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2 Samuel

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Escola Bíblica – Igreja Nova Vida em Madureira

Estudando a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

SEGUNDO LIVRO DE SAMUEL

TEMA

O livro todo concentra-se na figura de Davi; não há outra de suficiente


importância que atraia a atenção. É o quadro do ungido de Deus, para o qual
os nossos olhos se dirigem. É o quadro do homem segundo o coração de Deus
que iremos estudar. E começamos o nosso estudo com esta pergunta: o que
há em Davi que mereça um título tão honorífico? Não o observamos de longe
de modo a vê-lo como rei, em posição elevada, rodeado por toda a insígnia da
realeza, mas sim observamos de perto, na sua familiaridade de homem. Vemo-
lo, não somente sobre o trono, mas sim no lar. Vemo-lo nas suas tristezas mais
profundas, e na hora de seus maiores triunfos; ouvimos as suas orações e os
seus elogios, sua justa indignação, e suas palavras de bondade, ternura e
generosidade. Somos testemunhas do seu pecado, do seu arrependimento,
dos seus momentos de impaciência e da sua dignidade real. O quadro todo,
apesar de suas partes em sombras escuras, apresenta-nos um homem em
cuja vida Deus ocupava o primeiro plano. Para Davi, sobre todas as demais
coisas, Deus é uma gloriosa realidade. Em suma, Davi é um homem que está
profundamente consciente de sua própria debilidade, erro e pecado, mas que
conhece a Deus, e confia n‘Ele de todo o seu coração” (Markham).

AUTOR

Os acontecimentos registrados no livro II Samuel foram acrescentados


provavelmente ao livro de Samuel (I Crôn. 29:29) por Natã ou Gade. No original
hebraico, I e II Samuel formavam um livro. Foram divididos pelos tradutores da
Septuaginta ( mais ou menos em 285 antes de Cristo), quando traduziram o
Velho Testamento para a língua grega.

ESFERA DE AÇÃO

Desde a morte de Saul até a compra do local do templo, abrangendo um


período de 37 anos.

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CONTEÚDO

I. A elevação de Davi (1-10).


II. A queda de Davi (11-20).
III. Os últimos anos de Davi (21-24).

I. A ELEVAÇÃO DE DAVÍ.

1. A morte de Saul (Cap. 1).


2. Davi chega a ser rei sobre todo Israel (Caps. 2-5).
3. A arca trazida a Jerusalém (Cap. 6).
4. O pacto de Davi (Cap. 7).
5. As conquistas de Davi (Caps. 8-10).

Acreditam alguns eruditos que a história do amalequita (II Samuel 1:4-10).


fosse invenção sua. Seu objetivo em vir a Davi com as novas da morte de Saul
foi achar favor perante seus olhos. Imaginou que o rei se sentiria alegre com a
notícia da morte de seu inimigo. Davi, vendo o mal motivo do jovem, castigou-o
justamente. Ao fazê-lo desta maneira, Davi agiu conforme o princípio que tinha
seguido em todos os seus tratos com Saul; reverência pelo ungido do Senhor.
Desejava evitar toda a aparência de seu cúmplice da morte de Saul.

Qual foi a primeira tribo a reconhecer Davi como rei? (2:1-4). Como Davi
demonstrou de novo sua bondade a Saul? (2:5-7). Quem instigou a guerra
entre Judá e as onze tribos ? (2:8-11). Qual foi o resultado da guerra? (3:1).
Quem fez aliança com Davi neste tempo? (3:12-26). O que se revela do caráter
de Joabe em cap.? Qual foi a atitude de Davi ante o assassinato de Abner por
Joabe ? Notem a continuação de fidelidade de Davi para com Saul e sua casa
(cap. 4). Onde e quando Davi foi nomeado rei de todo Israel? (cap. 5). Que
cidade chegou a ser a capital do reino nesse tempo? (5:6-9). Quem nesse
tempo, edificou a Davi uma casa? (5:11). Qual Salmo compôs Davi nessa
ocasião? (Sal. 30).

O trazer a arca foi um ato louvável por parte de Davi, mas a maneira de trazê-la
era uma violação da lei de Deus. A arca, em vez de ser conduzida num carro,
devia ter sido levada pelos sacerdotes (Núm. 4:14, 15; 7:9). Onde foi levada a
arca depois disto ? (6:10, 11). Que trouxe sua presença a essa família ? A

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conduta de Davi ante a arca foi muito digna ? Quem o levou a mal? Como
censurou ela a Davi ? (v. 20). Com quais palavras justificou Davi sua conduta ?
(v.21). Qual foi o resultado da crítica de Mical a Davi ? (v. 23). O que Davi
propôs fazer ? (7:1-3). Quem o animou nisto ? Foi, porém, a vontade de Deus
que Davi edificasse um templo? (I Crôn. 22:8).

O capítulo 7:8-17 relata que Deus faz um pacto com Davi, em que prometeu a
ele e aos seus descendentes o trono e o reino para sempre. Citamos o Dr.
Scofield : “Este pacto, sobre o qual o glorioso reino de Cristo “da semente de
Davi segundo a carne”, será fundado, assegura:

1. Uma “casa” a Davi; a saber : posteridade, família.


2. Um “trono” ; a saber : autoridade real.
3. Um “reino” ; a saber: uma esfera de governo.
4. Perpetuamente; “para sempre”.
5. Este pacto quádruplo tem só uma condição : a desobediência na família
de Davi será punida com castigo, mas não com a anulação do pacto (II Sam.
7:15; Sal. 89:20-37). Isaías 53:3. O castigo se impôs, primeiro na divisão do
reino sob Reoboão, e finalmente nos cativeiros. II Reis 25:1-7. Desde aquele
tempo só um rei da família davídica foi coroado e êle o foi com espinhos. Mas o
pacto davídico confirmado a Davi pelo juramento de Jeová e renovado a Maria
pelo anjo Gabriel é imutável (Sal. 89:30-37), e o Senhor Deus dará, todavia
Àquele coroado de espinhos o trono de Seu pai Davi” (Lucas 1:31-33; Atos
2:29-32).

Notem a bela oração de graças que Davi pronunciou após a celebração deste
pacto (7:18-29). Como Davi estabeleceu completamente o seu reino ? (cap. 8).
Faça uma lista das nações que ele subjugou. Como Davi demonstra sua
bondade à família de Saul ? (cap. 9).

II. A QUEDA DE DAVÍ

1. O grande pecado de Davi (11, 12).


2. A rebelião de Absalão (13-20).

Leia o Salmo 51.

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As palavras de Natã, que Davi tivesse dado ocasião aos inimigos de Jeová de
o blasfemarem (12:14), tem se cumprido nos sarcasmos dos incrédulos que
zombam de Davi por ter sido chamado “um homem, segundo o coração de
Deus”. Que Davi fosse um homem segundo o coração de Deus não quer dizer
que não tivesse defeitos, mas sim significava que era um homem em cujo
coração havia um desejo sincero de fazer a vontade de Deus e buscar Sua
justiça, em contraste com Saul, que sempre buscava o seu próprio caminho.
Davi cometeu um pecado dos mais vis, porém, com verdadeiro sentimento de
justiça de Jeová e de sua própria culpa, ele se arrependeu em saco e cinza. Há
muitas lições importantes que podemos aprender do pecado de Davi.

1. Por mais forte e espiritual que seja um homem, se desviar os seus olhos de
Deus, estará sujeito a cair.
2. O relato, em termos claros, do pecado do maior herói de Israel, sem procurar
desculpá-lo, é uma prova forte da origem divina da Bíblia. O mais natural teria
sido colocar um véu sobre este acontecimento desagradável (cap. 12:12).
3. A graça de Deus pode perdoar o mais vil pecado se houver verdadeiro
arrependimento (12:13).
4. Tudo o que o homem semeia isto também ceifará. A criança nascida da
união pecaminosa de Davi morreu. Seus dois filhos seguiram-lhe no adultério e
um cometeu crime de assassinato.
5. Deus não tolerará o pecado, nem por um momento, mesmo de Seus filhos
mais amados. Não muito tempo após esse acontecimento, Davi continuou
ceifando o que havia semeado. Seu filho Amon praticou um ato de imoralidade
que levou Absalão a assassiná-lo (cap. 13). Davi amava seu filho, mas o temor
da opinião pública o faz vacilar em chamá-lo do desterro a que fora
sentenciado. Joabe, sabendo da luta que havia no coração do rei, entre o afeto
e o dever, recorreu ao estratagema descrito no capítulo 14. A mulher sábia
usando de uma conversa hábil, obteve uma promessa do rei, de que seu filho,
que supostamente tinha assassinado seu irmão, seria perdoado. Ela logo
insinuou que se perdoasse a Absalão não estaria fazendo mais do que tinha
feito por ela e não podia haver acusação de parcialidade contra ele. O
estratagema foi bem-sucedido. Porém, os acontecimentos subsequentes
provaram que Davi era imprudente em perdoar Absalão porque mais tarde
esse filho se revoltou contra ele.

A decisão imediata tomada por Davi em sair de Jerusalém e colocar o Jordão


entre si e os rebeldes foi o ato de um hábil soldado. Em conexão com a fuga de
Davi, deve ser lido o Salmo 3.
Notem a paciência e humildade de Davi em face do insulto de Simei. Ele vê a
mão de Deus em tudo (16:5-12). Aitofel aconselha a Absalão a cometer um ato
que tiraria qualquer esperança de reconciliação com seu pai e que obrigaria

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todos em Israel a manifestar o seu parecer (16:21-23). Esse ato foi um


cumprimento de II Sam. 12:12. Aitofel logo aconselhou a Absalão o formar uma
pequena força e capturar seu pai antes que ele pudesse organizar um grande
exército. Husai venceu esse conselho, sugerindo que Absalão fizesse uma
mobilização geral de todo o seu exército. Isso daria tempo a Davi a passar o
Jordão e reunir um grande exército. Aitofel, prevendo a vitória de Davi, e a sua
própria desgraça, suicidou-se.
A repreensão insolente de Joabe para com Davi demonstra que não o amava
(19:1-7). No seu coração era um rebelde. O fato de ter assassinado Absalão
tinha feito com que Davi se pusesse completamente contra ele (19:13, comp. I
Reis 2:5). “Este capítulo (19) mostra, qual espelho, alguns tristes fatos. Davi
parece ter esquecido o uso e o significado da oração. No desenvolvimento
incessante deste capítulo não se menciona nenhuma vez a frase: “Davi
consultou ao Senhor”. O resultado foi que o seu afeto egoísta e excessivo para
com seu filho rebelde apagou o afeto que devia ter demonstrado aos seus
valentes e fiéis soldados; perdoou Simei, jurando-lhe por Jeová — um
juramento que não devia ter feito (I Reis 2:8, 9) — quando devia tê-lo julgado;
condenou Mefibosete quando devia ter-lhe feito justiça; recompensou Ziba
quando devia tê-lo castigado; e se apressou a ir a Jerusalém sem dar tempo
aos chefes e soldados das tribos do norte de o ajudarem na restauração.
Dessa maneira ocasionou o derramamento de sangue e a miséria que se
seguiu no capítulo seguinte”.

Qual tribo deveria ter sido a primeira a dar as boas-vindas a Davi, quando de
regresso? (19:11). Por quê? (v. 12). Chegará o tempo em que Israel e Judá
darão boas-vindas ao filho de Davi? (Zac. 12:10; Mat. 23:39). Quem conduziu
Davi de regresso à cidade ? (19:40). Em que resultou a preferência por Davi da
tribo de Judá ? (19:41 a 20:1, 2). De que foi princípio esta divisão entre Judá e
Israel ? (I Reis 12:16-24). Qual crime acrescentou Joabe à sua vida nesta
ocasião (cap. 20).

III. OS ÚLTIMOS ANOS DE DAVI

1. Os três anos de fome (cap. 21).


2. O cântico de Davi (cap. 22).
3. As últimas palavras de Davi (cap. 23).
4. O pecado de Davi por contar o povo (cap. 24).

Qual foi a causa da fome mencionada no capítulo 21. (Comp. Josué cap. 9).
Que pena pagou a família de Saul pela violação deste juramento ?

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O capítulo 22 foi chamado por Spurgeon “O retrospecto de gratidão”. No fim de


sua vida, Davi revê o passado, as adversidades e provas de sua vida e
reconhece com gratidão a graça e a fidelidade de Jeová. Os primeiros sete
versículos do capítulo 23 registram as últimas palavras de Davi. Nesta conexão
se deve ler o Salmo 72, cujo último versículo parece indicar que fosse a última
oração de Davi. Quais as três coisas mencionadas referentes a Davi no
versículo 1 ? O que declarou Davi acerca de si no versículo 2 ? Quem foi
testemunha disso? (Mat. 22:43). Na opinião de Davi, como se descreve um
governador ideal, escolhido por Deus (vers. 3, 4). Sentia Davi que ele e sua
casa tinham alcançado este ideal ? (v. 5). Apesar de ter encontrado muitas
dificuldades e fracassos, que fato o consola (v. 5). Que disse a respeito de
seus inimigos ? (vers. 6, 7).

O resto do capítulo dá uma relação dos valentes de Davi e das suas façanhas.
Os versículos 16 e 17 nos dão uma ideia da devoção destes homens para com
Davi e do apreço de Davi ao valor deles.

O capítulo 24 relata o pecado de Davi em contar o povo. Uma comparação com


I Crôn. 21:1-6 demonstra que foi Satanás o instigador disso. “Deus, embora Ele
não tente a ninguém, (Tiago 1:13). frequentemente é descrito na Escritura
como se Ele fizesse aquilo que realmente Ele apenas permitiu que se fizesse
por outrem. Neste caso, Ele permitiu que Satanás tentasse Davi. Satanás foi
quem agiu enquanto Deus somente retirou Sua graça sustentadora. Assim o
grande tentador prevaleceu contra o rei. A ordem foi dada por Joabe, quem,
embora, em geral, não fosse escrupuloso, não deixou de apresentar em termos
fortes (I Crôn. 21:3) o pecado e o perigo desta medida, e usou todos os
argumentos para dissuadir o rei do seu propósito. O fato de contar o povo não
foi em si mesmo ato pecaminoso; porque Moisés o fez pela autoridade
expressa de Deus. Mas Davi agiu, não somente independente de tal ordem ou
sanção, mas por motivos indignos do divinamente escolhido rei de Israel; por
motivos de orgulho e vanglória. Agiu por autoconfiança e falta de confiança em
Deus, e sobretudo, por desígnios ambiciosos de conquista, para cujo êxito
estava resolvido a forçar o povo ao serviço militar e para averiguar se podia ou
não reunir um exército suficientemente grande para a magnitude da empresa
que pensava efetuar. Era uma violação da constituição, uma infração da
liberdade do povo, em oposição àquela política divina que exigia que Israel
continuasse como uma nação separada” (Comentário de Jamieson, Fausset,
and Brown

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