, pelo venerando Episcopado portup;ués pre<'es e os cl\ntiroR.
pentes de fogo coleando pelaa extensas da Capela das mis~os. Sobre a montanha e clum modo espccial pelo Senhor Bispo O dr. Luis Fisher, professor na Univer-
avenidas e perdendo-1,e no horizonte di~ sagrada de Fatima, no centro geografico do A1garve, oli presente. Rezou também sidade de Bamberg ("Baviera), que tinbo

'
2 VOI DA FATIMA

vindo de prop6sito a. Portugal para a&Sis-


tir a. 888& extraordinaria manifestaçao de
A pequena distincia, sentada noutro
banco, V&-88 uma. senhora. na primavera
Ivaato
Pereira. dos Reis. De todos 011 ponto& do
anfiteatro da Cova. da Iria, literal-
As curas maravilhoaas - A paralftf.
ca de Louzada - Quinzeano1 de mar-
~é e piedade e estuda.r o facto assombro- da vida - vinte anos de idade - palida e monte coberto de gente, e das suas ime- tirio- Confercncia de médicos - Duaa
110 de Fatima, nao podia ooulta.r a sua. in- aba.tida. E' D. Olimpia da. Ascensiio de diaç.oes, os peregrinos sa.udam a Virgem, grandes miraculadas - Scena como-
tell.88 comoçiio, traduzida por lagrima.s Oliveira Matos, de Ooncavada. (Alvega). aoenando com lenços. Dir-se-ia que um vente.
ma.I contidas que lhe marejavam os olhos. Sofro ha mais de dois anos de doença. de bando i numeravel de pombas brancas ti-
Para o diario oat6lico de Lisboa ctNovi- peito. A sua confiança. no poder e na bon- nha surgiao como que por encanto das E.nintos 08 ultimos ecos das sanda.çoes
dadun, oscreveu ele as pala.vras que a ee- do.de da Mie de Deu8 trouxe-a a seus pés, entranhas òa terra. e que todas ensaia- à Virgem, começa.m a correr boatos de no-
l(l]Ìr reproduzimos e que dio ):>em a medi- no Santuario de Fatima. Alguém tenta vam os seus vòos a pequena altura antes vas curas mara.vilhosaa oper adas duIJante
tla. da funda. impressiio produzida no seu confort~la com palavras amigas. A re8- de se juntarem e subi rom para o cé'u. as cerim6.nia.s oficiais. Uma das possoa.11
cspfrito polo. gra.ndio8Ìda.de das scena.s a posta foi um pranto desfeito e um soluçar Quando a sagra.da Imagem assoma no curadas naquele dia encontrava-ee nesse
que assistiu: ccCreio que este especté.culo convulso, sfntese amaril!llima de longos e limiar do Pavilhiio, o entusiasmo sobe de momento no Albergue de Nossa Senhora
ti unico no mundo I Assisti, em 1925, à. ca- dolorosos sofritnentos, apenas mitigadoa ponto e rompe, irreprimivel, em palmas, do R osar io, onde eata instalado o Pòsto
nonizaçao de Santa. Terezinha do Menino pelo balsamo da resignaçiio cristi. vivas o a9!11.macòes à Virgem. Nenhurn ~as verificaçòes médicas. Chama-se Emi-
J esus, em S . Pedro de Roma, calculando' Os servos de Nossa Senhora do R osario rosto esta e nxuto. A procissiio seguiu-se h a de J ~us Marques, tem trinta e doitt
em oitenta mil o numero de assistentes. e 08 HoRpitalnrios do Porto, coadjuvados o canto colectivo do Credo . Depois, o S&- anos de 1d~de e é natural e mora.dora. em
!Mo, porém, 'pareoe-me bem pouco em por escoteio11 cat61icos de varios nucleos do nhor Bispo de Leiria, que e ntretanto se Louzada, d1ocese do Porto. Desde os quin-
oomparaçiio desta multidiio, cheia de espi- pais, continuam na sua f a ina incessante paramentara, sobe ao altar e principia a ze anos que é doente. Ha cerca de seis
rito do sacrificio plll't'a com a Santissima de tran8porte do8 doente8. · De vez em missa dos cloentes . Durante a missa re- Q?-e estava de cama. .A-pesar-do zelo e de-
Virgem, cheia de fé no Santissimo Sacra- gnando, durante a distribuiçiio do Pii.o dos za-se o terço do Rosario em voz alta, co.n- dicaçiio do médico assistente, dr. Joaq<Jim
mento I O que ha de mais belo, quanto a Anjos, o 6rgao faz ouvir as suas harmo- tando-se à. c1evaçiio um cantico piedoso, Herma.no l'ifendea de Carvalho, e do8 tra,
mim, è ver Jesus caminhando, levado pe- nins p;rnves plangentes e o canto do Bem- acompnnhado a hnrm6nio. No fim expoe- tame!1tos, longos e dive)l3os, a que foi su-
loe saoerdotee, por entre 08 seus fiéis e 08 dito irrompe de mii peitos cheios de Fé o se o Santissimo Sacramento n a cust6dia e, bmet1da, o eeu estado, longa de melhorar
9eus doentes, n.brasados no desejo de O ro- de amor. Ao colo dumn criada. entrn ago- cantando um motete, o Senhor Bispo do agrayava-se cada vez mais. Raras vezes ~
oeber no seu Sacramento de Amor. ra no Pavilhào uma doentinha que apa- Algarve, revestido de roquete e capa., pro- quasi ìl. fllrça, na presença do médico as-
Pertransiit bonefaciendo I» renta ter quinze nnos de idade. ColO<'aòa cede à bençiio eucaristica dos doentes. REr sistente, consentilt em tomar algiim ali-
num banco da primeira fila do larlo do novom-se entiio, mais uma vez, es scenas mento. A sua mngrcza era extrema. A sua
A.lbergue de NoHa Senhora do Ro- palidez parooin. a duro cndaver,.
sirfo - No Pasfo das veriflcaçòes m~- Eva.ngi>lho, benv.e-se devotamente, jnnta comoventes, que esse ncto costuma provo-
ns miios em atitnde de st1plica fervorosn car <' a (}110 niio é r>ossiYel ns8istir de Neste estrt.do lomentavel, resolve ir a
dicas - No Pavilhlo tlos doentes - A (' poe-se A rezar o terço, de olhoR fito!I na olho'I emrntos. Cantando o Tant'U,m eroo, Fatima, contra a oposiçiio formal do mé-
dedicaçao das servitas e dos hospitalli- dico, que te!'1 a convic~iio absoluta de que
dos do P6rto - Homenaiem da avla- Imag~m dn Vir,zi>m. o \'enornnclo Prl'l:ulo dii n. bençiio geral e,.
MR.111 ntras, um venernnclo «Ar-i>rrlntp rlri Nll'c>1-r11do o ~antis~imo no Sa.erario da essa resoluçao rep110Senta para a sua clien-
çlo - O reinado do Rei de amor. . t~ urna sentenc:a de morte ou, para melhor
~Hocese do Pllrto, acompanhado por doi~ Pi>111tencinrin, qobi, no pulpito e fnz urna
Um dos acontecim.entos que mais conso- 1rmlioi,, um deles c6nego e o ontro médirn, tu,·nnte alocu~·iio. dtzer, um verdadeiro suicfdio.
ladoramente nssin alaram o duodécimo ani- toma o Rou lugar entre outros doentes. F,' "Aqui, estào, diRSe aie, nqui estiio, 6 A viagem, penosissima, fez-se no meio de
versnrio <la primeira apariçào da Virgem o rev.do Hermano Amll.ndio Menrle11 rlP Miie querida, <>-" vossos filhos estremeci- dores inauditas, que lhe martirizavam o
aos hu!ll~lde8 e inocentes pastorinhos fo i, Ca.rvalho, de Vila do Forno, c-oor(llho dP dos, os vossos filhoe rte P ortugal I Estao pobr,e corpo, jn tiio duramente provado pe-
aem duvida, n. ina.ugi1rnçiio do Albergue Lou_zada, paraHtico ba eeis anos. aqui para cantar as voRSM gl6rias, para. la. longa e terrivel enferrnidade. Passou
de Nossa Si>nhora do Rosario. Construido De repente, por s6bre o vasto r ecinto oolebrar 08 vossos louvores, para receber em Fatima as noites de onze para doze
grn.ças à iniciativa do Senhor D. José .Al- d&11 a.pariçoes, onve-ee o rnido dwn motor. , um eorriso do vosso coraçao ma.ternai. e de doze par a treze. Foram noites inter-
, 08 Correi a dn. Silva, venera.ntio Bispo de minaveis, sem desrnm•o e sem alfvio du-
Leirio., esse edificio, grandioso e magni- mn. agonia crnciante. de i,ofrimentos' hor-
fico na sua nrquitectura s6bria e majes- t';!veis.
tosa, ali ficara a atestar a caridade ar- Conduzidn numn macn. pelos servitas
dente do ilustre Prelndo de Fatima a para o Pnvilhi'io do~ doonte!!, às primeiTM
magnanimidado do seu coraçlio de Pastor, horaa da manhii, ai ,;e ronservnva à espe-
tam >«1nsivel Ìls misérias fisica.a de tantos r a. da mil'qn. do!l doonte<i e da hençii.o eu-
infelizes que acorrem ÌI Lourdes portugue- ca.rfstira Ml('nt>, orando fervoro1mmente.
sa. para obterem a sua cura d' .Aquela. que A ser:vita q11e !be aqqistin, D. Maria Reis
s. Santa Igreja chama a Sa.ude dos enfer- e Silva, do Pedr6giio de Torres Novas,
mos e a Consolndor a dos aflitos. assegura. que eia porecin. nasse momento
No Pllsto dae verificaçòes médicaa, urna defunta. Ao meio-dia. solar , q11ando
transforido clo Pavilhiio dc,s uservitas» pa- a Jmngem de Nos.~a Senhora do Rosiirio,
ra o ediffcio do Albergue, desde a véspora leva.da. o.os hornbros clos si>r vitas, assoma no
que se esta procedendo ao exame e registo limiar do Pn.,vi lhlio, a pobr,e enferma sente
dos doentes. De rnilha.ree deles que solici- o que quer quo seja que, sev;undo eia di-
taram a senha. de ingresso n o re8pectivo v.ia., niio orn. rapnz de e:tplicar. As doree
Pavilhii.o para assisti rem à missa oficial desaparOC10m-lho corno que por encanto,
e i\ bençii.o com o Santissi1n4> Saoramento, reconhece qne lhe voltnm a todo o lndo
apenas quatrocentos, os que se encontr1r- esquerdo pn.ralftico o movimento e a vi-
vam em esta.do mais grave, puderam ser de. e tem a imprCRsiio de que 'p ode cami-
a.tendidos. nhat1 des(lmbnrnçadnmente. Depois da pro-
Numeroso." médicos prestn.m os seus ser- oissiio finnl , dirige-l'e por seu pé. sem nu-
viços com urna dedicaçao inexood{vel. Al- xmo de nin~u~m, vara. o novo Po.~to d&11
guns silo figuras das mais distintas do verifiraçoes médicas. AH, rodeada de pes-
oorpo clinico e cirurgioo portuguee. Entre so&11 dt' famf!in. e outrns pe<:Soas de a miza..
~ les contam-ee os eeguintes: dr. J osé Ma.- de dlt lnrQ:M à ena nlegria e no seu reoo-
rin. Peroira G-Ons, da Batalha, director nhecimento pera. com a Virgem SantfS11i-
do Posto das verificaçoes médicas, dr. ma.
Manuel Lopee Falcio, do Barreir o, dr.
DEx.mo e Rn.m0 Sr. Blspo do Algarva dando a blnçlo aos·doenlet. Pega A1mbela o Ex."'0 Sr. • V1h1ios m&licos, qne pouco a. pouco ve-
Augusto de Azevedo Mendes, de Torres
Novas, dr. Luz Preto, de Vila. Nova de
Ourém, dr. Luis Espinola Marti na, de E' um aviùo, que vem prestar as suas bo- Viemos aqui para prestar um testemu-
- --
Bomnador!!CMI dttl1lrl1. No u gundo plano Yè-se o poeta Afonso Lopas v1,1ra, com as correlas de •StrYltt• em ch egando, examinam-na detidnmente,
aM que chega o médico nssistente, que se
r e6no em confer ancia com os coleeaa p re-
Alcanede, dr. Jaoob •P into Correia, de menagens à Virgem e saudar os pe regri- nho de fé, de amor e de confiança : tes- sentos a quem expòe minnciol'tlmente a na--
Tremes, dr. Weiss de Oliveira, dr. Mello nos. A eete eucedem-ee muitos ou t ros, que temunho de fé om Deus, num mando so- turoza da doeni:n., M snas diferentes fa968
Broyner (conde do Ma.fra), dr. Enrico efectuam diversas evoluçòes no luga.1· sa- e oii tratnmontos empre11:ados sem exito.
hrenat urol, na i ntorcessiio de Maria San-
Lisboa., dr. Ga.briel Ribeiro, dr. Alberto gra.do, aproximando-se algu ns deles bas- t i88ima, no adorava! misthio da Eucarie- Entretn.nto e ntra na so.In o Senhor Bis-
Madureira, de Lisboa, dr. Laureano Sar- ta.nlbe da. terra. Das altuas ca.em no recin- titi; testemun ho de 0::,peranç1i nos dogmas 'po de T.,ei rin., qne vem ve11 n feli,i 11enho-
dinba e dr. Joaquim José de Abreu , de to do Santuario, corno chuva do céu , flo- 11 ltame nte consoladoros da nossa. bemdita
ra e feliciM-la pela ,zr nnde 11:r aça 11e0ebida.
Portalegre, dr. Cort.3s Pinto, de Leiria, ree e romoe de flor8ll. Um dos aviòes sot- religiiio, testemunho rie nmor a Virgem. On~~i no mesmo tempo chPii:am dnns das
dr. Lu{s Antunes Serra, de Faro, dr. Cos- to. urna linda pomba bra.nca que, depoie Aindn ha pouco ouvi rnntar ccO' gl6ria mn,iores mirnculadns do, t1ltimos tempos,
ta e Almeida., do .Anadia, dr. J osé de de executar varios voos por cim,1 da Cova da. nosen. terra l,1 E' hem o ~rito de todo.
n. :Maria Mnraarida Teixeirl\ Lopes, da.
Paiva Boléo, de Alvega, dr. Francisco de da Iria, foi pousar no telhndo rlo lnnço, o Portugal, òo Minho no AJp:arve. cMa de P o~ir6, do concelho de Louzada;
Mira Mendes, do Montemor-o-Novo, dr. ne.sse dia inaugura.do, do R ospital-Sana- r urnda em trPV..e de ontubro de 1928, e
Gua.Jdim Queir6s de Melo, de Sernache do Tudo nn nossn. terra. - 11s vozee doe n. M:aril\ ,Tosé dos R11ntos Nunes, mora.-
t6rio. seus habitantes, os monumentos levanta--
Bomjardim e dr. Joaquim Hermano Mon- OutTo a.viii.o despejou sohre n mnltidiio doro em t i11boa, no. snR. Cnrvnlho Araujo,
des de Corvalho, de Louzada. dos aqui hem perto e pelo pnfs aletn - n. 0 11. ~.0 , M.irndn no dia vinte e um de
milhares de proepeotos, em que i;e pro<'ln- tudo oonta ne p:16rios de Maria. ll'evereiro tHt imo. 1):l-'le entito urna sce-
Entretanto, no Pavilhii.o dos doentes, mava a necessidad"e <le se fozer rei nnr nas
onde estao reunidas algumas oontenas de P eçnmos-lhe neste momento que assista na comovente em erlnAmo. As dnns mira-
vitimae dos males mais graves que tortu- almaa de todos os portugueses, nns famf- no Sumo Pontffioe, que insrlire o Episco- culadns nproximom-sp da nova vrivileiria-
ram a pobre bumanidade, as preoos mais lia.s e no. i;ocieòade, o Coraçao do Divi no pado, que proteja o clero e os fiéie, mas, da dn Virvem hi,mditn de Fittima e abra-
fervorosas e 811 inTocaçoes mais veem entes Rei de amor , Rei clos individuos e R ei das dum modo particular, os nossos doentes. çnm-na afectnO!!amente, lavadas todl\ll
Na.çoes, que o Paclre Matéo Crawley Roe- Niio basta, porem, protestar-Ibe o nosso tr& Pm liii;rimn.s de 11lejZTia e de r econh&-
elevam-se para o Céu, a fa.zar violéncia. vey, o Ap6stolo pobrezinho, IDIHI riquf<i-
a.o Core..çio de Deue. amon. E neces11ario tnmbèm protestar-lhe oiment.o.
simo de dons do Céu, veio ha pouco pr~- a nosim. suhmi11siio inteirn o incondicional. 'Ponco a nonro, o locai c-0T1J1a,zrado por
As 1cservitas», e nverga.ndo ba.tea a.lvini- gar nn. nossa Patria.
tentes, exeroem a eua caridoea miseiio, F. esta snhmissiio implicn o cumprimento tantM maravilhn"I divinas vai-se descon-
sempre incansitveis no seu zelo, sempre intep;ro.l da Lei do Senhor, da vontade de ,z&.1tionn.ndo. A noite cai lentamente. Al-
oheias de soliritude e dedicaçao n n,g multi- A pro cl salo da Virgem - f\ missa Jesus, que é ip;unlmente a de sua Miie Sa n- flll nR neT'o(>grinoR r etardn.Mrios f azem as
pl8.8 e delicadas funçòes da sua actividn.de campai - A b~nçlo dos doentes - Alo- tfesima. Ao doixarmos FRtima, seja ,il&- euos desnedidas h V irgem mostrando bem
profi!l8ionn.l. Senta.do numa. oadeira, r e- cuçlo do Senhor Bfspe do Algarve - te o prop6sito que formu lamos: cumprir ouanto lhee san~a o cornçao. ao aparta-
zando o terço, que lhe pende duma dn.s A procfHlo ffnal - Terno adeu1 de sali- integralmente o vontode òo Senhor I» rem-ee. rom n. sn.1~dade na alma e as la-
maos, eeta um doente de meia idade, ata,. dade. Te11ID inada n. breve nlocuçiio do Sen hor · ,zrimM nos olhoR, d11011ela e,qtJ.ncia aben-
cado de pa.ralisia total doe membroe infe- Ao meio dia solar, oolesiRstiéo!I, servi- Rh,f>o do Ali,;nrve, roalizou-8e a procissiio çoadn de 11:rnç1111 I" de nrodfizios. F. pela.a
rioros. E ' um advogado doe mais distinto& tM e eecuteiros concentram-se junto do final, pagando agora no nndor a.s servas estrn.dns nl.Sm, do pru11 inteiro, segut',amen-
do Alto Alentejo, ha anoe inutilizado pana padrii.o popular comemorativo das a.pari- de Nossa Senhorn do Rosario. F. ao espe- te meio milhi'i.o de r omeiros levam imprOll-
a. vide. do fllro pela sua imobilidade for- çòes, l\fim de conduzirem e ncompanharem ctacu lo de11lnmbrantissimo que constituiu 118 dnm modo indelt<vel n n.s suas retirru,
ça.da. Um sacerdote, que passa. junto dele, pr0088llionolmente A. veneranda Imogem urna colos11nl apoteose de amor e de devo- deslnmhradru, a vislo caleidoec6pica dee-
vendo-lhe os olhos marejadoe de lagrimoe, de NOBBa. Senhorn. do Rosario para a cn- çiio n Miia de Dew, feitn de vivas, palmaa, l!M BC('nns empol,znntes, sublimE"I, incom-
pela. d38 mi&11118, .A Jmngem é levo.da em canticos, .lRp;rimM e le';iços no 11 n, .quando parltveis, que comovem e enlevom e huo-
produzida.s pela comoçao, recomenda-lhe
quo tenha oonfianço. ne. 8antf88ima Vir-
gem. Entao dos labios do enfermo saem
triunfo a.travé& da multidiio numerosa e
compacta. aob um chuva contfnua. de flores.
I os peregrinoe se deeped1rom do Ra1nha do
Céu, eoltando o seu terno adeus de sau-
-de comover e enlevn.r cndn -vez mais, sem
embai,zo do despeito ma.I contido e do
eetas pa.la.vras admiraTeis que tradumm A comoçio é indescritivoJ . Veem-se òade, vem l'IMOCiar-se, nnm gesto lindo e dl'll!1>11Pero impotente da impiednde, que a
todo um poema enca.ntador de Fé e resi- muitos olbos mnrejados de lagrimas. En- t ocante, a aviaçiio civil e militar, espar- Ra{nha do ~ n esmagn. oom o seu pé vir-
gnaçao : ccNii.o tenha. pena. de mim ; sou fe- tre oe eervitas que transportnm o andor ,.indo flores s6bro o locai seis vezes santi- j?Ìn al, n alm a. de 'Portnj?nl e 11, nlma do
lic{seimo, porque nito sofro nade. ao pé rle aos hombr08, contam-ee o Dr. Afonso Lo- fico.do pela presença. da angiista Pa.dnoei- universo.
tantoe aqui preeentea que sofrem imeneo». pee Vieira, o corone! Pataobo e o major ra de Portugal. Vimmde de Mon.telo
VOZ DA FATIMA 3

- Duma ulcera no cstomago. Sa.nta Ma.r!Ìa, que foi de oprnmo que a

AS CURAS DE FATIMA - E sente-se melbor ?


R adiante:
- Melhor P R enaeci I Voltei pnra. a dda.
- tenho saude, estou, quasi boa. -- ,I :t <:'>-
mo - e corno de tudo: Ontcm comi sitvel,
deviamos submeter à radiografia.. O tem-
po pa!lsou. Entrementes, agra.vado o eeu
mal, fomos obrigndos a interna-la na Mi-
seric6rdia de Penafiel.
-Depois?
pi o, o,·os. - o que mo apotcceu. E tuclo - Minha irmii tem fé - muita. fé ! D&-
Tumor. Por isso, s6 4 dias depois se de havor da- o meu estomngo aceitou sem relutiìncia. I eenganada dos médioos, vivendo num 11&-
do a minha milagrosa cura. é que fui pro- Estou fom;e - sinto-me ontra vez mulher I gimen de injecçoes - sucumbiria, é mi-
- A que atribue o seu estado? nha creuçn, à. intox:icaçiio da morfina se
Graças a Deus e a Nos.~a Senhora do curar o Ex.mo Snr. Dr. Leitio para lhe Quasi ofendida: niio sucnmbisse aos seus padocimenLos do
.Rosario de Fatima, sinto-me curada. tado dar parte do suoedido e pedir-lhe o ates-
qne juntamente remato, e quo assiro, - A quem? A Nossa. Senhorn de Fati- estomago ! - voltou-se para Nossa Senho-
ma I Eu e meu irmiio, o abadc de Uilhun- ra de Fatima. R ezou muito. Aoompanhei-
Com a maior consolaçao da minba. alma, mais seguramonte evidencia.!':i o grande dos, resamos-lhe umn novena. Comungue i a. numa novena.. Depois consegui que me
venho publicar duo.a graça.s extraordina- milagre que a.cabo de recobl'r I qua.si todos os cline I E rezava,.lhe a todos mnndassem de Fatima um j)ouco de agua
ria.s que recebi por intercessio de Nossa Prometi ir com mou ma.rido a. Nossa S&-
nbora da Fatima agradecer-lhe esta gran- oe instantes ! Meu irmiio arrnnjou que me benta.. Fiz nova novena, utilizando essa
Senhora da Fatima. mandassero agua. benta de Fati mo . Fiz ngua. O seu estaclo agravavn.-so - com es-
de e extraordinaria graça, pois que du-
rante a minha. novena embora cstivesso ns minhns ora.c;oes com ossa ogua. E esta.- pnnto de todos os que sentiamos as suas
em Draga a r ezar, o meu coraçiio ostava va corti\, que NoS-<la Sonhora me ha.via de tlores I •
na Fatima, aos p~ da. Virgem no locai atendet1! Atendeu-me, c:omo v31 Comovido:
daa suas milugrosas o.pariçoes I - Minha irmii chorava. Devia sofrei,
E por isso, nào s6 la vamos paro. tornar O relato da enfermeiraC horroTOsamente. Por vezes gemia. Os seus
parte nesta percgrinaçio de maio, corno gemidos dilacernvn.m-me. Tentava. justifi-
também eu pr6pria. levarci e.sta nMrati- A «miraculndn.,, do Penafiel é nma s&- car o seu estado: «Nilo tenho r esignnçiio,
va da minha milap;rosn curo. para. sor pu- nhorn. viuva, dc origem modesta. C'hnma- niio tenho paciencin, Nossa Sonbora niio
blicada no jornal a ,,Voz da Fdtimau con- se Mario. Pa<'hcco Ah-ar inho, tcm dois fi- se condoe de mim I» PrO<'urava co1111olar-
forme prometi, pois, Graças a Deus e a lhos - um, o Jaime. de 12 anos, vive <'0rn se: «Nossa Senhora, vendo-me rom pacien-
Nossa Senhora do Rosario do Fatima, sin - o nvo materno, o· ontro, o Antonio, ,te 14 cin, hn-de ouvir-me !» Lembroi-me entiio
to-me curarla I anos, é pupilo dn tio , o ahado de Milbun- de ir n Fatima. Falei-lhe nisso. Ficou riv
Maria R osa Fontes, casada. com Lou- dos, e estuda. m, Sominario de Vilar, des- diante. uVai, vni tu, Angelo, Tai no en-
renço d'Oliveira :M:acbado, sapateiro,-mo- ta <'idade. A s.• D. Maria Pacheco Alva- contro da Virgem Santissima In Di8~lhe:
radoros na Ruo de S. ~rnlclo, n. 0 77, da ninho 6 aindn. nova - tem 35 anos. Rosto 11A's onzo boraJI da noite do din 13 - dia
cidade de Braga. dt• candura o de bondncle. A enfem1eira da apariçiio do No~sa S<>nborn I - rozarrui
que a trata, nma rl'ligiosn dl' rcfuJp;ente no teu loito. Toma ras urna vela na11 tuas
ATESTADO MÉDICO simplicidacle. ronta: miios - e, espiritualmente, nssociar-u--has
- A religio~itlnrle eia sr.• D. M a ria im- li. proci<i<iuo das v1>las. NMsa Senhora hn-de
Dr. Joào l eitdo, medico pela Uni11er- pressionou-no,i sempre. F, um11 alma C'hefo ouvir-nos In Abrnçou-me. O!! IICUS olbos ful-
sidade de Ooimbra, derlaro qtw tendo pro- de fé. Rntmu para o Ho~rit-al em Julho guraram: «Nossa Senhorn vai atendM-me
cedido a exame cli'Tlico da doPnte Maria do ano pa&1ndo. E i-teve tr.{;s meses - de no dia 13. Quando vieres - esttlrei cura-
Rosa Fontes, 11eri/ iquei qu.e a me.rnlt'l era Julho a Set-Ombro - menos- mnl. .l'>osdo en- da.1»
portaclora dum tumor do srio direifo 1 de tiio - peoron. Ao começar diìste nno - o O abnde de Milhundos, que nao e<icon-
forma irregular, adrrente a pele ma., sem sen estnclo ns1mstou-nos. Niio oomia. nadn dc- ns lagrimM, termina.
ratraçlto do mamilo, com rtbate a:r:ilar - e ,·omitava ~nnl(uc, constantemen te. - Sci que a l'Ssa. hora - on?.e da noite
largo. A doente na ocasiflo em. q11r a vi Causava d6 I A sua resignnçiio <'ompunJ!;in- do dia tt'eze - minha irrnii Tezon. A11 uns
ntro apresentava temperatura, ma., rlorcs nos ! Para eln - tudo ia hl'm, tudo I Era miios, nmparncla11 peln s mii<>'! <'nrinhosas
e:r:pontanea,, naqu.rle ,rnposto tumor. preciRo fazer a vontndo de Nossa Senho- <las enformeirns, erguc-ram ns vE>las 11ngra-
Como nao 1)1.ides.,e fazer um diaonn.,tico ra I Jl'<Jus, R ei dos Reis. sofrena maig ! das. No enfermnrin - improvivou-se urna
MARIA ROSA FONTES
de/initivo e diferencial entre '!Un tumor Dcpois dnma pa11sn : pN1uenn proci~'<i'io. A MiAeric6r,lia do Pe-
maligno do &Pio (!alta de retrar<1o do ma-- - Ha oito dins - o sou estndo tor- nnfiel <'ontinuava a grande e mistira pa-
milo, rie) e tim fomor be11iuno ou sim- nou-se nlnrmante. N cm 11equer o leit'e con- rarla de Fatima . Portugal E>rl(nia-se om
Ha 2 anos, sofri urna tiio gravo doença mn~"a, orguen<lo para o l'éu, aflitivnmen-
interior que o distinto médico quo mo tra- ples nifamar/uJ (!alta de temperaforà nes- sontia no estomngo ! Nada nb~olntnmente
te ra.,o, etc,) aronulhei mn tratamrnto nnda ! S6 tinhn forças pnra reznr ! ~a noi- te, os braço" snplicanl.e'I I
tavn, desanimando dn minha curo., disse- Depoia dum ligeiro clescanso:
-mo que eu precisava sempre de mo trata.r re.,oltdfoo com compre.uas quentes, riizen- tl'I de 13, depois dn partid:i. do irrnno pn-
do mais que, sr. nito houve.,se mel11oras, Jla. Fatima, ficou tornndn di' intenso fer- - Snhe o re~to ... l\Iinha ìrma, 11., onze
com cuidudo , embora molhoraa..'lo e que horas qentiu um déìr est.ranha.. As c>Dfet'-
certamente ruio voltaria n ser màe - pois folve.z Jos.,e neces.,aria a amputaçélo do von. ccNossa Senhorn niio veio tor romigo,
seio. meiras afligiram-se mnito. Teve !!6 uma
nessa altura, cstando casncla ha 12 auos ja irei eu ter com eia!,, .
Contra toda a e:r:pectativa, ao fim de frase, dita com grande calma - «SO<'e-
Nos110 Senbor me havia dado 4 filhinhos. O irmiio a.prnzarn-lhe urna hora para a
tres dias fodo ho11ia desapnrecido sem guem, meu irmiio est:t oom No!'llla Senho-
Durante o més do Rosario do ano de ornçii.o da. noito - as onze ho113s I Impro- ra, No!!~a Senbora esta comigo In
1927 reoorri, com muita. Fé, a Nossa S&- dP-ixar o menor 11e.,tigio. ,Tttlgavo que a visamos, na. 11ala. da l'lnfermeira, urna pro-
,11ho11a. ùo Rosario da Fatima resando-lhe dar-u Qtuil.qver modificaçilo rla s6 ., e 1)1.i- cissiio de velns ... A fé com que resamosl
com pnrticular forvor, o Terço todos os desse dar dentro de quin.~e a vinte dia~ A imonsa fé I D. Maria, miios afilada"I e A.GRADECIMENTO
dins, e com muita devoçiio tornei a mila- e rontudo M Jim ile treis nada havia de trémulas rezava tnmbém: ccNossa. Senho-
grosa :igna prodigiosame nte nascida no anormal. rade Fatima, ouvi-me, ouvi men irmfto !. .. » Jfan11et Carreira Franco, da.s Bra.ncae,
local bandito das apariçoes come<:ando lo- Braga 4 rie ma.io de 1929. Chorava... Todas n6s chot1avnmos. A's on- frèguesia da Datalha, estava de tal mo-
go a sentir melhorns e tantas, que ao za boras deu um grande grito. Caiu des- do doonto com urna. pleurezia, ero 18 de
,contrario da previsiio do pr6pnio médico, (a) Jo1io Leitiio falecida. Pensamos - A pobresinha mor- julho do ano pnssado, que a familia ja
<iepois dum intervrilo de 7 para 8 ano! reu em Cristo I Soet.gueu-so, depois. Gol- pensava em dispor t.udo par.a o entorro.
sern voltar a. ser m1ie, ql1iz Nosso Senhor OUTR O C ASO fava sangue. Sangue coaglnado, om pos- Nesta altura a espoea do mesmo, vendo
dar-me urna filhinha mais, que hoje tem tas. cc Vai mort,er !11 - dissemos. Ele sor- o mariclo a. dar o ultimo suspiro, recor-
10 mezes - à qual puz o nome de Ma.ria O J omal de Not!cias, do Porto, publicou riu-so: «Nossa Senhora esta comigo..Meu reu n N.Senhora. da Fatima e c-onseguin-
<le Lourdes, em honra de Nossa Senhorn. em 16 clo ma.io ultimo o seguiate: estomago, la.vado com sangue, vai ficar do obtcr agua de Fatima foz com que o
Oomecei depois a sofrer muito do peito curado In Sorria sempre. Demos-lhe um in- doente engolisse aJguma. enquanto rasa-
diroito que tinha um caroço bastante sen- EM P.ENAFIEL jeçiio de morfina. Acalmou. va. t110S Avé Mnrias, podindo tambem por
11ivel quando se apalpava. Consultei o ilu&- «De manhii., muito alegre, )evantou-se ole os visinhos. Nessa. ocasiiio começou a
tre Medico bra.carense Ex.mo Sr. Dr. Jo§.o O mila.gre de Nossa Senhora de Fati- na cama, C'oisa que nunca fazia, e pediu recuperar a saude, npesar-de ja estar de-
Leitilo que me disse era necessario dar en- ma anda em todas as b6cas de P onafiel. de corner I De corner, I - acentuon .a enfer- senganado dos medicos, e agora vem agra-
.trada no Ho$pital para. fozer a extraçiio Nio 88 fa.la noutra coisa. ! meira, muito surpreendida. decer a N. Senhora.
òo seio. Fiquei aflitissima. nssim corno meu Diz o Joio, um bom velhote que, de ha - Deram-lhe de corner P
marido, quo é também doonte I E corno muito, guarda a porta. da. MiseJ1icordia: - Pii.o e leito. Quiz mtinteiga... Barra-
eetivessemos a chorar rnuito, pedindo a. - De manhà até à noite - vero aqui mos-lhe o pii.o com manteiia. A' tarde -
NOSBa Senhora. para nos valer, pois s6 me uo pode r do mundou. Todos querem ver, pediu um prato cosi nhado. E comeu savel,
()usta.va deixar os meus Filhinhors na or-
fand11.de, meu ma.rido animou,.rno a recor-
todos querem fala.r à miraculada Maria I
O pobre bomem, fraco e velho, ve-ee em
carne, o que quiz 1
Num comentario qne traduzia o seu re-
O mundo é assim •••
rer urna vez ma.is I\ Nossa Senhora de Ftt- eé11ias dificuldadee. A multlidito agrupa..-ee, conhecimento a Nossa Senhora :
tima. que jit me ba.via. c urado duma tao incessantemente, no adro do Hospita.l. To- - Comeu de tudo, o que quiz e corno Um pa.dro desembarca numa estaçilo e
grande doença. A1111im o fiz reza.ndo tam- dos querem ver de perto o grande milngre. quiz I Comeu sem regra. - rom grande jn- nm carregndoJ1 se ofereoe para condusir-
bem com O!! rneus Filhinhos para que N06- E a fé em Nossa Senhora de Fatima, que bilo nosso I lh*' a malata.
sa Senhora 88 dignasse Atender as suas arde no coraçao de todos oe Pqrtugueses, Termina. : O padre reousa-se.
inocentes ora.çòes. Começnmos urna Nove- robustece-ee - tottnn.-se maior I - A sr.• D. Ma rin niio dava, ha tres - Vo, diz o oarregador, que misera-
na a Nossa Senhora da Fatima, cuja. ima- Descemoe ao Hospital na companhi11 dias, a.cot'do de si. Os médicos tinbam-na vE:-1 I - canega a mala sòm~nte pallQ nii.o
gem temos na nossa pobro casa, e tornei amavel e obeequiosa do een provedor, sr. deBenga nado. Esperavnmos a todo o mo- perder dea tostoes ...
da agua milngrosa com muita Fé. Antonio J011é •l<> Freitas Gui.ma.raee. Acom- mento um desenJace fntal. O que acon- Ouvindo, isso, o padre entregou-lhe a
Ao terceiro dia da Novena senti duran- panhava.-nos o sr. Hora.cio Pinto. A mi- teceu - foi um grande milagne de Nossa maleta.
te a noìte, urna. estranha. inquiet&çio, raculada esta em cima, numa. enfermariu Senhorn de Fatima I Mais ndeante, um sujeito vendo isso,
urna espeoie de tremura que nii.o me dei- do pl1imeiro nndar. Sala enorme, clara e grita:
xa.va dormir, mas, niio sei porque, tanto limpa. Um leito estreito. Estendida, miios - Vejo.m, que preguiçoso I Quo fidalgo I
eu corno meu rnnrido qu1;1 a.té ali s6 tinha.- afiladoa, perfil esguio, - a doente. Tem Em casa d o Abade P ois niio podio. ele mesmo 1evnr esta ma.-
mos vontade de chorar, estavnm011 domi- une olhos enonnes, profundos, una olhos de M llhun dos leta?
nados por urna ine:i:plicavel aatia/açllo de candida. ternura - quo veem para àlérn Semp~ a mesma. historio. do velho, do
intima que niio sa.bìam011 compr~nder I Pa- deste mundo, que dissecam e confessam a.1- O P .e .Angelo Pncheco, abade de Mi- r:ipaz e do burro I
recia-me quo ja nnda sentia no peito, mas mas. lhundos, innii.o dn «miracufn.da» M a ria Mas é nssim mesmo. Os inimfgOR da
jul~ei que fòsse ilusio minba. O provedor diz..lhe carinhosamente quern Pacbeco Alvarinho, é um sacerdote muito religiio repetem a cada instante essa ane-
Para maior certeza., logo de rnanhi eh.a,. somoe. novo, culto e distinto, de mnneiros modee- dota da malata.
mei a minha. vesinba e amiga Senbora. - E dos jornais? Eu sofrin muito ! Nem tas e perffl simpatico. De principio - es- Se o padre ee ri, é devl\880, se fica se-
Ana do Espirito Santo Torres, mora.dora sei como ha doTes tao fortes ! Como se po- cusa.-se aos por,nenores: rio, é hip6crita, se COT.11Ìge, é man; so niio
na R . de S. ~raldo, n. 0 4.8, e perguntei- de sofreT tanto! Aprendi, sofrendo, a crér - ~ùo sei ss Stl trn.ta. <lum milagre. Pa- cc,rrige, _pnctua com 011 vfoios; se a nda
lhe se realmente lho pal'<'Cia corno a mim, mais om Nossa. Senhora ! Sem o seu auxi- ra mim - é jsl. grande milngre o estado pobremenfe' vestido, é um usurario, um
41ue o meu peito ja nada tinha. Esta, ao lio - teria pendido a paciencia ! de minha irmii.. Deu-fi8 nela corno que sovina. Como é solteirti, querem que se
examina-do e apa.lpoi-lo cU:idad011amente, A sua voz é um cioiar de pt'éoo. urna rcssu'Treiçio I case; se fosse oasado apregoariam o oeli-
começQu a chorar de comoçiio 'proclaman- - Estava doente ha dez mezes. Nii.o po- Simpl-esmente, sem rebuscar:1 os termoe, hato, et<-., etc.
do o grande mil~re que Nossa Senhora dia corner - o meu estomago niio reoebia. conta: Por qu~P
me havia feito I urn «cibo» de Jeite. Vomitava a. todos oe - Minha irmii sentiu-se mal em meados .Jeeus ja o anunciara: ccO mnndo v01
Pen.sei logo em publica.-lo para. agrade- instante&. Nos ultimoe diu, eem nada no do ano pa.ssndo. Que ix:ava-so muito do cs- odeia, porquo nio soil! do roundo ; se fos-
cer a Nossa Senhora urna tao grande gra- estomago, golfava poetae de sangue. tomago. Procurai no 'Porto o sr. dr. Lo- eeis do mundo, amar-vos-hia. Prameiro
ça mas nii.o sabia corno ba.via. de fazer. - Sofria P pes Rodrigues, directoT do Hoepital de do quo ~ v6!, a mim odiaratnn.
4 VOZ DA FATIMA

Voz da Fatima Lniza. Maria Ribeiro de Almeida, Sebas-


tiiio Henriques (15$00), Filipe Cesar
eternidade ele esta operando obras ex-
tra.ordinaria.a na ordem da. na.tureza e da AVISO
Goes (20$00), Guilhermina Onofre, Ali- graça.. Durante a semana a. actividade de
Oesp ésa ce dos Santos Morgado (20$00), Izabel Deus fa2 com quo na. naturoza se sucedam Podimos aos presados asainantes em df-
da. Costa. Olive ira, Maria das Merces sete dia.a ; pois dentro oles N osso Sonhor vida o favor, de mandarom satisfazer a
Transporte . . . . . . . . . . . . 152.810$50 E.ua. assinntura direc..-1:amonte em carta. re-
Pupel, composiçilo e impres- Henriques viuva de Antonio Neves da da-nos seis para tra.tarmos dos neg6cios
Silva., Maria Eugenia Fonseca, Manuel da nossa. vida:tempora.l e para. Ele apenas gista.da ou vale do correio.
siio rlo n. 0 80 (100.000 exem- Nao mandamos proceder a cob:i,ança,
plan~s) ... .. . ... ... ... ... ... 5.230$00 Rodriguos, Jeroniroo Forreira, Antonio exige um - o 'domingo - , e até esse que
Maria. Henriquos, Teodoro Henriqu68, exige para. si é para nele dum modo par- além doutroi.< raZÒ68, por nOR parecer que
Frnnquias, embalugens, trans- todos serào tiio inter~ssados como n6s na.
porte~, gravuras, ci ntas e Quiteria da Assunçiio Monteiro, Alice ticular nos encher de favores !. ..
Cardoso Pere.i.ra de Portugal, Maria Lui- Fa.zem por conseguinto mu.ito ma figu- difusiio O prosperida.des, do DOllSO jornal-
outras despezas . . . . . . . . . . . . 1.181$10 zinbo. A ossi natura. siio dez esoudos poi· ano
za da. R ocha Ferreira., Maria Zuzarte de ra. e mostram que nao a.mam a Deus nquir
Mascar~nhas, Soror Maria de N ery Bar- ]es quo lho rouba.m os domingos, niio indo mas o que nos tem valido é a gen~rosi-
159.271 60 a missa e traba.lhando neles como em qua.1- dade dnlguns assinantes que nos t oom en-
reto (20f00), Amelia. de Jesus Gurcia,
SubscrlçAo Ma.ria. de l<'urdes Salatar, M:.1ri>1> da quer outro dia da. semana. E quiio triste viado quantias muito superÌ.O!Jl!!. Nom
Conceiçil'.o Amodm , Maria do Lourdt::-1 niio é para. n6s quando a.o passa.rmos pir elos imaginam todo o bem quo oss1m fa-
(MarQO de 1928) zero.
Abranch68, Maria da Ponha Rocha, U1- la.a ruas da.a nossas cida.dee ou polos cam-
leto das N8\oes, Guilhermina. Correia., 'pos das nossas aldeias aos domingos, vir Em qualquor reclamaçào é indispensa-
Envia.ram dez escndos para. terem di- mos os povos ocupados na. labuta. da. vida. vel indicar o numero du. MSina.tura. Pe-
reito a r eeeber o jornal durante uro ano: Ma.nuel de Sa Alves, Maria Lùdovina de
Meirelles. como nos outros dias da. semana. ! d1mos ')Ue noa devolvam os numeros re-
Rufina de .Tesus Zlfarques, Carolina Ma- Nosso Senhor foi o primeiro tra.balha,- r,otidos.
Dona.tivos nn distribuiçiio do jor-
ria da Fonseca Marques, Ester Cobra! Nir dor, pois a.in d~ nada. ha.via e Deus ja tinha.
naos: Ana da Conooiçil'.o N eves, 300$00;
ves (13$00), André Avelino Chichorro Maria José Ferreira Paulino, 500$00; em seis dia.s ma.is ou menos longos crea.-
Marc.'Ìo (20$00), Maria Augusta Saot,ia- Eliza Teixeira Canedo, 50$00; Maria Tir do o sol, s, lua., a.s estrelas, as plantas,
go (15$00), donntivos do Ilhavo, 25J50:
Frnncisoo Ribeiro Daptiista ?tfontcs, Ma-
xeira Amorim, 100$00 ; Dr. Roberto Luiz
Monteiro, 30$00; M a nne} Esperii<> Junior,
aa a.ves, os a.nimais e os homens, e, no
fim desta.a admiravoi11 obras, o Verbo des-
Um encontro na rua
ria Teresa A. R. Teixoira, P .e Francis- 50$00; Maria Pereira da Costa, 50$00; cansou e agra.deceu a Deus seu Pai I - Vai chamar o médico, sr." Martinha.?
co Valente, P.e Rodrigo Luiz 'ravares, Sofia Piros Neves Teixeira, 50$00; Igre- Nobre ex:emplo a todos os cristaos deu - Nao, sr." Cecilia, mas no.o me pos-
Ade laide Mendes da Silva (15$00), Ma- ja do S. Sebastiiio da Pedreira, 55$00; o.qui o Sonhor nosso Deus; - deu-nos o so demorar nada., no.do.!
rio. do Carmo d' A lmeida. Menezes, Maria José Maria. da Costa Olvieira, 185$00; exemplo do tra.balbo e o da piodade pa.ra - Logo me pareceu que ia com muita
do Rosario de Matos Dias (25$00), Maria Sinforiano Lucas, 50$00; Teresa B. For- com Deus. E ' necessario convencermo-nos pressa. Aind1i bem que niio é coisa rie cui-
Mesquita da Sih•a (20$00), Eloy Cnsta- te, 130$00 ; Maria J oaquina. da Silva bem disto: - ninguom enriquece com o dado ...
nha (15$00) Ann. Valente Cardoso, Armi- Angela., 110$00; Idalin a Ribeiro Soares, traba.lho quo fizer ou mandar fazer o.o - Tonho de partir pa.ra Fatima. doqui
nia Adelaide Poreira Pinto, Mati as Ma- 120SOO; P .o Manuel Mari nho, 100$00 ; domingo. a poucas horas e ainda nem sequer nlrno-
nuel Fra ncieco Malheiros, José Julio Pin- P .e Antonio André de Lima., 100$00 ; Eu fecharei al! nuvens, diz o Senhor por cei.
to Ribeiro, Carolina do Souza Mll<'hndo Beatriz Fiusa Costa, 50$00; Maria For um dos seus profetas, por sobre os campos - A.h ! , •a i a Fatima.! Como é feliz I Boa
Mariz, Dn.roneza d' Alvainsere (20$00), no.uda Sa.ntos, 50$00; Manuel Maria. dos profa.na.doros do mou dia, do tal ma- viagom lhe desejo.
Clementina Maria Reis e Silva (20$00), Lucio, 50$00; Josefa de J esus, 12f25. neira. quo e8S08 ca.mpos tornar-se-hiio du- Mas niio é a primeira vez, julgo eu.
Manuel V. Oias (20$00), Joaquim Fran- ros corno o bronzo e s6 produziriio 68pi- - Nao é, niio: ja la fui 2 vezes.
cisco Veloso, Rosa AJves Neves, Maria J e- Dona~i vos e distribuiç•ao do jornais: nbos e a.brolhos. - Como esta com pn)ssa, vou indo con-
suina Gonçalves Mourào (20$00), Teodo- Nii.o quero iato dizer quo Dens qua.ndo sigo paro irmos conversando, e volta.rei
linda Freire, Maria Rosa. Barbora Fal- José Dias Vieira , 40$00; Brites Alves ma.oda. su as aguas rogar os campos dos pela rua do norte para minha casa.
ciio, M a ria Joaquina Ba,·bosn Falciio, A. Andorinha, 80550; 53 assi na.tYras cobra.- justos as impeça. de cair nos campos dos
das por Georgina .Morais Silva , 530$00; Se ja la foi duas vezos, d<.w e te11 senti-
A. Falciio d'Oliveira, Ana Branco Teixei- profanadoros dos domingos, maa iato si- do aumentar a sua fé, porque XO$sJ. Se-
ra, Angelica P or oi r a, Sofia Carvn.lJ10, Ma- P.e Carlos Augusto Toixeira de Aze,·edo, gnifica que os tra.ba.lhos feitos ao domingo
58$00; Dr. Joaquim Hermano Mondes de nhora melhora as almas e os corpos dos
riana. Vi lar, Carolina, Serrenho de Souza, hii<Hle ser infrutiferos porque Deus - on quo la vao com boa intençii.o.
Filomenn. da Veiga Moniz (20$00 Maria Ca rvalho, 50$00; 'l'ere.~ .A morim Cunha, fa.ra oom quo eles no.da. produzam, ou, por - Oh! sinto-me outra., sinto I
do Rosario Frnziio, Hermano d~ Sousn 50$00; l\faria ,fosé Ferreira Pauli no, outros oastigos, fa.ra com que ossas peesoas Mas... nuoca a vejo na. noB:!a igreja, e
Dias, Maria Si lvano Soaros, D oolinda l 00$00; Leonardo dos R eis Bniiio, 30$00; porca.m aquilo quo julgam iter ga.nho com boje, quo é domingo, também a la niio vi I
,Jonqu im de Sousa Guenoiro, 50$00; José
Charters, Francisco. d'Almeida Vn lt>rio o t r abalho do domingo. - Niio costumo ir la niio. Nào tenho
Celeste Ferreirn C'osta, P:e Manuel Pe~ M a rtins eia Cunlta Vinis, 80$00; Angeli- Vede, pois, ca.ros confra.dos da Virgom vugar...
r eira d'Oliveim (15$00), Arminda Santos na da Conceiçao- S. de Matos Louz..'\da, de Fatima, quanto de bom podeis fazer - E nero se confeS<!Ou na quaresmn?
(20$00), M anuel Fran<'isco Cabra i, J<~lviro 100$00; Luiz P ereira de Le ncastro o M~ as alma.a e até aos corpos das infelizes - Fiz a l.• comunbii.o, ba. muitos anos,
da Gloria Costa Correia, F11usti na M. C. nezes, 100$00; Mo rin J osé Ventura Lou- oreaturas que desprezam este preceito de mas niio tornei la. Ouço dizer mal dos pa-
Moura.to (12$00), Maria da Conceiçiio re nço, 50$00; José D ias Alno, 100$00 ; Deus e da. lgreja !. .. Um bom conselho, um dros, o da coofissiio ...
Font.es (30$00), M aria da Assunçiio de Ma.ria da Gl6ria Seabra, 50$00; Ana do bom exomplo, uma. oraçil'.o dirigidn. a Vir- Mas Nossa Sonhora bom sabo que eu
Castro o Lemos Bianchi, Maria da Con- Patrocin io Neves, 50$00; Anselmo Ah·es gem Santissima por essas alroas, tera co- sou religiosa a. valer ! Se for a minha ca.-
ceiçao do Gouvoia de Castro Lemos, Eu- Borges, 189$20; Ma nuel da Silva M;tti as, mo consoquencia a emenda dessas pessoas, sa, vera a.té urna lamparina. acese. dianto
genia Rois, Ameli a P eroit-a A mnro 03$00; J osé F erre ira, 43$00; Ma.rin Rosa o aumento da manifosta.çiio da. gloria de do Nossa. Senhora I
(15$00), Joiio Lopes Laranjoiro, M aria Mag ro, 75$00; Prior do C'ampo Gronde, Dous e da felicidade eterna pa.ra essas - Ai ! fil ha! que tristeza dove ca.usar à
Henriq11E>ta Lea) Sampaio, Ermelinda P11- J15SOO; Mo rin Filomena C'hichorro Marcii.o almas quo, sem a vessa coopera.çii.o talvez Virgem Santissima essa sua religiiio ~em
quete Silva. (20$00), Elizn Freitns, Alfre- 50$00; F,Jvi rn Rnmos D ias, 50$00; Rosa- fossem cair nos a.bismos inferna.is. Mandamontos nem Sacramentos ! !
do Forreira da Nobre1ta (12$00), José linn P 1>r ei rn Bastos, 50$00; P.o Fra nC"Ìsco Que ma compreesii.o da rolip;iiio !
Peroirn, do Nobroii;a. (12$50), Mn.rp:arida
Botelho C'hichorro Marcio, Mary· Ferro
C'orlo~ Nnnes, 100$00 ; P .4'\ Joaquim J.,opes
Seixal, 100$00; Moria das D ores T n1·nres
/ - - -----:---- Nosso Senhor deixou que S\ta Miie San-
tissima. viesse a. Fatima, para nos a.corda.r,
" Rousn, 80$00; Alexandrina Marques,
Lobo de Mourn., C'nrlos BntaU,oz ÒE' Vilhe-
na Barbosa, Marin. Fragoso M endPs, Ce- 140$00, B<'atriz Valente, 75$00. Moria ·Atençaol para nos chamar o.o cumprimento da lei
de J . Cristo! Sem cumprir as leis dn. Igr&-
cilia ('astro Peroira, Beatriz de Viveiros MatilrlC' da Cunhn Xavie r , 59$75 e Noé- jn, niio 'poderemos ngradar a Nossa. Senho-
P eroira (20$00), Tere._<1a de Jesm1 FerrPi- mia R olo, 10$00. Nenhum peregrino que rn de Fatima.
n Marques, Conego Dr. Antonio Maria sai ba ler, deve deixar d e Ela gosta muito do nos ver em Fntima.,
de Figueiredo, Gloria P eroira, M oria dn mas ainda gosta mai9, mnit{ssimo mais,
P iedadl' C'alado, ,José Jl'arinha Tavnres. adquirir um e xemplar .do in- de nos ver na. nosRa igrejA pnroquial a.
Ovidio Brito, Maria Pire'! de OlivE>ira ,Tir teressante volume de 412 cumprir os Ma.ndamentos e a receber os-
IJUS, 'M oria de Lourdes cl' Albnquorqne. P .e
Antonio Correi a Ferreirn cla Mota (20$50),
Contraria de Nossa Senhora paginas, profusamente ilus- Sacramentos.
trado com esplendidas gra- V ale mais nuncn. ir a Fatima., e pum-
José Gonçalves d'Azevedo, Laura dos Sa.n-
tos Souza. Felix F.erreira Alve<1 1 Antonio
do Rosario de Fatima vura2, "As gra ndes maravi - pri r os preceitos do Deus, do que ir la
cem vozes e nunca mudar de vida. !. ..
Pnis (20$00), Viri ato Pim1>ntel Cordeiro, Nos estatutos desta. boia assoéiaçao cu- lha s d e F atima", d a a utoria Nii.o lhe quero tornar tempo. Volto ja
A na. Martn. do Tle,zo. Elisa de Lonrdos jo fim primario é levar sous membros a do sr. Viscond e de Montelo, para. minha. casa, e Pa hei-de pedir a Nos--
Mesquita. (15$00), Manuol P edro Lopos, traba.lhar com a pala.va., com os exemplos que encerra a mais comple- sa. Senhorn. de Fatima que desta vez a. nao
Joiio F orreira dn. C'o~ta BoUenconrt e com oraçoes pela convorsao dos pecado- doixe sa.ir da Cova da Iria sem vir resol-
(25$00), Maria Teodora Ft>rreira (211$00), res, no a.rtigo 2. 0 n. 0 3.0 Jeem-se eetas
t a hist6ria d as apariçoes e vida a pmticar a. fé, quo diz sentir a.u-
P .e Jono Luiz Lourenço T,onçiio. Egidio palavras quo todo o bom confrado deve dos sucesso s miraculosos e montado em si. Fé sem obras, é fé morta I
P edro Ferreirn. Barbosa, Gcor1:rina Rnmos fazer por praticar : «Esta confra.ria. tem cujo produto lfquido é inte - Adeus, a.té a volta.
Lopeii (20$00) . F::fi1tenia do C'ostn Pinto. por fim promovor o cumprimento dos gra lme nte d estinado à Obra Boa viagem lhe deaejo.
J,foria J onouina Ramo!!, T,ni7~'l. R odrirrues preceitos da. Santa. l greja. especinlmonte 12 de Maio de 1929.
Alves Cnlviio. Marin da Rncarnoriio Car- quanto a.o domingo e dias santosn.
d e Fatima. Rifa
valho, P .o J ORé Anin,sto dn. C'ostn. ,Toifo Preço: d e z e scudos.
do Livro. Ma nuc-1 Alve!I, Anaelinn dos •
Snntos, Antonio Simoos. Cinrinna Fr:in-
c-o, Jaymp dos Sat1tos Rodrivne'I. Maria • • O DESCRENTE E SEU FILHO
Joana de L . S. Per1>irn. di) T,n<'eròa Lembra-te de santificar o m eu dia, dis,. - undo vais?
(20$00). M . T3r,rnro Mnr+im:1, P nlmira se o Senhor ao seu povo. A mesma reco- Um dote de noiva - Vou à missa, papa, porque hoje é
V eiga dP Souzn,, Adelina 1\fendonra. òos mondaçao oos é foita. a. n6s o com toda a. domingo. . .
Anjos (40 00) , G1>rlnide<1 TI.evo Coròei- raziio pois que nestes tempos, qunsi ja - Quais siio os dotes da tua noiva.? - A missa.! Ora do1xa-me essa tolice
ro. J or11:o Lopes Mnroueq (!i0$00). .Tosé por toda. a parto 68te preceito do Senhor perguntou oorto fi losofo a urna. rapa.z do pnlja. as mulhere,;, e vai a.ntes passear ..
CriRtovlio Ouroin (20~00). Moria doq Pra- é dosprezado por muitos, quo a.pesar dis- Ate nas, que viora comnnit:ar-l he o sou - Mas diz la o professor no colég10,
zPrPs de (fonveia Osorio P l"reirn. no M elo so so dizem cristii.os I - Quo feio nii.o é noivado. que dovemos guar<lnr os mandamentos.
(30$00) , Mnnnt>l M nrc<"l ino. Artur A. F. faitar assim a.o preceito de Nosso Sonhor ! - E' beln, 1J!Spoodeu o rapaz. - Pois eu direi no casmurro do teu
RoruE>s (20~00) . Anl!elinn dtt C'on<'f't<'no Houve um pai cujos trabalhos rendiam - Entii.o escreve no papel uma cifra. professot1 que te os niio ensi ne.
Mnrtinho (1 5$00). Antonio FerrPi1·a AvPi- por seman_a sete libras. Esse Pa.i tinha - E ' de familia distincta.. - E tambem me niio ha de ensinar o
ro Aug1111to d'Azevt>dn (90!l-\00) . •To.c1ii diver sos filbos e a medida que ia receben- - Escreve duns cifras. mandamento que manda. honrnr pai e
R ;imnndo doq Sonfos .Tn nior ( 47AFiO) do o fruto de sous tra.balhos ia,.o distri- - E' rica. miio?
n roli ncfa Pinte rlt> AlmPictn RPvo. 1\fon11el buindo por sens filhos e para ele proprio - Escre,•c tres cifras. A est.a obscrvaçiio o Jivre pensador e~-
Pinto Mnreira. Mnrin, da C'on- s6 queria o rendimento do ultimo dia, o - E' muito instruida. ti ou cm si, depois abr~ou o fil ho, de1-
ceiçio F ornandes, Mn,rin, da Gloria d' A hroa queria..-o, para com elo beneficiar sous - E scrove qnatr,o cifras. ::1.ou-o ir à missa e passo.do pouco tempo,
Fonseoa, La.nra. Pinheiro, P .e José Gon- pr6prios filhos I Mas esses filhos ingra.tos - E' desombaraç11.da e acti va.. ele mesmo o acompnnhava a cumprir o
('a!ves Loitiio (30$00), Virginin, Alves e provorsos, niio contentes com as seis li- - Escreve ci neo cifrM. proceito.
Campos, P .o Gernrdo Ahilio GomPs de bra.a quo sou Po.i semanalmente lhes dava - Nii.o é ambiciosa.
Piria. (17151)), Ma.ria. J mié Vi poso (20$00) , tiinha.m o o.trevimento de ll10 roubar nque- - EscrE>ve seis <'ifrns. Feliz aquele quo em si tem um idenl de
Francisco F erreira Viço110 (20SOO), M a- la. quo ele queria para si I! - E' muito religiosa e dota.da de gran·· bcleza o que lhe obodece; ide:il da arte,
ria de Lourdes Climn<'o R ei". M ario da Semelhante figura, confrades de Nossa de piedado. idenl da scienciu, da Patria, 1deal da.a
Conceiçiio (l'arin. (12150) , Fran<'ÌB<'O P e- Sonhora., fazem aqueles quo roubam a Ao ouvir isto, o filosofo disse: vii tudos do Evangelho. Ali estiio a.s fon-
dro Ca.rva.lho (115100), F ernando Mnrtins D eus o dia. que Elo dostinou para si. - Entao, poo o numolro 1 deante de tes vivas dos g ran<les ponsomenlos l' das
Poreira (15$00, J osé C'orreia 1 5SOO), Nosso Senhor é o maior trabalhador, por- todas essas cin,as: teras um total de um grandes acçoos.
Jolto Maranhot.o, Mario Bnirros (15$00), que durante todos os momentos desde a milhiio. PastP.ur
ANO VII Leiria, 13 de Julho de 1929 N. 0 82

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( COM APROVAçAO ECLESIÀSTICA )


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Director, Proprietario e ~ditor - Dr. J.l-fanuel Marques doa Santos Adminiatrador : - Padre Man uel P er eira da Sil va
Composto e impresso ria UnlAo Grafica, 150, Rua de Santa Marta, 152 - Llsboa ~cdacçllo e Adm iriistrarllo: S e mlné.rio de Lelrl11

AGRANDE ROMAGEM DE JONHO Ao-sANTUARIO NACIONAL


DE NOSSA SENHORA DE FATIMA
A segunda apariçio da Virgem - O r ito nos pe regr i nos de facto. E ass1m a Vir-1 organisada pelo rev.do Dr, Pereira dos -~osar do ~norme concurso de peregrinos,
glorioso taumaturgo portugub - Es- gem bomditn, tam a mante e tam amo.da dos Reis. Dada a recon hecida competencia des-- nao revestir as mesmns proporçoes coloe-
plendido dia de Primavera - Extraor• P ortugueses, seus fi lhos pohres e [)equeni- 1 to brilhante ornamento do. cler o da cap1- snis, assombro1:ms, cll-correu com mais or-
clfnlirlo concurso de peregrino, - Pi- nos, Lem no augusto san t.unrio de l!'atima Lai, que alia ti um talento invulgar e o. um dem e regulnrìdade, posto quo o ùe11file
tfma, coraçio da Patria. por s6lio e pedesta l urna g1gantt'sc1i pea- a!!miravel senso estético conhecimentos pro- durR11Se nlgumns borns.
nhn de cornçòes que ele,•a o seu vértice fu ndos da Sagra<la Liturgia e urna alma Esta procililluo nooturna, dt1 ('nrolo.ndo-se
Ra prociNnmente rloze anos que, na char- para o Céu e que pode chnmar-se e é nn apaixonadnmente enamornda do. beloza das no ar livre, em piena montanho., e o.bra.-
neca arida e estéril de .F atima, a augusto. verdada o 1-(rnnde cnraçao da P atia, o co- cerim6niRs e ritos da Jgreja, é facil imagi- z~ndo o espaço com milllares de fogos, con&-
Rainhu do ('éu ~e dignou apnrecer, pela se- raçiio generoso e magnanimo de Portugal ! nar a ordem, a grn-vidade e a compostura ~1tue um espoctaculo, o.o mes1no tempo
gunda \·ez, no8 lrnmildes e inocentes pasto- que reianram semp re nesse grupo <le pegri- imponente e c•nternecedor.
r inbos de Aljustrel.
Depois de rezarem o terço do Rosario, I
Numerosas peregrlnaçiSes - O Rev. 0 nos, profunclo.mente compenctrndos do alto
C6nego dr. Perelra dos Rels e o gru po significado duma romagem religiosa. Os
Raros siio 011 olhos que podPm reprl;!Sar
as lagrimas, ruros siio os cora~·òo.s 11uo niio
de joolhos, dinnte do. azinheira sagre.da, a dos Anjos - O Rev.0 dr. f'ranciaco Cruz actos de culto colectivos, pr6priON dessn se sentem comovido'I, em pr85ença dè~se
luz fulgurante tlum relnm pago sulcou de e a Arquiconfrarla do S. C. de Maria peregrinaçiio, forarn revestidos duma gran- espectnculo, 11ompre bolo, i;l•mpre novo e
repe11te o espaço e o vu llo gro.cioso e eo- - O Re\t. 0 dr. Manuel Peres e a Pe- diosidnde tnm soleno e du ma piedo.de tam sempre grandioso e empolgnntc. Ap61 a
cantador da Virp;E>m, em formosa visiio oo- regrinaçao da Concelçio Velha - O tocante que impre99ionavam e enterneciam procissào, que termina com o cnnto do Cre-
lestial, de~ceu sòbre a an•ore bemchta, nim- Rev. 0 Antunes e o grupo de Cascals. até ìLs lagrimas, as p8t<Soas que os 1,resen- do em frnnte do 11ltar das mi~sas, principia
bado dos esp le ndores imarcessiveis da gl6- ceavom. O d istintivo dos per egriuos dèste a comovente torim6nia dii adoraçìio do
r ia. Lucia, l•'ranci~co e J nei nta, os très vi- F oram i numern11 ns peregrmnçò<'s que grupo era umo. medalho. de prnto. fosca pen- Santissimo Sncrnmento expo11Lo num lindo
dentcs priv1legiados, contnuplam de novo neste mès so realu:nmm no loca i dn11 npa- dente dum laço branco e verde, tendo gro.- trono de lu?..es e florei,. Durante nquela
com os seus olhos mortais uquele prot6tipo riçòes, mn11 é impossivel desc-re\·e-ln~ tòclas vada no anverso, em relevo, a 8Cenn encan- noite, Jo'!us-R6stia recel>e ns homanngens
de bondade e de beleza, em que se refletem e scquer on nmera-lns por niio ti,,re m sido tadora das npu riçòes e no vers(l a ind ica- de Port11gal qne viio ofortnr-lhe, em nome
a maje1,1tado e as perfeiçòcs infinitas de dos ropresentantes do tòdus 11s provfncias
Deus e que é o enlevo clulcissimo dos An- dos seus constitnintci,, actos de amor e
jos e dos Santos no Paraiim. A protagonis- nctos de reparnçiio e dl:!Bngravo. As d1feren-
t a das apariçòes in ler pela u celeste Visiio tos peregrinnçòes fuzcrn a adornçiio por
e entro as ùuas trava-se uro dialogo fntimo, turnos. Cinco vezes o rev.do C:a,;telo Bran-
que dura· upcnns ull(uns miuntos. co sobe uo pti lpito pura tnlnr longa e elo-
.As poucuH deze11as ù1;1 pestsoas que assis- qùentomente sòbre o,i motivo~ e fins ùa
tem a esta scena, apnrent1•111ente tam sim- peregrinuçiio. No. I gr<•Ja ùa P1;1nitenciaria
plea, numa el:lµc<:tativo. answ~o. niio ouvem os sncerùotes di11ponfre1s viio oul'indo de
sequer unU1 puluvra do n11,tor10s0 col6quio, confÌ8811o, peln uo1te uùrnnte, u,i pessol\8 de
mo.s teem 1\ 1111pl'E's~ùo h1•111 nitida ùe que so.xo mnsculino, ù mediùa que se a11rPsen-
algumn coisu se cst1i p1U1llt1ndo de Oliltr anho tnm paro. eSStJ fim. As nùssas <'elebram-se
e 11ohren11turnl. A L 1it·ia vn1 fixando na me- sem interruçùo nos alta.ras tlo Pu,•ilhiio dos
m6r:i,a e b'lH1 1·ùauùo uo escrinio do coro.çào doentes e na tl(reja da Penit.onciari,t. De
-corno mimoiiai; pérolus de luz e amor ns pn,- j vez em quando, u m ou maui sacerdote11 dii;-
lavra11 divinns que brotam ùos labioe virgi- tribuem o Pii.o dos Anjo,,, que é recebido
nais de Ma r ia. com fervor por milhnres do fiéis. Scena
A pequena mu ltidiio dispersa-se pouco a incom(lo.rav(') u de Jl!sus clan<lo-se ùs al-
pou<·o. Os videntes reLiram-se ta.mhéru para mas pelus m1ios uugiùas dos sous ministros
suas l'asas. E nas almBB de todos fico. pai- para as purificar e santificar com o .11eu
r ando urna saudade infintla claqueles mo- contncto di,·ino I Enl'antadora a piedade
mentos inofliveis e sobe bem alto a espo- dos perep;rinos (Jlle oferecem os seus cora-
r ança faguE.>ira, on notes a cer t-Ozo. conso- çòes no H6spotle Celeste, oculto nu H6s-
la.doro. de que melhores dins se estùo pre- trn-Snntn, para que, fazendo delcs ,·erda-
par a ndo, com as bonçiios de Deus e por iu- deiros tronos do seu amor 11,ibre a. torra.
terce8lliìo de Maria, pura c1:1ta Patrrn que- faça. dopois tronm1 dn 8UtL gl6r ìn no Céu i
r ido., [)nra e;ite Port11gal Ciel q ue se bonra
de a ter corno sua 1:,welsn P ndroe1ra. A missa do1 strvltas - A prlmelra
E' no dia t.rezo do J unho que II Santo. O Snr.l Prestdénte da Rèpubllca e o Snr. Bispo de Lelrla, na Fatima procisslo de Nossa Senhora - A mis-
I grejà convidn os beus filho1:1 do mundo in- sa doa doentes '-- A aaslaténcia - A1
teiro .o. prt'slur homt-nngem dn sua venern- em 12 de malo, à salda do hotel oraçiSe1 e os clntlcos do1 fli ls.
çio ao hnmi lde fi lho do pohresinbo de As-
sis, ao g lorioso ta11 muturgo portuguès, San- A's p r imeirns hor ns da mnnhii, os servi-
to Antonio de Lishoa. 1<;11te facto e a. for- oportunnnl(\nte envindas as respectivu co- çiio da frèguesin. e o. data em que se efe- tm1 nssistem a urna mbsa, qne é rlita ex-
mOt1urn do tempo que se con11ervon sempre municn~·òe;:i u os nt><:e,..snrios elem<' n to~ de duou a peregrinaçào. pressnmente J>nrn èlcs, e todos ou quasi
ameno e delicioso, verdadei rnmento pr imu- i nfo rm,i~·ii.o ii redncçiic, da uVoz dn f?ntimo.u I Bem h11jn o ilustro organizador desta po- todos recebem o Piio dos Anjos, aproximnn-
veril, c·ontrihuiram, em lar12:a escala, parn para He fnzer o deviùo relato. Aqui ficnm regr innçiìo peln sua feliz iniciativa, coroada do-se da mesa eucnrf11tica com umn pioda.de
que a concorréncia de peregrmos fosRe n registnclns, corno nlguma11 dns que mt!lhor de tam brilho.nte exito, e praza. a Deus o urna dev~ào edificnnt~s. O longo inter-
ma1or quc 11té hojo se tern regista.do por satisf:tzinm ì1~ c-oncliçòes dumn orgnn1s11çiio que muitas outras peregrinnçòes se renli- vnlo de rn111tus horns que medeia entre es-
ocas1iìo do nuiversario da segundo. aparì- técnic1t t>spiritua l e materiai modelnr, o Zt>m v11suda~ nos mesmoe moldes par a ta missà e a primeir a procissiio de Nossa
çiio. grurio tln l1ì•11:uesin do11 Anjo11, ,le Lisbon, mnior honrn de N'oi.sn Senbora e mnior Senhora é empregado pelos ancerdote~ em
~o dia t reze rle rn.da M&, por &Re Por- soh 11. d1rcrçào do rev.ùo [)liroco dr. Jos6 1,roveito das almo.s. ounr confissòes e administrar a Sngrada
t ugal além,· desde Vu lença ao Cubo de S. Mnnuol Pereìru dos Re1<1, c6nego dn Sa,ntn C'omunhiio, pelos médicos no E>itame e re-
Viee nte, !Hl nhnns crente!I e os cornçùes Sé Pntr iarcnl, o~ nwmhros dn. A1·quiconfrn- A procisslo das velu - A adoraçlo gisto dos doenlos, pelos servitas na oondu-
abrazado~ em devO<"iio ou chl11ceriulo11 pela rio. do Tmat"ulado Cora\'ÙO de Maria, da nocturna-Aa alocuç~es do Rev.0 Lufs çiio dos mesmos e pelo povo no. oraçào e na
dor volvem-11e suplicantes para Fatima. e, mesmn c·1dade, (>resididos pelo rev.do dr. Castelo Branco - ConfisaiSes, mlssas pratica de acto<t de piedade. Pouco antes
E.>m pio!losa romugem esp1 r itu nl, vùo pros- Fram·i,wo Ttodrigue11 Cruz, n. poregrin1tçiio e comunhiSes - A pledade dor pere- do meio-dia solar, renliza-!le ti pr1meira
trnr-11e junto do tr ono da Miie de miseri- cln frèg uesia da Conceiç(io Volhn, tnmbém grinoa. pr oci88iio, que é revestida dnm grandu bri-
c6rdìa e depor n seus pés a bomenagem fi- dii cnpital, tendo à son frcnte o rev .do dr. lho, para t ran8portar n Imagem de No!<Sa
li al da sua venero.çiio, da sua co nfi a nça e J\.lnn uol Peres, e o grupo de C'n!!cni11, gnia- 1 A procissiio dns velo.s efeotou-se na fo rma Senhora do. cnpeln das U[)ariçòOII para n ca-
do i,eu amor . do pelo rev. 0 Antones. Seja lfrito destnrnr dc, C0!!t11me. M111s viva, mais movimenta.da pela nova. ! mediatamente <lepois dn pro-
Os peregrino& de desejo unem-se em espi- aqui entra tòdns a peregr innçio dos ,\ njos, 11ue a <le dose <le Maio ultimo, porqoe, a-- oilillao pr incipia a. missa solene, reznda, que
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VOZ DA f ATIMA

AS ;cuRAS DE FATIMA
é oferec1da pelos doentes, pelos peregrinos duçòes, pensai na eternidade qu~ vo~ espe-
de facto e de dei,ejo o por todas as neces- ra e n. luz sobrenatural que entao vos ha-
sidades re<:omendadas. A assiiitencia é bas- -de iluminor vede como deveis sempre pre-
tante numerosa, fazendo lem?rar a dos <l1~s ferir tudo, m~smo a pr6prin. morte, a serdes
de ~rancio peregrinaçiio nac1onnl do Maio infiéis n Deus, atrniçoando as promessl\8
e Ontubro. Para isso contribuiu de certo do vosso baptismo. Aprendei, ree:o!·dnndo_o
em grnndc parte a cir~unstiincia de Santo santo loproso de Fatima, n mort1f1car cr1s-
tiimente a vssa carne, destino.da a. ser na Meningite tuberculosa. observado, no dia 0112:_e de maio de m~l no-
Ant6nìo ser o padroe1ro da frègues1a de 11ecentos e vinte e 01to, a mesma cr1a,nça
Fatima. O dia treze de Junho é guardo.do sepultura pasto de vermrs e gusa.nos e a
pela populnçiio profundamente re~!giosa co- apreciar a formosura incomparavel da al- Erm,elinda .4.ntunea J)u.arte, motadora a encontrei isenta de qualquer sequela que
ma purificnda polo eongue de J esus e na .Azinhnga da Salgndn, Chclas, diz: aeralmenle aco,npanha, as pess!)as que so-
rno se nito fora um din santo d1spensndo. brevi11em tiquela doi!nça. Considero-o por-
Deste modo as quaranta nldeine quo for- adornada com a graça divina.. «Muito devot11 de Nossa Senhora do Ro- tanto absolutament e curada.
mam a frilguesia, cuja area. é v~t{s:iima, Para concluir este relato, transcreve-se a sario de 1ratima desejo que todos conhc-
seguir, trnduzido do or!ginnl fra~ces, urna çam o gr ande milagre que Eia me conce- E por ser 11crdade e me ser p~dido paa-
despo,·onrn-se pouco _nntes do i:nc!o d111 . so-
lar indo os seus hab1tantes nss1stir i\. missa interessante carta env1ada ao director da cleu salvando-me dumti grnrn doebço. meu 30 a preunte declaraçél-0 que assino.
do; cloontes no. Cova da Iria,. coi:no antes «Voz da Fatima11 pelo rev.do Fr. _Lu{s M~- sobrinho Arnaldo Duarte da Silva, de 4 Lisboa, 25 de Abril de 1929.
dns apariçoes e mesmo nos prtme1ros an<_1s ria Barnn da Ordem de S. Domrngos, di- l\nos morndor na Eric(lira, que nos veio
depois das npari~s ?ostumavnm 1r ouv1r rector dn' magnifica revista domi~icano. visit~r e com tanta infelicidade, que foi (a) Joào Torrado da Sil11a
na igrejn pnroquml m1s~n solen~ do. grande «Revue du Rosaireu, qua se pubhca em acometid~ de urn a meningite.
Saint-M:nximin (Var), l•'rança: «Avé Ma- (segue ci reconliecimento)
fe!lta nnuul em honrn do glortos? tauma- l\fonclitmos chamar o Ex.mo Sr. Dr.
ria - Saint Maximin 24 de maio de 1929 Dìa-s
turgo, que actualmonte se T?alrna, ~or
trnnRferenria no primeuo Domrngo seg111n- - Senhor Director~ Agradeço-lhe muito vamente Coelho e logo o desenganou. Efecti-
o· pequeno nào socegnva com a
• • •
te. Dnrnnte 'o Santo Sn.crificio a nss1sten- ponhorado ter-se dignado aceitor o. perm~- cnbecinha, sem vista, sem fnla, ja sem mo- ccEx.mo e Rev.mo Snr. Direct-0r da.
cin r<>za o ·térço eUJ voz alta e canta alguns ta da suo. tam interessante «Voz do. Fati- vimento algum; n6s a lodo o momento Voz 1:a Ji'dfima.
ciintiros piedosos em honra de Jesus Sacra- ma» com a «Revue du Rosaire»; agrade-
mentndo. ço-lhe iguulmente os postais ilustr.ados que espera,·nmoR o triste fim do anjinho. Man- Permita-me, Sr. Director, enviar-lhe_ho-
tevc a grande bondacle do nos env1ar e que damos chnmn.r o Ex.mo Sr. Or. J o1io 'l'or- je estns linhas paro a Voz da Fat1ma,
despertarnm a curiosidade de todos quan- c:ontnndo algumas dos graçns obtidas na
A b~nçlo dos doentea - Um anjo tos aqui osta.o, em So.int-1\faxiroin, no nos- Espanha pela intercessào de Nossa Se-
em forma humatia - Um santo lepro- so Convento de Estudos. nhora citi Fatima.
so - O sermlo e a procisslo final - Podia ter p~ido no nosso caro Padre Espanha, naçiio. irmli. de Portugnl &
fitima em frança. Gonçalves Tav,iJes que se encnrregnqse de também filha da V1regem Imaculada, tem
agrndecer em rlieu nome, mns prefcri fa- participndo dos favore11 que Nossa Miie do
Terminada a missa dos doentes, t11do se ze-lo pessoalmente nponas confundido _por Céu prodignlizn nestes tempos nos qua~s.
prepara para a tocante cerim6nin da ben- ter demora.do tanto tempo o cumprimento parece quiz colocar o seu trono de m~ser1-
çiio do Sant{ssimo Sacramento. désse dover. cord ia em l~ntima, escolhendo pastormhos
Feita l~ exposiçiio e contado um motete,
I
'l'odos os dias, novos ossinantes apare-
0 nficinnte, !adendo polos re,·.dos C'6nego cem, em grande numero, e pedem expres-
dr. Poreira dos Reis e dr. Peres, desce os samente que lhes forneça os numeros que
portugueses para serem os se'!s confiden-
tes encarregando-os de ununc:1ar uo mun-
do 'as maravilhas de misericor<lia com que
degrnus que conduzem 110 Pnvilhiìo e pro- inserem o relato das aporiçoes de Nossa queria beneficiar e salrnr _Po_rt_u gal.
cede il ben~·ìio dos doentca, começando pe- Senhoro. do Rosiirio nos pastorinhos por- Segui , 'l\lllSi desd~ o pnnc1p10 e com
Jos que se enoontram cm e11tn.do mais grave. tu11:ueses. intcresbe os acontec1me11tos da. Fat 1mn. e
Do lado d,i epistola, deitndo num colchao, Hn sete mesca, Nossa Senhora de Fati- cm toda~ ns circ\lnstancins em quo tenho
naqude logar de igualdade evan11:éhcn., on- ma era pouco conhocidn em Frnnça. I<'n- acudido n eatn Mii.e bendit1i ru; minhus su-
de n partilhn do b0fr1mento ! a candade lei dcli\ Nn Lourder. publicnmente no mès plicns Ioram atendidas.
cristù a todos irmnnn,vam, esta uma crrnn- do Outuhro de 1928 com assombro, ~di- Vou (·ont11r olguns dos favores recebi-
çn. que npnrenta niio ~r. mais. d<: ~ez ficaçào e alegrfa do multidiio dos percgri- dos.
nnos. Filho dumn das fo1mhas mais d1atrn- nos. A nosso. revista, quo ronta trinta mil Acbovn-so gravemente doente ~ma me-
tns da capitai do Norl-e e doento ha alguns leitores, fa:r. con hecer um pouco por toda nino. e n cloença apresenluva var rns e s&-
anos dera nn véispern, ncompanhado pela a pnrte n. nnrrativn clessos apariçoes recen- rias complicaçòes. Foi-lhe do.da agun da
miie 'o por urna t1n, afim de ped1r ù Vir- tes; o nosso pequeno ,cDoletim do Rosario Fatima com recomenclnçiio de começar
gem Sant{ssima n cura. da. sua doença ou Perpétuo», cujn tiragem mensa} se eleva a urna novena tornando n 1igua e fnzendo
pelo menos alguns alivios aos males de cento e setenta e oito nlll exemplnres, con- um promessa a Nossa Senbor a, se se cu-
que padece. No seu rosto angélico retrata- tribniu também podero~àmente para is~o. rasse. Assim fez e cm pouC'o t.empo oncon-
-se n inocéncia da sua hela alma, pa1ran- Temos enviado 1t revistn. parn lnp;htter- trou-se completamente bem. O a no passa-
do-lho nos labios, lovemonte descòrados, um ra, 1~sc6cia, Italia, Alemnnha, Espo.nhn, e do veio do Espanlrn 1i l?ntimn. agradecer o
sorriso quA traduz umn confinnça inabala,.. alé para o Japllo, para que se desc•revnm favor recebido.
,el nn. t1uerìdn Miiezinha do Céu e urna as npariçfies de l~atimn em revistus dés- No més clo agosto paasado estavn um
resigna\'ÌI.0 perfeitn. ~ santa vontade de ses diferentes pa{ses. jovem bn~tante mal, pr01;taram-lhe tod<_Js
Deus. Menino ou nnjo em carne, praza Tomamos tanto n peito csta difusao os nuxilios da scioncia sem se consegUtr
ao SenJ1or que os i;eus sofrimentos unidos quanto é certo que Nossa Senhoro. de Fa- obter resultado nenhum. Depois de ter
808 do Vl'timo Divina, imolada na Cruz e timn é no.,sa: ela é Nossa Senhora do Ro- sido oxnmin11da pelos rnios X os médioos
todos 011 dina incl'uentamente imolndn no. sltrio; ora n n ossa Ordom é a Ordem do declnrarnm ser necessarin, urna opernçil.o.
ara i;nntn., logrem repnrnr as nossas ofen- Rosario. l•'oi no nosso bomaventurado Pa- Foi en tiio quo me ocorreu dnr-lhe urna
sn!i e atrnfr sobre n6s torrentes de graçn. dre S. Domingos que n Rninha do Céu deu estamµa do Nossa Senhorn do Rosario d&
e miseric6rdia ! o Santo Rosnrio e ha sete séculos que os Arnaldo Duarte da Silva Fatima, cli7.,endo-lhe que, visto os médicos
Do lo.do do Evangelho, entre todos os nossos Padros nào wcru cessudo de ser pio- niio )he terem poclido fozer nadn., era. pre-
doentes destnca-se um ,·erdadeiro fnrropo neiros desta grande e tam frutuosa devo- rado que também uos disse o mesmo e co- ciso vèr so Nossa Senhora o fnzia, que
humnn~, que constit.ue uma horrfvel , 1siio çiio em todns ns parte8 do mundo. Na suo. rno o viSRemos pcrd ido 1nvocamos a pro- começnsse urna no,·ena. Urna pessoa. de fa.
dantesca. Sentndo num costo de pcquenns encfolica uLrotitiro Sanctrou, de 8 de se- tecçao da Virgem No!l8n Senhora.. Dé.va- mflia. quc ja tinhn experimentado o 110-
dimcnsòes, julgnr-so-in, è. primeira. vista, tembro de 1893, o imorLnl Leiio XIII po- mos-lhe n. agua miraculosa de Fatima e C'orr o da. SanUssima Virgem noutro caso
umn criança de cerca de sete anos dt> ida- dia di:r.er: «E' por eslaclo e por vocaçao que ao mesmo tempo fnzinmos umo. novena. e d,e muitn gravidnde, propoz a miie do
de. Da cabeça até à plnnta dos pés, todo os Filhos do Patriarca Domingos devem g rnçns a Nossa Miie do C'éu o pequeno os- doente que esperasse une dias nnt~ de
ele é urna chagn hediondn.. O rosto comple- aplirar-u com dlo a multiplicar a,, ('011- ta i;nlvo e sem defoito algum. mand:t-lo ao Hospital, mas a proposta nao
tamente desfigurado, sem forma. humnna, frarias do Rosario e a manté-las em, t6do O .Kx.mo Sr. Dr. Di na Coelho encon- foi aooite. A miie diz quo er a coisa. impos-
as 6rbitns vazins, o corpo mirrado, enegre- o seu fervor.ll trando o poi do pequono, preguntou por sfvel, visto estar ja tudo combinado para.
cido, re11sumando pus por todos os poros, Conte, pois, com o n osso filial amor pa- ele e qual no.o foi o sC'll espanto quando entrar no dio. seguinte, 5.• feira corno se
a. vista daquela vft.ima. dum dos mais bor- ra rom Nossa Senhora do Santfssimo Ro- lhe dissarllm que in melhor; pediu, ontiio efectuou. O doente ja sentiu algumns me-
r{veis flagelos qua torturam a pobro b.uma- sario para o auxlliar, nn madido. das nos- licença para. o ver. l<'icou admiradfssimo. lhorns ne8SC dia R ponto de niio ser ne-
nidade confrange a alma e desperta. urna sae forças, n propagar as gl6rins de Fati- Acons<'lbou n. ir com aie no Ilospita.l de 8. cessario uRnr as injecçò<'8 calmantes que
comisornçao imensn, qua.si infinita, ainda ma. José e no dia segumte la fomos. Viram eram precisas havia jti. muitos dias. No
nos eornçoes mais duros e insonsiveis. E' E minha intençiio r eproduzir no numero o estndo <ln crinnça que mnndnram com dia seguinte sujeita rnm-no de novo aos
um Joproso. Como niio ve nada, parece in- do mès do Julho doi11 dos postnis ilustrados urgencia para o Hospital de D. ~stef~- raios X o os médicos jd, niio lhe aoharam
diforente e corno que alheio a tudo quanto qua nos anviou_: a vieta gernl do logar dos nia, estando internado lé. s6 uro cha p_o1s nada. Levantou-se e facil é adivinhar qual
se passa em t.arno dele. Na miio direita, apnriçoos e as multidòes de Fatima. que as informn.çòes oram que o menino foi a. admiraçiio dos parentes e nmigos
disforme e ressequida, tem um lenço, com Se estn. modesta carta p11der ser-lho util niio so sah•nva. Entiio o poi quiz quo ele quando indo-o visitar o encontrarnm a
que, de vez om quando, afnsta. ns moscas D I\!! suae publicaçòt>ij, dou-lhe todn a liber- acnbl\l!se os sane poucos dina no. sua com- passear no pateo do Ilospital.. Continuan-
que teimnm em pow;ar nn cbaga viva e dadc de se servir dola. panhia, no que teve bastante dificuldade do a sentir-se bem foi para sua casa no
enorme que é o. sua car a. Tem trmta. e Com o meu viv{BSimo reconhecimonto, di- se niio fosse o Rx.mo Snr. Dr. Samuel sabado e no domingo de mnnha alguém
tres a nos de idado. Natural de Proença-n- gne-so nceitar, senbor Director, a homena- Mo. io, qua concordou visto que a respon- mo veio dizer que o doE>nte tinha ido dar
Novn, vem a Fa.tma, pela segundn. ,·ez, pe- gem do meu religioso respei to e os pr otes- sabilidade era do pai. Levou-o entao pa- um passeio de bicicletl\. Com efeito, niio
dir diz eia, niio u ima cura, nem mesmo tos da. minha intei ra dedicaçiio em Nosso 1',1 a Jgreja Nov11. (Mafra) e llpesn.r-de tardou em vir ele pr6prio a. visitar-me
um' pouco de lenitivo para o seu mal, mas Senhor e Nossa Senhora do SantfBSimo R o- tantas voltns o peq11eno via-se melhoro.r e di!l!le-me: uNiio sei o que é iato, mns eu
a grnçn, de se santificar, amando a Deus sario. de dia. para dia. sinto-me melhor do que nunca».
cada vez mais e sofrendo por Ele com urna Frei Luis Maria Bnron, O. P.. - Director Pnra reconhecimento fomos a l'~ittimn Cuidndo por um dos mons irmiioe foi
resignnçiio e um amor ninda maiores. Num da Revista do Rosario,, agrlldccor è. Virgem tiio grande m1lagre para. a. Missa. agradecer a Nossa Senbore.

____....____
dado momento, umn, senhora de Lisboa, -do- e ao me~mo tempo umn ou tra graça cou- o favor recebido. Este rapaz ainda que
ente e provada com gr aves desgostos de cedida. bapthmdo e rom bons _sontim_e~tos, n!o
famflin que estnva senta.da em frente dn- Visconde de Montelo
Ra.fohn. do Santfasu ,n Ifosario r ogai por tendo recebido edurnçao rehg1osa, nao
queln épcn•e humana, excla_ma., num impul- n6s. pratira a R eligiiio, mas niio larp:a a. eJt-
so irreprimfvel de grat1diio para com tampallinha de Nossa. Sonhora de Fatima
DeUA: «Snr. Visconde, dizia-lhe ha pouco ATESTADO que eu Jhe tinhl\ dado e . algum -~mro ~e-
que era muito infeliz; niio, niio son; con- pois indo visitar um primo rehg10so d1&-
sidero-me felicfssima, depois qua os meus PENSAMENTOS J otlo Torrado da Sih:a, bar11arel forma- ee-lhe: uOn-me urna estnmpa deS!in Vir-
olhos contemplarnm este espectaculo hor- do em M edicfna e CiriLrgla pela Farulda- gem quo me curou» e ~gora costuma ns-
rendo ... Demdito sAja Deus 1,, Pureza é vida, é fres<·ura, é formosurn dt de M eclir.ina de Lfal,oa, declaro .,ob 1ni- sistir à missa aos dom1ngo11, Esperamos
Jovens, meninns, bomens e senhorns da da almn · niio doixes que se acerquem de nha re.,potaabilidade pro/issional que Ar- que a SS.ma Virgem faré. o segando e
sociedndc, que tantoe cnidado'l ~ispon~ais ti assnss'inos que façam do tau cornçiio naldo Duarte Silva, de quatro ano., de maior milagre da conversiio de»ta alma.
ao vosso corpo e que vos esquece1s mmtas um remiU:rio, jnzida. de decomposiçiio e edade, natural da l grtja Novo Oo11celho Para terminar, contarci outra cu~a
ve21M dn vossa alma, cedendo n.o impulso podr1diio, .. de Mafra filho de Antonio da Sil11a e de obrnda em favor di\ pe~soa que me ped1u
de pnixoes ign6beis ~e ofendend_? o Sen~or, P. A. de Dou, S. J. Salomé T>u.arte Silva foi, por mim, obser- para escrever esta relnçao. Estava a mor-
vinde ver neste espelho corno MO friige1s e 1•aùo 110 dia dez tle novembro de mil no- rer ja t,inhn recebido os 1Htimos Sacra-
11fémoro11 os bens dn terra I Lembrai-vos de Todo genero do mortificaçiio é urna 11~cenfos e vinte ~ s~te tendo eu diagno~- me~tos quando lbo nrnndei urna med1ilha
qne 1,ois p6 e de quo ém p6 vos ha veis de libertaçii.o, 0
~a ascençiio urna. divinisa- ticado uma menmg1tc fuberculosa, cu10 e agua de Nossa Senhora. da. Fatima, r e-
tornnr. Quando o mundo, o dem6nio ou a
1:arno vos tentarem desviar da ,enda da çiio...
'
Dr. Gonçalvu Oerejeira.
I pro{JM$tico era /atol. comendando-lhe que i tornasse com fé e
Mais dtcla.ro que tendo nova11iente começlll!Be uma novE>na. Dissa depois o
virtude e do dever com as suas infames ae-

\
VOZ DA FATIMA 3

doente: «a fé e a febre me fizernm t-Omar Art. 5.0 - 0s confrades siio 11com,elha- eia e, pegando numa medalhinha de Nos- dos Santos, Mario da Graça de Carv~
toda a agua de uma vezu. O terto é que dos: n) a recitarem todos os dias, de pre- sa Senhorn do Rosario de Fatima que tra- Jho, Do.l'id .Nuneti de Paiva, P.u Daniel
tr& dias depois c·omeçou a corner de tudo ferilndn cm pubhco ou cm fomilia ou, go no pescoço, beijci-a tanto, com tanta C'orrei11 Rana (50$00), Maria Benedita do
quando antes, sòmente à custa de grandes r1elo menos, em pn.rticular, o terço do San- fé e devoçào que c:horei de nlegria 1 Pois 1\ienezes, Maria da Costa Crespo J<'ranco
esforços se obtinha que engulit;se algu- to Rosario; foi Eia que mo snlvou de voltar para a ca- Frnziio (20$00), EmUui Bessa, J oli.o An-
mmi colheres de leite. Deprel!!la estava b) a comungnrem, sendo possivel, men- dein. e me conc:edeu, nssim, n mrnha liber- tonio de .Almeida, Gertrudes Amalia de
completamente curado, ncbando-se ainda Halmente e do. mesm11 forma ossistirem cfade l .• Oli\'era Lopes, Rita de Jesus (20$00),
melhor do que antes da doença, de modo ao Santo Sncrifkio da Missa no dia 13 Como nuoco. tinhn entrado numa Jgre- Abilio Martina dos Snntos, Maria rla Con-
que conseguiu ir para o Convento, corno de cada mes em uniiio oom os peregrinos; j1L, uem assistido n. urna Missa, prometi a <·01ç.ào Pereim ( 20 00) , Helena da Sole-
desejava nntes de ndoecer, e para teste-- c) a trazerem consigo urna mednlha ten- Nosso Senhor e à Nossa Senhora de Fa- dodo Macha.do, Maria Ines Sarmento Pal-
munhar a sua gratidiio a sua celeste do dum Indo a imagem do S. Coroçao de tima que seria o. primeira visita ao sair riio, Moria Leonor ,ais de Sande e Cas-
Bemfeitora, hoje se chnma Frei L. de Je!ms, e do outro a de Nossa Senhora de da. prisào. tro de Barros, Ester da Conoe1çiio Reis
Fatima. Fatima. Esta medalho. pode substituir os No dio. 26 de Mnio corrente quondo fui Morp;nrida Lopes da Silva (20$00) An~
Seria par~ desejar que se publicasse em escapularios. posto em liberdn.de, dirigi-me h lgreja de da Silvn. !?ontoura, Deolindo. do11 Santos
breve, um hvro em espanbol que pudesse Art. 6. 0 A confraria de Nossa Senhora S. Sebastilio da Pedreira, onde me confes- Pereira, Manuel lnacie de Somm Maria
lel'ar ilo conhecimento de maior uumero d,• Fatima tera uma direcçào composta- de sai e ossisti à Missa agradecendo a Deus l?ilomena Freire Hrandào, Elv1rn 'da Sil-
de pessoas na Espauha ns apançoes e mn- presicfonte, secretario e tesoureiro, nomea- Nosso Senbor, e à Nossa Miie do Céu, va Sapato, J!"ranc·isco Telee de Andrade
ravilhas operadas por Nossa l\iiie do Céu dos pelo Prelado da Diocese. Esta comis- Nossa Senhora do Rosario da 1":itima por Roto (20$00), Albertina. Gonqnlve11, Olim-
no Fatima. siio prestara contas todos os anos na for- me terem concedido a minha liberdade 1 pi:\ On.celar Mei rcles, P .e Abilio J<'orrei-
Ultimamente, alguns jorn1tis e revistas ma do dir<.>ito, uo Ex.mo e Rev.mo Sr. Assisti depois a umtL Festa que se ren- ra, Cecilia, Morais M:ene1,es, Mario. Me-
publicaram artigos sobre Fatima \) estes ni~po. lisou na lgreja do S. Coraçùo de Jesus, deir'?s Corte Real, Fclicidade Sn Borges,
arigos siio !idoli com entusiasmo. Leirio, 13 de l\faio de 1929. onde S. Ex." Reverendissima o Senhor Ar- Mnnn da Conc-ciçiio Moreira, Elisa do Be-
l•'nln-se em organisar para data muito Aprorndos os Estntutos ut supra no. for- cebispo de Mitiléne se dignou ministrar- lo, J?.e Domingos Augusto GonçalvCti Bor-
pr6xima urna. peregrinaçiio do centro e do mn do Direito. me o Santo Crisma. lido, Albino ~onçulves, Joiio Gaviuho, Al-
norte da Peninsula. Que1rn II Santissima Devo di1,er a V. Ex.• que no dia 6 de cina MagaUiaes Moutinho Antonio Me.-
Virgem abençoar os esforços dos organi- Leiria, 13 de l\faio de 1929 Janeiro recebi, nn prisiio, a N osso Senhor, ria Mornis, Jonnita de Diego Mariana
gadores poro quo cedo se possa realizar fozendo a minha 1.a Comunhiio e comun- PireR l\i. Oliveirn, Alvaro de Pi~ho e Cam-
tiio piedoso projedo. t José, Bispo de Leiria guei também no dia 7 de Abril do ano po~, José Fernnndes Mac-hado Luiz da
Sou de V. Rev.cia Snr. Direcor, muito corrente. Se!la Gom<'s, Elins C. Mendonça, Eusta-
grnt<'t no Amor l\11sericordioso de Jesus

u m.a reliuiosa c.~panhola


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A DIVINA PASTORA
E agora que me encontro em piena li-
berdade, junto dos meus, niio ,·acilarei,
niio trepidarci em trilhar o Cl\m10ho do
qu10 Pastor 1\lachado, A nt6nio Emidio
Gomes, 'foofilo Lucio de Carrnl110, Elvira
N'un<'6 (20$00), l\faria Elvira T. ùe Oli-
llem conservuudo-ml' honesto e digno; e ,·(•1rn., Maria dos Anjos Pereira, Francis-
ul~x.mo P. llov.mo snr. Director da tenbo fé em Oeus o no. Virgem Santis- co Alves Fernanrfo,.., Fausta Augu11tn dos
Agradecendo urna graça l'oz eia l<'atiu,n. sima que aerei dora avnnte rcspeitndo pe- Sontos, Mllr\a TorPsu L<'al Manuel da
'Permita-me V. Ex." quo lhe tome um los homens cle bem e, assim, irc1 vivendo Costa Aro.ujo ( 20$00), Mudnrne Cordenl
(Rua do~ Herois de Kiongn, 2-2.? esq. 0 ) pouco de espaço nns colunas do seu jor- no mundo com u protecçiio de Nosso S.e- Mnria dn Gl6rin. Pncheco, Adriano ,JosJ
Lisboa, 15-5-1929 nnl, pnra que i;e digne clivulg1\r a minha nhor e com bastns esperanças cle ter um Fnustino, Narciso Martina Ribeiro
conversùo, um Yerdndeiro milngre que se futuro nsonho. ( 20... _0 0), Luis Lop<> Abell;iio (12,. 50). Dr.•
Re,•.mo Senhor Para a clignf~simn Conforont'i1i de S.
operou nn minhn vida tào nddentada,, Maria F.:nrngelinn Pinto 1 Aurora Mar-
Dou os meus lonvores a Deus e à Màe Vicente de Po.ulo, em especial no Ex.mo quos Bnrreiro, {'ono<'içilo 1\furtins Rocho.
Venho r!)lntnr um milngre que se ope- Presidente, vào o,; meus sincerol! ngrade-
rou em m1m o ano passndo. Santli,sima por bojé ter os sentimentos Mario. José Cumpos, 1\Iari11 Constauça d~
que tenho. cimentos por mc tElrem snlvado da vida Albuqnerque, Jonquina Vioira, Joaquina
Uma grave dounça interior que me fa- t1ìo desgraçadn que le,·uvn.
Eia sofrer horrfvclmente abatin-me dia a Era ,1m descronte ! Vin a lgreja com Qut•ìroz Ribeiro, Ht'nrique Lopcs C'onde e
maus oìhos ! E no terminar e~ta narraç1io ,·oh·o um So.usa, E!rira '!3crnnrdes Marquos Gou-
dia, sem esperança de me curar. Levava olhnr da mais profonda gratidùo para a
noites levantadn e sentindo dores tiio pro- Puss,n·n no pé dum Pndre com repu- ,·eia, ~mlherm1n11 de Lacenla, Rufina
~niìncia 1 Oh 1 meu Deus I Como eu tinha Virgem Nossa St>nhora dc 1"11tima, su- do!! AnJos (51$00). Tt>odora Martina, Lu-
fundas que 1tlgun1ns ve7.es julguei porem plicnndo com ardor µor todos os que lhe
te1·mo à mi nhn vida. horror no ouvir falnr de Snntos. Vivi as- c1n O? de Almeido. Monteiro (80$00), Cons-
sim. desde n minha infiìncia até nos 25 irnplorom a Snu Miiseric6rdia e pedindo- tnntrno Angrln C'nrvalho (20$00) Ame-
.1<:ra em viio quo n medicina tentnva de- lhe também a convt>rsiio dos meub c-ompa-
belar o, meu padec1monto, nplicando-me anos, e, aindo hoje. nndaria por osso abis- lia C'orrein, Ciprinnn Antuncs Vicent-e
mo insondavel de perdiçiio se n Providiln- nhl'iros da prisiio, e por inbinçao clos mes- Adriana M11rgllri<.l1i C'orrein. '
numerosas pontos de fògo sòbre ns costns mos rezo um Pudre :Nossa e umu. .,h·é-
que npena~ 'lervinm para me tornarem cia me niio segui~sl' os passos.
l\1nrin I ~n distribuiçiio de jornais o donntivQ1;
mnis dolorosa n cxistencia. Preso em 1926, tinha aiuda ponsamen-
tos rle repugnancia pela religilo Cat61ica. De V. :Kx." um sincero em Jesus Cristo , nrios: Joaquim Dnart,e de Olireira
llecorri entùo n Nossa Scnhora de Fa- residente nctualmonte no BaITciro
tima, e um dia, numa porcgrinnçiio, diri- Em 1928, ja enUlo numa prisiio de Lis- 150$00; J oaqnim Pt>reira Delgado 35$00 '.
gi-mo para o Reu santuario bcmdito da bon, fui visitado, no mes de Junho deste Barreiro, 31 dc Maio de 1929. P.c José Mig,1el 1". de l\foura,' 20600'.
C-0,·a dn Iria, e hi, nesse locai onde tan- mesmo ano, por diversas pe~sons que sou- Ll•ouor de Pnhn Leito Brandi'io (Seixo)'
tos milagres se teem ro,elndo, eu rezei be clepois pert-encerem às Conferilncias de J<J,i~ dn Carm.o Verissimo 50800; Emilia ~unes da Roc·ho, 30$00 '.
com muito fer,or à Miie do C'éu pedindo- S. Viconte de Paulo. Depois de me terem LuC'iuno de AlmPidn Montero · 61$00 '.
-Jhe que me eurasse. Entiio o. Virgem dito palo.vrn!I de conforto na minha des- Maria de Jeeu11 Vidal, 83$00; Josofa d~
Snntfssi~a ouviu-me, e nesse mesmo dia, graçn, ouviram com paciilncia as minhas J(lSUS, 13$15; P.e Ant6nio Augusto da
eu senti-me eompletamente cura.da.
E', pois, com um profondo recouheci-
pnlavrns de revolta por me oncontrar nn
prisilo. E fornm t.ais os consclllo11 que me Voz da Fatima Jt'onsoea Soares, 1215$00; Dr. José Luiz
M:enclos Pinhoiro, 20$00; Maria Julio.
mento de grotidiio para com • ossa Senho- doram que duf em deante, senti urna Silva e outros, 28$00; P.e Ant6nio Gon-
transformaçao na rninha alma, deba1xo
D espèsa çnh·es Sapinho, 40$00; P.e Jtllio rla Fon-
ra de Fatima, que tao grnnde merce me
concedeu, e oo mesmo tempo cm cumpri- ninda da opre!!Siio de mallll sen\imento1:1, Trnnsporte ... .. ... ... ... 159.271$60 1.ecn Monteiro, 80J65: D. Maria do .A.n-
mento duma promessa isto é deste mi- fiz um exame de consciéncia e c-omecei a. Pnpel, composiçiio e impres- jos Pereira, 4R0$00; .Ant6nio Pinto de
lngre ser public-ndo na l'oz da Fatima que folhear diversos liHos que me deixarnm siio do n. 0 81 (62 :500 exem- Rezende, l 00100: P .e J oao Bernardo
eu esere,o estas srngelas frases. pnrn eu lér. pleres) ... ... ... ... . .. ... ... 3.497$50 Mn!!Cnrenhas 100$00: P.e Augusto José
:~fom dos dina do més de Agosto de 1928, 1"ra.nquias, ombalageps, trani,- Vfoira, 75ioo: C'ri11tinn Vi<'ente, 60$00;
De V. Ex.a etc. passei umn noite, no. minha cela muito Maria das Doros TM·ores de Sousa,
port(l.S, gravuras, cintas e
Marill da Gl6ria Rei& agitado. Ernm 4 horas da manha, acendo outras despeza>1 . .. . . . . .. . . . snioo 50$00; Cnrl06 Ant6nio Vaz, 100$00; P.e
Il lnz e poguoi no Cnt€Cismo; li o Padre Mnnnel Pombnl .Amorim, 80$00; Reinaldo
Nosso, 11 A,·é Maria, Credo e Salvé Rai- Monteiro Ba6to, 92$00; Miq11elin11 Costa
nh11. A suo. leitura. deixou-me verdadeira- 163.680$10 Al)(lp:ao, 2-5$00: Maria Olinda Ma~nlhàes,
Estatutos da Gonfraria de N. S. m<'nte conful!O. C'ontinuei n ler o Catecis-
mo e H-o toclo. Senti no mcu coraçao um S ubacr-lç Ao
80 00; Manuel .Ah·E>S Mateus, 50$00; Ma-
ria Simoes, 10$00.
do Rosario de Fatima tal alfrio que me vieram as lagrimas aos
olhos. Chorei, e implorai a Deua coragem
e resignaçiio 1 A minha prece foi ouvida,
(Março e abril de 1928) Na Tgreja de S. Mamedc, em Lisboa,
por Noemfa Rolo, no mes do Maio de
Art. 1. - E cnn6nicamente ere-eta no
0
porque, de entào para ca, comecei a re- Enviaram dcz oscudos para terem di- 1929, 10$00; na Ìgreja de S. Tingo de
Santuario da Fatima umn ooufraria de- snr e a ler todos os livrinhos com n maxi- reito a. reoeber o jornal durante um o.no: C'ezimbra, por Gertrudos do ('ramo Pinto,
nominada - Confraria de Nossa Senhora ma devoçiio e passei os dina e noites me- Manuel Pereirn. Dias, Leonor Gomca dos nos me~es do Mnio e Junho de 1929,
de Fatima. Santos, Armmcla Oias du Sa, Ant6nio 66$50.

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nos agitados.
Art. 2. 0 - Est-a confraria tem por fon: Num domingo pedi aos mesmos Senho- Gomes, Ant6nio do Sousa Oliveira, Ma-
a) trabo.lhar pela convetsiio dos pecadores; rea que me trouxeqgem, por especial fa.vor, nuel Maria. Miranda da Silvn (20$00),
b) reparnr os peoados sociuis dns naçòes; um terço o no mesmo tempo lhes mnnifes-- Helena de Vasconcelos (20$00), Rosaria
e) promo,•er o cumprimento dos precei- tei que desejuva confessar-me. Pere1rn. Dios Rnmnlho, Maria do Rosario
tos da Santa 111:reja especialmente quanto
no domingo e diM snntos;
Depois do me ter confessado niio posso
rleserever o quo senti na minha almn, opri-
Piteiru. Charro Giiio, ~1aria Catarina Pc-
reira, Gono,·e,•a C'orreia. Mondes, :li'ilipa. Atençaol
d) orar e nuxiliar os missòcs entre cris- mida pelo11 mcus mnus nctos passados. dn Conceiçiio Coelho Bulbiio, Adélio. de
tòos e infiéis; Aponn!f direi que passei a ser 11111 ltomem/ Jesus Dins Rnmnlho (12$00), Suporior da _ N e nhum pe regri no q u c
e) sufragur as benditns nlmas do Pur- Porque antes era um ente hum1mo que Caso. de Snudo d<' Bnrcelos, Leonor Ro-
gauSrio; andava por esse mundo f6rn sl'm ter a no- drigues Passos, .Alia do Ceu Pirul.'nt~l, Ar- saiba ler, deve d e ix ar de
f) orar pelos doentes e por todl\S as ne- çiio nftida dos deveres que n. Sociedade e minda de Oliveira Pinho, Jnlieta dos a d q u ir ir um exempl ar do in-
cessidndes espuituais e tcmporais reco- Dens nos irnpòom. Re1s Cru;tanho, Pcrpétua Cnrcloso Norber-
mondadas n No1<Sa Senbora de },'fitima; Em Mar1;0 de 1929, fnltnndo-me apenas to (20$00), Maria da Conceiçfio Cardoso t eressante v o l ume d e 4 1 2
Art.. :3. 0 - Além das ind11lgonc111s que 2 moses para snir da prisiio, comec-ei a an- Norberto (20$00), Pnlmirn. Luiz Sabino, p agin as, p rofu sam ente i lus-
Reriio pedicla11 à Santa Sé, os confrndes elar novamente ngitado por ter que voltar Maria da As1muçiio Cunha, Mariana Fon-
terào direito: para a prisiìo 9 meses, para pagar as•mul- bl'<·a, Rosa Gil, P.e Francisco Jorge da t rado com espl3 ndid as gra-
a) à participaçiio em todos os sacrifi- tas. Silveira e Pnulo, Maria Cremilda Barce- vura - , " A s grand es marav i-
cios, boas ohrns 1• mortific:açòes dos doen- C'orno tfresse sido abanclonado por toda lo.~ de Melo, Janmirio Augusto do. Silva,
tinhoi que rOC'8rrem II Nossn Senhora de n minhn familin à excepçiio de minha mu- Maria Amélia Hrun, Maria do C'orino Pes- lhas d e Fat im a,,, d a autoria
Fatima; !ht1r, senti-me vercladeirnment-0 desespern- son, Clara Mont-1.li.ro, Maria Leonor de d o sr. Visco n d e d e M ontelo,
b) às MiRsns que se eelehrar<•m no San- do I Mas, orei a Deus e a Nossa Senhorn M:ol(n lhàes Lnn~·os de Abrou Couti nho
tuario ou f6ra déle por csta int.ençiio; dc Fntirno., meclinneira de todas as grn- (20$00), Mario. da. Conceiçiio F. da Sii- que ence r ra a m a is comple-
Art. 4.0 os 0011 frades tem ohrill;açiio: a) çus, e em A hril ,lo 1929, começo a vér com va Freitas, Eull'ilia Sa. Couto, Luiza. e t a hi s t 6 ria d as a p ariçOes e
de ,·i,·erem c:risuìmente; bastonto jt1bÌlo que ns minha11 pretensoes Moria Morais (20100), Morin Albertina
b) de darem a esmoln mensnl de $20 iam ser atendido11. Poreirii da. Silvn, Rnquel Quintela Ponti- dos s u cessos m ir acu losos e
(200 réis), !>endo metade paro l\1issns, se- E, nssim, no din 4 de Moio recebo um fiC'e, Luiza Cardoso de Macedo Martins cujo produto lfquido é inte-
gundo os fìns do. eonfrurin (art 2. 0 ) e a postai do Ex.mo Snr. Presidente dns Con- de Menez<>s (Margarido), Julio Dias F.
outra parte para o Culto do Nossa Senho- feréncias do S. Vi<'ente de Paulo, di:,;endo- Coimbra, Joiio Antonio Coias (15$00), g ralmente dest i n ad o à O bra
ra. Estas esmolns seriio roc·<1hidas em Jis- mC! que tinham sido pngas ns multlts no Moria .Adelnido P. Correa Mad1udo, Ma- d e Fatim a.
tas por colectores ou colectoras que so dia 1 do mes do Mo.io. ria Pu.lmira dos Snptos Jorp,;e, ]sabei Sou-
preatem a estn. obrn de pieclade e cari- Niio enC'ontro pal11vras com que possa sa. Pinheiro Fnrinhl\ (20$00), lsaurn Pin-
do.de. descrever o jubilo qne mo cansou tal notf- to 81tmpoio Almeida, Joo.quim Fcrnandes Preço: d a z e scudos.
4 VOZ DA FATIMA

Odia 13 de Maio na Espanha - .Ai, ern isso que voces estavam a dis-
cuti I'? Esta mu1to bem I Com que entiio
O i,adre mondou-os njoelhar ao pé do al-
tar-m6r, fechou as portas e pega num ca.- Umscéptico vencido pela fé
voces querem reformar o mundo? I. .. valo marinho e com~o. o. malho.r num e
Oro. vnmos la a snber I noutro corno quem malha eni centeio ver- Recortamos do Jornal da li',gueira, de
Também na Espanha se celebra o 12.0
aniversario dns apariçòos de Fatima. Yoces confesso ram-se aste ano? de, recitando ao mesmo tempo nào sei que 22 de maio:
Os resplcmdores da uEstrela da Manhii.» - ?? ... oraçòes. «Agora o numero de pereginos aumen-
qua tem por firmamento a Fatima, os - Comungaram pela Pascoa da Ressur- O marido atordoo.do pregunta no inter- ta de ano paro. o.no e Fa.timo. atrngiu
perfumc•s da uRoso. Mi11tico.», que deede reiça.o? valo de duas , vergastadas. tal impor;tancio. que o Presidente da R&-
ha doze anos embolaama o ambiente da -???lii ... - O' senhor prior, mas a cerim6nia de- publica e o chefe do Governo niio Jesd&-
Cova do. frin, chegaram nté às escondidas - Poii;, meus amigos, por ai é que é moro. ainda muito tempo? nham de visita-la.
e historicas moatanhas nsturianas enchen- preciso <'0tneçar. - Esta visto que demcira l Demora até As curns •mo.ravilhosas, verdndeiros mi-
do de nrnor e entm1insmo pela Virgem da Se qucrem reformar o mundo, comecem que um de voces fique morto I lagrea que os espfrit-Os /01·tea atribuem à
Fatima os cornçoc.,i dae filhas de Si:io Do- por so roformar a si mesmos e depois en- - Nado. I Nada, senhor prior I Nesse ca- sugestiio que nunca. conseguiritm realiza.:r,
mingos do Novicindo de Corias {Asturins) tiio falnromos I so o melhor é voltarmos para casa I suoodem-se freqil&ntemento, bom como fa.-
O programa do festa do dia 13 do po.s- - E' urna idcia I E virando-so para a muJher disse-lhe: ctos extraordinar,ios de no.tureza puramen-
sado mes <le Moio pnra comemorar o ani- - E' umo. ideio. I E é a unica boa I - Anda dai mu)her I Antes vivermos te eepfritual, ist.o é, as conversòes.
versnr10 dns npnriçòes mostra bem claro mo.I cnsndos do que desquitar•se a gente A prop6sit.o da ultima peregrino.çào no
que os filhos de· S. Domingos siio fiéis ------e«r- - -- desto. mo.neira. dia 14 do corrente, conto. o <'orresponden-
às suns trndiçòos e cstremosos amantes da Ponham nqui os olbos os solteiros. Quem te de Lisboa paro o ccDiario do llinh.011
Virgem do Rosario . Agora o programa: casa, Ca!la para toda a vida: s6 a morte
Q ual é a melhor pos iça.o pode sepurar os esposos.
o seguiate epis6dio: uNiio permitiu Deus
Foi uma fusta simple!I, mns simpatica. que eu fosse na peregrinaçiio mnrnvilhosa.
Qs dornini<'nnos chnmndos outrora uos Fra- p ara tirar o retrato Que ninguém cain., pois, ero casar sem Contudo se e'q niio pude ir a Fatima, aca-
d&1 de !l:fnrio » rcndernm urna homeOf1gem pensar primeiro no que faz; que niio •ia bo de ouvir um relato emocionante: Um
Quando nlguém vai tirar o retrnto pro- em casar por ·capricho ou por neg6cio; que
cnrinhosu i1q 111?la bondosa Mii.e que sempre meu amigo, incrédulo por educaçiio e de-
velou sobrn òlee, que lhes deu o branco cura sempre o. posiçào que lhe parece me- os homens tle niio deixem enganar pelas
lbor para isso. Veste-sa com o seu melhor sorientndo e.studo, foi visitar a Cova da
habito, os cumulou de graças, os regalou fufios e tnfuis quo desobedecem aos pais, Ir,ia com todo o scepticfsmo dum an111f11ta
com o S. to Ro!!1irio, encarregando-os de fato, penteia-se, senta-se, compoe ns pre- passam o tempo em bo.ilaricos e pàndegas
gas do cnsaco, olhn. em frante, olha a ·trés inexoravel. Levou consigo tudo que forra-
ensinnr no munclo tiio bela devoçio ... e nunca sii.o capaze9 de dar boas donas geou nas teorias nevropaticn.s, nos trata-
Dizin-rno um dnqueles felizes filhos do. qunrtos, d:i um nrzinbo da sua graça, ou de caso.; que as mulboros se nii.o deixem
faz boquinbo. pequena, em suma, dispoe dos da s11ge11tiio, nas hip6tel!es do animis-
Virp:l'm: ,,Aqui "cntimos o benéfic-o influ- embair por algum bo.ilabonecos que passe mo. Nao se esqueceu doe sarca~mo>1 gros-
ii; coisos de rnaneira. a do.r de si a melhor
xo do Virgem da !<'o.timo..» o tempo em tabernas e soalheiros e, a-pe- seiros de Zoln nem dns ironfos venenosns
À horn que no. }1'6.timo. tinho. lugnr o. ideh\ pos11ivel. sar-de trazc>r pena de paviio no cho.péu
Orn snbem qual ero. o. melhor formo. de de Anatole France, e cnaio piamente que,
procis.~:1o due vélas cantou-se umo. «Sal- e manjerico o.tr6s do. orelha, niio é capaz antes de partir, folheon demoractamente o
vé11 à Vi,·gem pura d811sa maneira unir-se scl fotografarem todas as miies cristiis P de gnnhor honrn<lnmente o piio, para sus-
Com o filhinho mais novo nos braços e o Diciond.rio Filo36/ico de Voltaire.
em ospirito ao culto que os piedoso9 ro- tentar o. sua famflia. Regressou hoje de manhii., c\epoie de
meiro~ rcndinm à que é ccRefugio de pe- Catecismo no. miio.
Porque a explicaçiio do Catecismo aos · medito.r nos dn.ustros épicos da "81,talha.
cadore.11 e ( 'onsolaçiio dos aflitos. 11
C'om 1m1,·o isto n V. R e v.ma pedindo-lho filhos deve ~er hoje a grande preocupaçào
das mii~s. (.,omo os governos nlio querem
••• Ha meia horn. quo o ouvi. O seu relnto é
singolo e fnemente. A princfpio, ohserv~n
o fnrnr d<' flUbliC'o.-lo na Voz da Fatima e corno que s6 es!'utou, mns de repcnte \JtU
se adtnr bom. o catec1smo na 1:scola, as mii.es devem su-
pri r o. folto.. ens1nando-o elas aos filhos
001 s . . . TE1 m o sos e ou11iu rom intensidadc tnmanhn, que,
Sou de V. Rev.ma muito gro.ta em Je- para que este!I nii.o venham amanha a tor- banhaclo ero ltlgrimos pcdin n um peniten-
Quis cert.o pintor representar dois de- te a caridado de o cmsinar:. rezar.
,ns "' Moria nor-se bolchevistas e elas marafonas. mandistns e a um pint-Ou s6 com camisa
r: ma e,panhola E as donzelas corno biio-<le colocar-se e n outro sem eln..
Foi agora de aqni pnrn o templo ùe S.
deonte da m:iquina fotografica? Toda a Dominp;os poro se confe!<sar e comunp;al'.
----------- dc,n:r,ela que hoje tem dc viver no mundo,
E pergnntando-lhe nlguém o que que-
ria oquilo dizer, re-'!pondeu o pintor:
Todn a suo. ln!!in é voltn-r a Fatima rom
mai11 lu~, diz élo, com mnis nmparo da sua
vive rodeada de inimigos. E' natural por - O que e8ta s6 com camisa é aquele
0 ultimo neg6cio dum comerciante i~so quo o.o fotagrafar-se tenha na mii.o as quo ganhou.
fé repentina o C'orno qnfl l'onvul~a.
'E liste um d08 PCOS de Fatima que me co-
suos nrmas ofensivos 6 defensivas. E qual - E o outro?
Estavn certo C'omerciante, no seu Jeito é a melhor nrmo. do. dom:ela? O terço! Co.- moveu, porque €!880 nmigo, ;X<'elPn~ de
- O outro é o que perdeu l indole, parecin. condano.do a .11:1rretl11hdade
de agouia, jli moribundo e desenp;o.nado do. umo dos suas contas, cada um da.queles - Mas entiio?
dos m6dicos, mus rel'Ul!ava-se terminante- Padre Nosso11 e A11é Marias, sii.o, nos com- perpétua. Quando me perm1ttr re\·olrir o
- Entio quere dizer que quem se me- seu nome, hiio-de rejuhilan p;o!!to11amente. ··
mente a reC'ober os sucramentos. bntes 811pirituais, o. mesma coisa que as te com a justiçn, mcsmo que ganhe, fica
Por fim vciu vo-lo um seu velho amigo granaclll!I e as balas nas guerras humanas. O convertido 6 um homem de ta~ento e d_e
om pontos de se poder diwr que tem do boa posiçiio socini e p;osa de mmto 11rest1-
também comerciante que lhe disse: O terço bem considerado deeempenho. o vender o foto e ficar s6 em camisa para
- Quoro quo me dòs o teu parecer sobre papel duma metralhadora,/ Que o.s rlonZ&- p;io na co.mado. do idealismo demolicloru.
o seguinto cai;o:
HA um colega no1:1:,io que tem entro miios
um negocio de costo. arriba.
ln ~ se faço.m fotagrnfnr com o seu terço na
mi!.o. E' o. melhor fonna de niio enganar
nem serem enoanadas. Até N. Senhora as-
pag1ir as desp<'zas hnviclas; e nquele que
perdou, ontiio até n pr6prio. camisa lhe
tiram.
~--
E tinha raziìo o pintor; mas parece que As demonstraçoes dum recruta
Se feC'ha o contrncto, arrisca-se o. gn- siro quere ser fotografada I cada. vez hu mais teimosos, µorque cada

_____,...,_____
nhnr urna fortuna colossol, mas no. peor vez ha rne nos humildade e caridnde. Tiramos est.e episodio encantndor da pa.-
das h1r,6lc!lcs, o mais que pode perder é
o trnhnlho.
••• gina de um livro. 'l'rata,-se dum .soldado
- 1'~ "° nào o fecbn ?
O padeiro que nao tinha pesos recem-buptisado que se fez catequ1stn do&
- St> o nno fecha entùo orrisca-se a per- . . seus camaradl'.ls. .
der tudo quanto tern I
Quo ha de .11e fnzer? Um padoiro gastava manteiga da caso. A mawr nqueza Um dia ouviu-o alguém exphrur Il 1~m
t•nmaraòo. o mistorio do. Santii;sims Tnn-
- Homum I Is~o nem se pregunta I E' dum morC'ooiro, seu viainho. dnde. . d p
fechar i_nwdiatamente o neg6<'Ìo I Orn dunrn vez, que se deu o.o traballio Quizera ter fé I dizio. um jovem que ti- - Entii.o, t11 niio percebe,; a Tru11h\ e
- Pois meu cnro, o. ti pr6prio te juJ- de \·eri fi<'nr o peso, notou com espanto nbo. pa>isado a sua. vicla no meio dos pru,, - Niio pcrccbo.
go11te I Tu c>:1 esse hornem de quem eu to que um kilo de manteigo. nao tinha mais - Que homem és tu? Va I Niio é U mui-
zeres.
falava. Se morrM com 09 sacramentos, po- que 700 gr11,mas. Quizera ter fé, porque sem elo. a vide. é tu diffcil I
des ganhar nndo. mais nnda menos que o - Deixa estar que mes pagas, disse con- um enigma indecifMvel, uma triate ago- - Ah I diz-me lii entiio corno é I
Céu po~ torl_:i n ele-rnidade, mas supondo sigo o plldeiro. nia, na. qual o nosso espfrito s6 acho. umo. - Olhn I Ve la: ten pai, tua miie e tu
que 1111s1111 11ao _era, nada tinhas a perder. Doli por diante deu ordem para dimi- verdade palpava! : o sofrimento. quantos é que fazP
Pelo contrair10 se morres sem eles, po- nuir igualmente o p&o do piio que f6sse Sem fé niio ha. esperança, e onde niio -Faz tr&.
des pel'ùer I.udo o ir paro. o inferno I 1 paro. caso. do visinho. h11 espernnça, podent niio haver dòr, mas - Niio é tnl. lj'az s6 um ! Urna ... ni:na
Em fnre desta 16gicn. comercial, o mo- Este clou pela falta e foi queixar-se ao nunoa alcgrin. vordndeira, nero paz. familia I O Padre, o Filbo e o E11pir1to
ribunclo dou-Re por convencido e recebeu juiz do pnz. Santo é corno quem dissesse trè., mcm-
De que S8J1'' 8 coroarmo-nos de flores,
09 snerameutos, ainda mrds d,1ma vez O juiz chnmou as duas partes a umo. 81) snbemos que em breve viio murohnr?
bros do. mcsma familin., tres soldndos, niio?
morrcndo como boro cristiio. ' conC'iliaçiio. Assim tnmbém, de que serve satisfazer- que niio fo1.em seniio um. Pe~bes ngo-
So todos os que estiio e·m perigo de mor- - Vamo:,i lit a saber, preguntou &le a.o mos M paixòes, se elas niio nos saciam e ro? Entrn bem? ...
te medifossem ne,,ite simples caso e fi zes- padeiro, tem balanças? s1 deixam remorso. .. doenças... a mor- - Vai cntrnndo.
sm o mesrno roc-iocinio, talvez nenhum dei- - Sim i;enhor I Aqui estiio I - Se quizeres, por outr~: tu, a tua es-
te... ? pingarcla. e n, cartuchetrn., quantos é
Xll!lse de receber os sacramentos. · - E pè.~osP Viver sem fé nem espero.nça nii.o é vi-
- Pesos, na.o tcnho I ver. Se clif!S0!1sem n um cego: admir,a um que fnz? ,
-------:--- - Ah! ve? di11Se o juiz trionfante. A{
e~ta a rszao por que voce vende pii.o com
dia a notureza paro. cegares outra vez; - Faz... fnz tres I
- Ainòa tonnns a rnir no erro? M:ns
se diSAessem n um pai: caricia os teus niio nito fn:.1 seniio um. Escutn-me bem,
De que maneira. faltn. do peso l... filho!! hoje para os perderes amanhii; se
- Perdilo, disse o padeiro I O facto de hei~ I tu, sem espin~arda niio és s?ldaclo .. .
dh1~e'lllem a um prisioneiro: gosa uro dia f"mn c!!pinp:nrda, i<em cartnche1rn, niio
eu niio ter pe!!os niio quere dizer que eu de liherdade paro voltares de novo a ca-
Estnvnm dois rompadres discutindo os niio o peso I. .. é e!!pingardo... .
male!! do mnndo o trato.ndo de lhes achar dein., &~e c.cp;o, esse pai, esse prisionl'iro Umn. cnrtnrheirn, sem esprn,znrda, ~
- Entiio corno fazP responderia que viver num s6 dia niio é
remédio, con\"ersa que é muito freqUen- - Muito simplesmente I Mando buscar roi!la inntil, mas todns tres juntnq, qoe
te ... de.~de que ha mundo. viver, amor um s6 dia. nii.o é amar, e gosar é qne fnz? Um soldado bom para mnrchan
um kilo de manteiga, o. casa do visinho um momento de liberdnde para a perder
- Tsto \'Ili mal, compadre I e é com òsse kilo, quo eu costumo fazer paro. a gu,,rrn I F,ntrn 011 niio entrn agora P
- Pois vai, vai, mesmo muito mal I depois, é pior que nunca te-lo conbecido.
pesar o pùo ao!l fregueses I - ,Jn entron mnis I
- Js to ja nito tem concerto I Assiro podcm dizer os que niio teem fé. - Rom vès, hcin? niio é ~oisa tiio ~m-
O merrreiro entupiu I Q11ereis ter fé? Comprai-a.
- Quem sahe l E' preciso ver se pode cii dc perrohflr I Tonto mn1_s qne, msto,
fnzer-se algnmn co1sa I O sceptl<'o r,iu-se tristemente. Escnrne-
- 1\faa que ha de ser?
-- ::-Jito bei I IIli. muito tempo que eu an-
-------1- --- ceis òe mim P Porventuro. a fé compra,.se?
- Sem ddviòn.
olho sabeq? dn-se pouro m111s, ponro me-
noe 'o quo so rin no se1wiço militar ... niio
sa deve quercr C'ompreonder tudo, sabea P
do ÌI. procuro. disRo I - Se Msim fosse, eu darla toda a mi-
- Ero. prc.>ci~ criar um grande movi- DOIS MAL CASADOS nha fortuna para a o.dquirir.
- Nilo precisM fazer o sacnificio do tua
mento do opiniùo cm torno dum progrn-
mn polftic·o o socini que satisfaça toda o
gente.
Dois mal cn!!n.dos, depois de viverem al-
gum tt'mpo em barulho um com o outro,
fortuna, nem go.star um cantavo. Basta
teres vontade.
S6 DUM L ADO
- Mas C'orno? r esolvernm ir ter com o prior que os - Idea dizer-me que creia, quando é is-
Perguntava umo. senhora ilnstre ao
- Sim, era preciso estudnr isso I casara, para que os descasa.sse. so me,imo o que eu peço.
Aree bis po òe Borrlens l\l~. Cheverns,
E enquanto os dois compadres meditam - P 6de fazer-se isso? preguntou o ma- - Nilo, niio vou dizer-vos isso, senao
que empregneis os meios paro. a con!le- que devia pe11J1ttr dn. ~oda do pintar a
na re~oluçlio do problema, chega o ami- 1 ido. • caro.. 11E' que arhei confc'i.qores '!11? mo
go Henrique. - Pois ontiio niio pode I Mas olhem que guin; segui o raminho <la virtude, despo- permitem e outro,i quo mo pro1b1ram;
-Ora ninda bem, Henrique, que tu che- a cerim6nia do <lescasar custa muito mais jai-vos de todos 08 v{cios, orai, confesqai
:19 vossas C'ulpM, o niio taròareis a encon-
qual é o. opiniiio de V. Ex.'-P .
gast~l caro quo do ca.sori - E11 gosto clas opiniòes interroéd1as.
Que é que te pareco? Qual sera a me- - Niio fnz m11l a gente paga tudo I trar o tesonro inestimlivel da fé.
O que nito tem fé, é porque nito empregn. Olhe, pode pintar-se dum Indo s6, -
lhor forma do rep;enerar o mundo e fazer - Bem I Viio ter à igreja que eu la vou
os meioe para a aJcsnçnr. fqi a resposta.
com que toclos a ndem contentes? despo.oh6.-los.
ANO VII Leiria, 13 de Agosto de 1929 N . 0 83

- - - - - - - - - - - - - - - - - ~ ( 2 0 M APROVAQAO ECLESIÀSTICA)
Direotor, Proprietario a Editor: - Dr. Manuel Marqrzes dos Santos Admini1tr1dor: - Padre Manuel Pereira da Silva
Composto e impresso na UnUio 0ràflca, 150, Rat d1 Santa Marte, 152 - Llsboa R.edacçllo e Administraçllo: Semlnàrlo de Lelrl•

POR D. NLJNO E PORTLJGAL!


Grandiosa romagem da Religiào e da Patria.
Cristàos e portugueses, à Fatima, terra de Santa Maria!
"A alma da Patria aJoelha na Cova da lria e une-se
e prende-se a Jesus pelas maos de Maria "
( Palavras de Sua Ex.0 Rev. ma o Senhor D. Antonio Augusto de Castro
M,ireles, vmerando Bispo do Porto, no sea sermllo na Fatima
no dia 13 de Fevereiro de 1928.) '

A Cruzada Nacional NuniJvares. - O tude a arder i>m viva chnma no Indo do I depòr aos pés da Miie de Deus, na san- tos, mnis 'dc cem pcssoas, a dc Viln (C~
Santo Condestavel. =- A romagem à
P4tima, à Batalha e Aljubarrota.-
amor da Patrin. no a ltar do teu cornçiio,
faze frente aos estranjeiros do iuterior, I ta capela das Apariçoea, o preito do nos-
110 culto, da nosaa. gratidii.o, e do nosao
da1·ul} o a do Cintra. A moior parte da.a
peregrinnçoos chegar am ù. Cov1i da Iria

I
0 padrio comemorativo no campo esses aut~nticos malfeitoroo sooiaìe, qne, amor e aos pé!I do Santo Condestavel, no Dt'l vésporn à tarde. Ne..'l.qn noite reali-
da Batalha. - Os moços de Portugal reolnmaudo hip6critamente l iberdnde pa- altar da Patrin, a homenagem da nossa zou-so a proci11siio das Vt•lns que, 't'om a
perante a lgreja e a Pitrla. r a t.òdas as religioes, bostiliv.Rm e perse- veneraçao e do ncll'so roconhocimento e aprovaçii.o do Senhor Bispo, seguiu um
guem nas suns folhaa RPCtnri.1s, ""rd nr!". urna prece 1;entida e fervorosa por nque- no,o pt•rcurso, q,1e lhe emprt>11la mais bri-
Crietilo~ e portugueses I Em tòdas a.s ·Re da mentira e da cnhinin, a R eligiiio le~ q11e no~ immltam e perp..,guom e pelo U10 e a torna mnis granclio~a o impnnonte.
contingencins dolorosns da vide. nacional, Cat6licn que nos fez grnnrlP!! no paHi;arlo <>ngranderimento e prosperidade do nosso D urante a arlornfiio noctnrnn do San-
a excel11a Rninhn do Céu veloo sempre e que foi, é e sera !!empni nma fonto pi>- , querido Portngnl I tissimo ~:H'rnml•nto no nltar-mor d11 Ca-
com o mais cnrinhoso dis,elo pelo ressur- pelal <lns misiias, a primeirn hora foi pre-
gimento e Ralvnçiio da noSl:ln Patria. '<i,lida p!!lo SC'11hor BiRpo cle Leiria, que
Nun'Alvares, o Condestavel her6i e san- re:rnn o tc>l'l'O t-om os fi~iA, lll(l<litltndo 08
to, foi o instrumento providencinl que mi-;l.;rios glorio~o,i do Ro~ario. Nos inter-
Deus 11U1Scitou para nR!lo~urar dnm modo val011 dafl clezenll!I, o nmernndo Prelado
definitivo a indepcndenria da !usa terra. fez hr1we~ prnticns 11òbre oe rospectivos
No plannlto venerando de Fatima, santi- mist~rio,, <'hr.ins de Aonto11 e ealntnres en-
ficado pela nogusta prescnça e pelas irra- sinumt'nto-1.
ças e prodigios e!ltupendOll da colcsto Pa- .\s outrns hnrns de ndornçi\o foram foi-
droeira o ungido pela l~é e piednde de tns pnlns clif1m·ntc!I pnrcgrinn\'ÒCII qne se
Portngal inteiro. voz<'!I mi11teriosn,i do Al- n,qoc:nrnm pnra es~e fim. Re..qa,ln n mia.u.
to conviùnm-nos a re11;ressnr ò. profissio clo.-. semtns rnanhii n1ta., conwça o vaiv<'m
integrai e à pru.ticn fiel da Religiiio divi- quu pnc•ltr, n primeìrn\ parto rlo rnda dio
na que inapirou os lances maiH belos da trr>zo no locnl Jns npnri\-o<!ll. .Ao meio-dia
hiat6rin. p1Hria, cingindo de lonros a fron- solar, o ~cnhor Ilispo cfo Loirin Nlteh,·ou
te do" ·noR'IOS maiores. No11 campos nben- n missa dos clocntes, aos qunis clou ern ae-
QOados de Aljnbarrota, \mpnpndos no san- gu;<I:\ a b&nçiio rom o Snnt.il.(.,imo Sacra-
gue puro e iteneroso de tnnto11 guerreiros, mento.
'à sombrn. do bist6rico santuario de S. DPpois da hen\·ii-0 subin no p1ilpito o
Jorgo, onde se travon nma da!! batnlbns ~rnnclo Uispo mi11Sionnrio, D. Teot6nio
mais memoraveis do mundo, o condest:i- Vicira de <'astro, venerando Patriarca
vel, C<lm a sua voz mn'lcula e dom inado- cln~ TndinM, que pr~gou sòbre I\ clC'voçiio
ra de comando, le,antn os brio11 na~io- n ~os 11. Renhora e o (·nmpriml'nt<l'3 doe
nais e inflamo. as alma11 nnm 11:io e v1go- rlevere c-ristiios.
roso pntriotismo. Por fim, n Tmn~Pm clt> N'M n Senbora
do RoR1frio foi rt'C'Ondnziùn prucrs,;ional-
A cruzada Nun' Alvare!I -Pereirn promo- menw parn n ~1111 capeln, termi nnnclo tu-
ve nos dias 12, 13 e .14 do Agosto uma do ('Om n 11nndo,!{) Mlell'l h Virgem, que
grandiosa peregrinnçiio nacionnl a? san- eonstitni o fod10 dna cerìm6nins, oficiaia
tulirio m,b:imo da Fé e no santuario mli- UM ASPECTO OA MULTIDAO, NO RECINTO DA FÀTIMA do dia lr1,ze.
ximo do Pn.triotismo. O c-11lor era veròndeirnml'nte sufocante.
EM JULHO DESTE ANO :
Depoi11 da grandiosa prOCÌ'IS:\O dns v~
la.s no dia 12 e dn mi!ISI\ campnl no din
13 - esl)f'Ctaculos tiio comovPnte'I, tiio
ae~mbrosM tiio fonnidnveie qua niio ae-
ra p0!18fvel ~ncontra-los reprod!1zidos n~m-
tra parte, - depo;s dns grand!osns e m~-
rene e inexgotnvel de virtudes de sac·ri- Numerosaa peregrinaç6ea-A procfa-
ffoios o de herof11mos. DL>:iorientados em
foce da renovaçào cristii. e11pnnto.qa que
slo daa velas.- A adoraçlo noctur•
~-- A-peHar dici,o a concorréncia de fiéis foi
grande, po-t.o que inferior h do dia trer.e
de .Tunho.
ITouvo eorr1i de seis mii comnnhoes.
A ho11 ordem dn~ J)C'rt>grinaçòea, & pie-
na. - O Senhor D. Jos~, Bispo de dado dns fi~iR, o zelo e rlE>clì<'nçiio dOIJ ser-
ponent.Ni 11olonidacles que Re hao-de, rea\t- desde 1017 11e veiu operando em P ort.ugal, Lei ria. - A missa doa docntea - O ,itas,
11ar no Mosteiro d a Bntn.lha no dia 14, graçaa n NOAAn Senhorn de I~6timn, elee Senhor D. Teot6nioz. Patriarca das c:iio do'!n Holieit.11de dos mt<diro", n resi1,t111v
rlO{'ntM, I\ atmosfera de pa:.s !l'l·
bavero. uma prociBl!iio aos cnmpos de Al- permitt>m-Ae atncar e oprimir as nOS!II\S lndfaa. - O adeus à virgem. b,'f'nntnrnl que até oli 88 respirnva, tudo
jubar-rota, eendo a{ lançadn e benzidR: a crenças e pretenclem 'IUbmeter n vida !>0- era de mol<lo n rnmover nt1 fìbrR'I mais
primeirn pedra do padri'io comemorat1vo cial no 111'11 ne)!nti,ismo ,•iolent<J. 'MuitM e importantE. J)(\regrinaçòee se intima!! da almo, E'levando-"8 n n mn re-
da grn.nde hatnlha que a Crnzada se pro- C'-0mn m •••·o~ tnnto!I Cnllc.<i de via rE-du- rel\lizarnm e...to m~s. 1':ntre l'las meN'CCm p:iifo 11!'r"nl\ e trnnquiln qne hem pode ser
poe mondar erigir. zidn, inflaniad06 no mB..mo odio 1100t6rio Elllpedol r<>ferènda a de f::11tnbl\l, C"ompo9- chamnd:\ f\ nntedlmnra ero C't<11 .
Juventncle da minhn. P atria I M ocidade e no mt-..rr.o z~lo fnn ntico, o sou mni11 vi- ta de mni-i de quotrocentu pt>S!IOns e cli-
crenle e pntri6tica, nrclonte e iz;enerORn, vo d f'sejo >1eTin afo~ar em ond1111 de san- rigida p<>lo Vigario Gt-r,tl, rev.rlo Frnn- A. t~rc:elra apariç!lo da Vfr~em. - A.s
gne n lihorclade de C"on'Wi6nC"in, tron11for- cisco Car\011 Nunee, a do Pòrto, <·om oer- fah1aa aparlç0es. - Pé e su peratlçlo
qne fazes parte da geraçiio 11acrificarl11. do - O anjo daa trevas transflturado
resgnte apre.'lsa-te a C'flrrnr fileiras em mnnclo n h111n terra na R11asia ,lo Ori- ca d11 clnrA>ntm1 pes!IOM, sob a dirt>çiio d011
cfont.e 011 no :\ihiro da Europa. rev.tlo'I ~fnto11 RonTee o Abad11 de flom- em anjo de luz.- A doutrlna da San•
volta d~ bandeira da Patria encimada pe- ta lgreja. - Obedlhcla à autorlda-
Cri ..tilM e portugueSC'fl 1 F,m 11inl\l de fim, a do Pniiio, Figuein da F o11, tre-
la Cl-00 de Cristo, para romhat.eros o bom
combate I P ela profasiio duma Fé v iva e I
proWJ1to contra t,rnta mnldnde e m!Aérin zentn~ ~ a s , dirGC"çao do pliroco, rev.do
mora!, vamM todos nl\SBt'A dins de triun- Ant6nio Vieira, a do Olivai , Vili\ Nova
de E.placop!'I.
Fu boje precisamente doze onos que a
pela prntica duma piedJl.de ncrisolada.
com o amor de Deus, da Igreja e da vir- fo, em romngem r'?lip;iO!la o patri6tica, dd Our6m, mii pessou, a de Salir de Ma- Virsem Santis8ima se d{gnon apare<'tt pe-
VOZ DA FATIMA

la terceira vez nos humildes e inocentes


pastor inhos de Fatima. A notfcin das
Iria e vendo por esse motivo crescer es-
pantosamente a sua tirngem, quo ohee;a a
I Norte, sobretudo entre a numerosa co16-
nia portuguesa, esta muito espalhada a
rança e fé que. u doente de que venhc
6oje tratar, despertou a cura de D. MaT-
apariçoes tinha-se espolhado, a.o longe e atingir a cifra considera.ve! dum milhar de,•oçiio a. Noesa Senhora. de Fatima, e garida., quanto é certo quo, para. ela, era
ao largo, por todn a vasta extensao da de exemplare~ no curto espaço de pouco 11acerdotes e leigos, quo ha. dozonns de um quasi impossivel a reallsaçiio ò..qui-
terra portuguesa., com a ra.pidcz fulmi- mni11 cle dois me!!8s. anos niio vinham a Portugal, transpoem o lo quo supunho. ser 11m sonho: fr a Fa-
nante dum relampngo. Pr6ximo do meio- Nn Italia de Pio XI e de Mussolini. Oceano para visitar a terra santifica.da tima!
dia-solnr, hora marcnda para o conta, 1:,,, onde a nugWJta Miie de Deu.s é venero.da. pela presonça e pelas bençiios da Rainha Assim tocados o meu espfrito e o mef
mfstico entre a terra e o Céu, alguns mi- sob tantaa e tiio <'élPbres invocaçoes - dos Anjos. coraçiio, neles ficou desde logo detenni-
lhares de pessoas comprimjam-se om vol- Madonna del Loreto, Ma,lonna di Pom- No Braail, a querida nnçilo irmii, brasi- nado que à pobre doente se reservaria
ta da. azinbeira sngrnda, sobre cuja copa peia, Vergine di Gennnzzano, Adoloreta leiros o portgaeses dii.o-se as miloe para um luga.:i- no meu carro, no caso, quasi
a Visi1.0 celeste pousav-a os sous pés vii;- di Be,-gamo, Bi.anca Regina del La.zio - a.tear em terras de Santa Cruz um vasto certo, de a Fatima voltar minha famI-
ginais. A multidiio, cronte o piedosa, é o pr6prio Osservatore Romano, orgao incendio de amor à gloriosa Visao dos lia no. primeira peregrinaçii.o de Ma.io;
aguarda com anciodndo, rezando em re- ofic-io~o da Santa Sé que ero primorosos humildes pastorinhoe da Serra de .Aire, niio a fiz eabedorn deste prop6sito e&
colhimonto e silencio, que se ronovaR-J':l artigos exalça as grandl'!zas da Ima<'nlada tendo, l:'ntre ontros jornais e revistas, o niio à ultima hora, nf por 6 desse m&,
o col6quio misterioso de Lucia com a Vir- Padroeira de' Portugnl, descrevenclo com niio fosse aparecer qunlquer inesperado
lfen.•agefro do Rosario, de Uberaba, 'F.8- oontratempo
gem e que m~is urna vez se produzissem lnrgo desenvolvimcnto as grandos peregri- tado de Minns Gerais, descrito com todos que impedisse a viagem;
os fen6menos extra.ordinarios quo tinbam naçoes nacionais dP Ma.io e Outubro, No. os porruonores os fnctos extraordimfrio11 alimentei-lhe, porérn, sempre a idein da
acompo.nhn.do as duaa apariçoes anterio- Alemanhn. o dr. Lufs Fis,her, lente da ocorridos em Fatima e reprodnzido alguns possibilidade de rea.lisaçiio do sonho que
res, Chegou o momento ardentemente sus- Universidade de Bnmberg, que veio ex- artigos dn Voz da Fatima qne, pelo Bre- tanto ncarinbava: bastava que a mesma
pirado e os videntes, que tinlinm ncaba- pressemente a Portugal para o.ssistir i\ sii imeneo, despertaram o mais vivo in- N. S. de Fatima assim o permitisse.
do de recitar o terço do R{)sario, ajoelba- magnffica opoteose da Virgem no dia tre- teresse e produzira.m um bem muito gran-
do11 no chiio agreste e pedregoao da char- ze do Maio ultimo, inicion no importante de. Do N-0rte ao Sul da nobre naçllo ir- Dols traços da hist6ria da doente
neco. nr:do. e escalvada., volveram os olbos jornal Die Schildwarhe, de Bnsel a publi- ma ergu&-6e um coro de hoesanaa e louvo-
poro. o alto, embeveoidos na contomplaçao caçao duma série de artigos subordinadoe res à Virgem bemdita. qne no centro gell- Ha c3rca de 17 anos, tende 15 de ida-
do Ente sobrenaturnl que se dignava di- à. opfgrafe Fatima, a T.,011,-des port1J{lueaa, grafico da naçao fidelfSllima Ile dignon co- de, começou eeta. doente n sofrer de per-
rigir-lhes a pnlavra. Entretanto, ns po- e esta preparando um livro de propagan- locar o seu trono de Bmor e miseric6rcl.a., turbnçoes gastricns tiio importantes e
téncias do In(erno aliadas com 11.11 do da profusamente ilustrado pan tornar as fonte perone e inexgotavel de graçnl(I ~ graves que seu faleo:do pni se viu força--
Mundo lançavam mii.o de todos os meios maravilhas de Fatima mais ocnbecidas bençiios preciosfs<iimas para o mundo io- do a rec{)rrer à. medicina eepecialisad.a.
para desncreditar as npariçoes de Fati- nn sua patria. teiro. depois de, sem provoito, haver bu.eoad1>,
ma, cohrindo-as de ridf<'ulo, e impedir a No~ Estados Unidos da América. do Viaconde de M,m.t-!Ct> por varios médioos, o desejado alivio a.oa
todo o ousto ns imponentes manifestaçòes sofrimontos de sua filha.
de Fé e piedade a qae elns dnvam logar.
Um dcssss meioR, alias ja utilizado sem
éxito om Lourdes, foi o lançamento pelo
pnfs inteiro duma larga rede de fictfoias
PEREGRINA çAO AO
visoes e apariçoes celestiais. E desde en-
tiio nté hoje jàmaie 008/laram as maqui-
naçoes do espfrito drui trevas, procurando SANTUARIO DA FATIMA
arrastar nas malhu deesa rede os nossos
populares ignorantes e fàcilmente oréd1I-
los, servindo-se para o execuçiio dos seus
FESTA DA PATRIA
planos de an.xflios ambiciosos, interessei- l.2, 13 e 1 4 de A..gosto - 1 9 2 9
ros e aero escrupulos. Borrai, Akanhoee,
P6voa do Sa.ntarém, Estremoz, P6voa de
Va.rzim, Estareja, Ahelberia, Bitaraes siio Meua caros diocesanos:
malhns desaa rede que, merce dn ma fé telo - Alocuçiio pelo Snr. Tenente
dalp;nns e da ignoranoia e espfrito supers- Gomes dos Santo~.
ticioso de muitos outros, teem forçado a O amor à Santissima Virgem esta - AB 17 horas (3,30 h. solares),
a.utoridade eclesiastica a ndpotar medidas em todas as paginas da hist6ria de Te Deum na Sé de Ourém, presidin-
set"eras mas justns e neressarias para p6r
cobro a explornçoos ign6beis que redun- Portugal unido ao amor da Patria. d() e pronunciando uma. alocuçiio o
davam cm desprei;tfgio e meno11prozo da E Nun'Alvares, a. suprema gl6ria Prelado de Leiria; ·
Rclip;iiio, <'Obrindo-n de ridfoulo. da nossa raça, aquele a quem cleve- - Visita ao Cruzeiro do Regato,
.A Santa Igreja, que niio precisa de no- mos a independendio. e a quem a
vas npariçoes e do novos rn ilagres parn au- discursando o Senhor Dout.or Costa
tenticar a sua ori1tem divina, usa sempre Santa Igreja eleva às honras dos al- Lobo, Lente da Universidade de
da m1t1dma prudenria e circunspeoçiio tares aob o nome de Nuno de Santa Coimbra.
quando se trata do estabelecer n histori- Maria que ele mesmo escolheu quan-
cidado o a verdn.deira fodole dnlgum fa- Fatima--Dia 12. AB 22 hora"8 pro-
cto representado Robrenatural, recorrendo
do abandonou honra.s e riquezas pa- cissiio das velas.
para esse fim a prO<'esso11 nbsoluta e rigo- ra se entregar todo a Deus no con- Dia 13 - A meia noite, adoraçao
rosamente soientffit•os. vento do Carmo, é o modelo do amor do Santissimo, seguindo-se as ceri-
Em assuntos de tanta monta. e gravi- à Virgem, Senhora Nossa, e ù Pa-
do.de, é dever rigoroso o instante do todos m6niaa mensais da.a peregrinaç3es.
tria.
os fiéis, sejam eles quaia forem e qunisquer Batalha- Dia 14- A.a 9 horas
que eejam as cirrunstAncias em quo lie Pertenceu-lhe Ourém e é na Fati-
-Missa em honra do B. Nuno e alo-
verifiquem os factos havidos por miracu- ma, frèguesia do aeu Condado, que
losos, 11.catar com o maior respeito e a cuçiio pelo Prelado de Leiria.
Maria Santissima tem espalhado as
mais perfeita obedil!ncia as normas e de- Visita. ao tumulo do Soldado des-
termin.açoes da autoridnde eclesiastica ma.iores graças e bençaos sobre as al- oonhecido.
unica competente para se pronunciar nes: :mas, atre.indo ao seu novo santuario - Alocuçii.o pelo Sr Dr. Ferreira
ta matéria. milhoes de peregrinos.
Deusdado, de Lisboa.
A Cruzada Nacional Nun' Alvares
f',ttma em Eapanha-Pltima cm Pran- Pereira, com a~de em Lisboa, numa - Visita à. Capela cle S. Jorge dis-
ça. - P,tima na IUUa, ..... P,tfma na cursa.ndo o snr. Tenente ooronel Cos-
Alemanha. - P,trma noi Estados alta compreenaiio de patriotismo, re- ta Veiga.
Unfdos. - Pitfma no Brufl. solveu, a exemplo do ano paSBado,
vir em peregrinaçiio a Ourém, Fati- Espero do zelo e patriotismo do D. EMILIA DE JESUS MAROUES
Silo pr~fundamente consolndoras para ma e Bata.lha., celebrar a festa da rev. clero e fieis a colabora.çii.o en-
n6s oat6hcos e portugueses as notfoias tusiastica nesta comemoraçiio tao so-
quo ,•em a cada passo, em c11rtas ontu- Patria. Tendo eido oonsiderò.velmente nutrida
si,sticas repassadae do Fé e pioda.de de Associando-me a tao benemérita lene para honra da noasa terra.. e saiidavel, definhava de dia para dia,
diferentes paisee dàquém e dàilém 'mar Esta. circular sera lida e explicada zombando a doença. de todos os tnta-
iniciativa, convido os meus queridos mentos; a medicina 011pecialisnda em do-
eobre a. propaganda de Fatimn. Um a- Diocesa.nos a aoompanhar os nossoa pelos Rev. Parocoa e Capelaes a San- ençns de eetomngo, guiadn. pela. milo aba--
postolo.do intenso e constante dos aconte-
oimentos maravilhoeos da Lourdes portu- ilustres H6spedes. ta Missa para. conheciment.o de to- lisada do Ex.mo Dr. Pinto Leite, coiaa
guesn é exercido com um amor e urna O prognuna, naa suas linhas ge- dos. algumn couseguiu: os reg{mens exclueivoe
dedicaçao admiravois por urna numerosa e e consocutivos de leite, peixe, farinbaa,
rais é o seguinte: Leiria 26 de julho de 1929. nada n11rcrveita.ram, eorrindo escarninha..-
brilhante pléiade de almns devotfssimas mente o. balança aos melbores prop6sitos
da Snntfssima Virgom. E cada rnez au- Ourém - Dia 12 - Visita a.o Ca.9- (a) t JOSE, Bispo de Leiria e bona deeejos tanto do méd ico como da
menta mais o numero de sacerdotes e leì- doente.
gos e.,tranjeiros que, nbrasad08 no mesmo Foi em tais condiçoes que comecei a
fogo sngrado, propagnm o m1}to de Nossa prestar os meus cuidndos cHnicoe à doen-
Senhora de Fatima pelo jornal, pela re-

AS CURAS DE FATIMA
te que c-ircunstancins 8<'0n6micas ohriga..-
visti\, pelo lino, pelo folheto, pela p;ra- vam a p6r de parto os tratamento!I di•
vura. e pela palavrn. Na Espanha cnt6lica ta.ntes e mais dispendio11os, portante, da
e cavalheiresca, tiio z<>loRa. da gl6ria da medicina espe<'ialisadn; siio 15 anotJ de
Rafohn do Céu, aa ret"istns Snl tnrne e trabnlho diiirio que conto no activo do
Lo~ lianftv1rio., cat6liro, niio ce~sam de meu melhor esforço de ùem fazer.
proclamnr nns suas pnginrui, em lonp;os I! Neste l11pso de tempo, bem corto para
esplenclidos artigos, as grandes maravi- Paralisia completa do braço brosa quo, em 13 de Outubro, N . S.• quem tem saucle, mas pnrel"Pndo intermi-
lhas da Virp:em em t<>rrns de 'Portup:al. e perna e1querdo1; 6 anos de Fatima concedeu a D. Maria Marga.- navel p11ro. quem verdnrl<>i ramente sofre
Nn Frnnça Cl'istinnfssimn de S. Luf11 e de lnaçlo forçada. rida Te~8ira. Lopes; a. su\!. ·narrat iva. e pn.ra qu1m1, por aentimento e p or brio
Joonn d' Are, outrora c•hamada ,-r17M1m veio feita, salvo o erro, na Voz da J!'d- profiesionnl, se ve quasi impotente para
ltfnrirt· o M oitenta nnos fnvorPOidn <'0m E' pol11 segundn vez quo venho, neste tima, de 13 de Feveroiro do a no corren- debelnr teimosos sofrimentos, promovi
o mnior e-entro de per<>,trinaçoes l\!aria- jornnleinho, escreier umns linhas, dita.- \e, o deixon no men esi,frito grn.vada, que a doente se npnrta!ISe dn famflia, fa,.
nn,i mundia:s, a mngnffica Re1•1u du. Ro- dns pelo prnzer imenso dum crenw sin- bem fundn. a convicçiio de que os cnt10s zendo urna temporada em C'aldelns e ou-
&airt o o intt>reRsnnte Rulletfo <111 Rosai- cero, qne Deus qniz haver contribu{do clfnicos, para. cujo nlivio ou favoravel tra. tra na Foz do Uouro. Tudo in1itil, abso-
u la <'Ontinuam Ìl. fronte deste formiditvo] par:~ o conseguimento da. grande cura, tamento o médico e,rgota, inùtilmente, o lutamente inutil.
rnoviml'nto d0 propagando, e l<>v11ndo no verdndeiro milagre, que vou relatar, n n ma.is persistente esforço, niio devem aln- A esse tempo, claro é, n.inda a doença,
seu meio rnilbao do Jeitores espalhndo por pes80a da. minha. cliente Emilia de Je- da arrumnr-se para completo a.bandono. a-pesar-de tndo, era nndn, pode div.er-se:
toda a superffoie da terra o <·onhecimon- sus M11rques, da Vila de Louzadn. O meu coraçiio sensibilisou-se tanto e bavin mot'imentos, a doenta niio tinha
to do, sucessos ns..qombrosos da Cova da Da primeira vèz referi a cura assom- tanto mais parante a impressao de esp"" paralisi ne.
VOZ DA FATIMA

A.s perturbo.çòes gnstro-intestinais cons-


titu{am as tinta.a maie vivas do quadro,
dando ja sobre a. esburacada estrada de
C'ondeixo., perdeu a. doente os sentidos
cat;OS desta ordem: oti meios acientificos
mauifestaram-se de im•npacidade ab8ohi-
I(linha de Oe~te) na hèguesia do Souto
da Carpa,lbosn, sofria desde ,·rian.,.i de
mas desenhavam-se ja, de certa formn, caindo em sfocope; procurai deapcrta-la o ta, havemo11 de cri.Jr que outro «valor urna bérnin, quo nos ultimos teJ'l"J)o:. o re--
oe estigmas de um fundo nevropatioo; a. que niio consegui; dei-lhe em 8000rro do mais alto,. e s6 èle podera, em casoe taes, duziu a um etitado tao aflictiv.., , ogra-
aua clareza impunha-se mesmo, e assim pulso filiforme, quasi imperceptivel, uma demonstrar à evidencia e. sua f6rça. vando-st• cudn vez mkis qne era 1nevi-
é que o entii.o clfnico de Caldelns, o. quem injecçii.o de caféina; seituimos cautelosa- Que estas duas miraculadas ernm dois t1frel urna apor n.çiio. '
por carta preveni da Jocalieaçiio principa.l mente, de vagar, a.té às portas de Leiria. exe_mpla res do nevr6P,t1~ia, do gran~o hys- Neste esba.do, éle que é pi1>,losJ, fre- ,
de determinadas algias, teve ocaeiii.o de onde, finalmente, volt-ou a doente a recu- teria mesmo, p6de d1zer-se e d1r-se-hé. qiienta os Sncramentos e vivo numa frè-
verificar, com alguma. eurpreza; era pos- pera.r os scntidos. nma grande rnròade; podem dizer-se guesia onde ha n1ais de 50.\)()() comunhoee
aive!, era natural que éste isolamento do Sem alimentaçii.o alguma desde a tarde muitas babu1tCiras caidas dos labios leigos por a'llo, lernbrou-se de recorrer à ioter-
meio familiar, que a mudança de ares, do dia 10, pois bada sido deposta. total- de muita. gente e nté do médicos; sei is- n·n~·iio de ~o~sa Renhorn di- Fatima, pro-
que o uso de douches, etc., utilisassem, mente a refeiçii.o do d ia 11, seguimoe, ja so, acred1to que se d1zeru. Mas que valor metendo 1r n .l<'atimn dnro veZC'a i;e m&-
exactamente pela indicada raziio, mais ngora, espernnçados de chegormos a Fa- téìm essns bo.buseiras , enham elas donde lhor.asse.
que suspE1ita, da natureza. nervosa dos pa- tima com a nossa doente em condiQoes de vierem? Tém o valor da inconsciencia na Demornndo-s1> ,,, mrlhorn;;, começau a.a
decimentos. a N. Senhora pedir o Pestabelecimento maior parte dos casos, 011 tem o volor d&- C'Ì neo peregrinaçòell e, c•om grande es-
Foi tudo em vao como, da mesma ma~ dos seus mo,·imentos ha tanto tempo per- m?~trnti~o ~e urna _falta de observnç~o panto seu, verifìcou que depois da a&-
neira, o foi a estoda na foz do Douro. didos, e as melhoraa de seus velhos sofri- chmca mmuc1osa, c\Udada corno dever1a gunda a. hérnia tinho. d '!làparecido, dei-
Que fazer? mentoe. ser. xnndo apenhs uns ligoiro~ v<'stip;ios JUe
Tudo quanto ao mèu alcance pude: ali- Chegamos, emfim, pelas 4 e meia horas Que estas curns siio E'feitos de sugestii.o na<da o prejudicam. Ji la viio 18 mé988
mentaçiio forçada sob o sono bipn6t100; da tarde, dirig:ndo-me sem mais delongas ao nlcance de qualquer médico on, pelo e a cura permanece, deixando-o liv,.. pa.-
injecçòee t6nicas de t.oda a ordem; suges- a procurar dois leitoR no hospitnl, que me meoos de cspecialistus, ouve-se dizor ! ra os seus trnbalhos de oorpintnria, ta-
tao em eetado de viplia; aplicaQOM el'-- ha.viem sido prometid08 por 8. Ex."- Rv.mo Onde estar1t o médico, o espedalisto lha, pintura e dourador em virias ig,-e-
otrica.s em choques, em banhos; massagens o Snr. Dispo de Lciria, onde pudcssem que, por tal fòrça de sugestao, fnrin desa- jas deato11 regioes.
re1,ousnr e pernoitnr E-sta e outro doente p11recer, terminar a s6rie de mais de 500
manu aie e mecanicas ...
ResultadoP Um pouco mais de peso, um (meu irmì!o P.e Ilermnno Amandio) que
eu também acompnnhava dos meue cuida-
abct'SSos subcutaneos que, por espaço de
8 anos atormentaram a D. Margarida
-----------
pouco mitis de fòrçae, mns... pondo de
parte sunvemente estes meios, que nao po- dOb; feito isto, o qu" nao foi sem algumas Teixeira Lopes? Onde quem, dopois de 6 Voz da Fatima
diam ser definitivos, o retrocesso era sem- dificuldades, resulto.ntes da. infinidade de anos de paralisia C'ompleta, fa.riti andar Deapéea
pre certo I pe860as a atender, fiv.eram os beneméritos mais de meio kilomotro, imedio.tamente,
O mal mantem-se, o mal progride e a maqueiros o tra.nsporte de amboe 08 doen- uma entrèvada corno aquela de que ve- Transporte ....••... 163.680$10
mo.rchn começa. a. tdrnar-90 diffoil por tos. O ef!ponto dos circunstantes era tio nho trntando? Papel, composiçao e impres-
e&uaa da perna esquerd11, qne facha, que grande, ao verem o ospecto d a doente, P or acMo, sei pe rfeilamente até onde sao do n. 0 82 ( 62 200 exem-
ae esquece. que aos mcus ouvidos chegou, por vezes, pode ir o nosso poder sugestivo de méd·- plares ) ...•...... , ....•... 3.370$00
Chego.-se à permanencia quasi comple- bem nitida n censura. contra os médicos 011 co; empreguei muitas vèzes a sugestiio Pranquias, embalar;ens, lrans-
ta no leito; ba édemns e mortificaçoes contra quom C'onsentia que doentes assiro, com algum pro~eito, m&S sempre poque-

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