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Marilyn Phillipps - Nunca É Tarde Demais
Marilyn Phillipps - Nunca É Tarde Demais
Marilyn Phillipps - Nunca É Tarde Demais
Contracapa
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Marilyn Phillipps
55 n CDD - 248.4s
Todos os direitos desta edição são reservados à
Associação MMI Brasil Rua das Canárias, 720, Bairro Santa Amélia
CEP 31560-050
Belo Horizonte - MG
Telefone: (31) 3427-2363
e-mail: rnmi@rnmi.org.br
www.mrnibrasil.org.br
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Sumário
Sumário..........................................................................................................................................................4
Agradecimentos.............................................................................................................................................4
Introdução......................................................................................................................................................4
Capítulo 1 No Início.......................................................................................................................................5
Capítulo 2 Os Primeiros Anos.......................................................................................................................7
Capítulo 3 O Amor Estende A Mão.............................................................................................................10
Capítulo 4 Um Encontro com Jesus.............................................................................................................12
Capítulo 5 Uma casa Dividida .....................................................................................................................14
Capítulo 6 Retorno Ao mundo.....................................................................................................................16
Capítulo 7 A Outra Mulher..........................................................................................................................18
Capítulo 8 Uma Decisão de Qualidade........................................................................................................20
Capítulo 9 Olhos de Fé................................................................................................................................22
Capítulo 10 Palavras de Vida.......................................................................................................................25
Capítulo 11 A Ordem Traz Cura ..................................................................................................................27
Capítulo 12 Somente Um Caminho.............................................................................................................30
Agradecimentos
Meu sincero agradecimento ao meu marido, Michael, que me
encorajou a terminar este livro depois de eu ter gastado muito tempo nele.
Seu amor e apoio tornaram possível o nosso ministério e sua visão
indispensável nos mantém nos trilhos e cheios de fé. Quando vejo o que o
Senhor está fazendo através de nós hoje, reconheço que todos os
acontecimentos relatados neste livro valeram a pena! Fico agradecida ao
Senhor, que não me permitiu desistir! O Seu plano é maravilhoso!
Minhaas fitas
transcrever especial gratidão
para os também
disquetes, a filha,
e à nossa LaNette Houghton,
Cristine, por
pela revisão
e editoração.
Introdução
Bendito seja o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de
misericórdias e Deus de toda consolação! É Ele que nos conforta em toda
nossa tributação, para podermos consolar aos que estiverem em qualquer
angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por
Deus - 2 Coríntios 1.3,4.
vitóriaQue
que este livro traga a você o conforto que o Senhor nos deu e a
Ele alcançou.
Nosso casamento estava em tal dificuldade que, depois de nos ouvir,
um conselheiro matrimonial disse que não poderia ajudar. "Não há nada
que se possa fazer por este casamento. Vocês estão desperdiçando o seu
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dinheiro vindo aqui. Devem obter um divórcio rápido, acabar logo com isso
e continuar a vida."
Depois, fui para nosso pastor, que não nos deu esperança: "Às vezes,
quando as coisas chegam a esse ponto, o melhor é buscar o divórcio", afir-
mou. Eu sei como uma pessoa se sente quando está enfrentando
circunstâncias impossíveis e fica incapaz de achar alguém que lhe possa
dizer o que deve ser feito. O Senhor está alcançando aqueles que não têm
nenhuma esperança.
Há esperança em Jesus. Há cura em Jesus. Há vitória em Jesus!
Capítulo 1 No Início
Eu e meu marido nascemos católicos. Pelo menos, nascemos em
famílias católicas e fomos criados em lares realmente católicos. Embora
houvesse coisas em nosso passado que tivéssemos de vencer, louvo a Deus
pela nossa formação. Nossos pais nos ensinaram a ser fiéis e obedientes.
Ensinaram-nos muitas coisas boas que o Senhor usou mais tarde em nossa
vida.
Nossos pais eram militares e nossas famílias viajavam dentro e fora
dos Estados Unidos. Na década de 50, nossos pais foram designados para
Denver. Provavelmente, Michael e eu brincamos juntos no berçário naquela
época. Não temos certeza, mas é bem possível.
Não nos conhecemos oficialmente até 1967, quando estávamos no
segundo ano da faculdade, em Denver. Eu era estudante de enfermagem na
Faculdade de Loreto Heights e Michael freqüentava a universidade do
Colorado. Nossas mães se conheceram num retiro e imediatamente
quiseram nos apresentar um ao outro. Não sei se você já foi apresentado a
filhas ou filhos das amigas de sua mãe, mas eu já havia tido uma
experiência dessa e não queria repeti-la. Portanto, quando minha mãe disse
que queria que eu conhecesse o filho da amiga dela, ignorei o assunto.
Michael fez a mesma coisa, Somente quatro ou cinco meses depois que
nossos pais se conheceram é que nos encontramos.
Não posso lhe dizer que foi amor à primeira vista. Não suportávamos
um ao outro. Michael achava que havia muita coisa a meu respeito que
precisava mudar e falou isso nos cinco minutos depois de nossa
apresentação. Achei-o arrogante. Assim, nos separamos e não nos vimos
por meses.
Ele viajou para o Canadá, para a Expo 67, e, ao retornar, me ligou.
Talvez Deus tivesse a Sua mão sobre nós naquela época, pois realmente
não sei o que levou Michael a me ligar e nem faço idéia do porquê de eu ter
aceitado o convite para jantar com ele. Na verdade, não gostávamos um do
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outro.
Nos encontramos por vários meses e tivemos um relacionamento
bastante tumultuado. Após cada encontro, resolvíamos que nunca mais iría-
mos nos ver novamente. Tínhamos um relacionamento bastante
competitivo e nenhum dos dois queria ficar por baixo. Assim continuamos
a nos encontrar por alguns meses até que finalmente decidimos que
tínhamos coisas melhores para fazer, e nos separamos. Foi então que
descobrimos que estávamos apaixonados um pelo outro. Como isso
aconteceu, não sei, Mas aconteceu.
A Marinha pagou pelos meus dois últimos anos de faculdade e fiquei
devendo a ela três anos de serviço. Michael tinha ainda um ano de faculda-
de porque havia mudado de curso. Quando saí para o treinamento básico,
estávamos planejando nos casar dali a um ano, mais ou menos.
Tinha me formado em uma faculdade católica só para moças e estava
totalmente despreparada para aquilo que deveria enfrentar no mundo.
Enquanto estava no treinamento básico, fui apresentada a um médico dez
anos mais velho que eu. Fui jantar com ele em nosso primeiro encontro,
quando me contou que era divorciado. Toda a minha formação católica
dizia para não namorar homens divorciados, mas pensei comigo mesma
que não tinha nada de errado com um simples jantar. Bem, foi um, outro e
outro jantar, e logo estava me encontrando com ele todos os dias. Fui
realmente cativada.
Agora, olhando para trás, posso ver que eu era uma garota ingênua e
ele, um homem do mundo, bastante sofisticado. Naquela época, no entanto,
realmente pensava que estava apaixonada por ele. Assim, escrevi para
Michael, contando que havia encontrado outra pessoa e estava terminando
o noivado.
Quando cheguei ao meu primeiro trabalho na Califórnia, dois meses
depois, meu namorado médico devia vir me encontrar. Esperei e esperei,
mas não tive notícias até um mês depois, quando ele ligou e me disse; "Não
sabia como lhe contar, mas, na verdade, eu não sou divorciado".
Fiquei completamente desiludida. Foi minha primeira experiência
com o mundão. Eu tinha confiado e sido traída. Todavia, Deus tinha a Sua
mão sobre mim. Estava tentando me alcançar, mas eu não lhe dava atenção.
Os meses seguintes foram nublados para mim. Entre a
arregirnentação da Marinha e o golpe de ter sido traída, acabei perdendo o
contato com a realidade. Andava a esmo para o trabalho todos os dias e
voltava sem rumo. Enfrentei em namoros pressões que nunca tinha
experimentado em minha vida antes. Bebida excessiva e pecado sexual
pareciam ser o padrão. Todo mundo vivia uma vida corrida. Parecia ter
7
Uma vez que fiquei grávida e não era permitido ficar na Marinha,
rapidamente me mandaram embora. Fui para Denver. Michael se formou e
mudamos para o seu primeiro emprego, numa companhia química de uma
pequena cidade do meio-oeste. Imediatamente, ele se lançou de corpo e
alma para se tornar um executivo. Eu pintava e remodelava a casa e tentava
preenchê-la com grandes quantidades de mobília usada. Sem tardar muito,
Cristine, nossa linda garotinha, nasceu. Quase não nos conhecíamos
quando ganhamos a criança.
Naquele ano, a sociedade nos introduziu ao circuito do coquetel. Era
importante estar presente nas festas certas e oferecer outras tantas em
retorno. Éramos bons nos dois.
Nenhum de nós conhecia o Senhor. Não tínhamos a Rocha para nos
firmar. Tudo que tínhamos era o ritual da igreja, fornos à igreja o tempo
todo. Nunca paramos de freqüentar, mas não conhecíamos Jesus. Nossa
vida era muito vazia!
Quando Cristine completou três meses de idade, voltei a trabalhar.
Com os dois trabalhando, nossa renda aumentou bastante e conseguimos
comprar mais coisas. Um dia, Michael anunciou seu desejo de voltar para
Denver. Soava bem para mim.
Ele demitiu-se da companhia e eu saí do emprego de enfermeira.
Arrumamos as coisas e voltamos para Denver sem qualquer plano para o
futuro. Michael conseguiu um emprego de construtor de quadra de tênis e
eu fui trabalhar como enfermeira em tempo parcial. O dinheiro não era
muito, mas ainda assim conseguimos adquirir mais "coisas".
Vivemos desse jeito por um ano, mais ou menos. Um dia, Michael
resolveu ser inventor e demitiu-se do emprego. Nesse tempo, já havíamos
nos distanciado tanto um do outro que quase não fazia diferença para mim
o que ele decidisse (pensava que estávamos muito distantes um do outro
naquela época, mas ainda havia mais distância para se interpor entre nós).
Eu disse: "Muito bem, você pode dar uma de inventor se eu puder ter
outro bebê". Meu esposo, na verdade, não queria outro filho. Mas aquela
era uma boa barganha, e concordou. Estava de plantão para os pacientes da
obstetrícia um dia sim outro não, em períodos de 24 horas. Era chamada
para trabalhar a qualquer hora do dia ou da noite, dependendo do momento
em que as pacientes entravam em trabalho de parto - e ficava no hospital
até o fim da operação. Michael e eu nunca nos víamos. Apenas deixávamos
recado, como: "Oi, tem lanche na geladeira".
Saí de licença da maternidade na sexta e Mike Jr. nasceu na segunda-
feira seguinte. Fiquei em casa por seis semanas e voltei novamente ao tra-
balho. Espremia o leite enquanto trabalhava à noite, para que a babysitter
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PensavaAssim estavaapenas
que seria meu coração
mais umaquando fui para
experiência aquele estudo
religiosa, bíblico.
porém nunca
havia conhecido pessoas como aquelas. Doze mulheres, sentadas numa sala
de jantar, diziam: "Aleluia", "Louvado seja Deus", "Veja o que Jesus
disse". E perguntavam: "Imagine o que Jesus fez por mim na semana
passada?" Eu as observava e pensava: "O que querem dizer com 'o que
Jesus fez por mim na semana passada? Ele tem coisas demais para ficar se
preocupando com elas."
Quando liam a Bíblia, ficavam empolgadas. "Deus disse isso para
mim", borbulhavam. E eu pensava: "Deus não falou nada com vocês, foi
Paulo. E ele escreveu tudo isso para os coríntios, os romanos e outros. Mas
nunca se dirigiu a vocês". Eu era muito irada naquela época e, como disse,
uma feminista ferrenha - muito atuante e agressiva. Quando o estudo
bíblico terminou, fiquei em pé e lhes disse o que achava delas. Falei que
estavam doidas se achavam que a Palavra estava viva - aquilo havia sido
escrito há milhares de anos e estava morto. Jesus não dava a mínima para o
11
Obviamente,
Quandoestavam por todos
o palestrante, umos lados. chamado Bob Johnson, anunciou
homem
que iria falar sobre adoração, pensei: "Ah, não! Que chato!" Mas não foi
nada disso. A única coisa de que me lembro foi ele falar a noite inteira:
"Adorar é beijar Jesus!" Pensei nisso o resto do tempo. Beijar Jesus. Isso o
tornava uma pessoa. "Esse cara", pensei, "conhece Jesus de urna maneira
que eu não conheço.
No final, ele fez um convite para irmos à frente. Para quem teve uma
criação católica, apelos têm pouco significado. Nunca ouvira de um apelo
para ir à frente em minha vida e não tinha a menor idéia do que seria. "Ha
alguns de vocês aqui hoje à noite, que nunca pediram para Cristo entrar em
seus corações. Neste instante, vamos dar-lhes urna oportunidade", disse
Johnson.
Imediatamente, pensei: "Que não se atreva a chegar perto de mim".
Eu achava que davam um cartão ou algo semelhante quando se aceitava
Jesus, e depois eles vinham e conferiam. Sentei-me lá com meus punhos
cerrados, grudada naquela cadeira e pensando que, se me perguntassem
alguma coisa, lhes diria umas boas. Ninguém me perguntou nada,
naturalmente.
Havia pessoas ao meu lado e eu imaginava o que estava
acontecendo. Quando uma garota ficou de pé atrás de mim, muita gente a
cercou e exclamou que tinha orado por ela durante oito anos. Virei-me e
olhei aquele rosto marcado pelas lágrimas, imaginando o que alguém teria
feito para precisar de oito anos de oração.
As pessoas com quem eu havia ido não queriam sair imediatamente,
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e tive que ficar por lá, ouvindo-as enquanto comiam salgadinhos e to-
mavam café. Eu queria era sair dali, porém comecei a ouvi-las, novamente,
falando de como Jesus havia estado entre elas em dias anteriores. "Ele fez
isso", "fez aquilo", "estava comigo" e "o Espírito Santo me disse tal coisa".
Comecei a imaginar como é que aquela gente conseguia se expressar
daquela maneira e o que tais mulheres teriam feito para chegar àquele nível
de relacionamento.
Convidaram-me para a noite seguinte, dizendo ser a última daquele
pessoal na cidade. Como não tinha nada para fazer, resolvi aceitar o convi-
te. Dessa vez, a reunião foi numa igreja - e numa igreja católica. Deus se
encontra conosco onde estamos. Não era uma daquelas "reuniões caseiras",
que eu achava subversivas.
Quando subíamos os degraus, as pessoas atrás de mim ficavam
exclamando: "É num cenáculo, imagina!" Não entendi o sentido daquilo e,
mais uma vez, achei que todas aquelas pessoas eram um pouquinho
malucas.
Quando entrei, estavam batendo palmas e cantando. Era a coisa mais
difícil para mim bater palmas. Quando se vem de um passado de oração
silenciosa, bater palmas e cantar é muito difícil. Era como se eu tivesse
artrites. Simplesmente não conseguia juntar minhas mãos. Assim, sentei-
me enquanto todos gritavam "aleluia" e louvavam a Deus.
Não estava com rancor e queria ouvir o palestrante. Ele começou a
dizer que Jesus havia morrido por mim. Durante toda a minha vida, quando
pensava na cruz e em Jesus pregado nela, eu era uma entre a multidão de
milhões. Nem imaginava que Ele sabia quem eu era. Eu apenas estava lã.
Também me orgulhava de nunca ter cometido adultério ou assassinato. Por
isso, realmente não achava que, pessoalmente, necessitasse de um
Salvador. Estava sempre alegre por Jesus haver morrido por todos aqueles
outros pobres pecadores infelizes, porque o ganho deles acabava me
beneficiando.
À medida que o pregador falava naquela noite, percebi que Jesus
havia morrido por mim. De súbito, me dei conta da minha situação de
miséria e pecado. O problema não eram os pecados que havia cometido,
mas o fato de que, na minha própria natureza, eu era uma pecadora. Estava
em pé diante da cruz e Jesus morria por mim. Nunca pensei que Ele mesmo
se preocupasse comigo! Estava assombrada com o fato de que Ele morresse
por mim.
percebi queSenti o Seu para
era preciosa maravilhoso
Ele. Nãoamor sendoesperar
agüentava derramado por mim
por aquele apelo.e
Nem mesmo sabia a nomenclatura dada àquele ato, mas pensava: "Tomara
que eles façam aquilo que fizeram ontem à noite". E, naturalmente,
fizeram.
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você? Acerte-se." O que eu não dizia era pior, talvez, do que aquilo que
falava. "Deus não te ama o tanto quanto me ama", era a mensagem nas
entrelinhas em tudo que compartilhava com ele. Eu queria tanto que o
Michael tivesse o que eu estava tendo, mas não sabia como proceder.
Capítulo
Seis6meses
Retorno Ao mundo
depois de ter me encontrado com o Senhor, construímos
uma casa nas montanhas e fomos morar lá. Eu amava a cidade e não queria
me mudar; por isso, fiquei ressentida e irada. Michael amava as montanhas
e sonhava em viver lã. Contrariada mudei-me para a nova casa. "Tudo bem,
estou aqui", disse eu. Mas meu coração ainda estava na cidade.
Logo descobri outra coisa negativa relacionada à vida nas
montanhas. Sentia falta do ensino que recebia em Denver. Tudo cessou
quando nos mudamos. Sentia-me num deserto. Continuava me
perguntando: "Deus, onde o Senhor esta? O que aconteceu comigo? Para
onde o Senhor foi?"
Todos aqueles crentes que eu pensava que estavam em todos os
lugares não se encontravam em Evergreen. Pelo menos não conseguia
achá-los. Nos primeiros seis meses de minha caminhada com o Senhor,
tinha crescido acreditando que todos aqueles que se chamavam de crentes
eram nascidos de novo e batizados no Espírito Santo.
Assim que, em minha procura por irmãos nas montanhas, perguntava
a todo mundo se era crente. Quando alguém dizia sim, eu vibrava: "Oh,
aleluia!" E dava um abraço na pessoa. Imediatamente, ela se afastava de
mim e me olhava de modo estranho. Não podia entender o que estava
errado.
Depois de ter afastado de mim uns três quartos de Evergreen,
finalmente descobri que havia uma diferença entre as pessoas que se
chamavam crentes e aqueles fanáticos a quem eu aprendera a amar, em
Denver. Pedia ao Senhor para mostrar-me qual era o problema. Eu
simplesmente não entendia.
Logo me ajuntei a um pequeno grupo de estudo bíblico numa igreja
bem árida. Não sei quantas vezes assisti às reuniões. Talvez umas duas ou
três. Mas acho que foi providencial para eu encontrar uma maravilhosa
irmã no Senhor. Durante uma das longas discussões sobre a validade das
Escrituras, ela, quieta, declarou firmemente: "Eu creio que Jesus ainda
cura!"
Fiquei admirada! Talvez ela fosse uma crente pela definição que eu
havia conhecido em Denver. Poucos dias mais tarde, a vi numa quitanda.
Timidamente me aproximei (eu já havia aprendido a não me apressar com
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Não foi fácil. Lamentei por aquele bebê como se ele tivesse morrido.
Passei duas semanas chorando, colocando-o no altar e tomando-o nova-
mente, colocando no altar e tomando novamente. Finalmente, um dia eu o
coloquei no altar e fui embora. Chorei e resolvi o assunto.
Então pedi ao Senhor para me ensinar a ser a esposa que Ele queria
que eu fosse. Durante os meses seguintes o Senhor começou a me ensinar a
amar e honrar meu marido. Toda a minha concentração estava voltada para
Michael. E, então, quando menos esperava, engravidei. Quando desisti do
bebê, fiquei grávida.
Foi um choque para mim, mas Michael pensou que eu houvesse
planejado tudo. Pensou que eu havia mentido, dizendo que estava
desistindo do desejo de ter uma criança para, então, ficar grávida. Acusou-
me de apenas usar o cristianismo para manipular as coisas, me esconder e
mentir.
Era a gota d'água. Desligou-se de mim. Quando olho para trás, vejo
que estávamos tão distantes que nem sabíamos conversar mais um com o
outro. Não percebíamos que havia problema até que a avalanche começou.
Tudo começou a desmoronar.
Durante aquele período tínhamos uma amizade muito forte com um
casal da igreja católica. Jantávamos juntos muitas vezes e saíamos
freqüentemente. A mulher era minha melhor amiga e, nos cafezinhos em
sua casa, começou a falar comigo sobre assuntos do meu casamento. "As
coisas estão realmente difíceis. Você está grávida e o Michael não quer
essa criança", comentava. Assim, eu ficava pronta para falar-lhe como as
coisas estavam terríveis e abria meu coração para ela".
Infelizmente, eu não conhecia as Escrituras -"ela lhe faz bem e não
mal, todos os dias da sua vida". Ao invés disso, despejava o lixo acerca de
meu marido. Não sabia disso, mas minha amiga o queria para si. Ela usava
tudo o que eu contava para, sutilmente, tentar conquistar Michael. "Pobre
homem! Sua esposa esta grávid a e isso deve ser realmente duro. Você não
quer o bebê", dizia a ele. Eu mesma dei toda a munição de que ela
precisava.
O Espírito Santo estava advertindo-me claramente, mas eu
continuava achando tudo muito natural, pensando ser ela uma boa pessoa,
uma grande amiga. Chegava a pensar que estava julgando-a mal, e isso não
seria justo. Continuei ignorando todos os avisos que Deus havia me dado.
Todas as vezes que ficava com suspeita, ela me convidava para
tomar café ou éramos convidados para jantar. E eu continuava achando que
não poderia haver nada de errado, se o casal amigo estava nos convidando.
"Pensar assim é tolice", eu concluía.
20
desfaz,nada
havia acabou.
que seEle disse que,
pudesse fazersepara
Michael
mudarnão queria reconciliar-se, não
o cenário.
Numa tentativa de achar alguém que pudesse ajudar-me, chamei um
amigo nosso que era um pastor, nascido de novo e cheio do Espírito. Sabia
que ele conhecia a Palavra de Deus e poderia dizer-me o que as Escrituras
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falavam sobre tudo aquilo. Depois de ter contado a situação para ele,
explicou-me que, de acordo com Mateus 19, havia base bíblica para o
divórcio. Uma vez que Michael estava em adultério, Deus me liberava do
casamento e me traria um outro marido. Depois daquela conversa, fui para
casa preparar-me para o divórcio.
Quando fazemos de Jesus o Senhor de nossas vidas, no entanto, Ele
tem o direito de falar aos nossos corações e passar por cima do conselho
dos homens. Naquela tarde, Jesus fez exatamente isso. Ele me levou para l
Coríntios 7.10,11: "Ora, aos casados ordeno não eu, mas o Senhor, que a
mulher não se separe do marido (se, porém, ela vier a separar-se, que não
se case, ou que se reconcilie com seu marido), e que o marido não se aparte
de sua mulher".
O Senhor tornou claro para mim que aquelas eram as duas opções.
Se escolhesse permanecer solteira, Ele prometia que seria o meu marido e
um pai para meus filhos. Se escolhesse reconciliar-me, Ele prometia que
me ensinaria como. Sabia que qualquer escolha seria uma bênção para
mim. Sabia que, se eu honrasse as alternativas de Deus, Ele manteria Sua
Palavra para mim. Tinha de tomar uma decisão.
Estava grávida de nosso terceiro filho e realmente queria que ele
conhecesse o pai. Queria que os outros dois filhos crescessem conhecendo
o pai deles. Queria meu casamento curado, se isso fosse possível, mas não
tinha a mínima idéia de como isso poderia acontecer.
Escolhi reconciliar-me, porém fui honesta com o Senhor, mostrando
a Ele que não sabia como começar. Sua resposta, deixando claro que co-
nhecia todos os meus caminhos, me abençoou muito.
Ele começou meu treinamento. Para mim, o mais lógico era começar
pelos problemas do Michael, mas o Senhor começou pelas minhas falhas,
dizendo que não poderia fazer nada até que eu perdoasse. Bem, eu não
queria perdoar, pois tinha sido muito ferida e magoada. Com todas as
minhas energias estava tentando segurar ;is pontas e agora o Senhor me
dizia que eu tinha de perdoar e que não poderia fazer nada antes dessa
minha primeira ação.
De início, relutei em perdoar Michael. Mas não r difícil perdoar
alguém que você ama, mesmo que essa pessoa tenha lhe ferido muito. É
possível perdoar muitas vezes. E foi por isso que o perdão ao meu marido
veio dentro de algumas horas depois que Deus falou ao meu coração. Mas
perdoar a mulher era uma situação totalmente diferente.
Capítulo 9 Olhos de Fé
Ela tinha usado a minha amizade, me traído, mentido para mim.
23
Você precisa entender que está numa batalha espiritual e tem de lutar
pelo seu casamento num nível espiritual. Você tem de tratar com Satanás e
suas forças, sabendo que o seu cônjuge não é o seu inimigo. Assim, quando
Michael vinha para casa e dizia aquelas coisas terríveis, eu lia aquele
versículo novamente e percebia que o plano de Deus para ele era muito
maior que o do diabo.
apenasNo
umentanto, isso não
instrumento que resolveu nada. usado.
Satanás tinha O problema não eraestava
O problema ela. Ela
em era
nós. Por isso, depois que ela se foi, meu marido disse: "Eu sei que ela não
era o que eu queria, mas eu não quero você também. Quero o divórcio.
Quero ficar solteiro novamente, Quero ir a festas. Quero me divertir".
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para toda a raça humana. Estavam vivendo na mais alta classe naquele
lindo jardim, com tudo de que necessitavam, e, repentinamente, foram
expulsos. Ela agora tinha de passar pelas dores de parto, o solo estava
amaldiçoado e seu marido tinha de suar a camisa para trazer o pão de cada
dia.
Comecei a entender o que Eva estava sentindo. Ela poderia ter-se
tornado dura, odiosa de seu esposo e ter dito: "Nada será como antes". E
estaria certa. Nada seria o mesmo dali para frente.
O Senhor começou a me mostrar que estava falando comigo naquele
momento, e não com Eva. O meu desejo seria para o meu marido.
Começou a mostrar-me que eu precisava colocar a minha vontade em linha
com a vontade divina. Tinha de decidir que meu desejo seria para meu
marido porque não havia mais desejo ali para ele. Lutei com isso por um
pouco e finalmente disse: "Está bem, Senhor. Meu desejo será para meu
marido. Está decidido. O Senhor agora trabalha os detalhes".
À medida que Deus começou a mudar meu coração em direção ao
meu marido, começou também a tratar comigo sobre a liderança espiritual
em nosso lar. Por muito tempo, eu tinha agüentado a barra sozinha, tanto
natural quanto espiritualmente. Tinha sempre sentido que deve-ria
continuar naquele papel até que Michael crescesse no Senhor e estivesse
pronto para assumir. E, então, Deus passou a tratar comigo que ser cabeça
era uma posição designada, não uma posição que se adquire. Não era
minha competência votar no Michael para a posição de líder quando eu
achasse que ele estivesse pronto. O Senhor o tinha feito cabeça do lar no
dia em que nos casamos.
Foi um choque para mim. Sabia que o Michael estava rejeitando as
coisas de Deus. Ele não lia a Bíblia nem buscava a direção do Senhor. Essa
idéia de ele liderar a família era, dos conceitos que tinha ouvido, o que
mais me amedrontava. Recusei aceitá-lo.
Novamente, Deus apenas me pegava na esquina e dizia: "Você não
pode fazer nada até que me ouça e faça o que estou lhe pedindo". Sentei-
me, chorei e argumentei com Deus, dizendo: "O Senhor não sabe o que está
pedindo. Por que ele vai ficar na liderança se bagunçou tudo? Sinto que
estou mais bem qualificada para a posição de comando".
Deus continuou tratando comigo: "Não me interessa se você sente
que está ou não qualificada para a chefia do lar. A posição de chefe não
está desocupada.
ela aos Não
meus olhos está
e só vouaberta.
poderNão haeste
curar opção. Você não
casamento se se qualifica
você para
entender
que seu marido é o cabeça da família, que ele é o líder espiritual. Ele está
no comando aqui e você precisa se submeter a ele e honrá-lo tanto quanto a
Mim. "Senhor, não sabes a fria em que estou entrando", respondi.
29
Um padre
reunião de baixinho
cura hojelevantou-se
à noite e Deuse disse mui quietamente: "Vamos ter uma
vai curar".
Ele caminhava para lá e para cá nos corredores da igreja, orando, e
nós quase dormimos esperando-o chegar ao nosso corredor outra vez. "É a
reunião mais triste que já assisti", pensei. "Nem mesmo sei porque estamos
30
aqui."
No final da reunião, o sacerdote perguntou quantas pessoas haviam
sido tocadas por Deus naquela noite. Michael levantou a mão. Eu não
conseguia acreditar. Pensei em como foi que Deus conseguiu chegar até ele
naquela reunião. Como ele conseguiu ficar acordado o tempo suficiente
para Deus falar com ele?
Deus mostrou-me naquela noite que pode usar qualquer um e
qualquer coisa. Ele nos encontra onde estamos, e meu marido não estava
pronto para pular para cima e para baixo. Ele precisava de algo quieto, que
falasse diretamente para ele, no lugar em que estava.
Naquela noite, Deus mostrou a Michael que o amava e o tinha
perdoado. Meu esposo nasceu de novo.
Em fevereiro de 1980, fomos batizados. Era um passo final de
obediência para Michael, que havia me dito: "Você pode ir. Irei com você,
mas não vou ser batizado". Quando chegamos às águas, no entanto,
Michael disse:
que eu faça. "Sabe
Lutei comdeEle
umaporcoisa?
anos.Tenho
Todasresistido
as vezes aque
tudo o que
Deus Deus
dizia paraquer
eu
fazer algo, eu respondia 'não', segurava o tranco e lutava. Pela primeira vez
vou dizer 'sim'".
Quando ele saiu das águas do batismo, começou a falar em línguas.
Tinha sido batizado no Espírito Santo. Estava livre. Michael deu a Deus a
liberdade de moldá-lo no homem que o Senhor queria que ele fosse.
to quando falhamos. Ele nos ama tanto que quer ver-nos bem-sucedidos.
Tem mais prazer em nossa felicidade do que nós mesmos.
Nosso casamento não foi o único escolhido para ser abençoado por
Deus. Ele quer o mesmo para você. Seja qual for o problema no seu
casamento ou qualquer relacionamento que você deseja ter curado, Deus é
poderoso da mesma forma. Satanás mentira para você e dirá: "Bem, isso foi
um caso feliz. Não acontece com qualquer um".
Acontece quando o povo de Deus é fiel, crê e declara Sua Palavra
nas diversas situações. Gostaria de dizer que, se estiver lutando uma
batalha assim, você precisa ter Jesus. Se você não tem um relacionamento
com Jesus e está tentando lutar uma batalha em seu lar, você não tem
chance. Não conseguirá sem Jesus. As promessas não são para aqueles que
não estão em Jesus. Você não tem nada em que se apoiar e precisa nascer
de novo.
Em segundo lugar, entrar nessa batalha tendo nascido de novo,
porém sem ter sido batizado no Espírito Santo, é o mesmo que estar num
exército sem munição. Você não pode enfrentar a guerra sem o poder do
Espírito Santo. Você necessita da orientação do Espírito para saber o que
orar e como orar em épocas de dificuldade e dúvidas. Você necessita da
língua de oração para orar a perfeita vontade do Pai.
Se você deseja receber a Jesus agora mesmo, é fácil fazer isso. Você
não precisa se limpar ou arrumar a sua vida antes. É por isso mesmo que
você precisa de um Salvador. Você não consegue limpar-se para se
encontrar com Jesus. Você precisa vir a Ele como está. Ele mudará o seu
coração. Ele limpará a sua vida de dentro para fora.
Romanos 10.9,10 diz: Se com a tua boca confessares a Jesus como
Senhor e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos,
serás salvo. Porque com o coração se crê para a justiça, e com a boca se
confessa a respeito da salvação. É muito simples! Você precisa crer em seu
coração e confessar Jesus como Senhor e Salvador, com a sua boca.
Quando você for obediente e fizer a sua parte, o Senhor será fiel ao fazer a
Dele.
Se este for o seu desejo, faça a oração abaixo:
"Jesus, confesso que sou um pecador e que não tenho poder para
mudar o meu coração. Creio que o Senhor morreu pelos meus pecados e
ressuscitou dos mortos. Peço-lhe agora que perdoe os meus pecados.
Entrego a minha vida para o Senhor. Declaro que Tu és o meu Senhor e o
meu Salvador. Jesus, te amo e rendo minha vida a Ti."
Tendo feito esta oração, você nasceu de novo e tem uma nova
natureza em Cristo. Deus mesmo mora dentro de você agora. Todas as suas
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